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LÍNGUA PORTUGUESA

Ensino Fundamental , 9º ano

Registros em diferentes situações de uso


da língua, nas modalidades oral e
escrita, nos níveis de registros e nos
dialetos e gêneros
Língua Portuguesa, 9º Ano, Registros em diferentes
situações de uso da língua

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situações de uso da língua

Uso da língua em situações de interação social

Ao lermos ou produzirmos um texto (seja em língua materna ou em


língua estrangeira) é importante considerar que o texto lido, escrito ou
elaborado oralmente está ancorado em práticas de linguagem historicamente
construídas. Ou seja, em situações de interação social em que as pessoas
fazem um determinado uso da língua.
Ao longo de nossas vidas, presenciamos interações sociais ou interagimos
em diversas situações em que a linguagem se caracteriza como elemento
mediador. Aprendemos que em cada situação particular devemos buscar uma
adequação do discurso e que, portanto, o uso que fazemos da linguagem é
mediado pelas relações sociais.
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A língua de hoje
É por isso que não falamos mais o português falado no início do
século passado. É por isso que uma pessoa que fizesse uso da língua
portuguesa hoje como esta era usada por volta de 1930, teria alguma
dificuldade para estabelecer a interlocução. Seria, mais ou menos, como
se ela estivesse se comunicando por meio de uma língua estrangeira.
Veja que a adequação linguística depende não apenas do uso
gramaticalmente correto da língua, mas de como as pessoas fazem uso
dessa língua nas diversas situações de produção discursiva. A reflexão a
respeito desse uso é fundamental quando aprendemos português. Por
isso, a necessidade de entrarmos em contato com textos originais,
sejam eles orais ou escritos. Através deles nos aproximamos do uso que
as pessoas fazem dessa língua.
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Gêneros textuais
Nas situações de produção discursiva, os gêneros textuais se
constituem em um elemento significativo, já que as práticas de linguagem
se materializam num gênero determinado.
A partir de um gênero e de suas características, podemos nos
aproximar dos conteúdos veiculados por ele, conhecer a estrutura
comunicativa do texto em questão, buscar regularidades em relação a
outros textos de um mesmo gênero e reconhecer traços da posição
enunciativa do seu autor.
E é por esse motivo que ler e produzir textos (orais e escritos) se
constituem em atividades riquíssimas para a ampliação do conhecimento de
uma língua, sobretudo de uma língua estrangeira.
Isso porque os textos não revelam apenas a língua que se fala ou que
se escreve, mas o contexto histórico, social e cultural em que determinadas
práticas de linguagem têm origem ou se dão.
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EXEMPLOS DE GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS


Redigir uma carta, narrar um conto, produzir uma receita, enfim,
todas essas tomadas de posições fazem do interlocutor um ser social,
norteado de objetivos, finalidades, propósitos que ele põe em prática por
meio dos textos que constrói.
Partindo então dessa realidade, equivale dizer que distintos são os
momentos em que nos colocamos na condição de emissores, sobretudo em
se tratando da linguagem escrita. D
Dessa forma, temos de estar cientes acerca da estrutura, dos
aspectos linguísticos que se aplicam à materialização dessas circunstâncias
comunicativas, tendo em vista a irrefutável condição relacionada ao “por que
escrever”, “para quem escrever” e “como escrever”.
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Ora, por que escrever parte do fato de que, quando escrevemos,


dispomos de uma intenção;  para quem escrever emerge da condição de que,
se temos um propósito, logo essa intenção se dirige a um interlocutor em
específico; como escrever se encontra atrelado à condição de que, a
depender do objetivo e do interlocutor, formas específicas, no que diz
respeito à estrutura, sem nenhuma dúvida, aplicam-se à construção desses
diversos textos, materializando, portanto, as diversas circunstâncias
comunicativas a que estamos condicionados cotidianamente.
Dessa forma, a partir do momento em que esses domínios de
comunicação, digamos assim, tornam-se incorporados à nossa consciência, e
por que não dizer às nossas habilidades, estamos prontos para redigir todo e
qualquer texto.
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Língua Falada e Língua Escrita


Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois meios de
comunicação distintos. A escrita representa um estágio posterior de uma
língua.
A língua falada é mais espontânea, abrange a comunicação linguística
em toda sua totalidade. Além disso, é acompanhada pelo tom de voz,
algumas vezes por mímicas, incluindo-se fisionomias.
A língua escrita não é apenas a representação da língua falada, mas sim
um sistema mais disciplinado e rígido, uma vez que não conta com o jogo
fisionômico, as mímicas e o tom de voz do falante.
No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa, mas existem
usos diferentes da língua devido a diversos fatores.

Dentre eles, destacam-se:


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Fatores culturais: o grau de escolarização e a formação cultural de um
indivíduo colaboram para os diferentes usos da língua. Alguém escolarizado
utiliza a língua de uma maneira diferente da pessoa que não teve acesso à
escola.
Fatores contextuais: quando conversamos com nossos amigos, não
usamos os termos que usaríamos se estivéssemos discursando em uma
solenidade de formatura.
Fatores profissionais: há línguas técnicas abundantes em termos
específicos, restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, químicos,
biólogos, médicos, linguistas e outros especialistas.
Fatores naturais: o uso da língua sofre influência de fatores naturais,
como idade e sexo. Uma criança não fala da mesma maneira que um adulto,
daí falar-se em linguagem infantil e linguagem adulta.
Fatores regionais: há a diferença do português falado na região
nordeste e outro da região sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma região,
também há variações no uso da língua.
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A Fala
É a utilização oral da língua pelo indivíduo. É um ato individual,
pois cada indivíduo, para a manifestação da fala, pode escolher os
elementos da língua que lhe convém, conforme seu gosto e sua
necessidade, de acordo com a situação, o contexto, sua personalidade,
o ambiente sociocultural em que vive, etc.
Desse modo, dentro da unidade da língua, há uma grande
diversificação nos mais variados níveis da fala. Cada indivíduo, além
de  conhecer o que fala, conhece também o que os outros falam; é por
isso que somos capazes de dialogar com pessoas dos mais variados
graus de cultura, embora nem sempre a linguagem delas seja
exatamente como a nossa. 
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Níveis da fala

Devido ao caráter individual da fala, é possível observar alguns


níveis:
Nível coloquial popular: é a fala que a maioria das pessoas utiliza
no seu dia a dia, principalmente em situações informais. Esse nível da
fala é mais espontâneo, ao utlizá-lo, não nos preocupamos em saber se
falamos de acordo ou não com as regras formais estabelecidas pela
língua.
Nível formal culto: é o nível da fala normalmente utilizado pelas
pessoas em situações formais. Caracteriza-se por um cuidado maior
com o vocabulário e pela obediência às regras gramaticais
estabelecidas pela língua.
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Nível coloquial popular

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Nível formal culto

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A escrita
A estrutura do texto escrito A elaboração do texto escrito, assim como
do texto oral, envolve um objetivo do locutor. Contudo, o entendimento
desse texto não diz respeito apenas ao conteúdo semântico, mas à percepção
das marcas de seu processo de produção.
Essas marcas orientam o interlocutor no momento da leitura, na medida
em que são pistas linguísticas para a busca do efeito de sentido pretendido
pelo produtor. O texto escrito tem no parágrafo uma de suas unidades de
construção. Essa unidade é composta de um ou mais períodos reunidos em
torno de ideias estritamente relacionadas.
Nos textos bem-formados, em geral, a cada parágrafo deve relacionar-se
uma ideia importante, não havendo normas rígidas para a estruturação do
parágrafo. De fato, o produtor pode fazer uso da paragrafação para marcar a
sua intencionalidade.
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Em termos práticos, os parágrafos podem ser indicados por recursos


visuais: espaço de entrada junto à margem esquerda ou linha em branco na
passagem de um parágrafo para outro.
Embora a extensão do parágrafo seja variável, a observação mostra que
a tendência moderna é a de não usar parágrafos muito longos.
Quanto à estrutura, o parágrafo-padrão organiza-se como um pequeno
texto (microtexto), apresentando introdução, desenvolvimento e conclusão.
A variedade de textos implica a diversidade de construção de
parágrafos. Temos, então, a estrutura do parágrafo narrativo, a do descritivo
e a do dissertativo. Enquanto o núcleo do parágrafo dissertativo é uma
determinada ideia (ideia-núcleo ou ideia principal), o do narrativo é um
incidente (episódio curto ou fragmento de episódio) e o do descritivo é um
quadro (fragmento de paisagem, ambiente ou ser em um determinado
instante, observado a partir de determinada perspectiva)
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O texto escrito Formal

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O texto escrito informal

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Exercitando
1) Os amigos F.V.S., 17 anos, M.J.S., 18 anos, e J.S., 20 anos, moradores de
Bom Jesus, cidade paraibana na divisa com o Ceará, trabalham o dia inteiro
nas roças de milho e feijão. “Não ganhamos salário, é ‘de meia’. Metade da
produção fica para o dono da terra e metade para a gente.” (Folha de São
Paulo, 1° jun. 2002)

Os jovens conversam com o repórter sobre sua relação de trabalho. Utilizam


a expressão “é de meia” e, logo em seguida, explicam o que isso significa. Ao
dar a explicação, eles
a) alteram o sentido da expressão.
b) consideram que o repórter talvez não conheça aquele modo de falar.
c) dificultam a comunicação com o repórter.
d) desrespeitam a formação profissional do repórter.
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Exercitando.
2) A língua falada é mais solta, livre, espontânea e emotiva, pois reflete
contato humano direto.
II. A língua escrita é mais disciplinada, obedece às normas gramaticais
impostas pelo padrão culto, dela resultando um texto mais bem elaborado.
III. A linguagem culta, eleita pela comunidade como a de maior prestígio,
reflete um índice de cultura a que todos pretendem chegar.
IV. A linguagem popular é usada no cotidiano, não obedece rigidamente às
normas gramaticais.

Sobre as afirmações acima:


A)apenas I e II estão corretas. 
B)apenas II e III estão corretas. 
C)apenas II, III e IV estão corretas. 
D)apenas III e IV estão corretas. 
E)todas estão corretas. 
Tabela de Imagens
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