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MÓDULO 1

Linguagem e Língua: Conceitos

• FORMAL: É usado nas normas gramaticais, é uma linguagem seria


1. EX: "Gostaria de expressar minha gratidão por sua colaboração
• INFORMAL: É usado no cotidiano, é uma linguagem espontânea.
1. EX: Doeu pra caramba a injeção
• VERBAL: São palavras escritas ou faladas
1. EX: Os jogadores foram para o jogo.
• NÃO VERBAL: Sãp imagens, gestos, silêncio, barulho etc.
• HIPERMIDIÁTICA: É conhecida também por Híbrida, que é uma mistura de outras
linguagens.

MÓDULO 2
Concepções de Linguagem
• EXPRESSAO DO PENSAMENTO: É a voz que temos na nossa cabeça e se materializa
nos atos da fala.
• COMUNICAÇÃO: É utilizado na transmissão de uma mensagem, seja ela qual for.
• LUGAR OU EXPERIÊNCIA DA INTERAÇÃO HUMANA: É utilizada para interagir,
dialogar, trocar ideias, discutir, transformar etc.

MÓDULO 3
Linguagem e Interação
• CONCEPÇÕES DE LINGUAGEM: Existe 3 principais
1. Expressão do pensamento.
EX: É produzida no interior da mente dos indivíduos. E da capacidade de o homem
organizar a lógica do pensamento dependerá a exteriorização do mesmo (do pensamento),
por meio de linguagem articulada e organizada. Assim, a linguagem é considerada a
“tradução” do pensamento.
2. Instrumento de comunicação
EX: Rádio, tv, celular, computador, jornal, revista.

3. Como processo de interação verbal.


EX: Interação verbal, leitura dialogada, narração de histórias, contatos com a escrita,
atividades diversas, motivação
MÓDULO 1

Variação linguística
• Está sujeita a passar por modificações no tempo e no espaço a fim de satisfazer às
necessidades de expressão e de comunicação.
• Nossa fala pode variar de acordo com a situação ou com o contexto e a variação
linguística corresponde a diferentes ocorrências de uma mesma língua.

Tipos de Variação linguística


• Sociolinguistica: É um ramo da linguística que estuda a relação entre a língua e a
sociedade. Ela se preocupa em descrever e analisar o efeito de qualquer aspecto da
sociedade, incluindo normas culturais, expectativas e contexto, na maneira como a
língua é usada, bem como os efeitos do uso da língua na sociedade.
• Variação Regional: Manifestam-se, principalmente, pelo sotaque e por palavras
ou expressões utilizadas pelos falantes de determinada região.
1. CEARENSE: Êta que esse curso é bem arretado!

2. CARIOCA: Caraca! Esse curso é muito maneiro!

3. MINEIRO: Nossinhora! Esse curso é bom demais da conta, sô!

4. GAÚCHO: Bah, esse curso é tri!

• Não podemos afirmar que determinada região do país fala “o português mais
correto”. Tal afirmação é falsa, pois o que há são variações da língua portuguesa.

Variação de Registro
• De acordo com Coseriu (1980, p. 110-111), os registros linguísticos, ou estilos, são
diferentes porque as situações e os interlocutores diferem muito, bem como as
expectativas sociais, influenciadas pela cultura.
• Grau de Formalismo: Podemos ir de um estilo muito informal e popular ( ex:
troca de mensagem no whats), até um excessivo grau de formalidade no uso da
língua (redação de um ofício, por exemplo).
• Modo: Oral e escrita. A língua falada pode usar recursos como entonação, ênfase
de termos ou sílabas. A oralidade se caracteriza pelas hesitações, repetições,
retomadas, correções e outras marcas que não são comuns à escrita. A escrita tende
a ser mais formal e a fala mais informal.
• Sintonia : Representa o ajustamento na estruturação das mensagens do falante,
com base em informações específicas acerca do ouvinte ou leitor.

1. Imagine que um profissional da saúde, ao preparar ou orientar uma criança para


determinado procedimento, usará um registro ou estilo de linguagem distinto da linguagem
usada com um paciente adulto. Com a criança, por exemplo, o vocabulário será mais
simples, com algumas palavras no diminutivo, e o tom de voz mais afetivo.
2. Imagine que um profissional da saúde, ao preparar ou orientar uma criança para
determinado procedimento, usará um registro ou estilo de linguagem distinto da linguagem
usada com um paciente adulto. Com a criança, por exemplo, o vocabulário será mais
simples, com algumas palavras no diminutivo, e o tom de voz mais afetivo.

Variação Social
• A falta de domínio da língua padrão, prestigiada socialmente, é um indicador de
pertencimento a determinado grupo social.
• Ao ouvir expressões típicas do juridiquês ou do economês, por exemplo, você deve
concluir que os falantes são adultos, com alta escolaridade e pertencentes a
determinado grupo profissional.

1. “Percurá” (no lugar de procurar), “iorgute” (em vez de iogurte), “os hôme” (e não os
homens) ou “pra mim fazer” (no lugar de para eu fazer), certamente você associará esse
falante a um grupo social com baixa ou nenhuma escolaridade.

A linguagem da Internet
• Internetês: É uma linguagem falada na internet.

1. TB, VC, VLW: Abundância de siglas e abreviaturas não convencionais, dando mais
agilidade e velocidade à escrita.
2. LACRAR, MITAR, TUITAR, DELETAR, ESTALQUEAR: Criação de palavras novas e uso de
gírias, com mais liberdade para expressar novos conceitos ou adaptar termos de outras
línguas.

3. DOWNLOAD, POST, TREADING TOPICS, SITE, FANPAGE: Estrangeirismos, usando e


incorporando termos de outra língua, frequentemente do inglês.

4. : Uso de caracteres especiais (@, #) e emoticons (ou emojis) para


adequação aos códigos utilizados em meios digitais ou como alternativa para expressar
emoções e intuitos.
5. : Integração ou hibridismo entre escrita, sons, imagens e outras
linguagens (hipertexto, por exemplo) para maior expressividade.

• A informalidade e a irreverência da linguagem na Internet acabam se distanciando


da formalidade da língua que utilizamos nos documentos, nos livros. haverá
inadequação no uso da língua quando escrevermos um trabalho acadêmico ou
redigirmos um e-mail na empresa com a informalidade ou alguma característica do
internetês.

MÓDULO 2
Norma Culta
• É formada por um conjunto de estruturas concebidas como corretas, que podem ser
usadas tanto para falar quanto para escrever.
• Se o falante tem baixa escolaridade e pertence a uma comunidade linguística que se
comunica dessa forma, o uso que ele faz da língua evidencia exatamente o grupo
social ao qual pertence. Por outro lado, se o falante teve acesso à educação formal e
possui alto grau de escolaridade, a expectativa é de que ele utilize a norma culta
como a opção mais adequada.

1. Embora o uso do pronome ela como objeto direto seja


comum na fala de muitas pessoas – mesmo escolarizadas –, não é prescrito pela gramática.

Logo, a forma adequada conforme a norma culta é:

• A língua pode ser comparada a um guarda-roupa, com vestimentas para diversas


ocasiões, a norma culta seria comparada a vestuários convenientes em situações
formais, com diferentes graus de formalidade, como cerimônia de casamento,
audiência num tribunal, entrevista de emprego etc.
• A seguir, reunimos dois jeitos de comunicar a mesma coisa: de acordo com o registro
culto e de acordo com o registro coloquial, que representa os usos mais comuns na
oralidade, mas que têm que ser evitados – principalmente em textos escritos.

1. REGISTRO COLOQUIAL: Eu vi ela ontem. / REGISTRO CULTO: Eu a vi ontem.


2. REGISTRO COLOQUIAL: Isso é muito bom pra gente. / REGISTRO CULTO: Isso é muito
bom para nós.
3. REGISTRO COLOQUIAL: Cê tira o negocinho da torneira e concerta ela. / REGISTRO
CULTO: Tire a carrapeta da torneira e conserte-a.
4. REGISTRO COLOQUIAL: Todo mundo sabe esse negocio. / REGISTRO CULTO: Todos
têm conhecimento dessa questão.
5. REGISTRO COLOQUIAL: Se retire daqui. / REGISTRO CULTO: Retire-se daqui.
6. REGISTRO COLOQUIAL: O cara veio pra cima de mim berrando. / REGISTRO CULTO: O
homem interpelou-me aos gritos.

7. REGISTRO COLOQUIAL: Falta 5 minutos pra acabar a aula. / REGISTRO CULTO: Faltam
cinco minutos para acabar a aula.
8. REGISTRO COLOQUIAL: O diretor pediu pra mim vim aqui. / REGISTRO CULTO: O
diretor pediu para eu vir aqui.

O que define a norma culta da língua?


• Estéticos: Uso de critérios como elegância, colorido, beleza, finura, expressividade.
Rejeição de vícios como a cacofonia, colisão, eco, pleonasmo etc.
• Elitistas ou Aristocráticos: Opção pelo uso da língua pertencente à classe de
prestígio em detrimento do uso das classes populares.
• Políticos: Critério de purismo e vernaculidade. Rejeição de estrangeirismo ou
qualquer aspecto que “ameace” a identidade ou soberania da nação ou da cultura
nacional.
• Comunicacionais: Critérios relacionados com a facilidade de comunicação e
compreensão. As construções e o léxico devem resultar na “expressão do
pensamento”.
• Históricos: Recorre-se à tradição para critérios de exclusão e permanência de usos
da língua.
Gramática normativa
• É a gramática da escola, por meio da qual você aprendeu as principais regras ou
normas da língua padrão, é a gramática da escola, por meio da qual você aprendeu
as principais regras ou normas da língua padrão. A gramática normativa tende a
considerar apenas os fatos da língua escrita, tomando a variedade oral da norma
culta como idêntica à escrita.

• Observe os exemplos de como a gramática normativa indica a formalidade de uso da


língua:
MÓDULO 1
Conceitos de Texto e de Discurso.

• A produção textual envolve os seguintes elementos da enunciação .


1. INTENÇÃO: Objetivo/propósito que levou o autor a produzi-lo e emiti-lo.

2. INTERLOCUTORES: São as pessoas que participam do processo de interação que se dá


por meio da linguagem. É aquele que toma parte da conversação.

3. CONTEXTO: São todas as informações que acompanham o texto, modo pelo


qual as ideias se encadeiam no discurso.
• O texto é um produto da enunciação, estático, definitivo e, muitas vezes, com
algumas marcas da enunciação que nos ajudarão na tarefa de decodificá-lo.

• O discurso, por sua vez, é dinâmico: principia quando o emissor realiza o processo de
codificação e só termina quando o destinatário cumpre sua tarefa de decodificá-lo.
Por isso, também se afirma que o discurso é histórico.

• Atenção
• Não confunda discurso com a fala de um orador!
• Todas as vezes que escrevemos ou falamos temos um texto que se realiza como
discurso. Isso acontece porque quem fala e escreve tem uma intenção ou objetivo
de comunicar.
• O termo enunciação refere-se à atividade social e interacional em que a língua é
colocada em funcionamento por um enunciador (aquele que fala ou escreve), tendo
em vista um enunciatário (aquele para quem se fala ou se escreve). O produto da
enunciação é chamado enunciado.

MÓDULO 2
Cuidados na Elaboração do Texto

• O discurso é um conceito relacionado com as intenções presentes no texto (de


forma explícita ou implícita) e outros elementos da comunicação como:

1. Quem escreve;
2. Quem lê;
3. Em que contexto o texto foi produzido;
4. O momento em que o texto é lido.

Elaboração do texto
• Seu texto é produzido para que outros o leiam.
• Estes seriam os princípios do mecanismo da comunicação

1. Toda comunicação escrita deve gerar uma resposta a uma determinada ideia ou
necessidade que temos em mente.
2. A comunicação escrita será correta e eficaz se produzir uma resposta igualmente
correta.
3. Resposta correta é a que esperamos, isto é, aquela que corresponde à ideia ou
necessidade que temos em mente.

4. Para avaliarmos a correção e a eficácia de uma comunicação escrita, temos que


verificar sempre se houve uma resposta e se ela corresponde à ideia ou necessidade que
queremos passar ao leitor.
• Vocabulário: Devemos optar por palavras e expressões que, além de expressar o
que pensamos, ajudem o leitor ou ouvinte a identificar a nossa intenção. Se
precisarmos usar uma palavra difícil ou pouco conhecida, é recomendável que ela
venha acompanhada de alguma explicação.

Adequação da linguagem às situações e aos leitores que temos em vista

• Se o objetivo, por exemplo, for escrever um manual com procedimentos e


orientações para o uso de um celular, o texto deverá ter um estilo que respeite a
língua culta, mas que seja simples, objetivo e claro, com predomínio de verbos no
imperativo ou infinitivo, além de descrições e outras características desse gênero
textual.
• Se escrevermos um bilhete ou enviarmos um recado por um aplicativo de
mensagens, usaremos uma linguagem mais coloquial, um tom pessoal e talvez
algumas abreviaturas, entre outras características.

Construção das fra-ses e correção gramatical


• O processo de articulação do texto é chamado de encadeamento semântico
(semântico = sentido). Ele é que produz a textualidade ou a “trama semântica”.
• A coesão textual é a ligação, a relação, a conexão entre as palavras, expressões ou
frases do texto, por meio de “elementos formais que assinalam o vínculo entre os
componentes do texto”.
• Se queremos, por exemplo, articular duas sentenças com o sentido de oposição,
podemos usar conectores ou articuladores como

1. Mas;
2. Porém;
3. Contudo;

4. No entanto;
5. Todavia.

• Se a ideia for articular sentenças diferentes com o sentido de causalidade, usaremos


articuladores como

1. Porque;
2. Uma vez que;
3. Visto que;

4. Já que;
5. Devido a;
6. Por causa de.

MÓDULO 3

Conhecendo os gêneros textuais

• Um bilhete que alguém deixa para sua mãe, uma piada que se conta na mesa de um
bar, uma ata redigida durante uma reunião ou um artigo de opinião publicado nas
redes sociais são exemplos de gêneros textuais, pois apresentam um conjunto de
caracte-rísticas sociocomunicativas e uma estrutura específica.

Tipos textuais
• Definem-se por propriedades linguís-ticas que vão caracterizar os gêneros:
vocabulário, relações lógicas, tempos verbais, construções frasais etc.
• Exemplos: narração, argumentação, descrição, injunção (ordem) e exposi-ção (texto
informativo).
• Podem variar entre cinco e nove tipos.

Gêneros textuais
• São realizações linguísticas concretas definidas por propriedades
sociocomunicativas, ou seja, dentro de um contexto cultural e com função
comunicativa.
• Exemplos: telefonema, sermão, carta comercial, carta pessoal, aula expositiva,
romance, reunião de condomínio, lista de compras, conversa espontânea,
entrevistas, cardápio, receita culinária, inquérito policial, blog, e-mail etc.
• Correspondem a um conjunto pratica-mente ilimitado de características
deter-minadas pelo estilo do autor, conteúdo, composição e função.
• Os gêneros textuais podem ser tanto escritos quanto orais. Há gêneros textuais que
são bem tradicionais

1. Carta pessoal: Numa carta pessoal encontraremos um remetente escrevendo a um


destinatário sobre assuntos variados, numa linguagem mais afetiva, estilo menos formal e,
às vezes, num tom confessional.

2. Carta comercial: Já numa carta comercial, a finalidade da mensagem impõe


linguagem e aspectos formais como a disposição da data e do local; a maneira de se dirigir
ao destinatário (como escrever o vocativo ou que forma de tratamento escolher); uso de
expressões características da área ou até mesmo jargões profissionais; a forma de o
remetente assinar etc.

• O e-mail, por exemplo, é um gênero textual digital que nos remete às cartas ou aos
bilhetes, enquanto o blog se aproxima mais dos diários pessoais ou mesmo das
crônicas.
• Intergenericidade ou Intertextualidade de Gêneros: Intergenericidade é o
fenômeno que ocorre quando um texto mistura elementos de dois ou mais gêneros
diferentes, como por exemplo, uma propaganda que usa uma poesia concreta ou
uma música que usa uma receita culinária. Intertextualidade é o fenômeno que
ocorre quando um texto faz referência a outro texto, seja por meio de citação,
paródia, alusão ou adaptação. Por exemplo, quando um filme recria uma cena de
outro filme ou quando um livro menciona um personagem de outro livro.
MÓDULO 1

Acentuação Gráfica

• Proparoxítonas: Todas as proparoxítonas são acentuadas graficamente.


1. lâmpada – mérito – trânsito – cômodo – líquido.
• Oxítonas: São acentuadas graficamente aquelas terminadas em a(s), e(s), o(s), em,
ens.
1. Crachá – você – até – cipó
2. Avô – avós – alguém – contém (Verbo conter)
3. Parabéns – armazéns – reféns.
4. Também são acentuadas as oxítonas terminadas em ditongo aberto éi(s), éu(s),
ói(s).
5. Anéis – giéis – chapéu – herói.

Atenção: não devem ser acentuadas graficamente palavras como caqui, saci, angu,
menu urubu, Itu etc.

• Paroxítonas: São as palavras mais encontradas na língua portuguesa e que, por


isso, possuem regras de acentuação gráfica mais complexas.
Em geral, são acentuadas graficamente as paroxítonas terminadas em:

• L – incrível, inflamável, útil, pênsil, móvel.


• N – íon, hífen, próton, sêmen, elétron.
• R – repórter, caráter, éter, mártir.
• X – tórax, ônix, látex.
• PS – bíceps, tríceps.
• I(S) – táxi, lápis, grátis.
• US, UM, UNS – vírus, ônus, bônus, álbum, fórum, álbuns.
• Ã, ÃS, ÃO, ÃOS – ímã, órfã, órfãs, bênção, órgão, órfãos, sótãos.
• Ditongos orais – água, árduo, jóquei, vôlei, cáries (essa regra vale para os ditongos
orais seguidos ou não de s. Veja mais alguns exemplos: fáceis; inflamáveis; lírio;
lírios; mágoas).

Atenção: a forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do


indicativo do verbo poder) é acentuada graficamente para diferenciar-se de pode (terceira
pessoa do singular do presente do indicativo).Existem algumas situações em que não ocorre
acento gráfico em função do Novo Acordo Ortográfico:
• Palavras paroxítonas com ditongos ei e oi na sílaba tônica – ideia, boleia, assembleia,
apoio, jiboia, europeia, heroico.
• Formas verbais terminadas por eem – creem, deem, leem, veem, descreem, releem,
reveem.
• Vogal tônica do hiato oo – voo, perdoo, povoo (verbo povoar).
• Prefixos paroxítonos terminados em r e i – inter-helênico, super-homem, semi-
intensivo.

Atenção: cuidado para não acentuar heroico, ideia, estreia, asteroide e outras palavras que
são paroxítonas e não oxítonas.

• Hiatos Acentuados: Quando a segunda vogal de um hiato for i ou u e tônica,


seguida ou não de s, será acentuada.

1. Saúde – saída – proíbo – faísca – baú

2. Viúva – juíza – juízo – país – Jaú

3. Jacareí – Cabreúva – Piauí – Luís

Se a vogal tônica do hiato for seguida de outra consoante ou nh, não haverá acento.

• Luiz – juiz – raiz – Raul


• Cairmos – contribuinte – sair – cauim

Também não são acentuadas graficamente as vogais i ou u dos hiatos nas palavras
paroxítonas quando precedidas de ditongo.

• Feiura – Bocaiuva – baiuca.

Crase
• A crase é a fusão ou contração de duas vogais idênticas, marcada graficamente pelo
acento grave. ⤵️
Uso dos Porquês
MÓDULO 2

Palavras e expressões parecidas, mas diferentes


• A / Há: Há uma semana abri um chamado para que verificassem o ar-condicionado
do meu setor. Gostaria de saber qual o posicionamento de vocês, pois a urgência
nessa solicitação.

• A fim de / Afim: Estamos mudando o horário de funcionamento afim de atender


melhor o cliente. ( A aplicação da palavra afim não está certa. O correto seria usar as
palavras a fim de.)

• A expressão estar a fim é comumente usada com o sentido de estar com vontade,
estar disposto a algo, ter interesse.

• Abaixo / A baixo:

• Acima / A cima:

• Ao encontro de / De encontro a:
• Acerca de / A cerca de / Há cerca de:

• Aonde / Onde:

• Comprimento / Cumprimento:

• Eminente / Iminente:
• Este / Esse:

• Infringir / Infligir:

• Mal / Mau:

• Se não / Senão:
MÓDULO 3

Concordância verbal e nominal


• Na primeira, o sujeito deve concordar com o verbo e, na segunda, deve acontecer
uma relação entre os nomes, ou seja, entre classes de palavras, tais como
substantivos, adjetivos, pronomes, artigos e numerais.

• Concordância verbal
• Concordância nominal
• Regência verbal: Regência verbal é a relação entre os verbos e os termos que os
complementam ou caracterizam.
MÓDULO 1

Marcas da linguagem na comunicação profissional oficial

• Concisão: As palavras devem estar impregnadas de sentido, dispensando-se os


elementos que são desnecessários, e a técnica da redução precisa ser aplicada
eficazmente.

• Como criar textos concisos:


• Procure maximizar a informação com um mínimo de palavras.
EM VEZ DE: Esta tem o objetivo de comunicar.
VOCÊ PODE USAR: Comunicamos

• Elimine os clichês.

EM VEZ DE: Nada mais havendo a declarar, subscrevemonos.


VOCÊ PODE USAR: Atenciosamente ou respeitosamente.

• Retire as redundâncias e corte ideias ou informações excessivas, identificando tudo


que não é necessário para a compreensão da mensagem ou que incorre em
repetições desnecessárias.
EM VEZ DE: A posição da diretoria da empresa é de que sejam esgotadas todas as
possibilidades para se alcançar uma saida negociada.
VOCÊ PODE USAR: A diretoria é a favor de uma saida negociada.

Técnicas de redução
1. Redução do excesso de quês, o queismo: É a substituição de orações introduzidas
pela palavra “que” por substantivos abstratos, verbo no infinitivo e particípios.
EX: Espero que me telefone a fim de que se esclareçam as questões que dizem respeito ao
tema que foi debatido na reunião.
Com a redução do excesso de “quês”:
• Espero que me telefone → telefonema → Espero seu telefonema
• A fim de que se esclareçam → esclarecer → A fim de esclarecer
• As questões que dizem respeito → a respeito → As questões a respeito do
• Tema que foi debatido → discutido → Tema discutido na reunião.

2. Substituição da oração adjetiva usando um adjetivo equivalente: Veja um exemplo


para essa substituição (O profissional que não se prepara será facilmente superado.)
• Substituição: O profissional despreparado será facilmente superado.

3. Substituição da oração adjetiva usando um adjetivo e complemento: Veja um


exemplo para essa substituição (Um diretor, que comprava muitas ações, obteve grandes
lucros.)
• Substituição: Um diretor, comprador de muitas ações, obteve grandes lucros.

4. Substituição da oração desenvolvida por substantivo abstrato ou verbo no infinitivo:


Veja dois exemplos para essa substituição 1. (Espero que saibam que sairei na próxima
semana.)
• Substituição: Espero que saibam da minha saída na próxima semana.
EX 2: É preciso que se estabeleça um novo marco regulatório.
• Substituição: É preciso estabelecer um novo marco regulatório.

5. Substituição da forma composta pelo verbo no particípio: Veja um exemplo para essa
substituição ( O Departamento Financeiro já enviou o relatório que foi solicitado pela
Diretoria.)
• Substituição: O Departamento Financeiro já enviou o relatório solicitado pela
Diretoria.

6. Transformação de orações de voz passiva para voz ativa: A voz ativa indica que o
sujeito participa da ação denotada pelo verbo ou a pratica. A voz passiva indica que a ação
expressada pelo verbo é recebida pelo sujeito.
• Voz passiva: A compra das novas impressoras foi aprovada pela diretoria.
• Voz ativa: A diretoria aprovou a compra das novas impressoras.
7. Substituição das locuções adjetivas por um adjetivo: Veja um exemplo para essa
substituição ( As áreas das cidades não devem receber o mesmo tratamento conferido às
regiões do campo.)
• Substituição: As áreas urbanas não devem receber o mesmo tratamento conferido
às regiões rurais.

• Essa marca da linguagem se caracteriza pela centralidade das informações que


realmente são importantes, não se acrescentando detalhes ou palavras que
distraiam o leitor ou não contribuam para a finalidade da comunicação ou do
documento elaborado.
1. IDENTIFIQUE O QUE VOCÊ QUER DIZER AO SEU LEITOR: Foque na informação ou
ideia central destacando o mais importante.
2. IDENTIFIQUE OUTRAS INFORMAÇÕES QUE AJUDAM NA ASSIMILAÇÃO DA SUA
MENSAGEM: Acrescente ideias secundárias ou informações que podem ser úteis, mas que
não comprometam o resultado esperado.
3. IDENTIFIQUE O QUE ATRAPALHA NA ASSIMILAÇÃO DA IDEIA CENTRAL: Aproveite as
informações que possam ser interessantes e agregam valor ao seu texto, mas descarte as
ideias e detalhes que não atendem ao proposito da mensagem ou do documento.

Clareza e precisão
• Tenha cuidado com o uso de vocabulário técnico, evitando o excesso desses termos
e oferecendo explicações quando julgar adequado. Evite parágrafos muito longos,
frases invertidas, ambiguidades e termos que careçam de precisão.
1. Articulação da linguagem comum ou técnica para a perfeita compreensão da ideia
vinculada ao texto.
2. Manifestação do pensamento ou da ideia com as mesmas palavras, evitando o
emprego de sinonímia com propósito meramente estilístico.
3. Escolha de expressão ou palavra que não confira duplo sentido ao texto.

• Linguagem formal: Possibilita a compreensão dos termos utilizados de modo


mais universal, está mais adequada às normas gramaticais e pode fortalecer uma
imagem de credibilidade e competência.
• Evite palavras rebuscadas, difíceis ou complicadas, tornando o texto pedante.
EM VEZ DE: Pedir-vos – eis que atentais para

VOCÊ PODE USAR: Peço que considere.

• Evite, principalmente nas comunicações, chavões ou expressões antiquadas.


EM VEZ DE: “Debalde”, “outrossim”, “destarte”.
VOCÊ PODE USAR: “Inutilmente”, “também”, “deste modo”

• Tenha cuidado com os pleonasmos.


EM VEZ DE: A seu critério pessoal.
VOCÊ PODE USAR: A seu critério

MÓDULO 2

Vícios de linguagem
• Vícios de linguagem São expressões ou construções linguísticas contrárias às
regras da gramática normativa. Eles ocorrem devido à falta de atenção do
enunciador ou de seu desconhecimento da norma culta.
• Barbarismo: Escrever ou pronunciar uma palavra em desacordo com a norma
gramatical, de forma frequente e habitual.

• NA FALA:
1. “Peneu” em vez de “Pneu”;
2. “Menas” no lugar de “menos”;
3. ”Esteje” no lugar de “esteja”.
• NA ESCRITA:
1. “Ancioso” em vez de “ansioso”;
2. “Adevogado” no lugar de “advogado”;
3. “Acessor” em vez de “assessor”.

• Pleonasmo ou tautologia: Repetição de palavras diferentes para expressar uma


mesma ideia.
• Exemplos de pleonasmo:
1. Elo de ligação;
2. Empréstimo temporário;
3. Outra alternativa;
4. Todos foram unânimes;
5. Continua a permanecer;

• Cacofonia: Palavra que produz um efeito desagradável.


Cacófatos
1. Boca dela
2. Quero a mala
3. Vou-me já
4. Ele falou pela dona

Alternativa
1. Sua boca
2. Preciso da mala
3. Vou agora
4. Ele falou em nome da dona

• Gerundismo: Ele é comumente associado a uma falta de comprometimento na


mensagem.

Gerundismo
1. Você pode estar respondendo ao questionário?
2. Nossa empresa vai estar informando sobre o contrato.
3. Você vai estar pagando diretamente no banco.
Alternativa
1. Você pode responder ao questionário?
2. Nossa empresa informará sobre o contrato.
3. Você pagará diretamente no banco.

• Ambiguidade: Interpretações ou entendimentos confusos e duplos.


SE ALGUEM DIZ: O cachorro do seu pai avançou na minha amiga.
PODEMOS ENTENDER QUE: O cachorro pode ser o animal (cão), ou uma qualidade
(vagabundo, assanhado) para pai.

• Uso de chavões ou vocabulário sofisticado: São expressões antiquadas, vícios de


estilo incorporados à linguagem empresarial.
Expressões evitáveis
1. Supracitado
2. Acima citado
3. Encarecemos a V. Sa
4. Somos de opinião que
5. Temos em nosso poder
6. Temos a informar que

Substituir por
1. Citado
2. Citado
3. Solicitamos
4. Acreditamos, consideramos
5. Recebemos
6. Informamos

• Expressões evitáveis e suas possíveis substituições.


1. Venho através desta solicitar - Solicito
2. Levamos a seu conhecimento - Informamos
3. Causou-nos espécie a decisão - Causou-nos estranheza, estranhamos, fomos
surpreendidos
4. Consternou-nos profundamente - Lamentamos profundamente
5. Devido ao fato de que - Devido a, por causa de
6. Precípua - Principal
7. Destarte - Dessa forma, dessa maneira
8. Referenciado - Referido
9. Aprazada - Dentro do prazo
10. Datas aprazadas - Datas agendadas
11. Aproveitando o ensejo, anexamos - Anexamos
12. As palestras já estão inseridas no contexto da programação - As palestras já estão na
programação
13. Via de regra, os procedimentos - Geralmente, os procedimentos
14. Datas aprazadas - Datas agendadas
15. Devemos concluir, de acordo com o que dissemos acima - Concluímos que
16. Sem mais para o momento - Atenciosamente/respeitosamente
17. Debalde - Em vão, inutilmente
18. Outrossim - Igualmente, do mesmo modo

• Uso inadequado do particípio: É usado para indicar o estado de uma ação


depois de terminada, transmitindo, assim, a conclusão da ação verbal.
PARTICÍPIO IRREGULAR: O documento foi entregue.
PARTICÍPIO REGULAR: Ele deve ter entregado o documento.

• Usa-se a terminação –ado ou –ido para a forma regular com os verbos auxiliares ter
e haver. Veja o esquema:

TER / HAVER
1. Entregado Limpado
2. Enxugado Pagado
3. Ganhado Salvado
4. Libertado Prendido

• O particípio irregular, antecedido pelos verbos auxiliares ser, estar e ficar, tem uma
terminação distinta.

SER / ESTAR/ FICAR


1. Aceito / Aceite Limpo
2. Entregue Pago
3. Enxuto Salvo
4. Ganho Preso
5. Liberto Suspenso
• Confira alguns exemplos
1. Fiquei feliz porque o jogo foi ganho pelo meu time.
2. Fiquei feliz depois de meu time ter ganhado o jogo.
3. O público reclamou depois de o evento ser suspenso.
4. O público reclamou depois de os organizadores terem suspendido o evento.

• Há particípios que possuem apenas uma forma, como no caso do verbo chegar, que
somente admite o particípio “chegado”; e do verbo trazer, que aceita apenas o
particípio “trazido”.
1. O gerente havia chegado atrasado à reunião.
2. A professora havia trazido as provas corrigidas

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