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ORALIDADE E ESCRITA
É por esse motivo que, em muitos casos, há aviso em propostas de redação, como: “Proibido
uso de oralidade”. Ou seja, é um aviso para que o candidato não utilize uma linguagem
coloquial em sua redação. A exigência, portanto, será pela linguagem formal/culta. A escrita,
dessa forma, segue normas pontuais, é mais rígida e apresenta uma estrutura de função.
Por outro lado, a oralidade compõe uma linguagem mais regionalizada. Sem o uso de regras
verbo-predicado).
Oralidade e escrita: dos diálogos à redação
Ao dialogar com parentes ou amigos, não há a preocupação de falar o que se dita como
correto. A norma padrão da língua portuguesa é deixada de lado. Afinal, ninguém vai se
importar com próclise, ênclise e mesóclise durante um papo descontraído, certo? A oralidade
tem uma marcação muito pontual. Ela utiliza de gírias, abreviações, erros de concordância,
Com o advento da internet, até mesmo uma forma de escrita angariou as características da
oralidade. Se no percurso inicial da internet os emails tinham um caráter mais formal, tal como
uma carta, as conversas por rede social ignoram-na. Por se tratar de um momento de completa
informalidade.
Características da oralidade
A linguagem oral, de forma alguma, pode ser considerada errada. Ela é uma variação
linguística. Utilizada sob determinados contextos, a fala é um recurso mais prático, rápido e seu
objetivo é um só: transmitir uma mensagem. Dessa maneira, a oralidade explora algumas
• Contexto interfere;
entonação;
• Preocupação maior com a assimilação da mensagem do que a forma que ela será
transmitida;
Características da escrita
• Registro documental;
• Rigor gramatical;
• Apuração do vocabulário;
Referências
SOBRE A GRAMÁTICA
A Gramática tem como finalidade orientar e regular o uso da língua, estabelecendo um padrão de
escrita e de fala baseado em diversos critérios, tais como:
- Lógica;
- Tradição;
- Bom senso.
Quem desconhece a norma culta acaba tendo acesso limitado às obras literárias, artigos de jornal,
discursos políticos, obras teóricas e científicas, enfim, a todo um patrimônio cultural acumulado durante
séculos pela humanidade.
Tipos de Gramática
1. Gramática Normativa
2. Gramática Descritiva
Ocupa-se da descrição dos fatos da língua, com o objetivo de investigá-los e não de estabelecer o que
é certo ou errado. Enfatiza o uso oral da língua e suas variações.
3. Gramática Histórica
4. Gramática Comparativa
Dedica-se ao estudo comparado de uma família de línguas. O Português, por exemplo, faz parte da
Gramática Comparativa das línguas românicas.
Divisão da Gramática
Sabe-se que a língua é um sistema tríplice: compreende um sistema de formas (mórfico), um sistema
de frases (sintático) e um sistema de sons (fônico). Por essa razão, a Gramática tradicionalmente
divide-se em:
Funções da Linguagem
As funções da linguagem são formas de utilização da linguagem segundo a intenção do falante.
Elas são classificadas em seis tipos: função referencial, função emotiva, função poética, função fática,
função conativa e função metalinguística.
Cada uma desempenha um papel relacionado com os elementos presentes na comunicação: emissor,
receptor, mensagem, código, canal e contexto. Assim, elas determinam o objetivo dos atos
comunicativos.
Embora haja uma função que predomine, vários tipos de linguagem podem estar presentes num mesmo
texto.
Função Referencial ou Denotativa
Também chamada de função informativa, a função referencial tem como objetivo principal informar,
referenciar algo.
Voltada para o contexto da comunicação, esse tipo de texto é escrito na terceira pessoa (singular ou
plural) enfatizando seu caráter impessoal.
Como exemplos de linguagem referencial podemos citar os materiais didáticos, textos jornalísticos e
científicos. Todos eles, por meio de uma linguagem denotativa, informam a respeito de algo, sem
envolver aspectos subjetivos ou emotivos à linguagem.
Esse tipo de texto, escrito em primeira pessoa, está voltado para o emissor, uma vez que possui um
caráter pessoal.
Como exemplos podemos destacar: os textos poéticos, as cartas, os diários. Todos eles são marcados
pelo uso de sinais de pontuação, por exemplo, reticências, ponto de exclamação, etc.
Função Poética
A função poética é característica das obras literárias que possui como marca a utilização do sentido
conotativo das palavras.
Nessa função, o emissor preocupa-se de que maneira a mensagem será transmitida por meio da
escolha das palavras, das expressões, das figuras de linguagem. Por isso, aqui o principal elemento
comunicativo é a mensagem.
Note que esse tipo de função não pertence somente aos textos literários. Também encontramos a
função poética na publicidade ou nas expressões cotidianas em que há o uso frequente de metáforas
(provérbios, anedotas, trocadilhos, músicas).
Função Fática
A função fática tem como objetivo estabelecer ou interromper a comunicação de modo que o mais
importante é a relação entre o emissor e o receptor da mensagem. Aqui, o foco reside no canal de
comunicação.
Esse tipo de função é muito utilizada nos diálogos, por exemplo, nas expressões de cumprimento,
saudações, discursos ao telefone, etc.
Esse tipo de texto costuma se apresentar na segunda ou na terceira pessoa com a presença de verbos
no imperativo e o uso do vocativo.
Exemplos
• Vote em mim!
• Entre. Não vai se arrepender!
• É só até amanhã. Não perca!
•
Função Metalinguística
A função metalinguística é caracterizada pelo uso da metalinguagem, ou seja, a linguagem que se
refere a ela mesma. Dessa forma, o emissor explica um código utilizando o próprio código.
Um texto que descreva sobre a linguagem textual ou um documentário cinematográfico que fala sobre a
linguagem do cinema são alguns exemplos.
Escrever é uma forma de expressão gráfica. Isto define o que é escrita, bem como exemplifica a função
metalinguística.