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Departamento de Ciências Sociais

Trabalho de língua portuguesa

FUNÇÕES DE LINGUAGEM E NÍVEIS DE LÍNGUA

Docente
Prof.

Luanda aos 20 de janeiro de 2022


Ficha técnica

Auditório: 01
Período: tarde
Integrantes do grupo:
Alberto Vanilson Gime Ferreira
Deussa Oriana Gonçalves Monteiro
Gervasio Calama Jamba Catiavala
Luísa Salvador da Cruz
Manuela Domingas Samanongo
Maria Helena Muteka
Nzuzi Manuel Paulo Kisoka
Paulino Paulo Mendes
Stelvia Veronni Borges Domingos
Tita Domingos Santana- 56500
Introdução

A linguagem humaniza o homem. Por meio dela, os seres humanos expressam sentimentos,
constroem pensamentos, interagem com o ambiente e com outros indivíduos. Dominar o
código linguístico é fundamental para a execução de tarefas rotineiras e para ter um bom
aproveitamento no mundo acadêmico e profissional.

Cada língua possui sua estrutura e muitas delas possuem um conjunto de regras responsável
pelo funcionamento dos elementos linguísticos. Esse conjunto de regras é conhecido como
gramática normativa. Nela, os usuários da língua encontram a norma-padrão de
funcionamento da língua chamada de “padrão ou culta”, a qual deve, ou pelo menos deveria
ser de conhecimento e acessível a todos os falantes da mesma comunidade linguística.
1. Linguagem

Desde os primórdios da humanidade, o homem já possuía a necessidade de se


comunicar. Mesmo não existindo a exata formação das palavras como atualmente, eles
emitiam sons vocálicos que demonstravam seu modo de ver o mundo físico, como também
expressavam suas sensações: fome, medo, insegurança, tristeza. Desta maneira, a linguagem
não é fruto de pesquisa de longos anos. O indivíduo já nasce com esse instinto e habilidade
racional. É a posse da linguagem o que mais claramente distingue o homem dos outros seres.

Neste contexto, podemos definir a linguagem como Linguagem o sistema através do


qual o ser humano comunica suas ideias e sentimentos, seja através da fala, da escrita ou de
outros signos convencionais.

Dependendo do contexto social em que a linguagem é produzida, o falante pode usar


a: linguagem formal, que é produzida em situações que exigem o uso da linguagem padrão
(conhecida também como norma culta). Muito utilizada em reuniões e apresentações de
trabalho; e a linguagem informal, que é usada quando existe intimidade entre os falantes,
recorrendo a expressões coloquiais.

1.2 Tipos de linguagem

Há três tipos diferentes de linguagem:

 Linguagem verbal

É aquela formada por palavras, seja na escrita ou na fala. Na linguagem do cotidiano, por
exemplo, o ser humano faz muito uso da linguagem verbal para se comunicar.

Os exemplos de linguagem verbal seriam: o diálogo entre duas pessoas, um livro, uma carta,
uma palestra, entre outros.

 Linguagem não-verbal

É o tipo de linguagem que não contém palavras, mas possui recursos visuais. Os
exemplos de linguagem não-verbal seriam: imagens, placas, linguagem corporal, desenhos,
gestos.
 Linguagem mista ou híbrida

Linguagem mista é o uso da linguagem verbal e não-verbal simultaneamente. Por


exemplo, uma história em quadrinhos integra, ao mesmo tempo, imagens, símbolos e
diálogos.

1.3 Diferença entre linguagem e língua

A língua é o código que utiliza a palavra como elemento principal. Ou seja, a língua é um
tipo de linguagem que podemos classificar como verbal.

Já a linguagem, como dito anteriormente, é qualquer forma que utilizamos para representar
o nosso pensamento ou sentimento. Diferente da língua, a linguagem pode ter vários tipos,
como os classificados acima.

2. Funções da linguagem
Funções da linguagem são as formas que cada indivíduo usa para organizar sua fala,
levando em consideração qual é a mensagem que ele quer transmitir e a intenção por trás
dessa mensagem.

A forma como cada indivíduo se expressa, de acordo com o texto que ele passar e
para quem está enviando, pode definir diferentes funções dentro da linguagem.

Ou seja, na hora de informar ou dizer algo, a maneira e a intenção dessa mensagem


determinam a função utilizada pelo emissor.
2.1 Função emotiva

Na função emotiva o foco é a pessoa que produz a mensagem, ou seja, no emissor. A


ideia é que a pessoa que está enviando o conteúdo coloque suas marcas próprias nele.

Exemplos da função emotiva são os blogs, diários, entre outros. O objetivo é que a
atenção esteja no emissor, em seus sentimentos, pensamentos e opiniões sobre determinado
assunto.

2.2 Função conativa ou apelativa

Essa função tem o foco em quem recebe a mensagem, ou seja, o receptor. A maior
intenção aqui é tentar convencer quem recebe o conteúdo sobre algo.

Nas mensagens em que predomina essa função, busca-se envolver o leitor com o
conteúdo transmitido, levando-o a adotar este ou aquele comportamento.

Um dos maiores exemplos de função conativa é a propaganda publicitária, que tem


por objetivo induzir o público alvo a comprar algo.

As principais características da função conativa são verbos no imperativo (compre,


adquira, tenha, entre outros), as orações optativas que expressam desejo e a referência direta
ao leitor.

2.3 Função referencial

A função referencial tem o propósito de trazer a informação de modo direto e


objetivo. Esse tipo de função é encontrada especialmente em textos científicos e jornalísticos,
que procuram enviar ao receptor uma mensagem direta.

As principais características da função referencial são a objetividade, a ênfase na informação


e o foco em levar conhecimento e esclarecimento sobre algo para o receptor.

Geralmente se utiliza da linguagem denotativa e possui uma visão unilateral.

2.4 Função poética

A linguagem exerce função poética quando valoriza o texto na sua elaboração, ou


seja, quando o autor faz uso de combinação de palavras, figuras de linguagem (metáfora,
antítese, hipérbole, aliteração, etc.), exploração dos sentidos e sentimentos, expressão do
chamado eu-lírico, dentre outros.

2.5 Função fática

Essa função possui linguagem usada quando o emissor quer confirmar se está sendo
ouvido. Usada em situações em que não é importante o que se fala, nem como se fala, e sim
o contato entre emissor e receptor. A função fática é usada em: saudações, conversas
telefônicas por exemplo.

2.6 Função metalinguística

É a função que dá ênfase no código. Na função metalinguística, a linguagem fala de


si mesma, transformando-se no próprio referente.

3. Níveis de linguagem

Podemos interagir e nos comunicar com outras pessoas por meio de diversos níveis
de linguagem: padrão, coloquial gírias, regionalismos e linguagem vulgar. Os diversos níveis
de linguagem permitem que os falantes se comuniquem.

A interação verbal entre os sujeitos é possível por meio das palavras e pode ser
realizada por meio da fala e/ou da escrita. Dependendo da situação comunicativa, os usuários
das línguas podem eleger qualquer um dos diferentes níveis de linguagem para interagir
verbalmente com os outros. Isso significa que existem linguagens diferentes para ocasiões
distintas, ou seja, em toda situação comunicativa, os falantes elegem o nível de linguagem
mais adequado para que tanto o emissor quanto o receptor das mensagens possam
compreender e ser compreendidos.

3.1 Nível 1: Norma culta/padrão

Utilizar a norma culta da língua portuguesa, por exemplo, não significa comunicar-
se de maneira difícil rebuscada. Embora à língua padrão seja atribuído certo prestigio cultural
estatus social, o uso da linguagem culta está menos relacionado à questão estética e muito
mais associado à sua democratização, já que esse é o nível de linguagem ensinado nas
escolas, nos manuais didáticos, cartilhas e dicionários das línguas etc.
3.2 Nível 2: Linguagem coloquial/informal/-popular

A linguagem coloquial é aquela utilizada de maneira mais espontânea e corriqueira


pelos falantes. Esse nível de linguagem não segue a rigor todas as regras da gramática
normativa, pois está mais preocupado com a função da linguagem do que com a forma. Ao
utilizar a linguagem coloquial, o falante está mais preocupado em transmitir o conteúdo da
mensagem do que como esse conteúdo vai ser estruturado.

De maneira geral, os falantes utilizam a linguagem coloquial nas situações


comunicativas mais informais, isto é, nos diálogos entre amigos, familiares etc.

3.3 Nível 3: Linguagem regional/-regionalismo

A linguagem regional está relacionada com as variações ocorridas, principalmente na


fala, nas mais variadas comunidades linguísticas. Essas variações são também chamadas de
dialetos. O Brasil, por exemplo, apresenta uma imensa variedade de regionalismos na fala
dos usuários nativos de cada uma de suas cinco regiões.

3.4 Nível 4: Gírias

A gíria é um estilo associado à linguagem coloquial/popular como meio de expressão


cotidiana. Ela está relacionada ao cotidiano de certos grupos sociais e podem ser incorporadas
ao léxico de uma língua conforme sua intensidade e frequência de uso pelos falantes, mas,
de maneira geral, as palavras ou expressões provenientes das gírias são utilizadas durante um
tempo por um certo grupo de usuários e depois são substituídas por outras por outros usuários
de outras gerações. É o caso, por exemplo, de uma gíria bastante utilizada pelos falantes nas
décadas de 80 e 90: “chuchu, beleza”, mas que, atualmente, está quase obsoleta.

3.5 Nível 5: Linguagem vulgar

A linguagem vulgar é exatamente oposta à linguagem culta/padrão. As estruturas


gramaticais não seguem regras ou normas de funcionamento. O mais interessante é que,
mesmo de maneira bem rudimentar, os falantes conseguem compreender a mensagem e seus
efeitos de sentido nas trocas de mensagens. Podemos considerar a linguagem vulgar como
sendo um vício de linguagem. Veja alguns exemplos bastante recorrentes em nossa língua:

“Pra mim ir” “Vamo ir”.


Conclusão

Os níveis de linguagem, são os diferentes registros em que a linguagem pode ser


utilizada pelos falantes, conforme o contexto comunicativo, o nível de escolarização dos
falantes, interação com diferentes interlocutores.

Todo idioma recebe diversas influências e evoluções com o seu uso, até mesmo
dentro do seu país natal. A língua portuguesa é original de Portugal, porém sofreu muitas
mudanças em décadas e até séculos. Seja qual for a língua, ela é um organismo vivo e como
tal vai se adaptando às condições sociais, culturais, políticas e econômicas no meio em que
está. A mesma língua, como é caso da portuguesa por ter fonéticas, morfologias, sintaxe e
léxico únicos do meio em que está presente.
Referências bibliográficas

www.kumon.com.br%2Fblog%2F8-fatores-que-mostram-a-importancia-do-portugues-no-
cotidiano

www.significados.com.br/Flinguagem/amp/

www.google.com/Famp/Fs

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