Elemento de Sustentação

Em linguagem espírita, o elemento de sustentação é todo participante de reunião mediúnica que atua de forma consciente, para
amparar, animar e defender o ambiente mental e fluídico. Qualquer pessoa, médium ou não, pode se preparar e assumir o papel de
elemento de sustentação, desde que tenha interesse e boa vontade em auxiliar.
Muitas pessoas, ao iniciarem as suas atividades em um grupo espírita e verificando que não possuem mediunidade ostensiva, sentem-
se frustradas e se desmotivam. Creem que só podem ser úteis em tarefas que não envolvam o intercâmbio com os Espíritos. Que seria
dos médicos se não fossem os enfermeiros?
O grupo mediúnico não é formado somente por dirigente, dialogadores e médiuns. Será muito útil e valiosa a presença de outros
companheiros, mesmo sem mediunidade ostensiva, respeitados o limite numérico e com o devido preparo.

1. Função
A função do elemento de sustentação na reunião mediúnica é propiciar a doação de fluidos e zelar pelo equilíbrio do ambiente. É
elemento fundamental para que a reunião ocorra, assim como os outros elementos.
Sua participação concorre para o bom êxito das comunicações e, por isso, é a “estaca de sustentação” do grupo mediúnico.
Nas reuniões espíritas bem orientadas, quando houver somente médiuns ostensivos, alguns deles costumam ser destacados pelo
dirigente para atuarem na sustentação ao invés de se disporem a segurança e eficiência dos trabalhos.

2. Como e a quem sustentar

Durante os trabalhos mediúnicos, o elemento de sustentação atua discreta e silenciosamente, por meio de pensamentos
elevados e sentimentos bondosos, como paz, entendimento, calma, benevolência, tolerância.
A sustentação deve ser dirigida aos:
 Espíritos assistidos: para que recebam o auxílio, consolo e orientação acertados para o que necessitam;
 Médiuns: para que possam receber e transmitir os pensamentos e sentimentos dos manifestantes com fidelidade e
segurança;
 Dialogadores: para que sejam inspirados e encontrem os argumentos mais adequados para o caso em atendimento;
 Dirigente: respeitando-lhe a organização e atendendo-lhe os apelos de maior concentração mental, quando necessário.

3. Durante a reunião mediúnica

O elemento de sustentação deve obedecer à mesma disciplina e organização que regem os demais participantes da reunião
mediúnica. O seu comportamento deve ser o de:
 Manter a concentração, a elevação dos pensamentos, o estado de oração e sentimento fraterno, para que os trabalhos
ocorram em ordem e sob a proteção dos bons Espíritos;
 Permanecer atento aos diálogos, sem interferir mental e fluidicamente com pensamentos discordantes ou opiniões pessoais.
Nunca fazer mentalmente trabalhos de doutrinação paralela ao que estiver sendo realizado pelo dialogador;
 Vibrar fraternalmente pelos comunicantes perturbados e infelizes, a fim de que sintam o benefício e a sinceridade do
propósito de auxílio, sem fazer associações com outros casos;
 Não alimentar ideias de censura ou de crueldade para com os comunicantes. Pensar como se estivesse atendendo um
parente muito querido, ouvindo-os com caridade e aprendendo com sua dolorosa experiência para não praticar os mesmos
erros;
 Vibrar com simpatia e gratidão para com os Espíritos benévolos e superiores que se manifestam;
 Permanecer mentalmente ligado ao ambiente da reunião, sem entrar em desdobramento nem sair espiritualmente do
ambiente, a não ser que instruído pelo dirigente.

4. Atitudes a cultivar
Não se espera que o elemento de sustentação seja um verdadeiro santo, mas considerando-se a importante influência que
exerce sobre o meio mediúnico, as seguintes atitudes devem ser cultivadas:
 Responsabilidade: como parte de uma equipe, deve obedecer a regras e procedimentos estabelecidos para o trabalho,
colaborando para que as atividades sejam desempenhadas de forma organizada e tranquila;
 Estudo: conhecer a Doutrina Espírita e estudar tudo o que diz respeito à mediunidade, ao trabalho com a espiritualidade, aos
fluidos, a fim de poder auxiliar eficientemente o dirigente do trabalho e os seus colegas, médiuns ou não;
 Firmeza mental e emocional: como é o responsável pela manutenção do padrão vibratório durante o trabalho, deve esforçar-
se em adquirir firmeza de pensamentos e sentimentos para a segurança do trabalho, evitando desequilíbrios emocionais e
espirituais;
 Equilíbrio vibratório: como movimenta energias com os seus pensamentos e sentimentos, deve manter um padrão vibratório
elevado em todas as circunstâncias da vida, a fim de poder se manter equilibrado em qualquer situação e ajudar o grupo,
quando necessário. Para esse fim, a prece diária, o evangelho no lar, a reforma interior são práticas que não podem ser
desprezadas;
 Compromisso com a casa, o grupo, os mentores e os assistidos: a sustentação não é o produto de improviso ou mero
passatempo. Deve procurar não faltar, ser pontual, dando exemplo de disciplina e ordem;
 Ausência de preconceitos: conscientizar-se de que não está ali para julgar ou criticar os casos que têm a oportunidade de
observar, nem as assistências que são realizadas, mas para colaborar a fim de que sejam solucionados da melhor forma, de
acordo com a sabedoria e a justiça de Deus;

Fonte: Orientações Mediúnicas – Teddy Nilson e Therezinha Oliveira

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  Discrição: nunca relatar ou comentar, dentro ou fora do grupo em que atua, as informações que ouve, os problemas de que
toma conhecimento e os casos que presencia nos trabalhos de que participa. A discrição deve ser sempre observada não só
por respeito aos assistidos, como por segurança, para que entidades envolvidas nos casos atendidos não venham a se ligar a
trabalhadores, provocando desequilíbrios;
 Coerência: deve manter conduta sadia e elevada, dentro e fora da casa espírita, para que não seja alvo da cobrança de
entidades que observam a todos, no intuito de desmascará-lo.

Como se vê, os requisitos do elemento de sustentação são os mesmos a serem preenchidos pelos médiuns ostensivos, que
entram em contato direto com as entidades, exigindo o mesmo esforço, a mesma dedicação e a mesma responsabilidade.

5. Cuidados a tomar
Não menos importantes que o cultivo de boas atitudes, os cuidados para conter o excesso e para não cair em desmotivação
devem ser continuamente buscados pelo elemento de sustentação. Algumas das situações mais comuns a serem evitadas são:
 “Adotar” o comunicante ou o assistido: pela boa vontade em auxiliar e sentindo-se penalizado com o caso que presenciou,
manter o pensamento neles ligado. O atendimento é o resultado do trabalho em grupo e em local preparado, que é a casa
espírita, como medida emergencial. Após a conclusão dos trabalhos, o plano espiritual continuará tomando as providências
mais adequadas aos que se comunicaram;
 Reter o Espírito junto ao médium: ao considerar que o dialogador não correspondeu à necessidade do comunicante, desejar
que o Espírito permaneça presente para absorver melhor os fluidos do médium e do ambiente. Pela potência de seu
pensamento, poderá imantar o Espírito ao médium, desgastando-lhe as energias. Isso representará trabalho adicional para os
bons Espíritos, que estão incumbidos de completar o atendimento;
 Dormir durante o trabalho: deixando-se anestesiar, a sua atividade fará falta e perderá os benefícios da reunião. Muitas
vezes, o sono ou torpor que ocorre nas horas de atividades espíritas, como reuniões mediúnicas, aulas, palestras representam
falta de integração com os objetivos da reunião ou indícios de atuação de obsessores, que tentam anular a ação pela hipnose
à distância.

6. Sustentar não cansa

Se estiver atento à reunião, com atenção nos atendimentos e vibrando em benefício dos que precisam, o pensamento não se
dispersará e não sentirá cansaço. Ao contrário, o colaborador sairá da reunião com mais disposição porque também absorverá as
emanações fluídicas revigorantes do ambiente. A sensação de dever cumprido renova o interesse em continuar o esforço da
renovação constante.

7. Perguntas frequentes
 Qual o termo correto: elemento de sustentação ou médium de sustentação?
O termo correto é elemento de sustentação. O elemento de sustentação não intermedeia comunicações como um médium
da reunião, por não ser um médium ostensivo. O elemento de sustentação, como qualquer um, possui certo grau mediúnico,
mas muito distante do médium ostensivo. O termo “médium de sustentação” é erroneamente empregado e gera muita
confusão, até nos meios espíritas. Devemos reservar a denominação de médium àqueles que têm a faculdade de forma
ostensiva.
 Deve haver intervalos na de sustentação no decorrer do trabalho?
Sim, os intervalos devem ser conduzidos pelo próprio elemento de sustentação. Após a conclusão de alguma manifestação
que tenha acompanhado, deve fazer uma breve e discreta desconcentração antes de outro atendimento. Isso fará com que
sua predisposição mental se volte com mais intensidade para um novo caso acompanhar.
 Como sustentar comunicações simultâneas?
Havendo comunicações múltiplas, ater-se a uma delas e acompanhá-la até o final. As demais comunicações não ficarão
desprotegidas, porque o plano espiritual se incumbe de recolher, manipular e distribuir todos os recursos disponíveis na sala.
 O que fazer quando não for possível ouvir diálogos?
Vibrar pelo equilíbrio do ambiente espiritual da reunião em geral, confiando aos protetores espirituais a tarefa de utilizar as
emanações disponíveis na manutenção da corrente vibratória da sala e em prol dos assistidos.

Fonte: Orientações Mediúnicas – Teddy Nilson e Therezinha Oliveira

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