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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA.................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DE ECONOMIA.............................................................................. 9
CAPÍTULO 2
O PROCESSO DE MERCADO................................................................................................... 16
CAPÍTULO 3
ELASTICIDADE E SUA APLICAÇÃO ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DE ECONOMIA......................... 25
CAPÍTULO 4
MEDINDO A ATIVIDADE ECONÔMICA E OS PRINCIPAIS INDICADORES ECONÔMICOS.............. 28
UNIDADE II
CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA...................................................................................... 38
CAPÍTULO 1
INFLAÇÃO.............................................................................................................................. 38
CAPÍTULO 2
TAXAS DE CÂMBIO E O SETOR EXTERNO.................................................................................. 45
CAPÍTULO 3
POLÍTICAS ECONÔMICAS....................................................................................................... 57
CAPÍTULO 4
INTRODUÇÃO AOS MODELOS MACROECONÔMICOS............................................................ 68
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 79
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Praticando
5
Atenção
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
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Introdução
A disciplina de análise de cenários macroeconômicos visa prover conteúdos e ferramentas
para a análise do funcionamento do sistema econômico e seus mercados específicos.
Busca-se fornecer elementos para o delineamento de perspectivas que embasem a tomada
de decisão dos agentes quanto a investimentos, financiamento, consumo, poupança etc.
Apresentam-se conceitos para permitir aos agentes a futura comparação entre diferentes
alternativas de investimento, a observação da estrutura de competição nos mercados
Com a análise de oferta e demanda os estudantes poderão apresentar considerações a
respeito das trajetórias de preços nos mais diferentes mercados e na economia como
um todo, vislumbrando o impacto sobre a rentabilidade das opções de investimentos.
Objetivos
»» Compreender os conceitos fundamentais de economia.
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8
CONCEITOS BÁSICOS UNIDADE I
DE ECONOMIA
CAPÍTULO 1
Elementos Fundamentais de Economia
Economia não se constitui uma ciência exata, pois seus eventos não são passíveis
de experimentação, dado que não são possíveis de simulações. Como estuda um
elemento mutável e historicamente determinado pode gerar diferentes resultados
ao longo do tempo, fazendo com que haja diferentes pontos de vista e discordância
entre economistas.
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UNIDADE I │ CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA
Por mais rica que uma sociedade seja, os fatores de produção serão sempre escassos
para fabricação de todos os bens e serviços que essa sociedade deseja.
A CPP representa a produção máxima de um dos bens, dada a produção do outro bem,
com o uso eficiente1 dos fatores de produção disponíveis e uma dada tecnologia.
1 O conceito de eficiência será apresentado a seguir, no entanto, adianta-se que eficiência compreende a combinação de fatores
de produção de forma a gerar o melhor resultado possível, eliminando-se assim a possibilidade de desperdício.
10
CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA
A venda dos fatores de produção dá origem à renda que é gasta no mercado de bens
e serviços gerando a receita das empresas. A receita das empresas é utilizada para
remunerar por meio de aluguéis, salários e juros, as famílias que vendem os fatores de
produção (terra, trabalho e capital).
Excesso de oferta – caso a oferta do bem for maior que demanda, os preços tendem
a cair, devido à formação de estoques que precisam ser escoados. Ex.: liquidação com
preços reduzidos para acabar com estoque de roupas.
Excesso de demanda – caso a oferta for menor que a demanda, os preços tendem a
subir, pois formar-se-ão filas com concorrência entre os consumidores pelos escassos
bens disponíveis. Ex.: 1.000 pessoas querendo comprar 10 pães.
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UNIDADE I │ CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA
Críticas
Análise positiva observa o mundo como ele é, sem emissão de juízo de valor. Ex.:
aumento de moeda causa inflação.
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CAPÍTULO 2
O Processo de Mercado
Todos sabemos que no inverno, os preços das roupas da coleção verão são
reduzidos. Quando o verão se inicia, o preço dos ventiladores e aparelhos
de ar-condicionado se eleva. Da mesma forma, o preço do bacalhau
despenca após a passagem da Semana Santa. O que esses eventos possuem
em comum?
Mercados e Competição
A oferta e a demanda dependem do comportamento de vendedores e compradores que
vão ao mercado para vender e adquirir bens. Os mercados onde os bens e serviços são
transacionados podem se caracterizar por uma igualdade de forças entre ofertantes
e demandantes, característica dos mercados de competição perfeita, ou por uma
influência maior de um dos dois grupos, mercados de competição imperfeita.
16
CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA │ UNIDADE I
Oferta e Demanda
Demanda
Ela relação negativa aplica-se à maior parte dos produtos, permitindo-se a criação
da lei da demanda: com tudo mais mantido constante, quando o preço de um
bem aumenta, sua quantidade demandada diminui; quando o preço do bem cai, sua
quantidade demandada aumenta.
Imagine a demanda mensal de Fábio por barras de chocolates, conforme os dados que
seguem:
Quantidade Demandada de
Preço da Barra de Chocolate
Barras de Chocolate por mês
R$ 0,00 12
R$ 0,50 10
R$ 1,00 8
R$ 1,50 6
R$ 2,00 4
R$ 2,50 2
R$ 3,00 0
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UNIDADE I │ CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA
Os dados relacionam a quantidade mensal de barras de chocolate que Fábio está disposto
a consumir de acordo com o preço é chamada de escala de demanda. A partir dela
podemos traçar a curva de demanda mensal de Fábio por barras de chocolate, que
nada mais é que a representação gráfica da escala de demanda.
Pode-se observar que a R$ 3,00 Fábio não comprará nenhuma barra de chocolate
porque acha que está muito cara, enquanto a R$ 0,50 ele está disposto a comprar dez
barras de chocolate por mês. A curva de demanda diz a quantidade que o consumidor
está disposto a comprar a um determinado preço e sua inclinação é negativa, pois
os consumidores compram menos caso o preço aumente. Quando o preço varia,
desloca-se ao longo da curva de demanda variando a quantidade demandada.
Quantidade Demandada de
Preço da Barra de Chocolate
Barras de Chocolate
R$ 0,00 7
R$ 0,50 6
R$ 1,00 5
R$ 1,50 4
R$ 2,00 3
R$ 2,50 2
R$ 3,00 1
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CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA │ UNIDADE I
Imaginando que o mercado é composto por dois consumidores, Fábio e Catarina, pode-
se afirmar que a escala de demanda do mercado será:
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UNIDADE I │ CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA
Imagine que a Agência Nacional de Saúde descubra que o chocolate seja o elixir da
juventude. Provavelmente, os consumidores vão passar a comer mais chocolate,
mantidos os preços. Isso fará com que a curva de demanda de mercado se desloque
para a direita e isso se chama aumento da demanda. Entre os fatores que podem gerar
deslocamento pode-se citar a renda (gera aumento de demanda), preços dos bens que
são consumidos conjuntamente (se o preço da goiabada aumenta, a demanda por queijo
com goiabada diminui), gostos, expectativas, número de compradores do mercado, etc.
Esses fatores elencados fazem com que haja deslocamento da curva de demanda.
Como dito anteriormente, a lei da demanda aplica-se à grande maioria dos bens
existentes, chamados também de bens comuns. Entretanto existem raros casos de
bens cuja demanda aumenta diante de um aumento de preços. São os chamados Bens
de Giffen, em homenagem ao economista Robert Giffen que foi o primeiro a descobrir
essa possibilidade. Dados os objetivos dessa disciplina, não será detalhado.
Oferta
eles produzirão menos, dispensarão seus funcionários e podem, até mesmo, parar
de produzir.
Baseado nesse comportamento para a maioria dos produtos, pode-se constatar que
existe uma relação positiva entre os preços dos produtos e a quantidade ofertada, pois
a quantidade ofertada sobe quando o preço se eleva e se reduz quando o preço cai.
Preço da Barra de Quantidade Ofertada total de Quantidade ofertada por Quantidade ofertada por
Chocolate Barras de Chocolate Kidelícia Dubom
R$ 0,00 0 0 0
R$ 0,50 0 0 0
R$ 1,00 1 1 0
R$ 1,50 4 2 2
R$ 2,00 7 3 4
R$ 2,50 10 4 6
R$ 3,00 13 5 8
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UNIDADE I │ CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA
A curva de oferta pode mudar ao longo do tempo caso algum dos fatores seja alterado.
Essa alteração em algum dos fatores será representada por um deslocamento da
curva de oferta para a direita ou para a esquerda.
Supondo que o preço do cacau caia. Como o cacau é um insumo para a produção de
chocolate, o custo de produção do chocolate cai e como o preço é mantido, a lucratividade
vai aumentar. Diante de uma maior lucratividade, os produtores vão produzir mais,
embora o preço da barra de chocolate seja o mesmo, e a curva de oferta de chocolate
será deslocada para a direita.
Qualquer mudança que aumente a quantidade ofertada a cada preço, como uma queda
no preço do cacau, desloca a curva de oferta para a direita e é chamada de aumento
de oferta. Similarmente, qualquer mudança que reduza a quantidade ofertada a cada
preço desloca a curva de oferta para a esquerda e é chamada de redução de oferta.
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CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA │ UNIDADE I
Se o preço for maior que R$ 2 haverá excesso de oferta, pois a quantidade ofertada
será maior que a demandada pelos consumidores. Haverá acúmulo de estoques e,
para os eliminar, os produtores terão que reduzir os preços até que se chegue ao
ponto de equilíbrio.
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UNIDADE I │ CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA
Se o preço for menor que R$ 2 haverá excesso de demanda, pois a quantidade demandada
será superior à quantidade ofertada e os clientes estarão dispostos a pagar mais por
uma barra de chocolate. O preço e a produção vão se elevar até alcançar o ponto de
equilíbrio novamente.
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CAPÍTULO 3
Elasticidade e sua Aplicação
Elementos Fundamentais de Economia
No entanto, a forma como a quantidade responde a variações de preços nos diz muito a
respeito da forma de funcionamento dos mercados e constitui importante ferramenta para
avaliação dos setores produtivos e para as decisões de investimento, consequentemente.
Elasticidade-Preço
O conceito de elasticidade capta a resposta da quantidade demandada ou ofertada
a variações em seus determinantes. A mais conhecida é a elasticidade-preço da
demanda que apresenta qual a relação entre uma variação percentual no preço e a
variação percentual na quantidade demandada.
Imagine que aumento de 10% no preço das barras de chocolate cause uma queda de 20%
na quantidade de chocolate comprada. A elasticidade-preço da demanda de chocolates
será calculada como:
Um exemplo de setor elástico é o setor de suco de laranja, produto que possui vários
substitutos como suco de pêssego, refrigerantes, chás gelados, águas minerais, etc.
25
UNIDADE I │ CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA
Nesse setor, um aumento de preços pode gerar redução dos lucros das empresas e pode
diminuir a atratividade na hora de se optar pelo investimento.
Agora, observa-se o setor de energia elétrica. Estudos revelam que o aumento do preço
do Kwh não gera grande alteração na demanda. Imagine que um aumento de 10% no
preço do Kwh gere uma redução de consumo 1%.
Elasticidade-Renda
Acabamos de analisar como a quantidade demandada varia em função de variação nos
preços e podemos fazer o mesmo estudo para variações na renda. A elasticidade-
renda da demanda apresenta qual a relação entre uma variação percentual na renda
e a variação percentual na quantidade demandada.
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CAPÍTULO 4
Medindo a Atividade Econômica e os
Principais Indicadores Econômicos
O que acontecerá com o valor das empresas e o preço das ações caso elas
enfrentem ou esperem condições econômicas favoráveis?
Renda da Economia
A estatística econômica mais acompanhada pelos economistas por ser considerada uma
das melhores medidas2 de bem-estar econômico de uma sociedade é o Produto Interno
Bruto (PIB).
2 A melhor medida de bem-estar econômico tende a ser a relação PIB per capita (PIB/População), pois elimina o efeito
demográfico da medida econômica, permitindo olhar a renda individual média. Nesse caso, a distribuição da renda deve ser
28
CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA │ UNIDADE I
A mesma lógica se aplica a uma economia. Observa-se se o sistema econômico está bem ou
mal, por meio da renda de todos os seus membros. Como todas as transações econômicas
envolvem um comprador e um vendedor, haverá geração de renda para o vendedor e
despesa para o comprador, conforme apresentado no Fluxo Circular da Renda.
Calcula-se a riqueza de uma economia por meio do Produto Interno Bruto (PIB).
No entanto, para evitar dupla contagem, as etapas intermediárias da produção dos bens
não são consideradas, mensurando somente o valor final. Imagine que o produtor de
morangos venda para a confeitaria que produz tortas e vende para os consumidores.
O valor dos morangos comprados pela confeitaria já está embutido no valor das tortas
e caso se contabilizasse o valor dos dois produtos, haveria dupla contagem. Por isso,
somente o valor das tortas entra no cálculo do PIB.
A produção dos bens deve se referir ao período atual, geralmente dentro do ano ou
trimestre presente. Dessa forma a produção de um carro zero quilômetro entra no
cálculo do PIB, mas a venda de um carro usado não, pois ele já foi contabilizado no
passado e não foi produzido no presente momento.
29
UNIDADE I │ CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA
Como dito anteriormente, o PIB é o somatório das despesas ou das rendas geradas
nas transações econômicas entre os agentes de um país. Olhando sob a ótica das
despesas podemos dividir o PIB, chamado de Y, em componentes como o consumo (C),
o investimento (I), os gastos do governo (G) e as exportações líquidas (EL):
Y = C + 1 + G + EL
A soma dos quatro componentes será equivalente ao PIB e será demonstrado cada um
dos quatro elementos com mais detalhes.
O consumo representa o gasto das famílias com os bens e serviços. Nele entra
tanto a compra de bens duráveis como carros e eletrodomésticos, quanto a compra
de bens não-duráveis como roupas e sapatos e serviços como cortes de cabelo,
serviços de oficina para o carro, educação privada para as crianças. Veremos que
a compra de imóveis residenciais novos não é contabilizada como consumo e sim
como investimento.
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CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA │ UNIDADE I
Conforme dito anteriormente, o PIB mede o valor de mercado de tudo que é produzido
em um período de tempo. Imagina-se que durante um ano haja um profunda elevação
dos preços dos bens e serviços levando-os a dobrar. Consequentemente, o PIB dobrará,
embora não haja elevação efetiva da produção.
Para que o efeito do aumento de preços sobre o PIB seja analisado separadamente do
aumento de produção, os economistas utilizam uma medida chamada PIB real. O PIB
real mede qual seria o valor do PIB se o valor dos bens e serviços produzidos fosse
constante. É como se o preço dos bens e serviços estivesse congelado ao longo do tempo.
Ao eliminar o efeito da variação de preços, o PIB real mostra como a produção geral de
bens e serviços da economia muda com o passar do tempo.
Caso calculemos o PIB aos preços correntes no período chega-se à medida do chamado
PIB nominal. Caso seja utilizado um nível de preços verificado em um período
anteriormente selecionado (preços constantes) terá o PIB real, que dá uma melhor
avaliação do aumento de produção da economia.
31
UNIDADE I │ CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA
3.000.000,00
2.500.000,00
2.000.000,00
1.000.000,00
500.000,00
A comparação da evolução do PIB Nominal à evolução do PIB Real nos mostra que
o aumento do PIB Nominal deveu-se ao aumento de produção e ao aumento de
preços. Para medir qual o impacto da variação de preços sobre a atividade econômica
foi desenvolvido o deflator do PIB. Ele nada mais é que uma medida do nível médio
de preços da economia, calculada como a razão entre o PIB nominal e o PIB real
multiplicada por cem.
PIB nominal
Deflator do PIB = x 100
PIB real
Como o ano-base é 2007, o PIB nominal e o PIB real devem ser iguais e por isso o
deflator deve ser igual a 100. No ano de 2008, o deflator do PIB será igual a 150. Como
o deflator do PIB aumentou de 100 em 2007 para 150 em 2008, podemos dizer que o
nível de preços aumentou 50%. Em 2009 o deflator foi para 200 e pode-se dizer que o
aumento acumulado do nível de preços foi de 100%.
A variação do PIB pode significar prosperidade econômica, caso haja aumento do PIB
real ou retração caso haja queda. Convencionou-se denominar “recessão técnica” a
queda do PIB por dois trimestres consecutivos. Caso haja crescimento negativo, será
chamado de retração econômica. Existem indicadores substitutos ao PIB como o
Indicador de produção industrial, entre outros.
A utilização do PIB como medida de bem-estar econômico deve ser vista com ressalvas
na hora da análise, pois não leva em conta a forma como é distribuída a renda nem
fatores intangíveis como a qualidade de vida, segurança, educação, a solidez das
instituições, a qualidade dos serviços públicos, entre outros.
Defina PIB real e PIB nominal. Qual dos dois é uma melhor medida do bem-estar
econômico? Por quê?
Como se viu na seção anterior, o preço médio da banana em 2007 foi R$ 1,00, em 2008
foi de R$ 1,50 e em 2009 R$ 2,00. Ou seja, se alguém for ao mercado em 2009 com
dois reais querendo comprar uma penca de bananas, conseguiria somente metade dela
devido ao aumento de preços.
Os índices de preços são médias das variações de preços de uma cesta de bens definida
pelo organismo de pesquisa de acordo com a relevância para os hábitos de consumo da
população ou para os revendedores de produtos.
de uma cesta de bens, não necessariamente ele refletirá os maiores desvios nos preços,
mas sim a média dos desvios de acordo com a importância relativa dos bens para a
cesta considerada.
Como exemplo, que o preço do sal de cozinha tenha se elevado de R$ 1,00 para R$2,00
ao longo do ano de 2008, aumento de 100%, enquanto os índices de preços revelam
inflação de 4,5%. Como isso é possível?
A cesta de bens considerados pode ser mais ampla que somente o sal,
e ser influenciada também por outros bens como arroz, feijão, batata,
alimentação, moradia, vestuário, artigos de higiene, energia elétrica,
combustíveis, educação, segurança, água, transporte, entre outros e estes
outros produtos apresentarem uma variação nos preços muito menor que
a variação apresentada pelo sal ou até mesmo apresentarem deflação. O
importante é o valor consolidado e ele apresentará se o poder de compra
do dinheiro apresentou redução (inflação) ou elevação (deflação).
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CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA │ UNIDADE I
Importante: como se viu nas seções iniciais, caso haja um excesso de demanda sobre
a oferta haverá elevação dos preços. Da mesma forma, um excesso de oferta sobre a
demanda pode levar à redução do nível de preços da economia.
A deflação pode ocorrer porque os consumidores veem diminuída sua renda e passam
a consumir menos. Essa diminuição do consumidor levará ao acúmulo de mercadorias
nas lojas que terão que reduzir os preços para poder vender, ao mesmo tempo que
comprarão menos mercadorias das fábricas. As fábricas reduzirão a produção e
demitirão empregados, o que reduzirá a renda das famílias e consequentemente o PIB,
provocando recessão. Ou seja, a redução nos preços, deflação, pode ser um indício de
que a atividade econômica está desacelerando e que o lucro das empresas vai diminuir,
podendo levar os valores das ações a cair.
Se você observar o comportamento dos títulos públicos, verá que diante de um cenário
de maior inflação o rendimento real dos títulos (rendimento nominal – inflação) será
menor, tornando os títulos menos atrativos. A demanda pelos títulos do governo será
menor, o preço tende a cair e por isso a taxa de juros paga será maior. Imagine que
atualmente você pague R$ 75,00 para receber R$ 100,00 do governo daqui a um ano,
então seus juros auferidos serão 25/75, igual a 33%. Se o título perder atratividade e seu
preço cair para R$ 60,00, os juros serão R$ 40,00 / R$ 60,00, igual a 66%.
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UNIDADE I │ CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA
atacadista. Este índice é calculado para três intervalos diferentes e compõe os demais
índices calculados pela FGV (IGP-M, IGP-DI e IGP-10), com um peso de 60%.
Por outro lado, caso o índice de preços ao produtor estiver se elevando ao passo que o
índice de preços ao consumidor estiver se reduzindo, é sinal de que os varejistas que
estão intermediando as vendas terão suas margens de lucro reduzidas, podendo afetar
os preços de suas ações. Exemplo de varejistas: Lojas Americanas, Ponto Frio, Magazine
Luíza, Ricardo Eletro, Carrefour etc.
Desemprego
Os indicadores de desemprego são importantes porque tratam do lado da oferta da
economia e o nível de produção.
36
CONCEITOS BÁSICOS DE ECONOMIA │ UNIDADE I
Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Considera-se desocupada a pessoa que
perdeu seu emprego ou está procurando uma nova posição há, no máximo, 30 dias.
Pessoas que estão desempregadas há mais de 30 dias não são computadas no cálculo e
são chamadas de desalentados.
37
CONCEITOS
BÁSICOS DE UNIDADE II
MACROECONOMIA
CAPÍTULO 1
Inflação
Causas da Inflação
Inflação de demanda
Imagine que a economia como um todo seja uma padaria que produz 50 pães e os
consumidores que se alimentam só de pão sejam 1000 com R$10.000,00 para gastar.
Inicialmente o pão custa R$ 1,00, mas a fila na porta da padaria é tão grande e os
consumidores estão tão afoitos para comprar que o padeiro percebe que, se elevar o
preço para R$ 10,00, o estoque total de pães vai ser vendido e ele lucrará mais.
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CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA │ UNIDADE II
A gripe H1N1 fez com que o medicamento utilizado para o combate dos sintomas fosse
altamente demandado, provocando aumento de seus preços.
Inflação de custos
Imagine que haja um fenômeno natural como um tufão e destrua 70% das indústrias
de um país. A consequência imediata desta tragédia é que a capacidade de produção da
economia vai ser reduzida, fazendo com que a oferta agregada da economia se reduza.
50 pães e produzisse somente 15. A competição para definir quem ficaria com os pães
seria mais acirrada e o valor do pão aumentaria.
No caso citado, houve redução do produto (Y) e inflação. A esse fenômeno dá-se o nome
de estagflação, que se caracteriza pela estagnação econômica (produto não cresce ou
se reduz) e inflação.
Além das tradicionais causas da inflação acima citadas, no Brasil o processo inflacionário
tem sido comumente associado também à inércia inflacionária e às expectativas de
inflação futura.
Os vendedores, diante de uma possível inflação futura, preferem elevar seus preços
agora para que a inflação não corroa o poder de compra da moeda que eles receberão
quando venderem suas mercadorias. Quando todos os agentes elevam seus preços
preventivamente, o nível geral de preços da economia acaba se elevando e a inflação
torna-se um fato.
Por causa das expectativas e do comportamento dos agentes, surgiu a expressão das
profecias autorrealizáveis. Quando um renomado agente afirma que determinada
instituição perderá valor no mercado, os agentes podem acreditar e passar a vender os
40
CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA │ UNIDADE II
ativos daquela instituição em seu poder, fazendo com que a oferta fique maior que a
demanda e o preço dos ativos caia. Com isso, a previsão de queda no preço dos ativos
acaba se materializando.
Sua criação remete ao século XVI, ao se descobrir que o ouro descoberto na América
e enviado à Espanha provocava uma inflação sem precedentes naquele país. Segundo
Viceconti (2003), a formulação mais elaborada foi feita posteriormente no século XX,
com a publicação do trabalho de Irving Fisher, The Purchasing Power of Money, em
1911, constituindo um dos principais elementos da análise econômica da escola clássica.
A escola clássica predominou entre os economistas até 1936, ano do surgimento da
teoria keynesiana.
MV = PT
onde:
M = oferta de moeda
V = velocidade de circulação da moeda
P = nível geral de preços
T = quantidade de transações ocorridas no sistema econômico
MV = PY
41
UNIDADE II │ CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA
sendo que:
Y = produto real da economia
P = nível geral de preços
PY = produto nominal da economia
Exemplo:
Supondo-se que:
M = R$ 100.000,00
V=6
P=2
MV = PY
120.000 x 6 = P x 300.000
720.000
P=
300.000
P = 2,4
O nível de preços aumentou de 2 para 2,4, ou seja, elevou-se em 20%. Isso acontece
porque a produção não pode aumentar, então a curva de oferta da economia fica no
mesmo nível (curva de oferta será vertical). O aumento de moeda vai gerar excesso de
demanda que será revertido somente em preços.
42
CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA │ UNIDADE II
Importante: Uma das causas de inflação pode ser o aumento do volume de moeda na
economia, sem o correspondente aumento da produção. Por isso, o aumento do crédito
bancário de forma desequilibrada pode gerar um aumento do nível de preços, como foi
o caso da crise subprime norte-americana.
O aumento do crédito habitacional fez com que a demanda fosse maior que a oferta e o
nível dos preços aumentasse. No entanto, quem pegou os empréstimos não honrou os
compromissos e os bancos tiveram perdas, entrando em colapso.
Uma das distorções mais importantes da inflação é a redução do poder aquisitivo das
classes econômicas que recebem rendimentos fixos, cujo reajuste é efetuado em data
específica. Com o passar do tempo, o salário passa a comprar cada vez menos, até que
seja efetuado o reajuste salarial para correção.
44
CAPÍTULO 2
Taxas de Câmbio e o Setor Externo
O Brasil tem cada vez mais se inserido no contexto internacional firmando acordos de
cooperação econômica, estreitando laços comerciais, comprando empresas no exterior,
enviando executivos para trabalhar no exterior, viajando a outros países, recebendo
multinacionais que desejam instalar aqui suas subsidiárias etc.
Taxa de Câmbio
Conceito
p
=
p*
45
UNIDADE II │ CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA
onde:
= taxa de câmbio
p = quantidade da moeda nacional para trocar pela moeda estrangeira
p* = valor da moeda estrangeira
Pode-se imaginar que a taxa de câmbio divulgada pelo Banco Central do Brasil seja
de 2,00 reais/dólar. Significa que são necessários dois reais para se conseguir um
dólar. Um carro que custa US$ 10.000,00 custará R$ 20.000,00, desconsiderando-se
impostos e outras tarifas.
Como a grande parte dos preços, o câmbio também é determinado pela interação das
forças de oferta e demanda por moedas internacionais4 (divisas).
Quanto maior for a entrada (oferta) de divisas no país devido às exportações, dado um
nível de demanda, menor tende a ser a taxa de câmbio pois a oferta de dólares será maior
que a demanda, fazendo o preço do dólar em termos de reais cair. A queda da taxa de
câmbio mostra que a moeda nacional (real) ficou mais forte ou tem mais valor, porque
agora se entrega menos reais para conseguir um dólar. Quando a taxa de câmbio reduz,
dizemos que há uma valorização cambial (real ganha valor) ou apreciação cambial,
dependendo do regime de câmbio utilizado.
Da mesma forma, quanto maior for a saída (demanda) de divisas no país devido
às importações, dado um nível de oferta, maior tende a ser a taxa de câmbio pois a
demanda de dólares será maior que a oferta, fazendo o preço do dólar em termos de
reais aumentar. A elevação da taxa de câmbio mostra que a moeda nacional (real) ficou
mais fraca ou tem menos valor, porque agora se entrega mais reais para conseguir um
dólar. Quando a taxa de câmbio se eleva, dizemos que há uma desvalorização cambial
(real perde valor) ou depreciação cambial, dependendo do regime cambial adotado.
4 As moedas internacionais frequentemente utilizadas nas relações econômicas internacionais são chamadas de divisas, também
denominadas pelo Fundo Monetário Internacional “freely usable”, livremente utilizáveis. Constituem exemplos de moedas
livremente aceitáveis o dólar norte-americano (US$), o euro (€), o iene (¥) e a libra esterlina (£).
5 Na verdade, os dólares que entram no país são retidos no Banco Central do Brasil, o qual repassa a quantia equivalente em
reais aos bancos comerciais que depositam nas contas correntes dos exportadores.
46
CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA │ UNIDADE II
A taxa de câmbio pode ser definida como o preço da moeda estrangeira em termos de
moeda nacional ou vice-versa. Por exemplo, tanto faz afirmar que um dólar americano
vale três reais (US$ 1,00 = R$ 3,00) quanto que um real vale um terço de dólar (R$ 1,00
= US$ 0,333).
No entanto, essa relação de conversão diverge quando o Banco Central compra e vende
moeda estrangeira aos agentes privados. Existe uma taxa de câmbio para compra e
uma taxa para a venda. Caso a instituição financeira procure o Banco Central do Brasil
querendo entregar reais e obter dólares, o Banco Central estará vendendo dólares e
cobrará uma taxa mais alta que a utilizada quando da compra.
Caso a instituição financeira entregue dólares e obtenha reais, o Banco Central do Brasil
(BCB) estará comprando dólares e pagará menos reais por dólar do que na operação de
venda. Essa diferença entre o preço de venda e o de compra permite ao Banco Central
aferir receita, a qual permite a cobertura dos custos da operação de câmbio. A taxa de
venda será sempre maior que a taxa de compra.
A taxa de câmbio no Brasil tem sido registrada pelo preço em moeda nacional da
moeda estrangeira, também chamado de convenção do incerto. Dessa forma, se US$
1,00 = R$ 2,00 passar a US$ 1,00 = R$ 2,10, diz-se que houve uma diminuição do
valor da moeda nacional em termos de moeda estrangeira, pois agora são necessários
mais reais para se obter uma unidade da outra moeda. O enfraquecimento da moeda
nacional em termos de moeda estrangeira é chamado de desvalorização ou
depreciação cambial, dependendo do regime de câmbio adotado, fixo ou flutuante,
respectivamente.
O regime cambial é dito flutuante ou flexível quando a definição da taxa de troca dá-
se exclusivamente em função das forças de oferta e demanda por moeda estrangeira,
sem que haja intervenções da autoridade monetária para obtenção de um valor
pré-determinado.
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UNIDADE II │ CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA
A oferta de moeda estrangeira depende dos exportadores que recebem em dólar, o qual
é retido no BCB com crédito equivalente de reais na conta corrente do exportador, e
dos turistas estrangeiros que trocam dólares por reais para realizar compras no Brasil.
A interação da oferta e demanda por divisas vai chegar a um preço e uma quantidade
de equilíbrio.
Onde:
e = taxa de câmbio, medida pela relação reais/dólar. Vem da língua inglesa exchange,
que significa câmbio.
A demanda por divisas é influenciada, além da taxa de câmbio (maior preço, menor
demanda), pelas seguintes variáveis.
c. Taxa de juros interna (ii) e externa (ie) – uma taxa de juros interna
maior atrairá mais capitais estrangeiros e desestimulará a saída para o
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CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA │ UNIDADE II
c. Taxa de juros interna e externa – uma taxa de juros interna maior atrairá
mais capitais estrangeiros, fazendo com que a oferta de moeda estrangeira
aumente. Caso haja aumento na taxa de juros externa, os investimentos
estrangeiros em ativos em ativos nacionais tornam-se menos atrativos
em comparação com os investimentos no exterior e a oferta de divisas
interna diminui.
Suponha que o mercado de divisas esteja em equilíbrio a uma taxa de câmbio e0. Caso
haja elevação dos preços internos (Pi), a demanda por divisas aumenta e a oferta de
divisas se reduz. Isso é representado por um deslocamento para a direita da curva de
demanda por divisas e um deslocamento para a esquerda da curva de oferta de divisas
até que se encontre um novo equilíbrio em e1.
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UNIDADE II │ CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA
A taxa de câmbio é chamada “fixa” quando sua determinação não decorre puramente
das forças de oferta e demanda de mercado, mas de uma decisão da autoridade
monetária, que se compromete a comprar e vender qualquer quantidade de divisas a
uma taxa pré-estabelecida.
O fato de ser fixa não quer dizer que a taxa não varia. Ela é fixada em determinado
patamar, o qual se encontra sujeito a alteração, de acordo com a decisão do banco central.
Caso o BCB fixe a taxa de câmbio em R$ 2,00 = US$ 1,00, ninguém estará disposto a pagar
um valor maior, pois o BCB venderá o dólar por R$ 2,00 e ninguém estará disposto a
vender por um valor menor, pois o BCB pagará R$ 2,00 por dólar.
As divisas utilizadas para venda ao públicos são retiradas das reservas internacionais.
Por essa razão, o estoque de reservas é fundamental para a manutenção do regime de
câmbio fixo. Se os agentes colocarem em dúvida a capacidade do banco central de prover
divisas, eles passarão a agir especulativamente comprando dólares na expectativa de
que a autoridade monetária desvalorize a taxa de câmbio, resultando em lucros para
quem possui dólares.
A autoridade monetária estima qual é a taxa de câmbio que equilibra oferta e demanda
por divisas e escolha a taxa que praticará.
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CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA │ UNIDADE II
Caso o BCB pratique a taxa de câmbio ef2 e eleve esse valor para reduzir a demanda por
divisas ao exigir mais reais para vender dólares, haverá um enfraquecimento da moeda
nacional que passará a comprar menos dólares.
Conforme visto anteriormente, a taxa de câmbio real é a razão pela qual uma pessoa
pode trocar bens e serviços de um país pelos bens e serviços de outro país, ao passo que
a taxa de câmbio nominal representa a taxa à qual uma pessoa pode trocar a moeda
de um país pela de outro.
r = e P*/ Pd
sendo que:
P* = Preços internacionais
Pd = Preços domésticos
51
UNIDADE II │ CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA
Por isso deve-se analisar qual o impacto das variações cambiais sobre as exportações e
importações, além da inflação.
A variação da taxa de câmbio real6 é definida pela variação da taxa de câmbio nominal
sobre o quociente das variações relativas dos níveis de preços interno e externo.
Matematicamente,
Caso haja uma desvalorização nominal de 30%, com inflação doméstica de 20% e
inflação internacional de 5%, o resultado será uma depreciação real de 13,75%, afetando
exportações e importações de maneira menos efetiva.
O impacto das variações cambiais sobre a inflação podem ser significativos dependendo
da orma como os preços são formados. Em países com câmbio fixo, um grande mecanismo
de contenção da inflação tem sido a valorização cambial, chamada de âncora cambial.
Esse instrumento foi utilizado pelo Brasil durante o Plano Real e constituiu-se na
valorização do câmbio tornando a moeda nacional mais forte, estimulando a compra
de produtos importados, os quais se tornaram mais competitivos frente os similares
nacionais, levando à queda nos preços domésticos. No entanto, a utilização pelo Brasil
no período 1994 a 1999 criou uma “armadilha cambial“, dado que as exportações não
se elevaram, levando a um déficit comercial (exportações <importações) que precisava
ser financiado.
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CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA
Ao longo da análise dos efeitos da política cambial sobre a taxa de juros, observou-se
que o tipo de regime cambial seria de fundamental importância para o propósito da
taxa de juros dentro do sistema econômico.
No câmbio fixo, caso haja excesso de demanda por divisas, como nos episódios de
ataques especulativos, o Banco Central pode ser obrigado a elevar taxa de juros para
atrair e evitar a saída de capitais, estancando a perda de reservas internacionais.
No câmbio flutuante, como o Banco Central não é obrigado a utilizar as reservas
internacionais para contenção de pressões cambiais, o papel da taxa de juros para
estabilização cambial é menor.
»» Reservas cambiais vulneráveis a ataques »» A taxa de câmbio fica muito dependente da volatilidade
especulativos. do mercado financeiro nacional e internacional.
Desvantagens
»» A política monetária (taxa de juros) fica »» Mais dificuldade de controle das pressões inflacionárias
dependente do volume de reservas cambiais. devido as depreciações cambiais.
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CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA │ UNIDADE II
Balanço de Pagamentos
A) Balança Comercial (mercadorias) »» Exportações
»» Importações
B) Balanço de Serviços »» Viagens Internacionais (turismo, negócios)
»» Transportes (fretes)
»» Seguros
»» Renda de Capitais (juros, dividendos e lucros, incluindo lucros reinvestidos)
»» Serviços Diversos (royalties, assistência técnica, aluguel de equipamentos etc.)
»» Serviços Governamentais (embaixadas, consulados, representações no exterior)
C) Transferências Unilaterais Podem ser doações de mercadorias ou monetárias. Também conhecida como donativos
D) Balanço em Transações Correntes Equivale A + B + C
E) Movimento de capitais autônomos »» Investimentos Diretos Líquidos (Instalação de firmas estrangeiras no país)
»» Reinvestimentos (Firmas estrangeiras instaladas no Brasil)
»» Empréstimos e financiamentos (financiamentos estrangeiros)
»» Amortizações (amortizações de empréstimos e financiamentos)
»» Outros capitais (capitais especulativos, de curto prazo, aplicados no mercado financeiro)
F) Erros e Omissões
G) Saldo do Balanço de Pagamentos Equivale D + E + F
H) Financiamento do Resultado »» Deveres e obrigações no exterior (ou variação de reservas)
(Movimentos de capitais compensatórios) »» Operações de regularização
»» Atrasados comerciais
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UNIDADE II │ CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA
Se o saldo é positivo, o país está transferindo para o exterior mais recursos que absorve
e fica credor quanto ao resto do mundo. O resultado positivo em transações correntes
gera uma Poupança Externa Negativa, pois o resto do mundo assume uma posição
devedora frente o país em questão.
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CAPÍTULO 3
Políticas Econômicas
Os detalhes dos agentes individuais e seus mercados específicos são abstraídos pela
macroeconomia e tratados pela microeconomia. Tal abstração permite o estabelecimento
de relações entre os mencionados agregados, proporcionando melhor compreensão
acerca do funcionamento da economia e suas questões conjunturais, mais ligadas ao
curto prazo como inflação e desemprego.
b. estabilidade de preços;
d. crescimento econômico.
b. mercado de trabalho;
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UNIDADE II │ CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA
d. mercado cambial
As duas partes não existem isoladamente, pois a parte real depende da parte monetária
para proceder as trocas e realizar investimentos na produção ao passo que a parte
monetária precisa de atividade econômica para conceder crédito e realizar suas
operações.
O mercado de trabalho agrega todos os tipos de empregos existentes e define o nível dos
salários e do emprego.
As transações econômicas de um país e seus residentes com o resto do mundo se dão por
meio da troca de moedas diferentes. A taxa de câmbio permitirá calcular a relação de
troca, ou seja, o preço relativo entre diferentes moedas, facilitando assim a consecução
das transações de bens, serviços e finanças.
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CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA │ UNIDADE II
Política Monetária
»» Emissão de moeda;
Uma das funções do banco central é controlar a emissão de moeda e o crédito de forma
que estes sejam compatíveis com o crescimento do produto, mantendo a liquidez
do sistema.
É bom destacar que no caso brasileiro quem emite moeda é o Banco Central e quem
imprime é a Casa da Moeda.
Quando a Secretaria do Tesouro Nacional emite um título, diz-se que houve uma
emissão primária de títulos ou emissão de títulos governamentais por parte do Tesouro
Nacional. Inicialmente, o governo capta recursos dos agentes privados e entrega em
troca a promessa de pagamento futuro do principal e dos juros.
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UNIDADE II │ CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA
No caso brasileiro, como o BCB é proibido por lei de financiar7 o Tesouro Nacional,
ele atua no mercado secundário e compra e vende títulos que estão na mão do setor
privado.
Quando o Banco Central quer reduzir a quantidade de moeda em circulação, ele vende
títulos do governo ao setor privado, recebendo depósitos e moeda em troca. Quando o
Banco Central quer injetar dinheiro na economia, ele emite moeda e compra títulos do
governo nas mãos do setor privado pagando em moeda e aumentando a quantidade de
dinheiro e crédito em circulação.
O Comitê de Política Monetária do BCB define qual deve ser o alvo da taxa de juros
anual para que determinado patamar de inflação seja alcançado. O BCB, por sua vez,
compra e vende títulos injetando e retirando moeda da economia, alterando o preço da
moeda, a taxa de juros.
Quando há venda de títulos, a oferta de títulos fica maior que a demanda e o preço dos
títulos cai. Como o valor que o título pagará após um intervalo de tempo, seu valor de
face, é constante, o retorno do título (taxa de juros) aumenta.
Se a oferta de títulos pelo BCB aumentar, será retirada moeda da economia e a oferta
de títulos ficará maior que a demanda, fazendo com que o preço do título se reduza.
Quando o preço o título se reduzir, o retorno aumentará, pois continuará pagando R$
100,00 após um ano.
Imagine que o preço caia para R$ 75,00. O retorno será 25/75, que é igual a 33,33%.
7 O BCB é proibido de participar da emissão primária, pois poderia emitir moeda para financiar os gastos do governo
indefinidademente, comprometendo seu objetivo de zelar pelo poder de compra da moeda e estabilidade do sistema
financeiro nacional.
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CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA │ UNIDADE II
Os bancos comerciais tomarão a taxa Selic como referência, dado que é um retorno
quase certo. Por isso, os bancos tendem a cobrar dos consumidores no mínimo a taxa
de referência Selic, porque abaixo desse patamar seria economicamente injustificável.
Quando o banco central reduz o alvo da taxa Selic, ele acaba por levar os bancos comerciais
a reduzir suas taxas devido à competição e a taxa para o tomador de empréstimos é
menor, permitindo maior concessão de crédito e maior atividade econômica.
O banco comercial coloca saldo na conta corrente dos tomadores de crédito I, mas
sabe que esse tomadores também não vão sacar todo o dinheiro de uma vez e por isso
guardam uma parcela do dinheiro emprestados aos tomadores I, usando o restante dos
recursos para emprestar aos tomadores II e assim sucessivamente.
Como não há dinheiro físico e os agentes não sacam todo o seu dinheiro simultaneamente,
os bancos comerciais tem a habilidade de criar moeda.
Imagine a situação onde o poupador I tem R$ 125,00, vai até o Banco A e deposita R$
100,00, ficando com um saldo de R$ 100,00 e recebendo juros de 1% ao mês. Como
o Banco A sabe que o poupador I não sacará tudo de uma vez, ele guarda 25% dos R$
100,00 sob a forma de reservas e empresta os R$ 75,00 restantes ao tomador I.
Como o Banco A sabe que o tomador I não sacará todo o dinheiro, ele guarda 25% dos
R$ 75,00 sob a forma de reservas, igual a R$ 18,75 e utiliza os R$ 56,25 para emprestar
ao tomador II e assim sucessivamente.
criação será tanto maior quanto maior for o percentual da oferta total de
moeda que os agentes guardem em depósitos nos bancos (“d”), permitindo
aos bancos emprestá-los aos tomadores, e quanto menores forem as reservas
guardadas pelos bancos comerciais para satisfazer as necessidades de
saque (“r”).
Onde:
No caso do exemplo anterior, o valor de “d” é 0,8, pois 80% do dinheiro que circulava
foi depositado no banco. O valor de “r” é 0,25, pois 25% dos depósitos foram guardados
como reserva.
Uma parcela dos depósitos captados pelos bancos comerciais junto aos poupadores
é voluntariamente guardada no Banco Central para atender ao movimento de caixa e
compensação de cheques. Além dessa reservas voluntárias, o Banco Central exige que
outra parcela dos depósitos captados pelos bancos comerciais seja retida obrigatoriamente
em seus cofres, não podendo ser emprestados, a reserva obrigatória.
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CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA │ UNIDADE II
Redescontos
Quão maior for a taxa de redesconto, menos os bancos comerciais vão querer utilizá-la
e por isso deixarão maior volume de reservas no Banco Central, reduzindo a concessão
de empréstimos.
Política Fiscal
Ao longo da história e especialmente a partir o século XX, com o surgimento do estado
de bem-estar social, a importância do Estado para a economia tem crescido devido
ao aumento da renda dos habitantes, às mudanças tecnológicas, alterações no perfil
populacional e fatores políticos e sociais. A elevação na renda populacional levou os
cidadãos a demandar mais bens públicos (lazer, saúde, educação superior) ao passo que
63
UNIDADE II │ CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA
Para a satisfação das demandas sociais, o Estado lança mão de políticas, entre elas
as fiscais, para promoção do desenvolvimento. Por isso, o setor público desempenha
importantes funções econômicas, como será apresentado a seguir.
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CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA │ UNIDADE II
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UNIDADE II │ CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA
»» Resultado fiscal;
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CAPÍTULO 4
Introdução aos Modelos
Macroeconômicos
DA = C + I + G + X – M (8.1)
68
CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA │ UNIDADE II
A um dado nível de Renda Nominal, se o nível de preços se eleva, a renda real é reduzida,
conforme o que se segue:
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UNIDADE II │ CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA
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CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA │ UNIDADE II
Conforme o que foi mencionado, a demanda agregada depende do consumo das famílias,
investimento das empresas, gastos do governo e demanda do setor externo.
Função Consumo
C = f(yd)
C = c 0 + c 1 yd
c0 = consumo autônomo;
c1 = propensão marginal a consumir (percentual da renda que os indivíduos tendem a
consumir).
Como os indivíduos podem gastar no máximo 100% de sua renda, o valor de c1 varia de
zero a um, 0 ≤ PMgC ≤ 1. A propensão marginal a consumir será geralmente menor que
um pois uma parte da renda disponível vai ser poupada.
Função Poupança
S = f(yd)
C + S = yd
S = y d – c 0 – c 1 yd
S = – c0 +(1 – c1) yd
Função Investimento
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UNIDADE II │ CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA
Essa variável gera efeitos tanto na demanda agregada, quando o empresário decide
comprar os materiais e implementos para a construção de uma fábrica, quanto na oferta
agregada, quando em longo prazo, a capacidade produtiva aumenta.
Ī ou I ≠ f(y) (8.5)
Assim como o investimento, supõe-se para simplificar que os gastos do governo são
autônomos em relação à renda nacional.
G ou G ≠ f(y) (8.6)
Função Tributos
A tributação é função da renda, na medida em que países com renda maior tendem a
prover mais serviços aos cidadãos e para tal tributam.
T = f(y)
T = ty (8.7)
Função Exportação
As exportações dependem da renda do resto do mundo. Como esta é uma variável que
o país não influencia, considera-se exportações como autonômas.
X ou X ≠ f(y) (8.8)
Função Importação
M ou M ≠ f(y) (8.9)
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CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA │ UNIDADE II
Sabe-se que
DA = C + I + G + X – M (8.1)
A renda de equilíbrio será aquela que iguale demanda agregada à oferta agregada. Essa
renda pode estar aquém do pleno emprego, levando à existência de capacidade ociosa.
As políticas econômicas apresentadas anteriormente serão adotadas para conduzir a
economia ao pleno emprego.
y=C+I+G+X–M (8.10)
y = c0 + c1 (y – T) + I + G + X – M
y = c0 + c1y – c1T + I + G + X – M
y = c0 + c1y – c1ty + I + G + X – M
y = c0 + c1y – c1ty + I + G + X – M
y – c1y + c1ty = c0 + I + G + X – M
1
y= (c0 + I + G + X – M) (8.11)
1 – c1 (1–t)
1
y= (8.11)
1 – c1 (1–t)
Exemplo:
1
T = 0,25y y= (c0 + I + G + X – M) (8.11)
1 – c1 (1–t)
1
G = 20 y= (10 + 30 + 20 + 10)
1 – 0,8 (1 – 0,25)
1
G = 20 y= (70)
0,4
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UNIDADE II │ CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA
y=C+I+G+X–M (8.10)
C+S+T=y=C+I+G+X–M
I=S + (T – G) + (M – X) (8.13)
Poupança Poupança Poupança
do Setor do Governo Externa
Privado
Essa identidade (não é uma equação) acima é dos enunciados mais importantes de toda
a macroeconomia. Ela afirma que, em qualquer sistema econômico, o somatório dos
investimentos será igual ao somatório das poupanças dos agentes.
A discussão sobre quem vem antes, I ou S, é extensa e não constitui objeto dessa disciplina,
mas Keynes argumentou que a decisão de investir é quem gera renda e esta renda é
consumida e também poupada. Por isso foi dito anteriormente que o investimento talvez
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CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA │ UNIDADE II
O debate em torno da redução dos gastos públicos foca no aumento poupança do governo
para que haja mais investimentos. Segundo alguns economistas, o governo capta
recursos para investir e eleva as taxas de juros, reduzindo o incentivo ao investimento
por parte do setor privado.
A situação norte-americana e a crise mundial também podem ser analisadas à luz dessa
importante identidade macroeconômica.
Para que esse desequilíbrio global seja atenuado, mantendo o nível de investimento
(fundamental para o crescimento), será necessário elevar o valor de “S” (redução de
consumo) e reduzir os déficits em transações correntes (poupança externa positiva) dos
Estados Unidos com o resto do mundo. Para redução desses déficits surge a demanda
da valorização das moedas asiáticas, aumentando a competitividade dos produtos
americanos e reduzindo a dos produtos asiáticos.
75
UNIDADE II │ CONCEITOS BÁSICOS DE MACROECONOMIA
<http://www.anpec.org.br/encontro2005/artigos/A05A068.pdf>. Acessado em 14
de setembro de 2009.
76
Para (não) finalizar
Como informado no início da disciplina, propõe-se a olhar mais do que somente o lado
macroeconômico dos cenários, agregando a visão dos setores da economia, pois os
últimos serão fundamentais para certas decisões de investimento.
78
Referências
SACHS, J. D.; LARRAIN B., F. Macroeconomia. São Paulo: Makron Books, primeira
edição em língua portuguesa, 1995.
79