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PROCESSO

COMUNICACIONAL

PROFESSORA LUCIANA
TONELLI
TÉCNICO EM MECATRÔNICA
Comunicação

O que é Comunicação?

Comunicação é o ato ou efeito de comunicar-se, isto é, passar conhecimento,


informação, ordem, opinião, enfim, de transmitir uma mensagem a alguém, desde que
haja interação.
Como nos comunicamos?

Comunicamo-nos por:

 Oralidade (fala) e escrita;


 Gestos;
 Expressões corporais e faciais;
 Expressões artísticas;
 Vestimenta;
 Entre outros.
Qual a importância da comunicação?

 As pessoas sentem a necessidade e precisam se comunicar;


 Se desenvolver como ser humano em sociedade;
 Tomar conhecimento de nossa necessidade e sentimento;
 Aprendemos a falar, escrever e ler para receber e dar informações;
 Construímos nossos conhecimentos e trocamos experiências;
 Transações comerciais;
 Entre outros.
elementos da comunicação

 Emissor: a pessoa que envia a mensagem;


 Receptor: a pessoa que recebe a mensagem;
 Mensagem: a informação que o emissor transmite ao receptor.
elementos da comunicação

 Código: a língua e os conjuntos de desenhos ou sinais utilizado para transmitir a mensagem;


 Canal: o meio que é utilizado para transmitir a mensagem;
 Referente: a realidade sobre a qual elaboramos uma mensagem (contexto).
elementos da comunicação

 Ruído: a falha (não compreensão) da mensagem transmitida;


 Feedback: a resposta emitida pelo receptor.
A fala e a escrita

Falamos como escrevemos?


Escrevemos como falamos?

“Pois é. U purtuguêis é muinto fáciu di aprender, purqui é uma língua qui a


genti iscrevi ixatamenti cumu si fala. Num é cumu inglêis qui dá até vontadi di ri
quandu a genti discobri cumu é qui si iscrevi algumas palavras. Im portuguêis
não, é só prestátenção. U alemão pur exemplu. Qué coisa mais doida? Num bate
nada cum nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si iscrevi muinto diferenti. Qui
bom qui a minha lingua é u purtuguêis. Quem soubé falá, sabi iscrevê.”
(Jô Soares, revista veja, 28 de novembro de 1990)
Quais são as diferenças entre a linguagem falada e a linguagem escrita?

Ao examinar o texto de Jô Soares, você deve ter percebido a diferença entre a fala e a escrita. Sobretudo,
no Brasil as diferenças entre as duas são muito marcantes.

 Abreviar as palavras (tá, né, pra...);


 Variar as pronúncias de alguns sons, como o o e o e dos finais das palavras (nu em vez de no, di em vez
de de);
 Repetir a mesma palavra várias vezes (Eu vi professor, mas o professor não me viu);
 Usar algumas expressões para chamar a atenção do interlocutor e/ou dar mais ênfase ao que é dito (olha,
concorda?, vê bem...);
 Misturar a 2º pessoa com a 3º pessoa;
 Empregar o nome pessoal reto no lugar do pronome pessoal oblíquo (encontrei eles em vez de encontrei-
os);
 Organizar as palavras na frase de maneira diferente da língua escrita (Me dá isso! Em vez de Dá-me
isso!);
 Usar gírias e expressões populares (cara, careta, pau pra toda obra).
Variação linguística

O que é Variação Linguística?

Como o território brasileiro é enorme, como cada região tem costumes próprios e há, em algumas
cidades, grandes colônias de estrangeiros, é natural que a maneira de as pessoas falarem também apresente
diferenças. Chamamos essas diferenças de variedades linguísticas.
Elas são importantes para as pessoa conseguirem comunicar suas experiências, sentimentos, ideias –
enfim, para falarem de sua realidade, que não é exatamente igual à realidade de um habitante de outra
região do país.
A escrita

O que caracteriza a escrita?

• Para aprender é necessário ir a escola;


• É ensinada por um grupo restrito, que planeja nosso aprendizado e nos ensina normas tradicionais;
• Temos a forma de grafar corretamente as palavras – a ortografia;
• É necessário escrever uma frase na íntegra, completa, pois não contamos com os elementos externos;
• Ao escrever, usamos sinais de pontuação e dispomos os termos da frase de forma a substituir os efeitos
que, na fala, são produzidos por entonações ou pausas;
• Escrevemos para pessoas que não estão em nossa presença;
• Ao obedecer as regras gramaticais, estamos empregando a chamada língua culta ou padrão.
NÍVEIS DE
LINGUAGEM
Nível 1: Norma culta/padrão

• Possui um conjunto de regras e estrutura responsável pelo funcionamento da língua: Gramática Normativa.

• Nela, os usuários da língua encontram a norma-padrão de funcionamento da língua chamada de “padrão ou


culta”.

• Utilizar a norma culta da língua portuguesa, por exemplo, não significa comunicar-se de


maneira difícil e rebuscada.

• Embora à língua padrão seja atribuído certo prestigio cultural e status social, o uso da linguagem


culta está menos relacionado à questão estética e muito mais associado à sua democratização, já que esse é
o nível de linguagem ensinado nas escolas, nos manuais didáticos, cartilhas e dicionários das línguas etc.
NÍVEIS DE
LINGUAGEM
Nível 2: Linguagem coloquial/informal/popular

• A linguagem coloquial é aquela utilizada de maneira mais espontânea e corriqueira pelos falantes.

• Esse nível de linguagem não segue a rigor todas as regras da gramática normativa, pois está mais
preocupado com a função da linguagem do que com a forma.

• Ao utilizar a linguagem coloquial, o falante está mais preocupado em transmitir o conteúdo da


mensagem do que como esse conteúdo vai ser estruturado.

• De maneira geral, os falantes utilizam a linguagem coloquial nas situações comunicativas mais informais,


isto é, nos diálogos entre amigos, familiares etc.
NÍVEIS DE
LINGUAGEM

Nível 3: Linguagem regional/regionalismo

• A linguagem regional está relacionada com as variações ocorridas, principalmente na fala, nas mais
variadas comunidades linguísticas.

• Essas variações são também chamadas de dialetos. O Brasil, por exemplo, apresenta uma imensa variedade
de regionalismos na fala dos usuários nativos de cada uma de suas cinco regiões.
NÍVEIS DE
LINGUAGEM
Nível 4: Gírias

• A gíria é um estilo associado à linguagem coloquial/popular como meio de expressão cotidiana.

• Ela está relacionada ao cotidiano de certos grupos sociais e podem ser incorporadas ao léxico de uma
língua conforme sua intensidade e frequência de uso pelos falantes.

• De maneira geral, as palavras ou expressões provenientes das gírias são utilizadas durante um tempo por um
certo grupo de usuários e depois são substituídas por outras por outros usuários de outras gerações. É o
caso, por exemplo, de uma gíria bastante utilizada pelos falantes nas décadas de 80 e 90: “chuchu, beleza”,
mas que, atualmente, está quase obsoleta.
NÍVEIS DE
LINGUAGEM
Nível 5: Linguagem vulgar/usual

• A linguagem vulgar é exatamente oposta à linguagem culta/padrão.

• As estruturas gramaticais não seguem regras ou normas de funcionamento. O mais interessante é que,


mesmo de maneira bem rudimentar, os falantes conseguem compreender a mensagem e seus efeitos de
sentido nas trocas de mensagens.

• Podemos considerar a linguagem vulgar como sendo um vício de linguagem. Veja alguns exemplos bastante
recorrentes em nossa língua:

“Nóis vai”

“Pra mim ir”

“Vamo ir”
NÍVEIS DE
LINGUAGEM

Nível 6: Linguagem técnica

• A linguagem técnica ela é escrita de forma a normatizar o texto, ou seja que todos os leitores da área
saibam do que se trata, em nível mundial.

• Na linguagem técnica utilizam-se termos universais e científicos, linguagem culta e não coloquial.


Evanildo Bechara, professor e filósofo, afirma que cada um deve ser

Um poliglota dentro da sua própria língua. Como, de manhã, a pessoa abre o seu guarda-roupa para escolher a
roupa adequada aos momentos sociais que ela vai enfrentar durante o dia, assim também, deve existir, na educação
linguística, um guarda-roupa linguístico, em que o aluno saiba escolher as modalidades adequadas a falar com gíria, a
falar popularmente, a saber entender um colega que veio do Norte ou que veio do Sul, com os seus falares locais, e que
saibam também, nos momentos solenes, usar essa língua exemplar, que é patrimônio da nossa cultura e que é o grande
baluarte que esta Academia defende.

(Disponível em: http://www.novomilenio.inf.br/idioma/index.html. Acesso em: 14 jul. 2014.)


Função de linguagem: Referencial ou denotativa

Função da Linguagem,
Elemento da Comunicação Características Exemplos
e Finalidade
“A cesta de vime contém
Sua finalidade é traduzir frutas como: maça,
uma realidade, discorrer  Usa a linguagem banana, uva, laranja e
sobre um referente com denotativa; morango”.
clareza e objetividade.
 Os textos são
Elemento da formulados em 3º
Comunicação: Referente pessoa.
Função de linguagem: emotiva ou expressiva

Função da Linguagem,
Elemento da Comunicação Características Exemplos
e Finalidade
“Ah, que coisa boa”
Sua finalidade é expressar “Tenho um pouco de
emoções, sentimentos,  Usa o sentido medo”
estados de espírito. conotativo; “Nós te amamos!”

Elemento da  Os textos são


Comunicação: Emissor formulados em 1º
pessoa.
Função de linguagem: conativa ou apelativa

Função da Linguagem,
Elemento da Comunicação Características Exemplos
e Finalidade

Sua finalidade é convencer “Não perca esta


o receptor a adotar  Usa o vocativo; promoção!”
determinado
comportamento por meio  Verbos no imperativo.
de uma ordem, uma
invocação, uma exortação,
uma súplica, um conselho,
etc.

Elemento da
Comunicação: Receptor
Função de linguagem: Metalinguística

Função da Linguagem,
Elemento da Comunicação Características Exemplos
e Finalidade
“Frase é qualquer
Sua finalidade é falar do  Usar a objetividade enunciado linguístico com
código usando o próprio (denotativa); sentido acabado.”
código.
 Usar a subjetividade
Elemento da (conotativa).
Comunicação: Código
Função de linguagem: Poética ou estética

Função da Linguagem,
Elemento da Comunicação Características Exemplos
e Finalidade

Sua finalidade é estruturar  Preocupação não com o “... A lua era um


a mensagem de maneira a que é dito, mas como é esparrame de prata.”
produzir um efeito dito; (Jorge Amado)
estético.
 Embelezamento da
Elemento da ideia;
Comunicação: Mensagem
 Explora os sentidos
conotativos.
Função de linguagem: fática

Função da Linguagem,
Elemento da Comunicação Características Exemplos
e Finalidade
“Oi, tudo bem?”
Sua finalidade é testar o “Alô, quem fala?”
canal para estabelecer, “Gravando, gravando...”
manter ou prolongar o  Não acrescentam “Está me ouvindo?”
contato. informações;

Elemento da
Comunicação: Canal

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