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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 5
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
ERGONOMIA E O AMBIENTE ................................................................................................................ 11
CAPÍTULO 1
O AMBIENTE E SUA INFLUÊNCIA NA PRODUTIVIDADE................................................................. 12
CAPÍTULO 2
ERGONOMIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO.............................................................................. 15
CAPÍTULO 3
CONCEITOS DE ANTROPOMETRIA............................................................................................ 18
CAPÍTULO 4
ERGONOMIA, ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL ............................................................ 27
UNIDADE II
AMBIENTE E TRABALHO......................................................................................................................... 48
CAPÍTULO 1
ARQUITETURA CORPORATIVA................................................................................................... 48
CAPÍTULO 2
ERGONOMIA NO MOBILIÁRIO PARA ESCRITÓRIOS................................................................... 54
CAPÍTULO 3
ERGONOMIA E COR NOS AMBIENTES DE TRABALHO................................................................ 66
UNIDADE III
ERGONOMIA E PROJETO DO MOBILIÁRIO............................................................................................ 77
CAPÍTULO 1
DESIGN E ERGONOMIA........................................................................................................... 78
CAPÍTULO 2
PROJETO DE MOBILIÁRIO........................................................................................................ 82
CAPÍTULO 3
ASPECTOS DA ERGONOMIA EM LOJAS (ERGONOMIA NO VAREJO)......................................... 90
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 96
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
A Arquitetura Comercial é muito importante para o sucesso de um empreendimento,
pois na maioria das vezes é a loja que proporciona o acesso do cliente ao produto. Dessa
forma, os elementos que compõem o ambiente, como: layout, materiais de acabamentos,
iluminação, mobiliário, entre outros, serão relevantes na experiência de compra, mas
vale salientar que a arquitetura comercial também engloba o meio coorporativo.
Atualmente, muitas pessoas passam parte de seu tempo no trabalho. Por isso, é
importante que empresas e escritórios estejam preocupados não só em passar uma boa
imagem para os clientes, mas também em proporcionar ambientes corporativos bonitos
e funcionais para seus funcionários, incorporados em uma única identidade visual.
8
A ergonomia tem suas origens na Inglaterra, relacionada ao período pós-segunda
guerra mundial. Inicialmente, seu foco era a indústria com a relação homem-máquina.
Atualmente, é observada e analisada de forma sistêmica, tendo sido abrangida por
várias áreas atrás de agregar valor às atividades ergonômicas humanas.
Segundo o Dicionário Aurélio, ergonomia é o “conjunto dos estudos que têm por objeto
a organização do trabalho em função do fim proposto e das condições de adaptá-lo
do homem ao seu trabalho”, ou seja, é a relação entre o indivíduo e o ambiente que
aperfeiçoa o desempenho de suas atividades, proporcionando conforto e, portanto,
produz qualidade de vida.
Objetivos
»» Apresentar estudos relacionados a ergonomia mostrando a sua relevância.
9
ERGONOMIA E O UNIDADE I
AMBIENTE
O estudo da ergonomia (origem vem do grego ergos, que significa trabalho, e nomos,
que significa leis naturais). É uma ciência que estuda a relação entre o indivíduo e o
ambiente que aperfeiçoa o desempenho de suas atividades, proporcionando conforto e,
portanto, produz qualidade de vida.
Os aspectos ambientais são de grande importância para que as atividades sejam feitas
de forma eficaz, tornando um grande desafio de se projetar ambientes adequados que
respondam às necessidades dos usuários e que possam realizar as atividades sem
ocasionar maior esforço na execução das tarefas, insatisfação ou outros prejuízos na
saúde do usuário, através de doenças laborais, comprometendo o desempenho e a
segurança.
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CAPÍTULO 1
O ambiente e sua influência na
produtividade
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ERGONOMIA E O AMBIENTE │ UNIDADE I
Conforto Ambiental
Percepção Ambiental
Aspectos Cognitivos
Medidas Antropométricas
Acessibilidade e
dimensionamento
Adequação de Materiais
Revestimentos,
Acabamentos
13
UNIDADE I │ ERGONOMIA E O AMBIENTE
É a área da ciência que estuda maneiras de facilitar nossa relação com objetos
e máquinas. “Seu objetivo central é adaptar o trabalho ao ser humano, evitando
que ocorra o contrário”, diz o engenheiro e doutor em ergonomia Laerte Idal
Sznelwar, da Universidade de São Paulo (USP). O naturalista polonês Wojciech
Jastrzebowski foi a primeira pessoa a usar o termo ergonomia – que em grego
significa “princípios do trabalho” – num texto chamado The Science of Work (“A
Ciência do Trabalho”), escrito em 1857. Um exemplo de aplicação dos princípios
ergonômicos são os telefones com teclas. Os números não são dispostos por
acaso em quatro fileiras com três botões cada. Antes de esse formato ser lançado,
foram testados modelos com teclados circulares, diagonais e horizontais com
duas fileiras de botões. Venceu a configuração que os estudiosos perceberam ser
a mais confortável para os usuários.
A ergonomia atual vai ainda mais longe e não fica só no desenho de objetos:
as telas dos caixas eletrônicos, por exemplo, são projetadas com ícones
grandes e fáceis de localizar. Por causa da variedade de aplicações, o trabalho
em ergonomia é feito por vários profissionais, como engenheiros, arquitetos,
médicos, fisioterapeutas e psicólogos. Nos últimos anos, os estudos nessa área
ganharam destaque na criação de objetos que diminuam os riscos de lesões
por esforços repetitivos, as famosas LER, que atacam, por exemplo, quem vive
sentado diante do computador a maior parte do dia.
Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/o-que-e-ergonomia/.
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CAPÍTULO 2
Ergonomia do ambiente construído
Segundo Vasconcelos; Villarouco e Soares (2008, p. 7), são três grupos de elementos de
grande importância. O quadro a seguir aborda cada aspecto de acordo com os autores:
Arquitetura
Enfatiza no ambiente físico e seu convívio com a vida humana, moldando o espaço de acordo com vida dos usuários.
Psicologia ambiental
Procura a importância dos valores simbólicos do espaço físico.
Ergonomia
O indivíduo é o elemento que norteia, analisando como o espaço é utilizado, para adequá-lo as tarefas e atividades que nele serão
desenvolvidas.
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UNIDADE I │ ERGONOMIA E O AMBIENTE
»» ambiente construído;
»» desempenho da tarefa;
»» comportamento humano.
Com base no autor Oliveira (2016, p.114), ele aponta os cinco princípios que devem ser
considerados quando se fala em EAC:
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ERGONOMIA E O AMBIENTE │ UNIDADE I
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CAPÍTULO 3
Conceitos de antropometria
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ERGONOMIA E O AMBIENTE │ UNIDADE I
O arquiteto Vitrúvio, assim como o Leonardo Vinci, também desenhou uma figura
humana parecida a fim de ajustar as proporções do corpo, porém não teve êxito. Foi
apenas da Vinci que serviu de referência para os padrões matemáticos.
Com o passar dos séculos, outros estudiosos fizeram releituras do Homem Vitruviano,
mas foi o arquiteto Le Corbusier que despertou o interesse no padrão vitruviano
desenvolvendo o Modulor.
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UNIDADE I │ ERGONOMIA E O AMBIENTE
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/911962/sobre-o-deslocamento-do-corpo-na-arquitetura-o-modulor-de-le-corbusier.
Acesso em: 14/10/2019.
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/911962/sobre-o-deslocamento-do-corpo-na-arquitetura-o-modulor-de-le-corbusier.
Acesso em: 14/10/2019.
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ERGONOMIA E O AMBIENTE │ UNIDADE I
Vale salientar que Le Corbusier nos mostra que é preciso redesenhar/remodelar os feitos
de nossos antecessores para poder compreender e descobrir o que se adequa a nossa
realidade e, dessa forma, perceber as falhas e continuar descobrindo novas percepções.
Ao longo da história, foram realizados guias e manifestos que são documentos muito
importantes para a humanidade, mostrando como vivemos em específicos e a novas
gerações não devem deixar de revisá-los e reescrevê-los.
A
B
Fonte: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/136659/000859763.pdf?sequence=1.
Acesso em: 14/10/2019.
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UNIDADE I │ ERGONOMIA E O AMBIENTE
»» antropometria cultural.
No final dos 1800 e início dos 1900, vários estudos sobre as dimensões do corpo humano
tinham soluções referentes a registros médicos, seleção militar ou produtos comerciais.
De acordo com Añez (2001, p.03), no início do século XX, houve um aumento nos estudos
sobre “o homem vivo e as suas marcas no esqueleto”. Ainda segundo o autor, os dados
estatísticos fornecidos “pelos médicos militares de recrutas são de especial interesse
pois relacionam as dimensões corporais com a ocupação (antropologia ocupacional)”.
Estudos feitos durante a Guerra Civil Americana, Primeira e Segunda Guerra Mundial,
mostra que foi desenvolvido nesses períodos o interesse de entender as dimensões
corporais estáticas e, também, houve o estudo dos movimentos corporais no melhor
desempenho do trabalho. Muitas pesquisas antropológicas militares sobre as dimensões
corporais foram realizadas para na construção e utilização de equipamento militar.
Segundo Añez (2001, p.04):
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ERGONOMIA E O AMBIENTE │ UNIDADE I
O foco das atividades do mercado durante o período da Revolução Industrial era voltado
para as massas, por causa da necessidade de empregar as dimensões do homem para
desenvolvimento de produtos para a produção em massa. Gradativamente, a noção
de “normalidade” em relação a medidas foi sendo substituída por tabelas estatísticas.
Durante as décadas de 1940 a 1970, na área industrial, ocorreu um grande aumento da
necessidade das dimensões corporais.
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UNIDADE I │ ERGONOMIA E O AMBIENTE
projetado, para as medidas de uma pessoa média, não seria possível um indivíduo de
estatura baixa alcançar. Percebe-se que nestes casos são elaborados projetos levando
em consideração as dimensões de indivíduos extremos, maior ou menor conforme o
fator limitativo do equipamento. Segundo Añez (2001, p. 5):
Deve-se tentar acomodar pelo menos 95% dos casos. Projetos para faixas
da população. São equipamentos normalmente desenvolvidos para
cobrir a faixa de 5 a 95% de uma população. Por exemplo bancos e cintos
de automóveis. Desenvolver produtos para 100% de uma população
apresenta problemas técnicos e econômicos que não compensam.
De acordo com o pensamento industrial, quanto mais padronizado melhor fica, pois,
segundo este ponto de vista, os custos de produção serão menores. Mas é um equívoco,
porque existem grandes diferenças entre as médias de homens e mulheres, e a adoção
de uma média geral acaba beneficiando apenas uma faixa pequena da população. É
importante considerar se o usuário/consumidor é na maioria mulheres, é preciso
adotar média feminina, pois isso permitirá conforto para esse público. Os automóveis,
por exemplo, até a década de 1950 eram projetados para o público masculino, com o
passar do tempo o número de mulheres na direção foi aumentado, então, foi preciso
fazer uma adaptação do projeto, aumentando a faixa de ajustes do banco. Vale observar
que há projetos específicos, como observa Añez (2001, p.5):
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ERGONOMIA E O AMBIENTE │ UNIDADE I
Devido ao grande número de variáreis, é necessário que os dados precisam ser os que
se adaptem melhor aos usuários do espaço ou objetos. Por isso, é preciso definir com
precisão o público, como o sexo, idade e outras informações relevantes.
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UNIDADE I │ ERGONOMIA E O AMBIENTE
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CAPÍTULO 4
Ergonomia, acessibilidade e desenho
universal
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UNIDADE I │ ERGONOMIA E O AMBIENTE
Vale salientar que o Desenho Universal é uma tecnologia desenhada para todas as
pessoas e não direcionada apenas aos que dele necessitam, ou seja, a ideia é assegurar
que todos possam utilizar com segurança e autonomia os diversos espaços construídos,
assim como os objetos. Segundo Cambiaghi e Carletto (2016), são sete os princípios que
compõem o Desenho Universal, quais sejam:
Figura 10. Computador com teclado e mouse ou com programa do tipo “Dosvox”.
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ERGONOMIA E O AMBIENTE │ UNIDADE I
Figura 11. Identificação de sanitários feminino e masculino e para pessoa com deficiência.
Figura 12. Diferentes maneiras de comunicação: símbolos e letras em relevo, braille e sinalização auditiva.
Figura 13. Elevadores com sensores que permitam às pessoas entrarem sem riscos de a porta ser fechada no
meio do procedimento.
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UNIDADE I │ ERGONOMIA E O AMBIENTE
» Sem esforço: para ser usado eficientemente, com conforto e com o mínimo de
fadiga.
Figura 15. Banheiros com dimensões adequadas para cadeirantes ou pessoas que estão com bebês em seus
carrinhos.
Área de manobra
rotação 180º
Área de transferência
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ERGONOMIA E O AMBIENTE │ UNIDADE I
Nessa temática, podemos citar a NBR 9050/2015, norma que tem o objetivo de
estabelecer critérios e parâmetros técnicos a serem observados em projeto, construção,
instalação e adaptação de edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos às
condições de acessibilidade. Em outras palavras, essa norma contempla os princípios do
Desenho Universal e a inclusão das pessoas no uso dos espaços, independentemente das
suas condições físicas e intelectuais, ou seja, ao se pensar em um projeto arquitetônico,
deve-se propor um ambiente onde todos possam usufruir do espaço ou adaptar espaços
já existentes para que atendam a todos.
Figura 16. Entrada de uma loja adaptada com uma rampa garantindo acessibilidade.
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UNIDADE I │ ERGONOMIA E O AMBIENTE
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ERGONOMIA E O AMBIENTE │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ ERGONOMIA E O AMBIENTE
Figura 23. Vista frontal fechada, Vista lateral e Vista frontal – cadeira cambada.
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ERGONOMIA E O AMBIENTE │ UNIDADE I
Figura 26. Um pedestre e uma pessoa em cadeira de rodas – vistas frontal e superior.
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UNIDADE I │ ERGONOMIA E O AMBIENTE
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ERGONOMIA E O AMBIENTE │ UNIDADE I
A figura a seguir mostra as condições para manobra de cadeiras de rodas com locomoção.
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UNIDADE I │ ERGONOMIA E O AMBIENTE
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ERGONOMIA E O AMBIENTE │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ ERGONOMIA E O AMBIENTE
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ERGONOMIA E O AMBIENTE │ UNIDADE I
Legenda
B1 altura do piso até o centro da mão, com o antebraço formando ângulo de 45° com o tronco.
E1 altura do centro da mão, com o braço estendido formando 45° com o piso = alcance máximo confortável.
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UNIDADE I │ ERGONOMIA E O AMBIENTE
Legenda
G2 altura do centro da mão, com o braço estendido formando 30º com o piso = alcance máximo confortável.
H2 altura do centro da mão, com o braço estendido formando 60º com o piso = alcance máximo eventual.
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ERGONOMIA E O AMBIENTE │ UNIDADE I
Figura 39. Alcance manual frontal com superfície de trabalho – pessoa em cadeira de rodas.
Legenda
I 3 altura do centro da mão, com o braço estendido formando 30° com o piso = alcance máximo confortável.
J3 altura do centro da mão, com o braço estendido formando 60° com o piso = alcance máximo eventual.
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UNIDADE I │ ERGONOMIA E O AMBIENTE
A figura 41 apresenta as aplicações das relações entre altura e profundidade para alcance
manual lateral com deslocamento do tronco.
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ERGONOMIA E O AMBIENTE │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ ERGONOMIA E O AMBIENTE
De acordo com a NBR 9050 (2015, p.20), “a superfície de trabalho deve possibilitar o
apoio dos cotovelos, no plano frontal com um ângulo entre 15° e 20° de abertura do
braço em relação ao tronco, e no plano lateral com 25° em relação ao tronco”.
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ERGONOMIA E O AMBIENTE │ UNIDADE I
Vale observar que ainda existem muitos obstáculos para a efetividade de um ambiente
inclusivo no meio corporativo, não apenas arquitetônicas, na questão de acessibilidade
física, mas também culturais, como os relacionamentos interpessoais no ambiente de
trabalho. Nesse sentido, para acontecer a acessibilidade, é preciso que um trabalho
em conjunto das empresas e os envolvidos, uma vez que o processo de inclusão é um
processo constante.
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AMBIENTE E UNIDADE II
TRABALHO
Na unidade I, pode-se perceber que a ergonomia está presente durante a criação de
um projeto de arquitetura, todavia, tem-se o costume de tratar de ergonomia apenas
em objetos, como por exemplo, uma cadeira e suas características de encosto e apoio
de braços. De grande importância, a ergonomia jamais deve ser deixada de lado, pois
proporciona ao usuário maior bem-estar e saúde.
CAPÍTULO 1
Arquitetura corporativa
As empresas mais modernas, por exemplo, propõem um ambiente de trabalho mais lúdico
e até mesmo divertido, que não só tenham a ver com a sua própria marca e negócio, mas
também oferecer aos funcionários momentos de relaxamento e descompressão para
melhorar o bem-estar no trabalho, deixar as pessoas mais felizes e, como consequência,
aumentar a produtividade. É claro que outros fatores podem influenciar na qualidade
e quantidade daquilo que o funcionário produz, relacionados como a forma de gestão
da empresa, como com o próprio profissional. Porém, se o ambiente de trabalho já
colabora para sua melhora, as chances de sucesso aumentam significamente.
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AMBIENTE E TRABALHO │ UNIDADE II
Figura 46. Ambiente de trabalho com paredes enfeitadas com post-its desenhando os heróis
Figura 47. Ambiente de trabalho com área de lazer próxima aos funcionários.
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UNIDADE II │ AMBIENTE E TRABALHO
seu maior potencial, porém, ainda há muitas estruturas organizacionais com modelos
ultrapassados de gestão e de ambientes físicos de trabalho.
É importante observar que, além de soluções estéticas, existem outras questões, como
a ergonomia, a comunicação entre os setores e o marketing do ambiente, mostrando a
ideia e os valores da marca para a qual se está trabalhando. Atualmente, percebe-se que
a arquitetura corporativa veio trabalhando com projetos versáteis, com áreas abertas
e flexíveis que dão a oportunidade da aproximação dos funcionários com ambiente,
estimulando os relacionamentos e incentivando a troca de ideias e a busca por soluções
criativas dentro da empresa.
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AMBIENTE E TRABALHO │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ AMBIENTE E TRABALHO
Não se deixe enganar: não são só os escritórios coloridos e com espaço para
lazer e descanso. O ambiente de trabalho, a forma de trabalhar e as relações
entre funcionários estão mudando profundamente nos últimos anos. Como
não poderia deixar de ser, as empresas que encabeçam esse movimento são as
gigantes de tecnologia e startups, mas isso não quer dizer que esse movimento
deve ficar restrito apenas a esses ambientes. “Até 2020, metade da força de
trabalho será composta por millennials. Essas pessoas veem o trabalho de outra
forma”, disse Loredane Feltrin, diretora de produtividade Microsoft, ao abrir a
discussão sobre tendências no trabalho moderno, durante o WIRED Festival, que
acontece esta semana em São Paulo. O mundo dos negócios sofreu grandes
alterações com a tecnologia. “Antes, demorava 20 anos para uma empresa valer
US$ 1 bilhão. Hoje, demoram dois”, lembrou Loredane. “O Uber é a maior empresa
de táxi do mundo, mas não tem nenhum carro. O Airbnb, que é a maior empresa
de hospedagem, não tem nenhum quarto. Isso muda a relação das empresas
com os clientes, muda o jeito de trabalhar, de fazer negócios e de desenhar
processos.”
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AMBIENTE E TRABALHO │ UNIDADE II
rede social corporativa. Essa tecnologia resolveu duas questões: a primeira era
a dificuldade da empresa se comunicar com os colaboradores espalhados em
diversos Estados do país; e a segunda foi dar voz aos funcionários. “Com isso,
conseguimos promover a colaboração entre empregados, e isso desperta nas
pessoas sentimento de pertencer à empresa”, disse. Além disso, fez aflorarem
novas ideias, que não precisam mais ser passadas para o supervisor, e do
supervisor ao coordenador e a toda a hierarquia da empresa.
Mas Cristina alerta: com esse tipo de gestão, é preciso ter alta resistência à
frustração. “Às vezes você está fazendo uma coisa nova, mas o cenário muda e
é preciso deixar aquilo de lado”, explicou Cristina. Por outro lado, isso faz parte
do perfil que eles procuram no Banco Original. “As pessoas querem lançar novos
produtos, têm essa inquietude que a gente inventiva bastante.”
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CAPÍTULO 2
Ergonomia no mobiliário para
escritórios
As vantagens de trabalhar sentado são várias, porque além de permitir o uso simultâneo
dos pés e das mãos, podemos salientar que há pouco consumo de energia diminuindo
a fadiga, a pressão mecânica sobre os membros inferiores e a pressão hidrostática
da circulação nas extremidades que alivia o trabalho do coração. Também podemos
perceber que há suas desvantagens, como por exemplo, o aumento da pressão sobre
as nádegas; o assento, se mal projetado, pode ocasionar a má circulação sanguínea nas
coxas e pernas.
Quando estamos sentados, todo o peso do tronco acima da bacia passa vai para o
assento diminuindo a pressão sobre os membros inferiores. O contato do corpo com
o assento se dá através de dois ossos de forma arredondada que estão localizados na
bacia, denominados tuberosidades isquiáticas, cobertas apenas por tecido muscular e
uma pele grossa.
Muitas pessoas passam mais de 15 horas por dia, na posição sentada e deitada. Na
posição sentada, o corpo entra em contato com o assento só por meio da sua estrutura
óssea. Levando em consideração aspectos do IIDA (1991), com relação aos assentos,
deve-se observar:
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AMBIENTE E TRABALHO │ UNIDADE II
Veja quais são os termos da ABNT- NBR 13962 nas ilustrações a seguir:
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UNIDADE II │ AMBIENTE E TRABALHO
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AMBIENTE E TRABALHO │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ AMBIENTE E TRABALHO
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AMBIENTE E TRABALHO │ UNIDADE II
Apoio lombar
Apoio de braço
regulável
Regulagem de
Regulagem de inclinação do
altura do encosto
encosto
Rodízios com
freio
Fonte: http://www.direh.fiocruz.br/guiaergonomico/cartilha-ergonomia-comprasFORMATOA5.pdf. Acesso em: 14/10/2019.
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UNIDADE II │ AMBIENTE E TRABALHO
Esta norma foi estabelecida pela Portaria no 3.751, de 23 de novembro de 1990. Houve
atualizações pela portaria SIT no 8, de 30 de março de 2007, e pela portaria SIT no 9, de
30 de março de 2007, e depois pela portaria SIT no 13, de 21 de junho de 2007.
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AMBIENTE E TRABALHO │ UNIDADE II
»» esforços repetitivos;
»» Iluminação adequada.
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UNIDADE II │ AMBIENTE E TRABALHO
Figura 60. Ilustração mostrando como deve ser o posto de trabalho para a posição sentado em
frente ao computador.
Punho em uma
direção neutra
(sem dobrar) Ombros e
quadris
alinhados
Teclado
Mouse próximo diretamente à sua Encosto adaptado
ao teclado e no frente à curvatura da
mesmo nível coluna
Descanso de braço
na altura do
cotovelo
Joelhos
discretamente
abaixo do quadril
É preciso criar um projeto ergonômico do posto de trabalho para os usuários, que tenha
foco no conforto. O posto abrange o funcionário e todo o seu ambiente, bem como os
materiais necessários para realizar as suas atividades diárias.
17.3.2. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé,
as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao
trabalhador condições de boa postura, visualização e operação e devem
atender aos seguintes requisitos mínimos:
62
AMBIENTE E TRABALHO │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ AMBIENTE E TRABALHO
Vale salientar que a norma também abarca pessoas com deficiência, como pode-se
constatar no item 9:
Os riscos ergonômicos são as causas que podem atingir a integridade física ou mental
do usuário, ocasionando desconforto ou algum tipo de doença. Alguns problemas
causados pela falta de ergonomia:
»» Dor nas costas: são vários os motivos, pois pode ser em decorrência de
sedentarismo, herança genética, idade, levantamento de peso incorreto
e má postura no trabalho. A dor nas costas é uma das reclamações mais
frequentes dos trabalhadores.
Tipos de Riscos
Os riscos no ambiente laboral podem ser classificados em cinco tipos, de acordo
com a Portaria no 3.214, do Ministério do Trabalho do Brasil, de 1978. Esta Portaria
contém uma série de normas regulamentadoras que consolidam a legislação
trabalhista, relativas à segurança e medicina do trabalho. Encontramos a
classificação dos riscos na sua Norma Regulamentadora n0 5 (NR-5):
2. Riscos ergonômicos:
3. Riscos físicos:
4. Riscos químicos:
5. Riscos biológicos:
65
CAPÍTULO 3
Ergonomia e cor nos ambientes de
trabalho
A cor pode ser utilizada para transformar e melhorar características funcionais e formais
(estéticos) do ambiente de trabalho.
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AMBIENTE E TRABALHO │ UNIDADE II
Luz Visível
Fonte: https://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Arquitetural/livros/ergonomia_e_cor_nos_ambientes_e_locais_de_t
rabalho.pdf. Com adaptação da autora.
São três cores primárias: vermelho, amarelo e azul. Elas são cores puras, ou seja, cores
que não se conseguem com a mistura de outras cores.
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UNIDADE II │ AMBIENTE E TRABALHO
Figura
Figura 60.62. Cores primárias.
Cores primárias.
Fonte: da autora.
As cores secundárias são: laranja, roxo e verde. São feitas pela mistura de duas cores
primárias. Exemplo: azul + amarelo: verde.
Figura
Figura 61.63. Coressecundárias.
Cores secundárias.
Fonte: da autora.
Cores terciárias
Também existem as cores terciárias, que são o resultado da mistura de uma cor primária
com uma cor secundária. Exemplo:
Qualidades da cor
As cores representam sensações de estímulos, quando usadas em espaços internos e
nos objetos. Segundo Figueiredo (2004, p. 2): “as qualidades da cor estão relacionadas
com a forma como a mesma pode ser percebida pelo indivíduo”.
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AMBIENTE E TRABALHO │ UNIDADE II
Existe dois grupos em que as cores podem ser classificadas de acordo com as sensações
que causam no indivíduo: cores quentes e frias. Podem ser reconhecidos fazendo uma
linha reta pelo centro do círculo cromático.
O círculo cromático é uma representação física das doze cores captáveis pelos olhos
humanos. São diferentes cores, dispostas de maneira a formar um espectro perfeito.
AMARELO PRIMÁRIA
AMARELO
AMARELO Primária
ALARANJADO Amarelo
ESVERDEADO terciária Vermelho
Terciária Azul
LARANJA
VERDE
Secundária
Secundária
SECUNDÁRIA
Laranja
AZUL- VERMELHO-
Violeta
ESVERDEADO ALARANJADO
Verde
Terciária Terciária
Fonte: Fonte:
adaptado de: https://www.todamateria.com.br/cores-complementares/. Acesso em: 15/10/2019
adaptado de: https://www.todamateria.com.br/cores-complementares/. Acesso em: 15/10/2019.
Cor complementar
As cores complementares são aquelas que estão posicionadas nas extremidades opostas,
dentro do círculo cromático, ou seja, apresentam maior contraste entre si, por exemplo,
o vermelho é a cor complementar do verde ou o azul é a cor complementar do laranja.
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UNIDADE II │ AMBIENTE E TRABALHO
Nos espaços internos, o uso correto das cores resulta em determinados efeitos de
alteração dos espaços. As cores quentes são indicadas para locais que não recebem muita
luz natural, pelo fato de aquecer e iluminar o espaço. Caso contrário, em ambientes
que recebem muita luz natural, pois nessas situações elas transmitem, sensação de
abafamento e diminuem o espaço, se tornam cansativas e pesadas, por isso devem ser
evitadas.
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AMBIENTE E TRABALHO │ UNIDADE II
»» Verde: é utilizada em muitos locais por não causar fadiga e sugerir frescor,
natureza e tranquilidade. É a cor que menos cansa a visão, por isso é
muito usada em mesas de jogos e quadros escolares. Dá a sensação de
ampliar os ambientes internos.
71
UNIDADE II │ AMBIENTE E TRABALHO
Ainda segundo a autora Figueiredo (2004, p.11): “Em relação aos estudos sobre as
reações psicológicas das cores, ou seja, a ação das cores sobre o humor, a satisfação e
a motivação, como em todo o campo de conhecimento há ideias que se contradizem.”
Mesmo assim, vale salientar que o tema é muito importante, porque estuda as sensações
das cores no ambiente e o desempenho que elas causam no indivíduo e como as cores
podem ser úteis para o projeto de interiores de trabalho.
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AMBIENTE E TRABALHO │ UNIDADE II
As pinturas que possuem um acabamento fosco ajudam na maior difusão da luz do que
pintura brilhante, por isso, devem ser usadas em superfícies em que se procura maior
uniformidade nos índices de claridade. A pintura brilhante pode ocasionar reflexos
indesejáveis. Figueiredo (2004, p.12) explica:
Por esse motivo, quando é apresentada isoladamente uma só cor (primária) ou apenas
duas delas (secundária), ocorre o fenômeno da pós-imagem, ou seja, surgem reflexos
correspondentes às cores complementares (aquelas que faltam para completar a tríade
das primárias).
73
UNIDADE II │ AMBIENTE E TRABALHO
A cor é utilizada com objetivo de alertar e informar os usuários. Muitas vezes, apresenta-
se como um código para identificar as áreas de riscos. As cores são usadas em cilindros
de gás, condutores, cabos elétricos, botões de controle, tubulações, sinais de limites e
outros, prevenindo possíveis acidentes de trabalho.
»» NR- 26 – cores que precisam ser usadas nos locais de trabalho para a
prevenção de acidentes na sinalização de segurança.
»» Vestiários e lavabos
»» Paredes de fábricas
»» Prevenção e combate a incêndios
»» Forjarias
»» Grandes superfícies
»» Máquinas
»» Demarcação de locais de circulação de pessoas
»» Coletores de resíduos industriais (exceção do hospitalar)
»» Indicação de segurança
»» Locais de armazenagem e Indicação de cuidado
»» Partes móveis e perigosas de máquinas
»» Indicação de ação obrigatória
Recomendações cromáticas:
Tetos e forros: os tetos devem ser pintados com cores claras, que se aproximem
do branco, porque a luz difusa refletida é espalhada uniformemente pelo
interior, dissipando as sombras e reduzindo as possibilidades de ofuscamento
pelo brilho de reflexões dirigidas. O uso das cores que se aproximam do branco
74
AMBIENTE E TRABALHO │ UNIDADE II
Exemplo: nas fábricas onde as máquinas são pintadas de “verde floresta”, uma
boa cor para as paredes seria um verde claro, com um índice de reflexão de 60% a
75% da luz que sobre ele incidir. Quando a parede for muito iluminada, um índice
de reflexão de 50% torna-se preferível. No caso de se desejar melhorar o nível de
iluminação, aplicando-se o branco na parte superior das paredes altas, deve ser
tomado o cuidado de pintar uma barra que vai do piso até um pouco acima da
altura dos olhos, pois as superfícies brancas são propensas ao ofuscamento. A
cor da barra deve ser escolhida dentro do mesmo critério anteriormente citado,
de modo que o reflexo não exceda 75%. Com relação às colunas, podem ser
pintadas na mesma cor que as paredes, quando se deseja dar a impressão de
amplitude ao local. Quando se pretende dividir o local em várias seções, a cor
das colunas pode ser diferente da cor das paredes.
Máquinas (no caso de indústrias): o corpo das máquinas deve ser pintado numa
cor que não perturbe a atenção do trabalhador para a tarefa a ser executada.
Essa cor deve ser diferente da cor geral do local, bem como do material da
75
UNIDADE II │ AMBIENTE E TRABALHO
produção. Para isso, pode ser usado um tom de cinza ou “verde floresta”, dando-
se preferência ao segundo. O cinza, embora seja uma cor neutra, tem efeito
depressivo em virtude de seu aspecto monótono. Um detalhe importante é
salientar certas partes da máquina. As partes críticas ou de movimento deverão
ter uma cor que as destaque, em forte contraste com o restante do corpo da
máquina.
Fonte: FIGUEIREDO, Juliane. Apostila Ergonomia e cor nos ambientes de locais de trabalho.
Disponível em:<https://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Arquitetural/livros/ergonomia_e_cor_
nos_ambientes_e_locais_de_trabalho.pdf>. Acesso em: 15/10/2019.
76
ERGONOMIA
E PROJETO DO UNIDADE III
MOBILIÁRIO
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CAPÍTULO 1
Design e ergonomia
Na verdade, o nome “design” só surgiu durante a era moderna, há apenas três séculos,
mas a sua criação é datada desde a criação da humanidade. Suas técnicas e estética
foram muito além dos objetos e da decoração e influenciaram diretamente a arte, a
arquitetura e até mesmo a nossa história.
No século XX, houve a criação da primeira escola de design, Bauhaus, que foi muito
importante para o desenvolvimento do design em geral, mesmo após o seu fechamento
por conta da Segunda Guerra Mundial, seus discípulos continuaram a propagar os seus
conhecimentos e estudos pelo mundo.
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ERGONOMIA E PROJETO DO MOBILIÁRIO │ UNIDADE III
Vale salientar que, ao levar em consideração aspectos ergonômicos dos usuários, pode-
se minimizar essa problemática levantada no parágrafo anterior, pois tanto o design
como a ergonomia possuem o mesmo objetivo, que é proporcionar a satisfação do
usuário. O mercado mundial possui grande variedade de diferenças antropomórficas,
79
UNIDADE III │ ERGONOMIA E PROJETO DO MOBILIÁRIO
Vale salientar que os aspectos estéticos acabam sendo mais importantes para os
designers que, muitas vezes, eles não levam em consideração aos aspectos construtivos
e ergonômicos. Essa questão deve nos levar a uma reflexão para o papel da ergonomia
nas atividades de design.
Segundo Soares (2006, p. 7): “de acordo com a ISO, usabilidade é o grau em que um
usuário pode alcançar metas específicas em um ambiente particular – efetivamente,
eficientemente, confortavelmente e de modo aceitável.” Ou seja, uma abordagem que
tem como o foco o usuário. Uma forma de fazer um processo de design centrado no
usuário é usar a ergonomia desde os primeiros estágios do processo de desenvolvimento
do produto (mobiliário, ambiente etc.).
Com base em Soares (2006), São informações relevantes que fazem parte da abordagem
ergonômica:
80
ERGONOMIA E PROJETO DO MOBILIÁRIO │ UNIDADE III
Essas informações são base para a geração de recomendações de design e para prevenir
prováveis efeitos das diversas alternativas de elaboração de projetos sobre os usuários
e trabalhadores.
Ergodesign
Antes profissionais como engenheiros e arquitetos, desenhistas industriais percebiam a
Ergonomia como um elemento que dificultava o desenvolvimento dos projetos, porque
exigia estudos mais aprofundados sobre o usuário e que vários requisitos fossem
cumpridos, tornando o projeto mais demorado. Por outro lado, muitos ergonomistas
não conseguiam passar para os designers de forma fácil e sintetizada. O autor Yap
(1997) concluiu que o conceito de Ergodesign acabaria com os conflitos entre designers
e ergonomistas. O autor acreditava que esta nova tecnologia otimizaria a união dos dois
conceitos no processo criativo.
Atualmente, este conceito já é utilizado, porém, muitas vezes, não é usado o termo
“ergodesign”, pois este às vezes está incluído em outros conceitos como “design centrado
no usuário”, “usabilidade”, “experiência do usuário” etc., no qual o foco é o usuário e
sua relação com o produto e/ou ambiente.
81
CAPÍTULO 2
Projeto de mobiliário
Vale observar que é preciso levar em consideração as atividades que serão desenvolvidas
em cada departamento e setor desta empresa. Ou seja, pensar desde os mobiliários
à necessidade de comunicação entre os setores até equipamentos tecnológicos para a
elaboração do projeto arquitetônico.
50-70 cm do monitor
Inclinação
do monitor
10º a 20º
Altura do
cotovelo Altura do
cotovelo
Altura do assento
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ERGONOMIA E PROJETO DO MOBILIÁRIO │ UNIDADE III
Figura 65. Medidas necessárias de acordo com as atividades desenvolvidas para o trabalho em
Figura 67. Medidas necessárias de acordo com as atividades desenvolvidas para o trabalho em pé.
pé.
Figura 68. Medidas necessárias de acordo com as atividades desenvolvidas. A distância recomendada entre
83
UNIDADE III │ ERGONOMIA E PROJETO DO MOBILIÁRIO
usuário, mais as medidas do espaço disponível para esse ambiente, oferecendo dados
para o projeto.
Vale salientar que a escolha correta dos móveis de uma empresa é tão importante quanto
a de um bom profissional. Para fazer a escolha certa dos móveis ou fazer um projeto de
planejados, inicialmente, é necessário medir o tamanho do espaço disponível e analisar
a quantidade de pessoas que ocuparão o local e as atividades que serão desempenhadas;
também é importante observar o nível hierárquico de cada usuário. Dependendo do
ramo da empresa, deve-se pensar na quantidade de pessoas que atenderão aos clientes
pessoalmente, para definir a disposição de cadeiras e verificar se o ambiente terá sala
de espera para mobiliar com sofás ou cadeiras.
É preciso ter cautela para que o local não tenha a sensação de enclausuramento. Assim,
o calor, o frio, a circulação de ar, a luz natural e a acústica precisam ser levadas em
consideração.
84
ERGONOMIA E PROJETO DO MOBILIÁRIO │ UNIDADE III
De acordo NBR 9050, o fluxo de pessoas deve determinar as dimensões dos corredores.
Mas vale salientar que a largura dos corredores de uso comum deve ser no mínimo de:
85
UNIDADE III │ ERGONOMIA E PROJETO DO MOBILIÁRIO
›› Geral ou de fundo.
›› Destaque.
›› Tarefa.
›› Luz direta.
›› Luz indireta.
›› Luz difusa.
Destes tipos citados, tanto quanto a função quanto a orientação do facho de luz, os mais
adequados para um projeto de escritório são a iluminação geral e de tarefa e a luz difusa
e direta, porque facilita a realização das tarefas mais comuns em empresas.
86
ERGONOMIA E PROJETO DO MOBILIÁRIO │ UNIDADE III
87
UNIDADE III │ ERGONOMIA E PROJETO DO MOBILIÁRIO
Foi então que Anniele, após tomar conhecimento de uma cadeira de auxiliar
de costura desenvolvida pela Fundacentro e usada pela Confederação Nacional
dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados
(CONACCOVEST), decidiu procurar pela entidade para que ela desenvolvesse um
projeto ergonômico correto.
Protótipo
Projetado com base na Nota Técnica 060/2001 e a NR-17, Serrano procurou fazer
um protótipo que pudesse atender as necessidades básicas para a realização
do trabalho com conforto e segurança. “Mais do que tudo, o protótipo é
uma proposta de uma nova maneira para se fazer o acabamento da peça
contemplando a necessidade do trabalhador de escolher a postura adequada”,
ressalta.
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ERGONOMIA E PROJETO DO MOBILIÁRIO │ UNIDADE III
89
CAPÍTULO 3
Aspectos da ergonomia em lojas
(ergonomia no varejo)
A ergonomia no varejo estuda a interação das pessoas, dos clientes e dos funcionários
com a loja, a fim de otimizar o bem-estar e o desempenho do ambiente.
Uma das maneiras está relacionada com o conforto e o bem-estar da compra. Por
exemplo: é desconfortável prateleiras muito altas ou baixas para os clientes conseguirem
alcançar os produtos, agravando a dificuldade para a pessoas idosas e crianças. Nesse
sentido, o estudo da ergonomia de compra melhora o acesso dos clientes aos produtos,
levando em consideração os movimentos com o menor esforço e o maior conforto que a
loja pode gerar. Alturas mínimas e máximas de exposição são considerados nos estudos
ergonômicos.
90
ERGONOMIA E PROJETO DO MOBILIÁRIO │ UNIDADE III
Essa técnica aplicada em lojas consiste em expor os produtos que se quer promover
nos locais de maior e mais fácil visualização. Esse local é a altura dos olhos e um pouco
abaixo, se caso o cliente estiver próximo do produto. Se ele estiver afastado, o ponto fica
um pouco acima da altura dos olhos.
Vale observar que, de um lado, os produtos que precisam ser expostos para serem
vendidos, dessa forma nota-se um desafio de conciliar a exposição com a ergonomia
na loja. Existe uma limitação de espaço disponível para exposição na loja como, por
exemplo, a quantidade de prateleiras. De outro lado, existe os conceitos de ergonomia
dos clientes, a otimização de acesso aos produtos e os pontos focais para auxiliar e
promover a venda. Apesar deste fato, é necessário desenvolver soluções em frente a
estas variáveis. É preciso avaliar cada caso, pois não existe uma receita pronta.
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UNIDADE III │ ERGONOMIA E PROJETO DO MOBILIÁRIO
»» análise de giro dos produtos, itens que mais vendem, são expostos nos
melhores locais;
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ERGONOMIA E PROJETO DO MOBILIÁRIO │ UNIDADE III
Figura 74. O projeto da loja Tommy Hilfiger de Amsterdam possui displays de ilha com manequins suspensos.
Figura 76. Loja Osklen nesse cenário usou cores complementares, mostrando à variedade de produtos.
Com base nas autoras Pacheco, Bins Ely e Cavalcanti (2016), foram feitas recomendações
projetuais para o planejamento do layout de ambientes comerciais. Vale salientar que os
resultados mostrados foram fundamentados por meio de uma pesquisa, considerando
a relação entre ambiente, usuários e atividades realizadas. Segundo, Pacheco, Bins Ely
e Cavalcanti (2016, p. 159):
93
UNIDADE III │ ERGONOMIA E PROJETO DO MOBILIÁRIO
Ao projetar ambientes comerciais, percebe-se que sempre existirá lojas com áreas de
melhor visibilidade – áreas nobres – e áreas com menos visibilidades – áreas menos
nobres. Segundo Pacheco, Bins Ely e Cavalcanti (2016, p. 159):
Vale salientar que esse projeto precisa ter flexibilidade, ou seja, posteriormente ele
poderá ser modificado, sem precisar de reformas, pois no ramo do varejo as mudanças
são constantes, como por exemplo, mesas, araras e móveis soltos em áreas centrais, que
podem ser facilmente retirados e colocados, são boas alternativas para que o layout se
adapte as necessidades de cada coleção. A utilização de móveis e suportes que dão a
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ERGONOMIA E PROJETO DO MOBILIÁRIO │ UNIDADE III
possibilidade de regular a altura, também podem ser uma opção, pois podem se adequar
produtos com diferentes tamanhos e formas.
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Referências
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REFERÊNCIAS
LIMA; Catyuce Thays Silva de. Escritório – projeto de layout segundo as diretrizes
do design de interiores. Disponível em: <Https://Www.Portaleducacao.Com.Br/
Conteudo/Artigos/Moda/Escritorio-Projeto-De-Layout-Segundo-As-Diretrizes-Do-
Design-De-Interiores/56631>. Acesso em: 16 jul. 2019.
97
REFERÊNCIAS
98
REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 1. O Homem Vitruviano de Leornado da Vinci. Fonte: https://asmetro.org.br/
portalsn/2017/07/17/homem-vitruviano-de-da-vinci-ganha-versao-em-3d/.
99
REFERÊNCIAS
Figura 9. Porta com sensor. Imagem: FULL, Alex (2016). Fonte: https://www.
maragabrilli.com.br/wp-content/uploads/2016/01/universal_web-1.pdf.
Figura 10. Computador com teclado e mouse ou com programa do tipo “Dosvox”.
Imagem: FULL, Alex (2016). Fonte: https://www.maragabrilli.com.br/wp-content/
uploads/2016/01/universal_web-1.p.
Figura 11. Identificação de sanitários feminino e masculino e para pessoa com deficiência.
Imagem: FULL, Alex (2016). Fonte: https://www.maragabrilli.com.br/wp-content/
uploads/2016/01/universal_web-1.pdf.
Figura 13. Elevadores com sensores que permitam às pessoas entrarem sem riscos
da porta ser fechada no meio do procedimento. Imagem: FULL, Alex (2016). Fonte:
https://www.maragabrilli.com.br/wp-content/uploads/2016/01/universal_web-1.
pdf.
Figura 14. Torneiras de sensor ou do tipo alavanca. Imagem: FULL, Alex (2016). Fonte:
https://www.maragabrilli.com.br/wp-content/uploads/2016/01/universal_web-1.
pdf.
Figura 15. Banheiros com dimensões adequadas para cadeirantes ou pessoas que
estão com bebês em seus carrinhos. Imagem: FULL, Alex (2016). Fonte: https://www.
maragabrilli.com.br/wp-content/uploads/2016/01/universal_web-1.pdf.
100
REFERÊNCIAS
Figura 16. Entrada de uma loja adaptada com uma rampa garantindo acessibilidade.
Fonte: http://raymcneice.blogspot.com/2015/05/stop-gap-fundraiser.html.
Figura 17. Uma bengala, duas bengalas e andador com rodas. Fonte: NBR 9050 (2015,
p. 7).
Figura 18. Andador rígido, vistas frontal e lateral. Fonte: NBR 9050 (2015, p. 7).
Figura 19. Muletas tipo canadense, apoio de tripé e sem órtese. Fonte: NBR 9050 (2015,
p. 7).
Figura 20. Bengala longa - Vistas lateral, frontal e superior. Fonte: NBR 9050 (2015, p.
8).
Figura 22. Vista frontal aberta. Fonte: NBR 9050 (2015, p. 8).
Figura 23. Vista frontal fechada, Vista lateral e Vista frontal – Cadeira cambada. Fonte:
NBR 9050 (2015, p. 8).
Figura 24. Dimensões do módulo de referência (M.R.). Fonte: NBR 9050 (2015, p. 8).
Figura 25. Uma pessoa em cadeira de rodas- Vista frontal e superior. Fonte: NBR 9050
(2015, p. 9).
Figura 26. Um pedestre e uma pessoa em cadeira de rodas- Vistas frontal e superior.
Fonte: NBR 9050 (2015, p. 9).
Figura 27. Duas pessoas em cadeira de rodas- Vista frontal e superior. Fonte: NBR
9050 (2015, p. 9).
Figura 28. Transposição de obstáculos - Vista frontal e superior. Fonte: NBR 9050
(2015, p. 9).
Figura 29. a) Rotação de 90°, b) rotação de 180° e c) rotação de 360º. Fonte: NBR 9050
(2015, p.11).
Figura 30. Deslocamento de 90º- Mínimo para edificações existentes. Fonte: NBR
9050 (2015, p.11).
Figura 31. Deslocamento mínimo para 90º. Fonte: NBR 9050 (2015, p.11).
Figura 32. Deslocamento recomendável para 90°. Fonte: NBR 9050 (2015, p.12).
101
REFERÊNCIAS
Figura 36- Espaços para cadeira de rodas em áreas confinadas. Fonte: NBR 9050 (2015,
p.13).
Figura 37. Alcance manual frontal – Pessoa em pé. Fonte: NBR 9050 (2015, p.15).
Figura 38. Alcance manual frontal – Pessoa sentada. Fonte: NBR 9050 (2015, p.16).
Figura 39. Alcance manual frontal com superfície de trabalho – Pessoa em cadeira de
rodas. Fonte: NBR 9050 (2015, p.17).
Figura 40. Alcance manual lateral sem deslocamento do tronco. Fonte: NBR 9050
(2015, p.18).
Figura 41. Alcance manual lateral e frontal com deslocamento do tronco. Fonte: NBR
9050 (2015, p.19).
Figura 43. Ângulos ideias para apoio de braço. Fonte: (NBR 9050/2015, p. 20).
Figura 45. Ambiente de trabalho com paredes enfeitadas com post-its desenhando os
heróis da Marvel em pixel art. Fonte: https://solinemoveis.com.br/blog/ambientes-
de-trabalho-criativos/.
Figura 46. Ambiente de trabalho com área de lazer próxima aos funcionários. Fonte:
https://solinemoveis.com.br/blog/ambientes-de-trabalho-criativos/.
Figura 48. A altura do pé ao assento tem possuir a dimensão de 420mm. Fonte: https://
solinemoveis.com.br/abnt-nbr-139622006/.
102
REFERÊNCIAS
Figura 52. Altura do eixo de rotação e altura da borda de encosto. Fonte: https://
solinemoveis.com.br/abnt-nbr-139622006/.
Figura 55. Itens necessários para uma cadeira de escritório. Fonte: http://www.direh.
fiocruz.br/guiaergonomico/cartilha-ergonomia-comprasFORMATOA5.pdf.
Figura 57. Ilustração mostrando como deve ser o posto de trabalho para a posição sentado
em frente ao computador. Fonte: https://solinemoveis.com.br/nr-17-ergonomia/.
103
REFERÊNCIAS
Figura 64. Medidas necessárias de acordo com as atividades desenvolvidas para trabalho
em pé ou sentado. Fonte: http://ergonomianutricao08.blogspot.com/.
Figura 72. No projeto da loja Tommy Hilfiger de Amsterdam, possui displays de ilha
com manequins suspensos. Foram colocados próximos aos produtos destacados na
vitrine. Fonte: https://www.quitandafashion.com.br/2017/02/ponto-focal-atrai-e-
vende.html.
Figura 74. loja Osklen nesse cenário usou cores complementares, mostrando à variedade
de produtos. Fonte: https://www.quitandafashion.com.br/2017/02/ponto-focal-atrai-
e-vende.html.
104