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MEIO AMBIENTE
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS – FIEMG
Cláudio Marcassa
Diretor Regional
FICHA CATALOGRÁFICA
S474s
76 p. il.
Inclui referências.
CDU: 331.45
SENAI
FIEMG
Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial Av. do Contorno, 4456 - Bairro Funcionários
Departamento Regional de Minas Gerais 30110-916 - Belo Horizonte/Minas Gerais
Lista de ilustrações
2 Saúde e segurança.........................................................................................................................................................11
2.1 Segurança e conceitos...............................................................................................................................11
2.2 Medidas de proteção..................................................................................................................................20
2.3 Riscos ambientais........................................................................................................................................29
2.4 Ferramentas de segurança.......................................................................................................................40
2.4.1 Análise de Risco de Tarefa - ART...........................................................................................40
2.4.2 Sinalização de segurança........................................................................................................42
2.4.3 Diálogo Diário de Segurança (DDS)....................................................................................46
2.4.4 Mapa de Riscos...........................................................................................................................47
2.5 Normas Regulamentadoras (NRs) .........................................................................................................49
2.6 Ergonomia: posturas na execução de operações de produção.................................................56
2.7 Prevenção e combate a incêndios.........................................................................................................57
3 Meio ambiente.................................................................................................................................................................63
3.1 Sustentabilidade: definição e características.....................................................................................63
3.2 Resíduos: tipos, segregação, descarte/destinação..........................................................................64
3.3 Impactos ambientais gerados por resíduos descartados de forma inadequada.................68
Referências............................................................................................................................................................................74
Minicurrículo do autor......................................................................................................................................................75
Introdução 1
Os trabalhadores da indústria metalmecânica estão expostos a vários riscos que podem ser
neutralizados e/ou eliminados, assegurando a saúde e a integridade física desses profissionais.
Esse é o principal objetivo desta unidade curricular!
A segurança é indispensável no ambiente de trabalho. Um local seguro preserva a vida e
promove a saúde do trabalhador. Isso significa que situações de riscos existentes sejam elimi-
nadas ou controladas, evitando a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais.
12 SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE
Neste capítulo, iremos saber como isso deve ser feito. Mas, primeiro, vamos conhecer alguns conceitos
importantes para a área Segurança e Saúde no Trabalho. Preparado?
1 Prevencionista: profissional que estuda formas preventivas para evitar acidentes em locais de trabalho; teoria sobre segurança.
2 SAÚDE E SEGURANÇA
13
Acidente típico
O acidente típico ocorre com o empregado a serviço da empresa dentro das instalações da empresa
ou a serviço dela. Como exemplo: batidas, cortes, quedas, queimaduras, contato com produtos químicos,
choque elétrico, dentre outros.
Existem várias situações na indústria metalmecânica que podem ocasionar acidentes típicos. Pode-
mos exemplificar o processo de fabricação e manuntenção de peças por usinagem, como podemos ver
na Figura 2 a seguir.
Nesse processo há riscos de quedas de peças nos membros inferiores do operador, cortes e esmaga-
mentos dos membros susperiores, contato com fluidos de usinagem, possibilidade de projeção de peque-
nos cavacos nos olhos, aspectos ergonômicos, dentre outros.
Fique atento à operação desses equipamentos. Observe os procedimentos de segurança, como o uso
de EPIs (óculos, botinas e protetores auditivos). Não utilize camisas de manga longas, colares, pulseiras e
outros adornos, pois eles podem ficar presos nas partes móveis da máquina.
Acidente de trajeto
Ocorre durante o percurso da residência do trabalhador para o trabalho ou vice e versa, independente-
mente do meio de transporte que é utilizado, inclusive veículo próprio, desde que o percurso seja o habi-
tual, sem que haja desvios por questões pessoais.
Exemplo de acidente de trajeto: o empregado, na ida para o trabalho, se envolve em um acidente de
trânsito e sofre uma série de lesões. Veja a Figura 3.
14 SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE
@istockphoto.com/kadmy
Figura 3 - Acidente de Trajeto
Numa outra situação: caso o empregado saia do trabalho e se encaminhe para a casa de parentes ou
para um restaurante e um acidente ocorra nesse percurso, ele não será classificado como acidente de tra-
jeto. Isso porque o empregado optou por uma mudança no seu caminho habitual, não caracterizando um
trajeto da casa do trabalhador para o trabalho ou vice e versa.
É observado também o tempo normalmente gasto no percurso, isto é, o tempo utilizado deve ser com-
patível com a distância percorrida no deslocamento habitual do empregado.
Doenças ocupacionais
São aquelas que podem ser desenvolvidas devido ao contato com agentes de riscos existentes no
ambiente de trabalho que não geram dano imediato após a exposição ao risco, como exemplo: poeiras,
substância tóxicas, fumos metálicos, dentre outros.
As doenças ocupacionais são classificadas em:
Doença Profissional
Desencadeada por uma condição de risco que está relacionada à atividade desenvolvida na profissão.
Doença do Trabalho
Adquirida por condição de risco específico, que não está diretamente relacionada à atividade da profissão.
Para você entender as particularidades das doenças ocupacionais, leia o exemplo a seguir.
O processo de soldagem (Figura 4) é muito utilizado na indústria metalmecânica. Podemos citar como
uma doença profissional dessa atividade a Siderose, desencadeada pela exposição a poeira de ferro
gerando uma doença pulmonar. No passado essa doença era muito comum aos profissionais da área de
soldagem. Supondo que a operação de solda ocorra em um local com alta emissão de ruídos, causando
surdez ocupacional no operador de solda, esse problema será caracterizado como uma doença do
trabalho.
2 SAÚDE E SEGURANÇA
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@istockphoto.com/photllurg
Figura 4 - Processo de soldagem
As condições inseguras são as falhas físicas presentes no ambiente de trabalho que podem ocasionar
um acidente, como: piso escorregadio, maquinários sem proteção exigida pelas normas regulamentado-
ras, equipamentos improvisados, baixa luminosidade e outros aspectos ambientais que oferecem risco ao
trabalhador. Na condição insegura exemplificada na Figura 6, o ambiente de soldagem não tem o sistema
de exaustão.
FIQUE ALERTA
Uma das causas de acidente na indústria é o fator pessoal de insegurança, conforme retrata a NBR 14280.
O ambiente industrial é repleto de situações de riscos para os trabalhadores. Mas quem seriam as
pessoas que têm mais conhecimento sobre esses riscos? Com certeza, os empregados que exercem as
atividades, pois vivenciam diariamente essa realidade.
Pensando nisso, foi criada a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, uma comissão forma-
da pelos próprios empregados da empresa, com o objetivo de prevenir acidentes e doenças do trabalho.
Por meio dessa comissão, os trabalhadores propõem ações para a melhoria do ambiente de trabalho, de
modo a torná-lo compatível com a saúde e segurança de todos.
2 SAÚDE E SEGURANÇA
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Figura 7 - Cipistas
Fonte: SENAI/MG, 2018.
Os membros da CIPA são conhecidos como cipistas e, normalmente, utilizam capacetes, broches, cami-
sas ou coletes com o símbolo para facilitar a identificação, conforme a Figura 7.
CURIOSIDADES
No Brasil, a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes foi oficialmente implementada no ano de 1944,
pelo presidente Getúlio Vargas.
De acordo com a NR-5, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA tem como objetivo a pre-
venção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente
o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde dos trabalhadores.
A CIPA é uma comissão constituída pelos próprios empregados, sendo que os representantes do em-
pregador são escolhidos por ; e os representantes dos empregados por eleição. O presidente da CIPA deve-
rá ser um dos indicados pelo empregador e o vice-presidente será escolhido entre um dos representantes
eleitos dos empregados, conforme podemos ver na Figura 8.
EMPREGADOR EMPREGADOS
Designação Eleição
O mandato dos representantes da CIPA é de um ano, permitida a reeleição. Os representantes dos em-
pregados têm estabilidade desde a candidatura e, se eleitos, até um ano após o término do mandato. En-
tretanto, a estabilidade desses empregados deixa de existir se cometerem alguma falta grave.
Como não se exige qualquer formação técnica prévia dos seus componentes, antes de iniciar um man-
danto de CIPA, os representantes recebem um treinamento sobre segurança e saúde no trabalho com
duração mínima de 20 horas.
SAIBA MAIS
Aumente seus conhecimentos sobre a CIPA, lendo a NR 5, disponível no livro: Segurança e medicina do trabalho.
77. ed. São Paulo: Atlas, 2016. 1060 p.
Os integrantes eleitos da cipa representam diferentes setores da empresa, o que possibilita que sejam
identificados os diversos riscos que os empregados estão expostos em suas atividades. Essa é uma caracte-
rística que evidencia a importância da CIPA.
Você deve estar se pergurtando: qual é a quantidade de membros da CIPA em minha empresa?
Para saber quantos representantes efetivos e suplentes são necessários para formar a Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes dentro de uma empresa, é preciso realizar três passos. Vamos conhecê-los?
1º - Identificação da atividade realizada pela empresa (CNAE).
Para obter essa informação, é necessário identificar o CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econô-
micas), disponível no Quadro III da NR 5.
2º - Identificação do grupo de risco de acordo com a atividade principal do estabelecimento.
A partir do código CNAE, o segundo passo é procurar também no Quadro III da NR 5 qual agrupamento
de setores se encontra a empresa.
Vamos a um exemplo: uma empresa da área de metalmecânica realiza entre suas atividades principais a
usinagem, soldagem e o tratamento e revestimento de metais. Ela tem como CNAE 25.39-0 e consequen-
temente o seu grupo de riscos é C-13, conforme você pode ver na Figura 9.
Perceba que existem várias atividades econômicas, ou seja, CNAEs para o mesmo código de agrupa-
mento, como exemplo, o C-13.
3° - Dimensionamento da CIPA
Para saber a quantidade de membros da CIPA, basta consultar o Quadro I da NR 5 da Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes. Na coluna “Grupos”, localize o código de agrupamento da empresa já identifi-
cado no 2º passo e o números de empregados no estabelecimento. A partir dessas duas informações, você
identificará o número indicado de membros da CIPA.
Dando continuidade ao exemplo da empresa da área de metalmecânica na qual o grupo de riscos é
C-13 e tem 85 empregados, dimensionamento dos empregados que serão eleitos para a CIPA da empresa
serão 3 efetivos e 3 suplentes, sendo que cabe ao empregador indicar também 3 efetivos e 3 suplentes,
conforme podemos observar na Figura 10.
Como você pôde perceber, é de grande responsabilidade e importância o trabalho da CIPA em sua
empresa.
FIQUE ALERTA
Quando o estabelecimento da empresa não tiver o número mínimo definido pelo Quadro I da NR 05 para formar
uma CIPA, o empregador deverá indicar uma pessoa para cumprir os requisitos da norma, conhecido como
“Designado de CIPA”.
@istockphoto.com/Pro2sound
Figura 12 - Sinalização de segurança – EPCs
Os compressores são equipamentos de uso rotineiro na indútria metalmecânica, por isso a sua instala-
ção e utilização devem seguir alguns procedimentos de segurança coletiva. Os principais são a instalação
de grades de proteção nas partes móveis e o enclausuramento do equipamento, por meio de uma caixa
acústica composta por materiais capazes de impedir que as ondas sonoras se propaguem pelo ambiente,
conforme apresentado na Figura 13.
@istockphoto.com/Freestocker
Outro exemplo de EPC utilizados na idústria são os corrimãos das escadas. Veja a Figura 14.
22 SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE
@istockphoto.com/PakkalinC
Figura 14 - Corrimão – EPC
As medidas de proteção administrativas são ações que visam diminuir os riscos no ambiente de trabalho
quando as medidas de proteção coletiva não forem suficientes para eliminar ou neutralizar os riscos.
O checklist, por exemplo, é uma medida de proteção administrativa muito utilizada na indústria
metalmecânica. O seu objetivo é verificar as condições de segurança e operação das máquinas
e equipamentos e, caso seja detectado risco, realizar ações corretivas. São exemplos de medidas
administrativas: a realização de exames ocupacionais, checklist em máquinas e equipamentos, adequação
de layout, treinamentos, criação de procedimentos internos de segurança.
A Figura 15 demonstra a realização de um checklist em equipamentos de uma rede elétrica.
@istockphoto.com/PakkalinC
Os Equipamentos de Proteção Individual – EPIs são todos os dispositivos ou produtos de uso individual,
destinados a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores.
A relação de EPIs utilizados pelo trabalhador dependerá da atividade executada. A Figura 16 identifica
os EPIs usados no processo de soldagem.
Todo dispositivo de proteção individual só pode ser comercializado e utilizado se possuir o CA (Cer-
tificado de Aprovação) expedido pelo Ministério do Trabalho. No corpo do EPI, deve constar, de forma
inapagável, o número do Certificado de Aprovação. É a partir desse número que podemos ter acesso ao do-
cumento Certificado de Aprovação, disponível para consulta no site do Ministério do Trabalho e Emprego.
Na Figura 17, temos um capacete de uso individual. Na lateral do equipamento, podemos ver o número
do CA (Certificado de Aprovação).
24 SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE
O uso dos EPIs está relacionado ao cumprimento da Norma Regulamentadora NR-06 que atribui ao
empregado as seguintes obrigações:
• Usar o EPI, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
• Guardar os EPI’s em locais adequados, a fim de conservá-los;
• Comunicar qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
• Cumprir as determinações do empregador para seu uso adequado.
Além de ser exigido em normas legais, o uso de EPIs é atitude de quem tem amor à própria vida!
A seguir, conheceremos os principais equipamentos de proteção individual utlizados na indústria me-
talmecânica.
Calçado de Segurança
Existem muitos tipos de calçados de segurança, com diferentes características, por exemplo, o solado,
que pode variar a altura do cano e o tipo de biqueira (aço ou de material não metálico). A determinação do
melhor tipo de proteção para os pés será definida de acordo com os agentes de riscos aos quais o traba-
lhador se encontra exposto.
Na indústria metalmecânica, são utilizados calçados de segurança para os seguintes agentes de riscos:
• Contra impactos e quedas de objetos, por exemplo, em oficinas mecânicas, nas quais a intensa mani-
pulação de ferramentas e materiais pesados. Na Figura 18, é demonstrado um calçado de segurança
para essas ocasiões.
• Contra respingos e contato direto com produtos químicos. Em áreas de pintura e que tenha manipu-
lação e tranporte de produtos tóxicos, é necessária a utilização de calçados específicos.
2 SAÚDE E SEGURANÇA
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• Contra choques elétricos. Os profissionais da eletromecânica têm contato constante com fontes ener-
gizadas, por isso é fundamental o uso de calçados que os protejam desses riscos.
• Calçados de segurança contra agentes térmicos. Os profissionais de metalurgia e de solda utilizam
esses calçados, pois estão em constante contato com metais fundidos.
@istockphoto.com/Nesterenko_Max
Figura 18 - Calçado de segurança
As luvas serão escolhidas de acordo com o material que o trabalhador irá manusear na execução de suas
atividades. A proteção consiste em evitar o contato direto das mãos do trabalhador com agentes de riscos.
Na área metalmecânica, os trabalhadores utilizam os cremes de proteção de resistência a óleo, à graxa,
à tinta, a verniz e a outras substânicas químicas, proporcionando a sensibilidade do tato para a atividade
desenvolvida, além de facilitar a limpeza e remoção das substâncias da pele. Observe os exemplos de pro-
teção para as mãos na Figura 19.
@istockphoto.com/Songsak Paname
Capacetes
Em algumas circunstâncias, os EPI’s não evitam o acidente, mas atenuam o dano que poderia ser gerado
ao trabalhador. Um exemplo é o capacete, pois ele não evita que objetos possam cair sobre a cabeça dos
trabalhadores, mas absorvem o impacto da queda, proporcionando segurança a quem utiliza.
O capacete deve ser utilizado quando houver risco de queda de materiais ou quando houver o trans-
porte e manuseio suspenso de cargas. O modelo apresentado na Figura 20 é o mais empregado na área
industrial, por se adequar a várias situações de uso.
Os capacetes podem conter outros dispositivos de proteção conjugados a ele, como o protetor auditivo
tipo concha e/ou protetor facial em acrílico, apresentados na Figura 21.
@istockphoto.com/Bet_Noire
@istockphoto.com/artvitdiz
Figura 20 - Capacete de segurança Figura 21 - Capacete conjugado
Óculos de Segurança
Na indústria metalmecânica, os óculos de segurança são utilizados com o objetivo de proteger a região
dos olhos dos trabalhadores contra a projeção de partículas e também contra o contato com fluidos e
outros agentes nocivos que podem acidentalmente ser projetados contra os olhos.
A Figura 22 apresenta uma atividade comum nas oficinas de manutenção, o lixamento de peças metá-
licas. Nessa atividade, é obrigatória a utilização de óculos de proteção.
@istockphoto.com/kzenon
Protetor Auditivo
Como o capacete, os protetores auditivos não eliminam o risco da exposição ao ruído, mas oferecem a
neutralização do nível de pressão sonora à qual o trabalhador está exposto.
Os modelos tipo plug e concha são os mais usados na indústria, ambos proporcionam a diminuição do
ruído de exposição.
O protetor auditivo de inserção tipo plug, apresentado na Figura 23, por precisar ser introduzido par-
cialmente no canal auditivo, pode favorecer o surgimento de infecções, caso não seja higienizado e/ou
armazenado adequadamente.
Já o tipo concha (Figura 24) não possui essa característica, mas, em contrapartida, provoca uma leve
pressão craniana, gerando um pequeno desconforto em sua utilização ao longo do dia.
@istockphoto.com/TheSnake19
@istockphoto.com/79mtk
Figura 23 - Protetor auditivo tipo plug Figura 24 - Protetor auditivo tipo concha
Em casos de ambiente com alto níveis de ruídos, podemos utilizar os dois modelos ao mesmo tempo!
Para a escolha do protetor auricular, deve ser levado em consideração o Nível de Redução de Ruído – NRR
do equipamento.
Proteção Respiratória
A principal forma de absorção dos agentes químicos no organismo é pelo sistema respiratório. Na in-
dústria metalmecânica, é muito comum o uso e manipulação de agentes químicos, como solventes, lubri-
ficantes, tintas, dentre outros. Há ainda a exposição a poeiras, fumos metálicos de soldas, por isso é impor-
tante o uso de máscaras respiratórias.
Elas contêm um mecanismo de filtragem mecânico ou químico, com objetivo de reter os agentes quí-
micos e evitar que eles sejam inalados pelo trabalhador.
28 SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE
As peças faciais filtrantes - PFF são as máscaras mais utilizadas no meio metalmecânico e são indicadas
para exposição a aerodispersóides2, como poeiras, névoas, fumos metálicos (Fe3, Mn4, Pb 5) e particulados
altamente tóxicos. Seu mecanismo de retenção é o mecânico, no qual retém o agente quimíco em sua
estrutura porosa.
As máscaras PFF são classificadas em três tipos: PFF 1, PFF 2 e PFF 3, conforme o Quadro 1. 6
São várias as atividades na indústria metalmecânica que utilizam as máscaras respiratórias PFF.
As principais são: soldagem, usinagem de peças metálicas, manipulação de susbtâncias tóxicas, dentre outros.
A Figura 25 apresenta uma situação que requer o uso de máscara respiratória.
@istockphoto.com/SeventyFour
Atenção! Não realizamos manutenção em máscaras PFFs, e sim a substituição delas quando constatada
a necessidade. Não existe um padrão que determine quando ela deve ser substituída, pois dependerá prin-
cipalmente do nível de esforço realizado pelo trabalhador em suas atividades, o que aumenta a frequência
de inalação do ar e também da concentração do agente de risco presente na atmosfera.
Para atividades com exposição mais intensa a agentes químicos, como pinturas de peças e estuturas
metálicas, contato com gases tóxicos, dentre outros, devemos utilizar máscaras com filtros.
Esse tipo de máscara possui mecanismo de filtragem químico, diferentemente das máscaras PFFs que
necessitam de manutenção, feita pela substituição dos filtros, respeitando os critérios de utilização do fa-
bricante. A Figura 26 apresenta um exemplo de máscara de proteção respiratória com filtros.
@istockphoto.com/sarawutk
Figura 26 - Operador utilizando máscara com filtros
São os agentes agressores que causam danos à saúde do trabalhador, sendo eles físicos, químicos e
biológicos.
O grau de nocividade dos agentes agressores é em função das suas características, da sua concentração
ou intensidade, do tempo em que o trabalhador fica exposto a eles e também em relação à susceptibilida-
de do organismo do trabalhador.
CURIOSIDADES
Conforme restrata a NR 09, os riscos ergonômicos e de acidentes não são considerados riscos ambientais, e sim
riscos ocupacionais! Lembrando que os riscos ambientais: físicos, químicos e biólogicos são considerados também
riscos ocupacionais.
Riscos ocupacionais
São subdivididos em cinco grupos: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. Na Figura 27,
veja cada um deles.
30 SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE
Risco Risco
Químico Biológico
Risco Risco
Físico Ergonômico
Risco de
Acidentes
Figura 27 - Agentes agressores à saúde
Fonte: SENAI/MG, 2018.
Agentes físicos
São as formas de energia, como: ruído, radiações ionizantes e não ionizantes, vibrações, pressões anor-
mais, temperaturas extremas, ultrassom e o infrassom. Dentre esses, iremos enfatizar os mais comuns na
área metalmecânica: ruído, calor e radiações não ionizantes. Vamos conhecê-los?
Ruído
O ruído é considerado um som capaz de causar uma sensação indesejável e desagradável para o traba-
lhador, confome podemos observar na Figura 28.
A melhor maneira de diminuir a exposição ao ruído são as medidas de controle coletivo, tais como a
substituição do equipamento por outro menos ruidoso, a lubrificação de suas engrenagens e o seu isola-
mento acústico. Quando essas medidas não forem possíveis, devemos utilizar EPIs, ou seja, os protetores
auriculares.
@istockphoto.com/Highwaystarz-Photography
FIQUE ALERTA
O nível máximo de ruído permitido por lei que o trabalhador pode ficar exposto, sem o uso de quaquer proteção
é de 80 decibéis, considerando oito horas diárias de trabalho. A exposição a ruído contínuo ou intermitente acima
de 115 dB sem proteção constitui risco grave e iminente para o trabalhador.
Calor
A metalurgia é uma das subáreas da metalmecânica em que os trabalhadores estão expostos ao calor
extremo que pode causar problemas, como desidratação, cãibras, choques térmicos e outros. Para ate-
nuarmos a exposição ao calor, podemos realizar as seguintes medidas de proteção: inserir ventiladores e
exaustores no ambiente do trabalho, limitar o tempo de exposição do trabalhador, realizar treinamentos,
dentre outros.
A Figura 29 ilustra uma atividade em uma metalúrgica, na qual o operador está esposto ao calor extre-
mo. Observe que, além dos EPIs, luvas, óculos, viseira de proteção, botinas, o trabalhador está utilizando
uma vestimenta especial que o protege do calor.
@istockphoto.com/artiemedvedev
@istockphoto.com/Weerasaksaeku
Figura 30 - Operação de soldagem
Agentes químicos
São substâncias químicas que podem penetrar no organismo humano pela via respiratória na forma de
gases e vapores, poeiras, fumos, névoas e, em alguns casos, a contaminação pode ser através da pele ou
por ingestão.
As atividades de pinturas, manipulação de ácidos, lixamento de peças metálicas, soldagem, nas quais
são dispersos no ar os fumos de soldas, são as mais propensas a contaminações pela via respiratória, que
é o principal meio de acesso desses agentes em nosso organismo. Na Figura 31, veja como a atividade de
lixação gera poeira metálica.
Normalmente, a ingestão de substâncias tóxicas são casos acidentais, sendo, portanto, incomum.
Os poucos casos encontrados são decorrentes de maus hábitos, como roer as unhas ou limpá- las com os
dentes, fumar ou alimentar-se nos locais de trabalho.
Agentes biológicos
São micro-organismos presentes no ambiente de trabalho que podem penetrar no organismo hu-
mano pelas vias respiratórias, através da pele ou por ingestão. São exemplos: bactérias, fungos, vírus,
parasitas e outros, veja na Figura 32.
@istockphoto.com/lexamer
Agentes ergonômicos
A Ergonomia é a ciência que estuda a interação do homem com outros componentes de um sistema, na
qual se aplica princípios teóricos, dados e métodos, com o objetivo de melhorar o desempenho e o bem-
-estar das pessoas no seu meio de trabalho.
Em nosso dia a dia, devemos encontrar a postura correta na execução de nossas atividades. Para isso,
devemos encontrar maneiras de alcançar a adaptação do posto de trabalho, dos instrumentos, das máqui-
nas, dos horários e do meio ambiente com as nossas características.
São fatores ergonômicos considerados causadores de prováveis danos à saúde do trabalhador: esforço
físico intenso, levantamento e transporte manual de peso excessivo, postura inadequada em levantamen-
to de cargas, jornadas de trabalho prolongadas e repetitividade de atividades. Na Figura 33, podemos
observar algumas posturas corretas e incorretas em nosso dia a dia.
34 SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE
POSTURA
correto incorreto
@istockphoto.com/Askold Romanov
Figura 33 - Posturas, corretas e incorretas
Também chamados de riscos mecânicos, são situações que têm a capacidade de contribuir para a ocor-
rência de acidentes, como arranjo físico inadequado, iluminação e ventilação inadequadas, máquinas e
equipamentos defeituosos ou com partes móveis expostas, podendo ocasionar uma série de lesões nos
trabalhadores, como cortes, fraturas, escoriações, queimaduras, dentre outros.
Na Figura 34, mostramos a você alguns riscos de acidentes na indústria.
@istockphoto.com/comussu
Como já aprendemos em nossos estudos, existem diferentes tipos de riscos no dia a dia de um profissio-
nal da metalmecânica, podendo ser destacado o risco de choque elétrico. A compreensão do mecanismo
do efeito da corrente elétrica no corpo humano é fundamental para a efetiva prevenção e combate aos
riscos provenientes do choque elétrico.
Em termos de riscos fatais, o choque elétrico, de um modo geral, pode ser analisado sob dois aspectos:
1. Correntes de choques de baixa intensidade: são provenientes de acidentes com baixa tensão, ten-
do como efeitos mais graves as paradas cardíacas e respiratórias. Na Figura 35, veja um exemplo de choque
em corrente de baica intensidade.
@istockphoto.com/KatarzynaBialasiewicz
2. Correntes de choques de alta intensidade: são provenientes de acidentes com alta tensão, sendo o
efeito térmico o mais grave, isto é, queimaduras externas e internas no corpo humano. Na Figura 36, apre-
sentamos a você um transformador de energia que pode ocasionar choques em corrente de alta tensão.
@istockphoto.com/junce
Choque dinâmico: ocorre quando há contato com materiais em que existe a presença de tensão elétrica
e o corpo humano faz parte do circuito energizado. Esse tipo de choque é potencialmente mais perigoso
que o estático, porque a corrente de choque persiste continuamente, uma vez que o gerador da usina ali-
menta as redes 24 horas por dia, até que haja interferência. A persistência da corrente passando pelo corpo
acaba ocasionando graves consequências em seus órgãos internos. Veja um exemplo de choque dinâmico
na Figura 38.
Nos ambientes das empresas de metalmecânica, existem inúmeras máquinas e equipamentos rotati-
vos. Os principais riscos inerentes a esses equipamentos são o esmagamento ou corte dos membros supe-
riores pelo contato com as partes rotativas. A Figura 39 apresenta os principais equipamentos e máquinas
rotativas que são utilizadas pelos profissionais da metalmecânica.
Para evitar acidentes nos equipamentos e nas máquinas, como já vistos, é fundamental a utilização de
EPIs, como luvas, óculos, protetor auricular, botinas, dentre outros. Mas fique atento, existem exceções, ou
seja, alguns EPIs não são indicados para certos equipamentos, como exemplo: não devemos utilizar luvas nas
operações de furadeiras de bancadas, pois elas podem se agarrar na broca ou no mandril do equipamento.
As partes rotativas das máquinas devem ser protegidas de modo que impeça o contato do trabalhador.
De acordo com os tipos de máquinas e equipamentos, utilizamos proteções fixas e móveis, conforme de-
termina a Norma Regulamentadora – NR 12 do Ministério do Trabalho.
Quando você for realizar atividades em equipamentos rotativos, prenda os cabelos longos, não utilize
roupas compridas, frouxas e soltas, colares e correntes, relógios, pulseiras, anéis, crachás e outros adereços
que possam ser agarrado ou puxado pela parte rotativa do equipamento. Veja um exemplo de proteção
em parte móvel de máquina na Figura 40.
Nos ambientes de trabalho industriais, utilizamos diversos tipos de equipamentos para transportar,
empurrar, arrastar e levantar vários tipos de cargas. Na indústria metalmecânica, os principais equipamentos
usados na movimentação e no transporte de cargas e materiais são:
Empilhadeiras
São utilizados com frequência no transporte e movimentação de materiais nas áreas internas da em-
presa. Os principais fatores de riscos na operação desses equipamentos são: ruído, vibração, gases, batidas,
atropelamentos, além dos riscos ergonômicos. Devemos adotar normas e procedimentos de segurança
para a operação das empilhadeiras, como manutenção adequada, treinamentos dos operadores, sinais de
advertências, além do controle dos gases. Todas essas considerações estão na Norma Regulamentadora –
NR 11. Veja um exemplo de empilhadeira na Figura 41.
@istockphoto.com/Bet_Noire
Figura 41 - Empilhadeira
São equipamentos utilizados para içamento de cargas, compostos basicamente de viga, carro e talha.
Podem ser móveis ou fixas, com o propósito de manipular objetos grandes e pesados, e que não podem
ser movidos facilmente de forma manual.
Os principais fatores de riscos na operação de pontes rolantes e talhas elétricas são: colisão ou queda da
carga içada ou movimentada e contato com circuito elétrico.
Os procedimentos estipulados na NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de
Materiais devem ser rigorosamente seguidos para garantir a segurança e saúde dos trabalhadores envolvi-
dos. Na Figura 42, podemos observar um exemplo de ponte rolante. Na Figura 43, uma talha elétrica.
2 SAÚDE E SEGURANÇA
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@istockphoto.com//icarmen13
@istockphoto.com/Shootdiem
Figura 42 - Ponte rolante Figura 43 - Talha elétrica
Esteiras transportadoras
São utilizadas para mover e transportar pequenas cargas entre estações de trabalho nas empresas. Pa-
râmetros, como altura, largura, velocidade e posição em relação ao trabalhadores, influenciam o tipo da
carga e a maneira como os trabalhadores realizam suas atividades.
Os principais riscos envolvidos na operação das esteiras transportadoras são: queda e tombamento das
cargas, cortes e esmagamentos dos membros superiores pelo contato com a partes móveis do equipa-
mento e o risco ergonômico, em que os trabalhadores exercem atividades junto às esteiras, situação co-
mum em linhas de produção. Os procedimentos de segurança desse equipamento estão estipulados pela
norma NR 11 - Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais e NR 12 - Segurança
no trabalho em máquinas e equipamentos. A Figura 46 apresenta um exemplo de esteira transportadora.
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Existem vários leiautes de ART, contendo as seguintes informações básicas: atividade desenvolvida
pelo trabalhador, descrição das etapas da atividade, riscos existentes e medidas de controle necessárias.
No Quadro 2, apresentamos a você uma ART preenchida na área de soldagem.
ART
Até aqui, você conheceu muitos dos riscos existentes no ambiente de trabalho e as formas de preveni-
-los e reduzir a exposição a eles: atuação da CIPA, EPCs, Medidas administrativas, EPIs, dentre outros.
A sinalização de segurança é mais uma maneira de prevenção de acidentes e tem como objetivo alertar
os trabalhadores da empresa e seus visitantes sobre riscos existentes nos locais de trabalho.
Ela explora os recursos não verbais para gerar entendimento de maneira mais eficiente: cores, formas,
sons, simbologias e até cheiros. Para que essa medida seja eficaz, é necessário que todos os trabalhadores
conheçam as características das sinalizações e fiquem atentos às mensagens transmitidas por elas.
Pronto para conhecer os principais tipos de sinalização utilizados na indústria de metalmecânica?
Então, vamos em frente!
Avisos de segurança
Trata-se de riscos, alertas e obrigações em um determinado ambiente. Fique atento aos avisos de usos
de EPIs nos ambientes de sua unidade. Na Figura 48, podemos observar alguns avisos de utilização de EPIs
(à esquerda) e avisos de EPIs específicos da área de soldagem.
AVISO DE SEGURANÇA
Uso obrigatório
de Máscara de
Proteção.
Sinalização de alerta
Tem por objetivo alertar sobre uma situação de risco ou perigo. Podemos observar alguns exemplos
desse tipo de sinalização na Figura 49.
2 SAÚDE E SEGURANÇA
43
Serve para indicar o seu tipo e facilitar a identificação da localização. Nas Figuras 50 e 51, podemos ver
alguns exemplos desse tipo de sinalização.
SAÍDA
Saída de Saída de Escada de
emergência emergência emergência
Figura 52 - Sinalização de orientação e salvamento
Fonte: SENAI/MG, 2018.
Sinalização de proibição
Esse conjunto de sinalizações visa impedir ações que possam de alguma forma, acarretar uma situação
de acidente ou agravá-lo, conforme os exemplos apresentados na Figura 53.
Sinalização complementar
São elementos que complementam os tipos de sinalização que estudamos anteriormente. Na indústria
metalmecânica, utilizamos várias sinalizações complementares. Observe as situações que apresentaremos
a seguir:
Alguns gases usados em processo de soldagem, oxicorte e em processos metalúrgicos são naturalmen-
te inodoros, ou seja, não apresentam cheiros característicos. Por esse motivo, tais gases, em seu processo
de envasamento, são misturados a aditivos para que, em caso de vazamento, sejam detectados. Esse tipo é
chamado de sinalização Olfativa.
2 SAÚDE E SEGURANÇA
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Figura 54 - Botijão de gás industrial
CURIOSIDADES
O gás de cozinha (GLP) é uma mistura de gases derivados do petróleo, inflamável, o que exige muita atenção no
manuseio do botijão. Por ser naturalmente inodoro, é misturado com enxofre (mercaptana) para revelar a sua
presença, caso haja vazamento.
A indústria metalmecânica utiliza vários meios de locomoção de materiais, como exemplo, as empilha-
deiras. Para a segurança dos trabalhadores que dividem o espaço com esses equipamentos, é fundamental
o uso de sinalização sonora, como buzinas, aviso de ré e giroflex.
Santiago Martins
Em alguns casos, são utilizados meios de sinalização temporários, como exemplos: cavaletes, cones e
fitas zebradas. Veja alguns exemplos na Figura 56.
46 SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE
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Figura 56 - Sinalização temporária
Fonte: SENAI/MG, 2018.
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Figura 57 - Sinalização horizontal para demarcar a área de circulação conjunta de pessoas próximo a máquinas
Fonte: SENAI/MG, 2018.
É importante que o DDS seja objetivo e breve, com uma duração de 10 a 15 minutos, que proporcione
a participação e desperte o interesse dos trabalhadores durante a conversa.
Os temas a serem abordados são de total liberdade da empresa e dos trabalhadores, conforme a
necessidade e o objetivo que se pretende alcançar, mas devem ser sempre voltados para a segurança do
trabalho, saúde e meio ambiente.
Em suas aulas práticas, será comum e hábitual a realização de DDS. O seu instrutor direcionará os temas
à turma e vocês partiparão desse diálago muito importante para a segurança. Na Figura 58, veja a realização
de DDS antes da aula prática.
Tem o objetivo de informar os trabalhadores de uma área ou setor de trabalho sobre os riscos existen-
tes, a sua localização e as medidas de controle que precisam ser utilizadas.
Existem vários leiautes de mapas de riscos. A elaboração do Mapa de Riscos é uma atribuição da CIPA,
com a participação do maior número de trabalhadores e assessoria do SESMT, onde houver.
O modelo apresentado a você na Figura 59 é o mesmo que utilizamos em nossos laboratórios. Em sua
trajetória profissional, você poderá se deparar com outros modelos, mas não se preocupe, pois os campos
básicos para preenchimento são comuns em todos eles.
No cabeçalho, aplicamos a logomarca da empresa, o mandato da gestão e símbolo da CIPA. Em segui-
da, devemos informar a unidade da empresa de que se trata o Mapa de Riscos, o setor e a quantidade de
empregados expostos.
No próximo campo, inserimos uma foto ampla e de fácil compreensão do ambiente ou uma planta baixa,
croqui, identificando os riscos presentes em cada ambiente, contendo os riscos apresentados naquele setor.
48 SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE
Como todo mapa, devemos adicionar uma legenda para a compreensão dos símbolos e siglas
apresentados. Na legenda, devem constar os grupos de riscos e suas respectivas cores, sendo eles:
• Risco Físico;
• Risco Químico;
• Risco Biológico;
• Risco Ergonômico;
• Risco de Acidentes.
As siglas de uso comum nos mapas de riscos são o EPI e EPC, mas, dependendo das atividades exercidas
em sua empresa, você poderá encontrar outras siglas.
Devemos também adicionar os símbolos do dimensionamento dos riscos, grande, médio e pequeno.
Além de indicar os riscos em um determinado ambiente, o Mapa de Riscos deverá apresentar as medidas
de controle necessárias para proteger o trabalhor dos riscos gerados no ambiente analisado. As principais
são os EPIs, EPCs e as medidas administrativas necessárias para a realização das atividades com segurança.
O Mapa de Riscos apresenta um campo para as recomendações de segurança para as atividades exerci-
das e, por final, deve ser assinado e datado pelo elaborador.
2 SAÚDE E SEGURANÇA
49
Esse Mapa deverá alertar as pessoas para os riscos de maneira simples, clara e de fácil visualização, con-
forme a Figura 60.
Durante seus estudos nos deparamos com várias normas regulamentadoras, quando tratamos de EPIs
(NR 06), CIPA (NR 05), Ergonomia (NR 17), dentre outras, você se lembra? Mas, afinal, para que elas servem?
As NRs estabelecem obrigações relativas à segurança e medicina do trabalho, para os empregadores e
empregados.
A vida em sociedade exige regras de comportamento fundamentais para nossa sobrevivência. Por isso,
é preciso garantir o direito dos trabalhadores quanto à saúde, proteção contra riscos e contra condições
perigosas.
NR 1 - disposições gerais
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As ações de segurança do trabalho em uma empresa precisam ser desenvolvidas por profissionais
que possuem conhecimentos específicos, capazes de promover a saúde e a segurança no desenvolvi-
mento das atividades trabalhistas. O dimensionamento do SESMT de uma empresa deve ser realizado
de acordo com o grau de risco e o número de empregados do estabelecimento. Caso a empresa não
seja obrigada a constituir SESMT deverá contratar empresas para prestar assessoria no cumprimento das
Normas Regulamentadoras.
O perfil profissional, assim como a quantidade e carga horária de trabalho de cada empregado, é
definido pela NR4.
Utilizar os EPIs é atitude de quem tem amor à própria vida, além de ser o cumprimento da Norma
Regulamentadora do Ministério do Trabalho, a NR-06 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI). Todo
dispositivo de proteção individual só pode ser comercializado e utilizado como EPI, caso possua, de forma
inapagável, o número do Certificado de Aprovação - CA. Veja na Figura 65 alguns exemplos de EPIs que
conhecemos ao longo dos nossos estudos.
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Figura 65 - EPIs
52 SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE
A NR 11 estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos ambientes industriais, nos quais
ocorrem transporte, movimentação, armazenamento e manuseios de cargas de forma mecanizada e manual.
Na figura 69 é apresentada uma Ponte Rolante, fique atento aos requisitos estipulados na NR 11 para a
operação desse equipamento.
@istockphoto.com/SafakOguz
A NR 12 define referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saú-
de e a integridade física dos trabalhadores. Estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes
e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos.
Os principais riscos inerentes aos equipamentos utilizados na área metalmecânica são o esmagamento
ou corte dos membros superiores pelo contato com as partes móveis. A Figura 70 demonstra uma máquina
de usinagem que pode oferecer riscos de esmagamentos, cortes e amputações, caso não esteja de acordo
com a NR 12.
@istockphoto.com/nd3000
Figura 71 - Caldeiras
2 SAÚDE E SEGURANÇA
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NR 17 - Ergonomia
A NR 17 estabelece parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às condições dos
trabalhadores, proporcionando conforto, segurança e desempenho eficiente. Essa norma aborda os aspec-
tos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e
às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.
@istockphoto.com/Eraxion
NR 35 - Trabalho em Altura
No ambiente profissional e até mesmo durante as aulas práticas no SENAI, você vai se deparar com si-
tuações de riscos ergonômicos. Algumas atitudes simples podem ser adotadas para buscar um equilíbrio
entre a execução da tarefa e o seu conforto. A Figura 74 mostra um aluno do SENAI trabalhando em uma
bancada. A figura à esquerda representa uma situação de risco e a da direita, a forma correta, com uma
postura preventiva. Ao trabalhar em bancadas, deve-se evitar dobrar a coluna. Se possível, eleve a bancada
ou coloque um calço para apoiar um dos pés.
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Figura 76 - Postura correta em atividades administrativas
Fogo é a consequência de uma reação química denominada combustão, que libera calor e algumas ve-
zes calor e luz. Para que haja combustão ou um incêndio, três elementos interligados devem estar presen-
tes: o primeiro é o combustível, ou seja, aquilo que vai queimar e transformar-se; o segundo é o calor que
faz começar o fogo; o terceiro é o oxigênio, um gás que existe no ar que respiramos chamado comburente.
A união proporcional desses três elementos: combustível, comburente e calor, produzirá o fogo, forman-
do um ciclo constante por meio do quarto elemento: a reação em cadeia, como demonstrado na Figura 77.
CALOR butano.
Co
Reação em
cadeia
Para extinguir essa reação, basta destruir esse tetraedro, retirando pelo menos um dos seus elementos.
Podemos extinguir o fogo pelos seguintes métodos:
58 SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE
Santiago Martins
Extinção do Fogo por Abafamento Extinção do Fogo por Resfriamento Extinção do Fogo por Isolamento
Quase todos os materiais são combustíveis; no entanto, devido à diferença de composição, queimam de
formas diferentes e, por isso, exigem maneiras diversas de extinção do fogo. Com base nessas característi-
cas e propriedades, foram definidas as classes de incêndio e os correspondentes extintores de incêndios,
como mostra o Quadro 3:
LÍQUIDOS
INFLAMÁVEIS Fogo em líquidos inflamáveis, que queimam em superfície e não deixam resíduos, como: querosene,
gasolina, óleos, tintas e graxas.
Para esse tipo de fogo, o abafamento é o melhor método de extinção.
O extintor de Pó Químico Seco (PQS) é o mais eficiente, mas pode também ser utilizado o extintor de CO2,
porém, com menor eficiência.
EQUIPAMENTOS
ELÉTRICOS Fogo em equipamentos elétricos energizados, como: fogo em motores transformadores,
eletroeletrônicos (energizados) e geradores.
Para extinguir fogo dessa classe, o extintor de CO2 é o mais eficiente e agirá por resfriamento e
abafamento. O extintor de PQS também pode ser usado, porém pode causar danos em equipamentos.
ATENÇÃO! Nunca utilize água em fogos dessa classe, pois ela é condutora de eletricidade.
2 SAÚDE E SEGURANÇA
59
METAIS
COMBUSTÍVEIS
Fogo em metais combustíveis e pirofóricos, como: magnésio, selênio, antimônio, lítio, potássio, alumínio
fragmentado, zinco, titânio, sódio, urânio e zircônio.
Esse tipo de incêndio é muito difícil de ser controlado. Para extingui-lo, deve ser usado o extintor de Pó
Químico Especial, que agirá por abafamento.
Atenção! Metais pirofóricos podem reagir com água ou até mesmo com o ar, entrando em combustão
espontânea com um simples contato. Portanto, nunca tente apagar um fogo classe D com água.
Quadro 3 - Classes de incêndios
Fonte: SENAI/MG, 2016.
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Reduzir
Reutilizar
Reciclar
Recusar
Repensar
Refletir sobre os processos socioambientais de produção, desde a
matéria prima, passando pelas condições de trabalho, distribuição,
até o descarte.
Figura 79 - 5R’s
Fonte: SENAI/MG, 2018.
64 SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE
Os resíduos são classificados em dois tipos: Classe I: Perigosos e Classe II: Não perigosos. Essa classifica-
ção é regida pela norma NBR 10004-2004 e tem como objetivo facilitar a definição de procedimentos para
a segregação e destinação dos resíduos.
Resíduos perigosos
Os resíduos classe I – Perigosos são aqueles cujas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas
podem acarretar riscos à saúde pública e/ou riscos ao meio ambiente. Para se enquadrar na classe I –
Perigoso, o resíduo precisa apresentar uma ou mais das seguintes características contidas na Figura 80:
Resíduos corrosivos: substâncias que possuem características altamente ácidas ou básicas, por isso são
capazes de corroer materiais, como o exemplo o aço. Dentre os resíduos corrosivos podemos citar o ácido
sulfúrico, brometo de metila e tolueno.
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Figura 82 - Resíduos corrosivos
Resíduos reativos: reagem violenta e repentinamente com outras substâncias, podendo liberar ener-
gia. São exemplos: ácido cianídrico, arsênio e antimônio.
Resíduos tóxicos: ao interagirem com algum organismo, podem provocar danos adversos em maior ou
menor grau, como: defeitos genéticos, câncer, alterações estruturais e funcionais no feto e degradação do
meio ambiente. Exemplos: resíduos de metais pesados, como: cromo, chumbo e níquel.
Resíduos patogênicos: são capazes de produzir doenças em homens, animais ou vegetais. Podemos
exemplificar os resíduos originados em procedimentos médicos, como apresentado na Figura 83.
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@istockphoto.com/AVAVA
São classificados como classe II B - inertes aqueles resíduos que, quando são submetidos a um contato
dinâmico e estático com água destilada ou deionizada na temperatura ambiente, não têm nenhum de seus
constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, com exceção
de aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor. São exemplos: concreto, tijolo, vidro, plástico, isopor (Figura 85), etc.
@istockphoto.com/dreamsquare
Segregação de Resíduos
É fundamental segregar, ou seja, separar os resíduos de acordo com a classificação que acabamos de
conhecer: resíduo perigoso e resíduo não perigoso (inerte e não inerte).
A segregação evita a mistura de resíduos incompatíveis, gerando vantagens, como: a reciclagem dos
resíduos permite o tratamento diferenciado de acordo com o tipo e reduz os riscos de contaminação do
meio ambiente e do trabalhador.
Para facilitar o processo de separação dos resíduos gerados em nosso cotidiano, a Resolução nº 275, de
25 de abril de 2001 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA estabelece o código de cores para
identificar o depósito dos diferentes tipos de resíduos para a coleta seletiva, como mostra a Figura 86.
Em sua unidade do SENAI, você terá a oportunidade de contribuir para a separação de seus resíduos pessoais
e dos resíduos gerados nos laboratórios, nas áreas administrativas, como podemos notar na Figura 87, com exem-
plos de seleta seletiva de lixo.
Em qualquer processo produtivo industrial, há geração de resíduos. Caso não sejam devidamente des-
cartados, o seu destino certamente é poluir as águas, ar ou o nosso solo. Os principais resíduos gerados pe-
las empresas do setor metalmecânico são: fluídos de cortes, vapores, cavacos, óleos, lubrificantes, estopa,
sucata, tintas, solventes, metais em solução, dentre outros. Na Figura 88, veja os tipos de poluição.
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Poluição das águas Poluição do ar Poluição do solo
Alagamentos e inundações
O descarte inadequado de lixos, principalmente em grandes centros urbanos é uma das principais cau-
sas de alagamento e inundações. Os resíduos sólidos são jogados em vias públicas e em cursos d’água,
como córregos e rios, impedindo o escoamento rápido das águas pluviais. Aumentando assim, a ocorrên-
cia de enchentes e alagamentos principalmente em períodos de chuvas fortes e contínuas. Veja na Figura
90, os transtornos causados por um alagamento em um grande centro urbano de nosso país.
@istokphoto.com.br/pixbox77
Figura 90 - Alagamentos e inundações
Saúde pública
Várias doenças são causadas pelo descarte incorretos de resíduos, principalmente o lixo urbano, no
qual prejudica a qualidade de vida e contamina o solo, ar e a água. Os lixos descartados e acumulados em
locais indevidos favorecem a proliferação de mosquitos, insetos e animais peçonhentos. Com certeza você
conhece alguém que já foi picado pelo mosquito da dengue.
Pois bem, esse mosquito que também é transmissor de outras doenças como a febre amarela, zika e
chikungunya tem a sua proliferação causada pelo acumulo de águas em recipientes como, pneus, garrafas
pets, embalagens plásticas, dentre outros lixos descartado no meio ambiente pela população.
@istokphoto.com.br/juststock
Prejuízos ao turismo
Uma cidade turística suja, além de impactar negativamente o meio ambiente e gerar diversos proble-
mas para a população local, contribui também para uma diminuição da demanda turística, ou seja, as pes-
soas deixam de ir para aquele destino turístico e buscam outras opções. Com isso, o turismo sofre também
um impacto negativo em relação à economia com a diminuição do número de visitantes e, consequente-
mente, com a queda em todos os setores que, direta e indiretamente, estão relacionados com a atividade
turística.
A limpeza pública é um dos fatores de avaliação dos turistas e influencia na imagem turística, na possibi-
lidade do retorno dos visitantes e na sua permanência. Turistas insatisfeitos, em sua maioria, não retornam,
não indicam e podem ficar menos tempo do que o programado para a viagem. Observe na Figura 93 o
nível de poluição da praia de Botafogo na cidade do Rio de Janeiro.
3 MEIO AMBIENTE
71
@istokphoto.com.br/ValterCunha
Figura 93 - Poluição e os impactos para o turismo
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Neste último capítulo, você estudou sobre o meio ambiente, a sustentabilidade, os tipos de resíduos
e os impactos ambientais gerados pelo descarte de forma inadequada.
Na nossa caminhada, estudamos e adquirimos informações que serão importantes em seu ciclo
acadêmico e profissional. Esperamos que tenha gostado e lhe desejamos muito sucesso!
Em seus próximos passos é fundamental que você tenha compromisso com a segurança e meio
ambiente tanto nas atividades desenvolvidas como aluno quanto as atividades na vida profissional.
Até a próxima.
REFERÊNCIAS
BARBOSA FILHO, Antônio Nunes. Segurança do trabalho & gestão ambiental. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
BARSANO, Paulo Roberto; BARBOSA, Rildo Pereira. Segurança do trabalho: guia prático e didático. São
Paulo: Érica, 2012. 350 p.
BAUMGARTEN, Christina Elisa. A sustentabilidade e a responsabilidade ambiental na gestão dos
resíduos industriais no Brasil. Florianópolis: HB, 2012. 172 p.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. A política dos 5 R’S. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/
informma/item/9410-a-pol%C3%ADtica-dos-5-r-s>. Acesso em: 18 mar. 2018.
BRASIL. Ministério do Trabalho. Normas Regulamentadoras da Portaria nº 3214 de 1978. Aprova as
Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a
Segurança e Medicina do Trabalho. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, jun. 1978.
BRASIL. Resolução CONAMA nº 275, de 25 de abril de 2001. Estabelece código de cores para diferentes
tipos de resíduos na coleta seletiva, Publicada no DOU no 117-E, de 19 de junho de 2001, Seção 1, página 80.
FANAN, Davi. Segurança simples. Disponível em: <http:// www.segurancasimples.com.br/>. Acesso em: 12
jan. 2018.
FUNDACENTRO. Introdução à higiene ocupacional. São Paulo, 204. 84 p.
SALIBA, Tuffi Messias. Curso básico de segurança e higiene ocupacional. 5. ed. São Paulo: LTr, 2013. 479 p.
SEBRAE/MG. Manual de gerenciamento de resíduos: guia de procedimento passo a passo. Rio de
Janeiro: GMA, 2006.
SILVA, Saionara et al. Os 5 R’S da sustentabilidade. In: SEMINÁRIO DE JOVENS PESQUISADORES EM
ECONOMIA & DESENVOLVIMENTO, 5, 2017, Santa Maria, RS. Santa Maria, RS: UFSM, 2017.
MINICURRÍCULO DO AUTOR
Daniela Theodoro
Revisão Ortográfica e Gramatical