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PEDAGÓGICA
DO ENSINO
FUNDAMENTAL
ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO)
E FINAIS (6º AO 9º ANO)
PROPOSTA
PEDAGÓGICA
DO ENSINO
FUNDAMENTAL
ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO)
E FINAIS (6º AO 9º ANO)
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
Gabinete da Presidência
Teodomiro Braga da Silva
Chefe do Gabinete - Diretor
Diretoria de Inovação
Gianna Cardoso Sagazio
Diretora
PROPOSTA
PEDAGÓGICA
DO ENSINO
FUNDAMENTAL
ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO)
E FINAIS (6º AO 9º ANO)
Brasília, 2020
© 2020. SESI – Departamento Nacional
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.
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Unidade de Educação
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 9
JUSTIFICATIVA........................................................................................................................... 13
1 FUNDAMENTOS LEGAIS: O ENSINO FUNDAMENTAL E OS NORMATIVOS
DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA................................................................................................. 17
2 BASES EPISTEMOLÓGICAS E PEDAGÓGICAS ................................................................... 21
3 NA BUSCA POR DIÁLOGOS INTERÁREAS: INTERDISCIPLINARIDADE,
CONTEXTUALIZAÇÃO E TRANSVERSALIDADE.................................................................... 25
4 CURRÍCULO, ESCOLHAS E CONCEPÇÕES: REFLEXÕES A PARTIR DAS ÁREAS
DE CONHECIMENTO, DOS COMPONENTES CURRICULARES E PILARES DA
IDENTIDADE SESI................................................................................................................... 33
5 OS PILARES ESTRUTURANTES DA IDENTIDADE DA REDE SESI ...................................... 43
1. Compartilhando inovações/tecnologias................................................................................43
2. Solidariedade e meio ambiente/sustentabilidade..................................................................49
3. Sociedade em ação/mundo do trabalho...............................................................................56
6 A INTEGRAÇÃO, TRANSVERSALIDADE E HORIZONTALIDADE DOS SABERES
AO LONGO DOS NOVE ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL............................................... 63
7 A PROGRESSÃO DAS APRENDIZAGENS COM MAIS SUCESSO, EVIDENCIANDO
ASPECTOS POTENCIALIZADORES DA FORMAÇÃO INTEGRAL DOS ESTUDANTES
E DAS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS...................................................................... 69
8 A AMPLIAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DOS SABERES NAS TRANSIÇÕES
DOS ESTUDANTES NO PERCURSO ESCOLAR DOS NOVE ANOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL....................................................................................................................... 75
9 A TRAJETÓRIA ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL E AS TRANSIÇÕES DOS
ESTUDANTES, MARCOS PARA INVESTIMENTO PEDAGÓGICO......................................... 81
10 A CONCEPÇÃO DE ÁREA NO DESENVOLVIMENTO CURRICULAR, UMA ESCOLHA
PARA ALÉM DA DISCIPLINA E DO COMPONENTE CURRICULAR ................................... 93
11 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: CONCEPÇÃO, INSTRUMENTOS, PROCEDIMENTOS,
UM PROCESSO QUE SUPERA A VERIFICAÇÃO.................................................................. 99
12 A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA REDE SESI, ESCOLHAS POR
UMA EDUCAÇÃO SUSTENTÁVEL...................................................................................... 105
13 METODOLOGIAS DIFERENCIADAS, COM FOCO NA INVESTIGAÇÃO,
EXPERIMENTAÇÃO, CRIATIVIDADE E NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS REAIS
DA SOCIEDADE E DO MUNDO DO TRABALHO................................................................ 109
1. Projetos de aprendizagem...................................................................................................111
2. Inovação e oficinas tecnológicas.........................................................................................113
3. Projetos de vida....................................................................................................................115
14 PARCERIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL, EDUCAÇÃO ALÉM DOS MUROS
ESCOLARES........................................................................................................................ 119
1. Parcerias para uma educação tecnológica..........................................................................119
2. Parcerias para uma Educação Financeira...........................................................................121
3. Parcerias para uma educação de sustentabilidade ambiental............................................123
15 MATRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL: ORGANIZAÇÃO QUE
REFLETE ESCOLHAS POR UMA FORMAÇÃO INTEGRAL............................................... 127
Área: Linguagens
Componente Curricular: Língua Portuguesa...........................................................................128
A Matriz de Língua Portuguesa e seu Organizador Curricular: Algumas Reflexões.........130
Avaliação da Aprendizagem em Língua Portuguesa: Algumas Possibilidades................130
Dicas Metodológicas para o Ensino de Língua Portuguesa.............................................131
Reflexões sobre Itinerários Formativos para 8º e 9º Ano em Língua Portuguesa............131
Área: Linguagen
Componente Curricular: Língua Inglesa..................................................................................132
A Matriz de Língua Inglesa e seu Organizador Curricular: Algumas Reflexões...............134
Avaliação da Aprendizagem em Língua Inglesa: Algumas Possibilidades.......................135
Dicas Metodológicas para o Ensino de Língua Inglesa....................................................137
Reflexões sobre Itinerários Formativos para 8º e 9º Ano em Língua Inglesa...................138
Área: Linguagens
Componente Curricular: Língua Espanhola.............................................................................139
A Matriz de Língua Espanhola e seu Organizador Curricular: Algumas Reflexões..........140
Avaliação da Aprendizagem em Língua Espanhola: Algumas Possibilidades.................142
Dicas Metodológicas para o Ensino de Língua Espanhola...............................................143
Reflexões sobre Itinerários Formativos para 8º e 9º Ano em Língua Espanhola.............144
Área: Linguagens
Componente Curricular: Educação Física...............................................................................145
A Matriz de Educação Física e seu Organizador Curricular: Algumas Reflexões............147
Avaliação da Aprendizagem em Educação Física, Algumas Possibilidades....................147
Dicas Metodológicas para o Ensino de Educação Física.................................................148
Reflexões sobre Itinerários Formativos para 8º e 9º Ano em Educação Física................148
Área: Linguagens
Componente Curricular: Arte...................................................................................................148
A Matriz de Arte e seu Organizador Curricular: Algumas Reflexões.................................150
Avaliação da Aprendizagem em Arte: Algumas Possibilidades Práticas..........................151
Dicas Metodológicas para o Ensino de Arte.....................................................................151
Reflexões sobre Itinerários Formativos para 8º e 9º Ano em Arte....................................152
Área: Matemática......................................................................................................................152
Componente Curricular: Matemática.......................................................................................152
A Matriz de Matemática e seu Organizador Curricular: Algumas Reflexões....................154
Avaliação da Aprendizagem em Matemática: Algumas Possibilidades............................155
Dicas Metodológicas para o Ensino de Matemática.........................................................156
Reflexões sobre Itinerários Formativos para 8º e 9º Ano em Matemática........................158
Área: Ciências da Natureza
Componente Curricular: Ciências............................................................................................159
A Matriz de Ciências e seu Organizador Curricular: Algumas Reflexões.........................160
Avaliação da Aprendizagem em Ciências, Algumas Possibilidades................................161
Dicas Metodológicas para o Ensino de Ciências..............................................................161
Reflexões Sobre Itinerários Formativos para 8º e 9º Ano em Ciências............................162
Área: Ciências Humanas
Componente Curricular: História..............................................................................................163
A Matriz de História e seu Organizador Curricular: Algumas Reflexões...........................164
Avaliação da Aprendizagem em História: Algumas Possibilidades..................................165
Dicas Metodológicas para o Ensino de História................................................................166
Reflexões sobre Itinerários Formativos para 8º e 9º Ano em História..............................166
Área: Ciências Humanas
Componente Curricular: Geografia..........................................................................................167
A Matriz de Geografia e seu Organizador Curricular: Algumas Reflexões.......................168
Avaliação da Aprendizagem em Geografia: Algumas Possibilidades..............................169
Dicas Metodológicas para o Ensino de Geografia............................................................169
Reflexões sobre Itinerários Formativos para 8º e 9º Ano em Geografia...........................170
16 O ENSINO FUNDAMENTAL E A GESTÃO ESCOLAR NA REDE SESI, UMA ESCUTA
QUALIFICADA DOS ESTUDANTES E DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA...................... 173
17O ENSINO FUNDAMENTAL E OS LAÇOS COM AS FAMÍLIAS......................................... 177
18 A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA.................................. 181
19 O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO: DESEJOS, REALIZAÇÕES E COMPROMISSOS
COLETIVOS PELA QUALIDADE NO ENSINO E NA APRENDIZAGEM.............................. 185
TECENDO EXPECTATIVAS DE FUTURO................................................................................. 189
AMPLIANDO O REPERTÓRIO DO(A) PROFESSOR(A): BIBLIOGRAFIA, PARA SABER MAIS
POR ÁREAS/COMPONENTE CURRICULARES...................................................................... 191
INTRODUÇÃO 9
INTRODUÇÃO
A Rede SESI de Educação possui um diferencial que constitui sua Identidade – formar
cidadãos em sua totalidade como cidadãos críticos e preparados para a vida social,
profissional, ambiental e tecnológica. Ou seja, forma pessoas para agirem em um mundo
confuso, incerto e repleto de desafios para que sejam capazes de transformá-lo em
um lugar mais justo e sustentável para si, para sua comunidade e para o seu planeta.
Portanto,
Merece destaque a atuação desta instituição e o esforço que tem despendido, anualmente,
com milhares de estudantes, para melhorar a qualidade da Educação Básica brasileira,
bem como elevar a escolaridade e o aprimoramento da formação integral das crianças,
adolescentes, jovens e adultos de sua rede. Esse sistema de ensino consiste em uma
rede de unidades espalhadas pelo Brasil, cada uma atuando em prol da excelência no
desempenho de suas funções, pois entende seu lugar estratégico no desenvolvimento
nacional, como observado pelos empresários ao indicarem que avançar na qualidade
da educação formal brasileira é uma meta prioritária, sendo, desse modo, incluída no
Mapa Estratégico da Indústria (2013-2022) como fator-chave para a competitividade da
indústria nacional.2
2 http://www.portaldaindustria.com.br/publicacoes/2012/09/mapa-estrategico-da-industria-2013-2022/#mapa-estrategico-
-da-industria-2013-2022%20
10 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
3 BNCC: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
6 Institui a BNCC-EM, como etapa final da Educação Básica, nos termos do art. 35 da LDB, completando o conjunto constituído pela
BNCC da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, com base na Resolução CNE/CP nº 2/2017, fundamentada no Parecer CNE/CP
nº 15/2017. http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2018-pdf/104101-rcp004-18/file
INTRODUÇÃO 11
Portanto, esta Proposta é um documento que expressa a concepção curricular para o Ensino
Fundamental da Rede SESI de Educação, o qual tem por finalidade fundamentar o desen-
volvimento do currículo na instituição desta etapa de ensino, em todas as suas dimensões.
JUSTIFICATIVA 13
JUSTIFICATIVA
Reiteramos que esta Proposta Pedagógica do Ensino Fundamental, Anos Iniciais (1º
ao 5º ano) e Anos Finais (6º ao 9º ano), está fundamentada em preceitos normativos da
legislação educacional, epistemológico, pedagógicos e nas especificidades identitárias
da Rede SESI de Educação, expressas nas políticas, diretrizes e programas educacionais
desenvolvidos na última década, em prol da melhoria da qualidade de ensino. Busca,
também, contemplar tanto as demandas educacionais da realidade nacional como aquelas
dos contextos regionais no que a rede propõe enquanto espaço de formação.
Visa, ainda, alinhar uma Proposta Pedagógica Nacional para a Rede SESI de Educação,
observando o trabalho de sucesso que já vem sendo realizado ao longo dos anos, no sentido
de fortalecer sua Identidade como uma Rede de Educação com o compromisso de andar
à frente do seu tempo e desenvolver estratégias didático-pedagógicas voltadas para o
crescimento, o desenvolvimento e a melhoria de vida dos seus estudantes, profissionais
docentes e não docentes e familiares.
Tendo em vista que a Educação Básica compreende um processo educativo que tem início
na Educação Infantil e se estende ao longo dos vários anos da vida escolar até a conclusão
do Ensino Médio, é imprescindível que os sistemas de ensino zelem pela coerência teórica
e prática da educação que se deseja oferecer. Portanto, definimos três pressupostos
que possibilitam reunir essas duas dimensões de forma harmônica e coerente é de vital
importância, pois eles mantêm entre si correlações que não podem ser ignoradas ou
negligenciadas desde os primeiros anos do Ensino Fundamental.
Básica, é nos anos de escolaridade relativos ao Ensino Fundamental que ele começa a se
delinear, uma vez que os processos produtivos dizem respeito a todos os bens, serviços,
conhecimentos e competências socioemocionais com os quais o(a) estudante interage
no seu dia a dia e com os quais se relacionará, de forma mais sistemática, na sua futura
escolha e formação profissional.
Registramos que, de acordo com art. 15. da referida Resolução CNE/CP nº 2, de 22/2017,
as instituições ou as redes de ensino devem, de imediato, alinhar seus currículos e pro-
postas pedagógicas à BNCC. Elas devem-se lembrar, ainda, de que, conforme o fixado
no parágrafo único desse artigo, ficou definido que a adequação dos currículos à Base
deveria ser efetivada, preferencialmente, até 2019 e, no máximo, até início do ano letivo
de 2020. Ainda no art. 21., estabeleceu-se que a BNCC deverá ser revista após cinco anos
do prazo de efetivação indicado no art. 15, anteriormente referido.
7 Dada a relevância desses aspectos aqui destacados, além de serem explorados exaustivamente durante esse documento da Proposta
Pedagógica, orientamos o leitor que ampliem seu repertório, realizando estudos no texto da Base Nacional Comum Curricular (BNCC),
disponível: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
1 FUNDAMENTOS LEGAIS: O Ensino Fundamental e os normativos da educação brasileira 17
• A Constituição Federal de 1988, Lei que garante, em seu art. 205., a educação,
como direito de todos e dever do Estado e da família, devendo ser promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
• Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA).
• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394, de 20 de dezem-
bro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
• Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, que altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, modificada pela Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, e que estabelece as
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, incluindo, no currículo oficial da rede de
ensino, a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.”
• Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, que altera a redação dos arts. 29, 30, 32
e 87 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, dispondo sobre a duração de nove anos para o Ensino
Fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos seis anos de idade.
• Resolução CNE/CEB nº 4, de 13 de julho de 2010, que fixa Diretrizes Curriculares
Nacionais Gerais para Educação Básica.
• Resolução nº 7 CNE/CEB, de 14 de dezembro de 2010, que fixa as Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de nove anos.
• Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que institui o Plano Nacional da Educação (PNE).
• Lei 13.146, de 6 de julho de 2015, que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa
com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência).
18 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
Assim, com base na observância ao marco legal e nas orientações quanto às aprendiza-
gens essenciais definidas na BNCC, privilegia-se, na concepção curricular da Rede SESI
de Educação, o avanço contínuo da capacidade de aprender das crianças, adolescentes e
jovens estudantes. Entende-se, também, que, de acordo com a referida Resolução CNE/CP
nº 2/2017, art. 2º, “As aprendizagens essenciais são definidas como conhecimentos, habili-
dades, atitudes, valores e a capacidade de os mobilizar, articular e integrar, expressando-se
em competências.” Deve-se lembrar, ainda, que essas aprendizagens, como estabelecido
no parágrafo único desse artigo, devem compor “[...] o processo formativo de todos os
educandos ao longo das etapas e modalidades de ensino no nível da Educação Básica, como
direito de pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho.”
2 BASES EPISTEMOLÓGICAS E PEDAGÓGICAS 21
2 BASES EPISTEMOLÓGICAS
E PEDAGÓGICAS
A reestruturação curricular do Ensino Fundamental da Rede SESI de Educação tem como
referência os fundamentos epistemológicos e pedagógicos anunciados na BNCC. Além
de orientar a integração necessária entre as diferentes etapas da Educação Básica,
as bases epistemológicas e pedagógicas norteiam a organização das Matrizes de Referência
Curricular, bem como as ações relacionadas ao processo ensino-aprendizagem.
Nesse sentido, é imprescindível provocar uma reflexão sobre as relações entre a escola
e a vida social, da qual o mundo do trabalho é parte integrante, e entre os saberes e as
práticas socialmente construídos e os conhecimentos escolares, considerando que a
construção do conhecimento ocorre por meio do diálogo e centra-se na aprendizagem.
Desse modo, entende-se que
8 Ensino Médio com itinerário de Formação Técnica e Profissional – PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO.
22 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
Aprender a ser e a conviver, outros dois Pilares da Educação para o século XXI, são aspectos
que têm sido contemplados pelas escolas da Rede SESI. Vale, porém, enfatizar que permanece,
como componente indispensável para a qualidade do ensino SESI, o zelo por uma formação
ética e moral, com base em princípios do valor ao bem público, do respeito ao próximo, sem
discriminação de espécie alguma (raça, etnia, credo, gênero, orientação sexual, etc.), de modo
a promover comportamentos responsáveis e relacionamentos interpessoais fundamenta-
dos no diálogo e na ótica de inclusão em todos os aspectos. Dessa forma, considerando e
assegurando a todas as crianças e adolescentes um ambiente de escolarização e formação
humana equitativo e de qualidade, no qual os estudantes que necessitam do atendimento
educacional especializado tenham, cada vez, esse atendimento mais garantido.
O trabalho primordial da escola do século XXI não é informar, mas formar. Portanto, per-
cebe-se como essencial a função do(a) professor(a) mediador(a), que torna possível aos
estudantes, nativos digitais, integrarem e organizarem as informações recebidas em fluxo
contínuo, formando redes significativas e transformando-as em conhecimento. Desse modo,
A educação não se faz somente pela escola, cuja ação é favorecida ou contrariada,
ampliada ou reduzida pelo jogo de forças que concorrem ao movimento das sociedades
modernas. Numerosas e variadíssimas são as influências que formam o homem através
da existência. Há a herança que é a escola da espécie, a família que é a escola de pais,
o ambiente social que é a escola da comunidade.9
[...] minha resposta à pergunta "Para que servem as escolas?" é que elas capacitam ou
podem capacitar jovens a adquirir o conhecimento que, para a maioria deles, não pode ser
adquirido em casa ou em sua comunidade, e para adultos, em seus locais de trabalho. [...]
No sentido da educação para a formação integral do aluno, destaca-se, ainda, como fun-
damentos pedagógicos, a contribuição das dez Competências Gerais da Educação Básica,
BNCC (2018), definidas pela BNCC, cuja inter-relação e desdobramentos possibilitam o
tratamento didático das ações dirigidas às diferentes etapas da Educação Básica. Assim,
em função da importância que desempenham quanto ao monitoramento e à avaliação das
aprendizagens essenciais, essas competências foram utilizadas como indicadores seguros
para a organização da proposta curricular, direcionadas às escolas de Ensino Fundamental
da Rede SESI de Educação. A saber
26 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
dos estudantes ou que causam estranheza por não pertencerem ao rol de experiências
imediatas dos discentes.
A contextualização diz respeito aos fatos do mundo físico, social ou psíquico. Contextuar
é uma forma de abordagem que tem como referência um texto maior, um recorte da
realidade imediata que possibilita dar significado ao conhecimento escolar. Promove-se
a contextualização com vistas à reprodução de situações ou a abordagem de problemas
e contextos da vida social. Nesse sentido, os Objetos de Conhecimento são colocados a
serviço da formação integral dos indivíduos, possibilitando-lhes ampliar progressivamente
a compreensão de fatos e fenômenos do mundo e o desenvolvimento de Competências
e Habilidades para a vida social e o mundo trabalho, na contemporaneidade.
Fazer a mediação entre aquilo que o(a) estudante sabe acerca do mundo social e natural
e o conteúdo que se quer ensinar favorece uma aprendizagem com maior significado,
que tende, portanto, a se preservar. A abordagem de temas relacionados à realidade dos
estudantes possibilita contextualizar conteúdos escolares, explicitando a conexão desses
com o mundo para além dos muros da escola.
Os contextos podem ser classificados em três grandes grupos: vida pessoal e cotidiana
dos alunos, a sociedade ou mundo em que o(a) estudante vive e a descoberta e a produção
do conhecimento por meio do ato simulado ou reproduzido. A tarefa de contextualizar
é relativamente fácil, uma vez que, parafraseando Mello (2014), o próprio currículo é um
fragmento, uma parte que representa a herança cultural, científica e da religiosidade de
um povo, de um grupo, uma comunidade, de uma sociedade.
30 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
Enfim, para oferecer ao(à) estudante SESI uma educação que possibilite lidar com as
complexas questões da contemporaneidade, cabe reiterar a relevância, fixada na BNCC,
da abordagem de temas contemporâneos inquietantes e mobilizadores da vida humana
em âmbito local, regional e mundial, preferencialmente, de maneira transversal e inte-
grada. E existem temáticas obrigatórias para o desenvolvimento curricular, pois foram
estabelecidas e normatizadas legalmente,10 a saber: direitos da criança e do adolescente;
educação para o trânsito; educação ambiental; educação alimentar e nutricional; processo
de envelhecimento, respeito e valorização do idoso; educação em direitos humanos;
educação das relações étnico-raciais e ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana
e Indígena; saúde, vida familiar e social, educação para o consumo, educação financeira e
fiscal, trabalho, ciência e tecnologia e diversidade cultural. Portanto, é preciso considerar
que a construção do conhecimento ocorre por meio do diálogo e centra-se no processo
ensino e aprendizagem. Logo, faz-se necessário sistematizar na rotina escolar a prática
de elaborar e executar projetos de aprendizagem e de explorar as potencialidades edu-
cativas de contextos não escolares – entre eles, o universo industrial –, que se constituem
territórios educativos.
10 “[...] direitos da criança e do adolescente (Lei nº 8.069/199016), educação para o trânsito (Lei nº 9.503/199717), educação ambiental
(Lei nº 9.795/1999, Parecer CNE/CP nº 14/2012 e Resolução CNE/CP nº 2/201218), educação alimentar e nutricional (Lei nº 11.947/200919),
processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso (Lei nº 10.741/200320), educação em direitos humanos (Decreto
nº 7.037/2009, Parecer CNE/CP nº 8/2012 e Resolução CNE/CP nº 1/201221), educação das relações étnico-raciais e ensino de História
e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008, Parecer CNE/CP nº 3/2004 e Resolução CNE/CP
nº 1/200422), bem como saúde, vida familiar e social, educação para o consumo, educação financeira e fiscal, trabalho, ciência e tecnologia
e diversidade cultural (Parecer CNE/CEB nº 11/2010 e Resolução CNE/CEB nº 7/201023). Na BNCC, essas temáticas são contempladas
em habilidades dos componentes curriculares, cabendo aos sistemas de ensino e escolas, de acordo com suas especificidades, tratá-las
de forma contextualizada.” (BNCC, 2017, p. 19- 20).
IV. CURRÍCULO, ESCOLHAS E CONCEPÇÕES: REFLEXÕES A PARTIR DAS ÁREAS DE CONHECIMENTO, DOS COMPONENTES CURRICULARES
E PILARES DA IDENTIDADE SESI 33
4 CURRÍCULO, ESCOLHAS E
CONCEPÇÕES: REFLEXÕES A PARTIR
DAS ÁREAS DE CONHECIMENTO, DOS
COMPONENTES CURRICULARES E
PILARES DA IDENTIDADE SESI
A busca pela democratização do ensino e pelo acesso e permanência dos estudantes na
escola, somado ao desenvolvimento de aprendizagens significativas é a base da formação
curricular integral de sujeitos protagonistas de sua história na humanidade. A observação
dos diferentes contextos sociais, político, econômicos e culturais dos sujeitos envolvidos
nos processos cognitivos são fundamentais na promoção da formação integral dos sujeitos
na escola. Lima (2007, p. 23) afirma que:
Assim, a formação humana em suas diferentes dimensões, as quais sejam elas física,
afetiva, cultural, psicológica, cognitiva e cultural, a partir de um currículo em que seja
possível estabelecer relações entre conhecimentos escolares e conhecimentos sociais,
é essencial à formação de aprendizagens e à ampliação da participação e modos de atuação
dos estudantes, sujeitos nos diferentes contextos, de forma a impulsionar e dinamizar o
seu desenvolvimento.
Desse modo, torna-se relevante destacar que, no embasamento que concebe o construti-
vismo sociointeracionista, o conhecimento não é percebido somente como a descrição do
mundo, mas como uma representação que o sujeito faz do mundo que o cerca, considerando
as suas experiências de aprendizagem. Pode-se considerar, portanto, que esta perspectiva
está totalmente inerente aos pressupostos e ao embasamento teórico-metodológico
proposto contemporaneamente pela BNCC.
É possível ressaltar, ainda, que tais competências perpassam todos os Componentes Curri-
culares do Ensino Fundamental e são essenciais para uma ampliação de possibilidades de
participação dos(as) estudantes em práticas de diferentes campos de atividades humanas
e de pleno exercício da cidadania, assim como recomenda o BNCC de 2017.
Em coerência com tais perspectivas, o ensino de Língua Portuguesa pretende criar situa-
ções em que o(a) estudante possa observar, perceber, descobrir e refletir sobre o mundo,
concretizando, desse modo, a ação de interagir com seu semelhante por meio do uso
funcional da linguagem. Trata-se, portanto, de promover o letramento completo, em que
os processos de escrita e leitura estejam presentes em todos os seus aspectos inerentes
à leitura de mundo que o(a) estudante se apropria, de forma assertiva, das múltiplas
linguagens e práticas sociais.
Desta forma, o que se busca com o(a) estudante da escola contemporânea da Rede SESI de
Educação é o ultrapassar, romper com as tipologias, conceitos e definições, tendo, como
ponto de partida reflexivo, as concepções que se tornam urgentes na compreensão de
novos contextos de ensino e aprendizagem, como um lócus de discutir e ampliar saberes
diante do mundo textual que o(a) estudante possui hoje, com diversificados e novos
contextos de letramento.
Destacamos, também, que na Rede SESI o Componente de Língua Portuguesa foi cons-
truído com base em uma formação crítica, tecnológica e sustentável para o discente. Pois,
proporcionar uma educação tecnológica por meio de textos produzidos em plataformas
digitais, discutir a importância que a tecnologia tem na contemporaneidade, dar aos
estudantes condições de se sobressair no mercado de trabalho e contribuir para uma
formação integral do indivíduo são princípios relevantes da instituição.
O ensino de uma língua estrangeira, no nosso caso, Inglês, demonstra ser importante
fator de interculturalidade, uma vez que a língua é, ao mesmo tempo, veículo e produtora
IV. CURRÍCULO, ESCOLHAS E CONCEPÇÕES: REFLEXÕES A PARTIR DAS ÁREAS DE CONHECIMENTO, DOS COMPONENTES CURRICULARES
E PILARES DA IDENTIDADE SESI 37
Aprender um idioma está além das divisas internacionais. Trata-se, também, do fenômeno
da globalização, que traz consigo inúmeras vantagens para além da comunicação. Por muitas
vezes, as pessoas e as mercadorias passam a circular livremente nos diversos países sem
possuir, no entanto, um elemento comum de comunicação.
Porém, quem busca estudar este idioma entrará em um processo de aprendizagem amplo
contido por intercâmbio de culturas, de colóquio, de construção para uma melhor socie-
dade, pois o aprendizado traz alicerces de solidariedade, estímulos à empatia, visto que
também conhecemos culturas diferentes, amplitudes literárias, artísticas, entre outros.
Nesta perspectiva, o currículo escolar, em sentindo amplo, traz consigo uma multiplicidade
de concepções e, por conseguinte, enseja disputas e atentas reflexões. Desde os seus
fundamentos teóricos ao seu processo de elaboração, passando por aspectos normativos,
diferentes práticas e concepções de educação confrontam-se. Por conta disso, um longo
caminho reflexivo precisa ser percorrido pelos analistas desse processo de construção de
currículos, sempre com o intuito de retirar (do processo) a aparente opacidade.
Nas linhas e curvas da beleza da Matemática, parece sempre importante nos questionarmos:
Por que ensinar Matemática? Dependendo da concepção de sociedade, de educação e
de Matemática da época, essa pergunta teve, ao longo dos anos, diferentes respostas.
Observa-se que a sociedade passa a exigir do cidadão não só conhecimentos específicos,
mas principalmente novas maneiras de organizar o pensamento e de saber lidar com
dados numéricos e interpretá-los. São também necessárias atitudes como tomar iniciativa,
saber trabalhar em grupo, expor suas ideias por escrito ou oralmente, ter pensamento
crítico e ser criativo. Além disso, é importante ter a capacidade de resolver problemas
e de saber utilizar diferentes recursos tecnológicos. Sabemos que o estudo não deve
estar vinculado apenas às transformações que ocorrem no mundo de trabalho, mas não
podemos esquecer que o trabalho faz parte de vida de cada cidadão. Além disso, diversas
situações do dia a dia envolvem informações numéricas ou exigem conhecimentos de
gráficos ou da interpretação lógica.
Desta forma, a Matemática deve procurar, sempre que possível e que fizer sentido,
fazer uso de problemas e situações vinculados à vida cotidiana do aluno e à formação da
cidadania. Entretanto, mais importante que a recordação pontual de tópicos é o próprio
processo de pensamento matemático. A dinâmica de nossa sociedade demanda do cidadão
o desenvolvimento de esquemas ágeis de pensamento, e não a simples memorização de
pacotes de conteúdo – que facilmente podem se tornar obsoletos em questão de poucos
anos, ou esquecidos em questão de poucos dias.
A possibilidade de aplicação ao cotidiano não pode ser tomada como único critério para
inclusão de tópicos em um currículo de Matemática – pois, neste caso, estaríamos, no mínimo,
cometendo o grave erro de negar aos estudantes a natureza abstrata da própria Matemática.
IV. CURRÍCULO, ESCOLHAS E CONCEPÇÕES: REFLEXÕES A PARTIR DAS ÁREAS DE CONHECIMENTO, DOS COMPONENTES CURRICULARES
E PILARES DA IDENTIDADE SESI 39
Anos Finais (6º ao 9º ano), consideramos que estudar Ciências é, sobretudo, defendê-la
em um mundo que questiona sua contribuição e seu papel diante dos feitos para uma
melhor vida planetária. Nesta perspectiva, apresentar, desde o início do processo de
alfabetização e letramento, um olhar outro sobre o mundo natural é reconhecer a Ciência
em sua essência política para sobrevivência dos ecossistemas.
Entendemos, ainda, que o currículo escolar é um elemento que traduz as escolhas culturais
e históricas que são feitas para lidarmos com o conhecimento e para fazer com que o
conhecimento possa ser mobilizado para a solução de questões centrais para a sociedade.
Neste sentido, é fundamental que as Ciências sejam inseridas neste currículo, favorecendo
o desenvolvimento de um olhar científico para o mundo ao nosso redor.
Mais do que uma lista de temas a serem ensinados, é fundamental que os docentes e
gestores escolares pensem sobre o que o(a) estudante seja capaz de fazer com a Ciência.
Neste sentido, entender a comunicação científica e argumentar com base em evidências
científicas, conhecer e cuidar de si, a partir de aportes da Ciência, descrever sistemas e
propor melhorias a partir de abordagens científicas e tecnológicas, devem ser elementos
prioritários para as escolhas teórico-metodológicas presentes no currículo de Ciências
da Natureza.
Outro ponto que podemos ter como exemplo é a própria divisão cronológica em Antes
e Depois de Cristo, legado cultural de longuíssima duração que permeia as bases morais
e transcendentais da Cristandade, da qual a sociedade brasileira é herdeira. Além disso,
temos a teoria marxista calcada no seu materialismo histórico, que limita a jornada da
humanidade por meio do tempo como uma eterna luta de classes. Mais recentemente,
outras escolas historiográficas, dedicaram-se a construção de uma abordagem mais
cultural, propondo estudos, como o imaginário, a cultura oral, o cotidiano, os estudos
de gênero, entre outros. Portanto, não há como negar que existem diferentes correntes
historiográficas que passam por transformações, o que leva a termos diferentes visões
e concepções.
Nesse sentido, nos deparamos não com um problema insolúvel, mas sim com um interes-
santíssimo universo de debates e reflexões, aos quais as novas gerações se identificam
como sujeitos que passam a participar e contribuir. É nesse sentido que devemos, pelo
compromisso em construir uma história democrática, justa, acessível aos diferentes
sujeitos sociais e por honestidade intelectual, compartilhar o mundo da História aos(às)
novos(as) estudantes que, a cada ano, ingressam no sistema educacional.
1. COMPARTILHANDO INOVAÇÕES/TECNOLOGIAS
Inovar! Pensar a tecnologia enquanto ciência moderna, valorizando o processo de ensino
e aprendizagem em meio a esse mundo interativo, globalizado, dinâmico e competitivo
nessa sociedade contemporânea em que vivemos, tem proporcionado grandes mudanças
e está transformando o mundo em uma imensa “aldeia global.”11 A informação passou a
cruzar o planeta em milésimos de segundos. Modelos tradicionais, inclusive no mundo
dos negócios, tornam-se obsoletos. O mundo se reinventa a passos largos! O que não
difere na educação.
11 Termo cunhado por pelo filósofo canadense Marshall McLuhan (1960), que com uma “previsão” disse que as tecnologias eletrônicas
(ditas na época) surgiriam para conectar cidadãos ao redor do globo formando uma grande comunidade.
44 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
É notável que a tecnologia venha, cada vez mais, ganhando espaço no âmbito do ensino,
pois se trata de uma grande aliada para os professores desenvolverem suas metodologias,
tanto em sala de aula quanto fora dela. É possível, aos professores, por meio de cursos
de formação continuada e capacitação, familiarizarem-se com as ferramentas que a tec-
nologia oferece e utilizá-las em seu trabalho, de acordo com sua metodologia e o perfil
dos estudantes.
O acesso a essas tecnologias pode ser realizado em casa, na Escola SESI ou no trabalho,
pois a tecnologia está presente em todos os âmbitos da vida social e cotidiana, em que
percebemos, de forma acelerada, uma evolução nas estruturas materiais, institucionais
e nas formas de organização da convivência, da família, da produção e da distribui-
ção dos bens materiais com reflexos nas formas de pensar, sentir e agir em sociedade.
5 OS PILARES ESTRUTURANTES DA IDENTIDADE DA REDE SESI 45
Os avanços tecnológicos não param por aí e surgem as mídias digitais, recursos que vêm
sendo utilizados na produção artística. Este ser pensante e criativo continua produzindo,
só que agora a arte também pode ser digital. Isso sem falar no acesso virtual às galerias
de arte e museus, o que ampliou a apreciação de novas estéticas culturais. A utilização
das novas tecnologias da vida contemporânea do século XXI, nas escolas, tem sido de
grande valia, pois ampliou muito o acesso às informações, o que facilita a construção
do conhecimento e seu compartilhamento. No entanto, tal acesso não pode ser visto
apenas como mais um recurso no ensino das Linguagens ou da Arte, mas sim que a
própria tecnologia digital seja Objeto de Conhecimento a ser desenvolvido de maneira
crítica e significativa.
O Componente Curricular de Educação Física, assim como os demais, não ficou alheio às
inovações tecnológicas. Como a atividade Física (AF) tem se mostrado uma importante
ferramenta para aumento e manutenção da qualidade de vida e a melhora do desenvolvi-
mento biopsicossocial das crianças e adolescentes, a nova tecnologia de jogos, com base
na Interface Natural ao Usuário (INU), oportunizou o desenvolvimento dos chamados
Exergames (EXGs), que combinam jogos de videogame com AF, deixando o exercício mais
lúdico. Essa nova metodologia apresenta-se como uma opção interessante no combate
ao sedentarismo, desenvolvimento psicomotor e na estruturação do esquema corporal.
46 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
Desse modo, entendemos que, na Matemática, o uso das tecnologias pode ser considerado
um elemento importante no sentido de potencializar práticas para experimentar, inves-
tigar, comunicar, programar, criar e implementar algoritmos em contextos de robótica,
automação, jogos digitais, aplicativos, entre outros. Portanto, o reconhecimento e a
produção de fundamentos de programação, em diversas linguagens, podem ser importan-
tes ferramentas na modelagem e resolução de problemas matemáticos transformando,
transportando e armazenando dados. Assim, cabe salientar que a Rede SESI de ensino
considera o STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte, Matemática) como impulsiona-
dores de aprendizagens mais abrangentes. Portanto, o uso eficiente das novas tecnologias
possibilita que sejam criados ambientes de aprendizagem em que se faça presente
o desenvolvimento da problematização, da criatividade, da reflexão, da criticidade,
da capacidade decisória, da autonomia dos estudantes em qualquer faixa etária.
Além disso, a programação está presente na vida dos alunos e assim faz-se necessário
conhecer essa nova linguagem e recurso tecnológico. Dessa forma, podemos afirmar que
a programação contribuirá com a educação ao preencher lacunas na aprendizagem no
decorrer da nossa história e ainda proporcionando ao aluno a compreensão de recursos
tecnológicos necessários ao nosso tempo. Essa inserção da programação requer uma
formação contínua de professores sobre o tema para pensarem em metodologias e
propostas de trabalho, uma revisão curricular e ainda adequar e equipar as escolas no
que se refere às tecnologias.
5 OS PILARES ESTRUTURANTES DA IDENTIDADE DA REDE SESI 47
Reconhecer que os seres humanos são sujeitos que vivem em sociedade e que habitamos
a mesma casa planetária permite possibilitar formação autônoma, autora e cocriadora de
homens e mulheres. Portanto, a educação pelo viés da tecnologia possibilita, no Ensino
Fundamental, a construção de protótipos e maquetes, a observação do mundo natural
pelas ferramentas tecnológicas, como lunetas e microscópios, no pensar em reúso de
matérias e objetos, na solução de situações-problema, no investigar científico.
a si mesmo(a) como um(a) participante desse processo, visto que desde o domínio do fogo
até os nossos atuais microprocessadores, temos acumulado experiências compartilhadas
ao longo do tempo e em diferentes espaços e contextos. Mas importantíssimo e crucial
é trabalhar a reflexão ética que envolve o mundo das inovações, naquilo que implica os
seus impactos construtivos e destrutivos.
Portanto, pensando, a Geografia como uma ciência atuante e engajada no mundo dominado
pela globalização e pelas mudanças tecnológicas, há a necessidade de se buscar posturas
geográficas que não estejam engessadas em Objetos de Conhecimento e Habilidades
Clássicas e Neutras, e em que se pretenda alcançar movimentos espaciais múltiplos
em territórios e territorialidades amplas e diversas, promovendo um ensino que faz
sentido para a realidade e que esteja pautado na busca de caminhos que ofereçam aos
estudantes acesso a diferentes compreensões do mundo na promoção e potencialização
da leitura, entendimento e criação de realidades sociais justas e cidadãs, analisando,
5 OS PILARES ESTRUTURANTES DA IDENTIDADE DA REDE SESI 49
também, o impacto das tecnologias na vida pessoal e social, nos processos produtivos
e de conhecimento e nas questões ambientais.
Planejar um trabalho, em parceria com diferentes áreas, tendo como centralidade a sus-
tentabilidade, sobretudo na atualidade, é fundamental para que possamos ter consciência
da qualidade da nossa existência neste planeta. As abordagens por meio de atividades
lúdicas, fazendo parte da rotina escola, devem ser elaboradas com o objetivo de levar
o(a) estudante a refletir e formar novos hábitos e atitudes para agir no seu cotidiano e
diante do planeta.
Tendo como pressuposto de que interagir é sua ação no mundo e para o mundo que
propõe mudanças na sociedade contribuindo para a sustentabilidade de nosso planeta,
a solidariedade e meio ambiente formam um Eixo da Educação da Rede SESI que devem
ser adotados como temas para as aulas, tarefas e projetos desenvolvidos na Língua Inglesa,
em consonância e em conjunto com outras áreas, ou seja, transversal, visto que o meio
ambiente e a solidariedade se enquadram em todas as áreas do conhecimento.
Hoje a preocupação dos artistas com a sustentabilidade e com o meio ambiente é muito
maior e é comum ver obras de arte feitas a partir de reaproveitamento e de reciclagem de
materiais que, a princípio, seriam descartados, indevidamente na natureza. Tal urgência
exige, cada vez mais, da sociedade e da escola uma postura mais rígida. É preciso que se
pense em ações pedagógicas para se construir uma escola sustentável, que consiga dimi-
nuir ou até mesmo neutralizar os impactos ambientais causados por ela e pela sociedade
ao meio ambiente, entre outras coisas. Por isso, a nova Matriz Curricular SESI possibilita
a construção de um currículo que favorece ações pedagógicas sustentáveis em prol da
educação socioambiental.
A Educação Física deve ser pensada como movimento, que é mais que um simples desloca-
mento do corpo no espaço, mas sim uma linguagem que permite às crianças e aos jovens
agirem sobre o meio físico e atuarem sobre o ambiente humano, mobilizando as pessoas
por meio do seu teor expressivo e dos aspectos históricos, culturais e sociais, associados
a essa concepção transformadora do movimento. Essa concepção enseja uma reflexão
acerca das regras, das normas e dos princípios éticos, assim como da maneira como esses
elementos se relacionam à convivência em sociedade ao respeito ao meio ambiente,
os dois espaços em que o movimento ocorre e sobre os quais age.
Cientes de que o domínio das linguagens matemáticas representa uma das condições para
as aprendizagens escolares, possibilitando fazer análises quantitativas e/ou qualitativas,
a Matemática possui papel relevante de investigação, interpretação e compreensão dos
diferentes aspectos histórico, filosófico, social e cultural, articulando-se com todas as áreas
52 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
As necessidades cotidianas fazem com que os alunos desenvolvam uma inteligência essen-
cialmente prática, que permite reconhecer problemas, buscar e selecionar informações,
tomar decisões e, portanto, desenvolver uma ampla capacidade de lidar com a atividade
matemática e seus conceitos próprios. Quando essa capacidade é potencializada pela
escola, a aprendizagem poderá apresentar um melhor resultado.
Quanto aos 17 objetivos propostos, percebemos que oito desses se relacionam com os
Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Na garantia do estudo sobre sistemas, mudanças
climáticas, qualidade da terra, do solo e da água reconhecendo a importância da recicla-
gem, reúso e assegurando condições para recuperação e conservação dos ecossistemas.
Assegurar uma vida saudável conhecendo as doenças transmitidas por parasitas e micróbios
e o avanço da vacina neste campo, além do reconhecimento de acesso à permanência a
todas as pessoas ao conhecimento estruturado socialmente.
Ao trazer uma Unidade Temática específica para o tema, há a busca de articular diferentes
escalas de análise presente na Geografia, que vão desde a percepção e o conhecimento
do meio físico-natural até a compreensão das relações das atividades humanas e sua
influência na natureza. Porém, isso não quer dizer que a questão ambiental fique estacio-
nada nessa Unidade Temática, uma vez que ela desdobra e se faz presente nas outras de
maneira a trazer entendimentos e compreensões diversas das relações territoriais com
meio ambiente. Isso vai ao encontro do que afirma Albuquerque e Muniz (2008, p. 205):
[...] as paisagens são construções do olhar humano, sempre orientado por valores,
costumes, concepções políticas, ética e estéticas, interesses econômicos e sociais, e são
ditas a partir de conceitos, metáforas, tropos linguísticos, palavras que pertencem a uma
dada trama histórica, a uma dada temporalidade, a lugares de sujeito, a lugares sociais.
5 OS PILARES ESTRUTURANTES DA IDENTIDADE DA REDE SESI 55
O SESI tem a missão, também, de formar cidadãos conscientes do cuidado com o mundo,
de que é possível utilizar os recursos naturais de forma inteligente, promovendo inovação
sem destruir a natureza e que sejam exemplos dessas boas práticas para motivar a todos
da sociedade. Nesse contexto, as práticas pedagógicas, independentemente da área de
conhecimento, orientam o uso consciente de materiais no sentido de minimizar o lixo
produzido e seu descarte correto.
têm origens sociais, econômicas, ambientais, culturais, entre outros. Isto significa que
todas as áreas precisam se envolver em discussões e práticas associadas ao tema com
vistas a fazer os estudantes perceberam que fenômenos associados à sustentabilidade
são complexos.
Além disso, é importante que os estudantes percebam que cada escolha no estilo e na opção
de vida na sociedade implica renúncias, afinal até que ponto perceber a complexa cadeia
de influências no que tange a discussões sobre sustentabilidade ajuda a compreender os
desafios que nosso planeta enfrenta? Isso abrange o entorno mais imediato.
Desse modo, a perspectiva do mundo do trabalho não deve ser elaborada somente por meio
de uma proposta enunciativo-discursiva de linguagem. Porém, deve assumir uma centralidade
de uma sociedade em ação, na qual possibilita vislumbrar o mundo textual e as práticas
de linguagens pertencentes a esta sociedade em ação, de forma a sempre relacionar os
textos a seus contextos de produção e ao uso significativo da língua em situações reais e do
movimento de leitura, escuta e produção de textos em várias mídias e semioses, propondo,
ininterruptamente, a exposição dos cenários do mundo social do trabalho.
Nesta Proposta Pedagógica, a sala de aula de Língua Inglesa configura-se como um espaço
de interações em que professores e estudantes interpretam seus contextos sociais
em seu cotidiano, comparam com outros contextos em que a Língua Inglesa é falada,
principalmente além dos eixos colonialistas estadunidense e britânico, trazendo para os
debates questões sociopolíticas e econômicas.
Mas, ao mesmo tempo, como professores, nosso papel não pode ser simplesmente
tecnocrata. Muito ao contrário, nossos estudantes precisam desenvolver a capacidade
de falar, negociar e ser capaz de se envolver criticamente com as condições de sua vida
profissional. No campo do trabalho, a ideia de que o que parece ser um problema –
a multiplicidade de culturas, experiências, modos de gerar significado e modos de pensar
– pode ser muito bem aproveitada.
Nesse sentido, a Escola SESI, inserida em uma realidade histórica que se transforma
constantemente, tem papel fundamental nessa formação, principalmente, no que se
refere à preparação dos sujeitos em atuar nos diferentes espaços sociais, nos espaços
de trabalho e culturais. Assim, contribui para a formação da subjetividade dos indivíduos
que, ao interagirem com as múltiplas vozes de outros, constroem e reconstroem seu
conhecimento e a si mesmo no campo do trabalho.
Mas, arte e mundo do trabalho continuam caminhando juntos, pois hoje dispomos de
várias instituições educacionais que possibilitam o aprendizado de um ofício dentro das
linguagens artísticas, o que possibilitou o maior acesso para aqueles que querem viver de
arte. No passado, alguns tinham talento, mas não tinham a sorte de serem escolhidos por
um grande mestre. Hoje o acesso às oficinas tornou-se mais democraticamente acessível.
Ao passo que, quando nos reportamos sobre as relações entre o mundo do trabalho
e as práticas corporais, consideramos que devem ser entendidas a partir das ideias de
construção das identidades, dos comportamentos éticos e da conscientização social na
luta por uma sociedade que busque a manutenção dos valores sociais e éticos do trabalho.
58 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
Isso significa romper com a concepção dominante de mercado de trabalho, que tem como
determinante exclusiva a formação profissional realizada.
A formação para o mundo do trabalho deve ser uma realidade das escolas brasileiras.
O mundo do trabalho demanda que, na área de linguagens, sejam abordados Objetos
de Conhecimento que contemplem a escrita profissional, a colaboração, a proatividade,
postura, etc. Desenvolver na criança e no adolescente a capacidade de ser autor do próprio
conhecimento, encorajar uma postura curiosa e criativa diante dos fatos do cotidiano,
relacionar aspectos teóricos à prática, com vistas a uma inserção consciente no mundo
do trabalho são objetivos que exigem uma estratégia de trabalho que tome como ponto
de referência o(a) estudante, suas reais necessidades e interesses.
Para que o(a) estudante seja inserido(a) no mundo da relação social, a Matemática contribui
na compreensão das informações, pois a sua aprendizagem vai além de contar, calcular,
ela nos permite analisar, medir dados estatísticos e ampliar cálculos de probabilidade, os
quais representam relações importantes com outras áreas do conhecimento. No mundo da
cultura, os conhecimentos matemáticos possibilitam a aprendizagem de outras ciências,
como, por exemplo, Economia, Física, Química, Biologia, Sociologia, Psicologia, Arte.
Nos Anos Iniciais (1º ao 5º ano) do Ensino Fundamental, a ideia de trabalhabilidade deve
transversalizar os saberes pedagógicos, na reflexão sobre as formas de trabalho de sua
5 OS PILARES ESTRUTURANTES DA IDENTIDADE DA REDE SESI 59
família e amigos, das possibilidades de atuação da própria Rede SESI em sua cidade, sobre-
tudo a indústria, nas atividades laborais ampliadas e impactadas pela ciência e tecnologia.
No caso dos Anos Finais (6º ao 9º ano), o Componente de Ciências deve representar para
os(as) estudantes uma ferramenta de observação, tomada de decisão e intervenção
no mundo ao seu redor. É muito importante que os(as) estudantes sejam levados(as)
a refletir sobre o papel da Ciência dentro dos contextos de trabalho. Perguntas como:
De que forma os modos de produção podem ser favorecidos pela Ciência? Como opções
voltadas para a sustentabilidade podem apresentar novas possibilidades de trabalho?
Como dilemas contemporâneos ligados à produção, à economia e à distribuição de
renda podem ser encaminhados por meio de desenvolvimento de tecnologias? Devem
fazer parte do trabalho cotidiano com as Ciências da Natureza, levando o(a) estudante
a conhecer propostas disruptivas para o mundo do trabalho, produzidas com auxílio da
Ciência e, até mesmo, desafiá-lo a enfrentar as contradições da nossa sociedade propondo
soluções cientificamente embasadas.
Refletir acerca da Área das Ciências Humanas e seus Componentes Curriculares de His-
tória e Geografia nos levam, no caso da História, as narrativas mitológicas e históricas,
pois essas são permeadas de personagens heroicos ou não que simbolizam os dramas
da vida social. A despeito daqueles que individualmente se destacaram pelas suas ações
benéficas ou maléficas, as sociedades e as respectivas culturas são resultados da atuação
coletiva acumulada através dos tempos. Os idiomas, por exemplo, só fazem sentido porque
são compartilhados por um grupo de pessoas que os entendem. Em decorrência disso,
ao longo da História, podemos constatar que, em diferentes graus e naturezas, os indiví-
duos compartilham o resultado de suas atividades cotidianas, as quais podemos chamar
também de trabalho. Reside aí o sentido do termo sociedade em ação.
6 A INTEGRAÇÃO, TRANSVERSALIDADE
E HORIZONTALIDADE DOS SABERES
AO LONGO DOS NOVE ANOS DO
ENSINO FUNDAMENTAL
Cabe ao Componente Curricular de Língua Portuguesa propiciar aos estudantes experiências
que possam contribuir para a ampliação dos saberes e letramentos, de forma a possibilitar
a participação significativa e crítica nas diversas práticas sociais permeadas e constituídas
pela oralidade, pela escrita e por outras linguagens que integram níveis de ensino e pos-
sibilitam que os estudantes obtenham um processo contínuo de ensino aprendizagem.
Nesses aspectos, torna-se relevante destacar que o BNCC (2017), ao considerar como
importantes os multiletramentos e as práticas da cultura digital no currículo, não desenvolve
uma concepção que contribui somente para que uma participação mais efetiva e crítica
nas práticas contemporâneas de linguagem por parte dos estudantes possa ter lugar,
permitindo também que se possa mais que um “usuário da língua/das linguagens”, mas
alguém que mescla, remixa, transforma, redistribui, produz novos sentidos. Tais aspectos
nos encaminham para um processo no qual precisamos observar a horizontalidade dos
saberes e, com isso, focar o pensar com criticidade da importância do ensino de nove
anos do EF como um processo educativo contínuo e integrado e que se faz por meio de
rupturas e molduras de um ensino pautado em saberes interligados.
Além disso, para pensarmos uma formação do indivíduo no processo de educação escolar,
a escola precisa ser pensada como um espaço de cruzamento entre culturas cuja respon-
sabilidade específica lhe confere identidade e relativa autonomia via mediação reflexiva
das influências plurais que as diferentes culturas exercem de forma permanente nas
novas gerações. O caráter padronizador, homogeneizador e monocultural da educação,
especialmente presente no que se chama cultura escolar ou cultura da escola precisa ser
repensado e reformulado.
Para que a prática docente seja organizada de modo a desenvolver um trabalho que
possibilite a formação de um cidadão crítico, o(a) professor(a) precisa entender a con-
textualização como um acontecimento ou situação pertencente a um encadeamento de
elementos que proporcionam relações com recursos disponíveis em cada componente
de outras áreas.
Apesar das especificidades que demarcam os Anos Iniciais e Finais do Ensino Fundamental,
é importante termos em mente o percurso acadêmico desejado para o estudante, demar-
cando exatamente quais são os direitos e objetivos de aprendizagem que precisamos
desenvolver e assegurar em cada ano como ao longo dos nove anos do percurso escolar
do Ensino Fundamental.
Para isso, entendemos que os Eixos Organizadores Anuais, os Eixos Estruturantes Bimestrais
e as Unidades Temáticas constituintes das Matrizes Curriculares são marcos de referências
fundamentais. Assim, é desejável operar com a concepção de ensino em espiral, visitando
o currículo como um todo e percebendo como os temas trabalhados já foram abordados
anteriormente, garantindo que o(a) estudante possa ver sentido em seu percurso escolar
e perceber a valorização de seus conhecimentos prévios.
A Ciência Geográfica, como uma ciência do todo, apresenta um rico universo de conheci-
mentos espaciais que permite a articulação com outros componentes e outros temas que se
tornam correlatos, uma vez que estão presentes na sociedade e na vida dos(as) estudantes,
seja na Matemática, com raciocínios de extensão, quantificação populacional, medições
6 A INTEGRAÇÃO, TRANSVERSALIDADE E HORIZONTALIDADE DOS SABERES AO LONGO DOS NOVE ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL 67
Consideramos que falar de Arte ou de fazer artístico também é falar de Matemática, Física,
História e outras áreas do conhecimento humano, além das linguagens, é claro. Fazer arte
não se resume a um ato mecânico que transforma um material expressivo em algo belo
para que possamos admirar. O fazer artístico é fruto das ações e contradições humanas,
de suas interações e de suas pesquisas em diferentes áreas do conhecimento humano.
O que seria de Leonardo da Vinci e Michelangelo sem o uso das Ciências, sem o estudo da
Anatomia, da Matemática, da Engenharia, entre outras Ciências? Não seria!
O grande diferencial da Educação do SESI é, sem dúvidas, não ser a “escola da caixinha”
e sim da escola do significado. É impossível aprender algo novo e este estar desvinculado
do todo, afinal tudo em nossas vidas é interligado, possui significados mais amplos e exige
uma reflexão que quanto mais conhecimentos diferenciados, maior será a crítica sobre.
Muito importante ressaltar que a relação docente e estudante também é alterada quando
usamos metodologias mais horizontais, em que o(a) aluno(a) pode debater ideias, pesquisar
por conta própria concepções e definições que desconhece e colocar a mão na massa
para fazer suas produções de forma independente. Da mesma forma, o(a) docente muda
de postura saindo da centralidade dos seus conhecimentos e se tornando um mediador
que acompanha seus estudantes e os instiga a aprender coisas novas.
7 A PROGRESSÃO DAS APRENDIZAGENS COM MAIS SUCESSO, EVIDENCIANDO ASPECTOS POTENCIALIZADORES DA FORMAÇÃO
INTEGRAL DOS ESTUDANTES E DAS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS 69
O trabalho pedagógico mediado por projetos promove o trabalho em equipe, trabalha com
solução de problemas, envolve temas transversais e aproxima os conteúdos da realidade
do aluno como também corrobora o desenvolvimento de atitudes com vistas a controlar
emoções, alcançar objetivos, demonstrar empatia, manter relações sociais positivas e
tomar decisões de maneira responsável, entre outros. O ser humano, se não o mais,
é um dos mais complexos seres.
A História tem como objeto mais evidente o testemunho das gerações passadas, trabalha
de forma a organizar cronologicamente os acontecimentos históricos, possibilita ao(à)
estudante sua localização no tempo, diferenciando e nomeando as diferentes épocas e
lugares. Posto isto, este Componente Curricular além de proporcionar certa base teórica,
não pode deixar de trabalhar o caráter emocional do seu conteúdo.
Deve-se entender que o conhecimento foi construído historicamente pelo homem e que
ele é ferramenta essencial para o desenvolvimento do pensamento crítico, científico e
criativo e que, a partir dele e com ele, ocorre a ampliação da comunicação, interação, dos
repertórios culturais e digitais e as possibilidades de problematização, questionamento,
investigação acerca das diferenças e das diferentes formas de pensar e de agir cultural
ou socialmente.
Tendo como um dos pilares das competências o saber ser, ou seja, possuir as atitudes
necessárias à atuação profissional, de nada vale saber e ter habilidades necessárias ao
desempenho de uma tarefa, se não se desenvolve as atitudes favoráveis e necessárias
para a formação integral. Entre os teóricos, pensadores e formuladores de nossas políticas
educacionais, não restam mais dúvidas de que educar crianças, adolescentes e jovens de
forma integral, incluindo suas habilidades sociais e emocionais, é fundamental para atender
às necessidades do novo cenário social e profissional que se desenha para o mundo.
O aprendizado tem que ter significado. Deve ter a sua curiosidade aguçada, a criativi-
dade, pôr em prática o que sabe, engajamento com os outros, autoconfiança, empatia;
tudo isso dependerá da forma como a abordagem do material será conduzida pelos
professores, etc.
7 A PROGRESSÃO DAS APRENDIZAGENS COM MAIS SUCESSO, EVIDENCIANDO ASPECTOS POTENCIALIZADORES DA FORMAÇÃO
INTEGRAL DOS ESTUDANTES E DAS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS 73
Ele é um dos principais responsáveis para o desenvolvimento integral do(a) estudante, dando
condições para o saber se expressar e se posicionar em diversas situações do cotidiano.
Tendo em vista que a fase em que se encontram os(as) alunos(as) nos Anos Finais do
Ensino Fundamental – ou seja, uma fase de transição entre a infância e a adolescência –,
as competências socioemocionais podem ser trabalhadas por meio dos gêneros que prio-
rizem a argumentação, pois eles levantam problemas e possíveis soluções, como também
por meio de gêneros midiáticos que visam compartilhar informações a respeito do tema.
O mundo chegou em um momento que não basta apenas ter os conhecimentos técnicos,
mas precisa saber aplicá-los para resolver problemas complexos, estar apto a trabalhar
coletivamente, saber onde encontrar novos conhecimentos e se adaptar a mudanças,
entre outras possibilidades, e isso são alguns dos aspectos que não são bem trabalhados
na escola clássica.
VIII. A AMPLIAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DOS SABERES NAS TRANSIÇÕES DOS ESTUDANTES NO PERCURSO ESCOLAR
DOS NOVE ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL 75
8 A AMPLIAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO
DOS SABERES NAS TRANSIÇÕES
DOS ESTUDANTES NO PERCURSO
ESCOLAR DOS NOVE ANOS DO
ENSINO FUNDAMENTAL
As constantes transformações do mundo atual, em uma velocidade que, por vezes, não
nos damos conta, nos remetem à imprecisão do mercado de trabalho daqui a 20 anos.
Assim, precisamos ensinar aos estudantes que apreender é essencial em sua formação
ao longo da trajetória da Educação Básica. Não por outra razão, esse é um dos pilares da
Unesco para a educação do século XXI.
Tal processo pode se consolidar, também, por meio de uma ação educativa que promova
uma avaliação processual e contínua na qual esteja presente a dimensão da formação
integral dos discentes, em que sejam realizadas a análise e a intervenção pedagógica
na produção do conhecimento de modo coletivo e individual. Desse modo, agrega-se ao
trabalho da docência uma concepção, prioritariamente, formativa de mediação, da dialogia
e da constante reflexão sobre a própria prática educativa.
Pensando nesse processo de ruptura assim como outros processos de transições que vão
ocorrendo ao longo desses nove anos, é que precisamos assegurar formas cuidadosas na
distribuição dos Objetos de Conhecimento e das Habilidades. Assim, acreditamos que a
chegada aos Anos Finais se dará de maneira mais tranquila.
Um dos aspectos fundamentais que orienta o trabalho com Educação Matemática é que
esta esteja voltada para a perspectiva de desenvolver, nos(as) estudantes, a capacidade
de aprender a aprender e, principalmente, aprender a mobilizar seus conhecimentos,
a fim de agir diante das situações matemáticas cotidianas para, então, conseguirem ler e
compreender o mundo que para eles(as) se apresentam ao invés de esperarem por uma
resposta já pronta dada pelo(a) professor(a). Esse processo de leitura e ressignificação
da realidade, a partir de diferentes contextos, é aprimorado a cada fase dos nove anos
que compõem o Ensino Fundamental, nos diferentes processos de desenvolvimento
socioemocional dos alunos.
É comum percebermos a Ciência como um elemento que aguça a criatividade das crianças,
especialmente as menores. Infelizmente não é incomum que esta mesma Ciência, com
o passar dos anos, se afaste deste lugar instigante e passe a ocupar o espaço do medo e
da dificuldade. Lidar com esse deslocamento indesejável deve ser uma tarefa cotidiana
para os professores e gestores do currículo de Ciências da Natureza.
Contudo, alguns objetos são fascinantes no imaginário dos alunos. É comum a curiosidade
a respeito dos deuses gregos, das pirâmides do Egito, dos gladiadores no Império Romano,
das grandes guerras mundiais. Assuntos esses envoltos por certo sensacionalismo, muitas
vezes repercutidos em filmes, animações e jogos eletrônicos.
Essa conscientização deve ser trabalhada já nos Anos Iniciais, quando a adesão das crianças
é maior ao que é ensinado. É nesse contexto que devemos potencializar a imaginação,
o vocabulário, o repertório de informações, o manuseio com objetos, a experiência cênica
e representativa de situações cotidianas. Ao preenchê-los com esse universo de sensações
e de informações decorrentes dessas atividades, podemos vislumbrar a chegada aos Anos
Finais de um(a) estudante repleto(a) de questionamentos e de inquietações, que queiram
absorver do(a) professor(a), tudo aquilo que ele(a) possa oferecer e contribuir, tornando,
assim, a prática da aula de História um momento mais construtivo e estimulante para
todos os envolvidos na sala de aula.
O Ensino Fundamental é a etapa mais longa da Educação Básica, com nove anos de duração
e é também o período que acompanha o(a) estudante em seu maior processo de mudan-
ças. Ele(a) ingressa nesta etapa ainda criança vivendo em plenitude seus desafios das
infâncias e conclui no auge da complexidade da adolescência. Logo, o período é marcado
pelos sinais da puberdade ou pico de crescimento: alteram-se corpos, valores e traços
de personalidade. Portanto, cabe a escola, também, lidar com saber e sabedoria tanto
com as mudanças corporais quanto emocionais, abrir tempos e espaços nos ambientes
de aprendizagem para a escuta desses sujeitos pode colaborar sentido de se estabelecer
diálogos promissores com estes sujeitos qualificadores de suas aprendizagens.
9 A TRAJETÓRIA ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL E AS TRANSIÇÕES DOS ESTUDANTES, MARCOS PARA INVESTIMENTO PEDAGÓGICO 81
9 A TRAJETÓRIA ESCOLAR NO
ENSINO FUNDAMENTAL E AS
TRANSIÇÕES DOS ESTUDANTES,
MARCOS PARA INVESTIMENTO
PEDAGÓGICO
Entre os muitos desafios que perpassam a vida das crianças e adolescentes em sua trajetória
formativa nos muros escolares, constituída por movimentos complexos, que envolvem
muitas mudanças na estrutura curricular e mudanças no perfil do(a) professor(a), soma-se
a isso as transformações vividas pelos próprios estudantes que abarcam fatores psicoló-
gicos, emocionais e fisiológicos, em especial a passagem da infância para a adolescência.
Assim, em meio a tantos desafios, emerge um que precisa ser muito bem pensado e
trabalhado em nossas escolas: as transições de nossos estudantes ao longo dos nove anos
do Ensino Fundamental. São marcos bem definidos em momentos estratégicos, a saber:
1. A entrada da criança da Educação Infantil no Ensino Fundamental (EF), considerando
aqui especialmente o 1º e o 2º ano do EF; 2. O período do 3º ao 5º ano; 3. A saída do(a)
estudante dos Anos Iniciais, ou seja, do 5º ano do EF, e sua entrada no 6º ano dos Anos
Finais do EF; 4. O período do 7º e o 8º ano EF; e 6. O 8º e 9º ano do EF, tendo em vista o
acesso ao Ensino Médio.
nos Anos Finais do Ensino Fundamental, deve-se pensar que como docentes podemos
por meio dessa trajetória educativa, de modo planejado, assegurar que os estudantes
tenham em seu percurso uma aprendizagem contínua, sem fronteiras, de forma que as
práticas pedagógicas das linguagens possam promover uma integração ativa entre os
Anos Iniciais e os Finais. O investimento mais intenso nas competências socioemocionais,
nesta transição dos Anos Iniciais para os Anos Finais, contribui para que esses meninos
e meninas que ainda vivem seus tempos finais de infâncias possam contribuir muito no
entendimento desta transição para outra organização pedagógica.
Contudo, sabe-se que essa transição pode ser caracterizada como mudança paradigmática
estrutural na organização pedagógica da escola e mudança educativa para o estudante.
Assim, deve-se apresentar, de forma paulatina, que tais mudanças ocorrem e em uma nova
organização curricular, na qual se coloca decorrentes principalmente da diferença entre
os objetivos e dos objetos de aprendizagem de cada Componente Curricular. Desse modo,
o desenvolvimento de adaptações e articulações para que o(a) estudante compreenda
nesta ruptura entre os 5º e 6º anos, que tal transição pode e deve ser apoiada pela família
e pelos atores da escola, a fim de evitar rupturas cognitivas, comportamentais, afetivas
no processo de aprendizagem, garantindo-lhes condições de êxito educativo.
Neste caso, tratar a cultura digital como opositora ao ensino formal pode ser desastroso.
Na verdade, precisamos servi-nos dela como um meio enriquecido e dotado de capaci-
dades agregadoras, nas quais devem adotar as mais novas linguagens e seus modos de
funcionamento, desvendando possibilidades de comunicação e que eduque para usos
mais democráticos das tecnologias e para uma participação dialógica mais consciente
nesta sociedade que emana informações e conhecimentos por meio de elementos digitais.
que, neste processo de reflexão, os(as) estudantes possam se perceber como profissionais
em determinado campo de atuação, com saberes que possam ajudá-los a planejar ações
estruturais para construir esse próprio futuro, de maneira autônoma e crítica, demonstrando,
assim, seu desenvolvimento intelectual e social.
É preciso estar atento para considerar a criança como um sujeito histórico e social, estabe-
lecendo sempre uma relação de afetividade, respeito e valorização quando de sua saída
da Educação Infantil e entrada no Ensino Fundamental. Para que o processo de transição
e de novas aprendizagens ocorra com sucesso, são necessárias estratégias de articulação.
Esse período requer, por exemplo, o investimento curricular de modo significativo. Pois a
grande questão discutida na transição da Educação Infantil para Ensino Fundamental é
a fragilidade da ludicidade e a antecipação precoce e acelerada de determinados Objetos
de Conhecimento.
significado social do que está sendo aprendendo, para que a criança possa perceber
o sentido das aprendizagens. Assim, a marca da organização da aprendizagem deve
partir do concreto para se alcançar o abstrato. Desse modo, a apresentação matemática
deve procurar solucionar problemas significativos para as crianças, unindo, separando,
subtraindo e correspondendo. Jogos matemáticos, música e jogos eletrônicos podem
ser bons aliados.
Ao abordarmos a saída do(a) estudante dos Anos Iniciais, ou seja, do 5º ano do EF e entrada
no 6º ano dos Anos Finais do EF na área da Matemática, esses anos de ensino são marcados
pelas descobertas de novos conjuntos numéricos, como os racionais e os inteiros que
podem levar o aluno por dois caminhos principais: decorar por meio de muitos artifícios
para operar, o que é péssimo para construir futuras conjecturas e resolver problemas ou
entender que esses conjuntos numéricos são uma evolução construída dentro das próprias
necessidades da humanidade e que aquela lista de “regrinhas’’ são derivações lógicas
que podem ser facilmente entendidas para a construção desses conjuntos e futuramente
construir novos até formar o conjunto real.
O ensino de Espanhol para as crianças do Ensino Fundamental dos anos iniciais, especifi-
camente 1º e 2º anos, devem ser enfatizadas as atividades lúdicas que incluem músicas,
dramatizações, jogos e brincadeiras, e contação de histórias, com foco na compreensão
e produção oral.
Diversas pesquisas em Linguística Aplicada apontam que, como as crianças nesta fase,
estão em processo de alfabetização em língua materna (português), espera-se que os
professores não deem ênfase à escrita em Língua Estrangeira/Inglês para que não confunda
a cabeça das crianças e para que a aprendizagem do Espanhol como língua estrangeira seja
algo natural, com base na competência auditiva da língua, reprodução de vocabulários.
Obviamente elas podem ser expostas a palavras e frases escritas, principalmente no 2º ano,
mas sem qualquer exigência de produção escrita por parte do(a) professor(a). Portanto,
com relação aos Eixos Leitura e Escrita, espera-se que sejam realçadas performances,
jogos, apresentações e representações coletivas, que aprendam a responder a comandos,
procedimentos e instruções com experimentações de padrões de sons e rimas repetitivas
de maneira lúdica e respeitando as diferenças individuais.
ideias em um texto oral ou escrito. Tal compreensão deve fazer com que percebam como
eles mesmos leem em língua materna. Nos dois anos em questão, devem ser propostas
atividades que levem os(as) alunos(as) a compreender, em um primeiro momento, como
os textos são organizados conforme as ideias que são desenvolvidas, para, em seguida,
aprenderem a organizar os próprios textos, sejam eles orais ou escritos em diferentes
gêneros. Foram elaborados, para esse momento, espaços de escuta, de fala, escolhas
e criação. Nesta passagem, esperamos que nossos estudantes entendam e façam uma
consolidação para uma autonomia da aprendizagem.
Desde o ingresso da criança na Educação Infantil, os seus primeiros anos no Ensino Fun-
damental até o término desta etapa de ensino, os estudantes vivenciam várias transfor-
mações, biológicas, físicas, emocionais. Eles também passam por muitas mudanças dentro
do ambiente escolar, quando, por exemplo, deixam de ter um professor e percebem que
dificilmente terão o mesmo vínculo afetivo, com todos os professores, na transição para
os Anos Finais. Assim, o corpo, o movimento, os jogos e as brincadeiras assumem centra-
lidade nessa etapa da Educação Básica. A sociologia da infância ganha maior dimensão e
as experiências das práticas corporais de socialização auxiliam as crianças na construção
de suas identidades.
A curiosidade natural das crianças é alvo dos temas tratados no ensino de Ciências nos
Anos Iniciais do Ensino Fundamental. No 1º e 2º ano, as crianças estão vivendo a transição
da Educação Infantil, estão conhecendo seu corpo, reconhecendo as funções, entendendo
do que são feitas as coisas ao seu redor. Experimentam expressar as suas próprias ideias,
desejos e sentimentos sobre suas vivências.
Por isso, criar ambientes em que as temáticas da adolescência possam ser discutidas
com naturalidade, espaços de reflexão e produção do adolescente sobre as alterações
em seu corpo e emoções é uma forma de auxiliar em seu desenvolvimento e engajar o(a)
estudante no estudo das Ciências.
e seu convívio. E, a partir daí, buscar atribuir e dar um caráter científico ao pensamento,
de maneira que ele seja construído e incorporado à sua vivência e que haja o reconhecimento
e a multiplicidade e diversidade de sujeitos, situações e realidades, além da consideração
das diferentes necessidades emocionais e sociais do indivíduo.
Nos Anos Iniciais, a criança que está no seu processo de alfabetização se depara com os
primeiros conteúdos das Humanidades. Dedica-se ao desenvolvimento da leitura e de
seu vocabulário. O “Meu lugar no Mundo”, como é proposto pela Matriz, evidencia essa
fase introdutória no processo educacional. No decorrer dos 3º ao 5º ano, apresentamos
objetos relativos aos aspectos socioculturais, aos fundamentos cronológicos que servirão
de base para a complexidade da reflexão histórica dos Anos Finais.
Especialmente no 5º ano, transição para etapa final do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano),
para a abordagem e tratamento dos Objetos de Conhecimento se recorre um pouco ainda
mais à autonomia dos estudantes, compreendendo “seus erros” e utilizando-os como
recurso de ensino. A Matemática é apresentada como um aprimoramento das sequências
até então estudadas, enfatizando a generalização, a aplicação no cotidiano e como uma
linguagem que possui sua estrutura, símbolos e gramática únicos.
9 A TRAJETÓRIA ESCOLAR NO ENSINO FUNDAMENTAL E AS TRANSIÇÕES DOS ESTUDANTES, MARCOS PARA INVESTIMENTO PEDAGÓGICO 91
10 A CONCEPÇÃO DE ÁREA NO
DESENVOLVIMENTO CURRICULAR,
UMA ESCOLHA PARA ALÉM DA
DISCIPLINA E DO COMPONENTE
CURRICULAR
Uma das reflexões da obra Pedagogia do oprimido (Freire, 2005) pouco comentada é a
categoria do “inédito-viável”, que é a confiança no sonho possível e na utopia que virá se
cada um de nós fizer a nossa parte na história. O inédito-viável é uma concretização pelos
que pensam utopicamente e sabem que o problema não é mais um sonho, que ele pode
se tornar realidade pela ação articulada dos sujeitos históricos, no caso aqui exposto, nós:
os profissionais de educação.
Entender uma mensagem e saber se comunicar está muito além de simplesmente saber
ler e escrever. A comunicação pode se dar de diversas formas além da verbal, ora falada,
ora escrita, mais também por meios de imagens, por sons, por expressão corporal ou por
gestos, ou seja, pela linguagem não verbal. As linguagens, sejam elas verbais, como é o
caso da língua portuguesa e das línguas estrangeira, ou não verbais, como é o caso das
artes e educação física têm como pressuposto a comunicação em diversas linguagens,
o entendimento e a análise dos processos históricos, culturais e sociais, assim como a
compreensão de outras culturas e as relações pessoais.
Assim, considera-se essencial assegurar o espaço nas práticas pedagógicas para a concep-
ção de corporeidade, central para a compreensão das escolhas curriculares referentes
à educação física. O corpo, nos dizeres de Merleau-Ponty, é fundamental e indissociável
da própria ideia de sujeito enquanto ser efetivamente integrado ao mundo. Mesmo
noções básicas, como as de distância e de movimento, só são cristalizadas mediante o
uso do corpo como parâmetro para o mundo externo. A partir disso, abre-se um mundo
complexo, repleto de possibilidades, em que o movimento humano é criado e recriado
incessantemente, sendo eventualmente sistematizado e estruturado por fatores sociais,
culturais, econômicos.
Trabalhar na perspectiva de área é abrir as portas das salas de aulas para o mundo. Assim,
uma questão central, por exemplo, no ensino de Ciências, é a discussão de Morin (2009)
sobre os setes saberes necessários para a educação do futuro. O autor entre as temáticas
defende o “ensinar a identidade terrena”. Neste texto Morin, nos convida, por exemplo,
a pensar acerca da importância de refletirmos sobre a vida sendo concebida de forma
extremante utilitária, prática, na qual o consumo e consumismo, a tirania, a opressão e a
violência ganham cada dia mais espaço. Nos alerta, também, para o reconhecimento de
que os seres humanos possuem problemas iguais ou muito semelhantes e compartilham
um destino comum. Desse modo, faz-se necessário reconhecer que a vida utilitária provoca
danos ao ambiente e que cabe a todos e a cada um os cuidados do planeta, pois vivemos
nele e dependemos dele para continuarmos a existir.
A concepção por área comporta uma grande oportunidade singular para explorar os
Objetos de Conhecimento, a partir de um olhar mais amplo e contextualizado dos fenôme-
nos, problemas, histórias, vivências, que acontecem no mundo, e buscar compreendê-los
pela perspectiva científica de mais de uma área e Componente Curricular, contribuindo,
deste modo, para que os estudantes desenvolvam habilidades e competências que
possam fazer mais sentido para os estudantes em sua trajetória escolar e percebam a
10 A CONCEPÇÃO DE ÁREA NO DESENVOLVIMENTO CURRICULAR, UMA ESCOLHA PARA ALÉM DA DISCIPLINA E DO COMPONENTE CURRICULAR 95
Da mesma forma que no estudo das Unidades Temáticas e Objetos de conhecimento das
Ciências Humanas e seus Componentes Curriculares de História e Geografia, precisamos
levar os estudantes a se conscientizarem sobre a realidade hoje forjada e a projetada
para o futuro, esta não é uma escolha aleatória, é antes constituída por movimentos
humanos conscientes ou inconscientes. No Ensino Fundamental, não objetivamos formar
historiadores ou geógrafos, mas sujeitos que tenham uma relação integrada, responsável
e compromissada com seu tempo.
No caso, por exemplo, da Ciência Geográfica que estuda o espaço, que, de acordo com
Santos (2014, p. 63) – é "formado por um conjunto indissociável e contraditório de
sistemas de objetos e sistemas de ações" –, compreender as relações entre o homem e
o meio, então, é uma das finalidades dessa Ciência. Dessa forma, entender a realidade
em que está inserido, a partir do desenvolvimento de capacidades e habilidades que
permitam ao(à) estudante “pensar geograficamente”, é uma das funções da escola
(CAVALCANTI, 2012).
11 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM:
CONCEPÇÃO, INSTRUMENTOS,
PROCEDIMENTOS, UM PROCESSO
QUE SUPERA A VERIFICAÇÃO
Inovação, criatividade, empreendedorismo na perspectiva do desenvolvimento social
e econômico, são palavras-chave em, praticamente, todas as áreas, e tal fato não se faz
diferente na educação. Nesta direção, a avaliação da aprendizagem é entendida não como
um momento isolado, mas como um processo dialógico coerente com o processo de ensino
e aprendizagem, ou seja, o(a) professor(a) avalia o que o(a) aluno(a) apreendeu, para,
então, criar outras condições de aprendizagem. Assim, a avaliação não é compreendida
como um fim em si mesmo limitado a uma nota; é concebida e constituída por vários
momentos, inclusive o do conselho de classe, nos quais o(a) professor(a) recolhe, por
exemplo, informações, dados, evidências, questionamentos, reflexões que lhe possibilite
produzir análises acerca das aprendizagens do(a) estudante e de sua ação docente, com
vistas a replanejar a rota formativa.
Portanto, a avaliação da aprendizagem, cada vez mais, deve distanciar-se de uma postura
tradicional e considerar possibilidades, instrumentos e procedimentos que promovam
condições, situações e estratégias reais para que o ato de aprender a aprender efetive-se
no contexto da escola. A avaliação, de acordo com Almeida e Franco (2011), já foi conside-
rada, em vários ambientes escolares, instrumento de punição, de controle da disciplina,
de intimidação. Felizmente, atualmente, cada vez mais é vista como um procedimento
inestimável, cuja função é auxiliar quem ensina a ensinar melhor e quem aprende a aprender,
também, melhor. Envolve, primordialmente, tempos e espaços de escuta ativa, sensível e
comprometida com o sucesso do outro para que a empatia se sobressaia.
A avaliação da aprendizagem aqui não é entendida como uma fórmula rígida, carregada
de surpresas intimidadoras e punitivas. Não se trata de um evento normativo e classifi-
catório dos estudantes, isto é verificação. Entendemos a avaliação como um elemento
indispensável de um processo contínuo e formativo do ensino e da aprendizagem, com
base na autoavaliação, negociações e diálogos entre estudantes e professores. No caso
das Línguas Inglesas e Espanholas, acrescentam-se as conversas entre alunos multilíngues
100 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
Reafirmamos o quanto é imprescindível que a avaliação seja realizada tendo como pressu-
posto o caráter formativo e contínuo, e se dê em paralelo ao processo de ensino e apren-
dizagem, para todos e para cada um dos estudantes, sem deixar à margem, especialmente,
aquelas crianças e adolescentes que necessitam de acompanhamento complementar. Para
tanto é necessário recorrer a diferentes instrumentos e procedimentos, como também
replanejar e planejar novas estratégias metodológicas.
Lembramos que questões, tais como as representações que os professores têm sobre
o tema, a maneira como eles lidam com a prática avaliativa quando têm de trabalhar
com um número elevado de alunos e como é a relação entre as atividades cotidianas e
a avaliação – são alguns dos aspectos que precisam ser considerados aqui, entre outras
questões referentes ao processo.
Desse modo, faz-se importante a construção de avaliações formativas das línguas. Ins-
trumentos como os portfólios devem se transformar em procedimentos avaliativos e
11 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM: CONCEPÇÃO, INSTRUMENTOS, PROCEDIMENTOS, UM PROCESSO QUE SUPERA A VERIFICAÇÃO 101
Nas expressões artísticas, por exemplo, cabe ao(à) professor(a) a observação constante
e apurada do processo de aprendizagem, visto que são necessários diferentes tipos de
instrumentos avaliativos para cobrir a amplitude das Artes. Para tanto, requer que o(a)
professor(a) tenha clareza das habilidades a serem asseguradas, visto que elas indicarão
as possibilidades avaliativas.
Recordamos que esta proposta curricular se configura pelo compromisso com a formação
integral dos estudantes. Portanto, requer tomadas de decisão diferenciadas sobre o
processo de avaliação. Desse modo, não se sustenta apenas em instrumentos e procedi-
mentos avaliativos somativos.
No caso dos Anos Finais (6º ao 9º ano), precisamos assegurar um desenvolvimento cur-
ricular focado, cada vez mais, no protagonismo do(a) estudante e em seu processo de
aprendizagem. Assim, é necessário optar por uma concepção de avaliação que supere a
constatação. Desse modo, os instrumentos a serem utilizados como provas, testes, estudos
dirigidos, análise de textos, imagens, exercícios, relatórios, debates, seminários devem se
transformar em procedimentos avaliativos que para além do diagnóstico recorrente, como
ponto de partida para o planejamento das experiências de aprendizagem, valorizando
os conhecimentos prévios trazidos pelos estudantes, seus interesses e suas dificuldades.
As avaliações somativas agregadas às formativas, com devolutivas sistemáticas devem
ser consideradas, de modo a permitir o replanejamento de ações e a percepção das reais
evidências de habilidades desenvolvidas pelos estudantes. As avaliações devem permitir a
realização de ajustes, mudanças e alterações necessárias ao desenvolvimento do processo
de ensino e aprendizagem.
ao invés de resolver problemas, exclusivamente, no papel, por que não trabalhar com uma
gamificação em uma plataforma com um conjunto de problemáticas diferenciadas, em
que cada grupo de estudante possa resolver sua situação e depois compartilhar e deba-
ter a respeito. Registra-se, ainda, a importante tarefa da escola diante da relevância do
encorajamento do desenvolvimento de atitudes pelas crianças e adolescentes com vistas
ao investimento do trabalho em equipe, da capacidade de engajamento e da produção
de projetos autônomos por esses sujeitos.
12 A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO
FUNDAMENTAL NA REDE SESI,
ESCOLHAS POR UMA EDUCAÇÃO
SUSTENTÁVEL
Anísio Teixeira, (1900-1971), acreditava que a educação precisava ser regionalizada,
de maneira que sua gestão e seus programas respeitassem e considerassem as caracterís-
ticas e especificidades locais. É o que atualmente denomina-se “agir local, pensar global”.
Profundamente impregnada por esses ideais, a concepção de Educação Sustentável
busca utilizar todos os ensinamentos disponíveis na comunidade como ponto de partida
para conectar as pessoas com as mais diversas redes de conhecimento humano a uma
sociedade sustentável.
Isto significa que essa base perpassa todo o currículo e a organização do ensino em todas
as áreas do conhecimento e Componentes Curriculares. Na evolução dos Eixos Estrutu-
rantes Bimestrais, tivemos a preocupação de propor temas ecológicos e humanamente
sustentáveis que ora emolduram, ora ocupam o núcleo das Competências, das Unidades
Temáticas, dos Objetos do Conhecimento e das Habilidades a serem desenvolvidas no
Ensino Fundamental, de modo a chamar a atenção e orientar a ação do(a) professor(a) para
a importância central que ocupam na formação do indivíduo. Em especial, determinados
Eixos Bimestrais indicam a possibilidade de uma relação sustentável entre o ser humano
e o meio ambiente.
Consideramos em todas as áreas que a práxis pedagógica deve estar comprometida com a
transformação consciente, partindo do fato de que os corpos humanos agem não apenas
no, mas também sobre o espaço. Desse modo, ela fornece possibilidades de ação, bem
como uma chave de análise, privilegiada da relação sustentável entre homem e ambiente.
Lembramos, recordando Travé González e Pozuelos Estrada (1999), que os impactos causados
ao meio ambiente pelo homem, para satisfazer suas necessidades, geram, entre outros,
complexos problemas como o esgotamento e a contaminação dos recursos naturais, des-
florestamento, temas que podem levar a uma ambientalização do currículo escolar. Nessa
perspectiva, todas as áreas se apresentam para o estudo deste Pilar. Assim, se pensarmos,
por exemplo, na Matemática como indica Azcarate (1997), grandes núcleos de problemas
estruturais da humanidade podem ser estudados nessa área, como constatamos em nossas
matrizes, a saber: energias alternativas, fontes e escassez de energia, gastos energéticos;
crescimento da população-produção de alimentos, relação do homem no mundo e fontes
de alimentos; ciclo da água, fonte e consumo de água; divisão de áreas, uso de pesticidas,
concentração-limite, em razão das espécies existentes, herbicidas, fertilizantes por metro
quadrado e sua porcentagem; qualidade do ar e a atmosfera, o uso racional do planeta; análise
do consumo, seus excessos e suas consequências; qualidade de vida, características e condições
ambientais; saúde, enfermidades humanas, dietas equilibradas, estudos epidemiológicos.
Nesse sentido, consideramos que o desenvolvimento que tenha como um pilar uma
educação sustentável formaliza a ideia, de acordo com A carta da terra (2000), e reafirma
o compromisso de projeto educacional e político por um mundo outro, pois
somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos
somar forças para gerar uma sociedade sustentável global baseada no respeito pela
natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz.
Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa
responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade da vida, e com as
futuras gerações.
Durante muito tempo, a educação para a sustentabilidade focou suas ações em conscien-
tizar os indivíduos sobre desafios e riscos ambientais. Ao escolher estruturar o currículo
da rede na perspectiva do desenvolvimento tecnológico, do mundo do trabalho, além da
reflexão sobre a sustentabilidade, o SESI confere robustez e densidade à formação que
12 A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA REDE SESI, ESCOLHAS POR UMA EDUCAÇÃO SUSTENTÁVEL 107
oferece, pois confere aos estudantes possibilidades de pensar sobre a superação dos
desafios contemporâneos. Espera-se que a Ciência seja vista como ferramenta para o
desenvolvimento de soluções tecnológicas sustentáveis e fonte de possibilidades para que
o mundo do trabalho possa também evoluir para produções e relações mais sustentáveis.
Quando pensamos nas contribuições da área das Ciências Humanas no conjunto das
demais áreas do conhecimento percebemos, por exemplo, a importância do estudo do
percurso das sociedades humanas através do tempo. Para os Anos Iniciais, por exemplo,
o currículo de História está integrado aos assuntos da Geografia, contemplando aspectos
da vida social e da formação da identidade. Já para os Anos Finais, se presentifica uma
abordagem na qual, cronologicamente, se destaca o percurso da Humanidade.
As Ciências Humanas nos permitem pensar o indivíduo, a sociedade e seu papel nessa relação
com o meio ambiente ao longo do tempo. Urge a necessidade de uma sociedade sustentável,
cabe também à escola a responsabilidade por essa mudança enquanto instituição social
que tem a tarefa de sensibilizar os estudantes para as questões ligadas ao meio ambiente,
sua degradação e, especialmente, a buscar soluções de como lidar com as questões que
ameaçam o futuro do planeta. Assim, o teórico deve estar impregnado nas práticas cotidianas
da escola devem ser implementadas ações que criem essa responsabilidade sustentável nos
estudantes, tais como: substituir o papel pelo digital, plantar árvores, cultivar hortas, reutilizar
água da chuva para usos não potáveis, reciclar o lixo, usar pilhas e baterias recarregáveis,
substituir copos descartáveis por canecas e bebedouros com jato, utilizar compostagem
nos jardins, trocar lâmpadas fluorescentes por led e eliminar mídias físicas.
13 METODOLOGIAS DIFERENCIADAS,
COM FOCO NA INVESTIGAÇÃO,
EXPERIMENTAÇÃO, CRIATIVIDADE
E NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
REAIS DA SOCIEDADE E DO MUNDO
DO TRABALHO
As metodologias ativas são caminhos para avançar mais no conhecimento profundo, nas
competências socioemocionais e em novas práticas sociais. Para Moran (2013), quanto
mais aprendemos próximos da vida, melhor. Dewey (1950), Freire (2009), Rogers (1973),
Novack (1999), entre outros, há muito enfatizaram a importância de superar a educação
bancária, tradicional e focar a aprendizagem no aluno, envolvendo-o, motivando-o e
dialogando com ele.
A Proposta Pedagógica da Rede SESI visa a uma educação em que os estudantes aprendam
ativamente com problemas reais, desafios relevantes, jogos, atividades e leituras, valores
fundamentais, combinando tempos individuais e tempos coletivos; projetos pessoais de
vida e de aprendizagem e projetos em grupo. Isso exige uma mudança de configuração
da sala de aula para além do sistema enfileirado, requer proporcionar uma disposição na
qual seja possível o maior contato social entre os estudantes, proporcionando ambientes
de interação, fala, escuta, diálogos, debates, ou seja, espaços flexíveis e mutáveis de
movimentação na classe.
Desse modo, o currículo deve ser desenvolvido com a ativa participação dos professores no
planejamento das atividades didáticas e na organização dos espaços e tempos da escola,
a partir da concepção de que todos os ambientes como pátio, biblioteca, refeitórios,
áreas livres, etc., podem ser utilizados no processo educativo por meio de propostas
de vivências concretas que possibilitem a pesquisa e a descoberta. Da mesma maneira,
é preciso o incentivo e a participação dos estudantes em espaços extraescolares como
feiras, olimpíadas e eventos científicos. Assim, no sentido da ampliação dos tempos,
espaços e ambientes educativos, parece significativo a integração ao ensino presencial as
propostas de ensino online, aulas síncronas ou assíncronas, a realidade atual com a
110 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
movimento tutorial, no qual o(a) estudante aprende com a orientação de pessoas mais
experientes em diferentes campos e atividades (curadoria, mediação, mentoria).
Registra-se, ainda, que nesta escola metodológica o(a) professor(a) tem a função de
mediador, consultor do(a) estudante; cria oportunidades para que valores, crenças e
questões sobre cidadania possam ser trabalhadas; é orientador, tutor dos estudantes
individualmente e nas atividades em grupo; tem autonomia para criar novos métodos,
respeitando os princípios da metodologia ativa. A sala de aula, por sua vez, é um espaço
em que o(a) estudante tem a presença do(a) professor(a) e dos colegas para auxiliá-lo na
resolução das tarefas, na troca de ideias, na significação da informação e no encorajamento
dos projetos de vida.
1. PROJETOS DE APRENDIZAGEM
A riqueza de se trabalhar com projetos de aprendizagem reside na construção de um
currículo comprometido com a visão de um sujeito do conhecimento concreto, com história
e contexto social reais. O(A) professor(a) assume uma visão multidisciplinar, transita entre
as diferentes áreas, interáreas e com os diferentes Componentes Curriculares. Além disso,
sua ação pedagógica transcende os muros da escola, dialogando com a comunidade,
pensando questões inerentes àquele meio, assegurando aos estudantes aprendizagens
significativas e de intervenção e transformação social. Assim, o enfoque no tratamento
dos Objetos de Conhecimento deve estar nas estratégias de construção do significado,
no engajamento e protagonismo do(a) estudante.
A aprendizagem é reconhecida como uma construção singular e individual que pode ser
potencializada pelo ensino sistematizado. Escolher projetos de aprendizagem é reconhecer
que é o(a) estudante é um sujeito de saberes, pois leva o(a) estudante a buscar novas
formas de ver e compreender o mundo além da descrição, de maneira ampla, consciente e
crítica, a partir das múltiplas relações presentes nas sociedades. A realização de trabalhos
de campo, pesquisas em diferentes mídias e busca de diferentes referências são algumas
estratégias relevantes.
Dentro das linguagens artísticas, por exemplo, é possível desenvolver projetos de apren-
dizagem utilizando os recursos digitais, construir instrumentos musicais e esculturas a
partir da reutilização de materiais que seriam descartados, mostrar o mundo a partir da
visão do aluno com o uso da câmera do seu celular. Por meio da interdisciplinaridade,
onde, por exemplo, as artes visuais e a área das Ciências da Natureza podem dialogar com
o mundo das cores e suas infinitas possibilidades, com a produção de tintas comestíveis;
as ilustrações de textos literários se entrelaçam ao Componente de Língua Portuguesa;
a produção teatral coloca em evidencia a área das Ciências Humanas; a estética, corpo,
112 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
Tendo em conta, por exemplo, o conhecimento matemático, este se dá pela ação construtiva
do sujeito com o meio ambiente. Essa é a base da tendência construtivista destacando
“o aprender a aprender.” Ao observarmos a tendência socioetnoculturalista, percebemos
que ela parte de problemas da realidade inseridos em diversos grupos culturais para serem
trabalhados na escola. É sabido, então, que no ensino de Matemática, algumas tendências
foram surgindo com o passar dos anos e que, atualmente, podemos considerar como
novas tendências em Educação Matemática: Etnomatemática, Modelagem Matemática,
Resolução de Problemas, História no Ensino da Matemática, Leitura e Escrita na Mate-
mática, Educação Matemática Crítica e uso de tecnologias da informação e comunicação
(TICs). Essas tendências metodológicas encontram no desenvolvimento de projetos de
aprendizagem um amplo e fértil campo de estudo.
Não há inovação sem uma cultura de rompimento com processos, práticas e paradigmas
estanques, que já não conseguem denotar o que necessitamos enfrentar, como concepções
para criar novas estratégias de aprendizagem, considerando a aprendizagem individual
e os inúmeros estilos de aprendizagem existentes. Nesse sentido, pode-se dizer que as
oficinas tecnológicas podem promover este novo pensar diante dos cenários e contextos
adversos aos contextos naturais e tradicionais da escola. A realização de oficinas em que a
produção dos estudantes seja ativa, em que eles se sintam produtores de conhecimento,
de produtos tecnológicos e possam por meio destas criações sentir-se parte de uma
sociedade em que não só reproduz conhecimento, mas é produtora de inovação, saberes
e conhecimentos.
Constata-se que os avanços tecnológicos se tornaram para o ensino das diferentes áreas
do conhecimento um facilitador tanto para o(a) professor(a) que pode recorrer a esses
recursos no seu planejamento e nas suas aulas, assim como para o(a) estudante que se
apropria desses avanços tecnológicos no seu processo de aprendizagem e que tem, por
exemplo, no seu celular conectado à internet, um instrumento de acesso rápido às diversas
plataformas digitais, inclusive as educacionais.
As escolas podem ser mais bem equipadas com diversos recursos tecnológicos com a
mesa interativa, laboratório digital, jogos pedagógicos interativos, recursos que facilitam
o processo de aprendizagem. No entanto, existe uma preocupação justa em relação
aos usos de alguns recursos tecnológicos, que é o desvio do objetivo proposto para a
aprendizagem. As distrações com o uso desses recursos são muito comuns e nesse caso
requer montar uma estratégia que consiga neutralizar tal ação.
De modo geral, a oficina tecnológica pode ser definida como uma estratégia de apren-
dizagem que incentiva a problematização de experiências, conhecimentos e a troca de
informações de uma maneira mais interativa, lúdica e dinâmica. Torna-se possível despertar
a atenção dos alunos de diferentes formas, além de apresentar conhecimentos e concep-
ções teóricos essenciais à sua formação de modo interativo. Assim, por exemplo, tendo
o foco em um Objeto de Conhecimento Específico de Matemática as oficinas colaboram
para aprofundar saberes e promover a interação entre os alunos por meio de atividades
lúdicas e práticas.
Os artefatos tecnológicos permeiam toda a vida social, é parte integrante e definidora das
culturas. Eles podem abranger inúmeros aspectos da produção humana, que vão desde
artefatos culinários, vestimentas, meios de transporte, ferramentas da construção civil
até os mais avançados computadores. É interessante associarmos esse mundo de tecno-
logia aos seus aspectos históricos, entender as motivações relacionadas aos problemas
e soluções técnicas em diferentes tempos e lugares. De modo mais específico, também
podem abordar as tecnologias usadas nas pesquisas arqueológicas, na arquitetura, no
urbanismo e na infraestrutura. Além disso, a internet possibilita a pesquisa de imagens,
13 METODOLOGIAS DIFERENCIADAS, COM FOCO NA INVESTIGAÇÃO, EXPERIMENTAÇÃO, CRIATIVIDADE
E NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS REAIS DA SOCIEDADE E DO MUNDO DO TRABALHO 115
livros, museus entre várias fontes que auxiliem os estudos da História no contexto do
Ensino Fundamental.
Por meio do aprender fazendo, é possível levar o(a) estudante a compreender melhor
como as coisas funcionam. Os laboratórios com plataformas e conjunto de aplicativos
pedagógicos podem incentivar a aprendizagem dos estudantes por meio de games
instigantes tornando o aprender rico e significativo.
3. PROJETOS DE VIDA
Devemos destacar que a Base Nacional Comum Curricular (2017) trouxe a proposta do
Projeto de Vida, mostrando ao(à) estudante a importância de valorizar a diversidade de
saberes e vivências culturais no sentido de apropriar-se de conhecimentos e experiências
que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho para fazer
escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu desejo e planejamento pessoal com
liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. Assim, podemos dizer que,
por meio dos projetos de vida, o(a) aluno(a) é motivado a aprender gerir a própria vida
de forma mais consciente, pois deve desenvolver potencialidades no sentido de refletir
sobre seus desejos e objetivos, aprendendo a se organizar, estabelecer metas, planejar
e perseguir com determinação, esforço, especialmente, autoconfiança e persistência
diante de suas escolhas.
Assim, por exemplo, no universo da área das Linguagens é possível vislumbrar uma grande
possibilidade de caminhos no mundo do trabalho que pode dar sentido aos projetos de
vida. No mundo das Artes, podemos pensar em desenhista, ilustrador, diretor de arte,
ator, atriz, iluminador, maquiador, técnico de som, dançarino(a)/bailarino(a). A educação
física permite o contato com diversas e ricas práticas corporais que podem ser desen-
volvidas profissionalmente. Além disso, talvez ainda mais relevante seja o fato de que
este Componente Curricular tem como propósito melhorar a qualidade de vida presente
e futura do aluno, firmando-se em uma concepção ampla de saúde, que se funda na
construção de uma relação saudável com o próprio corpo. Portanto, pode-se dizer que,
além da escolha de caminhos profissionais a serem seguidos, a qualidade da vida a ser
vivida também importa muito.
Nas áreas de Matemática e Ciências da Natureza, é essencial que elas integrem as questões
globais e reais da humanidade como, também, as questões específicas da atuação do
sujeito no mundo. Portanto, o(a) professor(a) precisa estar atento às possibilidades de
apresentar estas áreas como forma, também, de autoconhecimento. É importantíssimo
que o(a) estudante perceba nas Ciências elementos que dialogam com quem ele é e com
quem ele poder vir a ser.
O universo das Ciências Humanas tem papel crucial na formação ética do sujeito que ingressa
na escola. Suas temáticas proporcionam uma profunda reflexão sobre o que chamamos de
“o lugar do outro”, permitindo o encontro de olhares. Chamar a atenção para a empatia
entre as diferenças e para a conjunção de valores comuns que permeiam nossas relações é
importante para o processo de inserção das crianças e adolescentes na vida social. É nesse
sentido que esta área pode contribuir para a reflexão acerca do projeto de vida das crianças
e adolescentes na medida em que ela proporciona o contato com outras experiências de
vidas em múltiplos contextos sociais e culturais.
14 PARCERIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL, EDUCAÇÃO ALÉM DOS MUROS ESCOLARES 119
14 PARCERIAS NO ENSINO
FUNDAMENTAL, EDUCAÇÃO ALÉM
DOS MUROS ESCOLARES
Para viver, aprender e trabalhar bem em uma sociedade cada vez mais complexa, rica em
informação e baseada em conhecimento, os alunos e professores devem usar a tecnolo-
gia de forma efetiva, pois em um ambiente educacional qualificado, a tecnologia pode
permitir que os alunos se tornem: usuários qualificados das tecnologias da informação;
pessoas que buscam, analisam e avaliam a informação; solucionadores de problemas e
tomadores de decisões; usuários criativos e efetivos de ferramentas de produtividade;
comunicadores, colaboradores, editores e produtores; cidadãos informados, responsáveis
e que oferecem contribuições. (UNESCO, 2009).
Desse modo, consideramos que todas as áreas com os respectivos Componentes Curricu-
lares agregam em si grandes possibilidades e potencialidades para o uso das diferentes
tecnologias. Buscar ir além dos muros da escola é necessário para um desenvolvimento
curricular cada vez mais conectado com os recursos reais disponíveis além da tela do
computador, especialmente em se tratando dos estudantes do Ensino Fundamental.
Neste sentido, se pensarmos em Arte, é importante que o(a) estudante tenha acesso, além
dos softwares utilizados nos equipamentos dos laboratórios de informática, que possibilita
novos caminhos para a aprendizagem e produção artística assim como o enriquecimento
do conteúdo, a equipamentos, como os celulares com suas câmeras e seus aplicativos e
nas máquinas fotográficas digitais para a criação.
Pois, uma ciência viva é uma ciência que está no mundo, que cria, desenvolve, gera empre-
gos e produção. Deste modo, divulgar e promover um ensino de Ciência conectado com
14 PARCERIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL, EDUCAÇÃO ALÉM DOS MUROS ESCOLARES 121
a atualidade requer que o(as) estudante, tanto dos Anos Iniciais quanto dos Anos Finais
possam observar a Ciência em ação, neste sentido, buscar parcerias com laboratórios de
institutos de pesquisa e indústrias de todos os setores é fundamental para que crianças
e adolescentes possam se sentir engajadas com a perspectiva da pesquisa e para que a
escola possa, por exemplo, desenvolver programas de iniciação científica, participando
de congressos, fóruns e eventos de divulgação de Ciência.
Partir desse “novo olhar” sobre a educação, em que a escola deixa de ser o único espaço
de escolarização, para se tornar catalisadora e articuladora de tantos outros espaços com
inúmeras outras oportunidades de formação. Seria outra forma de se pensar e fazer educa-
ção, envolvendo múltiplos espaços atores, que se estrutura a partir de diversas parcerias.
Além disso, parcerias com outras instituições e plataformas como Khan Academy, Hora
do Código, Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa, FabLearn, Zoom, Agnus e Somos
podem enriquecer o desenvolvimento curricular.
A Educação Financeira cada vez mais se torna necessária em nossa sociedade, uma vez
que ela permite aos estudantes aprenderem a organizar finanças e assim terem uma
vida financeira saudável. Além disso, podemos pensar no empreendedorismo, em que
os alunos aprendem a empreender, criar e gerir o próprio negócio, formando-os para o
mundo do trabalho. Assim, parceria com o SEBRAE pode potencializar a ação pedagógica.
Finalmente, vale apena demarcar uma distinção necessária entre Matemática Financeira
e Educação Financeira. Enquanto a primeira é uma área que aplica conhecimentos mate-
máticos à análise de questões ligadas a dinheiro; a segunda está ligada à formação de
comportamentos do indivíduo em relação às finanças.
No entanto, sabemos que esta é uma questão que encontra espaço para ser discutida
em outras áreas e componentes, como exemplificam alguns estudiosos dessa área. Por
exemplo, em Língua Portuguesa, trabalhar a leitura autônoma e compreensão textual de
boletos, faturas e notas fiscais; em Ciências da Natureza, explorar o cálculo do consumo
de energia elétrica de eletrodomésticos e a avaliação do impacto do uso no orçamento
mensal da família.
14 PARCERIAS NO ENSINO FUNDAMENTAL, EDUCAÇÃO ALÉM DOS MUROS ESCOLARES 123
Assim, a formação integral do(a) estudante deve incluir a compreensão das relações entre
desenvolvimento e sustentabilidade tanto para formação do espaço geográfico, quanto
para a qualidade de vida no planeta de maneira a se constituir uma consciência crítica,
reflexiva e de atuação cidadão comprometida.
Podemos dizer, então, que um dos maiores falsos dilemas que vem se apresentando em
nossa sociedade é o da sustentabilidade x economia. Se por um lado, os mecanismos
de produção, muitas vezes, pressionam por flexibilidade das leis ambientais, é cada vez
124 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
maior o número de estudos que indicam que soluções para o desenvolvimento econômico
e tecnológico devem andar lado a lado com soluções científicas que harmonizem esses
dois polos.
A partir desses critérios, emergiram, para compor a estrutura das Matrizes, Eixos Organi-
zadores Anuais, norteadores das escolhas pedagógicas ao longo dos nove anos do EF, bem
como Eixos Estruturantes Bimestrais, orientadores e inspiradores das práticas docentes.
Os dois Eixos, Anuais e Bimestrais, objetivam assegurar e presentificar os critérios essen-
ciais, especificados no parágrafo anterior. Como, também, foram construídos atendendo
à natureza das Competências Gerais e Específicas de cada área do conhecimento e dos
Componentes Curriculares expressas na Base Nacional Comum Curricular, as Unidades
Temáticas, os Objetos de Conhecimento, os Pilares e as Habilidades das Matrizes da Rede
SESI de Educação.
Cresço, aprendo e crio por mim, por você, por nós: podemos transformar o mundo – algumas
categorias emergiram: infâncias, ludicidade, linguagens, cultura, identidade, criatividade,
tempos e espaços de aprendizagens. E para a escolha dos quatro Eixos Organizadores para
o desenvolvimento curricular anual dos Anos Finais (6º ao 9ºano) do Ensino Fundamental –
As adolescências: culturas, identidades, corporeidade e a organização dos tempos e espaços
de aprendizagens; Adolescentes, tecendo identidades em espaços escolares de escuta,
fala, escolhas e criação; Eu adolescente, as tecnologias e as redes sociais por uma vida
sustentável; Fazendo escolhas e projetando cenários, sou autor da minha história – outras
categorias foram evidenciadas: adolescências, culturas, identidades, corporeidade, tempos
e espaços de aprendizagens, escuta, criação, tecnologias, sustentabilidade, projetos de vida.
ÁREA: LINGUAGENS
COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA PORTUGUESA
ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS 1º AO 5º ANO
ÁREA: LINGUAGENS
COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA PORTUGUESA
EIXO ORGANIZADOR PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR ANUAL DO 1º ANO: Sujeitos das infân-
cias, lúdicos, criativos e cheios de histórias para contar.
EIXOS ESTRUTURANTES DA ÁREA PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR POR BIMESTRE
1º BIMESTRE A comunicação e suas maravilhas do mundo contemporâneo.
2º BIMESTRE Comunicação: meia dúzia de letras e formo frases inteiras.
3º BIMESTRE Pesquisando e brincando eu descubro um mudo de informações.
4º BIMESTRE Era uma vez um planeta chamado Comunica.
EIXO ORGANIZADOR PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR ANUAL DO 2º ANO: As crianças seus
laços afetivos e as diferentes linguagens e seu lugar no mundo.
EIXOS ESTRUTURANTES DA ÁREA PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR POR BIMESTRE
1º BIMESTRE Tempos de brincar: fantasia e realidade no contexto de aprendizagem
2º BIMESTRE Outros tempos, novos espaços: como eu brinco e como se brincava.
3º BIMESTRE O mundo dos jogos e seus facilitadores na descoberta da leitura e da escrita.
4º BIMESTRE Estica, puxa, solta e enrola: explorando o mundo a sua volta.
15 MATRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL: ORGANIZAÇÃO QUE REFLETE ESCOLHAS POR UMA FORMAÇÃO INTEGRAL 129
1º BIMESTRE Todos têm direitos e deveres: eu, você, nós e nossas potencialidades e responsabilidades
2º BIMESTRE Para além dos muros da escola: diferentes espaços de escuta, direitos e deveres.
4º BIMESTRE Tem muita beleza pelo mundo! Todos têm direito de conhecer.
A leitura é uma atividade dinâmica que possibilita ao(à) estudante amplas possibilidades
de relação com o mundo, de compreensão da realidade que o cerca, de inserção no
âmbito cultural da sociedade em que se vive. Mas de quem seria o papel de ensinar a ler?
Muito se tem discutido acerca desse assunto, pois a leitura é de extrema importância
para a construção do saber. Entretanto, o Componente Curricular de Língua Portuguesa
fica estigmatizado por essa função. A leitura não é uma questão exclusiva das aulas de
Português, e sim um compromisso da escola para com a formação dos estudantes, e esta
é uma prática comum a todas as áreas do conhecimento.
Pensada a dinâmica do contexto educador SESI, fica aqui três sugestões de ensino híbrido.
Modelo de rotação: cabe a você professor distribuir seus alunos em estações de apren-
dizagem. Explore o espaço escolar! Individualmente ou em grupos, estipule um tempo
para que realizem diversas atividades relacionadas ao seu tema trabalhado. Importante:
ao menos um deles deve ser online! Modelo flex: aqui o aprendizado é sustentado por
uma plataforma digital, podendo explorando o momento com atividades off-line. A você
professor, cabe a função de tutor, acompanhando, orientando e auxiliando cada aluno
individualmente ou em grupo. Modelo a La Carte: uma atividade inteiramente online,
seja no espaço escolar ou nas tarefas de casa, estas devem estar em paralelo com outras
atividades realizadas na sala de aula presencial.
Os estudantes do 8º e do 9º ano já iniciam seus diálogos entre os novos tempos que viverão
ao vislumbrarem o ingresso futuro no Ensino Médio. Reflexões adolescentes inevitáveis,
especialmente, quando esta transição começa pela mudança de escola. Nesse sentido,
é fundamental empoderar e potencializar esses sujeitos com os saberes relevantes dos
Objetos de Conhecimento da Língua Portuguesa, indispensáveis para que eles avancem
em autoconhecimento, autonomia e sejam protagonistas do seu processo educativo neste
ingresso no 1º ano da última etapa da Educação Básica.
132 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
ÁREA: LINGUAGENS
COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA INGLESA
ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS 1º AO 5º ANO
ÁREA: LINGUAGENS
COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA INGLESA
EIXO ORGANIZADOR PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR ANUAL DO 1º ANO: Sujeitos das infân-
cias, lúdicos, criativos e cheios de histórias para contar.
EIXOS ESTRUTURANTES DA ÁREA PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR POR BIMESTRE
1º BIMESTRE Descobrir o mundo: eu e meus amigos iniciamos de mãos dadas.
2º BIMESTRE Descobrir o mundo: a arte e a descoberta do ser.
3º BIMESTRE Descobrir o mundo: comunicação e mídias digitais.
4º BIMESTRE Descobrir o mundo: comunico-me, logo existo.
EIXO ORGANIZADOR PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR ANUAL DO 2º ANO: As crianças seus
laços afetivos e as diferentes linguagens e seu lugar no mundo.
EIXOS ESTRUTURANTES DA ÁREA PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR POR BIMESTRE
1º BIMESTRE Descobrir o mundo: a minha, a sua e as famílias contemporâneas.
2º BIMESTRE Descobrir o mundo: cultura, diversão e arte.
3º BIMESTRE Descobrir o mundo: animados para animações.
4º BIMESTRE Descobrir o mundo: histórias de vida.
EIXO ORGANIZADOR PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR ANUAL DO 3º ANO: Os tempos e espa-
ços escolares para sujeitos subjetivos e constituídos pela cultura.
EIXOS ESTRUTURANTES DA ÁREA PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR POR BIMESTRE
1º BIMESTRE Descobrir o mundo: cada um dos nossos dias faz sentido.
2º BIMESTRE Descobrir o mundo: brinquedos e brincadeiras em diferentes contextos e culturas.
3º BIMESTRE Descobrir o mundo: um encontro no ciberespaço.
Descobrir o mundo: identificando-se com o outro por meio de pequenos projetos susten-
4º BIMESTRE
táveis.
15 MATRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL: ORGANIZAÇÃO QUE REFLETE ESCOLHAS POR UMA FORMAÇÃO INTEGRAL 133
A Matriz de Língua inglesa foi desenvolvida a partir das Competências, das Habilidades,
dos Eixos, das Unidades Temáticas, das considerações e orientações da BNCC, dos
Pilares SESI e do diálogo entre consultores e professores da Rede SESI de Educação.
Ensinar Inglês com essa finalidade tem, para o currículo, três implicações importantes:
Primeiramente, a Língua Inglesa é considerada uma língua franca, priorizando o foco
da função social e política do idioma. Nessa proposta, a Língua Inglesa não é mais
aquela do “estrangeiro”, oriundo de países hegemônicos, cujos falantes servem de
modelo a ser seguido, nem tampouco se trata de uma variante da Língua Inglesa. Nessa
perspectiva, são acolhidos e legitimados os usos que dela fazem falantes espalhados
no mundo inteiro, com diferentes repertórios linguísticos e culturais, o que possibilita,
por exemplo, questionar a visão de que o único Inglês “correto” – e a ser ensinado –
é aquele falado por estadunidenses ou britânicos.
Nesta Proposta Pedagógica, a estrutura da língua deixa de ser o Pilar de Ensino, ou seja,
os antigos modelos de ensino fundamentados no ensino da gramática deixam de ser o
foco. O ensino da gramática deve ser dedutivo, tornando-se, assim, uma ferramenta da
qual se lança mão em momentos que auxilie em uma maior compreensão da língua e para
o desenvolvimento de outras Habilidades e Competências. Esse entendimento favorece
15 MATRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL: ORGANIZAÇÃO QUE REFLETE ESCOLHAS POR UMA FORMAÇÃO INTEGRAL 135
Nos Anos Iniciais, o lúdico deve ser a prioridade. Deve-se lançar mãos de procedimentos
didáticos e abordagens metodológicas que priorizem brincadeiras, encenações/repre-
sentações, música, rimas, trava-línguas, parlendas, entre outros. É muito importante que
o(a) estudante sinta prazer em estudar a Língua Inglesa. Já ressaltadas anteriormente,
as questões afetivas são cruciais para seu sucesso como aprendiz em toda sua vida, aven-
turamo-nos a afirmar. Os Eixos Estruturantes para os Anos Iniciais foram organizados em
temas que priorizam o acolhimento da criança; o incentivo à interação com os pares de
forma harmônica e respeitosa; as ações colaborativas; a solidariedade; o respeito ao meio
ambiente; a percepção de seu mundo e de si mesmo; assim como novas possibilidades de
ver e interagir com o outro, com diferentes culturas e realidades.
Nos Anos Finais, as atividades devem ser direcionadas para desenvolver no(a) estudante
as competências emocionais no sentido de dar a ele mais condições para a transição para
o Ensino Médio. Os temas propostos para os Eixos Bimestrais buscam prover subsídios
para que o(a) estudante se sinta mais seguro de si; para relacionar-se bem com o outro,
gerenciando conflitos; para agir solidária e cooperativamente; para compreender e saber
lidar com as diferenças; para relacionar-se com o outro e com outras culturas.
A avaliação formativa, que também pode ser chamada de avaliação para as aprendiza-
gens, não compara os estudantes uns com os outros, gerando um clima de competição e
segregação, ou seja, não pratica uma avaliação referenciada pela norma, pelo contrário,
ela se fundamenta em critérios e compara o(a) estudante com ele mesmo, sendo ele(a)
próprio(a) a referência.
A avaliação de Línguas Estrangeiras, no nosso caso Inglês e Espanhol, seja qual for a função
utilizada, guarda especificidades, como a presença da avaliação oral, avaliação escrita,
avaliação auditiva e a concepção de linguagem, sendo essa última condição para escolha
de instrumentos e critérios avaliativos. Resta indagar sobre o papel da avaliação na escola
(SESI) e como a avaliação formativa poderá contribuir para as aprendizagens, respeitando
o tempo e o processo de cada estudante em seu caminhar no estudo da língua estrangeira.
Nessa perspectiva, o produto passa a ser uma consequência e não um fim da avaliação.
Essa é uma forma de conscientizar o(a) estudante para seu aprendizado, trabalhando neste
ponto a autoavaliação uma vez que possibilita ao(à) estudante pensar sobre a própria
aprendizagem e sobre o processo de avaliação, o que pode trazer efeitos muito positivos
para o(a) estudante de línguas. Por um lado, porque monitora o que o(a) estudante já
sabe e é capaz quanto ao uso da língua; por outro, porque fomenta a autonomia do(a)
estudante quando o leva a refletir sobre as formas que ele usa para aprender a língua
dentro e fora da sala de aula, além de sua conduta e participação.
15 MATRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL: ORGANIZAÇÃO QUE REFLETE ESCOLHAS POR UMA FORMAÇÃO INTEGRAL 137
Ensinar uma língua estrangeira implica uma visão condensada e muitas vezes contraditória
do aluno como um todo. Engloba sentimentos do(a) professor(a) em relação ao ensino,
ao(à) professor e sua formação continuada, aos alunos, à língua-alvo, aos temas e às
culturas a serem abordadas. Ensinar uma língua significa ajudar/orientar o aluno a encon-
trar seu caminho no processo de construção de significado na língua-alvo, ajudando-o a
desenvolver novas competências no novo idioma. Aprender uma língua, por outro lado,
engloba configurações específicas de afetividade (motivação, capacidade de correr riscos,
nível de ansiedade, pressão por parte dos pares, entre outros aspectos).
ÁREA: LINGUAGENS
COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA ESPANHOLA
ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS 1º AO 5º ANO
ÁREA: LINGUAGENS
COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA ESPANHOLA
EIXO ORGANIZADOR PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR ANUAL DO 1º ANO: Sujeitos das infân-
cias, lúdicos, criativos e cheios de histórias para contar.
EIXOS ESTRUTURANTES DA ÁREA PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR POR BIMESTRE
1º BIMESTRE Descobrir o mundo: eu e meus amigos iniciamos de mãos dadas.
2º BIMESTRE Descobrir o mundo: a arte e a descoberta do ser.
3º BIMESTRE Descobrir o mundo: comunicação e mídias digitais.
4º BIMESTRE Descobrir o mundo: comunico-me, logo existo.
EIXO ORGANIZADOR PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR ANUAL DO 2º ANO: As crianças seus
laços afetivos e as diferentes linguagens e seu lugar no mundo.
EIXOS ESTRUTURANTES DA ÁREA PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR POR BIMESTRE
1º BIMESTRE Descobrir o mundo: a minha, a sua e as famílias contemporâneas.
2º BIMESTRE Descobrir o mundo: cultura, diversão e arte.
3º BIMESTRE Descobrir o mundo: animados para animações.
4º BIMESTRE Descobrir o mundo: histórias de vida.
EIXO ORGANIZADOR PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR ANUAL DO 3º ANO: Os tempos e espa-
ços escolares para sujeitos subjetivos e constituídos pela cultura.
EIXOS ESTRUTURANTES DA ÁREA PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR POR BIMESTRE
1º BIMESTRE Descobrir o mundo: cada um dos nossos dias faz sentido.
2º BIMESTRE Descobrir o mundo: brinquedos e brincadeiras em diferentes contextos e culturas.
3º BIMESTRE Descobrir o mundo: um encontro no ciberespaço.
Descobrir o mundo: identificando-se com o outro por meio de pequenos projetos susten-
4º BIMESTRE
táveis.
EIXO ORGANIZADOR PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR ANUAL DO 4º ANO: Eu, você, nós e
nossas potencialidades criativas: Yes, I Can!
EIXOS ESTRUTURANTES DA ÁREA PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR POR BIMESTRE
1º BIMESTRE Descobrir o mundo: repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar.
2º BIMESTRE Descobrir o mundo: língua e identidade.
3º BIMESTRE Descobrir o mundo: conecto-me com o mundo e produzo arte.
4º BIMESTRE Descobrir o mundo: todos juntos se apaixonando pelo planeta.
EIXO ORGANIZADOR PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR ANUAL DO 5º ANO: Cresço, aprendo e
crio por mim, por você, por nós: podemos transformar o mundo.
EIXOS ESTRUTURANTES DA ÁREA PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR POR BIMESTRE
1º BIMESTRE Descobrindo o mundo: a vida escolar em outros países.
2º BIMESTRE Descobrindo o mundo: mensagem e imaginação.
3º BIMESTRE Descobrindo o mundo: imagem e ação.
4º BIMESTRE Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos!
140 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
A Matriz de Língua Espanhola nos Anos Iniciais foi pensada em propostas de multiletra-
mentos, na perspectiva do lúdico, que privilegiasse brincadeiras, contação de histórias,
diálogos simples, pequenas saudações e apresentações em Espanhol sempre pensando
na aprendizagem da língua e sua evolução para os estudantes. Enfatizou-se, nos aos Eixos
Estruturantes Bimestrais, a colaboração entre pares no desenvolvimento e continuidade
da língua, seguindo a linha do respeito e da construção de uma sociedade inclusiva, sus-
tentável e colaborativa. Destacou-se o foco na construção de repertórios e vocabulários
15 MATRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL: ORGANIZAÇÃO QUE REFLETE ESCOLHAS POR UMA FORMAÇÃO INTEGRAL 141
Nesta Proposta Pedagógica, a estrutura da língua deixa de ser o Pilar de Ensino, ou seja,
os antigos modelos de ensino com base no ensino da gramática deixam de ser o foco.
O ensino da gramática deve ser dedutivo, tornando-se, assim, uma ferramenta da qual
se lança mão em momentos que auxilie em uma maior compreensão da língua e para o
desenvolvimento de outras Habilidades e Competências. Esse entendimento favorece
uma educação linguística voltada para a interculturalidade, isto é, para o reconhecimento
das (e o respeito às) diferenças, e para a compreensão de como elas são produzidas nas
diversas práticas sociais de linguagem, favorecendo a reflexão crítica sobre diferentes
modos de ver e de analisar o mundo, o(s) outro(s) e a si mesmo.
Nos Anos Iniciais, o lúdico deve ser a prioridade. Deve-se lançar mão de procedimentos
didáticos e abordagens metodológicas que priorizem brincadeiras, encenações/repre-
sentações, música, rimas, trava-línguas, parlendas, entre outros. É muito importante que
o(a) estudante sinta prazer em estudar a Língua Espanhola, visto que este aspecto afetivo
é primordial para seu sucesso como aprendiz em todos os anos seguintes e para toda
sua vida, aventuramo-nos a afirmar. Os Eixos Estruturantes para os Anos Iniciais foram
organizados em temas que priorizam o acolhimento da criança; o incentivo à interação
com os pares de forma harmônica e respeitosa; as ações colaborativas; a solidariedade;
o respeito ao meio ambiente; a percepção de seu mundo e de si mesmo; assim como
novas possibilidades de ver e interagir com o outro, com diferentes culturas e realidades.
Nos Anos Finais, as atividades devem ser direcionadas para desenvolver no(a) estudante
as competências emocionais no sentido de dar a ele mais condições para a transição para
o Ensino Médio. Os temas propostos para os Eixos Bimestrais buscam prover subsídios
para que o(a) estudante se sinta mais seguro de si; para relacionar-se bem com o outro,
gerenciando conflitos; para agir solidária e cooperativamente; para compreender e saber
lidar com as diferenças; para relacionar-se com o outro e com outras culturas.
A avaliação formativa, que também pode ser chamada de avaliação para as aprendiza-
gens, não compara os estudantes uns com os outros, gerando um clima de competição e
segregação, ou seja, não pratica uma avaliação referenciada pela norma, pelo contrário,
ela se fundamenta em critérios e compara o(a) estudante com ele mesmo, sendo ele(a)
próprio(a) a referência.
A avaliação de línguas estrangeiras seja qual for a função utilizada guarda especificidades,
como a presença da avaliação oral, avaliação escrita, avaliação auditiva e a concepção
de linguagem, sendo essa última condição para escolha de instrumentos e critérios
avaliativos. Resta indagar sobre o papel da avaliação na escola (SESI) e como a avaliação
formativa poderá contribuir para as aprendizagens, respeitando o tempo e o processo
de cada estudante em seu caminhar no estudo da língua estrangeira. Nessa perspectiva,
o produto passa a ser uma consequência e não um fim da avaliação.
Essa é uma forma de conscientizar o(a) estudante para seu aprendizado, trabalhando neste
ponto a autoavaliação, uma vez que possibilita ao(à) estudante pensar sobre a própria
aprendizagem e sobre o processo de avaliação, o que pode trazer efeitos muito positivos
para o(a) estudante de línguas. Por um lado, porque monitora o que o(a) estudante já
sabe e é capaz quanto ao uso da língua; por outro, porque fomenta a autonomia do(a)
estudante quando o leva a refletir sobre as formas que ele usa para aprender a língua
dentro e fora da sala de aula, além de sua conduta e participação.
Ensinar uma língua estrangeira implica uma visão condensada e muitas vezes contraditória
do aluno como um todo. Engloba sentimentos do(a) professor(a) em relação ao ensino,
ao(a) professor(a) e sua formação continuada, aos alunos, à língua-alvo, aos temas e às
culturas a serem abordadas. Ensinar uma língua significa ajudar/ orientar o aluno a encon-
trar seu caminho no processo de construção de significado na língua-alvo, ajudando-o a
desenvolver novas competências no novo idioma. Aprender uma língua, por outro lado,
engloba configurações específicas de afetividade (motivação, capacidade de correr riscos,
nível de ansiedade, pressão por parte dos pares, entre outros aspectos).
Há um método melhor que outro? Na década de 1990, o famoso linguista aplicado indiano
N. S. Prabhu publicou um artigo seminal que causou bastante polêmica em torno da
questão – Não há melhor método. Por que? (There is no Best Method. Why?) Em seu artigo,
Prabhu afirma não haver melhor método, portanto, significa que nenhum método é melhor
para todos, pois há variações importantes no contexto do ensino que influenciam o que é
melhor (PRABHU, 1990). O que se quer dizer é que, antes de qualquer planejamento de
ensino, é imprescindível conhecer bem o contexto de atuação e, além disso, analisar as
necessidades do público-alvo; só assim, será possível realizar um ensino coerente. Enquanto
na Era do método apropriava-se de um método considerado ideal no momento, na Era
pós-método, o(a) professor(a) deve considerar o contexto de ensino para, a partir de sua
particularidade, organizar e planejar o ensino (KUMARAVADIVELU, 2003).
Portanto, a questão central que gostaríamos de chamar a atenção aqui é que não importa
o método, visto que aprender uma língua estrangeira está ligado a um processo de desen-
volvimento de diversas competências, entre elas a competência comunicativa, que se dá
por meio da interação social na construção de significados (CARDOSO, 2003).
estudante a pensar e interagir na língua-alvo, abrindo espaço para que o(a) estudante
conscientemente aprenda, sistematize e selecione aqueles aspectos no novo idioma.
ÁREA: LINGUAGENS
COMPONENTE CURRICULAR: EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS 1º AO 5º ANO
ÁREA: LINGUAGENS
COMPONENTE CURRICULAR: EDUCAÇÃO FÍSICA
EIXO ORGANIZADOR PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR ANUAL DO 1º ANO: Sujeitos das infân-
cias, lúdicos, criativos e cheios de histórias para contar.
EIXOS ESTRUTURANTES DA ÁREA PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR POR BIMESTRE
1º BIMESTRE Brincando, descobrindo, aprendendo e interagindo com o mundo.
2º BIMESTRE Ampliando os horizontes educativos e cultura.
3º BIMESTRE Conhecendo mundo: relações entre espaço, movimento e indivíduo.
4º BIMESTRE Aprendendo a conviver.
EIXO ORGANIZADOR PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR ANUAL DO 2º ANO: As crianças seus
laços afetivos e as diferentes linguagens e seu lugar no mundo.
EIXOS ESTRUTURANTES DA ÁREA PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR POR BIMESTRE
1º BIMESTRE Brincando e jogando o mundo eu vou conhecendo.
2º BIMESTRE Dialogando e conhecendo os nossos limites - características subjetivas das linguagens.
3º BIMESTRE Reconhecer e aprender a lidar com as diferenças através das práticas culturais.
4º BIMESTRE Vamos conhecer o brasil: diferenças culturais por meio da dança.
EIXO ORGANIZADOR PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR ANUAL DO 3º ANO: Os tempos e espa-
ços escolares para sujeitos subjetivos e constituídos pela cultura.
EIXOS ESTRUTURANTES DA ÁREA PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR POR BIMESTRE
1º BIMESTRE Descortinando o mundo e diferentes culturas por meio de brincadeiras.
Práticas corporais construídas pela intersecção entre a linguagem corporal e linguagem
2º BIMESTRE
natural.
3º BIMESTRE Comunicação e movimento: movimentos estruturados e linguagem.
4º BIMESTRE O corpo como instrumento de mediação entre a violência e a tolerância.
146 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
Nos Anos Finais, a Educação Física é trabalhada tendo em vista os seus pontos de contato
com algumas das principais questões da sociedade contemporânea. É importante que
as práticas corporais propiciem espaços e momentos de discussão acerca de questões
sociais, econômicas, raciais, culturais, bem como de pontos mais específicos das práticas
corporais trabalhadas, sempre tendo em vista a postura crítica e a pluralidade.
A avaliação precisa levar em conta os objetivos e os eixos que estruturam a Educação Física
tal como concebida nesta Proposta Pedagógica. Isso significa que vetores excludentes
e, pode-se dizer, simplistas, tais quais aptidão e rendimento não podem servir de balizas
para o processo de avaliação. É preciso que o(a) estudante assuma um protagonismo,
também, no processo por meio do qual é avaliado. Este deve ser contínuo e, portanto,
valer-se dos mais variados instrumentos e procedimentos, tais como provas, atividades
de pesquisa, autoavaliação, relatórios de atividades, portfólios.
148 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
ÁREA: LINGUAGENS
COMPONENTE CURRICULAR: ARTE
ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS 1º AO 5º ANO
ÁREA: LINGUAGENS
COMPONENTE CURRICULAR: ARTE
EIXO ORGANIZADOR PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR ANUAL DO 1º ANO: Sujeitos das infân-
cias, lúdicos, criativos e cheios de histórias para contar.
EIXOS ESTRUTURANTES DA ÁREA PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR POR BIMESTRE
1º BIMESTRE De mãos dadas descobriremos o mundo.
2º BIMESTRE Quem sou eu, quem é você, quem somos nós?
3º BIMESTRE Experimentar, criar, movimentar em diferentes espaços.
4º BIMESTRE Hora do faz de conta, improvisações em cena!
EIXO ORGANIZADOR PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR ANUAL DO 2º ANO: As crianças seus
laços afetivos e as diferentes linguagens e seu lugar no mundo.
EIXOS ESTRUTURANTES DA ÁREA PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR POR BIMESTRE
1º BIMESTRE Quem sou eu, quem é você, quem somos nós?
2º BIMESTRE A escola, a casa, a cidade e minhas criações para um mundo melhor.
3º BIMESTRE Tenho no mundo infinitas possibilidades de expressões para apreciar, experimentar e criar!
4º BIMESTRE Diferentes maneiras de comunicação, muitos jeitos de existir!
15 MATRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL: ORGANIZAÇÃO QUE REFLETE ESCOLHAS POR UMA FORMAÇÃO INTEGRAL 149
No século XIX, o(a) professor(a), artista, filósofo e crítico de arte, John Ruski afirmou que
as nações de relevância registram sua autobiografia, sua história em três livros: o livro
de suas ações, o livro de suas palavras e o livro de sua arte. No entanto, não se consegue
compreender nenhum desses livros sem que se tenham lido os outros dois, mas, desses
três, o único em que se pode confiar é o último. O que podemos refletir a esse respeito?
Que a Arte faz parte constituinte da existência humana e de todo o seu processo evolu-
tivo, histórico e cultural. Enquanto forma de comunicação e expressão vem ao longo de
nossa existência narrado a nossa história, nossos anseios, nossos conflitos existenciais e
nossos amores.
social. O desenvolvimento curricular, especialmente, nos Anos Iniciais foi planejado para
que a criança tenha condições de reconhecer e apreciar diversas formas de expressão
artística, que ela possa conhecer de forma gradativa os elementos que constituem as
linguagens artísticas e suas possibilidades, que possa identificar as produções culturais
de seu contexto. Que o processo criativo tenha um caráter demarcadamente lúdico no
primeiro e no segundo ano, mas que vai ganhando uma nova dimensão ao longo dos
anos seguintes.
Já nos Anos Finais, a abordagem passa pela investigação, análise e avaliação do processo
histórico e cultural de diversos povos e culturas. Novas características e possibilidades
de uso dos elementos constitutivos das linguagens artísticas, fazem parte do processo
de criação e análise de obras. É esperado que o(a) estudante adolescente seja capaz de
formular questões em torno do fazer artístico, do processo histórico e de tudo que esteja
relacionado ao mundo da Arte. Que tenha um olhar crítico e ético em relação às questões
humanas e culturais. Que ele, também, seja capaz de planejar e criar de modo individual
ou coletivamente.
Nos Anos Iniciais, a exploração dos desenhos infantis com uma orientação temática pode
nos surpreender. Os desenhos individuais ou coletivos em suportes maiores pode ser uma
experiência interessante principalmente no 4º e 5º ano; orientar o(a) estudante a observar
o espaço que o cerca, a natureza e o seres vivos sem, no entanto, interferir de maneira
muito invasiva na espontaneidade infantil. Porém, em se tratando dos estudantes dos
Anos Finais, essas observações podem ser feitas com mais frequência. No entanto, com
muita habilidade para não inibir o aluno. Sugerimos, então, que haja o incentivo a produção
artística individual e coletiva, as atividades interdisciplinares; a pesquisa, a investigação,
a improvisação, a produção artística e experimentações.
152 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
No século XIX, o(a) professor(a), artista, filósofo e crítico de arte, John Ruski disse que as
grandes nações escrevem sua autobiografia em três volumes: o livro de suas ações, o livro
de suas palavras e o livro de sua arte. Nenhum desses três livros pode ser compreendido
sem que se tenham lido os outros dois, mas, desses três, o único em que se pode confiar é o
último. O que podemos pensar a esse respeito? Que a arte faz parte da existência humana
e de todo o seu processo evolutivo, histórico e cultural. Enquanto forma de comunicação
e expressão vem ao longo de nossa existência narrado a nossa história, nossos anseios,
nossos conflitos existenciais e nossos amores.
Não vai demorar muito para o(a) estudante dar o primeiro passo em direção à vida adulta
e ao mundo do trabalho, quando entrarem no Ensino Médio. Alguns vão ter dificuldades
em escolher uma profissão que lhes agrade, que lhes faça feliz e que ainda seja possível se
sustentar, sem falar no mercado de trabalho. Muitos estão em dúvidas, outros já sabem o
que querem e outros ainda vão sair do Ensino Médio sem saber que caminho profissional
trilhar. Talvez começar a conversar ainda nos Anos Finais seja uma boa alternativa para
ajudar esses educandos. Mostrar a esses educandos as diversas possibilidades na hora de
escolher o itinerário no Ensino Médio, talvez possa ajudar bastante.
ÁREA: MATEMÁTICA
COMPONENTE CURRICULAR: MATEMÁTICA
ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS 1º AO 5º ANO
ÁREA: Matemática
COMPONENTE CURRICULAR: Matemática
EIXO ORGANIZADOR PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR ANUAL DO 1º ANO: Sujeitos das infân-
cias, lúdicos, criativos e cheios de histórias para contar.
EIXOS ESTRUTURANTES DA ÁREA PARA O DESENVOLVIMENTO CURRICULAR POR BIMESTRE
1º BIMESTRE Conhecendo minha escola e a pluralidade dos novos amigos.
2º BIMESTRE O lugar onde moro
3º BIMESTRE O poder da união mesmo nas diferanças.
4º BIMESTRE Pequenos gestos que podem ajudar
15 MATRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL: ORGANIZAÇÃO QUE REFLETE ESCOLHAS POR UMA FORMAÇÃO INTEGRAL 153
É necessário ampliar, cada vez mais, os instrumentos de avaliação em Matemática para além
da prova escrita como uma ferramenta avaliativa privilegiada. Pois, se assim for utilizada
fragiliza o processo educativo, pois deixa à margem o desenvolvimento de Competências
e Habilidades essenciais para a formação integral das crianças e adolescentes do Ensino
Fundamental. Nesse sentido, cabe também, abrir um espaço importante referente avalia-
ção e a recuperação da aprendizagem dos estudantes com dificuldade e/ou defasagem.
É sabido que o engajamento em olimpíadas de Matemática e afins como, por exemplo,
a competição de vídeos matemáticos, a construção de projetos de impacto social e o uso
tecnológico para desenvolvimento de produtos ou aplicações [startups] são possibilidades
que contribuem para o desenvolvimento integral dos estudantes bem como o avanço na
autonomia intelectual e social.
Portanto, faz-se necessário ampliar o espaço para práticas de avaliação, que ajudem não
só na identificação das lacunas de aprendizagem, mas especialmente na superação das
dificuldades no processo de ensino e aprendizagem, isso inclui aluno e professor. Pois,
a avaliação, eminentemente somativa, sempre preocupada com os resultados finais que
levam a situações irreversíveis no que diz respeito ao desempenho dos alunos, sem que
sejam levadas em conta as muitas implicações, inclusive sociais, de um processo decisório
fatal do ponto de vista educativo, precisa ser repensada.
De acordo, então, com as ideias de Piaget (1991) que considera que a escola e alguns
professores têm retirado a autonomia do(a) aluno(a) como meio para desenvolver a
aprendizagem com maior eficiência e criatividade. Segundo ele, os professores com ati-
tudes negativas não encorajam os alunos a desenvolverem e a atingirem esta autonomia,
limitando muito o desenvolvimento do pensamento crítico, isto, os professores com atitudes
negativas dão oportunidade aos alunos de persistirem nos próprios esforços. Portanto,
é de fundamental importância que as escolas desenvolvam programas que ajudem não
apenas o aluno, mas também os professores a desenvolver atitudes favoráveis em relação
à aprendizagem matemática.
156 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
É fundamental conceber o(a) estudante como um ser social e político sujeito de seu
próprio desenvolvimento. O(A) professor(a) precisa ver o(a) aluno(a) como alguém capaz
de estabelecer uma relação cognitiva, ética, responsável e efetiva, mantendo uma ação
interativa capaz de uma transformação libertadora, que propicia uma vivência harmoniosa
com a realidade pessoal e social que o envolve, pois recorre a atividades e avaliações
criativas proporcionando ao aluno a construção de aprendizagens significativas que o
levem a interagir o conhecimento escolar com o meio social no qual está inserido.
Na área da Matemática, é possível usar a sala de aula invertida por diversas vezes, propondo
materiais e principalmente vídeos que falem sobre os Objetos do Conhecimento mate-
máticos e reservar os momentos presenciais para mediar as dúvidas dos(as) estudantes
por meio de resolução de problemas, debates, construção de projetos, entre outras
possibilidades. Algumas vantagens é o ganho de tempo, a possibilidade de o aluno ver
e rever vídeos com explicações e mais foco nas dúvidas dos estudantes que costumam
demandar muito tempo. É desafiador fazer o aluno se habituar a esse processo, por isso o
interessante é começar por ideias menos complexas e explorando, algumas vezes, por meio
de diferentes estratégias, para ir criando uma rotina. Esse processo possibilita e contribui
para o desenvolvimento da autonomia do(a) estudante no sentido de que ele(a) perceba
que além do docente é importante que aprenda a recorrer a outras fontes de qualidade.
Reiteramos que as metodologias ativas de ensino visam inserir o(a) estudante como
agente principal da sua aprendizagem e o(a) professor(a) como um facilitador dela.
A aprendizagem ocorre de forma horizontal e o aluno já não possui o papel de mero receptor
de conteúdo, ao contrário, utiliza o espaço de sala de aula para praticar competências
que a vida e o mercado de trabalho exigem atualmente, tais como: resiliência, foco em
resultados, espírito empreendedor, empatia, cooperação, autoconhecimento e agilidade
em tomadas de decisões.
O ensino da Matemática deve, então, prestar sua contribuição na medida em que forem
exploradas metodologias que priorizem a criação de estratégias, a comprovação, a jus-
tificativa, a argumentação, o trabalho coletivo, a criatividade, a iniciativa pessoal e a
autonomia advinda do desenvolvimento da confiança na própria capacidade de conhecer
e enfrentar desafios. A Matemática não é um olhar para as coisas prontas e definitivas,
mas a construção e a apropriação de um conhecimento pelo aluno, que se servirá dele
para compreender e transformar sua realidade.
É importante, ainda, que o(a) estudante perceba o quanto o seu conhecimento prévio é
valorizado. Assim, quanto mais ele tiver acesso antecipadamente, de variadas formas,
aos Objetos de Conhecimento que serão explorados em aula para que a aula seja um
excepcional momento de aprofundamento, debates, interação, de resolução de problemas
e de engajamento no seu processo de aprendizagem, para assim avançar com autonomia
na sua autoformação. Assim reiteramos que ainda não é o tempo para se dedicar às
escolhas pessoais e profissionais, mas é relevante que o(a) estudante compreenda que
suas ações implicam a sua qualidade de vida e as suas expectativas diante do seu futuro
e do mundo.
15 MATRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL: ORGANIZAÇÃO QUE REFLETE ESCOLHAS POR UMA FORMAÇÃO INTEGRAL 159
O ensino de Ciências nos primeiros anos do Ensino Fundamental tem como propósito
oferecer ferramentas para a compreensão e interpretação do mundo. Tendo como
princípio a curiosidade científica e a garantia de acesso ao conhecimento produzido ao
longo da história, permitindo a partir do diálogo a formação crítica e responsiva sobre as
possibilidades do desenvolvimento científico e tecnológico e, sobretudo, sobre os desafios
para minimizar os desequilíbrios na natureza e da sociedade reconhecendo os princípios
da sustentabilidade e do bem comum.
15 MATRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL: ORGANIZAÇÃO QUE REFLETE ESCOLHAS POR UMA FORMAÇÃO INTEGRAL 161
Assim, foi fundamental que a Matriz de Ciências da Natureza neste segmento apresen-
tasse elementos intencionalmente contextualizados, imbricados com Competências e
Habilidades relevantes para que o(a) estudante se aproprie da Ciência, verdadeiramente,
como uma ferramenta de análise e intervenção no mundo.
medidas. Além disso, é importante que o(a) estudante não apresente apenas
relatórios padrão de tais investigações, mas que possa ter espaços de socialização
com o(a) professor(a) mediador e seus pares, recebendo sugestões e validando
suas hipóteses investigativas.
• Projeto explicativo. Tendo em vista que a argumentação sociocientificamente
embasada é uma habilidade extremamente relevante para a formação científica
dos jovens, é fundamental que os alunos sejam sistematicamente convidados a
trabalhar com situações-problema reais, construindo perguntas relevantes para
estudá-las e desenvolvendo, de forma colaborativa, hipóteses de resposta. Deste
modo, metodologias de Aprendizagem Baseada em Problemas e Projetos (ABP)
são relevantes para a condução de avaliações neste segmento. Assim, questões
como: Quais são os principais problemas ambientais da comunidade em que estou
inserido? Como a tecnologia pode apresentar respostas para a melhoria do cotidia-
no em minha escola, em meu bairro, no país? De que forma posso utilizar a Ciência
para ter atitudes mais sustentáveis e conscientes do ponto de vista do consumo e
da preservação ambiental? São alguns exemplos de perguntas abrangentes que
podem ser usadas para a construção de ABPs com os estudantes. Como, também,
possibilitar ao(à) estudante que ele(a) realize a análise de notícias que impactam
a sociedade e o campo das Ciências para descobrir os conceitos científicos envol-
vidos, a sua veracidade ou constatar se é algum tipo de Componente news.
Tendo em vista a perspectiva iminente das opções por itinerários formativos, com o
ingresso no Ensino Médio, é fundamental que o(a) estudante do 8º e 9º anos perceba
as interfaces da Ciência não apenas com a investigação científica, mas também com os
processos criativos, a cultura e o desenvolvimento social e econômico. Observar a presença
da pesquisa científica para o desenvolvimento do setor de produção cultural (efeitos
especiais, sonorização, iluminação, tratamento de imagem), de design (novos materiais,
ecodesign, indústria do lixo), em impactos socioeconômicos (pesquisas em medicina, esté-
tica, economia solidária). É importante que, para fazer escolhas, o(a) estudante perceba
as múltiplas possibilidades que a Ciência apresenta para a leitura de mundo e para as
perspectivas de integração com o mundo do trabalho.
15 MATRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL: ORGANIZAÇÃO QUE REFLETE ESCOLHAS POR UMA FORMAÇÃO INTEGRAL 163
Desse modo, organizamos uma matriz a princípio com temas mais ligados ao contexto local
e familiar da criança, partindo, paulatinamente, para uma visão mais ampla da coletividade
até uma noção geral do seu lugar na humanidade. Para tal, ao longo do processo dos
Anos Iniciais, os Objetos do Conhecimento tentam instigar especificamente a imaginação
histórica, apresentar de modo adequado às heranças e valores ancestrais da comunidade
humana, fazer com que vivenciem a experiência da construção da cultura, para que se
sintam parte da sociedade.
Além disso, é importante o seu caráter transversal e multidisciplinar, pois as Unidades Temá-
ticas, os Objetos de Conhecimento e os Pilares Compartilhando Inovações, Solidariedade
e Meio Ambiente e Sociedade em Ação (respectivamente Tecnologias, Sustentabilidade
e Mundo do Trabalho) propostos complementam o que é desenvolvido por outras áreas.
Assim, o Componente de História pode proporcionar à criança diferentes processos de
exploração criativa, que englobam desde atividades manuais, como a construção de
maquetes e a reprodução de artefatos antigos (que reforçam a Educação Maker), até o
desenvolvimento de outras habilidades por meio de representações artísticas e teatrais.
Nos Anos Finais dessa etapa, encontramos, de maneira geral, estudantes na sua fase
pré-adolescente e adolescentes propriamente ditos, quando já estão, de certa forma,
mais questionadores em relação aos seus lugares no mundo e já têm uma maturidade
intelectual para absorverem uma linguagem um pouco mais (não completamente) técnica
e científica dos Objetos de Conhecimento.
A organização das crianças e adolescentes ora em duplas, ora em grupo ou individual, para
que possam resolver atividades diretivas para a construção dos conhecimentos explorados
por meio de situações-problemas, exercícios, pesquisas, nos mais diversos portadores (textos,
revistas, jornais, livros, gráficos, infográficos, tabelas, mapas conceituais, etc.), consultas e
interpretação em mapas, leitura de imagens, construção de maquetes, montagem de painéis
ou murais, exibição de vídeos, aulas de campo, navegação pela internet, brincadeiras e jogos
educativos, bem como a utilização de músicas (paródias) e de plataformas virtuais jogos, quis,
uso de aplicativos, provas escritas, atividades orais, apresentação de seminários, debates,
peças teatrais, atividades Maker, construção de cápsulas do tempo, elaboração de jornal
com fatos históricos, confecção de maquetes, trabalho de campo, etc. No entanto, mesmo
usando diferentes instrumentos avaliativos, é preciso conceber a avaliação como um processo,
portanto, formativo, no qual recorremos a diferentes instrumentos e os transformamos em
procedimentos que nos permitem acompanhar a trajetória da aprendizagem do(a) estudante,
realizar intervenções bem como replanejar o ensino para assegurar a aprendizagem.
Sugerimos iniciar as aulas, por exemplo, com uma leitura, audição ou análise de uma ima-
gem, como um motivador da aula em questão; propor estudos dirigidos e/ou mapa mental
sobre cada assunto trabalhado; ampliação do vocabulário por meio da exploração de novos
conhecimentos e concepções; elaborar e articular a cronologia ou linha do tempo com os
estudos cartográficos (Atlas Históricos); mediar debates articulando assuntos históricos
com temas da atualidade, no formato de uma assembleia ou um tribunal; desenvolver
seminários ou apresentações sobre temas escolhidos pelos alunos; análise e reflexão de
fontes históricas como: jornais, cartas, músicas, revistas, documentos, imagens, símbolos,
ícones, bandeiras, brasões, entre outros.
Os Objetos de Conhecimento propostos para esses anos tratam de temas mais próximos
da atualidade. Colocam aos estudantes realidades mais tangíveis que a de assuntos mais
recuados no tempo. Abre um espaço mais propício para colocarem em prática as habilidades
desenvolvidas nos anos anteriores. É um momento em que se pode solicitar dos estudantes
formas de expressão mais elaboradas, coerentes e articuladas com outras áreas do conhe-
cimento. Significa também a consolidação de um esforço e de sua merecida recompensa
que é o reconhecimento por parte do próprio aluno de seu desenvolvimento intelectual.
Apresentam-se as perspectivas sobre o futuro e os desafios das escolhas que serão exigidas
a partir do Ensino Médio.
15 MATRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL: ORGANIZAÇÃO QUE REFLETE ESCOLHAS POR UMA FORMAÇÃO INTEGRAL 167
Os (As) estudantes nos Anos Iniciais devem, em Geografia, serem capazes de “reconhecer
e comparar as realidades de diversos lugares de vivência" (BNCC, 2017, p. 316). Assim,
nas matrizes deste Componente Curricular, os estudos geográficos focaram as mudanças
espaciais e as suas representações, levando os alunos a observarem e interpretarem a
realidade para poder interferir nela. Ao trazer diferentes experiências vivenciadas na
Educação Infantil e do cotidiano com seus familiares, o ensino da Geografia enfatizou nesse
espaço vivido e utilização dos conhecimentos decorrentes como ponto de partida para
15 MATRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO FUNDAMENTAL: ORGANIZAÇÃO QUE REFLETE ESCOLHAS POR UMA FORMAÇÃO INTEGRAL 169
Nos Anos Finais do Ensino Fundamental, o adolescente deve relacionar conhecidos adqui-
ridos anteriormente com a construção e transformação do espaço geográfico, analisando
transformações ocorridas e as relacionando em diferentes escalas, de maneira a contribuir
com o exercício da cidadania. Dessa forma, a Geografia deve oferecer experiências de
aprendizagem as quais os estudantes possam desenvolver habilidades para compreender
e atuar nos processos sociais, políticos, ambientais, culturais e econômicos que resultam
em diferentes realidades sociais, em especial, a desigualdade. Os estudos de Geografia nos
Anos Finais, então, trazem a necessidade de assumir responsabilidade da transformação
de realidades de forma a promoverem princípios de democracia, solidariedade, susten-
tabilidade e justiça social; dizendo respeito às práticas espaciais em que o indivíduo é o
agente social e possa estabelecer relações de alteridade, modos de vida em diferentes
tempos e espaços e possa pensar em seus projetos de vida.
A partir de critérios e objetivos claros, podem ser utilizadas algumas estratégias para
avaliação em Geografia, que vão variar de acordo com o planejamento, o contexto e a
realidade local, além da faixa etária e de desenvolvimento dos estudantes. Além disso,
elas devem estar pautadas nas diferentes formas e ritmos de aprendizagem e precisam ter
como objetivo não apenas a apropriação do conhecimento, mas também a reorganização e
dinamização do trabalho pedagógico com vistas ao entendimento e aprendizagem. Entre
os instrumentos e procedimentos estão as provas, testes, estudos dirigidos, produção
em múltiplas linguagens, exercícios, relatórios de trabalhos de campo, análise de filmes
e vídeos, seminários, debates, júri simulado e outros. Além disso, a avaliação pode ser
concebida de forma inter e/ou multidisciplinar.
Sugerimos que a prática pedagógica possa ter, como ponto de partida, as perguntas,
as experiências e o conhecimento prévio dos alunos para a construção de novas questões,
esclarecimentos e argumentações para analisar diferentes realidades; utilizar elemen-
tos e acontecimentos para construir com os estudantes observações, comparações e
170 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
Ao fim do Ensino Fundamental, espera-se que o(a) estudante tenha construído um conhe-
cimento acerca do Componente de Geografia de modo que o compreenda como parte da
vida das pessoas, uma vez que a Geografia se preocupa com a ação humana na sociedade
e suas relações com o meio. Assim, o aluno precisa vivenciar experiências escolares,
instigadoras da leitura e compreensão crítica da realidade, que o faça deixar claro sua
consciência acerca da sua participação no mundo em que se vive para poder atuar nele
de modo sustentável.
16 O ENSINO FUNDAMENTAL E A GESTÃO ESCOLAR NA REDE SESI, UMA ESCUTA QUALIFICADA DOS ESTUDANTES
E DOS PROFISSIONAIS DA ESCOLA 173
16 O ENSINO FUNDAMENTAL E
A GESTÃO ESCOLAR NA REDE
SESI, UMA ESCUTA QUALIFICADA
DOS ESTUDANTES E DOS
PROFISSIONAIS DA ESCOLA
O princípio básico para uma gestão democrática de qualidade é a consistência entre os
meios e os fins educacionais, realizando-se plenamente em seu caráter mediador enquanto
relação dialógica. A educação escolar pressupõe a condição de sujeito estudante, o que
já envolve sua participação ativa no processo educativo. Se pretendermos uma educação
escolar emancipatória, que forme cidadãos com argumentos para participar de uma socie-
dade democrática, usufruindo os bens culturais que hoje são privilégios de poucos, então
a gestão escolar deve fazer-se de modo a estar em plena coerência com esses objetivos.
As escolas do século XXI lidam com os mais diversos tipos de enfrentamentos e desafios
no seu dia a dia, principalmente entre o corpo discente, e cabe aos profissionais da
escola, principalmente aqueles que lidam diretamente com os alunos a mediação desses
conflitos. Espera-se dos profissionais da Escola SESI, principalmente dos professores e
coordenadores a prática da escuta ativa, para que possa não apenas resolver conflitos,
mas sempre que for solicitado, ser aquele profissional que o aluno sente segurança, que
facilita as relações humanas, que tenha empatia e que busque na mediação e resolução
de conflitos.
174 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
17 O ENSINO FUNDAMENTAL
E OS LAÇOS COM AS FAMÍLIAS
Especialmente nos tempos atuais, temos acompanhado os desafios existentes na relação
escola e família. Por vezes, as famílias acreditam ser dever da escola toda a educação de
seus filhos, não apenas aquela relativa à formação e escolarização acadêmica. A escola,
por sua vez, sabe que não tem condições de assegurar todas as dimensões da educação
do sujeito em sua totalidade. O impasse está colocado.
É necessário, então, que escola e família evitem cobrança unilateral, e sim compartilhem
suas responsabilidades, criando um ambiente em que o(a) estudante se sinta amparado
e não apenas cobrado e julgado pelos seus resultados. Um rendimento abaixo da média
não deve ser encarado como um fracasso, mas como uma oportunidade de se aproximar
mais desse sujeito em formação e compreender suas dificuldades, tanto por parte da
escola quanto por parte da família.
Portanto, é necessário que as duas instituições sociais, ou seja, escola e família, seja ela a
estrutura que for, estabeleçam parcerias para se complementarem na perspectiva de promo-
ver uma escola de qualidade, comprometida em assegurar todas as aprendizagens básicas
a cada criança e a cada adolescente na perspectiva da formação integral desses sujeitos.
familiares possam interagir com seus filhos; acolher os pais em diferentes momentos das
atividades escolares que acontecem ao longo do ano; o desenvolvimento de ferramenta
de comunicação assíncrona (plataforma digital, por exemplo) com informações sobre o
desenvolvimento do(a) estudante e com espaço para comentários e sugestões; participa-
ção da família para vivenciarem atividades como, por exemplos, aquelas relacionadas às
tecnologias e plataformas digitais, para que ela possa entender a relevância da Proposta
Pedagógica e perceber o valor do apoio aos filhos e o quanto isso traz resultados positivos
na aprendizagem e envolvimento do(a) estudante.
O ambiente escolar necessita estar afinado e consciente do seu papel dentro da escola.
Desse modo, é importante alinhar certos conhecimentos, pressupostos e princípios edu-
cativos da Proposta Pedagógica para que as equipes em todas as suas dimensões tenham
a mesma fala com os alunos. Por isso, prever tempos deve ser um ponto a ser visto pelos
182 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
Tendo em conta a trajetória dos nove anos do Ensino Fundamental, as transições já exploradas
neste documento, bem como a ênfase na progressão com sucesso ao longo da trajetória
escolar de nove ano, considera-se necessária a realização da formação continuada de maneira
que contemple a participação dos professores da Educação Infantil, do Fundamental Anos
Iniciais e Finais e Ensino Médio para que todos possam se apropriar que são professores
da Educação Básica, atuando em determinada etapa, mas o sujeito estudante é o mesmo.
19 O PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO: DESEJOS,
REALIZAÇÕES E COMPROMISSOS
COLETIVOS PELA QUALIDADE NO
ENSINO E NA APRENDIZAGEM
A postura de uma instituição educacional pauta-se em valores éticos e humanizadores,
sem perder de vista o seu objetivo principal, que é formar sujeitos livres, capazes e autô-
nomos. Deve-se prezar sempre pela democracia e pela livre expressão, sem negligenciar
a sua organização e hierarquia.
Assim, considerar a escola em seu contexto demanda conhecer o espaço e suas singu-
laridades. O conhecimento geográfico permite o reconhecimento, o mapeamento e
a valorização dos espaços da escola, tanto em sua dimensão local quanto social, e da
comunidade. Permite, também, entender a dinâmica de diálogo e reflexão sobre as
necessidades escolares de acordo com o seu contexto, realidades locais e comunitárias.
Além disso, contribui para a avaliação e o mapeamento de ações planejadas e desenvol-
vidas, vislumbrando e incluindo projetos e ações na construção de um espaço interativo,
dinâmico e que valorize o respeito às diferenças.
O objetivo é que, de posse desse documento, cada escola utilize mecanismos que possibi-
litem adequar às realidades regionais as orientações de bases normativa, epistemológica
e pedagógica expressas na proposta curricular, com vistas a ações criativas e inovadoras
que estimulem o processo ensino e aprendizagem e, por conseguinte, a continuidade
de estudos dos estudantes da etapa mais longa e estruturante da Educação Básica,
o Ensino Fundamental.
ÁREA LINGUAGENS
COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA PORTUGUESA
Bibliografias
ALLAN, Lucia. Escola.com: como as novas tecnologias estão transformando a educação
na prática. São Paulo: Figurati, 2015.
ALBUQUERQUE Jr., Durval Muniz; VEIGA-NETO, Alfredo; FILHO, Alípio de Souza. (orgs.)
Cartografias de Michel Foucault. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. (Coleção Estudos
Foucaultianos.
ANGOTTI. Maristela. Maria Montessori: uma mulher que ousou viver transgressões.
In: Pedagogia(s) da infância: dialogando com o passado- construindo o futuro. Júlia Oli-
veira-Formosinho; Tizuko Morchida Kishimoto; Mônica Appezzato Pinazza (Orgs). – Porto
Alegre: Artemed, 2007.
BACICH, Lilian; NETO, Adolfo Tanzi; TREVISANI, Fernando de Mello (orgs.). Ensino Híbrido:
Personalização da Educação. Porto Alegre: Artemed, 2015.
192 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
BACICH, Lilian e MORAN, José M. Metodologias ativas para uma educação inovadora:
uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
CÉLESTIN FREINET. Para uma escola do povo: guia prático para organização material,
técnica e pedagógica da escola popular. Tradução: Eduardo Brandão. 2ª ed. - São Paulo:
Martins Fontes, 1977. (Psicologia e Pedagogia).
ECHEVERRíA. Maria del Puy Pérez, Pozo, J. I. (Org.). A solução de problemas: aprender
a resolver, resolver para aprender. Porto Alegre: Artmed, 1998.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 42.ª Edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
KARNAL, Leandro. Conversas com um jovem professor. São Paulo: Editora Contexto, 2012.
KATO, Mary A. No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística. São Paulo: Editora
Ática, 1986.
LAJOLO, Marisa. Literatura: ontem, hoje, amanhã. São Paulo – SP: Editora Unesp, 2018.
LEITE, Carlinda. Modos de fazer escola e a flexibilização curricular. Para uma escola
curricularmente inteligente. Edições ASA – 2003.
NOVAK, J. D.; GOWIN, D. B. Aprender a aprender. 2. ed. Lisboa: Plátano Edições Técnicas. 1999.
ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo. (Orgs.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola
Editorial, 2012.
SANCHO, Juana Maria. Por Uma tecnologia educacional. Porto Alegre, Artmed, 1998.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 3 ed. Belo Horizonte: Ed.
Autêntica, 2009.
ROSING, Tania Mariza Kuchenbecker; Zilberman, Regina. (Orgs.) Leitura: história e ensino.
Porto Alegre: UPF, 2016.
__________. Educação não é privilégio. 5. ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1994.
VAZ, Adriana; FOFONCA, Eduardo; SILVA, Rossano; SANTOS ROSA, Selma dos. Educação,
Tecnologias e Linguagens: teoria e prática na Educação Básica. Disponível em:<https://
ebookspedroejoaoeditores.files.wordpress.com/2019/03/e-book-educac387c383o-tec-
nologias-e-linguagens_definitivo.pdf> Acesso em: 20 de jun. 2020.
YOUNG, M. Knowledge and control: new directions for the Sociology of Education.
London: Collier Macmillan, 1971.
Filmes
O auto da Compadecida
As aventuras do avião vermelho
As aventuras de Peabody e Sherman
Bem-vindos a Marly –Gomont
Como estrelas na Terra
Divertida Mente
Escritores da Liberdade
Eu nunca... (série)
Fahrenheit 451
Green book: o guia
Mãos talentosas
Memórias Póstumas de Brás Cubas
O aluno: uma lição de vida
O ano em que meus pais saíram de férias
O extraordinário
O grilo feliz
O menino do pijama listrado
O menino que descobriu o vento
12 anos de escravidão
Truques da mente (série, episódio “O poder do pensamento positivo”)
Você nem imagina
Zootopia
Link
http://www.mvmob.com.br Minha Vida Mobile – um projeto educativo voltado para o
trabalho em sala de aula com celular
http://www.edutopia.org Fundação Educacional George Lucas que divulga iniciativas
inovadoras para educação
https://www.eravirtual.org Visita Virtual aos Patrimônios da Humanidade da cidade de
Ouro Preto
https://www.competenciasnabncc.org.br/ Sugestões para alinhar Competências Gerais e
Habilidades da Base Nacional Comum Curricular os componentes do Ensino Fundamental
https://www.youtube.com/watch?v=JBmLzbjmhhg Documentário Língua - Vidas em Português -
https://www.youtube.com/watch?v=hS8LoNBMcJI NHEENGATU - Um Documentário
Sobre Linguagem
AMPLIANDO O REPERTÓRIO DO(A) PROFESSOR(A): BIBLIOGRAFIA, PARA SABER MAIS POR ÁREAS/COMPONENTE CURRICULARES 197
ÁREA LINGUAGENS
COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA INGLESA
Bibliografias
ABRÃO, M. H. V. Prática de Ensino de Língua Estrangeira: experiências e reflexões.
Campinas, SP: Pontes, 2004.
ALBUQUERQUE Jr., Durval Muniz; VEIGA-NETO, Alfredo; FILHO, Alípio de Souza. (orgs.)
Cartografias de Michel Foucault. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. (Coleção Estudos
Foucaultianos.
CÉLESTIN FREINET. Para uma escola do povo: guia prático para organização material,
técnica e pedagógica da escola popular. Tradução: Eduardo Brandão. 2ª ed. - São Paulo:
Martins Fontes, 1977. (Psicologia e Pedagogia).
ECHEVERRíA. Maria del Puy Pérez, Pozo, J. I. (Org.). A solução de problemas: aprender
a resolver, resolver para aprender. Porto Alegre: Artmed, 1998.
Kumaravadivelu, B. The Decolonial Option in English Teaching: Can the Subaltern Act?
Tesol Quarterly, Volume 50, Issue 1, 2014 Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/
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LEITE, Carlinda. Modos de fazer escola e a flexibilização curricular. Para uma escola
curricularmente inteligente. Edições ASA – 2003.
MORAN, J. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda, 2013 <http://
www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/metodologias_moran1.pdf Acesso
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1990), p. 161-176. Disponível em: Disponível em: <http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/
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Censo: Estudos Educacionais do Distrito Federal, [S.l.], v. 6, n. 2, p. 73-81, maio 2019.
200 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
__________. Educação não é privilégio. 5. ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1994.
YOUNG, M. Knowledge and control: new directions for the Sociology of Education.
London: Collier Macmillan, 1971
Para 1º e 2º anos
https://www.youtube.com/watch?v=_UR-l3QI2nE
https://www.youtube.com/watch?v=kDdg2M1_EuE
https://www.youtube.com/watch?v=NZUpZF1pQOg
https://www.youtube.com/watch?v=E2v6ofSmfW4
https://www.youtube.com/watch?v=lI2wHDsnk0Q
https://www.youtube.com/watch?v=WvkqfhKvVZQ
https://www.youtube.com/watch?v=QA48wTGbU7A
https://www.youtube.com/watch?v=yCjJyiqpAuU
https://www.youtube.com/watch?v=8irSFvoyLHQ
https://www.youtube.com/watch?v=Fw0rdSHzWFY
AMPLIANDO O REPERTÓRIO DO(A) PROFESSOR(A): BIBLIOGRAFIA, PARA SABER MAIS POR ÁREAS/COMPONENTE CURRICULARES 201
Para 3º 4º e 5º anos
https://www.youtube.com/watch?v=8irSFvoyLHQ
https://www.youtube.com/watch?v=Fw0rdSHzWFY
https://www.youtube.com/watch?v=KKh_CallEp8
https://www.youtube.com/watch?v=uAw2Xtxz9kQ
https://www.youtube.com/watch?v=r2pEEkaFq8U
https://www.youtube.com/watch?v=dk8zDjQT0aE
https://www.youtube.com/watch?v=K6DSMZ8b3LE
https://www.youtube.com/watch?v=C6ljGXMMB-g
https://www.youtube.com/watch?v=G93vZLKAVWA
https://www.youtube.com/watch?v=lI2wHDsnk0Q&t=29s
https://www.youtube.com/watch?v=71hqRT9U0wg
https://www.youtube.com/watch?v=Umu58RxNL7I
https://www.youtube.com/watch?v=EKa8Bzko91g
https://www.youtube.com/watch?v=ddLd0QRf7Vg&list=RDXh4ugYiXF-Q&index=5
https://www.youtube.com/watch?v=rblYSKz_VnI&list=RDXh4ugYiXF-Q&index=48
https://www.youtube.com/watch?v=FZLIcQf47TQ
https://www.youtube.com/watch?v=9D8skdPsh74
http://www.rainydaypoems.com/poems-for-kids/poems-for-kids-to-recite
Para 6º e 7º anos
https://www.youtube.com/watch?v=Br8hgZk7BbY
https://www.youtube.com/watch?v=-osp8Q3BBbk
https://www.english.com/blog/lyrics-for-english-learners-and-teachers/
https://www.youtube.com/watch?v=hoNUt07c1GI
https://www.youtube.com/watch?v=RB1mPe7Ni-g&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=Kl46_JFBgiw
https://www.youtube.com/watch?v=DsOqtJNfXN0
https://www.youtube.com/watch?v=txe2ZgHFWrM
https://www.youtube.com/watch?v=MTHwfs9-51k
https://www.youtube.com/watch?v=4oNOA3HnGG4
https://www.youtube.com/watch?v=M3ObWCtU6eI
https://www.youtube.com/watch?v=takHmIklbkk
202 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
https://www.youtube.com/watch?v=EKa8Bzko91g
https://www.youtube.com/watch?v=Xh4ugYiXF-Q
https://www.youtube.com/watch?v=JkMr8LHSzl8&list=RDXh4ugYiXF-Q&index=2
https://www.youtube.com/watch?v=ddLd0QRf7Vg&list=RDXh4ugYiXF-Q&index=5
https://www.youtube.com/watch?v=FZLIcQf47TQ
https://www.youtube.com/watch?v=Va0vs1fhhNI&list=RDXh4ugYiXF-Q&index=15
https://www.youtube.com/watch?v=s2tWlUgZDpg&list=RDXh4ugYiXF-Q&index=19
https://www.youtube.com/watch?v=mc1ta1UMGeo&list=RDXh4ugYiXF-Q&index=30
https://www.youtube.com/watch?v=wQ3QndKvTvA
https://www.youtube.com/watch?v=A6Ef_58FAGk
https://eltlearningjourneys.com/2015/10/20/5-poems-for-the-english-language-classroom/
Para 8º e 9º anos
https://www.youtube.com/watch?v=GvovLPbrxC8
https://www.youtube.com/watch?v=FciXmsGW3D8
https://www.youtube.com/watch?v=akZrk7jF5Jo
https://www.english.com/blog/lyrics-for-english-learners-and-teachers/
https://www.youtube.com/watch?v=QYC8XOASE8c
https://www.youtube.com/watch?v=iMmjqfBfQhA&feature=youtu.be
https://www.youtube.com/watch?v=3y623xixO1c
https://www.youtube.com/watch?v=hoNUt07c1GI
https://www.youtube.com/watch?v=luyozCd_SFU
https://www.youtube.com/watch?v=Xh4ugYiXF-Q
https://www.youtube.com/watch?v=ysZj7ni1rqU
https://www.youtube.com/watch?v=JloUN9j9cJ8
https://www.youtube.com/watch?v=F4sNi2PUiWM&list=RDXh4ugYiXF-Q&index=3
https://www.youtube.com/watch?v=pmTiK9jp970&list=RDXh4ugYiXF-Q&index=16
https://www.youtube.com/watch?v=to0UbOOUEnI&t=106s
https://www.youtube.com/watch?v=fq0XHn4LMsk
https://www.youtube.com/watch?v=n_RH5VcBsO8
https://www.youtube.com/watch?v=WjqiU5FgsYc
https://www.youtube.com/watch?v=yu24PZIbkoY
https://www.youtube.com/watch?v=3NXC4Q_4JVg
AMPLIANDO O REPERTÓRIO DO(A) PROFESSOR(A): BIBLIOGRAFIA, PARA SABER MAIS POR ÁREAS/COMPONENTE CURRICULARES 203
https://www.youtube.com/watch?v=Oo4KXZVApsQ
https://www.youtube.com/watch?v=JYYwxL0mnp0
https://www.youtube.com/watch?v=V6ui161NyTg
ÁREA LINGUAGENS
COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA ESPANHOLA
Bibliografias
ALBUQUERQUE Jr., Durval Muniz; VEIGA-NETO, Alfredo; FILHO, Alípio de Souza. (orgs.)
Cartografias de Michel Foucault. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. (Coleção Estudos
Foucaultianos.
ALONSO, Encina. ¿Cómo ser profesor/a y querer seguir siéndolo? Madrid: Edelsa,1994.
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(Coord.) Experiencias educativas en las aulas del siglo XXI: innovación con TIC. Madrid:
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204 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
BROWN, H. D. Principles of language learning and teaching. New York: San Francisco
State University/Longman, 2010.
CÉLESTIN FREINET. Para uma escola do povo: guia prático para organização material,
técnica e pedagógica da escola popular. Tradução: Eduardo Brandão. 2ª ed. - São Paulo:
Martins Fontes, 1977. (Psicologia e Pedagogia).
DÍAZ, José Ángel Morancho. Blogotero: la clase continúa en casa. In: ORTEGA, José
Hernández; et ali. (Coord.) Experiencias educativas en las aulas del siglo XXI: innovación
con TIC. Madrid: Ariel & Fundación Telefónica; Editorial Planeta, 2011. p.66
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a resolver, resolver para aprender. Porto Alegre: Artmed, 1998.
HOFFMANN, J. Avaliar para promover. As setas do caminho. 16. ed. Porto Alegre:
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LEITE, Carlinda. Modos de fazer escola e a flexibilização curricular. Para uma escola
curricularmente inteligente. Edições ASA – 2003.
MARTINEZ, Pierre. Didáticas de línguas estrangeiras. Trad. Marco Marcolino. – São Paulo:
Parábola Editorial, 2009.
PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira. Aquisição de Segunda Língua. São Paulo: Parábola,
2014. ISBN 978-85- 7934-093-2
RODRÍGUEZ Illera, J.L., RUBIO, M.J. Galván, C. y BARBERÀ, E. Diseño de un entorno mixto
e-portfolio/ple centrado en el desarrollo de competencias transversales. (2014).
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535-554, maio-ago. 2008.
Filmes
Sociedade dos Poetas Mortos
Ser e Ter
Nenhum a menos
Mudança de Hábito 2
O Sorriso de Mona Lisa
Desafiando Gigantes
Preciosa – Uma história de Esperança (2009)
Escritores da Liberdade (2007)
A Voz do Coração (2003)
O Aluno (2010)
Link
https://www.youtube.com/watch?v=OdGKb55gArA
https://www.youtube.com/watch?v=ZRj5uPoS32g
https://www.youtube.com/watch?v=SCKOl5Dluiw
https://www.youtube.com/watch?v=OLf9qsuFXTs
https://www.youtube.com/watch?v=cA9Mqzj2idM
https://www.youtube.com/watch?v=CoqTMFENkbo
https://www.youtube.com/watch?v=7xmCmIcCRbg
https://www.youtube.com/watch?v=FtSXtIG89iM
https://www.youtube.com/watch?v=8oL0i5WorkE
https://www.youtube.com/watch?v=juY8d4bp-2g
https://www.youtube.com/watch?v=ZbQjwZQ1_eo
https://www.youtube.com/watch?v=M-Fokw3Wlco
https://www.youtube.com/watch?v=ps5FYUc4Z-w
ÁREA LINGUAGENS
COMPONENTE CURRICULAR: ARTE
Bibliografias
ALBUQUERQUE Jr., Durval Muniz; VEIGA-NETO, Alfredo; FILHO, Alípio de Souza. (orgs.)
Cartografias de Michel Foucault. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. (Coleção Estudos
Foucaultianos.
BECKETT, Wendy. História da Pintura. São Paulo: Edição brasileira Editora Ática, 1997.
CÉLESTIN FREINET. Para uma escola do povo: guia prático para organização material,
técnica e pedagógica da escola popular. Tradução: Eduardo Brandão. 2ª ed. - São Paulo:
Martins Fontes, 1977. (Psicologia e Pedagogia).
ECHEVERRíA. Maria del Puy Pérez, Pozo, J. I. (Org.). A solução de problemas: aprender
a resolver, resolver para aprender. Porto Alegre: Artmed, 1998.
GARCEZ, Lucília, OLIVEIRA, Jô. Explicando a arte: uma iniciação para entender e apreciar
as artes visuais. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
GARCEZ, Lucília, OLIVEIRA, Jô. Explicando a arte brasileira. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.
GOMBRICH, E. H. A história da arte. 16ª ed. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Cien-
tíficos Editora S.A., 1995.
GRIMSHAW, Caroline et al. Arte conexões. São Paulo: Callis, 1998 (coleção conexões)
HAUSER, Arnold. História social da literatura e da arte. Vol. I: 4ª ed. São Paulo: Mestre
Jou1982
JANSON, H. W, JANSON, Anthony F. Iniciação à História da Arte. 2ª ed. São Paulo: Martins
Fontes, 1996.
LEITE, Carlinda. Modos de fazer escola e a flexibilização curricular. Para uma escola
curricularmente inteligente. Edições ASA – 2003.
PROENÇA, Graça. Descobrindo a história da arte: livro do professor. São Paulo: Ática, 2005.
SCHAMA, Simon. O poder da arte. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
__________. Educação não é privilégio. 5. ed. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1994.
YOUNG, M. Knowledge and control: new directions for the Sociology of Education.
London: Collier Macmillan, 1971.
AMPLIANDO O REPERTÓRIO DO(A) PROFESSOR(A): BIBLIOGRAFIA, PARA SABER MAIS POR ÁREAS/COMPONENTE CURRICULARES 213
Filmes
Agonia e Êxtase
AI WEIWEI: THE COMPONENTE CASE
Basquiat - Traços de uma vida
Cidade Cinza (documentário)
“É tudo música, do clássico ao erudito”
Frida
“Keith Swanwick fala sobre o ensino de música nas escolas”.
Loving Vincent
Meia noite em Paris
Renoir
Seraphine
Link
http://casamariodeandrade.org.br/morada-coracao-perdido/index.html
https://arteforadomuseu.com.br/
https://www.eastman.org/
https://www.moma.org/calendar/exhibitions/history
http://bigorna.art.br
https://youtube.com/vivieuvi
https://www.artepensamento.com.br
https://www.itaucultural.org.br/
CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil (Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo)
ÁREA: LINGUAGENS
COMPONENTE CURRICULAR: EDUCAÇÃO FÍSICA
Bibliografias
ALBUQUERQUE Jr., Durval Muniz; VEIGA-NETO, Alfredo; FILHO, Alípio de Souza. (orgs.)
Cartografias de Michel Foucault. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. (Coleção Estudos
Foucaultianos.
214 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
AMERICAN SPORTS EDUCATION PROGRAM. Ensinando Voleibol para Jovens. São Paulo:
Manole,1999.
BARBANTI, V. J.; BENTO, J. O.; MARQUES, A. T.; AMADIO, A. C. (Orgs.). Esporte e atividade
física: interação entre rendimento e qualidade de vida. São Paulo: Manole, 2002.
CÉLESTIN FREINET. Para uma escola do povo: guia prático para organização material,
técnica e pedagógica da escola popular. Tradução: Eduardo Brandão. 2ª ed. - São Paulo:
Martins Fontes, 1977. (Psicologia e Pedagogia).
CARVALHO, Yara Maria; MANOEL, Edison de J. O livro como indicador da produção inte-
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Filmes
A Prova
A Sala de Fermat
A Solidão dos Números Primos
A Teoria de Tudo
Contato
Donald no País da Matemágica
Estrelas Além do Tempo
Gênio Indomável
Matemática do Amor
O Homem que mudou o Jogo
O Homem que viu o Infinito
O Jogo da Imitação
O preço do desafio
PI – A teoria do Caos
Rain Main
Quebrando a Banca
Uma Mente Brilhante
X + Y – A Brilliant Young Mind
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Está Tudo nos Números: Netflix
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Ciência e ecodesign
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Estrelas além do tempo
Homo Sapiens 1900
Indústria do Lixo
Interestelar
Leonardo Boff -Ética e ecologia para o século XXI
Lorax (2012)
Minuto ambiental: educação ambiental
Nas montanhas dos Gorilas (1988)
O curandeiro da Selva
O estranho mundo de Jack (1993)
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O que eles têm para nos dizer? - #02 - Tierra Fértil (Argentina) https://youtu.be/Z7zJNPoTkpI
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Preguntas para pensar | Melina Furman | TEDxRiodelaPlataED - https://www.youtube.
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Enseñar a tener ideas maravillosas: Melina Furman at TEDxResistencia - https://www.
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Filmes
Youtube: Canal da Débora Alladin
Filmes: Adeus, Lenin!
Encontro com Milton Santos ou: O Mundo Global visto do lado de cá;
A lista de Shindler
Ilha das flores;
Tempos modernos
Hotel Ruanda
Canais do Youtube: Nerdologia
Canais do Youtube: Descomplica
Canais do Youtube: Historizando
Canais do Youtube: Se liga nessa História
Luta pela liberdade
Invictus
Uma verdade inconveniente
A intérprete
Escritores da liberdade
O pacificador
1492: a conquista do paraíso, de Ridley Scott, 1992;
A guerra do Fogo, de Jean Jacques Annaud, 1981;
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Filmes
A Queda – As Últimas Horas de Hitler
A Vida é Bela
Adeus, Lenin!
Cinema, Aspirinas e Urubus
Como Abrir Mão Do Mundo (E Amar Todas As Coisas Que O Clima Não Pode Mudar)
Cowspiracy: O segredo da sustentabilidade
Demain (ou Tomorrow)
Desmundo
Diamante de Sangue
Encontro com Milton Santos ou: O Mundo Global visto do lado de cá
Home
Hotel Ruanda
O amanhã é hoje
O Lobo de Wall Street
O menino que descobriu o vento
O pianista
Os Donos da Rua
Que Horas Ela Volta?
Quem quer ser um milionário?
Tempos Modernos
Uma Verdade Inconveniente
Viagem ao Centro da Terra
250 PROPOSTA PEDAGÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS INICIAIS (1º AO 5º ANO) E FINAIS (6º AO 9º ANO)
Link
Catálogo de Atlas do IBGE: https://biblioteca.ibge.gov.br/biblioteca-catalogo.html
Série especial sobre cartografia da Revista Nova Escola. Apresenta: 1. Alfabetização car-
tográfica; 2. História dos mapas; 3. Elementos cartográficos; 4. Interpretação de mapa e;
5. Produção de mapa de síntese. Disponível em https://novaescola.org.br/conteudo/3301/
serie-especial-sobre-cartografia
A Terra vista do espaço
Disponível em: http://bit.ly/2O1hGv5
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=jYZmWbDzbxI&feature=emb_title
Cartografia - Coordenadas geográficas
Disponível em: http://bit.ly/2O7BrkG
Disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=ibE2S8OkNJ8
Trabalhando com Mapas – Editora Ática
Geografia de Dona Benta – Monteiro Lobato – Editora Globinho
Revista Nova Escola
Coleção Leituras Para o Ensino Fundamental I – Geografia - Alfa e Beto Soluções
Ilha das flores - https://www.youtube.com/watch?v=RRady6kla34
Crianças Invisíveis Bilú e João - https://www.youtube.com/watch?v=8Mjjhui-Pq8
Conjunto de Vídeos da Brasil Escola: https://brasilescola.uol.com.br/videos/geografia.htm
Canais do Youtube:
-Terra Negra - https://www.youtube.com/channel/UCbQ4CkszFFUju5XtFid-XWQ/featured
-Mundo Geográfico - https://www.youtube.com/user/leomirandageo?pbjreload=10
-Mas Afinal - https://www.youtube.com/channel/UCL6ygBKtuMoMlDp_4ikvKrg
-Geografia Visual - https://www.youtube.com/c/GeografiavisualBr
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA DIRETORIA DE SERVIÇOS CORPORATIVOS
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