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Minha Bela Tentação -Livro 4 Da Série: Babacas De Terno

by readlissa

Category: Romance
Genre: acordo, amor, ceo, clichê, drama, hot, obsessão, passado, sedução,
venturelli
Language: Português
Status: Completed
Published: 2020-04-11
Updated: 2022-01-11
Packaged: 2022-03-07 15:08:11
Chapters: 126
Words: 292,040
Publisher: www.wattpad.com
Summary: "Era incrível como ela cabia perfeitamente nos meus braços"
Livro 4 // Da Série: Babacas de Terno. Susie Jones é uma mulher
encantadora e um pouco tímida, viveu anos da sua vida em Seattle até a
morte da sua mãe que a fez se mudar para Nova York. A mesma arranjou
emprego em uma das maiores boates da cidade e encontrou pessoas que a
fizeram se sentir em casa, entre essas pessoas ela conheceu uma em especial
que mostraria coisas que Susie não esperava conhecer. Ele era misterioso e
a intimidava em um nível extremo, ela parecia disposta a se afastar dele o
máximo que conseguisse. Mas não era isso que ele queria, e tudo o que ele
quer ele consegue. √ Ambos irão embarcar em uma descoberta intensa e
sexual. √ Ela era uma mulher diferente e ele teria de entender aquilo, caso
contrário poderia ser tarde demais. Será que ela poderia se apaixonar por
um safado intenso? ===== O último livro da série! Espero que gostem e me
acompanhe no encerramento. Foi uma ótima jornada até aqui. Clique em
"Ler" para mais informações e segura na minha mão de novo, vamos
embarcar em outra jornada agora. PLÁGIO É CRIME! Obra de minha
autoria! Qualquer semelhança é mera coincidência. Crie suas próprias
histórias, todos nós somos capazes. #1 em Obsessão (26/11/20) #1 em
Sedução (04/03/21) #1 em Clichê (08/05/21)
Language: Português
Read Count: 15,870,802
AGORA VAI!

Deixa o "❤ " aqui se você sorriu com a minha notificação KSKSK está
um lindo dia para um sorriso.

E aí, meu povo bonito?!


Estão bem? Estão né? Ô Jesus, abençoe minhas leitoras rsrsrs.

É o seguinte, babys, vamos lá com o comunicado super, mega, hiper


importante:

Sabiam que beber água é importante?


Não, pera, tô brincando kakaka calma, só foi uma piadinha 😔.

Gente...eu irei voltar! Eeehhhh uhuuu, pois é, primeiro...eu estou bem,


continuo a mesma mas como um pensamento muito mais aprimorado do que o
início do ano, acho que 2020 foi um ano de superação e teste para saber se
você é tão forte quanto tanto pensa, graças a Deus eu fui e pretendo continuar
sendo.

Os meses fora daqui foram bons, não vou mentir, fiz outras coisas e me
ocupei com elas. Mas sinto tanta falta de escrever que me consome também,
sabe o amor que meus casais tem um pelo outro? Pois é, eu tenho de
escrever. Por isso, eu irei voltar como havia dito no último recado mas
claro...as coisas serão um pouquinho diferentes.

1. - O livro "Minha Bela Tentação" está tendo adiantamento de


capítulos, ou seja, estou escrevendo a algumas semanas para postar para
vocês.

2. - Os capítulos que foram apresentados a vocês em Julho, foram


apagados, não retornarão de jeito nenhum. Claro, tem umas informações
que ainda usei de lá mas nada surpreendente.

3. - Dias de postagens!!!
Decidi e estou convicta de que serão apenas dois dias de postagem
(Sábado e Domingo), os dias que eu vou conseguir parar para postar e
também escrever, sãos os dias que descanso e me divirto.

*Não irei mudar os dias*

As vezes posso postar em dia de semana mas será quando conseguir


capítulos a mais, então...se caso venha acontecer...vamos ler? Ksksks é
isso.

4. - Maratona? Não, não tão cedo. No máximo para o meio do livro, ou


talvez quase no final no auge do clímax.

5. - O primeiro capítulo será postado no dia 14 de novembro!!! 14 DE


NOVEMBRO.
Anote aí na agendinha da Moranguinho o dia que os babacas de terno
estarão de volta 😍.

6. - Os links dos grupos estarão no meu perfil: readlissa . Ficarão lá até


amanhã de manhã e depois irei retirar.

7. - Se você, meu caro leitor, estiver em dúvida com algo, por favor,
comente aqui que eu irei responder.

8. - Sam e Jayden?? Bom, isso aí...aguarde cenas dos próximos capítulos.


Mas eles não vão demorar a chegar também.

Lembre-se, 14 de Novembro eu volto com o livro e agarro a corda para não


soltar mais, amém? amém.

E...obrigada pelas mensagens no chat, leio algumas mesmo não conseguindo


responder todas, eu agradeço do fundo do meu coração a motivação e
gentileza que vocês têm de vir me mandar mensagem me motivando.
#Perfeitas!

Vamos lá, babys!!


Segura na mão da titia aqui, estamos de volta ❤.
1° capítulo

Susie

- Ai meu Deus!

Resmunguei quando senti o choque do meu corpo no chão e eu obviamente


assustada tirei o cabelo do meu rosto identificando meu quarto, olhei em
volta suspirando.

Coloquei as mãos no rosto confirmando que é a terceira vez na semana que


isso acontece, tudo isso por causa do despertador que Emily me deu de
presente. É alto até demais e se não fosse pelo desenho da princesa Rapunzel
eu acharia uma maneira sútil de perde-lo.

Encarei a cômoda que era aonde ele estava e estiquei o braço pegando o
despertador vendo 11:45 da manhã, arregalei os olhos e me levantei do chão
rapidamente, corri para o banheiro mas voltei correndo de volta para o
quarto indo para a sala de estar quando meu celular apitou.

O peguei de cima do sofá e andei a passos rápidos para o banheiro de novo


deslizando o dedo na tela para atender a chamada.

- Alô -tossi para disfarçar a voz de sono.

- Meu Deus, o que que isso? Quer que eu chame o exorcista? Que voz é
essa?

Dei um sorriso de lado parando na frente do espelho e fiz um careta vendo


meu cabelo todo arrepiado com a franja para cima como se eu tivesse feito
um moicano.

- É a minha voz -digo mechendo no meu cabelo.

- Acabou de acorde né, baby Boo?


- Não...quer dizer...sim -apoiei a mão na pia- Trabalhei muito ontem mas já
estou indo para a mansão.

- Imaginei, não é do seu fétil se atrasar.

- Chegarei rapidinho.

- Certo, traga a blusa de coração para mim.

- Como é?

- A blusinha de coração, traz para mim, por favor, por favor!

- Emily! Por que você quer a minha blusinha?

- Porque eu gosto dela! Traz, traz, traz, por favor, Jones!

- Você desenha roupas e literalmente é dona de uma empresa de moda. Por


que quer a minha blusa?

- Você está sendo egoísta, só para você saber!

- Claro que não! Você é que é obcecada com a minha blusa.

- Filha da...

- Ei! -resmungo.

- Estava falando com Peter -ela diz e eu ouço um "mentira" reconhecendo a


voz de Peter.

- Colabora, Pepe -Emy resmunga e eu franzo o cenho, nunca entendi esse


apelido.

- Vou desligar agora, preciso me arrumar -ela resmunga mais alguma coisa e
eu aperto o botão vermelho encerrando a chamada.

Coloquei o celular em cima da pia e tirei minhas poucas peças de roupa que
uso para de dormir, antes de ir para o chuveiro eu faço minha necessidades
ouvindo o barulhinho de xixi se sobressair no banheiro vazio.

Me levantei do mesmo e virei para dar descarga mas arregalo os olhos


quando vejo uma surpresa que deveria chegar só daqui a dois dias! Reclamo
sozinha e corro para o banheiro rezando silenciosamente para ter um
absorvente extra da minha última menstruação.

Ensaboei meu corpo depois que prendi meu cabelo para não molha-lo,
passei sabonete nas pernas e braços pensando na lojinha de variedades perto
daqui caso não tenha nada para me salvar.

Quando terminei de tomar banho me enrolei na toalha desligando o chuveiro,


saí do box e fui direto para o meu guarda-roupa tirando algumas roupas das
gavetas procurando.

Depois de alguns minutos eu suspirei derrotada não achando, mas no fundo


do guarda-roupa eu vi uma coisinha que me ajudaria por alguns minutos.
Peguei os dois protetores de calcinha que eram 2x menor que um absorvente
normal e mordi o lábio pensativa.

- Vai ser vocês mesmo -sussurro.

Separei minha roupa colocando minha saia jeans e a minha blusa branca de
mangas compridas em cima da cama, vesti a calcinha colocando os
protetores e balancei a cabeça sabendo da doidice que estou fazendo.

Cristo.

Coloquei a saia jeans e a blusa branca seguida de sapatilhas confortáveis,


escovo meu cabelo e minha franja que passo a escova três vezes para
alinhar.

Pego minha bolsa e o presente de Daniel colocando dentro dela, peguei


outras coisas necessárias e corri para fora do apartamento pegando o
elevador.

No saguão do prédio caminhei normalmente para fora e antes de sair dele


completamente eu vejo o porteiro caminhando na minha direção com um
sorriso enorme.

- Srta. Jones!

- Olá, Manoel -dei um sorriso pequeno e apertei sua mão quando ele
ofereceu. Mas acabei apertando demais quando senti o
incomodo....descendo.

- Uou -ele resmunga e solta minha mão rapidamente, dei um sorriso


totalmente sem graça e senti minhas bochechas queimando. Manoel olhou
para mim com o cenho franzido pensando em qual nível de locura eu deva
estar.

Meu pai, que vergonha.

- Desculpe, eu só...hum...nada na verdade. Tenha um ótimo dia -falo educada


e ele concorda segurando a própria mão, ainda sorria de uma maneira sem
graça dando passinhos rápidos pela rua.

A loja de variedades não é tão longe então não custaria tanto eu ir


andando...devagar. Em certo momento eu tive que parar no meio da calçada
sendo controlada pela minha menstruação, sorria para as pessoas que
passavam e me olhavam confusas me vendo plantada no meio da calçada
como um árvore.

O dia não tinha começado muito bem.


Segunda vez que passo vergonha só hoje.

Depois de minutos eu cheguei na loja empurrando a porta para dentro e


passando por ela ouvindo o barulhinho do sino, andei entre as fileiras
procurando o local de higiene.

Quando cheguei levantei o indicador procurando pelo absorvente e dei


alguns passos olhando cada centímetro, quando o localizei andei até ele mas
acabei esbarrando em um homem com a logo da loja na camisa.

- Desculpa -ele diz e eu aceno com a cabeça dando um sorriso simpático.


Ele saiu da minha frente e eu continuei andando até o que eu queria e pus a
mão no pacotinho mas ao mesmo tempo outra mão pousou no objeto, olhei
para a mulher que encarava minha mão e depois me encarava.

Olhei para o pacotinho vendo que só tinha esse e suspirei.

- Oi...eu sei que só têm esse pacotinho mas eu realmente preciso dele -falo e
ela levanta uma sobrancelha franzindo os lábios que tinham um pouco de
batom.

- Solta, garota.

Vi suas sobrancelhas se juntando mostrando sua irritação e engoli em seco


ainda a encarando. Ela vestia uma camisa larga e calças pijamas com um
coque muito bem feito.

- Certo, somos totalmente capazes de resolver isso sem usar...

- Solte se não quer que eu agarre seu cabelinho de princesa!

Entre abri os lábios e vi ela colocar as duas mãos no pacotinho e fiz o


mesmo segurando com força quando ela puxou para si. Puxei de volta
ouvindo ela resmungar.

Naquele momento eu quase me enterro quando percebi que estava passando


vergonha de novo brigando com uma mulher em uma loja por causa de um
pacote de absorvente, mas nem isso me fez soltá-lo, eu precisava daquilo de
uma forma mais urgente e a maneira que ela falou comigo me deixou irritada.

Ela colocou a mão no meu braço o apertando e eu sacudi a embalagem até a


mulher soltar, e quando consegui dei um sorriso no de vitória mas acabei
indo para trás e batendo as costas em algo forte.

Com o susto acabei derrubando o pacote e indo um pouco para frente, me


virei para encarar no que me bati e arregalei os olhos reconhecendo a pessoa
imediatamente com o pacote de absorvente nas mãos.

Lá estava a terceira vez!


A terceira vez que estou passando vergonha em um único dia no intervalo de
meia hora.

×××

Humm...não irrita nossa franjinha, gente...sempre tem aquela pessoa mal


educada no supermercado não tem? Ou sou seu eu que passo por isso?
Eu hein.

Vamos começar com a vergonha e o azar porque é assim mesmo que o


universo é, brinca com a nossa cara!

Ansiosa estou para mostrar quem sãos meus verdadeiros bebês (Susie e
Nate) continuem acompanhando ❤.

Beijos, babys. Até amanhã.


2° capítulo

Susie

Mexa-se...

Você está parecendo de novo uma árvore parada desse jeito...

Decidi ouvir meu subconsciente e me mexi finalmente tentando imaginar o


que está na passando na cabeça dele enquanto encarava o pacote de
absorvente rosa em sua mão.

Ouvi passos mas não desviei o olhar, apenas quando a mulher parou ao seu
lado dando um sorriso forçado.

- Valeu, bonitão -ela diz e pega o pacote da mão dele dando passos rápidos
para o caixa.

Abri a boca incrédula olhando para suas costas que se mexiam de uma
maneira estranha enquanto ela andava rapidamente, quando olhei para Nate
ele limpou a garganta colocando as mãos no bolso da calça jeans azul
escura.

- Você...estava brigando por causa de um absorvente? -ele pergunta e eu


aperto os lábios.

- Hum...eu não estava brigando...eu só não gostei de como ela falou... -passei
a mão no meu cabelo tentando pensar.

Nate levantou as sobrancelhas de leve mas com um sorriso minúsculo no


canto da boca.

Nathaniel Venturelli é o homem a qual fui apresentada através das primeiras


pessoas que conheci em Nova York, Lisa e Emily foram minhas primeiras
amigas de fato e Lisa se casou com um dos Venturelli e com ele veio Adam o
irmão, e Nate o primo.
Há Peter Ross mas não carrega o sobrenome da família, mas faz parte dela
igualmente. Resumindo, todos nós somos próximos agora, os vejo com mais
frequência do que meus parentes em Seattle, que não são muitos.

Todos me acolheram bem e me deixaram fazer parte de suas vidas, assim


como fazem parte da minha. Tenho um amor e simpatia forte por eles,
mas...em relação a Nathaniel é diferente.

Não sou próxima dele, não sei basicamente nada sobre sua vida, acho que
ninguém além da gangue sabe. Mas o irônico é que mesmo não sabendo nada
sobre ele, tivemos uns momentos duvidosos.

Que até hoje me deixam confusa, e nem eu e nem ele tocamos no assunto. O
que estou querendo dizer é que, as coisas entre nós dois não é muito...
normal?

- Pensei que estivesse na mansão -falo controlando meu indicador para não
tocar no meu lábio, um vício que está ficando recorrente quando fico
nervosa.

- Eu estava, mas Adam me pediu para comprar cervejas.

- Saiu para comprar cervejas pro Adam? -pergunto com o cenho franzido.

- Não, saí para ficar longe do Adam. Nem que para isso tenha que comprar
coisas para ele -dei uma risada baixa e ele olhou para o lado vendo o freezer
vazio.

Olhei para a sua blusa azulada que iam até seus pulsos cobrindo apenas uma
parte do relógio prateado, a época do frio está chegando a Nova York e
definitivamente é a melhor época que existe. Eu amo o frio, as chuvas, o
chocolate quente e a coberta de algodão e claro, meus filmes.

Nate suspirou vendo o freezer sem cervejas e olhou para mim novamente, os
olhos pretos passaram pela minha franja e eu abaixei a cabeça fingindo olhar
para os seus sapatos mas na verdade queria estar correndo igual a mulher do
absorvente.
- Eu preciso ir -digo colocando minha bolsa para frente do meu corpo-
Tenho que comprar uma coisa ainda.

- Eu também -o encaro e seus olhos saem das minhas mãos- Sabe aonde tem
outra loja por perto? Essa é a terceira que entro e não tem a marca que
procuro.

- Eu não sei...

Por algum motivo, ainda não entendível por mim, Nate sempre que se
aproximava dava um jeitinho de se afastar novamente, mas depois do nosso
último momento, eu que basicamente quero me afastar dele.

Acho que mereço mais do que algo duvidoso, não quero que ele brinque
comigo se aproximando e depois se afastando como se eu tivesse uma
doença contagiosa.

- Tudo bem, irei procurar -ele diz tirando as mãos do bolso.

Dei um sorriso pequeno e movi minhas pernas para frente andando na sua
direção e contornando passando ao seu lado, senti o perfume exalando entre
minhas narinas e suspirei com as mãos apertando a barra da minha saia.

- Espere -puxei a respiração quando ele tocou no meu braço me parando ao


seu lado, senti o calor do seu corpo enquanto encarava sua mão no meu
braço apertando de leve, entre abri os lábios e levantei o olhar vendo o seu
no meu rosto.

Meu coração batia fortemente me dizendo que eu já imaginava, o toque


parecia queimar, o calor do corpo envolve tão naturalmente que nem parece
que está frio e o olhar tão enigmático que poderia me prender por horas, era
como se eu estivesse em um filme...ou em um livro.

- O quê? -sussurrei, eu aparentemente tinha perdido minha voz.

- Se vire.

Franzo o cenho, Nate gosta de dar ordens e eu acho que ele é assim desde
pequeno, é extremamente natural que as vezes ele nem percebe.
Mas o fiz mesmo assim me virando de frente vendo um homem com uma
caixa grande de papelão parar perto de nós dois, ele me encarou por alguns
segundos com uma cara inacreditável e eu rapidamente vi quando ele
começou a colocar o estoque de absorventes na prateleira.

Pisquei um par de vezes quando ele balançou o pacotinho na minha direção


como se me dissesse para não brigar novamente, dei um sorriso sem graça e
olhei para trás para ver Nate andando normalmente para fora da loja.

Ele empurrou a porta para fora me deixando apenas a visão das suas costas
largas até sumir de vez.

Levei o dedo indicador até o lábio e suspirei alto ainda sentindo sua palma
no meu braço, olhei para o homem agachado e ignorei a sensação andando
até ele para pegar o que queria.

(...)

- Um...dois... três... -ouvi uma risadinha gostosa e acabei rindo junto- Falta
pouco, Danny.

O bebê olhou para o chão com os braços abertos e perto o suficiente ele se
jogou nos meus braços concluindo os centímetros que ele andou da ponta do
sofá até mim.

O agarrei como uma bola de basquete e o enchi de beijos várias vezes


sabendo que ele daria gargalhadas.

O sentei no meu colo e suas mãozinhas tocaram minha franja fazendo


bolinhas com a boca.

- Gostou? Quando ficar maior peça ao seu pai para fazer uma igual -ouço a
voz de Peter do meu lado falando com Danny que ainda mexia no meu
cabelo.

- A gente podia fazer uma agora, o cabelinho dele tá grande -Emily sugere e
eu olho para ela com uma sobrancelha erguida.

- Você não vai fazer uma franja nele -digo.


- Papá...-Danny resmunga e eu o encaro o pondo de pé na minha frente, ele
olhou para Emily e arregalou os olhos esticando as mãos para ela.

Emy sorriu o pegando no colo e o agarrando como se fosse uma caixa, ele
sorriu pegando no cabelo dela e apertando.

- Será que ele vai ter tara por loiras? -Peter pergunta.

- Contanto que ele não seja muito parecido com você, não vejo problema -
Emily diz encarando o marido.

- Seu filho da puta!! -Ouço a voz irritada de Dylan e franzo o cenho vendo
seu punho indo de encontro com o ombro de Adam.

- Quer que ele seja assim? -Peter pergunta para Emily apontando para Dylan.

- Ei!! -Monica coloca as mãos na cintura e Adam cai pro lado


dramaticamente.

Estávamos todos sentados na sala de estar, no chão especificamente,


conversando e interagindo com o aniversariante de 1 aninho. Era apenas um
almoço para os mais próximos e ainda estava cedo, tenho quase certeza que
o restante da família Venturelli deve chegar depois junto a Jon e Josh com o
seu filho.

- O que foi dessa vez? -Lisa pergunta a Dylan que tinha o semblante irritado.

- Essa Tinker Bell idiota que não sabe perder!

- Você que acabou de me dar um soco, as testemunhas aqui vão concordar -


Adam apontou para nós.

- Vocês estão insuportáveis -Gregório, pai dos dois, diz balançando a taça de
vinho na mão.

- Estão brigando a uma semana, por motivos ridículos -Rubi fala mexendo no
salto vermelho em seus pés e depois se encosta no sofá, era a única que
estava lá.
- Olha só, não tenho culpa de ser tão popular entre as acionistas -Adam diz
sorrindo mas para quando a esposa bate no seu quadril com o sapato.

- Mas que porra! Parem de me bater -Tinker reclama.

- Do que ele está falando? -pergunto confusa.

- Estamos fechando negócio com duas mulheres que assim como nós,
gerenciam uma empresa. Discuti com Adam e Rubi sobre elas e acho que
não é vantajoso fechar contrato com elas ainda, mas claro que o pozinho
mágico aqui discorda -Dylan aponta para Adam.

Olhamos para Adam que fingiu esfregar as unhas no peito indiferente.

- Por isso tudo ele me deu um soco no ombro, esse desequilibrado -


Resmunga.

- Olha quem fala! -Peter ri alto.

- Cala a boca -Adam aponta para Peter.

- Ainda está magoado comigo? -Peter pergunta e Adam concorda.

- O que você fez? -Monica pergunta com uma expressão divertida no rosto.

- Eu fui para a minha lua de mel! -Peter responde e Adam coloca as mãos no
rosto.

- E ele não me levou -Tinker resmunga.

- Isso foi a 2 meses! -Peter diz.

- Não interessa! Essa loira sem graça ladra de melhores amigos nem me
atendia quando eu ligava -Adam aponta para Emy com a cabeça.

- Ah sim, desculpa. Estava ocupada sentando no meu marido! -abrimos a


boca e eu me inclinei colocando as mãos no ouvido de Danny que felizmente
era o único bebê por perto.
Ouvi a risada alta de Monica com Gregório e franzi o cenho quando ela
sussurrou "Isso é pura novela".

Olhei para Danny que ria como se entendesse o que estava acontecendo, ele
se balançou no colo de Emy que mexeu a perna o acalmando.

- Ok...-Lisa limpou a garganta e eu reprimi o riso vendo seu sorriso sem


graça- Voltando ao assunto da empresa.

- Vamos fazer o que eu quero -Rubi diz e sorri- Está decidido.

- O quê? -Dylan e Adam perguntam ao mesmo tempo.

- Vocês ouviram, vou tomar a frente disso e resolver. Quem se meter no meio
vai sofrer a minha ira -ela balança o pé encarando os dois com uma
sobrancelha erguida.

Adam e Dylan se encaram e depois olham para Rubi que cruzou os braços.

- Ok... -sussurram e ela sorri passando a mão no cabelo dos dois que
reviram os olhos.

- Minhas putinhas -ela diz baixo.

Ri balançando a cabeça e entreguei o brinquedo que comprei para Danny, ele


o pegou e levou diretamente para boca. Comprei um mordedor próprio para
crianças e um coberto de chapéus de cowboy, achei tão lindo.

Ouvimos um barulho de garrafas batendo uma na outra e olhamos para a


entrada da sala de estar que foi por onde Nate passou com a expressão
fechada de sempre.

Ele se aproximou de nós parando ao lado de Adam e entregando as cervejas


de marca Blooklyn Lager, Adam sorriu e se levantou pegando as mesmas.

- Oh! Ele comprou mesmo -Adam sorriu e se aproximou de Nate tão rápido
que não deu tempo dele impedir, Adam deu um beijinho na bochecha do
mesmo que empurrou seu rosto para longe, ele sorriu e Nate o olhou irritado.
- É a quinta vez que você me beija -Nate reclama.

- Você não reclamou.

- Não reclamei?!!

- Bom, talvez um pouco -Adam deu um tapinha no seu braço e Nate apertou
os lábios.

Ele olhou para todos que sorriram dos dois e o olhar parou em mim por
alguns segundos, o encarei de volta mas desviei olhando para as minhas
mãos no meu colo.

Não entendo a sensação que tenho quando ele me olha, nunca a tive antes,
talvez seja por isso. Mas é algo tão fixo e forte que me deixa desnorteada.

É algo totalmente novo.

×××

Eles continuam o mesmos! Ksksks temos o drama, os risos, as


provocações e a pura novela...como sempre ❤.

Vote aí, sininho e comente para mim! Não sou mandão, apenas gosto de
votos e comentários do meu jeito ksks (piada interna).

Vejo vocês no final de semana? Vai logo arrumando a malinha que


sábado eu volto para te pegar 😏 MDS tô muito safada 😪.
3° capítulo

Susie

Dei passos normais no corredor tirando alguns fiapos de pano da minha


roupa, tinha agarrado uma almofada na sala de estar que acabou soltando
alguns em mim.

Estava saindo do banheiro localizado no andar de cima para checar meu


absorvente pela segunda vez e estava decidida a ir na cozinha beber um copo
de água, passei na frente da primeira porta e olhei para dentro do quarto
vendo Dylan e Lisa conversando, sorri de lado quando ela colocou uma
máscara do Batman em seu rosto e ele riu a puxando pela cintura.

Continuei andando passando pela segunda porta e uma conversa alta


apareceu.

- Não quero comer os peixes! -ouvi uma voz extremamente grossa, franzo o
cenho até um pouco assustada.

- Ou, que voz é essa? -Ouço a voz de Adam.

- Eu sou um urso -Rubi responde.

- Urso? Eu estava prestes a pegar o crucifixo -ele diz e logo depois um


barulho de tapa aparece.

Olhei para dentro do quarto vendo ele rindo segurando o livro infantil para
ela não bater nele novamente, os trigêmeos estavam sentados no carrinho um
ao lado do outro olhando para as mãozinhas.

Ri baixo andando até às escadas e de longe vi Peter e Emily mexendo as


mãos na entrada de uma porta como se estivessem brincando de algum jogo,
pedra, papel e tesoura eu diria.

Desci os degraus com o pensamento de buscar água para beber e olhei para
os lados antes de dobrar para a cozinha, mas um pequena imagem me chamou
atenção.

Vi Danny na sala de estar olhando para um corredor que eu ainda não tinha
visto antes, ele deu passinhos para frente e eu olhei em volta para saber se
alguém estava cuidando dele.

Quando o encarei de novo ele havia passado pelo corredor e eu dei passos
rápidos atrás do mesmo.

- Ei! Danny -chamei por ele contornando o sofá- Desde quando você anda
tão rápido?

Passei pelo corredor vendo ele parado no final segurando uma bolinha azul,
seus olhinhos verdes estavam encarando uma porta branca que estava aberta,
ele olhou para dentro e depois para mim.

Por um momento, me senti em um filme de terror.

- O que faz aqui, bebê? -perguntei me aproximando.

Ele riu batendo uma mão na outra mas a bolinha acabou escorregando por
conta disso e foi para dentro do sabe-se lá que lugar era aquele.

Ele percebeu que a bolinha foi lá para dentro e fez um becinho extremamente
fofo e também manipulador, balancei a cabeça e me aproximei dele tocando
sua cabeça.

Encarei o quartinho que parecia ser um específico para guardar coisas que a
família Venturelli não precisa mais.

- Bo...-ele resmunga juntando as mãozinhas.

- Você é esperto demais para um bebê de um ano -me abaixo na sua altura e
ele continua me encarando- Vou pegar a bolinha, fique aqui.

Me levantei e puxei a porta pela maçaneta, passei por ela entrando no lugar
que estava escuro demais. Procurei um interruptor mas não achei, olhando
para o chão com dificuldade tive quase certeza que era uma bolinha azul
perto de algo brilhante.
Me aproximei pegando o objeto do chão e aperto as mãos nele identificando
uma bolinha, me vire para sair dali mas o meu pé acabou perdendo em
alguma coisa.

Quase caio para frente mas consegui me equilibrar, sacudi o pé esquerdo


tentando me livrar de algo que não posso ver.

- Ei! Você está aí, que susto.

Ouvi a voz de Nate e franzi o cenho, ele que deveria estar cuidando de
Danny então. Balancei meu pé de novo e dessa vez não senti nada então
andei novamente apenas para me desequilibrar e cair no chão, não tinha
percebido que meu outro pé também estava preso.

Dei um resmungo sentindo o arder nas minhas mãos e olhei para frente vendo
a porta sendo aberta e a bolinha rolar até ela parando no pezinho de Danny,
com o fecho de luz eu olhei para o rosto de Nate que me encarou com uma
sobrancelha erguida.

- Susie? O que...

Ele deu um passo para frente entrando no quartinho já pequeno demais para
todas essas tralhas, a porta veio um pouco e eu aceitei a ajuda que ele me
deu para levantar, toquei no seu braço quando ele tocou no meu e eu fiquei
de pé.

- Obrigada -falo.

- O que faz aqui? -pergunta, mal o via.

- Eu vim pegar a bolinha de...

Ouvimos o barulho de porta e ambos olhamos para ela quando simplesmente


se fechou.

- Droga -Nate resmunga e nós dois corremos até a porta dando batidas.

Agora estava completamente escuro, eu mal conseguia ver o fecho que


passava por baixo da porta.
- Danny! -bati na porta o chamando, ouvi uma risadinha do outro lado.

- Ele está rindo? -Nate pergunta baixo.

- Está trancada? -pergunto.

- Não tem maçaneta desse lado -ele deu um tapa na porta- Daniel Venturelli,
quando vocês crescer eu vou esconder suas garrafas de whisky.

Franzo o cenho.

- Ele não entende a sua ameaça -falo.

- Sério? Eu estou começando a duvidar do que ele entende ou não -eu não
podia ver seu rosto mas pelo tom de voz sua expressão estava frustrada.

- Não acha que ele fechou a porta, ou acha?

- Eu acho sim, a porta estava meio encostada. Ele só precisou encostar nela
com essas mãos gorduchas -Nate tirou as mãos da porta.

Ouvi passos sabendo que ele se afastou.

- Alguém virá até aqui e irá nos soltar -falo.

Ouço ele respirar fundo e um pequeno flashback passa pela minha cabeça,
toquei no meu cabelo o amarrando em um coque e ajeito a franja com os
dedos.

- Não está com o seu celular? -pergunto depois de alguns segundos.

- Dessa vez não -responde.

Pisquei algumas vezes.

- E o seu?

- Está em cima do piano -respondo.


- O meu está no sofá, o deixei lá quando não vi Danny na sala onde eu o
mandei ficar.

- Ele é um bebê, tem coisas que ele ainda não entende.

- Não deixe aquele rostinho angelical enganar você -ele diz me fazendo
sorrir de lado.

Nate resmungou frustrado e ouvi seus passos até a porta novamente, ele
começou a mexer nela e eu dei um passo para o lado sabendo que ele está
tentando abrir.

Ouvi um barulho forte seguido de outro, eu não sabia o que exatamente ele
estava fazendo, se estava usando o punho ou a perna mas nada adiantou.

- Você está bem? -pergunto quando ele para finalmente.

- Sim -responde.

Suspirei e me viro tocando nas paredes tentando encontrar um interruptor,


esbarrei em algumas caixas que fizeram barulhos e peguei as coisas que senti
caírem nos meus pés.

- O que está fazendo? -ouço sua voz.

- Procurando um interruptor.

Me mexi novamente e eu tenho quase certeza que já tinha dado uma volta no
lugar, ouvi mais algumas coisas caindo e suspirei alto continuando a tocar na
parede.

Até que senti algo mais elevado na mesma e senti o botão.

- Achei -digo mexendo no botão que liberou uma luz azul idêntica a que tem
na boate.

Olhei para os lados e me virei procurando por ele, na hora que fiz isso meu
peito foi de encontro com outro. Suspirei com o encontro e levantei o olhar
encontrando o de Nate me encarando.
Limpei a garganta vendo seus olhos descerem pelo meu rosto lentamente
parando na minha boca, entre abri os lábios sentindo a mesma sensação de
nervosismo de sempre.

Em certo momento ele franziu o cenho dando um passo para trás e eu voltei a
respirar regularmente, olhei para o chão engolindo em seco.

- Não acredito que isso está acontecendo de novo -ele diz.

- Isso o quê? -o encaro.

- Estarmos presos em um quartinho.

Ele coça as têmporas com os dedos da mão direita e suspira se afastando ao


dar outro passo para trás.

- Aparentemente, estamos -digo- Estou até surpresa por você se lembrar


disso -sussurrei a última parte mas ele ouviu. Controla a boca, Jones!

- Já havia dito da última vez que estive a sós com você que lembrava -diz.

O encarei apertando os lábios.

- Eu acho que não...-não me lembro disso.

- Eu acho, Susie. Que você esqueceu também.

Franzo o cenho juntando as sobrancelhas.

- O quê?

Ele suspirou cruzando os braços e desviou o olhar como se tivesse


encerrado o assunto. E por um momento, minha timidez não me deixou
continuar mas acabei a vencendo.

- A única explicação que eu dou para o que fez é que você esqueceu, Nate.

Ele me encara.
- Você está vermelha -ele diz encarando minhas bochechas- Está irritada?

Eu não consigo pensar direito, não agora. Mas algo dentro de mim diz para
eu ficar, toda essa situação...

- Você é a pessoa mais...complicada que eu conheço -meus braços caíram


para o lado.

E juntando com a minha timidez nós nunca iríamos conversar sobre o que foi
aquele quase beijo no carro ou as mãos pelo meu corpo naquele quartinho, e
isso me incomoda.

- Você acha que eu não lembro do que fiz a você?

Olhei para a sua blusa.

- Desculpe, mas não é normal para mim você me beijar em um carro e


depois fingir que nada aconteceu....e não me dizer...o que foi aquilo -minhas
sobrancelhas se juntaram um pouco mais e suspirei alto, essa foi difícil de
falar.

Ele continuou me encarando como se eu fosse um cubo mágico.

- Por que você faz isso?

- Você está diferente -ele diz e dá um passo na minha direção, meu corpo fica
em alerta imediatamente

- Como assim?

- Não parece tão tímida como sempre é.

Balancei a cabeça.

- Eu só quero entender, isso não é normal!

- Eu não esqueci nada, Susie. Eu só não...-ele parou de falar por alguns


segundos me encarando em silêncio, fiquei completamente no escuro de
novo, eu não consigo entende-lo, acho que não irei tão cedo.
Na verdade, eu estava cansada daquilo. De todo o drama envolvendo nós
dois e o que aconteceu meses atrás, um lado meu achou melhor eu dizer
algum coisa antes que fuja da minha mente, então falei:

- Certo, não precisamos falar disso. Vamos encerrar o assunto, quem sabe
assim podemos ter um relação normal, podemos ser amigos -sugeri e ele
piscou um par de vezes.

Levantei minha mão direita a altura da sua cintura e seus olhos desceram até
ela, eu acredito que esteja fazendo a coisa certa. Obviamente Nathaniel e eu
não vamos ter nada juntos e apenas a ideia me deixa nervosa mas realmente
quero conversar com ele de uma forma natural sem a tensão e as lembranças
que invadem a minha mente, podemos ser amigos...

É, eu estava decidida. E quando fico desse jeito nada consegue me abalar,


supero minha timidez e minha falta de coragem.

Balancei minha mão de uma forma sútil para ele agarrar até seus olhos
focarem em mim novamente, Nate parou na minha frente comigo olhando
para cima para poder encara-lo, ele passou a mão na barba enquanto eu
sentia a tensão correndo entre minha veias.

- Tudo bem, Susie. É melhor de qualquer maneira -ele diz me encarando


fixamente.

- Eu também acho -falo com o queixo levantado mas com as bochechas


quentes.

Ele a tocou lentamente até a envolver por inteira, minha mão praticamente
sumiu em volta da sua e eu dei um sorrisinho minúsculo para disfarçar o
formigamento que eu estava sentindo.

Franzo o cenho por alguns segundos e ele solta minha mão caminhando para
a porta, Certo, não vou mentir. Me sinto aliviada? Dizer essas coisas e
conversar com ele fez isso, mas porque eu sinto que essa idéia não vai se
sustentar por tanto tempo?

- Dylan!! -ele chama alto pelo amigo.


- Nate!! -ouvimos a voz de Dylan e eu arregalei os olhos andando para a
porta também, Nate e eu chamamos por ele dando batidas na porta.

- Estamos presos no quartinho! -gritei.

- Nate!! -Dylan gritou novamente e Nate pôs a cabeça na porta.

Mais alguns segundos de histeria ouvimos a maçaneta girando e a porta foi


aberta, as meninas e a gangue apareceram. Absolutamente todos levantaram
uma sobrancelha encarando Nate e eu.

Quase me enterro.

Olhei para ele que me encarou também e depois olhamos para eles que
tinham um sorriso de lado agora.

- Danny fez isso -falei.

- Seu filho é mal -Nate aponta para Dylan que sorri.

Ouvimos um risinho e olhamos para o lado esquerdo vendo Danny encostado


na parede ainda segurando a bolinha azul.

- Hum...aquele pinguinho de gente fez isso? -Adam aponta.

- Sim -respondemos.

- Estávamos presos -Nate diz.

- A trinca do lado de dentro fica na quina da porta -Adam diz e abro a boca
vendo Nata andar até a porta vendo o trinco dourado na parte de cima quase
imperceptível.

- Tá de sacanagem? -Nate resmunga.

- Parece que alguém tem uma tara por quartinhos -Emily disse isso em uma
forma de tosse.
Arregalei os olhos e as meninas riram andando até mim e me puxando pelo
braço tirando-me dali em menos de 5 segundos.

Suspirei melhor por ter falado com Nate sobre isso, é bom que deixemos
isso para trás agora.

Afinal...podemos ser amigos agora.


Eu acho.

×××

Sinceramente, eu queria ter essas amizades que meus personagens


insistem em ter KSKSKSKS

Me dá um "❤ " que eu passei a semana tristinha, fiz drama para a minha
mãe e ela não ligou 😔.
KKKKK brincadeira.

Vota na minha história? Obrigada, o livro vai crescendo graças a vocês e


ao povo que tá aqui só para falar merda ❤ . Cês me ajudam a crescer
tbm hein.

Até amanhã a noite, babys ❤.


4° capítulo

Nate

Cliquei no botão da minha secretária eletrônica e levantei da cadeira do meu


escritório abotoando o terno cinza escuro.

Andei até parar na frente da minha mesa e me inclinei pegando a caneta


dourada, a porta da sala foi aberta e eu olhei para Angela por cima do ombro
enquanto ela separava papéis em suas mãos.

A mesma parou na minha frente e eu encarei os olhos verdes focados nos


documentos, ela colocou alguns na minha mesa e me entregou o restante.

- Precisam da sua assinatura, Sr. Venturelli -peguei os papéis da sua mão e


olhei para eles.

- Estão autenticados? -pergunto.

- Sim, senhor -ela falou baixo e eu olhei para ela vendo sua concentração
nos meus ombros subindo para a minha boca.

- Há mais alguma coisa que precisa da minha atenção? -pergunto cruzando os


braços para ela me encarar, desde que contratei Angela eu percebi os
olhares de insinuação para cima de mim. Mas mesmo sendo profissional
nunca chegou a dar em cima de mim usando palavras.

- Tem a reunião com Simon Balis em menos de 30 minutos, e isso aqui -ela
pegou um papel em cima da mesa e esticou a mão direita- Precisa ser
assinando agora, é a folha de...

Ela esticou o papel da minha direção com rapidez batendo na minha mão
fazendo a caneta cair nos meus pés, olhei para baixo vendo ela se abaixar
ficando de joelhos. Franzo o cenho vendo ela apoiar uma mão no meu sapato
e pegando o objeto com a outra, Angela se apoiou no calcanhar ficando com
o corpo mais ereto e levantou o olhar me encarando.
- Sinto muito, Sr. Venturelli -os olhos verdes fitam meu corpo com luxúria
ficando crescente, suas mãos subiram pela minha panturrilha e eu tive que
esconder minha surpresa por ela realmente estar fazendo isso.

Que porra...

- Angela -a chamo mas ela me ignora tocando minhas coxas, quando sinto os
dedos no meu cinto de couro preto toco no seu braço a parando, ela me olha
com os lábios entre os dentes.

- O que pensa que está fazendo? -pergunto.

Ela solta o lábio e entre abre a boca.

- Eu pensei que...

- Você é muito boa no que faz, não me faça demiti-la por não controlar suas
mãos -a puxei para cima ajudando-a a se levantar.

- Desculpe, Sr. Venturelli. Eu pensei que...

A soltei deixando ela arrumar a saia.

- Não me envolvo com meus funcionários, Srta. Willy. Não abro excessões -
me abaixei pegando a caneta que tinha caído da sua mão.

Me virei colocando o papel na mesa e assinando, os que estavam debaixo do


meu braço pus em cima da mesa também. Entreguei o papel de volta a ela
que pegou com o rosto vermelho, Angela é uma boa funcionária e
competente, mas estava confundindo as coisas.

- Você pode ir.

- Eu sinto...

- Tudo bem, nada disso aconteceu se preferir -contornei a mesa vendo ela
andar para porta em passos rápidos depois que concorda.
Abri a gaveta tirando uma caixa de charutos cubanos para levar a Simon
Balis, o mais novo rival da minha família no mundo dos negócios.

E pela primeira vez, eu estou com receio dos seus passos contra minha
família. Balis é o maldito homem mais influente no ramo de Marketing, o
ramo que é ligada diretamente com as nossas empresas tendo mais 35% no
nosso nome por toda Nova York.

Balis pode comprar tudo isso e tirar parte do nosso lucro anualmente, não
ficaremos falidos mas não será vantajoso. Então, preciso me aliar a Balis, os
Venturelli precisam se aliar a ele.

O único problema é que...Simon nos odeia.

O tiramos de uma jogada a alguns anos atrás e eu fui o responsável por fazer
isso já que era a empresa da Itália que estava na frente com os Franceses,
Simon perdeu uma boa quantia de dinheiro por minha causa e agora deve ser
2 bilhões menos rico o que não é nada para ele, mas claro que o orgulho saí
na frente.

Ele cresceu gradativamente depois daquilo e agora estou apreensivo de que


possa atingir os Venturelli com a sua maldita influência.

Suspirei.

Guardei a caixa colocando no bolso do paletó e pus o telefone no bolso junto


as chaves, andei saindo da minha sala caminhando para a mesa de Angela.

Ela estava prendendo o cabelo em um coque e quando me viu a expressão


ficou mais retraída.

- Não vou conseguir assinar os papéis hoje, assine-os para mim -ela acenou
com a cabeça.

- Tudo bem? -pergunto.

- Sim, Sr. Venturelli -responde com um sorriso pequeno e eu me viro


andando para o elevador.
Já fazem alguns meses que fundi essa empresa, com o apoio da minha família
ela cresce a cada dia e logo estará no patamar das nossas empresa mundiais.
Estou fazendo de tudo para isso acontecer o mais rápido possível.

Desci para o estacionamento indo até meu carro preto e entrei no mesmo
colocando o cinto de segurança, saio do prédio acelerando quando chego na
principal.

Liguei para Dylan no caminho através do comando de voz do carro e esperei


ele me atender.

- 2 minutos -fala.

- Como é? -pergunto.

- O que tem para me dizer, tem 2 minutos apenas -reviro os olhos.

- O que está de fazendo de importante?

- Me ligou para fofocar?

- Conta, Dylan -girei o volante para a esquerda.

- Estou prestes a me aventurar com a minha esposa, então, você só tem 2


minutos para me contar o que quer. Não atrapalhe a minha foda.

- Cacete, são só 11:45 da manhã -falo e ele conta de 1 a 3 me ameaçando.

- Estou brincando, do jeito que é ninfomaníaco não tem horário certo.

- Olha quem fala! -sua voz alta ecoa pelo meu carro todo e eu me apresso a
fechar as janelas que estavam abertas.

- Certo, deixe-me contar. Você não pode falar nada para ninguém ainda -digo
e ele concorda.

Parei no sinal quando ele ficou vermelho e coloquei as duas mãos acima do
volante suspirando.
- Vou me encontrar com Simon Balis -digo e a linha fica em silêncio por
longos segundos.

- Como...como é?

- É um almoço, vou trazer ele para nós ou vamos nos associar a ele -digo.

- Mas nem fodendo! Você enlouqueceu?!

- Dylan, você não está pesando direito, sua raiva não o deixa pensar com a
mente dos negócios.

- Eu quero bater nessa sua cara de pscicopata!

Franzo o cenho, cara de psicopata?

- Preste atenção, Balis é a nossa pedra no sapato agora, precisamos tirá-la


antes de que nos fira. Não vou deixar o filha da mãe roubar nosso negócios
com as empresas de Marketing, se fizer isso ele vai crescer, Dylan, e se ele
cresce mais influente ele fica...e aí, ele destrói nosso nome e tudo o que
construímos -olhei para frente esperando sua resposta.

- Então nós vamos atrás de pessoas mais poderosas que ele para nos juntar...

Parei de prestar atenção no que ele estava falando porque já tinha entendido
que não vou conseguir convencê-lo de que isso é o melhor, passei a mão na
testa e me encostei no banco novamente.

Olhei para o sinal que ainda estava vermelho e meus olhos se moveram para
uma cena não tão distante de onde eu estava, uma mulher descia as escadas
da biblioteca pública da cidade mas o seu cabelo estava em todo seu rosto a
impedindo de enxergar com clareza.

Quando ela tirou o cabelo do rosto eu rapidamente reconheci o rosto de


Susie que deu um sorriso pequeno para o que estava acontecendo com ela,
toquei no volante novamente me inclinando um pouco para frente.

Ela tirou o livro debaixo do braço e o abraçou contra seu corpo quando a
brisa atingiu seu cabelo mas dessa vez ele foi para trás por conta da
mudança de sua rota, ela dobrou para esquerda olhando em volta e eu
estranhamente continuei olhando para ela.

Fazem três dias desde que ficamos "presos" naquele quartinho de tralhas na
mansão, onde eu vi um lado da Susie que ainda não tinha percebido, ela é
corajosa quando precisa enfrentar alguém. E mesmo tendo o jeito doce e
gentil sabe se impor quando necessário.

Eu ouvia o zumbido da voz de Dylan mas continuei ignorando sabendo que


tudo o que ele me dissesse não iria me ajudar em nada, continuei olhando
para ela que parou de repente e deu dois passos para trás olhando para baixo
onde tinha um morador de rua sentando no chão com um papelão na cabeça
perto do poste de sinal, ela estava literalmente na minha frente.

Susie mexeu na sua bolsa e tirou algo de dentro dando ao homem que sorriu
pegando da sua mão, ela sorriu para ele e acenou dando um tchauzinho
enquanto eu estava com os lábios entre abertos e cenho franzido.

Ela voltou a andar enquanto o homem mexia na embalagem abrindo para


comer a barra de chocolate, voltei a olhar para ela que passou na frente do
meu carro mexendo na franja abraçando o livro com mais força como se
estivesse com vergonha de passar na frente de todos aqueles carros.

Quando ela saiu da faixa e foi embora sumindo da minha vista eu passei a
mão na barba, sei que ela não é a única mas é a primeira vez que vejo
alguém fazendo isso.

- NATHANIEL!!

Pisquei algumas vezes e olhei para o comando de voz do carro, limpei a


garganta e mexi no cinto de segurança.

- O quê?

- Estava me ouvindo? -Dylan pergunta.

- Não.

- Como não?
- Não ouvi, preciso desligar.

- O quê? Mas você é muito cara de pa...

Desliguei clicando no botão e acelerei quando o sinal finalmente abriu.

×××

Gentileza gera gentileza, amém .

E ele não tira os olhos da nossa franjinha, também, uma beldade dessa,
até eu jogava pro outro time 😌.

Nossos Venturelli estão enfrentando um novo inimigo, que venha a dor de


cabeça.

Vote e comente na história ❤ . Vou postar mais um hoje porque ele ficou
bem curtinho e acho que vale a pena postar hoje.

16:00 eu solto, bjs babys.


5° capítulo

Susie

Dei passinhos pequenos e sorrateiros pela sala tentando não fazer barulho,
perto o suficiente eu coloquei minhas mãos em seu rosto tapando os olhos.

- Senhor? Chegou a minha hora, senhor? -depois disso ele começou a rezar
baixinho e eu ri o abraçando por trás.

Ele vira o rosto para me ver.

- Oh, é a Susie -ele diz e eu apoio meu queixo no seu ombro.

- Mas que animação, Eric -ironizo e ele ri se virando de frente para segurar
minhas mãos.

- Como você está? -pergunta e eu olho para o seu cabelo branco curto e as
rugas que se formam em seus olhos por conta da idade.

- Estou bem, fui pegar uma coisa para você.

Mexi na minha bolsa e tirei de lá o livro que Eric está me pedindo à


semanas.

- HARRY POTTER! -ele deu um grito alto e eu olhei em volta vendo as


outras pessoas andando pelo refeitório.

- Sim, mas leia no prazo, tenho de devolve-lo para que minha amiga lá de
dentro que me abriu essa excessão, não se prejudique.

- Irei ler, esse é o único que falta -ele sorriu mexendo no livro o trazendo
para perto do seu nariz aspirando fundo.

Sorri para ele que sorriu de volta com a expressão feliz.

Eric é a pessoa mais gentil que conheço, não entendo porque os filhos o
abandonaram nesse asilo, eles estão perdendo a experiência de estar com
uma pessoa incrível como ele.

O conheci depois de me juntar a um trabalho comunitário para esse asilo,


gostei de Eric de cara e desde então somos amigos. Ele tem no mínimo uns
78 anos e está aqui desde o seu último aniversário, ele não me conta muito
sobre sua família ou se gosta daqui mas sempre parece contente quando
venho.

- Quer tomar um chá?

- Eu adoraria -falo e ele sorri quando entrelaçou meu braço no seu, andamos
juntos pelo asilo até chegar no jardim esverdeado e cheio de cores por conta
das flores variadas.

Escolhemos a mesa na sombra e nos sentamos nas cadeiras um de frente para


o outro, ele balançou a mão para Judith a mulher que cuida dele mais de
perto e ela veio com um sorriso pequeno.

- Querida, traga um chá para a senhorita e para mim -ele diz.

- Por favor -digo.

- É, por favor -ele diz e ela ri acenando.

Olhei para Eric de novo que pôs o livro em cima da mesa.

- Como você está, querida?

- Estou bem, comecei a assistir os Waltons -digo e ele abre a boca.

Os Waltons é uma série da década de 70 que foi a preferida de Eric em todos


os aspectos, ele fala tanto sobre ela que decidi assistir.

- Sua vida jamais será a mesma -ele aponta para mim e eu sorri de lado.

- Ainda estou no início, Eric. Não posso dizer muito.

Ele sorriu e ajeitou os óculos de grau no rosto.


- Como está sua namorada? -pergunto.

- Não sei, terminei com ela. Estou com outra -misericórdia.

- Meu Deus, não tem nem a decência de parecer triste, quando tempo faz
Isso?

- Foi ontem.

- Arranjou outra namorado de um dia para o outro? -balancei a cabeça.

- Escute, raio de sol -ele pós as mãos na mesa- Na minha idade nada mais
importa, posso morrer a qualquer momento então estou aproveitando o
restante de tempo que tenho.

- Você ainda tem muito tempo, para de falar isso.

- Pode ser que sim, mas estou tentando te passar uma lição, preste atenção -
ele deu batidinha na mesa- Aproveite enquanto ainda é nova, quem tem medo
de viver são os covardes, não seja uma, se arrisque, viva e...continue
trazendo livros bons para mim.

- Hum...ok -balancei a cabeça- Viver, me arriscar e seus livros, posso fazer


isso.

- Pode nada! -ele balançou uma mão na minha frente desviando para o lado.

- Como assim não posso?!

- Qual foi a última vez que se arriscou em algo de verdade?!

- Foi...-olhei para cima tentando me lembrar.

- Foi...?

- Foi... -qual é!

- Susie, já estou com 90 anos.


- Espera!

Ele sorriu.

- Trabalhe nisso, querida. Ainda quero ver você vindo aqui com pouca
frequência porque vai estar com o namorado.

- Não gosta que eu venha aqui?

- Óbvio que gosto! Os outros idosos tem ciúmes de mim -ele sorriu
galanteador e eu ri alto- Mas namorar um pouquinho não faz mal, olhe para
mim -ele abre os braços- Aquela ali vai ser minha próxima namorada.

Ele apontou para o lado e eu vi uma mulher de cabelos pretos acenando para
ele que acenou de volta.

- Você é um cafajeste da meia idade -falo.

- A vida é só uma, querida. E eu aproveito ela jantando com essas mulheres


que querem o mesmo que eu, algo diferente da rotina.

Ele olhou para a mulher novamente e eu encarei a mesa na minha frente com
um sorriso de lado.

Continuei conversando com Eric uma boa parte do dia, jogamos cartas e ele
me ensinou todos os truques que foram ensinados a ele.

Eu simplesmente adoro passar o meu dia com o mesmo, um boa dose de


risadas e uma caixa carregada de lições de vida chegam em mim quando
venho aqui e aparentemente é bom para fazer ciúmes nos outros velhinhos.

Almoçamos juntos e já no final da tarde eu fui para casa me arrumar, fiquei


apenas 1 hora no apartamento e depois fui para a boate que abriria mais
cedo por ser no meio da semana.

Desci do ônibus na parada que era perto da boate e andei até ela com a
minha bolsa na frente do corpo, cheguei na entrada e passei por ela vendo
algumas pessoas já limpando a pista de dança e arrumando as cadeiras.
Perto do bar eu coloquei minha bolsa no balcão e de longe vi Natalie e
Bryan saindo do estoque de bebidas ambos segurando uma caixa de papelão.

- Susie, que bom que está aí. Ainda tem mais quatro caixa de bebidas lá
embaixo -Natalie diz.

- E aí, Susie? -Bryan me cumprimenta com um sorriso e eu aceno a cabeça.

Ele vestia uma calça jeans azul escura com uma camisa regata preta
mostrando uma parte da lateral do seu corpo, ele tinha pulseiras no braço e
um cordão prata no pescoço, seu cabelo era grande e brilhante. Ele era muito
bonito, e muito gentil.

Natalie vestia bermuda jeans com as botas pretas que iam até seu joelhos, a
camiseta branca colada no corpo e o nó feito na barra que mostrava uma
parte da sua barriga, o cabelo loiro estava solto e argola dourada era grande
o bastante para chamar atenção, assim como o batom vermelho.

Eu vestia apenas uma saia jeans escura com meia calças pretas e uma jaqueta
vermelha listrada com preta na cintura, uma camisa preta lisa de mangas e o
cabelo preso em um coque.

Senti um leve beliscão na minha barriga e me assustei olhando para o lado


vendo o autor, Ramon riu de mim e eu fiz uma cara de irritada.

- Se assustou, floquinho? -ele pergunta e mexe na minha cabeça.

Ele estava vestindo a mesma roupa de segurança de sempre quando me


abraçou de lado, o abracei também apertando sua barriga.

- Como está Pilar? -pergunto.

- Está bem, me pediu para dar um presente para você -ele tirou algo de
dentro do terno e me entregou uma caixinha pequena.

Sorri segurando o pequeno objeto e desfiz o lacinho puxando a tampa em


seguida, tirei os três marca páginas personalizados com meu nome e
sobrenome e olhei para Ramon extremamente agradecida.
- Uau, eu adorei! -ele sorriu- Me lembro de falar que gostava de marca
páginas, ela lembrou.

Alisei o presente com um sorriso e abracei Ramon novamente.

- A agradeça por mim, pelúcia -digo e ele dá dois tapinhas nas minhas
costas.

- Eu irei -diz.

- Vamos logo, Susie. Temos trabalho a fazer -ouvi a voz de Natalie e me


afastei de Ramon guardando o presente na bolsa.

- Vamos -falo e eles concordam indo comigo pegar o restante também,


iríamos abrir a boate em breve.

×××

Vote e comente! E me siga no wattpad! Lê todos os meus livros e não me


segue 😔.

Gostaram do Eric? Creio que será um personagem muito divertido para


vocês.

Dia de postagens: Sábado e Domingo.

Até o próximo, babys ❤.


6° capítulo

Susie

Domingo...

- Vamos lá, Emily!!

- Não encosta em mim!

Tirei os óculos escuro do rosto para encarar Emily e Rubi de pé um pouco a


minha frente com roupas de ginástica, o sol da tarde completava o céu junto
as nuvens deixando o ambiente no central Park muito gostoso.

Aproveitamos que não choveu hoje e viemos para cá aproveitar o dia,


estendemos uma toalha colorida na grama e trouxemos algo para comer, os
bebês nos carrinhos e nós em volta deles.

Coloquei o marcador de página que ganhei de presente no livro que estava


lendo e olhei para elas, Rubi estava tendo ensinar a loira a fazer uma
estrelinha, elas estão no mesmo lugar já tem 40 minutos.

- Se impulsione para baixo e use um pouco de forças nas mãos, mova as


pernas e as controle -Rubi diz.

- Isso não é fácil não, criatura -Emily diz mexendo o cabelo loiro em um
rabo de cavalo.

- Claro que é -Rubi diz- Você nem tentou!

- Com licença, mas eu gosto das minhas costas, não quero quebrar nada -
Emy colocou as mãos na mesma.

- Vai logo, loirinha! Para de ser medrosa -Peter gritou do meu lado.

- Falou o cara que não assiste filmes de terror!

Adam riu concordando.


- Dão medo -Peter resmunga como uma criança.

- Vou fazer mais uma vez, preste atenção -Rubi diz e ela concorda.

Rubi se afasta um pouco e pega impulso dando uma corridinha e faz uma
estrelinha impecável seguida de outra até parar e virar para Emily pondo as
mãos na cintura.

- Uhhh -Adam bate palma- Dá até orgulho de dizer que eu durmo com essa
mulher.

Rubi sorriu e encarou Emily que estava de boca aberta.

- Eu desisto, eu não sei fazer isso. Vai entrar para a minha lista de que eu não
sei fazer -ela balança a mão.

- O que tem nessa lista? -Dylan pergunta antes de morder uma maçã.

- Provavelmente cozinhar -Lisa responde.

- Ah, não é o fim do mundo -Dylan diz e a esposa concorda pegando a maçã
da sua mão.

- Vamos, Emy. Estamos torcendo por você -Rubi anda até ela e toca nos seus
ombros- Vem, Peter. Faz para ela ver.

Peter concorda e se levanta andando até as duas.

- Espera, sabe fazer isso? -Emy pergunta e ele acena.

- Jesus, com quem me casei? -Ela resmunga e ele revira os olhos, bate uma
mão na outra e no segundo seguinte está fazendo estrelinha.

- Opa, eu quero também -Lisa se levantou e simplesmente do nada...Rubi,


Lisa e Peter estavam fazendo estrelinhas pelo parque como se trabalhassem
em um circo.

Olhei em volta com o cenho franzido para ver se alguém estava vendo o que
eu estava vendo, encarei os três de novo que eu jurei por alguns segundos
que estava fazendo uma coreografia com essas estrelinhas.

- O que está acontecendo? -pergunto abrindo as mãos.

- Eles estão... dando estrelinhas de forma sincronizada -Adam diz com os


sobrancelhas juntas.

- Só eu estou achando isso estranho? -Dylan pergunta e Adam e eu falamos


"não" ao mesmo tempo.

Quando acabou a apresentação do circo de soleil os três se viraram para nós


com um sorriso vendo nossas caras confusas, Emily se virou e olhou para
nós três sentados na grama com uma cara inacreditável.

- Alguém me mata -ela diz e eu balanço a cabeça colocando meu livro ao


meu lado perto da cesta.

- Você vai conseguir, Emy. É igual como andar de bicicleta, você nunca mais
vai esquecer -Lisa diz.

- A qual é! Andar de bicicleta é mil vezes mais fácil, todo mundo sabe -ela
colocou as mãos na cintura.

- Susie não sabe -Rubi fala e eu levanto a cabeça ciente que todos estão me
olhando.

Droga.

- Você não sabe andar de bicicleta?! -Peter pergunta.

- Eu...bom -dei de ombros.

- Cacete, ela não sabe andar de bicicleta -Adam se levantou andando para o
outro lado de onde estávamos e eu acabei o perdendo de vista quando senti
mãos nos meu braço me levantando do chão.

Rubi, Lisa e Emy estavam me arrastando para sair da toalha e eu olhei para
elas querendo entender.
- O que estão fazendo? Podem soltar, por favor? -pergunto.

- Como ninguém nunca te ensinou a andar de bicicleta? -Lisa pergunta.

- Eu não sabia que era algo tão importante -falei.

- Andar de bicicleta é incrível, você tem que experimentar -Emy diz.

- Oh não -dei um sorriso nervoso- Não precisa, eu estou bem sem saber
andar.

Eles me soltaram e eu apertei meu rabo de cavalo cruzando os braços em


seguida, ouvimos um barulho de sino e eu olhei para o lado vendo Adam em
cima de uma bicicleta toda florida com um rosa pink extremamente
chamativo, tinha uma cestinha branca e fitas na garupa.

Ele pedalou até nós parando bem ao meu lado, tratei de engolir em seco.

- Onde arranjou isso? -pergunto.

- Eles alugam, essa foi a mais bonita que encontrei -ele diz e entrega a
bicicleta para mim com uma confiança tremenda, sem esperar pela ação a
bicicleta acabou caindo no chão me assustando.

- Foi mal -falei me abaixando para pegá-la do chão.

- Isso vai ser difícil -Peter resmunga com as mãos na cintura.

- Susie, sobe na bicicleta, pedala e acha o controle do guidão, fácil -Dylan


diz gesticulando tudo com o as mãos e eles olham para ele mandando ele
calar a boca.

- Eu não faço ideia de como fazer isso -digo olhando para as fitinhas
coloridas.

- Vamos ensinar você -Lisa passou a mão no meu braço me olhando com
confiança- Vai lá, Peter.
Ela andou na direção do marido e se sentou na toalha do meio das pernas
dele, em seguida foi Adam e Rubi que fizeram o mesmo esperando para ver
minhas quedas.

- Eu vou cair muito? -pergunto para Peter e ele aperta os lábios.

- Não... não... -ele deu de ombros- Quase nada, não.

Pisquei algumas vezes e olhei para Emily que sorriu andando até mim.

- Vamos colocar os equipamentos de segurança -ela pegou uma sacola


pequena da cestinha e tirou o capacete colocando na minha cabeça- Pronto.

- Só isso? -pergunto quase sem voz.

- É o que importa -ela diz e segura a bicicleta- Sobe.

- Espera, não sei se quero fazer isso -falo com os dedinhos trêmulos.

- Peter não vai soltar você, assim você não vai cair -ela diz e eu olho para
Peter que concorda com as mãos na frente do corpo.

- Não me solta -falo para ele que mostra o polegar- Quero ouvir você
falando, Peter.

- Eu não vou soltar você -ele diz e mostra mão, bati a costa da minha mão na
sua e olhei para a bicicleta.

Certo, vamos lá, Susie. Está na hora de aprender a andar de bicicleta, não
deve ser tão difícil. As protagonistas dos meus livros favoritos sempre estão
andando de bicicleta e narram como é bom, vou tirar a prova.

Passei minha perna direita primeiro e olhei para trás apertando as mãos,
depois as coloquei no guidão. Peter se aproximou segurando o banco preto
para que eu sentasse nele, quando o fiz dei um gritinho tentando ficar normal,
ele riu e eu olhei feio para ele que apertou os lábios.

- Não solte o guidão e olhe para frente -ele diz e eu concordo colocando os
pés nos pedais.
- Que eu não morra, que eu não morra, que eu não morra -repeti baixinho
quando ele mexeu a bicicleta para frente e eu comecei a pedalar
extremamente devagar.

Saímos da grama entrando na parte mais sólida do parque, tinha outra


pessoas andando de bicicleta tão normal que me deu um pouquinho de
inveja, na rua estreita que era onde estávamos tinha algumas pedras ao lado
junto a alguns arbustos pequenos, Peter pediu para tomar cuidado com eles.

- Você pode pedalar um pouco mais rápido -diz.

- Eu gosto assim -falo e na mesma hora eu vejo um bebê de no mínimo 2


anos nos ultrapassar na parte da grama, olhei para Peter que fez uma cara de
deboche.

- Certo, só um pouquinho -digo e aumento a rapidez ficando em uma


velocidade normal.

Peter não me soltou em nenhum momento nem mesmo quando estávamos no


meio do parque, ainda estava apreensiva mas conseguia lidar com isso.

- Susie?

- Sim?

- Você sabe aonde é o freio?

- Esse aqui -bati a mão na parte esquerda do guidão.

- Ótimo, você está pronta.

- Espera, o quê?

Ele simplesmente me soltou impulsionando a bicicleta para frente e eu gritei


querendo pela primeira vez bater nele, segurei o guidão com força e por
alguma razão automática meus pés não pararam de pedalar.

- PETER!! -gritei.
- Continue! Você está indo bem!!! -ele gritou de volta e eu resmunguei
olhando para frente e percebi que estava tudo bem.

Hum...ok.
Eu não estava caindo, isso é bom.
Continuei pedalando em um linha reta rezando para não ter uma curva, se
tivesse, eu cairia com toda certeza do mundo.

Quando consegui pegar o jeito de fato eu sorri vendo as árvores balançando


e os pássaros voando pelo céu azulado, ouvia os risinhos das crianças e via
as pessoas encostadas nas árvores lendo.

Mas eu tinha esquecido o que Peter havia me dito, eu não estava olhando
para frente por estar entusiasmada demais vendo as coisas à minha volta.

E nem vi o que tinha na minha frente, acabei batendo a bicicleta em uma


pedra perdendo o controle do guidão e ao tentar freiar eu acabei indo para
frente como se tivessem me jogado em uma piscina.

A bicicleta caiu no chão fazendo um barulho alto e eu...bom... infelizmente


acabei esbarrando em uma pessoa e nós dois fomos diretamente para o chão!
Cai por cima dela ouvindo seu gemido de dor por bater as costas no cimento
e eu resmunguei sentindo uma dor no meu tornozelo.

Ouvi a respiração no meu ouvido sentindo o corpo grande por baixo do meu,
pisquei um par de vezes me sentindo em câmera lenta quando levantei o
rosto apenas para encarar os olhos pretos mais intensos que já vi me
encarando em surpresa.

Céus, onde eu aperto para ter mais um pouquinho de sorte?

×××

Primeira vez que fui andar de bicicleta eu atropelei minha mãe


KKKKKK não sabia se ria ou chorava (Já vim aprender um pouco
grande).
Eu queria essa bicicleta da mídia, me lembra a França ksksksk. Vote e
comente!

Cês sabem quem é? claro né! É o livro dele ksskksks ih gente, tô meio
drogada, socorro. Estou aleatória hoje, Sorry.

Até amanhã, babys ❤.


7° capítulo

Nate

Chutei a pedrinha na minha frente enquanto caminhava pelo Central Park com
o celular no ouvido.

- Você pode fazer essa lista e deixar na cozinha -falo com a mulher que
contratei para cuidar do meu apartamento.

- Farei isso, Sr. Venturelli. Quer que eu separe peças de roupas para a
viagem a Itália?

Olhei para cima vendo o céu e as árvores que balançam de um lado para o
outro, eu caminhava na via estreita de cimento ao invés da grama e parei
colocando uma mão na cintura.

- Não, não irei para Itália ainda -digo.

- Ok, irei fazer a lista.

- Eu agradeço -olhei para trás ficando de lado e tirei o celular do ouvido


clicando no botão de desligar.

Quando me virei para frente pus o celular no bolso e logo em seguida ouvi
um barulho estranho de sino de bicicleta e um gritinho. Dois segundos depois
eu estava sendo atingido por algo que me fez cair no chão rapidamente sem
ter tempo para impedir.

Mas que merda é essa?

Bati minhas costas no chão e ouvi o resmungo da pessoa que estava em cima
de mim com o rosto basicamente no meu ombro, senti o cheiro floral
misturado com o shampoo do cabelo que estava bem próximo do meu nariz.

O rosto só foi liberado para mim quando ela levantou o tronco um pouco
com as mãos ao redor dos meus ombros, franzo o cenho vendo Susie na
minha frente com a franja bagunçada e os lábios entre abertos.

Encarei os olhos que agora vendo de perto são cor de mel, ela engole em
seco e eu pisco algumas vezes tocando na mecha do cabelo solto pondo atrás
da sua orelha, Jones estremece e a maldita tensão que aparece toda vez que
estou sozinho com ela vem com toda força, foi a mesma coisa do quartinho, a
mesma coisa do carro e a mesma coisa da mansão.

É a única coisa que eu não consigo controlar, essa tensão com Susie Jones
me enlouquece de uma forma que não deveria. Testa meu auto controle e as
duas vezes que o fez...eu o perdi, isso me irrita.

Saio dos meus pensamentos quando ela resmungou de dor e se virou caindo
para o meu lado, olhei para cima respirando fundo e me sentei olhando para
ela.

A mesma tinha a mão no tornozelo e eu a ajudei a se sentar puxando-a pelo


braço.

- Desculpe -ela diz e eu ignoro tocando nas suas mãos tirando da minha
frente, levantei um pouco a gola da sua calça sabendo que ela está me
encarando, vejo um arranhão com um pouco de sangue e ela fazer uma
careta.

- Eu acabei me distraindo, você se machucou?

- Dói? -pergunto quando aperto o tornozelo e ela toca na minha mão dizendo
que sim.

- Não sei se torceu.

Me levantei do chão limpando minhas roupas e ela me seguiu com o olhos,


encarei a bicicleta e depois olhei para ela que tinha as mãos no arranhado do
tornozelo.

- Venha, saia do chão.

Ela franziu o cenho quando me inclinei para baixo passando os braços pelas
suas pernas e tronco a levantando do chão.
- Uou, Nate. Aí meu Deus! -ela se segurou em mim e eu caminhei
normalmente para o outro lado a pondo sentada em um banco.

Ela me encarou e eu me abaixei querendo me assegurar para que ela possa


andar, assim será mais rápido chegar até a gangue as meninas.

Peguei na sua perna direita e ela colocou uma mão no meu ombro.

- Não precisa fazer isso.

Olhei para o seu rosto por vários segundos vendo um pouco de sujo no
queixo e suspirei dando um sorriso minúsculo.

- Que tipo de amigo eu seria se não o fizesse?

Ela ficou em silêncio me encarando e a respiração foi se normalizando


quando encarei seu tornozelo, mexi nele ouvindo seus resmungos e depois de
alguns segundos constastei que ela não havia torcido quando apertei
novamente e ela não reclamou, era apenas o arranhão que estava doendo.

- Só precisa limpar -falo me levantando batendo a mão uma na outra.

- Obrigada, e me desculpe de novo.

- É a primeira vez que está andando de bicicleta ou apenas não viu a pedra
no caminho?

- Os dois, na verdade.

- Oh, pobrezinha...

Ouvimos uma voz estranha e uma mulher de meia idade se aproximou de nós
vendo o machucado de Susie, ela olhou para ela com compaixão e depois me
encarou.

- Você está bem? -ela pergunta para Susie que com confirma.

- Estou, foi só um acidente.


- Nossa, querida. Precisa limpar esse machucado, para sua sorte eu tenho
alguns curativos aqui.

Ela sorriu para Susie como se fosse amiga dela a anos e não uma
desconhecida que acabou de falar.

- Eu agradeço, senhora. Mas não precisa gastar seus curati...

- Bobagem! -a mulher de cabelos brancos andou até ela se sentando ao seu


lado e começou a mexer na bolsa.

Olhei para Susie que me encarou também e depois deu de ombros vendo a
minha cara, inacreditável!

- Você pode me ajudar? -a mulher pergunta para mim com os curativos em


mão e eu acabo acenando.

Me aproximei das duas e apoiei um joelho no chão pegando os curativos, a


mulher molhou a gaze com algum remédio depois que lavou o machucado de
Susie enquanto eu segurava vendo tudo o que ela fazia.

- Ajeite aqui, por favor -ela pediu para mim me entregando o band-aid de
joaninha e eu fiz o que ela pediu, por canto de olho via Susie com um
sorrisinho ridículo.

- Não torceu o tornozelo? -a mulher pergunta.

- Não, já chequei -respondo colocando o band-aid no machucado de Susie


suspirando.

- Oh -a mesma sorriu juntando as mãos- Seu namorado é muito prestativo.

- Não somos namorados -falo.

- Não? E o que são?

- Amigos -Susie responde e eu olho para ela que também me encara.

- Por que? -a mulher pergunta.


- Por nada, minha senhora. Agradecemos a ajuda -me levantei de novo e
estendi a mão para Susie- Precisamos ir.

Jones olhou para a mulher e se inclinou a dando um abraço em


agradecimento.

- Você é um anjo -ela diz e a mulher sorri envergonhada.

- Vão com Deus -ela diz e Susie segura minha mão para que eu possa ajuda-
la a levantar.

Ela fica de pé e eu ainda a seguro pela cintura até pararmos na frente da


bicicleta que tinha o guidão virado, olhei para o machucado dela e depois
para os seus olhos que estavam fixos na minha mão na sua cintura.

Limpei a garganta e a soltei lentamente deixando ela ficar de pé sozinha,


Susie olhou para mim e deu um sorriso pequeno.

Peguei a bicicleta do chão a deixando normal e apontei com a cabeça para


frente para que andemos ao o local de encontro, ela caminha devagar e eu
sigo seu ritmo levando a bicicleta.

- Cadê o capacete? -ela pergunta.

- Está na sua cabeça.

Ela toca na mesma e dá um sorriso sem graça, encarei a bicicleta vendo


como ela brilha, misericórdia para que tanto rosa?

- Eu sei que já agradeci mas...

- Tudo bem -a corto.

- Você não é muito educado com as pessoas.

A olhei com as sobrancelhas juntas e ela piscou algumas vezes desviando o


olhar.

- Como?
- Bom, é que você, as vezes, é grosso com as pessoas.

- Hum, você não se decide sobre mim -a encarei- As vezes sou mandão e
outras sou grosso com as pessoas a minha volta, pelo visto sou os dois.

Ela levou o indicador até o lábio inferior e olhou para frente, encarei seu
corpo vendo a camiseta lilás e a calça azul clara, eu via uma alça do sutiã a
mostra e o desenhos dos seios médio por baixo da camiseta. Suspirei e olhei
para frente novamente.

- O que será que está acontecendo? -pergunto depois de um tempo, ela me


olha.

- Como assim?

- Coisas estranhas estão acontecendo comigo e com você.

- Coisas estranhas já aconteciam antes, Nate.

- Você entendeu.

Ela suspirou cruzando os braços.

- Eu não sei, talvez seja a nossa vez.

- Nossa vez do quê? -pergunto confuso.

- De ter uma fase estranha, assim ficaremos amigos de fato.

Olhei para ela com uma sobrancelha erguida e ela deu de ombros, olhei para
o lado suspirando. Quando decidimos no quartinho da mansão pareceu mais
aceitável.

Bom, pelo menos ela parece mais confortável na minha presença, mesmo
tendo uns resquícios de nervosismo ela parece estar mais social comigo.

- Eu vi uma coisa alguns dias atrás -chamo sua atenção e ela olha para mim-
Eu estava parado no sinal quando você deu uma barra de chocolate para um
morador de rua.
Ela franziu o cenho no início mas depois pareceu lembrar.

- Roger, ele gosta bastante de chocolate -ela sorriu.

- O conhece a muito tempo?

- Alguns meses, tentei levá-lo para um abrigo mas ele sempre foge. Tem
alguns problemas mas não é um perigo para ninguém além dele mesmo -ela
parou de sorrir.

Continuamos andando um ao lado do outro.

- Você faz muito isso? -pergunto.

- Isso o quê?

- Ajudar as pessoas? -que porra de pergunta foi essa?

Ele me olhou em silêncio por uma eternidade e eu entendi que sim, não estou
surpreso na verdade. Parece ser do fétil dela ser amorosa, gentil, educada e
altruísta..., Susie é completamente o oposto de mim.

- Isso é muito bom da sua parte -falo e ela sorri de lado.

- Obrigada.

Desviei o olhar primeiro vendo o pessoal de longe meio que dançando, a


não ser Emily que parecia tentar dar estrelinhas. Ela não estava se saindo
muito bem.

- Você também ajuda pessoas -Susie diz.

A encarei vendo seus lábios entre os dentes e logo depois ela sorriu, puta
merda.

- Você me ajudou, isso conta, certo?

- Não precisa fazer isso.


- Não estou fazendo nada, apenas contando a verdade. Você que colocou o
band-aid de joaninha em mim -ela apontou para o calcanhar e eu sorri de
lado olhando para ele.

- Você já fez uma boa ação do dia, parabéns -ela tocou no meu braço e
desceu os olhos para sua mão limpando a garganta, Susie me encarou vendo
meu olhar fixo no seu e passou a língua nos lábios com o cenho franzido.

Ela tirou a mão do meu braço e desviou o olhar para frente parecendo tentar
se familiarizar com o que sentiu. Apertei o maxilar subindo com a bicicleta
na grama quando chegamos perto dos outros.

Quando olho para ela novamente a mesma está olhando para os pés
pensativa, apenas parei de encara-la porque ouvi as vozes da gangue vindo
da minha direção e Adam apontando o celular para mim.

- Modelo de perfume! Sobe na bicicleta, eu preciso bater uma foto e


emoldurar -Adam clicou na tela várias vezes batendo fotos minhas e eu
revirei os olhos.

- Vai ser o seu presente de aniversário -Peter deu uma batidinha no meu
ombro.

- Meu aniversário é em 10 meses, está longe -falo vendo as meninas se


aproximando de Susie que olhou para mim uma última vez antes de ter a
atenção roubada por Emily que tenta fazer uma estrelinha para ela e falha.

- Tudo bem? -Dylan toca no meu ombro.

- Sim -o encaro vendo os olhos verdes me analisando- Está tudo bem.

×××

Ninguém:
Ninguém mesmo:
Absolutamente ninguém:
Adam: Vou bater fotos desses momentos aleatórios.
Eles estão amigos ohhh que fofo...
Aí aí, o que planejo para o futuro dos dois não são coisas que amigos
fazem 😏. Amém.

Vote na história!!! Bixinha tá crescendo rápido, glória a Deux.

Posto outro capítulo?


Hum...

Beijos ❤ até sábado...ornah.


8° capítulo

Susie

- Primeira lição: Picar o tomilho.

Encarei o tomilho na minha frente sobre o balcão branco de cozinha e depois


encarei meu professor de culinária.

- Vamos aprender hoje a como fazer um frango assado com ervas, uma
receita fácil que eu tenho certeza que vão gostar -ele juntou as mãos e depois
deu um sorriso.

Meu professor era Lionel Betto, um grande cozinheiro da Espanha que


decidiu vir dar aulas na América, ele tinha um programa de culinária na
televisão mas não deu muito certo, não estava dando audiência.

Ele era talentoso, ajudava o quanto podia e aprendi várias receitas com ele.
Tenho uma certa admiração.

Na aula de hoje tem apenas 8 pessoas, com quatro bancadas brancas e duas
pessoas em cada. Eu simplesmente adoro vir para essas aulas, são divertidas
e sempre me deixam de bom humor, eu realmente gosto.

- Ele não está usando a camisa branca.

Ouço o sussurro da minha dupla e olho para Leya que estava uma carinha
triste por não estar vendo os músculos do professor.

- Que bom, isso significa que ele lava a roupa -digo e ela faz uma cara de
deboche vendo meu riso.

- Peguem o microfone para essa comediante! -aponta para mim e toco no seu
braço o abaixando, olhei em volta envergonhada sabendo que foi suficiente
para chamar atenção das pessoas.
Leya era a minha dupla desde que entrei nessa aula a alguns meses atrás, ela
é extrovertida e falante...e as vezes uma pervertida mas é sincera, inteligente
e adora jogar sinuca.

Se divorciou duas vezes e está a procura do novo amor que vai dominar seu
coração para sempre, achei extremamente romântico mas logo em seguida
ela disse que tinha que ser disposto na cama pelo menos, caso contrário vem
outro divórcio.

Ela tem uma pequena queda pelo professor, queda não, precipício. Tenta
chamar atenção dele de todas as maneiras possíveis mas Lionel nunca
demonstrou interesse.

- Você está muito fofa usando isso -ela diz me encarando dos pés a cabeça.

- Como assim?

Olhei para o meu look tocando na barra da saia listrada que tinha um palmo
acima do joelho e um moletom largo para me aquecer, meu cabelo estava
preso e eu tinha sapatos confortáveis nos pés.

- Está parecendo minha filha no colegial.

- Você tem uma filha?!

- Não, mas se tivesse, ela usaria isso -aponta para mim.

Revirei os olhos e coloquei meu avental enquanto ela fazia o mesmo, separei
o tomilho para cortarmos e Layla secava Lionel que estava falando com um
aluno no balcão de trás.

- Você acha que se eu convidar ele para sair, ele topa?

- Não sei, não custa tentar -respondo.

- Talvez ele não tenha entendido meus sinais, vou pergunta no final da aula -
ela bateu no coque do meu cabelo levemente.
- Será que não tem alguma regra da aula que não pode ter envolvimento com
o professor?

- Não estamos na escola, Susie. Já somos adultos -ela sorriu.

Dei de ombros e cortei o tomilho como Lionel tinha explicado antes, fiz
exatamente igual e voltei a ler o restante da receita no papel em cima da
bancada.

Peguei a laranja e a cortei no meio, dei as batatas para Leya que começou a
descascar, no meio da receita nós vimos Lionel se aproximando com a mãos
para trás analisando o que fazíamos.

Leya a olhava por canto de olho e eu apenas estava empenhada em preencher


o frango na minha frente colocando os ingredientes dentro.

- Quem cortou isso? -ele pergunta pegando o tomilho que eu havia cortado.

- Eu -respondo.

- Não está certo -diz e eu franzo o cenho.

- Cortei exatamente como me disse.

- Não, você picou em linha horizontal, não está certo. Tente de novo, Susie.

Peguei a faca perto de mim e peguei um novo tomilho, ouvi suas instruções
novamente e fiz o que ele estava dizendo, mas não fora suficiente.

- Você está picando, use mais força -diz no meu ouvido parando ao meu lado
pedindo licença a Leya.

- Mas é bem fino, como eu vou usar...

Ele pegou no meu braço parando meus movimentos e me ensinou como fazer,
até ele se locomover ficando atrás de mim manuseando minha mão com
movimentos leves mas fortes.
Senti sua respiração no meu pescoço e olhei para Leya ainda confusa com a
aproximação repentina dele, mas ela o encarava quase babando.

- Nada de horizontal, faça desse jeito -ele sussurra e eu balanço a cabeça.

- Ok, posso tentar agora -mexo meus ombros o afastando e ele sorri saindo
de trás de mim mas com as mãos nos meus braços.

- Tente, vai dar certo dessa vez.

- Obrigada -falo e ele acena saindo de perto de nós tocando no ombro de


Leya que sorriu dando um tchauzinho.

Assim que ele se afastou encarei Leya com uma sobrancelha erguida e ela
suspirou com um sorriso bobo.

Voltamos a seguir o restante da receita e ouvir Lionel que estava na frente da


turma dando instruções por fora.

(...)

Estava pegando minha bolsa do chão quando ouço o suspiro nervoso de Leya
ao meu lado, a encarei e logo entendi o nervosismo.

- Vou lá -diz.

Olhei para a porta da entrada vendo as pessoas indo embora ficando apenas
Lionel, Leya e eu na sala.

Coloquei as mãos nos seus ombros encarando seus olhos verdes e sorri de
lado.

- O pior que pode acontecer é ele dizer não, mas quem diria não para uma
mulher divertida e bonita como você? Só um chato -digo e ela sorri
apertando meu nariz, tirei sua mão rindo e ela alisou a roupa parecendo
decidida.

- Certo, hora do sho...


- Garotas?

Olhei por cima do ombro de Leya e ela arregalou os olhos me encarando, a


mesma virou ficando de frente para Lionel agora com uma expressão normal.

- Sim? -pergunto ajeitando a alça da minha bolsa.

- Eu estava indo tomar alguma coisa, queria perguntar se querem ir comigo,


por minha conta -ele abriu os braços- Beber sozinho é ruim.

- Bom, eu não bebo. Mas Leya tinha acabado de me dizer que estava com
vontade de se divertir um pouco -toquei nas costas de Leya que concordou o
encarando.

- Não precisa beber bebida alcoólica, Susie. Há a opção de suco -ele deu de
ombros.

- É verdade, conheço um restaurante aqui perto que é bem casual e


aconchegante -Leya diz e me encara com uma expressão de "venha comigo,
estou implorando", suspiro alto- Vamos?

Olhei para ele que estava de braços cruzados esperando minha resposta,
encarei Leya novamente que levantou as duas sobrancelhas em
questionamento.

- Tudo bem -falei e eles sorriram se encarando depois.

Depois de alguns minutos esperando eles pegarem suas coisas nós saímos do
prédio caminhando pelas ruas conversando sobre a única coisa que tínhamos
em comum: a culinária.

Leya nos falou o nome do restaurante e quanto precisaríamos andar para


chegar até ele, demorou apenas 5 minutos para chegarmos no lugar.

Escolhemos uma mesa localizada no meio do restaurante que tinha lustres


prateados no teto e a decoração dourada com preto, a mesa era quadrada e
Leya se sentou ao meu lado tendo Lionel na minha frente.
O cardápio foi entregue e eu escolhi uma Cherry Coke, os dois riram do meu
pedido e eu dei de ombros ansiosa pelo meu refrigerante. Ambos pediram
cervejas de marcas diferentes e a mulher que veio nos atender foi embora
com os pedidos anotados em um papel pequeno.

- E então, se conheceram na aula mesmo? -pergunta e Leya o responde.

Puxei as mangas do meu moletom para baixo cobrindo minhas mãos, e cruzei
a perna.

- E você, Lionel? Dá aulas a quanto tempo? -ela pergunta.

- 8 anos para ser exato, tive um programa de televisão mas não deu certo.

- Oh, sinto muito -ela diz e ele dá um sorriso pequeno.

- Audiência estava baixa, mas tudo bem. Se tivesse dado certo eu não daria
aulas para vocês duas -ele sorriu abertamente e eu desviei o olhar quando
nossas bebidas chegaram.

Me servi com o refrigerante colocando o líquido no copo de gelo e tomei


dois gole de uma vez, apoiei o cotovelo na mesa pesando no sorvete que irei
tomar depois de jantar, logo em seguida vou tomar banho de banheira e me
deitar para dormir, maneira perfeita de aproveitar minha folga.

- E você, Susie? -sai dos meus pensamentos e encarei Lionel.

- Desculpe, não entendi -falo.

- Perguntei se vocês estão namorando.

Levantei uma sobrancelha e olhei para Leya que não pareceu notar a
pergunta.

- Não -respondo.

- Não? Nossa -ele encarou meu rosto descendo para o meu busto e eu me
remexo na cadeira cruzando os braços.
- Susie é mais reservada, quase não fala sobre si mesma -Leya diz e eu a
encaro.

- Então você é a quieta -Lionel brinca.

- E eu sou a atentada -Leya diz e eu dou um sorriso pequeno.

- É uma boa combinação, de certa forma. Mas tinha pensando que Susie era a
mais atentada, talvez seja... -olhei para ele que colocou as mãos em cima da
mesa- Dizem que as pessoas calmas são as piores.

Ele sorriu para mim e eu continuei com a mesma expressão, agora olhando
para Leya que ria como se tivesse sido contado a piada do século.

- Não sou tão calma, as vezes me estresso com algumas coisas -digo.

- Tipo? -Leya pergunta.

- Quando bato meu dedão do pé, ou esqueço de comprar algo importante e


acabo tendo uma desentendimento em uma loja -dei de ombros pensando no
pacotinho de absorvente, acabei dando uma risada baixa.

- Isso parece uma história -Ela diz e sorri- Já quero ouvir.

- Também quero -ele fala.

Antes de eu dizer que era uma história chata o celular de Leya começou a
tocar sem parar, ela atendeu na quinta chamada e escutou a pessoa do outro
lado da linha.

Conforme ela ia escutando, ia fazendo umas caretas variadas e eu acabei não


entendendo nada, apenas quando ela se levantou pegando a bolsa da cadeira
e desligando o celular.

- Preciso ir, aconteceu um problema na casa dos meus pais -ela diz e eu
franzo o cenho.

- Está tudo bem com eles? -pergunto.


- Acho que sim, o alarme de incêndio disparou... já estão indo ver se eles
estão bem, eu preciso ir. Nos vemos depois.

Ela se afastou caminhando apressada para fora do restaurante e eu


seriamente pensei em segui-la mas já tinha a perdido de vista, bebi o resto
do meu refrigerante e olhei para Lionel que me encarava.

- Acho melhor deixar as bebidas para outro dia -digo.

- Ou, podemos continuar aqui -ele deu de ombros.

Lionel se levantou de onde estava e deu a volta na mesa se sentando ao meu


lado, limpei a garganta e olhei para ele que tocou no meu braço em cima da
mesa.

- Você é muito bonita, Susie.

Pisquei uma par de vezes.

- Obrigada -digo baixo.

- Queria falar isso para você desde o primeiro dia que te vi na minha aula,
mas não sabia como -ele sorriu- Espero não ter assustado você.

- Um pouco, quer dizer...é a primeira vez que conversamos fora da aula -


mexi meu braço tirando sua mão de cima dele.

- Entendo, mas queria falar isso para você. Achei a oportunidade perfeita.

- Eu agradeço o elogio, muito gentil da sua parte -olhei para os lados


sabendo do seu olhar estranho sobre mim- Mas eu acho que também está na
minha hora, você também deve estar cansando de ter dado tantas aulas hoje.

- Eu abro uma excessão para você -ele tocou na minha franja tirando um
pouco dos meus olhos.

- Lionel... -toquei na sua mão a afastando e ele continuou me encarando com


um divertimento no rosto.
- Quais são as chances de você aceitar sair comigo?

Caramba!
Não creio que ele está me perguntando isso.

- Eu não posso aceitar, Lionel -coloquei minhas duas mãos na mesa e tentei
me levantar mas ele me impediu tocando no meu ombro me fazendo sentar de
novo, o encarei com o cenho franzido.

- Por que exatamente?

Seus olhar além de questionável estava meio frustrado, ele parecia irritado
com a minha negação e rapidamente quis sair dali.

- Porque eu...

- Susie?

Não terminei de falar porque fui interrompida por uma voz, meu nervosismo
foi se acalmando quando olhei para o rosto conhecido.

×××

Último capítulo do dia! Ehhh ksksks terminei na melhor parte? Sinto


muito...dizem que eu tenho fama de fazer isso, eu não posso evitar 😪.

Vote e comente! Próximo capítulo no final de semana que vem ❤.

Até sábado, babys.


9° capítulo

Susie

Sorri aliviada por vê-lo ao meu lado com um sorriso cúmplice, seus olhos
foram para as mãos de Lionel no meu braço e depois para mim.

- Eu estava ligando para você, mas que bom que te encontrei.

Peter estendeu a mão e eu toquei na mesma deixando ele me ajudar a


levantar, seu braço rodeia meu ombro e nós dois olhamos para Lionel que
nos encarava confuso.

- Quem é você? -ele pergunta e Peter sorri de lado.

- O irmão dela, e eu tenho uma coisa aqui para você -Peter tirou um cartão
do paletó azul escuro e entregou a Lionel.

- O que é isso? -pergunta encarando o cartão branco.

- É de uma psicóloga, o tema é "Aprenda a importância da palavra não".


Acho que você precisa -Peter deu um sorriso debochado e eu olhei para ele
que ficou sério novamente me tirando de lá a passos rápidos.

Não olhei para trás e abracei Peter de volta apoiando minha cabeça no seu
ombro, tenho um carinho enorme por ele, a sensação de que sempre fico
segura com Peter por perto não me abandona, como se ele fosse o irmão
mais velho que nunca tive.

- Onde conheceu esse cara? -pergunta enquanto andamos pelo restaurante.

- Ele é meu professor de culinária -respondo olhando para ele.

- Bom, ele parece interessado em você e pelo visto... não vai parar de tentar
alguma coisa.

- Bom, eu não quero -digo voltando a olhar para frente.


Dobramos para a esquerda e minhas pernas quase param quando eu vejo
alguém de terno cinza perto de uma mesa redonda com toalha branca e taças
em cima dela.

Ele se virou com uma mão na cintura e a outra com o celular no ouvido, nos
encarou fixamente me fazendo engolir em seco.

Nathaniel disse mais algumas coisa para a outra pessoa do outro lado da
linha e eu olhei para o movimento da sua mão que saiu a cintura apenas para
entrar no bolso da calça social.

Quando chegamos na mesa eu me sentei na cadeira que Peter puxou para mim
e o vi sentar na cadeira ao meu lado, dei um sorriso pequeno para ele que
pegou o copo de whisky.

Desviei indo para Nate que agora estava de costas novamente com o braço
apoiado na vidraça do restaurante, olhei em volta vendo algumas mulheres
sentadas próximas o encarando provavelmente do mesmo jeito que eu estava.

Ele parecia um modelo, mesmo distraído e irritado...ele ficava bonito. Eu


conseguia até ouvir alguns suspiros quando ele passou a mão no cabelo preto
e se virou andando de volta para mesa guardando o celular no bolso.

Desviei o olhar rapidamente para ele ver que eu não estava o secando e
olhei para Peter que entregou o cardápio para mim depois de tê-lo olhado.

- Creio que ainda não tenha comido nada -ele diz.

- Não precisa, comerei em casa -digo.

- Já está de noite, jante, por favor -ele fez um biquinho enquanto Nate se
sentava na cadeira a minha frente.

- Tudo bem -pego o cardápio da sua mão e ele sorri de lado olhando para o
amigo.

- Resolveu? -Peter pergunta.

- Não, irei no prédio amanhã -Nate responde e me encara.


- Tudo bem? -ele pergunta e eu confirmo balançando a cabeça apenas, olhei
para o cardápio ciente de que ele ainda me encarava.

Li os pratos no cardápio procurando algo que me chamava atenção mas


estava mais empenhada a escutar a conversa do dos dois sobre mim.

- Dei o cartão da psicóloga para ele -Peter diz.

- Talvez ajude -Nate diz pegando a taça de vinho tinto.

- Por que sua amiga saiu antes, Susie?

Levantei a cabeça olhando para Peter.

- Acho que aconteceu algo com os pais dela, problemas no apartamento que
eles vivem -respondo.

- Esse cara já tinha dado em cima de você ante? -olhei para Nate que bebeu
um gole da sua bebida casualmente.

- Não, ele me pegou desprevenida -digo descendo os olhos pelo seu nariz e
maxilar bem definido parando nos seus lábios que se apertam um no outro.

Meu Deus, estou o encarando como uma lunática.

- Peter viu na hora que ele a puxou para sentar de novo -Nate olhou para o
meu braço e subiu para a minha franja com o habitual olhar sério.

- Está tudo bem com você, isso que importa. Já escolheu o que comer? -
desviei o olhar para Peter saindo da minha troca de olhares com Nate e
confirmo.

- Sim, o camarão -digo e ele concorda chamando o garçom.

Fechei o cardápio e entreguei ao garçom que o pediu, ele o coloca embaixo


do braço e anota o que eu disse se afastando em seguida.

- Então, não sabia que fazia aulas de culinária -Peter se encostou na cadeira
apoiando os braços na mesma.
- Sim, já tem alguns meses. Gosto de cozinhar.

- Eu odeio -Peter diz e sorri de lado- Emily apenas não sabe.

Ri baixo.

- Ela faz um bom...-entre abri os lábios tentando pensar em algo que ela
saiba fazer- Suco.

Peter riu negando e Nate sorriu de lado afrouxando a gravata.

- Última vez que tomei um suco feito por Emily, deixei de ir a empresa por
dois dias -Peter fala e nós dois fizemos uma expressão inacreditável.

- Ela é pior que Dylan então? -Nate pergunta.

- Qual é, ninguém é pior que Dylan -Peter diz e Nate concorda com a cabeça.

- E você? -pergunto e eu rapidamente percebo meu impulso, Nate me encara


e semi cerra os olhos por pouquíssimos segundos.

- Não sou bom na cozinha -responde.

- Não gosta ou não tem tempo para praticar?

- Não gosto -me responde de novo.

- Por que não?

Cadê o botão para parar essas perguntas desenfreadas? Desde quando sou
tão curiosa?
Desde sempre na verdade -diz meu subconsciente.

- Porque não sou bom fazendo isso.

- Então, você não faz o que não é bom fazendo?

- Sim.
- Como vai se superar assim?

Ele entre abriu os lábios para responder mas os fechou me encarando com o
cenho franzido, levei o indicador para o meu lábio inferior e o esfreguei por
alguns segundos enquanto ele me olhava com a expressão calma.

Ele não me respondeu mais e olhou para Peter quando ele se levantou
mexendo no celular.

- Tenho que ir para casa -Peter olhou para nós dois e ouvimos o celular
apitar de novo- Emily precisa de mim para fazer uma coisa.

- Um bebê? -Nate pergunta e Peter finge rir.

- Idiota -ele resmunga e vem até mim dando um beijo rápido na minha
cabeça- Quer um beijinho também? -pergunta a Nate que balança a mão
negando.

- Tudo o que pedir, já estará automaticamente pago -Peter diz para mim-
Pode comer o que quiser, vejo os dois no sábado.

Ele saiu perto de nós quase correndo, e puxei ar para os meus pulmões
sabendo que tinha ficado sozinha com Nate, de novo.
O encarei quando virei o rosto e apoiei as mãos na mesa.

- O que tem sábado? -pergunto.

- Monica e Gregório tem um aviso para nos dar no sábado.

- Sabe do que se trata?

- Não, mas o aniversário dela está perto. Deve ser algo relacionado a isso -
ele explica e nós dois olhamos para o garçom que se aproxima deixando o
prato a minha frente, agradeço e ele se vai depois que peço algo para beber.

- Como está seu pé? -ele pergunta olhando para os lados casualmente se
encostando da cadeira.

- Meu pé?
- Sim, o machucado.

- Oh, ele está melhor a cada dia -peguei um camarão com o garfo e pus na
boca experimentando o sabor gostoso que ele tinha.

- Está bom?

O encarei vendo seus olhos na minha boca subindo para os meus.

- Sim, você quer? -apontei e ele negou desviando o olhar para o lado.

Continuei comendo em silêncio enquanto ele parecia pensativo e hesitante na


minha presença, peguei o guardanapo do meu colo e limpei minha boca
vendo ele apoiar os cotovelos na mesa e me encarar.

- Eu quero lhe fazer um pedido.

Ele passou a mão na barba rala quando viu minha expressão desconfiada e
depois se ajeitou na cadeira.

- Preciso agradar uma pessoa, só que não tenho ideia de como fazer isso. Já
que você faz isso com muita frequência...

- Ser gentil com as pessoas? -levantei uma sobrancelha e ele suspirou.

- Agradar as pessoas.

- Não agrado tanta gente como pensa, Nate.

- Eu discordo, parece que qualquer pessoa que põe os olhos em você já


sente empatia -ele apontou para mim- Aquela mulher do parque é uma prova.

- Ela só ajudou -dei de ombros.

- Uma pessoa que ela desconhece, hoje em dia, quase ninguém faz mais isso.
O medo do próprio ser humano é maior, Susie.

Passei a língua nos lábios e deixei o garfo no prato.


- Você é muito desconfiado.

- Eu tenho que ser.

- Por quê?

- Porque eu me acostumei a ser assim, nada vai mudar isso. E acredite, é


melhor desse jeito.

- Eu não consigo concordar com você, ainda acredito na humanidade. Ainda


acredito que as pessoas ajudam apenas por ajudar, sem querer nada em troca
-ele riu.

- Você acredita nisso?

- Sim -levantei o queixo e ele se inclinou para frente me olhando com uma
expressão divertida mas intensa, apenas Nathaniel conseguia fazer isso, entre
abri os lábios com exatamente esse olhar em cima de mim.

- Não vá ficar com medo no futuro se a humanidade surpreender você.

Engoli em seco tendo seus olhos pretos sobre os meus, Nate me encarou por
vários segundos em silêncio enquanto eu pensava em tantas coisas ao mesmo
tempo que não conseguia organizar nada, ele sempre faz isso comigo, sempre
faz minha mente ficar um turbilhão.

- Do que você precisa, Nathaniel?

Ele piscou um par de vezes e deixou de ficar inclinado encostando-se na


cadeira, deixou um braço apoiado na mesma e o outro sobre a própria perna.

- Preciso que essa pessoa aceite fechar negócio comigo, e geralmente, se


bajula. Mas ele não gosta de presentes superficiais, provavelmente quer algo
que o agrade mais do que uma caixa de charutos.

- Talvez ele queira algo que envolva seu lazer, talvez queira que você saiba
o que ele faz...e também tem a possibilidade dele estar testando você.

Ele franziu o cenho.


- O que ele gosta de fazer, você sabe? -pergunto.

- Golfe.

- Compre algo relacionado, e se possível tente fazer algo especial com isso -
sorri quando ele fez uma expressão engraçada de deboche.

- Certo, sei o que fazer -diz pegando a taça de cima da mesa e eu voltei a
comer.

- Precisa muito fechar negócio com ele?

- Sim.

- Estou vendo -comi o restante do camarão.

Sentia ele me encarando quando botou a taça de volta na mesa.

- Obrigado -ele diz e eu o encaro.

- De nada, Nate -sorri e ele retribuiu com um sorriso minúsculo.

Bebi um gole da minha bebida e depois de alguns minutos eu tinha acabado


minha refeição, não pedi sobremesa quando o garçom me ofereceu e só
queria ir para casa.

- Obrigada por me acompanhar na refeição -me levantei colocando minha


bolsa no ombro- Nos vemos no sábado.

- Aonde vai?

- Para casa.

- Eu levo você.

Dei um riso nervoso.

- Não precisa, imagino que esteja casando do dia.


- Peter me encheria o saco se soubesse que deixei ir sozinha para casa a essa
hora da noite.

- São só 20:00.

- Você está em Nova York -ele se levantou da cadeira abotoando o terno.

Sempre imaginei que as NY era um cidade tranquila como se passa nos


filmes, mas morando aqui, eu percebo que 60% disso é mentira.

Ele apontou para a porta com a mão e eu me virei ficando de costas para ele
começando a caminhar pelo restaurante ciente de que Nate está atrás de mim.

Do lado de fora do restaurante eu parei na calçada esperando ele me


alcançar, olhei para trás e o vi dando uma nota para a recepcionista que
entregou uma folha de papel pequeno, quando ele colocou no bolso do paletó
eu vi os números escritos de uma forma grande.

Voltei a olhar para frente e cruzei os braços com a brisa fria que me atingiu,
encarei o céu procurando alguma estrela mas não tinha nenhuma.

- Venha.

Senti uma mão no meu braço e olhei para ele que me puxou guiando-me até o
sue carro um pouco mais a frente, encarei sua mão no meu braço e mordi o
lábio tentando ignorar a sensação ainda não clara para mim.

Nate me solta e dá a volta entrando no carro branco, abri a porta do mesmo e


entrei em seguida colocando minha bolsa no meu colo. Fechei a porta e pus o
cinto logo depois.

O caminho foi feito em silêncio e eu até agradeci por não morar tão longe de
onde estávamos, o encarava as vezes e a imagem dele dirigindo me lembrou
a noite em que ele me trouxe para casa e o quanto fiquei pensando nisso nos
4 dias seguintes.

O carro parou na frente do meu prédio e eu me assustei quando ouvi um


trovão, acabei batendo meu cotovelo e fiz uma careta resmungando.
Ouvi um riso baixo e olhei para Nate que tinha o braço apoiado na porta. Fiz
uma careta para ele que parou de rir mordendo o lábio.

- Recomendo que entre antes que caia essa chuva -diz.

- Obrigada por me trazer.

Ele concordou antes de eu sair do carro e correr em direção ao meu prédio


quando sinto algumas gotas de chuva na minha cabeça.

×××

Então...e aí? Hehehe mais um capítulo hoje? Hum...a sorte é que eu


estou mais em casa ultimamente. Escrevo sempre que consigo.

Vote e comente!!! E siga o perfil do Instagram que eu criei! O link está


no meu perfil.

Beijos, babys ❤.
10° capítulo

Susie

Puxei o zíper da minha bota para cima e admirei o par preto que me foi dado
de presente no natal, o último que passei com a minha mãe.

Dei um sorrisinho lembrando como ela comia tantos biscoitos e sempre


reclamava que não estava bom o suficiente, mas não parava de comer.

São apenas lembranças felizes que guardo dela, as imagens dela debilitada
no hospital são forçadas ao esquecimento pelo meu subconsciente.

Eu acho melhor assim.

Peguei tudo o que era necessário colocando na minha bolsa e saí do meu
apartamento indo na direção do elevador.

Hoje era sexta feira dia de encontrar as meninas para um lanche da tarde no
apartamento de Rubi, como sempre fazemos nas sextas.

Saio do prédio acenando com a mão para o porteiro que fez um coração para
mim, acho que ele esqueceu o impulso que tive ao apertar sua mão, menos
mal.

Caminhei pelas ruas geladas e céu nublado dando uma áurea sombria a
cidade, pessoas tentando se aquecer com tudo o que tinham. Eu usava apenas
luvas e um casaco com cachecol preto, nas pernas uma calça de algodão
estilosa e nos pés uma bota preta.

Passei na frente de um homem que estava no chão segurando uma placa,


antes de seguir meu caminho deixei um trocado para que tome café quente,
era o que ele pedia já que estava escrito na placa.

Com o aceno de cabeça em agradecimento eu continuei andando colocando


minhas mãos dentro do casaco, suspirei sentindo a ponta no meu nariz
gelado.
Ia atrás de um ponto de ônibus mais próximo rezando para a chuva que
ameaçava cair não o fizesse de fato.

Desviei de uma árvore seguindo caminho reto mas acabei tropeçando sem
querer por uma ponta de calçada mal feita que não tinha visto, fui um pouco
para frente mas me segurei na janela de um prédio, fiz uma careta devido o
baque dos meus dedinhos e olhei para o lado quando percebi uma garotinha
me encarando pela janela.

Olhei para ela que tinha um óculos da Barbie no rosto e a franja descendo
pelo testa ficando um pouco acima dos olhos, ela sorriu para mim e eu sorri
de volta quando ela pôs a mão no mesmo lugar que a minha estava apoiada,
virei de frente para a janela e assopro fazendo-a a mesma embaçar.

Fiz uma careta e escrevi um "Oi" em seguida, ela assoprou também


respondendo. Sorri novamente dando um tchauzinho, ela balança a cabeça
fazendo um movimento com a mão me chamando para dentro.

- Eu tenho que ir -apontei para frente querendo que ela entendesse.

Mas ela me chamou novamente com um sorriso tão doce que eu não consegui
recusar, quando ela balança o coelhinho em suas mãos entendi que ela queria
alguém para brincar.

- Vem -posso ler seus lábios entendendo o que ela queria, mostrei minha
palma pedindo para que esperasse.

Olhei para cima vendo um prédio enorme! Estava escrito Balis bem no topo,
e o arrepio no meu corpo me fez estremecer quando passei pela porta da
frente depois que a empurrei.

Meus olhos varrem o lugar tranquilamente vendo seguranças por toda parte e
do lado duas portas brancas abertas com uma recepção linda atrás delas,
mesas e pessoas circulando com bebidas e algumas com pratinhos de
comida, parecia algum tipo de confraternização.

De longe vi a menina de cabelos pretos balançando a mão para mim me


chamando, sorri de lado e andei até ela. Fui me aproximando mais e mais até
parar na porta mas algumas pessoas passaram na frente e eu acabei a
perdendo de vista.

Por um momento imaginei estar vendo coisas que não existem e não tem
garotinha nenhum me chamando, quase começo a rezar enquanto andava pelo
local vendo pessoas totalmente desconhecidas.

Distraída o suficiente eu acabei batendo meu quadril em um piano preto e


resmunguei pondo a mão na boca para não soar muito alto, senti até lágrimas
nos meus olhos.

- Com licença?

Virei o rosto para o lado mordendo meu lábio inferior.

- Você é Paige Fortune?

- Eu na...

- Ótimo! -a mulher loira bateu uma palma e levantou as mãos para cima, em
seguida pôs os dedos em uma espécie de fone no ouvido- Ela chegou
finalmente! Vamos começar.

Ela diz normalmente e eu tento me apressar para dizer que está havendo um
engano, mas ela me puxa pelo braço nos fazendo rodear o piano, dei um
gritinho de susto quando ela me fez sentar no banco e encarar as teclas
brancas.

- Está havendo um engano -a encaro e ela tira uma prancheta debaixo do


braço.

- Qual?

- Eu não sou a Paige -digo.

- Você toca?

- Hum...sim, mas...
- Você pode ser a Paige a partir de agora? Quebre esse galho -ela sorriu e
pegou uma taça de champanhe na hora que o garçom passou, tirou um garfo
do bolso e chamou atenção quando juntou os dois objetos.

- Desculpe! -ela diz com um sorriso brilhante- Nossa homenagem chegou, a


você, presidente, que tanto admiramos e desejamos todos os dias que se
supere.

Presidente dos Estados Unidos??


Claro que não né, Jones -dou um risinho do meu subconsciente.

- Viva a família Balis

Todos apontaram as taças na direção do homem e a mulher que estavam um


do lado do outro sem esbanjar muita familiaridade, quando olhei para baixo
enxerguei a menina que tinha acenado para mim apoiada na mulher
segurando o coelhinho com um sorriso.

- A pianista preparou algo especial, nós da empresa esperamos que agrade a


você -a mulher loira sorriu para ele que acenou com a cabeça parecendo
simpático.

O homem tinha uma barba não muito rala e grandes olhos castanhos, traços
fortes no rosto com sobrancelhas grossas mas com olhos tão doces, parecia
ser um homem bom.

A mulher loira apontou para mim e saiu da minha frente deixando


absolutamente todo mundo me encarando! Eu fiquei estática sem conseguir
me mexer por pelo menos 15 segundos, tempo suficiente para as pessoas
conseguirem cochichar para saber se eu estava bem ou não.

Eu não estava!
Meu coração batia freneticamente e parecia que eu ia vomitar.

- Faça alguma coisa... -ouço o sussurro da mulher loira e saio do meu transe
olhando para ela e depois para o piano.
Certo, eu posso fazer isso.
Eu pratico sempre que posso, sei o que fazer.

Me ajeitei no banco e fechei os olhos imaginando estar sozinha nessa sala


cheia de gente, respirei fundo e tirei as luvas uma cada vez pesando no que
tocaria.

Elas foram tiradas de mim e foi quando abri os olhos vendo a menina ao meu
lado segurando meu par de luvas, ela sorriu me incentivando e eu olhei para
as teclas sabendo perfeitamente o que tocaria.

Meus dedos da mão esquerda foram os primeiros a sentirem as teclas macias


e isso me fez sorri de lado conseguindo minha total concentração.

A melodia de Amélie ecoa pelo ambiente e relaxo completamente me


deixando levar como sempre acontece, meus dedos se mexem com mais
agilidade a medida que vou intensificando a tocar "Comptine d'Un Autre Été.

Puxei ar para os meus pulmões com os olhos fixos nas teclas, tocar me levou
de volta a Chicago, a casa humilde que morei com minha mãe e o quanto eu
adorava quando ela tocava esse música para mim no piano da casa de seus
patrões. Esse com certeza é a melhor lembrança que tenho dela.

Me lembro dos cabelos castanhos caindo sobre seus ombros e o sorriso no


meu rosto com um laço azul na cabeça, ao seu lado tentando seguir o seu
ritmo rápido, minha mãe era simplesmente esplêndida no piano...jamais
chegarei aos seus pés.

Sem perceber eu senti uma lágrima solitária descendo pelo meu rosto, eu
estava tão envolvida na melodia e nas lembranças que o piano me traz que
quase fiquei alheia a algo que rapidamente incendiou meu corpo.

Eu não podia ver, mas eu conseguia sentir. O calafrio e o nervoso pareciam


ser as emoções principais. Eu não as entendia no momento, eu pensei que já
tinha ficado mais tranquila com as pessoas me olhando mas...

O calor nas minhas costas subindo pela minha nuca e descendo pelos braços,
eu sabia que um olhar me encarava tão profundamente que atravessava meu
corpo, eu podia sentir e eu sei que ele também sentia.

Suspirei novamente terminando de tocar com graciosidade e olhei para a


última tecla antes de tocá-la encerrando a música. Fiquei parada imersa no
olhar intenso que eu ainda sentia mas tudo foi para os ares quando ouvi
vários aplausos tomando conta do local.

Pisquei um par de vezes e soltei a respiração que não tinha percebido que
estava segurando, tirei as mãos do piano e olhei para as pessoas que sorriam
para mim elevando o barulho das palmas.

- Você toca muito bem -ouvi a voz da menina que me entregou as luvas e eu
sorri para ela.

- Obrigada, me chamo Susie -digo e ela estende a mão.

- Sou Viola -ela diz quando eu aperto sua mão pequena, Viola aparenta ter no
máximo 10 anos.

- Olha em que você me pôs, eu ia apenas brincar com você -digo e ela
sorriu.

- Desculpe, mas que bom que se apresentou.

- Como é seu nome? -ouço a voz da mulher loira e me levanto colocando as


luvas novamente.

- Susie Jones -digo.

- Você...foi incrível. Meus chefes querem saber se você está apta para tocar
aqui toda quarta a tarde.

Entre abro a boca.

- Oh... -coloquei uma mecha do meu cabelo para trás.

- Pagamos bem, e é só uma apresentação rápida que a empresa oferece para


por semana. É basicamente para a caridade -ela diz ansiosa pela minha
resposta.
- Somente as quartas? -pergunto.

- Somente as quartas -ela levantou uma mão em juramento.

- Tudo bem -falo e ela sorri animada pegando um cartão da prancheta- Me


ligue e nós iremos resolver sua contratação.

Sorri pegando o cartão de sua mão e sinceramente, eu me senti ótima com a


idéia de tocar aqui uma vez na semana. Terei um piano de verdade para
praticar.

- Você pode tocar outra coisa? -sinto a mão pequena no meu braço e olho
para Viola.

- Eu não posso -toquei na sua mão- Eu tenho que ir embora, já estou


atrasada.

- Tudo bem -ela deu de ombros e acenou indo de volta para perto dos seus
pais que estavam conversando com um grupo de pessoas.

- Me ligue, Susie Jones. Não esqueça -a mulher loira aponta para mim antes
de sair de perto.

Olhei para o cartão vendo o nome da empresa e levantei o olhar na


esperança de encontrar o olhar intenso que esteve sobre mim metade da
música.

Mas não tive sucesso.

×××

Humm...
É apenas o que eu digo kskskks.

Obrigado por ler, baby. Toma um coração: "❤ ". E quero agradecer as
mais de 200 mil leituras no livro que foi apagado mas voltou, amém!
Obrigada de verdade.

Até amanhã, kisses .


11° capítulo

Nate

Sábado...

- Me dá dois motivos para não bater na sua cara!

Levantei uma sobrancelha antes de levar o meu corpo de whisky até os


lábios.

- Um, você não tem essa coragem e dois -apontei para o loiro- Eu que vou
bater você.

- Jesus Cristo, tô todo arrepiado -Adam abraça o próprio corpo e eu reviro


os olhos depois de encarar o rosto puto de Dylan.

- Você devia ter consultado a gente, Nathaniel -Dylan coloca as mãos na


cintura.

- Eu falei para você -me defendo.

- Mas não falou para mim! -Adam cruzou os braços- Eu ainda sou um
Venturelli, não sou?

Suspirei bebendo o restante do líquido, obviamente estou em conflito com a


minha própria família. E o problema ainda é Simon Balis, consegui dobrar o
cara um pouco e fazê-lo nós odiar uns 15% menos. Graças ao conselho de
Jones, fui até sua empresa ontem e entreguei o presente bem elaborado.

- Escutem, eu não fechei nenhum negócio...ainda. Estou comunicando que a


empresa que eu gerencio fará um acordo com ele se necessário -me levantei
da cadeira do escritório da mansão pondo as duas mãos na mesa a minha
frente- Queiram vocês ou não.

Eles ficam me olhando em silêncio, Dylan coloca as mãos no bolso e Adam


aperta o maxilar.
- Mas é um filha da puta mesmo -Adam reclama.

- Qual é, Adam! -bati na mesa- Você é muito mais inteligente que Dylan,
pensei que me apoiaria.

- Como é? -Dylan cruza os braços dramaticamente.

- Eu entendo o seu medo, Nate. Se não pode contra eles...se junte a eles -
acenei- Mas eu não sei se você sabe, Kevin deixou nossa empresa em
Chicago -juntei as sobrancelhas.

- O quê? -olhei para Dylan que suspirou acenando.

- Ele traiu Filipe, e o mesmo expulsou Kevin da empresa. O que foi perfeito,
acho que era o que Kevin queria mas em compensação...

- Ele vai ficar contra nós -Adam completa o irmão.

- Por isso, estamos preocupados com o que você quer e vai fazer. Tudo
precisa ser pensado -Dylan puxa as mangas da camisa social preta para
cima.

- Era só o que me faltava -sussurro.

- Você precisa ser o calculista filha da mãe de sempre -Adam passou o


indicador na sobrancelha.

- Onde Kevin está agora? -pergunto.

- Não fazemos idéia -Dylan responde- Mas o cara me ama tanto que
provavelmente vai aparecer de madrugada para me ver dormir.

Adam sorriu.

- Ele é bem obcecado por você -Bell diz.

- Por todos nós, não duvido que queria ver a família caindo...mesmo que ele
tenha o mesmo nome -Dylan fala enquanto Adam e eu concordamos de
imediato.
Tenho muitos problemas, não quero Kevin Venturelli me atrapalhando. Deus
queira que ele não o faça.

- Preciso saber mais sobr...-eu dizia antes de ser interrompidos.

Ouvimos uma batida na porta e nós três vimos quando Monica colocou
apenas a cabeça para nos encarar.

- Todos para a sala de jantar, agora!

- Sim, senhora -falamos ao mesmo tempo e ela riu.

- Pau mandados -ela disse baixo.

- Calma aí, coroa -Adam diz e Dylan coloca as mãos no rosto quando a porta
é aberta com força, segundos depois Monica passa por ela andando na
direção do loiro que deu um sorriso nervoso.

- Você me chamou de que, Drew? -ela pergunta batendo nele com um leque.

- Aí, mãe! Porra, não falei nada -ele resmunga quando ela bate na cabeça
dele.

- Mais forte -digo em uma forma de tosse e Dylan se diverte vendo a mãe
batendo no filho mais novo.

- Aí, meu olho! -Adam coloca as mãos no rosto e Monica para de bater
finalmente ajeitando o terninho cinza que usava, em seguida dá um sorriso
doce.

- Vamos -diz e dá as costas passando pela porta primeiro, olhei para os dois.

- Só não vou ficar com raiva porque é aniversário dela está perto -Adam
resmunga com uma mão no olho esquerdo e Dylan finge acreditar o levando
pelo ombro.

Balancei a cabeça sorrindo de lado e peguei meu celular da mesa pondo no


bolso, desfiz o botão do terno cinza e caminhei para fora junto dos dois.
Monica estava completando 53 anos...bom, foi o que ela pediu para
dizermos se alguém perguntasse. Obviamente é mentira, mas convenceu a
todos a responderem isso.

O resto estava na sala de jantar experimentando as comidas deliciosas,


fomos para lá rapidamente vendo o enorme bolo feito de chocolate com
morango como sobremesa.

Adam e Dylan foram para perto da esposa e dos filhos e eu fui para uma das
cadeiras vazias, olhei em volta vendo os rostos conhecidos e peguei a taça
que Emily me ofereceu.

- Toma, vai que adocica sua vida -ela diz e eu encaro o vinho branco.

- Gosto da minha vida assim -digo e ela ri alto.

- Tá bom -ela deu um tapinha no meu ombro como se eu tivesse contado algo
inacreditável.

- Cadê minha franjinha?

Ouvi a voz de Rubi que tinha Maia no colo balançando sem parar, os outros
estavam no carrinho perto de Adam que fazia cosquinha neles.

- Deve estar com Eric -Lisa responde e eu franzo o cenho.

- Oh, é verdade. Os dois são ótimos -Emy riu junto a Lisa e Rubi.

Peguei o guardanapo na mesa querendo não ouvir a conversa sobre...sabe


Deus quem seja Eric mas é claro que eu não conseguiria, eu estava na mesa.

- Eles são namorados? -Adam pergunta e eu levanto o olhar para ele mas
desvio quando sinto a mão de Emy no meu cabelo.

- Sei que queria perguntar isso tanto quer não prestar atenção na conversa -
ela sussurra para mim e eu faço uma careta.

- Você está maluca -falo e ela sorri.


- Você é o maluco aqui, modelo de perfume -ela pisca- Só precisa entender o
contexto.

- Não, ela visita ele quase sempre na casa de repouso. Os dois são ótimos
amigos -Lisa responde e eu afasto a mão de Emily do meu cabelo.

Casa de repouso?
Tá de sacanagem, não é possível que Susie seja a porra de uma santa.

- Ela deve estar chegando -Monica diz se sentando na cadeira perto de


Gregório.

Senti meu celular vibrar no bolso e o tirei desbloqueando a tela rapidamente,


entrei na caixa de e-mails vendo uma de Mirelle e me atentei na mesma hora.

"Venturelli, Nathaniel.

O relatório semanal que me pediu, chefe. Sua empresa cresce a cada


dia...graças a mim é claro. E há coisas que precisam da sua confirmação,
como uma mera mortal não posso fazer tal coisa...ainda. Vai que acontece
algo ruim...e eu tenha de ficar no seu lugar...

Algo de se pensar né? Calma, estou brincando.

Segue anexo:"

Logo embaixo o relatório da minha empresa, Mirelle De Luca é a pessoa que


comanda a minha empresa na Itália durante a minha ausência, a mulher é o
meu braço direito quando estou fora do meu lugar natal. Além de
competente, é a melhor CEO que eu já encontrei durante toda a minha
carreira nos negócios.

Nos conhecemos na faculdade e rapidamente nos tornamos amigos, a mulher


é simplesmente brilhante. Nunca abaixa a cabeça, mesmo sofrendo ataques
racistas e piadas ridículas sobre onde deve ou não estar atuando na minha
empresa.

Ela é meus olhos e ouvidos, provavelmente a única mulher que tem a minha
confiança atualmente.
Respondi o e-mail que tinha uma pitada de humor e guardei o celular quando
percebi a cadeira ao meu lado ser puxada e alguns pingos de água cair no
meu terno.

- Desculpe o atraso -ouço a voz de Susie e olho para ela que está tirando o
casaco molhado e pondo suas coisas no chão perto da cadeira.

- Você está ensopada -Monica diz a encarando e depois chama uma mulher
loira pedindo toalhas.

- Eu peguei um pouco de chuva andando do portão para cá -Susie explica


tirando o cachecol verde mostrando apenas a blusa cinza molhada...bem...
bem justa.

- Você precisa parar de pegar chuva, vai gripar qualquer dia desses -Emy
briga com ela que se sentou ao meu lado esfregando as mãos em seus braços,
olhei o movimento subindo pelos mesmos parando nas gotas que desciam
pelo seu pescoço e peito entrando no decote pequeno.

Quando olhei em seus olhos ela já olhava para mim com uma expressão
interrogativa, claro, estou olhando para ela como se fosse morde-la. Puta
merda.

Apenas desviei quando a toalha foi posta sobre seus ombros pela mulher
loira e Susie a encarou dando um sorriso em agradecimento, encarei a taça
que havia posto em cima da mesa e a peguei dando um gole.

Olhei para o lado e me deparei com o sorriso ridículo de Brooks, revirei os


olhos.

- Está melhor? -Peter pergunta a Susie que confirma com a cabeça dando um
sorriso pequeno.

- Devia andar com uma guarda chuva -Gregório fala.

- Usa o chifre do Dylan -Adam resmunga.

- O do Peter é maior -Dylan rebate e Peter abre os braços irritado.


- Idiotas -sussurro.

- Vocês estão sempre se atacando, que coisa estranha -Gregório franze o


cenho com uma expressão insatisfeita.

- Certo, vamos ao que interessa -Monica se levanta apoiando as mãos na


mesa- Como sabem, meu aniversário de 21 é hoje.

Balançamos a cabeça confirmando, obviamente.

- A festa será daqui a pouco, mas a comemoração oficial será apenas com
vocês. As pessoas próximas que sempre estão aqui -ela sorriu juntando as
mãos- Então... Gregório e eu compramos um navio!

Ouvi um engasgo e olhei para o lado vendo Susie por a mão na boca
tossindo de leve, ela me encara e passa a costa da mão na boca, encarei os
lábios entre abertos e fechei a expressão voltando a encarar Monica.

- Parabéns? -Adam pergunta.

- O que isso significa? -Dylan pergunta.

- Significa que...vou fazer uma viagem para Bahamas! -Monica bateu


palmas- E quero que vocês venham comigo, meus convidados!!

Abrimos a boca em um silêncio tão forte que se podia ouvia os dedos da


Lisa se esfregando um no outro em cima da mesa.

- Hum...como é? -Adam coça a barba rala.

- Embarcamos amanhã, serão seis dias de pura aventura. Já me informei e


não tem problema para os trigêmeos e muito menos para Danny.

- Mãe...-Dylan se vira para ela na cadeira- Você não pode nos informar uma
coisa assim em cima da hora.

- Temos trabalho, Dona Monica -Adam diz.


- Trabalho? Vocês praticamente trabalham todos interlihados -ela aponta
para nós que nos encaramos pensando nisso pela primeira vez.

- Cristo -Peter diz coçando a testa sabendo que ela está certa.

- Mesmo assim, como vamos nos programar para ir a Bahamas em menos de


um dia? -Dylan cruza os braços e olha para a esposa.

- Eu quero ir -Lisa diz e dá de ombros- Vai ser divertido.

- Tem certeza, baby? Danny pode ficar enjoado e você também...eu que vou
sofrer as consequências -ele faz uma cara de cachorro abandonado.

- Oh, tadinho -Lisa passa a mão no rosto dele- Então fica, eu vou com Danny.

Adam riu alto e Peter bateu no braço dele dizendo "Shiu".

- Ha ha ha não -Dylan encara a mãe- Nós vamos.

- Emy? -Peter pergunta para a esposa que para de comer o mousse de


chocolate e levanta a mão no ar, Peter bate e depois olha para Monica-
Também vamos.

- Princesa...tenho medo de navios -Adam diz e Rubi faz uma cara de


deboche.

- Eu te amarro naquele negócio de madeira e você a viagem toda fora do


navio pendurado -Rubi fala e Adam olha para nós com um sorriso forçado.

- O homem mais sortudo eu diria -ele debocha.

- Vamos, Venturelli. Não seja medroso! -Gregório bate no braço de Adam


que depois de segundos acaba concordando.

Todos os olhos caíram em mim e Susie que quase foi para baixo na mesa,
olhei para ela esperando que falasse primeiro.

- Susie? -Rubi pergunta e a mesma passa a toalha na bochecha.


- São...seis dias? -ela pergunta e Monica confirma.

- Sim, visitaremos praias, hotéis, ótimos restaurantes e todo o entretenimento


do navio. Vai ser incrível -ela fala animada e Susie sorri de lado.

- Eu acho que...tudo bem -ela fala olhando para as meninas que sorriram
piscando umas para as outras.

- Nathaniel? -Gregório me chama e eu me ajeito na cadeira.

- Não posso -falo e Monica cruza os braços tristonha- Preciso ir a Itália,


minha viagem está marcada para amanhã.

Não é mentira, terei de ir a Itália amanhã.

- Não pode deixar para o próximo final de semana? É meu aniversário -


Monica se balançou de um lado para o outro com um biquinho.

- Eu sei, tia. Mas eu preciso resolver algumas coisas das empresas, sinto
muito -falo me referindo a Kevin e Simon totalmente preocupado, os
meninos me olham como se fossem me matar.

- Tudo bem -ela diz e olha para os outros- Ele vai perder toda a diversão
mesmo.

Os outros deram um sorriso e bateram na mesa parecendo animados.

- VAMOS PARA BAHAMAS! -Emily se levanta com o copo de whisky


propondo o brinde em comemoração.

×××

#Deus? Me leva para Bahamas?

Meu povo, bonito. Estão com cinto aí? Muito bem, pode atracar. A
diversão/putaria vai começar!

E você que achou que era sim o Nate no capítulo anterior! KKKK
parabéns, você está certo.
Vote e comente!! Até o próximo final de semana, babys. ❤.
12° capítulo

Susie

Dei um abraço no porteiro que tinha acabado de por a minha mala na parte
detrás do táxi.

- Obrigada pela ajuda -ele sorriu com o meu agradecimento.

- Vou guardar sua correspondência -ele diz e eu concordo dando um


tchauzinho com a mão.

Dei a volta abrindo a porta do carro e entrei dizendo para o taxista me levar
para o porto de Nova York onde a gangue devem estar me esperando com as
meninas.

Essa viagem me pegou de surpresa mas não conseguiria dizer não a Monica
que sempre me acolhe na casa dela e me alimenta até eu passar mal, sorri de
lado com a sua insistência para que eu fique bem alimentada.

E é uma ótima oportunidade para eu me divertir um pouco, liguei para a


mulher da empresa Balis e por sorte ela me disse que iria começar na
próxima quarta, encaixou perfeitamente nos meus planos sem atrapalhar a
viagem.

Meus chefes me deram folga... obviamente... já que vão viajar comigo. Emily
vinha me pegar em casa mas eu dispensei dizendo que iria de táxi sem
problemas. Falei com Eric por ligação e prometi falar com ele na casa de
repouso depois que eu estiver em NY novamente.

- O tempo está bom.

Escuto a voz do taxista e encaro o céu que surpreendente não está sombrio
como ontem, Monica realmente planejou tudo.

- Espero que continue assim -falo para ele que concorda girando o volante
para a direita.
Depois de 10 minutos de viagem comigo olhando pela janela pensando que
irei a Bahamas! Inacreditável.
Nós finalmente chegamos no porto e de cara identifiquei o navio pelo o
sobrenome da família estar escrito em todo o navio.

Eles realmente gostam de colocar o sobrenome em absolutamente tudo que


tem. Tudo mesmo.

Desci do táxi puxando a calça jeans clara para cima, ajeito a camisa branca
de mangas compridas para ficar no meu cotovelo. Dou o dinheiro ao taxista
que deixa minha mala no chão.

Ele se foi no minuto seguinte e eu peguei na mala a arrastando pelo porto


subindo dois degraus de madeira, andei pelo espaço procurando por eles
mas não os achei.

Tirei o celular do bolso e liguei para Rubi que foi a minha última ligação
ontem, continuei andando encarando o mar que parecia calmo.

Jesus Cristo. Que fique assim.


Tenho um certo receio com mares, quer dizer, eles são enormes! Você pode
naufragar e vai que, por ventura ninguém vai saber se você está vivo ou não.

- Onde você está?

Parei na frente do navio e vi as escadas para embarcar nele.

- Na frente do navio -respondo- Estão logo na entrada?

- Sim, vou até a recepção pegar você.

Concordei com ela e guardei o celular de volta no bolso, abaixei o apoio da


mala e peguei na alça a carregando. Subi dois degraus com ela na mão e
tentei subir a mala mais um degrau mas a mesma acabou batendo na barra da
escada e descendo rapidamente até cair no chão.

Praguejo baixinho e volto os degraus olhando para ela como se a brigasse


por sair da minha mão, estiquei os dedos para puxa-la mas não fui eu que fez
isso.
Vi a mão forte a levantando primeiro e eu fiquei ereta parando meus olhos
primeiro nos sapatos esportivos subindo pela calça jeans da mesma cor,
foquei meus olhos na camisa verde escura de mangas e cheguei no rosto
levantando o olhar para alcançar o seu.

Minha primeira ação foi engolir em seco e respirar fundo sentindo o cheiro
do perfume masculino, limpei a garganta e fiz uma expressão confusa.

O que ele está fazendo aqui? Pensei que estivesse a caminho da Itália.

- Você é um pouco desastrada -Nate diz traçando meu rosto lentamente,


acabei fazendo o mesmo sem perceber até entender onde estava de novo.

- Hum...não consegui segurar a tempo -falo o óbvio apertando a malha da


blusa em meu pulso com os próprios dedos.

- Você está bem? -pergunta vendo meu ato.

- Sim -toquei meu lábio com o indicador, preciso me livrar dessa mania!-
Obrigada por levantar a mala.

Nate acena puxando a manga da blusa verde escura para cima, a calça preta
definia os músculos das suas pernas e os tênis esportivos combinavam com
tudo.

- Pensei que você estivesse em um avião.

- Meu jato deu problema essa manhã, e o próximo avião comercial para
Itália é amanhã à noite -explica encarando minha franja descendo para os
meus olhos- Não achei outro jato disponível.

Olhei para o lado vendo a sua mala pequena e apertei meus dedos dando um
sorriso pequeno.

- Liguei para os meninos pedindo o jato emprestado mas não quiseram,


fizeram de propósito -fala.

- Isso é bem a cara deles -falo e ele concorda balançando a cabeça.


Dei um sorriso pequeno olhando para os meus dedos e quando o encarei de
novo eu vi o sorriso de lado no seu rosto enquanto me encarava.

- Susie!

Ouvi meu nome e me virei ficando de costas para Nate e olhei para Rubi no
navio balançando a mão nos chamando.

- Bora modelo de perfume! -ela gritou e Nate balançou a cabeça sussurrando


o quanto Peter é um babaca por dar esse apelido a ele.

Deixei que ele levasse as duas malas e eu subi as escadas atrás do mesmo,
fomos em direção a Rubi que nos abraçou quando chegamos até ela.

- Esse navio é incrível! Tudo nele parece ser divertido -ela foi contando
para nós dois tudo o que tinha visto até agora, passamos pela piscina e
algumas salas que pareciam ser de tênis e até golfe.

Entramos em uma parte coberta e eu me deparei com o lugar impecável! Era


tudo tão brilhante e decorado que deixaram meus olhos lacrimejando.
Lustres e elegância espalhados por cada canto e algumas pessoas circulando
despreocupadas.

Acho que Monica convidou amigos a parte também, nossas malas foram
levadas por duas pessoas que entregaram chaves diferentes em forma de
cartão para mim e para Nate.

- Estamos todos no mesmo corredor, assim estaremos mais perto -Rubi


explica enquanto seus saltos brancos fazem barulho.

- Que bom que conseguiu vir, Nate -ela diz e ele concorda.

- Por puro planejamento do seu marido e cunhado que não me deixaram


pegar o jato deles emprestado.

- E o Peter? -pergunto.

- Ele nem me atendia -Nate diz e nós sorrimos de lado.


- Olha se não é o cara mais gostoso que eu já vi! -Adam abre os braços
encarando Nathaniel que mostra o dedo do meio.

- Eu falei que ia funcionar -Dylan cruza os braços e Peter o empurra com o


cotovelo.

- Vocês são ridículos, aposto que subornaram meu piloto para não levantar
voo comigo -Nate diz e ele fazem uma cara de deboche.

- Quer apostar? -Peter pergunta.

- 300 -Adam diz.

- 400 -Nate diz e estende a mão.

- 350 -Dylan diz fazendo Peter e Adam concordar, Batgirl aperta a mão de
Nate que se inclina sussurrando "Eu vou descobrir e depois...quero meus
300 mil"

Ele deu um tapinha fraco no rosto de Dylan que sorriu desacreditado.

- Boa sorte -Dylan pisca para Nate.

Olhei para as meninas que estavam com a mesma expressão que eu:
desacreditada. Na verdade nem sei porque, ele fazem isso com tanta
frequência que parece uma conversa normal e não uma aposta em
negociação.

- Eu nunca vou me acostumar com isso -Lisa diz e nós concordamos.

- Vocês podiam me dar né...poxa, tenho três filhos para criar -Rubi dá de
ombros.

- Shiuuu -Adam puxou a esposa pelo braço a abraçando fazendo seu rosto
sumir no pescoço dele- Quietinha.

- Adam...-ela reclama tentando se soltar.

- Shiu.
- Se você fizer Shiu para mim de novo, eu vou chutar seus testículos -ameaça
e Adam levantou as duas sobrancelhas alisando o cabelo dela.

- Ela é brava -ele sussurra e ri alto se afastando de Rubi que tentar cumprir o
que disse.

- Certo, estão todos aqui? -olhamos para o lado vendo Monica parar perto
de nós e começar a apontar para cada um contando.

- Caramba! Que água de côco boa! -ouvimos Gregório do outro lado


encarando o cocô verde com um sorrisão.

- Ignorem -encaramos Monica- As 19:00 teremos um jantar naquele salão -


aponta nos dizendo o lugar- Vamos conversar e beber um pouco e depois
podem se divertir no navio.

- Ok, agora onde estão meus filhos? -Adam pergunta para a mãe.

- Estão conhecendo gente nova -ela diz a aponta para o grupo de pessoas um
pouco mais adiante que estavam brincando com os trigêmeos como se não
houvesse amanhã, Daniel estava no meio mas estava correndo de um lado
para o outro.

- Quem é aquele povo? -Peter pergunta.

- São meus amigos, os conheci em uma boate -Monica sorriu e os meninos


levantam uma sobrancelha.

- Princesa, pegue nossos filhos -Adam fala para Rubi com a mão na frente da
boca, como se não fossemos o escutar.

- Eu estou brincando, são da minha igreja. Nunca conhecerão pessoas tão


altruístas e bondosas quanto elas -Monica fala com um sorriso e depois
suspira- Agora, quero meu abraço de urso.

- NÃO! NÃO! CORRAM, CORRAM!

Os sete se espalharam praticamente correndo para longe gritando que


gostavam das costelas que tinham e eu ri vendo o desespero no rosto deles.
- Eu aceito -abri os braços e Monica sorriu se aproximando de mim me
dando seu famoso abraço, nos quatro primeiros segundos fiquei sem respirar
mas depois ela me soltou um pouco para que eu conseguisse.

- Ala, tadinha. Tão nova -ouço a voz de Emily distante lamentando e reviro
os olhos apertando Monica de volta e desejando um feliz aniversário.

Nos separamos e ela passou a mão no meu rosto.

- Aproveite, tenho a sensação de que esse cruzeiro será memorável.

Ela piscou para mim antes de ir até o outro grupo de pessoas.

Ajeito minha roupa ouvindo uma voz dentro de mim dizendo que ela está
certa.

×××

Capítulo surpresa ehhhh!


😏❤😍.

Babys, é claro que Nate vai!!! Qual é!


Povo muito puto no capítulo anterior KKKK, calma, menos ódio nesse
coraçãozinho aí hein! ❤.

Monica está fazendo 21 com cara de 15! Cof cof


Nossa mamãe Venturelli é uma rainha por ter dado vida a dois babacas
de terno, essa maravilhosa!

Vote na história e comente!


Não quero ficar carente, égua!

Beijos, até sábado ❤ amo vocês!


13° capítulo

Susie

Terminei de tirar minhas coisas da mala e arrumar na minha cabine, deixei


tudo fácil e prático para achar.

Assim eu não esqueço nada já que tenho mania de esquecer minhas coisas
nos lugares.

A noite já se fazia presente e a lua estava absurdamente cheia, parecia tão


perto...acho que fiquei olhando para ela durante 5 minutos.

Agora, eu estava olhando para as duas peças de roupas em cima da cama


tentando escolher uma para usar hoje. Por fim, optei pelo vestido de uma cor
azulada quase preto, peguei o primeiro par de tênis que vi na frente e os
calcei.

Deixei meu cabelo solto e penteio minha franja por alguns minutos enquanto
me encarava no espelho, involuntariamente eu toquei nas pintinhas no meu
peito que se espalhavam no meu corpo.

Suspirei enquanto me própria encarava e pensei de onde as poderia ter.


Minha mãe não tinha uma sequer no corpo, o que me leva a crer que tenha
herdado do meu pai.

Bom, acho que não saberei.

Tirei os dedos do meu peito e pus a escova de cabelo em cima da cama,


peguei o cartão do quarto e saí dele depois que desliguei a luz do banheiro.

Olhei para um lado e para o outro e escolhi o lado direito que foi por onde
vim, todas essas cabines são da gangue e das meninas que foi o lado do
navio que Monica escolheu para nós.

Desci uma escada brilhante e por um momento me senti a cinderela, Jesus,


que escada bonita é essa?
Ainda olhei para trás babando na escada mas desviei quando ouvi o barulho
de música e de conversas altas.

Levei como deixa e caminhei normalmente olhando em volta vendo algumas


pessoas andando rápido com bandejas nas mãos vestidas impecavelmente.

Avistei de primeira a cabeça de Adam que jogou um dos filhos para cima o
fazendo gargalhar, sorri de lado sabendo que era Maia. Era a única que
usava laços azuis, Alya usava os rosas. Obviamente para diferencia-las.

Me aproximei quando vi os rostos conhecidos na mesa conversando e rindo


alto, assim que me viram sorriram piscando e eu pisquei de volta me
sentando ao lado de Lisa que tinha uma perna apoiada na do marido que
estava preso em uma conversa com uma cara de deboche para Peter que
sorria inocente.

- Cadê a Emily? -perguntei baixo para Rubi do outro lado da mesa.

- Está na lojinha comprando coisas que ela não precisa -Rubi responde e eu
faço "o" com a boca quando ela sorri de lado.

Ela volta a dar de comer para Adrian e Alya que estavam em cadeiras
próprias para bebês, Danny estava com o avós na ponta da mesa brincando
com um barquinho de papel.

- Eu estava pensando... -ouvimos a voz de Adam e olhamos para ele que


colocou a filha no colo de Lisa.

- Bem merda, provavelmente -Peter sussurra.

- Alguém vai apanhar hoje, e não vai ser você, princesa -Adam junta as mãos
com um sorriso doce olhando para Peter.

Olhei para Rubi que fingiu limpar um lágrima solitária, ri dos dois.

- Eu estava dizendo, antes desse troglodita me atrapalhar, que devemos bater


uma foto. Todos nós e guardar de lembrança, vai que um de nós...não
sei...morre?
- Eu não falei -Peter aponta para a Tinker que deu de ombros.

- Ele está certo, não na parte da morte, credo -Lisa fez uma careta- Vamos
bater uma foto.

- Espera, cadê o Nate e a Emily? -Dylan pergunta.

- Nossa...sinto muito, Peter -Adam toca no ombro do amigo que bateu na mão
dele parecendo irritado- Nate é o talarico do grupo, eu disse.

- Ela está em uma lojinha -Peter fala com uma cara de deboche mas depois
fica sério- Eu acho...

- Já pensou um de nós se separa? O que aconteceria? -Rubi pergunta e nós


olhamos para ela com uma expressão irritada.

- Por que você está fazendo essa pergunta, princesa? -Adam coloca as mãos
no bolso da bermuda.

- Ué, nunca pensaram nisso? -ela franze o cenho.

- Não? -perguntamos ao mesmo tempo.

Rubi entre abre os lábios e Peter olha para Adam com um olhar de pena.

- Sinto muito -ele toca no ombro de Adam que revira os olhos.

- Eu acho que iríamos continuar nos vendo -falo e eles jogam a cabeça para
o lado.

- É, também acho -Dylan aponta para mim- Mas! Com menos frequência.

- Iríamos frequentar lugares diferentes, por exemplo, uns iriam para um


restaurante e outros para uma boate. Mas nunca os 8 ao mesmo tempo -Diz
Lisa.

Nos encaramos por uma eternidade cada um em um pensamento diferente.


- Cristo, é só uma hipótese...tirem essa expressão de tristeza -Adam finge
limpar os braços e peito.

- Vamos bater logo essa foto, alguém chama o Nate e Emy -Lisa se levanta e
o resto se levanta também.

- Eu chamo -Peter caminha em direção a saída.

Peguei um dos bebês e vi quando Dylan foi chamar o homem que tinha uma
máquina fotográfica nas mãos, andamos até o centro do lugar e ficamos um
do ladinho do outro nos posicionando, Adam pegou Alya de mim e Maya no
outro braço enquanto Rubi segurava apenas Adrian.

Ajeitei o cabelo de Lisa que segurava Danny e depois a gola da camisa de


Adam, deixei todos bonitinhos para a foto que riram de mim vendo minha
preocupação, de longe vi os três andando na nossa direção.

Emily tinha várias sacolas nos braços que basicamente cobriam seu rosto,
ela era guiada pelo marido que tinha uma expressão debochada vendo
basicamente toda a loja do navio nos braços da esposa.

Mais atrás estava Nate caminhando até nós puxando a blusa preta para baixo
como se tivesse acabado de vestir, vi o um "V" profundo da sua cintura e
pisquei algumas vezes desviando o olhar para o lado.

Eles chegaram perto e Emy deixou as coisas no chão sorrindo para as


sacolas e depois olhou para nós com um sorriso malicioso.

- Que sorriso pscicopata é esse? -Adam pergunta com o cenho franzido.

- Ela está aprontando -Dylan diz.

- Óbvio que está, é a Emily -Nate cruzou os braços encarando a loira que
sorriu para ele concordando.

- Comprei umas coisinhas -ela juntou os dedos idêntico aos vilões de filme.

- Espero que não seja drogas -Adam diz e faz uma careta quando Monica
passa na hora escutando e dá um tapa na sua cabeça seguindo seu caminho
cheia de classe.

- Eu disse "espero" -ele gritou e Monica mostra o dedo do meio para ele,
entendi de quem pegaram esse ato já que fazem isso com frequência.

- São acessórios -Emily diz e pega uma sacola tirando regalias estranhas.

- Eu disse que eram coisas que ela não precisava -Rubi diz me encarando e
eu sorri de lado.

- Quem te disse, Rubiane? Vamos usar agora.

Emily veio para perto de nós com a sacola e eu vi ela mexendo na mesma
escolhendo o acessório.

- Qual a função disso mesmo? -Lisa pergunta.

- Porque eu comprei...então vamos usar -Emily balança a cabeça para ela


que pisca um par de vezes.

- Seremos os únicos usando coisas aleatórias no navio... normal, super


normal -Peter parou de falar quando Emily colocou uma chupeta na boca
dele que quase se engasga.

- Bebê chorão -ela reclama e ele tira o negócio na boca.

- Emily...-ele parece desgustar de algo e olha para a chupeta- Que porra é


essa?

- É uma chupeta para adultos, esse é de whisky -ela diz e Peter olha para o
objeto, e depois para a esposa levando a chupeta de volta para a boca
lentamente.

- Eu gostei -ele diz e Adam me dá Maia tirando o celular do bolso e aponta


para Peter batendo várias fotos de ângulos diferentes.

- Me envia -Dylan e Nate pedem ao mesmo tempo para Tinker que concorda.
- Para você...eu escolhi esse -ela tirou uma bandana que tinha várias
bandeira do País que Rubi nasceu, e uma faixa enorme escrito "Miss Brasil"-
A brasileira mais quente que eu já beijei.

- Sou a única brasileira que você beijou... -Rubi diz.

- Não estraga a minha declaração -Emy briga com ela que finge fechar a
boca como um zíper.

Rubi riu depois e pegou as coisas da mão dela colocando em si ainda


segurando Adrian.

- Toma, Bell -Emily tirou uma asa de fada cheio de purpurina de dentro de
outra sacola e Adam olhou para ela com a boca aberta meio chocado.

- Tá de sacanagem? -ele pergunta e ela sorri tirando um potinho cheio de


brilho.

- Seu pozinho mágico -ela diz e balança o mesmo.

- Pan -ele olha para Peter que ainda tinha a chupeta na boca- Eu vou jogar a
loira no mar.

- Você nwa tá dosga -Peter resmunga e nós franzimos o cenho.

- Desculpa, bebê dinossauro, não escutamos. Você pode tirar essa porra de
merda da sua boca? -Adam pergunta e olhamos para ele que piscou algumas
vezes.

- Porra de merda? -Lisa pergunta.

- Eu confundo os palavrões as vezes -Adam dá um sorrisinho como se fosse


uma criança de 5 anos.

- Eu disse: "você não tá doido" -Peter tira a chupeta e coloca na boca de


volta.

- Vamos logo tirar essa foto! -Nate resmunga passando a mão no rosto.
Emily andou até Lisa dando um chapéu com uma enorme laranja em cima que
cobria quase toda sua testa e andou até Dylan colocado uma máscara do
Batman no seu rosto e uma capa preta nos seus ombros.

Adam tirou o celular novamente e bateu outras fotos enquanto Peter colocava
a asa de fada nas suas costas.

No final os trigêmeos estavam com os pais e Danny com a mãe tentando


mexer no chapéu dela.

- Para você eu comprei a coroa, porque você é a nossa rainha -Emily põe a
mesma na minha cabeça e eu sorri abertamente depois que ela me dá um
beijo na bochecha.

- Você, grandão -ela para na frente de Nate que estava de braços cruzados
olhando para sua mão na sacola.

- Por favor, não tire outra gravata que pisca daí de dentro -ele pede e ela
sorri de lado negando.

Emy colocou algo não mão e me assustei quando ouvi o barulho do estalo,
Nate foi para trás quase caindo com o impacto da mão dela em seu rosto.

- Porra, Emily! -ele reclama e ela ri alto.

- Foi mal -diz rindo.

Olhamos para Nate que esfregou a testa e logo depois vimos um adesivo
grudado na mesma de um emoji de carinha extremamente feliz, apertei os
lábios olhando pra aquilo e os meninos sorriram.

- Entenderam? -Emy pergunta apontando para Nate mas olhando para nós.

- O que você grudou na minha testa? -Nate pergunta tirando o celular do


bolso para usar como espelho.

- É uma contradição, a carinha o faz ficar feliz mas a cara dele -ela olha para
Nate que a encara irritado- É diferente.
Limpei a garganta colocando os dedos nos lábios tentando não rir da sua
expressão que estava fechada mas tudo melhorava quando eu olhava para a
carinha na sua testa.

- É perfeito para elaçe -Emy ri e nós acabamos rindo também quando Nate
franziu as sobrancelhas.

- Vamos... -Lisa ri mais um pouco e depois funga o nariz- Vamos bater a foto.

Nos reunimos dessa vez para tirar a foto realmente e Emily colocou uma
chapéu em forma de carro na cabeça, era parecido com a Bebel.

O fotógrafo andou até nós novamente quando Dylan o chamou e ele ficou a
alguns centímetros de distância com o cenho franzido e a boca entre aberta
olhando para nós.

- Hum...ok -ele resmunga e nós sorrimos dando de ombros.

Ele posiciona a câmera e nós ainda falamos ao mesmo tempo até ficar
calados esperamos a foto.

- Digam Xis -ele pede.

- Emy precisa de ajuda! -ouvi o grito da Tinker e depois o tapa de Emy nele
junto com a risada alta dela que preencheu o lugar todo, a foto com toda
certeza não prestou porque acabamos rindo também saindo das posições
para encarar os dois.

Sei que a foto deve ter saído espontânea.


Essa provavelmente vai ser a minha foto preferida.

×××

E ai, baby?! Vote na história plis!


Plis.

Enfim, só queria estar indo para Bahamas com os meus amigos e tirando
fotos com coisas aleatórias da lojinha #Deus?
Novo palavrão do Adam:
Multifuncional;
Podemos usar com pessoas, objetos, cores, frutas... tudo! KAKAKA

Beijão, até amanhã ❤


14° capítulo

Susie

Meus dedos se apertavam um no outro enquanto eu andava pelo espaço


amplo de um cassino que havia aqui no navio.

Era tão brilhoso e chamativo que foi impossível não entrar para espiar um
pouco, nunca estive em um antes.

Depois de jantar com a gangue e as meninas, alguns subiram para colocar as


crianças para dormir e Peter e Emily...bom. Não disseram explicitamente
para mim.

E eu acabei saindo antes de todos na mesa para explorar um pouco e aqui


estou encarando uma mesa grande com uma roleta girando e girando. As
cores dela eram preto e vermelho com uma pequena bolinha branca em
movimento.

Tinha 6 pessoas em volta da mesa e sempre era um par torcendo para a


bolinha cair em algum número, me aproximei um pouco segurando uma
fichinha que me foi dada assim que entrei.

Encarei as pessoas que pareciam ansiosas e xingavam a bolinha irritadas,


olhei para um homem vestido com um smoking elegante e ele disse "18
preto" para um casal ao meu lado que comemorou com os braços para cima.

Apoiei as mãos na beira da mesa e vi eles colocando fichas apostando em


números diferentes até o homem girar a roleta novamente.

No topo estava "Double play" e uma mulher me notou vendo meu interesse e
explicou que aquela era uma mesa diferente, as pessoas jogavam em dupla e
o valor arrecadado no final era duplicado. Assim os dois ganhariam
dinheiro.

Eu fiquei mais 5 minutos olhando para o jogo vendo o entusiasmo das


pessoas e pensei em me aventurar no caças níqueis em seguida mas...
Percebi uma movimentação na entrada que era perto de onde estava e vi a
cortina balançando, no minuto seguinte um homem com o uniforme do
cassino puxou uma pessoa pelo braço esticando a mão mostrando o cassino.

Ri baixo quando reconheci o rosto de Nathaniel que puxou o braço do aperto


do homem e fez uma cara irritada. O homem sorriu sem graça juntando as
mãos e pareceu convidá-lo para olhar o cassino. Quase contra sua vontade.

Nate não parecia muito convencido e suspirou quando o homem o deu uma
ficha igual a minha, ele a encara enquanto o homem se retira voltando para a
entrada provavelmente pronto para arrastar outra pessoa.

Ele levanta o olhar puxando as mangas da camisa para cima e passa a língua
nos lábios analisando as pessoas e o lugar. Aperto os lábios quando seus
olhos param em mim depois que as pessoas onde eu estava gritaram
comemorando.

O encarei de volta e ele parecia surpreso por eu estar aqui, dei um sorriso
pequeno o cumprimentando e levantei minha mão baixinha acenando.

Ele sorriu de lado mas parou quando um homem diferente do anterior vai o
empurrando na direção da mesa que eu estava, oh não.

Perto o suficiente eu consegui ouvi-los.

- É um cassino ótimo, tenho certeza que você vai ser divertir, senhor -o
homem diz e aponta para a mesa mas ainda segurando Nate com um pouco de
força.

- Você pode tirar as mãos das minhas costas agora -Nate diz para ele que
coloca o cabelo invisível para trás depois de fazer o que lhe foi pedido.

- Essa é a nova invenção do cassino Royals, é super divertido -ele diz e


Nate encara a mesa lendo o que li ainda agora.

- Você vai jogar? -ouço a pergunta direcionada a mim através do cara de


smoking.

- Oh...eu não -balancei a cabeça.


- Está sem par? -o homem que trouxe Nate pergunta e eu olho demorando a
confirmar.

Nathaniel encarou o cara de smoking e depois o que o trouxe até aqui, por
fim ele olha para mim e levanta as sobrancelhas me perguntando
indiretamente se quer que eu jogue com ele, nisso tudo...todas as pessoas na
mesa pareciam em pingue pongue olhando para Nate e para mim.

Dei um passo para o lado respondendo sua pergunta, suas pernas se


movimentam e ele para ao meu lado pondo as mãos na beira da mesa, mordi
o lábio e as pessoas voltaram para o jogo.

- Tem um número em mente? -ouço a pergunta mas não o encaro.

- Eu gosto de 13 -falo.

- Eu gosto de preto -ele aposta sua ficha primeiro e eu olho para ele depois
que percebo que seus olhos estão em mim.

- Por que está aqui? -pergunta.

- Estava curiosa, e você?

- Eu fui arrastado -sorri de lado.

- Eu vi um pouco da cena.

- Eles estão em um navio de dinheiro, metade dessas pessoas são milionárias


então precisam de todo lucro que conseguirem -ele diz e apoia os braços na
mesa ficando inclinado.

Olhei para a sua testa vendo que ela ainda está com o adesivo, ri baixo e ele
me olha novamente.

- O que foi?

- Hum...nada -digo e encaro a roleta que começa a girar novamente.


- Vamos torcer -Nate sussurra e eu pensei por um momento estar em câmera
lenta vendo a bolinha se movimentar, ela passou pelos números e cores e foi
quicando até parar no vermelho mas se locomover caindo no preto!

- 13 preto -o cara diz e eu pisco algumas vezes.

- Nós...

- Ganhamos -Nate completa e eu ri dando palminhas, ele me encara e eu vejo


um sorriso de lado no seu rosto.

Nos foi dado mais fichas e eu estava ao lado dele como se tivesse
entendendo todo o jogo mas só sabia o básico, depois de 20 minutos eu já
estava mais perto dele do que estava antes enquanto ele me explica várias
coisas da mesa.

Ganhamos 4 vezes seguidas mas na quinta acabamos perdendo, e assim como


ele eu estava sedenta para ganhar novamente. Caramba! Isso é muito bom.

- Certo, me diga um número -ele pede com as mãos levantadas a altura da


sua cintura.

- Hum...12! Não! 7!! Isso 7 -aponto para ele- SETE, muito bom esse número.

- Certeza?

- Não -meus ombros caem e ele ri.

- Que tal 21?

- Ok, eu gosto de vinte um -falo animada novamente.

- Certo, vermelho ou preto?

- Nathaniel, não sei se você percebeu mas eu sou um pouco indecisa -falo
abrindo os braços e ele acena sorrindo antes de encarar a roleta.

- Vermelho -ele diz e aposta no número e cor que escolhemos. Olhei para
nossa frente vendo várias fichinhas e sorri com o que estamos conseguindo.
Esfreguei as mãos ansiosa vendo a roleta girando novamente e todos estavam
a todo vapor pulando e se movimentando querendo saber quem iria ganhar.
Nós éramos definitivamente a mesa mais animada.

A bolinha girou e girou e Nate até a xingou algumas vezes, eu olhei feio para
ele que fez uma expressão debochada dizendo que era apenas uma bolinha
branca.

- 21, vermelho! -o carinha de smoking grita e eu abro a boca comemorando,


olhei para Nate que riu.

- Isso! -ele diz e levanta as mãos para mim e eu levanto as minhas batendo
nas suas, eu realmente estava me divertindo com ele. Isso era até inédito.

Quando bati nas suas mãos eu acabei derrubando a coroa que estava na
minha cabeça e ela caiu no chão rolando para o seu pé, ele olhou para baixo
e se inclinou a juntando do chão.

Passei a mão no cabelo seguida da franja e levantei o olhar vendo seu corpo
na minha frente, Nate analisou meus olhos descendo pelos restantes dos
traços em meu rosto e eu passei a língua nos lábios quando ele pôs a coroa
na minha cabeça.

Eu nem escutava mais as vozes das outras pessoas, eu só conseguia me


concentrar nos seus olhos pretos e nos seus dedos que puxaram a coroa um
pouco mais para baixo firmando da minha cabeça.

Abaixei o olhar com um sorriso quase inexistente e prendi a respiração


sentindo seus dedos descendo pela lateral na minha cabeça, ele tocou no meu
cabelo e eu o olhei para o mesmo novamente quando senti seus dedos no meu
maxilar arrastando devagar para o meu queixo.

Ele parecia tão concentrado e eu estava tão concentrada nele que não
percebia que apertava a barra do meu vestido com força tentando ficar no
planeta terra.

Não precisou nem de 2 minutos para eu senti a tensão de sempre, ela nunca
nos abandona.
Desviei o olhar para sua mão direita que quase cobria meu rosto todo e
depois o encarei vendo ele franzir o cenho, nós só saímos daquele transe
porque só faltava nós dois para apostar e nos foi chamada atenção.

Nate tirou as mãos do meu rosto e encarou as pessoas que nos encaravam
com a mão na cintura esperando, olhei para o carinha de smoking que sorria
de uma maneira maliciosa para nós dois.

Balancei a cabeça e deixei que Nate escolhesse o número e cor dessa vez,
soltei a barra do meu vestido e encarei minha mão que estava vermelha.

Nós ganhamos de novo e olhei para ele no segundo seguinte que levantou
uma sobrancelha para mim dizendo que éramos bons nisso, sorri de lado
concordando.

Eu não sei quanto tempo nós ficamos naquela mesa mas era tão divertido que
eu nem me importava em olhar a hora, mas por fim nós decidimos que
tínhamos de ir embora.

- Toma, pega um pouquinho -ele pega metade das fichas e coloca nas minhas
mãos.

- Nossa...-falo tentando segurar tudo- Quanto acha que tem aqui?

- 2 ou 3.

- 300? -arregalo os olhos e ele pega o restante.

- Não, Susie -ele sorriu de novo, ele ficava ainda mais bonito sorrindo.
Quase não o vejo fazer isso a não ser com a gangue.

Nós caminhamos lado a lado indo para a parte de trás do cassino


conversando sobre o jogo e o mesmo homem que o trouxe para mesa nos
ajuda com todas aquelas fichas, uma mulher aparece pegando o resto e os
dois vão para a parte de trás de um balcão grande.

- Tivemos sorte -ouço ele dizendo e concordo com um sorriso.


- Primeira vez que jogo e acabo ganhando umas fichinhas, isso é muito
emocionante -falo juntando as mãos.

Nate sorriu de lado balançando a cabeça e eu o ignoro animada demais por


ter ganhado, minutos depois o homem volta contando várias notas de dólares
e eu abro a boca quando ele entrega a Nate.

- 4.000 mil dólares -ele diz e Nate confirma agradecendo.

Ele me encara vendo a minha boca aberta e o olhar surpreso.

- Você está bem? -pergunta.

- Você está? -aponto- Olha de dinheiro!

- Certo -ele anda até mim parando na minha frente e agarra minha mão, passo
a língua nos lábios e ele coloca o dinheiro na minha mão- Fique.

- O quê? Não, espera -dei um sorriso nervoso.

- Eu não quero -ele diz e dá um passo para trás pondo as mãos dentro da
calça jeans.

- Como assim? Claro que quer -dei o passo que ele se afastou e toquei no
seu braço tirando sua mão de dentro do bolso, ele olhou para mim e eu
rapidamente vi seu maxilar travar.

- Susie, eu não preciso desse dinheiro.

- E o que te faz pensar que eu vou aceitar 4 mil dólares sem dividir com
quem jogou comigo?

Ele suspira começando a ficar irritado e eu fecho a expressão, caramba!!


São 4 mil dólares!
Para ele não deve ser nada -diz meu subconsciente.

- Aceite -ordena.

- Por que não dividimos? -seria pelo menos justo.


- Porque eu ando com esse valor na minha carteira, não preciso dobrar a
quantidade -ele cruza os braços- Ela não vai fechar.

- Sua desculpa é que sua carteira não vai fechar?

- É plausível.

- Mas o quê?!

- Jones, guarde o dinheiro para alguma ocasião ou ajude as pessoas...você


sempre está fazendo isso de qualquer maneira.

Levantei as duas sobrancelhas e fiz um "o" com a boca, eu deveria ter


pensado nisso antes. Olhei para o dinheiro na minha mão que parecia um
bolinho de carne e depois o encaro.

- Pode ser? -pergunta.

- Hum...certo, posso ajudar com esse dinheiro -falo mais para mim mesma
do que para ele.

- Ok, pode comprar algumas coisas para si também. É bastante dinheiro.

- Como o quê?

- Sei lá, bolsas, jóias, maquiagens? Essas coisas.

Balancei o pé de um lado para o outro pensativa.

- Não sou muito fã mas já sei o que fazer, obrigada.

- Não é muito fã?

- Prefiro livros, ou sorvetes...ou, ou xícaras personalizadas -digo e ele


franze o cenho- São lindas.

- Tudo bem então... -ele diz baixo e aponta para a entrada.


Andamos lado a lado e eu tento guardar esse tanto de dinheiro em algum
lugar mas só conseguir segura-lo o cobrindo com as mãos.
Nós chegamos no corredor onde ficava nossas cabines e eu parei na frente na
minha o encarando.

- Isso foi divertido -digo e ele concorda cruzando os braços, é a primeira


vez que rimos tanto juntos.

- É... realmente foi -ele passou a mão na barba rala.

- Obrigada por...

Ouvimos uma porta se abrindo e olhamos para a direita vendo a cabeça loira
de Adam aparecer, ele estava com um sorriso grande quando nos viu.

- Nate! Vem aqui! -ele chama o mesmo quase sussurrando.

- O que está fazendo no quarto do Peter? -Nate pergunta com o cenho


franzido e no segundo seguinte Dylan aparece rindo baixo.

- Peter dormiu com a chupeta na boca -Adam e o irmão riram fazendo "Shi"
com os lábios em seguida.

- Vamos pintar a cara dele agora -Dylan diz a Nate que balança a cabeça
tentando esconder o riso.

- Certo, quem vai ser o primeiro? -Emily aparece na porta e eu pisco


algumas vezes vendo ela tirar a ponta das canetas coloridas.

- Baby Boo! Quer pintar a cara do Peter? -ela me nota no corredor e eu nego
com um sorriso.

- Eu já vou dormir, está tarde. Recomendo que o façam depois de... fazer
uma obra de arte na cara de Peter -digo e os três levantam o polegar.

Olhei para Nate que me encarou também e dei um sorriso pequeno em


despedida, abri a porta enquanto Nate caminhava na direção deles.
- Qual a idade de vocês mesmo? -ainda ouvi ele perguntar antes de fechar a
porta da minha cabine.

Não quero estar por perto quando Ross acordar amanhã.

×××

Iti, amo essa interação do cassino 😍.


Lembrando que provavelmente o jogo que é descrito nesse capítulo não
é certo, devem ter mais um milhão de regras para jogar roleta mas eu
precisei adaptar.

Não postarei outro capítulo hoje, Sorry 😔😌. E não farei maratona de
natal, umas pessoas estavam me perguntando.

É isso, babys. Fiquem com Deus ❤

Dia de postagem: Sábado e Domingo.


15° capítulo

Se liga no guarda sol ❤.

Susie

Virei a página descontraída lendo o livro escrito por Emily Bronte, O morro
dos ventos uivantes é o meu livro preferido por ser o único romance que ela
escreveu.

Sentia o calor do sol atingir minha pele e estiquei o braço pegando meu copo
de limonada, estiquei as pernas na cadeira branca própria para se pegar sol
e voltei a relaxar na parte de fora do navio perto da piscina.

- Passa nas minhas costas?

Parei de tomar minha limonada e levantei o olhar encarando Emy que tinha
um protetor solar na mão, olhei para o lado vendo Lisa e Rubi em volta de
uma mesa circular e sentadas em bancos altos.

- Tudo bem -digo para Emy que se senta de costas para mim na minha
cadeira, deixei o livro ao lado da minha perna e peguei o protetor solar das
suas mãos.

- Vi você com Nate ontem -Emy diz antes de eu espremer protetor solar nas
suas costas.

- Como é? -Rubi e Lisa quase caem do banco vindo para cima de nós duas
ocupando a minha cadeira toda!

- Se isso aqui quebrar vai ser uma queda feia -falo apontando para a cadeira
de plástico.

- Você estava com Nate ontem? Não acredito! Assumiram o desejo? -Rubi
pergunta e eu franzo cenho negando, ela riu- Estou brincando.
Ela parou de rir e balançou a cabeça negativamente para as meninas dizendo
"Não estou brincando não", fiz uma expressão de deboche.

- Nos encontramos no cassino e jogamos algumas vezes,


apenas...conversamos e nos divertimos -falo para elas que estão com um
sorriso ridículo no rosto.

- Certeza? -Lisa pergunta e eu confirmo.

- Sim, nada demais -falo e elas sorriram pequeno me beliscando, bato na


mãos das três que riram um pouco mais fazendo um barulho irritante com a
boca.

- MÃEEEE!!!

Ouvimos um grito alto e o primeiro a passar por nós foi Dylan que mais
parecia um corredor olímpico, em seguida eu vi o loiro gritando o nome da
mãe parecendo apavorado.

Franzo o cenho e Emily dá um sorriso nervoso.

- Peter acordou -ela diz e eu aperto os lábios.

Em seguida eu vejo Peter correndo na direção dos dois segurando


um...guarda sol? Oh meu Deus! Seu rosto estava todo pintado com cores
variadas e um.... pênis? Misericórdia.

- Filhos da puta! -Pan gritou e os três começaram a correr em volta da


piscina com todos que estavam ali olhando para eles.

- Peter! Para de drama!! -Dylan pediu ainda correndo empurrando Adam


para trás para o mesmo cair e Pan pegar ele primeiro.

- MÃEEEEE -Adam grita de novo e eles finalmente param distante um dos


outros, Peter estava bufando segurando o guarda sol e os dois pareciam
empenhados em não rir.

- Eu juro que vou matar vocês dois! -Ele ameaça e Adam põe as mãos na
cintura por cima do short de banho.
- E aquela ladra ali? Ela que escreveu Pepe e desenhou um pau na sua testa -
Adam aponta para Emily e Pan olha para ela que dá um tchauzinho com a
mão.

Oh, acho que entendi o apelido.

- Eu me resolvo com ela depois -Peter olha para a esposa irritado e Emily
sorri parecendo animada.

- O que ele vai fazer com você? -Lisa pergunta com o cenho franzido e Emy
olha para ela.

- Ele vai me bater -ela diz sorridente e nós arregalamos os olhos.

- Oh, não. Não nesse sentindo -ela diz e nós sorrimos aliviadas- Ele bate na
minha bunda.

Pisquei algumas vezes.

- Como se estivesse castigando você? -pergunto e ela concorda, olhei para


as meninas que tinham a mesma cara estranha que eu.

Hum...certo.

- Eu estou tão puto que eu poderia pintar seu cabelo de preto -Pan aponta
para Adam que abre a boca colocando as mãos no cabelo.

- Nossa amizade acabaria -ele aponta para Pan.

- Ainda não enxergo o problema... -Peter debocha e Dylan ri.

- Qual é! Foi só uma brincadeirinha, Pan. Não precisa ficar tão puto -Dylan
diz e Peter abaixa o guarda se sol que estava mirando nos dois

- Certo, é, você tem razão. Vou me acalmar, estou exagerando -Peter diz
suspirando.

- Sério? -Adam pergunta sorridente.


- Não, Tinker Bell drogada!

E ele voltou a correr atrás dos dois, rodearam a piscina de novo e eu sorri
de lado vendo os desenhos no rosto do Pan que estava furioso.

- O que está acontecendo?

Nós quatro tomamos um susto olhando para o lado vendo Nate de pé abrindo
uma latinha de energético, ele usava um short de banho preto sem nada
cobrindo seu busto. É a primeira vez que o vejo sem muitas roupas.

Ele tinha uma barriga muito bem definido...caramba, o "V" profundo estava
lá e eu subi os olhos para os seus braços musculosos mas não tanto e as
costas largas que deixava tudo mais...chamativo? Certo, Nathaniel era muito
bonito.

- Meninas? -ele estala os dedos na frente de nós quatro que finalmente


voltamos para a terra. Pisquei algumas vezes e olhei para as meninas que
limparam a garganta tentando disfarçar.

Assim como eu.

- Peter quer matar seus primos -Rubi fala e Nate concorda dizendo
"Normal".

Ouvimos um grito de novo e olhamos para frente vendo Peter bater em Adam
com o guarda sol várias vezes enquanto o loiro resmungava mas ria ao
mesmo tempo, era difícil dizer se ele estava sofrendo ou se divertindo.

- Batgirl! -Adam grita.

- Estou indo, maninho!! -Dylan grita correndo na direção de Peter e


simplesmente agarra a cintura dele fazendo os dois caírem na piscina!

Abrimos a boca vendo a água voar para todos os lados e nos levantamos
vendo os dois dentro da piscina tentando afogar um ao outro, Adam deu uma
distância considerável da piscina e depois correu até ela pulando em cima
dos dois que afundaram de novo.
Nate bebeu um gole do seu energético super calmo e depois entregou para
Lisa que estava mais perto.

- Segura para mim rapidinho? -ele pergunta e ela confirma pegando a lata.

O mesmo saiu andando na direção na piscina acenando para algumas pessoas


que olhavam para os três na água quase se matando, ele parou na borda e
tirou o guarda sol da água jogando longe.

- Ei! -ele chama pelos três que param de se estapeiar e olham para Nate que
põe as mãos na cintura.

- Olha a bunda dele... -Emy sussurra e Rubi bate no seu braço.

Sorri de lado.

- Vocês estão assustando os convidados, é isso que vocês querem? -ele


pergunta e os três dão de ombros não se importando.

- Ok, vou reformular a frase -Nate se abaixa olhando para eles que piscaram
algumas vezes- Querem que Monica saiba que vocês estão assustando os
convidados dela? Tenho certeza que a mulher vai ter ótimo planos para
vocês três.

Dylan, Adam e Peter apertam os lábios e se encaram negando depois de


alguns segundos.

- Eu sou muito novo para morrer -Adam toca no peito.

- Eu ainda quero ver você casando -Dylan diz olhando para Nate que mostra
o dedo do meio para o primo.

- E eu ainda preciso fazer um filho na loira -Peter diz.

- Precisa mesmo! -Emy grita e o marido sorri de canto.

- Saiam daí, e Peter vai lavar esse rosto. Você está parecendo a Anabelle -
ele diz e Dylan ri alto encarando Peter.
Nate se levanta e caminha na nossa direção novamente, ele pegou sua lata de
volta e se sentou no banco onde Rubi estava antes.

- Você botou ordem na casa -Emily diz enquanto eles saiam da piscina.

- Tenho experiência com esses três -Nate sorriu de lado.

Dylan e Adam caminham na nossa direção esfregando a mão no cabelo para


secar enquanto Peter anda na direção contrária para tirar aquele negócio do
seu rosto mas antes se vira nos encarando.

- Emily! -ele grita e a loira se levanta da cadeira quase dando pulinhos de


felicidade- Vem comigo.

- Estou indo! -ela grita de volta e pisca para nós meninas, a vejo correr na
direção dele que se vira para que ela pulasse nas costas dele, os dois se vão
dando risadas um para o outro.

- Jesus... -Lisa sussurra.

- Que ela aguente, amém -Rubi faz o sinal da cruz com os dedos.

- Aguente o quê? -Adam pergunta e olha para nós que nos entreolhamos.

- Coisas da vida, você sabe... -Lisa responde balançando a mão para fazer
pouco caso.

- Tapas -Nate diz e nós olhamos para ele ao mesmo tempo- O quê? Sabem
que Peter gosta dessas coisas -ele olha para os meninos que acabam
confirmando.

- Ok, muita informação -falo e ele sorri de lado antes de beber outro gole do
seu energético.

- Certo, o que vamos fazer hoje? -Dylan pergunta.

- Podemos jogar alguma coisa -Adam sugere.

- Não! -nós três falamos ao mesmo tempo e eles até se assustaram um pouco.
- Santo Deus, por que não? -Dylan pergunta.

- Toda vez que jogamos algo não dá certo! -Lisa reclama.

- Da última vez Peter jogou a Emily na piscina depois que ela chutou as
bolas dele -Rubi diz e eu ri lembrando, aquele jogo era legal.

- Da última vez que jogamos tabuleiro juntos você quebrou o jogo! -Lisa
aponta para o marido que abre a boca.

- Nate estava roubando! -Dylan aponta para o mesmo.

- Só se for essa tua cara de pau -Nate resmunga.

- Vamos jogar boliche -Adam sugere- É divertido, e não tem nada que Dylan
possa quebrar e Emily chutar.

- Sim... só tem uma bola de mais de 3K que eu posso jogar na sua cara -Rubi
diz.

- Princesa...-ele põe a mão no peito parecendo surpreso- Ela tá atacada.

- Estou nervosa! -ela diz- Meus filhos estão em um mundo enorme de Lego e
eu não quero deixar eles lá sozinhos e com frio...

- Rubi, tem 150 cuidadores naquele lugar e a porra de um aquecedor, eles


estão bem e o priminho deles está lá -Adam conforta a esposa.

- Danny nem lembra de nós no momento -Dylan diz e Lisa concorda rindo.

- Você tem razão...preciso relaxar -ela diz e Adam dá um sorriso malicioso.

- Eu posso ajudar nisso -ele diz e toca na mão dela a puxando da cadeira, ela
sorri colocando as mãos em volta do seu pescoço e eu quase pego uma vela
no restaurante do navio.

- Eu preciso de ajuda -ela faz becinho e ele ri a dando um selinho, em


seguida se abaixa agarrando suas pernas a tirando do chão e a carregando
como se fosse um bebê de colo.
- Tchau! -Adam grita e saí correndo com ela que gargalha o caminho todo.

- Até a noite! -Rubi grita para nós que balançamos a mão.

Me encosto na cadeira pegando meu livro colocando de volta na página e


escuto a conversa de Dylan e Lisa.

- Sabe o que eles tem aqui? -ele pergunta.

- O quê?

- Sucos de laranja misturando com outras frutas e algumas coberturas.

Os olhos dela quase brilharam.

- O que ainda estamos fazendo aqui, Venturelli?! -ela pergunta e ele sorriu a
puxando pela mão, ambos correram para dentro do navio e balancei a
cabeça.

Eu não sei como fui me envolver com essas pessoas maluquinhas.

Encarei as letras do livro e eu juro que tentei ler, ou pelo menos fingir mas o
olhar intenso dele estava quase me matando. O encarei vendo ele de braços
cruzados analisando meu rosto.

- Caiu protetor solar no seu braço -ele diz e eu olho para o mesmo tirando o
sujo da saída preta que estava vestindo.

- Obrigada -falo passando o resto do protetor no meu rosto.

- O que você está lendo?

Olhei para Nate de novo e vi seu olhar sugestivo me chamando para


conversar com ele, certo, eu posso fazer isso.

Dei um sorriso pequeno me levantando da cadeira.

×××
Deixe seu comentário para eu saber que você passou por aqui ❤!

Quero agradecer a evolução do livro que não para de crescer!!!! Fãs do


BTD são fortes! 🙃🙃.

Ps: queria irritar o Peter um pouquinho só para ele bater na minha


bunda.
Mentira, sou evangélica eu 😌.

Até amanhã, babys ❤.


16° capítulo

Nate

Vi quando ela colocou o livro de Emily Bronte em cima da mesinha circular


no meio de nós dois, encarei os olhos cor de âmbar que pareciam animados
para me contar sobre.

- É o morro dos ventos uivantes de Emily Bronte, sabe do que se trata?

Deus, ela queria muito me explicar.

- Não muito -isso não é muita verdade.

- Vou resumir -ela fala e eu concordo olhando para seus lábios- O título é
homenagem a zona rural onde se encena a história, fica no interior da
Inglaterra e conta os fatos principalmente a partir dos relatos da governanta
Nelly Dean, que testemunha tudo o que se passa na casa da família
Earnshaw.

- Gosta desse tipo de gênero? Ficção gótica?

- Não é gótica -ela fala.

- Susie, esse livro relata a transformação do caráter humano...para pior. Eles


são expostos a algum tipo de sofrimento -levantei um dedo para começar a
listar- Vivenciam a morte, o ciúme, a inveja e a rejeição.

Ela levantou uma sobrancelha e eu apertei os lábios

- Pensei que não soubesse do que se trata.

- Eu disse, não muito -dei um sorriso quase inexistente.

Ela ficou em silêncio me encarando e eu não desviei empenhado demais


descendo os olhos pela saida preta que tinha um decote discreto, ela estava
bonita.
Eu não deveria me sentir atraído por ela, Jones não é a mulher que eu
deveria me envolver.
Mas eu consigo evitar? Nem fodendo.

- Gosta de literatura?

- Um pouco.

- Viscond Locksley?

- Portia Gadstone -falo o nome da personagem principal do livro "A


marquesa de Havisham"

Ela levantou as duas sobrancelhas e eu passo a língua nos lábios ansioso


para responder as próximas perguntas sobre livros, que eu sei que ela vai
fazer.

- Lucy Honeychurch e Cecil Vyse?

- Um quarto com vista -digo e ela sorri abertamente paga mim parecendo não
acreditar muito.

- Srta. Bennet?

- Sr. Darcy, essa é clássica! -digo e ela ri alto concordando ao lembrar de


Orgulho e Preconceito.

Sorri dela vendo seu entusiasmo natural, era tão fácil fazê-la rir que
qualquer pessoa sentia vontade de fazer o mesmo.

- Você é amante de livros -ela balança o livro na sua mão e eu estendo a


minha para pega-lo. Susie me entrega e eu passo algumas páginas até
encontrar a certa. Leio tanto literatura que já sei algumas de cor.

"Beija-me e não me deixes ver os teus olhos! Perdoo-te o mal que fizeste. Eu
amo quem me mata. Mas...como poderei perdoar quem te mata?" -mostro
para ela que estava inclinada na mesa com os cotovelos na mesma, fiz o
mesmo deixando o livro no meio de nós dois.
- É a sua parte preferida? -pergunta olhando para o livro.

- Sim, é aquele tipo de cena que passa na sua cabeça com tamanha facilidade
-ela virou o rosto ficando bem próximo do meu, Susie encarou meu maxilar
subindo para os meus olhos- São as melhores cenas, não acha?

Seu cheiro entrou nas minhas narinas pela proximidade sendo ajudado
quando o vento apareceu fazendo seu cabelo balançar um pouco, olhei para a
boca pequena e apertei o livro na minha mão quando ela fez o mesmo.

- Sim, são as melhores -Jones suspirou baixinho, ficamos em silêncio com


uma distância perigosa por assim se dizer. Mas tudo isso foi desmoronado
quando senti algo bater nas minhas costas.

Ela se assustou e eu olhei para o lado vendo uma bola colorida rolar pelo
chão depois de ter me atingindo.

- Desculpe, foi sem querer! Meu marido que não sabe brincar -uma mulher
passou por nós falando isso com o rosto arrependio, encarei o tal homem
quando a mulher voltou para ele e dei um riso baixo quando ela jogou a bola
em seu rosto dando uma bronca.

Voltei a olhar para frente e vi Susie com o livro na frente do rosto tentando
não rir, e falhando miseravelmente. Fiz uma careta para ela quando a mesma
baixou o livro, suas bochechas estavam vermelhas.

- Você está muito para frente -digo pegando minha bebida da mesa.

- Sua expressão foi hilária -ela a imita e eu passo a mão na testa balançando
a cabeça.

- Ta ok, Jones -falo com um sorriso antes de beber um gole do energético.

(...)

Cruzei os braços com o cenho franzido vendo essa coisa estranha na minha
frente, qual o problema do Adam?!
Ele usava uma meia listrada que ia até seu joelho e um shortinho azul, a
camisa era branca com duas listras azuis combinando e o cabelo tinha uma
liga que prendia algumas mechas loiras, eu nunca o vi tão... diferente?

- Adam -o chamo e ele me encara.

- Fala, modelo de perfume.

Balancei a cabeça.

- Por qual motivo específico...você está vestido desse jeito?

Ele parou de se aquecer da maneira estranha dele e encarou o próprio corpo


vendo as peças que cobriam seu corpo.

- Não gostou? É moda.

- Na terra do nunca? -pergunto e ele me olha irritado.

- Eu perdi uma aposta para Peter e como pintei a cara dele ontem, acho que
ele está pegando um pouquinho pesado comigo -explica fazendo becinho.

- Para você aprender, idiota -Peter aparece fechando a tampa de uma


garrafinha de água.

- Você é muito rancoroso, de nós quatro você vai ser o primeiro a morrer -
Bell aponta para Pan.

- Cara, não me dê esperanças -Peter tocou no ombro da Tinker que bateu na


mão dele derrubando a garrafa de água no chão.

- Junta aí, seu otário! -Adam exclama para Peter que aperta o maxilar com
um olhar mortal, o loiro dá um riso nervoso e saí de fininho como se não
estivessemos vendo ele ir para o outro lado.

Peter se abaixa resmungando ao pegar a garrafa.

Eu preciso de amigos e familiares novos, urgente.


- Ei! Olha o que eu achei!!

Olhamos pro lado vendo Dylan aparecer com uma bola de boliche na mão.

- Hum...Dylan, deixa eu te explicar uma coisa pra ver se você entende -Peter
cruza os braços olhando para ele- Geralmente...isso é bastante encontrado
em uma pista de boliche.

Sorri de lado com o deboche dele entrando nas minhas veias.

- Sério? Pensei que o que mais tivesse fosse a inteligência. Mas ainda não a
vi -Dylan devolve e eu ri alto quase me engasgando com o olhar de Peter.

- O que tem essa bola? -Pergunto e Dylan gira ela clicando em alguma coisa,
do nada a mesma acende ficando toda rosa e brilhante.

Franzo o cenho e ele sorri apontando.

- Não é demais? -Ele pergunta animado e eu olho para Peter que está com a
mesma expressão que eu.

- Você fumou alguma coisa? -Pan pergunta.

- Qual é! Por que essas coisas só eu acho interessante? -Dylan pergunta


chateado.

- Caramba essa bola brilha! -ouvimos a voz do Adam e ele rápido tira a bola
das mãos de Dylan. Fadinha voltou.

- Se você a balançar vai aparecer os integrantes do Beatles -digo


obviamente mentindo mas o maluco balança a bola de uma lado para o outro.

- Você precisa ser internado no hospício -Peter fala para ele que faz uma
cara de deboche dando a bola de volta a Dylan apenas para mexer na liga em
seu cabelo.

- Você está parecendo a Pedrita -Dylan diz e Adam concorda dando de


ombros.
- Olha! Qual das princesas vai jogar com essa bola? -ouvimos a voz de Emy
e olhamos para o outro lado vendo as meninas andando na nossa direção
meio que em câmera lenta como se tivéssemos em um filme dos anos 80.

- Provavelmente meu marido -Lisa diz e Dylan sorri animado mostrando a


bola para ela.

- Santo Deus, Tinker. Que figurino é esse? -Emily pergunta e Adam coloca as
mãos na cintura se exibindo.

Rubi anda até ele com o cenho franzido e analisa seu corpo de cima a baixo
apenas para cruzar os braços depois.

- Adam, você cheirou o glitter que Emily te deu ontem? -Ela pergunta.

- Não -ele diz fungando o nariz e passando a costa da mão nele fingindo
dizer ao contrário, ri baixo vendo a expressão das meninas quase
acreditando.

- VAMOS JOGAR LOGO! -Peter quase grita impaciente como ele sempre é.

- Cala a boca que não hora de bater na loira você não fica com essa pressa
toda -Adam diz e Emy sorri concordando.

Cristo.

- Certo, vamos dividir -Falo.

- Meninas contra meninos -Rubi diz.

- Vocês tem certeza? Acho melhor misturar -Dylan diz e elas o encaram.

- Por que?

- Qual é, Lisa -Adam diz mexendo a cintura de uma forma exagerada- Nós
jogamos melhor do que vocês.

As quatro colocaram a mãos na cintura basicamente ao mesmo tempo e por


um minuto pensei que fossem ir para cima da fadinha. Peter, Dylan e eu
puxamos Adam pelo peito tetando protegê-lo do olhar mortal delas.

- Vocês se acham não é? Só porque são lindos, inteligentes, bilionários,


sexy's, com os cabelos sedosos e esses sorrisos arro...

- Rubi, você não está ajudando -Susie diz tocando no ombro dela a fazendo
parar, ela sorriu sussurrando um "foi mal".

- É o seguinte, vai ser meninas contra meninos. Quem chegar na maior


pontuação no final vence e...o grupo perdedor terá de se jogar na piscina -
Emily diz e as meninas concordam.

- Me senti na faculdade de novo -Dylan diz e nós damos de ombros.

- Tudo bem -digo e os três me olham como se eu fosse louco.

- Ta doido? Não quero pular na piscina -Peter diz e eu franzo o cenho.

- Não vamos perder -digo e olho para as quatro que levantam uma
sobrancelha.

- Preparem a sunga, vão precisar -Rubi diz e elas se viram caminhando até a
pista onde estávamos antes.

Nós quatro olhamos para elas mas meus olhos se focaram na única pessoa
dali que não é casada, e a única que realmente chamaria minha atenção se as
outras não fossem. Susie ainda virou o rosto e seu olhar se cruzou com o meu
por cima do ombro, ela sorriu de canto e olhou para frente de novo.

Puta merda.

Olhei para os meninos e vi eles babando nas esposas e bati na cabeça de um


que foi batendo na do outro como se fossem um dominó, eles esfregaram a
mão na mesma e eu revirei os olhos andamos para a pista que alugamos.

É hora do jogo.

×××
Game time, Baby!
Pegue sua bola de boliche que pisca e vamos jogar um pouquinho!

Nosso babaca 4 é um fã de livro, fã mesmo! Gosta tanto que até está em


um KAKAKAKAKAKAKAKAKAKAKAKAKAKAKKAKAKAKA alô? É
do hospício?

Dia de postagens: Sábado e Domingo!

Será que falta muito para um beijinho?! Sei que vocês estão quase
subindo pelas paredes 😏 bando de safada (com todo respeito ❤)

Beijos, babys.
17° capítulo

Susie

- Gente...

Chamei as meninas e nós fizemos uma rodinha vendo os meninos não muito
longe fazendo o mesmo.

- Eu não jogo muito bem -aviso.

- Já jogou alguma vez? -Lisa pergunta.

- Não...

- Então você não joga nada, criatura -Emy diz e as meninas riram com a
minha expressão de deboche.

- É fácil, mire no meio e mantenha o dedo firmo na bola e os pés no chão.


Não desvie o olhar e principalmente...ignore o Adam -Lisa diz para mim e
eu concordo com a cabeça.

Juntamos a mão na frente da rodinha e contamos baixo piscando uma para


outra, Emily, Lisa e Rubi são basicamente as campeãs de boliche. Já ouvi
suas histórias e vi alguns prêmios que ganharam nesse jogo, creio que do
grupo...eu sou a única que sabe disso.

Infelizmente para os meninos.

Andamos todo para uma pista somente e decidimos quem de nós jogaria
primeiro, Dylan somente correu para uma mesa ajeitando o placar na tela
voltando depois

- Ok, primeiro nós -Emy diz e eles negam.

- Por que primeiro vocês? -Peter pergunta.


- Enfiou a tua educação com as mulheres aonde? -Emily pergunta e os três
fecham a cara a não ser por Nate que pega uma bola e entrega a Emily.

- Vai lá, Sra. Ross -ele diz e ela agradece pegando a bola de sua mão.

Nos afastamos deixando ela jogar e vi seus olhos castanhos focados nos 12
pinos que precisavam ser derrubados para ser o grande Strike, Emy colocou
um pé atrás e fez o movimento com o braço jogando a bola.

Ela simplesmente foi em uma linha reta perfeita e nós comemoramos jogando
os braços para cima, o primeiro Strike!

Encarei os meninos que estavam com o cenho franzido e ri baixo, isso vai
ser divertido.

20 minutos depois...

- Adam! Você tem que parar de cheirar o glitter! -Peter reclama com ele que
tinha acabado de jogar derrubando todos a não ser por um que quase caiu,
mas ficou de pé mesmo.

Dylan estava marcando os pontos e Rubi estava lá perto dele se certificando


que o mesmo não estava roubado, como previsto por mim...as meninas
estavam na frente com diferença de mais de 10 pontos.

Os meninos soavam e bebiam água regularmente, era até engraçado ver o


rosto surpreso deles quando as três faziam strikes sem parar.

- Susie -ouvi a voz de Lisa me chamando e a encarei vendo ela apontar para
a pista, era a minha vez.

Andei até a pista timidamente rezando para derrubar pelo menos 2, coloquei
meus dedos nos três buraquinhos e puxei a bola normalmente e quase vou ao
chão. Caramba! Isso é pesado, mas conseguiria levantar sem problemas,
espero eu.

Olhei para eles que estavam me encarando e falei que estava tudo bem,
lembrei do conselho de Lisa e fiz exatamente o que ela disse. Firmei meus
pés no chão e segurei a bola preta com vontade, olhei para Emily e Rubi que
me encorajam com os polegares.

Sorri de lado e voltei a olhar para frente, suspirei mirando no meio e


estiquei meu braço pronta para jogar.

Levei ele para trás devagar e infelizmente eu joguei a bola, só que não medi
minha força direito e ela foi para cima como se fosse uma bola de vôlei, eu
coloquei as mãos na boca na mesma hora que vi a bola atingindo a televisão
onde ficava o placar da outra pista.

Ouvi os gritinhos das meninas e eu juro que pude ouvir o resmungo dos
meninos como se tivessem levado um soco, a bola caiu no chão rolando pela
pista e eu fiquei no mesmo lugar estática com os olhos arregalados e mãos na
boca.

Oh, não, não, não


Isso não aconteceu.

Tudo estava em um completo silêncio até...

Girei o corpo lentamente para trás e eu vi todos eles segurando o riso!


Todos!!
Tirei as mãos na boca pondo na cintura e fiz uma expressão irritada.

- Eu quebrei a televisão -apontei para a mesma rachada no teto- E vocês


estão rindo?!

- Deveria ter uma espelho aqui para você ter visto a sua cara -Adam diz.

Ouvimos uns estilhaços caindo no chão e eu olhei para a televisão que


simplesmente caiu do teto se espatifando no meio da pista que graças a Deus
estava vazia, dei um corridinha rápido para longe e por fim estávamos todos
juntos e mais próximos vendo a bagunça que eu tinha feito.

- Cacete, a Susie está quebrando o navio -Peter resmunga

- Calma, Susie. Sem violência -Dylan diz olhando para a televisão e eu


cruzo os braços balançando a cabeça.
- Vocês são péssimos amigos -digo ouvindo as risadinhas.

- Hum...com licença -ouvimos uma voz grossa e olhamos para o lado vendo
um homem nos encarando, ele vestia uma camisa com o nome do navio-
Como aquilo ali aconteceu?

Apontou para a televisão e depois olhou para nós com uma sobrancelha
erguida.

- Nossa amiga aqui, é o Capitão América -Adam aponta para mim-


Acabamos de descobrir.

- Foi um acidente -falo encarando o homem- Eu irei arcar com todas as


consequências e pagar o que for necessário.

- O quê? -os setes me olham ao mesmo tempo.

- Você não vai pagar nada -Emily diz e eles concordam.

- Eu quebrei a televisão...

- Quanto custa isso aí? -Peter pergunta tirando a carteira do bolso e eu toco
na sua mão impedindo.

- 3 mil? Eu tenho aqui, mas acho que não tenho trocado, Princesa...ajuda aqui
-Adam diz tirando a carteira do shortinho azul e olha para a esposa que mexe
no sutiã procurando dinheiro.

- Não vai ser necessário -Nate diz fazendo todos pararem e olharem para
ele, o encarei vendo-o fazer o mesmo e sorri pequeno em agradecimento
pela intervenção.

- Nós vamos parar de jogar por hoje -Nate fala e Adam levanta uma não.

- Não vamos parar não! Eu estou usando um shortinho minúsculo com uma
liga no meu cabelo, não vamos parar o jogo até ganharmos e valer o
sacrifício -Adam diz com as mãos na cintura.

- Bell...-Nate resmunga.
- Pega a vassoura! Vamos limpar -Adam grita e eu balanço a cabeça.

- Não, a equipe do boliche irá limpar. E vocês não são filhos de Monica
Venturelli? -o homem pergunta para Dylan e Adam que concordam, o homem
falta arregalar os olhos- Vamos fingir que nada aconteceu, tudo bem? É
melhor assim.

Ele deu um sorriso estranho parecendo nervoso e balança a mão, segundos


depois pessoas aparecem na pista tirando a televisão junto aos estilhaços.

- Esqueci que meus pais são donos desse navio -Adam sussurra.

- Pelo menos vamos continuar jogando -Rubi diz.

- Eu vou...dar um tempinho -digo apontando para trás e eles me encaram na


hora concordando.

É, também estou meio chocado ainda.

Mordi o lábio vendo eles se ajeitarem prontos para terminar o jogo, os


próximos foram Rubi que fez a mesma pontuação de sempre, Peter fez um
Strike para os meninos seguido de outro feito por Nate.

Eu fiquei torcendo perto de Dylan que continuava marcando os pontos,


depois de vários minutos o jogo finalmente tinha acabado.

Olhei para o placar vendo 128X113 ao total, sorri de lado vendo Dylan
apoiar a cabeça em cima da mesinha resmungando que não queria entrar na
piscina.

As meninas ouviram isso e comemoraram com pulinhos e danças meio


estranhas, me puxaram pelo braço me animando também e acabamos em um
roda rindo alto.

- Perdemos? -Peter pergunta fingindo tremer as mãos e chorar.

- Tudo culpa do Nate que ainda aceitou essa merda de pular na piscina -
Adam deu um tapa no ombro dele que foi para frente e eu só vi ele virando o
rosto encarando a Tinker com um olhar enfurecido.
- Você vai me bater? -Adam pergunta piscando mais que o necessário.

- Estou decidindo ainda -Nate diz e Adam dá um sorrisinho pequeno dando


passos lentamente se escondendo atrás de Peter.

- Tirem as roupas, putinhas. Hora da piscina -Emily diz e eu vejo os quatro


dando um suspiro alto.

(...)

- Eu vou morrer de hipotermia -Adam reclama.

- Cala a boca -Peter diz olhando para a piscina, os quatro estavam


enfileiradinhos na borda da piscina e Emily estava com o celular dela
batendo várias fotos.

A gangue vestia seus shorts de banho com estampas diferentes uma das
outras mas eles tremiam igual, eu já estava ficando com pena.

- Por que não tem aquecedor nessa piscina? -Dylan pergunta.

- Essas não são as piscinas quentes -Peter diz esfregando uma mão na outra.

- Vocês são más -Adam diz olhando para nós quatro do outro lado.

- Pulem logo -Lisa diz.

- Por que ainda tentamos fazer uma aposta com elas? A gente só se fode -
Nate diz me fazendo rir, ele me encara e eu paro de rir apertando os lábios.

Ele semi cerra os olhos para mim que finjo olhar para cima vendo o céu
estrelado.

- Vamos logo! Meu filho já até acordou pensando que está de manhã -Lisa
aponta para eles que respiram fundo.

- Certo, vamos pular de uma vez. Todos juntos -Dylan diz e eles concordam
com a cabeça, dois segundos depois...
- Adam vai primeiro -Dylan fala e Adam abre a boca.

- Meu pau! Por que eu tenho que ir primeiro? -ele pergunta irritado.

- Se você morrer será um aviso, aí nenhum de nós iremos pular -Peter diz
simplista.

- Eu sou a favor disso -Nate levanta a mão.

- Coragem, meninos! Pulem -grito para eles- Pulem! Pulem!

As meninas e eu começamos o coral tentando incetiva-los e bati palmas para


ficar ainda melhor, eles deram passos para trás e eu até me senti em um
evento extremamente importante para o EUA, os quatro correm na direção da
piscina e só ouvimos o barulho da água vendo primeiro eles debaixo e
depois na superfície gritando como se tivessem sendo torturados.

- PUTA QUE CARALHO! -Adam grita nadando para a escadinha sendo


seguido pelos três que falavam palavrões se tremendo de frio.

- Sai da frente! -Dylan gritou com Peter que tentava subir as escadas
primeiro, e Adam se meteu no meio. Começou outra discussão na escada
para quem saber que subiria logo.

Vi quando Nate colocou as mãos na beira da piscina e fez força nos braços
subindo normalmente para cima, ele se sentou na beira e olhou para os
meninos que já o encaravam com uma expressão engraçada no rosto.

- Babacas -ele diz e se levanta rindo.

Os três ainda tiveram um pouco de problema para finalmente sair da piscina


e eu as meninas estávamos adorando cada segundo daquilo, foi uma ótima
vitória!

Mesmo eu quebrando a televisão...

Vi quando Adam e Dylan correram para dentro provavelmente indo se


aquecer, Peter e Nate vestiram o roupão preto e olhei para o lado vendo as
meninas caminharem para dentro do navio também.
Me abaixei um pouco olhando para a piscina e toquei na água com o
indicador tirando rapidamente o dedo, isso aqui está o próprio polo norte!

Ouvi alguém limpando a garganta e levantei o olhar vendo-o bagunçar o


cabelo molhado, Nate me olhou por alguns segundos vendo quando eu
levantei enxugando o dedo na saia preta rodada. Peter também não estava
mais aqui.

- Como se sente? -pergunto com um sorriso.

- Parece que meus ossos estão congelados -Nate diz.

O encarei nos olhos com a enorme piscina entre nós dois, ele fechou o
roupão fazendo um laço e eu tentei não olhar para as suas mãos.

- Viu só? -coloquei os braços para trás- Não apostem com a gente, ou você
vai usar algo que brilha muito ou não vai usar quase nada para se tremer de
frio.

- Vocês não vão para o paraíso -ele aponta para mim.

Sorri para ele que sorriu de volta colocando as mãos dentro do bolso do
roupão preto.

- Você vai ficar aqui ou vai entr...

Arregalei os olhos no meio da sua fala quando vi uma estrela cadente


passando no céu atrás dele, não acredito!
Meu Deus!

- Susie?

Corri dando a volta na piscina seguindo a estrela e basicamente dei a volta


na parte da frente do navio que era onde ficava as piscinas. Cheguei na frente
do mesmo e olhei para trás vendo a cabine do comodante no alto.

Sorri e olhei para frente ainda vendo a estrela cadente, fechei os olhos
fazendo meu pedido.
- Jones?

Ouvi a voz de Nathaniel e abri os olhos lentamente sentindo a brisa gelada


atingir meu corpo e rosto.

×××

Eu jogando boliche provavelmente seria a Susie Nunca joguei


infelizmente, mas quem sabe um dia 😂.

Capítulo no dia 24! Véspera de natal! Feliz natal, meu amores ❤ Que ele
seja repleto de amor e união, e muito peru, amém
#DigaNãoParaUvasPassas.

Deixe o coração aqui para titia, que eu vou aceitar como "Feliz natal"
❤.

Beijão, babys.
18° capítulo

Susie

Abaixei o olhar ouvindo o barulho do mar e percebi ele colocar as mãos na


grade de proteção do navio que era onde eu estava encostada.

- Era uma estrela cadente -digo levantando a cabeça olhando para o céu
estrelado.

Astronomia sempre foi interessante ao meu ver, qualquer sinal de algum


fenômeno astronômico eu fico empolgada. Minha mãe me disse uma vez que
meu pai gostava tanto disso que tinha um lugar secreto onde ele estudava as
estrelas.

Sorri de lado ao me lembrar do seu jeito ao me explicar essas coisas.

- Gosta muito de astronomia? -ele pergunta e eu saio dos meus pensamentos


o encarando.

Nate se inclinou apoiando os cotovelos ao invés das mãos e analisou meu


rosto como sempre faz quando estamos juntos.

- Não sei muito sobre, mas gosto de observar tudo que envolve -respondo
olhando para os seus olhos e descendo pelo maxilar definido quando ele
olha para cima admirando o céu estrelado.

Meu coração acelera por alguns segundos quando eu olho para trás vendo o
lugar da proa vazia e meia escura, volto a olhar para frente com uma
sensação estranha no corpo.

- Fez seu pedido?

Sorri pequeno.

- Fiz.
- O que pediu? -pergunta e eu olho para ele com a boca aberta, Nate dá um
sorriso de lado balançando a cabeça- Estou brincando.

- Não se pode contar, pode acabar com a sorte do meu pedido.

- Sua sorte não é o pedido -ele diz com um sobrancelha erguida- É como se
fosse...o trevo de quatro folhas.

Franzo o cenho.

- Como assim?

Me apoio na grade de proteção como ele e o vejo me encarando fixamente,


mesmo se algo estivesse mordendo meu pé ou alguém estivesse gritando meu
nome eu não conseguiria desviar dele. Era apenas... magnético demais para
eu fazer tal ato.

- As vezes, encontramos algumas pessoas que são como trevo de quatro


folhas, mas não é porque dão sorte, é porque elas são raras de encontrar -ele
desceu os olhos para os meus lábios e eu involuntariamente os entre abri, oh
meu Deus- Afinal de contas, sorte não é ter o trevo... e sim encontrar um.

Eu não entendia por que meu corpo parecia estar trêmulo, só sabia que
Nathaniel era o motivo. Eu sabia que no fundo do meu ser eu me sentia
diferente ao lado dele, desde aquele quartinho escuro no hospital onde eu
senti as sensações novas que ele me deu, eu sabia que me sentia atraída por
ele

Eu não posso mais negar, isso nunca tinha acontecido antes, até agora.

- O seu pedido não é sua sorte, Susie -dei um suspiro baixinho quando ele
tirou uma mecha do meu cabelo pondo atrás da orelha- Ver uma estrela
cadente que é.

Ele sorriu pequeno e voltou a olhar para cima vendo as estrelas apoiando o
braço na grade novamente. Caramba, ao mesmo tempo que ele me deixa
nervosa, me deixa ansiosa pelo seu próximo passo. É tão diferente.
Conversamos mais um pouco sobre a constelação e o mesmo me explicou
algumas coisas que ele sabia quando leu livros relacionados.

Olhei para trás e vi três banquinhos de madeira atrás de nós que tenho quase
certeza que serve para ser usado na proa, não sei muito bem, não entendo
nada de navios.

Me sentei em um mesmo assim e ele olhou para trás me encarando.

- Ver vocês pulando na piscina, quebrar a televisão da pista e correr até aqui
me deixou um pouco cansada -digo e ele ri pelo nariz vindo na minha
direção sentando-se ao meu lado.

Encaramos as estrelas novamente e eu suspirei me sentindo bem, era até


estranho pensar isso. Nate sempre me deixou tensa perto dele, sei que as
vezes não é sua intenção mas eu não pude evitar. Mas agora sentada ao seu
lado vendo o céu estrelado, eu me sinto...bem. Eu gosto disso.

- Está vendo aquilo? -apontei para o céu e ele seguiu meu dedo.

- O que parece um órgão feminino?

- Oh meu Deus, não! -digo e ele balança a cabeça rindo.

- Sei do que está falando -ele aponta junto comigo e eu concordo com a
cabeça.

- É uma usar maior -falo.

- Sério?

- Eu não faço idéia -ri baixo- Só queria dar a impressão de que sei alguma
coisa.

Nate me encarou com uma sobrancelha levantada e eu coloquei a mão na


boca não querendo deixar a risada escapulir, ele olhou para o meu pulso
vendo minha pulseira e vi curiosidade passar pelos seus olhos.
Seus dedos tocam meu pulso lentamente e eu mostro para o mesmo que apoia
meu braço na sua perna.

- É bonito -diz mexendo na pulseira prateada que era tão linda e delicada.

- Obrigada, minha mãe me deu -falo e ele toca no pingente que eram dois
corações juntos por uma flecha- Ela me dizia que éramos como esses
corações, porque eles sempre vão estar grudados -sorri pequeno- A flecha é
o amor que sentimos uma pela outra.

Nate olhou para mim e vi confusão no seu rosto.

- Ela não...

Suspirei.

- Não -balancei a cabeça sutilmente.

- Sinto muito -ele diz parecendo verdadeiro e eu agradeci com um sorriso


quase inexistente.

- Está tudo bem, ela está aqui -toco no meu peito do lado esquerdo e ele
suspira baixo.

- Se serve de consolo...eu também não tenho uma -isso não saiu triste, saiu
conformado. Como se não ligasse o suficiente.

Infelizmente, minha curiosidade extremamente aguçada apareceu.


Por que acho que ela vai acabar armando para mim qualquer hora dessas?

- Faz muito tempo?

- 33 anos -responde e eu franzo o cenho.

- Ela...

- Sim, morreu me dando a vida. Que azar o dela, não? -pergunta com um
sorriso que some conforme os segundos aparecem.
- Eu não sabia...sinto muito -ele aperta o maxilar e concorda com a cabeça,
eu estranhamente me senti mais próxima dele. Queria conforta-lo de alguma
maneira mas sabia que não era corajosa o suficiente para fazer isso.

- Isso faz tempo, Jones. Não me olhe assim -ele diz me encarando.

- Assim como? -pisco exageradamente para disfarçar.

- Com pena, recebi esse olhar a minha vida inteira. Não o suporto mais -ele
diz e volta a encarar minha pulseira com os dedos ainda no meu pulso.

- As vezes...é bom baixar a guarda -faço uma expressão sugestiva- Dizer o


que incômoda.

Ele olha para o meu corpo dos pés a cabeça e eu entre abro os lábios com o
leve pensamento de que estou o incomodando de alguma forma.

- Talvez -ele diz e suspira novamente trazendo a costa da minha mão para
perto do seu rosto, o olho confusa pela ação e ele aproxima o nariz tocando
minha pele.

Seus lábios roçam nela e eu suspiro baixo sentindo o contato mínimo mas
máximo para mim, como se fosse um choque a cada suspiro quente que eu
sinto. Nate me encara e eu vejo o olhar intenso que estava presente nas
últimas duas vezes que tivemos algo, ele sempre esteve na minha cabeça.

Meus lábios se entre abrem quando ele beija a costa dela novamente mas
gira beijando a minha palma, tudo em mim está parecendo acender como se
eu fosse luzes em um campo de futebol.

Como isso é possível?

Seus lábios sobem vagarosamente até meu pulso e eu fecho os olhos arfando
de leve quando ele beija de novo, eu não consigo dizer explicitamente o que
estava sentido mas eu não gostaria que ele parasse.

A respiração quente ainda continua e eu meneio a cabeça soltando um


resmungo baixinho quando ele beija a ponta dos meus dedos, abro os olhos
lentamente sentindo meu corpo quente e ainda vejo-o suspirar encarando
minhas pernas que se encostam de leve.

Céus, isso me afetou mais do que estava esperando. Ele não fez nada, mas
fez tudo ao mesmo tempo.

- Tudo bem? -ele pergunta afastando minha mão da sua boca colocando na
posição que ela estava antes.

- Sim -digo quase sem fôlego pelo momento- O que...

- Eu...-ele limpa a garganta- Eu não consigo me controlar quando estou perto


de você, Jones. Sinto muito.

Franzo o cenho.

- O que isso quer dizer?

- O que conversamos na mansão quando estávamos naquele quartinho, sobre


ser amigos -ele se virou para mim- É só o que você quer?

- Hum...sim, concordamos em nos tornar amigos e esquecer...aquelas coisas -


passo a língua nos lábios e sinto seu aperto no meu pulso de leve.

- Você consegue esquecer? -pergunta sério aproximando-se mais de mim e eu


fiquei exatamente no lugar.

Olhei para ele em silêncio e todos os toques que ele me deu vieram na minha
cabeça, o jeito que estou me sentindo agora comparado aos dos últimos...não
é tão forte como esse, como se...as duas últimas vezes não tivessem poder
suficiente para essa, mesmo que ele tenha apenas beijado minha mão.

Era tão difícil de explicar...

Talvez eu seja louca, talvez ele seja louco, ou talvez nós dois sejamos
loucos...bom, possivelmente. Mas dessa vez parecia mais forte,
provavelmente pela intimidade que conseguimos criar, o que parecia ser
impossível a duas semanas atrás se alguém me perguntasse.
Mas para uma mulher que nunca experimentou nada assim, eu estava
estranhamente sentindo falta dos seus lábios na minha mão, isso é estranho,
não é?
Talvez a sensação seja tão grande que você precise mais dela, como se fosse
experimentar sua comida preferida, você gostaria de prova-la mais de uma
vez.

- Não esquec...

Fui interrompida por uma voz grossa e uma lanterninha ser apontada para o
nosso rosto, me assustei tirando minha mão da sua e levantei do banquinho.

- Desculpe, vocês não podem ficar aqui -o homem diz e eu olho para o
mesmo vendo uma barba grande, ele aponta para irmos para dentro do navio.

Olhei para Nate novamente ainda confusa com essa conversa.

- Nos vemos amanhã? -perguntei e ele acena.

- Até amanhã, Jones.

Dei um sorriso pequeno antes de sair da sua frente sentindo seu toque ainda
quente na minha pele e passei pelo homem de barba grande dado um aceno
com a cabeça.

Entrei no navio olhando em volta vendo tudo brilhante e chamativo, a gangue


e as meninas não estavam por perto então provavelmente já foram dormir.

E eu só tinha uma certeza, eu pensaria nisso à noite toda.

×××

Eu já disse que queria ter essas amizades do povo dos meus livros?
Porque, meu anjo. Eu quero! ♀.

Será que o Nate vai fazer alguma coisa para ter a franjinha? Será que a
franjinha vai querer nosso modelo de perfume? Hoje, no globo repórter!
KAKAKAKAKAKA desculpa.
Deixe o voto! Metade do povo lê e não vota! Tô de olho em você hein
minha filha. Vou puxar teu pé de noite KKKKK mentira 😈.

Beijos, babys ❤.
19° capítulo

Susie

Cliquei na tela do meu celular e bati uma foto minha com o grande navio
atrás, enviei para Eric que respondeu segundos depois com um coração e um
elogio.

Sorri para a tela, ele havia me mandando mais de 20 mensagens perguntando


se eu estava viva ou se tinha morrido como o Jack em Tintanic. O acalmei
com essa foto.

- Jonesss!!!

Virei o rosto ouvindo o grito de Emily e a vi descendo as escadas


dramaticamente com todos olhando para ela com os braços cruzados, andei
até eles parando ao lado de Lisa e franzo o cenho.

- O que houve? -pergunto.

- Eu quero ver o fogueteee -ela choraminga.

- Certo, eu acho que você precisa apanhar -Adam e diz e olha para Pan- Vai
lá, Peter.

- Espera, que foguete? -pergunto.

- Parece que vai haver um lançamento de um foguete daqui a alguns minutos,


mas temos que ir para clube visitar as praias de Orlando. Aproveitar o dia -
Lisa explica e eu olho para a loira que parecia animada quando ouviu a
palavra foguete.

- Eu também queria ver o foguente... -Dylan sussusrra.

- Ah pronto -Adam joga os braços para cima.

- O que está acontecendo? -ouvimos a voz de Monica que desceu do navio


junto a Gregório que segurava uma grande bolsa lilás de praia.
- Que reuniãozinha é essa? Estão todos indo para o clube -Gregório diz e
aponta para o restante dos convidados que eram apenas 5 caminhando para
um grande carro luxuoso.

- Emily e Dylan estão estragando o passeio -Lisa aponta para os dois que
olham para ela com a boca aberta.

- Queremos ver o foguete -Emy diz.

- Foguete? Do que essa garota está falando? -Monica pergunta com o cenho
franzido.

- Ela ouviu os funcionários do hotel comentando sobre e agora quer ver a


porra do foguete indo pro espaço -Peter diz com os braços ainda cruzados.

Ajeitei a bolsa pequena no meu ombro e olhei para eles que discutem sobre
o que farão, depois desse papo todo de foguete eu até queria ver ele indo pro
espaço. Parece algo diferente.

- Ok, vamos votar -Adam diz alto para que todo mundo calasse a boca-
Levantem a mão quem que ir ver essa caralha de foguete.

Somos 8 sem contar com Monica e Gregório que iria atrás dos convidados, 5
levantaram a mão e rápido concordamos caminhando para o carro em
direção ao foguete. Sorri animada, e vi as meninas se aproximando de mim
rodeando meu ombro.

Olhei para trás vendo os meninos a um metro de distância empurrando os


carrinhos com os bebês dentro, dei um sorriso de lado para a cena que
parecia estar em câmera lenta enquanto eles colocavam os óculos escuros no
rosto.

- E aí? O que queria conversar conosco? -ouço a voz de Lisa e a encaro


agarrando seu braço.

- Ah -me lembro rapidamente, dei um sorriso fraco- Bom, como vocês são
minhas amigas, confidentes e tudo mais -as três me olham confusas.

- Conta logo, Baby Boo -Emy passa a mão no cabelo loiro.


Contei a elas resumidamente o que aconteceu ontem na proa do navio e três
pararam de andar rapidamente me fazendo parar também. Pisco algumas
vezes vendo suas expressões estranhas para cima de mim e depois elas
olham para Nate ao mesmo tempo.

- Não! Não! -coloquei as mãos no rosto de cada uma virando para mim- Não
olhem para ele, vai saber que estamos falando sobre ontem!

- Aí meu Deus, ele quer tirar a pureza da minha franjinha -Emily coloca a
mão na boca com uma expressão de choro mas depois para olhando para as
meninas- Eu já sabia disso mesmo.

- É, eu também -Rubi e Lisa falam ao mesmo tempo e as três começam a


falar sobre como Nate quer tirar minha pureza.

- Meninas -chamo a atenção delas e voltamos a caminhar- Jesus, vocês não


são nada discretas.

Elas sorriram dizendo que aprenderam com os melhores.

- Certo, se ele perguntou para você sobre o papo de amizade de uma forma
não satisfeita...

- Significa que ele não quer só sua amizade -Rubi completa a fala de Emily-
Aí que emoção!

- E o que você quer? -Lisa pergunta para mim e eu aperto os lábios.

Olhei para os meus pés pensativa e suspirei baixinho.

- Eu me senti diferente ontem -digo e elas me encaram confusas- Minhas


emoções estavam irreconhecíveis, eu não me conhecia nem por dentro ou por
fora, mas não de uma maneira ruim, só era... diferente.

Emily deu um sorrisinho malicioso enquanto as duas ainda pareciam


confusas.

- Quando...eu voltei para a minha cabine, me olhei no espelho por alguns


segundos. Minhas bochechas estavam vermelhas, meu corpo parecia quente
como água fervida, e...meus olhos estavam brilhantes como se tivessem...

- Luxúria -Emily me corta e nós três olhamos para ela- Você estava com
tesão, Susie.

- Shiii -Rubi e Lisa me agarram cobrindo meu rosto como Emily tivesse me
batido.

- Ué, ela é uma mulher. Sente desejo, sente vontade de beijar, de tocar...e
mais um pouco -Emily faz as meninas me soltarem que dão um sorriso
pequeno depois- Você apenas sentiu desejo por ele.

- Eu sei disso -falo ajeitando minha franja- Só que...

- O quê? -Emily balança a cabeça confusa.

- Eu não havia sentindo assim das outras vezes -explico- Estranho.

Elas abrem a boca fazendo um coral de "Ah" como se tivessem entendido o


que eu havia dito.

- Não foi estranho, Susie. Apenas mais intenso, você se sente mais a vontade
com ele agora...e consequentemente consegue sentir as coisas com mais
facilidade -Lisa passa a mão no meu cabelo.

- Não tenha medo disso, porque é ótimo -Rubi riu mas parou quando as
meninas olharam séria para ela- Mas... -ela levantou um dedo para mim-
Sempre tenha um pouco da razão ao seu lado.

Balancei a cabeça concordando.

- E lembre-se -Emily passou a mão pelo ombro- Você é tímida, não santa.

Ela riu e eu acabei rindo também abraçando as três puxando para uma
rodinha, elas me apertaram e eu beijei o rosto de cada uma.

- Obrigada pelos conselhos, eu acho -digo e elas piscam para mim dizendo
para eu deixar as coisas acontecerem naturalmente.
Finalmente andamos o trajeto necessário chegando nos três carros que
mudariam sua rota para chegar aonde o foguete partiria, nos dividimos entre
os carros e eu fui o caminho todo pensativa.

Depois de 5 minutos ou mais nós tínhamos chegado no lugar indicado,


Monica e Gregório tinham ido com os outros para chegarem na praia logo.
Então só estávamos nos 8 com os 4 bebês.

Descemos dos carros e vimos uma pequena plateia já esperando, estávamos


bastante longe obviamente mas conseguiríamos ver claramente quando o
foguete saísse. Ficamos um do lado do outro em silêncio depois que os
meninos ajeitaram os bebês nos carrinhos de novo.

- Ver meu filho batendo palma é mais interessante -Adam sussurra e aperta
os lábios quando Emy coloca a mão na cintura olhando séria para ele.

- Olha, vai começar -Peter diz e aponta para um pequeno telão perto de nós
inicializando a contagem.

- Espero que dê tudo certo -Rubi diz e se abana com a mão- Mas que tal um
sorvete? Está muito quente!

- Olha como ele é grande -Emy diz animada e nós olhamos para ela que
levanta os braços- Vai foguete!

- Cara, o que você deu para ela? -Nate pergunta para Peter apontando para a
loira.

- Vou ter que esconder meu pozinho mágico -Adam diz e cruza os braços,
sorrio de lado vendo a contagem em 6.

Esperamos os 4 segundos e levantei as duas sobrancelha vendo o foguete


pegando impulso ligando e subindo lentamente para cima, as pessoas
bateram palmas e nós batemos também. Certo, isso era até legal.

O barulho e o brilho do foguete se era possível de ver e ouvir onde


estávamos e seguimos as palmas que não paravam incentivando o foguete de
alguma forma.
Mas...bom...

- Puta merda! Puta merda! -Adam fala parando de bater palma e dando
tapinhas no ombro de Peter que abre a boca.

- Puta que caralho... -Emily sussurra e as palmas de todo mundo vai parando
ao poucos deixando expressões confusas.

O foguete simplesmente foi parando de pegar impulso e eu coloquei a mão


na boca quando ele voltou descendo para baixo, aí meu Deus!

- Gente...tem alguma coisa errada -Rubi sussurra.

- Não me diga -Lisa debocha e a amiga empurra seu ombro para o lado.

- Ai meu Deus, alguém faz alguma coisa! -falei apavorada vendo Dylan
abaixar o capuz do carrinho tampando a visão de Danny e os trigêmeos.

- Como?! Não somos super heróis! -Adam fala colocando as mãos na cabeça
com uma expressão assustada.

- Espera...espera -Nate balança as mãos pedindo para que deixássemos de


falar ao mesmo tempo, porque era o que estávamos fazendo agora- Olhem,
ele está subindo.

Olhando para o foguete novamente e eu franzo o cenho vendo ele subir da


maneira correta dessa vez deixando o brilho do céu ainda mais bonito,
respirei aliviada com a mão no peito agradecendo por ninguém morrer.

- Isso foi demais para o meu coração -falo baixo.

- E isso não era interessante -Emily se gaba e Adam mostra o dedo do meio
para ela.

- Certo! Muita emoção...mas eu quero muito ir para a praia -Lisa diz e nós
concordamos.

- Vamos, separa o shortinho do Peter Pan -Adam diz e os meninos olharam


para ele com uma cara de tédio.
- Não vamos vestir o short do Peter Pan -Nate fala e eu olho para os seus
braços assim que se cruzam, desviei rapidamente quando sinto o toque de
Rubi no meu braço me puxando para uma barraquinha de sorvete.

(...)

- UMA VOLTINHA!

Rubi gritou para os quatro que o fizeram a contra gosto a não ser por Adam
que ainda colocou as mãos na cintura fingindo ser uma super model.

Eles realmente estavam usando shortinhos do Peter Pan e sua turma,


exatamente iguais. Não sei muito bem como Adam conseguiu fazer os três
concordarem com isso mas ali estavam eles com os pés na areia usando
apenas um shortinho de um personagem fictício.

- Estou super mais atraída por você agora -Emy diz para Peter que dá um
sorriso falso para a esposa. Ela ri e volta a brincar com Danny que estava no
meio das suas pernas brincando com areia.

- Espera, não estou pegando de um ângulo bom -falo pedindo para eles se
ajeitarem para eu terminar de bater as fotos, Adam me deu essa missão.

- Precisa mesmo de fotos? -Dylan pergunta apontando para mim que


confirmo.

- Papa -ouvimos Danny chamar o pai que sorriu acenando- Pan.

Arregalamos os olhos e depois piscamos várias vezes encarando Daniel que


sorriu batendo palma.

- Ele disse "pan"? -Adam pergunta fazendo aspas.

- Legal! Meu afilhado não sabe falar meu nome mas sabe fala Pan! -Peter
grita com Adam que levanta uma sobrancelha.

- Seu nome é Pan, Peter. Quero dizer...de certa forma...eu tô brincando! -


Adam ri quando Peter jogou um protetor solar na perna do loiro.
- Pan -Danny diz de novo e nós rimos nos aproximando dele e agradando os
trigêmeos também que estavam em uma espécie de boia aquática que os
meninos compraram para eles, parecia até um parque aquático para bebês.

Fui a primeira a me afastar tirando a sandália dos pés e puxando a saída de


praia branca para cima que cobria meu corpo, puxei lentamente já querendo
me cobrir de novo com vergonha se instalando no meu ser.

Ajeitei as alças do biquíni vermelho liso procurando um lugar para sentar e


me esconder, peguei o protetor da minha bolsa e óculos escuros.

Fiquei ereta novamente sentindo o olhar nas minhas costas sabendo muito
bem de quem era, me virei para ele que estava perto dos outras que estavam
distraídos falando com os bebês.

Nate me analisa por alguns segundos e eu sinto atrás da minha orelha um


quentura ridícula, quando ele me olhou nos olhos deu um sorriso pequeno na
minha direção desviando o olhar em seguida para Dylan que chamou por ele.

Rápido me joguei em uma cadeira própria para pegar sol e coloquei os


óculos na minha cabeça passando protetor no meu corpo depois.

Encaro a praia de água cristalina, o nome da praia era Cocoa Beach e pelo o
que vimos...o lugar era incrível. Hotéis, atrações aquáticas e restaurantes
legais completava o lugar.

A praia só era um pouco deserta, só tinha os convidados de Monica e os


restaurantes em volta com o clube atrás de nós com mais de 500 metros de
distância. Tivemos que andar um pouco para chegar até aqui.

Mas era perfeito para nós que só passaríamos o dia, a partir de amanhã já
estaremos de fato em Bahamas. Não sei muito bem qual são os planos mas
tenho certeza que não vai ser nada chato e monótono, nada com eles para
mim é sem graça.

Sorri de lado.

×××
Imagine o desespero desse povo vendo o foguete caindo de volta
KAKAKAKA Se eu participasse desse mundo em que eles vivem, eu ia
viver com um saquinho de pipoca, fds.

As meninas aconselhando a Susie foi tudo para mim ❤ deixe o voto e


tenha um ótimo dia! .

Beijão, babys.

Vou postar outro ainda hoje, provavelmente de noite.


20° capítulo

Nate

Com os braços cruzados eu levantei o rosto para cima vendo o céu azulado e
inspirei fundo fechando os olhos.

Eu tinha me esquecido como viajar a lazer era bom, quase não fiz isso desde
que vim para Nova York. Trabalho ocupava minha mente em 90%, e os
outros 10% era a minha empresa na Itália. Eu definitivamente precisava
disso.

- Eu tenho duas suposições -abro os olhos e abaixo a cabeça para encarar


Dylan ao meu lado com uma bóia amarela na sua cintura.

- Hum, e quais são? -pergunto deixando a água da praia atingir meus pés.

- Um -ele levanta um dedo- Você deve estar adorando estar aqui, faz tempo
que não viaja.

Sorri de lado.
Dylan me conhece até o meu último fio de cabelo, as vezes é bom, mas as
vezes é ruim, como agora:

- Dois -levanta outro dedo- Tem algo aí na sua cabecinha que está te
deixando distante, do que se trata, meu jovem?

- Eu estou bem -digo.

- É, 28 anos e você ainda não sabe mentir para mim -Dylan mexeu no pato
que tinha em sua boia.

- Não te vi quando você tinha 2, te vi quando você tinha 8 meses. Eu eu não


era muito grandinho mas já entendia o que era um bebê -falo e ele revira os
olhos.

- Você se acha só porque é mais velho.


- Era bom, tia Monica sempre me deixava no comando -falo e ele mexe o
quadril me batendo com o pato da bóia.

- Idiota, mas não mude de assunto -Dylan aponta para mim- Me conta.

Suspirei alto e me virei para ele colocando as mãos na cintura. Da gangue,


apesar de amar todos eles, meu nível de intimidade é maior com Dylan,
sempre conto tudo para ele, as vezes não porque sei que ele vai fazer um
drama do caralho e me contenho, fazendo outro drama depois. Somos
Venturelli, afinal.

- Ontem...eu falei algo para Susie que não sei se foi uma boa idéia -falo e ele
levanta uma sobrancelha.

- Eu já estou ficando puto com você! Todo mundo sabe que você é afim dela,
isso é perceptível, e eu tenho quase certeza que ela sente o mesmo.

- Por que quase certeza? -levanto uma sobrancelha.

- Bom, não é como se eu fosse correndo até lá agora e chamasse ela para
fofocar sobre você. Então, não posso dizer com certeza -ele cruza os braços.

- Dylan, eu não deveria me envolver com ela. Susie não vai aceitar o que eu
tenho para oferecer a ela

- Você perguntou?

- Hum... não?

Dylan riu.

- Para de rir -bati no seu braço.

- Você é maluco, por que tem que se envolver com alguém só de for desse
jeito?

- Você sabe por que -falo e olho para a praia de novo respirando fundo,
Susie vai correr de mim assim que eu contar como são as coisas comigo.
Algo dentro de mim me diz isso.
- Certo -ele limpa a garganta- Se sente muito atraído por ela?

Levantei uma sobrancelha.

- É, eu sei. Pretende fazer alguma coisa?

- O que acha que eu deva fazer? -pergunto apenas para ver o que diabos ele
vai me dizer, Dylan não é bom dando conselhos.

- Não sei, a primeira oportunidade de ficar com a Lisa eu a agarrei como um


lunático naquela estufa da mansão.

Viu só?

- Nossa, muito útil esse conselho -debocho.

- Não sou muito bom em conselhos, mas se você quiser algumas palavras
sem sentido...

- Babaca -sussurro e ele me bate de novo com a porra do pato nessa bóia
amarela.

- Vai catar o que fazer e saia mesmo de perto da Susie, você não merece ela
-ele diz e eu fecho minha expressão vendo-o sorri em seguida- Isso sempre
funciona para te deixar puto.

- Ok, já chega. Vou correr pela praia, ela ainda vai me ajudar mais do que
você -falo.

- Vai lá, papa léguas -Dylan diz e eu dou um tapinha na sua barriga saindo do
restaurante que estávamos e começando a correr não muito rápido na direção
contrária de onde as meninas estavam com os bebês.

Passei pelos amigos próximos de Monica que não eram muitos e tinham
basicamente a idade dos meus tios.

Minha mãe...faria aniversário três dias antes de Monica e ouvi histórias de


que as duas até dividiam a comemoração as vezes, mas sei apenas isso, não
procurei saber mais.
Ela tinha voltado aos meus pensamentos desde ontem à noite quando Susie
me fez lembrar dela, como não acontecia a muito tempo. Não gosto de
lembrar, algo dentro de mim me faz sentir culpa mesmo nunca a conhecendo,
não suporto essa merda mas convivo com ela.

Aumentei o ritmo da corrida me distanciando deles mais um pouco e senti a


brisa do mar atingir meu corpo, suspirei sentindo a mesma sensação
libertadora de sempre e se comer é uma coisa sagrada para algumas pessoas,
a minha definitivamente é correr. Me acostumei a fazer isso desde a
faculdade.

Dei passos devagar até parar recuperando um pouco o fôlego, me virei para
a praia e andei até a beira deixamos a água tocar meus dedos dos pés
novamente.

Fechei os olhos com as mãos na cintura e aspirei fundo relaxando.

- Outra pulseira? -ouço uma voz feminina e franzo o cenho olhando para o
meu lado direito vendo uma mulher de costas segurando um objeto metálico
que eu ainda não consegui identificar.

Logo depois de escutar o barulhinho de apito que ele faz eu entendi ser um
detector de metais, olhei em volta ainda confuso e dei passos pequenos até a
mulher que estava perto de grande dois coqueiros.

Parei atrás dela que parecia tão concentrada na sua aventura que não
percebeu, mas eu percebi assim que consegui vizualizar o biquíni e o cheiro
que invadiu minhas narinas. Tá de sacanagem.

Coloquei meus dois dedos no ombro de Susie a chamando mas claro que eu
a assustei e ela girou ainda segurando o detector de metais atingindo minha
coxa direita com força, dei um resmungo contido e quase caio na frente dela
mas me segurei apoiando a mão na areia.

Ela estava assustada mas depois fica apenas surpresa quando me reconhece,
me sentei devagar no chão e ela abriu a boca pedindo desculpas na mesma
hora.
- Jesus! Me desculpa -ela soltou o detector de metais me mostrando o quanto
suas bochechas estavam vermelhas- Você me assustou, eu não queria...

Balancei a cabeça com a mão na coxa e apertei os lábios, cacete isso dói.
Ela se ajoelha perto de mim com uma careta provavelmente imitando a
minha e mexe os dedos parecendo nervosa.

- Foi mal -ela diz olhando para eles e eu suspiro encarando suas bochechas
depois que ela sorri.

- Não acredito que você está rindo da minha desgraça, Susie Jones -falo
desacreditado e ela ri um pouco mais alto levantando o olhar para mim, mas
que filha da mãe.

- Você que chegou de fininho me assustando, merece que eu dê risada de


você -ela diz.

- Ela me ataca com um detector de metais e a culpa é minha, incrível -falo


levando meu corpo para trás até deitar as costas na areia.

- O que faz aqui? -pergunta com ar ainda risonho mesmo que eu não esteja
vendo seu rosto e sim o céu acima de nós dois.

- Eu vim correr, e você?

- O dono de um dos restaurantes me deu esse detector? -sua voz estava


confusa- Eu não sei muito bem porque, ele não falava nossa língua.

- Está a quanto tempo fazendo isso? -pergunto.

- 20 minutos -diz e fica em silêncio- Me distanciei bastante.

Coloco as mãos em cima do peito quando vejo seu corpo deitando-se ao


lado do meu lentamente, olhei para ela vendo seus olhos nos meus até ela
encarar o céu desviando.

Sorri de canto.

- Esse céu parece ser mais azul do que de N.Y -ela observa.
- Até porque na cidade não está parando de chover -falo e ela concorda,
encarei seu pequeno maxilar descendo pelo pescoço delicado vendo o
quanto ela não se importa por estar com a cabeça deitada na areia, olhei para
o peito que subia e descia normalmente, parei no biquíni vermelho. Isso não
está me fazendo muito bem.

Senti areia ser jogada na minha cintura e olhei para ela que tinha um
biquinho.

- Para de me olhar assim -ela me joga areia de novo.

- Assim como? -pergunto rindo tentando me desviar até rolar para o lado
ficando de joelhos.

- Desse jeito... -ela se levanta com um pouquinho de areia na sua mão- Que
só você olha.

- Você é inacreditável -Falo me levantando tirando a areia da minha cintura.

- Inacreditável? Você que é todo complicado -ela joga o resto da areia onde
eu tinha acabado de limpar, levantei o olhar para ela que apertou os lábios-
Hum... desculpa?

- Desculpa? -me abaixo pegando um montinho de areia e eu vejo ela ficar


branca que nem papel.

- Olha, você é bem maior do que eu...se jogar isso com muita força, vai me
jogar daqui para o navio -ela deu passos para o lado indo na direção de um
coqueiro mas não conseguia vê-lo por estar de costas.

- Você que decide brincar comigo, Susie. Vai ter que aguentar minha
brincadeira -falei isso vendo-a entre abrir os lábios.

Me aproximei dela que dava passos devagar para trás e ela deu um gritinho
quando joguei no mesmo lugar que ela tinha jogado em mim, limpei as mãos
satisfeito.

Estava com um sorriso sem mostrar os dentes quando parei de fazer isso
vendo ela se abaixar de novo, fui mais rápido me abaixando também
agarrando sua mão e ela resmungou irritada quando a puxei para o meu peito,
Susie arfa de leve e encara meu rosto descendo para a boca.

Perto o suficiente eu sentir sua respiração no meu corpo, eu encarei seu rosto
vendo a franja desalinhada e a respiração se descontrolando aos poucos.

Merda.
Merda.
Merda.

Que se foda.

Tirei minha mão da sua levando para o seu maxilar e ela puxou a respiração
quando colei sua boca na minha com uma necessidade estranha, até demais.

Ela dá passos quando empurrei seu corpo um pouco para trás até apoia-lo
em um coqueiro que graças a Deus, estava com falta de cocos. Susie abriu
mais os lábios quando pedi indiretamente com a minha língua e apertei seu
maxilar quando a beijei de verdade.

Ela estremece nas minhas mãos e eu não preciso dizer o quanto isso foi bom,
preciso? Céus, eu sei que não. Senti sua mão no meu peito mas não com
vontade me afastar, apenas os dedos apertando como se quisesse controlar o
que sentia, e talvez eu estivesse louco, mas eu sentia basicamente a mesma
coisa. Esse desejo desenfreado que sinto por ela fode a minha cabeça.

Tirei sua mão no meu peito e apertei meu corpo contra o seu ouvindo um
gemido extremamente baixo sair dela, infelizmente baixo demais. Explorei
sua boca como queria fazer a meses, não a soltei em momento nenhum, nem
quando ela resmunga quando mordo seu lábio inferior descendo para o
queixo.

Abri os olhos encarando os seus ainda fechados e toquei no seu queixo


levantando sua cabeça um pouco para cima para me dar mais livre acesso.
Abaixei o olhar vendo as pintinhas no peito e uma gota de suor descendo
pelo meio dos seios pequenos, meu aperto se tornou mais forte e eu me
aproximo do pescoço beijando delicadamente, ela ofega inclinando o corpo
para frente.
Voltei para cima agarrando seu cabelo e deixei que seu nariz tocasse o meu,
a vi passar a língua nos lábios antes de abrir os olhos para me encarar
ofegante, brilhantes como achei que estariam.

- Você é um amigo diferente -ela diz e eu acabo rindo.

- Não sou muito bom nisso em relação a você -desci uma mão para o seu
pescoço e ela encostou a cabeça no coqueiro com as mãos ao lado do corpo.

Susie ficou em silêncio e eu sabia que queria me dizer algo, apenas esperei
que ela o fizesse.

- Vai se distanciar de mim como das outras vezes? -pergunta e eu encaro. Ela
teria que perguntar isso uma hora outra, e eu teria que explicar.

Pisco algumas vezes e tiro a mão do seu pescoço dando um passo para trás,
ela fica confusa e se ajeita arrumando a franja.

- Desculpe, eu só...não entendo -ela fala me vendo encarar a areia branca.

- Você está certa, eu sou bem mais complicado -digo e ela se aproxima de
mim o passo que precisava, olhei para a sua boca vermelha e tive que me
segurar para não beija-la de novo, parece que reprimir essa vontade de
beija-la por meses não foi uma boa idéia.

- Pode me explicar? -pergunta, Susie estava... normal. Seus ombros ainda


pareciam tensos mas ela não estava tão nervosa como ficava das outras
vezes, eu realmente gosto disso.

Ainda olhei para frente vendo as ondas do mar e o barulho relaxante atingir
meus ouvidos, quando a encarei novamente, apenas balancei a cabeça em
afirmativo.

×××

E aí, babys? Já beijaram o crush na praia?! Eu nunca, queria me


encostar em um coqueiro sem cocos e beijar o desgraçado, mas ele não
colabora 😔 (brincadeira, sou piranha formada)
Preparadas para conhecer uma pequena parte de Nathaniel Venturelli?!
Espero que sim, vamos começar o primeiro drama do livro, já está na
hora não é?

Vote e reze pela santinha protetoras dos casais, ela que vai soltar o
próximo capítulo kakakaka.

Beijão, babys ❤.
21° capítulo

Susie

Sabe quando você está em um parque de diversões?


Se divertindo em um brinquedo que parece fazer sua adrenalina subir?
Bom, é exatamente assim que senti quando Nate colou a boca na minha.

A tensão que sempre sentimos parece ter sido esvaziada um pouco agora,
cada célula do meu corpo parece estar gritando por atenção, o que ainda me
deixa surpresa, quero dizer, essas coisas não acontecem com frequência,
esse sentimento prazeroso por estar nos braços de alguém não acontecem
comigo todos os dias.

Olhei para o rosto dele que estava concentrado na areia enquanto ele cavaca
fazendo um buraquinho, nós sentamos aqui tem mais ou menos 5 minutos. Ele
ficou em silêncio como se pensasse a todo momento o que iria me dizer.

- Nate?

- Certo -ele para de cavar e limpa as mãos se livrando um pouco da areia.

Me ajeitei do seu lado.

- Eu sei...que você se sente diferente perto de mim, Jones -ele diz e eu


encaro seu peito fugindo do seu olhar- Sei que se sente atraída por mim, e eu
também me sinto por você, estou certo?

Continuei olhando para o lugar fixo mas isso mudou quando senti seus dedos
levantarem meu queixo me fazendo encara-lo.

- Estou certo? -pergunta novamente e eu balanço a cabeça timidamente em


afirmativo, ele suspira como se estivesse satisfeito.

- Cristo, eu desejo você a meses... -ele sussurra e tira os dedos do meu


queixo.
Ele falar diretamente que me deseja e é até surpreendente, quero dizer, as
meninas me diziam isso as vezes mas escolhia ignorar dizendo que não. Que
as duas vezes que tivemos contato mais íntimo foi algo banal, sem
importância. Afinal, era o que eu escolhia acreditar.

- Não sou acostumado a dormir com uma mulher diferente por noite -ele diz
e eu levanto as sobrancelhas de leve pela afirmação direta- Não sou como
Dylan, Adam e Peter eram.

- E...como você é? -pergunto.

- Eu me relaciono com mulheres por mais de uma noite, temos relações


até...bom, até o tempo acabar e até que fiquemos enjoados um do outro.

- Tempo? Tipo contrato?

Ele se vira para mim.

- Tenho um problema com relacionamento, por isso eu os faço do meu jeito -


Nate me encara como se esperasse um reação melhor do que estou agora.

- Está me dizendo que é tão controlador que precisa planejar todo o tempo
que estiver com alguém, e que é você que decide quando...o tempo acaba,
depois você descarta a pessoa como se não fosse nada?

Ele fica em silêncio me encarando e depois passa a mão na barba rala.

- Eu não deveria dizer isso para você, você não é o tipo de pessoa que
aceitaria algo assim. Mas é apenas desse jeito que eu me envolvo com
alguém -fala e eu olho para o buraco na areia que ele fez com as mãos.

- Por que? -pergunto sem encara-lo.

- Eu só me sinto confortável assim.

Olhei para ele.

- O que machucou você para se relacionar com mulheres somente dando um


fim previsto?
Ele aperta o maxilar e olha para o lado como se pensasse se ia embora ou
não, definitivamente aconteceu alguma coisa no passado dele.

- Não quero falar disso com você, Susie -ele se levanta e eu olho para cima
vendo ele limpar o short do Peter Pan.

- Você está certo -digo e ele me encara- Eu não posso me envolver com
alguém que quer controlar até o tempo que iremos nos envolver, desse jeito
não. Eu não sou assim -me levantei também.

- Eu sei que não, é por isso que somos totalmente diferentes. Mas não acho
que seu corpo liga o suficiente para isso.

Dei um riso baixo.

- Isso é maluco -falo e ele cruza os braços- As pessoas vivem me dizendo


para eu viver mais, aproveitar mais o que vida pode me oferecer. Mas...se
for para fazer o que você faz em um relacionamento...eu não quero, somos
diferentes mesmo, Nathaniel.

Eu sei que me sinto atraída por ele, mesmo me sentindo assim eu não consigo
enxergar vantagem começar uma coisa onde ele é o controlador nato. Deus
me livre.

- Vamos voltar -falo desviando o olhar para o mar e pego meu detector
passando por ele que apertar o maxilar.

- Susie... Susie -sinto sua mão no meu braço quando não paro para de andar,
me viro para ele para o escutar.

- O quê, Nate?

- Mesmo que você não aceite ficar comigo desse jeito, eu sei que vamos nos
envolver de novo, e de novo. Pelo simples fato do tesão absurdo que
sentimos um com o outro, nem adianta mais negar porque até cego
conseguiria enxergar isso.

- Eu...-sussurrei dando um resmungo quando ele aproxima o rosto do meu


sussurrando "o quê, Jones?", A voz parecia forte, quase rouca.
- No final, você vai voltar como uma imã. Isso acontece com bastante
frequência, já percebeu? -sua mão toca minha cintura e eu estremeci pela
segunda vez quando seu peito roça no meu, acenei em concordância. ele está
certo nesse quesito, o destino parece estar colaborando a nosso favor
algumas vezes.

Nate suspira me encarando e me solta no segundo seguinte, ele passa a língua


nos lábios e me dar um olhar que nunca tinha visto antes.

- Eu sou desse jeito, Susie. Ninguém sabe esse lado meu porque evito
espalhar minha vida sexual por aí, não gosto de aparecer em redes de
fofocas com dezenas de mulheres diferentes, não vai mudar o que eu sou, e
eu sou assim.

Isso explica porque ele nunca aparece em revista como várias mulheres
como os outros três apareciam antes, oh meu Deus, por que quando eu sinto
uma atração forte por alguém pela primeira vez, ele precisa ser um bicho de
sete cabeças?

O que eu fiz?!

- Não me sinto segura nisso tudo, não tenho algo que realmente vá ser útil.
Não posso aceitar ficar com você se for com data marcada para o fim,
entendo porque sempre se afastava de mim, mas acabou dando o mesmo
resultado de qualquer maneira -falo e ele coloca a mão na cintura vendo eu
me virar caminhando de volta por onde vim.

As palavras de Eric invadem minha mente e eu volto para o dia que ele
perguntou qual foi a última vez que eu me arrisquei de verdade, eu não soube
responder. Ainda não irei saber de fato.

×××

Eu vos apresento o verdadeiro Nathaniel Venturelli, um cara quebrado


por coisas que aconteceram antes ( será explicado futuramente), um
cara tão inseguro que precisa controlar algumas coisas apenas para se
sentir confortável, traumas o atormentam noite e dia. Esse é o
personagem mais complexo que criei, e é baseado em um pessoa real
(Claro, tirando o dinheiro, a boniteza, as empresas e o país natal
KKKKKK) Mas eu vejo o quanto ele é diferente dos outros e o quanto
pode ser machucado facilmente, mesmo tendo uma pose de durão.

Se acalme que isso é só o começo, ainda falta muito para conhecê-lo, e a


Susie também. Personagens totalmente diferentes mas que tem coisas
em comum que vão ser descobertas em breve❤.

Mas...hum...lembrando que todos os casais fizeram acordo, será que


dessa vez não rola?

Vote e comente! Porraaaa, que orgulho das minhas bebês que fazem isso
❤.

Atéamanhã, babys.
22° capítulo

Susie

Dia seguinte...

Esfreguei a toalha na minha cabeça suavemente e andei de volta para o


quarto da cabine balançando o quadril com a música que tocava no meu
celular.

Dei uns gritinhos conforme a voz da Sia aparecia, as músicas dela sempre
tocam o fundo da minha alma, seja animada ou com uma batida mais triste.

Tirei a toalha do meu corpo e deixei em cima da cama junto a que secava o
meu cabelo, vesti uma calcinha na frente do espelho pequeno que tinha aqui e
passei loção hidrante no corpo seguindo de desodorante.

Peguei o vestido branco que eu havia trazido e agradeci ao céus por isso,
havia uma festa do navio com o tema gelo e fogo, todos deveriam se vestir
de branco ou de vermelho ou até misturar os dois.

Soubemos disso depois que chegamos da praia hoje, visitamos outras hoje
pela manhã e tarde, bem diferente da de ontem. E agora estamos cada um na
sua cabine se arrumando para ir para o espaço grande no meio do navio onde
estão preparando a festa.

Coloquei o vestido no corpo pela cabeça e ajeitei meus seios do decote para
que não ficasse torto e estranho, ele era liso e brilhavam muito pouco mas o
suficiente para que enxergasse de perto, não era muito colado a não ser no
busto tendo a barra solta. Era simples e elegante, somente assim que gosto
das minhas roupas.

Seco meu cabelo com o secador pequeno que trouxe na mala e o escovo
durante o processo, não passo nada no rosto além de um batom nude e um
pouco de rímel.
Calço tênis...mesmo algo me dizendo para calçar saltos mas eu não suporto
salto alto, uso quando é realmente necessário, como na boate as vezes, e não
acho que seja tanto agora. Mas pelo menos o tênis é da mesma cor do
vestido...

Me olho no espelho e giro uma vez vendo uma parte das minhas costas nua,
pego a chave em cima da mesinha que ficava ao lado da porta e saio ouvindo
o barulho indicando de que ela estava trancada.

Ouvi outro barulhinho idêntico e vi Peter e Emily saindo também da cabine


que ficava duas portas depois da minha, eles me encaram e eu sorri vendo os
dois me chamando com a mão.

Me aproximei deles que beijaram minha cabeça e os abracei de lado ficando


no meio, Pus o cartão no bolso discreto que tinha no meu vestido e falei com
eles:

- Onde estão os outros? -Pergunto enquanto descemos a escada brilhante.

- Já estão lá, demoramos porque Emily não estava achando o vestido


vermelho que trouxe -Peter diz e eu olho para ela vendo o vestido com
babadinhos por todo ele e todo brilhante, seus seios estavam destacado e o
batom vermelho na boca a deixava ainda mais bonita.

Peter usava uma camisa branca social com calça preta, completando com um
blazer branco e um lenço vermelho no bolso do mesmo, eles estavam
chiques.

Passamos pela grande entrada lateral e chegamos no local certo, minha boca
se abriu um pouco quando vi luzes amarelas e brancas piscantes no ar que
foram amarradas estrategicamente no navio, nos cantos mini caldeirões com
fogo? Ai meu Deus, isso não é perigoso?! Olhei para eles e vi uma pessoa
do lado de olho em cada um.

Uma mesa enorme se estendia no espaço com as mãos variadas comidas e


petiscos que se possa imaginar, garçons de um lado para o outro servido
sucos, águas e bebidas alcoólicas.
Os convidados de Monica e Gregório estavam juntos a eles perto da pequena
banda que tocava música clássica, avistei o restante conversando
casualmente perto de cadeiras personalizadas com o tema da festa, alguns
estavam sentados e outros em pé.

Emily, Peter e eu chegamos até eles os cumprimentando com o um aceno,


Lisa estava de branco e Rubi de vermelho, ambas não usavam vestidos e sim
um macacão super elegante que tinha um decote grande, o que diferenciava
era o desenho.

Adam e Dylan estavam de vermelho, mas quase não se notava porque tinham
blazers escuros por cima, mas continuavam bonitos.

Olhei para o único que faltava entrar no meu campo de visão, e assim que
apareceu eu lutei para não ficar olhando por muito tempo, Nate usava uma
calça preta jeans com os sapatos da mesma cor e a camisa social era de um
vinho cintilante, as mangas estavam dobradas até o cotovelo e tinham dois
botões na frente abertos mostrando um pouco do seu peito.

Quando subi para os seus olhos eu vi os seus me analisando da mesma


maneira que eu estava fazendo com ele a dois segundos atrás, assim seus
olhos pretos focaram nos meus senti um aperto no peito, nos falamos mais
cedo mas foi rápido.

Desde daquela conversa eu estou pensativa sobre tudo isso, ele é tão... céus,
tão...argh, eu não consigo nem pensar em nada a não ser complicado. Qual o
problema de relacionamentos normais? Bom, ele é um Venturelli,
provavelmente não tem nada de normal nele, já ouvi o que Rubi e Lisa
passaram com os maridos.

- Por que estão assim? Não entenderam o tema? -Emy fala me puxando de
volta para a realidade e eu a vejo encarar Dylan e Adam.

- Estamos usando vermelho -Adam diz.

- Não dá nem para ver -Peter diz rindo.

- Não tínhamos nada relacionado a cor -Dylan explica.


- Nem branco? -Pergunto.

- Não gostamos de branco -Adam diz e o irmão confirma- A não ser quando
minha princesa usa -ele joga um beijo para Rubi que sorri de lado.

- Preferimos cores mais fortes, tipo preto -Dylan diz explica.

- Prefiro azul claro -Adam fala.

- Azul escuro -Peter levanta a mão.

- Cinza -Nate diz também e depois cruza os braços ainda sentado na cadeira.

- Vocês sabem que só usam terno dessas cores que acabaram de falar
respectivamente, não sabem? -Lisa pergunta e eles fazem um biquinho.

- Eu acho que ela está certa -Peter diz.

- Não tem achismo, eu estou certa -Lisa coloca as mãos na cintura- Vocês só
usam terno nas cores que acabaram de falar, quando muda é porque
provavelmente tiraram para lavar.

O 4 simplesmente caem na gargalhada, alto, mas tão alto que até a banda de
músicos parou de tocar um pouco e depois voltaram quando eles se
acalmaram.

- Tiram para lavar -Peter ri- Aí, essa foi boa -ele limpa uma lágrima.

- Qual o problema? -Rubi pergunta confusa.

- É que... -Adam passa a mão na barriga ainda risonho- Nós temos tantos
ternos que nem percebemos se lavamos ou não, não importa. Sempre vai ter
um novo vindo da loja na manhã seguinte.

- Temos mais ternos que dinheiro provavelmente -Nate fala passando a mão
na barba.

- Onde guardam tudo isso que eu não vejo? -Emily pergunta.


- Como assim, Emy? Eles moram em um lugar que tem 500 quartos, estão lá
dentro provavelmente -falo e eles concordam com a cabeça.

- Céus, fazia tempo que eu não dava uma gargalhada dessas -Adam diz
passando a costa da mão embaixo do olho.

Olhei para as meninas que rápido trocamos olhares do tipo "Certo, andamos
com doidos" mas depois da gangue se acalmar e nós nos acomodarmos um
perto do outro começamos a conversar das mais variadas coisas. Como
sempre fazemos

Os bebês já estavam dormindo infelizmente, brincaram tanto na praia que


devem estar mortos de cansados, o que por um lado é bom porque deixa os
pais um pouco mais soltos.

Me encostei no ombro de Emy que me abraçou de lado e me preparei para


ouvir alguma história louca de Adam e Peter.

(...)

Mexi meu pé descontraída enquanto tinha os braços para trás ouvindo a


conversa deles que agora estavam em um rodinha perto da mesa de comidas.

- Podemos ir para Disney.

- Espera, o que?! -toquei no braço de Peter que me olhou com um sorriso de


lado.

- Nossas próximas férias, podemos todos ir para a Disney -ele diz e eu me


seguro para não dar um gritinho.

- Não é uma idéia ruim -Lisa diz rindo e os demais concordam.

- Os trigêmeos terão um ano, provavelmente já irão andar até lá. Vão poder
ir em alguns brinquedos mais divertidos -Rubi diz e eu dou um sorriso tão
grande que o comodante do navio pode pensar que era um farol.

- Caralho, olha o sorriso dela -Dylan aponta pra mim- Exala felicidade, dá
até vontade de levar agora.
- Não brinque comigo -aponto para Dylan séria e ele nega com a mão no
peito.

Eles riram baixo e eu sorri feliz, Disney! É A DISNEY! Minhas princesas


estão lá, os castelos, os melhores parques do mundo, eu consigo sentir a
diversão daqui do meio do mar.

- Vamos programar tudo certo e depois que passar o natal e ano novo nós... -
Dylan parou de falar e nós o encaramos confuso- Peter...

Dylan colocou os dedos na testa e respirou fundo antes de olhar para Peter.

- O que? -ele pergunta e Dylan bufa.

- Por favor, tira o Adam dali antes que ele faça merda e mate todos nós
dentro desse navio -ele fala e eu franzo cenho quando ele aponta para a
frente onde o loiro estava não muito distante.

Adam era o único que não estava aqui na rodinha, ele saiu para pegar um
copo de whisky. Bell estava com o copo na mão o mantendo ocupado e a
outra estava tocando em uma estátua de gelo imensa com o nome do navio,
Adam faziam umas caretas mexendo no negócio.

De repente ele arrancou um pedaço dela e arregalou os olhos, três segundos


depois nós vimos a estátua quebrar se espatifando no chão fazendo um
barulho estrondoso, a música do violino parou e simplesmente todo mundo
olhou para Adam que ainda encarava o chão fixamente.

Coloquei a mão na boca para não rir.

O loiro se mexeu finalmente virando o corpo para frente encarando nós 7 que
tínhamos quase a mesma expressão inacreditável, Adam dá um sorriso sem
graça e esconde o pedaço da estátua atrás dele.

- Nossa...quem será que fez isso? -ele pergunta agora sério como se
realmente não soubesse.

Eu não aguentei e comecei a rir compulsivamente, tive que me segurar na


Emy de novo para mão desmaiar de tanto rir, os outros riram também quando
a fadinha veio correndo até nós para fugir da dona Monica que vem correndo
até ele com um leque na mão.

Só sei que no final eu estava com a costa da mão limpando meus olhos das
lágrimas.

Vi Gregório tirando a esposa de cima do Adam que empurrava Dylan para


cima dela apenas para não apanhar de leque, Gregório era o que mais ria no
meio dos filhos e da esposa.

Família maluquinha.

×××

Desculpe pelos erros ortográficos, ainda não me formei na faculdade do


dicionário KAKAKAKA aí gente, tô dodói 😔 . Tô com dor de cabeça,
deve ser o chifre nascendo. Brincadeira!

Capítulo para descontrair a tensão um pouco! O próximo é


definitivamente o meu preferido mas! Você só irão vê-lo em 2021 😂😂
Se foderam, gente! Ainda tô brincando, não leve para o coração. Mas
2021 nem está tão longe assim! Eu volto no dia 09 de janeiro! Ou antes,
não sei ainda.

Um feliz ano novo


E um feliz último capítulo de 2020, ano filha da mãe hein! Vamos ver se
2021, espero que pelo menos eu consiga um emprego, tá ruim olha 😂.

Beijão, meu amores ❤


Aproveitem.
23° capítulo

Susie

Levei o copo de refrigerante até a boca e bebi dois goles seguidos ouvindo a
música entrar nos meus ouvidos.

Haviam dois casais na pista de dança bem juntinhos conversando baixinho


um com o outro, a gangue e as meninas não estavam mais aqui, foram para o
cassino falir o lugar.

Eu me recusei a ir porque queria ficar mais um pouco sentindo a brisa gélida


e a decoração dessa festa que está linda demais, sentada em uma cadeira eu
balancei o pé pegando uma batatinha da mesa levando até a boca.

Suspirei olhando para frente e por algum motivo eu virei o rosto para o lado
vendo a única pessoa aqui presente usando vermelho, na verdade, vinho.
Nate estava com os braços apoiados na barra de proteção a sua frente, ele
tinha um copo de bebida na mão e o levou até a boca encarando a escuridão
que o mar tinha.

Apertei os lábios e baixei o olhar voltando a olhar para a pista, apesar de


não concordar em ficar com ele daquele jeito...não quero que fiquemos na
mesma situação estranha de semana atrás. Estávamos nos dando bem,
gostaria que continuasse assim.

Foi com esse pensamento que eu me levantei da cadeira e caminhei na sua


direção colocando os braços para trás pensando se isso era uma boa idéia ou
não, eu estava quase voltando, e ainda virei de costas mas balancei a cabeça
andando o que faltava até parar ao seu lado.

Levanto o olhar para ele que estava com o maxilar apertado, Nate vira o
rosto para mim e eu dou um sorriso fraco.

- Oi... -digo.
- Tudo bem? -pergunta e eu aceno vendo ele levar o copo a boca novamente,
pelo cheiro e cor, diria que era whisky.

- Escute, eu não quero ficar em um clima estranho com você.

Ele dá um sorriso pequeno, mas sei que não havia humor nele.

- O certo, seria você estar correndo de mim, sei que me acha meio louco -ele
diz.

- Um pouco -digo sorrindo mas depois paro quando percebo que é errado-
Mas, não gosto de julgar ninguém. Mesmo não aceitando seu modo, não
posso desmerecer você porque não sei o que aconteceu que possa ter
influenciado a isso.

Ele suspira e volta a me encarar.

- Você deve ser a pessoa mais gentil e compreensiva que eu conheço, e eu


gosto disso -ele sussurra e depois bebe o resto da bebida casualmente- Você
é tudo o que eu não sou, mas também não quero ficar em um clima estranho
com você, Susie.

Dei um sorriso pequeno e estendi a mão para ele que me olhou confuso.

- Você...quer dançar comigo? -certo, é a primeira vez que convido alguém


para dançar, minha bochechas estão pegando fogo- Bom...se caso você...

Cadê aquela máquina de oxigênio quando se precisa de uma?

- Eu não sei dançar, infelizmente -ele me corta, ajudando-me de certa forma.

- Eu posso conduzir você -dou de ombros.

- Acha que consegue, Jones? -me desafia.

- Claro, é só seguir os meus passos -balanço a mão de novo e ele sorri de


lado antes de agarra-la, ignoro o choque e andamos juntos para a pista de
dança que agora só tinha um casal ao invés de dois.
Paramos no centro e ele ia colocar a mão na minha cintura mas impedi pondo
ela no meu ombro, eu que coloquei a mão na sua cintura para conduzi-lo.

- Eu estava brincando na parte de me conduzir -fala e eu agarro sua mão


livre juntando com a minha.

- Sei -digo e ele balança a cabeça, uma música começa e eu identifico a


mesma por já ter escutado algumas vezes.

- Vamos primeiro para a direita -digo e ele concorda, demos um passo curto
para a direita e ele foi meio desengonçado e eu me segurei para não rir caso
contrário ele iria embora irritado e desistiria.

Demos um passo para a esquerda com ele olhando para os meus pés
seguindo meus movimentos, depois de exatos 2 minutos olhando para ele,
Nate conseguiu dar os passinhos de dança.

- Assim?

- Sim! Você está indo bem -o elogio e ele sorri de lado deslizando o polegar
pela costa da minha mão, ele está fazendo isso desde que começamos a
dançar.

Faço ele ir um pouco para trás e vejo seu semblante confuso até eu girar seu
braço, não consigo de imediato gira-lo então fico na ponta dos pés rindo e
ele me ajuda a fazer o sacrifício, extremamente mais alto que eu.

Nate gira e dei um sorriso contente por ele estar entendendo, voltamos a nos
aproximar mas ele parou de dançar de repente.

- O que...

Ele me afasta e me gira, logo depois passa o braço em volta da minha cintura
me puxando para o seu peito de repente, fico sem fôlego por alguns segundos
e minha franja desalinha um pouco, levanto o olhar para ele que está
encarando cada detalhe do meu rosto.

- Acho que entendi, minha vez agora.


Sinto seus dedos se arrastarem para as minhas costas e eu coloco minha mão
na sua deixando ele me conduzir, aproximo minha cabeça do seu peito e nós
nos mexemos lentamente com o corpo colado.

O cheiro familiar entra nas minhas narinas e suspiro baixinho fechando os


olhos, todo barulho sumiu da minha cabeça, ficando apenas a música que
apenas ajudou o momento em que estamos agora.

*Qualquer lugar que você quiser que eu te leve, eu levo* -ouço a voz do
cantor e desço minha mão que estava no seu ombro para o seu braço.

* Mas há coisas sobre mim que você não sabe* -tirei a cabeça do seu peito
e olhei para Nate que tinha apertado minha cintura, a voz do cantor ainda no
fundo- *Se eu lhe disser aonde eu estive, você ainda me chamaria de baby?
*

Respirei fundo, como se tivesse sido injetado adrenalina no meu corpo.

*E se eu lhe dissesse tudo, você me chamaria de louco?* -Senti seu aperto


quando ele trouxe meu corpo para ainda mais perto, engoli em seco quando
sua testa cola na minha com nosso movimentos ainda acontecendo.

*Porque querida, eu sou uma estrela escura, uma estrela escura* -Nate
apertou os lábios e eu subi minha mão para o seu ombro novamente.

Ele solta minha mão e deixa as duas na minha cintura e eu coloco as minhas
na sua nuca, seus olhos descem para a minha boca e eu acabo fazendo o
mesmo, sabendo que não conseguia evitar. Nate é tão intenso para mim que
até minha razão se assusta as vezes.

Sua cabeça se inclina mais um pouco e eu fecho os olhos lentamente quando


sinto o toque leve dos seus lábios aos meus, minha pele se arrepia e meus
dedos apertam sua nuca em resposta.

Nate me beija suavemente sem aprofundar o beijo, apenas me deixando


sentir a maciez dele. Nos afastamos por poucos segundos apenas para nos
beijar de novo, ele apertou minha cintura com mais força e eu suspirei baixo
subindo minha mão pela sua cabeça sentindo os macios fios pretos.
- Eu quero beijar você, mais do que agora -ele sussurra ofegante e ainda me
encara antes de aprofundar o beijo nos fazendo parar de dançar, minhas mãos
descem pelos seus ombros e as suas sobem para o meu rosto colocando uma
em cada bochecha minha.

Todas as sensações que senti ontem naquela praia voltam com força, eu
nunca vou me acostumar com esse turbilhão de sensações apenas por causa
de um beijo. Era esse impacto que ele tinha sobre meu corpo.

Sua língua toca a minha e eu penso o quanto nunca tinha beijado de verdade,
pelo menos não desse jeito, os dois homens que me envolvi eram tão
inexperientes quanto eu, então aprendi basicamente com eles na faculdade.
Nada além disso.

Sinto ele suspirar como se tivesse experimentando sua bebida preferida, e


dou um gemido baixinho quando ele chupa meu lábio inferior me fazendo
franzir o cenho de leve sentido a reação no bico do meu seio que se esfrega
no seu peito.

Coloco as mãos nos seus ombros e nos afastamos devagar quando paro de
beija-lo encostando a testa no seu queixo com dificuldade para respirar
normalmente. Suas mãos saem do meu rosto e vão para as minhas costas
deslizando para cima e para baixo cautelosamente.

Fecho os olhos puxando ar para os meus pulmões, Nate faz um círculo com o
dedo na minha costa que estava nua por conta do vestido branco ser assim.

Ele realmente estava certo, oh Deus.


Levei meus dedos para meus lábios e ele olhou para mim com um sorriso
fraco.

- Fizemos de novo -digo e ele ri baixo.

- E eu acho que não vai ser a última vez -ele aperta o maxilar quando tiro
minhas mãos dele olhando para o seu peito.

Coço minha testa tentando pensar, já ouvi tanto o ditado "A carne é fraca", e
sempre achei exagerada, estou começando a entender agora.
- Eu entendo você apenas 5%, e isso parece piorar do que melhorar. Você
podia...ser o cafajeste galinha que iria buscar redenção quando me
conhecesse, é assim nos livros -aponto para ele repetidamente que ri de
novo.

- Não estamos em um livro -diz pegando nas minhas mãos e pondo no seu
ombro, voltamos a dançar lentamente.

- Estou pegando o jeito nisso -ele diz contente olhando para os seus pés.

- Viu só? Ainda me desafia -falei baixinho.

- Bom, aceitei porque uma pessoa uma vez, me perguntou se eu não fazia
aquilo que eu não era bom -sorri para ele me lembrando quando perguntei
isso, quando o encontrei no restaurante com o Peter.

- Hum...e o que essa pessoa disse? -pergunto fingindo curiosidade.

- Ela me questionou, perguntando como eu iria me superar nas coisas que


não sou bom, se eu não tento.

- Gostei dessa pessoa, e ela está certa -falei passando minhas mãos pela gola
da camisa social.

- Não se gabe, Jones.

Ri me aproximando o que faltava para apoiar meu queixo perto do seu


ombro já que eu não alcançava, suas mãos descem pelos meus braços indo
para a minha cintura.

Não sei por quanto tempo ficamos ali, mas na hora certa eu fui para a minha
cabine, até sorridente por ele ter dançado comigo.

×××

"Não estamos em um livro" KAKAKAAK tadinho! Alguém avisa


escrevendo um bilhete e põe dentro de uma garrafa? Aí depois é só jogar
no mar, vai que ele encontra.
Sentiram saudades, minhas filhas?
Comemorando que somos 20k de seguidoras aqui no wattpad!! E daqui a
pouco, se Deus quiser kkk, teremos 800 mil de leituras neste livro, uhuu
❤.

Vote!
Comente!
Larga essa mágoa dentro do coração, seja feliz! Beijos, babys.

Até sábado ❤.
24° capítulo

Susie

Andei devagar apreciando a vista que Bahamas tem, esse lugar é...
incrivelmente perfeito para uma viagem em família ou romântica, acho não
importa realmente.

A água cristalina e a areia extremamente branca apenas mostra o aspecto das


praias, parece que até podemos flutuar, de todas que fomos não consigo me
decidir qual foi a mais bonita.

Ajeitei o boné na minha cabeça dando um sorriso de lado feliz por estar
fazendo essa viagem com as pessoas que eu gosto.

Por falar neles, estão discutindo com Monica e Gregório sobre aonde
estamos indo. Os dois fizeram uma suspense desde que saímos do navio a
alguns minutos.

Em volta de onde estávamos estava o mar e um espécie de ponte de madeira


reta, do lado vários iates, navios e lanchas paradas atracadas. Encarei os
pais de Adam e Dylan que finalmente pararam nos fazendo parar também.

- Certo, estão todos aqui, né? -ela se própria pergunta apontando para todos
nós e cotando, Monica faz isso com frequência quando se trata de nós.

- Aonde estamos indo?! -Peter pergunta e cruza os braços.

- Seu pai e eu alugamos um dia inteiro para fazer um grande mergulho nessa
praia maravilhosa, mas temos de ir para o lugar de iate!! -Monica diz
animada e os meninos se encaram por alguns segundos.

- Por que estão se olhando desse jeito? -Gregório pergunta com o cenho
franzido.

- Hum...pai. Da última que fizemos uma passeio de iate nós quase perdemos
o Dylan no oceano -Adam diz e o irmão sussurra- um palavrão para ele.
- Foi um ótimo dia -Peter diz e Nate aperta os lábios encarando Dylan que o
olhou irritado.

- Foi aí que ele ficou fissurado pelo oceano pacífico e levou para a cozinha
dele -Adam diz e eu dou um sorriso pequeno olhando para Lisa que dá um
olhar apaixonado para o marido.

- As vezes eu tenho medo quando vocês quatro ficam juntos por muito tempo,
um pode não sair vivo numa dessas -Rubi fala e eles fazem uma cara de
deboche.

- Tanto faz! Vamos logo, eu estou ansiosa -Emily levantou os braços e nós
sorrimos para ela que mexeu os quadris de uma forma engraçada.

Vimos um homem se aproximar de nós com uma prancheta na mão e um


chapéu de palha da cabeça, ele vestia um short branco com uma camisa
florida da cor rosa com várias frutas espelhadas.

Atrás desse homem vem exatamente 8 pessoas caminhando distraidamente


conversando entre si, o homem parou perto com um sorriso e nós 8 nos
viramos para os outros 8 que pararam basicamente na nossa frente com o
homem da prancheta no meio.

- Qual grupo alugou com o nome Venturilian?

- É Venturelli -Dylan responde ao mesmo tempo que o outro homem do outro


grupo responde com: - Venturinis

Franzimos o cenho para eles que fizeram o mesmo, certo, tem algo errado.
Eles são...muito parecidos com nós 8, estou falando fisicamente e não é
possível que eu sou a única que esteja percebendo isso.

Olhei para as meninas que tinham um ponto de interrogação no rosto, quando


olhei para eles de novo eu vi a mulher loira que segurava um cachorrinho
branco nos dando um sorriso doce, a mulher ao seu lado tinha cabelo preto e
olhos azuis segurando um copo de suco de abacaxi com uma rodela no
canudo, e a outra mulher tinha o cabelo castanho preso com uma travessa na
cabeça escrito "Argentina", ela não parecia estar muito amigável.
- Quem são vocês? -Nate pergunta e eu vejo o homem que se parece com ele
um pouco dar um sorriso meigo.

- Somos os Venturinis, estamos de férias -ele diz abraçando as pessoas mais


próximas dele com uma expressão amorosa, Nate levanta uma sobrancelha e
encara os meninos.

- E vocês? -Ouço o homem que encara Peter vendo a mera semelhança.

- Viagem de aniversário -Peter responde e vê o homem abraçando a cintura


da mulher loira que brinca com o laço da cachorrinha em seus braços.

- Vai demorar muito? Não tenho paciência para ficar embaixo desse sol
quente -a mulher com a franja diz e eu pisco algumas vezes, nossa...Jesus
Cristo, o que está acontecendo?

- O que é isso aqui? -a mulher com a travessa na cabeça aponta para o chão
e nós vemos um bichinho andando, franzo o cenho quando a mulher de franja
pisa com toda força em cima do bichinho e depois tira um chiclete do bolso
pondo na boca.

- Não sei o que era, mas já está morto de qualquer maneira -ela diz e eu olho
para as meninas que estão de boca aberta.

Tadinho!

- Você não precisava ter feito isso com ele -a loira diz e faz uma cara triste
vendo o bicho morto no chão, olhei para Emily que parecia igual meu
computador as vezes "Loading".

- Para de ser uma princesinha do Disney o tempo todo, é chato pra caralho -
ela diz e a loira abre a boca ofendida.

- Certo! Não sei que merda está acontecendo aqui mas nós alugamos esse
iate, procurem o de vocês -Emily diz e eu vejo a mulher parecida com a Lisa
levantar uma sobrancelha.

- Eu disse que era melhor ficarmos na Inglaterra -o homem loiro diz e faz
uma cara de tédio com toda certeza estando ali contra a vontade dele. Ele
tinha uma expressão triste e desanimada, algo me dizia que ele ficava assim
com frequência.

- Estou me sentindo em um episódio paralelo -Adam fala e dá um riso baixo-


Somos nós!

- Cala a boca, Bell -Dylan diz.

- Qual é! Nossas personalidades estão trocadas aí ó -ele apontou para os 8


na nossa frente.

- Eles se parecem fisicamente com nós mesmo -o carinha com tatuagem no


pescoço responde e seus amigos concordam- Espera, quem trouxe minha
vodka?

O que se parece com Dylan levanta a garrafa respondendo e eu suspiro alto


me sentindo estranhamente assutada.

- Não é só fisicamente, eles parecem ter os mesmos costumes, mas com


detalhes diferentes -digo ainda com a expressão confusa.

- Certo...isso não é nada estranho -o homem com a prancheta na mão diz em


ironia e mexe nela várias vezes, nós 8 continuamos olhando para eles e eu vi
Adam fazer uns movimentos com a mão esperando que o loiro de olhos azuis
a sua frente fizesse o mesmo, Nate bateu no braço dele balançando a cabeça.

- Bom, o iate foi alugado pelos Venturelli. Eu errei o nome...desculpe -ele


diz e Gregório e Monica se aproximam olhando para nós 8 e depois para
outros 8, os dois levantam uma sobrancelha.

- O quê? -todos nós perguntamos ao mesmo tempo e nos encaramos.

- Isso é incrível -Adam diz cruzando os braços e olhamos irritados para ele.

- Vamos logo antes que eu descubra mais coisa que eu não quero, vem
loirinha -Peter segura na mão de Emy e os dois são os primeiros a subir no
iate.
- Adam, pegue os trigêmeos e ajude com Danny -Rubi diz e ele concorda,
ajudamos ele e depois de 10 minutos estávamos todos no iate luxuoso
partindo pelo mar.

Ainda olhamos para os 8 parados nos encarando.

Ok, isso foi muito estranho.

(..)

Nate

- Ei!

Senti a mão no meu ombro e parei de olhar para as águas encarando o rosto
de Peter.

- Ei -digo e ele para ao meu lado cruzando os braços, estávamos na frente do


iate e o restante estava atrás comendo algumas coisas que oferecem.

- Tudo bem? -pergunta.

- Sim, apenas pensando.

- Na Susie?

Olhei para ele.

- No Balis -o corrijo e ele abre a boca em um "o". Minha vida aparentemente


estava girando em torno de Susie Jones ao ver dos meus amigos.

- Ah, ótimo. Não se aproxime dela -ele diz e me dá um tapinha nas costas.

- Realmente sente que ela é sua irmã, não sente?

- Ela é, de coração -ele pisca para mim.

- Ela parece com sua irmã em algumas coisas -digo.


- E você está afim dela, quer dizer que se Aly ainda estivesse viva você
daria em cima da minha irmã, idiota.

- Eu disse algumas coisas, não todas -falo e ele finge me imitar, reviro os
olhos.

Olhei para frente enxergando o mar de novo.

- Adam que transou com a sua irmã, não eu -me defendo jogando para cima
da fadinha e ele faz um bico de deboche.

- Adam já pagou pelo o que fez -Peter dá de ombros, ele fez Adam ficar sem
transar por pelo menos 4 meses na faculdade quando espalhou que o loiro
tinha pegado uma doença contagiosa. Foi a última vez que vi a Tinker tão
puto com alguma coisa, fora daquela vez que ele quebrou toda a boate do
Peter batendo no ex noivo de Rubi.

- E eu não fiz nada -digo.

- Eu sei, mas eu queria te dizer algo -Peter toca no meu ombro- Sinto muito.

Franzo o cenho.

- O que?

Ouço passos rápidos e arregalo os olhos quando vejo Adam e Dylan


correndo na minha direção, tento impedir mas os dois filhas da puta, com
respeito a tia Monica, agarram minha cintura e eu ainda vejo eles rindo antes
de eu cair no mar dando um grito enfurecido.

Subo para a superfície puxando ar para os pulmões e passo a mão no rosto


para tirar o excesso da água, olho para cima vendo os três babacas rindo e
logo depois o rosto das meninas atrás.

Umas levam as mãos até a boca e outras riram alto, balancei a cabeça
sentindo água no meu ouvido e encarei meus primos, apontei para eles com
uma expressão irritada.

- Eu vou me vingar! -grito.


- Que isso, modelo de perfume?! Que rancor é esse? -Adam coloca as mãos
na cintura e Dylan faz um coração para mim com as mãos.

Porra, não queria me molhar.


Nadei dando a volta pelo iate e subi as escadas quando me foram expostas,
eles voltaram para comer e decidi que iria trocar a muda de roupa, não
quero ficar com o short úmido.

Caminho para o quarto que tinha no iate para trocar o short por uma
bermuda.

Continua...

×××

Mundo paralelo?!!!!
Saibam que tem gangue em cada canto do mundo, mas só retrato dos
EUA 😂.

Eu estava vendo um programa de televisão que um cara encontra a


versão dele em um mundo paralelo, gostei da idéia. E adorei fazer a
versão da Susie malvada 😏.

Tenha um ótimo restante de sábado!


E até amanhã ❤. Olha o coração.
25° capítulo

Susie

- Oh, não! Maia!

Rubi olha para a filha que riu sapeca depois de derrubar suco na própria
roupinha, ri dela vendo-a fazer de novo.

A mãe pega o copinho de suco da mesma e faz uma expressão irritada, Maia
ri de novo e Rubi olha para nós com o rosto derrotado.

- Maia vai ser parecida com Adam, não vai? -Rubi pergunta e Lisa, Emily e
eu balançamos a cabeça com a expressão de "sinto muito".

Olhei para Adrian que fazia bolinhas com a boca encarando a Lisa
fixamente, Alya estava do lado dele com um brinquedo na mãozinha direita.

- Fiquem de olho neles, vou buscar outra roupa para ela -Rubi diz parecendo
estressada e eu toco na sua mão a impedindo de ir.

- Deixa que eu pego, tenta relaxar um pouco -falo e ela dá um sorriso fraco
beijando minha cabeça em seguida, me levanto da cadeira que estava sentada
e caminho pelo pequeno corredor indo em direção do quarto do iate.

Os meninos estavam na frente dele conversando e bebendo, provavelmente


falando de negócios também. Entrei dentro de uma espécie de cabine e puxei
a maçaneta da porta entrando no quarto onde havíamos posto todas nossas
coisas.

Procurei a bolsa dos trigêmeos e a vi em cima a cama, andei até ela e


procurei a parte das roupinhas. Peguei uma camiseta vermelha cheia de
borboletas porque achei fashion e dobrei colocando pendurada no meu
braço.

Me virei para voltar por onde vi mas abri a boca puxando a respiração
quando vi Nathaniel sair do banheiro apenas de cueca com a toalha branca
no ombro, ele me encara e eu arregalo os olhos dando passos para trás me
virando de costas ficando na frente da parede ao lado da porta por onde
entrei.

- Cristo, desculpa. Eu não sabia que estava aqui -falo sabendo que seu olhar
está no meu corpo.

- Por que está de costas?

- Por que você está semi nu? -pergunto confusa.

- Você me viu quase de cueca ainda agora.

- Não, era um shortinho de banho -corrijo com o dedo levantado ainda de


costas para ele e o lugar fica em silêncio por alguns segundos.

Logo entendo quando sinto seus dedos tocarem meu dedo levantado, um
traço nervoso passa pelo meu corpo rapidamente quando ele coloca meu
braço para trás e me empurra os poucos centímetros que falta até a parede.

Sinto o calor do seu corpo atrás do meu assim como seu nariz no meu ombro
me fazendo suspirar baixinho pelo contanto, Nate beija o lugar subindo
devagar até meu pescoço onde ele afasta meu cabelo para ter mais acesso.

- Eu tenho um problema sério com você -ele sussurra e eu sinto sua mão
livre passando pelo meu ombro até tocar meu pescoço, viro meu rosto para o
lado quando ele o faz e eu fecho os olhos sentindo os lábios tocarem os
meus.

Ouvia o barulho dos nosso beijos ao mesmo tempo em que eu dava


resmungos quando seu corpo colou no meu mais um pouco, senti o seu...
membro na minha bunda e logo depois ofego quando ele agarra meu braço
me virando de frente.

Nate volta a me beijar e eu coloco meus braços em volta do seu pescoço não
o afastando, eu acho que eu tinha um problema também! Por que eu não
consigo parar?
Meu corpo parecia ter criado vontade própria naquele momento.
Meus seios por cima do biquíni se esfregam no próprio tecido enquanto seu
peito se pressionava fortemente contra eles e eu tento controlar o que estava
sentindo, tento não parecer tão afetada, mas eu não conseguia, acho que
nunca consegui.

Mas de repente a porta foi se abrindo e eu só vi quando Nate empurrou a


porta de volta com força para ela não se abrir mais do que deveria, ouvimos
um grito do lado de fora.

- Filha da puta! -era voz do Adam.

Nate aperta os lábios e me encara.

- Acho que quebrei o nariz dele -diz e eu arregalo os olhos, Nate me solta
para abrir a porta mais um pouquinho e eu vejo o loiro pela brecha com a
mão no nariz olhando para o primo irritado, Tinker não estava me vendo por
eu estar atrás do objeto que bateu seu nariz.

Qur pelo menos não estava sagrando...

- Tá louco, modelo de perfume?! -Adam reclama e eu toco no braço de Nate


mostrando a blusinha de Maia, ele me olha confuso e eu aponto para Adam.

- Toma, leve para a sua esposa -Nate diz e estica a peça para Adam que pega
da mão dele com uma tremenda violência.

- Seu safado do cara... -Nate fecha a porta antes dele terminar a ofensa e
Adam grita de novo.

- Meu pé! NATHANIEL! -Adam choraminga e Nate acaba dando um riso


baixo, acabei sorrindo mas depois me repreendi em seguida. Meu Deus.

- Foi mal, Bell -Nate diz e nós ouvimos o tapa na porta e logo depois a
Tinker sair reclamando, provavelmente indo fazer o drama para o resto.

O encarei de novo e ele sorriu antes de vir para cima de mim voltando a me
beijar, coloquei minhas mãos nas suas costas e ele na minha cintura subindo
pela lateral do meu corpo que estava coberto apenas por um biquíni.
Me arrepio quando sinto um polegar tocar no meu seio por cima do tecido, aí
meu Deus. Paro de beija-lo e colo sua testa na minha ofegante, ele mexe o
polegar em um círculo e eu aperto minhas pernas sentindo o desconforto no
meio.

- Eu quero fazer tantas coisas com você, Susie. Mesmo com a sua
inexperiência -ele diz me fazendo encara-lo. Quase me engasgo com o vento.

- Como é? -pergunto piscando mais do que o necessário.

- Eu me sentia atraído por você semanas atrás, e continuo, mas...está pior. E


eu não consigo me importar com a sua falta de experiência.

- Hum...é que...hum...-limpei a garganta, desviei o olhar para o lado e senti


suas mãos subindo para o meu rosto.

- Você é virgem -Ai meu santinho! Nate desceu os olhos para o meu corpo
subindo pelos meus seios até parar na minha boca- Não é, Susie?

- Como você... -ele me calou colando a boca na minha e eu gemi contra ela
quando sinto seu membro roçando no meu sexo repetidamente, toco seu
ombro e o afasto para que me deixe recuperar do que acabou de acontecer.

Ficar muito perto de Nate o tempo todo vai me levar a óbito por falta de
oxigênio.
Apoio a cabeça na parede e passo a língua nos lábios fechando os olhos.

- Sabia esse tempo todo? -pergunto, morta de vergonha.

- Nem fodendo -diz, uma sombra de sorriso nos seus lábios como se próprio
condenasse- Eu não acredito que não suspeitei, mas eu não penso direito
quando se trata de você.

O encarei, ele apertou os lábios me deixando ver sua expressão normal,


como se tudo o que ele fala fosse normal, e não é! Tudo o que ele me fala
parece ser um tipo de dose de bebida alcoólica, e eu já estava ficando
bêbada.

- Por que você está normal sobre mim?


Nate franze o cenho.

- Normal sobre você? Como assim?

- Uma vez, um homem que conheci em Seattle, eu achava ele até legal e
divertido, ainda estávamos nos conhecendo e ele até parecia se importar
comigo, mas uma amiga próxima a mim acabou mencionando para ele sem
querer, dias depois eu nunca mais o vi, ele fugiu de mim como se eu
tivesse...algum problema.

Ele levanta meu queixo e balança a cabeça.

- Você não tem problema nenhum, virgindade parece ser um tabu ainda mas
não tem nada demais se uma mulher decidir esperar um pouco até se entregar
sexualmente, não tenho problemas com virgindade Susie, isso não define
você.

Seus dedos apertam meu corpo e eu estou sorrindo internamente que nem
uma idiota.

- Você...decidiu esperar apenas para fazer com que ama? -ele pergunta, vejo
um traço de nervoso no seu rosto.

- Não, não decidi esperar. Eu só nunca...senti vontade de fazer com ninguém


-falei a verdade e ele beijou apenas meu lábio inferior por minha boca está
entre aberta ainda com a respiração escassa.

- Fique comigo -ele pede e me beija lentamente em seguida, dando intervalos


para ouvir meus suspiros.

- Não daquele jeito controlador -digo e ele desce as mãos pelo meu peito
deslizando os dedos pelas pintinhas.

- Foda-se, criamos outro jeito -Nate fala e eu gemi mais ofegante do que
antes assim que ele aperta meus seios com as duas mãos, toquei na sua
cintura descansando a cabeça no seu peito. Nate afastou meu cabelo
descendo e subindo os dedos pelo meu pescoço.

- Vai mudar seus costumes? -pergunto.


- Acho que posso aperfeiçoa-los, se isso for necessário para ter você -ele
diz e eu sorri com uma mão no seu peito.

- Primeiro, vamos nos relacionar, mas fazendo apenas coisas que você se
sinta confortável, você vai ter que dizer se estará disposta para fazer o que
pretendo mostrar na hora -diz e eu balançando a cabeça confirmando- Me
prometa, Jones.

Engoli em seco desejando até um copo de água para ajudar a minha garganta
agora.

- Se você entender na hora o que vou fazer e não se sentir pronta para isso,
quero que me interrompa, vai precisa se comunicar comigo frequentemente,
creio que nunca tenha experimentando nada, algumas coisas vão...deixar
você intrigada, por assim se dizer.

- Está falando como se fosse meu professor, só que... -encolhi os ombros


pensando no que falaria e ele riu pelo nariz.

- E eu vou adorar ensinar você -avisa ainda deslizando o indicador nas


pintas em meu peito, passei a língua nos lábios pensando no que ele nem
disse e eu mexo a boca para prometer o que ele me pediu anteriormente.

Nate suspira satisfeito e volta a falar o resto.

- Eu não vou pressionar você para fazer nada comigo -ele diz e eu encaro
seu rosto- Não vou transar com você até que queira, bom, se quiser algum
dia.

Ele deu um sorriso de lado, como se dissesse mentalmente que até irei
implorar por isso. Meu Deus do céu, o que ele pretende fazer comigo?

- E o mais importante -ele suspira de olhos fechados como se isso fosse


difícil de fazer, ou até mesmo falar para mim- Todo o tempo que estivermos
juntos será por sua causa, ou seja, quando não quiser mais ficar
comigo....você vai ter que me dar fora. Não quer que eu controle nada em
relação ao que teremos? Ok. Mas terá de fazer isso por mim, só que do seu
jeito.
Pisquei um par de vezes com as sobrancelhas levantadas e ele engoliu em
seco, Nate parecia desarmado. Como se deixasse seu poder de lado, o que
de certa forma ele estava fazendo.

Acho que nunca o vi assim.

- Você tem certeza? -pergunto com uma careta, ele parecia estar levando uma
facada na barriga. Eu até iria rir, mas acho que não era o momento de rir
dele.

- Tenho -responde- Não consigo controlar meu desejo por você, Jones. É a
primeira vez que algo foge totalmente do meu controle e eu não consigo
recuperar, então, eu estou cedendo a você, só basta você ceder a mim.

Caramba.
Eu não tenho coração suficiente para isso.

- Ok? -ele pergunta, nervoso.

Sorri colocando as mãos no seu rosto e ele suspira. Mesmo não tendo
coração para isso, eu estava no mesmo barco que ele, no caso...o mesmo
iate, enfim, nunca pensei que iria me sentir tão atraída por alguém como me
sinto por Nate. Se a Susie de três anos atrás ouvisse isso riria da minha
capacidade de achar alguém atraente de fato.

Mordo o lábio e encaro os olhos pretos totalmente ansiosos.

- Ok -me arrisco, acho que pela primeira vez. Me jogando no mundo que eu
sei que Nate iria me mostrar.

- Ok?

- Ok -respondo rindo antes dele avançar roubando um beijo meu, Nate


desceu as mãos para a minha bunda apertando sem muito força e mordeu meu
lábio em seguida.

- Puta merda, eu estava enlouquecendo -ele sussurra e toca nas minhas mãos
tirando do seu rosto levando para o seu peito.
- Certo, temos que voltar para lá cima. O lanche já deve estar sendo
servido...

- Oh não, não -ele passa as mãos no meu cabelo- Fiquei quase meio ano sem
poder tocar em você sem parecer um maluco, me deixe aproveitar.

- Você é maluco -afirmo sorrindo e ele suspira alto.

- Infelizmente.

×××

Olha aqui, babys!


Presta atenção no que eu vou falar!
Se alguém nesse caralho de livro vier reclamar que tem pouca cena hot
depois dessa, vai levar um tapão virtual meu!

O CARA VAI SER O PROFESSOR DE SEXO, PORRA!


certo, não exatamente um professor mas ele vai mostrar umas coisinhas
que ela nunca nem viu kakakak.

Eu acho que tô de TPM...

Pronto, tô mais calma.

Voltando ao assunto, vote! Comente! Tenha um ótimo final de dia! ❤ Aí,


eu amo muito vocês 😭.

Para as babys que não seguem a página no Instagram, vim notificar que o
livro 2 "Meu acaso sedutor" (Adam e Rubi), sairá do wattpad para que
eu ajeite umas coisinhas e adicione algumas cenas a mais ele volta
para cá assim que estiver todo pronto e gostosinho. Susie e Nate
continuarão normais nas postagens.

Beijo, babys ❤.
26° capítulo

Nate

Dia seguinte...

Peguei a caneta com o nome da minha empresa e anotei em um caderno


pequeno alguns números para comparar depois, encaro o notebook na minha
frente e suspiro apoiando as costas na cadeira do bar.

Eu estava com todo o trabalho que eu teria de fazer na Itália aqui, então
resolvi adiantar algumas coisas agora à noite já que estávamos voltando para
Nova York muito em breve.

- Quer mais alguma coisa?

Levantei o olhar para a mulher no balcão que tinha o cabelo loiro descendo
pela lateral do corpo curvilíneo, ela tinha um batom vermelho na boca e uma
espécie de tiara na cabeça.

- Água, sem gelo -falo e ela pisca em resposta saindo da minha frente indo
pegar o meu pedido.

Voltei a abaixar o olhar encarando o caderno e girei a caneta no dedo


pensando em algo para levantar o nome da nova empresa, havia algumas
idéias na minha cabeça mas não boas o suficiente.

Suspirei, sabendo que estou aqui sentado tem pelo menos três horas, eu não
fazia ideia de onde os outros estavam mas provavelmente foram arrastados
para alguma atração do navio pelos próprios funcionários.

Vi a taça de água ser colocado no balcão e encarei a mulher acenando com a


cabeça em agradecimento.

- Se divertindo? -ela puxa assunto e eu deixo de encarar meu notebook.

- Muito -respondo, ela sorri de lado.


- Escute, meu turno acaba em alguns minutos...eu posso mostrar alguns
lugares especiais desse navio.

- Oh, como quais? -pergunto antes de beber outro gole da água.

- Na parte de trás do navio, tem uma espécie de sala com um mini planetário.
A atração está fechada no momento mas poderíamos ver -ela dá de ombros
sugestiva.

Foquei em seus olhos azuis vendo-a se inclinar na minha direção mexendo na


pulseira que tinha em meu braço.

- Tem tudo o que precisamos lá, posso levar algo para comer e beber
também...pode ser? -pergunta.

- Não...

Ela fica surpresa por alguns segundos.

- Não?

- É, desculpe. Não me leve a mal, você é linda mas eu realmente não quero.
Mas obrigado pela dica do lugar -falo e ela fica ereta me fazendo subir os
olhos, foi quando vi um corpo pequeno passando logo atrás com um pote
enorme de sorvete que parecia ser maior do que suas mãos.

- Vai se foder, cara -a mulher diz e eu concordo me levantando.

- Susie! -chamo por ela que para de andar e olha em volta confusa- Susie!

Jones franze o cenho e faz o sinal da cruz ainda não conseguindo me ver,
balanço a cabeça e balanço as mãos no alto até conseguir sua atenção.

Ela me encara finalmente e abre a boca colocando o sorvete na frente do


rosto, franzo o cenho e me sento a chamando com o dedo.

Vejo ela caminhar na minha direção lentamente com o pote ainda na frente do
rosto, Susie usava um short jeans escuro com uma camisa branca sem alças,
e o cabelo estava preso em um rabo de cavalo, ela para na minha frente e eu
cruzo os braços vendo os olhos cor de Âmbar semi cerrados.

- Sim?

- Por que não quer mostrar o resto do rosto?

- Ele está...sujo de sorvete, estou parecendo uma criança.

Sorri de lado.
Segurei o pote afastando do seu rosto e ela mordeu o lábio inferior me
deixando ver o queixo meio sujo e na lateral a boca que deve ter escorrido.
Deixo o pote em cima da bancada e agarro sua mão a puxando para perto de
mim.

Ela dá um gritinho baixo pela ação inesperada e a deixo no meio das minhas
pernas, coloco suas mãos nas minhas coxas sabendo que ela apertaria.

Próximo passo é colocar minhas mãos no seu maxilar e ela pisca fazendo a
franja se mexer por estar quase em seu olho, a afasto um pouco e depois me
inclino beijando sua boca suavemente, sinto o sabor de menta com chocolate
e sorrio internamente, era um ótimo sabor.

Chupei o lábio inferior ouvindo ela reclamar baixinho quando mordi de leve,
desci o lábios para o queixo e Susie apertou minhas coxas quando passei a
língua sutilmente por cima, voltei para os lábios e a dei um selinho rápido
vendo-a abrir os olhos.

Se tinha alguém olhando?


Bom, eu não me importo.

Ela me encara com os olhos brilhantes e eu passo a língua nos lábios com o
gosto do sorvete.

- Por que está me evitando?

Susie entre abre os lábios desfazendo o aperto nas minhas coxas por cima da
bermuda branca.
- Eu não estou.

Não vi Jones o dia inteiro, e quando a vi foi no almoço mas ela sumiu depois
com as meninas e os bebês. Tive uma leve impressão de que estava sendo
evitado o dia inteiro, e sei que estou certo.

- Ah é? E onde estava?

- Eu estava no SPA, fazendo hidratação na pele, unhas, depila...-ela para de


falar e franze o nariz para mim- Eu estava no SPA.

Sorri de lado.

- O que houve? -pergunto e ela fica na mesma posição até relaxar os ombros
me dando um olhar de que me contaria.

- Eu só estou...nervosa -ela diz e eu desço minhas mãos pelos seus braços.

- Com o que?

- É exatamente isso, eu não sei. Estou nas cegas.

- Está nervosa para sentir coisas novas, então me evitou o dia todo para não
ter que fazer comigo?

- Hum...não exatamente...

- Susie -balanço a cabeça a repreendendo- Eu disse a você que não vou te


pressionar a nada, só porque fizemos aquela espécie de acordo não significa
que você deva se entregar para mim de corpo e alma, não, as coisas irão
acontecer naturalmente, como foram acontecendo até agora, não se sinta
pressionada a fazer nada comigo, tudo bem?

Ela fica me encarando e eu vejo através dos seus olhos que ela parece mais
aliviada, ótimo.

- Tudo bem, foi mal -ela diz e coça a testa parecendo envergonhada, toquei
na sua mão afastando do seu rosto e ela me encarou dando um sorriso fraco.
- Quer ir a um mini planetário? -pergunto, Susie levanta uma sobrancelha
parecendo interessada.

- Tem isso aqui no navio?

- Aparentemente tem tudo nesse navio -falo e ela ri baixo concordando.

- Pode ser -diz.

- Ótimo, assim você relaxa mais e tira isso da sua cabeça que eu vou te
obrigar a fazer alguma coisa comigo. Eu não preciso disso.

Ela me encara com um bico pequeno.

- Venturelli's são tão exibidos.

- Eu defenderia, mas não posso ir contra a verdade -digo e ela sorri do meu
comentário antes de eu colocar ambas suas mãos perto do meu rosto e beijar
gentilmente, Susie olhou para elas e pela expressão sei do que ela está
lembrando.

- Eu vou subir e guardar essas coisas -falo apontando com a cabeça para os
papéis e notebook.

- Certo, eu vou tomar um banho e me limpar direito -diz, pegando meu


caderno quando entreguei a ela, coloco o notebook embaixo do braço e
guardo a caneta no bolso.

- Eu acho que fiz um bom trabalho na limpeza -digo e suas bochechas ficam
vermelhas, mas sei que não era de vergonha.

Subimos as escadas juntos caminhando pelo nosso corredor em seguida,


toquei no meu caderno pegando da sua mão e ela parou de sorrir quando
chegamos na frente da minha porta.

- Chamarei você em breve -falo e ela concorda acenando com a cabeça


caminhando para a sua própria porta, ela ainda me encara antes de entrar na
cabine.
(...)

Estendi minha mão a ela que olhou para trás de mim vendo uma escada que
precisaríamos descer para chegar até onde queríamos, estava tudo escuro e
eu espero que a informação daquela mulher esteja certa.

- Você não vai me prender aí dentro, ou vai? -ela pergunta e eu a olho


desacreditado.

- Claro que não -balanço a cabeça- Aqui todo mundo ouviria você gritando.

Susie arregala os olhos e vira o corpo quase correndo por onde viemos mas
fui mais rápido agarrando seu braço a puxando de volta sorrindo pelo leve
desespero.

- Estou brincando -a tranquilizo e ela semi cerra os olhos me julgando, santo


Deus, até me senti mal com esse julgamento.

- Você vai na frente, eu vou atrás. Se tiver um assassino da serra elétrica aí


embaixo, você se sacrifica por uma dama e eu conto para todos como você
foi muito corajoso -ela diz e aponta para a escada.

- Muito fértil a sua imaginação -digo e ela dá um sorriso pequeno, agarrei


sua mão me virando dando passos até a escada.

Desci os degraus com ela atrás de mim praticamente idêntico ao bicho


preguiça, acho que ela esqueceu o que acontece com ela quando fica tão
perto de mim assim. Acho que o medo de ter um homem da serra elétrica era
maior.

Descemos o último degrau e eu abri a pequena porta no mini planetário,


assim que entramos ainda estava tudo muito escuro então procurei por um
interruptor até achar um do lado esquerdo, andei até ele e levantei a minha
alavanca liberando luzes na pequena sala.

Encarei absolutamente tudo e nós vimos o grande projetor no meio e algumas


cadeiras pretas formando um grande círculo em volta dele. Do outro lado
estava uma mesa de madeira com um computador que eu acho que seja a
indicação para mexer no planetário e um pequeno armário na parede com as
portas fechadas.

Olhei para Susie que tinha um sorriso no rosto não parecendo mais com
medo e eu vi seus pés dando uma corridinha rápida até o computador, olhei
mais atentamente e vi outra mesa bem menor que a do computador ao lado.

Andei também mas antes eu olhei para a porta que entramos e andei até ela
passando a chave, realmente não queria ser interrompido. Caminhei para o
centro vendo o teto de repente ganhar a visibilidade das estrelas, um homem
do nada começa a falar alto para cacete e Susie aperta os lábios clicando em
vários botões para tentar desligar.

- Nate! -ela parecia desesperada- Onde desliga essa voz?!

Ri baixo e dei passos rápidos até parar ao seu lado clicando no botão certo
que tinha o áudio, a voz sumiu e ela respirou aliviada, a voz era irritante.
Cliquei em outra função e nós vimos a galáxia inteira ao invés de somente as
estrelas.

Susie juntou as mãos parecendo animada.

- Como soube desse lugar? -ela pergunta enquanto nos distanciando de uma
das mesas até parar um pouco longe.

- Uma mulher me contou -digo.

- Queria saber por que está fechado, é tão bonito -ela diz.

- Talvez não esteja aberto para essa viagem em específico, por isso tinha a
placa de fechado lá na frente.

- Mas nós estamos aqui mesmo assim -ela para de balançar as mãos que
estavam para cima e depois coloca a mão na boca- Isso nós faz meio que
rebeldes?

- Bom, estamos quebrando uma regra.


Ela olha para cima de novo e eu cruzo os braços totalmente despreocupado,
Susie tira a mão na boca e morde o lábio inferior com um sorriso pequeno.

- Nunca quebrei uma regra assim antes -ela diz sorrindo e eu levanto uma
sobrancelha.

- Você é adorável -suas bochechas ficando vermelhas na hora.

×××

Já quebraram alguma regra em algum lugar?


E eu estou falando das radicais hein! Daquele tipo "não coma" e você
está lá do lado da placa comendo pizza.
Aqui é mil grau!

Romântico?
Talvez um pouco, mas eu adoro um romance com safadeza, Sorry.

Próximo capítulo vai ter putaria!! Quer dizer..muita oração divina,


aleluia arrepiei.

Estou postando hoje porque não vou postar no Domingo! #Enem. Se você
vai fazer a prova, bom, boa prova. Glória a Deus.

Vou postar outro daqui a pouquinho, e amanhã o cap de Sábado. (Esse


dois de hoje vão contar como o do Domingo, já que não vai ter o final de
semana completo).

Beijo, babys ❤.
27° capítulo

Susie

- Olha! -apontei para a estrela acima de nós enquanto estávamos de pé


analisando aquilo tudo, isso realmente me ajudou a relaxar.

- O nome é Sirius, cão maior -digo e ele me encara fazendo meus olhos
focarem primeiro no maxilar definido e depois nos olhos pretos.

- Você só sabe o nome porque está escrito bem do lado, não é? -ele pergunta
e eu dou de ombros.

- Talvez -falo encarando a estrela de novo com o seu nome do lado, Nate
sorri de canto vendo minha falha tentativa de ser uma guia turística do
universo.

Voltamos a olhar para cima enquanto o assunto não parecia morrer em


momento nenhum, estava começando a me arrepender de tê-lo evitado pela
manhã. Eu só estava muito nervosa pensando o que iria sentir, e vergonha
também, ninguém nunca me tocou como Nate já fez, sei que foram poucas
coisas, mas ainda é novidade para mim.

Ficamos em silêncio por alguns segundos e algo dentro de mim sabia que
aconteceria alguma coisa, tive certeza quando senti os dedos dele no meu
queixo levantando para encara-lo, Nate tinha o maxilar apertado quando
afastou minha franja do rosto.

Deixei que sua aproximação se tornasse possível assim que seu corpo se
inclina onde sua boca toma a minha gentilmente, fechei os olhos sentindo os
lábios macios apenas calmos sobre os meus.

Coço minha palma com minhas próprias unhas demostrando minha ansiedade
que só consigo acalmar quando coloco ambas no seu peito por cima da
camisa, sinto o peito malhado e provavelmente resultado de exercícios
físicos.
Nate suspira passando o braço pela minha cintura puxando-me mais para ele,
o beijo se aprofunda rapidamente depois disso e eu acabo dando um gemido
baixo quando sinto a mão livre ir para a minha bunda dando um aperto forte.

Ele para de me beijar levando o rosto para o meu pescoço e eu fecho os


olhos dando suspiros ofegantes no seu ouvido assim que sinto ambas as mãos
agora nos meus seios.

Jogo a cabeça para trás não conseguindo controlar as sensações boas que
estou sentindo, minha nossa.
Seus lábios saem do meu pescoço indo para o meu peito dando beijos
quentes por todo ele.

- Quer que eu faça uma coisa a mais? -pergunta baixo subindo as mãos pelo
meu corpo até parar ao lado do meu rosto, ele me encara com o olhar
explícito de segundas intenções.

- Que coisa? -pergunto passando a língua nos lábios.

- Já gozou alguma vez? -oh meu Deus, como ele consegue ser tão direito?!

- Eu não sei, quero dizer -fechei os olhos balançando a cabeça tentando


pensar se digo isso ou não.

- Vamos nos comunicar assim com frequência, sei que sente vergonha e eu
não vou pedir para que não tenha, quero que você mesma se livre dela, pelo
menos em nossos momentos íntimos -ele passou o polegar pelo meu lábio
inferior fazendo meus olhos se abrirem.

- Eu tive um sonho uma vez...um sonho diferente, enfim -sussurro com o seu
rosto próximo do meu- E, quando eu acordei percebi que meus lençóis...hum,
você sabe.

- Faz muito tempo isso?

- Não muito.

- Com o que sonhou? -ele apertou meu maxilar com mais força e eu coloquei
uma mão cobrindo seus olhos tentando tapar aquele olhar intenso.
- Isso eu não vou contar -falo.

- Por que não?

- Porque você já sabe o suficiente.

- Foi comigo?

Fiquei em silêncio ainda com a mão tapando sua visão, vi um sorriso se


formando nos seus lábios e revirei os olhos.

- Não... -isso saiu péssimo na minha voz.

Nate tirou minha mão do seu rosto voltando a me encarar com uma expressão
divertida, balancei a cabeça o repreendendo e ele sorriu mais um pouco
colocando a mão na minha cintura por cima do vestido praiano que eu usava.

- Certo, para de me olhar como se eu fosse uma criança levada e diga que
coisa a mais você quer fazer -falo, apenas para ver o olhar descendo pelo
corpo ainda de pé como o dele.

- Apenas tocar em você -responde colocando os dedos no meu pescoço


deslizando devagar para o meu peito, passei a respirar pela boca quando
senti os dedos por cima do meu seio esquerdo, Nate inclinou o rosto para
baixo e eu apertei uma coxa na outra quando ele o beijou por cima do
vestido- Talvez beijar aqui.

Ele voltou para cima dando beijos pelo meu peito e pescoço até chegar na
minha boca novamente, o encarei depois apenas um pouco ofegante sentindo
seu nariz tocar o meu.

- Você quer isso? -pergunta baixo e eu balanço a cabeça confirmando, com a


pele arrepiada e as pernas levemente trêmulas eu vejo sua mão puxando uma
alça do meu vestido para baixo enquanto Nate não tirou os olhos dos meus.

Me inclinei para frente estranhamente confiante e o beijei querendo buscar


ainda confiança em mim mesma, eu não era feia, as vezes me sentia
insuficiente e acabei colocando na minha cabeça que o problema de ninguém
se sentir atraído por mim de fato era porque eu era virgem, os que saiam
comigo me faziam desistir deles quando eu percebia que ligavam demais
para a minha inexperiência a ponto de sumir no mesmo minuto. Eu não
gostava de me sentir assim, mas gosto de estar com Nate porque ele não me
faz sentir desse jeito.

Acho que havia conhecido muitos caras errados.

E apesar de amar conto de fadas, eu não estava esperando um lindo príncipe


encantado no cavalo branco aparecer em Nova York para se casar e fazer
amor comigo, a única coisa que eu queria era ser tratada bem na hora, que eu
consiga me sentir confortável e que ele fizesse de tudo para não me
machucar muito, era apenas isso que eu queria.

Não sei se Nate fará isso, certeza que ele não me machucaria ou algo do
tipo, mas gosto do fato dele me deixar experimentar as coisas devagar.

Uma de cada vez.

Quando ele abaixou a outra alça senti sua mão no centro do meu vestido e
logo depois ele puxar para baixo lentamente liberando meus seios.

Nate se afastou um pouco e eu engoli em seco sabendo que ele era o


primeiro homem a vê-los, eu estava com vergonha? É, bastante, mas sei que
isso passaria depois, eu espero na verdade.

Os olhos pretos se fixam neles enquanto eu encarava cada detalhe do seu


rosto, me mexi um pouco assim que ele vai para baixo dando um beijo no
meio dos meus seios.

Nate arrasta o nariz até o lado esquerdo aspirando meu cheiro e eu dou um
gemido baixo vendo perfeitamente quando ele beija o bico antes de colocar
na boca.

Forço a cabeça para trás sentindo seus dentes morderam sem muita força e
eu achei curioso o fato disso ser bom, achei por um breve momento que
doeria. Nate colocou a mão no outro apertando com a força necessária e eu
coloquei minha mão no seu ombro apertando os olhos com os lábios entre
abertos.
Meu Deus.
Isso era...bom.

Ele beijou o outro seio colocando na boca e meus dedos o apertam com mais
força, olhei para cima vendo o cenário das estrelas e sorri ofegante meio
tonta com os dentes me provocando.

Nate parou o que estava fazendo dando um resmungo e eu me assustei no


início quando o braço envolveu minha cintura me levantando rapidamente do
chão, tive que apoiar minhas pernas nele para não cair enquanto seus olhos
estavam fixos nos meus me levando para a mesa que havia visto antes.

Em cima dela eu sentia as mãos nas minhas coxas massageando e a boca no


meu maxilar vindo de encontro com a minha, ele mordeu meu lábio antes de
me beijar de verdade.

Minha palma em cima da mesa e meu coração acelerou pela maneira


como ele me segurava, forte e confiante, como se ele tivesse todo direito de
manter-me ali pelo tempo que quisesse.

As mãos em minhas coxas subiram entrando por baixo do meu vestido até
alcançar a cintura da calcinha, parei de beija-lo ofegante

- O que você vai fazer? -pergunto sentindo os dedos quentes na minha pele
trazendo um desconforto ainda maior para o centro das minhas pernas.

- Fazer você gozar, Jones.

A calcinha desce da minha cintura e eu levanto um pouco o quadril para que


a peça saia do meu corpo, ele a desliza por minhas pernas quando se afastou
e logo depois colocou no bolso como se fosse sua carteira.

Entre minhas pernas novamente eu sorri pequeno depois que ele beijou
minha bochecha com inocência como se não me tivesse nua em cima dessa
mesa prestes a me tocar. Ele estava mesclando a sensação para me fazer
sentir confortável, Nate...é extremamente inteligente, eu gosto disso nele.
Os beijo vieram para o meu queixo e as mãos pousaram nas minhas pernas
novamente, dessa vez mais rápido na subida. Ele ainda me ajeita para que
fique mais inclinada para frente com a parede escura atrás de mim.

Coloco meus braços em volta do seu pescoço me equilibrando e aperto meu


maxilar encarando seu rosto sem desviar quando a ponta dos dedos tocam
perto demais.

Ele desce o olhar para a minha boca mas depois volta para os meus olhos
quando puxo a respiração sentindo o toque dos dedos no meu sexo, Nate
massageia o pequeno ponto e eu entre abro os lábios para dar um gemido
baixinho.

Meu peito sobe e desce copiosamente enquanto os olhos se mantém sobre


meu rosto vendo minhas feições de prazer que ocupavam a cada segundo.

Gemi mais alto quando ele meio que aumenta a pressão no meu clitóris
esfregando os dedos para um lado e para o outro, seu nariz tocou no meu
levemente me fazendo fechar os olhos por alguns segundos me concentrando
inteiramente no prazer que eu estava sentindo.

Céus, isso era incrível.


Eu sentia cada parte de mim em chamas, eu sentia o calor que meu rosto
transbordava e do corpo dele, tudo por causa dos seus dedos que não
paravam de jeito nenhum.

Nate colocou a mão livre nas minhas bochechas trazendo meu rosto para
mais perto me fazendo encara-lo de novo com um gemido que saiu da minha
garganta involuntariamente.

- Você não tem idéia do quanto eu queria ouvir isso -sussurra com uma voz
rouca e eu fecho os olhos lentamente absorvendo a confissão.

Sinto seus dedos descendo até mais embaixo e logo depois voltando para o
meu clitóris o deixando molhado, toquei no seu pulso que ainda tinha a mão
segurando minhas bochechas e suspirei baixinho.
Meu rosto se solta das suas mãos quando eu sinto ele beliscar meu clitóris
me fazendo gemer novamente, coloquei a cabeça no seu ombro e o apertei
contra mim quando ele fez de novo.

- Você gosta? -pergunta baixo voltando a massagear- Quer que eu faça de


novo?

Balancei a cabeça lentamente em afirmativo e fui para trás me apoiando na


parede quando ele beliscou de novo, bem forte dessa vez. Levantei a cabeça
dando gemidos agora baixos e encarei as estrelas novamente.

Nate esfregou os dedos por mais minutos enquanto eu me derretia a sua


frente, e nesse processo que eu sinto nada mais fazendo sentindo e tudo a
minha volta sumindo como um passe de mágica, definitivamente a coisa mais
gostosa que eu havia sentindo em toda a minha vida.

Nate me puxou pelo braço tirando minhas costas inclinadas na parede e


colou a testa na minha em seguida apenas para me ver gozando, mordeu o
próprio lábio enquanto eu me desmanchava como se fosse uma torta na sua
boca.

A sensação que veio com toda força vai embora na mesma medida, sinto o
líquido deslizando pela parte interna da minha coxa e tento deixar minha
respiração normal, mas sem sucesso.

Ainda arfei de leve quando ele tira os dedos debaixo do meu vestido e beija
meu peito me fazendo piscar lentamente até ver seu rosto perto do meu.

Ele sorriu e eu acabei sorrindo também por puro contágio, mas eu não
conseguia nem raciocinar direito no momento.

- Eu preciso de sorvete -falo a primeira coisa que me vem na cabeça e ele


levanta uma sobrancelha.

- E eu preciso de álcool -diz, puxando as alças do meu vestido para cima.

Limpei a garganta quando sinto seus dedos na parte interna na minha coxa e
olhei para cima ouvindo ele dizer que eu precisava me limpar, Nate tirou
minha calcinha do bolso e eu olhei para ele com uma sobrancelha erguida.

- Vou limpar você com isso aqui mesmo -Explica vendo minha interrogação
no rosto e levanta minha calcinha no ar.

- Me dá isso aqui -digo, antes de pegar minha calcinha da sua mão vendo ele
me olhar com uma expressão de um menino de 10 anos quando um brinquedo
é tirado dele.

- Eu poderia limpar...

- Há lenços ali dentro -aponto para o armário na parede quase do nosso


lado- Eu os abri quando chegamos e vi o pequeno pacote, acho que alguém
vem aqui de vez em quando.

Ele andou até onde apontei e viu o que eu disse trazendo até mim, tirei um
lenço me limpando rapidamente com o olhar sobre mim, Santo Deus.

- Pronto -olhei para a calcinha na minha mão querendo vesti-la mas rápido
ela sumiu quando ele a pegou de mim.

O olhei confusa.

- Me devolve -peço.

- Fique assim.

- Sem calcinha?!

Ele balançou a cabeça subindo o olhar das minhas pernas até os meus olhos
com um sorriso meio malicioso.

- Você é meio safado -digo e ele sorri colocando minha calcinha no seu
bolso de trás.

- Você ainda não viu nada.

Ele não vai me devolver?!


O que ele vai fazer? Usar?
×××

O que vocês acham que ele vai fazer?


Eu acho que ele vai usar e lançar uma nova moda na Itália 😏.
Mentira, é só porque ele é safado mesmo.

E eles tiveram a primeira aproximação íntima de verdade ❤ e lembrem-


se, vai piorar. Mds KKKKKK quero dizer, vai ficar mais intenso e intenso
e assim vai.

VOTE!
Obrigada, amanhã eu volto com o outro capítulo. Lembrando que estou
postando na sexta para compensar o de domingo que não vai ter.

Beijos, babys.
28° capítulo

Susie

Reprimi o riso.

Vi o loiro andando de um lado para o outro balançando uma pistolinha de


água como se estivéssemos no faroeste de repente.

- Foquem no xerife aqui, seus imprestáveis -Adam fala para nós que o
encaramos feio, ele apenas dá um sorriso sacana com um palitinho de dente
na boca.

Estávamos todos na parte de fora do navio enfrentando à noite que


curiosamente não estava tão fria, mas sei que isso iria mudar daqui a alguns
minutos.

Acontece que estávamos aqui para o:

- Bem vindos ao -Adam olha para cima e abre as mãos como se


apresentassem sua idéia- Luarelli.

Ele nos encara e coloca as mãos na cintura idêntico aos xerifes da época, só
faltava o chapéu que diria que era a mesma coisa.

- Uma junção de Luau, com Venturelli -ele explica e toca na cintura do short
onde estava a estrela de papel que eu fiz para ele minutos atrás- Estamos
aqui hoje, para fazer um luau diferente, um mais radical.

- Mãe, eu disse para você que ia ter sequelas em Adam quando ele caiu da
escada -Dylan diz encarando a mãe que estava atrás de Adam em um puf
enorme com o marido do lado.

- Espera, cair da escada? -Tinker encara os pais- Eu já cai da escada?!

- Porra, Dylan -Gregório reclama.

- Faz tempo, Adam. Você tinha 5 anos, nem se lembra -Monica diz.
- Claro! Eu devo sofrer de memória e vocês nem sabem! -Bell faz o drama
dele e depois olha para a esposa que brincava com a pistolinha de água dela
super entretida.

Olhei para Emily que tinha o cabelo preso que balançou quando ela bateu na
pistola dela jogando água na cara de Peter sem querer, ela riu com a boca em
um "o" enquanto o marido passou a mão no rosto.

- Incrível -ela diz e esguicha mais um pouco nele que a encara irritado.

- Tá bom, loirinha! -Peter abaixa a pistola enquanto ela sorria.

- Como você destravou? Não estou conseguindo -Lisa pergunta para Emy
que vai até ela ajudando a mesma, as duas se embolam um pouco e Lisa
aperta o gatilho da sua pistola fazendo a água esguichar indo direto para a
calça de Dylan, bem no meio.

Batgirl encara sua calça e depois a esposa que aperta os lábios.

- Molhou um pouquinho aí, meu arrogante gostoso -ela aponta enquanto


Emily dá passos de mansinho para trás.

- Cara, que que isso? -Nate parou ao lado de Dylan e depois aponta para
frente- Tem um banheiro bem ali.

Adam e Peter se aproximam com a expressão que eu conheço muito bem.

- Oras, meu amigo. Precisais de fraldas? -Peter pergunta com um sorriso e


Adam se encosta em Peter.

- Mãe, eu disse que aquele problema de fazer xixi na cama que Dylan tinha,
não foi embora.

- Há há há -Dyla finge ri antes de apontar a pistolinha jogando água no rosto


de Tinker, logo depois Peter e em Nate mirando no cabelo molhando as
mechas.

- Vamos brincar! -resmungo frustada vendo os quatros começarem a se atirar


água e logo depois fazendo uma rodinha cada um tentando arrancar a
pistolinha do outro.

- Olha lá, Gregório -Monica aponta para a gangue brigando- Vai bater você
ou eu?

- Eu não! Me livrei deles quando casaram, sinto muito meninas -Ele diz
olhando para Rubi, Lisa e Emily.

Gregório piscou para mim eu franzi o cenho desviando o olhar para os meus
pés descalços. Cristo, será que os tios da Nate já ouviram algo a respeito de
mim com...

Bom, sei que as meninas devem imaginar já que contei resumidamente, e os


meninos provavelmente sabem também. E...a gangue é fofoqueira, está no
sangue.

- Ala, quatro CEO bilionários, aparecem na Forbes todo mês como homens
influentes, mas estão ali, se batendo com pistolinhas de água -Emily cruza os
braços e eu sorri os encarando.

- Ai meu Deus!, olha aquele TERNO -Rubi grita e os quatro param na mesma
hora olhando para ela perguntando "cadê?" ao mesmo tempo.

- Boa garota -Lisa diz para Rubi que pisca- Os quatro, para cá, agora!

Ele vieram já meio molhados parando na frente de nós quatro, cada um


parado na frente da respectiva esposa e Nate na minha com os lábios
franzidos.

- Tem certeza que tem 33? -pergunto baixinho.

- Eu vou contar para você depois -ele responde- Quer saber aonde?

- Onde?

Ele deu um sorriso de lado passando a mão no cabelo molhado em seguida,


apertei minha pistolinha com a rápida disparada em meu peito.
- Tanto faz, Jones. No final você vai estar suada e ofegante de qualquer
maneira -Nate fala ainda baixinho e eu limpo a garganta sentindo ela seca de
repente, caramba!

Olhei para o lado vendo os 6 nos encarando com uma sobrancelha erguida o
que me fez arregalar os olhos de leve, só vi a mão de Peter levantando e ele
atirar água na cara de Nate várias e várias vezes, o modelo de perfume se
afoga um pouco e Pan sorri parecendo satisfeito.

- Ai, aí, esse Peter -Emily passa a mão no cabelo me dando um sorrisão,
quase soltando foguetes.

- Vamos logo! -Dylan grita.

- Você está andando muito com o Peter -Rubi diz para ele que faz uma cara
debochada, todo mundo nessa gangue é super paciente, para não falar ao
contrário.

- Certo, é basicamente paintball -Adam se prontifica a explicar- Atire no


time oposto do seu, só vale atirar no peito, nada de rosto -Adam explica e
Peter aponta para Emily que levanta as mãos em rendição.

- Times? -Rubi pergunta.

- Eu fico com Rubi, Dylan e...Emily -Adam diz e Peter abre os braços.

- Você não vai levar minha esposa -fala Pan.

- Vai sim, Adam é bom nisso. E eu quero ganhar -Emily diz e Peter abre a
boca.

- Então eu quero levar a Rubi -Pan aponta para ela que levanta os braços.

- O caralho, princesa é minha. Vou arrastar ela aí para dar uns beijos -Adam
diz e a esposa balançando a cabeça com os dedos na testa.

- Como vamos ganhar se você vai ficar se pegação com a sua esposa?! -
Emily bate no braço da Tinker que faz uma careta.
- Pode levar, Peter. Muito agressiva -Adam diz massageando o braço.

- Eu vou decidir! -Rubi fala e todos olham para ela- Meu time é Adam,
Dylan e Lisa.

- Certo, Nate, Susie e Emily são meus -Peter diz e nós concordamos nos
dividindo.

Adam
Rubi
Dylan e Lisa, são do time número 1.

Peter
Emily
Nate e eu, somos do time número 2. Aí que emoção!

- Certo, vou pegar a bandeira -Adam anda até os filho e Danny que estavam
perto dos avós atentos a nós e essa conversa nada normal, ele pegou uma
bandeira amarela bem pequena da mão de Adrian que sorriu para o pai.

Adam fez uma expressão de fofura se inclinando dando um beijo na cabeça


do filho que dá pulinhos na cadeirinha.

- Lembrando que quem atirar água sem querer nos meus filhos e sobrinho vai
enfrentar uma catástrofe! Titanic parte 2, caralho! -ele aponta para nós,
recebe dedos do meio em troca.

Tinker para bem no meio rindo e nos encara.

- Esperem dois minutos para nos espalharmos, e podemos começar. O time


com mais jogadores de pé, vence -ele diz e depois olha para cima, isso meio
que saiu em câmera lenta na minha cabeça quando ele joga o pano para o
alto.

Rapidamente corremos para longe um dos outros prontos para o Luarelli.

Meu time fez uma rodinha do outro lado enquanto os outros foram se
espalhando para trás do navio enquanto estávamos na parte frente, como já
estávamos voltando para casa, estamos aproveitando o máximo.
Passamos um tempo na piscina hoje comendo e conversando, foi quando
surgiu a ideia na cabeça de Adam de fazer um luau. Só que...como foi idéia
da Bell, não seria normal.

- Vamos dividir, definir alvos -Peter fala.

- Eu atiro no Dylan -Nate levanta os dedos.

- Eu pego a fadinha -Peter fala.

- Lisa -falei.

- Eu fico com a brasileira, puta merda. Brasileiros são cascas grossas -


Emily ajeita a pistolinha como se estivesse carregando uma arma de
verdade. Misericórdia.

A olhei com uma sobrancelha erguida que passa a costa da mão na boca
parecendo aqueles assassinos de filmes, ri dela empurrando seu ombro e
mesma riu de volta mexendo na minha franja.

- Certo, vocês os conhecem como a palma da mão, foquem no ponto fraco -


Peter diz nos fazendo concordar, demos um gritinho de guerra nada ensaiado
e logo depois nos afastamos para por o plano em prática.

Ponto fraco da Lisa?


Ponto fraco da Lisa?
Definitivamente é se assustar facilmente, ela sempre levanta as mãos um
pouco quando se assusta então provavelmente vai derrubar a pistola, e vou
poder atirar sem me preocupar que ela atire de volta.

Comecei a andar me escorando nas partes do navio caminhando para o meio


dele assim com os outros estão fazendo, eu estava me sentindo em um filme
de ação.

Verifiquei tudo a minha volta e andei furtivamente com a pistola perto do


rosto, perto da entrada de um restaurante eu vi Lisa correndo de uma maneira
extremamente engraçada de um guarda sol fechado para o outro, não contive
o riso.
Parei quando me lembrei que estava em uma missão, a segui sem que ela
percebesse e nós duas acabamos perto da cabine do comodante, me
aproximei dela em passos silenciosos parando atrás encarando suas costas.

- Lisa! -gritei a assustando e eu vi a pistola caindo da sua mão, dei a volta


rapidamente pelo seu corpo e atirei na sua barriga com vontade, ri da sua
cara de derrota e depois levantei os braços comemorando.

- Caramba, Susie -reclama passando a mão na barriga subindo para as alças


no biquíni preto e branco.

- Sabia que ia funcionar -digo rindo.

- Já chega! Nada de Danny para você -aponta para mim e eu abro a boca
parando na sua frente.

- Não...

- Sem bebê Danny até o final da viagem.

- Lisa!! -briguei com ela que ameaçava tirar Daniel de mim, fiz uma
expressão triste mas logo depois ri quando ela agarra minha cabeça me
puxando para um abraço dando uma risada alta.

- Estou brincando, franjinha! -ela beijou o topo da minha cabeça- Vai lá


matar o resto do povo, amo você.

- Também amo você, e eu vou ficar com Danny amanhã -aponto para ela que
levanta os polegares se afastando pela lateral.

Sorri de lado e andei para frente pronta para ir atrás dos meus
amigos/adversários, dei passinhos rápidos com o modo furtivo ativado
novamente.

Me encostei em uma parede e coloquei a cabeça para fora tendo a visão de


Peter correndo atrás de Adam, ri baixo. Olhei para cima vendo o restaurante
em cima que me deu a imagem da Rubi pulando em cima da Emily fazendo as
duas caírem, logo depois elas levantam rindo e a rápido ela está atirando na
loira ganhando dela.
Saio de trás da parede e sigo em frente mas tudo acontece muito rápido
quando tropeço em uma pistolinha no exato momento em que a porta do
restaurante se abre bem na minha frente.

Eu acabo caindo no chão levando alguém comigo, eu só não sabia quem.

×××

Eu queria muito ter essa disponibilidade para ficar brincando como esse
povo tem porque pqp 😂😂 dou dois passinhos e já tô ofegando.

Cap de sábado entregue!


No vemos na semana que vem, boa prova do #Enem para quem for fazer.
Que dê tudo certo gente, vaga na federal e o crl.

Beijo, babys ❤.
29° capítulo

Susie

Os braços me amparam enquanto eu ouço o resmungo do homem embaixo de


mim.
O cheiro de perfume não era tão forte e o cabelo era quase loiro.

- Meu Deus, eu sinto muito -digo tentando me afastar de uma maneira


desajeitada para levantar, encarei seus olhos verdes escuros que me encaram
de volta, o homem franze o cenho de leve encarando meu rosto e depois
desce para a minha boca que tinha os lábios entre abertos.

- Quem é você? -ele pergunta.

- Alguém desastrada, eu sinto muito mesmo -digo conseguindo me levantar


finalmente passando as mãos no meu short jeans e tope preto da Nike que
sustentava meus seios.

Olhei para as suas roupas vendo vestimentas parecidas das dos funcionários
do navio e só confirmei vendo o nome Venturelli na sua roupa, ele se
levantou quando estendi minha mão o ajudando.

- O machuquei? -pergunto com uma careta de dor por ele, mesmo não
sentindo dor realmente.

- Não, mas foi quase -ele fala e eu aperto os lábios concordando, olhei para
o lado vendo minha pistolinha de água, o encarei depois.

O homem que tinha o rosto limpo de barba ajusta o colete azul do corpo,
depois me encara por alguns segundos de uma maneira estranha.

- Claramente você está no Luarelli -ele fala me fazendo rir.

- Estou, está bem mesmo?

- Sim -ele sorriu e estendeu a mão- Maurice.


- Susie.

Agarrei sua mão gentilmente sentindo o aperto forte como o olhar preso na
minha barriga subindo para os meus seios admirando-me por segundos,
Maurice passou a língua nos lábios antes de virar minha mão puxando para
mais perto.

Franzo o cenho vendo ele colocar a boca na costa dela me dando um olhar
altamente interessado em continuar mantendo contato.

Mas não durou muito porque eu senti outra mão no meu pulso o afastando de
Maurice, parando na minha frente e de costas para Maurice encarei Nate que
me olhava de olhos semi cerrados, franzo a boca para ele que não se deu o
trabalho de cumprimentar o homem atrás dele.

Sua mão desceu pela minha pele até cruzar nossos dedos calmamente, Nate
olha para Maurice por cima do ombro e aperta o maxilar antes de voltar a
me encarar.

- Licença -Nate diz para ele e rápido estou sendo puxada pela mão na
direção contrária que estava indo.

Encarei as costas de Nate livres da camisa e apertei os lábios tentando


entender a reação, nunca vi algo tão sútil quanto isso.

- Aonde estamos isso? -pergunto vendo ele deixar a pistola cair da sua mão.

- Para um lugar onde eu possa beijar você sem parecer um pervertido.

- Pensei que ia atrás de Dylan.

- Atirei nele e na Rubi, nosso time já ganhou -explica rapidamente e depois


me encara vendo meu sorrisão de vitória, Nate balança a cabeça
provavelmente me achando louca.

Olhei em volta quando paramos na frente da porta do comandante que ele


abre sem dificuldade, passei primeiro olhando em volta vendo tudo escuro a
não ser pela luz da lua que invadia as pequenas janelas diretamente na mesa
de madeira no centro.
- Não deveria ter gente aqui pilotando isso? -Ai meu Deus, Titanic.

- São duas cabines, eles estão na de cima agora -explica fechando porta,
olhei para ele que aponta para cima onde ouço algumas vozes e risos da
equipe do navio.

Mas tudo some quando apenas ouço seus passos até mim seguido do seu
suspiro quando o braço passa por minha cintura colando o corpo no meu,
encaro o rosto próximo com a respiração se juntando com a minha.

- Eu esqueci de falar uma coisa para você, mas com a cena de agora me
lembrei -ele diz colocando meu cabelo para trás com a outra mão.

- Que coisa? -pergunto, olhando para os lábios tão atrativos de repente, e


depois os olhos pretos se tornando intensos para cima de mim.

- Gostaria que manter nosso acordo restrito -diz me deixando meramente


confusa.

Nate me levanta do chão rapidamente quando agarrou minhas pernas, depois


que minha surpresa passou coloquei minhas mãos no seus ombros quando ele
caminhou para a lateral que estava mais escura do que o lugar que estávamos
antes.

Sem quebrar o contato visual ele me colocou deitada em um grande sofá


vermelho com espaço suficiente para me deixar confortável, Nate se manteve
entre minhas pernas e com os braços apoiados ao lado da minha cabeça.

Eu só conseguia ver seu rosto por causa da luz da lua que entrava pelas
janelinhas, mas tudo a nossa volta estava escuro o que deixava o lugar com
uma áurea bem diferente do que deveria de fato.

Ele apertou os lábios e me encarou de novo.

- Restrito no modo de nos envolvermos apenas um com o outro, entende?

Oh.

- Por que? -pergunto e ele levanta uma sobrancelha- Curiosidade.


- Porque sim...

- Fazia isso com as outras mulheres que se envolvia? -franzo o cenho.

- Hum... não.

- Por que não?

- Porque não.

- Mas por que exatamente não?

- Chega de perguntas, Susie -ele se inclina na minha direção colocando os


lábios sobre os meus, sorri do meio do beijo e ele bufou irritado.

- Você é muito curiosa -ele sussurra desviando o rosto para o meu pescoço
dando um beijo demorado, engoli em seco afastando a cabeça para o dar
mais acesso.

- Só um pouco -sussurrei antes de ofegar sentindo sua respiração em cima do


meu tope e logo mais sua boca em cima do meu seio direito, Nate colocou as
mãos em cima deles e voltou a me beijar dando um aperto forte, minha mão
apertava a beirada do sofá contraindo meu sexo levemente.

- Só um pouco? Bom, poderia tentar descobrir uma coisa agora -Nate desce
as mãos pelo meu corpo lentamente- Sua curiosidade vai gostar.

Seu nariz roçou no meu e eu engoli em seco dando um gemido baixinho em


seguida quando a mão grande aperta o meio das minhas pernas com força,
Nate sorri malicioso e se afasta de mim um pouco colocando os dedos no
botão do meu short jeans.

Passo a língua nos lábios secos e vejo a peça descendo pelas minhas pernas
junto a minha calcinha, agradeci por estar um pouco escuro agora. Ele volta
para cima de mim e eu coloco minhas mãos em volta do seu rosto retribuindo
quando ele me beija.

Mas forço minha cabeça para trás quando ele se impulsiona para frente
esfregando sua ereção contra mim, gemi ofegante enquanto ele beija meu
queixo fazendo de novo.

- Humm...-geme- Estar dentro de você deve ser incrível, Susie.

Nate olha em meus olhos quando o encaro novamente, ele agarra minha mão
separando dois dedos e leva os dois até perto dos seus lábios dando um
beijo pequeno.

Logo depois eu levanto o queixo na sua direção quando sinto minha mão ser
guiada pela sua até mais embaixo, ele se ajeita um pouquinho tendo meu
olhar sobre o mesmo que não se distância demais de mim.

Meus lábios se apertam e meu coração começa a acelerar lentamente quando


sinto meus dedos pousando em cima do meu clitóris, me mexi mas ele me
manteve no lugar quando colocou a mão livre no meu ombro.

- Feche os olhos -pede, fiquei olhando para ele por alguns segundos até fazer
o que pediu lentamente- Se concentre no seu corpo.

Balancei a cabeça sutilmente e suspirei quando senti sua mão mexer meu
pulso bem devagar fazendo meus dedos agirem, suspiros saíram baixos da
minha garganta enquanto eu sentia uma excitação crescendo.

Nate me guiou para fazer mais rápido e eu fiz de um lado para o outro
resmungando quase que manhosa, mergulhei nas ações que eu mesma estava
fazendo e não sabia se iria encontrar o que estava procurando, era como um
mistério ardente.

Ele desceu meus dedos um pouco mas depois me fez voltar para cima
lubrificando-me, fiz um pressão forte contra o pequeno ponto e tiver a
surpresa de ter gostado. Fiz de novo ao mesmo tempo que massageava
devagar e gemi quando senti seus lábios tocarem os meus em um roçar
provocativo.

- Continue -ele sussurra.

Abri os olhos quando senti seus dedos no meu tope que foi puxado um pouco
para liberar meus seios, olhei para baixo e meu corpo se arquea no sofá
vermelho quando ele abocanha um seio beliscando o outro.
Involuntariamente aumentei o ritmo do que estava fazendo lá embaixo, não
pude evitar.

Meus gemidos passaram de quase sussurros para algo alto o suficiente para
ele sorri mordiscando meu bico rígido. O dedo do meu pé faz pressão contra
o couro do sofá e tenho que morder o lábio para não gritar quando
curiosamente achei um movimento que fez meu corpo inteiro vibrar.

Nate coloca a boca no meu outro seio e contraí meu sexo quando investi nos
movimentos que me deram um prazer absurdo, meus gemidos param quando
me falta ar sabendo que eu estava quase gozando, a forças nas minhas pernas
me indicam isso.

- Nate... -sussurro, quase que o avisando. Ele para o que estava fazendo e eu
fechei os olhos com força quando sinto o orgasmo me dominando com
propriedade. Sinto as mãos nos meus pulsos que são rápido postos acima da
minha cabeça, abri os olhos vendo os deles concentrando em mim enquanto
eu gozava com os lábios entre abertos gemendo baixinho.

Ele encara meu peito ofegante subindo devagar pelo meu pescoço até parar
na minha boca, fechei os olhos virando o rosto no sofá quase que exausta
ainda me acostumando.

Somente agora que percebi que sua mão já tinha saído de cima da minha a
muito tempo, ele realmente estava sendo meu professor. Sorri de lado com
essa idéia maluca e abri meus olhos quando ele trouxe a mão que me tocava
para perto do seu rosto, acho que foi a coisa mais estranha e...excitante que
já vi ele fazer quando colocou meus dedos perto do nariz aspirando meu
cheiro ainda presente, em seguida beijou lentamente dando um sorriso de
lado depois.

- Muito bem -ele diz me fazendo levantar uma sobrancelha- Se caso tinha
curiosidade antes, bom, agora já sabe.

Ri baixo.
- Acha que eu deveria agradecer a você? -pergunto sugestiva/divertida e ele
concorda afastando minha mão vindo na minha direção me beijando com
vontade, suspirei o abraçando com os braços e sinto a mão passar por baixo
das minhas costas me puxando para cima quando ele senta no sofá me
puxando com ele.

Sem quebrar o beijo Nate coloca as mãos nas minhas coxas subindo para a
minha bunda dando leves apertos, ele passa língua pelo meu lábio inferior
brincando comigo e sorri antes de nos afastarmos.

- Precisamos voltar, provavelmente estão sentindo nossa falta -comento


passando meus dedos delicadamente pelo seu cabelo.

- Eles sabem que está comigo, brincando de boneca é a última coisa que
pensam que estamos fazendo -ele diz me fazendo reprimir o riso, aí meu
Deus, já imagino os sorriso maliciosos, infelizmente não tenho um amigo
sútil.

Mudei minha expressão lentamente e ri alto quando imaginei Nate brincando


de boneca.

- Do que está rindo?

- Nada -ri mais um pouco quando olhei para a sua cabeça imaginando um
chapéu fabuloso com glitter.

Senhor, não estou bem.

- Tem alguma coisa na minha cabeça? -pergunta confuso.

- Um chapéu fabuloso -comento passando a mão no seu cabelo rindo da sua


expressão fechada.

- Imaginou eu brincando de boneca não foi? -pergunta com tédio e eu


balancei a cabeça lentamente apertando os lábios.

- Você tinha até uma capa lilás...


- É, você realmente tem uma imaginação fértil -ele sorriu de lado antes de
me jogar para o lado ouvindo meu grito de surpresa.

Parei de rir dele que veio para cima de mim como uma pantera que parecia
faminta. Me perguntei por poucos segundos que tive se sairia viva disso
tudo.

Infelizmente eu não sabia a resposta.

×××

Convido a todas para o chá das 17:00 em 2080, até lá já vão ter
inventando uma máquina que pode trazer personagens literários para a
vida real, amém.
#SonharNuncaDesistir.

Alô? Ainda tem vaga para se matricular?


KKKKKKKKKK babys, amanhã eu volto com dois capítulos!!!

Vamos voltar para NOVA YORK!!!


AAAAAAAA lá vem a história de fato, acaba-se a introdução.

Beijo, babys ❤.
30° capítulo

Susie

New York, New York...

- Um!!...Dois!! -diz Adam balançando Maia para frente e para trás fingido
querer joga-la para a esposa que estava no final da escadinha do navio.

- ADAM! CARALHO! -ela grita com ele enquanto tem as mãos esticadas
para a Bell que estava no início da escada.

Maia dá uma gargalha enquanto é balançada pelo pai que também ri


igualmente, ele para de balançar a virando de frente para ficar a altura do
seu rosto.

- Quem é a menina mais sapeca do papai? -ele pergunta enquanto ela balança
as mãos e pés.

Encarei Adrian que estava no colo de Dylan e Danny estava no colo de Lisa,
Alya estava com Peter puxando a barba dele ouvindo o mesmo resmungar de
dor mas não se importando o suficiente para soltá-la.

Estávamos em Nova York novamente!


Apesar de ter amado a viagem, eu estava com saudade de casa, saudade da
minha cama, do meu estoque de sorvete de menta com chocolate no freezer,
de Eric e da minha biblioteca pública, que é pública...mas considero minha.

- Me dá esse bebê! -Rubi pede quase morrendo do coração pela maluquice


do marido com a filha.

- Você viu o que eu fiz, Maia? É exatamente isso que vou fazer com o seu
namoradinho depois de esfaquear ele, jogo no meio do mar com correntes
para ninguém encontrar -ele diz olhando para ela que ri de novo totalmente
inocente.
- Sei que vai deixar eu matar seu namorado, não vai? Vai sim, você é uma
boa menina -Ele colocou o rosto na barriga dela que riu mais dando tapinhas
no seu cabelo.

Sorri de lado e olhei para Nate, Dylan e Peter do meu lado que tinham uma
expressão chocada.

- Como ele sabe disso? -Nate sussurra para os dois.

- Ele dever ver CSI -Dylan diz e os três se encaravam por alguns segundos
voltando a olhar para o loiro que começou a descer as escadas levando um
tapa da esposa quando chega no final.

- Aí meu Deus, ALYA! -Peter dá um grito de repente quando ela puxa o


cabelo dele, seguido da barba grande, ela sorriu.

- Aí! -ele reclama de novo fazendo uma careta- Ela me odeia?!

Peter veio até Nate colocando Alya nos braços de Nate que reluta por
segundos balançando a cabeça em negativa.

- Não, não, eu não sou bom com...

Ele desiste quando Alya já está em seu colo de uma maneira desajeitada, ela
olha para ele ficando quieta por alguns segundos e depois olha para a camisa
vermelha dele meio que arregalando os olhinhos pequenos.

Sua mãozinha pousa no peito dele e Nate levanta uma sobrancelha tentando
ajeita-la.

- Meu Deus, você está soando -digo e ele me encara.

- Eu não sei segurar bebês.

Parei na sua frente ajudando-o a segurar Alya da maneira correta, coloquei


sua mão direita na costinha dela enquanto seu corpo pequeno estava no braço
dele apoiado.
- Pronto, já pode ser papai -digo vendo seus olhos pretos nos meus, Nate
aperta os lábios e balança a cabeça negando.

Ele era mesmo desengonçado com bebês.

- E aí? Vai demorar muito para nos vermos de novo? -Emily pergunta e nós
acabamos rindo alto- Foi mal, queria muito fazer essa piada.

Ela finge limpar uma lágrima.

- Almoço no meu apartamento amanhã -Lisa diz com o braço levantando e


nós concordamos.

- Não sei como não enjôo da cara de vocês -Dylan fala dando tapinhas na
costa do sobrinho.

- Meu celular está tocando, segure-a -Nate fala de repente me entregando


Alya apressado, ele suspira aliviado me encarando.

O vejo andar alguns passos para longe tirando o celular do bolso, rápido o
aparelho está em seu ouvido e eu desvio o olhar para os outros que estão se
juntando para por os bebês nos carrinhos.

Me aproximo também dando Alya para Rubi que a coloca no carrinho junto
com os irmãos e Danny fica no bebê conforto com o mordedor que dei para
ele de presente no seu aniversário.

Vi os convidados de Monica saindo do navio junto com a própria que


agradecia pela presença balançando uma bandeira que tinha...o rosto dela?

Céus.

Ela dispensou todos vindo até nós depois.

- Meninos e meninas, eu agradeço a presença. Espero que tenham se


divertido, aproveitaram bastante? -ela diz enrolando a bandeira.

Respondemos ao mesmo tempo todos com respostas boas para ela que abriu
um sorrisão.
- Ótimo, vejo vocês em outra ocasião -ela diz e nós concordamos- Agora,
vocês viram meu marido?

- Estou aqui! -ouvimos a voz de Gregório e olhamos para a escada vendo ele
com a bolsa lilás de sempre e um óculos de sol no rosto, as mãos ocupada
por um coco verde.

- Vamos, querido! Estou com saudade da nossa cama -ela diz e Adam e
Dylan resmungam um "pelo amor de Deus".

- Sacanagem uma hora dessas, mãe? Espera chegar em casa -Adam diz para
ela que revira os olhos.

- Vocês são tudo transudo, pior do que eu. Não vem bancar o inocente
comigo, Venturelli -ela diz para o filho que toca no capuz do carrinho dos
bebês abaixando para que não vejam a avó.

- Transudo? -Emily sussurra- Adorei, vou por no seu contato, Peter.

Ele riu agarrando a cintura dela.

- Vamos para casa, loirinha -ele diz a dando um beijo rápido nos lábios.

Nos despedimos dos dois que foram os primeiros a irem embora e apenas
acenam para Nate que acena de volta ainda falando no celular, tinha a
postura calma mas a expressão nada satisfeita.

Gregório e Monica foram em seguida depois de uma dose de abraços de


ursos, andamos para fora do porto de N.Y e vimos os carros já espera por
todos eles.

Parei minha mala perto de mim e me despedi de Lisa com Dylan dando um
beijo gostoso em Danny que não tirava o mordedor da boca. Ele foram
embora logo depois.

- Vai conosco, Susie? -Adam pergunta e eu entre abro os lábios pronta para
negar, mas não o fiz, ele fez.

- Ela vai comigo.


Não precisei olhar para trás para saber quem era, Adam encarou Nate com
um sorriso malicioso e Rubi não estava diferente. Coço minha testa tentando
esconder meu rosto um pouco, eles sorriram normal depois e vieram se
despedindo de nós.

Nate falou com Adam brevemente que acenou em concordância dizendo que
avisaria Dylan e Peter.

- Tchau, franjinha -Rubi beija meu rosto enquanto a Bell coloca os filhos do
carro- Amo você.

- Eu amo mais -digo e ela sorri passando a mão no meu cabelo se afastando
em seguida, ela anda até Adam para ajudá-lo.

Me virei deixando de ficar de costas para ele que tinha as mãos no bolso da
calça jeans, Nate ficou me olhando por alguns segundos meio estranho antes
de pegar minha mala e depois a sua.

- Venha comigo -pede.

Passei o indicador no lábio inferior enquanto andamos para o seu carro, eu


não sabia a marca mas era grande, muito grande.

Ele colocou as duas malas no banco de trás mesmo e me acompanhou até a


porta do passageiro. Nate estava estranho, tinha alguma coisa acontecendo
que parecia tirar seu foco e até mesmo sua sanidade.

O que tinha acontecido?


Nunca o vi mudar de humor tão rápido.

Sentei no banco olhando para o seu rosto meio preocupada vendo ele apertar
o maxilar pegando o cinto de segurança colocando em mim.

- O que está fazendo? -pergunto colocando a mãos sobre a sua que empurra o
cinto para baixo me deixando segura.

- Te levando para casa.


Ele diz e se afasta fechando a porta do carro, pisco algumas vezes vendo ele
dar a volta na frente do veículo tirando a chave do bolso junto do celular,
seu corpo senta ao lado do meu e logo depois ele coloca um cinto.

- Espera, espera -toquei na sua perna o fazendo me olhar, ele estava quase
soltando fumaça.

- O que foi? -pergunta e eu o encaro confusa, o que foi? Bom, você está
parecendo um touro mecânico!

- Você não me parece bem, o que aconteceu?

- Nada.

Ele gira a chave ligando o carro e eu me arrepio quando vejo gotas de chuva
batendo no parabrisa.

- Nathaniel -o chamo, minha voz não estava mais calma como antes, ele me
encara piscando um par de vezes e eu inclino minha mão para desligar o
carro novamente.

Ele suspira baixo encostando a cabeça no banco e fecha os olhos por alguns
segundos parecendo querer se acalmar, obviamente algo naquele ligação o
chateou, eu só gostaria de saber o que.

Encarei sua barba rala junto ao maxilar e depois os cílios que tocavam o
início da bochecha delicadamente, olhei para frente vendo o porto sendo
coberto pela chuva que ainda estava fraca.

Ficamos em silêncio por alguns segundos comigo deixando ele se acalmar,


preso na própria bolha pensativa que sua cabeça deve ter criado.

Eu estava tirando esmalte da minha unha com o dedo quando ele se ajeitou
no banco apoiando as mãos no volante.

- Tudo bem? -pergunto baixo vendo ele balançar a cabeça.

- Desculpe, eu não deveria por sua segurança em risco por um problema


meu.
- O que aconteceu, Nate?

Ele me encara e eu dou de ombro levemente mostrando que estava aberta


para conversar sobre qualquer coisa que ele quisesse.

Nate suspira e apoia os braços no volante olhando para frente.

- Aparentemente, trabalho com incompetentes que não conseguem fazer nada


sem eu estar em cima como uma cachorro em cima do osso -diz ligando o
carro de novo.

- O que fizeram?

- Cometeram um erro com um sócio na Itália, trocaram papéis e acabou


confundindo toda a porra do trabalho que eu estive preparando. Estragou o
projeto que desenvolvi durante meses.

Nate saiu da vaga dirigindo pelo estacionamento no porto, rápido nos


colocando nas ruas que até senti falta.

- Sabem que foi o culpado?

- Não, mas não vou me importar em demitir amanhã -ele parou no sinal
ajeitando o cinto no corpo.

Entre abri os lábios.

- Vou para Itália, ainda hoje -ele fala me encarando e eu levanto as duas
sobrancelhas de leve não querendo demonstrar muita surpresa.

Virei o rosto para frente, pesando no motivo dele ir embora assim que pisa
em Nova York. Sempre soube que Nate viaja para a Itália com frequência, já
que ele tem uma empresa enorme no país europeu. Não seria diferente agora.

- Tudo bem -falei, dando um sorriso pequeno quando o encarei de novo-


Espero que consiga resolver seu problema, e não dirija quando estiver
daquele jeito.
- Não vou -ele diz retribuindo o sorriso pequeno pisando no acelerador
quando o sinal abre.

O caminho não foi tão longo, e até conversei com ele normalmente durante.
Falando coisas banais e relembrando algumas coisas do navio, algumas
delas quase me jogo do carro com vergonha.

Vi ele estacionar na frente do meu prédio e tirei o cinto de segurança, olhei


para ele que tinha uma mão apoiada no volante e o cotovelo na porta ao seu
lado.

- Você vai que horas? -pergunto.

- Daqui a meia hora -responde e eu arregalo os olhos

- Meu Deus, você acabou de descer de uma viagem, já vai embarcar em


outra? Não está cansando, super homem?

Ele sorriu de lado.

- Estar, eu estou. Mas não posso parar, meu trabalho é prioridade -explica
tirando minha franja do rosto que estava centímetros perto dos meus olhos.

- Quando você volta?

Seus dedos descem deslizando pelo meu rosto lentamente.

- Em 4 dias -me avisa.

Caramba.

- Certo, faça uma boa viagem, ok? -ele acena antes de eu me inclinar o dando
um beijo no rosto. Eu queria beija-lo na boca mas quando cheguei perto
meio que desisti, qual é o meu problema??

Balancei a cabeça antes de tocar na maçaneta no carro mas não consegui


abrir porque ele trancou todas as portas rapidamente, o encarei.

- Você não acha que vai se despedir de mim assim...ou acha?


Balancei a cabeça negando e não demorou muito para eu me aproximar tão
rápido quanto ele, sinto sua boca na minha com urgência e relaxo os ombros
na mesma hora sentindo sua língua na minha de uma forma que me deixa
quase tonta.

Coloquei uma mão na sua coxa me apoiando um pouco quando ele para de
me beijar segundos mais tarde beijando meu peito, passo a língua nos lábios
com os olhos fechados e a cabeça para trás.

Como eu não consigo me cansar disso?

Seu nariz passou pelo meu peito e por toda a extensão do meu pescoço até
seus lábios encostarem no meu queixo, suas mãos adentram meu cabelo e ele
puxa minha cabeça lentamente para encara-lo.

Olhei para ele que sorriu mordendo o próprio lábio.

- Quero que faça uma coisa enquanto eu estiver fora.

- O que?

- Quero que faça o que fizemos na cabine do comandante, sozinha dessa vez.

Levantei uma sobrancelha desviando o olhar mas ele virou meu rosto me
fazendo encara-lo de novo.

- Se não quiser, não faça. Mas seria bom se tentasse -diz me dando beijos
curtos na boca me encarando nos olhos.

- Tudo bem -digo, mas ainda pensativa sobre.

- Tudo bem?

- Sim, professor -dei um sorriso antes dele colar a boca na minha uma última
vez se demorando um pouco mais.

Nate ainda me ajuda tirando minha mala do seu carro e eu ando para o meu
prédio olhando por cima do ombro apenas uma vez para ver seu carro dando
partida para o aeroporto.
Não vejo a hora de tomar meu sorvete.

×××

Opa!
Opa!
Opa!
O que será que o destino nos reserva?
Espero que muita putaria 😏.
Oh, perdoa-me Santo Deus.

Rapaz, preciso de uma purificação, ficar escrevendo sobre sexo suga a


sua alma KAKAKA mas eu não paro, o que será que isso diz?? Adoro.

Ei, ainda não segue meu perfil no insta dos babacas de terno? Amada
(o)? Corta aqui a relação de autora e leitor .
Link disponível no meu perfil aqui do wattpad

Próximo capítulo daqui a pouco.


Até, babys ❤.
31° capítulo

Susie

Meus dedos tocam na xícara branca a trazendo para perto do meu rosto onde
encosto meus lábios delicadamente para dar um grande gole.

Eu amo chocolate quente.


E com o clima que a cidade se encontra, é melhor ainda.

- TODO MUNDO TIRANDO A ROUPA PARA MIM!

Quase derramo o líquido em mim mesma vendo Emily passar pela porta do
quarto com roupas penduradas até na cintura, as meninas que estavam
sentadas na cama assim como eu, olham para a loira com a sobrancelha
erguida.

Viemos para o almoço na casa de Lisa e Dylan como foi combinado ontem.

- Vamos servir de cobaia de novo? -Rubi pergunta rindo e Emy concorda.

- Óbvio, só para isso que me servem -Emily foi para trás com o golpe do
travesseiro que Lisa jogou nela.

- O que é dessa vez? -pergunto antes de beber outro gole do chocolate.

- São camisolas e lingeries, vou fazer uma linha nova com meu nome.

Quem me dera.

- Onde estão os outros três? -Rubi pergunta.

- Lá embaixo com os bebês brincando de vídeo game -Lisa responde e eu


sorri de lado, eles são tão viciados nisso.

- Ok, quem vai ser a primeira? Baby Boo, óbvio -Emy aponta para mim.

- Por que eu primeiro? -me manifesto.


- Porque você é perfeita para a lingerie que eu quero que experimente -Emy
mexeu nas peças pegando a indicada segundos depois, ela me entrega me
deixando ver os detalhes, meu Deus do céu.

Me levantei da cama dando minha xícara a Lisa que pegou rapidamente,


andei até para o banheiro colocando a lingerie em cima da pia.

Me perguntei se um dia usaria isso por vontade própria, meu Deus. Como
é...ousada e sexy, aposto que levanta consideravelmente uma autoestima.

Ainda me olhei no espelho antes de tirar minhas roupas quentes e


confortáveis, tirei os tênis e vesti peça por peça, me enrolei bastante para
vestir a lingerie branca de renda mas por fim consegui, eu acho.

Quando me olhei no espelho de novo dei uma leve arregalada de olhos,


nossa!
Os detalhes que antes não era relevantes no meu corpo parecem mais
acentuados, a cor branca abraça minha pele perfeitamente junto ao sutiã que
segura meus seios com propriedade, nossa!

Ajeitei o pequeno elástico da lingerie que ficava até a minha cintura e logo
abaixo a calcinha rendada meio transparente, não vou sair dessa banheiro
assim nunca, ri baixo ainda me olhando pelo espelho.

Coloquei meu cabelo para trás quando ele veio para frente e brinquei em
seguida com as liguinhas que caiam pela minha coxa, ri de novo. Que
interessante, acho que deveria ter uma meia para prender nelas.

- Susie! -Emy grita de fora e eu paro de brincar olhando para a porta.

- Estou indo -aviso.

Dobrei minhas roupas colocando ao lado da pia em um cômoda pequena e


depois andei para a porta suspirando, girei a maçaneta passando por ela em
seguida e olhei para as meninas que param de conversar me encarando.

Silêncio.

Expressões que eu não consigo nem descrever direito aparecem.


Silêncio continua.

- Eu acho que...eu vesti errado? -pergunto mordendo o lábio em seguida,


droga, acho que vesti errado.

- Puta merda...

As três sussurram e eu dou passinhos para o lado pegando o travesseiro


lentamente para me cobrir um pouco.

"O que está fazendo? Tira isso daí" "Susie! Olho como você está linda!" "Ah
mas eu te pegava, virava bissexual na hora." -falaram isso ao mesmo tempo.

- Está certo então? -pergunto e ela sorriram grande acenando.

- Precisa que seja minha modelo -Emily caminha até mim quase correndo e
eu ainda dou passos para trás com medo dela me bater com essa euforia
toda.

Ela tira o travesseiro da minha mão batendo na lateral da minha coxa, a olho
feio.

- Eu não sei desfilar, e...eu sou um patinho tímido, esqueceu? -digo e ela
revira os olhos.

- Eu estou de olho em você a tanto tempo! Você é linda, apesar de ser


baixinha para os desfiles -ela dá um tapinha na minha cabeça e eu pego o
travesseiro da mão dela devolvendo o golpe no braço.

Emy riu.

- Bom, você não é mais baixa que a Lisa, ela se supera -diz e eu vejo Lisa
levantar um dedo do meio para a loira que está de costas.

- Apesar disso, e eu sei que você está mostrando o dedo para mim, mucura -
Emily olha para trás e Lisa finge passar a mão no cabelo preto- Apesar
disso, eu gostaria que fotografasse minhas novas linhas, você seria...perfeita!

- Emily...
- Por favor! É um favor de melhor amiga, você não pode negar -junta as
mãos.

- E por que não?

- Porque é contra o regurlamento de melhores amigas escrito por anjos.

Fiz uma cara de tédio e ela riu.

- Porque eu preciso da sua ajuda, e eu sei que você vai me ajudar porque
você é a pessoa mais bondosa e gostosa que eu conheço -ela toca no meu
peito- Sem ofensa as duas ali atrás.

- Eu posso viver com isso -Rubi e Lisa concordam com que Emy diz.

- Mas, serão todas de lingeries?

- E camisolas -corrije.

Olhei para o meu corpo pensativa e suspirei, não sei se quero fazer isso
mas...eu realmente gostei de me ver com essas peças, realmente é um
dosagem grande para a autoestima, eu estava até precisando.

Estava pronta para dizer a ela que gostaria de pensar com mais calma e
claro, pegar mais detalhes. Emily fala as coisas assim mas as pessoas nem
imaginam que tem muito mais por trás, capaz dela me arrastar para um
desfile depois das fotos.
Sempre tem mais.

Mas o celular começou a toca repetidamente em cima da cama ao nosso lado


e ela fez um bico irritada pegando o aparelho.

- É o Nate -ela diz e eu arregalo os olhos.

Aí meu Deus
Aí meu Deus.

- Fala, modelo de perfume, rápido.


- Está com Peter? Preciso falar com ele -a voz parecia cansada mas ainda
tinha o timbre certo para fazer meu coração palpitar mais forte.

- Não, estou com as meninas -ela vira o celular para as meninas lá atrás que
acenam agora do sofá do canto, pensei que ela não iria virar para mim já que
estou vestida assim, mas ela o fez, foi incrivelmente rápido e pensei por um
momento que ela era o novo flash.

- Pronto -Emy diz.

- Espera, espera -acho que ouvi alguma coisa caindo onde ele estava.

- Eu preciso desligar...

- Não, não, dê o celular para Susie, Emily.

Ela me encara com um sorriso de lado e eu brigo com ela mexendo a boca
dizendo que ela era um pessoa má, balancei os braços quando ela estica o
aparelho para mim.

Bati nela com o travesseiro de novo que riu baixo, peguei o celular deixando
ele deitado na minha mão para que ele olhasse para o teto, coloquei meu
rosto na tela, pelo menos uma parte dele.

- Oi, Nate.

Ele riu vendo só uma parte da minha bochecha e boca.

- Ele riu? Puta merda, ele ri -Emily sussurra para as meninas que levam a
mão até a boca fingindo estar chocadas.

- Você não quer se juntar as meninas, Emily? Seria ótimo -Nate fala do
celular e eu olho para Emily que mostra o dedo do meio para o aparelho se
afastando para ir até o sofá.

Olhei para ele pela tela do celular que era maior que minha mão e vi que ele
estava encostado em uma cadeira de couro, parecia estar em um escritório,
uma caneta girava repetidamente nos seus dedos e eu via somente a camisa
branca social para cima.
Desde que ele viajou ontem, não pensei nele direito. O que era ótimo para a
minha deusa interior, ela só não sabia que eu me dedicava a isso fortemente.

Ficar pensando nas coisas que fizemos o tempo todo era até maluco, mas
minha mente me traia as vezes me levando exatamente para aquele navio de
novo.

- Vergonha?

- Um pouco -respondo.

- Eu posso ver?

- Nem pensar -falei rindo.

Olhei para as três que estavam conversando no sofá sem olhar para mim, vi
Emy se levantar indo até a cama pegando as outras peças levando até às
duas, engatam em outra conversa.

- Você sabe que eu estou vendo uma parte, não sabe? -encarei a tela de
novo e vi que tinha saído da minha posição deixando o celular de pé
permitindo que ele veja meus seios no sutiã branco.

- Nate! -ele riu baixo quando eu aproximei meu rosto da câmera deixando
ele ver só minha franja.

- Você...fez a coisa que eu pedi?

- Hum...ainda não, por que isso parece tão importante para você?

- Por que é desse jeito que você vai poder se co...as meninas estão
olhando? -pergunta e eu olho para elas que estão me encarando com uma
sobrancelha erguida.

- Talvez...

- Eu explico para você quando eu voltar.

- Tudo bem -sorri pequeno.


- Vai me deixar ver de novo?

- Meu rosto já basta para você

Ainda olhei para ele que desviou o olhar quando percebeu alguém entrando
aonde ele estava e rápido no meu campo de visão também, a mulher estava
com uns papéis nas mãos falando em italiano apressado.

Seus cabelos estavam em um penteado afro que dava mais visibilidade para
o seu rosto delicado, usava um vestido cor verde formal que acentuam as
curvas existentes mesmo pela tela do celular, ela usava um batom vermelho
na boca e eu me senti terrivelmente insegura, ela era...deslumbrante!

Seus olhos param em mim na tela do celular e ela abre a boca olhando para
Nate depois.

- Oh mio Dio, chi è questo?


(oh meu Deus, quem é essa?) -pergunta em Italiano me deixando mais
confusa como nunca estive antes.

Nate não tem tempo para explicar porque ela se inclina na mesa pegando o
celular me levando com ela, vejo seu rosto mais de perto e percebo que os
olhos são pretos como o dele.

- Ragazza! guarda quanto sei bella.


(Garota! Olha como você é linda)

- Lei non ti capisce, Mirelle


(Ela não te entende, Mirelle) -ele fala, em italiano! Aí meu Deus, certo, ele
falando em inglês as vezes é engraçado mas em italiano, é o oposto, é mais
sério e firme.

- Ah, ela é americana, foi mal, não sabia -a mulher diz para mim me
fazendo sorrir- Eu falei que você é linda, não tem vontade de vir para a
Itália? Eu te apresento tudo.

Ela deu um sorriso malicioso e eu sorri meio confusa sentindo-me


estranhamente cantada, vejo seu rosto desaparecer e logo o do Nate ocupar a
tela.

- Eu preciso ir, falo com você depois?

- Até depois -digo antes dele piscar para mim e desligar a chamada.

Encarei as meninas que sorriram maliciosas antes de fingir cenas obscenas


para mim, Emily fingiu própria se beijar abraçando o corpo e Rubi e Lisa
balançavam as mãos gritando o nome de Nate para mim com uma voz fina.

Revirei os olhos.

A porta foi aberta de repente e eu vi primeiro o rosto de Peter me fazendo


arregalar os olhos, ele me encarou de volta e soltou um palavrão cobrindo os
olhos na mesma hora fazendo o mesmo com os meninos os empurrando para
fora para que não entrem no quarto como ele.

Não acredito!

Minhas bochechas ficam quentes e eu subo mais o travesseiro cobrindo-me


mais até correr para o banheiro com passos rápidos.

- Foi mal, Susie! -ele grita, já no quarto provavelmente.

- Bom, acho que estamos quites agora -falo de volta, meu coração está quase
saindo pela boca.

- Por fala nisso, já pedi desculpas por ter me visto só de cueca? -ri baixo.

- Mil vezes.

- É, estamos quites.

Balancei a cabeça sorrindo

Fui me trocar ouvindo Emily dizer a Peter que Nate queria falar com ele, e
depois me dizer que ia me dar essa lingerie de presente, não pude negar
quando ela enfiou na minha bolsa escondida, e só percebi que a tinha quando
estava em casa.
Admito que gostei bastante dela.

×××

Mirelle:
Último capítulo do dia!!!
Bom resto de final de semana, babys. E amanhã eu vou postar 5 capítulos
do livro 2 (Meu acaso sedutor).

Até, breve babys ❤.


32° capítulo

Nate

Roma, Itália...

- Sabemos que a Venturelli é uma empresa de respeito, sabemos que o dono


dela tem outra nos Estados Unidos, mas estamos pedindo que você tenha
mais frequência aqui.

Olhei para o meu diretor de RH entediado, estou nessa reunião tem exatas 2
horas, já são 15:00 da tarde e eu desejei fortemente voltar para aquele navio
com as pessoas que me importo.

- Eu venho aqui com frequência, e você tem minha substituta, ela tão boa
quanto eu -aponto para Mirella que estava entediada como eu na cadeira ao
meu lado.

- Só estamos pedindo...

- Escute -coloquei as mãos na mesa de madeira escura- Você entende que


está cobrando seu chefe, não entende? Bom, claro que entende, o que eu não
entendo, é essa obsessão em perseguir minha vice presidente.

- Não temos nada contra a Srta. De Luca. Mas ela não é a presidente! -um
loiro exclama e eu coço meus olhos.

- Você tem uma vida aqui, Sr. Venturelli. Nos deixou rapidamente, com um
aviso prévio muito curto dizendo que iria para Nova York, estamos nos
acostumando.

- Isso já tem quase décadas, não me tratem como um idiota. Já estão muito
bem acostumados como tudo funciona aqui -os olhos de uma maneira quase
ameaçadora- Eu sei o que se passa por esses corredores, mesmo longe, tenho
olhos e ouvidos, da mesma maneira que demiti o responsável por eu estar
aqui de última hora, eu posso demitir todos vocês. O que não falta é gente
querendo trabalhar de verdade.
Me levantei da cadeira, totalmente estressado, eu acho que estou criando até
cabelos brancos. Suspirei abotoando meu terno encarando os rostos quase
pálidos.

- Eu volto para Nova York em dois dias, obedeçam a Srta. De Luca, ela tem
o direito de estar nesse cargo, vocês queiram ou não -falei vendo rostos
insatisfeitos.

- Reunião dispensada -digo antes de me virar para sair daquela sala que
parecia estar me sufocando lentamente.

Ouço os saltos atrás de mim e ainda passo a mão no rosto antes de clicar no
botão do elevador, ela para ao meu lado e cruza os braços.

- Primeiro, vou trazer um calmante -diz e eu a encaro com tédio- Você está
terrivelmente estressado.

- Eu não queria estar aqui, Mirelle.

- Perceptível.

- Tenho um trabalho importante para fazer em Nova York. Preciso conquistar


um grande CEO que odeia minha família, e eu estou aqui brigando com meus
diretores que necessitam ver minha cara todo dia.

Entrei no elevador com ela que tinha o cabelo preto solto, o que combina
com os traços delicados do seu rosto, Mirelle é muito bonita, tem uma
personalidade forte e admirável.

- Escuta, tire o resto do dia. Vá para casa, tome um banho e vista um pijama
confortável, durma e volte amanhã. Eu assumirei as próximas reuniões e vou
ajeitar tudo por aqui, quando vier pela manhã...não vai ter quase nada para
resolver.

A encarei.

- Faria isso?
- Óbvio, sou a vice presidente/presidente. Vou roubar seu cargo definitivo
futuramente, já falei isso um milhão de vezes -ela diz batendo no meu ombro
com o seu, dei um sorriso quase inexistente.

- Obrigado, você é ótima.

- Vá para casa, Sr. Venturelli -ela clica no botão do estacionamento- Hora da


De Luca aqui agir.

Toquei no seu ombro agradecendo e ela acenou quando saio do elevador


indo direito para o meu carro, agradeci mentalmente por ter pego tudo da
minha sala quando sai.

Entrei no Maserati preto de última geração e coloquei o cinto partido para a


minha casa, olhei para as ruas com a mesma sensação chata de sempre, isso
é patético.
Vivi minha vida inteira aqui, mas agora me sinto até um estranho na minha
própria cidade natal. Pareço que pertenço a Nova York a muito tempo.

Os portões pretos da mansão se abriram me deixando passar, estacionei do


lado de outros carros que não estou usando nos últimos meses por estar
longe e caminhei para dentro dando a chave para meu manobrista particular.

Tirei primeiro o paletó cinza caminhando para a escada.

- Sr. Venturelli, que bom tê-lo em casa tão cedo. Gostaria de comer algo? -
meu mordomo aparece usando o uniforme de sempre.

- Não, Bennett. Nos vemos no jantar -digo e ele acena lentamente com a
cabeça pondo os braços para trás antes de se virar e ir embora.

Subi as escadas apressado desabotoando minha camisa social, entrei no meu


quarto passando por Bellard, responsável pela organização dos quartos, ela
me cumprimenta me fazendo dar um aceno retribuindo.

Entrei no meu quarto fechando a porta em seguida, joguei as peças na


cadeira junto a gravata e tirei os sapatos sociais junto as meias.
Caminhei pelo quarto desviando de um pilar e olhei para a vidraça enorme
me mostrando o céu ensolarado, tirei o celular do bolso junto de outro
apetrechos e fiquei olhando para a tela vendo 15:33 quando deixei em cima
da escrivaninha.

Me virei na intenção de ir ao banheiro mas parei.

Encarei meu relógio no pulso vendo que são apenas 20:33 em Nova York,
ela não está dormindo, ou está?
Sei que não trabalha hoje por ser domingo, Dylan me contou que são poucos
domingo que eles estão abrindo a boate agora.

Peguei o celular de onde havia posto e caminho até a poltrona mexendo na


tela para ir até seu contato.
Apertei os lábios antes de clicar na tela fazendo a ligação.

Primeiro,
Segundo,
Terceiro toque e nada.

Eu estava quase desistindo quando ouvi sua voz do outro lado dizendo um
"Alô" quase sem voz, franzo o cenho ouvindo o quanto ela estava ofegante.

- Susie?

- Sim?

- O que está fazendo, você está bem?

- Hum...eu estava...-ela suspira tentando acalmar a respiração descontrolada,


muitas coisas vem na minha cabeça fodida agora.

- Aquela coisa?

- Correndo... -me corrije.

- Você não estava correndo.

- Você está aqui? -pergunta, meio debochada.


Tive até que colocar a mão no peito sentindo o ferimento da bala.

- Desculpe, é que -ela ficou em silêncio- Eu estava correndo...concentrada.

Dei um riso baixo.

- Posso te ajudar a correr.

- O que? -isso saiu fino.

- Te incentivar...a correr -falo sério a deixando em silêncio.

- Você vai...

- Parece locura para você?

- Um pouco -responde.

- Eu acho que você gostaria de experimentar sexo por telefone, eu só tenho


que dizer...e você vai fazer -passei a língua nos lábios- Como se eu estivesse
aí.

Ela fica em silêncio novamente.

- Meu Deus, você é muito safado, Nathaniel -a visualizo passando a mão no


rosto.

- Se não quiser experimentar, tudo bem para mim -falei me ajeitando na


poltrona quase deitando.

- Onde você está?

- Em casa, sai da empresa mais cedo -explico resumidamente.

- Passei o dia em casa, irei visitar Eric amanhã e depois trabalhar na boate.

- Eric...quem é mesmo?

- Um homem que conheci no asilo, ele é simplesmente adorável.


- Asilo, hein? Ótimo lugar para conhecer homens -falo rindo e ouço ela me
ameaçar dizendo que ia desligar na minha cara.

Ficamos em silêncio por poucos segundos me deixando ouvir ela meio que
se jogar na cama, tive certeza quando ela resmunga que bateu a cabeça sem
querer. Muito desastrada, Mi bela.

- Doeu -resmungo.

- É, você bateu a cabeça na cabeceira da cama. E nem foi do jeito bom -


digo.

- Do jeito bom? -pergunta confusa, sua inocência quase me fez voltar para
Nova York e ir explicar.

- Nada -falo e viro o rosto quando ouço uma batida na porta, logo o rosto do
meu mordomo aparece- Espera um minuto, Susie.

- Desculpe atrapalhar, senhor. Só vim trazer isso -ele mostra as cartas que eu
pedi para serem entregas a mim diretamente assim que chegassem.

- Deixe-as na mesa -aponto, falando em italiano e ela concorda fazendo o


que mandei, logo depois sai do quarto me deixando sozinho de novo.

- Desculpa...do que estávamos falando?

- Gosto quando você fala em italiano -ela sussurra e depois limpa a


garganta- Quer dizer, gosto de sapato mediano.

Ri alto sabendo que ela está fazendo uma careta pela falha tentativa de me
fazer acreditar que falou sobre sapato mediano.

- Eu falarei para você depois -digo, ouvindo ela suspirar.

- Não era para você ter escutado isso, Nate.

- Tarde demais, você é transparente com aquilo que quer. Isso é ótimo.

- Não, mas eu não queria. Queria ser difícil de ler, tipo você.
- Tipo eu? Que acusação direta e falha.

- É a verdade, Sr. Venturelli.

Suspirei olhando para o teto quando lembrei do rápido deslumbre que tive
vendo Susie vestindo aquilo ontem, puta merda. Foi rápido demais para eu
ver por completo, mas quando cheguei em casa ontem pela noite, minha
imaginação não teve dificuldade em me ajudar antes de eu dormir.

- Nate?

Olho para baixo vendo um ereção pequena na minha calça e revirei os olhos,
mas que merda.

- No que está pensando? -pergunta e eu cerrei os dentes antes de falar:

- Em você naquela lingerie branca. Ficou com ela?

Posso ouvir o barulho da respiração mudando lentamente.

- Sim...

- Você estava linda, Susie. Os seios tão bem desenhados ali, me daria até
pena de arrancar como eu sei que eu faria.

Ouço o resmungo do outro lado e sorrio mordendo o lábio sabendo que


poderia excita-la facilmente.

- Depois...eu estaria indo direito para baixo, passando pela barriga até as
coxas. Beijaria devagar as duas vendo você excitada como eu sei que está.

Ela não respondeu mas ofegou em resposta.

- Meu Deus -sussurra.

- Eu sei que estou certo, e eu sei onde seus dedos estão agora -falo, passei o
celular para o outro ouvido.
- Suba os dedos mais para cima, devagar -ouço ela suspirar ofegante e toco
no botão da minha calça social, com uma ereção maior agora.

- Está de calcinha?

- Sim.

- Tire.

Ouvi ela engolir em seco dando uma leve engasgada, acho que até com o
vento, e depois não ouvi mais nada, esperei alguns segundos para que ela
faça o que pedi.

- Por que parece que não estou conseguindo pensar direito? -ouço ela
sussurrar e sorri de lado.

- Porque sua curiosidade é maior do que sua timidez no momento, abra mais
as pernas.

Escutei o suspiro ansioso.

- Elas estão...

- Não, estão apenas meio abertas. Você está sozinha, não precisa ter
vergonha.

- Você devia tentar ser telepata -diz me fazendo sorrir de lado.

- Está molhada?

- Aí meu Deus, calma, ainda estou me acostumando com essas


suas...sacanagens -fala irritada, quase que de uma maneira fofa, mas sei que
ela sente tudo menos irritação.

- Certo, toque aonde tocava antes de me atender -digo, ouvindo ela


concordar, esperei alguns segundos e fechei os olhos puxando a respiração
assim que ouço o resmungo manhoso totalmente excitante.
Toquei no meu membro que estava ereto assim que tiro de dentro da cueca,
suspirei antes que começar a deslizar lentamente para cima e para baixo, vi
o pré gozo descendo pela ponta por toda extensão o que me ajudou nos
movimentos.

- Não se penetre, Jones. Apenas no pequeno ponto.

Ela geme e eu visualizo perfeitamente o corpo pequeno e gostoso se


arqueando na cama, eu estava enlouquecendo por causa dessa mulher.

Aumentei o ritmo da minha mão dando um gemido contido pesando no que


ela estava fazendo em Nova York, longe pra cacete de mim. Fiquei tantos
meses só no desejo reprimido que me sinto a porra do Hércules quando toco
nela, é uma sensação totalmente diferente do qual estou acostumado.

- Está fazendo devagar?

- Sim -responde, ofegante.

- Sinta-se livre para aumentar o ritmo, Susie. Explore seu corpo.

Foi ouvindo os gemidos que pareciam aumentar e as vezes diminuir, foi com
ela se conhecendo mais profundamente que eu consegui gozar como um
menino de 14 anos, ela pareceu gozar depois quando resmungou meu nome
baixinho, quase gozo de novo.

Me sujei obviamente e suspirei me levantando da poltrona para ir ao


banheiro, com o celular ainda no ouvido escutando ela se recuperar
lentamente.

Tirei as roupas de uma vez ficando nú e suspirei me encostando na pia com o


grande espelho na minha frente.

- Como se sente? -pergunto a ela.

- Bem.

- Muito bem?
- Muito bem -responde rindo.

- Não quero que se sinta estranha comigo por fazer coisas assim. Estou
apenas apresentando algumas coisas a você, e lembre-se que se não se sentir
confortável...

- Eu tenho que dizer a você imediatamente -ela completa.

- Exato.

- Está tudo bem, eu... estranhamente me sinto confortável fazendo essas


coisas com você, quer dizer, você... céus, eu não sei explicar.

Sorri do seu nervosismo.

- Está quente aqui, acho que estou com vergonha -ela diz

- Prometa que não vai ficar corada quando me ver.

- Você já está pedindo demais de mim -fala e eu ri baixo antes de passar a


língua nos lábios.

- Eu preciso desligar, vou tomar um banho, tudo bem?

- Sim, também irei tomar um -diz- Tchau, Nate.

Eu não podia ver, mas eu sei que ele tinha um sorriso nos lábios.

- Tchau, Jones.

Ela desliga em seguida e eu afasto o celular do ouvindo pondo em cima da


pia, apertei os lábios e caminhei para o box, pronto para tomar um banho e
dormir um pouco.

Eu já estava totalmente relaxado.

×××
Minha gente...
KAKAKAKA (Eu não sei se algumas lembram, mas eu disse em um
aviso que esse seria o livro com mais cenas de sexo, caso você não se
agrade tanto, recomendo que não leia, eles são um casal intenso e
percebe-se que a temática do livro envolve bastante cena +18, como é
dito meio que implicitamente na sinopse)

Será que vamos ter uma Susie mais ousada?! Um Nate mais...
romântico? Hum...sei não hein! Vamos ter que acompanhar 😂.

Vote!! Plis.

Vejo vocês no sábado.

Beijo, babys ❤.
33° capítulo

Susie

- Eu tenho um presente para você.

Falei para Eric que estava ao meu lado caminhando pelo jardim do asilo, ele
estava estiloso hoje, usava uma jaqueta jeans com uma camisa do Beatles e
uma calça pijama cinza, nos pés tinham Crocs com meias pretas.

- Cadê? -ele olhou em volta dando até um giro como se procurasse alguém.

- O que está procurando?

- Minha noiva, ué. Pensei que ia trazer alguém para mim, Susie. Não acredito
que não trouxe -põe as mãos na cintura e eu abro e fecho a boca algumas
vezes até ele rir alto da minha cara, se ele não fosse um idoso, eu bateria
nele.

- Você é horrível! -exclamo e ele ri mais um pouco se engasgando no final,


eu que ri dessa vez e ele me olhou feio se recuperando.

Dei um tapinha nas suas costas e ele cutucou minha barriga dizendo que
estava bom, acenei e ele agradeceu.

- Qual é o presente?

- Não quero mais dar para você, não vai se compara a uma noiva -debocho e
ele revira os olhos.

- Provavelmente não vai, mas eu quero mesmo assim -estendeu a mão e eu


coloquei a mão nos seus olhos tapando sua visão.

- É só um presentinho, não sou rica -falo e ela faz um bico, me dizendo


indiretamente para dar o presente logo.

Coloquei a miniatura da cantora Selena Gomez na sua palma e tirei a mão


dos seus olhos juntando as mãos perto do meu rosto, Eric olhou para ela e
depois arregalou os olhos.

- Eu não acredito...

Ele aproximou a mini Selena do rosto e depois abriu a boca chocado, Eric é
muito, muito fã da Gomez, ele sabe todas as músicas dela.

- Eu sei que você gosta muito dela...

- PUTA MERDA! -ele grita e eu arregalo os olhos.

- Eric...olha a boca -a enfermeira dele que passa na hora o repreende.

- Ah, vai catar coquinho -ele diz e eu o repreendo com o olhar.

- Eu ouvi isso... -ela diz e ele mostra o dedo do meio para ela que agora está
de costas indo embora, abaixo sua mão.

- Susie! Ele me odeia! Acredita que não deixou eu tomar sopa ontem porque
estava muito apimentada?! Minha SOPA, Susie -se queixa e eu balançando as
mãos- MINHA SOPA.

- Eu já entendi -falei rindo e ele sorriu antes de voltar a encarar seu


presente, parecia muito contente com ele.

- Não posso negar seu apetite, você tem um fetiche pelo meu amor, eu te
afasto e você logo volta. Não vejo razão em culpa-lo -ele canta baixinho a
letra de uma música dela e eu me segurei para não dar uma gargalhada.

- Parece feliz -comento sorrindo.

- PORRA!

- Eric...

- Eu vou demitir você -ele aponta para a enfermeira que volta passando por
nós novamente segurando uma panela.
Ela se vai com uma cara debochada e eu sorri sabendo que os dois apesar
dessas brigas, se gostam bastante, ele elogia ela as vezes para mim, menos
quando ela não dá a sopa dele.

- Obrigado pelo presente, eu realmente adorei. Vou colocar ela na minha


prateleira -ele diz e eu sorri feliz por ter agradado, Eric me abraça apertado
e eu sinto o cheiro gostoso de colônia.

- Que bom que gostou -alisei suas costas.

- Só falta da Rhianna agora -ele diz e me afasta dando um olhar sugestivo.

- Vou pensar nisso -falo e ele sorri tocando na minha testa dando uma
batidinha.

Voltamos a andar com ele segurando a Mini Selena no colo como se fosse um
bebê. Passamos pelo jardim mais um pouco até nos sentarmos no banco todo
branco de frente para um lago pequeno.

- Então, como foi a viagem?

Olhei para ele.

- Foi...reveladora -falo e ele levanta uma sobrancelha.

- Achou um namorado?

- Não -respondo e ele sorri de lado.

- Alguma coisa você arranjou, está diferente -fala me analisando, franzi o


cenho- Mais... sorridente do que o normal.

- Estou normal.

- Não engane o velho, Eric. Velho Eric sabe de muita coisa -profetiza o
padre.

- Velho Eric está precisando de óculos, acho que já está hora -falo e ele sorri
malicioso- O que?
- Seus olhinhos estão brilhando, e você tem uma coisinha aqui olha -ele
cutuca meu pescoço e eu dou sobressalto- É um chupão!!! Ela tem um
chupão!!

Ele aponta para mim rindo e eu agarro seu braço o abaixando no banco e eu
vou junto tentando me esconder, ele ri mais e eu sinto minhas bochechas
quentes.

- Para com isso!

- Você se divertiu muito nesse cruzeiro, não?

Ri baixo quando ele fez uma cara de empolgado, balancei a cabeça quando
nos ajeitamos no banco e eu ainda olhei em volta para ver se tinha alguém
presenciado isso.

- Você está maluquinho -digo.

- E você toda brilhante, parece um diamante.

Desviei o olhar para o lago fazendo uma expressão de pouco caso, eu não
me sentia brilhante ou qualquer outro adjetivo estranho, eu me sentia... mais
ousada, eu acho.

E eu só me sentia assim quando estava com ele, como ontem. Não me


imaginei fazendo aquilo por telefone, não me imagino fazendo nada daquilo
mas, quando fazemos, parece certo.

Aí meu Deus,
Eu sou louca.

- Gostei de ver você assim -ele fala brincando com a Selena.

Sorri pequeno.

- Eu preciso ir, tenho que ir trabalhar -digo e ele me encara.

- Mas já?
- Eric, eu estou aqui tem 3 horas.

- E?

- Já está de noite, eu nem deveria estar aqui pelo regurlamento de visita.

- Então...me leve para seu trabalho, estou afim de uma noitada!

Ri alto.

- Nunca!

- Como assim "nunca"? -me imita e eu cruzo os braços.

- Você não tem mais 20 anos, você é frágil e não vai dar conta de todas
aquelas pessoas se empurrando e dançando em cima de você, não, de jeito
nenhum.

- Você está pior que Judith -aponta para a enfermeira atrás dele que acabou
de chegar- Sei que está aí atrás, sou o homem aranha, porra!

Ela ri baixo e cruza as mãos na frente do corpo.

- Você não vai -falo.

- Vou sim.

- Não, não vai.

- Judith, pega meu perfume -ele se levanta ajeitando a jaqueta no corpo.

- Para onde ele não vai? -a enfermeira pergunta.

- Para a boate, eu trabalho em uma -digo e ela arregala os olhos.

- Você é stripper? -pergunta e eu levanto uma sobrancelha, foi isso que


assustou ela?!

- Não, e você não vai para boate comigo -aponto para Eric.
- Eu vou seguir você -ele diz.

- Ah é, como?

- Sou o homem aranha, porra!

(...)

- Eu já disse o quanto estou irritada pelo fato de você estar aqui, Eric. Estou
me sentindo a matadora de velhinhos por trazer você -digo vendo ele com os
braços para cima curtindo a música agitada enquanto passamos pelo
corredor.

- Para de ser chata, Susie! Vamos curtir um pouco, vem Judith -ele chama a
mulher que também estava com o braços para cima sorrindo.

- Como você saiu do asilo mesmo? -pergunto acenando para algumas


pessoas.

- Meu filho libera a minha entrada sempre que peço, já que o filho do puto
aqui me internou -explica e eu balanço a cabeça quando entramos na boate
de fato.

Os olhos de Eric brilharam quando ele viu a agitação dos corpos, das luzes e
das pessoas dançando em cima de pequenas mesas.

- Meu Deus... -ele sussurra- Esse lugar é a própria putaria.

- Você, vai ficar no bar. Perto de mim -agarro seu braço e levanto a mão para
meu floquinho que me vê de longe, Ramon abre caminho entre as pessoas na
minha frente e eu passo com Eric normalmente.

- Obrigada -beijo a bochecha de Ramon que sorri pequeno, coloquei Eric no


banco giratório e ele sorriu encantado.

- As boates de hoje são legais, mas da minha época eram melhores -fala para
Judith que senta ao lado dele passando batom na boca concordando apenas.

Olhei para Ramon.


- Gostei do seu convidado -ele diz risonho e eu passo a mão no rosto.

- Não conseguir impedir, me promete que vai olhar ele as vezes -falo e ele
concorda me deixando aliviada.

- Você está se preocupando demais! -ele fala para mim e eu encaro sua
cabeça branca pondo as mãos na cintura.

- Se um dos seus filhos descobrir que está aqui comigo e vier me briga, eu
vou bater em você! Não vou me importar com a sua idade! -falo e ele ri.

- Meus filhos não ligam para mim, você ligou agora mais do que eles ligaram
a vida toda -ele diz e eu fiz uma expressão triste me aproximando dele o
abraçando para confortá-lo.

- Certo, tá bom -ele me afasta- Você vai espantar as mulheres.

Revirei os olhos.

- Agora, eu gostaria de tomar whisky.

- Nada de bebida forte -Judith fala ajeitando o decote do vestido que ela
vestiu antes de virmos.

- Ok, que tal um pouco de Rum?

- Não pode -ela fala.

- Mas que caralho! O que eu posso tomar? -olha para ela irritado.

- Água -Judith responde.

- Água? -ele faz uma expressão desacreditada- Susie, coloca vodka na minha
água.

- Nada disso, vou fazer algo fraco para você, pode ser? -pergunto e ele
concorda parecendo mais satisfeito.
Fui para trás do balcão vendo Natalie e Bryan vendo a cena que acabei de
sair, dei um riso baixo e comecei a trabalhar.

Fiz um drink fraco para ele colocando morango e amoras porque sei que são
suas frutas preferidas, coloquei uma pequena dose da gin mais fraca que
tínhamos. Eric não pode ficar bebendo muito.

Eu estava distraída fazendo o especial dele e quando acabei fui entregar,


coloquei em cima do balcão a sua frente e levantei o olhar vendo ele com
duas mulheres, uma em cada braço.

Minha boca quase caiu no chão.

- Pois é, meu helicóptero está para manutenção, mas minha Lamborghini está
aí fora -ele diz, esse mentiroso!

- Eric -o chamo e ele vira o rosto, as duas me encaram também. Levanto uma
sobrancelha.

- Opa, licença, meninas. Vejo vocês depois -ele diz e elas concordam dando
tchauzinhos com as mãos para ele que joga um beijo.

Eric se vira na cadeira giratória e coloca as mãos no balcão com um sorriso


galanteador.

- Elas me amam.

- Sim, porque pensam que você tem um helicóptero.

- Ainda me amam -aponta para mim antes de beber um gole da sua bebida
que preparei, ele elogia bebendo mais um pouco.

- Cadê a Judith? -pergunto, sentindo falta dela ao lado dele.

- Ela está se agarrando com alguém por ali -aponta para trás e eu vejo ela
aos beijos com um homem alto e loiro. Misericórdia.

- Vai dançar comigo? -pergunta e eu nego.


- Estou trabalhado, não posso sair daqui.

Ele sorriu.

- Você é tão diferente desse lugar, quer dizer, parece ter cheiro de sexo para
todo lado mas quando eu olho para você...só vejo pipoca com chocolate.

- Pipoca com chocolate? -pergunto rindo.

Ele balança a cabeça rindo de volta enquanto mexia na camisa dos Beatles,
Eric voltou a beber e eu olhei para o lado quando fui chamada para atender
um pedido.

- Não saia daí, ok? Qualquer coisa me chame -digo e ele balança a mão me
dizendo que ficaria bem porque ele era o homem aranha, porra!

Aí meu Deus, me ajuda.

×××

KAKAKAKA e o tio Eric saiu do asilo para a boate! Isso que eu chamo
de mudança de ambiente!

Vote! Plis plis.


Essa manhã recebi uma mensagem de quem tem perfis adaptando meus
livros, galera, eu não aceito adaptações! Caso você veja por aí algum
livro que tem tudo copiado do meu, me avise por favor.

Próximo capítulo nosso modelo de perfume volta para NY 😏.

Beijos, babys. Até amanhã ❤.


34° capítulo

Susie

Apertei os olhos antes de abri-los de fato, quando fiz isso minha primeira
visão foi o teto da minha sala de estar.

Me levantei ficando sentada em cima do carpete e a segunda coisa que vi foi


a enfermeira de Eric dormindo no sofá com um canudinho na boca que estava
aberta, sua maquiagem borrada e os braços em volta da sua bolsa apertando
forte.

Caramba, ela estava agarrando essa bolsa com uma super força.

Lenvanto-me do chão lembrando da noite de ontem e agradeci por não beber,


caso contrário, Eric, Judith e eu poderíamos estar em Las Vegas agora ou em
outro País.

Por falar no pestinha!


Ele estava dormindo na minha cama, andei até o meu quarto para checar e vi
que ele tinha um óculos amarelo de festa totalmente torto no seu rosto
enquanto roncava alto.

Me lembrei das cenas de ontem e ri baixo, ele subiu em cima da mesa depois
de tomar dois drinks que eu havia preparado, eu disse que seria só aqueles
dois, não sabia que ele ficaria bêbado tão rápido! Mas Eric foi a sensação
da boate ontem, todo mundo aplaudia enquanto ele dançava em cima da mesa
de maneira peculiar.

Foi até divertido, mas totalmente irresponsável. Eu faria de novo?


Talvez, se Judith não ficasse tão alterada também.

Caminhei para o meu banheiro e tirei minhas roupas entrando no box, prendi
meu cabelo em um coque e ensaboei meu corpo por inteiro. Passei meu óleo
de banho que tinha um cheiro delicioso de flores.
Depois de fazer minha higiene matinal e escovar os dentes fui para o meu
quarto novamente pegando roupas limpas, escolho uma camisa azul de
mangas com uma estrela vermelha do lado direito, pego uma calça jeans
escura e lingerie.

Volto para o banheiro passando meus produtos que estavam lá e me vesti


normalmente, soltei meu cabelo apenas para amarrar novamente em um
coque mais forte.

Saio do banheiro uma nova pessoa e caminho para a cozinha vendo Judith do
mesmo estado. Pego a frigideira separando alguma ovos e bacon, foi quando
uma batida soou na minha porta.

Franzo o cenho largando a frigideira em cima do fogão.

Caminhei para a sala mexendo nos dedos meio que estalando e ainda olhei
para Judith.

- Espero que você esteja viva -sussurro para ela que de repente funga o nariz
como se tivesse engasgado, logo depois ela parece voltar para um sono
profundo.

Meu pai do céu.

Toquei na maçaneta a girando e abri a porta de uma vez, minha primeira


visão foi o movimento dos dedos colocando o celular dentro do paletó e a
segunda foi os olhos pretos me encarando com a expressão séria de sempre.

Acabei corando fortemente quando me lembrei do telefonema.


Droga.

- É, você realmente corou -Nate diz e eu ainda dei um gritinho baixo quando
o passo é direcionando para frente agarrando minha cintura até colar o corpo
no meu, segundos depois a boca toma a minha ferozmente.

Coloquei as mãos nos seu ombros e dei um gemido baixo quando ele me
pressiona contra a parede depois que viramos para o lado esquerdo, a língua
passa pelo meu lábio inferior me fazendo suspirar apertando seus ombros
com mais força.

Eu sabia que ele estava voltando hoje mas não sabia que viria até aqui logo
pela manhã. Na verdade, não sabia nem o horário direito.

Nate sobe os dedos pela lateral do meu corpo mas depois desce apenas a
mão direita, quando ele a coloca no meio das minhas pernas dando um
aperto forte não consegui segurar o gemido, parecia que eu estava pulsando
em todo lugar. Paro de beija-lo totalmente ofegante e ele se direciona para o
meu pescoço me dando beijos lentos por toda extensão.

- Nate... -tentei chamá-lo.

Mas eu apenas o beijei quando ele me levantou do chão colocando minhas


pernas em volta da sua cintura, ele fecha a porta com o pé me segurando
apenas com um braço enquanto o outro está esticado para que sua mão toque
meu cabelo.

Se fosse qualquer outra pessoa, me daria apenas um beijo normal em


cumprimento. Mas claro que isso nunca aconteceria com Nathaniel
Venturelli.

Percebo os passos e cesso os beijos novamente tentando pensar.

- Espera, tem gente aqui -digo e ele para de andar antes de entrar no meu
quarto, seu cenho se franze.

- Como é? -levanta a sobrancelha.

Olhei para trás dele vendo a enfermeira do mesmo jeito, Nate vira o rosto
para lá enquanto minhas mãos estão ao lado do seu pescoço. Ele franze o
cenho de novo e depois me encara, aponto para trás de mim e ele vira de
lado comigo no colo vendo o pezão de Eric.

- Quem é esse gente? -pergunta, ri baixo.

- Eric e a Judith, enfermeira dele.


Olhei em seus olhos pretos depois de encarar os dois, ele analisa meu rosto
e depois resmunga frustado.

Nate me põe no chão esfregando o corpo no meu até que eu fique de pé


novamente, seu braço se manteve em volta de mim e eu sorri pequeno
trazendo minhas mãos para o seu peito.

- Posso voltar em outra hora -diz baixo colocando a mão livre no meu
maxilar.

- Quer ir embora?

- Eu queria que Eric não estivesse naquela cama -fala, me fazendo rir, ele
deu um sorriso pequeno antes de me puxar dando um beijo demorado nos
meus lábios.

- Já tomou café?

- Susie...é uma da tarde -diz, me deixando totalmente surpresa.

- Droga, ele tem que voltar para o asilo -falei me soltando dele caminhando
para o meu quarto, parei perto da cama e fiz cosquinha no pé de Eric para
que ele acorde.

Não demorou muito até ele xingar e depois acordar para a vida, saio do
quarto e vou até Judith alisando seu braço, funciona depois de minutos. Ela
acorda e olha primeiro para a bolsa dela e depois para mim, seu sorriso
aparece mas logo depois some quando ela encara Nate que estava no mesmo
lugar com as mãos no bolso da calça social.

Ela arregala os olhos e depois engole em seco, Judith me encara.

- Tem um gostoso no seu apartamento -ela me avisa e eu ri concordando, a


ajudei para que se sente no sofá e a mesma arruma o cabelo bagunçado.

- Quem foi que me acordou?

Olhei para trás vendo Eric de pé com o óculos amarelo ainda torto no seu
rosto, ele coça a barriga por cima da camisa e mexe a boca como se
estivesse com sede. Ele deve estar mesmo.

- Você tem que voltar para o asilo, homem aranha -digo e ele balança a mão.

- Bobagem -diz e depois olha para Nate que estava quase do lado dele- Ei!
Quem é você?

Eric andou até Nate parando na frente dele e o analisou dos pés a cabeça.

- Você parece aqueles modelo de perfume -Eric diz e Nate aperta os lábios,
me segurei para não rir da cara dele.

- Você jamais deve conhecer Adam Venturelli -Nate diz e depois estende a
mão se apresentando.

- Sou o Eric, foi você que fez o chupão nela? -ele aponta para mim que quase
me escondo na bolsa de Judith.

Nate levanta uma sobrancelha e sorri de lado.

- Provavelmente -ele brinca com Eric que ri dando um tapinha na costa dele
dizendo "gosto de você".

- Vamos, vamos, você precisa ir embora e comer algo -digo e ele faz uma
expressão triste.

- Eu posso levar vocês -Nate fala e eu balanço a cabeça.

- Você não precisa fazer isso -aviso, educada, mas realmente não quero
pegar um táxi a essa hora da tarde.

- Mas eu gostaria, depois... -ele limpou a garganta- Podemos voltar para cá.

- Ele quer fazer outro desse aí ó -Eric aponta para o meu pescoço, tenho que
cobrir isso urgentemente.

(...)
- Depois...ela me deu um beijo, de língua! Em mim! Vai ser zoada pelas
amigas por ter beijado um velho -ele conta a história rindo pelos cotovelos.

- Você não é tão velho -Judith diz e ele sorri de lado.

- Está dando em cima de Judith? -mexe os ombros com um sorriso safado.

- Você ainda está bêbado? -ela pergunta com uma careta e ele dá de ombros.

Suspiro baixo balançando a cabeça no banco da frente ao lado de Nate que


tentava esconder o sorriso, mas não estava conseguindo muito bem.

Fiquei olhando para ele até o mesmo perceber, e quando me encarou de volta
tinha um sorriso pequeno, os olhos focam no meu pescoço e depois na minha
boca antes dele voltar a olhar para frente seguindo o endereço que dei.

Apertei as mãos na perna encarando a janela dando um sorriso patético. Me


senti no colegial de novo.

- Susie! Precisamos sair assim de novo -Eric diz colocando as mãos nos
meus ombros já que estava atrás do meu banco.

- Vai subir em cima da mesa de novo e gritar que está solteiro?

- Não! Da próxima vez grito que o tema da festa é nudismo.

Virei o rosto para trás lentamente e ele riu dizendo que era brincadeira.

- Você está muito para frente, precisa tomar suas vitaminas e dormir mais um
pouco. Ainda parece bêbado -falo e ele resmunga contrariado.

- E você -aponto para Judith- Não tem que ficar adulando ele para dançar em
mesas, mas obrigada por não ter deixado ele sozinho nessa locura que foi a
madrugada -sorri para ela que jogou um beijo para mim.

- Bom, ela me deixou para ir dar uns beijos em algum milionário -ele diz a
olhando com deboche, ela riu passando o dedo no lábio fingindo limpar o
batom que não estava mais.
Ri dela que deu um abraço de lado em Eric que retribuiu, minutos mais tarde
nós chegamos no asilo parando bem na frente da entrada.

- Eu levo ele, Susie. Vá comer algo, parece faminta -Ela diz e eu concordo
com um sorriso.

- Vejo você depois, Eric. Se comporte -falo e ele resmunga antes de vir me
dando um beijo na bochecha.

- Você parece a minha mãe -ele sussurra e eu ameaço sair do carro para
puxa-lo para dentro mas ele rápido saiu dando uma corridinha engraçada
para dentro, ri alto pela ação e logo depois Judith sai do carro balançando a
cabeça.

Parei de rir um pouco e olhei para Nate que tinha uma expressão divertida.

- Parece gostar muito dele.

- Eu gosto muito dele! -falei animada dando uma palminha e ele riu baixo
dando partida em seguida para nos tirar dali.

- Vamos para o meu apartamento? -pergunto e ele nega.

Franzo o cenho olhando para o maxilar bonito que eu gosto bastante de ficar
olhando. Ele vira o rosto para mim e desliza as mãos pelo volante.

- Vamos para o meu apartamento.

×××

Vamos conhecer o barraco no Nate 😏


Que deve custar mais que meu coração, e olha que coração dá um bom
dinheiro (e eu dou o meu de graça para aquele fdp ♀)

KKKKKK falando assim até parece que eu tenho alguém, quem me dera!
Tá difícil, galera.

Vou soltar 3 caps hoje, em comemoração por termos conseguido tirar


meus livros de um Instagram que estava me plagiando!! Graças a Deus
conseguimos, registrei tudo insta dos babacas (disponível no meu perfil) e
ainda conheci a autora da série Carter's, Grennelly, que tbm estava
passando pelo mesmo, pessoa incrível ❤.

Vote, baby!!! Porraaa. Kakakaka tô triste, fui comparar as estrelinhas


dos livros, e do Adam não tem nem 50k! Nos outros passam de 100k!
Vocês não votaram no livro 2 😭 . Tá vendo???? Faço de tudo para
agradar .

*Lis e drama saiu do chat*


35° capítulo

Susie

Entramos no estacionamento no prédio com meus olhos esbanjando


curiosidade.

Era tudo tão grande e luxuoso, tinham seguranças andando pelo


estacionamento e eu acho que Adam não consegue invadir aqui, ao contrário
do apartamento de Dylan e a mansão de Peter.

Era até fácil para a Tinker Bell atentada fazer isso.

Nate estaciona o carro saindo dele e eu faço o mesmo logo em seguida, o


alarme dispara enquanto dou a volta pelo carro admirando minhas
sapatilhas. Apenas levanto a cabeça para encara-lo quando sinto a mão
pousar nas minhas costas nos direcionando para o elevador.

Ele clica no botão vendo meu rosto com uma expressão não muito boa, a
verdade, é que eu precisava comer algo em pelo menos meia hora, eu devia
ter pego a barrinha de cereal em cima da mesa.

Estava pensando nisso quando sou interrompida para suspirar quando a mão
forte agarra minha nuca e rápido estou com o peito colado no seu.

Céus.

- O que houve? -pergunta intercalando meus olhos e boca.

- Nada -dou um sorriso pequeno.

Faço um biquinho com a boca olhando para ele mas depois desvio
lentamente para cima vendo ele me encarar esperando eu dizer.

Certo.

- Eu estou com fome -falo baixinho como se fosse um segredo e ele pisca um
par de vezes.
- Era isso?

- Hum...sim?

Ele ri baixo me empurrando para dentro quando o elevador se abre, viro o


rosto apenas para vê-lo clicar no "C" de cobertura voltando-se para mim em
seguida que estava encostada na parede agora com suas mãos nas minhas
bochechas.

- Eu já disse que você é adorável?

- Algumas vezes -respondo com a expressão divertida enquanto meu nariz


tocava o seu de vez em quando.

- Pedi para prepararem algo para você comer, devem estar fazendo ainda,
mas não irá demorar muito.

- O que faremos enquanto a comida não fica pronta?

- Você pode experimentar outra coisa -falou antes de me dar um beijo curto
na boca- Acho que você vai gostar.

- Isso vai acabar comigo sem roupas? -levanto uma sobrancelha.

- Todas elas -diz, logo depois a expressão nervosa aparece mim. Ele ainda
deu um sorriso de lado antes de me puxar para fora do elevador quando as
portas se abrem.

Caminhamos para direita indo para a cobertura ao invés da esquerda, acho


que só tinham duas nesse andar. Ele coloca a chave e logo abre a porta me
deixando entrar primeiro.

- Nossa... -digo assim que visualizo o interior, ele para ao meu lado vendo
meus olhos concentrados no lustre alto que mais parecia diamantes
pendurados, não duvido nada. Encaro os sofás e a mesinha de centro dando
um sorriso pequeno, era linda. As janelas grandes chamam minha atenção
mas depois olho para ele, não foi assim que imaginei na verdade.

- É bem...claro -digo e ele franzo o cenho.


- Bom...sim -deu de ombros- Imaginou o que?

- Preto, e móveis clássicos.

- Não sou o Batman -diz, me fazendo o olhar com deboche- E você está
lendo livros demais.

Fingi rir e ele fez uma expressão irritada, ri de verdade com a expressão mas
parei quando ele empurrou meu ombro com o seu, o encaro com o cenho
franzido, ele me empurrou?!

O empurro de volta com a mão dessa vez e agora ele que franze o cenho me
empurrando de volta com o ombro, bato no seu braço e ele devolve na minha
bunda me fazendo ir para frente e puxar a respiração.

Ouvi ele rir do meu estado que mudou por alguns segundos.

Me virei dando o golpe na barriga levemente o fazendo parar de rir, ele


resmunga agarrando minhas coxas me levantando do chão colocando-me no
seu ombro rapidamente.

- Já chega -o timbre da voz estava meio rouco, engoli em seco apertando os


dedos na sapatilha.

- Nate?! Você não sabe brincar! -reclamo enquanto ele começa a andar para
a escada, eu acho que não sabia brincar também.

- Sabe aonde eu vou bater?

- Não.

- Você vai ver -ameaça.

- Sr. Venturelli -ele para de andar e se vira para trás girando comigo que
agarro seu terno com toda a força para não cair. Parecia que eu estava em um
parque de diversões.

- Diga, Kate -ele diz me deixando ver as escadas que era de uma cor mais
escura, quase idênticas as que eu imagino quando leio, há!
- O almoço será servido em 20 minutos -ela avisa.

- Tudo bem, desço em 20 minutos.

- Vai querer que eu o chame...

- Não, não quero ninguém no andar de cima -ele fala antes de se virar
voltando para o trajeto sem se importar se ela vai responder.

Levantei um pouco a cabeça para ver a mulher e foco nos cabelos vermelhos
presos em um coque elegante, ela usava roupas formais e os lábios pequenos
um batom vermelho, creio que Kate esteja na minha faixa de idade.

Seus olhos verdes focam nos meus e eu dou um sorriso pequeno tentando ser
agradável, mesmo em uma posição nada normal, mas ela não retribui a
cordialidade.

Me perco da sua visão quando ele começa a subir as escadas, resmungo a


cada degrau me sentindo a boneca de pano, ele ri baixo já pelo corredor
passando por uma porta em seguida.

Nate me inclina para baixo e eu sinto minhas costas na cama mas não
consigo olhar em volta porque sinto suas agarrando meus pulsos colocando
acima da minha cabeça. Olhei para a sua boca que estava perto da minha e
ele encara meu peito agora ofegante pela sua presença ainda mais perto.

- Eu gosto de você se sentir tão afetada por mim quando nem toquei em você
direito -ele sussurra tocando nos botões da minha calça antes de morder meu
lábio inferior.

Ele desce um pouco e eu apoio as mãos na cama levantando o quadril


quando ele pede que eu o faça, vejo a peça saindo do meu corpo logo
depois que ele tira minhas sapatilhas e aperto meus dedos no lençol
delicadamente.

Olhei para o seu corpo que se afasta mais do meu tocando na barra do seu
terno o tirando de uma maneira mágica! Cristo, me senti hipnotizada. E
piorou quando ele desfez os botões do colete com os olhos sobre minhas
pernas como eu tinha sobre seu peito ainda coberto.

Mas isso muda rapidamente assim que a camisa social branca vai sendo
desabotoada com o olhar dele subindo para a minha calcinha, mordo o lábio
me sentindo excitada só com o olhar intenso, só com o pensamento do que
ele vai fazer.

Isso não me torna uma pervertida, certo?

Nate tira a camisa voltando a por os joelhos na cama ficando mais próximo,
me sento com ele entre minhas pernas e levanto os braços para que ele tire
minha blusa azul de mangas.

Seus braços me envolvem e seu rosto fica próximo do meu enquanto ele tira
meu sutiã que tinha o fecho atrás. Assim que ele se livra coloco minhas mãos
no seu rosto quando ele me empurra para baixo fazendo-me deitar
novamente.

A língua entra na minha boca explorando lentamente, e eu suspiro sentindo as


mãos grandes envolvendo meus seios em um aperto forte, ele massageia por
segundos até os dedos da mão direita descer pela minha barriga raspando de
leve.

Gemi na sua boca baixinho sentindo os dedos tocando devagar no meu sexo
por cima da calcinha, ele suspira ouvindo meus resmungos que aumentam
quando ele afasta a barra me deixando sentir o contanto dos dedos realmente.

Coloquei minha mão no seu peito por impulso e acabei raspando minhas
unhas, ouço ele dar um gemido contido aumentando a pressão dos dedos no
meu clitóris.

Nate para de me beijar desviando para a minha bochecha e eu sorri quando


sinto os lábios no meu pescoço, eu sentia o cheiro dele agora impregnado no
meu corpo como se fosse uma nova fragrância e eu olhei para baixo quando
ele desce tirando os dedos da minha calcinha.
Ela não dura muito tempo no meu corpo já que ela tira no segundo seguinte
meio apressado.

- Não feche as pernas -ele diz para mim e em questão de segundos meu
corpo se arqueia na cama quando sinto a boca no meio delas.

Nossa!
Meu Deus!
Gemi alto sentindo ele me chupar com vontade apertando minhas coxas sem
dó. Meu corpo quente, quase em febre, meus seios rígidos e a boca seca
diziam claramente que eu estava extremamente excitada.

Isso era a coisa mais gostosa que eu havia experimentado até então.
A língua se mexia com maestria e eu quase infarto quando a sinto entrando
em mim lentamente, apenas no início. Olhei para baixo novamente vendo seu
rosto entre minhas pernas e dei outro gemido tentando me controlar para a
mulher lá embaixo não me ouvir.

Mexo meu quadril inquieta mas ele agarra me prendendo, meus olhos se
reviram involuntariamente quando ele me faz rebolar em sua boca.
Prendo a respiração por segundos, e acabei fechando as pernas quando sinto
seus dentes no meu clitóris como se puxasse de leve.

Ele afastou minhas pernas para fazer de novo, e acabou que eu fiz
novamente. Céus! Isso é muito melhor que os dedos dele.

- Jones... -ele meio que briga comigo afastando o rosto, o encaro frustrada.

- Eu não consigo controlar -digo ofegante e ele passa a língua nos lábios de
uma maneira quase sedutora.

- Estou quase amarrando suas pernas -ele diz e eu dou um riso nervoso por
dentro- Se fechar...vai ter que ser de outra maneira.

Outra maneira?

Concordei com a cabeça mesmo assim.


Ele semi cerra os olhos para mim colocando as mãos nos meus tornozelos
afastando um do outro, respirei fundo sentindo meu clitóris pulsar
repetidamente. Ele se abaixa olhando para mim como se me dissesse para
não fazer o que fiz antes.

Mas foi impossível! Impossível! Quando ele colocou a língua dentro de mim
como antes e os dedos massageando meu clitóris com vontade eu acabei
fechando as perna para ele de novo. Mesmo não querendo.
Mas era tudo tão novo e...gostoso, eu estava tonta.

- Porra -ele xinga e se afasta de mim agarrando minha cintura, dou um


gritinho quando ele me vira na cama me deixando de quatro.

Sinto seu membro da minha bunda e logo depois a mão esquerda no meu
pescoço me fazendo olhar para frente, vejo a cabeceira da cama em forma de
grades e sinto seu peito nas minhas costas, fechos os olhos lentamente
quando seus lábios tocam minha orelha.

- Já que não deu daquela maneira, vamos experimentar outra.

- Foi sem querer... -digo e ele sussurra "quieta" no meu ouvido com a voz
rouca que só levou sensações mais fortes para meu corpo.

Nate aperta meu pescoço com a força certa para não me machucar e eu gemi
alto quando sinto o tapa fraco no meu sexo bem em cima do clitóris, quase
saio da posição mas ele não deixa me mantendo no mesmo lugar.

Oh meu Deus, ele realmente vai fazer gozar desse jeito.

Quando ele bate de novo aperto os lençóis com força e puxo a respiração
resmungando quase sem forças para tal ato. Sinto minhas pernas fracas e meu
coração quase saindo pela boca.

Meu corpo todo estremece.

O contanto dos dedos em um rápido tapa fazem meu corpo se acender como
luzes mas quando ele para, a luz se apaga. Ele deu o terceiro tapa e
massageia por alguns segundos em cima do meu clitóris me fazendo apertar
os lábios sabendo que iria alcançar o que estava procurando.

O último gemido saiu da minha boca enquanto eu sentia a sensação boa do


orgasmo dominar meu corpo por completo.

Fechei os olhos sentindo o beijo quente no meu ombro depois que a mão
solta meu pescoço, sinto seu sorriso contra minha pele e logo depois o
sussurro:

- Agora que eu vou bater na sua bunda.

- O que?

Eu vou para frente caindo na cama como uma fruta madura quando o tapa
forte vem na minha nádega direita. O barulho dominou o quarto.

- Nathaniel! -brigo com ele que ri baixo.

Coloco a mão na minha nádega massageando-a.


Caramba, como é que Emy gosta disso?!

×××

Emily é soldada treinada, você tá só começando franjinha. Calma que vai


dar tudo certo 😂😂.

Dos mesmo criadores do tapa na bunda, vem aí os criadores do tapa na


Shakira KAKAKAKKA aí desculpa, tô com o Patati e Patatá enfiando no
cú hoje.

Vote! Comente! E ainda tô puta.

*Lis e drama saiu do chat, de novo!*


36° capítulo

Susie

Peguei minha calcinha da cama depois que levanto da mesma finalmente com
coragem suficiente para sair dá onda sexual que ainda passeava pelo quarto.

Eu posso escutar o riso da Susie de meses atrás no meu ouvido, ela está
dizendo que Nate está me corrompendo.

Não consigo negar.

Passo o tecido de renda pelas minhas pernas até ajeitar na minha cintura,
coloco meu cabelo para trás feliz por estar menos nua. Procuro minhas
roupas que ele colocou junto as suas na cadeira do quarto e ando até elas.

Nate estava no banheiro já tem uns 10 a 15 minutos, foi o tempo que fiquei
relaxando na cama me recuperando do que havia sentido. Já estávamos
atrasados para o almoço.

Achei minhas roupas na cadeira pegando a calça, blusa e sutiã. Voltei para a
cama me sentando nela na mesma hora que a porta do banheiro se abriu.

Ele saiu de lá limpando as mãos com uma toalha branca enquanto eu subia a
blusa azul mais para cima cobrindo meus seios parcialmente. Nate me olha e
depois para as minhas roupas em minhas mãos e colo.

Anda até mim jogando a toalha na cama e eu levanto a cabeça para cima
quando seu corpo para na minha frente, olhei para a sua cueca boxer preta
quando percebi que ela estava ali mas rapidamente voltei a olhar para os
seus olhos.

Ele riu.

- Você está corando.

- Eu não estou... -é, eu estava.


- Me dê isso -ele pegou minhas roupas saindo da minha frente e eu me
levantei indo atrás com com as sobrancelhas franzidas.

- Espere, eu vou vesti-las -aviso.

Ele deixa as peças sobre a cadeira novamente e pega a sua blusa social
branca agarrando meu braço em seguida.

- Você vai usar isso -fala.

- Algum motivo especial?

- Óbvio, é fácil de tirar do seu corpo quando eu excitar você de novo -diz
simplista pedindo para eu passar meu braço direito pela blusa, com a
expressão meio chocada eu deixo que ele me vista.

Nate ajeita a blusa em meu corpo enquanto eu apenas olhava para os seus
olhos concentrados e os lábios que se apertavam quase imperceptívelmente
por ele.

Fecha todos os botões raspando os dedos na minha pele de propósito o que


me fez tentar ficar neutra, pelo menos um pouco.

Deixou apenas dois botões abertos e logo depois ajusta a gola, ele estava
parecendo a Emily quando ela vem me usar de modelo.

- Já? -pergunto rindo e ela dá um sorriso sem graça.

- Não, espere aqui.

Ele saiu da minha frente caminhando para o seu closet e me virei vendo o
espelho no canto, foquei no meu reflexo percebendo que esse camisa era
enorme! Mas pelo menos era confortável.

Minutos depois ele volta ajeitando a calça moletom no "V" profundo da


cintura que só completava os gomos da barriga definida logo acima, Nate
passou por mim me chamando e eu fui balançando a cabeça distanciando a
imagem dele.
Ele andou na frente sabendo que eu estaria analisando tudo a minha volta, eu
fiz isso lá embaixo e agora estou fazendo aqui em cima. Não havia tantos
quartos na verdade, apenas 4, o que é muito pouco se for comparar aos
outros da gangue.

Tudo parecia estar estrategicamente no lugar, todos os objetos e iguarias


foram escolhidas a dedo, e eu tenho certeza que foi por ele. Algumas pessoas
comprariam apartamento mobiliado, mas Nate obviamente não fez isso.

Passamos pelas escadas, de uma maneira normal dessa vez, e eu apenas o


segui entrando na sala de jantar.

Minha primeira visão foi do lustre luxuoso no teto e uma mesa de madeira
não muito escura com 9 lugares, tinham duas plantas no canto da sala e um
grande espelho na parede mostrando elegância, era muito bonito

Nos sentamos na duas cadeiras da ponta que ficavam uma ao lado da outra e
eu encarei um homem entrando na sala trazendo dois pratos, atrás dele veio a
mulher com duas taças e uma garrafa de vinho.

O homem pões o prato na minha frente que tinha talheres na mesa já


esperando por nós, ele faz o mesmo com Nate e eu encaro o bolo de carne
com meus vegetais preferidos no prato branco, sorri abertamente.

A taça é posta perto de mim e a mulher vira a garrafa de vinho, toquei na


garrafa na mesma hora impedindo-a de continuar, ela me olhou confusa e eu
sorri pequeno.

- Desculpe, eu não bebo -digo, vendo sua sobrancelha se erguer em seguida.

Ela fica ereta me encarando e eu tenho uma leve impressão de que ela não
gostou de mim, há algo errado quando ela me encara.

- O que você bebe, Senhorita?

- Suco, se tiver. Não precisa me chamar com formalidades -aviso, para que
se sinta mais a vontade na minha presença.
- Gosta de suco de morango, senhorita? -ela ignora meu pedido e eu entre
abro os lábios.

- Seria ótimo -respondo, ela afirma com a cabeça e pega a taça de volta da
mesa. Me virei para Nate que falava com o homem rapidamente o dando
algumas tarefas, a mulher serve a taça dele e depois ambos saem da sala me
deixando a sós com o modelo de perfume.

Peguei o garfo de cima da mesa e não demorei muito para começar a comer,
o gemido escapou da minha boca assim que sinto a comida descer para o
meu estômago, eu estava faminta!

- Melhor?

- Shi, hora da refeição -digo, ele apenas sorri começando a comer comigo.

Cortei outro pedaço da comida levando até a boca, isso estava delicioso.
Comi um pouco da salada e olhei para frente vendo a vidraça mostrando-me
as nuvens e outros prédios. Eu acho que conseguia ver o Empire State.

- É lindo -falo e ele me encara vendo meus olhos na vista, Nate olha para ela
e concorda com a cabeça.

- Quando comprei essa cobertura, era esse o meu específico pedido.

- Queria comer olhando a vista de Nova York? -sorri de lado.

- Também, mas eu queria ter vidraças para todo lado apenas para me dar
essas vistas. Eu gosto delas.

- Não tem receio de alguém ficar vendo você dos outros prédios.

- Não podem nos ver, Susie. Apenas nós podemos vê-los -o encaro e ele
passa a língua nos lábios- Outro motivo para eu ter comprado.

Ele dá um sorriso malicioso que fez minhas sobrancelhas se franzirem


levemente, mas parei de encara-lo quando o suco de morango foi posto na
mesa em um grande copo de vidro, a mulher vai embora depois nos deixando
sozinhos novamente.
Voltei a comer e experimentar os suco que estava tão bom quanto a refeição,
conversei com ele por mais alguns minutos perguntando algumas coisas que
eu realmente gostaria de saber.

Agora que estamos mais próximos, acho que ele me contaria mais sobre si,
certo? Não, errado. Ele continua sem contar as coisas, gostos e vontades,
essas coisas. Mas claro que não vou força-lo a fazer isso, Nathaniel é
visivelmente um homem complicado, e eu não quero que ele me diga nada
forçado. Até porque, ele não era um homem que aceitaria passar por isso.

Depois da refeição, eu me senti satisfeita. Ele me pediu para que o


acompanhasse até a sala de estar e eu fui com o meu copinho de suco e ele
com a taça de vinho.

Nos sentamos no sofá um perto do outro e dei risada quando um barulhinho


de peido aparece, ele franze o cenho e levanta a bunda do sofá pegando uma
bolinha esverdeada.

- Que porra é essa? -pergunta confuso.

- Eu acho que é de Mops -falo e ele confirma me mostrando as iniciais M. V


na bolinha.

- Adam precisa parar de deixar essas bolinhas pelo meu apartamento -ele diz
esticando o braço deixando em cima da mesinha de centro.

- Ele consegue invadir aqui?

Nate me encara.

- Eu espero que não, nunca o vi aqui sem que eu o trouxesse -fala e eu


levanto uma sobrancelha, com certeza a Tinker Bell já invadiu o
apartamento.

Adam é muito bom nisso.

Tomei um gole de suco limpando a boca em seguida percebendo que fiz um


bigodinho, olhei para trás de mim de repente e arregalei os olhos, aquilo era
um piano? Aí meu Deus aquilo era um piano!
O piano estava bem na frente da vidraça, se alguém o tocasse ficaria de
costas para a vista de Nova York, infelizmente.

- Você toca? -pergunta, pegando minha atenção de volta para ele.

- Sim, eu...amo demais -sorri animada.

- Há um motivo por trás disso? Estou vendo nos seus olhos que há -ele bebeu
um gole do vinho.

- Minha mãe me ensinou tudo o que sei, foi um dos momentos com ela que
jamais esquecerei -comento e ele sorri de lado.

- Quanto tocou na empresa do Balis, estava pensando nela?

Meneio a cabeça com a expressão confusa e logo depois abro a boca


lembrando-me da minha primeira apresentação naquela empresa, minhas
memórias me atingem com força quando lembro do olhar intenso nas minhas
costas que eu estava extremamente conectada.

- Era você...

Ele fica em silêncio.

- Eu sabia que tinha alguém...o olhar... -balanço a cabeça- Era você.

Eu ainda estava tentando explicar antes dele pegar o copo da minha mão e
deixar na mesa junto com sua taça, Nate agarrou minha cintura em seguida
me puxando para o seu colo. Me ajeitei ficando sentada de lado e ele
abraçou minhas pernas colocando o braço em volta da minha cintura depois.

- Eu sei -ele fala me fazendo olhar para os detalhes em seu rosto- Entendo o
que quis dizer, eu percebi que você estava tensa mas ninguém naquele salão
iria perceber.

- Eu estava tensa por sua causa -acuso e ele levanta uma sobrancelha.

- Eu só estava olhando para você!


- Continua culpado, sinto muito.

Sorri da sua expressão desacreditada e tomei liberdade me inclinando na sua


direção colocando minha boca sobre a sua em um beijo casto, a mão sai da
minha perna subindo lentamente para cima.

A mão iam entrar na blusa mas eu impedi a descendo para onde estava antes,
ele para de me dar beijos curtos e me encara.

- O que foi?

- Isso não é ruim para você?

- Te tocar? Não.

- Não, estou falando sobre você sempre fazer algo a mais comigo para me
dar prazer, mas você...não recebe nada.

- Quer me dar alguma coisa? -ele levanta a sobrancelha.

Abri a boca e fechei várias vezes.

- Eu não sei como fazer isso.

- Você nunca realmente fez nada? Nunca tocou em um homem? Nunca gozou
com alguém além de mim? -ele realmente parecia desacreditado e
extremamente curioso.

Se Nate estivesse de blusa, eu me esconderia dentro dela. Quando eu falo


sobre sexo é mais normal na minha cabeça do que ele falando para mim, é
apenas incrivelmente mais erótico.

- Não... -respondo.

Ele suspirou colocando meu cabelo para trás.

- Sou um idiota por ter apenas 10% de satisfação disso em mim?

- 10%?
- Ok, talvez 30% -ele dá de ombros me fazendo rir baixo.

- Bom, só estava dizendo que deve ser ruim para você não se aliviar, eu acho
-brinquei com o botão da sua blusa no meu corpo.

- Eu me alivio sozinho, Jones. E tem algumas coisas que você pode fazer
para me ajudar, mas não acho que esteja...confiante para fazer isso ainda.

Franzo o cenho.

- Por que acha isso de mim?

Ele entre abre os lábios e limpa a garganta.

- É que, você ainda é muito tímida comigo, as vezes que se solta. Estou
explorando todos os seus lados, acontecerá no tempo certo.

- O que pretende me pedir para fazer?

A expressão dele mudou lentamente para algo que já reconheço, a expressão


que aparece antes dele arrancar todas as minhas roupas.

- Primeiro você vai ajoelhar, deixar o cabelo solto porque eu gosto dele
assim, e depois... -ele olhou para a minha boca e eu entendi rapidamente-
Vou ensinar você a me chupar, do jeito que gosto.

Nate suspira desfazendo a expressão de antes e abaixa a cabeça encarando a


mesinha de centro.

- Ok... hum, revelador -digo, quase balançando as mãos para espantar a


tensão sexual que se instalava rapidamente.

- É verdade -ele sorri pequeno- Mas não se pergunte mais se eu estou


confortável com o que temos, eu sabia que você era inexperiente quando
pedi para ficar comigo.

- Só foi uma dúvida que passou pela minha cabeça -explico e ele concorda
deslizando o polegar para cima e para baixo na minha coxa.
- Tudo bem, gosto de tocar em você mais do que toca em mim.

- Por que?

- Porque gosto de ter controle, ainda não entendeu isso? -ele debocha
levantando uma sobrancelha.

Faço uma cara de tédio.

- Eu gostaria de tocar em você -sussurro olhando para seus ombros e peito,


mas olho para ele quando rir- Não estou falando sexualmente.

Nate concorda e eu me ajeito no seu colo quando ele coloca minhas pernas
uma em cada lado do seu quadril, o sinto embaixo de mim e aperto os lábios
dando um suspiro.

Uau.
Nunca vou me acostumar com isso.

- Pode me tocar, Jones.

Levantei uma sobrancelha vendo sua expressão quase divertida.

×××

Eita, o que será que nos espera no próximo capítulo?!!! KAKAKAKA


hehe, eu já sei hehe 😂😂😂 ♀ desculpe.

Toda vez que escrevo "desculpe" lembro daquele tiozinho que virou
meme ao gritar "Quero café".

Vote e comente! Volto no próximo final de semana com uma maratona! É


isso mesmo!!! Uma maratona!!! Então, já vou deixar avisado aqui hein,
começa no dia 7 (Domingo) e vai até o dia 14. Um capítulo por dia!
Gostaram?? Pois é! Mas ainda tô puta.

*Lis, Drama e maratona saíram do chat*


37° capítulo

Nate

Vi quase que em câmera lenta o movimento inocente, o polegar foi posto na


boca dando mordidas leves no mesmo enquanto ela pensava me encarando.

Susie parecia decidir o que faria primeiro comigo, era até engraçado.

Ela colocou os cabelos para trás e eu me mexi no sofá de propósito


querendo senti-la mais um pouco, apoiei os punhos na lateral da minha
cintura e esperei.

Esperei.

Esperei.

E esperei.

- Susie.

- Calma! -isso saiu extremamente fino.

- Você só tem que me tocar, não é como se fosse um desafio maluco de algum
programa de comédia.

Ela suspira baixinho olhando para o meu peito, segundos depois eu vejo as
duas palmas pequenas pousando nos meus ombros delicadamente, eu estava
me sentindo uma pétala.

Susie aperta os lábios levando as mãos pela extensão no meu ombro até
descer por meus braços com apenas o indicador deslizando.
Ela toca na minha cintura levando as mãos pela minha barriga com um
sorriso pequeno no rosto.

Suspirei baixo a fazendo me encarar.

- Continue -falei.
Limpei a garganta sentindo a ponta das unhas roçando no meu peito e dei um
segundo suspiro, que merda é essa?! Porque estou suspirando tanto?

Ouvi ela rir quando o polegar brincou com meu mamilo, agarrei seu pulso
balançando a cabeça e ela apertou os lábios novamente com uma expressão
de uma criança de 8 anos.

- Aí não.

- Por que não? Você toca nos meus.

- Você não vai ficar brincando com o meu mamilo, Jones. Fim de papo -digo
e ela faz um bico puxando o braço me fazendo solta-la.

- Você não é nada divertido -resmunga.

- Pegou o Venturelli errado, esse aí é o Adam -falei.

Ela sorri colocando as mãos em meu rosto e balança a cabeça como se me


dissesse que estava com o Venturelli certo, ótimo, Dylan e Adam não seriam
certos para Susie, ninguém é. Ela boa demais, altruísta, gentil, tudo de bom
que possa vir de um ser humano, não sei como isso é possível.

Susie arrasta as unhas pela minha barba rala e eu vejo seus olhos
concentrados na minha boca quando ela coloca o indicador no meu lábio
inferior, era ridículo como sua mão era pequena perto do meu rosto.

O dedo para no meu queixo e eu vejo seu rosto se inclinar um pouco o


beijando, pisquei um par de vezes e minhas mãos subiram para as suas
coxas.

Ela vai mais além desviando os lábios para o meu maxilar, escuto ela
suspirar como se estivesse satisfeita. Franzo o cenho e dou um riso baixo.

- Desculpe, eu gosto do seu maxilar -sussurrou.

- Estou percebendo -falo e ela sorri trazendo o rosto para frente do meu
novamente me dando um selinho casto nos lábios, tentei aprofundar mas ela
não deixou se afastando.
Susie desceu as mãos para o meu corpo novamente e eu vi os olhos ainda
indecisos se faria isso ou não enquanto intercalava entre meu rosto e peito.

Eu queria incentivar o que quer que fosse. Então deslizei minhas mãos na sua
coxa para cima e para baixo.

Funciona.

Vejo os lábios macios tocando meu peito suavemente e apertei o maxilar


respirando fundo, ela me encara novamente antes de beijar minha barriga e
raspar as unhas levemente pelos meus ombros, puta que pariu.

Passei a língua nos lábios passando minha mão pelo seu cabelo enquanto ela
me beijava explorando meu corpo, as mãos pequenas deslizam um pouco
acima da minha calça moletom e eu resmungo baixo tentando conter o
gemido.

Jones puxou os dedos para cima novamente apoiando na lateral do meu


corpo e os lábios sobem ainda com resquícios de timidez, mas nada que a
fizesse parar no momento.

Fecho os olhos apertando seu cabelo um pouco quando a boca toca meu
pescoço dando leves beijos.

Ela estava fazendo exatamente o que fazia com ela geralmente, mas de uma
maneira mais doce e delicada, o que nunca pensei que seria excitante.

Quando sinto os dentes rasparem de leve na minha pele não aguentei


agarrando sua nuca puxando seu rosto para perto do meu, ela me encara
ofegante como eu estava e eu fui rápido agarrando sua mão colocando no
meu peito novamente.

- Preparada para sentir mais? -pergunto vendo a língua passando pelos


lábios, seu silêncio curioso foi minha resposta.

Desci sua mão pelo meu peito tocando minha barriga lentamente, não demoro
muito para colocar a mão pequena em cima do meu pau, Susie entre abre os
lábios puxando a respiração e olha para baixo vendo o acabei de fazer.
Ela pisca rápido com a mão em um pênis pela primeira vez e não tenho
palavras para tentar descrever o que ela pode estar pensando agora.
Mas não parecia irritada ou...com a intenção de tirar a mão dali, beijei seu
maxilar enquanto ela olhava para baixo e deslizei sua mão pela extensão o
que me fez dar um gemido contido.

Susie me encara vendo eu fechar os olhos lentamente, faço de novo e acabei


engolindo em seco quando a faço apertar um pouco. Ela entende e aperta por
si só me fazendo puxar a respiração.

- Continue, por favor -peço, vendo-a olhar para baixo novamente.

Guiei sua mão para um lado e para outro acariciando meu membro por cima
da calça, suspiro mais um vez quando seu dedo encosta na glande sem
querer.

Quase eu desmaio.

- Puta merda -xingo e ela me encara alarmada.

- Tudo bem? Desculpe, eu não...

Ela tirou a mão rapidamente e eu resmunguei puto colocando as mãos ao


lado do seu rosto antes de beija-la intensamente, Jones parecia meio
surpresa mas retribuiu abrindo mais a boca para eu chupar sua língua
sentindo o gosto de morango.

Desci apenas a direita pelo seu corpo agarrando a bunda por cima da minha
camisa, apertei forte ouvindo seus protestos na minha boca.

- Hum...com licença -Nos afastamos tão rápido pelo susto que eu apenas vi
Susie indo para trás caindo do meu colo direito para o chão como se fosse
um saco de batata.

- Droga -ela geme com as pernas para cima e eu rápido as abaixei olhando
para o lado vendo Peter nos encarando com a sobrancelha erguida.

O que essa porra está fazendo aqui?


Susie se ajeita e arregala os olhos vendo o irmão de coração passando a mão
na barba, a puxo do chão para que fique sentada do meu lado e ainda vejo
ela pegar uma almofada pequena colocando no meu colo cobrindo minha
ereção.

Porra.

Encarei Peter novamente que colocou as mãos na calça social azul escura.

- E aí? -ele dá um sorrisão, maldito.

- Quem deixou você entrar? -perguntei.

- Kate estava indo embora e me deixou entrar -ele explica, encarei Susie
novamente que tinha as bochechas mais coradas que antes, ela coçou a testa
antes de me encarar quase pedindo para eu fazer um buraco no chão para
enterra-la lá dentro.

- Por que está aqui? -perguntei abraçando a almofada.

- Você me pediu para vir aqui quando chegasse da Itália, esqueceu?

- O que você acha? -debocho.

- Ah sim, claro. Estava mesmo nos meus planos pegar a Susie no seu colo
com essas suas mãos safadas em cima dela -ele aponta para mim e Susie
balança a cabeça- Cuidado com esse psicopata.

Franzo o cenho.

- Eu vou...eu acho -ela também franze o cenho.

Peter ajeita o terno com um sorriso pequeno.

Maluco.

- Cara, você sabe que é um dos meus melhores amigos. Mas eu realmente
não quero ver a sua cara agora -falo e ele faz um bico debochado como se
me dissesse "Sei bem o que você quer".
- Certo, só me dê os papéis e eu vou embora -ele fala me fazendo levantar
suspirando.

Passo por ele que coloca a mão nos olhos para não ver minha ereção e eu
dou um soco fraco no seu ombro o fazendo rir.

Caminhei para o meu escritório praguejando com passos rápidos até ele,
passei pela porta de madeira escura entrando na mini biblioteca que também
era meu escritório, passei pelo grande sofá e peguei uma das pastas em cima
da minha mesa que não ficava distante do sofá.

Procurei a papelada que ele me pediu para pegar na Itália e depois voltei
pelo mesmo caminho ansioso para terminar o que começamos.

Cheguei na sala de estar vendo Peter abraçado com Susie que ria enquanto
ele a balançava de um lado para o outro como se ela fosse uma criança.

- Tá bom! Já chega -ela diz colocando as mãos no rosto dele o empurrando


para trás.

- Oh, não! Suas mãos estão infectadas de Natevírus, tome banho antes de ir
embora -ele reclama agarrando as mãos dela e balançando, ela sorriu com a
brincadeira.

- Na verdade, tomarei banho em casa. Você me leva? -ela pergunta e ele


acena concordando.

Ela me encara quando chego perto, a encaro de volto enquanto dou para
Peter o que ele pediu.

- Você já vai? -pergunto

- São 16h, eu preciso ir para casa -ela fala brincando com o botão da minha
camisa no seu corpo- Preciso preparar algumas partituras e ensaiar um
repertório para tocar amanhã na empresa, depois tenho que ir para a boate.

- Dê o dia de folga para ela -digo para Peter mas apontando para Susie.

- Nathaniel! -ela briga comigo e eu cruzo os braços dando de ombros.


Peter ficou me olhando por uma eternidade e até mesmo quando Susie falava
com ele, os olhos castanhos não saíram do meu rosto e eu quase jogo ele da
minha janela por estar me encarando assim.

- Vou pegar minha coisas no andar de cima, volto em alguns minutos -ela fala
passando por nós dois caminhando para a escada.

Olhei para Pan que sorriu novamente.

- Você está ganhando o título de empata foda do Adam -falo, indo até minha
poltrona me jogando nela. Minha ereção havia diminuído.

- Por fala nessa Tinker Bell drogada, você por um acaso viu uma bolinha
verde do Mops?

Apontei para a mesinha de centro e Peter levantou as mãos para o céu


agradecendo.

- Obrigado meu pai, prometo não provocar tanto a loira pelas próximas duas
semanas -ele fala e depois anda até a mesinha pegando a bolinha- Adam
estava deixando todo mundo doido por causa dessa merda!

Nem fiquei chocado.

- Então... -ele mexeu os dedos de uma maneira engraçada.

- Peter Ross, não comece.

- O que?! Eu não perguntei nada.

- Mas eu sei que vai.

- Vou mesmo, então, você gosta dela? -ele pareceu uma fofoqueira. Oh,
espere, ele é uma.

- Você me pergunta isso toda vez que vê com uma mulher.

- Esperança, Nate. Se chama esperança -ele fez um "S" no peito fazendo


referência ao Superman.
- Não, não gosto dela. Não como você está pensando, não a conheço a fundo
e ela muito menos a mim, e provavelmente não vai -me ajeito na poltrona.

- Porque você não deixa.

- E para que?

- Para mudar a sua vida um pouco.

Suspirei, odeio conversar com Peter sobre a minha vida. Ele sempre arranja
um jeito de me fazer enxergar que ela está uma merda e que eu preciso fazer
algo a respeito.

- Escute, Susie e eu somos bons juntos, de verdade. É surreal a conexão que


estamos criando, e se um dia acabar -dei de ombros- Tenho certeza que
vamos retomar a amizade, antes disso tudo eu já estava sendo amigo
dela...eu posso voltar a ser somente isso.

Eu espero.

- É -ele guarda a bolinha no bolso- Está na hora de você passar pelo ritual.

Ritual?

- Do que está falando?

- Estou falando do nosso livro mágico, meu amigo -ele pisca para mim me
deixando confuso, busco algum livro na minha cabeça mas não lembro com
exatidão.

Ele ainda conversou comigo por mais alguns minutos antes de Susie descer
já com suas roupas e cabelo preso em um coque frouxo, ela diz para Peter
que estava pronta e ele concorda dizendo que iria esperar perto do elevador.

Jones se aproxima de mim com as mãos atrás do corpo dando um sorriso


pequeno.

- Vejo você depois?


- Por quanto tempo você quiser, lembra? -perguntei a lembrando do acordo e
ela sorri de lado acenando.

A mesma se inclina colocando a mão na poltrona me dando um beijo terno,


retribui mordendo seu lábio depois.

- Tchau, Nate.

Vejo suas costas enquanto ela anda para a porta do apartamento levando o
cheiro doce e os toques delicados com ela.

- Tchau, Mi bela.

×××

"Eu espero" KAKAKAKAKA


Babaca, eu que traço teu futuro, te mete comigo não filho. KAKAKAKA

MARATONA COMEÇOU!
AAAAAAAA EI! JÁ AJEITOU A PIPOCA? CHOCOLATES? TUDO
PRONTO? ENTÃO VAMOS, segura na mão da titia Lis aqui.

Capítulo todo dia durante uma semana!


{07 (hoje) à 14 (próximo domingo}

Até amanhã, babys ❤.


38° capítulo

Susie

Ajustei a gorro azul na minha cabeça antes de colocar a mão na porta de


vidro entrando no grande prédio.

Meus dedos foram para as tiras da mochila preta em seguida que estava
descansando em meu ombro, andei pela recepção que estava mais vazia do
que da última vez que estive aqui e peguei um crachá pequeno quando me foi
oferecido um.

Preciso confessar algo:

Eu estava me sentindo o Julios de "Todo mundo odeia o Chris" porque eu


tinha dois empregos!! Só faltava eu ter uma pessoa para gritar aos quatros
ventos que a esposa dela tinha dois empregos!.

Eu estou bem ansiosa, como nota-se.

- Susie Jones?

Olhei para o lado vendo uma mulher diferente da qual me contratou, saia
preta apertada que não parecia ser confortável, um terninho cinza muito
elegante e o cabelo castanho preso em um coque, quase me refez pensar
minhas vestimentas que eram apenas um jeans escuro e um camisa de mangas
compridas em um cor fraca.

- Sou eu -digo sorrindo e ela estende a mão para mim que pego dando
cordialidade.

- Sou Megan, diretora do RH. Vou levá-la até o posto e conversar algumas
coisas com você, tudo bem?

- Claro -concordei a seguindo quando ela refez os passos que dei da última
vez, entramos no salão que estava completamente diferente, agora parecia
mais uma sala de espera.
- O dono da empresa faz sempre uma festa íntima as quartas para pessoas em
específico, e ele ajuda essas mesmas pessoas que se agradam com música
suave.

- Para que essas festas? -perguntei curiosa e ela me olha por cima do ombro.

- Caridade, e deixá-lo mais rico do que ele já é -responde dando um


sorrisinho.

Não sei se entendi muito bem,


Mas não estava empenhada o suficiente para entender, eu queria tocar o
quanto antes na verdade.

Paramos perto do piano e eu acho que meus olhos brilharam por alguns
segundos mas ela pegou minha atenção explicando mais algumas coisas que
deveriam ser do meu conhecimento.

Depois que Megan foi embora eu olhei em volta vendo algumas pessoas
trabalhando ao colocar uma mesa de aperitivos perto das janelas e uma
decoração simples pelos cantos.

Me perguntei o quão rico o dono disso aqui deve ser para fazer caridade
dentro da própria empresa de Marketing. Eu não lembro muito bem do rosto
do homem, mas lembro-me de sua postura impecável.

Tirei a mochila das minhas costas junto ao casaco de frio e o cachecol,


coloquei perto do pequeno banco quando me sentei e logo depois levantei a
tampa do teclado olhando para os pedais que ficavam na frente dos meus
pés.

Peguei o repertório que trabalhei ontem seguindo em específico o que eu


mesma preparei. Coloquei os papéis na minha frente e balancei os dedos
pronta para praticar.

Coloquei meus dedos sobre as teclas e fiz um bico satisfeita.

Comecei a tocar levemente sentindo as teclas devagar, apenas aumentei o


ritmo de verdade quando me senti pronta para tocar, a melodia de Claude
Debussy apareceu no salão enquanto eu olhava atentamente para as teclas
seguindo as notas certas para tocar Clair de Lune.

Dei um riso baixo satisfeita por estar ali, bem melhor do que o celular.
Mantive o ritmo clássico praticando para depois e ignorei as pessoas que me
observavam de vez em quando.

Em algum momento na minha mente muito...geniosa nas últimas horas, eu me


lembrei de Nate. Pensar nele antes de tudo o que aconteceu era normal,
nunca esqueci o que fizemos no quartinho e no carro, mas agora que
estávamos avançando...era impossível o manter longe da minha mente o
tempo todo.

Os toques e sorrisos sempre voltavam avidamente para a minha cabeça, era


tudo muito novo mas era algo tão inexplicável que as vezes me pergunto
como uma pessoa consegue ter tal facilidade para ficar pensando em coisas
sexuais por vários e vários minutos.

Claro que não pensava nisso com clareza antes, eu não tinha experimentado
um terço do que fizemos. Mas agora me própria condeno quando pego-me
pensando em coisas nada normais, Cristo! Eu estou me tornando uma
pervertida, não estou?!!

Acho que minhas bochechas esquentaram.

Continue tocando olhando para os papéis algumas vezes para não me


esquecer de nada, sou meio paranóica com isso.

- Você toca muito bem.

Me assustei no banco puxando a respiração e parando de tocar


imediatamente, olhei para o lado vendo o autor do meu susto que
provavelmente foi horrível por causa da minha expressão.

Coloquei minhas mãos nas coxas encarando o rosto do homem que esbanjava
um sorriso simpático.

- Santo Deus -reclamo baixinho, ele sorriu.


Traços fortes no rosto e o cabelo preto em um corte baixo, ele usava um
terno preto com a blusa social branca sem gravata e tinha um relógio
dourado no braço, seus olhos castanhos bem parecidos com os meus encaram
as teclas e depois me encaram.

- Se bem que, essa música é muito melancólica. O ritmo mais acelerado é


bem melhor -ele me explica e eu franzo o cenho.

- Não tem ritmo acelerado -digo.

- Claro que tem, posso mostrar? -ele aponta para o banco e eu aceno vendo-
o se sentar ao meu lado estalando os dedos de uma maneira engraçada,
reprimi o riso.

Me afastei mais um pouco dando o espaço certo para seus braços e olhei
para os seus dedos que tocam nas teclas devagar no início, ele me encara e
diz para eu ficar atenta. Logo depois seus dedos se mexem freneticamente
deixando a música completamente diferente do que ela realmente era, abri a
boca chocada e ele parou de tocar rindo.

Ele apoia os braços mais em cima e ri mais um pouco, as teclas estavam


quase pegando fogo.

- Esse ritmo definitivamente não existe -falo rindo e ele me encara.

- Não existe mesmo, eu inventei -ele diz e se ajeita no banco voltando a


tocar de maneira normal dessa vez- Toda vez que mostro isso para algum
pianista, eles fazem exatamente a expressão que você fez.

- Bom, geralmente músicas clássicas são mais... melancólicas.

- Nem todas, olhe essa -O homem começou a tocar Beethoven "Waldstein" e


eu fechei os olhos com uma careta com a música entrando nos meus ouvidos,
ele sorriu.

- Oh meu Deus, pare -coloquei minhas mãos sobre as suas balançando a


cabeça e ouvindo ele rir mais um pouco, sinto sua respiração no meu rosto
por eu estar inclinada e pisco algumas vezes- Não gosto dessa.
Ele parou de tocar e eu tirei minhas mãos de cima das suas voltando a por no
meu colo me condenando por tê-lo tocado com tamanha intimidade, nem o
conheço.
O homem encara meu rosto que vai se afastando do dele até eu ficar ereta
novamente, sorri sem graça.

- Desculpe -falei.

- Pelo o que? -ele pareceu não se importar.

- Hum...nada, esqueça -digo e ele passa a mão na barba rala.

- Nova Yorkinos são diferentes -ele toma nota o que me fez franzir o cenho.

- De onde você é? -perguntei vendo-o ficar tocando uma tecla por pura
diversão.

- Sou de Chicago.

- Bom, não sou de Nova York, sou de Seattle -falo e ele parece surpreso por
alguns segundos- Pois é, sua perspectiva das pessoas dessa cidade estão
erradas se for basear em mim.

- Cheguei na cidade faz pouco dias, talvez eu os conheça melhor quando for
sair por aí apenas para ganhar mais...perspectiva -ele fala me dando um
sorriso fraco, sorri de volta por simpatia.

- Talvez consiga.

- Eu espero conseguir, pode me indicar um bom restaurante?

- Depende, qual o tipo de comida?

- Do que você gosta? -ele cruzou os braços.

- Hambúrguer.

- Hambúrguer então.
- Gramercy Tavern, há dois andares nele. Caso você queria beber coquetel e
provar os hambúrgueres é o lugar certo, e o segundo andar é o restaurante
mais formal, recomendo que peça o menu de degustação se for até ele -falo,
o homem acena parecendo satisfeito com minha indicação.

- Já sei onde irei jantar está noite, eu agradeço -ele diz voltando a olhar para
as teclas.

- De nada, obrigada por me mostrar esse...novo jeito de tocar piano -falo e


ele sorri de lado.

- É um ótimo jeito para descontar a raiva caso esteja sentindo.

- Acho que estou bem no momento -ri baixo.

- Nunca se sabe quando vai precisar...

- Kevin!

Olhamos para trás ao mesmo tempo e eu vi um homem chamando por ele


antes de voltar a olhar para o seu celular, olhando mais de perto eu
reconheço ser o tal Balis apenas pela postura, seu rosto não ficou muito
visível para mim então não conseguir dizer se ele era muito novo ou muito
velho, mas tinha um corpo bem atlético.

Olhei para o homem ao meu lado, que se chamava Kevin aparentemente, ele
me encarou de volta dando um sorriso antes de se levantar.

- Foi um prazer...

- Susie -falo e ele coloca as mãos no bolso da calça.

- Foi um prazer, Susie -ele pisca para mim e depois se vai caminhando até a
pessoa que o chamou, perto o suficiente ambos saem andando um ao lado do
outro engatando em uma conversa, provavelmente de negócios.

Encarei as teclas novamente e sorri de lado, era um jeito diferente de tocar


com toda certeza.
×××

Certo, Lis, Lis, Lis, quem é Kevin?!


E exatamente por isso que é bom ler os meus livros na ordem KKKKKK
Mas claro que vou relembrar e explicar mais a frente 😏.

Susie tendo pensamentos safadinhos foi ótimo de escrever KAKAKAKA


Depois que você prova...você vicia.
Socorro, tô muito para frente.

Vote e comente!

Até babys, ❤.
39° capítulo

Nate

Afrouxei a gravata preta assim que meus pés atravessam o elevador em


direção a minha sala, meu cabelo estava bagunçado de tanto eu mexer nele
totalmente estressado a minutos atrás.

Depois de respirar fundo duas vezes, me encontro mais calmo.

Passei a língua nos lábios parando em frente a mesa de Angela que tinha o
olhar atento ao computador, coloquei meu punho esquerdo na mesa e
balancei a outra mão tentando chamar sua atenção.

Ela me nota levantando o óculos de grau para que fique em sua cabeça
repousando e entre abre a boca depois de engolir em seco.

- Sr. Venturelli...

- Diga-me que não tenho mais reuniões hoje -isso saiu quase como uma
súplica.

- Não, felizmente não. Essa foi a última -ela diz e eu trouxe meu pulso
esquerdo para perto do rosto vendo 18:34 no relógio prateado.

- Você está dispensada -digo antes de sair da frente dela mas sua voz me
chama antes de eu der mais passos para a minha sala.

- Sim? -pergunto.

- Bom, tem... -ela aponta e eu olho para lá diretamente, franzo o cenho


quando vejo o rosto de Dylan assim que ele coloca a cabeça para fora da
sala olhando em volta, como se estivesse vigiando...

Ele arregala os olhos assim que me nota e rapidamente volta alarmado


fechando a porta como se eu não tivesse visto o idiota.

Suspirei e voltei a olhar para Angela que reprimiu o riso.


- Desculpe, eu não consegui evitar -ela fala.

- Tudo bem, você não conseguiria de qualquer maneira -falei desfazendo o


botão do terno pronto para bater em alguém.

E lá vou eu.

Andei para a porta e respirei fundo antes de abri-la e entrar na minha sala,
cruzei os braços vendo os três com as mãos para trás fingindo estar
distraídos, até fingiam assobiar.

Eu mereço.

- O que estão fazendo aqui? -perguntei, ainda calmo.

- Viemos ver você -Adam diz com uma voz meiga.

- Não fode...o que estão fazendo aqui? -repito a pergunta.

- Você sempre dúvida do nosso amor? Isso machuca -Bell diz e os dois
concordam como cachorrinhos.

- O que é isso aí na sua mão? -Perguntei para Peter que apertou a boca em
uma linha reta.

- Um objeto -ele diz e eu me aproximo fazendo Dylan e Adam ficarem na


minha frente me impedindo de andar até o barbudo.

- O que é isso? É uma bomba? Vocês não vão explodir meu prédio -briguei
com eles que fizeram uma cara de tédio, a não ser por Bell.

- Uma bomba do amor -Adam diz levantando um lado da não e Dylan levanta
a outra completando o coração.

Cristo.

- É o nosso mantra -Dylan diz.

- É o que? -pergunto confuso.


- Promete não tirar? -Peter pergunta.

- Do que caralhos vocês estão falando? -perguntei cruzando os braços.

Peter tirou as mãos de trás do corpo e me mostrou um livro pequeno, olhei


para Dylan e Adam que me encaravam em expectativa.

- Kama Sutra? -pergunto, quase rindo.

- Não, a cura para essa sua falta de beleza. Estou começando a duvidar que
você é um Venturelli -Adam debocha e eu sorri com sarcasmo.

- Cala a boca sua Tinker Bell atentada, sou mais bonito que vocês dois -
aponto para meus primos e Peter ri meio exageradamente- Você também,
Peter.

Ele parou de rir.

- Não interessa, sou melhor de cama -dá de ombros fazendo Dylan ri alto.

- Na sua terrinha distante, Pan -Adam passa a mão no peito orgulhoso e eu


reviro os olhos.

- Ok, voltando ao assunto porque todos sabemos que sou o melhor


provavelmente -Falei vendo as caras emburradas- Por que estão com isso?

- Bom, passou por todo nós, é a sua vez agora -Dylan diz e massagear
minhas têmporas me ajudaram a não expulsar os três.

Bom, nem tanto.

- Podem ir embora? -perguntei- Tenho que encontrar uma pessoa.

E tirar aquelas roupas o mais rápido possível.

- Claro, pode ir lá -Adam diz e eu olho para os três.

- Saiam primeiro -ordeno.


- Oh não -Peter balançou a cabeça contrariado.

- É, eu não quero sair. Gosto daqui -Adam diz e Dylan concorda olhando
para as paredes dizendo "Bela cor".

- Eu não quero esse livro, não preciso dele. Leve-o com vocês -digo e ando
abrindo a porta novamente para os três irem embora- Tchau.

- Nate, mesmo que você não queira...

Interrompi Adam com uma expressão irritada e comecei a andar na direção


de Peter para arrancar aquele livro da mão dele.

- Lá vem ele! -Peter gritou e correu para o outro lado da sala enquanto Adam
e Dylan agarraram meu tronco.

- Leva essa merda com você -apontei para ele que me mostrou a língua, me
senti na quinta série.

- Olha, não fala do nosso bebê desse jeito. É nosso filho -Adam diz e eu
empurrei o loiro seguido de Dylan que se afastou rindo.

- Vem aqui, Peter!

Corri de novo e ele correu mais se desviando, ouvi ele gritar e rir ao mesmo
tempo. Puta que caralho! Esses três me irritam demais.

- Segura o boi! -Dylan gritou e eu me aproximei o suficiente cercando Peter


que jogou o livro para Adam que se afastou.

- Dá para mim, Bell. Tenho um ótimo fim para ele -estendo a mão.

- Ele também tem um para você -Adam diz e faz um biquinho.

- Vocês são loucos, esse livro pode estar amaldiçoado e vocês não sabem -
abri os braços- Tudo o que aconteceu de bom pode acabar rápido, ninguém
sabe nada sobre como ele apareceu na sua biblioteca -apontei para Dylan-
Vai que é uma peça chave de um crime.
- Cara, chega de filmes para você -Peter diz e eu mostro meu dedo do meio
para ele.

- Para mim você não quer aceitar que ele pode te ajudar -Dylan diz.

- Ajudar a que?! -pergunto.

- A ser feliz porra! -Adam gritou comigo e eu lancei meu olhar mortal para
ele que deu um sorriso nervoso- Imagine que eu falei isso bem baixinho, shii.

- Me dá logo essa merda.

Fui na sua direção e ele jogou o livro na mão de Dylan, sabia que ele faria
isso então fui mais rápido correndo até Dylan antes dele ter a possibilidade
de jogar para outro, agarrei seus braços e ele começou a se mexer enquanto
eu tentava tirar o livro da mão dele.

- Socorro! Soldado abatido! Soldado abatido -Dylan gritou e eu revirei os


olhos.

- Não, Nate! -senti mãos me puxando pela perna e comecei a bater em Adam
que me segurava.

- Derruba ele! Derruba ele! -Peter gritou novamente.

Estiquei a mão puxando o livro de Dylan, sorri satisfeito mas arregalei os


olhos quando os dois praticamente se jogaram em cima de mim.

- Porra! -gritei altonenquanto nós quatro íamos caindo no chão quase que em
câmera lenta, no chão comecei a mexer para tirar esses babacas de cima de
mim mas não soltava o livro. Nenhum de nós soltava.

- Solta!!! -Adam tentava puxar da minha mão mas sem sucesso.

- Nunca! -falei e os outros dois começaram a me puxar de novo.

- Eu juro que vou matar vocês! -falei irritado.

Ouvimos uma barulho estranho e Adam e eu fizemos uma careta.


- Aí, Peter. Caralho! Minhas bolas -Dylan resmunga de dor e Peter ri alto.

- Foi mal, pensei que fosse o Nate -Peter diz e eu olho para ele.

- Tenta para você ver -ameaço.

- Me dá logo! Olha modelo de perfume, eu vou puxar seu cabelo -Adam


tocou no meu cabelo e eu me debati novamente, nós quatro começamos a
falar alto nos xingando comigo tentando se livrar desses três psicopatas.

- Plena sexta feira à noite, porra! Vocês não tem nada para fazer?! -pergunto
eles gritam "Não" tão alto que eu acho que metade da minha empresa ouviu.

Continuamos em guerra mas paramos imediatamente quando ouvimos uma


tosse falsa vir da porta, olhamos para lá lentamente e ao mesmo tempo.

- Digam xis, putinhas.

Ouvi o barulho da foto e logo depois o riso alto de Emily e Lisa explodir na
minha sala.

- Que porra é essa? -Emily pergunta rindo encarando a tela.

- Manda no grupo! Manda no grupo! -Lisa diz rindo igualmente.

Olhei para Peter que agarrava minha perna e Dylan estava em cima de mim,
Adam puxava meu braço que era onde o livro estava. Que merda.

- Saiam! -gritei com eles que foram saindo mas antes Adam arrancou o livro
da minha mão quase caindo de novo, Tinker Bell dos infernos!

Fomos nos levantando e eu passei as mãos na minha roupa para limpa-la,


logo depois no meu cabelo que Adam puxou de leve.

- Susie não para de rir -Lisa diz e eu a encaro.

Puta que pariu.

- Rubi disse que vai fazer um porta retrato -Emily avisa animada.
Olhei para os três que me deram um sorriso inocente, babacas.

- Vocês três -apontei para a gangue- Façam o que quiser, não vai adiantar de
nada.

- Aham, mas ainda acredito no meu radar de fada -Adam diz e eu reviro os
olhos.

- Vamos sair para beber, quer vir conosco? -Lisa pergunta para mim e eu
nego.

- Já tenho planos, mas divirtam-se -falei abotoando meu terno novamente.

- Hum...Jones disse a mesma coisa -Emy semi cerra os olhos e eu dou de


ombros.

- É porque o plano dela sou eu, loirinha -forço uma voz sedutora na última
palavra e precisei correr para fora da minha própria sala quando Peter
ameaçou vir para cima de mim me bater.

Fui rindo para o elevador.

São loucos, mas eu amo o três.

×××

*Estou batendo em tambores*


É O RITUAL FOI COMPLETO SENHORAS E SENHORES! o último
integrante foi premiado com o livro do amor e sorte.

Vós apresento, Kamaaaaa Sutraaaaa:


Voltamos amanhã, com mais novidades KAKAKAKAKA.

Beijo, babys ❤.
40° capítulo

Susie

Cliquei no botão pensando se tinha sido uma boa idéia fazer o que ele tinha
me pedido, porque estou tão nervosa?!

Bom, meu nome estava na portaria então eu só tive que pegar um ônibus até
aqui que graças a Deus não era tão longe do meu apartamento, e agora eu só
tinha que clicar na campainha e esperar alguns minutos até ele chegar.

A porta foi aberta depois de alguns segundos e eu levantei a cabeça para


encarar a mesma mulher que vi na terça feira, última vez que vi Nate
também.

Ela ficou me encarando como se não entendesse porque eu estava aqui


parecendo um bichinho acanhado.

- Oi...

- Sr. Venturelli não está -ela tenta fechar a porta mas eu neguei colocando
minha mão contra a mesma impedindo.

- Eu sei disso, Kate -falei esperando que ela abrisse mais a porta para me
deixar ver seu rosto, ela fez isso me dando um sorriso minúsculo depois.

- Posso ajudá-la?

- Sim, me deixe entrar. Estou esperando por ele -a informo para que entenda
meu motivo de estar aqui, meio contra a gosto me dá passagem afastando o
corpo coberto pelo uniforme preto formal.

- Obrigada -dei passos até entrar no apartamento me lembrando de tudo o


que tinha visto anteriormente.

Mais passos tímidos pelo cômodo explorando sozinha pela primeira vez, e
tirei minha bolsa pequena do ombro meio que a abraçando.
- Quer beber alguma coisa?

- Não, obrigada -nego com a cabeça e ela concorda pondo as mãos na frente
do corpo.

- Pode esperar aqui, senhorita. Patrão não gosta que entrem no quarto dele ou
em sua biblioteca sem permissão -aponta para as duas portas brancas abaixo
da escada.

Eu com certeza iria dar uma espiada na biblioteca, desculpe, infelizmente é


mais forte que eu.

- Claro -acho que dei um sorriso falso pela primeira vez na minha vida.

- Com licença -Kate se vira pondo as mãos agora atrás do corpo e se vai
caminhando para a cozinha me deixando a sós.

Olhei em volta maravilhada novamente, esse lugar é um sonho completo. Dei


passos curtos até o sofá pondo minha bolsa sobre ele para caminhar pelo
espaço em seguida.

Andei na direção do piano preto mexendo os dedos sutilmente, o admirei


mais de perto antes de pousar dois dedos sobre as teclas apertando uma de
cada vez fazendo o som aparecer, sorri antes de tirar os dedos e olhar para o
lado vendo as portas brancas.

Encarei a entrada da cozinha mordendo o lábio e dei uma corridinha para


frente da porta curiosa, o que será que ele gosta de ler? Bom, já tenho uma
ideia do seu gosto para livros mas gostaria de aprofundar mais um pouco.

Toquei na maçaneta de metal que ocupava uma boa parte da porta e entrei
calmamente, dei de cara com uma mesinha de centro rústica com poltronas e
dois sofás quase que em volta dela, olhei para o lado vendo uma mesa
escura com quatro cadeiras em volta e depois dali me perdi completamente
quando vi a quantidade de livros naquele lugar.

Eu iria confundir com uma biblioteca pública facilmente, dei passos para
frente olhando tudo aquilo com um sorriso no rosto, parei na frente da lareira
vendo o enorme espelho em cima dela que ia até o teto, percebi que a
biblioteca era de dois andares e suspirei contente.

Saio da frente da lareira e caminho mais para frente vendo a enorme mesa de
mogno escura bem parecida com as de escritório, a grande cadeira de couro
com a vidraça atrás me dando a vista de uma parte da ponte do Booklyn.

Parei na frente da vidraça e olhei para baixo quase tendo um infarto vendo a
altura, esqueci por um momento que tenho um pouco de medo. Suspiro
novamente pondo a mão sobre o vidro gélido vendo algumas gotas de água o
atingirem sem muita força.

Dei um sobressalto de leve quando senti a mão gelada e máscula deslizando


para o meu pescoço e virei o rosto para trás encontrando o dele que não
parecia irritado, porém nada feliz

Cristo! Que susto!

Nate suspira baixo pegando meu cabelo para colocar na lateral, olhei para
frente novamente apertando os lábios e minha pele estremece pelo simples
toque dos lábios na minha nuca.

Fechei os olhos quando senti seu nariz aspirar meu cheiro e se mover
lentamente para o meu pescoço quando ele tira a mão, Nate beija devagar
antes de sugar minha pele me fazendo sentir seus dentes de leve, resmunguei
sabendo o que o mesmo estava fazendo.

Bati na sua testa e ele foi para trás piscando algumas vezes, Nate colocou a
mão na própria testa e me encarou.

- Aí... -resmungou desacreditado.

- Doeu -cruzo os braços.

Ele já estava a dois passos de distância de mim, vi os olhos pretos brilhantes


como estrelas e logo depois acompanhei o movimento das suas mão entrando
no bolso da calça social.

- Desculpe -ele sorriu de lado, revirei os olhos.


Levantei o olhar quando os dois passos de distância desapareceram quando
ele parou na minha frente com as mãos ainda no bolso mas os olhos agora na
minha boca e seios.

- O que está fazendo aqui? -pergunta sério, Kate não mentiu quando disse
que ele não gostava que pessoas entrassem na sua biblioteca sem permissão.

- Eu...só queria saber como era, desculpe -falei com a voz baixa por ter dado
uma de xereta, mas não estava arrependida.

- Matou sua curiosidade, Jones? -ele suspirou e depois deu um sorrisinho


minúsculo, como no fundo de si, soubesse que eu viria explorar esse lugar.

Balancei a cabeça concordando com um sorriso tímido.

- Ótimo, me dê sua mão -ele estende a sua na altura da minha cintura e eu


coloco primeiro meus dedos deslizando para encaixar na sua palma.

- Para onde vamos?

- Imagino que não tenha jantado.

Neguei com a cabeça, eu realmente estava com fome.

- Vem, vamos comer algo. Depois partimos para a sobremesa -ele sorriu
pequeno.

- Qual é a sobremesa? -perguntei, espero que seja sorvete!

- Bom, não sei qual vai ser a sua mas você será a minha -ele fala
normalmente me puxando para fora enquanto eu olho para seu rosto normal,
oh, ele estava falando sério.

Infelizmente ou felizmente eu não tinha essa naturalidade para ficar falando


essas sacanagens que saem sedutoras demais na voz dele.

(...)
Tive que tapar a boca para não fazer um ruído muito alto de risada enquanto
eu olhava para a foto do ano.

Nate pegou o celular da minha mão já imaginando o que era e eu ri mais um


pouco vendo sua expressão nada boa para a foto que Emily enviou mais
cedo.

- Vocês...hum -limpei a garganta- Sempre ficam um em cima do outro desse


jeitinho quando estão longe de nós?

Ele me olha e eu aperto a boca em uma linha reta.

- Em minha defesa, eu fui atacado apenas para deixarem um livro na minha


sala -aponta para mim.

- Entendi, estão tão friozinho também, né? Ficar juntinhos é bom -ri baixo.

- Você está muito debochada! Emily devia fazer escola -ele fala me fazendo
o encarar com tédio.

- Mas olha como vocês estão lindos nessa foto! -apontei para o celular
quando ele o coloca na mesa- Todos juntinhos e irritados, parece um cartão
de natal.

- Você já acabou com isso? -aponta para o meu sorvete que era a minha
sobremesa e eu nego puxando a grande taça para mais perto de mim.

- Você não tem muita paciência comigo... -brinquei.

- Porra! -ele resmunga se encostando na cadeira.

Levei uma colher do sorvete de chocolate até a boca e eu vi seus olhos se


fixando em meus lábios, acabei sorrindo vendo sua expressão engraçada
para mim.

Mas ele parou de encarar-me quando Kate entrou na sala de jantar parando
perto o suficiente para notarmos sua presença, as mãos são postas na frente
do corpo e eu vi seu cabelo solto pela primeira vez, era muito vermelho e
ondulado, era lindo.
- Ainda precisa de mim para mais alguma coisa, Sr. Venturelli? -pergunta o
encarando como um biscoito delicioso.

- Não, Kate -ele diz e me encara- Ainda quer algo, Susie?

- Oh, não -neguei- Eu lavo isso depois.

Apontei para a minha taça que tinha apenas um pouquinho do sorvete que eu
tinha devorado em questão de minutos.

- Eu posso lavar, senhorita.

- Não precisa -digo e Nate olha para Kate.

- Você está dispensada, até amanhã -ele diz com educação na voz mas cheio
de segundas intenções quando me encara de novo.

- Bom, com licença -Kate nos dá as costas voltando por onde veio e eu levo
a última colher de sorvete até a boca, olhei para Nate que encara minha taça
e depois dá um sorriso malicioso.

- Estava bom?

- Delicioso -respondo passando a língua nos lábios e ele aperta o maxilar


sutilmente.

- Levante -ele fala se afastando um pouco mais para trás na cadeira mas sem
sair dela realmente, apoiei as mãos na mesa me levantando da cadeira que
ficava ao lado dele.

De pé na sua frente tive que baixar minha cabeça um pouco para encara-lo,
suas mãos pousam em minha cintura por cima da saia preta de botões que
ficavam na frente indo até embaixo.

Mordo a parte interna da minha bochecha quando a ponta dos dedos sobem
pela minha panturrilha cobertas pelas meias pretas que eu usava no
momento.
Senti as mãos entrando por deixado da saia e suspirei colocando as mãos no
seu ombro quando ele aperta minha bunda com tanta força que dou um
resmungo pela dor rápida que aparece e vai embora.

Nate tira as mãos de lá trazendo para frente tocando no primeiro botão da


minha saia o desfazendo, ele faz o mesmo com o restante dos botões até a
saia sair do meu corpo.

Minha respiração ficando irregular.

Ele me faz tirar as botas e depois levanta meu suéter azul que eu mais amava
até liberar minha cintura por completo, olhei diretamente para o seu rosto
antes dele sumir assim que seus lábios encostam na minha coxa.

Os lábios passando pela minha pele como brasa e eu acabei dando um


gemido quando senti os lábios por cima da minha calcinha branca, ele
agarrou minhas coxas me mantendo perto o suficiente e eu joguei a cabeça
para trás ofegante sentindo os beijos demorados me instigando.

Mas parei com aquilo colocando minhas mãos no seu cabelo o afastando um
pouco.

- Ela ainda está aqui -sussurrei me referindo a Kate.

- Ela vai embora -ele puxa minha cintura me trazendo para o seu colo me
firmando em cima dele, os dedos tocam na barra do meu suéter que é puxado
para cima até sair do meu corpo.

Nate sorriu de uma maneira meio safada colocando as mãos entre meu
cabelo o levantando um pouco antes de me beijar com fervor, sua língua
domou a minha facilmente me fazendo seguir o ritmo do seu desejo já
evidente.

Ele desceu as mãos pelas minhas costas passando pelo fecho do sutiã mas
sem tirá-lo, os dedos apertarem minha bunda de leve apenas para ele me
mexer para frente e para trás. Franzo o cenho experimentando aquilo
tentando entender o controle das suas mãos.
- O que... -sussurrei quando nos afastamos poucos centímetros, Nate
continuou me movimentando em cima dele lentamente me fazendo sentir seu
membro com mais propriedade.

Ele ainda estava de calça social mas eu conseguia sentir perfeitamente, a


camisa branca no corpo com apenas dois botões abertos me mostrando um
pouco do seu peito foi o lugar que olhei antes de voltar para os seus olhos.

- Mexa o quadril -ele sussurrou com os lábios próximos aos meus- Devagar
primeiro.

Suas mãos sobem para as minhas costas deixando eu fazer sozinha, fiquei
parada olhando para ele que balança a cabeça me incentivando. Mordi o
lábio e olhei para baixo engolindo em seco antes de me mexer para frente,
Nate suspira concordando me pedindo para fazer de novo.

Voltei para trás antes de vir para frente mais um vez sentindo o calor do meu
corpo subindo, minhas mãos tocam na cadeira enquanto eu me mexo como
ele fazia antes, ofego contra sua boca e dou um gemido baixo sentindo o
aperto na minha nádega direita.

- Merda -Nate resmunga e eu me seguro nele rapidamente quando o mesmo


se levanta da cadeira com o braço em volta da minha cintura e a outra mão
na minha coxa.

Acabei rindo pelo meu desespero pensando que iria cair, toda vez que ele
me segura assim me imagino caindo no chão como um saco de batata.

Mexi meus braços em volta do seu pescoço olhando para ele que sorriu de
lado caminhando pela outra entrada da sala de jantar que nos levaria até as
escadas.

O dei um beijo casto antes de chegarmos na escada, o beijei de novo em um


selinho e depois me afastei vendo sua expressão, Nate não era de ficar de
muitas carícias comigo, ele apenas fazia tudo intenso como ele sabe fazer.

Beijei seu queixo quando ele subiu o primeiro degrau e depois seus lábios
gentilmente.
- Se continuar me beijando eu vou soltar você e te fazer gozar aqui nessa
escada -ele sussurra e eu ri baixo parando de fazer isso, coloquei minha
cabeça no seu ombro ainda com um sorriso pequeno no rosto.

Da escada olhei para baixo vendo Kate passar na hora com roupas menos
formais procurando algo em sua bolsa, ela escuta os passos dele e olha para
cima.

Os olhos verdes caem diretamente nos meus que estavam ligeiramente


arregalados e depois nas minhas pernas ao redor do quadril dele, ela pisca
um par de vezes pela cena e eu enterro meu rosto no seu pescoço quase me
escondendo.

Ainda falta muita gente nos pegar em um momento constrangedor?


Peter foi o primeiro,
infelizmente.

×××

Algo me diz que alguém vai passar a morar nessa biblioteca...será? Nate
não gosta de ninguém dentro dela...KKKKKK

Próximo capítulo...hum...vamos ter um acontecimento que vai deixar o


modelo de perfume bravo, mas com ele mesmo . Continue
acompanhando.

Até amanhã, babys ❤.


41° capítulo

Susie

O cheiro masculino entrou nas minhas narinas assim que eu inspirava, fui
abrindo os olhos despertando lentamente para a realidade.

Encarei primeiro o travesseiro o qual estava abraçada e fechei os olhos


preguiçosamente antes de acordar de fato, ouvi o barulho da chuva forte e
encarei a poltrona a minha frente que tinha as roupas de Nate junto ao resto
das minhas.

Olhei para o meu corpo coberto apenas pelo lençol branco gostoso e percebi
um barulhinho de tecla, franzo o cenho e me mexo na cama olhando para a
escrivaninha e logo depois para Nate sentando na cadeira totalmente
concentrando no Macbook com a vidraça atrás dele.

Ele apoia os cotovelos na escrivaninha com um mão no queixo pensativo, o


quarto estava meio escuro a não ser pela luz do MacBook e da noite lado de
fora que ajuda um pouco.

Coloquei minhas mãos ao lado do meu rosto o apoiando e fiquei olhando


para ele em silêncio.

Pensei no que aconteceu quando ele me disse como era, quando me explicou
seus gostos e formas para se relacionar. Desde então, nada tira da minha
cabeça que alguém tenha destruindo seu coração em vários pedacinhos, ou
ele apenas é assim, frio e distante o máximo que consegue.

O que eu não acredito muito.

Nathaniel é um mistério para mim ainda, há tantas coisas sobre ele que não
sei e algo me diz que ele não vai me dizer por livre e espontânea vontade.

Mas agora sei como ele é com as pessoas, mantém as relações daquele jeito
para sempre estar no controle e ninguém se aproximar dele de verdade.
Suspirei baixinho.

Estaria mentindo se dissesse que meu ego não estava mais inflamado por
causa do nosso acordo, e eu odeio mentiras.

Foquei nas sobrancelhas franzidas mostrando sua expressão séria quando ele
voltou a digitar rapidamente, Nate passou a mão na barba rala depois e
distraidamente desviou o rosto para a cama me olhando rapidamente.

Ele volta a encarar o Macbook mas depois me encara de novo percebendo


que eu estava acordada, sorri de lado vendo sua sobrancelha erguida.

- Está me encarando a quanto tempo? -pergunta cruzando os braços a mostra


pela falta de blusa.

- Eu gostaria de fazer a mesma pergunta a você, Sr. Venturelli -falo, vendo


um sorriso minúsculo aparecer no canto da sua boca que tinha mordiscasdo
meus seios por vários minutos anteriormente. Nate está aflorando muitos
lados meus.

- Acordei você? -pergunta voltando a olhar para o objeto a sua frente.

- A chuva na verdade -respondo.

- Terá de dormir aqui hoje.

- Não vejo problemas nisso -falei o fazendo me encarar com os lábios entre
abertos, dei um sorriso pequeno dando de ombros.

- Bom, eu também não vejo problemas. Você não vai mais dormir de
qualquer maneira -meu sorriso foi diminuindo quando ele se levanta da
cadeira deixando o Macbook aberto e anda na minha direção me dando a
visão da sua cueca boxer branca.

Olhei em seus olhos quando ele colocou os punhos na cama ficando


inclinando bem pouco na minha direção, sua visão desceu pela minha
garganta e peito até minha pele sumir sendo coberta pelo lençol.
Nate engole em seco e depois respira fundo, pensei o quanto isso deve estar
sendo ruim para ele no momento. Sei que me disse para não perguntar sobre
como ele se sente em relação de eu estar recebendo mais prazer do que ele.

Mas não sou besta, e eu gostaria de dar prazer a ele também.

Fiquei vários segundos pensando que dei um gritinho de susto pela


brutalidade quando ele puxa o lençol tirando do meu corpo tão rápido que só
vi ele se aproximando até ficar em cima de mim.

Nate apoia as mãos ao lado da minha cintura vendo meu sorriso pequeno na
sua direção.

Ele beijou meu queixo primeiro eu arfeu alto sentindo os beijos no meio dos
meus seios, ele arrasta o nariz pela minha barriga em seguida dando beijo
molhados por ela.

Sinto as mãos na minha cintura me fazendo subir um pouco e eu agarro os


lençóis da cama quando sinto sua língua me explorando antes dele chupar
como se eu fosse uma balinha, gemi forçando a cabeça para trás sentindo seu
rosto se mover para cima e para a baixo e as vezes de um lado para o outro
instigando todo meu sexo.

Sentia a barba rala nas minhas coxas e as mãos subindo lentamente até
agarrar meus seios, olhei para baixo ofegante antes de fechar os olhos
recebendo todo o prazer que ele poderia me dar apenas assim.

Mas ele parou de repente, vejo seu rosto levantando e excluindo as


sensações boas. Seus joelhos se firmam na cama e eu olho para os seus
dedos que tocam na cintura da cueca boxer a puxando um pouco para baixo,
vejo seu membro e foi impossível não piscar mais do que o necessário.

Eu já tinha...tocado nele, mas ainda não tinha visto sem a cueca boxer. Além
do mais, era o primeiro pênis que eu estava vendo na vida, e minha reação
parceria ser o esperado por ele que sorriu de lado.

Nate se aproximou de mim colocando o cotovelo em volta da minha cabeça e


a outra mão desceu pela lateral do meu corpo.
Seus lábios encostaram no meu bem de leve enquanto ele mexeu na minha
franja a afastando um pouco.

- Você vai me sentir um pouco, tudo bem? -ele pergunta me encarando e eu


aperto a boca em uma linha reta.

- Você vai... -franzo o cenho.

- Você confia em mim?

- Talvez... -sussurro fingindo estar duvidosa e ele acaba rindo alto.

- Você é uma graça, Jones -ele parou de rir aos poucos- Não vou fazer nada
demais.

- Ok -subi meus braços para cima colocando ao lado da minha cabeça


olhando para os olhos que não deixaram os meus.

Nem quando eu entre abri os lábios franzindo o cenho lentamente quando


senti seu membro deslizar pelo meio das minhas pernas, puxei a respiração
ficando ofegante novamente quando sinto a ponta esfregar meu clitóris
lentamente.

- Tudo bem?

- Sim -respondo quase sem voz.

Nate aumenta a pressão massageando e eu vejo ele suspirar de prazer


colando a testa na minha, ver a expressão de prazer no seu rosto era...muito
bom. Talvez gratificante, eu acho.

Gemi perto da sua boca quando ele se esfregou em mim o suficiente para
tirar o som da minha garganta.
Coloquei meu braço em volta do seu pescoço trazendo os dedos lentamente
para a sua nuca. Isso era bom.

Nate suspira baixo com o nariz roçando no meu e eu parei de respirar por
alguns segundos quando sinto ele bem na entrada da minha vagina, soltei a
respiração quando ele me beijou gentilmente nos lábios sussurrando para eu
relaxar um pouco.

Caramba.

Ele entrou mais um pouco e meu corpo se arqueia levemente sentindo-o


dentro de mim apenas no início, meus dedos apertavam sua nuca e eu fechei
os olhos me acostumando com isso.

- Abra os olhos, preciso vê-los -ele ordena deslizando o polegar pela minha
testa, os abri engolindo em seco.

Nate se mexeu dentro de mim lentamente indo para frente mas parou quando
resmunguei colocando minha mão no seu ombro.

- Eu sei, consigo sentir -ele sussurrou contra minha boca e eu passo a língua
nos lábios tentando relaxar.

- Está sentindo dor? -pergunta e eu nego.

- Consigo sentir o que me impede de foder você, Jones -ele saiu um pouco
com o maxilar travado e eu mordi o lábio tentando respirar direito quando
ele entrou de novo na medida certa.

- Nate... -sussurrei deslizando meus dedos pela sua barba e ele repetiu
saindo e entrando de mim devagar sem avançar mais do que o necessário.

Não o conheço a fundo, mas conheço esse olhar.

Com a mão que tocava minha testa ele agarrou minhas mãos colocando
acima da minha cabeça e eu fiquei totalmente vulnerável com isso.

Vi seu olhar quase faminto no meu corpo e franzo o cenho quando ele volta
se colocando dentro de mim avançando até tocar no meu hímem novamente,
resmunguei de dor e Nate soltou um palavrão antes de sair de dentro de mim
levantando da cama tão rápido que quase me leva junto.

Ele mexeu na cueca e eu olhei para baixo fechando as pernas vendo que ele
quase se descontrola, ainda sentia a presença do seu membro no meu sexo e
me sentei na cama puxando o lençol para me cobrir.

- Você...

Falei baixo vendo ele por as mãos na parede e olhar para baixo com o peito
ofegante.
Encarei suas costas que estavam tensas como as minhas e desci até ver sua
bunda musculosa pela cueca.

- Merda -ouço ele praguejar, como se brigasse com ele mesmo.

- Nate -o chamo.

Ele não me encara, mas ele parecia bufar de tanta irritação.

- Pare de brigar consigo mesmo e converse comigo -falei ficando de joelhos


na cama sem soltar o lençol.

- Conversar com você? -ele se vira para mim com a expressão irritada-
Conversar com você...ok.

Ele andou até mim e eu mantive a postura, também irritada pela sua falta de
diálogo comigo. Ele quase avança uma coisa que eu não havia pedido, o que
é ridículo porque eu iria deixar mesmo assim porque no fundo, eu sei que
quero isso...só preciso de mais confiança nele.

E Nate sabe disso, mas agora está se odiando pensando que eu jamais iria
confiar nele para fazer tal coisa por causa do acontecimento de agora.

- Eu estou...me odiando agora -ele abaixa a cabeça com as mãos na cintura.

- Eu sei, olhe...eu enten...

- Não, Jones. Você não me entende, você... -ele balança a cabeça- Eu quase
perco o controle com você, isso é patético.

Aperto os lençóis mais um pouco vendo ele olhar para a cama.

- Eu não gosto disso -ele passa a não no cabelo.


- Do que?

- De você, merda! -ele trava o maxilar e eu entre abro os lábios com a


expressão murchando um pouco, ele não gosta de mim?

- Eu não gosto de parecer um adolescente estúpido que não consegue se


controlar quando fica um pouco perto de você -ele diz e eu o encaro de
novo, meu coração acelera quando ele se aproxima colocando as mãos no
meu rosto olhando-me sério- Por favor, não leve isso como se eu fosse um
idiota, ok? Eu só...estou tentando lidar com você.

- Eu sei que você iria parar, Nathaniel.

Ele suspira levantando meu rosto mais um pouco na sua direção.

- Eu ia, eu quero que você me diga quando estiver pronta para isso -ele fala
me deixando confortável com tal coisa, mas ele ainda parecia bravo.

Algo no fundo de mim me disse que toda essa irritação não era apenas por
causa do que aconteceu, me diziam mais...talvez, algo que tenha acontecido
antes no seu passado...eu não entendo.

- Se sente culpado? Nate...

- Pelo o que eu ia fazer? Sim, eu ia ignorar totalmente nosso acordo e a você


também quando tirasse sua virgindade sem que me dissesse que estava
pronta para isso. Você não falou nada porque ficou em choque quando
percebeu que eu me descontrolar com você é fácil e ridículo, assim como
você confiar em mim é.

Ele me solta saindo da cama e eu sinto minhas bochechas sentindo a falta do


toque quente novamente.

- Você... -ele respirou fundo- Você não me entende, Susie.

Ele estava certo, eu não o entendo.

×××
Acontece, babys. Que todos temos uma limite, alguns que te alertam e
outros que te fazem lembrar de algo que você não gosta, essa sensação
de culpa que o personagem sente...pode ser a distruicão dele.

Sei que tudo parece enigmático agora, mas vamos descobrir tudo e mais
um pouco pela frente.

Sim, ele quase se descontrola com ela, quase faz algo que ele se
arrependeria amargamente porque lidar com Susie não está sendo fácil,
muito menos para ela. A relação dos dois é intensa e de algum jeito
extremamente complicada.

Talvez melhore, talvez piore. Continue lendo.

Beijos, babys. Até amanhã ❤


42° capítulo

Nate

Olhei no relógio da parede na biblioteca vendo 23:45 da noite, e voltei a


organizar os papéis da System para Angela resolver na segunda feira.

Isso me manteve ocupado por exatos 35 minutos, o tempo desde que sai do
quarto a deixando na cama com o grande lençol a cobrindo.

35 minutos que eu estou trabalhando no automático pensando no que


aconteceu.

Suspirei baixo.

Eu sou completamente louco pelo toque dela, estou deixando-a entrar na


minha vida e dominando as coisas aos pouquinhos, primeiro eu mudei meus
costumes, o que nunca tinha acontecido até então, eu a trouxe para a porra do
meu apartamento!! Eu não trago ninguém aqui além da gangue, e agora...o que
aconteceu...

Sei que Susie deve estar confusa, o fato de eu perder o controle facilmente
me fez pensar demais. Me trouxe um gatilho do meu passado que eu tento
esquecer e não me culpar.

Tento dizer para mim mesmo que eu não fui culpado por ter tirado o que ela
e eu tínhamos juntos, por ter tirado a alegria da mulher que eu amava, quando
lembro daquela noite até me causa arrepios.

A voz dos meninos vem na minha cabeça me dizendo que acidentes


acontecem, que não foi intencional da minha parte. E realmente não foi, os
três me apoiaram na época e me ajudaram a superar aquilo. Porém, ainda dói
no meu peito.

Mas as lembranças tomaram conta de mim e eu acabei surtando com Susie


Jones, a mulher que é pessoa mais doce que eu conheço, a que nunca me
julgaria.
Eu não posso mais deixar isso acontecer, eu preciso seguir em frente...eu
preciso.
Coloquei as mãos na minha cabeça bagunçando meus cabelos, eu preciso
entender que acidentes acontecem.

Olhei para cima me encostando na cadeira de couro e suspirei alto. Senti


uma grande vontade de voltar lá para cima, mas me contive.

Por 30 segundos só.

Ah que se foda.

Me levantei da cadeira a empurrando para trás e dei a volta na mesa


caminhando para a porta branca da biblioteca, toquei nas maçanetas as
puxando e pisquei um par de vezes vendo a mão esticada provavelmente
para abrir a porta.

Subi pelo braço que estava coberto pela minha camisa branca social e
depois olhei para os botões que estavam fechados.

Encarei o dedo que desliza pelo lábio inferior mostrando seu nervosismo e
eu coloquei as mãos na minha cintura por cima da calça moletom que tinha
vestido.

- Eu entendo que ultrapassar algo que eu não pedi para fazer seja ruim para
você -ela diz colocando os braços para trás como se fosse uma criança de 5
anos- Concordamos que eu sempre diria se estava incomodada com o que
você fazia, mas eu não estava...eu não consigo entender seus motivos, mas
você poderia entender os meus também.

Fiquei olhando para ela que entre abriu a boca e depois fechou pensando
mais um pouco.

- Você é a pessoa mais difícil de lidar que já conheci em toda a minha vida,
e...eu já disse que nunca julgaria você, Nate -ela me encara- Você não gosta
de perder o controle comigo? Tudo bem, eu também não gosto de saber que
eu nem tenho quando se trata de você.
- Me desculpe -me aproximei dela- Não quero que fique confusa comigo, é
só que...

- Você pode me contar -suas mãos pousam nas minhas- Qualquer coisa.

Olhei para baixo por alguns segundos.

- Sim, eu tive um passado complicado. Algo que ainda me trás lembranças


ruins, e eu ainda não sei lidar com isso direito.

- Eu percebi -suas mãos sobem pelos meus braços até o meu rosto- Não
posso forçar você a me contar, mas eu quero que lembre que apesar de
tudo... construimos uma amizade, ok?

Ficar olhando para os olhos castanhos me acalmou gradativamente, meu


peito subiu e desceu de uma maneira calma e pela primeira vez, eu me senti
bem depois de pensar demais.

- Ok -balancei a cabeça, quase assustado, eu sei que tenho uma influência


grande sobre o corpo de Jones, mas eu não sabia que ela tinha uma grande
influência sobre meus sentimentos, a forma como ela me segura me acalma,
me faz racionar novamente. Eu gosto disso.

Ela suspirou se inclinando um pouco beijando meus lábios gentilmente, se


afastou um pouco para me encarar.

- Obrigado -digo colocando minha mão direita no seu maxilar- Obrigado -


pousei minha testa na sua quando seus braços envolveram minhas costas.

O que eu vou fazer com você, Mi Bella?


Me próprio perguntei tentando lidar com tudo.

Beijei sua testa deixando que suas mãos ficassem me abraçando mais um
pouco.

Você não acha que seria bom se afastar dela? Você é complicado demais
para a mulher -meu subconsciente me pergunta, mas eu o ignoro.

Com força.
Nunca fiquei tão vulnerável como fiquei hoje, mas me serviu para mostrar
que eu preciso lidar com os meus demônios, não posso deixar isso continuar
me arrastando para o inferno.

- Não me deixe sozinha naquele quarto de novo, juro que escutei vozes -ela
sussurra me fazendo dar um sorriso minúsculo.

- Era apenas a chuva -falei passando minha mão pelo seu cabelo.

- Ou um fantasma.

- Ou a chuva.

- Ou um demônio.

- Talvez fosse.

- Ok -ela ri nervosa e da batidinhas no meu peito- Não diga isso.

Sorri de lado, eu não sei por quanto tempo fiquei ali apenas com ela em
meus braços mas apenas me dei conta do tempo quando levantei seu rosto
para encarar o meu e olhei os detalhes calmamente.

- Se sente melhor?

- Como você se sente? -perguntei, esperando que ela me respondesse


primeiro.

- Esperançosa.

Suspirei baixinho.

- Eu também, pela primeira vez.

Susie sorriu pequeno e eu sabia que ela iria dar um jeito de me fazer sorrir
pelos próximos minutos, foi o que ela fez.

- Hum... -ela chama a minha atenção- Eu acho que precisamos comer algo,
algo que nos deixe feliz.
- Como o que?

- Bolo.

- Bolo?! -levantei uma sobrancelha.

- Sim, você tem?

- Hum...creio que não.

- Tem leite condensado?

- Eu não... lembro o que é isso.

Ela ri baixo.

- Emily me ensinou a fazer brigadeiro, um doce do Brasil, acho que você iria
gostar -ela diz com o peito ainda colado no meu e nossas mãos ainda nos
tocando quase que em uma necessidade.

- Bom, talvez sim...

- Vou fazer, tudo bem?

Sorri pequeno.

- Tudo bem.

(...)

- NÃO!

Me assustei com o grito dela que afastou minha mão da panela onde o tal
doce se encontrava.

- Ainda não está no ponto bom -explica.

- Eu estou sentindo cheiro de queimado, acho que está sim.


- Você está me atrapalhando -ela resmunga me empurrando com o corpo me
afastando para tras.

- Certo, tudo bem. Caso aconteça um incêndio, será muito ruim eu procurar
outro apartamento do meu jeito, então, cuidado.

Segundos depois ela arregala os olhos quando o chocolate faz tipo uma
bolha dentro da penela e eu rápido a afastei com o meu corpo pegando a
colher que ela usava mexendo o negócio.

Ela me olhou curiosa e depois sorriu vendo quando eu desliguei o forno


depois de alguns segundos.

- Eu acho que está pronto -falei, apenas supondo porque nunca tinha feito
isso antes.

- Deixe-me ver.

Saio de frente do fogão e a vejo parar na frente da panela pegando a colher,


ela mexe no doce e depois pega um pouco subindo para cima deixamos o
brigadeiro cair de volta na panela nos mostrando sua consistência.

Susie pegou um pouquinho assoprando de leve e depois põe em cima da


palma, ela faz uma careta rápida antes de levar a mão até a boca.

Ela experimenta o doce ficando com a expressão impossível de entender,


segundos depois ela dá um sorriso contente.

- Emy ficaria orgulhosa.

- Deixa eu provar -peguei a colher da sua mão levando para a panela, peguei
um pouco também pondo na palma antes de levar até a boca.

Senti o gosto daquilo pela primeira vez e pisquei um par de vezes com o
gosto, cacete! O negócio parecia derreter na boca lentamente, senti o gosto
do chocolate mais apurado na boca e olhei para a Susie que estava puxando
as gavetas provavelmente procurando colheres.

Roubei mais um pouquinho da panela e pensei que ela fosse me dar um tapa.
- Podemos comer na sala? Gosto de ver televisão a essa hora -ela pergunta e
eu concordo pegando a panela e ela as colheres.

Andamos juntos para a sala de estar que estava meio escura, deixei assim
ligando apenas um abajur de luz amarela. Ela se sentou no chão em cima do
tapete preto felpudo e cruzou as pernas idêntica aos monges sábios.

Entreguei a panela a ela que segurou pelo cabo e a outra mão segurando as
colheres, agarrei minha mesinha de centro a levantando do chão para tirar do
caminho. Coloquei perto da poltrona deixando o caminho do tapete livre.

Antes de sentar no chão peguei o tablet de cima do sofá atrás de nós junto a
almofada, coloquei perto de nós pegando a panela quente ponto em cima da
almofada.

Ela me entregou a colher e eu deu o tablet para ela que ficou olhando para
ele, totalmente perdida.

- Isso é o controle?!

- Sim.

Peguei uma colher do doce levando até a boca quase gemendo, cacete, por
que não comi isso antes quando fui ao Brasil ano retrasado?!

- Eu não sei...hum... -ela ficou olhando para o objeto na sua perna até
deslizar o dedo mostrando os canais disponíveis, Susie olhou para a
televisão e depois para o tablet.

Eu poderia ajudá-la, mas estava me divertindo ver ela descobrir a


tecnologia.

Ela clicou em cima de algo fazendo a televisão ligar no canal indicado, a


tela ligou primeiro mostrando a marca e depois eu arregalei os olhos quando
o pau de alguém apareceu do nada!

- MEU DEUS! -olhei para ela alarmado que arregalou os olhos vendo o
pornô ao vivo rolando- COMO EU COLOQUEI NISSO?!
Ri um pouco.

- NATE! -Susie coloca a mão na boca quando o cara penetra a mulher com
força.

Ela começou a clicar no tablet com tamanha ignorância quando a mulher


começou a gemer alto.

- Me ajuda! -ela empurra o tablet para mim que peguei rindo mais do que
antes.

Peguei o tablet rapidamente e desliguei na mesma hora sentindo ela suspirar


de alívio.

- Meu Jesus Cristinho.

Ela caiu para frente no tapete ficando com o corpo de lado.

- Bom, nada que uma cena dessas para descontrair -falei vendo ela me olhar
com um sorriso.

Ri só mais um pouco, se abusasse, talvez ela iria sair correndo com a panela
de brigadeiro.

×××

Negócio ficou tenso no capítulo anterior babys, muita coisa aconteceu.


Para quem estava dizendo no insta que o passado ruim dele envolve os
pais...bom, está errado.

Nate sofreu demais antes, e ainda sofre. Só precisa aprender a lidar com
isso. Cada um com seus demônios 😑.

Vote e comente, babys. Postei esse por causa da enquete no insta, no


vemos amanhã.

Beijo, babys ❤.
43° capítulo

Susie

Eu via ele rindo do meu desastre e pensei seriamente em pegar a panela de


brigadeiro e sair correndo.

Nate parou um pouco passando a mão no peito satisfeito por dar boas
risadas, não acredito que coloquei pornô na televisão com ele bem do meu
lado.

Pensei por alguns segundos:


Se estava no tablet, então ele que deve assistir com frequência. Certo? Ora,
que safadinho.

Mexi meus pés no tapete felpudo ainda deitada de lado olhando para ele que
agarra a almofada junto da panela pondo em seu colo, vi um colherada de
brigadeiro ir para a sua boca já meio frio enquanto o mesmo come
despreocupado olhando em volta.

Sorri pequeno, eu nunca tinha visto Nate daquele jeito, totalmente


vulnerável. Não sei o que o atormenta e talvez ele me diga algum dia, mas
enquanto isso, eu posso me aproximar mais dele...talvez tentar entrar mais no
seu mundo para ajuda-lo de alguma forma.

Nate é importante para mim, como todos os outros 7 são. Até porque, somos
uma família no final de tudo.

- Gostei muito disso -ele fala de boca cheia e eu ri baixo olhando para o seu
rosto.

Ele pega o tablet ao seu lado e mexe dele de novo ligando a tela.

- Vai aparecer sexo de novo, se não quiser não olhe -me avisa e eu concordo
me sentando ao seu lado colocando meu rosto no seu braço sentindo o cheiro
da sua pele. Hum...ele é tão cheiroso.
Hum...

A luz da televisão aparece e logo depois o som da mulher gemendo, meu


Deus que escândalo, ele está batendo nela?!
Minha cabeça virou um pouco apenas para eu olhar para as mãos de Nate
meio que configurando o tablet.

Acabei olhando para a televisão depois que ouvi um barulho estranho.


Franzo o venho sendo vencida pela minha curiosidade.

Como sempre.

Abri a boca vendo o homem nú ligando um objeto azul claro e depois


levando até a mulher que estava de pernas abertas, ele enfia nela com força e
eu puxo a respiração, tadinha!

- Cristo, por que ele está fazendo isso com ela?! -pergunto para ele que para
de olhar para o tablet e encara a tela da televisão.

- Ela parece estar gostando, Susie -ele diz, e depois me encara vendo minha
careta.

- O que é isso que ele está usando? -perguntei encarando o modelo de


perfume.

- É um vibrador, e um plug -me explica.

- Vibrador? -pergunto- Pensei que mulheres só usavam isso quando ficavam


a sós...

Ele levanta uma sobrancelha e nega.

- Hum...não, é apenas um brinquedo que pode ser usado pelos dois sexos.

- Você...tem um? -perguntei, não sei muito bem porque, mas eu realmente
queria saber.

Nate ficou me encarando por quase uma eternidade! É, acho que não deveria
ter perguntando isso...
- Sua curiosidade é o meu ponto fraco -ele diz dando um sorriso de lado e eu
apertei os lábios com os olhos presos aos dele. Nate se inclina um pouco e
eu faço o mesmo quando percebo, sinto os lábios quentes pousando nos meus
e solto um suspiro baixo colocando minha mão no seu peito por impulso.

Sinto o sabor do chocolate e acabo sorrindo quando ele morde meu lábio
inferior descendo o rosto para o meu pescoço, acabou que ficamos
totalmente alheios aos gritos da mulher mas eu acabo me dando conta que
ainda está acontecendo sexo na televisão.

Me afastei dele um pouco que passou a língua nos lábios me encarando,


apontei para a televisão com a cabeça e ele sorriu mudando de canal
finalmente.

Os gemidos e o barulho do vibrador acabaram.

- Quer saber para que server o plug? -perguntou de repente olhando para as
minhas coxas.

- Hum...

- Você sabe?

- Eu deveria?

Ele abriu a boca para falar alguma coisa mas depois fechou desistindo de
falar, Nate me deu um sorriso malicioso e semi cerrei os olhos me deixando
louca para entender.

- Posso mostrar? -perguntou, o que foi muito golpe baixo comigo porque ele
sabe a resposta.

Fiquei pensativa por alguns segundos, apenas fingindo porque não queria
dizer sim de cara, e eu não sei aonde esse plub ou...plug vai.

- Certo, você me perguntou se eu tenho um vibrador. Sim, eu tenho, junto ao


plug...-entre abri os lábios pela informação- Está guardado no meu quarto.
- Onde você... -balancei as mãos- Como você... -ele me olhou levantando
uma sobrancelha e eu suspirei- Ok, pode me mostrar para o que serve.

Nate olhou para as minhas pernas novamente que tinham os joelhos dobrados
perto do meu peito, em seguida colocou o que tinha no seu colo do outro
lado do corpo.

Assim que sinto a mão grande pousar no meu joelho o toque pareceu ficar
lento na minha cabeça, olhei para ela vendo a mesma descendo devagar pela
parte de dentro da minha coxa me trazendo um nervoso para a barriga.

Olhei para ele que se aproximou mais de mim ficando com o rosto bem
próximo, ajeitei minhas costas no sofá e logo depois encostei minha cabeça
quando Nate afastou minhas pernas gentilmente.

Meu corpo estava quase deitado mas o que impedia era as minhas costas no
grande sofá, pousei minhas mãos em cima do tapete felpudo e mexi minha
cabeça apoiada também no sofá.

- Eu vou explicar os dois brinquedos para você -ele sussurrou vendo a


confirmação nos meus olhos, engoli em seco sentindo sua mão que tocava
minhas pernas antes parar no meu peito.

Senti ela descendo lentamente pelo meu corpo e fiquei olhando para ela
quase hipnotizada, meus dedos se mexem contra o tapetes quando os seus
deslizam pelo bico do meu seio rígido por baixo da camisa social.

Nate olha para sua mão e passo a língua nos lábios sentindo uma agonia
quase boa no centro das pernas, ele agarra a barra da camisa e olha para
mim quando puxa um pouco para cima liberando minha barriga e a calcinha.

Os dedos que parecem queimar minha pele descem tão devagar que eu acabo
soltando um gemido baixo de ansiedade, logo depois um mais alto quando a
barra da calcinha é afastada e o indicador toca meu ponto sensível.

Forço a cabeça para trás no sofá e sua respiração perto do meu rosto acabou
melhorando a sensação.
- É aqui que o vibrador vem primeiro, Susie -sinto outro dedo em cima do
meu clitóris se mexendo de maneira circular.- Depois ele desce indo para
dentro de você, fazendo seu corpo vibrar como ele -sinto sua barba no meu
rosto e mexo meu rosto mais contra o dele gemendo- Arrancado um ótimo
orgasmo de você.

Apertei o tapete com mais força quando sinto minhas um choque nas minhas
pernas e eu mordo o lábio para não gritar quando sinto o orgasmo
dominando meu corpo depois de alguns minutos me inscrever instigando,
porque isso parecia tão fácil para ele? Era como se Nate conhece meu corpo
melhor como a palma da sua mão.

Ele beija meu rosto gentilmente me fazendo fechar os olhos e sorrir ofegante.

Mas ainda faltava um brinquedo.

- O plug... -o encaro e ele passa a língua nos lábios arrastando o dedo mais
para baixo, muito mais, franzo o cenho antes de puxar a respiração agarrando
seu braço quando sinto os dedos em um lugar totalmente desconhecido dele
até então.

Oh meu Deus!

- Ele vem aqui -fala ofegante tentando me manter no lugar, olhei para baixo
vendo o pulso girar um pouco e meu corpo estremecer sentindo a ponta dos
dedos tocando por cima lentamente.

- O que você está fazendo? -sussurrei quase que em um gemido, meu corpo
inteiro sensível pelo novo toque.

- Você gosta? -pergunta deslizando os dedos com mais força me fazendo


engolir em seco e fechar os olhos concordando- É aqui que o plug fica, ajuda
se você quiser fazer sexo anal.

Abri os olhos na mesma hora.

- Meu Deus... -falei com o corpo quente mas derretendo como gelo, coloquei
minha mão na sua a puxando para cima e virei para o lado deitando no tapete
novamente cessando com aquela nova descoberta.

Parecia que eu estava pulsando.

Fecho as pernas esfregando uma na outra sabendo que meu corpo inteiro era
uma fonte de prazer pelo visto, e Nate parecia querer beber gota por gota.

- Susie Jones, você realmente me impressiona -ouço ele dizendo e fechei os


olhos lentamente tentando controlar o que acabei de sentir.

Isso era muito para a minha cabeça no momento.

Me virei de lado encostando o rosto no tapete e passei a língua nos lábios


ainda ofegante, senti o calor do seu corpo mas não abri os olhos quando ele
beijou minha bochecha descendo para o pescoço.

Resmunguei quando ele beijou meu ombro e abri os olhos devagar vendo sua
mão apoiada perto de mim, estremeci novamente quando senti seus beijos na
lateral do meu corpo descendo para a minha nádega a mostra.

Reclamei quando ele mordeu bem em cima do meu sinal e Nate apenas
sorriu dando um tapinha fraco depois, ele voltou a se sentar e me puxou pelo
braço ajudando-me a sentar perto dele de novo.

Fiquei ao seu lado e ele estendeu uma colher para mim que peguei ainda
atônita, misericórdia ele massageia o ânus das pessoas normalmente? Ele
estava normal!

Eu me comparava a uma gelatina sentada naquele tapete.

- Coma, depois vamos tomar um banho para descansar, tudo bem?

Acenei silenciosamente.

- Você está bem? -ele pergunta rindo vendo minha expressão chocada.

- Não, você tocou no meu cú -falei o fazendo rir tão alto que até se engasgou
um pouco.
Tive que bater nas suas costas quando percebi que seu rosto estava ficando
vermelho. Nunca o vi rir tanto assim, acabei sendo contagiada e ri baixo
colocando o início da colher na boca.

- Puta merda -ele passou a mão no peito ainda meio vermelho- Desculpe.

- Tudo bem, sua risada é engraçada.

- É estranha, então a evito -ele meneia a cabeça, e eu sorri de lado, é claro


quem não era só isso.

- Eu não acho, então pode rir para mim -peço e ele me encara parando de rir
um pouco, Nate suspira baixo e depois olha para a panela pegando para si.

- Só se você me prometer falar um palavrão toda vez que me ver -ele diz e
eu levanto uma sobrancelha.

- Não -digo rindo.

- Até falando palavrão você fica adorável.

- Digo o mesmo de você rindo -devolvo.

Ele come mais brigadeiro me ignorando nos primeiros segundos.

- Prometo não poupar a risada se você falar um palavrão pelas próximas três
vezes que for me ver -ele diz e estende a mão para mim.

- Se minha mão estivesse viva, diria com toda certeza que você não é uma
boa influência para mim -digo e ele sorri de lado.

- Talvez eu não seja mesmo, mas nem você e nem eu nos importamos com
isso aparentemente.

Sorri igual uma idiota.

Ele balança a mão querendo fechar acordo comigo, semi cerro os olhos.

- 1 vez.
- 3 vezes -sugere.

- 2?

- Que tal 4? -aumenta e eu reviro os olhos.

- Não, só vou aceitar uma.

- Ok, então vamos de duas vezes -ele levanta as duas mãos na altura do
peito.

- Certo, mas -levantei um dedo- Cada vez que eu falar um palavrão, você vai
ter que beijar o Adam na bochecha.

Nate aperta os lábios.

- Quer saber... deixa para lá -ele deu de ombros e eu ri alto me mexendo ao


lado dele.

- Não! Vamos, qual é -falei balançando seu ombro.

- É o Adam! A Tinker Bell! Se eu beija-lo na bochecha, vou dar brecha para


ele ficar me abraçando e tocando o tempo todo!

- Ele é seu melhor amigo -falei.

- Meu melhor amigo irritante -corrije.

- Vamos, Nathaniel. Está com medo? Só são duas vezes... -bati meus cílios
mais do que o necessário e ele revirou os olhos.

- Certo, mas quero uma coisa também.

- Não! Já chega, estamos aumentando isso, já está confuso.

- Se você falar palavrão nas próximas 2 vezes que me ver, eu prometo ser
mais sorridente a você, mas como você não a senhorita não se contém, me
pediu para beijar Adam toda vez que falasse, então eu quero mais uma coisa
para ficarmos quites - ele explica a aposta? Eu acho que isso era uma aposta.
Esse negócio de aposta contagia absolutamente todos nós.

- Não, acho que já está bom...

Me levantei do chão mas ele me puxou de volta agarrando meu pescoço em


seguida trazendo-me para mais perto, esqueci o oxigênio lá em cima quando
levantei.

- Eu quero isso aqui -ele deslizou o polegar da outra mão pela minha boca e
eu olhei para o seu dedo antes de olhar para ele novamente que dá um
resmungo frustrado- No meu pau, Jones.

Fiquei olhando para ele sem desviar, até mesmo quando seus lábios
encostam no meu levemente.

- Fazendo tudo o que eu mandar, até você pegar o jeito e fazer muito bem.
Como eu sei que você vai -ele mordeu meu lábio inferior com o olhar
sedutor de sempre.

Eu acho que fiquei em silêncio mergulhando nesse olhar que recebo, meu
coração acelera levemente no peito e eu engulo em seco antes de dar a
resposta.

- O beijo no Adam vai ter ser demorado -Impus.

- Eu prometo que será -ele fala com a expectativa crescente.

- Tudo bem -sussurrei e Nate sorriu antes de me beijar de verdade dessa vez,
a mão deslizando do meu pescoço para a minha nuca.

O afastei depois quando roubei a panela do seu colo voltando a comer o


brigadeiro antes que ele acabe tudo!

Dá próxima vez farei o doce escondida.

×××

Ih gente, ala.
Eu não sei se vocês estão escutando, mas é o meu choro de tristeza por
não fazer apostas assim, RIP.

Nossa casal está se soltando mais...nada do que uma tretinha para ajudar
😏.

Vote! Já estamos indo para o 1 milhão e meio de leituras! Cacete,


surreal demais! Não tenho tenho nem look pra isso.

Beijos, e até amanhã, babys ❤.


44° capítulo

Susie

- Vai, Jones. Mexe essa bunda.

Olhei para Emily que rebolava do meu lado tentando me incentivar a fazer o
mesmo.

- "Antes de morrer, eu vou tentar transar com você, baby" -Rubi canta,
também rebolando e eu arregalo os olhos de leve.

Gente, que música safada!

- "Espero que não tenhamos nenhum bebê" -Lisa completa balançando sua
camisa que ela tinha tirado para dar mais ênfase a apresentação.

- It's Britney, Bitch!


("É a Britney, Vadia!)

Escuto Emily gritar quando a música troca e eu ri vendo Rubi e Lisa subindo
na cama dançando loucamente, estávamos na mansão de Emily e Peter dessa
vez.

Viemos para cá almoçar todos juntos, mas nem deveríamos dizer somente
almoço. Sempre passamos o dia inteiro juntos de qualquer maneira,
estávamos no quarto conversando e Emily escutou uma música no celular que
contagiou as outras duas.

Agora, elas estavam aqui rebolando e dançando sem o menor pudor. Não, eu
não tenho amigas normais.

- "Toda vez que apagam as luzes, eu quero ter algo a mais com você" -Emily
canta brincando com a alça da blusa dela enquanto eu vejo as três em cima
da cama agora fazendo movimentos sensuais.
- "Enquanto estamos dançando sensualmente, eles continuam olhando..." -
Lisa canta e aponta na minha direção me pedindo para completar.

Levantei uma sobrancelha.

- CANTA! -Rubi grita e eu cruzo os braços- Eu sei que você sabe...

Jogo a cabeça para o lado e abro os lábios para cantar:

-"Parece que a galera está dizendo...

- "Me dê,
Me dê,
MAIS -as três cantam depois de mim e eu ri novamente vendo o entusiasmos
delas, fui rindo e quase caindo quando Lisa saiu da cama vinda até mim me
puxando pelo braço.

Agora imagine nós quatro em cima da cama enorme mexendo a cintura de


uma lado e para o outro cantando. Levantei os braços já contagiada e ri tão
alto quando Emily se virou balançando a bunda na nossa direção e Lisa
bateu nela cantando "Me dê mais" da música.

Dei pulinhos na cama vendo o sorriso enorme no rosto das meninas que
agora pareciam mais contente por eu finalmente ter aceitado dançar.

- FAZ O QUADRADINHO! -Rubi grita para Emily me deixando meio


confusa, mas logo entendo quando Emily mexe a bunda de uma maneira
engraçada formando praticamente um quadrado.

Lisa e eu rimos descontroladamente quase caindo na cama reconhecendo ser


uma dança provavelmente brasileira, Rubi aparece nos mostrando algumas
pérolas as vezes.

- Todo mundo fazendo o quadradinho! -Rubi gritou e nos viramos umas para
as outras tentando imitar os movimentos que Emily fazia com a bunda, isso
devia estar tão desengonçado que nem consigo dizer um nível.

Rimos juntas.
Mas paramos a coreografia de imediato quando escutamos uma tosse, uma
não, quatro tosses vindo do início no quarto nos assustando tanto que caímos
uma em cima da outra indo para trás, a não ser Emily que acabou se
desequilibrando indo direto para o chão.

- Aí minha bunda, caralho! -Emily reclama com as pernas para cima e eu


resmungo quando bati meu cotovelo na cabeceira.

Caio em cima de Rubi e olho para Lisa que estava meio que atravessada por
cima de nós duas com o cabelo todo no seu rosto, Santo Deus!

- Aí, aí, aí -ela se levanta do chão tirando o cabelo loiro do rosto e depois
olha para gente na cama, viramos o rosto para frente basicamente ao mesmo
tempo vendo a gangue nos encarando.

Os quatro tinham a boca entre aberta e o olhar meio chocado, o primeiro a


mudar a expressão foi a Tinker.

- Ok, isso foi muito interessante -ele ri e depois olha para os três que
estavam sérios mas depois acabam rindo- Faz de novo, faz de novo.

Emy mostrou o dedo do meio para ele que sorriu agarrando o braço de Peter
jogando um beijinho para ela.

- Então... -olhei para Nate- Vocês sempre fazem isso quando estão todas
juntinhas? -ele olha para mim com a expressão de vingança, filha da mãe!-
Daria um ótimo cartão de natal -ele sorri de lado cruzando os braços e eu o
olhei feio.

A música trocou novamente e um cara começou a cantar que tinha um


membro grande e grosso, Dylan arregala os olhos e vai até o celular dando
pausa.

- Misericórdia, vou levar vocês para escutar um louvor -ele diz e coloca a
mão no peito.

- Susie, você está esmagando meu seio -Rubi reclama e eu olho para ela
atrás de mim quase morrendo, empurrei Lisa que foi rolando para o lado
como uma bola de bolinhe quase caindo da cama também.

Saio de cima dela e me sentei na beira da cama recuperando o fôlego.


Cristo, nem lembrava a última vez que tinha dançando assim.

- O almoço está pronto, viemos avisar -Dylan diz- Claro que pegar as quatro
dançando daquele jeito não estava previsto, mas ficamos contentes por ver.

Ele sorriu.

- Hum...Susie -Nate me chama e eu olho para ele que veio até mim parando
na minha frente- Tem algo para me dizer?

O olhei feio pela segunda vez.

Última vez que o vi foi essa manhã quando ele me deixou em casa, e agora
estou o revendo pela primeira vez... então...eu preciso realizar minha aposta.

- Hum...sim -me levantei ficando na sua frente, Nate me encarou com um


olhar divertido- Porra.

Ele sorriu enquanto os outros arregalam os olhos e puxam a respiração


pondo a mão na boca.

Jesus, isso é inédito para eles.

- Ela falou um palavrão? A Susie falou um palavrão?! Espera, espera -Adam


tirou o celular do bolso e apontou para mim- Fala de novo, franjinha.

O olhei com tédio.

- Meu Deus ele vai transformar a franjinha em uma pervertida de boca suja -
Emily abana o próprio rosto.

- Sua vez, Nathaniel -toquei no seu peito e ele parou de rir suspirando, Nate
olha para trás encarando Adam que franziu o cenho desconfiado.

- O que que tá acontecendo? -Peter abre os braços.


- Como assim, cara? Você faz tanto isso e não reconhece? -Dylan levanta
uma sobrancelha e Peter sussurra "aposta" como se descobrisse a cura para
o câncer.

O modelo de perfume se vira dando passos até o loiro sabendo que todos
estão olhando para ele como se a fofoca do ano estivesse passando na
televisão, Nate parou na frente de Adam que tinha os olhos semi cerrados.

- Vai me pedir em casamento? -Adam sussurra- Só aceito se você usar um


vestido branco.

- Cala a boca -Nate sussurra de volta vendo o loiro sorrir.

Suas mãos pousam no ombro de Adam que pisca mais do que o necessário,
Peter e Dylan franzem o cenho assim como as meninas.

E eu estava adorando ver o carinho rolando solto.

Nate virou o rosto de Adam e se inclinou tocando a bochecha dele com os


lábios dando um beijo demorado como pedi ontem, alguns queixos caíram e
eu vi a Tinker olhar para ele por canto de olho meio chocado.

- Ele está me beijando? ELE ESTÁ ME BEIJANDO?! -Adam grita antes de


Nate se afastar dando dois passos para trás colocando as mãos na frente do
corpo.

- De nada -ele diz para a Tinker, e eu olhei para Dylan e Peter que estavam
olhando para Nate como se ele tivesse um problema mental.

Adam colocou a mão na bochecha e eu tive que por a mão na boca para não
rir muito alto, Nate levanta uma sobrancelha quando o loiro sorri para ele
malicioso.

- Isso foi lindo -Adam suspira fazendo beijoqueiro revirar os olhos- Tenho
que retribuir agora.

Nate olha para ele de imediato.


- Oh, merda -o mesmo pragueja e eu ri mais ainda quando suas pernas se
mexeram saindo do quarto tão rápido que quase eu vejo uma trilha de fogo,
Adam tira uma coisinha do bolso e eu franzo o cenho percebendo um batom
de manteiga de cacau.

Ele guarda depois de passar e depois ajeita a camisa sorridente, Adam ainda
olhou para nós antes de sair correndo atrás de Nate.

Pisquei um par de vezes.

Olhei para os outros dentro do quarto que pararam de rir aos poucos nos
encarando, não demorou muito para todos nós corrermos para fora do quarto
e ir acompanhar a próxima cena.

- Aí! Dylan! Minhas bolas! -Peter reclama enquanto tentávamos passar pela
porta.

- Bem feito -Dylan sussurra.

- Lisaaa -Emily puxou ela pelo ombro e eu consegui sair primeiro, agradeci
por ser pequena.

Corri pelo corredor grande e me apoiei nas escadas olhando diretamente


para a sala de estar enorme, ri alto enquanto Nate apontava um abajur para
Adam mantendo distância.

- Modelo de perfume! Você precisa agradar sua fadinha! -Adam falou para
ele animado.

Olhei para o lado vendo Emily pendurada no pescoço de Peter e Dylan


carregando Lisa e Rubi em cada braço, meu Deus, nós somos muito
estranhos, não somos?

Ela param do meu lado no exato momento em que Adam tira o abajur da sua
frente e corre até Nate o envolvendo em um abraço apertado.

Own.
- Você é uma Tinker Bell muito carente -Nate reclama e Adam balança ele de
um lado para o outro dando pulinhos, consequentemente levando Nate a dar
pulinhos também.

Peter pegou o celular do bolso e apontou para os dois batendo altas fotos
enquanto nós sorrindo para os dois mostrando todo o amor de amigos.

- Tá ok -Nate empurra Adam pela cabeça que se afasta rindo- Satisfeito?

- Não, quero seu vestido branco cheio de babados -ele diz e Nate mostra o
dedo do meio.

- 1.000 dólares que Adam vai mandar emoldurar quando ver essa foto -Peter
mostra o celular para Dylan.

- 5.000 que ele vai mandar fazer um quadro e pendurar na sala dele -Dylan
diz e Peter aperta a mão dele falando "fechado".

Ri baixo quando vendo-os mexer as pernas agora todos de pé sem estar


correndo como malucos, eles descem a escada rindo e conversando.

Eu me mexi para fazer o mesmo mas olhei para Nate novamente por puro
impulso, ele apontou para mim com uma expressão nada boa. Dei um passo
para trás quando ele deu vários para frente indicando que estava vindo até
mim.

- Você...

- O que? -dei mais passos para trás enquanto ele subia as escadas.

- Vem aqui, Jones.

Eu fiz isso, mas para o outro lado. Virei e corpo e sai correndo rápido de
volta pelo corredor, ou tentando, porque eu tenho que ter pernas tão curtas?!!

Olhei para trás vendo ele correr na minha direção distraidamente sabendo
muito bem que me pegaria no final, ri pela adrenalina e virei em outro
corredor já com medo de me perder.
Arregalei os olhos quando ele apareceu no corredor e entrei em um quarto
qualquer no milhares que tem aqui, eu estava fechando a porta mas claro que
não consegui quando a mão grande pousou nela a empurrando para trás.

Dei passos rápidos com um sorriso idiota nos lábios e me virei apenas para
dar um gritinho de susto, mas...o que que isso?!

O quarto estava vazio, a não ser por uma poltrona branca e eu troço estranho
que parecia um "X", tinham algemas na parte de cima para os pulsos e na
parte debaixo para os tornozelos.

Coloquei a mão na boca mas tudo escureceu quando senti a mão grande tapar
meus olhos.

- Ok...que merda é essa? -escuto a voz de Nate e acabei rindo.

- Nate! O que é isso? -perguntei.

Escutei ele engolir em seco, seu braço rodeia minha cintura me puxando para
mais perto ainda me mantendo as cegas.

- É...um...-ele limpa a garganta- É para...

- Falha no sistema -levanto meu braço tentando colocar meu indicador no seu
nariz mas acabei errado tocando sua bochecha.

- É apenas algo...

- Sexual?

- Susie Jones! -sorri pequeno quando ele tirou a mão dos meus olhos me
virando para ficar de frente para ele, coloquei meus braços em volta do seu
pescoço e apenas vi a confirmação nos seus olhos para a minha pergunta.

- Mais de 20 anos e Peter ainda me impressiona -ele sussurra e eu ri baixo


apertando seu nuca.

- Então, foi ótimo dar carinho para os amigos não foi? -perguntei com um
lábio entre dentes.
- Eu disse que ele ia fazer um drama do caralho.

- Eu não tenho culpa.

- Como é?! O que você disse?! -acabei rindo novamente quando ele agarrou
minhas pernas me carregando como se eu fosse um bebê.

Nate caminha para a poltrona e se senta nela comigo no colo, parei de rir aos
poucos sentindo sua mão deslizando pela minha coxa gentilmente.

Olhei para o treco perto da parede que era pintada com cores mais neutras e
escuras, a iluminação era baixa mas onde o "X" se encontrava não era.

O encarei, percebendo que seu olhar já estava sobre mim, curioso como o
meu.

Dei um sorriso sem graça querendo mudar o assunto.

- Mais de 20 anos? Nossa, muito tempo. Qual a sua idade? -perguntei a ele
que sorriu de lado.

- Eu tenho 33.

Entre abri os lábios.

- 33? -levantei a sobrancelha desviando o olhar para o seu peito.

- Tem preconceito com velhinhos como eu?

Ri baixo.

- Você não é velho.

- Bom, nossa diferença de idade é gritante -ele diz e eu dou de ombros- Isso
incomoda você?

- Claro que não -coloquei minhas mãos no seu rosto e pela segunda vez, eu
senti ele relaxar lentamente- Quando é o seu aniversário?
- Ainda faltam 8 meses e meio -explica- Faltavam 10 quando você me
atropelou de bicicleta quase me lavando ao hospital.

Todos os Venturelli são exagerados?


Mas é claro que sim.

- Alguma chance de você esquecer isso?

- Claro, vou só lembrar da vez que você estava brigando no mercado por
causa de absorvente -ele riu me fazendo olhar feio para ele.

- Eu estava necessitada! E a mulher nem estava com cara de querer dividir


comigo -me defendo e ele sorri colocando meu cabelo para trás.

- Quando é seu aniversário?

- Ainda faltam dias -respondo.

- Dias? Perto então?

- Mais ou menos -dou de ombros- Quase não comemoro.

- Por que?

- Bom, sempre foi só eu e a minha mãe -ele colocou uma mecha minha atrás
da orelha- A comemoração sempre foi pequena, e as vezes eu até esquecia.

Tenho uma péssima memória, eu não lembrar do meu aniversário já


aconteceu umas três vezes.

- Só teve um aniversário meu que esqueci, eu estava fazendo 22 -comenta.

- Uh...faz tempo então, não é? Como era a televisão naquela época? Preto e
branco? -brinquei como ele que me olha como se fosse me prender naquele
"X" no meio da sala.

- Engraçadinha! -ri baixo beijando seus lábios ternamente, coloquei minhas


mãos na lateral do seu rosto e o beijei várias vezes ouvindo seus resmungos
pela minha brincadeira.
- Ou, ei! Que que isso? -olhamos para a porta vendo Peter com os braços
abertos- Vamos parar com a putaria, por favor? Não aguento mais não,
caralho.

- Cara?! Você tem um radar de fofoqueira que apita assim que Susie e eu
estamos juntos? Não é possível! -Nate briga com ele que coloca as mãos na
cintura.

- Saiam do meu quartinho especial -Pan aponta para nós dois e semi cerra os
olhos para o amigo que mostra o dedo do meio.

Sorri de lado vendo-o sair do quarto e encarei Nate antes dele se inclinar me
beijando novamente.

- Saiam do quarto! -Peter grita do corredor.

- MAS QUE CARALHO! -Nate grita de volta me fazendo rir alto.

×××

Pan, pan, tão empata foda nesse livro não é? Adam tem que ficar esperto
senão vai perder o posto.

Deixa o "❤ " se você também achou que o Adam ia fazer um drama do
caralho.

Sentiram minha falta? Não? 😔😏.


Galera, obrigada pelas mensagens de apoio (Minha avó já está bem)
amém.

Então, eu passei o final de semana sem postar os caps. Vou postar 3 hoje.

Esse foi o primeiro, os outros dois eu postarei 18:00 da noite.

Até, babys ❤.
45° capítulo

Nate

Puxei a alça do sutiã florido e recebi um tapa em troca, ri baixo vendo sua
irritação para cima de mim.

Adorável.

- Seus sutiãs floridos são fofos -sussurro e ela sorri pequeno empurrando
meu ombro com o seu.

- Não são nada comparados aos que você já deve ter visto por aí, aposto -
ela diz encarando seu tênis, com o sorriso diminuindo.

Continuamos caminhando pelo corredor que nos levaria para a sala de jantar.

- Não, não são. Mas não é isso que os torna memoráveis? Seu sutiã florido
será memorável para mim -ela me encara e eu vejo um pouquinho de
insegurança em seus olhos.

Lingeries sensuais são bonitas, mas Jones não precisa delas. Se ela usasse
uma calcinha de patinhas de camelô, eu ainda acharia sexy.

- Isso significa que você não tem vontade de ver aquele lingerie branca?

Apertei os lábios.

- Calma -levantei uma mão a fazendo reprimi o riso- Eu não disse isso, mas
se quiser usar um dia...por favor, me ligue.

Ela sorriu antes de revirar os olhos.

Continuamos andando o que faltava e não demorou muito para eu escutar as


vozes se sobressaindo do barulho dos talheres, chegamos na grande mesa e
eu franzo o cenho vendo Monica perto deles roubando uma coxa de frango.

Quando Tia Monica aparece sem avisar, é porque quer algo.


- Então, como eu estava falando... -ela diz e vira a cabeça quando percebe
Jones e eu no ambiente- Oh, chegou quem faltava.

- Ela roubou a coxa -escuto Adam sussurrar reclamando para Rubi que faz
"Shi" para ele- Princesa...era a coxa, porra.

- Monica veio nos convidar para alguma coisa -Lisa diz olhando para mim e
para a coisa pequena aqui do meu lado.

- De novo? -pergunto e olho para a minha tia, a mãe que nunca tive.

- É garoto! Que que foi? Não quer ir? Não vai -ela cruzou um braço antes de
morder um pedaço da coxa de frango.

Ah, o amor fraterno...tão lindo.

Escuto uma risadinha de Susie e olhei para ela com o cenho franzido, vejo
ela fingir tossir saindo do meu lado indo para a cadeira vazia.

Ela ainda sorriu pegando o guardanapo da mesa pondo no seu colo, me


aguarde, Mi bela.

- Mãe, o que você quer? -Dylan pergunta antes de pegar um uva verde e
jogar na boca do Peter que consegue pegar, ele comemora batendo na mão de
Emily.

- Calma, estava esperando Nate e Susie cheg...afinal, onde vocês estavam? -


ela pergunta confusa.

Dando uns amassos, eu responderia isso mas achei melhor não.

Jones se engasga com a água e depois olha feio para Adam que dá vários
tapinhas na sua costa respondendo a Monica que estávamos brincando de
boneca.

Mas essa Bell é uma bastarda mesmo.

Me aproximei da cadeira vazia ao lado de Susie mas antes dei um tapinha na


cabeça do loiro que foi para frente quase se afogando.
- Lisaaaa!! -ele grita.

- Não faz, Nate -ela diz e eu olho irritado para Adam que mostra o dedo do
meio.

- Bem feito -Emily sussurra.

- Fica quieta, Emily! Eu sei que você me odeia, mas não tenho culpa que seu
marido me ame mais do que você -Adam fala e Peter segura a cintura da
esposa quando ela ameaça pular a mesa para ir bater em Bell.

Ri baixo.

- Meu Deus, que baixaria -Rubi bebeu um gole do vinho e depois levantou a
taça- Continuem.

- Não!! -Monica chama nossa atenção querendo bater em todos nós


provavelmente- Vou falar logo, tenho que encontrar Gregório em alguns
minutos.

- Diga, Monica -Susie a incentiva e ela sorri para ela concordando.

- Amanhã, às 20:00 da noite quero todos vocês no Kimpton Hotel. As roupas


estão na sala de estar, é um baile de época.

Ela diz normalmente e depois anda para fora nos deixando estáticos ouvindo
o barulho dos saltos altos se distanciando.

- O que? Ela foi embora?! -Adam pergunta olhando em volta e eu suspirei,


típico da Monica.

- O que ela disse? -Lisa pergunta confusa levando uma colher de comida até
a boca.

- Festa, tu ti tu ti -Rubi balançou os ombros estalando os dedos.

- Você está muito para frente -Adam diz para ela que dá de ombros ainda
dançando.
- Baile de Época? Porra, quero uma peruca branca -Emily coloca a mão na
cabeça.

- Eu quero luvas! -Susie dá um sobressalto do meu lado e eu até me assustei


quase caindo da cadeira.

As quatros se olham totalmente cúmplices, e rápido estão se levantando da


cadeira dando passos rápidos até a sala de estar para ver as roupas que
Monica trouxe.

Olhei para os meninos.

- Espero que eu não tenha que usar collant -Peter diz e nós apontamos para
ele concordando.

Peguei o vinho da mesa despejando o líquido na minha taça vazia e olhei


para Dylan que voltou a jogar uvas na boca de Pan.

- Sabe quem está Nova York, modelo de perfume? -Adam pergunta e eu nego
com a cabeça.

- Nosso primo Kevin.

Dylan responde e depois joga uma uva em Adam que reclamou colocando a
mão no olho quando foi atigindo.

- Porra, eu não estou brincando. Tá drogada, Batgirl?! -Adam resmunga


esfregando o dedo do olhos.

- Eu vi ele com Balis na quarta feira -Peter diz pegando minha atenção, me
ajeito na cadeira com os três me encarando fixamente.

Menos Adam que tinha um olho fechado.

- Puta merda -sussurrei baixinho.

- Como está seus negócios com Simon? -Pan pergunta.


- Bom...hum, ele ficou contente com o presente que dei, conversamos sobre
uma parceria mas desde a viagem do navio, não falei com ele.

- Por que não? -Adam pergunta.

Porque eu estava ocupado beijando todas as pintinhas no corpo da Susie,


droga.

- Aconteceu algumas coisas, acabei me distraindo -minto.

- Resumindo, ele estava com Susie -Dylan diz sorrindo e eu pego minha taça
dando dois goles do vinho depois de revirar os olhos.

- Vou tentar fechar essa parceria, irei conversar com Simon Balis e o
convencer de que nossa família não quer atingi-lo como fez tempos atrás -
digo.

- E se você não conseguir? -Peter pergunta e eu olho para ele me encostando


na cadeira.

- Bom, teremos guerra -falei fazendo os três se encararem.

Suspirei.

- Olha quem acordou!! -olhamos para trás vendo Rubi entrar com Alya no
colo, Adam sorriu estendendo as mãos para pegar a filha.

Os bebês estavam tirando um cochilo no quarto que ficava aqui no andar


debaixo, e pelo visto apenas Alya tinha acordado.
Se fosse Maia, tinha feito um escândalo e acordado todo mundo.

Adam coloca Alya sentada na mesa bem na sua frente e beija sua cabecinha
minúscula com poucos cabelos loiros, os olhos azuis dela se focam nele mas
desviam para Peter que estava em seu lado.

Alya sorri encarando a barba grande e depois mexe as mãozinhas quase se


jogando para o colo do tio.
- Ela gosta de você -Rubi fala para Peter colocando a mão no seu ombro
para se apoiar.

- Não, ela gosta da minha barba -ele diz.

- Acho que você vai ser o tio que ela vai se apaixonar -Adam fala e Peter
levanta uma sobrancelha.

- Desculpe, o que? -Dylan pergunta franzindo o cenho.

- Tio crush -Adam explica e eu também franzo o cenho- Sim, porra. Vocês
não tiveram um tio ou uma tia que amava em segredo?

- Não, seu maluco! -Peter fala e a Bell pisca algumas vezes.

- Eu era amarradão na tia Daniela -ele diz e nós três rimos concordando
assim que lembramos, ela era realmente linda. Que Deus a tenha.

- Coitada -Dylan diz e faz o sinal da cruz no peito.

- O que aconteceu com ela? -Rubi pergunta confusa.

- Ela morreu atropelada por um ônibus -digo e Rubi abre a boca chocada.

- Faz tempo, tínhamos 15 anos na época. Hormônios borbulhando e tudo


mais -Dylan explica, fazendo outro sinal da cruz no peito.

- Mas eu a adorava -Adam diz- Principalmente porque ela contou para todo
mundo quando pegou Dylan batendo uma.

- Vai se foder -Dylan falou para Bell enquanto rimos da fatídica cena em
família a anos e anos atrás. Dylan ficou sem sair do quarto por dois dias,
deve ter batido um monte só no ódio.

Ouvimos um resmungo e logo depois Alya começar a chorar do nada, Rubi a


pegou no colo dizendo que ela estava com fome e saiu da sala de jantar nos
deixando sozinhos novamente.
Eu estava pegando minha taça de volta da mesa quando fechei os olhos
sentindo que uma uva atingiu meu rosto, olhei para Dylan irritado que
apontou para Adam no exato momento que o loiro estava escondendo as
uvas.

- Você não cansa de me irritar, Bell? -Adam nega com um olhar meigo.

- Sabe de uma coisa? -cruzei os braços- Um dia, quando não tiver ninguém
para defender você -Adam faz um coração com a mão para os meninos- Eu
vou dar um soquinho no seu rosto.

Adam ia falar alguma coisa mas um sussurro interrompeu:

- Eu é que vou socar você -nós três olhamos para Peter que estava mexendo
no celular distraído.

Ele levanta a cabeça lentamente e nos encara.

- Falei isso em voz alta? -pergunta confuso e eu o olho com tédio.

Dylan e Adam se olham.

- 50 mil dólares para o nariz quebrado.

- 100 mil que vai ser um nariz quebrado e um olho roxo -Dylan fala e Adam
estende a mão.

- Feito! -a fada grita

- Vão se foder -falei fazendo os três rirem da minha irritação.

(...)

- E no final...ele morre! NATE! Ele morreu! -ela explica para mim


petrificada, aceno com a cabeça.

- Eu sei.
- Não! Por que você não me disse? Eu não teria lido -ela cruzou os braços
enquanto andávamos para o meu carro estacionado do outro lado da calçada.

- Eu não sabia que tinha que te contar o final do livro, Jones -debocho e ela
fecha a expressão mostrando o bico irritado, sorri de lado.

- Não gosto de histórias tristes, quero histórias felizes! Quero ler e saber que
o casal vai ficar junto no final.

- Mas isso é previsível...

- Não importa -ela para de andar na calçada e eu paro também ficando na


sua frente- Ainda prefiro saber que eles vai ficar juntos, enfrentando os
desafios e mostrando que são mais fortes do que isso. Eu preciso disso.

- E por que? Não prefere uma história com algo diferente? Que você sinta o
amor do casal mas também precisa entender que se algo de ruim acontecer
com eles...não vai diminuir o sentimento -me aproximei um pouco vendo seu
rosto se levantar para me encarar- Eles vão continuar se amando, mesmo que
a morte tenha os separado.

- Isso é triste, não diferente -ela diz.

- Não, é a vida.

- Então eu prefiro viver dentro de um livro -cruza os braços- Amar


incondicionalmente alguém e me entregar a ele que vai fazer o mesmo, viver
o romance ardente e no final, sorrir para o meu amado sabendo que vamos
ficar juntos até o fim -ela me enfrentava com os olhos.

Mostrando mais uma vez que éramos extremamente diferentes.

- Não é todo mundo que consegue isso -falo.

- Muita gente não se dá o luxo de permitir.

Semi cerro os olhos.


Isso foi uma indireta?!
Jones pisca um par de vezes e engole em seco desviando o olhar para baixo
ajeitando a barra da sua camisa.

- Você é tão romântica -sussurrei.

- E você é tão frio -rebate rápido, continuo encarando seu rosto fixamente.

- Você é o meu oposto.

- E mesmo assim, estamos aqui -ela me encara.

Fiquei olhando para ela por uma eternidade.

- Vou fazer uma pergunta -avisa.

- Faça.

- Você já desistiu de si mesmo? Em relação ao amor.

- Sim.

- Por que?

- O amor não é para mim, Jones.

- Claro que é, é para todos nós.

Sorri de lado.

- Acha que é possível fazer um coração quebrado bater novamente? -levantei


uma sobrancelha.

- Você já...teve um coração quebrado antes? -ela me encara chocada mas


com curiosidade, aparentemente, eu estou falando demais quando converso
com ela.

- Certo, já chega. Vamos -toquei no seu dedinho o agarrando e a puxei para


frente ouvido ela soltar um risinho baixo.
- Mandão... -sussurra e eu cerro os dentes.

Quase a jogo no banco de trás para fazê-la gritar meu nome mas me contive.

×××

Pode falar, minha coisa linda. Pode falar que a gente te escuta 😏 .
#TerapeutasDoWattpad.

Mas babys, parando aqui para pensar. Se estivesse rolando um incêndio


na mansão, e Adam e Emy estivessem lá, mas só dava para pegar
um...quem o Peter salvaria? E o por que o Adam? KAKAKAKA TO
BRINCANDO!

Eu espero...

Vote e comente!
Rola o dedinho pro lado que o próximo cap já está aí ❤.
46° capítulo

Imagem meramente ilustrativa.

Susie

Eu não consegui me segurar e acabei rindo com a cena a minha frente.

- Rubi, puxa essa merda para cima! -Emily grita com ela.

- Eu estou tentando, inferno! -ela grita de volta puxando o vestido de Emy


para cima, a loira até é levantada do chão tentando ajeitar o vestido no
corpo.

- Porra -Emy resmunga quando Lisa se aproxima ajudando Rubi a colocar o


vestido nela.

Nós quatros estávamos vestidas com o que Monica trouxe ontem, eu


realmente estava me sentindo no século 18.

Quando terminado elas andam até a cama pegando seus pertences e eu ainda
me olhei pelo espelho uma última vez vendo a maquiagem suave feita por um
maquiador que esteve aqui no apartamento de Rubi mais cedo.

Espremi os lábios espalhando mais um pouco do gloss de morango, eu


estava quase passando a língua e experimentando meu próprio lábio. Encarei
meu cabelo que estava preso em um coque elegante apenas algumas mechas
que formavam uma trançar em volta do coque.

Saímos do quarto depois que elas colocam as luvas quase da cor dos seus
respectivos vestidos, saímos do quarto caminhando pelo corredor sorrindo
até que animadas.

Bom, não sabíamos para o que era esse baile, não sabíamos quem estava
fornecendo, não sabíamos basicamente nada. Mas estávamos indo, sem
recusar uma boa festa com música clássica e comida de graça.
Emily foi a primeira descer para a escada, Rubi veio depois e logo mais
Lisa, eu era a última da escadinha.

Olhei para baixo vendo os quatro em um roda conversando, já todos


arrumados com os as roupinhas que era usado em bailes de época. Eu pensei
que não tinha outra roupa além do terno que os deixassem lindos, mas
aparentemente...

Roupas de época os deixavam disparadamente muito mais.

Nate que foi o primeiro a notar nós quatro descendo pelas escadas, chama os
outros com batidinhas e rápidos estão todos olhando para nós.

De repente, ficamos em câmera lenta, os olhos vidrados em nós e a boca se


abrindo lentamente vendo o quão lindas estávamos, ouvi alguns palavrões
como surpresa e admiração.

Mas saímos da câmera lenta logo em seguida:

- Aí, merda! -Emily resmunga quando pisou em falso quase caindo escada
abaixo, Lisa jogou a cabeça para trás rindo tão alto que até saiu o um
barulhinho de porco. Rubi tentou agarrar Emily e acabou conseguindo mas
veio um pouco para trás quase nos desequilibrando.

Cristo!
Que fiasco.

Olhamos para os meninos que tinham os lábios apertados com uma


expressão de querendo rir tão alto que ia deixar todo mundo no raio de 5km
surdos, eles olham um para os outros e depois dão de ombros.

- Mil vezes melhor do que os ensaios das tope models -Dylan diz e eles
concordam rindo da nossa falta de atenção.

- Pann-Emily resmunga e o mesmo vai até ela com as mãos no bolso, ela
estica os braços para frente e ele sorri agarrando sua cintura a levantando do
chão tirando-a da escada.
Rubi ficou olhando para eles e depois para Adam que fingiu olhar para o
lado.

Rubi revira os olhos mostrando o dedo do meio e ela faz um coração


enquanto ela desce as escadas sem ser carregada por seu amado. Lisa desceu
depois e eu fui junto a ela me segurando no corrimãos para não rolar escada
a baixo e brincar de boliche derrubando as duas.

Puxei o vestido mais para cima e andei até Nate que tinha as mãos no bolso
da calça, parei na sua frente e soltei o vestido respirando fundo.

Ele me olha da cabeça aos pés se demorando mais nos meus seios e depois
volta para os meus olhos.

- Você está bonito -digo e ele sorri de lado.

- Eu gostaria de dizer o mesmo -ele fala e eu sinto uma pontada de decepção,


mas que logo some- Mas o adjetivo não é suficiente para descrever você,
Jones.

Sorri como uma idiota!


Meu Deus...
Até para fazer um elogio ele faz minhas pernas tremerem um pouco.

- Eu adorei isso -ele aponta para o meu decote e eu olhei para baixo
balançando a cabeça depois- Você está parecendo uma princesa.

Ele riu e eu acho que meus olhos brilharam um pouco.

- Você acha? -sorri animada me aproximando mais um pouco colocando


minhas mãos no seu peito.

- Acho sim, se eu conhecesse alguma princesa te diria qual você está


parecida.

- Não conhece nenhuma das princesas?

- Não...
- Por que não? -levantei uma sobrancelha e ele franziu o cenho.

- Não me ensinaram quando eu estava na escola -ele sussurra fingindo contar


um segredo e eu ri dando um tapinha fraco no seu peito.

- Você tem que conhecer, ver os filmes.

- Não, não tenho -suas mãos pousam no meu rosto e eu fiquei olhando para
ele com um sorriso pequeno.

- Isso aumenta seu conhecimento geral, sabia?

- É mesmo? -ele pergunta aproximando meu rosto do seu me dando um beijo


rápido porque eu ainda estava sorrindo.

- É mesmo -respondo quando ele me beija de novo.

- Hum, será que agora ganho meu prêmio de empresário do ano com meus
futuros novos conhecimentos? -debocha com um sorriso nos lábios e eu fingo
irritação beliscando seu braço.

- Estou apenas brincando, Susie. Mas ainda não vou assistir filmes de
princesas com você -ele diz e ele cola seus lábios nos meus uma última vez
ouvindo eu resmungar "chato" contra sua boca.

Veremos.

Nos afastamos e eu apertei os lábios espalhando o gloss novamente, olhei


para ele que passou o polegar pelo lábio inferior e depois levanta o olhar
lentamente.

Olhei na direção que ele olhava e vi os seis nos encarando fixamente como
se estivessem assistindo o filme do ano.

- O que? -Nate pergunta.

- Eu quero aumentar minha aposta para um milhão e meio -Adam diz


levantando o braço e eu arregalo os olhos, caramba quanto dinheiro!
Eu até diria para eles doarem ao invés disso mas estaria pedindo o que eles
já fazem, os quatros investem no orfanato que Dylan montou a tempos atrás.
A gangue é a principal fonte de renda para as crianças do lugar.

- Certo, eu nunca vou me acostumar com isso -Peter diz balançando a


cabeça- Com a gente.

- Como assim? -pergunto confusa.

- Sempre ficamos chocados quando um de nós se envolve com o outro, até


hoje se eu ver o Peter beijando a Emily fico 30 segundos sem acreditar -
Dylan explica.

- E agora vocês dois, até meses atrás vocês mal conversavam, e agora estão
aí, se chupando aqui na minha sala, que que isso, olha o respeito -Adam abre
os braços e Nate revira os olhos.

- Muitas coisas mudaram -Rubi diz com um sorriso- Mas para melhor.

- Uhu, viva as mudanças -Emily comemora por poucos segundos- Agora


vamos, quero comer os aperitivos.

- Você está ficando igual o Peter, sem paciência nenhuma! -Lisa briga com
ela que a imita com uma voz mais fina ainda e as duas vão na frente falando
alto.

Eles foram saindo pela porta se despedindo de Lua e Rita, que trabalhavam
com Adam e Rubi. Elas ficariam com os bebês aqui hoje, os quatros estavam
dormindo como anjinhos.

Senti o toque no meu braço e olhei para o lado vendo a mão pousada sobre
ele, encarei Nate que aponta para a porta com a cabeça.

- Vamos?

- Vamos -sorri pequeno e andamos juntos para fora.

Sim,
Muitas coisas mudaram.
(...)

Talvez meus olhos estivessem brilhando mais do que luzes de natal e não
acho que iriam parar tão cedo.

Santo Deus, parece que viajei no tempo de repente.

Passei perto de um castiçal de velas amareladas e depois olhei para as


cortinas amarelas na grande janela, quadros de pinturas excelentes na parede
e lustres luxuosos pendurados no teto.

Músicos no canto tocando uma música de Bach que eu reconheceria em


qualquer lugar, sorri animada cruzando os dedos com minhas luvas brancas
que me aquecem.
- Metade dos nossos sócios estão aqui -Dylan fala olhando em volta e depois
encara a gangue.

- Então, é uma festa de negócios -Adam suspira- Ninguém merece.

Não demora muito para ouvirmos a voz de Monica se sobressaindo meio a


música e as conversas, ela aparece do nosso lado com uma taça de
champanhe e um vestido da cor salmão que acentua sua cintura. O cabelo
loiro estava preso em um coque.

- Bem vindos -ela diz sorrindo para nós- Sabem quem está dando essa festa?
Esperamos a resposta.

- Simon Balis -ela diz e eu franzo o cenho.

Olhei para os quatro que estavam com a mesma expressão que eu, e depois
se encaram como se estivessem prontos para bolar uma estratégia.

- Por que não nos disse? -Peter pergunta.

- Porque apesar de não estar a frente dos negócios na empresa, eu cuido do


que leva o sobrenome da minha família. Se Balis é um problema para nós,
vamos resolvê-lo. Ele está por aqui em algum lugar, deixem que os vejam e
mostrem que são aliados.

- Certo -Adam fala e depois estende a mão para Rubi a puxando para longe,
os dois sumiram em menos de 10 segundos indo fazer o que Monica pediu.

- Vem arrogante gostoso, quero experimentar aquilo -Lisa puxou Dylan pela
abertura do terno e ele foi sorrindo de lado. Os dois param em frente a uma
grande mesa de doces.

- Nathaniel!

Uma voz chama o homem ao meu lado que vira o rosto encarando um homem
baixo e carequinha, ele o chama com a mão e Nate mostra a sua dizendo que
iria até ele.

- Espera, falta o último beijo -Toquei no seu braço e ele me encara com um
bico pequeno- Nate...

- Certo, mas esse vai ser rápido -aponta para mim e eu sorrio concordando.

Ele saiu de perto caminhando até Adam que estava olhando fixamente para
Rubi com um olhar tão apaixonado que quase me apaixono por ela também.

Perto o suficiente Nate se inclina sobre o rosto de Adam para dar o último
beijo rápido, mas...
Arregalei os olhos quando Adam virou o rosto percebendo a aproximação só
que tarde demais, acabou que Nate beijou o loiro na boca por pouquíssimos
segundos mas foram os melhores que eu já vi!

Adam se afasta e Nate faz o mesmo passando a mão na boca.

- Porra, Nate! -Adam reclama passando a costa da mão na boca.

- Você tinha que virar o rosto, Tinker Bell drogada?! -Nate fala e o loiro
revira os olhos.

- Olha, princesa -Adam coloca as mãos na cintura- Eu nunca trairia você.

Rubi sorriu depois que tirou as mãos da boca.

- PETER!!! -Rubi grita e Adam arregala os olhos agarrando sua cintura


quando ela faz menção de ir até Peter para fofocar.

- Segura ela! -Nate fala.

- Eu sei o que fazer, porque não vai lá com Dylan e beija ele também? Mas
não muito, fico com ciúmes -Adam sorriu malicioso e Nate mostra o dedo do
meio antes de se afastar indo até o homem que o chamou anteriormente.

Modelo de perfume ainda me encara vendo meu sorriso largo, ele semi cerra
os olhos para mim e depois levanta a palma da mão como se me dissesse
para esperar o que estava por vir.

Misericórdia.

Olhei para Peter e Emily que estavam distraídos já que a loira


estava...penteando a barba dele? Mas o que?

- Eu gosto do pente amarelo -Pan fala.

- Eu perdi, só tenho esse azul. Vou comprar outro amanhã -ela diz ajeitando a
barba dele e eu levantei um sobrancelha meio surpresa.

Ok...
- Usa uma lâmina, Emily.

Franzo o cenho quando vejo uma mulher aparecer atrás dos dois, ela tinha
um sorriso grande no rosto.

×××

Quem será? Hum...alguém adivinha? Escreve aqui nos coments, babys.

Desculpem, mas o beijo mais esperado da série acabou de acontecer


KAKAKAKA e eu sei que vocês estão prontas(os) para essa conversa 😏
😂.

Vote!
Comente!
Me anime!
Obrigada.

Até sábado, babys ❤.


47° capítulo

Susie

Nossa! Seu sorriso era lindo demais.

- Usa a Gillette, Emily...

A mulher loira coloca as mãos na cintura e os dois se viram a encarando,


Emy e Peter sorriram para ela que abriu os braços animada.

Eles se aproximam dela a dando um abraço apertado mas logo depois eu


vejo sua mão pousando no rosto de Peter o empurrando para trás e o abraço
continuar só com Emily que ri vendo a expressão descontente de Peter.

- Emily Brooks! Minha rainha -ela diz e mostra o dedo do meio para Pan que
revira os olhos.

Eu não conseguia me lembrar dela.

- Samantha!!! -Emily a balança um pouco e ela ri dizendo que ia vomitar.

- Céus, comi muito canapé -elas se soltam e a Samantha passa a mão na


barriga.

Sua vestido era de um amarelo bem clarinho com alguns detalhes pretos,
seus seios estavam bem destacados por causa do espartilho, suas luvas iam
até o pulso.

- Susie, essa é Sam -Emy me apresenta- Ela tinha um caso com Peter mas
depois pulou fora quando descobriu que ele estava apaixonado por mim.

Arregalei os olhos de leve e Emy riu alto.

- Adoro contar essa história -Ela diz e Sam balança a cabeça me estendendo
a mão.
- Oi, e sim, foi exatamente isso que aconteceu. Até ajudei porque sou trouxa
-ela diz e eu ri baixo.

- Susie Jones -apertei sua mão com um sorriso gentil, ela retribui me
elogiando em seguida.

Conversamos mais um pouco e não demorou muito para eu saber mais um


pouco sobre ela, Sam era uma das secretárias de Jayden Ford, um grande
empresário que tem até negócios com Ross e os Venturelli.

- Então, como anda seu paixão? -Emy pergunta e ela suspira colocando a
mão na boca fingindo chorar.

Ri baixo.

- Como um tobogã, só indo para baixo -ela diz e cruza os braços com um
sorriso triste.

- Eu já disse que você vai encontrar uma pessoa com menos problemas -
Peter diz para ela que finge rodar seu vestido.

- É que eu gosto dos complicados -ela sussurra e eu quase bato na mão dela
com indentificação.

- Por falar nele, aonde ele está? -Emy pergunta e eu fico ouvindo para ver se
entendo, droga, eu estava virando uma fofoqueira como Peter.

- Está falando com Adam agora -aponta e eu olho na direção vendo o loiro e
Rubi, na frente estava o tal homem.

Misericórdia!

Meu...

Misericórdia!

- Você gosta dele? -apontei para o homem e ela confirma dizendo


"infelizmente".
- Nossa -sussurrei e ela riu.

- Eu sei -Sam olhou para ele novamente- Lindo não é?

- Cadê a mulher dele? -Pan pergunta e eu levanto uma sobrancelha.

Oh.

- Está viajando pelo o que eu soube, por isso está sozinho -Sam explica-
Momentos de raridade meus amigos.

- Opa -Emy estala os dedos sugestiva e Sam nega.

- Não inventa, posso ser tudo, mas amante não serei -ela diz e Pan bate
palma, sorri quando Emy beliscou seu braço.

- Você tem um proibido amor... -comento e ela me encara concordando- Sinto


muito.

- Está tudo bem, talvez alguns amores não foram feitos para ficarem juntos -
ela diz e eu sorri quando ela pousou a mão no meu braço.

Eu gostei dela, há algo em seu olhar que dizem que deve ser difícil ter um
sentimento por alguém e não poder dizer, e por isso, ela deve ser bem mais
forte do que se possa imaginar que é.

- Sam!! -ouvimos um gritinho e eu olhei para a mulher que quase caiu em


cima dela com as mãos cheias de bolinhos

Franzo o cenho.

- Aí, Kira! Porra -Sam reclama e a tal Kira ri enfiando um bolinho na boca
dela que quase se engasga.

Apertei os lábios não querendo rir disso.

- Experimenta, olho como é gostoso! -a mulher diz e eu encaro seu cabelo


ruivo solto com grandes cachos que iam até seus ombros. O vestido era de
um lilás bem fraco, ela não usava luvas e eu pude ver a aliança dourada no
seu dedo.

A Kira olha para nós e pisca.

- E aí? Sou Kira -ela diz animada e Sam bate no próprio peito tentando não
engasgar.

- Ela é a outra secretaria de Jayden e minha melhor amiga -Sam a apresenta


depois de estar menos engasgada.

- E...sou feita de escreva nas horas vagas -Kira levanta um dedo e olha para
Sam- Você acha que se eu colocar bolinhos na minha bolsa e levar para a
minha gostosa, alguém vai me barrar?

- Você não vai roubar bolinhos!

- Vou sim, acho que até da para esconder um aqui no seu decote -ela aponta
para os seios de Sam que bate na mão dela.

- Jayden vai despedir você -Sam fala seria.

- Vai nada, quero ver ele tentar.

- Tentar o que?

Todos nós nos assustamos e eu quase caio no chão como Pan e Emily que
colocam a mão no peito, Sam e Kira se viram para ficar de frente para o tal
Jayden.

Vendo-o agora mais de perto eu noto os olhos castanhos e o cabelo bem


penteado de uma cor castanha como os olhos, maxilar definido e barba rala
muito bem feita, certo, ele era lindo.

- A Sam, Sr. Ford. Ela está roubando bolinhos aqui -Kira diz e Sam abre a
boca chocada, acabei rindo- Eu falei para ela que isso é proibido, mas ela
está passando dos limites...eu disse ao senhor que não deveríamos trazê-la.
Jayden olha para Sam meio surpreso e coloca as mãos no bolso da calça
preta.

- Eu não estou roubando nada! -Sam diz e olha para Kira- Abre aí sua bolsa,
palhaça!

Kira aperta os lábios e abraça sua bolsinha, ela finge olhar em volta e
levanta um pouco a mão. A mesma balança a cabeça e fala um "Opa, estão
me chamando ali, com licença".

Kira dá um sorriso sacana e dá passinhos rápidos para longe segurando sua


bolsa como se fosse o último bolinho do mundo, olhei para Jayden que
estava encarando a secretária com uma sobrancelha erguida e depois olhou
para nós.

- Eu gostei dela -Emily diz e Sam balança a cabeça.

- Você não convive com ela -Sam diz- Semana passada eu descobri que ela
estava roubando todo o macarrão da minha casa para tentar cozinhar uma
receita que viu na internet. E ainda ia de madrugada para eu não saber!

Coloquei a mão na boca tentando fazer minha expressão de riso sumir.

- Cada um tem a maluca que merece -Peter diz e Emily vira o rosto para ele
lentamente.

- O que quer dizer com isso, Pan?

- Que você é maluca, mas é a minha maluca -ele diz e Emily ficou séria por
poucos segundos antes de sorrir o dando um selinho rápido.

Peter olhou para Jayden depois e passou os dedos na testa como se limpasse,
ele sorriu de lado.

- Certo, vim aqui porque queria falar com Dylan, sabem aonde ele está? -
Jayden pergunta.

- Está com a esposa ali comendo todo o baile -Emy aponta e ele vê os dois
comendo a vontade.
- Vai ficar por muito tempo? -Peter pergunta.

- Não, Infelizmente -ele deu um sorriso discreto.

- Por que não? -Emy pergunta e depois olha para Sam- Tantas coisas para
fazer...

Ela puxou a respiração quando Sam belisca seu braço de leve, as duas se
encaram irritadas. Mas Emy ri depois sussurrando "relaxa, estou brincando".

- Bom, eu preciso ver Kira e impedir que ela roube mais bolinhos -Samantha
diz e acena com a cabeça para nós, ela dá um passo para frente pronta para
desviar de Jayden mas eu vejo perfeitamente quando o pezinho de Emily
Ross aparece pisando na ponta do vestido de Sam que se desequilibra indo
para frente, apenas uma coisa não a impediu de ir para o chão na frente de
todos.

Os braços a seguram com firmeza tornando a queda impossível, os peitos se


colam um no outro e ambos se encaram lentamente.

Por um momento viajei para os meus livros.

Jayden aperta os dedos ao redor dela quando Sam se levantou um pouco


firmando seus pés no chão, Sam entre abre os lábios parecendo sem ar de
repente e coloca as mãos nos seus braços se ajeitando, ele não parecia
querer solta-la.

- Tudo bem? -ele pergunta e ela acena parecendo perder o dom da fala de
repente, sorri olhando para Emily e Peter que estavam sorrindo também.

Jayden desceu o olhar para a boca de Sam que tinha um batom vermelho a
preenchendo e depois desceu para os seios perfeitos naquele vestido, ele
engoliu em seco e depois limpou a garganta a afastando dele.

Ela foi para trás agarrando o próprio vestido olhando para baixo com o peito
subindo e descendo levemente.

Jayden olha para nós antes de apertar os lábios.


- Com licença -ele diz e depois se vira indo embora, vejo ele abri e fechar o
punho enquanto se afastava como se sua mão estivesse pegando fogo pelo
toque.

Caramba.

Encarei os dois que estavam um do lado do outro com a expressão bem


parecida com a minha, Emy passou a língua nos lábios e Peter colocou as
mãos na cintura piscando um par de vezes.

Sam se virou para nós novamente e respirou fundo.

- Eu preciso de tequila -ela diz como se estivesse corrido uma maratona, ri


da sua expressão.

- Ele gosta de você também -comento.

- Não me iluda, Emily já fez isso, mais uma eu não suporto -Sam fala e
depois passa a mão pelo peito.

- Vocês explodem desejo quando não estão se tocando, piorou agora quando
se tocaram, pensei que tinha entrando no pornô -Emily diz e Sam ajeitou as
luvas em suas mãos.

- Eu vou beber, vejo vocês depois -ela diz e acena com a cabeça indo para o
lado oposto de onde Jayden tinha ido.

Sorri pequeno e me afastei de Peter e Emily dizendo que iria comer algo,
eles concordam percebendo meus passos para longe.

Peguei um sanduíche muito fofinho e levei até a boca experimentando, nossa,


era ótimo.

Sorri animada e comi mais, o vestido já estava ficando apertado depois do


quarto sanduíche.

- Então, você é a próxima?


Olhei para o lado direito e franzo o cenho pela pergunta encarando o rosto
da pessoa que nunca tinha visto antes em toda a minha vida.

Coloquei o mini sanduíche de volta a mesa e depois passei a língua pelos


lábios sem me importar que eu esteja tirando o gloss labial.

Levantei o olhar para a pessoa ao meu lado que tinha os olhos concentrados
nas pessoas dançando, era uma mulher alta com as mãos descansando no
quadril, o vestido vermelho marcando a cintura e os seios parcialmente
cobertos pelo decote.

Seu cabelo preto estava solto e descia até sua cintura extremamente lisos, ela
me encara mostrando os olhos verdes claros como esmeraldas.

- Você é bonita -ela fala e sorri de lado- Mas não o suficiente para ele.

Franzo o cenho.

- Do que está falando?

Ela volta a olhar para a pista e aponta para frente com a cabeça, sigo sua
dica e meus olhos pousam em Nate que cruza os braços evidenciando os
músculos cobertos enquanto já conversava com outra pessoa.

- Quando ele terminou com a gente, disse que ficaria pelo menos 4 meses
sem ninguém.

Com a gente?

- Bom, ele não ficou sozinho nem metade disso -ela me olha de novo, não
precisei ser uma gênia para entender o que ela estava querendo.

Ela aponta para frente e eu olho para uma mulher loira que está se
aproximando de Nate para conversar, coloquei as mãos na cintura e encarei
a morena.

- Viemos...tentar recuperar o contrato de volta, sentimos falta dele -ela diz e


eu aperto os lábios.
- Vocês duas...

- Ficamos com ele? -ela sorriu- Muito.

Ela fica me encarando fixamente como se esperasse que eu tivesse uma


reação exagerada ou provavelmente ficasse triste me sentindo insegura e
insuficiente.

- Por que está me contando isso?

- Por nada, mulheres falam, não? -ela cruza os braços e volta a olhar para
Nate.

- Sim, mas com pessoas que conhecem. Você não me conhece, e eu juro que
não entendo porque você está fazendo isso -digo, me sentindo estranhamente
furiosa.

- Você parece ser tão doce e fofa, o que diabos ele viu em você? -ela me
encara.

- Talvez o que estava faltando em vocês duas -falo, minha deusa interior deu
um soquinho no ar e minha deusa tímida quase tem um infarto.

Meu Deus do céu.

- Você é realmente fofa -ela riu colocando o cabelo para trás.

- O que você quer, moça? -perguntei educada.

- Nada, apenas conversar com você. Você acha ruim? Quer dizer, Nate não é
de ficar em carícias e beijos, apenas sexo puro e depois...cada um pro seu
lado, é o que me deixa mais maluca -ela sorriu para mim novamente e me
olhou da cabeça aos pés- Mas e aí? Já se divertiu muito transando com ele?

Abri a boca chocada com tamanha liberdade que ela acha que está tendo
comigo falando de sexo tão naturalmente, balancei a cabeça e me afastei um
pouco quando ela se virou de frente para mim.
- O que? Está com vergonha? -ela olhou para as minhas bochechas
provavelmente vermelhas.

- Com licença -falei passando por ela vendo seu sorriso vitorioso.

- Ora, é só sexo, não seja careta -ela diz e eu me viro para ela de novo que
segurou meu braço, a fiz me soltar- Não aja como se fosse uma virgem
frígida e chata.

Continuei com a mesma expressão irritada, acho que nunca senti raiva de
uma mulher como estou sentindo agora. E só vem uma pergunta na minha
cabeça: qual a necessidade disso?!

- Vocês o querem de volta? Ele está ali, boa sorte -digo e ela revira os olhos,
entendendo quem não vai atingir como quer.

Essas festas nunca dão 100% certo, já devíamos saber disso.

- Eu não fiz nada para você, ok? Me deixa em paz -falei vendo o sorriso
maldoso no seu rosto, fazer isso era como um divertido jogo doentio, jamais
irei entender pessoas assim.

- Você acha que é suficiente? -ela se aproxima mais um pouco de mim-


Adivinha, você não é. Ele tinha duas mulheres para ele mas mesmo assim
não quis mais quando mudou o tempo do contrato, ele vai fazer o mesmo com
você, vai te mandar para puta que pariu quando não te quiser mais -ela
sussurra, não percebi que sua mão estava no meu braço novamente para dar
mais ênfase ao que ela fala.

A fiz me soltar pela segunda vez.

- Você não sabe de nada -falei ajeitando a alça do meu vestido que estava
torta- Absolutamente nada.

- Só sei que você vai ser só mais um acordo, como nós duas fomos.

Certo, esse comentário me destabiliza um pouco mas eu não deixo


transparecer agarrando a saia do meu vestido levantando-o, dei um passo
para trás para me virar e quando fiz isso bati em uma parede forte de
músculos,

Dei um resmungo.

Engoli em seco quando levantei o rosto encarando a expressão irritada na


minha frente.

Mas o olhar de irritação, não era para mim.

×××

Galera, uma vez, lá vai eu contar coisinhas da minha vida. Junta aqui
para fofoca, baby:
Uma vez, eu estava em uma festinha com o boy (Vamos chamar ele de
desgraçado) e estávamos lá curtindo, conversando, rindo, super normal.
O desgraçado saiu para fazer um pipi, e eu fiquei lá esperando ele voltar
né...(olhando de relance para outros gatinhos pq eu não presto) e do
nada! DO NADA! apareceu uma mina (ex dele) me perguntando se eu já
tinha dado pro cara (Não, eu ainda não tinha provado a berinjela)
KAKAKAKAKAKAKA na hora, eu fiquei irritada com a guria pq
porra...ela não me conhecia, chagar falando assim, é sacanagem. E eu
juro pra vocês, ela tinha o mesmo olhar dessa mulher aí falando com a
Susie, puta olhar doentio. Deus me livre.

Depois do ocorrido, eu larguei o boy, e comecei a achar graça da minha


falta de sorte do amor. Poxa (larguei o boy pq enjoei dele, isso acontece
muito comigo infelizmente... MISERICÓRDIA...já entendi a causa da
minha falta de sorte...sou eu mesma pelo visto KAKAKA 😔😂)

Pronto, era só isso mesmo. Um desabafo, obrigada.

Mas voltando ao assunto do livro akakak tem muita gente maldosa por aí
galera, e muita ex maluca. Cuidado kaksks

Beijos, e até amanhã ❤.


48° capítulo

Susie

Nate levanta o queixo e suspira olhando para a mulher atrás de mim.

Quando ele me encara de novo, me vê apertando os lábios dizendo


indiretamente para sairmos dali.
De perto dessa mulher que só veio para me atormentar.

O comentário anterior dela sobre mim ronda na minha cabeça mas eu me


mantenho concentrada em não demonstrar.

- Você não cansa? -ele pergunta para a mulher e eu desço o olhar para o seu
peito.

- Eu deveria? -ela andou um pouco parando ao meu lado com os braços


cruzados.

- Eu já disse que não quero mais nada, você é a única pessoa que está me
dando problema, Kim.

- Pessoas...você quer dizer -ela sorriu e olhou para mim querendo capturar
meu olhar.

A encarei por poucos segundos antes de olhar para Nate, duas de uma vez?
Como eu conseguiria competir com isso? Não, não, não vou deixar ela entrar
na minha cabeça.

- Como você nos troca por ela? -a mulher riu- Que ridículo.

Nate trava o maxilar e eu dou um passo para frente tocando no seu braço
percebendo que ele está quase a mandando para um péssimo lugar. Ele me
encara e eu nego discretamente para não fazer uma alarde.

- Se você chegar perto dela novamente, Kimberly...eu juro que vou tomar
medidas necessárias, seria péssimo para a sua carreira de modelo ter uma
ordem de restrição, não seria? -ele diz e a mulher quase fica azul.

- Você não faria isso...

- Não me teste -ele se aproxima dela só um pouquinho para sussurrar, mas eu


me mantive na sua frente com as mãos na sua camisa.

- Por que está fazendo isso? Ela não é nada para você, Meg e eu temos uma
história com você! -ela diz irritada.

- Que já acabou, se contenha. Eu sempre disse que era apenas prazer mútuo.

- Ela não significa nada para você, Nathaniel -ela comenta e eu olho para
ele, querendo que ele desminta.

- Não fale idiotices -ele resmunga e meu coração está dando pulinhos, Nate
agarra minha mão e eu a aperto pronta para ir embora.

- Babaca! Qual é o seu problema?! -A tal Kim diz com os olhos cheios
irritação.

- Não fode -Nate tenta sair mas ela coloca a mão no ombro dele impedindo.

- Vamos! Me fala! Quero uma boa justificativa! -ela briga com ele e eu já
estressada me ponho na sua frente a afastando um pouco para trás.

Bufei, já cansada disso.

- Você é a pessoa mais idiota que eu já conheci em toda a minha vida -falei
para a mesma que apertou o maxilar.

- Me dá a merda da justificativa! -ela me ignora e grita para ele várias vezes


o deixando mais irritado do que antes- Vamos! Agora! Nathaniel!

- O problema é que você não é ela, porra! -ele fala altamente irritado e eu
puxo a respiração no exato momento.

Oh.meu.Deus!
Ele piscou um par de vezes percebendo o que disse e depois olhou para mim
vendo minha expressão surpresa.
"Você não é ela", aí meu Deus, aí meu Deus.

Olhei para a Morena que tinha a boca aberta chocada, Nate fechou os olhos
por alguns segundos e depois suspirou.

- Fique longe, Kim. Não quero foder com a sua vida -ele diz.

Ainda encarei a tal Kim e juro que me senti horrível mas também
deliciosamente satisfeita quando dei um sorrisinho pequeno, uau, isso
foi...uau.

Saímos juntos dali e eu olhei em volta o seguindo percebendo as pessoas


alheias ao que tinha acabado de acontecer. Graças a Deus.

Meu olhar ainda parou quando reconheci o tal Balis, ele falava com...Kevin?
Oh, mas a conversa foi breve quando vejo Kevin indo embora passando pela
saída do hotel mexendo no celular freneticamente.

Poxa, ele parece ser uma pessoa gentil. Pelo menos foi a primeira impressão
que tive.

Entramos em um corredor de paredes brancas e andamos até o final dele


onde tinha uma porta enorme de madeira clara, ele a abriu entrando primeiro
e eu entrei logo depois vendo o enorme banheiro luxuoso.

Nate fechou a porta a trancando e eu dei passos mais para frente cruzando
meus dedos parando na frente de um sofá vermelho, por que tem um sofá
aqui dentro? Que estranho.

- Então...hum...duas? -me viro para ele que está encostado na porta, dei um
sorriso minúsculo vendo suas mãos pararem na sua cintura.

- Eu vi sua expressão quando ela agarrou seu braço, o que ela disse para
você? -ele perguntou direto.

- Que eu não sou suficiente, que era algo sem lógica você se envolver como
uma frígida como eu -digo sem problemas- E que eu sou apenas mais um
acordo seu.

"Você não é ela"


Nossa.

Ele me olha e pisca algumas vezes, Nate parecia confuso por alguns
segundos e depois balançou a cabeça negando.

- Certo, me desculpe por isso, pelo o que ela disse a você. Kim...ela ainda
tem alguns problemas de aceitação pelo visto.

- A outra também tem? -perguntei a ele que me encara com os lábios entre
abertos.

- Bom...hum...sobre isso...-ele passou a mão na testa- Foi uma coisa idiota


que fiz, eu não deveria me envolver com duas pessoas ao mesmo tempo, só
me trouxe dor de cabeça dobrada. E eu juro que ela só falou isso para ata...

Acho que posso contar nos dedos as vezes que já vi Nate nervoso, e essa é
uma delas.

- Nate -o interrompi, ele me encara- Estou muito, muito surpresa com essa
informação, não vou negar. Mas eu detesto ser vítima de manipulação para
alguém, e claramente era o que ela estava tentando fazer, tentando dar um
jeito para que eu fiquei longe quando descobrisse que se envolveu com duas
ao mesmo tempo, mas a verdade, é que eu não sou tão careta quanto você
pensa, e principalmente, não sou feita de porcelana.

Ele ficou me encarando absorvendo minhas palavras e eu coloquei as mãos


na cintura olhando os detalhes do banheiro, era um banheiro lindo.

- O que você fez antes com as mulheres, é da sua conta não minha. A mesma
coisa vale para mim caso fosse ao contrário-cruzei os braços- Só...me
prometa que não terão mais como essa, eu não preciso ficar ouvindo aquelas
coisas...

Ele nega com a cabeça e anda na minha direção a passos rápidos.


- Eu só não quero que acredite no que ela disse em relação a você, em
absolutamente nada.

- Não acredito -falei, preciso começar a ganhar confiança em mim de


qualquer maneira.

Ele suspira aliviado colocando as mãos no meu rosto.

- O que você disse...

- Não, você não é ela. Você não é como ninguém que eu já tenha conhecido
antes -sorri com suas mãos quentes envolvendo meu rosto pequeno.

Eu gosto quando ele está falante assim.

- Eu já disse como você fica linda quando está segura de si mesma? Puta
merda -sussurrou.

Ri baixo e ele sorriu também levantando meu rosto mais um pouco para que
eu continue encarando-o.

- Estou falando sério, você não é frígida em absolutamente nada, até quando
está usando seu sutiã de florzinhas você fica gostosa -ele diz e eu sorri
mordendo o lábio.

Ele realmente gostou do meu sutiã de florzinhas.

Nate desceu as mãos pelo meu pescoço lentamente olhando para o seu
movimento. Minha respiração já estava mudando vagarosamente...

- Quando vou tirando suas roupas... -ele explica seu ponto tocando nas alças
do vestido puxando um pouco para baixo roçando os dedos na minha pele e
depois me encara vendo eu passar a língua nos lábios- Só consigo pensar em
ver aquela expressão em seu rosto.

Sinto os dedos indo para trás tocando nas fitas do meu vestido, Nate olha
para o meu corpo como se estivesse lendo-o com facilidade, quando ele
aproxima a boca da minha, eu espero o beijo mas ele não vem.
Mantive meus olhos fechados.

- Aquela que faz eu querer foder você em todos os cantos -ele sussurra e eu
sinto o líquido molhar minha calcinha.

- Estamos no banheiro... -o lembrei.

- Que tem a porta trancada.

- Alguém pode vir.

- Então vamos ser rápidos -ele sussurra de volta.

Abro os olhos e olho para a sua boca tentando resistir mas antes que eu
perceba, me inclinei para frente o beijando primeiro, ele me segura com
força parecendo gostar da minha inciativa.

Não durou muito.

Rapidamente ele quebrou o beijo me fazendo virar para que eu ficasse de


costas, ofegante eu sinto seus dedos desfazendo os laços do meu vestido o
mais rápido que ele consegue.

Quando faz isso, ele puxa meu vestido para baixo que desce depois de
passar pela minha cintura com um pouquinho de dificuldade já que o vestido
era meio grande.

Sinto seus lábios na minha nuca e fecho os olhos sentindo meu corpo se
arrepiar, suas mãos tocam na cintura da minha calcinha e eu olho para baixo
quando ela sai pelos meus pés.

Dou passos para frente com sua mão me guiando pela nuca e coloco meus
joelhos no sofá fazendo o que ele pediu, apoio minhas mãos na parede
branca e ouço o barulho do botão da sua calça. Sinto o sofá afundar e olho
para trás vendo ele que também estava joelhos como eu.

Segundos depois coloca a mão no meu pescoço trazendo minhas costas para
o seu peito e a outra toca no meu seio direito massageando lentamente, arfei
sentindo sua respiração perto do meu rosto e mexi meu quadril ansiosa.
Sua mão que estava no meu seio desce mais um pouco até tocar o meio das
minhas pernas arrancando um gemido de mim.

Eu deveria estar preocupada, estávamos no banheiro onde qualquer pessoa


poderia vir e bater na porta querendo utilizá-lo. Mas eu não conseguia fazer
isso.

Tem algo sobre ele que me faz querer fazer coisas que eu não deveria.

Sua mão vai para a minha coxa direita e eu a afasto um pouco entendendo
quando ele a puxa para o lado, meu peito estava subindo e descendo quando
dou um gemido alto sentindo seu membro deslizando pelo meio das minhas
pernas indo até o meu clitóris e voltando.

Olhei para frente apoiando as mãos no sofá o que me fez inclinar um


pouquinho mais e suspirei sentindo seus lábios na minha bochecha, ele se
esfrega em mim sem me penetrar e o encaro quando ele vira meu rosto.

Nate colou a boca na minha sem tirar os olhos dos meus, e eu gemi contra ela
tão excitada que parecia que eu estava entrando em combustão, eu ainda não
sei como consigo aguentar Nathaniel Venturelli e sua maldita intensidade.

- Olhe -ele sussurra- Veja como seu corpo sempre responde tão bem ao meu.

Coloquei minha mão sobre seu braço que estava na minha barriga e desci o
olhar vendo perfeitamente quando seu membro mostrava a ponta e depois
voltava esfregando a glande no meu clitóris.

Mordi o lábio para não gemer alto demais e depois joguei a cabeça para o
lado quando ele beijou meu pescoço sussurrando coisas que me faziam
afogar em tanto prazer, sua voz era perfeita com a fricção que ele fazia lá
embaixo.

E não aguentei por tanto tempo quando ele meio que esfregou mais rápido me
levando até o meu ápice, tive meu orgasmo quase caindo para frente mas ele
me segura pelo pescoço novamente, coloquei minha mão na sua nuca quando
inclinei meu braço para trás e ele sorriu contra meu pescoço.
- Você é a única que eu quero, Susie Jones -ele sussurra e eu sorri apertando
seu cabelo de leve.

Quando terminei de gozar ele saiu de trás de mim e eu me apoiei no sofá até
me sentar sentindo a momentânea fraqueza nas pernas, olhei para ele que
mexia a mão para cima e baixo pela sua extensão e não demorou muito para
ele gozar apertando o maxilar dando um gemido contido.

Coloquei a mão na boca vendo ele fazer isso na parede, molhou um pouco
mas não dava para ver nada já que a cor era parecida. Quando ele termina
respira fundo guardando seu membro de volta na cueca e ajeitando a calça
abotoando-a de novo.

Passei a língua nos lábios secos.

Nate se vira para mim que estou com as pernas fechadas sentada de lado e os
braços cruzados escondendo meus seios.

- Você sujou o banheiro -apontei, essa não deveria ser a minha maior
preocupação agora.

- Ninguém vai perceber.

- Só quando vieram limpar...

- Já vamos estar no meu apartamento fazendo de novo o que acabamos de


fazer -ele anda até mim e se senta ao meu lado agarrando meu braço
puxando-me para o seu colo.

Me ajeitei em cima dele com um sorriso pequeno mantendo as pernas


fechadas e encostei minha cabeça no seu ombro vendo ele encarar meu rosto
por alguns segundos.

- Sabe o que você ainda não me disse? -pergunta e eu levanto um pouco as


sobrancelhas me lembrando.

É claro.

- Merda -falei meu palavrão e ele me olhou com tédio.


- Não, não, mocinha. Quero você fale...puta que caralho -ele diz me fazendo
rir alto quase jogando a cabeça para trás.

- Certo -concordo depois da minha crise- Vou falar.

- Fale, com sua linda voz doce -ele sorriu e eu revirei os olhos.

- Puta que caralho! -falei forçando a voz para sair mais grossa e Nate abriu a
boca chocado- Está aí, princesa -mantive a voz grossa quase tendo um
ataque pela sua expressão.

- Meu Deus do céu...tinha alguma coisa naqueles sanduíches que você estava
comendo?

É claro que ele estava me olhando de longe, e ele até viria a mim
provavelmente, mas a loira deve ter o prendido a tempo da morena me falar
tudo aquilo.

Sorri de lado e me inclinei um pouco o dando um selinho casto por alguns


segundos, depois me afastei o encarando.

Minha garganta coçava para perguntar uma coisa.

- Vou fazer uma pergunta -comunico e ele balança a cabeça assentindo.

- Como você dava conta de duas?

Ele ri tão alto que por um momento me sinto uma palhaça. Ele quase fica
vermelho como da outra vez mas logo se recompôs.

- Pare de rir de mim! -bati no seu peito e ele colocou a mão no meu maxilar
me beijando várias vezes.

- Você é inexplicável, Susie Jones.

- Foi só uma curiosidade! -cruzei os braços- Eu não entendo...essas coisas.

- Para que quer entender?


- Por que não?

- Pretende fazer ménage?

Abri a boca e depois fechei.

- Hum... não.

- Ótimo.

Fiquei olhando para ele com o polegar entre os dentes pensativa.

- O que?

- Você está me corrompendo -falo fazendo ele rir de novo, Nate se mexe e eu
fico sentada no seu colo sentindo seus lábios no meu braço.

- Quer que eu pare? -pergunta subindo as mãos pelo meu corpo até minhas
bochechas trazendo meu rosto para mais perto do seu.

- Eu deveria...

- Mas não vai -sussurra.

Ele belisca meu mamilo e eu bato na sua mão, Nate sorri de lado mas para
quando eu ameaço apertar o seu por cima da camisa preta.

Ri alto quando consegui apertar o pequeno mamilo e ouvi ele soltando um


palavrão meio irritado.

Era divertido.

×××

A pedidos de muitas, muitas mesmo, eu fiz ela apertando o mamilo dele.


De nada ❤ sempre bom fazer a vontade vocês KKKKKKK.

É galerinha, não foi dessa vez que meus bebês viram o Kevin...e vocês
sabem...que eu odeio coisa previsível! Tento o máximo fugir disso. Mas
se o Kevin não apareceu para eles nesse capítulo..., é porque a merda vai
ser grande depois. Aguardem.

O livro da Sam com Jayden, vai sair hein! Amém! Mais para frente vou
dar mais notícias .

Preparadas para o boquete, família?!


Meu Deus do céu, olha o que eu tô escrevendo 😳 KAKAKAKAK vai ser
no cap 50 😏.

Até, babys ❤.
49° capítulo

Nate

O vestido o qual eu não tirava os olhos, desenhava seu corpo tão bem que
desde o momento que o vi, eu soube que não iria aguentar muito tempo antes
de tira-lo.

Percebo ela virando o rosto para trás e ainda sorri ajeitando a franja na testa
enquanto andávamos para fora daquele corredor voltando para a porra dessa
festa.

Essas merdas nunca dão certo.

O lugar ainda estava cheio e o estilo da música já tinha mudado, olhei para o
lado e vi uma mulher com um vestido vermelho de luvas pretas em cima do
palco cantando uma música desconhecida por mim.

Virei o rosto enquanto ainda andava atrás dela que analisava as coisas, meus
olhos param em Kim e Meg que estavam olhando para mim com uma
sobrancelha erguida.

Ambas encostadas em um pilar conversando baixo mas sem deixar de me


encarar, provavelmente chocadas com o que falei anteriormente.

"Você não é ela"


Ah que se foda, é verdade.

Desviei o olhar suspirando, não faz nem 3 meses que parei de ver as duas, já
não me sentia mais confortável e achei melhor parar com aquilo. Eu disse
que ficaria pelo menos 4 meses sozinho, não fiquei nem metade quando a
oportunidade de ficar com Jones surgiu.

A agarrei como um maluco.

Parei de andar quando Susie parou virando de frente para mim com a
expressão sugestiva.
Levantei uma sobrancelha quando ela ficou me encarando em silêncio.

Semi cerrei os olhos.

- Algum problema no sistema? -pergunto colocando a ponta do meu dedo no


seu nariz e ela sorriu afastando minha mão.

- Você não pode roubar minhas frases.

- Claro que posso, veja -ajeitei minha postura- Nate, eu quero sorvete.

Ela abriu a boca chocada.

- Eu não falo desse jeito!

- Nate, o que é um plug? -a imito e suas bochechas ficam vermelhas


automaticamente.

- Tá ok -ela avança para cima de mim colocando a mão na minha boca e eu


ri internamente pondo as minhas na sua cintura enquanto ela olhava a nossa
volta.

Susie sorriu de lado e tirou a mão da minha boca colocando ambas na minha
nuca.

- O que você quer? -perguntei.

- Eu quero que dance comigo -pede.

Hum...

- Não, não faça essa expressão -ela briga comigo e eu fico meramente
confuso.

- Que expressão?

- A expressão que você faz quando nega algo, seus olhos se fecham um
pouquinho e seus lábios se apertam um no outro.
- Como caralhos você sabe disso?

- Eu apenas presto atenção -deu de ombros.

- Certo, você sabe que eu não sou um dançarino de primei...

- Eu te ensino de novo!

Ela agarrou minha mão e rápido me puxou para o meio do lugar onde outros
casais estavam dançando agarrados, desde quando Jones tem tanta força?

Fiquei na sua frente novamente e coloquei minha mão na sua cintura e a outra
eu cruzei nossos dedos, ela me encara animada e a música troca bem na hora
que damos o primeiro passo.

Seu peito cola no meu assim que ela solta um riso feliz.

- Eu amo essa música -ela diz e eu reconheço a voz da Adele, é uma ótima
cantora.

Nos mexemos devagar conforme o ritmo da música e eu vi seus lábios se


mexendo indicando que ela cantava a música baixinho, me afastei de Susie
apenas para fazer ela girar antes de puxa-la de volta para o meu peito.

*Você tem estado na minha mente, me apaixono mais a cada dia. Me perco no
tempo, só pensando no seu rosto* -escuto a letra da música enquanto ela
olhava para meu peito como se estivesse pensativa.

*Só Deus sabe porque demorei tanto para deixar de lado minhas dúvidas,
você é o único que eu quero* -coloquei minhas mãos na sua cintura a
inclinando para baixo imitando o passo de dança, ela ri me dizendo que eu
estava ficando realmente bom nisso.

*Não sei porque estou assustada, já estive aqui antes, cada sentimento, cada
palavra
Já imaginei tudo* -a trago de volta para cima e ela fica séria de repente
colocando as mãos nos meus ombros nos aproximando mais.
Deixei minhas mãos na sua cintura e suspirei antes de colar sua testa na
minha, Jones deixa de encarar meu peito e me olha nos olhos.

*Você nunca vai saber se nunca tentar esquecer o seu passado e


simplesmente ser meu* -pisquei um par de vezes olhando-a sem desviar- *Eu
te desafio a me deixar ser sua, primeira e única. Prometo ser digna de estar
nos seus braços*

Ela fechou os olhos e sorriu com o lábio entre os dentes enquanto nossos pés
se mexiam lentamente de um lado para o outro. Seu indicador pousa no meu
maxilar distraidamente e eu apertei sua cintura mais forte.

Por que caralhos toda vez que dançamos, uma música bem estranha aparece?
É o universo pregando uma peça?

Suas mãos apertam meus ombros e eu a apertei mais forte contra meu corpo,
quando nos afastamos eu percebi que já não estávamos mais dançado.

- Eu quero pedir uma coisa -ela diz.

- Peça.

- Prometa não rir.

- Prometo.

Ela passou o indicar no lábio inferior e depois juntou as mãos perto do


rosto, sorri de lado.

- Você pode me girar?

Franzo o cenho.

- Desculpa, o que? -aproximei mais meu rosto tentando entender.

- Me girar -sussurra- Quando você pega a minha mão e me afasta de você


mas depois me puxa, e quando isso acontece, seu braço agarra minha cintura
e você me levanta do chão rodando junto a mim, aí o meu vestido vai fazer o
resto da mágica.
Fiquei olhando para ela com uma sobrancelha levantada.

- Onde você viu isso?

Jones juntou indicador com indicador olhando para o meu peito novamente.

- Nos filmes das princesas -explica antes de levantar o olhar.

Me segurei para não rir.

- Nate!

- Ok, ok, desculpe. Quer que eu realize seu sonho de princesa?

- Quero -ela balança a cabeça.

- Certo.

Agarrei sua mão a empurrando para trás rapidamente e ela foi com um
sorriso, a trouxe para perto de novo e agarrei sua cintura a levantando do
chão fazendo seu vestido rodar com o nosso movimento.

Olhei para ela que riu alto com a cabeça para trás, acabei rindo também. Eu
sei que tem algumas pessoas olhando e provavelmente nos achando meio
loucos, o passo era chamativo.

A ajeitei trazendo-a de volta para o chão e seu vestido ainda se mexeu um


pouco quando a deixei na minha frente, ela ainda estava rindo parecendo
contente pelo sonho realizado.

- Como foi a sensação? -pergunto antes dela colocar as mãos no meu rosto.

- Obrigada, foi divertido. Só vou lembrar disso.

- Só disso? -perguntei chocado, porra! De tudo o que fizemos naquele


banheiro, isso foi o ponto auge?!

- Bom, sim. Mas vou lembrar de outras coisas também -fala, vendo o meu
silêncio.
- Acho que deu problema no sistema -ela toca na ponta do meu nariz e eu
levantei uma sobrancelha.

- Você sempre se agrada com as coisas mais simples, ainda me pergunto o


que você faz na terra ao invés de estar no céu.

- Quer que eu morra? -pergunta chocada.

Ri internamente.

- Não, estou falando no quesito de anjos. Não de morte, Susie.

- Oh -ela sorriu de lado- Você acha que eu sou um anjo?

- Acho.

- Hum, Deus sabe que você está fazendo coisas maliciosas com o anjinho
dele?

Acabei rindo pela 1981727219 vez, mas que caralho!

- Não, e o anjinho não pode contar senão interrompe o plano -coloquei meu
dedo sobre sua boca fazendo "shiu".

- Por que não? Tem medo que o anjinho siga você e se aproxime mais do que
deveria? -ela levanta uma sobrancelha.

Coloquei minha mão no seu rosto agarrando sua bochecha fazendo um bico
pequeno aparecer na sua boca.

Me aproximei o suficiente para sussurrar:

- Anjos como você, não podem voar até o inferno comigo -falei, percebendo
sua pupila dilatar. Sorri de lado.

- Cristo... -escuto ela sussurrar e eu estava pronto para beija-la mas uma mão
no meu ombro me impede.
Olhei para trás a soltando um pouco e vejo dois homens que eu estava
conversando anteriormente.

- Ei, Nathaniel. Estávamos procurando por você -o cara bebê um pouco de


Whisky antes de falar.

- Oh, esse é o seu par está noite? -o outro olha para Susie e eu franzo o
cenho quando ele se aproxima dela pegando na sua mão.

- Armie Hayes -se apresenta e Susie dá um sorriso em cumprimento, ele


abaixa sua cabeça um pouco dando um beijo demorado na mão dela coberta
pela luva branca, graças a Deus não tinha tirado antes.

- Você é linda demais, qual o seu nome? -Armie pergunta e eu limpo a


garganta me sentindo um pateta quando agarro a mão de Susie tirando-a de
perto dele.

Que merda estou fazendo?

Olhei para Armie com um olhar tão sério que o cara pisca algumas vezes
dando dois passos para trás, sei que Susie está intercalando entre nós dois
mas não por muito tempo porque os dois vão embora logo depois, em
silêncio.

Encarei Jones que tinha uma sobrancelha levantada.

- Você os expulsou mentalmente? -pergunta chocada.

- Claro que não.

- Ah sim, foi só o olhar mesmo. Pensei que eles iam explodir aqui na minha
frente -Ela diz apontando e eu suspirei agarrando sua cintura, ela arfa quando
a colo no meu peito.

- Vamos embora?

Susie coloca as mãos no meu peito.


- Vamos, quero muito tirar esses saltos. Ser princesa é difícil -ri baixo
balançando a cabeça.

(...)

Tirei os saltos deixando no chão do meu quarto e depois olhei para o seu
corpo na minha cama que só tinha a calcinha cobrindo-a.

Fiquei de joelhos na cama e toquei na calcinha a puxando para baixo, ela


limpa a garganta ficando ofegante pelo o que quero fazer.

Me inclinei já sem as roupas, a não ser pela cueca boxer.

Beijei acima do seu umbigo antes de morder de leve a fazendo rir baixo,
beijei em cima das pintinhas descendo as mãos pela lateral do seu corpo.

- Aí! Nathaniel! -ela reclama quando mordo a parte interna da sua coxa e
sinto o tapa na minha cabeça que fez um barulho alto, levantei o olhar vendo
ela com um bico irritado.

- Você me bateu?!

- Você me mordeu?! -rebate.

Eu estava prestes a morder novamente mas um barulho interrompeu minha


fala, encarei Susie que suspirou baixinho.

Peguei o celular ao meu lado e reconheci o número da Itália, provavelmente


era trabalho.

- Se você não atender, vão desligar -ela fala e eu a olho ficando de joelhos
na cama novamente.

- Me desculpe, eu preciso atender isso.

- Tudo bem -ela sorriu para mim compreensiva.

Geralmente recebo essas ligações pela madrugada, sempre falei a Mirelle


que estava disponível para a empresa durante 24 horas.
Meu trabalho ainda era a minha prioridade.

(...)

Susie

Vários e vários minutos depois...

Eu tinha perdido a esperança.

E foi exatamente por isso que adormeci cerca de 30 minutos depois que ele
me deixou no quarto e foi atender a ligação.

Provavelmente o telefonema duraria mais de uma hora e esses lençóis me


imploraram para que eu me confortasse na cama para aproveitar meu
delicioso sono.

Então apaguei cobrindo-me até os seios e repousando a mão direita na


lateral do rosto, não sei por quanto eu tempo eu havia dormido mas acabei
acordando sentindo o calor de outro corpo envolver o meu.

Senti o beijo no meu ombro e abri os olhos lentamente olhando para a


vidraça do quarto de Nate percebendo à noite ainda presente.

Me mexi na cama ainda sonolenta com o frio da noite me atingindo com mais
força e percebi o suspiro vindo atrás de mim, virei o rosto vendo Nate
deitado na cama olhando para cima com as mãos no peito.

Jesus.

- Você está bem? -pergunto apertando o lençol tentando me aquecer mais um


pouco. Ele me encara.

- Sim, desculpe por isso.

- Tudo bem, você só ia me deixar mais cansada do que já estava -digo,


vendo um sorriso pequeno surgir em seus lábios.
- Irá amanhecer em breve, recomendo que descanse mais um pouco -ele
suspira- Preciso pensar em alguns projetos.

- Ok -me virei na cama ficando de frente e não de lado para ele, abracei o
travesseiro olhando fixamente nos olhos pretos que me encaravam de volta.

De repente, foi como se o tempo tivesse sido congelado. Como se eu


estivesse vendo algo tão espetacular que passaria em câmera lenta na minha
cabeça, Nate era o homem mais intenso que eu conhecia, e mesmo tendo
visto ele com frequência, ainda parece novidade para mim quando ele me
beija, me toca, me encara desse jeito...

- O que foi? -pergunta.

Fui puxada de volta a realidade.

- Nada, você é bonito -falei rápido, logo depois me condenei baixinho.

Ele sorriu discretamente.

- Você é também, até demais -Nate voltou a olhar para o teto balançando os
dedos no peito.

- Parece cansado, vou deixar você dormir -digo, e ele concorda sutilmente.

Me virei novamente ficando de costas para ele e passei a língua nos lábios
pesando o quanto estou ficando maluca por querer que ele durma abraçado
comigo? Namorados fazem isso, certo? Nate e eu estamos longe desse
rótulo.

"Ele não é de ficar em carícias"


A mulher tinha razão, mas...

- Eu posso ouvir o martelar dos seus pensamentos, Jones. Durma.

Suspirei baixinho me mexendo na cama.

- Eu não consigo.
- E por que não? Está desconfortável?

Virei o rosto novamente.

- Você...hum...poderia me abraçar um pouco... -ele levantou uma sobrancelha


e eu apertei os lábios- Hum... esqueça, deixe, finja que não falei isso.

Voltei a olhar para frente encarando a vidraça antes de fechar os olhos


balançando a cabeça sutilmente, caramba, eu preciso de freios.

Mas a verdade era que Nate era safado, demais! E eu era extremamente mais
romântica, nos levando a crer que continuamos super diferentes um do outro.

Mas aqui estamos nós, desafiando o impossível.

Eu estava experimentando ser mais como ele, me abrindo a mais


experiências, experimentando tudo que ele sabe. Gostaria que ele
experimentasse mais o meu lado, como eu era.

Pensei que ele não fosse capaz de fazer isso, mas não precisei nem de 2
minutos para perceber que estava errada.

Nate se aproximou o suficiente colocando o braço sobre a minha cintura


fazendo exatamente o que eu queria, ele me abraça aquecendo-me e pondo
um sorriso vitorioso no meu rosto.

- Pare de sorrir -ele sussurra e eu paro apertando os lábios, Sinto o beijo no


meu pescoço antes dele aspirar meu cheiro e logo depois beijar meu rosto.

Me aninho mais no seu corpo.

- Durma, não vou dar descanso para você depois -ele diz me fazendo piscar
um par de vezes.

- Vou pagar meu lado do acordo?

- Vai -ele me aperta demonstrando ansiedade e depois sorri contra meu


ombro- Mas você vai treinar primeiro.
Franzo o cenho tentando entender, mas sabia que não iria entender nada
naquele momento. Eu só estava me concentrando no fato dele estar de
conchinha comigo me deixando mais aquecida e satisfeita.

E mesmo sabendo que daqui a alguns minutos a conchinha provavelmente vai


acabar ficando desconfortável.

Eu tinha gostado da experiência de qualquer maneira.

Sorri antes de fechar os olhos.

×××

Iti, iti 😍.

Parece que o ogro não é tão ogro assim, não se assustem futuramente
caso esse ogro seja... romântico? Opa! Tô brincando 😏. Hum.

A música que é falada no capítulo, está na mídia. Perfeita para eles ❤

KAKAKAKAKA perfeita.
Até, babys ❤.
50° capítulo

Nate

Peguei os três picolés de dentro do congelador e depois caminhei pela


cozinha até sair dela. Olhei para Nova York vendo o sol já se pondo
iniciando outra noite, Susie passou o dia inteiro aqui e até ela que estou indo
agora.

Entrei na sala de estar vendo-a sentada no sofá dando uma gargalhada do que
se passava na televisão, parecia ser um seriado antigo já que estava tudo em
preto e branco.

Me joguei ao seu lado no sofá e ela parou de rir aos poucos me encarando,
quando seus olhinhos pousaram nas minhas mãos quase pulam para fora,
Susie agarra os picolés tão rápido que eu nem consigo impedir quando ela
rola para o lado os segurando.

Me senti em um filme de ação por alguns segundos.

- Susie! -a chamo agarrando sua coxa a puxando para perto de novo ouvindo
ela reclamar quando deita as costas no sofá

- Picolés! -fala animada.

Puxei seu braço a fazendo sentar novamente e ela veio com um sorrisão
olhando para os três saquinhos que cobriam o sorvete.

- Eu comprei isso para treinarmos -digo e ela levanta uma sobrancelha me


encarando.

- Você quer que eu...

- Sim -interrompi.

- São um dos meus preferidos -ela sussurra analisando o picolé.

- Você pode comer depois se quis...


Ela abriu o saquinho sem se importar com o que eu estava dizendo, o sorriso
volta assim que ela puxa para baixo liberando o que queria. Tinha escolhido
o sabor baunilha com pedaços de chocolate.

- Você é maluco -fala.

- Não, sou precavido.

- O que acha que eu vou fazer?

- Bom, você pode... MORDER! NÃO -Ela se assustou em cima do sofá


quase caindo para o lado depois que tirou um pedaço enorme do picolé me
olhando com os olhos de uma criança arrependida.

- Meu Deus -tirei o picolé da sua mão sabendo que ela mordeu meu pau,
Susie passou os dedos na boca.

- Fiz algo de errado?

- Sim, você me deixou estéril! -digo e ela faz uma cara de tédio.

- O que você quer que eu faça?! -ela pegou o picolé de volta voltando a
morder despreocupada.

- Primeiro, jamais morda, nunca -apontei para ela que me mostrou o polegar
concentrada em acabar o doce.

Peguei o outro picolé do seu colo sabendo que o primeiro do teste não deu
muito certo.

Abri o saquinho tirando de dentro e entreguei quando terminou o primeiro,


Susie aproximou do nariz cheirando e depois sorriu contente, eu deveria ter
comprado um pirulito.

Ela ia morder o pirulito também -diz meu subconsciente.

- Experimente, mas sem morder!


- Certo -Susie olha para o doce e coloca na boca apenas a ponta chupando
um pouco, ela olha para mim quase rindo da minha cara pelo o que estamos
fazendo.

- Pronto, e agora?

- Tente colocar tudo na boca -falo e ela arregala os olhos de leve.

- Tudo?

- Sim.

- Por quê?

- Porque...hum...

- O sistema está falhando de novo, você precisa ir no médico... -ela cutuca


meu nariz e eu agarro sua mão ouvindo sua risada.

Peguei o último picolé do seu colo a repreendendo com o olhar.

- Você realmente comeu todos, eu devia ter trago um por um -digo e ela ri
mordendo o segundo picolé sem querer. Droga.

- Desculpe, deixei você estéril de novo -ela diz passando língua nos lábios-
Mas eu não consigo resistir a isso.

Sorri de lado.

Depois que ela termina se ajeita no sofá balançando o pés para frente e para
trás já que ambos não conseguiam tocar no chão, Susie pegou o último picolé
me dando o palito do anterior para eu segurar.

- Eu só tenho que...

Balancei a cabeça concordando.

Ela pisca ainda me encarando e eu juro que essa merda saiu em câmera
lenta, assim como o movimento quando ela põe da boca de vez sem morder
como instruí. Aperto o maxilar quando ela vai até o meio e volta mexendo os
lábios degustando.

Susie coloca o dedos das duas mãos no pequeno palito e faz de novo indo
um pouco mais para baixo, balancei a cabeça passando a língua nos lábios.

- Droga -ela reclama- Está derretendo.

Como é que essa merda está derretendo?! Impossível, é uma artimanha para
me foder com certeza.

Quase desmaio quando ela passa a língua na lateral do picolé até em cima e
depois faz o mesmo do outro lado totalmente sem intenção para me provocar.

Declarei que Jones não precisa de artimanhas para me seduzir, ela faz isso
naturalmente.

Susie mordeu o picolé antes dele derreter completamente, ela chupou os


dedos que estavam com o sorvete e depois me encara vendo a minha cara
chocada.

Eu queria muito ver ela fazer exatamente isso, mas não com a porra de um
picolé.

- Não foi minha culpa dessa vez...

Agarrei sua nuca a trazendo para perto de mim lentamente, ela ainda me
olhou nos olhos antes de fechar os seus recebendo minha boca na sua. O
beijo começou lento mas tudo vai mudando quando tenho Jones por apenas
15 segundos entre minhas mãos, a maldita necessidade que nunca me
abandona aparece, e ela geme baixinho quando a coloco no meu colo de uma
maneira ridiculamente fácil.

Toquei no início da minha camisa preta que ela vestia e puxei sem cerimônia
fazendo os botões se abrirem, os seios foram liberados para mim e eu rápido
coloquei minhas mãos sobre eles apertando e beliscando os bicos já rígidos.

- Eu nunca vou entender você -ela sussurra contra minha boca.


- Não precisa, só tem que saber que eu jamais vou resistir a você.

Agarrei seu cabelo o puxando levemente para trás e abaixei o rosto beijando
seu peito propositalmente em cima das pintinhas, desci até o meio do seios e
arrastei meu nariz para o lado sentindo o cheiro fresco do meu sabonete.

Ouvi ela ofegar quando coloco um na boca e minhas sobem pelas suas costas
sentindo sua pele e a camisa que ainda estava no seu corpo.

Parei o que estava fazendo e a encarei quando ela colou a testa na minha
ofegante.

- Preparada?

Minha resposta foi o balançar de cabeça convicto.

A fiz ficar de pé na minha frente e olhei para os seios visíveis pela camisa
aberta antes de encarar seus olhos, Susie passou o dedo indicador no lábio e
eu agarrei sua mão rapidamente.

- Abaixe-se -digo, antes de ver a calcinha preta na sua cintura.

Jones desceu na minha frente lentamente ficando de joelhos com as mãos na


coxa sem tirar o olhar do meu, me inclinei um pouco para frente pondo
minhas mãos no seu rosto vendo o olhar meigo de sempre.

A dei um beijo casto vendo seus ombros relaxando um pouco, sorri de lado
pegando suas mãos pondo em cima do meu joelho.

Voltei a segurar seu rosto para que olhe em meus olhos, calculando
mentalmente o que tenho que fazer. Olhei para a sua boca e deslizei meu
polegar pela sua bochecha.

- Suba as mãos -sussurrei, não deixando que desviasse o olhar, eu precisava


mantê-la confiante.

Susie apertou os lábios brevemente antes de subir as mãos devagar pela


minha coxa, meu pau já estava duro dentro da cueca boxer preta que era a
única peça que eu vestia.
Seus dedos chegaram nela sutilmente e ela tentou olhar para baixo mas
levantei seu rosto, o olhar foi entendido porque seus dedos subiram o tanto
que era necessário.

Apertei o maxilar sentido o toque suave por cima do meu membro, ela ficou
olhando para mim vendo a minha expressão que mudou um pouco quando ela
desliza os dedos de um lado para o outro.

Tirei minha mão esquerda do seu rosto mas deixando a direita, e limpei a
garganta quase me engasgando quando ela apertou por vontade própria,
levantei uma sobrancelha em seguida vendo ela fazer uma careta.

- Desculpe, apertei por impulso -ela fala baixinho.

- Ótimo, deixe sua curiosidade vir -falei vendo ela balançar a cabeça com
um sorriso de lado.

Beijei o canto da sua boca e afastei suas mãos um pouco tocando na barra da
cueca boxer, a puxei para baixo lentamente vendo seus olhos vidrados no
movimento. Apesar de ter um lado 98% tímido, eu sei que ela têm 2% de
ansiedade para me por na boca.

E eu pretendo aumentar essa porcentagem ao decorrer do tempo

Susie olhou para ele e limpou a garganta como fiz segundos atrás, a cueca
saiu pelos meus pés e a puxei para mais perto de mim do sofá.

Coloquei seu cabelo para trás vendo os olhos subindo pelo meu peito até
parar nos meus, suas mãos pousaram nas minhas coxas novamente quando eu
desci as minhas pelas lateral do seu rosto.

- Toque, Susie -falei, seu peito subiu e desceu em uma respiração profunda.
Ela levou a mão direita lentamente para cima me deixando até ansioso, vejo
ela piscar um par de vezes abrindo os lábios quando ela fecha a mão no meu
membro ereto de uma vez.

Ela olha para baixo quase ofegante e depois me encara mordendo o próprio
lábio me pedindo para fazer alguma coisa indiretamente.
Sorri de lado e coloquei minha mão sobre a sua fazendo ela subir e descer
me masturbando, soltei um suspiro baixo e depois tirei minha mão quando
ela entendeu o que tinha que fazer.

Ela se ajeitou um pouco enquanto eu deslizava minha mão pelo seu cabelo
solto, Susie acabou fazendo mais rápido olhando para mim de vez em
quando. Curiosa.

Ela aprenderia fazer isso direito nas próximas vezes, por enquanto, eu estava
deixando que descobrisse mais um pouco.

Depois de alguns segundos eu vi sua outra mão subindo pela minha coxa, ela
parecia muito mais curiosa agora. Jones olhou para a glande e eu me ajeitei
inclinando meu rosto até o seu, a beijei ternamente e depois a fiz abaixar um
pouco quando sua mão parou de me masturbar.

Dei um gemido contido levantando o queixo quando sinto ela colocar na


boca lentamente, puta merda!

Minha mão continua atrás da sua cabeça acariciando seu cabelo, ela vai até a
metade e depois sobe para cima tirando da boca.

Ela olha para mim passando os dedos nos lábios como se limpasse, isso saiu
sexy pra cacete que eu quase levanto as mãos para cima agradecendo quando
ela volta a fazer o que estava fazendo antes.

Seus joelhos se firmam no chão com mais propriedade e eu olho para cima
suspirando novamente quando ela passa mais da metade subindo para cima
de novo, sua língua passa sem querer na glande me fazendo gemer apertando
seu cabelo.

- Faça isso de novo -falei.

Olho para ela que passa a língua na ponta novamente e depois me olha
mantendo a porra do contanto visual, puta que pariu, eu ia morrer.

Quando ela colocou a boca pela terceira vez, eu decidi mostrar como eu
gostava. Com a mão na sua cabeça eu a fiz ir e voltar com mais rapidez sem
tirar da boca dessa vez. Olhei para ela que parecia mais confortável desse
jeito já que eu estava mostrando melhor como fazer.

Suas unhas apertam minha coxa involuntariamente me fazendo gemer


novamente, a boca quente ia e voltava com facilidade e o olhar curioso ainda
se mantinha presente.

- Você está indo bem -digo quando a faço colocar mais um pouco na boca, o
senti perto da sua garganta mas sabia que se levasse mais adiante iria
engasga-la.

Então a mantive no limite já que era a sua primeira vez, não posso garantir
nada da próxima.

Coloquei sua mão pequena no restante que sua boca não a alcançava e ela
entendeu masturbando o resto enquanto eu ainda tinha o controle fazendo ela
me chupar até um pouco mais da metade.

Porra, essa vai ser a merda da cena que eu lembrarei até o meu última dia de
vida.

Senti seus dentes raspando de leve e apertei o maxilar franzindo o cenho


quando ela tirou minha mão no seu cabelo, Jones chupou a ponta já que tinha
pegado o controle de volta.

Sorri satisfeito.
Boa garota.

Me encostei no sofá ouvindo ela soltar um gemido parecendo se sentir


totalmente confortável no cenário, agradeci mentalmente. Acho que acendeu
uma lâmpada na sua cabeça e ela lembrou do treinamento.

Jones chupou mais rápido não esquecendo da glande em momento nenhum,


ela olhou para mim por poucos segundos vendo o estado patético que eu me
encontrava.

Nunca fiquei tão ofegante como estou agora e muito menos soltando
esses...gemidos baixos que só mostram a ela o quanto isso está sendo bom
pra caralho mesmo com sua inexperiência.

Fechei os olhos e apoiei a cabeça no sofá sabendo que iria gozar em breve,
senti a língua passar pela lateral do meu pau e soltei um resmungo quase
desesperado.

Abri os olhos olhando para ela antes de decidir que iria foder sua boca o
máximo que conseguisse, agarrei seu cabelo e suas mãos foram para os meus
quadris quando a fiz me chupar mais rápido.

Falei um palavrão e ouvi ela dar outro gemido pelo aperto no seu cabelo,
antes de gozar eu respirei fundo tentando me controlar porque estava
parecendo um adolescente precoce.

A fiz tirar meu pau da boca e agarrei seu pescoço puxando seu corpo um
pouco para baixo para que fique de joelhos mas com pés embaixo da bunda,
ela olha para mim ofegante e eu afasto minha camisa preta do seu corpo.

Me masturbei por poucos segundos até dar um gemido contido quando gozei
nos seios olhando fixamente para eles, Susie parecia surpresa por poucos
segundos mas depois passou a língua nos lábios, como se soubesse que eu
queria fazer essa merda desde que fiquei trancado naquele quartinho de
hospital com ela.

Marquei os seios vendo o peito subir e descer constantemente, suspirei


satisfeito e olhei para ela quando sua mão pousa no meu pulso que ainda
segurava seu pescoço.

Aproximo seu rosto do meu e ela morde o lábio olhando-me de um jeito


doce, sorri de lado vendo ela sorrir em seguida fazendo seus olhos se
fecharem um pouco.

Essa mulher ainda vai me matar.

- No que está pensando? -perguntou.

- Em quando você vai fazer isso de novo -falei tirando minha mão do seu
pescoço para agarrar seu braço.
Cacete, isso foi ótimo.

- Está tudo bem? -perguntei, só para ter certeza. Seu sorriso se alargou mais
um pouco.

- Eu gostei, Nate -ele suspirou- Bastante.

É, ela vai me matar.

A fiz levantar me levantando logo depois, não demoro muito para agarrar
suas pernas e a tirar do chão pondo as duas no meu quadril ouvindo sua
risada.

- Vamos tomar banho, do meu jeito -falei e ela me encara pondo as mãos na
minha nuca.

- E o meu descanso?

- Eu disse que você não teria nenhum -falei dando um sorriso malicioso que
apenas a fez balançar a cabeça.

- Safado -escuto ela sussurrar e logo depois o grito quando bato na sua
bunda- Isso dói!!

- Droga, não fazia ideia...

×××

😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏
😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏😏

E esse meu povo, foi o último hot antes da primeira vez deles, iti. Então,
ao povo que está aqui ainda sksksksk tome a sua coroa de espera. (tem
gente que só liga pro sexo e fica me enchendo o saco perguntando da
primeira vez dele, calma) Eu precisava criar mais intimidade entre os
dois, criar mais confiança e sentimento. Estamos prontos .

Um rápido agradecimento!
O livro 2 (Meu acaso sedutor) bateu 5 milhões de leitura ontem! E o
livro "Acordo com um babaca" bateu 9 milhões hoje!! (24/02/21)
GENTE! 9 MILHÕES! Pelo o amor de Deus, é muita coisa online
ksksksks muitíssimo obrigada! 😍.

Comemoração com esse capítulo fora do dia de postagem.

Até sábado, babys ❤.


51° capítulo

Susie

1 semana depois...

Era bem difícil fazer isso.


Tirar a imagem da minha cabeça era como se fosse um pedido para eu parar
de tomar sorvete, era impossível fazê-lo.

A ação dos dedos deslizando pelo meu rosto chega até a minha mente e eu
me lembro do que fiz a uma semana. Eu lembro do toque, do aperto...da
expressão quando eu consegui fazer ele se aliviar. Eu ainda fico estática
pensando nisso as vezes.

Eu penso o quanto Nate consegue me fazer sentir confortável com coisas que
fizemos, até as coisas mais...malucas como me dar um picolé para treinar,
sorri de lado.

As vezes eu me pergunto se estou pronta para sentir o que me falta, e


Deus...eu estava.

Nunca me senti assim com ninguém antes, com vontade de avançar mais do
que um dia já ava...

- Ou, ou -meus pensamentos foram interrompidos por um estalar de dedo,


olhei para Emily que tinha a expressão confusa- Tira a roupinha, baby Boo.

Franzo o cenho e depois abro a boca entendendo.


Puxei meu suéter vermelho para cima liberando meu tronco que agora, só
estava coberto pelo sutiã rosa.

Espero mesmo que isso tenha sido uma boa ideia e eu não desmaie quando
for bater as fotos.

- Você está bem? Pareceu sair terra por alguns segundos -Lisa me pergunta
sentada na cama com uma maçã na mãos. Rubi estava ao seu lado.
- Estou bem -acenei- Só pensando.

- Naquele assunto? -Rubi pergunta olhando para a unha do pé onde passava


um esmalte claro.

- Eu já disse o que você tem que fazer -Emily relembra.

Fiz uma careta.

- Não, Emily. Eu não vou enviar um balão de coração pedindo para ele tirar
minha virgindade -falei, vendo ela dar de ombros.

- Iria funcionar -ela diz e aponta para as meninas que balançam a cabeça.

- Talvez, acho que vou fazer isso com o Adam -Rubi diz e nós a olhamos
confusa- Tem dias que estou tentando o convencer para fazer uma coisa
comigo, mas ele não quer! Frouxo.

Ele colocou a mão no queixo ficando pensativa de repente e depois suspirou.

- O que é? -Emy pergunta.

Rubi nos encara.

- Quero que ele deixe eu comer o cú dele, mas ele não quer! Vocês acreditam
nisso?! -ela faz uma expressão indignada.

- Hum...aham! -respondemos ao mesmo tempo e ela revira os olhos


sussurrando "Só por cinco minutinhos".

- Ok... -Lisa para de encara Rubi com uma expressão quase de medo e olha
para mim- Você vai ter que dizer para ele, Susie. Acho que já devem ter
intimidade suficiente para isso, certo?

- Sim...-pensei em algumas coisas, misericórdia.

Balancei a cabeça vendo Emy dar a volta pelo meu corpo parando atrás de
mim, ela volta a tirar minhas medidas e adaptar tudo para eu fazer as fotos
nas próximas semanas.
É, eu realmente estava posando de modelo.

Isso quer dizer que...eu tenho três empregos!! Oh meu Deus, estou orgulhosa
de mim.

Como trabalhei na boate basicamente a semana inteira, eu peguei o final de


semana de folga. Tenho hoje e domingo livre.

- Farei isso hoje, irei falar a ele -digo convicta e elas concordam me dando
o apoio necessário. Ou seja, gritaria e braços para cima.

- Além do mais, estou vendo nos seus olhos o quanto você está ansiosa para
ele fazer isso -Rubi fala e rouba a maçã de Lisa dando uma grande mordida.

Eu estava ansiosa? Hum, sim, eu estava. Eu não sabia explicar como eu tinha
100% de certeza nisso, mas era algo tão natural e certo que eu me perdia em
pensamentos imaginando como seria.

Eu soube pelas experiências que tivemos como ele reagiria comigo, tudo o
que fizemos até então não foi em vão, e tudo isso me permitiu ter a confiança
necessária.

Eu havia dito a ele que não esperava um príncipe, apenas alguém que
cuidasse de mim na hora.

Por que pelos relatos que tive de algumas pessoas perder a virgindade era
uma droga, principalmente se você fizer com um homem que não tem
vínculo, carinho, amizade e nem compreensão por você. Eu precisava que
Nate me desse todas essas coisas primeiro, e ele me deu, do jeito dele, mas
me deu.

- Pronto, gostosa. Pode se vestir -Emy diz me tirando dos meus devaneios
novamente.

Peguei minha saia jeans do chão junto ao suéter vermelho e vesti as peças
ouvindo um barulhinho de patinhas, olhei para o lado vendo Mops caminhar
para perto de nós e subir em cima de uma caminha verde com azul onde tinha
várias patinhas.
Ele parecia triste.

- O que ele tem? -pergunto a Rubi e depois aponto para o cachorro.

- Adam saiu, aí ele fica com essa cara de tristeza como se tivesse sido
abandonado na estrada -ela fala e Mops levanta as orelhinhas.

Ele late e Rubi o encara.

- Ele não está aqui, só falei o nome dele -ela diz e ele meneia a cabeça.

- Adam -falei e Mops me encara se levantando da caminha antes de latir de


novo.

Ri baixo.

- Adam -Emy grita e Mops late mais alto girando o corpinho branco
parecendo contente agora.

- Adam! -Lisa grita.

- Aqui! -olhamos para a porta vendo o loiro aparecer, misericórdia- Quando


uma mulher grita meu nome, eu apareço na hora.

Adam pisca para nós e depois passa pela porta com uma mochila preta nas
costas.

A mochila era enorme.


Será que Peter está lá dentro?
Ri baixo

Ele olhou para nós antes de ajeitar a gravata preta no terno azul claro. Adam
estava trabalhando hoje, olhei no relógio da parede vendo que já estava de
noite.

Mops latiu mais correndo até ele em um velocidade tão grande que até me
assustei, o barulho das patinhas só cessou quando o cachorro chegou até
pulando na sua perna. Adam riu se abaixando para passar a mão no pelo
branco.
Olhei para Rubi que estava de braços cruzados e os olhos semi cerrados.

Bell se levantou e caminhou até a esposa a dando um selinho rápido.

- Princesa.

- O que tem nessa mochila?

Ele entre abre os lábios.

- Hum...o jantar -ele diz vendo ela levantar uma sobrancelha.

- Você trouxe comida em uma mochila? Você tem mais de uma família,
criatura? -ela cruza os braços.

- Princesa, eu tenho três filhos...preciso de quatro dessas para alimentar


vocês -ele aponta para a mochila.

- O que que tem aí? -Rubi pergunta.

- Nada -ele diz rápido.

- Adam...

Ele dá passos para trás quando ela se levanta do sofá dando a volta nele.

- Promete que não vai ficar brava -aponta para ela e eu sorri me sentando na
poltrona.

- Sim, se você me der aquilo...

- Você não vai comer meu cú! -ele diz irritado e ela ri baixo quando ele olha
para nós limpando a garganta- Quer dizer, você está brava para xuxu.

- Só um pouquinho, será rápido -ela faz um bico e ele sorriu docemente para
ela mas depois balança a cabeça falando não.

- Você é insuportável! -Rubi aponta para ele que dá de ombros.


- Obrigado, é uma das minhas qualidades.

- Vamos, me dê a mochila -ela estende a mão e Bell nega dando mais passos
para trás.

- Vai me fazer tirar de você?

- Você quer tirar a virgindade do meu cú, não duvido nada que queira isso
aqui também -ele diz e dá um gritinho quando ela corre na direção dele.

Colocamos a mão na boca quando eles batem sem querer na cômoda


derrubando alguns objetos no chão, Rubi agarra uma alça da mochila e Adam
pisa nos dedinhos do pé dela que acabaram de ser feitos.

A mulher quase vira o demônio.

Rubi grita com ele dizendo que tinha acabado de pintar e Adam riu puxando
a mochila de volta.

- Mops! -ele grita e eu vejo o cachorrinho andando de maneira majestosa até


o loiro, ele late e Adam olha para ele.

- Você sabe o plano, carinha -Bell diz e Mops fica olhando para ele como se
recebesse o sinal.

Deus.

- Tem bolinhas aqui dentro não tem? Adam! É a quarta vez na semana que
você compra bolinhas para esse cachorro -Rubi briga com ele que consegue
tirar a mochila das mãos dela e joga longe fazendo Mops correr até o objeto.

- Foi mal, princesa. É mais forte que eu -Adam diz e a gira para o lado
correndo atrás de Mops.

Vejo perfeitamente quando Mops coloca a alça da mochila na boca


arrastando para a escada, Adam chega até ele o carregando e logo depois a
mochila, os dois sobem as escadas com uma pressa absurda enquanto Mops
latia parecendo animado pela vitória.
Apertei os lábios e olhei para Rubi que tinha uma expressão chocada, ela
olha para nós e abre os braços.

- Eu tenho 5 crianças em casa -ela diz e nós concordamos rindo.

- Susie! -olhei para a escada quando Adam aparece de novo do mesmo jeito,
a não ser por Mops que já tinha uma bolinha azul na boca.

- O que foi? -perguntei rindo vendo Rubi correr para o sofá pegando uma
almofada pronta para jogar no marido.

- Nate está lá embaixooo -ele grita e desvia da almofada que é jogada na sua
direção- Pediu para te avisar! Princesa!

Ele reclama quando ela joga um brinquedo dos trigêmeos nos países baixos,
Adam quase caiu da escada mas se manteve firme correndo de volta com
Mops que tinha um sorriso mesmo com a bolinha na boca, nem sabia que
cachorros podiam sorrir.

Sorri me levantando da poltrona e amarrei meu cabelo em um coque frouxo,


andei até as meninas que se aproximam de mim me abraçando fazendo uma
rodinha.

- Meu bebê está crescendo -Emy beijou minha cabeça e eu sorri de lado.

- Daqui a pouco vai estar sem a pureza mandando nele a beça -Emy sussurra.

- Eu não vou mandar nele -digo e as três gargalham.

- Oh, você vai. Acredite -Lisa sorriu contente.

- Tá ok então -me afastei delas rindo baixo, peguei minha bolsa de cima do
sofá- Eu vejo vocês depois.

As três acenam para mim que ainda sorri antes de fechar a porta do
apartamento de Rubi, caminhei para o elevador clicando no botão e não
demorou muito para eu chegar no térreo.
Acenei para o porteiro que sorriu já com meu rosto gravado do tanto de eu
vir aqui, saio do prédio vendo o carro que mais parecia um trator
estacionado bem na frente. Ele buzina e eu sorrio andando até a porta do
carro puxando para abrir. Creio que o carro não poderia estar estacionado
aqui.

Entrei sentindo seu cheiro por todo o lugar, fechei a porta e olhei para ele
vendo a camisa de mangas pretas cobrindo seu peito e calça jeans escura
cobrindo suas coxas.

- Ela bateu nele? -perguntou em expectativa.

- Com um brinquedo dos trigêmeos -falei.

- Isso! -ele comemora me fazendo rir e eu me inclino quando sua mão pousa
no meu rosto, apenas a luz do painel do carro nos iluminava mas era
suficiente para eu ver seu rosto.

Nate encosta os lábios nos meus gentilmente me fazendo fechar os olhos e


suspirei quando ouvi o barulho baixo dos beijos aparecendo. Sinto ele
suspirar depois e eu subi minha mão pelo seu braço até vir para o seu peito.

Eu gostava quando ele me beijava assim, calmo e carinhoso.

Nos afastamos um pouco e ele encara meu rosto com um sorriso pequeno nos
lábios, eu iria dizer, e tinha que ser hoje.

- Nem lembro a última vez que vi você, estive ocupado -ele suspira.

- Faz apenas uma semana -comento e ele desliza o polegar pela minha
bochecha.

Depois de eu fazer aquilo com ele nós fomos tomar um banho e depois
passamos o resto do dia conversando, ele me contou algumas coisas sobre
sua adolescência mas nada realmente importante. Porém, eu pude conhecê-lo
um pouco mais.

- Quer ir ao meu apartamento ou ao seu?


- Pode ser o meu -digo e ele concorda me soltando pronto para voltar a
dirigir.

- Espere, quero te falar uma coisa -falo e ele me encara passando a mão na
barba.

- Diga, Jones.

- Eu estive pensando nesses últimos dias -tento gesticular com as mãos já


nervosa- E eu queria falar a você que...

Fui interrompida rapidamente e juro que dei um suspiro alto olhando para o
painel do carro mostrando que ele tinha uma ligação da sua empresa.

Nate olha para ele e depois para mim, pedi que ele atendesse e que falaria
depois.

Meu coração quase saiu pela boca por um momento.

×××

1° vamos de fotos sensuais, amo.


2° ouvi dizer que Adam está correndo da Rubi até agora.
3° baby boo vai contar ao nosso modelo de perfume que está pronta!
Ehhh, adoro 😏.

Ei, baby. Me segue lá no insta dos babacas


O link está no meu perfil: readlissa

Vote e comente!
Até, amanhã ❤.
52° capítulo

Susie

Manhã seguinte...

Eu era muito desastrada, muito mesmo.

Eu acho que Nate era a pessoa que mais sabia disso, isso explica porque ele
está andando de um lado para o outro com as mãos na cintura e eu segurando
o riso depois que seus pés quase tropeçam no meu tapete.

- Isso é muito sério, Jones -avisa e cruzo os braços sentada no sofá.

- Foi sem querer -falei pela milésima vez.

- Você derrubou glitter na minha gravata, isso é basicamente um crime -


Falou, dramático.

- Você é bem dramático.

Ele me encara.

- Eu não sou dramático.

- Oh, você é sim! -ri baixo- Mas nunca demonstra, por isso as pessoas tem
um imagem...que você apenas criou.

Ele parou de andar.

- Quando uma pessoa vai te conhecendo de verdade, se aproximando mais


de você...ela descobre que você é muito mais do que essa pose de durão e
expressão fechada o tempo todo que você mostra -falei vendo-o meio
chocado de repente.

- Está tentando mudar de assunto porque você destruiu minha gravata -aponta
para mim e eu reviro os olhos.
- Eu estava decorando um potinho, foi sem querer.

- Você sabe como eu tenho trauma de gravata que brilha? -perguntou sério e
eu não aguento caindo na risada.

Me levantei do sofá ouvindo os passarinhos cantando não muito longe e


fiquei na sua frente colocando meus braços em volta do seu pescoço, ele
suspirou baixinho.

O beijei gentilmente várias vezes vendo seu rosto ainda sério.

- Você não está sorrindo -digo.

- Hum.

- Lembra da nossa aposta, quero um sorrisão -o beijei rapidamente antes de


colocar meu indicador na ponta do seu nariz- Olha...você sabe o que eu vou
dizer...

- Pare com isso -ele sorriu pequeno e eu fiquei cutucando seu nariz até ele
sorrir de verdade colocando as mãos na minha cintura me levantando.

Minhas pernas foram para o seu quadril e nós dois sorrimos um para o outro
quando ele se sentou no sofá comigo no colo, suas mãos passam na lateral do
meu rosto afastando meu cabelo e eu apenas fiquei olhando para ele com
uma feição provavelmente doce.

- Susie...você ia me dizer uma coisa ontem antes de sermos interrompidos


pela ligação...-ele olhou nos meus olhos- Do que se trata?

Entre abri os lábios.


Depois do telefonema de ontem eu não tinha mais tocado no assunto, não
consegui mais com as coisas que fomos fazendo depois. Apenas...fugiu da
minha mente

- Oh... -ok, coragem garota, você quer isso, e até mesmo anseia. Era fato,
Nate tinha me viciado nessas coisas...sexuais.

- Eu queria dizer para vo...


Nós dois nos assustamos quando um barulho alto apareceu na porta como se
alguém estivesse tentando derruba-la, ouvi um resmungo de dor e logo a
risada alta de Peter. Quem está tentando derrubar a minha porta?!

Ok, essa pergunta foi besta, é claro que eu sabia.

- Bem feito! -Pan grita e a voz de Adam aparece mandando ele se ferrar.

- Eu tenho a chave seu idiota -a voz de Emy surge e nós escutamos o barulho
da fechadura.

- Isso era para ser surpresa, mas claro que a discrição da Tinker ia ajudar -a
voz de Rubi era irônica.

- Espera, Emily. Deixa ele tentar de novo -era a voz de Dylan- Vai lá, Adam.
Tenta derrubar de novo.

- Mas...que...-a fadinha parecia indignada- Puta que cú! Vocês são péssimos
amigos!

Escutei a risada de Lisa que pareceu um porquinho.

- O que eles estão fazendo aqui? -Nate pergunta com uma expressão
derrotada para mim colocando cabeça no meu peito.

Ri baixo.

- Eu também não sei -me levantei do seu colo no exato momento em que eu
vi os seis passando pela minha porta lindamente.

- Susie Jones! -olho para Adam que levanta os braços parecendo animado.

Eles olham para mim e depois dão pulinhos batendo palma, franzo o cenho
assim como Nate que se levanta do sofá parando ao meu lado.

- Me dá Peter, me dá -Adam fala feliz da vida para Pan que puxa algo do
bolso e entrega para o loiro.
Adam caminha até mim e eu vejo ele ajeitando o chapéu de aniversariante
antes de colocar na minha cabeça com um sorriso grande.

- Feliz aniversário! -ele grita e me abraça apertado me girando de um lado


para o outro.

Ri alto.

Hum...oh.
Que dia é hoje?
Droga.

- Obrigada... -ele me solta e eu olho para os outros que estavam sorrindo


para mim, a não ser por Emily.

- Você não lembrava não é? -ela pergunta e concordo a cabeça com uma
careta.

- Droga! Eu esqueci completamente -fechei os olhos quando abaixei a


cabeça.

- Como você esquece seu aniversário?! -Rubi pergunta segurando alguns


colares de flores e uma bebida na outra.

- Eu nunca comemoro, as vezes passa até batido -expliquei.

- É seu aniversário... -encaro Nate que analisa meu rosto em silêncio por
alguns segundos. Acenei com um sorriso e ele deu um sorrisinho pequeno
que me fez meu corpo vibrar.

- Certo, vamos ao que interessa. O dia vai ser cheio -Peter dá uma salva de
palmas e sorri animado.

As meninas vieram até mim agarrando meu braço arrastando-me para o


quarto dizendo que eu tinha que me trocar para comemorar meu aniversário.

Não fazia ideia do que faríamos hoje.

(...)
- A Susie! -Emy levanta a taça e o restante faz o mesmo, brindamos juntos e
eu bebo um pouco do meu suco.

Olhei para os 7 e sorri de lado contente, eles me trouxeram ao meu


restaurante favorito em Nova York para o Brunch, íamos tomar café e logo
depois íamos a algum lugar que ninguém quer me falar.

- Certo, vou explicar as regras do aniversário -Adam levanta da cadeira


pegando nossa atenção.

- Regras? -Pan levanta uma sobrancelha.

- É, eu inventei -ele sorriu orgulhoso e os meninos colocaram a mão na testa


sabendo que lá vem a estranheza de Adam

Bell tirou alguns cartões brancos do bolso da sua calça jeans e logo depois
uma caneta azul brilhosa com um unicórnio na ponta.

- É o seguinte, como o dia é da Susie ela vai ter o direito de pedir para
vocês realizarem um desejo para ela nesse dia especial -ele deu um cartão
para cada e depois me entregou a caneta- Você tem o direito de pedir uma
coisa para cada um de nós, e vamos ter que fazer, sem reclamar -ele diz me
encarando e eu sorri mordendo o lábio, hum... interessante.

- Quer dizer que, se eu pedir para você fazer um discurso sobre casamento
dentro desse restaurante você vai fazer? -pergunto para Adam que aperta os
lábios.

- Sim, mas não faça isso -ele aponta para mim me fazendo sorrir- Rubi ficou
encarregada de decorar o cartão do jeitinho que ela queria, obrigado
princesa.

- De nada -Rubi pisca para ele que sorri para ela.

- Tenho que encarar como...pedidos mágicos da fadinha? -pergunto e ele


acena, olhei para o cartão na mão de Nate ao meu lado vendo a Tinker Bell
no cartão e glitter por cima.

- Eu gostei -Emily me encara- Vai ser o presente de cada um.


Eu já tinha um pedido em mente.

- Ok, Lisa -chamei a morena que tinha uma colher na boca- Me dê seu cartão.

Ela me deu o papel branco e eu vi mais detalhes nele, tinha o nome dela com
um pequeno parêntese para eu assinar caso ela faça o meu pedido.

Marquei o papel e entreguei a ela com um sorriso no rosto, Lisa é


basicamente a líder do grupo, então ela sabe para onde vamos.

- Para onde vamos depois daqui? -pergunto ela abre a boca com a minha
artimanha.

- Sua safada! -Rubi briga comigo e Emily cruza os braços sorridente


sussurrando:

- Essa é a minha garota.

- É o meu desejo, você tem que fazer -olhei para Lisa que balançou a cabeça.

- Vamos levar você para tocar piano com...Hélène Grimaud -meus olhos se
arregalam- Ela têm um estúdio aqui em Nova York e vai se apresentar hoje
no teatro do centro, Dylan e ela são amigos faz tempo, ele conseguiu reservar
um horário rápido para você conhece-la.

As batidas do meu coração indicavam que eu estava prestes a ter um infarto,


me levantei da cadeira quase sem fôlego e apoiei as mãos na mesa me
segurando para não gritar.

- Vocês estão...brincando comigo? -isso saiu baixinho, acho que perdi a voz.

- Eu acho que ela vai surtar -Adam sussurra.

- Por que ninguém me falou isso antes? -Escutei Nate falando com eles que
deram de ombros.

Hélène é simplesmente a pianista que eu adorava com toda a minha força, a


mulher tem um talento esplêndido e isso é visto explicitamente quando seus
dedos tocam nas teclas, ela é basicamente minha heroína no mundo da
música.

- Você ajudou, manteve ela distraída -Emily fala e Nate faz uma cara de
tédio.

- Ela está certa -Rubi aponta para Emy- Quase falamos ontem mas nos
seguramos.

- Haa! -gritei no restaurante não aguentando mais tanta ansiedade e coloquei


a mão na boca me sentando em seguida vendo algumas pessoa me encarando.

Dei palminhas na cadeira com um sorriso tão grande que meu rosto estava
até doendo, aí meu Deus, é o melhor aniversário da minha vida! Eu acho que
vou chorar.

Não, não chora.

Parei de sorrir lentamente e eles me olharam meio preocupados, funguei meu


nariz e a expressão de choro foi aparecendo no meu rosto.

- Droga, porra, ela vai chorar -Adam dá tapinhas em Peter que engole em
seco.

- Não chore, cacete, ela tá chorando -Dylan diz e coloca o rosto no ombro de
Nate para não me ver chorando.

- Eu amo muito vocês -falei passando a costa da mão no meu rosto, olhei
para as meninas que estavam emocionadas também com todo o sentimento de
felicidade que eles me deram.

- Nós amamos você também -Emily diz quando uma lágrima desceu do seu
rosto, as meninas não aguentam e acabam chorando comigo, as abracei
puxando para mais perto de mim.

- Puta merda, está as quatro chorando -Nate sussurra para os meninos e eu


vejo eles cobrindo os olhos uns dos outros não querendo olhar.

- Parem de chorar! Odiamos ver isso! -Peter grita as cegas.


- Caladinho! -Emy grita e nós olhamos para Adam que soluçou mostrando
que chorava também.

- Você está chorando? -Peter tira a mão do olho dele e puxa seu cabelinho
loiro.

- Não, você que está -ele soluça de novo passando a costa da mão no rosto-
Idiota.

Sorri dele.

Eu tenho os melhores amigos do mundo.

×××

No meu aniversário, eu quero um cartão de pedidos mágicos da fadinha


de cada uma aí hein! Aleluia.

Rumo a 2 milhões! Estamos quase batendo aqui nesse livro. 😍 ❤ . Meu


coração está quentinho.

Próximo capítulo vai ser o resto do dia do aniversário de Susie Jones!


Vejo o povo meio perdido com o tempo ksksks galerinha! Meu livro não
tem ordem cronológica certa, eu uso o tempo quando eu tenho que usa-lo
ao meu favor. KKKKKK então, relaxem ❤

Dia de postagens: Sábado e Domingo.


53° capítulo

Susie

Peguei uma bolinha de queijo e mirei antes de joga-la livremente até a boca
de Dylan acertando, ele comemora com as mãos para cima escutando nossos
aplausos.

Eu acho que metade desse restaurante nos odeia no momento.

Rubi jogou para Dylan que conseguiu pegar de novo, Batgirl é muito bom
nisso.

Peguei meu suco dando alguns goles e olhei para o lado quando senti a mão
quente pousar na minha coxa, me foquei nos olhos pretos e esperei ele dizer
algo.

- Fui pego de surpreso hoje, assim como você -ele sussurra com o rosto
perto do meu, sorri de lado- O que você gostaria de aniversário, Susie?

Olhei para o seu cabelo escuro descendo os olhos pelo seu nariz até parar na
boca, quando o encarei de novo entre abri os lábios. Eu sabia o que eu
queria de aniversário, e eu sabia o quando ele estava ansiosa para me dar.

- Eu gostaria... -ele olhou para a minha boca e apertou o maxilar, já


entendendo o que irei pedir.

- Diga de uma vez, por favor. Eu preciso ouvir você falando.

Eu quase o informo meu pedido, mas olhei em volta vendo todos aqui e
suspirei. Seria melhor contar quando ficarmos sozinhos e não com orelhas
dos meus amigos queimando para ouvir nossa conversa.

- Vocês querem mais alguma coisa?! -a mulher quase grita perto de nós
chamando nossa atenção a ela que tinha uma bandeja prateada na mão
pegando o prato de waffles pondo na frente de Adam que sorriu grande.
Mordi o lábio, Nate continua me encarando e eu dei um sorriso pequeno
sussurrando: "Depois eu conto", ele acena com um sorrisinho pequeno.

- Eu quero um suco de melão -Emily pede e ela acena.

- Quer mais alguma coisa, loiro? -a mulher toca o ombro de Adam que olha
para ela, a mesma sorri apertando seu ombro, deixando claro em seu rosto a
intenção a mais.

- Hum...não -ele a corta.

- Só me chamar se quiser algo -ela fala e ele acena quando a mesma vai
embora piscando para ele na cara de pau mesmo.

Olhamos para Adam que limpa a garganta segurando o garfo e a faca, logo
depois ele olha para Rubi que está de braços cruzados despreocupada.

Sorri de lado.

Ficamos olhando para ela que mexeu a boca como se estivesse brincando, a
mesma olhou para o seu cotovelo e depois bocejou pondo a mão na boca, até
que ela cansa com o nosso olhar em cima dela.

- Parem de me olhar desse jeito -reclama.

Parei de prestar atenção um pouco quando senti algo vibrando entre as


minhas coxas, franzo o cenho e olho para Nate confusa quando vejo suas
mãos apoiadas na mesa, oh, não é ele.

O mesmo me encara vendo minha expressão confusa e eu olho para baixo


vendo meu celular, minha expressão suavizou.

Olhei na tela vendo uma mensagem de Eric:

"Susi, é seu aniversário! Como você no me disse isdo? Tiv que saber pela
sua papelada aquo do asilo. A partir de agora, no sou mais seu amigp"

Franzo o cenho novamente e depois comecei a rir quando entendi que Eric
era novo nesse lance de tecnologia:
"EU NÃO SEI MEXER NESSA MERDA!"

"Você poderia ter me ligado" -digito.

"No posso, estou cm uma gatinha. Ela é a mais nov daqui. Twm que
aproveitar!"

"Deixe essa vida de cafajeste e procure um amor"

Ele me mandou um emoji ofensivo e eu abri a boca incrédula.

"Oh! Eu posso manda áudip"

Revirei os olhos e vi que ele estava mandando um áudio, esperei, por quase
2 minutos enquanto os 7 ainda discutiam sobre a falta de ciúmes de Rubi.

Eric tinha enviado o áudio finalmente:

"Feliz aniversário, coisa linda do Eric! Susie, você sabe como é importante
para mim, não sabe? Quer dizer, quando eu te conheci pensei em te cortejar,
mas cheguei a conclusão que eu era muito areia para o seu caminhão"

Revirei os olhos de novo mas sorri em seguida.

"Estou brincando! Feliz aniversário, pequena. Vou te dar um presente quando


você vier aqui, quando você vem aqui? Aquele Nate ainda está pegando toda
a sua atenção?! Manda ela a merda, eu quero atenção também!"

Arregalei os olhos e olhei para Nate por canto de olho vendo ele mexer as
mãos explicando alguma coisa.

"Pronto! Curta o seu dia, eu vou curtir o meu. Adeus, Susie... Como que
manda um emoji de coração?! JUDITH!"

O áudio acaba com ele gritando com a coitada da Judith e eu ri afastando o


celular vendo o emoji de coração aparecer.

Me despedi dele agradecendo e depois guardei o celular voltando a prestar


atenção na conversa.
- Oh meu Deus, eu sou muito ciumenta -Emily coloca as mãos na cabeça
desacreditada- Nem foi com o meu marido e eu estou aqui pirando! Oh,
Deus. Não me faça ser o Joe de "You".

Peter piscou um par de vezes, quase assustado.

- Relaxa -Rubi fala para ela- Adam não faria isso e muito menos Peter.

Pan fez um coração com a mão para Rubi que piscou para ele.

- Ótimo, significa que ela tem confian...

- Ele não consegue mais flertar com ninguém -Rubi interrompe a Bell que
levanta uma sobrancelha meio incrédulo.

- Desculpe, o que você disse? -ele pergunta.

- Você não consegue mais ganhar uma mulher, o cafajeste em você morreu -
ela diz e ele abre a boca indignado.

Franzo o cenho.
Isso não é bom?!

- É claro que eu consigo! -Bell se defende e olha para os amigos que fingem
olhar para o lado disfarçando.

É...pela reação dos meninos, ele tinha perdido o dom.

- Adam, você não consegue -Rubi fala e ele cruza os braços irritado.

- Você está duvidando dos meus poderes de sedução?! Rubi, eu tenho um


pozinho mágico -ele fala como se fosse uma grande vantagem e ela levanta
uma sobrancelha- E foi assim que eu ganhei com você, palhaçada!

- Foi mal, mas eu agarrei você de um jeito que seus encantos acabaram.
Sinto muito -ela passa a mão no ombro dele que semi cerra os olhos.

- Já sei como resolver esse dilema -Emily levanta um dedo e Lisa abaixa a
cabeça até sua testa bater na mesa, em um claro sinal de ajuda, talvez
pedindo amigos mais de acordo com a ética.

- Porra, isso vai dar merda -Nate comunica nos fazendo sorrir.

- Como resolver? -Adam pergunta para Emily.

- Simples, você vai até ali no bar onde tem várias mulheres esperando por
uma mesa e vai conseguir o número de alguma, assim você prova para a sua
esposa que sabe flertar com outras -Emily diz e eu vejo Dylan coçando os
olhos provavelmente pensando que precisamos ir a um hospício.

- É uma ótima ideia -Peter aponta para ela que balança a cabeça.

- Princesa? -Adam olha para Rubi.

- Não façam isso, é locura -Dylan fala.

- Susie está pedindo, não podemos negar -ele aponta para mim vendo a cara
de tédio de Dylan.

- É verdade -Rubi pega o cartão branco dela e do marido me entregando-


Susie?

Olhei para eles com os olhos semi cerrados, hum, isso vai ser interessante. E
eu quero ver no que vai dar.

- Certo -digo e os dois comemoram- Vou assinar para Adam ir flertar com
outra e Rubi concordar com tal coisa.

Cristo, nunca pensei que falaria isso em toda a minha vida.

Assinei os dois cartões com a minha caneta azul brilhante e entreguei a eles
vendo Adam se levantar da cadeira, Rubi fala para ele que queria a garota
de camisa rosa e o cabelo loiro ondulado.

- Você não está com sorte, eu gosto de loiras -Adam fala e Rubi bate na
perna dele que ri alto.
Bell ajeitou a camisa de botões deixando dois abertos e depois passou a mão
no cabelo deixando meio bagunçado, ele ajeita as mangas e depois pisca
para a esposa antes de virar caminhando na direção do bar.

Rubi sorriu de lado.

- Ele não vai conseguir -ela fala e nós voltamos a olhar para o loiro
esperando o espetáculo.

Ele chega até a mulher de blusa rosa e se encosta no balcão ficando de frente
para ela que infelizmente estava de costas para nós, ele fala alguma coisa
qualquer com um sorriso cafajeste e depois cobre a mão esquerda quando
provavelmente lembra que ela pode ver sua aliança.

- Podíamos tentar fazer isso, Peter -Emily fala e ele olha para ela lentamente.

- Não fode, pode ficar aí -ele aponta para ela que mostra o dedo do meio.

- Ele tem medo, consigo um encontro muito mais rápido que ele -Emy se
gaba dando de ombros.

- Ah! Eu não deixava -Rubi joga fogo na lenha.

- Não duvido das suas habilidades, mas eu passo dessa vez, não quero
responder processos por agressão -Ele diz e a esposa sorri de lado.

Olhei para Nate que me encara por canto de olho e balança a cabeça
discretamente pondo sua mão de volta na minha coxa quase me predendo na
cadeira.

Ri baixo.

- Como é?! -ouvimos uma voz alta e olhamos para onde Adam estava, ele
tinha uma expressão engraçada de quem falou besteira.

- Seu babaca! -ela o xinga.

- Foi mal, eu não quis dizer isso -ele se defende e nós meio que demos um
gritinho quando a mulher levanta a mão direita batendo diretamente no rosto
de Adam que vai para o lado piscando mais do que o necessário.

Minha nossa senhora dos tapas na cara!!

Os meninos riram alto pela expressão da Tinker que ainda é empurrado


quando a mulher passa por ele indo em direção ao banheiro parecendo super
irritada.

Apertei os lábios para não rir quando ele veio andando até nós como um
cachorrinho abandonado, Adam puxou a cadeira e se sentou colocando as
mãos na mesa, todos estavam em silêncio agora esperando ele dizer:

- Eu não sei mais flertar -ele diz com uma voz de choro e Rubi riu alto.

- Eu deveria ter apostado! -ela comemora e ele olha para ela irritado.

- Que merda você disse? -Nate pergunta rindo.

- Eu estava indo bem, mas acabei ficando todo nervoso e contei que tinha
uma esposa e três filhos -Adam diz e olha para Dylan que dá uma gargalhada
alta demais.

- Cacete -Peter sussurra quase entrando em colapso de tanto rir do bico de


Adam que parecia desacreditado novamente.

- Mas você tentou... -Lisa o conforta e depois ri vendo a cara dele de tédio.

- Isso foi ótimo -Emily enxuga uma lágrima- Faz de novo! Faz de novo!

- Nem fodendo -Adam diz e olha para Rubi- E você! Vai apanhar quando
chegar em casa.

- Você que vai! Mas dessa vez não vai ser rosto tá bom, meu amor? -ela
pergunta com um bico de pena e ele trava o maxilar vendo nossa judiação.

- Quer saber...vocês não vão ficar do lado de Deus! -aponta para nós que
ainda estávamos rindo da sua desgraça e depois levanta da cadeira.

Adam faz uma expressão de choro e diz:


- Vou aguardar o pedido de desculpas por telefonema

Rimos juntos vendo-o caminhar para fora do restaurante, nós corremos até
ele depois de pagarmos a conta.

(...)

E lá estávamos nós, no exato lugar que minha pianista iria tocar agora no
início de noite. Depois de sair do restaurante nós viemos para cá mas
caminhamos pela Time Square um pouco rindo e nos divertindo pela cidade
batendo muitas fotos para lembrar disso quanto estivermos mais velhos.

Foi ótimo!

- Onde a pianista está? -olhei para Adam que tinha uma compressa de gelo
no rosto.

Não estava mais vermelho seu rosto ou nem nada do tipo, mas ele ganhou
vários beijos de Rubi pelo tapa, então está mantendo a pose de homem
machucado para ganhar mais.

- Vamos por aqui -andamos pelo grande teatro que Hélène iria se apresentar
hoje, Dylan conversou com um carinha que parecia ser o responsável pelo
evento e ele nos levou até ela.

Agarrei o braço de Nate quando vi minha heroína tocando no piano bem no


centro do palco, sorri para a cena e eu acho que meus olhos estavam
brilhando de excitação.

- Não caia dura no chão -escuto ele sussurrar para mim e levantei a cabeça o
encarando com um sorriso.

- Se eu morrer, me prometa que vai dizer a Eric que eu comprei a boquinha


da Rihanna para ele -comento e ele franze o cenho antes balança a cabeça
tirando minha mão do seu braço para agarra-la.

Olhei para as nossas mãos juntas e continuei sorrindo que nem uma idiota,
mas por um motivo igualmente forte. Se eu não infartar hoje, não infarto
nunca mais.
Subimos uma escadinha que nos levaria para o enorme palco, ela percebeu
nossa presença e eu puxei a respiração apertando a mão de Nate que faz uma
careta.

Dylan fala com ela primeiro e eu vejo seu cabelo escuro em um corte curto
que davam o charme necessário para a mulher de apenas 51 anos, seus olhos
azuis passam por todos nós e eu sorri mordendo o lábio.

- Ela está aqui -Dylan fala e depois se vira para me encarar me chamando
com a mão.

Toco primeiro na mão de Dylan que me abraça de lado, ele sabe que estou
aqui firme mas por dentro, estou igual gelatina.
Olhei para a mulher que sempre esteve presente na minha vida e na da minha
mãe.

Me lembro como se fosse ontem quando ela tocava as músicas de Hélène no


piano que tinha em um teatro público em Seattle, me lembro de nós duas
correndo para fora quando o guardinha percebia que estávamos ali fora do
horário, o som das nossas risadas aparecem na minha mente e meu peito
aperta.

Eu sinto tanta falta dela.

Afasto qualquer resquício de lágrimas que possam aparecer e estendo minha


mão quando Hélène sorriu para mim.

- Oi, Srta. Grimaud -ela apertou minha mão quando Dylan a soltou- Sou uma
grande fã do que você faz, sua música é sensacional e eu tenho orgulho de
dizer que você é minha inspiração -falo educada.

Ela abriu a boca com um olhar doce e me puxou para mais perto me
abraçando, fiquei meio estática mas depois retribuo o abraço com um
sorrisão.

- Obrigada, Susie. Dylan me contou sobre você -ela se afasta mas não tira as
mãos dos meus ombros- Soube que tem um talento, que acha de tocarmos um
pouco?
Seu sotaque era fofo, apesar de ser da França, Hélène tem vários negócios
nos Estados Unidos como é o lugar que mora atualmente.

- Sim! Sim! -falei animada e ele riu apontando para o piano com a cabeça.

Andamos até ele e nos sentamos na frente do enorme piano preto, ela abre a
tampa que deve ter fechado anteriormente e depois me encara.

- Qual você gostaria de tocar? -pergunta.

- Que tal Woodlans and Beyond? -pergunto e ela me olha surpresa.

- Certeza?

Acenei.

- Ok, então -ela sorriu- Vamos nessa, eu começo com a...

Ela me deu instruções primeiro e eu apenas concordei com o peito ansioso e


o rosto feliz por estar realizando um sonho que tinha desde os 10 anos.

Ela começou a tocar primeiro me fazendo focar em seus dedos que esbanjam
talento, me ajeito no banquinho entrando depois e toquei com vontade como
nunca tinha tocado antes.

Hélène sorriu no meio parecendo se divertir com a minha expressão, e me


ajudou algumas vezes quando eu não conseguia acompanhar seu ritmo. Era
difícil, mas eu estava conseguindo.

No final acabamos rindo juntas quando ela clicou na nota errada sem querer
e eu fiz isso logo depois, ela me encarou com um sorriso.

- Você é boa nisso -falou.

- E você é incrível! Muito obrigada por fazer isso -digo e ela dá de ombros.

- Sempre tenho tempo para uma fã de verdade -ela piscou e eu olhei para
trás vendo os 7 me encarando com um sorriso no rosto vendo a minha
felicidade.
Esse definitivamente é o melhor dia da minha vida!

×××

Susie está morrendo de felicidade kikiki aniversários são bons quando


você passa com quem ama ❤ eu não gosto muito de aniversários mas
vida que segue KAKAKAK

Ainda tem cartões para levar assinatura da caneta brilhante aí hein! 😁


Adoro.

Vote, babys!
Até, sábado ❤ .
54° capítulo

Susie

Eu ia explodir se ele continuasse me apertando dessa maneira.

- Peter... -sussurrei e o mesmo me soltou um pouco para que eu respirasse


finalmente.

- Desculpe -ele sorriu colocando as mãos nos meus ombros- Você está bem?

- Você quase me mata mas estou bem -digo e ele revira os olhos me
chamando de dramática.

Sorri quando ele passou a mão na minha franja.

- Obrigada por hoje -digo tendo seus olhos nos meus e depois cutuco seu
peito várias vezes, ele me deu um tapinha na mão, ri baixo- Eu sei que a
ideia da pianista foi sua, só você sabia que ela era a minha heroína.

Ele sorriu se gabando.

- De nada, e não existe amigo/irmão melhor do que eu -ele pisca antes de eu


rir o abraçando novamente, sinto seus lábios no topo da minha cabeça e
suspiro confortável.

- Vai para onde agora?

- Não sei, Nate não quer me dizer -comento e ele me encara com o sorriso
sumindo.

- Você gosta dele? -perguntou como quem não quer nada e até finge limpar as
unhas no peito.

- Ele é bom comigo, Peter. Não precisa ficar preocupado -digo e ele faz um
bico irritado.
- Olha, se caso ele faça algo de ruim comigo, o que ele não vai -digo e Peter
semi cerra os olhos parecendo interessado- Vou deixar você bater nele.

Seus olhos brilham, parecia que eu era uma caixa de Pandora na sua frente.

- Vai mesmo?! -pergunta animado- Você jura?! JURA!

Misericórdia.

- Vou sim, me dê seu cartão da fada -peço e ele tira do bolso da jaqueta me
entregando, tirei a caneta azul brilhante do bolso e marquei o "X".

- Pode ser dois socos? -pergunta como uma criança pedindo doces.

- Peter... -isso saiu como um aviso e ele cruza os braços irritado.

- Tudo bem, eu me contento com um -fala descontente e eu sorri de lado


antes de beijar sua bochecha me despedindo.

- Se cuide, ok? -aceno com a cabeça e o vejo guardando o cartão branco de


volta na jaqueta saindo de perto de mim e olho para o lado vendo as meninas
se aproximando de mim.

Sorri feliz e estiquei os braços abraçando as três que me apertam sem dó.

- Vocês são incríveis! -digo rindo e elas me encaram com carinho.

- Espero que você tenha gostado, baby boo.

- Eu amei! -digo a Emy que coloca as mãos na cintura sorrindo.

- Eu tenho uma coisa para você -ela fala e eu semi cerrei os olhos quando
ela me deu a bolsa que segurava, peguei a mesma e a abri arregalando os
olhos em seguida- Peguei quando estávamos no seu apartamento.

- Não acredito -sussurrei.

- Acho que você ficaria perfeita mais ainda usando isso -a loira pisca para
mim e eu acabei sorrindo surpresa.
- Bom, ainda é seu aniversário. Ainda tem muito o que aproveitar -Rubi diz
empurrando meu ombro de leve chamando minha atenção.

- Ainda tem cartões para fazer pedidos -Lisa faz uma dancinha com os
ombros fazendo-me rir.

- Epa, falta o meu -Emily tirou o cartão do bolso e me entregou, marquei o


"X", pedi a ela algumas roupas de frio que a Modus não está vendendo mais,
coleção passadas e essas coisas, irei entregar nas casas de caridades que
frequento, e também pedi um sobrinho, ela disse que estava trabalhando
nisso.

A Dylan eu havia pedido para que ele conversasse com Hélène para me dar
alguns ingressos da sua apresentação que já estava esgotada e eu não tinha
conseguido, ele me disse que conseguiria os ingressos amanhã e rápido
marquei no seu cartão branco da fada, agora só falta...o Nate.

- Não quero nem saber o que Emily vai pedir com esses cartões quando for o
aniversário dela -Lisa sussurra e Emily sorri maliciosa.

Que Deus nos ajude.

- Certo, boa sorte -Rubi me encara passando as mãos pelo meu rosto- Pode
ser uma noite importante para você, aí meu Deus eu tô nervosa!

Ela grita e depois suspira vendo as meninas mandando ela se acalmar, ri


alto.

- Use seu último cartão com sabedoria -Emy brinca fazendo o sinal de
"namastê".

As abracei uma última vez vendo as três caminhando de volta para onde os
meninos estavam, coloquei minhas mãos no bolso de trás da minha calça
jeans escura tentando me aquecer um pouco do frio.

Os meninos se despedem e meu olhar se cruza com o dele quando seu rosto
vira para o lado, sorri pequeno vendo seu olhar descer pelo meu corpo
lentamente e logo depois ele olhar para os meninos se despedindo.
Ele havia dito antes que gostaria que fossemos em um lugar, como sempre,
ele estava mantendo o mistério.

Vejo meus amigos entrando nos seus carros e indo embora buzinando para
mim, acenei com a mão e depois cruzei os braços olhando para frente
enquanto ele caminhava até mim.

Levantei o rosto para encara-lo.

- Finalmente -ele diz- Pensei que não ia ficar sozinho com você até de
madrugada, porra.

Sorri de lado colocando minhas mãos no seu peito apertando sua camisa um
pouco.

- Ainda são sete da noite, Sr. Venturelli -falei e ele deu de ombros agarrando
minha mão me puxando para o lado.

Começamos a andar.

- Vai me dizer aonde vamos?

- Não.

- Então, está me sequestrando?

- Estou.

- Hum, me disseram que isso poderia acontecer -falo e ele finge rir abrindo a
porta do carro.

- Já até sei aonde eu vou amarrar você -ele diz em tom sério e eu arregalei
os olhos um pouco, mas depois bati no seu braço vendo seu sorriso
divertido.

Maluco.

(...)
Meu Deus...

Minha boca estava aberta olhando para o saguão de um arranha céu famoso
em Nova York, era tudo tão brilhante e elegante que foi impossível não
deixar cair o queixo um pouquinho.

Olhei para o lado vendo ele falar com um homem que mostra o polegar e
sorri para Nate que acena agradecendo, eles pareciam amigos.

Nate caminha de volta para onde eu estava e eu olho para ele meio chocada.

- O que estamos fazendo no Empire State? -perguntei quando ele chegou


perto o suficiente.

- Eu tenho um escritório aqui -explica- Só que...não é bem um escritório -


depois complica de novo.

Ainda não entendendo muito bem eu deixo que ele me conduza para o
elevador com a mão apoiada nas minhas costas, entramos no elevador e eu
levanto uma sobrancelha vendo uma grande quantidade de botões, Nate
aperta no número 92 e depois cruza os braços me encarando.

- Parece surpresa, meu plano funcionou -ele diz orgulhoso e eu abro os


braços.

- Olha aonde você me trouxe! Quer dizer, a vista disso aqui deve ser a oitava
maravilha do mundo.

- E é, e não sei se você sabe, mas eu tenho um fraco por vistas. Por isso
tenho um escritório aqui.

Bom, eu já tinha percebido que ele era bem chato em relação a isso. Soube
pelos meninos que quando ele veio para Nova York passou quase um século
procurando o apartamento perfeito, e aparentemente, ele encontrou.

Chegamos no andar certo e ele continuou me guiando, passos por um


corredor não muito extenso e eu vi seus dedinhos digitando em uma máquina
pequeno fazendo a porta se abrir.
Nate abriu a porta me deixando passar primeiro e eu fui dando passos
tímidos para dentro me deparando com espaço plano com as grande janelas
me mostrando as luzes da cidade, poltronas e e alguns poofs espalhados pelo
enorme quarto, encarei a enorme cama do lado direito vendo os lençóis
brancos e por um momento me lembrei das camas de rainhas que aparecem
em alguns filmes.

Mas o que me deixou mais surpresa foi que tinha pétalas de rosas vermelhas
por toda ela junto as velas dando um ar romântico, levantei uma sobrancelha
e olhei para Nate que parou ao meu lado olhando para a cama de primeira.

Ele ficou confuso com a cena e depois me encara passando a língua nos
lábios.

- Foi você que fez isso? -perguntei rindo.

- Eu pedi as velas apenas...acho que Ronaldo exagerou um pouco -ele fala


me fazendo rir baixo.

- Não exagerou não! -sorri- Está...perfeito.

Olhei para o lugar novamente e suspirei, totalmente ansiosa.

- Vem muito aqui? -perguntei.

- Não, é a primeira vez que venho aqui também. Mas foi a única coisa que
consegui arranjar em tão pouco tempo para comemorarmos.

Nossa.
Imagina se ele tivesse tempo, estaríamos em Paris.

Nate sorriu de lado vendo minha expressão e colocou as mãos no meu rosto
me puxando para perto.

- Susie, você sabe que eu não sou...romântico, mas achei que você merecia
algo especial no seu aniversário. Então, feliz aniversário -ele diz me
deixando com um sorriso bobo antes de se inclinar me dando um beijo casto
nos lábios.
- Obrigada -sussurrei entre beijos subindo minhas mãos para a sua nuca.

Fomos interrompidos quando uma batida na porta soou, Nate me encara.

- Me espere na banheira, ela já está pronta para nós dois -ele comenta e eu
sorri animada concordando.

Me virei quase correndo para lá querendo muito experimentar a banheira do


Empire State! Estou sonhando?

Como o quarto era luxuoso, o banheiro não seria diferente, tudo branco e
gritante dizendo que eu era pobre. Me aproximei passando pela bancada da
pia e fui até a banheira enorme vendo a espuma cheirosa.

Coloquei a bolsa em cima do vaso sanitário e tirei minha camisa


despreocupada junto ao resto das minhas roupas, minha lingerie também saiu
e eu fiquei nua antes de entrar na banheira.

Amarrei meu cabelo em um coque e eu suspirei relaxando quando encostei


minha cabeça na beirada da mesma, olhei pela janela vendo uma luz azul que
ficava no alto do prédio e sorri mordendo o lábio.
Percebi uma movimentação e olhei para a porta vendo-o passar com um
balde em mãos onde tinha um champanhe já aberto e duas taças.

Ele colocou perto da banheira e depois olhou para mim vendo eu enterrada
na banheira só com a cabeça para fora, Nate sorriu.

- Tudo bem?

- Sim, melhor do que nunca -falei relaxada.

Ele concorda e puxa sua camisa para cima liberando o tronco bem definido e
o "V" da cintura que sempre chama atenção, Nate se desfaz dos sapatos e
toca no botão da sua calça jeans puxando o zíper para baixo.

O acompanhei com o olhar até vê-lo sem roupas no final, ele entrou na
banheira comigo e apoia as costas na beirada da mesma.

- Você vai beber aquilo? -apontei para a bebida que ele trouxe.

- Nós vamos, é sem álcool, sei que não bebe.

Sorri internamente.

- Vai beber champanhe sem álcool? -pergunto com um sorriso pequeno.

- Locura não? Venha cá -ele estende a mão direita e eu coloco a minha sobre
a sua sendo puxada para perto. Nate me vira gentilmente até eu apoiar
minhas costas no seu peito.

Meus seios aparecem em meio a espuma e eu apoio minha cabeça no seu


ombro pegando seu olhar. Nate põe a mão no meu pescoço e suspira
descendo a mão lentamente para baixo até o meu peito.

- Você ainda tem um pedido está noite -ele sussurra passando os dedos pelo
meus seios.

Aceno com a cabeça e minha respiração vai sumindo conforme sua mão vai
descendo pelo meu corpo que parece esquentar lentamente.
- O que você quer, Susie?

Franzo os lábios quando ele chega no meu sexo passando os dedos


lentamente por cima do meu clitóris, meu quadril se mexe contra ele e Nate
encosta os lábios nos meus me olhando nos olhos.

- Diga para mim -sussurra novamente, a voz ansiosa e os dedos me tocando


com de uma maneira lenta me excitando aos poucos.

Meu coração estava até acelerado quando eu finalmente contei o meu último
desejo da noite:

- Eu quero que você me mostre -suas pupilas dilatam e eu volto a falar-


Tudo.

Nate continuou me olhando pelos segundos seguintes, eu via muita coisa na


sua expressão, choque, ansiedade, alívio e... carinho. É claro que ele tinha
um sorriso enorme no rosto, pensei ate que ele sairia correndo dando
soquinhos no ar.

Espantei essa imagem quando ela apareceu.

- É isso que você quer?

- Eu quero que você me faça sua -isso saiu rápido demais da minha boca
mostrando a minha total certeza.
Nate colocou a mão no meu maxilar olhando os detalhes do meu rosto
lentamente.

- Você é a minha bela tentação.

Foi o que ele disse antes de me beijar novamente, dessa vez, com um
sentimento que eu não conseguia decifrar muito bem.

Mas eu retribui com todo o meu coração.

×××
Eu digo "Enca" vocês dizem "lhada" porque minha gente é como eu me
encontro, esses romances já estão me deixando triste, nunca vou ter uma
coisa dessa aí cara 😔. Vou começar a escrever suspense, fds.

Certo, perder a virgindade na porra do Empire State...é...*Suspirei alto*


a vista...minha nossa! #Queria.

Próximo capítulo eu quero emojis de coração para todo o lado! AAAAA


eles estão crescendo tao rápido . Meu povo! A série está acabando!
Esse é o último livro! PUTA MERDA 😭😭😭😭😭😭😭😭 Não vou
mais escrever babacas de terno .

Hum...desculpe, passou o surto.

Pelo menos, virão outros livros, personagens diferentes mas cativantes


iguais ❤ (Sam e Jayden estão vindooooo)!

Ate amanhã, babys ❤.


55° capítulo

Susie

Eu estava pronta para isso.

Me encarei no espelho do banheiro e me distancio um pouco para olhar com


mais precisão a lingerie branca que cobre partes específicas do meu corpo.

Sorri pequeno passando as mão pela linguinha presa as meias brancas que
iam até meu joelho, encarei a calcinha minúscula da mesma cor vendo um
pequeno laço na frente da peça que era quase transparente, no meu quadril o
resto da cinta de liga rendada e o sutiã sustentando meus seios perfeitamente.

Agradeci Emy mentalmente, porque eu me sinto mais confiante.

Decido sair do banheiro depois de mais alguns minutos pensando e


pensando, eu já tinha pesando demais, e ainda mantinha firme minha decisão.

Peguei o seu cartão e fiz um "X" entre os parênteses, abro a porta do


banheiro saindo do cômodo um pouco

Olhei para frente vendo-o sentado na cama encarando o celular, me apoio na


quina da porta quando ele joga o celular para o lado e encara a vidraça
apoiando os cotovelos nos joelhos me esperando.

- Hum...Nate?

Ele escuta minha voz e vira o rosto para a entrada do banheiro rapidamente,
a primeira reação que me deleitei foi a boca se abrindo lentamente e o leve
arregalar de olhos junto ao estado de choque, sorri de lado.

Balancei o cartão discretamente e mordi os lábios colocando o pequeno


objeto em cima da mesinha que estava ao meu lado.

Voltei minha visão para ele.


Nate me comeu com os olhos de uma maneira tão intensa que eu quase volto
para dentro do banheiro, mas não foi isso que fiz quando ele levantou da
cama com o maxilar apertado me deixando ver a cueca boxer preta.

Seus passos começam a surgir com o olhar firme sobre mim e eu sorrio
internamente quando eu também começo a andar até ele na mesma
velocidade. Meu peito dispara quando seu corpo choca com o meu e eu
retribuo o beijo necessitado que ele arranca de mim no mesmo segundo.

Sua língua tocou a minha e seus dedos entram delicadamente pelos fios do
meu cabelo já solto, gemi baixinho quando ele apertou com mais força.

Minhas mãos tocam sua cintura e eu subo lentamente para as suas costas
sentindo seu corpo tenso pela espera, nos afastamos por falta de fôlego mas
ele continua beijando todo meu corpo. Suas mãos me explorando com fervor
até ele apertar minha bunda me fazendo dar um sorriso ofegante.

Até que Nate agarra meu cabelo e puxa levemente minha cabeça para trás,
engoli em seco sentindo seu olhar queimando a minha pele enquanto ele fazia
sua inspeção minuciosa. Eu já estava excitada apenas com ele me olhando
desse jeito.

- Porra... -escuto seu sussurro e aperto a perna uma na outra, ele solta meu
cabelo descendo a mão pelo meu pescoço.

Toco no seu cabelo quando ele se abaixa na minha frente e desfaz a presilhas
da cinta liga, e depois sobe novamente me encarando.

- Você é uma mulher perigosa -ele fala e eu dou um gritinho quando ele me
carrega do chão.

- E por que?

- Porque você, Susie Jones -ele começa a andar para a cama comigo, passei
minha mão pelo seu rosto- Você vem por aí, e faz qualquer um perder a
cabeça.
Acabei rindo quando minhas costas pousam na cama em cima das pétalas
cheirosas, minhas pernas abraçam seu quadril e o beijo sentindo sua ereção
crescendo na cueca.

O encarei novamente quando seu rosto se inclina na direção do meu peito,


suspirei sentindo o beijo quente que vai descendo até o meio dos meus seios.
Nate apoia as mãos na cama e olha para mim que entre abro os lábios
quando sua boca toca no bico do meu seio.

Dei um gemido baixinho sentindo a pressão dos dentes e os dedos que agora
descem pela minha coxa até me tocar por cima da calcinha. Nate afasta
minhas pernas tirando da sua cintura me deixando mais aberta, sinto o beijo
abaixo do meu seios e meus ombros saem da cama um pouco quando ele
afasta a calcinha deslizando os dedos pelo meu clitóris.

Assim que ele me toca, por um momento pensei que estava derretendo.

Ele volta para cima roçando os lábios nos meus vendo minha expressão de
prazer, Nate olha para a minha boca e sorri malicioso aumentando a pressão
dos dedos me fazendo gemer mais alto.

Toquei no seu braço o apertando e ele morde meu lábio meu inferior antes de
descer lentamente para baixo tirando os dedos, respiro fundo fechando os
olhos por alguns segundos.

Nate junta minhas pernas na sua frente e puxa minha calcinha para fora
olhando para as meias concentrado, ele deixa a calcinha de lado e volta a
abrir minhas pernas.

Seus olhos passam pelo meu sexo subindo pelo meu corpo e eu suspiro
colocando minhas mãos ao lado da cabeça. Eu gosto disso, me sentir
confortável com Nate agora é tão mais fácil do que meses atrás, nossa
aproximação foi o ponto auge para estarmos aqui agora.

Vejo seu rosto descer um pouco e olho para baixo quando seus lábios
encostam na minha barriga primeiro, ele me encara antes de descer mais um
pouco e eu mexo meu quadril de maneira inquieta.
Nate o agarra e me encara.

- Quieta, vou te fazer gozar primeiro antes de me enterrar em você -as


palavras atingem meu ouvido e a coloração nas minhas bochechas aumentam.
Certo, eu estava nervosa, mas também ansiosa.

Meu peito subiu e desceu de uma maneira mais rápida quando senti a
respiração quente bem no centro.

- Eu vou fazer tanta coisa com você... -ele sussurra e eu gemo


involuntariamente sentindo o hálito quente em cima do meu sexo, ele estava
me torturando.

- Nathaniel... -eu acho que estava quase implorando.

- Você vai gostar de todas elas, Mi bela.

Franzo o cenho com as última palavras mas não raciocinei direito porque
logo depois eu senti a boca ir diretamente em cima do meu clitóris inchado
sugando lentamente, meus dedos apertam o lençol dessa cama enorme e eu
suspiro alto com a sensação dos beijos que estou recebendo.

Nate aperta as mãos nas minhas coxas me trazendo mais para perto e eu sinto
meus pés sendo apoiados nas suas costas, sinto sua língua se mexendo para
cima e para baixo.

Eu o apertei com as minhas pernas recendo um tapinha na coxa, as abri mais


pouco.

Ele me penetra com a língua e um gemido alto saiu da minha garganta assim
que os dedos do meu pé direito se apertam nas suas costas mostrando o quão
entregue eu já estava para ele.

Passei a língua nos lábios e olhei para baixo me apoiando com os cotovelos,
o vi me chupando com vontade e joguei a cabeça para trás sentindo o bico
dos meus seios duros. Meus olhos se fecham por alguns segundos e eu meu
gemido saiu agonizante quando senti ele colocar os dentes no meu clitóris.
Meus cotovelos perdem a força e eu caio na cama novamente mordendo os
lábios com força tentando controlar o apetite sexual que eu adquiri.

Nate se afasta um pouco me fazendo olhar para ele, ambos ofegantes e eu


ainda sustento seu olhar por mais alguns segundos mas minhas costas saem
da cama quando eu sinto o tapinha em cima do pequeno ponto, droga.

Olhei para cima e eu quase gritei quando ele deu o segundo tapa me fazendo
gozar na mesma hora, virei o rosto para o lado sentindo a sensação boa nas
pernas e respirei fundo tentando controlar minha respiração.

O senti sair de onde estava e subir normalmente, uma mão se apoia na lateral
do meu corpo e a outra agarra meu rosto o virando até eu encara-lo.

Nate passa o polegar pelos meus lábios e eu mexo minha cabeça um


pouquinho na sua direção, ele sorriu pequeno. O mesmo suspira descendo o
olhar pelo meu corpo e depois volta parando nos meus olhos com luxúria e
confiança.

Ele se aproxima mais um pouco de mim.

- Tem certeza? Quando eu entrar em você, não pretendo parar.

Engoli em seco.
- Mas você vai parar uma hora, não é? -pergunto baixinho e ele sorri me
dando um beijo rápido.

- Infelizmente, não sou feito ferro -sussurra- Foi só modo de dizer.

- Oh, ok -dei um sorriso nervoso. Mas ele conseguiu me fazer relaxar


novamente quando me beijou mais uma vez, de uma maneira casta e
carinhosa.

Quando ele se afastou de mim eu respirei fundo umas três vezes esperando o
que eu tinha para sentir, Nate esticou a mão pegando uma camisinha na
pequena cômoda ao lado da cama e ficou de joelhos abrindo o pequeno
pacotinho.

Olhei para baixo vendo-o vestir o preservativo assim que tira seu membro
da cueca boxer. Ele me encarou depois disso, Nate volta a ficar em cima de
mim e eu limpei a garganta quando ele puxou meu quadril mais um pouco
para cima e suspirou.

- Nervosa?

- Sim.

- Eu também estou.

Ele colocou a mão nas minha bochechas novamente e colou a testa na minha.
O olhei nos olhos, sentindo toda a cumplicidade que temos.

- Eu quero que relaxe -sussurra e eu aceno com a cabeça. Fechei os olhos


lentamente sentindo seu membro massageando meu clitóris de uma maneira
leve, coloquei minha mão no seu pulso e ele apertou minhas bochechas mais
um pouco me mantendo firme no lugar.

- Eu vou foder você agora, Jones -ele solta meu rosto e eu puxo a respiração
quando o sinto entrando em mim lentamente.

Coloquei as mãos nos seus ombros e olhei em seus olhos vendo-os atentos a
qualquer expressão de dor que possa aparecer.
Ele entra mais um pouco e eu mordo o lábio olhando para baixo vendo seu
corpo quase colado no meu, o encaro de novo e ele se mexe novamente me
fazendo soltar um resmungo excitado.

Céus.
Eu não sei como explicar, mas eu precisava de mais.

O senti bem mais perto e ele apoia a mão ao lado do meu rosto, Nate me
beija contendo meu nervosismo e eu gemi alto quando ele entrou o que
faltava, senti a ardência e fechei os olhos dando um resmungo de dor em
seguida.

- Susie... -ele beija meu queixo subindo para os meus lábios- Tudo bem? Por
favor, abra os olhos.

- Dói -comento e ele passa a mão pelo meu cabelo suspirando.

- Já irá passar, olhe para mim -o encarei engolindo em seco- Serei


cuidadoso com você...sempre.

Sorri pequeno sentindo sua mão esquerda tomar meu pulso levando até o
lado da minha cabeça, Nate pega impulso se movimentando novamente e eu
forço a cabeça para trás sentindo sua pélvis roçar no meu clitóris
estrategicamente.

Senti a ardência de leve e fechei os olhos por alguns segundos.


Nate percebe e me dá beijos pelo meu rosto me acalmando, eu ouvia sua voz
sussurrando coisas doces para mim e eu me entreguei a ele, como sempre fiz.
Acho que nunca me senti tão conectada com ele como agora, não só pelo
sexo, mas... por tudo.

Mexi minha mão até ele entender e me soltar, coloquei ambas nos seus
braços quando ele faz mais uma vez lentamente.

Quando comecei a sentir prazer de verdade foi quando ele saiu de dentro de
mim e depois voltou devagar, os gemidos saíram da minha garganta e os
suspiros ofegantes que ele dá me excitam gradativamente.
Sua respiração se junta com a minha e eu mordi o lábio com a experiência de
fazer sexo pela primeira vez, minhas unhas acabam apertando seu braço e
Nate resmunga fazendo um pouco mais rápido.

Pisquei um par de vezes gostando do ritmo.

Olhei em seus olhos, e a confiança que ele me transmitia me fazia perceber


que tinha feito a escolha certa está noite.

Nate colocou minha duas pernas no seu quadril e eu movo minhas mãos mais
para as suas costas o sentindo duro dentro de mim.

Escutei ele dar um suspiro ofegante e percebi seu maxilar tenso, como se
estivesse lutando contra si mesmo, querendo fazer mais mas com medo de
me machucar sem querer.

Mordi o lábio com força o sentindo ir mais fundo e minhas costas saem da
cama quando ele muda a frenética rápida para algo mais lento porém forte,
escuto ele resmungar satisfeito e dou um gemido baixinho.

- Nate... -sua mão toca na minha cintura e fechei os olhos quando os dedos
deslizam pela minha barriga.

- Porra, você é tudo o que eu imaginei -dei um gemido manhoso quando sinto
seus dedos pressionando meu clitóris.

Caramba!
Eu vou desmaiar.

Seu rosto para no meu pescoço dando beijos quentes e eu olho para cima
enquanto ele ainda se mexia contra mim, era doloroso mas era...muito bom.

Apertei suas costas e olhei para frente vendo a linda vista da cidade
novamente, minhas unhas cravam na sua pele quando ele faz mais forte
arrancando o gemido alto da minha garganta.

Puxei a respiração novamente quando ele belisca meu clitóris me fazendo


delirar, o encaro quando ele coloca a mão no meu pescoço.
Seu corpo estava suado como o meu e tudo parecia misturado, trazendo uma
essência inédita para mim.

- Isso é bom... -sussurrei e vi ele sorrir para mim.

- Você ainda não viu nada.

Nate entrou em mim mais rápido e eu fechei os olhos com força, resmunguei
sentindo seu nariz roçar no meu e seu corpo se chocar a mim a cada
investida sua. Como isso consegue ficar melhor?

- Vamos, me dê o que eu quero -ele sussurra contra os meus lábios- Goze


comigo, Mi Bela.

Sentindo a frenética alucinante eu gozo minutos depois jogando a cabeça


para trás apertando suas costas, ele continua tocando meu clitóris me fazendo
gemer alto contra sua boca. Eram muitas sensações ao mesmo tempo.

- Nathaniel... -coloquei os dedos na cama apertando os lençóis com muita


mais força.

Ele parou de me tocar agarrando minhas mãos pondo acima da minha


cabeça, olhei em seus olhos e dei um suspiro de prazer enquanto ele ainda se
mexia dentro de mim.

Entendi porque as pessoas gostam tanto disso.

Depois de alguns minutos Nate gozou com a boca roçando na minha, seu
maxilar se apertou e ele fechou os olhos engolindo em seco depois.

Meu peito desce e sobe me deixando sentir seu coração batendo forte junto
ao meu, suas mãos ainda me seguram mas ele as desce pelo meu braço
parando no meu rosto, o encarei em êxtase.

Eu o sentia pulsar dentro de mim.

- Como se sente? -perguntou passando o polegar pela minha bochecha.


O fiquei olhando por uma eternidade, eu não queria que saíssemos dali. E
pela sua expressão, ele também não.

- Eu não sinto meu corpo direito.

Nate sorriu de lado.

- Oh, sinto muito.

- Sente nada, você está sorrindo.

Ele riu de verdade e eu revirei os olhos.

- Merda, Jones! Eu quero você de novo.

- O que? -coloquei as mãos no seu peito- Mas você...hum...o que?

- Estou brincando, você está exausta -ele beijou meus lábios várias vezes-
Vou deixá-la descansar, tudo bem?

Acenei com a cabeça, mas a verdade, era que eu já estava curiosa para saber
mais sobre o sexo. Pensei que minha primeira vez doeria mais um pouco,
pensei que eu sentiria uma dor infernal, mas entendo que isso é diferente
para cada mulher.

Fico feliz por não ter sido tão dolorido assim, foi o que pensei!

Nate saiu de dentro de mim e eu resmunguei de dor novamente, fechei as


pernas me deitando de lado um pouco.
Eu não conseguia me mover muito bem, e nem queria.

Ele sumiu da minha vista por alguns segundos mas aparece logo depois já
sem o preservativo apenas com sua cueca boxer preta ajeitada no lugar, Nate
se deita ao meu lado e minha visão que estava meio turva, vai piorando
indicando que meu sono está vindo, ele está certo, eu estava exausta.

Isso é bom
Mas cansa, parece que eu estava na academia.
- Venha aqui -sinto sua mão no meu braço e eu não faço nenhum movimento
apara ajuda-lo a me locomover.

Mas ele não precisou de ajuda para me colocar perto de si, apoiei minha
cabeça no seu peito assim como minha mão e suspirei sonolenta.

- Isso foi...perfeito -sussurrei olhando para frente tendo os olhos vidrados da


vidraça mostrando toda Nova York.

Ele ficou em silêncio deslizando a mão pelas minhas costas.

- Você acabou de invadir minha terra pecaminosa -ele sussurra e depois fala
em italiano baixinho: "Sono fottuto".

Senti sua mão no meu cabelo e fechei os olhos com o carinho dos seus dedos
que me ajudaram a dormir.

Fiz uma nota mental para pesquisar depois o que significa "Sono fottuto"

×××

SONO FOTTUTTO! = Estou fodido.

Minha nossa nossa nossa, aaaaa, eles tiveram a primeira vez juntos!!
Gente! Vocês tem noção que leram três fucking livros para chegar a esse
momento?! Entendo totalmente o carinho, amo todos os meus casais, e
eu amo vê-los se apaixonando 😍. Susie e Nate são o meu tudo.

Tentei fazer algo realístico mas também mágico, precisei escrever esse
cap três vezes pq não tinha como eu pegar inspiração da minha primeira
vez KSKSKSK foi uma merda! (Estou bem) então, tentei fazer o mais
especial possível .

Comente e vote!
Vou ser legal, ok? Vou postar outro capítulo hoje (estou sem estoque de
capítulo ksksksks mas vou postar)

Beijo, babys ❤.
56° capítulo

Susie

Meus dedos deslizam lentamente pela maciez do lençol enquanto minha


mente me forçava a abrir os olhos.

Quando finalmente fiz isso percebi que estava sozinha na cama, eu ainda não
me atrevi a olhar para ela e me deparar com a mancha de sangue da minha
virgindade agora inexistente.

Sorri de lado, eu sempre me lembraria disso com um sorriso no rosto.

Olhei para o lado percebendo que os abajures estavam desligados e apenas a


luz da lua iluminava tudo através da vidraça.

E foi exatamente lá que o vi.

De pé sustentando um copo na mão direita, lá estava Nate na frente da


vidraça sem qualquer peça de roupa olhando a cidade que nunca dorme, sua
respiração estava normal e a postura descansada mas com o mesmo ar de
superioridade de sempre.

As costas malhadas foi a primeira coisa que pegou meu olhar


completamente, logo depois foi a bunda bonita que tinha dois buraquinhos
logo em cima, seguindo o olhar eu parei nas pernas musculosas. Claro que
nunca vi muito homens sem roupas, mas aquele ali, parecia me dizer que era
o suficiente para o quesito beleza.

Percebo ele mexendo o copo levando até a altura do rosto e depois volta
deixando na posição anterior, é quando escuto um vibrar assim como ele
também escuta. O celular estava na sua outra mão, e eu não havia percebido
ele ali.

Nate olhou para a tela e suspirou alto antes de entender.

- Fala -sua voz estava rouca.


Me ajeitei na cama um pouco e fiz uma careta quando movi as pernas, meu
sexo latejou por alguns minutos me lembrando que eu ainda podia senti-lo
dentro de mim.

- Você está de brincadeira comigo? -perguntou.

Apoio o cotovelo na cama colocando minha mão na lateral do rosto para que
eu continue olhando para ele.

- Não, seu idiota. Eu não sei onde você colocou sua fantasia de fada.

Ri baixo colocando meu polegar nos dentes, Adam é uma figura.

- Eu sei que você não está chorando de verdade -Ele diz e eu posso imaginar
o drama do outro lado.

Encarei o pequeno despertador em cima da cômoda e vi que eram 4:12 da


manhã, mordi o lábio sabendo que teria de trabalhar na boate hoje.

- Adam, são quase 4:30 da manhã e você está me ligando para perguntar se
eu vi sua fantasia da Tinker Bell. Cara, ninguém faz isso -Nate fala antes de
beber um gole da sua bebida novamente.

- Não sei, porra. Ligue para Dylan ou para Peter -ele ficou em silêncio-
Como assim te bloquearam? Como faz isso?

Ele afastou o celular do ouvido e eu juro que escutei o palavrão que Adam
soltou do outro lado antes dele Nate por o celular perto do ouvido
novamente.

- Sabe quem deve estar acordada... -ele falou antes de soltar um riso- Emily,
ligue para ela e perturbe. Tem a Lisa, oh, ligue para Lisa! Quero muito ver
ela batendo em você.

- Ótima ideia! -escutei Adam gritar- E ela não vai me bater, ela me ama.

Ouvi a risada do outro lado e balancei a cabeça sabendo que ele ia ligar
para todos agora mesmo, Bell sabe ser muito insistente quando quer,
principalmente se for algo que ele está procurando e não está encontrando.
Semana passada ele me ligou as 22:00 da noite me perguntando se eu tinha
visto uma gravata com um monte de patinhas, parece que ela tinha que
passear com Mops alguma coisa assim.

- Não vou mandar beijinho para você -Nate fala- Não, não quero.

Ri novamente.

- Por favor! -Bell grita.

Nate suspira alto.

- Beijos, Adam. Eu amo você.

Abri a boca chocada!


Oh meu Deus, que lindo! Acabei rindo mais uma vez mas dessa vez foi alto
demais, vi seu rosto se virar e os olhos pretos me encararem por cima do
ombro.

Modelo de perfume me olha com tédio e depois encara a vidraça de novo


desligando a chamada, apoio minhas costas na cabeceira e cruzo os braços
vendo ele se virar para mim.

Nate bebeu todo o Whisky antes de caminhar até uma mesinha pequena,
pousou o copo ali e depois caminhou na minha direção com a expressão
normal.

Meus olhos me traíram tão rápido que até me assustei, fixei os olhos no seu
membro vendo poucos pelos pubianos e subi pelo "V" na cintura parando na
barriga definida.

Nate sentou-se perto de mim e colocou a mão no meu queixo levantando um


pouco me mantendo presa no seu olhar, ele sorriu e eu sorri de volta
pensando no que falaria.

O que saiu, não foi planejado:

- Então, namora com Adam a quanto tempo?


Comecei a rir dele que revirou os olhos.

- Engraçadinha!

Ri mais quando senti seus dedos nas minha barriga me fazendo cócegas
levemente por cima do lençol, agarrei seu braço tentando para-lo mas a
histeria estava aumentando.

- Para... -ri alto tentando bater no seu ombro- Aí...eu vou desmaiar.

Ouvi sua risada quando me arrastei pela cama sentindo a dor no centro das
pernas mas as cócegas a faziam quase inútil no momento.

Me mexi de uma lado para o outro até que o pior aconteceu, rolei tanto para
longe tentando me safar dos dedos que acabei caindo da cama indo direto
para o chão.

- Merda! -escuto ele praguejar e se aproximar um pouco mais me vendo no


chão rindo igual uma idiota.

- Doeu -comento risonha e ele ri baixo saindo da cama vindo até mim.

- Viu só? Isso que dá querer tirar uma com a minha cara -ele diz parando ao
meu lado.

- Era para eu estar me arrependendo? Porque eu não estou...

Ele me olha fingindo irritação e eu dei um gritinho baixo quando senti seu
braço passar por minhas pernas e o outro pelo meu tronco me tirando no
chão, agradeci mentalmente.

Não acho que conseguiria andar muito agora.

Ele me coloca sobre a cama e eu fechei os olhos momentaneamente para


sentir seus lábios encostaram nos meus de uma maneira casta.

- Ainda sente muita dor? -perguntou passando a mão pelo meu corpo
inclinado sobre mim.
- Por que? -perguntei entre beijos.

- Porque eu quero foder você de novo.

Senti seu dedo escorregando pela minha barriga e fechei os olhos com força
soltando um resmungo respondendo a sua pergunta, eu não estava pronta para
transar outra vez.

Ele escutou meu gemido de dor e afastou a mão parando de me beijar, Nate
me encara e suspira com um sorriso pequeno.

- Vai tomar alguns remédios depois -ele diz e eu balanço a cabeça


assentindo.

Nate basicamente se joga ao meu lado e eu ri baixo me virando para ficar de


frente para o mesmo, encarei seu rosto como a expressão de uma criança de
5 anos querendo pegar em um brinquedo proibido na loja.

Estiquei minha mão um pouco e coloquei sobre seu rosto deslizando para o
maxilar lentamente, senti a barba rala espetando meus dedos e sorri com
aquilo.

Até que ele colocou a própria mão em cima da minha parando com aquilo,
pensei que ele fosse me afastar já que esse tipo de ação não era de seu
costume mas ele apenas me puxou para mais perto.

Coloquei minha cabeça no seu peito e sua mão agarrada a minha também
pousou no seu peito, levantei o rosto um pouco para encara-lo e percebi que
ele encarava o teto em silêncio.

Até que eu falei algo, que fiquei ligeiramente em dúvida se deveria ter feito:

- Eu gostaria de conhecer você mais um pouco.

Ele me encara na mesma hora me fazendo apertar os lábios.

- Por que?
Mesmo tendo sua pele contra a minha, mesmo tendo suas mãos sobre mim, eu
ainda podia senti-lo distante de mim as vezes, como a lua é do sol.

- Você precisa ser desconfiado com todos?

- Sim.

- Até comigo?

Nate suspirou, me olhou por longos minutos até negar sutilmente.

- O que você quer saber? -pergunta.

- Como foi sua infância?

Ele piscou algumas vezes, pela expressão ele parecia se preparar para uma
conversa difícil.

- Minha mãe morreu no parto, já contei isso a você -ele diz e eu aceno- Meu
pai morreu 6 meses depois em um acidente de carro, foi o choque para toda
a família Venturelli, meu pai era o patriarca antes do Gregório "assumir" a
família -Nate fez aspas- Eu fui crescendo e sendo cuidado por algumas
babás mas sempre tive minhas tias perto de mim.

- Você se culpa? -fiz um carinho na sua mão com o meu polegar- Pela morte
dela?

- Isso... -ele largou a minha mão para passar no seu cabelo, mas depois me
agarrou de novo- As veze sim, só acho que...se ela tivesse a chance e
perguntasse; Você prefere viver e ficar com o amor da sua vida? Ou prefere
morrer e trazer uma criança para mundo? Ela escolheria a primeira opção
com certeza.

- Você não...

- Eu tirei a vida dela, tirei o grande amor da sua vida que morreu 6 meses
depois por estar destruído, por estar desolado e bêbado com a perca da
esposa, eu não fui suficiente para ele. E isso...é ruim para processar, mas aos
longos dos anos, eu tive o apoio necessário do resto da minha família, então,
estou bem.

Ele encarava o teto, tão sério e perdido nos pensamentos, o que apenas me
confirmarva que ele não estava bem como diz. Apenas...camuflado.

- Isso resulta o porque de você sempre querer...controle sobre tudo?

- Não.

- Não?

Ele balança a cabeça.

- Você sabe que não precisa se fechar, não sabe? Não precisa ficar sozinho e
enfrentar isso -toquei no seu maxilar virando seu rosto para mim, ele tinha a
expressão dura.

- Sempre foi eu por mim mesmo, eu descobri as coisas sozinho, eu faço as


coisas sozinho. Não tive a família clássica, não joguei futebol com o meu pai
e nem desenhei minha mãe para colocar o desenho na porta da geladeira.
Então, eu precisei me próprio guiar em muitas fases da minha vida, eu gosto
assim, não precisa se preocupar comigo.

Fiquei olhando para o seu queixo quando ele volta a olhar para cima.

Nate é tão difícil de lidar, mas eu não consigo não tentar desvenda-lo, a algo
dentro de mim que grita para eu ficar com ele.

- Alguém já...-ele me olha de novo vendo minha relutância- Já machucou


você? Você me disse isso uma vez.

Ele encara os detalhes do meu rosto.

- Todo mundo machuca alguém, Susie. As vezes sem perceber ou


intencionalmente, as pessoas só lidam de forma diferente quanto a isso.

- O que isso quer dizer?


- É a confirmação para a sua pergunta.

Oh, então estou certa.


Ele apertou minha mão que estava sendo coberta pela sua e eu passei a
língua nos lábios.

- Quando você me contou o que fazia com as mulheres...me disse que isso
havia acontecido desde que tinha vindo para Nova York -falei, me
lembrando no momento da praia a mais de um mês atrás.

- O que tem?

- Isso significa que não fazia esses contratos antes...

- Você é muito curiosa -resmunga me fazendo fechar a expressão.

- Como você ousa -finjo brigar com ele que sorri de lado.

- Jones, eu entendo que você queira me desvendar paar matar a sua cu...

- Eu só quero conhecer você, Nathaniel.

- Posso te contar coisas mais fáceis?

Sorri de lado concordando.

- Podemos retornar com coisas banais -ele acena satisfeito- Qual o tipo de
música que você gosta?

- Jazz e clássica.

- Whisky ou vinho?

- Vinho.

- Qual a cor que mais gosta? Sem ser cinza!

Nate apertou os lábios, ele demorou uma eternidade para responder! Não
acredito.
- Verde.

- Você fica bonito de verde.

- Você nunca me viu de verde.

- Eu não preciso -digo, um sorriso aparece no seu rosto.

Eu acho que passamos o restante da madrugada conversando, nos


conhecendo com perguntas banais mas que faziam total diferença para mim.

Eu estava feliz por ele estar me deixando entrar mais um pouco, isso deixou
meu coração mil vezes mais feliz.

×××

Menino Nate sofreu um pouquinho na infância, não foi fácil mas ainda
bem que ele tinha o resto da família para ajuda-lo.

Galerinha, vamo que vamo, próximo capítulo vamos conhecer Simon


Balis!! O rival dos Venturelli atualmente, bora que a história vai pipocar.

Vote e comente!
Até, babys ❤

Dia de postagem: Sábado e Domingo.


57° capítulo

Nate

2 dias depois...

Puxei a porta do restaurante para que eu pudesse entrar no local, meus olhos
checam tudo antes mesmo de eu dar os passos necessários até a mulher de pé
me aguardando.

Seus olhos castanhos me encaram quando eu coloco minhas mãos no bolso


da calça social preta.

- Mesa para dois? -pergunta descendo os olhos pelo meu peito que além de
estar coberto pela camisa social branca, tinha o colete preto por cima. A
única peça que faltava para concluir o terno de três peças, era meu paletó,
que eu não estava usando está tarde.

- Estou com Simon Balis -a aviso e ela acena com a cabeça me pedindo para
segui-la.

Simon tinha marcado esse reunião comigo ontem pela manhã, marcamos um
jantar nesse restaurante no centro de Manhattan para discutirmos negócios, o
que é apenas besteira, eu sei o que ele quer:

Me intimidar.

O vi na mesa mais distante do lugar e acenei com a cabeça para a mulher que
aponta para o bendito homem que não me deixava ver seu rosto por causa do
grande cardápio na frente, ela se vai em seguida e eu puxo a cadeira me
sentando a sua frente.

- Nathaniel...

Levanto o olhar para ele que abaixa o cardápio pondo em cima da mesa.
Simon vestia um terno completo de uma cor marrom elegante que até
combinava com ele, olhei para o seu rosto vendo as poucas rugas perto dos
olhos castanhos e depois desci pelos os ombros, Simon tinha um corpo
atlético e não era tão velho como algumas pessoas pensavam que ele era.

- Em carne e osso -falei apoiando os braços na cadeira.

- Como você está? Soube que têm Melborn na palma da mão -ele me lembra
do investimento milionário que consegui a alguns dias.

- É, eu tenho. Está indo tudo bem -comento vago.

- Sério? -ele cruzou os dedos em cima da mesa- Não precisa mais de mim
então?

- Eu adoraria que a resposta fosse outra, mas infelizmente não é -suspirei-


Sim, ainda precisamos de você.

Simon sorriu de lado.

- Eu sei, e agradeço o presente que me deu. É ótimo ter um taco de golfe


autografado pelo melhor jogador do mundo.

Aquilo foi caro,


Caro para caralho, mas foi bom ter seguido o conselho de Susie sobre dar
algo mais especial. Por um momento, até pensei que tinha conseguido dobra-
lo, mas com a chegada de Kevin em N.Y...tudo deve ter balançando.

- Simon -coloquei os cotovelos na mesa- Eu não sou uma pessoa de ficar


enrolando nos negócios, eu não tenho paciência para qualquer joguinho que
você estiver afim de fazer, eu já lhe dei o contrato com as empresas da minha
família e expliquei como tudo ocorreria. Se fizermos isso, vamos ser as
pessoas que mais tem influência em toda a América, vamos superar os
Foster's.

- Sua família já superou os Foster's, o contrato que vocês tem com eles...é
ridiculamente esperto -ele cruzou os braços se encostando na cadeira
novamente- Ninguém mais fala deles, vocês roubaram toda a merda da
atenção.

- Continuam uma família poderosa.

- Escute, garoto -Simon suspira- Eu sei o que vocês Venturelli fazem, são a
família mais inteligente que eu já conheci, eu admito isso...

- Mas?

- Mas vocês são a porra de um calo no pé de todo mundo.

Revirei os olhos.
Apenas somos bons no que fazemos.

- Isso não é motivo para não tentar rever a proposta. O que impede?

Simon suspira.

- Meu orgulho talvez.

- Isso tudo apenas me diz que você está com medo de nós -provoco.

Ele riu.

- Eu não tenho medo da sua família, sou mil vezes maior do que vocês.

Isso era verdade, eu até pensei por um momento que Simon tinha superado
Peter Ross. Os dois competem na Forbes, e eu sei que não vai demorar muito
para Simon roubar o lugar de Peter.

- Por que me chamou aqui, Simon? -perguntei de uma vez.

- Porque eu quero que você -apontou para mim- Dê a notícia para todas as
pessoas que tem o sangue da família correndo pelas veias, eu quero que você
chegue com os seus queridos primos e tios e diga, em alto e bom som a
seguinte frase:
Fiquei olhando fixamente para os seus olhos castanhos que estava cobertos
de fúria, é claro que ele ainda nos odeia...jamais vou conseguir mudar isso.

- Simon Balis, vai nos destruir -ele fala a porra da frase e depois dá um
sorriso de lado quase diabólico.

- Isso tudo porque eu fui melhor do que você anos atrás? Somente porque eu
consegui um negócio bilionário na sua frente?

- Minha briga com a sua família é antiga, garoto. Sou do tempo em que
Carlos Mendoza e Gregório Venturelli ainda estavam iniciando a
amizade...do tempo em que você ainda estava bebendo sua primeira
cerveja...não tente competir comigo, Nathaniel, você vai perder.

Sorri de lado.

- Isso é divertido, Simon -falei o fazendo levantar uma sobrancelha.

- Posso saber por que?

- Ora, é claro que sim.

Me ajeitei na cadeira antes de cruzar os braços.

- Eu estava errado sobre você -digo e ele me olha com tédio suspirando- Sua
sagacidade te trouxe até aqui, te trouxe para o maior patamar que um CEO
poderia ter, mas...apesar de toda essa sua esperteza, você é claramente um
idiota.

Simon aperta o maxilar.

- É mesmo?

- Claro que sim, veja, vou dizer os motivos -expliquei a ele como se eu fosse
o professor e Simon a criança do Jardim de infância.

- Você está brigando agora com a nova geração da minha família. Pessoas
diferentes e com mentalidades diferentes, mas aí nessa sua cabecinha ainda
acha que está lutando com meu tio e meu pai...que morreu a décadas atrás -
suspirei- Bom, você não está.

Ele semi cerrou os olhos.

- Ao invés de ver vantagem nisso, você apenas vê ódio...apenas quer nos


machucar ao invés de tirar proveito de tudo o que podemos oferecer. E é por
isso, Simon Balis, que você é um completo idiota.

Suspirei.

- Você não é esperto, você não é inteligente o suficiente para competir com a
minha família. Você é sim, o homem mais rico atualmente, mas não vale de
nada se você não sabe pensar e calcular o que vai fazer, felizmente, isso é
ótimo para mim -falei vendo ele silêncio digerindo minhas palavras com um
gosto amargo provavelmente.

- Você é o mais inteligente da sua família, Nathaniel. Seria ótimo trabalhar


com você -ele sorriu pequeno- Mas por agora, eu me contento com Kevin,
quando eu tomar tudo o que vocês tem, eu posso tentar convence-lo a deixar
você trabalhar para ele quem sabe. Aposto que você sabe servir cafézinhos.

Apertei o maxilar ficando puto pela primeira vez desde que me sentei nessa
cadeira, é claro que aquele babaca estava contra nós, eu só precisava da
confirmação.

- Deixe-me adivinhar, ele rastejou até você.

- Como um bom animal de estimação -Simon fala.

- Balis, eu irei falar uma última vez. Se junte a nós, não deixe o ódio tomar
conta do seu peito -pedi com o rosto sério.

- Você não sabe nada sobre ódio, garoto. Eu perdi tudo o que eu tinha a mais
de 20 anos atrás, nada vai poder me trazer de volta, e no momento...ódio é a
única coisa que habita em meu peito.

Simon se levanta da cadeira abotoando o terno marrom, o segui com o olhar


vendo suas mãos entrando no bolso da calça.
- Você está cometendo um erro -digo.

- Não vai falar isso quando todos vocês estiveram se afogando na lama,
espere meu próximo passo, Nathaniel. Porque ele virá.

Balis saiu da minha frente passando pelo lado me deixando com mil e um
pensamentos, com várias sensação de impotência...e acho que me senti
realmente vulnerável no mundo dos negócios pela primeira vez.

Bati o punho na mesa tentando controlar o ódio que estou sentindo por esse
babaca.

Algumas pessoas me olham pela ação mas eu não me importo, me levantei da


cadeira andando para fora do restaurante.

(...)

- Eu...odeio aquele cara! -esbravejo.

Encarei os três que estavam sentados no sofá da minha sala enquanto eu ando
de um lado para o outro meio alterado.

- O que vamos fazer? -Adam pergunta pegando um salgadinho e levando até


a boca.

- Contra atacar? -Dylan pergunta.

- Apesar de eu não ter o sobrenome poderoso e nem nada -Peter balança as


mãos- É óbvio que irei ajuda, sou da família também.

- É claro que é, cara -Dylan abraça Pan de lado- Você é mais da família do
que eu.

Pan fez uma expressão meiga.

- Oh, sério? Que legal, cara -Peter passa a mão no ombro dele e os dois se
abraçam apertado, logo depois Adam abraça eles também e eu fico olhando
aquilo com uma sobrancelha erguida.
- Desculpe, meninas apimentadas -chamei atenção dos três- Podemos fazer
um plano ou a sessão de beijos ainda vai continuar?!

- Calma, você está surtando -Adam aponta para mim- Come um salgadinho.

- Eu não quero salgadinho, Bell. Eu quero saber o que fazer! Eu não fico
vulnerável assim a anos! Não suporto essa merda.

- Nate, vamos virar o jogo, sempre viramos -Dylan fala- Além do mais,
Kevin está com Simon, sabemos onde ele vai atacar.

Franzo o cenho.

- Onde? -Pan pergunta.

- Em mim óbvio -Dylan diz- A primeira empresa que eles vão tentar
derrubar por aqui, vai ser a que eu comando, anotem isso.

Porra, mas é claro! Kevin odeia a Batgirl mais do que o resto da família.
Certo, eu posso pensar em uma tática.

- Realmente, na verdade, já tenho algumas ideias -Adam sussurra pensativo.

- Está mais calmo? -Pan pergunta me encarando.

- Mas é claro não, você realmente acha que eu vou ficar calmo?! Tem um
maluco lá fora querendo derrubar a minha família, jogar as pessoas que eu
amo para debaixo do tapete e você acha que eu vou ficar...

Parei com a minha leve irritação quando a porta da minha sala foi sendo
aberta lentamente, minha expressão dura e fechada foi se suavizando quando
eu vejo Susie passando pela porta como a merda de uma anjo.

Ela usava um vestido branco que era colado ao seu corpo, as botas pretas
vinham até seu joelho e uma jaqueta jeans clara a esquentavam, seu cabelo
estava solto mas ela tinha um gorro azul na cabeça.

Ela olhou primeiro para os meninos sorrindo e depois para mim, seu sorriso
aumentou e eu a acompanhei com olhar quando seus passos vieram na minha
direção.

- Oi -ela me cumprimenta e eu acabo sorrindo me virando para ela.

- Oi -coloco minha mão no seu rosto a trazendo um pouco para perto apenas
para plantar um beijo rápido nos seus lábios.

Sei que a gangue está bem ali, então vou evitar joga-la na minha mesa.

Fazem dois dias desde que estávamos no Empire State onde eu tive uma das
melhores noites da minha vida, as cenas que eu vi não saiam da minha
cabeça com facilidade, e eu já estava ansioso para ficar sozinho com ela de
novo.

- As meninas passaram aqui para buscar os três, decidi ver você rapidinho e
chamá-los -comenta.

- Você está totalmente autorizada a aparecer aqui mais vezes, por favor, faça
isso -falei colocando meus braços em volta da sua cintura, ela sorriu presa
aos meus olhos como eu estava nos dela. Parecia que tudo a nossa volta tinha
sumido.

- Bom, eu farei -suas mãos deslizam por cima do meu peito como ela sempre
faz- Mas eu tenho uma aula de culinária agora, nos vemos amanhã?

- Por que não hoje à noite?

- Eu trabalho hoje.

- Diga que está doente.

- Não sei se você sabe, mas meus chefes estão bem ali -Susie apontou com o
dedo e eu virei o rosto para ver os três com a boca aberta totalmente
chocados, Adam tinha um salgadinho na boca, Peter parecia estático e
Dylan...eu acho que ele estava chorando de emoção.

- Eles não vão se importar.


- Mas eu me importo, nos vemos amanhã, tudo bem? -perguntou me deixando
com um bico irritado.

Logo algo passou pela minha cabeça.

- Aula de culinária? Onde têm aquele professor filho da puta? -franzo o


cenho.

- Eu troquei de turma, não o vejo mais. Não me senti mais confortável depois
do comportamento dele comigo.

- Ótimo, me ligue qualquer coisa -falo e ela concorda se inclinando me


dando um beijo de despedida.

Sorri vendo-a se afastar um pouquinho, ela olhou para os meninos e os


chamou para ir embora.

- Nós...hum...já vamos, minha doce Susie -Adam fala e ela franze o cenho
mas concorda saindo da minha sala.

Olhei para os três que encaravam a porta sendo fechada, quando isso
acontece, eu dou até um passo para trás vendo eles gritando eufóricos como
se tivessem ganhado um globo de ouro ou algo do tipo.

- 300 mil dólares que Nate vai falar que ama ela primeiro! -Dylan grita e eu
arregalo os olhos.

- Meio milhão de dólares que Susie vai chutar a bunda dele -Peter grita e eu
até penso em jogar minha agenda de cima da mesa em seu rosto.

- NÃO! Não! Vocês estão fazendo a aposta errada -Adam passou a língua nos
lábios para limpar o resto do salgadinho- A aposta certa é: quanto tempo
vocês acham que vai demorar para o Nate se vestir de branco no casamento
com a Susie!

- Vão para o inferno -falei.

Os três começam a gritar e pular em cima do meu sofá parecendo muito


contentes com essa merda, me sentei na minha cadeira e balancei a cabeça
ouvindo eles cantarem "I wiil Always Love You" de Whitney Houston.

Depois do show os três vem correndo na minha direção parando na frente da


minha mesa, um sorriso estava no rosto de cada um. Até no de Peter, mas sei
que ele também gostaria de me dar um soco, Susie é extremamente
importante para ele.

- Certo, vamos a listinha? -Adam pergunta.

- Vocês não tem que ir embora? -pergunto com tédio.

- Rufem os tambores -Adam pede e os meninos começam a bater os dedos na


minha mesa tentando imitar o som, apenas tentando.

- Primeira coisa, você sente falta dela? -Dylan me pergunta e eu franzo o


cenho.

- Que lista é essa? -perguntei.

- É a listinha que criamos para saber se alguém está se apaixonando -Peter


explica- Responda as perguntas.

Revirei os olhos e depois concordei, só assim eles iriam embora mais


rápido. Eu espero.

- Você sente falta dela quando ela está longe? -Dylan pergunta novamente.

- Hum...ás vezes.

- Somente sim ou não -Adam levanta o dedo e eu suspiro.

- Sim -falei, os três sorriram.

- Quando você a vê, seu coração dispara? -Peter pergunta.

- Estou começando a achar que vocês são adolescentes, ou crianças! -digo e


eles reviram os olhos me mandando responder.

- Não -respondo.
- Vai lá, Dylan -Peter fala e eu vejo Dylan dar a volta na minha mesa
parando bem na minha frente, ele se aproxima de mim e fica me encarando
no fundo dos olhos, fiquei até assustado um pouquinho.

- Responda a pergunta de novo -Dylan fala.

- Meu coração não dispara quando eu a vejo -falo vendo a Batgirl semi cerra
os olhos.

Isso durou 10 segundos da minha vida.

- Ele está mentindo -Dylan fala e eu abro a boca incrédulo.

- Não estou nada!

- Nate? Vamos -Adam abre os braços- Somos seus melhores amigos, diga a
verdade.

Passei a mão no meu cabelo e suspirei alto.

- Certo, as vezes isso acontece, mas não é com frequência! -falei e os três se
entreolham em silêncio.

- Tudo bem, vamos embora, mas! Voltaremos com mais perguntas


futuramente, fica esperto -Pan aponta para mim e eu mostro meu dedo do
meio.

- Tchau -apontei para a porta e Peter e Adam me deram as costas me


xingando baixinho, idiotas.

Olhei para Dylan que estava com as mãos juntas perto do rosto parecendo a
Monica quando cuida das plantinhas dela.

- O que?

- Nada, só estou feliz -ele diz e eu olho para a minha mesa.

- Imagino.
- Isso é ótimo, você sabe, certo?

Encarei seu rosto novamente, o rosto do cara que sabe meus segredos mais
profundos, eu não conseguiria mentir para Dylan se ele me perguntasse
qualquer merda.

- Eu estou bem, como não ficava a muito tempo -falo e ele levanta os braços
comemorando- Agora vai embora! Preciso pensar no Balis.

- Tchau, cara -ele estende o punho e eu bato o meu, fazendo punho e punho se
chocar- Não vá se afogar na sua poça de paixão.

Ele correu para fora quando eu ameacei me levantar da cadeira para ir até
ele.

Sorri de lado, mas depois fui focando no meu trabalho.

Preciso de um bom plano.

×××

Como diria meus filósofos Jorge&Mateus: "Eu sigo te amando, e todo


mundo sabe" Eeeeee brincadeirinha! 😏 Já fizeram a listinha para saber
se está afim de algum desgraçado(a)? Nem faço para não ficar triste 😂.

Simon Balis, Pessoal!


Teorias? Hum...

Vote! E comente!
Até, babys ❤ .
58° Capítulo

Susie

Dia seguinte...

Uma,
Duas,
Três.

Apertei a tecla do piano três vezes seguidas tentando me lembrar de uma


música que não tocava a tempos. Mas amava.

- Vamos! Cérebro...funcione -sussurrei tentando me lembrar, e até que deu


certo porque me lembrei de algumas partes.

Toquei no piano me sentindo vitoriosa mas rápido o sentimento muda para


frustração porque eu esqueci o resto.

Minhas horas estavam assim ultimamente, eu parecia estar drogada, ou


ridiculamente aérea. As coisas fugiam da minha mente com facilidade e eu
sabia muito bem porque.

Na verdade, por quem. Eu me via tendo uma primeira vez digna, calma e
romântica. Mas eu só não sabia que eu teria tudo isso multiplicado a 100, as
imagens daquele lindo quarto, das velas, das pétalas e do cheiro do seu
corpo ao meu não saem da minha cabeça.

Mordi o lábio com um sorriso idiota apoiando as mãos no piano.

Naquele dia, quando amanheceu, Nate e eu tomamos outro banho de banheira


e rimos tanto que eu saí de lá com as bochechas doendo, tomei remédios
quando Ronaldo, o amigo de Nate, trouxe para mim.

Esse foi um passo enorme não só para mim mas para nós dois, tudo parecia
estar...mais forte, muito mais intenso eu diria. Eu gostei de cada minuto.
- Opa, você está iluminando todo o local com esse sorriso aí.

Me despertei da bolha de pensamentos que eu estava criando e ajeitei


minhas postura olhando para o lado.

Não demorou muito para o rosto ser conhecido por mim, os olhos castanhos
quase pretos me encaravam com curiosidade, e dessa vez, ele não estava de
terno, apenas usava uma calça jeans com um suéter azul escuro.

- Kevin -apontei para ele- Certo?

Ele sorriu de lado.

- Em carne e osso -ele estende a mão para mim- Susie Jones?

- Isso.

Agarrei sua mão dando um aperto fraco e rápido a soltei quando ele se
aproximou apoiando o tronco no piano encarando meu rosto por alguns
segundos.

- Sabia que seu nome não me é estranho? Eu acho que já ouvi alguém falar,
só não consigo me lembrar quem -ele diz, sua barba estava por fazer e o
cabelo castanho meio bagunçado. Ele era bonito.

- Bom, eu nunca ouvi falar de você. Mas...

- Mas, isso não é importante. Nos conhecemos agora -ele diz, meu sorriso
saiu simpático.

- Bom, você entende de músicas clássicas, certo? -pergunto.

- Certamente -concorda.

- Me diga se lembra o nome dessa...

Tentei recuperar na minha mente a bendita música e olhei para as teclas antes
de pressiona-las para sair o som que quero.
Kevin encarou meus dedos primeiro e depois fechou os olhos realmente
tentando lembrar a música para mim, continuei tocando até onde lembrava, o
que não durou muito.

- Eu só lembro até aqui -falei, ele me olhou jogando a cabeça um pouco para
o lado.

- Certo, eu acho que lembro.

Kevin se aproximou sentando-se perto de mim e eu pisquei um par de vezes


quando ele colocou os dedos para dar continuidade na música.
Ele começou ainda explorando mais as teclas e depois pareceu se lembrar
completamente de como tocá-la.

Levantei uma sobrancelha vendo de que depois de alguns minutos ele tinha
conseguido reproduzir o que eu não conseguia me lembrar.

- Essa é de Ludovico Einaudi -ele diz e eu abro a boca me lembrando


rapidamente, é claro- Essa é ótima, como pôde esquecer essa, acho que
estava muito distraída, Susie?

Eu acho que minhas bochechas esquentaram porque ele franziu o cenho


parando de tocar.

- Tudo bem? Você ficou vermelha, está passando mal?

Aí meu Deus,
Que vergonha.

- Não, não é isso. Eu só...-balancei a cabeça.

- Você estava corando? -ele pergunta e depois um riso sai da sua boca-
Cacete, faz tempo que não vejo uma mulher corar.

Oh, eu faço isso com frequência na verdade. Não gosto muito, mas não
consigo evitar.

- Pois é, desculpe -ri baixo- Eu estou bem.


Voltei a tocar sentindo seu olhar no meu rosto e por canto de olho vi um
sorriso pequeno, ele provavelmente está me achando louca.

- Você trabalha aqui? -pergunto, tentando quebrar o gelo, porque ele apenas
me encarava.

- Não, sou... amigo do dono -explica.

- Simon Balis, certo?

- Isso mesmo -ele sorriu- O conhece?

- Só de vista, mas nunca conversei com ele.

Eu já tinha concluindo meu trabalho aqui, eram quase 19:00 da noite e hoje
eu não iria trabalhar na boate, essa quarta está sendo usada para inspeção e
abastecimento de bebidas, Dylan e Peter tem uma equipe própria para isso.

Depois que saísse daqui eu iria direto para o meu apartamento esperar por
Nate, na verdade, eu acho que ele viria aqui primeiro para me buscar.

- Desculpe a intromissão, mas você parece... diferente -Kevin chama a minha


atenção e eu franzo o cenho o encarando.

- Como assim?

- Não sei, só vi você uma vez, mas agora parece tão...radiante? -ele riu.

- Só estou feliz, domingo foi meu aniversário. Meu amigos me prepararam


uma ótima surpresa.

- Domingo? Oh, feliz aniversário! -ele diz e eu pisco um par de vezes


quando ele simplesmente me abraça, seus braços me apertaram fortemente e
eu o abracei de volta timidamente.

- Obrigada -falei, seu cheiro era uma mistura de baunilha com um algum tipo
de colônia, eu podia sentir sua barba roçando no meu cabelo e sorri fraco
quando me afastei um pouco.
Ele sorriu de lado.

- Então, o que ainda faz aqui? Aquela festinha particular que Simon faz já
acabou?

- Na verdade já, eu só estou esperando...

Parei de falar quando meu celular apitou no meu bolso, pedi um minuto a ele
e peguei meu celular vendo a mensagem estampada.

"Modelo de perfume"
Estou na frente do prédio, traga essa franja bonita para cá"

19:06

Sorri de lado antes de responder e encarei Kevin em seguida que tinha mais
um pouco de curiosidade no rosto.

- Eu preciso ir -falei me levantando do banco- Foi ótimo rever você, Kevin.

- Você...tem namorado? -ele pergunta direto e eu entre abro os lábios


pegando minha mochila pequena do chão.

Eu não tinha um namorado, mas não é como se eu não tivesse saindo com
ninguém, eu tinha um... acordo. Suspirei ao lembrar disso.

- Não tenho -respondo- Mas...olha, é complicado...

- Complicado -ele assente- Ok, não quero me envolver com coisas


complicados, elas sempre acabam mal no fim.

Fiquei olhando para Kevin por alguns segundos pensando no que ele disse,
mas depois balancei a cabeça colocando minha mochila nas costas. Acenei
com a cabeça antes de sair caminhando para fora da empresa Balis.

Saio do prédio sentindo a brisa fria me atingir de imediato, o inverno já


estava se intensificando o que significa que eu fico encolhida no meu sofá
vendo os programas de comédia usando um grande suéter de rosquinhas.
Caminhei um pouco procurando por ele e até que não demorei a acha-lo,
Nate estava perto do seu carro do outro lado da rua com os braços cruzados
enquanto seu corpo estava encostado no capô.

Sorri de lado andando na sua direção, olhei para os lados antes de


atravessar e me aproximei o suficiente para ser notada.

- Com licença, eu estou procurando um homem alto, cabelo preto, e o olhos


da mesma cor... -falei vendo-o levantar uma sobrancelha mas com um sorriso
pequeno no rosto.

- Não, não vi. Preciso de mais informações, por favor -pediu.

- Claro, ele geralmente usa um relógio prateado do tamanho da minha mão -


levantei a mesma e Nate juntou as sobrancelhas tocando no próprio relógio
em seu pulso- Quando você olha para ele, parece que ele te vai matar só com
um olhar, mas na verdade, ele toma suquinho de caixa escondido. Do Detona
Halph ainda!

- Como você sabe disso?! -ele aponta para mim- Meu Deus, Jones!

- Eu tenho um bom espião -dei de ombros, eu acho que ele estava quase
corando, eu disse quase.

- Vou bater no Adam, estou avisando -fala me fazendo rir alto quando me
puxa pelo braço colando meu corpo no seu.

Olhei para os seus lábios primeiro e depois subi para os olhos pretos que me
encaravam fixamente, Nate se aproximou um pouquinho e eu pensei que ele
fosse me beijar mas ele parou antes.

Entre abri os lábios esperando, e percebi ele encarando meu pescoço


subindo para a minha boca, Nate levantou o queixo um pouco fazendo seus
lábios quase tocarem os meus, mas o filha da mãe apenas sorriu vendo a
minha expressão insatisfeita quando isso não aconteceu.
E
u ia virar o rosto mas ele colocou a mão no meu maxilar me impedindo, logo
depois fechei os olhos quando senti seus lábios colando nos meus, minhas
mãos foram para a sua nuca e eu ri quando ele se afastou de mim.

- Por que você não gosta do meu relógio?!

- Eu não falei isso!

- Meu relógio!

Reviro os olhos, Nate sorriu pequeno beijando minhas bochechas algumas


vezes. Coloquei minhas mãos nos seus ombros quando me lembrei de algo,
fiquei pensando nisso o dia todo, mas tinha tanta coisa para eu pensar que
acabei esquecendo.

- Oh, eu tenho uma pergunta para você -aviso e ele acena.

- Quer saber para que serve bolinhas de pompoar?

- O que?

- O que? -ele se faz de desentendido e eu franzo o cenho.

- O que é isso?

Nate apertou os lábios e eu continuei com a minha curiosidade aguçada, mas


ele apenas balançou a cabeça.

- Eu explico para você depois, faça a sua pergunta.

- Certo... -semi cerrei os olhos vendo-o sorrir de lado.

Cruzei os braços na sua frente e ele fez o mesmo me encarando com a


expressão normal, mas isso vai mudando quando eu faço a minha pergunta a
ele.

- Você me chamou de "Mi Bela" quando estávamos no Empire State?

Ele franziu o cenho e fingiu coçar o nariz por alguns segundos.


- Eu não me lembro disso não.

- Nate!

- Ok -ele toca nos meus braços- Eu posso meio que...ter dado um apelido
para você, mas...

Sorri abertamente e ele parou de falar.

- Diga para mim.

Nate levantou uma sobrancelha.

- O que? Por que?

- Por favor!

Ele passou a língua nos lábios passando a mão no cabelo o ajeitando um


pouco. Fiz uma expressão debochada sabendo que Nate está enrolando,
óbvio que admitir que o mesmo tinha me dado um apelido parecia que ele
estava me dando esperanças onde não tinha, acontece que, pela sua
expressão, ele não acredita muito nisso mais.

- Certo, se eu fosse uma pessoa ruim, eu diria para Dylan que você está
tomando suco de caixinha do Detona Ralph -saio da frente dele indo para a
calçada- Mas como eu sou uma pess...

Eu não consegui terminar a minha fala porque escutei seu grunhido alto e
logo depois ele me puxar pelo braço com tanta força que me fez resmungar
de dor, me choquei com o seu peito e escutei os gritos altos das pessoas
pelas ruas, um cara corria com velocidade segurando uma bolsa branca com
dois policiais atrás dele.

Quando o bandido passou quase me atropela mas Nate tinha acabado de me


puxar antes que ele o fizesse.
Eu estava ofegante vendo os policiais apertando o passo na perseguição.

Minha nossa, Nova York!


Senti mãos quentes no meu rosto e encarei Nate vendo-o com a expressão
séria.

- Você está bem, Mi bela?

Dei um sorriso ofegante e concordei mordendo o lábio, ele me beijou em


seguida e eu suspirei escutando o barulho dos nosso beijos.

- Vamos embora? Eu quero entrar em você de novo -ele sussurra me fazendo


apertar sua camisa de leve.

- Vamos, mas antes...

- O quê?

- Eu quero comer hambúrguer.

Nate levantou uma sobrancelha e virou o rosto quando eu apontei para uma
lanchonete não muito distante.

Ele suspirou deixando os ombros caírem em derrota, mas tinha uma


expressão suave.

- Vamos -o puxei pela mão.

- Por que você não gosta do meu relógio?!

- Eu não falei nada disso!

×××

Porra! O relógio dele!


KKKKK não é como se ele ficasse como Faustão nem nada... .

Prontos para saber mais sobre Susie Jones? Vamos seguindo, babys! 😍.
Temos fortes acontecimentos pela frente.

Deixe seu voto!!!


Obrigada, até amanhã ❤.
{Kevin Venturelli}
59° capítulo

Susie

Todo meu corpo gritava para fazer isso, mas a minha mente me dizia o
contrário.

Era como se fosse um dilema, ele estava pegando uma coisa que era minha,
uma coisa que não divido e não posso deixar acontecer, é o meu pecado mais
profundo.

Acabei sendo vencida pelo meu corpo e estendi minha mão batendo na sua
com pouco de força quando ele fez menção de roubar minha batatinha.

Nate abriu a boca chocado, eu tinha uma expressão séria. Porque isso era
muito sério!

- Não faça isso, Nathaniel.

- Você me bateu?! Eu não acredito -ele olhou em volta meio alarmado, como
se procurasse ter certeza se mais alguém viu isso.

- Você estava pegando algo meu que...

- Eu não acredito! -ele começou a rir e eu franzo o cenho- Existe algo que
Susie Jones não gosta de dividir além do sorvete!

Revirei os olhos.

- Meu Deus, é o seu lado mal? -ele perguntou ficando sério- Emily me disse
que você tem duas personalidades...

- Eu não tenho duas personalidades.

- Jones, você acabou de me bater no meio do restaurante, o barulho do seu


tapa mortal chamou atenção das pessoas, seus olhos estão quase
transbordando ira, e seu nariz está vermelhinho -ele sorriu- Essa é a Susie
malvada.
- Nate? Eu só não dividi a batatinha com você...

- Você vai?

- Não -falei rápido vendo-o levantar a sobrancelha em seguida.

Meu Deus...

Nate cruzou os braços sem encostando na cadeira do restaurante que tinha a


cor mostarda, os pratos eram vermelhos e os cardápios tinham o personagem
que a hamburgueria inventou, ele consistia em ter um avental branco meio
sujo de gordura e um chapéu de um time de futebol americano.

- Há mais alguma coisa sobre esse seu lado que eu precise saber?

- Não -dei de ombros- Nada com o que se preocupar.

Ele semi cerrou os olhos quando eu peguei uma batatinha levando até a boca,
sorri em seguida e voltei a pegar meu hambúrguer para devorá-lo.

Voltamos a comer depois da cena da batatinha, que eu pensei por um


momento que ele chamaria a polícia, e conversar mais um pouco. Até que
entramos em um tópico que me deixou intrigada.

- Você...gosta do seu emprego naquela empresa? -perguntou.

Passei o guardanapo no canto da boca.

- Gosto, posso tocar piano lá -explico.

Nate concordou pegando sua coca dando alguns goles antes de voltar a me
encarar.

- Você não se importaria...seu eu acabasse com o seu trabalho, certo? -ele


perguntou calmo e eu levantei uma sobrancelha.

- Do que você está falando?


- Balis é o nosso inimigo agora, vamos fazer de tudo para derrubá-lo e se
conseguirmos isso, significa…

- Que eu vou perder meu emprego -completo e ele acena.

- Sim, mas...você pode tocar em outros lugares.

- Como por exemplo?

- No meu apartamento? -pergunta sugestivo.

Ri alto me encostando na cadeira e ele sorriu apoiando os cotovelos, Nate


estava na minha frente mas não tão distante já que a mesa não tinha muito
comprimento.

- Bom, senhor Venturelli -suspirei fingindo dar uma notícia impactante- Você
está autorizado a acabar com o meu emprego.

- Sério? Obrigado, muito gentil da sua parte -ele colocou a mão no peito, ri
baixo- Posso contratar você para tocar no meu apartamento?

- 500 dólares por hora.

- 500 dólares? Cacete! -ele reclama.

- É o meu valor -digo com um sorriso pegando o copo de coca cola em cima
da mesa.

- Certo, então eu vou dispensar essa -ele passou a mão no cabelo- Acabei de
lembrar que não transo com funcionários, e eu pretendo continuar transando
com você. Muito.

Ele sorriu de lado enquanto eu apertava meus lábios balançando a cabeça,


suspirei pressionado meu copo com um pouco mais de força. Fiquei surpresa
quando não corei tão forte, a pequena provocação não me envergonhou,
apenas acendeu alguns pontos na minha cabeça que me levou direto para
aquela noite.
- Bom, é uma pena. Eu sei tocar Beethoven -aponto para ele que suspirou
fingindo lamentar.

Paramos de nos encarar quando a garçonete vestida com um uniforme


listrado retirou os copos de água que havíamos bebido mais cedo. Depois de
dizer que estávamos bem ela se foi para atender outras pessoas.

- Sua mãe que ensinou tudo o que você sabe sobre música? -ele pergunta
passando a língua nos lábios depois de dar uma mordida no seu lanche.

- Sim, desde de pequena ela me ensinava. Quando fui ficando mais velha eu
que descobria novas músicas e ensinava a ela -suspiro nostálgica-
Aprendemos tudo juntas.

Ele sorriu pequeno.

- Não sente falta da cidade onde nasceu?

- Você sente? -perguntei.

- Às vezes, mas logo passa -respondeu.

- Bom, eu não sinto na verdade, sinto das pessoas que conheci por lá...mas
tirando isso.

- Você não tem outro familiar além da sua mãe?

Mordi o lábio antes de comer outra batatinha.

- Tenho uma tia que às vezes me liga, mas não somos muito próximas. Ela é
o oposto do que minha mãe era, seu comportamento às vezes me estressa.

Minha tia, Carmela, me liga pelo menos uma vez no mês para saber como
anda as coisas, a conversa sempre é breve e confesso que estou surpresa por
ela não ter me ligado ainda, acho que a loja de sapatos que ela tem em
Seattle está tomando todo seu tempo.

- E seu pai?
Entre abri os lábios e pisquei algumas vezes, Nate franziu o cenho se
ajeitando na cadeira percebendo a minha mudança de expressão.

- A verdade é que ele renegou minha mãe quando soube que ela estava
grávida, ela saiu pelo mundo apenas com um teclado nas costa e um bebê na
barriga -falei vendo sua expressão meio chocada, ainda continuei séria por
alguns segundos antes de por a mão na boca soltando um riso baixo. Nate
fecha a expressão e eu me afastei para trás quando ele tenta me puxar para
mais perto percebendo minha mentira.

- Não acredito que você mentiu!

- Me desculpa -ri mais um pouco- É que você estava tão concentrado,


desculpe.

Coloquei as mãos na boca e ele bufou cruzando os braços.

- Você está ficando muito maldosa!

Talvez eu não tenha dormido muito bem nessa madrugada porque teve um
alarme de carro que não me deixou em paz, meu humor está variado.

- Desculpe -passei a mão no peito ainda sorrindo- Mas respondendo a sua


pergunta, eu não sei nada sobre ele, só sei que ele gosta de observar as
estrelas, que tem 40 anos ou mais, e que era de uma família influente na
época. Minha mãe não me contou muito sobre ele, mas o que deu a entender
é que ela não queria mais falar sobre aquilo. Bom, sou apenas mais uma
pessoa no mundo que não conhece o pai, por mim tudo bem, minha mãe fez o
papel dos dois.

Ele ficou me encarando quando eu fiquei com a atenção presa mexendo em


um canudinho colorido pesando sobre o assunto, não falo sobre meu pai
porque não sei absolutamente nada coerente sobre o mesmo. Quando nasci
ele já não estava lá para mim, mas minha mãe estava, agradeço todo dia por
ter tido pelo menos um dos meus pais comigo, há gente que nem isso
têm...como Nate.
O encarei vendo um sorriso pequeno na minha direção, ele parecia querer
me confortar mas não precisava. Eu estava bem.

- Pare de me olhar assim -sussurrei, ele se aproximou inclinando o rosto e eu


fiz o mesmo ficando bem perto dele.

- Agora você sabe como eu me sinto quando falo dos meus pais -ele diz e eu
aceno dando um sorriso pequeno, me inclinei mais um pouco plantando um
beijo casto nos seus lábios. Talvez... fôssemos bem mais parecidos do que
eu pensava.

Seu nariz ainda roçou no meu antes de nos afastarmos novamente.

- Não tem vontade de saber se pelo menos ele está vivo? -ele perguntou
tirando o celular do bolso quando o mesmo começou a tocar.

- Na verdade...não.

Dei de ombros e ele concordou antes de olhar para o celular em sua palma,
terminei de comer enquanto ele digitava algo para a pessoa do outro lado da
conversa. Comi por uns 2 minutos em silêncio quando ele guardou o celular
novamente.

- Susie?

- Oi -falo passando a língua nos lábios tirando um pouco do Ketchup.

- Preciso ir a uma pista de mini golfe, me acompanha?

- O quê? -levantei o olhar para ele com a cara já enterrada no meu


hambúrguer novamente.

(...)

Passei pela porta pequena primeiro e depois agarrei seu braço um pouco
assustada, quem diria que uma pista de mini golfe seria tão assustadora pela
noite, ainda mais se ela estiver fechada.

- Nate, eu acho que o Jason mora aqui -falei.


- Jason? -ele me encara.

- O da sexta feira 13.

Nate piscou algumas vezes dando batidinhas nas minhas costas e eu reviro os
olhos quando ele tenta reprimir o riso, esse lugar é estranho!

- Não vamos demorar, eu só preciso assinar um negócio rápido, serão menos


de 10 minutos -explica.

- E como é o nome dele?

- Jason.

- Eu vou dar o fora daqui -falei tentando voltar mas fui pega pela cintura
antes de fazer isso, Nate colocou o peito no meu dando um risada.

- Só estou brincando, o nome dele é Scott. Fique aqui, ok? Depois vamos
para o seu apartamento -ele beijou meus lábios antes de sair da minha frente
caminhando por um corredor do lado direito.

Cruzei os braços suspirando e olhei em volta vendo um mural verde com


fotos de clientes jogando mini golfe, aparentemente felizes.

Fiquei olhando para as fotos por alguns minutos e estava me divertindo


vendo as expressões das pessoas, mas fui parando de sorrir quando escutei o
barulho de algo caindo. Não precisei nem de 2 segundos para sair correndo.

Fui na direção contrária que Nate foi e me amaldiçoei quando faço isso,
droga!
Parei de correr apenas quando entrei nas pistas de fato, tinham três para ser
mais específica e em uma delas tinha um taco e uma bolinha azul.

Olhei em volta colocando minhas mãos dentro do bolso da minha saia jeans
e suspirei olhando para trás, estava pouco iluminado mas era bonito de certa
forma, dei alguns passos para frente vendo os buracos e me abaixei quando
cheguei perto da bolinha azul.
A agarrei vendo o nome do lugar estampado nela e sorri de lado, bom, eu
posso jogar um pouco, certo? A bolinha já está aqui e o taco também.
Com esse pensamento eu coloquei a bolinha no chão em cima da linha
vermelha pequena e ajeitei o taco na mão me inclinando um pouco fazendo a
posição que vejo nos filmes.

Meus olhos se movem para frente e eu vejo o buraco que fica atrás da boca
de um palhaço, olho em volta e balanço a cabeça, esse lugar é engraçado.
Nunca tinha vindo em uma pista de mini golfe antes.

Mexi meu quadril balançando o taco um pouco e depois bati na bolinha, mas
eu só tentei porque não bati em nada, ao invés eu arranquei um pouquinho da
grama e quase caí no chão percebendo o quando aquilo era pesado.

Santo Deus.

Suspiro voltando a ficar na posição novamente e me preparo para tacar mais


um vez, ou tentar.
Balancei o taco para trás e depois para frente querendo bater na bolinha mas
errei de novo.

- Qual é! -reclamo.

Me assustei quando mãos pousam na minha cintura e beijos na minha


bochecha aparecem, encarei o rosto de Nate antes dele beijar meu pescoço
me apertando contra ele.

Sorrio.

- Já? -pergunto rindo e ele acena beijando o topo da minha cabeça.

- Vai querer dar a tacada final antes de irmos?

- Óbvio, se afasta, se afasta -toquei no seu peito o afastando de mim e ele riu
colocando as mãos para trás esperando meu movimento.

Olhei para o buraco novamente e semi cerrei os olhos, ele estava rindo de
mim. Apoio o taco na grama e ajeito meus pés os firmando antes de bater na
bolinha.
Eu finalmente consegui! Mas ela rolou apenas 3 centímetros de distância,
chorei internamente.

- Quer saber?! Vamos embora -olhei para ele que negou se aproximando de
mim.

- Se você não sabe fazer uma coisa, não pode desistir apenas por causa disso
-ele diz- Foi você mesma que me ensinou.

- Esqueça que eu ensinei uma coisa dessas.

Nate sorriu novamente e eu olhei para as suas mãos quando elas pousam no
meu corpo ajeitando minha posição, ele meio que me abraçou ajeitando o
taco que tinha nossas mãos sobre ele com o modelo de perfume me guiando.

Olhei para ele por canto de olho e sorri mordendo o lábio escutando suas
orientações para jogar mini golfe, e foi o que fiz quando ele me disse para
tentar bater na bolinha. Com a sua ajuda nós dois movemos o taco e eu abri a
boca quando a bolinha avançou para frente majestosamente subindo na língua
do palhaço até entrar no buraco.

- Isso! -comemoro e me viro para ele que sorriu quando eu também sorri
contente- Isso! Isso!

- Satisfeita?

- Sim! Muito -ainda ri antes de jogar meus braços em volta do seu pescoço o
puxando para um beijo da vitória, Nate colocou a mão direita nas minhas
costas me beijando de volta.

Ele ainda mordeu meu lábio inferior antes de colar a festa na minha, beijei
seu queixo bonitinho quando ele encarou meus olhos.

- Temos que ir embora, Scott vai soltar o Jason.

- Espera, o que? -franzo o cenho.

- Acontece, que ele tem um cachorro chamado Jason. E o mesmo é meio que
o segurança daqui, ele me disse para sair em 10 minutos, o tempo que eu
tinha antes dele soltar o tal Jason, então, temos que ir.

- Você está brincando comigo, não está?

- Não, vamos -diz sério.

Ele agarrou minha mão já que a outra tinha o seu celular e nós começamos a
andar para fora daquele lugar.

Mas nós dois travamos os pés no chão quando o cachorro apareceu na


entrada da pista parecendo distraído, mas isso muda quando ele nos enxerga.
Ele era enorme!

Senhor Deus pai, eu não quero morrer. Tenho um longa vida pela frente,
tenho que me casar e ter filhinhos chamados Daya e Calvin, ainda estou
pensando nos nomes, e viver feliz na minha casa do campo.

- Hum...Susie, vamos correr, ok? -ele aperta minha mão.

- Não! Isso é idiotice, ele correria atrás vendo como uma ameaça.

- Se ficarmos ele vai correr do mesmo jeito.

Fiz uma expressão irritada.

Maldito Jason!

×××

Corre que o Jason está solto!


Capítulo inspirado em um evento da minha vida, case me caguei toda,
mas estou viva 😌 #ChupaCachorro.

Eu acho que esse capítulo deve ter dado umas forças a mais a algumas
teorias que vi nos capítulos passados. .

Próximo capítulo...aí ai! .

Feliz aniversário para a casuar ❤.


Muita gente está fazendo aniversário hoje, então, feliz aniversário meu
povo! Tudo de bom para vocês .

Até sábado, babys.


Dia de postagem: Sábado e Domingo.
60° capítulo

Nate

Não foi bem assim que eu imaginei a noite.

Bom, definitivamente não tinha Jones e eu correndo por uma pista de mini
golfe com um cachorro assassino atrás de nós dois, e que por ironia se
chamava Jason.
Não tinha ela rindo! Rindo! Ele estava rindo! Eu estava apavorado na
verdade, e foi por isso que eu agarrei suas pernas colocando seu corpo
pequeno no meu ombro.

Esse cachorro faria um estrago rápido com ela caso a pegasse, e nem
fodendo que eu ia deixar isso acontecer.

Susie se segurou em mim enquanto eu ouvia os latidos do cachorro que era


todo preto e assustador, eu quase me ajoelhei para Jesus quando vi uma porta
branca não muito distante de nós dois, eu chegaria antes do cachorro pelo
menos.

E foi assim quando abri a porta que estava destrancada! Pensei em ajoelhar-
me para Jesus de novo por isso, passei pela porta e Susie a fechou
empurrando com a mão. Rápido a coloquei no chão e pus as duas mãos na
madeira branca sentindo o cachorro arranhar várias vezes, girei a chave e
depois me afastei da porta ouvindo seus latidos graves.

Olhei para Susie ofegante e percebi suas mãos me abraçando por trás, ela me
encarou também e depois suspirou alto colocando a testa nas minhas costas.

Dei uma olhada em volta e franzi o cenho vendo um quartinho de limpeza,


acho que foi a primeira vez que me deu vontade de rir diante de tal situação.

- Você está bem? -perguntei.

- Eu deveria estar mais assustada, mas eu só consegui rir -ela sussurra ainda
soltando uns risinhos- Eu acho que ajo assim diante de algum conflito
perigoso.

Ela levantou a cabeça e olhou em volta me soltando, a luz amarela estava


forte e tinha uma pequena lâmpada no teto coberta por uma garrafa pet, do
nosso lado direito uma mesa de madeira que tinha algumas pastas em cima
junto a um porta lápis.

- Quartinho? De novo? -ela riu- Por que atraímos lugares assim? Isso não é
normal não.

Ri baixo mas parei a pondo atrás de mim novamente quando o cachorro


bateu contra a porta nos deixando ouvir o barulhos das suas unhas afiadas,
depois de segundos ele parou.

- Temos que sair daqui, cadê o seu celular? -ela pergunta.

- Está na minha… -parei de falar levantando minha palma direita e eu juro


que me deu vontade de bater em mim mesmo- Merda!

- Você deixou o celular cair?! -pergunta irritada.

- Eu não percebi que soltei porque tinha um cachorro assassino correndo


atrás de nós dois! -falei e ela fez um bico irritado passando as mãos no
cabelo.

- Cadê o seu? -pergunto e ela nega dizendo que havia deixado na bolsa, e a
mesma estava dentro do meu carro.

Merda.

- Droga! Droga! Nate, eu ainda tenho que ver os bebês crescendo, Adam
brigando com a Emily por causa do Peter, eu ainda tenho que posar de
lingerie…

- Espera, o que? -a cortei e ela ficou confusa com o meu ato.

- O que?

- O que você disse? Posar de lingerie?


Susie abriu a boca parecendo lembrar de algo, minha sobrancelha se
mantinha erguida curiosa sobre o assunto o qual acabei de descobrir.

- Eu ainda não tinha contado para você...foi mall. Emily me pediu para bater
algumas fotos com a coleção de lingerie que ela criou, o ensaio começa na
segunda-feira.

Fiquei olhando para ela meio estático.

- E...você está confortável com isso? -perguntei colocando minhas mãos


dentro da calça jeans, querendo saber mais um pouco.

- Estou sim, Emy vai fechar o estúdio para eu me sentir mais à vontade...ela
me convenceu -ela diz e eu suspirei balançando a cabeça- Eu gostaria de
ajudá-la também.

- E...onde essas fotos vão ficar?

Susie franze o cenho.

- Você está bem? Parece que comeu algo ruim.

- Não...não...não, estou bem -dei de ombros- Pode me responder, por favor?

- Apenas no catálogo da Modus.

- Internacional ou nacional?

- Acho que os dois.

- Hum -murmuro.

- Hum, o que? -ela colocou as mãos na cintura, o cenho franzido com a


respiração até então normal- Algum problema?

Vi sua sobrancelha se erguer e entreabri os lábios apertando meus dedos uns


nos outros dentro do bolso da calça.

- Problema nenhum, só fiquei surpreso.


Ela ficou me olhou por alguns segundos e eu desviei os olhos encarando
meus sapatos.

- Você está com ciúmes? -perguntou.

A encarei na mesma hora.

- Não -isso era pateti...era verdade, eu estou me sentindo estranhamente


ciumento, que merda é essa?!

- Então...você não sente nada em saber que eu vou posar seminua para
catálogos, pôsteres atrás dos ônibus, e um telão na time square? -eu acho que
parei de respirar por alguns segundos.

- Mas o que? Não eram apenas catálogos?!

Ela sorriu parecendo vitoriosa por me pegar na mentira e eu apertei o


maxilar me recriminando por ser tão facilmente domado por Susie, às
perguntas dos meninos rodam na minha mente e por um momento eu sinto
meu coração voltando a bater fortemente, como não batia a tempos.

Me lembro de conversar com Dylan logo que Susie e eu transamos, o cara


me encheu de questões reflexivas me dizendo que se eu tivesse sentindo algo
por Susie, que eu não deveria simplesmente deixá-la por isso, para eu não
ter medo de as coisas acabem saindo do meu controle porque o amor era
assim mesmo. Eu o mandei se foder, porque apesar de tudo, eu jamais me
afastaria de Jones apenas porque estou confuso sobre meus sentimentos por
ela, seria babaquice fazer isso. E eu não sou qualquer babaca, como Adam
que fez exatamente isso.

- Eu estava brincando, mas a sua reação já me respondeu -ela diz, eu acho


que dançava internamente.

- Estou bem, que bom que você vai posar.

- Mentiroso -ela riu colocando as mãos na minha camisa, seu corpo colando
no meu perigosamente- Assuma que está com ciúmes e isso vai aliviar seu
peito, prometo.
Revirei os olhos.

- Não estou.

- Hum, você sabia que eu pretendo até desfilar um dia? Você poderia me
apresentar para alguém do seu mundo dos negócios que queira uma modelo
para ele…

Susie Jones está ficando maldosa!


O que foi que eu fiz, Cristo?!

- Ok, chega -coloquei as mãos no seu rosto vendo seu olhar de vitória, é, eu
ia dizer em voz alta, estou mesmo fodido.

- Eu...posso ter ficado meio... enciumado com essa notícia -suspirei


satisfeito, aliviou mesmo meu peito- Mas no fundo eu estou contente por
você, tudo bem? Se você gostar disso, certeza que Emily irá te inserir no
mundo da moda, será bom para você.

Ela ficou olhando para mim por alguns segundos com um olhar enigmático e
eu suspirei pela segunda vez, não tenho o direito de me meter nas decisões
dela obviamente, não temos nada sério e mesmo se tivesse, eu iria apoiá-la,
apesar de estar sentindo esse ciúme besta dentro do peito. Odeio essa merda.

- Eu estou falando sério -sussurro olhando para os seus lábios e depois os


olhos que sempre pareciam brilhar para mim, eu gostava disso- Acho que
você irá se sair muito bem.

- Obrigada -ela sorriu parecendo contente com a minha resposta- Emily me


disse que eu ficaria linda usando as cintas ligas.

Cintas ligas?
Engoli em seco descendo minhas pelo seu pescoço e ombro, percebo ela
gaguejar um pouquinho enquanto ainda falava sobre as ideias das fotos, eu
escutava, mas estava mais empenhado em fazer círculos na sua pele com a
ponta do meu dedo.
- Ela está certa, você estava linda com aquela branca -falei e ela sorriu-
Muito linda, não, gostosa, muito gostosa -me lembrei das cenas dela usando
aquilo e meu pau se contraiu dentro da calça- Lembro de cada detalhe.

Beijei seu queixo vendo seus olhos fixos nos meus, era bom para caralho
como Susie sempre me olhava nos olhos, era assim que eu conseguia a ler,
conseguia saber se ela estava afim como eu estava, esse papo todo de
lingerie apenas fodeu minha cabeça fodida.

Desci os beijos para o seu pescoço lentamente com as mãos subindo pelos
seus braços tentando encorajá-la na loucura que eu tenho em mente, passei a
língua na sua pele quente querendo prová-la o máximo que eu conseguisse.

Movi minhas mãos para trás indo para a sua bunda e apertei de leve por
cima da saia jeans, aspirei seu cheiro gostoso e depois fiquei cara a cara
com ela que abriu os olhos lentamente passando a língua nos lábios, ótimo,
ela está se excitando.

- Quando sairemos daqui? -perguntou baixinho encarando meu peito.

- Não precisa ser agora -sussurrei fazendo minhas mãos entrar nos fios de
cabelo, puxei levemente fazendo sua cabeça se mover para trás, ela
estremeceu.

- Mas podemos distrair o cachorro, você quer muito sair agora? -perguntei
apertando seu cabelo com um pouco mais de força, ela fechou os olhos
entreabrindo os lábios, olhei pela blusa branca de seda vendo o bico dos
seios se endurecendo, sorri mordendo o lábio.

Eu acho que suas bochechas ganharam uma coloração maior quando ela
abriu os olhos e olhou para baixo vendo o que eu via, Susie subiu parando
no meu olhar totalmente ansioso para tê-la, me aproximei um pouco fazendo
meus lábios tocarem na rua orelha.

- O sei o que você quer -sussurrei escutando um gemido baixinho sair dela-
Talvez seja a adrenalina...ou você é apenas uma mulher que gosta de lugares
proibidos e está descobrindo isso agora.
- Eu acho que é a adrenalina -sussurrou com a voz entrecortada.

Sorri de lado.

- Eu acho que é a segunda opção.

O beijo aparece com a minha iniciativa e chega sedento quando minha língua
entra na sua boca a fazendo dar um gemido quase inaudível, Susie quase que
imediatamente derrete nos meus braços e eu fico malditamente satisfeito por
isso, esse vício que tenho por Jones me desconcerta completamente, nunca
me senti viciado em uma mulher antes, querendo beijá-la e tocá-la a todo
momento, até quando ela está sentada com meus amigos conversando
distraidamente minha vontade é de puxar sua calcinha para baixo e fazê-la
gozar com o rosto no meu pescoço para ninguém perceber sua expressão que
eu tanto gosto.

Solto seu cabelo tocando nas correntinhas da sua blusa branca e a puxo
baixo com a minha boca faminta sobre a dela, Susie facilita meu trabalho
deixando a peça no seu tronco e leva as mãos para o meu ombro
delicadamente.

Me afasto dela beijando seu peito ciente das pintinhas em seu peito, o beijo
no meio dos seus seios fazem ela apertar meu ombro mais forte me
mostrando sua ansiedade. Direciono minha boca para o lado esquerdo
lentamente e ela joga a cabeça para trás quando eu chupo o bico rígido sem
pressa.

Susie deu um gemido excitado e ela volta a me encarar quando eu começo a


chupar o outro seio ao mesmo tempo que puxo sua saia jeans para cima,
minha ereção já evidente na calça.

- Não acredito que vamos fazer isso -ela sussurra antes de gemer mais alto
quando meus dedos passam por cima da calcinha, retorno para cima
voltando a beijá-la.

- Ainda não fizemos nada -sussurrei de volta passando meu braço pela sua
cintura a tirando do chão, ela prende as pernas no meu quadril e eu dou
menos de 5 passos para pôr seu corpo pequeno em cima da mesa.
- Você tira toda a sanidade que eu tenho -ela diz quando eu beijo seu pescoço
passando pelo resto do corpo sentindo o cheiro gostoso, Susie apoia as mãos
na mesa levando o tronco para trás e eu beijei sua barriga indo até o limite
que suas roupas se encontravam, logo percebi sua respiração voltar a mudar
se tornando mais escassa.

- Eu nunca a tive quando se trata de você -a respondo chegando nas coxas e a


faço inclinar mais um pouco para trás, beijo a parte interna chegando perto
do seu sexo e olho para cima vendo-a apertar os lábios fechando os olhos
por alguns segundos. Sorri de lado antes de voltar a beijá-la.

Meu nariz pousou na calcinha e um gemido baixo escapou dos meus lábios
sentindo sua calcinha encharcada, ela estava pronta para mim.

Trago meus dedos pela sua coxa e recebo um gemido ofegante quando os
coloco em cima da pequena peça, massageando de forma lenta e quase
torturante eu percebo ela mexendo os quadris em busca de algo que ela não
falaria em voz alta pela pouca timidez ainda existente comigo. Afastei a
calcinha para o lado e ela agarrou minha camisa quando eu coloquei um
dedo dentro dela.

Susie me encara com luxúria estampada em seus olhos e eu aproximo meu


rosto do seu, coloco o segundo dedo vendo-a apertar o maxilar levemente e
quando eu começo a mexer meus dedos em um vai e vem Jones se agarra em
mim como se quisesse continuar sã.

- Você é tão sensível, Mi bela -aumentei o ritmo dos dedos e ela mordeu o
lábio inferior fechando os olhos com força- Isso é encantadoramente sexy.

Ela gemeu apertando meu braço mas depois caiu apoiando os cotovelos na
mesa parecendo sem forças, Susie passou a língua nos lábios e o barulho
gostoso que saia da sua boca ficou mais baixo porém mais suplicante quando
eu toquei no seu clitóris esfregando o pequeno ponto inchado com rapidez.

Apertei seu seio com a mão livre e olhei para baixo vendo meus dedos
trabalhando para trazê-la ao orgasmo, o que vem segundos depois quando
ela não aguenta mais e coloca a mão no meu pulso com a pele arrepiada
junto aos lábios entreabertos.
Tiro minha mão vendo-a se recuperar lentamente e caço minha carteira no
bolso de trás, quando a acho sou rápido tirando uma camisinha de dentro.
Deixo a carteira em cima da mesa longe de nós e abro o botão da minha
calça liberando minha ereção que pulsava.

Deslizei o preservativo pela minha extensão e ajeitei suas pernas no meu


quadril, Susie me encarou mas por pouco tempo. Ela manteve os cotovelos
na mesa e logo joga a cabeça para trás novamente soltando um gemido alto
quando eu a entro nela suspirando de prazer, merda, ela é tão quente e
receptiva, eu poderia passar horas desse jeito.

Começo a me mexer devagar, muito devagar, eu queria sentir seu sexo


apertando o meu e a vejo arfar quando isso acontece, a fina camada suor
aparece na sua clavícula e uma aparece na minha testa quando minhas
investidas contra seu quadril vão aumentando, seus seios balançam na minha
frente e minhas bolas se contraem vendo a cena, o prazer invadindo meu
corpo.

Coloquei uma mão na sua nuca e me inclinei estocando com mais força, ela
suspira perto do meu rosto e eu olho para os seus lábios subindo para os
olhos castanhos que me diziam para não parar, como eu pudesse fazer essa
merda, nem se tivesse uma arma apontada para a minha cabeça eu pararia.

- Nate... -seus lábios roçaram nos meus quando eu subo minha mão para o
seu cabelo, as coisas da mesa balançando e ameaçando cair a qualquer
momento.

Susie colocou a mão na minha nuca e eu sorri de lado beijando seu queixo
quando ela o levanta soltando gemidos baixos, com mão livre eu levei meus
dedos para o seu clitóris sem cerimônia e ela quase arqueia o corpo na
mesa.

Faço um movimento circular enquanto meto com força dentro dela, Susie
morde o lábio me encarando e lhe dou aquele olhar que está longe de estar
satisfeito, mas como estamos em um quartinho de limpeza, vou ter que me
contentar em fazê-la gozar apenas duas vezes.
- Assim está bom? -pergunto com a voz rouca perto do seu rosto mexendo o
dedo de uma maneira propositalmente lenta.

Ela negou com a cabeça e depois grita quando eu aumento a velocidade


esfregando com mais força.

- Assim, Mi bela? -pergunto com os seus lábios roçando nos meus.

- Sim... -quase não escutei seu sussurro satisfeito, continuei me deliciando


com a visão e a gostosa fricção que estamos fazendo. Quando Jones goza
pela segunda vez suas unhas cravam na minha nuca antes de serem arrastadas
pelo meu peito o arranhando por cima da camisa, eu gozei minutos depois
soltando um gemido abafado por ter sua boca na minha.

A apertei com mais força e trouxe seu corpo para mais perto fazendo peito
colar com peito, suas pernas me apertaram com mais propriedade e eu paro
de beijar seus lábios para beijar seu pescoço. Escuto sua risada baixa
comigo ainda dentro dela.

- Você é maluco -ela sussurra antes de suspirar quando eu mordisco a


cheirosa pele do seu pescoço.

- Todo mundo precisa ter um pouco de locura para ser normal -a encarei
vendo suas pulilas dilatadas para mim.

Coloquei minhas mãos no seu rosto vendo a franja um pouco molhada de


suor e beijei seus lábios ternamente, minha respiração foi se acalmando
junto com a sua. Susie sorriu em seguida quando eu a beijei várias vezes.

- Preparada para sair daqui? -pergunto e ela balança a cabeça em afirmativa.

- Vamos nessa.

(...)

- Nate! Olha!

Saio da frente da porta por onde eu observava o cachorro por uma pequena
brecha, andei até onde Susie estava e percebi que ela estava agachada
mexendo em uma espécie de frigobar.

Ela pegou uma garrafinha de água e bebeu quatros goles seguidos, coloquei
minhas mãos na cintura esperando, ela ainda bebeu mais depois disso. 30
segundos depois eu escutei ela me explicar.

Mas antes, peguei a garrafinha da sua mão e bebi o resto da água jogando na
lixeira onde também joguei a camisinha, o zelador desse lugar vai ter uma
puta surpresa.

- Olha o que tem aqui dentro -ela abriu mais a porta do frigobar e eu vi duas
peças de carne, franzi o cenho e me agacho também olhando aquilo direito.

- Acho que não somos as primeiras pessoas que o cachorra tranca em um


quartinho -ela diz pegando a peça de carne que estava guardada em um
saquinho

- Susie Jones -ela me encarou- Você achou o meio que vamos sair desse
lugar.

- Posso ganhar sorvete de recompensa? -ela sorriu.

- Depois dessa, capaz de eu comprar a porra de uma sorveteria para você -


falei pegando a peça de carne da sua mão e me levantando.

- O que você disse?

- Nada, conversamos depois -falei tirando a peça de carne de dentro do


saquinho- Se prepare para correr.

- Oh, ok -ela se levantou parando atrás de mim, abri a porta um pouco e


percebi o cachorro olhando diretamente para mim. Mostrei a carne para ele
que levantou as orelhinhas e como estava deitado se levantou.

Balancei a carne um pouco e sai de dentro do quartinho com Susie atrás de


mim, o cachorro deu alguns passos na minha direção e eu juntei toda a força
que eu tinha jogando a carne dentro de um tubo meio grande perto da pista.

O cachorro correu até lá e eu agarrei a mão de Susie.


- Vamos! Vamos! Vamos! -falei a puxando e nós dois começamos a correr
para fora daqui, passos rápidos surgem e eu olho para o cachorro que
tentava pegar a carne de dentro do tubo.

- Seu celular! -ela aponta para o chão quando passamos por ele, e eu
praguejo quando Jones volta alguns passos o resgatando do chão.

- Merda! Vamos logo -falei quando o cachorro conseguiu pegar a carne, seria
questão de segundos para ele terminar aquilo.

Susie e eu voltamos a correr e eu agarrei sua mão quando entramos no


corredor, passamos pelo mural verde com as fotos das pessoas e corremos
pelo grande gramado da frente, era insano, mas estávamos rindo como dois
adolescentes.

Olhei para trás vendo o cachorro aparecer no meu campo de visão, mas
rápido chegamos perto do cercadinho e eu praticamente joguei Susie por
cima dele escutando seus lamentos, pulei o cercadinho depois e nós dois
demos passos para trás quando o cachorro apoiou as patas da frente no
cercadinho latindo alto para nós dois.

Suspirei aliviado e olhei para ela que limpou o braço ofegante, Susie me
encara e depois começa a rir da própria desgraça.

Sorri de lado também divertido com aquilo, tudo bem que poderíamos ter
sido atacados por um cachorro gigante mas ainda bem que não fomos, então,
temos que rir mesmo.

Susie se aproximou de mim.

- Isso foi a coisa mais maluca que já me aconteceu -ela diz pondo as mãos
nos meus ombros, colando o corpo no meu- Tirando aquela vez que você
tocou no meu cú.

Ri alto novamente pondo minha mão atrás da sua cabeça deslizando os dedos
pelos fios sedosos.

- Eu sei que você gostou -sussurrei entre beijos que dou nela depois de rir.
- Hum… -ela apertou os lábios, não dizendo que sim mas também não
dizendo que não.

- Vamos para o seu apartamento? -perguntei.

- Finalmente! -ela riu- Já deu essa noite para mim.

- Vamos -toquei na sua mão e ainda nos assustamos quando o cachorro


começou a latir novamente.

Sei que foi infantil, e totalmente ridículo da minha parte, mas eu mostrei meu
dedo do meio para o animal antes de arrastar Susie para o meu carro.

×××

Adoro esses momentos de quase morte mas que são fofos 😍, me fazem
pensar que o romance é lindo mas perigoso, amo.

Vote!
Comente
Titia Lis fica agradecida .

Só vou postar um capítulo hoje, vou pensar se posto dois amanhã, ok?
Ainda tem algumas coisas não terminadas nos próximos, vamos ver.

Espero que tenham gostado da música 😏


Até, babys ❤.
61° capítulo

Susie

Sábado...

Dei uns passinhos suspeitos para frente e olhei em volta tentando agir de uma
maneira furtiva, juro que se eu tivesse vestida como uma espiã agora, eu
daria uma cambalhota discreta pela sala.

Coloquei minha cabeça na porta do meu quarto e olhei para o meu alvo
deitado na cama de olhos fechados completamente sem roupas, ele tinha os
braços atrás da cabeça e inspirava e expirava lentamente parecendo
tranquilo.

Encarei seu peito liso descendo pela barriga trincada e suspirei mordendo o
lábio, como Nate não estava usando cueca boxer eu podia ver tudo o que ela
estaria escondendo se existisse no seu quadril, sorri de lado apertando a
barra da sua camisa social que estava no meu corpo abaixo dos meus
joelhos.

Ajeitei o papel na minha mão e andei até a cama ainda de maneira furtiva
para não acordá-lo, parei perto do seu corpo e o olhei melhor, Nate suspira
alto fazendo sua barriga subir e descer e eu de repente me sinto tonta com
tanta nudez.

Ele era tão lindo, era quase como se tivesse um ímã nele que te convidava a
olhar por vários e vários minutos, apreciando e focando nos míseros
detalhes. Acho que várias mulheres não eram imunes a essa imagem que
estou tendo agora.

Levantei as sobrancelhas de leve quando ele se mexeu sem abrir os olhos


ainda com o rosto pacífico, Nate se vira ficando de bruços na minha cama
me deixando ver a bunda malhada que sempre fica destacada quando ele usa
sua calça social...não que eu...fique olhando para ela...só...droga, certo, eu
fico olhando para ela como se fosse uma louca, e é o mesmo olhar que dou
para o seu maxilar.
Acho que eram três da tarde quando ele apareceu por aqui com o sorriso
bonito que ele sempre me dá. Passamos as horas juntos e agora são 21:30, eu
fui para cozinha comer algo a alguns minutos atrás e ele acabou pegando no
sono pelo visto.

Sorri de lado me inclinando na cama e apoio as mãos na lateral do seu corpo


sem soltar o papel que eu trouxe para fazer uma brincadeira com ele.

Estrategicamente eu deitei de bruços nas suas costas largas e eu não fiquei


surpresa quando meu corpo coube em cima do seu com sobra de espaço,
beijei seu ombro olhando para o maxilar definido e passei meu dedo por
cima em forma de carinho.

Nate entreabriu os lábios parecendo gostar do carinho que estava recebendo,


eu tinha um sorriso pequeno no rosto com o coração aquecido. Ele abriu os
olhos lentamente apenas para fechar em seguida ainda sonolento.

- Susie...

- Jones -completo falando baixinho e eu vejo um sorriso preguiçoso aparecer


nos seus lábios.

Beijei seu ombro novamente subindo até sua bochecha, Nate suspirou
quando eu subi minha mão pelos seus braços parando em seus pulsos.

- Está cansado?

Ele balança a cabeça concordando ainda de olhos fechados.

- Muito? -perguntei, e ele acena- Por que tanto assim?

- Porque eu não me canso de estar dentro de você, e acabo me excedendo -


ele sussurra e eu sinto uma cosquinha no centro das pernas, engoli em seco.

- Eu quero que você faça uma coisa comigo -sussurrei perto do seu ouvido.

- Pode dizer -pediu.


Ajeitei o papel na minha mão e o levei mais para o lado até chegar na frente
do seu rosto, Nate abre os olhos encarando o que eu tinha na mão e depois
me olha por cima do ombro, ostento um sorriso doce, querendo convencê-lo.

- Não -ele fala e vira o rosto para o outro lado.

- Nate!

Ele começa a rir e eu saio das suas costas me sentando ao seu lado, Nate se
ajeita um pouco apoiando os cotovelos na cama vendo minha expressão
irritada.

- Você nem tenta!

- Me diga um bom motivo.

- Não precisa de bons motivos para assistir Cinderela.

Ele balança a cabeça e deita o tronco na cama apenas para girar nela até se
sentar na beirada, Nate se levanta em seguida e eu vejo seus passos
majestosos até a poltrona do outro lado do meu quarto onde sua cueca se
encontra.

O mesmo se veste depois que se vira para mim, sua mão entra no seu cabelo
e eu sinto aquele lance de imã novamente, eu não conseguia desviar.

Ele caminha até a cama e eu me levanto ficando com os pés em cima dela,
paramos frente a frente e eu mantenho meu olhar firme em cima do seu,
levando meu papel onde tinha uma lista dos meus filmes animados
preferidos, apontei para o da Cinderela com uma sobrancelha erguida.

- Não estamos fazendo nada agora... -falei.

- Mas podemos... -ele levanta uma sobrancelha e olha para a sua blusa em
meu corpo.

- Você não estava cansado?

- Passou já -diz.
Revirei os olhos.

- Vamos, vamos, vamos -mexo meus pés na cama e coloco minhas mãos nos
seus ombros- Eu faço o que você quiser, mas me deixa apresentar o mundo
da Disney a você.

- Hum...

Ele pareceu pensar por alguns segundos e eu comecei a ficar ansiosa dando
alguns pulinhos na cama, Nate pegou o papel da minha mão e o encarou com
uma sobrancelha erguida.

- Esses filmes são todos antigos? -ele me encara.

- Sim, o da Cinderela é dos anos 50 -falei, e eu juro que não queria falar
isso, mas acabou saindo:

- Viu só? Até o tempo vocês têm em comum...

Ele levantou o olhar para mim lentamente e eu apertei os lábios tentando não
rir da sua expressão, Nate largou o papel em cima da cama e eu dei um grito
quando ele veio para cima de mim querendo me agarrar.

Finalmente dei minha cambalhota para trás indo para o outro lado da cama e
o vi dar a volta mas fui mais rápida correndo para fora do quarto, escutei
seus passos e soltei uma gargalhada quando senti seu braço passar pela
cintura me levantando do chão, ainda mexi meus pés para frente e para trás
como se tivesse correndo e eu mordi o lábio escutando sua risada baixa.

Eu não achei que fosse descobrir isso, mas irritar Nate um pouquinho era
engraçado, e era melhor ainda quando ele brincava comigo de volta.

- Você está conseguindo me estressar -ele fala rindo e eu soltei um resmungo


quando ele me colocou no sofá.

- Foi só uma piadinha, não leve tão a sério -falei suspirando mas depois
sorri- Quer dizer, você pode ter um infarto a qualquer momento...
Parei de falar rindo tão alto que quase me engasgo por sentir seus dedos na
minha barriga, comecei a me mexer como se estivesse rolando uma matança,
e percebi ele agarrando meu braço para tentar impedir-me de revidar.

- NATHANIEL!

Eu pensei que estava perdendo a luta, mas me lembrei de algo super


importante.

Toquei no seu mamilo e ele quase dá um tapa na minha bunda soltando um


resmungo irritado, continuei rindo quando apertei de novo ele se afastou um
pouco caindo de bunda no chão e ainda me levou junto. Nós dois fomos para
o chão com o barulho das nossas risadas ecoando pelo meu apartamento.

Ajeitei minhas pernas colocando ao lado do seu quadril e eu me balancei


quando suas mãos agarram meus pulsos pondo atrás das minhas costas.

- Me solta! Eu quero apertar seu mamilo! -gritei.

- Eu vou bater na sua bunda! E eu sei que você não gosta muito!

- Não ouse!

- Eu já disse isso para você -ele sussurrou no meu ouvido quando eu


coloquei minha cabeça no seu ombro- Mas vou repetir.

Nate conseguiu segurar meus pulsos com uma mão só e logo depois eu senti
a outra mão deslizando por cima da minha nádega direita.

- Se você quiser brincar comigo, vai ter que aguentar a minha brincadeira -
sua voz saiu extremamente rouca o que fez minha pele estremecer.

- Se você não me soltar, eu vou acabar com o nosso acordo! -minto, sua
expressão quase me fez carregá-lo e encher seu rosto de beijos dizendo que
era uma brincadeira.

- O que? -seu aperto afrouxa com a surpresa e eu consigo me livrar das suas
mãos rapidamente, sorri vendo sua irritação e coloquei minhas palmas no
seu peito, Nate vai para trás com a força que exerci e deita as costas no
tapete piscando um par de vezes.

Ele estava ofegante como eu, e quando viu minha expressão travessa foi
como se tivessem tirado um peso enorme das suas costas, ele suspirou
aliviado por entender que eu estava brincando.

- Eu acho que você quase tem um infarto agora...eu só estava brincando


quando falei aquilo, não leve a sério.

Ele me olhou irritado.

- Eu estou pensando em voltar naquela pista de mini golfe e deixar você lá


com o Jason -ele diz e eu abro a boca chocada.

- Certo, eu morreria feliz porque logo depois Peter bateria em você -falei
animada e ele revirou os olhos, mas riu depois agarrando meus braços nos
fazendo virar.

Ajeitei minhas pernas no seu quadril quando seu corpo ficou em cima do
meu, seus braços se apoiam ao lado da minha cabeça e eu deslizo minhas
mãos pelas suas costas.

- Vai assistir filmes de princesas comigo? -perguntei fechando os olhos


quando seu nariz roçou no meu de leve.

- Talvez... -abri os olhos quando ele passou a mão no meu cabelo


carinhosamente.

- Hum...estamos melhorando -falei o fazendo sorrir antes de me beijar


suavemente.

- Você é o meu ponto fraco, Susie Jones -ele sussurra e depois me encara
vendo minha expressão chocada com as suas palavras.

Nate levanta uma sobrancelha me vendo estática e eu vejo seu indicador se


mexer até tocar na ponta do meu nariz.
- Eu acho que está dando problema no seu sistema -ele rouba a minha frase
fazendo um sorriso enorme aparecer no meus lábios, Nate afastou o dedo do
meu nariz quando eu me inclinei o beijando.

Ouvi seu suspiro e apertei meus dedos no seu corpo, ele mordeu meu lábio
inferior e eu dei um resmungo baixinho o abraçando com as minhas pernas
usando um pouco mais de força.

- Franjinha, não quero mais que você deixe a Emy... puta que caralho!

Nos assustamos com a terceira voz no apartamento e eu franzo o cenho


vendo a cabeça loira segurando uma fantasia de fada, mas...o que?! Adam
estava com a boca aberta e rápido colocou a mão na frente dos olhos os
tapando.

- Minha nossa! Nem espera eu sair -ele murmura como se nós é que
estivéssemos atrapalhando ele.

- O que você está fazendo aqui Tinker Bell dos infernos?! -Nate perguntou
irritado se ajeitando no chão se pondo da minha frente para me cobrir,
mesmo que sua blusa enorme já faça isso.

- Emily tinha escondido minha fantasia aqui, acredita? Eu vou esconder o


Peter dela, quero ver ela achar aquele idiota! -Adam reclama- Posso ver
agora ou vocês ainda estão querendo tirar a minha inocência?

- Como você entrou aqui? -perguntei quando ele tirou a mão do rosto.

- Susie...doce Susie -ele colocou as mãos na frente no corpo me olhando com


uma falsa pena mas depois ficou normal- O porteiro me reconheceu, e sua
porta estava aberta.

- Sem truques? -Nate pergunta desconfiado.

- Não vou invadir o apartamento de todo mundo usando minha inteligência


surpreendente, precisa ser desafiador, já entrei aqui antes quando Emy
morava nesse lugar também, não conta para a ladra de Pan mas eu sumia com
os cintos que ela usava.
- Eu acho que Emily trai Pan com você -Nate fala cruzando os braços.

- Somos um trisal, Rubi não entra porque sou muito ciumento -ele diz
passando as unhas na camisa branca polo que lhe caia muito bem.

- Você tem um parafuso a menos -falei rindo.

- Eu vou ligar para a polícia qualquer dia desses -Nate falou.

- Liga, não podem prender a merda do prefeito da cidade -ele aponta para si
mesmo fazendo a fantasia de Tinker Bell subir na altura do seu peito.

Sorri de lado apoiando meu queixo no ombro de Nate.

- Então... -Tinker deu um sorrisão me encarando- Ele beija bem, não é?

Só escutei o grito quando Nate agarrou um livro de cima da minha mesinha


de centro e o barulho dos passos de Adam quando ele correu para fora
batendo a porta, balancei a cabeça rindo.

Mas não demorou 5 segundos para a Bell voltar.

- Oh, espera -ele levanta um dedo e olha para nós dois- Estou aqui por um
motivo além de pegar minha fantasia.

- Qual é o motivo? -Nate pergunta com tédio.

- A gangue e as meninas estão lá embaixo -ele aponta para a porta e eu


franzo o cenho- Vão se arrumar.

- Para onde vamos? -perguntei.

- Está noite... -Adam sorriu novamente- Nós vamos para uma boate como nos
velhos tempos.

×××

Vocês sentiram aí?


Não passou uma agulha no fio fó depois das palavras "acabar nosso
acordo" KAKAKAKAKAKAKAK. Trouxa!

Será que o acordo vai acabar em breve?


Opa! Opa!
Não vou dar spoiler 😏.

Quem aí lembra das noitadas nas boates nos livros anteriores? Era cada
coisa que Misericórdia! KAKAKAKA vamos ver se agora
melhora...kiKiki

Vou postar outra Capítulo hoje às 18h


Até lá, babys ❤.
62° capítulo

Susie

- Prestem atenção.

Olhei para Adam que caminhava de um lado para o outro na frente de nós 7,
suas mãos estavam para trás com uma grande pose de ditador, a verdade é
que estávamos apavorados.

Nós não temos boas histórias em boates! Nós 8 sabemos disso e às vezes até
evitamos porque o tanto de coisa maluca que já aconteceu é digna de reality
show, algumas Nate e eu não participamos mas eu soube que teve Lisa no
ombro de Dylan e o resto correndo atrás deles pelas ruas de Manhattan.

- Eis as regrinhas, meus caros. Por favor, sigam -Adam parou de andar
ficando no centro de nós.

Ajeitei meu vestidinho preto que era rodado mas apertado da cintura para
cima, um colar dourado com um pingente de floco de neve se fechara na
minha nuca e meu cabelo estava solto com a minha franja alinhada, meus pés
habitam um saltinho baixo e tinha um batom fraco na minha boca.

- Nada de xingamentos -Bell diz- Nada de bater ex namorados, nada de bater


em homens oferecendo orgia -Adam suspirou antes de sorrir- Se bem que foi
ótimo bater naqueles he-man...

Os meninos sorriram uns para os outros e eu vi as meninas revirando os


olhos, olhei para Nate que tinha uma sobrancelha erguida para mim e eu dei
de ombros.

- Nada de fechar a boate! -Adam fala para Peter que cruza os braços como
uma criança mimada, ri baixo.

- Nada de mandar as pessoas para o hospital! -Adam briga com Dylan que
aperta os lábios concordando.
- Nada de subir em mesas -ele apontou para as meninas.

- Nós nunca fizemos isso -Emily fala.

- Fomos nós, cara -Dylan fingiu tossir e Adam olhou para Peter e Nate com
uma sobrancelha erguida, os quatro se olham e eu entendo rapidamente que
estão se comunicando com um olhar.

- Estou começando a achar que o problema são vocês -Lisa falou fingindo
assobiar e Emy tocou na sua mão sutilmente em um "toca aqui".

- Na despedida de solteiro do Peter -Nate os lembra depois de alguns


segundos e eles abrem a boca fazendo um coral de "a".

- Vamos entrar logo! -Rubi fala animada- Quero ver as mulheres dançando
naqueles tubos em cima do palco.

Rubi estava excepcionalmente mais alegre esta noite, Adam tinha nos
contando que ela tinha tomado uma marguerita antes de sair de casa, todos
nós sabemos que ela fica mais solta quando ingere essa bebida.

- Certo, você vai ficar perto de mim -Adam puxo Rubi pela cintura e nós
começamos a caminhar para dentro. A fila estava enorme! Mas depois dos
quatro conversarem com o segurança, passamos sem problemas.

Andamos pelo corredor reto que era todo preto com luzes brancas saindo
dele em pequenos buracos, já podíamos ouvir a música tocando de dentro e
eu sorri com uma pequena vontade de dançar.

Sinto uma mão nas minhas costas e olho para o lado vendo Nate me
alcançando, ele dá um sorriso pequeno antes de se inclinar para beijar minha
têmpora, chegamos lá dentro e eu presto atenção nas cores que eram dividas
em um azul forte, lilás e rosa pink, haviam escadas do lado direito e
esquerdo com a grande pista de dança no meio, sofás aos arredores com um
cercado de vidro diferenciando os Vips, um palco grande perto da entrada
com os grandes tubos onde mulheres dançavam com os cabelos se movendo
ao vento.
- De quem foi a ideia de virmos mesmo? -Dylan pergunta.

- Minha -Emy responde- Precisamos sair para lugares assim mais vezes.

- Já estamos ficando velhos, loirinha -Pan fala.

- Fale por você, vovozona. Eu estou em ótima forma -ela diz passando as
mãos no vestido vinho totalmente colado nas suas curvas.

Nos assustamos quando um casal passou na nossa frente na mesma hora


quase comendo um ao outro, eles acabaram caindo no chão mais um pouco a
frente e uma cena sexual e desconfortável começou, me perguntei onde
estava os pais deles porque não pareciam ter mais de 21 nem aqui nem na
China.

Fiz uma careta e olhei para a gangue e as meninas.

- Talvez não tenhamos mais tanto pique como antes, bebês ocuparam nosso
tempo, mas isso não significa que não podemos dar um porre essa noite! -
Lisa grita animada e Rubi levanta os braços para cima.

- Adam! Eu quero transar no banheiro! -ela grita e o marido arregala os


olhos.

- Princesa -ele colocou as mãos nas suas bochechas a fazendo olhar para
ele- Quantas margueritas de verdade você tomou?

Ela sorriu mordendo o lábio parecendo super animada ao levantar 1 dedo,


ele suspirou.

- Sem que eu estivesse vendo!

Ela levantou três dedos.

- KONGA! -Rubi grita e nós fizemos uma expressão surpresa quando ela
entra no meio de algumas pessoas que estavam enfileiradas dançando e
cantando a música que tocava, Bell quase caiu quando correu atrás dela.
- Certo, vamos beber alguma coisa... -Emily diz ainda olhando para Rubi que
já tinha descolado um chapéu de aniversário, Adam tinha um apito na boca
parecendo querer chegar na esposa que estava mais a frente na fila.

Me virei para Nate e agarrei sua mão, ele me encarou cruzando nossos
dedos.

- Deixe-me adivinhar... -diz me fazendo sorrir de lado- Você quer dançar.

O puxei na direção da pista de dança acenando para os demais que apenas


davam risadas enquanto eu puxava Nate com força, as pessoas no meio do
caminho provavelmente se perguntavam como eu conseguia arrastar um
homem daquele tamanho.

Chegamos no centro da pista e eu identifiquei a música de Tove Lo em


parceria com um DJ chamado Alok e outra pessoa chamada Ilkay Sencan.
Como Nate era tão bom dançando quanto segurando um bebê, eu tive que
ajudá-lo a se soltar um pouco.

Cruzando nossos dedos eu fiz ele balançar as mãos um pouco enquanto eu


mexia meu corpo ao ritmo da música, ele olhou para a minha cintura subindo
para cima vendo o decote que era até grande demais ao que estou
acostumada a usar, mas meus vestidos mais bonitos eu temo ter deixado na
tinturaria.

A pista estava cheia mas nada tão sufocante, então eu consegui fazer ele girar
comigo e eu juro que escutei uma risada dele, isso me animou mais.

Coloquei as mãos na sua cintura e a chacoalho de um lado para o outro, sorri


abertamente quando ele levanta os braços fingindo dar uns passinhos.
Rápido joguei meus braços em volta do seu pescoço e ele sorriu antes de me
beijar com os braços na minha cintura, Nate me levanta um pouco do chão e
eu o encaro ainda no ar.

- Eu acho que nem Michael Jackson dançava tanto quanto você dança -brinco
e ele levanta uma sobrancelha.
- Eu quase não danço, mas quando estou com você isso muda -ele diz dando
um beijo rápido na ponta do meu nariz antes de me pôr no chão.

A música trocou e começou a tocar Poker Face da Lady Gaga, abri a boca e
procurei pelas meninas na mesma hora. Olhei em volta e bati palma vendo
elas correndo na minha direção arrastando os respectivos maridos. De
repente, estávamos nós 8 na pista de dança ao som da Lady Gaga.

Os meninos ficaram em volta de nós 4 nos deixando dançar livremente para


cara algum chegar perto e nos perturbar, queríamos dançar sozinhas agora.
Mas eu via de canto de olho os 4 dando uns passinhos descontraídos.

Tinha tudo para ser uma noite divertida, mas! Estava escrito na nossa
amizade que boates não combinam conosco.

Em breve iríamos perceber isso.

(...)

Chegando no balcão atrás de algo para beber eu me sentei no pequeno banco


vendo Nate fazer o mesmo, eu estava suada e ofegante por ter dançando
tanto, me diverti mais vendo o modelo de perfume dançando com os meninos
uma coreografia muito estranha que de acordo com eles, aprenderam na
faculdade.

Os 6 ainda estavam na pista de dança se divertindo mas vim acompanhar


Nate para pedir algo para beber, o barman chegou perto de nós para escutar
nossos pedidos.

- Uma dose de absinto -Nate pede e eu arregalo os olhos.

- Absinto? Quer ficar bêbado? -perguntei.

- Olhe, eu estou cansado...sou velho -ele aponta para si mesmo e eu reviro os


olhos, ele sorriu- Eu preciso de algo mais forte para continuar com energia.

- Você sempre tem energia para outras coisas, mas para dançar não? -
levantei uma sobrancelha.
- Fazendo as outras coisas eu me empenho para ganhar minha recompensa -
diz me dando um sorrisinho de lado meio safado e volta a encarar o barman-
Água para ela.

O cara assentiu e ele se vida para mim pondo uma mão na minha coxa.

- Você ia pedir água, certo? Quer dizer...imaginei que você...

- Sim, eu ia -o tranquilize pondo minha mão sobre a sua, Nate sorriu de lado
passando a costa da mão no meu rosto.

- Por que não bebe?

- Quer a verdade? -pergunto.

- Quero.

Fingi suspirar.

- Quando eu fiquei bêbada pela primeira vez eu quase fui presa por acordar
dentro de um estúdio de gravação em Hollywood, e eu morava em Seattle -
digo e ele levanta uma sobrancelha, já descrente nisso por me conhecer.

- Eu disse a verdade -falou, sorri de lado.

- Quando bebi pela primeira vez acabei bebendo demais e fiquei fora de
órbita, mas também foi a primeira vez que minha mãe teve o sinal da sua
doença, e eu não pude cuidar dela por estar altamente alcoolizada, desde
então eu prometi a mim mesma sempre estar consciente em volta das pessoas
que eu amo, apenas isso.

Ele ficou me olhando com o seu indicador fazendo círculos na minha coxa
que de certa forma me deixavam relaxada com o seu toque quente.

- Mas você pode beber pelo menos uma taça de vinho comigo de vez em
quando? -perguntou, parecendo entusiasmado com a ideia.

- Eu sou a pessoa mais fraca para bebida que você vai conhecer na sua vida.
- Dois dedinhos? -reforça e eu cruzo os braços- Jones, eu quero beber vinho
no seu corpo e vice e versa, colabore por favor -ele diz passando os dedos
pelos fios do meu cabelo me fazendo rir.

- Você é muito safado!

- Não exagere.

- Um safado intenso -falei antes dele me beijar castamente.

- Só estou brincando, sabe que jamais te obrigaria a nada ou insistiria como


você faz comigo.

Levantei uma sobrancelha.

- Do que está falando?

- Da sua chantagem com a Cinderela -diz me fazendo rir novamente.

- Você vai ceder a nós duas ou eu não me chamo Susie Marie Jones! -falei
fingindo irritação, ele sorriu- Na verdade, isso me faz lembrar de algo, qual
o seu nome do meio?

Ele fingiu tossir de repente e eu semicerrei os olhos quando ele pega a


bebida do balcão quando o barman nos notifica sobre ela, ele bebe tudo de
uma vez me fazendo levantar as duas sobrancelhas e depois suspira fazendo
uma careta.

- O vovô está de volta -falou.

- Então...

- Vou ao banheiro, Mi bela. Volto em um minuto, se alguém se


aproximar...diga que joga para o outro time -ele diz e eu bato no seu peito
pelo o que ele está tentando fazer, Nate riu baixo- É brincadeira! Desculpe,
desculpe, sou um idiota.

Ele me deu um beijo estalado na bochecha antes de sair do banco


caminhando para o banheiro, peguei minha água me servindo em um copo de
vidro e dei alguns goles molhando a garganta que estava seca por ter
cantando e gritando na última música que agitou todo mundo, Rihanna tinha
explodido com a música "Where have you been".

Continuei bebendo minha água tranquilamente vendo algumas pessoas


sentadas ao meu lado engatadas em uma conversa aparentemente animada, o
barman tirou o copo de Nate de perto de mim e eu olhei para trás vendo
algumas palmas rolando para um homem que estava em cima do palco, ele
parecia ser o dono da boate...talvez?

Voltei a olhar para frente bebendo o resto da minha água mas quase caio do
banco quando senti ele girar me girando junto, eu estava assustada com a
ação repentina e fico mais ainda quando eu olho para baixo.

Mas o que...meu Deus!

O homem, o qual nunca vi na minha vida antes, estava de joelhos na minha


frente segurando uma caixinha vermelha com um anel dentro, levantei uma
sobrancelha para ele que tinha um sorriso habitando em seus lábios.

- Moça da boate -ele diz e eu franzo o cenho, será que ele está drogado?!- Eu
não precisei nem de 5 minutos para saber que você vai ser a mulher especial
na minha vida, aceita se casar comigo?

Pela sua expressão era óbvio que ele estava brincando e só estava usando
uma cantada ruim, muito ruim! Para conseguir algo comigo.

- Isso funciona com as mulheres? -perguntei rindo e ele deu de ombros.

- Já consegui 5 vezes -responde me fazendo balançar a cabeça com um


sorriso.

- Que azar hein, acho que há algo que não está certo nesse seu pedido de
casamento já que tentou 5 vezes -falei com uma expressão séria mas
divertida vendo-o sorrir de lado.

O homem tinha o cabelo castanho com algumas mechas claras no topete, seus
olhos eram verdes muito parecidos com cor de folhas, seu nariz era
grandinho e seu corpo era atlético, sua roupa era uma camisa de mangas
verde e uma calça jeans escura, ele tinha um colar no peito um pouco grosso.

- Bom, apesar de achar sua forma peculiar, eu estou acompanhada, sinto


muito -digo e ele meneia a cabeça.

- Vamos, não seja difícil, eu já marquei com o bufê.

Cruzei os braços vendo seu rosto risonho, ele ainda mantinha o anel
apontado na minha direção, mas isso rápido muda quando uma mão forte
agarrou seu braço o fazendo levantar, mudo minha visão para o lado e vejo o
rosto de Nate irritado, como se tivessem dado um soco em seu rosto.

Droga.

- Que merda você está fazendo? -ele pergunta para o homem que se solta do
seu braço.

- Qual é, cara -ele diz rindo e se aproxima de Nate, perto o suficiente para
sussurrar e eu não escutar absolutamente nada, o cara gesticula e eu olho
para os olhos de Nate que de repente ficam quase em chamas como se
quisesse ter o poder do Hulk para matar o cara.

Ele estava tão, mas tão irritado que eu pulei do banco quando Nate o afasta
agarrando a gola da sua camisa e eu coloquei as mãos na boca quando eu vi
o primeiro soco ser desferido, foi tão forte que eu acho que consegui ouvir
suas costelas quebrando, e o soco foi no rosto.

No rosto do homem habitava um sorriso nojento e eu não sei o que ele disse
a Nathaniel, mas fora suficiente para ele se descontrolar.

Depois disso, apenas piorou.

×××

Fogo no parquinho!
Curiosas para saber o nome do meio do Nate? KAKAKAKAK puta
merda ♀.
Nosso bebê Nate quase não fica irado, sempre é o mais "calminho" dos
meninos, mas dessa vez enfiaram o dedo no cú do homem KKKKKK
Venturelli's são malucos pae.

Vote e comente!
Até sábado, babys ❤.
63° capítulo

Nate

Talvez a merda da cena entre a briga do Batman e do Superman não se


compara a essa, porque puta que pariu, eu estou com o dobro de ódio.

Foi necessário Dylan, Adam e Peter para me tirar de cima do cara que
estava no chão já morrendo de medo com apenas dois socos no rosto.
Frouxo filho da puta.

- Seu babaca! -o cara grita e eu piso em cima da sua caixinha vermelha a


destruindo, fazendo os meninos me soltarem eu suspiro passando a costa da
mão no nariz.

- Se um dia você repetir essas palavras imundas, eu juro que vou atrás de
você -me aproximei dele sentindo a mão de Dylan no meu braço me
impedindo de chegar mais perto- Eu juro que tudo o que você tem, vai ser
tirado das suas mãos, você não vai ter dinheiro para comer, para se vestir ou
para se manter, você vai estar merda em menos de 1 semana!

Ele lamenta com a mão boca onde tinha sangue escorrendo, olhei para o meu
punho vendo um pouco de sangue e ofegante eu olhei para o lado vendo
Susie meio assustada.

Porra.

- Idiota... -o cara ainda sussurra, o que apenas me estressa- Nem foder uma
vadia pode mais.

Tentei ir para cima dele de novo, mas Adam se meteu na minha frente com
uma expressão séria. Nunca me senti tão irado como agora, mas as palavras
sujas dele se referindo a Susie fez meu estômago revirar, o sorriso nojento, e
até o olhar para o corpo de Mi bela me fez estremecer de ódio.

- As regras, Nathaniel! AS REGRAS! -Adam suspira.


- Foda-se essa merda, ele chamou a Susie de vagabunda de quinta! -falei
irritado- Ele se aproveita das mulheres, Adam!

- Espera, o que que ele disse?! -Peter de repente transforma o rosto pacífico
para uma tempestade, Dylan precisa segurá-lo para ele não pensar em fazer o
que eu tinha acabado de fazer. O que eu fiz, faria por qualquer uma das
meninas, é a integridade delas que estaria sendo ferida.

- Por que vocês estão defendendo ela? Essas que tem o rostinho de anjo são
as piores na cama. Até parece que vocês nunca se aproveitaram de uma -o
cara fala rindo agora sentado e eu consigo sair da frente do Adam apenas
para chutar seu rosto o fazendo cair novamente com um berro de dor.

As pessoas voltam a se assustar e os meninos já estão em cima de mim mais


uma vez, odiei a forma como ele falou dela, como me pediu para deixá-la
ficar com ele por uma noite e depois devolvia como se ela fosse a merda de
uma revista, eu acabei me descontrolando completamente.

- Nate, se acalma, isso vai dar problema -Dylan sussurra para mim mas eu
apenas me mexo querendo que ele me solte.

Mas tudo muda quando sinto uma mão pequena no meu rosto me fazendo
desviar o olhar para ela, encaro o rosto de Susie que parecia chateada pelo o
que ele disse mas preferia me manter na linha. Seus dedos se mexem na
minha bochecha e os meninos me soltam quando ela se aproxima ficando na
minha frente roubando toda a minha atenção em um passe de mágica.

- Nathaniel... -ela sussurra quando eu pousei minhas mãos na sua cintura- Já


chega, ok? Vamos embora.

Aceno com a cabeça, concordando em ir embora e confortá-la nos meus


braços, isso parece mais que tentador para mim.

- Ninguém vai embora.

Viramos o rosto ao mesmo tempo e encaramos um homem de mais ou menos


50 anos vestido de terno com um ar prepotente a sua volta, logo reconheço
ser o dono do lugar.
- Vocês vão em cana, estão sob custódia até a polícia chegar!

Tá de sacanagem com a minha cara.

10 minutos depois...

- Calados! Calados! CALADOS!

O polícia grita com nós 8 que falávamos ao mesmo tempo tentando nos
defender, o homem o qual dei uma surra está sentado no chão ao nosso lado
com um saco de gelo perto do rosto com uma expressão irritada.

Cerrei os dentes quando o peguei olhando para as meninas com um olhar


ridículo.

- Você -o policial aponta para mim- Vai ser detido por causar perturbação e
agressão, para ver se aprende a não agir como um animal, rapaz.

- Não fode... -sussurrei vendo o policial levantar uma sobrancelha para mim.

- Não, espere, não tem necessidade disso -Dylan dá um passo para frente- A
briga aconteceu porque aquele cara violou a moral da minha amiga ali -
Batgirl aponta para Jones que está na minha frente com os meus braços em
volta dela.

- Eu não fiz nada com ela! Foi ele que veio me atacando, levo-o logo para a
cadeia -O cara diz e eu finjo ir para cima dele que se arrasta um pouco para
o lado com a expressão amedrontada.

- Senhor policial, por favor, não precisa de todo esse alvoroço...-Peter diz
com a voz que eu conheço muito, merda.

- Peter... -tento o chamar para impedir.

- Podemos resolver isso, certo? Do que você gostaria? -Pan pergunta


fazendo o policial levantar uma sobrancelha.

- Está tentando subornar um policial de Nova York, senhor? -O cara pergunta


e Peter aperta os lábios olhando para mim que nego com a cabeça.
- Não? -pergunta duvidoso.

- Acho bom mesmo, eu levaria você para o xadrez junto com seu amigo -o
policial toca no peito de Peter e o empurra para trás, Pan cerra os dentes.

- Mas nem fodendo -escutamos Emy dizer e o policial a encara junto ao seu
parceiro que estava ao lado dele encostando na viatura.

- O que você disse, loirinha? -ele pergunta olhando para Emy dos pés a
cabeça e eu fecho os olhos sabendo que isso vai dar merda.

- Peter -Adam toca no ombro dele que dá um passo para frente e o policial
faz o mesmo batendo peito com peito.

- O que? Vai agredir um policial? Vai lá, bilionário, quero ver -o cara diz e
eu suspiro puto massageando minha têmpora.

- Não vou bater em uma merda como você -Peter o ofende e o policial
levanta as duas sobrancelhas.

- Já chega! Você está preso por desacato a autoridade, e você também -ele
aponta para mim e o parceiro se aproxima para vir colocar as algemas no
meu pulso.

Peter nega com a cabeça e o policial empurra seu peito o fazendo


transbordar raiva mas ele não faz nada estúpido

- Não! Nada disso! -as meninas começam a gritar com o policial que está
com o rosto vermelho de raiva pela confusão.

- Isso é ridículo, ele não fez nada! -Emily se mete no meio e Peter a puxa
para trás, Susie agarra meu tronco vendo o policial tentando agarrar meu
braço para colocar a algema.

- Você não pode fazer isso! -Lisa grita- Se for levar um, vai levar todos nós,
porra!

O policial meneia a cabeça e depois olha para o seu parceiro que dá de


ombros, quando ele nos encara novamente ver nós 8 gritando com ele
soltando palavras nada agradáveis.

- Certo, estão todos presos! -ele grita irritado e eu arregalo os olhos, puta
merda.

Voltamos a falar ao mesmo tempo novamente e uma roda de pessoas estavam


à nossa volta, muitos gravando e outros cochichando sobre nós 8, isso era a
fofoca perfeita para Nova York.

(...)

- Vamos! Vão compartilhar a cela por enquanto! -os dois policiais nos
jogaram em uma cela ampla com dois bancos e um bebedouro dentro, as
cores eram cinzas sem vida e as grades eram da mesma cor, mas nos
permitia ver a bancada onde os dois policiais se acomodam em seguida.

Olhei para eles que começaram a se sentar nos bancos com as expressões
mais depressivas existentes, ando até Susie que se encostou na grade do lado
direito e ela me encara quando chego perto.

- Você está bem? -perguntei.

- Você está? -ela agarra minha mão vendo meu punho levemente machucado.

- Me desculpe se eu assustei você, eu só não aguentei ouvir ele falando


coisas horríveis sobre você, sobre seu corpo -coloquei minhas mãos ao lado
da sua cabeça, ela sorriu pequeno.

- Está tudo bem, mas eu gostaria de estar em casa vendo televisão.

- Por incrível que pareça, eu preferiria também, até assistiria seus filmes de
princesa -falo e ela balança a cabeça se inclinando para plantar um beijo
terno nos meus lábios.

- Sem toques! -escuto o policial gritar e eu me afasto de Susie mandando o


cara para a casa do caralho. Ele até fingiu vir para cima de mim e eu apenas
revirei os olhos.

- O que vamos fazer? -Escuto a voz de Rubi, meio bêbada.


Susie e eu nos aproximamos deles.

- Estou pensando nisso, tive algumas aulas de direito na Itália, mas óbvio
que é completamente diferente aqui -Adam falou se encostando na parede-
Não acredito que estamos presos, quer dizer, Nate já é acostumado, mas
porra, eu sou o mocinho aqui.

Susie me encara com o cenho franzido e eu falo de quando atropelei os


galões na Itália, passei dois dias na cadeia antes de ser solto.

- Você tinha que bater no cara? Não podia nos chamar e a gente batia nele no
beco? -Peter bufou com a mão enroscada na de Emy que riu baixo.

- Olha...sei que a situação parece horrível, mas não existem outras pessoas
no mundo as quais gostaria de ser presa além de vocês -Rubi fala passando a
mão no peito- É sério, eu amo...ai meu Deus! Eu vou vomitar!

Nos afastamos dela que parece realmente querer vomitar e Adam passou a
mão em sua costas com uma careta, graças a Deus ela não vomita.

- Olhem pelo lado bom, quando formos contar isso para os nossos filhos...
não, não vou contar isso aos meus filhos -Dylan nega com a cabeça e eu
abraço Susie de lado quando ela se encosta em mim.

- Você está bem, Jones? -Emy pergunta a ela que confirma.

- Sim, só fiquei surpresa, ele parecia até legal -ela deu de ombros, e eu
apertei sua cintura fazendo uma careta aparecer em seu rosto, ela me olha
feio e eu balanço a cabeça.

- Ele não era legal.

- Eu sei -ela rebate.

- Quanto tempo vamos ficar aqui?! Eu tenho um filho, caramba! -Lisa grita
para o policial que finge não escutar colocando os headphones no ouvido-
Socorro! Socorro! Polícia!
- Foi a polícia que nos colocou aqui, baby -Dylan agarra sua cintura e ela ri
colocando a mão na boca.

Ri baixo.

- Temos direito a uma ligação -Peter fala- Vamos ligar para Monica e ela vai
vir pagar a fiança.

- Não! Não! Nunca! Monica vai esfolar nossa bunda no asfalto, eu não quero
morrer, caralho -Adam falou quase se tremendo, ri internamente.

- Quem então? -perguntei.

- O pai da Rubi -Adam fala e Rubi olha em volta depois de abrir os olhos,
ela estava quase dormindo quando escutou seu nome.

- Onde estou? -ela pergunta, mas logo depois volta a fechar os olhos, Bell
balança a cabeça.

- Ok, vamos conseguir a ligação e vamos sair daqui -Emily diz e nós
concordamos, isso foi meio estranho mas juntamos nossas mãos no centro e
quando nos demos conta do que estávamos fazendo, nos se separamos com
um riso idiota.

Céus, isso é a coisa mais maluca e estranha que nos aconteceu. Mas Rubi
está certa, não existem outras pessoas no mundo que eu gostaria de estar
preso.

Primeiros 10 minutos na cadeia...

- Eu acho que quero uma fantasia de policial -Emily fala na rodinha que
fizemos.

Isso deveria ser muito, muito ruim, mas até que não. Parecia que estávamos
no apartamento de Rubi e Adam conversando como sempre fazemos. Era
como se estar na cadeia fosse algo rotineiro.

- Por falar nisso, você vai me pagar por esconder minha fantasia no
apartamento da franjinha -Adam aponta para ela e depois volta a acariciar o
cabelo da esposa que tinha a cabeça no seu colo, Rubi dormia pacificamente,
parecia que ela estava nas nuvens.

- Eu acho que não devemos ir em boates novamente -Dylan fala- Vamos


somente nas minhas e a do Peter.

- Me parece uma boa ideia -Falei suspirando, ouvimos um ronco e eu olhei


para trás vendo os dois policiais caindo no sono, olhei em meu relógio
vendo os ponteiros marcando 00:45.

Mas que merda, aquela Cinderela realmente me parece muito mais atraente
agora.

25 minutos depois...

- Você está bem?

Olhei para o lado vendo Dylan perto de mim apoiando as mãos na grade
como eu apoiava, ele olhou para os seus sapatos antes de levantar a cabeça
para encarar os policiais.

- Já estive melhor, acredita? -perguntei o fazendo sorrir de lado.

- Você se descontrolou cara -ele diz e eu concordo com a cabeça.

- Eu sei...

- Bom, você se envolveu com a Susie mesmo ela brincando com o seu
autocontrole, eu acho Nate, que você finalmente está superando aquilo, você
sabe que não foi sua culpa, e a culpa não é do seu autocontrole, pare de
achar que você é um monstro toda vez que ela é testada, porque você não é.

Fiquei olhando para frente antes de descer o olhar para os meus dedos na
grade.

- Você contou a ela o que aconteceu com você antes?

- Não...
- Não consegue? -ele me encara.

- Não, é um assunto que ainda me dá pesadelos. Às vezes eu não consigo


dormir pensando nisso, eu não sei o que esperar dela quando eu contar o que
me atormenta.

Ele suspirou.

- Ela jamais julgaria você, Susie é de todas as pessoas no mundo a qual você
deveria depositar confiança. E você sabe disso.

Dylan colocou a mão na minha nuca e deu algumas batidinhas.

- Vou comprar a merda do confete.

Ele diz isso antes de sair da minha frente caminhando até Lisa que estava
brincando de pedra, papel e tesoura com Emily. Rubi estava deitada no
banco e Peter estava perto dela brincando com o seu cabelo fazendo
trancinhas, me perguntei aonde ele aprendeu isso mas logo me lembrei que
Emy tinha o ensinado a algumas semanas

Franzo o cenho sentindo falta da Bell, vasculhei com os olhos até achá-lo
agachadinho entre os bancos com um pequeno gravador na mão, olhei em
volta, onde caralhos esse loiro achou isso?

- Diário de um prisioneiro, volume I -ele diz e eu levanto uma sobrancelha-


Eu acho que sou muito fraco para a cadeia, mas estou otimista, vou tentar me
enturmar com uma gangue e não pegar o sabonete do chão.

Ri baixo passando os dedos pela boca para não chamar sua atenção, ele
estava concentrado naquilo.

- Vou tentar sobreviver, e só para deixar registrado, a culpa é toda do Nate -


ele desliga o gravador e levanta a cabeça vendo minha expressão irritada.

Adam aperta no botão para voltar a gravar

- Querido diário, infelizmente eu não vou sobreviver a cadeia -ele aperta no


botão novamente e me dá um sorriso inocente.
5 minutos antes de serem soltos...

Eu estava sentado no banco com as pernas de Susie sobre as minhas, passei


minha mão pelo seu rosto percebendo que ela estava quase dormindo
sentada, suspirei alto.

Vejo Adam atravessar a cela caminhando na direção de Pan, ele se senta


perto de Peter que o encara vendo sua expressão sorridente.

- O que você quer? -Pan pergunta.

- Eu escrevi uma música para você -Adam fala e Peter levanta uma
sobrancelha, nós prestamos atenção na conversa a partir daí, a não ser por
Rubi que ainda está dormindo.

- Escreveu uma música? -Pan pergunta confuso e Bell concorda limpando a


garganta.

- Ele é um trapaceiro, ele não é bom de jeito nenhum -Adam começou a


cantar a porra da letra da música "Criminal" da Britiney Spears.

- Eu sei que você me disse para eu ficar longe, ele é um cara mal com o
coração podre, até eu sei que isso não é espero -Adam tocou no coração de
Peter que bateu na sua mão com uma careta, ri baixo.

- Mas, mamãe, eu estou apaixonado por um criminoso, mamãe por favor não
chore, eu ficarei bem? -Adam o abraçou apertado e Peter colocou as mãos
na cabeça loira para afastá-la- Pondo a razão de lado, eu não posso negar, eu
amo aquele cara!

- Você é muito idiota! -Peter briga com ele, mas estava rindo.

- Porra! Estou me declarando, estamos em uma cadeia! -Adam solta Pan e


depois abre os braços ao se levantar chamando nossa atenção- Isso é
lendário na nossa vida, vamos lembrar disso para o resto dela! -ele sorriu
nos fazendo sorrir.

- Vamos sentar no natal de 2038 e falar sobre esse dia! Vamos falar como a
minha esposa estava desmaiada a maioria do tempo, vamos falar da trança
no cabelo dela que foi Pan que fez, muito bom cara me ensina depois -Adam
pede e Pan pisca concordando.

- Vamos falar do pênis que a Lisa desenhou na parede, vamos falar de Emily
quebrando a merda do bebedouro.

- Foi mal -Emy diz levantando a beirada do objeto que ela arrancou sem
querer quando foi explorar a cela.

- Vamos lembrar da Susie brincando de amarelinha aqui com o Dylan.

- Foi divertido -Dylan fala e Susie ri batendo


mão dele.

- E claro, vamos lembrar do Nate -Adam me encara- Obrigado por nos


proporcionar a noite mais estranha que já tivemos, provavelmente virão
outras, mas essa aqui está ganhando por ora -Bell fala- O que quero dizer é
que...vamos lembrar disso com um sorriso no rosto, porque nossa vida não é
normal! Nós não somos normais, e é por isso meus amigos que eu amo ter
passado esse tempo aqui, passaria mais se eu tivesse a oportunida...

- Vocês estão livres -o policial fala.

- PUTA QUE CARALHO, GRAÇAS A DEUS! NÃO ESTAVA


AGUENTANDO MAIS ESSE LUGAR -Adam grita aliviado passando as
mãos no rosto e depois nos encara vendo nossa expressão irritada- Quer
dizer, porra, eu amo muito vocês, muito mesmo, eu já disse isso?

Ele correu para fora passando pelo policial, mas segundos depois ele voltou
para carregar o corpo de Rubi quando se lembrou dela, nós nos levantamos
indo até o policial.

- Já foi tudo resolvido, a fiança foi paga. Melhor do que enfrentar a polícia
de Nova York no tribunal, não? -o policial pergunta sarcástico e nós olhamos
para atrás dele quando o rosto de Carlos Mendoza aparece.

Suas mãos se apoiam na sua cintura e ele dá um sorrisão nos vendo dentro
do xadrez.
- Mi hija não podia ter arranjado amigos melhores -ele debocha e depois ri
alto vendo o sorriso estranho que todos nós damos.

×××

Faltava tudo para essa gangue, e passar algum tempo na cadeia estava
na lista. Como meu queridissimo Adam disse, isso será legendário na vida
dos 8 KKKKK.

Meu povo, próximos capítulos vai começar a putaria. Está tudo muito
tranquilo até agora, e vocês sabem que quando isso acontece... 😔
KAKAKAKAK relaxem.

Logo mais a sessão de fotos, algumas descobertas e uma treta familiar,


amo.
Até, amanhã, babys.

E eu quero desejar feliz aniversário a Mayh_britto. Está comemorando


seu aniversário hoje, feliz aniversário, baby ❤.
64° Capítulo

Possui erros ortográficos.

Susie

Tive que ajudar a colocar Rubi no carro de Carlos que falava com os
meninos não tão distantes de mim, passei a mão no seu rosto vendo ela meio
porre ainda e sorri de lado para as meninas que tiravam fotos com um
policial de papelão de lado de fora da delegacia.

- Vai ficar bem? -perguntei para Rubi que apenas resmungou "Não vou beber
nunca mais".

- Eu duvido muito disso -digo para ela que passa mão no meu rosto de uma
forma nada carinhosa e eu me afasto vendo Carlos se aproximando com os
meninos.

- Aqui está o cartão, quando forem presos de novo, o que provavelmente vai
acontecer -Carlos olha para Adam que abre a boca ofendido- Quer dizer,
olha de quem vocês são amigos, uma fada encrenqueira.

- A culpa não foi minha! Foi aquele...aquele...modelo de perfume gigante ali


-Adam aponta para Nate que finge olhar a hora no seu relógio.

- Certo, mas ligue para esse cara se algo assim acontecer, é o melhor
advogado de Nova York -Carlos fala.

- O que nos representa está na Itália, foi mal ligar de madrugada -Peter fala e
Carlos dá um sorrisão- Ficamos presos sei lá...por 1 hora?

- Menos de 50 minutos, mas adorei ter vindo -Carlos diz para os meninos e
anda até Rubi sentada no banco meio morta, ele aponta pra ela sorridente-
Estão vendo isso aqui? Matéria para a família toda.

Me aproximei deles parando ao lado de Peter.


- O que vão fazer com as fofocas, deve estar por toda parte, imagino que seja
extremamente ruim para a imagem de vocês -falei- E para nós também -
apontei para as meninas.

- Eu vou fazer uma ligações e tirar tudo do ar -Nate fala e os meninos


concordam- Ainda hoje tudo deve desaparecer.

- Isso, muito bem, você é ótimo em ameaçar esses sites de fofoca. Eu, meu
amigos, preciso dormir e inventar uma história doida para meus pais sobre
como foi a cadeia, e essa história vai envolver tortura -Adam fala sorrindo e
depois passa por nós.

Ri baixo vendo ele andar para onde Carlos estava e logo agarrar o braço do
sogro que tinha o celular perto do rosto, eu pude ver a irmã gêmea de Rubi
na tela rindo alto enquanto ele mostrava a mulher desmaiada no banco do
carro, Bell tirou o celular dele e eu até pensei que ele iria desligar, mas
apenas cumprimentou a cunhada e começou a rir com os dois.

- Nós já vamos também, Emily deve estar cansada -Peter fala e nós olhamos
para ela que dançava com Lisa em volta do policial de papelão fazendo
várias dancinhas, elas realmente gostaram daquilo, espero que não roubem,
não quero voltar para cadeira.

Dylan e Pan saíram na direção das duas e eu agarrei a mão de Nate que me
encarou rapidamente.

- Quer dançar no papelão também? -ele pergunta rindo.

- Não, eu quero muito, muito fazer uma coisa -digo e ele levanta a
sobrancelha parecendo interessado.

- Me dê 5 minutos e eu consigo uma algema agora mesmo -ele diz e eu


arregalo os olhos de leve.

- Você é muito safado! Meu Deus do céu! -empurrei seu peito e ele riu
agarrando meus braços colando seu peito no meu, se bem que...hum...não
seria má ideia...meu Deus! Eu estou ficando igual!
- Eu sei o que você quer -ele fala e eu sorrio mordendo o lábio.

- Vamos?

- Vamos.

(...)

Agarrei o ketchup da sua mão com rapidez deixando sua boca aberta com a
minha agilidade e espremi o pequeno tudo colocando em cima do meu
cachorro quente.

Oh, Deus. Eu estava faminta! Eu poderia comer o Nate, e ele é maior que
uma vaca, sem exageros é claro. Mas quando ele me deu aquele olhar do tipo
"eu também estou com fome, vamos comer metade daquele carrocinha em
frente ao prédio da polícia", eu não demorei muito para correr pelas ruas
com ele ao meu alcance.

Eu estava no meu segundo cachorro quente e ele já no terceiro, brigávamos


pelo ketchup até a moça nos dar outro com um sorriso estranho vendo nossa
mini discussão.

- Eu acho que terei de ir a Itália na próxima semana -ele me fala e eu paro de


mastigar o encarando.

- Por que?

- Eu vou pelo menos uma vez no mês, não posso deixar de ir -ele diz e eu
concordo sutilmente.

- Por quanto tempo você vai...ficar fora? -perguntei, a ideia de tê-lo tanto
tempo fora não me anima em absolutamente nada. Era como se meu cérebro
estivesse sido acionado para querer ficar perto dele quase o tempo todo, é
assim que você quer ficar com a pessoa que gosta, certo? Engoli em seco no
pensamento de gostar de Nathaniel um pouquinho demais.

- Um mês -responde e eu arregalo os olhos, mas depois faço um bico irritado


quando ele começa a rir- Estou brincando, só alguns dias.
- Você é sempre engraçadinho assim ou está se descobrindo agora? -pergunto
o fazendo sorrir se inclinando na minha direção, o dei um selinho casto
quando ele me pediu indiretamente.

- Estou descobrindo agora -fala antes de eu o dar mais um selinho, coloquei


um dedo no seu queixo o empurrando para trás quando ele ameaçou a me
beijar mais forte.

- Espera, espera, ainda tem uma coisa que está rodando aqui na minha
cabeça, Sr. Venturelli.

- E o que seria, Srta. Jones?

- Qual seria o seu nome do meio? -pergunto e ele faz uma cara de tédio.

- Para que quer tanto saber?

- Porque eu acho que você está me escondendo ele de propósito, eu juro que
não farei piada.

- Jura nada, você faz piadinhas comigo constantemente agora.

- É que você me deu intimidade, e eu acabo me aproveitando isso -falei o


fazendo sorrir pondo o cachorro quente na mesinha.

- Certo, meu nome do meio é Spike -ele diz e eu aperto os lábios- Era o
nome de um tio meu que faleceu a mais de cinco décadas atrás, meu pai
achou que seria interessante por em mim.

- Não sei se acredito em você -toquei na ponta do seu nariz e ele pegou
minha mão beijando-a rapidamente.

- Por que?

- Porque, meu querido Nate -apertei sua mão- Nada com você é tão fácil
assim, algumas pessoas tem uma dificuldade maior para se expressar e
também para contar as coisas livremente.
- Eu sou difícil, Jones. Por favor, me aceite do jeito que eu sou -ele colocou
uma mão perto dos olhos e eu ri alto me aproximando dele.

- Que drama é esse?

- Eu não sei -ele me encara- Eu acho que precisa parar de andar com Adam,
preciso de uma desintoxicação de Bell.

Ri baixo olhando para o prédio da polícia e suspirei, essa foi a coisa mais
louca que já me aconteceu. Se minha mãe estivesse viva, ela provavelmente
não brigaria comigo e iria tentar despistar os policiais para nós 8 fugi, sorri
de lado com a ideia.

- Uau, o que é isso? -olhei para Nate vendo seus olhos concentrados no meu
pulso, percebi a pulseira prateada com o pingente de um floco de neve.

- Minha mãe me deu.

- Essa é diferente das outras -ele analisa com o cenho franzido e levanta
minha mão um pouco, Nate olha para a mesa com uma sobrancelha erguida e
depois me encara.

- O que foi? -perguntei.

- Nada, é que eu vi alguém usando uma pulseira exatamente como essa em


algum lugar, só não consigo lembrar quem e onde -me explica.

- Bom, minha mãe me deu antes de morrer, ela me disse que isso era a coisa
que eu mais deveria guardar -digo e ele mexe no pingente vendo o "S"
gravado nele.

- Eu lembro daquele globo de neve que tem no seu apartamento -ele diz-
Quando você está dormindo, e ás vezes eu fico acordado, eu mexo nele. É
tão brilhante e bonito.

- Você fica mexendo nas minhas coisas escondido? -levantei uma


sobrancelha.

- Hum...não, não é bem assim -ele se defende.


- Uma peça íntima minha sumiu? Devo me preocupar? -perguntei brincando e
ele deu de ombros.

- Ah, bom, isso provavelmente fui eu -ele fala me fazendo rir e eu retribui o
beijo quando ele me deu.

Celular dele começou a tocar e o mesmo encarou a tela antes de desligar,


sorri para ele que sorriu de volta.

- Quarta feira agora vai ter festa onde eu toco piano, você...gostaria de vir?

- Quer que eu vá na empresa do meu inimigo e deixe ele me ver andando


pela empresa dele como se eu fosse a porra do dono? -ele pergunta e eu
aperto os lábios- Claro, adoraria. Que horas começa?

Ri baixo balançando a cabeça.

- Começa as 20h, já falei com Peter e Dylan e estou liberada a noite toda.
Podemos nos encontrar lá se quiser.

- Me parece uma boa ideia, eu vejo você lá -ele diz e eu concordo.

Seu celular começou a tocar novamente e ele suspirou pegando o aparelho.

- Eu preciso atender, ok? -ele beija minha testa e depois se levanta


afastando-se para atender a chamada.

Peguei meu celular vendo alguns mensagens de Eric e logo percebo que ele
está online me enchendo de Áudios, ri para a tela.

Desbloqueio o celular e vou direta na minha conversa com ele.

"Susie Marie Jones! Escuta aqui, mocinha. Você foi presa?! Eu não acredito
que você se pôs a esse título de criminosa, minha nossa, eu estou muito,
muito orgulhoso! Agora me conte exatamente tudo o que aconteceu, a comida
é mesmo horrível?"

Mandei um áudio rindo e explicando que só fiquei na delegacia, não cheguei


a ir para a penitenciária de Nova York.
"Você sabia que eu já fui preso? É sério, apenas porque eu agredi um
policial, e sabe qual foi a merda? Eu encostei naqueles cavalos que eles
sempre estão em cima, eu mal encostei no animal, tudo bem que tinha um
pouco de pelo no meu para-choque, mas foi sem querer! Droga, ninguém me
entende"

Eu não acredito que Eric fez isso, eu estava rindo tanto que estava vermelha
provavelmente.
Quando Nate voltou eu deixei que ele escutasse os áudios do Eric e ele riu
junto comigo, até que me pediu para mandar uma mensagem de voz para ele.

"Ei, Eric. É o Nathaniel, como você está?"

Me meti no meio do áudio.

"Eric você não acha que está muito tarde para você estar acordado? Cadê a
Judith?"

Mandei o áudio e segundos depois ele nos responde.

"Nathaniel! Cara, eu odeio você" -ele diz e Nate franze o cenho olhando para
o celular- "Estou falando sério, você roubou Susie de mim, como acha que
eu me sinto? Eu gostava de fazer inveja para os outros velhos daqui quando
ela aparecia, por favor, desgruda carrapato! E Susie! Não trate como se eu
fosse velho, eu dou um bom caldo e você sabe disso, pergunte para a Judith"
-no fundo eu pude escutar um "eu não sei de nada" e eu rápido reconheço a
voz dela.

Nate abriu a boca chocado e pegou o celular da minha mão apertando para
ligar para ele, não demorou muito e os dois começaram a discutir pelo
telefone sobre o Nate ser um carrapato ou não, bom, eu não me importava
com isso na verdade.

Tomei o resto do meu refrigerante vendo a cena e sorri para Nate quando ele
sussurrou:

- Eric acabou de ameaçar cortar meu cabelo estilo moicano se eu machucar


você, acho que vou não sair dessa vivo.
Sorri de lado.

×××

Saudades do Eric? Nosso velhinho preferido vai logo aparecer, será que
vamos ter um encontro de Eric e Adam? Isso pode prestar hein...ou não
😏.

Comente e vote, babys.


Vamos avançando, vou tentar postar capítulo no meio da semana. Está
complicado para eu escrever e não estou tendo muito tempo, mas estou
sempre tentando postar em dia ❤.

Até a próxima, babys.


65° capítulo

Susie

Virei a página do romance de Charlie Dickens pronta para devorar o livro


mais um pouco, apoio minha cabeça melhor do seu peito relaxando ao
suspirar.

Nate aproxima o livro que ele segurava mais perto do meu rosto e também
vira página com as palavras de Thomas Hardy nela, estávamos em sua
biblioteca aproveitando a companhia um do outro em silêncio, mas lendo os
livros que indicamos um ao outro para conhecer.

Eu gostava de ficar com ele assim, apenas...juntos.

Suas costas estavam no sofá e seus pés se apoiavam na mesinha de centro, eu


estava com o corpo próximo ao dele com a minha cabeça em seu peito e
minhas pernas em cima do sofá, ambos em uma posição confortável.

Percebi um sorrisinho de lado surgir em seus lábios tendo seus olhos pretos
vidrados no livro, o simples gesto fez com que milhares de borboletas
voassem no meu estômago e eu acho que dei um suspiro com uma sensação
enorme invadindo meu peito.

Uma sensação que eu ainda não tinha sentido nas últimas semanas que estou
com ele, nunca a senti com ninguém na verdade. Mas era tão gostosa e
arrebatadora que me fez sorrir como uma idiota.

Levantei a cabeça um pouco a apoiando no seu ombro e ele olhou para mim
lentamente ainda tentando manter os olhos nos livros até os últimos
segundos, Nate franziu o cenho de leve vendo minha expressão contente.

- O que houve?

- Eu gosto disso -respondi voltando a olhar para o livro.


- Do que exatamente? -pergunta colocando o nariz no meu cabelo e
aspirando lentamente.

- De ficar assim com você -respondi, com o rosto escondido no seu peito.

- Por incrível que pareça, eu também gosto -ele responde fazendo meu
coração dar algumas saltadas estranhas.

- Isso é bom, certo? O grande Nathaniel Venturelli tem cara de que não gosta
de ficar perto de pessoas por muito tempo -brinquei.

Ele me olha com tédio e eu mordo o lábio colocando o livro perto do meu
rosto deixando apenas meus olhos visíveis para ele. Nate sorri de lado o
abaixando.

-- Você está tão maldosa comigo, Susie -ele pega o livro da minha mão e
coloca junto ao dele em cima da mesinha de centro- O que preciso fazer para
você não continuar maldosa comigo?

Ele veio para cima de mim e eu fui para trás automaticamente até minhas
costas se apoiarem no sofá, com o corpo em cima do meu eu senti seus
braços se apoiando ao lado da minha cabeça enquanto eu tinha um sorriso no
rosto pondo minhas mãos nas suas costas nuas.

- O que eu devo fazer? Hum? -ele beija meu queixo antes de me dar um
selinho demorado, encarei seus olhos vendo um brilho divertido sobre eles.

- Me fazer feliz assistindo filmes comigo? -me senti um pouco chantagista


nesse momento.

- Da última vez que fomos assistir algo você colocou pornô na televisão.

- Você sabe que foi sem querer! -briguei com ele sentindo minhas bochechas
quentes, Nate riu me beijando várias vezes, acabei rindo em seguida.

- Ok, você quer que eu assista aqueles filmes infantis com você, certo? -
concordei com a cabeça- Certo, eu assisto com você se... -levantei uma
sobrancelha vendo ele pensativo por alguns segundos- Você desfilar para
mim.
Foi impossível não forçar a cabeça para trás e rir como se eu tivesse um
problema respiratório, engasguei uma duas vezes antes de voltar a encará-lo
e passar a mão no rosto me recuperando.

- Nunca -falo.

- Nunca me diga nunca.

- Nunca -falei de novo e ele cerrou os dentes fingindo irritação, sorri de


lado.

- Aqui mesmo -ele apontou para a biblioteca- Só nós dois.

- Que tal você assistir comigo apenas porque se importa, somos amigos,
lembra?

- E como um amigo, estou pedindo para você desfilar com essas


pouquíssimas roupas que você está usando...todos os amigos fazem isso,
Jones -ele fala balançando a cabeça como se não estivesse contando uma
mentira.

- Nate...-falei com pesar e ele me olhou confuso com a minha expressão- A


prisão realmente mudou você -digo e depois acabo rindo quando ele apertou
a mão nas minhas coxas me fazendo resmungar em seguida.

Tudo que continha, fotos, informações, e vídeos foi tirado do ar. Nate
realmente conseguiu se livrar dos sites, vídeos na internet e até jornais. Não
tinha absolutamente nada sobre a nossa prisão, foi como se nunca tivesse
acontecido.

- Pense comigo, se você virar modelo, já vai ter prática porque vai treinar
comigo aqui. Escute seu coração, Susie. Escute seu coração, ele está dizendo
que você deve desfilar para mim.

Mas que...filha da mãe!

- Na verdade, eu acho que ele está me dizendo que você é muito perigoso
para mim.
- Talvez -ele sorriu antes de beijar a ponta do meu nariz- Faça isso para
mim.

- Filmes...

- Todos que você quiser.

Sorri com a vitória.

- Escute seu coração, Nate -coloquei minha mão em cima do seu peito no
lado esquerdo e balancei a cabeça com uma expressão de conforto- Escute o
que ele está tentando te dizer, ele diz que você vai se tornar um próximo fã
de filmes animados, bem vindo ao meu mundo.

Ele ficou me olhando por alguns segundos como se essa conversa fosse
extremamente séria, mas só estávamos negociando filmes e desfiles. Isso não
poderia ser mais maluco.
O tirei de cima de mim vendo-o sentar no sofá e eu me levantei caminhando
para o fim da biblioteca de costas para a sua mesa.

- Lembrando que eu nunca fiz isso na minha vida -apontei para ele.

- Eu sei, por isso você provavelmente vai brincar no meio fazendo umas
poses nada convencionais -ri baixo porque era exatamente isso que eu ia
fazer.

Ajeitei minha postura e mexi o pé para frente querendo dar o primeiro passo
mas quase tropeço na poltrona perto de mim, Nate riu e eu olho para ele
irritada, o mesmo parou de rir.

- Eu acho que já desfilei o suficiente -cruzei as mãos.

- Eu não vi um passo, só vi você quase perdendo o pé na minha poltrona.

- Certo.

Balancei os braços e respirei fundo, se por um acaso eu goste de


fotografar...e Emy me ofereça um desfile pequenino para estrear como uma
modelo pela primeira vez, talvez eu possa fazer isso direito, mesmo que eu
seja péssima, talvez melhore com persistência. O importante é nunca desistir.

Soltei a respiração e dei um passo para frente convicta de fazer algo pelo
menos apresentável, mas eu apenas soltei um gemido de dor quando tropecei
na bendita poltrona de novo! De novo!

Escutei a risada alta de Nathaniel e peguei a almofada que tinha na poltrona


jogando na sua direção, ele a agarrou pondo no rosto enquanto ria quase
caindo do sofá.

- Eu desisto! Sou péssima nisso -falei irritado.

- Não! Você não pode desistir -ele tirou a almofada do rosto, ainda com um
sorriso- Você vai ser uma ótima modelo, eu acredito em você.

O encarei seriamente vendo sinceridade no seu rosto, ele suspirou desviando


o olhar para baixo e depois me encarou de novo me dando um sorriso
pequeno. Me senti praticamente encorajada a continuar.

- Ok.

- Ok -ele repete- Tente de novo, e...afaste a poltrona para o lado, eu gosto


dela.

Reviro os olhos ouvindo sua risada baixa e acabei rindo com a situação,
passei as mãos no rosto vendo meu dedinho do pé vermelho e apoiei a mão
na testa.

- Eu deverei ser menos desastrada -falei.

- Eu gosto de você assim.

Ajeitei meu cabelo com um sorriso e desviei a cabeça me sentindo


envergonhada pelo seu comentário bobo, meus olhos acabaram se fixando
em uma caixinha azul com um laço cinza delicado em cima e franzo o cenho
percebendo o presente embrulhado com o meu nome em cima.

Minha curiosidade foi aguçada.


- O que é isso? -perguntei apontando para a caixinha e ele levanta a cabeça
para encarar o objeto.

Nate piscou um par de vezes e se levantou em um pulo percebendo o que


tinha em cima da mesa, ele basicamente correu para pegar a caixinha mas eu
fui mais rápida pegando primeiro.

- Você comprou um presente para mim? -perguntei com um sorriso maior do


que o Coringa.

- Não? Eu posso conhecer...outras mulheres chamadas...Susie.

- Jones? Susie Jones? O nome e sobrenome? -levantei uma sobrancelha


mostrando a caixinha para ele que tinha meus dois nomes e ele cruzou os
braços limpando a garganta.

- Tudo é possível -ele deu de ombros pondo a mão na boca.

- Você me comprou um presente -toquei no seu ombro o empurrando um


pouco- Você gosta de mim.

- Me dê isso -ele pediu e eu neguei- Isso não deveria está aí, pensei que
tinha guardado.

- Você não pretendia me dar?

- Eu estava pensando sobre isso -ele colocou as mãos na cintura por cima da
calça moletom cinza.

- Me deixe ver -pedi me aproximando dele, coloquei meus braços em volta


do seu pescoço e suas mãos continuaram na sua cintura.

- Eu deveria ter dado isso a você, Susie. Eu comprei de aniversário logo


depois que saímos do Empire State naquele dia.

- Isso já faz tempo, porque não me deu? -franzo o cenho.

- Eu não sei -ele balançou a cabeça- Só não queria parecer uma


pessoa...emocionada dando isso a você.
- Não -coloquei minhas mãos no seu rosto- Eu não pensaria isso, você não
precisa ter receio de se mostrar para mim, Nate.

Ele ficou me olhando em silêncio por uma eternidade antes de pôr as mãos
na minha cintura colocando a testa na minha, Nate me apertou contra ele e eu
suspirei satisfeita dando um sorriso pequeno.

- Vire de costas -ele diz e eu faço dando a caixinha em sua mão.

Senti um beijo no topo da minha cabeça e o barulho da caixinha se abrindo,


em seguida meu cabelo foi afastado para o lado e eu o olhei por cima do
ombro.
Nate aproximou o presente de mim e eu entre abri os lábios vendo um colar
fino prateado que praticamente brilhava, o pingente me fez sorrir como uma
idiota.

- Eu achei que...combinaria com você -ele diz enquanto eu analiso o trevo de


quatro folhas que mais parecia uma pedra brilhante.

- Você sabe...afinal -ele colocou o colar na minha frente para fechar no meu
pescoço- Sorte não é ter um trevo de quatro folhas...

- E sim encontrar um -termino a sua fala enquanto ele termina de pôr o colar
em mim.

Toquei no pingente agora no meu peito e o puxei para poder olhar com mais
propriedade, as mãos de Nate desceram pelos meus braços e eu virei o rosto
para encará-lo.
Sua expressão parecia satisfeita vendo o colar no meu pescoço e eu
rapidamente me virei para o abraçar.

Ele pareceu surpreso por alguns segundos mas depois me abraçou de volta
com tanta força que eu quase fico sem ar, apenas nos afastamos para ele me
beijar com fervor fazendo suas mãos entrarem nos fios dos meu cabelo.

- Eu adorei, é tão lindo! -sussurrei entre beijos- Obrigada.


Nate colocou as mãos nas minhas bochechas afastando-me um pouco, apoio
minha cabeça na sua palma e ele sorri de lado deslizando o polegar pela
maçã do meu rosto.

- Mi bela... -ele sussurrou com o cenho levemente franzido enquanto seus


olhos viajavam pelo meu rosto, naquele momento a bolha que criamos
parecia inquebrável.

Tanto, que as palmas tiveram que estar presentes por mais de 20 segundos
tentando chamar nossa atenção, quando isso acontece nós dois viramos para
o lado vendo Kate no início na biblioteca parando de bater palma quando
conseguiu pegar nossa atenção.

- Desculpe atrapalhar, senhor Venturelli. Mas...hum... -ela colocou as mãos


atrás do corpo com uma expressão culpada- Eu estava limpando o seu quarto
e sem querer derrubei um produto de limpeza no seu MacBook, me desculpe!

Nate tirou as mãos do meu rosto e eu me virei de frente vendo Kate quase se
encolhendo por ter sido descuidada, ele piscou um par de vezes e depois me
encarou.

- Eu já volto -Nate me diz e eu concordo- Vamos ver o estrago, Kate.

Ele saiu da minha frente caminhando para fora e os dois saíram da biblioteca
indo direto para o quarto, passei a língua nos lábios e peguei a caixinha de
cima da mesa passando meus dedos por cima do meu nome.

Guardei a caixinha no meu bolso e caminhei para fora da biblioteca também,


fui até a cozinha pegando uma garrafinha de água na geladeira e me olhei no
espelho que tinha ali. O colar brilhava mais que o sol, e era tão lindo.

Depois de alguns minutos eu guardei a garrafinha de volta na geladeira e


subi as escadas vendo meus pés descalços, eu tinha que me aprontar para ir
embora. Tenho uma sessão de fotos para fazer em breve.

Andei pelo corredor chegando na frente da porta do quarto dele e já fui


escutando a conversa.
- Eu sinto muito, senhor.

- Tudo bem, Kate. Só...tenha mais cuidado, todo o meu trabalho estava nesse
MacBook, pelo menos eu tinha salvado -Nate falou quando eu cheguei perto
da porta.

- Não vai acontecer de novo, eu prometo -Kate diz e eu olho para dentro
vendo Nate com o MacBook na mão o analisando- Eu posso fazer algo para
recompensar?

Ele estava tão concentrado naquele MacBook o balançando para cima e para
baixo como se quisesse tirar a água de dentro que quase não percebeu
quando Kate deslizou a mão direita pelos seus ombros em uma forma íntima
de carinho.

Franzo o cenho.

- Não há nada que você possa fazer, eu vou comprar outro depois -ele fala
abrindo o aparelho.

- Eu posso ir com o senhor se quiser -Kate se aproximou mais deslizando a


mão pelas suas costas lentamente me deixando ver as unhas pintadas de azul
arranhando sua pele de leve.

Isso me incomodou, muito na verdade.

Nate percebeu o que ele estava fazendo e virou o rosto para o lado e assim
encará-la, ela de ombros sugestiva e ele faz a mesma expressão que eu, ele
estava levando a sua mão até a dela para cortá-la do toque.

Mas ela apertou mais um pouco a mão na sua costas e eu entrei no quarto
fingindo limpar a garganta, isso a fez se afastar na mesma hora enquanto eu
caminhava pelo espaço até parar ao lado de Nate. Eu nunca me senti assim
antes, tão incomodada com o nível de intimidade de alguém.

Nathaniel me encara vendo minha expressão meio irritada e ele entreabre os


lábios voltando a olhar para Kate que encarava a mesa ao nosso lado, seu
cabelo vermelho estava solto e a blusa tinha botões mais abertos, não
estavam assim antes.

- Não vai ser preciso, Kate. Eu agradeço, você está dispensada -Nate diz a
ela que dá um sorrisinho sem graça e depois acenou saindo do quarto com as
mãos na frente do corpo.

O encarei vendo ele por o MacBook na mesa.

- Vou fazer uma pergunta -o comunico.

- Não, eu nunca tive nada com Kate.

- Eu não ia perguntar isso -me defendo, Nate sorriu de lado.

- E o que você ia perguntar? -ele agarrou meus braços me puxando para o


seu peito.

- Se você está ciente de que ela sente algo por você -digo e ele levanta uma
sobrancelha.

- Ela não sente nada por mim.

- Nathaniel...

- Nunca percebi nada.

Levanto as duas sobrancelhas.

- Ela estava passando a mão em você como se fosse...como se fosse...um


filhotinho de cachorro!

Ele sorriu e eu revirei os olhos.

- Eu acho que você está com ciúmes de mim, Mi bela.

- Não desvie do assunto, você sabe que eu estou certa!


- Certa ou não, eu não me envolvo com meus funcionários, já expliquei isso
a você -ele agarrou meu cabelo o puxando para trás fazendo um rabo de
cabelo com as próprias mãos.

- Sim, eu sei disso. Mas não acho que ela saiba, acho que seria bom da sua
parte deixar as coisas claras, você pode acabar machucando-a sem querer ou
trazendo um problema maior por ela trabalhar com você.

- Ok -ele diz antes de beijar meu pescoço.

- Você entendeu o que eu falei?

- Ok -ele repete beijando meu peito indo para o meio dos meus seios- Eu
entendi.

- Entendeu nada -reclamei vendo ele beijar o bico dos meus seios por cima
da blusa lilás.

- Me explica isso depois, tenho outros planos para você agora -ele apertou
minha bunda- E não vão ser palavras que irão sair da sua boca.

- Creio em Deus pai! -acabei rindo quando ele me levantou do chão


apoiando meu corpo no seu ombro- Eu tenho que ir embora, Nathaniel!

- Eu sei que seus lábios estão se mexendo mas não consigo escutar nada, que
estranho -debocha.

Reviro os olhos.

×××

Que estranho hein 😏 .


Um capítulo extra para vocês, espero que tenham gostado ❤.

O colar do trevo...quem lembra que ele disse a história do trevo lá no


início do livro? Nossa baby boo jamais esqueceu, será que ela sabe que
ela é o trevo dele? Anw, eu vou morrer sozinha 😔😂.
Vote! Eu agradeço demais.
Até amanhã, babys ❤.
66° capítulo

Susie

Uau.
Minha nossa mãe que está no céu.
Não é possível que seja eu.

10 longos minutos foi o tempo que fiquei ali parada na frente do espelho me
admirando, meus dedos passavam pela pele visível enquanto um sorriso
bobo se estendia nos meus lábios.

A lingerie vermelha com preto se destacava na minha pele, o sutiã com uma
espécie de "X" na frente e a calcinha com a cintura preta e na frente com o
pano rendado. Era tão lindo e sexy que estava me sentindo poderosa,
coloquei o robe preto me cobrindo antes de sair de dentro do mini camarim.

Assim que saio de lá me deparo com a pequena minoria da equipe Modus,


algumas pessoas cuidaram da minha maquiagem e eu tive um pequeno ensaio
de poses para pegar um pouco a prática, Emy fez questão de eu usar o maior
salto existente no planeta terra porque ela gosta das minhas pernas.

Caminhei na direção da loira que estava dando algumas ordens a equipe que
olhava para ela com um olhar de admiração, Emily gesticulava com as mãos
e eles apenas concordaram escrevendo algo nos bloquinhos.

Parei perto dela que me olhou por cima do ombro e abriu um sorrisão.

- Cadê as meninas? -pergunto.

- Estão...se arrumando -ela piscou para mim e eu sorri de lado. Eu consegui


fazer com que as meninas tirassem fotos junto a mim e as outras modelos.
Agora estávamos todas nós no estúdio prontas para aparecer em catálogos
mundo afora.

- Agora, senhorita Jones. Deixe-me ver seu lindo corpinho onde está a
lingerie que passei horas desenhando, por obséquio -ela fingiu fazer uma
referência e eu balancei a cabeça sorrindo.

Desfiz o laço do robe e o afastei deixando cair sobre os meus ombros, Emily
analisou a lingerie no meu corpo e mordeu o lábio com um olhar maliciosa.

- Merda, por que eu sou hétero? -questiona.

- Porque você nasceu para o Peter -respondi.

- É, é, tanto faz -ela ajeitou as alças do sutiã- Estou com raiva dele.

- Por que? -franzo o cenho.

- Estávamos namorando ontem e ele me chamou de Adam.

Arregalei os olhos meio chocada e Emily riu alto jogando a cabeça para trás,
demorei uns 10 segundos para entender que ela estava brincando com a
minha cara.

- Você é maldosa -apontei para ela que estava ficando vermelha de tanto rir
da minha expressão.

- Ai meu Deus, isso é ótimo -Emy abana o rosto- Estou brava com ele
porque o mesmo disse que tem algum problema no Pepe.

- Pepe... -fiz uma expressão duvidosa.

- É, o Peter júnior -ela diz e eu abro a boca me lembrando, misericórdia.

- Por que...como...hum, como se chegou nesse assunto? -pergunto.

Emy deu um suspiro triste.

- Você sabe que estamos tentando por um mini Ross aqui -ela apontou para a
própria barriga e depois olhou para- Mas estamos tentando a meses, mas não
vai! Será que dá pra deixar meu marido por um bebê aqui dentro, porra?!

Dei um sorriso sem graça vendo algumas pessoas passando na hora que ela
estava gritando com a barriga dela, mas elas tinham até uma expressão
normal, acho que já estão acostumadas com Emily.

- Enfim, ele diz que o problema está no Pepe. Mas...vai que o problema está
em mim -Emily abraçou o próprio corpo e eu me aproximei mais um pouco.

- Você não tem certeza de nada, Emy -digo, vendo seu olhar perdido no chão.

- Eu nunca...quis ter um filho, quer dizer, olha para mim, eu sou...

- Maluca?

- Sim, isso também serve -ela diz me fazendo rir baixo

- Mas...quando eu imagino isso, quando eu paro de noite na minha cama e


olho para ele, minha maior vontade é ter uma família. Eu quero ver meu filho
correndo pela grama, eu quero brigar com Peter de madrugada para ver
quem vai tomar contar do bebê, eu quero segurar a coisa mais preciosa da
minha vida, entende? -ela piscou várias vezes tentando mandar as poucas
lágrimas embora- E de repente perceber que tudo o que você um dia nunca
quis, vai se tornar a coisa que você mais precisa. E eu quero um filho com
aquele homem gigante e tatuado.

Sorri passando meus braços pelo seu corpo e ela me abraçou apertando.

- Você terá, Emy. Só continuem tentando, às vezes isso demora mesmo, se


quiser ter mais certeza de que não tem nada que esteja dificultando isso, fale
com Peter que eu tenho certeza que ele vai apoiar a ida dos dois a um
médico especializado no assunto -falo.

- Eu sei -nos afastamos e ela passou as mãos no rosto- Vou conversar isso
com ele.

Sorri pequeno concordando e virei o rosto percebendo a presença de Lisa e


Rubi, as duas caminhavam até nós quase que em câmera lenta, ambas
sensacionais nas lingeries.

- Vamos! Estou pronta para matar Dylan quando ele vê essas fotos -Lisa deu
um sorriso perverso.
- Você não convidou o Adam, convidou? -Rubi perguntou para Emily, ela
estava quase tremendo.

- Rubi...sobre isso... -a loira faz uma careta.

- Nãoooo -Rubi gritou colocando as mãos na cabeça.

Ouvimos o barulho do elevador indicando que estava nesse andar do prédio


e olhamos para lá quase ao mesmo tempo, as portas foram abertas e eu
levantei as duas sobrancelhas quando percebi Dylan, Peter e Nate quase
brigando para sair do elevador primeiro.

- Sai da frente! -Dylan empurra a cabeça de Peter que estava no meio.

- Por que eu estou sentindo algo tocar a minha bunda?!

- Não tem ninguém tocando na sua bunda, babaca -Nate fala para Peter que
franze o cenho.

Depois de alguns segundos na luta para sair do elevador primeiro, Peter


conseguiu sair dando um sorriso de vitória e logo depois eles olharam em
volta procurando por nós com o olhar ansioso, olhei para as meninas com a
sobrancelha ainda erguida.

- Vamos apostar essa? -perguntei.

- Não fazemos tanto isso, mas dessa vez vale -Emily fala.

- 100 dólares que vieram para vigiar -Lisa diz.

- 150 que vieram para vigiar e...-Emy pareceu pensativa olhando para eles-
Vieram para babar.

- 180 que eles vieram só para encher o saco -digo e ela batem na minha
palma quando eu levanto as minhas duas mãos.

- 250 dólares que Adam vai aparecer ali com a produção de Hollywood -
Rubi diz e eu franzo o cenho.
Nós 4 olhamos para o elevador quase ao mesmo tempo de novo e eu
entreabri os lábios vendo Adam aparecer no nosso campo de visão com um
sorriso do tamanho de Júpiter. Nos braços ele tinha duas maletas rosas com
o desenho de beijos espelhadas e no pescoço tinha uma câmera fotográfica
pendurada.

Olhei para Rubi que cruzou os braços engolindo em seco.

- Por que ele está com isso? -Lisa pergunta rindo.

- Você vai ver -Rubi responde.

Os 4 ainda olharam em volta por alguns segundos antes de Peter nos achar,
eles andaram até nós com os olhos presos na equipe e tudo o que tinha à
nossa volta. Perto o suficiente eles deram um sorriso inocente.

- O que estão fazendo aqui? -Rubi pergunta.

- Emily nos convidou -Dylan responde.

- Eu convidei só o Adam -ela aponta- Quero que ele pose para a coleção
masculina.

- Loirinha, você chama um...vem os quatro -Peter diz e Emy revira os olhos.

- Viemos...dar apoio -Nate fala com as mãos no bolso da calça social.

- Mentira! Tudo ciumento aqui olha -Adam apontou para os três que bateram
na mão dele ao mesmo tempo, Bell se escondendo atrás da maleta.

- Por que você está com isso? -perguntei para ele apontando para as maletas.

- Ah isso? -ele olhou para as coisas e sorriu- Eu trouxe para produzir minha
princesa.

Fiz uma expressão fofa e olhei para Rubi que estava de braços cruzados com
uma expressão que não acreditava muito.

- E você trouxe só isso? -ela pergunta.


- Claro -ele responde.

Rubi semicerrou os olhos e eu discretamente olho para o elevador que se


abriu novamente, apertei os lábios vendo dois homens tirando quatro malas
de dentro que tinha o mesmo desenho das maletas que Adam segurava.

- Então... -Rubi olha para lá mas depois volta a encarar o loiro que estava de
costas- Você não trouxe mais nada?

- Nada -ele nega e levanta as maletas- Só trouxe isso.

- Ok, mas você pode me explicar por que caralhos tem dois homens
arrastando quatros malas enormes pelo estúdio?!

Adam olhou para trás na mesma hora e eu ri da sua expressão.

- Não! Não era para trazer agora, Nelson! -ele grita e corre até os homens
balançando as maletas.

Pisquei um par de vezes antes de rir baixo vendo a Tinker falar com os
homens, senti o fio do meu hobe ser puxado chamando minha atenção e eu
olhei para Nate que encarava meu corpo coberto pela lingerie. Ele passou a
língua nos lábios deslizando os dedos pelo fio e subiu lentamente pelo meu
peito até parar nos meus olhos.

Sorri para ele que sorriu de volta, mas logo depois parou quando sentiu o
tapa na sua mão dado por Peter, Nate olhou para ele chocado.

- Foi mal, cara. Tinha um mosquito na sua mãe, tive que matar -Peter diz e
Nate mostra o dedo do meio para ele.

Ri alto vendo Pan pular em Nate bagunçando seu cabelo um pouco, modelo
de perfume o xingava baixinho e ele ria enquanto dizia que estava brincando,
os 2 vão se afastando menos Dylan que está passando as mãos no cabelo de
Lisa o deixando alinhado.

- Agora está certo, baby. Você está gostosa -ele sorriu.

- Você acha? -ela sorriu também.


- Óbvio, eu casei com você só por isso.

- Filha da puta -ela bateu nele que riu agarrando seus braços em seguida.

- Estou brincando -ele sorriu antes de roubar alguns beijos da mesma- E não
deixe Monica ouvir você.

As meninas se reuniram depois e conversamos com a equipe enquanto Emily


foi se trocar para batermos as fotos.
Meu celular que estava no bolso do robe começa a tocar e eu pego o mesmo
vendo uma ligação de Eric.

Atendo no segundo toque.

- Alô.

- Você acha que eu tenho potencial para ser um sugar daddy?

Franzo o cenho.

- Como é?

- Eu estava passeando no parque com Judith e comecei a me exercitar para


mostrar meus músculos -ele explica- E uma mulher se aproximou me dizendo
que eu estava em ótima forma, eu acho que ela ficou afim de mim, Susie.
Você vai perder o seu posto, fica esperta.

- Certo, e como isso te faz me ligar para perguntar se você tem potencial
para ser um sugar daddy?

- Porque eu falei para Judith que eu seria um ótimo sugar daddy, e ela riu de
mim, você acredita nessa merda?

- Ri mesmo! -escutei a voz de Judith no fundo.

- Eu vou demitir você -ele a ameaça.

- Tenta! -ela responde.


- Susie, Judith vai me matar -ele volta a falar comigo.

Meu Deus, Eric e Judith brigam quando estão juntos, mas não experimente
tirar um de perto do outro. No fundo eles se amam.

- Onde você está agora? -pergunto com uma sombra de sorriso.

- Estou passando na frente de um prédio que tem aquela placa brilhante e


cinzenta, isso aqui deixa qualquer um cego, pode matar alguém isso aqui! -
ele exclama- Olha, Judith, vou te dar uma dessas de presente.

- Essa placa seria a Modus? -pergunto.

- É o que está escrito ali -falou- Eu acho, cadê meus óculos?

- Eu estou nesse prédio, quer vir aqui?

- O que você está fazendo aí?

- Uma sessão de fotos.

- De que tipo? -pergunta.

- De lingerie.

- Puta merda, estou chegando.

Ele desligou na minha cara e eu ri para a tela do celular por alguns segundos,
depois guardei porque a sessão de fotos iria começar.

×××

Olá, babys!
Eu expliquei no meu quadro de avisos porque eu não postei ontem, mas
quem não viu, eu não postei porque eu perdi o capítulo, tive que
reescrevê-lo 😔. Não era bem assim a versão original mas eu fiz de tudo
para lembrar de como estava antes kskssksk.

Vamos seguir que ainda tem mais coisas nessa sessão de fotos 😏.
Vote!
Thanks.
Até, babys ❤.
67° capítulo

Nate

Eu.vou.desmaiar.

Eu acho que iria morrer, sim, ou eu tinha algum problema porque meu sangue
não parecia circular direito no meu corpo. A minha boca parecia secar de 15
em 15 segundos que eu olhava para ela, eu precisava de uma garrafinha de
água para não ficar desidratado.

Que merda era aquela? A cada passo que Susie dava eu engolia seco vendo
as pernas chamando atenção para si, maldito salto! Ela sorria para as
meninas que também estavam rindo, mas eu só conseguia me concentrar nos
lábios pintados de vermelho.

Jones está magnífica, e ela ainda nem tirou a porra do robe. Eu preciso me
apoiar em alguma coisa.

- Nossa, Dylan. Pega aquele negócio -Peter fala para o mesmo que estava do
seu lado, franzo o cenho.

- Que negócio? -perguntei.

- O balde! Para de babar, cara -Dylan fala e eu reviro os olhos vendo os dois
rindo.

- Vocês precisam sair do jardim de infância -falei, eles me deram um sorriso


malicioso.

- Você está amarradão na Susie -Dylan fala.

- Se fodeu -Peter riu jogando a cabeça para trás.

- E se eu estiver, qual é o problema? -perguntei e Dylan deu um passo para


trás assim como Peter que parou de rir imediatamente.

- Puta que caralho, você ouviu isso? -Dylan sussurrou para o Pan.
- Ouvi...mas não sei se consigo acreditar -ele sussurra de volta.

- Vocês sabem que eu posso escutar tudo o que estão falando, não sabem? -
levantei uma sobrancelha e passei as mãos no rosto quando os dois
começaram a gritar chamando por Adam.

- Adam! Adam! Soldado sendo abatido! -Dylan grita.

- Tinker Bell! -Peter grita também e eu olho para o lado vendo Adam correr
até nós ainda segurando as maletas com vários beijos espalhadas.

- Chamou, homem meu? -Adam fala e Peter dá um sorriso de lado passando


a mão no cabelo loiro dele, esses dois foram amantes em outras vidas, ou
nessa e ninguém sabe.

- Nate falou que quer casar com a Susie -Dylan diz e eu arregalo os olhos,
assim como Adam- Estou falando sério, ele disse que quer ter 2 filhos, um
cachorro chamado Flocos e uma mansão longe de Manhattan.

- Eu não falei nada disso -levanto um dedo.

- É verdade, não aumente as coisas, Dylan -Peter fala e eu concordo- Ele


disse que o nome do cachorro ia ser Patrícia porque vai ser uma menina.

- Vai se foder -briguei com ele que riu levantando uma mão no formato de
coração, Dylan levantou a outra apenas para completar o gesto.

- Você gosta da Susie? -Adam pergunta- Não que eu já não saiba disso, mas
eu gostaria de ouvir você falando.

- Como vocês tem tanta certeza disso? Nem eu sei -falo.

- Você não se lembra como é se apaixonar? -Peter me pergunta.

Apertei o maxilar e desviei o olhar para o lado me encostando na mesa de


madeira que tinha ali, suspirei sabendo que os três estão me encarando. A
única mulher que amei não era certa para mim, meu coração foi despedaçado
em dois sem a menor preocupação e desde então eu não permito
aproximação demais, eu não estava pronto. Não me afoguei em bebidas, me
afoguei nos meus sentimentos mais ruins que me fizeram enxergar tudo
diferente, e hoje eu me arrependo, eu deveria ter me afogado na bebida e
extravasado, quem sabe assim as coisas poderiam ser diferentes para mim
sobre relacionamentos.

- Já se passaram uns 2 minutos e você continua aí com essa cara de cachorro


abandonado -escuto a voz de Adam e olho para ele.

- Eu não...me lembro direito -respondo.

- Se você não lembra, então nunca se apaixonou de verdade -Peter me diz.

- Quer que façamos a listinha? -Dylan pergunta com uma expressão meiga e
eu sorrio negando.

- Quando eu quiser, eu peço -falei, eles fazem um bico debochado.

Escutamos o barulho do elevador e olhamos para lá juntos, as portas foram


abertas e eu vi primeiro uma mulher passando e logo depois um homem de
cabeça branca que não demorou muito para eu reconhecer, levantei as duas
sobrancelhas sutilmente em surpresa.

- Quem são? -Adam pergunta.

- Não faço ideia, como eles subiram? -Peter franze o cenho.

- Ele é o Eric -explico- É o homem que Susie visita na casa de repouso, e


aquela ali é a enfermeira dele, Judith eu acho.

Os dois começam a caminhar na direção das meninas depois que ela


reconhece o rosto de Susie, para chegar aonde queriam teriam de passar por
nós e foi exatamente isso que aconteceu. Os meninos olharam para eles dois
e apenas Eric olhou de volta.

- Ei! -o mesmo apontou para Adam que olhava para Judith- Não olha muito
não, vai atrás da sua enfermeira, loiro.

Ele continuou olhando até seus olhos pararam em mim, Eric não deu mais
nenhum passo e abriu um sorriso caminhando na minha direção.
- Você, eu me lembro de você -ele diz ao parar na minha frente.

- Sou o Nathaniel -o lembro.

- Claro! O modelo de perfume.

Revirei os olhos.

- Espera, o que que ele disse? -Adam piscou um par de vezes e Eric olhou
para ele.

- Eu conheço você também -ele apontou para Adam e depois para Dylan e
Peter- Puta merda vocês são os bilionários.

- Por que todo mundo fala como se nós fossemos os únicos bilionários
existentes em Nova York? -Peter pergunta para Dylan.

- É porque vocês quatro são os que mais se metem em merda, soube que
foram presos -Eric sorriu- Podem levar Judith na próxima?

- Gostei da sua blusa -Adam falou para ele que abaixou o olhar, a blusa de
Eric tinha um homem aranha desenhado.

- Obrigado, gostei do seu... -Eric franziu o cenho- Por que está segurando
maletas de beijos?

- É aqui que eu guardo as minhas drogas -Adam responde calmo, Eric deu
uma gargalhada.

- Não, rapaz. Tem que guardar na virilha, vocês jovens não sabem de nada -
ele fala e passo o braço pelo pescoço de Adam- Você já viu pó?

- Mágico?

- É, também serve -ele fala e acaba rindo baixo como Adam, os dois
começaram a conversar sobre pó mágico como se fossem amigos a uma
eternidade, olhei para Dylan e Peter que tinham uma expressão confusa como
eu.
- Eric!

Ouvimos um gritinho animado e o mesmo se virou apenas para receber Susie


em seus braços com um abraço apertado, ele virou o rosto lentamente para
mim com um sorriso malicioso. Eric piscou e sussurrou "Fica esperto", fiz
uma cara de tédio.

- Essa você perdeu, modelo de perfume -Adam diz me encarando, mostrei


meu dedo do meio.

- Como você está? -Susie se afastou mas manteve as mãos nos braços dele.

- Bem, e você? Já cansou do carrapato?

- Eu estou bem aqui -chamei sua atenção.

- Não estou falando de você, acho que o loiro deveria parar de dar pozinho
mágico para você -Eric encara Adam- Não gosto muito dele, ele roubou a
Susie.

Adam abriu um sorriso e depois olhou para os meninos e para mim, fiz uma
expressão de lamento porque eu conheço Adam Venturelli. Nossa vida vai
ser um inferno a partir desse momento.

- Sabe...Eric -Adam se aproximou dele passando seu braço pelo pescoço do


mesmo- Faz tempo que estou procurando um por um parceiro do crime,
sabe? Uma outra fadinha.

- Fadinha? Susie, esses são os seus amigos? -ele olhou para Susie meio
preocupado que afirmou sorrindo.

- Enfim, tenho duas perguntas para você, caso responda certo...você entrará
para o time -Bell explica.

- Time? Que time?

- Primeira pergunta! -Adam fala mais alto e Eric nos olha confuso.

- Você prefere fadas ou duendes?


Balancei a cabeça.

- Fadas? -Eric responde meio duvidoso.

- Ok, ótima resposta -Adam fala e depois suspira parecendo prestes a fazer a
coisa mais perigosa da sua vida- O que você faria se tivesse uma arma? E
por que você me daria para atirar no Nate?

Levantei uma sobrancelha.

- Se eu tivesse uma arma com duas balas, e tivesse Hitler, Osama Bin Laden
e Nate em uma sala, eu atiraria nele duas vezes -Eric apontou para mim e
cruzei os braços irritado.

- Vocês dois são muito estranhos -Susie riu passando a mão no cabelo branco
de Eric, Adam sorriu de lado.

- Eu gostei desse cara -Bell fala sorrindo.

- Todo mundo gosta de mim, rapaz. Menos a Judith.

- É o que eu sempre digo! -Adam apontou para si desacreditado.

- Eu gostei mais do Eric, acho que devíamos trocar -Peter sussurra para
mim.

- Não podemos ficar sem os dois? -sussurrei de volta.

- Eu estou enjoando da cara do Adam, podemos ficar com Eric -Dylan fala,
meneio a cabeça.

- Eric, a sessão vai começar, espere aqui com os meninos que depois
podemos almoçar juntos, o que acha? -Susie pergunta e ele acena.

Susie se afastou em seguida e depois de olhar para mim, pisquei para ela que
sorriu de lado caminhando de volta para onde estava. Judith estava com as
meninas parecendo animada ao conversar com elas.
- Aposto 10 dólares que aquele carinha ali vai cair -Eric fala apontando para
um homem que cuida da iluminação.

- Puta que caralho eu adoro esse cara! -Adam grita e depois olha para Peter-
Você ainda é o meu preferido.

Massageio as minhas têmporas e olho para Jones que andou com as minhas
para onde as fotos seriam feitas, as quatro se ajeitam perto uma das outras se
aconchegando no cenário, encarei o rosto de Susie e percebi um certo
nervosismo.

É claro que apesar de tudo ela deve estar se sentindo envergonhada,


principalmente quando ela tirou o robe a alguns segundos, mas eu acho que
isso vai sumir quando ela se sentir à vontade na frente da câmera. E foi
exatamente o que aconteceu, a presença das meninas ali apenas a ajudou
ainda mais.

Ela sorria para câmera fazendo as poses certas e eu mordi o lábio inferior
assim que vi a sua expressão sexy para a câmera, a partir dali eu já comecei
a pensar no lugar que irei foder seu corpo pequeno. Já gosto de como Susie
me seduz sem esforço, e agora ela fazendo quase de propósito gosto mais
ainda.

- Eu acho que você está com uma ereção.

- Cala a boca -briguei com Adam que deu um sorrisinho batendo na mão de
Eric.

Depois de alguns minutos, e a quase inundação do estúdio de tanta baba que


eu e os meninos estávamos trazendo para esse lugar, as meninas saíram para
trocar as peças e outras modelos apareceram.

Até que eu recebi uma mensagem no meu celular e o tirei do bolso para ver
do que se tratava, era uma mensagem de texto de Gregório e na mesma hora
ajeitei minha postura pensando no que poderia ser.

Abri a mesma e comecei a ler a merda que estava escrita ali, Gregório tinha
me mandando uma lista de nomes que eu rapidamente reconheci, eram os
principais investidores da empresa onde Dylan era o presidente.

"Todos esses nomes desistiram da nossa empresa, Balis está roubando todos
eles. Se ele continuar, a empresa que Dylan comanda vai falir, Nathaniel".

Eu precisei ler a mensagem de Gregório umas 500 vezes para acreditar no


que estava escrito ali. Apertei o celular na minha mão com tanta força que
quase o quebrei, Dylan olhou para mim e franziu o cenho vendo a minha
expressão.

- O que houve? -ele pergunta enquanto os meninos estavam conversando com


Eric.

Respirei fundo antes de responder:

- Balis deu o primeiro passo.

×××

Que comece a guerra!


Tragam as bombas, por favor .

Adam e Eric ainda vão aprontar juntos?


Olha lá hein, só tivemos o início.

Nossa baby boo está linda fazendo fotos com as amigas que ela gosta
ksksksks meta.

Até a próxima, babys.


68° capítulo

Susie

- Eu juro para você, Nate. Juro pela minha santinha que eu vi aquilo voando
pelas ruas de Manhattan e todo mundo olhando como se não fosse estranho
ter uma galinha passeando pela maior cidade do mundo -relatei o que tinha
visto essa manhã quando fui no mercado comprar alguns itens para o
apartamento.

- Jones, você está me dizendo que viu uma galinha voando por aí?

Parei de andar na calçada já que estava na rua novamente apreciando o


clima da tarde, e apertei os lábios encarando uma árvore pequenas com
grandes folhas verdes.

- Certo, você falando assim parece ridículo -digo para Nate que dá uma
gargalhada do outro lado da linha.

- Desculpe, é que ninguém me liga depois do almoço para falar que viu uma
galinha explorando a cidade como se estivesse em um filme de desenho
animado.

Sorri de lado antes de morder o lábio inferior, não vejo Nate desde ontem na
sessão de fotos que ele não ficou até o final porque surgiu um assunto
importante no trabalho, eu soube que era sério porque a gangue o
acompanhou, Adam acabou não posado para o novo catálogo mas prometeu
que bateria as fotos em outra ocasião.

Depois daquilo eu saí com Eric como combinado e nós dois conversamos
praticamente o dia inteiro, ao lado de Judith que me contou as últimas
aventuras que o homem aranha estava tendo. Seu filho ligou durante isso e
ele me mostrou uma foto de como o mesmo aparentava, era um homem muito
bonito com os traços fortes do meu amigo Eric, e assim foi meu dia
agradável ao lado dele, mesmo que meu pensamento estivesse em Nathaniel
metade do tempo querendo saber se ele estava bem.
- Está na empresa? -pergunto antes de atravessar a faixa de pedestre.

- Sim, está indo para a sua aula de culinária? -perguntou, tive a impressão de
que ele apoiava o celular no ouvido e ombro para continuar falando comigo.

- Não, a aula foi cancelada, o professor pegou um resfriado.

- E o que está fazendo agora?

- Hum...estava pensando em comer doces na padaria.

- Ou...

- Ou? -sorri.

- Eu acho que você me deve uma visita, Mi bela.

- Devo? Quando falei isso?

- Não precisa, eu li na sua mente.

- Ah sim, eu sabia que você escondia um segredo, professor Xavier.

- Vamos, Jones. Não vejo você há muito, muito tempo.

- Você me viu ontem, esqueceu? -franzo o cenho- Será que é a idade?

Escutei seu resmungo irritado do outro lado, tive que tapar a boca para não
dar uma gargalhada tão alta e as pessoas a minha volta não me acharem meio
retardada.

- Você sabe o que eu vou fazer com você quando chegar aqui, engraçadinha?

- Não, mas eu acho que você vai me contar -falei ajeitando o cachecol no
meu pescoço, ainda andando pelas ruas na direção da empresa que não
estava longe o suficiente para eu pedir um táxi ou ir de ônibus.

- Digamos que você não vai sair daqui do mesmo jeito que entrou, espero
que esteja de saia, é mais fácil para eu tirar sua calcinha.
Agora era uma péssima hora para eu falar que não estava de calcinha?
Quer dizer, eu estava, mas era tão fina que era como se eu não estivesse,
todas as minhas calcinhas estavam separadas para a lavagem, e as que eu
tinha eram as que eu ganhei de Emily, e como é a Emily, são no mínimo
indecente.

- Eu não estou de saia... -pingarreio.

- Tudo bem, vou tirar tudo de qualquer maneira.

- Você está falando assim, mas eu nem disse que estava indo para a empresa
de fato -levantei uma sobrancelha, mesmonsabendo que eu estava indo
exatamente para lá.

- O que você está vestindo?

Franzo o cenho.

- Como?

- Hum, eu acho que estou vendo uma coisinha pequena com um cachecol rosa
no pescoço e que curiosamente vê galinhas voando por Nova York.

Olhei em volta sabendo que a empresa estava a alguns passos de distância,


olhei para ela tentando me focar nas janelas mas eram escuras demais para
facilitar a minha vontade de tentar enxergá-lo.

- A propósito, gostei desse vestido justo.

- Você é safado, muito.

- E é para mim que você está vindo agora, não demore, eu acho que minhas
mãos estão coçando para tocar você, puta merda.

Acabei rindo da confissão antes de desligar a chamada, guardei o celular na


bolsa enquanto atravessava a rua tomando cuidado para não sofrer um
acidente. Passei pelas portas giratórias sendo seguida com o olhar pelo
segurança.
Cheguei na recepcionista pronta para me identificar mas ela foi mais rápida
me dizendo para subir que minha entrada estava livre, já no elevador que me
olhei no espelho vendo meu vestido preto que não era tão justo como Nate
pensava mas marcava os pontos importantes do meu corpo.

Desfiz o cachecol do meu pescoço revelando o colar de trevo que ele me


deu, sorri de lado ao tocar no objeto e levantei o olhar quando as portas do
elevador foram abertas me liberando o andar dele.

Caminhei para fora ostentando meus sapatos baixos que devem custar menos
do que um planta neste lugar, vejo a sua secretária em sua mesa olhando para
o MacBook totalmente concentrada.

Minha aproximação é notada por ela depois de alguns segundos.

- Oi -a cumprimento.

- Olá -ela se levantou apressada até me assustando um pouco, Angela, eu


acho que esse é o seu nome, me estendeu a mão que apertei com um sorriso-
Sr. Venturelli está esperando por você lá dentro.

- Obrigada, boa tarde -falo e ela solta minha mão acenando com a cabeça.

Caminhei para a sala dele com o cenho levemente franzido, eu já havia


percebido que as pessoas por aqui me tratam e me olham de maneira
diferente, da última vez que vim aqui o segurança quase me escolta para o
elevador e a recepcionista quase limpa meu rosto com um lencinho branco
me perguntando de 5 em 5 segundos se eu precisava de algo.
Era no mínimo estranho, mas eu deixava para lá.

Não dei uma batidinha na porta antes de abri-la e um sorriso pequeno habita
em meus lábios, meu coração estava acelerado apenas porque estou prestes a
vê-lo. Entrei na sala olhando em volta e levantei uma sobrancelha vendo ele
sentado no sofá com sua cabeça descansada para trás mantendo os olhos
fechados ao respirar fundo.

Ele parecia cansado, mas não o suficiente para me dispensar.


Dei passos silenciosos para a sala caminhando para a pequena mesinha de
centro escura que estava a poucos centímetros dos seus pés, coloquei minha
bolsa e cachecol ali agradecendo aos céus por não ter feito um barulho
estrondoso.

Na frente dele eu olhei para a camisa social branca que tinha dois botões
abertos e desci pelos músculos dos braços indo para a calça social preta que
marcava demais o que ele tinha por baixo da peça.

Mordi o lábio, me sentindo atrevida de repente, eu também gostava disso.


Esse lado mais solto meu que foi despertado por Nate e que às vezes tirava
alguns sorrisos grandes do meu rosto. Gosto de ter uma pessoa onde minha
intimidade caminha de mão dada comigo e com ela, era bom de se
experimentar.

Puxei o vestido um pouquinho para cima e pousei meu joelho no sofá para
me apoiar, mas dei um gritinho de susto quando senti suas mãos no meu
corpo me puxando para baixo rapidamente. Ri alto enquanto ele me abraçava
com força contra seu peito, minha cabeça estava apoiada no seu ombro e
minhas pernas ao lado do seu quadril.

- Eu queria fazer uma surpresa -reclamei risonha.

- Reconheço seu cheiro em qualquer lugar -ele sussurra mantendo os braços


grandes em volta de mim sem me deixar mexer muito.

- Você está bem? -perguntei beijando seu braço antes de passar minha mão
em cima dele.

- Sinceramente?

- Sempre.

- Não.

- Problemas com Balis?

- Não fale o nome desse cara que derrubo a minha própria empresa só de
raiva.
Sorri de lado, ele ainda se mantinha abraçado comigo e não parecia ter
planos de me soltar pelos próximos minutos.

- Você precisa de alguma coisa? -perguntei.

- Você já está aqui.

Não sei se deu para ouvir mas eu acho que o barulho que meu coração deu
ao tentar sair do meu peito fora suficiente para deixar a empresa toda com
medo de que possa ter um terremoto em Nova York.

- Essas coisas...que você me fala...

- São verdadeiras, eu não consigo pensar antes de soltá-las, o que significa


que são o que eu sinto.

- Está me deixando entrar no seu coração, Nate? -pergunto baixinho, ansiosa


pela resposta.

- Você quer entrar, Susie?

Balancei a cabeça em afirmativo, eu já achava que não precisava de muito


para descobrir que apenas uma relação sexual não era suficiente para mim
quando conversava comigo mesma sobre Nate, no início de tudo sempre fora
minha atração sendo descoberta por ele mas agora tudo parece tão mais
confuso que repenso isso diariamente.

- Eu gosto de você. Merda, eu gosto muito -ele me afasta apenas para


colocar as mãos no meu rosto me encarando nos olhos, não era como se ele
estivesse dizendo que estava se apaixonando por mim ou algo do tipo, na
verdade, olhando nos seus olhos ele parecia em um dilema muito parecido
com o meu.

- Eu também gosto de você -coloquei minha mão esquerda no seu peito


apenas para sentir seu coração batendo forte contra ela por baixo da camisa
do social- Muito.

Me inclinei para frente tomando a iniciativa do beijo que chegou fazendo


meu corpo inteiro arrepiar nas suas mãos, Nate me beija de volta mantendo
um ritmo lento apenas para aumentar em seguida, ele devora minha boca
descendo as mãos pelos meus braços parando nas minhas coxas.

Me agarro nele quando nos faz virar no sofá preto de couro, ele fica em cima
de mim me fazendo ajeitar as pernas no seu quadril enquanto mordiscava
meu lábio soltando uns gemidos roucos.

- Eu acho que você deveria trancar a porta -sussurrei entre beijos.

- Por que você acha que alguém entraria aqui sem a minha permissão? -ele
me faz forçar a cabeça para trás quando beija meu pescoço de uma maneira
que me faz ansiar por mais.

- Porque essas pessoas poderiam ser os seus melhores amigos que entram
aqui sem a sua permissão, principalmente a fadinha -respondo- E além do
mais, tem a sua...

A batida na porta me interrompeu para explicar o que exatamente tinha


acabado de acontecer, mas ele continua me beijando passando pelo decote
do meu vestido, eu não conseguia afastá-lo de jeito nenhum.

- O que foi, Angela? -ele pergunta alto de onde estamos me fazendo dar um
sorriso.

- Desculpe atrapalhar, senhor. Mas há um entregador aqui fora querendo sua


assinatura. Parece que é um novo Ipad, você o pediu na semana passada.

Eu não sabia direito se ele estava escutando o que ela estava dizendo, mas
ergui meu quadril quando ele puxou meu vestido para cima o pousando na
minha cintura, Nate olhou para a minha calcinha que mais parecia um fio de
agulha do que outra coisa e me deu uma olhada surpresa mas estranhamente
feliz.

- Estou tão surpresa quanto você -falei erguendo as mãos em rendição, ele
sorriu.

- Gosto da sua ousadia de vir conversar comigo usando isso -ele fala.

- Senhor? -Angela pergunta por ele do lado de fora.


Dei um grito quando suas mãos pousam na frágil e delicada peça puxando o
suficiente para fazer o tecido rasgar em pedaços, o olhei petrificada por ter
feito isso e ele me dá aquele sorrisinho malicioso.

- Eu não acredito que você fez isso -inclino meus braços batendo no seu
peito e ele riu tentando se desviar de mim.

- Eu posso comprar outras depois se quiser -ele fala agarrando meus pulsos
pondo acima da minha cabeça e depois grita pare ela- Um minuto, Angela!

- Você disse que iria tirar -falei, com rosto claramente demonstrando uma
irritação falsa.

- Eu disse que iria rasgar.

- Não, não disse.

- Sim, eu disse. E você vai ficar assim até eu terminar de assinar alguns
papéis e voltar para me enterrar em você -ele olhou para o meu corpo de
pupila dilatada.

- Sabe que eu não vou ficar aqui aberta para você até que volte.

- Eu sei -ele riu baixo- Mas não custa tentar -deu de ombros.

Nate me roubou um selinho rápido antes de se levantar andando a passos


rápidos para a porta, vi ele mexendo na calça social e eu sabia que estava
tentando esconder a ereção no meio das pernas.

Me sentei no sofá puxando o vestido um pouco para baixo e vi os pedaços da


minha calcinha no chão gritando para mim que eu deveria destruir uma cueca
dele algum dia.

Esperei alguns minutos balançando o pé até que eu ouvi algo do lado de fora
que me pareceu ser uma mini discussão.

Não demorei muito para ir checar do que se tratava.

×××
O livro bateu 3 milhões!
Aaaaaa que lindo! Minha gente, obrigada, viu? Estou me virando nos 30
para conseguir postar esse livro aqui, tá sendo bem ruim e quando ele
passar um revisão vou mudá-lo um pouquinho mas nada demais, garanto.
Povo me pergunta muito se eu vou colocá-los na Amazon, sim, eu
pretendo levar meus livros para Amazon assim como pretendo fechar
com uma editora que ainda estou pesquisando, vou avisar tudo a vocês
quando chegar a hora ❤ obrigada por mais essa conquista.

Em comemoração!
Vou postar dois capítulos amanhã, ou talvez três...depende de como vai
ser as coisas, mas amanhã vai ter dois capítulos na certa!

Vote!
Comente!
Estamos crescendo.

Até amanhã, babys ❤.


69° capítulo

Susie

Os sapatos marrons combinavam precisamente com a cor do paletó junto aos


olhos que encaravam Nathaniel com satisfação, como se vim até aqui tenha
sido prazeroso, mas claro que não era prazeroso para o modelo de perfume.

Nate tinha as mãos dentro do bolso da calça social com a expressão séria já
assumida, totalmente diferente da que ele estava a 5 minutos atrás comigo na
sala, Angela estava sentada na cadeira ao lado dos dois que agora se
encaravam com ódio nítido no rosto.

- É uma ótima proposta, você deveria aceitá-la -Simon falou cruzando os


braços, sem desviar o olhar.

- Olhe bem para o meu rosto -Nate deu um passo para frente e Simon
levantou o queixo como se o desafiasse ainda mais.

- Estou olhando -falou.

- Ótimo, memorize, é ele que vai acabar com você -Nate sorriu de lado e
depois suspirou- E além do mais, sou um Venturelli de verdade, não traio
minha família.

Simon balançou a cabeça como se lamentar as palavras dele fosse a única


reação coerente que ele deveria ter. O homem de terno marrom deu mais um
passo para frente ficando quase na altura do rosto de Nate e fez uma
expressão de pena.

- Sua família está caindo, soube que a empresa que Dylan comanda...é
Dylan, certo? -Simon sorriu- Desculpe, não sei memorizar nomes de pessoas
insignificantes.

Levantei as duas sobrancelhas, Nate apertou os punhos junto ao maxilar e eu


dei um passo para frente pensando que falar de Dylan não era uma boa ideia,
mas Simon continuou.
- Enfim, você já perdeu mais de 30% de lucro e isso é quase fatal para a
empresa, mesmo que de grande porte, ela ainda precisa de homens e
mulheres para investimento, e a próxima que vai cair...vai ser a sua -ele
tocou no peito de Nate que afastou sua mão bruscamente.

- Veio aqui só para tentar me arrastar para o seu lado? Bom, você perdeu seu
tempo, agora recomendo que vá embora porque você não é bem vindo aqui,
Simon.

- Ora, Nathaniel não seja rabugento. Tudo isso aqui vai ser meu de qualquer
maneira, saiba que aquele emprego de cafezinho ainda está aberto para você.

Dei passos para frente quando percebi Nate avançando sobre Simon que não
saiu do lugar como se esperasse alguma atitude descontrolada vindo dele,
mas antes que seu desejo seja concluído eu toco no seu braço com força o
parando o suficiente para ele não fazer nada que se arrependa depois.

Nate olha para a minha mão no seu braço e depois sobe os olhos para o meu
rosto lentamente, seus olhos queimavam como brasa e sua respiração parecia
se acelerar demais pelo encontro.

Desci meus dedos pelo seu braço agarrando sua mão lentamente e quando
percebi que ele parecia mais calmo eu olhei para Simon que finalmente me
notou naquele espaço, ele semicerrou os olhos para mim colocando as mãos
dentro do bolso da calça social.

- Senhor Balis, eu não sei muito bem a história de vocês dois, mas você já
conseguiu o que queria -falei para ele que encara Nate vendo a expressão
irritada do mesmo- Não tenho o direito de me intrometer porque não entendo
muito sobre isso, mas não jogue baixo.

Ele me encarou novamente analisando meu rosto em silêncio, logo desce


pelo meu braço vendo minha mão agarrada a de Nate tentando enviar
calmaria para a sua tempestade no momento.

- Quem é você? -ele me pergunta.


- Ninguém importante -respondo, percebi Nate me encarar por canto de olho-
Só estou pedindo que vá.

Para não ter uma competição de boxe onde provavelmente caia sangue no
chão.

- Certo, estou indo a pedido da sua garota -Simon aponta para Nate- Espero
que ela não esteja na próxima para te salvar.

- Não sou eu quem vai precisar de salvação -ele diz ao meu lado apertando
meus dedos mais forte.

- Veremos -Simon nos olhou uma última vez, seus olhos descem pelo meu
braço novamente antes de dar um sorrisinho de lado virando o corpo para ir
embora, até que seu olhar para no meu pulso.

Seu sorrisinho vai sumindo e ele que estava virando para ir embora volta
rapidamente, seu cenho se franziu parecendo extremamente confuso olhando
para mim.

- Quem deu isso a você? -ele pergunta apontando para mim.

- Isso o que? -faço uma expressão confusa.

- Isso -ele anda na minha direção e eu soltei um resmungo quando sua mão
agarra meu pulso livrando meu contato com Nate rapidamente, encaro Simon
mais de perto enquanto ele tenta virar meu pulso para cima mas rápido é
afastado por Nate que o empurra para trás.

Seguro meu pulso meio ofegante e levanto o olhar vendo Nate na minha
frente me mantendo atrás do seu corpo, encaro meu pulso vendo a pulseira
que o modelo de perfume viu quando saímos da cadeia aquele dia.

- Saia da minha frente -Simon cerra os dentes para Nate.

- Se você der um passo ou tocar nela de novo, eu juro que vou partir você
em dois -Nate tinha o maxilar travado olhando para Simon que só olhava
para mim.
Sua atitude para mim parecia uma nuvem de fumaça, confusa e impossível de
tentar ter uma visão clara do que estava acontecendo, engoli em seco vendo
sua expressão para cima de mim e desviei o olhar tocando na cintura de
Nate.

- Vamos voltar para a sala -pedi a ele.

- Não até ele sair.

- Não vou sair -Simon ainda me encarava, eu não conseguia entender porque
aquele olhar que o mesmo me dava parecia tão inquietante.

- Angela, chame os seguranças -Nate fala a secretária que estende a mão


agarrando o telefone do gancho.

- Não -Simon levanta a mão e ela para olhando para Nate que acena com a
cabeça, Angela devolve o telefone para o gancho- Eu irei embora.

- Pelo menos uma decisão sábia -Nate debocha e Simon revira os olhos
sutilmente.

- Você -ele aponta para mim fazendo minha bile subir- Eu vou descobrir
quem você é.

- Eu não sou ninguém, melhor ir embora, por favor -cruzei os braços


lentamente, andando até parar ao lado de Nate.

- Não me obrigue a contar os segundos no dedo antes que eu chute sua bunda
para fora daqui -Nate mantém o olhar irritado que só vai desaparecendo
quando Simon caminha para o elevador apertando no botão.

Sinto a mão de Nate deslizar pela minha cintura e ele se vira dando um beijo
demorado no topo da minha cabeça, mantive meus olhos em Simon que entra
no elevador se encostando na parede.

Ele me encara de volta piscando algumas vezes e depois desvia o olhar para
baixo parecendo na nuvem de fumaça que eu também estava. As portas se
fecham e eu respiro fundo me virando para Nate que abraça meu corpo
beijando meu ombro.
- Você está bem? -pergunta e eu aceno em silêncio.

- Pensei que fosse machucá-lo -digo.

- Eu não iria de fato, mas quando ele tocou em você eu quase mudei de ideia
-Nate suspira- Obrigado.

- Pelo o que? -nos afastamos, ele colocou as mãos no meu rosto.

- Por ser o meu anjo? Meu belo anjo -ele sorriu de lado me fazendo rir baixo
beijando sua palma.

- Me prometa que não vai bater nele, mesmo ele sendo seu inimigo, acho que
você deveria se manter na postura em qualquer hipótese, quando tentou ir
para cima dele na primeira vez eu percebi que Simon queria que você
fizesse exatamente isso apenas para usar contra você de alguma maneira, não
deixe ele te manipular, Nate -passei meus dedos pelos fios do seu cabelo
sedoso.

- Eu prometo não fazer isso, minha família é minha fraqueza e ele sabe
utilizar isso muito bem porque são tudo o que eu tenho, isso inclui você e as
meninas -seu polegar desliza pela maçã do meu rosto.

- Vocês vão conseguir sair disso, são Venturelli's -beijei seu queixo quando
fiquei na ponta do pé- Vocês sempre conseguem, não é?

- Maioria das vezes -ele colocou meu cabelo para trás- Se falharmos, vamos
ficar pobres, ou seja, vamos ter de adiar a viagem para Disney.

- Droga! -finjo estar irritada e ele riu alto com o humor já alterado, sorri
disso em seguida.

- Depois do que aconteceu agora me arrependi de ter rasgado sua calcinha lá


dentro, deixar você nua por aí não foi uma boa ideia.

- Por falar nisso -toquei nos seus braços- Você não pode mais rasgar as
minhas calcinhas!
Arregalei os olhos quando percebi que tinha falado isso um pouquinho mais
alto do que o esperado, olhei por cima do ombro vendo Angela de olhos
arregalados enquanto apontava um lápis, corei instantaneamente e depois
bati no peito de Nate quando ele começou a rir de mim.

- Você. está. proibido. de. fazer. isso -falei pausadamente enquanto dava
soquinhos fracos no seu braço vendo sua careta fingida.

- Qual é, Jones. Eu sei que você gostou.

- Não, não gostei! -seria muito estranho da minha parte falar que estou
mentindo?

- Vamos, eu infelizmente preciso trabalhar agora, sabe por que? -ele passa o
braço pelos meus ombros me puxando para perto.

- Porque você tem que derrubar um bilionário mais influente que está
ameaçando sua família?

- Bom, isso também, mas porque eu tive uma belíssima idéia enquanto ele
falava sobre investidores homens e mulheres, o idiota se entregou de graça -
ele diz enquanto andamos para a sua sala.

- E qual é a ideia?

- Simon não tinha como saber sobre os investidores porque estão no


anonimato, logo, a lista que ele pegou sobre os investidores foi dada por
alguém de dentro -ele abriu a porta da sala e nós passamos por ela.

- Está me dizendo que tem um traidor entre vocês?

- Exatamente, e sabe como se derruba com um homem nos dias de hoje? -


Nate olhou para mim.

- Hum...chutando os países baixos? -franzo o cenho o fazendo sorrir de lado.

- Não, você vira o jogo contra ele mesmo.


Nate fechou a porta com o pé agarrando a minha cintura com ambas as mãos
colando seu peito no meu com força me fazendo arfar de leve.

- Vou soltar um boato na empresa que foi atacada dizendo que consegui
novos investidores, mas na verdade são as pessoas mais caloteiras e com
falta de responsabilidade existente, o traidor vai ficar sabendo
eventualmente e vai levar a lista para Simon, e adivinha o que acontece -ele
tocou na ponta no meu nariz- Que o sistema não falhe.

Sorri e depois fingi estar com uma cara pensativa, tirando outro sorriso do
seus lábios.

- Simon vai roubar os investidores novamente, mas dessa vez vai roubar as
pessoas que vão...

- Destruí-lo, exatamente -ele completa.- Adoro a sua esperteza, senhorita


Jones.

- E eu adoro a sua, senhor Venturelli -passei meus braços em volta do seu


pescoço.

- Quer me ajudar a montar a lista? -ele pergunta olhando para a minha franja
descendo para os meus olhos.

- Quer que eu trabalhe com você? -pergunto com uma sobrancelha erguida.

Nate deu de ombros.

- Só por algumas horas.

- Não é você que não tem relações com quem trabalha?

- Jones, toda regra tem a sua exceção, e você é a minha.

Mordi o lábio até animada, posso usar meus conhecimentos da faculdade


para outros recursos que ele possa precisar durante as próximas horas, as
vezes sinto falta de trabalhar no meu ramo e não posso negar isso, mas gosto
muito do meu trabalho na boate também.
Espantei esses pensamentos quando decretei que não me faria mal trabalhar
em algo diferente por alguns minutos.

- Certo, vamos fazer isso -digo a ele que sorri antes de me dar um beijo
demorado nos lábios.

- Só...se mantenha um pouco longe, acho que não consigo me conter sabendo
que você está sem calcinha -ele sussurrou contra meus lábios me fazendo
suspirar.

- Vou fazer uma pergunta -falei deslizando minhas mãos pelas suas costas,
sua testa estava colada na minha.

- Diga.

- Tem um livro atrás de você escrito KamaSutra, é o que eu estou pensando?


Porque eu acho que estou vendo uma mulher em cima do homem em uma
posição meio obscena.

Nate ficou sério pelos próximos segundos antes de começar a rir entre
pausas para pôr os dedos sobre os lábios tentando reprimir o riso.

- Eu acho que vou levar isso para casa, posso usar com você qualquer dia
desses.

- Desculpe, como é?

Ele apenas sorriu antes de morder o lábio, logo fomos trabalhar juntos.

×××

Hum...será que vamos saber mais sobre o curioso caso da pulseira?


Óbvio KSKSKSSK Simon segue tentando derrubar os Venturelli, mas
como o menino Nate tem um plano, talvez as coisas possam mudar aí
hein!

Trabalhando juntos?!
Será? 😏.
Vote e comente!
Próximo capítulo está aí.
Até, babys ❤.
70° capítulo

Susie

Dia seguinte....(Manhã)

Coloquei o lápis na orelha enquanto olhava para a lista que iria enfraquecer
Simon de vez, eu não conhecia metade dessas pessoas mas Nate me garante
que são as pessoas menos confiáveis existentes, e como Balis não sabe
disso, vai colocá-las dentro da sua empresa no centro, que também é o lugar
que trabalho.

Gostei de ter ajudado Nate com isso, às vezes eu me pego até com pena de
Simon mas logo passa quando Nate me conta as coisas que ele andou
fazendo para acabar com os meninos.

- Isso está muito bom -escuto seu sussurro no meu ouvido e sorrio
levantando o papel na altura do meu rosto.

- Acho que você vai ter muito o que fazer hoje -falo para Nate que está atrás
de mim olhando por cima do meu ombro.

As cores do meu apartamento tornando nossa estádia aqui familiar junto a


música baixa que tocava na minha pequena caixinha de som, Nate e eu
tínhamos baixado uma playlist de Jazz a algumas horas e desde então
estamos ouvindo as músicas enquanto trabalhávamos.

- Hoje é a festa no seu emprego, não é? -ele perguntou deslizando os braços


pelo meu corpo abraçando-me por trás.

- Sim, mas você não precisa ir -apoio minha cabeça no seu ombro- Você tem
coisas mais sérias para lidar agora.

Ele suspira meio contrariado, como se colocar o trabalho dele na minha


frente não fosse mais tão agradável como antes, mas era inevitável. Deslizei
minha mão pelo seu braço para que ele percebesse que entendo o seu lado,
porque se fosse eu no lugar dele, estaria surtando para não deixar nada
acontecer com a minha família.

- Eu sinto muito, eu realmente queria ir ver você tocar -ele beijou meu
pescoço lentamente- Prometo que vou recompensar.

- Eu acho que existe um ditado onde diz que promessa é dívida -digo com um
sorriso pequeno e ele ri baixo ainda beijando meu pescoço.

- Obrigado por me ajudar, não acho que teria tanta paciência se pedisse para
outra pessoa fazer isso comigo.

- Foi um prazer, modelo de perfume. Também gostei de trabalhar nisso, me


lembrei dos tempos na faculdade -olhei para frente vendo a mesa da cozinha
onde estava a bendita lista.

- Já...pensou em voltar a trabalhar no seu ramo? -ele pergunta me fazendo


encará-lo.

- Bem, sim, algumas vezes.

- Fomos ótimos juntos, se eu souber que exista uma mínima chance de você
querer voltar a trabalhar com isso, eu te ofereceria um emprego.

Levanto uma sobrancelha, eu ouvi isso mesmo?! Olhei em volta me


perguntando se aliens dominaram a terra e possuíram o homem atrás de mim
para ele está me praticamente me oferecendo uma coisa dessas.

- Quer que eu trabalhe para você? -pergunto surpresa.

- Não, não para mim -ele me aperta mais forte- Quero que trabalhe comigo,
há uma diferença.

- Você enlouqueceu de vez! -falei rindo, mas era de nervoso.

- Por que não? -sua voz estava inquisitiva.

- Bom, primeiro, eu iria...transar com o meu chefe -levantei um dedo e ele


revirou os olhos- Segundo, lidar com você e com o trabalha ao mesmo tempo
deve ser extremamente estressante.

- Está falando que eu estresso você, Jones? -ele perguntou risonho.

- Às vezes -minto, porque esses às vezes deveria ser "com mais frequência
do que eu gostaria".

- Certo, eu preciso ir -ele me vira de frente rapidamente me fazendo dar um


resmungo surpreso- Tenho que contar o plano para Dylan, Rubi e Adam.

- Tudo bem, nos vemos amanhã?

- Sim -ele passou as mãos pelo meu cabelo- Pense no que eu falei, ok? Não
vou pressionar você em nada, só...pense.

Aceno com a cabeça em concordância e ele desceu as mãos pelas minha


bochechas puxando-me na sua direção, sinto o calor dos seus lábios
aquecendo os meus em um beijo calmo com intervalos para me deixar
escutar o barulho que até mesmo parecia prazeroso de se escutar.

Nate me encara depois com um sorriso pequeno, o levei até a porta do meu
apartamento depois que entreguei a lista a ele e fiquei olhando para as suas
costas enquanto seus passos se tornaram firmes para o elevador, o sobretudo
preto o aquecendo junto ao terno cinza por baixo.

Ele pisca para mim antes de entrar no elevador e eu me encosto na parede


me pegando pensativa na proposta que me foi feita a menos de 5 minutos
atrás, suspirei alto passando as mãos no meu cabelo e depois passei a língua
nos lábios ainda sentindo os seus.

Caramba, não acredito que estou colocando essa proposta para jogo na
minha vida.
Preciso pensar direito sobre isso.

Nate

Final da tarde...
Deixei minhas mãos descansando na cintura enquanto encarava os três
pensativos perto de mim, Dylan estava sentado na sua cadeira e Rubi e
Adam estavam no sofá da sala dele olhando a lista em cima da mesinha de
centro.

- Isso...é muito bom -Adam fala afrouxando a gravata preta no pescoço.

- Acha que vai dar certo, e se ele for fazer a checagem primeiro? -Dylan me
pergunta e eu cruzo os braços me apoiando na sua mesa.

- Ele não vai, Simon está cego pela vingança idiota, qualquer coisa que
existir para nos atingir, ele vai usar -Falo.

- Mesmo sendo plausível, vamos mesmo arriscar? -Ele pergunta.

- Confia em mim, Dylan -digo e ele suspira antes de concordar.

- Sempre -ele resmunga apoiando as costas na cadeira de couro preto.

- Você fez isso sozinho? Porque está impressionante -Rubi fala concentrada
ao virar as páginas.

- Não, Susie fez comigo -digo e os três me encaram automaticamente- Nós


trabalhamos nisso desde ontem, mas ela fez o trabalho mais difícil...ela é...
incrível.

Olhei para os meus sapatos lembrando de quando ela ficava concentrada,


sempre pousava o lápis na orelha e depois franzia o cenho quando se
esquecia momentaneamente de onde tinha posto.
Eu me diverti trabalhando com ela, isso nunca tinha acontecido antes,
trabalho sempre foi uma coisa preciosa para mim mas não significa que eu
ame fortemente, porém, ontem isso mudou quando me sentei ao lado dela
para começar as minhas obrigações, as horas cansativas se tornaram
prazerosas.

- Susie fez isso? Cacete -Adam pegou as páginas das mãos de Rubi- Que
talento escondido é esse?
- Ela trabalhava na minha primeira empresa, ela tem potencial -Rubi balança
a cabeça para o marido com um sorriso contente pela amiga.

- Ela é muito boa, extremamente detalhista e tão focada no que fazia que
fiquei muito impressionado, na verdade, estou terrivelmente... -entreabri os
lábios para dar um sorriso minúsculo- Orgulhoso, eu estou muito orgulho
dela.

Dylan sorriu para mim juntando as mãos perto do rosto como ele sempre
fazia quando via algo fofo.
Olhei a hora no meu relógio querendo saber se posso chegar a tempo da sua
apresentação esta noite, eu gostaria de vê-la tocando, mesmo que seja na
empresa do cara que odeio.

- Eu acho que você está se apaixonando -Dylan sussurra para mim e eu me


aproximo dele para sussurrar de volta.

- Leu isso no Google? -debocho.

- Não, idiota. Na sua testa -ele bate nela me fazendo ir para trás e eu penso
seriamente em pegar essa caneta de cima da sua mesa e furar seu olho
esquerdo.

Vai ficar mais legal no tapa olho se for o esquerdo.

- Eu vou começar a entrar em contato com essas pessoas, revelar valores e


funções -Rubi diz se levantando nos deixando ouvir o barulho dos seus
saltos.

- Dê o preço mais medíocre possível, assim quando Simon for cobrir, eles
vão aceitar sem pensar duas vezes -apontei para ela que levantou o polegar
para mim enquanto saia da sala do cunhado.

- Adam e eu vamos levantar o boato -Dylan diz se levantando da cadeira.

- Ok, eu vou com vocês -digo afastando a barra do terno quando coloquei a
mão esquerda na cintura, ainda sentado na mesa.
- Não, você vai ver a Susie porque não para de olhar para esse relógio do
tamanho da lua em seu pulso, o que significa que você está em abstinência da
franjinha, ou seja -Adam deu um sorriso malicioso- HAJA CONFETE,
SENHORAS E SENHORES!

- Ele está certo, vá vê-la e comemorar porque acabamos de dar um passado


fatal para Simon. Vocês merecem uma boa comemoração, deixe o resto
conosco -Dylan fala abotoando o paletó preto.

Olhei para os dois durante um minuto e meio, eles já estavam trocando de pé


e me olhando irritados quando eu concordei dizendo que iria até ela. Nós
três saímos da sala de Dylan vendo Lisa na dela balançando a bunda com um
fone de ouvido tocando alguma música animada pelo visto.

- Ei! -Dylan grita mas ela não escuta- Baixinha!

- O que? O que? -ela se vira assustada tirando os fones de ouvido.

- Vamos espalhar uma fofoca, quer vir? -Dylan pergunta e ela abre um
sorrisão.

- Óbvio, vamos falar que Adam tem pau pequeno?

- Droga, Dylan! -Adam lamenta- A loucura da sua esposa já está em um


estado crítico, já até está me confundindo com você, trágico.

Ele fingiu uma lágrima e eu balanço a cabeça sutilmente caminhando para o


elevador deixando os três para trás, quando entrei na caixa de metal eu
percebi Adam sair correndo da sala dela e Lisa atrás dele girando o fone de
ouvido para atingi-lo.

Ri baixo da cena e cliquei no botão do estacionamento, já dentro do meu


carro eu olhei o horário no relógio, sua apresentação começava as 19:00 e
ainda eram 17:45, acho que posso ir vê-la antes de tudo começar.

Dirijo para a empresa de Balis com a maior cara de pau que tenho, o
expulsei da minha empresa ontem e agora estou indo para a sua, espero que
eu não o encontre lá porque não estou afim de uma segunda rodada de
discussão.

Estaciono o veículo na rua mesmo e ajeito o sobretudo no corpo quando


coloco a chave do carro no bolso, eu sentia a ponta do meu nariz gelado por
conta do frio incessante de Nova York mas nada que me fizesse tremer.
Passei pela entrada da Balis e caminhei pela recepção recebendo olhares
curiosos que ignorei, olhei para os lados tentando me lembrar onde ela
esteve tocando na última vez.

Assim que lembro eu caminho até lá vendo que as duas portas enormes
estavam abertas, passei por elas vendo uma decoração ainda sendo posta por
algumas pessoas e uma mulher de pé com o celular no ouvido,
provavelmente a coordenadora do evento.

Procurei pelo piano que estava quase no centro e abri um sorriso quando a
achei sentada no banco mexendo em partituras, mas meu sorriso foi sumindo
quando percebi alguém se sentar ao lado dela empurrando seu ombro de leve
que a fez sorrir antes de voltar a ler o que estava lendo.

Quem caralhos é esse cara?

Dei um passo para frente pondo minhas mãos no bolso do sobretudo e meu
cenho foi ficando irritado quando as mãos dele a tocavam sem parar, como
se já tivessem intimidade o suficiente para isso, mesmo que sejam toques nos
seus ombros e mãos me incomodava.

Meu peito parecia estar queimando por dentro e meu lado impulsivo parecia
brigar com a minha razão, e como se tudo o que faltasse estivesse finalmente
chegando, eu vejo ele colocando as mãos no rosto dela que piscava sem
parar e rapidamente se aproximando com convicção, como se estivesse certo
indo beijá-la.

Meus passos estavam firmes na direção dos dois, as pessoas à minha volta
estavam me encarando porque eu deveria estar em um posição idêntica
daqueles assassinos em filmes, só faltava a arma.
E toda essa minha raiva, surpresa e falta de razão piorou quando eu
identifiquei o rosto do sujeito.
Eu estava infartando.

Por isso, não pensei quando agarrei Kevin pelo braço o puxando do banco
mantendo seu corpo na frente do meu enquanto minhas mãos iam para a gola
da sua camisa.
Seu rosto estava surpreso quando me encarou, o meu só transbordava raiva.

- Você tá de sacanagem com a minha cara? -perguntei para ele que piscou
algumas vezes, pondo as mãos em cima das minhas.

- Me solta! Enlouqueceu? -ele pergunta para mim, ainda parecendo surpreso


com o que estava acontecendo com ele.

- Nate, o que você está fazendo? -Susie para ao nosso lado, mas eu não
consigo olhar para ela agora, apenas para ele.

- Se você tiver tramando alguma coisa para me atingir, e tentar usá-la contra
mim, eu vou dar a surra que os seus pais não te deram -sussurro para Kevin
que aperta o maxilar- Você tem fama de fazer isso!

- Vai se foder, idiota. Quem você pensa que é? -aperto a gola da camisa dele
com mais força e Kevin tentou agarrar qualquer coisa que possa reverter
nossa situação.

- Nate, para com isso! -Susie toca no meu braço tentando me afastar- Está
todo mundo olhando.

- Está aproveitando a sua derrota, priminho? -Kevin deu o sorriso que mais
irritava nessa porra de planeta- É tão fácil tomar as coisas de vocês, que
chega até ser sem graça.

- Você é um estúpido, você trai sua família como se não fossem nada, como
se fossem um bando de estranhos, quando eles sempre apoiaram você -
sussurrei perto do seu rosto, Kevin já estava no mesmo nível de raiva que
eu. Mas eu sabia que estava mais puto, por vê-lo quase a beijando.

- Não é a minha família! É a sua! O sobrenome não é tudo, e eu falo com


prazer, escuta bem -ele cerra os dentes- Eu odeio todos vocês.
- Você é um bastar...

- Nathaniel! -Susie grita comigo e eu rapidamente olho para ela que parece
envergonhada de repente, olho a nossa volta saindo da minha bolha com
Kevin vendo os olhares curiosos e de reprovação que estamos recebendo.

- Você está envergonhando ela, babaca. Pensei que soubesse que ela odeia
esse tipo de atenção -olhei para Kevin- Acho que eu a conheço mais do que
você.

Empurrei seu corpo para trás o soltando e ele solta um sorriso debochado de
vitória, encarei Jones que parecia irritada comigo pela minha atitude
desgovernada, e também chateada depois que a mesma mulher que era
coordenadora se aproxima dela chamando sua atenção.

- O que está acontecendo aqui? -ela pergunta.

- Ele veio me bater porque me viu com a namorada -Kevin fala tentando me
foder, e Jones indiretamente, Susie o encarou levantando as sobrancelhas de
leve, isso mesmo, ele é um otário.

- Não foi bem assim, desculpe o transtorno -Susie tenta reverter a situação
mas a mulher está com uma cara péssima.

De repente, me sinto culpado por ter agido assim no seu ambiente de


trabalho, por ter sido impulsivo ao invés de ter vindo conversar com ela
primeiro. Merda! Respiro fundo dando passos para trás e passo as mãos no
rosto.
Tudo muito acumulado na minha cabeça, tanto estresse e raiva que estava me
consumindo por causa da minha situação que escolhi um péssimo momento
para explodir.

- Isso é inaceitável, senhorita Jones. Lide com seus problemas pessoais fora
da empresa, se seu namorado quer bater em alguém, que faça isso longe -a
mulher diz e Susie balança a cabeça massageando as têmporas.

- Senhorita Pearl, me desculpe novamente, não vai acontecer de novo...ele já


vai embora -Susie olha para mim e meu coração se aperta.
- É bom mesmo, saia daqui rapaz -a mulher me diz e Kevin cruza os braços
mantendo o ar superior.

Caminho na direção de Jones que se mantém no lugar olhando para a minha


gravata.

- Quero conversar com você, por favor, eu não...queria prejudicar você de


maneira nenhuma.

- Mas quase faz isso -Kevin fala e eu fecho os olhos tentando não me
estressar novamente.

- Eu ainda tenho que trabalhar, Nathaniel. Não posso ir embora porque você
entra aqui quase agredindo alguém sem nenhuma razão plausível ao meu ver,
vamos conversar depois, agora, não é uma boa hora -ela cruza os braços
levantando o olhar para mim, eu não conseguia identificar o olhar no seu
rosto, mas não era um dos bons.

- Quando será uma boa hora? -Eu estava apavorado! Sei que basta
conversarmos sobre isso, agirmos como adultos que tudo pode ficar bem,
mas a ideia de perdê-la por uma coisa mínima, faz minha cabeça girar.

- Eu sairei daqui às 22:00 da noite...

- Eu venho buscar você.

- Não -sua postura estava firme- Eu vejo você no seu apartamento.

- Mi bela...

- Saia antes que você seja expulso por seguranças, não quero seu rosto
estampado em revistas de fofocas. Eu vejo você depois, ok?

Sua pergunta soou mais como uma afirmação, então eu apenas balancei a
cabeça concordando com ela.

- Ok.
Ela acena e depois se vira indo até o piano se sentando para voltar a fazer o
que estava fazendo, mas antes disso, ela diz para Kevin que quer ficar
sozinha e ele apenas confirma passando por mim batendo no meu ombro de
propósito.

Suspiro e olho para a mulher que aponta para fora com a mão me expulsando
diretamente.
Fui embora para casa pensando sem parar, as horas pareciam se passar
lentamente depois dali.

Continua...

×××

E aí, babys, vocês acham que Kevin sabia que Susie tinha algo com o
Nate? Acham que ele ainda vai ser um problema maior?
Parece que o casal teve um desentendimento aí hein, vamos ver.

Deixe seu voto!


Prometo voltar antes do próximo sábado com a continuaçao!

Até, babys ❤.
71° capítulo

Susie

Cliquei na tela do meu celular fazendo o macaquinho pular para cima e


depois se balançar no cipó voltando para a corrida depois, esse joguinho
sempre me acalmava.

Bem, eu quase fui despedida pela ação imprudente de Nate, e pelas palavras
de Kevin que apenas pioraram as coisas, eu precisava fazer algo relaxante e
esse joguinho era a coisa certa.

Não gostei de como ele agiu no lugar que trabalho, não gostei do seu jeito
impulsivo que até agora me pergunto fielmente motivo, não deve ter sido
apenas porque ele não gosta de Kevin. Que acabei descobrindo que era o seu
primo, o homem que está contra os Venturelli mesmo sendo um, por essa eu
realmente não esperava, mas estava ansiosa para saber mais sobre o assunto.

Passei os dedos nos olhos quando começaram a coçar novamente, eles


estavam ardendo depois que algo havia caído sobre eles mais cedo, Kevin
até tentou me ajudar soprando mas foi interrompido por Nate.

Minha apresentação já havia acabado, e agora eu estava em um táxi jogando


um joguinho de macaco indo na direção do seu apartamento para
conversarmos como duas pessoas normais.

Quando o veículo parou na frente do seu prédio eu paguei o taxista com um


nota de 20 dólares e falei para ele ficar com o troco, saio do carro
guardando meu celular na bolsa e caminho para dentro do luxuoso lugar.

Na recepção a mulher que já está acostumada com o meu rosto apenas acena
com a cabeça quando eu aponto para o elevador, entrei na caixa de metal
depois que ela liberou minha entrada.

Cruzei meus dedos na frente do meu vestido roxo que ficava um pouco
abaixo do meu joelho, e encarei-me no espelho vendo o decote bonito e a
jaqueta marrom que me aquecia.
Passei os próximos minutos ajeitando minha franja na testa que só percebi
que estava dentro do seu apartamento quando coloquei minha bolsa na
mesinha do hall depois de abrir a porta que estava aberta.

Tirei minha jaqueta pondo ao lado do seu sobretudo pendurado na parede e


vi seus sapatos perto da porta, seu paletó cinza estava jogado em uma
poltrona ali perto e a casa estava em um completo silêncio, a única luz
ligada vinha da sala de estar então eu caminhei na direção da mesma.

Na entrada eu varri meus olhos pelo local a procura dele, meu coração batia
forte mostrando meu leve nervosismo, mas por fora eu me mantinha firme.
Dei passos para dentro e cheguei perto do sofá olhando para vista de fora já
que o apartamento todo era composto por vidraças do chão ao teto.

Virei o rosto para o lado e passei a língua nos lábios vendo ele sentado com
o braço esquerdo apoiado no piano e a cabeça baixa fazendo o dedo da mão
direita deslizar pela tecla sem realmente pressioná-la. Ele parecia ser um
daqueles personagens de história tristes, e esse ar escuro não estava
ajudando.

Caminhei depois de tirar meus saltos e eu sabia que ele estava ciente da
minha presença mas se mantinha de cabeça baixa encarando a tecla ainda
sem tocá-la, dei a volta no piano lentamente e suspirei antes de me sentar ao
seu lado no banco retangular.

Encarei seu rosto vendo-o de olhos fechados, mas depois os abriu me


encarando. Nate se ajeita ao meu lado mas se virando para mim.

Ele me olhou nos olhos e sua expressão murchou um pouco vendo meu
estado.

- Você estava chorando? -perguntou, o olhar inquietante.

Franzo o cenho.

- Oh, não, acho que caiu algo dentro do meu olho que passou a tarde irritado,
não é nada demais -digo, passando a costa da mão por baixo dele, quando o
encarei de novo percebi ele apertar os lábios e depois passar as duas mãos
no rosto.

- Merda -ele praqueja.

- O que foi?

- Eu pensei que... -ele me olha- Que ele estava beijando você, o jeito que ele
te agarrou...eu pensei que...

- Ele estava soprando meus olhos, apenas -minhas sobrancelha se juntam- O


que aconteceu também foi por causa de um ataque ciúmes, não é? Não foi só
Kevin.

- Espera -ele levantou as mãos na minha frente- Eu realmente pensei que ele
estava indo beijar você, mas depois que eu vi o rosto dele, minha raiva já
não era só por isso.

- Acha que eu o beijaria? Apesar da nossa relação não ter começado de um


jeito normal, Nate. Eu ainda a respeito -digo e ele balança a cabeça.

- Eu sei.

- Sabe mesmo? -cruzei os braços.

- Eu errei com você, eu sinto muito, vi coisas que não existiam e deduzi sem
pelo menos conversar com você antes, eu admito meu erro -ele fala,
sinceridade saindo nas suas palavras.

Continuei de braços cruzados esperando que ele continuasse a conversa.


Nate passou a língua nos lábios olhando para o chão mas depois me encarou.

- Me desculpe por envergonhar você na frente de todas aquelas pessoas, sei


como seu trabalho é importante para você e ignorei isso, eu poderia...ter
feito as coisas de outra maneira -ele engoliu em seco- Eu não quero que sinta
que estou tentando sabotar você de algum jeito, não Jones, eu quero apoiar
você em qualquer coisa que surgir, porque apesar de tudo, somos amigos, e
amigos se apoiam.
Fiquei olhando para ele por alguns minutos, depois suspirei relaxando os
ombros olhando para as teclas do piano.

- Eu não...

- Se você não quiser ficar, eu a levarei para casa -ele diz me fazendo olhá-lo
na mesma hora- Eu vi como você estava chateada comigo, e eu não vou
forçar para que fiquemos bem, mas eu quero que aceite minhas desculpas.

Ele me olhava como se o que tivesse feito chegasse no patamar de um


assassinato, não que eu tenho gostado do que aconteceu, porque eu não
gostei, mas eu não poderia odiá-lo pela eternidade ou guardar mágoa por
uma coisa assim, isso adoece as pessoas. Vim aqui para conversamos e nos
entendermos, não vim com outro propósito porque é isso que as pessoas
fazem, elas erram para aprender com o erros, e eu espero que ele entenda
isso.

- Não quero ir embora, quero me resolver com você -ele acena em


concordância- E eu não sabia que Kevin era seu primo e também seu
inimigo.

- Eu sei -diz ele - Fiquei pensando nisso nas últimas horas e decretei que se
você soubesse, teria me dito.

- É claro que teria dito, mesmo que coisas assim possam ser pequenas, eu
sempre escolho a verdade, Nate -ele olha para as minhas mãos em cima do
meu colo- A gente nunca sabe como uma verdade pode atingir alguém, então
é bom sempre falar.

- Me desculpe -seus olhos pretos estavam no meu rosto novamente.

- Eu aceito suas desculpas, mas não...

- Não, nunca mais -ele se aproxima de mim, mantendo o olhar firme no meu
parecendo me dizer a verdade- Jones...eu estou sentindo uma coisa no meu
peito que só vai embora se você aceitar ficar comigo.
- Isso se chama angústia, eu acho -digo para ele com um sorriso pequeno que
aperta os lábios.

- Faça ir embora, por favor -naquele momento, parecia que eu estava vendo
o verdadeiro Nathaniel Venturelli, vulnerável e exposto o suficiente para eu
entender que ele é uma pessoa machucada sim, só não forte o suficiente para
contar sobre isso, e eu jamais iria pressioná-lo, não gostaria que ele fizesse
o mesmo comigo.

- Estamos bem, Nate -coloquei minha mão na sua perna e outra no seu rosto-
Estamos conversando sobre isso, então vai ficar tudo bem.

Ele respira fundo concordando antes de agarrar minha mão que está no seu
rosto arrastando para os seus lábios, Nate a beije fechando os olhos e depois
eu me inclino beijando seus lábios quando ele abaixa minha mão, ele suspira
me danda vários selinhos e depois cola a testa na minha.

- Quer me explicar quem é Kevin?

Ele revira os olhos e depois se afasta de mim lentamente.

- Você sabia que estávamos enfrentando nosso primo, certo? -acenei com o
cabeça- Bom, ele se uniu com Balis piorando as coisas e agora virou mais
que um pé no saco.

- Eu escutei ele falando aquelas coisas para você, parecia diferente do que
conheci -Nate suspira me vendo enxergar um lado de Kevin que ainda não
tinha conhecido.

- Ele nos odeia, e todos que estão com nós, também são odiados, isso inclui
você.

- Acha que ele se aproximou de mim apenas querendo atingir você? -Nate
concorda, e eu mordo o lábio pensativa.

- O que você acha?

- Não sei ainda, ele realmente não parecia me conhecer, mas agora que
conhece...
- Escute, Susie. Kevin é difícil, ele é viciado em joguinhos, em perturbar as
pessoas querendo as descontrolar, e ele foi assim a vida toda, e não acho que
ele está mudado.

Deslizei minha mão pela sua perna em um gesto de carinho.

- Você o via com frequência? -me pergunta.

- Não exatamente, acho que o vi somente três vezes naquele horário,


falávamos sobre o tempo, sobre música e os tipos de hambúrgueres em NY,
nada demais.

- Ele nunca tentou...

- Não, e se tentasse eu o afastaria -suspirei- Só tenho espaço para uma


pessoa na minha cabeça no momento.

Que é complicada.

Ele sorriu se inclinando na minha direção roubando um beijo dos meus


lábios.

- Você é extremamente influente na minha vida -ele sussurra entre beijos.

- A situação se repete comigo -falo e ele passa as mãos no meu cabelo já me


encarando.

- Você não foi demitida, certo? -neguei com a cabeça.

- Não, senhorita Pearl entendeu depois que conversei com ela. E apesar
de...meu emprego não se sustentar mais futuramente, já que você sabe -fingi
um corte na minha garganta com o dedo- Vai meio que acabar com Simon
Balis, eu gosto que você entenda que ele continua sendo importante para
mim, assim como o seu é para você, não acho que você gostaria que eu
entrasse na sua sala de reunião querendo bater nos seus acionistas.

Ele riu olhando para baixo.


- Eu entendo -ele suspira- Me desculpe novamente, posso fazer algo para
recompensar?

Levantei uma sobrancelha e lentamente fui mordendo o lábio inferior


pensando em uma coisa que as meninas me disseram uma vez "Quando o
modelo de perfume for um bacaca, porque ele vai, todos, você precisa
inventar um castigo logo depois, funciona e é hilário", eu já estava bolando
alguma coisa na minha mente, mas eu já tinha um pedido agora.

- Toque comigo -peço e ele levanta uma sobrancelha.

- É isso que você quer?

- Não, não é isso, mas eu quero você toque comigo -olhei para o piano- Pode
fazer isso?

- Claro, que música você quer? -ele se ajeita no banco e eu sorrio


internamente por conseguir o que eu queria. Falo para ele o nome da música
e pouso meus dedos nas teclas primeiro.

Encaro Nate que me dá um sorriso pequeno antes de eu começar a tocar,


meus dedos afundam e eu afundo junto no melodia que surge, meu coração
acelera instantemente porque é essa a magia que o piano traz para mim e eu
simplesmente adoro.

Nate começar a tocar depois olhando para os nossos dedos se mexendo


juntos e eu acabo rindo no meio da música quando ele faz um movimento que
deixa a melodia diferente da original.

- Eu sou melhor nisso do que você -ele se gaba.

- Não acredito que você disse isso -falo e ele começa a tocar só com uma
mão me dando um olhar do tipo "Viu só?".

Levanto uma sobrancelha.

Tiro a mão esquerda deixando só a direta, mas para ser melhor eu começo a
tocar só com dois dedos. O dei o olhar de vitória e ele revirou os olhos
sutilmente sorrindo depois.
Abri a boca chocada quando ele tentou afastar minhas mãos porque
aparentemente ele não aceita derrotas no piano, ri alto quando ele se meteu
na minha frente me impedindo de tocar e eu fiz de tudo para alcançar as
teclas.

- Você é um trapaceiro! -brigo com ele tentando apertar suas coxas.

- Jones, você não pode ser boa em tudo o que faz, como isso é possível?! -
ele parecia indignado- Você é ótima no piano, é boa com idosos, é a modelo
aspirante mas foda que eu já vi e principalmente...tudo o que você toca vira
ouro.

Ele me encara depois que paramos nossa briguinha, o dei um sorriso em


agradecimento e aproximo meu rosto apoiando meu queixo no seu ombro o
olhando.

- Você está me deixando tímida -sussurrei e ele se inclinou me dando um


beijo casto o que me fez fechar os olhos.

- Estou falando a verdade -seu nariz roçou no meu de propósito- Você é o


tipo de pessoa que pode iluminar um dia escuro, os meus dias.

Abri os olhos lentamente me encontrando com os seus que passeavam pelo


meu rosto devagar como se memorizar cada detalhe fosse a prioridade. Não
sei muito bem o que deu em mim, mas de repente eu tinha uma necessidade
de tê-lo, ali e agora.

Então coloquei minha mão no seu rosto o beijando com força e Nate
retribuiu na mesma hora como se soubesse o que eu tinha em mente, apertei
sua nuca respirando fundo ao sentir que o beijo estava indo para outro
patamar.

Sua boca devora a minha com uma necessidade exuberante e eu apenas


deixo-me levar nos seus braços, Nate aperta minha cintura e eu não reclamo
quando me fez levantar para sentar no seu colo.

Quando percebi eu já estava em cima dele sentindo sua ereção ficar cada vez
maior embaixo de mim, Cristo!
As mãos quentes alisam minhas costas descendo para a minha bunda a
apertando com força.

Meus braços estavam em volta do seu pescoço e eu parei beijá-lo


procurando fôlego.

- Céus, vamos fazer isso -eu jogo a cabeça sutilmente para trás quando seu
rosto se enterra no meu decote.

- Sexo de reconciliação, Mi bela. Acho que você vai gostar -ele sussurra
tocando na barra do meu vestido o puxando para cima.

Levantei os braços apenas para ver a peça caindo no chão rapidamente, Nate
toca no fecho do meu sutiã liberando meus seios e eu toco no seu cabelo
quando ele coloca um na boca arrancando um suspiro dos meus lábios, meus
mamilos quase doíam.

Mexi meu quadril sentindo o desconforto no meio das pernas e isso só fez
sua ereção aumentar, minhas unhas arranham suas costas enquanto ele beija
meu outro seio chupando o bico rígido.

- Porra, consigo sentir sua calcinha molhada -me agarro nele quando o
mesmo se levanta como um raio, vejo ele a abaixando a tampa do piano me
pondo ali em cima do lugar estreito mas grande o suficiente para ele me
apoiar.

Colocando as mãos na minha lateral e vejo ele abaixando a calça moletom


que vestia, a camisa azul escura é levantada quando ele se aproxima de mim
novamente olho para baixo vendo ele afastar minha calcinha e respiro fundo
apertando meus lábios com força quando ele o guia entrando em mim
lentamente.

Tive que me segurar nele apoiando minha cabeça no seu ombro, passei meu
braço esquerdo pelo seu pescoço e gritei quando ele se mexeu para sair e
entrar de novo.

- Tão gostosa, eu ficaria dentro de você a cada hora do meu dia se pudesse -
ele sussurra no meu ouvido e eu fecho os olhos afundando minhas unhas na
sua nuca sentindo um êxtase incontrolável.

Ele começou a fazer mais rápido ao ir mais fundo e eu gemi contra seus
lábios quando o encarei, meu corpo subia e descia no piano e eu gemia de
prazer quando Nate olhou para o meu rosto travando o maxilar a cada
investida, era tudo tão quente que eu suspeitava não sobreviver a isso algum
dia, mas mesmo assim eu voltava a fazer porque as sensações momentâneas
eram quase viciantes para mim.

Escutei seu gemido e o vi fechar os olhos apoiando uma mão no piano se


inclinando para ir mais rápido, minhas pernas estavam em volta do seu
quadril e eu joguei a cabeça para trás novamente quando ele achou um ritmo
enlouquecedor.

- Céus ... Isso é... -gemi baixinho, meus seios balançam na sua frente.

- Incrível? Gostoso? Extremamente prazeroso? -gemi alto quando ele mudou


o ritmo entrando e saindo com força me fazendo ver estrelas.

- Sim... -respondi antes de morder o lábio com força.

Seu braço passou pela cintura me puxando um pouco para cima e eu o beijei
sentindo minha pele estremecer, Nate gemeu novamente antes de colocar a
mão livre em cima do meu seio o apertando.

- Mais forte -peço contra seus lábios, ele me encara na mesma hora.

Eu acho que minhas bochechas ficaram mais rosadas do que já estavam.

- O que você disse? -ele agarra meu pescoço e eu fecho os olhos quase os
revirando de tanto prazer.

- Nate... -gemi alto novamente, isso iria me enlouquecer.

- Abra os olhos e repita isso para mim -ele ordena me apertando e eu abro
os olhos o encarando, a respiração ofegante com o corpo suado sobre o meu.

- Mais forte, por favor -sussurro contra seus lábios e Nate me dá um sorriso
ofegante antes dele atender meu pedido, tive que segurar-me no piano
quando ele o fez, dei um resmungo de dor mas que se misturava com o prazer
enquanto ele se mexia com mais força.

- Gosto da Susie safada -ele diz me fazendo sorrir e eu o beijei depois


pondo meus braços em volta do seu pescoço.

- Ela só aparece quando está com você pelo visto, você me tornou uma -
digo, mas depois reclamo quando ele para de se mexer.

Nate me tira de cima do piano e eu olho para ele meio confusa, mas depois
solto um gritinho baixo quando ele senta no sofá me deixando por cima, o
mesmo puxa sua camisa para cima me deixando ver seu peitoral forte e
depois coloca as mãos na minha bunda.

- Toda mulher é safada, Susie. Só precisa encontrar a pessoa que desperte


isso nela -ele mexeu minha bunda para frente e para trás e eu gemi manhosa-
Agora cavalgue para mim.

Apoio minhas mãos no seu peito e eu estranhamente me lembrei de algumas


coisas que fizemos antes de eu perder minha virgindade, ele praticamente me
ensinou a fazer isso, então, coloquei em prática.

Subi minha mãos para os seus ombros e mexi meu quadril para frente e para
trás rebolando um pouco, isso o fazia suspirar olhando para os meus seios e
rosto. Peguei impulso mesmo quando ajeitei minhas pernas e ele me ajudou
nisso pondo sua mão na minha barriga guiando meus movimentos por alguns
minutos.

Quando ele percebe que eu já estou mais segura de mim, ele me solta
descendo a mão para o meio das minhas pernas. Meus movimentos se tornam
frenéticos enquanto eu subia e descia no seu colo o fazendo gemer de uma
maneira rouca.

Esfreguei meu clitóris contra os seus dedos quando ele os coloca ali e eu me
inclino para frente beijando seus lábios.

- Continue -ele sussurra- Você fica ainda mais linda em cima de mim.
Ele apertou meu clitóris e eu me afastei gemendo alto ao jogar a cabeça para
trás ainda me movendo em cima dele, eu sentia seu olhar no meu corpo o que
me deixaria tímida, mas eu não me sentia assim, não mais, eu me sentia
diferente... poderosa, sexy e todos os adjetivos necessários para dizer o
quanto eu gostava daquilo.

Quando gozei senti meu corpo inteiro tremer de prazer e Nate se virou me
jogando no sofá, em cima de mim ele deu mais algumas investidas até atingir
o seu próprio clímax, que veio segundos depois do meu, mas antes ele saiu
de dentro de mim e eu pisquei algumas vezes quando recebi seu gozo quente
um pouco acima do meu umbigo.

Com a respiração entrecortada eu coloquei meus braços para cima no sofá e


fechei as pernas lentamente sentindo meu sexo pulsar, Nate que estava de
joelhos afastou minhas pernas para o lado depois de pegar lenços de dentro
da pequena cômoda ao nosso lado, ele me limpa pacientemente apenas para
se jogar ao meu lado me abraçando.

Sinto o calor do seu corpo no meu e deixo que ele me abrace, ambos
perfeitamente encaixados no sofá.

- Estou pronto para admitir que você é melhor do que eu no piano -ele
sussurra no meu ouvido me fazendo rir baixo.

- Diga.

- Eu sou melhor do que você no piano.

- Eu vou deixar você acreditar nisso, minha mãe me ensinou a não enganar os
que já se enganam -falo e eu percebo ele abrir a boca chocado.

Sorri apertando seus braços para o manter perto de mim.

×××

Eu queria saber tocar piano KKKKKK enfim, a sem talento.

Susiel está bem, por enquanto, vamos ver o que ainda nos aguarda.
Muita gente me pergunta se eu vou fazer livro dos filhos deles, a
resposta é não. Não vou fazer, quero me focar em outros temas e não
ficar só no universo dos babacas de terno. Tenho outras obras que quero
apresentar que pode ou não conquistar vocês, vamos saber futuramente
❤.

Até sábado, babys ❤.


72° capítulo

Nate

Acordei ao sentir o cheiro familiar nas minhas narinas, um sorriso


involuntário saiu dos meus lábios apertando o corpo de Susie com mais
força, merda, eu gostava de acordar assim.

Me lembro de quando dormia na mesma cama com ela, mas não gostava de
ficar abraçadinho sentindo seu cabelo no meu rosto e sua bunda no meu
quadril, nunca gostei tanto disso, hoje eu gosto até demais.

Beijei seu pescoço lentamente a fazendo resmungar baixinho com as costas


no meu peito, ambos deitados no sofá, não sabia corretamente se aquele som
era um incentivo então continuei beijando sua pele deliciosa pesando que
sexo matinal não seria nada mal agora, porra, eu estou mais que viciado.

- Nate? -ela me chama sonolenta.

- Sim, estava esperando outra pessoa? -pergunto de volta a fazendo dar um


sorriso, um muito, muito estranho.

- Na verdade, não estava esperando ninguém, se me acordar de novo eu vou


passar aquela gravata que pisca em torno do seu pescoço e apertar até que
você fique sem ar para saber como eu me sinto quando você tentar ficar
acordando as pessoas alheias.

Ela disse isso em um tom de ameaça impressionante.

- Mas...

- Você ainda está falando? -ela pergunta irritada, abro a boca chocado.

Que merda está acontecendo?!

- Esse é o outro lado da sua personalidade malvada?! -coloquei a mão na


boca, meio animado.
- Não sei, mas se você continuar me enchendo o saco vai saber rapidinho -
ela parecia um anjo falando aquilo, mas na verdade era um mini demônio.

Minha nossa!
Engoli a risada que quis vir porque eu acho que ela me jogaria desse sofá,
Susie Jones era a única pessoa que podia me ameaçar e eu realmente acatava
sua ordem.

Percebi isso quando eu vi Kate passando pela sala de estar, arregalei os


olhos quando ela abriu a boca para falar algo e eu rapidamente coloquei meu
dedo na boca pedindo para não falar nada por agora, Kate franziu o cenho
percebendo que Susie estava deitada comigo e depois se virou lentamente
indo para a cozinha depois que entendeu.

Me levantei calmamente sem querer acordar a Mi bela malvada e ajeitei a


calça moletom na cintura a encarando.
Pensei até que ela fosse acordar quando eu espirrei sem querer, mas a
resposta estava clara já que seu rosto estava enterrado no sofá com o corpo
nú —o que é uma bela vista—, sua bunda estava meio vermelha pelo o que
fiz ontem depois que nos deitamos no sofá, conversamos por pelo menos 1
hora sem pausa antes de eu entrar nela de novo, com camisinha dessa vez.

Não me lembro a última mulher que transei sem proteção, não gosto de fazer
isso, não só por questão médicas mas pessoais, não quero que Susie
engravide ou algo do tipo, não, de jeito nenhum.
Mas eu infelizmente não consegui evitar, senti-la sem aquilo foi a merda da
minha oitava maravilha do mundo, não iria esquecer tão cedo.

Olhei para o seu rosto e sorri de lado ao lembrar do seu nariz irritado para
cima de mim ontem pelo nosso desentendimento, passou pela minha cabeça
que ela me mandaria para o inferno e eu fico feliz que ela não o tenho feito,
sinceramente, eu não sei o que faria se isso acontecesse, não entendo muita
coisa, mas não preciso de um doutorado para saber que não consigo mais
ficar longe Susie Jones.

Sim, ela estava no meu pensamento maior parte do dia, coisas idiotas me
lembravam dela a todo momento, e eu acho que minha mente estava
enlouquecendo porque eu tinha pequenos flashbacks dos momentos em que
estive com ela, essa merda é estranha, mas inevitável.

Nunca passei por isso antes.

Caminhei para a cozinha mantendo meus braços cruzados sobre o peito e


parei na entrada vendo Kate tirando algumas coisas da geladeira, ela dá um
pequeno sobressalto quando percebe minha presença.

- Sr. Venturelli, bom dia, hum...pensei que já estivesse na empresa -ela diz
casualmente passando por mim.

- Eu acho que vou correr um pouco, irei para a empresa pela parte da tarde -
ela acena- Não faça café da manhã, vou levar Susie para comer fora.

- Ela ainda está dormindo? -Kate olhou para a entrada da cozinha, apenas
concordei- Ela vai dormir aqui novamente está noite?

- Provavelmente, você sabe que Susie fica aqui com frequência -meus olhos
se semicerram um pouco.

- Não, eu sei -ela deu um sorriso pequeno- Ela é a sua namorada, certo?

Pisquei um par de vezes, e olhei para frente entreabrindo os lábios, é a


primeira vez que alguém me pergunta isso de uma maneira tão direta e fiquei
surpreso quando respondi sem dar voltas no assunto.

- Certo -balancei a cabeça.

A expressão de Kate murchou um pouco e eu me senti ligeiramente


incomodado com aquilo, desde que ficamos sozinhos no quarto quando ela
estragou meu MacBook sem querer —o que substitui em menos de 40
minutos—, eu percebi claramente suas intenções comigo, Jones me avisou
isso mas eu não estava muito afim de falar sobre Kate naquele momento.
Agora me parece adequado conversar com ela de uma maneira explicativa.

- Kate...nossa relação ficou estranha desde o que aconteceu naquele dia, do


MacBook? -pergunto tentando a fazer lembrar, ela apenas acena.
- Sinto muito, senhor. Eu não queria parecer abusada ou...com uma liberdade
que não tenho por tocá-lo daquele jeito, não irá acontecer novamente.

- Tudo bem, só quero deixar claro que eu não me envolvo com meus
funcionários. E eu estou com... Susie agora -olhei para a entrada da cozinha
dando um sorriso de lado e depois voltei a encará-la que olhava para os seus
dedos.

- Eu entendo -ela diz, sem me olhar nos olhos por tanto tempo, sinto como se
estivesse despedaçando seu coração ou algo do tipo, mas estou convicto de
que estou fazendo a coisa certa.

- Tenha um bom dia -falo para ela que me dá o mesmo, caminhei para fora
dali passando pelas escadas mas parei quando vejo Susie correndo para
cima enrolada no seu vestido em uma velocidade impressionante, ri com
aquilo mas depois parei quando pensei na possibilidade dela ter escutado a
conversa.

Puta merda.

Eu estava indo correr atrás dela mas a campainha chamou minha atenção,
praguejo baixo agarrando a maçaneta da porta quando chego até ela e abro a
mesma encarando três homens gigantes usando ternos na minha frente, dei um
gemido de derrota.

- Desculpe, a convenção de babacas usando terno fica do outro lado do


corredor -tentei fechar a porta mas Peter impediu pondo o pé.

- Está muito engraçadinho, seu safado -Pan aponta para mim quando a porta
fica mais aberta.

- O que vocês estão fazendo aqui? -pergunto vendo três passando por mim
em fila indiana.

- Temos uma boa notícia, e hoje é o dia dos meninos -Dylan esfrega as mãos
parecendo contente.
- Dia dos caras! -Peter corrige fazendo uma cara malvada e Dylan revira os
olhos.

- Comprei dois tipos de máscaras faciais, e uma base incolor que vai deixar
nossas unhas lindas -Adam falou animado, e agora que eu percebi que ele
está segurando a sua famosa maleta onde tem beijos espalhados.

- Qual é a boa notícia? -pergunto a Dylan.

- Já temos metade das pessoas da sua lista, em breve a fecharemos e Simon


vai roubá-las como ele anda fazendo -Batgirl sorriu para mim e eu sorri de
volta.

- Eu trouxe aquele negócio de manteiga de cacau, é muito bom para deixar


nossos lábios hidratados -Adam falou para Peter que estava mexendo na
base de unhas, apertei os lábios.

- Preparado para a diversão? -Dylan me pergunta.

- São 09h da manhã -quase chorei.

- Estou começando a achar que ele não nos quer aqui -Peter olha para os
meninos meio contrariado, e eu levanto uma sobrancelha como se
perguntasse "Descobriu essa sozinho, gênio?".

- É claro que ele nos quer aqui -diz Adam.

- Eu não quero vocês aqui -falei.

- Viu só? Eu disse que ele nos quer aqui -Bell sorriu e eu passei a mão no
meu cabelo sabendo que a fadinha tem um problema sério de surdez.

- Eu vou sair para caminhar em alguns minutos, e tomar café da manhã com
Susie seguida.

- Susie está aqui? -Pan pergunta.

- Está tomando banho, provavelmente. E está meio irritada, acho que é mal
humor matinal.
- Você acordou ela? -Peter pergunta rindo e eu aceno levemente.

- Não, cara. Não! -Pan toca no meu ombro- Você não pode acordá-la, não,
nunca, vai ter que lidar com a Susie malvada o resto do dia.

- Susie tem dupla personalidade? -Dylan franze o cenho.

- Ela fica puta quando a acordam de graça ficando um pouco diferente do


que costuma ser, e esse idiota ainda faz isso -Peter riu mas depois foi
parando- Eu acho que deveríamos ir embora.

- Você está com medo dela? -levantei uma sobrancelha.

- Você deveria estar -aponta para mim.

- O que acha que ela vai fazer? Me jogar na frente de um ônibus? -cruzei os
braços.

- Tentador -Adam fala isso em forma de tosse e eu mostro meu dedo do meio
a ele.

- Podemos ficar aqui e ver o jogo? Hoje é a final da liga de basquete -Dylan
pergunta fingindo coçar o braço como não quer nada.

- Por que não vão para o mansão dele? -apontei para Peter.

- Adam brigou com a Emily -Pan fala e eu coloco as mãos no rosto


perguntando "De novo?!"

- Não foi minha culpa! Ela que veio para cima de mim me acusando de ter
escondido aquele lápis da sorte que ela tem -Adam cruzou os braços
contrariado.

- E você fez isso? -perguntei.

Ele fingiu o olhar para o lado antes de olhar para os pés com uma cara
extremamente culpada, depois me olhou como um inocente, bravo, ótimo
ator.
- Não sei, talvez, nunca saberemos -Bell resmunga fingindo brincar com a
sua maleta.

- Deixa logo ficarmos aqui, quando você voltar vamos brincar -Peter fala e
eles concordam com um sorriso.

- Brincar? Qual a idade de vocês? -falei fingindo indignação e depois olhei


para a maleta de Adam- Você trouxe o banco imobiliário?

- Não saio sem -ele sussurra de volta, isso me fez sorrir.

Conversamos por mais alguns minutos até eu ceder e deixar os três aqui no
meu apartamento para assistirem televisão, em meio algumas palavras e
outras onde eu tive que ouvir "Sua bunda fica bonita nessa calça moletom" e
"Qual é o problema de eu elogiar a bunda do meu melhor amigo?!", Eu vejo
Susie descendo as escadas usando uma camisa minha que vai até o seu
joelhos e quando ela percebe que tem três marmanjos na minha sala de estar
a mesma encara suas vestimentas e depois dá de ombros.

Ela anda até mim que ainda estou encarando os três discutindo sobre a minha
bunda e me abraça de lado depois que a beijei na testa.

Certo, eu acho que ela não ouviu minha conversa com Kate.

- Bom dia, está mais humorada? -pergunto.

- Quem disse que eu estava mal humorada? -ela levantou uma sobrancelha e
eu apertei os lábios, encaro os meninos que estão com uma expressão de
"Não disse?".

- Vou correr um pouco, quer vir comigo? -pergunto a ela- Podemos tomar
café da manhã depois.

- Pode ser, mas eu não tenho roupas para tal coisa -Jones mordeu o lábio
com a expressão frustrada.

- Bryant está lá embaixo, ele pode comprar -Dylan diz a solução e eu aceno
concordando.
- É o tempo que irei me preparar.

- Vamos assistir televisão, quer assistir conosco enquanto isso? -Adam


pergunta a ela.

- Vão assistir aquele jogo de basquete o qual vocês não entendem mas
fingem que sim porque querem bancar os homens do esporte quando na
verdade vocês estão ansiosos para assistir "Girlmore Girls" que passa
depois do jogo mas não admitem? -ela pergunta com a expresso normal
fazendo os meninos ficarem com a boca entreaberta.

- Mas o que... -Bell piscou algumas vezes mas depois deu ombros. - Mas é
basicamente isso mesmo.

- Você tinha que acordar ela caralho?! -Peter me pergunta irritado e Dylan
passa os dedos pela boca tentando esconder o riso.

- Oh -ela sussurra e olha para mim- É a minha personalidade malvada...

- Eu sei -sorri para ela- Mas você continua linda ao meu ver.

Ela revira os olhos.

O telefone de Peter começar a tocar e eu franzo o cenho quando percebo uma


canção inusitada aparecer, eu acho que era a voz de Emily cantando a
seguinte frase: "Wilson, Wilson, Wilson, um gostoso tatuado", o ritmo me
lembrava o natal, o que não está tão longe de acontecer.

Ele atende falando com ela rápido e depois olha para nós vendo nossos
olhares confusos.

- O que? Ela que compôs, até gravou em um estúdio -ele deu de ombros.

- Gosto do seu nome do meio -Susie diz para ele- Mas do Nate é interessante
também.

Oh não, NÃO!
A gangue levantou uma sobrancelha e eu tentei me enterrar no chão para não
ver o que vinha a seguir, eles sorriram para mim e eu fechei os olhos fazendo
um desejo profundo para me mudar para Maldivas.

- Hum, e ele te contou o nome do meio dele? -Peter pergunta cruzando os


braços com um falso sorriso.

- Contou, por que? -ela franze o cenho e eu olhei para o lado pensando em
me jogar pela vidraça.

- Porque...ele não conta, Susie. Os únicos que sabem somos nós, e não
podemos falar sobre -Dylan diz e eu vejo Adam mexendo na maleta de
beijos, logo ele tira um papel de dentro e eu rápido me lembro do contrato
que eu fiz eles assinarem para não tirar sarro da minha cara.

Sim, eu fiz eles assinarem um contrato.

E Adam guarda tudo nessa maleta ridícula?!

- Deixa eu ver isso aqui -ela pega os papéis das mãos de Adam e abre a
boca chocada olhando para aquilo vendo as três assinaturas nos respectivos
papéis.

- Eu não acredito! Você mentiu para mim?! -ela me bateu com o papel, fiz
uma careta. Doeu.

- O que ele disse para você? -Pan pergunta- Espera, eu posso bater nele
agora?

- A ideia é tentadora! -Susie se vira para mim- Seu nome do meio não é
Spike?

A gangue, o que deveria estar me ajudando nessa situação, caem em uma


gargalhada tão alta que Kate até parece na entrada da sala de estar segurando
uma panela em uma posição ameaçadora, quando ela percebe que somos nós
volta para os seus afazeres abaixando a panela lentamente.

- Spike? Até parece -Adam passou a mão na barriga e eu cerrei os dentes.


- Você mentiu para mim, seu mentiroso! -ela bateu no meu peito, mas eu pude
ver uma sombra de sorriso nos seus lábios- Você vai pro inferno por mentir
para mim, Nate.

- É vergonhoso demais, ok? Você...iria rir de mim -falei cruzando os braços.

- É claro que não, pode me contar -ela passa as mãos pela minha cintura se
aproximando mais um pouco- Nunca riria de você.

Eu estava emburrado quando olhei para os meninos que tinham uma


expressão meiga agora e depois olhei para Susie que tinha os olhos
castanhos brilhantes na minha direção.

- Certo -digo e ela sorri contente.

- Qual é?

- Meu nome do meio é...Lola.

Silêncio.

A terra parou por vários segundos.

E olhando assim de perto, eu acho que ela não estava respirando direito,
encaro os meninos que estão com a mão na boca tentando desesperadamente
não cair na gargalhada, porque foi isso que fizeram quando eu contei que o
cartório tinha errado meu nome, ao invés de Lewis, colocaram essa merda
de "Lola". Preciso mudar isso.

- Nathaniel Lola Venturelli? -ela parecia em choque quando repetiu.

- Você falando fica ainda mais ridículo.

E no segundo seguinte, ela explode em uma gargalhada e os três a


acompanham fazendo um show daqueles, sabe quando você ri e até chora por
isso? Ou fica sem ar que precisa se agarrar em alguma coisa para saber que
ainda está viva? Pois é, foi isso que aconteceu.
Eles estavam quase rolando no chão enquanto eu estava de pé de braços
cruzados fingindo olhar para o meu pulso me perguntando se ainda iria
demorar muito.

- Vocês...são muito ruins comigo -apontei para eles que estavam já no sofá
batendo na almofada trazendo o som das gargalhadas, alguns estavam na
mesinha de centro balançando os objetos soltando risos altos.

- Calma aí, Lola. Por que você está tão estressada?! -Adam levantou as
mãos- A Lola que eu conheço é mais divertida.

- Vai se foder -resmungo.

- Seu nome do meio é lindo -Susie aprece na minha frente, lágrimas desciam
dos seus olhos- Eu gostei muito!

- É claro que gostou -debochei e ela põe as mãos nas minhas bochechas me
puxando para perto, ela me dá vários selinhos demorados me fazendo sorrir
em seguida.

- Vamos caminhar?

- Vamos -respondo.

- Tudo bem, vou subir em alguns minutos.

Fiz uma expressão de tédio.

- Você vai ficar aqui e continuar rindo com eles, não é?

- Mas é claro que... -Susie apertou os lábios e olhou para o lado com uma
expressão culpada- Droga, eu vou rir até minha barriga doer, desculpa.

- Traidora!

- Posso fazer uma almofada com o se nome? -Bell grita.

- Cala a boca! -apontei para Adam que se escondeu atrás de Peter.


Idiotas!

×××

Quem acha que a Jones tem que ser maldosa no castigo?? ♀ ♀ ♀


KKKKKKKKKK sentiram a minha falta???????? Espero que sim pq eu
tava muito dodói, mas já estou melhor.

Para quem não sabe, eu estou com covid 19 mas graças a Deus, estou me
recuperando, agradeço as mensagens de apoio ❤❤❤.

Amanhã eu vou tentar trazer mais capítulos, mas não prometo nada, ok?
Escrevi esse de quase 3.000 para compensar um pouquinho 😏.

Até amanhã, babys ❤.


73° capítulo

Nate

Ajeito as calças de corrida na cintura e depois a camisa preta da Nike que é


uma das minha preferidas para a atividade, saio do banheiro depois de
escovar os dentes e vou para o quarto em seguida.

Levanto uma sobrancelha vendo Susie colocar o tope também da Nike


valorizando os seios pequenos no tecido azul, sua calça também era azul
escura com detalhes brancos marcando as coxas e a bunda durinha por baixo.

Por falar em duro, movi minha cabeça para o centro das pernas e eu acho
que estava sofrendo de uma mini ereção, e essa calça estava ajudando a
esfregar isso na minha cara.

Ela para de ajeitar a calça amarrando os tênis e sem perceber a minha


presença passa as mãos no cabelo que estava amarrado no alto.

Me aproximei lentamente sem ela me ver e passei meus braços pelas sua
cintura a assustando de leve, mas depois ela apoia a cabeça no meu ombro
dando um sorriso de boas vindas.

- Oi -ela continua sorrindo.

- Eu acho que estou excitado.

- Hum, ok, obrigada pela informação -ela riu baixo e eu fingi rir apertando
sua bunda com força, Susie arfa de leve me empurrando para trás e eu passo
a língua nos lábios olhando para onde apertei.

- Me empresta um chapéu?

- Tem no closet, pode pegar -apontei para o mesmo e ela foi até lá
normalmente, me sento na cama pegando meus tênis confortáveis e os calcei
em silêncio esperando ela voltar.
Felizmente, eu tinha que ir para a empresa só pela parte da tarde o que me
daria tempo para tomar café da manhã, almoçar e depois ficar algumas horas
com Susie, mas como hoje é dia dos caras pelo visto, eu teria de passar a
manhã com ela e o resto do dia com eles.

Me levantei da cama na mesma hora que ela apareceu no quarto de novo,


meus olhos quase saem do meu rosto quando percebo o que Susie está
segurando, corri até ela arrancando das suas mãos e depois coloquei a caixa
atrás de mim.

- O que é isso?! -ela pergunta rindo.

- Por que estava mexendo nisso?

- É meio difícil, sabe? É a caixa mais brilhante que já vi, sem falar nas
lantejoulas, e em cima tem uma mulher e um homem praticamente pelados.

Porra.

- Não é nada demais, só são...

Parei de falar de repente.

- Só são...?

- Certo, você é muita curiosa então eu vou te contar -suspiro- Meses atrás eu
financiei um projeto de uma amiga minha de longa data, nos falamos poucos
mas quando ela pediu minha ajuda, eu aceitei. Dei o investimento necessário
para ela montar seu sex shop junto ao marido, e hoje...eles estão muito bem
nessa aérea.

Jones tinha um sorriso pequeno nos lábios, o que não me deu a dica do que
diabos ela deve estar pensando agora.

- Então, uma vez no mês, ela me envia essas...hum...caixinhas -mostro a


mesma de novo- Eu sou o sócio do sex shop.

- Uau -ela sussurra pondo as mãos na cintura.


- Pois é, você perguntou uma vez se eu tinha aqueles vibradores e cosias
sexuais em casa, eu tenho por causa disso -Susie deu mais um passo para
frente depois que terminei de falar.

Seus olhos fixos na caixa, antes dela subir para me encarar.

- Eu posso ver o que tem dentro? -ela pergunta baixo me fazendo sorrir
internamente.

- Prometa não corar.

- Sem chance -ela fala pondo as mãos em cima da caixa, que eu ainda a
segurava.

Jones mexeu nela lentamente analisando-a em silêncio e não demorou muito


para seus dedos pequenos puxarem a tampa de papelão para cima liberando
os produtos dentro, ela levanta as duas sobrancelhas e depois me encara, as
bochechas ganhando um tom corado, sorri daquilo.

- O que diabos é isso?! -ela parecia chocada quando pegou um mini chicote
dobrado- Oh meu Deus.

- Quer continuar vendo?

Ela não respondeu, acho que nem estava me escutando.

- Oh, para que isso serve?

Tirei o plug anal rosa da sua mão devolvendo a caixinha e ela me deu um
sorriso confuso mas voltou a mexer na caixa em silêncio, Jones mexeu nos
anéis penianos e fitas adesivas sem se importar muito bem, mas quando
chegou em umas bolinhas, ela pareceu minimamente curiosa.

- O que é isso?

- Bolas Ben-wa -digo, ela parecia mais confusa ainda.

- Desculpe, o que? -deixei a caixa na cama vendo ela segurando o par de


bolinhas pretas com os fios nas mesmas, peguei da sua mão levantando na
altura do seu rosto.

- São bolas tailandesas, para o pompoarismo.

Ela pisca um par de vezes.

- E você coloca isso...

- Dentro de você -completo e ela entreabre os lábios meio surpresa.

- Nossa... -Susie toca no objeto na altura do seu rosto e depois me encara


engolindo seco, Susie passa a língua nos lábios e eu aperto o maxilar
levantando um pouco o queixo, a atmosfera do quarto mudando lentamente.

- Interessante? -pergunto baixando minha mão olhando para o seu corpo.

- Um pouco -responde, deslizando as mãos nas coxas.

- Você pode experimentar se quiser -falei, como um maldito sugestivo que


acabei de me tornar.

- Agora?

- Por que não? Vamos caminhar, e você precisa estar em movimento para
sentir por completo -toquei no seu braço- Você quer?

Ela mordeu o lábio inferior olhando para as bolinhas na minha mão, eu não
precisava ouvir que sim porque a confirmação estava no seu rosto. Puxei seu
braço para o lado e a fiz deitar na cama arrancando um gritinho dela junto a
um riso que me fez rir também.

Susie apoia as mãos na cama estando de bruços e eu me aproximei pegando


os produtos de dentro da caixa, não só para limpá-la, porque ela já veio
esterilizada, mas para passar uma boa dose de lubrificante.

Quando a olhei de novo vi que ela tinha o rosto na cama e logo apertou os
lençóis brevemente quando eu puxei sua calça legging para baixo, puxei a
calcinha de florzinhas liberando a bunda nua e escutei seu suspiro quando
ela fechou os olhos.
- Empine a bunda mais um pouco -peço e ela o faz em silêncio, o que me fez
sorrir abertamente.

Me abaixei beijando sua nádega direita e ela se mexe soltando suspiros


baixos, chego perto do seu sexo e ela geme baixinho pondo a testa na cama
ao sentir minha respiração perto demais.

- Pare com isso, nossos amigos estão lá embaixo -ela sussurra para mim
quando eu mordo de leve sua nádega esquerda.

- É só você ficar quieta -digo e ela aperta os lábios abafando o gemido


assim que passo meu dedo por cima sentindo que ela já estava ficando
molhada.

Preparo a primeira bolinha vendo o lubrificante na ponta e levo até o meio


das suas pernas, Jones sente aquilo entrando nela e pisca várias vezes
mexendo o quadril de leve.

Quando entra por completo eu a vejo ofegante trazendo sua mão direita para
trás agarrando meu braço, olho para o seu rosto vendo-a passar a língua nos
lábios e depois olho para baixo para inserir a segunda bolinha.

Dessa vez ela geme alto e eu me abaixo na altura do seu rosto aproximando
meus lábios dos seus.

- Shi, Shi, quietinha -sussurrei para ela que mordeu o lábio inferior quando
eu finalmente pus a duplas de bolinhas dentro dela deixando o fio para fora.

Susie coloca as mãos na cama quando eu puxo sua calça para cima junto a
calcinha limpa que ela tinha deixado aqui na última vez que veio, e depois a
ajudo se levantar tentando trazê-la de volta ao mundo, ela fica na minha
frente encarando meu peito e depois pisca um par de vezes mexendo o
quadril um pouco.

- Tudo bem?

- Acho que sim -ela passou a mão na testa por baixo da franja- O que elas
podem fazer...
Ela para de falar quando dá um passo para colocar a tampa na caixa mas
depois volta a posição anterior me encarando surpresa, ótimo, ela já
entendeu para o serve.

- Não esqueça de contrair as vezes -peço e ela engole em seco olhando para
baixo.

- Minha nossa! -Susie riu, e eu acho que ela fez o que acabei pedi.

- Pronta?

Ela levanta o olhar para mim meio desnorteada e depois passa a mão no
peito concordando, não sei se ela estava mesmo pronta mas tive que agarrar
sua mão para sairmos do quarto.

Mi bela apertou meus dedos o caminho todo e quando desceu as escadas


escutei ela resmungar baixinho, o que me fez sorrir igual um idiota. Paramos
na sala de estar e eu vi os três sentados no meu sofá assistindo "gilmore
girls".

- Hum, com licença, senhoras -os chamei.

Os três viram para mim na mesma hora expondo uma máscara facial branca
no rosto de cada, pisquei algumas vezes quando eles sorriram para mim
acenando em seguida.

Susie riu do meu lado mexendo os ombros mas parou abruptamente fechando
os olhos por alguns segundos, olhei para ela que engoliu em seco e depois
suspirou baixo olhando-me meio irritada.

- Você está bem, Susie? -Peter pergunta do sofá, eu acho que ela ficou mais
vermelha do que um pimentão.

Me prontifico a responder:

- Sim, ela está bem, acho que está com fome, nada demais -falei para ele que
mostrou o polegar, obviamente aéreo sobre a situação.
- Nós já vamos, nos vemos depois -falei para eles puxando Susie dali pela
mão e ela veio em silêncio mas com um sorriso zombeteiro nos lábios.

Isso vai ser interessante.

(...)

Eu já estava com 38 anos.

Demorou malditos 5 anos para Susie começar a caminhar de verdade


comigo, eu estava a 15 passos de distância dela quando finalmente parei e
olhei para trás pondo as mãos na cintura.

Ela vinha na minha direção devagar soltando alguns risinhos estranhos, as


pessoas passaram por ela com uma expressão confusa já que ela estava rindo
para o vento, às vezes ela parava no meio da rua e se apoiava em um poste
apertando o lábio um no outro, era hilário vê-la desse jeito, mas no fundo ela
parece estar se divertindo com as bolas dentro dela.

- Jones! -gritei.

- Espera! -ela grita de volta lá da casa do caralho.

Demos apenas volta do Central Park e agora íamos a um restaurante para o


café da manhã, mas isso está demorando mais do que o previsto já que o
restaurante está a maldito 10 passos de distância, e o melhor é que eu nem
me arrependo.

Depois de 5 minutos perto da banca do jornal, e de eu ler todas as notícias


da manhã, ela chegou perto de mim ofegante com as mãos na cintura e eu
olhei para o seu peito vendo o suor escorrendo.

- Cheguei -avisa.

- Desculpe, eu conheço você? -pergunto fingindo e ela me olha com tédio.

- Para com isso -ela bate no meu peito.

- Você está ciente de que estamos em 2040, certo?


- Você é uma Lola muito chata -ela aponta para mim e eu cerro os dentes
quando ela solta uma gargalhada.

- Ah é? Vai ser assim?! Então venha.

- Espera, o que...

Ela solta um gritinho baixo quando eu agarro sua cintura colando seu corpo
no meu e começo a andar com um pouco mais de rapidez a trazendo comigo,
Susie me olha irritada mas não faz nada para me tirar do seu corpo.

- Oh meu Deus! -ela geme- OH MEU DEUS! Eu acho que quero bater em
você.

- Entra para a fila -resmungo quando finalmente chegamos na frente do


restaurante, a puxo para o meu peito e ela vem colocando os braços em volta
do meu pescoço, Susie esconde o rosto no meu peito respirando fundo e eu
passo minhas mãos pelas suas costas para dar a impressão de que é apenas
um abraço inocente, e não que ela possivelmente esteja gozando ou algo do
tipo.

- Você está...

- Não -ela responde- Mas não duvido, eu acho que sou extremamente
sensível a isso.

- Isso é bom, muito bom -sussurro no seu ouvido e ela aperta minha nuca
com uma força desnecessária, acho que ela estava me castigando.

- Com fome? -pergunto.

- Muita.

- Estamos falando de comida, certo?

- Você é muito descarado -ela afasta o rosto para me encarar.

- É você que está com bolas no meio das pernas.


Me arrependi de falar aquilo porque uma mulher e uma criança passaram na
mesma hora, a mulher até tapou o ouvido do garotinho enquanto se afastava,
mas eu pude escutar ele perguntando "Mamãe, porque ela tem bolas? Não é
só os homens que tem isso?", A mulher teria um trabalhado danado agora.

Olhei para Susie que estava rindo da minha expressão e belisquei sua
barriga a fazendo parar rir de na hora.

- Vamos comer.

- Vai tirar isso de mim agora?

Olhei para os lados e depois para ela fazendo-a franzir o cenho.

- Que estranho, acho que escutei um zumbido chato...

Ela revirou os olhos me fazendo rir antes de beijar seus lábios algumas
vezes.
A puxei para o restaurante em seguida.

×××

Aguardem que esse café da manhã inocente ainda tem coisa para
mostrar KKKKKKKK vote no livro, por favor!

Susie Jones usando bolinhas!


Uau! KSKSKSKS #Queria.

Vou postar a continuaçao em breve.


Até, babys ❤.
74° capítulo

Susie

Me ajeito na cadeira, mas logo paro, santo Deus! Que coisinha mais
estranha, e é tão pequena! Mas está fazendo uma coisa estranhamente boa
dentro de mim.

Olhei para Nate que tinha a mão apoiada no queixo esbanjando um sorriso
zombeteiro enquanto olhava paro meu rosto em silêncio, atento as minhas
reações. Coloquei minhas mãos nas coxas e engoli em seco tentando me
concentrar em outra coisa.

- Você está bem? Está meio vermelha -o olhei irritada.

- É a fome -digo e ele levanta as duas sobrancelhas.

- Sim, claro, é a fome -ele deu de ombros e pegou sua cadeira que estava na
minha frente e a arrastou até parar ao meu lado.

O olhei pelo canto de olho ciente de que se ele me tocar demais agora, eu
vou explodir.

- Você me disse uma vez que adora panquecas, eu as pedi para você, Mi
bela, não vai comer?

- Sim, eu vou...

- Oh não, espere -eu estava levando minha mão para pegar o garfo mas ele
foi mais rápido pegando na minha frente, o olhei desconfiada.

- Não faça muito esforço, eu darei a você.

Oh não!
Não, não, não!

- Eu posso comer sozinh...


- Não se preocupe, eu gostaria de fazer isso -ele corta um pedaço da
panqueca pondo uma boa quantidade de melado do jeito que eu gosto e
depois aproxima o garfo dos meus lábios- Abra a boca, Susie.

Essa última frase saiu com uma potência que ele não estava usando antes,
não acredito que ele está querendo fazer isso no meio de um restaurante
cheio de gente. E mesmo assim eu abri os lábios lentamente para receber o
pedaço da comida.

Ele olhou para a minha boca com satisfação e depois tirou o garfo me vendo
mastigar lentamente, Nate sorriu pequeno pegando outra garfada da
panqueca.

- Bom?

- Sim -resmungo.

- Quer mais?

- Sim, por favor.

Ele me deu mais um pedaço da comida, me perguntei se era muito estranho


ele estar me alimentando, mas assim que olhei em volta vejo alguns casais
fazendo o mesmo, era um restaurante bem romântico na verdade, tudo muito
vermelho e cheio de características delicadas e chamativas, sem falar nas
cadeiras que eram de veludo também vermelho.

Nate colocou o garfo de volta no prato e pegou a amora trazendo para o meio
do meu rosto e do seu, olhei para a fruta em seus dedos e depois para os seus
olhos lentamente.

- As amoras servidas aqui são as melhores de Manhattan, são colhidas no


país vizinho e trazidas especialmente para esse restaurante -ele aproxima a
amora da minha boca e eu abro lentamente sentindo a fruta ser despejada na
minha língua, Nate semicerrou os olhos passando o polegar pelo meu lábio
inferior fazendo minha pele estremecer.
- Como sabe disso? -perguntei baixinho quando ele aproximou o rosto do
meu.

- Não sei, mas são as melhores amoras que já comi -ele diz me fazendo rir
baixo pondo a mão no seu peito.

- São muito boas -digo passando a língua nos lábios vendo um brilho
perverso nos seus olhos- Quero mais.

Ele levantou uma sobrancelha pegando outra fruta e colocou na minha boca,
dessa vez eu chupei seu dedo tentando pegar a fruta que quase caí e ouvi ele
resmungar limpando a garganta, bom, parece que não é só ele que pode me
seduzir em um café da manhã.

- Tudo bem? -perguntei.

- Sim, sim -ele balançou a cabeça olhando para o prato branco.

- Não vai mais me alimentar?

- Hum...não.

- Por que não?

- Porque eu estou duro, e ver você abrindo a boca desse jeito para receber o
que eu estou oferecendo me faz imaginar que deveria ser o meu pau entrando
aí, e não amoras.

Eu acho que desmaiei.

Até ofeguei quando sua fala terminou e olhei para baixo vendo sua ereção
nítida na calça larga de corrida, mordi o lábio inferior olhando para as
minhas mãos na minha coxa e depois suspirei baixinho. Céus.

Estiquei minha mão pegando o novo doce que o restaurante oferece que é
simplesmente morangos cobertos de chocolate e levei até a boca dando uma
mordida considerável, escutei o gemido do homem ao meu lado e sorri
internamente.
Depois de mastigar e engolir eu dei mais uma mordida sentindo o chocolate
deslizar pelo canto da minha boca e passei o polegar ali trazendo até a boca,
olhei para Nate que tinha o maxilar travado me encarando com um pequeno
resquício frustrado.

- Pare com isso.

- Parar com o que? -levantei uma sobrancelha.

- Você está me seduzindo.

- Eu não estou fazendo nada disso -falei a verdade, e na mesma hora o


chocolate derreteu fazendo alguns pingos caírem no meu peito escorrendo
para dentro do meu decote, abri a boca vendo aquilo e passei o indicador
tirando um pouco levando até a boca antes de encará-lo.

— Pelo o amor de Deus -ele sussurra e depois joga o guardanapo em cima


da mesa - De pé, vá até o banheiro.

- Não, não vamos fazer isso aqui.

- Oh, nós vamos.

- Não, não vamos.

- Sim, nós vamos.

- Por que acha...

Parei de falar e fechei os olhos abrindo a boca lutando para não gemer
quando senti sua mão pousar no meio das minhas pernas lentamente fazendo
uma leve carícia por baixo da mesa. O olhei chocada e ele sorriu de uma
maneira inocente.

- Não vamos? Poxa, pensei que você queria -ele fala meio sarcástico e eu
coloco minha mão no seu braço, eu deveria tirar sua mão dali mas quando eu
comecei a meio que ajudá-lo nos movimentos eu sabia que tinha perdido a
discussão.
E eu sabia de outra coisa
Eu era a nova safada do grupo, oh Deus!
Se as meninas me vissem agora iriam dar vários soquinhos no ar, ou planejar
uma festa para a minha safadeza.

Tirei sua mão dali rapidamente e me levantei da cadeira jogando o


guardanapo no seu rosto, ele riu o puxando para baixo e eu me virei saindo
do pequeno círculo. Olhei em volta vendo se alguém estava me encarando ou
estava lendo na minha testa a frase "Vou transar no banheiro", Cristo! Que
paranóia é essa?! Não acredito que vou fazer isso, caramba, por que eu estou
gostando tanto disso?

Quando passei pela porta do banheiro feminino eu fiquei surpresa por ver
que era um ambiente enorme com apenas um vaso no canto coberto pela
cabine, um sofá rosa na parede e do outro lado uma grande poltrona
vermelha com o espelho bem na frente, as pias perto da cabine com os
espelhos sujos de batons e números de telefones, sorri com aquilo.

A porta do banheiro foi aberta e eu olhei para ela vendo uma mulher loira
passar, apertei os lábios caminhando para a pia apenas para lavar as mãos
fingindo estar distraída.

Ela usou o banheiro como uma pessoa normal e depois parou ao meu lado
para limpar as mãos, a mulher retocou o batom vermelho e depois olhou para
mim com um sorriso pequeno.

- Esperando alguém?

- Hum...sim, uma amiga -sou uma péssima mentirosa.

Ela sorriu.

- Uma amiga, sim, claro -seu sorriso ficou malicioso e eu olhei para as
minhas mãos passando a língua nos lábios sem saber como agir agora.
Obviamente fiquei calada.

Quando ela saiu, fiquei mais alguns segundos sozinha antes da porta ser
aberta novamente, olhei para o lado vendo Nate girar o trinco me indicando
que ninguém poderia entrar ou sair agora.

- Vem aqui, Jones.

Sorri de lado e praticamente corri até ele que rapidamente me tirou do chão
colocando minhas pernas em volta da sua cintura escutando meu gritinho em
surpresa, sua boca colou na minha de uma forma faminta e eu me entreguei
ao beijo que só fez minha calcinha molhar mais ainda.

Suas mãos apertando minha bunda me esfregando contra sua ereção sem
nenhum pudor, paramos de nos beijar apenas para ele beijar meu peito
descendo para o meu decote, suspirei quando senti sua língua passar por
cima de onde o chocolate tinha caído e arranhei suas costas por cima da
camisa quando ele se moveu comigo no colo.

Nate me colocou no chão e eu não tive muito tempo de raciocínio porque ele
me fez virar deixando-me de bruços em cima da poltrona grande, ele tirou
meu tênis rapidamente e eu olhei para trás com os cotovelos no estofado
vermelho.

Vi ele puxando minha calça legging para baixo e eu agarrei o braço da


poltrona quando ele abaixou a calcinha do meu corpo, olhei para frente e
fechei os olhos soltando um gemido abafado quando ele tirou as bolinhas de
dentro de mim.

Nua do quadril para baixo ele me fez ficar de joelhos no chão e se sentou na
poltrona me mantendo na sua frente entre suas pernas, Nate olhou para o meu
rosto me vendo ofegante e eu engoli em seco quando ele desfez as cordinhas
da sua calça a descendo em seguida.

O bico dos meus seios quase rasgavam o tope que os cobria, sua ereção foi
liberada e ele me puxou para mais perto me dando um beijo perguntando se
eu queria fazer isso, eu disse que sim e depois o encarei vendo um sorriso
pequeno nos seus lábios, toquei nas suas coxas subindo lentamente até tocar
no seu membro devagar e escutei seu suspiro de prazer quando aproximo
meu rosto vendo-o travar o maxilar ansioso.
Abri os lábios pondo a ponta na boca causando outro suspiro excitado sair
dele, Nate colocou as mãos no meu cabelo quando desci mais os lábios pela
sua extensão indo até onde eu conseguia, da última vez que fiz isso ainda era
muito complicado, mas agora parece diferente porque eu sabia mais ou
menos o que fazer para deixá-lo satisfeito.

Passei a língua na ponta vermelha e desci a mesma até chegar no final,


chupei como se estivesse chupando uma bala e no final deu tudo certo
porque ele jogou a cabeça para trás soltando um gemido rouco que fez
apertar as pernas.

- Você está ficando muito boa nisso -escuto ele sussurrar antes de me afastar,
Nate me levanta do chão e me vira deixando-me de costas.

Me olhei no espelho que estava bem na nossa frente e entreabri os lábios


piscando algumas vezes, escutei um barulho de embalagem e deduzi que era
um preservativo.

Olhei para trás quando ele me puxou para o seu colo, minhas costas tocam
seu peito e eu levanto os braços quando ele puxa meu tope para cima me
deixando completamente nua, sorri quando ele apertou meus seios e apoiei
as mãos na poltrona me levantando um pouco.

Gemi baixo sentindo ele me penetrar lentamente e quase tenho um orgasmo


desse jeito, Nate fica todo dentro de mim até eu apoiar minha cabeça no seu
ombro e ele me encarar nos olhos com um sorriso safado nos lábios.

- Quero se olhe no espelho e me veja dentro de você -ele sussurra e eu passo


a língua nos lábios quando suas mãos tocam no meu quadril me fazendo ir
para trás e para frente.

Me ajeito em cima dele e assumo o controle dos movimentos depois de


alguns segundos, apoio minhas mãos nos braços da poltrona e dou gemidos
baixos quando o ritmo vai aumentando. Nate sobe a mão direita pelas minhas
costas e eu resmungo quando ele agarra meu cabelo o puxando levemente me
causando arrepios no corpo.
Sua outra mão me faz subir e descer já em um movimento diferente e dessa
vez eu dou gemidos mais altos sem conseguir controlar a sensação no meu
corpo, como ele disse anteriormente eu olho para o espelho de soslaio por
causa da minha visão turva e o que vejo paralisa meu coração por alguns
segundos.

Minha imagem refletida me fez questionar se era mesmo eu que estava


literalmente quicando em cima dele, as luzes do banheiro eram escuras o que
só deixava tudo muito mais quente, mas me ver naquela posição fez minha
pele estremecer e várias borboletas voarem no meu estômago, me senti sexy
demais fazendo aquilo.

Era gratificante para mim como Nate sempre conseguia me fazer sentir sexy
sem realmente fazer esforço para isso.

Senti sua mão no meu pescoço e ele me puxou para trás colando o peito no
meu parando meus movimentos, tive que colocar meus pés no pequeno
espaço que restou na poltrona perto das suas coxas e ele colocou as duas
mãos em cima dos meus seios.

Quase gritei quando ele começou a se movimentar com força contra o meu
quadril, coloquei minhas mãos em cima das suas e escutei seu sussurro no
meu ouvido me dizendo elogios que apenas me deixavam excitada, eu estava
quase no meu limite.

- Você vai gozar para mim, Mi bela? -ele pergunta com os lábios no meu
ouvido.

- Você sabe que sim -sussurrei apertando suas mãos em cima dos meus seios.

- Me mostre, goze para mim, agora -ele beijou meu pescoço antes de eu
forçar a cabeça no seu ombro sentindo o êxtase me atingir.

Gozei chamando seu nome entre gemidos sufocantes que insistiam em gritar a
plenos pulmões para as pessoas do lado de fora o que estávamos fazendo
aqui dentro, senti minhas pernas tremendo e ele continuou entrando em mim
até conseguir atingir seu próprio prazer apertando meus seios com mais
força do que antes.
Os dois suados e ofegantes quando eu relaxei em cima do seu corpo e ele me
segurou para não me deixar deslizar, olhei para o espelho novamente nos
vendo daquela forma mais calma e sorri quando ele mexeu a cabeça
encontrando meu olhar pelo reflexo, Nate sorriu antes de beijar minha
bochecha até alcançar meus lábios.

- Vamos tocar café da manhã na rua mais vezes -ele diz deslizando a mão
pela minha barriga até chegar no meu peito parando em cima das minhas
pintinhas.

- Não consigo me mexer -sussurrei para ele que riu do meu estado vegetal-
Você vai ter que me carregar.

- Não vou sair pelas ruas carregando você, Jones. Sem chance.

Levantei uma sobrancelha.

(...)

- Não acredito que estou fazendo isso, se sair nos jornais amanhã eu vou
processar todo mundo.

Sorri internamente balançando meus pés enquanto ele andava pelas ruas de
NY comigo nas costas, meus braços estavam em volta dele e eu deixava meu
queixo em cima da sua cabeça acenando para algumas mulheres que nos
olhavam curiosas, com inveja talvez porque estar aqui em cima é glorioso.

- Você está andando muito rápido, não consigo aproveitar a paisagem -falei
brincando.

- Não fode.

- Por que está tão emburrado?! -belisco seu cabelo e ele para de andar meio
irritado.

- Ai! -reclama.

- Oh, desculpe, acho que caiu alguma coisa do céu no seu cabelo -finjo
limpar o mesmo.
- Deve ser o castigo de Deus por ter colocado aquelas bolinhas dentro do
você -ele volta a andar e eu me lembro que ele as guardou no bolso.

- Eu disse para você não mexer com o anjinho dele.

- Ultimamente está mais para demônio -belisquei seu cabelo de novo e ele
reclamou soltando um palavrão.

- Droga, o que será que está caindo do céu -olhei para cima e depois ri alto
escutando seus resmungos idênticos a alguns velhinhos que já vi no asilo de
Eric, ele só parou de reclamar quando eu me inclinei beijando todo o seu
rosto.

Continuei aproveitando a vista de cima passando pelo Central Park, estourei


algumas bolinhas de sabão quando passaram por mim, o que me fez rir igual
uma criança.

Aceno para um pipoqueiro quando ele tirou o chapéu me cumprimentando e


passamos na lagoa de patos que tinha ali, isso me fez dar um sobressalto
quase caindo das costas de Nate quando reconheci uma coisa.

- OH MEU DEUS! -gritei para ele que girou comigo nas costas super
confuso.

- O que? O que foi? -ele olhou em volta tentando entender.

- Ali, olha! -apontei para a lagoa de patos- A galinha que eu vi voando


naquele dia!

Ele segue a direção do meu dedo e abre a boca vendo a galinha olhando para
os patos de uma forma meio superior, abri a boca chocada e naquele
momento, vendo aquele anjinho branco e preto meu coração se encheu.

Eu queria aquela galinha, nos encontramos duas vezes, deve ser o destino.
Sempre tive vontade de ter um bichinho diferente, acho que já está na hora
de eu ter um.

- Nate? -o chamei manhosa e ele virou o rosto para me encarar.


- O que?

- Nate... -fiz um biquinho e ele foi fechando a expressão já entendendo.

- Não! Eu não vou roubar aquela galinha para você!

Levantei a sobrancelha pela segunda vez.

Continua...

×××

Será que teremos uma nova adoção para a família?!


KAKAKAKAKA quem me conhece sabe que eu sou muito fã de uma
série de comédia e lá dois personagens tem uma galinha e um pato
estimação, realizaram meu sonho! KAKAKAKAKA

Jones transou no banheiro...


Amo? KAKAKA aí gente, que safadeza é essa? Sou evangélica eu
(meme).

Curta!
Não pera
Vote!
Sorry, às vezes penso que tô no YouTube.

Ah, outra coisa!


Estou curada do covid 😁 EHHHH já me sinto bem de novo, graças a
Deus, agradeço as mensagens ❤.
75° capítulo

Nate

Eu sempre fui rodeado de pessoas que fazem o que eu mando, gosto de


controle, gosto de fazer as coisas do meu jeito porque a maioria das vezes
elas saem melhores assim.

Mas nada na porra do planeta me preparou para lidar com ela, nada, nada
disso existe em mim quando se trata de Susie Jones, ela tem...tudo. Tudo!
Que merda foi essa? Dei a ela um acordo sexual idiota que na verdade nem
faz mais diferença na nossa vida de fato, não existe só sexo entre nós dois,
existe conversa, carinho e uma estranha dose de "eu gosto muito de você"
que parece ser tudo o que queríamos ouvir a tempos.

Dylan me disse uma vez, quando ele estava se apaixonando por Lisa. Ele
disse: "Vai chegar a sua vez seu filho de uma puta, e eu vou rir da sua cara
porque você vai estar tão imerso nessa nuvem da paixão que nem vai se dar
conta, e você sabe o que eu vou fazer? Vou chutar a sua bunda!".

E...pela primeira vez desde essa nossa conversa, eu estou com medo dele
realmente bater na minha bunda.

- É fácil, você só anda até lá devagarinho, e agarra a galinha -olho para


Susie depois que ela fala isso e continuo com a minha expressão incrédula.

Ela realmente quer que eu roube a porra da galinha.

- Para que você quer isso? Você está se escutando? -me viro de frente para a
mesma que deixa os braços caírem sobre o corpo.

- Por que? Ela está me seguindo, Nathaniel -Jones aponta para o animal que
só pensa em milho.

- Mi bela, eu estou muito preocupado com você -coloquei minhas mãos no


seu rosto fingindo preocupação e ela sorriu beijando minha palma direita.
- Me dê a galinha, por favor -ela fez uma coisa estranha com os olhos, franzo
o cenho.
- Eu sempre quis ter um bichinho de estimação, mas eu nunca consegui ter um
de verdade... -o negócio dos olhos ficou mais estranho e minha expressão
séria foi sumindo - Isso me deixaria muito feliz, Nate. Eu gostaria de ter uma
galinha.

Não demoro muito a perceber que ela estava me pedindo com os olhos
usando uma tática chamada "sinta pena de mim e vá pegar a galinha", os
olhinhos estavam quase se enchendo de água tentando me convencer até eu
concordar com a cabeça como o fraco que me tornei.

- Tudo bem, vou pegar para você -deslizei meus polegares pelas suas
bochechas quando ela sorriu abertamente.

2 minutos depois eu estava perto da lagoa de patos olhando para a galinha


pensando em como diabos eu faria isso, puta merda, onde fui me meter?

Olhei para trás vendo Susie com os polegares para cima me incentivando,
balancei a cabeça e olhei para o meu alvo que exalava calma.

Maldita.

Andei um pouquinho de uma forma sorrateira e me perguntei se eu seria um


bom agente da CIA algum dia, provavelmente não. Cheguei mais perto e os
animais não pareciam se importar com a minha presença, já acostumados
com os humanos os rodeando para admirar.

Encarei a galinha que agora vendo melhor, vejo que sua crista era vermelha
com o bico pequeno, ela era toda branca mas com alguns detalhes pretos
como se fossem a merda do charme, franzo o cenho, que porra é essa? Uma
zebra disfarçada?

Dei mais alguns passos chegando perto do lago quase na beirada e ela olhou
para mim obviamente, parei de mexer e franzi os lábios. Não acredito que
vou fazer isso.
- E aí? -pergunto levantando os braços calmamente, ela mexe a crista e
depois anda na minha direção, NA MINHA DIREÇÃO.

PUTA MERDA.

- Ou, ou -apontei para ela- Calma aí.

Eu pensei que ela fosse me atacar ou algo do tipo mas não tive muito tempo
para saber porque escutei um grito e olhei para trás vendo Susie já perto o
suficiente para se jogar nos meus braços porque tinha um pato correndo atrás
dela.

Com o impacto do seu corpo no meu eu não consegui me segurar e nós dois
caímos na porra do lago praticamente em câmera lenta, a água molhando meu
corpo e Jones caindo em cima de mim quase me afogando não foi o melhor
momento da minha manhã.

Obviamente chamamos atenção de todo o parque porque ninguém em sã


consciência tomava banho na porra do lago, subi para a superfície tossindo
um pouco e olhei em volta procurando por ela mas olho para baixo vendo
que ela estava literalmente igual um bicho preguiça agarrado no meu tronco.

Pisquei algumas vezes.

- Nate, tinha um patinho correndo atrás de mim -ela sussurra e eu levanto as


duas sobrancelhas.

- Não brinca? -debochei passando a mão no rosto para tirar o excesso da


água.

Olhei para a galinha que ainda estava no mesmo lugar mesmo com todo o
quase afogamento, ela olhava para nós dois com os olhos vermelhos e eu
levantei uma sobrancelha a encarando de volta, essa coisa é de outro
planeta, não é possível.

- Susie, acho que essa galinha vai te matar quando você estiver dormindo...

- Olha como ela é linda! -sua voz saiu admirada enquanto ela me ignorava
com sucesso, reviro os olhos.
E para piorar toda a nossa situação eu vejo os patinhos malignos meio que
fazendo uma rodinha a nossa volta e eu juro que esperei a galinha vir nos
salvar, mas logo percebemos que eles só estavam nadando à nossa volta.

Susie fica de pé no lago onde a água batia na nossa cintura e sorri para a
coisa mais estranha que já me aconteceu.

- Eles gostam da gente -ela riu.

- Talvez seja uma armadilha da come milho ali -apontei para a galinha e logo
depois para a Susie quando ela joga água no meu rosto.

- Pare de ser rabugento.

- Rabugento? Você me fez quase roubar uma galinha e me derrubou em um


lago de patos, isso é...tudo culpa sua, sua, sua... -minha expressão estava
irritada - Sua...Jones! Porra, não sei ficar irritado com você.

Ela riu de mim mas logo depois parou quando eu joguei água no seu rosto,
Susie me olhou irritado e eu comecei a rir satisfeito.

Não demora muito para começarmos uma guerra de água com os patinhos em
volta fazendo o barulhinho que eles fazem, era engraçado até mas eu não
aguentei quando ela jogou tanta água em mim que entrou no meu nariz me
fazendo tossir rapidamente, Susie estava programada para me matar hoje.

Ela começou a rir da minha desgraça e segundos depois eu agarrei sua


cintura a trazendo para o meu peito enquanto ela ria à beça, acabei rindo em
seguida depois de revirar os olhos.

- Pare, você me odeia?

- Isso é... -ela foi parando de rir e me encarou suspirando com um olhar
estranho
- Impossível, Nate.

Sorri de lado e me abaixo um pouco beijando-a nos lábios, Susie relaxa nos
meus braços e nós rimos ainda de lábios colados. Mas ela logo se afasta
jogando o corpo para abrindo os braços enquanto eu mantinha minhas mãos
na sua cintura a segurando.

O sol batia em nós dois iluminando a lagoa que tinha várias rosas em volta,
o céu azul combinando com o cenário e os patos nadando à nossa volta, era
extremamente romântico, mesmo com a água que não deve estar limpa agora,
mas era muito romântico.

Quando olhei para Susie de novo meu coração parou por alguns segundos,
ela sorriu de olhos fechados ainda de braços abertos aproveitando a brisa
que soprou de repente fazendo seu cabelo balançar.

Meu sorriso foi sumindo quando um choque de realidade me atingiu com


força, o coração voltou a bater tão rápido que eu pensei que ele sairia do
meu peito e tudo na minha mente foi se clareando.

Meu Deus.

Soltei um suspiro e franzi os lábios.

Estou completamente apaixonado por Susie Jones.

Não estou? Oh sim, quer dizer, merda, eu quero estar com ela o tempo todo,
quero ouvir ela falando sobre o trabalho, quero ouvir ela reclamando sobre
filmes de terror, quero brigar com ela para assistirmos filmes da Disney, eu
quero...ela. Quero apresentá-la como algo a mais, quero responder "sim"
quando me perguntarem se eu estou apaixonado por ela.

Puta que caralho!

- Nate? Ei, você está bem? -ela estala os dedos na minha frente e eu
rapidamente agarro suas bochechas, ela me olha surpresa com a ação e eu
sei que ela está sentindo meu coração batendo forte contra o seu peito.

Não consigo controlar minha boca.

- Susie -fechei os olhos e depois os abri - Eu estou...ai filha da puta!


Olhei para o lado vendo um patinho com a boca no meu braço e o balanço
soltando Susie gritando para ela tirar ele de mim, ela mais medrosa que eu
saí correndo do lago e eu abro a boca chocado, mas logo depois ela
resmunga e volta para onde eu escutou afastando o pato do meu braço.

- Droga, não gosto de ser altruísta -ela reclama e eu agarro sua mão a
puxando para fora do lago, andamos para trás um pouco e rio baixo olhando
para trás vendo a galinha nos seguindo.

- Ela está nos seguindo!

Susie olha para trás e para de correr comigo.

- Ela nos quer, Nate.

- Droga, até eu estou convencido disso agora -falo indo até a galinha e me
abaixando na sua frente, ela não se mexe mas tenta fugir quando eu estico os
braços a agarrando, ela se mexe nas minhas mãos mas depois para quando
ando até Susie.

- Oi, galinha -Susie estica a mão e seu indicador passa na cabeça dela que
depois de alguns segundos vai fechando os olhos, franzo o cenho.

Não preciso dizer em quantas línguas isso é estranho, não é? Sei que não.

- Vamos embora, não quero ser preso de novo -falo e Susie ri antes de eu
arrastá-la de volta para o meu apartamento.

(...)

Vejo seu punho pequeno batendo na minha porta já que eu esqueci a chave e
não demora muito para ela se abrir para nós, estávamos molhando o chão um
pouco com a galinha no meu colo fazendo um barulhinho estranho a cada 5
minutos, não queria falar nada para a Susie mas acho que ela vai explodir.

Vejo o rosto do loiro e franzo o cenho vendo que tinha algumas ligas no seu
cabelo enquanto ele soprava as unhas que provavelmente acabaram de ser
feitas.
Adam semicerrou os olhos vendo nosso estado e depois levanta as duas
sobrancelhas vendo o animal no meu colo.

Ele limpa a garganta e passa a mão no peito preparando o comentário


sarcástico.

- Foram tomar café em uma fazenda? -ele aponta para a galinha- Esse aí é o
brinde de boas vindas?

Adam riu e Susie balançou a cabeça passando a mão no cabelo molhado.

- É o meu bichinho de estimação -Susie fala.

Adam aperta os lábios.

- O que houve com gatos e cachorros? Foram extint...AAAAAAAA!

Ele começa a gritar quando a galinha sai do meu colo sem querer e sai
correndo pelo meu apartamento, mais especificamente atrás da fadinha.

- Socorro! PETER!!! -Adam grita correndo até o cara tatuado que se levanta
do sofá apenas para dar um resmungo quando a Tinker pula no colo dele e
ele o segura rapidamente.

- Droga -Susie sussurra e começa ir atrás da galinha.

Dylan se levanta do sofá para ver o que está acontecendo e arregala os olhos
vendo a galinha correndo de um lado para o outro.

- Mas que...PORRA É ESSA? -Dylan pergunta subindo no meu sofá


agarrando uma esmalte para se defender...

- Nathaniel! O que...hum...você está ciente que tem um animal que coloca


ovo bicando o seu chão, não é? -Peter me pergunta rindo e eu mostro meu
dedo do meio.

- Por que vocês estão molhados? -Dylan pergunta agarrando uma almofada
com a mão direita mas mantendo o esmalte na outra.
- Uma longa história, contamos depois -Susie diz rindo e consegue cercar a
galinha que para de correr, Susie a agarra e dá um sorriso aliviado.

- Acho que ela está com fome -Susie me encara - Vou pesquisar o que
galinhas comem além de milho.

- Ótima ideia -falei apontando para a cozinha - Hum...lá deve ter tudo o que
você precisa.

Susie sorriu concordando e olhou para os meninos vendo Dylan no meu sofá
morrendo de medo e Adam no colo de Peter com o rosto no peito dele, é,
somos corajosos para algumas coisas, mas não para uma galinha
desgovernada correndo em um apartamento.

Jones riu de nós e foi embora para a cozinha, Peter literalmente jogou Adam
no sofá e Dylan voltou a se sentar respirando fundo.

Me aproximei deles, que soltam um riso nervoso.

- Agiram muito bem, vou nos inscrever no exército -brinco, Dylan e Adam
reviram os olhos.

- Por que não ficou com medo? -Adam pergunta para Peter.

- Eu não ia ter medo de uma galinha, Bell -Peter revira os olhos.

- Então porque suas mãos estão tremendo? -Dylan pergunta para ele com uma
sobrancelha erguida.

Peter aperta os lábios e limpa a garganta.

- Eu acho que estou envelhecendo -ele mente e coloca a mão nos olhos
fingindo chorar, reviro os olhos.

- Por que você está brilhando? -Dylan me pergunta e eu franzo o cenho.

- O que? -Pergunto.

Dylan semicerrou os olhos.


- Você está estranho -ele diz e eu cruzo os braços.

- Estou normal, idiota -falei.

- O que houve? -Peter pergunta e eu abro os braços confusos.

- Não houve nada, por que acham isso? -perguntei.

- Você não para de sorrir, cara. Fez algum procedimento estético? -Adam
pergunta e eu pisco algumas vezes percebendo que realmente estava
sorrindo.

Suspirei passando a mão no cabelo e me aproximei dos três, fizemos uma


rodinha no meio da sala e eu olhei para entrada da cozinha me certificando
de que Susie não estava vindo.

- Eu acho...que...hum... -os encarei vendo-os com uma expressão normal que


logo muda quando eu falo - Estou apaixonado pela Susie.

Peter levanta as duas sobrancelhas e Dylan e Adam abrem um sorrisão,


coloquei as mãos na cintura esperando uma reação mais legal, tipo: "Não
acredito! Porra, que incrível" ou "Boa, cara. Acho que ela também está
apaixonada por você", essas coisas assim, mas eles só ficaram me
encarando.

- Preciso dos meus milhões na minha conta amanhã -Adam fala voltando a
soprar as unhas.

- Vão se foder, parem de apostar! -digo e eles começam a rir pensando que
era uma piada.

- Não vou dar dinheiro em nada, ele precisa dizer primeiro, você já disse? -
Peter me pergunta.

Neguei.

- Por que não, babaca? -Adam pergunta irritado.


- Não é fácil, ok?! Eu estava quase dizendo por uma adrenalina que me
tomou por completo, mas aí um pato quase me mata -falo e eles franzem o
cenho, balancei a cabeça - Esqueçam, mas eu não falei.

- Frouxo -Peter sussurra e eu dou um soco no seu braço o fazendo rir.

- Babaca, só porque você se declarou para Emily assim que soube não
significa que temos de fazer o mesmo -Dylan diz e Adam e eu concordamos.

- Três frouxos -Peter fingir tossir ao falar isso e quase leva uma almofada na
cara.

- O que você vai fazer agora? Acho que deveria alugar um outdoor na Time
Square e contar -Adam fala e eu franzo o cenho.

- Não vou fazer isso, Bell.

- Você é sem graça -ele me mostra o dedo do meio.

- Conte a ela, se ela sentir o mesmo, ótimo. Caso não, você segue em frente
sofrendo como um condenado e se perguntando como vai gostar de outra
pessoa se é só ela que te importa -Dylan diz brincando com o esmalte e eu
aperto os lábios.

- Falando sério, Nate. O que vai fazer? -Peter me pergunta e eu suspiro


olhando para os três.

- Vou acabar com o acordo, quer dizer, fazê-la acabar já que só ela pode,
contar o que eu sinto e...chamá-lo para um encontro -digo.

Os três sorriram para mim levantando os polegares.

- Se a sua galinha não me matar antes de eu sair daqui, talvez eu fique mais
feliz, mas agora estou em guerra -Adam fala pegando uma almofada pondo
no colo olhando em volta.

Sorri de lado e encarei a entrada da cozinha quando ela apareceu novamente


rindo para a galinha, meu coração saltou e eu briguei com ele mentalmente.
Porra, isso não para de acontecer pelo visto.

×××

Gangue batendo em uns machos escroto: ❤ 😍 .


Gangue tentando correr de uma galinha:
😰😖😱 .
Equilíbrio, porra!

Gente, eu ia postar mais um hoje mas o wattpad tá de graça com a minha


cara, eu posto ele amanhã ❤ Será que o acordo vai acabar? E desse jeito
ou vai ter algo para atrapalhar? KAKAKAKAK claro que vai.

Até amanhã, babys ❤.


76° capítulo

Susie

Me assustei de imediato quando Emily cuspiu o café que estava tomando


quase me fazendo cair da cadeira ao seu lado pelo ato, por um momento eu
morri e voltei a encarando mortificada sabendo que as pessoas na cafeteria
estão fazendo o mesmo.

- Mas que merda é essa?! -ela pergunta rindo enquanto tinha os olhos
castanhos vidrados no seu celular.

Olhei para Rubi que tinha os olhos fechados com o rosto irritado porque
Emily tinha praticamente cuspido nela, Lisa estava do seu lado rindo tanto
que quase cai da cadeira como eu quase cai.

- Porra, Emily! -Rubi resmunga pegando os guardanapos da mesa se


enxugando.

- Você fez isso? Merda, Susie. Eu te amo -Emily me encara e eu franzo o


cenho pegando o celular da sua mão para ver do que ela estava falando.

Minha expressão confusa foi logo sendo substituída por um rosto zombeteiro
vendo a imagem na minha frente, bom, Nate estava cumprindo o castigo dele
hoje.
Mas eu não queria ser tão malvada, então! Ontem à noite eu preparei tudo
muito bonitinho para ele se divertir passeando pelas ruas de Nova York hoje.

- O que é isso? -Lisa me pergunta e eu entrego o celular para ela, a mesma


encara a tela e depois abre a boca chocada.

- Mas o que... -Rubi começa a rir do lado de Lisa enquanto passava o


guardanapo dentro do seu decote.

- Isso é uma galinha? O que diabos é isso? -Lisa dá zoom na foto e eu ri


baixo com a mão na boca.
- Porra, ele está piscando -Rubi me encara e eu pego minha xícara de café
pondo na frente do rosto - Susie Jones, que malvada!

Dei de ombros e Emy riu do meu lado batendo palminhas.


Eu tinha colocado Nate para usar a gravata que ele tanto odeia, mas com um
adicional, eu mesma decorei uma plaquinha toda branca colocando luzes
coloridas em volta com várias fotos das minhas princesas preferidas e bem
no meio escrito "Meu nome é Lola".

Ele fez um escândalo quando nos vimos essa manhã!

Mas depois dele andar de um lado para o outro encarando-me como se


quisesse me jogar na lua ele cedeu quando viu que eu já estava ficando
irritada com a sua falta de comprometimento com as desculpas. Mas, ainda
faltava uma coisa para ficar realmente perfeito.

Coloquei uma coleira no meu novo pet e fiquei chocada quando descobri que
essas coleiras realmente existem. Dei a ele e eu juro que nunca mais vou
esquecer a expressão que ele fez para mim quando percebeu o que eu ia
fazer.
"O que diabos eu fiz com você minha doce Susie?" Foi isso que ele me disse
quando eu mexi na coleira da galinha que acendeu piscando como ele
piscava, bati várias palminhas vendo que eles estavam combinando.

- A galinha está piscando também! A galinha está piscando também! -Lisa


aponta para o celular e quase se engasga com a risada que deu.

Peguei o celular da sua mão e olhei para a foto mais minuciosamente, vi


Nate atravessando a rua com a galinha enquanto a plaquinha brilhava no seu
pescoço e as luzes piscando na coleira rosa dela, ambos podendo ser
facilmente confundidos por algum outdoor na Time Square ou aquelas bolas
de espelho que tinham nas discotecas.

Parei para ler a notícia.

"Nova York sempre acha que já viu de tudo, mas vem o famoso empresário
Nathaniel Venturelli nos mostrar que não. O bilionário foi visto essa manhã
passeando com uma galinha enquanto ostentava uma placa brilhante no peito
escrito "Meu nome é Lola". Não sabemos quem é Lola, mas talvez seja a
pessoa que tenha o feito fazer isso, e vamos combinar, foi a melhor coisa do
nosso dia até agora".

Ri alto jogando a cabeça para trás, nossa, Emily tem razão, isso era mesmo
muito divertido.

- Quem é Lola? -Rubi pergunta rindo.

- É o nome do meio do Nate -falo e as três que estavam rindo param na hora
me encarando.

- Você está brincando? -Lisa pergunta e eu nego.

- Os meninos até assinaram um contrato onde não podem falar sobre isso -
falei pegando um biscoito do prato dando uma mordida nele em seguida.

- Cacete, eu vou mudar o contato agora -Rubi diz com um sorriso zombeteiro
e eu ri baixinho quando as outras duas foram fazer o mesmo.

Viemos comer nessa cafeteria agora pela tarde para conversarmos como
sempre fazemos, já estamos aqui a horas colocando o papo em dia que quase
não percebi que estava escurecendo.

Conversamos sobre a nossa suposta ida à Disney que pode acontecer nos
próximos meses, logo depois do aniversário dos trigêmeos. Eu já estava
ansiosa para as duas coisas.

Voltei a conversar com as meninas depois para rimos mais um pouco da foto
de Nate e eu contei sobre a galinha a qual eu preciso dar um nome urgente.
Vários minutos depois nós decidimos que estava na hora de irmos embora, e
eu ainda tinha um compromisso antes de ir para casa.

Nate me ligou na hora do almoço pedindo para nos encontrar em um


restaurante não muito longe daqui, sua voz estava tranquila no telefone e eu
rapidamente aceitei o convite depois de me certificar que ele tinha
alimentando minha filha com milho.
- Eu acho que Adam está com raiva de mim -Rubi fala enquanto eu vestia
meu casaco preto para me proteger do frio.

- O que houve? -Lisa pergunta vestindo as luvas.

- Ontem ele passou o dia sem me chamar de princesa, devo me preocupar? -


Rubi perguntou e nós fizemos uma cara de pesar.

- O que acha que é? -Perguntei.

- Drama -ela responde - Um dia antes disso nós estávamos na sala e ele
disse "eu te amo", só que eu estava tão entretida no computador trabalhando
que só resmunguei um "Depois a gente transa" -ela diz e eu aperto os lábios.

- Minha nossa -Emy reprime o riso e Lisa colocou a mão na boca só tentando
esconder o sorriso.

- Quando acordei na manhã seguinte fiz o trajeto para a cozinha vendo


aquelas post-It pendurados em cada passo que eu dava.

- O que tinham neles? -perguntei sorrindo.

- Frases filosóficas, ou "Pensei que ela me amava, mas eu só sou um objeto


sexual" -Rubi diz e nós três rimos alto empurrando a porta para sair da
cafeteria.

- Parem de rir, ele ficou magoado, vou ter que rebolar para fazê-lo ficar bem
de novo. É difícil ser o homem da relação, porra -ela brinca enquanto
dávamos risadas da situação.

Coloquei minhas mãos dentro do casaco as acompanhando pelas ruas mas


não consegui dar um passo a mais quando senti uma mão no meu ombro me
fazendo parar, eu estava sorrindo quando me virei e meu sorriso foi sumindo
lentamente quando encarei a pessoa na minha frente.

- Susie...

Me virei para ele enquanto as meninas ainda andavam sem perceber que não
estou acompanhando.
- Kevin, oi -dei um sorriso sem graça, não o vejo desde daquilo na empresa
do Balis.

- Oi... -ele esfregou as mãos e abriu um sorriso simpático - Tudo bem? Não
nos falamos a décadas.

- Estou bem, e você? -pergunto olhando para o mesmo que usava um


sobretudo cinza com o terno preto por baixo.

- Estou bem, hum... escute, sobre o que aconteceu naquele dia -ela dá um
passo para frente - Eu não queria fazer você ficar mal nos olhos da sua
superior, ok? Eu só estava irritado, não era a minha intenção.

Não consigo ver absolutamente nada nos seus olhos, minha intuição pareceu
sumir quando eu mais precisei dela, não consigo saber se ele está falando a
verdade ou não.

- Tudo bem, fiquei surpresa na verdade, mas...

- Eu sei, mas Nathaniel me tira do sério, assim como os outros três.

Franzo o cenho.

- Por que, Kevin? -eu sabia mais ou menos, mas queria vê-lo tentando me
explicar.

Ele dá um sorrisinho.

- Se ele não te disse, não preciso dizer nada, Susie. Mas eu quero muito me
retratar pelo o que fiz -ele deu outro passo pegando na minha mão que estava
coberta pela luva, olhei para nossas mãos e depois para ele.

- Você não precisa fazer isso, Kevin.

- Eu quero, realmente quero. Você é uma mulher inteligente, linda, engraçada


e é tão fácil ficar perto de você que é assustador -ele sorriu tentando
capturar meu olhar quando eu olhei para baixo dando outro sorrisinho sem
graças aos elogios. - Como eu posso ficar mal visto nos olhos de uma mulher
como você?
Abri os lábios para falar alguma coisa mas absolutamente nada saiu.

- Venha jantar comigo, Susie -pede.

- Kevin...

- Eu sei, você gosta dela e blá blá blá, não sei como porque ele é um idiota,
mas...

Suspirei e ele apertou minha mão mais forte quando percebeu que eu ia
tentar soltar a sua.

- Eu realmente quero jantar com você e conversar, podemos fazer isso? -


encarei seu peito e depois seus olhos - Venha comigo.

- Bom, eu não posso, tenho um compromisso agora -falei a verdade - Sinto


muito.

Ele franziu o cenho e soltou minha mão pondo as suas dentro do bolso do eu
sobretudo.

- Ele te pediu para não falar comigo? -pergunta me encarando e eu levanto


uma sobrancelha.

- Como é?

- Ele fez isso, não fez? -Kevin riu de uma maneira sarcástica - Não acredito
que você é tão influenciável a ponto de fazer o que ele manda.

- Acho que você deve parar de falar agora -digo cruzando os braços sobre o
peito.

- Só pedi para jantar e você logo descarta a ideia como se estivesse


cumprindo ordens, não deixe ele mandar em você Susie.

Eu realmente me estressei, dei passos para frente ficando perto o suficiente


para ele ver a expressão irritada no meu rosto.
- Ele não me mandou fazer nada, mas me disse como você é e me deixou
tirar as minhas conclusões, se eu acredito nele? Estou começando a
acreditar, você muda completamente em poucos minutos, Kevin. Seu
comportamento comigo é no mínimo estranho, me enche de elogios e
segundos depois me chama de influenciável -balancei a cabeça meio
desacreditada.

Ele apenas suspira.

- Ele está te influenciando contra mim, vamos jantar e eu conto o que você
realmente tem que saber. Vai deixar se influenciar? -ele levanta uma
sobrancelha.

- Ninguém está fazendo nada. Não sou influenciável e principalmente -toco


no seu peito- Não vou ser manipulada por você para que me leve para jantar,
Kevin. Não é assim que funciona.

Ele me encarou meio surpreso quando dei passos para trás, relaxei os
ombros e ele continuou me encarando com uma sobrancelha erguida.

- Não estou manipulando você para te fazer vir comigo -falou.

- Sim, você está. Mas se você não enxerga isso, não posso fazer muita coisa.

- Susie! -escuto Lisa gritando e logo as três pararam atrás de mim olhando
para Kevin em seguida que tinha um pequeno traço de irritação nos olhos,
isso eu conseguia ver.

- O que diabos esse cara quer? -Lisa pergunta e Kevin olha para ela, ele
pisca algumas vezes e sussurra o nome dela baixinho.

- Quem é esse aí? -Emily pergunta.

- Espera, é o primo do mal -Rubi aponta e Kevin levanta uma sobrancelha


tirando as mãos do sobretudo para cruzar os braços.

- O que ele quer com você? -Lisa me pergunta parecendo preocupada.


- Nada, vamos? -pergunto e elas acenam, ainda olhamos para Kevin antes de
nos virar para ir embora.

Andamos juntas pela calçada com as três me enchendo de perguntas,


respondi todas que eu consegui.

- Aquele cara odeia todos os Venturelli, mesmo sendo um -Lisa me explica -


Ele usa qualquer coisa e as manipula contra eles, ele tentou fazer o mesmo
comigo quando Dylan e eu fomos para Chicago.

A olhei chocada
Caramba!

- Não acredito, oh Meu Deus -coloquei a mão na boca.

- Adam me disse que ele sempre foi muito invejoso, desde pequeno, parece
que nunca conseguia se enturmar com a própria família. A coisa foi ficando
ruim quando ele começou a sabotar a empresa de Chicago, o demitiram e ele
veio para Nova York -Rubi diz nos encarando.

- Susie, não sei como ele agiu com você, mas comigo foi um idiota, ele me
falou coisas obscenas e praticamente me ofereceu sexo mesmo sabendo que
eu estava noiva do primo dele -Lisa passa a mão no cabelo - Ele não é
confiável, entende?

Balancei a cabeça concordando digerindo o que ela acabou de me falar.

- Você está bem? -Rubi me pergunta e eu dou um sorriso pequeno.

- Sim, só surpresa -dei de ombros - Mas tudo bem, não acho que vamos
conversar de novo de qualquer maneira.

- Certo, vamos embora. Vou deixar você no restaurante, ok? -Emily me


pergunta e eu aceno sorrindo.

- Ótimo! Agora vamos conversar sobre um assunto muito sério -Rubi diz
respirando fundo ao fechar os olhos.

Franzo o cenho.
- Qual assunto? -perguntei confusa.

- A SUA SAFADEZA, SUA SAFADA! -elas gritam me fazendo dar uma


gargalhada no meio da rua.

×××

Susie safadinha, amo!


Eles crescem e um dia florescem...
Aleluia.

Kevin...hum!
Ora, ora, ora.
Problemas futuros?! Quem sabe 😏.

Vote e comente!
Próximo capítulo no sábado, ou até antes Hehehe.

Até, babys ❤.
77° capítulo

Susie

Olho para aquilo meio confusa, minhas sobrancelha juntas e meu franzir de
lábios denunciavam isso para qualquer pessoa que passasse por mim
naquela mesa de restaurante.

- Isso deve ter uma ordem... -sussurrei olhando para as colheres das mais
variadas formas, olhei em volta procurando por algo que denunciasse isso
mas nada estava na minha vista.

Peguei uma colher de cima da mesa e eu juro que vi meu reflexo nela, esse
restaurante era muito diferente dos que eu costumava ir para comer, um
ambiente grande com um pianista no canto trazendo música para o local, tudo
muito iluminado e elegante, era lindo.

Mas, eu ainda estava em um dilema forte com as colheres mas que logo
desisto. Devolvo a colher para a mesa e dou um sobressalto fazendo uma
careta nervosa quando sem querer bato minha mão na taça a fazendo cair em
cima da mesa soltando um barulhinho audível para as pessoas pertos de
mim, ela estava rolando para o chão com a minha falha tentativa falha de
pegá-la quando uma mão pega primeiro que eu.

Solto a respiração que estava segurando e fecho os olhos pondo a mão no


peito. Cruzes! Sou muito nova para ter um ataque cardíaco.

- Uau, interessante a forma que você gosta de usar taças -abri os olhos vendo
o sorriso zombeteiro de Nate para mim.

Sorri internamente.

- Não, sem piadinhas. Se você tocar no meu peito agora, vai perceber que
meu coração está quase saindo daqui -falei vendo-o por a taça na mesa
novamente e me encarar com um sorriso de lado.
- Não se preocupe, eu o pegaria -ele diz me fazendo parar de respirar por
alguns segundos, fiquei olhando para ele que me encarou de volta com um
estranho brilho nos olhos, o que não deveria ser estranho porque eu tenho
quase certeza que esse brilho sempre está em mim quando eu olho para ele.

Nate se aproxima da cadeira que estou me dando um beijo na bochecha e eu


vejo quando ele caminha para a sua cadeira na frente da minha desabotoando
o botão do paletó cinza antes de se sentar.

- Você está bem? -pergunto vendo ele ajeitar a plaquinha no peito, ela parou
de piscar mas ainda brilha por causa das lantejoulas coloridas.

- Hoje...hum -ele passa a língua nos lábios me encarando - Eu fui parado


duas vezes quando passei na frente de uma escola com a galinha, metade das
crianças daquela instituição brincaram comigo como se eu fosse um balão
colorido ou algo do tipo.

Apertei os lábios tentando não rir enquanto ele me contava o resto.

- E tenho uma péssima notícia -ele diz e eu o encaro sua gravata que estava
desligada.

- O que houve? -perguntei.

- Tentaram sequestrar a galinha -ele diz e eu arregalo os olhos.

- O que?!

- Calma, já está tudo sobre controle -ele balança a mão - Ela se tornou muito
popular em Nova York, Susie. Acho que vamos ter que contratar seguranças.

Levantei uma sobrancelha vendo seu feição debochada com um sorriso


grande.
Ele não admitiria, mas estava adorando isso.

- O que aconteceu? -perguntei colocando meus cotovelos na mesa me


inclinando e ele fez o mesmo olhando meu rosto por inteiro.
- Estávamos no parque passeando -ele diz e eu sorrio mordendo o lábio -
Ela me disse que estava com fome.

- Oh, ela disse?

- Claro, conversamos o tempo todo se você não sabe -ele diz me fazendo rir
baixando a cabeça, quando o encarei de novo o ouvi suspirar me olhando de
uma forma meiga.

- E o que você fez?

- A alimentei, óbvio -ele deu de ombros- Depois disso ela literalmente


sentou do meu lado no banco, pensei que ela estava chocando ovos e me
desesperei porque não sei fazer partos.

Ri tão alto quando ele terminou de falar que quase me engasgo na cadeira,
passei a mão no peito e aceitei o copo de água que o garçom me trouxe
quando Nate pediu.

- Você não precisa fazer partos de galinhas, Nate -falei tossindo um pouco.

- Jones, uma galinha quase foi sequestrada hoje, eu acredito em qualquer


coisa -ele aponta para mim e eu balanço a cabeça rindo baixo.

- Continue a sua história -digo passando a língua nos lábios.

- Então, eu a deixei sentadinha no banco e eu juro que ela ficou lá, nem
precisei amarrá-la ou algo do tipo. Me levantei para falar com um amigo que
encontrei, Jayden, não sei se você lembra dele -ele aponta para mim e eu
confirmo me lembrando de Samantha e seu amor impossível por ele - Então,
nós estávamos conversando por míseros dois minutos depois que ele fez uma
piadinha sobre minha placa brilhante, e quando eu olho para trás bum! Tem
um cara tentando agarrar a sua galinha.

Coloquei as mãos na boca surpresa e Nate balança a cabeça como se


dissesse "Pois é".

- O que você fez? -perguntei.


- Eu gritei, a galinha se espantou e ela literalmente correu na minha direção -
ele se inclina mais na mesa para sussurrar e eu faço o mesmo - Susie, acho
que devíamos levá-la para a NASA.

Ri novamente olhando para os seus lábios que me hipnotizam por alguns


segundos e eu lentamente subo para os seus olhos quando ele tocou na ponta
do meu nariz.

- Falha no sistema? -pergunto e ele sorri de lado.

- Você é linda pra cacete -Nate desce o indicador pela minha bochecha me
fazendo fechar os olhos com o carinho - Como eu fiquei tanto tempo sem
você?

Abri os olhos no segundo seguinte, ele estava olhando para a minha boca
quando apertou o maxilar afastando sua mão para apoiar ambas na mesa.

- De acordo com a gangue e as meninas, somos...lentos -franzo o cenho e ele


ri dando de ombros.

- Eu não me importo com o que acham, você está aqui agora -Nate levanta os
dedos chamando o garçom e volta a me encarar.

- O que quer comer? -perguntou.

Ouvi as recomendações do garçom e nós dois escolhemos o mesmo prato,


ele anotou tudo e se foi nos deixando sozinhos novamente. Retomei a
conversa.

- Por que quis me encontrar aqui? -perguntei e ele piscou uma par de vezes.

- O que?

- Nathaniel, esse restaurante...é...o paraíso com mesas e taças que eu


facilmente posso quebrar -falo e ele passa a mão na barba rala quase
escondendo o sorriso.

- Eu gosto daqui -ele deu de ombros - E...


Jogo a cabeça para o lado esperando.

- E...?

- E eu queria te trazer a um lugar legal, e te perguntar uma coisa -ele diz se


encostando na cadeira, me mexo na minha.

- Que coisa?

- Você...quer...hum -ele afrouxa a gravata e me encara passando a língua nos


lábios secos, ele está nervoso? Por quê? - Você quer ir jantar comigo? Em
um encontro.

Sabe, às vezes, acontecerá coisas na sua vida que você vai entrar em um
pequeno coma de olhos abertos e o queixo quase no chão,
estou em um desses nesse exato momento e eu acho que estou parecendo
muito aqueles monstros de filmes de terror.

- Susie? -vejo uma mão passando na frente do meu rosto mas não me mexo -
Porra, agora está dando falha do sistema.

Ele toca no meu nariz e depois o aperta me fazendo acordar, dei um tapinha
na sua mão e ele riu me encarando. Continuei olhando para ele totalmente
longe de entendimento.

- Foi mal, acabei de sonhar acordada -falei dando um sorriso sem graça.

- Não foi um sonho, quero que saia comigo -ele diz e eu levanto as duas
sobrancelhas.

- Por que? -pergunto e ele que levanta uma sobrancelha, não que eu não
queira, mas...uau!

- Perché sono innamorato di te e voglio conquistarti nel modo giusto (Porque


eu estou apaixonado por você e quero te conquistar da maneira certa) -ele
fala em Italiano e uma interrogação aparece em cima da minha cabeça.

- O que?
- O que? -ele franze o cenho como eu, semicerro os olhos.

- O que está acontecendo? -coloco as mãos nos braços da cadeira e olho em


volta.

- Nada, Mi Bela -ele sorriu - Só me responda, você quer sair comigo?

Engoli em seco olhando para a sua placa no peito e depois para as colheres
que foram minha confusão por alguns segundos, quando o olhei de novo vi
um ansiedade o dominando e eu sabia que não tinha dúvida sobre isso. Eu
sabia que meus sentimentos por Nathaniel já estavam chegando em outro
patamar, e ele me convidar para sair é quase um sonho.

- Quero -respondo e ele dá um sorriso depois de apertar os lábios, Nate se


levanta um pouco e eu coloco minhas mãos no seu rosto quando ele me beija
alguma vezes em selinhos que fazem meu coração se encher.

Ele volta se sentar e eu cruzo as mãos tentando acalmar minha felicidade


provavelmente já aparente.

- Então -sorri de lado - Será que muitos caras trazem um mulher para jantar
apenas para convidá-la para jantar?

Nate aperta os lábios e eu acabo rindo da sua expressão.

- Você está fazendo aquilo de novo -ele diz.

- Aquilo o que?

- Bullying.

Coloquei a mão na boca ouvindo ele rir do outro lado junto comigo, eu
gostava de ficar com ele. Gostaria de ficar perto dele o tempo todo, de
conversar sobre coisas idiotas e dá nossas opiniões para os pratos de
comida do show de culinária que começamos assistir juntos.

Nathaniel Venturelli mudou minha vida em vários aspectos, e o tanto que eu


gosto disso não está escrito em lugar nenhum. Os toques, as risadas, o
carinho e a paciência me fez ficar completamente apaixonada por ele. Sei
que é inútil ir contra isso.

Meu sorriso foi sumindo aos poucos enquanto eu o olhava, mas o meu olhar
entregue continuou no meu rosto. E só sumiu quando o garçom colocou os
pratos diante de nós dois.

Começamos a comer enquanto ele contava que deixou a galinha em um


espaço de recreação de animais que fica aberto até tarde, espero que ela
esteja se divertindo.

No meio da refeição o celular se Nate apita e ele o tira do paletó encarando


a tela apenas para revirar os olhos em seguida.

- Tudo bem? -perguntei antes de levar uma colher de comida até a boca.

- Adam encheu o Instagram dele com fotos minhas do dia de hoje, e toda vez
que posta ele me manda -ele vira o celular para mim e eu ri baixo vendo as
publicações e as legendas do tipo "O que seria de um homem sem a sua
galinha?" Ou "Atenção, cuidado! Esse homem acabou de roubar uma galinha
do Pet shop, qualquer informação é útil".

Ele volta a olhar para tela enquanto eu sorria cruzando os braços contra o
peito.

- Imagino que eles devem estar adorando isso -falei.

- Dylan fez cartões com a minha foto e Peter criou um cartaz fazendo um
festa me usando de tema. Recebi a foto dele com Emily de chapéu de
aniversário e minha foto de fundo -ele diz com um sorrisinho pequeno.

- Você parece feliz por isso -semicerro os olhos.

- Claro que não -ele se ajeita na cadeira.

- Sei...

- Vamos voltar a comer -ele fala rápido pegando o garfo do seu prato.
- As meninas já riram muito disso, assim como eu -falo e ele me olha depois
que levou o garfo até a boca - Ainda mais com o seu nome aí na placa.

- Você contou para elas sobre meu nome? -ele pergunta de cenho franzido e
eu entreabro os lábios.

- Sim...hum... -ele aperta os lábios - Estávamos no café e eu


acabei...falando...

- Não acredito que você fez isso -ele fala parecendo desacreditado e eu
levanto as duas sobrancelhas quando ele joga o guardanapo na mesa e se
levanta parecendo irritado.

- Eu não...

- Vou pagar a conta -ele fala e anda por mim parecendo realmente bravo,
engoli em seco olhando para a mesa pensando que eu tinha contado algo para
as meninas que não tinha direito, mas...oh meu Deus.

- Nate...

Eu estava me levantando para ir atrás dele mas mal levantei da cadeira


quando senti braços me rodeando, olhei para o lado vendo o rosto divertido
de Nate e fechei os olhos percebendo que ele estava brincando comigo.

- Droga -sussurrei pondo as mãos no rosto e ele riu de mim beijando meu
pescoço.

- Peguei você.

- Caramba, você... -o olhei pondo minhas mãos no seu rosto o aproximando


de mim- Desculpe se contei algo seu que você não gosta de mencionar, você
sabe que eu nunca faria nada para te prejudicar intencionalmente, ou te
chatear.

Ele ficou me olhando.

- Eu...
- Sei que você tem insegurança com o seu nome do meio...

- Ou, ou, calma aí -ele colocou a testa na minha - Não gosto muito do meu
nome do meio, mas não é uma insegurança, não falo dele porque bom...você
sabe quem são meus amigos -sorri de lado- Mas...toda essa situação me fez
rir um pouco.

- É mesmo? -perguntei deslizando meus polegares pelas suas bochechas.

- Sim, passear com a galinha foi super divertido -ri baixo- Então, podemos
resolver isso em uma rápida conversa, acho que até gosto do meu nome do
meio agora.

- Sério?!

- Só um pouquinho -ele me deu um selinho rápido e eu suspirei roçando seu


nariz no meu.

- Só quero deixar claro que você é super importante para mim, Nathaniel.
Não quero fazer nada para te deixar mal ou triste porque...

Parei de falar, abri os lábios mas não consegui falar absolutamente nada para
ele. Foi quase um transe que entrei com dificuldade para sair.

- Porque...? -ele me olhou nos olhos me aproximando mais, de repente fui


ficando ofegante olhando para o seu maxilar que se apertava a cada segundo
que passava.

- Porque... eu...

- Aqui está a taça de vinho, senhor.

Demos um leve sobressalto apenas para olhar para o lado vendo o garçom
com a taça em cima da bandeja passando por nós para por na mesa, olhei
para baixo suspirando antes de fechar os olhos e soltei seu rosto quando ele
ficou de pé ao meu lado.

O encarei nos olhos quando ele ajeitou a gravata me dando um sorriso


pequeno.
- Quer ir embora e receber o seu castigo?-ele me pergunta e eu franzo o
cenho quando ele faz uma expressão sugestiva - Talvez você mereça um.

Pelo tom de voz e o sorriso malicioso eu sabia que ele estava entrando em
um tipo de jogo, eu só não sabia muito bem como funcionaria, então apenas
falei:

- Ok.

- Ok -ele me estende a mão e eu a agarro rapidamente.

Nate apenas bebeu mais um pouco do vinho pondo dinheiro o suficiente em


cima da mesa para pagar a refeição e nós saímos de lá indo para o meu
apartamento, mas primeiro, íamos pegar minha filha.

(...)

Soltei a galinha no meu apartamento e ela começou a correr de um lado para


o outro como ela adora fazer pelo visto. Logo depois ela parou andando de
uma maneira normal indo vasculhar o antigo quarto de Emily.

Ri daquilo enquanto tirava meu casaco vendo Nate fechar a porta, ele tirou o
sobretudo e andou pela minha sala depois de tirar os sapatos.

Fui até a cozinha pegando um pouco de água e dei alguns goles antes de
ouvir ele me chamando.

- Jones!

Passei a língua nos lábios e coloquei o copo em cima da bancada dando a


volta por ela indo até a sala, ele estava sentado no sofá com os pés na
mesinha de centro já sem paletó e com dois botões abertos da camisa branca
social.

Ele deu uma batidinha no sofá de uma maneira estranha e eu levantei uma
sobrancelha.

- Sente-se comigo.
Mordi o canto da boca e caminhei até ele me jogando ao seu lado, o encarei
dando um sorriso pequeno esperando qual de nós dois ia tomar a iniciativa
para o que se passava na minha cabeça no momento.

- Sabe o que vai acontecer agora? -ele sussurra aproximando o rosto do meu
e eu levanto o queixo um pouco querendo beijá-lo mas ele não deixa, o olhei
frustrada.

- O que? -perguntei quando ele colocou uma mecha do meu cabelo para trás
e depois sorriu animado.

- Vamos assistir um documentário de cinco horas sobre a guerra civil -ele


fala sorrindo e aponta o controle para televisão que liga iluminando a sala.

Abro a boca chocada.

- O que...? Mas...

Ele me encara com uma sobrancelha erguida e eu sinto minhas bochechas


esquentando por ter entendido errado o que ele estava dizendo.

- O que pensou que íamos fazer? -ele pergunta cinicamente.

- Hum...nada.

Nate riu vendo minhas bochechas vermelhas.

- Susie Jones!

- Não é nada disso.

- Você pensou que eu estava falando de sexo? Minha nossa! -ele abriu a boca
chocado - Mas que monstrinho ninfomaníaco!

- Para com isso -bati da sua perna de leve e ele riu jogando a cabeça para
trás.

- Porra, você está muito safadinha -ele toca na minha testa e eu agarro sua
mão suspirando.
- Você me odeia? Sim, só pode ser isso -falei balançando a cabeça e ele
sorriu pondo a mão no meu queixo me puxando para perto me dando um
selinho demorado sem tirar os olhos dos meus.

- Não, você é o meu trevo -ele sussurra me dando outro beijo calmo e depois
se vira para a televisão como se nada tivesse acontecido.

Eu vou infartar ao lado desse homem.

×××

"Que comece a putaria junto com a falta de alegria"


- Lis
(Essa frase não fez muito sentido, mas a gente finge que sim).

O que quero dizer é, vamos entrar em um fase diferente agora, talvez na


"falta de alegria" KKKKKKK vocês vão entender mais pra frente.

É... ninguém é perfeito em um relacionamento, todo mundo erra mas o


importante é conversa sobre isso hehehe.
Vivi pra ver Jones querendo sexo e o Nate querendo assistir televisão,
daqui a pouco ele vai estar assistindo alguns contos de fadas 😏 .

Babys, não vou postar no domingo!


Já que é dia das mães, então, vou postar outro hoje.

Até, babys ❤.
78° capítulo

Susie

2 dias depois...

Meu cabelo cai pelas minhas costas enquanto algumas mechas se grudam
pelo suor que habitava meu corpo, minhas unhas arranham sua pele
lentamente me deixando ouvir seu gemido baixo contra meu pescoço.

Sorri ofegante assim que seu rosto se mexe para colocar um seio meu na
boca, Nate olha para mim antes de morder e eu jogo a cabeça para trás
sutilmente não deixando de me movimentar em cima dele. Seu corpo quente
como o meu trazendo as mãos para me tocar gentilmente.

- Sexo com você é como uma droga -ele sussurra subindo a mão direita pela
minha barriga até chegar no meu pescoço, os dedos grandes e fortes
apertando-me para trazer meu rosto para perto do seu novamente.

Nate olhou para baixo me vendo ir para frente e para trás lentamente
enquanto estávamos sentados na minha cama, coloquei minhas mãos no seu
pulso e gemi mordendo o lábio me concentrando na sensação quase
entorpecente.

Desci meus dedos pelo seu braço que estava pouco esticado e cheguei nos
ombros aumentando um pouquinho a velocidade, ele beijou meu queixo
olhando para o meu rosto e eu o encarei depois passar a língua nos lábios.

Sua mão sai do meu pescoço descendo pela minha cintura e eu coloco meus
braços em volta do seu pescoço enquanto nos movimentamos juntos, seus
lábios encostam no meu e eu sorrio quando ele me aperta forte contra o seu
peito.

Nos encaramos em seguida.

- Isso é bom -ele sussurra um pouco ofegante.


- Então você admite? -perguntei beijando seu rosto indo para o maxilar.

- Sim, sexo também é bom quando se é feito de maneira gentil -ele fala no
meu ouvido- Mas fazendo de uma maneira bruta é ainda melhor.

O encarei vendo sua sobrancelha erguida para mim e balancei a cabeça


sorrindo, ele riu antes de me beijar puxando um pouco a respiração e meu
corpo se arrepia quando sua mão sobe pelas minhas costas até agarrar meu
cabelo.

Ele beija minha bochecha me fazendo virar o rosto para o lado e eu fecho os
olhos quando ele desce com os beijos quentes para o meu pescoço, abri um
pouquinho os olhos apenas para dar de cara com o meu novo pet nos
encarando da porta do meu quarto.

Nate me movimentou em cima dele e eu juro que tentei prestar atenção no


que estávamos fazendo, mas já era tarde demais porque eu não conseguia
desviar daquela galinha me encarando como se eu fosse uma pecadora suja.
Santo Deus!

- Nate, Nate, Nate! -toquei nos seus ombros.

- Nossa, você está tão empolgada assim? -perguntou com o rosto enterrado
entre meus seios.

- Não, não é isso. Temos companhia -falo e ele me encara vendo-me apontar
para a galinha preta e branca perto da porta.

Ele levanta as duas sobrancelhas e depois me olha apertando os lábios.

- Deixa ela, Jones. Ela não entende -ele diz e se aproxima do meu pescoço.

- Ela está olhando...acho que até julgando -sussurro ofegante quando ele
morde de leve minha pele descendo a mão direita no meio de nós dois
quando eu paro de mexer.

- Não olhe para ela, olhe para mim, ela só está com inveja, talvez o marido
tenha a deixado -ele brinca mas eu não conseguia rir porque seu indicador
estava empenhado em massagear meu clitóris.
Seus lábios colaram nos meus e eu fecho os olhos tentando ignorar mas se
torna impossível quando ela faz um barulho estranho da porta e entra no
quarto de uma maneira majestosa.

- Ela acabou de subir na minha poltrona -sussurrei contra os lábios de Nate


que geme frustrado.

- Ignore -sussurra de volta.

- Estamos transando com uma galinha assistindo, como quer que eu ignore
isso? -pergunto o olhando e o mesmo solta uma risada ainda com os lábios
nos meus.

- Certo -ele se afasta e vira a cabeça para a nova companhia no quarto -


Come milho, vá embora, estamos em um momento importante.

A galinha sai da poltrona e anda lentamente na nossa direção, franzo o cenho


vendo-a ciscar sabe Deus o que. Nate passa a mão no cabelo pegando meu
olhar e depois ele olha em volta quando ela simplesmente some!

- Porra, vamos morrer agora -ele comenta.

- Aonde ela está? -perguntei me inclinando para o lado um pouco tentando


ver, me distrai e a perdi de vista, droga.

- Tentando colocar seu plano de ataque em prática -ele responde e nós dois
nos assustamos quando ela aparece saindo de baixo da minha cama.

Nate me abraça quando ela consegue subir na cama e eu me pergunto se ela é


um sapo, como isso é possível? Não que a cama seja muito alta mas...minha
nossa! Nate e eu soltamos uns resmungos irritados quando ela nos olha
passeando pela cama.

- Tire ela daqui -ele fala.

Soltei um grito quando ela chegou literalmente do nosso lado e Nate


reclamou irritado quando ela bicou o braço dele, acabei rindo daquilo em
seguida e ele me olhou apertando o maxilar.
- Puta merda, sem condições -ele fala - Como ela não tem medo de nós
dois?! Vá, saia.

Ele a expulsa com a mão e ela sai da cama enquanto eu estou rindo me
jogando para trás, minha barriga sobe e desce pela risada e eu olho para o
teto escutando um barulhinho, percebi que Nate tinha jogado um travesseiro
para expulsar ela do quarto.

O olhei ainda deitada e ele suspirou apertando minhas coxas.

- E o momento foi arruinado -diz.

- Você acha? Eu achei super romântico -minto e ele ri baixo vindo para cima
de mim, não demorou muito para o momento voltar a nós dois para
terminarmos o que começamos.

(...)

- Entregue, Susie Marie Jones.

O carro para na frente do asilo e eu olho para Nate que destrava as portas
antes de me encarar.

- Obrigada pela carona, Sr. Venturelli -falo sorrindo ao me inclinar para o


lado alcançando seus lábios, ele passou a mão no meu cabelo me olhando no
rosto e me beijou de novo colocando a testa na minha.

- Nosso encontro está marcado para amanhã? -perguntou.

- Está, aonde vamos?

- Uh -ele faz uma careta - Por que você pensa que eu iria contar uma coisa
dessas para você?

- Você tem que contar, não! Espera, não conta não -balancei a cabeça- Eu
gosto de surpresas.

Ele sorriu e concordou.


- Durma comigo no meu apartamento hoje -pediu.

- Não, dá azar passar a noite com o cara que você vai sair antes mesmo de
sair com ele -falo fazendo um biquinho.

- Dá azar é você não dormir com ele um dia antes, Durma. -ele me deu
selinho- comigo -me deu outro- Hoje -e mais outro.

- Certo -nem precisei de muito para ser derrotada, e estava feliz por isso -
Vejo você no apartamento?

- Vou ser o cara que vai te dar sorvete quando você passar pela porta.

- Você é o meu cara preferido depois dessa -digo.

- Eu sei -ele sorriu mas depois parou - Espera, tem outros?

Ri baixo e ele sorriu antes de me dar um último beijo, nos despedimos e eu


saí do carro acenando com a mão, Nate deu partida e eu me virei para o
asilo. Eu iria visitar Eric agora pela tarde, mas ele não sabia disso, queria
fazer uma surpresa.

Ajeitei minha mochila minúscula nas costas e comecei a andar para entrar no
local, acenei para uma linda criança que estava passando por ali e ela
acenou de volta antes de agarrar a mão da sua mãe provavelmente, crianças
são tão verdadeiras e amáveis.

Virei o rosto para frente mas imediatamente fui para trás com o impacto do
meu corpo com um outro, apertei as alças na minha mochila e levantei o
olhar para encarar Simon Balis na minha frente encarando o chão onde tinha
seu celular.

- Oh, desculpe. Eu não vi você, Sr. Balis -me abaixei pegando seu celular do
chão e ele me encara quando entrego o aparelho depois de passar a mão para
tirar um pouco da terra que ficou por cima.

Ele suspira me encarando e semicerrou os olhos pondo o celular dentro do


seu paletó.
- Não há problema, Susie -ele diz e eu pisco algumas vezes.

- Como você...

- Sei o seu nome? É bem simples na verdade -ele fala olhando para as
minhas sobrancelhas juntas - Veja, Nova York inteira sabe quem é você e seu
grupinho de amigos, mas eu não sabia aparentemente o que me torna um
velho chato que fica longe de redes sociais.

Fiquei olhando para ele quando um sorriso minúsculo apareceu em seu rosto,
logo depois eu acompanho seu olhar que vai para o meu pulso,
provavelmente procurando a pulseira.

- Eu não estou usando hoje -digo e ele me encara.

- Eu percebi, é uma pena -ele diz e afrouxa a gravata um pouco, seu rosto
ficando um pouco avermelhado.

- Se me permite a pergunta, Sr. Balis. Por que teve a reação que teve quando
a viu em meu pulso naquele dia?

- Porque eu tenho uma igua... -ele parou de falar para começar a tossir de
uma forma desenfreada, franzo o cenho e me aproximo quando ele se abaixa.

- O que está acontecendo? Você está bem? -perguntei colocando minha mão
nas suas costas quando ele apoiou as suas nos joelhos.

Ele respirou fundo pondo a mão na boca em forma de punho e depois me


encarou.

- Minha gravata -ele mal consegue sussurrar mas eu entendo, o levanto um


pouco e coloco meus dedos na sua gravata desfazendo aquele nó até que eu
consiga tirar aquilo.

- Você está tendo um ataque de pânico?

- Preciso do meu remédio, agora -ele diz e eu abro os lábios olhando em


volta.
- Você veio sozinho? Com quem você está? -pergunto o apoiando nos meus
braços, mesmo ele sendo maior e pesado parece extremamente fraco diante
de mim, ele estava muito mal.

- Eu sempre estou sozinho -ele sussurrou voltando a tossir e eu apertei os


lábios querendo ajudá-lo de alguma forma, ele parece prestes a morrer ou
algo do tipo, ele ainda está vermelho enquanto tem um crise de tosse
horrível, e com muita falta de ar.

- Simon...droga, não desmaie -pedi meio desesperada, olhei em volta mas


não tinha absolutamente ninguém na frente do asilo até um taxista aparecer.

- Vamos, vamos para o hospital -digo a ele e depois gritei para o taxista o
chamando.

- Não! Eu estou bem, preciso do remédio apenas isso -ele teima comigo e eu
nego.

- Você precisa...

- Susie, eu sei do que preciso, apenas...me ajude levando-me para minha


casa -ele diz me encarando e estando ali na frente dele, uma estranha
sensação apareceu em mim, algo totalmente inexplicável mas que não
precisava de muito para eu entender que eu tinha que ajudá-lo a não morrer.

Eu só consegui assentir e dizer que o ajudaria porque eu sempre fui assim,


sempre tentei ajudar e principalmente quando essa pessoa está tão
vulnerável na minha frente.

Eu estava ouvindo meu coração naquele momento.

×××

😏😏.
Eu sei que você sabe, eu sei, mas vamos saber mais no próximo capítulo!

Babys, povo me pede muito uma maratona, e eu estou em um ponto da


história que agora vai ser preciso de uma. Mas uma mini, vou definir o
dia para postar cinco ou seis capítulos de uma vez! Vou avisar lá no meu
Instagram, o link está no meu perfil aqui no wattpad: clique em
readlissa
Segue lá e fique por dentro .

Vamos vamos que lá vem a onda do caos.

Até, babys ❤.
79° capítulo

Nate

Desviei de um vendedor de balões para continuar andando pela rua, apertei


o celular na minha mão quando ele começou a vibrar e atendi a chamada
clicando no pequeno botão do fone que estava no meu ouvido.

- Oi -falei colocando meu celular de volta no bolso esperando a pessoa


responder do outro lado da linha.

- Oi? Mas o que é isso? Sem o: "Diga senhorita DeLuca"? -ela pergunta e eu
sorrio de lado olhando para as lojas das ruas.

- O que você...

- Não, não, não, você vai falar comigo direito. Vou desligar e ligar de novo.

- Não, não faça isso...

E ela desligou na minha cara, ainda me pergunto no silêncio da noite se eu


deveria ter deixado Mirelle DeLuca no comando da minha empresa na Itália,
mas aí eu lembro da sua competência, do empenho e a força de vontade que
a mesma tem, então me próprio respondo, não poderia ter deixado nas mãos
de uma pessoa melhor do que ela. Mesmo que para isso eu precise aguentar
seu humor muito, muito estranho.

- Oh, olá, pensei que você não fosse atender já que está muito ocupado
vivendo uma aventura amorosa em Nova York -ela fala depois que atendo a
chamada novamente.

- Aventura amorosa? Por que supôs isso? -pergunto olhando para os lados
antes de atravessar a rua.

- Por que eu vi você passeando com uma galinha e piscando como aquelas
luzes Led que colocam na árvore aqui da cidade, e logo veio na minha
mente...ou ele está apaixonado ou! Ele perdeu uma aposta.
- Fala logo o que você quer -digo.

- Oh, adoro o jeito como você é caloroso comigo.

- Eu vou desligar em dois segundos -ameaço.

- É aquela mulher não é? Por favor, me diga que você não está apaixonado
por ela, por favor.

Franzo o cenho.

- Por que não?

- Porque aí eu não vou ter chance né porra! Você deu meu número pra ela?
Diz que eu posso usar terno e imitar você, sou muito boa nisso.

- Você é insuportável -digo- Com todo o respeito.

- "Sou Nathaniel Venturelli, e você está demitido, rapaz!" -ela me imita e eu


balanço a cabeça pedindo ajuda aos Deuses.

- Estou indo para uma reunião super importante agora, me diga logo o que
quer ou a próxima demissão vai ser você -falei e ela começou a rir, riu tanto
que quase se engasgou, consigo vizualizar ela lá na minha sala em Itália
quase caindo da cadeira derrubando um porta lápis.

- Você é fofo, Nate. Uma pena que prefiro mulheres -ela diz rindo, acho que
até está limpando lágrimas dos olhos- Oh, por falar nisso, estou namorando!
Sai da seca.

- Está namorando? E como você tem a cara de pau de me pedir para dar o
seu número para outra pessoa?

- Queria ver você meio irritado, mas falando sério, ela tem olhos azuis e
sabe fazer ótimas panquecas.

- Que bom pra você -digo parando pra comprar um café na esquina.

- Quando você vem para a Itália?


Franzo os lábios tirando o dólar da carteira e olho para frente vendo os
movimentos dos carros em um trânsito lento, suspirei antes de passar a costa
da mão no meu olho direito.

- Eu não sei, eu pretendia ir a alguns dias atrás mas...agora não sei, eu tenho
coisas para fazer aqui que não quero adiar -como levar Jones para sair e
fazer Balis comer poeira.

- Certo, eu me viro sem você aqui, mas...aquilo está acontecendo, eu não


estou tendo mais forças, Nate.

Junto às sobrancelhas.

- Ei, você é incrível, é uma das mentes mais brilhantes que já conheci, seu
gênero e cor não definem sua inteligência, Mirelle. Quem está perturbando
você?

Peguei o café que comprei depois de entregar o dólar ao homem que me


ofereceu um sorriso simpático, voltei a andar rapidamente.

- Os mesmos de sempre, não quero te perturbar com isso, lido com


preconceito e racismo a minha vida inteira mas não consigo ser forte o
tempo todo, entende? -ela suspira e meu sangue ferve, Mirelle é minha amiga
desde a faculdade, eu via o que ela passava apenas pela cor da sua pele ou o
seu gosto para relacionamentos, toda a sua inteligência e capacidade são
simplesmente apagadas por causa disso, e isso é no mínimo irritante.

- Você é a chefe quando não estou aí, você que manda, e eles precisam
respeitar você. Faça o que for preciso, pode demitir ou denunciar quem você
quiser, não quero que passe por isso -falei parando de andar um pouco
escutando seu choro baixo do outro lado.

- Eu odeio chorar por esse assunto -ela fala com a voz baixa.

- Não chore, levante a cabeça e faça o que for necessário -toquei no fone em
meu ouvido esquerdo- Você tem todo o meu apoio se quiser.
- Obrigada -ela sussurrou e depois respira fundo voltando a falar com mais
firmeza, às vezes ela só precisa escutar que vai ficar tudo bem.

- Sempre que precisar, você é a minha amiga, certo?

- Não, quem disse isso?

- Adeus.

- Não, não! -ela pede rindo antes de eu conseguir desligar- Você é um bom
amigo, mas será melhor ainda se me responder, está apaixonado de verdade?

- Como você sabe que está apaixonado de verdade? -perguntei casualmente.

- Você sente falta dela? Se sente viciado nela? Tem um vontade que seus
amigos gostem muito dela? Você se sente feliz com ela? E você não dorme
ou come direito a alguns dias porque parece no mundo da lua pensando em
como ela é incrível e apaixonante?

Pisquei um par de vezes.

- Cacete -sussurrei olhando para os meus pés no chão, a calça social


marcando muito pouco meus tornozelos enquanto um "Sim" explode na minha
cabeça.

- Vou considerar isso como um sim.

- É, eu realmente estou apaixo...

Não consegui terminar minha fala porque meu ombro foi para trás quase me
fazendo derrubar o café, senti a leve dor pelo impacto e olhei para o lado
vendo Kevin me dando um sorriso falso ao passar por mim.

- Foi mal, não te vi priminho -ele diz cinicamente e volta a andar na direção
contrária que eu ia. Não viu o caralho.

- Idiota -falei ajeitando meu terno encarando sua costas se distanciarem.

- Tudo bem? Escutei um barulho estranho -Mirelle perguntou.


- Só esbarrei em alguém, nada demais -falei voltando a olhar para frente me
lembrando de Susie de repente.

Na noite que a levei para jantar e a convidei para jantar ela me disse que
tinha falado com Kevin um pouco antes de ir me encontrar no restaurante,
Susie resumiu a conversa e eu revirava os olhos sabendo que aquilo era
típico de Kevin, manipular é o que ele faz de melhor.

Mas adorei o jeito que Mi Bela o afastou, ela me contou o que Lisa disse
sobre o que aconteceu com ela referente a Kevin e agora Jones sabe mais ou
menos como o cara é, o que é um alívio confesso, Kevin querendo se vingar
de nós é péssimo, não faço ideia do que ele seja capaz.

- Será que ele colocou um aparelho minúsculo em você como naqueles


filmes de ação? -Mirelle me tira dos meus pensamentos, franzo o cenho.

- Chega de filmes para você -falei retomando minha caminhada, mais uma
curva eu chego no destino que era perto da empresa.

- É sério, cheque se tem!

Suspirei olhando para a minha roupa igual um idiota procurando por algum
aparelho minúsculo que possa passar informações para Kevin ou algo do
tipo, eu estava mesmo enlouquecendo.

- Achou? -perguntou.

- Estou limpo -falei depois de quase tirar minha roupa no meio da rua.

- Ótimo, vou desligar, tenho que trabalhar porque não sou um riquinho
folgado que nem você.

- A ideia da sua demissão está vindo na minha cabeça de novo...

Ela riu antes de desligarmos, segui para a minha reunião.

Susie

Eu preciso fazer xixi!


Socorro.
Não era bem isso que você deveria pensar já que está carregando um homem
enorme para o sofá da mansão dele enquanto o mesmo tosse como se fosse
morrer a qualquer momento, meu subconsciente me diz.

Mas não era a minha culpa, minha bexiga estava quase explodindo quando
consegui colocar Simon no sofá como se fosse um grande saco de ração,
viemos até essa casa enorme nos arredores de Manhattan comigo tendo um
mini infarto a cada segundo pensando que ele passaria dessa pra melhor ao
meu lado no banco do táxi.

- Meu remédio, estão ali -ele aponta para a pequena cômoda perto da lareira
e eu corro até lá rapidamente.

Entrego a ele que mal consegue sussurrar uma palavra em agradecimento e


eu dou um sorriso pequeno acenando, vi a jarra de água perto do sofá e enchi
um copo de vidro até a metade dando a ele em seguida.

Simon tomou aquilo com uma rapidez e depois eu o ajudei a tirar o paletó
junto a gravata, ele inspira profundamente fechando os olhos e eu junto
minhas mãos na frente do corpo quase cruzando as pernas para não fazer xixi
na sua frente.

Depois de alguns segundos ele ainda está tossindo mas não no nível de antes,
vejo o suor na sua testa e os lábios levemente trêmulos, cruzo os braços
depois de perceber a vermelhidão no seu rosto sumindo aos poucos.

- Está melhor? -perguntei.

- Estou -responde ainda de olhos fechados- É só uma virose.

Levantei uma sobrancelha.

- Uma virose? Acho que não, devia ir ao médico fazer alguns exames de
rotina para saber o que você tem.

- Você é louca -ele fala abrindo os olhos e eu levanto as duas sobrancelhas


querendo colocar um cotonete no meu ouvido e limpá-lo para saber se ouvir
direito.

- Louca? Eu acabei de ajudar você a não...morrer com essa virose -franzo o


cenho fazendo aspas para a última palavra.

- É exatamente por isso, você nem me conhece mas aceitou me ajudar, eu


poderia estar atraindo você para cá apenas para te prender em um porão ou
algo assim -ele diz, dou um passo para trás com um sorriso nervoso.

- Mas você não vai fazer isso -falo e ele levanta uma sobrancelha- Ou vai?

- Tenho cara de psicopata?

Abri os lábios para responder mas depois fechei quando ele disse "Por
favor, não responda". Sorri de lado e ele passou as mãos no rosto parecendo
melhor.

- Bom, você me ajudou, mesmo eu sendo o inimigo declarado dos seus


amiguinhos -ele diz e depois suspirou me olhando agradecido- Você parece
ter um bom coração, obrigado.

- De nada -falei- Mas, hum, você devia ir ao médico para ver o que tem...

- Eu sempre digo isso, mas ele não me escuta.

Meu rosto vira para o lado quando vejo uma mulher de estatura média
parecendo ser um pouco maior que Simon referente a altura, eles eram
parecidos na verdade. Ela tinha cabelo castanho que estava preso em um
coque elegante e uma blusa vinho sem mangas com a barra para dentro da
saia preta, o barulho dos saltos param quando ela para perto de nós dois.

- O que houve? -ela pergunta olhando para ele.

- Susie, está é Mindy -ele aponta- Minha irmã que tento me livrar a anos.

Entreabri os lábios e olhei para ela que ostenta um sorriso falso.

- Gosto de ser apresentada por ele -ela brinca me encarando e nós duas
apertamos as mãos.
- Ela me ajudou, tive um problema ao sair do asilo depois de visitar Eric...

- Espera -levantei a mão e Simon me encarou- Eric? Um velhinho de humor


questionável que coleciona miniaturas de famosas em forma de bonecas e
fala para todo mundo que ele é o homem aranha?

Simon semicerrou os olhos.

- Talvez...como o conhece?

- É uma longa história, mas resumindo, participei de um programa que


ajudava alguns idosos do asilo e o encontrei, nos demos bem e desde então
somos amigos. Como você o conhece?

- Ele é pai do meu melhor amigo -Simon explica e eu franzo o cenho- Um


amigo que está pouco se fodendo para as pessoas daqui, ele está mais
interessado em viajar o mundo com a namorada que troca a cada semana.

- Você...

- O considero como um pai, ele foi um exemplo para mim durante anos,
espera, você é a mulher que o ajuda a fazer ciúmes para os outros velhinhos?
-ele levanta uma sobrancelha e eu acabo rindo ao confirmar.

- Ele nunca me falou de você -digo apertando os lábios- Bom, uma vez ele
disse que conhecia uma pessoa que era tão fã da Rihanna que bordou
camisetas com o rosto dela e todo dia usa uma diferente por baixo das
roupas -falei e Simon desvia o olhar para baixo.

- Não faço ideia do que você está falando -ele diz com um tom voz de
estranho e eu sorrio sabendo que era dele que Eric estava falando.

Uau.

- Bom, agradeço a ajuda, Susie. Posso te acompanhar até a porta? -a irmã


dele me pergunta com o mesmo sorriso forçado de antes e eu concordo.

- Espera, Mindy -Simon se ajeita no sofá e me encara- Obrigado novamente,


posso fazer algo em troca?
- Hum...-toquei no queixo pensando- Pode deixar a família Venturelli em
paz?

- Não fode -ele diz e depois limpa a garganta percebendo o tom de voz que
usou, Simon se recompõe antes de voltar a falar- Uma coisa ao meu alcance,
por favor.

É, eu tentei.
Coloquei as mãos na cintura antes de acenar em concordância.

- Posso usar seu banheiro? -perguntei, eu acho que já estava infecção


urinária, odeio prender xixi.

- O meu banheiro? -ele franze o cenho e depois balança a cabeça- Claro, no


andar de cima a direita, é a porta preta.

- Oh, ok. Obrigada -passei a língua nos lábios saindo de perto dos dois.
Mindy se ofereceu para me guiar mas percebi que Simon precisava de ajuda
para se levantar do sofá e ir para a sua poltrona no canto. Ela foi ajudá-lo e
eu subi as escadas do hall com um pouco de timidez.

Comecei a andar mais rápido.

No corredor eu vi duas portas pretas e quase me jogo no chão perguntando


"Por que Deus? Por que?", Caramba, estou muito dramática, precisamos
cortar relação com Adam urgente.

Caminho para a primeira porta que fica na esquerda e giro a maçaneta,


quando entrei no cômodo soltei um leve resmungo surpresa.

Aquilo definitivamente não era um banheiro.

×××

(Racismo consiste no preconceito e na discriminação com base em


percepções sociais baseadas em diferenças biológicas entre os povos), é
isso que aparece quando pesquisamos sobre racismo no Google, mas
todos nós devemos saber que é muito mais que isso. Racismo é crime!
Acho importante levantar pautas assim, e estou procurando sempre
abordar assuntos desse tipo nos meus livros, mostrando sim que se deve
ser conversado e entendido. Racismo não.

Vote e comente!
A mini maratona começou, babys.
Lembrando que vou postar 5 capítulos hoje hein!

Vamos que ainda tem coisa 😏.


80° capítulo

Susie

Mantenha as mãos para si,


Mantenha as mãos para si,
Mantenha as mãos para si.

Não consegui manter minhas mãos para mim quando deslizei a ponta do meu
indicador no enorme telescópio dourado que sinceramente parece ser muito
uma herança de família, o nome "Balis" bordado na extensão me levou a esse
fato.

Balancei a cabeça tentando não ficar hipnotizada com aquele mini


observatório mas era uma tarefa difícil, papéis brancos pendurados nas
paredes com desenhos de estrelas feito a mão, sinais os quais eu não
conhecia mas sabia que era algo referente a nossa galáxia. A mesa do canto
tendo um abajur descansado com pastas de várias cores me dizendo que
talvez ali dentro tenha mais informações da VIA láctea.

- Nossa... -sussurrei tirando meu dedo do telescópio sabendo que não


deveria tocar nas coisas dos outros, sorri de lado contente vendo aquilo tudo
mas eu juro que meu sorriso aumentou trezentas vezes mais quando eu vi
outra porta a quatro passos de distância para mim.

- Que seja um banheiro, que seja um banheiro, que seja um banheiro -falei de
dedinhos cruzados e quando eu passei pela porta eu quase me ajoelho
agradecendo.

Tirei as peças necessárias depois de fechar a porta do banheiro e fui fazer o


xixi que estava quase me matando, depois de mais de 10 segundos sentada
ali eu percebi que daqui a pouco ia virar uma cachoeira.

Me limpo ao terminar e levantei ajeitando minhas roupas, lavo as mãos na


pia encarando meu reflexo no espelho balançando a cabeça levemente
tirando um pouco da franja do meu olho.
Assim que termino eu saio do banheiro rindo para o vento super aliviada,
chego perto da mesa passando de maneira reta por ela mas uma coisinha me
chama atenção, uma caixinha retangular aberta perto das pastas me fizeram
franzir o cenho.

Me aproximo um pouco vendo a bendita pulseira, a minha pulseira que


Simon quase arranca do meu braço quando me viu usando.

Minha mãe tinha duas pulseiras dessa e havia me contado que tinha feito uma
para mim e a outra para si mesma, mas perdeu a sua a muito tempo ficando
apenas a minha nas nossas vidas, mas estando aqui na frente desse pequeno
objeto faz minha mente girar.

Eu queria muito estar usando a minha para poder comparar com essa, talvez
eu esteja apenas confundindo, mas isso explicaria a atitude de Balis, certo?
Explicaria o sumiço da pulseira da minha mãe, ela estava com Simon esse
tempo todo? Será que ele comprou em algum lugar? Não, oh não.

Peguei a caixinha de cima da mesa e deslizei os dedos tentando pensar mais


sobre isso, frases da minha mãe vem em mente sobre a pulseira:
"Me prometa que nunca vai perdê-la, Susie. É a coisa mais preciosa que
temos".
"Eu perdi a minha a muito tempo, mas eu felizmente tenho duas, e essa eu
quero que fique com você", ainda me lembro do seu sorriso meigo logo após
me presentear com ela.

"Seu pai tinha um observatório em casa só para si, ele sempre foi louco
pelas estrelas, seu amor por elas me enlouquecia". A voz dela ecoando na
minha cabeça quando eu olhei em volta vendo tudo aquilo.

"Quem é o seu pai? Uma pessoa que está longe de nós, mas continua sendo o
amor da minha vida, somos como a lua e sol, nunca estaremos juntos, mas
nosso amor brilhará como estrelas até o fim, e ninguém poderá apagar isso".
Ela sempre me respondia com coisas bonitas ou me contava hábitos dele
quando eu perguntava, sempre se resguardando no assunto, até que eu mesma
não fazia mais questão de perguntar, sua doença veio e o assunto nunca mais
veio à tona.
"Ela me ensinou a tocar piano, e eu me sinto no direito de ensinar a você
também". Uma lágrima solitária desceu pelo rosto apenas por lembrar dela,
a saudade presa entre as células do meu corpo e as paranóias corroendo meu
cérebro.

- Que estranho, sua cara está parecendo muito com a minha depois que
conheci você...

Me assustei de imediato pela voz que veio da porta do lugar que parece está
rodando na minha cabeça agora, pelo susto acabei derrubando a caixinha
com a pulseira e desviei o olhar de Simon para juntá-la do chão.

Deixei em cima da mesa em seguida e deslizei minhas mãos pelas minhas


coxas tentando enxugar o suor do meu nervosismo, parece que meu cérebro
vai explodir.

- Como você...conseguiu isso? -apontei para a pulseira e ele deu passos


lentos para dentro vindo na minha direção, encarei seus braços quando ele
os cruzou sobre o peito.

- Eu recebi a mais de 20 anos atrás pelo correio, logo depois da minha


namorada me deixar para fugir com outra pessoa -ele diz puxando meu olhar
para o seu.

- Sinto muito -sussurrei, encarando os detalhes do seu rosto, eu acho que


estava enlouquecendo.

- Rodei a porra do mundo todo atrás dela, mas nunca consegui encontrá-la -
ele dá mais um passo olhando para o meu rosto como eu olhava para o dele -
Você pode ter todas as armas, detetives, polícia e dinheiro a sua disposição,
mas você não pode lutar contra o destino quando ele decide ir contra você.

- Por que ela te enviou a pulseira? -pergunto, quase engolindo as palavras


com a falta de dicção aparecendo.

- Eu não sei, mas foi um bom presente de despedida -Simon semicerrou os


olhos - Ela estava grávida, acredita?
Pisquei várias vezes.

- Não sei se era meu, já que ela fugiu com outro cara, essa dúvida me
corroeu por anos até eu descobri que minha mãe que provavelmente está no
inferno tomando vodka com o capeta a afastou de mim de propósito -ele riu
com escárnio - Só descobri porque logo depois que a minha mãe morreu, a
minha irmã confessou que tinha a ajudado.

Franzi o cenho.

- Ajudado?

- Pois é, só tem filha da puta na minha família. Até vou me incluir nessa.

- Qual era o nome da sua namorada? -perguntei, meus dedos batendo um no


outro de nervosismo.

- Diana -responde, levantei as duas sobrancelhas soltando um ar rápido pela


boca parecido com alívio, mas eu estava estranhamente decepcionada, acho
que no fundo eu queria sim saber quem era o meu pai.

- Sua feição me mostra que não é isso que você queria ouvir -ele diz- Qual o
nome da sua mãe, Susie? Não me diga que é só eu que estou ficando louco.

Entreabri os lábios.

- Era Simone -falo e ele levanta uma sobrancelha.

- Era?

- Sim, ela faleceu.

- Do que?

- Hum...leucemia -respondi.

Ele colocou as mãos na cintura com o rosto extremamente decepcionado


como o meu, ele balança a cabeça de um lado para o outro.
- Isso não faz sentido, a pulseira, não, não -ele veio para cima de mim e eu
dei alguns passos para trás apenas surpresa pelo ato, ele parou na hora com
o rosto torcido em descontentamento - Faça um exame de DNA comigo.

- Oh meu Deus -sussurrei meio paralisada.

- Faça-o, tiramos a dúvida -ele levanta uma mão na altura da cintura


gesticulando.

- Sr. Balis -nós dois olhamos para a porta quando um homem de terno e
gravata aparece segurando uma prancheta atolada de papéis.

- Agora não, Ty -ele diz e volta a olhar para mim levantando as sobrancelhas
querendo saber minha resposta.

- Senhor, é importante -o tal Ty diz ajeitando os óculos de grau no rosto


parecendo preocupado - Há algo de errado nos números, você está perdendo
milhões a cada 20 minutos.

Simon franze o cenho e vira o rosto para Ty que finalmente pegou sua
atenção, ele volta a olhar para mim e solta um resmungo extremamente
irritado antes de caminhar até o cara de terno e gravata.

Olhei para os lados querendo respirar como uma pessoa normal mas não
estava funcionando, parecia que eu tinha claustrofobia naquele momento e
odiei cada segundo.

- Você não fez a verificações dos clientes com antecedência? -Simon parecia
estar quase bufando, e Ty nega com a cabeça sutilmente mexendo nos óculos,
Simon riu de uma maneira estranha - Você está brincando?

- Não...você só queria os clientes deles como antes, eu apenas fui...

Simon riu mais cortando o diálogo do rapaz e depois olhou para mim ainda
com um sorriso.

- Eu vou matar seu namoradinho -diz ele com uma estranha cara de
psicopata.
Simon ainda falou um "Você está despedido" para Ty antes de sair pela porta
como foguete, mas logo depois ele voltou apontando para mim.

- Ainda quero conversar com você, isso ainda não acabou -ele diz- Quero
fazer o exame, vou marcar para um dia depois do funeral daquela família
Italiana.

E ele foi embora depois da sua fala, olhei para Ty que me deu um sorriso
tímido e eu não consegui corresponder naquele momento então só passei por
ele de cabeça baixa querendo sair dali rapidamente.

Desci as escadas com tanta rapidez que quase tropeço rolando por ela, passo
pelo hall escutando um barulho de conversa vindo da sala de estar, olhei
para lá e vi Simon andando de um lado para o outro com quase 10 pessoas
dentro da sala que brotaram de Nárnia.

"Exame de DNA", se Simon Balis for meu pai, se ele...droga, droga, droga.
Sabe aquela sensação estranha que você sente quando acha que algo de
errado vai acontecer? Estou me sentindo assim agora, praticamente sem
chão, nada funciona direito no meu cérebro além da da frase "Faça o exame
de DNA".

Meu desejo mais profundo é poder falar com a minha mãe agora, para ela
tentar me explicar o que estava acontecendo, o que teria acontecido anos
atrás, para ela me contar o sentido de nunca fazer questão de que eu
encontrasse meu pai. Tenho muitas perguntas e poucas respostas.

Era isso que estava me enlouquecendo.

No meio daquele alvoroço inteiro eu sabia exatamente para onde eu estava


indo, na verdade, para quem eu estava indo.

Já arquitetando tudo na mente, os olhos pretos pousando sobre os meus e o


barulho dos meus passos ecoando na sala assim como o baixo som dos
nossos corpos se chocando quando eu jogar meus braços em volta do seu
pescoço para receber o abraço que mais me sinto segura.
Eu só queria me jogar nos braços do homem que sou apaixonada, dividir os
últimos acontecimentos e ouvir seus conselhos sobre o que eu poderia fazer,
e rir no final quando ele me pedir permissão para bater no cara.

Com esse pensamentos eu saí do elevador da empresa de Nate caminhando


até Angela sua secretária que estava lixando as unhas enquanto mudava as
páginas de um livro qualquer.

Me aproximei o suficiente com o peito apertado ainda tonta com as últimas


cenas, eu precisava conversar com Nathaniel.

- Oi -chamo sua atenção, ela me encara meio surpresa abrindo os lábios mas
depois vão se fechando em um sorriso estranho.

- Oi, tudo bem? Você está meio pálida -ele diz e eu aceno com a cabeça
ajeitando minha mochila pequena nas costas.

- Eu estou bem, Nate está aí?

- Bom, ele está... -ela olhou para a porta da sala dele e depois para mim
aproximando a lixa de unha do rosto, Angela sorriu de lado
- Nenhum um pouco ocupado para você, Srta. Jones.

Passei a língua nos lábios respirando fundo pronta para me jogar nos braços
dele, agradeci a Angela que me deu um tchauzinho e caminhei até a sua sala
normalmente.

Toquei na maçaneta antes mesmo de bater porque escutei um burburinho


vindo de dentro que me fez franzir o cenho, ele está em reunião? Não, claro
que não, girei a maçaneta devagar me sentindo como aquelas crianças de
filmes de terror apavoradas com o que podem encontrar no outro lado da
porta.

Ela não precisou abrir tanto para eu ver dedos delicados um pouco brancos
pela força que faziam contra a cintura de Nate para o manter mais perto da
mulher que o puxava para ela em um beijo ardente deixando a cena enfiar
uma estaca de madeira no meu peito com força.
Tudo a partir dali foi como em câmera lenta, as mãos de Nate tocando no
ombro da mulher a afastando, seu rosto parecia irritado, logo depois ele vira
a cabeça provavelmente percebendo uma terceira pessoa na sala, seus olhos
param em mim como um ímã.

Minha respiração fugindo de mim rapidamente enquanto meus dedos tremem


levemente assim que me encosto na beirada da porta fechando os olhos com
força esperando acordar desse sonho, porque não existe um ambiente
tolerável na minha mente que me faz acreditar que ele possa estar fazendo
isso comigo.

Escuto seus passos vindo da minha direção e meu nome saindo da sua boca
como um sussurro quase desesperado, não, não, não, isso não está
acontecendo!

- Nathaniel, nós ainda não acabamos aqui... -a mulher diz me encarando com
a sobrancelha erguida como se me dissesse para dar o fora daqui o mais
rápido possível.

- Non parlare -ele fala algo em italiano me encarando mas eu sabia que ele
estava falando para ela.

Os olhos dela eram castanhos escuros que combinavam com a cor do seu
cabelo, roupas elegantes abraçando seu busto e cintura, nariz reto e boca
pequena completando o rosto perfeito, as curvas do corpo muito semelhante
a um violão.

Estremeci quando senti as mãos tocando nas minhas bochechas me mantendo


perto dele, encarei seu peito sentindo o perfume adocicado que com certeza
era dela impregnado no seu corpo, isso me deu um pouco de ânsia.

- Não, olhe para mim -ele pediu quase implorando mas eu não conseguia, eu
não conseguia - Jones, merda, olhe para mim!

- Eu tenho...hum... -suas mãos tentaram me puxar de volta quando me afastei,


mas ele não consegue - Eu tenho que ir.

- Adeus -a mulher diz e Nate cerra os dentes.


- Não, você...não está indo embora -ele dá passos para frente quando eu dou
alguns para trás me sentindo mil vezes pior desde que entrei aqui, lágrimas
vem descendo do meu rosto quando eu balancei a cabeça sentindo meu peito
querer explodir. Eu estava quase entrando em transe.

- Deixe-a ir, você precisa dar atenção a sua namorada, Nathaniel -ela diz me
olhando nos olhos e eu arregalo os meus sentindo um golpe forte no
estômago quando ela se aproxima de nós dois pondo sua mão no ombro dele.

- Namorada? -perguntei desacreditada olhando para ele dando mais passos


para trás - Você está de sacanagem comigo?!

- Não, o caralho que você vai embora daqui, espere, espere -ele quase corre
quando eu me virei indo para o elevador - Jones!

Olhei para Angela na sua mesa quando ela levantou os dedos me dando mais
um tchauzinho, a expressão cheia de satisfação, é claro que ela queria que
tivesse visto essa cena toda.

Por uma incrível ironia, as portas do elevador abriram de primeira quando


eu apertei o botão, entrei naquilo deixando minhas lágrimas rolarem
livremente e depois me virei para frente.

Meus olhos já não me deixando enxergar claramente mas me deixou enxergar


o quanto Nate lutava para sair do aperto da mulher que o puxava pelo braço
dizendo coisas que eu não conseguia escutar, seus olhos pretos presos nos
meus parecendo perder a vida me assistindo ir embora.

- Mi Bela! -ele praticamente grita quando consegue sair de perto da mulher


sem machucá-la no processo.

As portas do elevador ameaçam a se fechar enquanto ele corre até mim


tentando me alcançar, ele estava a oito passos de distância de mim enquanto
meu mundo ia desmoronando lentamente, enquanto meu coração ia se
quebrando pelo primeiro homem que amei na minha vida, e devo dizer que a
sensação é horrível.
Sinto uma grande porção de humilhação e tristeza misturada com uma boa
dose de idiotice da minha parte, como pude mergulhar em uma coisa dessas?
Mesmo sabendo que provavelmente eu iria me machucar no final eu ainda
entrei nisso, entrei no seu mundo de tentações e comecei da maneira errada,
eu precisava acabar com isso e eu o fiz.

A dois passos de distância eu falei a frase que nunca pensei que diria:

- O acordo acabou.

A expressão de Nate para mim foi suficiente para eu entender que ele me
escutou perfeitamente, mas a angústia tomou completamente meu corpo
quando as portas se fecharam nos separando.

Dei passos para trás sentindo meu peito apertado e me apoiei na barra de
ferro trazendo minhas mãos para o meu rosto tentando limpar minhas
lágrimas enquanto eu me via sozinha no elevador.

Era como eu me sentia naquele momento.

×××

Muita gente me perguntando se o livro já vai acabar, bom, não


KAKAKAK ainda tem mais coisa. Esse problema de agora não é o
problema "final" KIKIKI ainda quero mostrar mais coisa.

Jones está o coração quebrado, já vi o cara que eu gosto beijando outra


kakakak foi foda, mas superei família #SigaEmFrente.

Vote
Vote
Vote.

Eu volto em breve ❤
Vou torturar um pouco.
81° capítulo

Nate

Coloquei as mãos atrás da cabeça com a expressão de pura derrota, vejo o


táxi acelerando o suficiente para eu não conseguir correr a tempo de me
jogar na frente e pará-lo de tentar levar a mulher que eu amo para longe de
mim.

Mas já era tarde demais.

- Porra! -grito alto, minhas veias fervem e minha cabeça gira, olho em volta
vendo algumas pessoas me encarando assustados e mando todo mundo se
foder.

Minha cabeça social estava torta e minha gravata acabou ficando por cima
do meu ombro com tanta correria, a ajeitei na frente do meu corpo pondo as
mãos na cintura e olhei para baixo sentindo meus olhos arderem.

Lampejos da sua expressão vindo na minha mente como balas, os olhos


castanhos perdendo a cor lentamente encarando-me com pura tristeza, meu
coração quase se quebrou naquele momento.

Uma sensação horrível se instala de repente nos meus ossos, algo muito
semelhante a medo, medo de perdê-la por algo que nem estava acontecendo
de fato, a vida é uma desgraçada por me fazer passar por isso com Susie
Jones, não, nem fodendo. Passei malditos 33 anos procurando por ela, pela
mulher da minha vida, e eu sinto que encontrei, não vou deixar por isso
mesmo.

Voltei a andar para a empresa ainda sendo cercado dos olhares curiosos,
cheguei no elevador clicando no meu andar e subi apenas para pegar minhas
chaves e celular que ficaram lá em cima.

Caminho pelo espaço até a minha sala vendo Angela de cabeça baixa, ela me
encara vendo meu maxilar apertado e uma expressão de culpa aparece.
- Sr. Venturelli, eu não queria...

- Queria sim, vi como você olhou para ela, então me poupe a porra do
discurso -falei, passando direto para a minha sala batendo a porta com força
depois de entrar.

Vejo seu corpo na minha cadeira enquanto ela girava de um lado para o outro
olhando para o teto obviamente entediada, depois da batida na porta ela me
encara vendo meu rosto vermelho de raiva.

- Finalmente! Por que demorou tanto?

- Saia daqui -falei ao pegar minhas chaves e celular de cima da mesinha de


centro.

- Sair daqui? -ela franze o cenho - Enlouqueceu?

A encarei com os ombros tensos de ansiedade para dirigir como um louco


para o apartamento de Jones e beijar seus lábios até cansar enquanto eu grito
a pleno pulmões que estou apaixonado por ela.

Que aflição de merda!

- Você não estava indo à Itália, eu tive que vir aqui, principalmente depois
que saiu a notícia de que você tinha sido preso, queria saber se você estava
bem -ela deu de ombros.

- Quem te contou? -perguntei.

- Contou o que?

- Que eu estava com alguém aqui em Nova York?

Ela sorriu com a perversidade ali.


Ela não veio aqui apenas por saber que fui preso, é muito pouco para ela
atravessar o mundo.

- Não era para eu saber?


- Foda-se, não me importo.

Me virei caminhando para a porta, mas escutei os barulhos dos seus passos,
eu estava abrindo a porta quando ela fechou novamente me fazendo virar,
encarei seus olhos irritado.

- Saia.

- Não -ela respondeu me encarando dos pés a cabeça - Você está diferente,
não me diga que está apaixonado por aquela pequena coisa feia e assustada.

Dei um passo para frente batendo seu peito no meu muito mais puto agora,
Nikki semicerrou os olhos para mim agarrando minha gravata e eu afastei
suas mãos na mesma hora.

- Você não tem o direito de vir aqui e bagunçar a minha vida, não temos mais
nada -falei.

- Sempre vamos ter uma coisa, você destruiu a minha vida, lembra? -quando
essa merda saiu da boca dela eu quase caio para trás, a culpa agarrou minhas
costas com tanta força que eu puxei a respiração balançando a cabeça.

- Eu não...eu não fiz nada -sussurrei o que tanto me diziam, o que sempre
insistiam em me dizer.

- Não fez nada, hein? Você sabe que é um assassino, Nathaniel. Como alguém
pode amar você sendo do jeito que você é?

- Pare de falar.

- Acha que aquela mulher sente alguma coisa por você? Acorda -ela bate no
meu peito. Totalmente transtornado por estar falando do que mais me
assombra, eu tento não deixar.

Estou farto da sua pressão psicológica.

- Pare, pare, você não vai fazer o que sempre faz, você não vai jogar minha
culpa contra mim, não vai me forçar a ficar perto de você por mais tempo,
não, você não vai -balancei a cabeça colocando minhas mãos ao lado da sua
cabeça capturando seus olhos - Eu estou cansando de me torturar, cansado de
sofrer em silêncio, eu quero ser feliz, Nikki. Me deixe em paz.

Ofegante eu aperto-a um pouco mais esperando sua reação mas ela apenas
pisca demoradamente.

Ela parecia desacreditada ao me encarar, e eu só pensava que estava


perdendo tempo. Tirei minhas mãos dela e abri a porta saindo dali a
deixando sozinha na minha sala.

Nikki Sanders foi a mulher que revirou a minha vida, que deixou tudo jogado
para os altos, foi a mulher que me deixou sem chão por intermináveis meses
e é a mulher que eu não quero de volta na minha vida nem fodendo.

Só havia espaço para uma pessoa, e eu precisava ir até ela agora mesmo.

(...)

- Abra, abra, abra -gritei repetidamente enquanto batia na porta do


apartamento dela como se fosse uma criança, eu escutava a galinha do lado
de dentro fazendo uns sons e eu quase considerei implorar para ela abrir a
porta, essa galinha ainda é um mistério então não sei do que ela é capaz.

Apoio as duas mãos na quina e olho para baixo respirando fundo.

- Susie... -a chamei - Você está aí? Sei que você está... confusa, irritada,
muito puta, enfim, mas, merda, abra a porta.

Bati novamente antes de apoiar minha testa na porta fechando os olhos, isso
é ridículo, mas eu conseguia sentir o cheiro familiar do seu apartamento, isso
me confortou por vários segundos antes de eu escutar uma voz atrás de mim.

Olhei para o cara uniformizado e identifiquei o porteiro.

- Você vai quebrar a porta -ele diz ajeitando o chapéu preto na cabeça.

- Estou considerando essa opção -falei.


- Srta. Jones não está no prédio -o encarei franzido o cenho - Ela não está
aqui, você pode procurar em outro lugar agora? Recebi 5 telefonemas dos
inquilinos perguntando se está acontecendo um bombardeio no prédio.

Suspiro alto.

Me afastei dele tirando meu celular do bolso indo direto nas lista de
contatos, minhas chamadas não atendidas por Susie brilhando na tela. Clico
no número da loira e espero.

Emily atende totalmente ofegante.

- É melhor ser importante! -ela grita e eu reviro os olhos.

- Pause por alguns segundos a sua sessão de tentar trazer um mini Ross para
a terra, e me responda se você falou com a Susie nos últimos 40 minutos.

- Eu estou ocupada a 40 minutos, então não, o que você fez?

Levantei uma sobrancelha.

- Nem vem dizer "Como assim o que eu fiz?", Você é um risco permanente na
vida da baby boo, aí, aí! Porra, Wilson! -ela grita já me fazendo entender que
não era comigo.

- O que está acontecendo? -escuto a voz de Peter e uns resmungos de Emily


no fundo mostrando que ele arrancou o celular dela.

- Nikki está na cidade -falo e ele fica em silêncio por pelo menos 10
segundos, deixo ele digerir a notícia e desligo a chamada quando percebo
que não tenho mais nada para falar com ele.

Então, ligo para o cara que provavelmente vai largar tudo para vir me
ajudar, certo? Errado, bastardo do Dylan nem me atende, vou fazer uma nota
mental de descolorir seu cabelo quando ele estiver dormindo.

- Droga -sussurrei clicando no número de Adam, da primeira não deu certo


porque eu esqueci que tinha bloqueado/apagado o número dele.
Porra, péssimo momento para deixar a fadinha fora da minha lista de
contatos.

Adam

Me olhei no espelho passando meus olhos pelo meu figurino, a segunda coisa
que veio na minha cabeça depois de eu constar que sou gostoso pra cacete, é
que minhas coxas são incríveis.

Rubi é sortuda pra caramba.

Por falar na minha princesa, eu ajeito meu cabelo loiro com os dedos os
deixando perfeitos para ficar ainda mais bonito para ela, passei as mãos na
cintura e respirei fundo sabendo que estou pronto.

Sai do nosso quarto passando pelos dos trigêmeos e entrei silenciosamente


vendo-o desmaiados, um em cada berço para não dar briga. Alya estava com
os dedos perto da boca, Maia tinha os braços acima da cabeça e Adrian
estava abraçando uma fronha rosa bebê, eu que dei para ele.

- Shi, Shi, não acordem, quem acordar não vai ganhar o Maserati de 18 anos
-ameaço meus filhos e depois fecho a porta já do lado de fora.

Escuto o barulho da porta se abrindo quando estou perto da escada e


arregalo os olhos, merda! Ela está adiantada, corri para a cozinha quando
Rubi tirou os saltos de costas para mim e fui me preparar.

Acendi as velas com o isqueiro e peguei a rosa vermelha colocando no meu


decote, sei o que está se perguntando, porque caralho estou usando um
decote? Espere um pouquinho...

- Oh meu Deus! -Rubi paralisa ao meu ver de pé na cozinha com um


sorrisão, ela coloca as mãos na boca me analisando e eu pego um potinho de
cima da mesa tacando glitter para cima.

- Sua fadinha está pronta para atender suas necessidades -pode ser difícil de
acreditar, mas eu passei horas pensando nessa frase.
Rubi, minha adorável esposa, começou a rir de uma maneira interminável
enquanto passava os olhos na minha fantasia de Tinker Bell, tinha as asas e
tudo, para a falar a verdade, eu gosto dessa merda, vestidos são ótimos! O
vento bate em todo lugar.

- Não acredito que isso está acontecendo -ela fala correndo na minha
direção e eu ri baixo antes de agarrar suas pernas a tirando do chão, beijei a
boca que tanto amo antes de colocar Rubi em cima da mesa.

- Merda, eu amo você, que droga! -ela sussurrou apertando minha bunda por
baixo do vestido, isso me fez rir ainda beijando.

- Princesa, você está alisando uma fada, isso é crime -digo e ela aperta
minha bunda de novo - E o jantar?

- Depois, depois, levante esse vestido verde, afaste suas asas e entre em mim
-ela pede, como a safada que ela se tornou, gosto muito disso - Cacete, essa
foi a frase mais estranha que eu já falei na minha vida.

- Com certeza não vai ser a última se ficar casada comigo -falei com um
sorriso apertando suas coxas indo alcançar a calcinha e puxá-la para baixo
para que ela fique apenas com a saia jeans, mas uma porra de campainha
interrompeu todo o nosso momento mágico, literalmente.

- Não, não... -ela choraminga quando a campainha toca de novo, sorri de


lado.

- Já volto, princesa. Nada de gastar meu pó mágico, porra -apontei para o


potinho vendo seu dedo do meio levantar para mim. Corri para a porta rindo
ao ver meus sapatos da Tinker tamanho 42 e meu sorriso se estendeu quando
girei a maçaneta para encontrar um Nathaniel babaca do outro lado.

Ele estava olhando o celular quando levantou a cabeça lentamente pelos


meus pés até o meu vestido verde brilhante, ele demorava nas asas até
chegar no meu rosto.

Dei um sorriso galanteador.


- Ei, procurando diversão, baby? -pergunto me encostando na porta, Nate
estava paralisado, sei o efeito que causo nas pessoas.

- Que merda... -ele sussurra e levanta o celular na altura do seu rosto, pelo
barulho ele acabou de tirar uma foto minha, revirei os olhos.

- O que você quer, modelo de perfume? Estou fazendo uma coisa importante
-digo, ajeitando minhas asas.

- Assustando crianças? -ele debocha.

- Sabia que é pecado fazer mal a um ser celestial como eu? Pesquisa no
Google -digo tentando fechar a porta na cara dela mas ri quando ele a
empurrou com a mão.

- Qual foi a última vez que você falou com a Susie? -perguntou, isso me fez
franzir o cenho.

- Hoje de manhã, mandei foto das minhas gravatas para ela escolher uma, era
o dia dela de escolher, amanhã é da Lisa -falei o que me lembrava, Nate
apertou os lábios e balançou a cabeça.

Me afastei da porta deixando ele entrar e nós dois caminhamos para a sala
com ele de olho na minha roupa, acho que ele me quer. Mas vou me bancar
de difícil por enquanto.

Chegamos no sofá e Nate olhou para cima, sorri juntando as mãos e suspirei
sabendo que ele está olhando para o quadro que pega metade da sala de
estar, é a fotinho onde eu estou o abraçando e ele está literalmente com as
mãos no meu rosto tentando me afastar, foi no dia que ele me beijou como
todo o amor dele.

- Você é obcecado por mim ou algo do tipo? -Nate perguntou me encarando.

- É você que está me olhando como se fosse me devorar -coloquei as mãos


na cintura colocando o peso só em uma perna e ele esfregou os olhos
parecendo buscar algo que some dele com frequência quando está comigo, a
paciência.
- Ei...Nate? O que houve? -princesa aparece na sala e o modelo de perfume a
encara quando a mesma para ao meu lado.

- Você está estranho, o que aconteceu? -ela pergunta e ele respira fundo
deslizando as mãos pela calça social preta em seu corpo.

- Jones acabou comigo -ele diz e eu levanto uma sobrancelha.

- O que? -ela franze o cenho.

- O acordo, acabou. Ela está magoada, provavelmente confusa, aconteceu


uma coisa hoje e...merda, eu preciso saber onde ela está, você sabe de algo?
-ele pergunta para ela que nega.

Olhei para Rubi semicerrando os olhos, ela não respondeu com palavras
então está mentindo, ela provavelmente sabe onde ela está, vou até dar um
palpite, Susie pediu para as meninas não falarem nada.

- Que coisa aconteceu? -perguntei cruzando os braços, ele olhou para os


meus peitos inexistentes.

Ri daquilo.

- Não consigo falar com você em uma fantasia de fada -ele aponta e Rubi ri
baixo passando as mãos pelo rosto.

- Fale logo -peço.

- Ela me viu beijando outra mulher, a Nikki -Nate diz e eu arregalo os olhos.

- Ela viu o que?! Seu...filha da mãe! Como você tem coragem... -precisei
agarrar Rubi pela cintura quando percebi que ela estava indo bater na cara
do meu melhor amigo com a primeira coisa que encontrasse.

- Não! Não! Eu não beijei por vontade própria, pelo amor de Deus, eu estou
apaixonado por Susie! -ele fala alto e Rubi para de se debater nos meus
braços tirando o cabelo da frente do rosto.
- O que? O que você disse? Repete isso aí, seu...seu... bonitão -ele aponta e
eu franzo o cenho.

- Bonitão? É esse seu xingamento para ele? -pergunto desacreditado e ela faz
"Shi" para mim dizendo que depois conversamos.

- É complicado, não posso explicar agora, Rubi. Mas já está tarde, quero
saber onde ela está -ele diz, visivelmente frustrado, sei o que ele está
sentido, e é uma merda! Só de pensar nessa sensação de impotência, meu
peito congela.

Rubi respira fundo antes de dizer algo a ele.

— Ela está bem, ok? Só não quer ver você agora, dê algum tempo, ela acha
que você a traiu, sua reação é normal, aposto que você faria o mesmo se
visse a cena que destruiria seu coração.

Nate engole em seco, mas relaxa aos ombros por saber que Susie está bem.

Me aproximo um passo.

- Nate -suspirei - Você está um caco, fazem muitos anos que eu não vejo
você tão agitado em tão pouco tempo, mas ela provavelmente está
desmoronando com o que viu, é horrível ver a pessoa que você gosta
beijando outra, não importa o cenário. E ela não sabe das suas circunstâncias
com aquela mulher, tudo deve estar passando na cabeça dela agora, menos
olhar para a sua cara.

- O que eu faço? -ele pergunta se sentando no sofá colocando as mãos na


cabeça - Adam...eu estou me sentindo um adolescente apaixonado, e ficar
longe dele é quase como ficar com oxigênio.

É...paixão é uma coisa louca.

- É, eu sei como é -abri um sorriso e me aproximei dele sentando seu lado,


apertei seu ombro - Mas veja o que você vai fazer, sua situação não vai ficar
uma merda para sempre, vocês vão conversar e resolver isso, só...espera,
relaxe a sua cabeça para que você pense de forma coerente, ok?
Ele me encara, eu nunca, nunca mesmo, vi Nathaniel chorando, nunca!
Merda! Cadê minha câmera?
Não, não, eu não me aproveitaria da sua fragilidade tirando uma foto, talvez
uma foto mental, porque acabei de fazer isso. Ele passou a costa da mão
embaixo do olho direito rapidamente para enxugar a lágrima solitária.

Apertei seus ombros com mais força e ele me abraçou em seguida, Nate
bateu nas asas quando elas sem querer bateram no seu rosto, ri internamente
e dei batidinhas nas suas costas.

- Amanhã você fala com ela, amanhã você a recupera, vai dar tudo certo -o
conforto e ele acena - Tem que dar porque comprei um canhão de confete.

- Você é um idiota -ele sussurra e eu concordei.

- Eu também te amo, bonitão.

- Pelo amor de Deus.

Ele me solta se levantando do sofá me deixando rir ali contraindo a barriga,


Rubi sorriu para nós dois e Nate andou até ela.

- Hum...você pode não contar para ela que a amo...?

- Eu nunca faria isso -Rubi coloca as mãos nos seus braços - Esse é o
momento de vocês, Nate. A sensação que você vai sentir quando finalmente
falar para ela, vai ser uma das melhores da sua vida, eu prometo.

Minha princesa sorriu e Nate concordou, os dois se abraçaram rapidamente


e o modelo de perfume vai embora totalmente transtornado por causa de uma
mulher. Merda, isso foi ótimo.

Ele se foi e eu olhei para Rubi que suspirou pondo as mãos na cintura.

- Adoro o Adam maduro -ela diz e eu passo a mão no cabelo me gabando.

- Bom, aproveite, porque ele está voltando a dormir -me levantei - Agora,
vamos voltar para o que estávamos fazendo para eu foder você com minha
fantasia sexy.
Ela sorriu agarrando minha mão e nós fomos para a cozinha enquanto eu
olhava para o rosto da pessoa que me deu tudo o que eu nunca soube que
precisava, sempre vou ser apaixonado por ela.

- Você pode me dar o seu cú agora?

Soltei sua mão e sai correndo fugindo da minha própria esposa que veio
correndo atrás de mim, ainda gritei "Deixa meu cú em paz" antes de me
esconder pelo apartamento.

Eu era o homem mais feliz do mundo.

×××

O dia que o Adam liberar a gente faz uma festa, trago o salgadinho
KKKKKKKKKKK

Na vida, eu sou a Rubi defendendo os verdadeiros 😏.

Vote pra mim ta bom?


Muito obrigada .

Até, babys ❤.
82° capítulo

Susie

O calor dos meus olhos apareceu enquanto eu olhava para aquele minúsculo
pingente na minha mão, o trevo praticamente brilhando enquanto imagens de
Nate aparecem na minha cabeça.

- Nate... -sussurrei baixinho de olhos fechados trazendo o pingente para os


lábios, eu estava me agarrando a qualquer coisa que tivesse a marca dele,
qualquer coisa.

Minha cabeça ainda estava em uma roda gigante que pegava fogo, quando eu
conseguia ficar 10 minutos sem pensar em Nathaniel, imediatamente eu
pensava em Simon Balis e toda a situação, estou exausta. Como se eu tivesse
todas as cartas, mas não sabendo exatamente qual jogar, totalmente
frustrante.

- Uau, essa não é uma boa cara -me mexo no banco olhando para o lado
vendo Kevin Venturelli arrastando o seu banco para ficar mais perto.

A confusão passando pelos meus olhos.

- Kevin?

Ele olha para mim com um sorriso nos lábios mas isso logo vai sumindo
lentamente, respirei fundo sabendo porque, eu não sou uma pessoa que é
difícil de ler, sempre fui muito transparente e infelizmente não consigo mudar
isso.

- O que aconteceu? Por que estava chorando? -ele se aproxima pondo os


braços em cima do balcão a nossa frente.

- Nada demais, por que está aqui? -perguntei olhando em volta vendo a
minha classe de culinária, não vejo um motivo coerente para ele estar aqui já
que ele havia me dito que não gosta de cozinhar.
- Me inscrevi nas aulas, e coincidentemente estou na mesma sala que você,
não é incrível? -ele dá um sorriso cínico, e eu não mudo minha expressão
porque estou sem forças para isso.

- Kevin...

- O que? -ele me interrompe se aproximando mais um pouco, ele semicerrou


os olhos antes de passar a mão no meu cabelo, acabei fechando os olhos -
Brigou com ele?

Apenas acenei antes de tirar sua mão de mim, me virei no banco limpando a
lágrima solitária que desceu do meu rosto contra a minha vontade.

- Você está me seguindo?

- Estou.

O encarei, ele piscou um par de vezes e depois sorriu.

- Estou brincando, vamos, solte um sorrisinho -ele bateu meu ombro no seu -
O que ele fez para você?

- Por que está me seguindo?

- Respondo se você sorrir -ele diz, Kevin tinha um estranho brilho nos olhos,
não do tipo que faz uma garota derreter para ele e sim algo nada parecido
com isso, ele parecia estranho fisicamente.

Dei um sorriso pequeno, queria saber porque ele estava me seguindo, seu
suspiro satisfeito apareceu depois disso.

- Porque você está na minha mente 95% do tempo, e eu queria te ver mesmo
depois do que aconteceu entre nós dois. Agora, o que ele fez?

- Eu realmente não quero falar disso, Kevin -a lembrança me toma e eu


afasto a minha expressão de mágoa que apareceu ontem quando ele estava
beijando outra mulher na sala dele.
- Ele chutou você? Disse que preferiria estar livre para outras mulheres? -
ele se inclina tentando pegar uma resposta pelo meu rosto, e ele consegue
porque meu rosto torce em desgosto com a sua próxima pergunta - Ele beijou
outra mulher?

Kevin franze o cenho se afastando um pouco e cruza os braços, a sala de


culinária com meus poucos colegas conversando entre si no canto, eu
deveria está lá falando pelos cotovelos mas eu não estava animada para isso.

- Que decepção, você terminou com ele, certo? Claro que sim, você não
ficaria com alguém desonesto que não respeita um relacionamento -ele diz
brincando com as mechas no final do meu cabelo.

- Kevin, me deixa em paz -pedi colocando o colar do trevo para dentro da


minha blusa, agarro minha bolsa de cima da mesa quase saindo do banco,
mas ele puxou minha atenção de volta ao pegar no meu ombro.

- Não chore por ele, no final, acho que isso foi bom. Em que planeta
Nathaniel Venturelli iria gostar de uma mulher como...

- Como eu? -levantei uma sobrancelha o interrompendo.

Ele entreabriu os lábios e depois concordou.

- É, como você.

- Aproveite sua aula.

Tiro sua mão de mim caminhando para fora da aula sem mesmo ter a
iniciado, a quem estou tentando enganar, eu estou um caco, eu passei mais de
3 horas andando pela cidade ontem enviando meu paradeiro apenas para
Rubi pedindo com todo o meu coração que ela não falasse para ninguém, e
eu sei que ela não o fez.

- Ei! Ei! Calma aí.

Saio do prédio pela porta giratória escutando os passos de Kevin atrás de


mim, comecei a caminhar para a parada de ônibus colocando minhas mãos
dentro do casaco cinza que ele me deu a duas semanas, eu posso até tentar
tirar Nate de mim, mas duvido que ele saia completamente.

- Você é boa demais para ele, e ele sabe disso, é por isso que você não é
mulher para aquele idiota -Kevin vem se explicando mas eu apenas ignoro.

- Ele nem deve estar se importando com você agora, Susie. Pare de ficar se
lamentando por ele.

- Para de tentar colocar coisa na minha cabeça! -eu simplesmente explodi,


parei de andar me virando para ele e Kevin apertou o maxilar.

- Eu não quero conversar sobre isso, eu não quero que você fique falando
nele a cada 10 segundos, sei o que você quer mas eu infelizmente não posso
dar a você, Kevin. Qualquer sentimento que você possa estar criando por
mim, tente evitar porque eu não posso criar de volta.

- Você o ama? -ele franze o cenho como se fosse a coisa mais idiota do
planeta.

- A cada segundo que passa, e a cada segundo que estar a vir -respondo.

- Mas...por que?!

- Porque ele é incrível, incrível pelo jeito como ele trata as pessoas que ama
como se fossem o seu pote de ouro, eu o amo pela sua falta de humor que só
realmente aparece quando ele está comigo, eu o amo pelo jeito que ele me
olha como se eu fosse a única mulher que ele pudesse um dia amar -suspirei
sentindo lágrimas novamente - Eu o amo...porque...ele é a melhor coisa que
já me aconteceu em tanto tempo, todos os meus problemas somem quando eu
estou com ele, tudo que afligem, some, eu não sei você pode entender isso,
mas saiba que eu.o.amo.

Soletrei a última frase e depois limpei com a costa das mãos embaixo dos
olhos, Kevin me olhando com uma expressão indecifrável.

- Você o ama tanto, e veja o que ele faz com você. Não seja burra.

- Tchau, Kevin.
Me virei caminhando para longe o mais rápido possível, não sei se isso é
possível, mas meu coração dói como se fosse um machucado no joelho.

(...)

Caminhei de um lado para o outro e eu acho que a Lolinha estava me


imitando, sim, eu finalmente dei um nome para a galinha. E sinceramente,
não me arrependo, achei que era uma forma de punir Nate usando esse nome
mas logo me dei conta que não tinha como ser possível porque essa galinha é
adorável, com esse nome então, ela fica ainda mais fofa. Nate pensaria o
mesmo.

Olhei no relógio da parede esfregando as mãos totalmente ansiosa, encarei


minha porta sabendo que ela poderia ser aberta a qualquer momento.

Lolinha começou a me rodear e eu olhei para ela antes de me abaixar, ela se


assusta primeiro mas depois volta quando eu a chamo com a mão, deslizo
meu indicador pela sua cabeça minúscula enquanto ela olha de um lado para
o outro.

Tenho que pesquisar no Google se tem como treinar galinhas para fazer cocô
em um lugar específico, provavelmente não, mas eu realmente espero que
tenha.

A batida na porta soou e eu me levantei correndo até ela, girei a maçaneta e


puxei a respiração vendo a alça da bolsa no ombro direito que combinava
com a roupa de onça que minha adorável tia estava usando.

- SUSIE! -ela grita eufórica jogando os braços para cima e no minuto


seguinte eu sou puxando para um abraço tão apertado que meus ossos quase
quebram.

- Olá, tia -mal conseguia falar direito.

Ela estava gritando quando me soltou, isso chamou atenção de Lolinha que
correu até nós bicando seus pés como se fosse a maneira perfeita para me
proteger, acabei sorrindo disso e minha tia quase cai dura para trás vendo
meu pet.
- Mas que merda é essa?! -ela pergunta encostada na parede do meu vizinho
com a bolsa na sua frente querendo se proteger da galinha.

Minha tia morava em Seattle, tinha uma confeitaria no centro da cidade e eu


cresci comendo seus deliciosos bolos e tortas, ela sempre foi a minha
heroína, até eu começar a crescer e entender o tipo de pessoa que ela era.
Michelle Jones tinha um complexo de inferioridade grande, e não aceitava o
fato de estar envelhecendo, ela já foi parar na cadeia uma vez por estar
bebendo e fumando maconha com jovens menores de 18, eu tinha apenas 13
anos na época mas já tinha uma noção de aquilo era um absurdo.

Minha mãe foi me afastando dela lentamente porque ela sabia que sua irmã
não era uma boa influência para mim.

- Tia, vamos entrar -peço.

- Não, tira esse frango daí primeiro.

Olhei para Lolinha.

- Ela não vai machucar você, ela é doce.

Bom...ela sempre está bicando Nate ou o seguindo como se quisesse matá-lo


quando ele estava no apartamento, mas ele é doce sim!

Agarrei minha galinha entrando e minha tia veio logo depois, levei Lolinha
para o quarto dela que ficava do lado do meu e sempre faço uma nota mental
para mentir quando Emily perguntar onde a galinha dorme.

Voltei depois de fechar a porta e vi quando ela jogou sua bolsa no sofá
olhando em volta com uma careta.

- É aqui que você mora? O que houve com o outro apartamento?

- Inundou -respondo.

- Bom, pelo menos esse é maior -ela diz caminhando para a cozinha como se
soubesse exatamente onde fica tudo, mas ela não sabe, apenas vai xeretar
tudo até encontrar - Cadê a bebida?
- Hum...eu não bebo.

- Mas suas visitas bebem, certo? Que tipo de anfitrião não tem bebidas?

- Podemos comprar depois, mas... -me aproximei dela apoiando os braços


no balcão enquanto ela mexia na geladeira - Eu pedi para você vir até aqui
porque queria conversar.

Ela se aproxima depois de pegar uma caixa de leite e um copo, vejo seus
dedos tirando uma garrafinha pequena e eu logo consigo identificar o whisky
pelo cheiro, ela derrama a bebida no copo e logo depois joga o leite, faço
uma careta.

- Conversar sobre o que? -perguntou mexendo o copo para que o líquido se


misture.

- Sobre o meu pai...

Ela trava no lugar olhando para o balcão e depois sobe os olhos para o meu
lentamente, continuei a encarando para que ela soubesse que o assunto não é
brincadeira.

- Seu pai? Por que? Nunca quis saber dele antes.

- Eu sei, é só que... aconteceu umas coisas nos últimos dias...e...

- Eu não sei de nada -ela fala.

Foi quase como um balde de água fria.

- Você não o conheceu?

- Não, só sabia que ele era rico e sua mãe estava dando pra ele.

- Não fale assim! -briguei com ela que deu de ombros.

- Ela trabalhava em uma casa da Elite aqui em Nova York, era a responsável
por cuidar da biblioteca -ela sorriu - Quem precisa de um funcionário para
isso? Que ridículo.
Revirei os olhos pedindo para ela continuar.

- Enfim, eu não sei muito bem o que aconteceu, mas ela decidiu que queria ir
embora e nós fomos, viemos para Seattle em seguida.

- Ela não chegou a falar um nome?

- Susie, eu não ligava para que sua mãe falava, ela sempre estava naquela
nuvem de conto de fadas, não me surpreendo se você ficar assi...aquilo é
uma cueca? -ela corre saindo de trás do balcão e vai até a poltrona da sala
agarrando a cueca de Nate, arregalei os olhos.

Ela olha para aquilo e depois abre a boca para mim.

- Você está transando?!

Soltei suspiro.

×××

Teorias, terias, elas me enlouquecem KAKAKAKAK mas eu amo fazer


😔.

Parece que a vida de Susie em Seattle apareceu, vamos ver o que nos
aguarda nos próximos capítulos .

Vote aí, plis!


Até, babys ❤.
83° capítulo

Susie

- Oh meu Deus, aqui tem outra!

Corri para o quarto depois que minha tia gritou novamente, a pego de pé
segurando outra cueca de Nate e arranco da sua mão como fiz com a outra,
isso me fez questionar quantas cuecas ele tinha deixado aqui.

- Pare com isso -falei quando ela ameaçou pegar da minha mão.

- Quem é esse cara? Você nunca saiu com ninguém, parceria um repelente de
homens -ela lembra do meu chato e entediante passado.

- Tia, eu a chamei aqui para me ajudar caso lembrasse de algo sobre meu
pai, e eu não queria ter essa conversa por telefone -coloquei a cueca de Nate
em cima da poltrona, preciso devolver isso a ele...mas não agora.

- Eu já disse tudo o que eu sei, ok? Que tal irmos comprar as bebidas? -ela
pergunta passando o dedo indicador nos dentes como se o limpasse - Preciso
de Vodka.

Me aproximei dela pegando sua outra mão, o ato a fez encarar nossas mãos
juntas e a formar uma careta no seu rosto.

- Por favor, me ajuda -pedi - Estou...apavorada, com medo do que posso


descobrir e pior ainda, de como agir, eu quero estar preparada para o que
acontecer.

Ela suspirou baixinho colocando as mãos nas minhas bochechas, seus olhos
castanhos analisando meu rosto.

- Você é tão sentimental, mas vai ganhar um ponto por ter um namorado -ela
cutuca meu nariz saindo da minha frente e eu fecho os olhos colocando as
mãos na cintura, tudo a minha volta gritando que pedir sua ajuda foi a ideia
mais idiota que já tive.
- Ele não é meu namorado -falei a seguindo, minha tia se jogou no sofá antes
de olhar para o esmalte descascado em suas unhas.

- Não? Que estranho, tem uma coisa aí fora que diz ao contrário -ela me
encara e eu franzo o cenho olhando para a porta.

Afim de saber do que ela está falando eu caminho até a porta abrindo e olho
em volta até meu olhar parar no chão, meus lábios se abrem em surpresa
quando eu pego uma caixa em forma de círculo me voltando para dentro do
apartamento. Como eu não tinha visto isso antes?

O laço vermelho no topo e os detalhes brancos embaixo formavam o


embrulho mais bonito que já vi. Me sentei na beirada do sofá com minha tia
na ponta, tão curiosa quanto eu.

Puxei a tampa para cima pondo na mesinha de centro e afastei os papéis


vermelhos muito bem recortados para encontrar um ursinho de pelúcia preto
e branco idêntico a um panda, um sorriso enorme apareceu no meu rosto
quando de imediato lembrei da conversa que tive com Nate. Contei a ele que
tinha um ursinho idêntico a esse na infância mas uma menina malvada do meu
colégio tinha roubado de mim, desde aquele dia eu nunca mais tinha visto o
Sr. Trudy, não que esse urso seja ele, mas o lembrar e me lembra o fato dele
estar atento a tudo o que falo, seja uma história chata de infância.

- Um urso? Que namorado pobre é esse? -minha tia pergunta, mas eu estou
sorrindo tanto que consigo ignorar seu comentário.

Trouxe o ursinho para perto do meu nariz e inspirei o cheiro de lavanda, mas
em algumas partes eu conseguia sentir o perfume de Nathaniel, olhei para
caixa novamente vendo um cartão branco com sua letra ali.

"Sei que você deve estar me odiando agora, bom, eu entendo. Mas tem algo
que você não entende porque ainda não sabe, me deixe explicar, Susie. Ligue
para mim".

Terminei de ler aquilo e não evitei o suspiro que saiu do meu nariz, mordi o
lábio olhando aquilo e fechei os olhos ouvindo duas vozes na minha cabeça,
uma que gritava para eu ignorar essa caixa bonita e outra que gritava para eu
correr até o meu celular.

Eu devia dar o benefício da dúvida, certo? Talvez...eu tenha visto uma coisa
e interpretado outra, talvez aquilo estivesse mesmo acontecendo, mas por
outro motivo, droga, eu estou indo contra tudo agora.

Me levantei do sofá correndo para o meu quarto jogando travesseiros e


objetos para cima procurando meu celular por ali, o achei embaixo do
travesseiro e o liguei esperando a tela se acender.

Quando isso acontece o mesmo quase trava com todas as ligações perdidas
de Nate, meu coração se enche lentamente enquanto clico na minha lista de
contato procurando por "Lola Mil grau", Emily que tinha colocado esse
nome como uma brincadeira para irritar Nate, e funcionou só para deixar
claro.

Levei o celular até o ouvido.

Meus dedos tremem levemente e o passar da minha língua nos lábios


acontece por estarem secos de nervosismo.

Ele não toca nem duas vezes antes de eu ter retorno, escuto sua respiração do
outro lado e meio que paro, ficando totalmente estática.

O silêncio cai sobre nós como uma chuveirada, mesmo não falando nada sua
respiração é suficiente para manter calma.

- Nate...

- Onde você está? Estou indo até você.

Escutei um barulho no fundo e acho que ele está se levantando de alguma


cadeira.

- Espera, espera -engoli em seco apertando o botão da minha calça jeans -


Você disse no cartão...
- Eu sei o que eu disse, mas ficar longe de você não é uma opção, merda.
Você está em casa?

- Hum...sim, mas não estou sozinha -eu acho que ele estava andando, mas
quando ouviu isso parou de fazê-lo. Consegui imaginar isso.

- Como assim?

- É uma longa história -passei a mão no meu cabelo.

- Susie, eu não fiz nada que pudesse tirar você de mim, e com certeza beijar
outra mulher nem se passa pela minha cabeça. É só você que eu quero, Mi
bela. Diga que entenda isso.

Fiquei em silêncio, sem conseguir fazer o que ele pediu.

- Quem é ela? -perguntei, mais nervosa que antes.

- Ela é passado, apenas isso, nada com o que você deva se preocu... comprei
duas lingeries para hoje à noite, espero que goste de vermelho, querido.

Obviamente não foi Nate que falou essas últimas coisas, e para a minha
insegurança crescente a voz era extremamente familiar, não precisei ter um
QI máximo para saber que era o "nada com o que você deva se preocupar".

- Não xingo ninguém, mas você é um idiota -falei com o sangue subindo para
o meu rosto e logo depois desligo escutando os gritos da mulher pedindo a
chave do apartamento dele.

Cerrei os dentes jogando o celular na cama amaldiçoando todos os homens


da terra por pelo 30 segundos, sentindo a raiva tremer o meu corpo enquanto
eu estava ofegante de olhos fechados, tudo muito acumulado na minha cabeça
sem saber com o que devo lidar, e o que pode me derrubar facilmente.

Toda essa casca de raiva que eu estava criando foi se desmontando nos 5
minutos seguintes quando a tristeza veio batendo na minha cara de novo,
caminhei para a sala com a esperança deixando meu peito novamente.
Olhei para a minha tia que estava passando um batom vermelho nos lábios e
passei a costa das mãos embaixo dos olhos, ela não me encarou em momento
nenhum e se encarasse não seria como se ela fosse me oferecer conforto.

Mas ouvi batidas na porta antes dela ser aberta, por um momento eu quase
caio de bunda do chão pensando que poderia ser ele, mas não era. Ao invés
disso Peter passou pela porta com um sorriso radiante, mas ele vai sumindo
lentamente quando seus olhos pousam em mim.

Vejo seu caminhar na minha direção e desvio o olhar para não fazer alarde
demais, discretamente enxugo as lágrimas e depois olho para ele forçando
um sorriso.

- Ei, não sabia que viria aqui hoje -falei, ele ficou em silêncio pondo o dedo
no meu queixo levantando meu rosto para cima, Pan analisa meus olhos antes
de apertar o maxilar sutilmente.

Ele olha para o lado vendo minha tia nos encarando, provavelmente
pensando que ele era meu namorado, fiz uma careta internamente.

Peter me solta dando um passo para trás.

- Eu já volto -ele diz apontando para mim e depois me dá costas


simplesmente indo embora.

Ele sai pela minha porta batendo atrás de si e eu passo a costa da mão no
nariz olhando para a minha tia que levanta um polegar para mim.

Balancei a cabeça indo tomar um banho para esfriar a cabeça, não vejo a
hora dessa noite acabar.

Tudo parece estar se passando lentamente.

×××

Será que é agora que o desejo de aniversário da Susie vai se realizar?


KAKAKAK espero que sim 😏.
A mini maratona chegou ao fim!!!!
Espero que tenha trazido um pouco de emoção para a sua tarde caso ela
estivesse tediosa KAKAK.

AVISO:
Vou colocar o livro da SAMANTHA (Spin off) aqui no wattpad no sábado
agora!! SÁBADO AGORA. vou mostrar a sinopse e as informações
certinhas ❤.

Vejo vocês em breve, ok?


Até, babys ❤
84° capítulo

Nate

Idiota...
Ela me chamou de IDIOTA?
Puta que pariu, consegui fazer Susie Jones me xingar, se a situação não fosse
agonizante eu estaria quase rolando no chão de tanto rir enquanto a sua voz
ecoava na minha sala depois de eu gravar essa parte.

Idiota...

Coloquei o celular em cima da minha mesa engolindo em seco olhando para


o aparelho e logo depois senti um corpo atrás do meu com mãos subindo
pelo meu peito, suspirei baixo virando o rosto para trás encontrando o de
Nikki.

- Eu sinto a sua falta, Nate.

Sente caralho nenhum.

- O que você quer aqui? Você já conseguiu manipular algumas situações,


conseguiu fazer a mulher que eu gosto se afastar de mim com o seu teatrinho
psicológico, não há nada para você aqui -agarrei suas mãos a afastando. Me
viro para ficar de frente para ele cruzando os braços no processo.

- Mulher que você gosta? Que merda, e eu? Não sou mais importante para
você? Quando terminou comigo disse que não me abandonaria, que me daria
toda a assistência necessária.

- Eu dei.

- Tem que continuar dando! Pelo o que fez comigo, você tem que continuar
do meu lado até o meu último suspiro, é a sua obrigação.

- Céus, você escuta o que sai da sua boca?


- Você me deve -ela deu de ombros e eu suspirei apontando para a porta.

- Minha secretaria vai te dar o endereço de um hotel bom na cidade, caso


queira. Mas comigo você não fica -me virei de novo pegando uns papéis de
cima da mesa e fingi analisar.

Segundos mais tardes eu ouvi ela bufar de raiva e seus passos duros tomando
a sala até desaparecer, o barulho da porta se fechando aparece e eu passo a
mão no meu cabelo satisfeito.

Certo, agora, preciso por em prática de trazer Jones de volta pra mim,
como? Bom, veja, aquilo não estava acontecendo, mas devido as
circunstâncias infelizes que vem se esfregando na nossa cara, ela acredita
que sim e está ferida por isso, se fosse ao contrário eu estaria um caco
bebendo dose rápidas de whisky só para sentir o gosto amargo.
Tentamos conversar, mas não deu certo, tudo bem, sou um cara paciente.
Sempre fui, eu acho, se bem que com Susie as coisas saem do meu controle.
Puta merda.

Eu estava enlouquecendo, como nota-se.

Monica me disse uma vez que o amor é como um raio em uma tempestade,
aparece de repente e com tamanha potência na vida de alguém que a pessoa
precisa tomar cuidado para não levar tudo se um dia for embora, Susie é isso
para mim, um raio.

Não sou um cara de ficar demonstrando sentimentos o tempo todo, e com


certeza o fato de eu estar apaixonado por ela vai a fazer não acreditar na
hora, mas estou disposto a tentar coisas novas para fazê-la entender o que
sinto. Eu quero, quero muito, ver o seu rosto quando eu finalmente dizer.

Porra, eu quero até andar de mãos dadas pela rua, quero fazer aqueles jogos
estranhos de casais e deixar ela colocar aquelas máscara faciais no meu
rosto apenas para ela se divertir.

Nunca estive apaixonado antes, algumas coisas estou descobrindo agora na


experiência. Como por exemplo, sorri para o nada!:
Sorri de lado me lembrando da sua risada que sempre estava na minha
cabeça nas últimas horas, lembrei de quando corremos de um cachorro
enorme naquela pista de golfe, de quando ela parecia a pessoa mais feliz do
mundo ao tocar piano com a sua ídola e logo depois me lembrei do seu rosto
quando entrei nela pela primeira vez. Melhor sensação do planeta.

Não sei como fiquei tanto tempo perto dela e longe ao mesmo tempo, não
vou correr o risco disso acontecer de novo porque minhas intenções não são
apenas de amizade.

Ficar perto dela sem tocá-la deve ser a porra de uma tontura, oh não, isso
definitivamente não vai aconte...

Ouvi um barulho alto vindo atrás de mim e me virei com o cenho franzido
vendo minha porta se abrir rapidamente, primeira coisa que eu vejo é Adam
correndo com um celular na mão e se jogando no chão perto de mim
erguendo o aparelho para me gravar.

Que merda é essa?

Logo depois eu olho para frente vendo Peter aparecer com a porra de uma
arma laranja na mão, ele para um pouco distante e eu franzo o cenho quando
ele destrava a arma de brinquedo.

- Alvo detectado -ele resmunga antes de começar a atirar em mim com balas
de borracha que doem pra cacete.

- Peter! -gritei com ele colocando as mãos na minha frente tentando me


defender até que as balas acabaram e eu vejo Dylan entrando como a porra
do exterminador do futuro, levantei uma sobrancelha quando ele deu outra
arma para Pan que agarrou mirando em mim de novo.

- Para com isso! -apontei para ele com o dedo e escutei Adam resmungando
no chão "Droga, minha mão tremeu, estou animado, atira de novo! No olho
dessa vez, Pan".

- Já chega dessa palhaçada -estava indo para cima de de Pan que voltou a
atirar conseguindo atingir meu nariz, reclamei alto dando passos para trás e
praticamente rolei por cima da minha mesa me protegendo.

Eu já desisti de tentar ser um cara normal com esses três.

- 02, recargar! -Pan grita e eu reviro os olhos, Adam riu já de pé e Dylan


soltou um grito assustado, me levantei para ver um pouco e eu vi que ele
tinha atirado sem querer em Adam, e a merda da bala estava na boca do
loiro.

Adam quase se engasga antes de cuspir aquilo e depois olhou para o irmão
chocado.

- Você atirou em mim?!

- Não? -Dylan deu um sorrisão.

- Filha da put...

- Olha! -Peter, Dylan e eu gritamos fazendo a fadinha calar a boca.

- Você atirou em mim sua Batgirl traficante! -Adam correu para cima de Pan
agarrando a arma de brinquedo e atirando em Dylan que começa a reclamar
girando o corpo quando Adam atirou nos países baixos.

- Parem com isso! A missão era vir bater no Nate -Peter diz e eu me levanto
do chão pondo as mãos já cintura.

- Me bater? Enlouqueceu? -olhei para Pan.

- É, cara. Tenho que te dar um soco, vem aqui -Pan sorriu para mim me
chamando como se fosse me dar um presente de aniversário, mostrei meu
dedo do meio.

- O que eu fiz?

- Fez a franjinha chorar -Dylan fala com uma carranca e eu aperto os lábios.
Porra.

- Preciso falar com ela, e você não pode me bater, Pan -aponto.
- Posso sim, está no cartão da fadinha -ele tira o cartão de aniversário do
bolso e de longe eu vejo que ele me desenhou levando um soco na cara.

- Você sabe que eu não a machuquei intencionalmente, houve um mal


entendido, você sabe disso, babaca! -cruzei os braços e Peter continuou com
a cara de tédio.

- É só um soquinho rápido, não sei porque tanto drama -ele fala passando a
ponta da arma de brinquedo para tirar um pouco do cabelo que caia na sua
testa.

- Não é você que vai apanhar -falei.

- Certo, que tal um tapa na bunda? -Adam sugere e eu nós três levantamos
uma sobrancelha, Bell apertou os lábios. - O que? Isso não é normal?

- O que Rubi está fazendo com você? -Dylan franze o cenho.

- Nada demais, só me amando como nunca, o de sempre -Adam sorriu


parecendo feliz ao dar de ombros.

- O tapa na bunda não é nada mal, na verdade -Pan fala e eu quase me


engasgo com a minha própria saliva.

- Hum...o que? -me apoiei na mesa.

- É verdade, vira a bunda a Nate -Dylan gira o dedo.

- Não!

- Bora, porra! Seja homem -Adam fala sério mas depois cai na risada vendo
a minha expressão.

- Vocês precisam de ajuda urgentemente -digo balançando a mão.

- Agarrem ele!

- Não fode! -respondo a Adam e começo a correr pela minha sala quando os
três vem na minha direção, consigo despistar no sofá e rolo no chão pegando
a arma que estava ali, quantas armas esses idiotas trouxeram?

- Certo, espera! -mirei nos três intercalando - Entendo que você ama Susie,
ela é sua amiga e irmã de consideração, mas não pode me socar ou bater...na
minha bunda!

Peter suspirou com a arma levantada para mim como Dylan também estava,
apenas Adam não tinha uma mas estava fingindo segurar ao apontar os dedos
para mim.

- Ok, você tem razão. Só fiquei chateado ao vê-la chorando porque me


importo com ela -ele diz largando a arma no chão. - Ela é como se fosse uma
irmã para mim.

- Eu sei, e se eu não prometi antes, eu prometo agora. Eu vou cuidar dela,


com todo o meu coração.

- Onwwww -Dylan resmunga manhoso me olhando e eu miro nele até atirar,


a bala gruda na sua testa o fazendo dar uns passos para trás, Batgirl me olha
furiosa me fazendo sorri de lado.
Essa foi por não me atender quando eu precisava, babaca.

- Isso foi por que eu não te atendi?

- Perdoado -falo a ele que ri baixo tirando a bala da sua testa.

- Espero que vocês se resolvam logo, ok? Vai dar tudo certo, pessoas
destinadas umas para as outras tendem a ficar juntas não importa as
desavenças -Pan diz andando até chegar na minha frente. - Vocês são...
incríveis juntos, não conseguem tirar os olhos um do outro, e eu vejo o
quanto você fica ansioso para voltar para casa com ela, nós entendemos
porque somos assim também.

Olhei para Dylan e Adam que concordam com a cabeça.

- Bem vindo ao time dos apaixonados, você surta mas no fundo você gosta -
Peter sorriu e abriu os braços me abraçando, o abracei de volta dando
tapinhas nas suas costas.
- Obrigado por isso, cara. Vou consertar as coisas com... -parei de falar
apenas para resmungar alto sentindo a palmada na minha bunda tão forte que
ecoa por toda a minha sala, eu acho que metade de Nova York deve ter
escutado essa porra.

Olhei para Peter que sorriu para mim piscando.

- Pronto, gostou? Emily adora.

- Vai se foder!

- Oh, eu adoro você também -Pan me abraçou de volta e eu olhei para Adam
e Dylan que estava reprimindo o riso.

- Você bateu na minha bunda -resmunguei para ele.

- Já bati em outros lugares piores -Pan diz e eu reviro os olhos me


lembrando que ele bateu no meu pau sem querer na adolescência enquanto
andávamos lado a lado, acontece e é super desconcertante. Mas fizemos
piada da situação durante semanas.

- Oh meu Deus, ele está corando! ELE ESTÁ CORANDO! -Adam começa a
gritar e os dois olham para o meu rosto, o que? Lembrar disso me faz corar
como Susie cora. Ela fica linda pra cacete, mas eu devo estar ridículo.

- Babacas -avancei para cima de Peter querendo bater nele mas o frouxo
correu se escondendo atrás de Dylan.

- Só por essa, você vai me ajudar -apontei para ele que franziu o cenho.

- Ajudar em que? -perguntou.

Sorri levantando uma sobrancelha encarando os três já pensando em algumas


coisas.

- Eu acho que vou dar o meu cú -Adam resmunga cortando o silêncio.

Nós três arregalamos os olhos


- É brincadeira! -fadinha deu um sorriso muito, muito estranho.

×××

Brincadeira...sei.
Vocês sabiam que o ponto G de um homem é no ânus? Incrível né?
Homens deviam liberar para as namoradas tbm, que injustiça!.

Atenção:
Babys, estoupassando por um período ruim, minha criatividade tá zero,
esse capítuloaí diz tudo KKKKKK misericórdia.

Nãoestou conseguindo escrever como antes, tô perdendo o gosto na


escrita por uma pressão extrema que tá acontecendo e é inútil
ignorar,até pensei em parar de escreverjá, mas não quero fazer uma
coisa dessas, por isso, peço a compreensão das minhas leitoras, por
favor. Eu vou postarCAP quando eu conseguir pelo menos escrever, ok?
O sentimento de impotência é grande.

Meu aniversário é amanhã, vou passar o dia...vivendo e me divertindo


(com consciência, covid ainda tá aí) então, não vou postar cap domingo!!

Desde já, agradeço a compressão ❤


Eu apareço em breve.
85° capítulo

Susie

Aviso: A partir deste capítulo haverámudanças nas pontuações, só irei


usar o (—) travessão agora, é isto, esperonão lhe afetar em nada, boa
leitura ❤

— Eu começo! PORRA! EU COMEÇO! AAAAAA EU COMEÇO!

olhamos assustadas para Rubi que quase deu pulos no chão batendo palmas
animada demais, olhei para as meninas que tinham a mesma expressão que
eu na roda que estávamos.

— Hum, quer começar Rubi? —Emy debocha e Rubi revira os olhos.

— Acho que ela não quer não hein —Lisa diz fingindo uma expressão
confusa. — Eu começo então.

Sorri de lado vendo a carranca de Rubi.

Encarei as três descendo o olhar para o tapete felpudo que estávamos


sentadas, elas vieram para o meu apartamento tem no máximo duas horas,
contei o que aconteceu e agora estamos em um jogo divertido chamado
"Falando mal de babacas que usam terno".

— Odeio quando Dylan fala o nome de alguém como se eu conhecesse cada


pessoa do planeta —Lisa resmunga.

— Não, tem que falar coisas mais pesadas —Emily diz. — Por exemplo,
odeio quando Peter chega em casa e não me cumprimenta, ele simplesmente
passa por mim e depois do quinto passo ele percebe o que fez e volta me
enchendo de beijos. Se eu pudesse esfregava a cara dele no asfalto porque se
eu fizesse uma coisa dessas, ele faria um drama enorme.

— Valeu —Peter diz do sofá enquanto mexia no celular, sorri do seu jeito
despojado. Ele chegou aqui tem 15 minutos no máximo, ri a beça quando ele
contou o que fez com Nate.

— Certo, odeio quando Adam mima demais os trigêmeos, eu falo que não, e
ele age pelas minhas costas fazendo o contrário, brigamos por isso, mas já
estamos entrando em um consenso agora —Rubi desabafa.

— Ameaçou ele? —Pan pergunta.

— Talvez —Rubi fala séria, mas sabíamos que ela estava brincando.

— Sempre funciona —Peter sorriu.

— Vai lá, Lisa. Acaba com aquela batgirl —Emily diz antes de voltar a
pintar as unhas dos pés.

— Ok, odeio quando ele...hum… —Lisa passa 2 minutos e meio tentando


pensar.

Emily cruzou os braços e Rubi fingiu dormir se jogando para trás, passo a
mão na testa suspirando ao esperar, até que NÃO veio:

— Odeio quando ele...ok, eu não consigo falar mal dele, vocês sabem o que
ele fez, não sabem? –Lisa deu um sorriso apaixonado. Acontece que Dylan
tinha levado a esposa para uma rápida viagem romântica onde ele tinha
comprado uma ilha em formato de coração e dado para ela, ele
simplesmente...deu uma ilha para ela em formato de coração! Obviamente a
felicidade está reinando no rosto dela pelo gesto de amor.

— Lisa está fora do jogo —Rubi diz e Lisa fecha a cara.

— Ok, calma, já sei, não gosto quando ele me troca pelos filmes —ela estala
os dedos. — Semana passada eu chamei ele para jantar comigo mas levei um
bolo enquanto ele assistia "A dama e o vagabundo".

Peter começou a rir do sofá e só parou quando Emily jogou o tênis dela no
braço dele.

— Sua vez, franjinha.


Encarei Rubi e limpei a garganta, vejo minha tia saindo do banheiro e
esperei ela passar para a cozinha ao mesmo tempo que pensava no que dizer.

— Não gosto da sensação que às vezes tenho quando estou com ele, como
se...ele não me contasse tudo, sei que é difícil falar de si mesmo, mas se eu
fosse pelo menos um pouquinho importante...ele me contaria, certo? —
Perguntei incerta, as meninas se entre olharam. — Não quero apressá-lo, não
quero me tornar uma intrometida sem que ele próprio me contasse sobre ele
mesmo, mas eu não gostaria de ficar omitindo na nossa relação inteira.

Olhei para os meus dedos no tapete mexendo nele de vez em quando, olhei
para Peter que me encarava em silêncio, ele engoliu em seco se sentando no
sofá.

— Dá logo um pé na bunda, resolve o problema —minha tia fala da cozinha


com os braços apoiados no balcão.

— Quem é essa mulher mesmo? —Emy pergunta.

— Uma tia de Seattle —respondo.

— Meu nome é Michelle, coisa loira —minha tia veio andando na nossa
direção, ela se joga do meu lado quase me derrubando no processo

— Por que está chorando pelo seu namorado? Ele não está bem ali? —ela
aponta para Peter.

— Ele não é meu namorado, ele é casado com ela —aponto para Emy que
concorda.

— Foi por obrigação, tia —ela diz.

— Emily! —Pan reclama fazendo a esposa sorrir.

— Tia Michelle vai te dar um conselho —ela me encara. — Imagino que


seja a sua primeira desilusão amorosa e blá, blá, blá, pense que no futuro,
essa dor aí vai ser a pior porque depois as próximas nem serão tão mais
fortes.
Fiquei olhando para ela esperando o conselho, mas ela me ignora dando de
ombros.

— Eu disse que era um conselho, não um conselho bom —ela sussurra.

Suspirei me levantando da roda e caminhei até o balcão pegando um pouco


de água, enchi o copo vermelho com o líquido.

— Independente do que aconteça, estaremos do seu lado, Susie. Mas eu acho


que seria bom você conversar… —ele parou de falar quando percebeu que
eu não estava prestando atenção porque tinha acabado de me engasgar com
essa droga aqui que não é água.

Tossi por vários segundos e olhei para a minha tia que tinha uma expressão
confusa.

— Mas o que é isso? —passei a mão na boca sentindo o gosto da bebida


alcoólica.

— Merda, vomita! —ela grita.

Tá de sacanagem.

— Vomitar?! O que tem aí dentro?

— É a minha bebida favorita, eu que inventei —ela sorriu. — Tem absinto,


vodka e um pouco de whisky, quando quero ficar bêbada tomo só um gole.

Um gole? Eu tomei dois dedinhos inteiros só de uma vez porque pensei que
fosse água!

— Oh, não —coloquei a mão na boca.

— Relaxa, só toma água que vai passar —ela diz se levantando e correndo
para a cozinha.

Olhei para as meninas que estavam me olhando como se eu fosse um


experimento científico.
— Se ela ficar bêbada, o que vamos fazer? —escuto Lisa perguntar.

— Pintar a cara dela —Emy sussurra e eu a olho feio.

— Não temos mais 15 anos, Emily —Rubi a repreende. — Vamos colocar


ela no quarto e quando ela acordar vamos contar que ela esteve em coma por
1 ano.

Arregalo os olhos.

— Minha nossa —Emy a olha com um sorrisinho.

— Parem com isso, eu não vou ficar bêbada —alerto.

Vejo minha tia voltando com um copo e me entregando, cheirei aquilo antes
de beber e tomei o líquido satisfeita.

— Tem gosto de água, mas… —lambi os lábios. — Tem alguma fruta aqui
dentro?

— Fruta? Não, só… —minha tia levantou as suas sobrancelhas. — Merda.

— O que foi agora?! —pergunto alterada.

— Mas que porra, essa mulher está deixando minha baby boo bêbada! —
Emily passa a mão na testa.

— É o meu Tom Collins, tinha um pouco de Gim dentro.

— Tia!

— Foi mal! Você guardou minhas garrafas na geladeira junto com as suas e
me confundiu toda! —ela parece culpada.

— Como se sente? —Rubi me pergunta e eu dou de ombros.

— Normal, na verdade —digo.

— Ok, isso é bom —Emily concorda com a cabeça.


Não estou sentindo nada, acho que a bebida era fraca.

10 minutos e meio depois...

— Eu vou lá com ele!

Saiu correndo do meu quarto, ciente que tem 5 pessoas atrás de mim tentando
me impedir. Estava tudo girando, mas era divertido, era como se eu estivesse
em um carrossel.

Eu literalmente pulei a pilha de almofadas que eu não sei muito bem como
veio parar aqui, e tento de tudo para chegar na porta, mas sinto mãos na
minha cintura e algumas nas minhas pernas. Emily e Rubi me seguram como
se eu fosse um balão prestes a sair voando por aí.

— Você não vai a lugar nenhum, Susie!

— Eu quero ir! —comecei a rir sem motivo. — Eu sinto falta dele! Eu vou
lá.

— Socorro! —Emily grita e eu vejo Peter se aproximando, olhei para ele


mais atentamente, Peter tem duas barbas?

— Peter! —comemorei jogando os braços para cima. — Você é o melhor


irmão que alguém poderia ter, quer dizer, eu vi você só de cueca então você
perdeu um ponto.

— Ok! —Pan deu um sorriso nervoso pegando no meu braço me puxando


para o sofá da sala de estar.

— Você me viu de lingerie! Oh meu Deus, você é fura olho —cutuquei seu
olho e ele resmunga afastando meu dedo.

— Eu acho que você é corna, coisa loira —minha tia fala da poltrona.

— Eu aceito um trisal —Emy pisca para ela que levanta uma sobrancelha
descrente.
— Certo, sente aqui e relaxe, curta a bebida alcoólica e pense em qualquer
outra coisa além de se jogar nos braços do modelo de perfume, acredite em
mim, você não vai querer fazer isso estando com álcool no organismo –ele
diz me encarando.

Eu só conseguia olhar para as sardas em seu rosto, nunca tinha prestado


atenção nisso, encarei Lisa que colocou um copo de água na minha frente,
peguei olhando o pequeno sinal que ela tem perto do olho, também nunca
tinha percebido, meus amigos são tão lindos!

Comecei a rir novamente antes de beber mais água, eu sabia que os cinco
estavam me olhando como se eu tivesse caído e batido a cabeça.

Encarei o teto.
Desde quando ele foi roxo?
Franzo o cenho.
Nota mental: pintar o teto de azul.

— Preciso de tinta azul —falo.

— Para o que? —Rubi pergunta.

— Para pintar o céu —falei me encostando no sofá, Rubi me olhou


preocupada, sorri para ela.

— Estou com sono.

— Ótimo! Vamos dormir —Emily comemora.

Minha expressão foi mudando para choro e eu só percebi que estava


chorando quando o som saiu da minha garganta, Peter me olhou desesperado
e eu coloquei as mãos no rosto me deitando no sofá.

— Nunca mais vou amar ninguém! —gritei. — Mas eu amo ele, eu gosto até
quando ele implica comigo, qual é o meu problema?!

— Espera, amar? Ela ama ele? Puta merda! —Peter diz encarando Emily.

— Vai dar tudo certo, franjinha. Não sabemos se ele fez mesmo aquilo…
— Ele não fez! Porra!, ela ama ele —encarei Pan que sorriu, deixando as
meninas confusas, eu estava longe demais para tentar entender o que ele
estava dizendo.

— Do que vocês estão falando? —pergunto já aconchegada no sofá fechando


os olhos, pensei que estava escutando vozes mas logo tudo sumiu.

— Não podemos atropelar isso, eles tem que contar um ao outro, só


precisam de um empurrãozinho… —a voz de Emy foi a última coisa que
ouvi.

Eu dormi pensando em abacaxis dançantes com pernas e braços.

×××

Parece que a gangue e as meninas já estão super cientes do que está


acontecendo, vamos orar para a santinhaprotetora dos casais ajudar
nossos bebês.

Se vocênunca bebeu algo pensando que era outra coisa, você é


privilegiadosim KAKAKAKA.

Vocês sabem que eu estou sem criatividade, mas finalmente consegui


escrever umas coisinhas, agradeço as que não me pressionam, vcs
sãotudo pra mim ❤.

Até, babys
Voltoamanhã.
86° capítulo

Susie

Uma vez eu assisti a um filme, onde a protagonista fica bêbada e em uma


noite ela faz as loucuras mais insanas possíveis, no dia seguinte ela acordava
como um vampiro acordando no caixão.

Eu acordei desse mesmo jeito.

Abri os olhos rapidamente olhando para o teto e pisquei várias vezes antes
de finalmente me situar, resmunguei sabendo que estava deitada no chão com
a cabeça dando leves pontadas.

Visualizo vários bonequinhos em miniatura fazendo um círculo em volta de


mim e arregalo os olhos quase desmaiando porque parece muito que estou
em um ritual satânico.

— O que…

— Finalmente!

Olho para cima vendo Eric com as mãos na cintura, seu cabelo branco muito
bem penteado e a camisa preta tendo escrito "Sou uma stripper" bem no
meio.

— O que está acontecendo? —Perguntei olhando para os bonequinhos e logo


percebo que são as suas coleções, consigo ver a Selena Gomes e a Beyoncé
perto do meu pé.

— Eu trouxe as coisas que me dão energias positivas, assim elas podem


mandar energia positivas para você também porque estou muito tentado a ir
na delegacia e denunciar seu namoradinho por bater em um idoso, sei fingir
uns machucados —Eric diz irritado.

— Saiu do asilo para trazer suas bonequinhas para mim? —Perguntei com
carinho na voz.
— Claro, Susie. Se fosse ao contrário você faria o mesmo —ele diz e sorri
vendo minha expressão amorosa. — Eu sei, eu sou um velho adorável.

— É mesmo, mas...me explica porque elas estão em volta de mim.

— Quando eu cheguei você já estava no chão, então…

Olhei em volta percebendo que o apartamento estava vazio, as meninas e Pan


devem ter ido embora o que eu não lembro de ter acontecido, não lembro de
nada.

— Você bebeu hein? Como foi o porre? Rendeu fotos de você tentando
montar no cavalo e caindo de um touro mecânico?

Levantei uma sobrancelha.

— Me pergunto que tipo de festas você ia quando era mais jovem.

— Festas onde tinha gente nua, as melhores.

— Ok, me ajuda a levantar —estendi minha mão e consegui sair do chão,


Eric me abraçou rapidamente e eu vejo minha tia saindo do quarto com
Lolinha vindo atrás dela.

Minha galinha passou a noite de ontem no quarto que a minha tia estava
dormindo temporariamente, elas são...colegas de quarto.

— Mas...que caralho é esse? Susie! sua comida saiu da geladeira —Eric


aponta para Lolinha que corre até ele, Eric quase tem um infarto vindo para
trás de mim.

Agarrei a galinha antes dela chegar até ele e a aconcheguei no meu colo, ela
faz o barulhinho que já estou me familiarizando e eu encaro minha tia.

— Você parece bem.

— Você me deu aquilo propósito, não foi?


— Não, juro pela sua mãe. Mas eu deveria ter pensado nisso antes, um porre
ajuda na superação —ela diz e olha para Eric que está de boca aberta
encarando a galinha.

— Isso é um vestido?! —ele pergunta.

— É uma blusinha —o corrijo ajeitando a peça na galinha.

— Deixei ele entrar porque imaginei que fosse amigo seu, e também sabia
que se ele tentasse algo nós iríamos derrubá-lo já que ele é velho —minha
tia diz e Eric cruza os braços.

— Velho é esse seu sapato, comprou quando? 1902?

Minha tia abre a boca ofendida.

— Mas quem é esse cara?

— Cara com senso de moda.

— Moda? Você está usando uma camisa escrita "sou uma stripper"!

— Poucos entendem a mensagem por trás —Eric dá de ombros.

— Tá bom, já chega. Eric, essa é a minha tia Michelle...tia...esse é Eric, meu


amigo.

— Ah sim, essa é a tia insuportável que você não gosta?

Meu Deus!

— Eu nunca disse isso —levantei um dedo, Lolinha olhava para nós três
como se estivesse adorando o show.

— Esse é o velho que você não aguenta mais ver? —ela devolve e Eric
fecha a cara.

— Me acha velho? Ainda não tenho nem 80, e você? Tem 60? Não se
preocupe, estamos caminhando para o mesmo lugar de qualquer maneira,
minha querida coisa intragável.

Revirei os olhos sabendo que eles vão continuar brigando, sai de lá com
Lolinha indo para o meu quarto.
Encostei a porta diminuindo o som das vozes alteradas e me joguei na cama
pondo minha galinha no chão, suspirei pegando meu celular ao meu lado.

Vejo as notificações no grupo das meninas, várias dicas do que fazer caso eu
fique de ressaca, o que não estou sentindo na verdade. Ainda bem.

Saiu do grupo vendo que mandei uma mensagem para...Nate?


Franzo o cenho.
Impossível.

"Também sinto sua falta, Mi bela" -essa era a última mensagem dele.

Clico na conversa e quase vou escorregando da cama para o chão vendo a


quantidade de áudios, não! Não! Não!

Meu coração estava acelerado quando eu cliquei no meu primeiro áudio:

"Nathaniel Lola Venturelli...você...é a pessoa que eu não gosto no momento,


mas eu gosto de você, gosto muito".

Cliquei no próximo.

"Gosto quando você faz aquilo...lá embaixo" -fiz uma careta derrotada
quando me escutei sussurrar a última parte, não acredito que falei isso.

Os próximos áudios foram elogios para o cabelo dele, e para o seu maxilar,
pausei um quando eu percebi que passaria 30 segundos falando do tamanho
da bunda dele. Já no final eu escuto o último que fez meu coração apertar um
pouco.

"Eu nunca precisei de você como eu preciso agora, mas eu nunca te odiei
como eu te odeio agora" -fico um tempo sem dizer nada- "Eu sinto a sua
falta".
Os áudios acabam aí, e logo embaixo a mensagem dele dizendo que também
sentia a minha.
Larguei o celular na cama e fechei os olhos me jogando para trás, respirei
fundo olhando para o teto.

Que eu deveria pintar, seria uma boa distração.

Meu celular começa a tocar em cima da cama e eu o pego vendo o número de


Peter na tela, atendo pondo no viva voz.

— Alô —falei arrastado.

— Olá, cachaceira.

— Não brinque com isso.

Ouvi ele rir.

— Como se sente?

— Bem, mas ficarei melhor depois de um banho.

— Ótimo, escute, eu esqueci minha maleta no seu apartamento, acha que


posso passar aí para pegar? Mas no período da noite.

— Eu trabalho hoje, pode ser agora de manhã?

— Susie, são 14:30 da tarde.

Droga!

— E de tarde?

— Estarei em reuniões.

— Hum, ok, eu levo para você então, onde será suas reuniões?

— Longe —ele suspira. — Emy estará em casa a partir das 17:00, pode
levar até ela? Eu mando o motorista te buscar.
— Ok, posso fazer isso.

— Obrigado, você é incrível. Eu confio em você com ela.

— Tudo bem, até depois.

Nós desligamos e eu olhei para o lado vendo a bendita maleta preta em cima
da minha poltrona.
Me levantei da cama indo para o banheiro.

Horas depois...

Uma nova pessoa caminha pelo saguão do prédio, essa pessoa sou eu, depois
de um banho quente e demorado, junto a uma refeição perfeita de um
restaurante aqui perto, me sentia ótima.

Passo pelo porteiro acenando e vejo o motorista de Peter do lado de fora me


esperando, a noite já estava vindo e no caminho para a mansão eu percebi as
estrelas junto a céu escuro aparecendo.

Ajeitei a maleta de Pan no meu colo e me perguntei mentalmente o que tem


de tão importante aqui dentro para o motorista não entregar por si só ao
invés de eu vir até aqui para fazê-lo.

Estacionamos na frente da mansão e ele praticamente pulou do carro vindo


abrir a porta para mim, agradeci com um sorriso e comecei a caminhar para
dentro.

A maleta descansou nos meus dedos quando eu cliquei na campainha, a porta


se abre me revelando uma mulher com um terninho preto e branco.

— Srta. Jones, pode entrar —ela me dá espaço e eu entro, quando olho para
trás a vejo saindo da mansão me deixando meramente confusa.

— Desculpe, você…

— Acabou meu expediente, o que você procura está aí dentro, boa noite.
Ela acena com a cabeça e depois some da minha frente fechando a porta, ok,
isso foi muito estranho.
Olho para dentro vendo a imensidão do lugar e dou alguns passos indo para
a sala de estar gritando o nome de Emily.

Ela não responde de volta.

Chego na sala de estar vendo dois abajures ligados e a televisão ligada no


fundo com o volume médio, ponho a maleta em cima do sofá encarando a
tela.

— Últimas notícias: Cidade de Nova York sofreu um blecaute na parte do


edifício Rockefeller Center e chegou aos bairros do Upper West Side e
Midtown. Segundo o prefeito Bill de Blasio, o apagão começou após um
incêndio em um bueiro.

Franzo o cenho escutando a âncora do jornal noticiar.

— Algumas partes da cidade ainda possuem energia elétrica, mas pedimos


encarecidamente que fiquem dentro de casa!

O jornal vai desaparecendo e entra um comercial de Danone, pisquei


algumas vezes já pensando em ligar para alguém da boate apenas para
confirmar que não terei de trabalhar hoje já que a boate fica em um dos
endereços que a jornalista mencionou.

Mandei uma mensagem rápida para uma funcionária e ela apenas me


confirmou, suspirei sabendo que precisava ir logo para casa.

Guardei o celular no bolso e me virei para sair dali, mas uma parede de
músculos me fez ficar no mesmo lugar. Com as sobrancelhas juntas eu olho
para cima vendo Nate me encarando com os braços para trás, minhas pernas
se pareciam com gelatinas nesse momento.

— Hum...—nossa, por que parece que ele está ainda mais bonito?

— Hum…? –ele repete que eu fiz tirando meu olhar dos seus braços e peito,
acho que ficou bem na cara que eu estava o comendo com os olhos.
— Como...como você está? —engoli em seco porque não faço ideia de como
comandar essa conversa.

— Uma droga, péssimo, nunca estive tão impotente na minha vida, o


sentimento é bem frustrante na verdade.

Passei a língua nos lábios olhando para baixo momentaneamente. Me


identificando com as emoções.

— Eu tenho que ir antes de…

— Não, espera —suas mãos se esticam tocando no sofá atrás de mim e


consequentemente me prendendo, ele se aproxima na mesma medida que o ar
do meu pulmão está indo embora.

— Nate.

— Eu sou maluco por você —seu peito colou no meu sem o meu olhar sair
do seu. — Cada minuto do meu tempo é para você, Susie.

— Eu não quero que você me diga coisas bonitas apenas para…

— Então eu vou te dizer verdades —ele me corta pondo as mãos no meu


rosto, meu corpo inteiro se arrepia e eu o condeno baixinho. Como uma
pessoa pode sentir tanta falta do toque da outra?

Coloquei as mãos no sofá atrás de mim e entreabri os lábios.

Nate olhou para a minha franja descendo lentamente pelo meu rosto até
chegar na minha boca, ele mordeu o próprio lábio respirando fundo e me
encarou nos olhos.

— Merda.

— O que?

— É impossível ficar no mesmo ambiente sem tocar em você, eu sinto falta


disso —seus dedos apertam minhas bochechas descendo para o meu
pescoço, minha respiração normal está fora do meu alcance. — Sinto falta
dos seus sorrisos alegres, do seu olhar manhoso quando quer que eu te
abrace no meio da noite. —fechei os olhos quando seu rosto se aproximou
do meu, os lábios a centímetros, eu queria muito beijá-lo, mas preciso ser
mais forte que isso. — Do seu gemido para mim, das unhas nas minhas
costas…

Apertei o sofá mais forte, Cristo, não sou forte, não sou forte, não sou forte o
suficiente para Nathaniel Venturelli falando assim comigo.

— Você deveria estar de costas para mim agora, enquanto eu fodo você com
toda a vontade que estou acumulando — ele desliza os dedos pelo meu
pescoço. — Mas eu não posso fazer as coisas ao contrário, quero conversar
com você porque eu quero você na minha vida novamente, da maneira certa.

Desvio o olhar para o lado mas ele me traz de volta para si.

— Dessa vez nada vai nos atrapalhar.

×××

Será que é agora meu povo?!!


A Santa protetora de casais nunca falha, adoro.

Comente, e vote
O livro cresce absurdamente a cada dia, fico super contente e motivada,
obrigada ❤.

Eu volto em breve!!
Até, babys ❤
87° capítulo

Susie

Estiquei a mão para pegar o copo da sua e o encarei sentindo a sensação


maravilhosa que nunca me abandona quando eu o toco, a sinto desde aquele
quartinho de hospital.

— Ouvi dizer que você bebeu ontem —ele diz, pondo as mãos dentro da
calça social preta.

A expressão diferente, como se me dissesse "Ver você bêbada deve ser a


coisa mais estranha do planeta".

— Sim, me enganei pensando que era água, e espero que isso aqui seja
também, estou traumatizada —explico antes de dar alguns goles da água,
Nate deu um sorriso de lado.

— Onde está Emily? —Perguntei pondo o copo na pequena cômoda ao meu


lado.

Olhei em volta passando a língua nos lábios apenas para o meu coração
disparar em seguida.

— Eu não estava beijando aquela mulher por vontade própria —ele fala
rapidamente me tirando do eixo por alguns segundos, direto, como sempre.
— Ela me beijou achando que poderíamos ter algo, mas só o fato dela estar
perto de mim me deixa desconfortável.

Olhei para o seu peito antes de subir o olhar para o seu.

— Quem é ela? —Perguntei.

— Ela é minha ex-namorada, se chama Nikki.

— Namorada? Ela que quebr…


— Sim, ela que quebrou o meu coração, mas que agora bate como um louco
apenas porque você está na minha frente.

Tenho certeza que minhas bochechas queimam como brasa.

— Mas a ligação…

— Ela mentiu, provavelmente percebeu que eu estava falando com você e


inventou aquilo, ela não passou a noite comigo, passou em um hotel o qual
não sei o nome porque isso não me importa.

Ele se aproxima novamente.

— Por que ela está aqui?

— Porque ela sabe que eu tenho outra pessoa, ela sabe que eu não tenho
mais olhos para ela.

Coloquei a mão no seu peito quando percebi que ele estava avançando com
aquele olhar predatório.

— A conversa ainda não acabou.

— Eu sei, só… —ele olha para os meus lábios subindo para os meus olhos,
seu coração batendo forte contra a minha mão.

— O que ela fez para você? No passado.

Nate aperta os lábios.

— Ela me traiu com o meu vizinho.

— Vocês moravam juntos?

— Não, mas foi quase.

— Foi quase?
Ele olhou para baixo parecendo relutante, suspiro alto tirando minha mão do
seu peito pegando minha bolsa de cima do sofá.

— Tchau, Nathaniel.

Passei por ele dando passos rápidos para fora sabendo que não posso
conversar sozinha, mas nem saio da sala de estar antes dele me colocar na
parede com suas mãos ao lado da minha cabeça, minha bolsa cai no chão.

Ofeguei com a sua respiração perto da minha e me contive para não tocá-lo
com certa urgência.

Ele também suspirou encarando meus pés e depois levantou a cabeça


parecendo um Nate diferente, um atormentando que não aparece com
frequência mas ainda existe dentro dele.

— Você lembra de quando estávamos no meu apartamento e eu quase perdi o


controle tirando sua virgindade?

Acenei em concordância.

— Você ficou transtornado, pensei até que me mandaria embora.

— Eu odeio perder meu controle, Susie. Isso me desencadeia memórias que


eu guardo com toda a minha força, naquela noite, quando eu quase faço
aquilo com você, eu realmente pensei em acabar com o que estávamos
começando, mas eu não consegui porque sou um maldito egoísta, eu
finalmente tinha você, eu não iria te afastar de mim como sempre fazia.

— Me conta o que aconteceu, você pode confiar em mim —coloquei a mão


no seu rosto pegando seu olhar para o meu.

Naqueles olhos pretos, eu via o seu sofrimento que fora silencioso


provavelmente por uma grande tempo. Isso acabou comigo.

— Namorei com Nikki por 11 meses, quando completamos 1 ano veio a


notícia de que ela estava grávida de um filho meu. Que ela carregava a
oportunidade de eu saber como ser um pai, como amar alguém
incondicionalmente —arranhei sua bochecha em gesto carinhoso tentando
incentivá-lo. — Depois que fizemos o exame, descobrimos que era uma
gravidez de 2 meses, o bebê ainda estava se formando.

Nate olha para o lado parecendo nostálgico.

— Em uma noite, eu escutei Nikki falando no telefone sobre...aborto —ele


diz engolindo em seco. — Eu obviamente a perguntei sobre porque queria
estar envolvido em qualquer coisa do bebê, mas ela me disse que só estava
tentando saber medidas preventivas, eu apenas concordei sem saber muito o
que dizer.

Balanço a cabeça.

— Na semana seguinte, ela estava falando sobre o mesmo assunto


novamente, sobre tirar a criança de dentro dela, eu fiquei...paranoico e
totalmente assustado, eu nunca havia perguntado se ela queria ficar grávida
algum dia, mas o bebê nos pegou de surpresa. Então, eu decidi perguntar,
mas ela me disse que não ia fazer nada, que não iria tirar o bebê.

Parei de fazer carinho no seu rosto esperando ele continuar.

— Nós estávamos bem, nosso relacionamento parecia de filme com os


felizes para sempre, por um período achei que o bebê estava nos
aproximando, mas quando ela estava prestes a completar três meses eu
descobri sobre a traição.

Franzo o cenho.

— Ela começou a me trair depois de grávida, disso eu tenho certeza porque


a peguei no meu apartamento com o meu vizinho e ele confessou para mim
pouco tempo depois.

Abri a boca chocada.


Tá de sacanagem.

— Cristo —sussurrei.

— Eu não posso e nem vou esquecer a cena dela transando com o cara na
minha sala de estar, nessa época, ela já estava se mudando para morarmos
juntos, e com isso, os dois se aproximaram rapidamente.

— Ela...traia você com o vizinho enquanto...carregava o seu filho? —ele


acena e eu aperto os lábios. — Eu sinto muito, minha nossa. Eu não...fazia
ideia.

Coloquei minhas mãos no seu rosto mas ele as tirou de lá.

— Ainda não acabei.

Pisquei algumas vezes antes de pedir para ele continuar.

— Na mesma noite que peguei os dois, eu fiquei estático vendo a cena


enquanto ela se mexia em cima dele, quando Nikki me viu deu um grito de
espanto e saiu de cima do cara tentando se cobrir com as mãos de maneira
inútil, ela ficou em silêncio enquanto o cara se levantava, os dois mais
surpresos que eu pensando que eu estaria trabalhando até tarde naquela
noite.

Mordi o canto da boca tensa como ele, eu podia sentir as coisas ruins vindo.

— Eu...gritei com os dois, ameacei o cara mas era tudo da boca para fora, eu
não estava com ódio, estava...destruído, eu ia começar uma família com
aquela mulher, eu daria tudo de mim se ela pedisse, só bastava ela pedir.
Depois do meu coração se partir em dois, eu saí daquela sala tentando
desesperadamente sair de casa.

Ele suspira.

— Não sei como, mas Nikki me alcançou enquanto eu descia pelas escadas
de incêndio, ela vinha pedindo perdão atrás de mim e eu só pensava em ir
embora para longe, eu não iria conseguir enfrentar aquilo na hora, Susie. Eu
não iria conseguir.

Suspirei baixinho vendo seus olhos lacrimejando.

— No último momento eu saí das escadas de incêndio entrando no meu


carro, lembro-me de gritar com ela para que saísse de perto de mim, que eu
não queria mais nada com ela além de criar aquela criança, mas nunca
tivemos a oportunidade.

Meu Deus.

— Eu arranquei com o carro tentando assustá-la para que saísse da minha


frente, e eu consegui, mas quando eu pisei no acelerador novamente ela se
jogou na frente do carro e eu não conseguir impedir o que veio a seguir, a
batida não fora suficiente para jogá-la para cima, mas fora suficiente para
matar o meu filho dentro dela.

Coloquei as mãos na boca com os olhos já cheios de lágrimas como os dele.

— Eu estava tão fora de mim, tão quebrado que não pensei em nada, não
pensei que ir para o estacionamento e dirigir um carro com a sua namorada
grávida perigosamente perto seria estupidez, eu matei a coisa mais valiosa
que eu poderia ter, eu mesmo destruí todas as chances de ter uma família
para mim, de poder estar ali para o meu filho como meu pai nunca pode estar
para mim, eu estava pronto para isso, era o meu sonho, mas eu fodi com
tudo.

Limpei a lágrima que desceu pelo meu rosto.


Fiquei em silêncio olhando para o seu ombro tentando buscar palavras mas
eu não conseguia pensar em nada, absolutamente nada. E eu acho que ele
entendeu isso da maneira errada, o que veio dele me pegou totalmente
desprevenida:

— Não me odeie, por favor, não me odeie —ele agarrou minha cintura me
apertando, a voz embargada.

— O que?

Mudei a expressão triste para confusa.

— Eu estou pedindo, não, eu estou implorando para que não me odeie,


Jones, eu não posso ficar sem você, por favor. Sei que está me vendo com
outros olhos agora, provavelmente me achando um monstro, mas eu estou
implorando para você.
Ele foi deslizando até chegar no chão ficando de joelhos com os braços em
volta de mim, eu não conseguia parar de chorar depois de ver a cena na
minha frente, o passado de Nate está acabando comigo lentamente.

— Eu não quis fazer aquilo, eu nunca machucaria um filho meu, foi um


acidente, eu juro para você —escutei seu choro baixo e agarrei suas mãos
tirando-as de mim apenas para me abaixar ficando na sua altura, ele nem
conseguia olhar para mim direito, ela estava totalmente quebrado.

— Eu nunca odiaria você — funguei o nariz pondo minhas mãos no seu


rosto. — Não foi sua culpa, nós não podemos ir contra os planos de Deus,
Nathaniel. Não era para o seu filho estar aqui com você agora, e está tudo
bem, o que aconteceu foi um acidente infeliz, mas você não pode viver em
culpa eterna.

— Eu poderia ter evitado, eu poderia…

— Não, não poderia. Eu entendo porque não queria me contar isso antes,
mas eu nunca julgaria você, olhe para mim —ele tentou desviar mas não
deixei. — Algumas coisas não são para ser, não estava na hora de você ser
pai, você não pode ir contra isso, e ninguém pode colocar na sua cabeça que
não foi sua culpa, só você pode acreditar nisso, se perdoar pelo o que
aconteceu.

Limpei uma lágrima que desceu do seu rosto.

— Se perdoe, só assim você poderá seguir em frente, se perdoe por guardar


isso por tanto tempo, por acreditar que você foi um assassino, você não é, e
se você não enxerga coisas boas em você, eu enxergo, mas tantas, tantas
coisas boas existem dentro de você, e eu amo todas elas.

Sua respiração falhou assim como a minha.

— Que você ama… —ele agarra meu rosto, nós dois de joelhos um para o
outro, levo minhas mãos para as suas costas.

— Sim, Nate. Eu…


— Eu amo você —ele me corta falando na minha frente e meu coração
dispara quando ele dá um sorriso pequeno em meio as lágrimas. — Porra, eu
amo tanto você que eu nasço de novo toda vez que passo a noite ao seu lado.

Dei um sorriso ofegante, o peito se enchendo lentamente de felicidade.

— Você me ama? —Perguntei praticamente rindo e chorando ao mesmo


tempo.

— Eu fui um tolo em achar que me envolveria com você sem te amar, isso é
impossível, Mi Bela.

Eu vou desmaiar!

— Eu também te amo, Nathaniel Venturelli.

Ele sorriu me puxando na sua direção e eu o beijei com a necessidade


absurda do momento, me senti nas nuvens e me agarrei nele não querendo
soltar nunca mais.

— Você me ama —ele repete entre beijos e eu sussurro "Muito". — Eu vou


tatuar essa merda, Susie.

— Você nunca fez aquilo comigo…me enganei esse tempo todo —ele passou
a mão no meu cabelo me abraçando antes de me encarar.

— Não importa mais, nada disso importa, foda-se aquele acordo, foda-se
Nikki, foda-se o tempo que ficamos longe, você está aqui agora, nos meus
braços, onde você tem que estar. Nunca mais ficarei longe de você, nunca
mais.

Sorri o beijando novamente.

— Me leve embora, me leve para a sua cama, eu preciso de você —


sussurrei apertando seus ombros e ele sorriu maliciosamente para mim.

— Quero que passe a semana inteira comigo.

— Sim —nem pensei antes de responder. — Mas vamos levar o meu pet.
— A come milho também vai.

Sorri radiante.

— Leve-me, agora.

— Vamos, Jones. Não pretendo sair de dentro de você agora.

Sorrimos um para o outro e estávamos nos levantando quando tudo


simplesmente apagou! Os abajures desligaram assim como a televisão.

Eu mal conseguia vê-lo quando me atentei que provavelmente a outra parte


de N.Y apagou também.

— Merda! —Nate pragueja irritado.

×××

O passado do Nate enfim foi revelado!!


Gente, baseei isso na história de uma pessoa que entrou na minha vida
em 2017, nuncaesqueci o que ela me contou e toda vezqueescuto, me
arrepio inteira, pedi pra ela para fazer uma adaptação do ocorrido
mudando um pouco, e ela concordou dizendo que é uma parte da vida
dela que foi extremamentedifícil, mas ela conseguiu se reerguer e tem
orgulho disso.
Gabriela, te amo viu, amiga?
Com todo o meu coração ❤.

Susiel está de volta!


Mas! Ainda temos mais algumas coisinhas para se conversar 😈.

Vamos vamos
Querem outro capítulo?
Hum...

Até, babys ❤.
88° Capítulo

Susie

Acendi a última vela afastando o isqueiro depois, olhei para o objeto que me
ajudou na missão de iluminar o lugar e vi uma moto desenhada no isqueiro,
eu tinha o pegado da mesinha de centro onde os charutos cubanos se
encontravam, os preferidos de Peter.

Me levantei afastando-me da mesinha de centro e olhei para Nate que


acendia os castiçais no canto, seu celular toca e ele franze o cenho o tirando
dali.

— Fale, rápido.

Deixei o isqueiro onde o achei.

— Sim, ainda estamos aqui —Nate comunica depois de conseguir acender as


velas apoiadas no objeto dourado e clássico.

Tirei minha jaqueta jeans pondo na poltrona perto de onde ele estava e me
aproximei quando Nate sorriu agarrando-me pela cintura até seu peito colar
no meu, encarei seus olhos que estavam concentrados nas minhas pintinhas
no peito.

— Sim, o plano deu certo —ele diz e eu sorrio levantando uma sobrancelha.

— Plano, é? —belisquei seu braço antes dele beijar o meu rosto


carinhosamente.

— Tudo bem, não vamos sair, Peter. Não se preocupe conosco —ele diz e eu
rio baixinho quando escuto Pan falando que não era com Nate que ele estava
preocupado.

Logo em seguida Nate revira os olhos antes de colocoar uma pequena mecha
do meu cabelo atrás da orelha, beijei sua palma me aproximando mais até
colocar meus braços em volta do seu pescoço, eu não conseguia parar de
tocá-lo, e eu sabia que ele também não conseguia deixar de fazer o mesmo
comigo.

Nate desliga pondo o celular em cima da pequena estante de fotografias e


depois me encara.

— Nova York está um caos —diz ele. — Vamos ter de passar a noite aqui.

— Ok — balancei a cabeça confirmando. — Mas, quero saber mais desse


plano?

— É muito simples, senhorita Jones. Eu precisava ficar a sós com você


longe de pessoas intrometidas, não queria te sequestrar nem nada
então...houve uma mentirinha do bem por parte dos nossos amigos para te
trazer até aqui, nada demais —ele diz convencido parecendo contente pelo
plano rápido.

— Esse blecaute estava nos seus planos? Não me diga que Adam fez isso de
propósito para ficarmos presos aqui dentro.

— Isso é muito, muito possível, mas não se preocupe, ele não teve nada
haver com isso, só foi uma coincidência, que vendo pelo meu lado bom,
deixará nós dois presos nessa mansão enorme...e...sozinhos —seu sorriso
malicioso apareceu e eu sorri de volta antes dele me beijar com selinhos
demorados.

— Não vamos fazer isso aqui, não é?

— Por que não? —ele pergunta entre beijos.

— Droga, eu nem consigo me importar mais —falo e ele ri se abaixando


para me tirar do chão, Nate me carrega facilmente e anda até o sofá marrom
se sentando ali.

Nos beijamos por alguns minutos apenas para me deixar ouvir o barulho dos
nossos beijos e meu coração que não parava de acelerar cada vez que sua
mão apertava minha coxa por cima da calça jeans, eu me sentia sedenta.

Socorro.
— Vamos conversar um pouco…?

— Humhum… —resmungo pondo minhas mãos no seu rosto não querendo


quebrar o beijo. Nate me aperta mais forte enquanto minha língua explora
sua boca querendo mais, desci minhas mãos pelo seu peito mexendo meu
quadril em cima dele que ainda me mantinha de lado no seu colo.

— Jones… —ele me chama com dificuldade e eu me afasto um pouco


passando a língua nos lábios, Nate tinha uma sobrancelha erguida me vendo
no ponto auge da minha safadeza, eu disse que estava sedenta.

— Desculpe.

— Não precisa se desculpar por me atacar com toda essa necessidade, gosto
disso —ele abraça minha cintura e eu relaxo nos seus braços. — Mas vamos
ter a madrugada para fazer isso, quero conversar algumas coisas.

— Ainda há coisas para me dizer?

Ele acena com a cabeça afirmando.

— Que coisas?

Nate me aperta mais forte.

— Quando ela perdeu o bebê, eu jurei sempre apoiá-la, mas não ficaria mais
com ela romanticamente e sexualmente, dei tudo o que ela precisava durante
meses, e ainda dou até hoje, foi um voto que fiz com os pais dela.

— Como você a apoia?

— Financeiramente.

— Depois que ela perdeu, vocês tiveram outro momento?

Ele abre os lábios mas depois os fecha, me remexo inquieta.

— Sim, mas foi a muito tempo, Adam e Rubi não eram casados ainda, eu
viajei para a Itália e neste tempo em específico nós nos beijamos, mas foi
por pura fraqueza minha, não significou nada e logo depois me arrependi,
isso já tem tempo e não voltaria a fazer novamente, principalmente quando
eu tenho você aqui comigo —ele beija meu peito. — Você é suficiente para
mim.

— Você a explicou que não significou nada? —pergunto descontraída.

— No mesmo dia.

— Sente vontade...de se livrar desse apoio que dá a ela?

— Às vezes.

Coloquei minhas mãos nos seus ombros.

— É mesmo só apoio financeiro?

— Sim.

— Ah, e quando estava na Itália ela nunca invadiu sua casa chorando ou
devastada porque lembrou do filho que perdeu com você e
momentaneamente surgiu um clima entre vocês?

Nate levantou uma sobrancelha.

— Você está assistindo novelas?

— Estou falando sério! Isso pode acontecer, Nate.

— Isso nunca aconteceu.

— Ok, eu confio em você.

— Ótimo, porque eu também confio em você —ele passou a costa da mão no


meu rosto. — Eu não consigo e não vou esconder mais nada de você, Susie.
Você é importante demais para eu fazer isso.

Sorri satisfeita com a declaração, porque eu faria o mesmo.


— Bom, também tenho umas coisas para te contar.

— Tem? Hum, os últimos dias foram agitados?

Você nem imagina, Lola Venturelli.

— Quer ouvir a do Kevin ou Balis primeiro?

Ele fez uma carranca.

— Pode ser nenhuma?

— Não…

— Kevin.

— O encontrei na aula de culinária, e ele confessou estar me seguindo, não o


vejo mais desde então.

— Ele estava seguindo você, tá de sacanagem? Você ligou para a polícia?!


—ele se mexe embaixo de mim.

Abri os lábios mas depois fechei antes de negar, Nate me olhou como se
fosse me jogar no seu colo e bater na minha bunda, na bunda de uma criança
malcriada.

— Susie!

— Ele queria me convidar para sair com ele novamente, eu neguei, e disse
que amava você.

— Não acredito que ele soube que você me amava primeiro que eu —
encreca como um garoto de 10 anos.

— Para com isso –ri baixo pondo minha cabeça no seu ombro, ele sorriu
zombeteiro.

— Idiota, se ele seguir você novamente, vamos ligar para a polícia, eu


mesmo me certifico dele ficar lá dentro.
— Ok, Capitão América.

— Você acha que eu estou brincando, Kevin é maluco, se você ver a ficha
dele não vai fazer piadas.

— Ficha? Que ficha? —levantei uma sobrancelha.

— Ele enfrenta alguns problemas de raiva, é um cara que parece uma bomba
relógio 24 horas do dia, ele nunca dura muito em algum lugar, você só
precisa ficar longe dele como você já ficava.

Franzo o cenho querendo saber mais sobre isso, mas ele mudou o foco da
conversa.

— O que tem Balis?

— Bom…

Nate se ajeita me encarando.

— Você lembra daquela pulseira que ele quase arranca de mim?

— Sim, o que tem?

— Minha mãe tinha essas duas pulseiras, mas ela acabou perdendo uma, e a
outra ficou comigo —falo, ele levantou uma sobrancelha. — Temo que
minha mãe não tenha perdido e sim dado a ele.

Fiz uma careta mordendo o lábio.

— Porque talvez ele seja meu...pai?

Nate levantou as duas sobrancelhas arregalando os olhos.

— Não…

— Eu disse talvez…
— Oh não, Jesus, não —ele me jogou no sofá se levantando e eu resmunguei
me ajeitando ali ficando sentada pondo meu cabelo para trás.

— Calma aí, é só uma hipótese.

— Os nomes, você…

— São nomes diferentes, o nome da minha mãe é Simone e a dele era


Diana...eu acho.

— Jones, todo mundo pode mudar o nome!

— Não acho que minha mãe faria isso.

— Mas acha que ela supostamente poderia ter dado uma pulseira a Simon
Balis?

Apertei os lábios.

— Ok, você tem um ponto.

— Merda, merda, merda —ele andou até mim se ajoelhando. — Você não
pode ser filha do meu inimigo, porra.

— Você está planejando matá-lo ou outra coisa que eu não sei?

— Engraçadinha, mas pense comigo, eu chegando em casa e você por algum


motivo estar lá me esperando, você vai me perguntar como foi o meu dia, e
eu vou dizer "Foi ótimo, hoje arranquei 10 milhões do seu pai, ele também
atirou no meu braço mas está tudo bem, não posso dizer o mesmo da cara
fodida dele depois do soco que levou. Mas e aí? Quando é o almoço em
família?" —Nate deu um sorriso falso e eu me segurei para não rir.

— Você está exagerando, Nathaniel.

— Não, não é exagero, se Simon entrar mais nas nossas vidas, eu


enlouqueço, eu juro para você, eu enlouqueço!
Ele se levanta andando de um lado para o outro me fazendo engolir em seco,
minha nossa, ele odeia mesmo Balis, até então pensei que era apenas uma
rivalidade no mundo dos negócios, mas obviamente me enganei.

— Pretende fazer um teste?

— Simon me pediu.

— O que você quer fazer? —ele me pergunta.

Olhei para os meus dedos e depois dei de ombros, Nate se aproximou


pegando meu queixo e o levantando para que eu olhasse para o mesmo.

— Imagino que esteja assustada com a situação, mas não importa o que você
decidir, eu estarei aqui caso precise de mim —ele faz um carinho no meu
queixo. — Sempre estarei à sua disposição.

Mordi o lábio subindo meus dedos pelo seu braço esticado, agradeci em
seguida e ele sorriu antes de se inclinar me roubando um beijo rápido.

— Está com fome? Vou pegar algo na cozinha.

Fiquei chocada por Nate conhecer mais a casa de Peter do que o próprio
Peter, semana passada pedi para Pan pegar uma colher para mim, e ele
voltou 20 minutos depois com um garfo.

— Ok.

O beijei uma última vez antes dele se afastar agarrando uma vela, olhei em
volta me perguntando se essa casa não tinha ao menos um gerador, me
levantei indo até a mesinha pegar meu celular que estava ali, mas um tablet
pequeno chamou minha atenção no processo, a bateria estava alta e eu
curiosamente cliquei na tela.

Dei um leve sobressalto percebendo uma música lenta sair do aparelho


preenchendo o ambiente pelo meu simples toque.

Arregalo os olhos tentando desfazer o que fiz mas mas a mão de Nate
agarrou a minha me parando, ele viu minha expressão culpada e sorriu
cruzando os dedos nos meus até me puxar para o centro da sala.

Vejo a tábua de frios em cima da mesinha de centro e ignoro focando meus


olhos nele que gruda o corpo no meu nos mexendo devagar, sorri
abertamente pondo meus braços no seus ombros.

— Me puxou mesmo para dançar? O mundo vai acabar em três dias.

Ele sorriu com meu deboche.

— Contanto que eu passe esses últimos dias com você aqui, não há problema
para mim.

Droga.
Eu estava ferrada.

"Conversa doce e rosto bonito,


Eu fui derrotado no meu próprio jogo"

Escuto a voz do homem cantando e Nate me afasta um pouco me fazendo


girar, quando ele me puxa de volta eu estou sorrindo como uma criança.

— Eu gosto dessa música —ele sussurra.

"Você invadiu minha vida pecaminosa, você me derrubou e roubou meu


coração. Com apenas um olhar você me prendeu, você é uma mulher
perigosa"

Nate riu me encarando e eu balancei a cabeça entendendo a sua reação, eu


mesma o afastei dessa vez o fazendo girar e ele voltou agarrando minha
cintura tirando-me do chão nos fazendo rodar.

— Você é a melhor mulher para o pior dos homens, você traz um pouco de
céu para a minha terra perversa —ele cantou baixinho pondo meu cabelo
para trás e eu fechei os olhos quando seus lábios tocaram os meus em um
roçar delicioso.

Seu coração batendo forte por baixo da camisa social preta e o clima
perfeito rodeado de velas junto a nossa respiração acelerada, quando abri os
olhos e encarei os seus, foi como ligar um botão.

Não me importei com nada, e ele muito menos.

×××

Taca o pau doido, ilhha!


Vai ser lapada a noite toda KAKAKAKAK Esperem o próximocapítulo,
saudades da putaria, minha filha (o)? 😏.

Feliz dia dos namorados, vocêque namora, e você que se apaixona por
um novo personagem literário a cada dia/ semana/mês. Estamos no
mesmo time hehehe.

Até, babys
Não vou postaramanhã ❤.
89° Capítulo

Susie

— Céus... —sussurrei assim que ele me colocou na parede com os meus


seios tocando na tintura fria, mas o seu peito aquecendo minhas costas, as
mãos de Nate se dividiam no meu pescoço para manter minha cabeça no seu
ombro e a outra no botão da minha calça.

— Até quis tentar não parecer desesperado por você, mas eu não consigo
fazer essa merda —ele sussurra no meu ouvido enquanto eu olho para os
meus dedos colados na parede.

Só desvio o olhar quando ele puxa minha calça para baixo levando os dedos
para o meio das minhas pernas em seguida, o encarei ofegante e abri os
lábios para gemer sentindo ele me tocar por cima da calcinha.

Sua outra mão larga meu pescoço tocando um pouco acima da minha cintura
e eu mordo o lábio quando ele põe a mão dentro da minha camisa subindo
para os meus seios.

— Sonhei com eles noite passada —Nate passa a mão quente por baixo do
meu sutiã agarrando meu seio direito.

— Eu sonho com você quase todas as noites —digo baixo, fechei os olhos
assim que ele afastou minha calcinha para o lado me tocando delicadamente.

— Sempre está assim para mim nos seus sonhos? —Ele esfrega os dedos no
meu clitóris me fazendo gemer a resposta.

— Sim, sempre —senti seu sorriso no meu pescoço e quase me engasgo


quando ele afasta a mão do meu sexo apenas para voltar me dando o tapinha
ali que faz meu coração acelerar.

Me mexi na sua frente mostrando minha reação positiva, mas ele me manteve
no lugar colocando a mão no meu cabelo.
— Não se mexa —ele sussurra e eu passo a língua nos lábios.

— Não irei.

Nate me soltou rapidamente apenas para se abaixar tirando minha calça


pelos pés, logo em seguida minha calcinha, levantei os braços quando ele
pediu e minha camisa estava fora assim como meu sutiã.

Encarei para a parede pondo minhas mãos nela novamente enquanto minha
pele formigava com os dedos gelados passando pelas minhas costas até
minhas nádegas.

Percebo ele se ajoelhando e aperto os lábios com as mãos nas minhas coxas
subindo e descendo, eu posso ter um colapso a qualquer momento se ele não
me tocar logo.

Ele me inclina um pouco para baixo e eu deslizo as mãos na parede seguindo


meu corpo, eu não conseguia desviar da parede porque minha ansiedade era
tanta que eu não conseguia olhar para nada além disso.

E nem precisei porque meus olhos se fecharam assim que senti os beijos na
parte interna da minha coxa, limpei a garganta antes de resmungar baixinho
ao sentir a língua me penetrando lentamente.

— Droga —falo baixo apertando os dedos na parede experimentando sua


língua quente fazer um ótimo trabalho lá embaixo, gemi jogando a cabeça
para trás e rebolei vagamente quando seus dedos cravaram na minha bunda.

Ele continua me estimulando com o dedo ao tocar no meu clitóris o


massageando devagar, apenas me enlouquecendo, até que eu franzo o cenho
sentindo a outra mão que estava na minha nádega se arrastando devagarzinho
para um ponto diferente.

— Está me tocando naquele lugar de novo —isso saiu quase como um


gemido.

Não que eu estivesse pensando naquele momento porque meu corpo inteiro
parecia febril e desesperado por um orgasmo, mas eu consegui sentir a ponta
do dedo menor me tocando por cima como se fizesse um leve carinho, era
bom. Mas mesmo assim ele parecia atento ao toque e ao meu corpo,
provavelmente checando se o seu dedo ali, não está me incomodando.
Ele afastou o rosto um pouco, ainda estimulando os dois lugares sensíveis do
meu corpo.

— Como se sente? —perguntou, a voz rouca cheia de excitação.

— Bem —ele belisca meu clitóris me fazendo engolir um gemido. — Muito


bem.

Nate beija minha nádega, provavelmente em cima do meu sinal, e depois


morde me fazendo resmungar, ele se levanta tirando as mãos de mim apenas
para agarrar meu braço me puxando delicadamente pela sala de estar.

Paro na sua frente e ainda consigo olhar para o seu rosto antes dele me jogar
de bruços no sofá, isso não foi nada delicado.
Apoio meus cotovelos na maciez daquilo e olho para trás vendo-o
desabotoar a camisa rapidamente se livrando dela.

Olho para a sua calça percebendo a ereção crescente ali e dou um sorriso
discreto já ansiosa novamente.

Sinto ele atrás de mim e logo depois resmungo quando ele ajeita minha
pernas me deixando de quatro, respiro fundo ouvindo o barulho do cinto
saindo da calça e olho para trás momentaneamente.

Nate me encara e junta minhas pernas que antes estavam em um pequena


distância uma da outra, percebo ele passar o cinto ao redor delas um pouco
acima do joelhos para em seguida prendê-las não me deixando ter muito
movimento da cintura para baixo.

— Coloque as mãos para trás, Jones.

Engoli em seco antes de colocar meus braços para trás, meus punhos ficam
um pouco acima da minha bunda já empinada para ele que passa a língua nos
lábios vendo meu rosto encostado no sofá.
— Por que está me prendendo? —Perguntei.

— Não quer que eu faça isso?

Fiquei em silêncio sentindo minhas bochechas esquentando, eu sabia que ele


estava sorrindo para a minha resposta silenciosa. É óbvio que eu queria.

Quando o olhei de novo apenas percebi que ele estava abaixando a calça,
sua mão direita agarraram as minhas nas minhas costas e eu olhei para o lado
sentindo a ponta do seu sexo tocando o meu, me mexi inquieta e logo depois
reclamei quando ele se afastou.

– Nathaniel! —reclamo.

Ele sorriu novamente.

— Gosto pra caralho quando você me chama assim, mas só quando eu estou
dentro de você.

Eu simplesmente gritei quando ele me penetrou com tanta força que meu
corpo foi para frente pelo rápido impulso, comecei a gemer a cada vez que
ele entrava em mim com um força que não diminuía, e eu não estava pedindo
para ele diminuir.

Fechei os olhos com força abafando os gemidos no sofá de vez em quando


enquanto escutava o barulho do seu corpo se chocando no meu, Nate pegou
mais impulso soltando minhas mãos e levando a sua para o meu ombro
dando gemidos excitados entre uma investida e outra.

— Merda, Susie. Sou completamente viciado em você —sorri ofegante


entendendo completamente, sou exatamente assim com ele.

— Nate...droga… —fechei os olhos com força trazendo minhas mãos para


frente agarrando a beirada do sofá com uma e a outra eu coloquei perto da
boca mordendo o indicador, ele tinha diminuído a frenética a deixando lenta
para logo em seguida investir duro contra mim.

Percebi ele se abaixando e olhei para o seu rosto quando ele puxa meu
cabelo para trás, Nate encara meu nariz e boca ainda investindo contra mim
sem dó até que eu resmungo manhosa pegando sua atenção para os meus
olhos.

— Diga aquilo de novo.

Ele apertou meu cabelo com mais força e eu tirei meu indicador da boca.

— Eu amo você.

Suas sobrancelhas se juntam rapidamente apenas para ele sorrir me beijando


depois, dou gemidos baixinhos na sua boca e ele morde meu lábio dizendo
que também me amava, eu sabia que era real demais para eu estar sonhando,
e agradeço por isso.

— Eu não vou durar muito… —ele sorriu concordando e minutos depois eu


explodi em um orgasmo que me fez minha visão escurecer por poucos
segundos, com a visão turva eu percebo ele me soltar investindo com mais
força até que goza sussurrando meu nome.

Não sinto minhas pernas e arrasto preguiçosamente minhas mãos pelo sofá
branco.

Sofá branco...

Sofá branco...

Por que sinto que isso aqui é importante? Não...deve ser só coisa da minha
cabeça.

Sofá branco...

Arregalo os olhos!

Peter!

Oh. Meu. Deus!

— Nate!
— O que? —ele fala ofegante deslizando as mãos pela minha cintura, ele
parecia pronto para outra.

— Droga, droga, droga —tento me mexer até que ele saia de mim mas
lembro que minhas pernas estão presas, quase caio para o lado.

— O que está acontecendo?! —ele pergunta ao mesmo tempo que se retira


de mim.

— O sofá! Olhe onde estamos!

Ele franze o cenho ainda de joelhos já com o membro guardado na cueca e


depois encara o maldito sofá de 5 mil dólares, Nate arregala os olhos como
eu e eu dou um grito quando ele sem querer cai para trás ao tentar sair dali.

Nate se levanta do chão rapidamente mais ofegante que antes e eu dou uma
risada baixa quando ele me carrega do sofá em posição de bebê recém
nascido, nos afastamos dali um mais surpreso que o outro.

Nate me aperta no seu colo e eu faço uma careta assustada olhando para o
sofá branco de Peter. 5 mil dólares não são nada para ele, mas o valor
sentimental disso deve ser grande, o que até hoje não sei de onde vem.

— Porra, por que você não me disse? —pergunta o cara de pau.

— Eu?!

— Óbvio, Jones. Na nossa relação você é a responsável por não transarmos


em lugares absurdos.

— Você só pode tá de sacanagem com a minha cara.

Nate sorriu para mim e eu revirei os olhos.

Ele me colocou de pé e eu quase caio para frente como um saco de batatas,


mas ele me segura pela cintura pondo a outra mão no cinto em minhas pernas
para me soltar, ele o faz e depois sobe jogando o acessório no chão.
Coloco meu cabelo para trás e caminho até o sofá branco procurando algum
vestígio de que algo possa ter acontecido aqui, olho para o lado vendo Nate
segurando o castiçal mais perto para nos deixar enxergar melhor.

Peguei sua camisa preta social do chão a vestindo.

— Se ele descobrir, estamos fritos —falo enquanto abotoo os botões.

— Estamos?! No caso só eu, até parece que Peter brigaria com você, sortuda
do caralho —ele resmunga e eu bato no seu braço.

— Você que veio para cima de mim já me amarrando como se eu fosse a


Anastasia de cinquenta tons de cinza!

Ele levantou uma sobrancelha com um sorrisinho malicioso, minha


bochechas queimam.

— Você assistiu aquele filme? Não acredito.

Limpei a garganta.

— Assisti com as meninas uma vez…

— Susie Jones, que safada!

— Você também assistiu, seu...seu...

Peguei uma almofada do chão e joguei na cara dele que riu da situação, mas
quando joguei a segunda ele não estava mais rindo porque quase derrubou o
castiçal no chão com a brincadeira, acho que ele ficou azul por um momento.

— Se isso caísse, a casa ia pegar fogo.

Dei de ombros decidindo brincar um pouco.

— Não é como se Peter fosse brigar comigo de qualquer maneira...AAAAA.

Comecei a correr quando ele ameaça vir para cima de mim, vejo
perfeitamente quando ele coloca o castiçal na mesinha de centro e eu passo
pelo hall lembrando que estou nua na parte debaixo.
Olhei para o meu corpo e cobri aquela parte com as mãos tentando me
esconder naqueles corredores, e eu quase consegui, se não fosse pelo braço
que agarrou minha cintura tirando-me do chão.

— Engraçadinha pra cacete hein —ele resmunga me puxando de volta, mas


eu consigo fazer ele me soltar quando agarro um mamilo com a minha
flexibilidade de ninja.

Nate xinga baixo e eu começo a rir dando passos para trás até bater minhas
costas no corrimão da escada, a única luz vinha da lua graças ao teto de
vidro na entrada da mansão, Nate para na minha frente sorrindo como um
bobo e eu passo meus braços em volta do seu pescoço.

Ele me levanta pondo minhas pernas no seu quadril e eu massageio seu


cabelo adorando estar pertinho dele assim de novo.

— Acho que você está em dívida comigo.

Levantei uma sobrancelha deixando que ele tirasse um pouco da minha franja
na testa.

— Qual a dívida?

— Você me deve um encontro.

Abri os lábios me lembrando rapidamente.

— Bom, eu irei a quantos encontros você quiser —sussurrei dando um


selinho casto nele em seguida.

— Você roubou as palavras da minha boca —ele beijou a ponta no meu nariz
descendo pela bochecha até chegar nos lábios. — Só quero ficar com você.

Sorri abertamente.

— É o meu único desejo também —sussurrei deslizando meu polegar pela


sua bochecha.
×××

A Santa dos protetores do casais está sorrindo agora hehehe.

Por falarnisso,
Tenho uma coisa a confessar sobre a santinha que nos acompanha desde
2019 quando eu iniciei a série Babacas de terno.

Babys... —respirei fundo— eu sou a santinha protetora dos casais 😔


(finjasurpresa, por favor)

KKKKKKKKKKK aígente, me enterra.

Vou postar mais um, então, gira o dedinho lindo da mamãe que o próximo
cap játápostado.

Até, babys ❤
90° capítulo

Nate

— Pare, isso faz cócegas —o som da sua risada chegou até os meus ouvidos
me deixando extasiado por alguns segundos, gosto muito de ouvir isso.

Susie colocou a mão em cima da minha que estava na sua cintura, ela parou
meus movimentos ainda sorrindo eu me inclinei beijando sua testa por cima
da franja desalinhada.

Estávamos deitados no chão em cima do grande tapete vermelho felpudo, a


lareira bem na nossa frente que não estava acesa, mas fingíamos que estava.

A noite um pouco fria, mas Jones estava me aquecendo e vice versa, eu só


não queria ter que soltá-la agora. Lembro-me de detestar ficar agarrado com
alguma mulher enquanto estávamos deitados, essa porra nem passa mais pela
minha cabeça agora.

Olhei nos olhos castanhos quando senti suas pernas se apertando nas minhas,
Susie sorriu olhando para mim pondo a mão no meu maxilar até descer pelo
meu peito.

— O que foi? —pergunto.

— O jeito que você me olha…

Seus dedos que estavam no meu peito apertaram minha pele e ela suspirou
baixinho.

— Aquece meu coração —ela me abraça mais forte. — Sinto-me especial e


quente ao mesmo tempo.

Sorri de lado.

— Acho que estou passando a mensagem certa então —falo, ela sorriu
acenando.
— Continue me olhando assim e não teremos problemas —ela brinca dando
um rápido beijo no meu rosto.

Mas antes dela se afastar agarrei suas bochechas a trazendo para perto, cobri
sua boca com a minha em um beijo lento com ela deixando minha língua
tocar na sua, quando escutei o primeiro gemido a puxei para mais perto até
ela mesma tomar a atitude de subir em cima de mim.

Ajeitei suas pernas no meu quadril e me levantei ficando sentado no chão,


passei minhas mãos pela suas costas dando apertos leves, nada comparado
quando cheguei na bunda.

— Nós não usamos camisinha, não podemos fazer o mesmo novamente —ela
sussurra e eu rápido me lembro a afastando.

Susie resmungou sentindo minha mão no seu cabelo, ela engoliu em seco
encarando meu rosto.

— Merda… –sussurrei, esqueci completamente disso.

— Eu irei tomar o remédio, Nate.

Engoli em seco concordando.

— Ok, faça isso, eu posso comprar com você se quiser.

Sinto suas mãos no meu ombro e ela suspira se aproximando novamente,


solto seu cabelo ainda na postura tensa e eu a vejo sorrir pequeno antes de
colocar a testa na minha.

— Acha que...gostaria de ter algum filho um dia?

— Não.

Ok, isso saiu rápido demais.

Susie levantou as duas sobrancelhas.

— Não quero falar sobre isso agora, vamos entrar em outro tópico.
— Nate...você sabe qual é o meu sonho?

— Se livrar de Eric?

— Eu estou falando sério —parei de sorrir quando entendi sua tentativa de


me chamar para uma conversa séria.

— Diga-me.

— É ser mãe, Nate. Segurar meu filho, uma pequena e linda parte de mim
que nasceu para ser a coisa mais importante da minha vida, eu quero sentir a
sensação de ser uma mãe coruja porque eu provavelmente serei.

O silêncio na sala foi reinando pelos próximos segundos.

— É isso que você quer?

— Sim, é o que eu quero.

— Mi bela… —passei minhas mãos pelos seus braços mas ela as pegou
parando meus movimentos.

Ela suspirou parecendo tristonha, mas ao mesmo tempo compreensiva.

— Sei que esse assunto deve ser difícil para você, mas...você jura que nem
um fiozinho do seu cabelo ou uma célula pequena do seu corpo não sente
vontade de conhecer a paternidade? —abri os lábios, ela colocou as mãos
no meu rosto. — Se eu estiver abusando, não precisa…

— Não —neguei. — Não posso jurar isso.

Susie apertou minhas bochechas e mesmo que ela tentasse esconder, eu sabia
que ela estava aliviada.

— Não agora, mas se um dia, muito, muito distante... —ela sorriu.

— Nem tanto, olha a sua idade...

— Você é inacreditável! —briguei com ela.


Susie riu alto pondo a testa no meu ombro rindo da minha cara.

— Desculpe, continue —ela passou a mão no rosto tentando voltar a ficar


séria. Revirei os olhos.

— Caso um dia a paternidade chegue para mim, eu a abraçaria com todas as


forças, mas hoje, não tenho vontade de ser pai, hoje, não significa que em um
futuro eu não o faça.

Passei meu braço em volta da sua cintura e ela sorriu parecendo satisfeita
com o meu pensamento já que ela deve pensar igual. Isso é ótimo, significa
que estamos na mesma página.

— Talvez eu consiga me acostumar com a sua imagem de pés inchados


comendo churros com sopa —falei, Susie parecia momentaneamente
surpresa.

— Você…

— Não enxergo outra mulher com quem faria isso —sorri de lado beijando
seus lábios rapidamente. — Só você, se você quiser é claro.

— Está me pedindo para ser a mãe do seu filho no futuro?

— Sim, espere —fingi olhar para o lado como se estivesse vendo alguém.
— É o Noah, ele está dizendo para você aceitar.

Susie apertou os lábios me encarando e depois olhou para o lado


provavelmente pensando que eu fui possuído, mas eu logo entendi porque ela
é perfeita para mim.

— Diga a Noah que eu aceito.

Sorri abertamente.
Ela entende as minhas brincadeiras raras.

— Estamos falando de filhos, mas não somos nem namorados ainda —ela
riu.
— Para você ver como as coisas com você são complicadas —ela diz e eu
revirei os olhos antes de me inclinar beijando seu pescoço de forma
carinhosa.

Beijei seu maxilar subindo para o seu rosto e ela suspirou quando a beijei
nos lábios. Até que ela se afasta pondo os braços em volta do meu pescoço e
eu agarro sua cintura a ajeitando em cima do meu pau.

— Vou fazer uma pergunta, quero que responda com sinceridade.

— Diga.

— Qual é o melhor momento comigo que ficou gravado na sua memória?

— Quando rasguei sua calcinha.

— Nathaniel!

Ela belisca minha nuca vendo o sorriso zombeteiro no meu rosto.

— Certo, quer saber mesmo? —ela confirma. — Quando caímos na lagoa de


patos.

— Sério? Aquele desastre? —sua careta me fez rir ao confirmar.

— Quando você estava nos meus braços dentro daquela lagoa, eu percebi
que estava apaixonado por você, não só é uma memória que me deixa
contente, como foi uma das melhores coisas que me aconteceu —toquei na
ponta do seu nariz e ela sorriu mordendo o lábio. — E eu conheci a come a
milho, não podemos esquecer disso.

Susie riu pondo a mão na boca.

— Isso foi muito bom de se dizer.

— Hum...foi? Acho que eu devia ganhar algo —mexi sua cintura para frente
para trás e ela riu mais balançando a cabeça.

— Minha vez.
— Pode dizer.

Ela passou a língua nos lábios.

— Quando estávamos no navio, foi no dia que você me contou como se


relacionava com mulheres, e eu afastei você —ela diz e eu confirmo
passando a mão no seu cabelo.

— Mas pela noite, havia uma festa no navio e todos nós fomos, foi a
primeira vez que dançamos juntos, a primeira vez que você me deu esse
olhar que me dá agora, eu soube naquele mesmo instante que eu me
entregaria a você, e foi exatamente o que eu fiz.

Pisquei um par de vezes me lembrando do acontecimento, faz bastante


tempo, mas eu consigo lembrar dos passos desajeitados e da nossa tensão
que está aqui até hoje.

— Ainda bem que o fez, caso contrário não estaríamos aqui agora — digo.

— É que...você é uma bela tentação —ela se abandonou e eu ri baixo dando


um tapinha na sua bunda.

— O que acha que sairmos neste sábado para o nosso encontro? Vai ser
antes de eu viajar para a Itália.

Ela reage pondo as palmas nas minhas costas me olhando em silêncio por
alguns segundos.

— Você vai para a Itália semana que vem?

— Sim, tenho que ir, não posso deixar Mirelle sozinha com um bando de
idiotas racistas, lembre-me de convencê-la a ir na delegacia.

— Não conheço a Itália, mas eu procuro no Google Maps um caminho mais


rápido para você chegar até a delegacia —ela diz balançando a cabeça.

Coloquei meus dedos em cima do seu peito afastando minha camisa social
no seu corpo, Susie sorriu me vendo brincar com as suas pintinhas.
— Já foi em outro lugar além de Nova York? —Perguntei.

— Já fui em Seattle!

— Você nasceu lá, Jones.

— Mas conta! —ela franze as sobrancelhas.

— Não, não conta.

— Ok, já fui para a Bahamas —ela deu de ombros se gabando como se


estivéssemos em uma competição de tapas. — Meus amigos ricos me
levaram para lá.

— Hum, eu sei, eu sou um desses amigos ricos.

— Então, podemos fechar a lista de lugares que já fui.

Passei meu polegar pela sua bochecha e desci até o seu queixo trazendo seu
rosto para perto do meu.

— Venha para a Itália comigo —pedi baixinho olhando para os seus lábios
implorando silenciosamente pela resposta, mas logo subi para os olhos que
pareciam surpresos demais.

— Desculpe o que? Acho que você se engasgou com alguma coisa aí.

— Não estou engasgando com nada, venha para a Itália comigo, eu quero
mostrar tudo a você, eu quero você dentro da minha vida em todos os
sentidos.

— Nate...uau, eu não…

— Vamos...diga sim, e viajaremos amanhã, podemos ter o nosso encontro na


Itália.

— Oh meu Deus você é maluco —ela colocou a mão na testa.


— Não, só sou decidido, é bem diferente. E agora, eu quero levar você para
a Itália, te mostrar meus lugares preferidos, te mostrar minha casa, ah! Tem
uma linda lagoa por lá, vai que a gente cai novamente, seria romântico.

Ela começa a rir quase jogando a cabeça para trás e eu sorri pequeno
gostando de vê-la assim, tão leve, sem aquele olhar triste que me deu um
soco no rosto dias atrás.

Abracei seu corpo mais forte e beijei seu rosto arrancando mais risadas em
uma forma de tortura até eu ouvir a sua rendição.

— Ok! Ok! —ela diz rindo. — Calma!

— Significa que você vai fazer as malas?

— Lolinha…

Franzo o cenho.

— Que porra é Lolinha?!

Susie arregalou os olhos e depois colocou a mão por cima da boca com uma
expressão de quem foi pegar falando coisa errada.

— O que você apontou?

— Eu não aprontei nada, eu sou a mais calma do grupo, esqueceu disso?!

— Susie Marie Jones, o que você fez?

Ela juntou as mãos na frente do corpo com um olhar culpado mas no fundo,
ela estava adorando. Cruzei os braços esperando.

— Eu meio que...dei o seu nome do meio para a galinha, mas foi no


diminutivo, então não é a mesma coisa.

Ela fica me encarando e eu fico a encarando de volta, até eu rir balançando a


cabeça esperando que ela ria junto comigo mas ela não faz essa porra.
— Nossa, você está falando sério? —pergunto antes de pôr a mão na boca.

— Ela adora o nome.

— É uma galinha! Como você sabe disso?

— Ela...me conta?

— Meu Deus, estou apaixonado por uma nova versão do Dr. DoLittle que
fala com animais.

Ela riu mas depois parou apertando meu ombro.

— Apaixonado hein? —ela coloca os braços em volta do meu pescoço se


aproximando com um sorriso contente no rosto.

— Sim, completamente, enlouquecedoramente, e ardentemente apaixonado


por você —colei a testa na sua. — Vai fazer as malas?

Susie suspirou.

— Você está me pedindo para ir para o outro lado do mundo viver uma
aventura com você —Ela fez uma expressão desanimada e isso me deixou
nervoso pra caralho, mas depois ela sorriu e eu suspirei de alívio. — Vamos
para a Itália, modelo de perfume.

Sorri antes de beijá-la com força sabendo que eu estou prestes a pegar o que
ela tem para mim, passei meus dedos pelo seu cabelo a puxando e ela geme
quando minha outra mão pousa na sua cintura a movendo para frente e para
trás.

Suas mãos que estavam nas minhas costas me soltaram e eu percebi ela
tocando nos botões da própria blusa, solto seu cabelo e a ajudo no processo
tirando a blusa do seu corpo.

Vejo os seios pequenos e rápido me inclinei colocando um na boca


experimentando beliscar com o dente o bico rígido enquanto ela suspira
pondo uma mão na minha nuca, beijo sua pele aspirando o cheiro que eu
gosto e coloco outro na boca enquanto ela rebola em cima de mim dando
gemidos baixos.

Minhas mãos que estavam na sua cintura a apertam e ela sorri mordendo o
lábio.

— Bahamas foi interessante para nós dois —sussurrei beijando acima dos
seus seios.

— Foi mesmo? —ela pergunta ofegante me vendo beijar seu tronco.

— Foi, apenas porque eu pude beijar você aqui —a dei um selinho


demorado sem tirar os olhos dos seus. — Beijar aqui… —Susie passou a
língua nos lábios quando beijei o bico do seio direito.

— O que mais? —ela sussurra e eu sorrio internamente.

— Tocar…aqui —ela geme quando eu esfrego meus dedos no seu sexo por
cima da calcinha que ela tinha colocado. Susie joga a cabeça sutilmente para
trás fazendo suas unhas cravarem no meu braço. — Eu pude ouvir esse
gemido delicioso de novo.

Ela estremece quando massageio o clitóris e com a outra mão eu agarro a sua
nuca puxando-a suficiente para frente até seu nariz tocar no meu, ela tenta
ficar de olhos abertos mas não consegue.

— Eu evitei por tanto tempo não cair na tentação com você, que cada vez
que você geme ou me toca, minha mente faz uma pequena festa —a dei um
selinho. — Você é incrível.

Ela sorriu abrindo os olhos e eu recebi o beijo de bom grado quando ela o
fez, suas mãos pousam nas minhas bochechas.

Eu estava no caminho certo para fazê-la gozar nos meus dedos agora, mas
rápido foi jogado um balde de água fria quando escutamos a voz de Peter
Ross.

— Nate? Franjinha? Puta merda, e se eles morreram?


— Como isso aconteceria, Wilson?! —Emy pergunta e Susie se apressa
pegando a blusa do chão.

— O Jason pode estar por aí esta noite.

— O cara só aparece na sexta feira 13, pare de ser maluco, já basta o Adam
agarrado na sua perna pensando que o Freddy Krueger estava vindo pegar
ele.

Acabei rindo internamente.

— Você está com ciúmes… —Peter fala isso em um tom engraçado.

— Não, não estou, Rubi me distraiu por bastante tempo —reconheci a risada
perversa de Emily e eu sei que Pan está com uma careta irritada agora.

Quando eles chegam na sala de estar eu estou colocando a minha calça


enquanto Susie corre de um lado para o outro procurando suas roupas, por
que isso me lembrou a come milho?

— Ei! Aí estão —Emily aponta para nós que ainda estamos a luz de velas.

— Por que aqui está tão escuro? —Pan franze o cenho.

— Onde você estava? Tava rolando um blecaute… —zombei.

— Há, há —Peter finge rir e eu reviro os olhos. — A luz já está voltando,


pensei que aqui já estivesse.

— Ainda não, está tudo bem com vocês? — Susie pergunta caminhando até
mim parando quase atrás tentando esconder as pernas nuas, a mantive atrás
de mim como ela queria.

— Sim, vamos subir e descansar, se quiserem ir só amanhã, podem escolher


um quarto para dormir, vou levar meu grandão tatuado para uma noite de
sono —Emy pisca para nós.

— Ok, obrigado —aceno.


— Durmam bem —Peter diz isso mas analisando a sala de estar, ele estava
normal até dois segundos atrás mas agora parece com uma vontade de
encarar cada detalhe dessa sala, não acredito que o cara tem um radar para
fodas no sofá branco!

Olhei para a Susie que estava de lábios apertados querendo entrar dentro de
mim, limpei a garganta olhando para Peter que segundos depois deu de
ombros e agarrou a mão de Emily.

— Boa noite, juízo hein caralho —ele aponta para nós e eu levanto o polegar
com o sorriso mais cínico do planeta.

Os dois estão saindo da sala quando tudo fica claro novamente, as luzes
voltam e Susie solta um suspiro de alívio.

— Ah ótimo, ainda bem —escuto Pan falar com Emy e os dois logo saem do
lugar indo embora.

Olho para Susie que finge desmaiar caindo no chão e eu ri alto me abaixando
até carregá-la, ela ri em seguida se agarrando em mim.

— Vamos embora, Mi bela.

— Temos que achar minhas roupas primeiro, você precisa da sua blusa de
volta.

— Porra.

Isso durou meia hora antes de encontrarmos suas roupas, fomos para o
apartamento dela em seguida.

×××

Não esquece de votar, baby


Eternamente grata

Parece vamos a Itália


Hum...muito interessante heheheheh.
Eu vejo vocês em breve, eu volto rapidinhotá bom? 😍

Até, babys ❤.
91° capítulo

Susie

"Isso é menor que uma pulga"


Esse foi o meu primeiro pensamento quando coloquei a pílula na palma da
minha mão.

Levei aquilo até os lábios e peguei a água de cima da cômoda do meu


quarto, virei o rosto por poucos segundos apenas para ver Nathaniel
encostado na parede perto da porta com as mãos dentro da calça social.

Ele me encarava em silêncio deixando-me ver o colete preto no seu peito


que não sei como, mas o deixava ainda mais charmoso, acho que o prefeito
deveria proibir uma coisa dessas.

Dei mais de dois goles quando voltei a olhar para o copo e engoli o remédio
fazendo uma careta, não gosto de pílulas, sempre parece que eu vou ficar
engasgada com elas.

Devolvo o copo para a cômoda e suspiro pegando um chapéu de cima da


cama para por na minha cabeça, olhei para Nate.

— O que você acha? —apontei para o chapéu.

— Acho que seu chapéu de Hélio Kitty está fora de moda.

— Você não pode falar de moda com um chapéu desses, olha que lindo e
cultural —defendo o chapéuzinho desse monstro.

— Não… —ele balança a cabeça enquanto eu me aproximo.

— Você é preconceituoso, Nathaniel.

— Essa é o chapéu mais feio que eu já vi na vida! —ele exclama rindo.

— Não! — coloquei minhas mãos nos seus braços quando ele tentou tirar da
minha cabeça. — Você é cego.
— Estou quase ficando se continuar olhando para isso — ele diz e depois
abre a boca assim que eu bato na sua mão fazendo um estalo alto.

— Espero que vocês não estejam se agredindo, ou fazendo sexo! Os dois são
ruins comigo! — minha tia grita e eu olho através da porta vendo ela
chegando no apartamento e Nate aperta os lábios.

— Como é o nome dela mesmo? —perguntou.

— Michele, vem, vou te apresentar.

Agarrei sua mão sentindo ele cruzar os dedos nos meus e nós saímos do meu
quarto indo até onde ela estava, minha tia colocava algumas sacolas no
balcão da cozinha quando nos encarou.

— Ora, você deve ser o maluco que embebedou minha sobrinha — ela diz
sorridente e Nate quase se engasga.

— O que?

— Não foi nada disso — balancei a cabeça para ele.

— Ótimo, sei como se sente sobre bebida alcoólica e ficaria angustiado se


fosse eu…

— Caralho que voz é essa?! — Michelle o interrompe e eu desfaço minha


cara de apaixonada para encará-la.

Ela se aproxima pondo uma mão na boca parecendo chocada enquanto


analisa Nate dos pés a cabeça, fica estranho depois de alguns minutos e ele
levanta a sobrancelha pondo as mãos na cintura.

— Onde você achou um desses? — ela pergunta me encarando.

— Em um quartinho de limpeza —Nate fala.

— É verdade, quando eu vi ele perto do esfregão meu coração acelerou —


aponto para ele que sorri de lado me encarando.
— Você é faxineiro? — ela franze o cenho encarando as roupas dele. —
Você trabalha vestido assim? Que inovador.

— Não, sou empresário — ele explica.


— Mas quando tinha 15 anos trabalhei na limpeza de um restaurante.

O encarei.

— Trabalhou? — Perguntei com uma sobrancelha erguida.

— Sim, comprei o restaurante 5 anos depois — ela deu um sorriso de


vitória.

— Por que trabalhava lá? Pensei que…

— Eu te disse uma vez que eu mesmo me guiava, eu precisava de uma


experiência diferente dos negócios da minha família, foi assim que eu soube
que não conseguiria trabalhar para ninguém, não gosto de receber ordens...

— Você gosta de dá-las, é verdade. Faz todo o sentido para mim, mandão do
jeito que é — falei rindo mas fui parando com o seu olhar que quase me
deixa nua, até seu maxilar estava apertado.

Se estivéssemos sozinhos, acho que estaríamos rolando pelo chão agora.

Limpei a garganta tentando resistir a vontade de sorrir e encarei minha tia


que nos olhava meio confusa, mas não o suficiente para nos perguntar o que
estava rolando.

— Vamos almoçar com alguns amigos, você gostaria de vir? — Perguntei


ajeitando meu chapéu de hello kitty.

— Não, obrigada. Vou aproveitar meu último dia em Nova York — ela deu
palminhas e eu franzo o cenho.

— Como assim? Você já vai embora? — dei um passo para frente.

— Sim, por mais que você seja maluca alucinada por mim — ela sorriu
concecidade. — Eu tenho meu trabalho em Seattle, não posso ficar longe por
muito tempo, já peguei os contatos necessários aqui para a minha confeitaria,
não vejo mais nada que precise da minha presença.

— Pensei que você fosse me ajudar em algumas coisas…

— Susie, eu não sei quem é o seu pai, infelizmente eu sou inútil para você,
mas se quer um conselho, faça o exame de DNA com aquele homem, só
assim para você dormirá em paz — ela se aproxima passando a mão no meu
cabelo. — Sei que nossa relação nunca foi a das melhores, mas eu amo você,
toda vez que olho para o seu rosto eu lembro da minha irmã, aquela chata
que escondeu as joias da nossa mãe antes de morrer, chata pra caralho.

Acabei rindo da forma que ela disse e a dei um abraço quando ela me puxou.

— Obrigada por ter vindo de qualquer maneira — digo.

— Foi ótimo vir e conhecer seu homão, minha nossa, esse cara foi esculpido
por Da Vinci? Cacete — ela sussurra a última parte no meu ouvido e eu
concordo sutilmente.

— Que horas é o seu voo amanhã? —pergunto.

— Oito da noite, vai me deixar no aeroporto?

— Sim, claro, podemos ir de táxi.

— Você não vai de táxi — a voz de Nate chama minha atenção e eu olho
para ele que aperta os lábios. — Vocês não vão de táxi, eu levo ambas sem
problemas.

— Ótimo! A gente já não gasta com táxi — minha tia comemora e eu dou
risada quando ela dá um tapinha na minha cabeça.

— Divirta-se, nos vemos depois — ela se despede e passa por Nate


apertando a mão dele. — Tchau, mandão.

Nate estava com um sorriso simpático no rosto mas sei que ele está forçando
por causa do apelido, minha tia vai para o quarto e abre a porta com cuidado
para a Lolinha não passar.
Quando chegamos aqui ontem à noite Lolinha correu tanto, mas tanto pelo
apartamento que eu pensei que ela fosse morrer, mas não demorou muito
para ela pular em Nate bicando seu braço e sapato. E de madrugada eu acho
que vi ela deitado perto dele na poltrona, talvez esse tempo todo ela esteja
apaixonada e não irritada com a presença dele.

A porta se fecha e recebo o olhar do modelo de perfume que semicerrou os


olhos para mim.

— Eu acho...que...você não gosta muito quando eu te chamo de mandão —


coloquei as mãos para trás deslizando o pé no tapete como se fosse uma
menina que fez uma coisa malvada.

— Você está errada — ele diz agarrando meu braço me puxando para perto.
— Eu gosto, mas não quando você fala em público.

Suas mãos vão para a minha cintura e eu acho que estamos nos movendo, não
sei direito porque não consigo me concentrar em nada além dos seus olhos.

— Por que não? — Perguntei

— Porque eu não posso agarrar e te devorar sem parecer um maluco tarado,


e isso seria péssimo para a minha reputação você não acha? — ela me deu
um sorriso malicioso e eu ofeguei de leve sentindo minhas costas na parede
azulada, estávamos no banheiro.

Olhei para o seu peito vendo aquele colete preto e acho que fiquei mais sem
ar do que já estava ficando, olhei para os seus lábios perto dos meus e mordi
o meu totalmente atraída.

— Não me olhe assim, eu só quero beijar você — ele sussurrou passando o


polegar pelo meu lábio inferior.

— Do que está falando?

— Desse olhar em seu rosto, o que me pede silenciosamente para arrastar


sua calcinha e foder você — sua voz rouca faz minha mente girar e minhas
pernas se apertarem com as palavras, eu ainda o encarei nos olhos antes de
jogar meu corpo contra o seu o beijando com toda a minha excitação.

Escuto ele suspirar pondo uma mão na minha cintura e a outra na parede
como se isso fosse o suficiente para ele não se aproximar mais de mim.

— Nate…

— Temos um almoço para ir, Mi bela.

— Eu sei, só… —minhas mãos apertam seus ombros indo para as costas até
parar acima das nádegas comigo ainda o beijando.

— Me quer dentro de você? — ele provoca apertando minha cintura e eu


quase derreti nos seus dedos, ele nunca precisa de muito para me excitar.

— Sim — minha mão parou na sua nuca apertando seu cabelo. — Muito.

Ele encarou minhas bochechas descendo para o meu peito até chegar na
minha blusa preta que não precisa de sutiã, mas que agora precisava para os
bicos rígidos que não se escondiam dele.

Nate colocou os dedos no meu peito agarrando o colar de trevo que ele
havia me dado e depois sorriu para mim, sorri de volta.

— O que?

— Me prometa que sempre guardará isso.

Passei a língua nos lábios e concordei.

— Eu prometo.

Ele acena e depois põe os dedos no meu queixo puxando meu rosto até o seu,
Nate me dá um selinho demorado que ele logo faz questão de mudar me
beijando com a urgência de antes, ponho meu braço em volta do seu pescoço
quando ele me levanta do chão para colocar minha bunda em cima da
bancada de granito que era pequena demais para o que queríamos fazer.
Sua respiração escassa estava igual a minha quando nos separamos e eu
levei meus dedos para o botão da sua calça enquanto ele beijava meu
pescoço indo para os meus seios.

— Não acredito que estou dando uns amassos com alguém que usa um
chapéu da Hello kitty.

Quase explodi em uma gargalhada, mas me segurei.

Assim que desfiz o botão ele afastou minhas mãos ajeitando minhas pernas
no seu quadril e eu o beijei novamente sentindo sua ereção se esfregando em
mim.

Até que um barulho de celular apareceu, mas não nos afastamos, olhei para a
bancada pelo canto do olho e vi que era o meu, mas tive que fechar os olhos
quando senti os lábios quente se abaixando para ir até o meio das minhas
pernas.

Minha bunda estava doendo por causa do pouco espaço mas eu não me
importava, Nate puxou meu vestido para cima e eu olhei exatamente quando
ele beijou meu sexo por cima da calcinha de uma forma lenta e quase
dolorosa, os dedos dos meus pés se torceram quando um gemido baixo saiu
de mim.

Mas não conseguimos manter a bolha sexual com o meu celular tocando a
cada 10 segundos, Nate parou de me beijar me deixando tonta e eu vi quando
ele pegou meu celular levando até o ouvido antes de beijar o bico dos meus
seios.

— Quem fala? —ele pergunta na mesma hora que coloco minhas mãos no
seu cabelo sentindo ele subir os beijos pelo meu corpo.

— Simon Balis? Ah não fode! —ele resmunga beijando meu pescoço e eu


pisco algumas vezes o afastando, Nate me encara ofegante e eu engulo em
seco.

— Como conseguiu o número dela?


Por mais que sinta que devia pegar o celular, eu não queria, a conversa dos
dois me chama mais atenção.

— Como assim quem é? É sua irmã, idiota.

Balancei a cabeça e escuto Simon falar "Minha irmã não tem essa voz de
grilo com pneumonia. Agora, passe para a Susie, por favor".

Ele olhou para mim e deu o celular na minha mão depois de me perguntar se
eu queria falar com ele ou não. Minha resposta foi sim.

— Alô —encarei as mãos de Nate que pousam na minha coxa me


confortando.

— Se você me der 18 horas eu consigo um namorado melhor para você,


graduado em Harvard e tudo — ele fala e isso me fez rir internamente. A não
ser por Nate que revira os olhos indicando que escutou o que ele disse.

— Agradeço a oferta, mas eu passo —digo sorrindo.

— Você quem perde, sou um ótimo casamenteiro.

Nate tira o chapéu do meu cabelo e depois ajeita a franja na minha testa me
deixando como sempre fico.

— Você precisa de algo?

— Sim, do seu sangue.

Levantei uma sobrancelha.

— Isso ficou muito psicopata, não ficou? Desculpe, mas você entendeu, que
tal fazermos logo? Não posso esperar mais, fiz minha pesquisa sobre você
mas não encontro nada! Que porra é essa? Quem caralhos é você? Isso está
me matando, vamos fazer isso, por favor.

Abri os lábios e olhei para Nate que deu um sorriso pequeno agarrando
minha mão dando um leve aperto.
— O que você quiser fazer, Mi bela. Você quem decide —ela sussurra e eu
suspiro.

— Ok, Simon. Acho que não custa nada. Mas não quero que crie
expectativas sobre mim como não criarei sobre você —falei.

Ele ficou em silêncio por um tempo antes de soltar um suspiro de alívio.

— Vou fazer os telefonemas, será em segredo absoluto, se você for mesmo


minha filha, Susie… — ele faz uma pausa. — Farei de tudo para protegê-la e
preservá-la.

Fiquei em silêncio pensando na possibilidade.

— E depois eu vou jogar seu namorado da ponte do Brooklyn.

— Vai se foder — Nate resmunga irritado e Simon solta um riso baixo.

— Tudo bem, nos vemos em breve, Simon Balis —me despeço.

— Até, Susie.

Ele desliga na minha cara e eu encaro Nate que tira o celular da minha mão
pondo ao meu lado na bancada, ele suspira vendo minha expressão e põe os
dedos entre os meus cabelos.

Ele beija minha testa carinhosamente e depois me abraça.

— Eu amo você —ele sussurra e meu coração ansioso se enche de


felicidade rapidamente, ouvir isso acalma qualquer tempestade que esteja
acontecendo na minha cabeça.

— Vai dar tudo certo —ele me aperta e eu concordo.

— Eu espero que sim.

×××
Baixaria, putaria, e doses de tequila sãos minhas coisas preferidas
KAKAKAK mentira! Não tome bebida alcoólica! O resto táliberado 😏
.

Voteeeeeeeeee
Caralhoooo, titia Lis só quer uma estrelinha sua, poxa, quero que esse
livro chegue a 1M de votos, me ajuda, por favorzinho .

Amanhã eu volto com mais baixaria KAKAKAK mas fica esperta(o) que
é coisa nova aí hein.

Eu volto jájá 😏
Até, babys ❤.
92° capítulo

Susie

Me joguei nas almofadas coloridas e depois quase morro quando Emily se


joga em cima de mim, nós duas rimos e eu olho para os outros que vão se
sentando na rodinha da fofoca.

— Hora da rodinha da fofoca! A única coisa que eu gosto de fazer com


vocês —Adam fala dando um sorrisão.

A rodinha da fofoca acontecia todo final da semana onde nós 8 íamos


almoçar na casa de alguém e fofocar sobre a nossa semana, Adam que
inventou isso, mas todos gostaram, aderimos desde então.

Só que hoje era diferente porque tinha mais gente, Carlos Mendoza e Maria,
sua namorada, e Monica e Gregório Venturelli estavam na cozinha
conversando enquanto nós estávamos na sala de estar. Só faltavam Jon e Josh
com o filhinho deles, que ainda não chegaram.

— Já vimos que Nate enfeitiçou a Susie de novo, tadinha —Bell fala e faz
um sinal da cruz.

— Alguém cala a boca desse cara, eu não aguento mais —Nate passa a mão
no rosto.

— Você passou 28 anos olhando para a minha cara, aguenta mais 70 anos,
porra —Adam ajeitou a encharpe roxa em volta seu pescoço, acho que
aquilo era da Rubi. Ou não...

— Isso significa que você vai viver até os 98? —Pan questiona e Adam
acena, Peter faz uma careta. — Acho que com 86 tá bom né, loirinha. Tempo
suficiente para nós dois.

— Se isso significa ficar longe dele, por mim tudo bem —Emy dá de ombros
e Adam cruza os braços.
— Quem disse que vocês vão ficar longe de mim? Vou encontrar vocês no
céu.

— Deus me livre —Dylan sussurra e Adam dá um tapa exagerado no braço


dele.

— Ilusão dele achar que vai pro céu —Nate sussurra para mim, ri baixinho.

— Vocês estão bem então? —Lisa pergunta me encarando e eu aceno


olhando para Nate que estava do meu outro lado me dando um sorriso bobo.

— Olha a cara dele de apaixonado, Peter, bate uma foto —Adam sussurra e
eu seguro o braço de Nate quando eu percebo que ele vai jogar uma
almofada na cara de Bell, Dylan solta uma gargalhada pelo grito que Adam
deu.

— Você é muito medroso —Rubi fala olhando para o loiro.

— Olha quem fala, você me chamou para afastar um coelho de você.

— Ele tinha olhos vermelhos! —Rubi grita e depois abaixa a voz quando
percebe nossa expressão assustada. — Eles não são confiáveis.

— Eles servem um para o outro —Emy bate palma.

— Ninguém falou contigo, loira.

— Depois do que vi ontem, zoar você nem me deixa mais satisfeita —Emily
diz encarando Adam que fecha a expressão.

— O que...aconteceu ontem? —Perguntei curiosa.

— Nada, na verdade, eu acho um pouquinho desnecessário a gente tocar


nesse assun…

— Adam se mijou na calça! —Rubi grita e depois coloca as mãos na boca.

— Como? O que? —Nate levanta uma sobrancelha.


— Não foi nada demais…

— Ele sujou meu tapete de xixi, nem Mops faz isso —Rubi fala.

— Porra, princesa! —Bell briga com ela.

— Não, vou defender meu amigo…

— Melhor amigo —fadinha corrige Pan que manda ele calar a boca.

— Estava muito escuro no apartamento deles ontem, e todos nós estávamos


lá enquanto vocês faziam as pazes —Peter aponta para Nate e eu. —
Demoramos um pouco para achar as velas, e Adam, bom, ele começou a
escutar coisas.

— Era o demônio —Bell fala sério.

— Não, idiota, era a babá eletrônica —Rubi diz.

— Enfim, ele ficou desesperado e derrubou água na calça dele enquanto


corria como um louco pelo apartamento e no escuro.

— Depois que achamos as velas ele se pendurou na perna de Peter e não


soltou até que a luz voltasse —Rubi diz.

— Por questão de segurança —Adam levanta um dedo.

— Medroso —Lisa resmunga.

— Tadinho —olhei para Adam que colocou a mão no rosto fingindo chorar,
estendi meus braços. — Ninguém levou você a sério, não foi?

— Não —ele nega soluçando e vem engatinhando até mim até que ele deita a
cabeça no meu colo chorando em cima da minha coxa.

— Vai ficar tudo bem, Bell —beijei sua cabeça. — Não tem problema não
gostar do escuro.
— Eu não gosto, não sou menos menino por isso, não é? —ele pergunta
fazendo os olhinhos do gato de botas.

— Claro que não, não é só porque você é gigante que precisa ser forte o
tempo todo —passei a mão no seu cabelo.

— Obrigado, Mi bela —ele fala e Nate solta uma risada forçada.

— Ou, ou, ei, tá bom —ele puxa Adam pelo braço e Bell se ajeita com um
sorriso malicioso.

— O que? Não gostou? É o apelido dela, não é? Mi...bela —Adam fala de


novo de uma forma mais engraçada e Nate ri mais dando tapinhas no ombro
dele.

— Você não vai me estressar, Tinker Bell.

— Na verdade, é um ótimo apelido, vou dar esse a Rubi também.

— Por mim tudo bem —Nate tinha o sorriso falso no rosto e os tapas no
ombro de Bell estavam mais fortes, ou era impressão minha? — Faz o que
você quiser.

— Sério? Até chamar Susie assim?

— Não, não fode —Nate parou de sorrir e Adam sorriu de lado.

— Agora você entende como é, babaca.

Sorri de lado balançando a cabeça e Adam ainda tentou roubar um beijo do


modelo de perfume antes de dar uma cambalhota para trás para não ser
atingido pelo punho de Nate.

— Outra fofoca? —Peter pergunta, o fofoqueiro.

— Sim, eu tenho uma coisa para dizer —falei olhando para os 6 que não
faziam ideia do que vou contar agora.

— Vocês já estão familiarizados com Simon Balis, certo?


— Odeio ele —Adam e Dylan falam ao mesmo tempo e eu aperto os lábios,
encarei Peter depois de perceber que ele não falou junto com os meninos e
depois faz uma cara de mal quando os irmãos levantam uma sobrancelha.

— Odeio ele, porra. Que atraso para a sociedade —Peter força uma voz
grossa e eu reviro os olhos.

— Bom, vocês sabem que eu nunca conheci meu pai… sempre foi eu e minha
mãe desde que eu me entendo por gente, ela nunca me falou nada concreto
dele, como se sempre estivesse escondendo ele de mim ou algo do tipo,
acontece que… —contei a história para eles sobre a pulseira e minha visita
na casa de Simon, enquanto eu falava via as expressões chocadas e caretas
estranhas.

Quando terminei já tinha falado do exame de DNA e das possibilidades de


isso estar certo e não que seja um delírio da nossa mente.

— Uau —Lisa aperta os dedos e eu sei que ela está surpresa, apertar os
dedos é o seu sinal para tudo de emotivo que ela estiver sentindo.

— Como se sente sobre isso? —Emily me pergunta.

— Confusa, se for verdade, vou querer saber tudo o que aconteceu no


passado, esse tempo todo eu poderia ter outra família e não sabia, é
frustrante.

— Se bem que vocês são parecidos —Adam diz e eu franzo o cenho.

— Em que?

— Olhos, são quase idênticos —Pan fala. — Acho que é só isso.

— A boca talvez —Rubi fala me deixando mais paranoica do que já estava.


Principalmente com todo mundo olhando para a minha boca.

— Uh, uh, as sobrancelhas! —Emily levanta a mão parecendo animada no


jogo de lembrar em detalhes de semelhança.
— Eu acho que está bom —Nate fala pondo a mão nas minhas costas e eu me
apoio nele deixando minha cabeça no seu ombro.

— Você também acha isso? —Perguntei olhando para ele.

— Se eu acho você parecida com o cara que eu odeio? Não —ele diz e eu
faço uma cara de tédio, Nate suspira meio derrotado. — Só os olhos, Mi
bela.

Ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

— Bom, parecida ou não, vamos saber quando eu fizer o teste na próxima


semana —digo e eles concordam.

— Qualquer coisa, estamos aqui com você — Lisa fala e os outros acenam.

— Obrigada —sorri apoiando minha cabeça no peito de Nate.

— Temos outra coisa para dizer —ele diz alisando meu braço.

— Vamos para a Itália em breve.

A sala ficou em silêncio.

— Escuta aqui, projeto de segurança bombado —Emy aponta para ele. —


Não ouse levar nossa Baby boo para a Itália e não voltar mais com ela.

— É só uma viagem de 5 dias no máximo —Nate resmunga.

— Ele não vai fazer nada disso, minha família está aqui —eu falei olhando
para eles que fizeram um coro de "Onw" e logo veio os 6 para cima de nós
dois nos abraçando/esmagando.

— Socorro! —gritei e eles riram em cima de nós.

— Opa! Cheguei na hora certa, caralho! —ouvimos a voz de Josh e nós


olhamos para a entrada.
Jon estava ao seu lado segurando a mão de Guilherme, filho dos dois, que
pareciam meio sonolento.

— Abraço em grupo? Ou é um surubão? — Jon pergunta.

— Surubão — Adam grita.

— Estamos no paraíso, Josh. Finalmente —Jon fala nos fazendo rir e nos
levantamos indo até os dois, nos cumprimentamos com abraços e sorrisos
calorosos.

Falei com Guilherme que falou comigo embolando várias palavras por conta
da pouca idade mas eu consegui entendê-lo, ele usava uma calça jeans com
uma camiseta branca e um mini suspensório, era a coisa mais fofa do mundo!

— Ele está tão lindo! —Lisa exclama pegando o pequeno no colo,


Guilherme a beijou na bochecha.

— Estou ensinando ele a ser charmoso —Josh diz balançando os ombros.

— E funciona —Jon deu risada. — Semana passada ele ganhou uma bala no
caixa do supermercado.

— Papa Jon —Guilherme o chama e eu quase derreto de fofura, Jon deu água
para Guilherme depois que ele pediu.

— Ele nos chama assim, eu sou o papa Josh —Josh diz com um brilho
incrível nos olhos, um brilho que claramente diz que ele está feliz com a
família que tem.

— Quem bom ver vocês, a não ser Lisa e Emily que eu vejo com frequência
nas quartas, nosso café ainda está de pé essa semana? —ele pergunta e as
meninas concordam, eu soube que eles são amigos desde a infância, Emy e
Lisa sempre foram mais próximas, mas ambas amam Jon igualmente.

— Bom, nós não viemos aqui só para fazer uma visitinha depois desse
blecaute maluco —Josh encara Jon e depois sorri olhando para nós. —
Viemos oficialmente dizer que...vamos nos mudar!
Jon grita surpresa e a surpresa aparece porque só depois de segundos nós
reagimos com gritinhos e perguntas.

— Para onde? Não me diga que é outro país —Rubi colocou a mão na boca
fingindo chorar e Adam sorriu de lado a abraçando pela cintura.

— Claro que não, é uma casa no campo, achamos melhor nos mudar da
loucura da cidade —Jon sorriu. — Queremos que Guilherme cresça com ar
fresco, que possa correr livremente e aprenda a plantar tomates, eu gosto.

— Ah sim, com certeza, pare de usar nosso filho para os seus tomates,
Jonathan —Josh beliscou a bochecha dele mostrando a aliança de casamento
dourada.

— Isso significa que você não vai ser mais secretário perfeito? —Rubi
olhou para Josh e o mesmo deu um sorriso triste, ele andou até ela agarrando
suas mãos.

— Você entende, não entende minha coisinha? —ele beijou as mãos dela.

— Claro que eu entendo, e estou feliz por você, muito mesmo, você
conseguiu o que sempre quis —ela passou a mão no rosto com um olhar
meigo, Josh lacrimeja e beija a testa dela.

— Você também, Rubi —ele fala a encarando e depois olha para Adam que
acena.

— Aí meu Deus —Jon coloca a mão nos olhos parecendo emocionado e eu


sorrio quando Guilherme se inclina do colo da Lisa indo até o pai dele.

— Não chola, papa Jon —ele beija a bochecha do pai e eu abraço meu
corpo com um sorriso esperançoso de ter isso um dia. Me distraio dos meus
pensamentos quando sinto braços me rodeando por trás e eu olho para Nate
que sorri pequeno para mim depois de beijar minha têmpora.

Olhei para Emily e Pan que estavam se encarando e eu percebo ele a


abraçando de lado dizendo algo em seu ouvido que ela concordou em
seguida.
— Temos uma coisa para dizer também —Emy chama nossa atenção.

— Pensamos muito sobre isso, e chegamos à conclusão que talvez isso tudo
tenha sido um sinal —Peter fala.

— Nós vimos como é a relação de vocês com o Guilherme, como podemos


ter isso com um bebê, seja ele nosso sangue ou não —Emy agarrou a mão de
Peter. — Nós decidimos adotar um bebê.

Todos nós arregalamos os olhos, a não ser por Adam que literalmente caiu
no chão praticamente desmaiando e depois voltou passando a mão no peito.
Não sabíamos se ficávamos surpresos ou preocupados com Adam quase
morrendo na sala.

— Puta que caralho! —Adam colocou as mãos na cabeça. — Puta que cú,
porra de merda, Filha da foda!

— Adam! —Josh grita e depois tapa os ouvidos do filho, o loiro arregala os


olhos.

— Porra, foi mal, não, quer dizer —ele balança a cabeça. — Eu vou ser tio?
Eu vou ter outro sobrinho? Socorro, princesa, me leva pro hospital.

— Um bebê Ross! —Lisa comemora jogando os braços para cima e nós


gritamos indo para cima dos dois, pulando e gritando já ansiosos para o
novo integrante da família.

Depois de 2 minutos pulando e gritando ouvimos Monica e Gregório se


aproximando e entrando na roda de comemoração, mais dois minutos foi
Carlos e Maria. 5 minutos depois o apartamento já estava tremendo de tanto
que pulamos e comemoramos.

— Não acredito, não acredito, não acredito —Rubi ria abraçada com Emily
que parecia contente por ter nos falado isso.

— Quando vai ser adoção? —Nate pergunta sorrindo.

— Vamos ver o bebê na próxima semana, mas sabemos que ele tem 8 meses
e é um menino, só temos essas informações por enquanto, e isso está nos
matando, queríamos fazer as coisas sem muita pressa —Peter sorriu.

— Estava escondendo isso de nós a quanto tempo? — Dylan pergunta com a


mão no ombro dele.

— Só uma semana, fiz alguns telefonemas e...parece que vamos ter nosso
primeiro filho — Pan olhou para Emily que suspirou ansiosa.

— Já vimos os documentos e está tudo dentro da lei, está tudo na maleta,


mostramos depois — Emily deu pulinhos.

— A maleta é a mesma que eu trouxe aqui no dia do blecaute? — pergunto e


eles acenam.

— Sim, também usamos de desculpa para você vir ver Nate na mansão, mas
você estava segurando os papéis da adoção do nosso filho a viagem toda —
Peter diz.

— Por isso você não queria que ninguém trouxesse — sorri de lado.

— Eu sabia que você não mexeria —ele sorriu e eu andei até ele o
abraçando.

— Vou ter um sobrinho?

— Sim, terá — ele falou feliz e depois deu um beijo rápido na minha
cabeça, o soltei e fui até Emily a abraçando com força.

— Estou tão feliz por você, Emy.

— Não sei como consegui esconder isso de vocês, mas estou feliz que vocês
sabem agora. Vou ter um filho, porra!

— Deus nos ajude — Peter fala e nós rimos.

— Mas vocês vão parar de tentar? —Monica perguntou fazendo carinho no


cabelo de Adam que estava abraçado a ela com um sorrisão no rosto.
— Não, ainda quero ficar grávida, mas vamos parar por um tempo. Só
enquanto aproveitamos o bebê por alguns meses —Emily sorriu. —
Camisinhas e anticoncepcionais, aqui vamos nós!

— Acho que devíamos brindar! —Gregório fala.

— Concordo, vou pegar as taças, me ajudam? — Carlos pergunta olhando


para Maria, Monica e Gregório, os quatro vão para a cozinha.

Olhamos uns para os outros ainda sorrindo e a comemoração voltou logo em


seguida, acho que vamos ser expulsos do prédio, ou pior, podemos acordar
os bebês no andar de cima.

×××

Gente, sempre achei a adoção um gesto incrível! E eu queria que Emily e


Peter tivessem uma atitude diferente dos demais casais, os dois que
parecem ser o menos prováveis para ter filhos vão ser os que tem a linda
atitude para ter uma família amorosa e divertida. Vamos abrir malas
para os anticoncepcionais (que nãosão 100% eficazes, hum, que?)

Vote!!
Isso ajuda a titia Lis.

JON E JOSH!
metade me pede um livro deles, mas eu nãotenho planos para isso, os
livros que pretendolançarjáestãocontados, mas quem sabe eu faço um
pequenoconto hein, vamos ver no futuro hehehe.

Até, babys ❤
Eu volto antes do próximo final de semana.
93° capítulo

Susie

O tremor que vem de dentro do meu bolso desperta minha atenção e eu tiro o
celular de lá por poucos segundos para ver do que se tratava.

Vejo na tela a notificação mensagem da minha tia que já está em Seattle


desde ontem, desbloqueio o celular escutando a música alta na boate e as
taças de Martini se chocando.

Entro na conversa e eu juro que dei um grito tão alto que quase abafa o
volume da música, o celular de repente parece ficar quente demais para eu
segurar e eu largo ele na bancada ofegante e traumatizada.

Ela tinha acabado de me enviar uma nude!


QUE TIA FAZ ISSO?

- Susie, porra, você está idêntica a uma farinha de trigo -Lincoln chegou do
meu lado passando a mão nas minhas costas e eu passei a língua nos lábios.
Dizendo que estou bem depois ele concorda e se vira indo fazer os últimos
drinks.

Peguei o celular novamente fechando só um lado do olho para dar uma


espiada, logo depois da foto ela escreveu em letras maiúsculas "MANDEI
ERRADO", e vários emojis de carinhas rindo.

Mandei um emoji assustado e ela continuou rindo.

"Foi mal, era para um carinha novo que conheci que tem a minha idade,
acredita? Loucura, só gosto dos novos, mas bom, é legal apimentar as
coisas".

Balancei a cabeça enquanto digitava, ainda surpresa com a mensagem nada


convencional.
"Faz isso com frequência?"
Perguntei a ela.

"Mandar nudes? Eu adoro!"

"Não, mandar errado! Estou traumatizada, você vai ter que me enviar
algumas tortas depois dessa" - digitei, rezando para ela cair nessa e mandar
umas tortas.

"Pare de ser boba, é divertido e você deveria tentar. Mas mande para alguém
que você confie, devia tentar com o seu namorado empresário, ele tem cara
de safado"

Pisquei algumas vezes.

"Nunca fiz isso antes"

"Eu sei, está escrito na sua testa, você exala ingenuidade e timidez, mas o
que ninguém conta...é que esses são os piores"

Apertei os lábios e guardei o celular quando um cliente chamou por mim, me


aproximei do homem que era careca mas obviamente estava usando uma
peruca mal colocada, ele usava uma regata e tinha um lindo sorriso no rosto.

- Quero um sex on the beach!

Sorri de lado e acenei.

Meu celular vibrou novamente e eu sabia que era Michelle para falar das
fotos nuas dela, balancei a cabeça enquanto preparava o drink mas estava
pensando nisso.

Será que Nate já enviou um desses um dia? Acho que sim.


A curiosidade estava me instigando, talvez seja...interessante, claro que
mandar foto da minha parte íntima como tia Michelle está fora de questão.
Olhei para o meu peito e engoli em seco, qual seria a reação dele? Ele
gostaria da ousadia? A ideia me fez suspirar de curiosidade.
- Vamos! Fora daqui -escuto a voz de Ramon, o segurança, e olho para trás
vendo ele levar o homem.

- Me solta, eu sou sim o John Travolta!

- Cara, seu nome é José Cláudio -Floquinho tira uma identidade do bolso e o
homem arregala os olhos tentando pegar de volta, na ação a peruca dele cai e
eu coloco a bebida no balcão.

- Qual é, tento entrar aqui há meses! Deixa eu aproveitar, cara - ele pede a
Ramon que me encara, dou de ombros.

- Tudo bem, vou aliviar para você, fique longe de problemas, ficarei de olho
-Ramon diz e o homem comemora. - Mas sem bebidas caras! Você não tem
dinheiro na carteira.

Olhei para Ramon e ele negou apontando para a bebida na minha mão, eu
ainda nem tinha colocado o álcool. Aperto os lábios olhando em volta e paro
nos escritórios, isso! Ele gostaria de uma bebida.

- Já volto - gritei para Lincoln que levanta o polegar, ainda bem que o bar
estava tranquilo já que a boate fecharia daqui a pouco.

Subi uma rampa grande e depois alguns lances de escada tendo a visão das
poucas pessoas dançando, cheguei no escritório de Dylan e bati na porta
antes de entrar, era tarde demais para ele estar aqui, mas parece que ele tinha
algumas coisas para resolver referente a boate, então ele aproveitou essa
noite.

- Eu trouxe algo para você beber - aviso.

- Ótimo! Estava morrendo de sede -me aproximo entregando a ele com um


sorriso.

- Está sem álcool - falo e ele concorda bebendo tudo de uma só vez me
entregando o copo em seguida.

- Você é um anjo - ele aponta para mim enquanto pegava algumas pastas de
cima da sua mesa.
- Já está indo?

- Sim, já estou com saudade daquela coisa pequena -ele sorriu de lado
pegando o paletó preto e vestindo.

- Danny é lindo.

- Sim, ele é, mas eu estava falando de Lisa - Dylan brinca me fazendo rir e
eu balanço a cabeça pondo a mão na boca.

- Nos vemos depois?

- Emily e Peter vão dar o jantar em breve para nos mostrar as fotos do bebê,
lembre Nathaniel disso, ele está esquecido ultimamente, quase no mundo da
lua.

- É a idade - falo e ele ri alto concordando.

Dylan se aproxima de mim me dando um beijo rápido no topo da cabeça e


depois vai embora me deixando sozinha no escritório.

Olho em volta percebendo a pouca luz e mordo o lábio assim que meus olhos
pararam na porta do banheiro, talvez não seja má ideia, não?

Eu confio nele, agora muito mais depois do que passamos.


Olhei por cima do meu ombro indo até a porta encostando-a e deixei o copo
em cima da mesa enquanto caminhava para o banheiro, liguei a luz
amarelada que pareceu ajudar no meu plano.

Me encarei no espelho e franzi o cenho, como vou fazer isso?! Droga, devia
vir com instruções, certo, hum...acho que ângulo seria o de maior ajuda, me
sentei no vaso sanitário pegando meu celular.

Fui na câmera e mordi o lábio, fiquei ali uns 3 minutos inteiros, isso foi uma
péssima ideia!
Eu já estava me levantando e indo embora quando chegou uma mensagem
dele.
"Lolinha e eu vamos buscar você, avise quando sair que eu coloco uma
camisa"

Logo em seguida veio uma foto mostrando a galinha na ponta da cama


olhando para o horizonte, o quarto de Nate no fundo e ele! Oh meu Deus! A
foto pegou a galinha mas acabou saindo mais a parte do seu tanquinho na foto
já que ele estava sem camisa, dei zoom involuntariamente nos gominhos e no
quadril, respirei fundo. Ele fez isso de propósito.

"Vou sair em breve"


Meus dedos até tremeram ao digitar, caramba. A tensão é grande demais
para o que eu pensei que ela se tornaria.

"Estamos indo então"

"Espera"

"Precisa de algo, Mi Bela?"

"Um minuto"

Passei a língua nos lábios puxando apenas a alça direita da minha blusa para
baixo, e fui para frente do espelho. A luz pareceu focar só em mim e quando
eu vi minha imagem no celular levantei as duas sobrancelhas, uau, estou
bonita.

Deixei só um lado do meu rosto aparecer assim como meu corpo e deduzi
que a foto ficaria boa, não seria bem um nude como o da tia Michelle, mas
parecia uma boa imagem para provocar sua imaginação como ele fez
comigo.

Coloquei meu braço por cima do meu seio livre não deixando tão evidente,
mas o suficiente para ele ver o que eu estava querendo esconder. Olhei para
o espelho e bati a foto com toda a coragem que eu tinha.

Puxei as alças para cima e voltei na conversa, puxei a respiração antes de


mandar a foto e soltei quando o fiz.
Arregalei os olhos e aproximei o celular do rosto para ver se fiz isso
mesmo, é, eu fiz! EU FIZ! Nunca na minha vida pensei em mandar uma foto
assim tão sexy, mas ultimamente me sinto mais corajosa. Sorri abertamente,
isso é emocionante, mas meu sorriso foi parando minutos depois.

A resposta dele não veio.


E isso me enlouqueceu.

Nate

Não é possível.

Puta que caralho.

Isso é mesmo o que estou vendo? Não, sim...não...sim! Abri um sorriso tão
malicioso que até a galinha que me olhou torto, encarei a foto novamente
ainda com um sorriso e olhei para Jones por tantos minutos que eu já estava
considerando pôr no papel de parede do meu celular.

Tão linda,
o seio sendo parcialmente coberto pelo seu braço, os lábios, o peito, porra, .
Dei zoom na foto parando no seu olhar que ela sabe que eu adoro, meu pomo
de Adão subiu e desceu quando engoli em seco, é, eu estava me excitando,
Gostosa do caralho.

"Nate?"

Vejo a notificação e me lembro que tenho que responder.

"Hum?" - onde eu estou mesmo?

"Tudo bem? Droga, você não gosta dessas coisas"

"Você vai me matar!"

Não posso vê-la, mas imagino que ela esteja sorrindo agora.

"Não era essa a intenção, Sr. Venturelli"


"Se a ideia era me provocar como eu provoquei você, então conseguiu e
agora eu estou excitado, vai ter que cuidar disso daqui a 30 minutos"

Ela não responde por alguns segundos e eu me levanto da cama indo buscar
uma camisa, coloco a primeira que acho e passo por Lolinha -ainda não
acredito que esse é o nome dela- e balanço o dedo na sua frente.

- Você não vai mais, vai atrapalhar meu plano de transar com a sua mamãe
no carro.

Ela fica me olhando e eu acho que ela estava me julgando pela forma que eu
falei com ela.

- Não diga a Susie que eu falei isso - franzo o cenho, não acredito que eu
disse isso. - Não, que se dane, por que eu me importo? Você não fala,
caralho, eu estou enlouquecendo.

Saio do quarto descendo as escadas e recebo a mensagem quando estou


saindo pela porta.

"Se vier rápido, pode ser em 25 minutos"

Foda-se! Eu adoro a Susie safada.


Abri um sorrisão.

Guardo o celular no bolso e clico no botão do elevador, ele vem muitos


segundos desnecessários depois e no estacionamento eu arranco com o carro
agradecendo por ser 1:45 da manhã.

Demorei 13 minutos exatos para chegar na boate e estacionei do outro lado


da rua que por sorte tinha vaga, desci do carro e atravessei indo para a boate
que já estava se esvaziando.

Entrei depois de cumprimentar Ramon, o segurança, e passei por algumas


pessoas já parecendo bêbadas e cansadas demais, andei até o bar
procurando por ela e encontrei, mas com alguém que eu não queria.

Susie olhava para Nikki com uma postura séria e nenhum indício de que
estava acanhada, seus braços estavam cruzados e seu rosto estava confuso.
Nikki pega algo e eu logo percebo que é uma garrafa de vodca, ela bebe
bastante enquanto eu me aproximo das duas com a expressão fechada.

Susie me nota primeiro e sua expressão me faz arrepiar por inteiro, engoli
em seco chegando perto o suficiente para Nikki virar e me encarar, ela abre
um sorriso grande.

- Chegou quem faltava! - ela diz animada e eu sinto o cheiro do álcool de


longe.

- O que faz aqui? - Perguntei.

- Vim falar com a sua garota, queria ver se ela está à altura para me
substituir -Nikki sorriu antes de beber novamente e eu olhei para Susie que
se mexe desconfortável atrás do balcão, apertei o maxilar.

- Você está bêbada, acho melhor você ir para o seu hotel, posso chamar meu
motorista se quiser - ofereço e ela se levanta do banquinho pegando um
jornal de cima do balcão, um que eu não tinha notado antes.

- Por que você não me leva? - ela sorriu de lado e depois colocou o jornal
no meu peito, peguei nos papéis. - Aproveita e me dá o anel que comprou
para mim, porque nunca que você daria um anel para ela.

Franzo o cenho.

Olhei para o jornal me vendo em uma foto na joalheria segurando um anel na


ponta dos dedos, apertei os lábios e voltei a olhar para Nikki.

- Eu não comprei um anel, só estava segurando um. - falo e olho para Susie
me encarou. O anel era do meu novo cliente, dono da joalheria, e ia pedir a
namorada em casamento.

- Devíamos colocá-la em uma táxi - Susie propõe pegando seu celular do


bolso.

- Cala a boca, não estamos falando com você -Nikki aponta para ela quase
caindo. - Você está sobrando aqui, maluca.
Susie faz uma careta engraçada e depois me encara, era óbvio que ela não ia
deixar se atingir por Nikki, a mulher mal consegue ficar de pé.

- Vou pedir para o floquinho acompanhá-la, ele é de minha confiança - Susie


fala e eu concordo segurando Nikki pelo braço quando ela tropeça querendo
ir para cima de Susie.

- Me solta! Eu vou dar uma lição nela, Nate!

- Você vai para o hotel e vai ficar lá, amanhã você toma um remédio - falo e
ela se vira batendo no meu peito.

- Não acredito que você vai pedi-la em casamento! Você era meu - ela põe
as mãos no meu rosto. - Todo meu, você me respirava, Nate. Eu era tudo
para você.

Tentei tirar suas mãos do meu rosto olhando para Jones que falava com
Ramon não muito longe de nós.

- Eu não amo você, Nikki, pensei que estava apaixonado por você, mas eu
não estava - ela bate no meu peito novamente.

- Você era o amor da minha vida!

A coloquei de pé na minha frente e ela passou a costa da mão na boca.

- Você não era o meu - a dei um sorriso pequeno. - Você é jovem, bonita e
tem toda a vida pela frente, procure sua felicidade, Nikki.

Ela ficou me encarando, algo nos seus olhos me fez entender que ela
acreditava nisso, mas há algo nela que a impedia de continuar.

- Quer saber? Você é um idiota, não me arrependo de ter feito você sofrer
esse tempo todo por causa daquele bebê, você mereceu por ter me largado.

Franzo o cenho.

- O que?
Ela ficou em silêncio e isso me estressou completamente.

- O que caralhos você disse?! -me aproximo.

- Tudo que aconteceu é sua culpa, todo mal que aparece na sua vida, é sua
culpa - ela tossiu um pouco quando se engasgou, ela não parecia mais tão
bêbada agora. - Como você dorme à noite?! Deveria se envergonhar,
qualquer pessoa que ficasse do seu lado deveria se envergonhar e te deixar
como você fez comigo!

Fiquei sem reação por vários segundos até eu sentir uma mão pequena
tomando a minha, os poucos segundos de solidão sumiram ao sentir Susie do
meu lado, o conforto veio me tomando.

- Ele vai levá-la, garantir que ela entre no hotel e fique lá, qual o nome?

- Não preciso da sua ajuda -Nikki resmunga para ela.

- Eu sei, não estou te ajudando -ela mente, mas Nikki parece acreditar ou
está muito aérea para fazer ao contrário.

- Estou no Plaza -Nikki se abaixa tirando os sapatos dos pés e Ramon se


aproxima a levando com ele. - Aparece lá, Nate. Quarto 305.

Ela sorriu enquanto Jones apertou minha mão, apertei de volta a fazendo me
encarar, balancei a cabeça vendo os dois saindo da boate praticamente
vazia.

- Tudo bem? -ela pergunta passando as mãos pelos meus ombros até o meu
rosto, logo depois ela se inclina me dando um selinho rápido, a apertei com
força soltando um suspiro baixo.

- Sim, o que ela disse para você antes de eu chegar? - Perguntei.

Susie mexe os ombros de uma maneira estranha, como se ela estivesse


surpresa e em dúvida sobre o que exatamente devia me dizer.

- Conte-me -implorei.
Ela acena depois de segundos em silêncio.

- Não aqui, vamos para o apartamento.

Sua mão agarrou a minha e nós fizemos o trajeto para o meu apartamento em
um silêncio quase insuportável, e minha curiosidade para saber o que Nikki
disse a ela só aumentava.

×××

😶😶😶😕
Estou triste, é, por que?, pedi pro meu amigo me dar o a camisa dele e
ele não quis, agora eu tô pensando como roubar .
#DêSuasCamisasParaSuasAmigas. (Isso foi super aleatório,
misericórdia)

Susie safada, temos, Nate cadelinha, temos, uma autora inconformada


querendo roubar a camisado amigo, temos .
(Tô meio rancorosa esses tempos, cruzes!)

Vote, volto amanhã com mais um capítulo!!!!


Me esperaaaaaa.

Até, babys ❤.
94° capítulo

Susie

Saio da banheira me enrolando na toalha branca e me enxugo já com os pés


no chão andando para o quarto, mesmo com o banho perfeito eu ainda me
sentia tensa, e eu sei que Nate se sente igual.

Me vesti com calças de pijama azuladas e coloquei minha camisa da gatinha


Marie que era de algodão, eu gostava porque me esquentava como nenhuma
outra, enrolei meu cabelo em um coque depois de passar umas coisinhas no
meu corpo e desci as escadas indo para a sala de estar.

Cheguei no ambiente vendo apenas um abajur ligado e Nate sentado no sofá


com as pernas em cima da mesinha de centro, a televisão ligada passando
algo aleatório que ele não estava prestando atenção.

Me aproximo até ele me notar e me sento ao seu lado vendo seus pijamas já
que ele havia se trocado a alguns minutos, chego mais perto me sentando de
frente para ele ao cruzar as pernas em cima do sofá.

Seus olhos encaram minhas vestimentas e eu vejo Lolinha ciscando o chão


perto de nós.

— Sua expressão está me deixando nervoso — ele sussurra.

— Não é minha intenção, eu só... — encarei a almofada do meu lado. —


Fiquei intrigada com a situação.

— Ela me disse algo — ele diz me fazendo encará-lo.

— O que ela disse? — Perguntei.

— Que não se arrepende de ter me feito sofrer por causa daquele bebê —
ele diz encarando o chão, meio atônito. — Há...algo dentro do meu peito que
está me deixando inquieto.
Me aproximei mais um pouco.

— Eu não entendi tudo, ela estava falando muito enrolado, mas ela disse que
não aguentaria o fardo da família a martirizado a todo momento — falei
exatamente o que Nikki me disse, e ele franze o cenho, mais confuso que eu.

— Nate... — Peguei no seu braço. — Você nunca vai esquecer o que


aconteceu com você no passado, não posso imaginar a dor que sentiu, mas eu
posso te aconselhar e não soltar sua mão, porque eu me importo o suficiente
com você para isso.

Ele que estava com o olhar longe de mim, me olha quando eu ponho minha
mão no seu rosto.

— Quero você bem, quero vê-lo sorrindo e fazendo suas piadas sem graça,
quero cuidar de você porque eu me importo com cada pedacinho seu, e é por
isso que eu digo que você devia conversar com Nikki — suas sobrancelhas
se juntam. — Sei que você diz que não quer conversar com ela e remexer no
passado, mas eu consigo ver nos seus olhos que sua vontade é essa no
momento, essa inquietação no seu peito a qual se refere, pode ser a parte que
nunca se conformou e que quer e merece saber mais.

Seus olhos brilham e eu acho que ele está lacrimejando e tentando esconder
isso de mim, dou um sorriso pequeno de conforto e me aproximo dele até
beijá-lo com carinho, depois o abraço pondo minha cabeça no seu peito.

— Estarei aqui para o que você precisar — sussurrei no seu peito me


aconchegando mais nele depois que seus braços me rodearam.

Nate não é um homem de falar seus sentimentos toda hora, conviver com ele
diariamente me deixa conhecê-lo mais a fundo, e nesse momento ele não
precisa dizer um texto enorme para mim, porque o que ele diz em seguida, é
o suficiente:

— Obrigado — ele sussurra me apertando. — Por tudo o que você fez por
mim sem perceber.

Sorri de lado.
— Você fez o mesmo comigo — sussurrei de volta.

Senti o beijo na minha têmpora e fechei os olhos por poucos segundos, aos
poucos fui adormecendo sem seu aperto ficar fraco ou ele fazer menções de
me levar para o quarto, só ficamos ali em silêncio, até eu adormecer.

(...)

Acordei ao sentir algo subindo e descendo, sonolenta eu abro os olhos


encarando a vidraça do apartamento de Nate e eu vejo que ainda está escuro.

O algo sobe e desce novamente e eu percebo que é uma gargalhada vindo do


peito dele, mexo minha cabeça e ele para de rir fazendo "shi shi" como se
quisesse me fazer dormir de novo, eu realmente me senti uma criança.

— Você acabou de fazer "shi shi" para mim? — Perguntei sonolenta.

— Não? — ele pergunta querendo me deixar em dúvida mas depois ri baixo.


— Foi mal, fiz isso com Danny ontem e ficou na minha cabeça.

Acabei rindo me espreguiçando e o encarei levantando a cabeça, sorri vendo


seus olhos concentrados nos meus.

— Oi — digo ainda sorrindo e ele sorri de volta.

— Oi — ele sussurra passando os dedos pelas minhas costas. — Você


apagou, Jones.

— Por quanto tempo eu dormir?

— 30 minutos apenas — ele diz mexendo a mão direita no sofá como se


procurasse algo.

Escutei uma voz conhecida e franzi o cenho olhando para frente, arregalei os
olhos e me afastei dele ficando de joelhos no sofá levando as mãos para a
minha boca, totalmente chocada e traída.

— Oh meu Deus!
— Espera, eu posso explicar — ele levanta as duas mãos na altura do seu
peito.

— Nate, você está me traindo! — apontei para a televisão onde passava


Cinderela! Ele aperta os lábios e balança a cabeça, olhei para o lado vendo
a Lolinha olhando para a televisão. — Ela também!

Nate se segurou para não rir quando a galinha nos encara e depois volta a
posição que estava antes.

— Eu estava sentado ouvindo sua respiração quando começou a passar na


televisão, eu nem ia assistir isso, você sabe!

— E você assistiu mesmo assim, você estava se mordendo de curiosidade!

Ele balança a cabeça negando com um posição séria e depois vai


balançando para cima e para baixo confirmando.

— Foda-se, eu confesso — ele passa as mãos no cabelo e eu cruzo os


braços, se alguém nos visse agora achariam que estávamos brigando por uma
coisa séria. — Eu estava com vontade de assistir sim, mas é porque você
vive falando, eu queria ver mas não queria te falar essa merda.

Eu estava séria mas fui abrindo um sorriso malicioso, Nate levantou uma
sobrancelha.

— Você adora as princesas.

— Adoro nada.

— Você queria ser a Cinderela...

— Você ainda está com sono como posso ver.

— Você assiste escondido! — dei pulinhos no sofá.

— Não assisto não...Jones! —ele grita quando eu me jogo em cima dele, mas
depois solta uma risada quando eu beijo todo seu rosto até os lábios.
— Vamos assistir agora! — falei animada em cima dele e ele concordou
depois de revirar os olhos.

— Ok.

Sorri mais.

— Tão fácil, você realmente gostou dos contos de fada, meu modelo de
perfume.

— Vamos assistir ou não?

Concordei me sentando ao seu lado e o puxando para sentar, passo seu braço
pelo meu pescoço e me encosto nele aumentando o volume da televisão,
estava na cena dos ratinhos pegarem acessórios das irmãs malvadas para
ajudar a fazer o vestido da Cinderela.

— Eu gosto daquele — ele aponta para a televisão quando Tatá, o ratinho,


aparece.

O sorrisinho animado de Nate quase me fez gritar para o mundo o que ele
estava fazendo comigo agora.

— Ele é uma graça! Também gosto dele — comento.

Nate me encara vendo a felicidade estampada no meu rosto e depois volta a


encarar a televisão com um sorriso satisfeito.

Vários minutos depois...

Cliquei no botão do mudo enquanto as letras subiam indicando o fim do


filme e encarei Nathaniel que estava com uma cara hilária.

— O que foi? — pergunto rindo.

— Por que ela não falou o nome dela?! Era só falar... "sou a Cinderela, me
procure" — ele piscou enfatizando seu ponto, sorri de lado. — Ela tinha que
deixar o sapatinho para trás? Mi Bela, se um dia você fizer isso e ir embora
me deixando com algo, deixe um endereço, ou uma referência de um lugar
perto da sua casa, obrigado!

Ri baixo balançando a cabeça.

— Pense assim... — botei meu dedo no seu peito. — Se ela falasse o nome,
não teria história, não teria encatamentos, nem sapatinhos, e nem o final feliz.

— Foda-se!

— Calma — agarrei seus braços jogando a cabeça para trás rindo a beça
com a sua reação inconformada. Ele não entende a magia.

— Ela sofreu tudo aquilo, coitada — ele olha para a televisão e suspira. —
Fiquei com pena.

— Bom, vocês gostou então.

— Gostei — ele me olha sorrindo. — Quem sabe um dia assistiremos outro.

Concordei.

— Vamos assistir outro agora! — falei pegando o controle e ele


praticamente se joga em cima de mim pegando o objeto da minha mão.

— Não, não vamos assistir nada agora.

— Por que não? Só são 4:15 da manhã, ainda nem amanheceu de verdade,
não temos nada para fazer.

Ele olha para a vidraça com a expressão séria que depois vai sumindo
quando ele me encara.

— Há algo, na verdade — ele diz e eu pisco algumas vezes descendo o olhar


pelo seu corpo, Nate ri baixo pegando no meu queixo me fazendo encará-lo
novamente.

— Não é disso que estou falando, Susie.


— Sim, claro, eu sabia — falei, minhas bochechas esquentam e ele dá um
sorriso pela minha reação antes de se levantar.

— Temos que ser rápidos se vamos fazer o que tenho em mente.

— O que vamos fazer? — pergunto me levantando também.

— Susie Jones — ele estende a mão em uma postura galanteadora. —


Gostaria de ir a um encontro comigo neste exato momento?

Levantei as duas sobrancelhas e ele me deu um sorriso sugestivo.

— O que? Agora? Mas são...

— Vamos, o horário não importa, só quero me divertir com você está


madrugada e fazer o que sempre faço quando estou com você — Nate passa
a língua nos lábios. — Esquecer todas as coisas ruins.

Olhei para a sua palma estendida e depois para os seus olhos que me
imploravam para aceitar essa aventura, era difícil resistir a um Nate
espontâneo e cheio de surpresas, então não demorei mais para agarrar sua
mão.

Ele sorriu me puxando para a porta e nós fomos com risadas, na porta ele
pega meu casaco de frio me vestindo e depois minha toca com o cachecol.

— Estamos de pijama, vamos nos trocar primeiro — falei rindo depois que
ele fez meus olhos sumirem dentro da toca quando a colocou na minha
cabeça.

— Não há tempo, vamos agora.

Calcei meu tênis preto colocando as luvas em seguida e pensei enquanto ele
se vestia que vamos mesmo fazer isso, quando terminamos de colocar o resto
das roupas saímos porta a fora rindo baixo um para o outro.

Nos encaramos no elevador e eu suspirei com um leve nervosismo para o


nosso primeiro encontro...hum...de madrugada, e de pijamas.
Santo Deus.
Centro de Manhattan...
4:47:

— Não vale espiar — ele fala com as mãos tapando meus olhos, tudo escuro
na minha frente sem me dar chance de ver onde estamos.

— Nathaniel, se você está me levando para uma lugar alto ou algo do tipo,
eu tenho medo de altura...

— Eu sei disso — ele diz e de repente nós paramos de andar, escutei um


barulhinho baixo vir de alguma direção e eu percebi que era uma musiquinha
baixa.

— Chegamos?

— Sim — ele se aproxima colando o corpo no meu. — Você me disse uma


vez que sempre teve vontade de fazer isso, mas nunca conseguiu, bom, é a
sua chance.

Ele tira as mãos do meu rosto pondo-as nos meus ombros e eu encaro o lugar
a minha frente, puxo a respiração em surpresa e solto um resmungo
maravilhada com a linda decoração daquela pista de patinação
completamente vazia.

Meu sorriso vai aparecendo a medida que eu vou olhando o lugar com as
luzes coloridas no teto e a Jukeboxy no canto que me lembrava os anos 70,
não acredito que ele lembra desse desejo meu. Me virei para Nate que
estava encarando o lugar como eu e rápido coloco minhas mãos no seu rosto
o trazendo para perto, seus lábios domam o meu segundos depois que sua
surpresa some pelo ato.

Sinto as mãos na minha cintura me puxando para perto e a língua quente me


provocando como nunca, ele me levanta do chão por alguns segundos e
depois me coloca de pé novamente, nos afastamos devgar antes de eu
colocar minha testa na sua.

— Isso é...tão romântico — ri baixo e ele deu de ombros. — Eu gostei,


gostei muito. — Comecei a rir empolgada e ele piscou para mim me dando
mais beijos em seguida.

— Teremos mais encontros depois desse, ol? O próximo será na Itália, eu


prometo — ele beija minha testa.

— Eu não me importo com o lugar, só me importo em estar aqui — olho para


os seus braços me rodeando e ele me aperta entendendo o que eu quis dizer.

— Vamos patinar, Susie.

— Como entramos aqui?

— Eu conheço um cara — diz ele.

— Quem?

— O prefeito Bell — ele brinca me fazendo rir e depois nega sorrindo. — O


dono da pista, é um amigo, só pedi um favor e ele me disse onde esconde a
chave reserva.

Ele agarra minha mão e nós fomos até a entrada onde tinha patins adequados
em uma pequenas prateleira, tirei meu tênis e os calcei com a sua ajuda.

— Sabe partinar ou é a primeira vez? —Perguntei.

— Ora, sou um mestre nisso — ele se gaba.

Entrei primeiro me segurando nas beiradas e ele veio em seguida, assim que
ele pisa eu vejo perfeitamente um Nate caindo no chão como se fosse uma
fruta madura.

Eu não consegui me segurar e soltei uma gargalhada tão alta que pode ter
acordado Nova York inteira.

— Porra — Nate se levanta rapidamente passando as mãos nas roupas e


depois me encara irritado com a minha forma exagerada de rir da sua cara.

— Mestre hein?
— Eu só estava te testando — ele diz limpando a garganta.

— Sei...

— Veja.

Ele começa a andar de patins de verdade e eu levanto uma sobrancelha


vendo-o ir até do outro lado da pista e voltando fazendo uma reverência pela
sua sabedoria de patinar.

— Uau! —bati uma palma e depois me agarrei na beira de novo fazendo uma
careta.

— Venha, você tem que patinar também — ele se aproxima de mim


agarrando meus braços e eu solto resmungos baixinhos que na verdade eram
orações pedindo para eu não cair.

— Nate, Nate, Nate, Nate —chamei por ele com os olhos fechados enquanto
ele me puxava pela pista.

— Abra os olhos.

— Socorro!

— Susie — ele riu baixo me puxando para perto até que me abraçou. —
Abra os olhos.

Os abri lentamente e o encarei, ele dava passos para trás me levando com
ele em uma habilidade imensa, dei um sorriso pequeno escutando suas
orientações e até que eu tive coragem suficiente para ele me segurar pelas
mãos.

— Isso, muito bem — ele me elogia e eu dou um gritinho quando fazemos


uma curva, ele riu do meu leve desespero.

Ele pega minha mão direita apenas e eu tento me apoiar nele mas Nate se
afasta me deixando patinar quase sozinha.
Demos várias voltas juntos rindo e nos divertindo, Nate parecia tão leve ao
meu lado que fazia meu coração acelerar a cada sorriso que ele dava. Essa
era a melhor madrugada da minha vida inteira.

— Agora você vai tentar sozinha.

— NÃO!

— Vamos, Susie. Cadê a mulher corajosa que você é?

— Acho que ela caiu junto com você quando entramos aqui.

— Finja que isso aconteceu!— ele fala e eu nego rindo.

Depois que peguei mais um pouco de confiança ele me soltou lentamente,


comecei a patinar sozinha e dei uma gargalhada de vitória totalmente
concentrada.

— Isso! — ele comemora sorrindo.

— Nem é tão difícil assim...AAAAA — acho que dei algum passo errado
quando levantei a cabeça para olhar para ele e fui me espatifando no chão
caindo de bunda, acabei rindo da minha própria desgraça!

— Susie... — Ele estava prendendo o riso? Não acredito. — Droga, você


está bem?

— Para de rir! — Bati no seu braço.

— Desculpe, não dá.

O puxei pelo braço com uma força grande e ele solta um resmungo surpreso
vindo para cima de mim, sorri o abraçando enquanto ele fica reclamando
como um velho de 90 anos que ele é.

— Porra, Susie! Quase machuquei você, cacete.

Ri alto quando ele afasta o rosto para me encarar, e quando vi sua expressão
ri mais, coloquei meus braços em volta do seu pescoço o trazendo para perto
até seus lábios colarem nos meus para silenciar sua boca nervosa.

Ele não se rende no início mas depois me beija de volta...com uma


intensidade grande demais.

×××

Amanhã eu volto com mais desse encontro, e prepara o coração que vem
outra coisa também hein! 😎.

Não esqueça de votar, isso ajuda no trabalho da cologuinha, muito


obrigada! Livrinho jáestá indo para os 7 milhões! Cacete hein, arrocha aí
meu povo.

Nate assistindo Disney sou eu lendo livros que a principal sódá pro cara
no últimocapítulo, fico triste, muito triste pq sou tarada 😪 , mas estou
bem família 😔 . KAKAKAKA é brincadeira! Calma.

Eu volto amanhã caralhooo


Até, babys ❤.
95° capítulo

Nate

Controle-se.

Mantenha as mãos ao lado da cabeça dela, mesmo que sinta os dedos


formigando para puxar essa blusa pequena para cima e ver os seios que
deveriam estar na minha boca agora.

Paro de beijá-la, afastando minha cabeça um pouco e ela se aproximou não


querendo quebrar contato, Susie me encara ofegante quando não consegue e
engulo em seco com seu nariz raspando de leve no meu.

Olho para o seu peito descendo até o bico do seio rígido e passo a língua
nos lábios voltando lentamente até a sua boca.

— Não me olhe assim — ela sussurra me fazendo encará-la nos olhos.

— Assim como?

— Como se você estivesse a um passo de perder seu autocontrole para


rasgar minhas roupas e me tomar aqui mesmo — Susie subiu as mãos pelos
meus braços e eu cerrei os dentes sentindo meu pau endurecer ao imaginar.
— É isso, não é?

Suspirei me abaixando um pouco para dar um beijo casto nos seus lábios
sem deixar de encará-la.

Agarrei sua mão direita dando um beijo rápido na palma e a levo pelo meio
de nós dois até ela tocar na minha ereção, Susie entreabre os lábios ficando
ofegante de repente e eu encaro seus olhos vendo-a atônita.

— Isso responde sua pergunta, Mi bela?

Sua mão me toca mais até ela fazer o trabalho sozinha enquanto eu coloco
minhas mãos na lateral do seu corpo subindo a blusa levemente para cima.
— Há câmeras aqui… — ela me lembra com um sussurro e eu apenas beijo
seus seios por cima da blusa, levanto os olhos ouvindo ela suspirar sem
parar de mexer a mão no meio de nós dois.

— Venha comigo.

Me afastei dela tirando os patins dos meus pés em uma velocidade incrível,
e não demorei muito para tirar dos seus também, Susie riu do meu desespero
e eu apertei o maxilar a puxando pela mão até sairmos da pista.

Escuto sua risada mais uma vez quando a arrasto para o canto até prensar
suas costas na lateral do Jukebox, seu sorriso fica no rosto quando eu coloco
uma mecha do seu cabelo atrás da orelha.

— Sem câmeras agora — falei, ela olhou para os cantos percebendo que as
câmeras estão viradas apenas para a pista.

– Bom, parece que tudo está livre… — encarei seus lábios deixando de
escutar o que ela falava e segundos depois avancei sobre sua boca tomando-
a como eu queria. Susie gemeu baixinho pondo as mãos no meu peito e eu as
toquei fazendo ela descer o toque até abaixo da minha cintura, nos afastamos
por poucos segundos apenas para eu baixar minha calça moletom e ela
descer me encarando com um olhar que quase me mata.

Passei meu polegar pela sua bochecha antes dela se inclinar para frente e me
colocar na boca, um gemido rouco escapou da minha garganta e eu coloquei
a mão esquerda no Jukebox para me apoiar, Susie deslizou a mão direita por
baixo da minha camisa arranhando-me de leve e eu olhei para ela assim que
sua língua passou por cima da glande, adoro quando ela faz isso.
Seu jeito tão angelical quando estamos em público me faz sorrir, mas o seu
jeito em quatro paredes me faz gemer e adorar essa merda.

Jones continua seu ótimo trabalho soltando uns gemidos baixos que me
enlouquecem, a afastei agarrando sua nuca até puxá-la para cima, ela vem
ofegante se apoiando no objeto atrás de si e eu me abaixei rapidamente, ela
me olha quando eu puxo seu pijama para baixo e tiro dos seus pés, abri um
sorriso imenso procurando a merda da calcinha que não tinha! A dei um
sorriso safado e ela deu de ombros, agarrei sua coxa direita para por no meu
ombro e rápido coloquei meu rosto no meio das suas pernas, ouvi ela gemer
alto quando passei a língua pelo clitóris inchado descendo até penetrá-la,
Susie agarrou meu cabelo e ofegou cada vez que eu a chupava com força, a
espiei por alguns segundos vendo sua mão na parede e a cabeça jogada para
trás, sorri internamente.

— Cristo… — escuto seus lamentos a cada aperto que dou na sua bunda, eu
estava subindo para fodê-la mas ela gozou com a mão no meu cabelo me
mantendo lá embaixo, a chupei até o último minuto vendo-a se desmanchar
na minha boca.

Segundos depois eu tiro sua perna do meu ombro e me levanto massageando


os seios esperando ela se recuperar do orgasmo, quando Susie o faz agarro
seu braço a virando de costas para mim e deixo sua bunda pressionar no meu
sexo, pego minha carteira do bolso de trás pegando um preservativo e o
visto depois de abrir a embalagem.

— Empine a bunda para mim, vou fazer gozar de novo — sussurrei no seu
ouvido e eu a vi fechar os olhos lentamente empinando a bunda para trás,
coloquei minhas mãos na sua cintura e ela no Jukebox para se apoiar.

Me posiciono no início a fazendo puxar a respiração e Jones abaixa a cabeça


dando um gemido quando entro nela lentamente, solto um suspiro excitado
agarrando seu cabelo com uma mão só e todo dentro eu começo a me mexer.
Ela levanta o rosto quando a puxo para perto e vejo a expressão de prazer no
seu rosto quando vou aumentando a velocidade, seus dedos se apertaram na
máquina e eu me aproximei do seu pescoço aspirando seu cheiro como se
fosse uma droga.

Susie apoia a cabeça na lateral da minha e eu olho para os seus lábios


entreabertos escutando cada resmungo manhoso que saia, ela me encara
depois com o nariz tocando no meu e eu dou um sorriso pequeno entrando
com mais força a fazendo fechar os olhos.

— Nate… – ela joga a cabeça sutilmente para trás.

Levo minha mão esquerda para a sua barriga descendo devagar até chegar no
seu sexo, ela engole em seco voltando a me encarar e eu mordo o seu lábio
inferior esfregando meus dedos no clitóris, beijei seu ombro quando ela
olhou para frente pondo a testa no Jukebox, a máquina já estava balançando e
eu pensei até que ela cairia antes de terminarmos.

Mas com meu pau saindo e entrando junto aos meus dedos se esfregando
nela, Susie não aguentou por tanto tempo gozando pela segunda vez com o
peito ofegante e o lábio entre os dentes para não gritar muito alto, gozei
poucos minutos depois com as mãos nos seus ombros deixando de me mexer
lentamente.

Eu estava de olhos fechados com o rosto enterrado no seu cabelo e ela tinha
as mãos para trás na minha cintura me mantendo perto, os dois com
dificuldade para respirar.

— Estarei pedindo demais se eu quiser comer você perto da máquina que


agarra ursinhos de pelúcia? — Perguntei no seu ouvido, ela riu balançando a
cabeça.

— Você pode tentar.

— Quero foder você ali, por favor — apontei para o alvo, ela me encara
fazendo uma expressão pensativa.

— Não.

— Por que não?! — isso saiu como se eu fosse um menino de 12 anos


completamente mimado.

— Já está amanhecendo, temos que ir embora.

— Vai ser rápido…

— Não, vamos.

— Inferno — reclamei a abraçando e ela sorriu me dando um selinho casto,


minha birra foi sumindo em seguida.

Dias depois...
Girei o volante para a esquerda encarando os poucos pingos de chuva que
caía no meu parabrisa, parei no sinal vermelho olhando para a minha direita
vendo Susie com a cabeça encostada no banco.

— Ei… — toquei no seu rosto chamando sua atenção, ela me encarou com
um olhar cabisbaixo.

— O que houve? — Perguntei.

— Como assim? Estou bem.

Levantei uma sobrancelha.

— Você está mentindo — Peguei sua mão trazendo para perto dos meus
lábios. — O que aconteceu? Deixe-me ajudar você.

Ela abriu um sorriso pequeno e depois suspirou olhando para sua mão.

— Não me sinto bem.

— Fisicamente?

— Em tudo — ela põe a outra mão sobre as nossas. — Simon não me


responde há dias, e não me atende, ele simplesmente...evaporou, não tenho
notícias dele.

Pisco algumas vezes, não tenho notícias desse cara a algum tempo, ele não
está me atacando como faz diariamente e não fez nada para contra atacar
depois que fizemos aquela jogada rápida contra ele, pelo olhar triste de
Susie, eu entendi o que ela sentia.

— Acha que ele desistiu de saber? Digo, não posso mais continuar achando
que não tenho pai, Simon sendo meu pai ou não, despertou minha vontade de
procurá-lo, quem quer que seja.

Olhei para frente pisando no acelerador quando o sinal abriu e logo depois
coloquei minha outra mão no volante dirigindo para o nosso destino.
— Não acho que ele desistiu, eu o vi, Susie. Vi o quanto ele parecia disposto
para saber sobre você — a encarei por alguns segundos. — Ele irá retornar
seus chamados, se ele não o fizer, foda-se, vamos continuar vivendo e eu a
ajudarei no que for preciso caso você queira.

Ela sorriu novamente vindo na minha direção, a dei um selinho casto e ela
voltou a sua posição anterior, coloquei minhas mãos duas mãos no volante e
continuei dirigindo para a mansão Ross, hoje íamos ver fotos do novo
integrante da família, e confesso que estou ansioso para ver a cara de babão
de Peter Ross.

— Hum… — Susie geme do meu lado e eu a encaro vendo sua expressão


distorcida para algo que eu diria ser dor.

— O que está acontecendo?

— Não é nada — ela balança a mão.

— Como assim não é nada? — ela passa a língua nos lábios e cruza as
pernas limpando a garganta, ela parecia tonta. — Vamos para o hospital,
Susie.

— O que? Não!

— Nós vamos agora… — Comecei a virar o volante para dar o retorno mas
ela o agarra me mantendo na via.

— Vamos para a mansão, eu estou bem — suspirei contrariado, ela juntou as


sobrancelhas, começamos a discutir em silêncio sobre o que fazer, até que
ela ganha. — Pare aqui nessa farmácia, vou resolver isso.

Franzo o cenho e mesmo em dúvida para na frente da porra da farmácia, ela


tira o cinto de segurança pondo a alça da bolsa no ombro.

— Não vou demorar, ok?

— Quer que eu vá?


— Não, eu já volto — ela me dá um rápido beijo no rosto e sai do carro
andando até a farmácia.

Ela some da minha vista e eu olho para frente batucando o volante pensativo,
quando eu já estava contando quantos carros passavam do meu lado eu a
vejo voltando colocando algo dentro da bolsa.

Susie entra no carro pondo a bolsa no chão e depois põe o cinto de


segurança, ela me encara com um sorriso.

— Podemos ir.

Fiquei olhando para ela.

— Está tudo bem?

— Claro — ela balança a cabeça.

Não contestei e voltei a dirigir pela cidade, a espiei por canto de olho vendo
que ela tinha comprado um chocolate e estava devorando, cerca de 15
minutos depois nós chegamos na mansão e eu estacionei meu carro perto do
carro de Dylan.

Susie deu a volta no veículo enquanto eu guardava a chave no bolso da calça


jeans, passei o braço em volta da sua cintura e ela fez o mesmo comigo, a
porta estava aberta então entramos indo direto para a sala de jantar.

Entramos no lugar e eu logo levanto uma sobrancelha vendo bebês andando


de um lado para o outro e Adam correndo com Peter que tinha um
guardanapo tentando acertá-lo, Dylan estava comendo uvas e dando uma
para Danny que corria e dava para Lisa na boca, Rubi estava vermelha rindo
de Pan e Bell, Emily estava olhando para o seu celular com o sorriso mais
bobo que existe.

Limpei a garganta chamando atenção de todos.


Susie riu baixo me apertando e eu balancei a cabeça momentaneamente, me
pergunto se haverá um dia que vamos agir normalmente quando estivermos
reunidos, talvez quando tivermos 90, não vai dar para fazer muito coisa.
— Ei! — Peter nos cumprimenta. — Até que enfim, porra.

— Paciente é o nome dele — Lisa debocha com um sorriso.

— Nos atrasamos um pouco, mas estamos aqui! — Susie fala andando pelo
lugar cumprimentando todos com um beijo rápido na bochecha.

Abraço as meninas de lado e chego nos bebês dando um tapinha na cabeça


de cada um, falo com os meninos os abraçando rapidamente antes de todos
se sentarem nas cadeiras.

Jones senta do meu lado e eu me encosto na cadeira vendo Emily e Peter na


ponta da mesa com os demais em volta, os bebês ficam em cadeirinhas com
adesivos infantis.

— Bom, já que todos estão aqui... — Emily começa.

— Espera, espera! — Adam se levanta indo até a parede da sala de jantar e


se abaixa mexendo em algo, logo aparece um telão enorme na parede como
se fosse um cinema. — Agora sim.

Ele volta para o lugar dele e eu encaro Emily que tinha uma expressão
surpresa, Peter tinha a sobrancelha erguida para Bell que balançou as mãos
animado.

— Ok...bom, temos fotos para mostrar porque a ansiedade é grande e eu sei


que vocês estão curiosos, bando de fofoqueiro é assim mesmo — Emy pegou
o celular dela e deu para Adam que mexeu nele por algum tempo.

— Nós ainda não decidimos o nome do bebê, mas isso não importa agora —
Pan diz.

— Deixe ele escolher quando tiver 18 — Adam fala e Peter balança a


cabeça.

— Você é pai mesmo? — Pan brinca.

— Minhas três cópias loiras estão ali se você ainda tiver em dúvida — ele
aponta para os filhos que estão com um mordedor na boca.
— Gangue, meninas, apresento o novo integrante da família — Emy aponta
para o telão e não demora para um foto de um lindo bebê negro aparecer, sua
roupinhas eram azuis e parecia que ele estava tirando uma ótima soneca. —
Nós os escolhemos por dois motivos, primeiro, ele é lindo para caralho e é
atentado, parece comigo.

Emily se gaba e Peter dá um sorriso nervoso.

— O segundo, foi que este mesmo bebê foi rejeitado duas vezes por famílias
apenas por causa da cor da sua pele, a freira do orfanato me disse que pais
tem mais preferências por bebês brancos e isso...partiu meu coração — Emy
deu um sorriso pequeno. — Peter e eu não pensamos duas vezes, isso já era
uma das nossas opções antes e depois disso e de ver aquele rostinho ali —
ela aponta e sorri. — Não tivemos dúvida.

— Ele é… — Adam estava de boca aberta. — Lindo, puta merda, ele tem
cara de ser um bebê que não para.

— Tem vídeo! Tem vídeo! — Emy mexe no celular e rapido um vídeo


aparece, o bebê está no berço mexendo as pernas e braços com tanta força
que ele começa a rolar pelo berço arrancando risadas da pessoa que está
gravando.

— Estou apaixonada… — Rubi encara Adam. — Eu quero um.

— Ou, ou! Calma aí, princesa — Adam abriu um botão da sua camisa com
um sorriso nervoso, ele passou a mão na testa parecendo suar de repente. —
Acho que já temos o suficiente.

— Os olhos...oh meu Deus, são parecidos com os meus! — Susie dá um pulo


na cadeira me assustando mas rápido me recomponho.

— Fico contente com essa nova fase de vocês — falo e olho para Peter e
Emily. — Não tenho dúvidas que esse bebê irá amar vocês dois e vocês a
ele.

Pan pegou na mão de Emy que sorriu animada, Dylan pegou a taça de cima
da mesa e rápido todos pegamos.
— Ao bebê Ross — ele brinda.

— Ao bebê Ross! — brindamos juntos sorrindo e parabenizando os dois que


se abraçaram em seguida.

Nos ajeitamos nas cadeiras e eu olhei para Susie que ainda estava encarando
o bebê no telão, ela dá um sorriso mas logo vai parando ficando dura no seu
lugar.

Franzo o cenho.

— Susie?

— Sim? — ela me encara engolindo em seco.

— Tudo bem?

— Sim, vou no banheiro, eu volto em alguns minutos — ela me dá um


sorriso pequeno e se levanta pegando sua bolsa no processo, a vejo
caminhar para longe e olho para frente quando Dylan me chama.

— Ei, cachorrinho da Susie.

Levantei uma sobrancelha, ele sorriu de lado. Falou o cara que falta abrir as
pernas quando Lisa o chama.

— Tem notícias do Balis? Ele...sumiu.

— Não, não tenho — falo, mas olhando para trás sabendo que tem algo de
errado.

— Batgirl! Comprei uma capa para você no shopping — Adam se aproxima


de nós e me encara. — O que você tem modelo de perfume?

— O que?

— O que houve? Por que está inquieto? — Dylan me pergunta.


— Eu já volto — me levanto da cadeira encarando os dois que estavam
confusos. — Não demoro.

Tirei o sobretudo preto dos meus ombros enquanto caminhava para o hall e o
apoiei no corrimão das escadas antes de subir para o andar de cima.

×××

Hum? Seráquealgo de errado mesmo? Vamos saber no próximo capítulo!


Vote e comente, não vou demorar a voltar hehehe daqui a pouco vamos
entrar na reta final do livro hein!

Babacas de terno acabará em breve 😪 .

Simon sumiu? O queseráque aconteceu? Hehehe os capítulosestão


saindo meio grandes ultimamente, mas é só essa fase, daqui a pouco eles
ficam no tammaho normalnovamente 🙃.

Até, babys ❤.
96° capítulo

Nate

Por que essa casa é tão grande?!


Que inferno.

Faz mais de 5 minutos que estou procurando um banheiro mas só vejo


quartos e quartos, já estava considerando ligar o GPS do meu celular e
emprestar o pozinho da Bell para sair voando por aí.

Coloquei as mãos dentro da minha calça jeans quando parei na última porta
do corredor a esquerda, ouvi um barulho vir de dentro e me aproximei mais.

— Aí...que droga! Como que faz isso? — franzo o cenho olhando para a
maçaneta.

Ouvi Susie resmungar novamente parecendo impaciente e sinceramente,


estou surtando. Digo, conheço quatro mulheres, convivo com elas
praticamente todo dia, tenho autonomia para dizer que sabemos quando há
algo de errado com as meninas, assim como elas tem conosco.

Dei duas batidinhas na porta suavemente e acho que ela se assustou lá


dentro, mas respondeu.

— Sim?

– Sou eu, Jones.

Ela fica em silêncio me deixando escutar coisas desconexas vir lá de dentro,


vejo a porta se abrir para mim e seu rosto aparecer com um sorriso pequeno.

— Eu acho que você está me seguindo... — ela brinca me fazendo sorrir de


lado.

— Desde que você me menosprezou naquele hospital — me apoiei na porta


cruzando os braços, olhando para o seu corpo minuciosamente.
— Eu não consigo lembrar de você na verdade — a encaro nos olhos.

— Como é?

Suas bochechas ficam vermelhas.

— Digo, eu lembro de você, só não lembro de você tentar algo — ela deu de
ombros.

— Eu não tentei, só...olhei para você — limpei a garganta. — Pensei que


entenderia o meu interesse assim.

Ela suspirou me dando um olhar estranho de pena.

— Como sempre tão fácil de ler você — ela debocha.

Fiz uma cara de tédio.

— Você que é lenta para isso, nunca sabe quando estão flertando com você
até que estejam quase te beijando, isso é...— cerrei os dentes. — Demais
para eu ver.

Ela riu.

— Veio até aqui para brigar comigo, Sr. Venturelli?

— Não, eu vim... — dei passos para frente a fazendo ir para trás e me


aproximei dela vendo curiosidade no seu rosto.

— O que foi? Você está me assustando — ela meneia a cabeça.

— Você que está me assustando, Susie Jones! — coloquei as mãos na


cintura. — Eu estou...surtando.

Ela aperta os lábios.

— Eu não...
— Não sou idiota, você está...estranha — olhei para a sua barriga e depois
para ela, Jones franze o cenho encarando seu corpo antes de me olhar
novamente.

— Adam te deu alguma coisa para beber?

— Eu estou falando sério — me aproximei mais até ela ir para trás


encostando as costas no box do banheiro, Susie entreabre os lábios
encarando meus ombros descendo pelo meu peito.

Nos assustamos de leve quando um barulho chato aparece no meio de nós


dois, meio atônita, Susie percebe que vem do seu bolso.

Ela pega o celular encarando a tela e lê o nome de quem a liga.

— É o Eric — ela me encara. — Provavelmente quer saber quando vou


visitá-lo.

Me afastei alguns passos para dar liberdade a ela.

— Atenda, depois conversamos — apontei para a porta e ela concordou


voltando a olhar para o celular, Susie andou até sair do banheiro e eu puxei
as mangas da minha camisa preta para cima, me aproximei do espelho
encarando meu reflexo.

Eu estou com saudade dela, de beijá-la, de tocar onde eu gosto de tocar, de


ouvir os gemidos que excitam até a minha alma.
Me pergunto por que ela está me afastando? Não toco em Jones há dias, toda
vez que chego perto ela me olha como se escondesse algo.

Passei a mão no cabelo antes de apoiar as mãos na bancada, encarei o


sabonete líquido na pia dourada e logo do lado lencinhos brancos, tirei as
mãos da bancada e xinguei baixo percebendo que tinha sujado as palmas
com sabão escorrido ali.

Droga.

Abri a torneira lavando as mãos rapidamente e depois peguei os lenços as


enxugando, procurei o lixo pelo banheiro e o achei perto do vaso sanitário,
pisei do pequeno pedal levantando a tampa e joguei os papéis ali, não tinha
nada na lixeira.

A não ser por...

Juntei as sobrancelhas aproximando meu rosto.

Mas que porra é essa?

Minha curiosidade era tanta que não liguei em colocar a mão ali tirando o
conteúdo, peguei no objeto o encarando com o rosto confuso e abri os lábios
chocado quando li o que estava escrito.

Grávida?
Pisquei várias vezes voltando a ler o que estava escrito naquele teste e eu
juro que dei passos para trás meio tonto ao me encostar na bancada
novamente, oxigênio parecia escasso enquanto eu sentia a veia na minha testa
pular a cada maldito segundo.

Grávida?
Merda, ela está grávida?
Merda, merda, merda, minhas mãos começaram a tremer de repente e eu
deixei o teste cair no chão não acreditando.

A porta é aberta novamente e eu vejo Susie passar por ela guardando o


celular no bolso, ela me encara normalmente e eu vejo sua expressão
mudando quando ela percebe a minha.

— Nate?

Encaro o chão que ela pisa e estou com medo de estar tendo um infarto, eu
não...eu preciso me acalmar. Sim, eu preciso disso.

Saio de onde estou e caminho até ela a passos duros não fazendo rodeios
antes de agarrá-la nos meus braços, Susie resmunga e eu enfio minha cabeça
na curva do seu pescoço a abraçando apertado procurando a calmaria que só
ela me passa.
Estou afoito, e sem acreditar, não, só posso estar sonhando, deve ser o meu
cérebro querendo me atormentar novamente.
Meus dedos não param de tremer, e eu sei porque, sinto o medo correndo
pelas minhas veias e quando o pensamento do meu passado volta eu aperto
Jones com mais força a fazendo suspirar no meu ouvido.

— Nate...eu não estou...

A soltei um pouco a deixando respirar e coloquei as mãos nos seus ombros a


afastando de mim minimamente, ela me encara passando a língua nos lábios.

— O que está acontecendo?

— Eu não...me sinto pronto para isso, não quero mentir para você, nunca —
Balancei a cabeça. — Não quero que se repita novamente, e eu sei que
posso estar me precipitando ao achar que vai, mas eu estou...

Susie toca no meu pulso e eu volto falar.

— Você me dá forças todos os dias, merda, você é a mulher da minha vida


— coloquei as mãos no seu rosto a olhando com medo nos olhos. — Eu faria
tudo por você, Susie. E isso inclui superar qualquer coisa que possa estar
acontecendo, se você se afastou de mim esse dias porque estava com medo
da minha reação, eu entendo, porra, eu entendo completamente, mas apesar
de tudo eu não posso deixar você ter medo de me contar uma coisa dessas
achando que eu iria embora, que eu daria as minhas costas para você e
sumiria por longos meses apenas para ter um tempo para pensar, porra, não.
Eu sei que estou quase tendo um infarto porque...isso não estava nos planos,
e eu não tenho ideia de como lidar com isso, eu não tenho.

Balancei a cabeça atordoado.

— Nathaniel — ela me interrompe pondo as mãos na minha nuca, me


aproximo dela até sua testa colar na minha.

— Desculpe, Mi Bela — fechei os olhos com força. — Eu só estou muito


surpreso agora, não consigo pensar direito.
— Bom, somos dois — a encarei descendo o olhar para a sua barriga, fiquei
olhando para ela por quase 1 minuto inteiro, tem um bebê meu ali dentro?
Porra.

— Eu não posso acreditar que você está grávida — Por um curto momento,
quase que por frações de segundos, minha mente me deixou experimentar a
cena de ver Susie grávida, de seus cabelos voando contra o vento e as mãos
sobre a barriga grande, meu coração se apertou totalmente e nesse mesmo
momento meu passado não pareceu me atingir tanto.

— Eu amo você — ela sussurra me abraçando e eu beijo o topo da sua


cabeça. — Cada dia que passa, eu vejo que tomei a decisão certa de ficar
com você, apesar de tudo o que te aconteceu, você sempre procura dar o seu
melhor. Nikki é o exemplo disso, você não tinha uma obrigação com ela
depois que aquele trágico acidente aconteceu, mas você não a excluiu da sua
vida, você ficou e a deu conforto não porque se sentiu obrigado, e sim
porque seu coração mandou, você é uma boa pessoa, Nate.

Ela apoia o queixo no meu peito e respira fundo.

— Eu não estou grávida — ela diz encarando meu rosto que se torce
lentamente para confusão.

— O que?

— Não estou carregando um filho seu — ela põe a mão no meu maxilar.

— Mas... — Olhei para trás ainda sentindo as batidas fortes do meu coração
e vejo o teste no chão, a soltei indo até ele para pegá-lo.

— Você não fez isso? — Perguntei me aproximando, ela analisa e depois


nega.

— Você sabe que... — ela balança a cabeça como se eu fosse entender


exatamente o que ela estava dizendo, franzo o cenho.

— Sei o que?

— Que estou no vermelho...


Meu cenho continua franzido.

— Ainda? Mas eu deixei dinheiro no seu apartamento... — paro de falar


imediatamente e ela arregala os olhos, merda.

— Você fez o que?!

— Espera... — Digo, vendo seu rosto irritado. — Eu deixei lá para alguma


emergência.

— Você deixou dinheiro no meu apartamento?! Mas...

— Você disse que estava no vermelho — apertei os lábios.

— Eu estou menstruada, seu...maluco — ela bateu no braço. — Não é minha


conta no banco que está vermelha, sou eu!

Abri os lábios me sentindo o cara mais idiota da face da terra.


Caralho, como eu não entendi essa merda?
As paranoias na minha cabeça estão rindo de mim agora.

— Cacete, eu entendi tudo errado — ela cruzou os braços me vendo


lamentar.

— Por mais que aprecie o gesto, eu não preciso da sua ajuda


financeiramente — Susie alisou meu braço, onde ela bateu.

— Eu sei disso! Eu só...queria ajudar, mas estava procurando as palavras


certas para te fazer aceitar isso.

— Quanto tem lá, Nathaniel?

Limpei a garganta, e olhei para os lados querendo me enterrar no chão.

— Não tem muito...

— Quanto? — ela se mantém firme no chão.

Suspirei, enrolando na resposta.


— 100 mil dólares — falo e ela abre a boca exasperada me encarando.

— 100 MIL DÓLARES?! — Ela grita e eu me aproximo pedindo para ela


falar mais baixo, Susie põe a mão na boca percebendo o tom e eu sorrio
internamente.

— Quando você parou na farmácia mais cedo...

— Comprei absorvente, e remédio para cólica — ela me mostra sua bolsa


com os conteúdos lá dentro. — Hoje é o meu último dia, em breve você
poderá me tocar novamente.

— Você resmungou sobre não conseguir fazer alguma coisa quando cheguei
aqui...

— Era...hum...um negocinho que mulheres usam, você não quer saber — ela
alisou minha costas. Dei um sorriso de lado.

Ela suspirou passando a mão no meu cabelo em seguida, a dei um sorriso


pequeno me inclinando até beijar seus lábios ternamente, porra, surtei por
nada!

— Seu coração ainda bate muito rápido — ela sussurra entre beijos.

— Pensei que você estivesse grávida, me dê um desconto.

— Não sei como você não desmaiou — ela sorriu no meio dos selinhos.

— Foi quase, Jones. Eu disse que você ainda vai me matar.

Ela riu baixo antes de se afastar e encarar a minha mão vendo os dedos
apoiados no lado certo do teste, ela o pega dali e vê o "grávida" estampado.

— Se você não está grávida... — ela me encara quando começou a falar. —


Quem está?

Susie aperta os lábios e balança a cabeça.

— Talvez seja...
A porta se abre a interrompendo e nós vimos o rosto de Emily aparecer de
repente, ela nos encara abraçados no banheiro e dá um sorriso malicioso.

— A fugidinha hein? Seus dois safados! — ela aponta para nós entrando
mais no banheiro.

— Emy... — Susie a chama.

— Calma, não vou demorar, só vim pegar a tesourinha para cortar a unha do
Peter Pan.

— Não é isso, escute — a chamei.

— Pera, Nate! Que inferno — ela reclama mexendo nas gavetas. — Segura o
Nate Junior aí, minha nossa! Baby boo te deu o melhor chá.

Ela balança a cabeça ainda sem acreditar na nossa pressa para transar e
Susie se aproxima dela agarrando seu braço.

— Emily, achamos isso no lixo — ela mostra o teste e Emy o encara, depois
dá de ombros.

— Devolva ué.

— Você que fez? — Perguntei a ela.

— Sim, fiz de manhã, era o último da caixa então pensei...por que não? —
ela riu. — É engraçado fazer xixi nessas coisas.

Ela se voltou para a gaveta procurando a tesourinha novamente e Susie


colocou o testa em cima bancada engolindo em seco, puta merda!

— Por que não olhou o resultado? — Susie pergunta e ela acha a tesourinha
olhando o objeto minuciosamente.

— Depois de um tempo, você cansa do resultado negativo — ela deu um


sorriso triste para a Susie e depois me encarou, eu não conseguia esconder a
satisfação meu rosto, Emy franziu o cenho.
— Por que estão me olhando assim? — ela levanta uma sobrancelha. —
Olha só, franjinha, vocês são gatos pra cacete, mas eu não curto muito
menage...e ah! Eu sou casada, também tem isso.

Revirei os olhos.

— Me dá aqui essa tesourinha, por favor — ela pede e Emy dá a ela, Susie
põe a tesourinha ao lado do teste e depois aponta pedindo para Emy olhar.

A loira encara a tesourinha e depois Jones a olhando como se ela tivesse se


tranformado em um animal de repente.

— Você está andando muito com Nate, a esquisitice está igual — ela pisca e
eu abro a boca ofendido, Emy me encara jogando um beijo exagerado na
minha direção.

— Olha de novo! — Susie a vira querendo que ela tenha a experiência de


ver sozinha, e não com nós dois mostrando a ela logo de cara.

— Não sei que merda está acontecendo mas... — ela diz enquanto encara a
tesourinha de novo mas seus olhos desviam para o teste ao lado, Emily
franze o cenho parando de falar e aproxima o rosto querendo ver se estava
enxergando direito.

— Isso... — ela aponta e depois olha para Susie, ela já parecia estar
surtando como eu estava antes.

— Deu positivo — Susie sorriu.

Emily voltou a encarar o teste de boca aberta, isso me fez sorrir de lado. Ela
fica estática por vários, e vários e vários segundos, ainda descrente de que
isso possa estar acontecendo

— Eu estou... — ela põe a mão no peito. — Eu estou grávida?!

— Acho que sim, Emily — Falei, e ela deu passos para trás parecendo que
ia ter um colapso.
— Eu estou grávida — ela põe as mãos na boca mas depois tira encarando
Susie. — Você não fez xixi nesse negócio não, né Jones?!

— Claro que não! — Susie coloca as mãos na cintura desacreditada na


pergunta.

— Merda, merda, puta que caralho — ela começa a andar de um lado para o
outro. — Eu estou grávida, eu estou grávida, estou grávida.

Ela para de repente e depois nos encara abrindo um sorriso imenso.

— EU ESTOU GRÁVIDA! — ela comemora abrindo os braços e solto uma


risada quando ela começa a pular de alegria correndo de um lado para o
outro com a felicidade a envolvendo.

— AAAAAAAA — ela passa gritando até o boxer e Susie ri baixo se


aproximando de mim vendo Emily Ross surtar.

— Peter vai ficar mais contente do que já está — Susie fala para mim e eu
passo meu braço pela sua cintura.

— Em dobro — digo e ela concorda com um sorriso.

— AAAAAAAA — Emily passa gritando de novo e nós rimos dela até que
a mesma se aproxime de nós nos abraçando com força, lágrimas já escorriam
dos seus olhos.

— Eu vou ter dois bebês — ela começa a rir e chorar ao mesmo tempo.

— Estamos felizes por vocês — Susie sussurra passando sua mão no cabelo
dela.

— Peter — ela se afasta, limpando o rosto. — Preciso contar para ele.

Concordamos.

— Eu vou...sair, digam a ele que volto pela noite, ok? — ela pede.

— Claro, faremos isso — falei passando a mão no seu braço. — Parabéns.


Ela riu empolgada indo até a bancada pegar o teste e depois passou pelo
meio de nós correndo pelo corredor jogando seus sapatos para cima para se
livrar deles, rimos baixo a vendo descer pelas escadas e depois nos
encaramos.

— Bom, a família só aumenta — Susie diz sorrindo.

— Sim, só aumenta — sussurrei.

Beijei sua a bochecha a levando comigo para o andar debaixo. O peito


aliviado, mas ao mesmo tempo apertado, como se uma chama fraca de
expectativa tivesse sido criada, ainda é muito recente para eu querer
compreender.

×××

O povo achando que a Susie tava grávida:


LKKKKKKKK É A LOIRINHA! Emily Ross vai ter dois bebês Roos,
queria filho? Então toma!

O Nate surtando, mas agindo da maneira que o instinto dele quer, homem
decidido é assim mesmo, te amo seu totoso!
Sou cadelinha dos meus personagens, desculpe 😍.

Próximo cap játáaí, PQ A MINI MARATONA COMEÇOU


CARALHOOOOOO

Vote, até babys ❤


97° capítulo

Peter Ross

Eu sabia desde o início, desde que pisei naquele lugar, escutei a frase do
padre, e quando falei "Eu aceito", eu sabia exatamente no que estava me
metendo.

Eu sabia que iria viver o resto da minha vida com Emily Ross, quer dizer,
não que minha vida dure muito porque essa mulher ainda vai me matar! Onde
caralhos a minha esposa foi?!

— Você tem cinco minutos para me dizer aonde ela estar— Olhei para o
relógio no meu pulso e depois para Nate que fez uma cara de tédio na minha
frente.

— Se eu não disser, você vai fazer o que? — ele pergunta e eu aperto o


maxilar, um na frente do outro quase bufando, quem nos visse agora achariam
que íamos entrar em uma luta até a morte.

— Oh, você não quer saber, seu projeto de modelo barato — dei um
peteleco na sua testa, Nate bateu no meu braço.

— Você não pode fazer nada, Pan.

— Não? — levantei uma sobrancelha e ele acenou, olhei para o lado vendo
Susie vestir seu casaco e isso me deu a ideia . — Você pediu, Nate. Sem
Susie para você!

Franjinha parou na hora de vestir o casaco e se virou para nós dois, olhei
para Nate que estava a carranca maior que antes, dei um sorriso de
vencedor.

— Cala a boca — Nate debocha.

— Sem Susie Jones por um mês — cutuquei seu peito e por canto de olho vi
Susie revirar os olhos andando até nós
Ela agarra o braço de Nate que já estava mais em cima de mim me dando
aquele olhar que ele costuma dar a Adam, eu chamo de "Só não te mato
porque eu te amo, seu filho da puta".

— Ela está chegando, Peter. Cadê a sua paciência? — franjinha pergunta.

— Você sabe que eu não tenho — resmunguei.

— Vai precisar, você vai ter um filho, babaca — Nate pega na mão de Susie
entrelaçando os dedos dos dois, quando esse idiota vai pedi-la em namoro?
Capaz até do meu garotão fazer isso primeiro que ele.

— Susie — coloquei a mão no rosto fingindo um choro mais falso do que


Dylan dizendo que não gosta de Toy Story. — Você sabe que eu sou pessoa
dodói...não posso ficar muito ansioso.

Ela fez um bico debochado.

— Vai ficar tudo bem, nos falamos depois. E pare de andar com a Tinker,
por favor — ela vem até mim me dando um rápido beijo na bochecha e
depois volta para o lado de Nate.

Encaro meu melhor amigo.

— Tchau — ele nem acena direito antes de puxar Susie para longe, fico
encarando os dois que acabam rindo quando Susie sem querer tropeça ao
sair da sala de estar, Nate fala alguma coisa para ela antes de passar seu
braço pelas suas pernas até tirá-la do chão, os dois dão mais risadas até
sumirem da minha frente, dei um sorriso de lado, Nate finalmente está feliz.

Caminhei até o mini bar da sala me servindo um copo de whisky e encarei a


hora novamente, todos tinham ido embora depois do almoço, a não ser por
Nate e Susie que ficaram mais um pouco.

Me joguei no meu sofá preferido tirando os sapatos e descansei a cabeça


depois de tomar um gole da bebida. Fiquei assim por quase 15 minutos
inteiros até escutar o barulho da porta da frente, me ajeito no sofá
imediatamente.
— Emily?

Ninguém fala nada.

— Emily!

— Não, sou eu o Dylan — levanto uma sobrancelha percebendo a voz fina


parecer forçada, me levantei quando vi um vulto loiro correndo até chegar
nas escadas com algo na mão.

— Emily!

Começo a correr junto com ela e ainda a vejo dobrar no corredor, antes que
eu possa chegar nela a porta se bate na minha cara me fazendo dar dois
passos para trás, dei um tapa na madeira.

— O que você tem aí? Drogas? — brinquei escutando sua risada do outro
lado.

— Espera que você já vai ver.

— Loirinha, você lembra do nosso acordo, não é?

— Sim, não matar você do coração durante o nosso casamento — ela repete
o juramento.

— Muito bem, você lembra, então o siga — me encostei na porta escutando


um barulho estranho vir de dentro.

— Nunca vou poder seguir isso, Wilson. Você sabe — diz.

— Pode ao menos fingir?

— Ha! — ela comemora batendo uma palma, franzo o cenho.

— O que você está fazendo? — Perguntei escutando passos se aproximando


de onde eu estou.
Escuto a chave se virar e a maçaneta se mexer, a porta é aberta e eu encaro o
rosto de Emily que tem um sorriso enorme, semicerro os olhos.

— Entre, por favor — ela aponta para o nosso quarto e eu dou passos
desconfiados para dentro.

Olho em volta pondo as mãos na cintura e chego no centro me virando para


ela, Emily me dá um sorriso estranho como se soubesse de algo que eu não
sei.

— O que?

— Fecha os olhos — ela pede.

— Hum...

— Fecha logo essa merda!

— Pedindo assim...

Fechei os olhos antes que ela ameaçasse jogar o sapato na minha cabeça,
escutei seus passos e logo depois um barulho de botão aparecer, o quarto
parece ficar mais iluminado que antes e eu sinto ela me abraçar por trás.

— Abra os olhos — ela pede.

Os abri lentamente até sentir seus dedos no meu queixo o levantando, encarei
o teto arregalando os olhos de leve ao ver um foto sendo projetada ali, as
mãos de Emily acariciam meu peito e eu dou um sorriso de nostalgia.

— Lembra desse lugar? — ela me pergunta baixinho.

— Claro que lembro — meu sorriso se alarga ao lembrar de mais coisa. —


Foi onde nos beijamos pela primeira vez.

Olhei para trás e ela balançou a cabeça concordando.

— Sei que é uma faixa de pedestres, mas é a minha preferida no mundo todo.
Tirei essa foto hoje mais cedo — ela diz sorrindo. — Foi o início de tudo o
que vivemos, o lugar que me deixou caidinha por você logo de primeira.

— Você já era antes, vale lembrar — ela riu no meu ombro.

— Nunca disse para você o que eu senti naquele dia, mas irei dizer de forma
resumida, eu queria muito sentir o Pepe — ela fala me fazendo revirar os
olhos, Emy riu negando. — É brincadeira! Mas eu me senti...diferente, nunca
acreditei nessa besteira de alma gêmea, mas quando eu beijei você naquele
lugar ali — ela me faz olhar para cima novamente. — Acreditei até no
impossível, porque eu estava beijando Peter Ross, o meu inimigo declarado,
e o homem que eu me apaixonaria perdidamente em seguida, meu futuro
marido.

Senti suas mãos me soltando levemente, mas mantive meus olhos presos no
teto me lembrando de tudo o que aconteceu naquela noite, foi uma das
melhores da minha vida como poderia esquecer?

— Com você sempre foi tudo muito intenso, Peter. Nada que vinha de você
era pouco, sempre era muito, ou o dobro — ela diz atrás de mim. — Acho
que não podia ser diferente agora.

Escutei ela mexendo em algo e eu me virei de frente para a mesma, Emily


estava segurando uma jaqueta de couro minúscula na mão direita e isso me
fez dar um sorriso confuso.

— O que é isso?

— Do nosso filho — ela mexe na roupinha, que era uma graça!

— Eu...adorei. Moleque vai andar estiloso — Estou ansioso para cacete.

— Sim, espera, tenho outra coisa para te mostrar — ela tira do bolso de trás
uma moto em miniatura bem parecida com a minha e eu acabo rindo ao ver
aquilo, Emily dá na minha mão e depois volta para o lugar que estava, a três
passos de distância.

— Para que isso?

— É uma caixinha, abre — responde.


Franzo o cenho mexendo nela até que eu consigo achar a abertura, puxo o
conteúdo de dentro vendo alguns papéis brancos e pisco algumas vezes
vendo um...teste de gravidez...porra, isso é um teste de gravidez?!

A palavra "grávida" brilhava naquilo e na mesma hora meu coração acelerou


como um motor de moto, girei o teste percebendo o bilhete grudado e o que
li, fez lágrimas brotarem nos meus olhos:

"Há espaço para mais um, papai?"

Abri a boca pondo a outra mão nela totalmente desacreditado, uma lágrima
solitária escorreu do meu rosto quando eu levantei a cabeça para encara
Emily que já não segurava apenas uma jaquetinha de couro, e sim duas.

Ela também chorava, emocionada pelo o que está acontecendo conosco.

— Emily...

— Eu estou grávida, vamos ter dois bebês, Peter!

Oh meu Deus.

Quase que em câmera lenta as coisas que eu segurava na mão vão caindo
pelos meus pés, encaro a mulher que amo e não penso duas vezes em correr
até ela.

— Você está grávida — coloquei minhas mãos no seu rosto molhado pelas
lágrimas e ela concordou rindo.

— Sim, eu estou grávida — ela repete o que meu coração queria ouvir a
muito tempo.

— Nós conseguimos?

— Nós conseguimos! — ela grita feliz e eu dou risada de felicidade que


preenche todo o quarto, a abraço em seguida envolvendo seu corpo no meu e
ela me aperta dizendo que me amava.
— Deus! — a afastei, ainda sem acreditar. — Vamos ter outro bebê, VAMOS
TER OUTRO BEBÊ.

Ela pulou nos meus braços animada e eu toquei na sua barriga quando ela
parou, Emily encarou minha mão colocando a sua por cima, nós sorrimos um
para outro até ela limpar a lágrima que descia pela minha bochecha.

— Eu queria fazer algo mais especial...

— Isso foi perfeito — a interrompi descendo o olhar para a sua barriga. —


Porra, tem um bebê aqui dentro!

— Hum...sim, é isso que significa estar grávida — debocha.

— Puta merda, você está grávida! — a agarrei tirando seus pés do chão e a
rodei nos meus braços enchendo seu rosto de beijos, Emily riu pondo os
braços em volta do meus pescoço.

— Eu amo você, loirinha — sussurrei entre beijos.

— Eu amo você, meu cretino — ela sussurra de volta e nós sorrimos um


para o outro antes de olharmos para cima vendo um dos cenário mais
importantes da nossa história.

E eu não via a hora de construir uma nova, mas sempre ao lado da mulher
que que amo, e sempre amarei.

×××

Ainnnn, meus piticos estão literalmente pulando de felicidade pelos


bebês! Que comecem as apostas para saber o sexo! kakakak gangue não
vai ser a gangue se não fizer isso.

Próximocapítulojá disponível, nãoesqueça de votar no livro da titia Lis.

Até, babys ❤.
98° capítulo

Susie

Me pergunto porque não pratiquei mais esportes quando estava no colégio,


talvez isso me desse mais coordenação motora nos dias de hoje.

Resmunguei fazendo uma careta e lentamente tirei meu pé da poça de lama


enquanto a chuva incessante caia sobre a minha sombrinha colorida.

Dei um suspiro de derrota.

— Por que? Por que eu?! — Perguntei para o vento me sentindo bem azarada
hoje, começo a correr da chuva novamente para chegar no apartamento de
Nate o quanto antes.

Desvio de uma árvore que praticamente riu de mim quando minha bolsa
grande bateu no tronco dela, droga, por que eu não peguei um táxi?!
Tarde demais! Pelo menos só falta uma esquina.

Continuei correndo sabendo que metade de Nova York está olhando para
mim agora, e isso...é horrível! Mas continuo porque preciso trocar de roupa
e me esquentar em Nate enquanto ele trabalha na biblioteca.

Eu estava dobrando a esquina do apartamento quando dei um gemido


surpreso sentindo meu peito chocar com outro e minha sombrinha bater na
cara do sujeito, abri a boca chocada enquanto ele resmungar dando passos
para trás.

— Caramba! Me desculpa, moço. Meu Deus, não desmaia — falei me


aproximando vendo suas mãos apoiadas nos seus joelhos.

Ele vestia um sobretudo preto e terno azul por baixo, minha mão estava no
seu ombro quando ele levantou o rosto para me encarar, pisco em surpresa.

— Kevin?
— Um minuto — ele pede se recompondo e eu tiro minha mão dele assim
que o mesmo fica ereto, sua mão direita passa pelo seu cabelo molhado e eu
encaro a água da chuva escorrendo pela sua barba e boca.

— Desculpe, eu estava...

— Correndo, achou uma boa ideia me levar junto? — ele deu um sorriso
meio ofegante. — Não irei me opor.

Ele tirou as luvas das mãos me encarando dos pés a cabeça parecendo
realmente surpreso em me ver, engoli em seco dando um sorriso pequeno em
seguida.

— Está bem mesmo?

— Venha aqui, está chovendo muito — ele toca no meu ombro apontando
para a coberta do restaurante ao nosso lado, paramos na entrada nos
abrigando e eu aproveitei para ajeitar minha calça jeans e blusa que estava
toca bagunçada.

— Como você está? — ele pergunta.

— Ótima, sempre gosto de correr pela chuva assim — ele sorriu de lado.

— Ainda está...

— Sim, ainda estou com ele — falei, apertando a alça da sombrinha. Kevin
apenas levantou as duas sobrancelhas em sinal de que não gostou de ouvir o
que saiu da minha boca.

— Escute... — O encarei nos olhos. — Você trabalha com Simon, certo?

— Trabalho.

— Você tem visto ele esses dias? — Perguntei, minha respiração pareceu
sumir por frações de segundos ao esperar a resposta da pergunta que eu
precisava fazer.
— Não, ele apenas me disse que ia levar a sobrinha para fora do País, e não
sabia quando ia voltar.

Franzo o cenho e olho para os meus pés meio pensativa.

— Ele me contou sobre você — Kevin chama minha atenção. — Disse que
talvez você fosse a filha que ele procurou por um longo tempo, mesmo não
tendo certeza de que a filha fosse dele ou não, já que sua mãe fugiu com
outro.

Mexo os ombros sentindo o vento gelado.

— Você não tem certeza disso — falei.

— Sim, verdade — ele acena.

— O que mais ele disse?

— Não acho que você seja filha dele — Kevin dispara. — E mesmo que
você seja, você praticamente está contra ele já que dorme com o inimigo.

Entreabri os lábios mexendo o corpo levemente para trás, ele se aproximou


um pouco mais.

— Eu gosto de você, Susie. O que é muito raro, mas se você for filha de
Simon Balis, fique fora dos negócios, para o seu bem.

Nossa...

— Está me ameaçando? — levantei uma sobrancelha.

— Estou avisando, custei a dobrar a cabeça de Simon para conseguir


levantar uma nova guerra contra os Venturelli, você não vai destruir isso —
encarei seu rosto que estava mais perto do meu, conseguia ver raiva nos seus
olhos.

— Não me meto nos negócios de ninguém.


— Ótimo, continue assim então — ele encarou meus lábios subindo pelo até
nariz até alcançar meus olhos. — Você não quer me ver irritado, certo?

— Por que está fazendo isso, Kevin?

— Por nada, mas você não vai estragar a minha vingança contra aquela
família, não estou pedindo muito, apenas fique fora dos negócios, pode fazer
isso?

Bufei irritada.

— Eu preciso ir — digo passando por ele, mas logo volto com a sua mão me
arrastando de volta.

— Você é sempre tão educada, não me responder é falta de educação, Susie.

— Me solta — falei cerrando os dentes.

— Diga que não fará nada para tentar apaguizar a guerra entre as famílias —
ele me encarava como se tivesse disposto a fazer tudo para me tirar do
mapa, isso me assustou completamente. — Porra, se você for filha
dele...Simon fará tudo por você, igual aquele estúpido do meu primo, me
prometa que não fará isso.

— Kevin... — dei um gemido encarando sua mão no meu braço e ele me


puxou para mais perto.

— Você não me conhece, mas eu não vou deixar você estragar meu plano —
ele sussurrou.

— Tira a mão de mim!

Na mesma hora que gritei eu puxei a respiração dando passos para trás
vendo uma mão agarrar o pescoço de Kevin o arrastando até suas costas
baterem no vidro do restaurante fazendo um barulho audível por baixo da
chuva, vejo Nate em cima dele com um posição ameaçadora.

Kevin o encara vendo que ele tinha o maxilar apertado e estava molhado
pelos pingos incessantes da chuva.
— Ora, meu primo querido — Kevin debocha mas parece perder mais o ar
quando Nate usa a força da mão.

— Se algum dia... preste atenção — ele empurra Kevin contra o vidro


novamente o fazendo resmungar. — Se algum maldito dia eu ver a sua mão
tocando nela novamente, eu juro que eu vou bater em você até te deixar em
coma.

Kevin tenta sair do aperto e quase consegue mas Nate bate às suas costas no
vidro novamente, as pessoas mesmo na chuva pararam para ver o que estava
acontecendo.

— Me larga, idiota!

Nate se aproxima mais encarando Kevin com um olhar que nunca vi antes,
era puro ódio e ameaça.

— Você está avisado.

Ele solta Kevin que logo começa a tossir se abaixando até se sentar no chão
e Nate se aproxima de mim tirando o terno dos seus ombros, ele pega a
minha sombrinha a fechando e joga o terno me cobrindo, olho para as
pessoas que nos filmavam com os celulares dentro do restaurante.

— Vamos — ele diz me fazendo agarrar sua mão, andamos juntos depois que
ele pegou minha bolsa.

Corremos por dois minutos antes de chegar no saguão do prédio dele, Nate
passa pela recepcionista sem falar nada e entramos no elevador depois que
ele apertou no botão.

Subimos em silêncio com a minha mão grudada na sua, a água molhando o


elevador e o corredor antes de passarmos pela porta.

Nate deixa as minhas coisas no chão sem me soltar e caminhamos para a


biblioteca, o apartamento estava silencioso o que me leva a crer que não tem
mais ninguém aqui.
Ele me deixa entrar primeiro e eu ando até perto da sua mesa escutando ele
fechar as portas, me virei para encará-lo e vejo quando ele anda a passos
duros até mim.

— Nathaniel.

Não continuo minha fala ao perceber ele puxando minha jaqueta para baixo,
Nate parecia apressado e eu sabia o que ele queria, então deixei ele fazer o
que precisava fazer.
Minha jaqueta cai no chão e logo depois ele puxa minha blusa de mangas
compridas até o cotovelo para cima, fico só de sutiã na sua frente quando ele
pega no meu braço o virando.

Sua expressão se fecha mais do que antes enquanto seus olhos pretos
encaram a marca avermelhada no meu braço, gotas de água caem do seu
cabelo na minha barriga mas eu não me importo, por mais geladas que elas
estejam.

— Merda — ele sussurra.

— Eu estou bem.

— Não, porra. Eu devia ter buscado você, mas eu sou tão...obcecado por
trabalho que preferi...

— Isso não é culpa sua! — gritei irritada e ele ficou em silêncio me


encarando. — Não pode ficar comigo 24 horas do dia, não haja como se
pudesse.

— Isso poderia ter sido evitado, Mi Bela.

— Não é nada demais — afastei sua mão do meu braço. — Kevin é só...um
idiota.

Ele levanta as duas sobrancelhas me ouvido xingar, até eu me assustei, mas é


isso que ele é.

— Pensei que já estivesse aqui, estava passando com o carro quando vi você
conversando com ele e o deixei estacionado lá fora, merda. Mas cheguei na
hora certa pelo visto — ele encara meu braço novamente. — Só pensei em
tirar você dali.

— Está tudo bem, só...— me aproximei passando meus braços pela sua
cintura. — Fique comigo.

Ele suspirou parecendo contrariado, está escrito na sua testa que ele quer ir
até Kevin e jogá-lo em lava quente enquanto assiste com uma taça de vinho.

— Sempre — ele sussurra no meu ouvido quando me abraça.

(...)

Dei um risinho baixo quando encarei suas mãos agarrando minha bunda me
puxando para perto dele que estava sentado na cama.

— Ei! — reclamo, parando na sua frente.

— Esse cheiro...tão gostoso — ele desce as mãos pelas minhas pernas


aproximando o rosto na minha barriga, mordo o lábio quando ele passa o
nariz em cima do elástico da minha calcinha lilás, provavelmente sentido o
frescor do banho que tomei a alguns minutos.

— O que pensa que está fazendo? — Perguntei com uma sobrancelha


erguida, mas o rosto divertido.

— Apenas...beijando — ele beija minha barriga depois de subir minha blusa


um pouco para cima. — Gosto de beijar aqui. — ele desce o rosto até a
minha coxa direita e pousa os lábios ali me dando um beijo quente. — Aqui
também. — seu rosto se aproxima do meio das minhas pernas e eu limpo a
garganta quando ele beija meu sexo fazendo minhas pernas se mexerem
levemente para trás. — Principalmente aqui.

— Eu... — Por que pareço embriagada?

— Tem um gosto delicioso — ele sussurra enfiando os dedos na minha


calcinha a puxando para baixo, o encaro antes de levantar os pés para a peça
sair.
— Não íamos dormir? — Perguntei sentindo ele massagear minhas nádegas.

— Nós vamos, mas primeiro, você vai gozar na minha boca — Nate me
puxou para perto trazendo minhas pernas para ficar ao lado do seu quadril,
sento no seu colo e passo minhas unhas na sua barba rala quando ele vai
mais para trás na cama até suas costas pararem na cabeceira.

Beijei seu queixo dando um sorrisinho quando ele beliscou minha bunda, ele
beija meu pescoço subindo até os meus lábios sem deixar de me encarar.

— Você vai levantar um pouco — ele diz e eu concordo sentindo ele me


esfregar no seu colo. — E eu vou descer.

Franzo o cenho e ele abaixa o rosto beijando meus seios antes de puxar
minha blusa para cima, fico nua de uma vez e ele me pede para levantar um
pouco o corpo.

Sem entender muito eu o faço apoiando as mãos na coluna reta de metal que
tem na cabeceira, Nate encarou meus seios antes de se arrastar mais para
baixo e eu arregalei os olhos entendendo finalmente.

— É só sentar e experimentar minha boca, Mi Bela — ele toca nas minhas


coxas e me puxa para baixo até eu sentar no seu rosto.

Assim que sinto sua língua eu aperto a coluna de metal com força dando um
gemido contido, pisquei algumas vezes experimentando isso de outra
posição e meu corpo vibra por inteiro.

— Oh meu...minha nossa! — quase caio para o lado quando ele põe uma
mão na minha bunda me mexendo na sua boca, olho para baixo antes de
gemer fechando os olhos, sinto o calor sair de mim e meus dedos se
apertaram na cama a cada estímulo que ele faz no meu clitóris.

Ponho a outra mão no seu cabelo e minha cabeça cai pro lado com gemidos
saindo de mim a todo vapor, Nate me aperta até chegar nos meus seios
esfregando os dedos nos mamilos enviando uma sensação deliciosa para o
meu sexo.
Apertei seu cabelo mexendo meu quadril levemente em cima dele tendo seus
gemidos baixos também presente entre nós dois, mostrando que ele curtia
isso tanto quanto eu.

Seus braços se enroscam nas minhas coxas e ele me mantém parada


invadindo-me com a sua língua várias e várias vezes me levando para mais
perto do ápice, que só chega quando ele chupa meu clitóris com força me
mantendo no lugar quando eu gozo de forma alucinante na sua boca, como ele
disse que eu faria.

Sinto gotas de suor escorrendo pela minha testa e encarei meu peito que
subia e descia em uma velocidade incrível, com o coração disparado eu
afastei minha coxa e depois a outra deitando ao seu lado totalmente cansada.

Olho para o teto tentando acalmar minha respiração e depois olho para ele
que me dá um sorriso de lado depois de levar o polegar para o canto da boca
fazendo um movimento sexy para limpá-la, cruzei as pernas na cama e
encarei seu peito quando ele se aproximou de mim me dando um selinho
demorado.

— Vamos para a Itália amanhã — ele sussurrou contra os meus lábios


descendo o olhar para os meus seios desnudos.

— O que? — Sussurrei de volta.

— Viaje comigo amanhã, Susie.

Nate agarrou minha cintura me virando de lado e eu estava tão mole para
fazer alguma coisa que ele nem precisou de ajuda, seu braço me mantém
perto e ele ainda beija meu pescoço antes de nos acomodarmos na
conchinha.

— Está falando sério? — Perguntei.

— Nunca brinco quando se trata de você — ele passa o nariz pelo meu
ombro voltando até o meu pescoço.

— Assim de repente?
— Sim, por que não? Só serão alguns dias, se está pensando em Simon, ele
que sumiu primeiro.

— E a Nikki? Você ia conversar com ela — falei.

— Eu vou, mas agora eu quero ficar com você — ele diz me fazendo virar o
rosto para encará-lo, ele sorriu de lado aproximando os lábios dos meus. —
Diga sim para mim.

Deixei de encarar sua boca e passei a olhar seus olhos, dei um sorriso
pequeno vendo a expectativa neles.

— Sim — respondi, como a apaixonada que sou. — Alguém pode me cobrir


na boate esses dias.

Nate sorriu antes de me beijar várias vezes, ele me abraça apertado e eu


suspiro ansiosa.

Depois disso eu dormi como se estivesse em uma nuvem sentindo fraquezas


nas pernas.

×××

Hummmmmmmm...😎😎😎
Parece que vamos a Itália, será?!
Vamos ler pra saber
Lembrando que tô malvada esses tempos .

Próximocapítulo vamos saber a verdade sobre Nikki e o passado de


Nate, tiro atrás de tiro, família. Assim que é bom 😎.

Até, babys ❤.
99° capítulo

Nate

— Anote tudo, não entre na minha sala e não me ligue em circunstância


nenhuma — falei para Angela que me via colocar o sobretudo preto.

— Está saindo de férias, Sr. Venturelli? — ela me pergunta e eu ajeito as


mangas no meu pulso.

Dei um sorriso de lado.

— Basicamente — respondi, não consegui esconder o sorriso entusiasmado


no meu rosto.

— Hum...pelo sorriso, é com alguma pretendente da vez — ela diz e meu


sorriso some, assumo novamente a postura de chefe carrasco.

— Não há pretendente da vez, há a pretendente única, e com certeza você


sabe quem é — Peguei meu celular da mesa junto a chave do carro.

Ela engoliu em seco percebendo que a sua frase foi usada com intimidade
que não existe.

Peguei minha maleta preta da cadeira e a encarei uma última vez.

— Não me ligue, para nada, não quero ninguém me atrapalhando, até se


Simon entrar colocando fogo na minha empresa, ligue para os bombeiros,
não para mim — digo e ela acena com a agenda próxima do seu peito.

Saio da frente dela caminhando para fora da minha sala e posso escutar o
barulho dos seus saltos atrás de mim, passo direto para o elevador pegando
meu celular do bolso, clico na tela depois de abrir minha agenda de
contatos.

Chama duas vezes antes dela atender.


— Eu espero muito que você não esteja levando muita lingerie — falei
clicando no botão do elevador, Susie ficou em silêncio.

— O que? Os italianos não gostam de usar lingerie? Oh meu Deus, vai ficar
na cara que sou de outro país, não vai? — eu consigo imaginar ela
colocando a mão na testa.

Deus.

— Eu não estou falando disso, Jones — acabei rindo quando segundos


depois quando ela entendeu.

— Ok, você está certo, sou muito lenta para essas coisas. Nunca sei quando
estão dando em cima de mim, só quando estão quase me beijando...

— É, foda. Vamos mudar de assunto — entrei no elevador clicando no botão


do estacionamento. — Suas malas já estão arrumadas?

— Sim, estão no seu apartamento. E a gangue e as meninas vão cuidar de


Lolinha, uma grande responsabilidade porque a galinha é quase igual uma
criança.

— Onde você está agora? — Perguntei com um sorriso pequeno.

— Na rua, vim comprar uma coisa.

Franzo o cenho.

— Que coisa?

— Uma coisa!

— Que coisa?!

— Desde quando você é tão curioso?

— Acho que andar com você foi uma péssima influência — falei levantando
uma sobrancelha, sua risada me faz sorrir automaticamente.
— Eu vim comprar uma boia... — ela diz por fim.

— Uma bóia?

— Sim, vai que eu tenha que ir na praia, preciso de uma.

— Susie, são 20:30 da noite e você foi comprar uma boia?! Que
porra...vamos viajar daqui a pouco.

— Eu sei, obrigada por avisar...oh! Essa é rosa e...50 dólares?! Meu Deus,
vem um peixe aqui dentro? — escuto ela reclamar.

— Qual parte da cidade você está? — falei percebendo a porta do elevador


abrindo, mas não era o meu andar.

— Estou perto da boate, lembra que eu vinha aqui pegar umas coisas? Você
está muito esquecido...

— Se você falar que é a minha idade, eu juro que você vai sofrer no jatinho
— me virei para sussurrar. — E se não ficou claro, estou falando
sexualmente.

— Humm... — ela limpa a garganta, certeza que as bochechas estão


vermelhas como tomates.

— Te vejo no apartamento? — ela pergunta.

— Não irei demorar, Mi...

Não consegui terminar de falar porque o celular foi tirado de perto do meu
rosto, me virei para trás na mesma hora encarando o rosto de Nikki que
balançou meu celular ao lado da sua cabeça, olhei para as portas do
elevador fechadas e logo entendi que tinha sido ela a entrar.

— O que está fazendo? Me devolva — ordeno e ela desliga a chamada


enquanto Susie chama o meu nome.

Aperto o maxilar vendo ela por o celular no bolso da sua calça jeans.
— Então — ela cruza os braços. — Já pode me dar alguma atenção?

Cristo.

— Escute, nunca deixei de ajudá-la, sabe que...você pode contar comigo se


precisar de algo, mas é só isso! Se você não pode concordar com uma coisa
simples...receio que nossa relação harmônica acabe, Nikki — digo,
estendendo a mão para pegar meu celular de volta.

— Você me jogou para escanteio...

— Você nunca esteve dentro do jogo — falo, e logo depois fecho os olhos
suspirando ao perceber sua expressão surpresa. — Desculpe, não é isso que
eu quis dizer.

— Não, eu entendo, você está apaixonado — ela riu falsamente. — O que


você pensa estar.

— Me devolva o celular, eu tenho um compromisso agora — andei na sua


direção querendo pegar meu aparelho mas ela vai para trás até se encostar
na parede de botões apertando um dos últimos, assim parando o elevador.

Me encosto na parede quando a caixa de metal se mexe e olho para Nikki


que se ajeita me encarando.

— Enlouqueceu? Nos tire daqui — apontei.

— O que você viu nela? — ela parece querer entender, como se ficar ficar
Susie fosse um absurdo.

— Isso não é da sua conta — respondo.

— Nem você sabe — ela riu.

— Por que está tão interessada? — me aproximei mais ouvindo sua


respiração mudar de repente. — Você que terminou com tudo.

— Não, você fez isso — ela pressiona o indicador no meu peito.


— Não, você fez quando transou com o vizinho, e com um bebê meu à espera
— falei com a voz minimamente irritada, Nikki piscou algumas vezes
engolindo em seco e seus ombros caíram levemente.

— Eu me arrependo, ok? Eu precisei perder você para...enxergar.

— Isso é...triste, mas como eu disse antes, você é bonita, inteligente e tem
uma vida pela frente, aproveite ao invés de ficar vindo atrás de mim como se
eu fosse o brinquedinho que você perdeu, é humilhante para ambos — digo e
ela apertou o maxilar me encarando, raiva nítida, semicerrei os olhos.

— A não ser que você esteja aqui por outro motivo — falei.

— Eu quero...você.

Me abaixei na altura do seu rosto, Nikki encarou meus lábios subindo para
os meus olhos, não tinha desejo, apenas um leve repúdio.

— Quando você estava bêbada, você me disse algo.

— Eu não disse nada!

— Sim...você disse, tinha alguma coisa em você que precisava


desesperadamente me confessar algo, conheço você a 5 anos, tempo
suficiente para saber quando algo te aflige — ela se manteve firme na minha
frente.

— Tem haver com o nosso filho, não é? — pergunto e ela engole em seco, a
postura firme indo embora. — Não é?!

Ela negou, meu peito já batia forte por saber que ela está mentindo. Nikki
esteve mentindo para mim todo esse tempo? Me crucificando com o maior
gosto e no fim de tudo, me fez enxergar algo totalmente ao contrário?

— Tudo aquilo foi culpa sua, não há outra explicação — ela fala encarando
meu peito.

— Você sabe que não — digo, ela me olha nos olhos, surpresa novamente.
— Não? É claro que sim! — ela bateu no meu peito. — Você jogou aquele
carro para cima de mim.

— Você disse que não se arrepende de ter me feito sofrer esse tempo todo
por causa daquele bebê, o que isso significa?

— Você é um idiota.

— O que isso significa?!

— Você é um idiota! — ela bate no meu peito novamente, a postura firme


indo embora, eu sabia que ela não me falaria nada se não estivesse por um
fio, Nikki sempre foi cabeça quente enquanto eu o mais paciente.

— Você me fez sofrer todo esse tempo, não foi? Me fez acreditar em
inúmeras coisas com a sua pressão psicológica estúpida, e para que?!

— Você não merece saber, babaca — ela me empurra de novo, minhas costas
bateram na parede com ela bem na minha frente.

— Não mereço, mas eu sei, você é uma sádica que adora ver o sofrimento
alheio, idêntica a todos da sua família.

— Cala a boca! — a tensão da conversa estava tanta que Nikki virou a mão
no meu rosto com um tapa que arde de imediato. — Cala a sua maldita boca!
Não! Eu não me arrependo de ter transando com aquele cara e ter feito você
sofrer pensando que eu estava grávida! Você nunca me amou, seu babaca!
Toda a minha família dizia que você era o cara certo para mim, mas sentimos
quando a pessoa é completamente apaixonada por você, e você não era! Não
como você olha para aquela mulher, como você a deseja em um simples
olhar, como ri pelos cantos quando fala com ela, você nunca me amou
assim!

Ela explodiu na minha frente, seu rosto vermelho denunciava a raiva e os


dedos trêmulos a tensão acumulada por todo seu corpo, e eu não consegui
esconder a minha cara de surpresa pelo o que ela tinha acabado de falar, e
com certeza sem perceber.
— Pensando que você estava grávida? — eu estava ofegante como ela
quando questionei, Nikki deu passos para trás percebendo o que fez. —
Você...não estava grávida?

Ela fica em silêncio, seus ombros caem de novo e ela coloca a mão na boca,
os olhos lacrimejando pela emoção do momento e minha respiração falhando
a cada segundo.

— Quando você me traiu...você não estava grávida? — Perguntei, calmo,


mas por dentro tendo quase uma erupção.

Ela não responde, e eu perco a cabeça.

— Responde, porra! Você estava grávida ou não? — dei um soco na parede


ao meu lado e Nikki abaixou a cabeça tentando esconder o choro, mas não
conseguiu, quando ela levantou a cabeça...eu tinha a confirmação.

— Não, eu não estava grávida.

Essa foi a frase que me destruiu por completo, o coração parece bater
lentamente, quase que parando, minha visão fica levemente turva por pensar
que todo esse tempo...me culpei por algo que nem aconteceu.

— Você...mentiu para mim todo esse tempo? — larguei minha maleta no chão
me encostado na parede. — Você...me fez acreditar que matei meu filho?

— Nate...

Ela me viu deslizando na parede até me sentar no chão, atordoado. Lágrimas


descem do meu rosto e ela continua onde está, ela também chora, mas parece
mais com alívio por finalmente poder me dizer a verdade.

– Quando trai você eu não estava grávida, tinha perdido o bebê 2 semanas
antes por tomar um remédio para uma espinha que apareceu no meu rosto, eu
estava horrível! — ela diz encarando seus pés, eu não conseguia me mexer
direto. — O remédio me fez mal, e eu acabei tendo um aborto, não pude
contar para a minha família...eles iriam...me crucificar, eu nunca mais pisaria
em casa se eles soubessem que tomei um remédio contra a indicação do
médico.

Levantei meu olhar para ela lentamente, eu nunca quis mandar uma mulher
para o inferno como quero mandá-la, eu só consigo sentir ódio e tristeza no
momento.

— Então, meu médico me ajudou e me ajudou na recuperação, você nem


notou porque estava ocupado com a minha mudança para o seu apartamento
— ela engoliu em seco. — Eu nunca conseguiria te contar isso, me lembro
do quanto você estava empolgado.

Coloquei as mãos na minha cabeça e chorei em silêncio querendo não


acreditar no que ela está me dizendo.

— Você sabe como a minha família é, Nathaniel. Eles iriam acabar com a
minha carreira de modelo, destruir qualquer coisa que eu tentasse construir,
eu não podia deixar minha vida afundar, então...

— Você colocou a culpa em mim — completo de cabeça baixa.

— Fingi perder um filho naquele dia, eu me joguei na frente do carro de


propósito quando me veio a oportunidade perfeita.

Passo a mão no rosto encostando a cabeça na parede e fecho os olhos por


alguns segundos, tentando me acalmar com urgência.

— Você não sabe a desgraça que você trouxe para a minha vida — sussurrei,
sem emoção nenhuma no rosto. — Você é a pessoa mais egoísta que eu
conheço.

— Não é egoísmo! Eu só estava me protegendo — a encarei irritado.

— Vai para o inferno!

Me levantei do chão pegando minha maleta e celular do chão, o guardei no


bolso e dei dois passos para apertar no botão mas ela me impede.

— O que? Agora não vai mais falar comigo?


Aproximei meu rosto do seu.

— Eu não vou te dizer tudo que estou sentindo por você porque você não
merece, você não merece minha infelicidade porque já teve isso por um
longo tempo, achando que fiz algo com meu filho que já estava morto pela
sua imprudência e capricho, eu te odeio, Nikki. Por tudo o que me fez passar,
mas não se preocupe, sua família vai continuar achando que você é uma
santa, mas você sabe que vai pro inferno.

A afastei da frente do painel e cliquei no botão do estacionamento, escutei


ela reclamar e espernear atrás de mim mas a ignorei.

Antes de sair do elevador eu me viro para ela, o olhar frio e o coração


quebrado.

— Nunca mais fale comigo novamente — ordenei dando as costas em


seguida, eu não me importava mais com nada, não queria mais ajudá-la, eu
só conseguia sentir a ira.

Saio do elevador indo direto para o meu carro, minhas mãos tremem e uma
sensação estranha toma conta do meu corpo, algo diferente, como se fosse
um sentimento de que algo ruim ainda estivesse por vir.

E veio.

Meu celular toca por cima do barulho da chuva que caía e eu vejo o nome de
Peter na tela.

Atendi suspirando.

— Nate?

– Fala.

— Cara, você precisa vir para o hospital.

Franzo o cenho.

— Como assim?
— Susie... — seu tom de voz fez minha espinha se arrepiar.

— O que tem ela? Ela está bem? — andei mais rápido para o meu carro.

— Ela sofreu um assalto na frente de uma loja..., ,não sabemos muito, por
favor, venha para cá o quanto antes.

Uma das piores noites da minha vida já tinha começado, e eu só sabia de


uma coisa: ela estava longe de acabar.

×××

Genteeeee, como que tá o coração? Lembrando que não me


responsabilizo por corações acelerados e mentes curiosas 😊.

Nate está passando umabarra agora hein, Susie também, vamos ver
como eles vãolidar com isso, mas sabemos de uma coisa, lidarão juntos!

Vou postar o próximocapítulo no Domingo!!!! Sim, vou deixar vocês


ansiosas, desculpaaaaa! Mas eu ia postar o próximocapítulo com Nate
narrando de novo, mas eu decidi fazer um bônus, vai ser o SIMON
BALIS narrando, prepara o coração novamente.

Domingo eu tô de volta 😎
Até, babys ❤.
100° capítulo (Bônus)

* Foto ilustrativa *

Simon Balis

Esse garoto não vai calar a boca?

Porra, como é o nome dele mesmo? Kaio...Klaus...Kevin! Kevin! Isso, minha


memória está cada vez mais decadente, deve ser pela idade, ou eu estou no
mundo da lua pensando na minha filha que não é minha filha, o que eu
também não sei.

Minha vida deveria ser menos complicada.

— Eu estou falando para você, Simon. Temos que dar o golpe final — Kevin
resmunga do meu lado enquanto eu olho para frente dirigindo concentrado
para o carro não bater e nós dois morrermos.

— Você está muito apressado, o que aconteceu? — pergunto e ele desvia o


olhar para a janela se ajeitando no banco.

— Nada, só faça o que combinamos o quanto antes.

— Kevin, você por um acaso está vendo uma capa nas minhas costas? —
pergunto e ele me encara.

— Não...

— Uma máscara no meu rosto?

— Não...

— Estamos no batmóvel? — levantei uma sobrancelha.

— Não...
— Ótimo, então você já sabe que eu não sou a porra do Batman! As coisas
vão acontecer no momento certo, e não me dê mais ordens — virei o volante
vendo os pingos de chuva surgindo.

— Só estou pensando no futuro — defende-se.

— Deixei a guerra contra os Venturelli de lado por tempo indeterminado —


falo e ele arregala os olhos me encarando.

— O que? Por que?! — ele parece perplexo.

— Tenho outras prioridades, e por mais que eu queira roubar a fama e


prestígio deles, eu prefiro saber sobre aquela garota.

— Está falando de Susie? Não é possível! — ele põe a mão na testa.

— É, estou falando dela.

— Simon, uma coisa não tem nada haver com a outra, você pode se
concentrar nas duas coisas ao mesmo tempo — ele diz, tentando me
convencer.

— Hum, deixe-me pensar — faço uma expressão pensativa. — É melhor eu


enfrentar uma família Italiana que usa terno até para dormir ou...ir atrás da
mulher que pode ser a minha filha, o único vínculo que terei com a mulher da
minha vida para sempre...hum...nossa, que difícil — debocho e ele revira os
olhos.

— Questa donna scoperà tutto — ele resmunga em italiano.

— Em inglês, não sou Google tradutor — digo.

— Essa decisão é péssima.

— Você não entende, minha mãe me separou de Diana quando éramos muito
jovens, não sabíamos quase nada um sobre o outro mas me apaixonei por ela
perdidamente, até que ela foi embora com outro cara sobre ameaças da
minha mãe, e estava grávida! Não acredito que ela tenha transado com o
cara, eu me recuso a acreditar nisso.
— Talvez ela só tenha dado pro cara, e Susie é filha dele e não sua.

— Eu vou abrir essa porta e te jogar do carro em movimento — aponto para


a porta dele, Kevin sorri de lado.

— Você está criando muita expectativa, no final ela não pode ser nada sua,
apenas uma memória constante de que o amor da sua vida estava te traindo.

— Você está me irritando — sussurrei entredentes.

— Isso é uma possibilidade, Simon.

Fiquei em silêncio
Ele estava certo, mas no fundo, eu não queria que fosse uma possibilidade.

— Como está sua sobrinha? — ele pergunta.

— Infelizmente com a mãe dela — falo e ele ri, minha irmã e eu temos um
péssimo relacionamento, ela gosta de dinheiro e eu tenho, muito! Então vive
encostada em mim sem trabalhar ou fazer porra nenhuma da vida, mas eu de
muito bom grado ajudo com a filha dela dando uma quantia suficiente para as
duas se manterem. Viola tem câncer desde os 8 anos, e vai passar a vida
fazendo tratamentos, a última complicação que ela teve nos levou para fora
do País, o que me deixou sem tempo para nada

Parei no sinal vermelho apoiando a cabeça no banco e suspirei cansado, sai


da minha reunião a alguns minutos e preciso dormir o quanto antes porque
não preguei os olhos durante o voo para Nova York.

— Simon... — Kevin me cutuca e eu me ajeito olhando para ele, que aponta


para a janela. — Alguém está sendo assaltado.

Pisquei algumas vezes antes de olhar e vi um homem alto perto de uma


mulher que parecia ter saído de alguma loja, porque ela está segurando uma
boia?

— Merda! — arregalo os olhos quando percebi que ele vai tentar puxar algo
do seu pescoço mas acaba se embolando na boia, alguém parece gritar e eu
rápido começo a sair do carro junto com Kevin.
O assaltante consegue se livrar da boia querendo puxar a bolsa no ombro
dela mas não consegue, ele parecia muito nervoso e ela mil vezes pior,
quando cheguei mais perto meu coração acelerou reconhecendo ser Susie,
que parecia disposta a dar o que ele queria, mas o cara estava muito nervoso
e fora de si.

Ele falou alguma coisa e eu não consegui ver o que ele fez porque a bóia
rosa estava na frente, mas a expressão dela me disse o suficiente.

— Não... — escutei Susie implorar e ele tira a faca de dentro dela


colocando de novo, ela geme de dor caindo no chão e o cara não pega nada
antes de sair correndo.

Naquele momento, um instinto que nunca tive antes tomou conta de mim,
mesmo que ela não seja a minha filha, eu tive medo de perdê-la sem ao
menos nos dar a verdade, medo de vê-la morrer e não poder fazer nada.

Pessoas começam a correr atrás do assaltante e eu corro até ela que está
jogada no chão cuspindo sangue, ofegante eu chego até ela junto com Kevin.

— Porra — Kevin sussurra vendo seu estado e eu me ajoelho pondo as mãos


em cima de onde ela foi esfaqueada.

Susie me encara sem expressão no rosto e eu vejo lágrimas escorrendo dos


seus olhos, ela tosse novamente e pressiono minhas mãos com mais força.

— Calma, fique comigo, se concentre na minha voz — falo para ela que
parecia lutar para não ficar inconsciente.

— Vou ligar para a ambulância — Kevin dispara.

— Claro que não, não há tempo! Pegue o carro, agora! — grito quando ele
fica parado olhando, mas me obedece em seguida.

Tirei meu moletom escuro ficando só com a camisa por baixo e dei um jeito
de amarrar na sua cintura tentando parar o sangramento, mas era...muito
sangue, merda, ela pode morrer em minutos.

— Vai ficar tudo bem — tento a tranquilizar. — Vamos para o hospital.


— Eu não quero morrer... – ela sussurra e eu passo minha mão na sua testa,
meus olhos ficam lacrimejados.

— Você não vai — Sussurro e ela fecha os olhos momentaneamente. — Eu


prometo.

Kevin se aproxima com o carro e eu reúno forças a tirando do chão com


cuidado, ele sai do veículo vindo abrir a porta e eu a coloco no banco de
trás enquanto Kevin corre para pegar as coisas dela.

— Susie — dei um tapinha no seu rosto. — Fique acordada, abra os olhos!

Ela o faz com muito esforço, eu sei que ela está morrendo.

— Merda, vamos logo, Kevin — gritei entrando no carro e ele correu em


seguida entrando no lado do motorista.

Fomos direto para o hospital.

(...)

— O que aconteceu? — uma enfermeira pergunta ao meu lado enquanto


encaro Susie sendo locomovida para uma sala com o corpo na maca.

— Ela... — sussurrei encarando minhas mãos e roupas cheias de sangue. —


Ela foi esfaqueada em um assalto.

— Você é parente? — ela me pergunta pondo a mão no meu ombro,


percebendo o quanto pareço abalado.

— Eu não sei — respondi balançando a cabeça.

— Qual o nome dela?

— Susie Jones — Kevin responde por mim e a mulher acena indo embora,
me sento na cadeira do hospital sentindo minha roupa molhada pela fraca
chuva, engoli em seco passando o antebraço na boca.
— Acha que ela vai sobreviver? — Kevin pergunta calmo e eu o encaro,
esse cara é um psicopata?

— Sim, ela tem que sobreviver — resmungo.

Passaram-se alguns minutos e eu escutava um confusão vir da sala onde ela


estava, comecei a me desesperar de imediato.

— O que está acontecendo ali? — perguntei para a enfermeira que balançou


a mão negando e pedindo para eu me acalmar.

— Eu estou calmo! — falei alto. — Não está vendo?! CALMO! MUITO


CALMO!

— Simon — Kevin me chama.

— Cala a boca! — aponto para ele.

— Senhor, se não se acalmar, vou pedir que saia...

— Me fala o que está acontecendo — a olhei no fundo dos olhos e isso foi
suficiente para intimidá-la, ela me conta em seguida.

— Ela perdeu uma grande quantidade de sangue, este hospital está sem bolsa
de sangue para o tipo sanguíneo da paciente...mas o problema já vai...

— Susie! — escuto um grito e olho para trás vendo 6 pessoas correndo


afoitas pelo hospital, eu não demoro a reconhecer toda aquela gente.

É a família Venturelli.

Vejo os Ross no meio e todos tem a expressão apavorada no rosto, idêntica a


minha. Eles começam a falar junto até que a loira puxa a blusa de Peter e
aponta para onde estou. Eles viram a cabeça quase ao mesmo tempo,
arregalsi os olhos vendo todos correndo na minha direção.

Porra.
— Você aí...me disseram que ela chegou com dois homens — Peter aponta
para Kevin e para mim.

— O que aconteceu? — Hum...Rubi? Sim, é a filha do Carlos Mendoza.

— Ela foi assaltada, o cara a machucou — digo e eles colocam a mão na


boca, vejo algumas lamentando e chorando, os outros apertando o ombro um
do outro surpresos. Todos inquietos e amedrontados por Susie, parecem a
amar muito.

— Onde ela está? Ela já está estável? — a morena de olhos azuis pergunta
para enfermeira que estava olhando para os meninos com uma cara
admirada.

— Não posso dar muitos detalhes... — a enfermeira diz e eu acho que os


seis vão pular nela.

— Escuta aqui — chamei atenção da enfermeira pondo minha mão no seu


ombro. — Sei que isso vai parecer louco, mas eu tenho quase certeza que
aquela mulher é minha filha, você assiste novela? Se sim, é um daqueles
casos que o casal é separado muito jovem e a mãe morre, a filha fica no
mundo sem saber nada sobre o pai como o pai não sabe nada sobre a filha,
mas no fundo, os dois só querem se encontrar e ter um pouco de felicidade.
Passei muito tempo infeliz e não quero continuar, e se tem uma mínima
chance do meu sangue estar correndo pelas veias dela, vocês precisam saber
para que eu possa salvá-la.

A mulher fica me encarando, todos em silêncio.

— Agora — Sussurrei irritado.

Ela pisca algumas vezes.

— Ok... — ela diz e solto um suspiro de alívio. — Vamos ver se o seu


sangue é compatível.

Aceno com a cabeça.


— Me acompanhe — a mulher pede e eu encaro Kevin antes de ir atrás dela
para tentar salvar Susie Jones, e saber finalmente se ela é uma Balis ou não.

— Vou ligar para Nate — escuto Peter dizer antes de passar a mão no rosto
rezando baixinho.

E pedindo silenciosamente para ser pai dessa garota.

×××

Voltei, babys
Curta o cap plis!

Simon preocupado com a Susie >>>


Próximocapítulojáestá postado, gira o dedinho para o lado.

Até, babys ❤
101° capítulo

Nate

Minha vida estava passando em câmera lenta.

E foi piorando quando eu cheguei no hospital vendo todos com uma


expressão de velório, naquele segundo eu quase não consigo ficar de pé.
Minha garganta fecha e eu só penso que o pior aconteceu.

— Nate — Dylan é o primeiro a me notar, os demais se aproximam, Dylan


me segura pelo braço percebendo que estou tonto.

— Susie... — Sussurro enquanto eles me ajudam a sentar na cadeira, corri


tanto que acho que minha pressão baixou.

— Eles ainda estão com ela — Adam diz com a expressão triste, e apertando
meu ombro.

— O que aconteceu? — Perguntei, eles ficam me encarando até eu ver Kevin


aparecer na minha frente, franzi o cenho.

— O que você está fazendo aqui? — Perguntei com as sobrancelhas juntas.

— Salvei a vida da sua namorada, não precisa agradecer — ele mexe na


gravata em seu terno.

— O que diabos esse cara tá falando? — encarei Dylan que rápido me


explicou o que aconteceu com Jones, meu peito se aperta a cada palavra que
sai da sua boca.

— Simon está lá dentro, Susie perdeu muito sangue... — Emily diz encostada
em Pan que tem sua mão sobre a barriga da esposa.

— E como ele suspeitava que...

— Espero que ele seja — falei para Lisa que acenou com um sorriso
pequeno de conforto.
— Ela vai ficar bem — Rubi alisou meu braço. — Posso sentir.

— Ou não, né? — Kevin sussurra e nós 7 olhamos para ele com raiva, ele
levanta as mãos. — Só estou vendo de outro ângulo.

— Já que estamos em um hospital, alguma interna esse cara — Adam pede e


aponta para uma enfermeira. — Será que ela pode fazer isso?

— Você é um idiota — Kevin diz para ele que põe a mão no peito ofendido.

— É você que usa gravata de bolinhas, pare de assassinar a moda e trazer


má reputação para os Venturelli, todos sabem que somos reis dos ternos
bonitos — ele mostra o dedo do meio e Kevin revira os olhos se afastando
indo até o bebedouro.

Suspirei passando as mãos no rosto e as meninas foram sentar nas cadeiras à


nossa frente para conversar, a gangue ficou comigo.

— O que aconteceu? — Dylan pergunta e eu o encaro com um olhar


debochado.

— O que você acha?!

— Calma aí, babaca. Estamos falando de outra coisa, você estava quase
desmaiando quando chegou aqui — Peter se senta ao meu lado.

— Só vi esse olhar uma vez na minha vida — Adam cruza os braços. — E


foi na noite que você perdeu seu filho.

Aperto o maxilar me lembrando de mais cedo e tenho que ter muita força
para não socar a parede, encarei meus melhores amigos e respirei fundo
contando a eles exatamente o que aconteceu.

Eles ficam chocados como eu, Peter diz para colocar Nikki na cadeia, Dylan
para contar para a família da mesma e Adam para raspar um lado da cabeça
dela, eu só consigo pensar em mandá-la para o inferno para que assim ela
fique bem longe de mim e de Susie.
— Não acredito que ela fez isso...meu Deus — Dylan passa a mão no seu
cabelo. — Merda, Nate. Eu tinha quebrado aquele elevador.

— Sinto muito — Adam suspirou. — Não posso imaginar como você está se
sentindo por ter sido enganado todo esse tempo.

— Estamos aqui para qualquer coisa — Pan me dá um sorriso pequeno. —


Somos sua família.

Encarei os três que concordam com Peter, dei um sorriso minúsculo em


agradecimento.

Percebo uma movimentação vindo do corredor das salas e me levanto vendo


uma enfermeira e Simon Balis aparecer, ele estava de cabeça baixa com
roupas sujas de sangue e lágrimas pareciam escorrer do seu rosto, minha
respiração falhou no exato momento.

Vejo ele andando devagar até a cadeira e se senta nela meio atônito,
parecendo choque.

Não pensei duas vezes antes de me levantar e ir até ele com passos duros,
paro na sua frente mas ele não levanta a cabeça.

— Simon — o chamo, ele não responde.

— Simon — tento de novo, ciente que todos estão olhando para nós dois.

— Simon! — grito, ele continua na mesma posição desesperadora para


mim.

— Porra, eu estou falando com você! — agarrei a gola da sua camisa o


fazendo me encarar e ele o faz confirmando que lágrimas tinham molhado seu
rosto.

Ele me olha nos olhos e procuro excessivamente saber se ele salvou o amor
da minha vida ou não.

— Você... — sussurrei, desesperado.


Simon engoliu em seco, meu coração foi paraando de bater por imaginar o
que ele vai dizer, não, não! Ela não morreu! Não!

— Fala logo!

Ele entreabriu os lábios.

— Ela é minha filha — ele diz, soltei um resmungo de alívio soltando sua
camisa dando passos para trás quase caindo, lágrimas descem do meu rosto
agora e eu ponho uma mão na boca, ele a salvou.

Passo a costa da minha mão embaixo do nariz e fecho os olhos dando um


suspiro, meu coração volta a bater com toda força ciente de que ela vai ficar
bem, que vai voltar para mim e me deixar ver seu rosto novamente.

A gangue e as meninas se abraçam aliviados como eu e me viro quando


escuto a voz do médico atrás de mim, ele mexe na prancheta preta e depois
nos encara.

— Família de Susie Jones — ele pede.

— Somos nós — falamos ao mesmo tempo e os demais ficaram perto de


mim encarando o médico, passei a língua nos lábios e olhei para trás vendo
Simon abaixar a cabeça novamente.

Limpei a garganta e dei um espaço curto para ele ver o médico falar
sobre...a filha dele, Simon me encara percebendo o que fiz mas não diz ou
fala nada, eu muito menos. Volto a encarar o médico.

— Foi um processo longo, mas ela lutou até o fim e conseguiu, foi uma
mulher muito forte — ele diz pondo a prancheta embaixo do braço. —
Fizemos a transfusão de sangue e no momento já estamos fazendo as medidas
cabíveis para deixar seu quadro estável, ela passará a madrugada
descansando.

— Graças a Deus — Rubi sussurra e abraça as meninas que se aconchegam


nela.

— Podemos vê-la amanhã? — pergunto.


— Hum...não vamos precipitar as coisas, rapaz. Vamos ver como ela
acordará amanhã.

— E se ela não acordar? Tipo um coma — Dylan pergunta e Lisa o encara se


aproximando dele, o mesmo a aperta forte.

— Se ela não acordar...faremos alguns exames, mas não acredito que ela
ficará em coma, tudo bem? — ele pergunta, concordamos.

O homem de cabelo branco se vira pondo a mão no bolso do jaleco e eu


passo a mão no peito tentando acalmar minha respiração.

— Vou até o apartamento dela pegar algumas roupas — Lisa diz.

— Eu vou com você — Emily diz.

— Vou avisar Eric — Rubi fala e encara Adam. — Você tem o número dele,
Bell. Me dá o seu celular.

Adam entrega o aparelho a ela e Rubi se afasta indo ligar para Eric, Lisa e
Emily vão embora depois de pegar a chave do carro de Dylan, dou passos
para trás me sentando na cadeira ao lado de Simon que está olhando para o
nada, apenas pensativo.

Os três se aproximam de mim encarando Balis e eu.

— Suponho que passará a noite aqui — Peter comenta me encarando.

— Não tenha dúvidas disso — respondi.

— Vamos ao seu apartamento pegar outra muda de roupa, há mais alguma


coisa que precisa? Vamos trazer amanhã — Dylan me pergunta.

— Não, eu estou bem. Obrigado — digo.

Eles encaram Simon que estava nos encarando.

— Quer alguma coisa, vovó? — Adam pergunta.


— Vovó é o seu pai, seu loiro metido — Simon devolve e Adam abre a boca
encarando Peter.

— Por que todo mundo fala que eu sou metido? Só porque eu sou incrível?
Que calúnia cabeluda — Adam revira os olhos.

— Vocês podem ir para casa, amanhã nos vemos — digo a eles.

— Não queremos deixar você sozinho — Dylan sussurra.

Olhei para os três que colocam os braços para trás me dando um olhar
meigo, sorri de lado, eu amo esses babacas.

— Eu vou ficar bem, voltem amanhã com um banquete para o café da manhã
— falo e eles lutam comigo verbalmente até eu ganhar.

— Vamos pegar suas coisas, voltamos pela manhã — Peter fala e eu


concordo.

— Fica aqui, modelo de perfume — Adam aponta para mim e os três se vão
sem olhar para trás, depois de metade do hospital parar o que estava fazendo
para babar neles, eu os vejo sumir da minha vista.

— Modelo de perfume... — Simon riu cobrindo a boca e eu o olhei irritado.

— Você já pode ir embora também — falo.

— Cala a boca, não vou a lugar nenhum — ele cruza os braços.

Olho para frente vendo Kevin se aproximar com uma barrinha de cereal bem
tranquilo, parece que ele estava em um parque e não é um hospital onde
pessoas morrem todo dia, odeio hospitais.

— Algo sobre o assaltante? — Simon pergunta para ele.

— Há um que foi preso esta noite e a população o seguiu até conseguir pegá-
lo, deve ser o mesmo — Kevin fala.

— Ótimo, depois resolvo a situação dele — Simon responde.


— Vai fazer ele apodrecer na cadeia? — pergunto e Simon me encara.

— Não, Nathaniel. Vou enviar ele para a sua casa para que caçem borboletas
no Central Park — ele me olha como se eu fosse um idiota.

— Você é bem debochado, puta merda. Já entendi de onde veio o pouco


deboche de Susie.

Revirei os olhos.

— Estou indo, Balis. Me ligue quando resolver isso — ele aponta para a
sala onde Susie está e eu cerro os dentes quando ele me dá um tchauzinho.

— Canalha... — Sussurro.

Kevin some ficando apenas Simon e eu na recepção do hospital, cruzo os


braços me encostando na cadeira e olho para o teto esperando pacientemente
Mi Bela acordar.

— Por que você não estava com ela? — ele me pergunta, não me movo.

— Íamos viajar para a Itália hoje, eu a levaria para um encontro e a faria rir
metade do tempo, então, me faço a mesma pergunta que você — digo, de
olhos fechados.

— A quanto tempo vocês são namorados?

— Não somos.

— Porra, não?! — ele me olha perplexo.

— Ainda não, mas sim, mas ainda não, mas considero.

— Céus, que complicado — ele faz uma careta.

Ri baixo.

— Ela diz a mesma coisa — voltei a olhar para cima.


— Você não está só atrasando a garota, não é?

— Você já está começando a falar merda de novo— sussurrei.

— Quer dizer que você ama?

— Não, Balis. Essa palavra é muito fraca em comparação ao que sinto por
Jones.

Ele levanta uma sobrancelha e me dá um sorriso estranho.

— Você é caidinho por ela — ele riu passando a mão no cabelo castanho,
mas com fios brancos já aparentes.

Fiquei olhando para ele quando o mesmo encara o bebedouro a sua frente,
ele pareceu pensar em algo importante.

— Eu era assim com a mãe dela — ele diz e me encara.

— Quanto tempo ficaram juntos?

— 3 semanas — ele diz.

Levantei uma sobrancelha.

— Se apaixonou por ela em 3 semanas?

— Não, já a conhecia mas nunca fazia nada, até que eu desisti e fui para
cima dela. Ficamos juntos realmente por três semanas.

Pisquei surpreso.

— Você perdeu tempo com ela? — ele me encara.

Suspirei.

— Perdi, e me arrependo amargamente — falei afrouxando a gravata cinza


no meu pescoço. — Já tem anos que a conheço, mas só fazem alguns meses
que eu parei de perder tempo.
— Faz sentido, você é um idiota.

Eu odeio esse cara.

— Não é isso, eu sabia que tínhamos ideias diferentes de relacionamento,


ela entrou no meu jogo e sem perceber o virou contra mim, ela...me
enfeitiçou completamente — por que estou me abrindo com o meu inimigo?!

— Ela parece ser bondosa, idêntica a mãe. Até me ajudou quando passei
mal.

— Eu sei, ela me disse — falei. — O que você tinha?

— Tive uma crise de asma, ainda bem que Susie não tem essa merda. Mas
não esqueci como ela me ajudou, ela é uma mulher de princípios pelo o que
pude ver.

— Sim, nem sei como ela é sua filha — falo e Simon me encara irritado.

Sorri de lado.

— Acho que devíamos dar uma pausa na guerra — ele diz.

— Estou pouco me fodendo para isso, Balis.

— E a sua família?

— Ela é a minha família, e é a sua também — o encarei e ele pisca algumas


vezes desviando o olhar.

Do nada ele começa a sorrir.

— Eu tenho uma filha — diz ele, ainda querendo acreditar nisso. Sorri
internamente vendo a felicidade aparente no seu rosto, acho que finalmente
se sente completo, o entendo.

— Me conte sobre ela — ele pediu me encarando.

— O que quer saber?


— O que ela gosta de fazer?

— Cozinhar, ela gosta de jogar videogame também mas só os fáceis porque


ela é péssima, ela diz que gosta de fazer crochê mas não sabe nem por onde
começar, ela gosta de filmes de princesas e é viciada em sorvete de menta
com chocolate. Ela odeia amendoim, e chamar atenção desnecessária.

Ele balançou a cabeça como se fizesse uma nota mental.

— O que mais ela gosta?

— Piano, porra, ela adora — dei um sorriso me lembrando de vê-la tocar, e


quando a fodi em cima de um.

— Piano... — Simon sorriu. — Eu ensinei a mãe dela, nós chegamos a tocar


juntos todos os dias.

— Bom, foi a mãe dela que a ensinou — digo e Simon suspirou parecendo
triste de repente por não ter participado de quase nada.

— Ela tem uma galinha de estimação — mudo de assunto e Simon me encara


com uma sobrancelha erguida.

— Como é?

— Pois é, o nome é Lolinha, e a galinha é doida de pedra — balanço a


cabeça enquanto Simon dá uma risada baixa.

— Mais alguma coisa?

— Sim, você nunca vai conhecer uma mulher tão altruísta e gentil como ela,
não a destrate em momento nenhum, caso contrário eu vou quebrar a sua cara
— dei um sorriso meigo.

— O mesmo vale para você, campeão — ele deu um tapa no meu ombro. —
Finalmente achei minha filha, nada vai me fazer parar de tentar ter uma
relação harmônica com ela.

— Ótimo.
— Ótimo — ele repete.

Ficamos em silêncio novamente.

×××

Esse é aquele momento que vocêpercebe que os almoços em


famílianunca mais serão os mesmo .
Simon e Nate, uma nova dupla? Hum...adoro essas provocações.

Deixa o voto, e me dá um coração? Por favor, tô carente, me alimentem


com corações ❤ .

Eu volto muito em breve!


Até, babys ❤.
102° capítulo

Nate

Me mexi lentamente para ajeitar minha cabeça e passei a língua nos lábios
me aconchegando na cadeira, mas acabei franzindo o cenho.

A cadeira está respirando?

Abro os olhos devagar e vejo uma camisa bem na minha cara, virei o rosto
para cima e arregalei os olhos vendo que estava deitado com a cabeça no
ombro de Simon Balis, ah não fode!

Me afasto rapidamente mas volto porque seu braço estava apoiado em volta
do meu pescoço, escutei risadinhas e olhei para frente vendo 6 pessoas me
encarando de boca aberta.

Adam me filmava, Peter estava com as mãos na cintura sorrindo, e Dylan


tinha uma sobrancelha erguida segurando uma bandeja com café da manhã.

As meninas sorriram com um olhar meigo sussurrando "Genro e sogro, que


lindo", tive que bater na coxa de Simon até ele acordar e me soltar.

— Aí! Seu filho da... — ele ia brigar comigo assim que acordou mas
percebe que estão nos observando. — Quem é essa gente toda aqui?

Me ajeito na cadeira sentindo dor nas costas e suspiro esfregando as mãos


no rosto.

— Bom dia – falei, eles acenam.

— Trouxemos roupas limpas — Emy joga um saco no meu colo, dei um


gemido porque bateu diretamente nas minhas bolas.

— Você é tão delicada, Emily — ironizo, ela joga o cabelo para trás se
gabando.
— Tem para você também — Adam se aproxima de Simon com uma sacola
também e tira uma camisa limpa de dentro, Simon levanta uma sobrancelha
desacreditado.

— Está mesmo me ajudando?

— Óbvio, mesmo que eu queira enfiar sua cara na lama por nos fazer perder
meio milhão de dólares em 1 semana, ainda tenho um bom coração — Adam
sorriu de lado.

— Hum...ok, obrigado — Simon pega a camisa da mão de Adam e estende


na sua frente, abro a boca vendo a estampa rosa com a frase: "Sou uma
gatinha sexy". — Que merda é essa, Venturelli?!

— Era de Eric, estava comigo depois que fomos ao cinema e ele se sujou de
refrigerante — Adam explica.

— Vocês foram ao cinema? — Peter sussurra e Adam acena. — Sem mim?!

— Não fique com ciúmes, você ainda é o meu preferido — Adam sussurra
como se não estivéssemos ouvindo os dois.

— Promete? — Pan pergunta.

— Claro, porra. Junta o dedo — Adam pede e os dois fazem um juramento


de dedinho rapidamente com uma abraço carinhoso em seguida, depois
voltam para a posição de CEO sérios.

— Que...diabos foi isso? — Simon me encara e eu dou de ombros.

— Somos assim, se acostume – Dylan diz com a carranca dele.

— Alguma notícia da franjinha? — Lisa perguntou me entregando uma


bolsinha de arco íris, a abri vendo alguns produtos de higiene.

— Ainda não, acho que ela ainda está dormindo — falei.

— Trouxemos café da manhã para os dois — Rubi aponta para a bandeja que
Dylan segurava.
— Há uma lanchonete aqui — Simon lembra.

— Oh não, trazemos nossa própria comida agora — Adam diz.

— Como assim? Vocês vem muito aqui?! — Simon pergunta.

— Bom...sim — Emily responde. — Temos alguns inimigos, não pergunte,


vovó.

— Meu nome é Simon.

— Sou a Emily, prazer — a loira acena dando um tchauzinho e Peter sorri de


lado beijando a cabeça da esposa.

— Então, você conhece o Gregório? — Lisa se senta perto de Balis que a


encara vendo sua curiosidade.

— Sim.

— Monica?

— Sim, garota. Conheço Gregório, Monica, Carlos, Abby, Zacharias — ele


olha para Peter falando o nome do pai dele. — Éramos um grupo, como
vocês são.

— Só que nós somos mais bonitos — ressalta Adam.

— Um grupo? O que deu errado? — Emily pergunta.

— Nos afastamos com o tempo — ele diz e nós 7 nos encaramos. — E


piorou quando uma rivalidade de negócios partiu de mim e Gregório, Carlos
se meteu quando fez a fusão.

— Como nunca ouvimos falar de você antes? — Rubi pergunta.

— Não sei, mas não me interessa. O que importa é que hoje...somos inimigos
— Simon se levanta. — Vou procurar uma ducha, deve ter uma por aqui.
Ele toma a bolsinha de arco íris da minha mão e se vai em seguida sumindo
pelos corredores, encarei a gangue e as meninas.

— Um grupo... — Dylan sussurra. — Isso não vai acontecer conosco, certo?

— Claro que não, Dylan. Já somos velhos, não tenho mais forças para me
separar de vocês — Adam diz e se joga na cadeira ao meu lado. — Estamos
presos uns com os outros para sempre.

Escutamos um alvoroço na recepção e eu olho para lá vendo Eric e Judith


desesperados perguntando por Susie, Adam grita os chamando e os dois vêm
correndo na nossa direção quando nos reconhecem.

— Ela está bem? Ela está bem?! — Eric pergunta, a corrente dourada
balançava no seu pescoço. Ele estava idêntico a aqueles cantores de rap.

— Ela está bem, Eric. Está tudo bem — digo e ele respira aliviado assim
como Judith.

— Porra, ia ficar puto se ela partisse dessa para melhor primeiro do que eu,
eu ia buscar ela lá no céu — ele diz irritado e depois encara Adam. – Ei,
gostoso!

— Oi, amor! — os dois se abraçam do nada dando dois beijinhos na


bochecha em seguida, Peter os afasta com uma risada falsa puxando Adam
para perto dele, Bell dá um sorriso malicioso e pisca para Emily
sussurrando um "Ele é caidinho por mim, loira 2.0", ela revira os olhos.

— Foi em mim que ele fez um filho — Ela fala dando de ombros.

— Você tem vantagem porque eu não posso engravidar dele! — Adam


mostra o dedo do meio e Emily bate na mão dele.

Me levanto sabendo que os dois vão começar uma longa briga agora, me
afasto com as roupas limpas.

Minha cabeça em Jones a cada segundo, não vejo a hora de poder vê-la e
beijar cada parte sua.
Horas depois...

Susie

Não sinto meu corpo.


Para poder me situar fiz um esforço grande para levantar meu braço direito,
encarei minha mão com os olhos ainda pouco abertos.

Minha respiração parecia lenta e eu olhei em volta já abrindo mais os olhos,


percebi o quarto clássico de hospital e rápido as cenas do que aconteceu
comigo me vêm à tona.

Sinto uma pontada na cabeça e resmungo descendo o olhar para baixo, puxo
o vestido de hospital e vejo dois curativos do lado esquerdo um pouco
acima da minha cintura, droga!

Resmungo novamente vendo meus pertences pessoais na poltrona do canto,


as cortinas estavam abertas iluminando a sala e eu ponho a mão no peito
procurando por ele.
Solto um suspiro de alívio percebendo que ainda estou com o meu colar de
trevo, ele quase foi tirado de mim por aquele...homem que eu daria o que ele
pedisse, mas ele estava tão nervoso quanto eu que acabou não concluindo o
assalto, e fazendo muito pior.

Encaro o pingente e trago até os lábios dando um beijo rápido.


Nate...

Olho para a porta e sinto uma enorme vontade de me levantar, mas eu sei que
não conseguiria no momento. Procuro o aparelho para chamar a enfermeira e
quando o acho clico no botão algumas vezes.

Ela aparece minutos depois me dando um sorriso caloroso.

— Que bom que acordou! — ela se aproxima ajeitando meus lençóis.

— Há um homem aí fora? — Perguntei.

— Bom, há quase um time de futebol aí fora — ela riu enchendo um copo de


água da jarra que estava ao meu lado.
— Eu quero vê-los — pedi.

— Vou chamar o médico primeiro, ok?

— Ok... — contive minha ansiedade, eu precisava dos meus amigos, do meu


irmão, do homem da minha vida, eu precisava da minha família.

Ela sai me deixando sozinha e depois volta já com o médico de estrutura alta
com cabelos brancos combinando com a barba rala, ele pega uma caneta do
jaleco e se aproxima com a prancheta na outra mão.

— Srta. Jones, que bom que está acordada — ele pega no meu pulso pondo
seus dois dedos ali, checa e depois anota na prancheta.

— Como se sente?

— Isso...dói, é desconfortável — apontei para o meu machucado.

— Vai doer por alguns dias, mas vai sarar em breve — ele sorriu pequeno
pegando uma lanterna pequena do bolso mirando em meus olhos. — Sente
dor na cabeça?

— Não.

— Vai tomar alguns medicamentos e ficar aqui por alguns dias até que se
cure com uma porcentagem maior, você perdeu muito sangue, Srta. É um
milagre você estar viva, claro, teve ajuda do... — ele para de falar quando a
enfermeira belisca seu braço, franzo o cenho.

— Ajuda do que? — Perguntei.

— Então, você já está fora de perigo, vou liberar para os seus visitantes —
ele diz e depois acena indo embora, a enfermeira vai atrás me deixando
sozinha.

Me ajeito na cama puxando meu tronco mais para cima, vejo furo de agulhas
no meu braço e passo a mão sobre elas.
Olho para o lado vendo uma bandeja perto com café da manhã, não demoro
para atacar.
Coloco a comida na boca mastigando com vontade e dou um gole da água
novamente, eu estava devorando aquilo quando eu vejo várias cabeças
aparecendo na minha porta lutando para quem entraria primeiro, acabei
rindo quando Pan caiu no chão sem querer protegendo Emily.

— Deixa ela passar primeiro! DEIXA ELA PASSAR PRIMEIRO — ele


grita afoito.

Os demais se afastam deixando Emy entrar primeiro, ela vem desfilando


jogando o cabelo para trás e depois corre até mim ainda se gabando.

— As vantagens de estar grávida! — ela comemora antes de me abraçar com


cuidado. — Graças a Deus você está bem, merda, baby boo, você não pode
me fazer infantar!

— Desculpe — a abracei apertado e ela passou a mão no meu cabelo.


Percebo Rubi e Lisa se aproximando e abro mais os braços para abraçar as
três, elas tomam cuidado comigo a todo momento.

— Ficamos apavoradas — Rubi sussurra beijando minha cabeça.

— Ficamos? Eu ainda estou, porra — Lisa fala com a cabeça no meu peito,
respiro fundo contente por elas estarem aqui.

— Eu amo vocês — digo e elas ficam comigo assim abraçadinhas por mais
alguns minutos.

Até ser a vez da gangue, eles se aproximam de mim e eu vejo Adam ser o
primeiro a me abraçar, ri quando ele disse que me mataria se eu morresse,
abracei Dylan que me deu conforto rapidamente, Peter parecia carrancudo.

— Venha aqui — peço e ele nega. — Por favor!

Peter suspirou e se aproximou me abraçando com um cuidado exagerado,


sorri o apertando.

— Você quase me matou, Susie — ele sussurra e eu o vejo fechar os olhos,


beijei sua testa.
— Eu estou bem — falo e ele acena.

— Ótimo, você está proibida de sair sozinha à noite — ele fala e eu


concordo para não deixar ele mais carrancudo.

— Susie Jones!

Olho para a porta e vejo Eric e Judith me encarando, abro um sorriso e eles
vêm correndo para cima de mim, os abraço e ignoro a pontada que o corte
deu.

— Porra, que susto — ele beija minha têmpora. — Eu sou velho, caralho.
Uma coisa dessas pode me matar!

— Ficamos preocupados, assim que amanheceu viemos para cá — Judith


passa a mão no meu braço, sorrio para ela.

— Obrigado por virem.

Mais uma pessoa aparece na porta e eu encaro Simon Balis que tinha as
mãos dentro da calça social mostrando a camisa...mas...o que era aquilo?!
Gatinha sexy? Sério? Comecei a rir alto mas fui parando quando minha
barriga começou a doer.

— Ótimo, sério mesmo que você tinha que me dar essa camisa? — ele
pergunta para Adam.

— Essa camisa é linda, Simon — Eric resmunga.

— Só porque ela é sua, e essa porra está folgada — ele reclama.

— É que eu sou mais gostoso — Eric passa as mãos no peito se gabando.


Judith balançou a cabeça para mim.

Olho para frente quando Simon se aproxima e dou um sorriso em


agradecimento.

— Obrigada por me trazer para o hospital, se não fosse por você...eu não
estaria mais aqui — agarro sua mão e ele olha para o gesto antes de voltar a
me encarar. — Estou em dívida com você.

— Não é necessário... — ele diz, me encarando de uma forma estranha.

— Claro que é, a partir de hoje eu juro não vou deixar eles te chamarem de
Balis otário — falo e ele riu pondo a outra mão em cima da minha.

— Será muito útil, obrigado — ele diz me fazendo rir também.

Simon continuou me encarando sem soltar minha mão, ele encarou cada
detalhe do meu rosto até eu levantar uma sobrancelha achando aquilo já
suspeito.

— Precisamos conversar, mas em outro momento — ele fala e eu aperto os


lábios.

— Hum...claro — digo e ele dá um sorriso pequeno pondo sua mão em cima


da minha cabeça, Balis dá dois tapinhas e eu junto as sobrancelhas com o
gesto.

O quarto fica em um silêncio estranho.

— Cacete, eu sou péssimo nisso — ele diz e olha para trás encarando todo
mundo que concorda com uma careta.

— Onde está, Nathaniel? — pergunto quando Simon se afasta.

— Ele foi se arrumar, passou a noite aqui esperando você acordar — Lisa
explica.

Suspiro passando a língua nos lábios e escuto passos vindo de fora, meu
coração acelera e eu fico mais sentada na cama pondo meu cabelo atrás da
orelha e ajeitando minha franja, eles acabam rindo e eu coro esquecendo que
eles estavam aqui.

Nate aparece na porta meio afoito e eu tenho quase certeza que meus olhos
brilham.

— Susie... — ele sussurra e eu vejo os demais indo embora de fininho.


— Nate... — abri um sorriso, feliz demais por vê-lo.

Ele começa a andar na minha direção com uma velocidade incrível e eu meu
sorriso continua até ele me abraçar escondendo o rosto no meu pescoço, o
abraço apertado percebendo que estamos sozinhos.

— Nathaniel...

— Merda, você não pode fazer isso comigo — ele sussurra enquanto eu
coloco minhas mãos na sua nuca.

— Eu estou bem, vai ficar tudo bem.

Ele me encara e eu vejo seus olhos lacrimejando, isso derrete meu coração.
Ponho as mãos no seu rosto e colo sua testa na minha, ele deixa os dedos nos
meus braços e encara meus olhos sem desviar.

— Você entende que meu mundo cairia por terra se eu perdesse você — ele
sussurrou com a voz embargada. — Eu não quero perder você.

— Você não vai, eu estou aqui — o dei um selinho rápido. — Sempre estarei
aqui.

Ofegante ele me beija pondo a mão no meu maxilar me puxando para ele,
Nate suspira no meio do beijo e eu ponho minhas mãos nas suas costas
querendo mantê-lo perto de mim.

— Eu amo você — sussurrei e ele parou de me beijar descendo para o meu


pescoço, ofeguei com os beijos sentindo a barba roçando na minha pele e
Nate se senta na cama ainda me beijando, o encaro segundos depois quando
ele volta seu rosto para o meu.

— Nunca me senti tão impotente em toda a minha vida — ele passa o


polegar pela maçã do meu rosto. — Você quase morreu, e eu não pude fazer
nada.

— Você está aqui — sussurrei me aproximando mais. — Fique aqui.


— Não existe outro lugar que eu iria agora — ele encara meus lábios e me
beija novamente vindo mais para cima, passo meus braços em volta do seu
pescoço procurando o conforto que ele pode me dar.

Nate apoia uma mão na lateral no meu corpo e beija meu queixo e maxilar
até chegar no meu peito, sorri de lado quando ele volta para cima me dando
vários selinhos, sua mão se mexe batendo sem querer na minha cintura e eu
dou um gemido de dor contra seus lábios, Nate me encara nos olhos e se
afasta um pouco.

— Desculpe — ele sussurrou.

Puxei a roupa para cima mostrando a ele e Nate se ajeita encarando com um
olhar triste, ele põe a mão do lado e me encara.

— Sinto muito que isso tenha acontecido — ele diz fazendo um carinho na
minha pele.

— Eu vou cuidar de você — Nate se inclinou beijando perto dos curativos e


eu passo minha mão no seu cabelo.

Eu sei que ele vai.

×××

Deixa seuvoto, me ajuda bastante por aqui.


Espero que tenham gostado.
Eu volto em breve, babys ❤.
103° capítulo

Susie

Sabe quando você tem 8 anos de idade e surge a brilhante ideia de fazer uma
competição de quem fica mais tempo sem respirar? Bom, eu até poderia
dizer que era isso que estava acontecendo porque eu me lembro o quanto
isso era empolgante.

— Vamos, mais uma — ele diz sério.

Encarei a colher de sopa de legumes na minha frente e olhei para Nate com
os olhinhos de gatos de botas.

— Eu já comi.

— Só duas colheres, isso não é nada, até Lolinha come mais do que isso —
ele faz uma cara de deboche.

— Lolinha é esfomeada.

— Abra a boca — ele diz e eu olho para o teto apertando os lábios, Nate me
encarou irritado enquanto eu desenhava mentalmente uma ovelhinha no teto.

— Susie...— Por que ele estava vermelho? Nossa...que estranho...


Dei um sorriso de lado.

— Você sabia que eu sempre quis ter uma ovelha Dolly? Eu ia chamá-la de
Dolly para ficar mais original — ele encara meus lábios subindo para os
meus olhos. — Mas onde eu ia colocá-la? Digo...no Central Park?! Isso seria
muito ruim...

Levantei as duas sobrancelhas de leve quando ele se inclinou com rapidez


para cima de mim não me dando tempo de raciocinar, Nate me beija de uma
maneira que deixa evidente seu desejo por mim e eu suspiro nos seus lábios
pondo minha mão na gola da sua camisa.
— O que está fazendo? — sussurrei entre beijos.

— Te fazendo comer.

Franzo o cenho e em quase que em câmera lenta eu vejo seus dedos


pousando no meu nariz tapando minha respiração, abro a boca e ele
rapidamente traz a colher para perto me fazendo comer, ele se afasta em
seguida com um sorrisão me vendo engolir a comida com um rosto irritado.

— Seu... — coloquei a mão no peito deixando a comida passar por onde ela
tem que passar.

— Mi dispiace, amore mio. Mas o médico deixou claro que você precisava
se alimentar corretamente para ficar bem, não vou medir esforços para isso
acontecer — ele põe as mãos dentro da calça jeans.

— Eu vou denunciar você — apontei para ele que fez novamente a cara de
deboche.

— Claro, com certeza o caso vai para o tribunal quando você disser "Sim,
quero processá-lo porque ele é completamente apaixonado por mim, que
absurdo!" — ele deu um sorrisnho de lado.

Acabei rindo disso e ele se aproximou de mim pondo a mão no meu rosto,
Nate deslizou o dedo na minha bochecha e suspirou.

— Eu comprei uma coisa para você — falei baixinho enquanto a mão grande
aquecia meu rosto.

— Comprou?

— Sim, está na minha bolsa — apontei e ele olhou para trás vendo meus
pertences na poltrona do canto.

— Você me comprou uma boia? — ele perguntou com uma sobrancelha


erguida.

— Nem pense nisso, a boia é minha — Apontei para mim, nunca que ele vai
ficar com a minha boia rosa da Rapunzel.
— Na primeira picada de Lolinha, isso fura — ele diz tirando a mão do meu
rosto e caminhando até a minha bolsa, ele a agarra antes de voltar para perto
de mim.

Me mexo devagar na cama o dando espaço para se sentar ao meu lado e


mexo na minha bolsa até achar a caixinha, deixo a bolsa de lado e dou um
sorriso pequeno dando o presente a ele.

Nate pega na minha mão com um olhar desconfiado.

— Vai me pedir em casamento? Se sim, eu aceito — ele diz e depois franze


o cenho percebendo a naturalidade que ele disse isso. — Caralho, o que
diabos você fez comigo?!

Ri baixo.

— Abra — cutuquei seu braço.

Ele desfez o laço vermelho em cima da caixa cinzenta e puxou a tampa para
cima revelendo o relógio prateado parecidos com os quais ele usa, mas esse
era diferente. Nate piscou os cílios mais de um vez consecutiva ao ver o
trevo de gravura fina desenhado dentro do relógio, ele sorriu e eu sorri
também ao inclinar meu dedo tocando no botão do lado do relógio,
rapidamente começou a surgir umas luzes coloridas, Nate levantou uma
sobrancelha.

— Combina com a sua gravata pisca pisca — sussurrei e ele virou o rosto
para mim lentamente.

— Não quero mais me casar com você — ele diz e eu abro a boca ofendida.

— Tudo bem, você me mostrou como um relacionamento mais íntimo pode


ser, acho que me sinto mais corajosa para me aventurar em sites de namoro
— mentira, provavelmente nunca faria isso, mas a cara de Nate foi
impagável.

— Você está me magoando — ele avisa e eu dou risada me aproximando


dele ao por meus braços em volta do seu corpo, apoio minha cabeça no seu
ombro enquanto ele analisa o relógio vendo o trevo, o símbolo que esteve
presente conosco desde o início.

— Você gostou? — o encarei.

— Sim, mesmo que pisque como uma boate, eu gostei — ele sorriu me
encarando. — Irei usar o tempo todo.

Ele abriu o relógio pondo no seu pulso e depois afastou o braço nos
deixando ver melhor, o objeto era de fato bonito e charmoso, claro que não
era os relógios super caros que ele usava, mas sei que ele não se importaria
com isso.

Ele me deu um beijo na testa agradecendo e se deitou comigo na cama de


hospital que surpreendentemente deu nós dois ali, ele tomou cuidado comigo
ao passar meu braço pelo meu pescoço e eu coloquei minha cabeça no seu
ombro me aninhando nele.

Seu cheiro gostoso entrou nas minhas narinas.

— Sabe que pode ir para casa, não sabe? Pode tomar um banho e se trocar
se quiser — fiz círculos no seu peito.

— Está dizendo que estou fedendo, Susie Jones?

Levantei as duas sobrancelhas e ele riu baixo me vendo sem palavras.

— Você sabe que não, você sabe que... — aspiro fundo seu cheiro. — Seu
cheiro é sempre gostoso e másculo....e... — cheguei perto do seu pescoço.
— Muito bom, muito mesmo.

Ouvi sua risada.

— Não me coma, lembra que você é o controle da nossa relação? Não pode
nos deixar transar em qualquer lugar — ele diz.

— Hum... — ele me encara com uma sobrancelha erguida depois de ouvir


meu resmungo. Oh meu Deus, ele deve estar pensando que eu sou uma tarada
de primeira.
— Você está me olhando como me olhou antes de transarmos no sofá do
Peter — ele diz isso e eu aperto os lábios, mas nós dois tomamos um susto
com um barulhinho de saco vir da porta do meu quarto.

Adam estava ali parado segurando o saco de pipoca com mais força, pela
sua expressão ele tinha ouvido o que o modelo de perfume tinha falado.

Nate se mexeu na cama sorrateiramente e eu me senti em uma cena de


desenho animado, Adam engoliu em seco dando passos para trás enquanto
Nate parecia um leão prestes atacar.

— Tinker Bell vai fingir que não ouviu isso — Nate diz e Adam nega
balançando a cabeça.

— Tinker Bell ouviu sim — Diz Adam de uma forma muito fofa.

— Tinker Bell ouviu não, ela está com um probleminha de audição — Nate
diz e Adam lentamente pega uma pipoca pondo na boca.

— Tinker Bell vai avisar o Peter Pan — Adam diz e eu arregalo os olhos. —
E o modelo de perfume vai apanhar.

— E depois disso, a Tinker que vai apanhar — Nate aponta para ele.

Franzo o cenho e encarei minhas unhas vendo que preciso cortá-las, bocejei
me ajeitando na cama enquanto os dois ainda conversavam em terceira
pessoa.

— Você acha que o modelo de perfume põe medo em mim? — Bell diz e
Nate correu para cima dele que começou a correr para fora do quarto. — Ele
põeeee!

Ri baixo dos dois que começaram uma corrida olímpica no hospital e


balancei a cabeça sabendo que os dois vão ficar ocupados por horas agora.

Comi mais um pouco da sopa fazendo uma careta a cada colherada e depois
empurrei a bandeja para longe, eu estava desejando ter uma barra de
chocolate na minha bolsa quando ouvi uma batida na porta.
Levantei a cabeça vendo Simon entrando no quarto devagar, dei um sorriso
pequeno por vê-lo.

— Você parece melhor agora à noite, de manhã você estava como se tivesse
sido atropelada... — ele para de falar quando percebe a minha expressão,
Simon dá um sorriso nervoso. — Foi mal, às vezes eu falo muito quando
estou tenso.

— Por que está tenso? Aconteceu algo? Você está bem? — Perguntei e ele
me olhou confuso. — Já que está aqui devia fazer uns exames para ver se
você está bem mesmo.

Simon deu um sorriso pequeno.

— Eu estou bem, obrigado pela preocupação — ele chega perto de mim. —


Admiro isso em você, porque acabei de falar você estava horrível e você
preocupada comigo.

— Puxei para a minha mãe — digo e ele abre os lábios meio surpreso.

— Susie...vou ser sincero com você — ele colocou as mãos atrás do corpo.
— Sou impaciente, egoísta, prepotente, sarcástico da pior maneira, e não
gosto de enrolação.

Acenei, deixando ele falar porque Balis parecia perturbado.

— Pedi para os médicos não te contarem isso porque eu mesmo queria


contar — ele fala e eu cruzo os braços devagar.

Ele continua, na mesma velocidade que meu peito parece querer sair
correndo como Adam e Nate.

— Você perdeu muito sangue, e seu tipo sanguíneo é o mesmo do meu — ele
diz e eu travo no lugar. — O exame de DNA já feito...e...você lembra o que
conversamos? Que pode existir uma possibilidade de...

— Você ser meu pai — completo e ele acena com a cabeça esticando a mão
para tocar a minha mas ele desiste no meio do caminho.
— Bom, eu sou — ele diz e eu puxo a respiração sabendo que meus olhos
estão quase saindo do meu rosto. — Eu sou pai, Susie.

A partir dali, um pequeno filme passou na minha cabeça, minhas mãos foram
para a minha boca enquanto eu escutava essa frase na minha mente a cada 5
segundos, no fundo eu escutava o pouco que minha mãe me disse sobre o
meu pai.
Meu mundo caiu, não só por descobrir mas também por saber que minha mãe
podia ter sido ameaçada esse tempo pelos Balis.
Com os olhos lacrimejando eu olho para Simon que está com o rosto tenso
querendo desesperadamente que eu fale alguma coisa.

— Eu... — passei a mão no meu cabelo desviando o olhar e fechei os olhos


me recuperando.

— Eu sei que...você está em choque mesmo sabendo que existia uma


possibilidade, eu também fiquei assim, mal conseguia falar — ele conseguiu
coragem para pegar na minha mão, olhei para o gesto e depois para ele. —
Nós não nos conhecemos, não tivemos a oportunidade de saber coisas
básicas um sobre o outro, mas...eu realmente quero isso.

Fiquei olhando para ele, meu coração pareceu amolecer.

— Eu não tive a sua sorte, Susie. Sei que sua situação no momento não é das
melhores, mas eu nunca encontrei uma família como você encontrou naquelas
7 pessoas lá fora — ele diz e uma lágrima desce do meu rosto. — Eles
fariam tudo por você, e mesmo que minha família nunca tenha estado do meu
lado, eu desejava em silêncio que eles fizessem isso, você e minha sobrinha
são minha única chance de ter uma, e eu não vou e não quero desperdiçar
isso.

Apertei sua mão vendo seus olhos se enchendo de água, o sentimento que
passa por mim agora não pode ser descrito, nada que passa na minha cabeça
agora pode ousar explicar o que estou sentindo, eu ainda tenho algo
diretamente ligado a minha mãe, e está bem aqui na minha frente.

— Eu também não — digo, seu rosto cheio de esperança. — Quando eu era


adolescente sempre esperava por você, nunca contei isso para minha mãe
mas algo em mim sempre dizia para não desistir de pensar em você, e
secretamente não o fiz até hoje. Mas você...está aqui, e eu não... — balancei
a cabeça engolindo em seco. — Poucos podem entender o vazio.

— Eu entendo — ele passa a mão no meu cabelo e estranhamente me sinto


bem. — Eu procurei por vocês metade da minha vida, eu perdi as esperanças
e deixei de lado por algum tempo, não vou mentir, mas Deus me trouxe para
você da forma mais inimaginável possível — ele sorriu limpando a outra
lagrima do meu rosto. — Quer dizer, eu já disse que consigo outro namorado
para você que não seja meu inimigo.

Acabei rindo da brincadeira e coloquei minha mão sobre a sua, paramos de


sorrir lentamente.

— Eu vou descobrir o que aconteceu, vamos descobrir nosso passado e


seguir em frente — ele promete e eu aceno. — Ficará mais fácil para o meu
detetive saber agora o que minha mãe fez, minha irmã sabe mas jamais me
contou, mesmo com a minha insistência até hoje.

— Eu... — suspirei. — Obrigada, por me ajudar.

Ele sorriu de lado.

— Você é minha filha, sempre farei tudo por você — ele suspirou como eu,
nos seus olhos eu podia ver o carinho que ele parecia estar criando por mim,
provavelmente vamos demorar para nos acostumar um com o outro mas não
posso negar que estou ansiosa por isso, para perguntar como era a relação
com a minha mãe, perguntar coisas que ela nunca me disse, eu preciso saber
mais.

Mas por ora, eu estou feliz.

×××

Não sei porque eu choreiescrevendo isso...acho que meu coração


táquerendo me dizer algo sobre meu pai .
Vote, plis
PLIS! obrigada 😍.

RECADO:
Não vou postarcapítuloamanhã!
Mas vou postar na terçafeira, tôtentando acumular para postartrês de
uma vez.
Eu queria terminar o livro agora no final de julho, mas se isso não for
possivel eutermino ele agora em agosto, sem problemas 😏.

Eu voltojájá, quer um spoiler?


Não? Sim??!
Vou dizer, quem não quiser, é agoraomomento de fechar o livro.

Lávem, chega aqui perto ds titia Lis, shi shi...sabe quem vai dar o c* na
Itália? Hum...infelizmente não vai ser eu 😏.
Opa! Spoiler dado, pode fechar o livro agora.

Até, babys ❤.
104° capítulo

Capítulo grande, desculpem .

Nate

Anotei as porcentagens na minha agenda e girei a caneta dourada escutando o


que as pessoas do outro lado do mundo diziam, levantei o olhar devagar
encarando o telão na minha frente já meio farto dessa conferência.

Haviam duas pessoas ao meu lado que trabalham comigo aqui em Nova
York, o restante estava na Itália, e o único rosto do telão que está rindo da
minha cara de tédio era Mirella.

— Abbiamo tutto pronto per sviluppare il prodotto, signor Venturelli.


(Temos tudo pronto para desenvolver o produtor, Sr. Venturelli) — diz o
homem, o qual não lembro o nome, merda.

— Ho bisogno dell'aggiornamento entro venerdì, il prodotto deve essere


pronto prima di allora ( Preciso da atualização até sexta feira, o produto
deve ficar pronto antes disso) — falei me encostando na cadeira preta
giratória, a gravata vermelha dentro do meu colete preto era a única cor mais
viva da sala.

— Noi... non abbiamo ancora iniziato a farlo (Nós...ainda não começamos a


fazê-lo) — Aperto a caneta e subo olhar novamente já com o tédio
desaparecendo dando lugar a uma pequena irritação.

— Come no? Ne parliamo da due maledetti mesi (como não? Estamos


falando disso a dois malditos meses) — olhei para as 4 pessoas que
pareciam fugir do meu olhar insistente em saber o que merda tinha
acontecido.

— Mi dirai il motivo del ritardo o dovrò viaggiare più di 10 ore per


licenziare qualcuno (Vão me dizer porque o atraso ou eu vou ter que viajar
mais de 10 horas para despedir alguém?) — Perguntei cruzando os braços,
esperando alguém. ceder.
Até que Mirella fala, mas em inglês.

— Eles estavam ocupados, Sr. Venturelli — ela diz e eu levanto uma


sobrancelha.

— Ocupados demais para fazer o próprio trabalho? Ora, o que mais seria
de tão urgente? — apertei o maxilar, todos ainda não me encaravam e isso
estava me irritando.

— Revisando contratos, coisas que não são mais úteis para nós — Mirella
diz, calmamente. — E trazendo tudo para mim redigir, passei as semanas
fazendo isso.

Franzo o cenho.

— Qual è l'anno dei contratti? (Qual o ano dos contratos?) — Perguntei para
o meu gerente de RH.

Ele tossiu um pouco e apertou os lábios parecendo nervoso.

— 2015, signore — ele responde e eu dou um leve sobressalto, Mirella


parecia surpresa.

— O que? 2015? Nossos anos contratuais são de dois anos apenas, não
temos mais ligação com clientes antigos, por que isso estava em aberto? —
olhei para Mirella. — Por que isso foi aberto?

— O RH me solicitou... — ela engole em seco, rapidamente entendo o mal


entendido. Eles estavam mesmo tentando derrubá-la dando informações de
contratos antigos os fazendo passar por novos, o erro é suficiente para eu
demitir Mirella.

Ela entende rapidamente o que estava acontecendo e me encara perplexa,


coloco as mãos no rosto esfregando de leve tentando me acalmar para não
xingar todo mundo.

— Mio Dio (Meu Deus) — sussurrei. — Não sei o que é pior, vocês
acharem que eu não iria suspeitar de algo inútil ou a minha vice presidente
ser enganada de maneira tão fácil — Todos eles se encolheram e eu apoiei
minha cabeça na cadeira respirando fundo.

— Non ho niente a che fare con... ( Eu não tenho nada haver com... ) — um
deles começa e eu levanto a mão pedindo silêncio, pensando no que eu
faria.

— Se vocês pensam que isso vai ficar impune, estão errados, não somos uma
empresa qualquer onde vocês colocam os pés todos os dias, somos umas das
melhores empresas de tecnologia na Itália, coisas desse tipo eu não aceito
vindo de profissionais com os melhores currículos do mundo e ainda mais
com gestos tão baixos contra a vice presidente, só mostra como vocês são
incompetentes e indisciplinados que eu não quero perto de mim, estou indo
para a Itália em breve, preparem a carta de demissão — olhei para cada um
com a expressão de ira, eles começaram a falar ao mesmo tempo em puro
desespero.

Mirella estava em silêncio, provavelmente irritada por ter sido facilmente


influenciada e enganada por pessoas que torcem para ela cair na hierarquia
de negócios.

— Non puoi farci questo (Você não pode fazer isso conosco) — um deles
grita.

— Quindi guarda (então observe) — digo enquanto vou vestindo meu paletó
preto já de pé.

— Questo è ridicolo! come puoi licenziarci e lasciarla al potere? Forse non


sei bravo come dicono e sei rimasto solo uno zero nella famiglia Venturelli
come tutti gli altri.... ( Isso é ridículo! como você pode nos demitir e deixar
ela no poder? Talvez você não seja tão bom quanto dizem e não passa de um
zero à esquerda na família Venturelli como todos os outros...) — trinquei os
dentes sentindo minha raiva domar o meu corpo, estava de costas quando me
virei dando um soco na mesa chamando atenção de todos que pareciam
assustados.

— Cala a porra da boca para falar da minha família porque na próxima você
não vai ter dentes! — apontei para o cara. — Você não me conhece, não sabe
o que eu posso fazer então não mexa com quem você não pode lutar, eu
acabo com sua carreira em menos de 10 minu... — parei de falar quase
bufando quando meu celular começou a tocar no meu bolso da frente, olho
para lá e depois para o cara novamente que tinha uma expressão tensa.

Peguei o celular do bolso e olhei para ele fixamente.

— Sono il Venturelli con cui non vuoi scherzare ( Sou o Venturelli que você
não quer mexer) — falei, a voz grossa e rouca para ele entender que eu
estava falando sério, minha postura ameaçadora o tempo todo.

Encarei a tela do meu celular e toda a minha pose de CEO irritado e


estressado vai sumindo quando eu atendo a ligação, e piora quando eu
começo a falar deixando no viva voz para escutá-la melhor.

— Mi Bela... — abri um sorriso apaixonado. — Estou com saudades, posso


ter um infarto se você não resolver isso logo.

— Muitas? — ela pergunta de maneira doce.

— Muitas, porra, muitas. Oh meu Deus — coloquei a mão no peito.

— O que?

— Eu acho que estou tendo um infarto agora — falei brincando e ela riu me
fazendo sorrir também, sai do hospital ontem pela noite e vim trabalhar logo
que amanheceu, no almoço, que será daqui a 15 minutos, voltarei para o
hospital.

Olhei em volta percebendo que todos estão me olhando como se eu fosse de


Marte, fechei a cara na mesma hora mas ainda mantendo a voz suave com
Jones quando ela começou a falar de um filme incrível que assistiu no
hospital e eu escutei tudo de pé com a mão na cintura, e todos esperando
pacientemente ela terminar de falar.

— Depois disso eles se jogam no lago e o filme acaba, nossa! Foi incrível,
chorei um pouco mas eu realmente gostei — ela diz e eu olho para o lado
quando as duas pessoas presentes aqui comigo começam a cochichar sobre o
filme também.

— Susie, eu vou terminar uma coisa agora porque os adultos precisam


resolver coisas sérias e não se existe dois tipos de azul na camisola do
hospital — falei e ela solta uma risadinha — Mas em breve eu estarei aí,
ok?

— Tudo bem, vovô. Você vai vir com a bengala ou o andador? — ela
devolve a alfinetada e eu abro a boca perplexo, assim como todos no telão e
do meu lado.

— Lo chiamava vecchio? (Ela chamou ele de velho?) — uma pessoa do


telão pergunta e eu olho para ele com as sobrancelhas juntas que se cala
desviando o olhar.

— Você vai pagar por isso, mocinha — brinco.

— Mas vai ter que ser antes das 16 horas, certo? Depois disso você já está
indo dormir.

— Ok, já chega — falo e ela começa a rir da minha cara. — Vejo você em
breve.

— Tudo bem, hum... — ela parece exitar por alguns segundos. — Eu amo
você.

Fiquei estático, assim como todos na sala e no telão, pisquei algumas vezes e
depois abri um sorriso pequeno.

— Eu amo você, Jones — digo e logo depois nós desligamos a chamada,


solto um suspiro sentindo uma sensação indescritível dentro do peito, por
que eu não conseguia parar de sorrir nem por um segundo? Que porra, é
claro que eu sei.

Guardei o celular no bolso e encarei os demais voltando a ficar sério.

— Já estão avisados, não mudarei minha opinião — falo. — Mirella,


conversaremos depois.
Ela apenas acena com a cabeça e eu faço o mesmo.

— Aproveitem o último dia — falo me afastando da mesa e caminho para


fora da sala deixando pessoas frustradas para trás falando pelos cotovelos.

Saio da sala fechando a porta e vou para o elevador a passos rápidos, clico
no botão e passo a mão na minha barba rala suspirando e me encosto na
parede do elevador quando entro nele.

Já no meu andar eu caminho para a minha sala passando por Angela que
rapidamente se levanta correndo na minha direção, dou um passo para trás
percebendo que ela quase pisa em cima dos meus pés de tão perto que ficou.

— Diga — peço, ela dá um sorriso pequeno antes de começar a falar.

— Sr. Venturelli, há um homem na recepção querendo falar com você, ele se


chama Virgílio — franzo o cenho.

— Sobrenome? — pergunto.

— Ele...não diz, só diz que você sabe quem ele é — levanto uma
sobrancelha e aperto os lábios tendo uma noção de quem seja, só me
pergunto o que diabos ele quer comigo.

— Mande subir — digo e ela concorda voltando até a sua mesa para pegar o
telefone e autorizar.

Continuei andando novamente e eu ainda escutei Angela me chamar mas eu


já estava dentro da sala, travei na porta vendo Nikki sentada na minha
cadeira brincando com alguns clips de papel.

Apertei o maxilar.

— O que você quer? — chamo sua atenção e ela vira a cabeça me


encarando, seu sorriso aparece.

— Ver você, só isso, eu juro — ela se levanta da cadeira e eu entro na sala


ainda com a mão na porta, aponto para fora.
— Você pode ir agora, estou super ocupado — digo e ela solta uma risada
sarcástica.

Suspirei e encarei Angela do outro lado, ela me deu um sorriso tímido.

— Ninguém entra nessa sala além de mim a partir de agora, entendeu? —


pergunto e ela acena parecendo entender algo que já deveria ter entendido.

— Deixa isso para lá, venha aqui — escuto Nikki e pisco algumas vezes
quando suas mãos puxam meu braço mais para dentro da sala, a faço me
soltar e ela tenta fechar a porta mas eu deixo encostada porque ela sairia em
breve, não quero sua presença.

— O que? — ela pergunta confusa pela minha atitude, tive que respirar
fundo.

— Qual a parte que você não entendeu desde a nossa última conversa?

— Sei que não estava falando sério, Nathaniel — ela diz com uma voz
sedutora.

— Nate, não me chame pelo nome todo — cruzo os braços e ela revira os
olhos. — Você já me disse o que tinha que me dizer para seguir a sua vida,
pode ir embora agora.

Nikki suspira e concorda com a cabeça.

— É, não vou mentir. Agora que te contei a verdade me sinto livre, sinto que
agora posso seguir com a minha vida sem ficar lembrando daquele bebê e de
você, vai ser ótimo na verdade — ela põe a mão no peito.

— Então o que caralhos você quer?!

— Só vim me despedir, vou viajar para a França em dois dias, acho que
mereço viajar por algumas semanas...conhecer lugares novos… — ela
mordeu o lábio. — Não quer ir comigo?

— Você precisa se tratar — falei, a expressão ainda fechada.


— Você é insuportável, pensei que me apoiaria por eu ter falado a verdade
para você! Por ter aberto a minha boca e ter tirado a culpa de um aborto o
qual você não foi culpado!

— Você quer que eu agradeça?! — pergunto alto. — Claro! Obrigado por ter
mentido para mim sobre algo tão, mas tão importante, obrigado por ter sido
uma filha da puta por ver sofrendo durante tanto tempo e não ter um pingo de
empatia, obrigado por ter matado nosso filho por causa da sua importante
espinha no rosto com uma merda de uma pílula que no fundo você sabia que
faria mal mas preferiu não acreditar! — falei irritado e ela estava com a
mesma expressão que a minha.

Passei a costa da mão embaixo do nariz e respirei fundo.

— Eu nunca vou conseguir ficar perto de você de novo, nada que você for
fazer vai… — parei de falar quando a porta da minha sala foi se abrindo
lentamente.

Franzo o cenho e rapidamente me lembro de quem estava subindo, arregalei


os olhos assim como Nikki quando vimos o pai dela na entrada da porta
olhando para baixo com uma expressão chocada no rosto.

Nikki puxou a respiração pondo a mão na boca e deu passos para trás como
se fosse cair no chão, Virgílio levantou a cabeça lentamente me encarando e
eu vi nos seus olhos que ele não queria acreditar que a sua princesa tinha
mentido para ele também.

— Padre… (pai) — Nikki sussurra para ele que vira o rosto para ela,
decepção pareceu domar o homem de quase 60 anos.

Virgílio é dono de redes fast food mais famosas na Itália, todos os conhecem
por ter os melhores "El Churritos" da cidade de Roma, sempre mimou sua
filha por ser a única menina que teve com a esposa, o filho já comanda os
negócios e é um orgulho assim como Nikki que sempre tentou parecer a
mulher perfeita para os pais.

Mas acho que a máscara que ela se esforçou tanto para criar, estava caindo.
— È vero, Nikki? — ele pergunta olhando para tudo, menos para os olhos da
filha.

— No, papà. Ovviamente no! Non ti mentirei mai…( Não, papai. É claro que
não! Eu jamais mentiria para o senhor…) — Nikki diz e eu fecho os olhos ao
perceber seu desespero, passo a mão no meu rosto.

— Ho ascoltato, non mentirmi! ( Eu escutei, não minta para mim!) — ele


grita com ela e depois coloca a mão em um punho sobre a boca tentando
ficar calmo.

— Nate sta mentendo, non eravamo seri. credimi, papà. Sono la tua piccola
principessa ( Nate está mentido, não estávamos falando sério, acredite em
mim, papai. Sou a sua princesinha) — ela anda até ele e eu vejo seus olhos
se enchendo de lágrimas, Nikki põe as mãos no rosto do pai que a encara
friamente.

Virgílio mexe a cabeça na minha direção e mesmo com as tentativas da filha


para que não me encare, ele consegue quando a afasta dele. Nikki põe o
braço sobre a boca já chorando e temendo pelo o que pode acontecer com
sua vida daqui para frente.

Ele dá um passo na minha direção e me encara no fundo dos olhos, fui amigo
desse homem por anos até ele me mandar para o inferno ao pensar no que eu
tinha feito para a sua filha, ele a defendeu com tudo o que tinha, não consigo
imaginar a decepção que ele possa vir a sentir.

— È vero? ( é verdade ) — ele me pergunta e uma lágrima desce do meu


rosto, rápido a limpo e encaro Nikki.

Ela balança a cabeça negando e me implorando para não dizer nada.

— Está na hora de você enfrentar suas ações, de enfrentar as consequências


pelos seus atos porque agora eu acredito que já sofri o suficiente — falo
com a voz firme, seu desespero se tornando mais aparente.

Voltei meu olhar para Virgílio que tinha o rosto indecifrável agora, só
esperando minha resposta. Fiquei em silêncio por vários segundos pensando
em tudo o que aconteceu, tudo o que foi tirado de mim se eu ter a chance de
fazer algo, nunca vou saber o sexo do meu filho, nunca vou poder brincar
com ele, nunca vou poder dar conselhos e nunca vou poder abraçá-lo, mas eu
sei que se não posso ter isso com Nikki...eu poderei ter com com ela, com a
mulher que pode me dar tudo isso um dia e é a quem eu amo
verdadeiramente, e é por falta de justiça e pela parte de mim que nunca vai
ser a mesma, eu disse:

— È vero, tutto ciò che ho detto è vero (É verdade, tudo o que falei é
verdade) — digo para ele que fecha os olhos lentamente e fica estático
digerindo a informação.

Nikki abre a boca dando passos para trás e depois corre para até Virgílio
colocando as mãos nos ombros dele o virando para encará-la, ele não a olha.

— No, no, no — ela põe as mãos no rosro dele. — Ti ha mentito, vuole solo
farmi del male perché è arrabbiato, sa che mi porterai via tutto quello che ho
( Ele está mentido para você, ele só quer me prejudicar porque está com
raiva, ele sabe que você vai tirar tudo o que tenho ) — ela fala de forma
apressada e o seu pai abre os olhos tirando suas mãos do rosto dele.

— Tutto quello che hai? tutto quello che hai è mio, ti ho sostenuto ed è così
che hai ricambiato? mentito e ingannato tutti intorno a te? ( Tudo o que você
tem? tudo o que você tem é meu, eu apoiei você e é assim que você
retribuiu? mentido e enganado todos a sua volta? ) — ele a afasta e passo a
costa da mão na boca.

Ela balança a cabeça enquanto lágrimas solitárias saem dos seus olhos,
fiquei no lugar de braços cruzados e expressão neutra.

— Nate, io... ho fatto un casino con te, non so come aggiustarlo ( Nate,
eu...errei com você, não sei como reparar isso ) — ele me encara respirando
fundo com a mão sobre o peito.

— Non è necessario, fai solo ciò che ritieni giusto con tua figlia ( não é
necessário, só faça o que achar certo com a sua filha ) — digo e ele deixa a
expressão culpada ao encara Nikki, ela limpa as lágrimas e levanta o queixo.
— Non prenderai tutto quello che ho! (Você não vai tirar tudo o que eu
tenho!) — ela grita correndo até a minha mesa pegando sua bolsa a
abraçando, lá dentro deve ter todos os seus cartões de crédito.

— Come ho detto, tutto quello che hai è mio. Dovrai vivere sapendo che tua
madre ed io non saremo al tuo fianco, tutti i tuoi conti saranno congelati, non
vivrai più con noi, se vorrai comprare qualcosa dovrai lavorare, no, avrai
lavorare per ottenere un impiego, da oggi le tue possibilità di impiego sono
zero! ( Como eu disse, tudo o que você tem é meu. Você vai ter que viver
sabendo que sua mãe e eu não vamos ficar do seu lado, todas as suas contas
vão ser congeladas, você não vai morar mais conosco, se quiser comprar
algo vai ter que trabalhar, não, vai ter que ralar para arranjar emprego, suas
chances de ser empregada no seu ramo são zero à partir de hoje! ) — ele
falou de maneira tão calma que quase não pareceu que estava prestes a
acabar com a carreira de moda na vida da filha, ele suspirou alto antes de
sair da minha sala indo para o elevador deixando Nikki chocada para trás.

Ela não pareceu estar acreditando até que eu andei para a porta e chamei por
ela.
Ela me olha.

— Não me procure mais, se não ajudar você significar ser um monstro, então
então serei um — apontei para fora, talvez eu seja uma pessoa ruim, mas eu
não posso continuar ajudando depois do que eu soube, não posso!

Ela não falou nada antes de sair correndo na direção do pai que entrava no
elevador, Angela levanta da cadeira com o rosto confuso mas depois se senta
quando eu peço para ela ficar no lugar.

Vejo eles discutindo até o elevador aparecer e ele gritando em Italiano o


quão estava decepcionado e que iria procurar nomes e fontes da pessoa que
a ajudou a transcrever a pílula, Virgílio não pararia até saber de tudo e punir
os culpados.

Que o inferno me espere, mas isso alivia meu peito porque eu sei que Nikki
nunca mais me incomodaria novamente.

×××
Meus amores! Como estão? Bem? Eu espero que sim, dei uma sumida do
wattpad ultimamente porque minha vida aqui fora tá bem movimentada,
quase não tive tempo para escrever mas sempre que tenhoum tempinho
me dedico a escrita.

Eu façofaculdade e tambémestou a procura de emprego, essa semana


tive trêsentrevistas e eu estourezando para ser empregada logo, passei a
semana toda ocupada com isso. Espero que entendam .

Aíestá um capítulobemgrande pra recompensar, eu voltoamanhã, ok?

Até, babys ❤.
105° capítulo

Susie

Dias depois...

Coloquei minha bóia no braço direito e me virei batendo na cara de Eric sem
querer, ele resmunga e eu arregalo os olhos sabendo que ele vai reclamar o
dia inteiro.

— Aí, socorro, SOCORRO!

— Desculpe — passei a mão no seu rosto e olhei feio para Simon que estava
rindo da situação.

Hoje foi o meu dia de alta, e eu finalmente estava indo para casa já me
sentindo ótima, a cicatriz na minha barriga era um pouco aparente mas estou
bem com isso. Simon e Eric vieram me ver antes de eu sair do hospital e os
demais irão me ver pela noite já que decidimos sair para jantar.

— Cadê Nate? Que desnaturado, por que ele não está aqui? — Eric pergunta
passando o braço no meu e Simon pegou no outro não se incomodando com a
boia quase na cara dele.

— Ele está vindo — falei.

— Concordo com Eric, acho que você devia mandar ele pastar agora —
Simon tosse fingindo que não falou nada demais.

— Seria esse o seu sonho? — pergunto e ele me dá um sorriso de lado.

— Acho incrível como você já entende o seu pai — Simon diz e eu acabo
rindo quando passamos pela porta.

— Pai? Oh não, eu sou o pai dela — Eric protesta. — Você vai ter que lutar
comigo para pegar esse posto.

Simon levanta uma sobrancelha e depois dá de ombros.


— Tudo bem, você vai morrer primeiro do que eu de qualquer maneira —
Simon fala sorridente.

— Seu… — Me afasto dos dois quando Eric se aproxima de Simon


agarrando sua orelha e torcendo, junto as sobrancelhas vendo a mini briga e
juro que queria me esconder dentro da bóia quando pacientes e médicos
passaram no corredor olhando a cena.

— Eric! Me solta — Simon agarra a barriga dele o apertando.

— Você está amassando minha blusa da Madonna seu riquinho mimado! —


Eric grita e eu limpo a garganta tentando esconder o riso.

— Mi Bela… — escuto um sussurro no meu ouvido e acabo me assustando


virando com rapidez apenas para bater a bóia na cara da pessoa, olhei para
Nate que dá passos para trás balançando a cabeça como se tivesse sido
nocauteado, coloco as mãos na boca e ele me encara meio debochado.

— Eu fiz alguma coisa para você? — ele pergunta e eu aperto os lábios


negando.

— Essa é a minha garota! — Simon grita com a mão na cabeça de Eric que
está tentando de todo modo chegar até ele, Nate encara os dois com o cenho
franzido e depois me olha.

— Não tente entender — me aproximei dele, que se abaixou um pouco para


dar um selinho rápido em meus lábios, sorri com o rosto perto do seu.

— Pronta?

— Super pronta.

— Vamos — ele agarrou minha mão e olhou para os dois que já estavam
ofegantes se arrastando até as cadeiras na parede, eles se jogaram ali e eu
tenho um leve medo de que possam estar tendo um infarto.

— Eles estão morrendo? — Nate me perguntou em dúvida.

Engoli em seco.
— Nos falamos depois? — Perguntei e eles só resmungam mexendo as mãos
me mandando ir embora.

Ri disso e Nate me puxou antes de me abraçar pela cintura me guiando para


o estacionamento do lado de fora, no carro ele jogou minha bóia e minhas
coisas no banco de trás, sentei no banco do carona com ele pondo o cinto de
segurança em mim e depois deu a volta entrando no banco do motorista.

Ele dirigiu pela cidade em direção ao meu apartamento me perguntando


como eu estava, conversamos durante todo o trajeto mas tinha algo que
estava errado.

Nate parecia abatido, tinha algo nele que não parecia bem e minha intuição
só foi piorando quando chegamos na porta do meu apartamento.

Ele colocou minhas coisas no chão pegando a chave do seu bolso mas toquei
no seu braço antes dele abrir.

Seu cenho se franziu.

— O que foi?

— O que há de errado, Nathaniel?

Seu olhar era de relutância mas ele parece desistir.

Nate passa a língua nos lábios e deixa a chave na maçaneta vindo para cima
de mim, pisquei surpresa pondo minhas costas na parede com ele me
prendendo no seu corpo.

Engoli em seco com a sua respiração no meu rosto e limpei a garganta


percebendo que ele sempre vai me deixar nervosa, não importa o ponto que
estivermos no nosso relacionamento, eu sempre vou sentir esse friozinho na
barriga.

— Você me ama? — ele pergunta e eu junto as sobrancelhas.

— É claro que sim, Nate — coloquei as mãos na sua gravata preta. — Acho
que estou começando a amar você mais do que sorvete.
Ele sorriu pequeno enquanto eu subia minhas mãos para o seu rosto.

— O que aconteceu? — beijei seu queixo quando ele colou a testa na minha.

— Não quero que fique...estranha comigo por eu não ter contado antes — ele
sussurra olhando para baixo. — Mas você estava no hospital, eu não queria
perturbar você com isso. Digo, você me disse que eu poderia conversar com
você se...

— Nada seu irá me perturbar — desci minha mão pelas suas costas a
alisando lentamente.

— Eu encontrei Nikki há alguns dias atrás… — ele começa e minha reação


oscila de tantas formas diferentes que eu não sei como consegui ficar
ouvindo tudo o que ele disse.

No desfecho da conversa eu estava olhando para ele chocada, mas ele se


mantém forte na minha frente com uma vontade que eu nunca teria porque eu
já estaria chorando como um bebê no seu ombro.

— Oh meu Deus — sussurrei passando meus braços em volta do seu


pescoço e ele me abraçou de volta segundos depois com a respiração pesada
na minha nuca.

— Os jornais de Roma já estão falando sobre seus contratos quebrados pela


indústria — ele diz e eu passo a mão no seu cabelo fechando os olhos.

— Eu sinto muito, meu amor — sussurrei e ele me apertou mais forte


beijando meu pescoço.

— Vai ficar tudo bem, certo? — ele respira fundo parecendo desnorteado,
isso me quebrou um pouco.

Coloquei as mãos no seu rosto o fazendo me encarar.

— Claro que vai, vou ajudar você...vamos procurar uma ajuda profissional,
o que você acha? — pergunto e ele nega, como achei que faria.

— Seria tão ruim assim? — pergunto.


— Não preciso de terapia, Jones.

— Não encare assim — o fiz me olhar de novo quando ele abaixou a cabeça.
— Não acha que deve dar uma chance, eu quero ajudar você, me deixe fazer
isso — me aproximei mais. — Por favor.

Ele me encara no fundo dos olhos e pisca algumas vezes para mandar as
lágrimas embora, respirei fundo beijando seus lábios com carinho.

— Pense sobre isso, por favor — peço e ele acena me beijando outra vez.

— Promete pensar em vir trabalhar para mim? — ele pergunta e eu o beijo


de novo concordando.

— Eu aceito — falo e ele se afasta para me encarar melhor.

— O que?

— Vou trabalhar com você, Sr. Venturelli — digo e ele junta as sobrancelhas
pondo as mãos ao lado da minha cabeça, ele fica em silêncio antes de
começar a sorrir.

— Você...está falando sério? — ele encarou meus lábios subindo para os


meus olhos. — Porra, você está falando sério.

Ri baixo.

— Acho que está na hora de eu aceitar novos riscos. Sabia que uma pessoa
em específico me ensinou que às vezes...é bom arriscar? — pergunto para
ele e mordi o lábio brincando com a sua gravata.

— Essa pessoa é um gênio — ele diz se referindo a si mesmo.

— Sim, ela é — ele sorriu de lado.

— Se ser um gênio significa amar você, então sim, eu sou mesmo — ele
beija meus lábios várias vezes. — Você começa na semana que vem, Srta.
Jones.
Em seguida ele se aproxima do meu ouvido para sussurrar.

— Eu não gosto de atrasos ou erros, se você cometer essas duas


coisas...serei obrigado a dar algumas punições — ele morde minha orelha e
dou um tapa no seu peito.

— Você vai agir comigo de maneira profissional, Nathaniel. Nada de flertar


comigo, nada de me tocar fora de horário e nada de piadinhas como essa!

— Uhum uhum — ele concorda pondo as mãos no meu rosto me calando com
um beijo quando eu ameaço voltar a falar.

Só nos separamos porque eu cutuco seu mamilo e ele vai para trás irritado
comigo, dou um sorrisinho de vitória e abro a porta do meu apartamento.

Dou dois passos para frente antes de parar estagnada, abro a boca vendo o
estado da minha sala de estar.

— O que...aconteceu…

Nate põe minhas coisas para dentro e depois me abraça por trás pondo o
queixo na minha cabeça, ele percebeu minha reação chocada ao ver balões
vermelhos em formatos de coração e flores brancas com ursinhos para todo
lado, tinha pôsteres das princesas em um canto e caixas de chocolates para
outro. Quem diabos fez isso?!

Olhei para Nate que já estava sério por não me ver sorrindo, suas bochechas
começam a ficar vermelhas e eu abro a boca, não acredito que foi ele!

— Você…

— Hum… — ele limpa a garganta. — Certeza que foi as meninas que


fizeram isso.

Me virei para ele que tenta esconder o rosto de mim.

— Foi você...oh meu Deus! Foi você — dei palminhas animada e ele
balança o dedo negando.
— Você é tão romântico! — me joguei para cima dele que continuou negando
mas me segurou recebendo os beijos que dei no seu rosto.

— Não sei do que você está falando…

— Nathaniel Lola Venturelli, eu sou completamente apaixonada por você —


digo e ele dá um tapinha na minha bunda. — Eu adorei essa surpresa.

Ele fica me encarando e depois suspira derrotado pronto para admitir.

— Certo, foi eu. Mas acho que exagerei um pouco, era para ser só uma faixa
de boas vindas com rosas e ursos, mas me empolguei quando fui comprar —
ele explica parecendo nervoso e eu sorri internamente desse seu jeitinho que
eu adoro.

— Aposto que você comprou sorvete também.

— Susie, eu comprei tudo o que você gosta — ele suspira. — Só não


comprei a Cinderela porque a Disney não a libera.

Ri alto jogando a cabeça para trás e ele riu também beijando meu peito, nos
beijamos em seguida e ele me levou para a sala de estar pegando uma caixa
no caminho.

Olhei para a porta do meu quarto e eu vi Lolinha cutucando uma balão até
ele estourar, ela se assusta e vem correndo na nossa direção.

Nos sentamos no sofá um do lado do outro e conversamos sobre coisas


aleatórias dividindo uma caixa deliciosa de bombons com Lolinha entre nós
matando a saudade.

(MAIS TARDE NAQUELE DIA…)

Me engasguei com a massa da comida e levantei a cabeça abrindo a boca ao


ver Adam e Peter voltando do banheiro um do lado do outro, era para isso
ser normal, mas acho que não tem nada de normal em Adam estar de calça
jeans com uma cueca da Tinker Bell por cima.
Ele parecia irritado enquanto Peter ria fingindo jogar pozinho mágico em
Bell que bateu no braço dele com força.

Olho para Nate do meu lado que ainda não tinha visto por estar bebendo um
gole de vinho mas assim que ele vira o rosto se engasga com a bebida
tossindo contra sua mão, tive que alisar suas costas.

— Puta merda — ele sussurra e cutuca Dylan que está beijando Lisa de
forma carinhosa.

— Ei, ei, para com essa merda e olha isso — Nate puxa o cabelo dele.

— Porra, Nate! — Dylan vira o rosto deixando de encarar Lisa que fez uma
expressão irritada para o modelo de perfume.

— Adam está sendo Adam de novo — Nate fala apontando e Dylan encara o
irmão que finalmente chega na mesa junto com Peter.

Rubi e Emily param de conversar sobre bebês e olham para os maridos com
uma expressão confusa, bem parecida com a minha.

— Adam, querido. O que conversamos antes de sair de casa? — Rubi


pergunta com um sorriso doce.

— Nada de fazer coisas estranhas — Bell junta os dedinhos na frente do


corpo.

— E estar usando a cueca por cima da calça é normal? — Ela pergunta.

— Acho que em algum lugar…

— Adam.

— Não — ele faz um bico bem parecido com os dos filhos que fizeram
aniversário a dois dias atrás, mas infelizmente Rubi e Adam não quiseram
fazer nada por eu estar no hospital. Mas em compensação vamos para Disney
até o final do mês comemorar no mundo encantado! Sim! Sim! Só de lembrar
disso eu já fico sorrindo.
— Deixa eu adivinhar...uma aposta — Emily diz segurando um copo de
whisky.

— Se você beber isso você vai apanhar — Peter aponta para ela.

— Porra — ela resmunga parecendo perceber que tinha segurando um copo


com a bebida.

— Princesa, você pode bater no Pan, por favor? — Adam pede. — Ele disse
que eu sou drogado.

— Qual foi a aposta? — Lisa pergunta encarando a cueca em Adam.

— Ah, o de sempre — Peter faz pouco caso. — Apostamos que fazia xixi
por mais tempo e eu ganhei.

Levantei as duas sobrancelhas e encarei Nate que me encarou também.

— Juro que essas apostas eu não participo — Ele se defende.

— Por que vocês não me chamaram?! — Dylan pergunta irritado.

— Eu disse que ele iria querer brincar — Adam aponta.

Pan dá de ombros e dois sentam novamente voltando para as suas refeições,


bebo um gole de água mas levando a taça quando brindamos por alguns
motivos.

— Estamos comemorando que Jones saiu do hospital depois de quase morrer


para comprar uma bóia — Dylan acena para mim e eu aperto os lábios, fiz
uma careta para ele que me jogou um beijo em seguida. — Também estamos
comemorando que Peter finalmente colocou um mini Ross no forninho da
Emily, viva a fertilidade.

— Viva a fertilidade! — nós meio gritamos no restaurante, por um momento


tive receio das pessoas pensarem que somos parte de algum culto.

— Vamos brindar por Susie novamente...mesmo que eu não gosto do seu pai
aquele safado ganancioso de uma figa — Dylan sorriu. — Estou feliz por
você ter achado uma parte importante da sua vida depois de pensar que tinha
perdido e também porque agora ela vai trabalhar com Nate na empresa dele,
espero que corra tudo bem.

— Ela vai matar o velho — Adam resmunga se referindo a Simon e eu dou


um sorriso nervoso.

Deus me ajude.

— Vamos brindar também porque Adam é eu demos um passo a mais ontem


— Rubi fala e Adam arregala os olhos.

— Não sei do que ela está falando — Bell aponta para Rubi. — Ela bateu a
cabeça ontem e desde então está assim...falando coisa com coisa.

— Espera...você — Peter olhou para o corpo dele e depois subiu com uma
sobrancelha erguida, Adam coçou a ponta do nariz. — Não acredito! A
borboletinha deixou entrarem no casulo dela?!

— Vai se foder, Peter — Adam fala para ele que começa a rir alto, Nate e
Dylan se encaram e depois fazem uma cara maliciosa para a Tinker que deu
de ombros.

— Merda, perdi 150 mil dólares — Nate sussurra para mim a risos e eu me
aproximo dele.

— Eu te empresto se você quiser — digo e ele encara meu rosto sorrindo de


lado ao lembrar do dinheiro que ele deixou no meu apartamento.

— Como tem tanto dinheiro, srta. Jones? — ele provoca sussurrando no meu
ouvido e eu beijo seu queixo quando me afasto para o encarar nos olhos.

— Tenho alguns admiradores — falo e ele resmunga colando os lábios nos


meus.

— Não gostei da parte do "alguns" — ri baixo e ele beijou minha bochecha


antes de voltamos a encarar a gangue e as meninas que estavam quase se
mijando das piadas que surgiam como água.
— Agora eu entendo porque você estava andando estranho daquele jeito,
pensei que você tinha caído em algum lugar — Dylan põe as mãos no peito e
Peter dá um tapa na mesa rindo mais alto.

— Caiu na pic… — Dylan ia terminar a frase mas Nate cutuca seu braço
quando a garçonete passa atrás dele.

— Podem fazer quantas piadas quiserem, inveja de Polly Pocket não atinge
Barbie Girl — Tinker encara as unhas me fazendo rir até ficar vermelha.

— Na verdade — Emily enxuga as lágrimas do rosto. — Acho que vou fazer


isso com Pan.

Peter para de rir na hora.

— Como é?

— Sim! Isso parece ser interessante — Lisa concorda e Dylan parece estar
rindo de nervoso agora.

— Vocês enlouqueceram se acham que vamos fazer uma coisa dessas —


Peter pega o copo de whisky.

— É mais fácil Nate deixar a Susie se isso acontecer — Dylan fala e Nate
fecha a cara. — Calma, cara. É uma suposição.

— Vamos ver — Emily pisca para Lisa que morde o labio encarando o
marido, Dylan arrasta sua cadeira para mais perto de Nate.

— Acho que temos coisas mais importantes para falar agora — Adam
comunica. — Por exemplo, o sexo do bebê. Meu lance inicial é de 400 mil
para ser menina.

A gangue fica pensativa de repente.

— Eu não sei...pode ser dois — Dylan dá de ombros e Emily se engasga


com a própria saliva.
— 500 no menino — Nate fala e eu belisco seu braço, ele me encara e
depois encara a gangue. — Menina, eu quis dizer, menina.

Já tinha conversado sobre isso e quase terminou em discussão se ele não me


calasse com beijos quando estávamos no hospital.

O celular de Nate apita e ele o tira do bolso rapidamente atendendo a


chamada.

— Dire (Diga) — Nate diz em Italiano.

Os meninos param de falar para encará-lo.

— No, andremo domani. Si...prepara la stanza, porto una persona con me.
(Não, iremos amanhã. Sim...prepare o quarto, levarei uma pessoa comigo)
— ele diz e depois me encara, fiquei sem entender porque italiano não é o
meu forte.

Mas quando encarei Adam, Dylan e Peter fiquei ainda mais confusa com o
sorriso malicioso que eles estavam dando para nós dois.

Olhei para as meninas que estavam olhando para Nate com a boca aberta
pelo jeito incrível que ele fala italiano, super entendi as três.

— Sei un monello! (Seu safado!) — Dylan bate no ombro de Nate que revira
os olhos.

— Só de pensar que na semana que vem nós vamos estar assim juntinhos de
novo mas com o meu bebê nos braços — Emily diz e juntas as mãos perto do
rosto. — Não vejo a hora de segurá-lo.

— Já comprei presentes para ele — Adam esfrega as mãos ansioso.

— Por favor me diz que você não comprou um castelo — Peter pede e Adam
aperta os lábios limpando a garganta.

— Não…?

Pan balança a cabeça.


Nate toca na minha perna enquanto eu deixo de sorrir dos dois, olhei para o
modelo de perfume que fez um círculo na minha coxa.

— O que você disse na ligação? Está tudo bem? — pergunto e ele me dá um


sorriso pequeno.

— Você saberá amanhã, Mi bela — ele beija minha testa e depois se afasta
para conversar com Dylan.

Franzo o cenho desconfiada.

×××

Aí meu Deus!
Aí meu Deus!
Vocês leram o que eu escrevi?! Nossa fadinhafloresceu?!
KAKAAKKAKAKAAKKA SOCORRO.

Susie vai trabalhar com o modelo de perfume? Parece que a tradição dos
casais trabalhando juntos não foi quebrada, confia na santinha protetora
aqui.

Curtam o capítulo!
Eu não vou postaramanhã, mas na segunda eu tô de volta.

Até, babys ❤.
106° capítulo

Susie

"Dig Dom"

O barulho da campainha surgiu junto com o meu nervosismo, perdi as contas


de quantas vezes eu respirei fundo tentando abrir meu melhor sorriso para a
ocasião.

Simon me chamou para conversarmos com o detetive e almoçar na casa dele


para conhecer sua...a minha família? Céus, eu estou transpirando.
Parentes próximos ele só tem a irmã e a sobrinha de 11 anos que ele fez
questão de eu conhecer, me contou que o motivo do seu sumiço tinha haver
com ela e que infelizmente ela sofre de câncer desde os 8 anos, a tristeza na
sua voz não passou despercebida por mim.

Abaixei meu vestido preto básico para baixo e ajeitei o colar de trevo no
meu pescoço, as meninas tinham me deixado aqui a alguns minutos já que
passamos a manhã tomando café e conversando.

Lisa contava a história do almoço que ela só comeu salada e deu 300
dólares, ela reclamou tanto que baixaram o preço, Emily nos contou que está
mais safada do o que normal...o que não é novidade e também nos contou
que vai ouvir o coração do bebê está tarde, Rubi reclamava que estava se
achando fora do peso e ligou para Adam no meio do café da manhã contando
isso, ele apareceu 10 minutos depois com um álbum de fotos dela dizendo
toda hora que ela era incrível e gostosa, achei lindo demais. E eu não
conseguia falar direito porque estava concentrada em pensar nesse almoço e
como seria, aqui estou eu para saber.

A porta é aberta para mim e eu levanto a cabeça encarando Simon que tinha
um sorriso enorme nos lábios, quando baixei o olhar eu quase me engasgo
com a minha risada.

— O que é isso?! — apontei para a sua camisa rindo.


— Eric me deu a ideia, por favor não me ache estranho — ele diz e joga uma
camisa para mim, a pego no ar e vejo a estampa novamente. "Entrando no
mundo da paternidade" estava escrito em letras cursivas e uma foto de Simon
bem no centro.

— Não acredito que fez isso — sorri meio boba e me aproximei dele que
piscou algumas vezes quando o abracei, Simon ficou tenso e deu batidinhas
na minha cabeça.

— Pois é…

— Você não sabe abraçar pessoas?

— Porra, não.

— Pode tentar agora se quiser — falo, posso sentir seu coração acelerado e
fecho os olhos quando seus braços me envolvem lentamente em um abraço
fraternal que aquece meu peito.

— Você parece sua mãe — ele diz me fazendo rir.

— Por que somos carinhosas?

— É, ela vivia me abraçando sem motivo, eu reclamava mas no fundo


adorava — ele diz descansando o queixo na minha cabeça.

— Eu estou nervosa — confessei franzindo o cenho, por que falei isso?

— Não fique, vai levar tempo mas quero que se sinta confortável aqui
porque esse lugar é seu — ele me balança antes de me afastar, Simon me dá
um sorriso pequeno e envolve o braço ao redor dos meus ombros me
locomovendo pelo hall.

— Da última vez que estive aqui você estava quase morrendo…

— Coisas da vida — ele fala normal e eu sorri antes de entrarmos na sala de


estar, primeira coisa que noto é a Barbie passando na televisão e uma
garotinha sentada no tapete com várias bonecas em volta de si, ela não nos
nota mas uma mulher sentada no sofá vem caminhando na nossa direção, logo
reconheço.

— Susie… — a irmã de Simon me dá um sorriso pequeno antes de vir me


abraçar com força me pegando totalmente de surpresa.

— Oi… — a abraço de volta.

— Ok, Mindy, não a mate sufocada acabei de achá-la — Simon a afasta de


mim e eu aceno com a cabeça quando ela pisca, não me esqueci que dá
última vez que estive aqui ela me tratou de maneira estranha, como se
quisesse se livrar de mim com rapidez.

— Viola — Mindy chama a garotinha que se levanta do tapete depois de


olhar para trás, ela anda na nossa direção parecendo um pouco fraca mas
com um brilho incrível nos olhos. Ela tinha uma franja na testa como a minha
mas seu cabelo era pouco devido a doença, seus olhos eram verdes como a
da mãe e ela lindas pulseiras nos braços.

— Meu amor, quero que conheça uma pessoa — Simon pega na mão dela e
depois olha para mim. — Está é a Susie.

Abri um sorriso e me ajoelhei no chão na sua frente dando um sorriso


caloroso, estendi minha mão.

— É um prazer, Viola — falo e ela pega na minha mão com um sorriso lindo
no rosto. — Tudo bem?

— Não — ela nega e eu pisco surpresa.

— Está sentindo algo? — Simon franze o cenho.

— Sim, estou chateada — ela fala e me encara. — Você não se lembra de


mim.

Meu Deus, ela me conhece. De repente me sinto péssima por não lembrar
dela, franzo o cenho encarando seus dedos pequenos e suspiro.

— Desculpe…
— Ah tudo bem, só achei estranho porque eu sou adorável — ela fala e eu ri
alto da sua frase.

— Sim, você é, acho que vou levar você comigo — Sussurrei e ela chega
mais perto falando perto do meu ouvido.

— Eu sei abrir a minha janela, você pode vir me pegar de madrugada — ela
sussurra.

— Fechado — seu punho pequeno bate no meu e ela ri passando a mão na


minha franja.

— Gosto disso, você é estilosa, tia Susie — ela diz, mexo na sua franja.

— Copiei de você.

— Quem não sabe fazer copia mesmo — ela deu de ombros e eu abri a boca
fingindo estar indignada.

Olhei para Simon que estava escondendo o riso e Mindy parecia irritada
pela filha estar falando comigo assim, rápido tratei de abraçar Viola e dizer
que tinha gostado muito dela, ela disse o mesmo e me chamou para assistir
Barbie, eu estava quase aceitando quando Simon interrompeu.

— Espera, quero te mostrar uma coisa primeiro — ele pega no meu ombro e
Viola e eu fazemos uma expressão irritada por ele atrapalhar o momento
Barbie.

— Certo — Suspirei colocando as mãos nos ombros pequenos dela. —


Assistimos depois...ok?

— Ok — ela concordou e eu me levantei acompanhando Simon em silêncio,


subimos juntos as escadas e ele me levou pelo corredor com um sorriso
engraçado.

— Está me levando para ver os telescópios?

— Também — ele abriu a porta quando chegamos na frente dela e Simon


entrou primeiro me chamando em seguida.
Entrei pondo minha bolsa em cima da poltrona perto da porta e cruzei os
braços vendo aquela sala de novo, foi aqui que demos o primeiro passo até a
verdade, olhei para Simon que andou até o canto mexendo em alguma coisa.

Passei os dedos no telescópio dourado e encarei um quadro de galáxia que


parecia valer mais do que o meu prédio, escuto seus passos e olho para
Simon antes de descer o olhar para as suas mãos.

Ele segurava um porta retrato transparente e dentro dele um desenho que fez
meu coração acelerar, aproximei do meu rosto com um sorriso grande e vi
minha mãe e ele desenhados ali com o que parece ser giz, seus rostos não
estavam tão expressivos o que dificultou um pouco mas a pulseira desenhada
em seus pulso me disse o suficiente.

— Isso foi do nosso primeiro encontro — ele diz. — A levei para passear
no parque e um desenhista deu isso para nós.

— Ela parecia tão feliz — passei meu dedo por cima percebendo que seu
sorriso era nítido.

— Diana sempre estava rindo, era contagiante — ele diz e eu franzo o cenho
escutando o nome.

— O que você acha que aconteceu para ela mudar até o nome? — pergunto.

— Não sei, mas ela foi amedrontada o suficiente para tirar seu nome e
assumir o segundo, o detetive achou isso — ele andou até a mesa pegando
uma pasta vermelha e depois voltou me dando alguns documentos, vejo a
mudança quando ela tirou Diana assumindo o primeiro nome. — Ele achou
isso em um cartório que já estava de portas fechadas, ela precisou abandonar
tudo, e sem contar nada para ninguém, nem sua irmã sabia…

— Você conhece a tia Michelle?

Ele nega.

— Eu não sabia quase nada da sua mãe, ela nunca me contava e nós ficamos
juntos só por três semanas, era um relacionamento escondido, Susie — ele
suspira. — Pelo menos era antes da minha mãe descobrir e Diana fingir que
me deixou para ficar com outro.

— Você sugeriu assumir o relacionamento?

— Ela morria de medo, falava que nunca a aceitariam. Na época era até
crime você se envolver com empregados...foi tudo muito frustrante para
mim.

— O que sua mãe fez?! — respirei fundo. — Isso é tão...ruim, Simon. Eu não
consigo imaginar o medo que ela sentiu por estar grávida e prestes a
abandonar você, minha mãe nunca fazia mal a ninguém...porque isso tinha
que acontecer? Por que?!

Simon se aproximou de mim quando percebeu meus olhos se enchendo de


água, mas me mantive forte.

— Eu não vou ter a chance de conhecer sua mãe, e agradeço porque eu não
conseguiria olhar para ela — digo e ele concorda.

— Eu entendo, sinto muito, por tudo. Tudo o que aconteceu refletiu em você,
minha filha — ele passou a mão no meu cabelo com um olhar triste. — Sinto
muito por não termos sido uma família para você, a família que você
merecia.

Cortei a distância e o abracei apertado em seguida, ele passou as mãos nas


minhas costas e uma lágrima molhou sua camisa quando fechei os olhos.

Naquele momento eu fiquei tão próxima de Simon que eu podia sentir meu
coração mais leve com um simples abraço. Eu não sabia nada do futuro mas
pela primeira vez não me preocupei com ele, eu estava bem com o que
presente estava me dando, eu só queria aproveitar o meu pai porque ele
finalmente estava aqui na minha frente.

Quando nos afastamos eu andei até a mesa para deixar os documentos ali e
guardei os papéis dentro da pasta, estava colocando tudo quando percebi que
um deles estava com um furo aberto do grampeador, ou seja, um documento
foi tirado daqui.
Franzo o cenho e chamo Simon.

— Você tirou daqui? — Perguntei a ele que pegou o papel.

— Não…

— Estranho, parecia ter dois papéis, agora só tem um — falo e ele faz uma
expressão confusa pegando da minha mão.

— Não tinha percebido isso.

— Talvez tenha perdido por aí.

— Duvido muito.

Ele começa a mexer nos papéis de novo e eu passo a costa da mão embaixo
embaixo nariz me lembrando de algo.

— Eu queria contar uma coisa para você — digo e ele manda eu falar.

— Bom, eu trabalho em uma boate…

Simon se engasga com a própria saliva antes de me encarar meio estranho.

— Como assim? Você dança naqueles tubos?

— O que? Claro que não! — franzo o cenho. — Pensei que soubesse disso.

— Sei que é bartender em uma boate, mas do jeito que você me falou pensei
que tivesse sido promovida — ele diz e eu balanço a cabeça, Simon é
estranho às vezes.

— Não, não é isso. Eu vou sair da boate.

— Ótimo, venha trabalhar comigo.

Apertei os lábios de olhos arregalados, ele junta as sobrancelhas.

— Por que está me olhando assim?


— Hum...é que…

— Você está me deixando nervoso!

— Eu vou trabalhar com...Nate Venturelli — digo e ele levanta uma


sobrancelha pondo as mãos na cintura.

— Se vier trabalhar comigo, eu pago 1 milhão por mês.

— Não é pelo dinheiro…

— 2 milhões.

— Simon…

— 4 e não se fala mais nisso.

— Pai! — Coloquei as mãos na boca assustada depois de ter falado isso de


maneira tão rápida que não tive tempo de raciocinar direito, Simon abriu um
sorrisão antes de colocar as mãos no peito. — Quer dizer...Simon.

— Oh meu Deus eu vou desmaiar — ele finge se segurar na mesa e eu acabo


rindo do seu exagero.

— Desculpe, saiu…

— Não! Sem desculpas — ele agarra meus ombros parecendo super feliz. —
Obrigado por me contar que vai trabalhar com aquele desgraçado, isso
significa que você se importa com o que eu penso.

— Meu Deus…

— Estou feliz que estamos dando passos assim, jamais vou impedi-la de
fazer o que você quer, só se você quiser se jogar de uma ponte...aí eu vou ter
que intervir — ele diz e eu ajeitei a gola da sua camisa.

— Obrigada por entender.

— Claro, sou um cara muito compreensivo.


— Pode compreender porque eu gosto dele?

— Oh não, isso aí já é demais — ele nega me fazendo rir alto beijando sua
bochecha em seguida. — Estou brincando, você é adulta e sabe o que faz.

Dei um sorriso pequeno.

— Você é uma pessoa incrível, Simon Balis — digo.

— É o que dizem — ele passa a mão no cabelo e ele me puxou pelos ombros
para irmos almoçar, enfim.

×××

Gente...4 milhões? E eu me matando aqui para conseguiremprego


KAKAKAKAK BALIS ME CONTRATA!

Vote no livro que ele está subindo gradativamente, família. Perfeito,


nunca erraram. Me perguntam demais quando o livro vai terminar, não
tenho data prevista! Mas de agosto ele não passa ♀.

Eu volto essa semana ainda, me espera.


Até, babys ❤
107° capítulo

Susie

— Você sabia que eu estou aprendendo karatê? Melhor ficar esperto.

— Eu não vou fazer nada com você — Nate sussurra no meu ouvido e
mesmo com a venda tapando meus olhos eu os mantive abertos enquanto
dávamos passos lado a lado com seu braço entrelaçado no meu.

— Como foi com Simon? — perguntou.

— Incrível! — Suspirei de felicidade apertando seu braço. — Ele é tão


legal, às vezes ele é irritante e até me lembra um pouco você.

Nate ficou em silêncio.

— Céus...será que apertei essa venda demais? — ele debocha e eu belisco


seu braço sentindo ele me beijar na bochecha em um movimento rápido.

— Eu estou feliz, encontrei meu pai, meus amigos estão mais felizes do que
nunca! E…

— E… — virei a cabeça para ele mesmo não podendo vê-lo.

— E eu tenho algo que nunca tive antes, uma coisa que me consome e me faz
querer estar com ele o tempo todo… — falei, não vejo mas sei que ele está
sorrindo. — E estou falando da minha nova conta da Disney, tem tantos
filmes lá! Aí...eu estou brincando! Aí!

Reclamei quando senti ele apertar a minha bunda com força quando seu
corpo colou no meu, senti sua respiração pesada no meu rosto e engoli em
seco com a mão subindo pelas minhas costas.

— Me diz que ninguém viu você apertando a minha bunda — peço.

— Ninguém pode nos ver — ele beija a ponta do meu nariz. — Mesmo se
vissem, só iam poder sentir inveja.
Nate colocou meu cabelo para trás e literalmente ajeitou a franja na minha
testa, sorri internamente disso e inclinei meu rosto para frente quando ele me
beijou com ternura, sua testa colou na minha e eu coloquei minhas mãos na
sua cintura.

— Você usando venda está mexendo com a minha mente perversa — ele
beijou meu maxilar e seu nariz foi raspando na minha bochecha até chegar na
frente do meu.

Nate não me toca desde que saí do hospital, na verdade...não tivemos tempo
para ficar um longo período sozinhos como ficávamos antes, ligações
urgentes iam surgindo e eu estava cuidado da minha demissão na boate.
Tínhamos momentos onde a tensão sexual estava insuportável mas ele só me
disse: "Não quero tirar sua calcinha por alguns minutos, quero ela fora por
horas para eu poder entrar em você sempre que puder", depois disso eu
quase desmaio mas fiquei firme na sua frente antes dele receber um ligação e
atender lindamente, como se não tivesse me falado nada!

— Imagino, você é safado — falei.

— Olha quem fala.

— Do que você está falando? — Coloquei as mãos na minha cintura.

— Jones, você literalmente se esfregou em mim no carro.

— Ele tinha freado quando estávamos trocando de lugar naquela hora! E eu


acidentalmente cai…

— No meu pau, sim, foi isso que aconteceu — ele me corta e eu ponho as
mãos no rosto apertando os lábios.

— Certo, onde estamos? — pergunto mudando de assunto.

— Lembra o que eu disse sobre o nosso segundo encontro? — ele pergunta e


eu levanto uma sobrancelha.

— Sim, íamos tê-lo na...Itália…?


— Bom… — ele tocou na minha venda a puxando para baixo e eu dei um
passo para trás fascinada com um jato branco na minha frente com o
sobrenome Venturelli estampado ali, pisquei surpresa e encarei Nate que
olhava para a minha reação. — Estamos indo para Itália, Jones.

— O que…? Oh não — separei os lábios pondo a mão ali e depois encaro o


jatinho de novo abrindo um sorriso. — Sim! Eu vou para a Itália?! EU VOU
PARA A ITÁLIA!

Comecei a rir animada e ele que parecia surpreso com a minha reação agora,
dei pulos de felicidade e o abracei me pendurando no seu pescoço. Nate riu
em seguida, pondo o braço em volta da minha cintura.

— Nossa, se um dia você ficar irritada comigo eu vou te trazer para a Itália.

— Eu posso ver onde você cresceu? Eu posso ver onde você ia quando
queria ficar sozinho?

— Como você sabe que tem um lugar que eu…

— Posso comprar sorvetes? — puxei a respiração tendo uma ideia. —


Vamos abrir uma sorveteria!

— Jones… — ele tenta falar, mas eu estava entusiasmada demais.

— Podemos ir no Coliseu? Tem praia na Itália, certo? Quero levar a minha


bóia! — dei mais pulinhos com os braços em volta do seu pescoço vendo
sua expressão para mim, acho que ele estava me achando louca.

— Só vamos ficar esse final de semana, temos que trabalhar na segunda,


mocinha — ele diz e eu mordo o lábio concordando.

— Pensei que fosse na próxima segunda…

— Já quero você na minha sala na segunda-feira agora.

Semicerrei os olhos.

— O que você está aprontando?


— Além de comer você na minha vidraça? Nada, para falar a verdade — ele
diz e eu abro a boca fingindo estar indignada. — Depois na mesa, na
porta...ah! Na sala de reunião, porra, sempre quis transar com você ali, tem
uma parte da empresa que é deserta e piora no horário do almoço então
provavelmente vamos…

— Eu já entendi — o interrompi para ele parar de imaginar lugares para me


levar.

— Tem o terraço...o heliporto… — ele sussurra e eu o olho irritada, Nate


aperta os lábios e depois finge fechá-los como um zíper.

— Você não cansa, seu safado...intenso, minha nossa, são muitos lugares.

Ele sorriu de lado, franzi o cenho porque o olhar que ele me deu foi como se
fosse uma promessa de que esses lugares vão ficar marcados em breve,
misericórdia.

— Vamos, Mi bela, a viagem é longa — ele diz e nós olhamos para o


jatinho.

— Mas...eu nem peguei roupas…

— Já estão lá dentro — ele aponta.

— Você fez a minha mala?

— Não, foram as meninas, e elas deixaram um recado — diz.

— Qual?

— Lisa disse, use camisinha e não calcinha, Emily disse que estava
orgulhosa porque você ia dar na Europa — Santos Deus! —
Emily...hum...ela só me ameaçou dizendo para eu fazer tudo o que você quer.

— Você já faz isso.

Ele junta as sobrancelhas me encarando.


— Claro que não!

— Hum...é, não — balancei a cabeça para não ferir seu ego, Nate faz pouco
caso e revira os olhos. — Me enganei.

— Até parece que eu faço isso — ele resmunga e eu ajeito a minha bolsa
rosada cheia de babadinhos.

— Você pode levar a minha bolsa, por favor? — Perguntei e ele a pegou
rapidamente.

— Claro, Mi bela. Tudo o que você quiser, vamos — ele colocou a bolsa no
ombro e eu ri baixinho não deixando ele perceber, adoro como ele é um
príncipe comigo sempre que pode.

Ele me mantém na sua frente e eu subi a escadinha do jato entrando no


mesmo, me deslumbro com o que tem dentro e dou um sorriso pequeno
percebendo que era tudo luxuoso como sempre, Nate me levou para a
poltrona branca e eu me sentei colocando o cinto.

Ele caminhou para a cabine do piloto com a minha bolsa balançando junto
com ele, o homem aparece na porta da cabine com um sorriso simpático e
sua expressão risonha não passou despercebida quando ele encarou Nate dos
pés a cabeça vendo o quanto ele estava fashion.

Eles conversam por alguns minutos e eu olho para a janela vendo as estrelas
no céu todas juntinhas, me lembro de Simon rapidamente e imagino que ele
deve estar às observando, ele me disse que sempre faz isso pela noite.

Percebo Nate se aproximar e meus olhos brilham na hora quando eu vejo o


que ele está trazendo, um sorriso se faz no meu rosto.

— Minha bóia! — falei animada e ele a colocou no meu colo se sentando na


minha frente. — Não acredito.

— Lolinha me lembrou antes de eu levá-la para o apartamento da Lisa e do


Dylan, ela literalmente ficou perto da bóia o tempo todo.

— Você fez tudo isso enquanto eu estava almoçando com Simon?


— Sim — ele acena. — E você demorou mais algumas horas também.

Bom, isso explica porque as meninas me arrastaram para a depilação


completa agora pela tarde, por isso demorei mais para encontrá-lo esta
noite.

— Eu estava resolvendo umas coisas — falo e ele concorda pegando na


minha mão, Nate a beijou com carinho antes de sorrir para mim.

— Vamos para Itália, amore mio.

Mordi o lábio ansiosa.

(...)

— Caramba...está todo mundo olhando para nós — sussurrei quase entrando


embaixo do terno dele enquanto andávamos pelo aeroporto.

— Bom, eu sou um pouco...influente aqui — ele diz e eu levanto uma


sobrancelha olhando para mais de 15 paparazzis apontando câmeras para
nós dois.

— Um pouco? — debocho.

— Desculpe, eu devia ter pensando nisso — ele me aperta. — Sei que não
gosta muito de exposição.

Sorri de lado e ele também sorriu vendo o quanto eu estava olhando para ele
como uma boba apaixonada, céus, não consigo nem disfarçar que sou
caidinha por ele.

— Signor Venturelli, questa è la sua ragazza? (Sr. Venturelli, essa é a sua


namorada?) — um homem pergunta quando passamos pelas portas do
aeroporto com os outros vindo para cima.

— È innamorato, signor Venturelli? (Está apaixonado, Sr. Venturelli?) —


outro pergunta e eu entro no carro que estava nos esperando do lado de fora.
— Lei è single? Forse ho una possibilità (Ela está solteira? Talvez eu tenha
uma chance) — escuto a pergunta que faz Nate parar seus movimentos antes
de entrar no carro, ele vira de pé se apoiando na porta e eu franzo o cenho
quando o mesmo começa a falar com as pessoas.

— La tua occasione non esiste (sua chance não existe) — sua voz parecia
mais seria.

— E la tua ragazza? (É a sua namorada?) — uma mulher pergunta dessa vez


e Nate fica em silêncio por alguns segundos.

— Sì — ele responde e os flashes aumentam drasticamente, ele entra no


carro fechando a porta e o motorista dá partida nos levando para as ruas,
Nate suspira afrouxando a gravata e eu mordo o lábio com as mãos em cima
da minha coxa.

Ele vira o rosto para mim me vendo com uma expressão estranha e passa a
língua nos lábios.

— Algum problema? — ele pergunta.

— No, nessun problema (não, sem problemas) — falo com algumas pausas e
ele arregala os olhos como se tivesse vendo Jesus na frente dele.

— Oh meu Deus… — ele fica olhando quando eu ponho a mão na boca


sorrindo. — Que porra foi essa, Jones?! Espera, quem é você? Um clone?

Dramático...não nega o sangue.

Ele veio para cima de mim e eu ri baixo com suas mãos no meu rosto me
apertando, ele encarou meus lábios ainda desacreditado.

— Você…

— Eu posso ter aprendido algumas palavras nas últimas semanas, Peter até
me ajudou um pouco.

— Puta merda — ele sorriu parecendo ter gostado disso e eu suspirei


quando seus lábios colaram nos meus de maneira quente, ele me aperta antes
de se afastar bruscamente me olhando desconfiado.

— Espera aí, você entendeu o que falei agora?

Fiquei sem resposta e ele passou a língua nos lábios percebendo que sim.

— Cagna che cazzo (puta que caralho) — ele diz e eu fico com uma
interrogação no rosto, isso eu não entendi.

— O que?

— Nada, vamos para a minha casa.

— Tudo bem, fidanzato (namorado) — falei com um sorrisinho debochado,


ele me encarou com tédio.

Sorri radiante.

×××

Estamos na Itália, Família!


Prontas para conhecerosprazeres de Roma 😏 hummmmm...

Vote na história que bateu 8 milhões! Cara, vocêssãodemais! Obrigada,


obrigada, obrigada, amo todas vocês ❤
Atévocê que não vota pq sou trouxa!

Eu volto amanhã (Sábado) com mais um capítulo, sónão vou postar no


domingo porque é dia dos pais e aí né, vamo curtir essa data .

Até, babys ❤.
108° capítulo

Susie

Minha nossa…
Uau! Minha nossa!

Caramba, não acredito que Nate morava aqui nesse Palácio porque isso não
é uma casa normal.

O carro preto me levava para a mansão e eu não conseguia fechar a boca


vendo tudo aquilo, passamos por algumas pessoas que tinham cestas grandes
nos braços como se tivesse acabado de sair da horta, o jardim era bem
cuidado e algumas estátuas de pedra complementava na decoração perfeita
do lugar.
(Foto ilustrativa)

O carro parou na frente da mansão que tinha pelo menos três andares e um
homem saiu pela porta correndo até nós, olhei para Nate ouvindo ele tirar o
cinto de segurança.
— Está cansada? — ele me pergunta e eu acho que minha voz falha.

— Você...morou aqui? — Sei que ele é bilionário e tudo mais, porém deixar
de ficar deslumbrada é algo impossível.

— Sim, é a minha casa favorita — ele sorriu e eu levantei uma sobrancelha.

— Tem mais? — abri os lábios vendo ele concordar, desvio o olhar para o
lado quando minha porta é aberta e eu encaro o mesmo homem que correu
até nós, ele estende a mão me ajudando sair do carro e eu agradeço com um
aceno de cabeça.

Nate saiu em seguida dando a volta no carro desabotoando o paletó e parou


ao meu lado antes de agarrar minha mão, passamos pelo homem que foi tirar
nossas coisas do carro.

Caminhamos juntos para dentro e Nate abriu a porta olhando para a minha
feição abóbada, apontei com um sorriso para um quadro na minha esquerda
onde a gangue estava de pé em algum tipo de festa, eles sorriam uns para os
outros sem encarar a câmera, pareciam...adolescentes talvez.

— Veja isso… — ele me puxa para a sala de estar e eu presto atenção nas
poltronas e sofá que combinam com a decoração clássica italiana, perto da
lareira Nate pega uma fotografia me entregando, meu sorriso se alarga mais
ao ver todos nós na foto, me lembro rapidamente de quando a tiramos porque
estávamos usando as coisas mais aleatórias no navio a caminho das
Maldivas.

— Você ainda não tinha me corrompido aqui — aponto e ele revira os olhos
me fazendo rir em seguida.

— Vem, vou te levar para o quarto — ele une sua mão na minha novamente e
nós andamos para fora da sala.

— Mas acabamos de chegar… — ele me encara rindo.

— Quero mostrar para você, não tirar suas roupas, Jones.


— Ah, desculpe — dei um sorrisinho tímido pensando que ele queria fazer
algo sexual agora.

Estávamos subindo as escadas quando algumas pessoas aparecem no hall


uniformizadas, vendo por alto parecia ser a cozinheira, governanta, o
segurança e uma arrumadeira e todos estavam olhando para mim como se eu
fosse uma pessoa vinda do século 16.

— Signor Venturelli, siamo lieti che sia qui (Sr. Venturelli, estamos contentes
por sua presença) — a governanta diz com um sorriso simpático.

— Questa è Susie, la nostra ospite. Quindi trattala bene e aiutala con quello
che vuole ( Está é Susie, nossa convidada. Então a tratem bem e a ajude no
que ela quiser ) — Nate diz e eles me encaram de forma profissional, dou
um sorriso pequeno.

— Ciao ( olá ) — balanço a mão e Nate ri baixo do meu italiano, belisco seu
braço sutilmente, eu ainda estou aprendendo!

— Parla in inglese, ancora non capisce molto la nostra lingua ( Falem em


inglês, ela ainda não entende muito nossa língua) — Nate parece pedir algo e
eles acenam com a cabeça antes de falar comigo em inglês.

— Bem vinda, espero que sua estadia aqui seja agradável — a governanta
diz e eu abro os lábios quando os outros começam a falar em inglês também,
graças a Deus.

— Obrigada — andei até ela dando um abraço rápido e depois me afastei


vendo-a de olhos arregalados, franzo o cenho.

— Está tudo bem? Oh meu Deus, eu machuquei você? Sinto muito — engoli
em seco.

— No, está tudo bem — ela sorriu e eu olhei para os outros que me deram
um sorriso estranho, falei com todos dando um abraço e ri quando eles
beijaram minhas bochechas duas vezes.

Eles eram divertidos!


— Certo, ok, chega de beijos, vamos — Nate me chama com a mão depois
de eu beijar todo mundo na bochecha, eles riram para mim que dei uma
corridinha agarrando o braço de Nate.

Subimos as escadas comigo acenando para trás e eles acenam de volta


sorrindo, no corredor seguimos reto e eu olhei para o modelo de perfume.

— Eu gostei deles — falei.

— Nunca vi meu segurança rir tanto como ele riu agora — Nate resmunga.

Sorri de lado e passei pela última porta do corredor quando ele a abriu,
entramos no quarto e eu obviamente me preparei para ver a beleza do lugar,
e era de fato lindo. O lustre pendurado no teto foi a primeira coisa que
chamou minha atenção, desci o olhar nos detalhes da parede e parei na cama
enorme que tinha uma cabeceira dourada com um uma espécie de brasão em
cima e um grande "V" desenhado ali.

(Foto ilustrativa)
— Uau… — dei passos pelo quarto analisando tudo e ouvi ele fechar a
porta, toquei na mesinha do lado da cama e desliguei o abajur ligado, sai de
onde estava percebendo que era uma parede com uma abertura do lado
direito e esqueço sem portas, vi a banheira branca e virei o rosto vendo a
porta de vidro do chão ao teto, caminho até lá a abrindo e entro na sacada
sentindo o sol tocar a minha pele. Vejo aquelas terras com a maior
proporção de árvores e hortas, as casas na parte da frente que provavelmente
abriga os funcionários e a piscina do lado esquerdo sendo limpada por
alguém.

Coloco meus dedos na grade percebendo que estamos no meio da mansão e


no último andar, dou um sorriso pequeno quando mãos fortes apertam minha
cintura até seu corpo colar no meu. Nate beija minha cabeça e eu coloco
minhas mãos nos seus braços quando ele me abraça.

— Isso é...incrível — Sussurro antes de beijar minha têmpora.

— Sim...incrível — o encaro vendo seus olhos já em mim e dou um sorriso


pequeno o dando um selinho demorado.

— Vamos sair ao anoitecer, vou deixar você se instalar — ele diz me


soltando um pouco.

— Onde você vai?

— Avisar que estou na Itália, não falei para ninguém que estava vindo para
cá — Nate explica. — Charlotte virá mais tarde para você escolher o que
vestir ou pode usar algo seu, está ao seu critério.

— Quem é Charlotte?

— Minha faz tudo — ele beijou minha testa. — Volto mais tarde, ok?

Aceno e ele sai da varanda indo embora mas eu acabo rindo quando ele
volta me dando beijos demorados nos lábios, ele me aperta suspirando e
depois saí de fato do quarto, me apoio na grade da varanda inclinando meu
corpo para baixo e dou um tchauzinho quando ele aparece lá embaixo.
— Susie — ele grita.

— O que? — grito de volta.

— Nada de calcinha!

Arregalo os olhos vendo ele sorrir de um jeito safado antes de entrar no


carro, o motorista dá partida e eu me viro para dentro indo até o quarto.

Ponho as mãos na cintura olhando para tudo aquilo e mordo o lábio.

Hora da diversão.

(...)

— OH MEU DEUS!

Dou uma risada alta jogando a cabeça para trás e dou pulos em cima da
cama com o meu novo brinquedo divertido, aperto no botão e a voz do
computador aparece.

— Do que você precisa? — ela pergunta e eu olho em volta querendo saber


de onde isso está saindo.

— Onde o Nate guarda as cuecas? — pergunto ainda pulando na cama.

— Na segunda gaveta do closet — ela responde e eu abro a boca chocada,


céus, esse negócio é incrível.

— Qual o seu nome? — pergunto.

Ela começou a falar seu nome de fábrica e eu balancei a cabeça negando.

— Não, seu nome é… — coloquei o dedo no queixo pensando. — Tutti


frutti!

— Ok, meu nome é Tutti frutti, fazendo as mudanças necessárias aguarde um


momento — ela diz e eu me jogo na cama respirando ofegante, esse é o
melhor quarto do mundo!
Olhei para o lado vendo minha bóia e minha mala no chão que foi traga aqui
pelo homem de antes, fui até ela para ver minhas coisas finalmente e deixei o
controle na cama.

Me ajoelhei puxando o zíper para abri-la e mexi nas roupas vendo


pouquíssimas peças, franzo o cenho puxando da mala seis pares de lingerie
que eram menos do que meu dedo mindinho, abro a boca e vejo um cartão lá
em cima.

"Feliz dia do presente safado, aproveite


Ps: já está tudo higienizado"

Embaixo a assinatura de Emily.

As meninas e eu temos um dia especial, o dia do presente safado onde


escolhemos uma para dar os presentes mais...hum...quentes possíveis, e pelo
visto eu fui a escolhida. Peguei uma calcinha meio mole e trouxe para perto
do nariz, tinha cheiro de Tutti frutti, céus, era comestível? Peguei outra coisa
vendo que mais parecia um console só que...era muito pequeno, li que era um
vibrador e peguei o controle do lado, semicerrei os olhos, isso é algum
aparelho de escuta?

Também tinha uma sacolinha e joguei as coisas de lá no chão em cima do


tapete, comecei a mexer naquilo querendo entender e levantei as duas
sobrancelhas vendo algemas felpudas, fiz uma expressão chocada vendo
intens dentro de um saco plástico transparente com a frase "kit anal" na
frente.

Pisquei e me surpreendi quando minha curiosidade me fez abrir a sacolinha,


peguei uma negócio rosa que era super parecido com um pênis de borracha,
li embaixo entendendo que era um plug anal, Nate já tinha falado dele para
mim antes.

Passei o dedo na ponta concentrada e tomei um susto grande quando uma


batida na porta apareceu, quase desmaio quando entra no quarto e eu tento de
todo modo colocar as coisas dentro da minha mala com uma rapidez
desumana.
A mulher entra sorrindo abertamente e depois me encara no chão mais
vermelha que um tomate, ela encara as coisas espalhadas e abre a boca se
virando de costas.

— Oh meu Deus! Me desculpe — ele pede e eu me levanto do chão


ajeitando minha roupa.

— Não...hum...tudo bem — ela se vira devagar e eu dou um sorriso sem


graça.

Céus, que vergonha!

— Sinto muito, Senhorita. Pensei que você tivesse descido...eu só


vim...hum… — ela olhou para a minha mão e eu percebi que estava
segurando o plug anal, aperto os lábios e olho para ela.

— Isso… — apontei juntando as sobrancelhas. — É meu...é...serve para


espalhar a maquiagem.

Fiz uma demonstração fingindo passar na minha bochecha e ela mordeu o


lábio parecendo se segurar para não rir da minha cara, até que certo ponto eu
não aguentei e comecei a rir quando ela começou também.

— Desculpe — ela tenta parar de rir.

— Tudo bem, não posso te culpar, acabei de fingir passar um plug anal na
minha cara — falo e ela ri mais alto pondo a mão na barriga, só agora
percebi que ela segurava três sacos cinzas onde provavelmente tinha
vestidos.

— Sou Charlotte — ela anda até mim e eu aperto sua mão.

— Sou Susie — me apresento e ela acena pondo seu cabelo loiro para trás,
seus olhos azuis parecem divertidos e isso me deixou mais confortável na
sua presença.

— Sr. Venturelli me pediu para trazer isso para você, mas deixou claro que
você pode querer usar suas próprias roupas.
— Oh… — olhei para a minha mala e depois para ela. — Acho que vou
escolher um dos vestidos.

Ela sorriu parecendo animada.

— Então vamos nessa!

1 hora depois...

Respirei fundo com um leve nervosismo de aparecer na frente do espelho,


mas o fiz mesmo assim para ver o vestido curto e prateado que deu a atenção
necessária para as minhas curvas, a fenda vinha até a minha coxa esquerda e
as alças finas de alguma forma chamam atenção para os meus seios
destacados no vestido, minhas pintinhas ficam a mostra e os brincos que
também combinam com o vestido balançam quando eu olho para o meu
corpo e para o espelho sorrindo.

Meu cabelo estava em um coque bonito que Charlotte me ajudou a fazer


assim como a maquiagem, suspirei me sentindo...gostosa, é, é a palavra
certa, Cristo.

— Nossa, você… — ela aponta para mim com as mãos e depois bate palmas
me fazendo sorrir de lado.

— Obrigada, estou me sentindo uma modelo.

— Mas você é, não é? Vi suas fotos nos catálogos, olha — ela correu para a
mesinha do canto de depois voltou passando as páginas, pego da sua mão e
olho para as minha fotos estampadas ali. Caramba! Que arraso!

— Você fez sucesso, todas as minhas amigas compraram lingerie como essas
que você está usando — ela coloca o dedo no catálogo e eu dou um sorriso
pequeno pondo em cima da cama.

— São ótimas, compre mesmo — falo e ela ri baixo concordando.

Ouvimos passos do lado de fora e olhei no relógio da parede vendo que já


estava de noite, eu literalmente passei o dia explorando o quarto que é do
tamanho do meu prédio modéstia a parte e na banheira experimentando os
sais de banho.

A porta se abre e Nate passa por ela com o celular no ouvido parecendo
concentrado.

— Não, faça o que você quiser, eu não me importo — ele dizia. — Como
você conseguiu meu número, coroa? Sim! Ela está bem, que inferno! Não sou
um assassino.

Franzo o cenho, ele está falando com Simon?

— Vai se ferrar também, não me liga mais! — ele põe a mão na cintura
ficando em silêncio em alguns segundos. — Tá bom, até depois.

Nate desligou sorrindo e eu levantei uma sobrancelha.

— Seu pai é tão irritan...puta merda — Nate caminha no quarto e xinga


quando levanta a cabeça me encarando, seus lábios se separam e ele quase
deixa o celular cair no chão me admirando dos pés a cabeça.

Dou um sorriso satisfeito pelo seu estado de transe e dou uma voltinha com
Charlotte de polegar levantado para mim.

Ele passa a língua nos lábios e eu coloco minhas mãos atrás do corpo
mordendo o lábio ignorando o batom vermelho na boca.

— Então...o que você acha? — pergunto.

10 segundo depois eu já estava preocupada porque ele não estava falando!

— Nate?

— Hum...você pode nos dar licença por alguns minutos? — ele olha para
Charlotte que parece se espertar deixando de me olhar para mim, ela dá um
sorriso sem graça e corre para fora fechando a porta.

Ele me encara de novo e dou passos para trás me encostando na parede


percebendo seus passos duros para cima de mim, solto um grunhido quando
seu corpo cola no meu e abro os lábios sentindo sua mão tocar de forma
quente o meio das minhas pernas, sua testa cola na minha e eu olho para ele
que solta um suspiro pesado contra o meu rosto.

Coloco minhas mãos no seu peito e ele parece dar um sorriso satisfeito
checando o que queria.

— Sem calcinha… — ele sussurra e eu aceno olhando para os seus lábios.

— Você está magnificamente gostosa, senhorita Jones — ele encarou meus


seios subindo para o meu rosto.

— Eu acho que...temos que sair logo — Sussurro sentindo seu pênis duro
contra a minha coxa, engoli em seco tentando me concentrar.

— É, é uma boa ideia — ele desceu a mão para a minha coxa e eu suspirei
com um aperto forte.

— Nathaniel… — sussurrei e ele sorriu mordendo o lábio.

Nate quase não me solta, mas por fim o faz andando pelo quarto com a
ereção evidente, tento controlar minha respiração e passo a mão na testa
olhando para os meus sapatos bonitos.

Que eu saia inteira dessa noite.

×××

Nate quase morre mas passa bem, babys. Para mais informações entre
em: www.InfartandoumVenturelli.com.

Ok, mas vocêjáviu alguém falar que um plug anal é pra passar
maquiagem? É...só em babacas de terno que tem essas pérolas
KAKAKAKAKAKAKKA espero que tenham gostado e deixa o voto pra
titia Lis, tá bom? Love u.

Até, babys ❤ .
109° capítulo

Nate

Fechei os botões da minha blusa intercalando na minha imagem no espelho e


de Susie Jones na minha varanda sentindo a brisa da noite.

O vestido vai até certo ponto da coxa e os saltos fazendo um barulho baixo
quando ela troca o peso da perna para outra. A bunda arrebitada já que está
com as mãos apoiadas na varanda, Jones parece sentir que está sendo
observada e lentamente me olha por cima do ombro com um sorrisinho de
lado que me faz engolir em seco.

Céus. Essa mulher não vai andar amanhã.

Parei de olhar antes de agir de forma impulsiva e acabar com o encontro


antes dele começar, saio da frente do espelho indo para fora do banheiro e
caminhei pelo quarto normalmente antes de tropeçar na mala de Susie,
algumas coisas acabaram saindo de dentro e eu xingo baixo pondo de volta
na mala.

O xingamento fica mais surpreso quando eu vejo o que diabos tem ali dentro,
levanto uma sobrancelha encarando uma calcinha comestível em uma mão e
um vibrador na outra, levanto o olhar para cima quando percebo que não
estou mais sozinho.

Susie levanta as duas sobrancelhas e rápido as coisas estão sendo tiradas de


mim indo para as mala de novo, Susie começa a resmungar frases
desconexas e eu comecei a rir do seu leve desespero.

— Por que você estava mexendo na minha mala?! — ela me encara ainda
agachada comigo no chão.

— Por que você tem uma calcinha comestível? — dei um sorriso malicioso
e ela corou batendo no meu ombro.

— Não é uma calcinha comestível!


— É sim, e é sabor tutti frutti — digo sorrindo mas depois franzi o cenho
quando uma voz do teto surge.

— Boa noite, Sr. Venturelli. Sou a tutti frutti, em que posso ajudá-lo? — a
voz computadorizada pergunta e eu olho para Susie que está de lábios
apertados.

— Caralho, a calcinha fala... — Sussurro e ela se esforça para não rir ao


levantar arrastando a mala para longe de mim.

— Não é nada disso, não mexa aqui — ela aponta para a mala e eu corro até
ela de novo querendo ver mais, de repente Susie e eu entramos em uma briga
para mexer em brinquedos sexuais e confesso que nunca pensei em fazer uma
coisa dessas com ela.

— Nate!

— Oh meu Deus, que safada — balanço as bolas de pompoarismo. — Você


lembra disso, não? Que bom que quer repetir.

— Eu juro que vou puxar seu cabelo!

Ela realmente puxa e eu não conseguia parar de rir, ainda acho essa
facilidade de Jones me fazer rir por coisas idiotas meio incrível, ela já
estava atracada em mim como um bicho preguiça quando terminei de
conferir tudo. Olhei para trás vendo seu rosto quase escondido atrás do meu
ombro mesmo com ela usando saltos, e me inclinei para dar um selinho
rápido na sua boca.

— Interessante — digo.

— Metade dessas coisas eu não sei como funciona direto, talvez você...—
ela riu baixo e depois me encarou com um olhar que eu conheço bem.

— Não se preocupe, acho que posso ser seu professor novamente —


Sussurrei olhando para os lábios vermelhos e ela sorriu antes de apoiar a
testa no meu ombro.

Jones safada e curiosa veio para Itália!


(...)

A viagem de helicóptero foi demorada, mas eu aguentei o leve suor nas mãos
e o claro nervosismo na minha perna que não parou de balançar o caminho
todo. Mas o tempo logo e os atos de nervosismo foram esquecidos por mim
quando eu notei a expressão maravilhada de Susie para o lugar que escolhi
para juntarmos.

O local era o Grotta Palazzese, um restaurante construído dentro de uma


vista de tirar o fôlego, as estrelas brilhando no céu deixando tudo mais
bonito e romântico, várias mesas pelo local mas a levei para ficarmos mais
perto das águas e estrelas.

Susie não conseguia falar nada para mim, apenas sorriu apertando minha
mão. Sua expressão me dizia que ela tinha gostado do lugar.

Puxei a cadeira para ela se sentar e dei a volta me sentando na sua frente,
Susie olhou para a vista e respirou fundo balançando os ombros animada.
— Não acredito que estou aqui e com você ainda — ela aponta para mim e
eu levanto uma sobrancelha. — Digo, nunca pensei em estar em um encontro
com você, no segundo ainda, porque você era muito difícil...não que você
não seja...é só que a gente…

— Eu já entendi — a corto pondo minha sobre a sua e ela suspira de alívio,


não era só eu que estava nervoso.

— Estou muito feliz por estar aqui Nathaniel — foi a primeira vez que ela
falou meu nome inteiro de um jeito doce, fiquei confuso em decidir quais das
duas maneiras eu gosto mais.

— Eu também — deslizei meu polegar pela sua mão. — Só quero dar tudo o
que você merece, Mi bela. Sempre vou me esforçar para fazer você feliz.

Beijei sua mão dando o que ela mais queria mas nunca tinha coragem de me
pedir, e eu mesmo não fazia tanta questão até me apaixonar por ela, ver o
quanto isso é bom de verdade e como pode ser satisfatório ser romântico
para a pessoa que você ama. E Susie terá todo o romance que quiser se
depender de mim.

— Eu amo você, céus, demais — ela se inclina e eu vou também a dando um


selinho casto.

— Nada vai nos atrapalhar esta noite — sussurrei a fazendo sorrir e


balançar a cabeça.

Voltamos à posição original e eu coloquei o guardanapo de linho branco no


meu colo, me ajeitei na cadeira e levantei a cabeça para ela que tinha uma
expressão chocada.

Franzo o cenho.

— Susie?

— Fogo — ela sussurra, minha expressão vira uma interrogação.

— Como?
— Fogo! Fogo! — ela aponta para trás de mim e eu sigo seu dedinho para a
cena não muito distante, algumas cortinas e toalhas de mesa estavam
simplesmente pegando fogo! Abri a boca chocado ao ver o causador daquilo,
era um fotógrafo que estava lutando com um garçom para tirar fotos do lugar,
mas…ele só olhava para Susie e eu.

— Merda — olhei para frente vendo Susie meio desesperada na cadeira.

— Vamos embora! — ela grita por cima das pessoas que também gritavam
indo para fora.

— Não, vai...ficar tudo bem, nada vai estragar nossa noite — a tranquilizo
recebendo um tapa no braço.

— Você quer morrer, Superman?! — ela debocha.

— Quero que isso seja...perfeito — estava na cara o meu desespero para que
tudo fique bem, Susie entendeu o que estava acontecendo e me deu olhar
meigo pelo gesto.

Mas ele logo muda quando vasos caem no chão a assustando, ela
simplesmente se levanta da cadeira e vai correndo de uma forma
desengonçada para fora gritando, levanto as duas sobrancelhas quando ela
para no meio do caminho como quem pensasse "Nossa, eu amo aquele idiota,
não posso deixá-lo ali sozinho, certo?", segundos depois ela está correndo
de volta e eu abro os braços irritado.

— O amor...tão lindo — debocho com o fogo se aumentando e levanto


quando ela puxa meu braço.

— Vamos embora! — corremos para fora sendo quase os últimos e eu a


protegi o caminho todo com o meu braço em volta do seu corpo, nos sujamos
um pouco até chegar do lado de fora junto às outras pessoas que comiam no
local.

Vendo o estado do restaurante, a noite tinha sido arruinada.

20 minutos depois...
Os protestos não baixaram enquanto o gerente do local dizia que o lugar não
tinha sido danificado mais do que 10%, mas ele não acha seguro para nós
voltarmos para dentro. Ele pediu desculpas e diz que o culpado será punido,
nessa hora vimos o fotógrafo sendo levado por dois homens.

Abracei Susie que estava na minha frente com o rosto apoiado no meu ombro
e vi o gerente se aproximando de mim.

— Stava cercando di lei, signor Venturelli. Volevo delle foto e alla fine ha
creato tutto questo caos, mi scuso per la mancanza di sicurezza ( Ele estava
atrás de vocês, Sr. Venturelli. Queria algumas fotos e acabou gerando todo
esse caos, peço perdão pela pouca segurança) — o gerente me dá um sorriso
pequeno e eu balanço a cabeça.

— Non preoccuparti, puoi contare su di me per coprire i danni ( Não se


preocupe, pode contar comigo para cobrir danos ) — ele aperta a minha mão
quando a estendi e olha para Susie com um sorriso simpático.

— Boa noite, Senhorita — ele fala em inglês e Susie dá um sorriso pequeno


sem deixar de me abraçar.

Aos poucos as coisas vão voltando ao normal e eu suspiro meio puto por não
ter pensando em um plano b, mas caralho, como eu ia imaginar que o
restaurante ia pegar fogo?!

— Droga — Sussurrei pondo os dedos na testa e ela levanta um pouco a


cabeça.

— Que tal...voltarmos para a mansão?

— Eu não quero isso, eu queria levar você para um lugar bonito, um


restaurante bom e te fazer sentir bem o jantar inteiro — coloquei as mãos no
seu rosto e eu suspirei vendo seu vestido meio sujo de cinzas, limpei sua
bochecha com o rosto decepcionado. — Desculpe, não era isso que eu
queria para nós esta noite.

— A noite ainda não acabou, Sr. Venturelli… — ela sussurrou ao colocar os


lábios perto do meu ouvido. — Que tal passearmos um pouco?
— Mas você está… — olhei para os seus saltos e eu acho que um estava
quase se quebrando, Meu Deus, se fosse qualquer outra mulher já tinha
desistido de mim e do encontro catastrófico.

— Não ache estranho, mas eu trouxe outra roupa comigo, e uma calcinha
também — ela aponta para o nosso carro sussurrando a última parte e eu
rápido me lembro da bolsa que ela carregou quase o caminho todo.

— Por que fez isso?

— Eu sempre faço isso — ela cruza os braços. — Por que você acha que eu
vivo usando mochilas? Quando conheci Emily pela primeira vez eu dei
roupas para ela usar depois que caiu na lama.

— Isso foi no dia que ela conheceu o Peter?

— Sim… — ela sorriu de lado. — Sou boa em ter tudo o que você precisa.

— Menos absorvente, me lembro de você lutando por um.

— Ok! — ela riu baixo pondo a mão na minha boca. — Por que não me dá
alguns minutos e eu volto pronta para a tentativa do nosso encontro?

Sorri concordando com a cabeça.

A dei a chave do carro e ela tirou os saltos dando uma corridinha até ele,
coloquei as mãos dentro da calça e encarei meu blazer preto meio sujo,
passei as mãos em cima tentando limpar e ando para o carro quando vejo a
porta se abrindo minutos depois.

Susie sai do carro já com roupas diferentes e dou um sorriso pequeno


quando ela passa as mãos para alisar o vestido cor pêssego que era tão
bonito quanto o outro, a alça era fina e trançada e seus pés estavam cobertos
por um sapato neutro mil vezes mais baixo, Susie deu uma voltinha e sorriu
para mim.

— Quem precisa de fada madrinha — digo.

Ela levantou uma sobrancelha.


— Você acabou de fazer uma piada sobre Cinderela?

— Não? — fiz pouco caso e ela riu se aproximando de mim, Jones ajeitou os
botões da minha blusa e a gola da mesma, logo depois ela me encara.

— Vamos — ela agarrou minha mão e nós começamos a andar pela rua muito
bem iluminada vendo casais frustrados irem embora do restaurante, olhei
para Susie que tinha um sorriso completamente animado no rosto, como se
nada tivesse acontecido. Mas ela acabou tropeçando em algo nos fazendo
parar.

— O que… — ela se abaixa pegando a câmera do cara que tirava fotos


nossas.

— Jogue isso fora — digo.

— Claro que não, isso é perfeito!

Voltamos a andar com ela mexendo e mostrando nossas fotos, os dois se


olhando da forma mais apaixonada possível, ela disse que ia emoldurar
algumas e eu pedi cópias.

Apontei alguns pontos turísticos para ela e nós paramos para comer em uma
barraquinha de crepe, na mordida eu recebi um flash nos meus olhos e
encarei Susie que começou a rir olhando para a foto que tirou minha.

— Como você pode ficar bonito até assim?! — reclama e eu pego a câmera
dela, miro na sua direção e bato algumas fotos com sua mão na frente
tentando me impedir.

— Ora, parece que não é só eu que não gosto de fotos com a câmera quase
no meu olho — debocho dando passos para trás quando ela vem para cima
de mim, ri baixo me afastando dela pelo parque de grama extremamente
verde.

— Nate! Me dá a câmera eu que achei — ela pediu como uma criança de 5


anos.
Tirei mais e comecei a correr quando ela apertou o passo, rimos juntos
quando eu tropecei em um graveto no chão e ela me alcançou abraçando-me
por trás, me virei devagar pondo minha mão livre na sua nuca e a beijei
apaixonadamente no meio do parque já vazio, apenas o cara do crepe e o um
saxofonista perto das árvores fazendo um jazz suave.

— Você vê? — ela sussurra baixo pondo os braços em volta do meu


pescoço.

— Vê o que? — aperto sua cintura.

— Não precisamos de muito para fazer o encontro perfeito — seus olhos


brilharam para mim e eu acho que me apaixonei mais, ela olhou para cima
vendo as estrelas e meu coração pareceu pesado demais para carregá-lo, se
eu pudesse, entregaria a ela.

— Você é com certeza a mulher da minha vida — passei minha mão no seu
cabelo e ela me encarou de novo.

— Você é o homem da minha vida, meu único — Susie desceu as mãos pelos
meus braços e eu pisquei em surpresa quando ela roubou a câmera da minha
mão correndo na direção da fonte.

— Sua...não acredito que estava me distraindo! — gritei para ela que parou
meio longe apontando a câmera para mim.

Comecei a andar na sua direção balançando a cabeça e ela sorriu mais indo
para trás, a fonte atrás dela exalando um ar bonito e puro, o que combinava
perfeitamente com ela. Estendo a mão pedindo a câmera e ela nega com o
dedo.

— Susie…

— O ângulo está perfeito!

— Não é isso...cuidado… — arregalei os olhos vendo a câmera cair no chão


por cima da grama e Jones literalmente cair de pernas para cima dentro da
fonte, abri a boca surpreso e corri até ela rapidamente.
O barulho da música parou e eu acho que ouvi o cara do crepe começar a rir,
a puxei para cima percebendo que a fonte não era funda o suficiente para me
preocupar em afogamentos, mas mesmo assim pode tê-la machucado.

— Cacete, você está bem? — apertei os lábios vendo que ela estava igual a
um monstro marítimo.

— O que você acha?! — ela se levanta tirando o cabelo do rosto e eu coloco


as mãos na boca tentando não rir, pelo menos não igual o cara do crepe que
estava quase rolando na grama.

— Isso não é engraçado! — ela grita para o cara e depois me encara vendo
que eu estava quase rindo também. — Você…

— Eu não estou rindo!

Não aguentei e ri ouvindo o saxofonista fazer um som engraçado de derrota


com o instrumento, Susie balançou a cabeça e eu passei novamente pela
força surreal dessa mulher, ela me puxou pela gola da camisa me fazendo
entrar caindo de cara na água.

Abri a boca chocado me apoiando na fonte e olhei para ela depois de passar
a mão no rosto. Ela riu com o cara do crepe que provavelmente vai ter um
infarto e o saxofonista fez o som de derrota de novo no instrumento.

— Não acredito! — falei irritado.

— Quem está rindo agora? — ela jogou um beijo para mim e eu avancei
sobre a mesma a agarrando pela cintura quando ela tentou fugir.

— Que maldosa — sussurrei no seu ouvido com suas costas no meu peito.

Ela começou a rir descontroladamente quando eu apertei pontos específicos


na sua barriga para fazer cosquinha, Susie estava quase desmaiando quando
conseguiu me empurrar para trás, a água da fonte respingando em nós dois
que estávamos rindo um para o outro.

Naquele instante meu peito se encheu de felicidade, Susie já me deu muitos


momentos felizes no tempo que estamos juntos, mas esse com certeza é o
mais forte, eu quero dar cada passo possível na nossa relação, eu quero
namorar com ela, quero me casar com ela, quero...Deus...eu quero fazer
todos seus sonhos se tornarem realidade, como eu sei que ela vai fazer os
meus se tornarem também, Susie sempre dá uma perspectiva diferente das
coisas e me faz enxergar o que não enxergava antes, dizem que o amor é
cego, no meu caso, eu consegui enxergar tudo.

Ela sorria antes de se aproximar de mim e eu estiquei minhas mãos pegando


as suas, a música do saxofonista voltou quando eu coloquei suas mãos nos
meus ombros e abracei sua cintura colando minha testa na sua para encarar
seu rosto molhado pela fonte.

Susie estremeceu quando a beijei em um selinho casto, coloquei seu cabelo


atrás da orelha e sorri sentindo o clima perfeito para a minha pergunta.

— Por que está me olhando assim? — ela sussurra enquanto balançamos


lentamente de um lado para o outro.

— Você é incrível — pousei minha mão no seu maxilar. — Não entendo


como pude passar tanto tempo sem você, vendo-a todos os dias e sendo um
covarde por não me aproximar.

— Esqueça isso…

— Não, escute — levantei seu queixo para ela me encarar. — Não estou me
arrependendo das minhas ações, só não as entendo, pensei por um longo
tempo que você nunca ficaria comigo e veja o que fizemos, o que
descobrimos e o que aprendemos um com o outro, eu sou grato por isso, por
deixar as coisas acontecerem no nosso tempo, Susie Jones.

Ela passou a mão no meu rosto dando um suspiro ao concordar.

— Eu me apaixonei por você, merda, eu sou todo seu e você sabe disso — a
beijei demoradamente nos lábios a deixando ofegante de repente.

— Nate… — ela apertou minha nuca me olhando nos olhos.


— Namore comigo — pedi. — Seja oficialmente minha namorada, me deixe
falar para o mundo que você é quem eu quero, que vai ser você a mulher que
futuramente quero no altar ao meu lado.

Ela piscou separando os lábios e eu por um breve momento quase faleci e


voltei para a terra, sua demora estava me matando.

— Ou podemos fingir que eu nunca pedi isso e…

Parei de falar quando ela me beijou de maneira necessitada, abri mais os


lábios retribuindo o beijo e escutei seu gemido manhoso que fez meu
coração acelerar mais do que já estava, nos afastamos segundos depois e eu
encarei seu rosto quando ela sorriu alegremente.

— Sim, óbvio que sim! — ela se aproximou mais. — Por que demorou tanto,
Sr. Venturelli?

Acabei rindo e a beijei de novo a empurrando até a estátua da fonte, Susie


desceu as mãos pelas minhas costas e eu subi as minhas indo para o seu
maxilar.

— Eu amo tanto você — mordi seu lábio a deixando mais ofegante que
antes.

— Eu amo você — Susie me encarou engolindo em seco. — Eu quero voltar,


eu quero você.

Sorri de lado.

— Ótimo, tenho muitas coisas para fazer com você está noite, Mi bela.

Sorri internamente quando ela concordou com a cabeça passando as mãos


pelo meu peito.

— Ok.

— Ok — a agarrei pelas pernas e a levantei pondo-a no meu ombro, Susie


começou a rir do gesto e o saxofonista trocou de música para uma mais
animada e o cara do crepe levantou o dedo para mim.
Levantei o polegar para ele também.

×××

A cena da fonte foi inspirada em um filme chamado "all my Life",


quando vi a cena no filme me lembrei de Susiel, foi impossívelnão pensar
😍.

Tentaram acabar com o encontro dos meus piticos, mas não contavam
que a Santa protetora dos casais, vulgo eu, tava pra jogo hehehe como
diria Adam Venturelli, inveja de polly pocket não atinge Barbie Girl
Kakakaka.

Eu volto muito em breve 😏


Até, babys ❤
110° capítulo

Capítulo grande por causa do hot, família. Tentei por mais detalhado
possível, então ficou maior que o normal, não esquece o votinho ❤.

Susie

Não me assustei com o barulho do rasgo do meu vestido, nada era mais
importante naquele momento do que a boca de Nate nos meus seios me
provocando.

Nem tínhamos chegado no quarto da mansão ainda, mas ele já estava em


cima de mim no final da escada me beijando e sussurrando contra meu corpo
faminto pelo seu.

— Eu vou foder você a noite toda — ele beijou minha barriga descendo o
nariz a caminho do meu sexo. — Fazer você pulsar aqui. — senti o beijo
quente por cima da calcinha com um suspiro ofegante. — Aqui...

Olhei para ele ao sentir o dedo deslizando mais para baixo, Nate beijou
minhas coxas encarando meu corpo se arqueando ao toque que já não é uma
surpresa para mim.

Sinto o incômodo no meio das pernas e toquei nos meus seios tentando
aliviar, ele sorri contra minha coxa direita e se mexe vindo para cima de
mim.

— Eu quero você — ele diz pondo minhas pernas no seu quadril.

— Você já me tem — sussurrei tentando puxá-lo para me beijar, ele beija


meus lábios por alguns segundos passando as mãos pelas minhas coxas.

— Eu quero toda você — ele sussurrou contra a minha boca me fazendo


encará-lo. — Quero cada parte sua, quero fazer você gozar de todos os
jeitos e depois ouvir sua voz doce me pedindo para continuar.

Ele encarou meus lábios subindo o olhar apaixonado para o meu.


— Eu sei o que você quer — falei pondo meus braços em volta do seu
pescoço.

— Juro que não é calcinha tutti frutti — ele diz me fazendo rir alto
balançando a cabeça.

— Ok, podemos tentar — deslizei meu indicador na sua barba rala e ele
levantou uma sobrancelha sorrindo de lado. Nate me beijou várias vezes
antes de nos levantarmos da escada indo para o quarto com ele me
abraçando por trás beijando meu pescoço enquanto nossas risadas ecoavam
no grande corredor.

No quarto eu puxei seu blazer para baixo sem quebrar o beijo que demos,
desfiz os botões da sua blusa enquanto suas mãos tocaram meu corpo me
instigando ao máximo.

— Para cama — ele sussurra e eu o solto dando passos para trás até me
sentar nela, me arrasto para cima antes de deitar com os joelhos se
esfregando um no outro e os braços ao lado da cabeça.

Nate se aproximou de mim tirando a camisa com os botões abertos e eu


aperto os lábios com o olhar visivelmente excitado sobre mim, os olhos
pretos admiram meus seios descendo devagar até a minha calcinha enquanto
eu me mexo de maneira inquieta só porque ele está me olhando assim.

Seu sorriso de lado aparece e eu franzo o cenho quando ele vai até a minha
mala perto da janela, me apoio nos cotovelos e pisco várias vezes.

— Nathaniel…

Ele pega as coisinhas sacanas de dentro e depois volta pondo tudo em cima
da cama, ele espalha e põe as mãos na cintura olhando para mim e para os
brinquedos.

Nate passa a língua nos lábios quando pega um negócio com um formato
engraçado e roxo, logo em seguida o controle, ele me encara e suspira antes
de subir na cama vindo para cima de mim.
Ele beija meu rosto aspirando meu cheiro quando chega no pescoço, eu
estava começando a ficar ofegante e piorou quando sua mão se fechou no
meu sexo me apertando, seus lábios colaram nos meus de novo e eu gemi de
maneira manhosa quando ele arrastou minha calcinha para o lado me tocando
suavemente, mexi minhas mãos as colocando em cima da cama e sutilmente
rebolei nos seus dedos querendo mais contato.

— Olhe para mim — ele pede e eu o faço percebendo ele levar o objeto
para baixo, Nate afastou minha calcinha e eu pisquei sentindo ele colocar o
objeto em cima do meu clitóris, eu quase solto um palavrão quando ele
começa a vibrar do nada.

— O que…Meu Deus — um gemido surpreso saiu da minha garganta e Nate


se colocou mais sobre mim apoiando um braço ao lado da minha cabeça,
coloquei minha mão no lençol o apertando de leve e gritei quando senti ele
me penetrando com aquilo, Nate abafou meus gemidos com a boca e eu
fechei os olhos por alguns segundos me adequando ao brinquedo.

— Céus… — ele sussurra vendo minha feição mudando para prazer ao


sentir o vibrar delicioso lá dentro. — Eu adoro essa expressão em você.

Nate beijou meu queixo antes de se afastar um pouco vendo minhas costas se
arqueando na cama enquanto minhas mãos apertam o lençol com força dessa
vez, fecho as pernas tentando controlar aquilo mas não estava nas minhas
mãos fazer isso, olhei para ele e quase infarto percebendo ele apertar um
botão no controle, o vibrador dentro de mim se altera aumentando a
velocidade me fazendo ver estrelas de repente.

Coloco a mão na boca tentando não ser muito escandalosa mas foi
impossível com o que aconteceu a seguir, senti a cama afundar e lentamente
olhei para ele que puxou minha calcinha para baixo me deixando nua de uma
vez, Nate mexe na sacolinha e eu pareço zonza demais para ver o que ele
está fazendo.

Só puxo a respiração quando algo um pouco gelado encosta na minha parte


ainda não explorada, pelo menos até agora, seus dedos massageavam de
forma lenta e provocante enquanto eu me mexia soltando suspiros excitados
para o que estava acontecendo no meu corpo naquele momento.
— Relaxe, Mi bela. Eu paro a hora que você mandar — ele sussurra contra
minhas coxas as beijando e eu jogo a cabeça sutilmente para trás sentindo
seu dedo menor entrando ali vagarosamente, meu coração bate rápido
demais e o suor desce pelo meu pescoço e seios sem esforço.

— Isso...é estranho — sussurrei antes de gemer mais alto descendo minha


mão pelo meu peito parando no meio dos seios.

— Estranho bom ou ruim? — Nate mexe o dedo de forma circular e apesar


do leve desconforto, eu consigo sentir alguma coisa mais, só é muito pouco
para eu dizer se gosto ou não.

— Bom… — senti minhas pernas tremerem de leve. — Eu não sei ainda.

— Quer mais do que isso?

Olhei para ele que parou de encarar meu sexo subindo o olhar para o meu,
Nate fez mais rápido e eu mordi os lábios quase explodindo.

— Sim! — grunhi a resposta quase sem fôlego, sei que ele estava sorrindo
antes de tirar as mãos de mim pegando o controle aumentando para a última
velocidade.

Eu não me foquei em nada, nada naquele momento ia me impedir de focar na


tensão das minhas pernas que se aliviaram quando eu gozei alucinadamente
com o tremor nelas e os lábios secos, os bicos dos seios duros e meu
pescoço arrepiado com o calor corporal que aumentou 10 vezes mais depois
que ele tirou o vibrador de dentro de mim.

O orgasmo foi tão forte que fiquei segundos sem me mexer, a visão turva não
me deixou,...nem mesmo quando suas mãos agarraram minhas coxas me
pondo de lado, senti o beijo e a mordida na minha nádega em cima do meu
sinal e resmunguei baixo o fazendo rir.

Nate beijou estava atrás de mim quando beijou meu ombro indo para os
meus lábios, o beijei de volta tentando me virar mas ele me segurou
mantendo meu corpo de lado para o seu, minha bunda encostou na sua ereção
e eu suspirei nos seus lábios quando ele se esfregou em mim.
— Fique assim, e relaxe para mim — ele sussurra e eu concordo olhando em
seus olhos. Nate se estica pegando uma espécie de gel que na minha leitura
rápida era lubrificante, e depois volta abrindo o botão da sua calça a tirando
sem rodeios. Ele fica mais colado em mim do que antes e eu olho para cima
sentindo ele passar mais o negócio gelado no pequeno círculo que eu luto
para relaxar.

Ele beija meu pescoço me fazendo sorrir de lado e me faz carinhos por
longos segundos usando de método para me passar confiança e deixar meu
corpo como ele quer, vai dando certo e ele ajeita minha posição me
deixando um pouco mais inclinada. Nate desce a mão esquerda pela minha
barriga até chegar no meu clitóris, ele esfrega os dedos lentamente
arrancando suspiros de mim e isso com certeza me ajuda ainda mais.

De início eu travei completamente ao senti-lo ali, mas ele beijou meus lábios
me acalmando e sussurrando coisas que me deixavam mais excitada do que o
normal, ele avançou me vendo puxar a respiração e virar o rosto para o lado.

— Tudo bem? — ele sussurrou no meu ouvido ofegante como eu.

— Sim… estou bem — respondi pondo minha mão no seu braço que estava
esticado tocando no meu sexo, seu estímulo ali me fez recebê-lo mais
facilmente por trás junto ao lubrificante, ouvi ele suspirar contra mim e olhar
para baixo beijando meu ombro.

— Estou quase dentro — ele me fez encará-lo. — Estou ansioso para foder
isso, Jones.

Eu resmunguei com a leve ardência que se fez quando ele entrou todo,
ofegante demais ele colocou a mão no meu seio me mantendo perto, mantive
os olhos fechados e levei a cabeça para trás sentindo ele se mexer de
maneira extremamente lenta me deixando acostumar com aquilo.

— Só paro quando você mandar — ele reforça se mexendo no mesmo ritmo


até aumentar um pouco percebendo que eu estou tranquila.

Olho para ele que dá um gemido contido apertando meu seio levando a mão
até a minha cintura me movimentando para frente e para trás, só comecei a
sentir prazer de verdade quando consegui me acostumar com ele. Nate me
estimulava de todos os lados, seja apertando, beliscando ou esfregando,
gemidos sequenciais saiam da minha boca e isso parecia o deixa mais duro
dentro de mim.

— Porra — ele grunhiu se mexendo vindo um pouco mais para cima de mim
o que fez meu rosto colar no lençol. — Você é incrível de todos os jeitos.

Sorri de lado pondo meu braço para trás tocando na sua nuca quando ele
deixou beijos molhados meu pescoço, não paramos de nos mexer em
momento nenhum, seu corpo movia o meu em um ritmo perfeito e os dedos
no meu sexo me fizeram ver estrelas quando ele me penetrou com eles, nunca
pensei que gozaria com dupla penetração mas foi exatamente isso que
aconteceu.

Gozei pela segunda vez revirando o olhos com força de lábios entreabertos,
senti a mão de Nate no meu pescoço e ele se mexeu mais forte contra mim
arrancando gemidos manhosos da minha boca, isso foi o necessário para ele
gozar também com os lábios no meu ouvido dando grunhidos excitantes que
me fez cruzar os joelhos de imediato.

— Merda, Jones — ele diz antes de sair de dentro de mim e me virar de


peito para cima, nos encaramos ofegantes e eu me mexi sentindo da minha
cintura para baixo molhada por causa do sexo, encarei seu cabelo bagunçado
e rápido me inclinei atacando sua boca de forma faminta.

Ele retribui o gesto e vem devagar se pondo no meio das minhas pernas,
Nate beija meu peito enquanto estou suada pelo esforço...muito bom que
fizemos.

— Eu gostei disso — Sussurro com o seu nariz roçando no meu, Nate agarra
minhas mãos pondo acima da minha cabeça.

— Você é toda minha — ele desceu os dedos pelos meus braços e pela
lateral do meu corpo me instigando. — Minha namorada.

Nate sorriu contente e eu sorri em seguida.


— E eu, Mi bela. Sou a merda do seu cachorrinho — ele diz me fazendo rir
mais antes dos seus lábios se colaram nos meus, o abracei apertado.

— Você é o meu príncipe, um príncipe...imperfeito — digo, ele sorriu contra


meus lábios e nós suspiramos mais contentes do que nunca.

(...)

Dia seguinte...

— Prove isso! — gritei animada na cadeira levando a tortilha de batata para


a boca dele que abriu experimentando meu novo prato preferido.

Esperei a reação de Nate que mastigou devagar experimentando.

— É...bom — ele deu de ombros e eu belisquei seu braço.

— Não! Bom é refrigerante, isso é incrível — apontei.

— Susie, é a terceira coisa que você experimenta e oferece fazer uma estátua
em homenagem — ele debocha.

— Por que é delicioso! Você só está com inveja — balancei a mão depois de
comer o resto do pedaço.

— Com inveja?

— Sim, você queria que eu estivesse colocando você na boca ao invés disso
— falei normalmente, mas depois arregalei os olhos ficando imóvel na
cadeira percebendo o que eu tinha falado, subi o olhar para ele que cruzou
os braços com um sorrisinho super malicioso.

— Não foi eu que disse isso — me defendo.

— Ah não? Quem foi então? — ele riu baixo.

— Hum...eu preciso conversar com você — me virei na cadeira e ele se


aproximou ficando com o rosto próximo demais não me deixando focar
direito. — Às vezes, uma pessoa muito maldosa invade meu corpo.
Apontei para mim e ele levantou as duas sobrancelhas concordando, Nate
encarou meus lábios e eu me aproximei mais um pouco com um olhar
divertido.

— E...ela fala essas coisas que me fazem parecer um safada de primeira mas
eu não…

Ele me calou em um selinho demorado e eu simplesmente derreto quando seu


dedo toca no meu queixo me mantendo perto. Nos afastamos devagar e eu
sorri mordendo o lábio.

— Eu amo você por inteira — ele diz. — Todas as suas imperfeições e


qualidades.

Cristo, como não amar um homem assim? Será que ganhei isso em algum
sorteio?

— Onw! Meu Deus que emocionante — nos afastamos com uma voz
feminina vindo do nosso lado e eu olhei para a dona dela que abana o rosto
emocionada. — Ele sabe amar! Aí que tudo!

Nate faz uma cara de tédio e me encara.

— Susie, essa é Mirella — ele aponta. — Minha vice-presidente.

Me levantei da cadeira do restaurante que estávamos e olhei para ela que me


encarou dos pés à cabeça.

— Caramba, você é ainda mais bonita pessoalmente — ele agarra minha


mão. — Você toma alguma coisa? Tipo um antibiótico pra ter essa beleza
toda?

— Pare de dar em cima dela — Nate tosse e eu acabo rindo quando ela
sussurra "Ele sabe que não pode competir contra mim, porque vai perder".

— Você é muito linda também, gostei do colar e do cabelo — aponto e ela


passa as mãos no cabelo que havia dreads, ela usava um terninho branco
extremamente profissional e elegante, ela era realmente linda.
— Gostei do seu colar também — ela aponta para o trevo em meu peito.

— Foi um presente — digo e olho para Nate que piscou para mim.

Estávamos no horário de almoço e eu pedi para Nate chamá-la até aqui para
nos conhecermos, porque parece que ela estava pedindo para me conhecer a
tempos. Ela me abraçou apertado parecendo realmente contente por eu estar
aqui e depois se sentou na nossa frente parecendo animada.

— Então...pediu ela em casamento? — Mirella pergunta olhando para Nate e


eu me engasgo de leve com a minha própria saliva.

Ela fica azul de repente.

— Oh meu Deus, você ainda não pediu e eu acabei de estragar a surpresa?


Oh não, não, finja que não escutou isso, Susie. Nate...não me demite, porra
— ela aponta para ele e seu desespero me fez sorrir internamente.

— Eu a pedi em namoro… — Nate corrige.

— Você disse casamento…

— Não, não disse.

— Sim, disse.

— Por favor, cala a boca — ele balança a cabeça.

— Mas você disse…

— Eu sei o que eu disse, mas está na hora de… — ele colocou o dedo perto
da boca e fez "shiu".

— Isso foi um "shiu", você fez "shiu" para mim? Nossa, que grosso — ela
diz e eu concordo me lembrando de ontem depois do nosso encontro, depois
balanço a cabeça quando ele me encara com uma sobrancelha erguida.

— Você...é chata às vezes, mas sei que tem um bom coração — ele diz e ela
concorda.
— Se não a pedir em casamento, eu vou, otário.

— Retiro o que eu disse, você é insuportável.

— Sim — falo e os dois me encararam. — Se você me pedisse, não acho


que eu negaria, Nate.

Ele pisca em surpresa e se aproxima de mim.

— Você está falando sério?

— Nunca brinco quando se trata de você — repito o que ele disse uma vez e
um sorriso pequeno surge nos seus lábios.

— Ok, vamos fazer um acordo — ele fala e eu me ajeito na cadeira. —


Posso pedi-la em casamento a qualquer hora do dia ou em qualquer
circunstância, se eu sentir que você realmente quer isso junto comigo, eu
farei.

— Não vale ser em circunstâncias de quase morte! — falo e Mirella dá uma


risada. — Ele demorou uma eternidade para me pedir em namoro, imagine
casamento.

Nate revirou os olhos.

— Fechado — agarrei sua mão e nós fizemos o acordo.

Olhamos para ela que tinha os braços cruzados nos encarando.

— Deixa eu fazer uma pergunta, vocês acham isso normal? Porque...não é —


ela sorriu. — Mas eu adorei, vou aderir com a minha namorada.

Sorri de lado e olhei para trás ouvindo o sino da porta tocando, um grupo de
5 mulheres entrou conversando animadas entre si com roupas mais elegantes
do que um desfile de moda, havia duas loiras, uma morena e um ruiva, ouvi
elas batendo palma e depois franzo o cenho quando algumas delas apontam
para a nossa mesa.

Olhei para Mirella que as nota e depois finge se esconder atrás do cardápio.
— Droga, droga, droga — ela resmunga e Nate para de mexer na minha mão
por baixo da mesa para se virar olhando para as mulheres, elas o chamam
com a mão e ele dá um sorriso forçado se virando novamente.

— Porra, por que você não me avisou? — Nate reclama com Mirella.

— Cada um por si, meu amigo. Principalmente quando essas mulheres estão
em jogo.

— Nate! — uma delas grita e ele me encara suspirando.

— Eu tenho que ir lá, quer ir comigo? — ele me pergunta e eu nego.

— Prefiro olhar — digo e ele concordou se levantando da cadeira, Nate


caminha até elas que soltam gritinhos de felicidade e uma por uma beija sua
bochecha duas vezes.

Olhei para Mirella que agradeceu baixinho por não ter ido.

— Quem são? — pergunto.

— Filhas dos homens mais influentes da Itália, uma mistura de soberba com
falta de educação, acho que elas acreditam que são donas do mundo —
Mirella põe o dedo na boca fingindo vomitar, ri baixo.

— Vocês tem negócios com os pais delas, presumo…

— Sim, eram 6 mas agora são só 5 depois que uma foi expulsa — ele fala.

— Quem era a outra?

— Nikki — ela diz e eu levanto uma sobrancelha reconhecendo só pelo


nome, Mirella franze o cenho vendo minha reação e depois balança a
cabeça.

— Desculpe, sei que ela é a ex de Nate, não sabia se podia…

— Tudo bem, não é importante — digo e ela concorda, julgar pela sua
expressão ela não sabe nem metade do que aconteceu com Nate no passado,
a verdadeira história.

— Ela voltou para cá há pouco tempo, agora trabalha em um dos restaurantes


do pai para conseguir se manter, ele tirou...tudo dela — Mirella comenta. —
Ela foi expulsa de clubes que fazia parte e perdeu toda a credibilidade no
mundo Elite, soube que ela está a procura de um marido rico para si mas não
acho que vá conseguir.

Suspirei baixinho ao me lembrar de tudo que ela fez com ele, nada no mundo
vai ser punição suficiente para o que aconteceu, mas espero que ela se
arrependa e viva sua vida um dia de cada vez, sei que Nikki não será mais
um problema no meu futuro com Nate.

Por falar nele, olhei para trás procurando pelo mesmo e me mexi na cadeira
quando notei duas penduradas no seu braço e as três na sua frente tocando na
sua gravata e colete, ele parecia tentar se livrar das mãos com um sorriso
sem graça sem parecer ignorante demais, não sei o que houve mas senti um
incômodo tão ruim que me levantei em um impulso assustando Mirella.

A encarei pedindo desculpas e ela riu baixo.

— Vá salvar seu homem, que ele está prestes a ser comido — ela pisca para
mim e eu tento ignorar a chama de ciúme que aparece no meu peito porque
sei que ele nunca faria nada, situações péssimas já me mostraram que não.
Mas não pude evitar enquanto andava na direção deles tentando mudar minha
expressão para algo mais doce, mas quando uma beijou praticamente no
canto da sua boca eu realmente me senti desconfortável.

Nate estava se afastando quando eu cheguei na rodinha o puxando pelo


ombro, ele me encara e sua expressão se suaviza imediatamente.

— Ei...estava te esperando — digo e ele tira as mãos das meninas de si


vindo para perto de mim abraçando minha cintura, ele me encarou em
silêncio vendo estampado na minha cara o que eu estava sentido.

— Meninas, essa é a minha namorada, Susie Jones — ele me apresenta


parecendo feliz demais por falar isso em voz alta e eu aceno com a cabeça
vendo os olhares nada surpresos, é claro que elas sabiam que eu estava com
ele, estava em todo lugar por aqui.

— Ora, bem vinda a Itália, Susie. Espero que Roma seja do seu agrado —
uma loira de olhos verdes diz, a mesma que o beijou com tamanha
intimidade que sinceramente, eu acho que não tem.

— Está sendo, visitei alguns pontos hoje e me apaixonei, viemos da praia


ainda há pouco — conversei e ela encarou meu corpo vendo que estou com
roupas nada adequadas para o lugar.

— Então, você terminou mesmo com Nikki? — a ruiva olha para Nate que
aperta minha cintura. — Não sabia que já tinha arrumado outra tão rápido.

— Meu relacionamento com Nikki acabou faz tempo, mas se ela dizia que
não para vocês, eu não posso fazer muita coisa se vocês acreditam — ele diz
e elas levantam as sobrancelhas muito bem pintadas.

— Enfim, por que não voltamos para a mesa? — Acabei com o silêncio
constrangedor olhando para ele que acena.

— Foi um prazer revê-las — ele fala em italiano e elas não falam nada me
olhando com uma expressão do tipo "ele é bom demais para ela", odiei isso.

— Addio (adeus) — balancei a mão e Nate riu baixo me puxando para a


mesa, ele me beijou no meio do caminho pondo os lábios no meu ouvido.

— Ciúmes, srta. Jones? — ele sussurra.

— Acho que eu não gosto de ver você quase sendo beijado na boca por outra
— falei séria, ele sorriu de lado.

— Só você pode — ele deu batidinha perto da minha bunda e eu corei


desviando o olhar para sorrir.

Chegamos na mesa de novo e Mirella estendeu a mão para mim para que
fizéssemos um high-five, ela riu e piscou para Nate.
— Vou ligar para Simon — digo depois de pegar meu celular percebendo os
dois conversando sobre coisas aleatórias.

Coloquei no número dele e fiz uma chamada de vídeo apoiando o celular no


saleiro da mesa, esperei por alguns segundos e ele atendeu em seguida com o
rosto perto demais da câmera.

— Olha quem apareceu! — ele grita animado e eu dou uma risada baixa.

— Estou ligando para saber como você está, me disse para ligar sempre que
quiser — falo e Nate se aproxima de mim olhando para a câmera, ele ri alto.

— Se afasta da câmera, vai quebrar o celular dela com essa feiura — ele
provoca e eu balanço a cabeça.

— Está falando da aparência do pai da mulher que está com você? — Simon
pergunta e Nate aperta os lábios me encarando, levantei uma sobrancelha.

— Vocês não se parecem tanto assim… — Nate se defende.

— Susie, há tantos italianos por aí...veja se consegue outro — Simon diz e


Nate mostra o dedo do meio para ele que começar a rir exageradamente,
tanto que começou a tossir balançando o celular, arregalei os olhos vendo
onde ele estava.

— Simon! — gritei.

Ele se ajeita trazendo o celular de volta para perto do rosto não me deixando
ver nada.

— Oi — ele diz.

— Onde você está?!

— Hum...na empresa — ele mente.

— Para trabalhar você usa uma camisa que tem uma fachada do hospital?! —
Perguntei notando sua camisa que era azul com o nome do hospital na gola.
— Merda — ele tenta esconder e eu sinto uma preocupação direta no peito.

— O que aconteceu? — Perguntei ficando mais séria e Nate se ajeitou


também querendo saber.

— Não é nada demais.

— Você está em uma cama de hospital!

— Bem rotineiro, você não faz isso? — ele tenta amenizar a situação.

— Me conte logo, por favor — pedi e ele suspirou segundos depois em


derrota.

— Eu tive um pequeno ataque do coração, nada demais.

— Oh meu Deus — Peguei o celular trazendo para mais perto do meu rosto.
— Quem está aí com você? Por que não me disse isso?!

— No momento — ele olhou em volta. — Estou com Deus, e não falei nada
porque não queria atrapalhar sua viagem.

— Mas...você tem que me contar uma coisa dessas! Por que isso aconteceu?!

— Bom...eu — ele parecia relutante mas por fim diz. — Tive uma briga com
Kevin, querida. Nós discutimos e falamos coisas junto a ameaças, ele ficou
descontrolado e me empurrou contra meu sofá, meu coração...não aguento
muito, acho que tenho que ficar com Eric no asilo.

Puxei a respiração e olhei para Nate que tinha a expressão séria.

— Por que discutiram? — Nate pergunta e Simon olha para ele.

— Eu disse que ia deixar os Venturelli em paz — Simon fala e eu fecho os


olhos entendendo tudo, me lembrei das ameaças que Kevin fez contra mim e
olhei para Nate pensando que tenho que contar isso para ele o quanto antes.

— Nós estamos voltando — Nate fala e eu concordo.


— Não precisa — Simon diz.

— Você não manda em nada, coroa — Nate desliga a chamada e me encara


vendo o quanto estou preocupada.

— Vai ficar tudo bem, ok? — ele beija minha testa me confortando e nós nos
despedimos de Mirella que entendeu a situação nos desejando sorte.

Nate e eu corremos para a mansão em seguida.

×××

Segura na mão da titia Lis que o final do livro chegou, cambada!


O que será que vai acontecer? Teremos Kevin surtando ou a sua
redenção? Será que Susie vai dar conta do que estápor vir?
Vamos sabertudo isso em breve 😏.

Eu volto já já
Até, babys ❤.
111° capítulo

Susie

— Você pode me dizer o nome do paciente novamente, senhorita? — apertei


o maxilar irritada enquanto a recepcionista do hospital brincava com um
chiclete pouco se importando com o meu desespero.

— Simon Balis! — gritei e depois me contive pondo a mão na boca,


percebendo que falei alto demais a mulher fez um bico em tédio mexendo no
computador sem nenhuma pressa.

— O horário de visita já…

— Moça, Simon Balis está em algum lugar desse hospital com o coração
fraco e se você não me disser onde ele está, eu juro que vou fazer um
escândalo… — pisquei. — Ou chamar alguém que faça!

— Não é assim que funciona, pequena — ela diz e eu franzo o cenho.

— Ela me chamou de pequena? — olhei para Nate que estava atrás de mim
segurando minha bolsa perto do peito com uma expressão no mínimo
engraçada.

— Eu resolvo…

— Não — levantei a mão para ele que concordou dando um passo para trás
me vendo com a minha personalidade do mal, como ele diz.

— Infelizmente não posso liberar para amigos…

— Não sou amiga, sou filha dele! — balancei a cabeça. — Sou Susie Balis.

Ela levantou uma sobrancelha surpresa e eu me mantive firme na sua frente,


meus documentos ainda estão com o sobrenome Jones mas não importa,
tenho sangue dos Balis correndo nas minhas veias, então isso me torna uma.
Creio eu.
A mulher continuou me olhando até suspirar com tédio novamente ao mexer
no computador do hospital, ela diz o número do quarto e eu aceno com a
cabeça andando a passos rápidos para onde foi indicado.

Nate estava atrás de mim mexendo no celular, provavelmente avisando a


gangue e as meninas que estávamos em NY mesmo estando de madrugada.

Achei a porta do quarto e a abri sem rodeios entrando no local, avistei


Simon deitado na cama nos encarando em silêncio com um potinho de
gelatina perto do rosto.

Ele intercala entre Nate e eu que tínhamos a expressão séria e ele dá um


sorriso sem graça limpando a boca em seguida.

— Oi — ele acena com a mão e eu suspiro pondo as mãos no peito, andei


até ele que sorriu quando o abracei apertado de olhos fechados, Simon
retribuiu o gesto apoiando o queixo no topo da minha cabeça.

— Seu coração está disparado — ele sussurra.

— E o seu quase para — Sussurro de volta. — Você me assustou, caramba.

— Desculpe, querida. É a primeira vez que isso acontece comigo, mas eu


não queria atrapalhar sua viagem — ele fala e eu nego com a cabeça.

— Está tudo bem — o encarei. — Me conte o que aconteceu.

Ele suspira olhando para mim e depois para Nate que se aproxima, os dois
acenam um para o outro e eu toco nos dedos de Simon com um sorriso
pequeno.

— Eu não posso lutar contra a minha filha — ele diz simplesmente. —


Nunca vou ficar contra você, nunca.

Engoli em seco.

— Antes de você eu não tinha nada pelo qual lutar, mas agora que você está
na minha vida não vou ficar perdendo tempo com uma família Italiana, que
se foda, sei que os destruiria se quisesse porque meu nome é mil vezes mais
forte, mas não quero, eu só quero ficar com você e te dar o que não dei nos
últimos anos, amor de pai — ele beijou minha mão e eu olhei sutilmente para
Nate que desviou o olhar não discordando sobre o poder de Simon.

— Eu não queria me envolver nos negócios de forma tão aberta, mas você é
meu pai e ele...é meu namorado — digo e Simon concorda. — Talvez em
algum momento essa rivalidade poderia nos prejudicar.

— O que eu não quero e não vai acontecer, você sempre será minha
prioridade e se isso significa abrir mão da guerra que durou anos...por mim
tudo bem — Simon diz e olha para Nate que respira fundo.

Seus olhos pretos param em mim e eu vejo seu olhar duro se desfazendo,
Nate se aproxima de Simon e estende a mão para o mesmo.

— Os Venturelli farão o mesmo — Nate fala e Simon concorda dando a mão


para ele, os dois fazem força no aperto e eu dou um sorriso pequeno com a
paz selada.

— É agora que eu te chamo de pai? — Nate pergunta e Simon solta a mão


dele rapidamente.

— Não abusa, babaca.

Simon vira a cara cruzando os braços e eu vejo Nate rindo baixo, levantei
uma sobrancelha, esses dois ainda vão se amar daqui a algum tempo.

— O que Kevin disse para você? — Perguntei ao me lembrar desse cara.

— Coisas inúteis — ele diz apenas.

— Que tipo de coisas? — Nate insiste já com a expressão séria de antes.

Simon olha para ele e depois para mim, peço para ele falar logo quando o
mesmo começar a enrolar exageradamente.

— Simon!
— Disse que eu estava cego e desperdiçando a oportunidade perfeita para
acabar com a família, temos provas de fraudes cometidas por Gregório e
Dylan a alguns anos, há alterações nos números do relatório de clientes
antigos e se viessem a tona...vocês iriam perder toda a credibilidade no
mundo dos negócios, o nome Venturelli ia afundar na lama.

Abri os lábios chocada que Dylan e Gregório tenham cometido fraude! Olhei
para Nate que estava com a mesma expressão que eu mas logo ele balança a
cabeça.

— Não...você… — Nate aperta os lábios e põe a mão na testa. — Merda,


Simon!

— O que é? — meu pai faz um bico engraçado.

— Os números não foram alterados, idiota! Não houve fraude nenhuma, eu


me lembro disso… — ele passou a mão no cabelo. — Foi um erro de
sistema, Dylan viu que havia números errados e me disse isso. Na época ele
não era o presidente e sim o vice, era função de Gregório consertar aquilo…

— Todas as provas estão comigo na minha casa. E mesmo que Gregório


tenha feito o relatório certo tempos depois...ninguém vai querer saber, o que
importa é que nos documentos que tenho vocês cometeram fraude e eu aposto
que Dylan não tem os relatórios de verdade salvos com ele em pastas… —
Simon levantou uma sobrancelha.

Nate apertou os lábios e eu suspirei pela sua expressão.

— A empresa sofreu um incêndio pequeno a muitos anos...não temos o


relatório oficial — Nate diz e encara Simon. — Você tem o falso, e sem
verdadeiro...não temos como provar a nossa inocência.

— Incêndio? — pergunto.

Ele suspirou irritado.

— Foi uma aposta besta! — Ele bufa e eu juro que não fico surpresa com
isso, às vezes os meninos vão longe demais com isso, somente agora que
eles estão diminuindo a frequência.

— Merda! — Nate parece sem ar por alguns segundos e eu me viro


percebendo que ele vai surtar.

— Nate…

— Porra! — ele grita e eu fecho os olhos deixando sua raiva sair, ele solta
minha bolsa e dá passos para trás esfregando as mãos no rosto. — Seu...filho
da puta!

Ele aponta para Simon que tem uma expressão calma.

— Eu não jogo para perder, Venturelli — ele diz e Nate cerra os dentes, me
meto na sua frente quando percebi que ele está muito alterado.

— Nathaniel — o chamo, mas ele me ignora tentando se afastar. — Ei, olhe


para mim.

— Não, Jones. Você não entende!

— Eu entendo…

— Não! — ele me faz soltá-lo e eu pisco surpresa pela sua reação


alarmada. — Não posso deixar minha família cair, não posso! Você não sabe
nem metade das merdas que passamos para chegar onde estamos hoje, e eu
não vou deixar um fodido de merda que tem o meu sangue destruir tudo isso,
precisamos pegar antes dele.

A raiva na sua voz me deixou estática no chão e eu engoli em seco


entendendo que seu mundo está desmoronando, respiro fundo e fecho os
olhos por alguns segundos antes de andar até ele que quer dá passos para se
afastar de mim.

— Não se afaste — peço ao pôr minhas mãos no seu rosto, ele está ofegante
tentando não me encarar. — Você sempre faz isso, não é? Quando tudo está
indo uma merda você se afasta, é por isso que nunca conseguiu lidar com o
seu passado, você nunca conversou de verdade sobre aquilo, e eu não vou,
me escute! — o apertei mais forte quando ele tentou relutar. — Eu não vou
deixar você só, não vou deixar você se isolar para tentar lidar com isso
sozinho, você não precisa carregar o peso do mundo nas costas, você me
queria...você me tem, vamos resolver isso, eu prometo, vamos destruir antes
de Kevin.

Seus olhos já estavam em mim no final do discurso e eu tentei disfarçar


minha expressão de alívio quando vi a sua se acalmando, Nate foi
controlando a respiração e eu levei minhas mãos para a sua nuca colando sua
testa na minha.

— Você não está sozinho, somos uma dupla, Nate — suas mãos me
agarraram procurando um conforto. — Eu sou seu trevo, lembra?

Ele concorda com a cabeça e eu passo minha mão no seu cabelo, ambos
ainda meio ofegante.

— Você é — ele sussurra e eu me inclino dando um selinho demorado em


seus lábios. Nos afastamos um pouco e eu deixei ele respirar fundo para
pensar um pouco, passei meus dedos na sua barba rala e no seu peito.

Ele está mais calmo quando eu o solto e encaro Simon que estava olhando
para nós com uma expressão de admiração.

— Sua mãe… — ele sussurrou parecendo ter os olhos cheios de água. —


Você é idêntica a sua mãe.

Dei um sorriso triste para ele que passou as costas da mão embaixo dos
olhos.

— Escute, Kevin está atrás disso porque ele não sabe onde coloquei, ele me
ameaçou mas não conseguiu tirar nada — Simon fala para nós e Nate
concorda. — Você precisa pegar o quanto antes e destruir.

— Onde estão? — pergunto.

— No meu escritório, vá atrás do quadro de palhaço e lá tem uma parte da


parede falsa, tudo contra vocês estão lá — ele diz e eu aceno passando a
língua nos lábios.
— Vamos agora — Nate pede.

— Vamos.

— Venturelli — Simon o chama e Nate olha para ele. — Não sou mais seu
inimigo, mas se me xingar de novo, nada vai me impedir de dar um soco na
sua cara, nem mesmo ela.

Ele aponta para mim.

— Estou em uma cama de hospital, mas ainda posso fazer todos vocês
caírem — Simon diz e eu pisco me sentindo em um filme de máfia.

— Desculpe, eu só estava perdendo a cabeça — Nate fala e Simon acena.

— Perdendo a cabeça? Nossa, não estou surpreso.

Franzo o cenho virando o rosto para frente percebendo que nenhum deles
disse isso, meu peito dispara ao ver Kevin apoiado na porta do quarto
mexendo em um chave preta na mão, ele dá um sorrisinho de lado e levanta a
cabeça encarando nós três.

— Kevin… — Sussurro o fazendo me olhar, sua barba estava maior do que


dá última vez que o vi e ele usava calça jeans com uma camisa preta por
baixo da jaqueta da mesma cor.

— O que eu disse para você, Susie? — Kevin me pergunta com um olhar


estranho. — Fique fora dos negócios.

Ele balança a cabeça me repreendendo e eu suspiro baixo.

— Eu gostava de você — ele dá de ombros. — Mas você fodeu com tudo, e


agora eu vou foder com que você se importa.

— Kevin, pare com isso seu maluco! Essa vingança doentia que você
carrega será o seu fim — Simon fala, Kevin ainda está me encarando, de
repente me sinto assustada mas mantenho a postura forte.
— Me chame do que quiser, doente, psicopata, sociopata… — ele sorriu de
lado. — Eu vou ter o que eu quero!

— Mas não vai mesmo — Nate falou entredentes.

— Obrigada pela ajuda, Simon — Kevin faz uma reverência e depois me


olha ainda inclinado para baixo.
— Depois que seu namorado estiver na merda, estarei esperando você na
minha cama.

Separo os lábios pela suas palavras e percebo Nate ir para cima dele quase
bufando, mas Kevin agarra a maçaneta da porta e nós gritamos quando ele a
fecha passando a chave do lado de fora, corri com Nate e nós batemos na
porta desesperados percebendo o que ele tinha feito.

— Kevin! — Nate bate na madeira com força e eu tento puxar a maçaneta.

— Espero que esteja preparado para ver seu melhor amigo na cadeia...é pra
lá que Dylan vai por ter cometido fraude junto com o pai, pelo menos é o que
o mundo vai achar — Escuto a risada de Kevin. — Vou adorar assistir vocês
caindo um por um.

— Seu desgraçado! Nos deixe em paz!

— Em paz? Vocês me reprimiram por anos, e sempre tinham tudo! Sempre


eram os preferidos e os queridinhos, principalmente aquele estúpido do
Dylan, e o tosco do Kevin? Visto como um fardo

Nate franze o cenho.

— Do que você está falando seu idiota?! Sempre incluímos você em tudo,
Kevin! Você nunca foi visto assim, até se rebelar contra nós — Nate apoia a
testa na porta. — Você criou coisas na sua cabeça, você sabe que tem
problemas com isso, cara. Gregório e Monica sempre te deram conselhos
com o seu problema de raiva, e paranóias, mas você os mandou a merda.

— Conselhos não servem de nada, não preciso deles.


— Você nos traiu uma vez, essa é a sua chance de se redimir, não pegue
esses documentos...não destrua o que levamos décadas para construir.

— Nate… — acho que Kevin se aproximou da porta.

— O que? — ele pergunta tenso ao meu lado.

— Vai se foder.

Nós escutamos os passos dele se afastando, Nate grita batendo na porta e


depois me afasta para trás, vou até Simon que já está sentado com os ombros
tensos.

— Ele vai abrir — olhei para Simon que suspirou. — Sei que não vai ser
necessário, mas caso seja, há uma arma na gaveta do meu escritório.

Minhas sobrancelhas se juntam com a sua informação mas logo desvio.

Nate puxa a calça jeans preta um pouco para cima e eu vejo quando ele chuta
a maçaneta da porta várias vezes até conseguir quebrá-la, quando ele
finalmente consegue a porta se abre e eu vejo ele correndo para fora.

— Nathaniel! — gritei tirando as mãos de Simon do meu braço e corri atrás


dele vendo-o ir para o estacionamento.

Do lado de fora eu olhei para cima percebendo as gotas da chuva caindo na


minha pele, procurei por Nate e corri quando o vi entrando no carro
seguindo o olhar para Kevin que tinha acabado de sair do estacionamento em
uma moto cinza.

— Nate! — abro a porta do carro e entro no banco ao seu lado.

— Não — ele tenta me impedir. — Você não vai!

— É claro que eu vou! — falei ofegante com o rosto molhado pela chuva,
ele estava igual.

— Susie, Kevin está descontrolado e cego, não vou deixar você no mesmo
cômodo que ele de novo, saia do carro — ele tenta abrir a porta.
— Você não manda em mim, Venturelli. Eu falei que vou, então eu vou —
afastei sua mão. — Dirija! Você está perdendo tempo!

Girei a chave do carro o ligando e o encarei com determinação nos olhos,


Nate soltou um resmungo irritado antes de pisar no acelerador arrancando
com o carro.

Olhei para frente e passei a mão no rosto pedindo ajuda para o meu anjinho
protetor que é minha mãe.

×××

Será o fim da família Venturelli?


As apostas nos mostrando que as vezes podem ser boas mas também
podem te foder, os jogadores de cassinos que o diga 😅.

As pessoas instáveis são as mais perigosas em alguns casos vote aí,


família, agradeço demais 😍.

Eu volto em breve
Até, babys ❤.
112° capítulo

Susie

Saltei para fora do carro quando ele estava estacionado na frente da mansão
de Simon e andei rápido para dentro vendo a moto de Kevin meio que
jogada no chão.

Nate correu primeiro e eu fui atrás ignorando os relâmpagos no céu, a porta


estava encostada então ele só abriu fazendo um barulho alto quando ela bateu
na parede.

— Onde fica a biblioteca? — ele me pergunta e eu olho em volta tentando


lembrar.

Droga.

— Acho que fica no andar de cima, eu não me lembro — passei a mão no


cabelo vendo Nate ofegante.

Me assustei percebendo alguém atrás de mim vir da cozinha e fui para frente
vendo a irmã de Simon acordada com um robe azul cobrindo seu corpo.

— O que você quer? — ela pergunta me encarando.

— Onde fica a biblioteca? — Perguntei.

— Para que você quer saber? — ela me olha desconfiada. — Já basta Kevin
aqui atrapalhando meu sono.

— Mindy, por favor, é um caso urgente! Onde fica a biblioteca? — me


aproximei dela pegando no seu braço, seus olhos se mantiveram nos meus.

— Fica no corredor à esquerda, é a última porta — ela diz e eu suspiro


aliviada ouvindo os passos rápidos de Nate, me virei para ir junto, mas ela
me agarrou mantendo-me no lugar.

— Espera, quero falar com você.


— Não… — olhei para cima perdendo Nate de vista. — Eu preciso…!

— Não, eu preciso, escute — ela me agarrou pelos ombros e eu a olhei


afoita. — Quero pedir desculpas, desculpa por coagir com a minha mãe e
separar você da sua família, na época eu era totalmente influenciada e
concordei em afastar sua mãe do meu irmão.

Seu tom parecia sério e eu respirei fundo concordando.

— Eu aceito suas desculpas — falei.

Ela não parecia querer falar só isso, e não falou.

— Desculpa por deixar sua mãe ser ameaçada de morte enquanto estava
grávida, por deixar minha mãe contratar homens para segui-la e amedrontá-
la durante dia e noite carregando você — ela diz e eu abro a boca chocada,
Mindy estava mesmo me contando toda a verdade? Quanto mais ela
falava...mais me sentia desconfortável. — Me desculpe por deixar ela
ameaçar tirar tudo de mim se eu não a ajudasse, por ameaçar não deixar
Simon fazer parte da família e gerenciar as empresas Balis, me desculpe por
ser...fraca, Susie. Nunca quis que sua mãe sofresse, mas eu tinha muito medo
de perder tudo o que eu tinha, meus luxos e meus caprichos, eu sinto muito.

— Para! Para de falar — a afastei de mim pondo as mãos no rosto tentando


esconder as lágrimas, Mindy também chorava pela emoção do momento e eu
balancei a cabeça.

— Eu odeio a sua mãe — falei para ela. — Eu nunca odiei ninguém na minha
vida inteira, mas eu a odeio, odeio com todo o meu coração — coloquei as
mãos no peito fechando os olhos com força.

Mãe...minha doce mãe.

— Me desculpe…mas toda vez que olho para você, eu lembro da sua mãe
implorando de joelhos para não ser separada do meu irmão, e por mais que
eu tente, eu não consigo ignorar.
Não consegui responder e olhei para cima procurando forças, acalmei minha
respiração enquanto uma lágrima solitária desceu do meu rosto.

— Eu não… — a encarei. — Não é a mim que precisa pedir desculpas, é


para o meu pai, por mais influenciável que estivesse, você ajudou a destruir
todos os sonhos dele — ela pareceu ter levado um tapa no rosto. — Se
realmente quer o meu perdão, você o tem, mas não posso agir como se tudo
estivesse bem ao ficar perto de você, agradeço sua coragem de falar isso,
espero que fique bem consigo mesma.

Dito isso eu me virei correndo para a escada deixando ela para trás perdida
nos próprios pensamentos, estava doendo, doendo demais! Um filme da
minha mãe se passava na minha cabeça mas eu o afastei tentando manter
somente seus sorrisos e não ela assustada diante de alguém.

Me apoiei no corrimão da escada e puxei toda a força que tinha para lidar
com o que vim lidar, e isso logo pega minha atenção quando escuto algo se
quebrando no final do corredor do lado esquerdo.

Andei até lá em passos rápidos e apareci na porta vendo Kevin atrás da


mesa de mogno com os papéis nas mãos e Nate com a mão no rosto com um
pouco de sangue ali, um copo de vidro estava quebrado a sua frente me
indicando que Kevin o atingiu com ele.

— Meu Deus — dei passos ficando na frente de Nate e olhei para Kevin que
estava ofegante nos encarando irritado.

— Saia da frente, Susie — ele aponta para mim e eu levanto as mãos na


altura do peito tentando acalmá-lo, era nítido a raiva no seu olhar.

— Kevin, veja o que está fazendo — pedi. — É isso mesmo que você quer?
Sei que se sente incompreendido, fraco ou um fardo, mas o que está fazendo
é errado. Não deixe essas características se adequarem a você.

— Cala a boca, do que você sabe? Você não me conhece! Não sabe nada
sobre mim — ele grita.

Dei mais um passo para frente.


— Se lembra de quando nos conhecemos? Você foi tão gentil...você tocou
piano para mim — o lembro e ele pisca desviando o olhar momentaneamente
antes de voltar ao olhar gelado. — Você estava tão sorridente, tão prestativo,
por favor, seja quem você realmente é, não deixe a vingança te tornar uma
pessoa ruim por dentro, não deixe isso te corroer.

Vi o Kevin lagrimar e dei mais um passo.

— Eu não posso — ele balança a cabeça meio atormentado.

— Por que não? Me dê os papéis, e nós ajudaremos você — ele me encara.


— Às pessoas lidam com problemas de formas diferentes, mas destruir tudo
à sua volta não é a forma correta, me deixa te ajudar.

Ele olhou para Nate e depois para mim que estendi minha mão.

— Por favor…

— Me ajudar como? Nada vai me ajudar, Susie — ele olhou para Nate. —
Eles me expulsaram das empresas, todos agiam como se só os três fossem o
epicentro de tudo, vocês tem a porra da vida perfeita!

— Kevin… — dei mais um passo e ele me mandou afastar, mas insisti. —


Vamos conversar, eu quero ouvir você.

— Se afaste — ele diz sério.

— Espera…

— Eu disse para se afastar, porra! — ele grita abrindo a gaveta da mesa e eu


arregalei os olhos dando passos para trás sendo agarrada por Nate quando
percebemos a arma preta apontada para nós dois.

— Puta merda — Nate me põe atrás dele contra a minha vontade e eu o


segurei pela cintura tentando puxá-lo para longe.

— Fiquem aí!
— Kevin...abaixa isso — Nate pede. — Cara, você é visivelmente instável,
essa obsessão em vingança está te adoecendo. Podemos ajudar você a se
tratar, nos deixe te ajudar.

— Eu tinha o plano perfeito — Kevin sorriu. — Usar a rixa de Balis com a


família depois de você — ele balança a arma para Nate e eu o aperto mais
forte. — Roubar bilhões do cara e foder com o negócio dele na Itália, era a
oportunidade perfeita para eu manipular o velho e fazer o que eu queria.

Kevin mira a arma para mim e eu solto um grunhido sentindo outra lágrima
aparecer.

— Mas aí você apareceu — ele diz me encarando e dá um sorriso de


escárnio. — Susie Jones, a mulher gentil e amorosa com todos. Tudo isso
poderia ter sido evitado se você tivesse ficado longe!

— Eu não…

— Cala a boca! — ele grita e eu fecho os olhos dando um leve sobressalto.

Sua mão tremia nos deixando ainda mais assustados, ele estava
completamente perdido! Cego e descontrolado para derrubar quem quer que
fosse, sua raiva ainda estava presente e as paranóias na sua cabeça ainda
deviam estar rolando, eu não sei, Kevin é totalmente imprevisível.

— Eu odeio você também — ele diz para mim e eu dou resmungo baixo
quando ele destrava a arma. Nate balançou a cabeça me protegendo com o
seu corpo.

— Não faça isso — Nate levantou uma mão. — Você não está pensando
direito, não é isso que você quer fazer.

— Eu quero tirar o que você mais ama! — ele grita para Nate. — Aí você
vai poder sentir como é o gosto de não ter nada!

Dei um grito baixo tentando puxar Nate de volta quando ele anda na direção
de Kevin que apontou a arma para ele.
— Não… — sussurrei quando ele agarrou a arma na mão de Kevin pondo no
seu peito, Kevin parecia surpreso e Nate firme no olhar.

— Quer atirar em alguém? Pode ser em mim, mas não atire nela — Nate
colocou a mão livre na nuca de Kevin e os dois se encararam por longos
segundos. — Me desculpe.

Coloquei as mãos na boca quando Kevin ajeitou o dedo no gatilho, eu estava


paralisada, não conseguia me mexer de jeito nenhum.

— Me desculpe se você se sentiu um estranho dentro da nossa família, mas


se você deixar, Kevin — Nate apertou sua nuca com mais força. — Nós
podemos ajudar você, todos nós, você receberá ajuda psicologicamente e
todo o apoio que precisa, você é a minha família, apesar de tudo, eu sempre
vou ajudar as pessoas que tem o meu sangue.

Kevin olhava para ele sem desviar e eu vi quando uma lágrima desceu no
seu rosto, a tensão na biblioteca já insuportável e meu coração batendo de
maneira fraca querendo tirar Nate dali o mais rápido possível.

— Sei que você não é assim, mas essa visão que você tem de nós é absurda,
não temos a vida perfeita, não somos melhor do que você, nunca fomos e
nunca seremos porque ninguém é melhor do ninguém, mas se você realmente
quer fazer todos sofrerem, é só puxar o gatilho — Nate o incentiva e eu
choro copiosamente negando com a cabeça.

Kevin puxa a respiração e eu ponho a mão na barriga e a outra no rosto.

— Eu não me sinto bem, nunca me senti — Kevin diz e Nate concorda. —


Eu...não quero atirar em você, mas a raiva que eu sinto é tão...forte! — ele
cerrou os dente.

— Olhe para mim — Nate pede quando Kevin encara a arma. — Você é
mais forte que isso, não deixe a raiva dominar você, existe ajuda para isso,
Kevin. A aceite e vai ficar tudo bem, eu prometo.

Nate põe sua mão em cima da arma e a afasta vagarosamente com a atenção
de Kevin no seu rosto, eu mal conseguia respirar.
— Eu acei… — Kevin não terminou de falar porque o barulho de bala
abafou tudo a nossa volta, ele arregalou os olhos e tudo parceria passar em
câmera lenta, a arma caindo do chão e Nate dando passos para trás com a
mão na barriga por cima da camisa suja com o seu sangue.

Eu perco todo o oxigênio vendo Nate cair no chão baleado e Kevin surpreso
como eu, meu mundo estava caindo novamente.

— Não! — dei passos até o homem da minha vida. — NÃO!

Dei um grito tão agonizante que todos os vizinhos devem ter escutado, cai de
joelhos me aproximando de Nate que respirava com dificuldade e coloquei
minhas mãos em cima da sua barriga para estancar o sangue, saia um pouco
pela sua boca e eu balancei a cabeça com a ideia dele estar morrendo
lentamente.

— Nate, não, você não… — Eu não conseguia nem falar.

— Não...droga, porra — Kevin tirou o celular do bolso e eu olhei para ele


que discou algo antes de levar ao ouvido, ele se aproximou pondo as mãos
em cima das minhas e eu levantei Nate pela nuca tentando mantê-lo
acordado.

— Olhe para mim, ok? Não feche os olhos… — passei a mão no seu cabelo
sem me importar com o sangue enquanto ele apenas me encarava em
silêncio.

— Eu amo você — ele sussurra e eu soluço com a pior sensação do mundo


no peito. — Eu acho que sempre amei.

— Pare de falar, fique quieto, vai ficar tudo bem.

Ele trouxe a mão para o meu rosto e eu chorei baixinho vendo sangue e mais
sangue molhando o chão da biblioteca.

— Eu queria ter dado tudo para você, tudo o que você merece.

— Você já deu — concordei com a cabeça. — E vai continuar dando.


— Eu sinto muito, Mi bela.

— Pare de se despedir de mim, pare — coloquei minha testa na sua, vendo


ele fechar os olhos momentaneamente. — Não me deixe, por favor, não me
deixe. Eu amo você, Nate.

Ele tosse mais um pouco e eu grito alto quando ele fecha os olhos sem se
mexer.

— Não! Você não vai morrer assim — Bati no seu peito. — Acorda, por
favor.

Chorei em cima do seu peito.

— Por favor… — sussurrei antes de ser jogada para o lado e Kevin se


aproximar dele. Pisquei quando ele bateu no peito de Nate com as duas mãos
em formas de punhos, ele fez isso três vezes antes do mesmo tossir
parecendo engasgado, Nate acorda de novo e eu abro a boca puxando a
respiração totalmente aliviada.

Meu Deus!

Me aproximo de novo beijando sua bochecha olhando para os seus olhos que
abriam lentamente.

— Cristo… — sussurrei colocando as mãos no seu rosto, ele me encara e dá


um sorrisinho pequeno. — Se você morrer eu juro que vou te matar.

Beijei seus lábios com o coração quase saindo da boca e colei minha testa
na dele ouvindo as sirenes da ambulância, Kevin se levanta saindo da
biblioteca provavelmente indo buscá-los.

— Eu não quero morrer — ele sussurra e eu balanço a cabeça negando.

— Você não vai — passei meus dedos no seu rosto. — Sabe por que?

Continuei conversando com ele mesmo não tendo resposta.


— Porque você vai me levar no altar, meu amor — digo chorando baixinho
beijando seus lábios. — Você ainda tem essa obrigação comigo, temos um
acordo.

— Você disse nada em situações de quase morte... — ele sussurra mas eu


ignoro.

O encaro nos olhos e dou um sorriso pequeno tentando me controlar para não
desabar.

— Nathaniel Lola Venturelli, quer casar comigo? — Perguntei, suas pupilas


dilataram mais do que já estavam e ele sorriu de lado.

— Você roubou meu pedido — ele diz e eu acabo rindo antes de beijá-lo de
novo, ele colocou a mão no meu rosto. — Mas sim, eu aceito me casar com
você, Susie Jones.

Respirei fundo

— Você ainda tem coisas para fazer aqui, então, não me deixe — sussurrei
contra seus lábios. — Prometa para mim.

— Eu vou ficar, meu amor. Eu prometo — ele diz e eu concordo ouvindo


passos dos lado de fora, paramédicos aparecem junto a Kevin e eu me afasto
de Nate para deixar eles fazerem seu trabalho.

Me levanto do chão limpando minha mão na blusa e olho para Nate o tempo
todo, eles colocam o mesmo na maca amarela e o levam para o andar
debaixo com cuidado.

Entrei na ambulância agarrando sua mão e a beijei o caminho todo ao


hospital, ele a apertava às vezes me lembrando da sua promessa de ficar.

Ele tem que ficar.

×××

Hum...o queserá que vai aconteceragora? Kakakakakakaka juro que


tentei nãochorar escrevendo isso, mas falhei parece que eram os
meus parentes ali, misericórdia.

Kevin tava descontrolado sim ou claro? É...família, ele é um personagem


complexo que tem atitudes péssimas e que realmente precisa de ajuda,
eu não quis matá-lo porque não achei justo sabendo que posso dar um
outro final para ele, pessoas assim existem mundo a fora e às vezes só
precisam de direcionamento, muitas me pediram um conto do Kevin e
lamento informar que não vou poder fazer, mas agradeço a oportunidade
de mostrar um pouco de quem é Kevin Venturelli, ansioso, invejoso,
paranóico, problemas com raiva e obsessãoexcessiva!

Vamo seguir que ainda falta alguns capítulos pra chegarmos no


"Epílogo"!!!! Senta aí no sofá que ainda tem filme 😏.

Até, babys ❤.
113° capítulo

Susie

Tudo estava dormente

Meus cílios pareciam se mexer lentamente enquanto três pessoas corriam


com Nate na maca pelo corredor do hospital.

O barulho dos passos apressados e os resmungos dos enfermeiros sobre a


bala em Nate foram esquecidos por mim, era como se eu só pudesse ouvir
meu coração batendo de maneira fraca enquanto minha cabeça girava.

Me abaixei até meus joelhos tocarem o chão e coloquei minhas mãos no


rosto tentando pedir que Nathaniel fique bem, ele prometeu pra mim!

Céus…eu sentia a ansiedade correndo forte nas minhas veias.

Senti um toque quente no meu ombro e levantei a cabeça olhando para o


lado, me assustei vendo Kevin parado ali e cai pro lado me arrastando para
longe com a expressão tensa.

— Susie…

— Não — sussurrei ainda me arrastando até chegar na parede branca, ele dá


passos para perto e eu balanço a cabeça visivelmente assustada.

— Eu sinto muito...merda, eu não queria atirar nele — ele diz parando de


andar e eu aperto meus dedos tentando não ficar com medo, mas era
impossível, nunca vou conseguir ficar perto de Kevin sem lembrar do que
aconteceu, sem sentir a aflição que sinto agora.

— Eu não quero ficar perto de você — desviei o olhar abraçando meus


joelhos e ele suspirou sem se mexer.

— Eu...entendo, pensei que me vingando eu ficaria satisfeito ao chamar a


atenção que nunca tive, mas as coisas saíram do meu controle, sempre
saem...eu — ele abaixou a cabeça cabisbaixo. — Estou pronto para pagar
pelos meus erros, se você quiser me colocar na cadeia por tentativa de
homicídio, eu aceito.

Fiquei em silêncio olhando para ele.

— Você passou a vida frustrado, sem ganhar o mesmo reconhecimento dos


seus primos no mundo, mas isso não é culpa deles. Seus dedos tremem e
você é visivelmente instável, seu transtorno de raiva passou do limites,
Kevin. E sua mudança de personalidade me assusta. Você precisa se ajuda
— pontuei e ele engole em seco antes de respirar fundo.

— Susie…

Ele nem terminou de falar porque foi puxado pela gola da camisa e
empurrando contra a parede o fazendo gemer de dor, arregalei os olhos
vendo Dylan em cima dele com o velho olhar que ele não usa a muito, muito
tempo.

— Seu filho da puta! — ele grita e eu vejo os demais aparecendo, me


levantei e corri até eles que me envolveram no círculo olhando para a cena à
nossa frente.

— Dylan — Kevin tenta afastá-lo mas não funciona, os olhos verdes de


Dylan estavam dilatados e seu maxilar travado o fazia parecer mil vezes
mais ameaçador.

— Sabe, Kevin. Eu sempre fui o Venturelli mais esquentado — Dylan


apertou seu pescoço e eu pisquei algumas vezes. — Posso te deixar em coma
com alguns socos e eu juro que essa é a minha vontade, quebrar cada osso
seu até ouvir você implorando por ajuda seria até prazeroso.

— Dylan… — Lisa o chama do meu lado.

— Ver você pedindo para eu meter uma bala na sua cabeça porque não vai
aguentar mais a tortura que tenho em mente, você vai procurar a morte e não
vai achar — Dylan falou com uma voz baixa mas grossa, Kevin fechou os
punhos o olhando sem desviar, seus olhos já estavam mudando novamente e
eu sei que ele está ficando com raiva, era idêntico ao que ele tinha quando
estávamos na biblioteca.

— Você atirou no meu melhor amigo, eu deveria pelo menos quebrar uma
mão sua — Dylan sorriu de lado. — De preferência a que você usou para
apertar o gatilho, seu cretino de merda!

— Dylan! — Lisa chama e ela se solta de mim indo até o marido, suas mãos
tocam nos ombros dele que não larga Kevin de primeira, mas por fim ela
consegue o arrastar de volta para nós.

Nós encaramos Kevin que fechou os olhos respirando fundo ainda de punhos
fechados, olhei para Dylan que o encarava irritado com Lisa tendo seus
braços em volta do marido para acalmá-lo, as poucas pessoas no hospital
olhavam para nós atentamente.

— Como souberam que estávamos aqui? — Perguntei para Emily do meu


lado, ela me encara com uma ruga de preocupação na testa.

— Dylan é o número de emergência de Nate, ligaram para ele e ele para nós
— ela me explica e eu concordo com um sorriso pequeno. Graças a Deus
eles estão aqui.

— Como isso aconteceu?! — Rubi pergunta com Adam atrás dela tendo sua
mão na nuca da esposa a mantendo perto dele.

— Simon tem documentos em sua casa que seriam suficientes para acabar
com os Venturelli, Kevin soube disso no mesmo minuto que nós quando
Simon contou e foi atrás para pegá-lo — conto e explico rapidamente porque
Simon estava aqui no hospital antes de continuar. — Ele chegou primeiro e
houve uma discussão depois quando chegamos, Kevin estava descontrolado
e pegou uma arma que Simon tinha na gaveta...e em meio a ameaças Nate se
meteu no meio com medo dele atirar em mim, ofereceu ajuda a Kevin e ele
estava aceitando quando o dedo dele escorregou no gatilho.

— Puta merda você atirou no meu modelo de perfume — Adam olhou para
ele irritado.
— Depois que atirou, Nate parecia querer desmaiar então Kevin bateu no
peito dele o trazendo de volta — olhei para Kevin que me encarou com o
olhar triste e ainda perturbado. — Ele o salvou.

— Salvou? Que porra é essa? Você está de TPM caralho?! — Adam ameaça
ir para cima dele, mas Rubi o para.

— Fique aqui, você tem três filhos e eu não quero que eles vejam você todo
machucado no rosto — Ela lembra e Adam aponta para ele.

— Eu só não vou quebrar sua cara porque minha esposa não deixou, palhaço
— Bell resmunga.

— Que merda foi essa Kevin? Porra...— Peter reclama e eu franzo o cenho
percebendo só agora que ele está com Lolinha no braço que...o que era
aquilo na cabeça dela? Era um capacete?!

— Mas o que… — Me aproximei dela que parecia contente por estar em


uma ambiente novo, Peter olhou para mim e sorriu de lado.

— Olha o que eu comprei, ela adorou andar de moto — ele aponta para o
mini capacete que tinha chamas de fogo desenhadas.

Olhei para Emily que deu de ombros.

— Não tínhamos com quem deixá-la — ela explica.

Isso me fez sorrir por alguns segundos, mas logo a preocupação me tomou de
novo.

— Eu vou por você na cadeia — Dylan avisa e Kevin fica em silêncio ainda
respirando fundo.

Eles começaram a falar ao mesmo tempo e eu cruzei os braços devagar


tentando entender os planos que eles tinham para Kevin, mas todos se
calaram quando vimos Gregório e Monica aparecendo no hospital em uma
correria que falhou no meio do caminho porque eles estavam quase babando.
Perto o suficiente eu vi Monica pegar uma garrafinha de água da bolsa para
beber uns goles e depois dar para Gregório, os dois ofegantes. Desistiram de
correr e vieram andando mesmo.

— Viemos o mais rápido possível — Monica diz. — Como ele está?

— Vão retirar a bala agora, mas ele perdeu muito sangue — explico e ela
suspira se aproximando até me abraçar como só ela sabe.

— Vai ficar tudo bem, Nate é forte, sempre foi — ela sussurra no meu
ouvido e eu concordo engolindo o choro.

— Tio...tia — ouvimos a voz de Kevin e Gregório e Monica olharam para


ele, pelas expressões eles já sabiam com detalhes o que tinha acontecido.

— Kevin… — Gregório lamenta. — O que você fez rapaz?

Ele balançou a cabeça negando com os olhos cheios de lágrimas.

— Seu pai...é idêntico a você, surtos de raiva sempre estavam com ele —
Monica se aproximou. — E você não precisa ser igual, podemos te ajudar
como não pudemos ajudá-lo.

— Eu não queria atirar nele, só amedrontar para ele me deixar ir — Kevin


sussurra com os ombros caídos enquanto os dois se aproximam dele. — Eu
não queria fazer nada disso.

— Sua mãe está vindo da Itália, ela cuidará de você como deve ser —
Monica suspira. — Precisamos conversar sobre o que aconteceu.

Ele tocou no ombro dele que se aproximou rapidamente roubando um


abraço, Kevin suspirou cansado fechando os olhos e Monica o abraçou de
volta deslizando a mão pelas suas costas. Ele parecia exausto.

— Me desculpe, tia — ele sussurrava como se estivesse em agonia e


Gregório se aproxima participando do abraço, olhei para os meninos que já
não tinham a expressão irritada de antes, os rostos estavam relaxados e
tristes de repente olhando para Kevin, mesmo que tudo tenha saído saído
controle, ver um familiar nessa situação deve balançar o psicológico.
— Susie!

Olho para o lado para encarar meu pai de pé com a camisola do hospital
andando na minha direção, dou passos até ele que me abraça apertado assim
que chega até mim. Um suspiro de alívio sai dos seus lábios e eu fecho os
olhos recebendo os beijos na cabeça.

— Graças a Deus — ele sussurra me apertando. — Cadê ele?

Ele me afasta um pouco para saber de Nate e eu aperto os lábios sentindo as


lágrimas voltando, Simon percebe e piscou em surpresa.

— Ele...morreu? — Simon ficou pálido de repente. — Não...Cristo, não


pode ser.

— Pai…

— Merda, eu gostava dele — Simon passou as mãos no rosto. — Ele era tão
inteligente, o filho homem perfeito! Não consigo imaginar outro genro sem
aquele aquele modelo de perfume que só usa terno.

Simon lagrimou e eu levantei uma sobrancelha pondo as mãos na cintura.

— Ele não morreu! Ele está vivo — falo e Simon aperta os lábios
lentamente.

— Nunca fale isso para ele — seu dedo aponta para mim.

— Ele está com os médicos, Simon. Ainda não sabemos se ele está fora de
perigo — falo e ele suspira me abraçando novamente, Simon olhou para
Kevin por canto de olho mas preferiu ignorar e ficar aqui comigo.

— Vai ficar tudo bem, promessa de pai babão — ele diz e eu me aconchego
no seu peito sentindo o cheiro de hospital.

— Isso é culpa sua — Escutamos Gregório falar se aproximando deixando


Monica e Kevin para trás. Simon me empurrou para o lado indo até ele bater
de frente.
— O que você disse, riquinho?! — Simon debocha.

— Você é mais rico que eu idiota — Gregório fala irritado e os dois ainda
um na frente do outro se enfrentando.

— Eu estava tentando ajudar, tinha acabado de desistir de empurrar vocês do


precipício, deveria me agradecer — meu pai diz e empurra Gregório de leve
para trás.

— Agradecer? Você é muito estúpido, Simon! Nunca aceitou que nosso nome
sempre está na boca de todos, e mesmo você sendo o mais bem sucedido,
nem chega aos nossos pés — Gregório alfineta.

— Desculpa, não deu para entender — Simon põe a mão na orelha. — Eu


não falo a língua dos brochas.

— Seu… — Gregório empurra ele para trás e eu pisco surpresa quando eles
se atracam, os meninos tentam intervir mas desistem quando percebem que
eles só estão rodando e puxando o cabelo um do outro, Monica tirou o
celular da bolsa e andou até Adam que já tinha o celular esticado gravando
os dois.

Tal mãe tal filho.

— Parem com isso — gritei para fazê-los escutar mas não deu certo.

— Eu vou bater na sua cara, Venturelli. E depois enviar para a Monica o


dente de presente.

— Credo — Monica fez uma careta e Adam deu uma gargalhada ao lado
dela.

— Você é insuportável! Não é atoa que ninguém conseguiu ficar perto de


você, nem Abby te quis mais.

Abby? Tipo a mãe Peter?

— Não mete ela nisso! — Simon grita.


— Me meter em que?

Nós paramos de olhar para a briga ridícula dos dois e encaramos Abby com
uma mala de rodinhas e um macacão grande de oncinha, ela colocou as mãos
na cintura mascando um chiclete.

— Finalmente! Já estava preocupado com… — Peter ia dizer para ela o


interrompe vendo sua expressão totalmente surpresa.

— Calado, eu vim ver meu neto que está chegando e ainda tem outro ali no
forninho — ela aponta para Emily que parecia tão surpresa quantos nós. —
Fez a cavalgada invertida, loira? Eu disse que funcionava, confia.

Peter aperta os lábios.

— Surpresa — ele diz sem graça e olha para Emily. — Minha mãe veio nos
visitar por um curto período, e estranhamente pegou o pior horário de voo.

— Era o mais barato já que você não quis emprestar o jatinho — ela fala
triste.

— Mãe...você veio de jatinho — ele lembra.

— Foda-se, ainda sou amargurada porque não tenho duas cobertura — ela
aponta para ele e depois olha para todos. — Como Nate está?

— Como soube? — Peter pergunta.

— Está em todos os jornais daqui, querido — ela diz e eu mordo o lábio


desviando para a televisão vendo o jornal da madrugada, na mesma hora
passava um vídeo rápido de Nate sendo colocado na ambulância, o vizinho
de Simon parecia ter gravado da própria janela.

— Ele está fora de perigo? — ela pergunta com empatia e eles explicam
rapidamente o que aconteceu.

— Vai dar tudo certo, ele é forte e tem força de vontade — ela abraçou todos
apertados e parou em mim passando a mão no meu cabelo.
— Eu disse que vocês seriam um casal, não disse? — ela pergunta me
fazendo sorrir, concordei. — Logo ele voltará para você, ok?

— Ok — acreditei nela que me abraça passando a mão nas minhas costas e


depois vai até Simon e Gregório.

— Nossa, vocês estão...a mesma coisa de sempre — ela faz uma careta. —
Congelaram nos anos 80?!

— Você que está usando algo cafona — Simon diz e depois abre a boca
chocado quando ela dá peteleco na sua testa.

Ele põe a mão na testa surpreso.

— Você está usando uma camisola de hospital, aposto que se abaixar eu


posso ver suas bolas feias, então! Se falar da minha moda eu vou arrasar
com a sua que nem existe, babaca — ela o afronta o fazendo ficar de
expressão fechada mas levanto uma sobrancelha quando ele vai amolecendo
parecendo gostar disso.

— Você não mudou nada — ele diz.

— Mudei para melhor, olha como estou gostosa — Abby deu uma voltinha.
— E já sou vovó.

Simon sorriu admirando-a e depois olhou para mim apertando os lábios


desviando o olhar, oh meu Deus, ele gosta dela? Desde quando? O que? Oh
meu Deus! Por que estou animada com isso? Ah sim, ele merece gostar de
alguém que possa retribuir o afeto depois de tantos anos.

— Você também não está nada mal — Abby sorriu de lado. — Ainda dá um
caldo, Balis.

— Posso te servir um prato se quiser — eles estão flertando?!

— Ei, que porra é essa? — Peter chama atenção dos dois que desviam o
olhar piscando exageradamente.
— Ow — Monica correu até eles os juntando em uma rodinha. — O grupo
está junto de novo!

— Não fode! — Balis diz.

— Se você me tocar eu vou arrancar seu braço! — Gregório ameaça de uma


forma hilária dentro da rodinha.

— Você está respirando demais, Venturelli. Acho melhor parar — Simon


debocha e Gregório revira os olhos.

— Falta Carlos no grupo — Abby lembra.

— Não faço parte de grupo nenhum, me soltem! — Simon grita mas eles
ignoram ainda todos abraçados, olhei para a gangue e as meninas que tinham
a boca aberta e sobrancelhas juntas.

— Aí minha bunda! — Gregório reclama alto.

— Foi mal! — Abby diz rindo. — Apertei a bunda errada.

Arregalo os olhos e Peter quase desmaia se segurando em Emily que pegou a


galinha da mão dele, uma enfermeira estava lá atrás gritando para eles
saírem com o animal daqui mas ninguém parecia estar escutando ocupados
demais por ver seus pais e parentes abraçados no meio do hospital gritando
ameaças e palavrões.

Cristo.

O tempo aqui vai ser longo.

×××

Hummmm 😏😏
Essa gangue dos tios teve muita história! KKKKKKKKKK será que
Simon e Abby podem ter um lance? Iti, vamo vê no quevai dar.

Próximocapítulo vamos saber mais sobre o modelo de perfume! Amanhã


eu volto com mais capítulos.
Até, babys ❤
114° capítulo

Susie

Me estiquei pela terceira vez querendo ver se podia ver a porta do seu
quarto, andei de um lado para o outro novamente apertando meus dedos que
escorriam preocupação.

Tinha amanhecido há algumas horas e eu fui em casa para tomar um banho e


trocar de roupa, acho que não fiquei 20 minutos no apartamento antes de
voltar para cá.

Não me deixam vê-lo, e isso está me deixando no escuro.

Me virei para trás vendo os 6 no mesmo nível que eu, eles andavam em um
silêncio calmo tentando se manter neutro.

Simon tinha voltado para o seu quarto para descansar um pouco e Abby tinha
ido para a mansão de Pan se instalar.

Monica e Gregório não estavam mais aqui com Kevin, eles o levaram sem
dizer nada para ninguém apenas que iriam cuidar do que aconteceu, mas
posso imaginar o futuro dele, uma infinidade de sessões e medicamentos e
talvez até um inferno pessoal. Nada disso me importa, eu só preciso ver Nate
e agradecer aos céus por ele não morrer por causa de um tiro acidental.

— Por que está demorando tanto? Meu Deus, eu acho que já estou vendo
Jesus voltando — Adam reclama.

Suspirei andando até uma cadeira e me sento nela fazendo uma careta ao
encostar o bumbum, estou sofrendo com isso desde a Itália.

Olhei para Adam que viu meu estado e levantei uma sobrancelha quando um
sorrisinho meio safado foi aparecendo nos seus lábios.

— Eu te entendo — ele sussurra e depois pisca como se fosse nosso


segredo, balancei a cabeça.
Olhei para Emily que estava do meu lado e vi suas mãos em cima da barriga.

— Como se sente? — pergunto.

— Como se estivesse engordando, oh, espera — ela debocha e eu dou um


sorriso pequeno. — Nunca vomitei tanto na minha vida, estou começando a
achar que sou boa nisso.

— Faz parte do processo — coloquei minha mão em cima das suas. — E vai
piorar.

— Porra!

— Desculpe, desculpe — balancei a cabeça. — Não era isso que eu ia falar.

— Eu entendo — ela agarra a minha mão. — Só a ideia de ver quem você


ama morrendo, te faz ficar em um desespero interno — ela olhou para Pan.
— Se isso acontecesse com Peter, eu não sei o que faria.

Olhei para Pan que estava do lado da batgirl com a mão nas suas costas,
Dylan parecia o mais abalado dos meninos e eu o entendo completamente.

— Você não sairia do lado dele se deixassem — falei olhando para Emily
novamente. — Faria de tudo para que ele ficasse bem, mesmo se doar um
órgão fosse preciso.

Ela sorriu pequeno e concordou com a cabeça.

— Eu faria exatamente isso, franjinha. E é o que você precisa fazer agora,


não sair do lado dele.

— Não me deixaram vê-lo — Suspirei e ela se aproximou de mim.

— Se fosse o meu homem dentro daquele quarto, eu já estaria quebrando


todo o hospital para que me deixassem entrar. Você é a namorada de…

— Noiva — a corrijo e ela arregala os olhos assim como os demais que


agora percebo que estão escutando nossa conversa, ser fofoqueiro está no
sangue.
— Oh meu Deus, está acontecendo… — Adam bate no peito de Dylan que
está maravilhado. — ESTÁ ACONTECENDO!

— PUTA MERDA! — Peter deu pulos de felicidade e olhou para Dylan que
tinha a boca aberta chocado.

— VAMOS COMPRAR O CONFETE! — Dylan grita e eu pisco surpresa


quando os três saíram correndo pelo hospital indo comprar...confete.

Olhei para as meninas que deram de ombros já acostumadas com esse tipo
de coisa, voltei a olhar para Emily que estava segurando o riso.

— Enfim! Sei que você está quase indo quebrar tudo — ela se aproxima
para sussurrar. — Eu só estou incentivando.

Emy pisca e eu suspiro antes de me levantar, começo a andar na direção dos


quartos olhando para as meninas que levantaram o polegar para mim e
continuei andando sem olhar para trás, até quando uma voz me chamou
pedindo para eu voltar, mas eu não aguentava mais ficar do lado de fora, eu
queria ver pelo menos se ele estava bem.

— Senhora — a enfermeira me chama e eu aperto o passo.

— Senhora!

Ignorei olhando pelas janelas dos quartos procurando por ele, eu já estava
chegando nos últimos quartos quando olhei para trás vendo duas enfermeiras
e um segurança me olhando sério, ignorei e corri mais rápido chegando na
última porta que diferente das outras não tinha janela.

Agarrei a maçaneta ouvindo as pessoas atrás de mim me chamar e abri a


porta entrando no quarto, olhei para frente vendo um homem alto de jaleco
branco cobrindo o paciente mas com o barulho da porta ele saiu.

Nunca vou esquecer do sentimento que passou pelo meu corpo quando o vi
deitado na cama de cabeça baixa mexendo em um aparelhinho nos dedos, ele
parecia ansioso como eu e não foi possível conter as lágrimas de felicidade.
Acho que soltei um barulhinho de choro um pouco alto porque isso o fez
levantar a cabeça lentamente parecendo entender que não tinha só duas
pessoas aqui, Nate vira o rosto devagar até encontrar o meu e eu dou o meu
melhor sorriso antes de começar a andar até ele que pareceu ficar ofegante
de repente.

— Susie.

— Nate — chamei por ele já apertando o passo para me jogar nos seus
braços, mas a mão do médico me parou no meio do caminho. O olhei
irritada.

— O paciente ainda está em observação.

— Deixa-a — Nate pede, mas o médico não parecia convencido, sei que ele
só está fazendo seu trabalho, mas nem isso vai me impedir agora.

— Saia da minha frente antes que eu corte você em cubinhos — ameaço com
uma voz forte mas trêmula e exausta, meus olhos estavam provavelmente
vermelhos e minha expressão mais dura do que nunca.

O médico piscou algumas vezes antes de se retirar da minha frente e eu


respirei fundo o encarando até que ele andou para a porta nos deixando ter o
nosso momento, olhei para o homem da minha vida novamente que estava
com um sorrisinho orgulhoso.

— Susie do mal, eu amo ela também.

— Droga — resmunguei antes de correr o que faltava me jogando nos seus


braços como eu queria, Nate me apertou ofegante e eu fechei os olhos
agradecendo novamente por ouvir seu coração batendo contra o meu ouvido.

— Nathaniel — sussurrei aliviada passando minhas mãos nos seus braços e


me afastei para encará-lo no rosto. Ele põe as mãos nas minhas bochechas e
as lágrimas nos seus olhos me desmancham por completo.

— Eu cumpro minhas promessas — ele sussurra com a testa colada na minha


e meu corpo treme de leve ao sentir seus lábios raspando nos meus. — Eu
disse que ficaria, Mi bela.

— Você quebraria meu coração se não ficasse — sussurrei antes de beijá-lo


com vontade arrancando suspiros do mesmo, Nate me puxa para perto e eu
resmungo baixinho sentindo o aperto forte no meu maxilar descendo para o
meu pescoço, já sem fôlego nós nos separamos alguns centímetros e eu sorri
feliz olhando para ele.

— Merda, Jones. Eu estou duro — ele sussurra e eu acabo rindo mais junto
com ele.

— Você levou um tiro, se comporte — sussurrei.

— Nem isso pode me impedir de querer você — ele diz me dando mais
alguns selinhos sem desviar o olhar do meu. — Minha noiva quebrou as
regras hoje…

Céus…essa frase saiu muito quente.

— Eu quebro todas se for preciso — passei minha mão pelo seu rosto.

— Hum… — ele resmungou me puxando pela cintura. — Todas mesmo?

— Nate… — olhei para trás percebendo que estávamos sozinhos já que o


médico tinha ido embora. — Você acabou de levar um tiro.

— Venha aqui — ele pediu baixinho me ajudando a subir na cama e eu até


tentei lutar com o bom senso mas não estava conseguindo a vitória, fiquei em
cima dele olhando para o curativo no seu peito e deixei que suas mãos
puxassem minha saia para cima.

— Você não está sentindo dor?

— Sim, mas é no meu pau — ele puxa a camisola do hospital um pouco para
cima e eu seguro suas mãos o parando, ele me encara.

— Não quero machucá-lo o fazendo sentir muito esfor…


Não terminei de falar porque ele se inclina agarrando minha nuca com força
me beijando de novo, sua outra mão passa em volta da minha cintura e eu
olho para ele que já está me encarando sem se importar com o curativo no
peito.

Nate me faz levantar um pouco e eu arrasto minha calcinha para o lado


guiando seu membro para dentro de mim, ele me penetra devagar e eu dou
um gemido baixo e quente contra seus lábios que o faz fechar os olhos
momentaneamente.

— Senti medo de perder você de novo — ele sussurra mexendo minha


cintura para frente e para trás, eu não conseguia deixar de encará-lo.

— Nunca mais se coloque na frente de uma arma — falei antes de morder o


lábio para não gemer alto demais.

— Farei 1 milhão de vezes se ela estiver apontada para você — ele diz e eu
agarro seu ombro o fazendo deitar novamente, ele levanta uma sobrancelha
me encarando e eu aperto o maxilar.

— Não é você que está no controle agora, Sr. Venturelli — puxei minha saia
mais para cima me ajeitando em cima dele. — Agora você só tem que
balançar a cabeça e concordar comigo.

Passei as unhas no seu peito me movendo mais rápido e o ouvi gemer antes
de concordar

— Nada de se colocar na frente de armas — pontuo e ele concorda


admirando meu corpo antes de pôr as mãos na minha cintura, as tiro de lá e
ele me olha contrariado.

— Não me toque, eu quero fazer o serviço — ordenei pondo suas mãos ao


seu lado, Nate concordou com a cabeça e eu sorri internamente.

— Nada de me deixar para trás quando uma coisa séria assim acontecer —
falei, pondo minhas mãos nos seus ombros me movendo mais rápido. — Eu
sou sua noiva agora.
Me inclinei beijando seus lábios e me afastei quando ele tentou aprofundar o
beijo, Nate resmunga reclamando e eu olho para os seus lábios subindo para
os olhos.

— Eu sou toda sua — sussurrei contra seu rosto e ele trincou o maxilar
apertando os lençóis da cama se controlando para não me tocar como
mandei.

— Quer me tocar, Nathaniel? — Perguntei baixinho trazendo minhas mãos


pelo seu peito até o pescoço, gemi baixo ao sentir ele se mexendo embaixo
de mim.

— Sim, você sabe que sim — ele sussurrou descendo o olhar do meu rosto
para o nosso meio me vendo subir e descer no seu membro, ele parece ficar
mais duro e suas pupilas dilatam.

— Ainda não terminei — sussurrei parando de me mexer e ele balançou a


cabeça negando.

— Se mova — ele manda e eu ignoro. — Jones!

— Me prometa não fazer uma coisa dessas de novo, você quase me matou de
susto — peço e ele me encara suspirando.

— Eu prometo — ele beija meus lábios. — Eu prometo, meu amor. Agora


me deixe tocar em você.

Mordi o lábio o encarando em silêncio antes de balançar a cabeça em


afirmativo, Nate suspira antes de passar os braços em volta da minha cintura
me levantando um pouco, dou um gemido alto percebendo suas investidas
contra meu sexo, seu quadril se mexe em função do meu e choramingo
sentindo ele fazer cada vez mais forte.

— Mais alto — ele pede e eu balanço a cabeça.

— Vão escutar o que estamos fazendo…

— Foda-se, eu quero que escutem, não me importo — ele aperta minha


bunda. — Geme mais alto para mim, Susie.
Ele coloca uma mão no meu pescoço me mantendo perto do seu rosto e eu
grito com as investidas retomando a frenética rápida, aperto meu sexo
sentindo um orgasmo se formando e isso o faz gemer junto comigo. Suor
descia pela minha testa e o suspiro ofegante de Nate só me deixava mais
excitada.

Ele gozou primeiro que eu com os olhos nos meus lábios e eu em seguida
com a mão na grade da cama apertando com força, o aparelho de batimento
cardíaco estava quase explodindo e eu sei que os vizinhos dos quartos
sabem o que estava acontecendo aqui.

Ofegantes nos beijamos e eu sorri quando ele sorri também passando as


mãos nas minhas costas.

— Eu te amo, eu deixaria tudo por você — ele colocou as mãos nas minhas
bochechas. — Eu teria filhos com você, eu vou me casar com você, eu
somaria tudo com você, Jones.

Sorri olhando em seus olhos.

— Você realizará todos os meus sonhos, assim como quero realizar os seus
— sussurrei na nossa bolha cor de rosa.

— Você já é todos eles — ele beija meu queixo e eu solto uma risada depois
que ele morde de brincadeira.

Mas nos assustamos quando a porta do quarto foi abrindo e eu rápido o tirei
de dentro de mim abaixando minha saia e puxando sua roupa de hospital para
baixo, mas não deu tempo de sair de cima da cama quando o rosto de Adam,
Peter e Dylan apareceu na porta.

Quase caí da cama mas Nate me segurou em cima dele, os meninos


perceberam o que estava acontecendo e se viram automaticamente cobrindo
o rosto com as mãos gritando orações para Jesus.

— Senhor tenha misericórdia! — Adam resmunga e Peter finge que vai


vomitar.
— Eu acho que vi uma bola, meu Deus, eu estou traumatizado — Dylan
fingiu ir caindo no chão e Peter começou a rir do drama o levantando.

— Saiam daqui! — Nate grita e eles não param de rir deixando o clima mil
vezes mais leve, até eu estava rindo ao descer na cama corretamente.

— Não julgo, porque eu estaria fazendo o mesmo — Peter diz e os meninos


concordam ainda de costas para nós dois.

— Nem se eu tivesse 5 balas, nada me impediria — Dylan fala rindo e os


dois concordam com a cabeça.

— Vocês dois gostam de um proibido hein, já basta o sofá do Peter… —


Adam estava rindo quando Nate e eu arregalamos os olhos.

Dylan virou o rosto para trás nos encarando e ele fez uma expressão estranha
de que alguém ia morrer, ele deu passos para o lado se mantendo longe e
Peter ainda estava rindo olhando para Adam que tinha os lábios apertados
não rindo de volta.

Peter foi parando de rir lentamente.

— Por que caralhos você não está rindo? — ele bateu no peito de Adam. —
Você disse uma piada, ria!

Nate me puxou discretamente não querendo morrer de verdade agora e eu


afastei suas mãos me movendo para o lado, ele abre a boca chocado e eu dou
de ombros vendo Peter se virar para ele lentamente.

— Você usou meu sofá, Nathaniel? — Pan perguntou baixinho parecendo


estar sendo possuído por 5 espíritos diferentes.

— Hum...não? — Nate aperta os lábios e dá um sorriso sem graça. — Então,


eu levei um tiro, não é? Pois é...dói muito, cara.

— Seu desgraçado! — Peter começou a correr na direção de Nate e eu


arregalei os olhos ouvindo Nate gritar por ajuda.
A cena a seguir poderia me curar de qualquer doença que possa existir em
mim, me acabei de rir com Peter subindo em cima da cama na mesma
posição que eu estava agarrando o cabelo dele com Dylan e Adam do lado
tentando tirar ele dali mas falharam miseravelmente com as risadas que não
conseguiram conter.

— Socorro! — Nate grita e eu me jogo na poltrona rindo alto quase me


engasgando.

— Meu. sofá. de. 5. mil. dólares. — Peter silaba batendo em Nate com o
travesseiro que ele tinha pegado, as penas começaram a sair e os meninos já
estavam vermelhos quase desmaiando no chão.

— Eu estou machucado! — Nate diz e Peter para o encarando ofegante, ele


franze o cenho e depois me olha, nego com a cabeça.

— Foda-se — ele diz antes de voltar a bater nele que cada golpe é um
resmungo irritado.

— Você vai pagar por isso, Jones — Nate grita em meio às travesseiradas.

Dou um sorriso de lado colocando as mãos para trás como uma boa menina
vendo meu noivo sendo massacrado pelo melhor amigo com um travesseiro
enquanto os outros dois já estão no chão com as mãos na barriga.

E eu amo todos eles.

×××

Agir como uma pessoanormal e brigar pelo sexo no sofá:


Subir em cima do amigo que levou um tiro e bater nele com o travesseiro
como vingança:
Achei tendência.

O livro estáchegando no finaaalll, aí gente, vou sentir muita, muitafalta


de escrever eles em livrosoficiais da série mas todo ciclo que se abre
também se fecha! Vamosseguir.
Até, babys ❤.
115° capítulo

Nate

Eu estava me sentindo no jardim de infância novamente.

Dylan, Adam e Peter na frente da minha cama todos sujos com as penas do
travesseiro assassino que estava no meu colo enquanto eu olhava para a
enfermeira idosa brigando seriamente com nós quatro.

— Por Deus! Você acabou de levar um tiro garoto — ela aponta para mim e
eu concordo limpando a garganta.

— Foi sem querer…

— Caladinho aí, loiro — ela levanta a mão para Adam antes de ajeitar os
óculos fundo de garrafa no rosto.

Peter riu baixo e ela olhou para ele por cima do ombro que logo se calou
desviando o olhar para cima. Susie tinha corrido para fora assim que viu a
enfermeira chegando, ela literalmente nos deixou aqui para ouvir o sermão,
Jones sempre foi malvada mas ninguém queria enxergar.

— Podemos limpar se você quiser — Dylan fala antes de cuspir uma pena
do canto da boca, olhei para ele que me olhou de volta e pisquei, ele sorriu
de lado voltando a olhar para a mulher. Consigo imaginar o desespero do
cara, se ele tivesse levado um tiro, eu sentiria o mesmo.

— Isso seria ótimo, tudo o que precisam está ali no quartinho de limpeza —
ela diz e depois se vira indo embora, pisquei confuso e olhei para os
meninos.

— Que hospital é esse? — Perguntei.

— Não é o que estamos acostumados — Peter diz. — Esse era mais perto da
casa de Simon.
— Tem mesmo um quartinho de limpeza! Não sei como você e Susie ainda
não estão lá dentro — Adam diz andando pelo quarto e eu mostro meu dedo
do meio.

— Como você está? — Dylan para perto de mim e eu me ajeito na cama


tirando as penas brancas do meu colo.

— Como se tivesse sido atacado por um gorila gigante!

— Você merecia um soco, babaca! — Peter resmunga de volta pegando a


vassoura da mão de Adam.

Dylan sorriu e depois suspirou encarando o curativo, dei um pulo da cama


quando ele afundou o indicador na ferida e depois dou um soco no seu braço
reclamando.

— Enlouqueceu?!

— Foi mal — ele diz rindo e eu reviro os olhos.

— O que é isso? — Adam pergunta olhando para um tubo branco escrito


"Desinfetante". Ele sorriu e olhou para nós. — Será que é para passar na
ferida do Nate?

— Tenta para você ver — apontei para ele que deu uma risada baixa
voltando a descobrir os produtos de limpeza.

— Kevin está com os meus pais — Dylan diz e eu olho para ele. — Quero
jogá-lo na cadeia.

Suspirei juntando as mãos em cima do colo e passei a língua nos lábios.

— Eu prometi que iria ajudá-lo, acho que ele está pronto para aceitar que
precisa de acompanhante psicológico — falei, Dylan colocou as mãos na
cintura. — Só ele sabe as merdas que passou, e se ele realmente for precisar
de ajuda, não irei negar.

Dylan ficou em silêncio nos primeiros segundos mas depois suspirou.


— Espero que ele aprenda a controlar seus impulsos, mesmo que isso não
apague as coisas péssimas que ele fez, mas eu não o quero perto da minha
família e da minha vida — Dylan diz me encarando e eu vejo que ele ficou
assustado, não o julgo porque também fiquei.

— Ok, Gregório e Monica vão cuidar dele — digo e ele concorda parecendo
satisfeito. — Também não quero Jones perto dele, pelo menos não de forma
tão direta.

— Ei… — Peter se aproxima com um touca branca de limpeza na cabeça e


eu franzo o cenho olhando para ela. — O pior já passou, você quase morreu,
caramba. Comemore que está vivo, comemore que você pode ficar com a
mulher que você ama. O resto se resolve depois.

— Eu concordo — Adam aparece vestindo um avental cheio de corujinhas


desenhadas. — Você está noivo! Vai se casar com a mulher mais bondosa e
gentil que já conheci, agradeça todos os dias por isso. Por que eu agradeço
pela minha.

Dei um sorriso de lado.

— Ela que me pediu — falei os fazendo ficar surpreso.

— Uau… — Peter sussurrou.

— Acho que ela queria me manter acordado, me dar um motivo para lutar…
— sussurrei sorrindo mas depois parei encarando os meninos. — E se ela só
falou isso para eu ficar acordado?! Oh meu Deus, ela não quer casar
comigo…

— Ih ala — Adam levantou uma sobrancelha. — Você comeu muita gelatina?

— Céus, ela não quer casar comigo, ela não quer casar comigo! — me ajeito
na cama e depois bufo irritado quando Dylan dá um tapa na minha testa.

— Se acalma, vadia — ele aponta para mim e eu me seguro para não bater
na sua cara.
— É claro que ela quer casar com você — Peter me tranquiliza. — Você já
percebeu como ela te olha? Cara, enquanto você estava aqui dentro ela
estava morrendo lentamente lá fora, nunca vi Susie tão inquieta e triste como
nessa última madrugada, ela é completamente apaixonada por você.

Dylan e Adam concordam e eu suspiro mais calmo.

— Vai dar tudo certo — Dylan aperta meu ombro enquanto os outros dois
vão começar a limpar o chão sujo de penas.

É, vai dar tudo certo.

Eu espero que sim.

Alguns dias depois...

— Socorro! — gritei de forma dramática e não demorou muito para a minha


coisa pequena aparecer na entrada da sala de estar com uma expressão puta.

— O que foi agora? — Susie pergunta se aproximando de mim no sofá, ela


usava um vestido azul claro com botões brancos na parte de trás, seu cabelo
estava preso em um coque e cada vez que ela se aproximava eu podia sentir
seu delicioso perfume.

— Minha coxa está coçando e eu não consigo me inclinar para alcançar —


faço uma expressão triste e ela suspira arranhando minha coxa. — Você é
uma ótima enfermeira, obrigado.

— Você é muito abusado — ela reclama.

— O que? — fiz uma expressão irritada. — O que você disse?!

Me inclinei para frente agarrando seus braços e a puxei para cima de mim
ouvindo sua risada bonita, Susie se sentou no meu colo me fazendo sorrir
também antes de me dar um selinho demorado.

— Eu estou doente, você tem que cuidar de mim — falei e ela levantou uma
sobrancelha.
— Você está bem, sua ferida já está bem melhor — ela dá uma batidinha no
meu peito. — Mas sei do que está falando, essa doença se chama drama dos
Venturelli.

— Não sei porque está zoando com isso, você vai ser uma Venturelli em
alguns meses — dei uma batidinha na sua bunda.

— Na verdade, acho que vou adquirir o sobrenome Balis — ela diz e isso
me pega totalmente desprevenido, olhei para os seus lábios procurando um
sorriso de brincadeira mas não tinha.

— Hum...claro — acenei. — Claro.

— Parece infeliz…

— Não, não é isso — coloquei minhas mãos no seu rosto. — Você é livre
para decidir isso, qualquer coisa que escolher por mim está tudo bem.

Falei a verdade, claro que eu iria gostar de ter meu sobrenome nela, mas
respeito se ela quiser ter o sobrenome do pai que não teve por mais de 20
anos.

Susie sorriu perto do meu rosto e me deu um selinho rápido me encarando.

— Eu estou brincando… — ela sussurra e eu solto a respiração que estava


prendendo relaxando os ombros e aperto seu rosto com força.

— Sua…

— Você tinha que ter visto a sua cara, Nate — ela riu quando a joguei para
trás no sofá subindo em cima do seu corpo, Jones me abraçou com as pernas
e eu agarrei suas mãos pondo ao lado da sua cabeça.

— Isso não se faz — falei olhando para o seu peito onde o colar de trevo
estava.

— Susie Venturelli — ela diz, pondo as mãos na minha cintura. — Gosto


disso.
— Acho que você pode adotar os dois nomes se quiser — digo e ela levanta
uma sobrancelha. — Pode ser uma Balis e uma Venturelli, a fonte da paz.

Ela riu disso e eu beijei seu rosto várias vezes antes de puxá-la para se
sentar quando ouvi a campainha tocar, escuto os passos de Kate indo até a
porta e me lembro rapidamente que ela pediu demissão a alguns dias, Kate
estava indo para Alemanha para um programa culinária que de acordo com
ela sempre foi seu sonho, não pude evitar perceber o jeito frustrado que me
olhava ao contar isso, como se entendesse que eu e ela nunca rolaria, um dia
depois de descobrir que eu estava noivo foi quando ela pediu a demissão.

A porta foi aberta e eu vi metade deles entrando, Lisa e Dylan estavam com
as mãos erguidas para Danny que andava no meio dos pais com um sorriso
grande ao ser levantado para cima como se estivesse em uma gangorra.

Adam e Rubi vieram atrás, Adam tinha Alya e Maia nos braços e Rubi
segurava Adrian em um braço e o outro agarrava um pedaço da coleira
vermelha, ouvi um latido encarando Mops que se soltou andando de forma
segura até a minha poltrona do canto, ele se deitou lá pondo a cabeça nas
patinhas como se fosse dono dela, essa cachorro é folgado, idêntico ao dono.
Lolinha ainda não tinha encontrado Mops, nós deixamos ela no meu quarto
por enquanto por não saber como eles vão reagir ao se ver.

Gregório, Monica e Abby estavam vindo atrás conversando sobre algo que
envolvia mímica sobre um macaco, mas Monica estava rindo a beça.

Todos eles se aproximam e Susie e eu os cumprimentamos com um abraço


rápido, falamos com os bebês rapidamente e eles se aconchegam nos sofás.

— Emy e Pan estão vindo? — Susie pergunta ansiosa.

— Sim, estão chegando — Rubi responde dando palmas animada, hoje


íamos ver o bebê Ross e toda a sua graça, Emily enchia nossos telefones de
vídeos dele todos os dias.

— Toma um — Adam se aproxima de Dylan dando Maia para ele e depois


caminha até mim.
— Toma um — ele me dá Alya e eu pisco a pondo em cima dos meus
joelhos, ela tinha um pandinha de pelúcia na não quando me encarou
sorridente.

Sorri de lado e a trouxe para mais perto encostando as costas no sofá, Susie
se aproxima deitando a cabeça no meu ombro e nós olhamos para ela que
solta uma gargalhada gostosa quando Susie mexe com o seu cabelo loiro.

— Papa — ela resmunga e eu levanto uma sobrancelha.

— Papa? Será que eu pareço uma fada? — pergunto para Susie a fazendo rir
me dando um selinho casto em seguida.

— Bobo — ela sussurra e eu a beijo de novo antes de olhar para Alya que
nos encarava hipnotizada, fingi a jogar para cima algumas vezes ouvindo ela
se divertir e o jeito que Susie me olhou aquece a merda do meu coração.

Ela toca na tiara rosa de Alya e depois ajeita seu vestidinho dando um risada
sincera quando ela soltou o ursinho de pelúcia pondo as mãos na franja de
Susie.

— Oh, ela gosta — Ela me diz e eu concordo.

— Eu também gosto — olhei para Alya que me encarou também com os


grandes olhos azuis.

— Papa — ela diz de novo se jogando para frente e eu engoli em seco


quando seus dedos pequenos tocaram na minha barba, ela riu me encarando e
eu sorri de volta dando um beijinho rápido na sua testa.

— Eu quero um desses — sussurrei.

— O que?

— O que? — desviei o olhar para Susie que semicerrou os olhos para mim,
limpei a garganta e fiz Alya sentar no meu colo.

— O que você disse? — ela cutuca minha barriga.


— Eu não disse nada.

Susie sorriu de lado.

— Quem bom, porque eu tomei o remedinho, não posso te dar bebês agora
— ela diz e eu suspiro olhando para baixo.

— Oh meu Deus você ficou triste — ela deu um pulo do meu lado assustando
eu e a bebê.

— Eu estou normal.

— Você está triste! — ela riu alto. — Você ficou triste porque eu não tenho
um bebê seu aqui dentro, há! Chupa essa!

Ela estava comemorando com uma dancinha quando se deu conta que todo
mundo estava olhando aquilo, Susie corou de leve parando de rebolar e se
jogou do meu lado se escondendo embaixo do meu braço, Alya e eu demos
risada daquilo.

A porta da sala de estar foi aberta com tudo e nós olhamos para lá
assustados, Peter entrou primeiro abrindo uma faixa enorme e levantou
acima da sua cabeça.

Estava escrito "Ajoelhem-se para Matteo Ross, o herdeiro"

Logo depois Emily entrou com o bebê no colo que estava rindo enquanto ela
jogava glitter para cima dando varias voltinhas.

O bebê parecia estar ficando sem ar de tanto que ria de Emy que o levantou
para cima imitando a cena de Rei Leão, eu sei porque Susie me obrigou a
assistir ontem.

Nós nos levantamos do sofá e fomos até eles que sorriram entusiasmos para
nós.

— Vos apresento, Matteo Ross, o bebê mais novo do pedaço e mais


carismático segundo as revistas de fofoca de NY — Emily passou a mão nos
cachinhos do cabelo dele que olhava para nós já sério. — Meu primeiro
filho!

— Por que ele está sério? — Adam pergunta. — Que revistas de fofocas
foram essas?

— Porque ele está vendo uma dúzia de gente o encarando com um sorriso
maior do que a lua — Peter diz. — Até eu estou assustado.

— Espera — Dylan se aproxima dele e coloca a mão na boca fazendo um


barulho engraçado de peido, todos os bebês, simplesmente todos começaram
a rir, até Matteo que juntou as mãos dando palminhas parecendo feliz, nós
rimos em seguida.

Adam se aproximou do bebê e se abaixou na altura do seu rosto, Matteo


olhou para ele concentrado no seu cabelo e depois desceu até os olhos.

— Oi, sou o seu padrinho — Bell se apresenta. — Vou ser o cara que vai te
levar em festas e te fazer passar vergonha no shopping porque vou querer
andar naquele trem de contos de fadas.

— Viu? É dele que eu tava falando — Emily aponta para a Tinker olhando
para Matteo. — Não ande com ele.

— Eu vou roubar seu filho de madrugada só por essa — Bell fala e logo
depois dá um grito exagerado recebendo o tapa no braço.

Matteo riu dele e estendeu as mãos se jogando na direção de Adam, Tinker


jogou a língua para Emily o carregando no colo e encarou o bebê que
colocou a mão no seu rosto, estava tudo lindo até que Matteo deu um tapinha
na cara de Adam que abriu a boca chocado o fazendo gargalhar.

Emily riu alto pondo as mãos na barriga e Pan apertou os lábios escondendo
o riso.

— Meu Deus é um mini Emy — Adam resmunga e faz uma cara de tédio
quando Matteo bate nele de novo.
Rimos daquilo e voltamos para sala pondo os bebês todos no tapete felpudo
próprio para eles, Susie tinha comprado pela manhã quando saiu para falar
com Simon.

E por falar em Simon…

Nós vemos ele passar pela porta com uma pasta embaixo do braço se
aproximando de nós normalmente.

— O que ele está fazendo aqui? — Gregório pergunta para mim e eu dou de
ombros.

— Espera pai que eu vou resolver — Adam levanta uma mão e olha para
Simon. — Você quer almoçar conosco?

Adam juntou as mãos recebendo um tapinha na cabeça do pai.

— Eu vim falar com você — Simom diz olhando para Gregório que se
levanta do chão deixando Adrian brincar perto de Monica.

— Diga — Gregório pede e Simon tira a pasta debaixo do braço entregando


a ele antes de pôr as mãos dentro do bolso do sobretudo preto.

Meu tio mexe na pasta tirando uns papéis e enquanto ele lia nós estávamos
em silêncio esperando ele falar algo.

Gregório terminou de ler segundos depois e depois olhou para Simon


jogando a pasta para Dylan.

— Estou te dando tudo o que poderia usar contra você e sua família, não há
cópias e nenhum rastro de que eu possa estar mentindo — Simon explica.

— Está fazendo isso pela sua filha? — Gregório pergunta e Simon acena.

— Não só por ela, mas Susie me fez ver que família é tudo o que temos, e eu
não vou me sentir bem destruindo a sua, mesmo que você tenha me fodido
anos atrás tirando alguns contratos meus, nossa rivalidade é inútil para mim,
Gregório.
— Ui — Abby se abana olhando para Simon e eu encaro Susie que aperta os
lábios, sei que no fundo, ela está torcendo para o seu pai ter algo com a mãe
de Pan.

— Ok, sem rivalidade — Gregório levanta a mão e Simon a aparta. —


Obrigado.

— De nada, era só isso, bom almoço — Simon se virou andando para fora e
nós olhamos para Gregório que cruza os braços desviando o olhar, Monica
bateu na bunda dele que suspirou chamando por Simon.

— Espera, Balis — ele o chama e Simon parou se virando para nos encarar.
— Pode ficar conosco se quiser.

Simon levantou um pouco o queixo olhando para Susie que acenou com a
cabeça, ele deu de ombros.

— Ótimo, porque eu trouxe todo mundo — ele fala e assobia, vemos a irmã
dele passar com a filha que usava um lindo lenço rosa na cabeça, Susie tinha
me falado sobre ela, em seguida vemos Carlos e Maria…Oh meu Deus.

— Carlos? — Rubi levanta uma sobrancelha vendo o pai ajeitar a calça que
vestia e a namorada o cabelo que estava uma bagunça, eles deram um sorriso
sem graça passando as mãos no corpo. Eles pareciam ter chegado depois de
Simon.

— Ei! — Carlos levanta a mão. — Chegamos!

— Hum...certeza? Acho que a camisinha ficou para trás — Adam fala e


depois se cala quando Rubi beliscou sua perna.

— Jesus — Maria põe as mãos na boca e olha para Carlos que dá um sorriso
de lado para ela.

— Ei, por que esse puto está aqui? — Carlos aponta para Simon que mostra
o dedo do meio para ele.

— Estamos em paz agora — Gregório diz.


— Oh — Carlos abre a boca e dá de ombros. — Bem vindo de voltaaaa.

Ele corre até Simon que dá passos para trás e resmunga irritado recebendo o
abraço apertado do velho amigo.

— Pelo amor de Deus! — Simon reclama e eu solto um sorriso quando vejo


o resto dele correndo até os dois fazendo o verdadeiro abraço em grupo.

Encarei a minha gangue e nós sorrimos um para os outros.

— Acho que vamos ser como eles até quando ficarmos mais velhos — Lisa
diz sorridente.

— Nós nunca vamos deixar de ser como somos, não é? — Pan pergunta.

— Nunca — respondemos juntos antes de sorrir abertamente.

— A nossa família — Dylan brinda com um copo invisível.

— A nossa família! — falamos juntos e eu sorri verdadeiramente por vê-los


aqui.

Passamos por tantas coisas juntos, e no final ainda estamos aqui, firmes e
fortes.

×××

FIRMES E FORTES!
CRIEI MEUS BEBÊS CERTO!
Gente...o bebê Ross ♀ ♀ Kakakakakaka tão lindo! Jádá pra ver
que ele vai amar o padrinho .

Abby e Simon? Será que rola?


O Carlos e Maria atrasados por estar fazendo coisas educativas :
Kakakakakakakakakakak MDS

Se segura que os próximoscapítulos vamos para a DISNEY! Fechar o


livro com a última viagem dos babacas de terno! 😍😍.
Até, babys ❤.
116° Capítulo

Susie

— Isso! Boa ideia, vai logo, vai logo, vai logo!

Me assustei com os gritos animados de Peter para Adam que estava rindo no
sofá com ele antes de se levantar, semicerrei os olhos pensando que esses
dois estão aprontando.

Bell corre em direção às escadas e some segundos depois deixando todo


mundo desconfiado, olho para o lado quando Simon se joga quase caindo em
cima de mim me esmagando, ele pede desculpas quando percebe que quase
mata.

— Cristo! Desculpe, filha — ele diz rindo junto com Viola que tinha olhado
para nós, ela estava sentada no tapete junto aos bebês parecendo carinhosa
com todos eles ao decorrer do tempo.

— Acho que está na hora de você usar óculos.

— Nada disso, só esmaguei você com toda a minha gostosura — ele diz
convencido.

Sorri de lado encostando minha cabeça no seu ombro, ele deu dois tapinhas
nela da forma carinhosa que só ele tem, para não dizer outra coisa, e me
ouviu suspirar fundo quando percebi ele olhando para Abby de longe.

Fiz um biquinho sugestiva.

— Abby estava falando ontem que gostaria de ir ao Central Park antes de


voltar para a Itália — dou a dica e ele me encara balançando a cabeça.

— Legal, espero que ela faça um bom passeio — ele diz e eu nego com a
cabeça.

— Também ouvi que ela está indo sozinha…


— Ótimo, sua própria companhia é a melhor — ele levanta o polegar.

— Mas! Também ouvi… — apontei para ele. — Que ela adora comer
algodão doce e dividir com alguém, do mesmo jeito que você faz. E sabe o
que isso significa?

Simon me encara.

— Que você precisa parar de andar com o filho dela, anda muito fofoqueira
— ele diz e eu abro a boca chocada vendo-o gargalhar em seguida.

— Entendi porque Nate não gosta de você — falei e ele parou de rir
apontando o dedo para mim.

— Limites, mocinha — me senti uma garota de 12 anos.

— Estou querendo dizer para você convidá-la — digo e ele junta os dedos
apoiando em cima da perna.

— Isso não chateia você?

Levanto uma sobrancelha.

— Claro que não! Por que isso passou pela sua cabeça? — me aproximei
mais pondo meu braço em volta dele.

— Eu não sei, digo, eu não sei. Só fiquei...preocupado com o que você


acharia, sua opinião é extremamente importante para mim, você é minha filha
caramba! Fruto do grande amor que tive, sua mãe era tudo para mim — ele
esfrega os dedos parecendo incerto.

— Acho que você não estava preocupado com a minha reação — falo e ele
me encara. — Acho que estava procurando um motivo para te puxar para trás
e não convidá-la para sair.

Ele fez uma expressão como quem tinha ouvido besteiras, mas depois foi
abaixando a cabeça entendendo que eu estava certa.

— Ela mora na Itália…


— O voo não é tão longo…

— Ela vive brigando comigo...

— Mas você gosta! — cutuquei sua barriga e ele sorriu de lado.

— Eu não sei, Susie — ele diz e eu o abraço de lado. — Conheci Abby na


adolescência, logo depois conheci todo esse povo aí na sala de estar.

Ele diz e eu olho para Gregório, Monica, Carlos e Abby fazendo uma rodada
de...tequila? Oh céus, eles vão ficar bêbados em breve.

— Não tínhamos um relacionamento, eu estava focado em aprender tudo


sobre a minha futura empresa, não dava atenção suficiente a ela mesmo
sentindo algo — ele diz a encarando. — Ela cansou, e foi embora, tempos
depois ela conheceu o pai de Peter, e eu a sua mãe anos mais tarde.

— Você morava na Itália antes? — pergunto.

— Sim, morei por um tempo. Temos família por lá — ele diz.

Isso significa que sou metade italiana?!

Minha nossa! Nate não vai acreditar quando eu contar.

— Você devia tentar agora, digo, talvez vocês tenham uma nova chance. Essa
aproximação não pode ter sido em vão.

— Você acha? — seus olhinhos brilharam.

— Óbvio, você não está rejuvenescendo, pai — falei rindo e ele revirou os
olhos me empurrando para o lado.

Ouvimos passos fortes vindo da escada e eu pisco surpresa vendo Adam


correndo pelo apartamento com Lolinha no colo usando a droga do capacete,
ela não tira aquilo agora!

Isso obviamente chamou a atenção de todos, principalmente de Mops que


levantou a cabeça no colo de Rubi para ver o que o dono estava fazendo.
Adam parou perto de Pan que parecia ansioso e eu logo entendi o que eles
queriam fazer.

— Família e Simon — Adam diz e Simon mostra o dedo do meio para ele
que dá uma risada alta. — Desculpe, eu gosto de você também.

— Droga, fiz algo errado então — Simon sussurra para mim e eu dou um
sorrisinho de lado.

— Pan e eu tivemos a brilhante ideia de juntar os mascotes da família, por


isso eu tenho a galinha estilosa no meu braço — ele aponta para Mops em
seguida. — E o meu quarto filho que usa gravata.

Mops late como se complementasse a apresentação dele, a conexão que


Adam tem com esse cachorro é absurda!

— Ele vai matar a Lolinha — Nate diz de pé ao lado de Dylan segurando


uma garrafa de cerveja.

— Mops é um cavalheiro, ele nunca faria isso — Adam diz e olha para o
mesmo que já está no chão em posição de ataque. — Que isso? Será que dá
pelo menos para fingir, Mops Cristiane?

Mops Cristiane?!

— Mops Cristiane? Que porra é essa? — Dylan pergunta.

— Oh, é que quando Rubi ganhou Mops primeiro pensou que fosse uma
fêmea, tadinha — ele olhou para a esposa com pena como se tivesse um QI
de 5, Rubi revirou os olhos. — Então eu também o dei um nome de mulher
para ele não se sentir confuso.

— Não é possível que esse cara seja real — Simon aponta para Adam com a
expressão desacreditada.

— Puxou a Monica — Gregório falou meio grogue.

— Óbvio, é o mais charmoso — ela diz e depois olha para Dylan que abriu
a boca mortificado. — Digo...mais ou menos?
— Já chega, eu vou te bloquear no Facebook — Dylan aponta para ela que
põe as mãos no rosto, franzo o cenho e encaro Simon que está me olhando
como uma cara hilária.

— Enfim, vamos deixar eles se conheceram agora — Adam põe Lolinha no


chão e manda Mops sentar, ele o faz.

— Mops, essa é a sua melhor amiga, nada de comer milhos juntos, nada de
morder ou bicar os móveis achando que vai ficar tudo bem, não! Sejam
educados — ele avisa e dá passos para trás, deixando Lolinha desprotegida.

— Se Mops atacar essa galinha eu vou socar a sua boca, Adam — Nate
falou sorrindo como se não tivesse ameaçado ninguém.

Lolinha vai um pouco para frente e Mops fica no mesmo lugar com todo
mundo olhando para eles, até os bebês tinham parado de brincar para prestar
atenção.

Quando Mops anda até ela, ele a cheirou toda e Lolinha dá mais passos se
afastando como se ele nem existisse.

Até Mops querer cheirar onde não devia, Lolinha vira a cabeça e eu solto
uma gargalhada quando ela bica Mops na cabeça que simplesmente cai no
chão com as patinhas para cima como se tivesse morrido ou algo assim.

Os outros começam a rir do drama exagerado do cachorro que ainda está no


chão com a língua para fora!

— Porra, é dramático igual a Bell — Lisa ri alto antes de por a almofada no


rosto tentando controlar a risada.

— Mama — ouvimos uma voz suave vir do lado direito do apartamento e eu


olhei confusa para Danny que tinha algo em mãos, depois olhei para os
bebês e uma interrogação se formou no meu rosto ao pensar que ele estava
ali.

— Daniel?! Como… — Lisa se levantou do sofá andando até o filho que já


andava sozinho, ele brincava com um livro e Lisa quase desmaia quando vê
qual é.

— Oh meu Deus é o livro de sexo!

— Sex — Danny fala embolado e Dylan que estava bebendo um gole da


cerveja cospe ao ouvir o que o filho quase diz.

— Que merda — Dylan entrega a cerveja para Nate. — Não, muito novo!

— Pensa pelo lado bom — Adam chama a atenção do irmão. — Pelo menos
não foi a primeira palavra…

— O que é isso? SANTO DEUS QUE PUTARIA É ESSA? — Simon


pergunta ao se levantar e pegar o livro da mão de Lisa, ele olhou para Nate
que tinha os olhos arregalados e depois olhou para mim que corei na hora.

— Oh, é o nosso livro da sorte! — Adam andou até Simon pegando da sua
mão. — Ele junta os casais, fez isso conosco.

— Gregório, porra, certeza que nunca levou esse moleque em um


especialista? — Simon pergunta olhando para Gregório que levantou o
polegar quase caindo para trás, ele estava realmente bêbado.

— Espera aí — Monica se levanta vindo na direção deles, ela pega o livro e


folheia devagar.

— Sabe Deus o que está procurando, mas espero que não ache — Dylan diz
e ela revira os olhos.

— Ei! É o nosso livro! — Abby aparece ao lado de Simon que franze o


cenho.

— Nosso livro? — ele parecia confuso.

— Sim! Você não lembra dele? Não é possível, CARLOS! — Ela chama
pelo pai da Rubi que se levanta do sofá em um pulo afastando a cabeça de
Gregório fazendo o mesmo cair no chão, apertei os lábios tentando não rir
porque seria errado, coitado.
— É o Sutrinha — Carlos diz e abre um sorriso de lado. — Nós usamos
muito esse livro.

Monica de repente deixa o livro cair no chão com uma careta e Adam rápido
o pega do chão irritado, ele leva esse livro muito a sério.

— Como isso foi parar na minha biblioteca? — Dylan pergunta.

— Oh... — Monica abre os lábios e olha para o marido que está desmaiado
na sala, quando ela olha para Dylan vê que o filho entendeu que eles estavam
se aventurando.

Dylan fechou os olhos e balançou a cabeça, ri baixo.

— Esse livro era da nossa época, nós o achamos na praça que sempre íamos
e Monica o roubou — Carlos lembra.

— Eu não roubei! — ela se defende.

— E nem pediu emprestado, olha onde ele está agora — Carlos fala.

— Espera aí, quer dizer que o Kama Sutra sempre foi de vocês? — Peter
pergunta e Monica confirma.

— Os únicos que ficaram com o livro quando nos separamos foi Gregório e
eu — ela explica.

— Oh, você lembra das coisas estranhas que descobrimos? — Abby riu. —
Uma xamã viu Gregório com o livro e disse que ele seria a chave inicial
para um futuro radiante, que não podia ser em sua era, mas seria uma era
nova.

Eles sorriram e Simon também sorriu parecendo se lembrar de tudo, olhei


para a gangue e as meninas que tinham a mesma cara apavorada que eu,
como eles podem achar isso normal?!

Carlos continuou a profecia.


— Lembro que ela disse que teria desgraças, tipo brigas, sonos profundos —
Ele diz e Dylan e Lisa se encaram.

— Discussões e amores inacabados — Abby diz e Rubi e Adam se encaram.

— Também tinha desentendimentos e um quase casamento — Monica fala e


Emily e Peter se agarram fazendo sinais da cruz.

— E por último, traumas e quase mortes — Simon termina e eu encaro Nate


que está de boca aberta meio pálido.

Adam engoliu em seco e depois tirou o celular do bolso.

— Alô? É da igreja? Tem um livro endemoniado com a minha mãe — ele diz
dando passos para o sofá com Rubi ao seu alcance querendo pegar o celular
do ouvido dele.

— Por que vocês estão com essas caras? — Abby franze o cenho.

Olhamos para o livro que agora estava com Monica e depois nos encaramos
em silêncio.

— Eu acho que crucifixos ficariam lindos ali — Dylan aponta para a parede
olhando para Nate que concorda pegando o livro da mão de Monica.

— Isso...pode realmente ter acontecido, mas ele também nos juntou, certo?
Nós fomos a nova era.

— Seu namorado usa drogas — Carlos diz para mim e Simon dá uma risada
alta batendo na mão dele.

— Obrigado.

— De nada, agora quero meus 10 dólares — Carlos diz e eu reviro os olhos


depois de encarar Simon que tinha um sorrisinho perverso.

Cristo.

×××
Próximo cap vai haver uma passagem de tempo 😏.

O fim estápróximo!!! Depois de quase 3 anos escrevendo babacas de


terno, finalmente daremos um ponto final .

Gente, não estou postando mais porque essa semanaficoucomplicada,


mas quero terminar o livro nessemês ainda! Se passar uns diazinhos para
setembro, me desculpem! Mas a minha programação é para acabar na
próxima semana.

Kama Sutrasempre foi da antiga geração, e agora veio para a nova, será
que irá para os filhos?????? Desse livro ninguém duvida 😂.

Até, babys ❤
117° capítulo

Susie

3 meses depois...

Toquei na mão dele por baixo da mesa estampando um sorriso simpático no


rosto tentando esconder meu desespero interno por ter sua mão quente me
acariciando.

Só tentando.

— Então...é um ótimo negócio — Nate diz, com a maior cara de pau do


planeta, ele nem estava prestando atenção no grupo de 5 homens à nossa
frente fazendo uma breve apresentação de parceria.

— Ficamos felizes por você ter gostado, Sr. Venturelli — o líder deles fala,
era o único que segurava uma pasta azul embaixo do braço.

— Você gostou? — ele olhou para mim com um sorrisinho vendo minhas
bochechas coradas e apertei sua mão com toda a minha força, ciente que
ninguém pode ver o contato a mais.

— É um bom investimento — falo e ele levanta uma sobrancelha.

— Só isso?

— Humm… — resmunguei com o aperto forte na minha perna. — Vou pensar


sobre isso.

Essa última frase saiu em um tom de aviso e ele sorriu de lado, voltando a
olhar para os homens.

— Essa é a frase que diz que ela gostou, mas não o suficiente — ele olhou
para o líder. — Minha parceira tem uma ótima visão para essas coisas,
confio nela totalmente para tomar a decisão certa.
Nate agarrou minha mão por baixo da mesa e eu suspirei balançando a
cabeça, apesar de ser uma rede de médio porte para equipamentos de
tecnologia, não é exatamente o que precisamos. Estudei cada detalhe da
empresa de Nate nos últimos três meses, sei o que entra e o que sai, e ele me
dá poder absoluto para fazer o que eu quiser. Adoro trabalhar com ele a
maioria das vezes, ver sua mente trabalhando é fascinante demais para não
roubar uns beijinhos dele de vez em quando.

— Vocês têm um grande potencial, o que estão propondo pode derrubar


barreiras por aí. Mas não é o que precisamos — recusei a oferta sentindo o
olhar admirado de Nathaniel no meu rosto. — Em nome dos Venturelli, eu
recuso a oferta, mas agradeço.

Ouvi os lamentos de mais uma reunião frustrada chegando nos meus ouvidos
e dei um sorriso de conforto para os 5 homens, pedindo para não desistirem
do que tanto querem.

— Nós agradecemos de qualquer maneira — o líder fala pondo a pasta na


mesa.

— Boa sorte — Nate deseja com um acenar de cabeça profissional.

Eles começam a juntar suas coisas saindo da sala de reunião e caminham


para longe nos deixando sozinhos como antes, a porta se fecha e eu olho para
ele dando um tapa na sua mão.

— Aí! — ele reclama rindo.

— Você é… — apontei para ele irritada e me aproximei levantando da


cadeira. — Uma pessoa totalmente…

Apertei o maxilar!

— Totalmente… — encarei seu peito vendo a gravata cinza aparecendo no


colete preto, mordi o lábio.

— Totalmente…? — ele pergunta com o sorriso safado dele, pondo as mãos


nas minhas pernas aproximando o rosto da minha barriga beijando por cima
da camisa social que eu usava.

— Totalmente bonito — digo rindo dando um gritinho quando suas mãos me


puxam para o seu colo, apoio meus joelhos no espaço da cadeira e deixei
seus braços me rodearam, seus lábios tocam nos meus com a nossa risada
baixa soando pela sala de reunião.

— Você está tão linda com essa saia preta, puta merda — ele sussurra
apertando minhas nádegas.

— Você disse isso ontem com a minha saia branca, 5 vezes — sussurrei
contra seus lábios ainda o beijando.

— Só 5? Na minha cabeça foram 100 — ri mais alto olhando para ele e


estiquei minhas pernas as prendendo no seu quadril quando ele se levantou
da cadeira comigo, apertei seu cabelo de leve e com a outra mão me apoiei
na mesa quando ele me pôs em cima dela.

— O que você pensa que está fazendo? — Perguntei sentindo as mãos


grandes deslizando pelas minhas coxas.

— Te dando um bônus no salário — ele sussurra no meu ouvido me fazendo


sorrir de lado e logo em seguida suspirar com o beijo no pescoço que
arrepia minha pele.

Seus dedos tocam na barra da minha saia e ele começa a subir o tecido me
beijando inteira até que todos os movimentos são parados imediatamente
com a porta se abrindo para nós flagrar. Nate literalmente colocou os braços
em volta de mim como se me cobrisse para ninguém ver nada demais, mesmo
que ele não tenha tirado nenhuma peça minha.

Deitei minha cabeça no seu peito e encarei Angela nos olhando com os
lábios entreabertos e o olhar surpreso, demorou alguns segundos para eu sair
de cima da mesa e me ajeitar atrás de Nate que falava com ela querendo sua
atenção, mas ela estava olhando mais para mim e o ajeitar da minha saia.

— Desculpe interromper o trabalho de vocês — Ela diz com um sorriso


falso. — Há alguns documentos que você precisa avaliar antes de eu mandar
para o RH.

Ele fala olhando para Nate agora que encara o relógio no seu pulso.

— Você…

— Posso — respondo antes dele terminar, Nate se aproxima pondo as mãos


no meu rosto me olhando com carinho.

— Eu preciso me encontrar com Jayden Ford, temos um assunto de negócios


a tratar — ele me comunica e eu aceno com a cabeça. — Não durará tanto
tempo, pode fazer isso.

— Com certeza, eu faço até melhor do que você — sussurrei e ele levantou
uma sobrancelha.

— Cadê a Susie humilde?

— Devo ter deixado na boate — brinco de volta e ele dá um sorriso pequeno


antes de se despedir com um beijo demorado.

— Eu vejo você daqui a pouco — ele beija a ponta do meu nariz. — Mia
cara sposa (minha querida noiva).

Sorri igual uma idiota por ter entendido o que ele disse e ainda o vi piscar
para mim antes pegar seu terno cinza da cadeira e o vestir enquanto passava
por Angela que fingia encarar a pasta vermelha com os documentos dentro.

Ele se foi e ela se aproximou de mim fazendo barulho com os saltos e jogou
a pasta em cima da mesa, me aproximei dali pegando a mesma e a abri
colocando os documentos para fora.

— Se precisar de algo, só me perguntar — ele diz apoiando uma mão na


mesa marrom escura.

Abri um sorriso agradecido.

— Obrigada.
— Imagino que...esse tanto de coisa pode te deixar confusa — ela deu de
ombros.

— Nem tanto — passei a mão na minha franja.

— O que você fazia antes? Oh sim, fazia drinks, é uma mudança e tanto… —
olhei para ela. — Acho que esses papéis podem ser difíceis um pouco, acho
melhor eu avaliar isso com o Sr. Venturelli pessoalmente…

Ela tocou nos papéis e eu coloquei minhas mão em cima antes que ela
puxasse para longe, Angela encara a ação rápida e depois os meus olhos.

— Eu sei o que estou fazendo, você não precisa se preocupar com isso —
digo com as sobrancelhas juntas.

— Só quero ajudar, sou mais capacitada para fazer isso...sou a secretária…


— ela pontua e depois me encara dos pés a cabeça. — Você é…

— Sou uma pessoa tão capacitada quanto você, não acredito que acha que
não faço nada só porque sou a noiva do chefe — sua expressão não mudou,
então ela acha exatamente isso.

— Bom, você apareceu aqui do nada e começou a trabalhar com ele para
cima e para baixo...não acho que ele te contratou pela sua capacidade, talvez
só para fazer companhia — ela diz e eu passo a língua nos lábios.

— Bom, você está errada, trabalho como ele trabalha, faço o que ele faz, e
ele escuta minhas recomendações como eu escuto as dele. Somos uma dupla.

— Está dizendo que é minha chefe? — sua sobrancelha se ergue. —


Você...minha chefe?

— Isso parece difícil de acreditar — cruzo os braços. — Isso te incomoda,


Angela?

— Não te acho capacitada para estar aqui, é apenas isso, e você não tem
poder suficiente para fazer nada. A empresa toda sabe disso, e todos
comentam que Nate só está com você porque você é filha de Simon Balis, foi
algo útil estar com você.
Isso me irritou completamente! As pessoas não sabem de nada! Não sabem o
que passamos, não sabe o que vivemos e ouvimos, mas quem tem boca fala o
que quiser.

— Bom, se a empresa sabe com toda certeza que minha união com Nate é
para benefício próprio para o tal, então que achem, nós dois sabemos a
verdade, isso basta — me virei pegando os documentos.

— A verdade é que essas coisas não são para você, volte a só abrir as
pernas como estava fazendo antes de eu entr… — ela parou de falar quando
dei passos duros acabando com nossa distância, a olhei irritada e chateada
ao mesmo tempo, sua expressão parecia vitoriosa e eu bufei.

— Sei que você não gosta de mim, não sou burra. Você já deu vários sinais
que minha presença aqui te incomoda, nos últimos três meses mais do que
nunca, sendo me excluindo de horários ou até em um xícara minúscula de
café — falei olhando para ela sem desviar. — Mas vai ter que se acostumar,
porque eu não vou a lugar nenhum.

Ele apertou o maxilar vendo eu me impor contra ela, se isso acontecesse


tempos atrás eu mexeria os ombros de maneira desconfortável e me afastaria
sem dizer nada, mas aprendi umas coisas, e uma delas foi não ser tão tímida
e ingênua.

— Pode me demitir se quiser — ela provoca, mostrando o que escondeu


desde o início, ela odeia o fato de eu estar aqui. Nate me contou da vez que
Angela tentou avançar com ele e levou um fora, não só por ele não se
envolver com pessoas do seu trabalho mas porque realmente não queria, mas
aqui estou eu provando que essa regra não se aplica a mim.

— Não quero perder tempo — respondo abotoando um botão da minha blusa


suspirando. — Tenho trabalho a fazer.

Peguei os documentos para por na pasta apenas vendo-a por canto de olho.

— Eu disse — ela reforça. — Você não tem poder.


Coloquei minhas mãos na mesa apertando a madeira e respirei fundo
sabendo que se não provar agora, ela pensará que pode me atropelar sempre
que quiser.

Passei a língua nos lábios e a encarei pondo minhas mãos para trás.

— Eu tenho — dei um sorriso pequeno. — E eu também tenho inteligência.

Desviei meu olhar para o lado parando na porta vendo Nate de pé ali com as
mãos dentro da calça social, Angela vira o rosto para o lado vendo-o com a
expressão fechada e arregalo os olhos sabendo que ele ouviu provavelmente
tudo.

— Droga… — ela sussurra antes de virar o rosto para mim.

Olho para Nate que suspira alto balançando a cabeça.

— Eu posso? — Perguntei a ele que sorriu de lado virando o rosto para


enorme vidraça do prédio antes de voltar a me encarar.

— Você pode tudo.

Encarei Angela novamente descruzando os braços e apoiei uma mão na mesa


limpando a garganta.

— Senhorita, lamento informar que seu trabalho por aqui não será mais
necessário — Digo a encarando séria, peguei as coisas de cima da mesa. —
Limpe a mesa até o final dessa semana.

Dei passos para longe a deixando para trás meio mortificada, o que apenas
prova mais seu conceito sobre mim, bom, não só ela mas agora todos
saberão que eu não sou qualquer uma, não sou o bichinho de Nate Venturelli,
eu sou muito mais.

Chego perto dele que estende a mão e eu estico a minha fazendo nossos
dedos se entrelaçarem.

— Vamos, minha chefe — ele brinca e eu dou um sorriso pequeno antes de


sairmos da sala caminhando para o elevador.
— Por que voltou? — Perguntei.

— Esqueci algo importante — ele diz ao clicar no botão do elevador.

— O que?

As portas se abriram e nós entramos no elevador normalmente, as portas se


fecham e eu franzo o cenho quando ele clica no último botão parando o
elevador e me faz soltar o que tinha em mãos porque me prende contra a
caixa de metal atacando minha boca.

O barulho das coisas caindo aparecem e dou um gemido quando ele morde
meu lábio agarrando minha perna direita para por no seu quadril, seu sexo se
esfrega no meu e gemidos saem da minha boca enquanto minhas unhas
arranham sua nuca.

— Quero me casar com você — ele diz pondo a mão no meu pescoço
enquanto eu me esfrego nele lentamente.

— Você vai, já me disse sim não pode voltar atrás — sorri de lado descendo
minhas mãos pelas suas costas, seus olhos pretos param nos meus.

— Se um dia eu voltar atrás, me interne porque eu estou louco.

Sorri mordendo o lábio.


Oh Deus, como eu amo esse homem.

×××

Poderosa, Empresária, eu sou foda, milionária. Nova música da Susie.


Sim, eu vivi pra fazer ela de cabeça erguida e botando pra foder quando
peitarem ela, Não mexe com a minha franjinha pow.

Nate: .
Tácerto, meu patrão, continue, mulher tem que ser adorada.
(Boy tbm kakakaka depende)

Próximocapítulo vou mostrar Emy gravidinha! Boatos de que ninguém tá


aguentando as emoções se alternando a cada cinco minutos, o Adam?
Tágravando tudo pra mostrar pro bebê que tbm vamos saber o sexo nos
próximoscapítulos heheheh.

Até, babys ❤.
118° capítulo

Susie

Assim que pisei dentro da mansão, sou recebida por coisas minúsculas se
agarrando na minha perna falando "tia Susie" de um jeito hilário.

Ri alto vendo Danny, Matteo e os trigêmeos em volta de mim querendo me


abraçar, me ajoelhei para ficar mais a altura e abraço cada um sentindo o
cheirinho gostoso de perfume infantil, Matteo mexeu na minha franja dando
uma gargalhada e Danny me mostrou o brinquedo novo que tinha ganhado, os
trigêmeos estavam apontando para a travessa do Mickey na minha cabeça.

— Uau, como vocês estão lindos — olhei para eles, as meninas usavam
fantasias das princesas, Danny tinha a capa do Batman nas costas, Adrian
estava com um chapéu do homem aranha e Matteo tinha luvas do Hulk nas
mãozinhas.

Escuto passos e levanto a cabeça vendo os pais entrando no hall da mansão


de Emy e Peter. As malas de rodinhas acompanham todos eles que percebem
que estou aqui.

Os abraço rapidamente parando em Emily e Pan me abaixando para acariciar


a barriga que cresce a cada dia, depois de beijar de forma carinhosa eu junto
as sobrancelhas vendo o que estava escrito na camisa dela.

— Não se aproxime eu estou grávida — repito para ela que sorriu passando
a mão na barriga, olhei para Peter que também usava uma camisa assim.

— Não se aproxime da loirinha, ela está grávida — repito o que estava


escrito na sua camisa e percebo que no final tem uma seta apontando para
Emily que estava ao seu lado.

— Isso que eu chamo de moda — Emily estala os dedos.

— Eu tenho uma também, olha! — Adam se aproxima abrindo os botões da


jaqueta e eu aperto os lábios vendo a sua.
— Sou o padrinho do bebê que está na loirinha — leio o que estava escrito e
depois olho para ele com uma cara de tédio.

— Eu também! — Lisa fala alegre e levanta a suéter.

— Sou a madrinha do bebê Ross — leio com um sorriso e ela abraça Adam
de lado que pisca para Emily e Peter.

— Eu não tenho camiseta assim, estou me sentindo excluído — Dylan fala do


meu lado e eu empurro seu braço rindo.

— Onde está Rubi? — Perguntei.

— Está falando com Gregório e Monica para ficar de olho nos pets — Adam
explica.

— Cadê o projeto de segurança? — Emily pergunta por Nate.

— Ele...hum…eu não sei muito bem, me disse que iria nos encontrar aqui —
falei.

— Que estranho, vocês sabem de algo? — Lisa pergunta para os meninos


que são as pessoas mais sutis do mundo! Cristo, sabem disfarçar como
ninguém.

— Não… — Adam afinou a voz e Peter cutucou sua barriga. — Digo, não
porra!

Ele engrossa a voz e nós reviramos os olhos.

— Vamos levar as coisas para a parte de trás, os jatinhos já estão lá — Pan


diz.

— Mas… — Emily o interrompe e depois balança a cabeça. — Não, deixe


para lá..

— O que foi? — ele pergunta confuso.


— Nada, eu só queria saber sobre aquilo — ela faz uma expressão triste e
Pan põe as mãos na cintura.

— Mas nós escolhemos não saber ainda, loirinha. Você mesma decidiu isso.

— Foda-se estou voltando atrás, vai fazer o que? — ela levanta os punhos o
chamando para a briga e ele revira os olhos respirando fundo.

— Do que o ioiô está falando? — Adam pergunta.

— Ioiô são as suas bolas — Emily aponta para ele.

— Fomos ver o bebê ontem e já dava para ver o sexo, a médica não disse
porque Emily e eu optamos por não saber por enquanto — Peter explica.

— E agora eu quero saber, eu não consegui dormir, Peter! — ela põe as


mãos no rosto e nós escutamos o barulhinho de choro, a expressão
desesperada de Peter quase me fez rir.

Eu disse quase.

— Não chore, pelo amor de Deus — ele a abraça e eu vejo Matteo correndo
até Emily abraçando sua perna.

— Olhe, filho. Mamãe está chorando — Pan pega o menino do chão que
rodeia a cabeça de Emily com os bracinhos.

Emy começa a rir dos dois que estão beijando ela e tudo está bem de novo,
encaro Lisa que se me abraça de lado e Dylan que tinha um sorriso bobo no
rosto, Adam tinha o celular erguido com a mão livre na boca fingindo chorar.

Escutei passos pesados vindo da porta e olhei para trás no exato momento
que senti mãos rodeando minha cintura junto a um beijo calmo na minha
bochecha, sorri igual uma idiota.

— Bom dia — Nate sussurra e eu levo minha cabeça para o lado o dando um
selinho demorado sem tirar os olhos dos seus.

— Bom dia — ele dá um sorriso pequeno me dando mais um selinho.


— Casal feliz, credo — Adam fez uma careta.

— Isso é inveja — falei para ele, que abriu a boca chocado.

— O que você beija eu já beijei — ele faz uma cara debochada me fazendo
rir e Nate levanta o dedo do meio para ele.

— Vamos pegar o resultado — Emily diz e Peter franze o cenho olhando


para ela.

— Pegar o resultado? O que você acha que somos? A CIA? — Pan pergunta
enquanto Matteo brinca com a sua barba.

— O consultório está fechado, não? — Perguntei.

— Podemos entrar… — Emy sugere.

— Acho melhor trocar as vitaminas dela… — Adam sussurra para Peter.

— Resultado do que? — Nate perguntou fazendo carinho no cabelo de Alya


quando ela se aproximou dele.

— Do sexo dele — Emy aponta para a sua barriga.

— Vocês já sabem? Nossa! Que incrível, o que é? — Nate perguntou


sorrindo e vai parando quando Emily faz um beicinho querendo chorar.

— Porra, Nathaniel! — Pan reclama e Nate pisca confuso, tadinho.

— Cheguei, só não brilho mais do que o sol porque estou de férias — Rubi
aparece perto de nós fantasiada de Tinker Bell cheia de glitter, ela vê Emily
chorando e franze o cenho.

— O que você fez? — ela olha para Adam que fecha a expressão magoado.

— Eu não fiz nada! Apenas Emily que quer invadir um consultório para
saber o sexo do bebê Ross! — Adam fofoca e Rubi olha para ela.

— Bom… — Rubi dá de ombros. — Eu sei abrir algumas portas.


— O que? — Adam franze o cenho.

— Quando eu morava no Brasil, eu esquecia a chave frequentemente dentro


de casa, tive que me virar.

— Ai meu Deus, me casei com um gangster vestido de fada — Adam finge


tremer a mão olhando para a esposa.

— Vamos fazer isso ou não, temos que sair daqui em 30 minutos — Lisa fala
puxando a manga do suéter para cima e arrumando o cabelo pronta para fazer
algo ilegal.

— Espera aí, vocês não estão mesmo considerando fazer…

Dylan nem terminou de falar isso porque nós começamos a correr para fora
da mansão, mas logo voltamos percebendo que alguém tinha que ficar com as
crianças.

— Mãe! — Adam grita e logo ela aparece com Gregório, ambos com potes
de sorvete. — Olhe as crianças, já voltamos.

Começamos a correr para fora de novo.

— O que vão fazer?!

— Roubar! — Dylan grita. — Não façam isso crianças!

Do lado de fora paramos em um círculo e eu olhei para o rosto das pessoas


que eu confio cegamente, as pessoas que eu faria tudo o que fosse preciso
apenas para vê-las bem, a minha família.

Sorri de lado.

— O consultório fica no final da rua — Pan diz. — Tem uma entrada na


lateral que podemos usar, Nate e Dylan vigiam, Adam e eu entramos. As
meninas vão distrair os seguranças.

— Distrair como? — Nate levanta uma sobrancelha.


— Cantando a música do ursinho pimpão — Adam debocha. — Como você
acha?!

Nate olhou para mim emburrado e eu ri baixo beliscando sua barriga.

— Certo, vamos lá time! — Lisa põe as mãos no centro e colocamos as


mãos ali dando um grito de guerra em seguida.

Começamos a andar rápido pela rua da forma mais estranha possível, quem
visse acharia que estávamos prestes a fazer algum número musical.

Apertamos o passo quando Pan gritou dizendo que só tínhamos 20 minutos


restantes.

Corri mais rápido junto a eles e Pan com o braço em volta de Emy a
segurando.

Fomos para o meio da rua percebendo que não vinha carro e eu ri alto
quando Adam tropeçou em algo ficando para trás, Dylan agarrou Lisa
quando ela pulou nas costas dele.

— Minhas pernas são curtas! — ela diz para ele que começa a rir
desacelerando o passo.

Olho para Rubi que está quase fazendo estrelinhas nos chão para ir mais
rápido e depois olho para Nate que está do meu lado me olhando como uma
expressão do tipo "O que diabos estamos fazendo?".

Ri baixo e comemorei ao ver o consultório no fim da rua, olhei para eles que
se ajeitaram ainda correndo mas eu não estava vendo Adam.

Foi questão de segundos para ouvirmos uma buzina chata, e logo depois
Adam passar no meio de todos pilotando uma motinho elétrica da Rapunzel
com um óculos de sol infantil no rosto.

Ele pilotava aquilo como se estivesse em velozes e furiosos, olhei para trás
vendo se tinha alguma criança vindo atrás dele mas não tinha nada.
Quando chegamos na frente do consultório estávamos ofegantes e quase
morrendo.

— Puta que caralho — Dylan reclama pondo Lisa no chão que estava ótimo
porque não correu nada.

— Certo, vamos seguir o plano.

— Às câmeras de segurança? — Nate pergunta.

— Não tem ainda nesse prédio — ele explica.

— Droga, acho que um lado da minha asa saiu — Rubi reclama dando uma
voltinha.

Adam sai de cima da motinho rosa e põe o óculos pendurado na sua camisa
do bebê Ross, ele passa a mão no cabelo e dá um sorriso de lado.

— Tão bom sentir o vento nos cabelos — ele brinca.

— Como isso não quebrou? — Nate perguntou olhando para a moto.

— Vamos, aquele é o segurança — Dylan aponta para o homem na frente da


porta e depois olha para nós. — Nate e eu vamos vigiar, sejam rápidos.

Concordamos e eu e as meninas fomos em direção ao segurança jogar nosso


charme, logo que ele vê nos quatro abre a boca impressionado.

— Caralho somos muito gostosas — Rubi diz sensualizando.

— Ou porque você está fantasiada de Tinker Bell no meio da rua, Susie tem
uma tiara do Mickey maior que a cabeça dela, Emily está grávida com a
camiseta mais sutil do planeta e eu não tenho sapatos nos pés — Lisa dá um
sorriso paquerador.

— Eu prefiro acreditar na primeira opção — digo as fazendo rir baixo.

— Oi, docinho de coco — Emy é a primeira a atacar passando a mão no


braço dele, o cara desce os olhos para a barriga e dá um sorriso hilário.
— Nossa, não sabia que tinha um desfile de homens bonitos por aqui —
digo, ele franze o cenho, droga, sou péssima nisso.

— Ei, gato. Me chama de parque de diversões que eu faço seu brinquedo


subir — Rubi diz e nós arregalamos os olhos.

— Não! Não, Rubi, assim não! — Lisa põe a mão na testa e Rubi aperta os
lábios vendo a expressão confusa do segurança.

— Meu Deus, me desculpe — falei para ele que começou a rir negando com
a cabeça.

— Bom, imagino que vieram ver a doutora, ela está lá dentro — ele diz nos
vendo rir e parar no mesmo segundo.

— Ela está aí?! — Emy perguntou alto quase se engasgando.

— Sim...ela alterna os dias que trabalha — ele explica e nós nos encaramos
em silêncio antes de correr por onde viemos antes.

Chegamos na lateral vendo Dylan e Nate de costas um para o outro em


posição de seguranças, a sutileza da gangue me impressiona.

— Ei! O que estão fazendo aqui? — Dylan nos nota e Nate se vira em
seguida.

— O consultório está aberto! A doutora está aí — Lisa aponta e nós olhamos


para a porta quando ela é aberta.

Pan e Adam são jogados para fora por um homem enorme que limpa as mãos
antes de fechar a porta de novo, eles se levantam rapidamente fingindo que
nada aconteceu e nos encaram.

— Hum...eu acho que a médica está aí — Adam debocha olhando para Peter
que mostra o dedo do meio para ele.

10 minutos depois...
— Obrigada, e desculpe pelo transtorno — Emily sorriu para a médica. —
Nunca vi esse povo na minha vida.

Ela aponta para nós que abrimos a boca paralisados, a médica balança a
cabeça e depois volta para dentro nos deixando com o envelope amarelo que
contém o sexo do bebê.

— Ok, vamos lá — Pan para ao lado dela.

— Ou, ou, vamos fazer algo emocionantes — Adam sugere.

— Emocionante? Cara, nós literalmente corremos até aqui para roubar esse
envelope do consultório, e você e Peter foram expulsos, quer mais do que
isso? — Nate levanta uma sobrancelha.

— Me dá isso aqui — Pan pega o envelope e dá um gritinho quando Emy


ameaça bater nele.

— Que tal um de nós ver primeiro e fazer um jogo para vocês acertaram —
falei arrancando uma pérola da minha blusa e depois um botão da camisa de
Adam.

— Daqui a pouco vamos sair daqui sem roupas — ele sussurra e eu me


aproximo de Pan e Emily.

— Eu vou ver primeiro e falo para a Susie — Bell diz e nós concordamos.

— Oi! — Rubi acena para uma criança quando ela passa balançando a mão.

Adam se aproxima do meu ouvido depois de ler e eu olho para Emily e Peter
escutando o sexo do bebê deles, os dois se abraçam de lado e eu acho que
meus olhos se encheram de água depois que Adam se afastou.

Olhei para a minha mão e dei um sorriso pequeno.

— Se vocês pegarem a pérola, eu direi — falo esticando as mãos na frente


dos dois que abriram um sorriso empolgado.

— Direita e esquerda — Pan diz.


— Esquerda e direita — Emily diz.

— Sempre vai ser direita — eles falam juntos e agarram minha mão direita.

Virei minha mão para cima e lentamente fui abrindo para revelar a pérola da
minha blusa na palma, todos comemoram chamando uma atenção de quem
passava e os dois me encaravam esperando eu dizer.

— Emily e Peter Ross… — digo e eles juntam as mãos.

Respirei fundo.

— É uma menina! — falei alto os deixando em choque antes de pularmos


comemorando a mais nova integrante do grupo, Emily caiu no choro e Pan a
abraçou enquanto fizemos uma rodinha em volta deles pulando e gritando.

Vê os dois ali foi uma das coisas mais emocionantes que presenciei hoje, era
nítido o amor e respeito que eles têm um pelo outro, não tenho dúvidas de
que vão ser uma família linda.

Bom, é uma menina, e eu só sei de uma coisa.

Nate e Adam ganharam a aposta.

×××

Aposta ganha com sucesso


KKKKKKKKKK
Sim, claro, porque descobrir o sexo do bebê desse povo seria de um jeito
normal, aham, sei.

Que gostou da motinha? Minha vizinha deu uma para a filha dela, vo
roubar. ( kkkkkkkkkk mentira)

Não esqueça de votar!


Onde será que está Balis? Ou...Abby? Hum... temcaroço nesse angu 😏.

Tio Eric?!
O que? Ah sim, adivinha onde ele está...😏.
Até, babys ❤.
119° capítulo

Susie

Pisquei surpresa ao sentir dedos penteando a franjinha na minha testa, olhei


para Nate que parecia concentrado em ajeitá-la e sorri de lado encarando
seu rosto.

Ele estava sentado ao meu lado no jatinho com Peter e Emily na nossa frente
conversando, os demais estavam no outro que também estava estacionado na
enorme pista de pouso que essa mansão tem.

Nate sorriu satisfeito depois que terminou e me encarou nos olhos vendo
minhas sobrancelhas erguidas, ele fez um bico debochado.

— O que?

— Nada não — apertei os lábios.

— Pronto, agora não posso ser fascinado por você — ele reclama e eu dou
um sorriso largo pondo minha mão no seu rosto, ele riu antes de eu o beijar
nos lábios algumas vezes.

— Você tem o total direito de me apreciar — sussurrei e ele juntou as


sobrancelhas mordendo o próprio lábio.

— Eu gostaria de apreciar do jeito certo — ele sussurra de volta encarando


meu corpo e aperto meus dedos no seu rosto olhando para a sua boca — Mas
não estamos sozinhos, infelizmente.

— Se quiser que eu saia e vá voando só me dizer — Emily chama nossa


atenção e Pan põe a mão na boca segurando o riso.

— Vá olhar seu filho — Nate aponta para Matteo que está literalmente
desmaiado na poltrona ao lado de Peter.
— Ele está ótimo, vocês que estão com esse fogo perto de uma mulher
grávida — ela apontou para a barriga. — Não me façam ter desejos
estranhos!

— Meu Deus… — Pan balança a cabeça.

— Desejos estranhos? — franzi o cenho e olhei para Emily que piscou para
mim jogando um beijinho depois.

Levantei uma sobrancelha entendendo e logo depois ela ri apontando para


mim.

— Estou brincando, não quero beijar você — ela diz cruzando uma perna.
— Já beijei Lisa e Rubi, mas você não, e isso não me incomoda nenhum
pouco.

Ela desvia o olhar abaixando a cabeça fingindo chorar e eu faço uma careta
de tédio. Pan olha para Nate que estava rindo baixinho.

— Todo dia eu tenho a certeza que fiz a escolha certa naquele altar — Peter
fala.

— Por isso que Lisa é a minha melhor amiga, ela me beijou — Emy reclama
fazendo um círculo no seu braço como se não tivesse acontecendo nada.

— Ok — falo e ela me encara assim como os outros dois.

— Ok? — Emily levantou uma sobrancelha.

— Não, só queria ver a sua cara — falo e ela joga um ursinho de Matteo no
meu rosto, ri alto.

— Ficar enganando mulher grávida! Que pecado, Susie Jones, que pecado!

Eu estava rindo quando meu celular vibrou no bolso, o peguei de lá para pôr
no modo avião logo mas uma mensagem de Eric chamou minha atenção.

"Qual dessas pantufas vai dizer que eu sou amigo pateta?"


"CARALHO QUE MANSÃO É ESSA?"
"Por que você só tem amigos ricos? Isso é algum fetiche?"

— Eric está aqui — falo e olho para Nate que estava bebendo água mas
parou no ar.

— Oh, Adam o convidou junto a Judith — Pan explica e Nate meio que se
engasga no mesmo segundo.

Ouvimos uma batida na porta do jatinho que já estava fechada mas a


aeromoça corre para abri-la, demora alguns minutos até os dois aparecerem
com um sorriso enorme e cheios de malas.

— Susie, modelo de perfume! — Eric cumprimenta e olha para Pan e Emily.


— Ioiô e bilionário humilde!

— Eu vou matar aquela fada drogada — Emy fala depois de ouvir o apelido
carinhoso.

— Bilionário humilde...que porra — Peter sorriu dando um soquinho na mão


de Eric, e depois cumprimentando Judith que tinha uma coroa na cabeça.

— Por que não me disse que estava vindo? Eu te convidei um milhão de


vezes – reclamei.

— Adam me convenceu — ele deu de ombros.

— Te convenceu como? — Nate levantou uma sobrancelha e Eric riu.

— Já está pensando besteira, Natezinho — Eric bagunça o cabelo dele que


bufa do meu lado.

— Ele perdeu uma aposta, os dois vivem fazendo isso agora — Judith
derruba os dois e Eric dá um sorriso falso.

— É mentira, Judith está falando umas coisas estranhas ultimamente — Eric


a olhou por canto de olho antes de sussurrar. — Acho que ela está roubando
minhas pílulas.

— Seu...velho safado — ela deu um tapinha no braço dele.


— Ai meu Deus, não faz isso — Eric fala alto. — Eu posso me apaixonar,
porra!

— Eric, fala para a Susie me beijar — Emily pede.

— Beija lá, Susie — ele manda.

— O que diabos está acontecendo? — Peter esfrega as mãos no rosto antes


de ouvir seu celular tocando, pelo visto não foi só eu que esqueceu de
desligar o celular.

Ele atende no segundo toque.

— Oi, mãe — ele diz. — Estou indo agora...sim, ele está dormindo.

Pan olhou para Matteo antes de passar a mão no seu cabelo.

— O que? Que voz é essa? — Peter pergunta franzindo o cenho.

Ele olhou para mim.

— Por que Simon Balis está no seu apartamento? Oh meu Deus! — Peter põe
a mão na boca e eu acho que ouvi meu pai gritando "Brincando de casinha".

— Mãe...Simon Balis? Sério? Cacete, tanta coisa boa por aí…

— Ei — chamo sua atenção e ele joga um beijo para mim.

Ele conversou por alguns segundos antes de passar o celular para mim,
coloquei no ouvido.

— Oi — digo.

— Estou me dando bem! — Simon começa a rir e eu ponho a mão no rosto.

— Que bom que seguiu meu conselho.

— Acho que vou pedir aquela coisa…


— Quer namorar com ela?

— Por que não? Estamos conversando e nos conhecendo de verdade há 3


meses, e ao contrário desse seu namoradinho aí eu não sou lerdo.

— Eu ouvi isso — Nate reclama do meu lado.

— Acho que você vai se sair muito bem, e eu estou sentindo um sim vindo
para você — falo e ele suspira do outro lado.

— Eu espero porque realmente gosto dela, se eu tiver um não vou


desenvolver uma namorada robótica— ele brinca e eu me despeço em
seguida mandando um beijo para a minha futura madrasta, vejo Eric e Judith
sentando nas últimas duas poltronas disponíveis e entrego o celular a Peter
que desligou.

— Ele vai pedi-la em namoro — Pan sussurra e eu confirmo com a cabeça.

— Somos oficialmente irmãos — sorri de lado e ele piscou para mim.

Nos minutos seguintes nós subimos voo.

(...)

— Ai meu Deus, é a Cinderela! É A CINDERELA!

Nate quase caiu para trás quando o puxei pelo braço tendo um surto de
felicidade, ele me olhou alarmado pensando que algo estava acontecendo
comigo mas depois suspirou aliviado quando apontei para a Cinderela
cumprimentando crianças.

— Uau...que vestido...longo — ele me encara de novo e eu dou um risinho


passando a mão no meu cabelo e ajeitando minha roupa.

— O que será que eu digo?

— Pergunte se ela pegou o dinheiro de volta na loja porque eu pegaria se


meu sapatinho de cristal saísse do meu pé — ele diz isso com uma expressão
engraçada e melhora quando Dylan passa por nós tentando não rir.
Nate revira os olhos para ele que faz um coração com as mãos, Peter vem
atrás fingindo jogar confete e Adam estava com o celular gravando todos
nós, Eric veio depois piscando para Nate e mexendo a mão imitando um leão
com um rugido.

— Ela está vindo — falei para Nate que agarrou minha mão me vendo
animada, contos de fada fizeram parte de toda a minha infância, quando eu
me sentia triste ou feliz eu assistia, quando eu sentia falta do meu pai eu
assistia, quando minha mãe estava viva nós fazíamos sessões mágicas de
filmes assim, sempre foi algo nosso e eu tenho certeza que ela estaria
animada como eu agora.

A Cinderela nos cumprimentou fazendo uma reverência e com muita


elegância acenou para as crianças que estavam todas juntinhas perto de Lisa,
Rubi e Emy que as arrumavam para as fotos, a foto é tirada por Adam que
levanta um polegar no final.

Chamei por ela acenando e ela veio com um sorriso radiante.

— Oi — digo e a mulher ri baixo provavelmente me comparando com uma


criança, ela olhou para Nate acenando com a cabeça e depois voltou a olhar
para mim. — Eu achei meu conto de fadas!

Levantei nossas mãos juntas e ela riu mais apenas acenando com a cabeça,
acho que elas não podem falar muito.

Ela se aproximou mais um pouco e me deu um abraço rápido me fazendo


soltar a mão de Nate, me foquei nela que me afastou um pouco me deixando
ver seus olhos azuis brilhantes.

— Todos têm o direito de achar que estão em um conto de fadas — ela diz
ainda com um sorriso bonito. — O amor é...mágico, não é?

Dito isso ela balança a mão e se vai balançando o vestido indo até uma
próxima família, ri disso e me virei para falar com Nate dando leves passos
para trás vendo-o de joelhos bem na minha frente.
Coloquei as mãos na boca e encarei seu rosto vendo tons de ansiedade e
nervosismo, ele põe a mão no bolso e eu o acompanho com olhar vendo a
caixinha vermelha se abrir bem na minha frente.

— Ela está certa — ele diz e eu sinto lágrimas brotando dos meus olhos. —
O amor é mágico, não podemos vê-lo de forma tão literal apenas sentir. Eu
nunca tinha entendido o significado dessa palavra até entender que o
significado não pode ser descrito porque o que eu sinto por você ninguém no
mundo entenderia.

Uma lágrima solitária desceu pelo meu rosto e eu me aproximo sorrindo se


forma boba.

— Você me ensinou tantas coisas, Susie. Coisas que eu nunca pensei que
pudesse sentir ou fazer, você me tem por completo e eu faço tudo para ver
você feliz, e eu vou fazer tudo porque estarei sempre ao seu lado.

Ele pegou minha mão esquerda percebendo que meus dedos tremiam de leve
e sorriu antes de engolir em seco.

— Quer casar comigo, Susie Jones?

Sorri abertamente já chorando de felicidade e balancei a cabeça.

— Sim, óbvio que sim! — digo e logo depois escuto as comemorações das
pessoas à nossa volta, ele se levanta rindo e me segura pela cintura me
beijando em selinhos rápidos.

— Eu amo você — ele sussurra e eu coloco minhas mãos no seu rosto


dizendo que também o amava.

— Coloque o anel em mim, Sr. Venturelli — pedi rindo e ele sorriu feliz
pegando minha mão esquerda.

O anel de diamante escorregou pelo meu dedo facilmente, a pedra em cima


era enorme e com certeza chamaria atenção aonde eu fosse. Mordi o lábio e
olhei para ele que beijou minha mão.
— Espero que esteja ansiosa para se tornar minha esposa, tenho muitos
planos para você, futura Sra. Venturelli.

— Oh meu Deus, diga isso de novo — pedi ainda escutando a gangue e as


meninas fazendo uma festa em volta de nós dois.

— Sra. Venturelli — ele repete e eu dou um sorriso antes de beijá-lo


novamente.

— Eu gosto disso — murmurei e ele beijou minha testa me apertando.

— Nos casaremos muito em breve — ele passa as mãos no meu cabelo. —


Não vejo a hora de vê-la de branco.

Sorrimos e logo depois a gangue se juntou a nós em um abraço que quase me


mata, as meninas vieram depois nos parabenizando e gritando alto, as
abracei apertado mais contente do que nunca.

Elas viram o anel e quase caem porque Eric chega do nada agarrando minha
mão, ele põe a mão na boca chocado com o tamanho e depois me olha.

— Agora só quero uma namorada se ela me der um desses.

— Você troca de namorada toda semana.

— Isso não quer dizer que eu não queira um anel de brilhantes, será que se
eu pedir Nate me dá um?

Ri baixo.

— Você pode tentar.

Eric concordou e andou lentamente até onde Nate estava com os meninos.

— Ei, Nate! Meu amigo, será que…

— Não — Nate o corta e Eric levanta o polegar voltando a andar na minha


direção, ri alto.
— Estamos tão felizes por você — Emily juntou as mãos perto do rosto.

— Estou tão orgulhosa, ainda me lembro quando você nos contou sobre o
primeiro beijo de vocês na praia em Bahamas — Rubi fingiu limpar uma
lágrima. — O ciclo está se fechando!

— Mas para abrir um novo — Emily diz e eu concordo. — Estamos todos


felizes e bem resolvidas, encontramos o amor das nossas vidas.

Nós quatro viramos o rosto para a gangue que parabenizava Nate, sorri de
lado e voltei a olhar para elas.

— Tivemos muitas histórias e muitos desencontros, mas amor em todas elas


— Lisa respira fundo. — Nada no mundo me faria voltar atrás.

Concordamos.

— Isso é tão...mágico! — falei levantando as mãos. — Tudo ao nosso redor


é lindo e estonteante, jamais vou esquecer isso.

— Seu lugar ideal, Sus… — Lisa não conseguiu terminar de falar porque
ficou pálida de repente e pareceu que ia vomitar, ela quase o faz nos fazendo
dar passos assustados para trás.

— Oh meu Deus! — Emily se aproxima novamente com sua bolsa dando a


ela para vomitar.

Lisa a agarra e respira fundo levantando a cabeça não querendo vomitar, ela
está ofegante e a essa altura Dylan já está em cima dele como um falcão.

— Baby — ele passa as mãos no cabelo dela que vai se acalmando aos
poucos. — Ei.

— Eu estou bem — ela diz voltando a olhar para ele, que estava
visivelmente preocupado.

— Eu que decido isso agora — Dylan desce as mãos pelos braços dela
tentando confortá-la.
— Fiquei enjoada, foi do jatinho, você sabe que eu tenho problemas com
avião — ela diz enquanto ele agarra o cabelo dela amarrando em um
coque...divino! Como ele consegue fazer isso?!

— Você não fica assim, comeu algo estragado?

— Eu não sei — ela diz e se apoia nele que desliza as mãos pelo corpo dela.
— Não me sinto assim desde…

— Danny — ele completa e ela olha para ele alarmada.

— Eu ia dizer semana passada que comi um burrito estragado — ela corrige


e ele negou com a cabeça.

— Você está grávida — ele fala com tanta certeza que até eu acreditei.

— Como você sabe?

— Eu conheço seu corpo, Lisa. Eu já te disse isso e sempre vou dizer, sou
ótimo em ler você — ele se gaba e ela revira os olhos.

— Não é gravidez, ok? Foi do jatinho.

— Não, não foi.

— Sim, foi.

— Não...não foi — ele fala irritado e ela se afasta pondo as mãos na cintura.

— Não vamos brigar por isso de novo — Lisa aponta para ele.

— Sua sorte é que não tem hospital por aqui, senão você estava lascada
mocinha — ele aponta para ela que bate na mão dele.

— Eu tenho um teste de gravidez aqui — Emily levanta a mão e eu franzo o


cenho.

— Hum...mas...hum...por que?! — Rubi pergunta.


— Eu sempre andava com um, acho que esqueci de tirar quando descobri
que estava grávida — explica Emily.

— Ótimo, vamos fazer — Dylan estende a mão e Emily pega o teste da sua
bolsa dando para Lisa.

— Meu amor, eu sei que você queria outro bebê, mas combinamos de deixar
Danny crescer mais um pouquinho…estávamos nos cuidando — Lisa
conversa com ele. — Não crie expectativas, ok?

— Eu sei quando você está grávida, vá logo — Dylan dá um tapinha na


bunda dela que fecha a expressão.

— Você é muito arrogante, vamos fazer o seguinte — Lisa olha para nós que
nos aproximamos dela ficando de frente para Dylan.

A batgirl olha para os meninos que se aproximam ficando de frente para nós,
parecia que íamos brigar ou algo do tipo, Eric e Judith ficaram perto das
crianças que estavam entretidas em um van de desenhar e colorir.

— O que você propõe? — Dylan pergunta.

— Vamos fazer uma aposta — Lisa diz e eu automaticamente coloco minha


mão na testa, escuto Nate rir disso.

Olho para ele e jogo um beijo vendo-o piscar para mim.

— Aposta, nós somos ótimos nisso — Bell se gaba.

— Sim, são ótimos, mas não conseguem ganhar de nós — Emily diz e eles
fecham a expressão.

— Certo, se Lisa estiver mesmo grávida, Dylan ganha a aposta, mas se ela
não estiver...nós ganhamos e vocês vão fazer tudo o que quisermos.

— O mesmo vale para nós — Rubi aponta.

— Fechado — Nate concorda.


— Vamos com ela para fazer o teste — Comento e todos concordam.

Saímos de lá indo procurar o banheiro e nos juntamos na missão de saber se


Lisa está grávida ou não, céus, eu estava empolgada por isso!

— O que eles vão fazer se perder? — Rubi pergunta.

— Eu tenho uma ideia — Emily dá o sorriso diabólico dela.

Rubi e eu nos encaramos já entendendo que ela não vai pegar leve.

×××

Claro que teria a aposta final! MeninasXmeninos!

Nate e Susie 😩😩😩 aí mds, Momentos finais, meus amores. Desde já eu


agradeçovocêque ficou atéaqui! Que continuou lendo e me
acompanhando, você mora no meu coraçãozinho por ter dado uma
chance a babacas de terno!

Espero ter tirados das mais variadas emoções existentes de você, te


feito esquecer o mundo real um pouquinho e vivido uma vida em Nova
York com 4 bilionários de terno! 😂.

Até, babys ❤.
120° capítulo

Foto acima publicada no Instagram dos babacas de terno akakakaka ☝ .


@readllisa

Lisa Venturelli

Maldito Dylan Venturelli!

Dylan...é tão...irritante, aquele gostoso e delicioso e...que ódio! Eu estou


tremendo de leve com a possibilidade dele estar certo, ele estava de
Danny...e agora lá está ele brincando com os priminhos.

— Ai meu Deus eu vou desmaiar — resmungo e Rubi abre os braços


prontamente para me pegar.

— Você está andando de um lado para o outro a minutos, faça logo o teste,
minha bebê está com fome — Emily resmunga fingindo escorregar para
baixo na parede.

— Ei! Olha o que eu achei! — Susie aparece do nada com a cara pintada e
cheia de balões presos na parte de trás da sua calça.

— Onde você estava? — pergunto.

— Uma mulher muito gentil me parou ali e me deu tudo isso — ela riu
balançando a bunda e os balões se movem junto com ela.

— Lisa, você precisa logo fazer isso e acabar com a dúvida — Rubi diz
perto de Susie que concorda.

— Certo! Só estou...nervosa — peguei o teste do meu bolso e caminhei para


a cabine, elas vieram junto e eu franzo o cenho vendo elas entrando na
cabine também.

— Vocês vão ficar aqui dentro? — levantei uma sobrancelha.


— Quer que eu segure sua mão? — Emily pergunta com uma expressão
amorosa.

— Faça logo xixi, pelo amor de Deus! — Rubi mexe as mãos ansiosa e eu
suspirei abaixando minha calça e calcinha pronta para fazer xixi, levo o teste
onde tenho que levar e espero.

— Oh, é assim que se faz? Pensei que você tinha que enfiar…

— Não, não — Emily corta Susie que dá uma risadinha baixa.

— Cadê o xixi? — Rubi pergunta para mim e eu fecho a expressão.

— Não sei, você quer que eu ligue e marque um horário para perguntar? —
pergunto e ela me mostra do dedo do meio, Emy e Susie riram passando a
mão no meu cabelo. — Não me toque, eu tô mijando!

— Aaaaa ela tá mijando — Susie grita com as mãos para cima.

— LÁ VEM O XIXI PESSOAL! — Emily bate palma e Rubi levanta as


mãos para cima agradecendo.

Meu Deus.

Eu só queria fazer um teste de maneira normal.

— ACABEI! — gritei realizada e olhei para o teste, Rubi pegou com a ponta
do dedo enquanto eu me vestia, olhei para elas menos tensa que antes e
agradeci mentalmente por ter as melhores amigas do mundo.

Saímos da cabine ao mesmo tempo e demos de cara com duas mulheres


totalmente confusas nos encarando através do espelho, elas piscam mais do
que o necessário e nós quatro damos risinhos sem graça.

— Emergência de mulher — Rubi fala e elas pegam suas coisas saindo do


banheiro ainda com uma expressão hilária.

— Certo, e agora? — Susie nos pergunta e Rubi põe o teste na pia me vendo
lavar as mãos.
— Vamos esperar alguns minutos — Emy diz.

— Vamos conversar — Rubi fala. — Sobre você.

Ela aponta para Susie que não consegue esconder sua cara de felicidade,
está escrito na testa dela e eu acho que está saindo fogos da sua cabeça,
nunca a tinha visto tão feliz antes.

— Eu vou me casar! — ela levanta os braços para cima e nós sorrimos


contentes por ela e por Nate, no fundo sabíamos que eles iam acabar juntos.

— Pensei que ele não ia pedir, já que você já tinha pedido — Emily diz. —
Já estão noivos há três meses.

Ela sorriu cruzando os braços.

— Peter me contou ainda agora que Nate tinha encomendado esse anel dias
depois que eu o pedi em casamento, e só chegou hoje, por isso ele se atrasou
quando estávamos na mansão — ela diz olhando para a pedra brilhante no
seu dedo anelar.

— Pan é muito fofoqueiro, misericórdia — falei e elas riram concordando.

— Abby estava certa, vocês se tornaram mesmo um casal — Rubi diz


sorrindo.

— Pois é, quando ela soube que estávamos noivos naquele almoço de boas
vindas a Matteo, ela colou aqueles post it nas janelas do carro dele com a
frase "Eu sabia". Nate demorou uns 10 minutos para tirar tudo aquilo — ela
conta e nós rimos baixo, tia Abby é uma piada e agora está com Simon, a
dupla perfeita.

— Ai caralho tem um risquinho! — Apontei para o teste as assustando e me


aproximei junto com elas, vemos apenas um risquinho e eu ponho as mãos no
peito respirando fundo.

— O que? Só um? Como assim? — Rubi pega o teste e balança como se


tivesse com defeito.
— Eu não estou grávida — falei com um sorriso pequeno, mas depois minha
expressão murchou. — Eu não estou grávida…

Elas me olharam tristes e se aproximaram de mim me abraçando fazendo


uma rodinha no meio do banheiro.

— Eu disse que era tolice — falei me controlando para não chorar, Susie
beijou minha cabeça e Emily afagou minhas costas, Rubi passou as mãos no
meu rosto me confortando.

— Está tudo bem, acho que Dylan errou nessa — Rubi faz uma expressão de
desânimo e nos abraçamos novamente. Me confortei nelas por alguns
minutos que nem liguei quando a porta se abriu, ouvi passos mas estava de
olhos fechados assim como elas.

— Posso jogar isso fora?

Ouvimos a voz de uma mulher e Susie olhou para ela balançando a cabeça
em afirmativo, acho que era a pessoa responsável pela limpeza dos
banheiros.

— Mas deu positivo, não quer mesmo?

Nós quatro soltamos um barulhinho de surpresa ficando estáticas em um


abraço grupal confortável, levantamos a cabeça lentamente virando para a
mulher que apontava para o teste na bancada, ela franziu o cenho.

— Por que estão olhando assim...AAAA — ela resmunga quando corremos


para cima do teste a afastando e eu peguei aquela coisa minúscula sobre os
gritos das meninas e protestos para ver logo.

Quando vi os dois risquinhos ali eu fiquei azul como um avatar, puta que
pariu! Pisquei várias vezes para ver se estava mesmo vendo aquilo e olhei
para as meninas.

— Eu estou grávida! Ai meu Deus, tem um bebê aqui! — Apontei para a


minha barriga e elas pegaram o teste da minha mão vendo por si próprias.
Susie colocou as mãos na boca, Emily sorriu animada e Rubi me encarou
surpresa. EU ESTOU GRÁVIDA!

Elas parecem cair na real e eu caio junto porque corro até as três caindo no
abraço apertado e girando com gritinhos de felicidade ecoando pelo
banheiro.

— Nós estamos grávidas ao mesmo tempo, repito, nós estamos grávidas ao


mesmo tempo! — Emily diz para mim e eu caio na gargalhada pondo as
mãos na minha barriga que não é mais tão plana desde a minha gravidez de
Danny.

— Dylan...ele vai ficar tão...— falei sorrindo mas fui parando. — Certo, o
filha da Monica está certo!

— Porra...nós perdemos a aposta — Rubi põe a mão na boca já querendo


correr para longe.

— Gente...eu não quero fazer o que eles querem não — Susie mexe os dedos
já nervosa.

— Não, espera, não podemos perder! — Emily passa a mão no cabelo e


suspira.

— Bom… — limpei a garganta. — Eles não tem como saber, não é?

Juro que não foi ensaiado mas as três soltaram um sorriso tão malicioso que
eu me assustei.

— Espera, eu tenho outro teste na bolsa! — Emily fala e Rubi dá um passo


para longe dela com uma expressão engraçada.

— Você tem que se livrar desses testes — Susie diz e Emy pega outra
caixinha entregando a ela.

— Vá fazer — ela diz e Susie faz um bico curioso caminhando para a


cabine, demora alguns minutos e logo ela sai com o teste na mão ainda em
braço.
— Você não enfiou isso aí, certo?

— Não — Susie responde a Emy com uma careta.

— Vamos dar o teste negativo, e vamos ganhar a aposta — falei. — Foda-se


que é trapaça, já vi Dylan trapacear várias vezes.

— Adam também — Rubi diz.

— Peter também — Emy diz.

Olhamos para Susie.

— Hum...Nate não trapaceia, ele só...ganha, na verdade — ela junta as


sobrancelhas pensativa. — É, ele trapaceia.

— Então pronto, depois você conta para ele de forma fofa sobre a gravidez e
vai ficar tudo bem, Dylan é cagado por você mesmo — Emily deu de ombros
e eu balancei a cabeça sorrindo.

— Aqui está — Susie olha para o teste que tinha apenas um risquinho e
suspira em silêncio, todos nós sabemos que o sonho dela é ser mãe, e talvez
esse sonho esteja mais perto agora, porém ainda não é o momento para ela e
para Nate, ela mesma nos disse isso. Não sei muito bem o que aconteceu
com ele, mas ela diz que o respeita e entende, e que sabe que ele dará isso a
ela quando estiverem prontos.

Emy enrolou em um lencinho e nós nos encaramos respirando fundo.

— Vamos lá, time — falei.

(...)

— E então? — Dylan me pergunta com um sorriso vitorioso com as mãos


para trás, levanto uma sobrancelha.

— Emily vai falar o que vocês tem que fazer — peguei seu braço estendendo
sua mão e coloquei o teste em cima dela, junto ao lenço, os meninos estavam
atrás dele e rapidamente se aproximaram.
Dylan afasta o lenço para ver melhor e seu sorriso vai diminuindo
lentamente transformando em uma carranca desacreditada.

— O que isso significa? — Nate pergunta.

— Acho que ela não está não — Peter resmunga.

— Por que risquinhos? Porque ter uma criança...é um risco — Adam filósofa
e ele mesmo bate palma orgulhoso.

— Deu negativo — Dylan sussurra e volta a olhar para ela. — Impossível…

— Bom, acho que nem tanto — aponto para o teste. — Você estava errado,
batgirl.

— Você está mentindo — Dylan fala e se aproxima ficando quase colado em


mim, sorri de lado o provocando.

— Aceite, vocês perderam — coloco o indicador no seu peito. — Que tal


deixar a experiência mais...realista?

— O que? — ele franze o cenho.

Coloquei os dedos na minha boca e assopro para fazer uma entrada


deliciosa.

Os meninos levantam a cabeça lentamente para trás de mim e eu me viro


para ver Rubi, Susie e Emily segurando exatamente quatro vestidos enormes
de princesas caminhando até nós quase em câmera lenta, olho para os
meninos que mudam a expressão de surpresos para desespero.

— Não...não...não! — Nate agarrou o braço de Dylan o puxando para trás e


eles se juntaram um pertinho do outro.

As meninas chegam perto de mim e me dão o vestido de Dylan que era o


verde da princesa e o sapo.

— Bom, não preciso falar mais nada, certo? — Perguntei.


— Sua...malvada! Escuta aqui Lisa Venturelli, você vai pagar por isso lá no
céu — Adam aponta para mim e eu mostro meu dedo do meio.

— Olha, Bell. Eu peguei a Rapunzel para você — Rubi fala animada e Adam
riu deixando a pose de durão para longe se aproximando dela já animado
dando pulinhos.

— Onde vocês conseguiram essa merda?! Com certeza não é do nosso


tamanho — Peter resmunga.

— Tem uma loja bem ali — Susie aponta. — De todos os tamanhos,


acreditam?

Ela olhou para Nate que apertou o maxilar para ela com fogo nos olhos, ela
não parecia intimidada, parecia se divertir muito na verdade.

— Não, não fode, não vou fazer isso. Estamos na porra da Disney! Milhões
de pessoas devem estar nesse parque e eu — Peter aponta para si. — Peter
Ross, não vou vestir isso nem sobre ameaças.

— Eu digo o mesmo — Nate apoia Pan pondo a mão no ombro dele.

— Eu também não farei — Dylan estufa o peito e se aproxima dos dois, eles
olham para Adam que já estava com uma tiara na cabeça, ele pisca e depois
olha para Rubi.

— Posso fingir que estou com eles? — Adam sussurra para Rubi mas eu
consigo escutar.

— Pode, mas você vai vestir isso — Rubi diz.

— Óbvio, você já viu como brilha? — os dois riram e ele ainda deu um
selinho nela antes de andar até os meninos estufando o peito.

— Estou com meus parceiros — Adam levanta o polegar perto deles.

Nós quatro suspiramos e demos aquele sorrisinho já conhecido pela gangue.

20 minutos depois...
— Tá olhando o que parceiro?

Peter pergunta irritado ao passar perto de um homem alto que ria muito da
cena, chamei as meninas para ver o que estava acontecendo e o sorriso no
meu rosto foi impagável.

— Puta… — Emily diz.

— Que… — falei.

— Pariu — Rubi completa.

Susie sorriu dando palminhas e eu acho que a partir daquele momento ela
tinha uma nova princesa favorita.

Em câmera lenta novamente eu vejo Adam, a Rapunzel perdida dentro de um


vestido rosa com uma linda tiara na cabeça acenando para todos como se
fosse um ícone do conto de fadas.

Rubi riu alto dele que fingia dormir, mas depois acordava dando um beijo no
rosto de Nate que ameaçava socar sua cara.

Nate usava um vestido azul que estava apertadinho nele mas ficou lindo! Ele
também tinha uma tiara na cabeça e luvas nos braços, vê aquele homem de
quase dois metros usando vestido foi a coisa mais estranha que eu já vi na
minha vida, e olha que eu conheço Adam Venturelli.

Peter usava o vestido da branca de neve e...ah não, me dobrei dando uma
gargalhada quando percebi que ele estava de peruca! O cabelinho chanel da
princesa caiu perfeitamente nele, puta merda. Ri mais alto e eu acho que
estava me mijando.

— Eu tô passando mal — Susie resmunga enquanto nós quatros estamos


rindo de forma escandalosa esperando nossas princesas se aproximarem.

Olhei para Dylan e coloquei uma mão na boca, seu vestido era verde e sua
tiara era a mais bonita de todas. Ele tinha um sapo de pelúcia na mão e
parecia odiá-lo, continuei rindo até ele se aproximar de mim ficando na
minha frente.
— Eu não… — voltei a rir e ele revirou os olhos pondo as mãos no decote
do vestido o puxando para cima.

— Já acabou? — ele pergunta irritado.

— Dylan, é a primeira vez no nosso casamento que eu não quero transar com
você — murmuro e ele finge rir resmungando que ia pagar por isso.

— Não acredito que você não está grávida, Lisa! Eu sempre sei quando há
algo diferente em você, porra — ele diz frustrado e sua carinha triste quase
me fez jogar meus braços em volta do seu pescoço e gritar que ele estava
certo.

— Está tudo bem errar — coloco minhas mãos na sua cintura subindo até a
sua nuca, ele me abraça ainda com uma carinha triste.

— Eu queria que Danny tivesse um irmão ou uma irmã, quero que ele tenha o
que eu tenho — ele diz e nós olhamos para os outros que riam e se
abraçavam esbanjando amor e intimidade. — Quero que ele acorde de
manhã e enfrente tudo, e que saiba que se algo der errado, ele sempre vai ter
gente para contar. — Dylan me encara de novo. — Assim como nós temos.

Suspirei sentindo meu coração acelerado, sorri de forma meiga passando


meus braços em volta do seu pescoço o dando um selinho demorado.

— Eu estou grávida — sussurrei contra seus lábios e eu senti suas mãos me


apertando de leve ao receber a informação.

Ele se afasta minimamente para me encarar.

— Desculpe, o que?

Sorri de lado.

— Eu estou grávida, o teste negativo não foi eu quem fiz — falo e ele franze
o cenho descendo o olhar pelo meu corpo afastando um pouco seu vestido.

— Você…
Levei minha mão para o meu bolso de trás e peguei o verdadeiro teste
mostrando a ele, Dylan arregalou os olhos vendo os dois risquinhos. Por um
momento eu acho que matei o homem mas ele só está chocado demais para
falar.

— Esse é o verdadeiro, vamos ter outro bebê, Sr. Venturelli — falei e ele
colocou a mão na testa ainda olhando para o teste.

— Você está grávida? — ele encarou minha barriga meio ofegante. — Você
está grávida, porra!

Ele arregalou os olhos novamente e eu sorri quando ele colocou os braços


em volta de mim me tirando do chão beijando todo meu rosto, comecei a rir
e concordei cada vez que ele perguntava se íamos ter outro bebê.

— Você está grávida, você está grávida — ele põe as mãos no meu rosto. —
Eu sabia! Eu sempre estou certo em tudo.

— Não fode — nego com a cabeça o fazendo rir e ele me beija de novo, juro
que posso sentir sua felicidade a cada beijo.

— Você é tão malvada, não acredito que me fez vestir isso — ele sussurrou
entre beijos me fazendo rir de novo.

— Era necessário, acho que era mais um desejo, sabe como grávida é —
falo e ele revira os olhos ainda sorrindo.

— Lisa Venturelli — Suas mãos acariciam meu rosto enquanto os olhos


verdes encararam os meus. — O que diabos vou fazer com você?

— Me amar, me proteger e sempre me dar o que está me dando agora —


sussurrei. — Essa felicidade que você me dá todos os dias.

Ele sorriu e balançou a cabeça concordando.

— Combinado, baby.

Rimos mais uma vez antes de escutar a gangue e as meninas vindo para cima
de nós já parecendo entender, acho que as meninas contaram a verdade.
Olhei para Dylan que sorriu de lado ainda olhando para eles.

— Se prepare para os abraços — ele sussurra.

— Já parou para pensar que juntamos todos eles? — pergunto e ele me


encara. — Se eu não tivesse aceitado seu pedido de noivado falso, Emily
não teria se aproximado de Peter, eu não teria conhecido Susie e Rubi na sua
boate que eu só fui depois de me aproximar de você.

— Somos os primeiros a começar tudo isso, acho que eles nos devem —
Dylan piscou para mim e eu abri os braços vendo que eles estavam perto.

Ainda ri antes de receber todo o carinho que a gangue e as meninas


depositaram em nós dois.

Nos abaixamos minutos depois para pegar Danny que se aproximava com o
resto das crianças que parecia super encantadas por ver os pais e tios usando
vestidos de princesas.

Dylan carregou Danny que tinha o rostinho pintado e um brinquedo nas mãos.

— Papai — ele diz olhando para Dylan. — Um dinossaulo!

Danny abre as mãos querendo dizer que o dinossauro era grande.

— Dinossauro? Onde? — Dylan finge surpresa.

— Ali — ele aponta e olha para mim. — Cuidado, mamãe.

Ri baixo e beijei sua bochecha.

— Mamãe vai tomar cuidado, meu amor.

— Papai vai proteger ela — Dylan diz para ele que concorda com a cabeça.

— Eu também — ele diz e nós rimos o abraçando em seguida.

Minha família com Dylan só aumenta, e eu não posso estar mais feliz e
realizada por ter isso com ele. Eu consegui encontrar o amor da minha vida.
E ele é um babaca que usa terno.

×××

Eu acho muito injusto isso! Por que eu não tenho um desse também? Que
inferno! Sou tão boa garota, nãofaço nada de errado 😔 eu
nãomereçotápassando por isso.

A gangue vestidos de princesa na Disney deu um tcham nos parques de


lá,
alô? É da Disney? Pode fazer uma parque dos Venturelli/Ross, eu deixo
KAKAKAKAKA tô brincando.

Próximo capítulo é o último passo para o penúltimo capítulo do livro hein!


Deixe aqui seu "❤" se você vai sentir saudades.

Até, babys ❤
121° capítulo

Nate

Senti algo puxando meu vestido...hum...vestido...puta que caralho, ainda não


consigo acreditar que estou usando um vestido de princesa!

Olhei para trás para ver quem estava me chamando e encontrei uma garotinha
de cabelos pretos e olhos azuis encantadores, ela olhava para o vestido com
um grande sorriso parecendo adorá-lo até seus olhos subirem para me olhar
no rosto.

Seu sorriso se desfez e ela franziu o cenho como se estivesse vendo a coisa
mais estranha do mundo.

— Você não é a Cinderela — ela fala para mim e eu cruzo os braços.

— A Cinderela está de folga, estou cobrindo ela hoje — digo e a garotinha


coloca o dedinho no queixo parecendo analisar minha resposta.

— Não tinha outra pessoa? — ela me pergunta e eu coloco minhas mãos na


cintura.

— Acha que eu não sou parecido com ela? — levantei uma sobrancelha.

— Não, você é um homem — ela fez uma careta, sorri internamente. — Mas
você é bonitinho também.

Porra, bonitinho?!

— Humm...obrigado — fiz uma reverência e ela sorriu.

— Agora você parece uma princesa — ela bateu palminhas.

Pelo amor de Deus.

— Ei! — fui para trás sentindo o corpo da minha noiva em cima de mim e a
segurei pela cintura já sorrindo igual um idiota, Susie passou as mãos pelo
meu rosto e mordeu o lábio.

— Hum...o que acha de subirmos para os quartos...e hum… — opa, isso


parece interessante. — Você sabe…

Limpei a garganta já ansioso para caralho.

— Para fode… — parei de falar quando me lembrei que tem uma coisa
minúscula bem do nosso lado, olhei para a menina que nos encarava
atentamente.

Susie arregalou os olhos e se separou de mim dando um sorriso sem graça.

— Você é uma princesa estranha — ela diz para mim.

— Preste atenção, garotinha — me aproximei dela. — Eu sou uma ótima


princesa, mas que tal você ir até a sua mãe? Ela deve estar preocupada.

— Você tem barba — ela se estica tentando alcançar meu rosto e Susie dá
um sorriso se aproximando também.

— Você é adorável — Susie diz passando a mão no cabelo dela, que


concorda. — Mas eu acho que você vai gostar mais daquela princesa.

Susie aponta e ela segue o dedo da mesma até parar os olhos em Adam
Venturelli, a melhor princesa da Disney. Ele estava rodeado de crianças já
faziam 30 minutos e todas riam frequentemente, Adam tinha o dom de fazer
qualquer pessoa se interessar pelo o que ele está falando.

— Ele também tem barba! — a garotinha solta uma risada alta e depois
corre nos deixando para trás.

Susie se aproxima de novo e eu acabo rindo da careta que ela faz ao ver que
minha tiara está torta, ela se aproxima e ajusta na minha cabeça.

— Então, vamos? — dei um beijinho rápido nos seus lábios e ela sorriu
descendo as mãos pela minha cintura.
— Vai mesmo tirar esse vestido? Você é a personificação da moda nele,
acho que só devia usar isso daqui em diante.

— Não fode — sussurrei passando meus braços em volta dela.

Susie riu com a boca próxima da minha e eu mordi seu lábio tentando me
conter na frente dessas pessoas desconhecidas.

— Eu só preciso fazer uma coisa antes… — ela diz dando-me selinhos


demorados me olhando nos olhos.

— O que é?

De repente ela escorrega entre meus braços e eu franzo o cenho quando ela
se abaixa puxando uma parte do meu vestido e simplesmente sumindo lá
dentro, arregalei os olhos escutando sua risada e olhei em volta para saber
se alguém viu ela entrando na porra do meu vestido!

— Susie! — chamei por ela entredentes.

— Eu realmente dou aqui dentro! — ela fala rindo. — Rubi me deve 10


dólares.

— Você anda apostando, mocinha? — girei com o vestido e ela riu mais lá
dentro, sorri de lado.

— Só dessa vez, não sou compulsiva como você.

Revirei os olhos, só faço isso 15 vezes por semana, nem é para tanto.

— Já se divertiu? Saia daí agora que eu quero entrar em você — falei


olhando para baixo mas levantei a cabeça ao perceber que uma família
passou na minha frente aterrorizada, dei um sorriso sem graça e minha
expressão piorou quando Susie saiu debaixo do vestido meio que rolando.

A família olhou para ela e depois para mim com uma sobrancelha erguida,
quando Jones percebeu o que estava acontecendo rápido tratou de explicar.
— Eu não...hum...eu perdi meu brinco e — ela gesticula com a mão. —
Achei que estivesse...lá embaixo?

— Certo, tchau, tchau — agarrei a mão de Susie e a puxei para longe


ouvindo sua risada contra meu braço quando ela colocou o rosto ali.

— A cara deles...o que você acha que eles estavam pensando? Tem uma
doida dentro do vestido mesmo ou estou delirando? — ela riu mais.

— Aposto que me ver de vestido ajudou na confusão — digo e ela continua


rindo o caminho todo. — Ou era isso ou acham que você estava trabalhando
com a boca.

— Nathaniel!

— O que?! É uma possibilidade — sorri de lado.

Minutos depois...

Puxei a chave do quarto no meu decote do vestido e olhei irritado para ela
que começou a rir de mim.

— É um ótimo lugar para guardar as coisas — me defendo.

— Pelo menos seus mamilos estão aquecidos — ela aponta.

— Você não me respeita mesmo — reclamei pegando parte do meu vestido e


levantando para passar pela porta. — Princesas primeiro.

Ela riu alto e entrou em seguida no quarto fechando a porta.

— Estou começando a achar que você gostou disso, Sr. Venturelli.

Joguei a chave na cômoda e agarrei sua nuca a trazendo para perto, respirei
perto do seu rosto e todo seu cheiro delicioso rondou na minha cabeça.

— Eu gosto de muitas coisas, futura Sra. Venturelli — olhei seu corpo


lentamente com um sorrisinho safado. — Principalmente o que estou vendo
agora.
Ela sorriu pequeno, pondo as mãos na minha cintura até arrastar os dedos
para os botões atrás do vestido, ela começa a soltá-los enquanto eu faço um
carinho na sua nuca encarando seus lábios.

— Eu vi como você estava me olhando — ela sussurra baixinho tirando um


laço do vestido azul e jogando no chão me encarando com os olhos
castanhos sedutores e inocentes ao mesmo tempo, só ela consegue fazer essa
merda.

— Como eu estava olhando? — Perguntei enquanto ela puxava o vestido


para baixo até ele cair no chão, ela encarou minha cueca boxer depois que
tirei os sapatos dos pés.

— Me olhando como… — seus dedos tocaram acima da minha cueca boxer


e eu a puxei para perto pondo uma mecha do seu cabelo para trás. — Como
se não aguentasse mais um segundo sem tirar minhas roupas, minha blusa…

Toquei na mesma a puxando para cima e ela continuou me olhando de


maneira excitante.

— Meu sutiã… — toquei no fecho da frente o desfazendo e liberei os seios


pequenos na minha frente, passei meus dedos ali em cima e encarei seu rosto
vendo a excitação crescendo.

Me aproximei colando seus lábios nos meus e adorei sentir seu coração
batendo rápido dentro do peito.

— Minha calça — ela diz e eu mordo seu lábio com os dedos no botão da
calça jeans o desfazendo, quando consigo me abaixo a puxando comido e
tiro dos seus calcanhares em seguida.

Volto a ficar de pé a vendo só com uma única peça, encaro seus olhos e
passo a língua nos lábios.

— Minha calcinha… — ela diz por último e eu agarro seu pescoço levando
a mão livre para o meio das suas pernas, Susie se mexeu inquieta limpando a
garganta quando dou um tapinha naquela região mas a trago para perto de
novo pelo pescoço.
Ela geme baixinho e eu solto um suspiro satisfeito afastando a barra da
calcinha para tocá-la, não me espanto ao sentir que ela está encharcada,
Susie sempre está pronta para mim.

Ela ofega quando giro meu dedo no seu clitóris e mantenho seu rosto perto
do meu a vendo se desmanchar.

— Não geme assim para mim, você fode com a minha cabeça — pedi contra
seus lábios e ela geme mais alto me contrariando, sorri internamente.

— Eu quero… — ela sussurrou ofegante e eu aperto o maxilar quando sua


mão encosta no meu pau acariciando de leve, o aperto mais forte no seu
pescoço aparece e eu continuo tocando nela como ela me tocava.

— Eu quero chupar você — sussurrei tentando levá-la para cama mas ela
não fez muito esforço, a encarei nos olhos.

— Eu também quero — ela diz e eu engulo em seco a beijando em seguida,


tirei minhas mãos do seu corpo apenas para carregá-la do chão e sentir seus
braços me envolvendo.

A levei para a cama pondo-a ali por alguns segundos só para puxar sua
calcinha para baixo e ela fez o mesmo com a minha cueca boxer, agarrei seu
queixo quando percebi que ela estava indo fazer o que queria.

— Eu tenho uma ideia melhor — digo e ela franze o cenho, me ajeito na


cama deitando minhas costas e puxei ela pela cintura que ainda não parece
entender. — Sente no meu rosto e me chupe, Mi bela.

Ela piscou algumas vezes antes de vir sentar no meu rosto na posição certa
para ter acesso ao meu pau, vi suas costas e o cabelo caindo por ali até
passar minhas mãos pelo seu corpo.

A puxei para baixo e escutei seu gemido quando coloco a boca na parte
sensível do seu corpo, Susie ofegou rapidamente e eu levei uma mão até o
seu seio o apertando enquanto ela se esfregava no meu rosto procurando
gozar.
Tudo estava indo bem até eu parar por alguns segundos prendendo a
respiração quando senti ela se inclinar passando a língua no meu pau, dei um
gemido contido ao sentir a língua quente na ponta e apertei sua bunda
voltando a passar a língua nela que se mexe devagar. Sorri internamente.

Sinto suas mãos no meu sexo e resmungos abafados saem de mim ao sentir
sua boca experimentando meu sexo que pulsava, eu não consigo resistir
muito com Susie fazendo isso, maldita hora que eu ensinei como eu gosto.

— Susie… — a chamei mas ela me ignorou me chupando mais rápido,


apertei sua bunda com mais força e passei o braço pela sua cintura a jogando
para o lado, escutei ela lamentar com as costas na cama e me aproximo
rapidamente agarrando suas coxas.

— Não acredito que fez isso, me deixe terminar! — ela pede ofegante e eu
dou um sorriso pequeno.

— Eu deixaria você cavalgar no meu rosto até gozar, mas você estava mais
empenhada em me enlouquecer que me desconcentrou…

Não consegui falar mais nada porque ela conseguiu sair da cama de uma
maneira tão rápida que parecia que eu não tinha reflexo, a olhei confuso
vendo-a puxar a cadeira da escrivaninha e depois vir até mim me puxando
pelo braço.

Saio da cama olhando seus olhos e apenas isso prende a minha atenção que
nem percebo quando ela me senta na cadeira preta, Susie me beija devagar
me provocando e eu suspiro antes de tocar sua língua com a minha. Ela
arranhou meu peito de leve e eu resmunguei quando ela se afastou um pouco.

Segundos depois ela volta com a faixa azul do vestido e vai para atrás de
mim pegando meus braços.

— Ei — contestei.

— Espera — ela sussurra no meu ouvido e eu sinto ela dando o nó nas


minhas mãos para me prender na cadeira. — Isso é só para você não me
atrapalhar de novo.
Levantei uma sobrancelha.

— O que?

Ela voltou a ficar na minha frente e eu mexi minhas mãos tentando me soltar
mas não tive sucesso.

— Susie.

Ela riu baixo com as mãos na boca.

— Você está...hum...sem o seu precioso controle — ela brinca com a minha


cara e eu aperto o maxilar pensando quantas vezes vou fazê-la chegar no
limite mas não deixar ela gozar.

— Se me soltar agora eu posso até ter piedade de você — digo e ela ri se


aproximando, sua mão pousa no meu maxilar e o beijo doce me faz fechar os
olhos.

— Eu amo tanto você — ela sussurra e eu rápido esqueço que estava


irritado. — Com toda a minha alma, mente e corpo.

Seus beijos desceram pelo meu pescoço e eu suspirei olhando para ela que
desceu pelo meu peito lentamente, apertei os lábios quando ela tocou no meu
pau e me masturbou levemente voltando a me encarar nos olhos.

— Quer mesmo que eu solte você? — ela pergunta e naquele momento eu


realmente sinto que os papéis se trocaram.

— Não… — Sussurrei e ela passou a língua nos lábios antes de me dar um


selinho demorado.

— Foi o que pensei — ela diz com um sorriso meio safado e depois se
ajoelha na minha frente passando as unhas nas minhas coxas.

Puta que pariu.


Estou fodido.
Vi perfeitamente quando ela se aproximou dando um beijo suave no meu pau
me encarando nos olhos, Susie subiu pela extensão e eu apertei meus dedos
no pé no chão tendo um leve infarto.

Ela afastou mais minhas pernas se colocando entre elas e eu soltei um


gemido inevitável quando senti suas mãos acariciando minhas bolas, ela
colocou a boca na glande inchada e eu apertei minhas mãos na cadeira
tentando controlar minha respiração.

— Porra — Sussurro com os olhos vidrados na sua boca que me engole


devagar, encaro suas costas e logo depois os lábios novamente que se
apertam no meu sexo cada vez que ela sobe e desce.

— Susie… — a chamei antes de jogar a cabeça sutilmente para trás quando


ela fez mais rápido, sua mão livre passou pelo meu peito que subia e descia
e eu senti gotas de suor no meu cabelo o fazendo cair levemente na minha
testa.

Gemi novamente de maneira rouca e tudo melhorou quando escutei ela gemer
novamente mostrando que estava tão excitada quanto eu.

— Eu vou… — a olhei novamente vendo sua língua deslizando pela minha


glande e mexi minhas mãos de novo querendo agarrá-la logo, mas eu não
conseguia me soltar. — Susie!

Prendi a respiração por alguns segundos quando senti seus dentes raspando
de leve para me provocar e não aguentei por tanto tempo gozando na sua
boca de olhos fechados, Susie recebeu tudo com as mãos ali ainda me
masturbando, essa mulher quer me ver no caixão.

Ela engoliu tudo passando a língua nos lábios quando terminou e me encarou
ainda me masturbando, eu não estava tão duro como antes, mas se ela
continuar fazendo isso não vai demorar muito para eu ficar novamente.

— Você me odeia? — pergunto e ela ri baixo negando.

— Pelo contrário.
— Esse foi o melhor orgasmo da minha vida — digo. — Toda vez que você
faz isso se supera.

— Tive um bom professor — ela piscou para mim e eu sorri querendo tocá-
la mas bufei quando lembrei que não dá.

— Me solte — peço.

Ela olhou para o meu pau que estava meio ereto e depois para mim
perguntando se eu daria conta, pelo amor de Deus.

— Me solta agora para eu tirar essa expressão de dúvida do seu rosto —


digo e ela ri baixo se levantando, senti seus dedos me soltando e suspirei
olhando para o chão até me levantar da cadeira e me virar para ela que
levantou a cabeça para cima para me encarar.

Peguei a faixa azul da sua mão e depois o seu braço a jogando na cama,
Susie sorriu ofegante abrindo as pernas para eu me colocar entre elas.

Neguei com a cabeça.

— De quatro — mando e ela abre os lábios soltando um resmungo baixinho.

Susie vira na cama deitando de bruços e eu agarro sua cintura apoiando ela
em seus próprios joelhos, sua bunda fica para cima e eu dou um tapa ali a
fazendo me olhar irritada, sorri de lado.

Me inclinei sobre ela agarrando suas mãos e amarrei a faixa nos seus pulos
para amarrar na grade da cama em seguida, ela se apoia nos cotovelos já
presa e depois me encara por cima do ombro.

Encarei suas costas descendo minhas mãos até a sua cintura, agarrei sua
bunda apertando e ela suspirou voltando a olhar para frente.

Me abaixei beijando o sinal na sua nádega que é o meu preferido e desci


mais até chegar no sexo que parecia carente de atenção, a penetrei com a
língua um pouquinho e ela rebolou de leve contra meu rosto mas parou
quando percebeu que eu passei meu dedo mindinho pelo buraquinho mais
acima, Susie gemeu baixo e sorri internamente a vendo sofrer como sofri.
Mas não demorei muito ali porque eu precisava entrar nela, me levantei
novamente me posicionando atrás da mesma e só estiquei o braço pegando
minha carteira de cima da cômoda onde tinha deixado e resgatei um
preservativo, o vesti e levei meu pau até o meio das suas pernas escutando
seu suspiro alto, passei minhas mãos pelas suas costas até agarrar seu cabelo
puxando seu rosto para trás, sua expressão se contorce de prazer quando
entro nela com uma facilidade tremenda.

Susie fecha os olhos quando meto com força e vai mordendo o lábio quando
continuo com esse ritmo suspirando perto do seu corpo, Susie é incrível, e é
minha, toda minha para o resto da minha vida como eu sou seu.

Não tem coisa melhor do que isso para mim.

×××

😈😈😈
Último hot do casal, família!
Aproveitemporquevocês só vão ver novos hots meus no livro da
Samantha! (Disponível no meu perfil por falar nisso). Enfim, espero que
tenham gostado porque Susie e Nate tô no fim! 😭😭.

Preparadas para o casamento? Para saber o sexo do bebê da Lisa? Para


saber o nome do bebê Ross? AAAAAAAAAAAAAA vamo que vamo.

Continua segurando na minha mãoque a aventura tá no fim mas ainda


não acabou 🙃.

Até, babys ❤.
122° capítulo

2 meses depois...

Susie

Encarei os livros completamente lustrados, o apartamento estava limpo


como nunca esteve, tudo isso graças ao novo funcionário de Nate que
assumiu o lugar de Kate, era um homem na casa dos 40 super prestativo e
com certeza sabia usar uma esponja, até hoje eu uso sabão demais quando
vou lavar louça.

Girei o anel de brilhantes no meu dedo e sorri para o nada ao lembrar que
meu casamento será em poucos dias, e é com Nathaniel Lola Venturelli, o
cara que para mim sempre seria inalcançável.

Agora ele está quase me colocando em um vestido branco e me arrastando


para o altar.

— Você não está pensando em desistir, não é?

Me assustei pondo as mãos no peito e olhei para a entrada da biblioteca


vendo-o de calça social azul e camisa da mesma cor combinando com os
pares de sapatos pretos.

Nate olhou para os meus dedos em cima do meu anel e meneou a cabeça.

— Você não está usando isso aqui, mas isso pesa — falo e ele dá um
sorrisinho de lado.

— É o peso do meu amor — ele diz e eu faço uma careta. — Porra, estou
pegando as frases do Adam.

Nate balança a cabeça e se aproxima de mim olhando-me dos pés à cabeça,


eu usava roupas formais como ele mas de cores mais claras, o blazer branco
e o colar de trevo era o que eu mais gostava de usar no momento.
— Você não precisa ir comigo — ele sussurra no meu ouvido quando para
atrás de mim ajeitando minha roupa de forma cuidadosa.

— Que noiva eu seria se deixasse você ir a uma festa chata da empresa


sozinho?

— Vamos perder nossa festa de despedida de solteiro — ele passa a mão


pelo meu ombro agarrando meu cabelo e me virando para encará-lo de
frente.

— Por mais que eu adore...sério, por mais que eu adore — balancei a


cabeça. — Sair com a gangue e as meninas, eu realmente não quero parar na
cadeia esta noite ou quebrar um salto por correr de seguranças, sabe por
que? Porque eu estou surtando!

Ele ficou confuso e eu acho que estou sofrendo daquilo...hum...como é o


nome? Ah sim, o desespero nupcial antes do casamento.

— Vamos nos casar! Você vai casar comigo, oh meu Deus, e se eu acordar de
manhã do seu lado e você não me quiser mais porque meu cabelo vai estar
todo bagunçado?

Comecei a andar de um lado para o outro e eu acho que ele estava rindo
baixinho de mim.

— Susie…

— Você é todo gostosão, mulheres caem em cima de você o dia todo! E eu


acho que aquela recepcionista da empresa tem uma queda enorme por você,
ela falta te comer com os olhos. E eu? O último cara que me queria era seu
primo e um pouquinho sociopata! Tenho uma péssima chama para homens —
falei e ele levantou uma sobrancelha pondo as mãos na cintura. — Menos
por você, claro.

Claro...

— Você só está nervosa, vamos dar um...enorme passo na nossa relação —


ele me agarra quando passo na sua frente de novo. — Ei...olhe para mim.
Eu compreendo, não vou mentir que ontem...bom — ele abre mais os lábios.
— Eu tive um pequeno surto com Dylan, ele literalmente bateu na minha cara
quando eu disse que você ia cansar de mim.

— Isso explica o roxo minúsculo bem aqui — olho para a sua bochecha e ele
balança a cabeça.

— Desgraçado! Está marcado? — ele toca na sua bochecha e eu acabo rindo


baixo passando o dedo por cima.

— Com um pouco de maquiagem some — dei de ombros.

— Enfim, só estou dizendo que você tem o total direito de agir assim...você
é a noiva! — ele sorriu. — Sei que as últimas semanas foram estressantes
com os preparativos, mas eu prometo que vou te compensar depois.

É claro que ele deu o sorriso safado dos Venturelli.

— Não estou contestando minha decisão, é claro que vou me casar com você
— coloquei as mãos no seu rosto. — Mas o frio na barriga não me deixa.

Ele riu pondo os braços em volta da minha cintura e me levantou um


pouquinho do chão deixando um beijo casto em meus lábios.

— Que tal nos divertimos?

— E a festa?

— Não preciso de um lugar para me divertir com você — ele fala me pondo
no chão. — Podemos fazer isso em qualquer lugar.

Levantei uma sobrancelha e agarrei sua mão quando foi estendida para mim.
Rápido ele me puxou para fora do apartamento sendo julgado o caminho
todo por Lolinha que parecia irritada por não estarmos levando ela.

(...)

— Aposto um beijo que você não consegue jogar uma azeitona naquela taça
— Sussurro para ele que está sentado do meu lado com a mão na minha
perna.

Minhas bochechas já doíam do quanto eu estava rindo dos seus comentários


sobre a festa, Nate e eu ríamos e conversávamos sobre as coisas mais
idiotas do planeta e uma festa que era chata, se tornou extremamente
agradável.

— Só um beijo? Quero no máximo um beijo na boca e no Nate Junior.

Coloquei a mão na sua boca e ele riu me vendo corada como um tomate,
belisco seu mamilo disfarçadamente e ele dá um pulo na mesa quase
derrubando tudo, ri alto e ele apertou o maxilar devolvendo a ação na minha
coxa apertando com força que me fez ir para frente.

Ele aproxima o rosto do meu e eu cerro os dentes irritadamente.

— Você está despertando a Susie malvada — aviso.

— Hum, interessante já que toda vez que a Susie malvada aparece nós
acabamos fodendo em uma parede do lugar mais próximo...— ela fez uma
expressão de dúvida e depois debocha. — Será que eu gosto disso ou não?
Nossa que difícil.

— Você vai jogar a azeitona ou não? — pergunto e ele dá um sorriso


roubando um beijo rápido meu.

Ele me solta e nós nos ajeitamos na cadeira como se nada tivesse


acontecido, a banda no fundo tocando algo mais animado para as pessoas
dançarem. A festa era do grupo Center Tech, que acabou de fazer um acordo
milionário com Nate, Jayden era o CEO dela e foi com ele que o mesmo se
encontrou algumas vezes para fechar contrato.

— Se eu não conseguir, o que você quer? — Perguntou.

— Você vai ter que usar o tênis colorido da Rubi no nosso casamento.

— Nunca! — ele fala rindo de uma maneira forçada. — NUNCA!

— Nunca é?
— Não! — ele aponta para mim. — Você não vai me convencer com esses
olhinhos meigos do gatinho de botas, não, eu não vou usar aquele
tênis...brilhante e colorido — ele balança a mãos. — Não, nunca.

2 minutos depois...

— Vai errar, vai errar, vai errar, vai errar — sussurrei no seu ouvido e ele
virou a cabeça para mim irritado.

— Eu não vou errar!

— Você está vendo aquela taça, Nate? Ela está tão distante...o homem não
para quieto com ela… — olhei para a azeitona nos seus dedos. — A
azeitona não vai cair lá dentro.

— Caladinha, shiu — ele me beija me fazendo rir e depois volta a se


concentrar.

Droga.

— Estou aqui para te apoiar, mas você vai errar — digo e ele revira os
olhos.

— Eu não vou usar aquele tênis — ele diz.

— Nem pela aposta perdida? Duvido, você é muito orgulhoso por isso.

— Eu não vou perder!

Ele mexe a mão se preparando para jogar e eu engulo em seco esfregando


meus dedos.

— Um...dois...três — diz e na última contagem ele parece pronto para jogar.

— Eu quero fazer sexo anal de novo! — falo no exato momento que ele joga
e eu coloco as mãos na boca percebendo ele ir muito para frente perdendo a
força do lance e caindo da cadeira de maneira desengonçada, Nate se apoia
na mesa e eu comemoro internamente vendo a azeitona bater na cabeça
careca do homem que segurava a taça.
Ele colocou a mão livre atrás da cabeça e como estava de costas para nós
virou o rosto rapidamente, me virei para o outro lado fingindo não estar
olhando para ele e eu juro que vi Nate entrando embaixo da mesa querendo
se esconder.

Me segurei para não rir pondo os dedos na boca olhando para o salão
agradecendo por não ter olhares sobre nós dois.

O homem volta a olhar para frente e Nate sai debaixo da mesa como se
tivesse acabado de sofrer um atentado, ele se senta ao meu lado passando as
mãos na roupa e eu dou um sorrisão de vitória.

— Isso não valeu!

— Valeu sim, não temos mais azeitonas.

— Olha só, Susie — ele aponta para mim. — Você não pode brincar com o
meu coração desse jeito, caralho.

Sorri de lado me aproximando dele, levei meu indicador até a ponta do seu
nariz e ele franziu o cenho.

— Acho que deu problema no sistema — digo e eu vejo que ele lembra
porque logo em seguida abriu um sorriso tão lindo que aquece meu coração.
— Lembra de quando fazíamos isso?

Ele balança a cabeça concordando e colocou a mão no meu rosto.

— Era algo nosso — ele apoia a testa na minha e eu beijo seus lábios.

— Sempre será — Sussurro.

— Eu não vou usar o tênis.

— Aposta perdida, aposta tem que ser cumprida! — Bati no seu peito e ele
resmungou um palavrão dando um tapinha no braço da cadeira.

— Ei! Susie, Nate.


Olhamos para o lado e eu levantei as sobrancelhas com um sorriso contente,
me levantei da cadeira em seguida.

— Samantha! — Sorri antes de abraçá-la e ela esfregou as mãos nas minhas


costas em um ato confortável.

— Que bom que vocês estão aqui — ela diz e olha para Nate estendendo a
mão, ele a aperta com um sorriso simpático.

— Não poderíamos deixar de vir — Nate diz e eu concordo.

— Sr. Ford agradece a presença de vocês, assim como toda a Center Tech
— ela fala e olha para mim. — Conseguiu, hein?

Ela aponta para Nate com a cabeça e eu ri concordando.

— Foi difícil, mas eu venci — digo e Nate levanta uma sobrancelha para a
nossa conversa.

— Mereceu, soldada — ela bota a mão no peito e eu coloco também


enquanto nós duas fazemos uma saudação importantíssima.

— Já acabaram? — Nate pergunta com as mãos dentro da calça social.

Sam e eu rimos.

— Onde está Jayden? — pergunto.

— Ele está falando com algumas pessoas por aí, não sei muito bem — ela
suspirou. — Quando sair daqui me vejo em casa comendo um balde de
pipoca doce com a minha preciosa que come metade da minha comida.

— Oh, você tem um bichinho de estimação? — pergunto.

— O que? Não, estou falando de Kira, minha melhor amiga — ela diz e eu
abro os lábios enquanto Nate ri baixo tentando disfarçar.

— Jay me disse que hoje você comemora um ano na empresa — Nate diz e
nós duas franzimos o cenho, ele aperta os lábios. — Digo, você e...mais
algumas pessoas.

— Bom, sim. Hoje faz um ano que trabalho aqui, e justamente hoje é o dia
dessa festa — ela põe as mãos na cintura. — Achei estranho, as festas nunca
são fora do final de semana...enfim.

— Bom, eu espero ver você na festa de casamento — digo pegando sua mão
e ela concorda na mesma hora.

— Claro, estarei lá, Emily me liga todo dia para confirmar a presença — ela
riu e eu sorri dando um último abraço na mesma que acabou de ser chamada
por uma mulher, e eu acho que seja Kira, sua melhor amiga.

— Nos vemos depois — ela acena indo embora e ajeita o terninho formal e
estiloso que usava.

Olhei para Nate que piscou para mim e encarei os seus pés em seguida.

— Você vai ficar tão estiloso!

— Eu não gosto mais de você — ele diz e se senta na cadeira novamente, ri


alto me aproximando do mesmo e o abraçando ainda de pé, beijei todo seu
rosto o vendo sorrir.

Fui parando quando ouvi uns gritinhos estranhos e Nate e eu viramos para
encarar a entrada do lugar, fui abrindo a boca vendo 6 pessoas andando
rápido na nossa direção com Lisa na frente segurando um papel no alto.

— Ali! — Adam fala alto e Nate se levanta da cadeira com o cenho franzido
como o meu.

Eles se aproximam com rapidez e nós encaramos os 6 meio ofegantes, Peter


tinha as mãos em volta da barriga já aparente de Emily a protegendo, Rubi
estava na frente de Adam que tinha as mãos no ombro da esposa e Lisa
estava eufórica com Dylan atrás dela na mesma intensidade.

— Vocês sabem o que é isso? VOCÊS SABEM O QUE É ISSO, VADIAS?

— Calma, baby — Dylan toca no ombro.


— Desculpe! — Lisa fala sorrindo.

— Lisa está segurando o papel que diz se é menino ou menina — Emy


explica. — Também queriam surpresa, mas não aguentaram.

— Vocês não invadiram nenhuma clínica, certo? — Nate pergunta só para


garantir.

— O que acha que somos? — Adam pergunta magoado. — Não invadimos


nada, só...hackeamos um sistema, nada demais!

Nate arregalou os olhos e eles limparam a garganta fingindo olhar para o


lado disfarçando.

— Por que você não ligou para a médica e perguntou? — falo olhando para
ela.

— Ela está fazendo partos, eu não ia ligar no exato momento em que ela está
olhando para uma vagina — Lisa diz.

— Vocês já sabem o que é? — Nate perguntou e eu olhei para Emy que saiu
por alguns segundos e depois voltou com um prato enorme de aperitivos.

— Não, estávamos procurando vocês dois — Dylan diz.

— Certo, vamos abrir então! — falei animada e fizemos uma rodinha no


meio do salão cientes que metade das pessoas estavam olhando para nós.

Lisa mexe no papel para abri-lo, mas ela estava tão nervosa que o papel
acabou caindo no chão, fomos nos abaixar para pegar mas foi todo mundo
junto atrapalhando. Acabamos nos enrolando dentro da própria roda! Como
isso é possível?!

— Vocês vão pisar, VOCÊS VÃO PISAR E EU VOU MATAR CADA UM


— Lisa ameaça.

Tinha esquecido como ela é amorosa na gravidez.


— Peter! Segura a minha bandeja! — Emily grita e Pan agarra a mesma
saindo da rodinha, todos nós nos afastamos em seguida.

Olhamos para o chão procurando o papel e Lisa quase desmaia quando não
encontra.

— Puta que caralho, cadê? — Adam põe as mãos na cabeça.

— Eu vou desmaiar — Lisa diz.

— Ai, puta que pariu! — Emily reclama e depois põe as mãos na barriga,
provavelmente sentindo a filha chutar. — Peter! Controla essa menina!

— Como caralhos vou fazer isso? — ele pergunta e nós começamos a


procurar pelo papel.

— Por que essas coisas só acontecem conosco? Será que é praga? — Adam
pergunta olhando embaixo da mesa.

— Só se for sua, Tinker Bell atentada — Lisa bate no braço dele.

— Concordo com Adam, essas coisas que acontecem...não são normais —


Pan diz.

— Bom, talvez nós somos personagens de alguma história e tem uma autora
no mundo real que faz essas coisas de propósitos para ferrar com a gente —
Adam diz e nós olhamos para ele ao mesmo tempo, ele balança a cabeça. —
Não, ninguém faria isso.

— Você deu remédio para ele hoje? — Dylan perguntou olhando para Rubi
que põe a mão na testa fingindo ter esquecido.

— Com licença! Vamos começar o leilão desta noite? — olhamos para o


palco vendo um homem de smoking com um microfone perto da boca e um
papel na outra.

— Oh meu Deus! Ele está com o papel — Rubi aponta.


— Dylan, Dylan, corre — Lisa cutuca o marido enquanto o homem do leilão
vai terminando sua apresentação.

— O primeiro item de hoje…

— Ele vai falar o sexo, ele vai falar o sexo! — Adam põe as mãos no rosto
se escondendo no pescoço de Rubi que o abraça.

— Vai ser uma menina…? — o homem franze o cenho e vira o rosto para o
lado parecendo procurar ajuda.

Abrimos a boca chocados e não demora muito para começarmos a pular pelo
salão descobrindo o sexo de mais um Venturelli.

— É uma menina, meu Deus, É uma menina — Lisa falou emocionada e


olhou para Dylan que sorria.

— É uma menina — ele diz a beijando nos lábios algumas vezes e depois
olha para nós. — É uma menina!

No minuto seguinte eu acho que sua pressão caiu porque ele literalmente caiu
no chão que nem bosta, os meninos se aproximaram tentando ajudá-lo e eu
apertei os lábios vendo Lisa e Emily começarem a rir enquanto Rubi tinha a
mão na boca tentando se conter como eu.

— Puta merda, Dylan. Você vai ser pai de menina, eu vou adorar isso! —
Adam fala animado ainda tentando puxá-lo para cima.

— Ally nem nasceu e já está me enlouquecendo junto a Emily — Peter diz e


nós arregalamos os olhos, os meninos largaram Dylan que caiu de novo no
chão e encararam Pan.

— O que você disse?! — Nate pergunta.

— Que estou enlouquecendo?

— Não, babaca, a parte do nome! Vocês deram um nome para ela — Dylan
resmunga do chão parecendo meio morto.
— Sim, nós demos — Peter sorriu e olhou para Emily. — Apresento a
vocês, Ally Marie Ross.

Olhamos para Emily que acariciou sua barriga e nós sorrimos ainda mais
contentes por saber que Marie é nome da mãe dela.

— É um lindo nome — Dylan geme no chão.

— Ally, é o nome da sua irmã — Adam diz e ele concorda, de repente os


três se aproximam dele e rápido um abraço se fez. Os meninos felicitam Pan
que parece se emocionar por alguns segundos, depois eles olham para Dylan
que só levanta o polegar.

Olhei para as meninas e nós sorrimos indo nos abraçar em seguida.

×××

Gente kakakakakak socorro


É uma menina! Dylan vai falecerporalgunssegundos sempre que ouvir
isso.

O nome da bebê Ross 😍😍😍 iti, Adam vendo as coisas como realmente
são, vocês viram? A fadinha tá em outro patamar AKKAKAKAAK

Próximo capítulo já é o penúltimo alguém ansioso paraouvir os


votos de casamento?

Até, babys ❤
Penúltimo

Susie

Dia do meu casamento!

Dia do meu casamento!

Eu acho que estou ouvindo a marcha nupcial passando nos meus ouvidos de
forma suave e convidativa, é o meu casamento!

Me vestirei de branco e direi sim ao homem que amo, que me apresentou


todo o tipo de sentimento e me fez perceber que tomei a decisão certa de me
envolver naquele acordo maluco no início da nossa história, sem isso não
estaríamos aqui vivendo as coisas mais empolgantes possíveis.

— Calem a boca, calem a boca! — escuto Nate sussurrar mas mantenho


meus olhos fechados na cama.

— Por que não podemos falar? — ouço a voz baixinha de Adam.

— Você quer morrer? — Nate pergunta e isso me faz rir internamente.

— Viemos fazer o ritual — Peter também sussurra e eu abro os olhos um


pouquinho para vê-lo com armas de confete, Dylan segurando uma espécie
de míssil provavelmente com confete e ao olhar para Adam eu me seguro
para não levantar as sobrancelhas já que ele tinha um canhão de confete
mirado para nós com Mops lá dentro do buraco parecendo super calmo.

— Para que tudo isso de confete? Acham que estão naquele Carnaval do
Brasil de que Rubi vive falando? — Nate perguntou e eu fecho os olhos de
novo.

— Escuta aqui, modelo de perfume. É o seu casamento com a franjinha,


quanto tempo você acha que nós esperamos por isso?! Dá um desconto e
recebe o confete da felicidade — Adam fala fingindo estar irritado. —
Porra! Acha que vai ficar com essa cara bonita para sempre? Acorda!
Acabei rindo contra o travesseiro e eu senti os quatro olhando para mim
antes de abrir os olhos, encarei Nate que tinha uma sobrancelha erguida.

— Você está acordada, ótimo, expulse — Nate aponta para os três que fazem
uma cara de tédio.

Me ajeito na cama sentando-me e cruzo os braços olhando para as armas de


confetes na nossa direção, céus, quem no mundo faz isso?! Olho para Nate,
será que dá tempo de viajar para fora e encontrar novas pessoas?

— O que vocês querem com isso? — Perguntei.

— É a celebração, o encalhado do grupo vai casar — Dylan diz recebendo


um dedo do meio do melhor amigo.

— Susie, você não tem noção disso, não é? Isso aqui devia passar na Time
Square! — Adam rouba uma arma da mão de Peter e atira confete na cara de
Nate que se assusta começando a tossir, acho que entrou um pouquinho na
boca dele.

— Viemos pegá-lo para se arrumar, passar um perfume e controlar ele na


igreja enquanto espera por você — Pan aponta para mim. — Não demore
muito senão ele vai bater no padre.

— Eu não vou bater em ninguém — Nate diz.

— Nate vai casar! — Adam levanta os braços. — Espera, isso significa que
você não vai mais me beijar?

— Eu nunca beijei você — Nate nega.

— Que isso? — Adam põe as mãos na cintura. — Como assim você está
negando meu amor?

— Cala a boca — Nate sussurra.

— Peter! Ele está negando meu amor essa modelo bombado! Não acredito
— Bell põe a mão nos olhos. — Depois de tudo o que enfrentei para ficar
com você.
— Oh meu Deus, vão embora e me deixem aproveitar a minha manhã de
casamento — Nate pede.

Passou 5 segundos antes dos meninos caírem na gargalhada.

— Aproveitar…ele disse...aproveitar — Peter repete enxugando uma


lágrima que sai dos seus olhos.

— Nate é uma comédia — Adam diz preparando o canhão mas antes tira
Mops de dentro que se senta perto do dono esperando pacientemente.

— Você não vai fazer isso, Adam. Vai sujar todo o nosso quarto — ele diz e
eu dou um sorriso de lado.

— Não vai não, nem tem tanto assim — Bell diz.

— Cara, não mexe nisso, era só demonstração — Pan avisa.

— Cala a boca, deixe a fadinha resolver — Bell puxa algo e nós escutamos
um barulho estranho vir de dentro nos paralisando junto com Mops que deu
um latido engraçado.

— Se você me matar no dia do meu casamento eu juro que volto do inferno


para desenhar um pau na sua cara todo dia! — Nate esbraveja e eu estava lá
me segurando para não gargalhar e deixá-los surdos.

— Nossa, que estresse, não sei quem deixa você assim ranzinza — Adam
franze o cenho e Nate abre a boca.

— VOCÊ! É VOCÊ SUA TINKER BELL ATENTADA!

— Adam, não mate meu noivo — peço vendo Nate vermelho e ele põe a mão
na boca respirando fundo.

— Eu odeio você — ele aponta para Adam.

— Se for o mesmo ódio que Pan e Emily sentiam, ótimo, vamos parar em
Maldivas se amando — Adam puxa uma cordinha do canhão e o barulho alto
aparece.
Nate e eu fomos para trás com o barulho do impacto e eu sinto ele quase
subindo em cima de mim para me proteger de confetes! CON-FE-TES!

Enxergo vários voando pelo ar e a risada dos três batendo palma enquanto
os lençóis brancos da cama vão sumindo com o confete.

Começo a rir gostando da visão colorida e olho para Nate que está com os
braços em cima de mim me encarando, sorri para ele que sorriu de volta.

— Eu sinto muito — ele sussurra brincando.

— Ótima maneira de começar nosso dia — passei meus dedos no seu


queixo.

— Vai ser o meu preferido depois de ouvir o sim saindo da sua boca — ele
beija minha testa e vai me soltando em seguida.

Tirei confete do meu cabelo voltando a me sentar e olhei para os três que
seguravam um celular apontando para nós, revirei os olhos.

— Porra, gravei em câmera lenta — Peter diz sorrindo parecendo super


feliz.

— Pronto, podem ir embora agora — Nate balança as mãos.

— Por que essa pressa? Você está escondendo algo? — Dylan levanta uma
sobrancelha.

— Não… — Nate nega e desvia para o lado.

— Oh meu Deus, ele está escondendo algo! — Dylan aponta afoito para Nate
que suspira pondo um dedo da cabeça e depois finge atirar.

— Bom, eu tenho que levantar porque a noiva demora.

Afastei o lençol me levantando para ficar de pé na cama e vejo os olhos


confusos dos meninos para o meu modelito.
— Que porra é essa? — Adam riu olhando para o meu macacão do
personagem baby boo de monstros S.A.

Coloquei as mãos na cintura sorrindo.

— Meu pijama.

— Onde você comprou um desse? — Dylan pergunta.

— No shopping… — respondo.

— E...por um acaso, teria um tamanho maior? — ele pergunta e os três


levantam uma sobrancelha curiosos. — O que? É para um amigo.

— Seus amigos somos nós, babaca — Pan disse e Dylan deu de ombros.

— Bom, se você gostou desse, tem que ver o que o Nate está vesti...AAAAA
— não terminei de falar porque fui puxada pelo tornozelo caindo na cama de
novo. Nate põe a mão na minha boca me puxando para trás e os meninos
começam a pular animados entendendo.

— Você está usando um desses?! ELE ESTÁ USANDO UM DESSES?! —


Adam bate no braço de Peter que começa a pular com Dylan tirando o
celular do bolso.

Não demora muito para os três virem correndo para cima de nós dois, Nate
literalmente me usa de escudo para não deixar os meninos chegarem perto e
eu dou um coque na sua cabeça o fazendo me soltar, rolo para o lado e deixo
ele se ferrar.

Entre gargalhadas e gritos Dylan puxa o lençol de cima dele vendo a calça
pijama personalizada do filme de desenho animado, mandei fazer isso já tem
um mês e ele adora quando dormimos assim, só não assume.

Comecei a rir junto com os meninos e peguei Lolinha do chão quando ela
apareceu, fiz carinho na sua cabeça e olhei para a porta vendo as meninas
entrando de repente.

Abri um sorriso as chamando com a mão.


— Que merda tá acontecendo? Parece que tá rolando um assassinato aqui —
Emily diz se aproximando.

Lisa riu alto.

— Dylan está usando a cueca do procurando Nemo, eu que dei — ela aponta
para o marido que está pulando na cama com o celular apontado para Nate
que é perturbado por Pan e Adam.

— Uau… — Rubi sussurra e eu dou uma risada baixa vendo toda a baixaria.

— E aí? Animada? Seu vestido já está pronto, os nossos também — Emily


passa a mão no meu braço enquanto escutamos algum deles gritar depois de
ser atingido por um travesseiro.

— Com certeza você arrasou nesse, suas mãos são preciosas — Lisa diz
para Emy que dá um sorriso concordando.

— Acho que devíamos começar — Rubi diz olhando para os meninos e


depois me encara piscando, franzo o cenho.

A sessão de tortura dos meninos acaba e eles vão saindo da cama


rapidamente vindo na nossa direção, estão todos suados e ofegantes, tem
confete espalhado em cada um.

— Acabaram? — Emily põe as mãos na barriga.

— Já Ioiô — Adam acena e dá um gritinho quando ela ameaça pegar o


sapato do pé para jogar nele. Não que ela fosse conseguir com essa barriga
grande impedindo.

— Vamos ficar sem nos ver por horas, então, juízo — Lisa aponta para eles.

— Não sei se vou aguentar — Peter faz uma expressão de choro a fazendo
revirar os olhos.

— Certo, até depois — Dylan se aproxima dando um selinho rápido na


esposa, Pan faz mesmo com Emily e Nate se aproxima de mim pondo as
mãos no meu rosto.
— Não se atrase demais pelo amor de Deus — ele implora me fazendo rir.

— Não vou, eu prometo — digo e ele me dá um selinho rápido. — Também


né...na sua idade o infarto já é recorrente.

— Cancela o casamento! — Nate grita e eu começo a rir pondo as mãos na


sua boca negando, ele beijou minha testa e se afastou com os meninos.

— Ei! Ei! — Emy chama Adam que se vira. — Você já vai?

Bell franze o cenho.

— Quer que eu fique com você, ladra de melhor amigo? — ele pergunta e
ela nega.

— Você não se despediu da sua esposa — Lisa diz e os meninos concordam.

— É verdade, Adam. Que estranho — Nate põe as mãos na cintura.

— Eu não vou beijar ninguém, credo — Adam diz com uma careta e os
meninos abre a boca chocados.

— Do que você está falando? Enlouqueceu? Não fale com a sua esposa
assim — Peter deu um tapa na cabeça dele que arregalou os olhos.

— É verdade, Bell. O que eu fiz para você? Vem aqui — Rubi parecia
magoada de repente.

— Não! Não fode — Adam diz e Dylan põe a mão na boca adorando a
fofoca.

— Eu sou sua esposa! — Rubi cruza os braços.

Adam riu.

— Você é ótima enganando eles, mas a mim não — Adam se gaba e nós
olhamos para a "Rubi".

Ela estava séria mas logo foi sorrindo de maneira maliciosa, caramba…
— Isso aí, cunhadinho! — Safira aponta para ele que faz um coração com as
mãos, ela nos encara nos vendo mais confusos que antes. — E aí?

— Puta merda, não é a Rubi — Peter franze o cenho se aproximando de


Safira e pressiona o indicador na bochecha dela, ele toma um leve susto
quando ela ameaça morder seu dedo.

Ri baixo.

— Como você faz isso?! — Dylan pergunta para ela que abre os braços.

— Assim, olha — ela anda de maneira normal e depois volta andando de


forma idêntica a Rubi, até os pés um pouco na frente do outro são iguais.
Cruzes. — Tão fácil.

— Ei!

Olhamos para a porta vendo Rubi, a verdadeira.

— Que isso? Já estão me substituindo? — ela abre os braços desacredita e


eu olho para as duas piscando algumas vezes.

— Deveriam, eu sou a gêmea legal — Safira aponta para si. — A cópia


falsificada não.

— Adam, joga ela pela janela — Rubi pede.

— Cadê seu marido? — Bell pergunta para Safira que sorri de lado.

— Está cuidando de negócios e foi alugar um terno para o casamento, por


falar nisso! — Safira andou até mim pegando nas minhas mãos. — Estou
contente por você, e obrigada por me convidar.

— Está tudo bem, quanto mais melhor — digo e ela pisca novamente.

— Cadê a mamãe? — Rubi perguntou.

— Está lá embaixo falando com Carlos e a Maria, parecem se dar bem, acho
que estão falando mal do papi — Safira riu.
— Certo, tudo muito divertido e mágico, mas saiam! Precisamos cuidar da
baby boo agora — Emily bate palma e os meninos vão saindo em fila
indiana.

— Não esquece do tênis — gritei para Nate que fingiu não escutar pondo as
mãos nos ouvidos.

Eles saíram e eu olhei para as meninas com um sorriso radiante.

— Vamos começar — Rubi levantou os braços para cima.

(...)

Nate

Eu estou nervoso pra caralho!

Eu acho que todos nesta igreja estão escutando meu pé batendo no chão de
maneira impaciente.

— Está nervoso? — Dylan me pergunta e eu olho para ele.

— Não, estou de boa — dou de ombros.

Ele sorriu de lado ajeitando as peças do meu terno, passou as mãos nos meus
ombros e depois deu tapinha no meu rosto, cerrei os dentes o escutando rir
de mim.

— Cara, você está vermelho, se controla que ela está chegando — ele diz.

— Como você sabe?

— Uma fadinha me contou — ele diz e aponta para Adam que estava com o
celular no ouvido provavelmente falando com Rubi.

Suspirei.

— Não vejo a hora, cara. Meu coração não para de bater forte toda vez que
penso nela passando por aquela porta enorme — passei a mão na testa.
— Normal, aposto que ela também se sente ansiosa para vê-lo.

Encarei seus olhos verdes e sorri de lado pondo minha mão no seu ombro.

— Obrigado, por tudo — ele acena. — Por me ouvir lamentar, por bater na
minha cara quando é preciso…

— Minha parte favorita — ele me interrompe e eu reviro os olhos.

— Por sempre estar do meu lado, você é meu melhor amigo, Dylan. Eu amo
muito você, cara.

Ele me abraçou em seguida dando tapinhas nas minhas costas e nós


afastamos ainda sorrindo.

Olhei para o lado vendo Adam e Peter se aproximando de nós dois.

— Ela está a um quarteirão — Adam diz.

— Estamos felizes por você, você merece ser feliz e não tem ninguém
melhor no mundo para te dar isso do que Susie — Peter diz e eu aceno
concordando.

— Estou pronto para passar o resto da minha vida com ela — digo firme e
eles se aproximam fazendo o abraço grupal.

Logo depois fui para o meu lugar no altar junto a eles e encarei todos na
igreja parecendo ansiosos como eu.

Encarei Monica e Gregório que acenaram para mim contentes, aceno de


volta e olho para Carlos, Maria e Sarah mãe de Rubi, Victor esposo de
Safira também estava ali com ela que já tinha desistido de fingir ser a irmã.
Eric estava com Judith perto da decoração e ele estava batendo foto em tudo
quanto é lugar, provavelmente para fazer camisetas depois.

Rodei mais o olhar e vi Jon e Josh sentados no banco reto com Guilherme,
filho de ambos. Eles conversavam e apontavam para mim parecendo
explicar ao filho que estava acontecendo um casamento.
Sorri de lado.

Segui mais até parar em Simon Balis, ele estava com a irmã e a sobrinha do
lado. Susie tinha me contado que sua relação com a irmã esfriou um pouco
depois de saber a verdade, mas ele a mantém por perto para cuidar da
sobrinha e prefere esquecer o passado, e pensar no seu futuro que é Susie.

Ele me encarou de repente e levantou o polegar para mim, pisquei.

— Se você magoar a minha filha, eu vou te matar — Simon diz isso sem
emitir som e depois eu vejo ele levando o polegar até o pescoço fingindo
cortar, revirei os olhos.

Abby que estava do lado dele agarrou sua mão abaixando e ela riu olhando
para mim, sorri de volta e ela piscou de maneira engraçada até Simon por a
mão nos olhos dela a impedindo de me ver.

Ele aponta para mim e eu levanto as mãos.

Ele riu baixo em seguida depois que Abby deu um tapa na coxa dele tirando
as mãos de cima dela.

Olhei para o lado vendo os bebês na primeira fileira todos quietinhos com
Benta, a governanta de Dylan.

A não ser Matteo que estava perto do avô, acenei para Matt quando ele
balançou a mão para mim. Pai de Emily tinha chegado a Nova York a alguns
dias de umas das suas milhões de viagens que ele está fazendo, Matt é amigo
da minha família de longa data e eu não pude deixar de convidá-lo.

Escutei a musiquinha familiar começar a tocar e quase realmente infarto


sabendo o que estava por vir.

É agora que me caso com a mulher da minha vida.

×××

É agora, família! Depois de altos e baixos, de uma facada e tiro, o final


feliz vem
Será que vamos ter o bebê de Susiel?! vamos ver o que a santa
protetora de casais vai aprontar.

Votem! Votem muito!


E obrigada pelos 10M de leituras nesse livro! Vocêssão foda!

Não postei ontem por problemas pessoais meus, coisinhas chatas que
aconteceram que nãotive a chance de terminar de escrever, por isso o
livro não vai acabar hoje, mas da próxima semana não passa. O fim
chegou, família, vamos horar.

Até, babys ❤.
último

Susie

Caramba.

Ele está mesmo piscando! Meu Deus, alguém diz para o padre desligar as
luzes da igreja que Nate está iluminando tudo com aquele tênis brilhante.

Pelo menos já fez a boa caridade a casa do senhor.

Quando o vi comecei a rir alto e rápido vi as expressões confusas de todos


na minha direção, me contive pondo o buquê de flores brancas na frente do
rosto e logo senti a mão de alguém do meu braço.

Olhei para o meu pai que também estava sorrindo e ele se escondeu atrás do
buquê junto comigo.

— Isso porque você ainda não viu ele andando — ele sussurra para mim
ouvindo minha risada em seguida.

— Ei! Vamos logo, Mi bela — Nate gritou do altar e eu olho para ele que
tinha um brilho imenso nos olhos me encarando.

A marcha nupcial começa a tocar novamente e eu vejo as meninas já na


frente se posicionando nos seus lugares de madrinhas, passo meu braço pelo
braço de Simon e respiro fundo pronta para isso.

— Sua última chance — ele sussurra.

— Eu passo — falo e olho para ele. — Melhor se acostumar com o rosto


dele, vai vê-lo para o resto da sua vida.

Simon fez uma careta e depois sorriu beijando minha têmpora, começamos a
andar juntos para o altar com o friozinho gostoso na barriga me
acompanhando, olhei para algumas pessoas que estavam extremamente
sorridentes me olhando e me senti tão confortável por ter todas as pessoas
que eu conheço e tenho um carinho grande.

No meio da caminhada eu parei meu olhar nele, e desde então não consegui
desviar. Os olhos pretos analisando-me em silêncio com um sorrisinho tão
bobo no rosto que quase saio correndo para me jogar nos seus braços.

Dei um sorriso tímido quando ele mordeu o lábio com as mãos na frente do
corpo, os meninos do lado Nate com uma carinha boba olhando para o
mesmo, acho que os três estão tão emocionados quanto eu por estarmos aqui.

Chegamos perto de todos e Rubi pegou o buquê das minhas mãos afastando
seu vestido longo da cor rose igual das meninas, ela voltou para o seu lugar
e eu olhei para Simon que põe as mãos em volta dos meus braços, ele beija
minha bochecha carinhosamente.

— Irei agradecer todos os dias a Deus por me deixar ver essa cena — ele
diz de maneira meiga. — Eu cheguei a tempo.

Meus olhos se encheram de lágrimas mas eu as segurei ao concordar com a


cabeça, o abracei em seguida e ele passou minha mão para Nate que me
puxou delicadamente para perto.

Nós sorrimos um para o outro antes dele passar os dedos no meu rosto
afastando uma mecha curta do meu cabelo que fazia parte do penteado.

— Droga, Susie — ele sussurra.

— O que? — Sussurrei de volta.

— Acho que finalmente vou ter aquele infarto, e a culpa vai ser totalmente
sua — ele diz sorrindo e eu balanço a cabeça risonha.

Nossa.

Eu amo esse homem!

Olhamos para o padre que sorriu carismático para nós e começou a


cerimônia pedindo para todos se sentarem.
Nate não soltou minha mão em momento nenhum, seu dedo brincava com o
meu frequentemente e no fundo eu sei que ele está nervoso como eu, mas
feliz como eu.

Olhei para o padre que começou a falar.

— Susie e Nathaniel, vocês já foram muitas coisas um do outro, amigos,


companheiros, namorados, noivos. Agora, com as palavras que vocês estão
prestes a trocar, vocês passarão para a próxima fase. Pois, com estes votos,
vocês estarão dizendo ao mundo: “este é meu esposo”, “esta é minha
esposa” — ele aponta para nós dois que nos encaramos momentaneamente
sorrindo.

— Nathaniel, é de livre e espontânea vontade que você aceita Susie como


sua companheira em matrimônio?

Ele já olhava para mim, acho que nunca me esquecerei do suspiro


apaixonado que ele deu e como encheu o peito para responder tão
claramente.

— Sim, eu aceito — ele sorriu de lado e nós nos viramos um para o outro.

— Susie, é de livre e espontânea vontade que você aceita Nathaniel como


seu companheiro em matrimônio?

Apertei suas mãos sentindo a melhor sensação do mundo, tudo naquele


momento parecia bom demais.

— Sim, sempre — respondo e ele suspira trazendo minha mão para perto
dos seus lábios.

— Assim sendo, por favor, preparem-se para dar e receber os votos de


amor, que estão entre os maiores presentes da vida.

Todos na igreja pareceram se preparar para isso também, olhei para o padre
uma última vez antes de encarar Nate para falar meus votos de casamento.

— Nate — começo. — Eu não sei por onde começar, qual palavra certa a
dizer, e muito menos me expressar por completo em um voto, você sempre
me diz que não pode expressar seu sentimento por mim da maneira correta
porque ele é sempre tão...intenso — balancei a cabeça. — Eu sinto o mesmo,
você foi e sempre vai ser intenso comigo, nosso amor é assim, tudo que vem
ou sai de você é intenso o suficiente para me enlouquecer.

Ele aperta minhas mãos mais forte e eu me aproximo só mais um passo, ele
lagrima momentaneamente quando continuei.

— Eu amo tanto você, amo como é carinhoso comigo, como se importa com
os mínimos detalhes, amo como você me trata como a princesa que eu
sempre quis ser. Você me deu...tudo o que eu sempre quis, e eu prometo dar
tudo a você de volta — terminei já com a lágrima solitária descendo pelo
meu rosto, ele a limpa fazendo um carinho no meu rosto em seguida. —
Nenhuma bala será capaz de me separar de você.

Ele riu quando eu olhei para o padre que arregalou os olhos se engasgando
sem querer e fazendo um sinal da cruz depois, ele olhou para mim acenando.

Nate respirou fundo antes de começar a falar.

— Eu sei que isso é comum, mas eu preciso dizer, você é a mulher mais
encantadora que já conheci. Nenhuma se iguala a você, Susie. E eu sou o
cara mais sortudo do planeta porque é comigo que você está se casando, é
comigo que você vai acordar todas as manhãs e me ajudar a cuidar de uma
galinha — dei um sorriso meigo. — Eu quero e vou passar todo o meu tempo
sobre a terra do seu lado, do lado do meu anjo.

Lá estava eu querendo chorar de novo.

Ele deslizou os dedos pelo meu queixo e sorriu de lado.

— Sabe como eu sei o que significa amor? — ele me olhou nos olhos. — Eu
sei o que é o amor porque você me ensinou tudo sobre ele, eu sei que
moveria céu e terra para ir ao seu encontro, enfrentaria qualquer coisa que
pudesse aparecer no meu caminho me impedindo de ficar com você e que
faria tudo isso como um estalar de dedos sem ao menos pensar, porque o que
sinto por você é amor verdadeiro e eu arriscaria tudo por sua causa. Você é
o meu amor verdadeiro, me desculpe se demorei demais para perceber isso.
Não aguentei e lágrimas rolaram pelos meus olhos facilmente, uma lágrima
também desceu do seu olho esquerdo e ele pôs as mãos no meu rosto me
trazendo para perto.

Eu não sei como, mas eu podia sentir todo o amor que ele tem por mim
passando pelas minhas veias. Eu adorava me sentir segura com Nate, era
essa sensação que ele me transmitia.

— Eu te amo tanto, Mi bela — ele sussurrou e eu fecho os olhos


concordando.

Coloquei minhas mãos nas suas costas por cima do terno claro e deixei ele
beijar a ponta do meu nariz.

— As alianças, por favor — O padre pede. — Elas são símbolos físicos do


compromisso de um casal e de sua ligação emocional e espiritual. Elas são
consideradas um círculo perfeito, sem começo nem fim.

Nate me solta um pouco e pega a caixinha da mão de Dylan, ele tira a minha
e depois a sua me entregando.

— Susie, eu te dou esta aliança como sinal de que eu escolhi você para ser
minha esposa e passar meus dias futuros contigo — ele põe a aliança no meu
dedo.

— Nate, eu te dou esta aliança como sinal de que eu escolhi você para ser
minha esposa e passar meus dias futuros contigo — coloco a aliança no seu
dedo.

— E assim, tendo testemunhado sua troca de votos diante de todos que estão
aqui hoje, é com grande alegria que nós declaramos que vocês estão
casados. Pode beijar a noiva.

Paro de olhar para o padre e encaro Nate que dá um sorriso pequeno me


encarando de volta, seus braços passam em volta da minha cintura me
puxando para perto e eu fecho os olhos quando ele se inclina na minha
direção.
Recebo o selo do nosso casamento com uma alegria contagiante dentro do
peito, seus lábios aquecem os meus e eu escuto as comemorações em volta
de nós dois.

Sorrimos quando nos afastamos e eu acenei para todos que estavam


assobiando e batendo palmas na igreja, a gangue e as meninas estavam
comemorando e eu olhei para Adam que de repente apareceu com Lolinha no
braço.

Peter tinha colocado um smoking rosa nela, ninguém entende, mas Pan é o
estilista pessoal da galinha.

Olhei para o meu...marido, MARIDO! Uau, vou falar isso nos primeiros
meses frequentemente.

— Ora...o que temos aqui — Nate continuou me abraçando e eu levantei uma


sobrancelha quando ele fingiu cheirar meu pescoço. — Uma nova Venturelli?

Ri alto jogando a cabeça para trás e coloquei meus braços em volta do seu
pescoço.

— Uma nova em folha — digo e dou uma risada quando ele me levanta do
chão beijando-me.

— Quer ter seu momento de princesa novamente?

Mordi o lábio e concordei com a cabeça.

Minha risada mais alta apareceu quando ele me girou no altar fazendo meu
vestido girar junto de uma maneira perfeita.

Eu era a pessoa mais feliz de Nova York naquele momento

(...)

Senti a mão dele sobre a minha e me concentrei no bolo de mais de 7


andares todo branco, olhei para Nate que sorriu para mim antes de me ajudar
com a faca cortando o pedaço do nosso bolo.
Quando o fizemos todos aplaudiram e eu peguei um pedacinho para colocar
na sua boca, ele provou antes de me dar outro, estava delicioso!

— Ei! Vamos jogar o buquê — Emily grita.

— Você não vai não — Pan diz para ela que levanta uma sobrancelha.

— Quem vai me impedir?

— Ally — Peter aponta para a sua barriga, Emy aperta os lábios.

— Porra! — ela reclama. — Mas eu vou assistir!

— Você também não vai, baby. Vai ficar aqui comigo e com Danny, você e
Liana — Dylan põe a mão na barriga da esposa que já está com um biquinho
contrariado.

Lisa e Dylan tinham nos contado sobre o nome da filha a algum tempo, e
óbvio que fizemos uma festa por isso. E ela terminou com Adam jogado
perto da piscina e Rubi acordando no banheiro da mansão de Monica e
Gregório no dia seguinte.

— Opa, eu vou! — Rubi bebeu todo o seu champanhe dando a taça para
Adam que abriu a boca.

— O que caralhos significa esse círculo imenso no seu dedo aí? — Bell
aponta para a aliança dela.

— O que? É divertido — Rubi deu de ombros. — Minha gêmea já está lá e


Victor não está fazendo birra que nem você.

Rubi apontou para Safira que já estava posicionada com as mãos para cima,
olhamos tudo, até a parte que Victor entra na cena a agarrando pelas pernas a
tirando dali rapidamente, Rubi aperta os lábios e olha para Adam que dá um
sorrisinho convencido.

— A diferença… — ela aponta para ele. — Que meu marido não liga pra
essas coisas porque ele sabe que ele é o único homem que eu quero.
— E que você ama — ele acrescenta.

— Sim — Rubi acena.

— E que te leva café na cama…

— É.

Bell balança a cabeça parecendo satisfeito. Mas ele não estava.

— Que faz o que você gosta — diz.

— É!

— E que tem um lindo bumbum… — ele abre as mãos para demonstração e


para quando ela resmungou irritada.

— Já acabou?! — pergunta com as mãos na cintura.

Ele concorda com a cabeça pondo as mãos na frente do corpo.

— E que te fez chegar lá — ele sussurra se abaixando quando ela ameaça


jogar a bolsinha de mão que segurava.

— Será que dá para vocês agirem normalmente no meu casamento, porra? —


Nate olha para Adam.

— HA, casou e virou piadista — Pan diz para Dylan que está ajeitando o
penteado no cabelo de Lisa. Acho que ele seria um ótimo cabeleireiro se não
fosse CEO de uma empresa multimilionária.

— Vamos, baby boo — Rubi pegou na minha mão e eu a acompanhei


levantando uma parte do vestido passando pela recepção sob olhares de
todos.

Fiquei em uma parte distante e vi algumas mulheres se aproximando, entre


elas algumas namoradas de parceiros de negócios de Nate. Também vi Rubi
e Samantha uma do lado da outra conversando e rindo juntas.
Peguei o buquê da mão de um rapaz encarregado de deixar tudo na festa em
ordem, me virei de costas para elas que começaram um leve alvoroço.

Suspirei e olhei para Nate que piscou para mim me mandando jogar rápido,
semicerrei os olhos e segui sua dica porque pela sua expressão ele estava
ansioso para me levar daqui, o bom era que eu também estava.

— 1...2… — finjo jogar ouvindo os resmungos e até uma ameaça de Rubi, a


olhei irritada e ela riu com a mão na boca.

— Agora vai, 1...2...3! — joguei o buquê e me virei para ver.

As flores brancas giram no ar e todo mundo no salão fica em silêncio na


pessoa que caiu diretamente, pisquei confusa ao ver o buquê do meu
casamento nas mãos de Jayden Ford que tinha os olhos arregalados para ele.

Jayden tinha vindo sem a esposa, parece que ela tinha pego um resfriado
alguns dias antes e preferiu não vir.

Ele levantou o rosto na minha direção e eu dei um sorrisinho sem graça e ele
outro, seus olhos foram para as mulheres frustradas e seu sorriso sem graça
aumentou.

Encarei Samantha que tinha dado uma risada alta mas depois parou quando
viu Jayden olhando para ela com uma sobrancelha erguida antes de passar a
língua nos lábios.

Ele limpa a garganta e se aproxima de uma cadeira aleatória com todo


mundo olhando para ele.

— Eu vou...hum...deixar isso aqui um minutinho — ele diz balançando a


cabeça e depois se vira continuando seu caminho, ele passa pelos meninos e
mostra o dedo do meio para Adam que tinha um lenço na na cabeça imitando
ser um véu de casamento.

Ri baixo e olhei para as mulheres que correram para pegar o buquê, menos
Rubi e Sam que continuaram conversando.
Ajeitei meu vestido de noiva e senti o olhar familiar queimar no meu corpo,
levantei a cabeça esperando Nate se aproximar e coloquei as mãos na
cintura sorrindo pequeno.

Seus passos foram calmos me dando oportunidade para refletir, precisei de


tão pouco para me apaixonar por Nate que me fez perceber como não
podemos controlar nada, ele não pôde controlar seu sentimento e eu muito
menos.

Tínhamos tudo para dar errado, mas não demos. Ele é meu marido agora, e
sempre será meu babaca de terno preferido.

Eu sempre vou me sentir realizada por ter encontrado a minha alma gêmea,
por passar por tudo o que passamos e viver cada gota da experiência que
tivemos.

— Eu acho que é agora que eu te arrasto para a lua de mel — ele diz já perto
com as mãos na minha cintura.

— Eu gostaria muito disso — falei pondo minhas mãos no seu peito. — Para
onde vamos?

— Para todo o lugar — ele fala colando os lábios nos meus.

Sorri no meio do beijo e suspirei como uma boba.

Acho que serei apaixonada por esse homem enquanto esse friozinho nervoso
na barriga não me abandonar como nunca o fez. E provavelmente nunca fará.

Eu tinha meu final feliz, tinha tudo o que conversei com a minha mãe um dia.
Eu estava radiante a cada minuto que passava, meu peito não parava de
palpitar rápido ao lembrar do nosso casamento.

Sei que Nate me faria a mulher mais feliz do mundo, ele já fazia antes com
gestos simples mas tão significativos. Estou ansiosa para essa nova fase da
nossa vida, e grata pelo o que tivemos.

Eu já estava vivendo meu conto de fadas, e essa era a nossa história e o fim
dela.
Eu sempre irei amar Nathaniel...Lola Venturelli. Opa, quase esqueci do Lola.

Fim.

×××

Calma, calma, calma!


que ainda tem o EPÍLOGO família!!

Sei que vocêsquerem ver como a gangue e as meninas vão estar em


algunsanos! Vou mostrar toda a famíliacompleta com os bebêsjánascido e
Susie...hum...gravidinha? Será? Hum!
Também falarei do Kevin Venturelli.

Me perguntammuito sobre lançamento de livro físico e E-book (amazon).


Sim, babys! Vamos ter babacas de terno nas duas formas, me segue no
Instagram que eu atualizo tudo por lá. (O link está no meu perfil).

Não posso nem dizer o quanto estou feliz agora, sei que eu deveria me
sentir triste porque acabou, mas eu estou...realizada, babys. Sei que
vocêsentendem porque eu estou louca, maluca e virada para mostrar
minhas outras obras para vocês! Um novo universo, novas piadas e
acontecimentos de tirar o fôlego!!

Eu agradeçodemais o companheirismo de vocês, obrigada por ler esse


livroaté o fim! Todos os meus livros sãofeitosapenas para te tirar da
realidade, já falei isso e repito, sóquerote ajudar a sair do mundo real um
pouquinho, espero ter conseguido por alguns minutos.

Obrigada, babys.
Eu amo vocês demais ❤.

Amanhã eu volto com o epílogo e talvez mais uma cena extra de Susie e
Nate 😭.
Epílogo

2 anos depois...

Susie

Guardei o panfleto do maior aquário do mundo no bolso do sobretudo preto


que me cobria e prestei atenção no tour esplendido que a funcionária bem
vestida estava dando para no máximo 10 pessoas presentes no local
privativo.

No momento eu estava...hum...China? Eu já tinha perdido o senso de


localização que eu deveria ter, pode parecer irreal, mas a minha lua de mel
nunca acabava. Eu estava casada com Nathaniel Venturelli há dois anos e
vinham sendo os melhores anos que eu possa me lembrar. E ele sempre se
esforçava para me levar a todos os lugares que um dia contei a ele que tinha
vontade de conhecer, levando-nos a uma lua de mel quase pertinente. E
caramba, era maravilhoso.

Dei um sorrisinho bobo ao me lembrar da gangue e as meninas de repente,


eles já estão irritados conosco viajando e ligando de vez em quando para
atualizar as coisas incríveis que tínhamos visto ao redor do mundo nas
últimas semanas. Adam liga para Nate todo santo dia dizendo que vai andar
na rua sem olhar para os lados se não voltarmos no fim do mês, Nate me
disse que vamos voltar daqui três meses, ri alto quando ele disse isso.

As meninas já tinham dado à luz a Ally e Liana que nasceram saudáveis


através de um parto humanizado realizado em casa com toda a segurança
possível, os dois partos foram com todos nós correndo de um lado para o
outro tentando não surtar com as novas integrantes da família chegando. Os
trigêmeos estão enormes e idênticos a Adam fisicamente, Adrian parece uma
versão mais nova do mesmo, Alya tem a personalidade parecida comigo e
com Nate, Maia...bom, é parecida com Pan e Emily em algumas coisas.

Danny está lindo! Cada dia mais inteligente e totalmente charmoso, aonde
vai ganha uma roda de mulheres apaixonadas por ele, Matteo e ele são
basicamente a mesma coisa, vivem juntos e choram para brincar juntos.
Por falar nele, Matteo é super apegado com Ally, sua irmã, e todos nós
achamos que o futuro herdeiro Ross vai ser ciumento como o pai.

Os meninos reclamam a cada dia que estão envelhecendo e nós infelizmente


temos que escutar esses lamentos, Nate não reclama muito perto de mim
porque ele sabe que vou fazer piada até de madrugada. Mesmo casada com o
modelo de perfume eu não reivindico da minha pequena obsessão em
perturbá-lo por isso.

— Ei! Venha aqui.

Me vire discretamente para trás ao sentir uma mão no meu braço me


chamando, encarei Nate que sorriu para mim radiante e sorri de volta por
vê-lo, ele tinha saído para ir no banheiro a alguns minutinhos.

— Para onde? — franzi as sobrancelhas.

— Você não vai acreditar o que eu vi lá atras, porra, incrível! Você vai
adorar — ele diz parecendo realmente entusiasmado e eu agarrei sua mão
quando ele a estendeu.

Olhei para as pessoas no tour que pareceram não notar que tinham duas
pessoas se afastando gradativamente deles, Nate e eu passamos pela maior
parte do aquário onde peixes nadavam acima de nós com as cores escuras
tomando o ambiente.

Andamos por alguns minutos e eu estava tão atenta naquele lugar


simplesmente perfeito que nem me toquei onde tinha entrado, paramos de
andar ao passar por uma porta branca com pouca iluminação, mas eu logo
entendo que se trata de um quartinho de limpeza.

Franzo o cenho.

— O que...estamos fazendo aqui?

Olhei para ele que riu baixo antes de me puxar pela nuca respondendo minha
pergunta de forma demonstrativa ao me beijar na boca rapidamente.
— Não acredito que cai nessa... — sussurrei nos seus lábios.

— Você nunca aprende, sra. Venturelli. Eu que estou surpreso por você ter
acreditado — ele beija meu pescoço abrindo meu sobretudo para deslizar as
mãos por todo meu corpo.

— Eu me considero uma pessoa de bem, e sou inocente.

— Você foi, mas não é mais.

— Culpa totalmente sua, Sr. Venturelli — toquei no botão da sua calça social
ele sorriu contra meu pescoço puxando minha saia para cima.

— Temos que parar de fazer isso — sussurrei para ele que me encarou
rapidamente.

— Mas...nós estamos tentando...

Levantei uma sobrancelha.

Sim, Nate e eu estamos tentando ter um filho a alguns meses e desde então
estamos transando como coelhos, acho que por ele se manteria dentro de
mim sempre que tinha a chance, como agora. Nós tivemos uma conversa
longa e quase interminável sobre esse passo, e quando eu entendi que ele
estava pronto para isso assim como eu, nós tomamos uma decisão sobre e
agora está na hora de lhe dar um herdeiro e realizar meu sonho.

— Estou falando de transar em todo lugar que pisamos, vamos ser presos
qualquer dia desses!

Ele riu antes de revirar os olhos.

— Mas...temos que fazer isso, a cada minuto que passa eu não coloco um
bebe dentro de você, porra. Temos prioridades — ele diz.

— Podemos fazer isso em casa...

— Qual seria a graça? Quando meu filho estiver mais velho quero dizer
“Sua mãe e eu te fizemos no Monte Everest”, ele vai ser achar fodão.
Revirei os olhos.

Não transamos no Monte Everest, só para deixar claro. Foi quase, mas
estava muito frio.

Certo, eu acho que é agora.

— Ainda acho que temos que parar com isso — mordi o lábio ansiosa e ele
negou com a cabeça cruzando os braços.

— Não quero parar, eu quero isso.

— Mas nós vamos, por enquanto...

Eu acho que estava mais dificultando do que tentando faze-lo compreender


que não precisávamos mais insistir tanto porque eu já estava grávida! Pelo
menos foi o que li no meu exame há umas duas semanas, eu estava
carregando um filho de Nate há três meses e só vim descobrir recentemente,
só não tinha ideia de como contar isso a ele porque eu mesma ainda estava
digerindo que tinha um vida crescendo dentro de mim.

— Eu não entendo, pensei que tínhamos concordado com isso...eu realmente


estava pronto para...

— Não, você não...Deus — coloquei a mão na testa e ele fez uma expressão
hilária enquanto tentava me entender.

— É a primeira vez no nosso casamento que eu não entendo o que você diz
— ele reclama e eu solto uma risada baixa pegando nas suas mãos.

Ele encara o gesto e ainda de cenho franzido eu ponho suas mãos sobre a
minha barriga que está começando a fazer uma ondulação agora.

O cenho franzido em seu rosto some e eu vejo seus olhos se arregalando


quase em câmera lenta.

— Você entende isso? — pergunto sorrindo e ele engole em seco dando


passos para trás de forma desajeita e eu coloco as mãos na boca quando vejo
ele tropeçando em algo atrás de si. Minha feição preocupada vai mudando
quando eu vejo quando um balde preto vai caindo da estante direto para a
sua cabeça cobrindo sua cabeça.

Começo a rir desesperadamente vendo ele com um balde na cabeça e meio


agachado no chão como se alguém tivesse o empurrado, mas não, é só ele
dando uma de Susie desastrada.

— Ai meu Deus — coloquei a mão na barriga me encostando na parede


ofegante com as risadas — Cadê o Adam para gravar isso?!

Nate levantou o balde na cabeça voltando a me encarar e eu ri baixinho


percebendo sua expressão irritada, ele se levanta devagar e eu aperto os
lábios tentando ser uma boa menina quando ele olha para a minha barriga e
depois para mim.

— Você...não está brincando comigo, está?

Sorri de lado.

— Eu nunca brinco quando se trata de você — digo e ele põe as mãos na


cabeça dando um sorriso ofegante e animado.

— Meu Deus! — seus olhos lacrimejam antes dele correr até mim me
abraçando forte soltando resmungos no meu ouvido, e em todos eles dizendo
que me amava.

— Quanto tempo? CARALHO! VOCÊ ESTÁ GRÁVIDA — ele surta um


pouquinho e eu ri mais quando ele se abaixou beijando minha barriga. — Eu
vou amar tanto você, sua mãe e eu vamos te dar tudo.

— Nem tudo, não quero mimá-lo — digo e ele me encara.

— Ela ou ele é um Venturelli...ele já é mimado de nascença — ele fala e eu


suspiro quando ele volta a beijar minha barriga fazendo um carinho gostoso
ali.

— Estou grávida de três meses — falo e ele franze o cenho olhando para a
minha barriga meio que medindo.
— Como não percebemos isso?!

— Eu não sei, não tive enjoos e pelo visto minha barriga não vai ser tão
grande.

— Isso é falta de comida, vou alimentar você — ele aponta para mim antes
de subir me dando selinhos demorados na boca.

— Eu estou...nas nuvens, não, puta merda. Eu estou no paraíso — ele fala


rindo e eu ri em seguida sendo contagiada. — Obrigado por isso, obrigado
por esperar por mim.

— Eu falei sério em fazer de tudo para te fazer feliz, Lola.

— Não fode!

Ri alto jogando a cabeça para trás. Amo esse nome!

— Temos que voltar para NY, os demais precisam saber.

— Bom... — o encarei e Nate colocou as mãos na cintura.

— Eles já sabem, não é?

— Eu juro que só contei para as meninas mas Peter acabou sabendo...e...

— Eu já sei o resto — ele me corta. — Barbudo fofoqueiro.

Ri baixo e me aproximei dele pondo minhas mãos no seu rosto o encarando


profundamente.

— Esse bebê vai ser uma entre as milhares coisas boas que aconteceram
para nós dois, você vai ser um pai incrível, e Lolinha concorda comigo.

Ele sorriu parecendo realizado.

— É claro que concorda, eu que dou milho para ela — ele diz antes de
passar os braços em volta da minha cintura beijando meu rosto várias vezes.
Não pude segurar as risadas felizes que saiam da minha garganta.

Meses depois...

— Cadê o meu netinho preferido?!

Olhei para a entrada do apartamento vendo Eric entrando com uma camiseta
branca no corpo e com a estampa da ultrassom do meu filho estampado ali.

— PUTA MERDA! Que barrigão! — Simon veio atrás dele pondo as mãos
na boca ao me ver sentada no sofá ao lado de Nate.

— É porque eu estou grávida, pai — debocho e ele revira os olhos.

— É verdade... está grande mesmo — Rubi comenta e eu olho para ela que
está no meio das pernas de Adam, ele brincava com a alcinha da blusa dela.

— Certeza que é só um? — Pan pergunta e eu franzo o cenho para ele que
segura Ally no colo parecendo sonolenta, Emy estava com Matteo brincando
de pintar.

— Bom...sim? — olhei para Nate que concordou.

— A médica disse que é só um, eu prefiro acreditar nela — ele diz.

Coloquei as mãos na minha barriga ondulada e fiz uma careta quando senti
um chute e logo depois outro, Nate pôs as mãos em cima das minhas e eu
sorri dizendo que estava tudo bem.

— Olha...filha, não é querendo te assustar nem nada... — Simon começa e eu


olho para ele lentamente.

— O que é?

— É que...os Balis...bom...

— Se você não falar logo eu vou te jogar para fora da minha casa — digo e
todos arregalam os olhos, menos Nate que já estava acostumado, digamos
que o final na gravidez está trazendo meu lado malvado com mais
frequência.

— Todos nós temos tendência a ter...gêmeos — ela faz o número dois com os
dedos e eu acho que fiquei zonza por alguns segundos. — Eu tinha um
gêmeo, mas comi ele sem querer...

Misericórdia.

— Meus primos, seus tios — ele aponta para mim. — São gêmeos de mães
gêmeas.

— Puta que pariu — Nate começou a soar e Adam riu alto, o encaramos em
silêncio e ele parou de rir pondo a mão na boca.

— Agora você entende meu sufoco — Bell mostra o dedo para ele.

— Por que você não me disse isso antes? — pergunto.

— Eu pensei que você soubesse! — Simon da um sorrisinho nervoso.

— Claramente eu não sabia — falei alto e logo depois fiz outra careta ao
sentir uma dor estranha, Nate se aproximou preocupadao e eu fiquei ofegante
de repente.

— Susie, merda, você está vermelha — ele passa a mão no meu rosto. Ele
nem deve ter lembrado, Balis vive mas nuvens agora com Abby, sua
namorada.

— Oh meu Deus! Está na hora — Lisa grita e eu arregalo os olhos vendo ela
dar Liana para Dylan que está paralisado perto de Pan me vendo ter
contrações.

— E agora? E agora? E agora? Cruzes, Aaaaa tô vendo o bebê saindo! —


Adam diz dramático é se joga para trás fingindo desmaiar, acho que Nate
quase desmaia com ele.

— O que eu faço? — Simon se levanta olhando de um lado para o outro e


isso só me deixa mais nervosa. — O QUE EU FAÇO?
— Vai pegar gelo! — Rubi manda e ele corre para a cozinha, mas depois
volta quando se toca que correu pro lado errado.

Olho para Eric que bateu uma foto minha e depois sorriu me mostrando o
polegar, quase jogo uma almofada na sua cara.

— Vai ficar lindo em uma camiseta — ele diz e dessa vez eu gemi com a
contração agarrando a mão de Nate.

Ele está ofegante como eu.

— Pode segurar mais um pouquinho? — Perguntou.

— Ah claro, mas só porque você está pedindo — debocho e ele aperta os


lábios.

— AAAA, porra! — grito e todo mundo fica em silêncio me ouvindo falar


palavrão, os encarei irritada. — O que foi?!

— Humm...nada — Pan diz e eles também disfarçam balançando a cabeça.

Nate me ajudou a levantar e beijou minha testa sorrindo, sorri de volta


rapidamente e respirei fundo.

— Está na hora, meu amor. Pronta?

— Não saia do meu lado.

— Nunca — ele toca na ponta do meu nariz. — É uma promessa.

Dei meu último sorriso antes de me abaixar sentindo mais uma contração
minutos depois.

Céus.

6 meses depois...

Coloquei a garrafa de suco na mesa já vendo tudo pronto para o almoço,


escuto risadas gostosas e viro o rosto no jardim para dar de cara com um pai
babão parecendo se divertir.

Sorri de lado e tirei os sapatos antes de pisar na grama verde da mansão,


caminhei até a minha família com a expressão mais doce do planeta.

Nate e eu tínhamos comprado uma mansão para nós, achamos que era melhor
sair um pouco da cidade então nos mudamos.

Mas claro que isso não seria suficiente, acontece que simplesmente todos
eles vieram conosco, é, a gangue e as meninas também tinham se mudado.
Nessa rua há quatro mansões distribuídas, e nós ocupamos todas elas
morando um perto do outro, nem consigo resumir as loucuras que
aconteceram nesses últimos meses.

Meu pai e Eric vem nos visitar com frequência, sempre com uma fofoca nova
de alguma coisa, Jon e Josh moram perto de nós agora então em alguns finais
de semana nos reuníamos para conversar. Minha tia Michelle vem de Seattle
de três em três meses ver os bebês, e sempre pede desculpas por ter perdido
o casamento, ela estava viajando em um evento de culinária e não pôde
comparecer.

Por trás eu me aproximo vendo ele brincar com o bebê que tinha os seus
lindos olhos pretos, somente o cabelo era castanho como o meu porque de
resto tinha puxado tudo ao pai.

— Nossa, carinha. Como você está pesado — Nate levanta Noah um


pouquinho e ele me encara já que estou atrás de Nate, ele ri mostrando a
gengiva banguela e balanço a mão pegando sua atenção. — Do que você está
rindo?

Ele abaixa o bebê e olha para trás me encarando, Nate dá um sorriso


pequeno quando me aproximo o dando um selinho casto nos lábios.

— Eu estava procurando por você — ele diz e eu beijo seu queixo.

— O que você deseja, Sr. Venturelli?


— Humm...— ele morde meu lábio e eu solto um risinho quando Noah
balança as mãozinha dando na cara do pai que se afasta de mim.

— Opa, ciumento como você — falo e Nate bufa pondo Noah no carrinho do
lado do outro.

Onde dormia nossa segunda filha, e eu não estou falando de Lolinha.

Sim, eu estava grávida de gêmeos! A médica errou na ultrassom e Nate


quase morre quando ela disse que eram dois bem na hora do parto. Nunca vi
meu marido azul, mas acho que naquele momento ele virou um um avatar.

Ele se abaixa um pouquinho fazendo um carinho no rosto de Sofia que


dormia tranquilamente, me sentei ao seu lado no banco e o abracei pondo
minha cabeça no seu peito, ele me abraça de lado antes de beijar o topo da
minha cabeça.

— Eu amo morar aqui — digo a ele que concorda.

— Não gosto daquilo, mas de resto... — ele aponta para uma estátua de
pedra no canto do jardim que era idêntica a Adam, tinha sido um presente e
eu não deixei Nate jogar fora, caso contrário Bell choraria noite e dia.

Olhei para os nossos filhos e sorri de lado satisfeita com tudo o que
aconteceu na nossa vida, e julgar pela expressão de Nate, ele pensa igual.

— Como anda Monica e Gregório? — pergunto.

— Estão viajando, soube que foram visitar Kevin na Alemanha — ele diz e
eu o encaro surpresa.

— Sério? Isso é ótimo!

Kevin tinha se mudado de Nova York a alguns anos, a família Venturelli


inteira tinha o incentivado a procurar tratamento por lá por ter pessoas
confiáveis no país, e e ele foi com a promessa de que ficaria bem.

— Sim, ele parece melhor a cada dia — Nate fez um carinho no meu cabelo.
— Ouvi de fontes confiáveis que ele conheceu uma pessoa e parece se
superar a cada dia.

— E essa fonte seria Peter Wilson Ross?

— Você sabe que sim — rimos juntos.

Por falar em um integrante da gangue, nós vimos todos eles passando pelo
portão da nossa casa com as esposas do lado e os filhos na frente que mais
parecia um jardim de infância, meu Deus.

Ri disso vendo os sorrisos felizes das meninas abraçadas nos maridos e


sorri contente por elas, contente por cada uma de nós ter encontrado nosso
amor certo.

Sei que enfrentamos várias coisas mas nenhum caminho é fácil, o que
importa é que você sempre tem que continuar sua trajetória.

Nunca pare de acreditar no amor, ele existe e está em algum lugar por aí se
preparando para vir até você como veio para nós.

E ele veio de terno.

Na verdade, veio com quatro babacas de terno.

×××

É o fim de uma era, família!!!


Babacas de ternochegou ao fim! 😔 😔 😔 😔 passei três anos da minha
vida me dedicando a essa série de livros e encho o peito para dizer que
fora os anos mais loucos que tive até então.

Sempre vou agradecer a vocês, obrigada pelas mensagens, pelo apoio e


por todo o amor que me deram, serei eternamente grata!

Escrever esse livro foi um desafio, mas no fim eu consegui terminá-lo


quando pensei muitas vezes em desistir, mas por muitas eu não fiz e
agradeço por não ter feito!
Babacas de terno é a coisa mais especial da minha vida, e espero
quevocês tenham gostado até aqui ❤.

LEMBRANDO QUE AINDA TEM O LIVRO DA SAMANTHA!!!


(disponível no meu perfil, se chama "meu amor proibido") será postado
aqui no wattpad primeiro.

Sobre os livrosviraremfísicos, sim! Vai acontecer, seu lançamento será


sem 2022, atélá os livros ficaram disponíveis aqui no wattpad.

Babys, eu amo todas vocês.


Obrigada por me acompanhar, mas é agora que eu solto sua
mãoporquechegamos no final de mais uma aventura...nos vemos na
próxima, ok?

Fiquem com Deus...

Até, babys ❤.

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