Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
Problemas é que não nos faltam nos dias atuais. E de toda ordem. Financeiros,
políticos, emocionais, familiares, espirituais, de relacionamento, de saúde, de segurança,
de moradia... Seu grau de agravamento decorre das influências das circunstâncias em
que vivem ou trabalham as pessoas. E sobre eles ainda incide a pressão das mudanças
éticas, morais, de costumes, de hábitos, deixando as pessoas confusas, a tal ponto que,
na hora da angústia, não sabem qual é o melhor caminho a seguir. Assim, todos
precisam de ajuda para sobreviver, de auxílio para conseguir enxergar seus problemas e
de cuidado para melhor solucioná-los.
Aí está o campo para a atuação do conselheiro Religioso. Esse trabalho é
normalmente desenvolvido pelos pastores, mas também pode ser feito pelos membros,
desde que a liderança invista em cursos de especialização na área de psicoteologia.
Vamos estudar sobre aconselhamento Religioso.
CONSELHO RELIGIOSO
Conselho
S.m. Opinião, parecer sobre o que convém fazer; aviso, advertência. “A palavra
“conselho” vem do latim “consilium”, que designava ““ lugar onde se delibera
conselho, assembleia deliberativa, deliberação, resolução tomada, parecer, voto, plano,
projeto, desígnio, prudência, moderação”, que, por sua vez, tem origem na raiz
“consult”, cujo significado é ““ reunir para uma deliberação, deliberar; consultar, tomar
conselho; discutir, examinar, ventilar; tomar uma medida qualquer, lançar mão de um
expediente”.
Religioso
ADJ. Que pertence a uma religião.
CONSELHO RELIGIOSO
É um parecer sobre o que convém fazer, um aviso, uma advertência voltada é
claro para os padrões bíblicos e que vem de alguém que com uma experiência de vida,
maduro no que diz respeito ao conhecimento bíblico, que siga determinada fé e tenha
um firme propósito de ajudar ao próximo.
Aconselhamento
É o “ato ou efeito de aconselhar (-se); ato ou efeito de pedir, receber ou dar
conselho(s); orientação; indicação da necessidade, conveniência ou desejabilidade de
recomendação, sugestão; troca de ideias ou reunião para se debater algo.” Em pedagogia
e psicologia, aconselhamento é “auxílio ou orientação que um profissional (pedagogo,
psicólogo etc.) presta ao paciente nas decisões que este deve tomar com relação à
1
escolha de profissão, cursos etc., ou quanto à solução de pequenos desajustamentos de
conduta”.
A palavra “aconselhamento” vem da palavra “conselho”, cujo significado é
“opinião, ensino ou aviso quanto ao que cabe fazer; opinião, parecer; bom senso;
sabedoria; prudência; opinião refletida ou resolução maduramente tomada, aquilo que se
recomenda e para o aperfeiçoamento moral e espiritual”.
2
O conselheiro não deve expor sua vida ou suas experiências passadas como se isso fosse
ajudar o aconselhado, como por exemplo, o fato de você ter perdido alguém na família,
não serve para ajudar o outro na hora da perda, pois cada perda é uma e a sua
experiência é tão única quanto à do outro;
Objetivos
3
Para Schneider-Harpprecht (1998), um dos objetivos da poimênica e do
aconselhamento pastoral é ajudar as pessoas em situações de conflitos, crises e
sofrimentos “para que possam viver a relação com Deus, consigo mesmas e com o
próximo de uma maneira consciente e adulta”, bem como, capacitá-las a assumirem a
sua responsabilidade como cidadãs que se engajam em prol da “melhora das condições
de vida numa sociedade livre, democrática e justa”. (p.82)
Salmo 1. ("Feliz é homem que não anda segundo os conselhos dos ímpios e não
se assenta na mesa dos escarnecedores, mas põe a sua alegria na lei do Senhor e nela
medita dia e noite. Meus amados a pergunta que eu faço é o que é um conselho? O que é
um conselho? É um parecer, uma ideia, é uma direção. Quando procuramos um
conselho estamos querendo buscar uma direção. Os conselhos agem de duas maneiras
nas nossas vidas diretamente, quando vamos atrás e indiretamente, quando esses
conselhos atuam nas nossas vidas, sem ao menos nos darmos conta. Repetimos padrões
e comportamentos baseados em cima desse conselhos. Alguns conselhos na Bíblia
deram muito prejuízo a quem os ouviu:
1) O conselho de Jonadabe. Orientou o amigo Amnon a extravasar sua paixão
incestuosa para dormir com a própria irmã. (II Samuel 13.1-22). Assim o fez e após
isso, veio o nojo e a vergonha, e este ato culminou na sua morte, pois Absalão, seu
irmão o matou mais tarde. Tudo isso por causa de um conselho mau.
2) Outro conselho, foi quando, Roboão filho de Salomão foi pedir conselhos
aos anciãos a respeito de como seria a sua política ao assumir o lugar do pai. Os anciãos
o orientaram que agisse com cautela, e que não fosse cruel, mas, este conselho não o
agradou e procurou os jovens que cresceram com ele e de repente, Roboão preferiu o
conselhos dos amigos que lhe disseram que o jovem rei deveria açoitar o povo com
escorpiões. Esse conselho resultou num trágico acontecimento, do qual os judeus
sofrem a consequência até os dias de hoje. O reino de Israel se dividiu e o povo
despencou moralmente, e espiritualmente apostatou. (I Reis 12. 9-15).
O que um conselho mau não é capaz de fazer!!. Um conselho pode ser um simples
parecer, como uma ideia, ou uma filosofia de vida, mas que destroem, pois são
conselhos de ímpios.
3)O que dizer do conselho secreto de Simeão e Levi, que juntos maquinaram
matar os Siquemitas. Quando Jacó abençoou os filhos, declarou a estes que ele não
entraria no seu "secreto conselho", pois, suas espadas eram espadas de violência.
(Gênesis 49. 5).
Estes homens foram infelizes porque deram ouvidos aos amigos, ao seu coração.
Feliz o homem que põe sua alegria na lei do Senhor. A lei do Senhor refrigera alma, dá
a direção certa. (salmo 19.7). O conselho do homem traz prejuízo pra alma, para o
corpo, pra família e até para uma nação inteira. Ouça o Senhor e não os
"jonadabes" que possam aparecer na sua vida
Exemplos de outros conselheiros na bíblia
4
Jetro- sogro de Moisés
Salomão
5
O nome Salomão ou Shlomô (em hebraico:)שלמה, deriva da palavra Shalom, que
significa "paz" e tem o significado de "Pacifico".Salomão se notabilizou pela sua grande
sabedoria, prosperidade e riquezas abundantes, bem como um longo reinado sem
guerras. Nos deixou um grande manual de
De conselhos para a vida , o livro de provérbios
A igreja e o aconselhamento
6
A ajuda da igreja abrange todas as atividades em que os membros do corpo de
Cristo se dispõem a auxiliar as pessoas. Auxílio é uma “contribuição secundária para a
realização de uma tarefa’ (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa) e isto nos mostra
que a Igreja tem o dever de ajudar as pessoas a alcançar a salvação, ou seja, de manter
uma comunhão com Deus”. Notemos que se trata de um “auxílio”, ou seja, de uma
“contribuição secundária”. A Igreja não salva pessoa alguma (ao contrário do que
ensinam os “sacramentalistas”), mas tão somente contribui para que as pessoas venham
a ter um encontro pessoal com o Salvador.
A Igreja tem de se preocupar com a conduta dos homens que a integram e dos
que vivem ao seu redor. Não se trata de impor atitudes aos outros, nem tampouco de
conquistar o poder de fazer com que os outros ajam desta ou daquela maneira, como, ao
longo da história, muitos equivocadamente têm entendido. Muito pelo contrário, trata-se
de uma manifestação do amor divino que está no coração de cada membro em particular
do corpo de Cristo: trata-se de sentir compaixão pelos seres humanos e, por causa disto,
dar opiniões, ensinos ou avisos a eles sobre o que deve ser feito no cotidiano, no viver
debaixo do sol.
O conselho a ser dado pela Igreja, portanto, deve ser consequência do seu amor
pelos homens, da sua compaixão, amor e compaixão que recebe diretamente de sua
cabeça, que é Cristo Jesus. “Compaixão” é “sentimento piedoso de simpatia para com a
tragédia pessoal de outrem, acompanhado do desejo de minorá-la; participação
espiritual na infelicidade alheia que suscita um impulso altruísta de ternura para com o
sofredor” (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa). Devemos nos pôr no lugar do que
está a sofrer, devemos ocupar, ainda que mental e sentimentalmente, a sua posição,
para, então, ao sentir a sua mesma dor, termos condição de dizer o que lhe cabe fazer
numa situação desta natureza, trazer-lhe o parecer divino a respeito de uma dada
realidade.
Conselho é uma opinião, um ensino, um aviso (aliás, em inglês, a palavra
“conselho” é “advice”). Isto nos mostra que, embora a Igreja tenha plenas condições
para dizer o que deve ser feito, vez que é a coluna e firmeza da verdade (I Tm.3:15),
jamais pode se comportar como um grupo impositivo, como um grupo que retira a
liberdade das pessoas, o livre-arbítrio. Por isso, a Bíblia fala em “conselho” e não em
“ordem” ou “mandamento”. O “conselho” é uma recomendação, é uma opinião, é um
aviso, uma advertência que se faz aos homens que, entretanto, podem, ou não, segui-la,
podem, ou não, atendê-lo. Reside aqui o fundamento pelo qual deve a Igreja sempre
defender a tolerância religiosa e a liberdade de culto e de crença nas sociedades onde
prega o Evangelho, tolerância que nada tem que ver com a existência de um
“relativismo ético”, mas, sim, pelo simples fato de que o homem foi criado com livre-
arbítrio, com poder para acolher, ou não, o conselho dado pela Igreja.
Tem a Igreja o dever de avisar, de dar a sua opinião. Não cabe à Igreja dominar
sobre as pessoas, mas tem o dever para com Deus de divulgar a correta opinião, o
correto conselho da parte do Senhor. É por isso que a Igreja é a portadora da
“ortodoxia”, palavra grega que significa “a correta opinião”. Este dever da Igreja está
claramente explicitado nas Escrituras nas palavras que o Senhor disse ao profeta
Ezequiel, como se lê no capítulo 33 do livro daquele profeta(Ez.33:1-9). A missão da
Igreja, como porta-voz do Senhor, é dar o aviso, dar a opinião, dar o parecer segundo a
7
vontade de Deus aos homens, quer eles ouçam, quer eles deixem de ouvir
(Ez.2:5,7;3:11).
A primeira característica importante a respeito do “aconselhamento” é a de que o
“aconselhamento” não é uma via unilateral. Aconselhar não é apenas dar conselhos, mas
também pedi-los, recebê-los. Esta dupla significação, tanto ativa quanto passiva, é de
fundamental relevância ao tratarmos da missão aconselhadora da Igreja. A Igreja não só
dá conselhos, como também os recebe. Não somos donos da verdade, mas,
simplesmente seus portadores. A Igreja é a “coluna e firmeza da verdade”, ou seja,
quem sustenta a verdade, quem demonstra a sua existência, mas a Verdade é Jesus
(Jo.14:6), a Palavra de Deus (Jo.17:7).
8
2. O relacionamento com Cristo oferece recursos totalmente indispensáveis para
resolver substancialmente todo problema psicológico (isto é, os que não têm causas
orgânicas).
9
não se dá por acaso, mas temos, diante de Deus, a responsabilidade para “admoestá-lo”,
ou seja, de lhe mostrar na Palavra o seu erro, de modo a que ele possa se emendar e
endireitar os seus caminhos. É uma responsabilidade que Deus nos dá e que temos de
nos desimcumbir. Agora, será que temos o conhecimento e a sabedoria necessários para
tal admoestação? Se não o temos, estamos em falha e precisamos melhorar os nossos
caminhos diante do Senhor!
O texto diz que não podemos aborrecer o próximo no seu íntimo, mas não
podemos deixar de repreendê-lo (Lv.19:17). A palavra hebraica para “repreender” é
“yakach”, cujo significado é “apontar”, “corrigir”. Aqui, como na “admoestação”, fica
bem enfatizada a distinção que deve existir entre “apontar o erro” e “aborrecer a
pessoa”. Jamais se deve desrespeitar o próximo, ainda que se esteja a repreendê-lo.
10
Quando aconselhamos alguém, mesmo quando lhe apontamos o erro, jamais podemos
faltar com o respeito a esta pessoa, pois Deus criou os homens com dignidade, à Sua
imagem e semelhança, de modo que jamais poderemos ferir esta imagem do Senhor,
muito menos a pretexto de ensinar-lhe o caminho, de ensinar-lhe a verdade.
11
bem diferente daquilo que é ensinado e praticado por alguns que gostam de “entregar o
corpo das pessoas a Satanás”.
OBS: “…MAS, aos que se ajoelhavam diante dele, Jesus oferecia (como ninguém
jamais ofereceu) palavras de conforto e alento. Jesus conseguia oferecer todo o apoio
emocional que as pessoas necessitavam. O homem perfeito. Seu perdão fazia com que
as pessoas desejassem tocá-lo e caminhar ao seu lado. Nossa conclusão é de que Jesus
era, de fato, um mestre conhecedor da Lei, um rabi com respeito dos religiosos da época
e um orador eloqüente... MAS, as multidões não procuravam o mestre, o rabi e o orador.
Procuravam o homem de palavras calmas que dizia simplesmente com o olhar: "Eu
também não te condeno..." (Jo.8:11). Este perdão que jorra descontrolada e
12
torrencialmente do ensino de Jesus deve ser o mesmo a ser celebrado pela sua igreja
hoje espalhada pela face da terra. O perdão àqueles que vêm de fora, desejosos de
conhecer o Reino e de despencarem aos pés de Jesus deve ser apresentado sem muitas
perguntas pelos seguidores de Jesus. Ele convida os cansados, os oprimidos e os
desesperados a se juntarem a ele; e pior ainda: ele não coloca barreiras... (Mt.11:28-29).
Também o perdão àqueles que já se encontram caminhando nas ruas do Reino, mas que,
por qualquer razão, tenham dado uma escapadinha para o lado de lá do muro não deve
ser retido. As falhas de nossos irmãos devem ser olhadas por nós da mesma forma que
Jesus as olharia; com misericórdia desmedida.Que fique claro que há pessoas que
querem encontrar igrejas de mentira, pessoas que buscam na palavra do pregador aquilo
que elas mesmas querem ouvir. Estes podem correr para qualquer estabelecimento que
se pareça com um auditório, que tenha um púlpito, alguns instrumentos e uma urna para
receber as ofertas. Só não pensem que todos os lugares que se pareçam com uma
reunião da igreja sejam DE FATO uma reunião da igreja.Mas há também homens e
mulheres que dariam seu último suspiro para se encontrar com aquele filho de
carpinteiro que caminhava nas regiões da Galiléia espalhando uma mensagem de
misericórdia que arranque as toneladas que se acumulam sobre seus ombros. Não nos
importamos com as cores, o tamanho e as letras do rótulo que certamente será colocado
nesta caixinha chamada igreja; mas devemos batalhar para que, ao olharem para nós,
enxerguem um grupo de onde jorram o amor e o perdão de Jesus. Neste rótulo deve
estar escrito: "misericórdia".” (BENTES, Fábio. O rótulo da igreja. Disponível em:
http://www.bibliaworldnet.com.br/ Acesso em 29 dez. 2006).
A “exortação”, pelo que podemos verificar das passagens bíblicas em que ela é
mencionada, tem sempre a ver com o estímulo para a nossa fé, é um meio pelo qual
vemos nossa fé acrescida e fortalecida, de modo a que possamos persistir nesta batalha
espiritual contínua, neste bom combate. Precisamos estar sempre animados, ter bom
ânimo para vencer o mundo e o papel da “exortação” é precisamente este. Não se trata,
pois, de apenas nos corrigir, para que não percamos a direção do céu, mas de nos
fortalecer, de nos dar forças para chegarmos até o fim.
OBS: Um querido irmão tem insistido em mostrar que, por causa destas circunstâncias
lamentáveis que estamos a viver, estamos presenciando a concretização da “abominação
desoladora” de que falou o profeta Daniel em nossas igrejas locais(Dn.9:27;12:11;
Mt.24:15; . Somos obrigados a concordar com ele: ainda que a abominação desoladora
apontada pelo profeta venha a ocorrer no meio da Grande Tribulação, ela está sendo
13
figurada a cada dia nas atitudes lamentáveis que vêm sendo tomadas com cada vez
maior intensidade nas igrejas locais, onde os templos são transformados em salões de
baile, em locais de eventos e espetáculos e não mais em locais de adoração a Deus.
Nestes lugares, realmente, o espírito do anticristo chegou e fez o seu trono, realizando a
abominação desoladora nesta porção do Israel de Deus.
14
Obstáculos e Conquistando Vitórias, de autoria de Silas Malafaia. Um dos nomes mais
conhecidos da Assembléia de Deus, o pastor Malafaia chega a vender, por ano, 1 milhão
de DVDs e CDs de pregações de conteúdo motivacional. Em seus discursos, as
parábolas bíblicas dão lugar à objetividade de um Lair Ribeiro. Conflito amoroso?
‘Vem cá, minha filha: o sujeito é bonitão e sarado, mas não trabalha nem estuda? Então,
fica com o magrinho narigudo que é melhor! Ele pode ser feio mas é trabalhador’, brada
o pastor. Perda de emprego? ‘Meu amigo, você ganhava 700 reais e viu abrir uma porta
de 300 reais? Mete a cara! Não fica dizendo que Deus está olhando, que vai abrir uma
porta melhor... Deus tá vendo o quê, rapaz? Vai trabalhar!’ ‘Os neopentecostais pregam
o ‘faça-você-mesmo’, afirma o historiador e especialista em religiões da Universidade
Estadual Paulista (Unesp) Eduardo Bastos de Albuquerque. ‘E, muitas vezes, a técnica
funciona. Ao deixar de beber, fumar, brigar dentro de casa e ao passar a trabalhar, o fiel
alcança, de fato, uma melhoria de vida.’ Para o sociólogo Ricardo Mariano, da PUC do
Rio Grande do Sul, o sucesso do discurso dos novos pastores está diretamente
relacionado ao que ele chama de ‘desencanto’ dos fiéis em relação à idéia da ‘barganha’
com Deus proposta pelos antigos pregadores. ‘Há certa decepção com esse discurso
fácil de que bastaria dar o dízimo e orar que Deus deixaria todo mundo feliz, vitorioso e
saudável’, diz. O sociólogo chama ainda atenção para o fato de que, ao enfatizarem a
importância da racionalidade em detrimento da magia, os novos pastores estão mirando
um segmento que, embora ainda incipiente, começa a crescer: o dos fiéis de classe
média.…” (PEREIRA, Camila e LINHARES, Juliana. Os novos pastores. Veja, edição
1964, 12 jul. 2006. Disponível em: http://veja.abril.uol.com.br/120706/p_076.html
Acesso em 28 dez. 2006).
O aconselhamento não pode ser dado sem que haja base nas Escrituras. Mas,
para que seja possível a redargüição, é preciso que tenhamos uma vida de santidade. O
apóstolo Pedro diz para que respondermos com mansidão e temor a razão da esperança
que há em nós faz-se necessário que, antes, nos santifiquemos a Cristo como Senhor em
nossos corações (I Pe.3:15). E aqui reside a dificuldade dos nossos dias: é preciso
aprender com a Palavra para aconselharmos fazendo uso dela. É preciso nos separar do
pecado, para sermos aconselhadores. É preciso obedecer à Palavra, renunciarmos a nós
mesmos e termos a Cristo como Senhor em nossos corações, para que o aconselhamento
se dê com base nas Escrituras. Para alguns, por isso é mais fácil se tornar um Ph.D. em
psicologia, um “expert” em psicanálise, porque isto não o impede de viver como quer,
de não se submeter ao Senhor Jesus.
15
incorreção ou está em desarmonia com o todo, ou impede o seu equilíbrio e/ou o seu
bom funcionamento ou emprego); consertar, endireitar; procurar melhorar ou alterar
para melhor a conduta de (alguém ou a sua própria); repreender com severidade;
censurar energicamente; aplicar pena, castigo a (alguém ou a si mesmo); castigar(-se),
punir(-se)”, palavra que vem do latino “corrigo”, cujo significado é “"endireitar, pôr
direito o que está torto, seguir caminho direto ou direito”.
A palavra “correção”, que é bem mais abundante nas Escrituras, tem também a
mesma significação. No hebraico, é, no mais das vezes, a palavra “muwcar”, cujo
significado é “castigo”, “penalidade”, o que nos faz lembrar da palavra “repreensão”,
até porque, no Antigo Testamento, é a “correção” associada ao Senhor (Pv.3:11;
Is.26:16; Jr.5:3) ou aos pais (Pv.4:1; 15:5). Em o Novo Testamento, a palavra
“correção”, que encontramos em Hb.12:5,7,11 é a palavra grega “paidéia” (παιδεία),
cujo significado é “instrução”, “ensino às crianças”, dando-nos explicitamente a figura
do pai que instruir, por amor, aos seus filhos.
Uma vez mais, vemos que o aconselhamento deve sempre ser dado com amor,
com um desejo profundo de contribuição para a melhora, para o endireitamento daquele
que está sendo aconselhado.
16
Vivemos dias em que a vaidade tem tomado conta de muitos sábios que o
Senhor tem levantado no meio da Sua Igreja, sábios que, infelizmente, se deixaram
levar pela vaidade e que, assim como Balaão e Aitofel, perderam a sua própria vida
espiritual. Os falsos mestres caracterizam-se, precisamente, por perverterem a Palavra
de Deus e passarem a querer ter discípulos em volta de si, transformando-se em “donos
da verdade”, em vez de permanecerem sábios aconselhadores, aqueles que não só dão,
como também recebem conselhos, que sabem que o único e verdadeiro Mestre é Jesus
Cristo (Mt.23:8). Se mantivermos esta humildade, certamente seremos vasos preciosos
nas mãos do Senhor, em meio a um povo que, cada vez mais, tem fome e sede da
Palavra de Deus (Am.8:11,12).
17
passagens que podem ser interpretadas como estando relacionada com melhores
relacionamentos interpessoais e casamentos. Crenças cristãs sobre o casamento e seu
objetivo será geralmente uma parte central da terapia.
Os defensores deste tipo de aconselhamento geralmente acreditam que é ideal para
as necessidades específicas do casamento cristão. Maridos e esposas cristãos são
normalmente esperados para amar e honrar uns aos outros e apoiar-se mutuamente nas
crenças e práticas espirituais. Divórcio e separação são malvistos entre muitos ramos da
religião cristã, por isso os cônjuges são normalmente encorajados a resolver os seus
problemas conjugais, não importa quão grave. Praticantes de aconselhamento
matrimonial bíblica costumam receber grande parte do mesmo treinamento que os
profissionais de aconselhamento matrimonial secular, embora muitas vezes eles
baseassem suas técnicas terapêuticas nos ensinamentos cristãos.
Um dos maiores desafios que os casais de hoje enfrentam, quer sejam casados ou
não, é o analfabetismo conjugal. Muitos casamentos fracassam ou deixam de atingir seu
pleno potencial porque os casais nunca aprenderam o que realmente significa o
casamento. O entendimento que possuem é muito superficial ou moldado pela filosofia
do mundo em vez de pelos princípios de Deus, ou ambos. O relacionamento no
casamento é uma escola, um ambiente de aprendizagem no quais ambos os parceiros
podem crescer e se desenvolver ao longo do tempo. O casamento não exige perfeição,
mas deve ser lhe dada prioridade. O casamento possui o potencial de expressar o amor
de Deus no seu mais pleno nível possível na terra. Quando duas pessoas totalmente
diferentes unem-se, vivem e operam como só uma, amando, perdoando,
compreendendo, suportando e entregando-se um ao outro generosamente, aqueles que
as observam de fora irão ver pelo menos um pouco o que significa o amor de Deus”.
Aconselhamento de crianças - A família tem sofrido muito com o moderno estilo de
vida adotado pela sociedade contemporânea. A presente geração de pais cresceu num
vácuo de autoridade, resultado da filosofia de vida dos nascidos no pós-guerra que
criaram seus filhos com pouca ou nenhuma disciplina, resultando em pais que não
sabem ou não querem exercer autoridade o lar.
O problema é que a sociedade de um modo geral já rejeitou os valores bíblicos
necessários a família. Segundo John MacArthur uma criança assiste em média trinta
horas de TV por semana e antes que conclua o ensino médio terá sido submetido a vinte
mil horas de programação que em sua maioria pregam valores contrários a Palavra de
Deus.
Paul Tripp afirma que muitas pessoas têm filhos, mas não querem agir como
pais, muitos preferem ser amigos de seus filhos e se colocam em condição de igualdade
com eles. Além disso, nossa cultura tem convencido a muitos que ter filhos é uma
desvantagem competitiva na sua busca de auto realização.
18
Nesse contexto muitos pais não têm lidado biblicamente com os problemas
enfrentados por seus filhos. As escolas e, em alguns casos, as igrejas locais não têm
cooperado com os pais na tarefa de “ensinar o menino no caminho que deve andar” (Pv
22.6). Tornou-se comum encontrar pais desorientados recorrendo a profissionais que
algumas vezes não têm compromisso com Cristo e outras vezes não têm uma visão
bíblica do problema.
Olhando para este cenário surgem as perguntas:
As Escrituras são suficientes para solucionar os problemas infantis?
Em um tempo em que o modelo de criação de filhos é fortemente influenciado
pela psicologia, podemos recorrer exclusivamente a Palavra de Deus para nos direcionar
na criação de nossos filhos?
Como devem ser tratados biblicamente os problemas das crianças?
Uma vez que a psicologia, a psicanálise e a psicoterapia têm se tornado cada vez
mais populares, é comum ver termos destas áreas sendo usados por pais, educadores e
até crianças para descrever os comportamentos problemáticos dos últimos. Qual a
terminologia bíblica para os principais problemas infantis? E quais os mandamentos
bíblicos relativos a cada comportamento observável?
As crianças têm características diferentes dos adolescentes, jovens e adultos,
assim sendo, quais as peculiaridades na prática do aconselhamento de crianças devem
ser adotadas a fim de ajudá-las a vencerem biblicamente seus problemas? Quanto tempo
deve durar uma sessão de aconselhamento em que uma crianças esteja presente? Os pais
devem participar de todas as sessões? O “set” de aconselhamento precisa sofrer alguma
adaptação para receber as crianças? Qual linguagem deve ser usada durante a sessão?
Qual o papel dos pais no aconselhamento bíblico de crianças? Supondo que o
conselheiro bíblico realmente seja útil no auxílio a crianças que passam por
dificuldades, até que ponto este ministério deve ser exercido sem interferir na
responsabilidade bíblica dos pais. O mandamento bíblico de instrução e disciplina dos
filhos foi dado exclusivamente aos pais, assim sendo qual a responsabilidade destes no
processo de aconselhamento?
Como conselheiro bíblico creio que a Bíblia tem a resposta para todos os
problemas do ser humano, inclusive das crianças de menor idade. E que a verdade
Bíblica deve ser apresentada de forma concreta e relevante às crianças, com uma
aplicação direta aos problemas delas.
Assim, defendo que os princípios de aconselhamento bíblico podem ser
aplicados perfeitamente às crianças, necessitando apenas que alguns pequenos fatores
sejam especificados.
19
Como conselheiros temos ainda que auxiliar, partindo da Palavra de Deus, pais
que precisam aprender a instruir e tratar biblicamente as diversas situações-problemas
na vida de seus filhos, visando atingir-lhes o coração.
Embora o modelo atual de criação de filhos seja fortemente influenciado pela
psicologia, as situações problemas apresentadas pelas crianças podem e devem ser
encaradas a luz da Palavra de Deus. Assim, como crentes que acreditam na Bíblia como
Palavra de Deus, devemos recorrer exclusivamente a ela para nos direcionar no trato
destes óbices.
Os problemas das crianças têm a mesma raiz pecaminosa que os problemas dos
adultos, diferindo destes apenas na sua forma de apresentação e de realização. As
crianças como pecadoras têm desafios próprios e os problemas enfrentados por elas se
manifestam mais em forma de ira, medo, bullying, desobediência e inquietação.
É preciso que o conselheiro bíblico adote uma metodologia própria para
aplicação prática dos princípios bíblicos para crianças.
Os modernos termos psicologizados utilizados pelos pais precisam ser
gradativamente substituídos por termos bíblicos, por exemplo, as crianças que chegam
para aconselhamento com um diagnóstico de hiperatividade e déficit de atenção, na
verdade precisam aprender o domínio próprio. O pecado e não a baixa autoestima é o
problema básico das crianças. As chamadas fobias são na verdade a manifestação do
medo que desconfia do amor de Deus e da sua soberania.
Uma mudança na linguagem do aconselhamento é fundamental para a eficácia,
uma vez que a criança necessita entender a Palavra de Deus. O uso de técnicas variadas
de ensino como, contação de histórias, desenho e outras possibilitarão uma maior
transmissão de conteúdo, levando a uma maior eficiência no processo de
aconselhamento. Neste ponto conselheiros bíblicos têm muito a aprender com
professores da Escola Dominical.
A sessão de aconselhamento bíblico para uma criança precisa ser mais curta,
com 30 ou 40 minutos no máximo. Também é importante o trato inicial com os pais e a
introdução da criança no processo de aconselhamento deve ocorrer apenas depois de
duas ou três sessões, sendo que talvez isto nem seja necessário. Na maioria dos casos,
basta que os pais sejam aconselhados para que os problemas dos filhos sejam
resolvidos.
Os conselheiros devem ainda buscar um local de aconselhamento apropriado as
crianças, talvez com alguns temas infantis ou mobília mais adequada a criança,
facilitando assim a aproximação com a mesma.
20
Por fim ressalto a necessidade extrema de participação dos pais, estes nunca
devem ser excluídos do processo de aconselhamento, pois como já disse, na maioria dos
casos, serão eles os aconselhados. Os pais proverão as informações preliminares ao
conselheiro, e em alguns casos o problema estará nos pais e não nas crianças. Em um
segundo momento, caso a criança realmente apresente dificuldades em agradar a Deus,
os pais acompanharão as sessões como treinados para eles próprios tornarem-se
conselheiros de seus filhos.
O mandamento bíblico de instrução e disciplina dos filhos foi dado
exclusivamente aos pais, assim sendo os conselheiros poderão ajudá-los, mas nunca
substituí-los.
21
Dá adolescentes a chance de falar sobre todas as questões em um ambiente
seguro. Ajuda a ganhar confiança na auto- expressão como um adolescente. Melhora os
níveis de comunicação através da prática e com o feedback terapeuta. Ajuda-os a
aprender a reconhecer os pontos fortes e fracos
Ensina -lhes maneiras de superar as preocupações , as pressões e comportamentos
negativos .
Aconselhamento Parental - A verdade é que os filhos não trazem na altura do
nascimento um "manual de instruções" que permita aos pais definir previamente a
melhor forma de educá-los. Trata-se de um processo de constantes adaptações e
desafios que implica uma contínua aprendizagem de todos os intervenientes da família.
Cada filho é um ser único, com a sua própria personalidade.
Como diz o provérbio Nigeriano - “Para educar uma criança é preciso uma
aldeia inteira “. Educar uma criança exige muita disponibilidade, firmeza e tolerância
às frustrações. No entanto, não nos podemos esquecer que os próprios pais, durante esse
longo período de educação, estão igualmente a aprender a ser pais e, simultaneamente a
responder a desafios pessoais, profissionais, financeiros, de relação com o cônjuge,
entre outros.
22
Aconselhamento psicológico e psicoterapia:
23
presente trabalho visa pois reativar esse foco de atuação como procedimento eficaz no
ajustamento e na psicoterapia.Muitas posturas filosóficas, notadamente o humanismo, o
existencialismo e a antipsiquiatria já haviam chegado, por caminhos e o rótulos
diversos, à constatação que aponta o autor.
Muitos procedimentos terapêuticos indicam a individuação, a consciência de si e
o sentido do valor pessoal como alvos significativos, o que é mais sensível em Adler e
em Rogers. Mesmo o "reforço" da linha "skineriana" - quando a pessoa alcança a
resposta da missão cumprida - pode ser uma forma de crédito pessoal que a pessoa
atribui a si mesma. Nenhum deles, porém, posiciona tal alvo como direção
comportamental e terapêutica. Tratam-no como qualquer outro evento da teoria e da
técnica terapêutica. Identificar, em primeiro lugar, a auto-afirmação como determinante
básico do comportamento e, como conseqüência, como conteúdo e meta terapêutica é o
objeto desta comunicação.
A ser válida a hipótese levantada, as consequências na educação, no trabalho, na
vida social e na psicoterapia seriam óbvias. Na medida em que terapeuta e cliente
analisam, reflexivamente e em conjunto, no plano cognitivo e emocional, em clima
receptivo e não crítico, os temores e insatisfações, bem como os sucessos e
gratificações, o cliente tende a modificar a concepção sobre si mesmo, tornando-se
capaz de vivenciar o seu Eu - pessoal e seu relacionamento com o Eu - social. O foco do
processo de ajustamento e de terapia caminharia em estágios: o self, a identidade, a
autoimagem e o autoconceito. A estruturação psicológica dar-se-ia no momento em que
a pessoa conhece-se a si mesma; sente-se como real, aprecia seus valores e suas
limitações, afiro! fUUldo-se como alguém em contraposição ao sentimento de desvalia
ou de nulidade.
Problemas emocionais
24
Pessoas que não tiveram oportunidades de conviver com pessoas de fora da
família, que não foram incentivados a fazer amizades quando crianças podem apresentar
problemas emocionais quando estiverem em situações novas e se relacionando com
pessoas que ainda não conhece, ou seja, terão dificuldades para iniciar amizades ou
namoros.
Pessoas que tiveram pais, ou as pessoas que cuidaram dele quando criança,
muito severa poderá ter problemas emocionais ao se relacionarem com todas as outras
figuras de autoridade de sua vida, como professores, chefes, autoridades religiosas, etc.
Pessoas que passaram grandes inseguranças quando criança por não se sentirem
acolhidos e com suas necessidades atendidas poderão apresentar medos infundados
como o medo de voar de avião, medo de passar em tuneis, medo de animais, síndrome
do pânico, etc.
Pessoas que foram criadas por pessoas muito preocupadas, sempre em estado de
alerta, poderão se tornar ansiosas crônicas.
25
plena de diversidades, disparidades, desigualdades, antagonismos. As condições de
sobrevivência, o trabalho das diversas categorias profissionais e as classes sociais são de
fundamentais importâncias para uma análise e identificação dos problemas de origens
sociais. A libertação social precisa fazer parte da visão de quem faz um trabalho de
orientação, pois a raiz dos problemas poderá estar lá.
26
Os processos de marginalização criam um forte sentimento de impotência, de
franqueza, nas pessoas a tal ponto que elas se acomodam, não acreditam mais em si
mesmas, não conseguem mais visualizar mudanças no presente e nem no futuro,
pensam que a vida é assim mesmo e desistem de tudo. Mas “o cuidado pastoral
orientado por este modelo ‘extrai e constrói’, a partir das forças e recursos amortecidos
de indivíduos e de comunidades, estratégias e métodos que minimizem ou eliminem o
sentimento de impotência política e incapacidade pessoal” (4). Assim, haverá pessoas e
igrejas que construam a democracia e a participação; construam um país em que seus
cidadãos promovam uma vida digna para todos.
27
A pregação é o momento do culto em que a Palavra de Deus é explicada para os
ouvintes. Muitos possuem problemas e não sabem como resolver e, pior, têm vergonha
de procurar o gabinete pastoral para melhor ser atendido. A explanação de temas
relevantes da atualidade apontará propostas de soluções de problemas. O sermão é um
eficiente recurso eficaz de aconselhamento e de cuidado pastoral.
O serviço cristão é um meio de fazer com que a ovelha perceba sua importância
dentro da comunidade cristã, resgate sua autoestima, desenvolva um sentimento de
utilidade, restabeleça o prazer de viver e de se relacionar com outras pessoas e aprenda a
servir seu próximo. Há muitas atividades na igreja que podem ser delegadas para os
membros executarem. O sentimento de utilidade fortalece a autoestima, auto aceitação e
autoimagem.
A comunhão exige que um grupo de pessoas tenha sintonia de sentimentos, de
modo de pensar, agir ou sentir. Eles se identificam com alguma coisa e têm algo em
comum. No caso do Cristianismo, o ponto central de tudo é Jesus Cristo. Muitas
atividades podem ser criadas para proporcionar momentos de confraternização cristã,
principalmente, com aqueles que estão chegando agora para o meio da comunidade
cristã (8). Muitas estão com problemas de relacionamento e não sabem o que fazer. A
aceitação pela igreja cria o sentimento de acolhimento, a idéia de que ela pertence a um
grupo, de que está sendo recebida da forma como é.
A administração local é liderada pelo pastor, mas muitas funções de apoio
podem ser delegadas aos crentes que possuem formação naquela área. Por conhecerem
melhor certas questões, trarão melhores resultados. Administrar é um conjunto de
princípios, normas e funções que têm por fim ordenar a estrutura eclesiástica e o
funcionamento da igreja. A definição das atividades semanais, dos horários em que elas
acontecerão e a prefixação de todos os detalhes necessários para o bom funcionamento
evitarão muitos problemas e muitas frustrações.
Método de interação pessoal: A bênção da comunhão cristã
A sociedade atual conseguiu desenvolver uma comunicação superficial em que
se fala muito e, às vezes, animadamente, mas sem interação pessoal, sem revelar quem
realmente é o falante e quem é o ouvinte. Os relacionamentos atuais são úteis para a
manutenção dos vínculos de amizades dentro de um grupo ou comunidade, mas pouco
revelam da personalidade, do caráter, do jeito de ser dos indivíduos, porque eles se
escondem nas mais diversas formas, não querem se expor.
O cuidado pastoral orientado por este modelo desenvolve a “interação pessoal,
em que as habilidades relacionais são utilizadas para facilitar o processo de exploração
pessoal, esclarecimento e mudança em relação a comportamentos, sentimentos ou
pensamentos indesejados. Aqui se focaliza mais o indivíduo. Valoriza-se a auto
compreensão em termos de interpretação da causa das dificuldades, na perspectiva de
escolas psicoterápicas especificas” (9). A pessoa não fica sozinha, isolada, mas descobre
que seu envolvimento com a comunidade cristã pode lhe proporcionar momentos
agradáveis em que seus traumas interiores sejam solucionados através do
relacionamento, da comunhão e confraternização cristã.
O fundamento da interação pessoal é a demonstração positiva da percepção da
presença do outro. Para que exista interação pessoal efetiva é necessário que as pessoas
28
se reconheçam enquanto sujeitos na relação comunicativa. Cada indivíduo possui suas
características pessoais que devem ser respeitadas e aceitas pelo outro. As outras
questões devem ser adaptadas. Uma pessoa que deixa o estilo de vida não-cristão
adotado pela sociedade, inicialmente terá algumas dificuldades com o mundo
evangélico e a igreja poderá ajudá-la nessa fase inicial através dos eventos internos que
exijam o envolvimento pessoal.
O conselheiro pode conscientizar as pessoas que um relacionamento só acontece
e se desenvolve quando duas ou mais pessoas, cada uma com sua existência própria e
necessidades pessoais, contatam uma a outra reconhecendo, respeitando e permitindo as
diferenças entre elas. Nas confraternizações ou em qualquer outro momento de
interação pessoal, cada um é responsável por si, por sua parte do diálogo, por sua parte
no relacionamento. Isso significa que cada um é responsável por se permitir ser
influenciado pelo outro, ou se permitir influenciar. Se ambos permitem, o encontro pode
ser como uma dança, com um ritmo de contato e afastamento. Então, é possível haver o
conectar e o separar, em vez de isolamento (perda de contato) ou confluência (fusão ou
perda da distinção).
Conclusão
A prática do aconselhamento Religioso é fundamental na sociedade em que
vivemos. As pessoas continuam com problemas, mas a igreja pode ajudá-las a vencer a
si mesmas, às dificuldades interiores e aos obstáculos que se formaram no decorrer de
sua existência. As pessoas precisam ser cuidadas, necessitam de apoio para continuar
sobrevivendo e há métodos que podem ser utilizados pelo conselheiro Religioso.
Esse conselheiro não precisa ser necessariamente o pastor da igreja. Membros da
igreja podem receber treinamento teórico e prático para auxiliar a liderança da igreja e
ajudar aqueles que necessitam ser cuidados. Aceita esse desafio?
Referência bibliográfica
http://palavrasionista.blogspot.com.br/2012/07/bons-e-maus-conselhos.html
http://www.ministerioelo.com.br/blog/2010/10/14/qualidades-do-conselheiro/
https://groups.google.com/forum/#!msg/ieadtam/IZwBVz1WsUc/wguRjTM_BFcJhttp:/
/missaobrasilestudos.no.comunidades.net/index.php?pagina=1105344050https://br.answ
ers.yahoo.com/question/index?qid=20121121071503AAAOEls
http://abcb.org.br/artigos/aconselhamento-biblico-de-criancas
http://www.teresapaulamarques.com/aparental.html
http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/abp/article/view/18804/17546
http://www.marisapsicologa.com.br/problemas-emocionais.html
http://www.iprb.org.br/artigos/textos/art101_150/art103.htm
29