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Head Trainer – Marcelo Lima


Trainer, Master Coach, Master Practitioner em PNL e Hipnólogo (CRT 48255).
- Formação e Certificação Internacional Practitioner em PNL na cidade de Los Angeles, Estados Unidos.
- Licenciado pela Society of Neuro-Linguistic Programming de Richard Bandler, um dos criadores da PNL na cidade
de Los Angeles, Estados Unidos.
- Formação e Certificação Internacional Coaching com PNL na cidade de Los Angeles, Estados Unidos
- Formação em Hipnose Clássica e Ericksoniana.
- Atuante nas áreas de PNL e Coach direcionados a treinamentos, empreendedorismo e vendas. Empresário na
área de treinamentos há mais de 20 anos.
- Autor do livro: Coaching - A Estratégia do Super Leader.
- Co-Autor do livro: Coaching para Alta Performance e Excelência na Vida Pessoal.
Marcelo Lima: treinamento@ibmleader.com.br

Trainer – Bianca Lima


Trainer, Rebirther, Master Coach, Practitioner em PNL e Hipnóloga (CRT 48256).
- Formação em Master Coach
- Formação Practitioner em Programação Neurolinguística.
- Formação em Hipnose Clássica e Ericksoniana.
- Formação e Certificação Nacional e Internacional em Renascimento. Formada pessoalmente por Leonard Orr,
inventor da técnica Rebirthing e Breathwork.
- Rebirther Practitioner atuante na área terapêutica utilizando a técnica de Renascimento com PNL.
Profissional especialista em Mudanças Evolutivas, Generativas e Remediativas com foco em Desenvolvimento
Pessoal e Profissional, Liderança, Desenvolvimento de Equipes de Alta Performance, Relacionamento
Interpessoal.
Bianca Lima: biancalima@ibmleader.com.br

Direitos Autorais

A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento em banco de dados, sob qualquer forma ou meio
dos textos, fotos e outras criações intelectuais em cada publicação desta apostila é terminantemente proibida
sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais.

Esta apostila é um produto do IBMLeader – Instituto Brasileiro Master Leader.


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O Instituto

O IBMLeader é um instituto de Desenvolvimento Humano e surgiu de um esforço em conjunto do Head


Trainer Marcelo Lima e sua sócia Trainer Bianca Lima.

Com sede em Santos/SP, o Instituto Brasileiro Master
Leader tem como Missão, ajudar as pessoas a desenvolver a melhor versão delas mesmas e aumentar o potencial
necessário para alcançar os seus objetivos na vida.

Em 2002 o Head Trainer Marcelo Lima (que atua desde 1992
na área de educação), resolveu se aprofundar em Neurolinguística e Coaching.

Seu primeiro contato com o
assunto foi através de um livro (presente dado por sua esposa). A partir daí, estudou em diversos Institutos no
Brasil e no Exterior, com as mais respeitadas figuras da área, adquirindo experiência e base teórica, que o
preparou para a sua grande missão: compartilhar conhecimentos e experiências, e desenvolver pessoas.


A nossa equipe dedica toda força e energia para que as pessoas alcancem os seus Objetivos. São
profissionais altamente qualificados e preparados para eliciar a melhor performance dos participantes em nossos
cursos e treinamentos.

O IBMLeader é o primeiro Instituto da Baixada Santista com treinamentos para Formação
completa de Coaching. PNL e Hipnose.
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ÍNDICE

Índice....................................................................................................................................................... 3
Introdução .............................................................................................................................................. 6
Comunicação....................................................................................................................................... 6
Conceito........................................................................................................................................... 6
Elementos da Comunicação ............................................................................................................7
Barreiras à Comunicação Eficaz ......................................................................................................7
Aspectos de Maior Impacto na Comunicação ............................................................................... 8
Comunicação Verbal, Não-Verbal e Cinestésica ............................................................................ 8
Falar em Público – Necessidade e Importância ................................................................................ 9
Administrando o Medo de Falar em Público.........................................................................................11
As causas do medo de falar em público ............................................................................................11
O medo de falar em público pode ser causado por: .....................................................................11
Para controlar o medo de falar em público, é necessário saber que: ..........................................11
Dicas práticas para controlar o medo de falar em público: ......................................................... 12
As Sete Etapas de uma Apresentação ................................................................................................. 13
Diagnóstico ........................................................................................................................................ 13
Conheça seu Público ...................................................................................................................... 13
Roteiro ............................................................................................................................................... 14
Assunto e Objetivos da Apresentação .......................................................................................... 14
Escolha do Assunto ........................................................................................................................ 15
Objetivos da Apresentção ............................................................................................................. 15
Brainstorm ...................................................................................................................................... 16
Pesquisa e Definição do Tema ....................................................................................................... 16
Ideias, Objetivo, Público e Tempo ................................................................................................. 16
Perguntas do Público ..................................................................................................................... 17
Divisão do Conteúdo ......................................................................................................................... 17
Tenha Começo, Meio e Fim ........................................................................................................... 17
Montagem da Apresentação ............................................................................................................ 18
Ambiente ........................................................................................................................................ 18
Recursos de Vídeo, Áudio e Dinâmicos ......................................................................................... 19
Objetivos ........................................................................................................................................ 19
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Dicas para produção de Slides ..................................................................................................... 20
Recursos Visuais ............................................................................................................................ 20
Equipamentos de Som ................................................................................................................... 21
Caixas de Som ................................................................................................................................ 21
Mesas de Som ................................................................................................................................ 22
Cabos e Conectores .......................................................................................................................23
Adaptadores ...................................................................................................................................23
Microfones .................................................................................................................................... 24
Projetor Multimídia ........................................................................................................................25
Computador .................................................................................................................................. 26
Controle Remoto para Apresentação de Slides ........................................................................... 27
Backups .......................................................................................................................................... 27
Exemplos de Montagens das Conexões Audivisuais .................................................................. 29
Treinamento ......................................................................................................................................32
Linguagem Corporal ......................................................................................................................33
Comunicação Visual (Olhos) ......................................................................................................... 34
Expressão Facial ............................................................................................................................ 34
Braços e Mãos ............................................................................................................................... 35
Pernas e Pés .................................................................................................................................. 36
Outras Dicas de Gesticulação e Postura ...................................................................................... 36
A Importância da Voz.....................................................................................................................37
Dicas Báscias para uma Boa Emissão ........................................................................................... 38
Exercícios Práticos ........................................................................................................................ 39
Articulação..................................................................................................................................... 39
Impostação Vocal.......................................................................................................................... 39
Coordenação da Fala com a Respiração ...................................................................................... 39
Aquecimento Vocal ....................................................................................................................... 40
Relaxamento Vocal ....................................................................................................................... 40
Executar / Transmitir ........................................................................................................................ 40
Direcione sua plateia a usar o hemisfério direito do cérebro ..................................................... 40
Dê uma nova roupagem a seus números ..................................................................................... 41
Utilize palavras superempolgantes............................................................................................... 41
Compartilhe o Palco ....................................................................................................................... 41
Realize sua apresentação com objetos cênicos .......................................................................... 42
Surpreenda com um momento inesquecível .............................................................................. 42
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Os Recursos mais usados como Introdução................................................................................ 43
Situações Especiais ....................................................................................................................... 43
Atitudes que devem ser evitadas ................................................................................................. 43
Cuidados com a Conclusão ........................................................................................................... 43
Possui dois elementos essenciais................................................................................................. 44
Podemos encerrar as apresentações de duas maneiras ............................................................ 44
Algumas formas de Concluir......................................................................................................... 44
Alguns cuidados especiais na Conclusão ..................................................................................... 44
Aprimorar / Refinar ........................................................................................................................... 45
Aprimore / Refina seus resultados ............................................................................................... 45
Assista a muitas palestras e palestrantes .................................................................................... 46
Monitore suas Apresentações ..................................................................................................... 46
Como usar as informações para refinar suas apresentações ..................................................... 47
Adendo I................................................................................................................................................ 48
Rapport em Reuniões....................................................................................................................... 48
Adendo II ............................................................................................................................................... 51
Como se portar em Entrevistas ........................................................................................................ 51
Adendo III ..............................................................................................................................................52
Auto Avaliação Geral .........................................................................................................................52
Mensagem Final ................................................................................................................................... 54
Referências Bibliográficas.................................................................................................................... 55
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INTRODUÇÃO

Falar em público é uma habilidade essencial em qualquer organização e fundamental para partilhar o
conhecimento adquirido nas áreas específicas de trabalho que cada um ocupa. A comunicação precisa acontecer
de maneira clara, objetiva e envolvente. Essas habilidades podem ser desenvolvidas com técnicas específicas e
com a prática bem fundamentada.
Além de uma boa desenvoltura ao falar para o público, para transmitir conhecimento é necessário
desenvolver técnicas de apresentação e oratória. Para comunicar de forma eficiente não basta ser um especialista
no assunto, é preciso saber ouvir, entender as necessidades do seu público, planejar, executar um plano e avaliar
de forma continuada todo o processo. A maneira como executar um plano também pode ser aprendida e
aprimorada com a prática.
O objetivo deste curso é capacitar o profissional em Técnicas de Apresentação Estratégica e Oratória para
formação de Treinadores, Palestrantes, Professores, Instrutores, entre outros. A finalidade é proporcionar
habilidades para falar em público além de conduzir palestras, reuniões, dinâmicas, etc.

Comunicação

CONCEITO

Comunicação provém do latim communis, que significa “tornar comum”. A comunicação pode ser definida
como a transmissão de informações e compreensão mediante o uso de símbolos comuns (verbais e não-verbais).
Sendo assim, a comunicação não significa apenas enviar uma informação ou mensagem, mas torná-la
comum entre as pessoas envolvidas. Para que haja comunicação, é preciso que o destinatário da informação a
receba e a compreenda. Comunicar significa tornar comum a uma ou mais pessoas determinada informação ou
mensagem.
As relações sociais estão sujeitas à influência de um conjunto de variáveis que determinam, ou pelo menos
influenciam a condução dos processos de comunicação. Comunicar é uma arte de bem enviar e receber
mensagens. O tempo, espaço, o meio físico envolvente, o clima relacional, o corpo, os fatores históricos da vida
pessoal e social de cada indivíduo, as expectativas condicionam e determinam a maneira de se relacionar dos seres
humanos. É, portanto, importante se conhecer alguns dos fatores que podem constituir-se como barreiras à
comunicação e fontes no ruído na comunicação, para evitá-los e, assim, realizar a comunicação de forma mais
clara e efetiva.
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ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO

A comunicação pode ampliar ou limitar conhecimentos, facilitar ou dificultar o desenvolvimento de


criatividade e de habilidades inerentes ao melhor desempenho da audiência.
Por meio da comunicação, palestrantes e audiência explicitam objetivos, revelam poderes, valores e
culturas que norteiam as relações profissionais e interpessoais no ambiente de aprendizagem.
Deve-se, portanto, administrar o processo global de comunicação, que necessariamente abrange os
seguintes elementos:
Fonte: é o emissor, a pessoa que está passando uma mensagem (falada, escrita, por meio de sinais ou não-
verbal) a uma pessoa ou pessoas, por meio da codificação do pensamento;
Codificação: é a tradução dos símbolos escolhidos pela fonte para que a mensagem possa ser
adequadamente transmitida pelo canal;
Mensagem: é o produto físico codificado pelo emissor, e pode ser a fala, o texto escrito, um quadro, uma
música, os movimentos de nossos braços e expressões faciais;
Canal: é o meio que existe fora do emissor pelo qual é escolhido para conduzir a mensagem;
Decodificação: é a tradução da mensagem, para que a mesma possa ser compreendida pelo receptor;
Receptor: é o sujeito a quem a mensagem se dirige, o destino final da comunicação. Também é chamado de
destinatário;
Feedback: é o elo final no processo de comunicação. O feedback – ou retorno – determina se a
compreensão foi alcançada ou não;
Barreira: perturbação indesejável que tende a deturpar, distorcer ou alterar, de maneira imprevisível, a
mensagem transmitida.

BARREIRAS À COMUNICAÇÃO EFICAZ

As barreiras existem em todas as fases do processo de comunicação, mas é mais provável que ocorram
quando a mensagem é complexa ou se choca com o estado mental do receptor.
São listadas abaixo algumas dessas barreiras:
Percepção seletiva (Mapa): tanto o emissor como o receptor vêem e escutam seletivamente, com base em
suas próprias necessidades, motivações, experiências e características pessoais;
Semântica: tanto as palavras como o comportamento não-verbal, usados na comunicação, podem ter
diferentes significados para diferentes pessoas;
Sobrecarga de informação: ocorre quando o volume ou a quantidade de comunicação é muito grande e
ultrapassa a capacidade pessoal do destinatário de processar as informações, o que faz com que ele perca grande
parte delas ou distorça seu conteúdo;
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Credibilidade do transmissor: quanto mais confiável for a fonte de uma mensagem, maior será a
probabilidade de que ela será entendida corretamente;

Julgamento de valor: normalmente acontece antes de se receber a mensagem completa. Julgamento de


valor é uma opinião geral sobre algo, baseada em uma rápida percepção de seu mérito.

ASPECTOS DE MAIOR IMPACTO NA COMUNICAÇÃO

Emissor e transmissor são papéis assumidos tanto pelo palestrante quanto pela audiência, em uma
verdadeira interação dos três tipos de comunicação: a verbal (por meio da escrita e da fala); a não verbal (as
fisionomias, os gestos); e a cinestésica (quando se considera a prática, a habilidade, a experiência passada, o
exemplo dado, que levam o profissional a ter fama positiva ou negativa). Então, se quisermos saber o significado
da comunicação, devemos observar a reação obtida com os sinais que emitimos, pois quando nos comunicamos
não é somente o que falamos que está em jogo, mas a maneira como falamos também é muito representativa e
significativa no processo de comunicação.
Estudos mostram que, do que se aprende, apenas 20% é da mensagem verbal, o resto é não verbal e
cinestésica. As palavras são o conteúdo da mensagem e a postura, os gestos, a expressão e o tom de voz são o
contexto no qual a mensagem está embutida. Juntos eles formam o significado da comunicação. A comunicação
corporal corresponde a 55% do total das formas como nos comunicamos, as palavras correspondem a 7% e o tom
de voz 38%.

COMUNICAÇÃO VERBAL, NÃO-VERBAL E CINESTÉSICA

Na comunicação verbal devem-se levar em conta os seguintes pontos: grau de domínio do assunto;
vocabulário ao nível do interlocutor; pontuação clara e variação; articulação de ideias; fluência e ritmo (altos e
baixos); uso de audiovisuais.
Na comunicação não-verbal alguns cuidados a serem observados:
mobilidade da cabeça e rosto; olhar (direcionado a todos, ou a alguns); gestos enriquecedores; voz
graduada ao ambiente; respiração e desinibição; postura corporal; andar; roupas; cores; penteados; adornos.
Na comunicação cinestésica existem alguns pontos a considerar: coordenação e domínio das atividades e
dinâmicas; uso do espaço e administração do tempo; ser exemplo de ação (coerência entre teoria e prática); ser
decidido e prático nas propostas de ação; saber usar os recursos instrucionais.
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Falar em Público – Necessidade e Importância

Não há como fugir. Qualquer que seja a atividade, daqui em diante você estará sempre ‘correndo o risco’ de
falar em público.
A habilidade em técnicas de apresentações, comunicação e oratória passou a ser competência importante
para profissionais de todas as atividades. Por exemplo se você é:

Acionista Cineasta Físico Procurador


Acupunturista Coach Fisioterapeuta Produtor
Administrador Comediante Florista Professor
Advogado Comentarista Fonoaudiólogo Profissional liberal
Aeromoça Consultor Fotografo Promotor
Agrônomo Contador Garçom Psicanalista
Ambientalista Crítico General Psicólogo
Ambulante Decorador Geneticista Psiquiatra
Analista Delegado Gerente Publicitário
Antropólogo Dentista Gestor Químico
Apresentador Deputado Guia Radialista
Arquiteto Desembargador Historiador Recepcionista
Artesão Designer Humorista Rei
Artista plástico Despachante Instrutor Reitor
Assessor Detetive Jornalista Roteirista
Astrólogo Diretor Juiz Sacerdote
Astrônomo Docente Líder comunitário Secretaria
Atendente Doutor Lojista Senador
Atleta Economista Mãe Sindico
Ator Editor Massagista Superintendente
Auditor Educador Matemático Supervisor
Automobilista Empregado Mecânico Tatuador
Aviador Empresário Médico Técnico desportivo
Balconista Enfermeiro Militar Telefonista
Bancário Engenheiro Musico Terapeuta
Banqueiro Escritor Nutricionista Tradutor
Bibliotecário Estudante Padre Trainee
Biólogo Executivo Pai Urbanista
Blogueiro Farmacêutico Pastor Varejista
Bombeiro Fazendeiro Piloto Vencedor
Cabeleireiro Figurinista Pintor Vereador
Cantor Filosofo Policial Veterinário
Catedrático Filho Político Web Designer
Cientista Fiscal Presidente Zoólogo
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Você precisa falar com seu público e fazer apresentações prestigiosas todos os dias.
Além da competência para desempenhar o que faz profissionalmente, você também precisa saber falar às
pessoas do que é capaz.
Falar em público, seja em pequenas reuniões, diante de poucas pessoas, seja em grandes eventos, diante
de plateias numerosas, tornou-se tarefa quase corriqueira, independentemente da posição hierárquica ocupada
pelo profissional na organização.
Embora as pessoas estejam frequentemente às voltas com apresentações em público, poucas estão bem
preparadas para desempenhar a tarefa com eficiência. Todos os profissionais, por maior que seja sua dificuldade
para se apresentar em público, podem, em poucas horas de capacitação criteriosa, expressar-se com eficiência nas
mais diversas circunstâncias, diante de qualquer tipo de plateia.
Pessoas de sucesso sabem vender seus projetos, ideias e produtos usando a habilidade de conversar ou de
fazer apresentações irresistíveis. Todo vendedor que deseja ter sucesso (e nesse grupo eu incluo líderes,
empresários, políticos, executivos e profissionais liberais) precisa ser capaz de fazer seu público ter vontade de
agir depois de escutá-lo.
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ADMINISTRANDO O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO

As causas do medo de falar em público

O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO PODE SER CAUSADO POR:

 excesso de preocupação com a própria imagem e, consequentemente, necessidade de atingir padrões


excessivamente elevados perante si mesmo;
 mecanismo de defesa contra a dor causada por uma possível rejeição;
 crença de que o outro é uma ameaça ao nosso senso de valor;
 considerar que não se será ouvido nem compreendido;
 não suportar ser o centro das atenções;
 não suportar a crítica posterior;
 desconhecimento do público e despreparo quanto ao assunto a ser abordado;
 medo de ter medo;
 considerar que não se está em igualdade econômica, social ou intelectual com a plateia e, portanto, dar a
ele importância desmedida.

PARA CONTROLAR O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO, É NECESSÁRIO SABER QUE:

 a maioria das pessoas tem medo de se apresentar em público;


 esse medo está muito ligado à responsabilidade perante as pessoas;
 quanto maior o número de vezes em que estiver disposto a arriscar, maiores serão as chances para
administrar as inibições;
 só há uma forma de administrar a timidez: ousando;
 pensamentos positivos em relação à plateia acalmarão as inseguranças;
 antes das apresentações podemos visualizar a plateia, imaginando o começo, meio e fim, tendo como
tônica a aceitação e o aplauso pelo trabalho desenvolvido;
 ninguém nos convidaria para um trabalho se não acreditasse em nosso potencial comunicativo;
 uma certa dose de tensão é vital para o desempenho em público (faz parte do caminho para o estado de
prontidão, para o estágio da atenção quando concentramos esforços para atingirmos o objetivo: a
clareza, segurança, fluência e objetividade das mensagens).
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DICAS PRÁTICAS PARA CONTROLAR O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO:

1 - Saiba o que vai dizer no início (introdução), quase palavra por palavra, pois neste momento estará
ocorrendo maior liberação da adrenalina.
2 - Leve sempre um roteiro escrito com os tópicos principais da apresentação, mesmo que não precise dele.
É só para dar mais segurança.
3 - Se tiver que ler algum discurso ou mensagem, ou ainda, conferir seu roteiro escrito, imprima o texto em
um cartão grosso ou cole a folha de papel numa cartolina. Assim, se as suas mãos tremerem um pouco o
público não perceberá e você ficará mais tranquilo.
4 - Ao chegar diante do público não tenha pressa para começar. Respire o mais calmamente possível, acerte
devagar a altura do microfone (sem demonstrar que age assim de propósito), olhe para todos os lados da
plateia e comece a falar mais lentamente e com volume de voz mais baixo não demonstrando a
instabilidade emocional para o público.
5 - Se possível, sente-se ao fundo do auditório e se dirija à frente apenas quando convidado. Durante o
tempo em que lá estiver perceba quais ouvintes exercem liderança no ambiente e quais podem ser
utilizados para descontrair sua apresentação.
6 - No início, quando o desconforto de ficar na frente do público é maior, aproveite para cumprimentar
autoridades presentes e conhecidos que possam ser alvo de algum comentário pessoal.
7 - Antes de falar, quando já estiver no ambiente, não fique pensando no que vai dizer ou tentando
“decorar” informações ou argumentos. Procure fazer uma oração pessoal para poder entrar no clima da
reunião ou celebração.
8 - Evite conversar com pessoas que o aborreçam, prefira falar com gente mais simpática.
9 - Procure prever todas as perguntas que podem ser feitas, preparando-se adequadamente para respondê-
las com objetividade.
10 - Se der o branco, não se desespere. Repita a última frase para tentar lembrar a sequência. Se este recurso
falhar, diga aos ouvintes que mais à frente voltará ao assunto. Se ainda assim não se lembrar,
provavelmente ninguém irá cobrá-Io por isso.
11 - Evite atitudes que normalmente provocam ansiedade como mascar chicletes, fumar, andar de um lado
para outro, usar roupas desconfortáveis.
12 - Marque alguns ouvintes “simpáticos e interessados” que ofereçam segurança e apoie-se neles durante os
cinco primeiros minutos.
13 - Treine, treine e treine muito!
14 - Tenha uma âncora poderosa e bem instalada de Segurança e Determinação.
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AS SETE ETAPAS DE UMA APRESENTAÇÃO

As orientações abaixo são o melhor meio para que você alcance o sucesso desejado em reuniões, palestras,
discursos ou qualquer outro momento em que for convidado a falar em público.
Aliás, só podemos colher sucessos em nossas apresentações. Uma boa preparação resulta em sucesso de
aceitação e reconhecimento por parte de nosso público.
A seguir veremos as etapas no processo de preparação e indicativos do resultado final.

Diagnóstico

CONHEÇA SEU PÚBLICO

Precisamos saber para quem vamos falar. Afinal, só falamos porque existe quem irá nos ouvir. Numa
apresentação, tudo deverá estar de acordo com o auditório. Usaremos com mais ou menos intensidade a voz,
dependendo da quantidade de pessoas presentes; escolheremos o tipo de vocabulário de acordo com a
capacidade de compreensão da plateia. Adaptaremos a extensão e a abrangência dos gestos, considerando o
nível e número de participantes, assim como selecionaremos as informações, tendo em vista as expectativas e
necessidades dos ouvintes que as receberão.
Algumas questões precisam de respostas para conhecermos melhor o público e darmos a ele as
informações apropriadas:
 O que motivou os ouvintes a comparecerem à apresentação? - Para informação ou aprimoramento
profissional, necessidade social, para representar ou substituir, por curiosidade, para acompanhar outras
pessoas, por ser conhecida do orador, para se entreter;
 Quanto os ouvintes já sabem sobre o assunto? - Descobrir o que as pessoas já sabem sobre o assunto,
além de evitar repetições desnecessárias que poderiam até arrefecer o seu interesse, permite aferir a sua
capacidade de compreensão e determinar o grau de aprofundamento a ser estabelecido.
 O que move os ouvintes? - Qual a grande alavanca que movimenta a vida desses ouvintes? Precisamos
descobrir qual o apelo que os leva à ação e a tomar iniciativas. O dinheiro? O amor? A segurança? O
prestígio social? A realização profissional? O bem-estar da família? A religião? A política? O prazer?
 Qual o espírito de participação dos ouvintes? - Motivado, amistoso, apático ou resistente.
 Com quem falarei? Qual é o perfil dessa audiência? - Qual o sexo, idade, nível sociocultural e raça do
auditório presente?
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Roteiro

ASSUNTO E OBJETIVOS DA APRESENTAÇÃO

Geralmente recebemos convite ou somos escalados para falar sobre assuntos que se relacionem com a
nossa profissão, nosso interesse pessoal ou acontecimentos da nossa vida em sociedade.
Responda à pergunta mais importante – Seus ouvintes estão formulando uma pergunta e apenas uma
única pergunta para si mesmo: “Por que eu devo me interessar?” Se você não levar em consideração essa
pergunta, sua plateia vai rejeitá-lo.
 Pergute-se: “Por que meu ouvinte deve se interessar por essa/esse ideia/informação/produto/serviço?”.
Se existir uma única coisa que você quer que seu ouvinte absorva da conversa, qual é ela? Concentre-se na
venda do benefício por trás do produto;
 Transmita essa informação principal da maneira mais clara possível, repetindo-a, no mínimo, duas vezes
na conversa ou na apresentação. Elimine lugares-comuns e jargões, melhorando o entendimento de sua
mensagem;
 Assegure que essa informação principal esteja presente de forma consistente em todo o material de
marketing, incluindo press releases, páginas do site da internet e apresentações.
Elabore um propósito ideológico
 Identifique sua paixão verdadeira. Pergunte-se: “O que estou vendendo realmente?”. Eis uma dica: não
é o bem, mas, sim, o que o bem pode fazer para melhorar a vida dos seus clientes. O que você está
vendendo é o sonho de uma vida melhor. Depois de identificar sua paixão verdadeira, compartilhe-a
com entusiasmo;
 Desenvolva uma declaração de amor pessoal. Em uma frase, diga aos seus possíveis clientes por que
você se sente verdadeiramente empolgado por trabalhar com eles. Sua declaração de amor continuará
sendo lembrada mesmo depois que a missão de sua empresa for esquecida;
 Se quiser ser um palestrante inspirador, mas você não faz aquilo de que gosta, considere mudar. Após
entrevistar milhares de líderes bem-sucedidos, embora seja possível ter sucesso financeiro em um
emprego que odeia, você nunca será considerado um comunicador inspirador. A paixão – um fervor
messiânico que torna o mundo em lugar melhor – faz toda a diferença.
Crie slogans como se escrevesse no Twitter – A rede social mudou a maneira como nos comunicamos. Criar
slogans que cabem em textos de até 140 caracteres ajudará você a enxergar suas ideias de modo mais persuasivo.
 Crie um slogan com uma descrição ou conceito de sua empresa, produto ou serviço em apenas uma
frase. Os slogans mais eficazes são concisos – 140 caracteres, no máximo -, são objetivos e revelam um
benefício pessoal;
 Repita de modo constante o slogan em suas conversas e no material de marketing: apresentações,
slides, folhetos, materiais impressos, press releases e site;
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 Lembre-se de que o slogan é uma declaração que oferece ao seu público uma visão de um futuro
melhor. Não é sobre você. É sobre eles.
Introduza o antagonista – Toda grande apresentação tem um vilão para que a plateia torça contra. Depois
que se introduz o adversário, o palco fica pronto para a próxima cena.
 Introduza o antagonista desde o início em sua apresentação. Sempre defina o problema antes de
revelar a solução. Defina o problema perguntando: “Por que precisamos dessa solução?”;
 Dedique algum tempo para descrever o problema em detalhes. Torne-o tangível. Desenvolva a dor;
 Crie uma visão geral concisa para seu produto. Preste atenção especial à pergunta: “Que problema
você resolve?”. Lembre-se: ninguém se interessa por seu produto. As pessoas se interessam em
resolver seus próprios problemas.
Revele o herói vitorioso – Toda grande apresentação tem também um herói para que a plateia torça a
favor. O herói oferece uma maneira mehor de fazer algo, vai além da situação atual e motiva as pessoas a inovar.
 Descreva como o setor (ou a categoria do produto) encontra-se atualmente; em seguida, dê sua visão
de como poderia estar;
 Depois de ter estabelecido o antagonista – o ponto de dor dos seus clientes - , descreva, em linguagem
simples, como sua empresa, produto ou serviço oferece a cura para aquela dor;
 Lembre-se: você só conseguirá perseverar, se tiver paixão pelo problema que quer solucionar.
Atenção às recomendações abaixo:

ESCOLHA DO ASSUNTO

 fale sobre um tema atual - o mais próximo possível dos acontecimentos da atualidade, para que
encontre ressonância no interesse do público;
 trate de um assunto no qual tenha autoridade - pois as pessoas se reúnem para ouvir um orador
porque esperam que ele tenha algo a dizer, mas algo substancioso, que esteja embasado no seu
trabalho, na sua experiência ou nos estudos que realizou;
 escolha um assunto de que você goste - seu envolvimento e vibração ficarão mais evidentes, o que
aumentará em muito a credibilidade das informações;
 coloque uma nova roupagem nos velhos assuntos - ponha a imaginação e a criatividade para
funcionar e apresente-o com adaptações que revitalizem o interesse do público;
 opte por um assunto pertinente à circunstância - o local e o momento em que se apresentará;
 decida-se por um assunto com tempo para ser pesquisado e apresentado - certifique-se de que
possui condições de prazo e fontes de pesquisa suficientes para preparar um material que atenda
aos seus objetivos e que não comprometa sua imagem.

OBJETIVOS DA APRESENTÇÃO

O que você realmente deseja obter com sua apresentação? Quais as verdadeiras causas que o motivaram a
falar? Não é incomum alguns oradores se apresentarem sem a clara noção de seus objetivos. Se não soubermos
aonde desejamos ir, dificilmente saberemos, também, quais os rumos que deveremos tomar.
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 informar - A preocupação do orador deverá limitar-se à clareza didática da fala, transmitindo as
informações da forma mais objetiva, simples e compreensível que puder.
 persuadir e motivar - Neste caso, o trabalho do orador deverá ser canalizado para obtenção de
argumentos, provas, análise de objeções e de pontos que possam ser refutados.
 entreter - O orador deverá contar com a sua presença de espírito, humor, ironia e informações que
não exijam grande esforço de entendimento ou demasiada reflexão do público.
 promover-se - Objetivo próprio de candidatos a cargos eletivos. O tribuno deverá transmitir
informações que sutilmente ressaltem seus princípios de moral, honestidade e interesse pelo
próximo, ou demonstrar conhecimento e habilidade no trato de matérias que provoquem a
admiração dos ouvintes.

BRAINSTORM

É importante que você faça uma lista das ideias que gostaria de abordar em sua apresentação. Busque
tudo, procure não censurar nada, incluindo tudo aquilo que poderá ser falado em sua exposição.

PESQUISA E DEFINIÇÃO DO TEMA

Vamos sugerir alguns critérios para completar o levantamento de dados sobre a matéria a ser exposta.
 capte tudo, vá anotando tudo o que puder ser necessário;
 recorra aos seus próprios conhecimentos;
 converse com outros especialistas;
 consulte as bibliotecas, livrarias e arquivos de jornais;
 pesquise sites e portais direcionados;
 consulte os filmes;
 visite o local da apresentação;
 monte um arquivo próprio;
 concentre-se no assunto.

IDEIAS, OBJETIVO, PÚBLICO E TEMPO

Selecione as ideias mais importantes, considerando o objetivo da apresentação, o público-alvo e o tempo


disponível.
De acordo com o objetivo da apresentação, seu público alvo e o tempo de que dispõe para a fala,
fundamente suas ideias.
Quando precisamos falar para um público infantil, há a necessidade de que o vocabulário seja mais simples
e a duração da fala não poderá ser extensa. Por outro lado, quando falamos para um público totalmente
desmotivado, precisamos ter o objetivo de motivá-los sobre a importância do que falamos.
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PERGUNTAS DO PÚBLICO

Preveja as perguntas que o público poderá fazer. Imagine todas as perguntas que o auditório poderá fazer,
de acordo com o conhecimento e interesse que possui do assunto. Esta atitude possibilitará uma preparação mais
consistente evitando que perguntas difíceis não tenham respostas satisfatórias e, assim, você aumenta sua
segurança e confiança.
Seja previdente!

Divisão do Conteúdo

TENHA COMEÇO, MEIO E FIM

Separe sua apresentação em três partes bastante distintas: Introdução, assunto central e conclusão.
Na introdução, conte o que vai falar e desperte o interesse do público com informações iniciais sobre a
importância do assunto e da aplicação prática dos conhecimentos na vida dos ouvintes.
Durante o assunto central, desenvolva o assunto contando tudo aquilo que preparou de interessante,
importante e curioso. Para isto, utilize argumentos favoráveis às suas ideias e aproveite para refutar possíveis
objeções que aparecerem.
Na conclusão, recapitule o que falou em poucas palavras e ofereça soluções se você apresentou problemas.
Também demonstre entusiasmo e coloque-se à disposição para esclarecer dúvidas através de perguntas ao final,
quando se sentir preparado para isto.
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Montagem da Apresentação

AMBIENTE

Uma questão bastante importante, mas desprezada por muitos oradores se refere à estrutura geral do
local onde será realizada a apresentação. A acomodação dos ouvintes presentes ao auditório, o sistema de vídeo,
como projetor, tela, computador, o sistema de áudio, como caixas de som, microfones, cabos, etc. Todos já fomos
obrigados a assistir palestras de pé, ou com som ruim, ou ainda com projeção deficiente e, isto, provavelmente lhe
traz lembranças nada agradáveis. Você se lembra quão difícil foi prestar atenção às palavras de quem discursava.
Neste sentido, passaremos a analisar alguns pontos que devem chamar sua atenção para que o resultado
de sua exposição possa ser o positivamente esperado:
 Visite o local com antecedência - Verifique pessoalmente a qualidade do som, o volume do alto-
falante, a melhor posição da tribuna, a necessidade de trazer cabos ou microfones próprios, a
possibilidade de ruídos externos atrapalharem sua explanação, a melhor disposição das cadeiras, a
projeção adequada, computador em funcionamento e suas ligações com som e vídeo. Caso haja
impossibilidade de verificação anterior, peça à pessoa que o convidou ou a alguém que o possa
fazê-lo bem. Desta forma você não correrá o risco de chegar ao local e verificar que ele não dispõe
da infra-estrutura mínima necessária.
 A iluminação da sala - É imprescindível que o ambiente seja claro, mas cujas janelas não permitam
que o auditório veja o que se passa no exterior e, sobretudo, não fiquem por trás do orador. Além
disso, a sala deve ser nua, para que a decoração das paredes não desvie a atenção dos ouvintes.
 Tamanho do auditório - O espaço físico comporta o número de pessoas esperadas para ouvi-Io
discursar? Caso a resposta seja negativa, qual o local mais adequado? Estas são perguntas que
devem ser objeto de discussão e análise por parte do comunicador, pois um ambiente
excessivamente repleto de pessoas pode vir a prejudicar todo o desenvolvimento da
apresentação. Você se lembra daquela pequena sala onde assistiu certa vez uma palestra de
alguém bastante conhecido, onde quase não conseguia respirar e ainda por cima lembrava o
ônibus lotado das seis da tarde? É exatamente disto que estamos falando.
 A acomodação - Como todos já sabemos, torna-se um martírio assistir a uma apresentação de pé
ou sentado, quando a cadeira é desconfortável. Entendida esta premissa, vale conferir que tipo de
acomodação o auditório oferece ao público esperado. Quando a acomodação for desfavorável não
tenha dúvida, seja rápido em sua exposição. Poupe o ouvinte de maiores delongas. Lembre-se:
uma má acomodação retira grande parte do interesse do ouvinte e o faz antecipadamente
“sonhar” com a despedida do comunicador.
 Ambientes ao ar livre ou abertos - Quando a apresentação for ao ar livre e você não puder se
utilizar de microfones, é coerente que o discurso seja breve, visto que sua voz não chegará muito
longe e haverá necessidade de forçá-Ia, o que provocará rouquidão e dor. Atente-se também
quanto a possibilidade de o sol estar bastante forte e atrapalhar sua visão ou a dos ouvintes
durante a fala. Havendo probabilidade de chuva, o melhor a fazer é transferir a apresentação para
um local coberto ou adiar a data da mesma
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RECURSOS DE VÍDEO, ÁUDIO E DINÂMICOS

Inicialmente, vale ressaltar que quando transmitimos uma mensagem apenas verbalmente, após três dias
os ouvintes se Iembrarão somente de 10% do que falamos; se, entretanto, transmitimos a mensagem verbalmente,
mas com o auxílio de recursos audiovisuais, a plateia ainda se Iembrará de 65% do que foi comunicado. Agora, se
você conseguir unir os recursos verbais, visuais e ainda incluir em sua apresentação atividades, dinâmicas, fazendo
com que a audiência “sinta” estar experimentando algo, a porcentagem de lembrança se eleva para 90% do que
foi comunicado.
É importante satisfazer a todos os presentes utilizando vários recursos que possam interessá-los, um a um.
A parcela da audiência que usam mais o visual admira o orador que projeta slides, passa um pequeno filme, usa
bem sua linguagem corporal ou distribui um resumo durante ou após sua palestra. Já os auditivos, estão
normalmente preocupados com a performance do orador, sua desenvoltura verbal na forma como expõe suas
ideias. A clareza do vocabulário e a sua simpatia são fundamentais para o convencimento deste público. Por
último, os cinestéslcos admiram os oradores que convidam o auditório a participarem de dinâmicas de grupo ou
responderem questionamentos, fazendo com que os presentes não apenas ouçam-no, mas coloquem desde já
seus ensinamentos adquiridos em prática. Dada a sua importância, passaremos a estudar agora os principais
recursos utilizados durante uma exposição.

OBJETIVOS

Depois de analisar detalhadamente o conteúdo e a sequência do discurso, decida-se pelo uso de recursos
visuais, de acordo com alguns dos seguintes objetivos:
1 - Fazer comparações numéricas - qualquer comparação numérica poderá ser mais facilmente
explicada e compreendida com o auxilio de gráficos.
2 - Apresentar dados estatísticos - os visuais economizam tempo de explicações e tornam mais
perceptíveis os dados estatísticos.
3 - Destacar informações essenciais - os dados essenciais podem ser reforçados, se forem destacados
com a apresentação visual de palavras ou expressões que resumam seu conteúdo.
4 - Expor dados técnicos ou científicos - estes são, naturalmente, mais difíceis de serem
compreendidos. Os visuais podem servir para explicar e esclarecer melhor seu significado.
5 - Informar o lançamento de um novo produto ou serviço - qualquer lançamento fica difícil de ser
visualizado apenas com informações verbais. Poderá ser mais claramente explicado com auxílio de
um filme, desenho ou fotografla.
6 - Ampliar a retenção de informações dos ouvintes durante a fala - no caso de ser preciso que os
ouvintes guardem na memória determinadas informações até o final da fala, é possível aumentar
em mais de 90% sua capacidade de retenção, se os dados forem reforçados com recursos visuais.
7 - Esclarecer conceitos, procedimentos ou ideias - os conceitos, procedimentos ou ideias que
apresentarem maior grau de complexidade poderão ser sensivelmente simplificados, se forem
esclarecidos com auxílio de visuais.
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8 - Orientar o raciocínio - o raciocínio do público pode ser orientado para atingir as conclusões
desejadas pelo orador, se ele selecionar convenientemente as ideias de maior peso dentro da
sequência da apresentação.
9 - Estabelecer relacionamentos - os visuais conseguem estabelecer com clareza o relacionamento de
medidas, resultados, projeções e outros elementos que seriam difíceis de explicar apenas pela
exposição oral.
10 - Mostrar organogramas - um visual com a representação gráfica de um organograma mostra
claramente os detalhes hierárquicos e o relacionamento entre as diversas funções.

DICAS PARA PRODUÇÃO DE SLIDES

 Escreva com letras legíveis;


 Limite a quantidade de tamanhos de letras;
 Produza frases curtas;
 Use poucas linhas;
 Use cores;
 Use pouco texto;
 Evite os templates;
 Apresente apenas uma ideia em cada visual;
 Introduza apenas uma ilustração em cada visual;
 Retire tudo que for dispensável ou incompatível com a mensagem;
 Só faça animações em slides se você for profissional da área;
 Crie uma identidade visual com cores, tipos de letras, linhas, formas, imagens e fundo de página.

RECURSOS VISUAIS

1 - Banner e Cartaz – pode se montar os visuais, tais como frases, esquemas e gráficos estatísticos. E
um recurso durável, econômico e fácil de ser transportado. Seu uso é limitado a pequenos
auditórios.
2 - Flip chart - constituído de um bloco de folhas presas na extremidade superior, apoiadas numa
estrutura sobre um cavalete. É um recurso econômico que permite espontaneidade, credita
autoridade ao orador e pode ser usado em várias apresentações com o mesmo visual. Seu uso é
limitado a pequenos auditórios devido às suas reduzidas dimensões.
3 - Folheto - os folhetos são papéis impressos com informações sobre o conteúdo da apresentação. É
preciso verificar sempre se os folhetos foram produzidos em número suficiente para todos os
ouvintes, ver a qualidade do material e decidir sobre o momento mais apropriado para sua
distribuição.
4 - Projetor multimídia - ele é capaz de projetar a imagem diretamente do computador na tela de
projeção. Pode transformar sua apresentação em um verdadeiro show de imagens, auxiliando na
conquista e persuasão do público. Contudo, os seus efeitos espetaculares poderão fazer com que
sua fala fique em segundo plano. Por isso, não abuse ou será um verdadeiro tiro pela culatra.
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EQUIPAMENTOS DE SOM

CAIXAS DE SOM

As considerações importantes a serem destacadas sobre caixas de som são:


 Potência – alguns especialistas em sonorização dizem que a medida é 10w para cada pessoa que
está no evento. Sendo assim, caso seu evento tenha 100 pessoas, você precisaria de 1000w. Porém,
com minha experiência de muitos eventos já aplicados, posso dizer que o ideal seria você fazer um
teste antes ou ainda perguntar para pessoas que trabalham no local. Elas saberão lhe dizer com
mais precisão quanto de potência será necessário para o ambiente em questão. Para você ter uma
ideia, no meu auditório - que montei para minhas palestras e cursos -, é possível ter até 60 pessoas.
Neste auditório, uso o total de 200w (duas caixas de 100w). Pela fórmula, o ideal seria ter duas
caixas de 300w. Como falei, para ser mais preciso, é importante testar.
 Tipos de caixa – atualmente, quando você vai comprar uma caixa de som para auditórios, você
encontrará as caixas já como “ativas”. Antigamente, se comercializava caixas passivas com
amplificador separado. A caixa ativa é uma caixa já com amplificador embutido. Pode ser que você
se depare com uma loja que ainda venda caixas passivas, desta forma, aconselho que você solicite
diretamente por caixas de som ativas.
 Estrutura física – hoje temos caixas com ótima potência, ativa e com tamanho reduzido. Aconselho
você adquirir caixas pequenas e, de preferência, de plástico, pois estas, são mais leves e fáceis de
transportar.
 Marcas – temos caixas de som nacionais e importadas, sendo que encontramos no mercado caixas
nacionais de qualidade. No meu caso, para meu auditório montado para palestras e cursos uso
duas caixas nacionais da marca CSR. Já para utilização em eventos maiores em hotéis, resorts, área
abertas, utilizo caixas de som importada da marca Mackie. Recomendo as CSRs que é uma marca
ótima e de custo baixo. Se for o caso de você desejar caixas importadas, recomendo as marcas:
Mackie e JBL.
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MESAS DE SOM

A necessidade de ter mesa de som se dá ao fato de poder integrar os equipamentos de som e poder ter
diversos canais de saída e de entrada. Por exemplo, você pode precisar ligar 3 microfones, ligar 2 ou 4 caixas de
som e ainda ligar o seu computador.
Para palestras, workshops, treinamentos e cursos, recomendo a marca Behringer, pois tem um custo baixo
e com recursos interessantes.
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CABOS E CONECTORES

Faço questão de lhe passar estas informações sobre caixas de som, mesas, cabos e conectores, porque
esse que mais cedo ou mais tarde você vai precisar conhecer esse mundo. Isso porque eu me vi na necessidade de
saber como tudo isso funciona depois que passei por uma experiência péssima, onde não podia contar com
nenhum especialista e o som do auditório não funcionava adequadamente. Tive problemas com o som que saia do
meu computador e também com o som dos microfones.
Depois disso, prometi a mim mesmo que iria estudar a respeito e não depender mais de especialistas.
Vamos lá, começaremos pelos conectores e depois falaremos de cabos e mais tarde de adaptadores.
Os conectores mais importantes de se conhecer são:
 P10 – encontramos em caixas de som, mesas de som e bases de microfones;
 Canon – encontramos em caixas de som, mesas de som e bases de microfones;
 P2 – esta conexão será encontrada normalmente para saída de som do computador, celulares e
tablets;
 RCA – encontraremos essa conexão na mesa de som, normalmente para ligarmos os canais de
áudio R e L que vêm do computador. Na imagem a seguir, repare que mostro um cabo que, em
uma ponta, há o conector P2 – que liga no computador – e dois conectores RCAs, um vermelho e
outro preto. Sendo que o vermelho é o R (right) e o preto é o o L (left).

Veja na imagem a seguir você verá os formatos físicos de cada conector.

ADAPTADORES

Todos estes conectores que apresentei anteriormente têm o formato macho e fêmea. Macho quando
fisicamente tem um pino exposto e fêmea quando há um encaixe em forma de buraco.
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Por exemplo, o que ocorre é que, de vez em quando, nos deparamos com uma conexão fêmea na ponta de
um cabo e na conexão no equipamento também é fêmea. Sabemos que fêmea com fêmea não se encaixam.
Sendo assim, para este caso, precisaríamos de um adaptador macho–macho.
Em outros casos, precisaremos adaptar de um tipo de conector para outro. Por exemplo, ligar uma conexão
P10 em outra que seja Canon. Ou ainda, P10 para P2. Observe na imagem a seguir alguns possíveis tipos de
adaptadores.

MICROFONES

O microfone pode ser o maior “vilão” do evento quando não observados alguns detalhes. Os microfones
sem fio se dividem em lapela, headset e de mão.
Os microfones de lapela, podem até ser bem confortáveis para o
palestrante, porém, tem uma captação muito sensível (captando até mesmo o som da respiração), e muito
propício a “microfonia” – aquele apito terrível e totalmente indesejável. Para palestrantes que se movem muito, é
totalmente desaconselhável, pois com frequência ele pode falar em sentido oposto ao microfone e o som não vai
sair bem. Entretanto, é uma ótima opção para gravações em estúdio, ou onde se tem isolamento acústico – o que
não ocorre em eventos.
Já os microfones de mão ou headsets, são os mais indicados pela sua qualidade de som.
O que deve ser observado é se as pilhas ou baterias estão novas e em caso de vários microfones na mesma sala ou
em salas próximas, se as frequências estão distantes. Para que a base de microfones sem fio possa identificar os
microfones, é definido o canal de frequencia na base e o mesmo canal no microfone. Assim, se dois microfones da
mesma base e frequencia estiverem separados fisicamente entre salas diferentes, pode ocorrer do microfone ser
usado em outra sala e atrapalhar o evento. O risco de interferência é não apenas muito grande como iminente.
Se
atente sempre a detalhes como estes, pois um pequeno descuido pode se tornar uma grande preocupação.
Há também os microfones de mão com fio. Neste caso, não é recomendado para palestrantes que gostam
de se movimentar e interagir com a plateia.
Eu, particularmente prefiro os microfones sem fio, justamente pelo motivo da movimentação no auditório.
Agora, entre o microfone de mão e o headset, eu prefiro o headset, pois permite que eu fique com as duas mãos
livres para desempenhar.
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Em termos de marca, recomendo os microfones Shure. Estes são os melhores e mais profissionais. Também
existe outras marcas mais acessíveis financeiramente, pois os Shure têm um custo muito alto.
No meu auditório, uso um headset Shure e mantenho dois microfones de mão para uso da plateia ou
voluntários em alguma atividade ou dinâmica no palco. Estes são da marca Kuati.

PROJETOR MULTIMÍDIA

Os projetores multimídia variam normalmente de 2.000 a 5.500 ANSI Lumens para eventos de pequeno a
médio porte. Esta medida foi originalmente desenvolvida pela ANSI – American National Standards Institute – um
órgão americano semelhante ao nosso INMETRO, a partir da intensidade dos feixes de luz emitidos. A priori,
quanto maior a luminosidade, maior brilho e intensidade, que gerarão consequentemente uma melhor imagem.
Apesar disto, um projetor de 2.500 ANSI Lumens, é suficiente para uma excelente imagem em telas até 150
polegadas, não sendo necessária a opção por um projetor mais potente, mas, em eventos de maior porte, onde
serão utilizadas telas de 200 polegadas ou mais, precisamos de maior “potência” também dos projetores.
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COMPUTADOR

É importante ter seu próprio computador para poder carregar com você. Sem dúvida que estamos falando
de um notebook, agora, que marca de notebook é o mais aconselhável? Em termos de hardware, se você quer ter
uma segurança maior, recomendo que você tenha um da marca Sony. Neste caso, você terá instalado o sistema
operacional Windows. Muitas pessoas dizem que o Windows não presta e bla, bla, bla... Bem, o que ocorre é que
se você tiver este computador exclusivo para esse fim e tiver todos os cuidados relacionados a vírus, você terá um
computador super confiável. O problema que o Windows tem é justamente com a maior facilidade de ser
infectado por vírus, pois é o sistema mais popular do mundo.
Talvez você já tenha ouvido falar do Mac. Eu, particularmente uso Macbook para fazer esses trabalhos. Os
motivos principais são: a estrutura física dele permite que o aparelho tenha uma dissipação de calor maior,
gerando uma maior vida útil do mesmo. Além disso, os programas para o sistema da Apple tem custo mais baixo e
são relativamente mais fáceis de usar. Por exemplo, eu uso o Keynote, que é um software para criação de slides,
similar ao PowerPoint, só que é mais fácil e simples de usar.
Outra dica importante que posso contribuir aqui é o tipo de armazenamento de dados no computador. Na
maioria dos computadores de hoje, o dispositivo de armazenamento é um disco rígido. O problema deste
dispositivo é que não combina bem com aparelhos portéteis como notebooks. Isso porque, dependendo da forma
que você movimenta o notebook ligado, o braço de leitura e gravação do disco toca no disco arranhando-o. Esses
arranhões podem ser profundos eliminando os dados que estavam gravados naquele ponto do disco. O que
recomendo, é que você adquira um notebook com armazenamento em SSD (Solid-State Drive). Esse sistema é
eletrônico ao invés de mecânico. A gravação e leitura é feita através de chips, como nos pendrives. Com este
dispositivo, você pode movimentar o notebbok ligado que não haverá riscos de perda de dados. Perceba, seu
celular, iPod, tablet, podem ser movimentados o tempo todo, inclusive, mesmo que levem uma queda, o sistema e
os dados se mantêm intactos.
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CONTROLE REMOTO PARA APRESENTAÇÃO DE SLIDES

Há diversos tipos, marcas e modelos destes aparelhos para passar os slides do seu computador com uma
conexão sem fio.
Possui distância de alcance de até de 20m e se conecta um receptor na USB do computador.

É possível também usar Smartphone para esse fim, conectando ao computador através da rede Wi-Fi ou
pela conexão Bluetooth.
Os programas que recomendo e utilizo em meu Iphone são:
 Para Windows: Mobile Mouse;
 Para Mac: Remote do Keynote.

Nos Smartphones com sistema Android, também é possível usar o Mobile Mouse.
Além de passar slides, também utilizo o iPhone para reproduzir músicas no computador. Os softwares que
recomendo são:
 Remote do iTunes;
 Virtual DJ.

BACKUPS

Manter uma cópia de todos os dados que você tem é extramamente recomendado. Tenha HDs externos e
pendrives para guardar suas cópias.
É importante você ter um pendrive com a sua apresentação junto com você, em seu bolso (e não na bolsa
do computador), e também ter uma cópia em sua casa. Indico também que você mantenha uma cópia na nuvem.
Por exemplo, eu uso o Drive do gmail para armazenar cópia dos meus arquivos.
Além do backup de dados, é importante ter backup de hardware, como: computados, mesa de som e
projetor. Eu já passei pela experiência de precisar de outro projetor, pois o que usava queimou a lâmpada.
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No meu caso, uso muito músicas em minhas palestras, cursos e treinamentos, então, adquiri um speaker
com bateria. Já tive a necessidade de usá-lo três vezes para me salvar. Primeira vez, o hotel onde estávamos teve
um problema em um transformador no poste e ficamos 5 horas sem luz. Porém, continuei o treinamento mesmo
assim, sem microfone, mas com músicas, usando a bateria do speaker para tocá-las.
A seguir, coloco uma imagem do speaker que uso (marca BOSE), que, além de lhe salvar nestes casos de
ficar sem luz, permite que você o leve para dinâmicas em áreas externas plugando um iPhone ou iPod para tocar
as músicas.
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EXEMPLOS DE MONTAGENS DAS CONEXÕES AUDIVISUAIS
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Treinamento

Essa etapa é essencial para alguém que quer falar, andar e parecer um líder.
Chegou a hora de treinar o que você organizou e desenvolver sua performance para a apresentação.
Roteiro e apoio visual prontos significam o início do treinamento.
Dois pontos são importantes: treinar o conteúdo e treinar o desempenho.
Treinar o conteúdo é quando você treina focando nas informações que organizou, até ter certeza de que o
texto está memorizado.
 Ponha de lado o roteiro – Fale para a plateia e não para seus slides. Estabeleça um contato visual
intenso, pois ensaiou efetivamente seu conteúdo.
o Não leia as anotações, exceto em circunstâncias específicas, em que você deve seguir um
processo passo a passo, como uma demonstração.
o Quando você precisar ler anotações, crie não mais do que três ou quatro marcadores, com
texto em fonte grande, em uma ficha de anotação ou folha de papel. Crie uma ficha de
anotações do software de apresentação Keynote ou PowerPoint, não crie mais do que três
ou quatro marcadores. Um único marcador é ainda melhor.
o Utilize o visual do seu slide para incitá-lo a transmitir apenas um único tema-chave – uma
mensagem principal – por vez. Pense: “um tema por slide”.

Treinar o desempenho é quando você treina a performance de palco, pratica toda a sua movimentação, o
tom de voz, gestuais, postura, fluência do texto na fala, sincronização com os elementos audiovisuais como slides,
vídeos, etc.
 Presença de palco primorosa
o Como você diz é tão importante quanto o que você diz, se não for mais. A linguagem corporal
e a comunicação verbal são responsáveis por 63% a 90% da impressão que você causa em sua
plateia, dependendo do estudo mencionado. O que faz a diferença é o poder de suas palavras.
o Preste atenção a sua linguagem corporal. Mantenha contato visual, tenha postura aberta e
utilize gestos de mãos quando apropriado. Não tenha medo de usar as mãos. A pesquisa
revelou que os gestos refletem o pensamento complexo e fazem o ouvinte ter confiança no
orador.
o Varie sua expressão verbal, adicionando inflexões em sua voz, aumentando ou diminuindo o
volume e também alternando o ritmo. Além disso, deixe o conteúdo ganhar fôlego. Faça uma
pausa. Nada é mais expressivo que uma pausa bem colocada.
o Grave sua voz. Observe com atenção sua linguagem corporal e escute sua expressão verbal.
Observar-se em vídeo é a melhor forma de aprimorar suas habilidades de apresentação.
 Faça parecer fácil – Poucos palestrantes ensaiam além do ideal. Os pesquisadores científicos
descobriram que são necessárias dez mil horas para alcançar a maestria em uma determinada
habilidade.
o Pratique, pratique e pratique. Não dê ponto sem nó. Analise cada slide, cada demonstração a
cada mensagem-chave. Você deve saber exatamente o que vai dizer, quando vai dizer e como
vai dizer.
o Grave em vídeo sua apresentação. Arranje uma câmera de vídeo e grave seu desempenho.
Você não precisa gravar toda sua apresentação. Os primeiros cinco minutos são capazes lhe
dar muita informação. Preste atenção à linguagem corporal e aos cacoetes verbais. Eles
atrapalham e distraem. Se possível, analise o vídeo com a ajuda de outra pessoa.
 Usar roupas adequadas – Steve Jobs sempre utilizou de roupas básicas, como tênis, calça jeans e
camiseta, tanto durante o trabalho como também em suas apresentações. Porém, sabemos que
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ele “pode” se vestir assim em uma palestra, o que não se aplica para nós. Agora, quando Jobs se
reunia para fechamento de negócios e contratos, ele se apresentava com ternos caríssimos.
o Vista-se como o líder que você quer se tornar, e não de acordo com a posição que você tem
atualmente. Os grandes líderes se vestem um pouco melhor que todos os demais do recinto.
o Use roupas apropriadas para a situação.
o Se você for se vestir como um rebelde, vista-se como um rebelde bem-sucedido. Jobs usava
camisetas St. Croix. Parecia uma simples camiseta preta, mas, no mínimo, ele gastou muito
dinheiro nela.
 Divirta-se – Apesar da ampla preparação por trás da sua apresentação, as coisas nem sempre
acontecem conforme planejado. Não deixe que nada lhe abale, pois seu primeiro objetivo é se
divertir!
o Trate as apresentações como “infoentretenimento”. Sua plateia quer ser ensinada e
entretida. Divirta-se. E deixe isso ficar visível.
o Nunca exprima pesar. Você tem pouco a ganhar chamando a atenção para um problema. Se
sua apresentação apresentar uma pequena falha, reconheça-a, sorria e siga em frente. Se
ninguém perceber, exceto você, não chame a atenção para o problema.
o Mude seu ponto de vista. Se algo não sair exatamente como o planejado, nada dará errado, a
menos que você permita que isso prejudique o resto de sua apresentação. Mantenha o roteiro
geral em mente, divirta-se e não deixe o problema pertubá-lo.

LINGUAGEM CORPORAL

Quando conhecemos alguém, ficamos sempre com uma determinada impressão dessa pessoa quase que
instantaneamente. Inclusive, pesquisas mostram que as pessoas nos julgam logo nos primeiros 15 segundos.
Através do impacto visual que causamos, passamos mensagens positivas ou negativas. Durante as palestras e
reuniões, também se confia nestas impressões.
O público analisa o seu comportamento detalhadamente. Qualquer gesto mínimo é decodificado e serve
como medida de avaliação. Não só o seu vestuário mas também a sua postura, o aperto de mão e até os
movimentos dos braços e pernas.
A comunicação verbal é feita conscientemente, pois o ser humano tem maior facilidade para raciocinar
primeiro e depois falar. Por outro lado, a grande maioria das pessoas utiliza sua linguagem corporal de forma
inconsciente, embora possamos usá-la também de forma consciente.
Ao mesmo tempo que você pensa, transparece através de sinais corporais.
Qual o problema?
O problema é que a comunicação não-verbal é responsável pela prlmelra Impressão de uma pessoa.
O cientista norte-americano Mehrabian elaborou um estudo sobre os níveis de comunicação do ser humano
e concluiu:
55% da mensagem é transmltlda via linguagem corporal;
38% pela voz;
7% pelas palavras.
É claro que devemos ter cuidados! Como afirma Pierre Weil, o “Corpo FaIa”. Vejamos.
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COMUNICAÇÃO VISUAL (OLHOS)

A natureza da troca de olhares transmite uma enormidade de informações. A dilatação das pupilas, a
frequência com que a pessoa pisca, a direção do olhar e a maneira como os olhos estão abertos, tudo isso
transmite mensagens muito claras.
Em consequência destas informações, o olhar desempenha um papel crucial durante as apresentações em
público, pois é uma maneira de obter feedback sobre pontos durante a palestra ou reunião. Ainda, pode ser usado
como sinal de sincronia.
Segundo sérias pesquisas realizadas no campo comportamental, as pessoas olham para as outras por volta
de 75% do tempo em que estão falando, mas apenas 40% do tempo em que estão ouvindo. Daí a necessidade de
“ouvirmos com os olhos” enquanto o outro fala.
Cuidados:
 Desviar o olhar - significa que a pessoa está hesitante ou falando ou pensando sem fluência.
 Não cravar os olhos no chão ou no teto.
 Pessoas que procuram olhar as outras nos olhos enquanto falam são vistas não apenas como
excepcionalmente bem dispostas, mas também como mais confiáveis e sérias.
 Olhar direto significa ameaça, ao passo que interromper ou evitar o olhar provavelmente é sinal de
apaziguamento.
 Fechar os olhos enquanto está falando significa que a pessoa está entendiada ou se sente superior.
Pessoas assim negam tanto a quem estão falando quanto a quem estão ouvindo a oportunidade
de receber e dar feedback.
 Olhe para todos os presentes, contudo tome o cuidado de não fixar demasiadamente o olhar em
algum ouvinte particular. Isto demonstra que você deseja falar com todos individualmente.
 Olhar serve para encorajar e persuadir todos os seres humanos. Por isto mesmo, o olhar franco é
sempre interpretado como uma atitude positiva.

EXPRESSÃO FACIAL

A grande maioria de nós julga as pessoas com base na expressão facial. Quantas vezes não encrencamos
com aquele apresentador porque ele não sorria e, ainda por cima, ficava fazendo caretas e trejeltos enquanto
falava.
As expressões faciais das pessoas em entrevistas, reuniões, palestras ou atendendo a clientes transmitem
preciosas mensagens sobre seu estado interior, principalmente se você observar como as expressões mudam em
resposta ao que está sendo dito. E, a máscara cai!
Infelizmente, ou felizmente, os olhos, a boca e as sobrancelhas podem fazer movimentos independentes e
oferecer inúmeras expressões diferentes. O nariz pode se alargar ou se contrair numa expressão de menosprezo,
por exemplo.
A cor, a textura e a umidade da pele podem passar muitas informações sobre o estado de espírito e as
condições de saúde de uma pessoa. As simples linhas das sobrancelhas, da testa e da boca em diferentes
expressões podem transmitir pelo menos 10 mensagens emocionais.
Sorriso
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Impressionantes evidências físicas demonstram que o sorriso não é apenas consequência de um
sentimento de felicidade ou contentamento, mas que ter um sorriso nos lábios pode induzir a alterações
fisiológicas na temperatura do corpo, no ritmo cardíaco, na resistência da pele, e assim por diante. Assim, adotar
uma expressão sorridente pode resultar em estados de espírito positivos.
Tal comportamento tem a vantagem adicional de fazer com que as pessoas retribuam o sorriso.
O sorriso é uma dos melhores Rapport.

BRAÇOS E MÃOS

Os gestos podem revelar algo do estado emocional das pessoas, principalmente sobre seu nível de
excitação ou ansiedade. Ex.: ficar se tocando revela constrangimento, dúvida e ansiedade.
Sabendo disto, sugiro que tenha muita atenção com as recomendações que faço logo abaixo.
Cuidados:
 É importante que o gesto seja feito de forma natural, sendo feito antes ou junto com a palavra, não
depois.
 Os dois maiores erros da gesticulação são a ausência e o excesso de gestos.
 Esfregar as mãos significa expectativa ou frio. Fechar as mãos (na frente do rosto ou sobre uma
mesa) - indica confiança ou frustração.
 Mover as mãos abruptamente (para cima ou para baixo) - é geralmente um gesto positivo de
confiança.
 Mostrar o polegar (passando-o na gola do casaco ou nos bolsos das calças) – demonstra
superioridade ou mesmo pomposidade, chegando a ser ridículo.
 Mãos atrás das costas, nos bolsos ou braços cruzados - gestos defensivos, demonstram que o
orador está inseguro ou possui desinteresse em falar.
 Braços e mãos apoiados sobre a mesa, tribuna ou haste do microfone são compreendidos como
refúgio da insegurança (buscando apoio em um ponto certo).
 Gestos abaixo da linha da cintura ou acima da linha da cabeça também precisam ser evitados.
 Coçar a cabeça, mexer na aliança, na pulseira, distrair-se com um lápis ou caneta também passa
uma impressão negativa ao público presente ou perante seu interlocutor.
 Colocar a mão na boca (possivelmente disfarçando uma tosse falsa ou um bocejo) é geralmente
associado à mentira.
 Tocar o nariz - já se disse que se uma pessoa que está falando tocar sua boca com as mãos, ela
pode estar mentindo, ao passo que se a pessoa que estiver ouvindo fizer a mesma coisa, pode ser
que ela ache que a pessoa que está falando esteja mentindo.
 Levar as mãos aos olhos (nada vejo!) ou às orelhas (nada ouço!), arranhar o pescoço, puxar a gola
ou levar os dedos à boca (para roer as unhas) são gestos vistos como sinais de que a pessoa está
enganando os outros, não está muito certa do que está falando ou simplesmente está ansiosa.
 Tocar o queixo, as faces ou a mandíbula é um gesto geralmente associado ao ato de pensar
(avaliação do que está sendo dito ou reflexão sobre uma decisão a ser tomada) ou está
ocasionalmente associado ao tédio.
 Esfregar a nuca é sinal de frustração.
 Evite ficar o tempo todo com o dedo indicador em forma acusadora.
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PERNAS E PÉS

A principal função das pernas é conferir sustentação ao corpo. Logo, qualquer atitude que impeça uma boa
disposição dos membros inferiores, irá contribuir para que todo o corpo fique desequilibrado reproduzindo uma
imagem ruim àquele que fala.
Cuidados:
 Cruzar as pernas com apoio no tornozelo passa a ideia de frieza ou autodefesa.
 Movimentos desordenados demonstrando instabilidade emocional para o público.
 Pernas muito abertas ou fechadas precisam ser evitadas pelo comunicador, pois refletem uma
postura prejudicial àquele que fala.
 Pernas muito rígidas demonstram instabilidade emocional e fazem com que o orador seja visto
como alguém hesitante.
 Cuidado para não tropeçar nos fios de equipamentos de som e microfones espalhados pelo chão.
 É considerado falta de respeito apoiar o peso do corpo sobre algo (como uma mesinha, por
exemplo) porque tal postura indica desatenção e relaxamento.

Dicas:
 Conduzir reuniões com todos os participantes em pé costuma garantir que elas durem menos.
 Fale sentado, se puder ver todos os ouvintes e eles também puderem vê-lo. Quando sentado, evite
cruzar os pés em forma de “x” embaixo da cadeira, não estique as pernas, nem penda o corpo
demasiadamente para um dos lados. Posicione-se com os dois pés no chão, ou cruze uma das
pernas sobre a outra.
 Nas demais situações, prefira falar de pé.
 Apóie seu corpo ora sobre uma perna, ora sobre a outra.
 Movimente-se pela sala ou auditório. Evite ficar parado num mesmo lugar por muito tempo pois
isso pode cansar os ouvintes.

OUTRAS DICAS DE GESTICULAÇÃO E POSTURA

 Fale com clareza, sem declamar. Da mesma maneira, evite gritar durante sua fala.
 Não empregue sarcasmo ou expressões maliciosas.
 Não provoque risadas em demasia, tornando-se palhaço.
 Não use gírias ou piadas, nem elogie exageradamente a si mesmo.
 Não se expresse de maneira presunçosa ou orgulhosa.
 Vista-se de acordo com o ambiente e os ouvintes presentes.
 Não dê socos na mesa ou púlpito.
 Não exagere em tirar e colocar os óculos, nem fique arrumando a gravata ou cabelo a todo
instante.
 Não fique olhando o relógio todo o tempo.
 Não procure imitar alguém.
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A IMPORTÂNCIA DA VOZ

É muito comum ouvirmos alguém dizendo que tal pessoa “imposta a voz para falar". Contudo, mesmo
usando o verbo "impostar", a ideia que embasa tal afirmação é equivocada e não expressa o que realmente é a
impostação vocal.
Para muitos, impostar a voz parece algo requintado, que nem todo mundo pode aprender; acham que
impostação envolve uma técnica muito difícil por causa do volume de conhecimentos e do esforço rigoroso que
exige. No entanto, a impostação vocal significa saber colocar a voz de forma conveniente e adequada; servindo-se
apenas da função fisiológica dos órgãos que produzem o som.
Impostar a voz é colaborar com a natureza; saber respirar corretamente, emitir o som, refletindo-o nos
ressoadores e obtendo da voz o melhor rendimento com o mínimo de esforço. O que distingue um profissional da
voz dos demais é justamente a impostação. Há pessoas que normalmente usam a voz de forma inadequada, não
conseguindo projetá-Ia quando falam ou cantam. Quando alguém se propõe a impostar a voz, tem algo em mente
e uma meta almejada. Quer melhorar como pessoa, quer melhorar sua imagem e estar devidamente preparado
para exercer o seu papel no mercado de trabalho e na vida social.
A voz é a expressão sonora da personalidade. Ela registra e recebe o impacto das emoções. É um
instrumento vivo, que faz parte da pessoa. Impostar a voz, na verdade, é projetar a pessoa em seu todo. Porque
uma voz agradável, clara e sonora acaricia os ouvidos, facilitando a transmissão de ideias e a expressão de
sentimentos.
A agudeza, a estridência, a rouquidão, a dissonância, a falta de volume e a monotonia são características
indesejáveis numa voz. Algumas dessas características são de origem física, outras decorrem de erros na emissão
dos sons ou no pronunciamento das palavras e podem estar relacionadas a problemas psicológicos ou falhas
educativas.
Para corrigir ou atenuar as características indesejáveis da voz é preciso fazer exercícios de treinamento e
conscientização para superação pessoal, quando o problema for pequeno. Em caso de defeitos mais complexos, é
aconselhável procurar um médico, fonoaudiólogo ou psicólogo.
Seja qual for o estado em que a pessoa se encontre, vale a pena lutar por ter uma boa voz. A recompensa é
a realização pessoal.
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DICAS BÁSCIAS PARA UMA BOA EMISSÃO

Podemos desenvolver hábitos e atitudes positivas para uma boa voz e fala. Observe algumas sugestões:
1. Mantenha-se sempre hidratado, bebendo pelo menos dois litros de água (8 a 10 copos) ao longo
do dia. Pode–se ainda fazer um preparo com água, limão e mel: meio limão e uma colher de café de
mel em uma garrafa de 500ml de água.
2. Evite álcool destilado antes de suas palestras.
3. O uso de voz profissional e o fumo também são incompatíveis, pois além de ser nocivo a saúde, é
altamente irritante a mucosa do trato vocal e provoca tosse, pigarro, aumento de secreção e
infecções, que são fatores de agressão às pregas vocais.
4. Modere o consumo de cafeína (café, refrigerantes de cola e chás: preto e verde).
5. Evite alimentos pesados e excessivamente condimentados, principalmente à noite, antes de
dormir.
6. Reduza o uso da voz quando em condições de saúde limitadas, especialmente nos quadros de
gripes, resfriados ou alergia das vias respiratórias.
7. Monitore sua voz para veriflcar se você não está falando mais forte (alto) que o necessário.
8. Evite usar voz muito grave (grossa) ou muito aguda (fina), fora de seu tom habitual.
9. Evite conversas em ambientes ruidosos.
10. Não fale rapidamente por longo tempo.
11. Evite falar enquanto faz exercícios físicos ou carrega peso.
12. Evite hábitos orais inadequados: gritar, pigarrear, tossir constantemente, rir ou falar alto, para não
irritar as pregas vocais.
13. Articule corretamente as palavras, abrindo bem a boca para ampliflcar os sons.
14. Aqueça a voz com exercícios específicos, antes de usá-Ia de forma intensiva.
15. Reconheça e evite as sensações de esforço vocal, tais como ardor, tensão no pescoço e falta de ar
na fala.
16. Use roupas confortáveis, que não apertem a região do pescoço, do tórax e abdômen, pois uma
alteração na respiração leva a uma alteração vocal.
17. Inspire e expire pela área diafragmática. Evite a respiração toráxica pois, esta, força as cordas
vocais e não ajuda para uma boa emissão.
18. Em um ambiente com ar condicionado é importante aumentar a ingestão de líquidos, já que ele
diminui a umidade do ar ressecando a mucosa do trato vocal.
19. Alimentos como a maçã possui uma propriedade adstringente auxiliando na limpeza do trato vocal.
Os sucos cítricos como laranja e limão auxiliam na absorção do excesso de secreção.
20. Após o uso intensivo da voz, deve-se considerar um repouso vocal ou um período de uso limitado,
com o mesmo número de horas do emprego da voz.
21. Permaneça o menor tempo possível em lugares com multa poluição atmosférica, fumaça, pouca
ventilação, poeira ou mofo.
22. Evite mudanças bruscas de temperatura e vista-se sempre adequadamente ao clima.
23. Nunca se auto-medique.
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EXERCÍCIOS PRÁTICOS

ARTICULAÇÃO

1. Pataká – peteké – pitiki – potokó – putukú;


2. Vazajá – vezejé – viziji – vozojó – vuzujú;
3. Mandangá – mendengué – mindingui – mondongó – mundungú;
4. Badagá – bedegué – bidigui – bodogó – budugú;
5. Colocando o ‘r’: pratrakra – pretrekre – pritrikri – protrokro – prutrukru...;
Falar um texto com a caneta travada nos dentes, entre 5 e 10 min.

IMPOSTAÇÃO VOCAL

1. HOHO 1 – HOHO 2 – HOHO 3 … até 10;


2. HOHO segunda – HOHO terça...;
3. HOHO Janeiro – HOHO Fevereiro...

COORDENAÇÃO DA FALA COM A RESPIRAÇÃO

1. Puxar o ar pelo nariz (como se estivesse cheirando uma linda e perfumada rosa) e soltar pela boca,
usando o diafragma (como se estivesse assoprando um ferimento após a aplicação de um anti-séptico);
a. 10x deitado;
b. 10x sentado;
c. 10x em pé.
2. Puxar o ar pelo nariz, reter por 5 segundos e soltar pela boca, usando o diafragma e dizendo:
a. sssssssss (até acabar o ar);
b. zzzzzzzzz (até acabar o ar);
c. chiiiiiiiiiii (até acabar o ar);
d. jiiiiiiiiiiiiii (até acabar o ar).

3. Puxar o ar pelo nariz e soltar pela boca, usando o diafragma e dizendo:


a. Palavras monossilábicas: mão, pé, sol, fel, céu, pão, chá, mel, lá, etc.;
b. Palavras dissílabas: casa, mesa, sofá, café, homem, sempre, campo, tampa, pente, onça, leão,
tigre, porta, etc.;
c. Palavras trissílabas: janela, macaco, laranja, caneta, caneca, casaco, colega, caipira, cantiga, etc.;
d. Palavras polissílabas: marmelada, goiabada, caderneta, camisola, elegante, componesa,
independência, intolerância, patrocinador, comendadora, SuperLeader, etc.
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AQUECIMENTO VOCAL

1. Alongamento de cabeça e pescoço. (Movimentos com cuidados de sim, não, talvez, rotação de cabeça e
ombros) e espreguiçar, “esticar todo o corpo”);
2. Emitir s-z-s-z (durante 2 min);
3. Emitir ch-j-ch-j (durante 2 min).

RELAXAMENTO VOCAL

1. Realizar alongamento de cabeça e pescoço;


2. Emitir s-z e ch-j durante um minuto;
3. Emitir vogal ‘a’ com boca bem aberta imitando um bocejo até que saia o bocejo natural.

Executar / Transmitir

Não realize uma apresentação, ofereça uma experiência.


Agora é a hora de subir ao palco e fazer a apresentação.
Para um maior resultado, com o tempo que tenho de experiência, percebi, definitivamente, que é
importante transmitir às emoção. Para que isso ocorra, as pessoas esperam ver personagens, objeto cênicos
elaborados, fundos visuais estonteantes, atividades, dinâmicas e um momento glorioso. Assim, elas terão a
sensação que o valor e o tempo investido valeu a pena. Contendo cada um destes elementos, a apresentação o
ajudará a ter um forte vínvulo entre a plateia e você.

DIRECIONE SUA PLATEIA A USAR O HEMISFÉRIO DIREITO DO CÉREBRO

A simplificação é o recurso-chave em todos os projetos. Todo slide é simples, visual e sedutor.


A simplicidade é a sofisticação máxima (Steve Jobs, citando Leonardo Da Vinci).
Lembre-se: ser simples não é ser superficial!
 Evite os marcadores. Sempre. Bem, quase sempre. Os marcadores. São perfeitamente aceitáveis
nas páginas planejadas para serem lidas por sua plateia, como livros, documentos e e-mails. De
fato, eles dvdem ser evitados. Imagens são mais eficientes.
 Focalize um único tema por slide e complemente esse tema com uma fotografia ou uma imagem.
 Aprenda a criar slides visualmente sedutores. Sobretudo, lembre-se de que você não precisa ser um
artista para criar slides visualmente elaborados.
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DÊ UMA NOVA ROUPAGEM A SEUS NÚMEROS

Os dados ficam sem sentido fora de um contexto. Dê vida à estatística e, mais importante, discuta os
números em um contexto pertinente à sua plateia.
 Utilize dados para apoiar o tema principal de sua apresentação. Dessa maneira, analise com
cuidado os números que quer apresentar. Não sobrecarregue sua plateia com muitos números.
 Torne seus dados específicos, relevantes e contextuais. Em outras palavras, coloque os números
em um contexto relevante para a vida dos seus ouvintes.
 Utilize recursos retóricos, como analogias, para dar uma nova roupagem a seus números.

UTILIZE PALAVRAS SUPEREMPOLGANTES

Dar um adjetivo no improviso pode ser um desastre. Selecione os melhores adjetivos previamente para
cada parte ou produto que você vai expor.
 Organize o conteúdo que vai transmitir. Elimine a linguagem redundante, os lugares-comuns e os
jargões. Edite mais e mais. Analise seus parágrafos e verifique o quão densos eles estão.
 Divirta-se com as palavras. Tudo bem expressar entusiasmo por seu produto mediante superlativos
ou adjetivos descritivos, pois bem colocados, gera confiança.

COMPARTILHE O PALCO

Você não está sozinho. No “backstage” há um mundo. Então, traga à sua apresentação, informações que
irão dar apoio ao seu produto.
 No lançamento de um produto ou serviço, você deve ter clientes que já o testaram e estão
disponíveis para apoiar suas afirmações. As resenhas da mídia também são uteis, principalmente
de publicações de boa reputação ou de blogs conhecidos.
 Inclua testemunhos em sua apresentação. A maneira mais fácil é fazer um vídeo do seu cliente
falando sobre seu produto. Edite esse vídeo, deixando-o com menos de dois minutos de duração,
e inclua em sua apresentação.
 Agradeça publicamente aos seus funcionários, parceiros e clientes. E faça isso com frequência.
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REALIZE SUA APRESENTAÇÃO COM OBJETOS CÊNICOS

As demonstrações desempenham um papel de apoio muito importante. Aprenda a realizar demonstrações


com entusiasmo.
 Elabore uma demonstração do produto na fase de planejamento de sua apresentação. A
demonstração deve ser curta, gratificante e substancial. Se puder introduzir outra pessoa da sua
equipe para participar da demonstração, faça isso.
 Envolva-se com a demonstração. Segundo os comediantes, uma piada funciona somente se você
se comprometer com ela. Da mesma maneira, comprometa-se com a sua demonstração,
principalmente se o seu produto for de entretenimento. Sinta prazer com isso.
 Proporcione algo para cada tipo de aprendiz em sua plateia: o visual, o auditivo e o cinestésico.

SURPREENDA COM UM MOMENTO INESQUECÍVEL

Justamente quando a plateia acha que já viu de tudo o que tinha para ver e ouviu tudo o que tinha para
ouvir, surpreenda. O momento é planejado e roteirizado para causar o máximo de impacto.
 Planeje um momento inesquecível. Não precisa ser um lançamento revolucionário. Algo tão
simples como contar uma história pessoal, revelar alguma informação pode ajudar a criar um
momento inesquecível para a sua plateia. Diretores de cinema como Steve Spielberg procuram
essas emoções que empolgam as pessoas, que as fazem rir ou que as fazem pensar. As pessoas
anseiam por momentos belos e inesquecíveis. Crie-os em sua apresentação. Quanto mais
inesperados, melhor.
 Roteirize o momento. Construa o grande momento antes de oferecê-lo à sua plateia. Da mesma
forma que um grande romance não revela a trama inteira na primeira página, o drama deve ser
construído durante sua apresentação. Você viu o filme O sexto sentido, com Bruce Wills? A cena-
chave estava no final do filme; uma reviravolta que a maioria dos espectadores não percebeu
chegar. Pense a respeito de como adicionar o elemento surpresa à sua apresentação. Crie, no
mínimo, um momento inesquecível, que surpreenderá sua plateia e que ela comentará por muito
tempo depois do término de sua apresentação.
 Ensaie o grande momento. Não comenta o erro de criar uma experiência inesquecível e fracassar
porque não ensaiou. Esse momento deve parecer alegre, perfeito e espontâneo. Certifique-se de
que as demonstrações funcionam e que os slides aparecem no instante correto.
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OS RECURSOS MAIS USADOS COMO INTRODUÇÃO

 aludir à ocasião;
 elogiar ou valorizar a plateia;
 usar as características positivas do orador;
 frase ou informação que provoque impacto;
 fato bem-humorado;
 uma história ou narrativa interessante;
 levantamento de uma reflexão
 apresentação da utilidade, vantagens e benefícios do assunto;
 fazer promessa de brevidade.

SITUAÇÕES ESPECIAIS

Quando o orador...
 não possui credibilidade - demonstrar conhecimento e experiência de forma sutil;
 é jovem demais - fazer uma citação, transferindo para si a credibilidade do autor;
 é desconhecido - aproveitar circunstância de pessoa, tempo ou lugar;
 desperta inveja ou rivalidade - elogiar sinceramente o auditório.

ATITUDES QUE DEVEM SER EVITADAS

 explicar a falta de tempo para expor o que desejava;


 contar piadas;
 fazer perguntas quando não desejar a resposta;
 pedir desculpas ao auditório;
 tomar partido sobre assuntos polêmicos ou controvertidos;
 começar com palavras inconsistentes, usar chavões ou frases feitas;
 criar expectativas que não possam ser cumpridas;
 mencionar acontecimentos que incomodam o público, sem condições de resolver o problema;
 mostrar-se muito humilde diante de ouvintes importantes;
 ser muito previsível.

CUIDADOS COM A CONCLUSÃO

A conclusão de uma fala caracteriza-se pelos seguintes traços:


 Deve ser breve (menor ainda que a introdução);
 É a única parte da apresentação que deve ser anunciada, fazendo com que os ouvintes fiquem mais
atentos.
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POSSUI DOIS ELEMENTOS ESSENCIAIS

 Recapitulação: Contamos numa única frase ou duas a essência do conteúdo que acabamos de
apresentar. Poderá ser suprimida, se a linha de argumentação for simples e curta.
 Epílogo: As palavras devem ser dirigidas mais para o sentimento que para a razão. É o momento
mais apropriado para o uso da emoção.

PODEMOS ENCERRAR AS APRESENTAÇÕES DE DUAS MANEIRAS

 Aumentando a velocidade e a intensidade da fala;


 Diminuindo a velocidade e a intensidade da fala.

ALGUMAS FORMAS DE CONCLUIR

 Levantar uma reflexão;


 Usar uma citação ou frase poética;
 Pedir ação;
 Elogiar o auditório;
 Aproveitar um fato bem-humorado;
 Aludir à ocasião;
 Contar uma fábula ou fato histórico.

ALGUNS CUIDADOS ESPECIAIS NA CONCLUSÃO

 Evitar palavras hesitantes ou frases inconsistentes, como, por exemplo: “Era isso o que tinha para
dizer. Muito obrlgado”;
 Não ficar parado diante do público esperando que os aplausos cessem;
 Programar a sua saída para não ficar parado na frente do público, sem saber para onde ir;
 Não revelar seus sentimentos negativos sobre a sua performance;
 Utilizar expressões como “Assim sendo....”, “Desta forma....", se a conclusão foi fraca e sem
vibração, pois darão abertura para um novo encerramento com condições de resgatar a emoção
não aproveitada.
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Aprimorar / Refinar

O sucesso interessante é o sucesso sustentável!


Estar no pódio durante somente alguns anos pode ser mais frustante do que nunca ter tido sucesso. Os
profissionais a serem admirados são aqueles que ficam no topo durante toda uma vida e, esses, são os que têm
uma atitude especial.
Eles nunca estão satisfeitos totalmente, e sempre ficam se perguntando como melhorar.
Eles são eternos curiosos, e sempre querem saber das novidades, não somente as técnicas, mas todas,
inclusive sociais.
Eles adoram perguntar: “O que há de novo?”.
Eles estão sempre de olho na próxima montanha, porque uma conquista já se torna passado no mesmo dia
da celebração.
Eles sempre estão questionando seu sucesso e se sentem suavemente inseguros com ele. Por isso, nunca
se acomodam.
Este curso é para você, que sempre quer mais, e que sabe que depois de subir uma montanha há outra
montanha para ser conquistada. E depois existe um mar imenso e, ao continuar, depois de ultrapassar o oceano
vai haver um novo continente.
Nesse novo mundo, você não precisa cometer erros para fracassar. Basta simplesmente continuar fazendo
o que você está habituado a fazer.
Talvez você já tenha ouvido esta frase bastante conhecida: “Se você continuar fazendo o que sempre fez,
conquistará o que sempre conquistou”.
Nesse mundo, quem faz o que sempre fez corre o risco de entrar em processo de extinção.
Neste mundo de mudanças incessantes e rápidas, quem fica no mesmo lugar fica para trás. Por isso, nunca
se acomode com o que você conseguiu. Procure sempre aprimorar e refinar seu trabalho, dia após dia.

APRIMORE / REFINA SEUS RESULTADOS

A melhor referência para avaliar o qualidade da sua apresentação é o resultado que você obtém a partir
dela.
É importante se aprimorar o tempo todo, pois o fracasso nunca chega de repente. Ele costuma avisar que
está se aproximando, mandando pequenos recados a você. É um consultório que vai tendo cada vez menos
pacientes, são os clientes que param de fazer pedidos, são as reclamações que começam a ficar cada vez mais
frequentes.
Quem não se aprimora, para, estagna. Quem não evolui, tende a ter resultados cada vez mais pobres,
porque a concorrência está evoluindo e com certeza vai ultrapassá-lo.
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Melhorar resultados é consequência de melhorar seu desempenho, que por sua vez é decorrência de
aprimorar detalhes. Portanto, busque melhorar em tudo!

ASSISTA A MUITAS PALESTRAS E PALESTRANTES

Observar bons exemplos também é um ótimo caminho para você se refinar em suas apresentações.
Por isso, assista sempre a diversos tipos de palestras e apresentações, e acompanhe os melhores
palestrantes. Qualquer que seja sua profissão, assista a apresentações de assuntos variados, não necessariamente
do seu tema.
Veja o que fazem os grandes nomes, e fique conectado com as tendências. Observe as pessoas criativas,
adote ideias e atitudes que você achar incríveis, para conseguir constantemente se reinventar.
Quando as pessoas pensam em inovação, elas imaginam criar, revolucionar e outras coisas complicadas.
Mas o verbo mais eficaz da inovação é o verbo modelar.
Modelar é pegar uma ideia e fazer aquilo melhor ou renovar algo que já é feito. Copiar é fazer igual. Agora,
lhe pergunto: o que seria fazer alguma coisa que exista pior?
Observe a Apple: apesar do seu sucesso, ela não inventou o mp3, mas copiou e melhorou (modelar),
criando o iPod. E ela não inventou o notebook, mas copiou e renovou (modelar),e fez o MacBook Air.
Esteja atento para os melhores do mundo e copie aprimorando sempre (modelar).

MONITORE SUAS APRESENTAÇÕES

Depois de muitas apresentações, aprenda com sua experiência monitorando seu desempenho. Analise três
pontos fundamentais: o desempenho, o comportamento de quem o assitiu e as opiniões de quem lhe chamou
para palestrar.
Procure notar suas possíveis falhas, os pontos altos e baixos, os erros e os acertos. Veja se a maneira com
você organizou tudo funcionou, o que poderia ser melhorado, o que deu problema, o que daria melhor resultado.
Filme suas apresentações para avaliar melhor o que você fez, e mostre também a gravação para outras
pessoas, para conseguir novas opiniões e outros pontos de vista sobre seu trabalho. Uma simples câmera de
celular pode servir para a gravação.
A reação do seu público é uma das fontes de informação mais preciosas que você pode ter sobre seu
desempenho. Perceba como as pessoas reagem ao que você fala, observe se sua interação com elas está fácil ou
se é difícil conseguir envolvê-las. Perceba se o entusiasmo está bom ou se as pessoas dão sinais de desinteresse.
A reação não-verbal das pessoas é muito mais importante do que suas palavras porque, muitas vezes, elas
são gentis ao falar, mas sua energia e comportamento mostram outra coisa.
Procure ficar sensível às manifestações corporais de quem assiste você, para entender o que se passa. Preste
também muita atenção ao que as pessoas falam entre si para levar em consideração em sua análise.
E principalmente observe a reação das pessoas para ver o que eles preferiram. A manifestação das pessoas é um
sinal fortíssimo de que estão felizes com o que você está fazendo. Então reforce essa parte da sua apresentação.
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Além das suas opiniões e as do público, procure saber a opinião da pessoa que solicitou que você fizesse a
apresentação, se esse for o caso. Esse feedback é muito importante para saber se o objetivo foi cumprido. Além
do que essa pessoa disser a você, repare também com muita atenção seu comportamento e suas reações não-
verbais. Converse com ela e procure saber se algo não aconteceu como você imaginava, ou como ela esperava.
Como o ponto de vista dessa pessoa é diferente do seu, é importante somar também essa informação às
impressões que você coletou da palestra.

COMO USAR AS INFORMAÇÕES PARA REFINAR SUAS APRESENTAÇÕES

Registre tudo o que observou e recolheu, de preferência no mesmo dia de sua palestra, pois sua memória
está viva. Tire algumas horas, de preferência não muito tempo depois que a apresentação aconteceu, para analisar
todas as informações e fazer os ajustes necessários em sua apresentação. Confronte essas informações
levantadas com os objetivos da sua palestra e verifique onde você pode fazer ajustes. Se você percebeu que os
feedbacks não são positivos, ou não são tão bons quanto você imaginava, lembre-se que pior que uma avaliação
negativa é a ilusão de que você é o máximo. É muito melhor aceitar críticas e lidar bem com elas, aprimorando o
que for necessário, do que perceber o que você não está fazendo quando já for tarde demais.
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ADENDO I

Rapport em Reuniões

Você foi convidado para uma reunião com 8 pessoas que devem tomar decisões. Você está competindo
com 3 outras firmas, e tem 45 minutos para fazer sua apresentação e vender sua ideia. Você quer conseguir
“Rapport Instantâneo”, mas como usar suas habilidades de PNL com 8 pessoas que você nunca encontrou antes?
Aqui estão 3 “pontos-chave” para criar o Rapport Instantâneo em reuniões.

1 - Quando você entrar na reunião entregue seu material em mãos (você mesmo). Entregue pessoalmente
seu material para cada membro do comitê, apresentando seu nome e o de sua companhia em tom de voz
moderado e certifique-se que seu cartão está anexado na parte de cima do seu material.
O que fez com isso? Ao apertar suas mãos você está “forçando-os” a conhecê-lo cinestesicamente. Ao
anexar seu cartão à parte superior de seu material, o cliente "vê" (visualiza) você ao vivo e a cores (em carne e
osso) e então "visualmente" se lembra de seu nome em preto e branco através de seu cartão. Você está usando
os olhos deles de duas maneiras.
Com esta introdução você estabeleceu uma ligação com todas as pessoas orientadas auditivamente (l0%),
visualmente (50%) e cinestesicamente (40%).
Você imprimiu uma identidade nos três níveis da mente inconsciente onde 80% de todas as escolhas de
comportamento são feitos.

2 - Preencha as expectativas profissionais que eles têm a seu respeito. Lidere a sala e a reunião ao
posicionar-se no lado oposto da mesa onde está a pessoa que comanda a tomada de decisão. O grupo espera
comprar daquele que for o melhor e mais competente.
Para criar esta imagem, use seu conhecimento de PNL conquistando-os usando primeiramente a parte
visual de seus cérebros (o ⅓ superior), a porção auditiva (o ⅓ do meio) e a porção emocional ou cinestésica (o ⅓
inferior).
Para fazer isto, primeiro tome uma postura visual (posição de sentido, ombros para trás, cabeça para cima),
em posição visual (como apresentador de TV, e além disso fique pelo menos a 2,5m de distância da pessoa que
toma a decisão) usando tonalidade visual (mais rápido, mais alto, ritmo + entusiasmo) e por fim faça o grupo olhar
para você quando você apresenta sua companhia e seu plano (material) através do uso de flipchart, slide ou
demonstração.
Certifique-se que você não está fazendo com que eles olhem para baixo, para o material, mas, sim, para
cima, para você. Os primeiros 10 minutos de sua apresentação devem ser “para cima sempre” de forma que você
esteja acessando o terço superior das suas mentes. Esta é a 3a parte visual e corresponde a 55% de sua mensagem.
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A seguir afaste-se da postura, posição e tonalidade, de visuais. Mude para postura, posição e tonalidade
auditivas para acessar o terço médio do cérebro. Embora apenas 10% das pessoas na sala sejam auditivas, 38% da
sua mensagem total vem através do som de sua voz.
Para fazer isso afaste-se da cabeceira da mesa e comece a caminhar a volta da mesa e fale em tom
“conversacional”. Faça perguntas e espere pelas respostas dos membros do comitê. Qualquer que seja a resposta
deles repita as suas palavras (7% da mensagem total), na linguagem deles para “abraçar” emocionalmente o ponto
de vista deles (bom ou mau).
Então você pode externar seu ponto de vista.
Repetir é a melhor maneira de marcar as decisões deles, através do uso de suas próprias palavras.
As pessoas compram pelas suas próprias razões; não pelas suas! Ao usar de volta as palavras delas você
está reconhecendo isso e, de alguma forma, eles estão continuamente se conectando com você. Quando você
repete as palavras delas use sempre um tom de voz baixo, neutro (como um apresentador de notícias na TV).
Nunca use um tom agressivo ou defensivo. Quando apresentar seu ponto de vista sobre algum aspecto ou
benefício acrescente alguma energia e entusiasmo ao seu tom de voz.
Lembre-se o tom de sua voz pode neutralizar hostilidade, resistência e objeções quando é baixo, e pode
motivá-los para ação quando você adiciona melodia. Quase sempre você precisará neutralizar primeiro e, então,
motivar para uma nova ação. O tom é a conexão emocional para seus corações (o sexto sentido, fator decisório
para comprar de você).

3 - Para completar a apresentação, sente-se. Lembre-se: se a pessoa que tomar a decisão é visual, sente
exatamente à sua frente, se a pessoa é auditiva, sente-se em ângulo em relação a ela. E, se a pessoa é cinestésica,
fique do mesmo lado da mesa e sente-se ao seu lado. Quando você estiver falando, espelhe sua postura e esteja
certo de manter-se em constante contato com sua proposta.
Você está agora ligando-se com o último terço do cérebro, a porção emocional ou cinestésica.
Se as pessoas com poder decisório são visuais aponte algo na proposta e peça-lhes que sublinhem,
chequem ou marquem os pontos-chave que você deseja que eles se lembrem (use um ritmo vocal + rápido). Você
está fazendo com que eles vejam algo e sentindo isso enquanto tomam notas (olhando para baixo).
Se são auditivos (não precisam ver, mas precisam ouvir) não aponte coisa alguma. Prossiga mantendo
contato com sua proposta e simplesmente diga-lhes o que você quer que eles se lembrem.
Seja específico e use um “ritmo” ponderado de voz.
Se cinestésico, corra sua mão sobre cada página lentamente, acaricie, toque, segure a proposta com
carinho e olhe para baixo (para a proposta). Use um ritmo de voz vagaroso. Você pode escolher fazer um pouco
de cada um dos três procedimentos quando em dúvida sobre quem é o responsável pela decisão.
Agora que você usou suas habilidades de PNL, levante-se, aperte as mãos deles (despeça-se) e saiba que
você usou as mais poderosas janelas de comunicação da mente inconsciente. Sua informação está profundamente
enraizada nos computadores mentais deles.
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 PARA CLIENTES VISUAIS
MOSTRAR & FALAR;

 PARA CLIENTES AUDITIVOS


FAZER PERGUNTAS E FALAR, FALAR, FALAR;

 PARA CLIENTES CINESTÉSICOS


FICAR EM CONTATO COM AS EMOÇÕES DELES DEIXANDO-OS “SENTIR AS COISAS”.
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ADENDO II

Como se portar em Entrevistas

1) Treine, treine, treine. Simule a entrevista com a ajuda de um amigo e uma câmera de vídeo. Veja os
resultados e corrija as falhas. É um bom caminho para evitar o nervosismo.
2) Escolha a roupa certa. Prefira peças de cores lisas, nos tons azul, vinho, bege ou cinza - uma escolha que
deve variar conforme o cenário do estúdio (tente descobrir isso com antecedência). Esqueça as cores berrantes e
as meias curtas, que deixam aparecer a perna. Também é bom evitar acessórios brilhantes e barulhentos, que
desviam a atenção do telespectador.
3) Saiba antes se é uma entrevista só com você ou um debate, o horário, se é ao vivo e qual o estilo do
entrevistador. No dia D, não se atrase: chegue 20 ou 30 minutos antes de começar. Tome um cafezinho, converse,
sinta o ambiente. Fazendo assim, os riscos de fazer feio diminuem bastante.
4) Cumprimente o entrevistador com um simples ‘bom dia’, ‘boa tarde’ ou ‘boa noite’. Nada de ‘é um prazer
estar no seu programa’, ‘olá, telespectadores’ e coisas do gênero.
5) Comece a responder à pergunta olhando para o entrevistador, mas depois volte-se para a câmera. De vez
em quando, olhe de novo para ele. O ideal é olhar de 80% a 90% do tempo para a câmera. Se o programa focalizar
vocês dois o tempo todo (normalmente o estúdio tem uma TV que mostra o que está indo ao ar), faça exatamente
o contrário, olhando mais para o entrevistador.
6) Posicione-se na cadeira sem rigidez, mas com elegância. Coloque os dois pés no chão ou cruze as pernas.
Mantenha a cabeça levantada, mas sem exageros, para não projetar uma imagem arrogante. Não faça gestos
exagerados nem fique balançando as pernas ou se mexendo de um lado para outro na cadeira giratória.
7) Faça a expressão facial trabalhar a seu favor. Carrancas servem para enfeitar a proa dos barcos e
espantar os maus espíritos. Na TV, um semblante fechado serve para afugentar o público. A fisionomia tem de
estar relaxada, com um ar natural e descontraído.
8) Fale pausadamente e pronuncie bem as palavras. Evite o ‘aaan... aaan’ de uma frase para outra e, ao final
de cada uma, aqueles irritantes ‘né?’, ‘tá?’ ou ‘tá entendendo?’ Para não dar branco, pense mais na linha de
raciocínio, sem se preocupar demais com a construção das frases.
9) Não se mostre irritado com perguntas ou ataques. Continue falando de maneira firme, mas sem perder a
calma. Se não quiser discorrer sobre algum assunto específico, deixe isso claro antes de aceitar o convite.
10) Prepare-se para encerrar. Quando a entrevista estiver no fim, relacione as informações mais
importantes que você quer transmitir e encontre uma maneira de comunicá-las da forma mais objetiva possível.
Tenha cuidado para não falar demais e acabar perdendo o foco da resposta. Lembre-se que cada programa de
entrevista tem suas regras definidas. Respeite-as.
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ADENDO III

Auto Avaliação Geral

1. SONORIDADE Trata do bom som. Entende-se por audível, melodioso, cheio, harmonioso,
agradável, bonito.

2. ARTICULAÇÃO Está relacionada com a produção dos sons da fala. Para que ela ocorra de
forma clara e natural é importante o controle dos órgãos fonoarticulatórios
(lábios, língua, dentes e palato duro).
3. INTENSIDADE Grau de força com que o som produz altura, volume, massa, graças à
inspiração adequada (respiração diafragmática).

4. DICÇÃO Trata da pronúncia correta de todos os sons de uma palavra.

5. ENTONAÇÃO A entonação estabelece diferentes curvas melódicas no discurso. Associada


ao recurso da pausa se torna um elemento fundamental para a comunicação
verbal, pois não permite que a fala se torne monótona, menos inteligível e
eficiente, ou seja, desinteressante para o interlocutor.
6. ÊNFASE A ênfase pode ser descrita como um realce, um reforço, por meio da voz.
Ocorre quando ressaltamos uma palavra entre outros elementos do
enunciado para valorizar o seu significado.
7. TIMBRE Qualidade que distingue um som, independente de sua altura e intensidade. É
a fisionomia da voz ou personalidade da fala.

8. RESPIRAÇÃO Trata da técnica de inspirar e expirar de maneira conveniente para o controle


da emissão vocálica (yoga).

9. PAUSA A pausa é uma ferramenta importante na fala expressiva, pois possibilita uma
ênfase natural nas partes do discurso que queremos salientar.
10. PROSÓDIA Pronúncia correta de acordo com a acentuação das palavras (acento e
entonação).
11. VELOCIDADE De acordo com as necessidades da expressão, pode ser: lenta, lentíssima,
rápida, rapidíssima ou mediana.

12. RITMO Grande variedade de tons, representando “musicalidade” na fala.


13. CADÊNCIA Pequena variação de tons muito marcantes.
14. CLAREZA Da comunicação verbal referente às ideias.
15. PONTUAÇÃO Na fala, às vezes, é diferente da escrita. Depende das C.V., do fôlego, do
temperamento artístico de quem fala.
16. HARMONIA Integração total de todas estas qualidades das C.V.
17. GRAMÁTICA Conjunto de leis que tratam dos elementos constitutivos de uma língua.
18. VOCABULÁRIO Permite a corporificação das ideias graças aos sinônimos, antônimos e
analógicos. Pode ser passivo ou ativo.
19. NERVOSISMO Altamente positivo quando controlado pela nossa mente. Quando educado,
transforma-se em vibrações de entusiasmo contagiante.
20. ENTUSIASMO Qualidade que permite contagiar os outros.
21. ERUDIÇÃO Cultura geral informativa para permitir a cultura formativa.
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22. FICHA MENTAL Arquitetura de ideias que permitem o roteiro mental. Quando sinótico
mental. Concatenação das ideias. Esquema que permite a segurança para a
comunicação.
23. HÁBITOS Reflexos condicionados. Atos mecânicos que escravizam e que podem
liberar.
24. ORIGINALIDADE É a capacidade que permite aplicar velhas ideias, apresentando-as com as
roupagens da moda. Depende da adaptabilidade e criatividade.
25. ENERGIA Firmeza nas C.V. que permite impor a vontade de quem fala, sem provocar
reações negativas dos ouvintes.
26. APARÊNCIA Nobre, elegante, simples, natural para ser aceito.
27. VOZ Agradável, audível, forte, sonora, clara, bem timbrada, marcante. A voz é a
mensagem emocional, temperamental, psicológica de quem fala.
28. GESTICULAÇÃO Visa acompanhar as C.V. e deve ajudar a expressar as ideias sem exagerar.
29. POSTURA Digna, sóbria, sem afetações. Evitar as posições exageradas ou de arrogância
ou de complexo de inferioridade.
30. FISIONOMIA Ligeiramente sorridente. Sorrisos quase que obrigatórios no começo, no
meio e no fim principalmente.
31. APRESENTAÇÃO Primeiro contato. Soma de postura, fisionomia, gesticulação, vocativo,
apresentação do tema, voz, etc.
32. ORTOEPIA Trata da pronúncia da palavra, levando com consideração a etimologia e
fonia.
33. SUAVIDADE Espécie de veludo que as vezes é necessário para C.V. delicadas.
34. MALEABILIDADE (EMPATIA) Qualidade que permite se igualar com os ouvintes. Depende do
desenvolvimento da sensibilidade. Adaptabilidade. Empatia.
35. ELOQUÊNCIA Qualidade que permite sensibilidade, emocionar, comover para facilitar e
convencer.
36. DIALÉTICA Arte de bem argumentar.
37. LÓGICA Arte de bem raciocinar.
38. CACOETES Manias. Reflexos condicionais errados: Tiques nervosos inconscientes ou
conscientes, etc.
39. VIGOR Força, energia na expressão verbal, sem provocar violência, agressividade
dos ouvintes.
40. INTRODUÇÃO (EXÓRDIO) Contato, visando a preparar psicologicamente os ouvintes para receberam as
nossas mensagens.
41. CONCLUSÃO (PERORAÇÃO) Chave do ouro – Síntese – Evocação – Finale triunfale – Fechamento.
42. CONTEÚDO (IDEIA PRINCIPAL) Coluna vertebral – Essência – Mensagem fundamental – Corpo do discurso.
43. IMPROVISAÇÃO Graças geralmente à boa memória, imaginação, rapidez mental, podemos
aplicar o arquivo cerebral.
44. CALIFASIA Qualidade que permite elegância aliada à boa dicção e inflexão da voz para
atingir a expressividade adequada.
45. PSICOLOGIA Capacidade do emissor ou receptor humano que permite compreender o
comportamento, as reações humanas.
46. ORTOFONIA Visa ao tratamento dos vícios de pronuncia. Por exemplo: Sotaques
47. SINCERIDADE Fundamental para conquistar a confiança dos ouvintes. Negativa quando é
fanatismo ou falta de educação.
48. ARGÚCIA Facilidade para penetrar nos problemas propostos.
49. IMAGINAÇÃO Qualidade que permite rapidamente armar, equacionar problemas e
encaminhar para as soluções.
50. MEMÓRIA Permite reter os argumentos e fio do discurso. Possibilita a cultura passiva
virar ativa.
51. SENSIBILIDADE Qualidade que permite a sintonização com as ideias e sentimentos dos
ouvintes. Percepção para as reações dos ouvintes. Na gíria, é o
“desconfiômetro”.
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MENSAGEM FINAL

O sonho sem uma ação, é simplesmente um sonho de um sono profundo. A ação desprovida
de um sonho, é o mesmo que ir a toda velocidade a qualquer direção e, se você não sabe o
caminho, qualquer lugar alcançado servirá. Mas um sonho aliado à ação, poderá mudar o mundo.

Realize seus sonhos e se faça feliz!

Grande e Forte Abraço!

Marcelo Lima
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Manual Prático de Técnica Vocal. Charlotte KAHLE. Porto Alegre, Livraria Sulina Editora, 1966.
RESPIR-AÇÕES. Philippe Campignion. Summus Editorial, São Paulo, 1996.
Um Século de Cuidados com a Voz: A Contribuição da Fonoaudiologia. (dissertação de mestrado) Thelma
Mello Thomé de Souza. PUC, São Paulo, 1998.
Um pouco de Nós Sobre Voz. Léslie Piccolotto Ferreira. Editora PRÓ- FONO, Carapicuiba, 1994.
Os segredos das Apresentações Poderosas. Roberto Shinyashiki. Editora Gente, São Paulo, 2012.
Faça como Steve Jobs. Carmine Gallo. Editora Lua de Papel, São Paulo, 2010.
Super Apresentações. Joni Galvão e Eduardo Adas. Editora Panda Books, São Paulo, 2011.

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