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O CONSOLIDADOR COMO
CONSELHEIRO
“Livra os que estão destinados a morte e salva os que são
levados para matança, se o poderes retirar. Se disseres: Eis que
não sabemos; porventura, aquele que pondera os corações não o
considerara? E aquele que atenta para tua alma não o saberá?
Não pagará ele ao homem conforme a sua obra?” Provérbios
24.11,12

“Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o


leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo,
se é que já provaste que o Senhor é benigno” I Pedro 2.2,3
É fundamental que o consolidador
conselheiro tenha habilidades e
sabedoria, assim poderá ajudar
seus consolidados.
Se ele os orientar bem obterá
resultados mais úteis, tanto na área
emocional quanto na espiritual. O
seu sucesso nessa tarefa dependerá
diretamente do conhecimento de
algumas técnicas de
aconselhamento e da ajuda do
Espírito Santo.
Conquistar a confiança do consolidado
A primeira coisa a se estabelecer em um processo de
aconselhamento é criar um relacionamento de confiança mútua
entre conselheiro e consolidado. Ambos tem que se sentir à
vontade perante o outro.
É necessário que o consolidador respeite o seu discípulo e o trate
com naturalidade.
Cada pessoa tem um valor infinito aos olhos de Deus.
Conselheiro demostrará seu respeito ao discípulo, dando a
impressão de que o seu problema é o assunto mais importante e
único naquele momento.
Evite ler a Bíblia, atender o celular, lanchar ou fazer algo que
traga distração.
Aceitar incondicionalmente o consolidado

No processo de aconselhamento, o
consolidado deve ser aceito como ele é, isso
não quer dizer que o consolidador deverá
aprovar a má conduta, mas sim, aceitar o
aconselhado como uma pessoa dotada de
dignidade e valor.
Não julgue a pessoa e nem dê um sermão. Do
julgamento compete tão somente a Deus e não
é tarefa do consolidador aprovar ou desaprovar
os homens. Sua tarefa é compreendê-los,
escutá-los e anunciar-lhes Evangelho com
espírito de mansidão.
c) Escutar

O papel do discipulador como Conselheiro, é


completamente diferente do seu papel como
pregador. Woodworth explica: nós os pregadores,
temos a desvantagens de estar tão acostumado a
falar, que o nosso primeiro impulso é dizer algo.
Mas a técnica para o aconselhamento é distinta da
que se serve para a pregação.
É certo que as vezes temos que fazer certas
perguntas e observações para animar o consulente a
continuar a falando até que ponha todo o problema.
Refletir e responder:

Frequentemente o conselheiro repete verbalmente


o que o aconselhado diz, para que ele saiba que o
mesmo está compreendendo seus sentimentos.
Desta forma, o anima a continuar falando acerca
do seu problema. Ele tenta refletir seus
sentimentos parafraseando que o aconselhado
sente.
QUALIDADES DO CONSOLIDADOR-CONSELHEIRO

O que faz de alguém um bom Conselheiro? em um estudo de


quatro anos, conduzido com pacientes hospitalizados e vários
conselheiros, foi descoberto que os pacientes melhoravam quando
seus terapeutas mostravam um nível elevado de cordialidade
sinceridade e compreensão empática correta.
Quando faltavam essas qualidades ao conselheiro, os pacientes
pioravam.
Essas primeiras descobertas foram apoiadas por pesquisas
subsequentes tanto com pacientes quanto com aconselhados não
hospitalizados. A qualificação dos conselheiros são de tal
importância que vale a pena ser consideradas em mais detalhes:
Cordialidade

Este termo implica em cuidado, respeito preocupação


sincera, sem excessos, pelo aconselhado , sem levar
em conta seus atos ou atitudes. Jesus mostrou isto
quando se encontrou com a mulher, junto ao poço. As
qualidades morais dela deixassem a desejar, e Ele,
certamente, jamais aprovaria o comportamento
pecaminoso dela, mas, mesmo assim, Jesus respeitou a
mulher e a tratou como pessoa de valor.
Sinceridade
O conselheiro sincero é genuíno, uma pessoa
aberta, franca que evita o fingimento ou uma
atitude de superioridade. A sinceridade implica
em espontaneidade sem irreflexão e honestidade
sem confrontação impiedosa. Isto significa que
o ajudador é profundamente ele mesmo, não
sendo o tipo que pensa ou sente uma coisa e diz
algo diferente.
Empatia
Como o aconselhado pensa? Como ele se sente na verdade, por
dentro? Quais valores, crenças conflitos íntimos e mágoas do
aconselhado? O conselheiro mostra-se sempre sensível a essas
questões, capaz de entendê-las e comunicar eficazmente essa
compreensão (por palavras ou gestos) ao aconselhado. Esta
capacidade de “sentir com” o aconselhado é que queremos dizer com
compreensão empática correta. É possível ajudar as pessoas, mesmo
quando não as entendemos completamente, mas o conselheiro que
consegue estabelecer empatia, tem mais probabilidade de tornar-se
um ajudador eficaz.
 OUTRO MÉTODO DE ACONSELHAMENTO

Orientar ou Liderar

É uma habilidade mediante a qual o conselheiro prevê a


direção dos pensamentos do aconselhado e responde de
maneira a redirecionar a conversa.
“Você pode dar mais detalhes... ?
“ O que aconteceu então?

Com essas perguntas breves espera-se, orientar, ao máximo, a


discussão a direções produtivas.
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O CONSOLIDADOR E SEU
DISCÍPULO
APRENDENDO A SERVIR COMO
CONSOLIDADOR

Bem vindo a uma das tarefas mais


importantes da sua vida. Que privilégio e
que responsabilidade acompanhar um
novo convertido! Seu cuidado por esse
pessoa vai ajudá-lo a colocar
fundamento para uma vida de serviço a
Cristo.
QUANDO E ONDE SE ENCONTRAR

 Seja flexível quanto ao horário do encontro


 Separe ao menos uma hora juntos a cada semana,
para o trabalho da consolidação.
 Outra opção é vocês se encontrarem antes ou
depois da reunião da célula ou do culto.
ATIVIDADES DOS ENCONTROS NA
CONSOLIDAÇÃO
• Descontração.

• Ministração um ao outro.

• Revisão dos assuntos estudados anteriormente.

• Enfatize a necessidade de vida devocional: Bíblia, oração.

• Enfatize na participação das Redes, Célula e Escola de


Líderes.
VOCÊ CUIDA DO NOVO CRENTE

Cuidar é a palavra chave. As pessoas serão tocadas mais pelo


quanto você se importa com elas do que o quanto você sabe.
Dentro desta palavra estão suas atitudes que determinarão seu
sucesso como consolidador.
1. Compromisso
2. Intercessão
3. Amor
4. União
5. Dedicação
6. Responsabilidade
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O RELACIONAMENTO DISCÍPULO /
CONSOLIDADOR
O que fazer se o discípulo não reage como
esperado

A primeira coisa a saber é se o discípulo aceitou


verdadeiramente a Cristo como Salvador e Senhor.

Se o discípulo não está crescendo, a primeira coisa a fazer é


estabelecer uma ligação pessoal que permita um
compartilhamento profundo entre vocês dois. Confissão de
pecados e a identificação de fortalezas são o primeiro passo para
quebrar a ligação com o Inimigo. Paciência e oração são as
ferramentas de batalha pelo discípulo.
Se o caso for mais sério, compartilhe com seu líder imediato.
Estágios de conflitos

Uma vez conhecendo um ao outro, pode haver


conflitos que surgirão de seus estilos de vida,
sistema de valores ou prioridades.
Algumas vezes esse conflito pode ser intenso e
outras vezes mais superficial. Nesse estágio,
vocês dois devem aprender a aceitar um ao
outro e concordar que suas diferença não irão
prejudicar seu relacionamento. Peça ajuda ao
seu líder se não conseguir administrar essa
dificuldade.
Estágio de Comunhão

Esse estágio é conseguido após


alguns encontros.
Esse é o momento que as
verdadeiras necessidades virão a
tona e passos serão dados para
que vocês possam focalizar no
senhorio de Cristo.

Enfatize os sonhos e propósitos.


Estágio do ministério e alcance de outros.

Finalmente, você vai entrar em um relacionamento de confiança


profunda. Quando você sentir que alcançou bons resultados em
relação às necessidades do discípulo, mude o foco de seus encontros
para ajudar outras pessoas. Não deixe o racionamento individual
com um discípulo criar uma redoma onde não caiba mais ninguém.
Lembre-se: você é consolidador de muitos discípulos, e precisa
projetá-los ao crescimento espiritual.
O Consolidador forma pelo exemplo próprio.

Você alguma vez pensou que qualquer coisa que você faça, tanto faz se é algo
nobre ou não, é uma atitude que serve como modelo? Nós sempre somos
modelo! Não escolhemos se modelos; é o resultado inevitável de viver.
Em ICo 11.1 Paulo diz aos outros que sigam seu exemplo, porque ele estava
seguindo o exemplo de Cristo.
O autor da carta aos Hebreus nos diz em 13.7: “lembrem-se dos seu primeiros
líderes espirituais, que anunciaram a mensagem de Deus a vocês. Pensem como
eles viveram e morreram e imitem a fé que tiveram”.

Você tem defeitos... Mas você pode mostrar um coração de servo, um


espírito preocupado com os outros, um gesto de amor. É isso que é
necessário para tornar-se um modelo perfeito.
O Consolidador ensina

O ensino não é aquele baseado na transferência de


informação, mas na troca múltua. O companheirismo e uma
vida compartilhada são os mais profundos ensino de um líder
ao seus duiscípulos. A vivência é a marca mais profunda. O
“fazer junto” é mais produtivo e marcante no aprendizado do
discípulo.
Comece treinando as habilidades básicas

O primeira ação a se fazer é agir antes de falar; é demostrar


na ação antes da teoria.
O discípulo é motivado pela ação!

Os discípulos de Jesus após entender que os milagres


aconteciam após as noite de vigília (oração e consagração),
então eles pediram para que Ele pudesse ensiná-los a orar.
(Lc 11.1).
Na vida de Jesus, a demonstração sempre precedeu o
conteúdo falado.
O Princípio do Bambolê

O bambolê é um arco fino que as crianças giram em volta de


seu corpo, usando o quadril para gerar energia para mantê-lo
girando. Deve haver um espaço suficiente para o bambolê
poder girar em volta do corpo.
O princípio do bambolê sugere que você deixe algum
“espaço” entre você e o discípulo e enfatiza a importância não
controlar muito de perto o discípulo.

A confiança se desenvolverá quando ficar óbvio que você


não está usando um “amor sufocante” no relacionamento.
Nunca, de maneira alguma, dê ou empreste dinheiro
diretamente ao discípulo.

Não havia entre eles nenhum necessitado


pois vendiam as suas terras ou suas
casa, traziam o dinheiro e o entregavam
aos apóstolos. E cada um recebia uma
parte, de acordo com a sua necessidade
(At 4.34-35).
Ajude o discípulo a tomar decisões sozinho
Você deve ouvir os problemas dos
discípulos e suas batalhas espirituais, mas
não tente tomar as decisões finais por ele.

Deixe o discípulo usar seu próprio estilo


para adaptar a sua ajuda à situação. Isso
torna o discípulo capaz de lutar com os
detalhes, talvez um caminho diferente, e
descobrir sua força própria e a orientação
do Espirito Santo.
LIDANDO COM ÁREAS PROBLEMÁTICAS DA VIDA DO
DISÍCPULO

 O primeiro passo é ouvir: Ouça o discípulo e o Espírito Santo. Quando você de fato
manifesta os dons espirituais, você se torna um canal entre a fonte e situação. Escute
e faça perguntas; e só dê opinião quando for proposta pelo discípulo.

 Em lugar de aconselhar, ofereça esclarecimentos: Nem todos querem conselhos.


Você será respeitado pela sua experiência e esclarecimentos, não pelo conselho. Os
esclarecimentos são a ajuda mais significativa que se pode oferecer. Ore pelo
discernimento do Espirito!

 Não cai nesta armadilha: O consolidador diz: “você tem de...”, “você deveria...”, o
discípulo responde: “sim, mas...” (o conselho foi rejeitado). O consolidador fica
aborrecido (..você não quer resolver o seu problema) e o discípulo sente uma
aversão e constrangimento pelo conselho recebido. Nestes casos dificilmente ele
voltará a célula e ao discipulado.
 Evite fazer críticas: Julgar não contribui em nada, só produz defesas no
discípulo. Lembre-se de que existem duas coisas que motivam
poderosamente nossas vidas, sobrevivência e segurança.
Censurar e “pegar no pé” nunca mudam as pessoas. Todos nós já passamos
pela experiencia de ter pessoas nos censurando repetidamente e não
gostamos disso. Apesar disso, nós geralmente agimos assim.

 Evite salvar o discípulo das consequências do pecado. Todo pecado tem


consequências. O discípulo precisa de apoio, amor e confirmação, mas ele
não será privado de consequências. Sua dor precisa ser removida por meio
de ministração, e a raiva e o rancor precisam ser destruído.
 Trabalhe com sinceridade em comportamentos negativos e
repetitivos: Algumas vezes o discípulo se prende a um habito ou uma
atitude a que sempre retorna. Pode ser uma paixão, uma satisfação
sexual, uma explosão de ira temperamental, etc. Busque conhecer a
patologia do (erro, transtorno, ira, compulsão) que leva o discípulo a
incidência do pecado.

 Use ferramentas especiais par ajudar na ministração ao discípulo:

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