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Técnicas retrospectivas

Materiais
Construtivos
AULA 07: MATERIAIS E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
Técnicas retrospectivas

Alicerces: eram sempre a alvenaria de pedra, às vezes seca, às vezes


com barro, ou apenas rejuntada com calda. A calda é um líquido a base
de barro que preenche os vazios entre pedras. As dimensões dos
alicerces eram variáveis, mas não diferiam muito das práticas atuais para
fundações diretas.

Paredes estruturais: Taipa de pilão: recebe este nome por ser socada
(apiloada) com o auxílio de uma mão de pilão. Apresenta uniformidade
na cor avermelhada com umidade natural. A forma de madeira que
sustenta o material durante sua secagem é denominada taipal.

Figura: Técnicas Construtivas do Período Colonial


Fonte: COLIN , Silvio Vilela. Disponível em:
imphic. Acesso em: 08/02/2017.
Estruturas
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Alvenaria em pedra: pode ser feita pelo assentamento das mais


variadas pedras, podendo ou não se utilizar da argamassa (material
aglutinante: cal + areia + água). As pedras utilizadas eram calcários,
arenitos ou pedra de rio e granitos.

Pedra Regular: alvenaria constituída por blocos regulares de pedra de


grandes espessuras e faces trabalhadas e lisas, quando aparentes. Muito
usadas nas construções das muralhas das fortificações, edificações
civis e religiosas.

Figura: Técnicas Construtivas do Período Colonial


Fonte: COLIN , Silvio Vilela. Disponível em:
imphic. Acesso em: 08/02/2017.
Estruturas
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Paredes estruturais:
Alvenaria: é uma técnica de confecção de muros utilizando tijolos,
lajotas ou pedras de mão, aglutinados entre si por meio de uma
argamassa. No período do Brasil colonial, as argamassas mais
utilizadas eram de cal e areia ou de barro.

Alvenaria de pedra seca: erguida sem a utilização de argamassa, com


pedras assentadas umas sobre as outras, intercaladas por pedras
menores para melhor acomodação e estabilidade da construção.

Figura: Técnicas Construtivas


Fonte: Coisas da Arquitetura. Disponível em aqui.
Acesso : 08/02/2017.
Estruturas
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Técnicas retrospectivas

Paredes estruturais:
Canjicado: pedras irregulares; intercalam-se pedras de maior tamanho
com pedras menores, que formam um entremeado chamado de
“canjicado”. As pedras de mão maiores são contornadas por pedras
menores, dispensando a argamassa. Tem espessura de (0,60 a 1,00 m) e
são assentadas com a ajuda de formas de madeira.

Pedra e barro: alvenaria com função estrutural, erguida com argamassa


de terra. As espessuras das paredes variam de 0,50m a 1,00m, podendo
chegar a 1,80m, quando erguidas em duas paredes paralelas, sendo seu
miolo preenchido com material solto de pedras e massa.

Figura: Técnicas Construtivas


Fonte: Coisas da Arquitetura. Disponível em aqui.
Acesso : 08/02/2017.
Estruturas
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Estruturas e vedações

Paredes estruturais:
Pedra e cal: alvenaria diferenciada da anterior pela argamassa, que no
caso é constituída de terra e cal.

Adobe: tijolo de barro em forma de paralelepípedo composto por argila e


uma pequena quantidade de areia, estrume, fibra vegetal e crina. O tijolo
de argila tem dimensões em torno de 0,20 x 0,20 x 0,40m. Sua
compactação é feita manualmente, em formas de madeira. Nos primeiros
dias, a secagem ocorre à sombra e, só depois, ao sol.

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Estruturas e vedações

Paredes estruturais:
Tijolos cerâmicos: usando a mesma matéria prima – a argila –, o tijolo
cerâmico difere do adobe pelas suas dimensões menores e pelo fato de
ser cozido em fornos, a altas temperaturas. Sua durabilidade o rivaliza
com a pedra. Foi talvez o primeiro material de construção durável
utilizado pelo homem.
A taipa de mão, também conhecida como taipa, taipa de sopapo, taipa de
sebe, barro armado ou pau a pique, refere-se a uma técnica amplamente
difundida e bastante utilizada em todo o mundo e no Brasil, apresenta a
qualidade e a durabilidade do adobe.

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Estruturas e vedações

Paredes estruturais:
Estruturas autônomas: Podem ser construídas por peças em madeira ou
pilares de alvenaria e pedra. Estas estruturas foram difundidas em todo o país.

Estruturas em madeira

Enxaimel: técnica milenar, utilizada na Europa medieval, e também, muito


popular no Sul do Brasil. Sua estrutura principal apresenta vão entre esteios
 reforçado com peças inclinadas nos cantos ou na diagonal dos quadros,
denominados enxaiméis. Estas peças, chamadas de cruz de Santo
André ou aspas francesas, têm seus vãos preenchidos com adobe ou tijolos.

Tabiques: são divisórias feitas com estrutura de vigas de madeira e


revestimento de tábuas.

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Estruturas e vedações

Estruturas autônomas:
Enquadramento: as estruturas autônomas em cantaria, destacam seus
enquadramentos, ritmando as fachadas na forma de painéis emoldurados.

Arcos em cantaria: elementos estruturais que possibilitam a criação de vãos


com dimensões superiores às provenientes do uso da verga reta.

As aduelas que os constituem são cortadas em cunha e o fecho (peça


fundamental à estabilidade do arco) apresenta geralmente decoração em
relevo. Os arcos aparecem em vergas e arcadas de vestíbulos, átrios,
corredores, cláustros etc.

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Estruturas e vedações

aduela

Figura: Portal Coreios, centro Rio de Janeiro- RJ


Foto: Clélia Monasterio

Figura: Interna Torre Matriz de Vasouras - RJ


Foto: Clélia Monasterio

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Estruturas e vedações

Pau a pique / Tijolos ou Adobes / Tabiques (vistos anteriormente)

Estuque: vedação simular à taipa de sebe, porém com menor espessura. Sua
trama é composta por varas; dispensa o pau a pique.

Estruturas mistas: utilizam vários tipos de materiais em sua estrutura,


deixando visível a presença de pedras, e tijolos cerâmicos e outros materiais.
Suas cargas são transmitidas aos pilares em cantaria, dispensando vigas
horizontais em suas alvenarias.

Muros: na construção de muros, usam-se as mesmas técnicas da alvenaria:


taipa, pedra seca, pedra e barro, pedra e cal, adobe e pau a pique.

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Estruturas e vedações

Sarjetas: passeios de proteção, em pedra redonda ou em laje, ligadas


diretamente às áreas externas das edificações. Protegem os alicerces e as
paredes da umidade do solo e das águas pluviais.

Figura: Desenho Sarjeta


Fonte: Coisas da arquitetura.
Disponível em aqui.
Acesso em: 08 fev. 2017.

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Estruturas e vedações

Acabamentos das vedações coroamentos , colunas e pilares

As vedações recebem diversos tratamentos, em seus revestimentos de


paredes, coroamentos e cunhais.

Colunas e pilares: a pedra foi o material escolhido, em todo o mundo, para a


execução de estruturas das edificações. As rochas de melhor qualidade, eram
sugeridas de acordo com sua textura e cor, sendo esculpidas conforme o
estilo arquitetônico da época.

Coroamento: são limites superiores definidos pela cobertura, pelas beiradas


das sacadas, pelos frontões, pelas platibandas balaustradas e pelas empenas
monumentais. As empenas podem adotar forma triangulares, curvas
rampantes e caprichosas.

Fonte: VASCONCELOS, 1979.

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Técnicas retrospectivas
Estruturas e vedações

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Técnicas retrospectivas
Estruturas e vedações

Revestimento
A arquitetura brasileira foi enriquecida pelo uso dos azulejos, resultante da
influência da colonização portuguesa. O azulejo chegou ao Brasil no séc.
XVII, mantendo a mesma estética, técnica e materiais utilizados em Portugal.

A importação de produtos portugueses, para o Brasil colônia, influenciou o


patrimônio artístico nacional, tornando a azulejaria portuguesa significativa. O
azul de cobalto incorporado a fundos brancos, foi o mais utilizado na
ornamentação de templos e solares em várias regiões do país.

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Cantarias
Elementos arquitetônicos em cantaria

Cunhais: são peças de acabamento que ligam duas paredes. Seu desenho
varia de acordo com o sistema construtivo adotado, podendo ser construído
em alvenaria ou em pedra.

Os cunhais são elementos estruturais, encontrados em construções antigas.


Também considerados componentes de decoração de fachadas, quando
construído em pedra, são constituídos por blocos regulares, aparelhados
para permanecerem aparentes.
VERGA

OMBREIRAS
As faces das pedras, geralmente lisas, podem
apresentar decoração pontual de trabalho de cantel.
As obras do sec. XIX, realizadas em alvenaria,
recebem decoração em relevo e pintura.
PEITO
RIL

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Cantarias

Elementos arquitetônicos em cantaria

As cercaduras: são elementos que emolduram vãos de porta e janelas


das edificações. As cercaduras de janelas são constituídas por vergas,
ombreiras e peitoril.

As portas são cercadas por: vergas, ombreiras e soleiras.


Confeccionadas em blocos separados, as peças recebem esmerado
tratamento de cantel.
VERGA

OMBREIRAS

PEITO
RIL

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Cantarias

Elementos arquitetônicos em cantaria

Escadas e degraus: as escadas têm degraus biapoiados nas alvenarias,


seus patamares são lajes de pedra que constituem o piso. Os bocéis são
geralmente recortados, dando leveza à escada. Os guarda-corpos, com
suas balaustradas de pedra, são recorrentes em entradas principais de
prédios públicos e residências.

Mobiliário e equipamentos urbanos: utilizada na execução de


mobiliário e equipamentos urbanos, tais como lavabos, pias batismais e
de água benta, bases de púlpito, fontes, chafarizes, conversadeiras e
bancos. Ornamentadas de acordo com as tendências da época ,
utilizavam pedra de fácil trabalhabilidade. Ex.: mármore.

(ALMEIDA, 2005, p. 36-39)

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Cantarias

Guarda-corpo com
balaustres

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Pisos e pavimentações
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O piso de terra batida: realizado com terra socada misturada à argila,
areia e água, adicionada de sangue de boi, para melhorar a liga. Neste piso,
podia-se assentar ladrilhos de barro cozido.

O piso de ladrilho em barro: elaborado em forma de paralelepípedo,


podia ser composto por argila, areia, estrume e fibra vegetal.

O piso de lajeado: composto de lajes de pedra assentadas com argamassa


de barro. As lajes podem ser trabalhadas em forma geométrica, quadrada,
retangular, ou ainda de forma irregular. Pode-se usar lajes de pedra-sabão,
arenitos, gnaisse, calcário e pedra lioz.

Piso de seixos rolados: composto de pedras redondas de rios, chamadas de


“seixos”, sobre argamassa de barro, formando desenho mourisco. Para
melhor aparência, maior resistência e durabilidade, eram apiloadas
rigorosamente, de modo a se ter uma perfeita compactação.

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Pisos e pavimentações
Piso em mármore: um dos mais usados em nossos monumentos. Aplicado em
ambientes nobres de grande circulação, assentado em pedras esquadrejadas de
diversos tamanhos. (usado em ambientes internos - pisos e paredes).

Piso em lioz: tipo raro de calcário trazido da região de Lisboa, Portugal. Esta
pedra pode ser assentada da mesma forma que o mármore (usado em ambientes
internos — pisos e paredes).

Piso em mosaico: também conhecida como arte musiva, é uma arte milenar que
trabalha pequenas peças (tesselas) de pedra ou de outros materiais, formando
desenhos em pisos e paredes.

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Pisos e pavimentações
Os pisos de tábuas corridas de madeira: comuns em pavimentos elevados do
solo, têm seus frisos de madeira apoiados em barrotes.  Inicialmente mediam
40cm de largura, tornando-se bem mais esbelto com o passar do tempo.

O piso de taco em madeira é uma composição de peças retangulares.

O piso em parquets: apresenta desenho mais elaborado. Realizado por diversos


tipos de madeira, o parque forma um mosaico de diferentes peças em madeira,
gerando figuras geométricas variadas.

O ladrilho hidráulico: feito à base de cimento pigmentado. Seu uso é


característico do início do séc. XX. Os ladrilhos, em geral, apresentam desenhos
geométricos podendo formar diversas imagens dependendo de sua combinação.

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Pisos e pavimentações

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Estrutura de coberturas e forros
Telhas e Beirais

Os telhados são a marca da arquitetura colonial. No séc. XVI, as boas


construções, ainda que usassem o sapé, substituíram-no por telhas. As telhas
cerâmicas, de capa e canal, ou capa e bica, também são chamadas
telhas canal ou colonial.
Fonte: Vasconcelos,1979.

Capa Bica Capa-


canal
No início, as telhas eram moldadas artesanalmente por escravos e eram naturalmente
irregulares. Daí o dito, popular, de que eram “feitas nas coxas”. A expressão, ainda hoje, é
entendida como qualquer coisa mal feita ou irregular.
Os beirais, protegem as paredes, conduzem as águas de chuva e influenciam na linguagem
estética. Os beirais são característicos dos edifícios coloniais.
A forma característica de mudança de inclinação das águas, chama-se galbo.

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Estrutura de coberturas e forros
Cachorros

Na ponta dos caibros (os contrafeitos), esculpiam-se cabeças de cachorro,


simbolizando a proteção da casa, à semelhança das carrancas das
navegações medievais.

Figura: Cachorro Figura: Cachorros ornamentados


Fonte: Almeida, 2005. Fonte: Lemos, 1979.

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Estrutura de coberturas e forros
As beiras são ornamentos de pequena profundidade na alvenaria, no
ponto de ligação com o telhado.

A expressão “sem eira nem beira*” para designar uma pessoa


pobre, sem posses, vem da arquitetura colonial; queria dizer uma
pessoa que possui casa tão pobre, que não tem quintal nem
ornamento na parede.

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Estrutura de coberturas e forros
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Estrutura dos telhados: de madeira trabalhada de forma artesanal.
As tesouras mais utilizadas:
• Tesoura de linha suspensa, ou canga de porco
• Tesoura francesa
• Tesoura paladiana
• Tesoura de Santo André
• Tesoura romana (comum a partir do séc. XIX).

Figura: Tipos de tesouras


Fonte: Barreto, 1975. Disponível em:https://coisasdaarquitetura.files.wordpress.com/
2010/06/tes-santo-andre.jpg Acesso: 08/02/2017

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Estrutura de coberturas e forros
Os forros tinham formas planas, abobadadas, muito comum nas igrejas,
ou a chamada forma de esquife, caixão ou gamela.

No forro abobadado existem cambotas auxiliares, encurvadas na


forma final da forração.

No forro de gamela, é muito comum que se utilizem as peças do


madeiramento do telhado. O forro compõe-se de cinco painéis, quatro
deles inclinados e o último, plano.

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Estrutura de coberturas e forros
Os forros mais comuns eram de tábuas de madeira. Estas peças de
madeira poderiam ter várias formas e eram fixadas diretamente na
estrutura dos telhados.

Junta seca ou a encher


Junta a meia-madeira ou meio-fio
Roda teto

Junta de chanfro
Com mata-junta

Junta de chanfro Macho e fêmea


Sanca

Junta de saia e camisa Junta macho e fêmea com camisa

(VASCONCELLOS, 1979)

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Técnicas retrospectivas
Estrutura de coberturas e forros
Pinturas em forro, por Mestre Ataíde, artista do Barroco-Rococó mineiro. Até a metade do séc. XIX, influenciou
pintores e alunos. Seus seguidores continuaram seu método de composição, em trabalhos de perspectiva nos tetos
de igrejas.

Figura: Ascensão de Cristo, Matriz de Santo Figura: Assunção de Nossa Senhora. Figura: Detalhe pintura - Ascensão de Cristo, Matriz de Santo Antônio em Santa Bárbara
Antônio em Santa Bárbara. teto da igreja de São Francisco de Fonte: wikipedia. Acesso25/02/2017
Fonte: wikipedia.org Assis, Ouro Preto.
Fonte: wikipedia.org

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Técnicas retrospectivas
Pinturas murais
As pinturas murais são classificadas como bens integrados e culturais,
protegidas legalmente e reconhecidas como um elemento arquitetônico
e patrimonial pelas Convenções Mundiais.

Por meio de técnicas retrospectivas, como as prospecções, tornam-se


possíveis a descoberta e a restauração destas obras de arte.

Figura: Técnica de restauro - Buono Fresco


Foto: Escortegonha, 2014

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Técnicas retrospectivas
Vãos e esquadrias - janelas
Como visto no item cantaria, os vãos são compostos de quatro elementos.
As vergas, elementos superiores, as ombreiras, laterais e os peitoris e
as soleiras, inferiores.

Com a finalidade de aumentar a luz do compartimento, as laterais do vão


eram  chanfradas ou incrustadas. A parte da alvenaria que preenchia o
vão da soleira até o peitoril, geralmente menos espessa que o restante da
parede, chamava-se pano de peito.

O espaço conseguido com o rasgo da parede, bem iluminado e fresco,


recebia assentos de madeira, taipa ou alvenaria chamados conversadeiras.

O peitoril levava um gradil de madeira torneada, ou de ferro batido, dizia-


se que era uma janela de peitoril entalado, isto é, contido no vão. Quando Figura: Tipos de vãos - janelas
Fonte: Barreto, 1975. Disponível em aqui. Acesso :
projetado para fora tínhamos as janelas sacadas ou janelas de púlpito. 08/02/2017

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Vãos e esquadrias
Técnicas – portas e janelas
retrospectivas
Portas e janelas: As folhas das portas e janelas de madeira podiam ser de
réguas, de almofadas, de treliças (urupemas) ou rendas de madeira. A partir
do séc. XVIII, aparecem as folhas de pinázios (caixilhos) com vidros.

Abertura à inglesa Guilhotina Abertura à francesa

O muxarabi é um dos elementos Figura: Técnicas Construtivas do Período Colonial


mais característicos da nossa Fonte: Coisas da Arquitetura. Disponível em aqui.
Acesso : 08/02/2017
arquitetura colonial, uma das mais
persistentes influências da
arquitetura árabe. 

Figura: Sacada, Olinda


Foto: Clélia Monasterio
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Técnicas retrospectivas
Vãos e esquadrias – seteiras e óculos
As seteiras são pequenas aberturas verticais, utilizadas na arquitetura
militar como vão de observação. Esta abertura também foi utilizada na
arquitetura civil e na religiosa. Na arquitetura militar, as seteiras têm
também o nome de balestreiro. 

Os óculos têm várias formas, sendo a circular a mais conhecida. Estas


aberturas são comuns nas igrejas e seu papel principal é a iluminação.

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Técnicas retrospectivas
Estrutura em ferro
O Palácio de Cristal, construído em Londres, em 1851, foi a primeira
construção reconhecida como efêmera. Cem anos após a construção desse
modelo da Revolução Industrial, inicia-se a discussão sobre a preservação
das estruturas industriais.

A expressão “Arqueologia Industrial” também despontou na Inglaterra, e


ganhou força na década de 1960, devido ao grande número de demolições
de testemunhos da arquitetura industrial.
(KÜHL, 2006)

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Técnicas retrospectivas
Estrutura em ferro
Representam a arquitetura industrial, testemunhos de um período marcado
pela transposição de estilos e de materiais, onde se inserem os elementos e
as edificações pré-fabricadas para exportação.

O ferro trouxe uma nova prática à tecnologia da construção, espalhando


pelo mundo um considerável número de edificações pré-fabricadas, hoje
tratadas como memória do patrimônio construído Mundial.
(KÜHL, 2006)

Figura: Teatro José de Alencar, Fortaleza-CE


Fonte: Veloso (2002)

Figura: Mercado dos Pinhões. Fortaleza- Figura: Mercado Ver-o-peso, Belém-


CE PA
Foto: Prefeitura de Fortaleza, 2008 Foto: Carlos Macapuna
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Técnicas retrospectivas
Referência bibliográfica

ALMEIDA, Frederico Faria Neves. Conservação de Cantarias: manual. Brasília:


IPHAN, 2005.

AMARAL, Liliane S. Arquitetura e arte decorativa do azulejo no Brasil. In: Revista


Belas Artes. v. 2, 2015. Disponível em: <belasartes> Acesso em : 26 fev. 2017.

ALVARENGA, M. A. A. Arquitetura de terra. Técnicas construtivas. Belo


Horizonte. Digitado, 1984.

Arquitetura Civil I, II e III. Textos Escolhidos da Revista do IPHAN. São Paulo:


FAUUSP e MEC-IPHAN, 1975.

BARRETO, Paulo Thedim. Casas de câmara e cadeia. In: Arquitetura Oficial


I, 1975.

BAZIN, Germain. A arquitetura religiosa barroca no Brasil. Rio de Janeiro:


Record, 1983. 2 vols.

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