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1. Introdução
O coloquial e
O culto
Pretti (2003) prefere tratar esses dois níveis de linguagem como dialetos,
fazendo a seguinte divisão: o dialeto social culto e o dialeto social popular.
Além disso, a língua pode ser utilizada em dois registros diferentes: o formal e o
informal, que admitem também certa escala de graus – indo do mais formal ao
mais informal.
Por exemplo, um juiz não falará em tribunal tal como fala num jantar com família
e amigos.
O nível culto é muito utilizado em ocasiões formais, é também aquele que mais
obedece às regras gramaticais. Também é chamada de norma padrão, nela se
escolhe com mais cuidado o vocabulário utilizado na comunicação. No entanto,
é a linguagem usada na escrita e que aprendemos na escola.
Pretti (2003) designa este nível como o dialeto social culto, que “se prende tanto
às regras da gramática, tradicionalmente considerada normativa e aquela
comumente ensinada na escola, como aos exemplos da linguagem literária, mais
conservadora”. O autor também comenta que esse dialeto culto é, no entanto,
eleito pela própria comunidade como o de maior prestígio, refletindo um índice
de cultura a que todos pretendem chegar. Assim, de certa forma “aprender a
língua” significa aprender o dialeto culto.
Pretti (2003) alerta ainda que, em geral, os falantes têm a consciência de que a
língua no nível culto é de facto o dialeto social único e ideal, ocorrendo o nível
popular como uma deturpação do primeiro.
Não precisa-se ir muito longe para entender o conceito. Basta não concordar
sujeito com verbo e já tem aí uma transgressão gramatical, por exemplo: “A
gente avisamos para ele se afastar.”.
Pretti (2003) denomina este nível como o dialeto social popular que “é mais
aberto às transformações da linguagem oral do povo.”
A linguagem coloquial não é incorrecta, motivo pelo qual ela não pode ser
caracterizada como inculta, afinal, qualquer pessoa a usa num ambiente
descontraído.
Gíria;
Calão;
Regionalismo;
A Gíria são palavras criadas, inventadas por determinado grupo social com o
objectivo de distinguir seus usuários dos demais falantes da língua. Às vezes,
quando muito utilizada, pode migrar para o nível coloquial e, tempos depois, até
para o nível culto. Um surfista, ao participar de uma entrevista a um telejornal,
usa muitas gírias: pô, véio, sacar, beleza, curtir, massa, “mermão”.
Com base nas pesquisas realizadas acerca dos níveis de língua, conclui-se que,
o nível da linguagem varia de acordo com a situação em que se desenvolve o
discurso, o ambiente sociocultural, e o vocabulário, a sintaxe, a pronúncia e até
a entoação. Por isso são dois níveis principais que são, nível culto e nível
coloquial.
Falar errado é não se fazer entender em seu meio ou usar uma variedade
inadequada ao ambiente em que se encontra, pois há factores sociais,
econômicos e regionais que justificam a variação.
4. Bibliografia