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SEMINÁRIO ADVENTISTA LATINO AMERICANO DE TEOLOGIA

FACULDADE ADVENTISTA DA BAHA

DANIEL DE OLIVEIRA SOUSA

DIVÓRCIO ENTRE CASAIS ADVENTISTAS: A (IN)EFICIÊNCIA DO


ACONSELHAMENTO PASTORAL

CACHOEIRA
2023
DANIEL DE OLIVEIRA SOUSA

DIVÓRCIO ENTRE CASAIS ADVENTISTAS: A (IN)EFICIÊNCIA DO


ACONSELHAMENTO PASTORAL

Projeto de Pesquisa submetido como parte dos


requisitos necessários para a disciplina Temas
Contemporâneos na Teologia Adventista ao
Programa de Mestrado em Teologia (Intracorpus)
da Faculdade Adventista da Bahia. Prof. Dr.
Elmer Grusman

CACHOEIRA
2023
CAPITULO 2

2.1 Aconselhamento Geral

A vida num mundo caído está cheia de pecado e miséria. Todo ser humano,
homens, mulheres e até crianças passam por problemas e dificuldades, todos nós em
algum momento da vida nos encontramos aflitos, angustiados, com dor, com aquele
sentimento de amargurar da vida, depressão resistente, tristeza profunda diante da
prática de adultério, ira violenta, falta de comunicação crônica, lutas com a culpa por
adição à pornografia, transtornos alimentares de evitação fóbica a calorias, câncer
recorrente, atração secreta por pessoa do mesmo sexo, ideações suicidas e a lista
continua, e em momentos como estes precisamos de ajuda, de alguém para aconselhar.
Desde tempos muito antigo aos nos relacionamos com outras pessoas, percebemos que
existe a necessidade de ajudarmos e sermos ajudados, aconselharmos e sermos
aconselhados. O aconselhamento, portanto, faz parte da vida do ser humano. É aquela
ajuda necessária para segui adiante. Cada ser humano em algum momento da sua
história vai dar ou receber conselhos, o aconselhamento é algo que acompanha o ser
humano por toda sua vida.
Neste capitulo vamos abordar o tema do aconselhamento pastoral para casais
que estão em fase de separação/divórcio, especificamente para casais cristãos em crise.
precisamos primeiro compreender a noção do que é aconselhamento em geral, e
também abordaremos os conceitos de aconselhamento psicológico (também chamado de
aconselhamento terapêutico), aconselhamento espiritual e as diferenças que possam
existir entre esses dois tipos de aconselhamentos, embora não pretendamos esgotar
todas as informações sobre estes temas.
Forguieri (2007) diz que, “o aconselhamento terapêutico ou psicológico é a
relação entre duas ou mais pessoas, por meio de uma conversação, na qual a presença de
um aconselhador torna-se existencialmente terapêutico para uma ou várias destas
pessoas, que são os aconselhando”. Para ela, trata-se de uma relação interpessoal que
requer a presença genuína do aconselhador, manifestada por ele mediante a diferentes
atuações, como informações, esclarecimento, o exame e a reflexão a respeito de
situações conflitantes vividas pela pessoa que está sendo aconselhada.
O aconselhamento, em sua forma simples, é uma pessoa procurando andar ao
lado de outra que perdeu seu caminho. (PIERRE e REJU, 2015).
Pierre e Reju (2015) afirma que nem todas as situações começam da mesma
maneira. O aconselhamento começa com a pessoa inquieta procurando ajuda. O
aconselhamento iniciado pela própria pessoa é geralmente a maneira mais natural de
desencadear o processo. isso acontece geralmente porque ela está ciente de sua
necessidade de ajuda independentemente de qual seja o assunto, essas conversas podem
ser resumidas nas palavras “Eu preciso de ajuda”. Em outras palavras o aconselhamento
é alguém precisando de ajuda e encontra outro alguém que pode ajudar, com palavras,
com conselhos, ou apenas ouvindo o desabafo da pessoa que precisa tirar as cargas do
sofrimento dos seus ombros. Às vezes, apenas um ombro já é o suficiente para servir de
conselheiro para alguém que precisa achar o caminho.
Pereira (2009), diz que o Conselheiro é procurado para ajudar pessoas que
estão passando por mudanças em suas vidas. Que estão vivenciando momentos de
transição, dor e angústia, que têm seu equilíbrio e o fluxo do existir abalados. Sendo
assim, cabe a ele examinar, com seu conselheiro, as situações conflitantes vivenciadas
por esse, ampliar a sua percepção a respeito da problemática em questão e analisar os
recursos e capacidades pessoais do mesmo para enfrentá-lo.
É tão importante o papel do aconselhador terapêutico que “a pessoa que
procura ajuda psicológica, ao falar de seus dilemas e dificuldades, pouco a pouco,
descobre os seus recursos, capacidades e potencialidades para lidar com seus problemas.
Dessa forma, ela percebe-se como um ser que, mesmo fragilizado, pode responsabilizar-
se por sua existência”. (Pereira, 2009)
Para um bom desenvolvimento da terapia, terapeuta e paciente precisa entrar
em uma relação de sintonia, essa harmonia é fundamental para que a influêmcia alcance
seu propósito. Forguieri (2007) comenta que:
“ao se deixar envolver pelo cliente, sintonizando-se
com ele, em um nível de igualdade e solidariedade, o
terapeuta propicia a esse: não se sentir sozinho, por
perceber a presença do terapeuta junto de si; deixar
de ser apenas um paciente para se tornar um agente,
participante, ao perceber que “mexe” com o
terapeuta, que consegue influencia-lo.”
Roger F. Hurding apresenta níveis de aconselhamento. Nível 1. “[..] Alívio do
peso dos problemas diante de um ouvinte compreensivo, 2. Vazão de sentimentos num
relacionamento de apoio. 3. Discussão de problemas existentes com um ajudador que
não assuma a posição de juiz”. (HURDING, 1995 apud BROWN e PEDDER, 1979, p.
95).
O autor destaca que “[...] a essência do aconselhamento e da psicoterapia
encerra a ideia de ajudar ao outro por meio de um relacionamento de cuidado.
(HURDING, 1995, p. 35) Roger F. Hurding, ressalta que “[...] o aconselhamento da
psicoterapia tem por objetivo produzir uma mudança construtiva do comportamento e
da personalidade.” (HURDING, 1995 apud TRAUX e CARKHUFF, 1967, p. 4).
Outro ponto importante para a eficácia do aconselhamento é a relação entre
conselheiro e aconselhado, é preciso confiança. Alguns indivíduos, mesmo sentindo
necessidade de um aconselhamento fica cheio de receios com relação ao outro que ele
precisa se abrir, contar sobre suas feridas, seus sentimentos, suas decepções e mágoas,
falado sobre esse assunto Collins, (2004, p. 46 e 47) apresenta algumas características
pessoas do conselheiro que proporcionam uma boa relação com seu paciente:
1. Calor humano. Esta expressão implica em atenção, respeito
e numa preocupação sincera, porém não sufocante, com o bem
estar do aconselhando, independentemente de suas ações ou
modo de pensar. Jesus demonstrou essa qualidade ao encontrar
a samaritana no poço. Embora os padrões morais daquela
mulher fossem baixos, e Jesus jamais tivesse feito vista grossa
ao pecado, ele a respeitou e tratou-a como um ser humano que
tinha valor. A ternura e o cuidado de Jesus deviam ser traços
bem marcantes de sua personalidade. 2. Sinceridade. O
conselheiro sincero é autêntico - aberto, honesto, alguém que
não recorre à falsidade, nem se coloca em posição superior. Ser
sincero significa ser espontâneo, mas não impulsivo; ser
franco, mas não insensível. O conselheiro autêntico demonstra
o que é realmente, sem a hipocrisia de pensar uma coisa e dizer
outra. 3. Empatia. O que o aconselhando pensa? Como ele se
sente, realmente? Quais são seus valores, crenças, conflitos
íntimos e feridas da alma? O bom conselheiro está sempre
sensível a essas questões, é capaz de compreendê-las e usa suas
palavras e gestos de forma a fazer com que o aconselhando
perceba isso. Empatia é exatamente essa capacidade de “sentir
o mesmo” que o aconselhando. E possível ajudar as pessoas
mesmo sem compreendê-las inteiramente, mas o conselheiro
que consegue transmitir empatia (principalmente no início do
processo terapêutico) tem maiores chances de sucesso.
(COLLINS, 2004, p. 47)
2.2 Aconselhamento psicológico

O aconselhamento psicológico trabalha o comportamento humano. E tratar


com as nossas emoções não é nada fácil, porém, cuidar da saúde mental e as diversas
emoções dos outros, é uma tarefa ainda mais desafiadora, é preciso equilíbrio emocional
e psicológico para saber lhe dar com as diversas situações que a vida nos apresenta. O
desafio se torna ainda maior quando existem transtornos, traumas causados por algo que
aconteceu que, como um gatilho, desencadear todo o desequilíbrio psicológico em uma
pessoa. No entanto, o conselheiro terapeuta precisa estar preparado para prestar seus
serviços ajudando seu paciente a sair do drama que se encontra. O conselheiro
psicológico se terna fundamental para trazer a pessoa de volta aos trilhos da sua vida.
Apresentando o tema do aconselhamento psicológico, Pereira (2009), afirma que:

O aconselhamento psicológico configura-se como uma relação de ajuda.


Trata-se de um processo de interação entre as duas pessoas, aconselhador
e aconselhando, em que o primeiro procura ajudar o segundo a se superar
o seu adoecimento existencial. (Pereira, 2009 f.17)

A autora enfatiza que o conselheiro é visto como um profissional que recebe


uma ampla gama de demanda e que possui recursos e flexibilidade para propor
diferentes alternativas de ajuda, incluindo informações orientações, encaminhamento e
psicoterapia. A proposta do aconselhamento psicológico, nesta perspectiva, não tem a
pretensão de encontra explicação para todos os conflitos existentes e vividos por uma
pessoa. O aconselhamento psicológico é uma relação entre o aconselhador e o
aconselhado, entende-se que:
“este tipo de relação de ajuda só acontece quando o conselheiro
psicológico acredita que toda que toda pessoa é capaz de viver e elaborar
suas experiências de forma integradora, quando se engaja numa relação
em que o profissional está disposto a compreendê-la e ajudá-la. O desejo
de acompanhar o cliente na aventura da compreensão de sua existência,
exige que o conselheiro suspenda o impulso de curar, julgar ou
interpretar, acompanhando cada pessoa e fenômeno do seu próprio ritmo,
momento e a momento. (Pereira 2009)
Desta forma, diz a autora, fica claro que quem dirige o atendimento é o
aconselhando, que se sente livre para explorar qualquer aspecto da vida, no momento
que julgar necessário e oportuno. A prática do aconselhamento psicológico é
caracterizada pela não-diretividade da fala e conduta do cliente o que nos mostra que
que o psicólogo não assume uma posição superior à do aconselhando. Pelo contrário,
ambos encontram-se no mesmo nível, porém com tarefas diferentes.
A autora entende por aconselhamento psicológico a relação estabelecida entre
aconselhador e aconselhando, em que o primeiro examina, com o último, os dilemas,
problemas e dificuldades que o levaram a buscar ajuda profissional, com o intuito de
ampliar a sua percepção acerca dessa problemática e analisar suas capacidades e
recursos internos para enfrentá-la.

2.3 Aconselhamento espiritual/pastoral

A espiritualidade e a religiosidade estão presente na vida de cada pessoa cristã,


sãos eles que norteiam a vida dessas pessoas, e quando um problema acontece, elas
precisam serem orientadas com base nestes parâmetros, neste caso, o aconselhamento
espiritual é preferível do que outro tipo de tratamento.
No conceito de aconselhamento espiritual Pereira (2009), diz que o
aconselhamento espiritual ou pastoral nasce da vertente existencial da direção espiritual
e apoia-se sobre o exemplo deixado pelo próprio Cristo, quando, no Evangelho ele se
encontra com pessoas oprimidas, doentes, angustiadas e solitárias.
Barry e Conolly (1999) afirma que a função específica do aconselhamento
espiritual consiste em ajudar o indivíduo em seu processo de crescimento na relação
com Deus. Para eles o aconselhamento espiritual configura-se como como uma ajuda
oferecida a um cristão: “Ajuda essa que capacita este outro a prestar atenção à
comunicação pessoal de Deus com ele, a responder a esse Deus pessoalmente
comunicante, a aumentar a sua intimidade com ele e a viver as consequências desse
relacionamento.” (Barry e Conolly, 1999, p. 22)
O aconselhamento espiritual acontece quando uma pessoa busca ajuda e recebe
apoio para conduzir a sua vida em direção a Deus, para fazer a vontade de Deus.
Segundo Pereira (2009), o aconselhamento espiritual acontece quando o conselheiro
apresenta-se como um serviço que o padre-conselheiro assiste as pessoas, mas
comumente, quando devem enfrentar situações problemáticas e resolvê-las, tendo
presente, por um lado, preparação humanista e, por outro lado, a preparação ética,
espiritual e teológica.
Danon (2003) declara que:
“O conselheiro pastoral [espiritual] não é simplesmente o confessor, é o
fruto de uma longa evolução e de uma original colaboração entre a
teologia e ciência do comportamento, entre religião e ciência. Nos
Estados Unidos, o conselheiro pastoral trabalha em estreita colaboração
com os serviços de higiene mental e com as comunidades religiosas locais
e oferece uma válida contribuição ao enfrentar e, sobretudo, ao prevenir
muito sofrimento social, problemas ligados à drogas, ao álcool, conflitos
familiares, violência, depressão, suicídio, delinquência juvenil e outros.
Além de lugares de culto (igrejas, sinagogas), atua no âmbito dos
hospitais, presídios, universidades, quartéis, escola primária e
secundária.” (Danon, 2003, p. 206)
Dentro do aconselhamento pastoral/espiritual, precisamos destacar o
aconselhamento neutético, mas o que é o aconselhamento neutético? Considerando este
assunto Jay E. Adams descreve a confrontação neutética nos seguintes termos:
É importante definir de modo preciso a confrontação neutética. Que
significa a palavra neuthétesis? O termo contém mais de um elemento
fundamental. Esta é uma das razões da dificuldade para traduzi-lo. A
traduções tradicionais vacilam entre as palavras “admoestar”, “exortar” e
“ensinar”. A. T. Robertson (em sua exposição da epístola aos colossenses
1.28) verteu-o para “pôr sentindo em”. Existe a tradução “aconselhar”,
não obstante, nenhum vocábulo em português comunica o pleno sentido
da palavra neuthétesis. Uma vez que se trata de um vocabulário rico de
significado, sem equivalente exato em português, ele é transliterado neste
volume. (ADAMS, 2008, p. 57)
O autor acrescenta que “A confrontação neutética sempre envolve um
problema e pressupõe um obstáculo que tem que ser vencido; algo vai mal na vida
daquele que é confrontado.” (ADAMS, 2008, p. 58). Fazendo um acréscimo ao conceito
do termo confrontação neutética, Jay E. Adams diz que:
Assim, ao conceito de noutétese deve-se acrescentar a dimensão adicional
da confrontação verbal pessoa a pessoa. A noutétese pressupõe uma
confrontação do tipo de aconselhamento cujo objetivo é realizar
mudanças de comportamento e de caráter no cliente. Em si mesma, a
palavra nem inclui nem exclui uma situação de aconselhamento formal.
Ela é suficientemente ampla para abranger a confrontação a pôr em ordem
o individuo mediante a mudança de seus esquemas de conduta, de modo
que estes se enquadrem nos padrões bíblicos. (ADAMS, 2008, p. 59)

O problema é que nem todos os pastores estão preparados para assumi esse
papel de pastor conselheiro, falta preparo, falta conhecimento, segundo Collins (2004, p.
43), a pesar do conhecimento que temos hoje, três em cada quatro conselheiros
desempenham mal a sua função. Ele diz ainda que, “[...] pesquisas recentes demonstram
que a maioria dos pastores e sente despreparados para assumir as responsabilidades do
aconselhamento e grande parte deles não sabem aconselhar corretamente.” (COLLINS,
2004, p. 43)

Há, entretanto, alguns que têm sucesso e aconselha com muita eficiência e
maestria. Collins (2004), apresenta alguns objetivos do aconselhamento, entre eles
temos os seguintes:

O aconselhamento pode, por exemplo, ajudá-las a identificar


padrões de pensamento que geram atitudes negativas,
aperfeiçoar seus métodos de relacionamento interpessoal,
ensinar novos comportamentos, orientá-las em decisões
difíceis, ajudá-las a mudar seu modo de viver, ou ensiná-las a
mobilizar recursos internos nos momentos de crise. Em alguns
casos, o aconselhamento guiado pelo Espírito Santo consegue
libertar o indivíduo de complexos arraigados, memórias do
passado ou atitudes que estão impedindo o seu
amadurecimento. Para o incrédulo, esse aconselhamento pode
funcionar como uma espécie de “pré-evangelismo”, removendo
alguns obstáculos que impedem a conversão. Evangelismo e
discipulado são, portanto, os alvos principais de um
conselheiro cristão, embora não sejam os únicos.

Collins (2004, p. 45) fala de outros objetivos e descreve o que as pessoas


esperam do aconselhamento, além de se conhecer melhor e de querer se sentir melhor,
ele apresenta alguns elementos que, provavelmente aparecem em todas as listas:

1. Autoconhecimento. Entender a si mesmo é, geralmente, o


primeiro passo para a cura. Muitos problemas são gerados pelo
próprio indivíduo, mas o aconselhando pode não ter condições
de reconhecer sozinho a existência de ideias preconcebidas,
modos de pensar prejudiciais ou comportamentos
autodestrutivos. Por exemplo, há pessoas que chegam dizendo
“ninguém gosta de mim” e não conseguem ver que esse tipo de
reclamação incomoda os outros de tal forma que acaba se
tornando uma das maiores razões para a rejeição. Uma das
metas do aconselhamento é levar o aconselhando a perceber
com clareza o que acontece no seu interior e no mundo à sua
volta e, para isso, o terapeuta precisa usar toda a sua
perspicácia e objetividade. 2. Comunicação. Todo mundo sabe
que muitos problemas conjugais estão relacionados com falhas
na comunicação do casal. Em outros tipos de relacionamento
interpessoal ocorre a mesma coisa. Muitas pessoas são
incapazes de se comunicar, ou não querem fazê-lo. O
aconselhando deve ser estimulado a expor seus sentimentos,
pensamentos e emoções de maneira clara e precisa. Esse tipo
de comunicação exige que a pessoa aprenda a se expressar com
clareza e a interpretar corretamente as mensagens transmitidas
pelos outros. 3. Aprendizado e mudança de comportamento.
A maior parte de nossos comportamentos, senão todos, são
aprendidos. O aconselhamento, portanto, inclui ajudar o
aconselhando a desaprender comportamentos nocivos,
substituindo-os por outras formas de ação mais produtivas.
Esse tipo de aprendizado ocorre através do ensino, da imitação
de um modelo, que pode ser o próprio conselheiro ou outra
pessoa, e da experiência prática baseada na tentativa e erro. Em
alguns casos, é necessário analisar também qual foi o motivo
do fracasso, para que o aconselhando possa corrigir o erro e
tentar de novo. Suponha, por exemplo, que você esteja
aconselhando um jovem que se sente inseguro para namorar. O
namoro é um comportamento aprendido. Se você reler os
parágrafos anteriores, certamente irá pensar em várias formas
de ajudar essa pessoa. 4. Autorrealização. Alguns autores têm
enfatizado a importância de ajudar as pessoas a atingirem e
manterem o máximo de seu potencial. Este conceito é
denominado “autorrealização” e alguns conselheiros afirmam
que essa é uma meta intrínseca de todo ser humano, quer esteja
ele passando por aconselhamento ou não. No caso de um
crente, esse termo deveria ser substituído por “Cristo-
realização”, indicando que o alvo da vida é ser perfeito em
Cristo, desenvolvendo ao máximo nossas potencialidades
através do poder do Espírito Santo, que nos dá maturidade
espiritual. 5. Apoio. Muitas vezes, as pessoas conseguem
atingir todos os objetivos apresentados acima e desempenhar
suas funções adequadamente, exceto por períodos temporários
de estresse ou em momentos de crise. Esses indivíduos
precisam receber apoio, encorajamento e ajuda para “levar sua
carga” durante um período, até que possam mobilizar
novamente seus recursos emocionais e espirituais para
enfrentar os problemas da vida. 6. Integridade espiritual. Em
seu livro sobre aconselhamento, Howard Clinebell escreve que
o cerne do cuidado pastoral e do aconselhamento consiste em
ajudar as pessoas a lidar com suas necessidades espirituais e
atingir a integridade espiritual. Embora falar de religião possa,
às vezes, ser um artifício que o aconselhando utiliza para
esconder seus problemas psicológicos e emocionais, o
contrário também acontece. Os aconselhandos muitas vezes
têm dificuldade de ver, ou admitir, que todos os problemas
humanos têm uma dimensão espiritual. Muitos concordariam
com a tão citada conclusão de Cari Jung a respeito de seus
pacientes acima de trinta e cinco anos: “não encontrei nenhum
cujo problema, em última análise, não fosse o de encontrar uma
explicação religiosa para a vida”. O conselheiro cristão,
portanto, tem um papel de líder espiritual que orienta o
crescimento do aconselhando, ajuda-o a enfrentar conflitos de
natureza espiritual e o torna capaz de descobrir crenças e
valores significativos. Em vez de tentar estabelecer um diálogo
com aconselhando, o cristão se esforça para manter um
“triálogo” que envolva a presença de Deus no centro do
processo de aconselhamento realmente eficiente. (COLLINS,
2004, p. 45)
Hoff (1996), apresenta dois principais métodos de aconselhamento pastoral: a
técnica diretiva e a não-diretiva. A técnica diretiva o papel do pastor é semelhante ao do
médico. O membro descreve seu problema e o pastor formula as perguntas, reúne
informações, faz o diagnóstico e oferece o remédio. A única responsabilidade do
assistido é cooperar com o pastor e colocar em práticas seus conselhos. O autor afirma
que este método embora apresente bons resultados, ele é perigoso e pode apresentar
algumas debilidades, primeiro porque o pastor pode se enganar no diagnóstico e perder
a oportunidade de ajudar a pessoa assistida, segundo que o conselho pode ser mais
prejudicial do que benéfico, sem falar com o assistido pode perder a oportunidade de
considerar seu problema e compreender a si mesmo e curar-se emocionalmente. Neste
caso a pessoa que é aconselhada pode acostumar-se a depender do pastor em vez de
resolver seus próprios problemas.
Na técnica não-diretiva, o assistido é a figura central; ele fala livremente de
seus problemas e sentimentos. O conselheiro o escuta, reflete e responde. O conselheiro
ajuda o assistido a compreender a si mesmo, a encontrar a causa do problema, a ver as
alternativas, a tomar a sua própria decisão e a realizá-la.
Hoff (1996) apresenta metas para o aconselhamento pastoral. São elas: O
propósito do aconselhamento pastoral é ajudar as pessoas em suas necessidades, e cada
pessoa tem suas necessidades particulares, mas em geral todas as pessoas procuram
ajuda para diminuir as emoções destrutivas, que o conselheiro veja com objetividade o
seu problema, conseguir fazer com que a pessoa entenda a si mesma e de maneira
crescente, que a pessoa aprenda a valorizar-se, aceitar as responsabilidades que a vida
apresenta sem desculpas ou queixas, melhorar os relacionamentos interpessoais, ajudar
a enfrentar o seu sentimento de culpa, a dominar a hostilidade, a perdoar aos outros,
aprender a amar e ser amada, aprender a relacionar-se com os outros, ajudar a pessoa a
mudar suas atitudes, suas normas, seus valores, sua conduta, apoio em momento de
crise ou angústia, desenvolver uma perspectiva realista da vida, que no mundo existem
problemas e desilusões, desenvolver na pessoa uma crescente confiança em Deus.

2.4 Aconselhamento pastoral para casais em crise

Durante esses anos de ministério pude perceber que a tarefa mais


difícil na vida de um pastor, não importa a sua denominação, é quando esse
pastor precisa aconselhar pessoas que estão em crise, especialmente quando se
trata de relacionamento. Um conflito existente na vida de uma pessoa é
bastante complicado, mas quando esse conflito envolve duas ou mais pessoas,
a situação fica ainda mais tensa e intensa. Pierre e Reju (2015), comenta que:
Jesus pode compadecer-se de nós porque se expôs a si mesmo à
experiência real de tentação. Ele entrou como um participante no perigo
de um mundo amaldiçoado pelo pecado e pode, agora, lidar gentilmente
com os fracos e errantes, visto que entende a fraqueza deles. Aquele que
podia existir por toda a eternidade sem jamais experimentar dor ou
sofrimento entrou numa realidade em que foi caracterizado por ambos.
Ele foi “homem de dores e que sabe o que é padecer” (Is 53.3). E este
mesmo fato se aplica aos pastores que servem ao rebanho de Deus. Jesus
se coloca nas águas turvas de fraquezas, desvios e sofrimento de seu povo
e convoca os pastores a se unirem a ele ali. Os pastores que querem segui-
lo têm de passar dificultosamente por águas desconhecidas. A superfície
suja os impede de saber quão profundas são as águas, e o odor os adverte
de algo desagradável abaixo da superfície. Mas eles confiam naquele que
os chama a segui-lo.

Todas as ovelhas fedem, umas fedem mais do que as outras, mas o pastor
precisa estar perto destas ovelhas para cuidar, e acaba sentindo seu fedor, as vezes esse
fedor passa para o pastor. Neste caso, o pastor precisa entrar na vida das pessoas para
poder ajuda-las em suas crises. Pierre e Reju (2015), chega a dizer que “o labor pastoral
envolve identificar-se com a fraqueza e pecado das pessoas. Condescendência.”
O cuidado pastoral é bíblico, vem de Deus. A bíblia diz: “Como pastor,
apascentará o seu rebanho; entre os braços, recolherá os cordeirinhos e os levará no seu
regaço; as que amamentam, ele as guiará mansamente.” Isaías 40:11 “Procurarei as
perdidas e trarei de volta as desviadas. Enfaixarei a que estiver ferida e fortalecerei a
fraca, mas a rebelde e forte eu destruirei. Apascentarei o rebanho com justiça.”
Ezequiel 34:16.
O pastor conselheiro precisa está atento a suas ovelhas para cuidar delas, Hoff
(1996) comenta que: “o Verdadeiro pastor deve estar onde estão as ovelhas. Ele se
compadece de suas fraquezas, as ama de coração, as consola e as cura. Vive perto delas,
pensa com a mente delas, vê com os olhos delas, sente com o coração delas, sofre as
tristezas delas, leva junto com elas as cargas, e deste modo cumpre o mandamento de
Cristo.
Ao cuidar do rebanho, o pastor precisa ser um pastor conselheiro, e está atento
a cada detalhe da vida de suas ovelhas, especialmente aquelas que estão vivendo uma
crise. Quando se trata de relacionamento, este assunto se torna ainda mais delicado, e
quando se trata de relacionamento matrimonial, o assunto fica mais estreito. É fácil
notar que “[...] estamos vivendo numa época em que a infelicidade conjugal é mais
comum, e em que muitas pessoas veem o divórcio como uma saída de emergência
conveniente e sempre disponível, para o caso dos problemas matrimoniais ficarem
muito difíceis de resolver.” (COLLINS, 2004, p. 476).
Por pouca coisa, as vezes por quase nada, as pessoas já estão pensando em um
divórcio, é como se a solução para seus problemas fossem a separação, desconsiderando
o casamento uma união permanente e instituída por Deus, Collins confirma quando diz
que:
“[...] a “incompatibilidade de gênios” torna-se
motivo suficiente para o rompimento da união
conjugal, e o divórcio amigável permite que o
casamento seja legalmente desfeito quando um dos
cônjuges — ou ambos — simplesmente não quer
mais permanecer junto. O matrimônio, essa união
permanente instituída por Deus, é tratado cada vez
mais como um acordo de conveniência temporário.”
(COLLINS, 2004, p. 477)
Para isso existe o pastor conselheiro, e como é gratificante para um pastor
conselheiro ver os resultados de seu labor. Mesmo diante de tantas idas e vindas, de
lutas diante do conflito gerado por uma crise. “[...] Não é fácil ajudar um casal a
resolver conflitos matrimoniais e construir um casamento melhor, mas esta pode ser
uma das mais gratificantes experiências que um conselheiro pode ter.” (COLLINS,
2004, p. 477)

2.4.1 causas dos problemas conjugais

Todos os efeitos tem as suas causas, mas o que leva um casal a viverem em
conflitos? Quais são algumas das causas dos problemas conjugais? Collins apresenta
argumentos bíblicos quando explica que em:

Gênesis 2.24 diz que, no casamento, “deixa o homem pai e


mãe, e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”.
Os três verbos usados neste versículo - “deixar”, “unir-se” e
“tornar-se [uma só carne]” - indicam três propósitos do
casamento. Deixar envolve um afastamento dos pais e implica
numa união legal e pública de marido e mulher, através do
casamento. Walter Trobish escreveu certa vez que, quando um
casal não dá importância a esse elemento legal, é como se o
casamento fosse “um roubo”. Pode haver amor e sexo, mas eles
não têm nenhuma obrigação real de se empenhar na edificação
de um matrimônio responsável. Unir-se é a tradução de uma
palavra hebraica que significa fixar, grudar. “Se você tentar
separar duas folhas de papel coladas uma à outra, acabará
rasgando as duas. Se tentar separar um marido e uma mulher
que estejam firmemente ligados, os dois sairão feridos”.
Idealmente falando, marido e mulher devem se amar,
permanecer juntos e serem fiéis um ao outro. Quando esta
união não existe, eles têm um casamento vazio, que pode até
ser uma relação legítima, mas não tem amor. Tornar-se uma só
carne envolve sexo, mas vai além do aspecto físico. Segundo
Trobish, isto significa que “duas pessoas compartilham tudo o
que têm, não apenas seus corpos, não apenas seus bens
materiais, mas também seus pensamentos e sentimentos,
alegrias e tristezas, esperanças e temores, sucessos e
fracassos”. Isso não significa que as suas personalidades sejam
esmagadas ou apagadas. As identidades de cada um são
mantidas, mas se combinam para formar uma relação completa.
Quando o casal não tem este relacionamento de uma só carne,
eles não se sentem realizados no casamento. (COLLINS, 2004,
p. 478)

Infelizmente nem todos pensam assim, não vivem segundo os princípios


bíblicos, não trazem seu casamento para um ambiente espiritual, orientado por Deus, e
consequentemente sofrem as consequências de decisões erradas levando seu matrimônio
ao fracasso, esse fracasso geralmente se dão ao desviarem dos padrões bíblicos
estabelecidos por Deus para o casamento, segundo Collins (2004, p. 478) existem
alguns formas pelas quais as pessoas se desviam destes padrões, falhas na comunicação,
relacionamentos subintegrados ou superintegrados, tensão interpessoal, pressão
externas, tédio.
Falando sobre a falha na comunicação Collins (2004) explica que:
a comunicação envolve o envio e o recebimento de mensagens.
As mensagens podem ser enviadas de forma verbal (com
palavras) e não verbal (através de gestos, tom de voz,
expressões faciais, palavras escritas num papel, imagens na tela
de um computador, ações, presentes, ou até períodos de
silêncio). Quando a mensagem verbal e a não verbal se
contradizem, uma mensagem dupla é enviada. Isso causa
confusão e interrupção da comunicação. (COLLINS, 2004, p.
478).
Muitos erram aqui, na falha da comunicação, “[...] boa comunicação também
requer que a mensagem enviada seja idêntica à mensagem recebida.” (COLLNS, 2004,
p. 478), o problema é quando isso se torna cada vez mais frequentes em uma relação,
“[...] quase todo mundo concorda que falhas ocasionais na comunicação entre marido e
mulher são inevitáveis. Entretanto, quando as falhas são mais frequentes que os
sucessos, o casamento começa a ter sérios problemas.” (COLLINS, 2004, p. 478).
Sobre relacionamentos subintegrados ou superintegrados Collins (2004)
explica que:
Num casamento subintegrado, o desenvolvimento pessoal do marido e da
mulher parecem seguir caminhos independentes. Eles não se mostram
muito dispostos a trocar confidências, a demonstrar seus pontos fracos e a
desenvolver projetos de vida em comum. Em vez disso, cada um segue
sua vida independentemente do outro, com necessidades e objetivos
diferentes. Nestes casos, os dois tendem a adotar uma atitude defensiva, a
criticar e humilhar um ao outro e a usar de manipulações sutis. Atitudes
defensivas e egocêntricas criam tensões e afastam o casal. No outro
extremo, temos os casamentos superintegrados, em que o relacionamento
se torna tão envolvente que os dois cônjuges perdem sua identidade
própria e se sentem num beco sem saída. Neste caso, quando o
conselheiro insinua a um dos cônjuges que sua dureza pode estar criando
dificuldades no casamento, a pessoa responde: “Pode ser, mas eu não sou
o único culpado”. Um joga a culpa dos problemas em cima do outro, e
nenhum dos dois consegue recuar, identificar as necessidades individuais
de cada um e reconhecer as falhas de seu próprio comportamento que
possam estar contribuindo para as dificuldades conjugais. Com o passar
do tempo, podem começar a ocorrer reações violentas, tanto físicas
quanto verbais, à medida que ambos os cônjuges tentam se livrar da
sensação de confinamento causada por este relacionamento sufocante.
(COLLIN, 2004, p. 479)
E por fim, falando sobre tensão interpessoal para apresentar as causas dos
problemas conjugais, Collins (2004) diz que não é fácil para um casal que viveram duas
ou mais décadas juntos e passando por todas as experiências juntos casais ainda tem
dificuldades de resolverem suas diferenças, ainda mais quando se recusam a mudar ou
fazer concessões ou acomodações, muitas vezes, gera tensões e normalmente estão
relacionadas com os seguintes fatores: sexo, o papel que cada um deve viver
tradicionalmente na sociedade que vive, a falta de flexibilidade na relação, o egoísmo,
os valores, as necessidades individuais, a diferenças de personalidades, o dinheiro e sua
forma de ser administrado.
Ainda falando sobre as causas dos problemas conjugais temos ainda as
pressões externas causadas pessoas fora da relação, tais como parentes, filhos, amigos
ou situações adversas como profissões, estresse, reveses financeiros e outros. E para
completar o tédio causado pela rotina massacrante do casamento monótono e apático.
Diante de toda essa situação “aconselhar uma pessoa é uma tarefa difícil;
aconselhar um casal é ainda mais difícil, e requer do conselheiro uma habilidade
especial e muita atenção.” (COLLINS, 2004, p. 483). Diante desta dificuldade, “os
conselheiros devem fazer um autoexame para esclarecer algumas de suas próprias
atitudes, preconceitos, motivações e vulnerabilidades.” (COLLINS, 2004, p. 483).
Segundo Collins (2004, p. 483-488) Para encarar os problemas conjugais o
conselheiro precisa prestar atenção nos seguintes pontos. 1. Fique atento quanto as suas
próprias atitudes. 2. Fique alerta para problemas especiais. 3. Faça uma avaliação da
situação do casal. 4. Determine as metas do aconselhamento. 5. Foco nas pessoas. 6.
Foco nos problemas. 7. Foco nos processos.
Para evitar os problemas conjugais, Collins (2004, p. 490) apresenta algumas
ações preventivas que podem ser postas em prática pelo casal, são elas: 1. Ensinar os
princípios bíblicos relativos ao casamento. 2. Enfatizara importância do casamento, do
aperfeiçoamento da relação e do compromisso conjugal. 3. Ensinar princípios de
comunicação e resolução de conflitos. 4. Incentivar a busca de aconselhamento, quando
necessário.
Como o papel do conselheiro se torna importante entre casais que estão
vivendo me conflito, para voltarem a valorizar-se, para entender que o casamento
instituído por Deus deve ser uma fonte de grande alegria, uma harmonia perfeita, um
reflexo do relacionamento de Cristo com sua igreja. Collins concorda quando diz que:
O casamento é o mais íntimo de todos os relacionamentos
humanos. Quando este relacionamento é feliz, e vai se
aperfeiçoando com o tempo, torna-se uma das maiores fontes
de satisfação que temos na vida. Mas quando é triste, ou se
transforma numa relação estagnada e rotineira, pode ser uma
fonte de grande frustração e infelicidade. Deus, certamente,
quer que os casamentos sejam felizes, um espelho do belo
relacionamento entre o Cristo e sua igreja. O conselheiro
cristão que compreende os ensinamentos bíblicos e conhece as
técnicas de aconselhamento está melhor qualificado para ajudar
os casais a atingirem o ideal divino para o matrimônio.
(COLLINS, 2004)

Espero sinceramente que cada pastor entenda a tremenda responsabilidade que


foi posta sobre seus ombros, não apenas de pregar a palavra, levando a mensagem de
esperança e salvação, mas que compreenda que além da mensagem, ele precisa levar
uma palavra de conforto, de ânimo, de consolo para aqueles que desejam além da vida
eterna em Cristo Jesus através da sua salvação, uma vida conjugal feliz, um conviver
prazeroso e saudável, um relacionamento de satisfação entre aqueles que decidiram
viver até que a morte o separe.
CAPÍTULO 3
a) Identificar os motivos para as crises e separações de casais cristãos;
(entrevista)

A crise tem tomado conta do mundo, e cada tempo que passa as crises tem sido
mais frequentes e maiores, mas o que é crise? De acordo com o dicionário online de
português, Crise é o “Momento em que se deve decidir se um assunto ou o seguimento
de uma ação deve ser levado adiante, alterado ou interrompido; momento crítico ou
decisivo”. (MICHAELIS, 2023). falando do emocional, no mesmo dicionário, crise é “o
estado emocional de súbito desequilíbrio em que os sintomas de um sofrimento ou
angústia mental se manifestam com maior intensidade: Crise emocional. Crise de
nervos.” (MICHAELIS, 2023). Crise pode ser também um “estado em que a dúvida, a
incerteza e o declínio se sobrepõem, temporariamente ou não, ao que estava
estabelecido como ordem econômica, ideológica, política etc.: Crise religiosa. Crise
moral. Crise dos costumes.” (MICHAELIS, 2023).
Socialmente falando, crise é uma “conjuntura desfavorável; situação anormal e
grave; conflito, tensão, transtorno: Crise internacional. Crise do sistema monetário.”
(MICHAELIS, 2023).
Além disso crise também pode ser “Momento perigoso ou difícil; período de
desordem. Situação conflituosa; tensão: crise familiar. Expressão de ausência, carência:
crise de mão de obra. Em que há decadência; queda: crise de moralidade. Sinônimos de
Crise: apuro, dificuldade, ataque, acesso, conflito, carência, queda”. (MICHAELIS,
2023).
Neste capitulo vamos falar sobre crises em entre casais que podem levar ao
divórcio. Ultimamente está cada vez mais evidente o aumento das crises entre casais,
inclusive entre casais cristãos. A pergunta que precisamos responder é, quais são os
motivos que leva um casal a querer se separar? De acordo com Fernando Céser, (2010)
“Os motivos para tal estresse têm a ver com a existência de filhos, a própria ligação do
cônjuge, a percepção do fracasso em relação ao casamento, o receio da rejeição e a
alteração do padrão de vida, assim como a mudança do estilo de vida. Esses fatores de
estresse alteram a fun cionalidade entre a pessoa e a sua família e provoca um estado de
tensão.
CAPÍTULO 4 –

a) Verificar como os casais consideram o papel do pastor e o


impacto de sua influência como conselheiro na intervenção de
uma crise conjugal

apresenta um resumo sucinto e apresenta as conclusões do estudo feito, bem


como recomenda para estudos futuros.
REFERÊNCIAS
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BÍBLIA. Romanos. Português. A Bíblia Sagrada: Antigo e Novo Testamento.
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saber. São Paulo: Mundo Cristão, 2011.
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comuns do relacionamento conjugal. São Paulo: Associação Nova Shalon, 2007.
COLLINS, Gary R. Aconselhamento cristão: edição século 21. Tradução: Lucília
Marques Pereira da Silva. São Paulo: Vida Nova, 2004.
CRISE. In: DICIONÁRIO Michaelis. Disponível em http://michaelis.uol.com.br/crise/.
Acesso em: 19 jul. 2023.

DANON, M. Counseling. Uma nova profissão de ajuda. Curitiba: Sociedade


Educacional e Editora IATES, 2003.
FORGUIERI, Yolanda Cintrão. Aconselhamento terapêutico: origens fundamento e
práticas. São Paulo: Thomson Learrning, 2007.
FRIESEN, Albert. Cuidando do casamento: para conselheiros e casais. Curitiba:
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HOFF, Paul. O pastor como conselheiro. São Paulo: Vida, 199
HURDING, Roger F. A árvore da cura: fundamentos psicológicos e bíblicos para o
aconselhamento cristão e cuidado pastoral. São Paulo: Vida Nova, 1995.
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PEREIRA, Leidilene Cristina. A interface entre aconselhamento psicológico e o
aconselhamento espiritual. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós – Graduação
em Psicologia Clínica. Pontífice Universidade Católica de São Paulo, SP, Brasil, 2009,
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PIERRE, Jeremy e REJU, Deepak. Pastor e o aconselhamento: um guia básico para o
pastoreio de membros em necessidade. [traduzido por Francisco Wellington Ferreira]. –
São José dos Campos, SP, Fiel, 2015.

ÁBACO. In: DICIONÁRIO Michaelis. Disponível em: www.uol.com.


br/michaelis. Acesso em: 28 nov. 2002.

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