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por qualquer forma, meios eletrônicos ou mecânicos sem consentimento e autorização por escrito da
autora.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, personagens, lugares e acontecimentos descritos são
produtos da imaginação da autora. Qualquer semelhança com fatos é mera coincidência. Nenhuma
parte desse livro pode ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes — tangíveis ou
intangíveis — sem prévia autorização da autora. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido
na lei nº 9.610/98, punido pelo artigo 184 do código penal.
Entra em cena, oh
Já faz um tempo desde que ouvi falar de você
(Ouvi falar de você)
Você tem aquele cabelo comprido, penteado para trás, camiseta branca
E eu tenho aquela fé de boa garota, e uma saia pequena e apertada
E quando nós terminamos, voltamos todas as vezes
Porque nós nunca saímos de moda
Nós nunca saímos de moda
Style — Taylor Swift
Capítulo 01 — Mason Rilley
Dias atuais...
— Você não pode mandá-la para a universidade e lhe dar uma
mesada mensal? — falei, após Violet deixar a sala de estar com a porra
quadril estreito balançando de um lado para o outro enquanto sua bunda
empinada se movia bem na linha dos meus olhos.
Eu a detestava.
Éramos inimigos.
Ela me odiava, graças a Deus...
— Não. Quero tê-la por perto — Lukas afirmou de maneira
tranquila ao passo que continuava trabalhando em seu computador.
Nossas reuniões eram bem comuns, pois a minha empresa tinha
vários projetos em conjunto com a sua, então, quase sempre estávamos em
contato, mas ele preferia que eu viesse até o seu apartamento por ser mais
espaçoso, e como eu morava a apenas um quarteirão daqui, não me
incomodava.
Antes... antes não me incomodava, agora, com ela aqui o tempo
inteiro, provavelmente eu iria surtar em algum momento.
— Pra quê? — Minha voz saiu mais aguda e alta do que planejei,
contudo, a questão já havia deixado meus lábios quando meu melhor amigo
tirou os olhos da tela lentamente, fitando meu rosto com uma das
sobrancelhas saltadas.
Ele não disse nada por 5... 14... 23... 32...
Sim, eu estava contando.
Setenta e nove segundos, quase oitenta depois, finalmente o infeliz
resolveu se mover da posição em que estava.
Eu só conseguia pensar em como alguém fica tanto tempo parado
em apenas uma posição conforme ele fechava o computador e depositava-o
sobre a mesinha no centro da sala, e então Lukas se virou para mim, me
avaliando por mais um curto período antes de perguntar:
— Até quando você pretende agir que nem um adolescente?
Se fosse um soco, doeria menos no meu ego, pode apostar!
— Não sou eu que me comporto igual a um adolescente aqui, cara.
Você é quem trouxe a adolescente para morar debaixo do seu teto —
respondi de maneira calma, tomando cuidado para não demonstrar meu
incômodo.
— Em primeiro lugar, precisa parar de falar como se fosse um
problema tê-la aqui, Mason. — Ele estava irritado, e foda-se, não era meu
dever deixá-lo feliz. — É a minha irmã. Eu a acolheria mesmo que ela
tivesse escolhido vir morar comigo sem nenhum outro motivo e sei muito
bem que você faria o mesmo pela Megan.
— Claro, eu praticamente criei a Megan — contrapus, franzindo o
cenho para ele.
Mesmo que minha irmã, na grande maioria das vezes, tivesse
respostas afiadas e malcriadas para Lukas, eu ou mamãe sempre ficamos
por perto para dizer até onde ela poderia ir, mesmo que a criatura sempre
ultrapassasse a linha. No caso deles, toda vez que sua irmãzinha aprontava
algo, havia uma razão que justificasse.
Violet nunca estava errada.
Ela era uma diaba. Uma diaba gostosa, mas ainda assim a
reencarnação dos meus piores pesadelos e o preço por todos os meus
pecados.
— E eu deveria estar lá para ela, você sabe! — Sua voz sobrepôs a
minha, talvez os moradores dos apartamentos de cima e de baixo tivessem
escutado. — Estive lá em todas as vezes que levou e buscou Megan na
escola, a levei para o parque junto com você, ajudei a construir a mesinha
que ela desenhava, e também segurava a escada quando você queria
pendurar mais um desenho dela pela casa.
— Não acredito que agora resolveu passar tudo isso na minha
cara...
— Porra, para uma pessoa extremamente racional, você está
agindo como um idiota. — Ele abanou uma das mãos, e achei que fosse
levá-la para o cabelo, como costumava fazer, mas Lukas respirou fundo, e
tornou a falar: — Eu só sinto culpa, Mason. Fui embora para correr atrás
dos meus sonhos e a deixei sozinha com os lobos, tem noção?
A compreensão caiu como um tijolo na minha cabeça.
Eu não tinha ideia de que ele se sentia assim, já que nunca
tínhamos conversado sobre esse assunto. Sabia que ele tentava se aproximar
da irmã, mas não que havia uma ferida naquele movimento.
Eu estive lá quando Megan era criança, a protegi, fiz o dever de
casa na mesa da cozinha ao seu lado enquanto Lukas me esperava para
jogar videogame. Eu a ensinei a chutar os caras direto nas bolas e sofri pra
caralho quando me mudei para estudar em Berkeley. Lukas deve ter me
ouvido chorar bêbado uma noite, e no outro dia não questionou o motivo,
no entanto, no fundo o meu amigo sabia que eu sentia falta da minha mãe e
irmã... já ele não tinha alguém para voltar além da pequena Violet.
Me recostei, levando as mãos para trás da cabeça, fitando o teto
branco e pensando no que dizer para aliviar a tensão dele e a minha
também.
— Você tinha que ir — comecei devagar —, eu também tive que ir
embora, e você sabe o quanto doeu.
— Na época eu não sentia — Sua voz estava mais baixa agora. —
Coloquei na cabeça que não era minha obrigação e segui em frente. Tudo
que eu queria era sair daquela casa.
— E não era mesmo sua obrigação, Lukas.
— Também não era sua obrigação acordar mais cedo e levar sua
irmã na escola para que sua mãe pudesse dormir mais algumas horas
quando você sequer descansou. — Aquilo desceu duro pela minha garganta.
Eu fazia tudo por elas. Lukas sabia, ele viu.
Viu todos os momentos que sacrifiquei, todas as noites de sono que
perdi quando Megan estava com febre ou mamãe tinha crises de choro
compulsivas e não conseguia se acalmar. Todas as vezes que a tirei da lama,
ele soube. Era o único que entendia, a única pessoa para quem eu podia
desabafar.
— Não quero voltar nisso, Mason — Lukas voltou a falar, se
arrependendo das suas palavras anteriores —, mas não me julgue por querer
fazer pela Violet ao menos um porcento do que fez por sua mãe e irmã.
— Nunca vou te julgar por isso, cara.
— E precisa parar de reclamar no meu ouvido também. — Claro,
agora ele tinha exigências...
— Vai precisar de protetores auriculares, Lukas, porque eu vou
reclamar. — Virei o rosto pra ele, soando convicto. — Violet não vai deixar
de me importunar e eu não vou agir como se ela fosse especial e intocável.
— Devia parar de se comportar como se fosse todo zen e adorável
também. — A voz de Violet irrompeu na minha cabeça, reverberando pelos
meus neurônios como uma maldita praga. — Todo mundo já sacou que
você esconde alguma coisa por trás dessa sua falsa personalidade “good
vibes”.
— Não sabia que a conversa tinha descido ao seu nível, coisinha
mimada. — Sorri para ela, devolvendo a provocação com a mesma moeda.
— Uau, tudo isso é desejo de estar por cima?
Não pude deixar de enxergar duplo sentido em sua frase, fazendo
minha expressão fechar e anulando toda a diversão da brincadeira. O
vestidinho florido tomara que caia que usava não servia para cobrir muito
de seu corpo, deixando os ombros, decote reto pequeno e pernas à mostra, e
o esforço que fiz para desviar o olhar foi quase extraordinário.
Violet notou o meu recuo e piscou apenas um olho para mim,
mordendo o lábio inferior em deboche. Filha de uma...
— Vocês dois ainda vão me matar. Puta merda! — Lukas
resmungou ao meu lado.
— Vim perguntar se você precisa que eu saia para deixá-los mais à
vontade — Ela olhou para o irmão, libertando o lábio inferior de seus
dentes e franzindo-os. — As paredes aqui são bem finas, então, mesmo sem
querer, acabo ouvindo a conversa.
— Não falamos nada demais. — Lukas deu de ombros,
disfarçando.
— Você podia ir dar uma voltinha lá na casa do caralho —
resmunguei baixinho, sorrindo, e não demorou até sentir o soco de Lukas
no meu braço.
— O quê? — Ela inclinou o rosto para frente, franzindo o cenho
como se estivesse confusa. — Não entendi direito, você disse que já ia pra
casa sentar em algum caralho?
— Violet! — seu irmão a interrompeu, em tom repreensivo.
— Ele quem começou. — A diaba deu de ombros, tranquilamente.
— Não precisa ir a lugar nenhum se não quiser — meu amigo
falou e eu fiquei quieto, deixando que ele lidasse com sua nova
responsabilidade.
Eu precisava mesmo aprender a suportar a Violet e os rompantes
de raiva que ela me fazia sentir. O fato era que ninguém jamais me tirou do
chão como essa garota costumava fazer, e eu me sentia meio perdido
quando ela estava por perto.
Contudo, o foco agora era não perder o equilíbrio.
Capítulo 05 — Violet West
Querido diário, hoje descobri que nem sempre é a vida que te fode.
Às vezes o seu irmão também fode sua cunhada no quarto ao lado, com a
cabeceira machucando a parede e ele espancando alguma parte do corpo
dela, que eu imagino ser sua bunda…
Levei as pontas dos dedos até minha boca outra vez, mordendo a
lateral das unhas e olhando nervosa para o lado de fora da janela do carro.
No banco da frente, meu irmão comentava com Megan que depois que me
deixasse na universidade, iria até o apartamento de Mason resolver algumas
coisas de trabalho.
Era o meu primeiro dia de aula e eu tinha estado ansiosa por todos
os dias da última semana, porém, agora o motivo havia mudado totalmente.
Há quase uma semana não via Mason, desde que deixei seu apartamento
antes de ele acordar, e claro, não tinha me esquecido que o idiota prometeu
contar ao Lukas sobre a minha saída noturna.
Quando cheguei em casa, todos estavam dormindo e ninguém tinha
notado minha ausência, por isso mantive segredo até então, mas aquele
linguarudo com certeza falaria. De qualquer maneira, estava pronta para
fingir que só saí por aí distraída, sem olhar que horas eram.
E, porra, mesmo que tenha sido uma atitude irresponsável, eu era
adulta. Ninguém podia mais brigar comigo e me deixar de castigo no quarto
sem sair por três dias como Natalie já fez. Depois reclamavam que eu não
gostava de fazer as refeições com eles, ou conversar na mesa do jantar,
contudo, o único que vinha saber se eu estava bem, e por vezes me trazer
comida, era Thomas.
Aprendi a gostar da minha companhia assim. Eu escrevia, lia
possíveis letras de músicas e poemas que criei quando criança, desenhava a
linha do tempo da minha carreira de cantora, escrevia cartas dos meus
possíveis fãs para mim mesma, mas a melhor parte mesmo era dançar
enquanto cantava, fingindo estar no meu próprio show. Ficar isolada às
vezes era bom.
— Você podia entrar para um coral! — Ouvi a voz distante da
minha cunhada, mas só percebi que falava comigo quando chamou meu
nome outra vez.
— Hum? — Olhei para frente, murmurando.
— Coral! Você devia se inscrever em um deles.
— Ah, sim! — Balancei a cabeça algumas vezes, refletindo.
Eu detestava falar em público. Das poucas vezes em que me
apresentei no colégio, o maior desafio sempre era vencer o medo de fazer
alguma estupidez em cima do palco. Esse também era o motivo que me
impedia de pegar grandes papéis. Eu sequer cantava na frente das pessoas.
Talvez, no fundo, tivesse medo de não ser boa o suficiente, mas
gostava de fingir que eu era, pelo menos dentro da minha cabeça.
Quando Lukas parou em frente à entrada, virou-se para mim,
empolgado:
— Pronta? — Perguntou.
— Nem um pouco. — Ele riu quando arregalei os olhos, negando
energeticamente com a cabeça.
— Relaxa, não tem nada de muito assustador depois desses portões
— foi Megan quem falou, sem virar para trás. — Só fique longe dos atletas,
principalmente se eles cursarem direito, engenharia ou arquitetura.
— Seu irmão é arquiteto, Megan. — Lukas franziu o cenho,
balançando a cabeça. — E seu namorado, engenheiro.
— Falei dos estudantes e atletas.
— Tá bom... — concordei, dando de ombros, e tirei o cinto, me
organizando para descer. Foi então que notei que meu irmão também se
preparava.
Abri a porta do carro e pulei com pressa para fora, observando que
algumas pessoas já entravam para suas aulas.
— Ei — Lukas chamou e eu olhei para ele um pouco
envergonhada. — Não quer que eu entre com você?
— Não! — Soltei uma risada nervosa, achando uma atitude bem
tola da parte dele. Ou talvez eu apenas não estivesse mesmo acostumada a
ter esse tipo de atenção sobre mim. — É meio pré-escola, não acha?
— Não acho... — Ele refletiu por alguns segundos. — O campus é
enorme, você pode se perder.
— Eu tenho um mapa — contrapus, já puxando-o do bolso lateral
na bolsa.
— Tudo bem, vou deixar passar essa. — Seus olhos diminuíram
quando ele sorriu, fazendo com que uma ruguinha se formasse nas laterais.
— Mas me ligue se precisar de qualquer coisa.
— Pode deixar.
— Já sabe como vai voltar pra casa?
— Amor, a Violet já tem tudo de que precisa. — Inclinei meu
corpo, para ver Megan quase pendurada na janela do carro. — Deixa sua
irmã ir viver, e vamos embora.
— Ela tem razão, já ensaiei esse dia na minha cabeça umas dez
vezes, Luk. Fica de boa!
— Eu estava lá quando você entrou na pré-escola, e agora está indo
para a universidade, tenho direito de ficar empolgado. — Meu irmão
apontou para o próprio peito, se defendendo.
— Você tá é cri-cri, homem! — Megan voltou a falar em um tom
engraçado e eu dei uma risadinha da expressão de Lukas ao ouvi-la — Vou
me atrasar para o trabalho se não formos agora.
Eu não era habituada a dar abraços, por isso fiquei imóvel quando
meu irmão passou os braços enormes ao meu redor e me apertou, desejando
um bom dia de aula.
— Me liga se precisar — ele gritou por cima do ombro, já dando a
volta para assumir o volante do carro.
Fiquei na calçada, esperando que o veículo se afastasse para
finalmente tomar coragem e entrar. Me senti como no primeiro dia do
ensino médio, quando precisei deixar o colégio que estudava desde os seis
anos e ir para um novo. Todos eram completos estranhos, cada um à sua
própria maneira. Havia alguns grupinhos formados do que eu imaginava
que fossem veteranos, já que as conversas e risadas altas podiam ser
ouvidas a metros de distância, também tinha gente sozinha e casais
abraçados um ao outro.
Caminhei por vários minutos pelo campus enorme até chegar à sala
onde aconteceria minha primeira aula. Hoje eu tinha quatro disciplinas para
cobrir, incluindo espanhol, que queria muito aprender. Várias divas do pop
cantavam em inglês e espanhol. Shakira, Jennifer Lopez, Anitta, Beyoncé,
Selena, Demi... eu poderia passar o dia citando-as. Acreditava que se eu
dominasse todas as áreas que julgava necessárias para ter sucesso na
carreira, conseguiria perder o medo e a vergonha de cantar em público.
Na hora do almoço, precisei atravessar o campus outra vez para ir
até o refeitório, onde fiz minha refeição sozinha. Estava feliz por ainda não
ter tropeçado e dado com a cara no chão, chamando a atenção de todos,
contudo, também estava triste por ninguém ter me notado. Era um
sentimento confuso, eu não queria pagar mico, óbvio, mas pensei que fosse
ao menos fazer amigos, e até então não tive muita abertura para interações.
Na última aula, o professor nos liberou quase quarenta minutos
mais cedo e apesar da vontade de explorar a universidade, saí de lá para ir
pegar o metrô. Não me lembrava do quanto era cansativo passar o dia
inteiro estudando e ainda levaria um tempo até chegar na estação mais
próxima ao apartamento de Lukas, porém, conectei meus fones de ouvido e
sentei em um canto próximo a janela, escutando minhas faixas favoritas da
Taylor Swift.
Abri a porta de casa cantarolando Cruel Summer, mas me calei na
mesma hora que dei de cara com meu irmão sentado à vontade no sofá,
abrigando Baunilha sobre seu peito.
— Você o soltou? — Perguntei impressionada, e o furão se agitou
ao ouvir minha voz, correndo por cima dos móveis até se aproximar dos
meus pés.
O apanhei do chão, acomodando-o entre meus braços e alisando a
pelagem branca. Eu já tinha conseguido comprar uma gaiola maior, com
três andares, para que ele pudesse ficar mais à vontade, mas Baunilha
precisava ser solto pela casa por algumas horas e fazer passeios na rua, que
eram diários antes do meu curso começar.
— Nem te perguntei se podia, mas ele estava agitado quando
cheguei — Lukas contou, se levantando. — Ainda tinha ração e água que
você pôs pela manhã, então achei que ele apenas quisesse sair um pouco.
Eu só havia o soltado dentro do meu quarto até então, para não os
incomodar. Entendia que não era um animal comum, além disso, esse
bebezinho amava uma bagunça.
— Sim, estávamos saindo para passear nesse horário, ele deve ter
sentido falta — contei, colocando-o no chão outra vez. — E você chegou
cedo... — comentei, surpresa. Tinha passado apenas um pouco das quatro, e
ele costumava chegar às seis.
— Sim, tivemos uns atrasos com materiais na obra, e hoje não
havia nada que eu não pudesse resolver de casa — contou distraído,
seguindo com o olhar o furão explorando a bancada e depois se virou para
mim. — Ele é que nem um cachorro, né?
— Não exatamente... — Arregalei os olhos, vendo o bichinho subir
em cima das teclas do notebook de Lukas e pular para trás assustado
quando a tela acendeu.
Curioso como era, Baunilha se aproximou da luz, farejando e
colocando a pata pequena sobre a tela. Corri e o tirei dali antes que um
estrago maior acontecesse. Sem perder tempo, ele escalou meu braço até
estar em meu ombro, esfregando-se em meu rosto.
Sorri, amando a forma como os pelos dele alisavam minha
bochecha.
— Ele se parece mais com um gato, mesmo que não seja tão
independente quanto um — contei ao meu irmão, enquanto ele nos
observava com curiosidade.
Lukas já sabia de algumas informações básicas que passei, como
não o soltar em hipótese alguma sem supervisão e não dar nenhum tipo de
comida que não fosse a ração. Na verdade, falei para não dar comida
nenhuma. Ele deve ter entendido que não deveria chegar perto, já que não
tinha tentado até hoje.
— Quando você falou, achei que ele fosse um monstro
autodestrutivo — ele riu, se jogando de costas no sofá —, mas ficou quieto
comigo aqui.
— Experimenta deixar ele solto e sozinho por algumas horas pra
ver — falei, dando a mão para Baunilha subir nela, e ele veio enquanto
Lukas ria do que eu tinha falado.
Na última vez que conseguiu escapar da gaiola, rasgou metade dos
papéis que tinha em minha escrivaninha, derrubou duas paletas de
maquiagem caríssimas e um pó compacto, além de quase morrer asfixiado
depois de ter se trancado dentro do armário embaixo da pia do banheiro.
Como ele havia conseguido entrar lá era um mistério que eu jamais
desvendaria.
— Acho que vamos ser grandes amigos.
Eu nunca precisei escolher um irmão favorito, já que Lukas não
esteve verdadeiramente presente na minha infância, mas olhando para o
último mês e esse momento em que ele brincava com o primeiro animal de
estimação que adotei na minha vida, até podia considerá-lo como favorito.
A verdade é que Lukas estava começando a ser para mim algo que
nunca tive: um porto seguro.
Capítulo 08 — Mason Rilley
Mason:
Mason:
Não consegui ir para a boate cedo naquele dia. Desde que Violet
começou a trabalhar lá, eu aparecia mais cedo e ficava até o fim do
expediente, mas meu trabalho estava um verdadeiro caos.
Para começar, minha reunião para apresentar um projeto que
deveria ser entregue só na semana que vem precisou ser adiantada para
sábado. Amanhã, além de ser outro dia de Fantasy Party, eu precisava ir
falar com o empreiteiro responsável de uma das obras, pois uma das tintas
foi enviada na cor errada e o proprietário do lugar me ligou avisando que
sua parede agora tinha um tom lilás belíssimo contrastando com o cinza
chumbo, e eu tive que ir até lá conferir essa merda com meus próprios
olhos. Se o dono do escritório não tivesse visto a cagada, e eu não tivesse
ido até lá interromper, o lugar inteiro ficaria lilás.
Trabalhei focado até às dez da noite. Não faltava muito para
finalizar, então eu podia deixar para colocar os detalhes finais amanhã de
madrugada. Precisava comer alguma coisa e depois queria ir buscar Violet
na boate, porém, antes mesmo de me levantar, vi a mensagem de Jeff no
nosso grupo em meio às minhas notificações.
Jeff: Parece que nossa nova bargirl é a atração principal da
boate.
Embaixo havia uma foto anexada, onde Violet sorria enquanto
servia uma bebida para um cara moreno. Eu já tinha visto ele em algum
lugar, mas não me lembrava de onde era.
Frank: É o Augusto Reese?
Jeff: Aparentemente sim. Ele tem camarote liberado, mas sequer
saiu do bar.
Lukas: Não é ele quem joga nos Chiefs?
Frank: É ele mesmo.
Jeff: Os pais dele moram aqui, até onde me lembro.
Logo depois, Jeff enviou outra foto, onde Violet gargalhava de algo
junto com o Reese.
Eu: Virou paparazzi agora, Jeff?
Enviei a mensagem, irritado por estar pensando em Violet
flertando com algum outro carinha no bar. Aquilo me incomodou pra
caralho, mas eu não podia fazer nada além de engolir.
Jeff: Chegou o mal-humorado.
Jeff: Pensei que você estaria aqui, por isso vim.
Eu: Tive alguns trabalhos para terminar, mas chego já.
Bloqueei o aparelho e o deixei em cima da bancada, indo tomar um
banho rápido antes de sair para a boate. Quando entrei pelos fundos,
encontrei Violet no corredor, saindo do depósito com uma caixa de cerveja
em mãos.
— Ei! — Ela sorriu para mim, dissipando uma parte da minha
irritação. — Achei que você só viesse mais tarde me buscar — comentou,
mas não parecia triste por me ver aqui.
— Jeff me mandou mensagem, então decidi vir. — Me inclinei e
deixei um selinho em seus lábios, pegando-a totalmente de surpresa.
— Sim, ele já passou no bar para me atormentar. — Violet revirou
os olhos, suspirando.
— O que ele fez? — Questionei, abrindo um sorriso lateral.
Jeff era um pé no saco quando queria.
— O Gus e o Gavin estão aqui — ela abriu a boca para continuar,
mas eu interrompi, perguntando:
— Gus?
— Sim, Augusto, irmão do Gav.
O Reese.
Acenei, esperando-a continuar.
— Então, Jeff passou no bar insinuando que o Gus estava dando
em cima de mim, mas não foi isso.
— Não? — Ergui as duas sobrancelhas ao perguntar.
— Ele está de olho na Cinara, se você quer saber... — Ela esticou
os lábios, me dando um sorriso pequeno.
Não sei por que, mas aquela informação me tranquilizou, então
sorri de volta.
— Quer dizer que você é a cupido agora? — Me inclinei para
beijá-la outra vez, deixando um selinho seguido do outro até aprofundar o
beijo.
Contudo, não durou muito, já que a própria diabinha me afastou.
— Mason, eu preciso trabalhar — disse apreensiva, olhando para
os dois lados do corredor. — Além do mais, alguém pode aparecer aqui.
Suspirei, concordando com a cabeça.
— Tem razão. Vou ficar por aqui até a boate fechar.
— Tudo bem. — Violet piscou para mim, antes de sair rebolando
na minha frente.
Eu estava completamente viciado nela. No beijo dela, em seu
gosto, nos gemidos que me dava quando a fazia gozar. E o pior era que eu
sequer sabia como desfazer isso.
Ao subir para a área vip, encontrei Jeff conversando com dois
advogados com quem trabalhava e me juntei a eles na mesa. De onde eu
estava, conseguia ver Violet no bar e conversar com os caras ao mesmo
tempo.
Notei que, apesar de ela dar atenção ao Reese, ele realmente estava
de olho na nossa outra bargirl. O que me incomodava mesmo eram os
outros babacas que paravam no bar, analisando minha diabinha de cima a
baixo enquanto ela estava totalmente alheia, dando conta de seu trabalho.
— Você está legal? — Jeff perguntou, depois que seus amigos
saíram para pedir drinks lá embaixo.
— Sim, a semana foi bem agitada.
— Soube que a Violet mora em seu apartamento agora.
Fiquei mudo por alguns instantes, sem saber como responder
aquilo. Achei que apenas Lukas, Megan, Violet e eu soubéssemos do que
houve na semana passada, mas o filho da mãe fofoqueiro também já tinha a
informação.
— Sim. A diaba conseguiu inundar o apartamento do Lukas,
acredita?
— Também soube que a culpa disso foi sua.
— Não foi bem minha e sim daquele animal terrorista que ela tem.
— Fui rebatendo todas as suas falas, fingindo uma irritabilidade que já nem
sentia mais.
Porém, não precisava de muito para me denunciar. Jeff era esperto
demais. Ele não era um dos melhores advogados da cidade à toa.
— Toma cuidado, Mason — alertou, depois de me analisar por
vários segundos. — Eu não acho que o Lukas vai ficar muito feliz quando
descobrir que essa sua implicância com a irmã dele é tesão reprimido.
— Não é como se ele pudesse me julgar. — Entrei na defensiva,
respondendo-o de maneira rude, e Jeff parou para escrutinar meu rosto mais
uma vez.
— Calma, cara, não estou contra você.
— Também não parece a favor.
— Só presta atenção nas suas decisões, Mason. Sério.
Apenas acenei, sem querer dar continuidade ao assunto.
Jeff foi embora perto da meia-noite e eu desci para o escritório, me
isolando lá até Violet bater na porta.
— Estamos fechando — falou, colocando apenas metade do corpo
para dentro. — Vai agora?
— Sim — respondi, desligando o computador e pegando minha
jaqueta que descansava dobrada no braço da cadeira.
Andei ao seu lado para a saída, ainda quieto, pensando sobre o que
Jeff me falou. Eu deveria mesmo considerar os riscos, calcular uma e outra
vez os motivos pelos quais eu não podia me envolver com Violet. No
entanto, eu não queria. Desde que ela veio morar aqui em San Francisco,
me sentia fora de mim, desconexo, desestabilizado. E depois que nos
entendemos, era como se tudo tivesse voltado ao normal, não tão normal, já
que a diabinha era o próprio furacão, e vez ou outra me arrastava para sua
tempestade, entretanto, eu sentia as peças dentro de mim se encaixando.
É como se ela fosse a parte que faltava e, ao mesmo tempo, a que
eu não deveria incluir de maneira alguma. Porém, eu era egoísta e canalha
demais para parar agora.
Capítulo 26 — Mason Rilley
Violet: Estou indo para a CP. Megan e Lukas vão um pouco mais
tarde.
Olhei para a mensagem em minha barra de notificações e antes de
finalizar o e-mail de feedback que estava escrevendo, peguei o celular para
responder.
Eu: Vestiu mesmo aquela fantasia?
Violet: Claro que sim, eu te disse.
Eu: Meu Deus, garota, você ainda vai me matar do coração.
Violet: Queria muito ter essa sorte.
Gargalhei e mandei um emoji dando o dedo do meio para ela antes
de responder:
Eu: Nos encontramos no seu intervalo, então?
Violet: Sim.
Violet: 22h30.
Violet: Escritório ou depósito de bebidas?
Dei risada outra vez das nossas opções. Desde que Lukas e Megan
voltaram, há pouco mais de uma semana, nossos encontros estavam sendo
bem limitados, porém, a cada dia era mais gostoso ficar com ela e nenhum
de nós conseguia parar.
Eu: O que estiver livre, mas acho que tentaremos o escritório...
Por algum motivo, achei que fôssemos nos afastar um pouco
depois de não precisar mais viver sob o mesmo teto, mas a verdade é que eu
sentia falta dela o tempo inteiro, só não ficava mais triste porque
morávamos perto. Eu podia ir ao apartamento de Lukas a hora que quisesse,
e também fui buscá-la na porta do prédio de seu irmão em três madrugadas
essa semana para que ela viesse ficar um pouco comigo.
Só que estava cada dia mais difícil segurar a onda. Pelo menos, até
agora tínhamos sido discretos. Continuávamos fingindo ódio na frente de
todos, por isso ninguém havia desconfiado do nosso envolvimento.
Descobri que, além de cantar bem, a diaba era uma ótima atriz, e
depois nós dois dávamos altas gargalhadas das cenas ridículas que
interpretávamos na frente de todos.
Hoje seria a Fantasy Party Sexy, e era a nossa penúltima festa
antes da oficial, no dia de halloween. Há dois meses quando planejei esse
dia, achei que estaria trazendo uma ou até mesmo duas mulheres para casa
no fim da noite, inclusive, planejava me vestir de Gogo boy e pintaria o
terror naquele lugar, porém, aqui estava eu, colocando um terno para me
vestir de empresário, já que Violet iria de Coelhinha da PlayBoy.[17]
Alguns idiotas diriam que empresário não era bem uma fantasia
sexual, no entanto, eu discordava.
Quando entrei na boate algumas horas mais tarde, o lugar parecia
uma casa de swing. A única regra era não mostrar as partes íntimas, mas
havia mulheres apenas de lingerie, pessoas mascaradas ou amordaçadas,
policiais carregando suas mulheres algemadas e vice-versa. Aquilo era um
pandemônio.
Quando passei pelo bar, dei apenas uma piscadinha de longe para a
coelhinha, já que era uma péssima ideia me aproximar demais. Sua fantasia
não era tão explícita quanto algumas que eu vi por ali, além da tiara com
orelhas e da gravatinha, ela vestia um body preto, com uma meia arrastão da
mesma cor.
Subi para a área vip, onde eu sabia que todos me esperavam, já que
meu celular estava lotado de mensagens perguntando onde eu tinha me
enfiado.
Os ingressos VIPs para camarotes não foram vendidos hoje, e o
único a funcionar era o nosso. Não queríamos perder o controle e deixar a
festa se tornar um bacanal, além disso, assédio de nenhum tipo seria
tolerado. Por isso, era imprescindível concentrar todas as pessoas às nossas
vistas. A segurança também foi reforçada, inclusive nos banheiros, e
mesmo que fosse um evento para maiores de dezoito anos, sexo ou nudez
estavam estritamente proibidos.
No entanto, eu era a porra de um hipócrita, já que foderia minha
coelhinha no primeiro local disponível assim que tivesse a oportunidade.
— Olha quem resolveu dar o ar da graça! — Frank foi o primeiro a
notar minha presença, cheio de ironia.
O infeliz estava com uma coleira no pescoço e vestido com roupas
de couro. Sua esposa estava vestida do mesmo material, porém, seu vestido
justo ia até o meio de suas pernas onde as botas enormes começavam.
Gargalhei ao olhar para ele, mas pior mesmo foi ver a fantasia da
minha irmã e de seu agora noivo.
Lukas vestia uma bata azul de hospital, que era aberta atrás,
mostrando sua bunda, que felizmente estava coberta por uma boxer preta.
Minha irmã usava um vestido branco e vermelho que terminava no início de
suas coxas e uma meia calça branca, com botas de salto. Os dois estavam
ridículos.
— Até que enfim chegou — Lukas falou.
— Vocês estão horríveis — Ri outra vez, sem conseguir segurar.
— Não fomos nós que inventamos o tema dessa festa, seu escroto.
E por que não está fantasiado? — Lukas perguntou, franzindo o cenho para
o meu terno e camisa branca com primeiros botões abertos.
— Eu estou fantasiado. Sou um empresário.
— Isso vale? — Carly me fitou com os olhos estreitos.
— Óbvio. Vocês que são sem criatividade. Muitas mulheres têm
fetiche em caras de terno.
— Isso é ridículo — Jeff falou pela primeira vez. Em vez de mim,
ele quem acabou vindo de Gogo boy — Se eu soubesse, teria me vestido de
advogado, já que muitas mulheres também têm fetiche nisso.
— Em engenheiros também — Lukas falou.
— Como é? — Megan olhou para ele com o cenho franzido, então
meu amigo recuou, dizendo:
— É só uma brincadeira, amor.
— Você é a pessoa mais vestida dessa festa, Mason. — A
afirmação de Frank me obrigou a revirar os olhos.
— Pode ter certeza de que eu continuo sexy — me gabei antes de
ouvir uma série de insultos.
Contudo, logo eles esqueceram que eu era o único sem fantasia e
começaram a me contar sobre a viagem. Vez ou outra eu aproveitava para
olhar discretamente em direção ao bar onde a minha coelhinha estava.
Em um momento da noite, Megan e Lukas desceram para falar
com ela e pegar bebidas. Às dez, eu era o único ainda que estava
inteiramente sóbrio na mesa.
Quando meu celular vibrou no bolso da calça indicando uma
mensagem, eu até já sabia de quem era.
Violet: Estou indo para o intervalo.
Eu: Me espera no escritório, vou descer.
Os copos de bebida na mesa ainda estavam meio-cheios, sinal de
que não desceriam para buscar ainda.
— Vou aqui embaixo e já volto — disse para todo mundo ao redor
da mesa. — Ninguém vai embora antes de eu voltar.
Ouvi algumas piadinhas sobre não perder tempo tentando pegar
mulher, pois não estava vestido para a ocasião, mas ignorei, saindo da
presença deles e desci as escadas correndo.
Ao entrar no corredor administrativo, Violet já me esperava
próxima à porta com os braços cruzados.
— Que fantasia é essa? — a diaba riu ao perguntar.
— Sou seu empresário, coelhinha.
Destranquei a porta do escritório e esperei que ela passasse antes
de segui-la.
— Você é o responsável pelo meu rabinho, então. — Ela virou,
mostrando o pompom felpudo que havia no meio de sua bunda enquanto
balançava de um lado para o outro.
— Sim, eu sou o dono dele. E da coelhinha inteira. — A puxei para
mim, colando seu peito no meu e devorando seus lábios.
Ergui Violet pela cintura, obrigando-a a passar as pernas pelo meu
quadril, e ela fez, mas não demorou muito até nos interromper.
— O que foi? — questionei confuso à medida que me inclinava
para que ela conseguisse colocar os pés no chão.
— A fantasia. Se rasgá-la ou melar de algo vou precisar explicar o
que houve.
Ela se afastou, começando a tirar a roupa inteira na minha frente
enquanto eu babava e observava o show gratuito.
Tirei o terno também, sem conseguir desviar os olhos dela, e
depois desabotoei a camisa, seguido da calça, mas antes que eu conseguisse
tirar as peças por completo, ela me conteve:
— Pode ficar vestido? Achei muito sexy essa coisa de empresário.
Ela andou até mim devagar, com os seios expostos, a boceta lisinha
e as pernas gostosas me atraindo.
— Humm, não tem nada que você peça peladinha que eu não faça
vestido. — A coelhinha deu risada quando falei, mas logo nós dois
estávamos agarrados novamente.
Dessa vez, sua boceta descoberta roçava diretamente no meu pau
quando imprensei seu corpo contra a porta. Agarrei com força seus cabelos,
mantendo a cabeça imóvel enquanto a beijava. Eu nunca cansava disso: da
sua boca, da língua que sempre brincava com a minha e dos murmúrios que
soltava conforme o tesão começava a nos tomar.
Segurei firme por sua bunda e a levei para a mesa, sentando-a ali
sem interromper nosso beijo. Adorava tê-la pelada em meus braços. Era
sempre a melhor parte do dia.
Enfiei dois dedos em sua boceta enquanto nossas línguas
brincavam uma com a outra daquela maneira gostosa. Violet soltou um
grito abafado quando as pontas dos meus dedos curvaram, tocando um
ponto bem específico dentro dela, então continuei, ao passo que meus lábios
exploraram sua mandíbula e depois pescoço.
Suguei seu mamilo ereto com força e Violet precisou apoiar as
mãos atras de si para que não caísse de costas na mesa. Os músculos de
suas pernas retesaram, indicando que seu orgasmo estava próximo, por isso,
levei meu polegar até o clitóris inchado e estimulei.
Quando ela gozou gritando meu nome, precisei voltar a beijá-la
para abafar os sons enquanto seu canal contraía ao redor dos meus dedos.
Gostosa pra caralho!
Me afastei um segundo para pegar uma camisinha no bolso e cobrir
meu pau, depois fitei sua expressão safada e falei:
— Vai ser rápido, diabinha.
— Tudo bem, todo mundo já sabe que você tem ejaculação
precoce.
Foi impossível não gargalhar.
Que filha da mãe!
Me enfiei dentro dela com força, ouvindo seu suspiro entrecortado
e suas unhas cravando em minhas costas quando me agarrou com força para
se segurar.
— Vou te mostrar quem vai gozar em questão de minutos aqui,
diaba.
Movi meu quadril arremetendo rápido enquanto meu polegar
alisava seu clitóris. Ela estava toda sensível por conta do orgasmo anterior e
seus dentes se fechavam em uma parte do meu peito com força conforme
rosnava baixinho.
Quase enlouqueci à medida que sua boceta piscava em volta do
meu pau cada vez mais rápido, era tão enlouquecedora a sensação.
Passei os braços por baixo de suas pernas, segurando os dois lados
da bunda com força e a ergui, ficando de pé com ela suspensa e trazendo
seu corpo para se chocar com o meu.
— Porra, Mason! — Violet gritou, jogando a cabeça para trás.
Foi insano, rápido e selvagem, mas nós dois gozamos assim, e eu
nem sei como não caímos no chão no processo.
Peguei uma caixa de lenços de papel que havia por ali e nos limpei,
ajudando-a a vestir as roupas logo depois.
— No meu apartamento mais tarde? — perguntei, deixando vários
selinhos em seus lábios antes de conseguir soltá-la.
— Vou chegar depois das duas da manhã, você sabe...
— Sim, posso te esperar. Se Lukas e Megan forem embora antes,
saímos juntos e vamos direto para lá. O que acha?
— Fechado. — Violet deitou a cabeça no meu peito, um pouco
sonolenta. — Tenho que ir lá em cima antes que venham atrás de mim.
— Tem razão. — Acenei devagar com a cabeça.
— Vai na frente, depois eu chego lá implicando com você.
Ela riu, mas concordou, se afastando do meu abraço.
Antes que fosse muito longe eu a puxei outra vez, segurando forte
sua nuca e beijando-a quase com raiva.
Por que eu não conseguia parar? Porra!
Quando a soltei, nós dois estávamos ofegantes.
— Agora vai lá — falei, antes que rasgasse sua roupa e a fodesse
novamente aqui dentro desse escritório, até matar todo esse desejo que
sentia por ela.
A diaba piscou para mim antes de sair, e eu passei alguns minutos
com o quadril encostado na mesa, fitando a parede marrom à minha frente e
pensando como eu lidaria com tudo aquilo.
Porra!
Uma vida a dois não fazia parte dos meus planos, um
relacionamento mais sério muito menos. Mas por que essas ideias se
tornavam cada vez menos assustadoras para mim agora?
Quando subi as escadas, desacelerei ao ver Violet sentada à mesa
com todos, no mesmo lugar onde eu tinha me sentado antes. Ela parecia
feliz, sorrindo à toa enquanto Jeff fazia piadas ridículas ao seu lado. Sem
querer, meus lábios se esticaram em um sorriso. Era bom vê-la assim, e
saber que existiam pessoas ao seu redor que a queriam por perto. Controlei
meu sentimentalismo fora de hora e me aproximei, parando perto da
coelhinha e me inclinando para dizer:
— Você está no meu lugar, coisinha mimada!
Violet se virou com a expressão mais sonsa do mundo, como se
não tivesse acabado de gritar enquanto gozava no meu pau.
— Não vi seu nome escrito aqui antes de me sentar, idiota.
— Diaba!
— Babaca — ela devolveu, fazendo uma expressão de nojo.
— Mimada.
— Ordinário.
Precisei apertar meus lábios ao me lembrar da última vez que
soltamos uma série de insultos dessa forma, mas Violet não conseguiu
segurar o sorriso.
Caralho, estávamos fodidos mesmo!
Capítulo 30 — Mason Rilley
Eu estava feliz.
Não sabia explicar o motivo, mas havia aquela sensação de
esperança que sentia há algum tempo. Acho que tudo isso era porque meu
irmão estava construindo uma casa enorme que tinha um quarto só para
mim. Ele não se daria ao trabalho de planejar detalhes se não me quisesse
por perto, então desapeguei um pouco dessa ideia de que me colocaria na
rua por qualquer motivo que o decepcionasse.
As coisas na universidade fluíam bem, e ainda tinha Mason. Que
era uma grande incógnita na verdade, mas, ficar com ele estava sendo bom.
Melhor do que eu pensei, e não parecia ser só sexo. Ele me ouvia, se
importava e até me dava conselhos às vezes.
— Algumas bandas vão se reunir na sexta à noite para tocar, você
quer ir? — Gavin perguntou, me tirando dos meus devaneios enquanto
passávamos pela Golden Gate, voltando para San Francisco.
— Eu trabalho na sexta. — Franzi os lábios, triste por não poder
sair com eles. Já fazia um tempo desde a nossa última festa juntos. — No
próximo eu vou — prometi.
Gavin apenas deu de ombros e eu aumentei o volume do som, que
tocava The Man Who Sold The World do Nirvana.
— Acho que vou terminar com a Mel — ele falou algum tempo
depois e eu fiquei confusa, pensando se tinha mesmo ouvido aquilo.
Baixei o som antes de perguntar:
— O que disse?
— Acho que vou terminar com a Mel. — Gavin não parecia feliz,
nem triste, parecia assustado com aquilo, o que me deixou ainda mais
curiosa.
— Acha? — questionei, franzindo o cenho. — Não se acha que vai
terminar com alguém, Gav, ou você quer terminar ou não quer.
Meu amigo soltou uma risadinha sombria, antes de responder:
— Algumas coisas são mais difíceis na prática, Vi. Há algum
tempo não sinto nada pela Melissa, mas não tenho coragem de dizer isso
diretamente para ela, e acredite em mim: no nosso caso, é ainda mais
complicado.
Eu não entendia os motivos dele. Sempre ficava a impressão de
que havia algo muito maior por trás de sua falta de coragem em ser sincero
com a garota, mas ele não se abria.
— É melhor terminar de uma vez, Gav. Se acha que não tem futuro
e que um dos dois vão se magoar lá na frente, por que adiar o inevitável?
— Quando a senhorita tiver um relacionamento, nós voltamos a ter
essa conversa — ele falou rindo ao parar o carro na frente do prédio do meu
irmão. — E ficar às escondidas com o melhor amigo do seu irmão não
conta como relacionamento.
Dei língua para ele antes de abraçá-lo em despedida e sair do carro.
Entrei no elevador, planejando levar Baunilha para passear um pouco na rua
e na volta passar no apartamento de Mason.
Nossos encontros eram bem loucos assim. Algumas vezes de
madrugada, outras vezes no meu intervalo da boate..., mas de segunda a
quarta-feira era quando eu tinha mais tempo de vê-lo.
Tirei meu celular do bolso, pronta para mandar uma mensagem
avisando que apareceria, contudo, ouvi sua voz antes mesmo de abrir a
porta de casa.
— Cara, para com isso... — Seu tom não era dos melhores, o que
me deixou confusa.
— Sério, Mason, não me faça ter que escolher um lado.
Meu sangue gelou e por um momento pensei que ele tivesse
contado ao Lukas sobre nós. Não falamos sobre isso, mas achei que por
motivos óbvios nós dois não falaríamos sobre isso com eles tão cedo.
— E por que você precisaria escolher um lado? É isso que não
entendo — Mason questionou.
— Você por acaso quer um relacionamento? Sonha em construir
uma família e cuidar de alguém?
— Não, você sabe que não! — Por algum motivo, ainda
desconhecido, ouvir ele negar de maneira tão rápida que não queria um
relacionamento fez meu coração bater mais forte, mas não era uma
sensação boa que eu sentia.
— Aí está sua resposta. Porque eu não deixaria minha irmã se
envolver com um cara que não tem a mínima intenção de amar, proteger ou
cuidar de alguém.
O tempo pareceu parar.
Admirei meu irmão por seu cuidado e em contrapartida esperei
ansiosa pela resposta de Mason. Talvez ele voltasse atrás...
Porém, criar expectativas em cima de alguém é como dar o poder
de te destruir na mão daquela pessoa.
Fiquei parada, quieta. Sentindo apenas minha pulsação acelerada
enquanto aguardava ansiosa por sua resposta e por um momento até pensei
que Mason não diria nada, mas ele deu o golpe final:
— Eu não quero nada com a sua irmã, cara. Só que ela pare de ser
tão irritante.
Dei alguns passos para trás, sentindo minha esperança arrebentar
de uma vez, colocando tudo abaixo. Minha respiração pesou e as lágrimas
se acumularam em meus olhos.
Eu não podia derramá-las agora. Talvez depois, quando estivesse
em um lugar seguro para chorar, mas agora não. Entrei pela porta da escada
de emergência e me sentei no primeiro degrau, encostando a cabeça na
parede ao meu lado.
Pelo menos ali ninguém me encontraria.
Ninguém veria a tristeza que meus olhos deviam transmitir naquele
momento.
Eu não quero nada com a sua irmã...
Aquilo fez eco na minha mente por um longo tempo.
Ouvi a hora que Megan chegou e perguntou por mim ao entrar na
sala. Desliguei a vibração do meu celular, mas a tela acendeu quando
Mason me mandou uma mensagem:
Mason: Vim aqui no apartamento do Lukas. Onde você está?
Sequer peguei o celular para responder e só entrei em casa um
tempo depois de ouvi-lo indo embora.
— Ei, você demorou hoje! — Lukas falou da cozinha, enquanto ele
e Megan mexiam nas panelas.
— Fiquei estudando na biblioteca — menti, pegando Baunilha do
chão e tentando não encarar os olhos de ninguém.
— Estamos fazendo hambúrguer caseiro e vamos ver um filme,
você quer? — Megan ofereceu animada e eu estiquei os lábios, tentando dar
um sorriso.
— Comi no campus com o Gav e a Crys, me desculpem.
— De boa — minha cunhada falou, cortando algo em cima do
balcão. — Vou deixar um pra você, caso sinta fome mais tarde.
— Valeu. Vou tomar um banho, o dia foi cansativo hoje.
Me tranquei no quarto, colocando Baunilha no chão e me jogando
de costas na cama.
Não tinha futuro.
Uma hora ou outra ele me magoaria de qualquer jeito. Porém, esse
sentimento de rejeição, a sensação de ser deixada de lado mais uma vez por
alguém importante doía muito. E dessa vez, parecia ser pior.
Me encolhi quando as lágrimas vieram, fazendo minha garganta
arder e minhas entranhas se contorcerem. Nem me lembrava da última vez
que algo doeu tanto.
Eu tinha que me poupar.
Mas algumas decisões eram mesmo muito mais difíceis na prática.
Capítulo 32 — Violet West
Fitei seu nome escrito com tinta lilás na parede do meu quarto
outra vez, me lembrando de todos os momentos bons que passamos aqui.
Cada canto desse maldito apartamento me lembrava Violet, e em alguns
cômodos nem precisava ter seu nome escrito na parede ou um insulto
direcionado a mim. O cheiro dela parecia impregnado em cada centímetro
do lugar.
Olhei mais uma vez com raiva ao redor, sentindo vontade de
quebrar tudo e construir outra vez, só para criar um lugar diferente, um em
que eu não pensasse nela a cada segundo.
Porém, a quem eu queria enganar?
Antes, o meu lar era o meu lugar de paz, e agora eu não conseguia
nem mais pensar direito enquanto vagava pelas nossas lembranças juntos.
Queria que Violet estivesse aqui.
Queria ouvir sua risada alta, suas provocações, sentir seu cheiro e
colocá-la em meu colo quando precisasse de carinho.
Eu a queria tanto que meu coração doía.
Sentir essa necessidade de estar com alguém nunca fez parte dos
meus planos. A última coisa de que eu precisava era de um sentimento tão
forte assim, mas foi impossível não construir isso por ela.
Há dias a minha vida não parecia mais a mesma. Eu acordava de
manhã e olhava meu celular para ver se havia alguma mensagem ou
chamada dela, então eu mandava algo, às vezes perguntava se estava bem,
em outras pedia para conversar, e ela nunca respondia. À tarde, começava a
ficar ansioso e insistia em ligar para seu celular, torcendo para que
atendesse nem que fosse por engano, e à noite eu mandava mais mensagens,
tentando vencê-la pelo cansaço. No entanto, a diaba parecia disposta a me
ignorar.
Preferia que ela viesse aqui e gritasse comigo. Queria ouvir de sua
boca que tudo que rolou conosco foi apenas sexo. Talvez assim eu me
conformasse. Só não aceitava uma simples mensagem de texto sem
nenhuma explicação.
Olhei outra vez as últimas mensagens que ela mandou, me
dispensando como se eu não significasse nada.
Depois desse dia, algumas fichas caíram para mim. A principal
delas me mostrava o quanto eu estava envolvido e verdadeiramente
apaixonado.
E a paixão era a porra de um sentimento cruel.
Apertei o telefone em minhas mãos, morrendo de vontade de atirá-
lo contra a parede. Não aguentava mais remoer aquilo em minha cabeça.
Levantei da cama, pegando um jeans e uma camisa qualquer no
closet. Me olhei no espelho, vendo a barba malfeita e o cabelo desgrenhado.
Meus olhos estavam com olheiras profundas por conta dos dias que eu
vinha dormindo muito mal. Que porra eu fiz com a minha vida?
Vesti uma jaqueta e saí de casa, caminhando pela calçada até parar
no prédio de Lukas. A essa altura eu nem me importava mais que todos
soubessem dos meus sentimentos.
Foda-se.
Meu amigo queria uma confissão cheia de sentimentalismo e
promessas? Ele teria, e a diaba também.
Eu só precisava colocar aquilo tudo para fora.
Gritar que ela fez com que eu me apaixonasse apenas para me
mandar uma mensagem no final dizendo que cansou de mim.
Caralho!
Como ela estava toda feliz quicando no meu pau em um dia e no
outro tinha se cansado de mim? Impossível!
E não, não se tratava de ego ou nada do tipo. Violet e eu
construímos mais do que um repertório de boas trepadas pelo tempo que
ficamos juntos, eu e ela tínhamos uma conexão. Ela falava comigo antes de
dormir e contava suas inseguranças, eu a abraçava, dizendo que precisava
confiar em si mesma. Como isso acabou assim? Por uma mensagem de
texto, porra?
Destravei a porta do apartamento de Lukas e entrei na sala escura.
— Megan? — chamei alto, mas ninguém respondeu.
Entrei pelo corredor dos quartos e todas as portas estavam abertas e
o lugar vazio.
— Que droga! — falei, passando as mãos pelos meus cabelos.
Tirei o celular do bolso, mandando outra mensagem para Violet.
Eu: Onde você está? Precisamos conversar.
Aquilo estava ficando tão repetitivo que digitei outra coisa.
Eu: Me dá apenas cinco minutos, Princesinha, prometo que te
deixo em paz depois de dizer tudo que preciso.
Saí da casa de Lukas e desci pelo elevador com o celular em mãos,
esperando ansiosamente que me respondesse e quase comemorei quando o
aplicativo mostrou que ela havia começado a digitar.
Violet: Eu não vou te encontrar. Nunca mais vai tocar em mim
depois do que disse ao meu irmão.
Violet: Se não quer nada comigo, apenas me deixe em paz.
Violet: Poupe suas palavras.
Congelei enquanto olhava para a tela. Ela sabia sobre a minha
conversa com Lukas? Por que diabos ela sabia daquilo?
Meu coração passou a bater mais rápido conforme eu procurava
uma forma de corrigir aquele engano. Falei aquilo na hora do desespero,
não queria assumir nada daquela maneira e minha única opção era negar.
E porra!
Mentir para o meu melhor amigo doeu, mas receber aquela
mensagem dela doeu muito mais. Se houvesse uma maneira de reviver
aquela conversa, eu teria feito tudo diferente.
Digitei seu número e comecei a ligar. Da primeira vez, chamou até
cair na caixa postal, mas não desisti, precisava me explicar.
— Mason, já pedi para me deixar em paz. — Violet atendeu
gritando, meio que atropelando as palavras. Uma música alta tocava no
fundo, confirmando minhas suspeitas de que ela tinha ido a alguma festa já
que Timothy avisou que ela não trabalharia neste fim de semana. — Você
diz que eu sou irritante, mas quem está sendo insuportável é você.
Ela sabia até dos detalhes. Caralho!
Não quis acreditar que Lukas teve essa coragem de dizer para ela o
que conversamos em particular. Eu só disse as palavras da forma que ele
queria ouvir e o filho da puta contou.
— As coisas não são como você está pensando, Princesinha, me
deixa explicar — pedi devagar, quase implorando.
— Explicar que estava me usando esse tempo todo apenas apara
esquentar sua cama? — ela disse outra vez, tomando fôlego em meio a
uma palavra e outra.
— Você está bêbada? — perguntei devagar, mas era óbvio pela
maneira que falava.
— Nãaaoo! — Violet respondeu, de maneira arrastada.
— Me diz onde você está...
— Não é da sua conta, Mason. Eu. Não. Sou. Da. Sua. Conta.
Depois de gritar as palavras de maneira revoltada, ela desligou, me
deixando sozinho com minhas preocupações.
Se ela conseguia se meter em confusão estando sóbria, bêbada
seria capaz de colocar o mundo de cabeça para baixo. Andei de volta para
casa, pensando em como descobriria seu paradeiro. Porém, antes de
qualquer coisa, mandei uma mensagem para Megan.
Eu: Onde você está?
Assim que entrei em meu apartamento, o celular vibrou indicando
sua resposta.
Megan: Jantando com o Lukas, e você?
Podia dar uma desculpa qualquer, mas estava cansado de mentir
para todos. Fingir não tinha mais graça.
Eu: Atrás da Violet.
Eu: O idiota do seu namorado passou uma história toda deturpada
para ela, e agora a diabinha pensa que eu não me importo, mas, porra, eu
me importo sim, eu estou apaixonado por aquela garota.
Megan: Porra, Mason! Você quer desabafar enquanto eu estou no
meio de um jantar romântico? Tá brincando, né?
Eu: Só me diz onde ela está...
Respirei fundo e digitei embaixo, implorando:
Eu: Por favor, Megan.
Megan: Ela foi a um show em uma fraternidade. Acho que o nome
é Delta Sigma...
Sorri para a mensagem, quase suspirando de alívio.
Eu: Valeu mesmo.
Megan: Se fizer merda e atrapalhar a minha noite, eu juro que
raspo sua cabeça.
Bem... a merda já estava feita. Minha intenção agora era corrigi-la.
Capítulo 34 — Mason Rilley
Anos depois.
Admirei por baixo dos óculos escuros minha pop star torcendo os
cabelos enquanto saía da água do mar. Linda demais em seu biquíni lilás
minúsculo.
A carreira de Violet continuava em sua melhor fase desde aquele
vídeo com milhões de visualizações. Agora, ela estava no topo da lista de
músicas mais ouvidas do mundo com seu novo sucesso: Running With You.
[21]
FIM!
Agradecimentos
MEGAN E LUKAS