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Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG

CLP ALTUS
MODELO FBs

IPATINGA
2012

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Presidente da FIEMG
Olavo Machado Júnior

Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica

Diretor Regional do SENAI/MG e

Superintendente de Conhecimento e Tecnologia


Lúcio José de Figueiredo Sampaio

Gerente de Educação Profissional


Edmar Fernando de Alcântara

Gerente de Tecnologia Industrial


José Eustáquio Drumond

Elaboração
Geraldo Fernandes Stocler

Unidade Operacional
Centro de Formação Profissional Rinaldo Campos Soares

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Sumário
APRESENTAÇÃO..................................................................................................................... 4
1 – Controlador Lógico Programável ......................................................................................... 5
1.1- Histórico do CLP ............................................................................................................. 5
1.2 - Arquitetura do CLP ........................................................................................................ 7
1.3 - Classificação dos CLPs ................................................................................................ 15
1.4 - Principio de operação do PLC ...................................................................................... 16
2 - Linguagens de Programação ............................................................................................... 19
2.1 - Linguagem_Ladder (LD - Ladder Diagram) ................................................................ 19
2.2 - Linguagem de Lista de Instruções (IL - Instruction List) ............................................ 20
2.3 - Ferramentas para Programação de PLCs ..................................................................... 20
3 – Kit Didático com CLP Altus .............................................................................................. 22
3.1 - Módulo CPU linha FBs ................................................................................................ 22
3.2 - Módulo FBs 24EA – Expansão Digital ........................................................................ 31
3.3 - Módulo FBs 4A2D - Expansão Analógica................................................................... 32
3.4 - Board de comunicação - FBs - CBE ............................................................................ 38
3.5 - Diagrama Elétrico do Kit ............................................................................................. 41
3.6 - Tabela de Endereços de entrada e saída do Kit de CLP ............................................... 45
4 – Software WinProladder ...................................................................................................... 46
4.1 - Função dos Menus ........................................................................................................ 48
4.2 - Área e trabalho ............................................................................................................. 52
4.3 - Inserindo os módulos de expansão ............................................................................... 53
4.4 - Inserindo comentários para as I/O................................................................................ 56
4.5 - Salvando Arquivo Modelo ........................................................................................... 57
4.6 - Programação em Ladder .............................................................................................. 58
4.7 - Transferência de programa do computador para o CLP .............................................. 61
4.8 – Princípio de funcionamento das principais instruções ................................................ 64
5 – Atividades propostas .......................................................................................................... 70
6 - Principais parâmetros do inversor NXL .............................................................................. 77
6.1 - Parâmetros de Leitura .................................................................................................. 77
6.2 - Parâmetros básicos ....................................................................................................... 78
6.3 - Parâmetros de entrada .................................................................................................. 81
6.4 - Parâmetros de saída ...................................................................................................... 83
6.5 - Parâmetros de controle do acionamento....................................................................... 84
6.6 - Parâmetros de controle do motor ................................................................................. 85
6.7 - Parâmetros de controle do console ............................................................................... 85
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 86

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APRESENTAÇÃO

“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do


conhecimento”.
Peter Drucker

O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os


perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção,
coleta, disseminação e uso da informação.

O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país, sabe disso, e


,consciente do seu papel formativo , educa o trabalhador sob a égide do conceito da
competência:” formar o profissional com responsabilidade no processo
produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos
técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e
consciência da necessidade de educação continuada.”

Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento, na sua área tecnológica,


amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se faz necessária.
Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia, da conexão de
suas escolas à rede mundial de informações – internet- é tão importante quanto
zelar pela produção de material didático.

Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.

O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os
diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !

Gerência de Educação e Tecnologia

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1 – Controlador Lógico Programável

Este material foi desenvolvido para servir de suporte instrucional para


treinamentos sobre Controladores Lógicos Programáveis (CLPs), integrantes da
grade curricular de cursos técnicos em Eletrotécnica, Aprendizagem industrial em
Instalação Elétrica Industrial e Manutenção Elétrica Industrial e cursos para
suprimento de demanda de profissionais da indústria. Ele aborda conceitos,
recursos, aplicações, procedimentos e aspectos operacionais relacionados com a
arquitetura e programação de CLPs tendo como referência prática o CLP da Altus
modelo FBs 24MC instalado em um Kit didático projetado e montado no centro de
formação profissional Rinaldo Campos Soares pela equipe técnica local
O tema, por si só, já é vastíssimo e além disso, do ponto de vista prático,
o mercado oferece muitas opções em termos de equipamentos e recursos. Dessa
forma procuraremos centrar nossas abordagens em aspectos comuns de algumas
marcas e modelos disponíveis.

1.1- Histórico do CLP

O Controlador Lógico Programável, ou simplesmente PLC (Programmable


Logic Controller), pode ser definido como um dispositivo de estado sólido - um
Computador Industrial, capaz de armazenar instruções para implementação de
funções de controle (seqüência lógica, temporização e contagem, por exemplo),
além de realizar operações lógicas e aritméticas, manipulação de dados e
comunicação em rede, sendo utilizado no controle de Sistemas Automatizados
Na década de 60, o aumento da competitividade fez com que a indústria
automotiva melhorasse o desempenho de suas linhas de produção, aumentando
tanto a qualidade como a produtividade. Fazia-se necessário encontrar uma
alternativa para os sistemas de controle a relês. Uma saída possível, imaginada pela
General Motors, seria um sistema baseado no computador.
Assim, em 1968 , a Divisão Hydramatic da GM determinou os critérios
para projeto do PLC, sendo que o primeiro dispositivo a atender às especificações
foi desenvolvido pela Gould Modicon em 1969.
As principais características desejadas nos novos equipamentos de
estado sólido, com a flexibilidade dos computadores, eram:
• Preço competitivo com os sistemas a relês;
• Dispositivos de entrada e de saída facilmente substituíveis;
• Funcionamento em ambiente industrial (vibração, calor, poeira, ruídos);
• Facilidade de programação e manutenção por técnicos e engenheiros;
• Repetibilidade de operação e uso.

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Inicialmente, os CLPs, ouPLCs eram chamados PCs - Programmable
Controllers, mas com o advento dos Computadores Pessoais (PCs - Personal
Computers), convencionou-se PLCs para evitar conflitos de nomenclatura.
Originalmente os PLCs foram usados em aplicações de controle discreto (onloff -
liga/desliga), como os sistemas a relês, porém eram facilmente instalados,
economizando espaço e energia, além de possuírem indicadores de diagnósticos
que facilitavam a manutenção. Uma eventual necessidade de alteração na lógica de
controle da máquina era realizada em pouco tempo, apenas com ‘mudanças’ no
programa, sem necessidade de alteração nas ligações elétricas.
A década de 70 marca uma fase de grande aprimoramento dos PLCs.
Com as inovações tecnológicas dos microprocessadores, maior flexibilidade e um
grau também maior de inteligência, os Controladores Lógicos Programáveis
incorporaram:
1972 - Funções de temporização e contagem;
1973 - Operações aritméticas, manipulação de dados e comunicação
com computadores;
1974 - Comunicação com lnterfaces Homem-Máquina;
1975 - Maior capacidade de memória, controles analógicos e controle
PID;
1979/80 - Módulos de I/O remotos, módulos inteligentes e controle
de posicionamento.
Nos anos 80, aperfeiçoamentos foram atingidos, fazendo do PLC um dos
equipamentos mais atraentes na Automação Industrial. A possibilidade de
comunicação em rede (1981) é hoje uma característica indispensável na indústria.
Além dessa evolução tecnológica, foi atingido um alto grau de integração, tanto no
número de pontos como no tamanho físico, que possibilitou o fornecimento de minis
e micros PLCs (a partir de 1982).
Atualmente, os PLCs apresentam as seguintes características:
• Módulos de I/O de alta densidade (grande número de Pontos de I/O por
módulo);
• Módulos remotos controlados por uma mesma CPU;
• Módulos inteligentes (coprocessadores que permitem realização de
tarefas complexas: controle PID, posicionamento de eixos, transmissão via rádio ou
modem, leitura de código de barras);
• Software de programação em ambiente Windows® (facilidade de
programação);
• Integração de Aplicativos Windows® (Access, Excel, Visual Basic) para
comunicação com PLCs;
• Recursos de monitoramento da execução do programa, diagnósticos e
detecção de falhas;
• Instruções avançadas que permitem operações complexas (ponto
flutuante, funções trigonométricas );
• Scan Time (tempo de varredura) reduzido (maior velocidade de
processamento) devido à utilização de processadores dedicados;

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• Processamento paralelo (sistema de redundância), proporcionando
confiabilidade na utilização em áreas de segurança;
• Pequenos e micros PLCs que oferecem recursos de hardware e de
software dos PLCs maiores;
• Conexão de PLCs em rede (conexão de diferentes PLCs na mesma
rede, comunicação por meio de Rede Ethernet).
O mercado recebe constantemente novos e melhores produtos que
agregam valores, ao mesmo tempo que reduzem o custo das soluções baseadas em
PLCs. Portanto, é indispensável uma atualização contínua por intermédio de contato
com fabricantes e fornecedores, sendo a lnternet uma ótima opção.

1.2 - Arquitetura do CLP

Conhecer a estrutura básica de cada Bloco que compõe o PLC, com suas
particularidades e funções desempenhadas, auxilia na configuração e escolha do
equipamento mais adequado à implementação de determinado Sistema
Automatizado. De certa forma, influencia também no desenvolvimento do Programa
de Aplicação.

CPU - Unidade Central de Processamento


A CPU de um PLC compreende os elementos que formam a ‘inteligência’
do sistema: o Processador e o Sistema de Memória, além dos circuitos auxiliares de
controle. O Processador interage continuamente com o Sistema de Memória por
meio do Programa de Execução (desenvolvido pelo fabricante), interpreta e executa
o Programa de Aplicação (desenvolvido pelo usuário), e gerência todo o sistema. Os
circuitos auxiliares de controle atuam sobre os barramentos de dados (data bus), de
endereços (address bus) e de controle (control bus), conforme solicitado pelo
processador, de forma similar a um sistema convencional baseado em
microprocessador.

Processador
O desenvolvimento tecnológico de um PLC depende principalmente do
Processador utilizado, que pode ser desde um microprocessador/controlada
convencional - 80286, 80386, 8051, até um processador dedicado - DSP (Digital
Signa Processor — Processador Digital de Sinais), por exemplo.
Atualmente, os Processadores utilizados em PLCs são dotados de alta
capacidade computacional. Há CPUs que possuem processamento paralelo
(sistema de redundância), no qual dois ou mais processadores executam o
Programa de Aplicação, confrontando o resultados obtidas após o término de cada
execução. Algumas Famílias de PLCs possuem Módulos Co-processadores, que
auxiliam o Processador da CPU na execução de funções específicas (operações
complexas).

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Independente de sua tecnologia, o Processador é responsável pelo
gerenciamento total do sistema, controlando os barramentos de endereços, de
dados e de controle. Conforme determinado pelo Programa de Execução, interpreta
e executa as instruções do Programa de Aplicação, controla a comunicação com
dispositivos externos e verifica integridade de todo o sistema (diagnósticos). Pode
operar com registros e palavras d instrução, ou de dados, de diferentes tamanhos (8,
16 ou 32 bits), determinado pelo tamanho de seu acumulador e pela lista de
instruções disponíveis para cada CPU.

Sistema de Memória
O Sistema de Memória da CPU é composto pela Memória do Sistema de
Operação (Programa de Execução ou Firmware, e Rascunho do Sistema) e pela
Memória de Aplicação (Programa de Aplicação e Tabela de Dados), conforme a
figura a seguir.

Memória do Sistema de Operação


• Programa de Execução (Firmware): Constitui o programa desenvolvido
pelo fabricante do PLC, o qual determina como o sistema deve operar, incluindo a
execução do Programa de Aplicação, controle de serviços periféricos, atualização
dos Módulos de I/O, etc. O Programa de Execução é responsável pela ‘tradução’ do
Programa de Aplicação desenvolvido pelo usuário — em linguagem de alto nível,
para instruções que o Processador da CPU possa executar — em linguagem de
máquina. E armazenado em memória não volátil — tipo ROM, normalmente
EPROM.
• Rascunho do Sistema: Trata-se de uma área de memória reservada
para o armazenamento temporário de uma quantidade pequena de dados, utilizados
pelo Sistema de Operação para cálculos ou controle (calendário e relógio internos,
sinalizadores — flags — de alarmes e erros). Uma característica dessa área de
memória é o acesso rápido, sendo do tipo RAM.
Memória de Aplicação ou Memória do Usuário
• Programa de Aplicação: Nessa área é armazenado o programa
desenvolvido pelo usuário para execução do controle desejado. Trata-se
normalmente de memória EEPROM, podendo ser também EPROM, ou ainda RAM
com bateria de segurança.

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• Tabela de Dados: Essa área armazena dados que são utilizados pelo
Programa de Aplicação, como valores atuais e de preset (pré-configurado) de
temporizadores! Contadores e variáveis do programa, além dos status dos Pontos
de Entrada e de Saída (Tabela de Imagem das Entradas e Tabela de Imagem das
Saídas), que são lidas e escritas pelo Programa de Aplicação, respectivamente. A
atualização desse status é realizada constantemente, refletindo as mudanças
ocorridas nos Pontos de Entrada, e as atualizações das saídas são efetuadas pelo
Programa de Aplicação. Cada Ponto de Entrada e de Saída, conectado aos Módulos
de I/O, tem um endereço específico na Tabela de Dados, o qual é acessado pelo
Programa de Aplicação. Essa memória é do tipo RAM, podendo ser alimentada com
bateria de lítio (memória retentiva).
Cada instrução que a CPU pode executar consome uma quantidade
predeterminada de memória, expressa em bytes (8 bits) ou words (16 bits).
Normalmente, as especificações técnicas de uma CPU indicam a quantidade de
memória disponível para o usuário (memória variável - RAM, e memória de
programação — EPROM, EEPROM ou RAM com bateria), podendo ser expressa
em Kbytes (‘capacidade física’ de armazenamento da memória) ou em Kwords -
palavras de programação (‘capacidade lógica’ de armazenamento da memória). No
entanto, durante a configuração de um PLC, deve ser considerada a quantidade de
palavras de programação, uma vez que nem sempre há relação direta entre a
capacidade física (Kbytes) e a capacidade lógica (Kwords).
Conforme o fabricante e a Família (ou modelo) de PLC, a quantidade de
memória destinada ao Programa de Aplicação pode ser configurada pelo usuário, ou
seja, uma mesma CPU pode ser configurada para aceitar até 2Kwords de
instruções, como até 4Kwords, por exemplo. Normalmente, quando existe esta
possibilidade, a memória se apresenta na forma de cartuchos que são inseridos na
CPU. Existem casos em que a CPU é fornecida com uma quantidade básica de
memória, a qual pode ser expandida por meio desses “cartuchos”.
Além da quantidade de memória, pode haver diferenças na forma de
armazenamento dos dados. As características normalmente apresentadas nas
especificações técnicas de unia CPU e que devem ser consideradas durante a sua
configuração são:
• Capacidade de memória: quantidade máxima de memória que a CPU
pode conter, sendo indicadas separadamente: Memória total para programa de
aplicação e memória total para tabela de dados ou variáveis.
• Tipo de memória: forma de armazenamento do Programa de Aplicação.
Algumas CPUs possibilitam a escolha do tipo de memória (EPROM ou EEPROM,
por exemplo) para este fim.
• Bateria de backup: indica se a CPU permite utilização de bateria (de
lítio) para manutenção da Tabela de Dados (Dados Retentivos), mesmo sem
alimentação.
• Pontos de I/O total: quantidade máxima de Pontos de I/O que a CPU
pode controlar. Conforme o caso, há limites para Pontos de Entrada e Pontos de
Saída separadamente. Por exemplo, uma CPU pode controlar 640 Pontos de I/O,
tendo no máximo 320 Pontos de Entrada e 320 Pontos de Saída.

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• Tempo de processamento ou tempo de execução: tempo necessário
para a CPU executar uma instrução booleana (contato ou bobina). Algumas CPUs
podem apresentar tempo de execução para instruções booleanas relativamente alto,
por serem indicadas ao processamento de operações mais complexas (operações
aritméticas e trigonométricas). Pode ser expresso em 1 k de instruções booleanas,
incluindo, ou não, tempo de overhead (processamento executado pela CPU
independente do Programa de Aplicação).
• Linguagem de programação: indica a(s) Linguagem(s) de Programação
que pode ser utilizada. Apresenta o sistema operacional necessário para o Software
de Programação para PC (DOS® ou Windows®, normalmente).
• Recursos de programação: indica os principais recursos disponíveis na
CPU que podem ser utilizados. Por exemplo, pode apresentar a quantidade de
temporizadores e contadores, operação com números inteiros ou números reais
(ponto flutuante), rotinas internas para controle PID, existência de calendário/relógio
internos, proteção por meio de senha (para acesso ao programa armazenado na
memória) e sistema de diagnósticos, entre outros.
• Portas de comunicação: quantidade de portas de comunicação
existentes na CPU, indicando tipo (RS-232 e/ou RS-422, por exemplo) e protocolos
suportados.
Para casos em que a CPU apresenta-se como um módulo independente,
deve-se considerar também o item potência consumida da base, o qual especifica a
corrente que a CPU consome da Fonte de Alimentação, por meio do barramento da
Base, para poder operar. Este valor é utilizado no Cálculo de Consumo de Potência
durante a configuração do PLC.

Circuitos/Módulos de I/O
A diferenciação de nomenclatura, Circuitos de I/O ou Módulos de I/O,
deve-se ao tipo de PLC. No caso de PLCs Compactos — CPU e I/O alojados em um
único invólucro, usa-se Circuitos de I/O. Para PLCs Modulares — CPU e I/O
disponíveis de forma independente, usa-se Módulos de I/O. A partir deste ponto, é
usado o termo Módulos de I/O indistintamente.
Os Módulos de I/O fazem a comunicação entre a CPU e o meio externo
(por meio dos Dispositivos de Entrada e Saída), além de garantir isolação e proteção
à CPU. De forma genérica, são divididos em Módulos de Entrada e Módulos de
Saída. Para os PLCs modulares, há também os Módulos Combinados (Pontos de
Entrada e de Saída no mesmo Módulo).
• Módulos de Entrada (lnput Modules): recebem os sinais dos dispositivos
de entrada, tais como: sensores, chaves e transdutores, e os convertem em níveis
adequados para serem processados pela CPU.
• Módulos de Saída (Output Modules): enviam os sinais aos dispositivos
de saída, tais como: motores, atuadores e sinalizadores. Esses sinais podem ser
resultantes da lógica de controle, pela execução do Programa de Aplicação, ou
podem ser ‘forçados’ pelo usuário, independente da lógica de controle.

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Normalmente, os Módulos de I/O são dotados de:
• Isolação Óptica para proteção da CPU, Fonte de Alimentação e demais
Módulos de I/O. Neste caso, não há conexão elétrica entre os dispositivos de
entrada (chaves, sensores) ou de saída (atuadores, motores) e o barramento de
comunicação da CPU.
• Indicadores de Status para auxílio durante a manutenção. Trata-se de
LEDs (Ligth Emitting Diodes - Diodos Emissores de Luz) presentes na parte frontal
dos Módulos de I/O que indicam quais Pontos de Entrada estão recebendo sinal dos
dispositivos externos, e quais Pontos de Saída estão sendo atuados pela CPU. Há
também a possibilidade de existirem indicadores de falhas, como, por exemplo, falta
de alimentação externa, bloco de terminais desconectado, ou fusível interno
queimado.
• Conectores Removíveis que reduzem o tempo de manutenção e/ou
substituição dos Módulos de I/O, agilizando tais tarefas.
Os Módulos de I/O são classificados como Discretos (Digitais) ou
Analógicos, existindo também os Especiais em algumas Famílias de PLCs.
Tratam sinais digitais (on/off - 0/1). São utilizados em sistemas
seqüenciais e na maioria das aplicações com PLCs, mesmo como parte de sistemas
contínuos.
Cada Ponto, de Entrada ou de Saída, dos Módulos Discretos corresponde
a um bit de um determinado endereço da Tabela de Dados (Tabela de Imagem das
Entradas e Tabela de Imagem das Saídas), a qual é acessada durante a execução
do Programa de Aplicação.
A quantidade de pontos de um módulo determina sua densidade. Para os
Módulos de Saída, quanto maior a densidade, menor a corrente que cada ponto
pode fornecer.
Módulos Discretos de Entrada
Os Módulos Discretos de Entrada normalmente apresentam as seguintes
características:
• Filtros de sinal que eliminam problemas de ‘bounces’ (pulsos
indesejados, causados durante a abertura ou fechamento de contatos mecânicos -
“rebatimentos".
• Quantidade de pontos disponíveis: 8, 16, 32 ou 64.
• Tipo e faixa de tensão das entradas: AC (110V ou 220V), DC (12V, 24V
ou 125V), AC/DC - ‘either’ (12V, 24V, 110V), TTL ou ‘contato seco’.
• As entradas DC podem ter configuração current sinking (consumidora
de corrente - comum negativo), current sourcing (fornecedora de corrente - comum
positivo) ou current sinking/sourcing (quando possuem um opto-acoplador com dois
LEDs em anti-paralelo). Esta é uma característica determinante durante a
configuração de um PLC, pois dependendo dos dispositivos de entrada utilizados
(sensores NPN ou PNP, por exemplo), faz-se necessário optar por um ou outro tipo
de entrada DC. Veja as figuras a seguir.

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Módulos Discretos de Saída
Os Módulos Discretos de Saída normalmente apresentam as seguintes
características:
• Quantidade de pontos disponíveis: 4, 8, 12, 16, 32 ou 64.
• Tipo e faixa de tensão das saídas: AC - triac ou scr (24V, 110V ou
220V), DC -transistor bipolar ou MOS-FET (5V, 12V, 24V ou 125V) ou relê (AC e
DC).
• As saídas DC podem ser tipo sinking (consumidora de corrente - comum
negativo) ou sourcing (fornecedora de corrente - comum positivo).
• As saídas a relê podem ter contatos simples (um contato normalmente
aberto), ou reversíveis (um contato normalmente aberto e outro normalmente
fechado).

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Fonte de Alimentação
A Fonte de Alimentação desempenha importante papel na operação do
sistema de um PLC. Além de fornecer todos os níveis de tensão para alimentação
da CPU e dos Módulos de I/O, funciona como um dispositivo de proteção. Garante a
segurança e a integridade da tensão de alimentação para todo o sistema, por meio
do monitoramento constante dos níveis de tensão e de corrente fornecidos. Se
esses níveis excederem os valores máximo ou mínimo permitidos, além do tempo
especificado pelo fabricante, a fonte interage diretamente com o processador,
gerando uma interrupção (por meio de uma seqüência de comandos) e fazendo com
que a CPU pare a execução do Programa de Aplicação.
Atualmente, as Fontes de Alimentação dos PLCs utilizam tecnologia de
chaveamento de freqüência (fontes chaveadas). Em alguns casos, a tensão de
entrada não é fixa e nem selecionável pelo usuário, possuindo ajuste automático,
proporcionando maior versatilidade e qualidade ao sistema. Há, também, Fontes de
Alimentação com tensão de entrada DC (12V, 24Vou 125V) para aplicações
específicas (automotivas, por exemplo).
As proteções externas recomendadas para a Fonte de Alimentação dos
PLCs variam conforme o fabricante, mas basicamente consistem em
transformadores de isolação ou supressores de ruídos para rede, aterramento
adequado e conformidade com as normas técnicas locais.

Em alguns casos, os Módulos de I/O necessitam, além das tensões


fornecidas pela Fonte do PLC, de alimentação externa. A Fonte do PLC é
responsável pela alimentação do circuito lógico dos Módulos de I/O, sendo que a
fonte externa alimenta os circuitos de potência, ou circuitos externos - entrada ou
saída (Módulos Discretos e Analógicos) ou ainda fornece um nível de tensão com
maior capacidade de corrente para os Módulos Especiais.
Normalmente, as Fontes dos PLCs proporcionam saída auxiliar de tensão
em 24VDC, com limite reduzido de corrente (na faixa de 300mA a 800mA). Essa
saída pode ser utilizada para alimentação dos Módulos de I/O, desde que respeitado
o limite de corrente.

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A Fonte de Alimentação tem aspectos variados, conforme o fabricante e a
Família de PLC. Pode apresentar-se em conjunto com a CPU, ou como um Módulo
independente para ser conectado à Base, ou ainda ser parte integrante da própria
Base.
As características normalmente apresentadas nas especificações técnicas
de uma Fonte de Alimentação e que devem ser consideradas durante a sua
configuração são:
• Faixa da tensão de entrada: AC (85-132V, 170-264V, 85-264V, por
exemplo), DC (12V, 24V, 10-28V, 125V, por exemplo). Para as faixas de entrada em
tensão DC observar também o ripple máximo permitido, geralmente menor que 10%.
• Seleção da faixa de entrada: automática, por jumpers, ou por terminais
de conexão.
• Potência fornecida: máxima corrente fornecida ao barramento da Base,
normalmente relacionada à tensão de 5VDC, para alimentação dos Módulos de I/O e
da CPU, se for o caso (CPU como módulo independente). Este valor é utilizado no
Cálculo de Consumo de Potência durante a configuração do PLC.
• Saída auxiliar de 24VDC: apresenta as características (tensão, corrente
e ripple) da saída auxiliar de 24VDC. Apenas para fontes com alimentação AC.
Base ou Rack
A Base, ou Rack, é responsável pela sustentação mecânica dos
elementos que compõem o PLC. Contém o barramento que faz a conexão elétrica
entre eles, no qual estão presentes os sinais de dados, endereço e controle -
necessários para comunicação entre a CPU e os Módulos de I/O, além dos níveis de
tensão fornecidos pela Fonte de Alimentação - necessários para que a CPU e os
Módulos de I/O possam operar.
Cada posição da Base, possível de receber um Módulo de I/O ou a CPU -
quando esta se apresentar como módulo independente, é denominada de slot
(ranhura, abertura), e cada slot da Base tem uma identificação própria, conforme o
fabricante. Por exemplo, a Automationdirect.com utiliza a seguinte nomenclatura
para os slots da Base:
Alguns Módulos de I/O ou Especiais podem ter restrições quanto ao
posicionamento nos slots da Base. Porém, de forma geral, os Módulos Discretos e
Analógicos podem ser posicionados livremente pelo usuário. As possíveis restrições
de posicionamento são indicadas nos respectivos manuais técnicos.
Na maioria dos casos, uma mesma Família de PLC possui Bases com
diferentes quantidades de slots, com o objetivo de atender às necessidades
específicas de cada

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Nas Famílias em que a CPU apresenta-se como um módulo independente
(Famílias DL205 e DL305), o primeiro slot ao lado da Fonte de Alimentação,
denomina-se slot da CPU, não podendo ser ocupado por Módulos de I/O. Em casos
específicos de Controle Baseado em PC, pode ser ocupado por Módulos Especiais
de Comunicação (Módulo para Comunicação Ethernet, por exemplo). O primeiro slot
ao lado da CPU denomina-se slot 0, o seguinte slot 1, e assim sucessivamente,
conforme apresenta a figura a seguir.

1.3 - Classificação dos CLPs

Embora existam algumas divergências entre autores e fabricantes quanto


aos critérios de classificação, os PLCs podem ser divididos em grupos específicos
de acordo com a estrutura que apresentem (especificamente relacionada à
quantidade de Pontos de I/O que a CPU pode controlar e a quantidade de memória
de programação disponível):
• Micros CLPs (até 64 Pontos de I/O e até 2Kwords de memória)
• Pequenos CLPs (de 64 a 512 Pontos de I/O e até 4Kwords de memória)
• CLPs Médios (de 256 a 2048 Pontos de I/O e dezenas de Kwords de
memória)
• CLPs Grandes (acima de 2048 Pontos de I/O e centenas de Kwords
de memória)
Em 1997, CLPs com até 14 Pontos de I/O e tamanho muito reduzido
foram lançados no mercado, tendo sido denominados pelos fabricantes de Nanos
CLPs.
Entre os Micros e Pequenos CLPs, ainda é possível encontrar outra
divisão:
• CLPs Compactos: que têm quantidade fixa de Pontos de I/O.
• PLCs Modulares: que permitem a configuração, por parte do usuário, da
quantidade e combinação dos Pontos de I/O.
Em alguns PLCs Compactos, é possível a adição de Pontos de I/O por
meio de ‘blocos’ de expansão, com limite determinado pelo fabricante, porém
apresentam poucas opções de configuração (quantidade e tipo dos Pontos de I/O
para cada bloco de expansão).

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1.4 - Principio de operação do PLC

Ciclo de Execução do PLC


O Scan, que é o tempo de execução de um ciclo do PLC em modo de
execução, pode ser descrito resumidamente pelo fluxograma apresentado na figura
a seguir. Estes segmentos estão presentes em todos os PLCs disponíveis no
mercado e definem o tratamento da informação durante a execução do Programa de
Aplicação.

A seguir, são descritos com mais detalhes os principais segmentos do


fluxograma do sistema de operação do PLC.
Atualização das Entradas - Leitura das Entradas
A CPU realiza a leitura de todos os pontos de entrada e armazena-os na
tabela de imagem das entradas. Cada ponto de entrada corresponde a uma posição
de memória específica (um bit de uma determinada word).
A tabela de imagem das entradas é acessada pela CPU durante a
execução do programa de aplicação.
Após a execução deste segmento em um determinado scan, a Leitura das
entradas será realizada apenas no scan seguinte, ou seja, se o status (condição) de
um determinado ponto de entrada mudar após a leitura das entradas, ele só terá
influência na execução do programa de aplicação no scan seguinte, quando será
percebida tal alteração.

16
Se uma determinada aplicação não puder ‘esperar’ este tempo
(normalmente, da ordem de milisegundos) para reconhecimento da alteração dos
pontos de entrada, utilizam-se instruções imediatas para construção da lógica de
controle no programa de aplicação. Essas instruções acessam diretamente os
pontos de entrada no momento em que são executadas. Há também as instruções
imediatas de saída que, ao serem executadas, atualizam os pontos de saída e a
tabela de imagem das saídas simultaneamente. A utilização de instruções imediatas
aumenta o Scan Time (tempo de varredura, ou de execução) da CPU, pois além das
operações de atualização das entradas e atualização das saídas, os módulos de I/O
são acessados a cada execução de uma instrução imediata.
Execução do Programa de Aplicação
Neste segmento, a CPU executa as instruções do Programa de aplicação,
que definem a relação entre a condição das entradas e a atuação das saídas, ou
seja, definem a lógica de controle a ser realizada.
A CPU inicia a execução do programa de aplicação a partir do primeiro
degrau (Lógica de controle da linguagem ladder), executando-o da esquerda para a
direita, e de cima para baixo, rung a rung, até encontrar a instrução END (FIM).
Constrói, assim, uma nova tabela de imagem das saídas, gerada a partir da lógica
executada.
Atualização das Saídas - Escrita das Saídas
Após a execução do programa de aplicação, o conteúdo da Tabela de
imagem das saídas, construída de acordo com a lógica executada, é enviado aos
pontos de saída correspondentes.
Realização de Diagnósticos
Neste segmento, a CPU realiza todos os diagnósticos do sistema, além
de calcular o Scan Time (Tempo de varredura), atualizar Relês Especiais
correspondentes e reinicializar o Watchdog Timer (Temporizador ‘Cão-de-Guarda’).
Entre os diagnósticos realizados, os mais importantes são o cálculo do
Scan Time e o controle do Watchdog Timer. O Scan Time compreende o tempo
consumido pela CPU para realizar todas as tarefas em cada scan, desde o início
(atualização das entradas) até o término do ciclo (atualização das saídas). O
Watchdog Timer armazena o tempo máximo permitido para execução de cada scan
(normalmente definido pelo usuário). Se, em determinado scan, esse tempo for
excedido (Erro Fatal), a CPU é forçada ao modo de programação e todas as saídas
são desligadas. Caso contrário, o valor do Scan Time é armazenado em uma
variável apropriada (para realização de estatísticas: Scan Time máximo e mínimo,
por exemplo) e juntamente com o Watchdog Timer é reinicializado, sendo
controlados a cada scan.
Todos os erros diagnosticados, Fatais ou não Fatais, são indicados por
flags (bits internos à CPU, que podem ser usados no programa de aplicação), e em
alguns casos por LEDs externos (normalmente localizados na parte frontal da CPU e
dos Módulos de I/O). Algumas CPUs dispõem, também, de uma variável destinada
ao armazenamento do código de erro ocorrido durante a execução do último scan.

17
Considerações relacionadas ao Scan Time
Como apresentado, o scan do PLC é composto por diversos segmentos
nos quais são realizadas tarefas específicas (determinadas pelo firmware). Para
execução de cada segmento é consumida uma certa quantidade tempo, sendo que
o somatório dos tempos determina o Scan Time (Tempo de varredura) o qual pode
variar de um scan para outro.
Os fatores que têm influência direta sobre o Scan Time são:
• Quantidade de módulos e pontos de entrada (‘atualização das
entradas’);
• Conexão de dispositivos(s) periférico(s) (‘atendimento a serviço
periférico’);
• Tamanho do programa de aplicação e tipo das instruções utilizadas
(‘execução do programa de aplicação’);
• Quantidade de módulos e pontos de saída (‘atualização das saídas’).
Independente da complexidade do programa de aplicação, há certos
fundamentos da programação em linguagem Ladder que são imprescindíveis para
um desenvolvimento adequado, os quais são válidos genericamente a todos os
PLCs.

18
2 - Linguagens de Programação
A primeira linguagem criada para programação de PLCs foi a Linguagem
Ladder.
O fato de ser uma linguagem gráfica, baseada em símbolos semelhantes
aos encontrados nos esquemas elétricos - contatos e bobinas, foi determinante para
aceitação do PLC por técnicos e engenheiros acostumados com os sistemas de
controle a relês. Provavelmente é ainda a mais utilizada.
Enquanto a Linguagem Ladder conquistava os Estados Unidos, a
Linguagem de Lista de Instruções era amplamente difundida na Europa. Esta, por
sua vez, é uma linguagem textual semelhante ao Assemble, e faz parte das
linguagens básicas normalmente disponíveis em um PLC.
As Linguagens de Programação não se limitam apenas a estas duas.
Atualmente, são encontrados no mercado PLCs que proporcionam programação por
meio de Linguagem ‘C’ e BASIC, por exemplo. A Norma IEC 61131-3 define cinco
Linguagens de Programação, entre as quais estão a Linguagem Ladder e a
Linguagem de Lista de Instruções.

2.1 - Linguagem_Ladder (LD - Ladder Diagram)

O nome Ladder deve-se ã representação da linguagem se parecer com


uma escada (Iadder), na qual duas barras verticais paralelas são interligadas pela
lógica de controle (rung), formando os degraus da escada. A figura a seguir

apresenta um exemplo simples de programação em Linguagem Ladder.

Atualmente, os PLCs apresentam instruções sofisticadas. Além de


simples contatos e bobinas, dispõem de contatos para detecção de borda de
subida/descida (one shot —‘disparo’), contatos de comparação, temporizadores,
contadores, blocos de processamento (operações lógicas e aritméticas, manipulação
de dados), controle total do fluxo de execução do programa (foops For/Next, Goto,
Stop, sub-rotinas), interrupções (por hardware e por software) e blocos para
manipulação de mensagens (ASCII, rede), por exemplo.

19
2.2 - Linguagem de Lista de Instruções (IL - Instruction List)

É uma linguagem de baixo nível, similar à assembler. Nessa Linguagem é


permitida apenas uma operação por linha, como o armazenamento de um valor em
uma determinada variável, por exemplo. Sua utilização é viável em aplicações
menores, ou para otimização de partes de uma aplicação mais complexa. A figura a
seguir apresenta um exemplo simples de Programação em Linguagem de lista de
Instruções.
Endereço Instrução Operando
0 STR I0
1 ANDN I1
2 OUT O0
3 END
2.3 - Ferramentas para Programação de PLCs

As principais Ferramentas para Programação disponíveis atualmente para


as Famílias de PLCs encontrados no mercado são o Programador Manual
(Handheld Programmer) e o Software de Programação para PC. Ambas ferramentas
possuem recursos para monitoramento de condições internas à CPU (diagnósticos e
erros, por exemplo), verificação da execução do Programa de Aplicação e controle
sobre os Modos de Operação, entre outros.
Cada fabricante, e em alguns casos cada Família de PLC, tem suas
Ferramentas de Programação próprias que não podem ser usadas para PLCs (ou
CPUs) distintos.
Programador Manual (Handheld Programmer)
Esta é a ferramenta de menor custo e utilizada para pequenas alterações.
Normalmente, possui um display de cristal líquido com duas linhas para
apresentação das informações (endereço e dados do programa, condição dos
Pontos de I/0 e diagnósticos internos, por exemplo) e um teclado de membrana para
entrada dos dados.
O Programador Manual não é indicado para o desenvolvimento de todos
os programas de aplicação, pois permite edição/alteração por meio de mnemônicos
(Linguagem de Lista de Instruções) apenas. Porém, é bastante útil como ferramenta
de manutenção para campo (‘chão de fábrica’, proporcionando visualização,
monitoramento e alteração de parâmetros e do programa de aplicação rapidamente,
com a vantagem de ser portátil e resistente ao ambiente industrial. É conectado à
CPU do PLC por meio de cabo apropriado, pelo qual recebe a tensão de
alimentação necessária à sua operação.
Algumas famílias de Micros PLCs permitem o desenvolvimento de
programas apenas por intermédio dessa ferramenta de programação. Conforme o
fabricante o backup (cópia de segurança) do programa de aplicação desenvolvido
pode ser armazenado em cartões de memória tipo PCMCIA, ou em memórias tipo
EEPROM, ambos instalados no próprio Programador Manual.

20
Software de Programação
É a Ferramenta mais poderosa disponível atualmente. Conforme o PLC, o
Software de Programação opera em ambiente DOS® ou Windows®, sendo este o
mais comum. Além de proporcionar edição/alteração do Programa de aplicação em
ambiente gráfico (Linguagem Ladder, por exemplo) - mesmo para as versões DOS
permite visualização e controle total do sistema; documentação e impressão da
aplicação desenvolvida; várias formas de armazenamento de backup (disquete, HD,
CD, etc.); e recursos avançados para depuração e manutenção. O PC deve atender
ás configurações de hardware (processador, quantidade de memória RAM, espaço
livre em HD, portas seriais) e de software (Sistema Operacional) indicadas pelo
fabricante do PLC.
Conforme o Software de Programação, são disponíveis dois modos de
operação:
• Offline (Sem Conexão): permite o desenvolvimento do programa de
aplicação (edição, documentação, impressão) e configuração de parâmetros sem
necessidade de conexão com a CPU do PLC.
• Online (Conectado): os recursos são disponíveis a partir da conexão
com a CPU do PLC. Alguns Softwares de Programação permitem operação apenas
neste modo, ou seja, todo o desenvolvimento deve ser realizado com o PC
conectado ao PLC.
A comunicação entre o PC e a CPU do PLC é feita por meio de cabo
apropriado, pela porta serial (RS-232) na maioria dos casos. Porém, algumas CPUs
utilizam o padrão RS-422 e necessitam de conversor RS-232/RS-422 para conexão.
Há ainda aquelas que utilizam padrão próprio e necessitam de interface dedicada
instalada no PC.
Os recursos e facilidades que o Software de Programação oferece variam
conforme o fabricante. Por exemplo, o Software de Programacão DirectSOFT da
Automationdirecr.com opera em ambiente Windows (com versões para 16 e 32 bits),
proporcionando nos modos Offline e Online poderosos recursos de edição,
documentação e depuração/manutenção. Por utilizar plataforma Windows , permite a
visualização de várias janelas simultaneamente, possibilitando que dois ou mais
programas de aplicação sejam criados/editados ao mesmo tempo, e recursos de
‘Marcar, Recortar, Colar’ sejam utilizados entre eles. A comunicação com a CPU do
PLC pode ser feita por porta serial padrão RS-232, ou por Modem, com busca e
configuração automáticas em ambos os casos. Para comunicação via Modem - que
permite a manutenção, alteração e atualização de aplicações a distância, são
necessários dois Modems: um instalado no PC (interno ou externo) e outro instalado
no PLC (externo), ambos configurados adequadamente.

21
3 – Kit Didático com CLP Altus
O Kit didático montado para execução das aulas práticas de CLP possui
um CLP da marca Altus, linha FBs, modelo FBs 24MC. Este CLP está com 2
módulos de expansão e uma board de comunicação em Ethernet.

3.1 - Módulo CPU linha FBs

As UCPs FBs-XXMC é destinada a automação de pequeno e médio porte


e possui modelos de 24 pontos de E/S digitais até 60 pontos de E/S digitais
incorporados na UCP. Incorpora porta de comunicação RS-232 para carga de
programa e comunicação com IHM’s e softwares supervisórios. Possui protocolos de
comunicação Fatek, MODBUS RTU/ACII e MODBUS TCP, possibilidade de
conexão de até cinco portas seriais, entre outras funcionalidades e pode
chegar a 512 pontos de E/S digitais (256 de entrada e 256 de saída) e 128
pontos de E/S analógicos (64 de entrada e 64 de saída) através de módulos
de expansão. Possui software de programação gratuito em linguagem Ladder.
A foto abaixo ilustra um dos modelos disponíveis:

22
Principais características da linha FBs:
• Alta velocidade e desempenho
• Arquitetura modular, com ampla gama de módulos de E/S
• Conexão de até 5 portas de comunicação (RS-232 / RS485 e
Ethernet)
• Pontos de entrada e saída rápidas de até 200 kHz
• Protocolos MODBUS RTU Mestre / Escravo e MODBUS TCP
• Pontos de E/S integrados na UCP
• WinProladder: software de programação gratuito, intuitivo e
amigável
• Programação via RS-232, RS-485 e Ethernet
Códigos de especificação do produto

Os seguintes produtos devem ser adquiridos separadamente para


possibilitar a utilização do produto:

23
As UCPs Série FBs FBs-XXMC distinguem-se pelas seguintes
características:

24
Características Gerais Comuns atoda família FBs

Entradas Digitais
As UCPs FBs-XXMC possuem três tipos de entradas digitais, são elas as
Entradas Simples, Entradas de 20 kHz e as Entradas de 200kHz. As entradas
digitais de 20kHz e 200 kHz são implementadas pelo hardware HHSC (Hardware
High Speed Counters) e por serem implementadas em hardware, não ocupam o
tempo de processamento da UCP.
A tabela a seguir especifica as características de cada tipo de entrada.

25
Saídas Digitais
As UCPs FBs-XXMC possuem quatro tipos de saídas digitais,
divididas em Saídas Relé, Saídas Transistor Simples, Saídas Transistor de 20
kHz e Saídas Transistor 200 kHz. As saídas a transistor estão disponíveis
nos modelos FBs-XXMCTJ e as saídas a relé nos modelos FBs-XXMC.
A tabela a seguir especifica as características de cada tipo de saída.

Capacidade de Expansão de E/S


Uma UCP da Série FBs tem sua capacidade de E/S determinada pelos
seguintes valores:
• Número máximo de total de módulos: 32
• Número máximo de pontos: 512 E/S Digitais (256 de entrada
e 256 de saída) e 128 pontos de E/S Analógicas (64 pontos de
entrada e 64 pontos de saída)
• Número máximo de canais para medida e controle em um sistema:
32 (medidas de temperatura e PID)
• Comprimento máximo do cabo de barramento: 5 metros
Tanto as E/S digitais como numéricas são feitas através de módulos ou
unidades de expansão, conectados em cascata através do conector para expansão
de E/S localizado ao lado direito dos módulos/unidades da Série FBs:

26
Borneiras de Entrada
Para permitir uma menor quantidade de conexões na borneira dos
produtos da Série FBs, adota-se um diagrama de conexão de borne único de
entrada. Internamente esse diagrama é implementado com uma conexão comum
para todas as entradas que por sua vez é conectado ao borne S/S e a outra
terminação de cada entrada conectada aos seus respectivos bornes X0, X1,
etc, Externamente a ligação é feita com uma interligação comum a todas os
dispositivos de entrada e a outra terminação de cada dispositivo de entrada
conectadas aos seus respectivos bornes.
• Para utilizar entradas tipo SINK, deve-se conectar o borne comum
interno S/S ao borne 24V+ e a interligação externa comum a todos
os dispositivos conectados ao borne 0V-.
• Para utilizar entradas tipo SRCE , deve-se conectar o borne S/S ao
borne 0V e a interligação externa comum a todos os dispositivos
conectados ao borne 24V+.
Entrada tipo SINK
A figura a seguir demonstra como deve ser feita a ligação dos bornes de
entrada para entradas do tipo SINK:

27
Entrada tipo SRCE
A figura a seguir demonstra como deve ser feita a ligação dos bornes de
entrada para entradas do tipo SRCE:

Borneiras de Saída
Nos pontos de saída da Série FBs também é adotado um diagrama de
conexão de borne único de saída. Como um ponto de saída necessita dois terminais
de conexão esse diagrama é implementado com um borne comum de saída para
todas as saídas e cada saída com uma terminação individual. Chama-se bloco
comum, um conjunto de saídas que compartilham um mesmo borne comum (C0,
C2, C4...).
As saídas podem ser do tipo relé ou transistor PNP SRCE.

28
Saídas tipo Relé
A figura a seguir demonstra como deve ser feita a ligação dos bornes de
saída do tipo Relé:

Saídas tipo Transistor SRCE


A figura a seguir demonstra como deve ser feita a ligação dos bornes de
saída do tipo transistor SRCE:

29
Diagnóstico
As UCPs da Série FBs possuem os seguintes leds de diagnóstico:

Indicador de Erro “ERR”


Em operação normal, com a UCP em modo RUN ou modo STOP, esse
led irá permanecer desligado. Caso esteja aceso, indica que o sistema possui um
erro. Caso o led ERR permaneça constantemente ligado, desligue e ligue a
alimentação da UCP. Se a situação persistir, a UCP está com defeitos de hardware
e deve ser encaminhada para reparo. Caso o led ERR acenda e apague num
período de 0.5 segundos, significa que alguma anormalidade ocorreu com a UCP.
Nesse caso, os leds das saídas Y0, Y1, Y2 e Y3 são acionados (as saídas
são desativadas) para indicar o tipo de anormalidade que ocorreu:

30
3.2 - Módulo FBs 24EA – Expansão Digital

Os módulos de E/S da Série FBs são módulos de expansão de


entradas e saídas digitais para as UCPs da Série FBs. Possuem modelos a
partir de 4 ED e 4 SD, até modelos com 36 ED e 24 SD. As entradas dos
módulos podem ser configurados tanto como source ou sink e destinam-se ao uso
com sensores de 2 fios (chaves) ou 3 fios (sensores com alimentação), além de
serem opto-isoladas. As saídas dos módulos podem ser a transistor source
ou a relé de contato seco.
A foto ilustra um modelo disponível.

Principais características dos módulos de expansão digital:


• Endereçamento automático
• Verificação automática do tipo de módulo pela UCP
• Sinalização via LED
• Até 36 pontos de ED e 24 pontos de SD
• Possibilidade de entradas do tipo source ou sink para
sensores de 2 fios (chaves) ou 3 fios (sensores com
alimentação)
• Modelos com saídas transistor source (tipo PNP) ou saída a relé

31
Os módulos de E/S da Série FBs distinguem-se pelas seguintes
características:

As conexões dos módulos de expansão digitais são similares às conexões


dos módulos de CPU.
3.3 - Módulo FBs 4A2D - Expansão Analógica

O módulo de E/S analógicas FBs-4A2D destina-se tanto à leitura e


conversão analógico-digital de sinais sob a forma de corrente ou tensão, como
fornecer sinais de saída analógicos para controle de máquinas e processos.
Possui quatro entradas analógicas (14 bits) e duas saídas analógicas (12 ou 14 bits)
ajustáveis como unipolar ou bipolar e com faixa de valores de leitura ajustáveis. Por
segurança, a saída é forçada a zero quando o módulo não é respondido pela CPU
após 0,5 segundos. São utilizados em conjunto com as UCPs da Série FBs
para aplicações de acionamento e controle de dispositivos analógicos e leitura
de medidores e sensores.
A foto ilustra o modelo

32
Principais características:
• Endereçamento e verificação do tipo de módulo automático
• Resolução de 14 bits
• Resolução do sinal de 0,3mV e 0,61uA
• Precisão de 1% em fundo de escala
• Faixas de tensão de -10V a 10V , 0V a 10V, -5V a 5V e 0V a 5V
• Faixas de corrente de -20mA à 20mA , 0mA à 20mA, -10mA à
10mA e 0mA à 10mA
• Possui 4 pontos de entrada analógica e 2 pontos de saída
analógica
• Atualiza dados a cada scan
O módulo de E/S analógicas FBs-4A2D apresenta as seguintes
características:

Pontos de Entrada: Ocupa 4 pontos de entrada analógica.


Pontos de Saída: Ocupa 2 pontos de saída analógica.
Resolução: O número de bits de resolução pode ser configurado como 14
bits ou 12 bits. Essa configuração é feita via software WinProladder.
Consumo interno: O consumo interno refere-se ao consumo do módulo
pela alimentação 5VDC recebida do barramento.
Consumo externo: O consumo externo refere-se ao consumo do
módulo pela alimentação 24VDC externa. A fonte de alimentação deve fornecer no
mínimo 4 W.

33
Características Modo Entrada de Tensão

Características Modo Entrada de Corrente

Características Modo Saída de Tensão

Características Modo Saída de Corrente

34
Faixa de Sinal
A faixa de sinal é configurada via jumpers de ajuste.
Para selecionar o modo de operação para tensão ou corrente, ajustar
faixa de valores, amplitude e polaridade do sinal, os módulos de E/S analógicas
possuem jumpers de configuração localizados no seu interior. Os módulos possuem
3 camadas de PCB sobrepostas, são elas a PCB de alimentação, PCB de E/S e
PCB de controle. Os jumpers de configuração estão localizados nas PCB de controle
e de E/S. Para ter acesso a PCB de controle deve-se remover a tampa frontal do
módulo e para acessar a PCB de E/S deve-se remover a PCB de controle.
A figura abaixo demonstra a posição dos jumpers nas placas:

Configuração de saída
O usuário pode escolher entre faixa de valores unipolares e bipolares. A
faixa de valores unipolares para sinais de saída é de 0 à 16384 e a faixa de
valores bipolares para sinais de saída é de -8192 à 8191. Os dois extremos
das faixas de valores correspondem aos valores máximos e mínimos de saída.
Geralmente a faixa de valores deve ser escolhida de acordo com a forma de
sinal que se deseja obter. Através do jumper JP1 é possível configurar a faixa de
valores como unipolares ou bipolares. Essa configuração vale para todas as saídas

35
Os sinais de saída podem ser configurados como modo tensão ou
modo corrente através do jumper JPA. Já as configurações de polaridade e
amplitude são feitas no jumper JPB. As saídas podem ter configurações
individuais. A tabela abaixo ilustra as possíveis configurações para cada saída:

36
Configuração de entrada
O usuário pode escolher entre faixa de valores unipolares e bipolares. A
faixa de valores unipolares para sinais de entrada é de 0 à 16384 e a faixa de
valores bipolares para sinais de saída é de -8192 à 8191. Os dois extremos
das faixas de valores correspondem aos valores máximos e mínimos de entrada.
Geralmente a faixa de valores deve ser escolhida de acordo com a forma de sinal
que se deseja obter. Através do jumper JP1 é possível configurar a faixa de valores
como unipolares ou bipolares. Essa configuração vale para todas as entradas:

A tabela abaixo demonstra as configurações de polaridade e amplitude do


sinal de entrada. Essas configurações são comuns para todos os pontos de
entrada. O jumper JP3 configura a polaridade e o jumper JP4 configura a amplitude.

37
As configurações de modo corrente ou tensão são feitas através dos
jumpers JP5 a JP8, que correspondem as entradas CH0 a CH3. Portanto cada
entrada possui um jumper próprio podendo se obter configurações individuais para
cada entrada.

Conversão de sinais analógicos 0-20mA para 4-20mA


Os módulos de expansão de E/S Analógicas da Série FBs operam
com entrada e saída de corrente com range de 0 a 20mA. No caso de
necessitar utilizar sinais de entrada ou saída na faixa de valores entre 4-
20mA, deve-se fazer uma configuração via código de programa em Ladder. Para
fazer essa conversão deve-se utilizar a função FUN32 do software de programação
WinProladder. Para maiores informações consultar o tutorial da função FUN32
disponível no site da Altus.
3.4 - Board de comunicação - FBs - CBE

As boards de comunicação FBs-CBXX são as interfaces de comunicação


da Série FBs que permitem adicionar até duas portas de comunicação. A board
ativa as portas de comunicação PORT1 (RS-232) e PORT2 (RS-485 ou
Ethernet). Utilizando esta expansão, é possível conectar as UCPs da Série
FBs a softwares supervisórios, IHMs, sensores inteligentes, redes de
comunicação RS-485 entre UCPs FBs, dentre outras aplicações. Utiliza os
protocolos de comunicação FATEK e MODBUS RTU Mestre/Escravo. Também é
possível utilizar a Série FBs em redes Ethernet com MODBUS TCP.
As fotos ilustram alguns dos modelos disponíveis:

38
Principais características das boards:
• Porta de comunicação RS-232
• Porta de comunicação RS-485
• Porta de comunicação Ethernet
• Leds de monitoração de comunicação RX e TX individual para
cada porta
• Suporte a protocolo FATEK e protocolo MODBUS Mestre/Escravo
• Reconhecimento automático da board
• Fácil configuração via software de programação WinProladder
• Fácil configuração da comunicação ethernet via software Fatek
Ethernet Configuration
As boards de comunicação apresentam as seguintes características:

39
Para utilização do protocolo MODBUS mestre deve-se utilizar a função
150 no WinProladder.
Para utilização do protocolo Fatek mestre deve-se utilizar a função 151 no
WinProladder.
Configuração protocolo MODBUS
MODBUS Mestre
Para configurar as relações MODBUS Master deve-se criar tabelas
de relações através do software de programação WinProladderLadder. Para
obter informações adicionais sobre a Série FBs, devem ser consultados também os
seguintes documentos disponíveis em www.altus.com.br
• Manual do Usuário FBs II, função de comunicação FUN150.
• Tutoriais de configuração da Série FBs.
MODBUS Escravo
As relações de comunicação MODBUS Escravo já são predefinidas para
a Série FBs. A tabela a seguir define quais as relações que devem ser utilizadas
quando a Série FBs for utilizada como MODBUS Escravo de 5 dígitos:

Para obter informações adicionais sobre a Série FBs, devem ser


consultados também os seguintes documentos disponíveis em www.altus.com.br
• Manual do Usuário FBs I
• Manual do Usuário FBs II

40
3.5 - Diagrama Elétrico do Kit

O kit de CLP em questão é composto por um CLP Altus modelo FBs


24MC com um módulo de expansão digital (FBs 24EA), um módulo de expansão
analógica (FBs 4A2D) e uma board de comunicação por Ethernet (FBs CBE),
portanto o kit tem 28 entradas digitais, 20 saídas digitais a relé, 4 entradas
analógicas, 2 saídas analógicas e comunicação por porta serial (RS232) ou Ethernet
(TCP IP).
Abaixo temos o diagrama de carga.

alimentação trifásica é de 220v e podemos observar que temos 5


contatores para controlar o motor M1 e um inversor de freqüência para controlar o
motor M2.
Nos bornes de conexão do motor M1 podemos conectar um motor
trifásico de indução de 6 terminais e também um motor de múltiplas velocidades do
tipo Dahlander. Em ambos os casos a conexão será a 7 fios, sendo 6 de
alimentação e 1 de proteção (aterramento).
Nos ponto de conexão do motor M2 temos um plug Steck fêmea 3P+T e o
motor deverá estar fechado para 220v (triângulo)
Para proteção dos circuitos são usados dois “disjuntor motor” cujos
contatos auxiliares estão ligados às entradas digitais.
As conexões de comando do inversor estão conectadas aos pontos de
entradas e saídas co CLP.

41
Os disjuntores bipolares Q3, Q4 e Q5 são responsáveis, respectivamente,
pela proteção do CLP, da fonte externa de 24v e dos elementos de comando
alimentados em 220v.
Conexão das entradas
As conexões dos pontos de entradas do CLP (CPU e Expansão) são do
tipo sourcing (comum positivo). Nesta condição o 0v da fonte de alimentação é
conectado no ponto SS do CLP e o +24v da fonte é ligado ao ponto comum dos
dispositivos de entrada. Os sensores são de 4 fios sendo 2 para alimentação (0v e
+24v) e 2 entregam o estado do sensor (NA e NF).

No módulo de expansão das entradas (24-EA) as conexões obedecem o


mesmo critério, mas o endereçamento é seqüencial à CPU iniciando em X14 até
X27

42
Conexão das saídas
As conexões dos pontos de entradas do CLP (CPU e Expansão) são do
tipo relé e podem trabalhar com níveis e tipos diferentes de tensão, para isso as 10
saídas da CPU e as 10 saídas da expansão tem pontos comuns individualizados da
seguinte forma:
C0 Ponto comum para as saídas 0 e 1(CPU)
C2 Ponto comum para as saídas 2 e 3 (CPU)
C4 Ponto comum para as saídas 4 e 5 (CPU)
C6 Ponto comum para as saídas 6, 7, 8 e 9 (CPU)
Os diagramas seguir evidenciam estas conexões

Como os sinalizadores H1 a H10 são alimentados em 24v foi interligado


toos os pontos comuns às saídas da CPU (C0, C2, C4 e C6), assim quando a saída
for verdadeira o sinalizador ligado a ela receberá os 24v e acenderá.

43
Na expansão os pontos comuns das 6 primeiras entradas (C1, C3 e C5)
foram interligados e conectados a uma fase de 220v (L1), portanto H11 e as 5
bobinas dos contatores trabalham ao nível de tensão de 220vca.
As demais saídas têm o ponto comum em C7 que foi conectado ao ponto
comum das entradas digitais do inversor NXL (+24vcc do inversor)
Desta forma foi conectado aos elementos de saída 3 tipos de tensão
diferentes.
O endereçamento é seqüencial à CPU iniciando em Y10 até Y19
Inversor de Freqüência
O inversor de freqüência conectado ao kit é o NXL de 1cv, possui 4
entradas digitais, 2 entradas analógicas e 1 saída analógica.
Suas entradas digitais são denominadas de DIN1 a DIN4 e estão
conectadas aos endereços Y16 a Y19 respectivamente.
Somente uma entrada analógica foi conectada ao inversor a AI2, cuja
configuração está para tensão de 0 a 10v. O endereço da saída do CLP que está
ligada à esta entrada é R3904.
Para a parametrização deste inversor é necessário consultar o seu
manual de programação.

44
3.6 - Tabela de Endereços de entrada e saída do Kit de CLP

Para facilitar a interpretação e a edição de programas para este kit foi


montada uma tabela contendo todos os endereços dos elementos conectados ao
CLP com seus respectivos “Tags”.
Entradas digitais Saídas digitais
Endereço Descrição Endereço Endereço
X0 Q1-Na Y0 H1
X1 Q2-NA Y1 H2
X2 EM-NF Y2 H3
X3 B0.1-NF Y3 H4
X4 B0.2-NF Y4 H5
X5 B1.1-NA Y5 H6
X6 B1.2-NA Y6 H7
X7 B2.1-NA Y7 H8
X8 B2.2-NA Y8 H9
X9 S1-NA Y9 H10
X10 S2-NA Y10 H11
X11 NXL-RL-NA Y11 K1
X12 SENSOR1-NF Y12 K2
X13 SENSOR1-NA Y13 K3
X14 SENSOR2-NF Y14 K4
X15 SENSOR2-NA Y15 K5
X16 SENSOR3-NF Y16 NXL-DIN1
X17 SENSOR3-NA Y17 NXL-DIN2
X18 K1-NF Y18 NXL-DIN3
X19 K1-NA Y19 NXL-DIN4
X20 K2-NF Entradas Analógicas
X21 K2-NA Endereço Descrição
X22 K3-NF R3840 P1
X23 K3-NA R3841 P2
X24 K4-NF Saídas Analógicas
X25 K4-NA Endereço Descrição
X26 K5-NF R3904 NXL-AI2
X27 K5-NA

45
4 – Software WinProladder
O Software de programação deste CLP é o WinProladder, que é um
software livre e gratuito. Este software é usado para configuração, edição de
programas em linguagem Ladder e comunicação com a CPU do CLP. Ele não faz
simulação de funcionamento de programa.
Para abrir o WinProladder você poderá usar o atalho existente na área de
trabalho ou abri-lo através do menu iniciar:  todos programas  Fatek PLC 
WinProladder
Após aberto o programa terá a seguinte aparência:

Para criar um arquivo novo vá ao menu File e click em New Project.

46
Será aberto uma janela onde deverá ser informado o nome do projeto e o
modelo da CPU. Usaremos sempre o modelo FBs-24MC

A área de trabalho terá a seguinte aparência:

Por ser um programa criado para a plataforma Windows o WinProLadder


possui uma barra de menus similar aos demais softwares criados para esta
plataforma.

47
4.1 - Função dos Menus

Menu File

Neste menu é possível criar novos projetos (arquivos), abrir e editar


projetos já existentes e também imprimir o projeto aberto.
Menu Edit

Neste menu temos as opções de copiar, recortar, colar e apagar para uso
na área de programa em Ladder. Estas opções também podem ser usadas através
das teclas de atalho. Podemos também inserir e editar degraus de programação.

48
Menu View

No menu View podemos abrir a árvore de projetos e a área de Ladder


quando as mesmas estiverem fechadas, e também configurar a barra de
ferramentas.
Menu Project

No menu Project temos as opções de visualização e configuração das


configurações de I/O, memória, registradores, subrotinas e tabelas.

49
Menu Ladder

No menu Ladder podemos acessar as instruções de programação que


estão disponíveis também na barra de ferramentas.
Menu PLC

Neste menu temos as opções de comunicação e configuração do CLP


com o microcomputador.

50
Menu Tool

Neste menu podemos verificar se o programa tem erro de sintaxe e


também fazer outras verificações do programa e do CLP.
Menu Window

O menu window é usado para fazer o arranjo de visualização das janelas


abertas pelo programa.

51
Menu Help

Através do menu help podemos acessar a ajuda do programa onde, entre


vários tópicos, temos a ajuda por instrução de programa cuja função é mostrar como
funcionada cada uma das instruções de programação em Ladder.

4.2 - Área e trabalho

A Área de trabalho do WinProLadder possui as barras de ferramentas, a


árvore de projeto e a área de programa ladder.
A barra de ferramenta pode ser configurada pelo usuário inserindo ou
retirando comandos da mesma. Para usuários iniciantes é mais vantajoso deixar a
barra de ferramentas completa para facilitar na procura pelos comandos, os usuário
mais avançados normalmente retiram todos os comandos da barra de ferramentas
para aumentar a área de programação visível
A árvore de projetos é usada para visualizar e acessar a estrutura do
programa para configuração de memória, criação de tabelas, configuração de
temporizadores e contadores, configuração de entradas e saídas, etc.
Depois de configurar o que for necessário é importante fechar a árvore de
projetos para ampliar a área de programa Ladder.
A área de programa em Ladder é o local onde é inserida as funções
lógicas de programação na linguagem Ladder.Este software trabalha com subrotinas
para facilitar a documentação e a interpretação dos programas.

52
4.3 - Inserindo os módulos de expansão

Para inserir os módulos de expansão no projeto usamos a árvore de


projetos.

Click com o lado direito do mouse sobre o sub-item: Project I/O


Numbering, do item I/O Numbering, e em seguida em Add Module

53
No Módulo da posição 1 selecione o módulo FBs-24EA que corresponde
ao módulo de 14 entradas e 10 saídas digitais

No Módulo da posição 2 selecione o módulo FBs-4A2D que corresponde


ao módulo de 4 entradas e 2 saídas analógicas

54
Após inserir os módulos de expansão a árvore de projetos informará os
endereços disponíveis de cada elemento de entrada e saída:
CPU: Entradas X0 a X13; Saídas Y0 a Y9.
Expansão Digital: Entradas X14 a X27; Saídas Y10 a Y19.
Expansão Analógica: Entradas: R3840 a R3843; Saídas: R3904 e R3905

55
4.4 - Inserindo comentários para as I/O

Os elementos conectados às entradas e saídas do CLP serão tratados


pelo CLP pelo endereço onde cada um deles foi conectado, para facilitar a
interpretação do programa pelos usuários é interessante fazer um comentário que
faça a relação do endereço de entrada ou saída do CLP com o elemento a ele
conectado, para isso podemos usar o botão de comando “Element comment” que
está na barra de ferramentas e também no menu View.

Após clicar no botão abrirá uma caixa de diálogo onde deverá ser inserido
os comentários de cada ponto de entrada e saída conforme tabela do capítulo 3 item
5 desta apostila.

As entradas e saídas analógicas tem o seus comentários registrados no


campo dos registradores (R)

56
4.5 - Salvando Arquivo Modelo

Após fazer a configuração dos módulos de expansão e dos comentários


dos pontos de entrada e saída podemos salvar o arquivo como modelo para não
termos que repetir estas configurações ao iniciarmos um novo projeto.
Vá ao menu file e clique em salve as Project file

Salve o arquivo com o nome “Modelo” na sua pasta que está na unidade
D do computador:

Caso queira proteger este arquivo use abra a pasta onde esta o arquivo e
clique sobre o mesmo com o botão direito do mouse, na janela que abriu clique em
propriedades e marque a opção somente leitura. Feito isto este arquivo poderá ser
aberto normalmente, mas ao salvar qualquer alteração no mesmo será solicitado um
novo nome de arquivo, mantendo o original sem alteração.

57
4.6 - Programação em Ladder

A programação em linguagem ladder é feita na área central do programa,


caso não esteja visível vá ao menu view e clique em “Ladder Diagram”.
Considerações sobre programação em ladder:
• Cada linha ou degrau deve ter uma instrução de saída, que pode
ser interna ou externa.
• O CLP executa o programa linha por linha da esquerda para direita.
• Não podemos repetir endereços como elementos de saída.
• Podemos repetir indefinidamente quaisquer endereços como
elemento de entrada.
Para vivenciar a edição de programas e facilitar a interpretação do
funcionamento do CLP sugiro fazer o programa a seguir.
Programa exemplo:
Acionamento de Lâmpadas Usando Instruções Examine ON e
Examine OFF.
• Linha 01: Chave S1 (X9) comandando Lâmpada H1 (Y0) Através da instrução
Examine ON.
• Linha 02: Chave S2 (X10) comandando Lâmpada H10 (Y9) Através da
instrução Examine OFF.
• Linha 03: Botoeira B1.1 (X5) comandando H4 (Y3) através da instrução
Examine ON
• Linha 04: Botoeira B1.1 (X5) comandando H3 (Y2) através da instrução
Examine OFF
Abra o arquivo modelo e em seguida salve-o como o nome de programa
01 na sua pasta. Na Barra de ferramentas click no icone da instrução examine ON e
em seguida click na área de Ladder linha 1, abrirá uma caixa de diálogo conforme
figura abaixo onde você deverá inserir o endereço da instrução:

58
Após digitar o endereço a área de Ladder ficará assim:

Na Barra de ferramentas click no icone da instrução Bobinae em seguida


click na área de Ladder linha 1 extremidade da direita, abrirá uma caixa de diálogo
conforme figura abaixo onde você deverá inserir o endereço da instrução:

Após digitar o endereço a área de Ladder ficará assim:

59
Caso ela não tenha a aparência da tela use a barra de rolagem horizontal
para ver toda linha Ladder ou Feche a janela da árvore de projetos:

Com a árvore de projetos fechada teremos como na figura acima. Quando


precisar da árvore de projetos vá ao menu View e click em “Project Tree”
Para completar a linha use a ferramenta Horizontal Short que está na
barra de ferramentas e click nas colunas até preencher a linha.

Repita os passos anteriores para as demais linhas do programa que ficará


assim:

Salve o programa:menu file Salve

60
Para verificar erros de sintaxe no programa vá no menu Tool e use a
opção Syntaxe Check ou tecle F8.

Caso tenha algum erro de sintaxe uma janela será aberta o os erros serão
relacionados. O erro mais comum em ambiente escolar é endereço de saída
duplicado.

4.7 - Transferência de programa do computador para o CLP

Após editar o programa e verificar que o mesmo não tem erro de sintaxe
podemos transferir o programa para o CLP.
Vale lembrar que o canal de comunicação utilizado é a rede Ethernet
usando o protocolo Fatek TCP.
Neste laboratório todos os computadores estão aptos a comunicar com os
CLPs, temos dois Kits com CLP na rede cujos IPs são:
Kit próximo às janelas: 192.168.1.254
Kit próximo à porta: 192.168.1.253
ANTES DE INICIAR A COMUNICAÇÃO COM O CLP VERIFIQUE
VERBALMENTE SE HÁ ALGUÉM CONECTADO AO CLP PARA QUE NÃO
INTERFIRA NA COMUNICAÇÃO DE OUTRA PESSOA.

61
Para efetuar a transferência do programa para o CLP vá ao menu PLC
opção On-Line.

Em Conexão Name escolha FATEK-TCP


Em EDIT insira o número do IP da estação 1; Port número 500
Caso apareça a mensagem abaixo

Escolha Sim se for para transferir o programa do computador para o PLC


Escolha Não se for para transferir o programa do PLC para o computador

62
Após a transferência do programa vá ao menu PLC e use a opção RUN
para por o PLC em funcionamento

Após a transferência vá ao Kit e analise o funcionamento do programa


alterando o estado das botoeiras e chaves usadas no programa.
Para encerrar a comunicação com o PLC vá ao Menu PLC e use a opção
Off-Line

63
4.8 – Princípio de funcionamento das principais instruções

Examine ON

Esta instrução será verdadeira quando o seu endereço for verdadeiro e


será falsa quando o seu endereço for falso.
Examine OFF

Esta instrução será verdadeira quando o seu endereço for falso e será
falsa quando o seu endereço for verdadeiro.
Bobina

Esta instrução deverá estar na extremidade direita da linha e receberá


resultado da operação lógica que a precede.
Temporizador

A instrução Temporizador inicia a contagem de tempo quando as


condições que a precedem mudarem de falso para verdadeiro e deverá permanecer
verdadeiro para continuar a contagem de tempo, caso contrário a contagem será
interrompida e zerada.
Neste CLP podemos usar até 256 temporizadores e as bases de tempo
destes temporizadores são configuradas no menu Project opção Memory Alocation
Na configuração Defaut temos as seguintes bases de tempo:
Temporizadores T0 a T49 0,01 segundos por incremento.
Temporizadores T50 a T199 0,1 segundos por incremento.
Temporizadores T200 a T255 1 segundo por incremento.

64
Para inserir um temporizador no programa clique no ícone T na barra de
ferramentas e em seguida na linha de programa e aparecerá a seguinte janela:

No campo T digite o numero do temporizador observado a base de tempo


a ser usada.
No campo PV (valor pressetado) digite o número de incrementos da base
de tempo escolhida que deverá ser contado para ativar o temporizador.
Exemplos de valores de PV para contagem de 5 segundos:
Base de tempo de 0,01 segundos: PV=500
Base de tempo de 0,1 segundos: PV=50
Base de tempo de 1 segundo: PV=5
Para analisar o funcionamento do temporizador edite e transfira o
seguinte programa para o CLP.

Quando a chave S1 estiver aberta o temporizador estará falso e lâmpada


H1 estará apagada, mas a lâmpada H2 estará acesa.
Quando a chave S1 mudar de estado a situação se manterá por 4
segundos e o temporizador se tornará verdadeiro acendendo H1 e apagando H2.
Ao abrir a chave S1 a situação voltará ao estado inicial.

65
Contador
Temos disponíveis dois contadores: o somente crescente (UP) e o
crescente e decrescente.
Contador UP.
Na barra de ferramentas clique na opção “C”, a seguinte caixa de diálogo
aparecerá:

No campo C digite o número do contador de C0 a C255.


No Campo PV digite o valor a ser pressetado, que o número de
contagens que se pretende fazer para ativar a saída Cn.
Faça um programa ladder conforme desenho abaixo:

Quando CLR for verdadeiro o endereço C1 será falso e o valor acumulado


da contagem será “0”, mas CLR for falso o valor acumulado não será alterado e o C1
dependerá da comparação entre o valor acumulado e o valor pressetado, sendo que
C1 será verdadeiro quando o valor acumulado for maior ou igual ao valor
pressetado. A entrada PLS é a entrada de contagem, cada mudança de falso para
verdadeiro nesta entrada provoca um incremento do valor acumulado.
No exemplo acima a lâmpada H1 será verdadeira após 5 pulsos em X5 e
para torná-la falsa basta pulsar X6, que também irá resetar o valor acumulado.

66
Contador Up-Down
O contador up-down é inserido como uma função, barra de ferramentas
clique em “F” e depois na área de ladder, a seguinte janela se abrirá:

No campo “function Name” digite: UDCTR e clique em Ok, a seguinte


janela se abrirá:

No campo CV digite o endereço de um registrador que irá armazenar o


valor acumulado (Rn). No campo PV digite o valor a ser pressetado para a
contagem, e clique em ok.
Faça um programa ladder conforme desenho abaixo:

Quando CLR for verdadeiro o endereço CUP será falso e o valor


acumulado da contagem será “0”, mas CLR for falso o valor acumulado não será
alterado e o C1 dependerá da comparação entre o valor acumulado e o valor
pressetado, sendo que CUP será verdadeiro quando o valor acumulado for igual ao
valor pressetado. A entrada PLS é a entrada de contagem, cada mudança de falso
para verdadeiro nesta entrada provoca um incremento ou decremento do valor
acumulado, dependendo do valor em U/D. Se U/D for verdadeiro o contador será
crescente e se falso o valor será Falso.
No exemplo acima a lâmpada H3 será verdadeira quando o valor em R0
for igual a 5 e será falso quando for diferente de 5.

67
Instrução de Movimentação de valor. (MOV)
A instrução Move é usada para transferir o valor de um endereço para
outro. Os endereços de origem e destino podem ser entradas e saídas analógicas
ou registradores internos do CLP.
No campo “function Name” digite: mov e clique em Ok, a seguinte janela
se abrirá:

No campo S digite o origem do dado a ser movimentado e no campo D


digite o destino.

Quando EN for verdadeiro o dado contido no registrador R0 será


movimentado para o registrador R3904. Caso EN seja falso o dado do endereço de
destino não se altera.
Instruções de comparação
Este software possui várias instruções de comparação:

Quando EM for verdadeiro fará a


comparação entre as fontes As e Sb
e as saídas retratarão o resultados
da comparação.
CMP
A entrada U/S é para verificação de
sinal na comparação: se verdadeira
considera sinal, se falso não
considera.

Quando a condição que precede esta


instrução for verdadeira será feita
Igual uma comparação entre os valores
contidos em R0 e C1 e se forem
iguais a instrução será verdadeira.

Quando a condição que precede esta


instrução for verdadeira será feita
Maior uma comparação entre os valores
contidos em R0 e C1 e R0 for maior
que C1 a instrução será verdadeira.

68
Quando a condição que precede esta
instrução for verdadeira será feita
Maior ou uma comparação entre os valores
igual contidos em R0 e C1 e R0 for maior
ou igual a C1 a instrução será
verdadeira.

Quando a condição que precede esta


instrução for verdadeira será feita
Menor uma comparação entre os valores
contidos em R0 e C1 e R0 for menor
que C1 a instrução será verdadeira.

Quando a condição que precede esta


instrução for verdadeira será feita
Menor uma comparação entre os valores
ou igual contidos em R0 e C1 e R0 for menor
ou igual a C1 a instrução será
verdadeira.

Quando a condição que precede esta


instrução for verdadeira será feita
uma comparação entre os valores
Diferente
contidos em R0 e C1 e se forem
diferentes a instrução será
verdadeira.

Quando a condição que precede esta


instrução for verdadeira será feita
uma comparação entre o valor
contido em C1 e com os limites
superior (Su) e inferior (Sl). A saída
Intervalo
INZ será verdadeira se C1 estiver
com valor de 4 a 12. A saída S<L
será verdadeira se C1 for menor que
4. A saída S>U será verdadeira se
C1 for maior que 12.

O set de instruções deste CLP é enorme, para conhecer mais detalhes


sobre outras instruções favor consultar os manuais do WinProladder.

69
5 – Atividades propostas
Atividade 01
Elabore um programa em Ladder que faça a lâmpada H1 piscar em
intervalos de 0,8 segundos acesa e 0,8 segundos apagada quando a chave S1 for
verdadeira.
Após fazer a atividade faça uma alteração para que quando S1 for
verdadeira a lâmpada H1 fique acesa por 1 segundo e apagada por 1,5 segundos.
Atividade 02
Elabore um programa em Ladder que quando a chave S1 for verdadeira
faça a lâmpada H1 piscar por 5 vezes em intervalos de 0,8 segundos acesa e 0,5
segundos apagada e depois permaneça apagada até que .S1 receba uma nova
ativação.
Após fazer a atividade faça uma alteração para que quando S1 for
verdadeira a lâmpada H1 pisque por cinco vezes em intervalos de 0,8 segundos
acesa e 0,5 segundos apagada e depois H1 pisque por sete vezes em intervalos de
1 segundo acesa e 1 segundo apagada repetindo os ciclos enquanto S1 for
verdadeira.
Atividade 3
Elabore um programa em Ladder para o controle de um semáforo que
contenha dois faróis e tenha o seguinte funcionamento:
• S1 é a chave de ligar: se S1 for verdadeira o semáforo irá funcionar
e se for falso todas as lâmpadas deverão estar apagadas.
• Ao acionar S1 o farol 1acenderá a sua lâmpada verde por 15
segundos e em seguida sua a lâmpada amarela por 3 segundos,
depois acenderá a lâmpada vermelha de acordo com o tempo de
habilitação do farol 2.
• Após o tempo de ativação da lâmpada amarela do farol1 a lâmpada
verde do farol 2 ficará acesa por 12 segundos e em seguida a
lâmpada amarela do farol 2 ficará acesa por 3 segundos.
• Após o tempo de ativação da lâmpada amarela do farol 2 deverá se
repetir o ciclo enquanto S1 for verdadeira.
Os endereços dos elementos usados na programação deverão ser os
mesmos referenciados na figura a seguir.

70
Após fazer a atividade faça as seguintes alterações no programa:
1. Insira o farol 3 na sequência de funcionamento de forma que assim
que a lâmpada amarela do farol 2 apagar a lâmpada verde do
pedestre irá acender por 10 segundos. Após este tempo o
semáforo reiniciará o seu ciclo.
2. Insira advertência no farol de pedestre: do tempo de 10 segundos
do pedestre 5 segundos deverá ser de lâmpada verde acesa nos
outros 5 segundos a lâmpada vermelha deverá piscar em intervalos
de 0,5 segundos.
3. Quando S1 estiver desligada as lâmpadas amarelas dos faróis 1 e
2 e a lâmpada vermelha do farol 3 deverão piscar em intervalos de
1 segundo.
4. Alguns semáforos possuem o controle de horário noturno para
entrar automaticamente no estado de atenção durante um intervalo
predefinido. Use os registradores internos do CLP para criar um
intervalo para teste do estado de atenção. Este estado de atenção
deverá prevalecer quando S1 for falso “OU” durante o intervalo
predefinido. Consulte os registradores R4128, R4129 e R4130 na
página 171 do Manual_FBs_Parte_II.PDF localizado na sua pasta
de trabalho.

71
Atividade 4
Faça o diagrama ladder para acionamento do motor M1 em partida estrela
triângulo (sem reversão) com o seguinte funcionamento.
• Pulsar B1.1 Ligar K5 Ligar K1Contar 5 segundos Desligar
K5 Ligar K3.
• Condições de desligamento: Auxiliar de Q1; Botão de Emergência;
e B0.1.
• Sinalização: H10  M1 desligado; H7 Emergência acionada ou
Q1desligado; H4 M1 em triângulo; H3 M1 em estrela.
• Fazer todos os intertravamentos usando os endereços auxiliares
NF dos contatores
• Fazer todos os selos usando os endereços auxiliares NA dos
contatores

Atividade 5
Faça o diagrama ladder para acionamento do motor M1 em partida estrela
triângulo com reversão e com o seguinte funcionamento.
• Sentido horário: Pulsar B1.1 Ligar K5 Ligar K1Contar 5
segundos Desligar K5 Ligar K3.
• Sentido anti-horário: Pulsar B1.2 Ligar K5 Ligar K2Contar 5
segundos Desligar K5 Ligar K4.
• Condições de desligamento: Auxiliar de Q1; Botão de Emergência;
e B0.1.
• Sinalização: H10  M1 desligado; H7 Emergência acionada ou
Q1desligado; H4 M1 Sentido horário; H3 M1 Sentido anti-
horário.
• Fazer todos os intertravamentos usando os endereços auxiliares
NF dos contatores
• Fazer todos os selos usando os endereços auxiliares NA dos
contatores

72
Atividade 6
Faça o diagrama ladder para acionamento do motor M1, que é um
dahlander, (sem reversão) com o seguinte funcionamento.
• Pulsar B1.1 Ligar K3Contar 5 segundos Desligar K3 Ligar
K1Ligar K5
• Condições de desligamento: Auxiliar de Q1; Botão de Emergência;
e B0.1.
• Sinalização: H10  M1 desligado; H7 Emergência acionada ou
Q1desligado; H4 M1 Velocidade II; H3 M1 Velocidade I.
• Fazer todos os intertravamentos usando os endereços auxiliares
NF dos contatores
• Fazer todos os selos usando os endereços auxiliares NA dos
contatores
Após fazer esta atividade faça uma alteração para que os sensores façam
a mudança de velocidade do motor M1.
Após ligar o motor usando B1.1 quando o sensor S1 for ativado ocorrerá a
mudança da velocidade I para a velocidade II; quando o sensor S2 for ativado
ocorrerá a mudança da velocidade II para a velocidade I; quando o sensor S2 for
ativado o motor M1 será desligado.

Atividade 7
Faça o diagrama ladder para acionamento do motor M1, que é um
dahlander, (com reversão) com o seguinte funcionamento.
• Sentido horário: Pulsar B1.1 Ligar K3Contar 5 segundos
Desligar K3 Ligar K1Ligar K5
• Sentido anti-horário: Pulsar B1.2 Ligar K4Contar 5 segundos
Desligar K4 Ligar K2Ligar K5
• Condições de desligamento: Auxiliar de Q1; Botão de Emergência;
e B0.1.
• Sinalização: H10  M1 desligado; H7 Emergência acionada ou
Q1desligado; H4 M1 Sentido horário; H3 M1 Sentido anti-
horário.
• Fazer todos os intertravamentos usando os endereços auxiliares
NF dos contatores
• Fazer todos os selos usando os endereços auxiliares NA dos
contatores

73
Atividade 8
Faça o diagrama ladder para acionamento do motor M1, que é um
dahlander usado como moto-bomba para o controle do nível de um tanque, (sem
reversão) com o seguinte funcionamento.
• Para ligar o sistema deverá ativar S1
• O tanque possui capacidade para armazenamento de 120000
litros.
• Quando o nível estiver abaixo de 60000 litros o motor M1 deverá
funcionar na velocidade II
• Quando o nível estiver acima de 60000 litros e abaixo de 118000 o
motor M1 deverá funcionar na velocidade I.
• Quando o nível estiver acima de 118000 litros o motor M1 deverá
estar desligado
• Condições de desligamento do sistema: Auxiliar de Q1; Botão de
Emergência; e S1.
• Sinalização: H10  M1 desligado; H7 Emergência acionada ou
Q1desligado; H4 M1 Velocidade II; H3 M1 Velocidade I;
• A Lâmpada H6 deverá piscar em intervalos de 1 segundo quando o
nível do tanque estiver abaixo de 15000 litros.
• Fazer todos os intertravamentos usando os endereços auxiliares
NF dos contatores
• Fazer todos os selos usando os endereços auxiliares NA dos
contatores
O nível do tanque será simulado através do potenciômetro P1 que está
conectado a uma entrada digital do CLP e cujos valores serão manipulados em 14
bits, ou seja a variação de tensão de 0 a 10v corresponderá a uma variação da
entrada de 0 a 16383.

74
Atividade 9
Faça o diagrama ladder para acionamento do motor M2, através do
inversor NXL, e parametrize o inversor para o seguinte funcionamento.
• B1.1 Liga o motor M2 (DIN2)
• B0.1desliga o Motor M2 (DIN1)
• S1Sentido de giro do Motor M2 (DIN3)
• S2 Velocidade Fixa em 22Hz (DIN4)
• P1 Potenciômetro para variação da velocidade do motor em AI2
• Sinalização: H10  M2 desligado; H7 Emergência acionada ou
Q2 desligado; H4 M2 Girando
Analise as conexões entre o CLP e o inversor.
Para a parametrização do inversor consulte a tabela de parâmetros do
capítulo 6 e/ou o manual do inversor.
Atividade 10
Faça o diagrama ladder para acionamento do motor M2, através do
inversor NXL, e parametrize o inversor para o seguinte funcionamento.
• S1 Habilita o motor M2 (DIN1)
• B1.1Potenciômetro motor Up (DIN2)
• B1.2 Potenciômetro motor Down(DIN3)
• S2 Velocidade Fixa em 30Hz (DIN4)
• Sinalização: H10  M2 desligado; H7 Emergência acionada ou
Q2 desligado; H4 M2 Girando
Atividade 11
Faça o diagrama ladder para acionamento do motor M2, através do
inversor NXL, e parametrize o inversor para o seguinte funcionamento.
O Motor gira uma bomba que controla o nível em um tanque com
capacidade de 80000 litros
• S1 Habilita o motor M2 (DIN1)
• Nível do tanque acima de 78000 litros motor M2 parado
• Nível do tanque entre 50000 e 78000 litros motor M2 girando a
20Hz
• Nível do tanque entre 30000 e 50000 litros motor M2 girando a
40Hz
• Nível do tanque entre 10000 e 30000 litros motor M2 girando a
60Hz
• Nível do tanque abaixo de 10000 litros motor M2 girando a 72Hz
• Sinalização: H10  M2 desligado; H7 Emergência acionada ou
Q2 desligado; H4 M2 Girando

75
Atividade 12
Faça o diagrama ladder para o controle de nível de dois tanques T1 e T2
A chave S1 liga o sistema de conrole dos tanques.
Tanque 1  motor Dahlander
• O tanque possui capacidade para armazenamento de 75000 litros.
• Quando o nível estiver abaixo de 30000 litros o motor M1 deverá
funcionar na velocidade II
• Quando o nível estiver acima de 30000 litros e abaixo de 74000 o
motor M1 deverá funcionar na velocidade I.
• Quando o nível estiver acima de 74000 litros o motor M1 deverá
estar desligado
• Condições de desligamento do sistema: Auxiliar de Q1; Botão de
Emergência; e S1.
• Sinalização: H10  M1 desligado; H7 Emergência acionada ou
Q1desligado; H4 M1 Velocidade II; H3 M1 Velocidade I;
• A Lâmpada H6 deverá piscar em intervalos de 1 segundo quando o
nível do tanque estiver abaixo de 15000 litros.
• Fazer todos os intertravamentos usando os endereços auxiliares
NF dos contatores
• Fazer todos os selos usando os endereços auxiliares NA dos
contatores
Tanque 2  Inversor NXL
• O tanque possui capacidade para armazenamento de 90000 litros.
• Nível do tanque acima de 88000 litros motor M2 parado
• Nível do tanque entre 50000 e 88000 litros motor M2 girando a
20Hz
• Nível do tanque entre 30000 e 50000 litros motor M2 girando a
40Hz
• Nível do tanque entre 10000 e 30000 litros motor M2 girando a
60Hz
• Nível do tanque abaixo de 10000 litros motor M2 girando a 72Hz
• Sinalização: H8  M2 desligado; H5 Emergência acionada ou
Q2 desligado; H2 M2 Girando

76
6 - Principais parâmetros do inversor NXL
6.1 - Parâmetros de Leitura

77
6.2 - Parâmetros básicos

78
79
80
6.3 - Parâmetros de entrada

81
82
6.4 - Parâmetros de saída

83
6.5 - Parâmetros de controle do acionamento

84
6.6 - Parâmetros de controle do motor

6.7 - Parâmetros de controle do console

85
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GEORGINI, Marcelo, Automação Aplicada – Descrição e Implementação de


Sistemas Seqüenciais com PLCs - 5ª Edição. São Paulo: editora Erica,2000

Edições FIEMG. CLP

Manual Aplicação Controlo Multi- Propósito Vacon

Manual_FBs_Parte_I.

Manual_FBs_Parte_II.

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