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Hidráulicas, Sanitárias e
Combate a Incêndio
Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
CONSTRUÇÃO CIVIL............................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
A CONSTRUÇÃO CIVIL.............................................................................................................. 9
CAPÍTULO 2
INTRODUÇÃO ÀS PATOLOGIAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL .......................................................... 18
UNIDADE II
ELÉTRICA.............................................................................................................................................. 28
CAPÍTULO 1
SISTEMAS ELÉTRICOS............................................................................................................... 28
UNIDADE III
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS........................................................................................... 35
CAPÍTULO 1
SISTEMAS E CIRCUITOS ELÉTRICOS........................................................................................... 35
CAPÍTULO 2
PREVISÃO DE CARGAS............................................................................................................ 40
CAPÍTULO 3
DIMENSIONAMENTO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS.................................................................... 43
CAPÍTULO 4
DIMENSIONAMENTO – PRESCRIÇÕES...................................................................................... 52
CAPÍTULO 5
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS.............................................................................................. 54
CAPÍTULO 6
SISTEMAS DE PROTEÇÃO......................................................................................................... 68
UNIDADE IV
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS........................................................... 95
CAPÍTULO 1
SISTEMAS DE INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E HIDROSSANITÁRIAS..................................................... 95
UNIDADE V
INCÊNDIO............................................................................................................................................ 99
CAPÍTULO 1
SISTEMAS DE INCÊNDIO.......................................................................................................... 99
CAPÍTULO 2
SISTEMAS DE INCÊNDIO: LÍQUIDOS........................................................................................ 102
Caro aluno
Conselho Editorial
5
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
6
Saiba mais
Sintetizando
7
Introdução
Este trabalho tem por finalidade introduzir ao caro leitor, estudante e
entusiasta o assunto sobre Patologias da Construção Civil, enfatizando as
áreas da elétrica, hidráulica hidrossanitária e combate a incêndio, sendo
apresentada de forma gradativa e cuidadosa, abordando conceitos iniciais,
passando por situações já estudadas e catalogadas e com possibilidades de
habilitar futuros profissionais da área ou entusiastas sobre o assunto no
diagnóstico, tratamento e prevenção das manifestações patológicas. Ele foi
desenvolvido especialmente pra abordar os conceitos iniciais e um primeiro
contato do leitor com uma disciplina que é parte integrante da Engenharia
Civil e de outras engenharias, permitindo permear para outras áreas do
conhecimento.
Objetivos
» Apresentar, de forma gradativa e continuada, o que são as
manifestações patológicas na construção civil, suas origens, causas
e consequências nos sistemas aos quais estão inter-relacionadas.
8
CONSTRUÇÃO CIVIL UNIDADE I
CAPÍTULO 1
A construção civil
Para iniciarmos, gostaria que você fizesse uma pequena pausa e observasse
ao seu redor.
Após essa pausa, pode-se deduzir que você se deparou com algumas “coisas”
(além da tela do seu computador ou outro dispositivo), tais como: uma ou mais
paredes ao seu redor; lâmpadas ou luminárias, um “teto” e possivelmente um
“chão”. Essas “coisas” fazem parte de um sistema e isoladamente podem receber
nomes específicos, como a parede, que é denominada tecnicamente de elemento
monolítico.
Assim sendo, é fato que, desde o início das civilizações, o homem utiliza diversos
materiais, ora isoladamente, ora em conjunto. Tem-se então a prática da construção,
e com o passar do tempo, desenvolvimento de métodos e materiais, assim como
novas técnicas e aprimoramento das existentes, com inovações constantes.
9
UNIDADE I │ CONSTRUÇÃO CIVIL
Figura 1. Fases da vida útil de uma construção e a relação com o material utilizado.
Escolha do material
Projeto Definições dos parâmetros de projeto
Especificações
Programa da
Inspeção
manutenção
Monitoramento
Tempo
10
CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE I
A norma de desempenho – ABNT NBR 15575 – acabou por agregar normas que já
existiam, de forma a unificar em uma só base.
Com essa unificação, é importante salientar que se faz necessária aos usuários da
norma a quebra de paradigmas. É preciso entender que as normas estipuladas e
atualizadas devem ser seguidas de forma a aprimorar a especificação e elaboração
de projetos, e estes precedem o conhecimento e comportamento em uso dos
inúmeros materiais disponíveis, variedade de componentes, diversidade de
elementos e sistemas construtivos que compõem a edificação.
Vida útil
Neste tópico, vamos esclarecer alguns conceitos. De acordo com a ABNT NBR
15.575 – Parte 1 – Requisitos Gerais:
11
UNIDADE I │ CONSTRUÇÃO CIVIL
Há, em alguns países europeus, normas que estabelecem em projeto que se considere a
evolução da degradação dos materiais ao longo do tempo e seu desempenho em uso.
Durabilidade
Durabilidade: está associada à vida útil (prevista em projeto), sendo que só pode
ser considerada durável se sua vida útil for pelo menos igual à vida útil requerida
na fase do projeto.
» Definição de durabilidade
» Consiste na capacidade de uma estrutura de resistir às influências ambientais previstas e definidas pelo autor do projeto estrutural e o contratante,
no início dos trabalhos de elaboração do projeto.
12
CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE I
Manchas
Desempenho
Destacamentos
Redução de seção
Mínimo
de ruptura
Perda de aderência
13
UNIDADE I │ CONSTRUÇÃO CIVIL
Preditiva
Manutenção preditiva
» É o acompanhamento periódico de equipamentos, máquinas, sistemas, por meio de dados coletados por meio de monitoração ou inspeções.
Objetivo:
» prever possíveis falhas nos sistemas, parindo do seu comportamento e desempenho;
» programar a manutenção;
» direcionar os procedimentos de manutenção preventiva.
Preventiva
Manutenção preventiva
É a atividade prevista ou ação programada em um dado sistema antes que necessite de algum de reparo.
Requisitos
» Exige programação
» Deve seguir critérios técnicos determinados pelo fornecedor ou fabricante dos produtos responsáveis na construção da edificação
» Todas as atividades executadas devem ser registradas adequadamente com todas as informações pertinentes
Fonte: autoria própria.
Corretiva
Manutenção corretiva
É a atividade e ação que visa à retificação ou à restauração de falhas, seja ela planejada ou não.
Requisito
» Há a parada do funcionamento do sistema (total ou parcial).
» Tem alto custo na execução.
Detectiva
Manutenção detectiva
É a atividade que visa identificar as causas de falhas e auxilia nos planos de manutenção.
Objetivo
» Ir de encontro à origem do problema.
14
CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE I
Degradação e prevenção
A degradação de um material é causada pela interação físico-química entre o material
e o ambiente em que estão inseridos. Essa interação terá maior ou menor efeito na
degradação do material quanto mais agressivo for o ambiente de acondicionamento
ou contato e de suas características, como um material poroso, o qual terá maior
suscetibilidade à degradação em comparação com materiais não porosos. Outros
fatores também influenciam diretamente nessa degradação, como a exposição à
temperatura.
A seguir, veremos uma ilustração relacionando custo com o tempo para uma
intervenção (manutenção) na vida útil referente à escolha de material.
Figura 3. Relação entre custo e material utilizado com a sua durabilidade e manutenção
Cenário A
C0 = $ 10.000
C10 = $ 3.000 C20 = $ 3.000
0 5 10 15 20 25
Tempo em anos
Cenário B
C0 = $ 12.000
C15 = $ 1.000
0 5 10 15 20 25
Tempo em anos
15
UNIDADE I │ CONSTRUÇÃO CIVIL
Cenário A
O cenário A
2 intervenções (manutenção):
1ª intervenção: 10 anos
2ª intervenção: 20 anos
Fonte: autoria própria.
Cenário B
O cenário B
1 intervenção (manutenção):
1ª intervenção: 15 anos
Detalhe: garantia do avanço mais lento da degradação
Fonte: autoria própria.
16
CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE I
Ressaltamos que os dois cenários podem ser escolhidos com base nos critérios
econômicos. Entretanto, esses custos ocorrem em tempos diferentes e não
podem ser simplesmente somados. Eles devem ser atualizados e convertidos
em valores comparáveis. Para isso, podemos calcular esses valores de acordo
com a equação a seguir (com base no método “valor presente do investimento”;
net present value: NPV):
n
Ck
NPV = ∑ Equação 1
(1 + i )
k
k =1
Em que:
C = custo ($)
k = tempo em anos
Conclusão
Cenário A:
NPV = $ 10.000 + $ 3.000 / (1+0,05)10 + $ 3.000 / (1+0,05)20 = $ 12.972
Cenário B:
NPV = $ 12.000 + $ 1.000 / (1+0,05)15 = $ 12.481
A solução com o cenário B, com base nesses cálculos, é a mais conveniente.
Fonte: autoria própria.
17
CAPÍTULO 2
Introdução às patologias da construção
civil
» pathos = doença;
» logos = estudo.
Dessa forma, podemos definir patologia como “uma ciência que estuda a origem, os
sintomas e a natureza das doenças”.
É um termo que vem da medicina e que tem como significado: estado patológico,
doentio, de anormalidade, em que falta saúde ou que não está saudável e, de alguma
forma, tem um agente causador.
18
CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE I
Analisando esses dados, podemos verificar que, por menor que seja, o crescimento da
população é ascendente.
Outro fator é que essa população está cada vez mais concentrada nas cidades, seja
ela pequena, seja ela um grande conglomerado, como nas grandes metrópoles. Com
isso, os números de edifícios crescem, ao passo que aumentam as reclamações de
moradores sobre problemas patológicos encontrados em edifícios recém-construídos.
Com o tempo de uso, a edificação pode perder a função para a qual se supõe que foi
projetada, devido a uma utilização não apropriada e em não conformidade com o
projeto. Esse fato leva à incidência de patologias que, se não forem diagnosticadas
e tratadas adequadamente, podem acarretar o comprometimento de toda a
estrutura da construção.
19
UNIDADE I │ CONSTRUÇÃO CIVIL
Patologia na construção civil é basicamente o estudo de determinada situação de problema aparente em um sistema, isolado ou em conjunto, o qual
aparecerá em determinado momento de sua vida útil, o que pode ser postergado ou acelerado e que está intimamente ligado às propriedades dos
materiais e às condições do ambiente impostas sobre o material ou sistema.
Fonte: autoria própria.
Os problemas patológicos têm suas origens motivadas por falhas que ocorrem
durante a realização de uma ou mais atividades inerentes às etapas ou processos
na construção civil. O processo pode ser dividido em três etapas básicas:
» execução;
Todo e qualquer tipo de patologia deve receber sua devida atenção. Depois de
identificada e diagnosticada, ela deve ser tratada e resolvida por completo,
evitando uma sequência de eventos indesejados, os quais podem dar início a novos
problemas ou propagar e agravar os já existentes.
20
CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE I
Com base no parágrafo anterior, podemos relacionar algumas falhas às suas origens:
Deve-se salientar que o problema existente em uma edificação tem várias origens.
Não se permite, dessa forma, relacionar uma manifestação patológica a uma causa
única.
21
UNIDADE I │ CONSTRUÇÃO CIVIL
Figura 4. Origem das manifestações patológicas em relação às etapas de processo nas obras civis.
Esses estudos foram feitos pelos engenheiros Sérgio Frederico Gnipper e Jorge
Mikaldo Jr., na cidade de Curitiba-PR.
22
CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE I
pavimentos
ocupação
Ano da
Edifícios
Nº de
Nº de
Edifício 1 1965 38 6 24 15 2 3 2 2 2 3 29
Edifício 2 1984 17 23 18 13 2 1 3 4 - 4 27
Edifício 3 1985 17 24 18 10 4 - 4 19 7 4 48
Edifício 4 1986 14 17 14 12 5 1 4 20 3 3 48
Edifício 5 1989 16 9 10 22 5 - 8 20 9 2 66
Edifício 6 1992 9 21 32 8 1 - - 7 2 2 20
Edifício 7 1995 8 16 78 20 - 2 2 13 9 3 49
Edifício 8 1995 8 18 54 30 - 2 - 19 11 3 65
Edifício 9 1996 8 20 56 14 6 - 9 11 6 3 49
Edifício 10 1997 5 7 8 21 10 - 6 20 12 3 72
Edifício 11 1997 4 22 64 10 - - 1 12 1 - 24
Edifício 12 1998 4 22 72 27 1 1 8 18 8 4 67
Edifício 13 1998 6 25 42 13 7 - 8 16 7 3 54
Edifício 14 1999 5 21 60 17 1 1 7 12 1 3 42
Edifício 15 2000 2 11 16 21 5 - 2 17 14 4 63
Edifício 16 2000 4 11 14 20 4 1 7 22 13 4 71
Edifício 17 2001 4 28 144 22 12 - 8 27 13 6 88
Edifício 18 2001 2 6 24 20 8 3 10 10 6 1 58
Edifício 19 2001 5 27 22 27 11 1 5 24 16 6 90
Edifício 20 2003 3 13 45 23 17 1 6 23 10 7 87
Edifício 21 2003 4 27 21 39 22 2 10 24 12 5 114
Edifício 22 2003 4 18 112 40 - 1 10 29 22 7 109
Edifício 23 2203 2 12 24 14 4 - 10 16 6 3 53
Edifício 24 2004 1 27 27 28 10 2 3 24 8 4 79
Fonte: adaptado (GNIPPER).
23
UNIDADE I │ CONSTRUÇÃO CIVIL
A partir dessa ótica, fica claro que a patologia é um termo de maior amplitude do que
manifestação patológica, uma vez que ela é a ciência que estuda e tenta explicar a
ocorrência de tudo o que se relaciona com a degradação de uma edificação.
Desse modo, uma fissura não é considerada uma patologia: ela é apenas um
reflexo ou sintoma cujo mecanismo de degradação (doença) poderia ser, entre
diversas origens, a corrosão de armaduras, a deformação excessiva da estrutura
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CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE I
» trincas;
» fissuras;
» vazamentos;
» falhas na impermeabilização;
» destacamento de pisos;
» entre outras.
A figura a seguir nos mostra uma patologia da construção civil: uma trinca em estágio
inicial em uma parede.
Fonte: https://cohenconsultoria.wordpress.com/2016/02/03/fissuras-trincas-e-rachaduras-em-paredes/.
25
UNIDADE I │ CONSTRUÇÃO CIVIL
Fonte: https://www.eletricista.srv.br/o-que-fazer-depois-de-um-curto-circuito/.
Nota-se que o assunto sobre manifestações patológicas vai um pouco além do que
descobrir a simples causa e uma simples tratativa. É necessário entender seus
mecanismos de ação para que sejam tratadas adequadamente de forma a evitar
ou minimizar os seus impactos negativos em qualquer parte da construção civil.
Terapia
Ciência que estuda a escolha e administração dos meios de curar as doenças e da
natureza dos remédios.
Profilaxia
Ciência que estuda as medidas necessárias à prevenção das enfermidades.
Prophylaxis = prevenção.
Sintoma
Manifestação patológica detectável por uma série de métodos e análises.
Falha
Descuido ou erro, uma atividade imprevista ou acidental que se traduz em um
defeito ou dano.
26
CONSTRUÇÃO CIVIL │ UNIDADE I
Origem
Diagnóstico
Correção
Recuperação
Reforço
Reconstrução
27
ELÉTRICA UNIDADE II
CAPÍTULO 1
Sistemas Elétricos
Geração ou produção
Transmissão
Distribuição
Comercialização/consumo
sendo que esta última engloba a medição e faturamento dos consumidores.
Fonte: autoria própria.
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ELÉTRICA │ UNIDADE II
3
Hidrelétrica
Alta tensão Alta tensão
Termoelétrica
Eólica
Nuclear Subestação
Grandes consumidores
Outros
Distribuição
Alta tensão da energia
Geração da
1 energia Pequenos consumidores
elétrica
Transmissão
da energia
elétrica
Transformador
Distribuição
da energia Baixa tensão
3
elétrica
» hidrelétricas;
» termoelétricas;
29
UNIDADE II │ ELÉTRICA
» eólicas;
» solar;
» geotécnicas;
» termonucleares;
» maremotriz;
» biomassas etc.
30
ELÉTRICA │ UNIDADE II
» Sul;
» Sudeste/Centro-Oeste;
» Nordeste;
A interconexão dos sistemas elétricos é feita por meio da malha de transmissão. Ela
propicia a transferência de energia entre subsistemas, permite a obtenção de ganhos
sinérgicos e explora a diversidade entre os regimes hidrológicos das bacias.
Capacidade instalação
31
UNIDADE II │ ELÉTRICA
Fonte: http://www.ons.org.br/paginas/energia-agora/carga-e-geracao.
Fonte: http://www.ons.org.br/paginas/energia-agora/carga-e-geracao.
Fonte: http://www.ons.org.br/paginas/energia-agora/carga-e-geracao.
32
ELÉTRICA │ UNIDADE II
33
UNIDADE II │ ELÉTRICA
O controle da tensão pode ser feito de duas formas remotamente nas usinas:
Para finalizar este tópico, é interessante ter uma ideia da situação atual de nossos
recursos hídricos localizados nos principais reservatórios do país para geração
de energia elétrica. Para isso basta acessar o link descrito abaixo. As informações
também são atualizadas a todo momento: http://www.ons.org.br/paginas/energia-
agora/reservatorios.
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MANIFESTAÇÕES
PATOLÓGICAS UNIDADE III
ELÉTRICAS
CAPÍTULO 1
Sistemas e Circuitos Elétricos
» condutores elétricos;
» caixas de energia;
» conectores;
» disjuntores;
» estações de tratamento;
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UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
As instalações elétricas
É imprescindível que o projetista saiba onde se situa a sua instalação dentro de um
sistema elétrico mais complexo, a partir do gerador, até os pontos de utilização em
baixa tensão.
LT DP
13,2 kV
13,8 kV T1 138/230/400/500 kV T2
T3 T4
DS DS
220/127V 380/220V
Fonte: autoria própria.
36
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
Vale lembrar que esses sistemas, por mais que pareçam simples, são dotados
de componentes e mecanismos bastante complexos e contam com uma
série de fatores para garantir (principalmente) a segurança do imóvel e,
consecutivamente, a do usuário. Portanto, além de sua importância no uso
cotidiano, ressaltamos o quanto ela – eletricidade – é perigosa e pode vir a
causar vários acidentes e danos.
a. industrial;
b. comercial;
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UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
» memorial descritivo;
» ART;
» prumadas;
Documentação da instalação
A instalação deve ser executada a partir de projeto específico, que deve conter, no
mínimo:
38
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
39
CAPÍTULO 2
Previsão de cargas
Para cada aparelho a ser conectado e utilizado na rede elétrica, como lâmpadas,
aparelhos de aquecimento d’água, aparelhos eletrodomésticos, motores para
máquinas diversas, será requerida determinada potência dessa rede elétrica.
Previsão de cargas
O objetivo da previsão de cargas é a determinação – quantificação e qualificação –
de todos os pontos de utilização de energia elétrica (pontos de consumo ou cargas)
que farão parte da instalação elétrica. Ao final da previsão de cargas, estarão
definidas a potência, a quantidade e a localização de todos os pontos de consumo
de energia elétrica da instalação.
40
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
Correntes de curto-circuito
As correntes de curto-circuito são provenientes de falhas ou defeitos graves da
instalação, como:
Proteções
Sistemas de potência apresentam vários defeitos. Os defeitos geram interrupções
no fornecimento de energia e podem causar danos nos equipamentos, como:
» curto-circuito;
» sobrecargas;
» sobretensões.
41
UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
Verificação da instalação
Todos os tipos de instalações elétricas devem ser inspecionados e testados.
Esse procedimento deve preceder o seu funcionamento e ser aplicado tanto em
uma reforma ou edificação nova, visando assegurar que as instalações elétricas
foram executadas de acordo com essa norma.
Qualificação profissional
O projeto, a execução, a verificação e a manutenção das instalações elétricas
devem ser confiados somente a pessoas qualificadas a conceber e executar os
trabalhos em conformidade com a NBR 5410.
42
CAPÍTULO 3
Dimensionamento de instalações
elétricas
» disjuntores e fusíveis;
Energia elétrica
» luz;
» calor;
» choque elétrico;
43
UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
Em primeiro lugar, sem se aprofundar muito e não fugir do tema principal, foco
dos nossos estudos, faz-se necessário dizer que:
Resumindo:
44
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
Potência elétrica
P=VxA
Vale ressaltar que, até este ponto, a potência elétrica referida é a potência aparente.
» potência ativa; e
» potência reativa.
45
UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
Fator de potência
Potência ativa é uma parcela da potência aparente, e, dessa forma, pode-se dizer que
ela representa uma porcentagem da potência aparente transformada nas potências
mecânica, térmica e luminosa. A essa porcentagem dá-se o nome de fator de potência.
Exemplificando:
46
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
Área superior a 6m² → atribui-se o mínimo de 100 VA para os primeiros 6m²; acresce-
se 60 VA para cada aumento de 4m² inteiros.
Cômodos com área igual ou inferior a 6m2 → atribui-se no mínimo uma tomada.
Cômodos com área superior a 6m2 → atribui-se no mínimo uma tomada para cada 5
metros ou fração de perímetro, espaçadas uniformemente.
Cozinhas, copas, copas-cozinhas → atribui-se no mínimo uma tomada para cada 3,5
metros ou fração de perímetro, independente da área.
TUG: definição
As tomadas de uso geral – TUG – são tomadas às quais são conectados aparelhos
ou equipamentos móveis ou portáteis, como os eletrodomésticos em geral,
ferramentas como furadeira, secador de cabelo, aspirador de pó, liquidificador,
entre outros.
47
UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
TUE: definição
As tomadas de uso específico – TUE – são tomadas às quais são conectados
aparelhos ou equipamentos fixos e estacionários, como:
» chuveiro;
» torneira elétrica;
» micro-ondas;
» máquina de secar;
» secadora de roupas.
48
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
2,30
3,40
3,40
Sala Copa Cozinha
3,05
3,05
3,05
49
UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
Obs.: optou-se por instalar uma quantidade de TUG maior do que a quantidade
mínima requerida pela norma.
Feito isso e com base nesses resultados da potência ativa total projetada,
determinaremos, para essa residência:
» o tipo de fornecimento;
» a tensão de alimentação; e
» o padrão de entrada.
50
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
» Portanto, temos:
Padrão de entrada é constituído pelo poste com isolador, roldana, bengala, caixa de
medição e haste de terra, os quais devem estar instalados e atendendo às normas
técnicas vigentes.
51
CAPÍTULO 4
Dimensionamento – Prescrições
É importante salientar sempre que, durante a realização das inspeções e dos ensaios,
devem ser tomadas precauções que garantam a segurança das pessoas e evitem danos
à propriedade e aos equipamentos instalados.
Inspeção visual
A inspeção visual deve preceder os ensaios e ser efetuada normalmente com
a instalação desenergizada. É destinada a verificar se os componentes que
constituem a instalação fixa permanente:
a. são conforme as normas aplicáveis – obs.: isso pode ser verificado por
marca de conformidade, certificação ou informação declarada pelo
fornecedor;
j. acessibilidade.
53
CAPÍTULO 5
Manifestações patológicas
O choque elétrico, como dano físico a uma pessoa, é, sem dúvida, o problema mais
grave que pode ocorrer numa instalação elétrica. Podemos mencionar como origem
diversas causas, tais como:
54
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
Outro causador muito comum é a não atualização da rede elétrica quando se tem
novos equipamentos eletrônicos.
A rede elétrica é projetada para suportar até determinado tipo de tensão. Quando é
instalado um novo equipamento do tipo fixo, como um chuveiro, é muito provável
que este exigirá mais energia do sistema do que a rede elétrica seja capaz de suportar.
Curto-circuito
De uma forma bem simples, vamos explicar curto-circuito: circuito, sendo o
caminho, e curto, breve, pequeno. Nesse caso, um curto-circuito se caracteriza
pela passagem da corrente elétrica através de um condutor (fio, cabo), e uma
corrente elétrica trafega de um ponto A para um ponto B. Para configurar e
caracterizar um curto-circuito, a corrente elétrica pode se deparar com um
caminho que apresente resistência e, ao se deparar com esse obstáculo, procura
uma caminho mais fácil e mais curto possível. Nesse exato momento, você pode
ter problemas caso seja o caminho mais fácil e mais curto para a passagem de
corrente elétrica: você recebe a descarga elétrica, ou seja, toma um choque,
que pode ser letal. Temos aqui então configurado um curto-circuito, que tem
como outra característica causar um superaquecimento no sistema, podendo
acarretar perdas inestimáveis.
55
UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
Esse caminho é entre os dois terminais de uma fonte de tensão. A figura as seguir
nos mostra como é um circuito elétrico.
V
R2
i1 R1
i2
56
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
Lei de Ohm
O aumento do fluxo da corrente elétrica tem como efeito uma grande liberação de
energia. Essa energia liberada se transforma em calor e, consequentemente, ocasiona
um superaquecimento dos condutores.
Essa liberação de calor pode ser obtida matematicamente utilizando a Lei de Ohm:
V
i= Equação 2
R
Em que:
i = corrente (A)
R = resistência (Ohm - Ω)
P = V . i Equação 3
Substituindo i, temos:
V2
P= Equação 4
R
57
UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
Em que:
P = potência (W)
R = resistência (Ohms - Ω)
Potência
Relacionando corrente de um circuito e a sua voltagem, temos a potência. Assim, a
potência é o produto da multiplicação dos volts pelos amperes.
P = V . i Equação 5
Em que:
Obs.: ao dizermos a expressão “este aparelho tem tantos Watts de potência”, estamos
intrinsecamente relacionando a tensão e a corrente que esse aparelho consome de
energia para executar um trabalho.
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MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
› mal dimensionados;
› mal conservados; ou
› mal operados.
Os fusíveis, nesse caso, precisam ser trocados, pois perdem sua função de proteção.
Um curto pode acontecer sem que saibamos de sua existência por vários dias.
E vagarosamente acaba por prejudicar a parte estrutural da rede elétrica da
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UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
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MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
Causas Prevenções
» Contratar profissionais qualificados.
» Utilizar materiais de boa qualidade conforme projeto elétrico.
Dimensionamento incorreto da rede elétrica.
» Utilizar os materiais conforme especificações de projeto, norma e
fabricante.
» Utilizar disjuntores e fiação indicados no projeto elétrico.
Troca de disjuntores ou fiação em desconformidade com o projeto
elétrico e com as recomendações dos fabricantes. » Realizar avaliação periódica com emissão de laudo e manutenção
preventiva da instalação elétrica.
» Realizar a avaliação periódica da instalação com emissão de laudo e
Fios expostos, desencapados, danificados ou realização de emendas manutenção preventiva da fiação interna e externa quando indicado.
improvisadas e junções malfeitas.
» Manter fios isolados adequadamente e com sua isolação íntegra.
» Realizar a troca de materiais danificados.
Sobrecarga de rede, ligando muitos aparelhos elétricos de uma só vez, » Não fazer uso de extensões improvisadas, benjamins e o uso
utilizando “Tês” ou benjamins. excessivo de “Tês”.
» Contratar profissionais qualificados a fim de realizar as melhorias e
trocas necessárias na rede elétrica.
Rede elétrica muito antiga, desatualizada.
» Utilizar materiais de boa qualidade.
» Realizar manutenção preventiva.
» Contratação de profissionais qualificados.
» Desligar temporariamente a rede elétrica.
Reformas, ampliações e construções (andaimes, ligações improvisadas
ou malfeitas, defeitos de aparelhos, toque de materiais que conduzem » Isolar ou proteger cabos e fios.
eletricidade na rede elétrica).
» operar e manter adequadamente os equipamentos elétricos da obra.
» Seguir as determinações do projeto elétrico.
Fonte: autoria própria.
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UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
Fuga de corrente
Para iniciarmos este tópico, já colocamos aqui a diferença entre curto-circuito
e fuga de corrente: no curto-circuito, há a dissipação instantânea de energia
gerando faíscas e explosões; a fuga de corrente elétrica é caracterizada por uma
corrente elétrica que flui para além do circuito original, sendo escoada para
outras massas e possuindo diferença de potencial elétrico, como o aterramento.
Portanto, faz-se necessário dizer que curtos-circuitos e fuga de corrente são
duas coisas distintas.
Carga
Fonte
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MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
O maior risco à saúde humana quando temos uma fuga de corrente é o choque
elétrico, pois o seu corpo (qualquer parte), ao encostar num ponto de fuga de
corrente, serve de acesso à corrente elétrica para um ponto de aterramento
qualquer nesse caso.
Outra situação é que, por haver perda de energia, o consumo desta aumenta na
conta de energia.
» condutores desencapados;
Lembramos que temos duas formas de fuga de corrente: ou por equipamento ou por
instalação elétrica. Partindo desse ponto, basicamente, temos dois métodos para
identificar a fuga de corrente:
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UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
Aterramento
Aterramento significa colocar instalações de estruturas metálicas e
equipamentos elétricos no mesmo potencial ou estabelecer um referencial.
Dessa forma, a diferença de potencial entre a terra e o equipamento (ou a
estrutura) chega a zero, evitando algumas manifestações patológicas em um
circuito elétrico. Outra razão para um aterramento é equalizar os potenciais
das descidas nos sistemas de proteção (descargas atmosféricas, correntes
de fuga etc.) e os do solo, preocupando-se com os locais de frequência de
pessoas, a fim de minimizar as tensões de passo (termotécnica).
Resistência do aterramento
Um sistema de aterramento adequado é caracterizado por um caminho pelo
qual a corrente elétrica flua ou percorra e que ofereça baixa resistência à
condutividade, dissipando assim a energia recebida por meio da terra. Em
outras palavras, a corrente elétrica passará com facilidade por esse caminho até
chegar à terra. Isso evita desde choques elétricos até queima de equipamentos,
caso haja correntes elétricas indesejadas em um circuito ou rede elétrica.
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MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
Os objetivos do aterramento
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UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
Resistividade do solo
Para a elaboração do projeto de aterramento, é importantíssimo conhecer as
características do solo, sobretudo de sua resistividade elétrica.
Funções do aterramento
O aterramento elétrico tem três funções principais:
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MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
» hastes alinhadas;
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CAPÍTULO 6
Sistemas de proteção
E, com essa apresentação, faremos uma breve introdução sobre a NBR 5419 e
nos aprofundaremos um pouco mais nos sistemas de proteção SPDA.
» pessoas;
» equipamentos;
» instalações;
» estruturas.
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MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
As conexões entre as partes da ABNT NBR 5419 são ilustradas na figura a seguir:
SPDA MPS
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UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
NBR 5419-2015 atualizada com referência ao sistema de proteção contra descargas atmosféricas.
» subsistema de captação;
» subsistema de descida;
» subsistema de aterramento;
» materiais.
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MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
Portanto, temos:
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UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
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MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
» Linha
» Sistema elétrico
» Sistema eletrônico
» Sistemas internos
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UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
» Danos físicos
» Surto
» Risco – R
» Risco tolerável – Rr
Valor máximo do risco que pode ser tolerável para a estrutura a ser
protegida.
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MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
» Medidas de proteção
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UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
» Blindagem magnética
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MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
» Coordenação de DPS
» Interfaces isolantes
» Plano de referência
» Equipotencialização
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UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
SPDA
A sigla – SPDA – é:
» reduzir a corrente elétrica que flui por meio dos seres vivos por meio
de isolação de partes condutoras expostas e/ou por meio de um
aumento da resistividade superficial do solo;
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MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
No Brasil, é estimado que cerca de 130 pessoas morrem por ano atingidas por
raios, e cerca de 500 ficam feridas. Segundo o Inpe, cerca de 300 brasileiros
morrem por ano em decorrência de descargas elétricas naturais. O Brasil é líder
mundial em registros de raios, com uma média de 77,8 milhões de raios por ano.
De 2000 a 2017, data mais recente analisada pelo grupo, 2.044 pessoas morreram
no País em decorrência de descargas elétricas naturais. O número resulta em
cerca de 300 mortes desse tipo por ano. O estudo do Elat concluiu ainda que 43%
das mortes acontecem durante o verão, e que duas a cada três mortes ocorrem ao
ar livre. Recomenda-se evitar praias durante tempestades, pois o risco de raio é
maior.
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UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
Objetivo do SPDA
O SPDA tem por objetivo proteger prédios, antenas, instalações industriais, casas,
tanques, tubulações e principalmente pessoas e animais contra as descargas
atmosféricas (raios) e de seus efeitos (e consequências). Além da proteção desses
elementos citados, outro objetivo é que, ao protegê-los, ele evita que dispositivos,
equipamentos ou estruturas sejam danificados pela corrente elétrica atmosférica.
Função do SPDA
O SPDA é projetado com a função de:
» em segundo lugar, dissipar essa corrente elétrica por meio dos seus
componentes por um caminho mais seguro possível, direcionando para
a terra.
Dessa forma, pode-se ter o mínimo de garantia de que a descarga elétrica seja
minimizada ou até mesmo anulada.
80
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
Método de Franklin
Seu emprego e utilização é limitado pela norma e, por esse motivo, vem sendo
utilizado cada vez menos em edificações maiores. Por outro lado, em edificações
de pequeno porte, com o devido estudo e mapeamento de risco atendido, esse tipo
de sistema pode ser utilizado. O dimensionamento que esse método atende é: a
altura máxima de 45 metros ou 15 andares, tendo uma flecha de proteção de cerca
de 25º.
Figura 20. Esquema de abrangência do sistema de para-raios tipo Franklin e sua área de proteção.
A
Legenda
A captor (topo)
B solo
OC raio da base do cone de proteção
h1 altura da instalação
α
(altura da edificação + altura do mastro)
α ângulo de proteção conforme
h1
O C
B
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UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
Figura 21. Exemplificação esquemática sobre o volume a ser protegido pelo sistema de para-raios tipo Franklin.
Limite de alcance da
proteção do SPDA
60m
Edificação vizinha
fora da proteção
26m
Alcance da proteção de um para-raios instalado a 60m de altura
Onde é utilizado?
82
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
Fonte: https://i0.wp.com/www.aeroin.net/wp-content/uploads/2019/01/Gaiola-de-Faraday.jpg?w=500&ssl=1.
2 3
1 4
1 – captores (verticais)
2 – condutores horizontais (cobre)
3 – malha de condutores
4 – descidas
5 – aterramento
83
UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
R
h
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MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
A NBR 5419/2015 fixa as dimensões com valores máximos dos raios da esfera
rolante, tamanho da malha e ângulo de proteção correspondentes à classe do
SPDA. Veremos na tabela a seguir:
Observações:
» para valores de H (m) acima dos valores finais de cada curva (classes I a
IV), são aplicáveis apenas os métodos da esfera rolante e das malhas;
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UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
Componentes do SPDA
O SPDA possui basicamente três elementos:
» o sistema de aterramento.
Captor
Fonte: https://www.shutterstock.com/image-photo/lightning-protection-componentslightning-rod-system-prevent-1365358628.
» resistividade do solo;
» área construída. Aqui vale ressaltar que quanto maior a área construída,
será necessário utilizar um número maior de hastes de aterramento.
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MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
Danos à estrutura
A descarga atmosférica que atinge uma estrutura pode causar danos:
» à própria estrutura;
Vale ressaltar que os danos e falhas podem se estender para outras áreas ou
elementos e atingir as estruturas vizinhas. As características das estruturas e
descarga atmosférica definirão a extensão dos danos e falhas na vizinhança.
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UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
Tipos de perdas
Para efeitos da ABNT NBR 5419, são considerados os seguintes tipos de perdas,
os quais podem aparecer como consequência de danos relevantes à estrutura:
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MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
D1 L1, L4a
Estrutura S1 D2 L1, L2, L3, L4
D3 L1b, L2, L4
Nas proximidades b
S2 D3 L1 , L2, L4
de uma estrutura
Proximidades de b
uma linha elétrica ou S4 D3 L1 ,L2, L4
tubulações metálicas
Figura 30. Perdas e riscos correspondentes que resultam de diferentes tipos de danos.
a Somente para hospitais ou outras estruturas nas quais falhas em sistemas internos
colocam a vida humana diretamente em perigo.
b Somente para propriedades onde pode haver perdas de animais.
89
UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
Na próxima ilustração, será exemplificado o assunto com os tópicos vistos sobre SPDA.
Figura 31. Exemplo básico de diferentes fontes de danos a uma estrutura e de distribuição da corrente da
Fontes de danos:
S3
S1 - Descarga atmosférica na estrutura
S2 - Descarga atmosférica próxima à estrutura S1
S3 - Descarga atmosférica nas linhas que
adentram a estrutura
S4 - Descarga atmosférica próxima à linha /total
que adentra a estrutura L1
L2
L3
PEN
S2
Equipamento S4
D D
P Serviços
P
S ex.: água
S
/sinal /energia
OBS.: é importante salientar que a NBR 5419- 2015 foi atualizada em 2015 e
segue requisitos da norma europeia IEC-2813/2010, que foi atualizada em 2010.
Infelizmente as normas brasileiras demoram um pouco mais nas atualizações.
Os impactos desse atraso são o fato de que empresas que têm intenção de
desenvolver novos empreendimentos no Brasil solicitam que sejam seguidas
outras normas internacionais por estarem mais atualizadas.
» localização;
» concentração de pessoas;
» o tipo da estrutura.
90
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
Elaboradas por:
Comissões de Estudo (CE),
formadas por representantes dos setores envolvidos
(produtores, consumidores e neutros, tais como universidades, laboratórios e outros).
92
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS │ UNIDADE III
» residencial;
» comercial;
» público;
» industrial;
» de serviços;
» agropecuário;
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UNIDADE III │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ELÉTRICAS
» toda fiação e toda linha elétrica que não sejam cobertas pelas normas
relativas aos equipamentos de utilização; e
94
MANIFESTAÇÕES
PATOLÓGICAS UNIDADE IV
EM INSTALAÇÕES
HIDRÁULICAS
CAPÍTULO 1
Sistemas de Instalações Hidráulicas e
Hidrossanitárias
Essas normas definem os requisitos para garantir bom desempenho nas redes de
tubulação, segurança sanitária e potabilidade de água, quando aplicável.
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UNIDADE IV │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS
» tubos;
» conexões;
» registros;
» válvulas;
» acessórios;
» reservatórios;
» bombas;
» tanques;
» dispositivos de controle;
Principais problemas
Entre os principais problemas encontrados, estão:
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MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS │ UNIDADE IV
» especificações inadequadas;
» projeto deficiente.
Como se pode notar, são vários os pontos a serem considerados quando se tem uma
patologia se manifestando nas instalações hidráulicas.
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UNIDADE IV │ MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS
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INCÊNDIO UNIDADE V
CAPÍTULO 1
Sistemas de incêndio
Combate a Incêndio
O Brasil, em um curto espaço de tempo, passou de um país rural para uma sociedade
urbana, industrial e de serviços. Com essa virada, o aumento dos riscos de incêndio,
entre tantos outros que enfrentamos, também foi considerável.
99
UNIDADE V │ INCÊNDIO
É importante ressaltar que todo incêndio se inicia com pequenas falhas, seja ela em
instalações, circuitos, equipamentos, ou falha humana ao manusear um equipamento.
Seguem abaixo algumas normas que devem ser pesquisadas referentes a combate a
incêndio para melhor aprofundar no assunto:
100
INCÊNDIO │ UNIDADE V
101
CAPÍTULO 2
Sistemas de incêndio: líquidos
» hidrantes e mangotinhos;
A água é o agente extintor que proporciona a melhor absorção de calor, sendo que
o efeito extintor pode ser aumentado ou diminuído, conforme o estado em que é
dirigida sobre o fogo.
» resfriamento;
» abafamento;
» emulsificação.
» jato compacto;
» neblina;
» vapor.
102
INCÊNDIO │ UNIDADE V
Jato compacto: caracterizado por uma projeção forte de água, produzida sob alta
pressão e alta velocidade. Esse jato passa através de esguicho com orifício (requinte)
de descarga circular. A água terá a função de extinguir as chamas do incêndio por
contato e resfriamento. A operação de extinção das chamas só será eficaz se houver a
vaporização da água nas proximidades do local ou objeto em chamas.
» compartimentação;
» isolamento de risco.
103
UNIDADE V │ INCÊNDIO
» do diâmetro da mangueira;
» do número de saídas;
» a viabilidade de instalação;
» o custo;
104
INCÊNDIO │ UNIDADE V
» a eficácia do sistema;
A NBR 13714 (2000) apresenta três tipos de sistemas que variam em função da
vazão mínima no hidrante mais desfavorável, do diâmetro e do comprimento
da mangueira, do diâmetro mínimo da tubulação, do número de saídas que são
aplicadas em função da ocupação e uso do edifício.
Para reservar esse volume de água, teremos dois sistemas de reserva de água para
incêndio: reservatório inferior e reservatório superior. Eles serão apresentados a
seguir.
Figura 34. Hidrantes alimentados por bomba de incêndio e pressurizados com tanque de pressão.
Registro de pressão
Consumo
Reserva de
incêndio
Bomba de Tanque de
Reservatório incêndio pressão
inferior inferior inferior
105
UNIDADE V │ INCÊNDIO
Figura 35. Sistemas com reserva de água para incêndio em reservatório superior.
Reservatório superior Reservatório superior
Consumo Consumo
Reserva de incêndio Reserva de incêndio
Bomba de
incêndio
Recalque Recalque
Chave de
fluxo
Registro Registro
de passeio de passeio
Consumo Consumo
Sistema de
reservação
Tubulação Esguicho
Sistema de
pressurização
Sistema de Jato Fogo
comando
Sistema de reservação
» do tipo elevado;
» no nível do solo;
106
INCÊNDIO │ UNIDADE V
» semienterrado ou enterrado.
Sistema de pressurização
» por gravidade;
» por bombas;
Sistema de comando
Sistema de distribuição
107
UNIDADE V │ INCÊNDIO
As válvulas dos hidrantes têm como função controlar e bloquear o fluxo de água
no interior da tubulação e devem ter conexões iguais às adotadas pelo corpo de
bombeiros, ou seja, tipo engate rápido.
Abrigo
É um local em forma de compartimento de dimensões que podem variar e que tem
como função armazenar carretéis, mangueiras, chaves de mangueiras, esguichos
e outros equipamentos de combate a incêndio. Estão dispostos na cor vermelha,
embutidos na parede ou aparentes, com porta em locais de fácil visualização e acesso
e com sinalização de acordo com normas. Outra função desse compartimento é
proteger todos os elementos constituintes de combate a incêndio de intempéries e
outros danos.
Chave de mangueira
A chave de mangueira está disposta por uma haste metálica de ramo curvo e
tem como função acoplar e desacoplar as juntas de união das mangueiras com o
esguicho e a válvula angular no sistema de hidrante.
108
INCÊNDIO │ UNIDADE V
Registro de recalque
O registro de recalque de água é parte do sistema de hidrante e de mangotinhos.
Ele consiste no prolongamento da tubulação até a entrada da edificação ou área
de risco. Os outros componentes, como os engates, devem ser compatíveis com os
utilizados pelo corpo de bombeiros. Sua função é permitir a introdução de água
proveniente de fontes externas no sistema predial de combate a incêndio.
Critérios de projeto
O Regulamento de Segurança Contra Incêndio das Edificações e Áreas de Risco do
Estado de São Paulo, o IT 22 (2004) e a NBR 13714 (2000) fazem menção para os
seguintes critérios de projeto:
Critérios de dimensionamento
O dimensionamento do sistema segundo o Regulamento de Segurança Contra
Incêndio das Edificações e Áreas de Risco do Estado de São Paulo, o IT 22 (2004) e
a NBR 13714 (2000) deve atender aos critérios descritos a seguir:
109
UNIDADE V │ INCÊNDIO
Dimensionamento do sistema
f = fator de atrito;
d = diâmetro interno em m;
Em que:
q = vazão em L/min;
110
INCÊNDIO │ UNIDADE V
» sistema de ação prévia (contendo ar, que pode estar ou não sob pressão);
Controle de fumaça
O sistema de combate a incêndio pelo controle de fumaça veio a partir de um grande
incêndio (agosto de 1953) que destruiu complemente a fábrica de Livonia da General
Motors, em Michigan, com prejuízos de mais de US$ 55 milhões.
A razão inicial para se instalar um sistema de controle de fumaça com base no incêndio
acima (entre outros) foi a proteção de propriedade. O sistema tem como funções:
111
UNIDADE V │ INCÊNDIO
» proteção da propriedade;
» segurança do negócio;
» segurança pública.
112
INCÊNDIO │ UNIDADE V
2- A fumaça se propaga
lateralmente pela parte inferior
do telhado, longe da sua fonte.
113
UNIDADE V │ INCÊNDIO
Sistemas de sprinkler
O sistema de sprinklers age de forma a controlar o tamanho do incêndio, reduzindo
a quantidade de fumaça gerada. Utilizado em lojas de shoppings e corredores
em geral para favorecer o esfriamento excessivo da fumaça, porém impõe-se aos
riscos de uma superfície molhada, deixando o chão escorregadio nas saídas de
emergência.
Meios de fuga
É necessário primeiramente que a rota de fuga esteja protegida e bem
identificada, pois, dessa forma, quando as pessoas tomarem consciência do
incêndio, supõe-se que serão capazes de abandonar a área de forma segura. Os
meios de fuga então são auxiliados pelo sistema de controle de fumaça, pois
permite que elas retirem a fumaça, auxiliando na visibilidade das indicações
dos meios de fuga.
114
Referências
BERNARDES, C.; ARKIE, A.; FALCÃO, C. M.; KNUDSEN, F.; VANOSSI, G.;
BERNARDES, M.; YAOKITI, T. U. Qualidade e custo das não conformidades
em obras de construção civil. 1. ed. São Paulo: Pini, 1998.
115
REFERÊNCIAS
HELENE, Paulo. A Nova NBR 6118 e a Vida Útil das Estruturas de Concreto. In: II
Seminário de Patologia das Construções, 2004, Porto Alegre.
116
REFERÊNCIAS
Sites
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=17&Cod=1620.
http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-n-3-de-26-de-agosto-
de-2019-212912380.
http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2007/trabalhos/engenharias/inic/
INICG00949_01C.pdf.
https://cohenconsultoria.wordpress.com/2016/02/03/fissuras-trincas-e-rachaduras-
em-paredes/.
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/08/28/brasil-atinge-210-milhoes-de-
habitantes-diz-ibge.ghtml.
https://portalincendio.com.br/leis-e-normas-brasileiras-sobre-prevencao-de-
incendios-artigos-tecnicos.
https://portalincendio.com.br/nao-existe-fogo-acidental-todos-sao-resultado-de-
falhas-artigos-tecnicos.
https://www.editora2b.com.br/blog/saiba-tudo-sobre-patologia-especialidade-da-
engenharia-civil.
117
REFERÊNCIAS
https://www.editora2b.com.br/blog/saiba-tudo-sobre-patologia-especialidade-da-
engenharia-civil.
https://www.eletricista.srv.br/o-que-fazer-depois-de-um-curto-circuito/.
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-civil/patologicas-nas-
construcoes.
https://www.opovo.com.br/noticias/2019/03/27/brasil-tem-maior-incidencia-de-
raios-do-mundo--praias-e-lugares-abertos-durante-tempestades-aumentam-riscos.
html.
https://www.shutterstock.com/image-photo/lightning-protection-
componentslightning-rod-system-prevent-1365358628.
https://www.sonataengenharia.com.br/incendio-em-edificacao-causado-por-
instalacoes-eletricas-curto-circuito/.
118