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Saúde e
Segurança
do trabalho
Série Segurança do Trabalho
Saúde e
Segurança
do trabalho
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
saúde e
segurança
do trabalho
© 2012. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
__________________________________________________________________
S491s
ISBN
CDU: 614.8
_____________________________________________________________________________
SENAI Sede
2 Inspeção de segurança.................................................................................................................................................13
2.1 Definição.........................................................................................................................................................15
2.2 Tipos..................................................................................................................................................................15
2.3 Relatórios.........................................................................................................................................................17
2.4 Verificação.......................................................................................................................................................20
3 Gestão de emergência..................................................................................................................................................27
3.1 Definição.........................................................................................................................................................28
3.2 Emergência.....................................................................................................................................................28
3.2.1 Tipos................................................................................................................................................28
3.2.2 Identificação de cenário..........................................................................................................29
3.2.3 Plano de emergência................................................................................................................30
3.2.4 Simulados.....................................................................................................................................31
3.2.5 Brigadas.........................................................................................................................................33
3.3 Primeiros-socorros.......................................................................................................................................35
4 Equipamentos de proteção.........................................................................................................................................39
4.1 Definição.........................................................................................................................................................40
4.2 Tipos..................................................................................................................................................................40
4.2.1 Individual – EPI............................................................................................................................40
4.2.2 Coletiva – EPC..............................................................................................................................44
5 Leiaute de ambientes....................................................................................................................................................49
5.1 Mapa de abandono de área.....................................................................................................................50
5.2 Mapa de risco.................................................................................................................................................54
5.3 Avaliação do ambiente utilizando instrumentos de medição.....................................................57
5.4 Estatísticas de acidentes............................................................................................................................74
5.4.1 Taxa de frequência de acidentes..........................................................................................75
5.4.2 Taxa de gravidade de acidentes...........................................................................................77
6 Espaço confinado...........................................................................................................................................................81
6.1 Definição.........................................................................................................................................................82
6.2 Onde são encontrados espaços confinados e quais os tipos.......................................................83
6.3 Riscos e medidas de segurança...............................................................................................................83
7 Trabalho em altura.........................................................................................................................................................89
7.1 Definição.........................................................................................................................................................90
8 Ergonomia.........................................................................................................................................................................97
8.1 Definição.........................................................................................................................................................98
Palavras do autor............................................................................................................................................................. 109
Referências......................................................................................................................................................................... 111
Índice................................................................................................................................................................................... 117
Introdução
Carga
Carga
Módulos Denominação Unidades curriculares horária
horária
módulo
• Fundamentos de Saúde e Segurança
Introdutório Introdutório 16h 16h
do Trabalho
• Reconhecimento e planejamento
16h
de ações educativas de segurança
• Coordenação de ações e aplicação de progra-
Saúde e Segurança 20h
Específico I mas em Saúde e Segurança do Trabalho 114h
do Trabalho • Planejamento de ações em Saúde
12h
e Segurança do Trabalho
Dreamstime (2012)
4 Tutela
Proteção, amparo.
2 INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
15
2.1 DEFINIÇÃO
2.2 TIPOS
Há vários tipos de inspeção. Elas podem ser: gerais ou parciais, rotineiras, peri-
ódicas ou eventuais, oficiais ou especiais. Veja a seguir as definições de cada uma
delas:
SAÚDE E SEGURANÇA dO TRABALHO
16
Dreamstime (2012)
Agora que você aprendeu quais são os tipos de inspeções, vamos conhecer os
tipos de relatórios que são elaborados na área de Segurança do Trabalho.
2 INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
17
2.3 RELATÓRIOS
Note que, uma vez realizada a inspeção, você precisará registrar as irregulari-
dades encontradas por meio de comunicação interna destinada ao seu superior
imediato, ao gestor da área inspecionada, com cópias para a CIPA e para o Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança em Medicina do Trabalho – SESMT.
A partir da inspeção de segurança, surgirá a necessidade de um estudo mais
aprofundado desta operação. Veja a seguir um modelo de relatório de inspeção
de segurança.
Condição a corrigir:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
Ação recomendada:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
Observações:
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
Data: Hora:
Local:
Atividade:
Responsável:
Nº de colaboradores:
Nº de atos inseguros:
Nº de condições inseguras::
Itens de verificação
Atos cond.
Item sim não n/a observações
inseguros insegura
EPIs
Olhos
2 INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
19
Orelha
Cabeça
Braços e mãos
Pernas e pés
Sistema respiratório
Tronco
Itens de verificação
Atos cond.
Item sim não n/a observações
inseguros insegura
Atingindo / sendo
atingido
Caindo
Preso entre
Corrente elétrica
Inalando /
engolindo
Super esforço
Ergonomia
Postura
Manuseando peso
Layout da área de
trabalho
Vibração
Iluminação
Ruído
Ferramentas
Adequadas para o
trabalho
Usadas
adequadamente
Em condições
adequadas
Organização
Local de guarda de
material
Limpeza
SAÚDE E SEGURANÇA dO TRABALHO
20
Itens de verificação
Atos cond.
Item sim não n/a observações
inseguros insegura
Organização
Identificação de
materiais
Somatória:
Comentários adicionais:
2.4 VERIFICAÇÃO
d) equipamentos de transporte;
e) condições ambientais;
f) equipamentos de proteção individual e coletiva;
g) inflamáveis;
h) vestuário.
código seg-fr/09
Checklist inspeção de segurança do trabalho
folha:1/3 Revisão: oo
Local da inspeção:
Participantes:
Assuntos S N P N/A
Encontra-se em dia?
Manutenção em dia?
Produtos Químicos
Possui estoque de produtos quími-
cos?
Máquinas e Equipamentos
Ferramentas Manuais
código seg-fr/09
Checklist inspeção de segurança do trabalho
folha:2/3 Revisão: oo
Assuntos S N P N/A
Aprendizagem de Materiais
Possui local específico para armaze-
namento de materiais?
Encontra-se em dia?
Livres de obstáculos?
código seg-fr/09
Checklist inspeção de segurança do trabalho
folha:3/3 Revisão: oo
Assuntos S N P N/A
Escritório
Passagens entre máquinas e móveis
estão livres e desimpedidas?
Fios de máquinas em boas condi-
ções e fora das passagens? Livres de
objetos?
Cadeiras e mesas com pés em bom
estado?
Ventiladores possuem grade de
proteção?
Eletricidade
As tomadas, caixas e painéis
elétricos possuem indicação de
voltagem?
As exigências mínimas da NR 18
estão sendo cumpridas (equipa-
mentos / instalações)?
Recapitulando
3.1 DEFINIÇÃO
3.2 EMERGÊNCIA
3.2.1 TIPOS
Emergências naturais:
São emergências causadas por
fenômenos naturais.
Fogo e explosão:
São emergências provocadas por fogo
e explosões.
Acidentes de trânsito:
É a emergência provocada por um
acidente de trânsito.
Prevenção Prontidão
3.2.4 SIMULADOS
3.2.5 BRIGADAS
Dreamstime (2012)
A norma NBR 14276 (ABNT, 2006) informa que a brigada de incêndio deve ser
organizada funcionalmente da seguinte forma:
a) Brigadistas: são os membros da brigada;
b) Líder: é o responsável pela coordenação e execução das ações de emergência
em sua área de atuação, pavimento ou compartimento. É escolhido entre os
brigadistas após serem aprovados para o cargo por meio de processo seletivo;
c) Chefe da brigada: é o responsável por uma edificação com mais de um pavi-
mento ou compartimento. É escolhido entre os brigadistas após serem apro-
vados para o cargo por meio de processo seletivo;
SAÚDE E SEGURANÇA dO TRABALHO
34
Dreamstime (2012)
Líder
3.3 PRIMEIROS-SOCORROS
Quando a emergência tem pessoas feridas como saldo, segundo NBR 15219
(ABNT, 2005, p. 5), deve-se: “Prestar primeiros socorros às possíveis vítimas, man-
tendo ou restabelecendo suas funções vitais com SBV (suporte básico da vida) e
RCP (reanimação cardiopulmonar) até que se obtenha o socorro especializado.”
Quem presta os primeiros socorros, geralmente os brigadistas, reconhece e
valoriza o sentido da vida e da saúde. Consequentemente, dá importância ao res-
peito e à solidariedade com as pessoas acidentadas. Um socorrista também sabe
que as duas primeiras horas após um acidente são fundamentais para garantir a
sobrevida ou a recuperação adequada das vítimas, pois é nesse período que um
atendimento adequado pode fazer a diferença entre a vida e a morte. Os primei-
ros socorros também são destinados a situações menos graves, com a finalidade
de controlar possíveis agravamentos.
Dreamstime (2012)
Muitas pessoas não agem perante uma emergência porque não se sentem
preparadas, porque desconhecem a necessidade de agir prontamente ou por-
que esperam que o atendimento de um socorrista, como aqueles pertencentes
ao Corpo de Bombeiros ou Samu, atendam rapidamente à emergência. Todos
podem prestar os primeiros socorros (e em alguns casos, inclusive salvar vidas),
desde que tenham capacitação necessária, pois um atendimento inadequado
pode agravar a situação e colocar vidas em risco.
Recapitulando
Neste novo capítulo, você saberá como é possível a prevenção de acidentes e doenças do
trabalho por meio da utilização de equipamentos de proteção. Saberá também quais equipa-
mentos utilizar, os cuidados que deverá ter quanto à validade, ao certificado de aprovação do
equipamento de proteção individual (EPI) no Ministério do Trabalho e Emprego e aos registros
dos equipamentos fornecidos pela empresa ao trabalhador.
E então, ficou interessado(a) no assunto? Vamos aprender juntos sobre segurança do traba-
lho em mais um capítulo e tornar seus conhecimentos nesta área ainda mais proveitosos.
Ao final deste capítulo, você terá a capacidade para:
a) avaliar equipamentos de proteção;
b) conhecer os tipos de EPIs e EPCs e suas respectivas fichas e registros;
c) seguir legislação, normas e procedimentos;
d) comunicar-se de forma clara e objetiva;
e) prever consequências;
f) ter atenção a detalhes;
g) ter comportamento ético;
h) ter proatividade;
i) zelar pelo asseio pessoal.
SAÚDE E SEGURANÇA dO TRABALHO
40
4.1 DEFINIÇÃO
4.2 TIPOS
Reduzir/eliminar
Reduzir/eliminar os Protetores de
Dreamstime (2012)
Ouvido riscos decorrentes dos inserção ou
ruídos excessivos externos
Reduzir/eliminar os
riscos de respingo ou
Tronco Aventais
Dreamstime (2012)
Reduzir/eliminar os
Dreamstime (2012)
Reduzir/eliminar os
Bruno Lorenzzoni (2012)
Reduzir/eliminar os
Bruno Lorenzzoni (2012)
Se não restam dúvidas quanto à necessidade do uso dos EPIs, vamos conhecer
com detalhes as características dos EPCs.
Recapitulando
Foi fácil chegar até aqui, não é mesmo? Neste capítulo, vimos a diferen-
ciação entre equipamento de proteção individual (EPI) e equipamento
de proteção coletiva (EPC), alguns exemplos e a importância de seu uso.
SAÚDE E SEGURANÇA dO TRABALHO
46
Anotações:
Leiaute de ambientes
Iniciando mais um tema de nosso estudo, neste capítulo, veremos como simbolizar os riscos
por meio de formas, cores, indicações e rotas de fugas de forma normatizada. O mapa de aban-
dono de área ou evacuação é um plano que aborda todas as potenciais situações de risco que
poderão ocorrer no seu local de trabalho, mostrando um plano de rota que indica um caminho
de deslocamento para um local seguro; enquanto o mapa de risco mostra os riscos potenciais e
quais são eles. Serão apresentados de forma objetiva: a finalidade do mapa de abandono de área;
o mapa de risco; a simbologia das cores; o leiaute de área; e os símbolos de alerta com represen-
tações gráficas de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho, pois esses fatores são
capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores, acidentes e doenças de trabalho.
Dessa forma, ao final deste capítulo, você será capaz de:
a) avaliar leiautes de ambientes;
b) desenvolver mapa de risco;
c) avaliar o ambiente utilizando os instrumentos de medição;
d) aplicar e interpretar Estatística de Acidentes;
e) interpretar Taxas de Frequência de Acidentes e Taxas de Gravidade;
f) ter senso investigativo e rigor técnico;
g) prever consequências;
h) desenvolver a habilidade de síntese e de argumentação;
i) ter flexibilidade e proatividade;
j) ter raciocínio lógico;
k) trabalhar em equipe.
Vamos fazer de nossos estudos uma forma de construção do conhecimento por meio de
muitas descobertas? Para isso, a partir de agora, preste atenção nas denominações.
SAÚDE E SEGURANÇA dO TRABALHO
50
Evacuação das
pessoas
sim
Pessoal pré-definido
(auxiliados pelos
bombeiros)
Thiago Rocha (2012)
Saída mais próxima Saída mais próxima Saída mais próxima Saída mais próxima
Evacuação das
pessoas
Dreamstime (2012)
Figura 14 - Placa indicativa de saída de emergência
Setor A
Setor D
Setor B
Banheiro
Setor C
Expedição
Escritório
Neste momento, é importante que os conceitos vistos até agora estejam bem
solidificados em seu aprendizado para que não sejam confundidos com os que
veremos a seguir. Se restar alguma dúvida, volte e releia o texto para eliminá-la.
Em seguida, continue seus estudos. Bom proveito!
SAÚDE E SEGURANÇA dO TRABALHO
54
4 Grande
5 LEIAUTE DE AMBIENTES
55
2 Médio
1 Pequeno
No quadro a seguir, você pode visualizar toda a descrição dos riscos ambientais:
Arranjo físico
Ruídos Poeiras Vírus Esforço físico intenso
inadequado
Levantamento e Máquinas e
Vibrações Fumos Bactérias transporte equipamentos
manual de peso sem proteção
Ferramentas
Radiações Protozo- Exigência de postura
Neblinas inadequadas ou
ionizantes ários inadequada
defeituosas
Radiações não Controle rígido da Iluminação
Gases Fungos
ionizantes produtividade inadequada
Imposição de
Frio Vapores Parasitas Eletricidade
ritmos excessivos
Substâncias,
Probabilidade
compostos ou Trabalho em turnos
Calor Bacilos de incêndio
produtos químicos diurno e noturno
ou explosão
em geral
Pressões e Jornada de trabalho Armazenamento
- -
anomalias prolongada inadequado
Monotonia e Animais
Umidade - -
repetitividade peçonhentos
Outras situações
Outras situações de risco que
- - - de estresse físico poderão contribuir
e/ou psíquico para ocorrência
de acidentes
Risco Mecânico
Risco Químico Leve
Simbologia das Cores Leve
Risco Ergonômico
Risco Biológico Leve Risco Físico Leve
Leve
Almoxarifado
Administração CPD
BWC
Jardim
Refeitório
Linha de montagem
Denis Pacher (2012)
Cozinha
Despensa
Tornearia e Soldagem Depósito
Agora que você conheceu os tipos de riscos e as cores que são utilizadas para
demonstrar a gravidade de acordo com cada um, saberá como elaborar um mapa
de risco. Vamos passar para mais uma etapa do aprendizado sobre os riscos am-
bientais, está preparado?
Os agentes ambientais são classificados pela NR 15, como agentes físicos, quí-
micos e biológicos. Conforme Fantazzini et al. (2007, p. 19) citam, “essa considera-
ção pode ser ampliada, levando em conta outros fatores de estresse ocupacional,
como aqueles considerados na ergonomia, por exemplo (que também podem
causar desconforto e doenças).”
Os agentes físicos são classificados em excesso de ruído, vibrações, calor/frio
(interações térmicas), radiações ionizantes e não ionizantes e níveis anormais de
pressão.
Os agentes químicos são classificados em gases, vapores e aerodispersóides
(estes últimos, por sua vez, são subdivididos ainda em poeiras, fumos, névoas,
neblinas e fibras).
Os agentes biológicos são representados por todas as classes de micro-orga-
nismos patogênicos (algumas vezes adicionados de organismos mais complexos,
como insetos transmissores de doenças e animais peçonhentos): vírus, bactérias
e fungos.
A American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH) diz
que:
5 LEIAUTE DE AMBIENTES
59
Dreamstime (2012)
Figura 18 - Exposição a ruídos
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Ecotest (2012)
Cabeça
3 Afecção 20-30 Hz
Olho
Doença, enfermidade; 20-90 Hz
qualquer fenômeno
patológico que ocorre no Parede toráxica
corpo humano. 50-100 Hz
Ombro
4-5 Hz Antebraço
16-30 Hz
Braço
4 Nervos periféricos 5-10 Hz
Mão
São aqueles que estão 30-50 Hz
fora do sistema nervoso Coluna vertebral
central (cérebro e medula 10-12 Hz
espinhal). Abdômen
4-8 Hz
Senai (2012)
Figura 22 - Dispositivos para acelerômetro para medir a vibração em partes do corpo
dores, efeitos adversos nas costas ou, ainda, incapacidade para operar adequada-
5 Balão de Erlenmeyer mente veículos terrestres.
É um frasco de vidro A Diretiva 2002/44/EC estipula os níveis de ação e limites de exposição para
ou plástico em formato
de balão, usado como vibrações de corpo inteiro e de mãos e braços. Veja mais na tabela seguinte.
recipiente em laboratórios
de Química. Sua parede em Tabela 6 - Limites de exposição a vibrações
forma de cone invertido
evita que o líquido em seu Nível de Ação Limite de exposição
interior espirre para fora.
Mãos e braços 2.5 m/s² 5.0 m/s² A (8)
Corpo inteiro 0,5 m/s² A (8) ou 9,1 VDV 1,15 m/s² A (8) ou 21 VDV
6 Tripé Fonte: Vendrame (2011)
É um aparelho de três Agora que já conhecemos métodos de avaliação de ruído e vibração, partimos
pés ou escoras, sobre o
qual podem ser apoiados para outro agente de risco físico, o calor. Interessante? Vamos em frente!
diferentes tipos de objetos,
conforme a aplicação Você sabia que o excesso de calor é um risco físico encontrado na maioria das
de seu utilizador. O empresas de siderurgia, metal mecânica e tecelagem, por exemplo? É isso mesmo!
posicionamento dos três
pés, distantes do centro
vertical, permite alavancar Os efeitos do excesso de calor no corpo humano podem ser devastadores,
melhor o tripé para resistir a como, por exemplo, desidratação, câimbras, choques térmicos ou exaustão por
forças laterais.
calor excessivo. Dessa forma, é necessário observar os riscos da exposição dema-
siada ao calor a que os trabalhadores possam estar sujeitos, para eliminá-los ou
neutralizá-los. Além das doenças, outro aspecto relevante que interfere no de-
sempenho do trabalhador é o estresse em virtude dessa alteração térmica.
Segundo a NR 15 (BRASIL, 2011), para medir a temperatura do ambiente labo-
ral, é preciso utilizar um conjunto de termômetros, que são: termômetro de bulbo
úmido (tbn), de bulbo seco (tbs) e o termômetro de globo (tg).
a) Termômetro de Globo (Tg): composto por uma esfera oca de cobre, pinta-
da externamente de preto fosco, um termômetro de mercúrio com escala de
+10ºC a +150ºC e precisão mínima de leitura de ±0,1ºC;
b) Termômetro de Bulbo Úmido Natural (Tbn): composto de um termôme-
tro de mercúrio com escala de +10ºC a +50ºC e precisão mínima de leitura de
±0,1ºC, um balão de Erlenmeyer5 de 125ml, contendo água destilada, pavio
de algodão com alto poder de absorção de água e um tripé6 do tipo teles-
cópico;
c) Termômetro de Bulbo Seco (Tbs), composto de um termômetro de mer-
cúrio com escala de +10ºC a +50ºC e precisão mínima de leitura de ±0,1ºC.
(BARBOSA, 2010).
5 LEIAUTE DE AMBIENTES
67
A exposição ao calor deve ser avaliada por meio do “Índice de Bulbo Úmido
Termômetro de Globo”– IBUTG – definido pelas equações que se seguem:
Ambientes internos ou externos sem carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg
Ambientes externos com carga solar:
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg
Porém, esses cálculos já podem ser realizados pelos equipamentos de medi-
ção ao serem feitos os ajustes corretamente. As medições devem ser efetuadas no
local onde permanece o trabalhador, à altura da região do corpo mais atingida.
Os Limites de Tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho inter-
mitente com períodos de descanso no próprio local de prestação de serviço são
descritos pelo Quadro 1 da NR 15 o qual segue na figura abaixo.
45 minutos de trabalho
30,1 a 30,5 26,8 a 28,0 25,1 a 25,9
15 minutos de descanso
30 minutos de trabalho
30,7 a 31,4 28,1 a 29,4 26,0 a 27,9
30 minutos de descanso
15 minutos de trabalho
31,5 a 32,2 29,5 a 31,1 28,0 a 30,0
45 minutos de descanso
Não é permitido o trabalho sem
a adoção de medidas adequa- acima de 32,2 acima de 31,1 acima de 30,0
das de controle
Quadro 6 - Quadro 1 da NR 15
SAÚDE E SEGURANÇA dO TRABALHO
68
O nível de iluminação pode ser mapeado de forma simples, com o objetivo de ter
uma noção de nível médio da quantidade de luz. Esse valor será o ponto de partida
para os estudos das alternativas de melhoria. Recomenda-se medir o nível de ilumi-
namento sobre as mesas de trabalho, abrangendo todo o ambiente por amostragem.
Para a determinação dos valores de iluminância, devem ser adotados os crité-
rios definidos na NBR 5413. O equipamento utilizado para as avaliações de ilumi-
nância deve ser o luxímetro.
O Luxímetro é um equipamento destinado a efetuar medições de iluminância
em ambientes com iluminação natural ou artificial, em lux (lx) ou lúmens por me-
tro quadrado – (lm/m2). Ele dispõe de um sensor fotométrico para medição de luz
visível (luz), de silício, com um filtro de correção óptica, com tratamento do sinal
de linearização ou amplificação com visor.
Figura 26 - Luxímetro
Dreamstime (2012)
tempo de amostragem é menor que cinco minutos; isso serve para verificarmos
se o valor máximo de emissão não foi atingido e também para avaliar os instantes
de maior concentração, além de fornecer informações sobre o processo. Por fim,
nas avaliações contínuas, o tempo de coleta é maior que 30 minutos; elas servem
para fazer a comparação com os LTs por meio da média ponderada no tempo.
Os instrumentos de medição utilizados para avaliação de materiais aerodis-
persóides podem ser classificados em: para coletas de agentes químicos líquidos
(névoas, neblinas); e para coleta de agentes químicos sólidos (poeiras, fumaças e
fumos metálicos).
Para poeiras, temos o amostrador gravimétrico, que consiste em uma bomba
de uso individual que mensura a quantidade de concentração de poeira no am-
biente, com capacidade de vazão de 1 a 3 litros/min. O filtro utilizado na coleta de
poeira contendo sílica é feito de PVC e possui 5μm de poro e 37mm de diâmetro,
o que permite a captura de partículas importantes do ponto de vista de retenção
do tecido pulmonar (0,5 a 10μm). O material filtrante (PVC) é o mais indicado para
a coleta desse tipo de poeira, pois possui alta eficiência de coleta, não é higroscó-
pico e não interfere no método de análise química da sílica livre, já que o teor de
cinzas após a calcinação é muito pequeno.
Já para a coleta de poeiras metálicas e/ou fumos metálicos, utiliza-se como
sistema filtrante o filtro de éster celulose tipo AA (nitrato acetato de celulose). Por
fim, para a separação de partículas, é utilizado um miniciclone com a função de
selecionar as partículas de acordo com suas dimensões, isto é, as partículas maio-
res que 10μm não passam pelo filtro. Essa separação obedece à curva de penetra-
ção das partículas no trato respiratório. (SALIBA; CORRÊA; AMARAL, 2002, p. 118).
Existem também os porta-filtros ou cassetes, que são constituídos de poliesti-
renos, podendo possuir duas ou três peças as quais deverão ser sempre vedadas
após preparação dos filtros, com bandas de celulose ou teflon, de modo a evitar
contaminações, umidade etc.
Denis Pacher (2012)
Figura 28 - Porta-filtro
5 LEIAUTE DE AMBIENTES
73
Por isso, em face do que foi mostrado é essencial identificar qual instrumento
de medição deve ser utilizado para cada caso de coleta de agentes químicos, se-
jam eles líquidos ou sólidos.
Tudo entendido até aqui? Agora que terminamos um importante tópico, va-
mos passar por mais uma etapa de aprendizado sobre segurança no trabalho, na
qual o assunto é focado em acidentes. Pronto para começar? Siga em frente!
Provavelmente, você deve ter percebido que os relatos sobre acidentes estão
cada vez mais frequentes. Em boa parte dos casos, eles são ocasionados devido a
falhas humanas, mas não se pode deixar de observar que há uma falta de cuidado
e atenção às leis que regulamentam e regem o trabalho.
Um acidente é um acontecimento casual, que resulta em ferimento, dano, es-
trago e prejuízo. São adotados dois conceitos para acidentes, o legal e o preven-
cionista.
Para analisar os acidentes, é necessário gerar as estatísticas de acidentes, as
quais levam em consideração as horas-homem de exposição ao risco de acidente,
dias perdidos, dias debitados, taxa de frequência de acidentes e taxa de gravida-
de dos acidentes.
Onde:
FA: é o resultado da divisão;
N: é o número de acidentes;
H: representa as horas-homem de exposição ao risco.
A taxa de frequência de acidentados com lesão com afastamento deve ser ex-
pressa com aproximação de centésimos e calculada pela seguinte expressão:
Onde:
FL: é a taxa de frequência de acidentados com lesão com afastamento;
NL: é o número de acidentados com lesão com afastamento;
H: representa as horas-homem de exposição ao risco.
Onde:
G: é a taxa de gravidade;
T: é o tempo computado;
H: representa as horas-homem de exposição ao risco.
Enfim, é essencial saber usar essas ferramentas para melhorar cada vez mais os
processos de trabalho, a fim de aumentar a segurança no trabalho e, consequen-
temente, a produtividade dos trabalhadores.
SAÚDE E SEGURANÇA dO TRABALHO
78
Recapitulando
Anotações:
Espaço confinado
Neste capítulo, vamos aprender sobre trabalho em espaços confinados. Veremos sua de-
finição, onde é possível encontrar espaços confinados e quais são as medidas de segurança
cabíveis a este tipo de ambiente. Teremos conhecimento sobre a legislação e normas técnicas
que tratam deste assunto, percebendo que elas são recentes. Esse é um assunto que merece
bastante atenção devido à gravidade do risco a que os trabalhadores podem estar expostos se
não trabalharem com segurança.
Ao final deste capítulo, você terá a capacidade para:
a) avaliar o que é um espaço confinado;
b) manter bom relacionamento interpessoal com a equipe;
c) seguir legislação, normas e procedimentos;
d) comunicar-se de forma clara e objetiva;
e) definir prioridades e ter atenção a detalhes;
f) prever consequências;
g) resolver problemas.
Para tornar seus estudos ainda mais proveitosos, passe adiante para mais um assunto de
segurança do trabalho. Vamos em frente!
SAÚDE E SEGURANÇA dO TRABALHO
82
6.1 DEFINIÇÃO
Recapitulando
Anotações:
Trabalho em altura
Após o aprendizado sobre espaços confinados, vamos aprender sobre trabalhos executados
em grandes alturas?
Ao final desta unidade, você terá a capacidade para:
a) aplicar recomendações e controle para trabalho em altura;
b) prever consequências;
c) ter atenção a detalhes, proatividade e rigor técnico.
SAÚDE E SEGURANÇA dO TRABALHO
90
7.1 DEFINIÇÃO
Alguns atos, como excesso de confiança, o não uso ou uso incorreto dos EPIs,
o descumprimento e/ou desconhecimento dos padrões de execução, podem le-
var à ocorrência de acidentes fatais. Portanto, todo trabalhador deve ser treinado
para poder realizar trabalho em altura.
1 Talabarte
Espécie de cinto de
segurança, que podem
ser cordas, fitas, cabos de
aço, dentre outros tipos
possíveis de matéria-prima,
providos de ganchos com
os quais se faz a conexão
entre o cinturão e o ponto
de ancoragem. Possibilitam
que o trabalhador se
posicione ou se locomova
da melhor maneira possível
numa estrutura.
Dreamstime (2012)
Figura 32 - Dispositivo de segurança para trabalho em altura
Aliado a todas essas diretrizes, o trabalhador deve fazer uso dos EPIs de manei-
ra correta. É importante ressaltar que, ao selecionar os EPIs, devem ser considera-
dos, além dos riscos a que o trabalhador está exposto, os riscos adicionais.
Por fim, de acordo com a NR 35, sempre que for necessário realizar trabalho em
altura, este deverá ser autorizado pela área de Segurança do Trabalho por meio
da emissão de Autorização para Trabalho em Altura. As atividades de trabalho
em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas mediante Permissão
de Trabalho, enquanto para as atividades não rotineiras, as medidas de controle
devem ser evidenciadas na Análise de Risco e na Permissão de Trabalho.
SAÚDE E SEGURANÇA dO TRABALHO
94
Recapitulando
Anotações:
Ergonomia
8.1 DEFINIÇÃO
Dreamstime (2012)
Você percebeu como todas essas ciências contribuem de alguma forma para
o sucesso da implantação da Ergonomia do ambiente laboral? No entanto, o que
acontece quando não existe essa preocupação com o trabalhador? No Mapa de
Risco, a Ergonomia aparece representada com a cor amarela. Veja quais são as
principais áreas nas quais a ergonomia deve ser aplicada ao trabalho:
8 ergonomia
101
Afastamentos previdenciários
Afastamentos
Queixas no ambulatório
Fadiga excessiva
Erros cometidos,
Baixa produtividade
Queixas de dor, Mudanças de e Qualidade,
Fisiológicos
Patologias comportamento Incidentes de trabalho
(máquina parada),
Acidentes de trabalho
Irritação,
Tensão, Percepção negativa
CERTO! CERTO!
Pause
Esc F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8 F9 F10 F11 F12 Print Scroll Num Caps Scroll
Screen Lock Break Lock Lock Lock
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~
Shift
/ °
turbo 1 2 3
Denis Pacher (2012)
Ctrl Alt Espaço/Space Alt Gr Ctrl 0 , Enter
ERRADO
ERRADO
ERRADO
ERRADO
Denis Pacher (2012)
Dor muscular em membros Subir e descer escadas com frequência (acentuado quando é feito trans-
inferiores e joelhos portando peso).
b) Análise da tarefa
a) descrição detalhada da tarefa;
b) descrição detalhada do posto de trabalho;
c) descrição detalhada do trabalhador;
d) definição dos objetivos das operações;
e) análise das alternativas para atingir os objetivos;
f) teste das alternativas e seleção da que melhor atenda aos objetivos;
g) determinação do método padrão (efetivo);
h) determinação dos tempos do método padrão.
e) Recomendações ergonômicas
a) recomendações para redução das exigências biomecânicas;
b) recomendações para melhoria da postura;
c) recomendações para melhoria na compatibilização do trabalhador com
o entorno;
d) recomendações para melhoria na transmissão de informações;
e) recomendações para melhoria organizacional.
Recapitulando
Encerramos aqui a nossa unidade curricular de Saúde e Segurança no Trabalho e desejamos que
os conceitos adquiridos ou relembrados sejam norteadores de sua função de educar.
Ensinar para a área de Saúde, Segurança e Higiene no Trabalho exige dedicação e constante atu-
alização. Vale lembrar que, para ser um agente prevencionista, é preciso zelar pela saúde e segu-
rança do trabalhador e buscar a conscientização de todos os envolvidos.
O docente tem papel fundamental na formação dos profissionais do futuro e é por meio destes
que poderemos ver um Brasil melhor, buscando seus direitos sem esquecer de seus deveres, não
é mesmo?
Aproveite esta oportunidade de aprimorar seus conhecimentos e seja um divulgador de concei-
tos prevencionistas, formando profissionais capazes de tornar o ambiente de trabalho salubre
e digno de se trabalhar. Implante conceitos positivos em seus alunos, fazendo com que eles se
engajem na busca da segurança e higiene no trabalho, sempre agindo de modo consciente e
responsável.
Bom trabalho!
Juliana C. Hobi Schmitt
REFERÊNCIAS
Juliana Carla Hobi Schmitt é graduada em Química com habilitação em Bacharelado e Licencia-
tura pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e especialista em Higiene Ocupacional
pela Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo). Tem formação em ensino continuado
na área de Segurança do Trabalho adquirida com a participação em cursos de Proteção Auditiva,
Proteção Respiratória, Legislação Trabalhista, Sistema de Gestão de Saúde e Segurança (OHSAS
18000), Perfil Profissiográfico Previdenciário, Normas Regulamentadoras, Brigada de Incêndio,
GHS, dentre outros. Atua na área de Saúde, Segurança e Higiene do Trabalho desde 2003 em
empresas metalúrgicas e siderúrgicas, coordenando programas de prevenção à saúde e seguran-
ça no trabalho, gerenciando produtos químicos, ministrando treinamentos, realizando análises
toxicológicas e análises de ambiente industrial, implantando EPIs e EPCs, além de auxiliar tecnica-
mente em causas trabalhistas. Atua na área de Educação para Ensino Médio em Química e nível
Técnico para Segurança no Trabalho desde 2002.
Índice
A
Afecção 64
Amplitude 13, 14, 99
Atmosfera 84
B
Balão de Erlenmeyer 66
E
Ergonômico 54, 55, 56
Esmerilhamento 84, 85
I
Iluminância 68, 69
Insalubridade 70, 71
N
Nervos periféricos 64
Normatizado 14, 15
P
Proatividade 14, 39, 49, 89
Purgar 84
S
Sinistro 50
T
Talabarte 92
Tripé 66
Tutela 14, 15
SENAI – Departamento Nacional
Unidade de Educação Profissional e Tecnológica – UNIEP
FabriCO
Design Educacional
Ilustrações
Tratamento de Imagens
Normalização
Diagramação
i-Comunicação
Projeto Gráfico