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Técnico
em
Mecatrônica
Juiz de Fora
2015
Presidente da FIEMG
Olavo Machado Júnior
Robótica
Juiz de Fora
2015
Ficha Catalográfica
SENAI FIEMG
Serviço Nacional de Aprendizagem Av. do Contorno, 4456
Industrial Bairro Funcionários
Departamento Regional de Minas 30110-916 – Belo Horizonte
Gerais Minas Gerais
Sumário
Sumário
Prefácio ....................................................................................................................... 6
1 - Introdução .............................................................................................................. 7
2 – Histórico dos Robôs na Indústria ........................................................................... 8
2.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS ROBÔS ............................................................................ 9
2.2 SISTEMA DE CONTROLE DOS ROBÔS .............................................................................. 10
2.3 TIPO DE MOBILIDADE DOS ROBÔS ....................................................................... 11
2.4 ESTRUTURA CINEMÁTICA............................................................................................... 12
2.5 GEOMETRIA DOS ROBÔS ....................................................................................... 12
2.6 PRINCÍPIO DE ACIONAMENTO ............................................................................... 14
2.7 APLICAÇÃO DOS ROBÔS ................................................................................................. 15
Casos e Relatos ......................................................................................................... 17
Recapitulando ............................................................................................................ 18
3 – Características dos Robôs Antropomórficos Industriais ...................................... 19
3.1 NÚMERO DE EIXOS ....................................................................................................... 20
3.2 GRAUS DE LIBERDADE ................................................................................................... 20
3.3 INTERPOLAÇÃO ............................................................................................................. 20
3.4 WORK ENVELOPE OU VOLUME DE TRABALHO ................................................................... 21
3.5 PAYLOAD OU CAPACIDADE DE CARGA .............................................................................. 22
3.6 CONECTIVIDADE ........................................................................................................... 22
3.7 PARÂMETROS DE MOVIMENTAÇÃO ................................................................................. 22
3.8 PARÂMETROS FUNCIONAIS ............................................................................................ 24
3.9 PARÂMETROS DE COMANDO .......................................................................................... 25
3.10 MOVIMENTOS PARA PROGRAMAÇÃO DOS ROBÔS .......................................................... 27
Casos e Relatos ......................................................................................................... 30
Recapitulando ............................................................................................................ 31
4 - PROGRAMAÇÃO ................................................................................................ 32
ROBÔS (ESHED ROBOTEC) .......................................................................................... 33
CARACTERÍSTICAS DO ROBÔ: ..................................................................................... 34
TEACH PENDANT ........................................................................................................... 34
5- PROGRAMAÇÃO DE ROBÔS (ESHED ROBOTEC) .......................................... 37
CRIAR OS VETORES DE PONTOS NO ROBÔ USANDO ATS ...................................... 37
6 – Anexos ................................................................................................................ 45
6.1 – Exemplo - Robos Mitsubishi ................................................................................. 45
6.2 – Situação Problema .................................................................................................. 55
5
Prefácio
Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.
O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os
diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !
6
1 - Introdução
7
2 – Historico dos Robos nã Industriã
Em 1921, Karel Čapek, dramaturgo tcheco, utilizou o termo robota em uma peça de
teatro apresentada em Nova Iorque. Em eslavo, essa palavra significa “trabalho
compulsório”, ou, ainda, “trabalho escravo”. Algumas décadas após, um famoso autor de
ficção científica, Isaac Asimov, popularizou o tema em sua obra “Eu, robô”, que continha as
três leis da robótica. Embora se tratassem de ficção, essas leis refletiam as premissas
básicas de funcionamento de equipamentos robóticos, priorizando a segurança do
homem e, posteriormente, do próprio equipamento. Veja, no Quadro 1, as três leis:
8
de manipulação, soldagem, montagem, pintura, entre outras. Nesse contexto, algumas
empresas passaram a criar manipuladores multipropósito programáveis, que eram
controlados automaticamente, realizando movimentos de forma planejada e
repetitiva. Surgiram, então, os primeiros robôs industriais.
Atualmente, as aplicações típicas para a robótica na indústria são as mais diversas,
existindo variações nas características dos robôs para poder atendê-las. Robôs de
soldagem devem possuir uma boa quantidade de graus de liberdade, permitindo a
realização de movimentos que facilitem a soldagem em pontos de difícil acesso. Já
robôs de pintura devem ser leves, rápidos e suportar ambientes com aspersão de tintas
e solventes. E os robôs de manipulação, por sua vez, devem ser versáteis e suportar
cargas maiores (FIGURA 1).
b
)
9
2.2 SISTEMA DE CONTROLE DOS ROBÔS
10
Autômato: seus movimentos são gerados por um Controlador Programável (CP),
permitindo agir de forma independente, sem a necessidade de interação com o operador
durante o uso. Os robôs autômatos são muito utilizados em processos automatizados na
indústria. A Figura 4 apresenta um robô autômato.
A mobilidade dos robôs está associada principalmente a sua utilização. Os robôs são
classificados em fixos, geralmente utilizados na indústria, e os móveis, utilizados em aplicações
diversas como, por exemplo, o robô Opportunity que está em Marte desde 2004.
Os robôs fixos possuem sua base afixada ao solo ou a um ponto específico, por isso sua
maior aplicação é em montadoras, fazendo parte das linhas de produção. Já os móveis
podem se deslocar pelo solo, geralmente por meio do uso de rodas ou de dispositivos que
simulam pernas. Esses robôs também são utilizados na indústria como dispositivos de
transporte automatizado (AGVs) ou como dispositivos de inspeção de tubulações ou
espaços confinados.
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2.4 ESTRUTURA CINEMÁTICA
O tipo de movimentação dos robôs determina sua geometria. Essa geometria tem como base o
sistema de coordenada cartesiano para posicionamento, e coordenadas cilíndricas e esféricas para a
orientação. Essas geometrias podem ser encontradas em várias combinações de configurações
rotacionais e lineares, dependendo da sua aplicação.
Robô de coordenadas cartesianas: movimentação dos eixos em linhas retas (lineares), coincidentes
com o plano cartesiano, permitindo movimentos de deslocamento nos eixos X, Y e Z. Muito utilizado
como robôs de usinagem, de transporte ou manipulação. Não costumam ser muito rápidos e,
geralmente, são de grandes dimensões. Veja um exemplo na Figura 6.
12
Robô de coordenadas cilíndricas: combina movimentos
lineares com movimentos rotacionais. Geralmente o movimento
rotacional ocorre no eixo de fixação à base. Esse robô tem sua
maior aplicação em processos de montagem e manipulação.
Podemos observar, na Figura 7, que o volume de trabalho
(alcance) da garra do robô forma um cilindro, o que caracteriza
sua classificação quanto à geometria.
Um tipo de robô muito conhecido nas indústrias, que
possui geometria cilíndrica, é o Selective Compliance Assembly
Robot Arm (SCARA) que é descrito como um braço robótico
para montagem com flexibilidade seletiva, ou seja, trata-se de um
sistema que combina a apresentação de um robô cilíndrico com
um robô articulado. Apresenta ainda um movimento linear,
geralmente sendo esse no eixo mais próximo à ferramenta. Esse
tipo de robô, conforme mostrado na Figura 8, é muito utilizado
em processos de montagem, pois oferece velocidade e rapidez.
13
2.6 PRINCÍPIO DE ACIONAMENTO
Os tipos de acionamentos dos robôs são responsáveis pelo movimento das articulações e
desempenho dinâmico do robô. Esses dispositivos são classificados em elétricos,
pneumáticos ou hidráulicos, cada um com suas características, as quais estudaremos a seguir.
14
2.7 APLICAÇÃO DOS ROBÔS
Os robôs são utilizados para a execução de diversos tipos de trabalhos, desde os mais
simples, como posicionar uma peça em uma máquina, até os mais complexos como, por
exemplo, os robôs espaciais que chegam a se comunicar a 360 milhões de Km de
distância. Como nosso estudo é voltado para a indústria, conheceremos a utilização
prática desses equipamentos nos sistemas de manufaturas como, por exemplo, nas
linhas de produção, nas etapas de montagem, soldagem, manipulação, inspeção, pintura,
usinagem e transporte.
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Soldagem: os robôs utilizados nas etapas de soldagem têm como principal objetivo
a substituição da mão de obra humana em atividades perigosas e insalubres, como a
união de chapas e tubos metálicos com o uso de solda. Uma das grandes vantagens
dessa aplicação é sua repetitividade, característica que ajuda a garantir uma mesma
qualidade no processo de soldagem em toda a produção.
Alguns desses robôs são integrados a fontes e equipamentos de soldagem,
podendo ainda possuir movimentos otimizados para executar vários processos.
Alguns fabricantes oferecem robôs de soldagem que possuem fonte integrada no
próprio equipamento.
Manipulação: nessa etapa, o robô tem função específica no manuseio de produtos.
São frequentemente empregados em processos de empilhamento e paletização. Esse
robô também faz a adição de matéria-prima em processos como, por exemplo,
alimentação de prensas, ou ainda, na remoção de produtos finalizados em operações de
manufatura, como usinagem, injeção, prensagem, entre outros. É comum sua utilização
em ambientes insalubres ou perigosos, como fundições e processos de forjamento e
conformação. Dependendo da dimensão desse robô, pode-se manipular desde alguns
quilos, até mais de uma tonelada.
Inspeção: nessa aplicação, o robô detecta falhas construtivas e dimensionais,
identificando a presença de elementos estranhos, ou a falta de algum componente. Essa
aplicação utiliza robôs especialistas, fabricados com características específicas para atender
uma determinada necessidade como, por exemplo, um robô de inspeção de tubulação, ou,
ainda, robôs de movimentação adaptados com sensores, sondas e câmeras para coletar
informações em pontos específicos de um determinado produto. Veja um exemplo de robô
utilizado na indústria automobilística (FIGURA 12).
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Pintura: os robôs utilizados para pintura geralmente são leves e possuem um bom alcance. Não
necessitam de precisão elevada, mas devem suportar o ambiente sujeito à aspersão de vernizes e
solventes. Alguns desses robôs possuem revestimentos especiais, e outros contam ainda com seu corpo
pressurizado, evitando que pigmentos de tinta atinjam suas partes funcionais internas.
Usinagem: geralmente nessa etapa é utilizado um robô de manipulação que possui uma
ferramenta de usinagem como, por exemplo, um cabeçote fresador no lugar de uma garra.
Embora a precisão deste tipo de aplicação seja questionável, se comparada com máquinas
CNC, ganha-se muito em flexibilidade e em área de trabalho.
Transporte: esse tipo de aplicação destina-se tanto aos robôs fixos quanto aos móveis. Esses
robôs fazem a coleta e a entrega de cargas, deslocando-se automaticamente em uma
determinada área.
Casos e Relatos
A solução, criada aqui mesmo no Brasil, para diminuir a folga entre a porta e a carroceria,
foi inserir um robô de inspeção na linha de montagem e outro no recebimento de portas e
capôs para comparar as medidas das portas e da carroceria do carro e, assim, selecionar a
porta de melhor montagem para aquela carroceria. Esse procedimento já era utilizado em
montagem de componentes como rolamentos e mancais.
Os profissionais que desenvolveram esse novo processo contaram com o auxílio de duas
ferramentas inovadoras: a máquina de inspeção tridimensional sem contato (scanners 3D) e
os robôs industriais. Esses robôs, em conjunto, faziam a medição da superfície da porta e
etiquetavam com um código para ser estocado no almoxarifado. O outro robô da linha de
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montagem, com sua ferramenta de inspeção, da mesma forma, inspecionava a superfície da
carroceria e, por fim, comparava com as informações das superfícies das portas que estavam
no almoxarifado. Essa informação era enviada em tempo real a outro robô que, por sua vez,
separava a porta de melhor montagem para essa carroceria e, dessa forma, efetuava-se a
melhor montagem entre os componentes.
Por meio desse processo robotizado, passamos de tolerâncias de 5 mm para 0,5 mm, ou seja,
melhoramos a qualidade em dez vezes. Essa tecnologia passou a ser utilizada na montagem de
todas as portas e capôs dos automóveis.
Se compararmos as portas dos carros antigos como, por exemplo, o Del Rey e Corcel II, com
qualquer automóvel atual, veremos a grande diferença de qualidade e precisão desses
fechamentos. Essa evolução veio a evitar folgas excessivas, infiltrações internas (chuva) e,
principalmente, muita dor de cabeça por parte dos proprietários.
Recapitulando
Nesse capítulo, ao falarmos sobre o histórico da criação dos robôs, conhecemos as três leis da
robótica e suas premissas que regem a área. Também vimos que, com o aumento do número
de indústrias, houve a necessidade de flexibilizar cada vez mais as funções desses
equipamentos.
Dessa forma, percebemos que a necessidade de flexibilização do uso dos robôs acarretou em
suas diversas características, que incluem variações em sua mobilidade, cinemática,
geometria, acionamento e aplicações. Conhecemos, por exemplo, as diferenças entre os
robôs utilizados para montagem, soldagem, manipulação, pintura e inspeção.
18
3 – Cãrãcterísticãs dos Robos
Antropomorficos Industriãis
Embora não seja regra, a concepção física mais tradicional de um robô antropomórfico
industrial é a que imita um braço humano, apresentando articulações que se assemelham
ao ombro, cotovelo e punho, e segmentos que lembram o braço e o antebraço. Essa
concepção física que imita o corpo humano ou parte dele é denominada
“antropomórfica”, conforme vemos na Figura 13.
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3.1 NÚMERO DE EIXOS
O número de eixos é
designado pela quantidade de
articulações em um robô. Os robôs
antropomórficos industriais
costumam possuir seis eixos, sendo
que um sétimo eixo pode ser apresentado
como uma solução de deslocamento da base
do robô, estendendo o alcance para uma área
maior. Em relação aos eixos de um robô,
qualquer movimento, mesmo sendo linear e
havendo controle desse movimento, já é
considerado um eixo. Confira o exemplo na
Figura 14.
3.3 INTERPOLAÇÃO
A maioria dos robôs industriais com acionamentos elétricos possui esse recurso, que
é a capacidade do sistema de movimentação do robô efetuar o controle simultâneo de
duas ou mais articulações, tendo como resposta a movimentação da ferramenta em uma
trajetória específica. Essa interpolação pode ser linear ou circular conforme ilustra a
Figura 15.
20
3.4 WORK ENVELOPE OU VOLUME DE TRABALHO
21
3.5 PAYLOAD OU CAPACIDADE DE CARGA
3.6 CONECTIVIDADE
22
A acurácia, por sua vez, é a característica que define quão próximo do valor ideal é
possível se alcançar em um movimento. Em algumas situações, por questões físicas
(inércia) ou limitações dos mecanismos de redução e posicionamento, um determinado
ponto pode ser alcançado com uma acurácia maior ou menor. Quanto mais próximo um
robô consegue chegar do ponto ideal, maior a sua acurácia. Enquanto a precisão de um
robô é determinada pela repetitividade dos movimentos, a acurácia define o quão
próximo podemos atingir de um ponto almejado. A Figura 18 ilustra a diferença entre
acurácia e precisão.
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3.8 PARÂMETROS FUNCIONAIS
Dentre os vários componentes dos robôs, alguns têm uma grande importância na sua
funcionalidade como, por exemplo, os motores das articulações, que possuem sensores de
posicionamento (encoders), assim como freios. Os encoders garantem a repetitividade e
acurácia nos movimentos. Além disso, realimentam o sistema de controle dos motores,
juntamente com os freios das juntas, que param os robôs em pontos determinados ou
em situações de emergência.
Alguns robôs possuem encoders absolutos, que detectam a informação de
posicionamento no instante em que o robô é energizado. Outros robôs utilizam encoders
relativos que precisam ser referenciados por meio de um procedimento chamado homing.
Esse processo dá-se quando cada articulação do robô é movimentada até uma posição
específica que, geralmente, é dada pelo final de curso da articulação. Após todas as
articulações estarem referenciadas, os encoders são zerados e as posições são calculadas
para cada movimento. A vantagem desses encoders relativos é que apresentam uma
resolução muito superior e, para evitar que o homing seja executado a cada inicialização
do robô, muitos fabricantes integram em seus equipamentos o uso de baterias que
mantêm os encoders energizados mesmo quando o robô é desligado da energia.
A maioria dos robôs elétricos de médio e grande porte possui freios junto aos motores das
juntas, que são liberados quando o robô é acionado e são acionados quando o robô é
desligado, garantindo que o robô não se movimente quando não estiver sendo alimentado
por energia elétrica. Algumas controladoras possuem, ainda, botões de liberação dos
freios, permitindo que o robô tenha suas juntas movimentadas por ação externa. O uso
de freios também é fundamental para garantir paradas seguras em situações de
emergência. A Figura 19 apresenta os componentes funcionais de um robô.
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3.9 PARÂMETROS DE COMANDO
Os robôs são controlados por meio de comandos de acionamentos como start, stop e
hold, ou, ainda, por um painel de controle denominado teach pendant, que estudaremos
a seguir:
• teach pendant: é o painel de controle do robô, no qual são definidos os
posicionamentos, podendo ainda ser utilizado para criar, editar e alterar os
programas. É composto por vários botões e, geralmente, por uma interface de
visualização (display), permitindo controlar movimentos no robô. Esse painel de
comando ou teach pendant, conforme mostrado na Figura 20, é uma das maneiras
mais práticas de se programar um robô industrial;
25
• ciclo hold: esse controle é utilizado para interromper o programa ou o movimento do
robô, geralmente, desacelerando ou finalizando esse movimento. O controle Hold
também é útil quando se deseja parar ou pausar o processo sem que haja uma
parada brusca;
• deadman switch: é uma chave de
segurança antipânico localizada,
geralmente, na parte posterior do
teach pendant, permitindo que o
sistema seja desbloqueado quando a
pressão correta é aplicada. Se o
operador não pressionar esse
dispositivo, ou se pressioná-lo
excessivamente, o movimento é
interrompido. Por exemplo: em um
momento de pânico, o operador
tende a soltar ou a pressionar mais
o dispositivo, e, dessa forma, ambas as possíveis reações são detectadas, aumentando a
segurança durante a programação dos movimentos do robô, conforme ilustrado na
Figura 21;
• programação off-line: programação bastante utilizada em um dispositivo virtual, ou
ainda, por meio de um terminal ou computador, que pode não estar conectado à
controladora do robô durante a construção do programa. Dessa forma, o uso de
simuladores permite a programação mesmo antes de o robô ser instalado.
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3.10 MOVIMENTOS PARA PROGRAMAÇÃO DOS ROBÔS
27
Para programar o robô, utilizamos a movimentação manual do robô com o teach
pendant. Após posicionar o robô de forma desejada, fixam-se os pontos para que a
controladora memorize a posição de cada articulação. Geralmente, para cada ponto, são
possíveis mais de uma combinação de juntas, conforme demonstrado na Figura 23, em
que há duas combinações de articulação em juntas diferentes, porém, atingindo o
mesmo ponto no espaço.
Figura 23 -
Combinações de
articulação
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coordenadas cartesianas. Nesse movimento, a base do robô deve ser a referência.
Em um robô articulado com seis graus de liberdade, são utilizados pares de botões
para executar os movimentos, sendo eles:
• um par para cada eixo cartesiano: X+, X-, Y+, Y-, Z+, Z-;
• três pares de botões para a rotação da ferramenta em relação a cada eixo: x+, x-, y+,
y-, z+, z-.
Coordenada de ferramenta: é similar ao sistema anterior, porém nessa coordenada a
base de referência do sistema cartesiano é designada pelo flange de fixação da
ferramenta.
Uma vez que os pontos estão definidos no espaço, podem ser executados os
movimentos, definindo qual o formato de movimentação desejado. Dentre outros
atributos, são considerados o trajeto do movimento, a velocidade do deslocamento da
ferramenta e a aceleração e desaceleração.
29
Quanto ao trajeto do movimento, o deslocamento pode ser linear, que é o movimento
realizado em uma trajetória no espaço muito próxima a uma linha reta ou, ainda,
movimentos em arco ou circulares. Na maioria dos robôs, são gerados por meio da
identificação de três ou mais pontos no espaço. Sugere-se, para esse tipo de movimento,
que os pontos possuam uma distância relativa proporcional, evitando que o arco produza
curvas indesejadas. Para esses movimentos, devem sempre ser levadas em consideração
as características construtivas dos robôs. A Figura 25 apresenta um programa do robô
realizado em função dos movimentos lineares e circulares do ponto de origem até o ponto
P7.
Casos e Relatos
Até esse momento, o maior desafio da equipe de técnicos e engenheiros dessa montadora
30
era reunir conhecimentos tecnológicos não apenas para alinhar os carros nacionais aos
padrões de qualidade mundial, mas, também, para aumentar a produtividade das linhas de
montagem, com redução dos custos de mão de obra e de matéria-prima. Agora, havia um
novo desafio: produzir dois tipos de automóveis com várias cores e modelos em duas
plataformas e uma única linha de montagem, sem a ajuda de especialistas terceiros devido ao
sigilo industrial.
Os técnicos e engenheiros dessa montadora teriam que reorganizar a linha de
montagem para produzir um novo automóvel e seus vários modelos, sem parar de produzir os
800 carros diários da linha atual, e tudo isso com grande sigilo industrial. O maior desafio
dessa equipe foi alinhar as duas linhas, antiga e nova, aos setores de pintura e soldagem, nos
quais a presença maciça de robôs praticamente dispensava a atuação humana. E, como os
novos equipamentos eram mais eficientes, acabava-se produzindo, pintando e soldando mais
rápido que a linha existente, gerando gargalos na montagem final, pois, dessa parte para
frente, as duas linhas se encontravam.
Visto isso, os profissionais desenvolveram, em partes da linha de montagem, desvios
programados de pré- montagem para agilizar o processo da plataforma antiga e atender ao
requisito tempo, equalizando as montagens para uma única linha final. Por fim, esse modelo
de desvios programados em plataformas flexíveis serviu de modelo para todas as outras
fábricas do mundo, utilizando tecnologia intelectual 100% brasileira para solucionar um
grande problema das montadoras mundiais.
Recapitulando
Nesse capítulo, aprendemos que os robôs antropomórficos industriais são aqueles que
se assemelham a um braço humano, apresentando articulações que lembram o corpo humano.
Destacamos as características dos robôs antropomórficos industriais quanto ao
número de eixos, graus de liberdade, interpolação, volume de trabalho, capacidade de carga,
velocidade, aceleração, acurácia, repetitividade e conectividade. Enfatizamos a importância
dos parâmetros de comando, funcionais e de movimentação para executar a programação
desses robôs.
Os conhecimentos aqui abordados estão diretamente relacionados à capacidade do
profissional em mecatrônica em desenvolver a aprendizagem do funcionamento e das
tecnologias envolvidas em um dos equipamentos mais utilizados nessa área, o robô industrial.
31
4 - PROGRAMAÇAO
A programação do robô, em relação à máquina CN pode ser feita da mesma forma
off-line, ou pode ser feita on-line. Embora existam diferenças, há uma gama de
similaridades entre o robô e a máquinas CN em termos de sistemas de retro
alimentação, posicionamento etc.
SISTEMAS DE MOVIMENTAÇÃO
a - Point-to-point ( PTP )
32
Esse tipo tem a capacidade de seguir um posicionamento de pontos espaçadamente
curtos, que descrevem uma curva plana. Os incrementos entre os pontos são,
geralmente, menores que os para PTP.
Grupo A
33
CARACTERÍSTICAS DO ROBÔ:
TEACH PENDANT
34
- JOINTS - Movimento angular dos eixos isoladamente.
35
- PITCH – Movimenta em duas direções
36
5- PROGRAMAÇAO DE ROBOS (ESHED
ROBOTEC)
ENTRAR NO PROGRAM ( ATS)
REFENCIAR
Criar o vetor
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. GO POSITION + numero do ponto + enter
EDITAR UM PROGRAMA
. DEL + enter
REMOVER UM PROGRAMA
. RODAR UM PROGRAMA
SHIFT + F9
38
COMANDOS
LABEL : Endereço
Ex: LABEL 10
Ex : GOTO 10
39
TEACHR : Cria pontos relativos.
Ex: TEACHR ______[Nº RELATIVO]______ [Nº JÁ EXISTENTE]
X=0
Y=0
Z = 200 = Equivatente a 20.0 mm
P=0
R=0
* : Inserir comentários.
40
Programa - 1
PRINTLN “ NOME DO PROGRAMA”
PRINTLN “ DATA ______/_______/______ “
PRINTLN “____________, ___________, __________, ______________ “
LABEL 10
SPEED 40
SPEEDB 40
MOVED ________ [1]
MOVED ________ [1]
OPEN
MOVED ________ [2]
SPEED 5
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GOTO 10________________________________
EXIT____________________________________
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Programa - 1 ( IDA)
SET V = T + 19
SET H = T + 39
IF T<7
MOVESD __________ 13 10
ENDIF
ENDFOR
MOVED VETOR-A [12]
FAZER A VOLTA
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GOTO 25________________________________
EXIT____________________________________
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6 – Anexos
6.1 – Exemplo - Robos Mitsubishi
45
46
47
48
49
50
6.2 – Situação Problema
Estações:
1-Misturador
2-Alimentador de
frascos
3-Envasador
4-Colocação de tampa
5-Prensagem de tampa
6-Robô manipulador
51
atividade deve ser realizada com base na documentação técnica da Estação do
Robô Manipulador de Frascos, identificando todos os elementos de sinais
conectados nas entradas e saídas do controlador e definindo a lógica de
programação para a correta movimentação do robô.
FLUXOGRAMA DE FUNCIONAMENTO DA ESTAÇÃO 6
INICIO
VELOCIDADE
MÁXIMA 80%
VELOCIDADE DE
APROXIMAÇÃO 30%
MOVE PARA
POSIÇÃO DE
SEGURANÇA
SE FRASCO
DISPONÍVEL
NÃO
SIM
ROBÔ PEGA O
FRASCO
TIPO DE
FRASCO
METÁLICO PLÁSTICO
52
METÁLICAS
PLÁSTICAS
53
EXEMPLO DE PROGRAMA DE MANIPULAÇÃO DE PEÇAS ONDE O OBJETIVO
É PEGAR UMA PEÇA E COLOCA-LA EM OUTRA POSIÇÃO
54
Atividade:
Você deverá criar um programa baseado no exemplo acima que faça o robô
pegar os frascos das estações de envase (3) e colocá-las nas estações de aplicação
de tampas (4) correspondentes ao tipo de frasco (metálico ou plástico). Para isso
deve ser observado o fluxograma e os comandos utilizados no exemplo para
desenvolvimento do mesmo bem como a lista de alocação.
Depois de concluído o programa o mesmo deverá ser enviado no formato.doc
para posterior correção.
Funcionamento:
Pontos do Robô:
55