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CÁLCULOS
APLICADOS
EM SAÚDE E
SEGURANÇA
DO TRABALHO
Série Segurança do Trabalho
CÁLCULOS
APLICADOS
EM SAÚDE E
SEGURANÇA
DO TRABALHO
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
CÁLCULOS
APLICADOS
EM SAÚDE E
SEGURANÇA
DO TRABALHO
© 2012. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
S491c
ISBN 798-85-7519-491-1
CDU: 517
SENAI Sede
1 Introdução.........................................................................................................................................................................13
3 Frações................................................................................................................................................................................35
3.1 Tipos de frações............................................................................................................................................36
3.1.1 Frações Próprias ........................................................................................................................38
3.1.2 Frações Impróprias ...................................................................................................................38
3.1.3 Frações Aparentes.....................................................................................................................38
3.2 Número misto ...............................................................................................................................................39
3.3 Simplificação..................................................................................................................................................40
3.3.1 Operações com frações: adição e subtração....................................................................41
3.3.2 Produto de frações ...................................................................................................................43
3.3.3 Quociente de frações................................................................................................................43
4 Razões Decimais..............................................................................................................................................................47
4.1 Entre grandezas da mesma espécie......................................................................................................48
4.2 Entre grandezas de espécies diferentes...............................................................................................50
5 Proporções........................................................................................................................................................................55
5.1 Termos..............................................................................................................................................................56
5.2 Propriedade fundamental.........................................................................................................................56
5.2.1 Quando as grandezas são diretamente proporcionais ...............................................57
5.2.2 Quando as grandezas são inversamente proporcionais .............................................59
5.3 Aplicação ........................................................................................................................................................60
5.3.1 Aplicação 1 ..................................................................................................................................60
5.3.2 Aplicação 2...................................................................................................................................61
5.3.3 Aplicação 3 ..................................................................................................................................62
6 Porcentagem....................................................................................................................................................................65
6.1 Taxa Percentual.............................................................................................................................................66
6.2 Regra de três..................................................................................................................................................68
6.3 Média................................................................................................................................................................70
6.3.1 Média harmônica.......................................................................................................................70
6.3.2 Média aritmética........................................................................................................................75
7 Estatística...........................................................................................................................................................................79
7.1 População.......................................................................................................................................................80
7.2 Amostra............................................................................................................................................................83
7.3 Probabilidade................................................................................................................................................85
7.4 Variáveis...........................................................................................................................................................87
7.4.1 Variáveis quantitativas ............................................................................................................87
7.4.2 Variáveis qualitativas.................................................................................................................89
7.4.3 Variáveis dependentes (VD) ..................................................................................................90
7.4.4 Variáveis independentes (VI).................................................................................................90
7.4.5 Variável aleatória .......................................................................................................................91
7.5 Coleta de dados e dados brutos.............................................................................................................92
7.5.1 Dados brutos, Rol.......................................................................................................................92
7.5.2 Amplitude total..........................................................................................................................93
9 Ferramentas................................................................................................................................................................... 111
9.1 Planilhas........................................................................................................................................................ 112
9.2 Gráficos eletrônicos.................................................................................................................................. 118
Referências......................................................................................................................................................................... 123
Índice................................................................................................................................................................................... 127
Introdução
Este livro didático tem por objetivo apresentar uma série de cálculos básicos, fundamentais
para complementação de seus estudos, que vão desde medidas simples, cálculos de área e
volume, identificação de formas geométricas, frações, proporções, até estatística. Enfim, uma
série de expressões que serão muito úteis na sua profissão.
Com o conhecimento adquirido nesse estudo, você será capaz, por exemplo, de realizar
um histograma do número de acidentes em determinado período. Para isso, será necessário
identificar um espaço físico de uma empresa e compará-lo com uma forma geométrica. Desta
maneira, será encontrada a área do local para análise do mapa de risco, e os cálculos de volume
para análise de armazenamento de líquidos tóxicos.
Aproveite as oportunidades de aprendizagem para enriquecer o seu repertório de conhe-
cimento!
A seguir são descritos na matriz curricular os módulos e as unidades curriculares previstos
e as respectivas cargas horárias.
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
14
Anotações:
Sistema Internacional de Unidades
A matemática está presente no nosso dia a dia e pode ser muito importante quando aplica-
da em nossa área profissional. Procure utilizar os números não apenas para gerar relatórios, mas
para reduzir o número de acidentes que ocorrem todos os dias na indústria.
Você verá, neste capítulo, os conceitos básicos de cálculos, que o ajudarão no dia a dia da
sua vida profissional. Também saberá calcular a área da unidade física de uma empresa, pois,
realizar cálculos para gerar estatísticas e gráficos são atividades importantes para sua área de
atuação.
Para adentrar neste assunto e, ao final, alcançar os objetivos propostos, você precisa investir
na sua dedicação, motivação e autonomia. Tornando o processo de aprendizagem um espaço
para aprender a aprender.
Ao final deste capítulo você terá subsídios para:
a) elaborar cálculos de conversão de unidades de medida;
b) realizar medições de diferentes formas geométricas;
c) utilizar sistemas de unidade de medidas.
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
18
Gerard79 (20--?)
E então, você já havia tido contato com este assunto? Saiba que o conteúdo
que você acabou de conhecer será muito importante para dar sequência ao seu
estudo. Agora que você conheceu as unidades, verá, a seguir, como convertê-las
em outras unidades de medida.
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
20
Você pôde ver que uma polegada corresponde a 25,4mm, certo? Então, se
você precisar transformar duas polegadas e meia em milímetros, deverá realizar
o seguinte cálculo:
2, 5” x 25,4mm = 63,5mm.
1 ÷ 2 = 0,5 + 2 = 2,5”.
2 Sistema Internacional de Unidades
21
iStockphoto ([20--?])
Então, você se interessou pelo conteúdo que acabou de ver? Agora, que você
já sabe converter as unidades, poderá conhecer as diferentes formas geométricas.
2.4 Medidas
Nesta etapa do conteúdo, você estudará as medidas lineares como, por exem-
plo, uma distância em metros ou quilômetros. Você também conhecerá as áreas
das figuras geométricas como a de um quadrado e a de um triângulo e saberá
identificar o volume dessas figuras por meio de cálculos.
Para identificar os diversos tipos de medidas, depende da figura geométrica
que irá analisar. Pode ser uma medida linear, se estiver falando de uma reta, como
a base e a altura de um quadrado. Pode ser um ângulo, quando se tem uma in-
clinação entre dois planos como, por exemplo, os planos de um paralelogramo.
Pode ser ainda um raio ou um diâmetro, como de um círculo, sendo o raio uma
medida linear reta da metade do diâmetro. Pode ser um arco, ao medir o contor-
no de uma parte da circunferência.
Como você pode verificar, é possível encontrar todos os tipos de medidas nas
figuras geométricas. Para isso, é necessário identificá-las conforme o caso em
questão.
2 Sistema Internacional de Unidades
25
CASOS E RELATOS
O Piloto de Corrida
Um piloto de corrida fez o percurso de uma prova com velocidade média
de 210km/h.
Ele sabe que, quando se trata da velocidade de um veículo, é necessá-
rio utilizar medidas como quilômetros por hora, ou seja, o número total
de quilômetros que são percorridos pelo veículo, a cada hora que passa.
Normalmente, expressamos este valor considerando uma média.
O piloto percebe que, para vencer a corrida, precisa aumentar sua velo-
cidade média. No entanto, ele soube que seu principal adversário está
atingindo a média de 60m/s (metros por segundo).
Como ele poderá descobrir a diferença para saber se o seu desempenho
é suficiente?
Primeiramente, será necessário transformar todas as unidades de medida
que fazem parte da velocidade:
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
26
2.4.1 Área
Fórmula do quadrado:
Waleska Ruschel (2011)
A = a2
Fórmula do retângulo:
A =a.b
Fórmula do trapézio:
Waleska Ruschel (2011)
a+b
A= ×h
2
Fórmulas do triângulo:
a×h
A=
2
A = r×s
a2
A= × 3
4
Waleska Ruschel (2011)
Fórmulas do hexágono:
3
(A = × a 2 × 3 )
2
Waleska Ruschel (2011)
3
(d = 2a s= ×d )
2
Fórmulas do círculo:
π
A= × d2 A = π×r2
4
D'Imitre Camargo (2011)
4×A A
d= r
π π
2 2
= π(D − d )
A
D−d
b=
D'Imitre Camargo (2011)
iStockphoto ([20--?])
Calculando tem-se:
A = a.b
A = 2 metros x 2,5 metros
A = 5 m2
2.4.2 Volume
V = a3
d = 3×a
D'Imitre Camargo (2011)
Onde d = diagonal
Fórmula do paralelepípedo:
V = a×b× c
D'Imitre Camargo (2011)
d = a2 + b 2 + c 2
Fórmula da pirâmide:
A1× h
Luiz Meneghel (2011)
V=
3
Fórmula do cilindro:
V=πR².h
Fórmula da esfera:
4 d
Luiz Meneghel (2011)
V= π r³ , sendo que r =
3 2
Calculando tem-se:
V=axbxc
V = 2,5 x 2 x 2,3
V = 11,5 m3
Como você acabou de ver, é possível aprender como calcular a área e o vo-
lume das figuras geométricas por meio de observação dos objetos. No capítulo
seguinte, você aprenderá outras unidades numéricas que complementarão o que
estudou até o momento.
Recapitulando
Neste capítulo, você estudou que para chegar ao cálculo de uma área
ou volume é necessário identificar corretamente a forma geométrica do
objeto e aplicar a fórmula correspondente. Portanto, se torna bastante
simples seu cálculo, porém, de muita importância o seu resultado.
Você deverá saber utilizar as fórmulas das formas geométricas mais co-
muns, como a fórmula que calcula a área de um círculo, de um quadrado
e a de um retângulo. Saber encontrar o volume dessas formas também
é um aprendizado que você não deverá esquecer. Para as formas geo-
métricas menos utilizadas, tenha sempre em mãos o livro didático para
consulta.
Frações
Você sabe quanto é um quarto do volume de um litro de leite? Saberia demonstrar de que
forma se escreve um quarto? Neste capítulo, você aprenderá como calcular e escrever uma fra-
ção numérica, bem como os tipos e formas em que se apresentam.
Ao final deste capítulo você terá subsídios para:
a) calcular dados estatísticos de desvios, acidentes, incidentes e doenças ocupacionais;
b) calcular índices estatísticos de saúde e segurança do trabalho, inclusive em planilha ele-
trônica;
c) elaborar cálculos matemáticos aplicados à saúde, segurança e meio ambiente.
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
36
1
= 1 ÷ 5 = 0,2
5
CASOS E RELATOS
Agora, que você sabe o que é uma fração e de que forma ela pode se apresen-
tar, chegou o momento de conhecer quais são os tipos existentes. Veja, a seguir, o
que é uma fração própria, imprópria ou aparente e o exemplo de cada uma delas.
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
38
1 5
3 16
8
7
12
6
4 1
logo: 1
3 3
Veja outro exemplo, onde tanto 6 ¼ como 25/4 possuem o mesmo resultado.
Você viu como é possível conhecer um pouco mais sobre frações numéricas?
Mas não para por aqui. Nas próximas páginas você verá como simplificá-las e
como realizar operações de adição e subtração.
3.3 Simplificação
24 / 12
24 ÷ 6= 4
12 ÷ 6= 2
4/2=2
2/2=1
12 6 3
= =
8 4 2
12 / 8
12 ÷ 4 = 3
8÷4=2
2 3
+ =
5 8 40
Mas você viu que este cálculo não mostra nenhum resultado?
Para concluir esta equação é necessário ainda:
a) dividir o 40 pelo denominador da primeira fração: 40 ÷ 5 = 8;
b) multiplicar o resultado encontrado pelo numerador: 8 x 2 = 16.
Da mesma forma para a segunda fração:
a) dividir o 40 pelo denominador: 40 ÷ 8 = 5;
b) multiplicar o resultado encontrado pelo numerador: 5 x 3 = 15.
Sendo assim, veja no exemplo a seguir como ficará nossa operação de deno-
minadores diferentes.
2 3 16 + 15 31
+ = =
5 8 40 40
O produto entre duas frações é uma fração cujo numerador é o produto dos
numeradores e o denominador é o produto dos denominadores dessas duas fra-
ções. Você pode compreender melhor esse conceito ao visualizar os exemplos a
seguir.
3 1 3
x =
5 7 35
9 1 9
x =
10 4 40
Você pode chegar ao quociente entre frações, efetuando uma divisão segun-
do a seguinte regra: multiplica-se a primeira fração pelo inverso da segunda. Veja
no exemplo, a seguir, como você deverá proceder.
3 4 3 7 21
÷ = x =
5 7 5 4 20
Recapitulando
Neste capítulo, você pôde ver que as frações são unidades numéricas
bastante importantes para os cálculos do nosso dia a dia. Podem ser di-
vididas em próprias, impróprias e aparentes, e que, ao final de um resul-
tado, pode ainda ser simplificada. Viu também como é possível somar,
subtrair, multiplicar e dividir frações entre si.
No estudo do próximo capítulo, você estudará as frações em outras dife-
rentes formas de aplicação, com grandezas de mesma espécie e espécies
diferentes.
3 frações
45
Anotações:
Razões Decimais
Neste capítulo, você estudará as razões decimais entre grandezas da mesma espécie e entre
espécies diferentes. Por exemplo, você será capaz de analisar a razão em quilômetros por litro
para deslocar-se de uma cidade para outra. Desta forma, você saberá a quantidade mínima
que deve abastecer de combustível para realizar a viagem. Veja que você aprenderá mais um
recurso matemático para ser aplicado no seu dia a dia.
Ao final deste capítulo você terá subsídios para:
a) elaborar cálculos de conversão de unidades de medidas;
b) elaborar cálculos matemáticos aplicados à saúde, segurança e meio ambiente;
c) utilizar sistemas de unidades de medidas.
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
48
6 12 18
, ,
8 16 24
3 3
x
4 4
Desta maneira, você poder afirmar que essa fração é a razão comum entre as
duas sucessões e a razão dessas sucessões é o quociente do primeiro pelo segundo.
Sendo assim, a razão entre 3 e 4 é:
3
= 0 ,75
4
15
=3
5
8
= 0 ,8
10
4 Razões Decimais
49
300m 300m
= =3
1000dm 100m
Ou seja:
a) deve-se transformar 1000dm (decímetros) em metros, que é igual a 100m
(metros);
b) 300m divididos por 100m é igual a 3.
Percebeu que a unidade m (metro) não aparece no resultado? É porque foi
realizado um cálculo entre unidades de mesma grandeza, nesse caso, o metro e
o decímetro.
Agora, imagine que você tenha a razão de 4 para 3. Veja que ela pode ser repre-
sentada de duas maneiras: 4/3 ou 4:3, onde 4 é o antecedente e 3 o consequen-
te. Perceba que essa situação é inversa ao exemplo que você viu anteriormente.
Trata-se de uma fração imprópria, pois o numerador é maior que o denominador.
Observe que as duas razões citadas acima são inversas. Sendo assim, o inverso
de 3:4 é 4:3, conforme você pode conferir a seguir.
3 4
é
4 3
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
50
3 4
× =1
4 3
Agora que você viu como trabalhar com antecedente e consequente, como
identificar as razões inversas e como realizar cálculos com grandezas, que tal
aprender como trabalhar com grandezas de espécies diferentes? É este o assunto
que você conhecerá a seguir.
600km km
= 100
6h h
3000hab
= 15hab / km2
200km2
59 ,3kg
= 8 ,5kg / dm3
7dm3
Agora, você aprenderá como calcular a distância pelo consumo, para chegar
ao consumo médio. Veja um exemplo.
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
52
CASOS E RELATOS
Neste caso, se o veículo de Alfredo pode fazer em média 12,5km por litro
de combustível, com 12 litros ele poderá fazer um percurso de em torno
de 150km. Viu Alfredo? Parece que ainda vai sobrar um pouco de com-
bustível para dar mais uma voltinha em Curitiba.
Boa viagem!
Microsoft Office (20--?)
4 Razões Decimais
53
Viu como é interessante trabalhar com grandezas? Ao final deste estudo, você
aprendeu algo bastante útil e comum no dia a dia de muitas pessoas: a calcular
a quantidade de combustível por distância percorrida com base no tempo e na
distância, ou seja, grandezas de espécies diferentes.
Recapitulando
Você viu, neste capítulo de estudo, que é importante saber aplicar as ra-
zões decimais para analisar diversas variáveis, tais como: Km/h, habitan-
tes por km², metros por segundo, quilômetros por litro. Devemos analisar
as unidades de cada referência que estivermos utilizando para a realiza-
ção do cálculo, ou seja, distância em Km ou metros, tempo em horas, mi-
nutos ou segundos, volume em litros ou ml.
Proporções
Dando continuidade ao estudo, neste capítulo, você entenderá o que é proporção e que um
elemento pode ser proporcional a outro. Retomará o assunto sobre razão entre as grandezas,
dessa vez, aplicada às proporções. Como? Veja um exemplo: para fazer a receita de um bolo, é
necessário que você aplique as proporções de produtos como: azeite, farinha de trigo e ovos.
Se para fazer um bolo você precisa de 3 ovos, proporcionalmente, para fazer 3 bolos, preci-
sará de 9 ovos, certo? Então, aprenderá um pouco mais!
Ao final deste capítulo você terá subsídios para:
a) calcular a razão entre os termos;
b) encontrar a propriedade fundamental de uma proporção.
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
56
5.1 Termos
Termos são a relação entre objetos de uma dimensão com outra. Desta forma,
é possível comparar a base e a altura de dois objetos, e esta comparação é cha-
mada de termos. A partir desta relação é possível obter uma razão, ou seja, uma
proporção das dimensões entre um objeto e outro. Observe as figuras a seguir.
Com o estudo que acabou de realizar, você viu que é possível obter a razão dos
termos por meio da proporção das dimensões entre dois objetos.
a c
Se = , então axd = bxc
b d
2/4 = 20/40
Onde:
a) 4 multiplicado por 20 é igual a 80;
b) 2 multiplicado por 40 é igual a 80.
Portanto, esta é uma propriedade fundamental de proporção, pois, os extre-
mos, quando multiplicados, apresentam o mesmo resultado.
Entre grandezas proporcionais, é possível perceber duas situações distintas,
que serão descritas a seguir.
CASOS E RELATOS
Confecção de Lenços
Com 8m² de tecido uma confecção produz 200 lenços de tamanho pa-
drão. Para atender aos novos pedidos, a empresa comprou mais 12m² de
tecido. Quantos lenços serão produzidos com 12m²?
Solução: as grandezas quantidades (m²) de tecido e número de lenços
são diretamente proporcionais. A seguir, veja como calcular o resultado
8desta questão.
x = 200 x 12
200 x
=
8 12
200 x12
=
xOnde x8 é o=número
300 de lenços a serem fabricados com 12m².
Desta forma:
8 x = 200 x 12
200 x
8 x ==200 x 12
8 12
200 x
= x12
200
x =8 12 = 300
8
200 x12
x= = 300
8
Concluímos, então, que será possível produzir um total de 300 lenços.
CASOS E RELATOS
Viu como este estudo foi bastante útil? Você pode aprender como é importan-
te trabalhar com propriedade fundamental e que as grandezas correspondentes
podem ser tanto diretamente quanto inversamente proporcionais.
5.3 Aplicação
Dando segmento ao estudo das proporções, você verá três tipos de aplicação
para situações distintas. Para aplicá-las, você deve analisar os termos da equação,
verificar se são diretamente ou inversamente proporcionais e calcular sua razão.
Veja a seguir as formas de aplicação apresentadas.
5.3.1 Aplicação 1
Você viu anteriormente que, em uma viagem, quanto maior a velocidade mé-
dia, menor será o tempo gasto. Nesse caso, quanto menor for a velocidade, maior
será o tempo. Acompanhe na tabela a seguir, a relação entre a velocidade e o
tempo.
5.3.2 Aplicação 2
Para entender esta segunda forma de aplicação, imagine que você tenha
comprado um copo de refrigerante, que corresponde a 250ml. Se um professor
comprou refrigerante suficiente para encher 39 copos, quantos litros da bebida o
professor comprou?
Acompanhe a seguir, o cálculo que você deve realizar para chegar à solução
correta.
1 copo................................ 250ml
39 copos............................ X
1 X = 39 x 250
X = 9750ml ÷ 1000 = 9,75 litros.
Michael Connors (20--?)
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
62
5.3.3 Aplicação 3
Suponha que uma roda d’água realiza 45 rotações por minuto. Quantas voltas
essa roda daria em 4 segundos?
Veja a resposta para essa pergunta.
45 voltas..........60 segundos
X........................4 segundos X = 45 x 4 / 60
X = 3 voltas
Como você acabou de ver, existem diversas formas de aplicação para as pro-
porções, e cada uma delas é bastante útil para realizar os cálculos das mais diver-
sas situações do nosso cotidiano.
Recapitulando
Neste capítulo, você estudou que as grandezas podem ser diretas ou in-
versamente proporcionais. Aprendeu que a razão entre 10 e 5 é igual a 2
e que a razão entre 14 para 7 também é 2. Nesse caso, é possível afirmar
que essas duas razões são proporcionais entre si, ou seja, 10 está para 5,
assim como, 14 está para 7.
5 Proporções
63
Anotações:
Porcentagem
A todo o momento percebe-se que as mídias informam sobre o aumento do nível de de-
semprego, o crescimento populacional ou sobre os índices da bolsa de valores. Para todas essas
informações, é comum chegar a um resultado por meio de porcentagens.
Você sabe o que é porcentagem?
A maioria das informações é fixada em percentual. Quando se ouve falar que o combustível
aumentará 9%, ou que a taxa de desemprego diminuiu 3%, automaticamente entende-se e
quantifica-se o total destes valores, analisando se tal resultado foi bom ou ruim.
Essa análise é possível porque a tendência é comparar sempre o percentual a um montante,
permitindo ter uma visão mais simples e rápida do que um valor numérico seria capaz de nos
mostrar ou, ainda, porque talvez um valor numérico não seja tão representativo em relação ao
montante.
Ao final deste capítulo você terá subsídios para:
a) calcular porcentagem, razão e proporção;
b) elaborar cálculos matemáticos aplicados à saúde, segurança e meio ambiente;
c) interpretar dados estatísticos;
d) utilizar sistemas de unidades de medidas.
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
66
17 ÷ 50 = 0,34 ou 34%.
O resultado também significa que 66% dos candidatos não tiveram sucesso na
avaliação, pois sobre o total de inscritos (neste caso, 50), é sempre representado
por 100%.
Veja a seguir duas situações que podem exemplificar o emprego da porcen-
tagem.
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
68
CASOS E RELATOS
Acidentes de Trabalho
A cada 80 acidentes que ocorrem nas fábricas de uma empresa, 30 estão
relacionados a pessoas que trabalham na prensa excêntrica. A empresa
precisa analisar o impacto deste tipo de acidente, comparando-o a ou-
tros. Nesse caso, qual será o percentual de acidentes por este motivo?
Solução: 30 dividido por 80 é igual a 0,375. Multiplicado por 100, é igual
a 37,5%.
Ainda nesta mesma empresa, no ano passado, ocorreram 70 acidentes no
primeiro semestre em uma única fábrica do grupo. Neste ano, o número
de acidentes no mesmo período aumentou em 20%. Qual foi a quantida-
de de aumento no número de acidentes nesta fábrica?
Solução: 30 dividido por 80 é igual a 0,375. Multiplicado por 100, é igual
a 37,5%.
20
20 % de 70 = x 70 = 0,20 x 70 = 14 acidentes a mais que no ano
100
Neste estudo, você aprendeu a realizar cálculos gerando resultados com per-
centual. Viu que calcular a porcentagem é simples, e que ela se aplica em diversas
situações. A seguir, você conhecerá outras formas de como utilizar a porcenta-
gem, uma das mais comuns é a regra de três.
A regra de três é uma operação matemática que pode ser classificada de duas
maneiras: simples ou composta.
A regra de três simples é uma equação prática que ajuda a resolver proble-
mas matemáticos que envolvem quatro elementos, onde é possível conhecer o
valor de três deles.
6 Porcentagem
69
Suponha que você precise fazer uma tabela de valores. Nesse caso, você de-
verá colocar na mesma coluna as grandezas iguais. Veja a seguir, um exemplo de
regra de três simples.
Quantas horas têm 240 minutos?
1 hora.............. 60 minutos
X horas........... 240 minutos
Solução: Você deverá multiplicar X horas por 60 minutos, resultando 60X. Pos-
teriormente, você deverá multiplicar 1hora por 240 minutos, conforme demons-
tração a seguir.
60 x = 240 min
240
x= = 4horas
60
A regra de três composta é utilizada com mais de duas grandezas, seja ela
direta ou inversamente proporcional.
Imagine que, em 8 horas de trabalho, 5 caçambas descarregam 140m³ de areia.
Em 5 horas, quantas caçambas serão necessárias descarregar 115m³?
Da mesma forma como na regra de três simples, você deverá colocar as variá-
veis de mesma grandeza na mesma coluna, como mostra a tabela a seguir.
Tabela 3 - Variáveis
8 5 140
5 X 115
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
70
Viu como pode ser interessante trabalhar com regra de três? Dependendo da
situação poderá utilizar a simples ou a composta. Tanto uma, quanto a outra po-
dem ser utilizadas para os cálculos mais comuns do nosso dia a dia.
6.3 Média
n
MH =
1 1 1 1
+ + + ... +
x1 x 2 x 3 xn
2
MH =
1 1
+
50 60
Nº Nº divisores
50 60 Divide por 2
25 30 Divide por 2
25 15 Divide por 3
25 5 Divide por 5
5 1 Divide por 5
1 1
2
MH = =
300 300
( = 6) + ( = 5)
50 60
300
2
MH = =
6+5
300
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
72
300
MH = 2 × =
11
600
MH = =
11
MH= 54
Photodisc (20--?)
2
MH = =
1 1
+
2 3
2
MH = =
6 6
( = 3) + ( = 2 )
2 3
6
6
MH = 2 × =
5
12
MH = = 2, 4
5
3 10
MH = = = 3,33
1 1 1 3
+ +
5 5 2
3
MH = =
10 10 10
( = 2 ) + ( = 2 ) + ( = 5)
5 5 2
10
3
MH = =
( 2 ) + ( 2 ) + ( 5)
10
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
74
10
MH = 3 × =
9
30
MH = =
9
10
MH = =
3
MH=3,33
4 48
MH = = = 1,92
1 1 1 1 25
+ + +
1 2 3 4
4
MH = =
12 12 12
( = 12) + ( = 6 ) + ( = 4 )
1 2 3
12
4
MH = =
(12) + (6 ) + ( 4 ) + (3)
12
12
MH = 4 × =
25
48
MH = = 1,92
25
6 Porcentagem
75
12 + 4 + 5 + 7 28
Ma = = =7
4 4
4 + 4 + 6 + 5 + 2 21
Ma = = = 3,5
6 6
Então, você sabia que seria capaz de realizar tantos cálculos? É importante
lembrar que a matemática está presente no seu cotidiano e é um diferencial sa-
ber resolver as operações com a qual você se depara, desde as mais simples até as
mais complexas. No capítulo seguinte, você estudará estatística, bastante utiliza-
da para gerar dados de uma determinada população, por exemplo.
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
76
Recapitulando
Você estudou neste capítulo, que a matemática é uma das ciências mais
antigas da humanidade e muitos dos conceitos trabalhados foram de-
senvolvidos há muitos anos atrás. Em diversas áreas técnicas, a matemá-
tica é utilizada amplamente para diversos cálculos, seja na resistência de
uma viga na mecânica, sejam nos elementos químicos de uma mistura,
sejam nos dados estatísticos na segurança do trabalho.
Portanto, relembre os conceitos aprendidos neste capítulo de estudo e
aplique no seu trabalho, pois este curso poderá lhe trazer bons frutos
profissionalmente, já que será um diferencial no seu currículo.
6 Porcentagem
77
Anotações:
Estatística
7.1 População
Ao considerar que os alunos do SENAI – Jaraguá do Sul, ano letivo 2011/02, fa-
zem parte de uma população, é possível afirmar que essa população é constituída
por uma demanda e que, como tal, é uma característica a ser estudada.
No estudo que acabou de realizar, você aprendeu como calcular os dados es-
tatísticos de uma população, e que para tanto, o investigador deverá levar em
consideração diversos aspectos antes mesmo de realizar a coleta de amostras.
Você pôde ainda aprender a trabalhar com a ferramenta Excel, que é bastante
utilizada para cálculos desse gênero.
Pronto para mais uma etapa de estudo? Nas páginas seguintes você saberá
como obter amostras para as pesquisas.
7.2 Amostra
Segundo Downing e Clark (2006) as amostras devem ser obtidas por méto-
dos aleatórios, sempre que se pretende tirar conclusões sobre a população, mas
muitas vezes são obtidas por métodos não-aleatórios. Amostra pode ser todos os
ganhadores da Mega Sena do mês de dezembro, em qualquer dos anos. Neste
último caso, as conclusões obtidas do estudo, apenas se reportam à amostra.
Na obtenção de uma amostra, para fazer inferências de uma população, as
quais serão válidas somente se a amostra for uma representação da população
pesquisada. Na prática, não existe forma de garantia sem ter informação da po-
pulação inteira para comparar com a amostra. Em tais circunstâncias, não haveria
necessidade de amostragem.
No entanto, é possível assegurar que não existem vícios sistemáticos na amos-
tra por meio de uma seleção aleatória dos membros da população. Essa amostra
aleatória pode ser de forma independente.
Você já ouviu falar em amostra aleatória independente?
Uma amostra aleatória independente é selecionada de tal forma que:
a) todos os membros da população têm a mesma chance de serem seleciona-
dos;
b) cada combinação possível de um dado número de membros tem a mesma
chance de ser selecionada.
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
84
Segundo Downing e Clark (2006) a melhor forma de obter uma amostra ale-
atória de tamanho (n) é ter uma lista de todos os membros da população, dar a
todos um número, como de 1 a (N), e então escolher aleatoriamente (n) números
de 1 a (N) para definir a amostra. Na prática, essa amostragem não é executável,
especialmente porque a população é infinita.
Imagine que um especialista em medicina pretende estudar o efeito de um
novo medicamento para cura da AIDS. Para sua pesquisa, ele seleciona um grupo
de 150 pacientes (população), e desse grupo seleciona aleatoriamente 50 pacien-
tes (amostra) para testar o novo medicamento, enquanto o restante do grupo
mantém o medicamento habitual.
Para essa investigação, foram coletadas as seguintes informações.
População: 150 pacientes.
Amostra: 50 pacientes escolhidos aleatoriamente.
Ao estudar os efeitos do novo medicamento, o especialista poderá tirar con-
clusões sobre as características da população de pacientes. Se os resultados fo-
rem satisfatórios para a amostra da população em estudo, isso pode indicar que
os resultados poderão beneficiar outros pacientes que tenham perfil semelhante.
Veja a seguir alguns exemplos de amostra na estatística.
CASOS E RELATOS
Defeitos de Fabricação
O Gerente de Produção de uma empresa metalmecânica, produtora de
eixos, pretende assegurar-se de que a porcentagem de peças com defei-
tos não exceda a um determinado valor, pois uma vez ultrapassado este
valor, determinada encomenda poderia ser rejeitada.
Para essa investigação, foram coletadas as seguintes informações:
População: Todos os eixos em produção.
Amostra: Eixos escolhidos aleatoriamente no lote produzido.
Desta forma, a análise de defeitos nas amostras pode indicar a frequência
com que os defeitos ocorrem em toda a população. Por exemplo: se 10%
das amostras analisadas apresentam algum tipo de defeito, podemos su-
por que, em média, 10% da população possui defeitos de fabricação.
7 Estatística
85
CASOS E RELATOS
Cálculo de percentual
Você é o técnico de segurança do trabalho de uma empresa metalmecâ-
nica e precisa fazer um estudo detalhado sobre o percentual de funcioná-
rios que apresentam algum tipo de problema respiratório. Essa informa-
ção é importante para que a empresa possa tomar medidas preventivas
no sentido de reduzir os problemas decorrentes do processo produtivo.
Desta forma, você tem uma população que é o total de funcionários da
empresa, que atualmente é de 13mil.
Como essa população já é considerável, faz-se necessário que se crie uma
amostra dessa população. Para isso você escolherá aleatoriamente 5%
dos funcionários dessa empresa de todos os setores para fazer exames
específicos de capacidade respiratória.
Assim, você tem uma população de 13 mil funcionários e uma amostra de
5% dessa população que totalizam 650 funcionários.
Como você acabou de verificar, para poder realizar uma pesquisa é necessário
fazer a coleta das informações que são fundamentais para o nosso estudo, ou
seja, você precisará saber qual é a população estudada e qual é a amostragem.
A seguir, você aprenderá a calcular a probabilidade, um dado estatístico bas-
tante importante para a nossa pesquisa.
7.3 Probabilidade
CASOS E RELATOS
O Vírus da Dengue
Em uma determinada cidade, 10% da população é portadora do vírus
da dengue. Um teste realizado para detectar ou não a presença do vírus
aponta 90% de acertos quando aplicado a portadores desse vírus, mas
aos não portadores, esse resultado aponta 80% de acertos.
Qual o percentual de pessoas realmente portadoras do vírus, dentre
aquelas que o teste classificou como portadoras? Para chegar a essa solu-
ção, considere que o teste foi aplicado aos habitantes da cidade. O núme-
ro de testes que indicou a presença do vírus é apresentado na equação
a seguir.
0 ,9 x 0 ,1 x I 0 ,2 x 0 ,9 x I
+ = 0 ,09 I + 0 ,18 I = 0 ,27 I
90% dos que realmente são portadores 20% dos não − portadores
xI 0 ,2 x 0 ,9 x I
+ = 0 ,09 I + 0 ,18 I = 0 ,27 I
e são portadores 20% dos não − portadores
Onde:
0,9 = (90/100=0,9) ou 90%, presença do vírus em 90% dos acertos;
0,1 = (10/100=0,1) ou 10%, 10 por cento da população com vírus da dengue;
0,2 = (20/100=0,2) ou 20%, 20 por cento dos não-portadores do vírus;
I = habitantes.
Com base no cálculo que você acabou de ver, pode-se concluir que:
a) são portadoras do vírus 0,09 I pessoas;
b) 0,09 I /0,27 I = 1/3, ou seja, aproximadamente (≈) 33,3% das pessoas
que o teste classificou são portadoras do vírus.
Esse dado aponta que uma pessoa que realizou o teste e foi classificada como
portadora, tem grande possibilidade de ser um “falso-positivo”, uma vez que
quando um indivíduo realiza um teste como este, cujo resultado é positivo, os
médicos recomendam realizar um novo teste a fim de certificarem-se.
Ainda sobre o cálculo realizado acima, você percebeu que o número de testes
que indicaram a ausência do vírus foi de 0,73 I e, dentre esses, 0,72 I não são por-
7 Estatística
87
7.4 Variáveis
São variáveis que remetem a valores expressos em números. Elas podem ser
discretas ou contínuas. Compreenda melhor observando os exemplos a seguir.
a) População: número de alunos de uma escola.
Variável contínua: altura dos alunos.
b) População: parafusos produzidos por uma indústria.
Variável quantitativa contínua: diâmetro, tipo de rosca (métrica ou polega-
da), comprimento ou massa.
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
88
São variáveis cujas respostas podem ser organizadas por categorias, sendo
que cada uma delas é independente, sem nenhuma relação com as outras como,
por exemplo: sexo (masculino, feminino), raça (branco, preto, outro), etc.
São variáveis cujas categorias mantêm uma relação de ordem com as outras,
podendo ser regulares ou não. Para tanto, existe uma ordem natural entre essas
categorias, como por exemplo: classe social (alta, média, baixa), percepção de de-
sempenho em matemática (péssimo, ruim, regular, bom, ótimo), etc.
No tratamento estatístico das variáveis categóricas, não existe diferença se ela
for nominal ou ordinal. A única observação é que quando você está lidando com
uma variável ordinal, aconselha-se manter a ordem natural das categorias no mo-
mento da apresentação, de menor para maior, seja em tabela ou em gráficos.
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
90
São variáveis candidatas a explicar a(s) variável (eis) dependente(s), cujos efei-
tos se quer medir. Mesmo que você encontre relação entre as variáveis depen-
dentes e independentes, não significa necessariamente que se trata de uma rela-
ção de causa.
Como na variável dependente um fator depende do outro, na variável inde-
pendente, os fatores analisados são os fatores geradores das variáveis dependen-
tes. Ex.: a própria manutenção preventiva.
7 Estatística
91
São variáveis cujo valor numérico atual é determinado por probabilidades. Por
exemplo: X corresponde à pontuação na escala de atitudes em relação à Estatísti-
ca, Y corresponde ao número de disciplinas reprovadas em Estatística, e assim por
diante. Observe que o resultado depende do aluno selecionado.
“A variável aleatória tem uma distribuição de probabilidades associada, o que
permite calcular a probabilidade de ocorrência de certos valores.” (DOWNING e
CLARK, 2006)
Você pode verificar no quadro a seguir os tipos de variáveis de uma pesquisa.
185,00 2
195,00 4
196,00 1
198,00 4
199,00 1
203,00 3
205,00 2
212,00 1
215,00 2
Recapitulando
Anotações:
Apresentação Gráfica de Dados
8.1 Tabelas
Para dar início ao estudo das tabelas, observe a seguir um exemplo que repre-
senta a população brasileira em 2010, segundo o IBGE.
População
Região
em 2010
Brasil 190 073 788
Norte 15 820 347
Rondônia 1 550 300
A informação central de uma tabela deve ser, portanto, o dado numérico e to-
dos os outros elementos que a compõem devem ter a função de complementá-lo
e explicá-lo. Caso isso não ocorra, então você não elaborou uma tabela, mas um
quadro ou outro elemento qualquer.
Tabelas devem ser precedidas ou seguidas de uma análise, ou seja, não devem
aparecer soltas em um trabalho científico. Em alguns casos, podem ser inseridas
em anexos ou apêndices.
Toda tabela deve ter moldura, sem traços verticais que a delimitem à esquerda
e à direita e com no mínimo 3 espaços horizontais para estruturar os dados numé-
ricos, separando o topo, o cabeçalho e o rodapé.
Como você pode perceber, para elaborar uma tabela é necessário seguir al-
gumas especificações. A principal delas é que uma tabela deverá apresentar um
dado numérico e todas as outras informações contidas nela deverão ter relação
com este dado.
8.2 Gráficos
População
Região
em 2010
Nas figuras a seguir, você poderá observar a apresentação de dados para ob-
tenção de gráficos.
8.3 Histograma
Na tabela a seguir, você poderá observar na primeira coluna a idade dos alu-
nos e na segunda, a frequência de alunos, onde foi coletada a idade de 34 alunos.
22 anos 2
23 anos 1
24 anos 16
25 anos 10
Mais 25 2
CASOS E RELATOS
Média aritmética
∑ni =1 x i ∑x
x= =x=
n S
∑ ni=1x i ∑x
x= =x=
n S
x1 + x 2 + x 3 + x 4 + x 5 5 + 8 + 9 + 10 + 13
x= =x= =9
5 5
b) Dados agrupados
Quando dados são agrupados numa certa distribuição de frequências, deter-
mina-se a média aritmética dos dados x1, x2, xn, ponderadas pelas respectivas
frequências f1, f2, fn. Veja a seguir qual é a fórmula para o cálculo de dados agru-
pados.
x=
∑ni=1 xi . ƒi
ou x =
∑ x.ƒ
∑i = 1 ƒ
n
i
∑ƒ
8 Apresentação gráfica de dados
105
CASOS E RELATOS
8 10 80
9 11 99
10 8 80
5 1 5
6 15 90
x=
∑ni=1 xi .ƒ1
ou x =
∑ x.ƒ
∑
n
= ƒi
i 1
∑ƒ
x1 ƒ1+ x 2 ƒ2 + x 3 ƒ3 + x 4 ƒ 4 + x 5 ƒ5
x=
ƒ1 + ƒ2 + ƒ3 + ƒ 4 + ƒ5
80 + 99 + 80 + 5 + 90 354
x= = = 7,87
10 + 11+ 8 + 1+ 15 45
Agora que você já possui a média das notas dos alunos, veja a seguir
como utilizar o Excel para facilitar a realização desta operação e conferir
os resultados.
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
106
Notas Nº Alunos ( f )
0-2 150
2-4 175
4-6 175
6–8 150
8 - 10 100
x =A+
∑ƒ d 1 1
∑ƒ 1
Veja a seguir um exemplo de como aplicar essa fórmula para calcular a média
aritmética pelo processo breve.
3 175 -2 -350
A5 175 0 0
7 150 2 500
9 100 4 400
750 -50
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
108
d=
∑ƒ d
1 1
=
− 50
= -0,066666667
∑ƒ 1 750
Ao final deste capítulo, você viu que tabelas, gráficos e histogramas são for-
mas de apresentação de dados estatísticos, que tornam visivelmente mais claros
dados e resultados encontrados em nossos trabalhos. Viu também que o Excel é
uma ferramenta que auxilia no cálculo das médias, contribuindo para a apresen-
tação de resultados simplificados.
No último capítulo deste livro didático, você poderá conhecer outros recursos
que o Excel apresenta para auxiliar na construção de planilhas.
Recapitulando
Anotações:
Ferramentas
Neste último capítulo, serão apresentados alguns recursos sobre planilhas eletrônicas de
cálculo, em especial o Microsoft Excel 2007, aquela ferramenta que você conheceu nos capítu-
los anteriores.
O Excel é um dos programas de planilha eletrônica mais conceituados no mercado atual.
Com ele é possível trabalhar desde conceitos básicos até a manipulação de gráficos e tabelas.
Ao final deste capítulo você terá subsídios para:
a) utilizar ferramentas computacionais para auxiliar na produção de conteúdo relativo a ta-
belas e gráficos, utilizando um programa de planilha eletrônica.
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
112
Para utilizar uma planilha de cálculo, basta clicar em uma célula e digitar um
conteúdo. Você perceberá que, dependendo do tamanho do conteúdo, o tama-
nho da célula pode variar e inclusive pode aumentar de tamanho. Mas não se pre-
ocupe, isso não significa que o conteúdo foi digitado fora da célula. O conteúdo
digitado na célula permanecerá na célula.
Caso seja necessário editar um conteúdo digitado anteriormente, você poderá
clicar novamente na célula desejada e pressionar a tecla F2. Outra opção de edi-
ção é clicar duas vezes com o botão esquerdo do mouse para corrigir o conteúdo
desejado.
Sempre que for necessário apagar o conteúdo de uma célula você pode usar a
tecla delete. Para isso, basta selecionar a célula desejada e pressionar a tecla. Mas
tome cuidado para não apagar nada desnecessário!
Em planilhas eletrônicas também é possível formatar as fontes do mesmo
modo que um editor de textos. De uma forma geral, existem formatações para
fonte, estilo de fonte, tamanho, cor e diversas outras opções.
Mas o que significa formatar uma fonte?
Um formato de fonte é um tipo de letra que é identificado pelo nome dela,
como por exemplo: Arial, Comic Sans MS, Tahoma ou Verdana. A variação da for-
matação da fonte pode ser também sobre o estilo ou forma que ela poderá apre-
sentar como, por exemplo, o itálico, o negrito e o sublinhado.
Você poderá variar a forma das fontes cujo estilo já foi apli-
cado.
SAIBA Se você aplicou o estilo negrito para determinada palavra,
MAIS saiba que essa mesma palavra também poderá estar em
itálico. Nesse caso, se tem uma fonte em negrito e itálico ao
mesmo tempo (planilha).
No caso de você ter uma palavra ou fonte sublinhada, esta poderá apresentar-
-se da seguinte forma: simples, duplo, tracejado ou pontilhado. Tente usar pelo
menos alguns para experimentar!
As possibilidades de transformação das fontes são muitas, uma vez que as le-
tras são variações de pontos. Por tal motivo, quanto maior o tamanho da letra,
mais pontos a fonte possui.
Assim como as formas das letras criam um diferencial naquilo que se deseja
destacar, as cores das fontes também terão a função de realçar o texto da plani-
lha e são baseadas em uma combinação RGB. Essa sigla é utilizada para informar
quais são as cores que compõem o sistema de visualização de cores dos monito-
res: R= Vermelho, G = Verde e B = Azul.
CÁLCULOS APLICADOS À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
114
Conforme necessário, você poderá utilizar alguns destaques nas palavras, por
exemplo, o subscrito, o sobrescrito, o tachado entre outras possibilidades.
Outra alternativa importante, para fazer render o trabalho na formatação de
planilhas, é o recurso de autoformatação, bastante utilizado para alterar de forma
rápida as formatações de toda uma tabela ou de um intervalo entre células. Tem
como função transformar, de forma simples, diversas formatações simultanea-
mente. Veja adiante como você pode aplicar os recursos estudados sobre plani-
lha eletrônica.
No Microsoft Excel 2007, os estilos são utilizados para formatar automatica-
mente uma tabela ou intervalo de células. Para tanto, você deve selecionar a ta-
bela que quer formatar. Em seguida, pressione a aba Início e procure pelos ícones
Estilos de célula e Formatar como Tabela.
Você pode alterar os estilos de várias células ou de apenas uma. Experimente
fazer você mesmo e confira como é fácil!
Sem dúvida, uma boa planilha eletrônica é uma poderosa ferramenta no mer-
cado de trabalho, mas de nada adiantará utilizá-la apenas como um programa
para formatar tabelas.
Antes de qualquer coisa, é necessário entender o que é um tipo de dado. Um
número digitado como 215,32 é diferente de 215.32, da mesma forma como a
vírgula e o ponto representam informações diferentes. Com o Excel, a lógica é a
mesma: o programa também compreenderá diferentes tipos de informação para
planilhas. Experimente, por exemplo, digitar apenas números em uma célula e
em outra digitar números com letras, depois veja o que acontece.
Além das diversas possibilidades que o recurso das planilhas eletrônicas apre-
senta, é possível ainda utilizá-las para organizar, catalogar, filtrar e agrupar infor-
mações, caso seja necessário. Você pode, por exemplo, organizar uma lista de
compras de parafusos por bitola1, ou por tamanho, fabricante, enfim, qualquer
detalhe que torne um item da lista diferente dos demais.
Veja na figura a seguir um modelo de planilha cujas informações, por serem
diferentes, apresentam colunas e células em cores diferentes.
9 Ferramentas
115
2 trigonometria Você pode perceber que por meio da guia Dados, foi possível ordenar a lista
por tamanho. Para isso, bastou selecionar toda a lista, pressionar o botão Classi-
É um segmento da
matemática que estuda as ficar, em seguida escolher o parâmetro tamanho e depois confirmar a operação.
relações entre as medidas
de dois lados de um Outra forma interessante de visualizar a planilha é agrupar as informações por
triângulo e os possíveis
valores para seus ângulos parâmetros comuns. No exemplo acima, é possível organizar a planilha agrupan-
agudos. do por fabricante, tamanho, tipo ou ainda, o nome do parafuso. Foi necessário,
então, utilizar o botão Subtotal para este comando. Você poderá também utilizar
os recursos Agrupar e Desagrupar, que servem para agrupar as informações de
acordo com o resultado desejado.
E não para por aqui! As planilhas eletrônicas apresentam outro recurso bastan-
te eficaz: o de visualizar apenas um tipo específico de informações de uma tabela,
por meio dos filtros. A opção Filtro, que consta na guia Dados, auxilia bastante
na hora de buscar informações que estejam organizadas em várias colunas, es-
tando as linhas desordenadas ou não.
Para permitir que uma informação seja digitada apenas em um determinado
formato ou tipo de dado, a opção Validação de Dados é utilizada. Nesse caso, é
possível restringir que uma célula aceite apenas uma determinada faixa de valo-
res, por exemplo, números entre 5 e 10, ou apenas números positivos, ou ainda,
apenas números, horas, texto, enfim, as opções são inúmeras.
Você já parou para pensar o que diferencia uma calculadora de uma planilha
eletrônica?
Tratam-se de ferramentas diferentes, e uma das principais características das
planilhas é a utilização de fórmulas. Ao abrir uma planilha eletrônica, normalmen-
te o programa já é carregado com uma planilha em branco. De uma forma sim-
ples e prática, você é capaz de compreender como utilizar fórmulas para tornar
mais dinâmico o seu trabalho.
As fórmulas em uma célula são um modo de mostrar que todo o conteúdo
desta célula é calculado com base nos valores contidos em outras células. Primei-
ramente, é necessário separar as informações por linhas e colunas e organizá-las
por tipo, conforme pode ser visto no exemplo a seguir. Abra o programa em seu
computador e procure acompanhar a construção de uma planilha.
Diego Fernandes (2011)
Repare que não foi digitada nenhuma informação, apenas a planilha em branco.
Para compreender o uso de fórmulas em planilhas eletrônicas, é apresentado
a você um exemplo bastante simples na figura a seguir, onde foi realizada a soma
automática de todos os itens da linha 2 na célula subtotal dessa linha. Em seguida,
foi efetuada a soma automática de todos os itens do mês de janeiro, gerando um
subtotal deste mês cujo resultado deve aparecer na célula B6.
Entende-se que o subtotal de janeiro, nessa situação, seria a somatória da cé-
lula B2 (coluna B e linha 2) com a célula B3, somada à célula B4, mais a célula B5.
Para chegar a esse resultado na célula B6, que é onde se deseja que o resultado
apareça, você deverá digitar =B2+B3+B4+B5 e pressionar a tecla Enter. Como
você já viu, a célula B6 depende dos valores das células B2, B3, B4 e B5.
Mas estas células não formam uma sequência?
Quando há a possibilidade de utilizar uma mesma sequência de células, é in-
teressante usar o intervalo, nesse caso, de B2 até B5, representado pelo sinal de
2 pontos (:), ou seja, (B2:B5). Para simplificar o procedimento, ao invés de digitar
vários sinais de mais (+), você pode trocar pela soma. Veja como essa operação é
possível visualizando a figura a seguir.
Diego Fernandes (2011)
CASOS E RELATOS
Garcia pode utilizar uma das várias opções de gráficos que uma planilha
eletrônica padrão de mercado oferece. O programa de planilha eletrôni-
ca “reconhece” o padrão existente na tabela de dados e transforma estes
em gráfico, de acordo com o tipo de gráfico escolhido. O tipo escolhido
9 Ferramentas
119
Outro gráfico bastante comum de ser utilizado é aquele cujo formato lembra
uma pizza. Esse tipo de gráfico é útil quando se deseja comparar um item em
específico, que faça parte de um grupo. Por exemplo, quando um item de um
estoque é comparado aos demais itens. Nesse caso, esses itens são separados
proporcionalmente, de acordo com a tabela, e podem ser apresentados em per-
centuais ou numericamente.
Independente do tipo de gráfico que você irá gerar, é importante ter a certeza
do que realmente deseja informar. Você pode evitar, por exemplo, utilizar um
gráfico de pizza para apresentar as notas de um boletim escolar. Para esse caso,
uma boa sugestão é usar um gráfico de linhas ou colunas para mostrar as notas
do boletim, pois assim as informações de maior importância ficam claras e o cál-
culo utilizado passa a ser de fácil compreensão.
Recapitulando
Anotações:
Referências
Reginaldo Motta é graduado em Administração de Empresas pela UNERJ Jaraguá do Sul e pós-
-graduado em Engenharia de Produção pela Fundação Universitária de Blumenau (FURB). Tam-
bém possui graduação em Tecnólogo de Fabricação Mecânica pelo IFSC Jaraguá do Sul e ainda,
formação técnica em Mecânica, Desenhos e Projetos pela Associação Beneficente da Indústria
Carbonífera de Santa Catarina (SATC).
Atua na área de metal mecânica, em engenharia de processos, desenvolvimento de produtos,
projetos mecânicos, metrologia, melhoria contínua, controle da qualidade e controle estatístico
de processo (CEP).
Índice
B
Bitola 112, 114
E
Equação 42, 56, 60, 68, 70, 42
G
GPS 18
L
Laser 18
Legenda 118, 119
P
planejamento 14
Polegada 20, 37, 87
T
Trigonometria 116, 117
SENAI – Departamento Nacional
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
Diana Neri
Coordenação Geral do Desenvolvimento dos Livros
Beth Schirmer
Coordenação do Núcleo de Desenvolvimento
Gisele Umbelino
Coordenação de Desenvolvimento de Recursos Didáticos
i-Comunicação
Projeto Gráfico