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Materiais e Técnicas
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
Apresentação.................................................................................................................................. 4
Introdução.................................................................................................................................... 7
Unidade I
INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL.................................................................................................... 9
Capítulo 1
Introdução e aspectos históricos.................................................................................... 9
capítulo 2
Agenda 21 e construções sustentáveis........................................................................... 14
capítulo 3
Conforto e sustentabilidade............................................................................................. 19
capítulo 4
Eficiência energética e sustentabilidade.......................................................................... 29
Unidade II
PRÁTICAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS.................................................................................................. 42
capítulo 1
Fundações rasas................................................................................................................ 42
capítulo 2
Materiais de construção: características, tipologia e adequação ao ambiente..... 45
capítulo 3
Sistemas construtivos tradicionais e sistemas inovadores........................................... 56
capítulo 4
Análise de desempenho das práticas sustentáveis na arquitetura ............................... 65
Unidade III
FUNDAMENTOS PARA O PROEJTO DE ARQUITETURA............................................................................... 67
capítulo 1
Projeto arquitetônico ..................................................................................................... 67
capítulo 2
Alvenaria e instalações...................................................................................................... 70
capítulo 3
Elementos das coberturas................................................................................................ 74
capítulo 4
Muros e alvenaria de vedação......................................................................................... 80
Referências................................................................................................................................... 83
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
5
organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
6
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
7
Introdução
A história do mundo mostra que a Construção Civil sempre existiu, para atender as
necessidades básicas e imediatas do homem, sem preocupação com a técnica aprimorada,
em um primeiro momento. A construção, o reparo, a manutenção, a demolição e até
mesmo o uso diário consomem recursos e geram resíduos em escala que muito supera
a maioria das outras atividades econômicas do país.
Objetivos
»» Promover algumas discussões sobre os problemas ambientais causados
pelo modelo das edificações e cidades.
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INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS Unidade I
NO BRASIL
Capítulo 1
Introdução e aspectos históricos
Introdução
Em meados da década de 1960, alguns fenômenos naturais inéditos começaram a surgir.
Esses acontecimentos resultaram no surgimento de grupos contrários ao consumo
altíssimo de recursos naturais. Com o passar dos anos, esses grupos se multiplicaram
e, agora, mais organizados, passam a defender, com mais intensidade, a preservação do
meio ambiente.
Um fator determinante para que isso seja possível é o papel das empresas no
desenvolvimento sustentável, pois devem evoluir em ritmo acelerado, inovando em seus
produtos, processos e serviços, realizando uma gestão ambientalmente correta de seus
impactos simultaneamente.
Aspectos históricos
Modelo anterior
O mundo era dividido, segundo visões financeiras, em norte e sul. O norte era tecnicista
e muito desenvolvido, com tecnologias e conhecimento de diversas áreas. Assim, tinha
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UNIDADE I │ INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL
maior vantagem em imposição de preços, pois ele era quem determinava a quem
forneceria a tecnologia das máquinas, já aperfeiçoadas.
O sul, dominado pelo norte, fornecia a mão de obra, muito barata, e a matéria prima,
mantendo, assim, o norte cada vez mais forte e, consequentemente, aprimorando-se
mais na era tecnológica.
Após a guerra de 1945, todos passaram por uma crise de desenvolvimento, por conta da
obsolescência programada, que força a reposição constante de produtos; da imposição
tecnológica dos setores dominantes; e do crescimento populacional desequilibrado, que
deu origem à criação de novas necessidades de consumo, para ficar na moda. Assim, o
conhecimento era detido somente por analistas específicos de cada setor.
Novo modelo
Sustentabilidade
A partir daí, outros relatórios foram elaborados, todos com o mesmo fundamento:
preservar o meio ambiente. Podemos, então, citar alguns que são referência como
Desenvolvimento Sustentável.
»» Agenda 21 (1992)
A Declaração de Estocolmo elaborou vinte e seis “princípios comuns que ofereçam aos
povos do mundo inspiração e guia para preservar e melhorar o meio ambiente humano”.
A relação entre desenvolvimento e preservação ambiental ficou bastante ambígua,
conforme pode ser observado no Princípio 11, que diz: “As políticas ambientais de todos
os Estados deveriam estar encaminhadas para aumentar o potencial de crescimento atual
ou futuro dos países em desenvolvimento e não deveriam restringir esse potencial, nem
colocar obstáculos à conquista de melhores condições de vida para todos. Os Estados e as
organizações internacionais deveriam tomar disposições pertinentes, com vistas a chegar
a um acordo para poder enfrentar as consequências econômicas que poderiam resultar
da aplicação de medidas ambientais nos planos nacionais e internacionais”.
Relatório de Bruntland
11
UNIDADE I │ INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL
Nessa nova visão da relação homem e meio ambiente, fica claro que, além do limite
mínimo para o bem-estar da sociedade, existe, também, um limite máximo para o uso
dos recursos naturais, de forma que sejam preservados e perpetuados.
Segundo o Relatório da Comissão Brundtland, uma série de medidas deve ser adotada
pelos países, para promover o desenvolvimento sustentável. Algumas delas são as
seguintes.
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INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL │ UNIDADE I
As relações entre países ricos e pobres, desde a Conferência, têm sido conduzidas por
um novo conjunto de princípios inovadores, como os de “responsabilidades comuns,
mas diferenciadas entre os países”, de “o poluidor paga” e de “padrões sustentáveis
de produção e consumo”. Com a adoção da Agenda 21, a Conferência estabeleceu
objetivos concretos de sustentabilidade em diversas áreas, explicitando a necessidade
de se buscar novos recursos financeiros para a complementação, em nível global, do
desenvolvimento sustentável.
Convenção da biodiversidade
Durante a ECO-92, foi aprovado um acordo por 156 Estados e uma organização de
integração econômica regional, “A Convenção da Biodiversidade”, que foi ratificada pelo
Congresso Nacional e entrou em vigor no final de dezembro de 1993. Os objetivos da
Convenção são: a conservação da biodiversidade, o uso sustentável de seus componentes
e a divisão igual e justa dos benefícios gerados com a utilização de recursos genéticos.
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capítulo 2
Agenda 21 e construções sustentáveis
Agenda 21
O “Agenda 21”, principal documento produzido na ECO-92, é um programa e ação
que viabiliza o novo padrão de desenvolvimento ambientalmente racional, concilia
métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. Esse documento
está estruturado em quatro seções, subdivididas num total de 40 capítulos temáticos.
Eles tratam dos seguintes temas.
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INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL │ UNIDADE I
(CIB/UNEP-IETC, 2002).
15
UNIDADE I │ INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL
O EPS pode ser utilizado de várias formas, para enchimento de lajes, telhas, concreto
leve, forros, sistemas construtivos, estabilização de solos etc. A Construção Civil
destaca-se por ser um dos principais mercados do EPS, sendo estimado que 50% da
produção brasileira é destinada a esse setor.
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INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL │ UNIDADE I
Figura 2. Vancouver Convention Centre, no Canadá – foi o primeiro centro de convenção do mundo a receber o
selo LEED de platina
Figura 3. Qatar Convention Center, nos Emirados Árabes, tem 3.700 m² de placas para captação de energia solar
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UNIDADE I │ INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL
Figura 5. Torre Vargas, no Rio de Janeiro, ganhou um medidor de consumo energético individual, que possibilita a
rápida identificação de eventuais desvios
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capítulo 3
Conforto e sustentabilidade
Conforto térmico
O conforto térmico é a condição psicológica de um indivíduo que expressa satisfação
com relação às condições térmicas do ambiente em que este se encontra. Conforto é
um processo cognitivo envolvendo muitos parâmetros influenciados por processos
físicos, fisiológicos, psicológicos. É muito importante em relação a fatores relacionados
ao trabalho, pois pode afetar os níveis de distração dos trabalhadores, afetando seu
desempenho e sua produtividade.
»» Temperatura do ar
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UNIDADE I │ INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL
»» Radiação térmica
»» Vento
»» Roupas
»» Nível de atividade
Tipos de iluminação
Existem dois tipos de iluminação: a natural e a artificial. A iluminação natural pode
ser entendida como sendo a radiação luminosa visível proveniente do sol sob duas
formas; a direta (luz solar) e a indireta (reflexão da luz solar pela abóbada celeste e pelas
superfícies e pelos elementos tridimensionais naturais ou criados). Já a iluminação
artificial é aquela obtida por meio de fontes artificiais que convertem energia elétrica
em luz.
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INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL │ UNIDADE I
Hoje em dia, além dos softwares que ajudam nesses cálculos luminotécnicos, existem,
também, os sites das empresas de luminárias que já dispõem calculadoras online, para
facilitar ao arquiteto.
Conforto acústico
O conforto acústico é uma condição importante a se procurar para alcançar bem-estar. A
ausência de conforto acústico condiciona fortemente nossa saúde e nossa produtividade.
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UNIDADE I │ INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL
A acústica estuda os fenômenos do som e sua interação com nossos sentidos, para
minimizar as condições desfavoráveis, como ruídos, buscando o que vem descrito
a seguir.
O som propaga-se por movimentos oscilatórios (molécula oscila em seu ponto original)
e causa regiões de condensação e rarefação (a pressão varia). A perturbação da
superfície (fonte primária) desencadeia movimentos oscilatórios sucessivos no meio
(fonte secundária), até chegar ao receptor.
O som mais grave que o ouvido humano consegue detectar é de, aproximadamente, 20
Hz, e o mais agudo está na faixa de 20.000 Hz. Para definir a intensidade da sensação
auditiva humana, adotou-se uma função logarítmica, resultando no nível sonoro de
intensidade ou no nível sonoro de pressão, medidos em decibel (dB). 1 bel corresponde
a 10 decibéis.
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INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL │ UNIDADE I
Tratamento acústico
»» Dutos de ar condicionado
»» Tubulações
»» Equipamentos
»» Coberturas
»» Sobre forros
Materiais convencionais
São os materiais de vedação de uso comum dentro da Construção Civil. Possuem uma
série de vantagens e uma delas é o isolamento acústico. Como exemplos desses tipos de
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UNIDADE I │ INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL
›› Não deteriora.
Figura 7. Lã de vidro
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INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL │ UNIDADE I
›› Isolante acústico
›› Isolamento térmico
›› Incomburente
›› Não poluente
›› Favorável custo/benefício
Figura 8. Lã de Rocha
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UNIDADE I │ INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL
›› Baixa condutibilidade
›› Incomburente
›› Insolúvel em água
›› Não tóxico
›› Não abrasivo
›› Inodoro
Figura 9. Vermiculita
Técnicas e processos
metálica, podendo ser utilizadas para acabamento sobre a alvenaria ou para estruturar
paredes e forros com espessuras menores. O ganho de espaço pode chegar a até 4%.
As principais vantagens do uso das placas de gesso acartonado com relação à alvenaria
são as seguintes.
»» Elevada produtividade
»» Menor peso
»» Desmontabilidade
»» Precisão dimensional
O dry-wall é utilizado para separar ambientes, sendo mais indicado trabalhar com uma
parede dupla, com montantes de 48 ou 70 mm e material acústico entre as placas.
O tratamento acústico é fundamental, pois trata apenas de duas placas de gesso. A
lã de vidro é muito empregada, podendo ter espessura entre 45 e 50 mm, com uma
densidade média de 16kg/m³. O número exagerado de juntas ou a existência de muitos
pontos elétricos pode prejudicar o desempenho da parede.
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capítulo 4
Eficiência energética e sustentabilidade
Os maiores gastos de energia numa edificação se dão em função de trocas de calor não
desejadas com o meio, seja ele excessivamente quente ou frio, ou no impedimento
dessas trocas quando elas são necessárias, levando em consideração ventos, iluminação
visando ao maior conforto possível do ambiente.
Painéis fotovoltaicos
O Sol é a origem de todas as formas de energia que o homem vem utilizando durante
sua história e pode ser a resposta para a questão do abastecimento energético no futuro.
Portanto, seria errado não buscar, por todos os meios tecnicamente possíveis, aproveitar
essa fonte de energia limpa, inesgotável e gratuita. A partir deste ponto, discutiremos a
disponibilidade da energia proveniente do Sol, os métodos de captação dessa energia e
possíveis usos e aplicações.
os 23% restantes penetram no sistema terrestre e passam a ser a força motriz de ventos,
correntes, ondas, modela nosso clima e proporciona o ciclo da água. Em última instância,
também será reirradiado ao espaço. O processo geral empregado é o de efeito estufa.
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INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL │ UNIDADE I
»» Sistemas de energia solar não agridem o meio ambiente, sendo umas das
melhores opções para preservação ambiental.
»» Você pode ter água quente em todos os pontos de água, banheiro, cozinha,
lavanderia, piscina, clubes etc.
Estudos realizados indicam que o uso de água potável para atividades em que essa
qualidade não é requerida varia de 30 a 50% (SABESP 2004) nas residências. Nesse
caso, poderiam ser substituídas por águas de qualidade inferior. Há diversas maneiras
de obter captação e armazenamento de água das chuvas, entre essas está a obtenção por
garrafas PET e a obtenção por meio de calhas no telhado.
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INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL │ UNIDADE I
Outra maneira de captação das águas da chuva é feita por meio de calhas no telhado, no
Projeto Casa Autônoma. As águas são armazenadas em reservatórios, após passarem
por um filtro especial para águas da chuva modelo VF1 da 3Ptechnik. Os reservatórios
têm capacidade para cerca de 15.000 litros, o que proporciona uma autonomia, quando
totalmente cheios, de 75 dias.
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UNIDADE I │ INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL
Fonte: <http://www.procaveblog.com.br/empreendimentos/aquecedor-solar-projeto-feito-com-garrafas-pet/>.
Acessado em: julho/2014.
Teto verde
O teto verde é um importante aliado na tentativa de obter eficiência energética numa
edificação, pois ajuda bastante na manutenção da temperatura interna, seja na intenção
de deixá-la mais quente ou mais fria. A camada de vegetação quebra a radiação solar,
e a espessura da camada de teto verde age como uma grande manta térmica, deixando
o ambiente não exposto diretamente ao calor. Já no inverno, a camada de teto verde
continua atuando como isolante, não deixando o frio de fora entrar no ambiente.
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INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL │ UNIDADE I
Não é preciso fazer nenhum reforço na construção, pois o peso da estrutura toda
instalada é bem menor do que uma laje deve suportar, segundo as regras brasileiras. A
manutenção é idêntica à de um jardim, corta-se a grama, tiram-se as ervas daninhas e
nem precisa se preocupar muito com irrigação, pois o telhado acumula água.
»» Caso o sistema não seja aplicado de forma correta, pode gerar infiltração
de água e umidade dentro do edifício.
Ventilação natural
Para ventilar bem o espaço, as posições de portas e janelas têm papel fundamental. As
aberturas que estiverem na direção do vento predominante farão com que a ventilação
seja muito mais eficiente. A ventilação cruzada acontece quando o ar entra no cômodo
e sai por outra abertura. Conseguimos perceber a ventilação cruzada facilmente, ela
forma uma corrente de ar constante.
Uma maneira eficiente de evitar o calor no interior da casa é fazer aberturas no teto ou
na parte superior das paredes. Isso funciona porque o ar quente tende a subir e quando
encontra uma abertura ele é expulso do ambiente, funciona da mesma forma que
uma chaminé.
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INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL │ UNIDADE I
Iluminação natural
Está comprovado que o sol, em doses moderadas, faz muito bem à saúde. E utilizar a
iluminação natural num projeto traz grandes vantagens ao nosso bem-estar, assim como
ao bolso e ao planeta, economizando eletricidade e seguindo princípios sustentáveis.
Além disso, recursos, como peles de vidro, janelas de mansarda, bay windows, entre
outros, dão charme e sofisticação ao lar.
Pele de vidro
São grandes paredes de vidro que têm amplos usos nos edifícios comerciais envidraçados.
Nesses prédios, alguns vidros podem ser janelas, aproveitando, também, para ventilação.
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UNIDADE I │ INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL
Brises
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INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL │ UNIDADE I
Tijolo de vidro
Figura 27. Exemplo tijolo de vidro utilizado para iluminar naturalmente um banheiro
Porta balcão
Figura 28. Exemplo casa com porta balcão (iluminação natural no interior)
Fonte: <http://www.hagah.com.br/especial/rs/decoracao-rs/19,0,3026796,Iluminacao-natural-em-casa-traz-sofisticacao-e-economia.
html>. Acessado em: julho/2014.
Janelas de mansarda
São utilizadas para aproveitar o espaço do telhado para um sótão. Além de dar charme
e toque europeu à construção trazem iluminação e ventilação natural ao ambiente.
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UNIDADE I │ INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL
Figura 29. Exemplo casa com janela de mansarda (iluminação natural no interior)
Bay Windows
Figura 30. Exemplo casa com bay window (iluminação natural no interior)
Fonte: <http://lovehomeuk.com/2014/07/kitchen/window-treatment-ideas-for-kitchen-bay-windows.html>.
Acessado em: julho/2014.
Iluminação zenital
A iluminação zenital são espaços criados na cobertura das edificações que geram a
entrada de luz através de vãos com fechamento por materiais translúcidos. Alguns
ambientes acabam por receber menos luz natural, muitas vezes devido à sua área ser
grande e não comportar a quantidade ou o tamanho de janelas adequadas para uma
iluminação perfeita. Essa é a hora de entrar com projetos de iluminação
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INSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS NO BRASIL │ UNIDADE I
Há vários tipos de iluminação zenital. Os mais usados em residências (para último piso)
ou apartamentos (exclusividade das coberturas) são teto solar, claraboias e poços de luz.
Jardim Interno
Alternativa muito interessante para casas que não possuam um recuo lateral ou que
sejam muito compridas. Cria-se um ambiente externo dentro da casa, com plantas,
o que facilita a captação de luz. A intenção é não cobrir o local para favorecer a
ventilação e o abastecimento natural para a vegetação. Portas de vidro fecham esse
ambiente verticalmente.
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PRÁTICAS E TÉCNICAS Unidade II
CONSTRUTIVAS
capítulo 1
Fundações rasas
Radier
O radier é um tipo de fundação rasa de concreto armado em contato direto com o solo
que capta as cargas dos pilares e das paredes e descarrega sobre uma grande área do
solo. Possui, aproximadamente, 10 cm de espessura e é utilizada em obras de pequeno
porte, limitando-se a casas térreas. Para fazer um radier para uma casa assobradada,
este seria inviabilizado pelo aumento da espessura, uma vez que uma grande vantagem
da fundação rasa (direta ou superficial) utilizando o método construtivo do radier é o
baixo custo e a rápida execução.
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PRÁTICAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS │ UNIDADE II
»» Elimina escavação;
»» Elimina baldrame.
»» Elimina contrapiso.
Sobre o radier são colocadas chapas de aço, para a fixação da estrutura metálica, e
onde são marcadas as posições dos perfis para a construção do sistema em “steel frame”
Steel Framing
O Light Steel Framing surgiu na América do Norte, durante o século XIX, e
disseminou-se rapidamente pelo mundo todo. Atualmente, é o mais moderno e confiável
sistema construtivo utilizado mundialmente, em países como Estados Unidos, Austrália,
Nova Zelândia, Canadá e Japão, chegando a 90% das casas construídas nesses países.
Além disso, o Sistema é sustentável, pois utiliza matéria-prima reciclável, não utiliza
água durante a obra e evita desperdícios de energia e materiais.
43
UNIDADE II │ PRÁTICAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
44
capítulo 2
Materiais de construção:
características, tipologia e
adequação ao ambiente
O número de prédios brasileiros que obtiveram certificação verde cresceu 412% entre os
anos de 2009 e 2012. Já somos o quarto país com mais empreendimentos certificados
pelo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design).
»» O produto é poluente?
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UNIDADE II │ PRÁTICAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
LED
Diante de seu baixo consumo e rendimento, o LED está se tornando um produto ideal
para empresas e lugares que buscam economia e têm como tônica o conceito ecológico
e a sustentabilidade. A iluminação sustentável compreende aspectos relacionados à
utilização racional dos recursos energéticos.
46
PRÁTICAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS │ UNIDADE II
O LED é altamente eficiente, pois converte mais de 80% da energia em luz. Por essa
razão, é, hoje, uma excelente opção para a troca da maioria das lâmpadas existentes.
Por outro lado, o LED tem um custo alto e, por isso, antes de qualquer troca, é necessário
fazer uma análise de viabilidade econômica, para selecionar onde se terá um retorno
mais rápido.
A economia com o uso de LED’s pode ser de até 95% da potência e, por esse motivo,
quanto mais horas à lâmpada ficar ligada, mais rápido será o retorno do investimento.
A lâmpada a LED tem vida útil muito superior às demais lâmpadas, além de ser resistente
a impactos (não quebra). Dessa forma, reduz-se, consideravelmente, as trocas periódicas
de lâmpadas.
Exemplo
LED (7ª geração) tem mais de 70.000 horas de vida útil, superior a outras opções.
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UNIDADE II │ PRÁTICAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
Automação
Automação é a aplicação de técnicas computadorizadas ou mecânicas para diminuir
o uso de mão de obra em qualquer processo, diminuindo os custos e aumentando a
velocidade da produção, tornando-o mais eficiente, ou seja, maximizando a produção
com menor consumo de energia, menor emissão de resíduos e melhores condições de
segurança, tanto humana e material quanto das informações inerentes ao processo.
»» Automação industrial
»» Automação comercial
»» Automação residencial
Ecomosaico
Material reciclado que utiliza o resíduo eliminado pelas máquinas de corte de
marmorarias: uma mistura de água e pó de pedra. Essa água residual é tratada e volta
para a área de produção, para ser reutilizada. Pode ser utilizado em piso e parede.
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PRÁTICAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS │ UNIDADE II
Recomendado para uso público, os dispositivos com sensor de presença garantem, além
de conforto e higiene, o controle e a diminuição do consumo de água. Gastam metade
do volume das torneiras tradicionais e funcionam com baixo consumo de energia.
Conforto termoacústico
Garantem a iluminação natural e podem ser reutilizados várias vezes para a mesma
finalidade.
Tecidos GreenScreen
Aplicado em persianas e cortinas para proteção solar. Tecido para proteção solar, isento
de PVC e COVs, reduzem a entrada de calor e evitam a luminosidade excessiva. São mais
seguros, pois, em caso de incêndio, não há emissão de fumaça densa, nem quantidades
mensuráveis de gás ácido hidroclorídrico, que é nocivo ao sistema respiratório.
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UNIDADE II │ PRÁTICAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
Tijolos de solocimento
Tijolo composto de solo, cimento e água, produzido sem o processo da queima. Evita o
desmatamento e, consequentemente, a poluição do ar. Elimina a quebra de paredes e o
desperdício com materiais.
Pode ser utilizado como alvenaria estrutural. Os elementos que desempenham a função
estrutural são os próprios tijolos auxiliados por pequenos pilares e vigas, executadas a
partir do preenchimento de furos e canaletas, com vergalhões, conforme especificado
no projeto de estruturas.
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PRÁTICAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ PRÁTICAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
Qualidade interna do ar
Resina Ecopiso
As resinas Ecopiso atendem com eficiência e qualidade as diversas situações que pedem
por produtos para proteção, conservação e embelezamento de superfícies. Possuem
elevado desempenho e são atóxicas e sem cheiro, de fácil manipulação, sem exigência
de mão de obra especializada, o que traz economia na hora da aplicação.
São à base de água e não impermeabilizam a parede, permitindo que a parede respire e
mantenha um controle de umidade na casa, promovendo um ambiente saudável e livre
de eliminação de gases organo-clorados dos fungos e do mofo. Possui alta resistência
ao tempo que aceita infiltração, lavagem e não desbota, uma vez que seu pigmento é
natural e sua manutenção é feita a cada 6 ou 10 anos apenas.
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PRÁTICAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS │ UNIDADE II
»» Não agride o meio ambiente nem a saúde, isento de COVs, sem biocida,
estabilizante e corante.
Utilizado para proteger a madeira, não tem odor, isento de COVs (compostos orgânicos
voláteis), substitui os similares convencionais à base de solventes voláteis, não agride
a camada de ozônio e garante a boa qualidade interna do ar.
»» Biofuton
»» Sedas artesanais
»» Toalhas
»» Tapete Broinha
Piso Tecnocimento
O aço inoxidável é, basicamente, uma liga de ferro e cromo que apresenta propriedades
físico-químicas superiores aos aços comuns, sendo a alta resistência à oxidação
atmosférica sua principal característica. Ainda que possua alta energia incorporada, o
inox é a opção mais sustentável entre os metais para substituir metais cromados, que
geram um dos mais perigosos rejeitos conhecidos, ainda sem qualquer possibilidade de
reuso.
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PRÁTICAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS │ UNIDADE II
Ecovative
Bellwether Materials
Outra opção de isolante feito com lã de ovelha, que utiliza pouca energia na produção
e é seguro para pessoas, ambiente e animais. A lã ainda absorve poluentes do ar e é de
difícil combustão, em caso de incêndio.
Painéis StormWall
Sistema de paredes, piso e forro estruturais que substituem o uso de drywall. Absorvem
mais de três vezes a quantidade de CO2 emitida em sua cadeia de produção.
Cobertura GR Green
Biobrick
Bactérias produzem materiais de uma espécie de cimento natural, que possuem custo e
desempenho semelhantes à alvenaria tradicional.
Ecococon
Painéis de palha para construções pré-fabricadas de custo acessível e bom isolamento.
HaploBuilt
Painéis Ecor
Feitos de fibra de celulose, são fabricados em um ciclo que reutiliza 99,5% da água
necessária para a produção.
Painel reforçado de cimento, madeira e lã são resistentes ao fogo, à água, a insetos, não
apodrecem e, ainda por cima, são isolantes térmicos e acústicos.
55
capítulo 3
Sistemas construtivos tradicionais e
sistemas inovadores
Fundações
As fundações são de dois tipos: diretas e indiretas. Na área do casco antigo, encontram-se
construções com fundações diretas, constituídas pelo ensoleiramento feito a pedra de
granito, assente em rocha. Algumas das casas aproveitam os resquícios da muralha
primitiva.
Nessa mesma área e na sua envolvente, as fundações indiretas variam entre estacaria e
arcos, em terrenos menos firmes (área de Mousinho da Silveira) a sapatas e ensoleiramentos
a pedra de granito.
Elevações
As construções no Centro Histórico apresentam-se realizadas a pedra, pedra e madeira
e, mais raras, a madeira.
Construções em pedra
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PRÁTICAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS │ UNIDADE II
Singelas, austeras e raras, enquanto Casa Torre (séc. XIV/XV), mais decoradas e
destacadas, enquanto elemento urbano da burguesia enobrecida (séc. XVI-XIX),
comuns e de arquitetura mais tipificada para o burguês trabalhador (séc. XIX-XX)
ou como edifício institucional do século XX, a casa em pedra acompanha as diversas
épocas construtivas.
Sobre as fundações em pedra, que ora terminam a pouca altura do solo ora
acompanham o primeiro piso, surgem paredes realizadas em esqueleto de madeira.
Essas estruturas, denominadas frontais e preenchidas a alvenaria de pedra ou tijolo,
elevam-se dois a quatro pisos, sendo acompanhadas por paredes secundárias em
tabique e sobrados em madeira. São de fachada lisa ou com ressalto, rebocadas e
apresentam, tradicionalmente, cores vivas diretamente relacionadas com os pigmentos
comercializados à época. Apresentam-se, também, revestidas a soletos de ardósia ou
azulejo. São casas altas e esguias, apertadas em arruamentos feitos sobre caminhos
antigos. A sua arquitetura promove certa adaptabilidade na maior ligeireza com que se
redesenha um compartimento interior ou se abre e fecha uma janela ou porta exteriores.
Os telhados assentam sobre uma estrutura em madeira, resumindo a decoração aos
caibros expostos no beiral.
Construções em madeira
Essas construções não seriam muito diferentes dos edifícios da Rua dos Mercadores,
78-80, de fachada lisa e rebocada, sobre frontal forrado. Esse frontal, por não ser
preenchido, permite maior leveza e economia na construção.
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UNIDADE II │ PRÁTICAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
Painéis cerâmicos
Todos esses benefícios são conseguidos, pois o sistema construtivo de painéis cerâmicos
utiliza os mesmos materiais do sistema convencional, combinando-os de forma industrial,
original e criativa, tornando-o mais eficiente, mais resistente e mais confortável.
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PRÁTICAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS │ UNIDADE II
Painéis alveolares
Os painéis alveolares são utilizados como paredes e podem ser dispostos tanto na
horizontal quanto na vertical. A sua face externa poderá ser revestida com granilha e
as juntas são calafetadas com silicone. É solidarizado por meio de elementos metálicos
galvanizados a fogo. As dimensões máximas admissíveis dos painéis são de 10,00 m
de comprimento para espessura de 15 cm e 12,00 m de comprimento para espessura
de 20cm.
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UNIDADE II │ PRÁTICAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
A utilização do painel alveolar conjugado com alvenaria permite ventilação por meio do
desalinhamento entre as paredes.
»» Autoportantes
»» Rápida montagem
»» Qualidade controlada
Tilt-up
No Brasil, essa tecnologia foi importada pela construtora Walter Torres Jr., no ano de
1993, diretamente dos EUA. Essa técnica ainda precisa ser mais bem difundida para ser
empregada em escala industrial e, atualmente, apenas cinco construtoras empregam
esse método de construção. O sistema apresenta muitas vantagens, entre elas está a
grande economia de materiais e mão de obra, além do tempo reduzido de construção.
Esse método de construção surgiu, em 1906, nos EUA. Seu nome tem origem na palavra
inclinar, que, em inglês, é “tilt”. Ao levantar as paredes pré-moldadas, em concreto
armado, é necessário içá-las com a ajuda de guindastes, que, a partir da base da
construção (piso), levam as paredes pré-moldadas até o seu local definitivo no canteiro
de obras. Esse processo todo que é chamado de Tilt-up. A fase de concretagem até o
levantamento das paredes tem, em média, a duração de quatro a cinco semanas.
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PRÁTICAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS │ UNIDADE II
»» Baixo custo
»» Baixa manutenção
»» Durabilidade
»» Segurança
»» Velocidade na construção
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UNIDADE II │ PRÁTICAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
Sistema misto
Na Europa, por exemplo, podem ser encontrados mais de 75% dos novos edifícios com
sistemas construtivos mistos.
Por não existir um sistema construtivo que seja adequado para todas as situações
construtivas, a escolha adequada a partir das combinações de diferentes materiais e
processos depende das necessidades específicas constatadas para a obra.
»» Redução de formas
Casa de container
»» Escritórios
»» Lanchonetes
»» Hotéis
»» Pousadas
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UNIDADE II │ PRÁTICAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
»» Sorveterias
»» Comércio, em geral
Hoje em dia, existem empresas comerciais que aplicam essa metodologia construtiva
em suas lojas, como a franquia Container de roupas e acessórios, que tem por padrão,
em toda sua rede de lojas, a aplicação desse sistema construtivo.
Fonte: <http://www.campograndenews.com.br/lado-b/arquitetura-23-08-2011-08/casa-por-rs-80-mil-entregue-em-45-dias-usa-
estrutura-de-container>. Acessado em: agosto/2014.
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capítulo 4
Análise de desempenho das práticas
sustentáveis na arquitetura
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UNIDADE II │ PRÁTICAS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
Método de LEED
Os conceitos que permeiam a Certificação LEED (Leadership in Energy and
Environmental) Design dizem respeito a questões que demonstram o quanto uma
construção sustentável está buscando para colaborar com a preservação dos recursos
naturais e evitar impactos ambientais.
Fonte: <http://ambientes.ambientebrasil.com.br/arquitetura/artigos/metodos_de_avaliacao_do_desempenho_ambiental_de_
edificacoes.html>. Acessado em: agosto/2014.
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FUNDAMENTOS PARA O Unidade III
PROEJTO DE ARQUITETURA
capítulo 1
Projeto arquitetônico
É importante lembrar que, somado a esses fatores, são os usos e as exigências humanas,
além das condições urbanas locais, climáticas e das possibilidades construtivas, que
vão determinar o grau de autonomia de um edifício em relação aos sistemas ativos de
climatização. Problemas de poluição e ruído urbano podem impedir, por exemplo, o
uso de estratégias passivas em um projeto, mesmo que o partido arquitetônico, o clima
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UNIDADE III │ FUNDAMENTOS PARA O PROEJTO DE ARQUITETURA
e o uso sejam favoráveis a elas. Por esse motivo, num caso assim, a iluminação natural
é resolvida mais facilmente no projeto do que a ventilação natural.
A Arquitetura de Baixo Impacto Humano Ambiental (ABIHA) não implica num estilo
ou em um movimento arquitetônico. Podemos encontrá-la tanto na arquitetura mais
recente, rotulada como high-tech ou eco-tech, quanto na arquitetura vernacular das
mais variadas culturas, como em muitos exemplos do modernismo. Independente
da vertente tecnológica, as soluções de projeto para conforto ambiental e eficiência
energética estão relacionadas com os conhecimentos da física aplicada (física
ondulatória, ótica, transferência de calor e mecânica dos fluidos), com a tecnologia e os
recursos locais apropriados.
Quando apropriados, esses adventos da tecnologia devem fazer parte das primeiras
etapas de concepção do desenvolvimento do projeto do edifício, e não serem inseridos
como “complemento” ou “acessórios”, para que possam contribuir efetivamente com o
melhor desempenho do conjunto e um bom resultado arquitetônico.
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FUNDAMENTOS PARA O PROEJTO DE ARQUITETURA │ UNIDADE III
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capítulo 2
Alvenaria e instalações
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FUNDAMENTOS PARA O PROEJTO DE ARQUITETURA │ UNIDADE III
Em comparação com outros tipos de blocos de alvenaria, como tijolos e blocos cerâmicos,
o solo-cimento proporcionava uma economia entre 20 e 40% no auge de sua utilização,
no final dos anos 1970.
Normas
As normas técnicas da ABNT que determinam características, como forma, dimensões,
resistência à compressão e à absorção de água de blocos e tijolos de solo-cimento,
desconsideram a aplicação das peças em alvenarias estruturais. Apesar disso, há um
consenso entre os profissionais da área sobre a possibilidade de execução de paredes
estruturais feitas de blocos de solo-cimento.
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UNIDADE III │ FUNDAMENTOS PARA O PROEJTO DE ARQUITETURA
O tijolo é composto por terra, água e cimento e é produzido por meio de prensagem.
Diferentemente do tijolo convencional, não precisa ser cozido em fornos, eliminando,
assim, a utilização de lenha e a derrubada de árvores. Sem lenha também não há fumaça
e, por consequência, não há emissão de gases de efeito estufa.
Esse tipo de alvenaria gera menos resíduos na obra, já que o sistema é modular e cada
fiada é definida no projeto, iniciando e terminando em tijolos inteiros, não havendo
necessidade de quebras. Além disso, por possuir furos, toda parte elétrica e hidráulica
pode ser conduzida sem necessidade de quebras nas paredes.
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FUNDAMENTOS PARA O PROEJTO DE ARQUITETURA │ UNIDADE III
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capítulo 3
Elementos das coberturas
Telhas ecológicas
Um grande desafio da Construção Civil é aliar os aspectos funcionais ao estético e ao
sustentável. Uma das soluções que vem sendo cada vez mais utilizada são as telhas
ecológicas, as quais são produzidas a partir de fibras naturais ou materiais reciclados. Seu
uso ajuda a proteger o meio ambiente e traz vantagens para o consumidor. Esse material
sustentável pode ser encontrado em várias lojas de materiais de construção.
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FUNDAMENTOS PARA O PROEJTO DE ARQUITETURA │ UNIDADE III
Fibras
Nessas telhas, produzidas com resíduos de fibras vegetais, são usadas fibras de madeiras,
como pinho e eucalipto, e de não madeiras, como sisal, bananeira e coco, empregadas
no reforço dos materiais cimentícios. Exige maior estrutura de sustentação para ser
instalada, já que se trata de um material mais flexível e pesado.
Fonte: <http://www.hagah.com.br/especial/sc/decoracao-sc/19,1267,3729894,Saiba-quais-sao-as-caracteristicas-das-telhas-
ecologicas-e-onde-encontra-las-em-Santa-Catarina.html>. Acessado em: agosto/2014.
Outras são feitas de uma combinação de papel reciclado, asfalto e resina. Essa resina
oferece proteção contra os raios UV, preservando a cor do produto, impedindo a
escamação da superfície, tão comum nas telhas multicamadas. Suportam melhor cargas
dinâmicas, como uma chuva de granizo, por exemplo.
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UNIDADE III │ FUNDAMENTOS PARA O PROEJTO DE ARQUITETURA
Fonte: <http://www.hagah.com.br/especial/sc/decoracao-sc/19,1267,3729894,Saiba-quais-sao-as-caracteristicas-das-telhas-
ecologicas-e-onde-encontra-las-em-Santa-Catarina.html>. Acessado em: agosto/2014.
Fonte: <http://www.hagah.com.br/especial/sc/decoracao-sc/19,1267,3729894,Saiba-quais-sao-as-caracteristicas-das-telhas-
ecologicas-e-onde-encontra-las-em-Santa-Catarina.html>. Acessado em: agosto/2014.
Telhado verde
Além de bonito, eficiente no conforto térmico da casa e bom para o planeta, ele é simples
de fazer e custa pouco.
A cobertura verde é uma solução para o plantio no fechamento superior das edificações
(lajes e telhados). Essa solução é extremamente benéfica aos grandes centros urbanos,
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FUNDAMENTOS PARA O PROEJTO DE ARQUITETURA │ UNIDADE III
que enfrentam os problemas das ilhas de calor, poluição ambiental e enchentes causadas
pelo ineficiente escoamento das águas pluviais. Para a instalação de coberturas verdes,
duas tecnologias principais estão disponíveis.
Não é novidade que a cada dia as cidades ficam mais quentes. O planeta passa por um
aquecimento. Mudanças climáticas, arquitetura e impermeabilização do solo causam
a ICU (Ilha de Calor Urbana). O fenômeno cria uma ilha térmica onde a temperatura
pode variar até 10 graus Celsius. Nas cidades de clima frio, esse fenômeno se torna
benéfico, pois as ilhas de calor se formam a noite, reduzindo a necessidade de sistemas
de aquecimento. Entretanto, em regiões tropicais, a ICU forma-se durante o dia, o
que não é bom, pois aumenta muito a necessidade de ar-condicionado nas casas ou
nos prédios.
Os telhados ecológicos são uma ótima solução para reduzir a temperatura interna. Um
telhado convencional pode ter, em sua superfície, 32 graus Celsius acima da temperatura
do ar, ao passo que os telhados ecológicos podem ficar até mais frios. Depois de preparar
o telhado ou a laje, são fixados os módulos que necessitam de irrigação manual ou as
lâminas que garantem um suprimento de água ao telhado.
Uma das coberturas ecológicas mais famosas dos EUA, City Hall de Chicago, ajuda
a resfriar o prédio e a minimizar o escoamento de água. Reúne sistemas extensivos,
intensivos e intermediários semi-intensivos em um telhado reformado. Complementa
a vegetação tradicional sem atrapalhar a infraestrutura urbana, pois pega um espaço
abandonado e o torna útil. O programa piloto City Hall do Departamento de Meio
Ambiente da cidade de Chicago promoveu o esforço da cidade inteira para apoiar os
sistemas de cobertura ecológica, com incentivos e doações.
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FUNDAMENTOS PARA O PROEJTO DE ARQUITETURA │ UNIDADE III
Infelizmente, não é uma prática aplicada com frequência no Brasil, mas seria muito
bom se adotássemos essa prática.
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capítulo 4
Muros e alvenaria de vedação
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FUNDAMENTOS PARA O PROEJTO DE ARQUITETURA │ UNIDADE III
A velocidade na aplicação é até 4 vezes superior. A redução de custo chega a mais de 50%,
em função da otimização do tempo e da mão de obra. Isso sem contar a facilidade de
gerenciamento, a redução do frete e outros materiais que não precisarão ser comprados:
carros para carregar areia, pás, betoneira, energia elétrica e consumo de água.
Muros ecológicos
Os muros ecológicos vieram em resposta às necessidades da Construção Civil que busca
um produto de qualidade e custos acessíveis para todos os seus clientes. É perceptível a
eficácia da utilização dos muros ecológicos, além da segurança oferecida por esse estilo
de divisórias de espaços.
São inúmeras as vantagens dos muros ecológicos. Sua fabricação é composta por
técnicas e materiais modernos e são apontados como uma das grandes tendências do
mercado atual.
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UNIDADE III │ FUNDAMENTOS PARA O PROEJTO DE ARQUITETURA
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Referências
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2003. p.42-45.
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