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1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 NOÇÕES BÁSICAS DE CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS
Fonte: mpautomacao.com
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O Controlador Programável (CP), também chamado de Controlador Lógico
Programável (CLP), e, pela sigla em inglês PLC (Programmable Logic Controller),
surgiu em função das necessidades da indústria automobilística. Os painéis
eletromecânicos para controle lógico utilizados anteriormente dificultavam as
alterações e ajustes de sua lógica de funcionamento, fazendo as montadoras
gastarem mais tempo e dinheiro a cada alteração na linha de produção. (ZANCAN,
2011)
O Programmable Logic Controller (PLC) ou Controlador Lógico Programável
(CLP) foi desenvolvido a partir de uma demanda existente na indústria
automobilística norte-americana. (FRANCHI, 2008)
Suas primeiras aplicações foram na Hydronic Division da General Motors, em
1968, devido à grande dificuldade de mudar a lógica de controla de painéis de
comando a cada mudança na linha de montagem. Tais mudanças implicavam em
altos gastos de tempo e de dinheiro. (FRANCHI, 2008)
Segundo FRANCHI (2008) sob a liderança do engenheiro Richard Morley, foi
elaborada uma especificação que refletia as necessidades de muitos usuários de
circuitos a relés, não só da indústria automobilística, como de toda a indústria
manufatureira. Para aplicação industrial era necessário um controlador com as
seguintes características:
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o Possibilitar expansões sem grandes alterações no sistema;
o Memória programável com no mínimo 4 KBytes e possibilidade de expansão;
o Estações de operação com interface mais amigável;
o Possibilidade de integração dos dados de processo do CLP em bancos de
dados gerenciais, para tornar disponíveis informações sobre o chão de
fábrica para os departamentos envolvidos com o planejamento da produção.
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à lógica e sequenciamento, mas também realizassem aquisição e manipulação de
dados. Com o desenvolvimento do controle analógico, o controlador programável
preencheu o "gap" entre controle discreto e controle contínuo. (SOUZA, 2001)
Os custos com fiação foram reduzidos significativamente com a capacidade
do controlador de comunicar-se com subsistemas de entrada/saída localizados em
pontos remotos, distante da unidade central de processamento e perto do
equipamento a ser controlado. Ao invés de trazer centenas de fios para o armário
do CP, os sinais dos subsistemas podem ser multiplexados e transmitidos por um
único par de fios trançados. Esta técnica permitiu a decomposição de grandes
sistemas em pequenos subsistemas melhorando a confiabilidade, manutenção e
partida gradual dos subsistemas principais. (SOUZA, 2001)
Em 1979 foi desenvolvida a rede de comunicação de alta velocidade (Data
Highways - no jargão dos fabricantes da época) permitindo um controle sincronizado
entre vários controladores, comunicação com microcomputadores e outros sistemas
situados em um nível funcional superior. Com isto foi possível combinar o
desempenho do controlador programável com a capacidade de controle distribuído
de alta velocidade e interface com computadores resultando em uma grande
potencialidade de controle e supervisão. (SOUZA, 2001)
Atualmente, existem vários tipos de controladores, desde pequena
capacidade até os mais sofisticados realizando operações que antes eram
consideradas específicas para computadores. (SOUZA, 2001)
O controlador deve atuar sobre um processo ou sistema que se deseja
automatizar. Mas para isso, o CLP precisa de informações sobre o ambiente para
que possa tomar decisões baseado em sua programação. Os componentes que
captam dados sobre o sistema e os envia à máquina em forma de sinais elétricos
são os sensores. (RABELO, 2020)
Os sensores são dispositivos de entrada do clp e podem enviar informações
sobre a temperatura, presença, pressão entre outros. Além disso, podem ser digitais
ou analógicos. (RABELO, 2020)
O controlador processa esses dados e então aciona os atuadores, que irão
executar a ação no sistema. Eles recebem um sinal elétrico, e o convertem em outra
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forma de energia: movimento, luz, calor etc. (também existem nas categorias digital
e analógico). A abaixo apresenta um diagrama que resume a interação do clp
(controlador) com um processo genérico. (RABELO, 2020)
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O CLP, devido às suas características especiais de projeto, tem um campo
de aplicação muito vasto. A constante evolução do hardware e do software é uma
necessidade para que o CLP possa atender às demandas dos processos. É
utilizado fundamentalmente nas instalações em que é necessário um processo de
manobra, controle e supervisão. Desta forma, sua aplicação abrange desde
processos de fabricação industrial até qualquer processo que envolva
transformação de matéria-prima. (FRANCHI, 2008)
Para FRANCHI (2008) as dimensões reduzidas, extrema facilidade de
montagem, possibilidade de armazenar os programas que descrevem o processo
tornam o CLP ideal para aplicações em processos industriais, como:
o Indústria de plástico;
o Indústria petroquímica;
o Máquinas de embalagens;
o Instalações de ar condicionado e calefação;
o Indústria de açúcar e álcool;
o Papel e celulose;
o Indústrias alimentícias;
o Mineração
2.3 Funcionamento
Fonte: lee.eng.uerj.br
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Segundo FRANCHI (2008) a Unidade Central de Processamento (UCP),
mais conhecida pela sua sigla originária da língua inglesa CPU (Central Processing
Unit), comanda todas as atividades do CLP, sendo formada por três elementos:
o Processador;
o Sistema de memórias;
o Fonte de alimentação.
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Fonte: cear.ufpb.br
➢ Início
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➢ Transfere os dados para a memória
➢ Atualiza as saídas
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Unidade de processamento: Também conhecida por CPU, é composta por
microcontroladores ou microprocessadores (Intel 80xx, motorola 68xx, PIC 16xx).
Endereçamento de memória de até 1Mega Byte, velocidades de clock de 4 a 30
MHz, manipulação de dados decimais, octais e hexadecimais. (SILVA, 2007)
➢ Se liga!!!
Bateria: Utilizada para manter o circuito do relógio em tempo real. Normalmente são
utilizadas baterias recarregáveis do tipo Ni - Ca. (SILVA, 2007)
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Os circuitos auxiliares atuam em caso de falha do CLP, são:
Fonte: lacoi.ufba.br
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o CLP de médio porte: possui até 256 entradas/saídas, podendo ser formado
por um módulo básico que pode ser expandido.
o CLP de grande porte: possui até 4096 entradas/saídas, de construção
modular, cuja configuração e agrupamento dos módulos são definidos em
função das necessidades do processo.
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Fonte: RABELO, 2020.
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o CLP com I/O distribuído – constituído de pelo menos uma UCP (Unidade
Central de Processamento), fonte e diversos módulos de E/S distribuídos e
comunicando com a UCP por meio de uma rede de comunicação fieldbus.
(RABELO, 2020)
3 TIPOS DE MEMÓRIAS
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processo, pois precisa de exposição à luz ultravioleta para apagar os dados).
(RABELO, 2020)
• EEPROM (Electrically Erasable Programmable Read-Only Memory):
Semelhante à EPROM, porém, pode ser reprogramada por eletricidade, o que evita
sua movimentação. (RABELO, 2020)
• RAM (Random Access Memory - memória de acesso randômico): é uma
memória volátil, porém mais rápida que as outras. O CLP utiliza essa memória para
executar o programa e armazenar dados do programa. Porém, ela deve ser
alimentada por uma bateria para evitar perda de dados quando o sistema estiver
desenergizado. (RABELO, 2020)
• Flash: refere-se a um tipo particular de EEPROM, mantém informações
armazenadas sem a necessidade de uma fonte de energia, além de ser mais rápida
que os outros tipos de ROM. É a memória utilizada em pendrives e cartões de
memória, está substituindo as do tipo ROM. (RABELO, 2020)
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Fonte: RABELO, 2020.
Conceitos importantes:
➢ BCD = Binary-coded decimal: Codificação binária decimal, é um sistema que converte cada
dígito de um número decimal em seu equivalente binário, utilizado em circuitos digitais. Ex.:
13 (decimal) = 0001 0011 (BCD)
➢ ASCII = American Standart Code for Information Interchange: Código Padrão Americano
para Troca de Informações, é uma tabela que relaciona cada caractere a um número. É
usada pelos computadores para representar as letras.
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4 MODOS DE OPERAÇÃO DO CLP
O CLP possui dois modos principais de funcionamento: programação ou
execução. Normalmente, ao ser ligado, ele já começa em modo de execução. Os
modos de programação e execução são:
Nesse modo o CLP não executa nenhum programa. Ele fica aguardando para
ser configurado, receber novos programas ou modificações no programa existente.
Esse modo é denominado programação off-line (fora de operação). A transferência
do programa do computador para o CLP é chamada download, e não pode
acontecer enquanto o programa estiver sendo executado no CLP. O processo
inverso, ou seja, passar um programa salvo do CLP para o computador, é o upload.
(RABELO, 2020)
Execução (Run):
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Fonte: RABELO, 2020.
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a execução de uma tarefa. Quanto maior o ciclo de scan, maior o tempo de leitura
do programa. Em casos extremos, pode atrasar a resposta do sistema, o que não é
algo desejável. (RABELO, 2020)
É interessante comentar mais duas coisas a respeito do ciclo de varredura
do CLP. Primeiro, ele aumenta conforme o programa fica maior. Ou seja, maior
número de linhas, mais tempo levará para todo o código ser lido. Além disso, a
velocidade de varredura poderá afetar a execução de um programa. Portanto,
mesmo que a lógica do programa esteja correta, a alta velocidade de
processamento poderá fazer com que que o CLP não se comporte como o
esperado. Por isso é importante e recomendado simular os códigos antes de
executá-los no sistema real, principalmente em casos onde erros no programa
podem causar prejuízos ou acidentes. (RABELO, 2020)
Dependendo do CLP, podem ter outros modos de operação além dos citados,
como modo de parada e modo de reset. A seleção do estado de operação do CLP
pode ser definida via software ou alguma chave física no próprio equipamento, como
mostrado na figura abaixo (nem todos possuem essa chave). (RABELO, 2020)
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5 VARIÁVEIS DE ENTRADA E SAÍDA
Apesar das variáveis físicas, tais como temperatura, pressão, força, massa,
etc, terem comportamento analógico, a maioria dos processos são controlados
através de informações digitais, provindas de sensores, botoeiras, chaves fim de
curso, termostatos, pressostatos, etc, tornando as entradas digitais as mais
presentes e as mais utilizadas em CLPs. (ZANCAN, 2011)
As entradas digitais de um CLP estão aptas a identificar a presença ou não
de um sinal elétrico provindo de um determinado dispositivo, dentro de uma
determinada faixa de valores, reconhecendo a presença do sinal, mas não sua
amplitude. Os valores de tensão mais utilizados em entradas digitais são 24 Vcc e
110 a 220 Vca. (ZANCAN, 2011)
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Para que a CPU possa interpretar corretamente as informações elétricas que
chegam às entradas digitais, o CLP dispõe de módulos de entrada, responsáveis
pela adequação elétrica dos sinais. (ZANCAN, 2011)
Os dispositivos para entradas digitais deverão fornecer às entradas digitais
do CLP informações elétricas binárias correspondentes a dois níveis diferentes de
tensão, respeitando as especificações de valores do CLP. Como exemplo, podemos
ter 0 Vcc para baixo nível (desativada) e 24 Vcc para alto nível (ativada). (ZANCAN,
2011)
Como exemplo de dispositivos para entradas digitais, temos os interruptores
(1), botoeiras (2), chaves fim de curso (3), termostatos (4), pressostatos (5),
sensores digitais capacitivos, indutivos (6) e fotoelétricos, etc, conforme mostra a
imagem. (ZANCAN, 2011)
Aplicação prática
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chaves fim de curso normalmente abertos (NA), se pressionarmos as botoeiras, ou
o elevador tocar nas chaves fim de curso, o CLP receberá um sinal elétrico
correspondente à amplitude da tensão que alimenta o circuito de entrada. Esta
informação elétrica é interpretada pelo CLP, em função do programa, como uma
solicitação para subir/descer o elevador ou parar em determinado andar. (ZANCAN,
2011)
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Fonte: ZANCAN, 2011.
Aplicação prática
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5.3 Entradas analógicas/contínuas
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Aplicação prática
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destinado ao controle de rotação de motores de indução. A imagem a seguir mostra
um conversor de frequência.
Aplicação prática
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CP versus relés, no ponto de vista de custo não ser mais válido. As aplicações com
controladores programáveis podem, agora, serem avaliadas por seus próprios
méritos. Requisitos tais como indicados abaixo seguramente levam à opção pelo
CP ao invés de relés (SOUZA, 2001):
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Ou seja, o CLP surgiu como um método mais eficiente de controle e
possibilidade de alterações do sistema de forma simplificada. A forma como os
componentes são conectados no CLP facilitam a organização do quadro,
simplificando o processo de manutenção e alteração do processo. (RABELO, 2020)
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Os CP´s foram especificamente projetados para operar em ambientes
industriais. Um CP pode operar em áreas com quantidades substanciais de ruídos
elétricos, interferências eletromagnéticas, vibrações mecânicas, temperaturas
elevadas e condições de umidade adversas. Uma especificação típica de CP inclui
temperaturas na faixa de 0 a 60 oC e umidade relativa de 5 a 95 %. (SOUZA, 2001)
A segunda distinção dos CP´s é que o hardware e o software foram
projetados para serem operados por técnicos não especializados (nível exigido para
a manutenção e operação de computadores). Usualmente, a manutenção é feita
pela simples troca de módulos e existem softwares que auxiliam na localização de
defeitos. As interfaces de hardware para conexão dos dispositivos de campo estão
prontas para uso e são facilmente intercambiáveis (estrutura modular). A
programação é geralmente feita em uma linguagem parecida com os diagramas de
relés. (SOUZA, 2001)
O software residente, desenvolvido pelo fabricante, e que determina o modo
de funcionamento do controlador também caracteriza uma diferença fundamental.
Este software realiza funções de acesso ao hardware, diagnósticos, comunicações
e determina o funcionamento do controlador em um modo de operação dedicado
(ciclo de varredura) e totalmente transparente ao usuário. (SOUZA, 2001)
8 INSTALAÇÃO E PROGRAMAÇÃO
8.1 Instalação
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Fonte: ZANCAN (2011)
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c) A entrada analógica IA1 recebe do sensor de vazão um sinal que poderá
variar de 0 V a 10 Vcc, correspondente aos limites de vazão do dispositivo. Este
sinal de tensão é recebido pelo CLP em apenas um terminal, tendo como referência
o terminal negativo da fonte de alimentação.
d) As saídas digitais à relé comutam independentemente, acionando os
circuitos elétricos a elas conectados. Note que a saída Q1, quando fechada,
alimenta um contator com tensão 220 Vca. Já a saída Q3 recebe um sinal 24 Vcc
de um soft-starter, e, quando fechada, devolve este sinal ao soft-starter, o que
corresponde a uma solicitação do CLP. Já a saída Q4 alimenta uma lâmpada de
sinalização com tensão de 127 Vca.
e) A saída analógica QA2 produz um sinal que poderá variar de 0 a 10 Vcc,
o qual é recebido por um conversor de frequência, que controla a rotação de um
motor de indução em função das informações provenientes do CLP.
f) Como a função principal de um CLP é o controle lógico de um processo,
suas saídas possuem limitação de potência. É importante consultar a capacidade
máxima de tensão e corrente das saídas, fornecidas pelo fabricante, utilizando
sempre dispositivos auxiliares para o acionamento de equipamentos elétricos de
potência.
8.2 Programação
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Na atual geração de CLP, são empregadas linguagens de alto nível, que
possuem uma série de instruções de programação pré-definidas. Isto aproxima as
linguagens de alto nível da linguagem humana, facilitando assim o trabalho do
programador. As chamadas linguagens de programação de baixo nível, ou em
linguagem de máquina, exigem maior habilidade do programador, o qual
necessitará de uma boa compreensão do hardware do equipamento, programando
bit a bit, como é o caso da linguagem assembly. (ZANCAN, 2011)
A imagem abaixo mostra a estrutura de três linguagens de alto nível
diferentes, utilizadas em programação de CLP (blocos lógicos, descritiva e Ladder).
Observe que ambas apresentam o mesmo programa, onde a saída digital Q1 estará
fechada somente se as entradas digitais I1 e I2 estiverem em alto nível ao mesmo
tempo. (ZANCAN, 2011)
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A linguagem ou diagrama Ladder (Ladder Diagram) é uma das linguagens
gráficas, a sua criação foi baseada em diagramas elétricos com acionamento a relé.
Está foi a primeira linguagem que surgiu na programação de CLPs, pois como se
assemelhava aos diagramas já utilizados, evitava uma quebra de paradigma, e
assim, permitindo a aceitação do produto no mercado consumidor. (MINIPA, 2017)
A palavra ladder na linguagem inglesa significa escada, essa foi a
nomenclatura utilizada a está linguagem de programação, pois visualmente, um
programa nessa linguagem lembra uma escada. O Ladder é um desenho formado
por duas linhas verticais, que representam os polos de energização de um sistema.
Entre essas duas linhas verticais são traçadas conexões com elementos do circuito.
Esta linguagem permite programar desde funções lógicas básicas até funções
matemáticas relativamente complexas. (MINIPA, 2017)
A linguagem Ladder possui três tipos de elementos básicos:
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Fonte: ZANCAN, 2011.
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Fonte: ZANCAN, 2011.
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9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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SILVA, Marcelo Eurípedes da. Controladores Lógico Programáveis: LADDER.
Piracicaba: FUMEP – Fundação Municipal de Ensino de Piracicaba, 2007.
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