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Língua 

Portuguesa
A gente escreve como fala?
A gente fala como escreve?
• Alguém já recebeu a recomendação para 
evitar usar oralidade em textos escritos?

• O que isso quer dizer exatamente?
Na oralidade, a relação que estabelecemos com
quem falamos é direta e pode ainda contar com
uma série de recursos extralinguísticos,
como gestos, expressões
faciais, entonação, postura, que facilitarão a
transmissão de ideias, emoções e possibilitarão
refazer a mensagem, caso ela não seja assimilada
ou bem interpretada.
Há pelo menos dois níveis de língua falada: a
culta ou padrão e a coloquial ou popular. A
linguagem coloquial também aparece nas gírias,
na linguagem familiar, na linguagem vulgar e nos
regionalismos e dialetos.
• Essas variações são explicadas por vários fatores:
• Diversidade de situações em que se encontra o falante: uma solenidade 
ou uma festa entre amigos.
Grau de instrução do falante e também do ouvinte.
Grupo a que pertence o falante. Este é um fator determinante na 
formação da gíria.
Localização geográfica: há muitas diferenças entre o falar de um 
nordestino e o de um gaúcho, por exemplo. Essas diferenças constituem 
os regionalismos e os dialetos.
Atenção: o dialeto é a variedade regional de uma língua. Quando as 
diferenças regionais não são suficientes para constituir um dialeto, utiliza‐
se os termos regionalismos ou falares para designá‐las. E as pichações têm 
características da linguagem falada.
• Na língua escrita, os elementos prosódicos são 
substituídos pelos sinais de pontuação.

• A fala influencia a escrita e a escrita influencia 
a fala.
• Estação da Luz mostra a língua
• O lugar onde os imigrantes tinham em terras
paulistanas o primeiro contato com o português falado
no Brasil do século XIX passa a ser lugar de embarque
para uma viagem de (re)encontro com a língua, tendo
como locomotiva a literatura. Acaba de ser inaugurado
o Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, em
São Paulo.
• (Entre Livros, São Paulo: Duetto, n. 10, ano 1, p. 12).
Os sentidos explorados pelo título.
• O português falado no Brasil do século XIX.
• Linguagem denotativa e linguagem 
conotativa.
• Folha de S. Paulo, 16/03/17.
Enem 
• S.O.S Português

• Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito diferente da escrita? Pode‐se 
refletir sobre esse aspecto da língua com base em duas perspectivas. Na primeira 
delas, fala e escrita são dicotômicas, o que restringe o ensino da língua ao código. 
Daí vem o entendimento de que a escrita é mais complexa que a fala, e seu ensino 
restringe‐se ao conhecimento das regras gramaticais, sem a preocupação com 
situações de uso. Outra abordagem permite encarar as diferenças como um 
produto distinto de duas modalidades da língua: a oral e a escrita. A questão é que 
nem sempre nos damos conta disso.

• S.O.S Português. Nova Escola. São Paulo: Abril, Ano XXV, nº‐ 231, abr. 2010 


(fragmento adaptado).
• O assunto tratado no fragmento é relativo à língua portuguesa e foi publicado em uma revista destinada a 
professores. Entre as características próprias desse tipo de texto, identificam-se marcas linguísticas próprias do 
uso

• A
• regional, pela presença de léxico de determinada região do Brasil.

• B
• literário, pela conformidade com as normas da gramática.

• C
• técnico, por meio de expressões próprias de textos científicos.

• D
• coloquial, por meio do registro de informalidade.

• E
• oral, por meio do uso de expressões  picas da oralidade.

C
• técnico, por meio de expressões próprias de 
textos científicos.
Fuvest
• Sem‐teto usa topo de pontos de ônibus em SP como cama 
• Às 9h desta segunda (17), ninguém dormia no ponto de ônibus da rua 
Augusta com a Caio Prado. Ninguém a não ser João Paulo Silva, 42, que 
chegava à oitava hora de sono em cima da parada de coletivos. “Eu 
sempre durmo em cima desses pontos novos. É gostoso. O teto tem um 
vidro e uma tela embaixo, então não dá medo de que quebre. É só colocar 
um cobertor embaixo, pra ficar menos duro, e ninguém te incomoda”, 
disse Silva depois de acordar e descer da estrutura. No dia, entretanto, ele 
estava sem a coberta, “por causa do calor de matar”. Por não ter trabalho 
em local fixo (“Cato lata, ajudo numa empresa de carreto. Faço o que dá”), 
ele varia o local de pouso. “Às vezes é aqui no centro, já dormi em 
Pinheiros e até em Santana. Mas é sempre nos pontos, porque eu não vou 
dormir na rua”. www1.folha.uol.com.br, 19/03/2014. Adaptado. 
O vocábulo “pra”, presente nas declarações 
atribuídas a João Paulo Silva, é próprio da 
língua falada corrente e informal. Cite mais 
dois exemplos de elementos linguísticos com 
essa mesma característica, também presentes 
nessas declarações.
• Nas falas de João Paulo Silva, além do uso colo 
‐ quial de pra, há também o emprego informal 
da expressão “calor de matar”, “faço o que 
dá”.

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