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Brasília-DF.
Elaboração
Alex Estevão
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
INTRODUÇÃO........................................................................................................................................ 9
CAPÍTULO 1
CONCEITOS DE CICLO DE VIDA DE PRODUTO .......................................................................... 9
CAPÍTULO 2
ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA DE PRODUTO............................................................................ 23
CAPÍTULO 3
GERENCIAMENTO DO CICLO DE VIDA.................................................................................... 33
UNIDADE II
CICLO DE VIDA – NORMAS.................................................................................................................. 44
CAPÍTULO 1
NORMAS................................................................................................................................ 44
CAPÍTULO 2
CICLO DE VIDA E A ISO 14000................................................................................................ 54
CAPÍTULO 3
SOFTWARE DE GERENCIAMENTO DO CICLO DE VIDA.............................................................. 64
UNIDADE III
CICLO DE VIDA – DESCARTE................................................................................................................. 74
CAPÍTULO 1
IMPACTOS AMBIENTAIS ........................................................................................................... 74
CAPÍTULO 2
DESTINAÇÃO E DISPOSIÇÃO .................................................................................................. 77
CAPÍTULO 3
EXEMPLOS DE ASO................................................................................................................. 88
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 95
Apresentação
Caro aluno,
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno de
Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
Ao analisarmos a história, pode-se verificar que a revolução industrial de
certa forma causou uma revolução comercial. Uma concorrência, até então
inexistente, surge com o aumento e diferenciação dos produtos, assim exigindo
uma concentração maior do comércio. Essa concentração passou a dividir
espaços com outras entidades ao ocupar áreas centrais nas cidades. Da mesma
maneira, o público consumidor também se modificou, pois deixou de ser uma
clientela estável. Dessa forma, surgiu a necessidade de publicidade e exposição
dos produtos ao público em vitrines.
Armazenamento Distribuição
Avaliação
do Ciclo
Fabricação de Vida
Uso
Materiais Disposição
Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2015/marco/o-que-e-a-avaliacao-de-ciclo-de-vida-acv-de/images/acv-ecod.
jpg.
7
Objetivos
» Explicitar os princípios do ciclo de vida de produto.
8
INTRODUÇÃO UNIDADE I
CAPÍTULO 1
Conceitos de ciclo de vida de produto
Histórico no mundo
A análise do ciclo de vida (ACV ou, do inglês, LCA) teve seu início na década
de 1960. Preocupações com as limitações de matérias-primas e recursos
energéticos despertaram o interesse em encontrar maneiras de contabilizar
cumulativamente o uso de energia e projetar futuros suprimentos e uso
de recursos. Em uma das primeiras publicações desse tipo, Harold Smith
relatou seu cálculo de requisitos de energia cumulativa para a produção de
intermediários e produtos químicos na Conferência Mundial de Energia, em
1963.
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
De 1975 até o início dos anos 1980, como o interesse por esses estudos abrangentes
diminuiu devido à influência da crise do petróleo, as preocupações ambientais
mudaram para questões de risco e gestão de resíduos domésticos. No entanto,
durante todo esse tempo, a análise de inventário do ciclo de vida continuou a
ser conduzida, e a metodologia melhorou por meio de um fluxo lento de cerca
de dois estudos por ano, a maioria dos quais se concentrou em requisitos de
energia. Durante este período, o interesse europeu cresceu com a criação de
uma Direcção do Ambiente (DG X1) pela Comissão Europeia. Os profissionais
europeus de ACV desenvolveram abordagens paralelas às utilizadas nos EUA.
Além de trabalhar para padronizar as regulamentações de poluição em toda a
Europa, a DG X1 emitiu a Diretriz Liquid Food Container, em 1985, que cobrava
das empresas associadas o monitoramento do consumo de energia e matérias-
primas e da geração de resíduos sólidos de alimentos líquidos.
10
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Para maiores informações sobre o programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente, visite a página do PNUMA, disponível em: https://wildfor.life/pt/
collaborator/pnuma.
Histórico no Brasil
Na metade dos anos 1990, mais precisamente em 1994, tem início, no Brasil,
a ACV. O evento chave é a implantação de um subcomitê específico ao tema
no grupo de apoio à normalização ambiental (GANA). O grupo dedicou-se à
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
Em 2002, com a criação da Associação de Ciclo de Vida, a ACV passa a ser tratada
de forma institucional. A associação busca fomentar a ACV nos diversos setores
de interesse, como os centros de ensino e pesquisa, indústrias e governo. As
principais ações da associação são a realização do Congresso Brasileiro de Gestão
do Ciclo de Vida (CBGCV) e a promoção de cursos de capacitação.
12
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
De 2012 até os dias de hoje, o IBICT tem se destacado nas ações de promoção e
difusão do conhecimento em ACV, através de ações como:
13
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
14
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Definição e características
Como consumidores, compramos milhões de produtos todos os anos. Os produtos
têm um ciclo de vida assim como os animais e as plantas. Um produto que está há
um bom tempo estabelecido no mercado, com o passar do tempo, vai se tornando
menos popular. Em contrapartida, aumenta muito rapidamente a demanda por
produtos novos e modernos após um lançamento, por exemplo.
Vendas
Crescimento Declínio
Introdução Maturidade
Tempo
15
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
Como modelo, a curva fornece uma boa aproximação das vendas que podem ser
esperadas à medida que os produtos passam pelos quatro estágios do ciclo de vida
típico. No entanto, há algumas coisas a ter em mente ao tentar aplicar a Curva do
Ciclo de Vida do Produto no mundo real. São elas:
Embora a Curva do Ciclo de Vida do Produto precise ser aplicada com certo cuidado
– e é improvável que os fabricantes confiem apenas em sua simples ilustração
para prever suas vendas e lucros –, ela ainda é uma ferramenta útil.
Com uma apreciação geral dos tipos de desafios que serão enfrentados durante
cada uma das quatro etapas, o modelo oferece às empresas e seus departamentos
de marketing a oportunidade de planejar com antecedência e estar mais bem
preparados para enfrentar esses desafios.
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INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Para entender os desafios de usar a Curva do Ciclo de Vida do Produto, faz sentido
examiná-la com um pouco mais de detalhes. A curva, como ilustra a Figura 2, é
uma ilustração simples, que traça as vendas em relação ao tempo, fornecendo uma
visão geral de como um produto pode funcionar nos quatro estágios do ciclo de
vida, aumentando nos estágios de introdução e crescimento, antes de chegar ao
estágio de maturidade e eventualmente diminuindo durante o estágio de declínio.
Adaptações do modelo também traçam o nível de lucro como uma segunda curva,
que é frequentemente útil para destacar o investimento considerável e os lucros
negativos que são feitos na primeira fase do ciclo.
Vendas e lucro
Introdução Declínio
maturidade
Tempo
Crescimento
Fonte: https://2.bp.blogspot.com/-gJlvsHMIraU/Wjk03ogsttI/AAAAAAAAN6k/XNv8fXT-TgAIYmeum5knQQaJn2pRg3GEgCLcBGAs/
s400/Ciclo%2Bde%2BVida%2BProduto.png.
Matriz BCG
Já no âmbito do market, a curva de ciclo de vida é abordada de uma maneira
diferente, mas que no fundo remente à ideia central geral. Trata-se da matriz de
compartilhamento de crescimento, ou matriz BCG, um modelo de planejamento
desenvolvido por Bruce Henderson, no Boston Consulting Group, no início dos
anos 1970. O modelo baseia-se na observação de que as unidades de negócio
da empresa podem ser classificadas em quatro categorias, com base em
combinações de crescimento e participação de mercado em relação ao maior
concorrente. Essas categorias são ilustradas na Figura 4.
17
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
FATIA DE MERCADO
ALTO Baixo
FATIA DE MERCADO
18
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
Como pode ser visto, o valor do produto depende inteiramente de uma empresa
ser capaz de obter uma participação de mercado líder antes que o crescimento
desacelere. Todos os produtos acabarão por se tornar vacas leiteiras ou cães. Por
outro lado, cães são desnecessários, eles são evidência de fracasso em obter uma
posição de liderança, em sair do mercado ou cortar as perdas.
20
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Embora sua importância tenha diminuído, a matriz do BCG ainda pode servir
como uma ferramenta simples para visualizar rapidamente o portfólio de uma
corporação e como ponto de partida para discutir a alocação de recursos entre
unidades de negócios estratégicas.
Para ter sucesso, uma empresa deve ter um portfólio de produtos com diferentes
taxas de crescimento e diferentes participações de mercado. A composição da
carteira é uma função do equilíbrio entre os fluxos de caixa. Produtos de alto
crescimento exigem que os insumos em dinheiro cresçam. Produtos de baixo
crescimento devem gerar excesso de caixa. Ambos os tipos são necessários
simultaneamente. Somente uma empresa diversificada com um portfólio
equilibrado pode usar suas forças para realmente capitalizar suas oportunidades
de crescimento.
21
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
22
CAPÍTULO 2
Estágios do ciclo de vida de produto
Introdução
Em 1931, Otto Kleppner desenvolveu um precursor do que hoje entendemos
como o ciclo de vida básico do produto, no qual ele sugeriu que os produtos
passassem por três etapas:
» pioneirismo;
» competitivo; e
» retentivo.
» introdução;
» crescimento;
» maturidade;
» saturação; e
» declínio.
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
O ciclo de vida do produto tem quatro estágios muito claramente definidos, cada
um com suas próprias características, que significam coisas diferentes para os
negócios que estão tentando gerenciar o ciclo de vida de seus produtos específicos.
Os estágios comumente aceitos para o ciclo de vida do produto, como já vimos até
então são:
» introdução;
» crescimento;
» maturidade; e
» declínio.
Estágio de introdução
O primeiro dos quatro estágios do ciclo de vida do produto é o estágio de
introdução, como ilustra a Figura 5. Qualquer empresa que esteja lançando
um novo produto precisa entender que esse estágio inicial pode exigir
investimentos significativos. Isso não quer dizer que investir muito dinheiro
nesse estágio garanta o sucesso do produto. Qualquer investimento em pesquisa
e desenvolvimento de novos produtos tem que ser ponderado em relação ao
provável retorno do novo produto, e um plano de marketing efetivo precisará
ser desenvolvido, a fim de dar ao novo produto a melhor chance de alcançar
esse retorno.
Essa etapa do ciclo pode ser a mais cara para uma empresa lançando um novo
produto. O tamanho do mercado para o produto é pequeno, o que significa que
as vendas são baixas, embora estejam aumentando. Por outro lado, o custo de
coisas como pesquisa e desenvolvimento, testes ao consumidor e o marketing
necessário para lançar o produto pode ser muito alto, especialmente se for um
setor competitivo.
Crescimento Declínio
Introdução maturidade
Tempo
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INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
Estágio de crescimento
O estágio de crescimento é o segundo dos estágios do ciclo de vida do produto,
como ilustra a Figura 6 e, para muitos fabricantes, esse é o estágio fundamental
para estabelecer a posição de um produto em um mercado, aumentar as vendas e
melhorar as margens de lucro. Isso é conseguido pelo desenvolvimento contínuo
da demanda do consumidor através do uso de marketing e atividade promocional,
combinados com a redução dos custos de fabricação. A rapidez com que um produto
passa do estágio de introdução para o de crescimento e a rapidez com que as vendas
aumentam pode variar bastante de um mercado para outro.
Crescimento Declínio
Introdução Maturidade
Tempo
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INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
27
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
Estágio de maturidade
Após os estágios de introdução e crescimento, um produto passa para o estágio
de maturidade, como ilustra a Figura 7. O terceiro dos estágios do ciclo de vida
do produto pode ser um momento bastante desafiador para os fabricantes. Nos
dois primeiros estágios, as empresas tentam estabelecer um mercado e, então,
aumentar as vendas de seus produtos para obter a maior fatia possível desse
mercado. No entanto, durante a fase de maturidade, o foco principal da maioria
das empresas será manter sua participação de mercado diante de uma série de
desafios diferentes.
Vendas
Crescimento Declínio
Introdução Maturidade
Tempo
28
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Estágio declínio
O último dos estágios do ciclo de vida do produto é o estágio de declínio, que,
como você poderia esperar, geralmente é o começo do fim de um produto.
29
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
Quando você olha para a clássica curva de ciclo de vida do produto, como ilustra
a Figura 8, o estágio de declínio é claramente demonstrado pela queda nas
vendas e nos lucros. Apesar dos desafios óbvios desse declínio, ainda pode haver
oportunidades para os fabricantes continuarem lucrando com seu produto.
Crescimento Declínio
Introdução maturidade
Tempo
30
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Tempo
31
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
Embora tradicionalmente existam quatro estágios no ciclo, faz muito mais sentido
incluir as etapas “antes e depois”, desenvolvimento e retirada, pois elas podem
apresentar aos fabricantes tantos desafios quanto qualquer uma das outras fases.
Mesmo com a ilustração expandida em seis etapas do ciclo de vida de um produto,
a coisa mais importante a entender é que ele ainda é apenas um modelo.
32
CAPÍTULO 3
Gerenciamento do ciclo de vida
Introdução
Quase todos os produtos fabricados têm uma vida limitada e, durante essa
vida, passarão por quatro estágios do ciclo de vida do produto: introdução,
crescimento, maturidade e declínio. Em cada um desses estágios, os fabricantes
enfrentam um conjunto diferente de desafios. O gerenciamento do ciclo de
vida do produto é a aplicação de diferentes estratégias para ajudar a enfrentar
esses desafios e garantir que, em qualquer etapa do ciclo pela qual um produto
possa estar passando, o fabricante possa maximizar as vendas e os lucros de seu
produto.
33
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
Fonte: https://www.sunoresearch.com.br/wp-content/uploads/2018/02/financiamento-empresarial.jpg.
Fonte: https://s3.amazonaws.com/igd-wp-uploads-pluginaws/wp-content/uploads/2016/08/22112248/marketing-direto.jpg.
34
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Fonte: https://3.bp.blogspot.com/-BgbZJt1AKd8/WDrpJS1RT0I/AAAAAAAAAaE/TlKH7xlsSoYn7pcw6z1X0ZN-v0hjP-5EwCLcB/w1200-
h630-p-k-no-nu/Manufacturing.jpg.
A maioria dos fabricantes aceita que seus produtos terão uma vida limitada.
Embora não haja muito que possam fazer para mudar isso, concentrando-se nas
principais áreas de negócio mencionadas, o gerenciamento do ciclo de vida do
produto permite que o produto seja o mais bem-sucedido possível durante os
estágios do ciclo de vida, não importa quanto tempo seja.
Fonte: https://zeumoblog.files.wordpress.com/2013/05/information-overload.jpg.
35
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
Estratégia de Análise
marketing comercial
Desenvolvimento
Desenvolvimento do produto
e teste do
conceito
Seleção de Teste de
ideias mercado
Geração de Comercialização
ideias
Fonte: http://3.bp.blogspot.com/-yyCIT-bZU8o/U48W6NqRUUI/AAAAAAAAAYY/gvtu2h8V8Hw/s1600/desenvolvimento+de+novos+
produtos.png.
A ideia
Todo produto tem que começar com uma ideia. Em alguns casos, isso pode
ser bastante simples, baseando o novo produto em algo similar que já existe.
Em outros casos, pode ser algo revolucionário e único, o que pode significar
que a parte de geração de ideias do processo está muito mais envolvida. Na
verdade, muitos dos principais fabricantes têm departamentos inteiros que se
concentram apenas na tarefa de criar a “próxima grande novidade”.
36
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Fonte: http://static.oprah.com/2017/01/201702-omag-letting-negativity-go-949x534.jpg.
Pesquisa
Uma organização pode ter muitas ideias para um novo produto, mas, uma vez
selecionado o melhor, o próximo passo é começar a pesquisar o mercado. Isso
permite que eles vejam se há uma demanda por esse tipo de produto e também
quais recursos específicos precisam ser desenvolvidos para melhor atender às
necessidades desse mercado em potencial.
Fonte: https://agenciaipub.com.br/wp-content/uploads/2018/02/pesquisa-pos-evento-600x300.jpg
» a natureza;
» a abordagem;
37
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
» os objetivos; e
» os procedimentos.
38
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Desenvolvimento
» incremental; e
» disruptiva.
39
UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
Teste
Antes de a maioria dos produtos ser lançada e o fabricante gastar muito dinheiro
em produção e promoção, grande parte das empresas testará seu novo produto com
um pequeno grupo de consumidores reais. Isso ajuda a garantir que eles tenham
um produto viável, que seja lucrativo e que não haja alterações que precisem ser
feitas antes de serem lançados.
PASSED
Software
Application Acceptance Software
test Application
Fonte: http://www.professionalqa.com/assets/images/acceptance-testing-2.png.
Análise
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INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Introdução
Projeção holográfica
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UNIDADE I │ INTRODUÇÃO
Fonte: https://tudespertar.files.wordpress.com/2015/05/cutmypic.png.
Tablet
Fonte: https://sgfm.elcorteingles.es/SGFM/dctm/MEDIA03/201706/16/00115217112380____1__640x640.jpg.
Laptops
42
INTRODUÇÃO │ UNIDADE I
Fonte: https://image.freepik.com/vetores-gratis/vector-laptop-mac-book-ilustrador-i-10-corel-flash-e-eps_52484.jpg.
Máquinas de escrever
Fonte: https://images.tcdn.com.br/img/img_prod/103999/3539_1_20180124170735.jpg.
43
CICLO DE VIDA – UNIDADE II
NORMAS
CAPÍTULO 1
Normas
Introdução
A ACV é uma metodologia de gestão ambiental que visa avaliar, dentro do ciclo de
vida de um produto, quais os impactos ambientais que podem ser causados. Para isso
leva em consideração todas as fases, começando pela extração da matéria-prima da
natureza até a sua retirada do produto do mercado.
Em setembro de 2015, foi publicada uma nova versão da ISO 14001, em que os principais
destaques foram:
» a gestão de riscos;
Com isso, verifica-se que a norma ISO 14001, em sua nova versão, proporciona uma
maior preocupação das empresas no gerenciamento dos aspectos ambientais durante
o ciclo de vida de seus produtos e serviços. A norma procura analisar criteriosamente
as reais reduções de emissões e resíduos obtidas, com a implantação de um sistema de
gestão ambiental.
44
CICLO DE VIDA – NORMAS │ UNIDADE II
Fica claro, portanto, que o papel da norma é melhorar o desempenho ambiental e não
apenas melhorar o sistema de gestão ambiental. Além da mudança relacionada ao
desempenho ambiental, a norma trouxe outras alterações importantes. Tais alterações
permitem acompanhar o ritmo dinâmico das empresas, além de mantê-las competitivas
frente às exigências do mercado.
A alterações envolvem:
» direcionamento estratégico;
» liderança; e
» documentação.
ISO 14000
Já há um bom tempo e gradativamente, as questões ambientais têm ganhado
relevância no mundo. Organizações e sociedade, ambos têm aderido a pensamentos
e valores pautados na preservação ambiental. As empresas têm se preocupado
cada vez mais com as questões ambientais. As multas são altíssimas e os impactos
ambientais decorrentes de suas atividades podem também manchar a imagem da
organização, levando, por exemplo, ao boicote dos produtos, o que aumenta ainda
mais os prejuízos. Assim, empresas inteligentes se preocupam em manter a gestão
ambiental em conformidade com as normas. Portanto, ser ecologicamente correto
não é mais apenas uma estratégia de marketing das organizações que desejam se
manter à frente no mercado, mas sim uma necessidade.
Fonte: https://2.bp.blogspot.com/-eZP7bng-4FA/VriXMMHH56I/AAAAAAAADeg/XgQuJu5j2BU/s1600/Certificado%2Bda%2Bnorma
%2BISO%2B14000.jpg.
45
UNIDADE II │ CICLO DE VIDA – NORMAS
» auditorias ambientais;
» rotulagem ambiental;
» comunicação ambiental;
» desempenho ambiental;
» aspectos ambientais; e
» terminologia.
46
CICLO DE VIDA – NORMAS │ UNIDADE II
Vale lembrar que toda empresa objetiva lucro. Nesse contexto, a norma Isso 14001
apresenta uma série de benefícios à empresa. A redução dos impactos ambientais
e ações de preservação devem estar alinhadas com uma política sustentável de
modo a não comprometer o desenvolvimento econômico da empresa.
47
UNIDADE II │ CICLO DE VIDA – NORMAS
48
CICLO DE VIDA – NORMAS │ UNIDADE II
PNRS
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sob a Lei 12.305 publicada em
02 de agosto de 2010, tem por objetivo definir uma política de gestão de resíduos
sólidos utilizando diversas ferramentas, como, por exemplo, a logística reversa,
reciclagem, reutilização e destinação adequada etc. A PNRS também visa colaborar
e influenciar na implementação da Avaliação do Ciclo de Vida.
49
UNIDADE II │ CICLO DE VIDA – NORMAS
Convertedores
Processamento
Matéria-prima
Produção
Outros Materiais produto
PNRS
Materias
Primas
Distribuição
FLUXO DE
NEGÓCIOS
Varejo
Plano Nacional de
Reciclagem Resíduos Sólidos
Lixão Reuso
Consumidores
Política dos 3 R
Diariamente são produzidas toneladas de resíduos, cuja grande maioria vai parar
no lixo.
50
CICLO DE VIDA – NORMAS │ UNIDADE II
3 Rs
1o Reduzir
2o Reutilizar
3o Reciclar
Fonte: https://www.colegioweb.com.br/wp-content/uploads/2015/01/2.png.
Reduzir
51
UNIDADE II │ CICLO DE VIDA – NORMAS
Reutilizar
Existem certos produtos que são passiveis de serem utilizados diversas vezes,
como é o caso das embalagens retornáveis. Nesse caso, é preferível a sua utilização
em vez de embalagens descartáveis. Produtos que seriam descartados podem ter
novas funções: criativamente, pode-se utilizar uma lata como porta lápis, assim
como jornais, revistas, livros e outros materiais podem serem doados para escolas.
Portanto, o foco principal é utilizar o máximo possível um produto e só em último
caso descartá-lo.
Reciclar
Quando não é mais possível reutilizar um objeto, a reciclagem é a destinação mais
adequada. A reciclagem trata de transformar os resíduos em matérias-primas
para novos produtos e, até mesmo, em novos produtos. Para tal, é necessária uma
coleta seletiva, a fim de separar resíduos que são passíveis de reciclagem de outros
materiais. São recicláveis materiais como alumínio, papel, plástico e vidro. Com
isso, reduz-se a necessidade de novas matérias-primas.
52
CICLO DE VIDA – NORMAS │ UNIDADE II
Apesar de não ser uma norma propriamente dita, os 3 Rs são boas práticas que
contribuem para a diminuição dos desperdícios e impactos ambientais.
53
CAPÍTULO 2
Ciclo de vida e a ISO 14000
Introdução
A série de normas ISO 14000, definida pela Organização Internacional de
Padronização, foi criada com o objetivo principal de diminuir os impactos
ambientais oriundos das atividades das empresas. A metodologia de ciclo de vida de
produtos foi normatizada na ISO 14000, em virtude de sua importância e também
do seu papel fundamental nas questões ambientais. Implantar as normas da ISO
14000 pode garantir à empresa uma certificação especial e, por consequência,
uma melhor imagem e maior espaço de mercado.
» análise de inventário;
» avaliação de impactos; e
» interpretação de resultados.
Estrutura da ACV
Definição de
objetivo e Aplicações Diretas:
escopo • Desenvolvimento e
melhoria de produtos
• Planejamento estratégico
Análise do • Políticas públicas
Interpretação
inventário • Marketing
• Outras aplicações
Avaliação de
impacto
Fonte: https://www.revistaespacios.com/a14v35n02/14350201_clip_image002.gif.
54
CICLO DE VIDA – NORMAS │ UNIDADE II
A seguir, são descritas com mais detalhes as fases do estudo de análise do ciclo
de vida.
55
UNIDADE II │ CICLO DE VIDA – NORMAS
O escopo deve ser suficientemente bem definido para assegurar que a extensão, a
profundidade e o detalhe do estudo sejam compatíveis com os objetivos planejados
e suficientes para atingi-los. A ACV é uma técnica iterativa, por isso, o objetivo e
o escopo do estudo podem necessitar ser modificados durante a sua condução, à
medida que mais informações são obtidas.
Embora alguns itens supracitados possam parecer intuitivos, eles são complexos
e requerem um maior nível de detalhamento.
56
CICLO DE VIDA – NORMAS │ UNIDADE II
A fase da análise do inventário de ciclo de vida pode ser dividida em diversas etapas,
segundo a ISO 14044.
Elementos obrigatórios
» classificação; e
» caracterização.
57
UNIDADE II │ CICLO DE VIDA – NORMAS
Classificação
Caracterização
Esses fatores são derivados de modelos científicos de causa e efeito dos sistemas
naturais e indicam o quanto uma substância contribui para uma categoria de
impacto em comparação com uma substância de referência.
58
CICLO DE VIDA – NORMAS │ UNIDADE II
Elementos opcionais
» normalização; e
» ponderação.
Normalização
59
UNIDADE II │ CICLO DE VIDA – NORMAS
Ponderação
É um método subjetivo, por isso é o mais controverso e mais difícil de se aplicar
em uma ACV, especialmente para alguns métodos de avaliação de impactos.
Segundo a ISO 14040, esse método não pode ser utilizado em comparações
públicas entre produtos, sendo apenas utilizado para estudos não comparativos.
Com relação a essa etapa, ainda não existe nenhum acordo internacional
sobre a metodologia mais aplicada para essa finalidade, portanto são
decisões que contam com a experiência dos realizadores da ACV.
60
CICLO DE VIDA – NORMAS │ UNIDADE II
61
UNIDADE II │ CICLO DE VIDA – NORMAS
Após a revisão crítica, o relatório final pode ser publicado e endereçado a seu
público-alvo.
Barreiras da ACV
Apesar dos múltiplos benefícios da ACV, existem barreiras para a realização desses
estudos, como:
» transparência.
62
CICLO DE VIDA – NORMAS │ UNIDADE II
63
CAPÍTULO 3
Software de gerenciamento do ciclo
de vida
Introdução
Hoje, os produtos estão se tornando cada vez mais complexos. As empresas devem
desenvolver etapas estratégicas antes de obter qualquer produto no mercado, para
suportar seus concorrentes e para que ele permaneça relevante para os usuários.
Colaboração de
Fornecedores Globais
Gerenciamento de
ativos digitais
Fonte: https://www.visualnext.com/wp-content/uploads/2015/07/wheel-min.png.
Uma vez que o produto sai da concepção, ele passa para a fase de projeto. Os
projetistas de produtos criam modelos e protótipos, bem como testam o produto.
64
CICLO DE VIDA – NORMAS │ UNIDADE II
Diante disso, é extremamente necessário lançar mão de uma ferramenta de PLM que
seja capaz de auxiliar nessas tarefas. Com isso, é possível atingir objetivos e também
benefícios, como descrito a seguir:
65
UNIDADE II │ CICLO DE VIDA – NORMAS
66
CICLO DE VIDA – NORMAS │ UNIDADE II
Embora possa não ser universalmente oferecido por todos os produtos PLM,
algumas soluções oferecem recursos CAD diferentes, para que você possa produzir
um design 3D de seu produto. As ferramentas que possuem funcionalidades de
engenharia assistida por computador (CAE) permitem que você simule produtos
e identifique pontos fracos nos primeiros estágios do projeto. As soluções de
PLM também podem oferecer fabricação assistida por computador (CAM), que
se comunica com o maquinário usado para fabricar o produto para garantir que
ele siga as especificações precisas que você define. Um sistema de PLM eficiente
também automatiza vários processos, de modo que a transição entre cada fase do
ciclo de vida seja a mais tranquila possível. Fluxos de trabalho, distribuição de
tarefas e comunicação entre diferentes departamentos podem ser automatizados
com esses sistemas.
67
UNIDADE II │ CICLO DE VIDA – NORMAS
Para saber mais sobre Business intelligence. Veja o artigo “O que é Business
intelligence (BI)?” da Know Solutions disponível em: https://www.knowsolution.
com.br/o-que-e-business-intelligence-bi/, além de outras páginas, como a
Ausland, disponível em: http://ausland.com.br/blog/conceito-de-business-
intelligence/ e a página Siteware, disponível em : https://www.siteware.com.br/
gestao-estrategica/o-que-e-bi-business-intelligence/.
68
CICLO DE VIDA – NORMAS │ UNIDADE II
Exemplos de software
Existem diversas ferramentas de software para PLM. Abaixo estão algumas
dessas ferramentas e suas características, sendo elas:
Fonte: https://autodesk.ict-hardware.com/wp-content/uploads/sites/14/2017/08/876H1-NS7330-T738.jpg.
69
UNIDADE II │ CICLO DE VIDA – NORMAS
Saiba mais sobre Autodesk Fusion Lifecycle na sua página, disponível em: https://
www.autodeskfusionlifecycle.com/en/.
Siemens Teamcenter
Fonte: https://www.pluraltechnology.com/wp-content/uploads/2016/10/team-center.png.
» relatórios e análises que permitem que você veja o quadro geral para
estabelecer, medir e analisar métricas de desempenho;
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CICLO DE VIDA – NORMAS │ UNIDADE II
» pesquisa poderosa, que torna fácil para você encontrar o que precisa
para fazer o seu trabalho.
Saiba mais sobre Siemens Teamcenter na sua página, disponível em: https://
www.plm.automation.siemens.com/global/pt/products/teamcenter/.
Dassault ENOVIA
Fonte: https://www.messe.de/apollo/hannover_messe_2019/obs/Grafik/A905304/PRB_DE0_905304_01857089.jpg.png.
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UNIDADE II │ CICLO DE VIDA – NORMAS
Saiba mais sobre Dassault Enovia na sua página, disponível em: https://www.3ds.
com/products-services/enovia/.
PTC Windchill
Fonte: https://archergrey.com/wp-content/uploads/2018/02/feat-ptc-windchill-1080x400.jpg.
PTC Windchill tem uma longa história de fornecimento de soluções de PLM para
as principais empresas do mundo em vários setores. Suas soluções de PLM ajudam
empresas a gerenciar todos os aspectos do ciclo de vida de desenvolvimento de produtos,
desde o conceito até o serviço de retirada do mercado, oferecendo:
» gerenciamento de BOM;
» gerenciamento de requisitos;
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CICLO DE VIDA – NORMAS │ UNIDADE II
» desenvolvimento de produto;
» desenvolvimento de software;
» processo de manufatura; e
» gerenciamento de serviços.
Saiba mais sobre PTC Windchill na sua página, disponível em: https://www.ptc.
com/pt/products/plm.
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CICLO DE VIDA – UNIDADE III
DESCARTE
CAPÍTULO 1
Impactos ambientais
Introdução
Para muitos, os produtos têm uma vida breve, passando do local de compra
para a lixeira. Porém, ao se avaliar mais a fundo a questão, verifica-se que esses
não são nem o início nem o fim do processo, conforme já vimos anteriormente.
Existem diversas etapas antes, como o processo de extração de matérias-primas e
fabricação, e outras etapas que ocorrem depois, como a destinação ou deposição
final, assuntos que serão abordados mais à frente.
Para as empresas que desejam se tornar competitivas e mesmo para aquelas que
já são, a questão ambiental dos produtos é um ponto chave. Compreender a fundo
como funcionam e quais as relações dos impactos ambientais com os produtos
produzidos é, de fato, um grande diferencial de mercado. As atividades que são
realizadas devem visar novas tendências de mercado como a economia circular.
Um planejamento estratégico forte por parte das empresas estende o ciclo de vida
do produto. Aqui nesta unidade, não será discutido o ciclo de vida do produto sob
este ponto de vista, e sim sob o ponto de vista ambiental, que leva em consideração
os impactos causados pela extração de matérias-primas e os impactos causados
pela destinação final dos resíduos.
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CICLO DE VIDA – DESCARTE │ UNIDADE III
Você já ouviu falar da história das coisas? Assista ao vídeo, disponível em https://
www.youtube.com/watch?v=7qFiGMSnNjw, e veja como todos os produtos, da
extração e produção até a venda, consumo e descarte, afetam comunidades em
diversos países. Fonte: https://wildfor.life/pt/collaborator/pnuma.
Sem conhecimento, uma empresa pode estar tendo prejuízo ao jogar fora essas sobras.
No mercado, existem fornecedores e compradores para os mais diversos tipos de
materiais e assim, nos dias de hoje, um coproduto, ou sobras, pode ser muito valioso
para outra empresas e organizações.
A definição de lixo remete a tudo aquilo que não tem mais uso para quem o descarta.
Entretanto, o que não serve para um, para outro, pode ser matéria-prima de um
novo produto ou processo.
Tudo aquilo que pode ser reutilizado e reciclado é chamado resíduo e, portanto, deve
ser separado adequadamente para a destinação para outros fins. Os resíduos podem
ser encontrados nas seguintes formas:
» líquida – efluentes;
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UNIDADE III │ CICLO DE VIDA – DESCARTE
Segundo a ABNT, NBR 10.004 (2004), resíduos sólidos são aqueles que
A situação no Brasil
No Brasil, cerca de 80% dos resíduos que vão para aterros poderia ter outra
destinação, como, por exemplo, a reciclagem e a compostagem. Isso significa
que a grande maioria do material que popularmente é chamado de lixo, é, na
verdade, matéria-prima em potencial. Isso quer dizer que esses resíduos
poderiam ser utilizados como matérias-primas para outros produtos, reciclando
e reaproveitando.
76
CAPÍTULO 2
Destinação e disposição
Introdução
Os resíduos gerados devido às atividades produtivas têm colaborado para a criação
de um mercado muito competitivo. Com os métodos e tecnologias disponíveis
para se destinar esses resíduos gerados ou dispor deles de maneira adequada
ambientalmente, as organizações conseguem uma posição de destaque. Se houver
uma gestão adequada dos fornecedores, a gestão dos resíduos será ainda mais eficaz
Opção mais
favorável Não geração
Reciclagem
Fonte: https://www.vgresiduos.com.br/wp-content/uploads/2017/05/destina%C3%A7%C3%A3o0002.png.
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UNIDADE III │ CICLO DE VIDA – DESCARTE
Quando não é mais possível a não geração, deve-se recorrer às outras formas de
gerenciamento dos resíduos.
Destinação final
Segundo a PNRS (Lei 12.305/2010), Destinação final ambientalmente adequada é:
Compostagem
Fonte: http://rmai.com.br/wp-content/uploads/2018/10/Compostagem.jpg.
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CICLO DE VIDA – DESCARTE │ UNIDADE III
79
UNIDADE III │ CICLO DE VIDA – DESCARTE
Art. 36. No âmbito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de
manejo de resíduos sólidos, observado, se houver, o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos:
I - Adotar procedimentos para reaproveitar os resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana e de
manejo de resíduos sólidos;
II - Estabelecer sistema de coleta seletiva;
III - articular com os agentes econômicos e sociais medidas para viabilizar o retorno ao ciclo produtivo dos resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis
oriundos dos serviços de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos;
IV - Realizar as atividades definidas por acordo setorial ou termo de compromisso na forma do § 7o do art. 33, mediante a devida remuneração pelo
setor empresarial;
V - Implantar sistema de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articular com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do
composto produzido;
VI - Dar disposição final ambientalmente adequada aos resíduos e rejeitos oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de
resíduos sólidos.
§ 1o Para o cumprimento do disposto nos incisos I a IV do caput, o titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos
priorizará a organização e o funcionamento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis
formadas por pessoas físicas de baixa renda, bem como sua contratação.
§ 2o A contratação prevista no § 1o é dispensável de licitação, nos termos do inciso XXVII do art. 24 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993.
Fonte: Jusbrasil, disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26261024/artigo-36-da-lei-n-12305-de-02-de-agosto-
de-2010.
Incineração
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CICLO DE VIDA – DESCARTE │ UNIDADE III
Fonte: https://www.vgresiduos.com.br/wp-content/uploads/2017/09/co-processamento-de-res%C3%ADduos.-3.jpg.
Alguns materiais que podem ser utilizados para esse fim são:
» borras oleosas;
» cinzas de fornos;
» EPIs contaminados;
» plástico;
» borracha;
» óleo usado;
» pneumáticos usados;
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UNIDADE III │ CICLO DE VIDA – DESCARTE
» óleos e graxas;
» tintas e solventes;
» solos contaminados; e
» refratários usados.
Reciclagem
Fonte: https://dgi.unifesp.br/ecounifesp/imagens/reciclagem.png.
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UNIDADE III │ CICLO DE VIDA – DESCARTE
A reciclagem inclui três etapas, que criam um loop contínuo, representado pelo
símbolo de reciclagem acima. Tais etapa são:
Disposição final
Segundo a PNRS, a disposição final consiste em distribuir ordenadamente os
rejeitos em aterros, observando as normas operacionais específicas que evitem
danos ou riscos à saúde e à segurança pública, minimizando os impactos ambientais
adversos.
Conforme já vimos anteriormente, rejeitos são resíduos sólidos que não têm
mais possibilidades de tratamento ou recuperação pelas opções tecnológicas
disponíveis e viáveis. Dessa maneira, só resta a disposição final do rejeito,
sendo a última solução adotada por quem o gera.
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CICLO DE VIDA – DESCARTE │ UNIDADE III
sem qualquer tipo de proteção, podendo assim contaminar o solo, a água e o ar,
como ilustra a Figura 35 abaixo.
Presença de urubus
Contaminação Odores e
do solo emissão
de metanoEscoamento superficial
de chorume
Lençol freático Contaminação da
água superficial
Ocupação
irregular
Contaminação da
água subterrânea
Catadores
Curso d’agua
superficial
Poço Cacimba
(captação de água)
Fonte: https://rnews.com.br/wp-content/uploads/2015/05/Informe-Essencis_Lixao.jpg.
Aterro controlado
Trata se de um aterro comum, porém aqui há uma pequena variação com relação
ao lixão.
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UNIDADE III │ CICLO DE VIDA – DESCARTE
Lixo compactado e
confinado
Camada de solo
para Confinamento
Célula de lixo
Contaminação do
solo
Lençol freático
Contaminação
água subterrânea
Fonte: https://rnews.com.br/wp-content/uploads/2015/05/Informe-Essencis_Aterro-Controlado.jpg.
Aterro Sanitário
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CICLO DE VIDA – DESCARTE │ UNIDADE III
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CAPÍTULO 3
Exemplos de aso
Braskem
A Braskem é uma empresa petroquímica brasileira que produz resinas
termoplásticas e outros produtos químicos. Possui instalações de produção
no Brasil, nos Estados Unidos e na Alemanha e exporta seus produtos para as
Américas do Norte e do Sul, Europa e Ásia.
Fonte: https://www.sunoresearch.com.br/wp-content/uploads/2018/04/Logo-Braskem.jpg.
Alguns dos principais desafios que a empresa teve que superar nesse período
foram definir indicadores de desempenho relevantes, manter o foco nos aspectos
materiais dos três principais resultados, manter uma boa comunicação com todas
as partes interessadas e mudar da gestão ambiental tradicional para um modelo
que inclua a cadeia de valor.
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CICLO DE VIDA – DESCARTE │ UNIDADE III
Grupo Boticário
O Grupo Boticário é formado por duas empresas, O Boticário e Eudora, que
produzem cosméticos e perfumes no Brasil. O Grupo influência toda a sua cadeia
de valor, desde a extração e produção de matérias-primas até o fim da vida útil de
suas embalagens. Suas lojas são franqueadas, dando à organização algum grau de
influência sobre todos os aspectos do processo de distribuição e venda.
Fonte: <https://www.gesplan.com.br/wp-content/uploads/2018/04/logo-grupo-boticario.png.
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UNIDADE III │ CICLO DE VIDA – DESCARTE
Natura
A Natura Cosméticos, empresa brasileira de cosméticos com longa tradição em
compras e produção sustentáveis, definiu sua meta de longo prazo em um novo
patamar: ter um impacto positivo no meio ambiente e na sociedade (indo além
da mitigação e prevenção de impactos). Para isso, a Natura desenvolveu diversos
indicadores de desempenho, desde o fornecimento de extratos naturais até os
impactos no nível do usuário, passando pela produção e distribuição.
Fonte: https://logodownload.org/wp-content/uploads/2014/05/natura-logo.png.
90
CICLO DE VIDA – DESCARTE │ UNIDADE III
» treinar funcionários;
» comunicar-se internamente; e
Gerdau
A Gerdau é uma empresa multinacional dedicada ao fornecimento de soluções e
materiais à base de aço. No Chile, o grupo possui duas instalações de produção e
quatro centros de reciclagem (onde a sucata é coletada e embalada), certificados com
ISO 9001 e ISO 14001.
Fonte: http://www.itwchem.com.br/wp-content/uploads/2015/08/gerdau-logo.jpg.
91
UNIDADE III │ CICLO DE VIDA – DESCARTE
Tetra Pak
A Tetra Pak é uma empresa sueca, líder global no processamento e embalagem
de alimentos. Eles trabalham em estreita colaboração com clientes e fornecedores
para oferecer produtos seguros, inovadores e ambientalmente responsáveis que
cobrem as necessidades em todo o mundo.
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CICLO DE VIDA – DESCARTE │ UNIDADE III
Fonte: https://grandeconsumo.com/wp-content/uploads/2017/11/upload14302_0-758x569.jpg.
Na Argentina, a Tetra Pak usa 100% de papelão de florestas certificadas pelo FSC.
Também participa ativamente do desenvolvimento de estratégias municipais
para o gerenciamento de resíduos sólidos, ajudando as cidades a implementar a
segregação de resíduos na origem. Também participa da construção de usinas de
reciclagem e doa cintos de separação para cooperativas de recicladores. Os pacotes
são reciclados ou usados como matéria-prima para produzir outras coisas, como
placas de construção.
Pepsico
A Pepsico é uma empresa global de alimentos e bebidas, que colocou a
sustentabilidade ao longo da cadeia de valor no centro de seu foco por meio do
programa “Performance with Purpose”.
Fonte: https://logodownload.org/wp-content/uploads/2017/10/pepsico-logo.png.
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UNIDADE III │ CICLO DE VIDA – DESCARTE
» sustentabilidade humana;
» sustentabilidade ambiental; e
» sustentabilidade de talentos.
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Referências
Associação Brasileira de Norma Técnica – ABNT. (2009). ABNT NBR ISO 14040:2014
- Gestão ambiental – Avaliação do ciclo de vida – Princípios e estrutura. Rio de Janeiro:
ABNT
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REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
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REFERÊNCIAS
ONU. Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Disponível em:
https://www.unenvironment.org/pt-br. Acesso em: 15 de julho de 2019.
98
REFERÊNCIAS
THE LIFE CYCLE INITIATIVE. About the Life Cycle Initiative. Disponível em:
https://www.lifecycleinitiative.org/about/about-lci/. Acesso em: 15 de julho de 2019.
99
REFERÊNCIAS
Sites
https://www.nielsen.com/wp-content/uploads/sites/3/2019/04/Nielsen-Global-
New-Products-Report-Jan-2013.pdf.
https://www.bcg.com/about/our-history/default.aspx.
http://acv.ibict.br/acv/historico-da-acv/.
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