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Técnicas e Segurança
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
PROJETO ELÉTRICO................................................................................................................................ 9
CAPÍTULO 1
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS........................................................................................................... 9
CAPÍTULO 2
PROJETO................................................................................................................................ 15
CAPÍTULO 3
PREVISÃO DE CARGA PARA INSTALAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL........................................ 29
CAPÍTULO 4
PREVISÃO PARA CARGAS EM ÁREAS COMERCIAIS E ESCRITÓRIOS........................................... 44
CAPÍTULO 5
CRIAÇÃO DOS CIRCUITOS...................................................................................................... 49
UNIDADE II
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS.......................................................................................................... 69
CAPÍTULO 1
PROJETO DE INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS........................................................................ 69
UNIDADE III
COMBATE A INCÊNDIO........................................................................................................................ 83
CAPÍTULO 1
PROJETOS DE PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO................................................................. 84
REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 100
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
N o Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas, a ABNT, atua desde 1940
e é de grande importância para o cenário da construção civil. A ABNT veio com a
intenção de definir padrões e universalizar os critérios de avaliação. Na construção
civil, veio contribuir para que não se construa de qualquer forma, sem padrões de
qualidade bem definidos.
Com base nas normas da ABNT, este material aborda assuntos sobre instalações
elétricas, hidráulicas e de combate a incêndio. De acordo com a definição usada
pela ABNT, “norma técnica é um documento, estabelecido por consenso e aprovado
por um organismo reconhecido, que fornece, para um uso comum e repetitivo,
regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados, visando
à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto”. Nas normas
técnicas, estão inseridas as NBRs, que são recomendações elaboradas de acordo
com estudos e testes em laboratórios e com o conhecimento adquirido ao decorrer
do tempo pelos profissionais em cada área. Existem várias NBRs, principalmente
relacionadas à área da Engenharia Civil.
8
PROJETO ELÉTRICO UNIDADE I
CAPÍTULO 1
Instalações elétricas
» Linhas elétricas:
› condutores → cabos e fios;
› elementos de fixação → abraçadeiras, eletrodutos.
» Equipamentos:
› alimentadores da instalação → gerador, transformador;
› comando e proteção → interruptor, disjuntor;
› utilizadores da instalação → lâmpada, geladeira, chuveiro etc.
9
UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
Mas, antes de falar sobre a norma, é importante entender como a instalação elétrica
acontece. Inicialmente é preciso entender que a geração industrial de energia elétrica
pode ser feita por meio do uso da energia potencial da água, ou seja, as hidrelétricas,
ou também pode ser a energia potencial dos combustíveis (geração termoelétrica).
Segundo Gomes (2011, p.01):
A energia vai para as cidades por meio das linhas e torres de transmissão de alta tensão.
No momento em que chega às cidades, a eletricidade passa pelos transformadores
de tensão nas subestações, que reduzem a voltagem. A partir daí, a energia elétrica
percorre a rede de distribuição, e os fios instalados nos postes levam a energia até a sua
rua. Segundo Gomes (2011, p.02):
Dentro dos centros urbanos, as redes de distribuição podem ser subterrâneas ou aéreas:
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PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
Instalação
Perspectivas
A cidade de São Paulo tem planos de, em 25 anos, ver toda a sua instalação
elétrica enterrada pela Eletropaulo. As vantagens para o sistema e a população
são muitas, a começar, claro, pela segurança.
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UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
Os custos para essa mudança são bastante elevados, mas serão compensados
pela redução nos gastos com manutenção causada por intempéries e incidentes.
Outro ganho para a cidade é a substituição dos antigos postes de concreto,
adaptados para a colocação das luminárias, por postes específicos de iluminação
pública – mais bonitos e esbeltos.
Manutenção
Se você observar a rede elétrica de sua rua, perceberá, na parte superior dos postes, três
fios (fases) dispostos horizontalmente. É a rede primária ou rede de alta tensão. Nos
mesmos postes, notará quatro fios. É a rede secundária (127/220 V) ou (220/380 V),
em baixa tensão, que é distribuída nas edificações. Esses fios são os três fios fases e o
fio neutro. Vale observar que são entregues às edificações pelo menos dois deles, e um
é o fio neutro.
12
PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
Provisórias Ligações que serão substituídas posteriormente por ligações definitivas. São ligações para obras que estão em fase inicial de
construção.
Definitivas Ligações de caráter permanente. Podem ser em tensão secundária (residencial) ou tensão primária (industrial/residencial, predial/
comercial).
Poste da rede
Poste particular
A
Ponto de entrada
Ponto de entrada
B
f8
Pontaletre
5.50 6.000
D 0 rodovias B
Limite de (vias Limite de
propriedade urba propriedade 3.
nas) 50
0
ou C
5.
C 50
0* Caixa para
mediação
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UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
Vale observar que a entrada de energia dos consumidores finais é chamada de ramal
de entrada, que pode ser aérea ou subterrânea. A ligação da rede de distribuição
secundária até o consumidor (ramal) poderá ser realizada por meio de cabos aéreos ou
subterrâneos, com única entrada para luz e força.
Quando chamamos “força”, significa “todo circuito destinado à força motriz, aquecimento,
solda ou outros fins industriais. Em edifícios residenciais, usamos força nas bombas,
elevadores, incineradores etc. É quase sempre trifásica” (GOMES, 2012, p. 03).
Figura 3.3.
Figura Ramal.
Ramal.
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CAPÍTULO 2
Projeto
O projeto é a representação da concepção projetual. Por meio dele se torna possível ver
o melhor caminho para atender as necessidades dos usuários e resolver os problemas
presentes nesse processo. O profissional procura atender uma necessidade, um
resultado desejado, um objetivo. Nesse sentido, define como a energia elétrica poderá
ser conduzida da rede de distribuição até os pontos de utilização em uma edificação.
Segundo Gomes (2011, p. 09):
» residencial;
» comercial;
» industrial.
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UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
» especificações e orçamento;
− ART;
− Memorial descritivo;
− Convenções;
− Especificações;
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PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
d) Interruptores
d.1) 1 seção S
d.2) 2 seções S2
d.3) 3 seções S3
e) Tomadas
300 VA
-3-
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UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
300 VA
e. 2) Tomada de luz a meio a altura lado em VA (exceto se for de (1.300 mm do piso acabado)
-3-
300 VA
e.3) Tomada de luz alta (2.000 mm do normalizada; se a tomada for de piso acabado)
-3
A NBR 5444 foi normatizada pela ABNT em 1989 e estava vigente por mais de 20 anos
de sua publicação, em um formato antigo e desatualizado. O comitê responsável não
encontrou interessados para revisá-la. A proposta de cancelamento da norma circulou
por 30 dias em Consulta Nacional, e não houve qualquer objeção, motivo pelo qual foi
cancelada sem substituição no dia 10 de novembro de 2014. Atualmente, o setor utiliza
os símbolos de database das IEC 60417 (Graphical symbols for use on equipment) e
IEC 60617 (Graphical simbols for diagrams) e a ISO – Organização Internacional de
Normatização – 7000 – Símbolos gráficos.
Apesar de a NBR 5444 ter sido cancelada sem substituição em 2014 pela ABNT, ainda
é muito usada essa simbologia elétrica no Brasil por sua simplicidade e pelo fato de não
existir uma norma brasileira em vigor.
A ABNT recomenda a utilização das normas IEC 60617 e IEC 60417, que são
internacionais. Como toda simbologia precisa ser especificada na legenda,
a sugestão é, por enquanto, utilizar a simbologia simples e de conhecimento
geral da norma cancelada.
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PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
Interruptores
09-93-28 Interruptor símbolo geral
Interruptor unipolar
Interruptor bipolar
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UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
Sobre a utilização das instalações projetadas, o profissional precisa ter atenção em três
critérios:
» acessibilidade;
» confiabilidade.
A instalação deve ser projetada permitindo certa reserva para futuros acréscimos de
cargas e flexibilidade para possíveis alterações.
As instalações precisam ser elaboradas de acordo com normas técnicas, para garantir o
funcionamento perfeito dos componentes do sistema e a segurança dos seus usuários.
Vale salientar que todo projeto elétrico deve possuir uma legenda com as
simbologias para que qualquer pessoa consiga interpretá-lo em uma leitura
imediata da planta.
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PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
Contatos Preliminares
Anteprojeto
Aprovação do não
cliente
sim
Projeto
Revisão
não
Aprovação do
cliente
Revisão sim
As informações preliminares são uma das etapas de grande importância para obter
êxito na elaboração de um projeto. Esse é o momento para obter todas as informações
necessárias para a concepção geral do projeto a ser produzido por meio de planta
de situação, do projeto arquitetônico, projetos complementares e informações do
proprietário, arquiteto ou responsável.
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UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
A norma ABNT NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão tem a seguinte
cronologia:
1980 – A NB-3 foi substituída pela primeira edição da NBR 5410, baseada na
norma IEC 60364 e na norma francesa NF C 15-100.
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PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
2012 – Início dos trabalhos da 5ª revisão da NBR 5410 – sem data prevista de
conclusão.
Fonte: http://www.eletricistaconsciente.com.br/pontue/fasciculos/guia-nbr-5410-fasciculo-1/
historico-campo-de-aplicacao-origem-da-instalacao/.
» previsão de tomadas;
» previsão de iluminação;
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UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
» memorial descritivo;
» memorial de cálculo.
Veja, a seguir, um quadro esquemático com o roteiro de cada fase do projeto. Vale
salientar que essas etapas geralmente são seguidas pela maioria dos profissionais da
área, mas é importante observar que essa ordem pode ser alterada de acordo com a
especificidade de cada projeto.
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PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
Dimensionamento
» Dimensionamento:
Nesta fase, são produzidos os dimensionamentos de todos os elementos do projeto, › dos condutores;
calculados de acordo com os dados registrados nas etapas anteriores. › das tubulações;
› dos dispositivos de proteção;
› dos quadros.
Quadros de Distribuição e Diagramas
» Quadros de distribuição de carga;
Nesta fase, serão produzidos os quadros de distribuição de carga (tabela), que representam a » Diagramas unifilares (ou multifilares) dos QL´s;
distribuição e o dimensionamento dos circuitos. » Diagramas de força e comando dos motores (QF´s);
» d) Diagrama unifilar geral.
Elaboração dos Detalhes Construtivos
A intenção de se fazer os detalhes construtivos é facilitar a interpretação do projeto, permitindo que seja concretizado fielmente.
Memorial Descritivo
É composto pelos itens:
» dados básicos de identificação do projeto;
O memorial descritivo faz uma breve descrição do projeto. » descrição geral do projeto;
» dados quantitativos do projeto;
» documentação do projeto.
Memorial de Cálculo
» Determinação da provável demanda;
» Cálculos das previsões de cargas;
» Dimensionamento:
Nesta etapa, será exposto o resumo dos cálculos fundamentais e dimensionamentos. › dos dispositivos de proteção;
› de eletrodutos;
› de condutores.
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UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
» Linhas elétricas fixas de sinal com exceção dos circuitos internos dos
equipamentos.
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PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
» iluminação pública;
» instalações em minas;
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UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
Fonte: https://www.mundodaeletrica.com.br/o-que-e-nbr-5410/.
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CAPÍTULO 3
Previsão de carga para instalação
comercial e industrial
Luminotécnica
As principais exigências para o cálculo da iluminação são com a quantidade e
qualidade da iluminação de determinada área (trabalho, lazer ou circulação).
É importante saber que existem vários métodos para o cálculo da iluminação. São eles:
Fonte: https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:eS3Wtbcx9BoJ:https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/
view.php%3Fid%3D1802436+&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br, com adaptação da autora.
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UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
𝑐𝑐
=
𝑓𝑓
› λ= comprimento de onda
› f = frequência em ciclos ou Hz
» Cor: é definida pelo comprimento de onda. Por conta da luz nos olhos,
nota-se a cor.
∅
𝐸𝐸 =
𝐴𝐴
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PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
Depósito 200
Circulação 150
Garagem 150
Residências (cômodos gerais) 150
Sala de leitura (biblioteca) 500
Sala de aula (escola) 300
Sala de espera 100
Escritórios 500
Sala de desenhos (arq e eng) 1000
Editoras (impressoras) 1000
Lojas (vitrines) 1000
Lojas (salas de vendas) 500
Padarias (salas de preparação) 200
Lavanderias 200
Restaurantes (geral) 150
Laboratórios 500
Museus (geral) 100
Indústria/montagem (atividade visual de precisão média) 500
Indústria/Inspeção (atividade de controle de qualidade) 1000
Indústria (geral) 200
Indústria/sondagem (atividade de muita precisão) 2000
Fonte: https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:eS3Wtbcx9BoJ:https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/
view.php%3Fid%3D1802436+&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br, com adaptação da autora.
» conforto visual;
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UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
𝑆𝑆 × 𝐸𝐸 𝜙𝜙
𝜙𝜙 = 𝑛𝑛 =
𝑢𝑢 × 𝑑𝑑 𝜑𝜑
Em que:
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PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
› n = número de luminárias;
Por meio da aplicação do método dos lumens, é possível obter informações sobre a
iluminação geral distribuída, que ocupa toda a área do ambiente.
Teto
Paredes
Plano de trabalho
Piso
Fonte: https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:eS3Wtbcx9BoJ:https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/
view.php%3Fid%3D1802436+&cd=3&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br, com adaptação da autora.
A etapa de escolha da luminária e das lâmpadas dependerá de vários fatores. São eles:
» razões de decoração;
» facilidade de manutenção;
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UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
𝑐𝑐 × 𝑙𝑙
𝑘𝑘 =
ℎ × (𝑐𝑐 + 𝑙𝑙 )
Em que:
c = comprimento do local;
l = largura do local;
Quadro 9. Exemplos de fatores de manutenção para sistemas de iluminação de interiores com lâmpadas.
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PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
Vezes em hm Vezes em hm
Em que:
» n: número de luminárias;
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UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
d/2
d/2
L L/2
» NBR – 5410: a figura a seguir (de acordo com a NBR – 5410) mostra os
critérios para iluminação interna, em residências e ambientes comerciais
como hotéis, motéis e similares.
FiguraFigura
08. Critérios para
8. Critérios para iluminação
iluminação interna.
interna.
Atribuir um
mínimo de 100
VA para os
Para área igual primeiros 6m²,
ou inferior a Atribuir um Para área
acrescido de 60
6m² mínimo de 100 VA superior a
VA para cada
6m²
aumento de 4m²
inteiros.
36
PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
Quadro 10. Exemplo de medidas em m² para aplicação do cálculo e determinação das potências das
37
UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
Fonte: http://www.eletricistaconsciente.com.br/blog/fique-por-dentro/artigos-tecnicos/
previsao-de-cargas-de-iluminacao-e-tomadas-em-locais-nao-destinados-habitacao/,
adaptado pela autora.
38
PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
geral, as
Figura 9. Condições para se estabelecer TUGs. mínima de tomadas de uso geral, as TUGs.
a quantidade
Cômodos ou
dependências
com área No mínimo uma
igual ou tomada
inferior a 6m²
Fonte: Gomes(2011,
Fonte: Gomes (2011,p. p. 20),
20), comcom adaptação
adaptação da da autora
autora.
Vale observar que as tomadas devem ter altura em média de 1,30 m (em relação ao chão)
em locais como cozinhas, áreas de serviço, copas, copas-cozinhas e lavanderias. Também
deve ser prevista pelo menos uma tomada acima de cada bancada (balcão).
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UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
futuramente evitar o uso de emprego de extensões e benjamins (os famosos “tês”), pois
eles desperdiçam energia e podem comprometer a segurança da instalação.
» quando não for possível a instalação de tomada no próprio local, ela terá
de ser instalada perto do seu acesso;
Figura 11. Condições para se estabelecer a potência mínima de tomadas de uso geral (TUGs).
Banheiros,
cozinhas, copas, - atribuir, no
copas-cozinhas, mínimo, 600 VA
áreas de serviço, por tomada, até
lavanderias e três tomadas.
locais - atribuir 100VA
semelhantes. para os
excedentes.
Demais - atribuir, no
cômodos ou mínimo, 100VA
dependências. por tomada.
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PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
As TUEs são tomadas específicas para equipamentos que possuem cargas maiores
(geralmente acima de 1500 VA). Normalmente estão localizadas em uma parte
específica da edificação.
São eles:
» chuveiro;
» condicionador de ar;
Vale salientar que, ao utilizar o termo “tomada” de uso específico, não quer dizer
necessariamente que a ligação do equipamento à instalação elétrica fará uso de uma
tomada. A ligação poderá ser feita, em alguns casos, por uma ligação direta (emenda)
de fios ou por uso de conectores.
41
UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
Figura 12. Condições para se estabelecer a potência de tomadas de uso específico: TUEs.
➢ Ou o valor da área
➢ Ou o valor do perímetro
➢ Ou o valor da área e do perímetro
– Os pontos de tomada de uso específico devem ser localizados no máximo a 1,5
m do ponto previsto para a localização do equipamento a ser alimentado.
Fonte: http://www.eletricistaconsciente.com.br/blog/fique-por-dentro/artigos-tecnicos/previsao-de-cargas-de-
iluminacao-e-tomadas-em-locais-nao-destinados-habitacao/, adaptado pela autora.
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PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
Geralmente, essas cargas são de uso comum e são denominadas cargas do condomínio.
Cada caso terá uma definição específica da potência de cargas, na maioria das vezes
determinada pelos fornecedores, sendo que o profissional que está desenvolvendo o
projeto de instalações deverá prever a potência solicitada por eles.
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CAPÍTULO 4
Previsão para cargas em áreas
comerciais e escritórios
3 NBR 5413 | Confira tudo sobre a Norma de Iluminância de Interiores. Disponível em: https://portaldaengenharia.com/
projetos-residenciais/nbr-5413/.
44
PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
Outros, porém, afirmavam que a NR guiava o usuário para fora do texto da lei
uma vez que citava uma NBR, ou seja, ao sair da NR e buscar a norma citada, o
usuário cairia no texto publicado pela ABNT, que dizia claramente que a norma
5413 estava cancelada e substituída pela 8995, ou seja, a 8995 agora é quem
tinha a chamada força de lei, tendo de ser cumprida.
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UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
Conforme foi informado no texto acima, o MTE pediu que a Fundacentro fizesse uma
Norma de Higiene Ocupacional – NHO sobre o tema, e, quando ela for publicada, será
referência para a iluminação nos ambientes de trabalho. Portanto, em 2018, foi lançada
a Norma de Higiene NHO 11 – Avaliação dos níveis de iluminamento em ambientes
internos de trabalho4.
A norma também possui um tópico para uma avaliação preliminar em que são observados
importantes aspectos para a segurança e desempenho dos sistemas de iluminação. São
eles:
» aparência de cor;
» o contraste;
» ofuscamento;
» sombras excessivas;
» cintilação;
» efeito estroboscópico; e
» direcionalidade, entre outros.
É importante perceber que nessa norma está presente a instrumentação para medição
dos níveis de iluminação de acordo com os tipos de lâmpadas e das características
existentes no mercado atual, como as lâmpadas LED e outras que precisam de correções
específicas nos medidores.
46
PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
Para escritórios comerciais ou locais similares com área ≤ 40 m2, a quantidade mínima de Um ponto de tomada para cada 3 m, ou fração, de
tomadas de uso geral deve ser calculada pelo critério, entre os dois seguintes, que conduzir perímetro.
ao maior número: Um ponto de tomada para cada 4 m2, ou fração, de área.
Para escritórios comerciais ou locais análogos com área > 40 m2, a quantidade mínima de 10 pontos de tomadas para os primeiros 40 m2 e 1
tomadas de uso geral deve ser calculada com base no seguinte critério: ponto de tomada para cada 10 m2, ou fração, de área
restante.
Em lojas e locais similares, devem ser previstos pontos de tomadas de uso geral em quantidade nunca inferior a um ponto de tomada para cada 30 m2,
ou fração, não consideradas as tomadas para a ligação de lâmpadas, tomadas de vitrines e tomadas para a demonstração de aparelhos.
A potência a ser atribuída aos pontos de tomadas de uso geral em escritórios comerciais, lojas e locais similares não deverá ser inferior a 200 VA por
ponto de tomada.
Atenção! Vale salientar que a quantidade e a potência das tomadas em locais industriais
dependerão do tipo de ocupação dos variados locais e devem ser analisadas e
determinadas de acordo com cada caso.
5 Mais informações disponíveis em: RINALDI, Alexandra. Norma NHO 11 de 2018 reforça a importância de iluminação
adequada nos ambientes de trabalho. Disponível em: <http://www.fundacentro.gov.br/noticias/detalhe-da-noticia/2018/10/
norma-nho-11-de-201-reforca-a-importancia-de-iluminacao-adequada-nos-ambientes-de-trabalho>.
47
UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
Em halls de serviço, salas de manutenção e salas de equipamentos, tais como casas de Deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada de
máquinas, salas de bombas, barriletes e locais análogos uso geral, e, aos circuitos terminais respectivos, deve
ser atribuída uma potência de no mínimo 1.000 VA.
Quando um ponto de tomada for previsto para uso específico, deve ser a ele atribuída A potência ou soma das potências dos equipamentos
uma potência igual à potência nominal do equipamento a ser alimentado ou à soma das mais potentes que o ponto pode vir a alimentar.
potências nominais dos equipamentos a serem alimentados. Quando valores precisos
A potência deve ser calculada com base na corrente de
não forem conhecidos, a potência atribuída ao ponto de tomada deve seguir um dos dois
projeto e na tensão do circuito respectivo. Por exemplo,
seguintes critérios
circuito 127 V com disjuntor de corrente nominal igual a
20 A P = 20 A x 127 V = 2.540 VA.
Os pontos de tomada de uso específico devem ser localizados no máximo a 1,5 m do ponto previsto para a localização do equipamento a ser
alimentado.
Os pontos de tomada destinados a alimentar mais de um equipamento devem ser providos com a quantidade adequada de tomadas.
No projeto de instalações elétricas, é preciso usar a simbologia adequada para cada ponto de utilização, colocando ao
1.
lado de cada ponto a sua devida potência;
Evitar colocar os pontos elétricos sobre elementos estruturais, como: vigas ou pilares de concreto, ou com pontos dos
2. projetos de instalações hidráulicas, sanitárias, telefônicas, de combate a incêndio, de segurança patrimonial etc. Por
isso, é necessário observar o projeto arquitetônico, o projeto estrutural e os outros projetos da edificação.
» distribuir igualmente as tomadas de uso geral;
» prever onde ficarão localizadas as tomadas sobre as eventuais bancadas existentes em cozinhas, copas, áreas de
3. Observar o layout detalhado no serviço e banheiros. Observação: é recomendado sobre cada bancada que seja prevista, no mínimo, uma tomada
projeto de ambientação. Caso não de uso geral a 0,30 m de altura desta;
tenha, é preciso ter um diálogo
» prever onde estarão localizadas as tomadas de uso específico;
com o cliente, com a intenção de
localizar os pontos de modo a: » distribuir uniformemente os pontos de iluminação geral e antever pontos de iluminação para destaques específicos;
» localizar de maneira adequada os comandos dos pontos de iluminação, prevendo interruptores simples, duplos,
triplos etc.; ou outros dispositivos de comando.
» a localização dos motores para elevadores, bombas de recalque d’água, bombas de drenagem, bombas do
sistema de combate a incêndio, bombas para piscinas, portões de acesso etc., bem como a localização dos seus
respectivos quadros de comando, observando as áreas específicas destinadas a esses fins e as recomendações
dos fabricantes desses equipamentos;
4. Sobre as instalações do
» prever a utilização de minuterias e/ou interruptores temporizados para o comando dos pontos de iluminação de
condomínio:
escadas, halls e circulações;
» prever a utilização de interruptores diversos e/ou comandos nos próprios quadros para os pontos de iluminação do
subsolo, pavimento térreo, portaria, áreas externas, jardins, piscinas, quadras esportivas, etc.;
» prever a utilização de porteiros eletrônicos, sinalizadores para acesso de veículos, sinalizadores de obstáculos,
alarmes, etc. (GOMES 2011, p. 25).
48
CAPÍTULO 5
Criação dos circuitos
Vale observar que sobrecarregar um mesmo disjuntor com vários circuitos é um dos
erros mais comuns. É preciso compreender que os circuitos são feitos para atender essas
especificações energéticas de cada cômodo. Cada circuito necessita ter um disjuntor
para funcionar de modo que seja eficiente e seguro.
Com base na norma NBR 5410, ambientes que possuem equipamentos de maior
potência, como lavanderias, cozinhas, banheiros e copas, necessitam ter um circuito
elétrico exclusivo para cada um.
Fonte: da autora.
» circuito de alimentação;
» circuito de distribuição/terminal.
49
UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
Circuitos de
distribuição
Circuitos de
alimentação
Circuitos terminais
QD-2
QM QD-1
Concessionária
» circuitos de iluminação.
RelaçãoFigura
entre fiaçãoentre
14. Relação e fiação
sua potência
e sua potênciaem relação
em relação à tensão
à tensão na rede. na rede.
Fonte: Lara(2012,
Fonte: Lara (2012, p. 69).
p. 69).
Com base em Lara (2012), são três passos para a elaboração dos circuitos, dividindo a
potência total da instalação:
» Na planta onde estão marcadas as lâmpadas e tomadas, é indicado delimitar uma região da edificação, certificando a
Passo 1 quantidade de pontos de consumo de energia e suas respectivas potências, buscando totalizar em torno das sugestões da
Figura 14.
» Após decisão, Lara (2012) sugere marcar os valores das potências desses pontos e identificar, na planta baixa, os pontos
Passo 2
de consumo de energia dessas lâmpadas e tomadas com a numeração equivalente ao circuito criado.
» Lançamento de eletrodutos: para lançar na planta baixa os eletrodutos equivalentes ao circuito criado, Lara (2012) diz que
Passo 3 traça, com base do quadro de distribuição, subindo a lâmpada mais próxima e distribuindo para as demais nessa região
definida. De cada lâmpada, desço com o eletroduto para o seu respectivo interruptor.
» buscar os caminhos que não sejam muito longos e não fazer cruzamentos
dos eletrodutos na estrutura da laje;
51
UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
» vale salientar que, em trechos com curvas, a distância precisa ser reduzida
a 3 m para cada curva de 90°. Não deve ter trechos contínuos retilíneos
maiores que 12 m.
Em resumo, com base na planta baixa arquitetônica, nas concepções preliminares, nas
possibilidades da concessionária e nas necessidades do proprietário, começa a ser feito
o levantamento da carga (potência), escolhendo lâmpadas e quantificando tomadas, de
acordo com as normas técnicas. Pela potência a ser instalada, determina-se o padrão da
edificação. Com isso, são distribuídas as lâmpadas e tomadas pela planta baixa, usando
os símbolos convencionados, dividindo a instalação toda em uma quantidade adequada
de circuitos. Com base nisso, é montado o quadro de circuitos.
alimentação,
Figura 15. Circuitoscircuitos de circuitos
de alimentação, distribuição e circuitos
de distribuição terminais.
e circuitos terminais.
Circuitos de
alimentação
Circuitos
terminais
Concessionária QM QD
Fonte:
Fonte:Lara (2012),
Lara (2012), adaptado
adaptada pela pela autora.
autora.
52
PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
Os fios que chegam ao quadro de distribuição e se unem aos circuitos terminais são:
» os fios fases;
» o fio neutro;
» e o fio terra (proteção).
Esquemas de ligações
Com base em Lara (2012), a figura a seguir mostra a lâmpada fluorescente ligada a um
interruptor de uma seção em circuito monofásico (F/N/T).
53
UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
Fio fase
Fio terra
Reator
Quadro de
distribuição Lâmpada
Frente Fundo
Interruptor
de uma
seção
Fonte:
Fonte:Lara (2012),
Lara (2012), adaptado
adaptada pela pela autora.
autora.
QD ELETRODUTO
LÂMPADA
Interruptor de
uma seção
54
PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
Figura 18. (A) Lâmpada fluorescente ligada em interruptores three-way e (B) esquema de projeto de uma
de projeto de umalâmpada
lâmpada fluorescente
fluorescente ligada em
ligada em interruptores interruptores three-way.
three-way.
Fio terra
Fio neutro
Retorno da lâmpada
Reator
Quadro de Lâmpada
distribuição
(A)
QD ELETROD
UTO
Interruptor
three-way
LÂMPADA
Interruptor
three-way
(B)
7 CUNHA, João. Capacidade de condução de corrente dos condutores elétricos. Disponível em: <http://www.arandanet.com.br/
revista/em/materia/2017/02/17/capacidade_de_conducao.html>.
55
UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
Por essa definição, pode-se concluir que a corrente que circula pelo
cabo deve ser igual ou inferior à capacidade de condução de corrente do
seu(s) condutor(es), para que seja garantida durabilidade satisfatória
a este(s) e à isolação, em face dos efeitos térmicos produzidos pela
circulação de correntes.
P
i=
U x f1 x f2
Em que:
Fonte: ABNT/NBR-5410.
Fonte: ABNT/NBR-5410.
São necessárias essas correções no valor da corrente, pois ela, ao circular por um
condutor, aquece-o (efeito Joule) e resulta em uma “perda” de energia por calor. Isso
aumenta a temperatura ambiente ao redor do condutor, diminuindo a sua capacidade
de conduzir corrente.
Caso o ambiente já seja aquecido, gera uma dificuldade dissipação do calor. Se existirem
circuitos agrupados no interior do eletroduto, acontece outra consequência (corrente
induzida), também colaborando para diminuição da capacidade de condução de
corrente do circuito em dimensionamento.
56
PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
Por exigir condutores de maiores seções, essas perdas de energia acabam causando
gastos financeiros. Dessa forma, a instalação elétrica, tanto em ambientes ventilados
como a minimização de circuitos por eletrodutos, exige boas técnicas de construção.
Além das quedas de tensões que acontecem naturalmente ao longo dos circuitos,
existem outras de natureza técnica, como o funcionamento de equipamentos ligados
conjuntamente, como é o caso dos chuveiros, no horário entre 17 e 21 horas, período de
pico de consumo, quando a concessionária de energia enfrenta dificuldade para manter
a ddp garantida no padrão.
Me = P x d
57
UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
2. calcular a demanda.
Nos circuitos que serão alimentados por duas fases, o procedimento é distribuí-los
nessas duas fases de forma equilibrada. Isso permitirá que o disjuntor geral proteja
igualmente todas as fases.
58
PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
» cumprir as normas;
» Caso, em um circuito elétrico, for ligada uma carga acima do limite para o qual o circuito foi dimensionado, haverá uma
Sobrecorrente sobrecarga.
» Essa sobrecorrente poderá estragar fiações, tomadas e interruptores. Uma sobrecorrente é formada por uma sobrecarga.
» É tensão vinda de descargas atmosféricas e com valor muito maior daquele que é disponível nas redes públicas de energia;
Sobretensão
ou oriunda da própria rede elétrica pública por algum defeito nos transformadores.
» É um caminho intencional ou acidental mais curto em que a corrente circula, porém pode ser perigoso para os indivíduos ou
Curto-circuito equipamentos.
Choque » Passagem da corrente elétrica pelo corpo humano, podendo causar pequenos sustos ou até mesmo a morte.
59
UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
NR 10
Diferente das Normas anteriores, a NR 10 é mais específica. Apresenta os
riscos que o trabalhador corre ao se expor a instalações elétricas e fontes
de eletricidade em geral – seja em razão da função ou por descuido.
Ela estabelece medidas para garantir a segurança dos funcionários que têm
contato de forma direta ou indireta com redes e instalações elétricas. Por isso,
a NR 10 apresenta o uso do EPI aos profissionais da área, de forma obrigatória.
Fonte: https://blog.previnsa.com.br/guia-das-principais-normas-regulamentadoras-de-seguranca-do-
trabalho/, com adaptação.
» Fio neutro
É o fio condutor que não possui tensão, ou seja, é um dos condutores vindos da rede
da concessionária que estabelece o equilíbrio de cargas elétricas de todo o sistema,
não podendo ser seccionado por qualquer dispositivo de proteção, a não ser pelos
Dispositivos Diferenciais Residuais (DR’s), que serão abordados mais adiante no
capítulo. O neutro sempre precisa estar com zero volt ou o mais próximo possível
disso, pois, se houver tensão no neutro, significa que há um desequilíbrio entre as fases.
O fio neutro terá sempre a mesma seção do fio fase. Para segurança da rede pública, a
concessionária pede o aterramento do fio neutro no padrão de energia.
60
PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
» Aterramento
O aterramento é um conector que tem valor igual a zero Volt absoluto, ou seja, seu
valor não se altera, ao contrário do neutro. É feito por um conjunto de elementos que
ligam às partes metálicas, denominadas de massas da instalação, como luminárias,
tubulações, tomadas, caixas, quadros etc., com o solo. Aterrar é colocar instalações
e equipamentos no mesmo potencial, fazendo com que a diferença de potencial entre
a terra e o equipamento seja zero. É necessário fazer isso para que o profissional da
área elétrica, ao operar máquinas e equipamentos elétricos ou fazer uma manutenção,
não receba descargas elétricas do equipamento que ele está manuseando.
» Equipamentos de proteção
Eles oferecem proteção aos circuitos, como desligando-se automaticamente caso esteja
acontecendo um curto-circuito, sobretensão, sobrecorrente, fuga de corrente para a
terra ou choque.
61
UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
É designado à proteção dos condutores que suprem cargas de natureza resistiva como aquecedores, chuveiros e lâmpadas incandescentes
B
(residencial). O disparador magnético atua entre 3 e 5 vezes da corrente nominal (In).
Serve para a proteção de condutores que alimentam cargas de natureza indutiva, como motores, lâmpadas fluorescentes e compressores
C
eletrobombas (residencial e outros). O disparador magnético atua entre 5 e 10 In.
Protege condutores que alimentam cargas de natureza fortemente indutivas, como transformadores e cargas com alta corrente de partida (acima de
D
10 In) (industrial). O disparador magnético atua entre 10 e 50 In.
Dimensionamento de disjuntores
termomagnéticos (DTM)
Os disjuntores têm especificações que falam sobre a corrente elétrica de atuação, o que
leva um disjuntor a desarmar com exatidão de 20% em torno do valor ajustado. Sabe-
se que, para se determinar o melhor disjuntor para cada circuito elétrico, são avaliados
diversos fatores, como tipo da rede elétrica, os cabos elétricos e os equipamentos que
serão protegidos.
62
PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
Fonte: https://athoselectronics.com/dispositivo-dr-como-funciona/.
63
UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
fuga de corrente. Se for maior que o limite, ele vai desarmar o circuito. Segundo
Lara (2012, p. 111): “a sensibilidade dos DR’s varia de 30 a 500 mA, e o mesmo
deverá ser dimensionado com cuidado, pois existem perdas para a terra inerentes à
própria qualidade da instalação”. Veja o quadro a seguir:
O IDR possui o que se denomina de polos, por onde são conectados os cabos que
precisam ser monitorados. O número de polos do IDR pode variar de acordo com o
modelo, podendo ser bipolar, tetrapolar etc.
Fonte: https://www.mundodaeletrica.com.br/como-funciona-idr/.
64
PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
Pode-se dizer que ele é mais completo que o IDR e encontra-se no mercado como DDR
bipolar, com sensibilidade de 30 mA para as correntes nominais de 6, 10, 16, 20, 25
e 32 A. O DDR é formado por um disjuntor termomagnético em conjunto com um
dispositivo diferencial residual que protege os indivíduos contra choque.
Figura 21.
Figura Eletroduto e condutores.
21. Eletroduto e condutores.
condutores
Diâmetro
interno
Fonte: http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_infra/tec_edific/inst_eletr/161012_inst_eletr.pdf.
Fonte: http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_infra/tec_edific/inst_eletr/161012_inst_eletr.p
Geralmente são embutidos nas alvenarias, mas também podem ser instalados
externamente, conforme mostra a figura a seguir.
Fonte: https://casa.abril.com.br/construcao/instalacao-eletrica-vale-a-pena-deixar-aparente/.
65
UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
Normalmente, os eletrodutos são determinados por consulta à tabela dos fabricantes, pela
quantidade de condutores e respectiva seção. Eles podem variar em função dos materiais
e fabricantes. O quadro a seguir, elaborado por Lara (2012), pode servir como referência
para condutores flexíveis (cabos).
Vale observar que o fio é um condutor rígido isolado por um plástico, e o cabo é um
condutor flexível constituído por vários filamentos trançados, também isolados com
plástico. Tanto um como o outro são definidos pela área da seção transversal, em
mm². Na maioria das vezes, por passarem pelos eletrodutos fios de várias seções, é
necessário converter todos os fios para uma mesma seção.
O quadro a seguir mostra dimensões de cabos (condutor flexível) que têm sido mais
comuns no comércio, e também podem ser usados para fios rígidos (sólidos), que são
ligeiramente mais finos. Mas, nesse caso, basta observar que será uma taxa de ocupação
ligeiramente menor que 40%.
Quadro e diagramas
Quadro de cargas
66
PROJETO ELÉTRICO │ UNIDADE I
Diagrama de fase(s)
Diagrama geral
Representação de todos os fios (fases, neutro e terra), disjuntores e suas conexões com
os circuitos de alimentação e distribuição, inclusive o aterramento.
Materiais
Normalmente, os plásticos são de PVC. São usados como revestimento dos quadros e
eletrodutos, condutores e como caixas de embutir.
Os condutores são revestidos por uma capa plástica, podendo ter diversas cores. Mas
vale salientar que, de acordo com a norma, na construção dos circuitos, o fio neutro
precisa ser o azul-claro, e as outras cores para os fios fases, com exceção da cor verde
ou verde-amarelo, que são utilizadas para o fio terra. Os condutores são feitos com uma
liga de cobre misturando-se a diversos elementos em pequenas quantidades, com a
intenção de reduzir a formação de óxido cuproso, que é corrosivo e também diminui a
seção, reduzindo a condutividade do material.
No caso dos disjuntores, vale observar que existem vários tipos e modelos de
disjuntores. Embora sejam diferentes, eles têm a mesma finalidade, que é a proteção
dos circuitos contra sobrecorrente e curto-circuito, mas o que vai diferenciá-los
são as suas curvas características e onde serão empregados, ou seja, será definido
de acordo com a carga e circuitos que estão sendo alimentados. As características
do disjuntor e sua curva de atuação devem estar grafadas pelo fabricante.
67
UNIDADE I │PROJETO ELÉTRICO
Manual do proprietário
Como a maioria dos usuários não tem conhecimento técnico em instalações elétricas,
é necessário deixar na residência o Manual do Usuário, com uma linguagem mais
simples, que tenha, pelo menos, as seguintes informações:
» aviso para que não sejam trocados, por outros com características
distintas, os dispositivos de proteção (disjuntores) existentes no quadro;
68
INSTALAÇÕES UNIDADE II
HIDROSSANITÁRIAS
CAPÍTULO 1
Projeto de instalações hidrossanitárias
» a alimentação;
» o acondicionamento;
O sistema tem a intenção básica suprir os usuários de uma edificação com água potável
necessária para suas atividades.
Em cada ponto que precisa da utilização desse sistema, é necessário estar atento/atenta
para respeitar certas condições, como pressão, vazão etc. Segundo norma ABNT NBR
5626:1998, para organizar essas exigências, é muito importante a elaboração de um
projeto rico em detalhamento.
69
UNIDADE II │ INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
Segundo Silva (2019, p. 04), um projeto de instalações hidráulicas deve atender aos
seguintes quesitos:
Macintyre (1996), citado por Silva (2019, p. 04), “classifica em três tipos o sistema
abastecimento dentro da edificação, dependendo da separação entre a rede pública e a
rede interna, sendo eles: sistema direto, indireto e misto”.
É aquele em que a alimentação da rede interna é feita diretamente pelo ramal predial, e, nesse modal,
» Sistema direto de distribuição é necessário que o abastecimento público consiga suprir todos os requisitos das instalações hidráulicas,
como continuidade, abundância e pressão, pois não há reservatórios na edificação.
» Sistema indireto de É aquele em que há um reservatório para momentos de irregularidades no abastecimento de água e
distribuição variações de pressões.
» Sistema misto É quando há dois sistemas, direto e indireto, na mesma edificação.
Os mananciais são fontes de água bruta, podendo ser superficiais ou subterrâneos. São
responsáveis pelo abastecimento das indústrias e residências depois de passarem pela
estação de tratamento de água.
Vale salientar que a medição do consumo de água é feito pelo hidrômetro, que é onde
termina o ramal externo e começa o alimentador predial, tubulação que faz a ligação
do hidrômetro ao reservatório. O órgão público responsável fornece o hidrômetro
e o introduz no orçamento de ligação do ramal, e este pode ser instalado em uma
caixa de alvenaria ou concreto, que pode ser enterrada ou não, sob a condição de
que não tenha entrada de água pluvial. Isso pode variar de acordo da concessionária
de cada região. Para se determinar o consumo de água diário de uma edificação,
é necessário saber a sua finalidade, segundo Silva (2019, p. 06):
70
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS │ UNIDADE II
• 25 L para perdas.
Com base nas especificações propostas por essa norma, os materiais utilizados, desde
que cumpram as recomendações normativas específicas de cada material, podem ser:
71
UNIDADE II │ INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
- conexão cruzada: qualquer ligação física por peça, dispositivo ou outro arranjo
que conecte duas tubulações das quais uma conduz água potável e a outra água
de qualidade desconhecida ou não potável.
72
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS │ UNIDADE II
- diâmetro nominal (DN): número que serve para designar o diâmetro de uma
tubulação e que corresponde aos diâmetros definidos nas normas específicas de
cada produto.
Reservatórios
Os motivos para interrupção podem variar, como reparos na rede pública, rompimento
de adutoras e distribuidoras, ampliação de rede, por falta de reparos e manutenção,
falta de energia. Por isso, é necessário que a edificação tenha um reservatório para essas
situações atípicas.
73
UNIDADE II │ INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
Conforme a NBR 5626:1998, a reserva de água fria precisa garantir fornecimento para
no mínimo 24 horas de acordo com a quantidade e o padrão de consumo utilizados
pelos os usuários da edificação, além da reserva de incêndio.
Vale salientar que na norma ABNT NBR 5626:1998 diz que os reservatórios devem
garantir a preservação do padrão de potabilidade, ou seja, em outras palavras: não
permitir que se transmita para a água odor, cor, gosto ou toxicidade, e não propiciar
o crescimento de microrganismos. É preciso que o reservatório seja um recipiente
estanque com tampa para evitar a entrada de poeiras, insetos, animais e líquidos, e
deve ser de um material resistente.
Encanamentos
» barrilete;
» coluna;
» ramal; e
» sub-ramal.
74
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS │ UNIDADE II
Vale salientar que a norma ABNT NBR 5626:1998 recomenda colocar registros de
fechamento no barrilete depois do reservatório. O objetivo é poder fazer a manutenção
em qualquer ponto da rede.
Barrilete
Coluna de distribuição
Ramal
Sub-Ramal
Tubulação de recalque
Reservatório Inferior
Cavalete/ hidrômetro
Estação elevatória
Ramal predial
Alimentador predial
Fonte: http://image.slidesharecdn.com/pcc-465-aguafria-dimensionamento-130322183345-phpapp02/95/pcc-465-
Fonte: http://image.slidesharecdn.com/pcc-465-aguafria-dimensionamento-130322183345-phpapp02/95/pcc-465-agua-fria-
agua-fria-dimensionamento-2-638
dimensionamento-2-638.jpg?cb=1363977228.
75
UNIDADE II │ INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
76
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS │ UNIDADE II
Vale salientar que é fundamental tomar cuidados para que as instalações de água
fria não fiquem comprometidas em relação ao padrão de potabilidade, pois, caso isso
aconteça, pode haver um risco para a saúde humana.
Recomenda-se que as tubulações de água fria não sejam instaladas dentro ou através
de fossas, sumidouros, caixas de inspeção, coletor de esgoto sanitário, tanque séptico,
filtro anaeróbio, leito de secagem de lodo etc. É importante observar que a norma ABNT
NBR 5626:1998 faz a recomendação de identificar as tubulações que levam a água não
potável com símbolos, cores e a mensagem “água não potável”.
Quanto à retrossifonagem, que é a entrada de água servida nas instalações de água potável
por causa de pressões negativas na rede, que às vezes pode acontecer em reservatórios,
bidês (pouco usado atualmente), caixas de descarga e outros equipamentos que não
possuem uma considerável separação atmosférica, de acordo com Silva (2019, p. 09), com
base na ABNT NBR 5626:1998, é preciso seguir as seguintes recomendações:
77
UNIDADE II │ INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
É importante observar que deve haver uma declividade constante dos componentes do
sistema esgoto sanitário para que os efluentes escoem por gravidade. Recomenda-se
uma declividade mínima de 2% para tubulações inferiores a 75 mm e 1% para tubulações
superiores a 100 mm.
78
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS │ UNIDADE II
Nos tubos de queda, os desvios precisam ser feitos preferivelmente com curvas de raio
longo ou duas curvas de 45°, não podendo ultrapassar 90°; em edificações de dois ou mais
andares, com o objetivo de não ocorrer o retorno da espuma, é preciso impedir a ligação
de tubulações em região de sobrepressão nos tubos que recebem resíduos que podem ter
detergentes; e os tubos de queda que tiram despejo de pias e máquinas de lavar louças
precisam descarregar em uma caixa de gordura. De acordo com a ABNT NBR 8160:1999,
tubo de queda é a tubulação vertical que recebe os efluentes de subcoletores, ramais de
esgoto e ramais de descarga. O subcoletor recebe os resíduos de um ou vários tubos de
queda ou ramais de esgoto. O coletor predial é uma parte da tubulação que leva os efluentes
de uma edificação para algum sistema privado ou coletor público.
Desconectores
As instalações de esgoto sanitário podem ser divididas em:
79
UNIDADE II │ INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
O desconector é o dispositivo responsável por essa divisão. Por meio do fecho hídrico,
ele não permite a passagem de gases.
Rede de ventilação
A finalidade da rede de ventilação é manter a pressão atmosférica dentro das tubulações
sanitárias para evitar problemas de sobrepressões e depressões, pois podem influenciar
na variação do nível dos fechos hídricos dos componentes sifonados, como caixas
sifonadas e vasos sanitários.
De acordo com a norma ABNT NBR 8160:1999, é recomendado que toda a rede de
ventilação deve ser instalada com um aclive mínimo de 1%, (conforme ilustra a figura
25), para fazer com que qualquer líquido que esteja passando por essa rede seja escoado
para os ramais da rede de esgoto, com o objetivo de evitar o acúmulo de água nos
condutos de ventilação.
Ralo
Gases Gases
Gases
e: https://maisengenharia.altoqi.com.br/hidrossanitario/instalacoes-hidrossanitarias-dicas-sobre-declividades/
Fonte: https://maisengenharia.altoqi.com.br/hidrossanitario/instalacoes-hidrossanitarias-dicas-sobre-declividades/.
80
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS │ UNIDADE II
Tubo de queda
Coluna de ventilação
Fonte: https://maisengenharia.altoqi.com.br/hidrossanitario/instalacoes-hidrossanitarias-dicas-sobre-declividades/.
» ser estanques;
81
UNIDADE II │ INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
82
COMBATE A UNIDADE III
INCÊNDIO
Prevenir incêndios é tão importante quanto saber apagá-los ou mesmo saber como
agir nessas circunstâncias. Os projetos de proteção e combate a incêndio consistem em
equipamentos e diretrizes que se destinam a:
Entre os equipamentos citados, o mais utilizado é o extintor, que deve passar por
uma manutenção pelo menos uma vez por ano, por pessoas que sejam credenciadas
e especializadas no assunto. Vale salientar que, além de adquirir e conservar os
equipamentos de segurança, é importante ensinar aos usuários da edificação como
manuseá-los, acionar o alarme, usar o extintor ou abandonar o local, quando
necessário, sem provocar tumultos.
83
CAPÍTULO 1
Projetos de proteção e combate a
incêndio
» proteção do patrimônio.
A elaboração do PPCI de uma edificação deve ser focada em duas premissas básicas:
» extintores;
» redes de hidrantes;
84
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS │ UNIDADE II
» corrimão;
» controle de fumaça;
» detectores de calor;
» sprinklers;
» quadros de comando;
» rotas de fuga;
» portas corta-fogo.
Extintores
Os extintores são indicados para controlar o princípio de incêndio, mas seu uso acaba
sendo limitado por conta do seu tamanho, possuindo uma carga reduzida. Os sistemas
de proteção por extintores normalmente são utilizados em todos os tipos de ocupações,
cumprindo o tipo de classificação.
Incêndios de classe A:
» papel,
85
UNIDADE II │ INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
Classe de ocupação
Área coberta para unidade de Distância máxima a ser
Risco de fogo *segundo Tarifa de Seguro Incêndio do
extintores percorrida
Brasil – IRB(*)
500m² pequeno “A” - 01 e 02 20 metros
250m² médio “B” - 02, 04, 05 e 06 10 metros
150m² grande “C” - 07, 08, 09, 10, 11, 12 e 13 10 metros
» industriais;
» depósitos;
» edifícios comerciais;
» hotéis;
» hospitais;
» centro comerciais; e
» convenções.
podendo ser cobre, aço e/ou ferro, ligada a pequenos “aspersores” (sprinklers e/ou
chuveiros). O sistema é acionado pelo calor, ou seja, quando aumenta a temperatura do
sprinkler até seu ponto de operação, o bulbo e/ou ampola que acomoda um líquido com
alto coeficiente de expansão eclode, possibilitando a descarga de água.
Vale observar que, mesmo sendo uma rede ser interligada, os sprinklers funcionam
de forma independente; eles ficam ativados conforme a área que protegem atinja a
temperatura de acionamento.
Os hidrantes urbanos são diferentes dos que estão presentes nas edificações em relação
à forma de abastecimento de água, pois os sistemas urbanos mostram pontos providos
de registros e uniões de engate rápido, conectado à rede pública de abastecimento
(podendo ser de coluna ou subterrâneo). Já os sistemas prediais apresentam pontos de
tomada com registros e uniões de engate rápido, esguichos, mangueiras e chave storz, e
não estão ligados à rede pública, mas ao reservatório de água da edificação.
Vale salientar que edificações que têm área construída com mais de 750 m² e/ou altura
acima de 12 metros, de acordo com a NBR 13714 – 2000, são obrigadas a ter sistemas
hidráulicos preventivos de combate a incêndio.
87
UNIDADE II │ INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
Por causa dos requisitos normativos, os sistemas de hidrantes são separados em três
categorias que definem o tipo de esguicho, diâmetro e comprimento da mangueira, saída e
vazão. Cada uma dessas categorias será aplicada com base no tipo de edificações.
Vale salientar que a norma prevê que o tempo de funcionamento do sistema deve ser de
60 minutos para os tipos 1 e 2, e 30 minutos para o tipo 3.
Mangueira Vazão
Tipo Esguicho Saída
Diâmetro (mm) Comprimento máximo (m) (L/min)
1 Regulável 25 ou 32 30 1 80/100
2 Jato compacto Ø 16mm ou regulável 40 30 2 300
3 Jato compacto Ø 25mm ou regulável 65 30 2 900
Tipos de sistemas
Materiais
1 2 3
88
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS │ UNIDADE II
89
UNIDADE II │ INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
90
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS │ UNIDADE II
Tipo de edificação Alturas contadas da soleira de entrada ao piso do último pavimento, não
Código consideradas edículas no ático destinadas a casas de máquinas e terraços
Denominação descobertos (H)
K Edificações térreas Altura contada entre o terreno circundante e o piso da entrada igual ou inferior a 1,00 m
L Edificações baixas H ≤ 6,00 m
M Edificações de média altura 6,00 m < H ≤ 12,00 m
Edificações medianamente
N 12,00 m < H - 30,00 m
altas
0-1 H > 30,00 m ou
O Edificações altas Edificações dotadas de pavimentos recuados em relação aos pavimentos inferiores, de tal forma que as
0-2 escadas dos bombeiros não possam atingi-las, ou situadas em locais onde é impossível o acesso de
viaturas de bombeiros, desde que sua altura seja H > 12,00 m
91
UNIDADE II │ INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
Vale salientar que a tabela que será apresentada a seguir é uma das mais importantes da
norma, pois é a classificação conforme as características construtivas, sendo resultado
de uma análise tanto da segurança estrutural da edificação quanto dos acabamentos
(materiais de utilizados).
Saídas de emergência
As saídas de emergência consistem em portas, escadas, corredores, rampas ou
combinações desses componentes com o intuito de que os usuários façam uma saída
segura da edificação em caso de incêndio e facilitar o acesso do Corpo de Bombeiros
para o combate ao fogo e ações de resgate. A NBR 9077/2001 mostra os parâmetros
92
INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS │ UNIDADE II
Segundo a NBR 9077/2001, seguem os tipos de escadas que uma edificação pode vir
a requerer para garantir a segurança da saída dos ocupantes em caso de incêndio,
conforme apresenta o quadro a seguir:
Escada à prova de fumaça É escada à prova de fumaça cuja condição de estanqueidade à fumaça é obtida por método de pressurização;
pressurizada (PFP)
Escada enclausurada à prova de É escada cuja caixa é envolvida por paredes corta-fogo e dotada de portas corta-fogo, cujo acesso é por
fumaça (PF) antecâmara igualmente enclausurada ou local aberto, de modo a evitar fogo e fumaça em caso de incêndio;
Escada enclausurada protegida (EP) É escada devidamente ventilada situada em ambiente envolvido por paredes corta-fogo e dotada de portas
resistentes ao fogo;
Escada não enclausurada ou escada É escada que, embora possa fazer parte de uma rota de saída, comunica-se diretamente com os demais
comum (NE) ambientes, como corredores, halls e outros, em cada pavimento, não possuindo portas corta-fogo.
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1 1 NE 1 NE - - - - 1 1 NE 1 NE - - - -
A-1 A-2
A 1 1 NE 1 NE 1 EP 1 PF 1 1 NE 2 NE 2 EP 2 PF
A-3
1 1 NE 1 NE 1 EP 2 PF 1 1 NE 3 NE 2 EP 2 PF
2
3
B-1 1 1 NE 1 EP 2 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF
B
B-2 1 1 EP 1 EP 2 PF 2 PF 2 2 EP 2 EP 2 PF 3 PF
C-1 1 1 NE 1 NE 2 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 2 PF
C
C-2 1 1 NE 1 NE 2 PF 2 PF 2 2 NE 2 EP 2 PF 3 PF
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INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS │ UNIDADE II
Vale salientar que as distâncias máximas a serem percorridas pelos usuários no momento
do incêndio são as distâncias máximas que precisam ter as rotas de fuga traçadas, em
qualquer ponto da edificação até um local protegido e/ou para a parte externa.
Em qualquer caso, as larguras mínimas das saídas de emergência precisam ser de 1,10m.
A largura das saídas deve ser calculada de acordo com número de pessoas que por elas
transitar. Para isso, é necessário consultar a Tabela 5 – “Dados para o dimensionamento
das saídas”, da norma NBR 9077/2001. Segundo Gomes (2014, p. 65):
Sinalização de emergência
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Fonte: http://www.sinartlux.com.br/sinalizacao-emergencia.php.
Eusebio (2011), citado por Gomes (2014 p. 65), faz as seguintes observações:
» deve proibir fumo em locais onde a lei determina ou em que haja risco de
incêndio ou explosão;
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» alerta;
» proibição;
» orientação e salvamento;
» equipamentos;
» sinalização complementar.
Chapa em PS (Poliestirenos),
plástico branco resistente.
Fonte: http://www.afixgraf.com.br/placas-sinalizacao-emergencia/.
Fonte: http://www.afixgraf.com.br/placas-sinalizacao-emergencia/.
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E4 E6 E7 E8 E9
E1 E5
Medidas em mm:
Fonte: http://www.sinartlux.com.br/placas-incendio-fotoluminescente.php.
Fonte: http://www.sinartlux.com.br/placas-incendio-fotoluminescente.php.
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INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS │ UNIDADE II
Fonte: https://ramfej.com.br/servicos/tipos-de-sistemas-de-iluminacao-de-emergencia/.
99
Referências
ABNT. NBR 5626. Instalação predial de água fria. Rio de Janeiro, 1998.
_____. NBR 8160. Sistemas prediais de esgoto sanitário – Projeto e execução. Rio de
Janeiro, 1999.
_____. NBR 13792: proteção contra incêndio, por sistema de chuveiros automáticos,
para áreas de armazenamento em geral - procedimento. Rio de Janeiro, 1997.
_____. NBR 11742: porta corta-fogo para saída de emergência. Rio de Janeiro, 2003.
100
REFERÊNCIAS
_____. NBR 12693: sistemas de proteção por extintor de incêndio. Rio de Janeiro, 2013.
_____. NBR 10897: Sistemas de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos
- requisitos. Rio de Janeiro, 2014.
_____. NR 23: Proteção Contra Incêndios. Rio de Janeiro 1978. Disponível em: <https://
www.normaslegais.com.br/legislacao/trabalhista/nr/nr23.htm>. Acesso em: 1 jan. 2020.
101
REFERÊNCIAS
LARA, Luiz Alcides Mesquita. Instalações Elétricas. Ouro Preto – MG: IFB, 2012.
Disponível em: <http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_infra/tec_
edific/inst_eletr/161012_inst_eletr.pdf>. Acesso em: 05 jan. 2020.
102
REFERÊNCIAS
hidrossanitario/instalacoes-hidrossanitarias-dicas-sobre-declividades/>. Acesso
em: 14 jan. 2020.
Lista de figuras
Figura 01 – Redes de alta tensão, de baixa tensão e o transformador. Fonte: Lara, (2012,
p. 45).
Figura 02 – Alturas mínimas do ramal de ligação ao solo. Fonte: CTISM, adaptada pela
autora.
103
REFERÊNCIAS
Figura 08 – Critérios para iluminação interna. Fonte: Gomes (2011, p. 18), com
adaptação da autora.
Figura 10 – Aparelhos móveis e aparelhos portáteis. Fonte: Gomes (2011, p. 20), com
adaptação da autora.
Figura 14 – Relação entre fiação e sua potência em relação à tensão na rede. Fonte: Lara
(2012, p. 69).
104
REFERÊNCIAS
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