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1.

2 VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

Nessa unidade você vai:


 Compreender e aplicar a língua como ferramenta
de comunicação, oral e escrita, aplicado a
contextos e atuação profissional;
 Conhecer e entender os níveis de formalidade e
de adequação de comunicação.
Fonte: criado com BITMOJI

Você já aprendeu que quem fala ou escreve deve ajustar sua fala ou
escrita ao contexto comunicativo, cabendo destacar que a língua falada e a
escrita são formas diferentes de comunicação. Nenhuma é melhor ou pior do
que a outra, cada uma delas é apropriada a determinada forma de comunicação

Nesse sentido, Medeiros (2005) é categórico ao afirmar que é


imprescindível o domínio da língua e suas variações para o desenvolver a
competência comunicativa no espaço profissional.

Em situações formais, a expressão se dá com a utilização de uma


língua mais gramatical, com pronúncia cuidada. Em situações menos
tensas, como a do meio familiar, a língua adquire características de
informalidade, e as preocupações com a clareza e a correção tornam-
se menos rigorosas. (MEDEIROS, 2005, p. 29-30).

Vale ressaltar que a língua portuguesa “é um imenso conjunto de


variedades” (FARACO E TEZZA, 1992, p. 11). As diferenças perceptíveis no uso
de uma língua caracterizam as diferenças linguísticas, que são decorrentes de
distintos fatores.

Variação Histórica – é a mudança sofrida pela língua com o passar do tempo,


tanto na forma de falar, quanto grafia de palavras e no significado dos
vocábulos. Essas transformações surgidas ao longo do tempo recebem o nome
de variações históricas. Ex.: Vossemecê - você / Facto – Fato.
Variação Geográfica - a língua assume escrita e som diferente dependendo da
região do falante. Nos casos em que um mesmo objeto recebe nomes diferentes
em lugares diferentes, tem-se a variação vocabular. Já a mudança na pronúncia
de uma mesma palavra conforme os falantes de uma região, é comumente
chamada de sotaque. Ex.: papagaio, pipa, arraia (“o nome do brinquedo muda
de lugar para lugar, de região para região” (FERREIRA, 2003, p. 77).

Variação Sociocultural - ocorre quando as condições sociais influem no modo de


falar dos indivíduos, gerando, assim, certas variações na maneira de usar uma
mesma língua (FERREIRA, 2003, p. 78). É nesse tipo de variações inclui os
estrangeirismos e as gírias. Ex.: O atendimento ao cliente é nosso Core
business.

CORE BUSINESS é o ponto forte ou principal negócio da


empresa. Aquilo que a empresa faz com muito êxito, consegue
ter uma vantagem competitiva sobre a concorrência.

É importante estar ciente de que, em princípio, não existe uma forma


melhor ou pior de falar. Trata-se apenas de uma diferenciação que se
estabelece com base em critérios sociais e em situações de uso efetivo da
língua. (FERREIRA, 2003, p. 81)

1.2.1 Linguagem Formal e Informal

Outro ponto a destacar é que, quando uma pessoa se comunica com


outra(s), para que esse ato se realize de forma eficiente, é necessário que ela
faça a adequação da linguagem. Há situações em que a relação é mais
descontraída, pessoal, em que fica aceitável o emprego de uma linguagem
informal, mais "solta". Outras vezes, a relação é mais impessoal, solene, e
requer uma linguagem mais formal, “mais cuidada”.
A alternância entre o registro formal e o informal está diretamente
ligada à situação, pois os níveis do registro são ajustados conforme a situação.

Fonte: https://tinyurl.com/2p84wsnj

Na comunicação, a influência desses e outros fatores, isolados ou


combinados, resulta em maior ou menor grau de formalidade ou informalidade
na linguagem. Em bom português, é o que Ferreira (2003) entende por
diferenciação estabelecida com base em critérios sociais e em situações de uso
efetivo da língua.

A Linguagem Formal, também chamada de registro formal, é pautada


pelas “regras formais prescritas”, ocorre quando não há familiaridade entre os
interlocutores da comunicação ou situações de maior seriedade. A linguagem
formal é considerada “adequada” a discursos, ambiente de trabalho,
comunicação com superiores hierárquicos ou pessoas prestigiadas pelo locutor,
aulas, seminários, concurso público, vestibular, documentos oficiais e técnicos.

A Linguagem Informal, também chamada de registro informal ou


coloquial, ocorre, geralmente, quando há familiaridade entre os interlocutores
da comunicação ou em situações mais descontraídas, em que não se demanda
rigor no uso da língua, pois não se pressupõe julgamento desse uso.
Nota da Professora: No que se refere a atuação
profissional, o grau de formalidade do redator empresarial,
por exemplo, deve ser alcançado considerando-se o
“público-alvo” do texto.

O nível de formalidade da língua adotado na comunicação das


organizações precisa estar adequado às diferentes situações comunicativas,
coordenando satisfatoriamente os recursos expressivos, a variedade de língua
e o estilo às diferentes situações comunicativas.

Em síntese, essa capacidade adaptar o discurso de acordo com a situação


chamamos de Adequação Linguística, expressar-nos de modo pertinente ao
ambiente e/ou intenção comunicativa. Ou
seja, dependendo do contexto, ao falar ou
escrever um texto, você pode utilizar a
formalidade da língua em maior ou menor
grau. E saber adequar os recursos
expressivos é primordial à atuação
profissional.

Fonte: criado com BITMOJI Agora é sua vez...

ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM: Resolva a atividade proposta


para fixação de conteúdo disponível no ambiente virtual do
nosso curso. A atividade está nomeada como Atividade 01.

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