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14/03/2023, 01:05 Norma culta e variação linguística

Norma culta e variação linguística


Prof. Luís Cláudio Dallier

Descrição

Conhecimento de variação linguística, seus tipos e ocorrências. Apresentação da norma culta e seu uso na
comunicação.

Propósito

Compreender os diferentes casos de variação linguística e as implicações do conceito de norma culta no


uso adequado da língua portuguesa.

Objetivos

Módulo 1

Variação linguística
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Reconhecer diferentes tipos e manifestações da variação linguística no português.

Módulo 2

O que é a norma culta


Identificar o conceito de norma culta e suas implicações no uso da língua portuguesa.

Introdução
Você já percebeu que a língua portuguesa apresenta variações em relação à pronúncia ou ao
significado de algumas palavras dependendo da localidade do falante? Isso acontece porque a língua
é algo vivo, dinâmico, e seu uso no dia a dia implica variações que estão relacionadas com a região, a
profissão, o grau de escolaridade e outros fatores do usuário da língua.

Reconhecer que a língua apresenta diversidades no seu uso é importante para identificarmos em que
situações de comunicação uma variedade da língua é apropriada ou inadequada. Na verdade,
precisamos conhecer a norma culta da língua para reconhecermos as diferentes manifestações das
variações em relação a essa norma ou padrão.

Por isso, vamos estudar alguns casos de variação linguística para depois compreendermos o que é e
como funciona a norma culta da língua.

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1 - Variação linguística
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer diferentes tipos e
manifestações da variação linguística no português.

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Contextualizando
Neste vídeo, o professor Luís Cláudio Dallier faz uma breve contextualização do assunto. Confira!

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Variação linguística: o que é?


A língua sofre variações ao longo do tempo, conforme o espaço geográfico, a estrutura social e a situação
ou o contexto de uso. Isso significa dizer que uma língua está sujeita a passar por modificações no tempo e
no espaço a fim de satisfazer às necessidades de expressão e de comunicação, individuais ou coletivas, de
seus usuários.

Isso é o que se chama variação linguística.

Podemos abordar a variação linguística sob diversas perspectivas. Se levarmos em conta uma situação de
comunicação qualquer, teremos alguns elementos que vão apontar para variedades no uso da língua.

Essas perguntas evidenciam que nossa fala pode variar de acordo com a situação ou com o contexto,
conforme o falante e as pessoas que ouvem (interlocutores), o assunto tratado ou a intenção da
mensagem. Perceba que a variação linguística corresponde a diferentes ocorrências de uma mesma
língua.

Tipos de variações linguísticas


Sem nos preocuparmos muito com classificações técnicas e exaustivas, próprias da Sociolinguística,
podemos dizer que a variação linguística pode ser de, pelo menos, três tipos:

ociolinguística
Sociolinguística é uma área da Linguística que trata das relações entre linguagem e sociedade, estudando a
função social da linguagem e a influência dos fatores sociais sobre a língua.

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Abordaremos cada um desses tipos a seguir.

Variação regional
Variações da língua numa perspectiva geográfica, originando os regionalismos. Manifestam-se,
principalmente, pelo sotaque e por palavras ou expressões utilizadas pelos falantes de determinada região.
Um exemplo desse tipo de variação são os falares ou dialetos.

Veja a diferença entre alguns falares no Brasil:

Dialetos
São variações faladas por comunidades geograficamente definidas. Também denominados “falares” por alguns
linguistas.

Êta que esse curso é bem arretado!

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Caraca! Esse curso é muito maneiro!

Nossinhora! Esse curso é bom demais da conta, sô!

Bah, esse curso é tri!

As diferentes designações no Brasil para um mesmo referente ou aspecto da realidade é outro exemplo de
variação linguística na dimensão geográfica: macaxeira no Nordeste, mandioca em São Paulo e aipim no
Rio de Janeiro correspondem à mesma raiz utilizada na culinária nacional.

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Rio de Janeiro X São Paulo


O professor Luís Cláudio Dallier explora mais essas diferenças entre as cidades do Rio de Janeiro e São
Paulo.

Não podemos afirmar que determinada região do país fala “o português mais correto”. Tal afirmação é falsa,
pois o que há são variações da língua portuguesa.

Exemplo
A pronúncia do cearense ou do carioca, por exemplo, não é errada ou certa, mas, simplesmente, o modo
próprio de articular os sons numa determinada comunidade linguística.

Sendo o português uma língua falada por diversas nações, em diferentes continentes, é interessante
lembrar que a língua também varia de um país para outro, tanto na fala quanto na escrita. Ainda que o Novo
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa procure padronizar a grafia das palavras, há alguns aspectos na
escrita que são peculiares em Portugal e outros no Brasil.

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Variação de Registro
Variações relacionadas com modalidades expressivas adotadas por um mesmo falante ou segmento social
em função do contexto, do interlocutor e das expectativas sociais.

De acordo com Coseriu (1980, p. 110-111), os registros linguísticos, ou estilos, são diferentes porque as
situações e os interlocutores diferem muito, bem como as expectativas sociais, influenciadas pela cultura.
Por isso, podemos perceber que, além dos registros individuais, há aqueles que expressam a identidade de
grupos profissionais ou biológicos (homens, mulheres, jovens, crianças).

Os registros ou estilos se classificam em pelo menos três tipos:

Grau de formalismo expand_more

Representa uma escala de formalidade no uso dos recursos da língua. Podemos ir de um estilo
muito informal e popular (troca despretensiosa de mensagens no WhatsApp, por exemplo) até um
excessivo grau de formalidade no uso da língua (redação de um ofício, por exemplo). Simplificando,
podemos afirmar que há pelo menos dois registros alusivos à formalidade: formal e informal. Logo,
os diferentes estilos corresponderão ao grau de formalismo do contexto comunicativo,
determinando as diferentes maneiras de usar a língua.

Modo expand_more

Representa as duas modalidades da língua: a oral e a escrita. A língua falada pode usar recursos
como entonação, ênfase de termos ou sílabas, duração dos sons, velocidade em que se dizem as
sequências linguísticas etc. Além disso, a oralidade se caracteriza pelas hesitações, repetições,
retomadas, correções e outras marcas que não são comuns à escrita. A escrita tende a ser mais
formal e a fala mais informal, embora existam exceções; há textos altamente formais na língua
falada e outros extremamente informais na língua escrita.

Sintonia expand_more

Representa o ajustamento na estruturação das mensagens do falante, com base em informações


específicas acerca do ouvinte ou leitor (status do interlocutor, tecnicidade do conteúdo da
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mensagem, necessidade de cortesia no trato com o outro, norma a ser seguida etc.).

Imagine que um profissional da saúde, ao preparar ou orientar uma criança para determinado
procedimento, usará um registro ou estilo de linguagem distinto da linguagem usada com um
paciente adulto. Com a criança, por exemplo, o vocabulário será mais simples, com algumas
palavras no diminutivo, e o tom de voz mais afetivo.

Pense em outra situação: você precisa recusar dois convites que recebeu, um da pessoa que você
namora e outro do diretor da empresa em que trabalha. Faz sentido usar as mesmas expressões ou
estilo ao responder a pessoas com as quais você tem diferentes graus de intimidade? Certamente
vamos usar estilos ou registros diferentes.

Variação Social
As diferentes formas de falar marcam os grupos sociais ou, até mesmo, a faixa etária de determinado
conjunto de pessoas. Ao ouvir alguém falando “percurá” (no lugar de procurar), “iorgute” (em vez de iogurte),
“os hôme” (e não os homens) ou “pra mim fazer” (no lugar de para eu fazer), certamente você associará
esse falante a um grupo social com baixa ou nenhuma escolaridade.

A falta de domínio da língua padrão, prestigiada socialmente, é um indicador de


pertencimento a determinado grupo social.

As gírias usadas por um falante podem revelar também a que grupo social e à qual faixa etária ele pertence.
Do mesmo modo, os jargões técnicos podem indicar a atividade profissional de quem os utiliza.

uridiquês
Juridiquês é uma palavra criada para designar o uso rebuscado e exagerado de jargão e termos técnicos da
área jurídica.

Economês
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Economês designa os termos técnicos ou jargões utilizados pelos economistas.

argões técnicos
Jargão é o modo de falar específico de um grupo, geralmente ligado à profissão. Daí que podemos falar em
jargão dos médicos, jargão dos militares etc.

Saiba mais
Ao ouvir expressões típicas do juridiquês ou do economês, por exemplo, você deve concluir que os falantes
são adultos, com alta escolaridade e pertencentes a determinado grupo profissional.

A variação em função do nível social e da escolaridade foi muito bem retratada pelo poeta modernista
Oswald de Andrade (1890-1954) no poema sugestivamente intitulado Vício na fala:

Vício na fala
(Oswald de Andrade)
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Vício na fala
(Oswald de Andrade)
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados

Note que o poema apresenta construções da língua portuguesa que são típicas de falantes de classes
sociais menos escolarizadas, revelando pronúncias contrárias à ortoepia, ou seja, distintas do que a norma
gramatical determina. As pronúncias fora da norma gramatical, no entanto, não impedem a comunicação e
muito menos a construção dos telhados.

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Embora se trate de uma variedade linguística desprestigiada socialmente, o poema não estigmatiza essa
variante linguística, pois sugere uma valorização do trabalho das pessoas mais simples com o verso final: “E
vão fazendo telhados”.

Ortoepia
Ortoepia é a parte da gramática que estabelece a pronúncia correta das palavras, conforme a língua culta ou
padrão.

A linguagem da Internet
Além das variações linguísticas que você acabou de conhecer, também é importante prestar atenção às
alterações que a língua portuguesa apresenta nos meios digitais.

Com a Internet e os diversos recursos para escrever e falar usando um computador ou celular, surge uma
variedade linguística que recebeu o nome de internetês.

Algumas características da variedade linguística na Internet são:

Abundância de siglas e abreviaturas não convencionais, dando mais agilidade e velocidade à escrita.

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Criação de palavras novas e uso de gírias, com mais liberdade para expressar novos conceitos ou adaptar
termos de outras línguas.

Estrangeirismos, usando e incorporando termos de outra língua, frequentemente do inglês.

Uso de caracteres especiais (@, #) e emoticons (ou emojis) para adequação aos códigos utilizados em
meios digitais ou como alternativa para expressar emoções e intuitos.

Integração ou hibridismo entre escrita, sons, imagens e outras linguagens (hipertexto, por exemplo) para
maior expressividade.

A informalidade e a irreverência da linguagem na Internet acabam se distanciando da formalidade da língua


que utilizamos nos documentos, nos livros, na escola ou nas relações mais formais no trabalho. Por isso
mesmo, haverá inadequação no uso da língua quando escrevermos um trabalho acadêmico ou redigirmos
um e-mail na empresa em que trabalhamos com a informalidade ou alguma característica do internetês.

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Algumas pessoas acham que o uso despreocupado da língua portuguesa na Internet, em relação às normas
gramaticais, seria um tipo de deformação que contribuiria para um empobrecimento linguístico e cultural.
Quer saber o motivo por trás desse pensamento?

Resposta
A invasão de palavras inglesas, ligadas à informática e à Internet, é vista como ameaça à língua portuguesa,
levando os usuários a incorporarem expressões e valores culturais estrangeiros que redundariam em
prejuízo à cultura nacional e local.

Conforme diz Saldanha (2001, p. 35), deve-se ter o cuidado de não se impor um único registro da língua,
elegendo-se determinada variação ou modalidade linguística padrão para a Internet, nem tampouco se
fechar temerariamente a qualquer tipo de contribuição linguística vinda de fora.

Valer-se criteriosamente da contribuição de outras línguas é, na verdade, o recomendável nessa questão;


reconhecendo-se, dessa forma, uma prática histórica que ocorre no seio da língua portuguesa em relação a
línguas como o grego, o italiano, o francês e outras mais desde muito tempo.

Sobre textos na Internet, Bechara fala:

A Internet, pela sua especificidade, exige ou propicia um tipo de texto especial.


Também aqui a inadequação consiste em querer redigir um texto qualquer fora
da Internet como se fora para ela, ou vice-versa. Todo texto – na Internet ou
não –, como toda expressão linguística, deve estar adequado às ideias, ao
interlocutor e às circunstâncias.

(BRECHARA, 2000, n. p.)

Constatar que a língua varia, seja em seu uso na Internet ou na diversidade de espaços e situações
comunicativas, deve nos levar a reconhecer a legitimidade das diferentes linguagens e evitar o preconceito
ou a estigmatização de falares, dialetos ou qualquer variedade linguística. Ao mesmo tempo, precisamos
reconhecer que a língua aprendida na escola constitui a norma para comunicação e convívio no ambiente
acadêmico e profissional, além daqueles espaços e das interações sociais em que a língua padrão é a mais
adequada.

No próximo módulo, você conhecerá algumas características da língua padrão, também chamada norma
culta, além de refletir sobre seu uso nas situações em que ela é necessária.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?


Questão 1

Identifique a opção que apresenta um exemplo de variação linguística do português em função do


baixo grau de escolaridade do falante.

A Depois daquele post misterioso, resolvi estalquear o Face dele.

Que menino lindinho, vamos abrir a boquinha para a tia ver se o dentinho já está
B
nascendo?

C Os dono pediu pra mim fazer a obra.

D #sextou! Partiu encontrar os amigos da facul no happy hour!

E Estou a esperar uma resposta tua.

Parabéns! A alternativa C está correta.

A alternativa C apresenta marcas da variedade linguística em função da classe social e baixa


escolaridade como: falta de concordância nominal e verbal em “os dono pediu” e uso de “pra mim
fazer” no lugar de “para eu fazer”. As alternativas A e D apresentam características do Internetês. A

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opção B retrata um registro ou forma de falar ajustados ao interlocutor e à situação (verificação da


saúde bucal de uma criança). A opção E traz um registro do português de Portugal.

Questão 2

Considere o texto a seguir:

Mandioca: mais um presente da Amazônia


Aipim, castelinha, macaxeira, maniva, maniveira. As designações da Manihot utilissima podem variar de
região, no Brasil, mas uma delas deve ser levada em conta em todo o território nacional: pão-de-pobre –
e por motivos óbvios. Rica em fécula, a mandioca – uma planta rústica e nativa da Amazônia
disseminada no mundo inteiro, especialmente pelos colonizadores portugueses – é a base de sustento
de muitos brasileiros e o único alimento disponível para mais de 600 milhões de pessoas em vários
pontos do planeta, e em particular em algumas regiões da África. (O melhor do Globo Rural, fev. 2005).

De acordo com o texto, há no Brasil uma variedade de nomes para a Manihot utilissima, nome científico
da mandioca. Esse fenômeno revela que

a planta é nomeada conforme as particularidades que apresenta, recebendo diversos


A nomes porque se trata de uma planta diferente em cada caso e, ainda, porque não é
comum uma língua possuir mais de um nome para uma mesma planta ou ingrediente.

existem variedades regionais para nomear uma mesma espécie de planta,


B
exemplificando a ocorrência da variação linguística.

os nomes designam espécies diferentes da planta, conforme a região, confirmando a


C
uniformidade da língua portuguesa.

a expressão “pão-de-pobre” confirma a uniformidade da língua, demonstrando a unidade


D
e não variação da língua portuguesa.

mandioca é o nome específico para a planta que existe somente na Amazônia, sendo os
E
demais nomes designações para outro tipo de planta.

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Parabéns! A alternativa B está correta.

A variedade de nomes para a mesma planta revela a existência da variação linguística, mais
especificamente, a variação produzida pelos regionalismos.

2 - O que é a norma culta


Ao final deste módulo, você será capaz de identificar o conceito de norma
culta e suas implicações no uso da língua portuguesa.

Contextualização
Quando constatamos que a língua portuguesa varia em função da diversidade dos falantes, do espaço, do
tempo, da situação de comunicação e de outros fatores, podemos nos perguntar se toda forma de usar a
língua é válida, desde que as pessoas se entendam; ou indagar se esses diferentes usos da língua não
seriam desvios e incorreções da língua padrão, da norma culta. Tais questionamentos são importantes
porque todos nós aprendemos na escola a chamada língua culta, mas convivemos boa parte do tempo com
usos da língua distantes ou diferentes da norma padrão, que estudamos nos livros de gramática.

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É preciso entender o que é a norma culta e qual o objetivo da gramática no aprendizado da língua para,
então, respondermos sobre que tipo de língua usar nas diversas situações de comunicação do dia a dia.

Norma culta
A norma culta é aquela formada por um conjunto de estruturas concebidas como corretas, que podem ser
usadas tanto para falar quanto para escrever. Trata-se da chamada variante padrão ou norma padrão. Ela é
tão valorizada socialmente que, quando estão em um ambiente mais formal, os indivíduos com alto nível de
escolaridade procuram monitorar sua fala.

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Norma culta
Vamos entender melhor como funciona a norma culta da língua, que tem prestígio social.

Como você pôde perceber, os registros informais e distintos da norma culta caracterizam o papel social do
falante da língua. Se o falante tem baixa escolaridade e pertence a uma comunidade linguística que se

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comunica dessa forma, o uso que ele faz da língua evidencia exatamente o grupo social ao qual pertence.
Nesse caso, não deve haver uma expectativa de uso da língua padrão.

Por outro lado, se o falante teve acesso à educação formal e possui alto grau de escolaridade, a expectativa
é de que ele utilize a norma culta como a opção mais adequada para se expressar em situações formais de
comunicação. Caso isso não aconteça, ele frustrará a expectativa em função da classe social e comunidade
linguística às quais pertence.

Imagine um professor universitário em uma videoaula dizendo o seguinte:

Embora o uso do pronome ela como objeto direto seja comum na fala de muitas pessoas – mesmo
escolarizadas –, não é prescrito pela gramática.

Logo, a forma adequada conforme a norma culta é:

Usar o pronome oblíquo a substituindo um substantivo é algo formal, mas, uma boa alternativa seria optar
pelo uso de um termo equivalente ou sinônimo: “A exposição foi encerrada, mas eu vi as obras de arte no
ano passado”.

A língua pode ser comparada a um guarda-roupa, com vestimentas para diversas ocasiões e finalidades. A
norma culta seria comparada a vestuários convenientes em situações formais, com diferentes graus de
formalidade, como cerimônia de casamento, audiência num tribunal, entrevista de emprego, ambiente de
trabalho, ambiente acadêmico etc.

Terno, gravata, vestido longo, tailleur, terninho e alguns acessórios e adereços seriam adequados a algumas
dessas situações. Não é adequado comparecer a esses ambientes ou participar dessas situações como se
fôssemos à praia, usando sunga ou biquíni, por exemplo.

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Essa imagem ou comparação da língua com o guarda-roupa nos ajuda a compreender o conceito de
adequação no uso da língua.

Quem faz uma analogia similar é o linguista brasileiro Marcos Bagno (2005), que compara a língua padrão
ao molde de um vestido.

Língua padrão como molde de um vestido expand_more

De acordo com Bagno (2005), o molde não pode ser interpretado como sendo o próprio vestido.
Embora contenha as peças sobre as quais o tecido será cortado, sequer de tecido o molde é feito.
Ele diz isso para ilustrar a diferença entre o ideal (as normas da língua reunidas) e o real (os falantes
em situação de uso).

As regras da gramática normativa e o ideal de língua padrão teriam a função de ser um molde, mas o
uso dessas normas acabaria sendo "uma costura às avessas". Assim, em vez de o molde servir para
"cortar o tecido e depois montar o vestido", aqueles que se apegam à língua padrão como única
forma válida e legítima de uso da língua consideram o "uso real e concreto da língua (um vestido já
pronto) e vão medir e avaliar esse uso para ver se ele está de acordo com o molde pré-estabelecido"
(BAGNO, 2005, p. 160).

A norma culta ou norma padrão pode ser entendida, então, como um modelo, uma medida, um
conjunto sistematizado de orientações, situando-se num contínuo de variações. Como nenhum
falante segue ou domina rigorosa e completamente as regras da norma padrão, temos numa das
extremidades o falante que mais se aproxima do ideal linguístico, elaborando um discurso mais
culto; na outra ponta, encontramos os falantes que mais se afastam do modelo de perfeição
linguístico e que produzem uma variedade menos culta.

A norma padrão acaba sendo uma abstração, um modelo, um ideal a partir do qual se produzem
diversos modos de uso da língua. As variedades linguísticas seriam, então, mais concretas,
realizando-se por meio da fala que é ouvida, recolhida, registrada, comparada e analisada pela
Sociolinguística, por exemplo.

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É adequado usar a norma culta quando essa é a expectativa da sociedade ou da comunidade linguística em
função do nosso status, classe social, formação acadêmica ou atividade profissional. Também é adequado
o seu uso nas situações de comunicação formais, oficiais, nas atividades escolares e acadêmicas, na
atividade profissional etc.

Em situações mais informais ou quando a expectativa da comunidade linguística


em que interagimos for de uma comunicação coloquial, então usaremos a língua
num registro menos formal, ainda que não inteiramente distante da norma culta.

É preciso cuidado com as escolhas linguísticas que fazemos para que nosso interlocutor não as interprete
como erro ou grosseria. Também devemos atentar para a escrita, pois algumas liberdades ou licenças numa
fala mais informal podem ser inadequadas na escrita. Por exemplo, não fica bem escrever nas redes sociais
ou num e-mail expressões ou incorreções gramaticais muito comuns na fala coloquial ou descuidada.

A seguir, reunimos dois jeitos de comunicar a mesma coisa: de acordo com o registro culto (ou seja, a
norma culta da língua) e de acordo com o registro coloquial, que representa os usos mais comuns na
oralidade, mas que têm que ser evitados – principalmente em textos escritos.

Registro coloquial
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Registro coloquial

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Registro culto
Eu a vi ontem.

Registro coloquial
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Registro coloquial

Registro culto
Isso é muito bom para nós.

Registro coloquial
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Registro coloquial
.

Registro culto
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Tire a carrapeta da torneira e conserte-a.

Registro coloquial
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Registro coloquial

Registro culto
Todos têm conhecimento dessa questão.

Registro coloquial
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Registro coloquial

Registro culto
Retire-se daqui.

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Registro coloquial
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Registro coloquial

Registro culto
O homem interpelou-me aos gritos.

Registro coloquial
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Registro coloquial

Registro culto
Faltam cinco minutos para acabar a aula.

Registro coloquial
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Registro coloquial

Registro culto
O diretor pediu para eu vir aqui.

O que define a norma culta da língua?


De acordo com o professor e linguista Luiz Travaglia (2001, p. 25-26), os argumentos ou as justificativas
para o estabelecimento da norma culta são os seguintes:

Estéticos expand_more

Uso de critérios como elegância, colorido, beleza, finura, expressividade. Rejeição de vícios como a
cacofonia, colisão, eco, pleonasmo etc.

Elitistas ou aristocráticos expand_more

Opção pelo uso da língua pertencente à classe de prestígio em detrimento do uso das classes
populares.

Políticos expand_more

Critério de purismo e vernaculidade. Rejeição de estrangeirismo ou qualquer aspecto que “ameace” a

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identidade ou soberania da nação ou da cultura nacional.

Comunicacionais expand_more

Critérios relacionados com a facilidade de comunicação e compreensão. As construções e o léxico


devem resultar na “expressão do pensamento”.

Históricos expand_more

Recorre-se à tradição para critérios de exclusão e permanência de usos da língua.

A norma culta ou língua padrão é dependente da observância e uso das regras estabelecidas pela gramática
normativa. Por isso, vale entender um pouco melhor o que é e como ela funciona.

Gramática normativa
A gramática normativa é a gramática da escola, por meio da qual você aprendeu as principais regras ou
normas da língua padrão, principalmente da modalidade escrita. Ela prescreve o que é considerado correto e
reprova o que é errado de acordo com a norma culta, a única considerada como válida. Por isso mesmo, a
gramática normativa também é denominada “gramática prescritiva”.

A gramática normativa tende a considerar apenas os fatos da língua escrita,


tomando a variedade oral da norma culta como idêntica à escrita. Apresenta
uma descrição do padrão culto da língua e dita normas de bem falar e escrever,
valorizando a correção gramatical.

(TRAVAGLIA, 2001, p. 30-31)

Oswald de Andrade (1890-1954), no poema Pronominais, publicado em 1925, já retratava de forma


irreverente e provocativa a imposição das regras da gramática normativa e a dificuldade de seu uso na fala
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das pessoas despreocupadas com a norma culta ou mesmo sem o seu domínio. Vamos ler o poema a
seguir:

Pronominais
(Oswald de Andrade)
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Pronominais
(Oswald de Andrade)
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro

O poema é um interessante registro literário da variação linguística em função de diferentes modalidades


(escrita e oralidade) e diferentes grupos ou classes sociais (letrados e não letrados).

O poema opõe os usos do pronome “me”:

Dê-me um cigarro

Registro formal

Ênclise

Norma culta: não se inicia frase com pronome átono antes do verbo (próclise), pois o correto é o

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pronome átono após o verbo (ênclise).

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Me dá um cigarro

Registro informal

Próclise

Forma coloquial: inadequação gramatical, a gramática prescreve a ênclise.

Ênclise
Quando o pronome é colocado após o verbo.

Próclise
Quando o pronome é colocado antes do verbo.

Segundo Travaglia (2001, p. 24), a gramática normativa pode ser entendida, também, como “um manual
com regras de uso da língua a serem seguidas por aqueles que querem se expressar adequadamente”.
Assim, somente é abonado ou aceito pela gramática o que obedece às normas do bom uso da língua,
configurando o falar e o escrever corretamente. Por isso, todas as outras formas de uso da língua são
consideradas desvios, erros, deformações ou degenerações.

Para encerrarmos os estudos deste módulo, observe os exemplos de como a gramática normativa indica a
formalidade de uso da língua:

Regência do verbo “gostar” expand_more

Frequentemente, ouvimos na fala do indivíduo considerado culto a seguinte frase:

O livro que eu gosto já está esgotado.

No entanto, a gramática normativa prescreve uma construção diferente:

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O livro de que eu gosto já está esgotado.

Essa prescrição é baseada no fato de que, de acordo com a norma culta, a regência do verbo gostar
exige a preposição de.

Exemplo:
Eu gosto disso.

Uso de “entre eu” e “entre mim” expand_more

Como você deve ter aprendido na escola, eu é pronome pessoal do caso reto e só pode ser usado na
função de sujeito:

Com verbo no infinitivo: Não há nada entre eu sair e você ficar em casa.
Sem verbo no infinitivo: Não há nada entre mim e você.

Fusão da preposição “de” com o pronome “ele” expand_more

Vamos a outro exemplo de uso da norma culta em relação ao uso ou não da fusão da preposição
“de” com o pronome “ele”:

1) Dele quando corresponde a um pronome possessivo.

Exemplo:
A paciência dele acabou, e ele saiu da sala.

2) Dele quando corresponde à combinação da preposição de com o pronome pessoal oblíquo tônico
ele, na função de objeto indireto.

Exemplo:
Ana gosta muito dele, e ele saiu da sala.

3) De ele como preposição de mais o pronome pessoal ele. Essa combinação só pode ser usada
quando ele for sujeito de uma oração reduzida de infinitivo.

Exemplos:
Conversamos sobre isso de ele sair. (= de que ele saísse)

Apesar de ele ter comprado o carro, foi de táxi à festa.

O segredo é o verbo no infinitivo. Só podemos usar de ele quando houver esse verbo.

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Exemplo:
Fizemos a surpresa antes de ele chegar ao curso.

Uso de “para mim” e “para eu” expand_more

Veja ainda outra ocorrência na língua coloquial distinta do que estabelece a gramática normativa:

Para mim ou para eu?

1) Eu é um pronome pessoal do caso reto e exerce a função de sujeito.

2) Mim é um pronome pessoal oblíquo tônico, nunca exerce a função de sujeito e, obrigatoriamente,
deve ser usado com preposição: “a mim”, “de mim”, “entre mim”, “para mim”, “por mim” etc.

Exemplos:
Ana trouxe o livro para eu ler. (= sujeito)
Ana trouxe o livro para mim. (= não é sujeito)

Exemplos:
Minha irmã saiu da festa antes de mim.
Ela voltou para o escritório antes de eu chegar.
Nossos professores fizeram isso por mim.
Mariana fez isso por eu estar cansada.

Observe, no entanto, a mudança no significado trazida pelo uso da vírgula:


Para eu sair de casa, foi preciso organizar minhas finanças.
Para mim, vender meu primeiro imóvel foi uma grande conquista.

Na primeira frase, o pronome pessoal reto (eu) é o sujeito do infinitivo (sair). Já na segunda frase, a
vírgula indica que para mim está deslocado. Nesse caso, devemos usar o pronome oblíquo (mim),
pois ele não é o sujeito do verbo vender.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.

Vamos praticar alguns conceitos?


Questão 1

Qual opção apresenta o uso da língua portuguesa conforme a norma culta e a gramática normativa?

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A Eu vi ela ontem na biblioteca.

B A gente sempre vamos naquele barzinho.

C Me empresta o carregador de celular.

D Nós vamos ao cinema.

E A diretora pediu para eu vim aqui.

Parabéns! A alternativa D está correta.

A opção D deve ser assinalada porque o uso do pronome pessoal “nós” e da forma verbal “vamos” é
aceito pela gramática normativa. A opção A deveria trazer “Eu a vi” no lugar de “Eu vi ela”. A alternativa
B deveria ser, de acordo com a norma culta, “Nós sempre vamos àquele barzinho”. A opção C deveria
trazer “Empresta-me” em vez de “Me empresta”. A opção E deveria trazer “eu vir aqui” no lugar de “eu
vim aqui”.

Questão 2

Conhecer e dominar a norma culta implica

utilizar indistintamente as prescrições da gramática normativa em qualquer situação,


A formal e informal, e com qualquer interlocutor, letrado e não letrado, não importando se
somos compreendidos ou não.

comparar a língua a um guarda-roupa no qual existe somente vestuário a ser usado em


B
situações muito formais.

C
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usar a língua adequadamente, conforme cada situação e interlocutor, como se fosse um


guarda-roupa no qual existem vestuários para diversas ocasiões.

frustrar as expectativas da comunidade linguística à qual pertencemos, ou seja, os


D
segmentos sociais com alto grau de escolaridade.

E escrever corretamente e estigmatizar as variedades linguísticas.

Parabéns! A alternativa C está correta.

A língua pode ser comparada a um guarda-roupa que dispõe de peças para usarmos em qualquer
situação. Quando dominamos a norma culta, teremos vestimenta adequada para qualquer situação
formal. A alternativa A está incorreta porque as situações informais e os interlocutores não letrados
podem exigir eventualmente de nós um uso coloquial da língua para que a comunicação aconteça. A
opção B está incorreta porque a imagem da língua como um guarda-roupa deve incluir peças para
qualquer situação, tantos as formais quanto as informais. A opção D está incorreta porque o domínio
da norma culta não frustra uma comunidade linguística altamente letrada ou escolarizada. A alternativa
E está incorreta porque o domínio da língua culta não deve nos levar a estigmatizar ou ridicularizar os
demais usos da língua.

Considerações finais
Como temos visto, a gramática normativa está mais voltada para a variedade escrita da língua e se ocupa
com a manutenção de regras consideradas próprias da língua culta ou de prestígio.

Há, sem dúvida, uma tradição em se prestigiar a língua escrita. Possivelmente por ter características mais
conservadoras, transformar-se mais lentamente e estar sob a proteção da ortografia.

A escrita manifesta-se sempre em descompasso com as transformações da fala, cuja dinâmica do uso lhe
traz alterações contínuas, naturais e bem mais velozes. Mas, como você aprendeu aqui, tanto a escrita
quanto a fala de uma língua apresentam variações e mudam com o tempo e com os inúmeros estímulos
que recebem.

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Estudar a língua portuguesa levando em conta o fenômeno da variação linguística e o entendimento do que
vêm a ser a norma culta e a gramática normativa ajudará, certamente, você a se apropriar cada vez mais
dos recursos da língua para um uso adequado às diversas situações comunicativas.

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Podcast
Neste podcast, os professores Luís Cláudio Dallier, Fábio Simas e Guilherme Cardoso falam sobre norma
culta e variação linguística.

Referências
BAGNO, M. A língua de Eulália: novela sociolinguística. São Paulo: Contexto, 2005.

BECHARA, E. 3 questões sobre língua portuguesa. Folha de S. Paulo, São Paulo, 2 jul. 2000. Mais!, p. 3.

COSERIU, E. Lições de Linguística Geral. Rio de Janeiro: Ao livro técnico, 1980.

SALDANHA, L. C. D. Bibliotecas imaginárias e o livro eletrônico: possiblidades do texto no ciberespaço.


Revista Philologus, v. 21, p. 26-37, 2001.

TRAVAGLIA, L. C. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática. 9. ed. rev. São Paulo:
Cortez, 2001.

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Explore +
Sobre variação linguística regional, leia: Português do Brasil e português de Portugal.

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