Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Vila Velha – ES
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 3
O TRATUDOR/INTERPRETE DE LIBRAS .......................................................................... 3
O QUE FAZ UM TRADUTOR/INTÉRPRETE DE LIBRAS ................................................... 7
QUALIFICAÇÕES NECESSARIAS PARA SER TRADUTOR/INTÉRPRETE DE LIBRAS ... 7
A ATUAÇÃO DO INTÉRPRETE DE LIBRAS NA INCLUSÃO DO SURDO ......................... 8
A INCLUSÃO DA PESSOA SURDA ................................................................................... 9
REFERÊNCIAS..................................................................................................................16
2
LIBRAS
INTRODUÇÃO O TRATUDOR/INTERPRETE DE
LIBRAS
3
LIBRAS
4
LIBRAS
citada como clássica nas interpretações das apresentarem a relevância das habilidades e
competências que o tradutor/intérprete deve
línguas de sinais. Quadros (2007, p.78)
acrescenta que o processo que o intérprete se possuir e a ausência das mesmas ser
submete complexo e que o mesmo está diante considerada um fator de interferência para um
Assim, a autora sugere e apresenta propostas sabe-se que este não é o único entrave.
tradução e interpretação, sendo eles: cognitivo, sala de aula versam sobre temas diversos e
5
LIBRAS
6
LIBRAS
QUALIFICAÇÕES NECESSARIAS
PARA SER TRADUTOR/INTÉRPRETE
DE LIBRAS
7
LIBRAS
8
LIBRAS
Pode ser que o surdo não seja social e, atualmente, pela filosofia da inclusão
brasileiro, consequentemente, ele terá outra social (SASSAKI, 2003).
língua de sinais. Há também o caso de alguns
surdos palrador, que preferem usar a voz, em Durante grande parte do século XX
parceria com a leitura labial, para se comunicar. fomos espectadores de uma prática
educacional sedimentada nos paradigmas da
A INCLUSÃO DA PESSOA SURDA categoria clínica. Nesse modelo clínico-
terapêutico, que conduzia o processo
educacional, a preocupação estava centrada na
falha, na limitação, na deficiência, na falta e não
naquilo que o sujeito era capaz de fazer, ou
melhor, de aprender e de como aprender de
modo significativo. Quase sempre o fracasso na
educação de surdos era atribuído às limitações
deles, desconsiderando-se a falta de
conhecimento dos profissionais sobre quem é
A inclusão educacional da pessoa surda esse sujeito, e de que forma ele percebe e
tem sido tratada nos últimos anos a partir de compreende o mundo. Não se concebia o
diversos ângulos, e em meio a opiniões nem indivíduo como pessoa integral, com sua
sempre aceitas por grande parte da diferença específica, nem se investia em
comunidade surda. Referimo-nos neste texto, discussões voltadas para as questões
exclusivamente, aos surdos usuários da língua pedagógicas.
de sinais, visto que o nosso objetivo é discutir
as especificidades na inclusão educacional da
pessoa surda, que não tem possibilidade de
adquirir naturalmente a língua da comunidade
linguística majoritária (a língua oral).
9
LIBRAS
10
LIBRAS
11
LIBRAS
12
LIBRAS
contexto em que vivem os surdos no Brasil, está Nas últimas décadas, relevantes
sendo significativa? avanços nas políticas públicas brasileira vêm
difundindo a ideia da pessoa surda como
A LDBEN/96, no artigo 59, preconiza alguém diferente linguisticamente.
que os sistemas de ensino devem assegurar A partir das mobilizações dos movimentos
aos alunos currículo, métodos, recursos e
surdos e da promulgação de leis de
organização específicos para atender às suas
acessibilidade, muitas posturas foram
necessidades. Contudo, a realidade do aluno
modificadas. Após a LDBEN/96, houve um
surdo é outra, a escola continua oferecendo marco significativo nas ações relacionadas à
programas educacionais voltados para ouvintes educação de surdos. Destacamos a grande
e elaborados, na maioria, por ouvintes. São
conquista que foi o reconhecimento da Libras
exíguos os programas que têm a participação como meio legal de comunicação e expressão
de surdos e, portanto, consideram o seu modo de pessoas surdas brasileiras, através da
de viver: sua cultura, sua língua, suas
assinatura da Lei nº 10.436, de 24 de abril de
necessidades e seus interesses. Enfim,
2002. Posteriormente, essa lei foi
compreendem e respeitam as suas
regulamentada pelo Decreto nº 5.626, de 22 de
especificidades no processo de inclusão dezembro de 2005, definindo as formas
escolar, dando-lhes o direito de serem pessoas institucionais para o uso e a difusão da Libras e
diferentes e não deficientes.
da Língua Portuguesa, objetivando o acesso
das pessoas surdas à educação.
13
LIBRAS
política linguística para comunidades surdas no Outra barreira importante diz respeito ao fato de
âmbito educacional necessita implantar a a maioria dos surdos serem filhos de pais
educação bilíngue como direito, incluindo ouvintes, motivo pelo qual costumam chegar à
adultos fluentes em Libras e intérpretes de escola sem o conhecimento da língua de sinais.
Libras no quadro de profissionais surdos, além Como resultado disso, eles levam um tempo
de outras medidas que garantam não apenas a longo para usufruírem do trabalho do intérprete.
implantação dessa política, mas, sobretudo, a
sua efetivação. Esse decreto garante o direito Parece haver uma contradição entre os
de o aluno surdo ter acesso à educação princípios inspiradores da inclusão e a sua
mediante o ensino bilíngue desde a educação prática, pois sob a égide da inclusão os surdos
infantil, seja em escolas públicas ou privadas. sentem-se excluídos do processo de ensino-
aprendizagem. Por tudo isso, urge um olhar
Vale salientar que a inserção do acerca das especificidades na inclusão escolar
profissional intérprete em sala de aula pode da pessoa surda, para que ela usufrua de uma
minimizar as dificuldades comunicativas do educação de qualidade na atual política pública
surdo, devido aos problemas linguísticos educacional que proclama o direito igualitário à
geralmente enfrentados pela comunidade surda educação. Na nossa compreensão, trata-se de
no espaço escolar. Contudo, a inclusão um direito ao acesso à educação, não devendo
almejada e descrita na legislação não é atingida ser confundido com o direito a uma educação
plenamente, ainda que com a presença do igualitária, no sentido de a escola oferecer um
intérprete. Lacerda (2000) mostra isso através ensino pautado em metodologias padronizadas,
de um estudo realizado com o objetivo de desconsiderando, muitas vezes, as
investigar a dinâmica e as peculiaridades das singularidades existentes na educação do
relações pedagógicas em uma sala de aula indivíduo surdo.
inclusiva.
14
LIBRAS
15
LIBRAS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição; República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, Centro Gráfico,1988.
. Declaração de Salamanca e de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: UNESCO,
1994.
HURTADO ALBIR, Amparo. A Aquisição da Competência Tradutória: aspectos teóricos e didáticos. In:
PAGANO, Adriana; MAGALHÃES, Célia; ALVES, Fábio (orgs.). Competência em Tradução: cognição
e discurso. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005.
KRIEGER, Maria da Graça. FINATTO, Maria José Bocorny. Introdução à terminologia: teoria e prática.
São Paulo: Contexto, 2004.
LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de. Intérprete de Libras: em atuação na educação infantil e no
ensino fundamental. Porto Alegre: Mediação/FAPESP, 2009.
LEITE, Emeli Marques Costa. Os papéis do intérprete de libras na sala de aula inclusiva. Petrópolis:
Arara azul, 2005.
16
LIBRAS
Educação especial no Brasil: história e políticas públicas. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2003.
Necessidades Básicas de Aprendizagem. Jomtiem, 1990. QUADROS, R. M. .Educação de surdos: a
aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
QUADROS, Ronice Müller de. O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa.
Secretaria de Educação Especial; Brasília: MEC; SEESP, 2007.
SÁ, N. L. Cultura, poder e educação de surdos. São Paulo: Paulinas, 2006. SASSAKI, R. K. Inclusão:
Construindo uma sociedade para todos. 5. ed. Rio de Janeiro: WVA, 2003.
SKLIAR, C. A Surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Editora Mediação, 1998.
17