O documento discute o solo-cimento, um material alternativo de baixo custo feito da mistura de solo, cimento e água. Ele pode ser usado para produzir tijolos, pisos, paredes e outros elementos de construção civil com boa resistência, durabilidade e isolamento térmico. O documento também descreve como o solo-cimento pode ajudar a reduzir o déficit habitacional no Brasil ao permitir a construção rápida de moradias econômicas.
O documento discute o solo-cimento, um material alternativo de baixo custo feito da mistura de solo, cimento e água. Ele pode ser usado para produzir tijolos, pisos, paredes e outros elementos de construção civil com boa resistência, durabilidade e isolamento térmico. O documento também descreve como o solo-cimento pode ajudar a reduzir o déficit habitacional no Brasil ao permitir a construção rápida de moradias econômicas.
O documento discute o solo-cimento, um material alternativo de baixo custo feito da mistura de solo, cimento e água. Ele pode ser usado para produzir tijolos, pisos, paredes e outros elementos de construção civil com boa resistência, durabilidade e isolamento térmico. O documento também descreve como o solo-cimento pode ajudar a reduzir o déficit habitacional no Brasil ao permitir a construção rápida de moradias econômicas.
O solo-cimento é o material alternativo, de baixo custo, resultante da mistura
homogênea, compactada e curada de solo, cimento e água em proporções adequadas, resultando num produto com características de durabilidade e resistências mecânicas bem definidas, além de bom índice de impermeabilidade e baixo índice de retração volumétrica. O solo é o componente mais utilizado para a obtenção desse material. O cimento entra em uma quantidade que varia de 5% a 10% do peso do solo, o suficiente para estabilizá-lo e conferir as propriedades de resistência desejadas para o composto. Este tipo de material de construção chegou para suprir boa parte das necessidades de instalações econômicas na maioria das regiões rurais e suburbanas no Brasil. Praticamente qualquer tipo de solo pode ser utilizado para a composição, entretanto os solos mais apropriados são os que possuem teor de areia entre 45% e 50%, solos com mais argila que areia precisam de uma maior concentração de cimento podendo inviabilizar o material. Somente os solos que contêm matéria orgânica em sua composição que não podem ser utilizados (aqueles solos de tonalidade escura). A grande vantagem é que o solo a ser utilizado na mistura pode ser extraído do próprio local da obra. O solo-cimento é uma evolução de técnicas de construção do passado, como o adobe e a taipa. Onde pega aglomerantes naturais, de características variáveis e instáveis e os substituem pelo cimento, produto industrializado e de qualidade controlada. Há duas grandes áreas onde o solo-cimento pode ser uma solução muito interessante. A primeira está nos loteamentos populares, onde a própria comunidade pode produzir tijolos e pisos com maquinário simples e a baixíssimo custo. Outra área, mais sofisticada e tão importante quanto, são os condomínios onde a ecologia e a sustentabilidade ditam regras. Nestes empreendimentos, o solo-cimento pode ser produzido igualmente no local, diminuindo o custo da construção, agredindo muito menos o meio ambiente, usando mão-de-obra da região e produzindo habitações com um conforto térmico insuperável, ajudando a diminuir a necessidade de ar condicionado e calefação, de modo geral, ajudando o meio-ambiente e diminuindo a demanda por energia. Na construção civil, o solo-cimento pode ser usado de quatro maneiras diferentes: em tijolos ou blocos (onde são produzidos manualmente ou em pequenas prensas, dispensando a queima em fornos, só precisam ser umedecidos para se tornar muito resistentes e com excelente aspecto), nos pisos e contra pisos (é compactado no local, com o auxílio de formas, mas em uma única camada, o piso fica constituído por placas maciças, totalmente apoiadas no chão), em paredes maciças (técnica similar à taipa de pilão usada no período colonial, a massa é compactada diretamente na forma montada no próprio local da parede, em camadas sucessivas, no sentido vertical, formando painéis inteiriços sem juntas horizontais) e também ensacado (a mistura de solo-cimento, em formato de uma “farofa úmida”, é colocada em sacos que funcionam como formas, esses sacos têm a boca costurada, depois são colocados na posição de uso, onde são imediatamente compactados, um a um, seu resultado é similar à construção de muros de arrimo com matacões, isto é, como grandes blocos de pedra). A alvenaria estrutural com tijolos de solo cimento é um sistema construtivo racionalizado. Os próprios tijolos auxiliados por pequenos pilaretes e vigas são elementos que desempenham a função estrutural, executadas a partir do preenchimento de furos e canaletas, com vergalhões, conforme especificado no projeto de estruturas. Os pilares e vigas são desnecessários, pois as paredes distribuem a carga uniformemente ao longo da fundação. Na alvenaria estrutural de blocos de concreto existe uma simplificação do processo construtivo, reduzindo etapas e mão-de-obra, com consequente redução do tempo de execução e dos custos. Existindo também tipos de tijolos de solo cimento maciço para uso estrutural, a diferença é que como não possuem furos, a alvenaria não conta com elementos de concreto armado para o auxílio na estruturação das paredes. Para este tipo de tijolo, recomenda-se utilizar laje em concreto armado para amarração das paredes, com vão nunca maiores que 4 metros. As vantagens da utilização do desde material alternativo são: a execução simplificada, proporcionando maior rapidez à construção; Não necessita de formas para vigas e pilares; Redução de mão-de-obra e tipos de materiais; Facilidade de projeto, detalhamento e supervisão da obra; Técnica de execução simplificada; Eliminação de rasgos para embutir instalações; Redução de espessuras de revestimentos; Resistência ao fogo, além de bom isolamento térmico e acústico; Durável, exigindo pouca manutenção; Racionalização da execução das obras e maior velocidade; Redução de quebras, desperdícios e entulho na obra. As desvantagens são as mesma de uma alvenaria estrutural convencional: Exige controle de qualidade eficiente tanto dos materiais empregados como do componente alvenaria; Mão de obra qualificada e bem treinada e uma constante fiscalização são imprescindíveis; O usuário não tem a mesma flexibilidade para remover paredes a fim de se aumentar um determinado ambiente. O emprego da tecnologia dos tijolos de solo-cimento gera uma contribuição para a diminuição do déficit de moradias no Brasil, através de programas de construção de novas moradias para famílias residentes em áreas de risco, favelas e até nas ruas. Devido à facilidade do processo construtivo sem o emprego de mão-de-obra especializada, a tecnologia estimula o treinamento de futuros moradores, reduzindo custos e contribuindo para o aprimoramento profissional dos participantes. Porém, a alvenaria de solo-cimento deve ser incentivada também nas construções para médio e alto padrão. Os tijolos e blocos de solo-cimento possuem alta resistência à compressão e baixa absorção de água, requisitos fundamentais para a sua aplicação na construção civil. Porém, percebe-se ainda uma dificuldade em sua utilização devido ao preconceito por parte das pessoas que relacionam o uso do solo com a construção de habitações de interesse social e baixa durabilidade.
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