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by readlissa
Category: Romance
Genre: amor, brigas, hot, intrigas, provocações, romance, ross, sedução,
venturelli
Language: Português
Status: Completed
Published: 2020-02-29
Updated: 2021-05-26
Packaged: 2022-03-07 15:01:47
Chapters: 90
Words: 190,814
Publisher: www.wattpad.com
Summary: "Preciso me afastar mesmo que todo meu interior grite para eu
ficar" LIVRO 3 // Da SÉRIE: Babacas de terno. Emily Brooks é uma das
melhores estilistas de Nova York com apenas 23 anos de idade, sempre
muito dedicada a sua vida profissional e com a vida amorosa balançada
conseguindo equilibrar os dois. Brooks tem uma personalidade forte e não
gosta de ser contrariada, ainda mais se essa pessoa for um certo homem
tatuado que adora provocá-la. √ Ela queria evitar qualquer tipo de
aproximação mas o que ela não sabe é que ele estará mais perto do que ela
imagina. √ Ele gosta de controle, não há problemas que ele não consiga
solucionar...mas tem apenas um problema que ele gosta de manter. - Um
problema perfeito eu diria. Será que ela conseguirá manter um cretino sexy
longe dela? ======== Eis eu aqui com o terceiro livro da série ❤ Espero
que gostem assim como eu irei gostar de escreve-lo. Clique em "Ler" e me
acompanhe para uma nova história cheia de aventuras, romance e algumas
intrigas. Obra de minha autoria, qualquer semelhança é mera coincidência.
PLÁGIO É CRIME. Estou esperando por você, baby. #1 em hot (24/02/21)
#1 em provocações (24/02/21) #1 em intrigas (03/05/20) #1 em sedução
(08/11/20)
Language: Português
Read Count: 12,284,742
Um Problema Perfeito
Espero conquistar você com essa mais nova história cheia de emoções e
outras coisinhas kikikiki.
1°: Esse livro se trata do nosso casal problema, Emily e Peter, que vão
aprontar muitíssimo juntos.
Quem leu os livros anteriores sabe que esses dois são um caso
interessante rsrsrsrs, se estiverem juntos por muito tempo é preciso
chamar os bombeiros e possivelmente a polícia hahaha.
Sinopse:
Emily Brooks é uma das melhores estilistas de Nova York com apenas 23
anos de idade, sempre muito dedicada a sua vida profissional e tem a vida
amorosa balançada conseguindo equilibrar os dois. Brooks tem uma
personalidade forte e não gosta de ser contrariada, ainda mais se essa pessoa
for um certo homem tatuado que adora provoca-la.
√ Ela queria evitar qualquer tipo de aproximação mas o que ela não sabe é
que ele estará mais perto do que ela imagina.
Peço para as leitoras que estão aqui para reler o livro que não dê spoiler,
por favor. Pedido de autora para leitora❤.
Emily Brooks
Olhei em volta meio atordoada e não fazia idéia de onde estava, pisquei
algumas vezes e esfreguei os olhos com os dedos.
Olhei para o homem que agora começava a se mexer e fiquei estática para
não fazer barulho, seu corpo musculoso era coberto apenas por uma cueca
boxer branca, o cabelo era castanho e o filha da mãe tinha cílios lindos.
Peguei a blusa e passei meus braços, quando eu estava passando a blusa pela
minha cabeça eu ouvi o som estrondoso do meu celular ecoar por todo
quarto.
Certeza que acordou metade de Nova York.
Tentei passar a blusa pela minha cabeça o mais rápido possível por que a
mesma estava tapando a minha visão e eu apenas girava para um lado e para
o outro tentando vestir a porra da blusa.
Maldita blusa!
Senti mãos me ajudarem e fechei os olhos por não ter conseguido fugir antes
dele acordar, minha blusa foi puxada para baixo e passou facilmente pela
minha cabeça.
Abri os olhos encarando o homem a minha frente que estava com um sorriso
pequeno, seus olhos eram de um castanho claro impressionante.
- Eu sei que é sábado, mas preciso falar com você, os demais funcionários já
estão aqui. Venha logo, ainda sou seu chefe.
Matt Brooks era um homem nos auges dos 50 anos, um homem culto e
responsável. Não era muito aceito na família por não ter seguido carreira de
médico como a própria queria, Matt lutou pelo o que quis e abriu uma
empresa de moda, hoje é uma das empresas de moda mais conhecida e
influente de toda a América.
Aprendi muita coisa com ele, se não fosse por Matt eu nunca teria seguido a
carreira do que eu mais gosto, além de ser o meu tio preferido e o meu
estilista preferido.
Fui atrás da minha bolsa que estava na cadeira perto da porta e depois calcei
meus sapatos pretos.
- Já? Você não quer tomar café? -ele pergunta cruzando os braços.
- Eu também.
Quando eu estava prestes a abrir a porta eu senti ele puxar minha mão e com
o movimento fez meu corpo se chocar com o dele.
O mesmo passou a língua nos lábios e logo depois passou a mão no cabelo,
olhei para a sua barriga com gominhos e respirei fundo, é gato demais mas
não é muito bom de cama.
- Tem certeza que não quer ficar? -perguntou com um sorriso sedutor.
Pensa.
Pensa.
Pensa.
Bom, para que serve as amigas se não para usar seus nomes para se livrar de
homem?
Usei o da Rubi semana passada, tive que inovar.
- Espero ver você de novo, Lisa Jones -ele disse e eu sorri falso.
Daria tudo agora apenas para ir em casa e tomar um banho para tirar esse
cheiro de sexo.
- E aí, tio? -falei enquanto andava para fora e seu sorriso foi diminuindo.
Senti o sol da manhã queimar no meu corpo indicando um novo dia e respirei
fundo, adoro essa sensação.
Ouvi meu celular tocar novamente e atendi sem ver quem era mas muito
provavelmente era Matt.
- Emily!
Franzi o cenho.
- Susie?
- Você está bem? Não vi você voltar para casa ontem -ela diz preocupada.
- Estou bem, Jones -ri baixo- Me desculpe, esqueci de avisar que passaria
noite fora.
- Graças a Deus, faz isso comigo não. Fico preocupada -ela diz me fazendo
sorrir.
- De dedinho?
- Ok, queria te avisar que estou indo para a casa de Rubi ver os trigêmeos,
Lisa e Dylan também já estão lá com o Danny. Espero você?
Quem me dera ter essa força de vontade para caminhar de manhã cedo, só de
ouvir "exercício físico" eu já fico morta de cansada.
Passei pela recepção e corri para o elevador, não tinha muito gente ali então
provavelmente estão todos na sala de reunião, a sala era ampla e com
certeza daria toda a nossa equipe lá dentro.
Não preciso ser um gênio para saber que a retardada está falando de mim.
Abri a porta e dei o meu melhor sorriso cínico, Matt olhou para mim com um
sorriso idiota nos lábios e Suzana levantou uma sobrancelha.
- E você está ridícula com esse cachecol mas eu não estou falando nada -
falei e ela me olhou feio.
- Isso é moda -ela diz apontando para o cachecol listrado- Coisa que você
não tem.
- Já estão todos aqui -Matt fala chamando nossa atenção- A equipe que
esteve comigo por bastante tempo.
- Por que estamos todos aqui? Aconteceu algo? -a voz de Henrique apareceu,
ele era um ótimo estilista.
- Bom, estou fazendo essa pequena reunião para lhes informar sobre algo que
irá acontecer na empresa. Estou com esse projeto já tem meses e agora nós
decidimos colocar em prática -Matt diz.
Ouvi várias vozes resmungando mas a única coisa que eu conseguia fazer era
encarar Matt que também me encarava.
- Mas é a sua empresa -falei e ele me encarou- Você não pode simplesmente
deixa-la assim...
- Eu já fiz isso, Emy. Não trabalharemos mais juntos, o novo chefe está
chegando e ele irá ditar as regras. Ele concordou em mater todos vocês nos
mesmos cargos e assim ninguém saíra prejudicado.
- Ele pelo menos entende alguma coisa sobre o nosso ramo? -Laura
perguntou.
- Não, seu ramo é tecnologia mas ele está expandindo os negócios e com o
meu braço direito eu sei que ele não terá nenhum problema.
- Peço que continuem na empresa e sigam fazendo o que amam, essa empresa
precisa de vocês. Todos são extremamente talentosos e este homem trará
reconhecimento e estabilidade a ela. Eu sei que fiz o melhor negócio da
minha vida -ele disse orgulhoso.
- Você não pode me deixar sozinha -falei- Eu não tenho idéias produtivas se
não conversar com você antes.
- Você é uma excelente estilista, não é meu braço direito apenas por ser
minha sobrinha, você tem talento e foi por isso que contratei você. Continue
aqui, continue trabalhando no que você gosta e mostre para o meu irmão que
sua profissão é como qualquer outra -ele disse olhando no fundo dos meus
olhos.
- Vai dar tudo certo. Agora, vamos para a recepção esperar o novo dono -ele
disse e eu concordei.
- Espero que ele seja bonito -falei e ele balançou a cabeça rindo.
- Acho que você vai gostar dele -Matt disse enquanto saíamos da sala.
Já postei o primeiro capítulo porém! hoje ainda é sábado kikiki vai que
outro capítulo aparece mais tarde .
Emily
- Sim.
- Seu pai?
- E eu ainda sou a filha dele, mesmo assim ele não me procura -digo
balançando o pé de uma forma impaciente.
- Jack é orgulhoso demais, você sabe que ele não faria isso.
- Cadê esse cara hein? Eu quero ir para casa e tomar um banho -falei
olhando a hora no meu celular.
- Ele está...
Olhei na direção de onde Matt apontava e meus olhos pousaram no ser mais
cretino que existe, Peter Ross.
Todos pararam o que estavam fazendo e encararam Peter que tirava o óculos
de sol do rosto e colocava na gola da camisa branca lisa, ele vestia uma
calça jeans escura e tênis esportivos. Os anéis em seus dedos sempre
estavam ali, as tatuagens só ajudava a chamar mais atenção do que ele já
chama.
- Primeiro: Ele e eu nos odiamos, segundo: se eu trabalhar com esse cara ele
vai fazer minha vida um inferno mais do que já faz -falei séria.
- São plausíveis!
- Seja profissional, tenho certeza que ele será -Matt diz e de longe eu vejo
Peter caminhando até nós.
Ninguém merece.
- Matt!
O mesmo se levanta e se vira para falar com Peter que está a sua frente, os
dois se abraçam como se fossem velhos amigos.
- Ótimo! Venha, vamos conversar com o pessoal -Matt diz mas antes ele se
vira para mim.
- Loirinha?
Deus...me ajuda.
- Sou o seu braço direito, irei ajudar você em qualquer...aspecto -falei meio
sem encara-lo.
- Ela é a minha sobrinha -Ele disse e Peter fez um "o" com a boca.
- Não sabia que seu sobrenome era Brooks -Peter diz cruzando os braços
evidenciando os músculos.
- Eu vou chamar o restante da equipe, espere aqui -Matt diz e se afasta indo
até os outros.
Olhei para as minhas unhas pintadas apenas com uma base fortalecedora e
levantei o olhar quando percebi o olhar de Peter queimar na minha pele.
- Descobrir como você é uma boa pessoa deve ser interessante, isso aqui -
apontei para mim e para ele- Não tem nada de interessante.
- Espero que descubra que sou uma boa pessoa enquanto você...me ajuda em
qualquer aspecto -um sorriso malicioso foi lançado para mim e eu me
segurei para não manda-lo pro inferno.
- Cretino.
- Insuportável.
- Criança.
- Mal educada.
O olhei com raiva, meu santo e o santo do Peter não bate. Somos totalmente
o oposto um do outro, nunca chegaríamos em uma decisão. Tê-lo sempre por
perto vai acabar com a minha mente e minha maravilhosa paz.
Cruzei os braços.
- É por isso que está estressada? Ele não conseguiu satisfazer você -ele fez
uma cara de pena.
- Tudo bem, eu não me importo o suficiente -ele fala dando um passo para
trás.
- Mesmo se você se importasse eu não iria ligar -digo e ele revira os olhos.
- Pessoal, este aqui é Peter Ross. O novo dono da empresa Modus -Matt
apareceu do nosso lado e com ele veio a equipe.
- Peter é ótimo nos negócios, tenho certeza que ele fará a coisa certa se tiver
vocês ao lado dele -Matt fala colocando a mão no ombro de Ross.
- Faremos um bom trabalho, segunda feira entraremos com tudo. Farei uma
reunião geral com todos os funcionários dessa empresa e tornar tudo oficial,
Modus só tende a crescer a partir de agora -Peter diz confiante.
Ouvi aplausos e percebi todos batendo palmas para o mais novo dono da
empresa, respirei fundo, o discurso nem foi tudo isso.
- Bom, nós sabemos que você tem outra empresa além dessa, como fará para
estar nas duas ao mesmo tempo? -ela perguntou e Peter cruzou os braços.
- Ele é o flash -falei meio baixo mas acho que Peter escutou.
Uma coisa que eu aprendi, Adam Venturelli pode ter muitos privilégios mas
um deles com certeza não é ser forte para cócegas, Rubi e eu tiramos essa
informação dele por meio de chantagem de cosquinhas. Nem foi tão difícil,
queríamos saber de onde os apelidos ridículos vieram e pelo visto dois
deles veio de uma conversa sobre super heróis.
Lisa sabia sobre os apelidos mas quando soubemos já era tarde demais, eu
nunca vi Adam tão vermelho como eu vi naquele dia.
- Respondendo sua pergunta Suzana, meu tempo será dividido para ambas,
não estarei nessa empresa todos os dias assim como também não ficarei na
outra, a atenção irá vir para as duas -ele disse e ela assentiu.
- Não -respondeu.
- Você não tem experiência com empresas desse departamento, quem ficará a
frente das escolhas de roupas, planejamento...essas coisas -Henrique diz e
Peter suspira.
- O braço direito de Matt fará tudo isso -Peter diz e todos me encaram.
- Pois é -falei.
- Emily, o trabalho virá praticamente dobrado para você -Laura diz e Peter
nega.
- Eu estarei com ela, não há nada com o se preocupar. Caso ela precise
contratamos uma assistente -Peter diz e depois me encara- Tudo bem?
- Sim.
Uma lágrima quase desce do meu rosto por concordamos em alguma coisa,
isso me deu esperança.
- Não é por que você é meu chefe que pode mandar em mim e dizer o que eu
deva fazer ou...
Peter não tem muito paciência mas insiste em ficar testando a própria
comigo.
- Nos vemos na segunda, podem ir embora -Peter diz aos outros que apenas
concordam.
Andei um pouco para apreciar a manhã que até estava bem bonita e
aproveitei para comprar um café e um pretzel, minutos depois de ter
terminado de comer eu avistei um táxi e dei o endereço do meu apartamento.
Saí do táxi e andei a passos rápidos para dentro, não via a hora de tomar um
banho e ir para casa da gata ver os trigêmeos e o meu bebê Danny.
×××
E para quem disse a algumas horas atrás, Sim meu povo, o chefe da
loirinha é o Peter hahaha Adam tinha nos dado uma leve pista no livro
dele, quem pegou pegou 😂.
Próximo capítulo vamos ter uma aparição especial e eu não estou falando
da gangue e nem das meninas kikikik adoro.
Emily
Tomar um banho e vestir uma roupa limpa deveria ser a oitava maravilha do
mundo, é incrível! Não mais que sexo mas é incrível!
Saí do meu quarto e andei até a cozinha pegando meu celular de cima do
balcão, coloquei no bolso e fui até o potinho que Lisa me deu de presente.
Ela tinha um potinho azul aqui mas levou para o apartamento de Dylan assim
que os dois começaram a morar juntos, ela me disse que é um objeto muito
importante para ela.
Olhei para frente e entre abri a boca meio chocada, o que ele está fazendo
aqui?
Quer dizer, eu sei que ele mora aqui ainda mas ninguém o via por aqui a
meses.
Caleb, meu ex...ficante? Não sei, não uso rótulos mas definitivamente era ele
que beijava uma mulher com urgência e apertava sua bunda a minha frente.
Sorri pequeno.
O olhos de Caleb caíram sobre mim e ele pareceu surpreso por alguns
segundos, a mulher sorriu envergonhada e até que ela era bonita.
- Tchau, gatinho. Me liga depois? -ela perguntou e eu olhei pro lado fingindo
não escutar nada.
Só fingindo mesmo.
- Ok -ele disse.
A mulher se aproximou para beija-lo na boca mas ele foi mais rápido e
beijou a sua bochecha entrando no elevador depois.
- Hum, não casou com ninguém por lá enquanto estava bêbado? -Perguntei
rindo.
Não!
Ele queria um relacionamento você lembra, Brooks? Sim, você lembra. Não
podemos dar isso a ele.
Nos encaramos por intermináveis segundos até seus olhos irem para os meus
lábios e os meus para os dele, droga!
Seu eu não falasse nada nos próximos 3 segundos certeza que estaríamos nos
beijando agora, sim eu sei, isso seria estranho por que né...do nada.
Mas caleb e eu tivemos um romance passageiro que foi bom até, mas
queríamos coisas diferentes, ele ter voltado tão de repente e aparentemente
mais lindo não é bom para a minha saúde e o meu corpo que não está
satisfeito.
- Creio que me verá mais agora que voltei -ele disse e as portas foram
abertas finalmente.
Ele olhou para frente onde era o nosso andar já que éramos vizinhos e olhou
para mim em seguida.
- Caleb...
- Claro, contanto que você não transe comigo -digo e ele ri estendendo a
mão.
- Não irei transar com você -ele diz e eu pego na sua mão.
Ele apertou minha cintura e eu senti seu nariz ir para o meu pescoço, fechei
os olhos quando um beijo demorado foi plantado sobre o mesmo.
Sim, eu acabei com o meu lance com Caleb por conta dele estar se
apaixonando por mim mas o outro motivo mais forte era por que eu também
estava começando a gostar dele. E eu sou mulher o suficiente para admitir
que sou uma covarde para relacionamentos.
Não tenho paciência para eles.
- Sim, amigos que não transam -ele diz e para de me beijar me encarando em
seguida.
Coloquei minhas mãos no seu peito e o empurrei para trás sutilmente, seu
corpo ficou longe do meu novamente e ele passou a mão no cabelo.
- Nos vemos por aí, Caleb -falei vendo ele piscar pra mim logo em seguida.
Atravessei a rua e abri a porta do carro assim que cheguei perto dele.
As portas foram abertas e eu dei de cara com um corredor onde tinham duas
portas, me aproximei delas que ficavam uma na frente da outra e franzi o
cenho.
- Ex balão de passeiooo!
- Tinker Beelll!!
Depois de gritar eu não ouvi nada, mais uma porta foi aberta e um homem
saiu por ela com uma expressão assustada.
Analisei seu corpo que tinha apenas uma calça moletom cobrindo aquela
beleza toda, ele tinha um cabelo castanho e olhos da mesma cor, sua barba
era rala e seu rosto era bem definido.
- Ouvi alguém gritando, pensei que precisassem de ajuda -ele diz e cruza os
braços.
- O seu também, combina com você -ele diz com um sorriso malicioso e eu
mordo o lábio inferior encarando aquela barriga trincada, por que não tem
isso no meu prédio?
Joguei a cabeça pro lado e olhei para a outra porta, vai ser rapidinho.
Puta merda.
Peter parou ao meu lado e eu o encarei, ele olhou para o homem que tinham
uma cara nada satisfeita e eu um semblante irritado. Ele riu alto e os dois a
nossa frente nos encararam.
- Não foi dessa vez, loirinha -ele disse eu bati com o cotovelo na sua
barriga.
- Nada, amor. Vamos entrar, esses dois são malucos -ele disse e Peter e eu
levantamos a sobrancelha perplexos.
- Repete isso aí, traidor de merda -Peter diz e a mulher franze o cenho.
- Traidor? Por que traidor? -Ela pergunta e olha para o homem- Você dormiu
com ela?
- De novo, Diego? -ela pergunta e agora estou mais perplexa que antes.
Olhei para Peter que olhou para mim parecendo igualmente perplexo.
- Eu não dormir com ninguém de novo, apenas com você -ele diz.
- Claro, amor. Eu prometi que nunca mais ia trair você -ele fala mexendo no
cabelo dela.
- Toma vergonha na sua cara, seu babaca. Se não quer amar ninguém então
pelo menos dê uma chance a ela de amar quem presta -digo e ele me olhou
irritado.
- Cala a boca, não se meta aonde não é chamada -ele diz e eu reviro os
olhos.
- Certo -fingi fechar a boca como se fosse um zíper e olhei para ela- Isso vai
acontecer de novo, pode não ser comigo mas vai acontecer com outra.
Andei para a porta e Peter veio atrás de mim com as mãos no bolso da
jaqueta de couro, bati na porta e logo depois a abri quando percebi que
estava aberta.
Ele sorriu.
- Você está irritada -diz e eu paro de costas para ele quando chegamos no
andar de cima.
- Não consigo -Ouvi ele suspirar- Pelo menos tirou o cheiro de sexo
Nathaniel Venturelli estava na Itália faziam duas semanas, não sei com
precisão o motivo mas acho que ele não irá demorar a voltar.
- Adam? Dylan?
- Eles me batem.
- E Nate não?
- Tanto faz, Peter. Não estou em um bom dia, primeiro eu descubro que você
é meu chefe, depois encontro uma pessoa que eu ainda go...
×××
E aqui está o capítulo novo meu povo, vote e comente se você gostou
dessa volta de Caleb. Ele apareceu no primeiro livro e foi apenas citado
no segundo.
Peter Ross
Olhei para o corpo da loira a minha frente e sorri de lado enquanto ela
andava a passos rápidos comigo atrás dela.
Eu já estou sentindo minha paciência ir embora aos poucos e ela ainda está
grita meu nome.
Parei atrás de Emily que levantou a mão para bater na porta onde estava três
ursinhos pendurados, mas ela se virou para mim e fez um sinal com a cabeça
para eu me afastar.
- O que é? -Perguntei.
- Você está quase chupando meu pescoço, se afasta um pouco, fofa -ela diz e
eu dou um sorriso sarcástico dando um passo para trás.
Mas é chata!
Ela me xingou é claro, não seria Brooks se ela não fizesse isso, mas eu
rapidamente entrei no quarto e ela veio atrás de mim me chamando de Peter
Pan,
Adam é um idiota por ficar me dando apelidos!
- Shiu! Não fala alto, você vai acordar os bebês -digo em um tentativa de
fazê-la ficar quieta.
O único que não estava aqui era Nathaniel já que o mesmo está cuidando da
sua empresa na Itália, creio que não demore a voltar para Nova York.
- Ei -os chamo.
- Meus filhos são lindos mesmo -Adam diz e Rubi sorri de lado.
- Ah meu Deus, será que eles vão ter a personalidade parecida com a do
Adam? -Lisa pergunta e Dylan ri baixo.
- O que? Claro que nã...todas as noites -Rubi disse e coloca a mão na boca
fingindo chorar.
- Ah, sou tão sortudo por tê-la -Adam diz olhando para Rubi que riu e se
aproximou dele beijando sua bochecha.
- Eu acho que Maia vai ser a mais sapeca -Falei e eles me encaram.
- Vira essa boca para lá, Pan -Adam diz e eu dou de ombros.
Olhei para o bebê conforto na mão de Dylan e ele virou para mim mostrando
que estava fazio.
- Já estou sentindo falta das minhas noites de sono -ele diz e nós rimos
bagunçando seu cabelo.
Pelo amor de Deus, isso não é seguro para o meu bebê Danny.
- Pegue seu filho, rápido -digo a Dylan e Emily me olha irritada.
- Cala a boca -ela diz e balança Daniel devagar que foi se acalentando aos
poucos.
Emy olhou para ele e sorriu em seguida, Lisa e Dylan sorriram abertamente e
o mesmo foi até ela parando ao seu lado.
Rubi veio até Adam que a abraçou de lado e a mesma o beijou rapidamente.
- Susie -Rubi diz e ela sorri sem graça assim que pega o celular.
- Foi mal, já volto -ela diz e sai do quarto para falar ao telefone.
- Ele está hipnotizado -Lisa diz encarando o filho e depois olhou para mim.
- Não.
- Não.
- Lisa!! -gritei.
- Emy, Peter é o padrinho. Ele também pode segura-lo -Lisa diz e Emy faz
uma careta.
- Certo, só toma cuidado seu bruto -ela diz e se vira para me entregar o bebê.
Danny já tinha sorriso para todos, até para estranhos que passavam na rua,
mas para mim ele era um pouco mais difícil.
Nas primeiras semanas eu pensei que ele me odiasse, mas agora vendo esse
sorriso banguela as chances disso caíram totalmente.
- Ele não te odeia afinal, viu? Eu disse que não -Dylan diz e toca no meu
ombro.
Olhei para Danny que levou a mão direita até a boca a sugando e eu olhei
para Lisa que sorriu.
- Vamos descer, não quero que vocês acordem os três ali -Adam diz
apontando para o berço onde os bebês estavam.
Adam nos serviu copos de whisky e as meninas beberam suco, menos Emily
que optou pelo o whisky. Danny foi amamentado e logo depois Lisa o
colocou no bebê conforto ao seu lado no sofá.
Continuamos conversando e uma hora ou outra nós rimos das coisas idiotas
que Adam falava e de algumas experiências que passamos quando éramos
pequenos.
Fui nascido e criado na Itália, minha mãe é italiana e meu pai é americano.
Ambos não se davam muito e não se dão bem até hoje, na minha infância
nenhum dos dois foram presentes mas Monica e Gregório Venturelli sempre
foram.
Ambos eram amigos próximos dos meus pais e Monica sempre teve um amor
afetivo por mim e aos poucos conquistei isso de Gregório também, eu amo
demais os dois.
Não só por serem as pessoas mais incríveis que já conheci, mas sim por
serem uma figura de pais durante os anos da minha vida e claro...colocar três
idiotas nela.
Minha mãe mora na Itália atualmente e meu pai mora aqui em Nova York, eu
o vejo pelo menos uma vez no mês e isso quando ele não some.
Não me lembro a última vez que vi minha mãe mas já tem um tempo, mas ela
sabe que estou bem já que provavelmente me vê nos jornais e sites da Itália.
Não foi apenas uma pessoa que perguntou isso e sim duas, Dylan perguntou
isso para mim e Lisa perguntou isso para Emily.
- Vocês...
- Desculpa, era uma ligação de Seattle e...por que vocês estão encarando
Emy e Peter desse jeito?
Ela perguntou vendo essas criaturas nos encararem desconfiados, pelo amor
de Deus.
Eu não acredito!
Não! É o óbvio que eu acredito.
- Foi tudo culpa do Nate -Adam diz e Dylan joga uma almofada da cara do
irmão.
- O que...
Ela levantou uma sobrancelha e encarou Lisa que explicou tudo para ela no
segundo seguinte. Rubi balançou a cabeça e deu tapinha na cabeça de Adam.
- Não se faz isso com os amigos, Venturelli -ela diz e Adam fecha a cara.
Emily riu da careta que Adam fez e colocou o copo na mesinha de centro.
- Certo, meninos. Não sei exatamente o que apostaram mas não percam seu
tempo com Peter e comigo, não irão ganhar nada -ela diz e eu concordo.
- Certo, mas aonde vocês estavam esta manhã? -Adam pergunta.
- E ele comprou a empresa do meu tio Matt, você lembra dele? -Emy
pergunta a Lisa que confirma- Agora Peter é o novo dono da Modus e
aparentemente meu novo chefe.
Eles ficaram em silêncio por várias segundos e eu olhei para Emy que me
encarou de volta mas desviou o olhar rapidamente, sorri de lado.
- Ta doido? -Lisa pergunta dando um soco no ombro de Dylan que fez uma
careta.
Mops falou com todos abanando o rabo e nos lambendo como forma de
cumprimento, ele parou no meio da sala e olhou para Dylan, Adam e eu. Ele
veio até nós e nos cheirou várias vezes.
- Você sabe que ele está procurando por Nate, não sabe? -Dylan pergunta a
Adam que revira os olhos.
- Qual é, Mops. Nate nem é tão bonito assim -Adam diz e as meninas riram
como se não concordassem.
- Ele só está com saudades -Susie diz chamando por Mops que vai até ela e
se deita no seu colo.
Meu celular vibrou por alguns segundos e eu o tirei do bolso vendo uma
mensagem que me fez sorrir de lado, digitei uma reposta e guardei o celular
de volta.
- Sim, meu amor. Não chore eu vou voltar -falei e ele sorriu sem humor.
- Preciso fazer uma coisa, falo com vocês depois -digo e eles acenam
balançando as mãos se despedindo.
Me virei indo na direção da porta mas parei na frente da mesma e olhei para
Emily que sorria para Susie.
- Não se atrase na segunda, seu chefe não gosta de atrasos -pisquei para ela.
- Vai arrumar o que fazer, Peter! -ela diz mostrando o dedo do meio para
mim.
Ri baixo.
×××
Até depois ❤.
5° capítulo
Emily
A porta do meu quarto foi aberta com força e logo uma Susie de pijama e
descabelada parou nela.
- Você enlouqueceu!?
- São 7:45 da manhã! Você sabe que eu preciso dormir para me tornar um ser
humano educado -ela disse e eu olhei para a minha caixinha de som.
Fui até a caixinha e a desliguei vendo Susie respirar aliviada, toda manhã eu
escuto música enquanto me arrumo para ir ao trabalho e talvez hoje eu tenha
exagerado no volume um pouquinho.
- Como assim?
- Você sempre ficar muito educada ou fala palavras difíceis quando está
nervosa -diz e eu pisco várias vezes.
- Vai pentear essa franjinha, franjinha -falei balançando as mãos e ela fechou
a cara.
Susie apontou o dedo para mim e saiu do meu quarto indo para o seu
provavelmente pronta para hibernar até o almoço, Susie trabalha em uma
boate e acabada passando boa parte da madrugada na mesma.
Parei na frente do espelho e aprovei minha roupa que consistia em uma calça
jeans preta assim como a blusa de alça que tinha um lindo decote, botas
pretas e uma jaqueta de couro também preta.
Você deve estar pensado, nossa Emily! Por que tanto preto? Bom, eu estou
toda de preto por que estou de luto pela minha paz que irá morrer hoje assim
que eu começar a trabalhar com aquele cretino.
Peguei minha bolsa de cima da cama e saí do meu quarto indo até a cozinha,
peguei algumas frutas e coloquei na minha bolsa.
Deixei um bilhete para Susie para ela não tocar no meu sorvete e ainda botei
uma carinha de irritada.
Andei até lá com passos rápidos e tinham dois homens discutindo alguma
coisa enquanto olhavam para o que parecia ser um projeto ainda no papel.
Fui até eles e peguei o projeto da mão do que segurava e os dois me olharam
confusos.
- Já devolvo.
Continuei andando para a sala dele e coloquei minha bolsa no canto porta,
fingi olhar para o projeto e com a outra mão eu toquei na maçaneta a girando.
Parei de falar quando levantei o olhar e dei de cara com Peter sentando na
sua cadeira e Suzana inclinada na sua mesa como se estivesse explicando
algo a ele.
Ela usava uma saia social escura com uma fenda pequena do lado esquerdo,
sua blusa era de botões e eu conseguia ver seu sutiã através da blusa, ter os
os dois botões abertos como estavam nem era necessário.
- Bom, eu vim ajuda-lo já que você não estava no seu posto de trabalho -
olho para Peter que mais encarava meu decote do que outra coisa.
Encarei Peter que descansou as costas na cadeira e girou a caneta que estava
nos seus dedos.
- Emily, você era a única que não estava na reunião geral com todos os
funcionários daqui. Você está atrasada.
- Minha filha, acredite ou não. Metade dos funcionários veio dedurar você -
ele diz e eu abro a boca perplexa.
- Certo, eu estou atrasada mas eu tenho um ótimo motivo -digo e ele levanta
uma sobrancelha.
- Qual?
- A susie -coloquei a mão na boca fingindo chorar- Ela teve um acidente
capilar está manhã e eu tive que ajudar.
Peguei o projeto de cima da sua mesa e encarei aquilo, eu não fazia ideia do
que era.
Peguei minha bolsa da porta e entrei na sala dele, o mesmo já não estava
mais na cadeira e sim de pé perto da vidraça encarando a vista, Peter usava
um colete azul escuro com a blusa e calça social.
Desviei o olhar e caminhei até a mesa dele deixando minha bolsa na cadeira
a frente da mesma , dei a volta parando ao lado da sua cadeira e peguei os
papéis que Suzana e ele estavam analisando.
Peguei meu lápis que estava no bolso de trás da minha calça jeans e marquei
umas coisas importantes.
Esse lápis é o meu xodó por que é só com ele que eu consigo desenhar,
somos muito próximos.
Peter se aproximou de onde eu estava parando atrás de mim, senti sua
respiração no meu ombro e logo depois ouvi ele se sentar na cadeira.
Me virei para me encostar na mesa ficando de frente para ele, Peter me deu
um olhar de reprovação e eu levantei uma sobrancelha.
- O que?
- Não, não.
- Se você sujar meu colete eu vou ficar furioso -ele diz colocando as mãos
na minha perna.
Peter tirou meu salto do seu peito e eu olhei para o seu colete mordendo o
lábio inferior quando vi o mesmo com a marca do meu sapato.
Me segurei para não rir e fui abaixando minha perna devagar quando ele a
soltou, Peter abriu os olhos e foi desabotoando o colete botão por botão
enquanto me encarava.
- Olha, Pan...você sabe que homicídio da cadeia -digo e ele caminha até mim
lentamente enquanto eu levanto minhas mãos pronta para afasta-lo.
Peter tirou o colete o jogou no chão antes de parar na minha frente, ele
abaixou minhas mãos levando as suas em seguida para a minha cintura, ele
me puxou na sua direção e eu por algum motivo...ainda estou tentando
descobrir qual, eu abri minhas pernas fazendo ele se colocar entre elas.
- Quieta, loirinha!
Peter pegou alguma coisa em cima da mesa enquanto eu o batia com as mãos
com ele no meio das minhas pernas.
Ele pegou nas minhas mãos e me inclinou com o seu corpo me fazendo deitar
na mesa colocando meus braços ao lado da minha cabeça.
Apenas uma mão sua foi capaz de me prender enquanto eu fazia de tudo para
ele me soltar, com a outra mão ele pegou o que me pareceu ser um carimbo e
eu arregalei os olhos.
Peter colocou aquela merda na minha testa e quando um barulhinho veio dele
eu soube que ele realmente tinha feito aquilo, Peter deu um sorriso
convencido e eu o apertei com as minhas pernas de tanta raiva.
Senti sua respiração no meu decote e apertei sua mão que prendia as minhas,
meu peito subia e descia quando ele deu um beijo demorando no meio dos
meus seios.
Meu Deus.
- Você tem 5 segundos para sair de cima de mim se quiser ter filhos -falei e
ouvi ele rir.
Peter levou o carimbo até onde ele tinha beijado e o pressionou no meu
corpo, dei um suspiro de derrota e o aperto da sua mão foi ficando fraco.
Filha da puta!
Olhei para o lado e vi o que estava escrito no carimbo, meu sangue ferveu
trezentas vezes mais.
Mostrei o dedo do meio para ele e desci da mesa pisando duro até a porta.
- Vou tentar tirar essa merda, se não sair -abri a porta- Se considere um
homem morto.
- Devo dizer agora ou depois que isso é permanente -ele diz e eu abro a boca
pronta para surtar.
- Estou brincando! -ele disse e eu fechei os olhos.
×××
Próximo capítulo ainda vamos ter mais uma coisinha por causa desse
carimbo especial 😉.
Emily
Lavei as mãos e joguei um pouco de água na testa, mas o carimbo não saiu
de jeito nenhum.
Peguei a alça da minha blusa e a abaixei até o tronco deixando apenas meu
sutiã a mostra, olhei para aquilo e passei o dedo por cima lembrando dos
seus lábios aqui.
- Emily?
Ouvi sua voz e quando eu ia gritar dizendo que estava no banheiro ele
apareceu dentro do próprio com um paninho e álcool.
- Isso é o banheiro feminino, meio que você não pode entrar aqui -falei o
encarando pelo espelho.
- Acho melhor você...se cobrir -ele diz olhando para o meu sutiã.
- O corpo é meu, eu posso mostrar o que eu quiser -o provoco e ele dá um
sorriso falso.
Ele veio até mim e eu continuei dando passos para trás até parar na parede
do banheiro e ele na minha frente.
Peter levou a mão direita para a minha nuca e assim ele ergueu minha cabeça
para cima, seus olhos se encontraram com os meus rapidamente mas ele logo
desviou para a minha testa.
O paninho foi passado ali com cuidado e eu até estranhei essa delicadeza
dele, se fosse eu já estaria tudo vermelho de tanto esfregar.
- O que? -Pergunta.
Peter continua o que estava fazendo e depois de alguns segundos ele para e
solta minha nuca.
- Pronto.
- Já? -Pergunto movendo minhas pernas para sair dali mas sua mão impede
me colocando de volta na parede.
- Não terminei.
Legal.
Legal.
Legal.
Apenas em um dia de trabalho eu tive mais contanto com Peter do que com
Lisa em anos.
Puta merda.
A segunda coisa que eu senti foi seus dedos traçaram uma linha reta do meio
dos meus seios até o meu umbigo, olhei para ele de soslaio e vi que Peter
encarava meu corpo com uma expressão que eu não conseguia identificar.
- De criar essa tensão sexual entre nós dois -digo vendo ele sorrir de lado.
Peter aproximou o rosto do meu rapidamente fazendo seu nariz roçar com o
meu, seu aperto no meu pescoço ficou mais forte e eu levei minhas mãos
para os seus braços.
Engoli em seco com os seus lábios próximos aos meus, isso estava tirando
toda a minha atenção. Que droga! Eu não gosto dele então por que caralhos
eu quero que ele me beije agora?
- Me solta, Peter.
Ele semi cerrou os olhos e tirou a mão do meu pescoço logo em seguida, o
corpo de Peter se afastou do meu e ele virou de costas para mim colocando
uma mão na cintura e a outra passando no rosto.
Procurei pelo meu fôlego e coloquei minha mão no meu pescoço olhando
para baixo.
- Ainda temos trabalho para fazer -olhei para ele que me encarava pelo
espelho- Não demore, Brooks.
(...)
Eu tive que colocar a mão no alto falante do meu celular para proteger a
audição desses meros seres humanos que me encararam com uma
sobrancelha erguida.
Já estava anoitecendo e passei o dia inteiro com Peter trabalhando, não teve
mais aproximações da parte dele e muito menos da minha. Agimos
profissionalmente o tempo inteiro e eu até prefiro assim.
- Estou escolhendo as cores para colocar no quarto dos trigêmeos -Ela diz-
E quero opiniões.
- E é! Vocês sabem como isso é difícil? -Rubi perguntou fazendo uma careta.
Segundos depois meu celular vibrou e eram as fotos das milhares cores para
quartos de bebês, arregalei os olhos e soltei um palavrão.
- E não é, é uma raça de cachorro essa merda -falei e Lisa riu baixo.
- Ouvi Adam dizer que ele volta em dois dias, provavelmente vamos fazer
um jantar -Rubi diz.
- Querida cheguei!
Susie riu e Lisa revirou os olhos, Rubi pegou o celular de volta e logo sua
perfeição apareceu na tela. Sim, eu exalto minhas amigas porque elas são
incríveis.
- Desculpa, Adam está carinhoso ao extremo nessas últimas semanas -ela diz
e ele grita concordando.
O celular foi puxado da mão de Rubi e o rosto da Tinker Bell apareceu, ele
sorriu para nós encarando cada uma.
- Daqui a dois dias o modelo de perfume volta, vamos dar um jantar aqui.
Apareçam -ele diz e pisca exageradamente para nós.
- Ta bom, Adam. Ninguém quer ver essa cara feia, passa para a Rubi -falei e
ele fez uma cara de ofendido.
Ainda ouvi ele gritar quando Rubi tirou o celular da sua mão e mandou ele
tomar um banho se quisesse falar com os filhos.
Ouvi ele resmungar alguma coisa mas rápido parou, deduzi que ele foi fazer
o que Rubi disse.
Continuamos conversando sobre as cores e por fim todas nós opinamos pela
cor labrador, era até bonita.
Mas é claro que uma delas tinha que perguntar...não, as três perguntaram.
- Normal -respondo.
- Normal? Vocês dois não tem nada de normal -Lisa disse e eu dei de
ombros.
- Parem de falar sobre nós dois como se fôssemos uma junção ou um casal -
digo e elas me imitam com uma voz irritante.
Digo fazendo um chiado perto do auto falante e estava pronta para fugir
dessa conversa.
- Ninguém está chamando você, Brooks! -Lisa grita e eu faço mais chiado.
- Oi? Desculpe-me, não estou conseguindo escutar sua voz com muita
clareza.
Não deixei Rubi terminar de me ameaçar porque desliguei bem na hora, sorri
de lado encarando a tela do celular já sabendo que ela deve estar vermelha
de raiva agora.
O trabalho no caso.
×××
Deixe seu voto e comentário nos capítulos que sairão nos próximos dias
hein!
Não sei quando vou terminar essa maratona mas vai passar de uma
semana, creio que vai ser a maratona mais longa que já fiz 😉 . Me
exaltem por favor kakakaaka mentira.
Emily
Olhei para o computador que estava apoiado nas minhas pernas e analisei
todos os vestidos que estavam ali.
- Estou quase.
Peter irá dar uma grande festa no nome da empresa para comemorar a mais
nova direção, que é ele no caso, e todos os funcionários tem de estar
presentes, agora aqui estou eu escolhendo meu vestido para usar neste
sábado.
- Qual é, Susie? Eu abri da última vez -digo e ela faz uma cara de deboche
engraçada.
- Mentirosa, seu nariz está quase me deixando cega -ela fala e eu levanto
uma sobrancelha.
- Como assim?
- Vou te apresentar alguns sites pornôs, existe outro mundo fora da Disney -
digo e ela fecha a cara.
Comemorei internamente.
- O açucar acabou.
- Não.
Sorri de lado e ele se aproximou mais, eu sentia sua respiração no meu rosto
e fechei os olhos quando senti sua mão adentrar no meu cabelo o puxando
delicadamente.
Caleb sempre teve uma ótima pegada e ele sabe exatamente do que eu gosto.
- Somo amigos, amigos que não transam -ele disse dando um beijo quente no
meu pescoço- E se eu não fosse seu amigo esta noite?
- Venha comigo e pegue sua xícara de açucar -ele diz colocando a mão no
meu rosto.
- Sem compromisso?
Ouvi alguns passos e logo o corpo de Susie apareceu com a xícara nas mãos,
ela olhou para nós dois que nos afastamos e desviou o olhar rapidamente.
- Você é nova, não é? Não lembro de você quando estava com Emy -ele diz e
Susie se aproxima estendendo a mão.
- Sou...
- Eu sei quem você é -Susie o corta com um sorriso pequeno e os dois olham
para mim
Ela assentiu.
- Pense no que eu disse, você sabe onde eu moro -ele pisca para mim e se
vira para sair.
Olhei para as suas costas malhadas e aquela bunda linda dentro da calça
jeans, eu estava quase babando quando Susie fechou a porta e andou até mim
colocando as mãos na cintura.
- Acho que nem preciso de site, você é o site -ela diz e eu faço uma cara de
ofendida.
- Se eu não morasse aqui tenho certeza que vocês estariam -ela balançou as
mãos- Você sabe.
Olhei para o lado imaginando várias coisas mas parei quando senti um
negócio fofo ser jogado no meu rosto.
- Para de imaginar!
- Não, você precisa de água para apagar seu fogo -diz e eu me levanto.
- O Thor também mas você precisa pensar com clareza, Brooks -fala.
- Você não precisa ficar bêbada, só fica conversando comigo no bar e depois
de algumas horas você volta -ela diz e eu suspiro.
(...)
Olhei para cima assim que saí do táxi com Susie que entregava o dinheiro
ao homem pela janela do carro.
Não tinha muitas estrelas no céu mas a lua estava deslumbrante, olhei para a
boate vendo a grande placa que deixaria qualquer um cego se a olhassem por
cinco minutos inteiros.
- Susie?
- Significa que as chances dele estar aí dentro são altas, não quero brigar
com ninguém agora -falei e ela revirou os olhos.
Susie falou com o segurança que a deu um abraço apertado levantando seu
corpo pequeno no chão, ele parecia ter um pouco mais de 35 anos e parecia
muito gostar da franjinha.
- Oi, floquinho -ele diz e ela segura a mão dele tirando da sua cabeça em
seguida.
- Certo, vamos -ela pegou na minha mão e nós fomos em direção a uma porta
diferenciada- Dá um beijo nas crianças, Ramon.
Susie ainda gritou isso antes de passarmos pela porta e ele apenas levantou o
polegar rindo.
Olhei em volta vendo a parte Vip e do outro lado deveria ser os escritórios
de Peter e Dylan, somente um estava aceso então creio que seja do Pan já
que Dylan não deve estar aqui agora.
Chegamos no bar e Susie passou por uma espécie de mini porta e a trancou
em seguida, ela amarrou o cabelo e foi até onde tinha uma torneira e lavou as
mãos, ela tirou um batom escuro do bolso e o passou.
Ela olhou para mim que estavam com a sobrancelha levantada.
- Essa cor fica bem em você -digo e ela guarda o batom depois de passa-lo.
- Se eu não for trabalhar amanhã diga a Peter que eu tive um infarto e estou
no hospital -digo vendo ela encher meu copo.
- Quero que ele se foda em primeiro lugar e segundo -levantei dois dedos-
Peter não se importa.
- Não e não quero. Não foi nada demais e provavelmente ele nem lembra
mais disso -ela fala.
- Ta bom, Emily. Bebe seu whisky -diz me fazendo rir do seu nervosismo.
- Acho que ele é o mais rico dos quatro -digo e ela balança a cabeça me
repreendendo.
Continuei olhando para frente com os olhos cravados em Susie, já ela tinha
os olhos em Peter que estava ao meu lado com o braço apoiando no balcão.
Ross me encarou por mais alguns segundos sem tirar os olhos dos meus que
também estavam firmes.
- Quem me dera, mas não depende só de mim -ele diz e pega o copo da
minha mão- Dylan não concorda.
- Você não tem coisa melhor para fazer não? -Perguntei bebendo um gole de
whisky.
- Para de falar isso, merda -digo colocando minha mão no meu pescoço.
- O que? Te oferecer sexo? Estou de dando uma grande chance mas você não
aproveita -ele fala e eu reviro os olhos.
- Pode tirar a mão da minha costa agora -digo e ele faz levantando a mão em
rendição.
- Desculpe, pensei que quisesse minhas mãos em você por mais tempo.
- Você está com tudo hoje, Ross! -digo e ele sorriu desviando o olhar.
Dei de ombros.
- Ou talvez eu tenha cansado das provocações e amadureci -falo e ele me
encara com o cenho franzido.
Olhei para ele que passavam pelas pessoas cumprimentando quem conhecia,
seus músculos estavam perfeitos naquela camisa.
×××
Caleb está disposto a ter nossa loira novamente, será que Emily cede?
Ixi.
Emily
Me afastei dela passando pelas pessoas que estavam com gás de sobra, Deus
me livre, são meia noite e eu já estou implorando pela minha cama.
Já do lado de fora acenei para o segurança que estava com uma prancheta na
mão esquerda, ele acenou com a cabeça e eu fui até o início da calçada.
O sinal ficou vermelho e não tinha absolutamente ninguém nas ruas apenas eu
e um carro que se aproximava com o farol quase me cegando.
A Ranger Rover de uma cor cinza fosco parou um pouco antes da faixa de
pedestre e eu mexi minhas pernas atravessando a faixa.
O barulho da porta foi aberta e logo uma risada alta aparecer junto com o
rosto patético de Peter, óbvio! Quem mais seria nessa minha triste vida a não
ser ele para me perturbar?
- Você é louco! -gritei com ele que se aproximou com a mão agora na boca
tentando se controlar.
Idiota.
Babaca.
Cretino.
Baba ovo do caralho.
Reviro os olhos vendo ele passar as mãos no rosto ainda rindo de mim, Peter
gosta tanto de me perturbar que eu acho que ele deveria ganhar um troféu por
isso.
- Vai a merda.
- Não.
- Vamos logo, Emily. Vai dar problema se ficarmos aqui a essa hora da noite.
- Só estou sendo educado, você deveria tentar isso as vezes -diz mexendo em
uma mecha do meu cabelo.
Peter parou de me encarar e olhou para a lua, fiz o mesmo e dei um longo
suspiro.
Eu odeio Peter Ross, não gosto do jeito que ele fala, não gosto das suas
brincadeiras infantis para um homem de 32 anos e principalmente...eu não
gosto de ter uma ligação tão forte com ele.
- Droga -diz e olha para frente- Minha missão está indo por água abaixo.
- Seu sorriso falso não é assim -ele esticou as pernas e se deitou ao meu
lado- Esse foi o verdadeiro.
- Você é obcecado por mim -digo rindo, ele me encara e eu faço o mesmo.
- Viu só? Não está pensando claramente, Emily -ele diz cutucando minha
cabeça com o seu dedo e eu peguei na sua mão a agarrando.
Ele olhou para mim quando uma sensação estranha se apossou do meu corpo,
foi a mesma sensação que senti quando sua mão tocou a minha pela primeira
vez.
Peter analisou meu rosto por completo e eu soltei sua mão quando ele a
levou para o meu maxilar e a descansou ali.
- Não.
Encarei seus lábios e depois subi para o seus olhos que pareciam tão
serenos, Peter roçou o nariz no meu e eu fechei os olhos tentando entender
isso mas eu falhava miseravelmente.
Brigamos o tempo todo e agora estamos aqui perto de nos beijar pela
primeira vez e céus...eu não sabia que queria tanto isso até estar aqui.
- Você vai me beijar agora ou...quer saber, deixa que eu faço isso -falei.
O beijo foi evoluindo quando sua mão me puxou na sua direção, ele tinha
gosto de whisky e eu levei minha mão para o seu cabelo enquanto sua língua
explorava minha boca agora com urgência.
Peter puxou minha perna e eu no embalo me mexi indo para cima dele e
sentando no seu colo, nos afastamos apenas para eu jogar meu cabelo para
trás e voltei a beija-lo.
Ele apertou minhas coxas quando minha saia preta subiu e se levantou
ficando sentado, ajeitei minhas pernas ficando mais próxima dele possível e
o mesmo levou a mão para a minha nuca.
Abri os olhos quando senti algo duro embaixo de mim e ele ainda estava de
olhos fechados, me mexi um pouco indo para frente e voltando para trás.
Peter resmungou alguma coisa e eu fiz de novo até ele abrir os olhos e me
encarar.
Me levantei do seu colo e estendi a mão para ele que a aceitou, Peter
levantou do chão e eu olhei para baixo vendo sua ereção.
Cacete.
Ele ligou o carro e deu partida depois, começamos a passar pelas ruas um
pouco mais movimentadas de Nova York e de canto de olhos eu vi sua
ereção se diminuindo aos poucos.
Tirei o cinto de segurança e olhei para os meus dedos e pés logo depois,
virei o rosto e encarei Peter que parecia confuso e meio atônito.
- Eu acho que...
- Sim -respondo.
- Certo, vamos esquecer esse episódio de hoje e voltar ao que era antes -
digo e ele concorda.
- Provocações e ódio.
- Exatamente -digo.
- Sem beijos -ele disse e eu automaticamente olhei para a sua boca que ainda
estava meio vermelha.
Jesus cristo.
- Emily!
- Tanto faz, não quero que isso aconteça de novo. Não gostamos um do outro,
lembra?
Olhamos para frente por alguns segundos até que eu me virei para ele e dei
um suspiro.
- Tudo bem.
Por impulso eu beijei seu rosto e seu braços me apertaram, eu estava pronta
para solta-lo quando ele deu um beijo na minha bochecha.
Ele virou o rosto para beijar a outra bochecha e seus olhos se encontraram
com os meus, acho que estava escrito "me beija" por que ele rapidamente me
beijou e lá estávamos nós nos agarrando no carro.
Dessa vez gemi de propósito na sua boca e ele levou a mão para o meu
cabelo o apertando com força que me fez dar um gemido de verdade.
Droga.
Droga.
Droga.
Qual o nosso problema?
Coloquei minhas mãos nos seus ombros e o afastei de mim que resmungou
irritado.
- Seus olhos estavam pedindo por você -falo e ele balança a cabeça.
- Saia do meu carro -ele diz e eu dou um soco no seu peito vendo ele fazer
uma careta.
- Me lembrei por que eu odeio você, Peter Ross não passa de um cretino mal
educado -falo abrindo a porta do carro e saindo do mesmo.
O encarei com fogo nos olhos e mostrei o meu dedo do meio, ele me olhou
irritado e eu bufei.
Antes dele procrastinar eu fechei a porta do carro com força que o vidro até
tremeu, andei para o meu apartamento pisando duro.
Aí! Por que eu ainda me incomodo de achar que Peter e eu podemos ter uma
relação normal?
×××
E como estamos falando de Emily e Peter o negócio nunca fica por isso
mesmo, até se beijando esses dois estão brigando rsrsrsrs.
Peter
Olhei para Adam que me olhou perplexo, fiz uma cara de arrependido vendo
ele piscar várias vezes.
- Foi mal...
- O que está acontecendo? Você está dando patada em todo mundo, eu até
pensei que Dylan ia bater em você.
Mentira.
E claro que brigamos minutos depois, esta manhã eu fui para a empresa e eu
a vi conversando com algumas pessoas. Ela estava normal até me ver,
Brooks desviou do meu olhar tão rápido quanto o sustentou.
Desde então eu não a vi mais, e eu estou ficando mais puto do que o normal
por achar que ela está me evitando.
Aquilo foi um péssimo erro.
Eu estava na empresa dos Venturelli na sala do meu melhor amigo que está
com um grande ponto de interrogação na testa.
- É -minto.
Me deu vontade de bater na cara do Adam agora mas eu ainda gosto dele.
- Sam e eu não temos nada sério, ela gosta das mesmas coisas que eu e nos
damos bem.
- Ser muito igual a pessoa é chato -ele diz mexendo em uns papéis- Tudo
com moderação.
Olhei para baixo passando a mão no rosto, me levantei da cadeira indo até
onde tinha a minha paz.
Me servi um copo de whisky e bebi tudo em um gole só, olhei para Adam
que recebeu uma ligação e eu sabia que era Rubi só pelo "princesa".
Dei um tchauzinho para ele que me jogou um beijo, rolei os olhos antes de
sair da sua sala e ir para o elevador.
Desci para o térreo e andei pelo saguão tendo alguns olhares curiosos e
outros de umas mulheres bem gostosas por sinal.
Entrei no meu carro já do lado de fora e dirigi para a Modus, atendi algumas
ligações pelo porta voz do carro.
- Fala, Caleb.
Caleb era quase o meu braço direito nessa boate, o deixava a frente de
algumas decisões que não era tão importantes para eu lidar. Ele faz um
trabalho bom até agora.
- Duas funcionárias brigaram esta manhã, você quer lidar com isso ou...
- As demita.
Sempre estive em pé de guerra com Emily para evitar qualquer merda como
essa acontecesse, não ache que eu goste dela, eu não gosto. Mas ela tem um
dom para me tirar do sério então sempre a afasto com provocações idiotas
que a fazem me odiar.
Mas Brooks não é tão diferente de mim, ela me paga na mesma moeda e só
precisou de uma noite para deixar o ódio de lado e nos agarramos em uma
faixa de pedestre na madrugada.
Subi para o meu andar puxando a gravata preta tentando deixa-la mais
frouxa, as portas foram abertas e eu andei normalmente até a minha sala.
Girei a maçaneta e entrei na mesma indo direto para a cadeira, tirei meu
terno o colocando no encosto da mesma e me sentei olhando para a mesa.
Abri meu Macbook e ajeitei algumas coisas pendentes que fiz com Emily nos
últimos dias, depois de vários minutos eu ouço a minha porta sendo aberta
devagar.
O rosto da loira apareceu e assim que ela me viu disse um "oh, você está
aqui" e fechou a porta novamente.
- Eu só vim deixar isso aqui -ela coloca o papel em cima da minha mesa.
- O que é isso?
- Minha demissão.
Encarei seus olhos e ela cruzou os braços parecendo sem graça, Emily
ficando com vergonha é a minha nova coisa preferida.
- Certo -desvio o olhar- Eu espero que você mantenha o acordo que fizemos
ontem.
- Sobre não falar com ninguém o que aconteceu -digo e ela concorda.
Saí de onde eu estava e dei a volta na mesa parando na sua frente, ela
engoliu em seco apertando mais os braços que estavam cruzados.
- O que foi? Por que está tensa? -Pergunto e ela sorri sem humor.
- Estou normal.
Concordei colocando meus braços para trás, ela me encarou com o cenho
franzido quando eu me aproximei dela a fazendo bater a bunda na minha
mesa.
Ela parecia mais tensa do que nunca quando seu peito subiu e desceu em um
ritmo rápido, olhei para seu busto e mordi o lábio inferior.
Seu peito parecia descontrolado e ela passou a língua nos lábios que
estavam secos, me fixei ali e eu soube que consigo ter influência sobre o
corpo de Emily mais do que um dia imaginei.
- Você não pode me evitar só porque nos beijamos -digo baixo e ela pisca
algumas vezes.
- Não, Peter. Deslize é você e eu termos nos beijado e agora você está aqui
me cobrando profissionalismo quando você mesmo não tem -diz irritada.
Emily empurrou meu peito me fazendo ir para trás, ela desviou o caminho
indo a passos rápidos até a porta.
Olhei para ela que parecia fugir de mim, isso é uma merda.
Ela me olhou antes de abrir a porta e eu mandei minha razão pro espaço
quando comecei a andar na sua direção.
Essas foram as palavras que me fizeram dar um passo para trás, ela abriu a
porta e saiu por ela fechando com força em seguida.
Passei a mão no meu cabelo meio frustrado, preciso de uma bebida para
aguenta-la a noite quando formos jantar com Nate.
×××
Tão falando que foi um erro mas não conseguem parar de pensar em
cometer o erro novamente, contraditório hein.
Emily
Mexi no meu cabelo loiro o dando mais volume e limpei a beirada da minha
boca que estava borrada de batom.
Passei um pouco de rímel dando volumes aos meus cílios, espirrei perfume
no meu corpo e ajeitei minha camiseta de seda branca.
Susie apareceu no meu quarto usando um vestido soltinho mas que não
disfarçava suas curvas completamente, seu cabelo estava preso em um coque
e ela usava um cordão dourado com a letra S como pingente.
Andei até a Susie que estendeu o braço e juntas nós saímos do nosso
apartamento para ir até o de Rubi e Adam ver Nathaniel que chegou da Itália
ainda pouco.
Meu celular apitou dentro da minha bolsa que estava no seu colo e ela o
pegou de dentro me entregando, vi o identificador e suspirei.
- Tchau, Emily.
- Tchau, chatice.
- Amigo?
- Por que eu acho que tem tantas coisas sobre você que eu ainda não sei?
- É por que tem -digo e ela semi cerrou os olhos- E eu também não sei tudo
sobre você...ainda
- Desculpe.
- Pelo o que?
Dei um tapinha no seu ombro e olhei para Susie que revirou os olhos, eu
tinha contado as meninas sobre esse episódio do vizinho traidor.
- Sou mais que você pelo visto -retruco- E aí? Ela largou você não foi?
Ainda tinha salvação.
Ela se levantou e veio até nos nos enchendo de beijos, a abracei de lado
enquanto Susie abraçou Lisa. Caminhamos para o sofá e nos sentamos
prontas para fofocar.
- Estão lá em cima com Rita, ela os distrai como ninguém -Rubi explica e
nós sorrimos.
Peter sorria para os amigos que pareciam ter regredido um pouco, acho que
isso está no sangue dos Venturelli.
- Já chega! Só fazem duas semanas -Nate gritou com eles que bagunçaram
seu cabelo depois.
Nathaniel lançou um olhar mortal para Adam e Dylan que sorriram sem
graça se aproximando e alisando o cabelo preto de Nate.
Os quatro vestiam calça jens e camisetas confortáveis, a não ser por Nate
que usava uma blusa social preta de botões.
- Pena que ele é da Susie -Lisa diz e Susie dá um tapa na sua perna que fez
um barulho alto.
- Ai meu Deus, estou sendo agredida! -Lisa gritou chamando a atenção dos
quatro.
Rubi foi até ele lhe dando um abraço e trocando algumas palavras, as duas
foram até os meninos que conversavam.
- Bem vindo novamente, modelo de perfume -digo e ele faz uma careta.
Me afastei e olhei para ele que rapidamente focou seus olhos em Susie, ela
sorriu pequeno e se aproximou um pouco mais.
- Oi -ela disse.
- Bem vindo.
Ela levantou a mão para ele fazendo o que eu achei que faria, balancei a
cabeça e fingi tropeçar a empurrando na direção de Nate.
Suas mãos se apoiaram no seu peito e ele levou suas mãos para as suas
costas a amparando, ela deu um sorriso sem graça e ele apenas sorriu de
lado.
Não sei se estou ficando louca mas eu acho que ele aspirou o cheiro dela por
alguns segundos. Poxa, shippo tanto.
- Quem está com fome? -Rubi perguntou alto e todos nós levantamos os
braços.
Susie e Nate se separam e eu andei até os outros, falei com Dylan e Adam
que me deram um abraço apertado.
Me virei para Peter que falava com Lisa mas ela saiu de onde estavam
quando Dylan chamou por ela, os olhos de Peter se encontraram com os
meus e ele deu um longo suspiro.
Ele provavelmente deve estar pensando na briga que tivemos essa manhã, eu
pedi para ele me deixar em paz por que é o melhor para ambos, ele é o meu
chefe e temos amigos em comum.
Desviei do seu olhar e caminhei com os outros até a mesa de jantar que já
estava posta.
Nos sentamos todos espalhados com apenas Adam em uma ponta e Rubi na
outra, eu estava entre Lisa e Susie quando vi Peter se sentar na minha frente.
Eles sorriram e eu continuei neutra olhando para o meu prato ainda vazio.
- Foi Adam que abriu a boca não foi? -Nate pergunta e Dylan confirma.
- Desculpe se sou uma pessoa sincera -Adam diz e eles debocham do loiro.
- Bom, eu tenho uma novidade -Dylan diz e nós o encaramos.
- Meu aniversário está perto -ele diz- E esse ano eu farei na casa.
- Não quero nada grande no meu aniversário de 30, só quero vocês que são
as únicas pessoas que eu aguento -Dylan explica.
- Acreditem, isso foi bem fofo no mundo dele -Lisa diz apontando para o
marido que sorriu.
- Não sei, a casa não é tão longe daqui mas vamos falar com a doutora -ele
disse e ela concordou.
- Espera, temos outra novidade -Dylan diz- Peter agora é o novo chefe de
Emily.
- 100.000 e não se fala mais nisso -ele disse baixo mas todos nós escutamos.
Eles riram e eu encarei Peter que não tinha uma expressão muito boa, ele
parecia puto e não acho que seja pelo que Nate disse.
Deve ser por minha causa, tenho quase certeza...não, é óbvio que é isso. Eles
mudaram de assunto e eu estou ficando sem ar com Peter me encarando a
todo momento.
- Acho que você está invertendo os papéis, a única que ficou sentida aqui foi
você, Brooks.
Respirei fundo.
- Sim claro, por que sou eu que gosto de atacar -ele diz e eu abri a boca
perplexa.
- Você não teve colhões para fazer aquilo, alguém tinha que fazer já que você
é um covarde -digo e Peter aperta o maxilar.
- Isso foi um erro -digo imitando sua voz- Eu sou o Peter e tudo o que eu
faço é comer merda e aparentemente é a única coisa que tem na minha
cabeça!
- Que se foda, erro mesmo foi eu ter comprado essa maldita empresa e ter
que ver você quase todos os dias.
Ai.
Soltei a respiração que nem sabia que estava segurando e fechei os olhos
procurando pela minha calma.
Mas ela infelizmente estava morta e eu não vou deixar isso barato. Não vou
deixar ele me humilhar e ir embora.
Vamos lá, Peter. Quer jogar algumas coisas na cara? Então eu também quero.
×××
Fogo no parquinhoooooo!
Isso mesmo mulher, vai lá tirar satisfação é isso que queremos kakaka
nada além disso 😏.
IMPORTANTE:
Postei mais esse capítulo hoje por que esse livro acabou de bater
100K!!!!
Eu estou tãoooo feliz que quero compensar as pessoas que fizeram isso
acontecer em apenas 14 dias!
Muito obrigada por ler "Um Problema Perfeito", espero que Emily e
Peter abalem esse wattpad. Amém? Amém.
Emily
Abri a porta do apartamento depois que eu gritei para os outros não virem
atrás de mim.
Saí de lá e olhei para o elevador onde Peter apertava o botão várias vezes
parecendo furioso.
Fechei a porta que fez um barulho meio alto que o fez me encarar, ele bufou
irritado e eu me aproximei dele.
- Você não pode me tratar desse jeito! Não me humilhe na frente de ninguém -
digo e ele me encara- Eu sei que fiz com você mais eu ataco quem me ataca.
- Você diz que Suzana é uma cobra mas você é pior do que ela.
- Eu pensei que você fosse um cretino para me afastar -digo e ele me encara-
Mas...você não precisa fingir algo que você já é.
- Não vou ficar aqui escutando essas idiotices que saem da sua boca.
Peter mexeu as pernas indo para a escada de incêndio e abrindo a porta com
facilidade, balancei a cabeça e eu tentei não ir até ele mas falhei
miseravelmente quando passei pela porta vendo ele descer as escadas cinzas
segurando no corrimão.
Tinha muitas escadas e ainda por cima apenas uma luz vermelha que
iluminava tudo.
Dei um gemido e ele apertou meu cabelo com mais força, eu gosto quando
ele faz isso.
O corpo de Peter pressionava o meu enquanto sua testa estava colada na
minha.
Meu peito subia e descia tentando fazer eu recuperar meu fôlego, ele levou a
outra mão para a minha nuca e me encarou.
- Eu não gosto de você -ele disse apertando minha nuca e eu encarei seus
lábios.
- Eu...
Olhei para ele novamente baixando minha cabeça e fazendo nossos lábios se
roçarem por estarmos cara a cara.
- Eu quero bater em você, ainda estou furiosa -digo com a voz fraca.
Peter puxou minha calcinha para baixo até a minha bunda estar lisa, ele
aproximou os lábios no meu ouvido novamente e eu coloquei minhas mãos
na parede.
Jesus cristo.
Na mesma hora eu senti sua mão se chocar com a minha nádega direita
fazendo um barulho de estalo que se misturou com o meu gemido.
Ele tirou o cabelo que caia no meu rosto e eu o encarei com aquela luz
vermelha não ajudando muito.
- Me desculpe -ele disse e eu levei minhas mãos para as suas costas- Por ter
te tradado daquele jeito e você não é pior do que a...cobra.
Sorri de lado.
Uma parte que me odeia e a outra que me beija com urgência e necessidade
em uma escada de incêndio.
- Eu sei o que você está pensando -ele diz puxando minha calcinha para cima
e logo depois eu abaixo minha saia.
- Sabe?
O encarei quando ele se afastou um pouco, cruzei meus braços e ele colocou
as mãos no bolso da calça jeans.
- Isso nos afetou demais, Emily. Não posso me distrair agora e creio que
você também não.
- Acho que nunca brigamos como brigamos hoje -digo e ele suspira.
- Não pense que se afastar de mim vai fazer eu parar de perturbar você -fala.
- Tchau, Peter.
Ajeitei minha saia mais um pouco e saí da sua frente subindo os degraus das
escadas, eu sentia seu olhar queimar nas minhas costas e quando cheguei na
porta de onde saímos eu passei por ela quase correndo.
Mesmo que o corpo dele me atraia de uma forma intensa demais eu não
posso esquecer que ele é Peter Ross, o ser mais cretino que existe.
Agora eu só preciso inventar uma bela desculpa para os 6 que devem estar
falando sobre nós dois agora.
Dei um longo suspiro.
×××
Emily
Olhei para cima encarando o teto do meu quarto, fechei os olhos respirando
fundo e joguei minha cabeça para o lado fazendo meu cabelo balançar.
Ouvi uma batida na porta e abri os olhos caminhando até ela, a primeira
coisa que vi foi o rosto de Susie.
Olhei para suas mãos vendo um pote pequeno branco, franzi o cenho e a
encarei.
- Você me disse que estava com dor muscular, esse creme ajuda.
A única dor que eu tinha era concentrada na minha nádega direita que estava
ardendo e eu via estrelas quando me sentava.
Susie sorriu toda meiga com as mãos na frente do corpo e se virou indo para
a cozinha.
Fechei a porta do meu quarto e parei na frente do espelho, puxei meu vestido
para cima o tirando do meu corpo e abri o pote branco logo em seguida.
Peguei um pouco do que pareceu ser um creme transparente e olhei para ele
com uma careta, que diabos era isso?
Bom, não faço ideia mas vou passar esperando melhora.
Levei o creme até a minha nádega e passei devagar por cima contendo os
sons de dor, depois de passa-lo eu fechei o pote e senti uma ardência, mas
era uma ardência boa e quase relaxante. Depois de segundos o creme
pareceu ter secado e eu limpei minhas mãos quando fui ao banheiro, as
enxaguei com água depois de passar sabonete líquido e voltei para o quarto
pegando meu vestido da cama.
Susie estava sentada no banco comendo torradas olhando para o nada, ela só
está acordada a esse horário pela manhã porque ontem foi sua folga e ela
dormiu a madrugada inteira.
Mãe de Susie faleceu de Leucemia vai fazer um ano, ela não conta muito
sobre o que aconteceu por ser muito doloroso a ela, apenas sei que depois
da morte ela veio embora de Seattle para viver em Nova York e arranjou um
emprego na boate de Dylan e Peter.
- Não a conheci, mas tenho certeza que ela era uma boa pessoa assim como
você -digo e ela concorda me oferecendo uma torrada.
Andei até ela beijando sua testa em cima da franjinha e ela sorriu a
arrumando depois.
- Estou indo, aquela empresa precisa do meu brilho -digo andando até a
porta e saindo por ela jogando um beijo para Susie que fingiu agarrar.
Fui para o elevador e logo mais eu estava em Bebel dirigindo para outro dia
de trabalho.
(...)
Virei o rosto para Laura que estava na minha sala tentando me ajudar com
alguns vestidos que desenhei para o projeto de inverno, não são definitivos
mas já é um bom avanço.
- Eu gostei dos dois para a apresentação, mas acho que posso fazer melhor -
digo e ela concorda cruzando os braços.
- Acho que entendi sim, ele só está aqui a alguns dias e já estamos fechando
contratos com empresas grandes, e eu soube que ele mesmo explica as
coleções -ela diz e eu a encaro.
- É o seu trabalho, Emily. Guia-lo e ser o seu braço direito -ela diz e eu dou
um suspiro.
- Sim, ele chegou a alguns minutos -ela mexeu no rabo de cavalo- Quando eu
estava vindo para cá eu o vi entrando no elevador.
- O que você tem com ele? -Ela pergunta com os olhos semi cerrados.
Olhei para ela e cruzei os braços, olhei para a sua mão esquerda vendo o
grande anel de casamento.
- Nos conhecíamos antes, temos amigos em comum -falei.
- É -a corto- Eu sei.
Peguei meus desenhos de cima da mesa e nós duas saímos da sala enquanto
ela falava pelos cotovelos sobre Peter, infelizmente pegamos o elevador
juntas mas graças a Deus eu subi enquanto ela iria descer.
- Tchau, Laura.
Falei saindo do elevador a deixando nele junto com a vida de Peter, andei
até a sua sala e bati na porta ouvindo sua voz.
Entrei na sala dele vendo o mesmo sentado na cadeira olhando para algo que
estava em cima da mesa.
Assim que bati a porta ele levantou o olhar se encontrando com o meu, seus
olhos vacilaram rapidamente mas logo ficaram normais.
- Oi -falo me aproximando.
- Oi, loirinha.
Sorri de lado.
Ele assentiu e eu coloquei meus desenhos na sua mesa pegando sua atenção,
expliquei a ele o que eu queria e fiquei contente por conseguirmos trabalhar
como duas pessoas maduras e não que deixam a outra sem se sentar por
horas.
Continuamos conversando mas o barulho do seu celular apareceu e ele o
tirou de dentro do terno e atendido em seguida.
- Ross.
- Não sei, Sam. Qualquer coisa vai cair bem em você -ele disse olhando
para a vidraça.
Quem é Sam?
Quer dizer, não que eu me importe só estou curiosa.
Cruzei os braços e dei um suspiro, não sei quem é mas pelo visto irei saber
no sábado na festa da empresa.
Abri a boca para falar alguma coisa mas nada saiu, pisquei algumas vezes
tentando arranjar uma desculpa mas os olhos de Peter foram mais rápidos.
- Eu quero ver.
- Não -digo.
- Deixe-me ver.
Fiquei em silêncio e ele apertou a boca em uma linha reta desviando o olhar
do meu, ele massageou a têmpora e eu engoli em seco.
- Eu preciso ir -digo.
- Melhor.
- Me dá -ordeno.
- Absolutamente nada.
E o prêmio para mentiroso do ano vai para a Peter e de burra vai para mim
que andei até ele puxando os papéis da sua mão e no exato momento em que
me virei ele me puxou pela cintura afastando sua cadeira e fez meu corpo se
apoiar na mesa.
Peter levantou meu vestido e eu parei de me mexer contra suas mãos quando
ele conseguiu o que queria.
- Porra.
Ele resmungou quando viu sua obra de arte e eu dei um suspiro puta, sua mão
da minha cintura desceu um pouco para a minha bunda e eu arregalei os
olhos.
- Não, não toca!
Tarde demais por que ele passou o dedo por cima e eu dei um gemido de
dor, Peter tirou o dedo rapidamente e eu apertei os papéis na minha mão.
- Sinto muito, eu usei força demais -ele disse abrindo a gaveta ao seu lado-
Não era a minha intenção deixar desse jeito.
Ele se levantou indo até o canto da sala e pegando uma garrafa de água do
frigobar, voltou para onde eu estava e tirou um comprimido do frasco me
entregando.
- Pegue -diz.
- O que é isso?
O encarei antes de levar o remédio até a boca e pegar a água da sua mão
bebendo vários goles.
- Péssimo erro.
- É eu sei, por isso que não confio -falei e ele franziu o cenho- Eu já tomei
esse remédio antes mas acabou o do meu apartamento.
- Tchau, cretino.
Peguei o frasco de cima da sua mesa e passei por ele indo para a porta sem
olhar para trás.
×××
Mas, lembrando que não tenho horário para postar somente os dias,
então eu não vou postar dois capítulos só porque demorei rsrsrs Estou
deixando vossas senhorias mal acostumadas.
Peter
Porra!
Eu devia estar pagando por algum pecado que cometi porque não é possível.
Suas mãos deslizaram pelo cabelo loiro o amarrando, o lápis estava em sua
boca marcada por um batom vermelho enquanto seu pé balançava enquanto
suas pernas estavam cruzadas, aquela ação parecia estar em câmera lenta.
A gente pensa que não pode piorar mas sempre piora, lição do dia.
Passei a mão no rosto e me levantei indo direto para a vidraça, assim que
parei na frente dela coloquei as mãos no bolso na frente da calça social e
fechei os olhos.
- Tudo bem?
- Sim.
Eu queria fazer mais, queria fazer suas pernas tremerem depois de tanto
fode-la, eu queria...esquecer essa merda!
- O que você está fazendo? -Ela perguntou ao meu lado mas eu não a encarei.
- Conseguiu? -pergunta.
A encarei vendo um batom vermelho ocupar seus lábios e aquele decote que
deixa qualquer homem babando nele.
- Bom, pense na coisa que você mais gosta no mundo -ela disse.
- Por quê?
- Pensou? -Pergunta.
- Sim.
- Ótimo, agora imagine que está morto ou morta e agora crie um mundo onde
sua vida seria horrível sem essa coisa -ela bateu no meu ombro e saiu do
meu lado indo até a cadeira.
Minha boca estava entre aberta e eu quase choro quando pensei na minha
Harley toda destruída, seria o dia da minha morte.
- Acho que não é assim que se faz, loirinha -digo me virando para encara-la.
Hoje era sexta feira e amanhã tínhamos a festa da empresa, não é nada
formal mas quero que tudo esteja bem organizado e agradável.
Passei a manhã inteira na minha outra empresa e apenas passei aqui para ver
isso com Brooks, chequei a lista de convidados algumas vezes quando voltei
a me sentar enquanto ela lia alguns papéis.
Ouvimos uma batida na porta e logo a mesma foi aberta, o rosto de Suzana
apareceu e eu encarei Emily que revirou os olhos.
- Sim, vocês podem -respondo a ela e encaro Emily- Você não disse nada?
- Claro, Sr. Ross -ela diz dizendo um nome masculino e Emily anota.
- Impossível -ela disse- Você sempre está de bom humor quando está com os
meninos.
- Ok, isso foi fofo -ela diz apontando o lápis para mim.
Parei de falar com ela que sorriu de lado me encarando, terminei de fazer
alguns ajustes e entreguei a ela mostrando as alterações, Emy concordou com
tudo mas algo me intrigou quando dei a lista de convidados a ela.
- Na verdade...
- Acho que isso não é da sua conta, só acho -ela diz terminando de escrever.
- Emily.
Ela se levantou juntando os papéis e eu a encarei vendo ela fazer isso tudo
rapidamente. Ele?
- Sim, eu sei.
Por favor, acho que essa é a hora que alguém da um tapa na minha cara e me
pede para voltar a realidade, vida de Emily não me interessa então...
- Certo, vejo você amanhã -digo e ela concorda fazendo uma saudação.
Seu corpo se abaixou um pouco e eu pude ver seus seios de novo ouvindo
ela rir.
Emily tocou no canto da sua boca e eu encarei aqueles olhos atrevidos, ela
se virou caminhando para a porta me dando a bela visão da sua bunda
naquela saia apertada.
Sorri de lado me lembrando dos tapas que dei ali e logo depois balancei a
cabeça espantando esses pensamentos.
Emily
Depois de resolver o que faltava com Peter para amanhã eu fui para casa.
Estacionei Bebel e depois andei para o meu prédio falando com o porteiro
rapidamente, subi para o meu andar pronta para tomar um banho e assistir
qualquer coisa que esteja passando na televisão enquanto como uma grande
fatia de pizza.
Passei pelo corredor indo até a minha porta mas antes de chegar nela eu vi
Caleb saindo do seu apartamento, ele vestia uma camisa larga e jeans
rasgados.
- Oi -digo.
- Um pouco mais que isso -digo e ele me encara com os olhos semi
cerrados- Estou falando no horário.
- 20:15.
- O que...
Passei minhas mãos pelos seus braços e subi para os seus ombros enquanto
ele mordeu meu lábio inferior, gemi baixo enquanto ele me puxava mais para
ele, beijar Caleb era bom.
Beijei seu rosto vendo ele levar o celular até o ouvido, beijei seu pescoço e
depois seus lábios rapidamente.
Porém, broxei totalmente quando ele disse as primeiras palavras.
- Oi, Peter.
Olhei para o celular com o cenho franzido ouvindo sua voz do outro lado e
revirei os olhos, está de sacanagem né Peter Pan?
Olhei para ele que tinha os olhos cravados em mim, Caleb deu um suspiro
antes de desligar e abraçar minha cintura com os seus braços.
- Preciso ir, Peter está precisando de mim -ele diz e eu dou um sorriso fraco.
Já broxei mesmo.
×××
Emily
- Uau!
Susie apareceu na porta do meu quarto me olhando dos pés a cabeça, ela
vestia uma calça jeans e uma camisa que ia até o seu umbigo, uma jaqueta
jeans cobria seu corpo e botas pretas dava charme a tudo.
- Esse vestido ficou muito bom no seu corpo, você está igual ao um violão -
coloquei as mãos na cintura- Cheio de curvas.
Sorri.
- Você sabe elogiar como ninguém -digo e ela sorri para mim.
- Por quê?
- Porque não quero ser a primeira a chegar naquela festa -explico.
Me olhei no espelho jogando meu cabelo para trás e calcei meus saltos, meu
vestido tinha alças bem finas assim como o tecido que era de seda, ele
abraçava minhas curvas em um verde escuro cintilante, meus seios estavam
perfeitos naquele vestido que acho que deixei Susie hipnotizada por que ela
está olhando para eles até agora, enfim.
E na perna esquerda uma fenda não muito aberta, temos que manter a pose de
santa mesmo sendo um demônio.
- Você sabe como vamos para a tal casa comemorar o aniversário de Dylan?
- Não sei ainda -digo- Ainda temos 2 semanas para decidir isso.
- Certo, eu já vou indo. Vejo você amanhã -ela diz me jogando um beijo no
ar.
Ouvi o barulho da porta e deduzir que ela já tinha ido embora, mas o barulho
de passos me fez franzir o cenho. Me virei olhando para a minha porta e
levantei uma sobrancelha.
Caleb confirmou ajeitando sua gravata borboleta, ele andou até mim me
dando um beijo na bochecha.
Caleb passou a língua nos lábios e levantou o dedo indicador até tocar na
minha barriga, o encarei vendo seus olhos cravados no seu movimento.
Ele subiu um pouco até chegar nos meus seios e eu o olhei divertida.
- Não, depois eu farei um pouco mais para baixo -ele desceu o dedo
rapidamente até a minha fenda e veio um pouco para o lado tocando na
minha calcinha.
(...)
Senti um aperto na minha cintura e olhei para Caleb que sorriu para mim
assim que me puxou para ele.
A festa estava simplesmente incrível, tudo pareceu ter sido escolhido a dedo
e realmente foi, Peter é praticamente um perfeccionista.
Olhei para cima vendo os lustres clássicos pendurados no teto, havia uma
grande pirâmide de taças com champanhe escorrendo entre elas, um palco
com uma banda tocando uma música suave e um grande espaço que acredito
que sejam para os casais dançarem depois.
- Da empresa -respondo.
- Você disse que era a comemoração de uma nova gerência -diz- Quem é?
Senti alguém esbarrar em mim e levantei a taça um pouco para cima para não
derrubar a bebida, me virei olhando para a mulher que tinha uma cara de
arrependida.
Seus cabelos eram loiros e ela tinha uma pele de pêssego, seus lábios eram
carnudos e seus olhos eram verdes. Seu vestido era branco de seda e ela
tinha um lindo colar no pescoço, definitivamente não foi escolhido por um
homem.
Um homem não teria bom gosto para escolher uma preciosidade dessa.
Na mesma hora eu lembrei da conversa por telefone que Peter teve, só pode
ser ela.
Levantei minha mão pegando na sua.
- Sam.
Peter olhou para mim e entre abriu a boca, o encarei também abraçando meu
corpo e depois olhando para baixo, isso foi super estranho.
- Você me perguntou quem era, é ele -digo para Caleb e aponto para Peter.
Eu acho que essa foi a primeira vez que ele desviou o olhar de mim desde
que o pôs, Peter olhou para Caleb e franziu o cenho.
- Peter.
Olhei para Samantha que sorria abertamente, por que ela está sorrindo?
- Pensei que seu lance com Caleb tinha acabado -ele diz e eu cruzo os braços
fazendo sua atenção ir toda para o meu decote.
- Você é muito pervertido -digo vendo seus olhos cravados nos meus seios-
Sua companhia está esperando por você -antes de virar eu o encaro de novo-
Como você sabe que tinha terminado?
Semi cerrei os olhos procurando verdade nos seus mas não achei nada, me
virei indo até Caleb que estava em um papo animado com Samantha.
Me despedi dela acenando e puxei Caleb para longe dali, ele me abraçou de
lado e beijou o topo da minha cabeça, eu conseguia sentir o olhar de Peter
nas minhas costas.
- Eu tinha esquecido como você é chato -digo e ele coloca a mão na cintura
parecendo ofendido.
- Você não deixa ninguém por os pés no seu sofá e eu que sou chato?
Caleb passou a mão no meu cabelo e a desceu indo até a minha nuca, ele me
puxou para um beijo calmo e depois de segundos nos afastamos, sorri
abraçando seu tronco e ele me abraçou.
Encostei minha cabeça no seu ombro e olhei para o lado vendo Peter
conversar com Samantha que mexia na sua gravata borboleta.
Ele virou o rosto para o lado e deu uma olhada pelo lugar até seus olhos
pararem nos meus, Peter olhou para Caleb e depois focou em mim
novamente.
- Acho que o banheiro feminino desse lugar deve ser grande -digo e ele me
dá um sorriso malicioso.
- Hum hum, acho que devíamos ir checar -ele diz roçando os lábios nos meus
e eu dou um sorriso.
Uma música alta soou e logo vários casais se formaram bem no centro,
homens estavam de um lado e mulheres de outro.
×××
https://www.youtube.com/watch?v=LXl817M50Ps
Emy
Olhei para o lado vendo várias mulheres do meu lado esquerdo comigo na
ponta e na minha frente homens de smoking sorrindo para suas parceiras.
Caleb deu passos para trás e eu andei até ele com passos firmes, quando
cheguei na sua frente passei a mão no seu peito indo até a sua mão e o
puxando um pouco.
Caleb pegou na minha cintura e minha mão esquerda tocou no seu ombro
enquanto ele agarrava minha mão direita nos preparando para dança
Quando a voz da cantora soou nós demos passos longos e firmes para o lado
enquanto os outros casais faziam o mesmo, eu olhava para um lado e ele para
o outro seguindo os passos de tango.
Fiquei até impressionada por ele saber dançar.
- Você sabe que vamos ter que trocar agora não sabe? -Pergunto baixo e ele
me olha confuso.
Quando ele me levantou eu tive que dar giros até meu corpo se agarrar com
outro par, minhas mãos abraçaram seu corpo e aquele perfume invadiu
minhas narinas, afastei meu rosto do seu ombro até estar cara a cara.
- Emily.
Olhei nos olhos de Peter e depois analisei seu rosto que fazia o mesmo com
o meu.
- Eu sabia que era você -digo baixo e ele aperta minha cintura.
Ele subiu a mão pelo meu corpo até agarra a minha e nós a estendemos e
olhamos para frente voltando a dançar, demos passos longos e até mesmo
muito bem ensaiados, depois que olhamos para frente nos encaramos de
novo por conta da música e foi inevitável não olhar para os seus lábios no
processo.
A outra mão de Peter estava na minha costa quando ele a tirou e me fez girar,
sorri para ele que sorriu de volta. Seus braços me puxaram para ele e
olhamos para o lado ao mesmo tempo e depois olhamos para o outro.
Ele se afastou mas com as mãos na minha cintura, e eu joguei meu corpo para
trás sentindo ele me balançar lentamente para o lado, olhei em seus olhos
apenas por alguns segundos quando ele me levantou e eu fiquei de costas
para ele passando a mão no meu corpo enquanto ele me rodeia.
Ficamos cara a cara de novo com seus lábios a centímetros dos meus,
coloquei minha mão nos seus ombros e desci até o seu peito o empurrando
para frente sem realmente solta-lo, Peter pegou na minha mão me puxando
para o seu corpo e assim ele me levantou rodando comigo enquanto sorrimos
uma para o outro.
Assim que ele me colocou no chão eu me virei com suas mãos ainda nas
minhas e me abaixei me esfregando no seu corpo propositalmente, ouvi ele
suspirar e dei um sorriso malicioso.
- Não provoque, loirinha -ele disse baixo e meu corpo se arrepiou por
inteiro.
Nos aproximamos e eu rodei seu corpo parando ao seu lado, seu braço
passou pelo meu ombro e nós demos passos para trás nos encarando
intensamente.
Eu sabia que a música estava acabando e odiei isso.
Seu corpo estava cobrindo o meu enquanto ele apertava minha coxa,
estávamos ofegantes quando eu passei minha mão no seu rosto.
Nos levantamos juntos sem eu tirar minha perna da sua cintura fazendo nosso
contato ficar maior, coloquei minhas mãos nos seus ombros e ele colou sua
testa na minha.
- Emily...
Levantei um pouco meu rosto querendo e não querendo beija-lo, sei que
concordamos ficar longe um do outro mas...
- E se não estivéssemos?
- Peter.
- Sr. Ross.
Ouvimos uma voz feminina e eu acho que sei quem é, afastei o rosto de Peter
e nós encaramos a filha da puta da Suzana nos encarando cinicamente.
- Emily.
Olhei para trás e vi Caleb andando até mim, Suzana falava com Peter mas eu
sabia que ele não estava escutando porque me encarava com um olhar
indecifrável.
Olhei por cima do seu ombro vendo a mulher de branco que se aproximava
dele e Peter seguiu meu olhar vendo Samantha que agora estava mais perto.
- Ei.
Caleb chegou colocando o braço no meu ombro e Peter soltou meu braço
respirando fundo, Samantha chegou depois e ela olhou para mim e para
Caleb, a loira olhou para Peter em seguida vendo que ele não tinha uma
expressão muito boa.
Entre abri a boca e pisquei algumas vezes, eu ainda não conseguia pensar
muito bem depois de dançar com ele e...ter essa conversa que não sai da
minha mente, parece fixada no meu cérebro.
- Vão embora? Não, fiquem mais um pouco. A festa ainda está rolando,
ainda pode acontecer mais coisa -Samantha diz intercalando entre Peter e eu.
- O que você está fazendo, Sam? -Ele perguntou e ela piscou algumas vezes.
- Nada?
- Chatice você hein, puta que pariu -diz e ele levanta uma sobrancelha.
Suzana ainda estava aqui ouvindo nossa conversa até eu olhar para ela e
balançar as mãos para ela sair, a cobra me fez uma cara de nojo e se afastou
de nós 4.
- Vamos?
Caleb estendeu o braço para mim e eu o peguei com um sorriso pequeno, nos
viramos caminhando para ir embora.
Eu ainda olhei para trás mas Peter não me encarava, ele apenas olhava para
o chão passando a mão no cabelo.
Eu ainda ouvi ele dizer "Que se foda" e andar na direção oposta com
Samantha balançando a cabeça negativamente e andar até ele chamando seu
nome.
×××
Para quem achou que eles iriam ficar juntos nessa festa kakaka foi mal,
mas isso não significa que ela também fique com o Caleb está noite hein,
mais para frente vocês irão saber a resposta.
Sam é uma mulher diferente, vocês também irão ver isso em breve.
Acalmem os ânimos e o ódio rsrsrs.
Emily
Tempos depois...
Hoje era sexta feira e estávamos indo para a tal casa comemorar o
aniversário de Dylan até o final de semana acabar.
Nathaniel surgiu na porta e nós duas olhamos para ele, dei a mala para o
modelo de perfume que levou para o carro.
Estávamos indo com Nate para a casa quando o próprio ofereceu carona,
aceitamos lógico porque Bebel não iria aguentar muito tempo.
Dylan e Lisa já estavam lá com Danny, falei com Rubi rapidamente e ela me
disse que não poderia ir conosco.
Ela me disse que os trigêmeos ainda estão muitos novinhos para uma viagem
mesmo que curta, mas me garantiu que estaria lá amanhã com Adam para
comemorar e depois viria embora, tenho que certeza que uma tropa vai
cuidar dos bebês.
Bom, Peter irá hoje mas provavelmente chegará muito tarde. O mesmo
estava fazendo uma viagem para Dubai e ficou por lá durante uma semana,
depois do que aconteceu na festa ele ainda ficou em Nova York por alguns
dias antes de viajar, não tocamos naquele assunto nenhuma vez.
Ele baixou o porta malas e encarou nós duas, Nathaniel usava uma camisa
branca lisa e uma calça preta que marcava suas coxas, óculos de sol estava
na sua cabeça e uma pequena mecha do seu cabelo se mexia por conta do
vento.
Olhei para Susie que encarava aquela cena de filme e piscou algumas vezes.
- Por que vocês estão me olhando assim? -Nate perguntou a nós duas.
- Olhamos assim para todo mundo, Nathaniel -digo e Susie concorda ainda
me encarando.
- Certo, parem com isso então. É estranho -ele disse e deu um sorriso de
lado.
Nate olhava para o seu rosto tão profundamente que até eu estava querendo
fugir dele e não era nem a mim que ele estava encarando.
Ela tirou as mãos e abraçou o corpo dando um sorriso meio sem jeito, minha
bebê está vergonha.
- Vamos logo, quero ver Danny -digo puxando Susie pela mão que relaxou
instantaneamente.
Nate olhou para o lado e passou na barba rala, ele foi para o banco do
motorista colocando o óculos de sol.
- O quê?
Uma coisa que descobri sobre Jones, nunca, jamais, atrapalhe o sono dela. É
algo precioso para Susie.
Ele deu partida no carro e logo saímos da frente do nosso apartamento, olhei
pela janela vendo a movimentação da manhã e dei um suspiro.
Coloquei o cinto de segurança e olhei para trás vendo Susie com as mãos
apoiadas no rosto e os olhos fechados.
- Sim -responde.
- Queria ficar mais perto da minha família -dei um sorriso de lado- Fazia
muito tempo que eu não ficava com os meninos por mais de 5 meses.
- Como assim?
- Nós quatro sempre fomos unidos, crescemos juntos -concordei- Depois que
eu assumi a empresa na Itália Peter abriu a dele, mas os negócios da família
Ross e Venturelli vieram para Nova York.
- Peter e você são os mais velhos?
Assenti.
- Adam e Dylan foram os primeiros a vir para Nova York, Peter relutou mas
acabou vindo também -explica- Eles tentaram me convencer por anos a vir
para a cidade, mas nunca cedi.
- Sempre que estávamos juntos eram apenas por duas semanas no máximo e
era estranho estar longe deles, posso não demonstrar mas aqueles babacas
são a minha paz -ele me encarou- Confio neles cegamente.
- Uau, daria para escrever livros sobre vocês -digo e ele ri negando.
Vários minutos já tinham se passado e Susie ainda dormia como uma pedra,
Nate e eu paramos de conversar e eu estava com a cabeça encostada no
banco quando o celular do modelo de perfume começou a tocar.
Ele o tirou do bolso e olhou para a tela deslizando o dedo, o celular foi para
o seu ouvido e eu encarei seu movimento.
- Fala, Pan.
O encarei imediatamente vendo o celular estendido para mim, olhei para ele
e depois para o celular.
- Diga a ele que estamos chegando na estrada Montweek, ele sabe onde é.
Entre abri a boca e peguei o celular da sua mão vendo ele se concentrar na
estrada, ele ajeitou sua postura e mexeu em alguns comandos do carro.
Levei o celular até o ouvido e olhei para frente, isso não deveria ser tão
difícil.
Mas não significa que não precisa ser estranho.
Olhei para Nate por canto de olho e vi ele concentrado no trânsito e eu sabia
que Susie estava desmaiada no banco de trás.
- Você está bem? -pergunta.
- Não, e ela acha que você deveria ficar mais uma semana.
- Ela acha?
Fiquei em silêncio.
Os dias que Peter ficou em Nova York antes de viajar foram rápidos,
tínhamos trabalho a fazer e eu não vi ele tomar uma iniciativa para
conversamos sobre aquelas perguntas que ele me fez na festa, eu não tomei
uma porque eu simplesmente não conseguia.
Foi a primeira vez que fiquei retraída para perguntar algo, odeio o fato de
Peter mexer tanto com a minha cabeça.
Suspirei.
- Não é ela que está do outro lado do mundo.
Desliguei o celular antes de obter reposta e encarei a tela, meu peito subia e
descia e meu cabelo cobria meu rosto fazendo assim Nate não ter uma visão
minha um pouco abalada.
Minhas brigas com Peter sempre me animavam, era bom discutir com ele
porque me fazia rir da sua cara de idiota, mas agora parece me corroer por
dentro.
Mas o que eu definitivamente não penso é no fato dele ficar outra semana em
Dubai.
Olhei para Nate vendo seus olhos me analisarem, fiquei neutra novamente e
acenei.
- Sim -sorri.
Dei o celular a ele que guardou no bolso, amarrei meu cabelo em um coque e
encostei minha cabeça no banco novamente.
(...)
Meu cérebro está dizendo que ele não se importa com nada, que tanto faz se
eu disser não porque é mais de um dos seus joguinhos, e aquele negócio que
bombeia dentro do meu peito esquerdo está dizendo que existe um grande
possibilidade de Peter está jogando limpo, que ele me quer assim como eu o
quero. Somos dois covardes de merda.
- Emily!
Saí do carro abraçando meu corpo, a brisa estava fria e o céu estava
escurecendo. Creio que irá chover em breve.
Olhei para frente vendo uma "casa" maior que o museu de Nova York, isso é
praticamente uma mansão. Ela tinha no mínimo três andares e janelas
espalhadas, suas cores eram clássicas e escuras e na frente um jardim bem
bonito com rosas e plantas cortadas em formatos estranhos, bem aquela coisa
de rico mesmo.
- Isso não é uma casa não, meu filho -digo rindo e ele franze o cenho.
Andamos atrás de Nate que abriu a porta sem problemas, olhei em volta
vendo que do lado esquerdo tinha outra casa mas bem distante da nossa e a
mesma coisa do lado direito.
Creio que só tenha mansões por aqui, olhei para a entrada novamente vendo
o carro de Dylan e algumas árvores com flores e um pouco distante do
jardim uma grama verde extremamente perfeita, daquele tipo que você se
deitaria para ler seu livro preferido ou pegaria sol escutando música.
Eu olhei para cima e me senti uma formiga vendo onde o teto acabava,
existia apenas um espaço onde o lustre de mais de 2 metros era pendurado
provavelmente iluminando todos os andares.
Seguimos Nate que dobrou para o lado direito, demos de cara com a cozinha
e também de Lisa e Dylan sentados na mesa.
Daniel estava em cima dela sendo segurado por Dylan que conversava com
ele, Lisa os analisava com um sorriso no rosto.
- Isso aí, titia está orgulhosa -digo beijando sua cabeça e devolvendo para
Dylan.
×××
Acho que alguém está sentido falta de alguém e esse outro alguém
também está sentindo falta do primeiro alguém, vocês que lutem para
entender isso aí KKKKKK.
Boa leitura ❤.
Peter
Acabei de chegar na casa que eu tenho com aqueles quatro idiotas e suspirei,
dirigi por mais tempo por causa da chuva torrencial que está caindo agora.
Guardei meu celular no bolso e tirei minha jaqueta preta, a coloquei em cima
da minha cabeça assim que saí do carro e corri para a entrada da casa.
Girei a maçaneta entrando e dando de cara com o hall, tirei meus sapatos que
estavam um pouco molhados e fui até a sala que estava completamente
escura.
São 1:30 da manhã e a única coisa que eu queria agora era colocar meu
celular para carregar, e graças ao bom Deus eu vi um carregador em cima da
mesinha de centro quando liguei o abajur da sala.
Olhei para frente vendo que os quartos de Dylan e Nate ficavam para aquele
lado e eu sei que Adam não está aqui com Rubi.
Me aproximei da porta a passos lentos e vi que a porta estava meio
encostada, não conseguia ver quem era então afastei um pouco a porta sem
emitir som.
A visão que tive quase me faz cair no chão, Emily estava deitada na cama
com o cabelo loiro espalhado pelo mesmo, ela usava um camisa branca que
não chegava no seu umbigo, suas pernas estavam abertas enquanto sua mão
direita estava no meio delas.
Caralho.
Seu corpo se arqueou na cama de uma forma tão sexy que me deixou
hipnotizado e eu sabia que não ia conseguir me mexer para sair daqui.
Ela gemeu meio baixo e eu fechei os olhos por alguns segundos absorvendo
esse som que foi diretamente para o meu membro.
Olhei mais atentamente para ela vendo uma calcinha vermelha que fazia
contraste com a sua pele bronzeada, seus dedos se movimentaram mais
rápido e eu vi ela morder o lábio inferior para não gemer muito alto.
Era uma cena muito boa de se ver, talvez eu seja um pervertido? Sim, mas
não consigo sair daqui.
Cravei meus olhos nos seus seios que estavam rígidos através da blusa
branca, encostei meu braço na quina da porta e suspirei vendo ela se tocar.
Faz uma semana que não vejo Emily e vê-la desse jeito não está ajudando
muito, viajei para Dubai tentando evita-la um pouco, mas eu me auto
condenei quando me peguei pensando nela algumas vezes.
Não quis conversar sobre o que aconteceu naquela festa porque eu sei que
seria um cretino, eu não sabia que ela estava com Caleb e vê-lo juntos me
deixou um pouco surpreso. Porém, deduzi que a loira também não queria
conversar já que não tocou no assunto tanto quanto eu.
Emily gemeu novamente e eu vi ela levando a mão até a boca para abafar
seus gemidos.
- Caleb...
- Ok, quer saber? Que se foda, você nunca vai saber disso mesmo -ela diz
jogando o travesseiro no chão.
Sua mão desceu pela sua barriga lentamente como se aquilo a deixasse mais
excitada e chegou até onde ela queria, Emy fechou os olhos e se masturbou
por alguns segundos até pegar um ritmo.
Ela mexeu os dedos com mais força e eu acho que ela tocou no clitóris, sua
outra mão foi para a boca a impedindo de gemer alto e logo depois a tirou
apertando o lençol da cama.
- Peter...
Abaixei a cabeça lentamente vendo ela se tocar e chamar por mim ao mesmo
tempo, isso é sofrimento demais.
Seus olhos se focaram nos meus e ela parou os movimentos ofegante, Emily
piscou algumas vezes e eu nem me mexia querendo saber a sua reação por
pega-la em um momento tão íntimo.
Ela olhou para cima e se ajeitou na cama abrindo mais as pernas, seus olhos
castanhos se encontraram com os meus novamente e ela voltou a se
masturbar enquanto me encarava.
Sua outra mão foi para o seio esquerdo o apertando de leve, seu olhar ainda
sustentava o meu quando ela chamou meu nome novamente.
Emily levantou um pouco a blusa me dando visão dos seus seios e eu entre
abri a boca os vendo pela primeira vez, segurei a maçaneta a apertando com
força, ela sorriu fechando os olhos e virando o rosto.
Ela ajeitou a blusa cobrindo seus seios e se sentou na cama olhando para
frente, Emy se levantou dando a volta na cama e andou até onde eu estava
lentamente, ela me encarou passando a língua nos lábios fazendo meu
membro vibrar dentro da calça jeans.
Antes dela chegar na porta eu tive a bela visão do seu corpo apenas com uma
calcinha minúscula e uma blusa branca quase que transparente.
Ela parou na brecha da porta onde eu apenas via seu rosto, a encarei vendo
suas pupilas dilatadas e apertei meus dedos buscando auto controle, coisa
que Emily acaba em três segundos.
- Emily...
Ela piscou algumas vezes encarando o chão e depois olhou para mim com a
resposta na ponta da língua.
- Não.
A porta foi fechada rapidamente que eu nem consegui impedir dessa vez,
passei a mão na barba e suspirei.
Porra!
Me virei frustrado e andei até a minha porta pronto para tomar um banho
gelado, minha mão estava na maçaneta quando sua porta foi aberta e Emily
aparecer no meu campo de visão.
Virei meu corpo e a encarei novamente, olhei para o seu corpo e cruzei os
braços o analisando.
Emily passou a mão no cabelo em uma luta interna, ela tinha pelo menos uns
cinco passos de distância de mim. Tão perto, loirinha.
- Eu não quero -ela disse isso, mas provavelmente foi mais para ela do que
para mim.
- Você ficou longe por uma semana -ela diz parecendo abalada, isso foi meio
chocante pra mim.
Porra, eu odeio ter que admitir isso mas eu senti falta dela.
- Você liga?
- Não.
Emily correu até mim e na hora que ela pulou no meu colo eu a virei fazendo
suas costas baterem na parede, suas pernas estavam na minha cintura e meu
membro já estava ganhando vida enquanto ela se mexia no meu colo.
Seus olhos encontraram com os meus e eu apertei seu corpo que finalmente
estava nas minhas mãos, ela apertou meu cabelo e aproximou o rosto do meu
pronta para falar algo.
Caminhei até a cama a colocando em cima dela e me afastei para tirar minha
blusa, Emily tirou sua blusa branca e ficou sentada me puxando pelo cinto da
calça.
Parei na sua frente vendo ela tirar meu cinto e desabotoar minha calça a
tirando em seguida, me inclinei sobre ela fazendo suas costas se deitarem no
colchão.
Rocei meus lábios no bico do seu seio apenas para provoca-la, levantei o
olhar vendo-a em uma tortura com a minha respiração agora entre seus seios,
beijei o esquerdo e logo depois o direito vendo aréola marrom, ela estava
tão ansiosa que sua respiração estava escassa.
Sorri de lado.
Passei meus dedos pelo lado direito do seu corpo fazendo ele se arrepiar,
cheguei na calcinha vermelha e Emily abriu o olhos.
- E eu vou foder você -levantei a barra na calcinha- Você está nas minhas
mãos agora, Emily.
Me aproximei do seu rosto e ela me encarou no exato momento em que meu
dedo a penetrou, ela gemeu bem baixinho e eu coloquei o segundo dedo
vendo ela morder o lábio inferior. Fiz movimentos circulatórios na sua
intimidade até ver ela se arquear fazendo os seios colarem no meu corpo.
Toquei no seu clitoris com o polegar e me abaixei para chupar seus seios,
dei atenção aos dois enquanto meus dedos também davam atenção lá
embaixo.
- Ai meu Deus -ela gemeu quando fiz uma pressão maior no meio das suas
pernas.
Parei de chupar seus seios e ela levou a mão até o meu cabelo e eu a encarei
me aproximando do seu rosto, a beijei de uma maneira lenta ouvindo seus
gemidos na minha boca.
Continuei o que estava fazendo até ela gozar nos meus dedos e chamar meu
nome.
Emy deu um suspiro de prazer e olhou para cima se recuperando do
orgasmo, me afastei tirando a cueca boxer cinza e subi na cama novamente,
ela se levantou e nós dois ficamos de joelhos nos encarando.
Seus olhos varreram o meu peito e ela tocou nas minhas tatuagens com o
indicador, coloquei minhas mãos na sua nuca e fui alisando seu corpo até
chegar na sua calcinha vermelha.
Emy desceu os olhos pelo meu corpo até chegar onde ela queria, ela
levantou uma sobrancelha e me encarou balançando a cabeça.
Me posicionei no meio das suas pernas a beijando, mas ela rápido me fez
virar e subiu para o meu colo, ver Emily em cima de mim só me deu mais
vontade de fode-la a noite inteira.
A fiz virar dessa vez ouvindo ela resmungar e ela me encarou emburrada.
- Não.
- Sim.
- Bela distração.
Peguei na sua cintura e a tirei de cima de mim a jogando no meu lado, subi
em cima dela novamente e peguei nas suas mãos as prendendo com as
minhas.
- Peter! -resmunga.
- Você não vai ficar por cima agora, eu quero foder você com tanta força que
terá dificuldades amanhã -falei próximo ao seu rosto enquanto ela me
encarava- Coloque as pernas na minha cintura e me deixe foder você.
Emily fez o que eu mandei com os lábios entre dentes, suas pernas apertaram
minha cintura e eu soltei suas mãos que não se moveram.
- Estou -respondo.
Não a deixei terminar e a penetrei com força que fez dar um gemido alto,
esperei alguns segundos até me movimentar de novo.
Ela me encarou antes de sorrir de lado e fechar os olhos enquanto eu me
movimentava em um ritmo lento a fazendo se acostumar com o meu tamanho,
com o tempo comecei a estocar com mais força e ela levou as mãos para a
minha costa as arranhando enquanto gemia no meu ouvido me deixando
louco.
- Mais forte -ela sussurrou no meu ouvido e eu sorri de lado atendendo seu
pedido.
Fiz com mais força e ela arqueou o corpo cravando as unhas nas minhas
costas me fazendo resmungar, isso vai deixar marca.
Voltei a beija-la sentindo seu gosto bom enquanto saia e entrava dentro dela,
nossos corpos estavam suados e eu conseguia sentir sua excitação apenas
crescendo. Não vamos nos contentar com uma rodada só.
Coloquei minha mão no seu pescoço me afastando dela, me movimentei
devagar novamente sentindo cada parte dela, porra.
- Emily, você vai acordar a casa -digo e ela sorriu mordendo o lábio
inferior.
- Não estou me importando...com nada agora -diz com a voz entre cortada.
Coloquei a mão na sua cabeça e a beijei sentindo seu gozo perto depois que
ela apertou as pernas na minha cintura, Emily gozou segundos depois
gemendo da minha boca e a penetrei até achar meu clímax que não demorou.
Tirei o cabelo que estava grudado na sua testa e ela fez o mesmo comigo, nos
encaramos por vários segundos e eu ainda me sentia duro quando me retirei
de dentro dela.
Sorri na sua direção e ela me puxou para o outro beijo, porra, eu não deveria
gostar tanto disso.
- De quatro, loirinha.
Coloquei a mão na sua nuca e deslizei os dedos pela sua costa fazendo seu
corpo se arrepiar.
Olhei para a sua bunda e dei um tapa de leve que a fez rir, puxei seu corpo a
deixando de quatro a minha frente. A analisei e dei um suspiro de prazer por
vê-la como eu quero.
- Não faça tanto barulho -beijei seu ombro- Caso contrário você vai levar
um tapa.
Toquei na sua nádega esquerda e apertei com força vendo Emily apertar os
lençois com as mãos.
Ela me olhou por cima do ombro e piscou para mim, sorri de lado.
×××
Deixe votos e comentários neste capítulo, please. Meu último hot foi no
livro do Adam, ainda to meio enferrujada.
Emily
- Loirinha.
Virei meu rosto para trás e vi Peter deitado na cama apenas de cueca boxer
mostrando a barriga definida e o peito com as tatuagens, já disse que tenho
uma queda por homem tatuado?
- Vendo o nascer do sol -respondo e ouço uma risada baixa sair dele.
Peter e eu não dormimos a noite inteira, parece que tem adrenalina no meu
corpo desde que o encarei enquanto me tocava, e acho que ela não irá
embora agora.
Mordi o lábio inferior e me virei de frente para ele que estava na beirada da
cama com braço apoiado na perna e a mão apoiada no queixo.
Tirei o lençol do meu corpo o fazendo cair no chão e fiquei nua vendo seus
olhos me devorarem.
Andei até onde Peter estava e ele olhou um pouco para cima me encarando,
sua mão foi para a minha perna e eu rapidamente me sentei no seu colo com
a sua ajuda, senti um leve incômodo na estelinha mas consegui disfarça.
Seu braço apertou minha cintura e eu coloquei minhas mãos no seu cabelo o
puxando de leve.
- Você tirou todas as minhas forças -ele diz e depois me dá um selinho sem
tirar os olhos dos meus.
- Você ainda está com energia mesmo depois de termos transado a noite
inteira -diz apertando minha bunda sem muita força.
- Você é ninfomaníaca não é? Pode me contar, loirinha -ele diz sério mas
logo depois ri.
- Idiota -bati no seu peito e ele riu mais tirando minha mão do seu peito.
Peter levou as duas mãos para o meu maxilar e me puxou para um beijo
calmo mas intenso, arranhei suas costas de leve o provocando e ele mordeu
meu lábio inferior antes de virar meu corpo o colocando em cima da cama.
Ele subiu em cima de mim e passou a mão no meu cabelo, as vezes eu acho
que Peter tem inveja do meu cabelo ou ele tem um fetiche por loiras.
- Pensei que estivesse sem forças -digo com os olhos fechados enquanto ele
beijava meu pescoço e arrastava o nariz até os meus seios.
Eu não deveria provoca-lo quando estou com algumas dores no corpo, mas
eu não consigo evitar, provocar Peter Ross é o que eu faço de melhor.
Merda, por quê eu acho que Peter vai ser a minha droga?
- Peter Pan!
- Qual é, Pan? Você adora jogar -Adam diz- Além do mais, meu irmão barra
melhor amigo está pedindo. É aniversário dele!
Eu não posso ver os meninos mas sei que devem estar fazendo uma cena
dramática da porra.
Eu disse.
- Acho que preciso de uma ninfomaníaca -Peter diz e eu belisco sua perna
ouvindo ele resmungar.
- Não vi não, ela deve estar andando por aí sem rumo, vocês sabem que
Brooks tem um parafuso a menos.
Olha que filho de uma égua esse Pan é.
- Se implicam tanto -Adam diz- Rubi e eu éramos mais ou menos assim, não
no nível de vocês porque ambos são loucos.
Levei minha mão discretamente até o seu membro e o alisei devagar, Ross
resmungou se sentando na cama.
Não sei o que ele fez mas eu só senti algo fofo ser colocado em cima do
edredom que cobria minha mão.
- Bom, eu já ia reclamar que você não me deu um abraço mas depois você
faz isso -Dylan diz e Peter concorda.
Droga!
- Certo, Emily sumiu e você está aqui pelado com uma calcinha vermelha
rasgada. Isso...
- Isso veio na minha mala -Peter fala- Transei com uma mulher por lá e isso
acabou vindo junto, acho que ela queria que eu me lembrasse dela -ele riu.
Revirei os olhos.
- Você pareceu minha mãe agora, Venturelli -Peter diz e Adam sorri de um
jeito falso.
Eles ficaram em silêncio e eu estava puta por não saber o que estava
acontecendo.
- Conhecemos você a nossa vida toda, acha mesmo que não sabemos? -Nate
perguntou.
Uma perna de Peter saiu da cama e ele puxou o edredom lentamente para o
lado.
- Se não saírem agora vão me ver pelado -Peter diz ameaçando de novo.
Ouvi passos rápidos e logo a porta sendo fechada, ri vendo Peter sair da
cama e depois o barulho de chave sendo girada aparecer.
Peter pegou sua camisa que estava no chão e eu me levantei ficando de pé,
ele andou até mim e me olhou.
- Vista isso.
Nos beijamos por alguns segundos até ele me soltar colocando as mãos na
minha cintura.
- O que foi?
Dei um suspiro e coloquei minhas mãos nos seus ombros, beijei sua
bochecha e logo depois lhe dei um selinho rápido.
- Não.
- Estou brincando -digo e ele revira os olhos- Eu devia gravar seu rosto
antes de fazer isso.
Peter colocou a mão na minha nuca e a apertou com força, ele aproximou o
corpo do meu como se fosse me abraçar e meu rosto ficou ao lado do seu.
- Eu sei o que você está sentindo, Emily -sussurrou no meu ouvido- Você
sabe me irritar, mas eu também sei como te irritar.
- Você vai me pagar, Pan -digo e ele faz uma cara de deboche.
- Não vou discutir agora porque tenho que mostrar que estou viva -apontei
para ele- Você vai sofrer na minha mão depois.
- Tudo bem, espero que você faça isso enquanto está no meu colo
cavalgando -ele diz normalmente.
Me virei para bater na sua costa mas eu só vi ele correndo para o banheiro,
olhei para sua bunda e mordi o lábio inferior.
×××
Emily
- Olha! Ela está viva! -Lisa praticamente grita e Danny a encara colocando
sua mão no rosto dela.
- Bom dia -Rubi fala quando chego perto dela- Vem sempre aqui, gata?
Olhei para frente vendo o corpo de Peter encostado no balcão do outro lado,
ele estava de braços cruzados com um sorriso pequeno no rosto.
- Que nada, só perguntei isso porque você sumiu de repente -ela diz tentando
disfarçar sua curiosidade.
- Que horas vocês acordam, hein? -Perguntei- Como sabem que eu "sumi" -
fiz aspas.
- Fomos no seu quarto de manhã acordar você -Susie diz e depois morde um
morango.
- Que horas foi isso? 4:30 da manhã? -Pergunto com as mãos na cintura.
É claro.
Que mentira ridícula, estou andando demais com Lisa. Não espera, o do
potinho foi pior. Eu não acreditei quando ela me contou aquilo.
Fudido.
- Sim, ele é muito divertido. Ele lembra um pouco o ator Chris Evans.
- E como não vimos você chegando agora de manhã? -Nate pergunta depois
de encarar Susie.
- Não sei, eu passei pela cozinha mas vi só as meninas -olhei para os quatro-
Vocês não estavam.
- Deve ter sido na hora que estávamos no quarto do Pan -Dylan diz e olha
para eles que jogam a cabeça para o lado.
- Me enchendo o saco como sempre -Peter diz e os três olham para ele.
- Não quero ficar no time do Peter porque quero derrubar ele de propósito -
Dylan diz com a mão levantada.
- Certo, vamos jogar futebol americano -Adam diz batendo uma palma só.
(...)
- Misericórdia.
Estávamos sentadas na grama com uma árvores enorme nos cobrindo do sol,
as meninas e eu estávamos sentadas em cima de uma toalha de piquenique
com uma cesta ao nosso lado, tinham cervejas, whisky, frutas, queijos e
outras coisas.
Danny estava ao lado de uma mulher que chegou ainda a pouco, pelo o que
entendi ela trabalha na casa e para a família Venturelli a anos.
Segui seu olhar e vi que ela estava focando em Nate, sorri de lado.
- Odeio quando Adam faz isso -Rubi diz olhando para o loiro- Não sei se
bato nele ou...
Adam mexeu na barra do seu short o e depois sua mão direita subiu pela sua
barriga indo até o seu cabelo o balançando, será que estamos no efeito
slowmotion?
- Vocês também estão vendo isso, não é? -Susie pergunta e nós confirmamos.
- Ei...agora são vocês quatro que estão nos encarando estranho como Susie e
Emily -Nate fala.
- Princesa, você está babando -Adam diz e Rubi passa a língua nos lábios.
Ri alto.
- Ok....-Dylan diz- Vamos jogar?
- Não sei como isso funciona -Ela diz e ele levanta uma sobrancelha.
- Você leu naquela papelada sobre mim, não leu? -Lisa pergunta e Dylan
apertou a boca em uma linha reta.
- Talvez...
- Certo, mas se quiser saber algo me pergunte -ela diz e ele concorda
sorrindo.
Dylan a ajudou levantar e eu ainda ouvi ela sussurrando alguma coisa para
ele bem parecido com "Eu vou adorar tirar esse short de você depois", quase
tapo os ouvidos de Danny.
Deus me livre.
- Eu jogo se Susie concordar em jogar també...
Estava me confiando em Susie para não jogar mas já que essa franjinha
traidora deu de gostar de futebol americano, aqui vamos nós.
Todos eles andaram até o centro do gramado e eu olhei para cima vendo
Peter de braços cruzados na minha frente.
- Consegue jogar?
Olhei para a mulher que estava quase ao nosso lado e ela balançava o bebê
conforto enquanto Danny fechava os olhos lentamente.
- Onde você guarda toda essa arrogância? -Pergunto e ele encara meu corpo.
- Brooks tem esse efeito -ele disse e eu encarei seus olhos descendo para a
sua boca.
- Aí meu Deus, Peter! Você deixou cair sua noção aí no chão, acho melhor
pegar.
Dei um tapinha na sua barriga e ele resmungou, passei pelo seu corpo indo
até os outros que conversavam sobre os times.
- Vamos pegar leve com vocês -Dylan diz olhando para as meninas-
Ouviram? Não podemos quebrar as costelas delas.
- Foi só uma vez e eu já pedi desculpas, você é muito rancoroso -Adam fala
e eu arregalo os olhos.
- Não quero mais jogar não -digo e me viro mas vejo o corpo de Peter na
minha frente.
- Certo, Nate e eu vamos ficar com Rubi e Susie -Dylan fala e Lisa o olha
com a boca aberta.
- Ele roubaram sua princesa, você vai deixar? -Lisa pergunta a Adam que
encarou Rubi.
- Sim, vou derruba-la de propósito -Ele diz e Rubi sorri mostrando o dedo
do meio para ele.
- Oh, não tinha pensado nisso -Lisa diz e encara Dylan com um sorriso
perverso que eu conheço muito bem.
- Tudo bem vocês jogarem no mesmo time? -Dylan pergunta para Pan e para
mim.
Encarei Peter que cruzou os braços olhando para baixo tentando esconder
seu sorriso.
- Tudo bem -Adam fala- Vamos logo, quero derrubar minha esposa.
- Vai ter greve hoje, hein! -Rubi grita e Adam coloca as mãos na cintura
fazendo drama.
Lisa e eu fomos para o lado direito com Peter e Adam, eles ficaram atrás de
nós duas e eu olhei para trás vendo Peter girando a bola enquanto meu corpo
estava na sua frente.
Ele tem mesmo que ficar atrás de mim? Muitas cenas estão invadindo minha
mente agora.
Na minha frente estava Dylan com Rubi na sua frente em posição para jogar
a bola para ele, Susie se agachou na frente de Nate que olhou para o lado
respirando fundo.
- Joga a bola, Pan -Dylan grita e Peter joga a ele.
A bola foi entregue a Rubi que estava a minha frente, nós duas estavamos em
posição. Ela me encarou sorrindo e eu pisquei para ela.
Rubi jogou a bola para trás fazendo Dylan agarra-la e os que estavam no
time dele vieram para frente e nós começamos a nos mover e marca-los para
a bola não avançar.
Nate correu um pouco para frente e Dylan jogou a bola para ele, talvez eu
tenha ido para o hospital apenas de ver a cena a minha frente.
Nós meninas praticamente gritamos de susto quando Peter correu até Nate e
o derrubou no chão com muita força agarrando seu tronco, os dois caíram e
eu olhei para elas que tinham a mão na boca e olhos arregalados.
Dylan a trouxe para perto de nós novamente e seus pés tocaram no chão, ela
passou a mão no cabelo meio ofegante.
- Normal? Você quase o mata! -Rubi diz olhando para Peter que ainda estava
no chão com Nate.
- Certo, ver esse jogo é bem diferente do que jogar -Lisa diz passando a mão
na blusa verde de alça que vestia.
- Esse loiro está merecendo uma porrada -Rubi diz e encara o cunhado-
Dylan, derruba ele.
Nos posicionamos novamente e dessa vez a bola estava com Susie, céus,
espero que eu saia inteira daqui.
Continua...
×××
Emily
- Vai! -Peter gritou e Susie rapidamente jogou a bola que passou pelas suas
pernas parando na mão de Nate.
Dylan pegou a bola e o time adversário que era o meu foi para cima dele,
corri atrás da batgirl mas dei um passo para trás quando Adam correu mais
rápido e empurrou Dylan com força que caiu no chão junto com a bola.
Adam a pegou e olhou para trás, seus olhos pousaram em Lisa que estava
com a mão na boca.
- Pega Lisa! -Adam grita vendo Rubi correndo para cima dele.
Rubi pulou em cima de Adam que foi caindo mas conseguiu jogar a bola, os
dois caíram rindo um com o outro e ele a abraçou com força para ela não se
machucar muito.
- Corre, mucura!
Lisa correu para o lado adversário e eu fui com ela, eu sabia que Susie
estava vindo atrás da gente e nós duas só tínhamos Nate nos empatando.
- Tira ele do caminho, Emily! -Lisa gritou vendo Nate correr até ela.
Tentei derruba-lo mas foi impossível, ele só deu uns passos para trás mas
minha mucura é esperta e desviou dele enquanto eu empurrava seu peito.
Todos nós a encaramos que corria de um jeito engraçado até chegar na linha
e jogar a bola no chão com toda a força de vontade do mundo.
- Também, com a tamanho da Lisa ela passa praticamente igual uma formiga
-Dylan diz e ela o olha irritada quando está se aproximando novamente.
- Repete isso aí, Venturelli -ela disse estufando o peito para ele.
- Formiguinha -ele disse se abaixando para falar com ela apenas para
provoca-la.
Ele andou até o outro lado e eu encarei os demais que tinham um expressão
engraçada.
- Casamento saudável é isso -Adam fala e nós rimos.
Voltamos para a nossa posição inicial e dessa vez eu que iria jogar a bola
para o Pan, Adam se aproximou de Lisa e Peter de mim.
Mucura jogou a bola e eu a agarrei me agachando em seguida.
- Vai!
Joguei a bola mas algo bateu na minha perna me atrapalhando e a bola não
chegou nas mãos de Peter, me levantei com o cenho franzido e o encarei.
- Ela não conseguiu jogar, vamos de novo -Peter fala e eles concordam.
- Vai!
Dessa vez nem cheguei a jogar a bola porque eu senti um tapa na minha coxa
que não sei como essa porra não fez barulho, a bola caiu da minha mão e eu
me virei para Peter batendo no seu braço.
- Você que não está conseguindo jogar -Peter diz na cara de pau.
- Você é...
- Se você me tocar eu vou bater nas suas bolas -digo e ele levanta as mãos
em rendição.
- Vou só me aproximar ficando bem colado em você para não errar dessa vez
-ele diz sussurrando e eu olho para a grama.
Entre abri a boca e pisquei algumas vezes sentindo sua mão esquerda onde
não tinha tanta visibilidade tocar na parte de trás da minha coxa e subir
rapidamente até o meu short jeans tocando por cima.
Apertei a mão na bola que estava na grama sentindo seu toque e entendi esse
pequeno teatro que ele fez, cretino.
- Vai!
Joguei a bola nas mãos de Peter que se afastou de mim vendo Adam correr
junto com Lisa, eu coloquei as mãos na cintura respirando fundo.
Dylan jogou a bola para Rubi que correu para o outro lado marcando ponto.
Soltei Susie vendo eles comemorarem e eu olhei para Peter que piscou para
mim.
- Vamos lá -bati uma palma e olhei para Ross que sorria mordendo o lábio
inferior.
Filha da mãe.
Nos ajeitamos com os novos times e eu fiquei ao lado de Rubi que tinha
Adam atrás dela, Nate estava atrás de mim e eu olhei para frente vendo Susie
com Peter atrás dela.
Quem estava com a bola era Susie pronta para passar pro cretino, ouvimos a
voz de Adam e logo depois ele gritou para o jogo começar.
Franjinha passou a bola para ele e nós começamos o jogo, Lisa marcou Rubi
para que Dylan passasse por elas. Peter correu junto com ele e Dylan jogou a
bola para o Pan.
Sorri de lado.
A bolo voou longe e minhas mãos estavam no seu peito, seu rosto ficou
próximo do meu e ele me encarou irritado.
- Não mexa comigo quando estou quieta -falo posicionando meu joelho no
meio das suas pernas.
- O quê?
Puxei meu joelho para frente batendo nas suas bolas mas nada que possa
danificar, quero ele bem para me foder depois. Mas...Peter anda com os
Venturelli então automaticamente ele é dramático até demais.
- FILHA DA PUTA!!
Ele gemeu de dor e eu me levantei ficando de pé, Peter estava com as mãos
no meio das pernas e eu ele fazia um teatro da porra, eu sei que não bati com
força e metade disso é drama.
- Eu vou matar você -ele levantou o olhar para mim e sorri falso.
Ele foi se levantando aos poucos e eu dei alguns passos para trás.
Não dei mais cinco segundos e saí correndo de lá, dei passos rápidos
correndo mais rápido que consegui e eu olhei apenas uma vez para trás e vi
Peter andando até mim calmamente.
Dei a volta na casa indo para a parte de trás e cheguei no destino vendo
plantas e uma grande piscina, olhei para os lados ofegante. Dei passos
rápidos passando pelas plantas e foi só ele gritar meu nome que meu corpo
se arrepiou por inteiro.
Olhei para trás vendo Ross perto, muito perto. Senhor, ainda não estou
pronta.
Cheguei na borda da piscina e quase caio nela mas consegui impedir de cair
na água gelada, porém um corpo enorme se chocou com o meu e ambos
caíram na piscina.
O meu corpo e o corpo de Peter afundou na piscina e eu ainda dei meu
último grito antes de me molhar inteira.
Agarrei seus ombros me segurando e ele apertou meu corpo contra o dele,
encarei seus olhos e ele olhou para os meus lábios.
Ele foi me empurrando até a borda da piscina e eu levei minhas mãos para a
sua costa o puxando mais para mim, Peter subiu as mãos da minha cintura
indo para os meus seios e os apertou de leve me fazendo gemer baixo.
Parei de beija-lo e joguei minha cabeça para trás sutilmente sentindo sua
língua no meu pescoço.
Toda vez que eu o beijo a energia do meu corpo parece dobrar, é como se eu
me sentisse mais viva do que o normal. É uma sensação boa demais.
- Sim.
Ele sorriu de lado.
Levei minha mão até o seu membro e ele tossiu de uma maneira engraçada,
peguei nos seus testículos e ele se mexeu um pouco.
Concordei vendo ele encarar meu busto e sorri de um jeito safado, Peter
pegou na minha cintura e me levantou colocando minha bunda na borda da
piscina.
×××
Um aviso importante:
A maratona está chegando ao fim! Ela irá acabar no dia 15 (Quarta-
feira) completando assim 14 dias seguidos de capítulos, meu novo
recorde.
Quem estava pedindo o bônus da Susie e o Nate, bom, eles terão bônus
mas não vai ser agora.
Tchau, babys ❤.
21° capítulo
Sem revisão.
Emy
Ainda estávamos olhando para eles que mantinha os olhos fixos em Peter e
eu.
- Ainda gosto das minhas bolas -Peter diz e me encara passando a língua nos
lábios.
- Certo, vão logo -Rubi diz- Tentem não se matar por alguns minutos.
- Não demorem -Lisa diz segurando o bebê conforto com Danny lá dentro.
- Não vamos.
(...)
Ir tirando a roupa no corredor não foi melhor do que ele correndo até mim e
me carregando, entramos no meu quarto e agora estamos aqui no banheiro
encharcados novamente.
Entrei abri a boca e ele afastou um pouco mais minhas pernas, fechei os
olhos olhando para cima e foi impossível não apertar seu cabelo quando ele
passou a língua no meu clitóris.
Tirei meu sutiã e o joguei no chão, eu estava nua vendo ele com o short.
Injusto.
Ainda estava agachada quando puxei sua cueca para baixo liberando seu
membro ereto, os olhos de Peter não deixaram os meus em momento nenhum.
O peguei com a mão e Peter deu um gemido abafado, passei a língua nos
lábios e depois passei a língua na ponta vendo ele apoiar as mãos na parede.
- De pé.
Coloquei minhas pernas na sua cintura sentindo seu membro duro no meu
corpo.
Agarrei seus ombros respirando com dificuldade, seu nariz roçava com o
meu enquanto a água caia no meu rosto e no dele.
Ele me olhou nos olhos e eu fechei os meus com força quando ele me
penetrou sem aviso prévio, cravei minhas unhas no seus ombros e fui
subindo até o seu cabelo. Peter estocava com força e o barulho dos nossos
corpo se misturava com a água que caia no chão do banheiro.
Meus seios balançavam e eu joguei a cabeça para trás fazendo a água cair
sobre eles, gemi seu nome que aumentou o ritmo.
Meus braços foram para o seu pescoço e eu o puxei para beija-lo, chupei seu
lábio inferior e ele sorriu colocando uma mão em volta da minha cintura e a
outra apertou meu cabelo de leve.
Peter era incrivelmente bom nisso, e quanto mais ele me tocava mais eu
queria seu toque.
Afastei meu rosto do seu e minha mão direita veio para o seu maxilar, senti
minhas paredes se fecharem e dei um suspiro quando gozamos juntos.
Abri os olhos olhando para os seus lábios e respirei fundo, toda vez que
estou com Peter as coisas parecem ser intensas demais e não me deixam
pensar direito.
Peter saiu de dentro de mim e me colocou no chão mas eu não soltava seu
corpo porque não quero cair de bunda.
- Fiquei feliz em saber que elas ainda funcionam normalmente -ele diz e eu
reviro os olhos.
Eu não tirava minha cabeça do seu ombro e meus braços do seu pescoço,
estou parecendo um bicho preguiça.
Ele pegou no meu cabelo o colocando para trás e meus olhos foram ficando
pesados, céus, eu preciso dormir.
Saímos do boxer com ele me carregando, estava me sentindo uma rainha.
Peter pegou uma toalha e colocou em cima da minha cabeça tapando minha
visão.
- Ei -falei sonolenta.
A toalha foi tirada da minha cabeça e foi passada pelo meu corpo me
enxugando, eu só era capaz de sentir naquele momento porque acordava eu
não estava não, senti minha bunda ser colocada a na cama e Peter se abaixou
levando a toalha para a minha cabeça enxugando meu cabelo.
- Emily, você está tão exausta que está dormindo sentada -ele disse e eu abri
os olhos.
- Hum?
- Certo, consegui deixar você sem palavras então isso confirma que tudo é
possível nesse mundo.
Peter
Aproximei a mão do seu rosto tirando uma mecha que caia no seu olho e a
alisei com meu dedo, seu cabelo ainda estava úmido e por um segundo
pensei se teria problema dela dormir com o cabelo assim.
Dei de ombros, não é como se ela fosse acordar agora mesmo.
Abri a porta do quarto olhando para os lados e corri até a outra porta
entrando em seguida, fui até a minha mala que peguei no carro essa manhã
sem ninguém ver e balancei meu cabelo para escorrer mais a água.
Me abaixei tirando uma roupa seca de dentro, vesti uma camisa larga e
resmunguei quando senti o tecido roçar nas minhas costas. Loirinha é
agressiva.
Tive que explicar aos três idiotas que foi a transa de Dubai que fez isso
quando eles arregalaram os olhos vendo minhas costas.
Eu até diria que ela está dormindo, mas não é uma boa idéia.
- Peter.
- Oi -me virei.
- Sim.
- Ah sim, faz mais sentido -diz colocando o cabelo atrás da orelha- Eu ouvi
uns barulhos estranhos de madrugada, mas eu acho que era apenas você
chegando.
Ela me encarou.
- Bom, estava chovendo quando cheguei -falo- Eu ainda andei um pouco pela
casa atrás de um carregador.
Cheguei na parte de trás da casa quando passei por uma porta que dava
passagem até o lugar.
Vi eles sentados em uma mesa não muito distante da piscina e fui até os
mesmo, me sentei na cadeira ouvindo eles conversarem.
- Irei no prédio semana que vem para avaliar o lugar -Nate diz.
- Você irá trabalhar em três empresas ao mesmo tempo -Adam diz e ele
assente.
- Não sou bilionário porque trabalho em apenas uma -responde e nós três
jogamos a cabeça para o lado.
Ele está certo, todos nós temos negócios além de empresas e até que trazem
mais lucro do que elas.
Nathaniel é o homem mais determinado que conheço, ele sempre nos diz que
quando quer algo ele sempre consegue.
Ele deu tapa de leve no meu ombro me fazendo sorrir de lado, continuamos
conversando sobre outro assunto quando Lisa chegou e se sentou ao lado de
Dylan.
- Ela está dormindo? -Susie pergunta- Bom, ela não vai acordar agora.
×××
Votos e comentários!! Por favorzito, prometo não ser tão ruim nos
próximos capítulos, vindo bomba aí hein.
Emily
Acordei vendo as cortinas do meu quarto balançando por conta da janela que
estava aberta, abracei meu corpo sentindo a brisa fria e passei a língua nos
lábios que estavam secos.
Olhei em volta vendo o quarto ser iluminado apenas pela luz da lua, peguei
meu celular em cima da cômoda vendo 18:30 na tela.
O coloquei de volta e levantei o edredom vendo que estava nua, meu cabelo
não estava mais molhado e me lembrei do que aconteceu antes de eu apagar.
Joguei água no meu rosto e aos poucos fui voltando a ser uma pessoa sem
cara amassada, fiz um coque no meu cabelo e escovei os dentes. Olhei para
o lado vendo minha roupa pendurada na barra ao lado do vaso sanitário, me
virei para o box vendo a espoja e sorri de lado.
Voltei para o quarto pegando a primeira roupa que vi e minutos depois eu saí
do quarto indo para as escadas, fui até a sala de estar mas não vi a gangue e
nem as meninas, fui para a cozinha tendo o mesmo resultado e coloquei a
mão na cintura quando não os achei.
Todos eles estavam sentados na grama enquanto olhavam para cima vendo a
lua e as estrelas, Lisa estava sentada na frente de Dylan no meio das suas
penas, Adam estava abraçando Rubi de lado enquanto ela sorria para ele.
Nate estava com as mãos na grama inclinado e Susie estava do outro lado
com as pernas dobradas e a cabeça apoiada no joelho rindo de alguma coisa
que Adam e Dylan diziam.
Ele olhou para mim e eu pisquei para ele vendo-o sorrir, mas desviou o
olhar olhando para Nate que chamou sua atenção.
- Você está fazendo 30, bem vindo a nossa casa -Nate diz tocando no ombro
dele.
- Vocês tem mesmo que ir? -Susie pergunta mexendo no meu cabelo.
- Sim, Adrian não consegue cuidar de Maia e Alya por muito tempo -Adam
diz.
- Oh, temos uma coisa para dizer -Rubi diz e nos encara- Já decidimos os
padrinhos e as madrinhas.
Me levantei do colo de Susie e nós fizemos uma rodinha para escutar o que
eles tem a dizer, como Peter estava na ponta nos aproximamos para fechar a
roda.
Olhei para Rubi que balançou as mãos na direção do rosto e eu ela parecia
querer chorar.
- Alya é a bebê um pouco mais séria, ela chora menos comparada aos outros
dois, e ela é incrivelmente doce quando está dormindo, ela é uma mistura de
humor -Rubi diz e nós sorrimos.
- Nós dois achamos que ela combinaria mais com Nate e Susie -Adam diz e
olha para os dois- Aceitam?
- Maia Venturelli é a nossa sapeca -Adam diz- Ela simplesmente não para,
vive se remexendo e eu já consigo vizualizar minha dor de cabeça.
- Vocês são perfeitos para serem os padrinhos dela -Rubi diz e nós dois
franzimos o cenho.
- Do que está falando? Somos calmos também -digo e ela levanta uma
sobrancelha.
- Você deu uma joelhada nas bolas dele e depois ele te empurrou na piscina
deixando os dois encharcados, isso não soa calmo para mim -Rubi diz.
- Não, isso se chama locura -Adam diz- Vocês dois são loucos.
- Sua sorte é que você acabou de me nomear padrinho da sua filha, caso
contrário...
- Vai ter que dirigir na volta, princesa -Peter frisou o princesa e Adam abriu
a boca perplexo.
Os meninos fizeram um coro de "Ah, vai deixar?" "Eu não deixava hein,
Adam!"
Adam avançou para cima de Peter que se levantou, ele colocou o braço ao
redor do pescoço de Adam e bagunçou seu cabelo, o loiro riu pedindo para
ele solta-lo.
- Do jeito deles -Dylan completa e olha para Nate que sorriu de lado.
- Acho que alguém acordou -ela diz e se levanta- Bem a tempo, vem comigo,
Dylan?
- Espera, vou com você e aproveito para pegar o bolo -Susie diz indo até
Lisa.
Todos saíram me deixando com Nate, Adam e Peter que voltaram para onde
estávamos.
- Dylan e Lisa foram até Danny e Susie e Rubi foram pegar o bolo -explico.
Eles se sentaram e eu fiquei conversando com os três até todo mundo voltar,
Lisa apareceu com Danny no colo e Dylan carregava o bolo com Rubi e
Susie atrás dele.
Olhei para a vela vendo um boneco usando um terno preto com as mãos na
bolso da calça, ok, isso era estranho.
- Deixe-me fazer isso, capaz de você tacar fogo na gente -Lisa diz e Dylan
coloca a mão no peito ofendido.
Ela deu Danny para Rubi que o segurou, ele sorriu para ele e ela beijou sua
barriguinha.
- Você vai me pagar esta noite, Sra. Venturelli -Dylan diz e Lisa acaba rindo.
- Desculpe, você disse pelado no escuro? -Peter pergunta olhando para Lisa
e Dylan revira os olhos.
- Qual é gente, isso já faz tempo -Peter diz e Dylan concorda agradecendo-
Mas seria bom você devolver o oceano pacífico para o lugar dele.
- Foi assim que ele que conquistou a Lisa -Adam diz- Peladão no escuro.
Cobri a boca com a mão e Susie colocou o rosto no meu ombro tentando
esconder a risada.
- Calma, calma, não é preciso tirar a roupa -Adam fala balançando as mãos e
Dylan o olha feio.
- Vamos bater parabéns com o papai? -ele pergunta a Danny que está vidrado
olhando para a vela.
- Viva ao Idoso! -Adam gritou e Rubi colocou uma uva na boca dele.
Danny piscou algumas vezes e olhou para a boca de Dylan, ele mexeu a
boquinha e olhou para a vela novamente.
Rimos dele que foi para o colo de Lisa, batgirl cortou os pedaços e óbvio
nós comemos praticamente o bolo inteiro, Rubi me disse que Susie tinha
feito o de chocolate que de acordo com Lisa era o preferido de Dylan.
Todos foram com eles até a entrada do porta da casa mas eu fiquei na grama
deitada olhando para cima, eu nunca tive uma família unida, nunca tive um
bom exemplo de pais ou tenha a menor ideia do que seja o amor.
Dizem que não podemos escolher família, mas podemos escolher amigos e
esses 7 são tudo e mais um pouco. Eu sinto como se eles fossem minha
família e não abriria mão deles nunca, Dylan entrou na vida de Lisa de uma
maneira rápida e ele trouxe várias pessoas boas com ele, vou ser
eternamente grata a isso.
- Pensando no Axel?
Olhei para o lado e vi Peter se abaixando ao meu lado, olhei para a entrada
da casa vendo todos eles entrarem para a mesma.
- Eu disse a eles que precisava conversar com você sobre a Modus -ele diz e
eu o encaro.
Peter se deitou ao meu lado e olhou para cima vendo as estrelas, ele riu e eu
o encarei.
- Não...
Era lógico que eu lembrava, ele está mencionando o dia em que nos
beijamos pela primeira vez. Aquilo foi locura, mas não me arrependo
nenhum pouco.
Peter me encarou e depois olhou para a casa procurando alguma coisa, ele
semi cerrou os olhos e suspirou.
Sorri vendo sua mão ir para o meu rosto e ele me puxar para um beijo
intenso, sua língua pediu passagem e eu dei levando minha mão para o seu
braço, é, acho que clareou totalmente agora.
Peter desceu a mão para a minha nuca e eu gemi baixo quando ele puxou meu
cabelo, nos afastamos devagar e ele passou a língua nos lábios.
- Lembrou?
Pisquei algumas vezes meio tonta.
Ele sorriu e depois me beijou uma última vez antes de se afastar e se deitar
novamente, estamos rindo da cara do perigo? Definitivamente sim!
- Seus olhos estavam pedindo por você -ele repete o que disse na primeira
vez que nos beijamos e eu reviro os olhos.
- Não estou caidinha por você -falo e olho para a lua- Gosto de outra pessoa.
×××
Emily é muito atentada puta que pariu, só sabe provocar nosso Pan
kikikiki vou mentir não, adoro.
Peter
Olhei para a loira que me encarava, ela deu de ombros e olhou para cima
novamente.
Ela riu e olhou para mim novamente, meu coração está batendo rápido e esse
silêncio dela está me agoniando ao extremo.
Puta merda.
- Ok...
Ajeitei seu cabelo e a apertei um pouco contra meu corpo ouvindo ela dar
um suspiro.
- Você... -ela tossiu falsamente- Tem algo sério com aquela mulher?
- Que mulher?
- Da festa -responde.
- Sam é a minha foda casual, ela está lá para mim e eu estarei lá para ela -
digo vendo Emily se remexer.
- Você não tem medo de que ela se apaixone por você e tudo mude?
- Eu sei.
- Eu não odeio você -ela diz e aperta a mão na minha roupa- Quer dizer, não
totalmente.
- Será que dá para você não atrapalhar minha hora filosófica, Ross? -
Pergunta.
Ri alto novamente e ela acabou rindo comigo. Emily deitou ao meu lado
dizendo que não concordava com a minha reflexão e ela estava certa e ponto
final.
Chata.
- Você me disse que queria falar alguma coisa comigo quando chegou aqui, o
que era? -Pergunta e me encara.
- Não era nada demais, eu só queria conversar com você sobre o que vamos
fazer quando...voltarmos para a cidade.
- Não responda minha pergunta com outra, eu odeio isso -ela diz.
- Certo, eu com certeza vou lembrar disso -digo e ela sorri de lado.
- Peter.
- Sim, Emily?
- Eu acho que essa foi primeira vez que você me elogia, e claro que veio
junto com um insulto -digo e ela olha para as estrelas.
- Eu disse que você é obcecado por mim -ela diz e eu abro a boca perplexo
vendo-a rir.
Franzi o cenho.
Ela riu.
- Nada não.
Olhei para o seu rosto vendo malícia nos seus olhos e entre abri a boca, é o
que estou pensando?
- Dei.
- Eu gosto de Pepe.
- Não inventa.
Ela sorriu puxando as pernas para cima e eu encarei sua coxas, dei um
suspiro e olhei para cima outra vez.
- Nunca vou te contar -diz e eu vejo sua barriga já que a camisa levantou por
conta das suas mãos.
- Nem se eu pedir?
Ela me encarou e semi cerrou os olhos, Emily encarou minha boca e logo
depois meus olhos.
- Não.
- Emily!
- Por quê Estelinha? É algum nome seu ou algum vídeo que você viu por aí?
Ela ficou em silêncio.
- Não, Peter. Meu nome é Emily -ela fala como se eu fosse um débil mental-
Não diga o nome de uma garota quando está com outra, vou deixar passar
porque sou uma pessoa bacana.
Não pude ver mas eu sabia que ela tinha revirado os olhos.
- Olha só, para sua informação -ela virou- Meu nome é lindo.
- Vou chamar você de Estella agora -digo e ela bate no meu peito.
- Você sabe que horas são, Estella? -Pergunto vendo ela vir para cima de
mim e me sentei rindo.
Puxei o corpo de Emily para perto do meu pegando nas suas mãos e as
colocando atrás do seu corpo, ela já estava ofegante com o corpo tão
próximo do meu. Aproximei meu rosto fazendo nossos lábios se roçarem.
- Vamos ser pegos desse jeito -ela disse me olhando nos olhos.
Seus seios estavam pressionados no meu peito e eu olhei para baixo vendo
seu decote que não tinha nenhum indício de sutiã.
Emily mordeu meu lábio inferior e eu apertei suas mãos com mais força atrás
do seu corpo, ela resmungou e jogou a cabeça para o lado me dando livre
acesso do seu pescoço.
Vi alguma coisa brilhar atrás dela e olhei para a tela do celular, eu sabia que
era o de Emy porque era uma mensagem de Caleb.
"Suas roupas já estão guardadas aqui, nos vemos amanhã", travei o maxilar.
- Pergunte.
- Eu acho que não, minha relação com Sam é diferente -digo e ela levanta
uma sobrancelha.
Sam não tem roupas dela guardadas no meu apartamento como se fôssemos
um casal!
- Você disse que não tinha nada sério com ela -Emily diz se mexendo e eu
solto suas mãos.
Franzi o cenho.
Ela está irritada? Por quê ela está irritada? Ela me diz que não tem nada
com Caleb mas essa porra de mensagem diz algo totalmente ao contrário.
- Por que você é um cretino, uma hora diz que ela é apenas uma foda fixa e
depois desmente dando indícios que é uma coisa séria sim, se decide.
O que!?
- Caleb e eu concordamos sobre não ter sentimentos, nós deixamos claro que
era proibido. Da última vez não deu certo, mas agora está dando. Ele está
diferente e eu sinto que ele não gosta mais tanto de mim como antes, é apenas
sexo.
- Você não tem como saber disso e definitivamente não é o que parece.
- Qual o seu problema, Peter? Por que você se importa tanto com Caleb? Eu
acabei de dizer que somos apenas sexo -olhei para o celular em sua mão mas
desviei o olhar rapidamente.
- Eu não me importo -digo- Eu não me importo com nada que venha de você,
Emily.
Respirei fundo.
Ela se aproximou de mim e pegou no meu maxilar com uma mão, ela
aproximou o rosto do meu e me olhou no fundo dos olhos.
- O acordo está selado novamente porque você quer! Não quero que me
toque e nem beije, e saiba de uma coisa Peter, eu não vou ceder como da
última vez.
- Tudo o que aconteceu nessa casa vai ficar aqui, você tomou sua decisão e
ela se manterá.
×××
Calma minha gente, tudo o que eu faço faz parte para a história deles se
desenvolver. Temos que ir por partes com esses dois.
Penúltimo capítulo da maratona 😢.
Amanhã eu vejo vcs com o último.
Emily
Bati a porta do quarto com força tentando diminuir a minha raiva um pouco.
Peter e eu não conseguimos ficar sem brigar nem por 48 horas? Como isso é
possível? Eu estou de boa lá curtindo com ele e do nada aquele psicopata
retardado começa a trazer o Caleb para a conversa.
Parece que nós dois sempre arranjamos um jeito de afastar o outro, eu sei
que perguntei por Samantha mas eu estava curiosa. Eles pareciam ser bem
íntimos na festa para apenas uma foda casual, ele me respondeu e eu não
falei nada.
Então por que ele tem que surtar quando falo do Caleb, direitos iguais Pan!
Me joguei na cama e olhei para o teto branco, eu quero tanto atravessar essa
porta e bate-lo, mas não farei isso.
Ele tomou a decisão dele, se quer ficar longe de mim...tudo bem. Não darei o
braço a torcer nem se ameaçarem passar por cima de mim com uma
caminhão.
Meu orgulho é maior, Ross. E se você vier atrás de mim, sorri de lado, farei
você sofrer um pouquinho.
Babaca.
Me sentei novamente e peguei meu celular que deixei em cima da cama
quando sentei, vi uma mensagem de Caleb e abri o aplicativo de mensagem
para responder.
"Obrigada por receber estas roupas, são importantes para o meu trabalho"
"Relaxa, Emy"
Alguns tecidos de roupas teriam de chegar no meu apartamento por que fui
responsável por elas, como Susie e nem eu estaríamos em casa eu pedi para
Caleb recebê-las por mim, já ajudou bastante.
"Contanto que seja com uma calcinha minúscula por mim tudo bem"
Sorri pequeno.
Olhei para a tela e mordi o lábio inferior antes de jogar o celular de volta na
cama, me levantei indo até a janela e passei pela cortina que balançava por
conta da brisa.
Cruzei os braços sentindo meu cabelo balançar e olhei para o céu fechando
os olhos depois, saí da minha mente Peter!
- Cretino! -gritei.
Abri os olhos e olhei para baixo vendo ele sentado no lugar que estávamos a
alguns minutos atrás, seu corpo estava virado com as mãos apoiadas na
grama.
- Você merece!
Levantei minha mão e mostrei meu dedo do meio a ele que revirou os olhos
se deitando na grama, Peter colocou as mãos atrás da cabeça e esticou as
pernas.
Olhei para o seu corpo mais especificamente para o pepe por cima da calça
da jeans e fiz uma expressão de tédio.
Eu poderia estar sentando ali agora, mas é claro que as coisas tem que se
dificultar.
Tentarei dormir para essa noite passar o quanto antes, preciso voltar para a
cidade onde tem milhares de coisas para me distrair.
(...)
Desci as escadas com a minha pequena mala nas mãos, vi Dylan e Lisa no
hall com as malas também.
- Vamos? -Perguntei.
- Ele voltou para a cidade hoje, só que todos nós estávamos dormindo -Lisa
diz e eu franzi o cenho.
- Ele recebeu uma ligação ontem a noite e precisou ir até o prédio que ele
está comprando -Dylan responde- Ele dormiu aqui e foi embora de manhã
cedo para se encontrar com o homem.
- Como assim, Emily? Seu apartamento não é caminho para nós -Lisa
responde confusa.
- Não.
Me sentei no banco da frente resmungando baixo por ter que vir aqui,
coloquei o cinto e olhei para trás vendo Susie já se acomodando para
dormir.
Peter se sentou no carro que eu não faço a mínima ideia de qual seja, não
entendo muito bem de carros apenas e exclusivamente da Bebel e eu
reconheço uma Ranger Rover por ser meu carro dos sonhos.
Voltei a ficar em silêncio e olhei para fora do carro, saímos da casa e logo
estávamos passando pela estrada, passamos pelos nossos vizinhos e de longe
eu vi uma homem saindo da casa.
Ele era baixinho e careca, sua mão se levantou acenando para mim e eu
acenei de volta com um sorriso forçado.
Velhinho safado.
- Só me despedi do Axel.
Ela riu.
- Você é doida.
Cruzei os braços e dei um suspiro, não acredito que estou aqui dentro.
- Fica parada só por alguns segundos -ele disse olhando para frente.
- Digite o número 2 na tela do seu celular e fique na linha esperando o dia
em que eu vou obedecer você -falei e ele me encarou.
Travei o maxilar.
- Eu estava impotente.
- E gemendo.
Abri a boca e olhei para trás verificando se Susie estava dormindo, seu peito
subia e descia pesadamente, ela estava dormindo. Graças a Deus.
- Por que você está com raiva? -Perguntei- Eu não fiz nada.
- Você sempre faz alguma coisa -ele suspirou- Você sempre me tira do sério.
- Se você não tem paciência, eu não posso fazer nada -digo e ele olha para
frente.
- Não.
- Calada.
- Eu vou jogar você para fora desse carro -ele disse sem encarar.
- Para.
- I know that you hate it when you see me with those other niggas easy
( Eu sei que você odeia quando me vê com os outros caras fáceis )
Peter fechou os olhos e entre abriu a boca, ele parecia estar morrendo por
dentro e eu adorei aquilo.
Subi minha mão mais um pouco e ele abriu os olhos vendo a estrada deserta
e apenas o carro de Dylan na nossa frente.
- Não quero que me toque e nem me beije -digo e ele ia se defender mas não
deixei- Eu disse isso, Peter. Mas eu não disse nada sobre não fazer com
você.
- Eu disse que não iria ceder e não vou, não espere mais nada de mim porque
você não vai ter.
Ele me encarou vendo minha expressão séria e desviei o olhar para a janela.
Essa foi a última frase dita por mim durante a viagem inteira até o meu
apartamento e de Susie.
×××
E ela está com tudo hehehehe, faz ele sofrer um pouquinho sim loirinha,
está muito para frente esse Pan.
Samantha na mídia.
2 semanas depois...
Peter
Samantha tentou sair do meu colo mas não deixei, a segurei pela cintura e ela
me encarou respirando fundo.
Dei de ombros.
- Nós transamos várias vezes nesses últimos dias, mas eu sei que você só
está me satisfazendo Peter -ela mexeu no meu cabelo- Você não está se
satisfazendo.
O que ela quer dizer é que eu a fodo apenas para dar prazer a ela, mas eu
não sinto nada parecido.
- E...
- Absolutamente nada.
- Assim como?
- Aéreo, vive pensando pelos cantos e eu sei que você está pensando em
alguém
A olhei irritado.
- Vamos, me diz quem é que está nos pensamentos do grande Peter Ross.
Tirei as mãos na sua cintura e as levei para o meu rosto dando um suspiro
longo, que merda.
- É sim, é a Emily!!
Ela praticamente gritou, Sam tirou as mãos do meu rosto e eu encarei seus
olhos verdes animados.
- Crissy?
- Prefere Emily?
Ela riu e saiu de cima de mim se sentando ao meu lado, nos viramos ficando
um de frente para o outro, Sam usava uma camiseta transparente onde eu
conseguia ver seus seios e uma calcinha minúscula mas nem isso me dava
vontade de arrancar nada dela.
- Sim...é que...
- Então vocês basicamente brigaram por minha causa e por causa do Caleb?
- Tecnicamente sim.
- Sim.
- E...
- Com ciúmes?
A encarei.
Bufei irritado.
- Sam...
- Peter, você não acha que existe uma pequena possibilidade de você estar
gostando dela?
- Acho que nem tanto quanto vocês pensam, talvez a atração seja mais forte.
Neguei.
- Bom, só teve uma vez que eu quase consigo desarma-la novamente mas ela
foi mais forte.
- Como?
- Ela estava em uma sala -digo e ela concorda vendo explicar com as mãos-
E eu estava entrando.
- Eu entendi, pare de falar comigo como se eu fosse uma retardada -ela diz
irritada e eu ri da sua expressão.
- Certo, então...eu abri a maçaneta na mesma hora que ela estava saindo,
Crissy quase caiu mas eu consegui segura-la a tempo.
Lembrei do que aconteceu a dois dias atrás, Emily estava saindo da minha
sala quando sem querer eu a empurrei com a porta. A segurei pela cintura
com força a colando no meu corpo, eu sentia sua respiração no meu rosto e
vi ela fechar os olhos como se tentasse achar sua frieza novamente.
Minha mão estava firme no seu corpo e de jeito nenhum eu pretendia solta-
la, seus lábios estavam tão pertos dos meus que se roçaram apenas uma vez
mas foi suficiente para querê-la de volta o mais rápido possível.
- Por que você não beijou ela!? -Sam pergunta batendo no meu rosto com
uma almofada.
Balancei a cabeça.
- Não.
- Sim.
- Não!
- Ah! -ela disse com os braços para cima- Você sabe quando foi a última vez
que eu vi você assim? Nunca!
Revirei os olhos.
- Olha, Sam. Eu sei que você gosta de mim e quer o meu bem mas conseguir
Emily de volta parece impossível.
Sorri de lado.
- Como assim?
- Já perguntou o que ela quer que você faça para tê-la de volta?
- Não é se humilhar, Peter. É deixar o orgulho de lado, você não achou que
ela cederia novamente quando claramente disse que NÃO faria isso, achou?
- Mas...
- Não sei direito, mas é visível que você gostou do que tiveram.
Sam é uma mulher incrível, mas infelizmente é apaixonada por quem não dá
a mínima para ela e nem pode.
- Você é uma raridade, Srta. Taylor -digo colocando as mãos ao lado da sua
cabeça.
Ri baixo.
Sam beijou meu rosto e se levantou do sofá indo para a cozinha do seu
apartamento provavelmente preparar algo para comer.
- Vou tentar.
A dei um beijo na bochecha e saí do seu apartamento.
Emily
- Eu disse que iria sair mais cedo para ajudar Rubi com os trigêmeos
enquanto ela cozinha sei lá o que.
- Que calúnia!
- Emily, você vive pensando e eu sei que tem algo de errado -olhei para a
janela- Você parece estar na defensiva a todo momento.
- Minha menstruação acabou a dois dias atrás, deve ser o final da TPM -
digo.
Desliguei e guardei o celular na bolsa, tem duas semanas que virei a Brooks
filha da mãe.
Esse lado meu consiste em ser fria mas sem ser grosseira, aquele tipo que
você quer que a pessoa saiba que fez merda, e é assim que estou agindo com
Peter Ross.
Ele até tentou se aproximar de mim algumas vezes mas o afastei todas, a não
ser por dois dias atrás que quase nos beijamos, mas fiz aquilo já agindo
como seu castigo.
Sou uma mulher extremamente forte porque parece que quanto mais eu olho
para aquele cretino mais sexy ele parece.
Eu diria agora que jamais contaria isso a ele mas fiz isso na última noite que
estávamos na casa, isso não é mais confiável na minha boca.
Sei que Ross não vai vir falar comigo porque seu orgulho é maior que o
Pepe, mas eu disse que não daria meu braço a torcer e não vou.
Se Pan me quer de volta ele que venha, ainda não enlouqueci para correr
atrás de macho.
- Chegamos senhorita.
Olhei para o taxista e depois para a rua vendo o prédio de Adam e Rubi,
céus, Susie está certa.
Paguei o homem e saí do táxi, não vim com Bebel porque a lindeza resolveu
parar em pleno sábado a noite.
Entrei no prédio e falei com o porteiro subindo segundos depois, saí do
elevador andando até a porta.
Dei duas batidas e ela foi aberta por Dylan que sorriu assim que me viu.
- E aí, batgirl?
- Olá, Brooks.
Entrei no apartamento e fui até a cozinha, Dylan não veio comigo mas andei
até lá mesmo assim. Vi eles de pé conversando.
Susie estava sentada no chão com Danny no meio das suas pernas, Nate e
Adam estavam encostados em um balcão com duas cervejas na mão.
Lisa e Rubi estavam na frente do fogão olhando para ele, Rubi levou a colher
até a boca de Lisa que provou e depois deu um sorriso.
Olhei por cima do ombro vendo Peter atrás de mim com Dylan, me virei
para ele que me encarou com o mesmo olhar de sempre, mas ele desviou
logo depois, estranho, Peter sempre sustenta meu olhar até eu desistir.
Dylan andou até onde Susie estava e ele se aproximou parando na minha
frente.
Peter analisou os detalhes do meu rosto e pareceu até estar pintando minha
boca com os seus olhos.
Bom, talvez eu tenha sentido falta de beija-lo, talvez...e foi bem pouca.
Olhei para os seus lábios e depois encarei seus olhos.
- Bom, eu não.
- Não.
Fiz ele soltar meu braço e me afastei dele o ouvindo suspirar, eu sei que ele
está arrependido por ter levantado aquela merda de acordo mas eu quero ver
um pouquinho mais de arrependimento.
×××
Poxa, e nosso casal ainda não está junto novamente. Será que Peter está
caindo na realidade? Bom, só sei que o que Sam disse vai ficar fixada na
cabeça do nosso cretino.
Caleb na mídia.
Emily
Todos nós olhamos para Rubi que estava com o celular na mão.
- Safira me enviou músicas brasileiras que eu amo -ela diz- Posso mostrar a
vocês?
Dupla o que?
A música começou a tocar e eu joguei a cabeça para o lado, a batida era boa
e ouvi ele cantar.
https://www.youtube.com/watch?v=BkpqU3gdjlw
Ela continuou dizendo a tradução até parar pra dizer que o refrão estava se
aproximando.
Criei coragem e olhei para Peter, coloquei meu cabelo atrás da orelha e ele
respirou fundo jogando a cabeça para o lado analisando meu movimento.
Eu estava praticamente sem ar, não gostei dessa ideia de música. Não está
me fazendo bem.
Calma, fica forte Emily Estella Brooks.
Ele disse isso sem emitir nenhum som, franzi o cenho e logo depois ouvi
Rubi sorrir feliz por ter escutado sua música.
Paramos de nos encarar e olhamos para ela que pegou o celular de cima da
mesinha.
Peter franziu o cenho e olhou para mim, eu tinha a mesma expressão que ele.
https://www.youtube.com/watch?v=xpy1BtMndOE
Eu estou chocada.
- Gente, eu já vou.
- Eu não estou grávida, minha menstruação acabou a dois dias atrás, faço
com camisinha maioria das vezes e eu tomo anticoncepcional certin...
É, já chega.
Soltei meu cabelo do coque e quando eu estava pronta para me sentar no sofá
e pegar meu computador para ver algo a campainha toca.
Ele me encarou e passou a língua nos lábios vendo a roupa que eu usava, Pan
vestia uma calça jeans preta e uma camisa clara, seus braços tatuados
estavam a mostra.
- Pois não?
- Isso é relevante?
- O que você quer, Peter? -Perguntei e ele apoiou as mãos na quina da porta.
- Você.
Entrei abri a boca e ele deu passos para frente entrando no meu apartamento,
dei passos para trás indo até a sala, seu olhar felino estava mais vivo do que
nunca.
Peter fechou a porta e andou até mim, levantei uma mão tocando no seu peito
e o impedindo de se aproximar muito.
- Aí é suficiente.
- Eu preciso ter você de volta e eu quero saber o que eu preciso fazer para
isso acontecer.
Eu sei que por fora eu deva estar uma tranquilidade da porra mas por dentro
eu estou um verdadeiro incêndio.
Suspirei.
Ele acenou.
- Não sei, mas eu tenho quase certeza que fiz a mesma expressão que você
fez agora a pouco quando falei na Sam, é ciúmes?
Filho da puta.
- Tanto faz -digo e ele sorri de lado- Você está desculpado e me desculpe
por algumas palavras que eu disse que ofendeu você.
Concordou.
- Você vai ter que fazer uma coisa amanhã, considere seu castigo -falo.
- Não vou transar com você, somente quando você tiver seu castigo.
- Emily!
- Não.
- Não?
- Não vou sair daqui sem pelo menos beijar você.
- Eu estava brincando.
Andei para abrir a porta para ele mas Peter puxou meu braço e me fez voltar
para o lugar.
- Satisfeita?
- Totalmente -respondi.
Seus dedos vieram para a barra do meu short e eu abri os olhos, Peter o
puxou para baixo lentamente sem tirar os olhos dos meus.
Eu não estava usando calcinha então quando o short saiu do meu corpo eu
estava praticamente nua na sua frente.
Ele beijou minha coxa e eu mordi o lábio inferior vendo ele se aproximar de
onde eu queria, Peter deu beijos na minha intimidade e eu entre abri a boca
ofegante.
Sua mão desceu até o meu pescoço onde ele apertou de leve e eu resmunguei
frustrada.
Ele pegou no meu braço e me puxou até o sofá me colocando nele, Peter
subiu em cima de mim e me beijou dessa vez de um jeito mais profundo.
Gemi na sua boca e ele desceu a mão pelo meu rosto indo até os meus seios,
ele apertou o direito com força e eu me mexi embaixo dele sentindo minha
intimidade encharcada.
- Peter... -gemi e suas mãos foram para a minha cintura me puxando mais
para cima.
O encarei vendo ele descer o rosto lentamente até chegar no meio das minhas
pernas, eu estava ofegante e meu corpo se arqueou quando ele sugou meu
clitóris.
Meus pés estavam apoiados nas suas costas e eu coloquei ambas as mãos no
seu cabelo não querendo que ele pare com isso, se ele fizer eu o mato.
Abri mais as minhas pernas e dei um gemido um pouco alto quando ele
colocou dois dedos e sua língua deu atenção ao meu clitóris.
Isso era muito gostoso e ter Peter fazendo isso parecia triplicar a sensação.
Coloquei minhas mãos nos meus seios rígidos e revirei os olhos com tanto
prazer, depois de alguns minutos eu gozei na sua boca e a pressão das minhas
pernas nos seus ombros foram diminuindo.
Ele desceu o rosto beijando meu pescoço e deu um beijo em cada seio meu,
ele aproximou o rosto e eu o puxei para um beijo rápido.
- O dia todo.
Peter sorriu e me beijou novamente, ele saiu de cima de mim e pegou meu
shortinho do chão jogando para mim.
O vesti e ajeitei minha blusa andando com ele até a porta, Pan ainda me
puxou pela cintura e eu coloquei meus braços em volta do seu pescoço.
Seus lábios encontraram os meus novamente e ele me levantou no chão
apertando minha cintura.
×××
Não iria postar mais nada hoje, mas como a maioria percebeu o cap
anterior saiu atrasado por uma pequena falta de atenção minha kikikiki.
O importante é que já postei outro.
Loirinha e Pan estão de bem novamente, mas ele ainda tem que fazer só
mais uma coisa para tê-la totalmente hahahahah essa é boa.
Emily
A caixa que tenho de entregar a Pan está em cima da minha cama esperando
ansiosamente por ele.
Saí do banheiro e fui até o meu quarto, eu usava um vestido lilás justo ao
meu corpo que dava jus a todas as minhas curvas, por baixo a cinta liga preta
me deixava mais sensual e poderosa, saltos nos pés e agora um pouco de
gloss na boca.
Meu celular começou a tocar e eu fui até a cômoda pegando por ele, vi o
nome Marie na tela e suspirei.
- Oi mãe -atendi.
- Bom dia.
Franzi o cenho.
- Indo para onde?
- Seu irmão está na cidade, Emily. Combinamos que hoje seria o café da
manhã em família.
Fechei os olhos irritada, porra, por que eu não lembrei disso ontem?
- Estamos todos aqui, seu irmão quer contar uma novidade e só falta você.
- Estarei aí em 20 minutos.
Desliguei o celular e andei pela sala vendo a porta de Susie fechada, girei a
maçaneta e sorri de lado assim que vi Peter na minha frente usando um terno
de três peças que tirou meu fôlego.
Seus olhos passearam pelo meu corpo e ele levantou uma sobrancelha.
Sorri.
- É porque ainda não viu o que tem por baixo -digo e ele me encara.
- O único problema que eu vejo é que não estamos indo para a minha casa
agora.
- O que aconteceu?
- Meu irmão tem uma grande notícia para dar a minha família, estão me
esperando para tomar café agora -digo.
- Brooks...
- Duas horas.
- Três.
Andei até o meu quarto e vi que Peter vinha atrás de mim, arregalei os olhos
e olhei para o quarto de Susie, sussurrei um "volta" e ele franziu o cenho.
Apontei para o quarto de Susie e ele deu de ombros, ele foi me empurrando
até entrarmos no meu quarto e eu fechar a porta.
Peter deu uma olhada em volta e cruzei os braços vendo sua inspeção, ele já
tinha visto mais ou menos como era o quarto antes mas acho que nunca tinha
entrado aqui de fato.
- Vou foder você aqui -ele apontou para a minha cama- E depois nessa
poltrona.
- Você sabe que sim, tenho energia de sobra quando se trata de você -ele diz
e depois olha para algumas gavetas minhas.
Olhei para baixo vendo meus saltos e sorri de um jeito idiota pela sua frase,
que sorriso ridículo é esse?
Olhei para o lado o vendo com várias nas mãos e arregalei os olhos.
Andei até Peter pegando tudo da sua mão e colocando de volta na gaveta, a
fechei resmungando enquanto ele me encarava.
- Você resmunga muito, você sempre faz isso? -ele perguntou rindo.
- Já?
Senti seus lábios no meu pescoço e coloquei a mão na sua gravata azul
escura, sua boca foi subindo até tomar a minha.
Ele me beijou de um jeito lento e gostoso ao mesmo tempo, sua mão que
estava na minha cintura desceu até ele apartar minha bunda me fazendo ir
para frente, seu sexo roçou no meu levemente mas foi suficiente para me
deixar instigada.
- Para onde você tem que ir mesmo? -Ele perguntou quando nos afastamos
ofegantes.
- Hum?
- Você disse que tinha que ir para algum lugar, Emily -disse rindo.
Me afastei dele piscando algumas vezes e fui até a cama pegando a caixa,
andei até ele novamente vendo seus olhos nela.
- O que é isso?
- Seu castigo.
Peter ia abri a caixa mas o impedi, ele me olhou totalmente confuso e dei um
sorriso.
- Eu ia obrigar você a usar amanhã no trabalho, mas como não vou ficar com
você pela parte da manhã hoje você já pode ir testando -Peter entre abriu a
boca- Você pode ir á uma cafeteria bastante conhecida e frequentada com
ele.
Peter abriu a caixa e arregalou os olhos, sua boca se apertou em uma linha
reta e ele balançou a cabeça negando.
- Nem fodendo!
Ri alto.
- Eu não vou usar um tênis onde metade dos contos de fadas vomitou nele!
Esse tênis era a replica exata do tênis de Rubi, mesmos detalhes e desenhos
só o que mudava era o tamanho.
Peter vai ficar lindo com um tênis rosa que pisca.
- Não.
- Peter.
- Eu não posso ser fotografado com isso, Adam não vai me deixar em paz!
- Emily...
- Você não pode voltar atrás na sua decisão -falei e ele fez um biquinho.
- Para com isso -digo.
- Estou contando com isso -digo passando a mão no seu rosto mas saio
correndo quando ele tenta bater na minha bunda.
Peter se levantou olhando para os pés e eu ri com mãos na boca, isso está
totalmente hilário.
Peter mexeu os pés para guardar o sapato social na caixa e o tênis começou a
piscar descontroladamente.
- Shi! Peter.
- Eu sei, eu sei -falei dando vários selinhos na sua boca para ele parar de
falar.
- Você não vai voltar para a sua casa hoje -ele disse ainda reclamando e eu
concordei vendo ele se acalmando aos poucos.
- Não vou.
Peter ainda estava emburrado mas pelo menos tinha calado a boca, coloquei
meus braços em volta do seu pescoço e sorri abertamente.
- Emily?
- Não, Susie!
- Não estava discutindo, era o site pornô -digo e Peter segura o riso.
- Essa é quinta vez seguida nos últimos dois dias, você não acha que está
viciada nisso?
Fechei os olhos e balancei a cabeça ouvindo Peter rir com a mão na boca.
- Não se preocupe, estava me despedindo -digo e abro os olhos encarando
Peter.
- O quê?
- Não, vou passar o dia na casa da minha família e volto hoj...-senti Peter
beliscar minha bunda e fiz uma careta- Amanhã, eu volto amanhã.
- Ok, até amanhã Brooks -ela diz e eu digo que amo ela.
- Então, você gosta de sites pornôs? Podemos ver alguns depois -ele disse
rindo e eu o olhei com uma cara de tédio.
Ele andou até mim e ri vendo seus pés, Pan revirou os olhos e nós dois
saímos do meu quarto correndo juntos até a porta.
Meu apartamento pareceu uma boate com tantas luzes por causa do novo
tênis do Peter.
A verdade é que era impossível leva-lo a sério com essa porra acendendo
ao meu lado.
- Eu estou brilhando mais que o sol -ele disse eu dei uma gargalhada.
- Se acha muito não, Peter -digo e ele faz uma cara debochada para mim.
Entrei no carro vendo ele entrar logo depois, dei o endereço certo e o carro
começou a se movimentar.
Ele me perguntou como eu tinha feito isso e eu apenas disse que tinha meus
contatos, eu tinha feito esse tênis a três dias atrás.
Uma parte minha ainda estava em dúvida se ele cederia mas depois do que
aconteceu na sua sala quando nos esbarramos e ele me olhou com um
expressão de arrependido, eu sabia que ele viria atrás de mim.
×××
Nosso cretino sexy está lindíssimo com o novo tênis favorito dele.
Votos e comentários, postarei outro capítulo hoje as 15:30. Até lá, baby
❤.
28° capítulo
Emily
Bati na porta e olhei para trás vendo o carro de Peter dar partida.
O barulho da porta me chamou atenção eu olhei para frente vendo Elias com
um grande sorriso no rosto, sorri de volta e o abracei apertado.
- Eu sei.
Elias riu e nós dois entramos em casa, passamos pela sala de estar indo até a
cozinha. A casa não tinha mudado praticamente nada desde a última vez que
estive aqui, eu lembro perfeitamente porque foi o dia em que Elias foi para o
hospital por que Dylan quebrou a cara dele.
Se meu irmão não tivesse sido tão idiota com a minha melhor amiga naquela
noite eu acharia ruim, mas ele mereceu.
- Imagino, deve ter perguntando sobre o meu atraso ou ter xingado sobre não
ter controle da minha vida.
- Sei que nosso pai é difícil, mas ele pode querer se aproximar de você de
novo.
Ergui uma sobrancelha.
- Filha!
Minha mãe abriu os braços e veio até mim me dando um abraço confortador,
isso foi bom.
Marie tem cabelos loiros como Elias e eu, seu rosto apesar de algumas rugas
por conta da idade é um gostosona, minha mãe sempre foi vaidosa e me
ensinou a ser um pouco também, seus olhos são castanhos e eu quase consigo
ver o cansaço neles por estar casada com um homem que não ama.
Olhei para o meu pai que tinha uma expressão de cansaço, seu corpo estava
sentando na cadeira com uma xícara de café na mão direita.
Elias e eu andamos até a mesa e nos sentamos um de frente para o outro com
nossos pais na ponta.
- Ta ok, Elias -minha mãe o corta- Vamos falar de outra coisa que não seja
cirurgias e medicamentos.
Graças a Deus.
- Tem outra coisa mais interessante? -Elias pergunta e meu pai ri.
- Com certeza não -Jack diz e eu me seguro para não revirar os olhos.
- E você Emily? -minha mãe pergunta- Eu soube que Matt vendeu a empresa.
Balancei a cabeça.
- Tão previsível, Matt sempre soube que esse negócio de moda era perda de
tempo -diz meu pai.
- Não, pai. Ele vendeu a empresa e pegou o dinheiro para viajar pelo mundo,
seu nome está em lugares importantes e eventos milionários por toda Nova
York- o encarei- Tenho muito orgulho dele.
- Sim você é, deveria respeitar toda sua família que dá o suor para salvar
vidas e você faz o que? Fica em uma sala discutindo cor de tecido.
Elias encarou minha mãe que passou a mão na testa e respirou fundo, não
tenho uma boa relação com a minha família e nunca terei.
Me sinto incomodada perto deles e não consigo ser eu mesma, parece que
sempre tenho que fingir ser uma pessoa que não sou e isso me desgasta, por
isso me afasto sempre que posso. Mas as vezes, como agora, precisamos
estar no mesmo metro quadrado.
- Eu vou casar.
Eu não sabia nem o que dizer, apenas...coitada. Elias é uma mala sem alça.
- Ela sabe que está casando com você, certo? Não duvido nada que você
tenha entendido um sim ao invés do não -digo e ele revira os olhos.
- Ela é médica também, isso é bom -Jack diz apontando para Elias.
Qual problema desse cara com médicos? Ele tem algum fetiche sexual com
eles por que não é possível.
- Como nossa família inteira é daqui vamos nos casar por aqui mesmo -O
encaro.
Que droga, se fosse em São Francisco eu teria certeza de que eu não iria
aparecer, já tinha até inventando as desculpas sobre o avião na minha
cabeça.
Não.
- Claro -respondi.
Sim, eu iria. É uma coisa importante a ele e tenho que pelo menos mostrar
respeito a minha nova cunhada que deve ser alguma morena com silicone,
tipo perfeito de Elias.
Eu não sei de onde surgiu tanto assunto mas eu já estava com dor nas
bochechas de tanto fingir um sorriso, Jack ainda me olhava com o desdém
dele e Elias só sabia falar de si próprio e agora da noiva.
Minha mãe era a única que estava sentada olhando para os dois e as vezes
revirava os olhos com as gracinhas do marido.
Olhamos para Elias que encarava a tela do celular e depois deu uma
gargalhada alta.
Sorri.
"Peter Ross é conhecido no ramos dos negócios por ser sério e sempre
manter uma postura impecável, bom, não nesta manhã ensolarada em NY
quando o bilionário foi visto desfilando com um tênis cor de rosa que
acende! Será que ele está renovando o guarda-roupa?"
Foi impossível para mim não dá uma gargalhada disso e depois ver a foto de
Peter logo embaixo.
- Por que diabos ele está usando esse tênis de criança? -minha mãe
perguntou tirando o celular da minha mão.
- Talvez tenha sido uma aposta perdida, seus amigos devem adorar uma
aposta -digo e os três me encaram.
- Ele me parece tão sério, e intenso -Marie diz e Jack levanta uma
sobrancelha.
- Ele é um dos queridinhos de Nova York junto com uma família italiana aí -
Elias diz e Jack pega o celular da mãe de Marie.
- Você sabe que Emily é assim, Marie. Qualquer cara que dá 5 minutos de
atenção ela já ultrapassa os limites.
Esse homem jamais será alguma coisa para mim a não ser aquele que me
destrói aos poucos.
- Isso se chama ser solteira! Eu faço o que quiser da minha vida e não é você
que vai me dizer ao contrário -digo séria.
Ele riu.
- Deus deveria ter me dado outro filho homem -diz e eu dou um sorriso
sarcástico.
Olhei para a minha mãe que engoliu em seco, seus olhos estavam me pedindo
para fazer tal ato e só fiz por ela.
O fiz soltar meu braço e me sentei novamente, coloquei minhas mãos nas
pernas e vi a marca vermelha da sua mão no braço esquerdo.
- Não me importo, essa é a sua opinião e você nunca vai muda-la -digo.
- Você sabe que não estou errado.
- Pelo amor de Deus, Emily. Até parece que alguém como esse cara -ele
apontou para o celular- Iria querer alguma coisa séria com você além de te
usar e descartar depois.
- Um homem como ele sabe que você não é apropriada para ter uma
relacionamento de verdade, você mesma não tem capacidade de ter um.
- Cala a boca! -gritei com ele que se calou- Você não sabe nada sobre mim e
se soubesse saberia que ele e eu namo...
- Namoramos -completei.
- Namoram? Você acabou de inventar isso, não seja ridícula -ele diz.
- Não estou inventado- Óbvio que estou- Estamos juntos a duas semanas, e
ele está usando esse tênis por causa de uma castigo.
- Certo -ele diz e se inclina colocando as mãos em cima da mesa- Por que
não aparece com o seu "namorado" -fez aspas- Quando Elias for apresentar a
noiva dele?
- É uma boa idéia, assim conhecemos mais os parceiros de vocês -Marie diz.
Meu pai levantou uma sobrancelha para mim com a toda a arrogância que ele
tem e eu bufei irritada.
×××
Chegou?
Emily
Olhei na tela do celular e constatei que tinha chegado no endereço que Peter
me enviou 5 minutos antes de dar 2 horas e meia como tínhamos combinado.
Paguei o taxista e guardei o troco na bolsa junto com o celular, andei para a
entrada do condomínio de luxo admirando as casas belíssimas que tinham.
Ele não usava óculos de sol assim eu pude ver que seus olhos eram de um
verde claro e seus lábios onde habitavam um sorriso malicioso encarando
meu corpo, dei as informações necessárias a ele que apenas confirmou com
o cretino. Assinei meu nome em uma prancheta e passei por eles.
O homem me disse onde era casa e graças a Deus era logo no início, andei
até a entrada vendo uma casa enorme de dois andares tendo o segundo andar
completamente espalhado, era muito alto.
Toquei na campainha e por um momento pensei que iria tocar alguma música
da Beyoncé, essa porra é o puro luxo.
A porta foi aberta e uma mulher atendeu com um sorriso caloroso, ela vestia
um uniforme preto e branco e parecia ter mais ou menos 40 anos.
- Bom dia.
- Bom dia, sou Emily -ela sorriu- Vir falar com Peter.
- Oh sim, Sr. Ross está no escritório. Me pediu para leva-la assim que
chegasse.
Concordei e ela abriu espaço para eu passar, dei de cara com o hall e quase
me seguro na mulher para não cair, ok, Peter é bem mais rico do que pensei.
Andei atrás da mulher analisando tudo, passamos pela sala de estar que tinha
um enorme sofá branco, ele era simplesmente divino! Se eu tivesse um sofá
como esse e alguém colocasse o pé não viveria para contar história.
Meus olhos se cruzaram com os dele que deu um sorriso pequeno, Peter
estava sentado atrás da mesa onde tinha alguns papéis espalhados, em volta
tinham tantos livros que foi impossível não sorrir de lado.
Ele se levantou da cadeira e eu vi que ele usava apenas a blusa social branca
e a calça social, as mangas estavam arregaçadas mostrando as tatuagens e os
braços fortes.
Ela estava saindo quando a voz de Peter a chamou novamente, ele andou até
parar na minha frente e encarou meu rosto passando a língua nos lábios.
Seria estranho se eu disser que o que ele acabou de falar me fez estremecer?
Olhei por cima do ombro vendo a mulher com um sorriso de lado, ela apenas
acenou com a cabeça e saiu do escritório fechando ambas as portas.
Virei meu rosto para encara-lo e apertei a boca em uma linha reta, Peter
encarou meu corpo colocando as mãos no bolso da calça.
- De costas -ordena.
Coloquei minha bolsa no chão e aproveitei para encarar seu corpo nessa
roupa que está me deixando com pensamentos bem interessantes.
Ele virou meu rosto gentilmente e sua mão saiu do meu pescoço indo para a
minha nuca, o encarei com excitação nos olhos e Peter aproximou o rosto do
meu, me inclinei o beijando.
Sua língua invadiu minha boca e eu dei um resmungo que mais pareceu um
gemido, ele pareceu dar um gemido de satisfação e eu acabei sorrindo no
meio dele.
Eu ia me virar de frente para o seu corpo mas ele parou de me beijar e pegou
no meu braço me virando novamente, fiquei de costas para ele ofegante e
olhei para o chão.
- Quero ver uma coisa que está na minha cabeça desde as 9:00 da manhã.
Os dedos de Peter tocaram no zíper do meu vestido e foi sendo puxado
lentamente, virei meu rosto o encarando pelo canto de olho e levei minhas
mãos até os meus ombros puxando o vestido para baixo.
Ele caiu no chão e eu saí de dentro no pequeno círculo que se formou, Peter
pegou o vestido e colocou em cima da minha bolsa.
Tirei os saltos e senti seu olhar nas minhas costas, me virei de frente dando a
visão do meu corpo com a cinta liga preta, Peter entre abriu a boca e cruzou
os braços na minha frente.
Seus olhos analisaram cada detalhe do meu corpo e eu coloquei minhas mãos
para trás como se fosse uma menina inocente.
Ele veio para cima de mim e em um movimento rápido seu corpo estava
colado no meu, coloquei minhas mãos na sua nuca quando sua boca tomou a
minha novamente de uma forma nada gentil, Peter me beijou com mais
urgência e meu corpo já estava inteiramente acordado.
Suas mãos foram para a minha bunda e ele alisou meu corpo trazendo as
mãos até a presilha da cinta, ele as desfez da parte da frente e a de trás,
segundos depois seu braço direito me carregou e eu coloquei as pernas na
sua cintura arfando e apertando seu cabelo o sentindo por cima da calça
social.
Nos afastamos por falta de ar e Peter andou comigo no seu colo até a porta
girando a maçaneta em seguida, saímos do escritório com minha mão no seu
maxilar enquanto ele me encarava.
Apertei seu ombro quando ambas mãos foram para a minha bunda, ele me
levantou um pouco e eu dei uma risada que o fez rir também.
Que droga, eu senti falta desse cretino nessas duas semanas que ficamos
longe.
Ele se afastou levando as mãos para o cinto da calça e eu abri minhas pernas
na sua frente o provocando.
Peter olhou para o meu corpo e deu um suspiro, ele desabotoou a camisa e
eu arrastei minha mão direita pela minha barriga e mordi o lábio inferior
quando toquei na minha intimidade por cima da calcinha, ele olhou aquele
movimento e sorriu de lado.
Ele abaixou a cueca boxer azul escura e subiu em cima de mim pegando na
minha mão e a levou para cima da minha cabeça.
Seus lábios tocaram no meu pescoço e eu virei o rosto o dando mais acesso,
ele foi descendo até os meus seios que ainda estavam cobertos pelo sutiã,
Peter apenas deu um beijo entre eles e o ouvi rir.
Ele beijou minha barriga e foi descendo até chegar na minha calcinha, mordi
o lábio e ele deu um beijo quente na minha intimidade por cima da mesma,
olhei para cima e gemi baixinho.
- É melhor.
Respirei fundo.
- Empine-se mais.
Fiz o que ele disse e senti sua mão no meu rabo de cavalo o desfazendo e
assim meu cabelo se soltou. Peter o colocou para o lado e se aproximou para
sussurrar no meu ouvido, gemi sentindo ele roçar seu membro na minha
entrada.
Puta merda.
- Mais -diz.
Sua mão esquerda deslizou pelas minhas costas parando no meu ombro e a
outra foi para a minha cintura, puxei a respiração e fechei os olhos quando o
senti dentro de mim sem dó.
Sua mão que estava na minha cintura foi para o meu cabelo o puxando com
força, isso fez meu rosto se levantar e eu resmungar sentindo meu clímax
chegar.
Ele foi parando um pouco mas ainda se movimentava, gozei chamando seu
nome e abri os olhos totalmente ofegante, Peter pegou minhas duas mãos e
as colocou atrás do meu corpo me prendendo. Meu rosto colou na cama e eu
passei a língua nos lábios que estavam secos.
Suas mãos soltaram as minhas lentamente depois que gozei pela segunda vez
e ele logo depois, virei meu rosto respirando com dificuldade e ele se
inclinou beijando meu rosto me fazendo fechar os olhos.
Peter saiu de dentro de mim e tirou a camisinha, ele me fez virar e eu apoiei
as costas no colchão. Abri minhas pernas e ele se colocou entre elas.
Beijei seus lábios e apertei minhas pernas ao seu redor e ele sorriu me
dando outro beijo.
Seus dedos mexiam no meu cabelo e eu o encarava seus olhos que estavam
concentrados no seu movimento.
- Momentos de raridade.
Sorri abertamente e o tirei de cima de mim que caiu ao meu lado rindo, me
levantei e vesti minha calcinha para conversar com ele.
- Você não vai ficar andando pela casa com isso, vai?
- Sim, eu acho que deveria usar isso mais vezes. É tão lindo, você não acha?
Sorri de lado.
- É a segunda vez que você me elogia e ainda vem um palavrão junto.
- Você acha que tem mais chances de te convencer se ficar em cima de você?
-Perguntei.
Vale o risco.
Peter se apoiou nas grades da cama se sentando e me viu engatinhar até ele,
coloquei uma perna em volta da sua cintura e logo depois puxei a outra.
×××
Peter
- Não? Me dá 10 minutos.
- Emily!
Ela fez uma cara de emburrada e cruzou os braços parecendo uma criança de
5 anos, me ajeitei melhor para encara-la e ela passou a mão no rosto.
- Discuti com o meu pai sobre a minha vida pessoal por que aparentemente
aquele velho é muito interessado nela.
Franzi o cenho, não sabia que Emy tinha problemas com a família. Na
verdade, tem muitas coisas que não sei sobre ela.
- Sua foto com o tênis apareceu em uma hora do café da manhã e ele
começou a me atacar quando eu disse que conhecia você e os Venturelli. Me
acusou de abrir as pernas muito fácil e que eu jamais seria capaz de ficar
com um homem como você -Ela respirou fundo- Por que eu não tenho
capacidade de ter um relacionamento sério.
- O que acontece?
- Ele não me aceita porque não sigo carreira de médica como a família
inteira -responde.
- Sim, apenas meu tio Matt e eu que não seguimos carreira -Emy apertou a
boca em uma linha reta- Não tenho uma boa relação com meu pai e eu sei
que ele está certo no quesito da relação séria.
- Ele não pode controlar sua vida, Emily. Você toma suas próprias decisões -
digo e seus olhos estão nos meus.
- Eu sei, mas eu ainda sinto uma necessidade enorme de mostra-lo que está
errado e de fazê-lo ver que não sou isso que ele pensa.
- Foi seu pai que fez isso no seu braço? -Perguntei e ela encarou o braço
esquerdo.
Percebi essa marca vermelha quando ela puxou as meias pretas para cima
ainda a pouco.
- Não quero, você não precisa se preocupar com isso -diz ainda de costas.
- Voltando ao assunto -ela se virou- Meu irmão está noivo e ele irá
apresentar a sortuda entre aspas em um jantar.
- Quando?
- Na sexta.
- Tenho uma festa da empresa Center Tech na sexta -digo e ela suspira.
Sorri.
- E você não deveria dizer aos seus pais que namora comigo, Brooks.
A puxei pelo braço e abracei sua cintura, suas mãos foram para as minhas
costas e ela fechou os olhos colocando o rosto no meu peito. Uma sensação
estranha tomou conta de mim, o pouco que soube dela já fez mudar minha
visão de quem realmente seja Emily Brooks.
- 19:00.
- Certo, a festa da empresa começa 20:30 -ela me encara- Acha que é
suficiente?
Ela me deu um selinho rápido e eu sorri depois vendo seus olhos brilhando.
- Peter!
- Primeiro, eu quero que você vá comigo na festa depois que sairmos da casa
dos seus pais.
- Não.
- Não?
- Poxa que pena, eu ia adorar ajudar você mas infelizmente não vou poder.
Eu ia sair do lugar mas ela tocou no meu peito me impedindo.
- Tudo bem! Irei com você -diz- Por quê quer que eu vá?
- Claro, vou fazer alguns animais com as bexigas que irei levar.
Revirei os olhos, Emy cruzou os braços parecendo frustrada por ter que
fazer só mais uma coisa.
- De joelhos.
Emily abriu a boca perplexa quando viu que meu tom de voz estava sério,
ela colocou as mãos na cintura e eu sorri falsamente a vendo balançar a
cabeça.
Ela travou o maxilar e eu toquei na ponta do seu nariz a fazendo dar um tapa
no meu braço, ela estava extremamente puta! Adorei isso.
Ela fechou os punhos com raiva e eu estava totalmente neutro na frente dela
querendo a mesma de joelhos, Emily foi descendo lentamente e eu a
acompanhei com os olhos.
Primeiro o joelho direito e depois o esquerdo, seu corpo estava chão do meu
quarto enquanto ela encarava suas coxas e usava essa porra que tira toda a
minha sanidade, jamais esquecerei isso.
Ela olhou para mim e eu passei a língua nos lábios vendo-a do mesmo jeito
que eu estava ontem.
- Satisfeito?
- Não.
Coloquei minha mão na sua cabeça e fiz uma carinho no seu cabelo, eu
simplesmente adoro loiras.
Minha mão desceu até o seu rosto e eu passei meu polegar no seu lábio
inferior, Emy me lançou um olhar mortal.
Ela riu.
- Foda-se -disse.
- Diga -ordeno.
Ri alto.
- Idiota.
Emily se aproximou de mim e beijou meu ombro indo até o meu pescoço,
seus lábios chegaram no meu ouvido para sussurrar.
- Você não precisa me pedir para dizer isso -ela mordeu o lóbulo da minha
orelha- Apesar de que...quando você me toca as nuvens não são nada
comparadas ao que sinto.
Ela virou o rosto me dando um beijo rápido sem tirar os olhos dos meus,
Emily sabe me provocar como ninguém.
- Vou tomar um banho -diz e eu concordo- Tem algo para comermos aí?
Estou faminta.
- Vou preparar algo -digo e ela concorda se afastando mas peguei no seu
braço antes dela fazer tal ato.
Coloquei a mão na sua nuca e a beijei intensamente, da mesma maneira que a
faço ficar tonta. A apertei contra meu corpo e ela gemeu baixo me fazendo
apertar sua nuca com mais força.
Ela abriu os olhos e saiu de perto de mim indo até o banheiro, sorri de lado.
Mexi minhas pernas indo até a porta, abri a maçaneta e fui em direção a
cozinhar preparar algo.
Cheguei na cozinha e olhei para cada detalhe, certo, onde ficas as coisas
nessa cozinha? Não faço ideia de onde colocam.
Droga.
Fui até a geladeira e abri vendo uma infinidade de coisas, peguei salame,
pasta de amendoim, geleia, um negócio estranho que eu acho que se põe em
sanduíches, almôndegas e fatias de queijo. Peguei as cosias mais variadas e
deixarei a loira escolher.
Seu cabelo estava preso em um coque e ela tinha o meu cheiro por conta do
sabonete, minha camisa social estava no seu corpo com apenas dois botões
abertos e eu acho que ela estava usando uma cueca vermelha.
- Espero que não se importe -ela diz apontando para a blusa e logo depois a
puxa mostrando minha cueca.
A encarei novamente, eu provavelmente estou parecendo um retardo com a
boca entre aberta e sem falar nada a uns 10 segundos.
Emily riu e se aproxima mais de mim parando ao meu lado, a encarei indo
direto para os botões abertos da camisa mostrando apenas uma parte do seu
busto.
- Fico assim mesmo quando vejo você com aquele terno de três peças -ela
diz e pega um pedaço do queijo levando até a boca.
- Exatamente.
Ela pegou o pote de geleia e andou até o outro lado da mesa, Emily se sentou
na cadeira e abriu o pote colocando o dedo em seguida.
Seu dedo indicador veio até a sua boca e ela sugou o dedo me encarando em
seguida, seus olhos estavam maliciosos e provocativos.
Atrevida demais.
Soltei seu braço e ela piscou para mim pegando o pote em seguida, acho que
alguém está precisando de novos tapas.
×××
Emily Brooks de joelhos com certeza foi uma realização para Ross, eu
acho que ele deve até ter sonhado com esse momento kakakaka.
Emily
Olhei para o brutamonte ao meu lado vendo ele com as mãos na pia
provavelmente tocando em um sabão de lavar louça pela primeira vez.
- As vezes, é bom para mim porque é assim que minhas melhores ideias
surgem -falo e ele me encara ensaboando um prato.
- Lavando a louça?
- Sim.
Peter riu e lavou o prato tirando o sabão, olhei para ele orgulhosa. Pan havia
me dito a alguns minutos atrás que nunca tinha lavado louça, achei um
burguês safado? Achei um pouco, então coloquei ele para fazer isso.
(...)
- Olha só, quando você disse que também tinha algumas ideias não foi bem
isso que imaginei.
- Qual é a sua?
Que porra.
- O quê?
- Nate diz que sou um pouco desenfreado em relação a aposta então os três
me fizeram assinar um contrato onde eu não possa fazer apostas sem eles ou
sem presença deles.
Idiota.
- Não, o que eu quero dizer é que você não precisa se preocupar. Nossa
aposta vai ser saudável e prazerosa.
Deslizei minhas mãos pelo seus braços e ele me apertou mais contra seu
corpo, meus braços foram para o seu pescoço e nós nos aproximamos mais
um pouco.
O encarei vendo seus olhos nos meus lábios, rocei meu sexo no dele mais
que de propósito e ele me encarou.
- Então...o ganhador poderá ter o perdedor como ele quiser -ele sorriu-
Escolhemos onde e como.
- Tudo bem -ele diz- Se você perder eu vou fazer a minha ideia inicial, te
prensar naquela janela e não poupar você loirinha.
Engoli em seco.
Apontei para o sofá branco e Peter piscou algumas vezes, ele me soltou um
pouco e eu quase ri vendo seu desespero.
Eu também não deixaria ninguém tocar no meu sofá de 5 mil dólares, mas!
Como ele não é meu então...
Ri alto.
Ele sorriu.
Peter me soltou e nós viramos de frente para televisão que pega boa parte da
parede, ele deu início no jogo e nós ligamos os controles prontos para jogar.
- Pronta?
Ele sorriu de um jeito lascivo para mim e começamos o jogo de tênis, Peter
deu o primeiro passo e eu joguei conforme as regras do jogo.
Mexi a mão com força jogando a bola para ele e o mesmo acabou não a
pegando, sorri de um jeito convencido e ele apertou a boca em uma linha
reta vendo o meu bonequinho na televisão comemorar.
Voltamos a jogar e depois disso Pan fez inúmeros pontos em cima de mim e
eu também fiz alguns, ele estava na minha frente por muito pouco e eu já
estava ficando com raiva por estar quase perdendo.
Me doei mais ao jogo e comecei a mexer meu corpo mais, Peter riu da minha
lindíssima determinação.
- Você não precisa fazer a dança da chuva, Beooks. É só mexer o braço -diz
rindo.
- Não estou fazendo nada -disse levantado o controle para jogar e eu jogo a
bola de volta depois que toca no chão.
Joguei a bola para ele mas acabei falhando quando senti algo bater na minha
bunda, meu corpo saiu do lugar um pouco e perdi o ponto, olhei para ele que
balançou o controle com um sorriso de lado. Não acredito que ele me bateu
com isso!
- Está com medo, Estella? Vai chamar o Axel? Ah, espera. Eu sou o Axel!
- Filha da puta, vamos acabar logo com isso para eu torturar você.
- Isso será prejudicial a você também -ele diz e eu bato no seu braço vendo
ele rir.
Peter se preparou para jogar e eu sorri perversa, ele estava pronto para jogar
a bola mas eu rapidamente o impedi quando o empurrei com o ombro e o
mesmo foi cambaleando para o lado.
Coloquei a mão na boca abafando o riso e ele veio para cima de mim, me
afastei um pouco e ele tentou tirar o controle da minha mão mas me virei de
costas o protegendo.
Seu corpo cobriu o meu enquanto eu me mexia para ele sair de cima de mim
e ficar com o controle, preciso jogar para vencer!
- E você não me toca -digo apontando para ele que travou o maxilar.
Arregalei os olhos e dei passos para trás, levantei as mãos e vi ele apoiar os
dois pés no chão. Droga, o efeito passou.
- Certo...
- Peterzinho...
- Que tal você ser a presa e eu o caçador? -Pergunta passando a língua nos
lábios.
- Agora é.
Merda.
Traduzindo: eu vou foder você até suas pernas falharem, isso é ruim? Não,
para mim é excitante.
Sorri para ele e mexi minhas pernas terminando de subir os degraus vendo-o
um pouco mais embaixo.
Seu olhar dizia tudo, menos que ele pegaria leve comigo.
×××
"Tira isso, você quer isso fora. Por que eu sei o que você está sentindo,
está tudo bem, garota. Eu sinto isso também" -o trecho da música que
combinou perfeitamente com Peter e Emily nesse capítulo.
Brooks
Dei passos rápidos entrando em umas das portas que tem aqui, eu corri
bastante e constatei que esse lugar é bem maior do que é visto por fora.
Abri a maçaneta e olhei para trás vendo Peter dobrar o corredor, ele olhou
para mim e piscou de um jeito sexy.
Entrei no quarto deixando a porta aberta e me virei dando passos para trás,
ele logo entrou no quarto e fechou a porta me encarando depois.
Olhei para trás vendo a grande janela e sorri de lado, era um quarto grande
mas a cama não era tão grande quanto a sua. Tinha poltronas em alguns
quantos e uma espécie de pilar um pouco perto da cama, os abajures estavam
pendurados na parede e tinha uma pequena mesa no canto direito de onde eu
estava.
- Por que eu acho que você não está querendo se esconder? -pergunta se
aproximando.
Ele sorriu e veio até mim me empurrando até seu corpo me prensar na
enorme janela e eu arfar. Sua boca beijou a minha e eu apertei minha coxa
uma na outra, Peter deu beijos no meu pescoço e eu coloquei a cabeça na
janela a erguendo um pouco para cima dando baixos gemidos.
A cueca que eu usava foi puxada para baixo e eu a tirei com os pés, Peter
alisou meu tronco e eu dei um gritinho de susto quando ele abriu a camisa
social fazendo os botões se arrebentarem.
Sorri da sua maravilhosa paciência e ele afastou a blusa tendo a visão dos
meus seios, a camisa ainda estava no meu corpo mas sem os pobres botões
na frente.
- Você não é nada delicado -digo e ele me levanta do chão, minhas pernas
automaticamente vão para a sua cintura.
Meu corpo subiu um pouco e eu entre abri a boca o sentindo dentro de mim,
Peter colocou a mão na janela e eu apertei minhas pernas na sua cintura com
mais força.
Sua testa colou na minha e minhas mãos foram até sua nuca, nossos corpos se
mexiam em uma sincronia perfeita.
Ele se afastou apenas para ver minha expressão quando se movimentou com
mais força me fazendo fechar os olhos e respirar fundo, ouvi ele rir de mim e
abri os olhos irritada.
- Seu eu não conseguir andar depois você vai ver -digo e ele sorri de lado
antes de me beijar novamente.
Arranhei suas costas dando gemidos na sua boca, subi minhas mãos para o
seu cabelo e o ouvi dar um gemido abafado.
Coloquei minha mão direita no seu maxilar e ele me encarou, Peter tirou a
mão na janela me segurando com mais força, mordi seu lábio inferior e ele
sorriu subindo a mão direita até apertar um dos meus seios, parei de beija-lo
e ele beijou meu queixo quando joguei a cabeça para trás, dei sorriso.
- Geme para mim, Emily -ele sussurrou no meu ouvido enquanto meu peito
estava descontrolado.
Sua língua tocou a minha e eu gemi baixo na sua boca, meus seios colaram
no seu peito e pus meus dois braços em volta do seu pescoço o querendo
mais perto de mim do que já estava.
Peter Ross é um verdadeiro problema, mas se for para tê-lo dentro de mim
eu diria que ele é um problema perfeito, não sei se consigo me cansar desse
homem.
Ele parou o que estava fazendo e se afastou da janela comigo no seu colo,
passei a mão no seu cabelo ainda o beijando e senti minhas costas na cama.
Sua boca ainda estava na minha quando ele se movimentou fazendo meu
corpo se arquear, meus seios tocaram seu peito novamente e ele desceu
dando beijos no meu pescoço.
Peter ainda estocou mais vezes até me fazer gozar o encarando com a testa
colada na minha, eu sabia que estava o olhando de uma forma diferente.
Quando estava quase chegando ao seu clímax ele saiu de dentro de mim e
gozou na minha barriga dando um suspiro.
- Esse foi o nosso melhor sexo -ele diz e eu eu o encaro, Peter se inclinou e
beijou meus lábios rapidamente.
Ele saiu de cima de mim e andou até o banheiro que tinha nesse quarto,
fechei minhas pernas e resmunguei sentindo um incomodo, ótimo.
Foi impossível conter meu suspiro de alívio, ele estendeu a mão para mim e
eu olhei para ela.
- Ta de sacanagem.
Sorri de lado quando ele passou o braço pelas minhas pernas e a outra pelo
meu tronco, Peter me ergueu da cama e me jogou um pouco para cima para
me firmar.
Apoiei minha cabeça no seu peito e a outra mão no seu ombro, saímos do
quarto com ele olhando para frente e eu levantei um pouco o queixo para
encara-lo.
Coloquei minha mão livre no seu peito em cima das tatuagens e deslizei meu
dedo, Peter me encarou e eu o encarei de volta.
- A sua também.
Franzi o cenho.
- Será um trabalho danado para esconder as marcas que você fez -digo e
abro a maçaneta do seu quarto.
Olhei para a banheira vendo a mesma encher rápido, ele voltou e abriu uma
espécie de pote jogando alguma merda lá dentro.
O cheiro suave invadiu o banheiro e ele veio até mim, Peter me segurou pela
cintura e eu o agarrei com as pernas em volta do seu corpo, entramos na
banheira com água morna e gostosa, os sais deixavam tudo mais relaxante.
Era confortável.
(...)
Peter
Respirei fundo.
Deslizei meu indicador pelo seu rosto e seus olhos se fecharam de vez,
inclinei meu rosto o suficiente para beija-la e me afastar no segundo
seguinte.
Puxei o lençol para cima a cobrindo e olhei para Emily uma última vez antes
de me levantar e ir até o meu closet vestir uma calça moletom.
É a segunda vez que cuido dela e creio que isso já esteja virando um hábito,
puxei a calça para cima depois que a passei pelas minhas pernas e vesti uma
camisa de manga curta na cor branca.
Mas, infelizmente tudo isso foi atrapalhado quando ouvi o barulho da minha
campainha.
Franzi o cenho e me levantei da cadeira caminhando até a porta da entrada,
se for o Adam eu vou ter contratar a porra do John Wick para impedir dele
entrar aqui.
- Você não pode ir abrindo a porta dos outros desse jeito, porra.
- Eu vou ligar para Rubi e pedir para ela bater em você -Dylan diz.
- Santo Deus homem, sua fadinha quase morre agora -Adam diz com a mão
no peito.
- Não chame assim, é estranho -Nate diz a Dylan que joga a cabeça para o
lado.
- Estou com uma mulher agora, não vamos poder fazer isso -digo a verdade,
excluindo que é Emily que está lá em cima.
- Não!
- Certo, você está muito estressado. Vou cantar uma música para você -Adam
diz e os dois arregalam os olhos.
- Não! Não!
- Vamos sonhar aventuras, voar nas alturas da imaginação -ele volta a cantar
mas dessa vez mais alto.
- Todo mundo! -ele grita e olha para Dylan e Nate que negam de imediato,
Adam continua os encarando fixamente e os dois reviram os olhos e
começam a cantar em seguida.
- Como na história em quadrinhos eu sou a Sininho e você Peter Pan -os três
cantam e Adam toca na ponta do meu nariz, eu automaticamente bato no seu
braço irritado.
- Eu não acredito que cantei isso -Nate fala balançando a cabeça e Dylan
passa a mão no cabelo rindo.
- Certo, agora vá pegar seu tênis colorido para darmos uma volta -Adam diz.
Revirei os olhos.
- Onde ele está guardado? No seu closet de feito de pirulitos e doces? -Nate
pergunta e Dylan ri o empurrando com o ombro.
- Oh, calma Pan. Não vamos julgar você pelo gosto peculiar de uma garota
de 6 anos -Adam diz e os três vieram para cima de mim me abraçando.
- Vamos apoiar você nesse seu pequeno problema com tênis cor de rosa, não
se preocupe -Dylan diz e eu me remexo tentando fazê-los me soltar.
- Se você abrir outra boate nem precisa das luzes por que seu tênis ira
substituir sem problemas -Dylan completa rindo tento chuta-los com o pé até
eles se afastarem de mim.
- Já -Adam diz- Você acha que se eu jogar meu pozinho mágico nele ele voa?
- Ah vai se foder!
- Espera! Queremos ver seu tênis, a Modus que deu de presente para você? -
Continuei os empurrando.
- Vão embora! E Adam, eu não sei o que caralhos você faz para entrar aqui
mas pare! -gritei com o loiro que sorriu.
Os coloquei para fora da minha casa ouvindo seus resmungos e mostrei meu
dedo do meio para os três que abriram a boca ofendidos.
- Vamos comemorar amanhã as 20:00 no bar de sempre -digo e fecho a porta
dando um tchauzinho debochado.
Idiotas.
×××
É claro que a gangue não ia deixar esse episódio do tênis que pisca
passar não é mesmo? É a gangue.
Emily
Me levantei meio tonta, certo, não deveria ter levantando de novo. Me sentei
na cama vendo tudo escuro e depois de um tempo minha vista voltou ao
normal, maldita pressão.
Peguei uma calça moletom imensa mas que ficou confortável em mim e logo
depois uma das suas camisas, ele que não reclame, usa e abusa de mim e o
mínimo que tem que fazer é me dar umas roupinhas, eu ainda nem tive chance
de abusar do cretino como eu quero.
Ouvi o barulho da televisão e fui até lá vendo Pan sentado no sofá assistindo
algum filme de ação já que carros praticamente voavam, que porra...o carro
acabou de pular de um avião?
Coloquei a mão na boca contente e andei mais rápido até aparecer no seu
campo de visão, peguei o copo da mesinha de centro e levei até a boca
bebendo o restante do líquido.
- Mais.
Peter riu e eu coloquei o copo de volta aonde estava, senti suas mãos na
minha cintura e ele me puxou para o seu colo, me sentei em cima dele e o
mesmo colocou as mãos no meu corpo.
- Tomei conta das suas roupas, sinto muito -digo e depois passo a mão no
seu cabelo.
- Nenhum pouco.
Me inclinei para beija-lo e seus lábios tocaram os meus, senti o leve gosto
do whisky e mordi seu lábio inferior.
- Pedi pizza para o jantar e depois podemos ver um filme, o que acha?
- Você sabe onde está meu celular? -Perguntei vendo ele se afastar.
- Não.
Coloquei minha mão na cintura e olhei para os lados, onde eu deixei minha
bolsa? Certo, eu lembro de chegar e ir direto para o escritório.
Dei passos para a escritório e abri as enormes portas vendo minha bolsa no
chão exatamente onde a deixei.
Fui até ela a pegando do chão e caminhei para a mesa do Peter a apoiando,
tirei o celular de dentro e vi algumas mensagens das meninas no grupo,
alguns números desconhecidos e algumas mensagens relacionadas a Modus.
Vi uma mensagem estranha de Caleb e franzi o cenho, ele havia mandando a
10 minutos atrás.
Fui até os contatos e cliquei na tela para ligar, levei o celular até o ouvido e
esperei chamar até ele me atender.
- Brooks.
- Sim, Susie trabalha agora a noite -digo com o cenho franzido- Você está
bem?
- Sim, estou bem -responde, a voz do fundo chamou por ele- Olha Brooks, eu
to meio enrolado agora.
Olhei para a porta ouvindo a voz do Pan e sorri de lado guardando o celular
na bolsa novamente.
Andei para a saída e cheguei na sala vendo ele sentado no chão com a caixa
de pizza em cima da mesinha, olhei para ele com uma sobrancelha erguida.
- O quê?
Me aproximei dele e sentei ao seu lado, peguei uma fatia de pizza e dei uma
grande mordida, Peter me encarou e deu um sorriso depois. Empurrei seu
ombro de leve e ele levou a taça de vinho que estava na mesinha até a boca.
- Terror.
- Terror.
- Não, só não quero assistir agora e eu assisto vários para a sua informação -
ele disse e eu levantei a sobrancelha.
- Diga um -ordeno.
Ela desviou o olhar e olhou para frente.
- Você morre de medo, não é? -Perguntei cutucando seu peito que não tinha
absolutamente nada o cobrindo.
- Não -ele diz e empurra meu dedo mas eu volto a cutuca-lo- Para com isso.
- Peter Ross é covarde para filmes de terror -ri baixo- Isso é novidade.
- Certo, então vamos assistir um agora -digo e pego o controle que estava ao
seu lado.
- Claro -ele diz e dá de ombros em seguida, sorri vendo sua falha tentativa
de mostrar que não está com medo.
- Não!
Me levantei ficando de joelhos e me aproximei dele parando na sua frente.
- Admita! Admita! Admita! -falei cutucando seu rosto enquanto ele tentava
tirar minhas mãos do seu rosto.
- Ross é um covarde!
Senti suas mãos nos meus pulsos e ele me fez parar em seguida, seus olhos
focaram nos meus e eu engoli em seco vendo-os bravos.
- Covarde? -Pergunta.
Peter inclinou meu corpo e eu dei um gritinho quando ele me fez deitar no
chão e me puxar na sua direção pela cintura.
- Por que eu sou covarde, Emily? -Ele perguntou colocando as mãos no chão
em volta da minha cabeça.
- Por que você não admite que tem medo de filmes de terror -digo o óbvio.
Franzi o cenho.
- Não -respondi.
- Não? Que estranho, você diz que eu sou um covarde mas loirinha...você
não está muito atrás.
- Eu vi como você olhou para mim hoje, Emily -pisquei um par de vezes-
Quando eu coloquei você na cama e depois beijei você.
Ele sorriu.
- Porque você nunca olhou para mim daquele jeito -diz e depois beija meus
lábios sem tirar os olhos dos meus.
- Peter...
- Me fala, Emily. O que você pensou? -ele beijou meu queixo- Na verdade, o
que você sentiu.
- Nada -tudo.
- Não estou, isso acontece com todos os caras que transo -digo e ele semi
cerra os olhos.
- Eu não acredito em você.
- Acontece acredite.
- Não Brooks, não acontece. Você pareceu confusa demais para quem faz
com frequência, foi a primeira a vez -que merda! Essa porra tem que ser
esperto?
- Admita o que você fez quando eu estava dentro de você lá em cima -ele diz
e eu nego.
- Nunca.
- Você sentiu algo, eu sei que sim por que eu também senti -ele colocou a
mão no meu rosto e apertou minhas bochechas.
- Você não sabe, Peter. Tudo com nós dois é intenso, não confunda as coisas
e não me deixe confusa -falo.
- Não preciso, você já está -ele diz- Eu também estou loirinha. Mas assim
que tiver certeza eu contarei a você na mesma hora.
Minha respiração falhou e ele soltou meu rosto, entre abri a boca quando o
mesmo pegou minhas mãos colando-as ao lado da minha cabeça.
- E eu darei espaço a você -encarei seus olhos e engoli em seco- Até você
entender.
Sua respiração desceu um pouco indo até os meus seios e eu passei a língua
nos lábios que estavam secos.
- Você entenderá -ele diz dando um beijo demorado no meio do meus seios.
- Você não transa com nenhum homem desde a nossa viagem quando eu tive
você nas minhas mãos pela primeira vez -ele subiu e me encarou melhor.
Sim eu transei com outra pessoa nas últimas duas semanas que Peter ficou
longe de mim, não apenas com Caleb mas com um cara que conheci em uma
boate qualquer.
- E quantas vezes você gozou? -ele pergunta e eu aperto a boca em uma linha
reta- Quantas vezes você se entregou ou sentiu prazer no que estava fazendo?
- Só mais uma pergunta Emily -ele diz e eu senti sua respiração no meu rosto
mas não tive coragem de encara-lo.
- Na festa da Modus -sua voz estava baixa- Quando você voltou para casa,
você não ficou com ele não foi?
- Não.
Peter piscou algumas vezes e engoliu em seco depois, naquela noite depois
que Caleb e eu voltamos para casa eu disse que não estava me sentindo bem
e não tivemos absolutamente nada.
Sua mão saiu do meu cabelo e ela desceu lentamente pelo meu corpo
chegando até a barra da calça moletom, eu não desviava do seu olhar por
nada.
- O que você realmente fez naquela noite? -Ele pergunta e levanta a calça,
logo depois seus dedos adentram a cueca boxer.
- Eu...
- O quê?
Coloquei minha mão no seu rosto e o puxei para um beijo intenso que
retribuiu da mesma maneira, me doei a ele como sempre faço quando sinto
suas mãos no meu corpo.
Não consigo raciocinar muito bem agora kakakak então até amanhã ❤.
34° capítulo
Ross
Me sentei na cama piscando ainda meio zonzo por ter acabado de acordar,
passei a mão no rosto e dei um suspiro.
Olhei para o lado atrás da loira, mas seu lado estava vazio. Olhei para o
banheiro com esperança de que ela estivesse tomando banho mas ele estava
em um completo silêncio.
Ainda não tenho tanta certeza, da última vez que me apaixonei era tudo uma
mentira e definitivamente não quero estar errado novamente, mas...eu não
sabia que estava tão aberto até eu me envolver com essa loira atrevida.
Mas eu preciso ter certeza, não posso dizer algo se ainda falta uma peça
desse quebra cabeça. Eu posso ser difícil, mas Emily Brooks é muito pior do
que eu.
Olhei para a cômoda vendo um papel amarelo em cima dele e andei até o
mesmo.
"Está pensando que eu fugi né, Pan? E eu fugi mesmo, mas não por sua
causa. Preciso trocar de roupa para ir trabalhar, e por favor, coloque
aquele terno azul escuro de três peças...ele acaba com a minha sanidade,
vejo você na empresa, Axel"
E.B
Sorri de lado.
Larguei o papel e fui até o banheiro tomar um longo banho, não sei quantos
minutos fiquei com a cabeça embaixo do chuveiro mas foi o suficiente para
despertar.
Depois disso fui até meu closet colocando meu terno azul escuro de três
peças, balancei meu cabelo e passei meu perfume habitual.
"É o jeito, toda vez que saio Adam me coloca novamente" -Nate responde a
Dylan.
"Bloqueia ele" -digito.
Revirei os olhos.
"Vou falar com Rubi e pedir para ela fazer esses tênis para todos nós, o que
acham?" -Pergunto e eles ficam alguns minutos sem escrever absolutamente
nada.
E eu tinha o amor da minha vida vulgo Lily, era a minha moto Harley
Davidson que sou completamente apaixonado, essa moto pega minha atenção
completamente.
Saí do meu condomínio passando pelos seguranças, eles olharam para mim
que baixei a janela.
- Como não? -Os encarei- Vocês não viram três babacas entrarem aqui
ontem?
- Bom, três homens apareceram mas não era caras comuns -franzi o cenho.
- Eles tinham uma proposta de casa aqui e vieram negociar -o cara riu- Já
pensou trabalhar onde o prefeito mora?
- Ele era sim, Sr. Ross. Ele tinha a chave da cidade! -outro diz empolgado.
- Vocês não sabem quem é o prefeito de Nova York? Não viram fotos? Não
tem nada haver com aquela Tinker Bell ridícula!
- Preciso que analise isso e assine por mim, faça cópias e me entregue as
originais amanhã.
Andei até onde ele estava, apertei sua mão e depois apontei indicando minha
sala. Andamos até ela e eu fechei a porta.
- Jayden Ford -digo e ele dá um sorriso de lado- O que devo a sua presença?
- Eu vim entregar seus convites -ele tirou duas pequenas tiras douradas do
bolso e colocou na minha mesa- Eu estava passando pela sua empresa e
aproveitei para deixar pessoalmente.
Sua aliança dourada brilhava no seu anelar esquerdo diferente dos seus
olhos castanhos que sempre pareciam tristes e infelizes, o que eu acho que
ele realmente é.
Jayden Ford era uma pessoa totalmente diferente quando estava com sua
esposa, ele se tornava mais frio e ficava calado e quando abria a boca era
para ser grosso com alguém.
Nos damos bem maiorias das vezes, mas eu evito ficar no mesmo ambiente
que ele quando a Socialite está por perto, não é que ele seja um cara ruim,
mas ela parece tirar todas as forças dele. Jayden não deixa eu me aproximar,
ele sempre me afasta como se tivesse medo ter amigos e eu acabei cansando.
Ele ajeitou a gravata preta por cima da blusa social branca e o terno da
mesma cor que abraçava seu corpo com calças sociais.
Franzi o cenho.
- Não estou em uma boa fase na minha vida -ele dá um sorriso fraco- Não
quero que tenha uma impressão errada, além do mais, temos negócios.
- Eu luto, todos os dias -ele deu um sorriso e pela primeira vez eu vi algo
verdadeiro, ele não parecia pensar na Socialite- Eu não vejo a hora de não
lutar mais.
- O quê?
- Você não ama sua esposa, por que está com ela?
- Olha só, Peter -ele levanta as mãos- Isso que você está falando é um
absurdo.
- É um contrato?
- O quê? Deus.
- Jayden, é visível que você não é feliz. Acabe logo com isso.
- Falta?
- Sim, para eu sair daqui -ele olhou para a porta- E agora acabou.
Jayden deu passos para a porta e me encarou com um sorriso de lado antes
de sair da minha sala.
Jayden conhecia todos nós, mas infelizmente não era tão sociável. E
provavelmente iria desistir de nós quatro no segundo dia de amizade. Adam
se encarregaria disso com suas piadas ridículas.
Fiquei na empresa por mais alguns minutos e depois saí da minha sala, falei
com Violet sobre algumas coisas e depois saí da Ross Company indo direto
para Modus.
×××
Hummm interessante!!! Cheirinho de livro novo??? Vamos esperar mais
um pouquinho para ter certeza.
Dedicarei esse capítulo a uma baby que está fazendo aniversário hoje,
feliz aniversário meu bem ❤ GeraldocorreiaJCorre
35 capitulo
Emily
Haviam muitos vestidos na minha frente, uns com detalhes mais simples e
outros que praticamente me cegava, era a coleção nova que eu estava
fazendo junto com os outros estilistas e a mesma terá estreia no desfile que
Pan vai fazer.
- Emily, isso está horrível -olhei para Pattie, uma de nossas modelos.
Ela vestia o vestido mais simples da inteira coleção, na minha opinião era o
mais lindo. Peças delicadas indicando leveza e pureza, cores agradáveis que
chamavam atenção sem precisar ofuscar ninguém, estava simplesmente
perfeito combinando com sua pele negra.
- Você está linda, Pattie -me virei para falar com ela.
Sorri de lado.
- Mas elas são minhas amigas -ela diz e olha para as meninas que estão
cochichando provavelmente sobre ela.
- Não, elas não são -digo e aliso seu braço antes de sair da sua frente
Caminhei até onde Laura estava, ela falava com os fotógrafos que
balançavam a cabeça concordando com o que ela dizia.
Ele sorriu para mim, olhei para o seu corpo atlético de cima a baixo. O
mesmo vestia calças pretas e uma blusa cinza que marcava os músculos do
seu corpo.
- Pode -respondo e seu sorriso aumenta um pouco- Laura irá dar o sinal.
- Ainda não sei, mas eu sei o que você vai fazer. Ajeite a câmera bonitão,
hora de trabalhar.
Ele desviou o olhar provavelmente pegando meu corte, nem sei porque fiz
isso. Emily Brooks estaria indo para o banheiro transar com ele agora
mesmo. Por que diabos não estou fazendo isso agora?
Peter me encarava com um sorrisinho de lado o que significa que ele escutou
a conversa, revirei os olhos e o fiz me soltar. Todos a essa altura já olhavam
para ele.
- Bonitão?
Andei até as modelos deixando ele para trás em companhia porque umas
cinco pessoas foram para cima dele provavelmente bajular e deixar seu ego
nas alturas.
Parei na frente das 5 mulheres simplesmente maravilhosas...por fora. A única
que se salva daqui é Pattie mas infelizmente ainda é muito ingênua.
- Pattie, Isabela e... -variei o olhar- Sabrina, vocês três serão as primeiras a
serem fotografadas. Vamos fazer todas juntas primeiro e depois sozinhas. A
mesma coisa com as demais -olhei para as outras duas- Tudo bem?
- Sim -responderam.
- Sim, sempre quis falar com ele. Já pensou aquele olhar em cima de mim?
Eu morreria feliz -Sabrina diz.
- Sr. Ross! -uma delas gritou e Peter virou o rosto para encarar, seus braços
estavam cruzados e o polegar estava no lábio inferior, para de ser gostoso
porra!
- Sim? -Pergunta.
- Espero que isso aconteça, todas vocês são lindas -o encarei- Irão arranjar
oportunidades facilmente.
- Bom..com todo respeito -Isabela diz- Você também é lindo, eu li em alguns
sites que está solteiro...é verdade?
- Ah! Ainda bem que não é gay -Alessia a outra modelo diz.
- Ah qual é, Emily. Deixa ele responder essa -Sabrina diz e olha para ele de
um jeito sedutor- Vai que alguma de nós tem chance.
- Certo, já chega. Vamos fazer logo essa sessão -digo balançando as mãos e
elas se afastam indo para o grande telão branco se posicionando para os
fotógrafos, as outras duas ficam ao lado de Laura.
Me virei de frente para Peter que colocou as mãos para trás, encarei seu
corpo que tinha o terno azul escuro de três peças que mexe com a minha
cabeça, ele realmente colocou.
- Por que eu acordei essa manhã e não vi você? -Pergunta.
- Sim, eu li. Mas ainda preferiria que você estivesse lá quando eu acordasse.
- Se eu ficasse nós não iriamos aparecer na empresa hoje, do jeito que você
é ninfomaníaco -digo e ele sorri de lado.
- Sim.
- Não.
- Sim.
- SIM!
- Porque eu não consigo droga! -gritei com ele e logo depois coloquei a mão
na boca.
Peter me encarou e entre abriu a boca parecendo meio ofegante, ele olhou
para as minhas mãos que saíram de onde estavam e logo depois para os meus
lábios, fechei os olhos e respirei fundo.
- Peter -foi a única coisa que eu disse antes dele me beijar com fervor.
Sua língua tocou a minha e eu arfei quando minhas costas bateram na parede
do elevador, sua mão estava na minha nuca e foi subindo até o meu cabelo
apertando de leve, sua outra mão apertava minha cintura e eu gemi baixo
quando seu corpo prensou o meu com mais força.
Subi minhas mãos pelos seus braços e parei na sua nuca, eu o vi a algumas
horas atrás mas parecem fazem pelo menos 24 horas. Eu realmente senti falta
dele? Senhor, me ajuda.
Nos afastamos devagar procurando por ar, minha respiração estava na casa
do cacete assim como minhas forças. Peter estava de olhos fechados e eu
trouxe minhas mãos para o seu maxilar. alisei sua barba e ele sorriu de lado.
Ele abriu os olhos e eu quase morro, tantas coisas pareciam transmitir pelo
seu olhar que foi impossível tentar entender. Seu polegar da mão direita
desceu pelo meu rosto e ele passou o mesmo pelo meu lábio inferior. O
encarei vendo ele concentrado naquilo e fechei os olhos, tudo o que Peter faz
comigo ou até mesmo diz para mim sempre supera a palavra intenso no meu
vocabulário.
- Eu gosto de beijar você -ele diz comigo ainda de olhos fechados- Tocar em
você -Senti seus lábios no meu pescoço- E parece que nunca é suficiente.
Abri os olhos e levei minhas mãos para o seu cabelo enquanto ele beijava
meu pescoço.
Peter passou o nariz e foi subindo pelo maxilar até ficar cara a cara comigo
novamente, sorri para ele que sorriu de volta.
- Temos isso em comum, Sr. Ross -digo e ele me dá vários selinhos com
intervalos de sorrisos.
×××
Emily
Olhei para a pessoa mais sexy que já vi em toda minha vida, seus olhos
analisam cada parte do meu corpo que estava coberto pelo vestido longo
preto brilhoso, seu decote era em V e suas alças eram finas com uma grande
fenda do lado esquerdo. Meus seios estavam prontos para serem apreciados
e os cabelos soltos tendo o batom vermelho sangue na boca só chamava
ainda mais atenção.
Peter piscou algumas vezes antes do seu olhar se encontrar com o meu.
Ele usava um smoking preto que o só deixava mais gostoso do que o normal,
seu cabelo estava bagunçando como sempre mas o deixava perfeito, seu
cheiro era delicioso assim como seus lábios que pareciam me chamar agora.
- Você é a mulher mais bonita que eu já vi -ele diz- Esse vestido só ajuda a
afirmar meu ponto.
Dei um sorriso verdadeiro e o dei um selinho rápido.
- Você acabou de admitir que eu sou a mulher mais bonita que você já viu,
mereceu um -limpei sua boca rapidamente- Não se acostuma não.
Meu batom era matte mas pelo visto nem tão matte assim, pedi para ele
esperar e fui até o meu quarto ajeitar o batom e passar outra camada.
Hoje era sexta feira, o dia que irei apresentar meu namorado falso e depois
iríamos a festa da Center Tech. Não faço idéia de como será essa noite mas
eu espero que eu acabe com Peter em cima de mim.
Não tivemos muito tempo para nada essa semana por causa da Modus, a
última vez que transamos foi na sua casa e mais nada desde então.
Obviamente não estou preparada para lidar com Jack Brooks e suas
perguntas que eu sei que terão e logo depois aparecer em uma festa de
empresa. Bom, pelo menos a festa era privada, ou seja, sem fotógrafos ou
gente perturbando.
Não me envolvi mais com Caleb porque o mesmo evaporou do meu mapa.
Susie me disse que o viu algumas vezes entrando no apartamento com uma
mulher de cabelos negros, creio que seja a mesma que estava com ele
quando o telefonei no escritório do Pan.
Ainda não conversei com Peter em relação a isso e não faço idéia se ele
ainda vê Samantha, não tenho coragem para perguntar assim como ele não
tem para me perguntar sobre Caleb. Dois covardes.
Queria ter coragem para falar sobre meus sentimentos como tenho coragem
para provoca-lo, eu estaria satisfeita comigo mesma.
Ainda não estou pronta para dizer em voz alta que talvez, assim, só um
pouco, eu possa gostar dele. Não como amigo porque nunca fomos, isso não
faz muito sentido. Mas Peter está no grupo de pessoas que eu amo e mesmo
que eu odiasse ele jamais tive pensamentos para prejudica-lo, querendo ou
não ele também faz parte da família que construímos.
Sorri de lado e passei mais uma camada de batom, depois saí do quarto
vendo ele de pé encostado na porta.
- Não.
- Coragem.
- Vai dar tudo certo, Brooks. Somos namorados agora então acredite nisso -
concordei- Estarei lá com você, ok?
Olhei para Peter e dei um suspiro, essa última frase me confortou um pouco.
- Ok -respondo.
Senti sua mão nas minhas costas e juntos saímos do apartamento indo direto
para o elevador depois que peguei minha bolsa e tranquei a porta.
(...)
Olhamos para ela ao mesmo tempo vendo Marie na porta, ela dá um sorriso
grande e junta as mãos.
- Vocês estão tão bem arrumados, era só um jantar simples -ela diz.
- Sabemos, é que Peter e eu temos uma festa para ir depois -digo e ela
concorda.
Ela concorda com um sorriso gigante para ele e eu levanto uma sobrancelha.
- Oh, vocês são perfeitos juntos -ela diz e Peter sorri de lado colocando a
mão na minha cintura.
- Concordo, Sra. Brooks -ele diz e ela olha para ele com um sorriso
estranho.
- Olha a voz desse homem -ela diz e me olha apontando para Peter.
- Bom, você demorou para apresentar alguém mas quando veio...veio com
um ótimo partido -ela diz e Peter me encara.
O encarei e ele apertou minha cintura com mais força.
Minha mãe foi na frente e Peter e eu fomos logo depois, ele me encarou com
um sorriso pequeno.
Doido.
Meu pai estava na ponta como sempre conversando com ambos normalmente
mas sua expressão mudou um pouco assim que ele me viu, é claro.
- Ele tirou aquele doido de cima de mim -Elias responde e Peter levanta uma
sobrancelha.
- Ele estava defendendo a noiva, não o tiraria mas você já estava desmaiado
-Peter diz e eu aperto minha boca em uma linha reta.
Certo, eu não deveria achar graça nisso.
Ok...
Peter ia se apresentar mas ela o cortou antes que ele tivesse a chance de
fazer isso.
- Não precisa se apresentar, eu sei quem você é -ela diz e olha para ele
estranho.
Olhei para Peter que parecia confuso, ele olhou para a mulher por mais
alguns segundos e deu um suspiro parecendo lembrar.
- Vamos nos sentar? Ver vocês em pé está me dando um negócio -Marie diz
pegando nossa atenção.
Andamos para a mesa com Katty fuzilando meu namorado falso, Peter se
sentou ao meu lado e do outro lado a nossa frente. Minha mãe e meu pai
estavam na ponta.
Jack o encara.
- Temos que ir em uma festa de uma das empresas que trabalha com a minha
depois do jantar -Peter responde.
- Ah entendo -ele diz e Peter acena- Ela será sua peça de vitrine está noite,
apenas para mostrar.
Minha mãe e Katty ajudaram a servir a todos a comida que não estou
interessada em saber porque não consigo desviar do olhar de Peter.
- Eu não dormir com ela -ele diz e eu faço uma cara de deboche.
- Explica, Pan.
- E aí? -Perguntou.
- Bom, ela tinha acabado de fazer 18 anos e queria perder a virgindade -abri
a boca- Não foi eu quem a escolhi, ela me escolheu mas eu não sabia de
nada até a irmã dela aparecer no bar do hotel.
- Pelo o que eu entendi a menina estava revoltada com a irmã porque ela não
deixava a menina transar com o namorado ou alguma coisa assim -ele
balançou a cabeça- Então ela foi perder com outra pessoa em forma de
afronte.
- Ela levou a menina pelo braço e nunca mais vi as duas, talvez Katty pense
que eu seduzi a garota ou não sei, mas eu acho que ela me odeia.
- Ele já respondeu -digo e ela concorda desviando o olhar para Elias que
tinha o cenho franzido.
- Bem repentino -Jack diz- Soube disso no domingo e confesso que fiquei
surpreso que ela esteja namorado com você, Emily tem um péssimo histórico
de homens.
- Pai -Elias diz e Jack o encara- Sem brigas hoje, por favor.
Sonso para porra! Eu não tenho paciência para isso, as vezes eu odeio ser
tão esquentada mas não consigo ficar quieta.
- Assim que me sentei você me chamou de peça de vitrine, fala para o meu
namorado que eu tenho péssimo gosto para homens e o que vem agora,
papai?-frisei o papai- Vai dizer a Peter que queria ter outro filho homem
mas eu vim no lugar?
Senti seu aperto na minha perna e coloquei minha mão em cima da sua, Peter
tirou a mão apenas para cruzar com a minha.
O encarei meio abalada e ele me deu um sorriso de lado, apertei sua mão
com força e ele retribuiu.
×××
Vote e comente.
Esse cara tira a loira do sério e Emily não consegue ficar quieta e ouvir
como uma boa menina, desculpe, mas está cetissíma.
Emily
Parei de ataca-lo e dei prioridade apenas para Elias que parecia muito feliz
com a noiva. Ela ainda olhava para Peter as vezes e revirava os olhos.
Marie e Jack sorriram para eles, ambos formavam um casal muito bonito
devo admitir.
- O que? -Pergunto.
- Como conseguiu fazer Emily ir ao encontro com você, ela é muito chata em
questão disso -Elias diz para Peter- Acho que ela nunca foi em um encontro.
- Não sabe mentir para mim, Brooks -Elias diz e eu reviro os olhos.
- Bom, ela relutou no início mesmo -Peter diz e eu o encaro com uma
sobrancelha levantada- Eu a convenci usando aquele tênis ridículo pela
segunda vez.
Sorri de lado.
- Eu já tinha usado antes para conseguir o número dela -Pan diz- Precisei
usar de novo para sair com ela.
Marie riu.
- Ah bom... -começo.
- Nos beijamos pela primeira vez deitados em uma faixa de pedestre -digo e
eu quase aperto suas bochechas de tão lindo que ele estava.
- É uma longa história mas resumindo, era tarde da noite e as vias estavam
vazias -Peter diz com os olhos fixos nos meus- Emily se deitou na faixa
depois que eu assustei com a buzina do meu carro, depois de um tempo eu
acabei me deitando com ela.
- Admiramos a lua por um tempo e eu sabia que aquilo iria acontecer -Digo-
Eu conseguia sentir...e aí nos beijamos.
Olhei para a sua boca e logo depois para o seus olhos, Peter alisou meu
cabelo e eu fechei os olhos quando ele me deu um selinho demorado.
- Mas não foram, chatice isso. Esse é o problema do nosso mundo, tanta
maldade por aí que agora nem podemos curtir momentos da vida como esse.
Curta o momento enquanto ainda pode, nunca sabemos quando não
poderemos mais -ela olhou para mim e para Peter- Sejam felizes do jeito de
vocês, e não se importem com opinião de ninguém.
Sorri de lado.
Continuamos conversando sobre outras coisas até que deu o horário de Peter
e eu irmos embora, me despedi de Elias e Katty com um abraço e Peter
apertou a mão de ambos.
Jack e Marie nos levaram na porta e Peter e eu saímos da casa nos virando
apenas para encara-los.
- Muito obrigada por vir, Peter. Você é uma pessoa muito agradável e
educada -Marie diz.
Balancei a cabeça.
- Casamento? -Perguntei.
- Sim, Emily -ele diz- Espero ver você e seu namorado no casamento, se
ainda estiverem juntos é claro...o que duvido muito.
Senti sua mão na minha cintura e nós dois viramos caminhando para o carro,
ouvi a porta de casa ser fechada e ele me soltou.
- Eu sei.
- Ele fala com você como se fosse um lixo, ele trata você como uma
desconhecida...que tipo de pai ele é? -Pergunta.
- O meu -falei e desci a calçada colando meu corpo no dele, suas mãos
foram para a minha cintura e ele as apertou com um pouco de força.
Nossa, ninguém nunca falou isso de mim que até fiquei surpresa nos
primeiros segundos.
- Acho... -respondo.
- O que que eu quero dizer é que você não pode deixar uma opinião -ele
apontou para a casa- Deixar abalar a verdade -ele tocou no meu peito- Você
sabe que é incrível, Emily. Ninguém pode dizer o contrário e se disserem
você sabe que é mentira.
- Não ligue para essa opinião negativa por que ela que trás a Emily que
apareceu no meio do jantar de hoje, você é uma pessoa fria e triste quando
discute com ele -Peter colocou as mãos no meu rosto- Não seja essa pessoa.
Pela primeira vez em toda a minha vida eu realmente senti que a opinião do
meu pai não me afetava tanto quanto eu pensava, pela primeira eu senti que
tudo o que ele disse é pura mentira, o que eu achava que era verdade antes.
Como isso é possível? Peter me deu forças em alguns segundos e o que eu
não sabia que precisava tanto até ele me dizer essas coisas.
- Emily -ele passou a mão no meu rosto- Você é alegre e divertida, as vezes
aparecem outras personalidade -ele sorriu- Mas eu não me importo, só não
acredite no que ele fala de você, tudo bem?
Seus lábios colaram nos meus sutilmente e eu relaxei nos seus braços
totalmente desarmada.
×××
#PasseConfiançaParaSuaMina
Pan dizendo umas verdades para Emy foi uma das coisas mais incríveis
que escrevi, e acalma aí que tem mais nos próximos capítulos.
Até, babys.
38° capítulo
Emily
Uma mão foi estendida para mim me ajudando a descer do carro, apertei os
lábios para fixar o batom na boca.
Sua mão direita pousou na minha cintura e eu apoiei minha mão mão no seu
ombro, andamos juntos pelo longo tapete vermelho até entrar na grande
recepção.
Todos estavam elegantes exalando poder e fortuna, acho que se pegar cada
pessoa aqui e juntar todo mundo tem pelo menos 3 bilhões de dólares, ou
mais...
- Sim -responde.
- Ai meu Deus, eu transo com um bilionário -digo brincando com a sua cara
e ele revira os olhos.
- Não é qualquer bilionário, Emily -ele diz e me puxa pela cintura, coloquei
meus braços em volta do seu pescoço.
- Estou brincando -falei beijando sua bochecha e desviei indo para o seu
ouvido para sussurrar- Só gosto do Pepe.
Peter riu.
- Não tem nada de PP aqui, Emily -ele fala e dá um sorriso falso vendo
algumas pessoas se aproximarem.
Ele usava smoking também e ao lado dele estava uma mulher com um vestido
pink bem mais jovem que o próprio.
- Sim, alguns meses. Estava por aí oficializando meu noivado com Katrina -
ele olhou para a mulher.
- Bom...dizem que a sexta noiva dá sorte -Peter diz e eu pisco algumas vezes
tentando disfarçar minha expressão.
Sexta? Caralho.
Isso não é sorte é azar.
- É verdade -ele diz e Pan acena- Quem é a bela moça que está ao seu lado?
Tentei disfarçar quando limpei minha mão no meu vestido, por que essa
porra parece babada?
- Ah obriga...
- Amor! Eu quero que ela faça meu vestido -a mulher diz dengosa abraçando
o noivo.
- Ah!! Vem, temos muito o que conversar -ela pegou no meu braço me tirando
do lado de Peter e andamos para um lado mais afastado.
Olhei para ele por cima do ombro que colocou as mãos no bolso da calça
social e deu um suspiro longo.
- Jasmine.
Ouvimos uma voz e eu olhei para o lado vendo Samantha dando um sorriso
fraco, ela usava um vestido azul cobalto que realça todas as suas curvas, seu
cabelo estava solto e seus lábios habitavam um batom nude, seus olhos
verdes davam contraste com a maquiagem forte.
- Será que posso falar com Emily por alguns minutos? -Pergunta e eu quase a
abraço para agradecer.
- Patética -Jasmine diz se afastando e Sam não diz nada apenas sorrir de
lado.
- Bom, nem eu a algumas horas atrás -diz- Meu chefe ordenou que todos os
funcionários teriam de aparecer na festa de hoje.
- Infelizmente -responde.
- O quê?
Agora eu entendo porque Peter diz que Samantha não é apaixonada por ele, é
porque ela é por outra pessoa. E uma pessoa gata, que pedaço de mal
caminho.
- E por que você não diz a ele? Vai lá garota -a encorajo e ela nega.
- Por que não? Nada está impedindo você agora -cruzo os braços.
Ela desviou o olhar novamente e nós duas olhamos para o homem que no
segundo seguinte foi beijado rapidamente por um mulher de cabelos negros,
foi apenas um selinho porque ele se afastou dela dando um sorriso
minúsculo. Ela o olhou com a sobrancelha erguida e ele respirou fundo.
Olhei para o homem que de repente já não tinha os olhos na morena e sim na
loira a minha frente, ele olhava para ela com uma expressão diferente e isso
me intrigou um pouco.
Hora de Brooks aprontar.
- Ei, você aí -falei com um rapaz que passava ao nosso lado na hora.
Ele usava um terno preto e tinha lindos olhos castanhos, cabelo negro e uma
boca muito bonita. Não era tão bonito quando o chefe mas pode servir.
- Oi, David -ela diz e ele acena- David trabalha na empresa mas no RH.
- Preciso usar você -digo e ele levanta uma sobrancelha- Não se sinta
ofendido, é só que a Sam está tentando me mostrar que seguiu em frente mas
eu estou dizendo que é mentira e ela ainda gosta do namorado traidor, e
agora eu quero que ela prove para mim que estou errada.
Ele rapidamente pegou na nuca dela e a beijou com vontade, Sam pareceu
surpresa mas logo depois retribuiu entrando no plano.
Olhei para o homem que ainda não estava olhando mas logo em seguida seus
olhos pousaram nos dois e ele entre abriu a boca franzindo o cenho. O
mesmo piscou algumas vezes e balançou a cabeça de um modo sutil.
É, já entendi.
- Pronto, espero ter cumprido o papel -ele diz e eu aceno vendo ele ir
embora em seguida.
- Olhe para o seu chefe -digo e ela o faz de uma maneira grosseira, a impedi.
- Não, porra! Assim não, mais sutil -digo e ela concorda fazendo um "o" com
a boca.
Samantha virou o rosto de uma maneira mais sutil e ela olhou para ele, os
dois se encaram por vários segundos. Ele parecia meio abalado e
ela...parecia querer estar em todo lugar menos aqui beijando outro cara.
- Anotações?
- O casamento? Não existe, ele não toca nela e quando ela se aproxima ele a
afasta. Me parecer ser de faixada -digo- Agora, a expressão que ele fez
quando viu você beijando outro foi incrível.
- Então...
- Ele é casado, Samantha -digo- Não acho que vá durar por muito tempo mas
é inegável que ele se sente atraído, o mesmo ainda não tirou os olhos de
você.
Ela olhou para ele rapidamente confirmando que ele ainda a encarava.
- Não sei exatamente o que acontece, mas não diga que nunca ficará com ele
-alisei seu braço- Não sabemos do nosso futuro, isso torna tudo mais
emocionante.
- Você me ajudou a ver uma coisa que ainda não tinha visto antes -ela diz.
Dei um sorriso.
Olhei em volta procurando por Pan, cadê aquele cretino? Meus olhos
procuravam por ele incansavelmente.
- Que bom que está tudo certo com você e com o Peter -ela diz e eu
concordo.
- Sabia que estavam, ainda bem que ele me pediu para nos deixarmos de nos
ver porque eu estava quase fazendo isso, ele não esta...
A encarei.
- O que foi?
- Eu não...
- Foi de última hora -ela diz e encara o chefe que engoliu em seco.
Olhei para Sam sussurrando um "Que voz é essa?" quando os dois acabaram
se distraindo, ela apenas riu chamando a atenção dele.
- Você está linda, Srta. Taylor -ele diz e ela deu um sorriso genuíno.
Alguém pega uma tocha para mim e para Peter, por favor.
Olhei para o Pan que tinha a boca entre aberta e depois colocou a mão na
mesma parecendo meio chocado, ele me encarou e eu balancei a cabeça
confirmando.
Samantha olhou para nós dois que tínhamos sorrisos ridículos nos lábios, ela
revirou os olhos e cruzou os braços.
- Deixa para lá -ela diz rindo e se afasta caminhando para o outro lado.
Me virei para Peter que colocou as mãos na minha cintura e apoiei meus
braços em volta do seu pescoço.
- Espera.
- Nenhum dos Venturelli está aqui -Peter diz- E não tem fotógrafos ou
jornalistas.
- Com licença.
Ouvimos uma voz masculina e Peter e eu nos afastamos, olhei para o homem
a minha frente que tinham um pequeno sorriso mas ele aumentou assim que
me viu como se quisesse confirmar algo.
×××
Peter
Cruzei os braços olhando para o homem a minha frente que comia Emily com
os olhos, quem diabos é esse cara?
Olhei para a loira que fez uma careta parecendo buscar do fundo da
memória.
- Ele é seu namorado, Lisa? -Ele pergunta a Emily- Creio que não, você me
disse que homens assim não fazem seu tipo agora eu -ele deu um sorriso de
lado.
- Eu queria ir para cama com você -ela diz- Eu falaria qualquer coisa...até
que você foi o melhor sexo da minha vida depois.
- Opa, aqui que eu entro -digo e ela revira os olhos mas não desmente.
- Você pode nos deixar a sós um pouco? Eu queria conversar com a Lisa -ele
diz e eu dou suspiro.
Já chega.
- Tanto faz -apontei para ela- O nome dela é Emily e não Lisa -ele olha para
a loira- Sim, ela mentiu para você porque não queria te ver novamente mas
como o destino é meio filha da puta as vezes você está aqui. Então, poderia
dar uns passos para trás porque você está quase beijando ela.
- Não ele não fala, mas não posso desmentir uma verdade -Emily diz e ele
semi cerrou os olhos.
- Eu lembro de você naquele dia -ele diz analisando o rosto dela- De como
você estava, com certeza você não esqueceu aquilo.
- O quê? Não quer que seu namoradinho saiba como você é ótima
chupando...oh espere, ele não sabe?
Apertei a boca em uma linha reta e logo depois o maxilar, meus olhos ainda
estavam em Emily que estavam fixos nos meus. Ela parecia querer prender
minha atenção a qualquer custo mas falhou.
- O que você quer? -Ela perguntou balançando a cabeça e o encarou.
- Eu não quebro sua cara agora mesmo porque tenho respeito pelo anfitrião
da festa, pode me atacar a vontade mas você não vai conversar com ela -dei
um sorriso cínico- Sabe por que, Tom?
- Porque eu não quero -Emily completa o que eu ia dizer- Dei o nome errado
porque não queria mais suas mãos em mim, e acredite querido, eu ainda não
quero.
- Não? Tem certeza? -ele se aproximou para tocar na sua cintura e Emily
recuou com o cenho franzido.
Me coloquei na frente dela olhando para o homem que ainda a olhava, senti
suas mãos abraçarem meu tronco procurando proteção desse porra que a
encara como se ela fosse uma criminosa.
- Livre-se disso -ele diz- Você não quer uma puta na sua cola.
Mãos da Emily apertaram meu tronco com força e eu apertei o punho pronto
para desrespeitar Jayden nessa festa, esse idiota está merecendo.
Mas meu plano foi impedido quando ela saiu de trás de mim e parou na
frente dele que tinha um sorriso ridículo.
Ela tinha uma postura intimidante que eu ainda não tinha visto.
- O tipo como o seu são tão hipócritas que precisavam atacar uma mulher
para se sentir por cima, e eu lamento de verdade que tenham outros piores
por aí que não tem respeito com mulheres -fala- Eu adoraria poder mudar
isso mas eu não posso, mas o que eu posso é não deixar me humilharem e
você não faz isso comigo sem pelo menos eu te atacar de volta.
- É assim que funciona comigo -ele a encarou- Você provocou e levou, vai
querer provocar ele também -ela apontou para mim- Acho que ele não irá se
contentar com um simples tapa.
Jerry me encarou e depois olhou para Emily, ele ajeitou a postura e deu um
longo suspiro nos dando as costas e indo embora meio envergonhado por ter
algumas pessoas o olhando torto.
Ela virou o corpo para mim ainda de braços cruzados, toquei no seu queixo
o levantando fazendo seu olhar se encontrar com o meu.
- Você foi incrível -digo alisando seu cabelo enquanto a balançava nos meus
braços.
- De acordo com o Axel, não posso deixar ninguém dizer ao contrário -ela
diz e eu dou um sorriso.
- Eu disse que você deixaria essa festa interessante -digo e ela ri ainda
abraçada comigo.
(...)
Rimo juntos enquanto caminhamos pelo estacionamento até o meu carro, está
muito tarde e somos praticamente os últimos a sair da festa. Depois do que
aconteceu com o Tom&Jerry nós conversamos mais um pouco enquanto ela e
eu tomamos whisky, rimos bastante e eu pude conhecê-la mais um pouco.
Soube em poucos minutos que Brooks não gosta muito de clichês, bom, nem
tanto já que ela transa com o chefe dela. Eu infelizmente disse isso e no
segundo seguinte eu senti sua mão atrevida descendo pelo meu corpo até
chegar onde não devia em público, as palavras foram a seguintes "Pelo
menos não sou sua secretária, mas se quiser me foder na sua sala em cima da
mesa eu não irei me opor".
Saí dos meus devaneio afastando outras coisas que soube sobre ela e foquei
nos seus olhos castanhos.
- Não, nunca namorei -ela diz- Nunca levei ninguém em casa porque acho
que ninguém deveria ficar desconfortável com as coisas que acontecem lá
dentro.
- Isso é uma desculpa -digo- Nunca levou ninguém porque nunca achou
ninguém.
- Olha aqui ô Pepe graduado em Havard, eu já fiquei com caras que eram
ótimos partidos -ela desviou o olhar- Mas não para mim.
- Ele é a única pessoa que eu conheço que ficou com você -cruzei os braços-
E agora o Tom&Jerry.
Ela olhou para mim parecendo em uma luta interna em me contar ou não, até
que desistiu e contou.
Tem uma "mas" não tem? Porra, tem que ter um "mas".
- Mas eu acho que não era tão forte, talvez fosse só rotina -nunca gostei tanto
da palavra "mas".
Ela desviou o olhar e eu coloquei minha mão no seu rosto para ela não
desviar o olhar do meu.
Ela estava quente, sua expressão estava tensa e eu sabia que ela estava
nervosa.
Fiquei em silêncio.
- Imaginei -ela diz- Ela destruiu seu coração o suficiente para você se fechar,
não amar ninguém depois dela.
Seus olhos me encaravam firmemente e ela não parecia mais nervosa, agora
eu que estava.
- Como podemos amar se sabemos que no final nosso coração vai ser
quebrado? É um processo que se repete e repete -ela diz tirando minha mão
do seu pescoço lentamente- Mas nós estamos dispostos a sentir um pouco de
carinho nem que seja por meses ou anos, apenas com medo da solidão.
- O que você quer? -Perguntei olhando para seus lábios e olhos em seguida.
Sorri de lado.
- Você diz que não acredita no amor, mas no fundo quer uma vida a dois
porque é uma romântica nata. Sim, sofremos pelo coração partido mas nós
continuamos tentando até achar a pessoa certa -rocei meus lábios nos seus.
- Para onde você quer ir? Não vou levar você para a terra do nunca.
Ela riu com os lábios ainda nos meus e colocou as mãos nos meus ombros.
- Sua casa está ótimo -ela disse rindo e me deu um beijo rápido depois.
×××
Tchau, babys.
40° capítulo
Escrevi esse capítulo com essa música, eu juro para vocês que se essa
cena dos dois fosse representada em um filme ou sei lá...essa música
seria perfeita.
Emily
Olhei para a cozinha e senti um pouco de fome, fazem algumas horas que não
como nada.
- Alimentar você -ele diz- Das duas maneiras, de uma vez só.
- Acho que não entendi muito bem -digo e ele levanta um pouco o queixo-
Terá de me mostrar.
Peter apareceu na cozinha minutos depois apenas com a camisa branca tendo
dois botões abertos, ele não usava o paletó mas a faixa preta ainda estava na
sua cintura o deixando um gostoso de primeira.
Seus sapatos sociais não estavam mais em seus pés e seu cabelo estava mais
bagunçado do que antes, na sua mão direita tinha uma venda preta e eu
levantei uma sobrancelha.
- Ainda vou amarrar você nas grades da minha cama, anote isso -ele apontou
para mim.
- Não vou fazer isso e aonde você vê essas coisas? -Ele pergunta com o
cenho franzido se aproximando de mim.
- Filmes, podemos assistir depois -falei deslizando o dedo pelo seu peito.
- Dispenso, loirinha.
Peter alisou meu cabelo e me fez virar ficando de costas para ele, o mesmo
levou os dedos até o zíper do meu vestido o puxando para baixo.
Suas mãos puxaram a peça para baixo e eu fiquei nua na sua frente, seus
olhos ainda se encontraram com os meus antes dele colocar a venda no meu
rosto tapando minha visão.
- Toda vez que não souber ou errar o que eu colocar na sua boca você irá... -
ele pareceu pensar- Levar um tapa meu.
Sorri de lado.
- Um forte -ele diz e eu paro de sorrir.
- Sim -respondi.
Senti sua mão no meu braço e ele me puxou um pouco para o lado, suas mãos
foram para a minha cintura e eu dei um gritinho de susto quando ele me
levantou, senti o mármore gelado entrar em contanto com a minha bunda e
resmunguei.
Dei um suspiro baixo quando ele apertou o bico dos meus seios e eu entre
abri a boca, Peter beijou meu pescoço e eu joguei a cabeça para o lado.
O mesmo se afastou depois que me deu um beijo calmo, eu podia ouvir seus
passos mas não sabia o que ele estava fazendo. Eu sentia meus seios rígidos
e uma umidade no meio das pernas.
Abri a boca lentamente e senti algo ser colocado dentro da mesma, pelo
gosto me pareceu ser chocolate.
- Morda.
- Ótimo.
- E o que acontece se eu acertar?
Ele puxou minha cintura para frente e eu arfei sentindo minha entrada no seu
membro por cima da calça social.
- Você vai ver -eu sabia que ele estava dando um sorriso malicioso.
Ficou um pequeno silêncio mas logo depois ele me pediu para abrir a boca
de novo, fiz e senti o gosto metálico da colher junto com algo adocicado que
eu não conseguia identificar.
Porra.
Peter se afastou de mim e ajeitou minha cintura, apertei a boca em uma linha
reta quando senti o tapa forte na minha nádega direita, resmunguei.
- Bem feito, você estava merecendo um tapa por ser tão atrevida -ele disse e
me puxou.
Ele massageou minha onde deu o tapa e eu passei a língua nos lábios que
estavam secos.
Ele tocou no meu clitóris sem fazer muito pressão e eu dei um gemido baixo,
coloquei minha mão em cima da sua querendo que ele faça mais forte, Peter
tirou a mão e me fez deitar na mesa.
- Ainda não acabou a degustação -ele disse dando beijos nos meus seios e
foi descendo.
- É isso que você quer? -ele deu um beijo quente e eu sentia minha barriga
subir e descer.
- Abra.
Fiz o que ele disse rapidamente e senti seu dedo indicador na minha boca,
chupei com força sentindo outra coisa doce e até mesmo enjoativa.
Peter tirou o dedo e eu franzi o cenho tentando identificar o que era aquilo.
- O que é, Emily?
O gosto era doce até mesmo mais do que o anterior, era mais denso também
e o cheiro...
Primeiro foi nos meus seios e fez uma trilha pela minha barriga até chegar
um pouco abaixo do meu umbigo. Ele continua e eu senti ser despejado um
pouco acima da minha intimidade.
Sua voz estava rouca ao extremo, senti ele colocar a boca no meu seio e
passei a língua nos lábios dando um sorriso de lado. Ele traçou a língua por
onde tinha leite condensado até chegar no meu outro seio, apertei meus
dedos dando gemidos baixos e apertei minhas pernas ao seu redor quando
ele mordeu o bico aumentando ainda mais minha excitação.
Quando ele chegou aonde eu queria o mesmo colocou minhas pernas no seu
ombro fazendo-o ter mais livre acesso, foi impossível não levar minhas
mãos para o seu cabelo quando ele me penetrou com a língua.
Senti sua língua no meu clitóris e gemi alto colocando minhas mãos em cima
das suas que estava nos meus seios, sua mão cruzou com a minha e eu as
apertei com força quando gozei intensamente na sua boca.
Minha barriga ainda descia e subia quando ele tirou minhas pernas do seu
ombro, elas estavam fracas assim como a minha satisfação, eu o quero
dentro de mim.
A venda foi tirada do meu rosto e olhei para ele que abria os botões da calça
social, Peter tirou uma camisinha do bolso e abriu me encarando.
O preservativo foi posto e ele ajeitou meu corpo, suas mãos seguraram meu
pulso ao lado da minha cabeça e seus olhos cruzaram com os meus.
Peter entrou dentro de mim com força e eu cravei minhas unhas na mão, Peter
se movimentou com mais rapidez depois que colocou as mãos na minha
cintura.
Gemi erguendo a cabeça e olhei para cima enquanto ele saia e entrava cada
vez mais bruto, meus saltos o apertavam e eu gemi seu nome fazendo ele dar
um sorriso de lado.
Parei de beija-lo e joguei a cabeça para trás quando ele gozou na camisinha,
Peter foi parando devagar e logo depois senti seus beijos no meu pescoço
subindo para o queixo.
Ele colocou a mão na minha cabeça e me fez encara-lo, colei minha testa na
sua sem conseguir respirar direito.
Peter me puxou ainda mais para si, o que era impossível porque meu corpo
já estava todo colado no dele. O beijei entre pausas para olha-lo e o mesmo
colocava meu cabelo para trás.
- Você não vai escapar das minhas mãos tão fácil, Emily -ele disse.
Ele levantou um pouco meu queixo com o indicador e me deu um olhar que
fez meu corpo inteiro se arrepiar.
×××
Até, babys.
41 capitulo
Emily
Dei um resmungo baixo quando senti dedos no meu rosto, quem é o infeliz
que está me acordando?
Porra.
Ouvi uma risada e olhei para Peter que se divertia com a minha cara, tirei
sua mão do meu seio e ele riu alto.
Senti sua mão na minha cintura e ele me puxou para o seu corpo me
abraçando de conchinha, Peter afastou meu cabelo e deu um beijo demorado
no meu pescoço.
Puta que caralho! Certo, preciso parar de falar isso, Adam contagia com
esses palavrões trocados.
- Eu tentei, loirinha.
- Tentou nada.
Dei passos rápidos para o banheiro fazendo um coque no meu cabelo e tirei
a peça entrando no chuveiro em seguida, a água caiu no meu corpo e eu dei
um suspiro. Tomei banho rapidamente e fiz minha higiene matinal, depois
disso desliguei o chuveiro e saí do box vendo Pan encostado na porta com
uma calça jeans no corpo sem nada cobrindo o torso.
- Rubi, Susie e Lisa -levantei três dedos- Devem estar desconfiando até das
próprias sombras agora.
Me enxuguei com a toalha e fui até a pia do banheiro pegando sua escovas de
dente.
- Depois você compra outra -digo quando ele faz cara de indignado.
Escovei meus dentes e passei por ele indo até seu closet quando terminei, o
mesmo veio atrás de mim.
- Você sabe que não poderemos esconder isso por muito tempo, não sabe?
O encarei.
- Emily.
Não sei se quero contar para eles, Peter e eu ainda temos coisas pendentes a
tratar. Mas eu sei que se não contarmos eles podem descobrir por conta
própria, e além do mais me sinto mal por estar mentindo para meus amigos.
- Ok -digo.
- Ok?
- É, ok.
- Está disposta a assumir que está comigo todo esse tempo ao invés de estar
na casa dos pais ou sei lá...na Modus?
- Só vamos contar que estamos mais próximos, somo amigos com benefícios.
- Não somos amigos, isso não faz muito sentido -ele diz e eu reviro os olhos.
- Não devemos satisfação mas eu não quero continuar mentindo sobre onde
estou ou com quem estou -falei e ele concordou.
Pan andou uma parte diferente do closet e abriu duas pequenas portas
liberando uma sacola da Louis Vuitton, ele pegou a sacola preta com o
letreiro branco e andou até mim me entregando.
- Para casos como esse, é bom ter uma roupa...-eu olhava para ele de um
jeito fofo e ele franziu o cenho- Para de me olhar desse jeito e abre logo
isso.
Sorri de lado e ele coçou a nuca, abri a sacola tirando uma lindo vestido
curto cinzento claro com o tecido de cetim. Ele era simplesmente divino.
- Eu gostei -falei sorrindo e fui até ele dando vários beijos em seu rosto, ele
deu uma risada gostosa.
- Você não está atrasada, Brooks? -ele perguntou rindo enquanto eu ainda o
beijava- É, acho que não.
Suas mãos foram para as minhas coxas e ele me levantou no chão, coloquei
meus braços em volta do seu pescoço com as mãos ocupadas pelo vestido e
pela sacola.
Minha toalha se desfez dando visão dos meus seios e ele encarava meus
olhos quando colei minha testa na sua.
- Obrigada -falo.
- Não precisa agradecer, foi algo pequeno -ele diz e eu beijo seu rosto.
Tirei a toalha do meu corpo e olhei para a sacola vendo uma calcinha lá
dentro, e era minha. A tirei e olhei para Peter.
- Você a esqueceu aqui -ele diz- Alguém lavou e colocou na minha gaveta.
- Não abusa.
Ri baixo e ele andou até o mesmo lugar de antes e tirou uma caixa branca
com um pequeno laço azul em cima.
- Eu adoraria ver você usando está noite -ele chegou perto de mim.
Olhei em seus olhos e depois para a caixa, a abri vendo um lindo vestido
vermelho. Abri a boca perplexa e o tirei de dentro piscando várias vezes
para ver essa beldade.
- Peter...ele é lindo -falei analisando o vestido que era brilhoso e com
detalhes que pareciam ter sido feitos a mão, uma fenda aberta na perna e os
ombros expostos com a manga comprida até os pulsos, era perfeito.
Sorri para ele que sorriu de volta, coloquei de volta na caixa e pus minhas
mãos no seu rosto o puxando para um beijo calmo.
- Você vai se dar muito bem esta noite -falei o fazendo sorrir ainda mais.
- É sim, Sr. Ross -falei e lhe dei o último selinho antes dele colocar a caixa
em cima de uma pequena poltrona.
- Tentarei passar por aqui antes da festa para pega-lo -digo e ele concorda-
Não posso aparecer no Atelier com esse vestido agora.
Susie, Lisa, Rubi, Jon e Josh iríamos nos encontrar em um Atelier conhecido
da cidade para ver os ternos de casamento dos dois, finalmente a cerimônia
iria acontecer.
E eu estou atrasada.
Andamos para fora do closet indo até o quarto, nos despedimos com ele
dizendo que iria se arrumar. Os meninos iriam vir para cá somente depois
para acertar umas coisas sobre a nova empresa de Nathaniel.
- Tchau, Axel -falei saindo pela porta vendo ele sorrir para mim.
Merda.
Merda.
Merda.
Dylan, Adam, Nate, Lisa, Rubi e Susie me encaravam com a boca aberta e
com as sobrancelhas quase pulando do rosto, engoli em seco e eles
começaram a piscar de uma maneira exagerada.
É agora.
- Sim.
Virei meu rosto vendo eles correndo de uma maneira hilária, por um
momento me senti em uma desenho animado.
Passei pela porta totalmente ofegante e vi Peter sair do closet ainda com a
calça jeans, uma blusa social preta e os botões abertos.
Corri até ele e abracei seu tronco vendo ele me encarar preocupado.
- Fodeu -falei.
- O quê?
- Você e a Emily? Por que porra vocês esconderam isso? -Dylan perguntou
colocando as mãos na cintura.
- Ah! -Susie gritou e nós olhamos para ela com uma sobrancelha erguida.
Revirei os olhos.
- Não era assim que íamos contar para vocês -Peter diz e eu concordo.
- Puta merda!!! -Adam gritou com as mãos para cima e mostrou o dedo do
meio para Dylan e Nate.
A aposta, é claro.
- Todo esse tempo, você dizendo que estava na casa dos pais ou que estava
na Modus até tarde, você estava com ele? -Susie pergunta e eu aceno.
- Na casa dos pais? Emily só pisa naquela casa por algo extremo -Lisa diz e
me encara.
- Bate um foto, bate um foto -Adam diz batendo no ombro de Nate que bateu
na mão dele em seguida.
- Eu vou te bater, porra -Nate diz para Adam que segurou o riso.
Respirei fundo, me pergunto quando tudo mudou. Agora 4 horas não são
suficientes para ficar com ele.
- Ai meu Deus, eles estão falando ao mesmo tempo -Susie diz dando
palminhas.
- Por que vocês estão agindo como se Peter e eu fôssemos de outro planeta?
-Pergunto.
- Por que vocês se odeiam! -eles gritaram ao mesmo tempo e eu quase fico
surda.
- Olhem -Peter diz os encarando- Isso é recente para nós também, mas não
queríamos contar assim com vocês perseguindo a loira pelo corredor da
minha casa e agora aqui fazendo tantas perguntas.
- Mucura, eu sei que é muita coisa para raciocinar -ela me encarou- Mas nós
íamos contar tudo na festa do Nate.
- Vou fazer uma pergunta -Susie avisa e nós a encaramos- Aquele tênis, foi
você não foi?
- O que é!? Eu sou uma pessoa que se importa as vezes -ele diz fazendo os
meninos rirem.
- Não precisamos falar disso agora, vocês sabem o que eu sinto -ele diz e eu
olho para os meninos que franzem o cenho.
- Cara, você disse para mim que nunca ficaria com uma pessoa como a
Emily -Adam fala e eu encaro Peter que olhou irritado para ele.
- E você nos disse que preferiria ser atropelada por um trem do que beijar o
Peter -Lisa diz e o mesmo me encara.
Tirei suas mãos de mim e ele respirou fundo, os seis perceberam que o clima
mudou e começaram a falar ao mesmo tempo para reverter.
- Olha só, Emy. Não foi bem assim que ele disse... -Adam diz.
- Emy, isso foi antes -Peter diz- Você que preferiria ser atropelada por um
trem.
- Hum sei, mas e aí Peter? Qual a sensação de ficar com alguém como eu? -
Cruzei os braços e ele passou a mão no cabelo.
- Cala a boca -Peter diz e eles ficam em silêncio olhando para todo lugar
menos para nós dois.
- Nos odiamos por muito tempo, Emily. Eu não falava muitas coisas boas de
você porque eu não te conhecia direito assim como você de mim -Peter diz-
Mas agora eu conheço, e não é nada do que eu dizia e pensava.
Céus.
Uma pessoa como eu? O que porra isso significa? Tem algo de errado para
que esse cretino não queira ficar comigo?
Passei pela porta do quarto ignorando meu coração e andei pelo corredor
mas fui impedida de continuar quando uma mão me segurou para me virar de
frente.
Peter colou seu corpo no meu e suas mãos me apertaram, coloquei minhas
mãos no seu peito tentando empurra-lo mas ele me segurava com força.
- Você sabe que o que falei antes não vale mais nada agora -diz.
- Me solta.
Fiquei em silêncio.
- Negue -ordena.
Abri a boca mas não consegui falar nada, Peter apertou meu maxilar e eu
olhei para baixo tentando desviar do seu olhar.
- Agora, Emily.
- Eu sei o que você vai fazer, Peter -falei apertando sua blusa preta.
- Olhe para mim.
Todo o oxigênio que tinha em mim pareceu evaporar, minha boca estava seca
e meus olhos vacilaram encarando os seus que estavam tão decididos e
firmes.
Puxei ar e ele me segurou com mais força, fechei os olhos sentindo todo meu
corpo estremecer.
Droga.
×××
Agora todos sabem, próximos capítulos estão vindo aí. Kkkkk céus.
Confie na santa protetora dos casais que vai dar tudo certo, Amém ❤.
Emily
Seus braços ainda me seguravam com firmeza e ele não parecia querer me
soltar, abri os olhos e o encarei.
- Eu...
- Você não precisa me dizer de volta -ele diz- Quero que faça isso se
realmente sentir, quero que me diga no seu tempo.
- Eu havia dito que assim que soubesse você também saberia -eu não
conseguia desviar- Quando eu vi você saindo por aquela porta tudo se
esclareceu.
Suas mãos subiram pelo meu corpo me inclinando, seus lábios tocaram os
meus sutilmente e ele me abraçou apertado depois. Retribuir o abraçando
com força e fechei os olhos sentindo seus braços me acalmarem, ele tem o
poder de me desmontar inteira mas consegue me confortar em menos de 5
segundos.
- Vá para casa, Emily -ele disse baixo no meu ouvido- Não vou pressionar
você, saiba disso.
- Ele disse que está apaixonado por mim -respondi e Lisa arregalou os
olhos.
- Eu sei, mucura -digo dando um sorriso sem humor- Mas eu não vou
conseguir me afastar.
Respirei fundo.
Certo, está na hora de admitir. Ele tem razão, eu não posso fugir dele para
sempre. Foi tudo muito rápido mas com tantos meses se odiando esse
sentimento estava reprimindo e finalmente ele estourou.
Eu gosto de ficar com ele, eu gosto de vê-lo sorrindo mesmo que na maioria
das vezes seja para me irritar, e eu não consigo descrever a paz que sinto
quando estamos juntos. É tão...normal e certo.
- Está com medo, eu sei -Rubi diz e eu a encaro- Quando me envolvi com
Adam eu também estava apavorada, eu neguei para mim mesma por um bom
tempo.
- Você precisava admiti para si mesma -Lisa diz- Somente assim você
consegue pensar com clareza, sabemos que você tem bloqueios com
relacionamentos mas nem todos são de mentira, nem todos são forçados ou
nem todos os relacionamentos acontecem sem amor.
- Emy, nós acabamos de ver como Peter olhava para você -Susie diz e aperta
a minha mão- Ficou visível que ele está apaixonado, não podemos forçar as
coisas porque tudo precisa acontecer no tempo de vocês dois.
- Vocês dois sempre tiveram uma ligação estranha -Lisa diz e eu dou um
sorriso fraco- Mesmo se atacando frequentemente tinham e ainda tem uma
ligação especial.
- E se você realmente gostar dele, não deixe o seu medo atrapalhar as coisas
-Susie diz- Acho que nenhum relacionamento é igual ao outro, ou é? -ela
pergunta e olha para as meninas que negam sorrindo.
- Tudo bem, e o que você precisa agora? Nesse exato momento? -Lisa
perguntou.
Concordaram.
(...)
As meninas tinham ido embora depois do almoço ver os bebês e deixar tudo
pronto para saírem a noite e ficar algumas horas longe.
Susie estava no seu quarto se arrumando para a festa que era as 21:00, eram
exatamente 20:18.
- Boa noite.
O homem a minha frente usava um terno preto com um pequeno chapéu
embaixo do braço, em suas mãos a caixa branca com o laço azul.
- Isto é para a senhorita -ele estica a caixa- Sr. Ross ordenou que fosse
entregue a você.
Entre abri a boca e peguei a caixa da sua mão, olhei para ela e depois para o
homem agradecendo.
Ele se foi e eu fechei a porta olhando para a caixa e Susie saiu do quarto
com o cabelo em um coque simplesmente perfeito.
Abri a mesma e vi o vestido que ele me mostrou hoje pela manhã, havia um
cartão branco em cima do mesmo.
"Não sei se você irá aparecer está noite, mas se aparecer eu tenho quase
certeza que está precisando de um incentivo agora"
P.R
Deixei a caixa na cama e fui até o banheiro tomando uma ducha relaxante, fiz
minha higiene e depois disso escovei os dentes tirando o gosto de chocolate
da boca, só dei um pequeno gole no whisky, caso contrário eu iria ficar
bêbada e não iria a festa.
No meu quarto eu passei óleo corporal nas pernas as deixando macias e logo
depois nos braços trazendo para o restante do corpo.
Me maquiei com algo não muito forte, sombra fraca mas brilhosa e lábios
preenchidos com um pequeno lip tint que avermelha a boca deixando natural.
Olhei para trás vendo Susie com o vestido que fiz para ela, Susie é a minha
modelo e nada tira isso da minha cabeça.
O vestido era longo com o acabamento rodado e liso da cintura para baixo, o
torso era desenhado por pequenas pedras brilhantes e as alças eram finas
com o decote que valorizava seus seios, Susie estava gostosa.
- Eu não duvido disso -ela diz e se aproxima vendo o vestido- Quer ajuda no
zíper.
- Seria ótimo.
Peguei a roupa e a vesti puxando para cima, passei por meus braços e
encarei meus ombros expostos, Susie fechou o zíper atrás e deu batidinha
quando terminou.
Sorri e andei até o espelho vendo meu reflexo, entre abri a boca e vi como
ele coube perfeitamente no meu corpo.
- Não antes de eu dizer que sou apaixonada por ele -digo baixo me
encarando pelo espelho novamente.
- Está pronta?
Olhei para ela que pareceu perguntar nos dois sentidos e eu respirei fundo.
- Eu estou pronta.
×××
Emily
Avistamos Lisa e Rubi andando na nossa direção e andamos até elas, Rubi
usava um vestido prateado de cetim que tinha uma fenda bastante sexy na
perna esquerda, Lisa usava um vestido da cor vinho que tinha o torso
rendado dando elegância a tudo, seus seios estavam bonitos assim como o
batom em sua boca que combinava com o vestido.
- Estão todos olhando para nós quatro agora -digo e elas olham em volta.
- Eu devo estar mais vermelha que o seu vestido -Susie diz e coloca as mãos
na bochecha.
- Susie, você está linda. Deixem admirar você porque ninguém vai tocar -
Digo e a abraço de lado.
- Não fala muito alto senão ela desiste -Rubi sussurra e Lisa faz um "o" com
a boca.
- Ele estava com Peter em algum lugar -Dylan responde olhando em volta.
Meu coração acelerou um pouco mas foi rápido, pelo menos ele já está aqui.
- O quê? -Pergunto.
- Você gosta do Peter -Dylan diz com uma voz estranha, só faltou ele me
cutucar como se eu fosse meu tio mais velho e eu apaixonada pelo namorado
de escola.
- E?
- Ei, achei vocês -ouvi uma voz atrás de mim e me virei vendo Nate.
- Olha o modelo de perfume -Adam diz- Você está um gato nesse smoking.
Nate olhou para mim e me abraçou rapidamente, ele olhou para Susie que o
encarou de volta. Nathaniel observou cada detalhe da franjinha que engoliu
em seco cruzando os braços.
Olhei para as meninas que deram um sorriso pequeno e olhei para os dois
que estavam totalmente aéreos, são tão inteligentes para uma coisa mas são
completamente tapados para outra, puta que pariu.
- Para o que precisar -falei dando tapinhas no seu ombro e ele me olhou com
uma cara de tédio.
- Posso contar aquela vez que você atropelou duzias de galões de água e
depois foi preso pela polícia na Itália? -Adam pergunta e nós abrimos a boca
perplexas.
Que porra!
- Eu volto daqui a pouco -ele desviou o olhar e saiu de perto de nós andando
para outro "grupinho"
- Olha, Peter está ali -Dylan disse a apontou para trás de mim.
Me virei ficando de costas para ele e de frente para Pan que não usava
Smoking como os três e sim um terno todo preto e formal, essa porra pode
usar uma calcinha que ele vai ficar bonito.
Só o que não era bonito era a perua que tava do lado dele cochichando no
ouvido do mesmo, levantei uma sobrancelha já ficando com um pouco de
ciúmes e pus as mãos na cintura.
Ela tinha o cabelo loiro bem parecido com meu e seu vestido era um azul
escuro, a mulher cochichou no ouvido dele de novo e Peter balançou a
cabeça parecendo negar.
Claro.
Não demorou muito para os meus passos aparecerem, andei na direção dos
dois com passos confiantes e os 5 atrás não me impediram nenhuma vez,
certos, senão ia apanhar os 5.
Fui me aproximando e vi quando ela colocou a mão no peito dele, Peter tirou
de lá e foi nesse exato momento que cheguei.
- Com licença -falei e coloquei o dedo na sua testa a empurrando para trás.
- Pode achar outro homem para perturbar -falei- Ele não precisa mais.
- Namorada? -ela cruzou os braços me olhando de cima abaixo com seus
olhos azuis- Quase corna.
- E você vai virar um pimentão quando minha mão entrar em contato no seu
lindo rosto plastificado -levantei a mão direita- Quer ver?
Normalmente não gosto de apelar para a violência, mas eu odiei ver essa
mulher dando em cima do brutamonte aqui.
Me aproximei mais dela que deu um passo para trás travando o maxilar. A
mulher revirou os olhos e deu passos se afastando de nós dois, vi ela rebolar
até outra cara que estava encostando em uma grande pilar, e ela começou
seus encantos de sereia escrota.
Virei meu corpo para Peter que estava com os braços cruzados e uma
sobrancelha erguida.
- Sim, eu estava com ciúmes -digo e ele aperta a boca em uma linha reta
concordando.
Coloquei as mãos na cintura olhando para baixo e respirei fundo mais uma
vez quando o olhei novamente, Peter passou a língua nos lábios e olhou para
o lado distraído, mas nem tanto já que suas mãos me puxaram pela cintura
em seguida e seu corpo colou no meu, foi suficiente para eu ficar ofegante.
- O que você quer me dizer, Emily? -Ele perguntou baixo e juro que minha
calcinha molhou um pouco.
Falei rápido mas pareceu que eu soletrei cada palavra, Peter apertou minha
cintura com mais força e ele não falou absolutamente nada.
Nos encaramos por uma eternidade, ele analisava minha expressão como se
perguntasse a si próprio que eu estava dizendo aquilo mesmo.
- Diga de novo.
Peter alisou meu cabelo parando sua mão ao lado do meu rosto e logo depois
seus lábios colaram nos meus, seu beijo era intenso e lento. Ele parecia
apreciar cada segundo e eu não estava muito diferente, Peter me apertou
contra ele e eu gemi de satisfação por beija-lo.
Nos afastamos sorrindo um para o outro e ele colocou ambas as mãos nas
minhas bochechas.
Alguns flashes vieram na nossa direção e olhamos para o lado vendo vários
homens com câmeras apontadas para nós dois, Peter e eu viramos o rosto.
- Certo -ouvimos a voz de Nate que afastou os fotógrafos- Acho que já está
bom.
De longe eu vi Adam com seu celular apontando para nós dois enquanto o
restante deles estavam atrás admirando a foto com um sorriso imenso.
Peter pegou na minha mão e nós dois olhamos para os 5 que acenaram
sorrindo, sorri de lado e Peter e eu demos passos rápidos até a porta branca.
Ele sorriu para mim e juntos atravessamos o corredor que depois de dobrar
algumas vezes nós chegamos no estacionamento que estava vazio.
Andamos para o carro dele que não parecia tão longe, avistei a Ranger
Rover estacionada e dei um sorriso contente com nossas mãos ainda juntas.
- Quero ouvir você gemer assim no meu ouvido a noite toda -ele disse agora
beijando meu pescoço.
Fechei os olhos e resmunguei quando suas mãos apertaram meus seios por
cima do vestido.
Eu me sentia encharcada.
Entrei no carro e ele deu a volta, percebi uma movimentação vir de onde
passamos e eu arregalei os olhos quando vários fotógrafos eufóricos
surgirem.
Saí do carro rapidamente e ele estendeu a mão para mim assim que apareceu
no meu campo de visão, passamos por uma imensa porta de vidro e andamos
para dentro da recepção. O hotel era lindo e bastante luxuoso.
Entramos no elevador e ele rapidamente veio para cima de mim, mas Peter
me virou de costas fazendo eu encarar as paredes metálicas e abaixou o
zíper do meu vestido deixando fácil para ser retirado.
Entrei no quarto o puxando pela gravata que fechou a porta atrás de si e foi
tirando o terno, me livrei dos meus saltos e Peter puxou meu vestido para
baixo em seguida.
Ele olhou para a minha lingerie branca e entre abriu a boca me olhando nos
olhos em seguida.
Caí na mesma e sorri vendo ele desabotoar os botões da blusa social, ele a
tirou de uma maneira que faz você ficar sem fôlego. Peter levou as mãos
para o cinto da calça e eu apertei a coxa uma na outra.
Ele a abaixou ficando apenas com a cueca boxer preta e abriu minhas pernas
se colocando entre elas, ele beijou meu pescoço e eu apertei suas costas
quando ele se impulsionou para frente fazendo seu membro roçar na minha
intimidade e eu arfar.
- Peter -gemi no seu ouvido e ele pegou nas minhas mãos colocando ao lado
da minha cabeça.
Peter me virou de costas e eu gemi quando sua mão puxou meu cabelo, ela
deslizou até o meu sutiã e o tirou do meu corpo.
- Não quero usar camisinha, eu quero sentir você -ele disse e depois me
virou novamente.
Abri mais minhas pernas e coloquei na sua cintura quando ele se inclinou
sobre meu corpo, Peter se posicionou na minha entrada e me encarou vendo
o quanto ofegante eu estava.
Coloquei minhas mãos em cima da cabeça e abri os olhos vendo ele encarar
minhas expressões, sorri de lado e ele estocou com força fazendo eu gemer
alto.
Meu quadril se mexia junto com o dele e eu apertei seu cabelo quando ele
beijou meu seio esquerdo e logo depois o direito.
Passei a língua nos lábios e levei minhas mãos para o seu tronco o puxando
mais para mim, Peter me beijou e eu o ouvi dar um gemido contido.
E eu acho que apenas com um olhar ele entendeu de vez que eu jamais fugirei
dele, pelo menos não mais.
×××
Minhas leitoras estavam tão assustadas que pensaram o pior dessa festa,
KKKKKK não sou tão ruim, minha gente...quer dizer...as vezes.
Tchauzinho ❤.
44° capítulo
Peter
Levei a xícara branca até a boca e bebi um gole de café vendo a bela vista
de Nova York.
Eu estava sentado na varanda usando apenas a calça social, havia uma mesa
ao meu lado com o café da manhã completo.
Olhei para dentro do quarto que era iluminado pela luz do sol e sorri de lado
vendo Emily enrolada nos lençois brancos enquanto dormia.
Eu estava extremamente satisfeito por saber que ela também está apaixonada
por mim, não sei o que faria se não estivesse.
Emily Brooks é um turbilhão de sensações, eu acho que já senti tudo por essa
mulher, raiva, ódio, tesão, tristeza, arrependimento e amor. Esse último é
uma coisa que eu não pensei em sentir por outra mulher tão cedo, mas claro
que Emy derrubou essa barreira.
Olhei para o lado e a vi enrolada nos lençois brancos, seu cabelo estava
solto e bagunçado a deixando sexy. A puxei pela cintura e a mesma se sentou
no meu colo, a dei um selinho rápido e ela pegou minha xícara de café
levando até a boca.
- Vou investir em uma máquina de sexo apenas para você -digo e ela ri me
beijando nos lábios calmamente.
- Não quero -diz e se deita no meu peito- Precisa ser você.
- Está ansiosa, Emily Estella Brooks? -perguntei e ela sorriu fingindo estar
com vergonha.
- Hoje é domingo.
- Isso não me para -digo e ela concorda passando a mão no meu cabelo.
- Tão homem de negócios -ela diz- Deveria trocar o nome da empresa para
Wilson, fica mais másculo.
Porra.
- Eu ouvi Adam gritar "Peter Wilson Ross" -ela colocou a mão no queixo-
Fiquei um pouco confusa confesso mas...eu adorei.
- Shi! -ela colocou o dedo na minha boca e eu a olhei irritado- Não precisa
se exaltar, Wilson.
Tirei sua mão na minha boca e logo depois puxei o lençol que cobria seu
corpo a deixando nua, Emy entre abriu a boca e eu me levantei com ela no
colo que colocou as mãos na minha nuca sorrindo.
(...)
Ela olhou para mim que estávamos dentro do meu carro, Emy usava o
vestido da noite passada e concordou se inclinando na minha direção.
Peguei o elevador e fui até o andar da minha sala, tirei meu celular do bolso
e procurei pelos números que iriam me ajudar.
Entrei na sala e as três vozes surgiram quase ao mesmo tempo mas todas com
a mesma palavra.
- Pan!
- Ele não dá nem bom dia, olha como é mal educado. Adam está certo -Rubi
diz e as duas riram.
- Ah sim, desculpe -Lisa diz- Leve-a para algo que a divirta, coisas
monótonas deixam Brooks no famoso tédio.
Franzi o cenho.
Ok...
- Espero que dê tudo certo para vocês dois, podem contar com todos nós -
Rubi diz.
- Se você magoar ela eu juro que paro de falar com você e ainda trago Dylan
comigo -Lisa diz doce.
Deus me acuda.
- Princesa! Leticia! Eu acho que Maia está batendo nos irma...com quem
você está falando?
- Você sabe que eu estou falando com o Peter não é? Credo -Rubi diz e eu
tento não me sentir ofendido, só tento.
- Não estou falando de você -Adam diz- Estou com falando com você seu
Peter Pan traidor.
Revirei os olhos.
- Você estava me traindo com a Emily todo esse tempo -ele diz fingindo
chorar.
- Você me traiu primeiro quando casou -falei- E você ganhou 500 mil nas
minhas costas.
- 1,2,3 ou 4? -Adam pergunta e eu ouço uma pequena briga, acho que Rubi
está tentando tirar o celular da mão dele.
- Sei lá, Adam. Danny deve achar que é tudo a mesma coisa, ele nem presta
atenção -Lisa diz- Dylan que gosta de assistir mas diz que é o filho que quer.
Óbvio.
- Aí, Rubi!
- É o nome que demos para os dois, é uma junção dos nomes de vocês -Susie
explica.
Eu iria para casa agora tomar um banho e analisar tudo isso para estar pronto
para amanhã de manhã, levarei cerca de uma hora e meia para fazer isso.
×××
Pensou que não ia ter capítulo hoje né minha filha? E não ia ter mesmo,
mas é aniversário da minha leitora Daiipaiixao e obviamente atendi o
pedido, tenho o coração mole...não abusem dele rsrs.
Até, babys.
45° capítulo
Emily
Amarrei meu cabelo em um coque e fui até a cozinha pronta para atacar a
geladeira.
Primeiro, tudo o que você faz com a pessoa que envolve sentimentos parece
ser mais intenso que tudo. Ontem definitivamente foi comprovado isso.
Segundo, Peter Ross não sai da minha maldita mente. Eu penso nele de 30
em 30 segundos, fora a Susie que aparece do nada me dando um sorriso
genuíno, eu acho que ela está mais feliz que eu, e então lá estou lembrando
dele novamente.
Terceiro, eu estou me sentindo uma trouxa mas uma trouxa feliz, é bom estar
apaixonada por alguém. É um sentimento bom e novo, ainda estou
descobrindo algumas coisas
- Você está olhando para essa geladeira já tem uns 10 minutos -virei o rosto
vendo Susie.
- Estou fazendo minhas anotações -digo e ela concorda indo até a lixeira e
jogando o pote de sorvete fora.
Susie andou até a geladeira e a abriu pegando outro pote de sorvete, levantei
uma sobrancelha.
- Outro?
- Está de de TPM?
Sorri de lado.
Ela sorriu pequeno e levou a colher até a boca com uma enorme quantidade
de sorvete que quase não cabe na boca dela.
- Eu hein -falei e ela foi para o quarto rindo quase se afogando com o
sorvete.
Andei até o meu quarto vendo meu celular em cima da cama, "Wilson Pan"
estava na tela, se Peter ver isso ele me mata.
- Pan -atendi.
- Está arrumada?
Olhei para o meu corpo vendo meu short jeans, minha blusa vermelha com
mangas longas e minha botinha preta cano curto.
- Sim.
Sorri de lado.
- Estou descendo.
Saí pelo portão e vi Peter de costas com os braços cruzados, ele usava uma
calça jeans escura e uma camisa cinza que destacava seus músculos
deixando as tatuagens dos braços a mostra, Jesus Cristo.
Me aproximei dele e o abracei por trás, ouvi ele dar uma risada baixa. Pan
colocou as mãos em cima das minhas e as tirou se virando de frente para
mim, ele as colocou nos seus ombros e me puxou pela cintura em seguida.
- Está pronta para o nosso primeiro encontro? -Ele perguntou alisando meu
cabelo.
- Eu acho que a pergunta certa é, você está pronto para lidar comigo em um
encontro?
Ele sorriu.
- Para qualquer situação, aprendi isso nos meses que conheço você -ele diz.
- É surpresa.
- Não.
Revirei os olhos.
- Vamos.
Ele me soltou e se virou de frente, meus olhos procuraram pelo seu carro
mas não o achei.
- Cadê...
- Não vamos de carro -ele me corta e aponta para a moto a sua frente.
Saí da sua frente indo de volta para o meu prédio mas sua mão pegou no meu
braço me puxando de volta, resmunguei quando ele me apertou contra seu
corpo.
- Lily é inofensiva.
Peter me soltou e foi até Lily pegando um pequeno capacete azul escuro, ele
colocou o treco na minha cabeça e fechou duas tirinhas que tinham embaixo.
- Não.
- Tem certeza?
- Emily, eu não deixaria nada acontecer com você -ele diz me encarando.
- Ok -digo.
Dei passos até ela e apoiei minha mão no ombro direito de Peter e me sentei
na Lily que tinha o banco de couro preto.
Agarrei o tronco de Peter e ele riu da força que eu estava fazendo saindo do
lugar em seguida.
(...)
- Ai meu Deeusss!
Gritei com as mãos para cima enquanto o vento batia no meu rosto, fechei os
olhos sentindo o sol da tarde no meu corpo e dei enorme sorriso.
Certo, talvez eu estivesse com medo a uns 15 minutos atrás de estar em cima
dessa moto mas essa sensação é boa demais!
Mas, é assim mesmo. Não gostava do Peter mas agora eu gosto, as coisas
mudam.
Abri os olhos e coloquei minhas mãos nos seus ombros dando uma risada.
Ele também tirou o capacete e nós dois andamos para a entrada do prédio, eu
apenas analisava as coisas tentando enteder porque estamos aqui.
- Sr. Ross.
Olhei para o lado vendo um homem pegar os dois capacetes e Peter acenar
com a cabeça, ele pegou na minha mão vendo meus olhos semi cerrados para
ele, o mesmo sorriu de lado.
- Nós não vamos transar -ele me corta- Bom, pelo menos não agora.
- Espera.
Andamos juntos até virar para a esquerda e eu apertar sua mão quando vi um
helicóptero preto parado, um homem estava perto do mesmo com as mãos na
frente do corpo parecendo um segurança.
Depois de fechar minha boca e parar de piscar eu olhei para Peter que tinha
um sorriso de lado na boca.
- Você...
- Nós vamos sobrevoar Nova York para ver o pôr do sol -ele diz.
- Mentira.
Minhas mãos estavam na sua nuca e logo depois ele deu vários beijos no
meu rosto me fazendo dar um risada, peguei no seu braço e andamos até o
helicóptero rapidamente.
O carinha falou conosco e nos deu fones de ouvido com microfones para
comunicação, Peter e eu entramos no helicóptero nos acomodando um na
frente do outro enquanto o homem entrava para pilota-lo.
Pan ajustou algumas coisas no meu assento e fez o mesmo com si depois,
olhei para fora pela pequena janela e dei um sorriso nervosa.
Quando eu ia dizer algo o homem começou a falar com o vento dando alguns
tipos de códigos, olhei para Peter que pegou nas minhas mãos as beijando
em seguida.
- Obrigada.
Ele me deu um selinho calmo e eu sorri ainda de olhos fechados. Céus, Peter
Ross é tudo o que eu nunca imaginei.
Nos ajeitamos quando o piloto disse que iríamos subir e logo depois ouvi o
barulho das hélices, senhor Jesus Cristo, eu estou ansiosa.
- Sim.
Sorri de lado, é claro que sabe. Continuei apreciando a vista por vários
minutos com tantas sensação no meu corpo, essa é a coisa mais romântica e
incrível que já fizeram para mim.
Céus.
- Sr. Ross.
- O que você está fazendo? -Perguntei colocando minha mão em cima da sua.
Peter revirou os olhos e abriu a porta de uma vez, olhei para a vista que teve
mais visibilidade da cidade.
- Caramba...
Falei vendo aquilo, se isso for um sonho e alguém me acordar vai levar uma
bicuda minha. Era tão lindo e perfeito...eu acho que é a coisa mais linda que
já vi na minha vida.
Eu sabia que o olhar de Peter estava em mim e que minha expressão deve
estar igual de uma retardada agora mas eu não me importo, eu estou
maravilhada demais.
- É lindo não é? -Ele pergunta- Você tem que ver a estátua da liberdade.
Somente meus pés ficaram para fora e eu os balancei um pouco olhando para
frente me sentindo uma criança, o helicóptero rodeava a grande estátua da
liberdade que surgiu no meu campo de visão.
Admirei aquilo tudo e tentei memorizar cada detalhe para nunca me esquecer
desse momento, sorri de lado me sentindo feliz.
Olhei para Peter que tinha atenção na estátua da liberdade, coloquei minha
mão na sua perna e ele me encarou.
Subi minha mão esquerda pelo seu corpo e o puxei pela nuca, sua testa colou
na minha e eu fechei os olhos sentindo seus lábios roçarem nos meus.
Sua mão direita foi para o meu cabelo e eu gemi baixo quando sua língua
tocou a minha, como sempre o beijo se encaixou perfeitamente. Apertei sua
nuca com mais força e ele mordeu meu lábio inferior antes de nos
afastarmos.
Eu ainda estava de olhos fechados com a testa colada na sua quando ele
deslizou a mão pelo meu rosto e levantou um pouco fazendo seu nariz roçar
no meu.
- Eu amo você.
Abri os olhos e pisquei algumas vezes o encarando, Peter olhou para meus
lábios e subiu até o olhos que e o encaravam fixamente.
É a primeira vez que dizemos isso um para o outro e parece que meu coração
vai sair pela minha boca.
- Preparada para o final? -ele perguntou quando desviou o rosto para falar
ao meu ouvido.
- Eu tenho, mas está diminuindo. Acho que Lily está ganhando meu coração.
- Espero que o dono também -ele disse dando dois tapinhas na minha cabeça
e eu olhei com tédio.
- Vou adorar ajudar você a conseguir algo mais concreto em algumas horas.
- Cretino.
- Que você é amarradona -ele tocou na minha testa- Acabou de dizer que me
ama.
×××
Emily
A primeira coisa que fiz quando entramos no elevador foi empurra-lo até a
parede.
Minhas mãos foram para a sua nuca e eu sorri antes de puxa-lo para um beijo
ardente, sua língua entrou em contato com a minha e eu dei um gritinho de
susto quando Peter me fez virar.
Ele deslizou a mão direita pela minha barriga e eu gemi na sua boca quando
ele apertou minha intimidade por cima do short jeans.
Porra.
Sua testa estava colada na minha e ele deu um sorriso ofegante encarando
meus lábios.
- Eu acho que nunca vou conseguir parar -ele riu e me deu um selinho
demorado abraçando minha cintura depois.
- Pode me contar aonde vamos agora? -Perguntei vendo ele apertar o botão
para descermos.
O elevador se abriu e nós dois saímos dele de mãos dadas, eu acho que
posso me acostumar com isso.
Ele falou com Peter brevemente e acenou para mim quando saímos do grande
prédio, olhei para Pan com um sorriso pequeno e ele fez uma cara de
deboche.
- Shiu.
- Você é muito romântico! Sobrevoar Nova York vendo o por do sol com a
vista tão perfeita e agora vamos fazer uma espécie de piquenique noturno -
levei meu indicador até o seu rosto cutucando.
- Ah! Que bom que você é romântico porque eu não sou nada -digo e ele
levanta uma sobrancelha.
- Eu sou romântico -ele apontou para si- E você não é -apontou para mim-
Você gostou porque como somos um casal temos um equilíbrio.
- Pepe está se precipitando.
- Para eu ouvir.
- Não lembro de você pedir nada para mim -falei e ele abriu a boca
perplexo.
Ai meu Deus.
Peter e eu nos amamos, eu sei disso. Quero ficar ao lado dele e criar
momentos com esse cretino sexy, talvez...
- Não, deixa que eu peço -digo e vou me abaixando, Pan arregala os olhos.
- Levanta, porra! -ele disse tentando me puxar e eu que o puxei fazendo nós
dois ficarmos de joelhos.
Olhei para seu corpo ajoelhado com o meu na mesma situação e levantei uma
sobrancelha.
Franzi o cenho.
- Não -responde.
Abri a boca para ignora-lo com sucesso mas ele foi mais rápido quando
colou o corpo no meu e me fez levantar junto com ele.
- Não.
- Emily!
Ri alto.
- Não consegue ficar longe de mim não é? -Perguntei rindo e ele colocou as
mãos na cintura.
- Sabia que deveria evitar homens como você -coloquei a mão no rosto
fingindo estar triste- Seu tipo só usa a gente e depois descarta.
Por um momento eu pensei que ele fosse me dar um tapa daqueles que ele me
dá.
- Quer que eu explicar como funciona um namoro para você? -ele perguntou.
Peter veio para cima de mim e eu ri quando ele me pegou pela cintura me
apertando contra seu corpo.
- Desde que você entrou na minha vida eu desconheço essa palavra, mas
diferente de antes -ele analisou meu busto- Você pode reclamar enquanto eu
fodo você -ele aproximou os lábios do meu ouvido- Até que as palavras
sumam e apenas gemidos saiam da sua boca.
- Não diga que terminamos novamente, não gosto como soa -ele me soltou
devagar e eu abri os olhos vendo-o pegar o capacete.
Filha da mãe.
(...)
- Estamos andando não tem nem 2 minutos -ele diz e eu entrego a cesta
primeiro.
Pan colocou a cesta no chão e logo depois desci do seu colo, o ajudei a
colocar o pano preto no chão e logo depois nos sentamos uma ao lado do
outro.
- Hum profundo.
Ele sorriu de lado e tirou a garrafa de whisky seguido de dois copos, ele me
entregou e eu abri a garrafa nos servindo.
O encarei.
Olhei para cesta mais minuciosamente e percebi que era térmica, Pan tirou
algumas velas de dentro e eu peguei das suas mãos, ele as acendeu com um
isqueiro e eu coloquei perto da nossa maravilhosa refeição.
Sorri de lado.
Peter sorriu.
- Por que você jogou ela para cima dele? Por que você não o seduziu?
- Ele não gostava de loiras -digo- E eu jamais transaria com ele só por um
nota alta.
Parei de comer a pizza e apertei a boca em uma linha reta. Eu não joguei ela
com tantas intenções assim, só apresentei e o iludido ficou apaixonado.
- Você é uma péssima amiga -ele diz- Você as joga para professores...
- Você dá os nomes delas para caras que você transava apenas para se livrar
deles e depois eles aparecem em festas tentando agarrar você, verdadeiro
Karma, Brooks.
- Não importa o que fiz no passado, eu só preciso que elas saibam que
estarei com elas para qualquer merda que acontecer -digo cruzando os
braços- Todos nós erramos.
- Sim, isso é verdade -ele diz- Precisamos nos apoiar sempre.
Concordei.
- Vamos entrar?
Ele me encarou.
- Não, obrigado.
Dei de ombros.
Puxei minha blusa para cima liberando meu sutiã preto e agora dando maior
visibilidade a minha calcinha da mesma cor.
Andei até a entrada da cachoeira e olhei para Pan que ainda estava sentado,
ele não parecia acreditar que eu iria entrar nessa porra.
- O quê?
Logo depois disso eu pulei na água ouvindo ele chamar meu nome,
obviamente eu estava mentindo. Sei nadar muito bem graças as minhas aulas
de natação na escola mas Pan não sabe disso...até agora.
Nadei um pouco sem subir para a superfície e ele surtar lá em cima. "Não,
obrigado", blá blá blá.
Não acredito que ele não pulou na água para me salvar, capaz dele ter ido
procurar ajuda.
Nadei para sair da cachoeira e cheguei até a grama novamente, olhei para
onde estávamos e suspirei.
Me virei para trás e com o susto eu acabei direcionando meu punho até a
barriga de Peter que apertou a boca em uma linha reta e deu um resmungo.
- Não interessa, você tem que pular na água quando uma mulher diz que não
sebe nadar.
- Pareceu? Então você acha? Meu Deus, eu ia morrer e você não ia fazer
nada -falei.
- Você está com raiva porque eu não entrei lá com você -ele fala e eu fecho a
cara.
- Não.
- Sim.
- Não.
- Sim.
- Não, eu não...
Coloquei a mão na boca e não demorou muito para ele subir para a
superfície, seu cabelo estava todo molhado e a blusa cinza colada no seu
corpo.
- Você não vai terminar comigo não é? -Perguntei e ele passou a mão no
cabelo o tirando do rosto.
- Não.
×××
Eu corria...ou não.
Meus bebês agora estão namorando 😂😂😂 essa é boa pqp.
Até, sabado.
47° capítulo
Emily
E a minha escolha nesse momento foi dar passos para trás vendo Peter sair
da água, seus dedos foram para os botões da calça e eu fiquei sem ar.
Seus lábios colaram nos meus e eu senti seu membro já ganhando vida, levei
meus dedos até o fecho do meu sutiã e eu o desfiz rapidamente tirando do
meu corpo.
Peter apertou meus seios com ambas as mãos e eu gemi na sua boca, levei
minha mão direita até o seu membro que ainda estava coberto pela calça
jeans e o acariciei devagar ouvindo ele resmungar.
Tirei minha mão e me ajoelhei na sua frente lentamente, Peter levou os dedos
para a calça e a abaixou um pouco fazendo seu membro ereto aparecer no
meu campo de visão.
Ele pegou no meu cabelo enrolando entre seus dedos e eu coloquei minha
mão direita em cima deslizando para cima e para baixo, Peter apertou meu
cabelo e eu dei um beijinho na ponta.
Lambi a ponta que tinha um pouco de pré gozo e coloquei na boca sem tirar
os olhos dele, comecei em um ritmo lento vendo ele dar gemidos baixos e
passar a língua nos lábios.
Levei minhas mãos para a sua calça em um momento eu a puxei para baixo
me dando o que eu queria.
Engoli tudo e depois passei a mão na boca, encarei Peter que respirou fundo
passando a mão no cabelo.
Me inclinei para trás deitando as costas no pano preto e seu olhos estavam
em mim, abri as pernas como se estivesse o chamando e o mesmo sorriu de
lado.
Ele colocou minhas pernas na sua cintura e me puxou na sua direção, senti
sua boca nos meus seios e mordi o lábio inferior dando resmungos baixos.
Peter apertou minha cintura trazendo os dedos até o meio das minhas pernas,
ele tocou na minha intimidade por cima da calcinha e depois retirou o dedo.
Me firmei no seu colo e toquei no seu peito o inclinando para trás, Peter me
encarou em cima dele e deu um sorriso de lado.
Puxei sua camisa um pouco para cima e toquei no seu membro novamente
vendo ele arfar.
Toquei na minha intimidade apenas para afastar minha calcinha para o lado e
me posicionei no seu membro, arfei quando desci lentamente sentindo ele me
penetrar.
Tirei minha mão do seu peito e apertei os lábios sentindo suas mãos subirem
pelas minhas pernas e ele as apertar em seguida.
Sorri de lado.
Me inclinei na sua direção e dei um beijo rápido nos seus lábios, rebolei
lentamente e ele apertou a boca em uma linha reta.
Sorri pequeno e levei minhas mãos para os seus ombros cravando minhas
unhas, Peter resmungou e levou as mãos para a minha cintura me
movimentando mais rápido.
Me inclinei ofegante e apoiei minha cabeça no seu ombro, Peter abraçou meu
corpo e logo depois tirou o cabelo que caia no meu rosto.
Beijei seu peito coberto pela blusa e ele o topo da minha cabeça.
(...)
- Eu acho que nunca me divertir tanto com você como hoje -falei e ele se
encostou na moto.
Ele sorriu.
- Você também, Srta. Brooks. Espero ter mais dias como esse com você.
Vi ele sair do lugar e logo depois dirigir para longe, sorri que nem uma
idiota e coloquei as mãos no bolso do meu short caminhando para o meu
prédio.
Estava tudo em uma completa escuridão a não ser pela luz que vinha da
televisão e uma franjinha toda encolhida no sofá.
Sorri de lado e fechei a porta com força bem na hora do susto do filme,
Susie quase cai no chão com o susto e eu começo a rir ao me lembrar da cara
de apavorada que ela fez.
- Por que está assistindo filmes de terror, pensei que não gostasse.
Sorri de lado.
×××
É isso, até mais tarde ou só quarta mesmo (To de dedinhos cruzados para
que seja mais tarde) ❤.
[Bônus]
Nathaniel Venturelli
Noite da festa...
- Sim.
Olhei para ela, seus lábios estavam cobertos por um batom vermelho e o
vestido amarelo que não deixava muito para a imaginação, a pele bronzeada
e o cabelo loiro amarrado no alto.
- Senhor.
Virei meu rosto para o lado e encarei um dos seguranças que contratei, me
arrependi confesso. O cara vem avisar o que as pessoas fazem de 5 em 5
minutos.
- Diga -ordeno.
Franzi o cenho.
- Fale!
- Nathaniel.
Passei por um grupo que acenou para mim, levantei dois dedos e acenei de
volta ainda seguindo caminho, entrei no corredor vendo as portas e fui até a
terceira.
Olhei para o seu corpo e joguei a cabeça para o lado, parei atrás dela e a
mesma parecia muito concentrada já que não percebeu minha aproximação.
Semi cerrei os olhos quando senti seu cheiro invadir minhas narinas, era um
cheiro bom. Ela deu uma risada encarando o livro e eu rapidamente soube
que era Susie, olhei para o vestido e confirmei.
- Qual a graça?
Susie se abaixou pegando o livro que estava nos meus pés e eu vi alguns
detalhes que tem uma visão boa daqui de cima, ela olhou para mim ainda
abaixada e eu foquei no seu decote que chamava uma atenção para si
próprio.
Olhei para seus olhos e apertei o maxilar, o fato de que toda vez que estou
sozinho com Susie alguma posição sexual aparece deveria ser investigado.
- Por favor, levante -falei e ela levantou limpando o livro.
Seu corpo subiu um pouco tentando alcançar o espaço vago e meus olhos
desceram pelas suas costas parando na bunda que parecia tão arrebitada,
ainda mais nessa posição.
Não sei se ela faz isso de propósito ou apenas está agindo naturalmente, isso
é intrigante.
Me aproximei dela e meu corpo colou no seu, peguei o livro da sua mão
colocando no local indicado e vi quando ela olhou para baixo piscando
algumas vezes.
Susie olhou para mim por cima do ombro e depois tossiu falsamente, ela
virou de frente colocando a mão no meu ombro me afastando um pouco.
- Você sempre fica tão perto das pessoas assim? -Ela perguntou e eu analisei
seu rosto e busto, ela tinha alguns sinais no peito.
- Não -respondi.
- Bom, ainda bem -ela diz- Caso contrário teria alguns processos.
- Não, eu não teria.
Continuei a encarando, sua boca tinha um leve toque de batom mas nada
muito exagerado, seu cabelo estava preso em um coque e esse
vestido...porra.
Ela entre abriu a boca e olhou para o mesmo o alisando, sua bochechas
tinham um leve tom corado.
Sorri de lado.
- Eu estou -falo.
Susie Jones está agindo como se minhas mãos não tivessem apertando seu
corpo em um quartinho de hospital, terei de relembra-la?
Seu corpo não estava colado no meu e apenas minha mão no seu braço a
impedia de ir embora.
Susie desviou o olhar provavelmente fugindo do meu, sei que ela é uma
mulher tímida e até mesmo retraída mas eu não consigo deixa-la confortável
na minha presença.
Susie se virou caminhando para a porta e eu passei a língua nos lábios, semi
cerrei os olhos.
Não gosto disso, não gosto de ter a curiosidade aguçada por Susie Jones.
- Eu levo você.
Ela parou de andar e eu a encarei vendo ela ainda de costas, não sei que
porra estou fazendo. Mas o sentimento é parecido com o qual eu senti
naquele pequeno espaço do zelador.
- Antes que negue -ela me encarou- Não irei aceitar, então -apontei para
fora- Vamos, Susie.
Ela piscou um par de vezes e apertou os lábios, continuei focando nos seus
olhos que se desviaram para frente quando ela saiu da biblioteca.
Susie puxou o vestido um pouco para cima para a agulha do salto não pisar
nele e ela cair no chão, andamos até uma porta de vidro que nos levava até o
estacionamento.
Dei passagem para ela passar primeiro e depois a guiei com a mão nas suas
costas, ouvi o barulho dos nosso passos se aproximando do objetivo.
Cheguei até o meu carro desta noite e abri a porta do passageiro para ela,
Susie entrou e eu dei a volta entrando no Aston Martin DB 11 em seguida, eu
gosto desse carro.
A única coisa que eu escutava era sua respiração e o barulho que ela fazia
quando apertava as mãos no vestido.
Ela me encarou.
- Estou normal.
Dei um sorriso sem humor desviando para a minha janela e olhando pelo
retrovisor vendo alguns carros atrás de mim.
- Por que você queria vir embora -respondo simplista- E eu também queria
vir embora.
Ficamos nos encarando até ela descer o olhar para o meu peito e seguir até
as minhas mãos que estavam no volante.
Interessante.
- Por que está nervosa, Susie? -Perguntei quando o carro parou no sinal.
- Por que você é todo...-ela mexeu as mãos- Nessa postura de...homem de...
- Não acredito nisso, você já deve ter conhecido outros homens que a
intimidaram.
- Aquilo que aconteceu no hospital -ela disse e olhou para mim, tentei
esconder minha cara de surpreso.
- Eu lembro.
Claramente.
- Não precisamos conversar sobre aquilo, certo? Já fazem meses, não acho
que tenha importância.
- Não tem, só fiquei curioso por um momento. Creio que você também já que
não impediu minhas mãos em você.
Susie deu um sorriso tímido e eu sorri de lado.
Ela olhou para a janela e meus olhos caíram para o seu decote onde o cinto
de segurança estava apertando os seios, desviei o olhar rapidamente com o
cenho franzido.
Que caralho.
Acelerei o carro para chegarmos logo no seu prédio, ela pareceu notar já
que me encarou com o cenho franzido, ignorei e continuei dirigindo.
Não sei por quantos minutos eu dirigi mas havíamos chegado no destino,
Susie me encarou e deu um sorriso em agradecimento.
- Obrigada.
Acenei.
Ela levou a ponta dos dedos até o cinto de segurança e tentou se soltar dele,
Susie fez um pouco mais de força e aparentemente o cinto não queria deixa-
la ir.
Suas mãos pequenas continuaram tentando se libertar mas em vão, olhei para
frente já ficando sem paciência e depois a encarei novamente.
- Não precisa usar tanta força -falei me aproximando dela e tirando suas
mãos de onde estavam.
Ela entre abriu a boca e eu engoli em seco me afastando e tirando minha mão
esquerda do cinto, mas não consegui concluir por que as abotoaduras do meu
pulso da camisa social prendeu nos detalhes do seu vestido e dei um
resmungo tentando puxar.
Abaixei minha cabeça um pouco e levei meu dedo da mão direita tentando
me soltar dela, minha respiração estava batendo nos seus seios e eu fechei os
olhos quando seu peito subiu e desceu em um ritmo acelerado.
Senti seu cheiro e abri os olhos levantando o olhar para ela, Susie apertou a
boca em uma linha reta com a respiração se descontrolando.
Me aproximei do seu busto e encostei meus lábios no seu peito onde haviam
os sinais que observei, Susie fechou os olhos quando eu passei meu nariz
pela sua clavícula indo até o pescoço.
Porra.
- Não vou pedir para você me parar dessa vez -Sussurrei no seu ouvido.
Coloquei minha mão livre na sua nuca e voltei a beijar seu pescoço ouvindo
ela dá suspiros baixos, a puxei mais para mim e senti seus lábios no meu
ouvido quando ela deu um gemido baixo depois que coloquei minha mão
livre no seu seio direito.
Deslizei meu rosto até ficar cara a cara com ela. Mexi meu pulso esquerdo
que estava preso e sorri de lado quando consegui liberta-lo tão facilmente
dessa vez. É claro.
Apertei sua cintura e ela fechou os olhos colando a testa na minha, apertei
seu seio com a outra mão e ela resmungou ainda de olhos fechados.
- Você não quer fazer isso -ela disse baixo- Acabamos de concordar que a
cena no hospital não tem importância, não crie outra.
Coloquei as mãos no seu rosto e ela me encarou, passei meu polegar pelo
seu lábio inferior encarando sua boca e depois olhei para ela.
- Eu quero saber.
- Saber o quê?
- Qual o gosto.
Ela passou a língua nos lábios ofegante com toda a situação e piscou
algumas vezes.
Ela abriu a porta do carro e eu fiquei no mesmo lugar vendo-a fazer o que
quer, Susie fechou a porta do carro e deu passos para o prédio.
Olhei para frente vendo as luzes da cidade e apertei a boca em uma linha
reta, Susie Jones é uma verdadeira tentação e eu infelizmente estava
intrigado pela bela mulher de franjinha com o tom dos olhos em um mel
encantador.
Virei o rosto para o prédio e suspirei, preciso ouvir aquele gemido de novo.
×××
Eis o bônus aqui, minha gente! Votem por favor e me diga sua opinião.
Emily
- Você está com aquela personalidade de novo -falei e ela levantou uma
sobrancelha.
- O quê?
- Quando você fica sem dormir pelo tempo correto, outra personalidade
aparece -explico.
- Eu não choro!
Me virei indo para o meu quarto ouvindo ela resmungar baixo, fui direto
para o banheiro e escovei os dentes.
Coloquei saltos e escovei meu cabelo loiro, peguei minha bolsa e fui até a
minha gaveta secreta. Abri o pequeno cadeado com a chave que eu escondo
nas calcinhas e olhei para os meus bebês.
- Segura aí!
- Ei, Brooks.
Sorri pequeno e ele veio para cima de mim tão rápido que eu apenas
arregalei os olhos quando o mesmo colou os lábios nos meus.
Caramba!
- O quê?
- O que foi? Sempre nos beijamos quando estamos juntos aqui -ele abriu os
braços se referindo ao local.
- Pois é, eu sei disso -falei me encostando na parede- Mas agora isso não vai
acontecer mais.
- O quê?
- Mas dessa vez é diferente, eu estou com alguém e me sinto bem com ela.
Não quero trai-lo.
Estou nem doida de trair um cretino daquele. Se Peter Ross me trair eu juro
que corto o Pepe dele.
- Quem é? -Perguntou.
Andamos até estar do lado de fora do prédio, me virei de frente para ele que
abriu os braços. O abracei rapidamente e o mesmo beijou o topo da minha
cabeça.
- Bom, se eu não tiver quem vai ter por mim? -dei de ombros.
- É verdade -ele deu de ombros também- Bom, eu preciso ir. Nos vemos
depois?
Acenei.
Caleb foi para o lado oposto de onde meus pés caminhavam agora, olhei
para Bebel e suspirei.
Quer dizer, uma boa namorada contaria, certo? Certo. Não, espera. Que
droga! Não sei o que fazer!
- Deus, me ajuda?
Entrei no meu carro e como o ritual de toda manhã tentei 4 vezes até ele
funcionar, dirigi para a empresa pensando nesse assunto como o principal.
Olhei para os meus saltos e balancei o pé, as portas foram abertas mas não
no andar o qual eu queria.
- Isso é impossível, nossa coleção inteira está muito bem protegida. Poucos
tem acesso a ela.
- Falarei com Peter -digo e ela suspira- Vamos pensar em algo, enquanto isso
-olhei para aquele povo agoniado.
- Tente manter todos calmos, faremos uma nova coleção a tempo do desfile -
digo.
- Não, nós não temos tempo.
A encarei.
- Certeza?
- Absoluta -digo.
- Eu não consigo.
Passei a mão na testa e pedi para ela segurar a minha bolsa, andei até o
centro do estúdio vendo todos cochichando e umas modelos chorando,
provavelmente pensando que iríamos cancelar nosso desfile.
Peguei um copo de água que estava na mão de uma modelo que eu não olhei
o rosto, e depois tirei o lápis do meu bolso.
Bati o objeto no copo de vidro que fez um barulhinho chato mas consegui
pegar a atenção de todos.
Sorri pequeno.
- Você está em todas as colunas sociais, Emily. Não se espera menos já que
supostamente namora um bilionário famoso de Nova York.
- Não me diga que está com inveja, ah pelo amor de Deus. Você não é
aquelas loucas obcecadas pelo cara e quer matar todo mundo que chegue
perto dele não né? -Perguntei e ela sorriu negando.
- Olha, Suzana. Eu não gosto de você -fiz um movimento com o dedo- Todo
mundo sabe disso porque eu não escondo de ninguém.
- É mútuo.
- Amém -falei e ela acenou- Não tente me ferrar ou sei lá...dar em cima do
meu namorado como você já fez várias vezes.
- Não, é idiotice.
- Para você deve ser, mas -ela se aproximou- Eu não me importo com o que
você pensa, e ele é seu namorado...você não é a dona dele.
A olhei séria.
- Então, se ele cair na tentação a culpa não vai ser minha -ela passou a mão
no cabelo- Você sabe né, as coisas vão ficando sem graça quando já se é
conquistado.
- Quando temos uma coisa especial com a pessoa, todas as outras perdem a
graça -diz.
Passei por ela depois que a abracei rapidamente e andei até o elevador,
cliquei no botão e entrei quando tive livre acesso.
Subi para o último andar e não demorou muito para o barulho dos meus
saltos aparecerem.
Regredimos no tempo?
×××
Aaaaaaa 😢.
Capítulo surpresa! Eeeba, uhhh, ok. O que acharam do capítulo?
Problemas? Uhumm.
Baby, feliz aniversário! Obrigada por ler meus livros. LeilaRaquel2 uma
data importante agora para nós duas rsrsrsrs I love you.
Emily
Não tem nada mais lindo do que ver Peter Ross estapeando Adam Venturelli.
Adam deu passos rápidos se desviando de Peter indo até a estante da sala
mexendo nos livros, Peter o puxou pela cintura mas Adam agarrou a estante
como se estivesse a abraçando.
- Vai embora!
- To nem aí!
O quê?
- Não, cara. Não usa Spray, vi na internet que não é bom -Adam fala e Peter
concorda.
- Olha, a ladra de Ross -Adam diz e eu mostro o dedo do meio para ele.
- Olha a audácia dessa mulher -Adam fala apontando para mim- Se eu fosse
você dava um tempo.
Ele riu.
- De quem você está com ciúmes? -Perguntei e Peter fingiu olhar para o lado,
olha como esse filha da mãe é!
- Por que está com isso? -Perguntei para ele me referindo ao Kama Sutra.
- Porque estou passando para Peter.
- Por que querida ladra -ele folheia o livro- Isso aqui passa nas mãos de
todos nós e dá sorte nos relacionamentos, é praticamente um ritual.
- Esse livro estava na biblioteca na casa de Dylan -Peter diz- Até hoje não
sabemos quem colocou lá, mas sabemos que não foi nenhum de nós.
- Dylan me deu esse livro logo no início quando comecei a trabalhar com
Rubi, e depois disso as coisas fluíram muito bem. Esse livro trás sorte para
todos nós.
- Não quero nada disso no meu relacionamento com Emily -Peter fala.
Sou muito trouxa, por achar que "no meu relacionamento com Emily" saiu tão
lindo?
- E não vai, algumas impasses vão acontecer -Adam diz e Pan levanta uma
sobrancelha- Mas no final vocês ficarão juntos, graças a esse livro.
O loiro andou até a estante e guardou o livro com cuidado, fez um sinal com
a cruz com os dedos e disse "amém".
- Certo, vocês podem não acreditar mas eu acredito e isso que importa -ele
disse e se afastou mostrando o dedo do meio.
- Vai embora! -Peter gritou com ele que fez um coração com as mãos.
- Nada de sexo no sofá -Adam diz antes de sair pela porta apontando para o
sofá preto no canto direito da sala.
Ri vendo ele sair pela porta graças a um livro qualquer que Peter jogou na
sua direção.
- Errou, otário -ele apareceu do nada e Peter ameaçou ir para cima dele que
saiu rapidamente.
Pan levou os dedos até a têmpora as massageando e depois andou até mim
normalmente.
- Adam é a segunda pessoa no mundo que tira a minha paciência mais rápido
do que um estalar os dedos -ele diz.
- Você a primeira -ele diz para mim e eu abro a boca ofendida, mas depois
dou de ombros.
- Porra, Emily.
Ri alto.
- Bom dia, razão das minhas calcinhas molhadas e dos meus orgasmos.
- Certo, você está muito para frente -ele disse me dando um último selinho
antes de se afastar.
Concordei olhando para o seu corpo coberto pela calça e camisa social
preta, ele não usava terno apenas as camisa e calça com os sapatos limpos
que pareciam até brilhar.
- Eu tenho que contar uma coisa para você -falei e ele franziu o cenho.
Medrosa.
- Por quê? A coleção está pronta.
- Irei pedir para checar os computadores de cada um desse prédio -Peter diz
e eu concordo- Quem teve acesso só poderia ter enviado daqui de dentro, me
faça uma lista das pessoas que tem acesso a coleção inteira.
Acenei ainda sentada na cadeira agora acanhada por ainda não consegui
dizer sobre o beijo.
- Peter...
- Você não pode recriar uma coleção inteira sozinha, vai precisar de ajuda.
- Eu consigo fazer isso. Tenho ideias salvas no meu computador que nunca
foram apresentadas, não se preocupe com a coleção porque esse não é o seu
problema agora.
- Você ainda tem algo para me contar? Preciso trabalhar, você também
deveria -ele diz meio ignorante- Ficar sentada aí não vai ajudar.
Respirei fundo.
Irei ligar para Susie e pedir para a mesma trazer meu computador até a
empresa, preciso começar isso o quanto antes.
(...)
- De nada, Emy.
Abri meu computador e Susie colocou a mochila lilás nas costas, abri os
arquivos onde estavam meus desenhos e comemorei internamente assim que
vi minha salvação.
- Cadê o Pan?
- Não, mas Peter irá achar. Não acho que esse será o maior problema agora -
falei e ela concordou.
- Já foi ignorante com alguém? -Perguntei e ela fez uma cara triste.
- Quantos?
- Só o porteiro e o motorista de táxi e agora provavelmente o cobrador do
ônibus -ela apertou os lábios- Certo, preciso parar com isso.
- Sim, chocolates.
- Pode deixar.
Ela levantou o polegar para mim e se virou saindo da minha sala, voltei
minha atenção para a tela do computador e fiquei analisando tudo.
Minha manhã foi bem cansativa, passei horas trabalhando e decidi não
almoçar para pelo menos ter um bom início.
E agora são quase 18:30 e meu expediente acabará em breve, não vi Peter
praticamente o dia inteiro, apenas pela manhã.
Peguei meu celular em cima da mesa e mandei uma mensagem para ele.
Fiz um coque no meu cabelo e aperto minha nuca, meu celular apitou e eu o
peguei de cima da mesa.
Franzi o cenho.
Ele acenou.
- Aquela onde Caleb trabalha -ele diz- E ele me pediu desculpas por ter
beijado você, nunca fiquei tão desconfortável em toda a minha vida.
Ótimo.
Peter andou na minha direção parando a minha frente, subi um pouco na mesa
e o mesmo se colocou entre as minhas pernas.
- Está tudo bem -ele alisou meu cabelo- Sei que não queria beija-lo, se você
quisesse aí teríamos problemas.
- Me desculpe por falar daquele jeito com você essa manhã, só estava
estressado -ele diz e eu aceno.
- Estamos.
- Nossa primeira conversa madura como casal -ele diz- Estou orgulhoso.
Ele concordou.
- Se outro cara beijar você, eu acabo com ele -o mesmo sorriu inocente.
- Você não demitiu ele, né? -Perguntei e Peter piscou algumas vezes.
- Talvez...
- Peter!
- Não, não demiti -ele diz rindo- Foi quase, mas meu lado consciente não
deixou.
Bati no seu ombro e ele sorriu se aproximando, Pan me deu um beijo lento e
eu coloquei meus braços em volta do seu pescoço o puxando para mim.
Nos afastamos e eu rapidamente dei vários selinhos e beijos no seu rosto.
- Estava trabalhando.
Ele saiu de onde estava e eu desci da mesa indo pegar meus desenhos e
guardando dentro da minha bolsa, coloquei a mesma no ombro e peguei meu
computador deixando debaixo do braço.
Pan estendeu a mão e eu a peguei, ele sorriu para mim e nós dois saímos da
sala indo para o elevador.
Sorri de lado.
- Olha a perua dando tchau para você -digo apontando e ele abaixa minha
mão discretamente.
×××
Vote aí para a titia Lis aqui ficar contente, próximo capítulo no sábado
ou antes. Estou tentando adiantar capítulos para isso.
Até, babys ❤.
50° capítulo
Peter
2 semanas depois...
Ouvi o barulho do meu celular e virei o rosto para o lado caminhando até a
cômoda do meu quarto.
Peguei o objeto e levei até o ouvido depois de ver o nome do meu contato de
confiança.
- Ross.
- Bom dia, Sr. Ross. Já tenho a informação que me pediu sobre Henry Dale.
Andei até a enorme janela do meu quarto e olhei para frente tendo a vista de
praticamente o condomínio inteiro com o sol nascendo.
- Que plataforma?
Suspirei.
- Como?
- Certo, então a coleção inteira que a equipe projetou por meses foi vazada
em uma plataforma digital por um muleque que quase deixa meu braço
direito morta de tanto trabalhar para fazer uma nova coleção? -olhei para
Emy.
Balancei a cabeça.
- Pelo pouco que me contou não acho que ele irá durar na cadeia -respirei
fundo- Mas ele não continuará na minha empresa.
- Agradeço.
Desliguei a chamada e andei na direção de Emily, coloquei o celular de
volta na cômoda e me sentei na cama a analisando.
Eu amo tanto essa mulher, essas duas semanas que estamos juntos me fizeram
um bem imenso. Cada dia que passa eu sinto nosso relacionamento mais
forte e Emily mais confiante nele.
Sei que ela nunca namorou antes e que tem algumas coisas que são novidade
para ela, mas aos poucos está entendendo que a ideia de um relacionamento
requer paciência e força de vontade.
- Peter...está cedo -ela diz e pega na minha mão que estava no seu rosto-
Deite-se comigo.
Ela apenas resmungou e eu sabia que ela tinha apagado de novo quando sua
respiração ficou pesada.
Sorri internamente.
(...)
- Isso é surreal.
Olhei para ela que estava ao meu lado no banco do passageiro, Emily tinha
um jornal famoso de Nova York nas mãos.
Olhei para frente passando pela famosa Time Square, dirigi até parar no
sinal.
- Tem uma matéria sobre mim aqui embaixo, meu Deus, toda a minha
privacidade está aqui -ela me encarou- Estou me sentindo a princesa da
Inglaterra.
Sorri balançando a cabeça.
- Brooks, tenho reconhecimento nos jornais -falei- Você deve ter imaginado
que isso aconteceria de qualquer modo.
- Não é isso, loirinha. Só tenho influência pelo meu trabalho, assim como
Nate, Adam e Dylan -dei exemplos próximos.
- Ixi -falou.
- O quê?
Franzi o cenho.
Fiz uma curva indo para o quarteirão da empresa, não acho que divórcio seja
a especulação certa.
- Por que você está olhando para ele desse jeito? -Pergunto e ela me encara.
- Hum?
- Pois é, você dirige rápido demais. Desde a primeira vez que entrei nesse
carro eu percebi, não falei nada porque não me importo.
- Estou contando os detalhes que vejo em você, não atrapalhe -fala olhando
pela janela.
- Você não é obcecado -ela diz- Mas sempre foi afim de mim.
- Sim, será no jardim da família da mulher lá que você quase tira a pureza da
irmã.
A olhei irritado.
Certo, eu sou ciumento. Eu assumo isso para mim e para ela, para gangue
jamais, mas Emily também não fica muito atrás e eu diria que é até no mesmo
nível que eu.
O celular de Emy apitou e ela o pegou da bolsa preta olhando para tela.
Estava acontecendo uma sessão de fotos com alguns casais usando a linha
que Emily produziu, andamos até Laura que conversava com um casal.
Ambos olharam para Emily e para mim e piscaram algumas vezes, loirinha
levantou uma sobrancelha e olhou para mim.
- Ela reclama de absolutamente tudo, tudo o que eu faço não está bom -o
homem loiro diz.
- Precisam ser profissionais -os dois me encaram- Não posso mudar toda
uma sessão de fotos porque ambos se odeiam.
Emily me encarou e eu dei de ombros, é apenas a verdade.
- Bom, ele está certo -Emily diz e suspira- Olha, nós também nos odiamos -
apontou para mim e para ela- Vivíamos em pé de guerra -concordei- Mas
sempre fomos profissionais.
- O que ela quer dizer é que muitas das vezes esse ódio todo é só tesão
mesmo -Laura arregalou os olhos e Emy concordou com o que eu falei-
Podem sair daqui e ir transar, depois podem nos dizer o que aconteceu.
Emily colocou a mão no rosto e eu sorri vendo sua reação, não sou muito
bom em lidar com situações assim.
- Não mais que você, loirinha -falei e ela empurrou meu ombro de leve.
- Senhor Ross, pense no sucesso e na atenção que a coleção teria por ser
usada pelo novo casal da mídia e também usado pelo dono da empresa e
pela estilista que a fez, é o marketing perfeito -Laura diz.
- Nós vamos embora -o casal que estava brigando diz, olhei para eles com
uma sobrancelha erguida.
- Se eu sair feia nessas fotos eu vou processar você e dizer que está usando
minha imagem sem permissão -fala apontando o dedo para mim.
- Certo, duvido que você saia feia -digo- Impossível para você, Brooks.
- Hum -resmungou.
×××
Emily
Apoiei minhas costas no seu peito e ele sorriu vendo a minha expressão.
A sorte é que eu tinha feito depilação a uns dois dias atrás, minha pele
estava lisa e bem cuidada.
- Finjam que eu não estou aqui e não tem ninguém, podem se soltar -ele diz.
Olhei para ele que analisou meu rosto enquanto o carinha tirava fotos.
- Qual a palavra?
- Desconfortável.
- Eu acho tão fofo quando você se preocupa comigo -digo na nossa pequena
bolha.
Peter beijou minha têmpora e eu sorri levantando o rosto para encara-lo, ele
sorriu pequeno de volta e logo depois eu ouvi a voz do homem seguido de
sabe Deus quantos flashes.
Ele olhou para câmera e deu um sorriso enorme, olhou para Laura acenando
e depois olhou para nós dois.
- Vamos trocar a posição? Que tal você ficar de costas para ela e a loirinha
apoiar a cabeça no seu ombro, os dois olhando para a câmera.
- Claro -Peter diz e aperta a boca em uma linha reta- Não a chame de
loirinha novamente.
Pan ficou sentado de costas para mim e eu me sentei ao seu lado apoiando
minha cabeça no seu ombro. Ajeitei o sutiã e nós dois olhamos para a
câmera vendo ele bater mais fotos.
- Tenta me distrair não -ele diz baixo e eu concordo beijando seu ombro.
Abracei seu corpo colando meus seios nas suas costas e ele olhou para
frente levantando um pouco o queixo, olhei para a câmera quando o carinha
apontou para ela.
Mais flashes e mais flashes até ele se levantar deixando de ficar abaixado, o
homem olhou para a câmera e sorriu.
- Eu vou fazer você comprar cinco milk shakes para mim quando isso acabar
-falei para Peter.
- Batata frita?
- Isso também.
Coloquei o roupão quando acabou e Peter fez o mesmo, dei o laço e amarrei
meu cabelo em um coque.
- As fotos ficaram incríveis, o catálogo ficará muito bom com vocês sendo a
maior novidade -Laura diz.
- Não vamos ter que desfilar, certo? -Peter pergunta e eu nego.
- As fotos não são para por no desfile, não se preocupe que não vamos
desfilar -falei e ele concordou.
- Agradeço por fazer isso, Sr. Ross e...Emily você estava divina -sorri para
ela.
- Obrigada, agora -apontei para Peter- Tire seu lindo celular do bolso e
peças meus milk shakes.
Ele me contou sobre o homem que vazou a coleção apenas por que estava
mexendo no Facebook e acabou se atrapalhando quando percebeu a designer
Lilian se aproximando, ele deve ter apertado em tudo que é tecla, céus.
Olhei para Peter que ainda estava no mesmo lugar conversando com algumas
pessoas que saíram e a cobra da Suzana apareceu, de onde essa mulher saiu?
Ela parecia contar algumas coisas para ele que estava de braços cruzados a
ouvindo, Suzana deu um sorriso pequeno e deslizou a mão no seu braço.
Peter concordou e desviou o olhar dela, seu rosto virou para a minha direção
e eu apertei os dedos na tira da bolsa.
Ele olhou para Suzana e falou alguma coisa antes de se afastar e vir
caminhando na minha direção, vi a logo da empresa no canto esquerdo do
roupão e desviei o olhar quando ele parou na minha frente.
- Ela estava dando em cima de você? -Perguntei como quem não quer nada.
- Sim, mas acabei de dizer que tenho uma namorada e ela é bem ciumenta.
O encarei fazendo uma cara de deboche.
- Certo, suba para a minha sala. Quero estar dentro de você agora.
- Cretino.
Coloquei a mão na sua boca e ele riu me fazendo rir em seguida, Pan
colocou as mãos em volta da minha cintura e eu tirei a mão da sua boca.
- Por mais que eu queira, temos coisas mais importantes a fazer -falei-
Coisas para resolver sobre o desfile amanhã.
Ele acenou.
Ele me soltou revirando os olhos e saiu da minha frente indo trocar de roupa.
(...)
Ficamos alguns minutos assim até ele respirar fundo e acenar dizendo que
estava tudo certo.
- Acabou?
Ouvi o toque do meu celular e me levantei indo até a minha bolsa que estava
no sofá do canto, tirei o aparelho e atendi.
- Fala, mucura.
- Não.
- Palhaça.
Sorri de lado e andei até onde Pan estava, ele massageava as têmporas
parecendo cansado. Alisei seu cabelo e ele me encarou dando um sorriso
pequeno.
Peter colocou as mãos na minha cintura e me fez sentar no seu colo de lado,
olhei para ele sorrindo que me aninhou mais no seu corpo.
- Você sabe como os dois são, não gostam de apressar nada -diz.
- Estão certos de alguma maneira, no mesmo atelier qual seria última vez? -
Perguntei brincando com os botões da blusa de Peter.
- Ok, vou falar com o meu chefe e pedir para sair mais cedo -encarei Peter
que sorriu de lado.
- Certo, promete que vai fazer alguma coisa que ele quer e depois enrola até
ele desistir -ela diz.
Pisquei algumas vezes e Peter apertou a boca em uma linha reta, Dr? Que
clima estranhíssimo é esse entre os dois?
- Porra, você está sacanagem comigo! -ele disse- Não estou aguentando você
reclamar de 5 em 5 minutos.
Certo, Dylan e Lisa são aquele tipo de casal que parece não ter nenhum tipo
de briga. Ouvir isso foi tão estranho.
- Ok -ela diz- Depois eu falo com você, Emily. Preciso conversar com
Dylan.
Franzi o cenho.
- O que você sabe que eu não sei? -Perguntei e ele piscou algumas vezes.
- Nada -responde.
- Certo -ele diz- Dylan está com problemas na empresa, há algo que não está
indo bem. Isso está afetando sua mente, resultando em estresse e brigas
constantes com Lisa.
Lisa irá voltar ao trabalho com Dylan na próxima semana, ela já está com as
coisas de Danny tudo preparada que ficará com Benta até ambos voltarem
do expediente.
Peter fez uma cara de deboche, não estou me sentindo tão culpado por extrair
informações do meu namorado.
- A vida sexual...bom, não está muito boa também. Parece que Danny está -
ele tossiu- Não atrapalhando...mas dificultando?
Oh, entendi.
- Mas ao contrário de você, eu vou tentar achar algo que posso ajuda-los.
- Para com o teu deboche, porra -digo tentando sair do seu colo mas ele me
segura rindo alto depois.
- Você está tentando me distrair, Peter Ross? -Perguntei vendo ele descer
para os meus seios.
- Para -falei baixo dando um gemido depois quando ele apertou o bico nos
meus seios.
- Não, soou como uma para -coloquei minhas mãos no seu rosto o encarando
depois.
Ele acenou.
- Por que eu vou ficar com a minha melhor amiga esta noite.
- Não quero você somente para sexo, Emily. Quero deitar e conversar com
você também.
- Que lindo -falei- Primeira vez que gosto de ouvir um homem dizer isso.
- Por que? Foram muitos? -Pergunta e eu pisco algumas vezes.
Me virei ajeitando a bolsa em meu ombro, caminhei até ele dando um beijo
casto nos seus lábios.
- Vejo você amanhã, você vai sobreviver até lá -digo e ele levanta uma
sobrancelha- Leia o livro que Adam deu a você.
Sorri de lado mostrando o dedo do meio para ele e saindo pela porta em
seguida.
×××
Lisa e Dylan estão com problemas casório não são só flores, chorei. Vai
tudo se resolver, amém? Amém.
Emily
Movi meus pés dando um sorriso enorme por ver o homem a minha frente,
corri até ele.
- Jonathan!
Pulei no seu colo e ele riu alto me tirando do chão e me rodopiando, dei
vários beijos no seu rosto e ele me abraçou apertado depois.
- Amor da minha vida -ele diz depois que me colocou no chão- Não conte
para Lisa e Josh que falei isso.
Vimos Josh sair de um provador usando um terno azul claro com o corte
formal e muito elegante, caramba.
Susie riu dos dois e se aproxima dele ajeitando alguns detalhes do terno.
- Eu disse, baby bo -me aproximei dela beijando sua testa que arrumou a
franjinha depois.
Dei um beijo estalado em Rubi e depois dei um tapinha na bunda dela que
bateu no meu braço em seguida, grossa.
- Ela disse que estava chegando, mas já fazem uns 20 minutos -Jon falou
tirando o celular do bolso.
- Eu acho que Dylan estava vindo deixa-la aqui e depois iria para a empresa
-Rubi diz.
Susie e Rubi olharam uma para a outra e depois para mim, balancei a cabeça
negando de um moto sutil tentando dizer que as coisas não estavam muito
bem.
- Eles meio que discutiram enquanto ela estava ligação comigo -expliquei.
Rubi cruzou os braços e Susie levou o dedo até o lábio inferior deslizando
sobre o mesmo parecendo tensa.
- Nada.
Ouvimos da porta e nos viramos vendo Lisa caminhar até nós e se jogar no
sofá limpando o rosto, seus olhos estavam um pouco inchados e sua
expressão era tão triste que me senti mal.
- O que houve, minha flor? -Jon perguntou colocando o cabelo dela atrás da
orelha.
- Discutimos, pela sétima vez em dois dias -ela deu um sorriso triste.
- Também -ela diz- Dylan está distante, eu lembro de quando teve a última
crise na empresa a quase 1 ano atrás, ele ficou péssimo mas agora eu estou
aqui para apoia-lo mas ele...não deixa.
- Eu não sei, provavelmente falar com Adam, Peter e Nate -Lisa responde.
- Para de falar isso, Lisa. Você não vai se divorciar dele nem nada -falo e
ela me encara.
- Eu não sei, Emily.
- Vocês são o epicentro de tudo -digo- O amor de vocês inspira muita gente
em Nova York, e a mim mesma também. Não acreditava muito no amor e ver
vocês dois me dava uma visão diferente mas não admitia.
- Você está amadurecendo -ela fala deslizando a mão pelo meu cabelo- Isso
é bom.
Ela concordou.
Lisa deslizou o dedo e levou o celular até o ouvido, ela ficou em silêncio e
eu ouvi claramente o que ele disse do outro lado da linha.
- Eu amo você.
Lisa fechou os olhos passando a costa da mão no rosto, odeio ver ela
chorando.
Apontei com a cabeça para ela se afastar e ir falar com ele com mais
privacidade, Lisa se levantou do sofá se afastando de nós que nos
encaramos.
- Sabia que eles estavam passando por problemas? -Jon perguntou para mim.
Concordamos.
Peter
- Não, eu estou péssimo -Dylan fala- Odeio brigar com ela, me faz um mal
terrível.
- Vá para casa e converse com a sua mulher, cheguem em um senso e tudo irá
se resolver -Nate diz e Dylan concorda.
- Farei isso, não posso perde-la -ele diz e respira fundo antes de entrar no
carro.
Vimos ele dar partida com o carro e sumir da nossa vista, olhamos um para
os outros.
Eu acho que se alguns de nós se separar, vai ser péssimo. Nossa rotina é
toda em conjunto, nós 8 nunca ficamos separados por mais de meses. Todos
eles são minha família também.
- O quê? -Perguntei.
- É verdade, só que dessa vez é mais forte -Adam fala e Nate concorda.
- Está vendo? Emily já está fazendo a lavagem cerebral, daqui a pouco você
terá de pedir para sair com a gente -Tinker diz e eu levanto uma sobrancelha.
- Você pede para Rubi para sair com a gente? -Nate pergunta encarando
Adam.
- Só quando ela está de TPM, essa porra só fode com a minha vida -
responde.
- Preciso ir, se eu bem conheço aquela loira ela deve estar mal pela amiga -
digo- E quer conforto.
Nate nos contou que teve um momento com Susie no dia da festa da empresa,
ficamos chocados, quase não acreditamos nele para falar a verdade. Ele nos
poupou alguns detalhes mas sabemos que ele tentou agarrar a franjinha.
- Eu ainda vou bater em você algum dia, será o melhor dia da minha vida -
Ele diz e Adam faz uma cara de deboche.
- Qual é, Nate? A mulher chamou sua atenção, admita isso -falei e ele me
encarou.
- Nunca deveria ter contado isso a vocês -ele fala e nós dois rimos.
- Bom, para um primeiro contato você avançou para cima dela -Adam diz-
Nem ofereceu um chocolate quente.
- Sim, primeiro contato -Nate diz baixo e eu semi cerrei os olhos.
- Certo, eu já vou embora -Nate diz- Estou exausto, preciso ir para casa e
tomar um banho.
Ele diz e se vira caminhando para dentro da empresa onde Dylan ligou para
nós com uma voz triste e precisando de um ombro amigo...ou três.
- Você está carente ou algo do tipo? -Perguntei caminhando para o meu carro
e ele atrás de mim.
- Vejo você amanhã no desfile? Seria importante ter todos vocês presente -
falei.
Revirei os olhos.
Fiz todo o trajeto ouvindo o rádio bem baixinho, a noite já havia caído em
Nova York e com ela veio uma chuva não muito forte.
Entrei no prédio passando pelo porteiro que apenas acenou para mim, ele já
deve estar enjoando da minha cara.
Subi para o andar certo e caminhei até a porta batendo duas vezes em
seguida, levantei o olhar quando a porta foi aberta e o rosto de Susie
aparecer.
- Oi, Susie
- Emy está no quarto, diga a ela que estou indo trabalhar -acenei a vendo sair
por onde entrei.
Olhei para ela que baixou o celular e fez uma cara de tristeza, andei até a
cama me deitando ao seu lado e deixando a gravata em cima da cômoda.
- Quando Lisa estava contando sobre a briga, minha mente pairou sobre nós
dois em um momento -ela diz- Pensei o que aconteceria se nós dois...você
sabe.
Franzi o cenho.
- Terminarmos?
Coloquei a mão no seu maxilar e levantei um pouco seu rosto para ela me
encarar fixamente.
- Eu também não, só foi uma coisa que passou pela minha cabeça e eu desejo
que não aconteça -ela diz e se aproxima de dando um selinho demorado.
A puxei mais para mim e ela parou de me beijar roçando o nariz no meu,
Emily virou o corpo ficando de costas para mim e eu a abracei.
Beijei seu ombro que estava coberto pela pijama de melancia e vi ela fechar
os olhos lentamente.
Capítulo das 15:00 entregue! (Vocês que me aguentem falando isso até
as 19:00)
Emily
Abri os olhos com a vista meio embaçada, pisquei algumas vezes e percebi
que a minha visão estava...amarela?
Porra!
"Saí para comprar o café da manhã, volto em alguns minutos. Acorde! Não
volte a dormir, quero tomar café com você e com a franjinha"
Agora lendo isso, eu reparei que simplesmente todos nós temos apelidos.
Isso é meio estranho.
Fiz um coque no cabelo e fiz minha higiene matinal, passei sabonete líquido
no corpo inteiro e espalhei com uma bucha. Fiz minha performance musical e
depois me aplaudi.
Saí do box já devidamente limpa e agora acordada de verdade, fui até a pia
escovando os dentes e mantive o coque no cabelo.
Fui para o meu quarto e coloquei uma roupa confortável, short de pano,
calcinha e camiseta sem sutiã, pronto, perfeito.
Passei alguns produtos na minha pele e fiquei cheirosa, saí do meu quarto
caminhando até o de Susie.
Ela se virou por estar sentada no chão de costas, seu cabelo estava preso em
um rabo de cavalo e a franjinha não estava caindo na sua testa e sim
afastada.
Me aproximei dela e me sentei ao seu lado vendo seu celular na sua frente e
algumas teclas de piano na tela.
- Gosto do meu trabalho atual, Emy. Estou feliz com ele, mesmo que o
emprego da empresa pague mais...eu gosto de trabalhar na boate.
- Susie, nem que eu tenha que tirar o sofá da sala mas eu vou atrás de um
piano para você.
- Seu namorado é bilionário, não você Emy -ela diz eu meneio a cabeça.
- Não acho que Peter seja tão rico a esse ponto -falo e ela joga a cabeça para
o lado em descrença.
- Só?
Dei de ombros.
- Abre uma nova guia no seu celular -apontei- Coloca assim "Como que faz
para Emily Brooks parar de ser teimosa?", se tiver resultado compartilhe.
- Você é terrível -ela diz e eu dou um sorriso inocente- Mas não faça isso,
por favor.
Ouvi o barulho da porta e nós duas olhamos para ela vendo Pan passar com
uma sacola de papel na mão.
Andei até ele que deu um sorriso bobo, suas mãos envolveram minha cintura.
- Bom dia.
Creio que Pan passou em sua casa primeiro por estar usando roupas
diferentes, calça jeans com uma camiseta verde escuro, jaqueta de couro
marrom por cima da camiseta e o cabelo meio rebelde.
- Impossível não ter visto aquilo já que estava praticamente grudado nos
meus olhos -falei e ele riu.
Me surpreendo com a cretinisse desse cara, ok, acho que essa palavra nem
existe. Vou adiciona-la no meu vocabulário em relação a Peter.
Nos afastamos e fomos tomar café com Susie que já estava sentada na mesa
comendo o que ele trouxe.
Acenei vendo ela sair pela porta e olhei para Peter que tirou o celular do
bolso quando o mesmo começou a tocar.
Tomei um gole do café com leite enquanto olhava para ele que me encarava
de volta.
- Tudo isso já foi organizado por Emily Brooks, seu trabalho é apenas seguir
o que está na prancheta -ele fala provavelmente com o pessoal que está
ajeitando o desfile em um hotel famoso aqui de Nova York.
- Problemas? -Perguntei.
Ele pegou meu pulso e me puxou fazendo-me levantar, suas mãos foram para
a minha cintura e em um movimento rápido meu corpo estava sentado em
cima do seu.
- Por que?
- Está esquecendo de nada não? -ele perguntou decepcionado.
- Aniversário de Adam é daqui a três dias -ele diz, provavelmente Rubi faria
algo na terça-feira para ele.
- Eu sei -falei.
- Foi mal -falei beijando seus lábios várias vezes- Você acabou de jogar a
notícia que vou conhecer minha sogra, fiquei atordoada.
- Você e Adam tem algum tipo de ligação que é muito estranha -falo e ele dá
de ombros.
É...eu tento.
- Certo, não irei incomodá-lo então -digo, não estou tentando fugir do belo
prazer de conhecer minha sogra, longe da minha pessoa fazer uma coisa
dessas.
- Você vai comigo assim como todos que amo -ele diz e eu faço um biquinho.
- Irei apresentar você, ela precisa ouvir de mim e não apenas ler em jornais -
explica- É importante, Emy. Ela precisa pelo menos conhecer você e se
formos casar algum di...
Travei no lugar e ele também, meus olhos estavam quase saltando do meu
rosto e ele parecia não respirar.
- O quê? -Perguntei.
- O quê?
- Nada, não disse nada -ele diz piscando algumas vezes e eu me levantei do
seu colo.
- Claro que não -ele diz e eu suspiro aliviada- Pelo menos não agora.
Arregalei os olhos.
- Peter!
- Eu sei, falei aquilo sem querer. Apenas porque penso sim no nosso futuro,
não entrei nessa relação apenas preencher meu tempo -ele diz- Você entrou?
- Não tenta virar o jogo -ele apontou para mim e eu revirei os olhos.
Bati no seu dedo e ele voltou a cruzar os braços, encarei seu rosto e suspirei.
Estou surpresa, surpresa demais por saber que ele pensa nisso. Não
completamos nenhum mês de namoro ainda.
- Vou contar uma coisa sobre mim -ele diz sério me encarando no fundo dos
olhos.
Apenas suspirei.
Engoli em seco.
Eu não entendia isso no início, mas agora eu vejo tudo com mais clareza.
- Tudo bem -falei- Não é algo para pensarmos nesse momento, ainda está
muito cedo.
- Eu concordo -diz.
Ele se afastou sem tirar as mãos das minhas bochechas e afastar o rosto do
meu.
- Eu amo você -falei, eu falando isso a ele ainda parece meio inédito.
- Fique tranquila -ele diz alisando meu cabelo- Eu também amo você.
Peter beijou minha testa e me soltou caminhando para a porta, ele saiu por
ela e eu continuei no mesmo lugar com a boca entre aberta.
(...)
Ouvi o barulho da porta e logo depois Susie passou por ela, a mesma
segurava o vestido dentro de um saco da lavanderia quando me encarou.
- O que está fazendo parada aí? -Perguntou.
Pisquei algumas vezes vendo que ainda estava no mesmo lugar desde que
Peter foi embora, eu estou enlouquecendo?
Porque eu estou.
- Bom, isso é óbvio -ela diz e eu brigo comigo mesma por não ter pensado
nesse óbvio antes.
- Ele apenas pensa no futuro porque deve ver um para ambos -ela diz e eu
encaro a porta atrás dela.
- E eu agi como uma louca -completo- Não sei como Peter me aguenta, não é
um trabalho fácil.
Fiz uma cara de tédio e ela pegou o vestido indo para o seu quarto, olhei
para frente e me apoiei na bancada.
×××
Até, babys ❤.
54° capítulo
Peter
- E depois disso?
- Só não gostei do fato dela não pensar adiante, e se eu não estiver no seu
futuro? -Perguntei pela primeira vez inseguro, odeio essa merda.
- E se ela achar que eles irão namorar para sempre? -Nate pergunta.
- Não acho que deva se preocupar com isso agora -Dylan diz.
- Falou o cara que quase morre quando pensou que a Lisa não estava
apaixonada por ele -Adam diz e Dylan manda ele se foder.
- Vou nem falar o que você fez, Adam -Dylan diz e Adam o imita com uma
voz irritante.
- Nos conhecemos a tanto tempo, mas vocês dois ainda brigam como se
tivessem 10 de idade -Nate diz.
Olhei para o celular vendo que ele realmente desligou e ouvi a gargalhada
de Dylan.
- Ele tem paciência, Adam. Mas não com você -Dylan diz e eu concordo.
- Peter, Emy tem problemas com relacionamentos, cresceu com uma família
péssima que a ensinou tudo errado sobre o que realmente significa amor. Ela
nunca sentiu isso antes, e você aparecer com a palavra "casar" assim do
nada, não a culpe por ficar um pouco assustada -Adam diz.
- Imaginem que estou dando um sorriso malicioso agora -Dylan diz e eu faço
uma careta.
Estávamos nos aproximando do dia de ações de graça que era apenas três
dias depois do aniversário da Tinker.
Acho que as duas irão se dar bem, não sei se fico feliz ou triste com isso.
Com a minha mãe na cidade com toda certeza absoluta do mundo meu pai irá
aparecer também.
Não porque seria meu aniversário ou algo do tipo e sim por ela, Zac Ross é
e sempre será apaixonado pela minha mãe, não posso dizer o mesmo dela.
Abigail Ricci sempre diz que é uma mulher livre e sempre será, os dois não
chegaram a se casar por que ela terminou tudo com ele quando eu ainda era
jovem demais, meu pai era extremamente possessivo em relação a ela.
Tudo foi indo por água baixo e atualmente os dois não estão mais juntos, e
Zac ainda insiste em flertar ou tentar impressiona-la. Meu pai não é o tipo de
homem que você deseja para viver o resto da vida, ele é mesquinho,
insensível e muito preconceituoso. Minha mãe fez bem em larga-lo.
Por mim, Emily não precisa conhece-lo. Zac não acrescenta nada na minha
vida, eu o vejo uma vez no mês isso quando não é coincidência. Ambos não
fazemos questão de ter uma relação harmoniosa, construí meu império
sozinho. Nunca precisei dele para nada, e ainda não preciso.
Cheguei na frente do apartamento dela pegando o celular do banco, liguei
para a mesma que atendeu e segundos depois disse que estava descendo.
Susie agradeceu e andou até o carro entrando no banco de trás, olhei para o
movimento e depois para Emily.
Peguei na sua mão e dei um beijo rápido a conduzindo para o carro, abri a
porta para ela entrar e depois dei a volta entrando.
O hotel ficava mais ou menos 20 minutos do apartamento das duas, dirigi do
mesmo jeito que sempre dirijo e depois de alguns minutos ouvi uma
gargalhada de Emily.
- O quê? -Perguntei.
Ela apontou para trás e eu olhei pelo retrovisor o quanto Susie parecia
assustada, seus olhos estavam arregalados e ela se segurava no cinto de
segurança como se fosse uma criança de 5 anos com um urso de pelúcia.
Olhei para Emily esperando alguma piada, mas não veio. Acho que Susie
não contou a ninguém sobre o que aconteceu com Nate.
Estacionei na vaga e nós descemos do carro, entramos hotel indo para uma
nas inúmeras recepções que ele apresenta, assim que entramos eu vi a grande
passarela e as cadeira em volta para as pessoas analisarem o desfile, nomes
colados nelas para a identificação e a iluminação um pouco fraca ainda.
- Sr. Ross?
- Pelo menos se manterá ocupado com o tédio -diz, dei um sorriso falso.
- Acho que alguém receberá uns tapas no final da noite -falei vendo ela
sorrir se aproximando para sussurrar no meu ouvido.
- Seria uma boa hora para contar que eu esqueci de colocar minha calcinha?
- Estou bastante esquecida ultimamente -falou com uma voz inocente, tudo se
passava na minha mente...menos algo inocente.
- Nos vemos depois, Sr. Ross -ela deslizou o indicador pelo meu rosto e se
afastou rebolando aquela bunda gostosa.
Olhei para o homem que tinha um gravador na mão, ele olhava para ela
quase que babando. Estalar os dedos foi o suficiente para chamar sua
atenção.
(...)
Horas já tinham se passado, não vi Brooks desde que cheguei mas pelo
menos eu tinha os 5 para me entreter.
- 65% -respondo.
- Emily -respondi.
Adam deu dois goles de uma vez e depois olhou para a esposa que tinha uma
sobrancelha erguida.
- Princesa, eu não bebo álcool tem duas semanas. Já estava ficando triste -
explica.
- Eu fiz uma aposta com ela -mexeu a cabeça apontando para Rubi que deu
um sorriso assim que olhou para nós.
- Seus filhos vão fazer 3 meses de vida, eles não sabem andar de bicicleta -
Rubi diz cruzando os braços.
- Tem certeza? Nunca vi bebês tão fortes -ele fala e ela revira os olhos.
- Estávamos proibidos de comprar bolinhas para Mops -ela diz e ele bufa
irritado- Quem comprasse primeiro...perderia, e o ganhador decidiria o que
fazer com o apartamento debaixo.
- Ela jogou sujo! Ela sabe que comprar bolinhas para Mops são meu ponto
fraco -Adam diz e olha feio para a esposa que ri alto.
- Como ele obviamente perdeu dois dias depois quando eu vi uma bolinha
colorida que acendia -ela levanta um dedo- E eu sabia que era nova porque
não tínhamos uma dessa.
- Ela acendia! -ele fala abrindo os braços- Acha que eu ia resistir uma coisa
dessas?
- Cara, qual o seu problema em dar brinquedos para Mops? -Dylan pergunta
e Adam dá de ombros dizendo "gosto de ver a cara de felicidade dele".
- Sou louco não estúpido -ele diz e nós concordamos apertando seu ombro
dando razão.
Rimos juntos e eu olhei para trás quando senti mãos apertarem meu tronco,
Emily sorriu para mim e a trouxe para o meu lado beijando seus lábios
rapidamente.
- O desfile vai começar, podem ir para seus lugares meninas e...chatices -Ela
diz olhando para os meninos.
- Segura tua mulher aí, homem -Adam diz apontando para mim e Rubi sorri o
empurrando.
- Estou aqui.
Ela olhou para baixo e viu o decote meio torto, virei o rosto rapidamente
junto com Dylan que assoviou fingindo estar distraído.
Olhei para Nate que a encarava com toda a vergonha na cara que ele não
tem, eu sabia exatamente para onde seus olhos estavam focados, mas é muito
safado.
Olhei para ela que já tinha ajeitado o decote, pelo menos não mostrou nada
demais. Susie focou em Nate que passou a língua nos lábios, as bochechas
dela ganharam um tom rosado.
As meninas olhavam apenas para ela e não para o homem ao meu lado, Nate
desviou o olhar que se encontrou com o meu.
Ele deu um suspiro alto e se virou saindo de perto de nós, irei falar com
Adam para encomendar pacotinhos de confete.
Nos direcionamos para as cadeiras nos sentando na primeira fila um ao lado
do outro, a nossa frente pessoas importantes de revistas e sites, jornalistas,
fotógrafos e qualquer pessoa importante para colocar Modus em uma das
melhores empresas de moda do país, eu mesmo irei me garantir disso.
Emily que estava ao meu lado não parava de sorri provavelmente orgulhosa
de como tudo estava indo, ela deveria estar lá atrás agora mas pedi que ela
ficasse aqui comigo e mandei que outra pessoa a cobrisse.
- Está tudo perfeito -ela diz assim que vira o rosto para me encarar.
Desci do palco com Emily e peguei duas taças de champanhe assim que o
garçom passou, entreguei uma a ela que deu um sorriso grande.
- É um belo brinde.
Uma voz masculina surgiu e tanto eu quanto Emily olhamos para o lado, a
visão a minha frente me fez travar no lugar.
Pisquei várias vezes e depois olhei para Emily que me encarou confusa.
×××
Ixi, quem será, hein? Quero suposições! Ai, amo. Melhor parte ❤.
Capítulo das 18:00 daqui a pouco, aaaaaa já vai acabar! Vou chorar.
Emily
Parecem estar vendo um filme dentro de suas próprias cabeças, não faço
ideia de quem seja essa mulher mas apenas um pensamento tem na minha
mente e está gritando um "ex" enorme.
Me perguntei por um momento se Peter ainda sente algo por essa mulher, sua
expressão está me deixando tantas dúvidas.
- Pensei que viria sozinho, Steve -Peter diz saindo do seu transe finalmente.
- Eu vinha, mas minha linda esposa cedeu vir comigo depois de tanta
insistência -Steve fala.
Peter olhou para mim e eu dei o meu olhar que só ele sabia quando faz
merda.
- Igualmente -ele diz- Nos deem licença por um minuto? Preciso conversar
com a minha namorada.
Senti sua mão na minha cintura e ele me tirou dali quase que me carregando,
fomos até um lugar afastado e passamos por uma porta marrom que nos
levava até onde os casacos dos convidados ficavam.
- Sim -responde.
- Não -ele responde, eu sentia meus olhos arderem- Jamais, Emily. Escute
bem, eu jamais amarei alguém como eu amo você.
- O jeito que você olhava para ela, Peter -falei quase sem voz- Eu não...
- Foi a primeira vez que nos vimos depois de três anos -explica- Só fiquei
surpreso, não pense que tem algo a mais porque não tem.
Por que eu não conseguia acreditar nisso? Talvez fosse meu lado medroso
que esteja agindo.
Uma lágrima solitária desceu pelo meu rosto e ele a limpou rapidamente.
Seus braços me apertaram e nos afastamos para nos abraçar, fechei os olhos
sentindo meu corpo relaxar um pouco.
- Vamos embora? -Ele pergunta e eu concordo- Vou dizer que você não está
muito bem, me espere no estacionamento.
Me levantei do sofá com sua ajuda e andamos para a porta saindo por ela,
ele beijou o topo da minha cabeça e eu andei para a entrada que me levaria
para o estacionamento.
Ele andou até os nossos amigos e meus passos continuaram até eu chegar no
estacionamento, haviam alguns carros saindo e eu me encostei na parede
passando os dedos embaixo dos olhos.
- Oi.
Olhei para o lado vendo a mulher que vi a alguns minutos atrás.
- É Emily, não é?
- Sim -respondi.
- Eu vi como você saiu, sei que pode ser estranho. Jamais me perdoaria pelo
o que fiz a Peter mas eu era tão estúpida na época -encarei seus lábios que
tinham um batom fraco e depois seus olhos pretos- Vocês me parecem
felizes, vi vocês durante o desfile. Ele finalmente está feliz, e eu também
estou.
- Vamos -ela disse e o mesmo agarrou sua mão indo para longe de mim.
Virei o rosto, certo, tenho dois pensamentos. Primeiro ela realmente não
parece uma ex neurótica e segundo...o que ela fez para Peter que acabou com
o relacionamento deles?
Coloquei minha palma sobre a sua e fomos em direção ao seu carro, o trajeto
toda até o seu condomínio foi em silêncio.
Eu pensava nas possibilidades do que havia acontecido e no meio disso
buscando coragem para perguntar a ele.
Entramos na casa comigo indo direto para a cozinha, ele me seguiu vendo eu
pegar uma garrafinha de água.
Como é que aquela mulher traiu aquela beldade subindo as escadas? Será
que ele não era bom de cama na época? Sorri de lado, até parece.
Que curiosidade aguçada é essa Brooks? Nunca me senti tão curiosa como
agora.
Desci indo para a sala, tirei o vestido e o sutiã depois. Coloquei a camisa
que era grande o suficiente para cobrir a estelinha que estava desprotegida.
Andei até uma caixinha que estava em cima da mesinha de centro e tirei meu
esmalte de lá, foda-se, pintar a unha me acalma.
Me senti no sofá que não era de 5 mil dólares por que se for Peter mata. Me
sentei no outro que era de couro marrom bem clássico que parecia de
adequar as cores e elegância daquela sala de estar.
Estiquei meu pezinho e comecei a passar a base nas uninhas do pé, depois de
pintar todo o pé direito eu passei a pintar o esquerdo com uma almofada no
meio das pernas.
Finalmente a Peter Pan apareceu com uma calça moletom e uma camisa
branca, ele olhou para mim e fez uma expressão engraçada.
Graças a Deus.
Peter
Seus olhos castanhos estavam tão curiosos e obviamente eu sabia o por que.
Flashback
3 anos antes.
- Eu dei um cartão para você, meu amor. Pode comprar o que quiser nele -
falei entrando no meu carro.
- Peter, você não pode me dizer esses tipos de coisas. Eu vou estourar isso
aqui -ela diz.
- Hoje é o nosso jantar especial, vamos anunciar o noivado para meus
amigos -falei vendo meu motorista sair do lugar- Compre o que quiser.
A voz da loira a minha frente quase me deixa surdo, olhei para ela irritado.
- Falei para você me interromper! -digo e ela faz careta batendo no meu
braço.
- Filha da puta, você deveria pelo menos me dizer que estava noivo dela -
fala irritada.
- Continuando...
O sapatos nos meus pés eram mais confortáveis do que os sociais, ao invés
de terno eu usava roupas casuais e só estou em casa mais cedo para me
aprontar e dar a notícia a Dylan, Adam e meus pais de coração.
Emily contestou e eu levantei o olhar para ela que tinha uma sobrancelha
erguida.
Voltei a pintar o resto dos dedinhos que faltavam. Porra, eu realmente sou
trouxa. Estou pintando as unhas da minha namorada, espero que Adam nunca
descubra isso.
- Olha se não é a chatice em pessoa, espero que isso seja importante, Ross
-Dylan diz- Me tirou da cama de uma linda socialite.
- Cadê sua namorada chata? -ele pergunta e eu olho feio para ele.
- Eu que ensinei.
Ajeitei todos na sala de jantar e conversei com eles por alguns segundos
até ouvir o barulho do elevador e andei até ele.
- Você fez tudo menos a abraçou como um irmão, Peter -Emily diz.
- Pensei que ainda estivesse na empresa -ela diz e olha para as escadas
parecendo ansiosa.
- Eu sei, mas pensei que não fosse agora -ela disse e deu um sorriso
nervoso- Vou subir, desço em alguns minutos.
- Mãe, ainda tenho 24 anos. Ainda estou novo demais para pensar em
casamento e amor -ele diz.
Andei pelo corredor e ouvi algumas vozes quando cheguei perto do quarto
que era meu e de Holly ouvindo a voz alta de Dylan.
- Quem te deu direito de mexer nas minhas coisas!? -ela gritou de volta.
- É tudo um plano então? Vai negar que está enganando meu melhor amigo
apenas para usufruir dos bilhões que ele tem, Adam estava certo -Dylan
riu sarcástico- Você é uma interesseira!
- Olha aqui, eu não gosto de nenhum de vocês. Apenas aturo porque vou
me casar com ele -ela diz.
Não, não pode ser, interesseira?. Dylan tem que estar errado de alguma
forma.
- Você é tão burra, escreveu seus planos em cartas! Para quem você as
manda? -olhei pela brecha da porta vendo ele se aproximar dela- Vadia
interesseira, nem por cima do meu cadáver que você vai se casar com ele.
- Acha que ele vai acreditar em você -ela riu com deboche- Ele vai
acreditar em mim que foi quase estuprada pelo melhor amigo.
Dylan franziu o cenho e eu minha expressão foi de choque quando eu vi
ela rasgando a própria roupa e bagunçando o cabelo.
- Você é louca -Dylan diz passando por ela que fingiu cair no chão e
arranhando o joelho de propósito.
- Ai! Para com isso! -ela gritou alto o suficiente para nós debaixo escutar
e Dylan se virou.
- Escuta aqui, você não vai se casar com ele. Irei contar o que realmente
aconteceu e Peter vai acreditar em mim, não importa o amor falso que ele
pensa que é verdadeiro. Ele é bom demais para você e jamais se casará
com uma pessoa tão baixa -ele disse tão sério que a fez encolher os
ombros.
Meu peito doía tanto com as palavras dele porque elas infelizmente
estavam certas. Tudo o que pensei, tudo o que acreditei, tudo o que ela me
fez sentir era puro teatro.
Holly só queria meu dinheiro esse tempo todo e ainda tem a capacidade de
querer acusar meu melhor amigo de estupra-la, eu amei a mulher errada
todo esse tempo.
Foquei meus olhos em Holly que estava no chão. Preciso saber se ela
realmente faria isso, vi as cartas espalhadas no colchão e depois foquei
nela.
- Não chegue perto de mim! -gritei com ela que deu um passo para trás.
- Peter...
A olhei com carinho uma última vez, eu sentia meu coração se fechando
lentamente para qualquer tipo de amor que ouse aparecer.
Tirei suas mãos do meu rosto, lágrimas já rolavam pela sua face.
Depois disso tudo resumi minha vida em boates, mulheres, sexo e álcool.
Tentando de alguma forma me sentir pronto para amar novamente e isso
durou três longos anos da minha vida até eu achar ela, minha loirinha.
Flashback off
×××
Finalmente o passado de Peter Pan, bom...Holly errou sim mas ela é uma
pessoa melhor agora.
Emily
- Sinto muito -falei- Eu não fazia ideia, ela não parece ser a mesma pessoa
agora.
- Eu não sei o que ela fez depois que saiu do meu apartamento, nunca
procurei saber mas eu soube 1 ano depois que ela tinha se casado com um
homem bem mais velho, eles parecem ser felizes como ela nunca seria
comigo e eu nem eu com ela.
- A vi pela primeira vez hoje depois de tudo aquilo -responde- Mas, eu não
me importo mais. Então...não teria problemas em perdoa-la.
- E a mãe?
- Apenas Dylan, Adam sabiam disso, Nate também mas morava na Itália na
época. Não contei a Monica e Gregório naquele dia -ele diz- Achei
humilhante demais.
Balancei a cabeça.
Estou com tanta vontade de abraça-lo e dizer que eu jamais faria qualquer
coisa para machuca-lo. Peter é importante demais para mim.
Eu estava nua, então o contato que tive foi bom já que a calça moletom era
fina até demais.
- Jamais farei algo do tipo com você -falei e ele alisou meu cabelo com o
meu corpo que parecia tão pequeno perto do dele..
- Eu sei -ele disse- Eu amo você, Emily. Ainda mais pelo jeito sincero que
você tem quando está comigo.
- Você sempre fala as coisas na minha cara, eu gosto disso -ele riu.
- Irei continuar até o meu último dia de vida -falei desviando o rosto e
beijando seus lábios preguiçosamente sem desviar os olhos dele.
Arfei quando senti sua mão no meio das minhas pernas, olhei para seus
ombros meio tonta sentindo ele apertar minha intimidade.
- Vou tirar -ele sorriu malicioso- Apenas para colocar outra coisa.
Ele se levantou do sofá comigo no colo.
Lisa Venturelli
Depois da nossa briga nos resolvemos com uma longa conversa, nossa vida
sexual estava ruim até agora. Muitos problemas na empresa o estressam
demais e sua permanência naquele escritório durante a madrugada me
deixava puta, mas eu entendo que ele precisava trabalhar.
- Lisa, eu acho que Benta ainda está aqui -ele disse abafado por estar dando
beijos em meu pescoço.
- E eu estou mesmo.
Nos assustamos e ele se afastou dando um sorriso sem graça para Benta que
ria de nós dois.
- Sei como é difícil essa fase de bebês, mas vai passar -ela disse- Danny
está dormindo, não façam muito barulho.
Eu não deveria ficar com vergonha daquilo. Mas isso não impediu minhas
bochechas de ganharem um tom corado.
Benta andou para porta e saiu por ela rapidamente, Dylan olhou para mim e
deu um sorriso malicioso.
Praticamente corri até ele que me levantou do chão com facilidade, por conta
da gravidez meu corpo estava um pouco mudado. Meu peso estava um pouco
maior do o que o normal, mas nada que possa atrapalhar a força do meu
arrogante gostoso.
- Você está ainda mais gostosa, Lisa -ele disse andando comigo para a
escada.
Beijei seu pescoço mordendo o lóbulo da sua orelha indo para a sua boca,
passamos pelo quarto de Danny que tinha a porta aberta e ele dormindo no
berço.
- Prometa estar dentro de mim a noite toda -exigi olhando em seus olhos
verdes.
Meu vestido saiu mais rápido que um raio, eu não usava sutiã então foi
questão de segundos para a minha calcinha de renda sair do meu corpo.
Dylan tirou o terno preto ficando apenas com a calça social que também foi
tirada em seguida, ele se aproximou se colocando no meio das minhas
pernas.
- Eu prome...
Dylan foi impedido de continuar quando ouvimos o choro do nosso filho, nos
encaramos frustrados...tão perto.
- É.
- Não! Deixa que eu vou -falei- Eu sou mais rápida fazendo ele dormir do
que você.
- Mas que absurdo -ele diz e eu me levanto vestindo meu hobby de seda.
- Ao invés de você fazer o menino dormir você brinca fingindo que ele é
avião -falei- Ele não pode voar, Dylan.
- Shiu, ele pode escutar você -ele diz e eu sorri o dando um selinho rápido.
- Oi, meu amor -o peguei do berço ouvindo ele chorar agora com intervalos
para fazer beicinho.
- Vamos dormir? Está tarde e eu deixei seu pai com uma ereção tremenda -
falei.
- Lisa! Para de falar isso para a criança -Dylan gritou do quarto e eu revirei
os olhos.
Andei até a poltrona que balançava e me sentei nela, o amamentei por longos
e longos minutos enquanto cantava uma música de dormir brasileira que de
acordo com Dylan ele acabou decorando e eu também.
Seus olhinhos foram se fechando lentamente enquanto ele sugava o leite dos
meu seio esquerdo e ouvia essa música pela trigésima vez.
Demorei mais ou menos meia hora para finalmente conseguir fazê-lo dormir,
o coloquei no berço com cuidado para não acorda-lo.
- Acorda que eu quero que você me satisfaça -falei e ele abriu os olhos
sonolento.
Ele pareceu entrar em coma, que merda. Me virei para o lado me deitando.
Peguei meu celular que estava em cima da cômoda e abri em um contato
especial.
Olhei os detalhes do seu rosto e sorri de lado, amo tanto esse babaca.
(...)
Gritei com ele que balançava Danny no seu colo, ele realmente acha que o
menino é um avião.
- Está nada -ele diz rindo depois que Danny fez um som de risada.
Ele o segurou no colo e eu me aproximei dos dois com uma papinha de fruta,
era a primeira vez que ele iria comer isso.
Levei até a sua boquinha rosada e dei para ele experimentar, Danny fez uma
careta engraçada mas depois comeu tudinho fazendo barulhos com a boca.
- Peter não sabe nem segurar uma boneca -Dylan diz me fazendo dar um
sorriso.
- Não subestime, Peter e Emily são bons cuidado de Danny. São padrinhos e
responsáveis.
- Meu segundo casal preferido -Peter diz- Adam e Rubi são o primeiro.
- Ele está brincando -Emily diz e se aproxima para falar com Danny.
- Quem vai ficar com a titia Emily o titio Peter hoje? -ela falou com uma voz
manhosa pegando Daniel do colo do pai.
- Estamos confiando nosso filho a vocês -falei- Por favor, o mantenha vivo.
Essa é a prioridade.
- Para com isso, Lisa. Nos damos bem com Danny -ela diz e Peter se
aproxima parando ao lado dela.
- Vamos voltar em... -Dylan olhou para mim que sussurrei 3- Em 4 horas.
Sorri de lado.
- Fazemos isso todas vez que estamos com ele -Peter diz.
- E é por isso que estão aqui, Danny gosta de vocês dois -falei vendo ele
com os olhos focados em Emily e seu cabelo.
- Meu leite materno está na mamadeira -apontei para a térmica, dei o resto
das instruções em seguida.
Ele ficou sério até Peter sorrir para ele que sorriu de volta, meu filho sorrir
para todo mundo.
- Vamos nos dar bem, podem ir transar -Peter diz e Dylan acena, bati na sua
barriga.
Poderíamos ter chamado Benta, mas Dylan não quis. Hoje era seu dia folga e
ele não queria pedir para ela cuidar dele para irmos a algum hotel e transar.
Monica e Gregório muito menos, Dylan só concordou porque eu disse que
era Emily e Peter.
- Nos vemos daqui a pouco -Digo beijando a cabeça de Daniel e Dylan o faz
em seguida.
Olhei para os três que me encaravam e dei um tchauzinho, eu sei que meu
filho está em boas mãos.
×××
Espero que você tenha rido, surtado, ficado triste e outras coisas...
Emily
Gritei com Peter que riu alto, esse homem não tem coração.
Faziam apenas uma hora que Dylan e Lisa sairam para ficar um pouco a sós,
quando ela me pediu para ajuda-la nem passou pela minha cabeça em negar.
Queria ajudar meu casal preferido de alguma forma.
Meu cretino usava uma calça jeans preta com uma camisa escura de mangas
que iam até o seu pulso, lindo como sempre. Seu cabelo estava desarrumado
e sua barba estava recém aparada já que ele a fez essa manhã. Ele fica
bonito até tirando a porra da barba.
Não chora.
Não chora.
Não chora.
Ele foi fazendo um biquinho de choro e eu quase choro junto, não demorou
nem 5 segundos para ele começar a chorar e alto pra cacete.
Peguei o chocalho e o balancei na sua frente tentando fazer ele esquecer que
o mesmo caiu na sua cabeça, mas ele continuou chorando.
- Qualquer uma! Não acho que ele vá ligar para o gênero -debocha.
Danny apertava as mãozinhas e ainda chorava, ele parecia assustado. Não o
culpo, um marmanjo todo tatuado está balançando ele como se fosse um saco
de batatas.
- Vem meu ursinho querido meu companheirinho ursinho pimpão -ele cantou
baixo.
- Dança também, Pimpão -Peter tocou na ponta do nariz de Danny que foi
desfazendo o biquinho- Pelo salão, pimpão.
2 horas depois...
- Cara você limpa ele e coroa eu não limpo -Peter diz e dou um tapa do seu
braço fazendo ele ir para trás.
Peguei a moeda da sua mão e a fiz rodar jogando para cima, Peter a pegou e
colocou em cima da sua palma. Olhamos para a decisão.
- Ah não, Emily! Eu não sei fazer isso! -ele diz quase chorando.
Olhei para Danny que tinha a fralda cheia e tinha um péssimo cheiro,
misericórdia que podridão é essa?
- Não, valeu -falei mexendo meus pés para sair do quarto mas sua mão me
impediu.
- Se você não me ajudar eu juro que vou torturar você até o último dia da sua
vida -ele diz sério.
- No mundo onde eu tenha que limpar fraldas vale tudo -ele diz e eu reviro
os olhos.
Que droga.
- Tá, tá. Vamos acabar logo com isso -falei e ele suspirou satisfeito.
Peguei as tirinhas da fralda e as abri, vimos aquela merda...literalmente e
Peter e eu viramos o rosto com uma careta por conta do cheiro, eu conseguia
ouvir o risinho de Danny.
Peguei os lenços que pareciam ser úmidos e tinham um cheiro tão gostoso,
passei naquele bundinha bonitinha e Peter tirou a fralda levando até o lixo
com o braço esticado com a bomba nas mãos.
Ele voltou pegando mais lenços e o limpou junto comigo, mais lenços e mais
lenços.
- Emily, tem que desinfetar essa bunda -ele diz- Pega lá o álcool.
Meu Deus.
Peguei uma fralda descartável limpa e Peter o levantou um pouco para que
eu colocasse embaixo dele, eu já vi Lisa e Dylan fazendo isso algumas
vezes...tenho uma ideia de como seja.
- Somos uma boa dupla -ele diz, nós olhamos para Danny.
- Não somos não -falei rindo e Peter se aproximou dando um beijo estalado
na minha bochecha.
Danny resmungou alguma coisa que nenhum ser humano entenderia, o
colocamos no berço e ele ficou olhando para cima como se fosse uma
estátua.
Eu hein.
Olhinhos de Daniel focaram em mim e eu sorri para ele imenso, será que eu
estou assustando essa criança? Ele continuou me encarando até abrir um
sorriso banguela e mexer o corpo, ele fez um beicinho logo em seguida e eu
vi os olhinhos se encherem de lágrimas, aí meu Deus.
- Emily, por que ele está me olhando assim? -Peter pergunta e Danny balança
as mãos como se estivesse pedindo para pegarmos no colo.
Oh.
- Droga, pega ele Emily. Olha esses olhinhos verdes -Peter diz e eu rápido
tiro ele do berço para ficar mais perto de nós dois.
1 hora depois...
- Foram só quatro horas -falei- Imagine se tivessem mais 20, não iríamos dar
conta.
Ele concordou.
- Mas pelo menos sabemos cuidar de um bebê por 4 horas, quem sabe daqui
a alguns anos...
Puta merda, olha o que estou falando pra esse cara. Peter me faz querer
coisas que eu não quero nem tão cedo.
Nunca me imaginei sendo mãe, e ainda não me imagino. Mas não nego que
seria interessante ter um bebê, quer dizer, não quero filhos agora. Talvez
mude minhas perspectivas daqui a alguns.
- Sempre estaremos aqui uns para os outros -Peter diz e Dylan aperta seu
ombro com um sorriso terno.
O coloquei no berço que mais parecia uma cama e Lisa o ajeitou deixando
confortável, saímos do quarto com ela com uma babá eletrônica na mão.
- Isso já aconteceu antes -Lisa diz e olha para Dylan que faz uma cara de
tédio.
- Por que ele cheira tão mal quando faz cocô? -Perguntei, não que eu cheire a
flores mas aquele cheiro não é normal não para um bebê de 4 meses.
- Droga, eu queria tanto ver vocês trocando ele -Dylan diz e Lisa sorriu
concordando.
- Aprendi que tenho que passar na farmácia agora e comprar 400 camisinhas
-Peter diz e eu concordo no mesmo segundo.
- Vamos, tenho que tomar um banho. Tirar esse cheiro de leite e cocô ao
mesmo tempo -falei apertando o botão do elevador.
- Sim, só queria ver o desespero no seu rosto -ele diz normal e eu reviro os
olhos.
- Você tem irmãos? -Perguntei surpresa e ele fez uma expressão de irritação.
O puxei pela mão impedindo seus passos rápidos, coloquei as mãos na sua
nuca para encara-lo.
- Você...
- Eu acabei de dizer que não quero falar sobre isso -ele me corta, totalmente
ignorante.
Engoli em seco, encolhi os ombros pela forma estranha que ele está me
olhando.
Pela segunda vez no nosso relacionamento eu me sinto mal a ponta não
querer ficar na presença dele.
- Irei para casa, quer vir comigo? -perguntou fazendo pouco caso.
- Certo.
Ele diz e me dá as costas indo embora! Fiquei parada vendo ele andar para
fora do prédio e entrar no seu carro em seguida, cretino!
Saí do prédio e andei a passos rápidos até bater na sua janela com força, ele
a abaixou.
- Sou sua namorada não sua moleca -cuspi as palavras e me afastei do carro.
- Não!
Gritei e ele me encarou.
- Não quero ver você hoje, nos falamos amanhã na empresa -digo séria
vendo ele negar.
Peter ainda pensa que pode me tratar de qualquer jeito, ou talvez como antes.
Mas as coisas não são mais assim, brincamos várias vezes mas eu sabia a
hora de ser séria.
×××
Até, babys.
30/05.
58° capítulo
Emily
Terça feira...
Mexi nos copos os ajeitando na grande mesa comprida, haviam vários tipos
de comida para todos.
A lua estava cheia e haviam estrelas por toda a parte, hoje era o aniversário
da nossa fadinha. Adam está finalmente com 28 anos mas com a mente de 5.
- Por que está evitando ele? -Rubi perguntou assim que se aproxima de mim.
- Peter me trata como se eu fosse um nada quando está irritado, eu não gosto
disso -falei sincera.
Rubi usava um vestido soltinho e parecia ser refrescante, ele não tinha
muitos detalhes mas a cor azul claro combinava com ela.
- Ainda não o matei até agora, está resolvendo pelo menos um problema -
digo e ela sorri de lado.
- Bom, espero que consiga agora porque ele está vindo para cá -Rubi diz e
sai de perto de mim.
Olhei para o lado vendo ele sair da roda e caminhar na minha direção, saí de
onde estava e caminhei para dentro da casa.
Corri rápido e ele correu na minha direção quando viu que eu estava
empenhada em não falar com ele.
E é uma péssima hora para Peter está usando preto, ele fica mais gostoso em
um ambiente assim...difícil até de resistir.
O olhei ofegante.
- Odeio o fato de você estar me evitando -ele disse pressionando seu corpo
no meu.
- Vai ser um babaca comigo como da última vez ou vai querer conversar
como uma pessoa normal? -ele travou o maxilar.
- Não gostei como você me tratou, eu não iria insistir naquele assunto no
mesmo momento em que você me disse que não queria falar sobre -digo com
os seus olhos me analisando- Você sempre parece mudar quando está
irritado, não é o mesmo Peter que eu conheço.
- Você ainda me vê como a Emily de antes? Aquela que você pode brincar e
implicar que ela não vai se importar?
- Eu prefiro agora, conhecer e amar você é o que me faz feliz. Nada da nossa
relação de antes me faz querer mudar o presente.
Fechei os olhos sentindo seu toque na minha bochecha, apoiei minha cabeça
na sua mão e deixei que ele me beijasse gentilmente.
- Não quero ficar longe de você por mais tempo -diz- É um verdadeiro
martírio.
- Ainda vamos discutir muito? -Perguntei curiosa para saber se isso para
alguma hora.
- Provavelmente sim, mas o lado bom é que mostra que ainda nos
importamos -diz.
- Significa que nosso relacionamento chegou ao fim -ele diz com a voz falha.
- Não quero que chegue ao fim, vou discutir com você mais vezes -falei
ouvindo ele rir em seguida.
Peter me afastou e me beijou com amor, coloquei as mãos na sua nuca e ele
me levantou um pouco me fazendo rir em seguida.
(...)
Peter
Cantamos parabéns para a Tinker Bell que parecia muito feliz ao lado da
esposa e dos filhos que estavam nos carrinhos todos grudados, próprio para
trigêmeos.
- Agora vão lá, fazer sexo de reconciliação -Adam diz e Rubi balança a
cabeça o repreendendo- Esse é o melhor.
Revirei os olhos.
- Toma seu presente -Lisa diz e estica uma pequena caixa para ele- Todos
nós achamos perfeito.
Sorri de lado.
Adam pegou a caixa e abriu em seguida tirando a fantasia de Tinker Bell, ele
olhou para nós todos com uma cara de tédio e eu segurei o riso vendo sua
expressão.
Olhamos para ela com uma sobrancelha arqueada que deu de ombros, Adam
deu um sorriso extremamente malicioso.
- Princesa vai voar na alturas esta noite -diz e Rubi sorri de lado para ele.
- Vamos nos reunir na sua casa para o ação de graças? -Emily perguntou
olhando para Rubi, boa loirinha.
- É meu primeiro ação de graças com tantas pessoas -Susie disse com um
sorriso no rosto.
- Olha a fofura dessa garota, puta merda -Adam diz e todos nós nos
aproximamos dela para abraça-la.
O único que não estava aqui era Nathaniel que foi embora alguns minutos
atrás, ele parecia preocupado com algo e sabíamos que era sobre a nova
empresa, ele já deve ter resolvido o problema a essa altura mas preferiu ir
embora.
Nunca entrei em Bebel mas de longe ela não parece ser tão segura quando
Emily diz.
Subi na moto vendo ela fazer o mesmo em seguida mas de lado por estar
usando vestido, ela agarrou meu tronco e saímos da mansão rapidamente.
Pilotei por intermináveis minutos sentindo a brisa gélida da noite e mãos me
apertando, é uma ótima sensação.
Ela veio atrás de mim colocando as mãos nos meus ombros, me abaixei um
pouco e ela pulou nas minhas costas dando uma risada, a segurei pelas
pernas que se fecharam ao meu redor e sorri que nem um idiota quando ela
apoiou o queixo na minha cabeça.
- Sr. Ross -uma mulher fala, eu não faço ideia de quem seja.
- Oi, está tarde -apertei as mãos nas coxas de Emily- Estão todos
dispensados.
Eles acenaram e depois olharam para Emily que deu um tchauzinho dizendo
um "oi".
- Sim -responde.
Passei pelo corredor e cheguei na porta que era o meu quarto, passei por ela
e andei até ficar na frente da minha cama.
Emy desceu das minhas costas e eu me virei para ela, coloquei minhas mãos
no seu rosto e analisei cada detalhe da mulher que me tem nas mãos.
- Certo, então colocou a lingerie sua que eu mais gosto porque não tinha o
pensamento de que íamos nos acertar hoje?
- Não...
Sorri de lado.
Me virei indo até a mesa que fica no meu quarto e peguei uma caixa pequena
vermelha de cima, me aproximei dela que tinha o olhar curioso.
- Pelo visto não é só que eu tinha o pensamento de nos acertamos hoje -ela
fala e olha para a caixa.
Ela olhou para aquilo com a boca entre aberta, seus olhos castanhos
pareciam ter triplicado na curiosidade.
- Vou usar isso em você está noite -falei e ela engoliu em seco.
- Por que?
- Nunca usou isso antes?
- Não vou usar isso com você -digo e ela insiste balançando a mão.
Dou a ela que pega o objeto e lê o que está escrito e depois me encara.
- Não -falei.
- Sei... -ela colocou de volta na caixa- Não vai ganhar isso, garotão.
- Não adianta, você não vai fazer nada com esse bebê -ela apontou para a
própria bunda- São a minha dignidade.
- Sou inteiramente sua -ela diz, meu pau até vibrou dentro da calça jeans.
Coloquei a caixa em cima da cama e a puxei para perto de mim que analisou
meu tronco subindo para meus olhos, levei os dedos até o seu sutiã que tinha
o fecho na frente e o tirei.
Ele desceu pelo seus braços liberando seus seios que eu não vejo a hora de
beijar e chupar, Emily tem seios muito bonitos.
- Eu amo tanto você -deslizei minha mão pelo seu rosto- Deite na cama -falei
e ela o fez.
Ela olhou para mim e deu um sorriso de lado, Emy parecia me desafiar de
alguma maneira. Vamos ver se sorrisinho ainda estará no seu rosto quando eu
fode-la com força.
Puxei a caixa e subi em cima dela, peguei as algemas de couro que tinham
alguns corações pequenos e encaixei no seu pulso esquerdo fechando depois,
passei pela grade da minha cama e encaixei no direito.
Ela olhou para mim que me afastei.
Ela se mexeu embaixo de mim e entre abriu a boca quando minhas mãos
deslizaram pelo seu tronco e subiram indo até os seios.
Beijei sua intimidade por cima da calcinha e ela puxou a respiração olhando
para cima, beijei novamente mas dessa vez mais demorado, ela se arqueou
um pouco parecendo ansiosa.
Passei o nariz por cima sentindo seu cheiro, ela mexeu as mãos um pouco
fazendo o barulho nas algemas.
Essa bolinhas são ótimas para preliminares e eu sei que deixará Emily
exatamente do jeito que eu quero, tonta e fraca de tanta excitação.
Ela gemia alto fazendo minha ereção crescer dentro da cueca boxer, olhei
para cima rapidamente e vi que Emily mordia o lábio inferior com tanta
força que eu pensei que ela poderia estar machucando o mesmo.
Fiz o que ela disse e continuei passando a língua para cima e para baixo, o
estimulador de clitóris estava ao meu lado na caixa então só fiz esticar a mão
e pega-lo, levei até onde ele iria trabalhar.
Sorri contra sua intimidade e aumentei o ritmo fazendo mais pressão no seu
clitóris com o estimulador, o corpo de Emily estava quente e parecia que a
qualquer momento ela iria entrar em combustão.
Ela gemeu novamente e alguns segundos depois ela gozou intensamente na
minha boca, tirei o estimulador e agarrei suas pernas para sugar todo seu
líquido.
Depois disso olhei para cima passando a língua nos lábios, seus olhos
estavam fechados e sua barriga descia e subia rapidamente indicando a
respiração descontrolada.
- Aquelas bolinhas -ela fala com dificuldade- Você vai usar aquilo comigo
de novo.
Abri minha calça jeans e a puxei para baixo, coloquei o preservativo depois
que o tirei da embalagem e me posicionei na sua entrada que ainda estava
molhada.
Ela olhou para mim com pura excitação nos olhos e eu coloquei a mão
esquerda na grade e a outra no seu pescoço apertando de leve.
Me inclinei para beija-la enquanto saia e entrava dentro dela, ela apertou as
grades da cama com as mãos e eu tirei a minha para apertar seu seio.
Apertei seu pescoço um pouco mais e depois o tirei descendo pelo seu
corpo, dei beijos molhados na sua clavícula subindo para o seu pescoço.
Me movimentei com mais força e ela respirou com dificuldade, seus lábios
estavam secos quando virei o rosto para encara-la.
- Diga.
- Não escutei -digo e ela sorri mexendo os quadris juntos com os meus.
Sorri de satisfação, não era para ser uma frase possessiva e de fato não é.
Ela é minha em todos os sentidos assim como sou dela, Emily tem o meu
coração e amor, isso é suficiente para mim.
Desviei o rosto para o seu pescoço totalmente ofegante, senti seu cheiro e
dei um sorriso pequeno.
- Eu não consigo sentir as minhas pernas -ela diz e foi impossível conter
minha risada.
- É sério, caralho!
×××
Capítulo da madrugada uhhh 😂❤.
Desculpa pelo hot meio escroto, não tava muito inspirada não. Melhoro
no próximo.
Emily
Amanhã eu iria conhecer minha sogra, Abigail Ricci, Peter me disse que ela
é uma pessoa fácil de conversar e bem divertida. Ótimo, pelo menos vou ter
alguém divertido para conversar além dessa chatice aqui do meu lado.
- Estou falando desse casamento -digo e ele concorda- Espero que nada de
ruim aconteça.
- Sua cunhada me odeia e seu pai é escroto -ele me encarou- Com todo o
respeito.
- Não esqueça da menininha virgem que você quase dorme -digo e ele revira
os olhos.
- Você não vai esquecer isso não?
- Meio difícil né, meu amor? -meu deboche bateu no seu peito e ele devolveu
com uma cara de tédio.
Olhei para o meu vestido elegante e suspirei, não vou dizer os detalhes
porque estou nervosa demais para fazer isso. Mas ele é de um cor vinho
muito bonito, Peter o comprou para mim a alguns dias atrás.
E a gravata que ele está usando agora eu que comprei, aparentemente ele não
tinha uma gravata da cor vinho. Bom, agora ele tem.
Demorou alguns minutos até chegar no endereço da casa, ela não era uma
mansão nem nada como por um minuto pensei que seria. Mas era um casa
muito bonita por fora e me parecia ser aconchegante por dentro.
- Ta vendo, bonitão? -ele me encarou- Seu nome não está na lista de todos os
lugares.
Peter riu colocando o braço em volta do meu pescoço e me puxou para ele
enquanto caminhamos para o jardim onde o casamento aconteceria.
Beijei seus lábios rapidamente quando levantei o rosto para encara-lo e ele
se aproximou para tal ato.
Não estou exagerando, todos os nosso conhecidos são exatamente assim mas
todos passam pano e são cegos em relação a isso.
- Emily!
Me virei vendo minha mãe com um grande sorriso, ela veio até nós dois e
nos abraçou ao mesmo tempo.
Peter sorriu de lado mexendo na gravata, ele pareceu animado com aquilo.
Louco.
- Sim, estava ocupado demais vendo os detalhes desse vestido no seu corpo
-ele diz e eu arregalo os olhos, apontei para a minha mãe com a cabeça e
Peter deu um sorriso sem graça.
- O tecido é muito bom -ele diz para ela que levanta uma sobrancelha.
Peter e eu concordamos.
Elias veio até nós e me deu abraço apertado quase me tirando do chão.
- E não é que eles vieram mesmo -me segurei para não revirar os olhos.
Jack apareceu ao nosso lado com um sorriso pequeno no rosto, ele apertou a
mão de Peter rapidamente que não fez questão de fingir carisma.
Olhei para ele com uma sobrancelha erguida, essa educação toda é por conta
de estar rodeado de pessoas do seu ramo de trabalho. Creio que ele precisa
fingir ter uma relação normal em família.
Acenei com um sorriso minúsculo, não sou obrigada a contribuir para o seu
teatro familiar.
- Você deve ser Emily, sou Kara a irmã da noiva -ela diz e estende a mão
para mim.
Olhei para Peter que piscou algumas vezes, foquei nela novamente e apertei
sua mão. Ela realmente parece uma mulher muito mais velha como Peter
havia dito.
- Desculpe por tudo aquilo em São Francisco -ela diz e eu cruzo os braços-
Eu estava furiosa e fora de mim, mas já está tudo resolvido agora.
Ele tocou na cintura dela e ela se despediu dando um tchau com a mão, os
dois se foram depois e eu olhei para Pan.
- Acho que agora eles já transam -falo e o casal de idosos que estavam ao
lado de Peter me olharam como se eu tivesse uma terceira cabeça.
Ignorei aquilo e nos focamos no som da marcha nupcial que apareceu, todos
levantaram vendo a noiva aparecer em um vestido não muito volumoso mas
extremamente bonito e delicado.
(...)
- Então você é bilionário, legal.
- Não gostamos de misturar as coisas no hospital -ele diz, seu cabelo era
castanho assim como seus olhos.
Idiota.
- Pensei que estivesse trabalhando, doutora Brooks. Seu pai disse que tinha
voltado de uma viagem recentemente depois de cuidar de algumas pessoas
doentes em países mais pobres.
- Como é? -Perguntei.
- Escute aqui -o interrompi- Não sou médica e se fosse jamais seria como
essas pessoas que estão aqui, mesquinhas e arrogantes.
Ele me encarou surpreso.
Provavelmente todos aqui tem esse pensamento, que ódio!
- Sou estilista e trabalho com ele -apontei para Peter- Jack Brooks mentiu
bem na cara de vocês e foram burros o suficiente para acreditar.
Minha voz estava saindo mais alta do que o esperado, meu sangue fervia por
ele ter feito isso. Meu pai sempre acha um jeito de me impressionar e me
deixar mais na lama, mas não dessa vez.
- Ele não me aceita na família perfeita dele porque não sou como vocês -abri
os braços- A visão de médico perfeito que vocês tem dele...não existe.
Olhei para Elias e pedi desculpas fazendo um movimento com a boca sem
emitir som, ele apenas concordou me dando um sorriso encorajador.
Ouvi passos atrás de mim e eu sabia que era Peter, andamos pelo jardim
deixando os convidados para trás. Passamos pelo portão chegando na
calçada apenas para ele pegar no meu braço me virando.
Ele me apertou mais e eu acabei o abraçando de volta, ele alisou meu cabelo
e eu mandei a vontade de chorar ir embora.
Meu coração batia rápido e eu suspirei com a cabeça apoiada no seu ombro,
seus braços faziam eu me sentir bem.
- Emily!
- Sua idiota -ele agarrou meu braço com ódio nos olhos.
- Você que é um idiota! Como pôde fazer uma coisa dessas? Humilhar sua
filha como se ela fosse um nada -empurrei seu peito- Qual o seu problema!?
Eu nunca fiz nada para você.
- Que se foda você e essa sua carreira de médico! -falei o que estava
entalado a anos.
No segundo seguinte eu senti o tapa que foi dado no meu rosto e o gritinho de
susto da minha mãe, meu rosto estava virado para o lado e minha bochecha
direita ardia e muito.
Respirei com dificuldade e senti mãos no meu rosto, lágrimas rolavam por
ele. Eu estava com medo e atormentada.
Peter levantou meu rosto para encara-lo, ele analisou minha bochecha e
apertou o maxilar.
- Você merece esse e muito mais, seu filha da puta -Ele disse irritado para
meu pai que cuspiu sangue.
- Se você encostar nela novamente eu juro que jogo você na cadeia e irei me
certificar que não saia dela até o último dia da sua vida escrota -ele diz e
Jack passou a costa da mão no rosto.
Peter pegou na minha mão e eu olhei para a minha mãe que deu um sorriso
pequeno balançando a cabeça, Peter e eu saímos da calçada correndo para o
carro.
Me ajeitei no banco e olhei para Peter que deu partida no carro acelerando o
motor de propósito, saímos dali rapidamente.
Respirei fundo.
Eu deveria estar mal pelo tapa mas estranhamente eu não estava, eu estava
bem por falar o que realmente sentia sobre sua carreira de médico e toda
essa merda. E também pelo belo soco que ele levou, ri alto quando lembrei.
×××
Sobre o novo livro que estou escrevendo em parceria, ele está na minha
lista de leituras. Só ir no meu perfil.
Emily
Eu movia minha cintura de um lado para outro com mãos fortes a apertando,
eu rebolava sem pudor sentindo o corpo de Peter atrás de mim.
Nos afastamos e ele sorriu para mim, continuei dançando sentindo todo meu
corpo acordado. Peter pegou a garrafa de whisky da minha mão e dei um
grande gole, eu acho que ele estava bêbado também.
Ainda é um mistério.
Mas, nesse meio tempo que estamos nessa boate que eu não faço ideia de
qual seja, já bebemos tequila, whisky, vodka, Rum e Absinto.
- Hum?
- Estamos bêbados?
- E agora?
Sai de perto dele mas quase caio no chão por conta da minha vista que
estava turva e girava um pouco.
- Você não pode entrar aqui, bonitão -falei passando o dedo pelo seu rosto.
Ele me soltou e eu olhei para a privada sentindo minha bexiga implorar para
ser esvaziada, olhei para ele e levantei uma sobrancelha.
- O quê?
- Vai logo, Emily! Se eu sair daqui você vai cair de cara no chão.
A cabine não tinha porta a não ser por ele que estava parando aonde ela
deveria estar, peguei o papel higiênico que estava em cima do vaso sanitário
e o abri em seguida.
- Vou forrar -falei colocando o papel higiênico ao redor do vaso- Nós somos
diferentes de vocês, não fazemos xixi em pé.
Toquei o indicador no seu peito e dei para ele segurar o papel higiênico, fiz
uma manobra doida para não encostar o bumbum ali e conseguir fazer xixi,
revirei os olhos ouvindo ele gargalhar alto.
Fiz xixi por longos segundos e eu sabia que ele estava me encarando.
- Estou ouvindo até o barulhinho -ele diz e eu me inclino para bater nele mas
não o faço, senão iria cair no chão.
Me limpei rapidamente e saí de onde estava jogando o papel no lixo, ele deu
espaço e eu fui até a pia lavar as mãos.
Peter ajeitou meu vestido que estava todo levantado e eu olhei para ele que
beijou minha testa.
- Você é tão romântico -falei- As vezes acho que não mereço você.
- Eu que não mereço você, loira -ele disse passando a mão no meu cabelo.
- Vamos voltar, ainda quero dançar -bati no seu braço e me virei dando
passos rápidos para fora do banheiro.
Joguei um beijo para ele que sorriu de lado, rodei meu corpo e quase caio de
novo mas uma mulher me ajudou a me firmar.
Ele não parecia puto com aquilo, apenas estava empenhado em assistir. A
mulher parou de me beijar e desceu beijando meu pescoço, meus olhos não
desviaram dele.
Peter passou a língua nos lábios e levantou um dedo me chamando para ele,
coloquei as mãos nos ombros dela e a afastei ouvindo seus resmungos.
Andei até Peter passando pelas pessoas e mordi o lábio inferior quando
parei na sua frente.
Ele olhou para a minha boca e depois para o meu pescoço, eu sabia o que
ele iria fazer.
- O que você vai fazer comigo? -Perguntei como se eu não soubesse, minha
boca estava entre aberta e eu olhei para seus braços cruzados subindo para
seus olhos
Ele me arrastou para fora da boate e eu fui como uma boa menina, do lado de
fora nós entramos em um carro enorme.
Ele deu partida depois e Pan subiu a divisória, dei um gritinho de susto
quando ele me puxou com força para me sentar em seu colo.
Apoiei minhas coxas uma em cada lado da sua cintura e me esfreguei dele de
propósito, Peter desceu as mãos pelas minhas costas até parar na minha
cintura e ele puxar o vestido um pouco para cima.
- Não -ele disse sério e eu arfei quando ele bateu outra vez.
- Não? -perguntei beijando seu pescoço- Não seja egoísta, Sr. Ross.
- Infelizmente eu sou -ele diz adentrando as mãos pelo meu vestido até
apertar meus seios.
Joguei a cabeça para trás e me esfreguei mais nele, estou mais safada do que
o normal.
- Quando eu conheci você -ele diz no meu ouvido- O primeiro pensamento
que tive depois de você ter me mandado ir a merda -ri baixo- Foi imaginar
como sua boca atrevida iria gemer quando eu me enterrasse em você.
- Por que está me dizendo isso? Não irei lembrar amanhã -digo e ele tira as
mãos de dentro do meu vestido colocando nas minhas bochechas.
Minha cabeça rodava mais do que antes e eu sentia meu corpo fraco e as
coisas todas embaralhadas na minha mente.
- Meu carro está na boate, leve-o para a minha casa -Ouvi a voz de Peter.
Peter sorriu de lado e apertou o botão do elevador com o meu dedo do pé,
cadê meus saltos?
- Pode ir trabalhar, Susie. Eu vou cuidar dela -Peter diz, eu não consigo vê-
lo por estar de olhos fechados.
- Se sente bem?
Eu estava lá plena vomitando quando senti dedos puxando meu cabelo para
trás.
Vomitei por mais alguns segundos e vi Peter se abaixando ao meu lado e se
sentando no chão junto comigo, coloquei a mão na sua testa e o empurrei um
pouco.
Ele tirou minha mão do seu rosto e riu vendo minha cara de irritada.
- Você tem que ter apenas a minha visão gostosa, o que eu realmente sou -
falei passando a mão na boca em seguida.
- Eu quero ter todas as suas visões, Emily. Não importa quais sejam.
Ele andou até o chuveiro e o ligou, tirou a gravata cor de vinho e logo depois
a blusa social. Me perguntei por um momento onde estava seu paletó.
Terminei o que estava fazendo e andei até ele que puxou meu vestido para
cima, tirei meu sutiã lentamente tendo seus olhos nos meus. Peter tirou a
calça social junto com a cueca boxer e eu a minha calcinha, entramos
embaixo do chuveiro.
- Obrigada -falei.
- Pelo o quê?
- Por me defender e por me fazer ver que a opinião dele não importa -uma
lágrima solitária desceu pelo meu rosto- Obrigada por acreditar em mim.
Ele ficou em silêncio, meu coração palpitava rapidamente e eu fechei os
olhos me sentindo bem nos seus braços.
É bom saber que existe uma pessoa que entende você, que te apoia em
qualquer coisa e te faz se sentir segura. Peter conseguia me fazer sentir essas
coisas, eu o amo demais por isso.
Depois disso fomos para o meu quarto e eu vesti meu pijama confortável, dei
a ele a cueca boxer que ele deixou aqui outro dia.
Nos deitamos na cama um de frente para o outro e ele ficou mexendo no meu
cabelo até eu dormir profundamente.
×××
Peter
Abri os olhos e pisquei algumas vezes para focar minha visão, levei a mão
até o rosto e dei um suspiro alto sentindo minha cabeça doer.
Bebi demais ontem, não o suficiente para ficar bêbado como Emily mas o
suficiente para ficar com dor de cabeça.
Peguei meu celular que estava em cima da cômoda vendo 11:12 da manhã,
arregalei os olhos e me levantei da cama tão rápido que quase desmaio.
Corri para fora do quarto abrindo a porta e andei a passos rápidos para a
sala de estar onde Susie estava sentada no sofá assistindo televisão.
- O quê? -Perguntei.
- Ai meu Deus! Peter! -ela apontou para mim e depois colocou as mãos no
rosto cobrindo os olhos.
Olhei para baixo vendo que estava só de cueca boxer que Emy me deu ontem
e arregalei os olhos.
Ela passou as mãos no rosto e olhou para Susie que agora estava com a cara
enterrada no sofá.
Emily olhou para mim e tentou esconder o riso mas falhando inutilmente.
Suas mãos foram me empurrando para o quarto até entrarmos e ela fechar a
porta.
- Eu preciso ir -falei.
- Vai sair de cueca de novo? Você traumatizou a baby bo -ela diz e sorri
depois.
- Não pode ir de cueca sabe, você é bonito e tal mas se entrar no aeroporto
assim vão expulsar você -ela diz e eu reviro os olhos.
Olhei no celular que ainda estava na minha mão e mandei mensagem para o
meu motorista rapidamente.
- Bem.
- Ressaca?
- O que eu fiz?
- Emily...
- Me desculpa, Peter -ela diz ficando nervosa- Eu não lembro disso, que
droga.
- Você estava bêbada e ela avançou para cima de você -falei e ela me olhou
envergonhada, suspirei.
- Eu sei que estava bêbada e eu também não fiz nada para intervir, foi erro
meu também -falei e ela negou.
- Aprendemos com os nossos erros, eu também não fui nenhum santo -digo-
Eu poderia ter impedindo por saber que você está alterada.
- Isso não é desculpa -ela sussurra baixo.
Sei que ela não estava tão consciente do que estava fazendo e eu não estava
tão bêbedo assim, mas não quero brigar. Só quero conversar com ela e
acertar isso.
- Nunca mais eu vou beber daquele jeito -ela diz me abraçando mais forte.
- Sei porque quis beber assim -alisei seu cabelo- Mas já passou, Emily. A
humilhação e decepção deixou você triste e seu pai não tinha o direito de
contar aquilo para todos.
Beijei o topo da sua cabeça e fechei os olhos sentindo o aroma bom que tem.
- Eu amo você, apenas você. Sei que foi errado por um lado mas eu também
errei, ok? -ela balançou a cabeça.
- Ok.
Ela suspira.
- Eu vi você fazendo xixi -ela me encarou- E depois ajudei com o seu cabelo
enquanto vomitava.
- Você ficou muito irritado quando me viu beijando uma mulher? -Pergunta.
- Certo, vou falar a verdade -digo e ela cruza os braços com uma
sobrancelha erguida.
- Você não dá conta só com uma imagine com duas, Pan -ela diz e eu levanto
uma sobrancelha, Emily apertou a boca em uma linha reta segurando o riso.
- Você me disse que eu não deveria ter qualquer outra visão sua além da
gostosa que você é -ela riu jogando a cabeça para trás e eu ri em seguida.
Ela é mesmo.
- Sim você é, agora eu vou tomar um banho. Preciso buscar minha mãe no
aeroporto -digo e ela concorda.
Beijei sua testa e nos abraçamos uma última vez, depois disso fui até o
banheiro para tomar um ducha refrescante.
Emily ficou no quarto provavelmente escolhendo a roupa que iria usar, tirei
a cueca e entrei no box para tomar banho.
Ela beijou meu braço rapidamente e tirou as roupas entrando no box para
tomar banho, escovei os dentes normalmente e depois fui para o quarto.
- Tudo bem, temos intimidade mas não exagera -ela diz e eu concordo rindo.
Susie sorriu gentilmente e se afastou indo para o seu quarto, fechei a porta e
andei até a cama pegando as roupas.
Vesti a cueca boxer branca e andei até o meu celular que estava na poltrona e
vi o horário; 11:25. Mandei mensagem para ela dizendo que ia me atrasar 10
minutos.
Larguei o celular e vesti a calça jeans preta e passei os produtos que vieram
junto na sacola, a camisa vermelha passou pelos meu braços e logo depois a
jaqueta preta.
Ele era azul como o céu e tinha umas pedrinhas no tronco, ela terminou de
escovar o cabelo e colocou as sapatilhas douradas.
- Graças a Deus!
Ela riu.
Emy olhou para mim me dando um olhar que eu conheço muito bem.
Levantei uma sobrancelha e ela olhou para ele baixando suas mãos do seu
corpo lentamente dizendo um "obrigada".
A porta do elevador se abriu mas não no térreo, a nossa primeira visão foi
de um casal que parecia quase se comer na nossa frente. O homem faltava
engolir o rosto dela.
Eles realmente vão querer transar aqui dentro? Bom, não duvido de nada.
- Esse elevador deve ter algum tipo de radar que chame sexo -ele diz com as
mãos na frente no corpo e olhando para frente.
Emily entre abriu a boca parecendo meio chocada por ele dizer isso, que
porra! Ele estava flertando com ela?
Eu sei que ela não beijou ele de propósito, mas eu sei que ele sim. Uma
mulher a beijou ontem mas diferente dela Caleb gostava de Emily ou talvez
ainda goste, eu não faço ideia. Mas para ele estar falando essa espécie de
indireta ainda deve sentir algo ou apenas quer me provocar.
- Você não vai querer saber, Sr. Ross -ele diz e depois olha para Emy com
um sorriso debochado.
Caleb desviou o rosto voltando a olhar para frente e eu fechei os punhos, ele
estava me provocando.
A porta do elevador se abriu novamente e ele saiu por ela nos deixando
sozinhos, depois que ele estava longe eu olhei para Emy que me encarava
apertando a boca em uma linha reta.
- Eu não consigo mais gostar de Caleb como antes -falei passando a mão no
meu cabelo.
- Não sei porque ele disse aquilo, ele sabe que estamos juntos -Emily diz
confusa.
Senti meu celular vibrar e o tirei vendo uma mensagem da minha mãe
dizendo que tinha acabado de pousar em Nova York.
- Vamos, deixa esse cara para lá -ela diz e estende a mão para mim.
- Eu vou dirigir -falei a ele que jogou a chave- Meu outro carro está na
concessionária dobrando a esquina -ele ouvia atentamente- Pegue-o para
mim e deixa na minha casa, por favor.
E foi assim, consegui chegar 3 minutos antes dos meus 10 minutos atrasado,
andamos pelo aeroporto a procura do desembarque e não demorou para eu
avistar Abigail já que ela tinha umas quatro malas apenas para cinco dias.
- Ela está ali -falei para Emily que seguiu meu dedo quando apontei.
- Poderíamos simplesmente andar até ela -falei enquanto andávamos até ela.
Emily riu.
Chegamos perto da minha mãe que usava uma calça jeans azul escura e uma
blusa branca de mangas compridas. Um colar grande no pescoço e o cabelo
muito bem penteado, acho que ela se arrumou assim que chegou. Seus olhos
pretos se focaram nos meus e ela deu um sorriso enorme.
- Ciao madre (Olá, mãe) -digo a abraçando de volta, haviam vários e vários
meses que não a via.
- Caramba, ela não fala inglês -Emily diz baixo e nos separamos.
- Falo sim, garota -ela diz e encarando Emily- Uau, você é bonita.
- Espero que esteja atrasado por que estava transando com ela e não por
outro motivo sem importância -minha mãe diz e Emy pisca algumas vezes, e
ela não mudou nada.
- Mãe!
Ela se virou.
- Sei sim, peguei bem no ato -ela diz- Logo depois ele apanhou porque não
estava usando camisinha com a garota, acredita!?
×××
Emily
30 minutos.
Tem 30 minutos que eu não consigo parar de rir com a minha sogra, essa
mulher é incrível.
Abby, como ela prefere ser chamada, é uma mulher divertida e bem mente
aberta sobre vários assuntos.
Peter está aqui mas só de corpo, sua mente deve estar na Itália ou qualquer
lugar onde ele não possa escutar sua mãe falando sobre os deslizes ótimos
que ele teve na adolescência junto com...
- Aquele menino é uma praga! -ela diz alto se referindo a Adam- Eu peguei
os dois tentando fumar um cigarro uma vez, eu não sabia que se ficava puta
ou se ria de tanto que eles estavam tossindo.
Coloquei a mão na boca para abafar o riso e Peter revirou os olhos bebendo
outro gole de whisky.
Ela sorriu.
Sorri de lado.
- Sua mãe é muito legal -sussurrei para Peter que fez uma cara de deboche.
- Por que se atrasaram? Já que não estavam transando devia ser por algo
chato -ela diz e chama o garçom pedindo uma tequila.
- Meu pai não aceita minha profissão e blá blá blá, ele bateu no meu rosto e
depois Peter socou ele -resumi e ela piscou algumas antes de beber a tequila
em um gole.
- Sim, consegui dizer a ele finalmente o que penso sobre sua carreira de
médico -falei e ela sorriu.
- Gosto dela -Abby diz olhando para Peter que sorriu de lado.
- Eu também, mãe -ele diz.
Não me lembro de Peter me falando sobre seu pai, e acho que ele não faz
questão.
- Conheço Adam, Dylan e Nate -ela diz- Sei que estão em Nova York.
Acenei.
- Que bom que Adam e Dylan se casaram -ela diz olhando para Peter- Pensei
que não tinham salvação mais.
Pan sorriu.
- Só falta Nathaniel -ela diz e ri em seguida- Quem conseguir casar com esse
cara merece um oscar.
Ri alto.
- Por que ele é todo certinho mas não me engana, ele tem cara de safado -ela
diz e Peter pisca algumas vezes- Parece enrolar bastante as mulheres.
- Mas ele é bonito não é? -Perguntei apoiando os braços na mesa e ela faz o
mesmo.
- Não é, garota? Se ele fosse um pouco mais velho -ela sorriu maliciosa e eu
ri da sua expressão.
- Meu Deus -Peter diz passando a mão no cabelo- Não sei o que é pior,
minha namorada ou minha mãe.
- Certo, agora vamos falar de algo mais importante -ela diz séria para nós
dois- Camisinhas e posições.
- Não quero te ouvir falando sobre isso -ele diz e ela manda ele ficar quieto.
- Nós usamos, fique tranquila -digo e Peter me encara parecendo puto, sorri
inocente.
- Uma das posições que ajudam é a cavalgada invertida -ela diz e olha para
mim- Cavalgue mas com consciência.
- Não ri, loirinha. Não dê pé para essa mulher -ele diz e eu levantei o rosto
apoiando meu queixo no seu ombro.
- Ai meu Deus eu vou infartar -ela diz com as mãos juntas e com um sorriso
meigo- Loirinha? É um apelido bonitinho.
- É mesmo -falei e ele sussurrou um "Mas você adora sentar nesse porre".
Semi cerrei os olhos para ele que deu um sorriso inocente muito parecido
com o meu.
- Vocês são bem calorosos -Abby diz e Peter a encara- Não me deem
netinhos tão cedo.
- Pensei que fosse querer netinhos -Peter diz e eu levanto uma sobrancelha.
Abby chamou o garçom novamente pedindo outra tequila, espero que ela não
fique bêbada.
- Quero netinhos sim, mas isso aí é com vocês -fala e olha para mim-
Cuidado com a cavalgada.
- Abigail Ricci.
Nós três olhamos para o lado da nossa mesa ao mesmo e vimos um homem
com um sorriso cheio de intenções no rosto, ele tinha o cabelo preto com
alguns fios brancos e os olhos parecidos com os do Peter. Ele vestia uma
calça jeans surrada e apenas uma camiseta azul com um pequeno bolso na
frente, seu braço esquerdo habitava um relógio prateado e no rosto uma
barba rala.
Franzi o cenho.
- O que quer aqui, Zac? Ainda é apaixonado por mim? -Abby diz fazendo
uma cara de deboche- Desencana.
- Sempre serei apaixonado por você, Abigail. Foi meu primeiro amor -ele
diz e ela levanta uma sobrancelha.
- Devo pedir para a polícia me acompanhar os dias que ficarei aqui? -ela
perguntou e ele negou rindo.
- Fique tranquila, só queria ver você -ele diz e eu encaro Peter que não está
com uma expressão boa.
Os olhos do pai de Peter sairam de Abby e foram para o filho até parar em
mim, ele sorriu percebendo minha presença e esticou a mão.
- Estamos no meio de algo -Peter interrompe seu olhar sobre mim- Pode nos
deixar as sós? Quero terminar de apresentar minha namorada a minha mãe.
- Vá embora -ela diz- Quero ficar com o meu filho agora, Zacharias.
Ele olhou para ela com um olhar apaixonado e ficou alguns segundos em
silêncio apenas vendo os detalhes do rosto dela.
- Tudo bem, apenas se aceitar jantar comigo esta noite -propôs.
- Certo, Zac. Mas se você ultrapassar os limites vou arrancar essa varinha
que tem entre as pernas -ela diz e ele concorda levantando as mãos em
rendição.
- Agora vá embora e não aborreça meu filho -ela diz e ele se levanta
empurrando a cadeira para frente deixando como estava antes.
- Foi um prazer, Emily -ele diz meu nome de uma forma estranha e franzo o
cenho.
Zac deu volta por Abigail e passou ao lado da mesa, quando passou perto de
Peter o mesmo agarrou seu braço o impedindo de ir.
Peter olhava para a mãe enquanto segurava o pulso do pai que tinha um
sorriso estúpido nos lábios.
- Queria saber porque não te apresento também -O tom de voz dele estava
frio- Porque ela não merece conhecer uma pessoa tão mesquinha e patética
como você.
Os dois se encaravam com fogo nos olhos e naquele momento eu soube que
havia acontecido algo terrível entre eles, algo que ainda machuca Peter
intensamente...eu só queria saber o que.
- Seu fedelho! Acha que está falando com quem? -ele perguntou balançando
o corpo de Peter que sorriu de lado.
- O fedelho aqui é muito mais homem do que jamais você vai ser -retruca.
Meu Deus.
Zac deu passos para trás enquanto ela estava no meio, Peter se endireitou já
que estava quase deitado nas duas cadeiras. Ele mexeu na jaqueta ajeitando
no seu corpo e se levantou tendo o olhar mortal do pai.
- Vou ter que ficar separando vocês até aqui em Nova York!? -Abby brigou
com os dois e Peter respirou fundo virando o rosto para mim.
- Sei o que pensa de mim, Peter. Mas não posso ficar para sempre tentando
fazer você mudar ideia -Zac diz e Peter o encara.
- Não estou pedindo nada -ele diz- Continue sendo quem você é, mas não
apareça na minha vida tentando ser meu pai. Você perdeu esse posto a muito
tempo.
- Não foi minha culpa! -ele gritou para Peter que o encarou como se ele
fosse louco.
- É claro que foi sua culpa! Seu ciúme obsessivo acabou com a nossa
família, espero que morra no inferno por isso -Peter diz e encarou a mãe.
- Eu vou embora, vai vir comigo ou vai ficar com ele? -Peter perguntou a ela
que entre abriu a boca.
Ele estendeu a mão para mim que andei até o mesmo, Peter cruzou nossos
dedos e nós três andamos pelo restaurante.
Peter tirou duas notas de 100 do bolso e entregou o garçom que passava na
hora.
- Vai ficar com Gregório e Monica, mesmo? -Peter perguntou a Abby que
concordou.
- Sim eu vou e vamos conversar sobre isso depois mocinho -ela diz e ele
suspira.
×××
Dedico este cap a ffhaha minha parceira de livro e minha amiga que fez
aniversário ontem❤ te amo, meu coraçãozinho kakaka sou péssima nisso
misericórdia.
63° capítulo
A foto não tem nada haver com o cap mas eu gosto dela.
Emily
Alisei meu vestido azul olhando para os meus pés, eu pensava em um jeito
de me aproximar sem ser muito invasiva mas sutileza não era o meu forte.
- Sei que está curiosa -ele diz encarando o computador a sua frente.
Deixei de ficar atrás da cadeira e dei a volta parando ao seu lado, seu
cotovelo estava apoiado na mesa com a mão apoiada no queixo.
Peter fechou Macbook e o empurrou para trás, suas mãos puxaram minha
cintura em seguida e ele me encostou na mesa.
Olhei para baixo vendo sua cabeça encostada na minha barriga e entre abri a
boca, coloquei minhas mãos no seu cabelo e o confortei fazendo um carinho
de leve.
- Eu quero ter todas as visões de você, meu cretino -falei dando um sorriso
pequeno depois.
- Está melhor?
Algo me diz que seu pai têm alguma ligação sobre o assunto que discutimos
da última vez, todo aquele ódio e angústia que dois estavam transmitindo
quando tocaram no assunto da família...foi assustador.
- Seu pai...
- Emy -ele me corta- Zac e eu não temo uma boa relação assim como você e
Jack, mas ao contrário do seu o meu não é tão presente na minha vida.
Peter desviou o olhar e apertou a boca em uma linha reta, ele não estava
mais confortável como antes.
Peter apoiou a testa na minha e envolveu meu corpo com os seus braços.
- Estou ficando boa nesse negócio de relacionamento -falei e ele riu ainda
com a testa na minha- Vou dar conselhos na internet o que você acha?
Eu seria uma ótima conselheira, alguém partiu seu coração? Chora enquanto
digita mensagem para outro.
- Ainda está triste? Quer que eu anime você? -Perguntei e ele levantou uma
sobrancelha.
Desviei o rosto beijando seu pescoço e ouvi ele suspirar, me afastei e depois
bati uma mão na outra.
- O quê?
- Do que você está falando? Eu ainda não fiz nada -digo e ele levanta uma
sobrancelha.
- Estou animado desde que você sentou no meu colo -ele me mexeu um
pouco- Pepe está chamando Estelinha.
Ri alto.
- Para com isso, não vou animar você desse jeito -falei e ele fez beicinho.
- Danny é bom nisso -ele diz e massageia minha bunda como se fosse um
passatempo.
Passei a mão na sua barba e ele fez beicinho de novo! Danny está sendo uma
péssima influência.
- Não sei, parece bem animado agora -falei e ele apertou a boca em uma
linha reta.
- Eu sou mesmo, mas poucos tem o privilégio de tocar tudo isso -passei a
mão no meu corpo.
- Vi isso na internet uma vez -digo e ele sussurra "lá vem merda", bati na sua
cabeça depois dessa frase.
- Está aqui -ele puxou minha mão levando até a sua calça e eu abri a boca
vendo sua audácia.
- Peter!
- Tento fazer uma brincadeira saudável -falei gesticulando com as mãos e ele
colocou a direita na boca- Mas nem para você falar "o macaquinho pegou".
Ele riu mais e eu acabei rindo depois, ele se inclinou me puxando pelo braço
e abraçou minhas pernas apoiando o queixo na minha barriga.
- Certo, estou me sentindo bem melhor que antes -ele diz e eu sorri passando
a mão no seu cabelo.
- Quer que eu toque fogo na sua casa? Diga isso de novo para você ver -
ameacei.
É verdade, sou péssima até fazendo um ovo. Não sei cozinhar e não tenho
gosto para a coisa.
Sorri de lado.
- Não preciso mas é que eu não escuto você maioria das vezes, como essa
por exemplo -digo e ele cruza os braços.
Ele levantou uma sobrancelha e depois semi cerrou os olhos olhando para o
meu corpo entendendo o que eu queria dizer, Peter deu um sorriso malicioso.
Espero que ele não pense que eu estou falando do meu cú.
- Isso inclui...
Seus braços me puxam pela cintura e eu até me assusto no início mas rápido
esqueço quando ele ataca minha boca, suas mãos sobem até o meu cabelo e
eu coloquei as minhas nas suas costas sentindo ele me empurrar até a sua
mesa.
Nos afastamos por falta de ar e ele desce beijando meu pescoço, fechei os
olhos dando gemidos baixos e o aperto na minha cintura aparece.
Senti seus lábios nos meus novamente mas em um beijo menos necessitado
do que antes.
- Será ainda melhor se eu não precisar de uma cadeira de rodas -falei e ele
riu colocando as mãos no meu rosto.
- Eu sei.
×××
Parece que o problema com papai Ross ainda é péssimo para Pan, sei
de nada eu.
Peter
Terça feira...
Primeira coisa que eu fiz antes mesmo de abrir os olhos foi apalpar o outro
lado da cama, em busca da loira que tira a minha paciência mas devolve
quando me beija.
Embaixo dele estava um papel verde e quando peguei revirei os olhos, havia
o personagem Peter Pan estampado nele.
"Olá, meu bem. Sei que me queria aí, mas tenho que fazer algumas coisas
agora pela manhã, deixei alguns papéis espalhados pelo seu caminho para
não se sentir sozinho sem a minha ilustre presença"
Emily é convencida demais, talvez eu seja também mas não vamos tocar
nesse ponto agora.
"Feliz aniversário, meu cretino. Vejo você depois com o meu presente"
Entrei embaixo do chuveiro depois que tirei a cueca e fiquei longo segundos
com a cabeça sendo molhada, a água acordando meu corpo aos poucos.
Fiz minha higiene matinal sem pressa e saí do chuveiro depois que terminei,
escovei os dentes enquanto me olhava pelo espelho.
Escolhi o terno azul escuro sem colete, apenas a blusa social branca e a
gravata preta. Calcei os sapatos sociais depois das calças e pus o relógio
dourado no pulso.
Segui para a cozinha depois que respondi mensagens de Adam, Nate e Dylan
me parabenizando. Me sentei na mesa colocando o celular em cima dela e
olhei para tudo o que estava posto.
Olhei para o lado vendo Diana novamente, ela colocou uma bandeja a minha
frente e depois o mesmo papelzinho que li lá em cima mas agora com a
mensagem diferente.
"Uma vez você me disse que gostava muito de Cornetto no café da manhã,
fiquei em dúvida do que porra era isso mas depois de alguns minutos no
google eu entendi o que era"
Sorri novamente.
"Então, eu decidi dar o que você mais gosta no café na manhã, meu primeiro
presente, aproveite e se alimente. Preciso das suas forças depois"
- E aí? -falei.
Sorri em agradecimento.
- Parabéns, Ross. Que você viva mais para bater em Adam quando ele sair
dos trilhos -Nate diz me fazendo sorrir.
- Feliz aniversário, Peter. Vou te dar uma calça de presente -Susie diz e eu
dou um sorriso sem graça pela piada interna.
- Parabéns, Pan -Rubi diz e depois olho para Adam que está ao lado dela.
- Pensa como ia ser lindo -Adam diz- Mas aparentemente não se pode mais
te deixar surdo.
- Sua namorada vive fugindo de você -Dylan diz rindo e eu olhei feio para
ele que apertou a boca em uma linha reta.
Um belíssimo coral.
- Tudo bem, vejo vocês depois -falei e desliguei em seguida ouvindo eles me
xingarem por desligar.
Terminei de comer depois disso e apenas subi de novo para pegar as chaves
do meu carro que eu esqueci e escovar os dentes, 5 minutos depois eu estava
entrando na Ranger e saindo do condomínio.
As ruas estavam movimentadas como sempre, bicicletas, carros, táxis todos
em movimento constate. Não demorou tanto para eu chegar na Modus e
apenas estacionei o carro na frente da empresa.
Caminhei até entrar nela vendo algumas pessoas na recepção, meus dedos
mexeram nos botões do terno abotoando enquanto caminhava para o
elevador ciente dos olhares das recepcionistas.
Ela olhou para mim e deu um sorriso pequeno, acenei vendo as portas se
abriram. Entrei primeiro que ela e vi os papéis voaram dentro do elevador
quando ela passou pela porta tropeçando no próprio pé.
A única coisa que ficou firme na sua mão foi o café mas até o seu corpo
estava caído no chão, as portas se fecharam e eu a ajudei a se levantar.
- Tudo bem -falei juntando os papéis um por um até entregar de volta a ela.
- Soube que hoje é o seu aniversário -ela diz e eu concordo- Bom, meus
parabéns.
Ela ficou em silêncio olhando para onde eu olhava, Suzana não parecia a
mesma mulher que deu em cima de mim da última vez que nos vimos. Talvez
ela só faça isso para provocar Emily, mas já que ela não está por perto.
"Sei que tem uma reunião daqui a algumas horas (Vi na sua agenda, sou
enxerida mesmo) provavelmente voltará perto do anoitecer. Estarei na sua
sala esperando por você"
"Comprei uma coisa que eu sei que você estava querendo comprar faz
tempo, mas é muito preguiçoso para procurar, abra sua gaveta da direita e
dedique a nós dois. Eu amo você"
Levei até a boca e não me importei que sejam apenas 8:00 da manhã, eu
gosto demais dessa bebida para não beber agora. Dediquei o brinde a mim e
a ela sorrindo depois.
Guardei a garrafa no meu belíssimo estoque que tem aqui e depois fui
trabalhar pensando no whisky.
E na Emily é claro.
(...)
Suspirei.
Passei a língua nos lábios e levei a mão até a maçaneta a girando, entrei na
sala rapidamente e apoiei as costas na porta quando a fechei.
A loira estava sentada na minha mesa vestindo o sobretudo preto mas estava
fechado, havia um laço azul de presente na sua cabeça e um sorriso
malicioso.
As cadeiras perto da minha mesa foram movidas um pouco mais para frente
com a pequena distância as separando, foi o suficiente para ela apoiar a
perna direita na cadeira a sua direita e a outra perna na cadeira esquerda.
Ela se inclinou para trás apoiando as mãos na mesa e abriu um pouco mais
as pernas, eu não conseguia nem respirar direito naquele momento.
- Passei praticamente o dia inteiro sem ver você, foi apenas eu focar no seu
rosto que meu coração quase saí pela boca e tudo melhorou. Minha forças
foram renovadas.
Ela olhou para mim e desceu pelo meu corpo com um sorriso de lado.
- Que bom que foram renovadas -seus dedos foram até a barra do sobretudo.
Emily o abriu revelando o que tem por baixo, puta que pariu, tive que apertar
as mãos na maçaneta com essa visão. O vermelho se destacava no seu corpo,
o sutiã valorizava seus seios dando destaque a eles, haviam meias também
vermelhas que ia até o início do seu joelho a deixando sexy e quente como o
inferno, a calcinha...droga, ela precisa sair dali agora mesmo.
Girei a chave da porta sem desviar os olhos dela que levou as mãos uma em
cada lado da cintura e puxou a calcinha para baixo, meu pau doía dentro da
calça.
Não demorei nem mais cinco segundos quando andei a passos rápidos, ela
sorriu e arfou quando a puxei na minha direção.
Seu cheiro familiar entrava nas minhas narinas e me deixava louco, senti a
ponta dos saltos pressionar no meu quadril e coloquei seu cabelo para trás
encarando seus olhos castanhos.
Tirei o laço azul da sua cabeça ouvindo sua risada, deslizei minhas mãos
pelo seu corpo e subi a direita até o seu pescoço.
- Vai me foder com essa força que está me apertando? -Ela perguntou e eu
sorri pequeno aproximando seu rosto do meu.
Emily mordeu o lábio inferior e depois passou a língua na parte superior dos
lábios me provocando, me afastei dela e depois puxei seu corpo para fora da
mesa.
Ela ficou ereta por pouquissímos segundos porque a fiz virar e inclinar seu
corpo logo em seguida, ouvi sua respiração ofegar quando bati na sua bunda
sem muita força mas o suficiente para ela fechar os olhos.
Afastei suas pernas um pouco e me inclinei no seu corpo para falar no seu
ouvido, rocei meu membro de propósito na sua bunda e ela sorriu quando
percebeu o quão duro eu estava.
- Mesa, sofá -desabotoei a calça- Escolha o próximo lugar que vou foder
você, Emily.
Aproximei meu rosto do seu e ela fechou os olhos, beijei sua bochecha
descendo para o pescoço.
- Sim.
- Atrevida.
- Cretino -retruca.
- Seu cretino.
×××
Feliz dias dos namorados! 😍 para quem não tem um boy no momento
assim como eu, você está namorando comigo a partir de agora.
KAKAKAKA. To brincando...talvez...hum.
Comente e vote pelo capítulo surpresa! Esses dois são puro fogo, já
sabíamos disso desde o primeiro livro rsrsrs Mas temos nossos
momentos românticos.
Emily
Agradeço aos bom deuses por não me deixarem ver meu rosto nesse
momento, mas eu sei que está bem óbvio a minha cara de apaixonada.
Oh Deus.
Depois do seu último presente nós fomos para a sua casa tendo como
prioridade tomar banho e nós arrumarmos para o jantar.
- Namore alguém que te olhe como você está me olhando agora -ele diz sem
me encarar e eu apertei a boca em uma linha reta.
- Lembra como nós éramos? -Perguntei e ele me encarou- Como não nos
suportamos desde o primeiro dia?
- É claro que eu lembro -ele diz virando as mãos no volante para dobrar a
direita na pista- Isso faz parte da nossa história também.
Capaz de Peter dormir com aquele whisky e ainda embrulhar ele com um
lençol.
- Coitada -ele diz baixo e eu bato no seu braço o fazendo rir em seguida.
Ele tirou a mão direita do volante e me puxou para ele, me inclinei beijando
seus lábios rapidamente e depois ele sorriu beijando a ponta do meu nariz.
- Linda -ele diz e eu me ajeito no banco.
Olhei pela janela vendo o céu escuro tendo apenas a Lua cheia e poucas
estrelas, estava uma noite agradável por não ter o frio tão intenso quase que
congelando nossos ossos.
Não, não, estou brincando, ele usava uma calça jeans preta e um camisa
branca com alguns detalhes azulados, relógio no pulso e os anéis nos dedos
como sempre.
Ri baixo.
- Nada.
Passamos por um homem que abriu a porta para nós e depois fomos até a
uma mulher loira que nos locomoveu até a mesa onde eu vi praticamente
todos com exceção de Abigail.
- Peter!
- Ao nosso Peter Pan -Adam diz com a taça de champanhe para cima.
- Ela saiu da mansão a algumas horas atrás, disse que ia falar com Zac.
Provavelmente foi brigar com ele -Monica diz.
- Provavelmente foi a posição que ela fez o Peter -Dylan diz e Monica bate
no braço dele, Lisa riu alto.
- Opa! Cheguei!
- Olha como ele é lindo -ela virou o rosto para tosos verem- Saiu de mim.
- Eu não conheço você, aquelas duas eu conheço -apontou para Rubi e Lisa-
Imagino o trabalho que tiveram com essas duas malas.
Abby aponta para Dylan e Adam que fazem uma cara de deboche e as
meninas fingem chorar dizendo "foi difícil".
- Susie Jones -ela responde e Abby sorri mexendo nas mechas do cabelo
dela.
- Ele continua gato -ela sussurrou para mim que concordei discretamente,
Peter revirou os olhos.
Susie olhou para Nate que olhou para ela, ele balançou a cabeça e desviou o
olhar rapidamente.
- Ele me disse para desejar a você um feliz aniversário -ela diz e sua
atenção estava nela novamente.
Peter olhou para frente e depois passou o braço pelo meu pescoço me
puxando para perto, ele beijou o topo da minha cabeça. O abracei de lado e
depois ele beijou meus lábios.
- Ta vendo, mãe? Eu disse que ela roubou Peter de mim -Adam diz
encarando Monica que revira os olhos.
- Ele nunca foi seu, querido -falei fazendo a Tinker abrir a boca ofendido.
- Não me meta no seu relacionamento romântico com Peter -ela diz e depois
leva a taça até a boca.
- Não fale isso em voz alta -Peter diz e eu sorri quando ele colocou a mão
em cima da minha perna.
- Sempre achei que os dois fosse se apaixonar algum dia -Abby diz e todos
olhamos para ela ao mesmo tempo, ela parou de comer deixando a colher no
ar e piscou algumas vezes- Falei isso em voz alta?
Dylan tossiu e Nate fez um barulho engraçado com a boca parecendo querer
se distrair.
- Ainda somos seu idiota -Dylan diz e Nate sorri para ele.
- É mesmo? -Nate e Lisa perguntam ao mesmo tempo para o moreno que deu
um sorriso de lado.
- Claro que somos um quarteto -Dylan diz- Mas Nate não fica muito perto de
Adam, podemos parar no hospital qualquer dia desses.
Olhamos para Nate que olhou para Adam que deu um sorriso inocente.
- Vocês já se bateram alguma vez? -Lisa pergunta e eles negam.
- Modelo de perfume tem muito auto controle -Adam diz e Nate o encara
com um olhar nada bom.
- Aham -Susie diz baixo como se estivesse debochando, olhamos para ela
imediatamente.
Ela ficou um pouco vermelha e depois apertou a boca em uma linha reta,
levantei uma sobrancelha para ela que deu um sorriso sem graça.
Susie se afastou indo para o banheiro e Abby deu um tapinha não mão de
Nate.
Peter, Adam e Dylan sorriram com a mão na boca e nós meninas franzimos o
cenho, o que está acontecendo?
Olhei novamente para a janela mas Zac já não estava mais lá fora, peguei na
mão de Peter que me encarou ouvindo a voz perto de nós segundos depois.
Peter olhou para Adam que respirou fundo, o loiro se encostou na cadeira e
depois olhou para Zac.
- Tudo bem, feliz aniversário -ele diz e Peter balança a cabeça sem encara-
lo.
Zac se virou para sair de onde estava mas sem querer trombou em Susie com
força fazendo a mesma cair no chão com o impacto que a pegou
desprevenida.
- Olha por onde anda, garota -ele diz meio irritado pelo trombo- Está cega?
- Eu pedi desculpas, não acha que seria educado fazer o mesmo? -ela
pergunta se levantando.
- Não, pode ficar no chão se quiser -ele a olhou dos pés a cabeça- Combina.
Dessa vez todos nós abrimos a boca surpresos com a audácia desse cara e eu
apenas vi Peter se levantando da cadeira com raiva e logo depois Adam,
Dylan e Nate fazerem o mesmo.
Droga.
- Não fale com ela desse jeito -Peter diz e vai até Susie que tinha os braços
cruzados.
- Você não tem solução -Abby apareceu do lado de Zac- Diz que vai
melhorar mas continua o mesmo homem de sempre, preconceituoso e
arrogante.
- O que quer que eu faça? Você deixou esse fedelho andar com gente... -ele
olhou para Susie e depois para todos na mesa parando em mim- Tão baixa.
- Baixa é a sua falta de respeito, não conheço você mas de cara parece ser
tudo de ruim que falam -digo indo para o lado de Susie que me encarou e
depois olhou para baixo cruzando os braços.
- Acha que não sou suficiente para seu filho porque sou empregada dele? -
Perguntei.
Abby fechou os olhos no exato momento que o punho de Peter bateu no rosto
do pai, me assustei com Susie vendo Zac que passou a costa da mão no nariz
em seguida
- Cala a sua boca! -Peter diz- Não a diminua e não ouse dizer isso
novamente.
- Você nunca aprende, fedelho -ele diz- Incrivelmente estúpido, a pessoa que
carregava meu sobrenome era a única inteligência da família mas
infelizmente morreu.
Susie e eu nos afastamos dos dois e eu parei ao lado de Abby que tinha as
mãos no rosto parecendo chorar.
Susie parou ao lado de Nate que a puxou pelo braço colocando seu corpo
atrás dele.
- Morreu! Por sua culpa! -Peter gritou- Eu jamais vou perdoar você, jamais!
- Para com essa porra! -Adam gritou com Peter que o encarou.
- Sua mãe e sua namorada estão assustadas com o que você está fazendo -
Adam diz a Peter que não desviava dele de jeito nenhum- Se recomponha e
aja como o adulto que você é.
Adam parecia ter controle sobre a situação, todos os três pareciam. Era
como se isso sempre acontecesse mesmo que em posições diferentes...eles
sabiam o que fazer uns com os outros.
Peter encarou Nate e depois Dylan que acenaram, ele olhou para Adam que
se aproximou o dando um abraço apertado dando duas batidinha nas suas
costas depois.
Dylan mexeu o dedo chamando o segurança que pegou Zac pelo braço
enquanto o mesmo resmungava palavras de ódio para Peter.
Peter travou o maxilar mas depois balançou a cabeça, ele andou na minha
direção colocando as mãos no meu rosto.
- Bom, vamos encerrar a noite -Adam diz- Vocês precisam conversar -ele
olhou para mim e para Peter.
×××
Minha gente, pela milésima vez...vamos ter o livro de Nate e Susie SIM!
Irei liberar a capa e a sinopse no dia 18 de junho!!!! A data do primeiro
capítulo para esse livro ainda não foi realmente definida por mim, quando
for avisarei.
Emily
- Definitivamente não.
- As chances de você bater esse carro agora são maiores do que eu bate-lo -
estendi a mão- Me dê a chave.
Peter olhou para o carro preto que parecia custar o preço dos meus rins ou
até todos os meus órgãos e pôs as chaves pesadas na minha mão.
Suspirei e ele foi para o outro lado se sentar no banco do passageiro, abri a
porta do carro e me sentei no banco de couro confortável.
Oh.meu.Deus.
Coloquei o cinto vendo ele fazer o mesmo, saí da vaga e eu controlei meu pé
para não acelerar de propósito. Estávamos em silêncio quando eu passei da
entrada do seu condomínio.
- Eu sei.
Saí um pouco das ruas movimentadas e não respondi sua pergunta, dirigi por
uma estrada diferente que me levaria aonde eu quero.
- O que faria?
- Não mataria você, o prenderia no meu porão e iria usar quando eu bem
entendesse -digo com um sorriso malicioso e ele sorri de lado.
Peter sorriu pequeno dessa vez mas pelo menos vi uma expressão melhor do
que antes, já é um avanço comparado como ele estava no restaurante.
Imagino que não será fácil ele me contar o que tanto o perturba, o que tanto
faz ele perder o auto controle e o que nos fez ter um discussão e ficar
separados por alguns dias, gosto do fato dele conseguir confiar em mim de
verdade para me contar.
Dirigi mais um pouco e quando cheguei ao meu objetivo estacionei o carro
deixando os faróis acesos.
- Onde estamos?
Saí do carro depois que tirei o cinto e logo depois ele saiu, fui para frente do
carro com as chaves na minha mão.
- Caramba, Emily -ele disse olhando em volta- Como achou esse lugar?
- Espera, melhora -falei indo até a árvore e puxando o balanço que saiu de
dentro dos galhos se mantendo a minha frente.
Ele era grande o suficiente para nós dois, espero que essa porra não caia
caso contrário será o mico do século.
Me sentei no balanço depois que o limpei e dei uma batidinha pedindo para
se sentar ao meu lado. Peter veio e puxou os bolsos da calça jeans um pouco
para cima se sentando perto de mim.
Juntei seu braço com o meu e apoiei minha cabeça no seu ombro apreciando
a vista, ele beijou o topo da minha cabeça e entrelaçou os dedos no meu.
- Meus pais nunca foram tão presentes na minha vida -ele começa- Sempre
tive apoio de Monica e Gregório.
Apenas assenti.
- As poucas vezes que ficamos juntos não eram muito agradáveis, Zac
sempre foi muito possessivo em relação a Abigail. Uma noite...nos reunimos
na casa, eu já estava na faculdade e tinha acabado de me tornar adulto. Abby
sentiu falta de ter os dois filhos em casa e por isso decidiu fazer um jantar
naquela noite, meu pai e ela ainda estavam juntos até então -Peter apertou
minha mão um pouco mais forte- Ela saiu para comprar os suprimentos para
o jantar, conheceu um homem que trabalhava na sessão dos legumes e
vegetais, eles apenas conversaram mas o motorista contou que viu a esposa
do chefe rindo e conversando com um homem estranho.
Eu não o encarava já que minha cabeça estava apoiada no seu ombro, mas
sua mão apertando a minha transmitia tudo o que ele tinha para transmitir.
- Zac quando soube ficou furioso com ela, sempre agiu como um
territorialista e bebeu demais naquela noite antes do jantar a ponto de ficar
tão bêbedo que quase não se aguentava de pé.
Os soluços saiam de nós dois, eu não demorei nem mais segundo para
abraça-lo. Peter chorou no meu ombro como um bebê, pela primeira vez eu o
vi chorando e desejei nunca mais vê-lo assim. Meu coração doía tanto que
parecia que eu sentia a dor dele.
Mas eu não queria sair dali, queria ficar e de alguma maneira tirar toda a dor
que ele sentiu e que ainda sente.
Peter concordou.
- Ele foi preso acusado de homicídio culposo e ficou alguns anos na cadeia -
ele diz- Mas não demorou lá por muito tempo, Zac ainda era influente na
época...aonde quer que ele fosse.
Respirei fundo e ele também enxugou as lágrimas dos meus olhos, nos
abraçamos novamente agora um pouco mais calmos.
Encostei minha cabeça na curva do seu pescoço e olhamos para frente, nossa
respiração reinava no momento.
- Sim, ela também era muito bonita -ele diz- Tinha uma personalidade forte.
- Não, ninguém da minha família era igual a Ally -ele diz e depois alisa meu
cabelo- Adam se envolveu com ela por muito pouco tempo mas não
chegaram a ter um relacionamento sério. Ela sabia que não poderia mudar o
cafajeste que ele já era.
Sorri de lado.
- Susie me lembra ela as vezes -ele diz e eu aliso seu braço.
- Sinto muito mesmo por tudo -digo e ele me aconchega mais no seu corpo.
- Essa foi a primeira vez que me permiti chorar pelo o que aconteceu depois
de tantos anos -ele diz e eu me afasto para encara-lo.
- Obrigada por confiar em mim -digo e ele me encara no fundo dos olhos.
- Obrigado por conseguir me fazer sentir confortável para falar sobre isso -
ele diz e eu dei um sorriso minúsculo- Me sinto melhor agora.
Voltamos a encarar a bela vista e Peter nos balançou um pouco mas não
muito, ficamos ali por um longo tempo. Observando e dissolvendo muitas
coisas mas eu conseguia entender o quanto Peter se sentia mais leve depois
de ter chorado como um bebê depois de tantos anos.
×××
Vote e comente, por favor! Sigam meu perfil e venha se distrair comigo,
Yeah! KAKAKA oh Deus. Só estou aqui mesmo para tirar o estresse de
você e te tirar um pouco da realidade então...relaxe.
Discurso motivacional .
Beijo, babys ❤.
67° capítulo
Emily
2 meses depois...
Minha unha do dedo indicador deslizou pelo seu rosto enquanto ele estava
de olhos fechados.
Passei a mão na sua barba e sorri pequeno vendo o dono dos meus surtos e
coração, Peter não estava dormindo apenas apreciando meu toque.
Ele abriu os olhos e me encarou com um sorriso, sua mão pousou no meu
rosto fazendo seu polegar deslizar pela minha bochecha.
- Eu gosto de ficar assim com você -ele diz depois de alisar meu cabelo.
Analisei seus olhos e logo depois os cílios grandes, o nariz que tinha um
sinal super discreto. Apenas olhando de perto saberia da sua existência.
Peter irá viajar amanhã para Las Vegas a negócios para Ross Company e
para Modus também, serão apenas 5 dias mas eu já estou sentindo falta
mesmo que ele esteja na minha frente agora.
Senti seus dedos no meu queixo e Peter levantou o mesmo para encara-lo.
- Eu amo muito você -ele diz e eu sorri pequeno me aproximando para beija-
lo.
O dei várias selinhos e depois coloquei minhas mãos no seu rosto fazendo
seus lábios se apertarem em um biquinho muito fofo.
- Coisa linda da namorada -falei com uma voz dengosa e ele revirou os
olhos.
Peter tirou minhas mãos do seu rosto e eu ri vendo ele subir em cima de
mim, o abracei com as pernas e continuei rindo quando ele deu vários beijos
nas minhas bochechas.
- Pornô ao vivo!
- O que está fazendo aí seu tarado? -Peter pergunta e ele coloca a mão no
peito fingindo estar ofendido.
- Vim comer -Adam coloca a mão na barriga por cima da camisa azul clara
dando batidinhas.
A gangue e as meninas iriam almoçar aqui hoje antes de Peter viajar para
Vegas, e pelo visto Adam e Rubi foram os primeiros a chegar.
- Adam! -Rubi apareceu ao lado dele e depois olhou para nós que ainda
estávamos na posição de mamãe e papai- Pornô?
- Melhor decisão da minha vida foi casar com você -ele diz fazendo a
esposa rir.
- Vai se dar bem hoje, fadinha -ela diz dá um tapinha de leve no peito dele.
- Ha, como se eu precisasse apertar uma campainha para entrar aqui -Adam
diz.
- Eu deveria fazer uma placa com a sua foto e dizer que está proibido sua
entrada -Peter diz enquanto saímos do quarto andando pelo corredor.
- Você entra como? Voando? -Peter perguntou e Adam olhou para trás com
um olhar feio.
- Não vou bater em você porque amanhã vai estar em Vegas, vai ficar longe
por cinco dias na cidade do pecado -Adam diz e Rubi o encara.
Engoli em seco, "cidade do pecado" é uma ótima definição para Las Vegas.
- Já esteve em Vegas? -Rubi pergunta- É claro que já, que pergunta idiota.
- Cafajeste -ela diz e ele sorri a abraçando por trás sussurrando "Ex
cafajeste".
Sorri dos dois e depois olhei para Peter que me encarava com as mãos
levantadas.
- Ainda bem que você sabe -digo e ele me dá um beijo estalado no rosto.
- Ei, até que enfim -Lisa diz olhando para nós dois, eles realmente estão aqui
faz algum tempo.
- Estavam transando -Adam diz e Peter bate no ombro dele fazendo o loiro
rir.
Pen se sentou na ponta e eu ao seu lado perto de Lisa e Daniel, o almoço foi
servido por algumas pessoas e comemos normalmente dando umas
gargalhadas dos bebês, nossa nova atração preferida são esses quatro.
Bebi um gole do vinho vendo eles distraídos e sorri, amo tanto essas pessoas
que meu coração se aquece gradativamente.
- E ao amor que nos uniu mais e mais -Dylan diz e depois olha para Lisa que
sorriu de volta.
- Eu estou falando sério, Emy vai resmungar durante os cinco dias inteiros -
Lisa diz e depois me encara.
- Vai sentir falta do seu Peter Pan -Adam diz e toca na ponta do meu nariz,
sorri com tédio para ele.
- É óbvio, é meu namorado -falei e Peter sorriu orgulhoso.
- Não fale como se não conhecêssemos você, Emily -Dylan diz e eu levanto
uma sobrancelha.
- Depois de deixar ele no aeroporto você iria até aquele restaurante que
você adora -Lisa diz e eu a encaro virando para Susie que começou a falar
em seguida.
- Que é torta de limão com uma cobertura de chocolate por cima -Adam diz e
eu pisco algumas vezes.
- Não esquece daquele confeito -Nate diz e depois bebe um gole do vinho.
- Depois você iria para casa e se jogaria na cama lendo sua revista preferida
-Rubi diz.
- E por fim para encerrar a noite -Peter diz e olho para ele que está com um
sorriso pequeno- Você assistiria a princesa e o sapo.
Abri a boca chocada, estão todos absolutamente certos! Estou tentando saber
se o problema sou eu que falo demais ou tenho amigos extremamente
detalhistas que prestam atenção em tudo o que faço.
- Vocês estão com esses sorrisos convencidos mas eu também conheço todos
vocês -falei- O Nate um pouco porque ele é meio fechado -encarei o mesmo-
Se abre mais flor.
Ele sorriu e balançou um pouco cabeça antes de beber outro gole do vinho.
- Vamos ver então -Rubi diz- Vamos jogar o jogo de quem é mais provável.
- Ok -falei.
- Algum de nós faz uma pergunta qualquer e teremos de dizer qual de nós é
mais provável de fazer aquilo, tudo bem? -Rubi pergunta.
- Os quatro, você também Nathaniel -Rubi diz e ele encarou os amigos que
estavam ofendidos.
- Você é o que tem 5 anos -Lisa diz e ele a olha feio, Lisa jogou um beijo no
ar para ele que sorriu depois fazendo um coração com a mão.
- Vamos começar -falei- Quem de nós oito é capaz de ir preso por bater em
alguém?
- Rubi só teve duas pessoas na vida dela -Adam diz e tosse com a mão na
boca- Eu bati nas duas.
- Estão falando de mim mas eu sou o único que nunca fez -Peter diz e aponta
para os três que arregalaram os olhos.
- Vai se foder, Peter -Adam e Dylan falam para o mesmo que ria.
Nate deu um sorriso pequeno e deslizou a mão pela perna esquerda vendo
Adam e Dylan revirando os olhos.
- Um dia depois da festa daquele quarto brutamonte ali -apontei para Nate-
Eu cheguei em casa e Susie já tinha comido 3 potes de sorvetes, ela estava
querendo "ficar bêbada" -fiz aspas.
- Estava nada -falei vendo ela beber um pouco de água- Quando você está
assim come chocolate e não sorvete, aconteceu alguma coisa depois que saiu
da festa?
Susie se engasgou com o copo de água e nós olhamos para ela preocupados,
suas bochechas coram um pouco mas acho que seja pelo engasgamento.
Ela passou a mão no peito e se ajeitou no chão perto do canto do sofá que
era o lugar onde Nate estava. Ele colocou os braços nas pernas se inclinando
um pouco para frente e virou o rosto para ela passando a língua nos lábios e
Susie desviou para mim, semi cerrei os olhos.
- Eu apenas vim para casa depois -responde, Nate levantou uma sobrancelha
sorrindo.
Olhei para as meninas que me olharam de volta, meus olhos foram até Adam,
Dylan e Peter que seguravam o riso.
- Não sei de nada, princesa -Adam diz e ela levanta uma sobrancelha
desacreditada.
- De novo? -Perguntei para ela que passou o dedo indicador no lábio, isso já
está virando um hábito dela.
Olhei para as meninas e fiz uns sinais com os dedos e logo depois elas
entenderam arregalando os olhos.
Olhei para Susie que agradeceu suspirando, olhei para Nate que se encostou
no sofá novamente levando a taça até a boca e dessa vez bebeu tudo em um
gole só.
- Está tarde não é? Amanhã tenho que pegar um voo... -fala se desviando da
minha pergunta me fazendo sorrir de lado, idiota.
×××
Beijos, babys.
68° capítulo
Ross
Parei de puxar a mala de rodinhas e me virei para ficar a sua frente, seu
biquinho era a coisa mais linda que eu já tinha visto.
Estávamos em uma área privada do aeroporto com o meu jatinho pronto para
me levar até Las Vegas.
A puxei pelo braço aproximando seu corpo do meu, abracei sua cintura e
suas mãos alisam minhas costas. Beijei o topo da sua cabeça várias vezes
inalando o perfume que eu reconheceria facilmente.
- Me ligue quando chegar lá, estarei em casa vendo a princesa e o sapo -ela
diz e eu concordo rindo.
Coloquei minhas mãos no seu rosto e o levantei até seus olhos cruzarem com
os meus, me aproximei o suficiente deixando um beijo casto em seus lábios.
Me afastei em seguida deslizando o polegar pela sua bochecha, qual o meu
problema? Por não consigo deixa-la?
- Vem comigo.
Na mesma posição que estávamos nós ficamos, a bolsa que estava no seu
ombro até caiu para o seu antebraço.
- O quê?
- Venha comigo para Las Vegas -falei vendo ela ajeitar a bolsa no ombro
novamente.
Emily piscou algumas vezes encarando meu peito e depois subiu até os meus
olhos novamente.
- A Modus...
- Não é um problema -a cortei.
E realmente não é.
- Não avisamos...
- Peter..
- Está dizendo que eu fui um problema, Sr. Ross? -Pergunta com um tom
divertido.
Sorri para ela que sorriu de volta, suas mãos foram para a minha nuca e
Emily balançou a cabeça positivamente sorrindo.
- Isso é um sim?
(...)
Passamos pela nossa porta e analisei a cama de casal que tinham vários
lençóis e travesseiros parecendo confortável, cortinas estavam fechadas e eu
andei até elas para abrir. Assim que fiz metade de Vegas foi liberado para
nós, o começo da tarde já se fazia presente e a cor do céu estava perfeita.
- Não se preocupe com isso, loirinha -coloquei minha mão na sua nuca a
virando para mim- 20 minutos.
Ela concordou.
Beijei sua testa e a soltei caminhando para a minha mala. A vi entrando no
banheiro e peguei meu computador para resolver algumas coisas.
Olhei minha agenda de hoje e fiz uma nota mentalmente para dar um aumento
a minha secretária, eu estava livre de compromissos importantes e sei que
ela mudou para os próximos dias para me dar uma folga hoje por ter acabado
de chegar.
- Emily?
O quê?
- Vem ver -ela me chamou como se estivesse me chamando para ver uma
obra de arte que custa milhões de dólares.
- Eu compro daqui.
Digitei o número do meu motorista daqui e pedi que ele buscasse as roupas
na loja que acabei de ligar, ele apenas concordou e eu desliguei novamente.
Fui até a minha mala e tirei roupas necessárias para hoje, meus dedos foram
para os botões da minha camisa e eu desfiz todos a tirando em seguida. Meus
sapatos estavam foras assim como a minha calça e cueca boxer segundos
mais tardes.
Tirei os anéis nos meu dedos e voltei para o banheiro, Emy estava de costas
se ensaboando e entrei no enorme box ficando atrás dela. A mesma entrou
embaixo do chuveiro e se lavou.
A abracei por trás fazendo suas costas se apoiarem no meu peito e ela virou
o rosto encostando a cabeça no meu ombro depois. Beijei seu pescoço e ela
fechou os olhos quando apertei seus seios fazendo círculos na aréola depois.
- Você já está molhada não está? -Perguntei no seu ouvido e ela respirou com
dificuldade enquanto minha mão descia pela sua barriga lentamente.
Brooks se ajoelhou na minha frente e eu olhei para ela que deu um sorriso de
lado, sua mão envolveu meu membro e eu suspirei com o simples toque.
Ela beijou a ponta com cuidado e eu gemi um palavrão quando ela passou a
língua por cima, suas unhas arranharam minha coxa direita levemente me
provocando e eu estava me segurando para não puxa-la para cima e a foder
nessa parede.
Ela sorriu e depois colocou na boca sem rodeios, para a minha felicidade.
Gemi baixo enquanto ela me chupava devagar e depois aumentou a
velocidade levando até a garganta, não contive o gemido alto, puta merda.
Eu sabia que iria gozar em breve então disse para ela não parar e continuar
com o ritmo e assim fez. Gozei na sua boca e ela ainda me chupava devagar,
caralho eu vou morrer.
Emily engoliu com os olhos fixos nos meus, ela se afastou passando a língua
nos lábios e eu sorri de lado. A puxei pelo braço e abracei sua cintura
deixando seus seios colados no meu peito.
- Estava com vontade de fazer isso desde o avião -ela diz deslizando as
unhas pelos meus braços- Quando você se sentou na cadeira pareceu que sua
mala estava na sua calça jeans.
Ri alto. Sempre que estou com Emily vários sorrisos aparecem em meu
rosto. Eu gosto disso.
- Sou assim, Peter. Não posso fazer nada -sua mão acariciou meu cabelo
descendo para o meu rosto- Você também não fica atrás.
- Coloca a minha blusa! -gritei do banheiro para ela não atender a porta só
de toalha.
- Isso deve ter custado uma fortuna -ela diz e depois me encara, não saberia
responder porque não perguntei o preço. E nem me importo o suficiente.
- Vista-se, tenho que mostrar algumas coisas a você -digo pegando minhas
roupas que separei.
- Ele comprou metade do meu guarda-roupa -Emily fala baixo- Tem tudo
aqui, escova de dentes, peças íntimas, maquiagem. Isso está melhor quando
estou em casa.
×××
Saiu tardizinho mas saiu rsrsrs Não estava muito bem hj mas estou
melhor agora 😘✌.
Emily
- Oh meu Deus!
- Tem gente pelada no chão -falei e Peter riu se abaixando para pegar o
pequeno papel.
Peguei o papel da mão dele e coloquei a minha nos seus olhos ouvindo ele
rir, me arrependi de ter apontado, mirei no papel e vi uma loira
completamente nua mas usando uma coleira preta e um chicote na mão. Entre
abri a boca, caramba.
- Ela está usando uma coleira? Deve estar bonita -ele diz e eu abro a boca.
- Cretino! -bati no seu peito ouvindo ele gargalhar- Enfia essa merda na sua
boca também.
Tirei a mão dos seus olhos e esfreguei o papel no seu peito com ele ainda
rindo, me afastei saindo da sua frente mas sua mão me puxou de volta pelo
pulso.
Fiz uma expressão de emburrada com suas mãos agarrando minha cintura,
cruzei os braços.
Sua língua tocava a minha de uma maneira tão sensual que eu apenas me
entreguei colocando os braços em volta do seu pescoço com as suas mãos
apertando minha cintura.
Gemi baixinho e ele resmungou apertando minha cintura mais forte, Deus me
ajude.
Nos afastamos ofegantes e ele colou a testa na minha, passei a língua nos
lábios ainda sentindo o gosto do seu beijo e mordi o lábio em seguida
massageando seu cabelo.
- Hum...-ele resmunga.
- O quê?
Não consegui conter a risada e joguei a cabeça para trás chamando atenção
de algumas pessoas que passavam na hora. Me acalmei um pouco e voltei a
encara-lo.
- Eu acho que estaria sentindo...oh espere -olho para nossos corpos juntos.
- Sentiu? -ele me puxou com mais força e eu arregalei os olhos quando senti
ainda mais- Pepe está acordado.
- Me diga coisas.
Pisquei algumas vezes tentando pensar em algo e olhei para os lados, porra,
estamos em Las Vegas e eu estou aqui pensando em coisas broxantes para
dizer ao meu namorado que tem uma ereção no meio da rua.
- Porra, ele beijou você primeiro que eu -falei rindo e Peter fechou a cara.
Revirei os olhos e depois ele sorriu estendendo a mão, caminhamos pela rua
famosa de Las Vegas de mãos dadas enquanto ele me mostrava algumas
coisas.
Meus olhos analisam tudo com um sorriso, esse lugar é realmente tentador e
diferenciado. É como se prometesse diversão em cada lugar que você olha,
seja de lazer ou sexual.
Continuamos andando e eu ria das coisas idiotas que Peter dizia, passamos
em frente a uma capela muito bonita por sinal e eu vi um casal animado
pronto para casar. Olhei para a capela por alguns segundos e depois para
Peter que já a encarava.
Seus olhos se focam em mim depois e ele dá um sorriso pequeno me fazendo
dar outro.
Assim que entramos minha boca caiu, puta que pariu, Susie ia sofrer de
diabete se entrasse aqui.
Haviam doces em recipientes que iam até o teto, tudo muito colorido e
animado. Pessoas andado com saquinhos e enchendo-as dos seus doces
preferidos.
Olhei para Peter que estava de braços cruzados, sorri animada e ele estendeu
a mão me dando passagem, bati palmas me afastando dele para pegar um
saquinho vazio e encher de doce.
Não sei por quanto tempo fiquei ali mas eu olhei cada milímetro da loja
colocando meus doces preferidos, e agora já estávamos nas ruas de novo
enquanto levava bolinhas de chocolate para a boca e Peter segurava meu
saco de doces roubando uns de vez em quando, ele pensa que eu não vendo
esse assalto.
- O que é aquilo? -Perguntei para ele que olhou para onde eu apontava.
Parecia que iria começar um dançar de águas e a vista era perfeita tendo a
cópia da torre Eiffel atrás.
- É o show das fontes do Bellagio -ele responde e me puxa pela mão fazendo
nos aproximar.
Ficamos próximos a algumas pessoas que estavam no mesmo propósito de
assistir, Peter me deu o saco de doces e ficou atrás de mim abraçando minha
cintura. Me aconcheguei nos seus braços e eu fechei os olhos quando ele
beijou minha têmpora.
Os meses que estamos juntos me fizeram tão bem, aprendi com o nosso
relacionamento e a cada dia procuro ser uma pessoa melhor e fazer meu
cretino feliz.
Olhei para frente quando quando os jatos de água fora lançados e eu fui
incapaz de desviar o olhar, fiquei completamente hipnotizada. A água
sincronizada com as luzes eram suficiente para te prender, a música Fly me
to the Moon de Frank Sinatra começou e eu dei um sorriso enorme.
Peter me apertou mais nos seus braços e eu sorri de lado quando ele mexeu
meu corpo devagar, a letra da música invadia nossos ouvidos e nos mexemos
lentamente.
- "Me deixe ver como é a primavera em Júpiter e Marte" -ele sussurra a letra
da música me fazendo sorrir- "Em outras palavras, segure a minha mão" -sua
mão deslizou pelo meu braço até ele agarrar a minha- "Em outras palavras,
querida, me beije".
- "Você é tudo que por muito tempo procurei, tudo o que venero e adoro" -
meu coração batia tão forte que até as pessoas que estavam do outro lado
poderiam escutar.
Ele diz e meu sorriso aumenta, Peter me beijou no lábios e depois no rosto
antes de eu vira-lo para aproveitar o resto do show. Fiz seus braços me
apertarem um pouco mais desejando não sair deles tão cedo.
(...)
Estávamos cansados do voo e decidimos voltar para o hotel, não vi tudo mas
vi o suficiente para me divertir e viver uma noite romântica com Peter em
Vegas.
- Bom dia -digo e dou passagem para ele entrar com o carrinho.
Ás 18:00? Certo, ficarei sozinha por várias horas então é melhor achar algo
bom para fazer.
Tomei meu café da manhã com calma e respondendo alguns e-mails, falei
com as meninas e minha mãe rapidamente. Marie ainda tem contato comigo
normalmente e as vezes saímos juntas. Elias voltou para São Francisco e de
acordo com minha mãe meu pai está mais rabugento do que nunca.
Tomei uma ducha refrescante e escovei os dentes quando saí, depois voltei
para o quarto pegando as sacolas de roupas e mexi em todas até achar um
biquíni e na mesma hora decidir me divertir na piscina do hotel um pouco.
Vesti uma saia jeans e uma camiseta por cima, peguei um óculos de sol que
veio junto nas sacolas e meu celular. Que Deus seja o meu protetor solar e
não me deixe tão queimada do sol.
Abri os olhos e olhei para a mulher a minha frente que tinha um protetor
solar na mão.
- Não passou um, vai torrar no sol.
Ela tinha cabelo preto e olhos também pretos, usava um biquíni azul turquesa
e sua pele era um pouco bronzeada, a mulher se sentou na espreguiçadeira ao
meu lado enquanto eu passava o protetor solar.
- Trabalho apenas.
Concordei e ela deitou a cabeça na cadeira olhando para o céu azulado, virei
o rosto quando um homem parou ao meu lado colocando as mãos para trás.
- Olá, fui instruído para atender seus desejos enquanto permanecer aqui, me
chamo James. Gostaria de algo, Srta. Brooks?
Fiz um "o" com a boca e ele levantou uma sobrancelha esperando minha
resposta.
- Martini, sem azeitona. Por favor -digo e ele assente caminhando para o bar.
Me virei para falar com Bella mas ela havia sumido, a única coisa que
estava na espreguiçadeira era o protetor solar. Olhei para frente e não vi
mais a ruiva.
Franzi o cenho e dei de ombros, talvez sairam para falar e ela estava
conversando comigo para arranjar coragem de ir até a ruiva. Me deitei
novamente e esperei pelo meu Martini enquanto pegava sol.
×××
Emily
Almocei no restaurante do hotel mesmo e ainda usava meu biquíni mas agora
com a camiseta e a saia Jeans.
Esse é o segundo copo de álcool que bebo hoje desde aquele Martini. Sua
esposa, Christine, sorri de lado e depois me encara.
- Gosto de coisas novas! E se ele não fosse comigo eu iria sem ele -ela diz
rindo e estendo a mão fazendo sua palma bater contra a minha.
Eu estava virando o copo de whisky para desfrutar da bebida, mas uma mão
pegou o copo da minha me fazendo piscar algumas vezes.
Olhei para o lado e vi Peter beber meu whisky em um simples gole, levantei
uma sobrancelha para ele que deu um sorriso depois.
- Eu também -digo- Mas quero tanto jogar você na piscina por beber meu
whisky.
- Sr. Ross -Marlon estende a mão- É um prazer falar com você, que bom que
está aqui.
- Ele é o dono do hotel, Emily -Christina sussurra para mim como se eu fosse
uma tapada por não saber.
- Vamos subir? Precisamos sair daqui em uma hora para jantarmos -ele diz e
pega na minha mão me puxando do banquinho alto.
- Sim, vamos -me virei para o casal- Marlon e Christina foi um prazer
conversar com vocês dois -eles sorriram concordando.
Peter colocou as mãos uma em cada lado da minha cabeça e eu beijei seu
maxilar.
- Como foi sua reunião? -Perguntei dando beijos pelo seu rosto até chegar na
sua boca.
- Chata -responde me dando um selinho casto- Imaginei algumas vezes você
em cima da enorme mesa, me dava forças para terminar e voltar para você.
Sorri na sua direção e o puxei pela gravata novamente até ele me dar um
beijo demorado nos lábios, as portas se abriram e eu dei um gritinho de
susto quando ele me levantou pelas pernas.
- Está de biquíni? -ele pergunta deslizando a mão pela parte debaixo do meu
short alcançando minha bunda.
- Sim.
- Droga -ele resmunga- Imagino como sua bunda deve estar linda com esse
biquíni, receberá algumas palmadas agora, senhorita Brooks.
- Só levo palmadas quando estou atrevida demais, além disso não pode.
- Sim, pode.
Fiz uma expressão irritada, Pepe vai sofrer na minha mão hoje.
(...)
A cadeira preta foi puxada para mim e eu sorri antes de me sentar nela e a
apoiar as mãos nos braços da mesma.
Peter deu a volta e se sentou na minha frente, ele usava uma calça jeans preta
com uma blusa social branca de botões. Eu usava um vestido vinho que
marcava as melhores curvas do meu corpo e por baixo uma lingerie preta
que quase tirou o meu próprio fôlego.
O restaurante era de um hotel diferente do que estávamos e extremamente
elegante, se ficarmos em silêncio por 2 minutos pode-se ouvir o luxo
gritando.
- Quero te dar um coisa -ele diz deslizando o polegar pelo meu pulso.
Peter soltou minha mão e eu vi quando ele tirou uma caixinha azul do bolso,
eu acho que fiquei roxa naquele momento. Peter estendeu a caixinha para
mim que engoli em seco olhando para o objeto na sua palma.
- Saberá se abrir.
- Certo, eu agradeço sua gentileza, muito, muio educado da sua parte -peguei
a caixinha com as mãos trêmulas, eu estava nervosa.
- Abra, Emily -ele diz depois que eu deixei a caixinha em cima da mesa.
Tossi um pouco com a mão na boca tendo o olhar de Peter em cima de mim,
peguei a caixinha azul e respirei fundo. Eu vou desmaiar na mesma hora se
for um anel de casamento.
O encarei vendo e ele com a mão na boca segurando o riso, olhei para a
caixinha vendo uma chave dourada.
- Você tinha que ter visto a sua cara -ele diz e eu o encaro feio.
Naquele momento eu fiquei aliviada, mas lá no fundo, na última camada
minha fiquei triste por não ser uma anel de casamento.
Olha a merda.
- Bom, essa é a cópia da chave da minha casa. Como você fica bastante
comigo eu queria dar uma chave para você -ele colocou os braços na mesa-
Pode entrar quando quiser que sua entrada na portaria já foi liberada antes
mesmo de viajarmos para Vegas -ele deu um sorriso pequeno- Apenas fique
lá comigo.
Ainda bem que estou sentada caso contrário estaria no chão, encarei a chave
e dei um sorriso pequeno.
Fechei a caixinha e ele me pediu de volta para guardar em seu bolso e não
perde-la. Nossos pratos chegaram minutos depois e aproveitamos o jantar
conversando um pouco e até mesmo fazendo alguns planos para o futuro.
Me sinto mais a vontade com ele para fazer isso, mais do que antes. Estamos
tentando progredir a cada dia mas dentro dos nossos limites. Como ele disse,
um maldito passo de cada vez.
- Por que você vai ser todo meu está noite -dei um sorriso malicioso.
Agradeço a cada minuto que se passa pelo anticoncepcional estar dentro da
minha bolsa e eu não ter tirado, Deus é muito bom.
- Eu achei uma coisa naquelas sacolas -digo e ele sobe os olhos lentamente
pelo meu pescoço e boca até chegar nos meus olhos.
- Que coisa?
- Eu não consigo duvidar disso -ele diz e eu sorri de lado brincando com a
alça do vestido vinho.
Subimos para o andar depois que Peter apertou o botão 69, ignorei o número
e ele sorriu de lado vendo eu balançar a cabeça depois. Saímos do elevador
ainda de mãos dadas até a quinta e última porta que tinha no andar, eu não
escutava absolutamente nada em nenhum lugar.
No canto superior uma cadeira bem peculiar que parecia ser própria para
fazer sexo e janelas fechadas com cortinas pretas.
Olhei para Peter que colocava a caixinha, carteira e as chaves do carro em
cima de uma pequena mesinha marrom.
- Eu disse que não era o hotel comum que estamos acostumados -ele diz-
Apenas o nome lá na frente denuncia, sexus significa sexo em latim.
- Eu quero dançar.
- Sabe dançar?
- Como aprendeu?
- Emily.
- Conheci uma mulher mais velha na faculdade, ela era stripper e tinha uma
barra dessas em sua casa. Ela me ensinou algumas...coisinhas.
- Me deixe dançar para você, Sr. Ross -sussurrei no seu ouvido e ele
resmungou alguma coisa depois que apertou minha bunda com força.
×××
Caralho borrachaaaaa...
Minha gente, se o Boy pedisse uma dança de pole dance para mim o
bixinho ia sair traumatizado, coitado.
Importante:
Passe para o lado, o próximo capítulo já está postado ❤.
Beijos, babys.
71° capítulo
Peter
Eu não acredito que Emily sabe fazer isso, eu juro que eu posso morrer a
qualquer momento que estou com ela. Sempre aparece uma emoção diferente
não importa aonde estamos.
Depois que ela abriu os botões da minha calça jeans ela jogou em algum
lugar que não dei importância por que estou focado nos seus seios e na
calcinha minúscula que ela estava usando.
Emily me empurrou até a cama e me fez sentar nela, tirei a camisa social e
arrastei meu corpo mais para trás até bater as costas na cabeceira e me fiz
confortável enquanto ela mexia no tablet colocando uma música disponível.
Analisei seu corpo quando ela subiu no palco e a música começou com uma
batida devagar até a voz do cantor soar e ela sorri dando um volta de 360°
na barra me deixando ver tudo o que ela tem.
Apertei as mãos no lençóis quando ela agarrou a barra e deu o primeiro giro,
nunca fiquei tão hipnotizado em toda a minha vida. Emily definitivamente
sabia fazer isso, a música chegou no refrão e eu vi ela fazer um movimento
ficando de cabeça para baixo e mexendo as pernas me provocando.
Caralho.
Caralho.
Ela se afastou da barra mas a mão direita a segurou quando ela ficou de
costas para mim, me olhou por cima do ombro e fez umas movimentações,
como se fossem uma coreografia sensual na frente da barra.
Mantive meu olhar intenso sobre ela, vi perfeitamente quando Emily retirou
o sutiã com os dedos e jogou no chão caminhando lentamente até mim.
Emily
Primeiro minhas mãos e depois os joelhos, engatinhar até ele não foi uma
boa ideia porque ele se inclinou na minha direção e me puxou pelos braços
com força.
Peter ajeitou minhas pernas para ficaram ao seu redor e mexeu meu quadril
me fazendo ir para frente e para trás em cima dele, coloquei minha mão no
seu maxilar e o beijei com vontade.
Gemi na sua boca quando sua mão direita desceu pela minha barriga e
adentrou minha calcinha, senti seu dedo no clitóris e rebolei um pouco
querendo mais contato.
Peter me fez virar e ficou por cima de mim, ele tirou minha calcinha
rapidamente e eu abri minhas pernas deixando ele se colocar entre elas. Suas
mãos apertaram meus seios enquanto seu sexo se esfregava no meu fazendo
uma fricção absurdamente alucinante.
Beijos foram distribuídos pela meu pescoço e eu arranhei seus braços de
leve subindo para suas costas, Peter deu um gemido abafado e colocou a
mão no meu maxilar.
- Mantenha as pernas abertas pra mim -ele ordena e eu concordo vendo ele
se afastar andando até a mesinha abrindo a carteira e pegando o
preservativo.
Meus joelhos estavam flexionados quando ele parou na minha frente tirando
a camisinha do pacotinho laminado e encarando meu sexo, eu sabia que
estava encharcada porque conseguia sentir um desconforto enorme!. Peter
tirou a cueca boxer e se aproximou novamente colocando a camisinha.
O abracei com as pernas e o encarei quando seu nariz roçou no meu, fechei
os olhos gemendo quando ele me penetrou. Peter beijou meu queixo enquanto
estocava com força fazendo nossos corpos irem para frente e para trás. Ele
colocou a mão no meu rosto novamente e desceu um pouco os dedos, abri a
boca e coloquei dois dedos seus na boca. Peter me encarou e eu chupei os
dois vendo ele cerrar os dentes, sei que ele gosta quando faço isso, gritei
alto com o ritmo frenético e ele sorriu de satisfação.
Revirei os olhos com tanto prazer e realmente confirmei mais um vez, Peter
sempre me faz sentir como se eu estivesse nas nuvens. E não só sexualmente.
Sua mão agarrou minha coxa direita e ele entrou mais fundo em mim, minhas
unhas feriam suas costas mas ele não parecia ligar. Gemi no seu ouvido e
meu corpo se arquea um pouco e minha perna treme quando eu chego ao meu
orgasmo intenso.
Minha barriga descia e subia enquanto ele ainda se movimentava em busca
de chegar no orgasmo, coloquei minhas mãos ao lado da minha cabeça e ele
beijou meu pescoço subindo para meu rosto até chegar na minha boca.
Ele sorriu ofegante e beijou meus lábios novamente, o puxei mais para mim
sentindo o peso e calor do deu corpo.
- Eu amo você -falei com os lábios roçando nos seus, ele sorriu se afastando
para me encarar melhor.
Sorri de lado colocando minhas mãos no seu rosto e ele apoiou os cotovelos
um a cada lado do meu tronco.
- Vou colocar uma barra dessas no meu quarto -ele diz e eu começo a rir-
Fará isso toda noite.
- Não tenho estrutura física para ficar fazendo isso toda noite, sou
praticamente uma sedentária.
- Tudo bem, podemos gastar energias juntos -ele diz descendo um pouco o
rosto e beijando meu seio esquerdo.
- É uma ótima ideia -falei rindo e puxando seu rosto até ele me beijar
novamente.
(...)
Manhã seguinte...
- Preparado?
Peter acenou sentado na cama de frente para mim à uma distância suficiente
para eu jogar as frutas em sua boca.
Peguei um amora e joguei para o alto vendo ele mastigar depois caiu em sua
boca perfeitamente, ele sorriu para mim e eu me aproximei praticamente me
jogando em cima dele, rimos juntos quase caindo da cama.
Depois da noite de ontem, nós acordamos naquele hotel mas viemos para o
dele logo em seguida. Tomamos banho e agora estávamos aqui deitados na
cama se recuperando de um delicioso café da manhã.
- E depois?
- Vamos aonde você quer -ele diz massageando minha nádega esquerda.
Sorri de lado por saber que iríamos a maior roda gigante do mundo, quero
sentir a sensação de estar lá no alto. Deve ser emocionante e deve ter uma
bela vista, espero eu.
A verdade é que eu não comi muito porque estava empenhada em jogar frutas
na boca dele. Me levantei deixando a camisa azul escura escorrer pelas
minhas coxas e me cobrir.
Andei até o carrinho e peguei um bagel jogando calda de chocolate por cima,
vi alguns panfletos em cima do carrinho e os peguei vendo indicações de
vários lugares, deve ter parceria com o hotel de Peter.
Se ele não tivesse deitado provavelmente cairia durinho o chão, dei outra
mordida no bagel vendo ele me encarar como se tivessem duas de mim.
- Cala a boca que está falando caquinha -digo antes de deixar o restante do
bagel em cima do prato branco.
- Que coisas?
Parei na sua frente e me sentei no seu colo, suas mãos foram para a minha
cintura e meus braços envolveram seu pescoço fazendo meu rosto se
aproximar do seu.
- Que eu jamais amarei outra pessoa além de você -o encarei no fundo dos
olhos- Que eu estou certa de querer passar o resto dos meus dias com você e
principalmente... por você ser o amor da minha vida, Peter. É apenas você
que eu quero.
Ele ficou em silêncio digerindo minha declaração, ontem fiquei com medo
dele me dar um anel de casamento mas secretamente a ideia me fez sorrir.
Fiquei feliz até demais com o pensamento de nos casarmos, meus
pensamentos mudaram bastante nos últimos meses.
Peter Wilson Ross é o único homem que quero na minha vida, ninguém além
dele.
- Tem certeza, Brooks? Você passará a ser a minha esposa. Por conta da
minha vida, não é algo simples.
- Eu quero casar com você, será que dá para você dizer sim? -Perguntei e ele
riu balançando a cabeça.
Olhei para o meu braço e depois apontei vendo seus olhos focaram lá.
Vamos casar em Vegas! Puta merda, isso me agrada mais do que deveria.
- Vou ligar para a capela e pedir algumas informações -ele diz e eu concordo
sorrindo.
- Está palhaço demais! -gritei para o mesmo que se afastava tirando o celular
do bolso da calça jeans e pegava o panfleto de cima do carrinho.
- Aprendi com a melhor -ele diz de volta e eu mostro o dedo do meio vendo
ele fazer uma careta e andar para o outro lado do imenso quarto.
Cristo. Uma hora eu me declaro para ele e no outro mostro meu dedo do
meio. Somos o casal mais estranho do mundo.
Peter digitava os números mas parou quando seu celular começou a tocar
interrompendo o que ele fazia.
- Não posso voltar para Nova York, estou em uma viagem de negócios -
falou.
- É claro que não quero perder o cliente, porra. É um dos melhores que a
Modus tem.
- Amanhã? Não, não tem como -me levantei da cama e caminhei até ele com
os braços cruzados.
- Escute bem, odeio concordar com uma coisa e a pessoa fazer outra. Não
deixarei isso barato, prepare o bolso do seu cliente porque ele vai ficar sem
nada depois que entregarmos o que ele quer, será seu último investimento
milionário.
Depois disso ele desligou o celular e jogou em cima da cômoda onde estava
o panfleto.
×××
Meu povo, prontos? Preparem o coraçãozinho aí hein.
Até, babys ❤.
72° capítulo
Emily
- Já temos metade das coisas prontas, pedirei para ficarem até mais tarde e
conseguiremos terminar isso, não se preocupe.
Peter se aproximou de mim e pegou nos meus braços me virando para ele,
encarei seus olhos que deveriam estar muito parecidos com os meus, tristes.
- Você é o meu braço direito, preciso que esteja lá e lidere -ele colocou as
mãos no meu rosto- Assim que eu terminar tudo o que tenho que fazer aqui eu
irei imediatamente para Nova York.
- Tudo bem, Peter -coloquei minhas mãos no seu tronco- Podemos fazer isso
depois.
Ele concordou.
- Podemos voltar aqui e trazer a gangue e as meninas. Até que isso não se
realize, você ainda é minha noiva -ele diz, sorrio de lado e balanço a cabeça
em afirmativo
- O jatinho já está pronto, vamos -ele diz e pega uma camisa verde escura da
sua mala.
- Espera!
Corri até o banheiro e peguei o pote dos mini sabonetes, e voltei para o
quarto.
O encarei.
- É -falei simplista.
- Que bom que você sabe -digo enquanto colocava o pote embaixo do braço
e tirava a mala de cima da cama, sorri grande para ele.
Peter pegou a minha mala e depois minha mão, saímos do quarto andando
pelo corredor até o elevador.
Olhei em meu relógio de pulso vendo 9:00 da manhã, o voo irá durar quase
ou mais de 5h, chegarei em Nova York ás 14h se tudo der certo. Respirei
fundo.
- Farei isso -digo e ele concorda pegando na minha mão e cruzando nossos
dedos.
Olhei para a janela sentindo o calor da sua mão envolver a minha e suspirei
perdida nos pensamentos sobre os primeiros passos que farei quando chegar
em NY e sabendo que Peter está fazendo o mesmo em relação a situação.
O carro passou por uma parte privada do aeroporto e depois dele falar com
algumas pessoas o Audi preto parou perto do jatinho que viemos antes.
- Eu amo tanto você -ele abraçou minha cintura e me beijou com calma, um
beijo de despedida.
- Eu irei.
- Até, meu amor -ele me olhou surpreso por alguns segundos mas depois
sorriu me beijando uma última vez.
Saí da sua frente e andei a passos calmos até o jatinho, ajeitei o celular no
meu bolso e subi as escadas dando um tchauzinho para ele que estava de
braços cruzados.
Entrei no jatinho e fui recepcionada por um aeromoça que foi gentil comigo,
me sentei na cadeira e coloquei o cinto.
Horas depois...
- Obrigada, tenho um bom dia -digo e ele acena antes de eu sair do carro.
Caminhei a passos apressados para dentro mandando uma mensagem para
Pan dizendo que estava entrando na Modus, olhei para o lado vendo um
barulho de flash e vi uma homem tirando fotos minhas.
- Pensei que estivesse com Peter -ela diz- Pelo menos foi o que os sites de
fofoca disseram.
- Não consigo decidir isso, alguém pode me ajudar? -Ouvi a voz de Laura e
vi Olivia andar até ela para ajuda-la, as duas trabalhavam no mesmo setor e
se entenderiam facilmente.
Ouvi a voz da Suzana e virei o rosto para encara-la, a mesma estava sentada
perto da cadeira de onde eu estava, porém, eu estava na ponta.
- Amanhã -respondo.
- Acha que vamos conseguir? -ela pergunta com uma sobrancelha erguida.
- Concordo -digo e ele sorri amigável para mim mexendo nos botões da
camisa social que ficavam em seu pulso.
- Espero que Peter nos dê um aumento, porque fazer isso assim é uma merda.
Odeio pressão -Suzana diz.
- Por isso que não estou, estou falando a verdade -digo e ela dá de ombros
fazendo pouco caso voltando sua atenção para o computador a sua frente.
Olhei para Laura que me encarou com uma cara de tédio, sorri dela.
Não paramos para fazer muita coisa e eu estava satisfeita de como as coisas
estavam fluindo normalmente, são ótimos profissionais.
Quando deu quase meia noite nós tínhamos finalmente atingindo 95%, ainda
faltava discutirmos mais algumas coisas e foi o que fizemos. Vincet imprimiu
algumas fotos dos modelos e tamanhos para conversamos e fazer alterações
se necessário.
Nos sentamos nas cadeiras vendo os papéis na mesa que tinha espaço o
suficiente para ocupar umas 20 pessoas.
- O que estão vendo são tudo o que fizemos até agora, claro com inclusão do
trabalho de meses atrás -falei e eles concordam analisando.
- Espero que esse fodido aprove, caso contrário eu mesmo costuro essa
roupa no corpo dele -Vincet fala e nós sorrimos.
- O que é isso? -olhamos para Suzana que esticou um papel para cima na
altura do seu rosto.
- Um modelo -respondo.
- Não, olha o tamanho dele -ela apontou para o papel e eu franzi o cenho.
- Acham que alguém obeso iria comprar esse modelo provocante? Elas iriam
ficar patéticas usando isso. São roupas para pessoas magras e que tem corpo
perfeito para usar, esse tamanho está ridículo.
As 8 pessoas que tinham naquela sala olhavam para Suzana como se ela
fosse louca, que porra é essa?
- Nossas roupas são para o público, fazemos e criamos modelos de tamanhos
variados -digo me inclinando para colocar as mãos na mesa.
- Tenham senso -ela diz- Aonde que uma...balufa vai comprar uma roupa
provocante dessas? -ela riu como se esperasse que a gente fosse concordar.
- Você cheirou alguma coisas antes de vir para cá? -Vicent pergunta e ela
levanta uma sobrancelha.
- E você é louca. Está diminuindo alguém porque ela não têm a porra de um
padrão perfeito -me alterei um pouco, estava cansada e estressada demais-
Não seja gordofóbica como claramente está sendo.
- Você que tem que ter cuidado com o que sai da sua boca -falei, nos
encaramos como se uma fosse atirar na outra.
Viramos o rosto para Alissa que estava sentada ao lado de Vicent, ela tinha o
cabelo escuro e os olhos castanhos penetrantes.
- Fala isso porque finalmente vai ter algo que caiba em você, apenas para
aumenta sua auto estima o que claramente você não tem -Suzana fala a
encarando e eu explodi.
- Aturo suas merdas por anos, mas não ataque alguém gratuitamente com esse
seu veneno de cobra peçonhenta.
Por um momento eu pensei que ela fosse me atacar, todos estavam quietos e
por canto de olhos vi Alissa passando a costa da mão esquerda no rosto.
- Não, não sou. Mas estou no comando, então, pode se retirar, Suzana. Não
precisamos mais de você.
- Você não é minha chefe! Peter é -ela cruza os braços sem intenção de sair
daqui realmente.
- Não sou sua chefe -a encarei- Por pouco tempo, acredite, quando isso
acontecer meu primeiro plano será direcionado a você.
- Você é uma vadia -ela diz me encarando- Isso não vai ficar assim.
Suzana travou o maxilar e se virou andando para sair da sala, quando a porta
se fechou com um estrondo eu fechei os olhos colocando as mãos no meu
rosto. Minha cabeça doía demais e meu corpo estava exausto.
Mas tirei as mãos quando senti uma mão no meu ombro e encarei Alissa com
os olhos marejados.
- Obrigada por me defender, sofro preconceito por causa do meu corpo
sempre que saio na rua. Seja no ônibus ou em uma loja de roupas. Os olhares
repugnantes sempre estão lá.
- Falarei com Peter sobre isso, Suzana não pode tratar você assim, ok?
×××
Esse era um tema que estava ansiosa para abordar, sempre tento fazer
isso nos meus livros. Estupro, gravidez indesejada, gordofobia. Temas
tão comuns por aí mas que raramente são dadas as atenções necessárias.
Não importa como você é, seja magra, gorda, loira, ruiva, azul, lilás,
somos iguais e sempre seremos assim. Nada e nem ninguém irá tirar isso
da minha cabeça.
Viva e tente não se abalar, você é mais do que palavras ruins. Não estou
me referindo somente as pessoas que sofrem gordofobia e sim as que
sofrem qualquer tipo de preconceito.
Emily
Quase caio da cadeira que estavam sentada quando meu celular começou a
tocar.
- Quem disse que dormir aqui? Não posso sair mais cedo de casa?
Ele suspirou.
- Não estou gritando, apenas preocupado. Sei que está cansada então
como seu chefe e noivo protetor ordeno que vá para casa e descanse,
amanha estarei aí com você.
- E o noive protetor?
- Ah, não ligo muito para o que esse diz -falei ouvindo sua risada do outro
lado.
- Olha como você fala! Vou fazer greve de sexo -minto, obviamente.
Rimos juntos.
- Vou entrar em uma reunião agora, adiantei todas para hoje e assim
amanhã bem cedo estou em Nova York. Talvez não consiga mais falar com
você hoje.
- Oh, Deus. Como irei sobreviver? -fiz drama
Passei pela recepção quando saí do elevador e não demorei para sair da
empresa, peguei um táxi e dei endereço ao homem. Praticamente me joguei
no banco de trás fazendo o homem me olhar pelo retrovisor.
- Emily?
Olhei para os seus olhos e pisquei algumas vezes, dei um sorriso sem graça
por não ter me jogado no banco novamente para ele não me ver. Estou um
caco para lidar com Caleb agora ou qualquer outra pessoa.
Ele se aproximou do táxi.
- Emily, por favor! Eu preciso conversar com alguém -ele diz e abre a porta
do carro entrando no mesmo e me empurrando para o lado.
Arregalei os olhos pela sua audácia e suspirei quando o carro deu partida
novamente saindo de frente do sinal agora verde.
- Por favor, não estou muito bem. Pegue outro táxi -digo mas ele me ignora
passando as mãos no rosto.
Ele fechou os olhos quando tirou as mãos do rosto. Fiquei com um pouco de
pena por vê-lo nesse estado e perguntei:
- O que aconteceu? -eu estava sentada do lado da outra porta com o assento
no meio livre.
- Eu estava saindo com uma pessoa -ele diz e limpa o rosto- Estou
apaixonado por ela.
- Ela passou a noite comigo mas essa manhã me disse que precisava
conversar e dizer uma coisa.
- Porra, eu até disse que me casaria com ela! Como fui estúpido -ele
choraminga.
- Não, péssima ideia -digo- Você só está magoado e triste, não está pensando
direito. Certeza que vai superar isso.
- Já chega, me solte -pedi mexendo nos seus braços que me apertavam com
força.
- Amei muito você, Emily. Mas você preferiu meu chefe, o grande Peter
Ross.
Franzi o cenho e com o rosto perto demais senti cheiro de álcool, que droga!
Tentei empurra-lo e o carinha parou o táxi vendo a minha luta.
- Saio do meu táxi, garoto. Ou eu mesmo tiro você -o cara ameaçou e Caleb
continuava me encarando.
- Me solta! -gritei com ele que ficou um pouco irritado- Você está me
machucando!
- Ainda deve sentir algo, vamos ver.
Com a mão forçando a minha cabeça e a outra na minha nuca ele me beijou a
força. Seus lábios colaram nos meus e eu quase vômito sentindo o gosto forte
de bebida, empurrei seus ombros com as mãos e quando consegui levei
minha mão direita em contato com o seu rosto.
Caleb tinha a cabeça virada para o lado e a marca da minha em seu rosto, eu
estava furiosa e uma lágrima solitária desceu do meu rosto.
Foi o que ele disse antes de sair do carro batendo no ombro do homem e
caminhar para longe, meu peito ainda subia e descia devido a situação.
Passei a costa da mão na boca quando uma lágrima desceu do meu rosto
novamente, minha nuca doía um pouco pela força que ele usou e respirei
fundo.
(...)
Me deitei na cama olhando para cima e me lembrei do beijo no táxi, fiz uma
careta e me arrepiei inteira por pensar na sua mão me forçando a beija-lo.
Tentei ligar para ele novamente mas caiu na caixa postal, depois da quinta
vez eu desisti e me joguei na cama de novo. Susie estava em seu quarto
provavelmente dormindo e eu acabei fazendo o mesmo quando meus olhos
ficaram pesados de mais.
Horas depois...
- É ótimo ver você -ela diz e eu concordo meio drogada por ter acabado de
acordar.
- Emy -ela pegou no meu braço e eu olhei para ela que tirou o celular do
bolso e me entregou.
Franzi o cenho e desbloqueio vendo 20:30 na tela, puta merda, dormir por
muito tempo.
Depois de desbloqueado eu vi que era um site de notícia em Nova York,
logo abaixo tinha a notícia que fez meu coração quase sair pela boca. Minhas
mãos começaram a suar rapidamente.
A foto retratava bem o que caralhos não estava acontecendo, "aos beijos"?
Inferno! Nunca odiei tanto uma notícia em toda a minha vida, era isso que eu
queria evitar com todas as minha ligações, essas pessoas maldosas só
esperando a oportunidade perfeita.
Olhei para Susie que me encarava com a boca em uma linha reta, me levantei
do sofá entregando o celular de volta a ela.
Corri para o meu quarto e peguei o meu celular, vi algumas notificações mas
nada dele e nem ligações perdidas.
Que droga, que droga, que droga. Cliquei no seu nome na tela e esperei
chamar mas dava desligado.
- Isso não é verdade -falei andando de um lado para o outro- Isso não é
verdade, porra!
- Eu sei que não -ela diz- A foto pode estar convincente até demais mas
sabemos que você não beijaria Caleb por vontade própria. O que aconteceu?
- Ele invadiu o táxi que eu estava essa manhã e começou a dar um show
dentro do mesmo, ele me agarrou enquanto chorava por uma mulher que
amava mas ela é casada. Pedi para ele me soltar e depois ele começou a
falar coisas ridículas -coloquei a mão na testa- Ele me beijou a força, Susie.
Bati no rosto dele e depois ele saiu do carro.
Eu queria chorar e gritar naquele momento mas mantive a calma. Tinha
vontade de correr até Las Vegas e me jogar nos braços de Peter.
- Todo tipo de meio de informação que você possa imaginar, menos jornal.
Mas não ficarei surpresa se amanha tiver -responde.
- Droga -resmungo.
- Ainda tem a chance dele não ter visto, certo? Seria bom vocês conversarem
o quanto antes.
×××
Até, babys ❤.
74° capítulo
Emily
Ainda não consegui falar com ele desde ontem a noite, não dormi muito bem
e não estou sentindo fome. O nervosismo não está deixando, contarei a ele o
que realmente aconteceu e rezo internamente que tudo fique bem entre nós.
Calcei meus saltos brancos com detalhes pretos que combinavam com
vestido de uma cor clara justo ao meu corpo. Deixei o cabelo solto e ajeitei
minha meia calça preta.
Saí do meu apartamento vendo a porta de Susie fechada e saí pelas ruas indo
até Bebel. Dirigi até uma cafeteria próxima e comprei um café com leite,
depois disso fui em direção a empresa.
Estacionei meu carro na entrada e saí do carro caminhando até passar pelas
portas de vidro, passei pela recepção obviamente com tantos olhares de
acusação que quase me fez recuar e voltar para casa. Mas claro que eu não
faria isso, segui em frente e apertei o botão do elevador.
Peguei meu celular da bolsa e fui até a conversa com Peter, o aplicativo me
avisou que ele estava digitando e meu coração acelerou um pouco.
Olhei para ela que passou o indicador no próprio lábio distribuindo o batom
vermelho, ela ajeitou a saia preta e depois os botões saindo do elevador sem
me olhar na cara.
- Tem batom na sua boca -falei de uma forma tão fria que até me assustei.
- Emily!
Ignorei, ignorei, ignorei essa maldita voz. Não consegui mais e deixei as
lágrimas caírem livremente pelo meu rosto. Não me importava com nada e
nem com ninguém. Eu não conseguia tirar a imagem da minha cabeça, eu não
conseguia. Era como uma ferida aberta e ficavam cutucando cada vez mais
forte.
Tentei sair da empresa mas sua mão puxou meu braço e Peter me virou
colocando meu corpo no seu ombro, ele andou rapidamente até uma sala de
reuniões que tem no térreo ouvindo e sentindo meus protestos.
Ele me colocou no chão e a primeira coisa que fiz foi bater nele com a minha
bolsa, Peter fechou a porta e eu me afastei andando até o outro lado da mesa.
O encarei, me controlando.
- O que eu vi...foi a mulher que odeio de joelhos na sua frente. Ela tinha
começado ou terminado de chupar você? -Perguntei e ele se aproximou
irritado.
- Hum, e você que abriu o cinto para ajuda-la? -eu estava irritada, minha
mente girava.
- Para com essa porra! -ele bateu na mesa de vidro com força, acho que
metade da Modus escutou. Pelo menos não quebrou o vidro.
- Também não traí você, Peter -me virei para encara-lo- Caleb me beijou a
força.
- Eu não disse isso, estou apenas tentando entender o que aconteceu. Tem
dois lados da moeda, certo? Vamos conversar sobre isso.
Toda a dor de cabeça que eu estava sentindo ontem voltou com força, mas
diferente de antes mais uma coisa doía. O encarei sabendo que não iria
conseguir tomar nenhuma decisão agora.
- Não venha atrás de mim -pedi saindo do meu lugar fazendo o barulho do
meu salto aparecer novamente.
- Foi a segunda vez -ele disse e eu parei de costas- Segunda vez que você
tem um contato com ele durante nosso relacionamento, Caleb claramente é
instável, Suzana odeia você e ela te atingiria facilmente através de mim.
- Estava decidida a vir conversar com você, explicar a situação mas não vou
ficar me vitimizando para você -ele massageou as têmporas parecendo estar
com dor na cabeça assim como eu.
Ele suspirou.
- Você não confia em mim e eu não confio em você, não está claro? Isso é
suficiente para mim, Peter.
- Mas não é para mim -ele andou até onde eu estava e colocou as mãos nos
meus braços.
- Eu me lembro de dizer que você era o único homem que eu queria ao meu
lado -coloquei minhas mãos no seu rosto e ele fechou os olhos, vi a lágrima
solitária escorrer- A única coisa que eu consigo pensar agora é na sua
gravata torta -solucei- No batom na sua boca -deslizei meu polegar pelo seu
lábio- No perfume dela em você, Peter.
- Não -ele balançou a cabeça- Não estamos pensando direito, você não quer
isso.
- Eu quero ir embora, não é uma boa hora para conversar -falei deslizando
minhas mãos pelo meu rosto
- Nem por cima do meu cadáver que você vai sair daqui -ele abraçou minha
cintura e me balancei enquanto lágrimas insistentes caiam do meu rosto.
- Não vou deixar nosso relacionamento acabar assim, vivemos muitas coisas
boas juntos -ele colocou a mão no meu rosto- Eu ia me casar com você,
minha esposa, você seria a minha esposa. Você é a coisa mais importante da
minha vida, não te deixarei escapar entre meus dedos.
- Por favor, não venha atrás de mim -tirei suas mãos do meu rosto.
Apoiei a cabeça nas mãos que estavam no volante e chorei, chorei o que
tinha para chorar.
Eu não conseguia pensar direito agora, minha mente ainda estava trabalhando
na informação e na visão que tive.
×××
Emily
1 dia depois...
Meu relacionamento com Peter Ross foi perfeito, mesmo com as brigas, os
desentendimentos e ações imprudentes. Eu faria tudo de novo se necessário,
porque além dessas coisas eu tive a chance de amar alguém, amar de
verdade. Ver uma outra versão do que me foi ensinado, e me permitir
aprender com ele.
"Quero que me dê uma chance de me explicar, de dizer que o que você viu
não foi real, assim como eu quero ouvir sua explicação do que aconteceu em
relação ao táxi, sei que a notícia é falsa e a tirei de circulação.
E eu sei que isso não passa de um mal entendido e nem pelo caralho que eu
vou perder você por causa disso, Emily.
Peter Ross.
O que fiz a Suzana na noite anterior, a sua irritação comigo, a ameaça e seu
olhar de ódio, como se em silêncio fazia juras de vingança. Meu coração
sabe que no fundo Peter não me trairia daquele jeito, ele não é tão estúpido
de fazer isso no elevador da empresa e quero acreditar que não faria isso
comigo também.
- Alô -atendi.
- Quem é o paciente?
Minha expressão deve ter sido terrível, dei uns passos para trás meio tonta e
massagear as têmporas não ajudava em nada. Apenas fiz desligar a chamada
dizendo que estava a caminho para ver minha mãe.
Peter
- Me deixem sair!
Gritei alto para os três que pareciam seguranças na frente da minha porta,
minha vontade era de quebrar um vazo na cabeça de cada um.
- Você não está em condições de fazer nada, então sobe para o quarto e vá
dormir -Dylan diz e eu nego.
- Preciso vê-la -passei a costa da mão na boca- Não vou perdê-la, não ligo
para Caleb. Eu confio nela! -me aproximei deles e Adam me aparou para que
eu não caísse no chão- Ela tem a chave da minha casa e do meu coração, por
que ela não está aqui?
Encarei Adam que me olhava com pena, vou bater nessa Tinker Bell.
- Por que ela não está aqui, Adam? -Perguntei dando duas batidinhas no seu
rosto.
- Ainda bem que ela não está aqui para ver essa cena deplorável de você -
Nate diz e Adam me firma no chão novamente.
- Cala a sua boca, Nathaniel! -gritei com ele- O que você sabe? Nunca amou
ninguém de verdade -levantei um dedo- Fique longe da Susie, você nunca
será bom para ela.
- Peter, você deu a liberdade dela vir até aqui. Emily virá quando se sentir
pronta -Dylan diz.
- Eu não traí ela -apontei para ele- E eu sei que ela não me traiu também,
Suzana armou para mim e Caleb a beijou a força. Ela me disse isso e eu
acredito -bebi outro gole da bebida direto da boca da garrafa- Estava
possesso de raiva e ciúmes na hora, mas eu nunca a trairia daquela forma.
- Sabemos que não -Nate diz- Mas não deixaremos você sair daqui nesse
estado.
- Já conversamos sobre isso Peter -Adam diz- A câmera foi virada para um
ângulo que apenas confirma que você traiu ela.
- Eu não traí ela, merda! -avancei para cima de Adam e o empurrei com
força.
- Ele está bêbado, Adam. Não é o que ele realmente quer fazer -Nate diz e
Adam o encara.
Adam ficou em silêncio e eu andei até ele analisando seu rosto sério.
- Você acha que eu traí ela, não acha? -Perguntei e ele continuou sem dizer
nada.
- Eu acredito, mas também acredito que 5% de você queria fazer aquilo -ele
diz e na mesma hora meu punho entra em contato com o rosto de Adam que
vai um pouco para trás.
- Você bateu em mim? -sua voz está desacreditada- Esse bastardo bateu em
mim? -ele encarou Nate e Dylan que estavam de olhos arregalados.
- Calar essa merda que estava saindo da sua boca! -gritei com ele.
- Então você não quis se vingar nenhum pouco? -Adam andou até parar na
minha frente e aproximou o rosto do meu- Não quis que ela sentisse a raiva
que você sentiu quando viu aquela foto dela beijando outro?
- Adam! O que porra você está fazendo? -Dylan pergunta e Adam levanta
uma mão pedindo para ele esperar.
- Não! Não sou um muleque como você -empurrei seu peito e ele sorriu de
lado afastado de mim.
- Eu acredito em você, Peter. 100% dessa vez -ele diz e eu levanto uma
sobrancelha.
- Converse com ela, mas não desse jeito que você está. Só irá afasta-la de
você -Dylan diz e eu puxo ar para meus pulmões.
Adam que estava no meio deles andou até mim novamente colocando uma
mão na minha nuca me olhando firmemente.
- Uma vez, muito tempo atrás, você me disse que não conseguia amar
novamente, que seu coração estava fechado para qualquer mulher -seus olhos
azuis se fixaram no meu- O tipo de amor que você tem com Emily, não é um
tipo qualquer, é louco, intenso, divertido, é do jeito de vocês -meus olhos
estavam marejados novamente- Você não irá perder nada disso, mas agora
não é o momento. Bebeu demais consumido pela tristeza e angústia, não
deixe isso destruir seu relacionamento.
Balancei a cabeça concordado e ele me abraçou depois disso, fechei os
olhos sabendo que ele tem razão.
- 50 mil dólares que Nate bate em você nos próximos meses -falei e ele riu
também.
- Só mais uma coisa, Pan -ele diz e mexe no botão na minha blusa- Amanhã
eu vou dar um soco em você e o seu direito de reclamar vai estar suspenso.
Maldito soco.
×××
Vote e comente!
Emily
Perguntei desesperada para o médico que está na minha frente olhando para
a minha cara mas não faz porra nenhuma.
Saí da frente do médico que piscou algumas vezes por ter o ignorado e andei
pelo corredor olhando pelas janelinhas das portas, o médico gritou meu
sobrenome mas eu ignorei e continuei a minha busca. Ela deve estar por
aqui.
- Senhorita, você não pode ficar aqui agora -uma mulher se aproxima de mim
e eu ando na sua direção praticamente correndo até Marie.
- Mãe, você vai ficar bem -falei convicta- Irão remover a bala...você vai
ficar bem.
Lágrimas desciam do meu rosto quando peguei na sua mão e os outros ainda
mexendo nela.
- Seu pai...
Segurei sua mão e eu senti seu aperto de volta, consigo me livrar as mãos do
homem e me aproximei dela uma última vez para beijar seu rosto.
- Matt Brooks é seu pai -travei no lugar- Sinto muito...por ter mentido para
você todos esses anos. Mas eu não podia.
Me afastei sem conseguir esbanjar reação, apenas as lágrimas desciam do
meu rosto.
- Fique perto das pessoas que ama e seja feliz, Emy. Não desperdice a
chance que eu nunca tive, case-se com ele porque eu sei que você o ama
verdadeiramente assim como ele também a ama, eu sei disso.
Olhei para o seu corpo sem vida e abaixei a cabeça chorando tanto que
minha visão estava embaçada, minhas mãos tremiam e meu peito estava tão
apertado que eu mal conseguia respirar.
Havia sangue nos meus dedos e tudo a partir dali começou a passar em
câmera lenta, um barulho estranho vindo de onde ela estava e segundos
depois que levantei o olhar vendo os médicos se encararem e o horário e a
palavra morte aparecerem, ali eu tive certeza que tinha perdido minha mãe.
Me levantei e caminhei meio tonta até sair da sala, fui me arrastando até
sentar em uma cadeira preta. Tirei o celular do bolso e desbloqueei a tela
com os dedos trêmulos e sujando de sangue um pouco.
Procurei pelo contato da pessoa que sempre esteve comigo desde que eu me
entendo por gente.
Levei o celular até o ouvido e tocou um pouco antes dela atender.
(...)
Meus olhos estavam fixos no chão, eu não conseguia escutar nada. Ainda em
choque.
- Estamos aqui com você, Emily -ela disse me apertando um pouco antes de
eu me afastar ficando ereta na cadeira novamente.
Olhei em volta vendo Adam, Rubi, Dylan, Susie e Nate. Onde ele está?
- Saímos da casa dele antes da sua ligação, então ele não pode vir conosco
mas já o avisamos -Nate diz.
- Ele está vindo, começou a chover e o trânsito está complicado -Dylan diz e
eu o encaro.
Respirei fundo.
- Falei com a polícia assim que cheguei e foi isso que me passaram -Jack
diz- Ambos os assaltantes estão presos.
- Sabia -responde.
- Sua mãe é prometida a mim desde os 18 anos dela, somos uma família
influente de médicos e ter o conhecimento de uma bastarda...não, eu não
deixaria isso acontecer.
- Você a forçou a ficar em silêncio, não foi? O que você fez para ela?
Ameaçou a tirar tudo? Qual o seu problema!?
- Não sou seu pai, então não temos laço paternal. É filha do meu irmão e
agora que sabe a verdade poderei ficar longe de você, nada mais importa
agora -ele se levantou- Sua mãe já está morta e....na verdade, só Elias
importa para mim, ele sim é sangue legítimo meu.
Ele me encarou meio ofegante provavelmente por ter corrido e meu coração
errou uma batida por vê-lo.
Não esperei muito para correr até ele com lágrimas descendo pelo meu rosto
novamente, cheguei perto suficiente e me joguei nos seus braços sentindo ele
me apertar com força segundos depois.
- Peter -falei baixo e ele passou a mão no meu cabelo ainda me abraçando.
- Não precisamos conversar sobre isso agora, meu amor -me afastei um
pouco para encará-lo.
O abracei novamente ainda mais apertado querendo que ele não me soltasse
no momento, senti seus lábios na minha cabeça e fechei os olhos engolindo
em seco.
Senti uma aproximação e abri os olhos vendo Susie na nossa frente com os
olhos marejados, Peter e eu abrimos os braços e ela se juntou ao abraço.
Sorri para eles que fecharam a rodinha mais um pouco, de alguma forma me
senti abraçada por todos mas...
- Emily!
Olhamos para a entrada do hospital vendo Jon e Josh correrem até nós.
- Jon e Josh, venham aqui -Adam diz e abre o braço para os dois se juntarem
a nós.
Não sei por quanto minutos ficamos ali abraçados mas deveria ser uma cena
comovente de ser ver, nos afastamos apenas para que Jon e Josh se
aproximassem para me abraçar.
- Não -balancei a cabeça- Não façam isso por minha causa, eu irei no
casamento mas...
- Tudo bem -Jon diz- Só nos veja casar daqui a quatro dias.
×××
Deixe o coração aqui pela morte de Marie Ada Brooks, que ajudou nossa
loirinha em alguns momentos ruins para ela.
Sobre o casamento de Jon e Josh, não farei as cenas do casório mas farei
um momento especial entre os dois quase no final desse livro, espero que
gostem kakaka em breve. Iti.
Beijos, babys ❤.
77° capítulo
Emily
1 semana depois...
Ele chora no meu ombro como uma bebê e eu não consegui evitar a lágrima
solitária enquanto o abraçava apertado.
- Vai ficar tudo bem, Elias -fiz carinho no seu cabelo- Marie amava muito
você, ela mesma me pediu para te dizer isso.
Dei meus parabéns a ela que deu um sorriso amigável abraçando o marido.
Me afastei indo até os outros que vestiam preto e usavam óculos de sol,
pareciam parte de uma quadrilha criminosa.
- Tem certeza, Emy? Podemos fazer algumas coisa, um brinde para sua mãe
ou algo do tipo -Rubi sugere.
- Eu agradeço de novo por ter ido ao nosso casamento mesmo com tudo o
que aconteceu na sua vida -Josh diz colocando uma mecha do meu cabelo
atrás da minha orelha.
- Se cuide, Emy. Estamos aqui para você -Jon diz e logo depois beija minha
mão.
- Eu irei esperar por você, loirinha. Sei que está luto e conhecendo você
como conheço quer resolver suas coisas pendentes e quer se recuperar
sozinha, não irei tirar esse direito seu -sua mão alisou meu cabelo- Iremos
conversar e decidir o que fazer, não tomarei nenhuma atitude agora e
esperarei por você, não importa o tempo.
Ouvi uma voz e travei no lugar ainda agarrada a ele, Peter que teve de se
afastar de mim e me segurar pelos braços.
- Ok, boa sorte -Peter diz e depois beija minha testa se afastando para se
juntar aos outros.
Virei meu corpo para encarar Matt que tinha uma expressão triste, ele se
aproximou de mim depois que apertou a mão de Peter.
Ele continuava do mesmo jeito, seu cabelo castanho claro estava um pouco
maior do que da última vez que o vi, seus olhos castanhos me fitam
novamente, ele usava uma calça preta e uma camisa da mesma cor.
- Como tem lidado com a semana? -Pergunta- Suponho que seu pai não deve
nem ter dado as caras, Jack sempre foi um idiota mas não falava nada por
respeito a Marie e a você.
- Matt, eu preciso falar com você. Tem tempo para tomar um café comigo? -
Perguntei.
Seu braço se entrelaçou com o meu e começamos a andar juntos para a saída.
- Você teve algum envolvimento com a minha mãe no passado?
- Matt, antes dela morrer -me viro para ele que piscou algumas vezes- Ele
me contou algo.
Certo, é agora.
Parecia que alguém tinha dado um tiro nele porque seu corpo foi um pouco
para trás, Matt não tem outros filhos e quase nunca aparece com uma mulher,
uma vez ele me disse que só tinha amado uma na sua vida inteira e ninguém
conseguia superar o sentimento, obviamente eu não sabia que minha mãe era
um possibilidade.
- Puta merda -ele colocou as mãos na cabeça e depois desceu para boca-
Pu.ta. mer.da.
- Por que ela não me disse? -ele começou a andar de um lado para o outro-
Você é minha filha? -ele me encara- Puta merda, você é minha filha?
Olhei em volta vendo algumas pessoas nos encarando pelo surto que Matt
está tendo, Oh Deus, já estamos passando vergonha.
- Vamos, quero explicar a você como quero que me explique algumas coisas.
Estendi minha mão a ele que olhou para ela e depois para mim, Matt colocou
a palma da sua mão sobre a minha e eu a apertei com um sorriso vendo seu
nervosismo.
(...)
Matt pegou a xícara de café tremendo como um pinscher, ele levou a xícara
até a boca e quase não consegue beber.
- Sei que é uma notícia e tanta mas para mim também é novo, passei muitos
anos pensando que Jack era meu pai ao invés de você -ele me encara.
- Jack me disse no hospital que ele sabia o tempo todo, na época Marie já
era prometida a ele e por tanto assumiu a gravidez de um filho que não era
dele para não sujar a reputação da família com uma bastarda fora do
casamento.
- Emily -me encara- Sua mãe e eu nos envolvemos sim, mas foi a muito
tempo...praticamente a...
- Sempre gostei da sua mãe, na época ela era nossa vizinha e foi prometida a
meu irmão por ser o mais velho e ainda estar solteiro. Nossa família sempre
foi muito rígida com tudo, antes disso sua mãe e eu vivemos algo muito bom,
nos apaixonamos e eu iria contar aos meus pais.
- Mas na mesma noite que decidi contar a família dela jantou na nossa casa e
foi anunciado para todos que Marie iria se casar com Jack. Ela mesmo não
sabia, sua mãe foi uma espécie de trocar que seu pai fez com o nosso,
negócio da época -Matt me encara- Ela não quis aceitar mas foi obrigada
pelo pai, ficamos alguns meses sem nos ver enquanto ela se preparava para o
casamento. Eu não pude evitar e Jack sempre soube sobre nós dois mas
nunca fez nada para nos ajudar porque ele também gostava de Marie.
- Marie também sempre foi apaixonada por mim, ela me dizia isso na época
e queria se livrar do casamento a força. Mas ela não conseguia, aquela noite
foi a última vez que nós tivemos qualquer tipo de contato íntimo,
basicamente uma despedida.
- Sua mãe e eu nos afastamos muito nos últimos anos, as vezes eu sentia que
ela tinha algo para me contar mas nunca o fez. Não sei o que a evitou por
tanto tempo mas não duvido que tenha sido meu irmão, Jack sempre foi um
controlador e sabe mexer com a mentes das pessoas como ninguém.
- No fundo ele sabia que se ela contasse, talvez nada a impediria de se livrar
do casamento -digo- Jack deve saber que ela ainda era apaixonada por você
e não queria ferir o orgulho idiota dele.
- Eu sinto muito, por tudo -ele diz e eu concordo- Marie deve ter tido os
motivos delas que...não sabermos agora.
- Certo, ainda temos alguns anos. Sempre fui seu tio e agora vou tentar ser
seu pai...se você quiser é claro.
Sorri de lado.
- Você sempre foi meu pai, Matt. O que Jack nunca conseguiu ser, eu era mais
um fardo e uma lembrança constante do amor que ele jamais teria.
- Certeza que sua mãe está sorrindo para nós agora -ele diz e eu concordo.
- A única mulher que amei -ele diz e nos encostamos a xícara sorrindo
depois.
Eu iria retrata os anos perdidos que tive com Matt, tentarei me aproximar
dele e chama-lo de pai quando sentir a liberdade para fazer isso.
×××
Minha gente...pedi pro povo mexicano para eu fazer roteiro das novelas
deles kakakakaka.
E as pessoas que estão fazendo aniversário hj. Dedico esse cap a vocês!
Beijos, babys ❤.
78° capítulo
Peter
1 mês depois...
Ouvi a voz de Rubi apontando para o álbum de fotos que tinha em mãos, nele
fotos do casamento de Jon e Josh ao ar livre.
Emily foi a cerimônia mas não ficou por muito tempo, Jon e Josh
agradeceram tanto a ela por ter ido mesmo que sua mão tenha morrido 4 dias
antes. Eu sei que ela estava fazendo um esforço por estar ali então não
cheguei muito perto para não força-la a nada e ela ver que estou esperando
por ela. Respeitando seu espaço.
Rubi virou a página e viu a foto onde todos estávamos, Susie sorriu
apontando para a foto e depois olhou para Rubi e Adam que sorriram de
volta.
Estávamos na minha sala na Modus, os três apareceram aqui para ver como
eu estava e aproveitaram para me mostrar as fotos do álbum. Esse último
mês que passei longe dela foi péssimo, mas minha esperança continua
intacta.
- Ela acordou diferente hoje -ela diz e meu coração se aperta- Ela parou de
ter pesadelos pela madrugada e se alimenta melhor, ela até se arrumava
decidida.
Não consegui conter o sorriso.
- Não iria ficar chateado se Emily e eu tivéssemos nos casado em Vegas sem
você? -Perguntei e ele cruzou os braços.
- Resumindo, não espere mais tempo. Só se vive uma vez -Rubi diz e Susie
pisca algumas vezes.
Meus olhos focaram no maldito livro que Adam trouxe e eu sorri de lado,
Kama Sutra é sacanagem.
A porta foi aberta e eu me virei rapidamente como uma criança que foi pega
fazendo coisa errada, vi o rosto de Emily aparecer para mim, fiquei estático
vendo-a entrar na sala até seus olhos castanhos focarem nos meus.
- Oi -ela disse baixo e cruzou os braços na altura dos seios, ela usava um
vestido lilás soltinho mas era justo do seu tronco para cima. Seu cabelo
estava solto e nos lábios tinham um pouco de batom.
Ela está um pouco diferente. Parece mais magra e tem o olhar abatido, ela
está exatamente do jeito que estou.
Emy olhou para as minhas mãos vendo o livro e depois levantou uma
sobrancelha para me encarar.
Nem sabia se deveria estar fazendo isso tão rápido mas eu não consegui me
controlar, e graças a Deus ela também não.
Suas mãos subiram pelos meus braços parando na minha nuca me puxando
para ela, minha língua acariciava a sua lentamente me fazendo aproveitar
cada momento, apertei sua cintura deslizando as mãos para o tronco tocando
no seu corpo de verdade e não apenas em sonhos eróticos.
Quando nos afastamos eu coloquei minhas mãos nas sua bochechas e a dei
um selinho demorado.
- Você está aqui não está? -Perguntei seriamente, se essa porra for um sonho
eu vou quebrar o meu quarto inteiro quando acordar.
A abracei depois disso e apertei seu corpo contra o meu dando um suspiro,
sou completamente apaixonado por essa mulher.
Me afastei passando a mão no seu cabelo loiro.
Ela sorriu e eu puxei para perto de mim novamente, não queria soltá-la de
jeito nenhum.
- Quer conversar sobre o que aconteceu naquele dia? E sobre o táxi é claro -
apenas acenei a puxando para o sofá no canto da minha sala e praticamente a
sentei no meu colo.
- No dia em que Caleb beijou você naquele táxi -comecei- Eu passei o dia
inteiro tendo reuniões atrás de reuniões em Vegas como falei para você no
telefone -ela acena se lembrando- Eu não atendi suas ligações por causa
dessas reuniões e quando cheguei no hotel meu celular estava desligado, o
coloquei para carregar e me deitei esperando a bateria aumentar um pouco
para eu ligar para você, mas acabei pegando no sono, estava exausto e eu
não tinha ideia ainda do que estava acontecendo.
Analisei os lábios e depois subi pelo nariz parando nos olhos, porra, eu vou
me casar com essa mulher nem que seja a última coisa que eu faça.
Cocei a garganta.
- Fui para a minha sala mas você não estava, fui para a sua sala mas você
também não estava, entrei no elevador e cliquei no botão do térreo para
espera-la no saguão. Eu estava tão distraído que nem percebi que tinha outra
pessoa lá dentro comigo, assim que a encarei ela deu um sorriso estranho e
depois olhou no relógio em seu braço.
Emy apertou minhas mãos com mais força e eu sorri pequeno para
tranqualiza-la.
Emily parecia ficar vermelha mais e mais, fiquei com medo de que ela fosse
explodir ao meu lado.
- Eu estou fervendo.
- O quê?
- Eu disse a você que não faria nada até você voltar, imaginei que você
gostaria de demiti-la.
Ela sorriu.
- Por isso que eu me casaria com você -ela diz andando de um lado para o
outro mordendo o dedo como se bolasse um plano.
- Espera -ela andou até mim- Temos que conversar sobre Caleb.
A puxei para o meu colo e ela se sentou de lado, abracei sua cintura e
concordei. Vamos encerrar logo isso para eu te levar ao altar, Estella.
- Depois daquela ligação que nós fizemos um dia antes de você voltar -ela
diz e eu concordo- Eu peguei um táxi para voltar para casa e o carinha parou
no sinal, Caleb estava na calçada tentando arranjar um táxi e estava
descalço...todo largado. Ele me viu dentro do táxi e correu até a minha
janela, pediu para dividir o táxi e eu neguei de cara mas ele abriu a porta e
praticamente me empurrou para o lado invadindo. Ele começou a falar de
uma mulher casada que ele estava apaixonado e depois de chorar no meu
ombro -franzi o cenho- Ele começou a distorcer a história para a época que
estávamos "juntos" -ela fez aspas.
- Foi quando ele avançou para cima de mim me prendendo com os braços, o
carinha do táxi ameaçou parar o carro se ele não me soltasse, bom, ele não
soltou. O cara parou o carro enquanto eu mandava ele me largar e me
balançava para ele me soltar. Depois disso ele me beijou a força dentro do
táxi.
Ela abaixou a cabeça e encarou os botões da minha camisa social em um
olhar distante.
- Não foi culpa sua -coloquei a mão no seu rosto- Eu acredito em você, e
Caleb não é mais um problema para nós.
- Acabei com qualquer chance de trabalho que ele teria aqui, para não passar
por necessidades ele teria de sair da cidade de Nova York e foi o que ele
fez.
- O que ele fez com você, Emily. Não me arrependo por nenhum momento de
ter quebrado a cara no mesmo dia que o demiti, faria tudo de novo se
precisasse.
- Casa-se comigo Emily, eu quero estar ao seu lado até o último dia da minha
vida -falei com os lábios roçando nos seus.
- Sei que deveria ser um pedido mais bonito, com flores, o anel, jantar ou
alguma coisa do tipo mas...
- Está perfeito para mim -ela diz e uma lágrima solitária desce do seu rosto.
- Eu aceito ser sua esposa, meu cretino -ela diz e eu dou um sorriso enorme
enchendo seu rosto de beijos depois, ouvi sua risada e a abracei apertado
agradecendo aos Deuses por ela estar nos meus braços.
×××
Lembrando que cada um tem um processo de luto, respeitar isso não vai
te machucar em nada ;-).
Emily
Meu tempo foi de exato 1 mês, o tempo que levei para me reerguer
novamente. Me conformar com a morte da única pessoa da minha família,
além de Matt, me dar apoio na vida. As primeiras duas semanas sofri com
alguns pesadelos testemunhando sua morte, como de fato aconteceu.
Admito que seu conselho me fez vir até aqui hoje, Matt me disse
praticamente a mesma coisa que minha mãe me disse no leito de morte;
"Estou vendo nos seus olhos que você o ama verdadeiramente, e que não vai
aguentar ficar tanto tempo longe de quem você ama. Fique perto das pessoas
que amam você também Emy, seja feliz".
Agora eu estou aqui sentada de lado no seu colo alisando seu cabelo e seu
rosto dando um sorriso feliz. O tempo que fiquei longe dele me fez refletir
sobre nosso relacionamento e a idéia doída de acabar com tudo,
conversamos sobre o que aconteceu antes e estou imensamente satisfeita por
concordarmos em seguir em frente.
- Na igreja?
- Dica -pedi.
- 33.
- Dica fraca.
- Um segredo.
Sorri para ele já sabendo do que se tratava, coloquei minhas mãos ao lado
da sua cabeça e concordei em nos casarmos aonde eu o levei para ele contar
seu segredo. O lugar que eu senti nossa união se fortalecer e fazê-lo se sentir
confortável para conversar comigo sobre algo que o magoava.
- É um lugar importante para mim -ele coloca a mão no meu maxilar- Sei que
também é para você.
Ainda o olhei nos olhos por alguns segundos antes de me inclinar e beija-lo
com vontade, Peter se levantou comigo em seu colo e apenas virou para
deitar-me no sofá.
Seu nariz passou por ele aspirando meu cheiro e logo depois senti beijos
quentes serem distribuídos na minha pele.
- O único cheiro que eu quero sentir -ele diz no meu ouvido e locomove o
rosto até me dar um beijo casto- A única boca que eu quero beijar -Peter
desceu o rosto pelo meu peito até no meio dos meus seios e levou a boca
para a esquerda dando um beijo por cima do vestido, gemi baixo quando
suas mãos apertaram os dois- O único gemido que quero ouvir.
- Nem fodendo.
Sorri de lado.
- Loirinha, você é minha por inteira hoje -ele volta para cima colocando as
mãos ao lado da minha cabeça se apoiando.
- Não estou, mas...-ele limpou a garganta- Matt é meu amigo, me lembro das
vezes que contei sobre algumas mulheres que tive...bom, contato íntimo.
- E agora você fez tudo isso com a filha dele -ri alto e ele me olhou feio.
- Eu sei.
- Sim, ele tem que saber que você vai se casar comigo. Quero estar presente
quando contar -ele responde.
Peter se levantou e me puxou pelas mãos quando as estiquei pedindo que ele
me ajudasse a levantar, nos sentamos lado a lado e eu descansei minha
cabeça no seu ombro.
- Estou aqui de novo -o encarei- Quero meu final feliz com você, Pan.
Andamos para fora da sala de mãos dadas e ele sorriu para mim quando
entramos no elevador, Peter beijou minha mão e eu olhei em volta fazendo
uma careta depois, ele sorriu de lado balançando a cabeça.
Passamos pelo banheiro e eu puxei sua mão fazendo nós dois pararmos.
- Quer ajuda? Prometo não olhar por muito tempo dessa vez -ele diz e eu o
empurro com o meu ombro de leve, sorri que nem uma idiota.
Entrei no banheiro feminino indo direto para a cabine, puxei meu vestido um
pouco para cima e depois de fazer mais algumas coisas necessárias eu me
aliviei.
- E está surda.
A encarei.
- Que bom que voltou Emily -ela secou as mãos com papéis- Peter vai ficar
menos...carente agora.
Ela deu um sorriso patético e começou a andar para a porta mas eu intervi
parando na sua frente.
Suzana era centímetros mais alta do que eu mas isso nunca me intimidou e
jamais irá, a olhei dos pés a cabeça e sorri de lado.
- Sei o que fez, Suzana -coloquei seu cabelo solto para trás e ela se esquivou
um pouco- Encurralar ele no elevador e ir para cima como um animal
desesperado, que baixo.
- O que faz me própria perguntar -a encarei- O que torna sua vida tão
patética para vir atacar a minha?
Seu sorriso sumiu aos poucos e ela cruzou os braços sobre a blusa azul
clara.
- Não era eu que parecia tão patética quando as portas daquele elevador se
abriram.
- Mas é você que parece patética agora, está com medo? Pois deveria -me
aproximei mais- Já falei antes, você não mexe comigo esperando que eu não
faça o mesmo de volta.
- Você fez aquilo! -gritei- Você diminuiu uma pessoa pelo corpo dela,
Suzana. Como acha que ela se sentiu? E se fosse você no lugar dela que
sofresse preconceito diariamente? Como você se sentiria!? -ela ficou em
silêncio me encarando.
Balancei a cabeça.
- Você quase me deixa cega, quase não me deixa enxergar o quanto aquilo foi
puro teatro, mas não demorou nem 3 dias para eu entender que você armou
aquilo.
- Acho que sua relação com Peter não é tão forte quanto dizem.
- Tudo o que fez nos aproximou mais de certa forma, estamos juntos
novamente -sua expressão se fechou um pouco- Enquanto eu lembrarei da
mulher invejosa, preconceituosa e baixa que você é -dei um tapinha de leve
no seu rosto- Ou não, você é tão ridícula que daqui a alguns dias eu nem
lembrarei mais seu nome.
- Não queria que se separassem, eu realmente não me importo. Só queria ver
você sofrer -ela aproximou o rosto do meu- Uma pena que não durou tanto,
sua mãezinha desviou todo o meu foco.
Foram só dois segundos mas foram os melhores dois segundos da minha vida
quando minha mão deu um tapa no seu rosto tão forte que deixaria marca, ela
deu um gritinho baixo e eu cruzei os braços.
- Não bati em você por causa de Peter, bati em você pelos anos das merdas
que você me diz por pura inveja da minha posição nessa porra de empresa e
por citar a morte da minha mãe. Você não merece o lugar onde pisa, não
merece nem a porra do lápis que desenha.
Suzana me olhou irritada e eu sabia que meus olhos estavam puro ódio.
Seus olhos se arregalaram e eu soltei seu rosto dando um passo para trás,
voltei a cruzar os braços em uma postura impecável.
- Quero que saia daqui o mais rápido possível, não queremos seu
preconceito com os demais funcionários e principalmente, não preciso da
sua presença desagradável.
Não me virei porque reconheci a voz na mesma hora, Suzana olhou para a
porta tendo a visão de Peter e depois olhou para mim.
- Ela pode porque ela é a dona da Modus assim como eu, saia da nossa
empresa antes que os seguranças tirem você -ele diz e eu sorri internamente.
- Vocês dois se merecem -ela aponto para mim e para Peter- Dois idiotas de
merda.
Puxei seu braço com força e arrastei do banheiro, encarei Peter antes de
passarmos pela porta indo para o saguão.
Ignorei até solta-la no meio do saguão com algumas pessoas atentas ao que
estava acontecendo.
- Você se acha não é, Emily? Mas você não é nada! Nem seu trabalho te
salva.
- Está invertendo os papéis, agora, nem o seu trabalho vai te salvar de viver
a vida medíocre que você merece, saia daqui!
- Te encontro lá.
Fiz um gesto com a mão chamando um segurança que veio na minha direção,
apontei para Suzana e eles se aproximaram.
- Me acompanhe até a saída, senhorita -ele fala apontando para fora e Suzana
mostra o dedo do meio para mim que dei um tchauzinho.
- Sua vaca!
Ela gritou enquanto o homem a escoltava para foram sem tocar nela, quando
ela passou pela saída as pessoas olharam para mim, levantei uma
sobrancelha e me virei para ver Peter na minha frente.
- Como se sente?
- Ouvi o que ela disse a você -ele alisou meu cabelo, senti falta desse gesto-
Ela não será mais um problema.
Coloquei minhas mãos no seu rosto e o puxei para mim colando nosso lábios
suavemente.
×××
Emily
Peguei uma flor pequena do chão da cor vermelha e levei até o rosto, a
cheirei e depois fiz uma careta.
Não gosto nem um pouco de flores, e pelo visto não vou mudar de opinião.
- Vamos.
Levantei o olhar para Peter que parou na minha frente, ele estava em uma
ligação a alguns segundos atrás e eu fiquei vendo as flores jogadas no chão.
- Matt -o chamei e ele virou rosto até encarar nós dois dando um sorriso em
seguida.
Matt encarou Peter que deu um sorriso pequeno, meu pai cruzou os braços e
Pan piscou algumas vezes.
- Quais são suas intenções com a minha filha, Sr. Ross? -ele pergunta e eu
me seguro para não rir.
Peter ficou estático com uma expressão maravilhosa no rosto, não aguentei e
comecei a rir.
Matt riu em seguida e deu um tapinha fraco no ombro de Peter.
- Você tinha que ter visto a sua cara -Matt diz rindo e olha para mim-
Deveria andar com uma câmera.
A mesa era quadrada e Peter e eu nós sentamos lado a lado com Matt a nossa
frente, o garçom veio colocando água nas nossas taças e depois saiu nos
deixando a vontade para conversar.
- Que bom que conversaram -Matt diz- Depois de tudo o que aconteceu na
vida dos dois e com você Emily, ambos merecem ser felizes.
Coloquei minha mão na perna de Peter por debaixo da mesa e sorri para ele.
Matt olhou para Peter e depois sorriu estendendo a mão para ele que apertou
com força.
- Mas dessa vez vai -Matt diz- Torço para que você seja feliz, Emily. Se
reergue cada dia que passa, estou orgulhoso de você.
Meu peito se inflamou pela última frase, sempre quis dar orgulho ao meu pai.
Demorei para saber que estava querendo da pessoa errada o tempo todo, e
agora parece mais certo do que nunca.
- Cada célula do meu corpo ama a sua filha -Peter diz o encarando- A farei
feliz de todas as maneiras possíveis.
- É, eu sei vai -Matt diz com um olhar estranho e Peter se remexe na cadeira
fingindo tossir.
Ri internamente.
- Você não vai me fazer feliz, Ross. Você já faz -digo e ele sorri se
inclinando para me dar um beijo na testa depois.
- Caladinha.
Sorri quando ele se afastou e nós encaramos Matt que parecia contente com a
nossa felicidade, nem consigo descrever o que estou sentindo. Mas sei que
quero ser feliz com o meu cretino.
Matt foi embora nos dando um abraço e eu o vi entrar em seu carro e dar
partida, encarei Peter que fez o mesmo segundos depois.
(...)
Baixei as alças do meu vestido com as suas mãos apertando minha cintura e
sua boca devorando a minha.
Peter puxou meu vestido para baixo que caiu sobre meus pés, minhas mãos
foram para o seu terno e eu o tirei puxando pela gravata até entrarmos na
sala de estar.
- O que você está fazendo? Vamos para o quarto -ele diz e eu nego.
- Emily...
O girei e o empurrei para trás até ele se sentar no sofá branco caro dele.
Quase ele chora.
- Fará isso comigo -me sentei em seu colo e ele resmungou baixo- Aqui?
- Isso não vale, sabe que não irei dizer não a você.
Desfiz o último botão e tirei sua camisa com a sua ajuda, Peter levou as
mãos para as minhas costas descendo até a minha bunda. Ele sorriu meio
estranho.
- Do que tem tanto medo? Serei o único que farei isso e eu sei que você vai
gostar, Brooks.
- Por que tem tanta certeza que será o único? -o provoco, até parece.
Ele colocou a mão no meu pescoço e me puxou para perto até seus lábios
roçarem nos meus, sorri ofegante.
Deslizei minha mão pela sua barriga ouvindo ele grunhir quando cheguei no
seu membro duro, Ele soltou meu pescoço e eu abri o botão da sua calça
social até liberar seu membro. O peguei apertando um pouco e Peter
suspirou me encarando, estava quente com um pouco de pré gozo na ponta.
- Sim, eu tenho. Você é o único para mim -falei deslizando minha mão para
cima e para baixo lentamente.
Peter gemeu e encostou a cabeça no sofá, beijei seu maxilar enquanto ainda o
masturbava.
- Eu vou gozar desse jeito, Emily -ele diz colocando as mãos no meus
quadris.
- Estelinha está de volta Pepe -falei e ele pegou nas minhas mãos me
deixando ereta novamente.
- Ai meu Deus! -falei depois que o barulho apareceu, suas mãos rasgaram
minha calcinha a jogando longe em seguida. Olhei para Peter que sorriu
inocente.
- Grosso -falei.
Filha da mãe.
- Ainda tomo pílulas -digo e coloco as mãos no seu rosto- Não se preocupe,
também não estou no meu período fértil.
Eu hein.
- Quero sentir você -ele diz subindo as mãos até o fecho do meu sutiã, Peter
o desfaz e puxa as alças pelos meus braços. Depois de deixar o sutiã no chão
suas mãos apertam meus seios com força e eu gemo fechando os olhos.
Subi as mãos até seus cabelos e os apertei enquanto subia e descia, parei de
beija-lo e me mexi mais rápido deixando em uma velocidade frenética e
gostosa. Ele apertava meu quadril com força e meu corpo respondia
facilmente, fazer sexo com Peter era a 8° maravilha no meu mundo. Sempre
era melhor e me fazia sentir a mulher mais sexy que existe apenas quando
seus dedos me tocam.
Era...perfeito.
Senti meu orgasmo perto e suas mãos sairam do meu rosto quando eu joguei
a cabeça para trás, minha mão direita se apoiou no seu peito enquanto eu me
mexia mais e mais ouvindo o barulho dos nossos corpos.
- Você é tudo para mim, Brooks. E felizmente será até os nossos últimos dias
de vida.
Por um momento eu pensei na cena que dei quando ele mencionou a palavra
casamento no início do nosso relacionamento, e agora eu não vejo a hora de
dizer sim a ele.
- Vai lá para cima, já estou indo -ele diz e eu semi cerro os olhos
desconfiada.
Me virei de costas com os braços cruzados e andei pela sala, antes de sair
olhei para ele que encarava minha bunda. Peter me encarou e mexeu as mãos
me expulsando, mostrei meu dedo do meio e ele sorriu.
Saí da sala de estar e subi as escadas, olhei para o meu corpo nu e balancei
a cabeça, graças a Deus não tem ninguém aqui.
Corri como um vulto pelo corredor, certo, sei que não tem ninguém aqui mas
mesmo assim corri como se tivesse cometido um crime.
Fechei a porta e olhei para o seu quarto que parecia estar do mesmo jeito
desde que o vi da última vez, passei pela porta do banheiro e fui direito para
a banheira, mexi na pequena torneira dourada deixando a água cair. Toquei
nela vendo a temperatura e depois me afastei indo até o pequeno armário,
peguei os sais de banho de todos os tipos colocando em cima pia.
Fiz um coque no meu cabelo me encarando pelo espelho, desci a mão até o
meu pescoço e olhei meus seios que estavam um pouco vermelhos.
Olhei para Peter que segurava duas taças e um champanhe na mesma mão,
ele me ofereceu uma taça e eu a peguei.
Pan entrou na banheira e eu entreguei a taça a ele, sua mão me puxou para
perto até eu beija-lo demoradamente.
- Antes de eu voltar para o hotel e ver você, fiz uma parada importante. Não
sabia exatamente quando faria isso mas tinha total certeza que o faria.
Peter estendeu a mão se inclinando para o lado, vi ele tirando uma caixinha
vermelha do bolso da calça e arregalei os olhos.
- É isso que eu quero para nós dois, Emy. Quero enfrentar dificuldades com
você mas no final ficarmos juntos porque nosso amor é maior, sei que
evoluímos bastante nesses últimos meses e está manhã quando você apareceu
na minha sala, eu não tinha nenhuma dúvida de que queria você como minha
esposa.
Uma lágrima muito traidora desceu do meu rosto e eu apertei a taça contendo
minha felicidade.
Seus olhos estavam decididos mas suas mãos tremiam um pouco por conta
do nervosismo. Deixei a taça em um lugar seguro e o encarei novamente.
- Não.
Peter riu deixando a taça no chão e tirou o anel da caixinha, dei minha mão
esquerda e ele deslizou o anel pelo meu dedo anelar.
- Não seria você se não dissesse não primeiro -ele diz rindo.
- Não, não seria -digo e ele me aperta mais me dando um beijo de verdade
em seguida.
Desci minhas mãos pelo seu tronco e apertei sua bunda um pouco fazendo
ele me encarar com uma sobrancelha erguida.
Peter beijou a ponta do meu nariz e depois meus lábios descendo para o meu
pescoço, suspirei fechando os olhos e gemi baixo quando seu sexo roçou no
meu.
- Que bom que está disposta, porque irei foder você a noite inteira.
×××
Cadê a autora que tava aqui? Ta aqui! Pois é, minha gente. Apareci! Vou
trocar meu nome no cartório para Maria aparecida. Rsrsrs.
Beijos, babys ❤.
81° capítulo
Peter
- Parabéns cara.
Sorri para Dylan e Nate que apertaram meu ombro me parabenizando pelo
meu noivado com Emily.
- Em três meses nos casamos -digo- Emily diz que é suficiente para planejar
um bom casamento.
- Que bom que se acertaram, estávamos torcendo por vocês -Nate diz me
fazendo sorrir de lado.
Ouvimos uma barulho de choro e olhamos para frente vendo Adam andar na
nossa direção com o carrinho dos trigêmeos.
- Uma para cada -ele deu Adrian para Dylan que pegou o afilhado colocando
em seu colo.
- Um para você -ele me deu Maia que ainda estava chorando mas parou
quando a peguei no colo e a balancei um pouco.
- Porra, você é péssimo com bebês -Adam diz e Nate revira os olhos.
- Já estou segurando um, pare de reclamar -Nate diz e balança sua perna um
pouco fazendo Alya rir.
Os três estavam com mais de 4 meses tendo diferença pequena de meses com
Danny. Eles estavam uma graça, ainda babavam muito óbvio mas ainda era
encantador.
- Alya está me encarando estranho -Nate diz e nós rimos vendo a pequena
com o olhar firme para o padrinho.
Encarei Maia que olhou para Adam, ele deu um tchauzinho para a filha que
virou o rosto novamente o ignorando, Adam abriu a boca perplexo.
- Ta vendo como ela me trata? -Ele pergunta apontando para Maia que se
fosse um pouco maior, irei revirar os olhos com o drama do pai.
Ela riu e eu ri alto encarando Adam depois que mostrou o dedo do meio.
- Adrian dormiu -Dylan diz e Adam se levanta pegando o filho nos braços
com cuidado e colocando de volta no carrinho.
- Você que veio oferecendo seus filhos como se fossem biscoitos -Nate diz e
ajeita Alya no colo.
- Dylan conseguiu fazer Adrian dormir mais fácil do que veste uma cueca.
- Dylan é o próprio sonífero, qualquer coisa com vida que sente no colo dele
dorme -falo.
- Nunca esteve tão errado em toda a sua vida -ele diz e dá um tapinha no meu
ombro.
Olhamos para frente vendo Lisa entrar na sala de estar, ela andou até Dylan e
se sentou no colo dele.
- Venturelli!
Ouvimos a voz de Rubi e logo depois ela entrou na sala de estar olhando
para nós.
- Dylan que fez Adrian dormir não foi? -ela pergunta parando ao lado de
Adam que confirma.
- Seu idiota, não sei nem segurar uma criança direito quem dirá fazê-la
dormir -Nate reclama.
Ele olhou para ela que apertava sua camisa escura e depois sorria fazendo
um barulhinho com a boca.
Sorri.
Não demorou tanto para Emily entrar na sala, seus olhos castanhos
analisaram a gente e depois ela riu encarando Nate que revirou os olhos.
- E você deu sua filha para ele? -ela pergunta e Adam aperta a boca em uma
linha reta.
- Bom, muita interação com bebês mas você meu bebê grandão -ela diz e
aponta para mim- Você tem algo para fazer comigo.
- Ai meu Deus -ela colocou a mão na boca fingindo chorar- Ele não lembra
das coisas do próprio casamento.
- Caralho, você é dramática no nível do Adam -Dylan diz e Emily fez uma
cara de deboche.
- Estão vendo? Peter me ama tanto que vai casar com a minha versão 2.0 -
Adam diz e Emily bate no braço dele com força.
- A diferença é que ele ama mais -Emily fala e Adam gargalha alto, quase
acorda o filho.
- Cacete -ele diz e limpa uma lágrima solitária- Princesa, pega lá o remédio
da realidade. Emy tem que tomar um pouco.
- Vou bater no seu marido, Rubiane -digo e ela concorda, quase incentivando
a loira.
Ouvimos passos e olhamos para a porta vendo Danny no chão sendo
segurado por Susie que o ajudava a andar. Ela sorriu o trajeto inteiro assim
como ele.
- Eh chegamos, Danny! -ela comemorou e ele olhou para ela dando uma
risada gostosa.
- Susie, meu filho é apaixonado por você -Lisa diz e ela o carrega no colo.
- Muita gente -ela diz rindo e anda até Lisa devolvendo o filho.
- Meu Deus, Nate. Por que está segurando ela desse jeito? -Susie pergunta e
se aproxima.
- Eu não...-ele diz e ela pega Alya de seu colo- Não tenho muita experiência.
- Nathaniel, não se bate nos coleguinhas -Dylan diz e eu o olho com tédio.
O olhei irritado.
- Seria um problema se eu não tivesse gravado, tem até em câmera lenta -ele
diz orgulhoso.
- Não! Vocês não vão ver Adam me batendo em câmera lenta! -reclamei.
- Olha só, acho que deveríamos parar de apostar por um tempo, pelo bem de
todos -Digo.
- Acho que nós meninas deveríamos apostar algo por vocês ou até com
vocês -Lisa diz e as outra deram um sorriso meio diabólico.
- Estamos falando de Lisa, Rubi e Emily. Susie não, Susie não tem a mente
tão diabólica assim -falei.
- Não subestime -Nate diz encarando as quatro.
- Não, mas nunca conhecemos todas as versões de uma pessoa. Elas sempre
nos surpreendem -Nate explica e eu encaro as quatro novamente.
- Vocês só tem que responder uma pergunta, uma simples e fácil pergunta -
Susie diz.
- Baixo -nós quatro falamos ao mesmo tempo, já tínhamos feito uma aposta
com esse valor semana passada. Aparentemente eu estava certo sobre a
quantidade de sapatos que Rubi tem. Adam ficou puto consigo mesmo por
não saber, não, eu não sei mas sou bom de chute.
Apenas...sintam a ironia. Apenas 150 pares de sapatos. Não sei ela aonde
ela guarda tudo isso mas Adam disse que ela tem um fetiche por sapatos.
- As vezes eu esqueço que vocês quatro são bilionários -Susie diz e nós
continuamos com a mesma expressão esperando.
- Tudo bem -Rubi diz e cruza os braços- A aposta é seguinte, a pessoa que
chegar perto de responder nossa pergunta corretamente terá de receber os 90
mil dos outros três que não chegaram. Mas se caso nenhum de vocês chegue
perto, ficará sem o dinheiro do perdedor e...
Elas sorriram com sorriso tão maldoso que por um momento me senti um
bichinho encurralado.
- Mas nem pelo caralho -Dylan diz e nós quatro começamos a negar
imediatamente.
- Não acho que isso seja necessário, não precisamos fazer uma coisas dessas
-Nate diz e Adam começou a negar com o dedo.
- Princesa, aquele tênis não vai me valorizar -Adam diz e a esposa revira os
olhos.
- Ficou bonito no Pan -Emily diz e os três riram alto se lembrando do meu
fatídico passeio por NY com aquela porra de tênis.
- Não vou usar um tênis colorido que pisca -Nate diz sério.
- Sabemos, por isso encomendamos algo diferente para você. Mas ainda no
mesmo estilo -Susie diz e ele a encara cruzando os braços.
- É só uma aposta! Não vão morrer por causa disso, além do mais...só vocês
que fazem, chegou nossa hora -Emily diz e eu passo a mão no rosto.
- É só uma brincadeira, meu amor. Não acontecerá nada demais -Lisa sorriu
para tranquiza-lo- Agora aceite que eu darei um presente para você depois.
Ela sorriu maliciosa e ele quase nos cega quando sorriu de volta.
- Sabe, Peter -Emily passou a mão no tronco e eu quase fecho os olhos para
não cair nessa mas foi impossível, ela deslizou as mãos para trás passando
pela sua bunda gostosa- Acho que podemos conversar mais sobre aquele
assunto...
- Nem se pedirmos com jeitinho? -Adam diz e nós três nos aproximamos
dele que deu uns passos para trás.
- Apenas três caras que gostam muito de você -Dylan diz e nós o abraçamos
com força.
- Me soltem, porra!
- Sintam como ele está cheiroso -Adam diz e eu ouço a risada das meninas.
- Ah eu me lembro -Dylan ri- Me lembro muito bem, era uma linda blusinha
lilás, aquele shortinho então...
- Uma pena que perdeu aquela aposta, Nate. Mas que bom que apagamos as
fotos...oh não -Adam debocha colocando a mão na boca.
- Eu quero ver essa foto -Susie diz e ele a encara e depois olha para nós três.
- Estou dentro -ele diz e nós levantamos os braços para cima- Apaguem essa
porra de foto.
Continua...
×××
Estão dentro, meninas?! Vamos que ainda tem mais, peguem a pipoca.
Beijos, babys ❤.
82° capítulo
Emily
Colocarei isso na lista de afazeres do meu casamento. Isso vai ser tão fácil.
Peter não vai usar o tênis durante a cerimônia porque eu quero ele bonitinho
nas fotos, depois foda-se.
- Nos digam o que é isso aqui? -Perguntei e Rubi tirou o objeto da sua bolsa.
Ela andou até Peter que estendeu a mão e ela colocou o objeto sobre sua
palma.
Os quatro olharam para aquilo e Rubi voltou a sua posição ao nosso lado,
expressão confusas e quase desesperadas apareceram. Segurei o riso.
- Meu Deus, que porra é essa? -Nate pegou o curvex com a ponta dos dedos-
Não mexam muito, vai que explode.
- Não é uma bomba -falei- E por que cacetes iríamos dar uma bomba a
vocês?
- Não duvido de nada e nem de ninguém -Nate diz encarando o objeto com o
cenho franzido.
- Certo, então...pra que isso serve? -Pan pergunta e eles piscam confusos.
- Vocês jogaram baixo com a gente -Dylan diz e nós sorrimos inocentemente.
- Se alguém do FBI ou da CIA entrar por aquela porta procurando por esse
treco vamos colocar a culpa em vocês -Adam diz e aponta para nós quatro.
- Espera, eu acho que sei o que é -Nate diz e eu coloco a mão na cintura.
- Isso parece aquele negócio que a tia Monica pegava macarrão no jantar -
Peter diz e os três riram concordando.
Revirei os olhos.
- Eu acho que é algo para se usar no rosto -Nate diz e eu encaro as meninas
que estão com uma sobrancelha erguida.
Porra.
Adam olhou para Rubi que estava de braços cruzados, ela fingiu olhar paras
unhas e depois esfregou as mesmas na blusa totalmente despreocupada.
- Você não vai lembrar, Adam. Você só lembra do que fizemos depois -ela
diz e ele aperta a boca em uma linha reta.
- Porra -ele diz e encara os meninos que fazem uma cara de tédio.
- Foda-se, vou ver no celular -Dylan diz e nós quatro corremos para cima
dele quase o derrubando no chão.
- Não! Não pode! -Lisa falou e ele suspirou guardando o celular de volta, o
mesmo se ajeitou mechendo na blusa e depois no cabelo.
Dylan ficou irritado e Nate deu o objeto a Adam, ele andou até se sentar de
novo na cadeira e cruzou os braços dando um sorriso estranho.
- Pesquisem por objeto feminino feito pelo FBI -Adam diz e nós franzimos o
cenho.
- Agora!
A voz de Dylan ecoou pelo lugar e tudo fui muito rápido, os três começaram
a correr para longe de nós e eu olhei para as meninas perplexa! Mas que
filhos de uma fruta!
Nate riu e Susie foi até Danny que estava resmungando irritado no bebê
conforto.
- Vamos nos separar, quem pegar -Lisa olhou para nós- Pode matar.
- Vai! Vai! Vai! -gritei e nós três corremos pelo apartamento a procura.
Nosso único impasse era essa porra de apartamento que era enorme! Muitas
portas e lugares que eu ainda nem tinham entrado antes, fui em direção ao
lugar que Peter correu e depois de procurar um pouquinho eu ouvi um
barulhinho de digitação e andei sorrateiramente.
- Peter...
O barulhinho parou.
- Miau.
Ri alto.
Mops está tendo seu dia de príncipe no pet shop, aquele cachorro é mimado
demais mas é uma graça.
Abri a porta de uma vez e ele estava agachadinho no chão com o celular nas
mãos aberto no google, andei a passos rápidos e arranquei o celular dele que
se levantou.
- Me dá isso, loirinha -ele diz e vem para cima de mim que me encostei na
parede branca com os casacos no nosso lado direito e esquerdo.
- Isso é trapacear, não sabem perder?
- Não -ele diz e tentar pegar o celular da minha mão mas eu coloco atrás do
meu corpo.
Peter tocou no meu braço onde estava o celular e eu o passei para a outra
mão, o levantei tentando sair das suas investidas, dei pulinhos e ele riu do
meu empenho.
- Saí seu cretino -falei com ele subindo as mãos pelo meu braço e quase
pega o celular mas consegui me livrar.
- Nesse momento você não é meu noivo, você é o cara que tenho que bater.
- Regredimos? Então, você é a Emily chata que eu odiava mas tinha desejo
secretamente?
- Foda-se.
- Não?
- Você que me atacou -ele diz e aperta meu seio direito com a mão livre.
- Foi mais forte que eu -falei e ele se esfregou mais em mim me fazendo
fechar os olhos apertando seu cabelo.
- Não vejo a hora de me casar com você -ele diz e eu passei a mão na sua
barba o encarando apaixonadamente.
- Em breve, Brooks.
Sorri para ele e o beijei nos lábios mais uma vez antes dele me por no chão,
saímos daquele pequeno espaço de mãos dadas e caminhamos de volta para
aonde estávamos antes.
Minha primeira visão foi ver Nate de pé perto do carrinho dos trigêmeos, ele
olhava para eles e piscava um par de vezes. Provavelmente dizendo a si
mesmo que são muitos bebês.
- Esqueci meu celular no meu apartamento -ele diz e Peter bufa derrotado,
sorri grande.
Parece que alguém vai brilhar mais do que pista de dança de led.
- Princesa! Você jogou um sapato em mim -ele reclama e ela começa a rir-
Você não vai rir desse jeito depois sua demônia!
- Olha como você fala comigo! -ela bateu na bunda dele e doeu em mim um
pouco.
Até Peter fez uma careta e olha que ele adora bater na minha bunda.
Eles chegaram aonde estávamos e Rubi cruzou os braços puta, ele a colocou
no chão e Adam fez um biquinho imitando o dela.
- Rubi jogou meu celular no meio dos sapatos dela, não vou achar pelas
próximas duas horas -ele diz e eu sorri batendo na mão de Rubi.
- Certo, só falta Dylan -Nate diz- Nossa última espera...
Nate parou de falar quando o vulto de Dylan passou correndo pela sala de
estar, pisquei algumas vezes vendo Lisa correr na direção dele.
- Dylan Alexander Venturelli -Lisa apontou para ele- Dois segundos para me
dar esse celular.
Lisa cruzou os braços e ficou parada por um tempo, logo depois ela fungou
com o nariz e colocou a mão no rosto.
- Não, não, não. Meu amor, não chore -ele se aproximou dela.
- Cai nessa não! -Adam gritou mas foi tarde demais porque Lisa puxou o
celular da mão dele e veio correndo na nossa direção.
- Ha, trouxa! -ela falou e Dylan piscou alguma vezes- Aprendi isso com a
melhor.
Nos disse rapidamente que Danny acabou tirando a soneca da tarde e estava
no bebê conforto.
- Mas o importante, é que vocês não sabem o que é aquilo então vão ter que
usar o tênis e Nate -me virei para ele- Verá o que temos para você no dia.
- Que caralhos de arma do FBI é aquela? -Adam pergunta e nós rimos vendo
os quatros que tinham os braços abertos indignados.
×××
Emily
Corri na sua direção assim que ele passou pela porta da frente, pulei no seu
colo e ele me agarrou sorrindo enquanto eu colocava minhas pernas no seu
quadril e meus braços em volta do seu pescoço.
- Ei! Que linda recepção -Peter diz com as mãos na minha bunda.
Hoje era sexta e Peter tinha saído pela manhã para uma reunião na Ross
Company, estou de folga hoje da Modus porque terei de buscar meu vestido
no Atelier.
Levei semanas desenhando meu vestido até deixa-lo do jeito que queria, não
queria algo muito chamativo mas o suficiente para ser diferenciado e ter seu
próprio teor chamativo. Estava no Atelier para ajustes e eu precisaria ir lá
hoje para terminar o que falta, estava ansiosa.
Peter olhou para o sofá branco e depois para a poltrona, como eu sabia que
ele faria, andou até a poltrona e se sentou comigo nela.
- Sério?
- Exato, se tornou até melhor para mim -ele diz e eu reviro os olhos.
Me ajeitei no seu colo e deitei minha cabeça no seu peito brincando com sua
gravata azul escura.
- Não -falei.
- Eu encheria seu saco para você me contar, mas pela sua cara é algo muito
bom -digo e ele acena.
Olhei para a entrada da sala de estar vendo Diana com os braços para trás,
ela olhou para nós e deu um sorriso.
- Desculpe incomodar, mas o almoço está servido -ela diz e depois se vai
quando Peter acena.
- Ok, futura senhora Ross -sorri animada novamente- Gosto disso, Emily
Ross. Gosto mais desse nome do que Estella.
- Exato -ele riu abraçando minha cintura e deixou de ficar com as costas na
poltrona, seu corpo ficou ereto e eu fiquei como um bebê no seu colo.
- Não vale mais desistir, Pan. Está fora de jogo, e só percebeu isso agora?
Parei de rir.
- Você está proibido de bater na minha bunda, apenas na lua de mel -digo e
ele levanta uma sobrancelha.
- Foda-se, Brooks.
Ele puxou minha calcinha para baixo e meu corpo foi um pouco para frente
quando senti o primeiro tapa, gemi baixo com o segundo e naquele momento
queria mata-lo.
- Para com isso -falei apertando as mãos no sofá- Se você me atiçar eu vou
perder a prova do vestido.
Ele sorriu se inclinando sobre mim e beijou meu ombro, descendo pelas
minhas costas que estavam cobertas por uma camiseta de seda branca, ele
chegou na minha bunda e deu um beijo em cima de onde bateu.
- Peter -o advirto, ele beijou uma última vez e puxou minha calcinha
novamente ajeitando-a no meu corpo. Ele passou os dedos propositalmente
em cima da minha intimidade e subiu até eu sentir os dedos encostarem sem
querer em um lugar ainda desconhecido para mim. Puxei a respiração e me
impulsionei um pouco para frente, eu sabia que ele estava me encarando mas
segui plena fingindo que nada aconteceu.
Ele colocou os lábios no meu ouvido e eu olhei para minhas mãos que
apertavam o sofá com força enquanto eu estava de quatro.
- Sei que sentiu isso, Emily. Não irá demorar para você sentir mais.
Fechei os olhos e mordi o lábio inferior, ele beijou meu pescoço e depois
puxou minha saia para baixo, Peter saiu do sofá e abri os olhos saindo com a
sua ajuda.
- Você acaba comigo, Wilson -falei apontando para ele, saí da sala de estar e
ele veio atrás de mim rindo.
Me aproximei dele e colei seus lábios nos meus apertando sua nuca, Peter
pareceu surpreso no início mas depois agarrou minha cintura me beijando de
volta com vontade. Dei passagem para sua língua que explorou minha boca
como se fosse a primeira vez, choramingo baixo mas finalmente o soltei.
Suspirei passando a língua nos lábios ofegante e ele não estava diferente,
Peter passou a mão no rosto e olhou para cima respirando fundo.
Gritei correndo para porta e ele veio com intuito de me jogar no ombro e me
levar para o quarto em seguida.
- Sei mas não vai -digo- Você vai almoçar agora e eu vou finalizar os últimos
detalhes do meu vestido de noiva para eu me casar com você, caralho!
- Próxima vez que me beijar assim eu juro que você não vai andar mais.
Sorri de lado.
- Escute, irei com Bebel. Me encontre no Atelier e não vá com seu carro -
falei.
- Também amo você -ouvi sua voz e sorri de lado saindo de frente da porta e
caminhando até Bebel.
(...)
- O que você disse? -Rubi perguntou com a boca cheia, a olhei irritada.
- Foi mal, não almocei ainda -Lisa diz de boca cheia e depois começa rir.
- Olha aí, você está cuspindo tudo -Rubi começa a falar e acaba acontecendo
a mesma coisa.
- Porra, vão sujar todo o Atelier -falei e as duas riram mais com a mão na
boca.
- Dylan e Adam, são tão sortudos -minha voz estava incrivelmente irônica,
elas pararam de rir.
Susie estava vindo para cá, ela estava nas aulas de culinária que faz perto
daqui. Assim que acabasse ela viria. Garantiu que chegaria a tempo.
- Sim, o que tem? -Rubi pergunta e Lisa franze o cenho tentando entender
aonde eu queria chegar.
Certo.
Ainda me encaravam.
Ok.
Congelamos no tempo?
- Olha...isso é bem relativo, Emy. Tem casal que gosta e tem casal que não
gosta -Lisa explica.
- É só que, Peter parece ter vontade de fazer -vontade é pouco para o que
aquele babaca tem- E, bom...eu estou ficando interessada também.
- Acho que você é livre para experimentar coisas novas, se Peter e você
estiverem afim de fazer...por que não? São noivos e em breve estarão
casados -Lisa diz e eu sorri de lado.
- É verdade, vai dar o cú casada -Rubi diz e Lisa bate no braço dela, ela
alisa o braço onde a Mucura bateu- Só estou querendo dizer que ambos
devem ter um grau de intimidade forte -acenei confirmando- Se ambos
querem, não vejo problema, o corpo é seu e o negocinho também é seu, cada
um tem um gosto.
- Você já fez não já? -Pergunto a Rubi e ela aperta a boca em uma linha reta.
- Já, fiquei surpresa com o que Adam sabe fazer. Não que eu já não soubesse
antes -ela diz e Lisa ri com a mão no rosto.
- E você mucura?
- Sim, Dylan batalhou para conseguir meu anelzinho -ela diz e eu jogo a
cabeça para trás rindo que nem uma hiena.
- Senhorita, Brooks?
Olhei para a mulher que nos guiou até aqui, ela cruzou os braços na frente do
corpo e deu um sorriso meio estranho.
- Há uma mulher que está oferecendo um valor alto para o seu vestido, ela
gostaria de negociar com você.
- É um lindo vestido.
- Eu o quero, qual o seu preço? -ela pergunta e as três mulheres que eram
morenas param ao seu lado, me senti no colegial novamente.
- Não há preço porque não está a venda, infelizmente ficará sem -falei.
- Oh, ficarei sem? Desculpe, isso não acontece. Tudo o que quero eu
consigo.
Ah, coitada.
- Tudo o que ela quer ela consegue -as três falaram atrás da loira ao mesmo
tempo com uma voz irritante.
- Sou estilista, se quiser, faço um vestido para você parecido com ele por um
bom preço. Mas esse, é o meu vestido de casamento -falei vendo a loira
olhar para a peça.
- Escuta aqui, piranha. Meu pai é dono desse Atelier a 20 anos, qualquer
porra de peça que eu ver aqui e gostar é minha e eu quero esse vestido!
10 anos? Não, 3.
- Você nem vai casar sua maluca! Me dá esse vestido -peguei na peça mas
ela não soltou.
- Meu casamento é na próxima semana! E esse foi o único vestido que gostei,
me dá!
Ela puxou e eu puxei de volta, suas amiguinhas vieram para cima de mim e
Rubi e Lisa se aproximaram quase na voadora.
- Solta logo! Não tenho mais idade para ficar bancando a colegial! -gritei
para ela que cerrou os dentes.
- Biscate é a sua mãe sua idiota -a loira diz e eu a encaro lentamente, pronta
para mata-la.
- Não fala da minha mãe sua vadia -Empurrei seu ombro com força e ela foi
um pouco para trás, as três papagaios irritantes que a seguraram.
Ela veio para cima de mim e antes dela chegar peguei a taça de champanhe,
perto o suficiente eu joguei o líquido na sua cabeça e ela abriu a boca
chocada.
Puxei o vestido da sua mão e olhei para as papagaios que estavam com as
mãos na boca perplexas, olhei para as meninas.
- Vai! Vai! -gritei e Rubi e Lisa correram junto comigo para sair do lugar.
Saímos do Atelier mais rápidas do que o papa léguas, já do lado de fora nós
quatro corremos pelas ruas de Nova York comigo segurando meu vestido que
balançava contra o vento.
- Ai meu Deus, eu vou desmaiar -Susie diz com as mãos no joelho ofegante e
rindo depois.
- Não é uma ideia ruim -Susie diz- Lugar melhor que uma empresa de Moda,
não há -ela sorri para mim e eu concordo.
- Vamos, conserto meu vestido e vocês veem como eu fico fantástica nele -
digo, e elas levantam os braços.
- Quem vai querer tequila? -Rubi grita e olha para Susie- E refrigerante?!
×××
Isso lembra alguma coisa, babys? Os fãs da série saberão o que a cena
do vestido de casamento lembra KAKAKAKAK.
Beijos nas bochechas de cada uma kakaka. Amo vcs, ok? Ok.
Tchau, babys.
84° capítulo
Emily
Saímos nós quatro da Modus caminhando pela calçada até o carro de Rubi,
eu ajeitei algumas partes do meu vestido e o deixei ainda mais perfeito.
Laura também nos ajudou a tirar algumas medidas e o meu vestido de noiva
estava pronto.
Peguei meu celular mandando uma mensagem para Peter dizendo que estava
na Modus e depois olhei para as meninas que conversavam.
- Soube que a massagem de lá é muito boa, eu não vejo a hora -Lisa diz.
- É mais um SPA, e preciso colocar pepinos nos meus olhos enquanto alguém
faz minhas unhas -Susie diz- Sempre vejo em filmes, deve ser uma sensação
legal.
O SPA que comentam é o lugar que iremos amanhã, agendei o lugar para nos
proporcionar um dia relaxante e cuidar muito bem da nossa pele. E de noite,
teremos a minha festa de despedida de solteira.
- Não, vamos ver homens com cuecas minúsculas dançando para mulheres
taradas como nós e dar dólares a eles -Rubi diz e eu sorri de lado.
- Rubi que está com as notas de 1 dólar, e eu comprei aquela máquina que
saí dinheiro -Lisa diz animada.
- Comprei aquele mini véu para por em você -Rubi diz- Provavelmente vai
ganhar uma dança sensual daquelas.
- Jesus, as madrinhas não ganham isso também certo? -Susie pergunta- Por
que seria interessante.
Abrimos a boca.
- Olha como essa franjinha está para frente -Rubi diz rindo e ela a empurra
de leve.
- Efeito Na...
- Se você completar essa frase eu juro que vou embora -Susie diz com o
dedo apontado para Lisa que levantou as mãos em rendição.
Ela parecia um pouco irritada, primeira vez que a vejo assim sem que ela
esteja com sono.
- Oi -falei e ele parou ao meu lado me dando um selinho rápido- Veio com
que?
Olhamos para o lado no exato momento em que o carro de Nate passa por
nós.
Ele nos encara por milésimos de segundos antes de colocar o óculos de sol e
o barulho do motor do seu carro aparecer quando ele pisou fundo.
Olhei para Peter que colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha
orelha.
- Que tal comermos alguma coisa aqui perto? -Rubi sugere e Lisa e Susie
concordam.
- Tudo bem, nos vemos amanhã -Lisa diz e nós nos despedimos com acenos.
- Por que está na Modus e não no Atelier? -Ele pergunta e eu começo a rir,
Pan franziu o cenho.
Andamos para o carro de mãos dadas comigo sorrindo como gato da Alice,
entramos em Bebel e eu coloquei a chave na ignição.
- Não se assusta, ok? -Pergunto e ele franze o cenho confuso.
Girei a chave mas o carro não ligou como sempre, tentei de novo e logo em
seguida dei um tapa forte acima do volante fazendo com que Peter se
assustasse do meu lado.
- Para ligar.
- Para ligar? Porra, você tem que fazer uma luta de boxer antes de sair por
aí? -ele se remexeu na cadeira quando concordei- Meu Deus.
- Espera, é um jeitinho.
- Jeitinho é o que seria se você vendesse esse carro -o encarei com raiva.
- Mais fácil eu pintar meu cabelo de preto -digo e ele me olha alarmado.
Ri alto.
- Sim, mas seria estranho ver você morena. Quer dizer, você é loira.
Loirinha -ele piscou algumas vezes- Seria estranho, mas depois me
acostumaria eu acho -ri do seu nervosismo- Vamos logo!
Ele se inclinou para o lado dando um tapa forte aonde dei segundos atrás e
girei a chave novamente, e dessa vez funcionou. Bebel é uma safada.
- Ela gosta dos seus tapas assim como a dona -falei e ele riu alto.
- Emily, nada funciona nesse carro. A marcha não funciona direito, acha que
eu não estou percebendo você fazer os movimentos ao contrário?
- Eu tenho um carro.
- Olha aqui, eu a tenho desde a faculdade. Foi uma das conquistas da minha
vida, não vou vender meu carro porque você não gosta dele -bati na sua
perna.
- Não precisa vender, podemos fazer um cantinho especial para ela -ele diz.
- Está ouvindo isso? Ele quer te despachar -falei para meu carro e Peter
revirou os olhos.
Girei o volante para fazer uma curva e continuei conversando com esse
cabeça de vento.
- Que não funciona direito -ele diz e olha para o volante que estava
descascando.
Gritei com ele e no maldito segundo depois Bebel fez um barulho estranho
no motor e eu pisquei algumas vezes girando o volante para o acostamento,
até que o carro parou de vez.
- Você que joga praga para o meu carro e é culpa minha sua...feiticeira idiota
-falei e saí do carro depois.
- Sabe consertar?
Ele mexeu em algumas coisas e até tentei prestar atenção, mas foi impossível
vendo ele mexer no carro. Jesus misericórdia, como ele fica gato.
Desci os olhos pelo seu peito passando pela sua barriga e parando no
volume das suas calças, que volume lindo...
- Sim, sim claro. Eu concordo com você -falei passando a costa da mão na
boca para limpar a minha baba.
- Certo, pode escolher o modelo do seu carro novo e me dizer -ele diz e
fecha o capô.
Espera, o quê?
- Ok. Você pode só repetir a última parte de antes -coço a nunca e ele me
encara.
- Sabia que você não estava me escutando -ele riu- Você é muito safada,
Brooks.
Revirei os olhos.
- Seu carro já não está mais em condições de uso, é perigoso você andar
com ele por aí. Principalmente em distâncias mais longas e estradas.
- Não se livre dela se não quiser, como eu disse antes, podemos arrumar um
lugar especial para Bebel e ela sempre ficará com você -ele beijou meu
ombro.
Sorri quando nos afastamos, Peter saiu do capô e levantou o dedo chamando
um táxi para me emfim me levar no lugar que quer.
(...)
- Onde estamos?
Perguntei descendo do táxi e olhei em volta vendo mais ou menos 15 Km de
distância entre uma casa e outra. Não, eram mansões.
Peter parou ao meu lado e virou meu corpo para frente para nós encararmos
a mansão a nossa frente. Imediatamente me senti uma princesa em um
castelo.
Puta merda.
Olhei para o lugar de novo e coloquei a mão na boca quando a minha ficha
foi caindo, meus olhos lacrimejam de felicidade e me viro para ele o
abraçando em seguida tão forte que eu pude sentir seu coração acelerado
batendo contra meu peito.
Ele sorriu e pegou na minha mão, a entrada era longe para se caminhar então
corremos juntos pela entrada da agora nossa casa. Chegamos mais rápido
por ter corrido mas ofegantes a beça, admirei mais um pouco e mordi o lábio
ansiosa.
- Esta, é a sua chave -ele colocou na minha palma uma chave dourada- Abra
a porta da sua nova casa, Emily.
Olhei para ele que analisava assim como eu, peguei na sua mão e ele me
encarou quando o puxei para perto colocando meus braços em volta do seu
pescoço.
- Obrigada, esse é lugar é incrível -falei e ele sorriu beijando minha testa em
seguida.
Ele deslizou suas mãos pelas minhas costas e eu beijei seu rosto sem
conseguir descrever a minha felicidade por estar aqui com ele.
Andamos até subir as escadas e olhei para os lados vendo coisas demais,
nos primeiros dias eu com certeza me perderia aqui. Peter me guiou pela
mão até pararmos na porta branca com a maçaneta dourada.
Ele abriu a porta e me deixou passar primeiro, parei no meio do quarto com
a boca aberta. Nem conseguia formular uma frase coerente.
- Ali, é um banheiro -ele aponta para uma porta na esquerda- E ali, é o closet
que eu acho que é maior que esse quarto -aponta para a porta na direita.
Andei pelo espaço e olhei para ele quando parei na frente na cama, dei um
sorriso perverso e ele riu.
Peter andou até a cama ficando na minha frente e eu me apoiei nos cotovelos.
- Filhos? Quer ter filhos? -ele pergunta apoiando as mãos na cama e depois
vem se aproximando até ficar em cima de mim, deitei minhas costas e ele
abriu minhas pernas para facilitar sua aproximação.
- Bom...sim, você não quer? Podemos adotar também -falei, por que ele
parece tão surpreso.
Por que você era uma doida varrida que tremia só de pensar na palavra
casamento -diz meu subconsciente.
- Eu adoraria ter filhos, ou adotar, não importa, contanto que seja com você,
Emily -ele sorriu para mim e eu sorri de volta.
- Podemos pensar nisso, certo? Quero me casar com você primeiro, e depois
construir uma família.
- Meu Deus, isso saindo da sua boca é quase um milagre -ele diz sarcástico e
eu reviro os olhos.
Passei a mão no seu rosto mais ansiosa do que nunca para me casar com
Peter Ross.
×××
Beijos, babys.
85° capítulo
Emily
Olhei para as três que estavam muito bem arrumadas, Lisa tinha a arminha de
dinheiro na mão, Rubi com meu véu pequeno e Susie estava com os dólares
encarando o Strip Club.
Vamos imaginar o seguinte, nós quatro passando pela porta em câmera lenta
tendo os dois seguranças de preto acenando para a gente, pisquei para um
deles enquanto as meninas mexiam o cabelo que balançava pelo vento
imaginário.
15 minutos depois...
- Coloca dinheiro na cueca deleeeeee -Rubi gritou para mim que estava
sentada na cadeira em cima do palco enquanto dois homens dançavam quase
em cima de mim.
Susie e Lisa riam a beça e eu estava tendo um ataque de risos no palco,
bebemos algumas tequilas e estamos mais animadas, a única limpa de álcool
era Jones.
Eu nunca vi Lisa tão animada como ela está agora segurando essa arma de
dinheiro.
Um deles se aproximou das meninas e puxou Lisa, Susie e Rubi para o palco
que se juntaram a gente. De longe vi mais dois homens se aproximando, os
quatros nos cercaram e começaram a dançar fazendo uma coreografia sexy
para cacete enquanto a gente encarava na cara de pau mesmo.
- Oh meu Deus, isso é muito para meu coração -Susie diz rindo enquanto um
deles dançava sensualmente para ela.
- Relaxem, eles também estão em um Strip Club, temos direito assim como
eles -Digo e elas concordam, rimos mais quando os quatro nos carregaram
no ombro andando pelo palco onde tinham quatro cadeiras esperando por
nós.
Peter
Olhei para ele que estava sentado ao meu lado com um copo de whisky na
mão.
Sorri de lado.
- Vovôs em uma casa de Stripper? -Nate pergunta e eu olhei feio para ele-
Qual é! Agitar um clube de stripper é uma das melhores coisas que fazemos
juntos, é sua despedido de solteiro -ele aponta para mim- Vamos voltar a
curtir, mas com limites claro.
Adam se levantou da cadeira e se virou para mim e para Dylan que
estávamos sentados, Nate parou ao seu lado.
- Modelo de perfume está certo -Adam diz- Vamos agitar esse lugar do nosso
jeito, somos Venturelli -ele olhou para Dylan e Nate- E hoje, é a despedida
do nosso melhor amigo -aponta para mim.
15 minutos depois...
- Perdeu seu otário! -falei para o cara que apostou beber shots comigo, ele
me deu os 200 dólares apostados.
Dei um tchauzinho para ele que saiu derrotado e me virei para os três
levantando o dinheiro para cima.
Nate tinha a gravata cinza na testa, Dylan perdeu o paletó dele em algum
lugar e Adam estava descalço. Acho que o único inteiro era eu.
Rimos uns para os outros e depois bebemos um copo de tequila quando Nate
invadiu o bar pegando a bebida e nos servindo.
- Senhor, você não pode ficar aqui -Um menino novo chegou perto de nós
encarando Nate.
- Por que não? -Nate pergunta e brinda conosco novamente com o copinho de
tequila.
- Por que você é cliente, não pode ficar aqui. Posso ser encrencado por isso
-o menino diz.
- Presta atenção garoto -Nate colocou a mão na nuca dele- Eu compro esse
lugar se for despedido e te devolvo o emprego com um salário maior, se eu
fosse você rezava para isso acontecer.
Nate sorriu e bagunçou cabelo dele, o menino piscou algumas vezes e saiu
de perto de nós.
- Você é horrível -Dylan diz rindo para Nate que deu de ombros.
- Calma aí, minha filha -ele diz e tira a mão dela de perto quando ela desce
para um lugar diferente de antes, a mulher fez uma careta e eu ri com a mão
na boca.
- Aquele cara ali, ele vai adorar você -Adam diz e aponta para Nate que
sorri pequeno.
- A melhor parte da sua vida está prestes a começar! -Adam diz- Será muito
feliz, Peter Pan.
- Bom, não vai ser a primeira vez -falei quando os quatros seguranças
pararam na nossa frente e olharam para cima já que estávamos de pé no
balcão.
Emily
- Eu ainda pisquei para você seu palhaço -falei enquanto as outras três
também era removidas para fora do clube.
- Me solta, eu vou tirar o seu poder de procriar! -Rubi diz enquanto somos
expulsas do lugar.
Finalmente eles nos soltam do lado de fora e depois voltam para dentro,
encarei as três que estava suadas e ofegantes.
- Eu não mordi nada! -ela levantou as mãos na altura do peito- Meu dente
bateu na bunda dele.
- Você mordeu a bunda do stripper -Rubi diz e nós nos encaramos rindo alto
em seguida.
- Ai, minha barriga -falei flexionando o corpo- Eu vou morrer -ri um pouco
mais.
- Porra, isso foi incrível! -Rubi diz e limpa uma lágrima dos olhos.
- O que vamos fazer agora? -Susie perguntou tirando uma 1 dólar que estava
preso no seu decote.
Tirei meus saltos vermelhos e elas fizeram o mesmo, menos Lisa que tinha
quebrado o salto faz tempo.
- Acho que a minha arminha quebrou -Lisa disse triste e apertou no gatilho,
apenas um dólar saiu.
- Não quebrou, o dinheiro apenas acabou -Rubi diz e junta o dólar do chão.
- Caramba, como entrou tanto dólar no meu decote? -Susie pergunta tirando
mais duas notas da blusa.
Ri dela.
- O que será que os meninos estão fazendo? -Lisa pergunta.
Rubi parou de falar quando ouvimos uns gritos e olhamos para frente ao
mesmo tempo, quatro homens dobraram a esquina correndo e logo depois
uma vulca atrás deles, pareciam...seguranças?
Os quatro corriam na nossa direção e era até uma cena hilária de se ver, ele
se aproximaram mais e passaram por nós mas voltaram ofegantes quando
perceberam quem éramos.
- Droga, Susie.
Certo, eu não tenho nenhuma dúvida de quanto essa cena está ridícula para as
pessoas na rua que estão vendo quatro homens com quatro mulheres nos seus
ombros correndo por NY como se fosse algum tipo de corrida.
Me segurei na cintura de Peter para não cair mas não soltei meus saltos, são
caros.
- Socorro! -Susie gritou e eu apenas via Lisa e Rubi rindo quando Peter
passou por eles.
Susie, Nate, Adam e Rubi foram para o lado oposto mas juntos, Dylan e Lisa
se separaram indo para um beco estreito e Peter e eu continuamos até nos
separarmos de vez deles e entrar em um beco escuro.
A lua iluminava seus olhos que sempre mudam se cor e agora estão mais
claros que o normal.
- Não tenho mais idade para isso -ele diz rindo e eu coloquei minhas mãos
nos seus ombros.
- O que aconteceu?
- Dylan brigou com um deles, fomos ajuda-lo mas eram muitos. Não iríamos
dar conta...então corremos -ele responde.
Ri quando ele suspirou, o puxei pela gola da camisa e o beijei. Ele riu no
meio do beijo e pressionou meu corpo mais um pouco fazendo eu sentir seu
sexo roçar no meu.
Cristo, eu preciso dele. Agora.
- Peter...
- Eu sei.
Peter agarrou minhas coxas e me levantou, abracei seu quadril com as pernas
e continuei o beijando. Suas mãos apertaram minhas coxas com força e eu
gemi quando ele se esfregou em mim.
Eu já estava pronta para ele, Peter me desarma tão facilmente que até me
assusta, mas eu gosto.
Ele tirou as mãos das minhas coxas e puxou meu vestido um pouco mais para
cima, parei de beija-lo e encostei a cabeça na parede enquanto ele dava
beijos no meu pescoço.
Maldita adrenalina.
- Shi, shi. Há gente que mora nos quartos aqui de cima -ele diz e eu mordi o
lábio inferior, olhei para cima vendo a escada de incêndio quase do nosso
lado e percebi luzes saindo um pouco mais acima.
Voltei a encara-lo e ele sorriu passando a mão no meu cabelo, Peter estocou
de novo e eu puxei a respiração o sentindo dentro de mim.
Ele apertou minhas coxas novamente e eu deslizei minhas mãos pela sua
nuca indo até seu cabelo, coloquei minha testa na sua e ouvi ele dar um
gemido abafado enquanto se movimentava.
Meu corpo subia quando ele estocava forte e cada minuto a mais era difícil
de controlar meus gemidos, tão intenso e tão bom. Nunca vou me cansar
dele.
Peter colocou uma mão na parede e eu apertei seu cabelo com um pouco
mais força, suspiro ofegantes saiam da gente deixando tudo mais excitante,
encostei minha cabeça na parede e mordi o lábio para não gemer alto até
demais.
Peter saia e entrava dentro de mim até que chegou ao clímax mas antes tirou
o pepe e gozou no chão.
Ajeitei meu vestido e ele a calça jeans, Peter pegou na minha mão e andamos
juntos para sair dali.
- Espera meus saltos -falei e voltei para aonde estávamos pegando meus
sapatos que deixei cair quando Peter me carregou.
- Tem gozo seu no chão -falei rindo- Imagine o que as pessoas vão pensar.
- Nada, amanhã já terá sumido -ele riu- E se não sumir...vão pensar que pelo
menos alguém está transando.
Ri dele que sorriu antes de beijar minha têmpora, abracei seu braço e
suspirei feliz.
- O que faremos agora? -Ele pergunta e olha para os lados vendo a barra
limpa.
Sorri e ele me beijou antes de levar o celular até o ouvido para falar com os
meninos.
×××
Beijos, babys ❤.
86° capítulo: Penúltimo
Emily
Abri os olhos sonolenta e minha primeira visão foi ver tudo branco, franzi o
cenho e me remexo até o lençol deixar de cobrir meu rosto.
- Porra!
Peguei meu travesseiro e joguei tão forte para frente que o corpo de Adam
foi para trás e logo depois as risadas de Dylan e Nate apareceram.
- O que estão fazendo aqui?! -falei e me cobri com o lençol, pelo menos não
estava nua.
- Peter! -bati no seu peito para ver se ele se mexe, e graças a Deus ele o faz.
- Caralho, Emily -ele diz colocando a mão no peito e rolando para o meu
lado com o rosto no colchão.
- Eu vou chutar você, Nathaniel -Peter diz abafado por conta do rosto na
cama.
- Tenta -Nate diz e Adam sorri, provavelmente querendo que isso aconteça.
- Vão embora -Peter diz e vira o rosto para o lado e finalmente me encara-
Loirinha.
- Hoje é o seu casamento e viemos buscar você, vamos logo. Temos muito o
que fazer, vestir smoking e ternos não é fácil -Adam diz e eu levanto uma
sobrancelha.
- Chega nem perto do trabalho que nós mulheres temos, Tinker -Falo e Adam
pisca para mim.
Peter se apoiou com os braços e olhou para os três que sorriram e Dylan
jogou confete para cima de novo.
- Levanta logo! -Adam brigou com ele que mostrou o dedo do meio- Filha da
mãe.
- Vou te chutar também, Adam! -Peter gritou com ele que revirou os olhos.
- Emy!!!
Olhei para a porta do quarto que estava aberta e logo depois três mulheres
passarem por ela furiosas.
- Olha ela ali, vamos bater -Lisa diz e eu pisco algumas vezes.
Me ajeitei na cama e Peter fez o mesmo, olhei para os 6 que nos encaravam
como se tivessem passando o show da time square na nossa testa.
- Por que está com um pacote de confete? -Pergunto e eles encaram o mesmo
na mão de Dylan.
- Com confete?
- Confetes são legais -Susie diz e eles concordam rindo falando da porra do
confete.
- Aqueles coloridos são demais! -Lisa diz e eles apontaram para ela rindo e
concordando.
- O que disse aí, Pan? -Dylan pergunta- Certo, está demorando demais,
vamos usar o código roxo.
- Vamos lá.
- Vamos! Tem que ser rápido -falei e nós quatro saímos quarto rindo.
- Porra -ainda ouvi os quatro reclamando dentro do quarto vindo atrás de nós
em seguida.
- Meninos?
Lisa chamou por eles que apareceram na sala todos emburrados e com os
braços cruzados, pareciam crianças putas por não ganharem doces.
- Pega -falo.
- Tua cara, cunhado -Rubi diz e pega outra caixa branca andando até Adam.
- Pega, minha fadinha -Ela diz e Adam pega a caixa sorrindo para ela que
nem um idiota.
- Ah vocês estão de sacanagem -ele diz e nós rimos com a mão na boca-
Porra, olha isso.
Ele mostrou para os meninos que riram vendo a personagem Tinker Bell
estampada no tênis, Adam olhou feio para eles que pararam e fingiram olhar
para o lado.
Lisa pegou a última caixa e andou até o marido que estava de braços
cruzados, ela abriu a tampa da caixa e ele olhou para o tênis e depois para
ela.
- Bom, você sabe -Lisa passou a mão no cabelo- Somos formadas na melhor
faculdade da Itália e fizemos aulas em Harvard. Estamos construindo
impérios a anos, podemos superar isso -Lisa imita Adam que a encara feio.
- Você vai ser a primeira -Adam aponta para ela que ri batendo na sua mão.
Ri dos dois e logo depois vi Susie caminhando até o sofá pegando uma caixa
pequena, ela andou até Nate parando na sua frente.
- Esse é o seu -ela diz e entrega a ele.
Susie levou a gravata até sua cabeça que passou facilmente deixando cair
sobre a gola da sua camisa, ela sorriu e ele a encarou sério.
- Espera -ela diz e toca na ponta da gravata que acendeu com cores coloridas
idênticas ao dos tênis dos meninos, Nate quase infarta.
- Esse definitivamente é o melhor para mim -Rubi diz rindo enquanto Nate
encarava a gravata piscando no seu peito.
Susie tirou da caixa um rosa eletrônica que piscava também, ela era
facilmente presa no paletó e ficaria linda com a gravata nova de Nate.
Susie mostrou a ele que estava estático encarando a rosa em suas mãos, Nate
olhou para os meninos que estavam do mesmo jeito que ele.
- Nunca mais vamos envolver as meninas nas apostas -ele diz e os três
concordam.
- Peter, me diz que não teremos pessoas tão importantes assim na recepção
do seu casamento -Dylan pede e Peter quase chora.
- Tão rindo do que? Vão piscar a cada passo, porra -Nate fala e os três
ficam emburrados de novo.
- Certo -Rubi bateu uma mão na outra- Temos uma noiva para arrumar, vão
embora.
- Eu ouvi isso, Venturelli! Saí daqui e vai piscar por aí, palhaço -ela gritou
de volta e eu ri me virando para elas em seguida.
Olhei para a Lisa que se aproximou de mim pegando nas minhas mãos e me
abraçando em seguida.
Lisa é a minha melhor amiga minha vida inteira, tenho um amor tão grande
por ela que não me cabe no peito e jamais caberá. Amo minha mucura de
todo meu coração.
- Obrigada, isso é muito importante vindo de você -falei e ela sorriu
beijando meu rosto em seguida.
- Sua mãe iria adorar estar aqui conosco -ela diz e eu suspirei triste.
- Sei que ela está feliz por mim -falo, Lisa concorda e eu a abraço
novamente.
- Emily!
Ouvi Rubi me chamar e nós duas sorrimos nos afastando e subindo pela
escada até o quarto que estávamos ainda há pouco.
Hoje era o dia do meu casamento, o dia em que iríamos celebrar nossa união
e jurar amor eterno. Meu coração acelerou dentro do peito e eu sorri
animada.
Eu amo tanto aquele cretino, definitivamente foi uma das minha melhores
decisões.
×××
Beijos, babys ❤.
87° capítulo: Último
Emily
Oh meu Deus.
Misericórdia!
- Emy...você está incrível -Susie disse, mexi no meu vestido de noiva que
desenhei com muito carinho.
Rubi tirou uma tiara com pedras que brilhavam como diamantes, ela ficou
atrás de mim e colocou a tiara na minha cabeça lentamente.
- Agora sim! Você está a própria perfeição -olhei para Rubi que usava o
vestido de madrinha com a mesma cor azul Tiffany das outras duas, elas
estavam perfeitas também.
Elas sorriram.
- Uma princesa que fala palavrão e bebe até o cú dizer chega, deviam fazer
um filme desses para adultos -Rubi diz.
As três estavam com o cabelo solto e apenas duas mechas atrás da cabeça
presas por um utensílio dourado que os cabeleireiros colocaram nelas.
- Qualquer coisa com +18 você assiste -falei e ela deu de ombros.
- Está preparada? -Susie pergunta e toca no meu ombro- Seu noivo quase
marido está esperando por você.
Sorri para ela e concordei, vamos lá, hora de me casar com Peter e amarrar
ele na cama depois.
- Vamos, mas não me toquem muito -falei e elas fizeram uma cara de
deboche- Porque eu estou um nojo! -digo rindo.
- Ei, Flor! -Lisa gritou e Jon olhou para nós dando um sorriso depois.
- Vamos logo quero me casar! -quase gritei, assustei Lisa um pouco mas foi
de leve.
Lisa entrou primeiro, eu entrei ficando no meio e Susie na ponta, Rubi e Jon
foram na frente. Ele pisou fundo e eu agradeci mentalmente, acho que não
sou muito da noiva que gosta de fazer suspense, mesmo que esteja atrasada a
5 minutos.
- Tenho uma novidade -Jon diz e eu olho para ele pelo retrovisor.
- Josh é bocudo e contou para ela -Jon diz- Ele não consegue esconder
segredos de Rubi.
- E nem você da gente, fala logo -Digo com o cenho franzido.
- Josh e eu...vamos adotar um bebê -ele diz e eu abro a boca junto com Lisa
e Susie, gritamos animadas depois.
- Eu não acredito! -Lisa que estava atrás dele o abraçou colocando as mãos
no seu peito- Que bom, Jon!
- Queremos construir uma família e distribuir nosso amor, quero ter tudo com
Josh e sempre tive vontade de ser pai mas com a pessoa certa. Ele é a
pessoa certa para mim.
- Chama ela assim não, Rubiane. Ta doida? Só eu que chamo -falei e Rubi
mostrou o dedo do meio para mim.
- Sua convivência com Adam está te fazendo mal -falei e ela riu
concordando.
- Como?
- Ele pode agilizar as coisas em duas ou uma ligação -digo- Claro, se vocês
quiserem.
- Não estou -ri- Depois eu converso com ele sobre a situação de vocês.
- Puta que pariu -Jon bateu no volante animado e ria como se fosse uma
criança- Ai meu Deus, eu vou adotar uma criança com Josh!
Rimos dele.
- Ta bom, surta mas com classe. Precisa me levar ao meu casamento -digo e
ele ri balançando a cabeça.
(...)
Certo.
Eu vou desmaiar.
- Então vamos, sabemos que quer se casar com ele mais que tudo -Susie diz
e me ajuda a subir um pouco chegando no lugar certo.
- Oi, meu amor -ele diz e sorri me encarando- Você está encantadora, Emily.
- Obrigada, pai -digo e ele pisca algumas vezes, primeiro vez que o chamo
assim.
- Não sabia que queria escutar tanto isso até você dizer agora -ele diz e se
aproxima me dando um abraço.
Meu coração deu um salto e aquilo me fez ficar ótima novamente, agarrei seu
braço quando ele ficou ao meu lado e acenei mais decidida do que nunca.
- Puta merda -falei com a mão na boca vendo Adam e Dylan com o tênis e
Nate com a gravata colorida dele do lado da florzinha piscante, os três de
terno com uma postura" "Séria"
Os três fecharam a cara e eu quase tive um ataque, olhei para as meninas que
seguravam o riso mas falhando miseravelmente.
- Vem logo se casar, Brooks! -Adam gritou de lá e eu ajeitei passando a mão
na minha barriga.
Olhei para Jon e Josh que estava do lado direito com as mãos na frente do
corpo me encarando com um sorriso, do outro lado Elias e sua esposa
grávida me encarando docemente, Abby, Monica e Gregório estavam no
cantinho com lencinhos nas mãos, sorri deles.
Peter não quis convidar o pai e pelo o que soubemos através de Abby ele
saiu de NY indo morar no Canadá com uma mulher conhecida no mundo
Fitness. Respeitei a decisão de Peter assim como ele respeitou a minha
sobre não chamar Jack.
Meus olhos se cruzaram com os deles finalmente, Peter sorriu de lado com
as mãos na frente do corpo. Ele usava um Smoking com uma flor vermelha
no paletó e seus olhos transmitiram tanta coisa para mim naquele momento
que eu juro que quase corro e me jogo em seus braços.
Sorri e toquei na sua palma, andamos até parar na frente do padre que sorriu
para nós.
Eu não estava mais nervosa, não estava mais com um frio na barriga de
matar. Eu só queria dizer o quanto eu o amava, e o quanto eu irei me
empenhar para fazê-lo feliz.
Esse dia sempre ficará marcado no meu coração, todos os dias com Peter
são marcados no meu coração. Esse cretino.
- Emily, você aceita Peter como seu legítimo esposo? -ele pergunta e eu olho
para Pan.
- Assim sendo, deem as mãos para os votos de amor -ele diz e Peter se
aproxima agarrando minhas mãos.
Ele beijou ambas e logo depois eu coloquei a mão no seu maxilar fazendo
um leve carinho.
- Emily, eu juro que pensei em muitas formas de dizer o que eu tenho para te
dizer agora, mas eu cheguei a conclusão que nada do que eu falasse seria
suficiente para demonstrar o quanto eu amo você. A mulher forte e
independente que você sempre foi, e eu tenho certeza que sempre será, foi a
mulher a qual me apaixonei. Eu amo sua personalidade, eu amo suas risadas,
piadas, sua parte convencida e principalmente, eu amo acordar pelas manhãs
e saber que é um novo dia ao seu lado. Tudo em você me encanta e me faz
feliz, porque você simplesmente é única para mim.
- Peter, eu não conhecia o amor antes de você. Tudo para mim era
idealizado, mas...você chegou na minha vida e mostrou a verdadeira versão,
jamais serei grata o suficiente. Você me faz uma mulher mais forte, você me
respeita, você me anima e me conforta. Eu nunca pensei que amaria tanto um
pessoa como eu te amo, você pensa em crescer comigo, pensar em ser meu
parceiro e definitivamente é você que eu quero para o resto da minha vida,
já duvidei de muitas coisas...mas de amar você -balancei a cabeça negando-
Nunca foi uma delas.
Peter fechou os olhos e logo depois abriu, seus olhos estavam marejados e
lágrimas ainda desciam do meu rosto.
- Você é o homem da minha vida, e eu sei que serei a pessoa mais feliz do
mundo ao seu lado.
Ele sorriu pequeno e beijou minha testa com carinho, fechei os olhos e fui
me acalmando um pouco no seus braços.
- As alianças, por favor -o padre diz com a voz falha, por um momento
pensei que ele estivesse chorando também.
Adam veio piscando até nós e senhor, o padre franziu o cenho vendo a
fadinha piscar mais do que pisca pisca em árvore de natal.
Ele olhou para o loiro que piscou para ele e depois encarou cada um de nós
no casamento provavelmente pensando "Quem é esse povo maluco?".
Peter pegou a caixinha da mão de Adam que voltou para o seu lugar, tivemos
que chamar o padre para ele voltar para o casamento.
Peguei a caixinha da mão de Peter e peguei sua aliança, segurei sua mão
esquerda e sorri para ele.
- Eu, Emily, tomo você, Peter, para ser o meu marido fiel, para ter e manter,
deste dia em diante, para melhor, para pior, na riqueza e na pobreza, na
saúde e na doença, para amar e respeitar, até que a morte nos separe, aceite
essa aliança como sinal do meu amor -deslizei o anel pelo seu dedo anelar.
Peter pegou meu anel da caixinha e guardou a mesma no bolso, estendi minha
mão esquerda.
- Eu, Peter, tomo você, Emily, para ser a minha esposa fiel, para ter e manter,
desde dia em diante, para melhor, para pior, na riqueza e na pobreza, na
saúde e na doença, para amar e respeitar, até que a morte nos separe, aceite
essa aliança como sinal do meu amor -o anel passou facilmente pelo meu
dedo.
- Bom, tendo testemunho das pessoas aqui presente eu vós declaro marido e
mulher. Pode beijar a noiva -o padre diz e aponta para mim.
Ele sorriu e me puxou pela nuca selando nossa casamento, ouvi aplausos em
seguida e correspondo seu beijo colocando meus braços em volta do seu
pescoço o puxando mais para mim.
Peter era um problema para mim, ele era o homem que eu mais reprimia mas
no fundo eu sempre soube que ele significava muito, muito mais.
Passamos por muitas coisas juntos, dizemos muitas coisas, mas no final tudo
valeu a pena. Encara-lo agora, apertar suas mãos e poder dizer que somos
marido e mulher me deixa feliz.
Quero construir a nova fase da nossa vida, quero uma família com ele. Quero
tudo o que ele poder me dar, e eu sei que serei extremamente feliz ao seu
lado.
- Preparada? -Perguntou.
- Para viver todos os meus dias com você? -sorri- Eu não vejo a hora, Pan.
×××
Enfim casados!!!! Ainda tem mais minha gente! Passa para o lado para
ler o Epílogo.
Quero agradecer com todo o meu coração por lerem esse livro que é o
meu terceiro orgulho na vida, comecei nessa plataforma postando meu
primeiro livro sem nenhum comprometimento e com o tempo nos
tornamos o que somos hoje! Conheci pessoas incríveis por conta do
wattpad e serei muito grata por isso.
Ter você aqui é quase uma festa para mim, quanto mais pessoas novas
chegam mais eu as abraço para que sintam bem, babacas de terno são
uma família e todas nós fazemos parte dela ❤.
Peter
- Experimenta!
- Não!
- Bom garoto.
A olhei irritado.
- Nova regra, não pode ficar puto com a sua esposa, Sr. Ross -Emily sorriu
se aproximando e abraçou minha cintura.
- Não, você só pode dar amor e carinho e as vezes dar palpite -ela diz e se
inclina me dando um selinho rápido.
Já esqueci que ela quase me mata engasgado, sou muito trouxa para Emily
Ross. Na verdade, sempre vou ser.
- Se quiser -respondi.
- Bom, estava pensando em Maui, Havaí -ela piscou algumas vezes- Depois
quero levar você na Finlândia para ver a Autora Boreal e por fim...bom, não
sei. Você pode escolher.
- Emily.
- Sim -sorri.
- Jesus, Peter -ela apertou meus ombros- Eu preciso ver aquela Aurora
Boreal! Me segura que eu vou surtar.
- Meu filho, eu largo você dentro daquele iglu se oferecerem a chance de ver
mais perto!
Emily sorriu e se afastou indo até Lisa que deu o buquê a ela, algumas
mulheres se aproximaram e franzi o cenho quando Lisa e Rubi estavam no
meio.
- Princesa, já é casada. Saia daí -Adam diz e ela manda ele ficar quieto.
- Baby, também é casada -Dylan falou e eu só vi Lisa mostrando o dedo do
meio para ele.
Os bebês não vieram para a festa mas pelo o que eu soube estão juntos
brincando e fazendo a própria festa com as cuidadoras da família Venturelli.
- Cara, eu não quero bater em você. Por favor, saí daqui -Dylan diz para o
fotógrafo que está rodeando os três a horas, não escondi o risada.
- Não ria, está piscando também Peter -Nate diz e eu fecho a cara.
Olho para meus pés vendo esse tênis ridículo cor de rosa, porra, pior
invenção da galáxia essa merda.
- Um! Dois! -Ouvi a voz de Emily que estava de costas para as meninas e
finge jogar o buquê que ficam decepcionadas.
- Um! Dois! -ela repete e eu olho para os meninos que fingem olhar no
relógio- Três!
Emily virou de frente e foi tão rápido que até eu me assustei, ela
simplesmente atirou o buquê de flores na cara de Susie que agarrou
assustada e tirou do rosto.
- Foi sem querer, mas você pegou! -ela levantou os braços e as meninas
fizeram o mesmo em seguida.
- Te amo -ela diz, beijei sua testa dizendo que também a amava.
Emily é uma pessoa animada, o tipo de pessoa que você gosta de estar na
companhia e eu jamais vou me arrepender de ter me casado com ela.
Eu sabia que não era feliz antes, passei muito tempo tentado me recuperar e
eu agradeço por ter esperado, a vida se encarregou de me trazer a mulher da
minha vida.
A mulher certa.
Dia seguinte...
Abri a porta do carro para ela entrar primeiro e logo depois entrei, dei o
sinal pata o motorista dizendo a nossa primeira parada.
- As meninas estão indo também -ela diz e ao seu lado eu vejo uma caixa que
eu conheço muito bem.
Franzi o cenho.
- Sim?
- Não era para ela estar aqui -diz- Deveria estar na minha mala.
- Hum.
- Peter... -resmunga.
Ela cruzou os braços e olhou para o motorista que estava focado nas ruas
como tem que estar.
- Tudo bem, Martin. Apenas foque no seu trabalho -falei e ele concordou na
mesma hora.
Olhei para Emily que estava com a boca em uma linha reta, a puxei para o
meu colo e ela veio sem reclamar. Apertei sua cintura enquanto a mesma me
encarava deslizando o polegar pelo meu lábio inferior.
- Está cuidando do meu cú melhor que o cara que tirou minha virgindade -ela
diz rindo e balanço a cabeça quando meu motorista arregala os olhos, o cara
deve estar traumatizado.
- Não vejo a hora -ela me deu um beijo lento e eu apertei sua coxa nua por
conta do vestido soltinho.
- Hum... -resmunga- Não vamos esperar até chegar em Finlândia para nos
divertir não é?
- Não, no jatinho você já vai estar em cima de mim -falei e ela deu um
sorriso perverso.
O carro parou de andar e eu olhei para o lugar que era o nosso destino, Emy
saiu do meu colo e eu desci do carro ajudando ela a sair também.
- Oi -Jon diz e abraça Emily, ele aperta minha mão e Josh faz o mesmo.
- Nós agradecemos, Peter. Ao dois -Jon diz e Emily aperta as mãos dele.
- Tudo bem, Jon. Não foi tão difícil, só precisei cobrar alguns favores -falei
e ele sorriu para o marido.
- Com licença.
Olhamos para uma porta diferente da entrada e uma mulher com cabelo
loiros passou por ela com um bebê no colo que tinha um cavalinho de
brinquedo na mão.
- Este é Guilherme, o bebê mais dócil que temos -a mulher diz e o bebê
encara as pessoas a sua frente que estão quase babando- Ela vai completar 1
aninho daqui a duas semanas.
Os dois sorriram e o bebê olhou para Jon e depois para Josh, ele sorriu e eu
quase ouvi os corações se derretendo.
Guilherme deu uma risada gostosa e mexeu o cavalinho na sua mão, os dois
riram olhando para o bebê que em menos de 10 minutos pareciam
familiarizados com os dois, eu mesmo não tinha dúvidas que esse bebê seria
feliz com Jon e Josh.
(...)
Lua de mel...
- Peter!
A guie pelo Iglu de vidro com Aurora Borel acima de nós, era lindo pra
cacete e o cenário era romântico demais. Peguei um quase exclusivo para
termos privacidade, foram horas dentro do meu jatinho e graças a Deus não
estávamos cansados já que dormimos metade das horas, já estamos de
roupas diferente e é uma pena que não ficarão muito tempo em nossos
corpos.
- Sente na cama -falei e ela o fez comigo ainda tapando seu olhos.
- Já posso ver?
Sorri para ela e tirei minhas mãos do seu rosto, Emily abriu os olhos
lentamente e eu consegui ver sua euforia através dos mesmo.
- Oh Deus, você é foda -ela diz e aponta para mim- AAAAAA, eu estou
surtando!
- Você me faz feliz Peter, tudo isso é só um bônus. Continuaria amando você
se não tivesse.
- Eu também -ela diz- Podemos tentar quando voltarmos para NY, ficaremos
viajando por um mês e eu não quero ficar enjoando enquanto estivermos no
Havaí.
Toquei na sua blusa e a puxei para cima voltando a beija-la em seguida, a fiz
deitar na cama sem deixar o beijo. Sua pernas se abriram para mim e eu
rapidamente me coloquei entre elas.
Apertei seus seios novamente que estavam livros do sutiã e toquei no botão
da sua calça jeans, me afastei dela puxando a cintura da calça para baixo e
logo depois tirei do seu corpo.
Ela acenou e eu me inclinei beijando seu peito descendo para seus seios,
beijei cada um e mordi o bico fazendo ela se remexer embaixo de mim.
Desci mais até chegar na sua intimidade e dar um beijo em cima da calcinha
branca minúscula, toquei nas tiras a puxando para baixo lentamente
deixando-a nua.
Cheguei perto o suficiente e dei um beijo quente, agarrei suas pernas e ela se
contorceu quando comecei a chupa-la. O corpo de Emily sempre respondia
aos meu toques e eu sempre gostei disso.
Preciso que ela relaxa para fazermos o que realmente queremos, então a fiz
relaxar um pouco.
Gemidos saiam da sua boca e o volume na minha calça apenas crescia, não
dei pausa para ela e depois de minutos a torturando ela gozou na minha boca
de olhos fechados apertando os lençóis da cama.
Tirei minha camisa de mangas compridas e logo depois minha calça jeans,
Emily me encarou e mordendo o lábio inferior.
- Isso é interessante, ainda bem que eu pesquisei -diz, ela ainda estava
encharcada e seu corpo estava mais relaxado.
- Pesquisou?
- Achou que eu viria despreparada? -sorri e beijei seu pescoço de novo.
- Devo saber mais sobre isso do que você -ela diz ofegante- Sei que essa é a
melhor posição, e sei que vai fazer isso com calma.
Ela virou o rosto para mim me encarando com aqueles lindos olhos
castanhos e sorriu.
Eu não conseguia conter a minha felicidade por saber que ficarei ao seu lado
para o resto da minha vida, estou ansioso pelo nosso futuro, estou ansioso
para morar na nossa casa e fazer ou adotar nossos filhos, estou ansioso até
para a nossa primeira briga como casados.
Fim.
×××
O quê? Queriam a cena dela fazendo sexo anal? Pois é, bom, deixa eu
contar uma coisa. Esse não é o casal que irei detalhar a cena de sexo
anal, adivinhem quem vai ser kakakaka.