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INFRAESTRUTURA URBANA

CONCEITO
DISCIPLINA DE INFRAESTRUTURA URBANA
FACULDADE PITÁGORAS
PROF.: VIVIAN MORENO
CONCEITO DE INFRAESTRUTURA

A infraestrutura urbana pode ser entendida como o


conjunto de equipamentos que associado aos
recursos humanos, desempenham a função de
prestar serviços essenciais para a sociedade.
CONCEITO DE INFRAESTRUTURA

Essas infraestruturas devem suprir as demandas


essenciais da vida urbana, compreendendo o
atendimento aos serviços de SANEAMENTO BÁSICO,
ENERGIA ELÉTRICA, SAÚDE, EDUCAÇÃO, CULTURA,
LAZER, TRANSPORTE, TELEFONIA E GÁS
CANALIZADO.
Considera-se infraestrutura urbana como “conjunto
de obras públicas e serviços de utilidade pública da
cidade, que representa o capital fixo social urbano.
Exemplo: vias urbanas, rede de água, rede de
esgoto, rede telefônica, rede de gás, rede de energia
elétrica, edifícios públicos e de utilidade pública e
outros”.
INFRAESTRUTURA BÁSICA

Segundo o CONAMA, os serviços de SANEAMENTO


BÁSICO são elementares da condição humana;

SANEAMENTO BÁSICO

ABASTECIMENTO DE COLETA DE ESGOTO E


ÁGUA LIXO
ÁREA URBANA CONSOLIDADA

Área Urbana Consolidada é a área integrante do


perímetro urbano e aquela que atende aos seguintes
critérios, segundo o CONAMA:
a) definição legal pelo poder público;
b) existência de equipamentos de infra-estrutura
Urbana;
c) densidade demográfica superior a cinco mil
habitantes por km2.
ÁREA URBANA CONSOLIDADA

Segundo o CONAMA, as áreas urbanas são consideradas


CONSOLIDADAS somente quando apresentam, no
mínimo, quatro dos seguintes equipamentos de
infraestrutura urbana:
1. malha viária com canalização de águas pluviais;
2. rede de abastecimento de água;
3. rede de esgoto;
4. distribuição de energia elétrica e iluminação pública;
5. recolhimento de resíduos sólidos urbanos;
6. tratamento de resíduos sólidos urbanos.
INFRAESTRUTURA E PROCESSO DE URBANIZAÇÃO

A infraestrutura cumpre papel fundamental na


ESTRUTURAÇÃO DO ESPAÇO URBANO. A
abertura de ruas, ao longo das quais serão instaladas
as redes de saneamento e de energia elétrica, é o
primeiro passo do PROCESSO DE URBANIZAÇÃO.
INFRAESTRUTURA E LOTEAMENTOS URBANOS

O que caracteriza os lotes urbanos, no interior do


qual serão erguidas as edificações é a CONEXÃO ÀS
REDES DE INFRAESTRUTURA, que permite o
acesso aos serviços de abastecimento de água,
esgotamento sanitário, distribuição de energia
elétrica, telecomunicações e transportes.
INFRAESTRUTURA E LOTEAMENTOS URBANOS

A LOCALIZAÇÃO da infraestrutura de serviços


públicos é parte integrante do loteamento, tanto
quanto os próprios lotes.
INFRAESTRUTURA E LOTEAMENTOS URBANOS

Um dos principais desafios do desenvolvimento


urbano é exatamente COORDENAR A DENSIDADE
DE OCUPAÇÃO DE CADA ÁREA COM A
RESPECTIVA INFRAESTRUTURA, o que só pode ser
feito pelo planejamento conjunto dos dois elementos.
ORDENAÇÃO E USO DO SOLO

Nesse sentido, um dos objetivos da ORDENAÇÃO E


DO CONTROLE DO USO DO SOLO é “evitar o
parcelamento do solo, a edificação ou o uso
excessivos ou inadequados em relação à
infraestrutura urbana” (art. 2º, VI, c, do Estatuto
da Cidade, Lei 10.257/2001).
LEI FEDERAL DE PARCELAMENTO DO SOLO

A Lei 6.766/79 operacionaliza a diretriz do espaço


destinado as infraestruturas urbanas, pois trata de
forma integrada a infraestrutura urbana e o uso do
solo como elementos do projeto de loteamento. Na
terminologia da Lei, as redes de infraestrutura são
denominadas de “equipamentos urbanos”:

Parágrafo único. Consideram-se urbanos os equipamentos


públicos de abastecimento de água, serviços de esgotos,
energia elétrica, coletas de águas pluviais, rede telefônica
e gás canalizado.”
LEI FEDERAL DE PARCELAMENTO DO SOLO

Ainda de acordo com a Lei 6.766/79, é legítimo o


requisito da aprovação de loteamentos a existência
de “áreas destinadas a sistemas de
circulação, a implantação de equipamento
urbano e comunitário, bem como a espaços
livres de uso público, proporcionais à densidade
de ocupação prevista no plano diretor.
DECRETO ESTADUAL 44.646/2008

O Decreto Estadual dispõe sobre o parcelamento do


solo urbano no Estado de Minas Gerais e determina
a porcentagem mínima de áreas no loteamento para:

Sistema de
circulação
20%

10% Áreas livres de uso público

Equipamentos 5%
Comunitários
INFRAESTRUTURA E LOTEAMENTOS URBANOS

Assim como a edificação urbana só pode ser erguida


sobre lotes, da mesma forma a infraestrutura urbana
só pode ser instalada em áreas públicas ou non
aedificandi assim definidas no projeto de
loteamento.
INFRAESTRUTURA E LOTEAMENTOS URBANOS

Essa regra vale tanto para os loteamentos


regulares quanto para os que estão em processo de
regularização.
Nos loteamentos irregulares, ou seja, das glebas
que foram loteadas, mas não foram oficialmente
averbadas em cartório, os serviços de
infraestrutura foram parcialmente comprometidos.
POLÍTICAS PÚBLICAS

O planejamento urbano no Brasil consolida-se através


de planos e projetos onde há intervenção direta do
ESTADO sobre o ambiente construído.
No cenário da Infraestrutura Urbana subsidiada pelo
Governo Federal destacam-se dois grandes planos:

PLANO DE PLANO DE
SANEAMENTO MOBILIDADE
(PLANSAB) (PLANMOB)
PROJETOS PÚBLICOS

Os Planos de Saneamento e de


Mobilidade Urbana são
obrigatórios aos municípios que
desejam obter recursos
posteriormente a implantação
do plano para aplicar em seus
projetos.
Sendo assim, os projetos só
existem através de um Plano e
só serão efetivados a partir de
sua elaboração.
PLANO DE MOBILIDADE URBANA

A aplicação de recursos em transporte público coletivo e


em infraestrutura para o transporte não motorizado foi
retomada recentemente, tendo em vista a crise de
mobilidade instalada em grande parte das cidades
brasileiras.
FINALIDADE DO PLANO DE MOBILIDADE
IMPACTOS DAS FONTES POLUIDORAS

Caso não haja mudanças nos sistemas de mobilidade


urbana das cidades brasileiras, além do agravamento da
crise já presente – congestionamentos, aumento das
vítimas do trânsito, aumento no tempo de deslocamentos,
elevação dos custos operacionais do transporte público,
exclusão social etc. –, é de se esperar um crescimento
acelerado das emissões de gases de efeito estufa do setor
de transportes, bem como da poluição atmosférica.
AGENDA 21

Especificamente dentro da Agenda 21, foram definidos


objetivos fundamentais para o setor de transportes para a
promoção do desenvolvimento urbano sustentável, por
meio da utilização de energias alternativas e renováveis,
redução dos níveis de emissão de poluição atmosférica e
sonora.
CONCEITO DE TRANSPORTE SUSTENTÁVEL

O conceito de transporte ambientalmente sustentável foi


então definido como “os transportes que não colocam em
perigo a saúde pública ou os ecossistemas, e têm
necessidades consistentes com uma taxa de utilização de
recursos não renováveis inferior à sua taxa de regeneração,
e com um ritmo de utilização dos recursos não renováveis
inferior ao ritmo de desenvolvimento de substitutos
renováveis”
OBJETIVO DA MOBILIDADE URBANA

Sob a perspectiva ambiental, o desafio que se apresenta é a


adoção de um conjunto de medidas que, ao mesmo tempo
em que viabilizam o melhor desempenho ambiental do
transporte público, também PROMOVEM A
TRANSFERÊNCIA MODAL DO TRANSPORTE INDIVIDUAL
MOTORIZADO PARA OS MODOS NÃO MOTORIZADOS E
COLETIVO. Isso requer uma nova concepção de políticas
para o melhor deslocamento das pessoas.
COMPONENTES DO SISTEMA DE MOBILIDADE URBANA

MODOS NÃO MOTORIZADOS;


MODO MOTORIZADO PRIVADO;
MODO MOTORIZADO COLETIVO;
SERVIÇOS DE TRANSPORTE COLETIVO;
SERVIÇO DE TRANSPORTE ESCOLAR;
SERVIÇO DE MOTOTÁXI E MOTOFRETE;
SERVIÇO DE TAXI;
BICICLETA PÚBLIA (Programa Vou de Bike);
GESTÃO DO SISTEMA VIÁRIO.
CALÇADAS E PEDESTRES
LEGISLAÇÃO PARA CALÇADAS

Normalmente, os municípios possuem legislações específicas


que determinam diretrizes para a construção e a manutenção
das calçadas, cuja competência é, em geral, dos proprietários
dos terrenos lindeiros. Isso, entretanto, não elimina a
responsabilidade do Poder Público na determinação dos padrões
construtivos e, principalmente, na fiscalização.
LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

Na legislação ou em sua regulamentação, a Prefeitura pode


definir declividades mínimas e máximas para o passeio;
declividade transversal necessária ao escoamento pluvial;
localização de equipamentos urbanos (árvores, postes,
sinalização, telefones públicos, lixeiras) ou privados (bancas de
jornal, vasos, floreiras, canteiros, bancos, mesas); especificações
para eventuais degraus e rampas; parâmetros para
rebaixamento de guias de acesso a garagens e nas travessias
para acesso de cadeiras de rodas; sinalização de solo; sinalização
horizontal; o tipo de pavimento; e outros.
DESENHO URBANO
DESENHO URBANO
PROGRAMA VOU DE BIKE
BICICLETÁRIO LARGO DA BATATA - SP
BICICLETÁRIO LARGO DA BATATA - SP
CICLOVIAS E
CICLOFAIXAS
CICLOVIAS E CICLOFAIXAS
PARKLETS

Parklets são áreas contíguas às calçadas, onde são


construídas estruturas a fim de criar espaços de lazer
e convívio onde anteriormente havia vagas de
estacionamento de carros.
ÔNIBUS

 SISTEMA BRS
O BRS (Bus Rapid Service) são faixas exclusivas para ônibus.
O BRS foi implantado com o objetivo de racionalizar o sistema de
transporte público e, consequentemente, aumentar a velocidade
das viagens do transporte coletivo e reduzir o tempo de viagem
para os usuários.

Cidades como São Paulo, Criciúma, Juiz de Fora, Campinas, por


exemplo, possuem corredores com faixas segregadas para os
ônibus. Outras cidades como Joinville, Belo Horizonte, Fortaleza,
Manaus, Niterói e Aracaju, recentemente, estão implementando
sistemas de BRS.
BRS EM JUIZ DE FORA
 SISTEMA BRS
São ideais, também, para áreas já ocupadas das cidades em que
para se fazer um corredor do padrão de BRT seria preciso um
processo de desapropriação e reconfiguração espacial do
território.
ÔNIBUS

SISTEMA BRT
O BRT (Bus Rapid Transit) é um sistema de transporte de ônibus
que proporciona mobilidade urbana rápida, confortável e com
custo eficiente através da provisão de infraestrutura segregada
com prioridade de passagem, operação rápida e frequente, além
de excelência em marketing e serviço do usuário.
O sistema nasceu no Brasil, embora não com essa sigla, a partir
da experiência dos corredores de ônibus de Curitiba e Goiânia
ainda na década de 1970. Os corredores foram se aprimorando,
sobretudo com a experiência na Colômbia com o Transmilênio e
no México com o Metrobus.
METRÔS

 CARACTERÍSTICAS RELEVANTES
• possibilita a promoção de uma intermodalidade expressiva
mediante integrações com sistemas de ônibus, BRT, transportes
não motorizados, automóveis e táxis;
• vale-se de novos espaços urbanos, aéreo e subterrâneo, não
sobrecarregando a infraestrutura viária;
• causa baixa vibração, emissões e ruídos na superfície, reduzindo
a poluição ambiental;
• permite transportar grandes contingentes de usuários, com alta
velocidade.
CUSTOS BRT X METRÔ

O custo médio de um BRT (que pode ser alterado de


acordo com a topografia da cidade e necessidade de
remoções ao longo do caminho) é de cerca de US$ 15-20
milhões por km, enquanto seus ônibus em média custam
de US$ 300 a US$ 400 mil por unidade.
Muito abaixo, por exemplo, do metrô, em que se gasta
em média (também variando de acordo com as
características das cidades) US$ 80-US$ 110 milhões por
km e cada composição variando de US$ 2-2,5 milhões.
VLT RIO

Ao longo de 28km de trilhos e 31 paradas, o


VLT Carioca vai circular no Centro do Rio e na
Região Portuária. A partir do VLT, os
passageiros poderão fazer a conexão com
outros meios de transporte nas interligações
com a rodoviária, a Central do Brasil (trens e
metrô), barcas, navios e o aeroporto Santos
Dumont, além dos BRTs, linhas de ônibus
convencionais e o teleférico da Providência.
Quando as linhas estiverem em operação, a
capacidade do sistema chegará a 300 mil
passageiros por dia. Cada veículo do VLT pode
transportar até 420 passageiros.
A implantação de sistemas estruturais com veículos leves
exige investimentos iniciais expressivos em infraestrutura
urbana, ainda que muito inferiores aos exigidos pelos
sistemas de metrô mas ainda superiores, por exemplo, ao
do BRT.
TELEFÉRICO – COMPLEXO DO ALEMÃO

 O trajeto até o alto do morro, que antes durava uma hora, agora
dura 20 minutos com o teleférico. É o primeiro sistema de
transporte de massa por cabos no Brasil com capacidade para 3
mil passageiros por hora. Cada morador terá direito a duas
passagens gratuitas, diariamente, e a tarifa unitária deverá
custar 1 real.
 O teleférico, que tem seis estações e 152 cabines, é interligado
ao sistema ferroviário. Cada bondinho possui capacidade para
dez pessoas em pé.
TELEFÉRICO – COMPLEXO DO ALEMÃO
PLANO INCLINADO

 Os funiculares ou planos
inclinados são sistemas de
transporte de veículos férreos que
permitem vencer grandes
diferenças de níveis usando cabos
de aço movidos por um motor.
 Esse modo de transporte pode ser
utilizado para deslocamento de
pessoas, cargas ou simultâneo de
pessoas e cargas em locais
inclinados como grandes rampas
ou morros.
AEROMÓVEL – PORTO ALEGRE - RS
AEROMÓVEL

 AEROMÓVEL
Transporte automatizado, em via elevada, que utiliza veículos
leves, não motorizados, com estruturas de sustentação esbeltas.
Sua propulsão é pneumática – o ar é soprado por ventiladores
industriais de alta eficiência energética, por meio de um duto
localizado dentro da via elevada.

O vento empurra uma aleta (semelhante a uma vela de barco)


fixada por uma haste ao veículo, que se movimenta sobre rodas de
aço em trilhos.
AEROMÓVEL
“O veículo é só um charutinho de alumínio, com roda e trilho. Seu
corpo é como a fuselagem de um avião, muito leve. Esse conjunto
torna o sistema quatro ou cinco vezes mais leve que qualquer
outro meio de transporte de massas no mundo, inclusive os
trens", orgulha-se Oskar. O consumo de eletricidade para mover o
veículo é muito baixo, menor que o consumo dos condicionadores
de ar de suas estações, e a emissão de gases poluentes é zero.
"As pessoas não acreditam que um veículo sem motor possa
andar. O motor está lá no ventilador, e o resto é um barco a vela.
As coisas mais simples são as mais difíceis de entender”.

 http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/243/ospa-e-ado-azevedo-design-projetam-
via-elevada-com-estacoes-313047-1.aspx
PLANO DE SANEAMENTO BÁSICO

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