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Introdução à Linguística
BELO HORIZONTE
20/04/2023
A língua portuguesa, principal foco dos estudos nesse trabalho, é derivada das
línguas antigas que, permeia gerações até chegar ao latim, este classificado como
língua Greco-latina, onde era predominante a gramática tradicional. Atualmente,
apenas algumas regiões ainda utilizam o latim, como a região do vaticano que
mantém o uso da língua nas Missas (Langacker 1972). Entretanto, a população da
nova geração já não compreende a gramática do latim como as antigas gerações,
sendo assim, essa ação pode causar um distúrbio na compreensão da linguagem
utilizada. Ao mesmo tempo, algumas línguas tradicionais se perpetuam, com a
criação de outras línguas alternativas, como é o caso do Sânscrito-língua antiga
utilizada na Índia- tal língua era usada nos anos de 1200-800 aC., pelos povos hindus
para praticarem sua religião. Ao passar dos séculos, tal língua começou a sofrer
modificações, entretanto, devido à pressão dos sacerdotes praticantes desse léxico,
a língua sânscrita foi preservada (Langacker 1972). Atualmente, a Índia é o país com
maior número de línguas faladas, cada qual com suas especificidades, por exemplo,
as gerações atuais não conseguem entender a gramática utilizada no sânscrito,
porém, a mesma é capaz de compreender a gramática do inglês, ou seja, a gramática
que estuda as estruturas formadoras de uma língua não pode ser a mesma para todas
as línguas, visto que cada uma possui especificidades que precisam ser estudadas e
classificadas de forma individual para que não haja dificuldade de desenvolvimento
da linguagem por parte dos falantes.
Percebe-se, pois, que o estudo da linguagem permite que a língua possa ser
desmembrada e estudada através de sua gramática e, dessa forma, passa a
concordar com o léxico de cada região e língua.
Ao entrar para os centros educacionais, esses indivíduos infantis passam a ter contato
com a gramática de sua língua materna de uma forma mais mecânica e robotizada,
onde passam a estudar as regras gramaticais, como verbo, advérbio, pronome,
sujeito, substantivo, e diversas outras nomenclaturas que estão inclusas no estudo
da gramática. Assim, a língua, que antes parecia ser fácil e tranquila de ser falada,
começa a apresentar obstáculos significativos para a criança. E nesse sistema
educacional de ensino, as variações linguísticas existentes, bem como o tempo de
aprendizado gradual e diferente para cada criança, são marginalizadas. Desse modo,
muitos indivíduos passam de 11 a 12 anos nas escolas e ao saírem ainda não sabem
as regras gramaticais utilizadas no português, por exemplo. Tal fator é perceptível,
devido ao fato de as escolas ao utilizarem esse método tradicional não ensinam como,
por exemplo, a diferenciação de palavras ambíguas, que são estudas com a
apropriação das áreas da semântica, como é o caso da ambiguidade existente na
palavra (manga), podendo se referir à fruta ou a parte superior de uma camiseta, ou
ao uso da morfologia das palavras para conseguir realizar a classificação de verbos
no plural e no singular. Isso termina por acarretar prejuízos aos estudantes que saem
do ensino médio com pouca bagagem de aprendizado da língua portuguesa
(Caligri,1989).