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LANÇAMENTO
sinopse
Eu era a garota que adorava xingar, falar o que pensava e beber rum como se fosse
água.
Ele era meu chefe, enfurecedor, arrogante e tão bonito que era difícil não fantasiar
sobre o cara.
Errei.
Deveria prever.
Aviso 3
Cuidado com comunidades/fóruns que solicitam dinheiro
para ler romances que são feitos e distribuídos
gratuitamente!
Nós somos contra e distribuímos livros de forma gratuita,
sem nenhum ganho financeiro, de modo a incentivar a
cultura e a divulgar romances que possivelmente nunca
serão publicados no Brasil.
Solicitar dinheiro por romance é crime, pirataria!
Seja esperta (o).
PRÓLOGO
Homens!
O que sei é que não sou essa pessoa. Não deixo ninguém
passar por cima de mim.
#QuandoEleLevaATrapaçaAOutroNivel
#AindaBemQueNaoFuiEu.
Ela merece, Hayden. Dormiu com um cara que sabia que era
comprometido.
Respondo. — Papai?
— Ei, mãe.
— Quem é ele?
Bufo.
Suspira, exasperado.
— Tudo certo.
Hipnotizante.
— Algo me diz que está com muito medo. Preocupada por não
conseguir lidar comigo.
— Sério? Ou apenas espera que não diga sim, para não fazer
papel de bobo? — Mantenho a voz baixa, sedutora.
Porra!
— Jesus, Reid!
Não é.
— O quê?
— Hum, é estranho.
Por mais gostoso que seja, não acho que estou atraída dessa
forma. E é meio deprimente, já que realmente precisava da
liberação depois desta noite.
Não acredito no que digo, mas será bom bater no ego dele,
especialmente depois de irritar meu pai.
Não faço essa merda mole e feminina. Sou uma garota dura
que ouve rap ou rock; a menos que esteja bêbada; então teria rock
com Taylor Swift se uma de suas músicas tocasse.
— Conhece-o?
Olha para minha diversão. — Um, não gosto do seu tom. Dois,
não é nada. — Olha para o teto.
A outra geme.
— O que disse?
— Sim senhor.
— O quê?
— Aposto — murmuro.
— O que disse?
Pode ter arruinado seu exterior perfeito por ser um porco, mas
ouvir essas palavras me dá vontade de beijá-lo.
— Sinto muito, mas meu pai deixou sua empresa para você
ou para mim?
Respiro fundo, tentando não dar uma joelhada nas bolas dele.
Gemo. — Não.
Discordo.
— Tem?
— É brincadeira, certo?
1
Marca de refrigerante.
— Damas primeiro.
O que não sabe é que isso nem foi a pior. Reid foi meu último
desastre; bem, mais ou menos, já que nunca chegamos à parte
divertida.
— Agora, por que não nos conta sobre a sua, Clayton? Oh, e,
senhoras, é meu novo chefe, então certifiquem-se de dar uma
recepção calorosa. Postarei uma foto para todas mais tarde.
2
Tipo de pimenta.
— Oi.
Pegou-me lá.
— O que contou?
— Obrigada.
É louco.
E Clayton nem estava por perto para descontar nele. Foi ideia
dele trazer o sexo oposto e não se incomodou em estar lá para
ajudar a lidar com a carga extra.
Quero estrangulá-lo.
E beijá-lo.
E a pior parte, não parece tão afetado por mim quanto eu por
ele. Depois do nosso pequeno momento na segunda, não parei de
pensar nele. Tem me deixado louca.
Aborrecimento.
— Nada.
— Não é o que quis dizer. Está casada. Não pode entrar mais
sorrateiramente. Querem privacidade.
Encara-o.
Desde que lembro, meu avô nos contou como Maverick era o
cuidadoso, aquele que fazia tudo para ajudar a criar os irmãos,
mesmo depois que recebeu a custódia e não precisava colocar mais
pressão sobre si. Gostaria que houvesse algo que fizesse para
tornar melhor para ele.
— Cliente difícil?
Puta merda!
— Esta empresa conta com você para passar por isso, Hayden.
Precisamos dessa exposição.
— Qual?
— Hum, obrigada.
No segundo que me vê, seu olhar vai por cima do meu ombro
para Reid, que ainda murmura baixinho atrás de mim. Todos os
músculos de seu corpo tensionam.
— Não deixe sua mãe ouvi-la xingar. Sabe como fica — rebate,
aproximando-se e abaixando o volume.
— Ok, ok — ofega.
— A dor.
— Sim. Meu pai não sabe que mamãe fez uma caixa extra de
bolos. Os quero antes que descubra.
Levanto as mãos.
— Agora tenho que passar nosso tempo aqui com seu pai e
tios me observando.
— Significa menos comida para mim. Não lidarei com esse tipo
de perda. Alimentar os três enquanto cresciam quase me fez morrer
de fome.
— O quê? Não, não quis dizer isso. Baby, Hayden, não quis
dizer isso. Juro...
Mamãe bufa.
— Estamos bem?
— O que fez?
Olho-a.
— Sim, depois que Teagan trancou a porta. Não viu o bolo que
trouxe.
— Sabia?
Estreito os olhos.
— Sim.
Dá de ombros.
— Verei Liam.
E então há eu.
Desejando mais.
Era urina.
E um grande idiota.
— Falei que sinto muito — sua voz gentil, carinhosa. Viro para
encará-lo, perdida nas órbitas dos olhos verdes. — O que o tornaria
melhor?
— Ótimo.
— Permitiria?
Riu.
— E Morgan?
Encolho os ombros.
Droga!
Minha tia tenta não rir e sei que me viu empurrar Clayton. De
jeito nenhum tratarei disso, não agora. Nunca.
É isso.
Ele não pode provar que fui eu. Não pode. E me ofendi por me
acusar. Estou farta de receber a culpa, mesmo que mereça.
— Sim — confesso.
Olha para trás. — Não tenho certeza. Não se esqueça, não sou
um maldito organizador de festas. Vá em frente. Sempre pode
mudar o destino depois.
— Não acredito que falou que era um sem-teto, boba. Sei que
queria que fosse uma surpresa, porém poderia ter contado. Se eu
e Scott nos casarmos, pode organizar o meu.
— Talvez...
3
Prêmio acumulado em máquinas de cassinos ou em sorteios de loterias, onde o valor aumenta sucessivamente com
cada jogo efetuado e não contemplado com o prêmio máximo.
— Oh, certo.
— Hayden.
— Não.
Rio, gosto da memória. Chorou por uma hora por causa disso.
— Se diz.
— De nada.
— Entrará ou não?
Cheira a casa.
Seu rico cabelo preto cai logo abaixo dos ombros quando o
solta. Hoje, o tem em duas tranças francesas torcidas na nuca. E
embora esteja grávida de sete meses, digo que ainda tem o corpo
esguio.
— Ufa.
— Hayden?
Estava errada.
Desta vez.
É isso.
Oh Deus.
— Queria...
Cerro os dentes.
— Hum ...
Desconfortavelmente assim.
Reviro os olhos.
— Disse para fazer algo que a afastasse. Não que fosse duro
com todos seus defeitos. Não sabia que dormiria com a irmã dela.
Grita sofisticação.
— Perdi algo?
Torço o nariz.
4
Passo de dança que mexe somente os braços e quadril.
— Mas...
Ri, batendo na coxa. — Estou tão feliz por tê-la aqui nos dias
em que trabalhar.
— Sim.
5
Marca de Whisky.
— Continuemos.
— Sim.
— O quê?
6
Marca de origem britânica de refrigerantes não carbonatados e carbonatados à base de groselha e
concentrado de bebidas de frutas.
— Doa seu tempo para cuidar de animais. Havia uma foto dele
segurando um leitão. Também é bom em atividades esportivas —
termina a lista.
— Agora que está feito, por que não explica porque disse ao
meu pai que falei que se vestia como uma vagabunda?
— Sério? Então por que sua irmã contou que levou o resto
para casa?
— Derrame.
— Esqueci.
— Tente novamente.
— Tudo bem, queria ter uma reação sua, porque falou àquela
enfermeira que eu era gay.
Sangue escorre de seu rosto. Sei que deu a ele seu número. Se
manteve ou não, não sei.
— Realmente?
Estreita os olhos.
— Obrigada.
— O quê? — pergunta.
CLAYTON: Poderia pelo menos fingir que gosta de seu par. Seja
legal.
— Acredite, baby.
Reviro os olhos.
CLAYTON: Acho que conheci alguém que fala tanto quanto você
e pensava que era impossível. Mas para responder à sua pergunta,
presto atenção. Posso fazer várias tarefas ao mesmo tempo, lembra?
HAYDEN: Idiota!
— Testemunhas? — Medito.
— Sim.
HAYDEN: BEM!
— Por que ela ri? O cara nem sabe o que é uma piada.
Arqueio a sobrancelha.
Não reclamo.
Saíra mesmo com ela? É realmente o tipo dele? Tudo que fez foi
rir e basicamente se atirar nele. Quem age assim no primeiro
encontro? Poderia pelo menos fingir agir normalmente.
— Era minha carona para casa, e desde que saiu, preciso que
alguém me leve. Ia enviar mensagem para Lily.
Franze as sobrancelhas.
Reviro os olhos.
Meu queixo cai com a audácia. Foi assim que imaginei meu
pai reagindo, embora houvesse mais movimentos de mão e
discursos loucos.
— Explicarei no carro.
— Te peguei.
— Conhece-o?
— Hayden...
— O cara é um jogador.
“Saberá que é pelo beijo, Hayden. Será como seu primeiro beijo,
mesmo que já tenha sido beijada. O tempo parará, sentirá essa
vibração intensa no estômago e doerá para se afastar. Será o único
a roubar seu fôlego com um beijo e verá estrelas. Alguém cujos beijos
são assim... é o cara” – minha mãe explicou quando eu era
adolescente. A sabedoria dela ficou comigo, e sabia que nunca me
contentaria com ninguém sem aquele beijo.
7
Jogo de vídeo game de tiro em terceira pessoa.
— Ei, problemas.
— É por esse motivo que faço isso, garota. Entrei nos registros
do jornal e contam a verdade. Não há registros da história em que
ela trabalhava. Contudo o computador dela foi limpo. Quem fez
isso sabia o que fazia porque não encontrei vestígio em qualquer
lugar.
— Tinha certeza que havia algo ali. O chefe dela evitou minhas
ligações durante toda semana e hoje não conseguiu desligar rápido
suficiente.
— Obrigada.
Funga. — Ele não quis dizer aquilo. Sabia que merecia depois
de me embebedar e me colocar naquele bote de borracha no rio.
Acordei com dois cisnes e nenhuma ideia de onde estava.
8
Marca de doces.
Por mais que confie em meu irmão para cuidar de mim, não o
colocaria nessa posição.
Sou patética.
— Por que está aqui? — grita, sua voz como unhas num
quadro-negro.
— É a cria de satanás.
Estremeço.
— Tente.
Droga.
Suspiro.
— É tão incrível.
— Estávamos de saída.
— O avô de Jaxon.
Estou.
Junto as sobrancelhas.
— O que é?
— Sim.
Com Paisley agora em sua vida, não está muito por aí, e
começa a aparecer. Não quero que o idiota pense que tirará
vantagem dela. É família. Ninguém fode com minha família.
Reviro os olhos.
Torce os lábios.
— Tudo bem, contanto que pule para a parte onde ela conta
as pessoas que ele está morto.
— Combinado.
Quero ter certeza que está tudo certo, então não irei lá e
estragarei tudo. Afinal, fingirei ser a neta da mulher que foi ferida
quando teve a casa arrombada.
— Entraremos? — pergunta.
Ou não.
— Ok.
— Sinto muito, posso ver que não é uma boa hora. Posso
voltar — eu lhe digo, sentindo uma perda profunda e dolorosa. É o
mesmo olhar que muitos de nós usamos quando nossos avós
morreram.
— Não tenho certeza. Apenas volto atrás nos passos dela antes
do assassinato — minto parcialmente. — Sinto muito. Sei que é
pedir muito, eu e minha prima — aponto para o carro — podemos
entrar? Gostaria de fazer algumas perguntas sobre a noite do
assalto.
Franze as sobrancelhas.
— É chá de conde?
— Viu?
— E a segunda declaração?
— Obrigada.
— Olá?
— Meu blog.
— Seu blog?
— Sim.
Mais uma vez, prova quão idiota é. Como ousa silenciar meus
sonhos como se não significassem nada. Como se atreve a
categorizar como um hobby.
— Clayton?
Ignorá-lo é impossível.
Não preciso que sente e diga todas as razões pelas quais não
deveria me beijar. Se fizer isso, darei uma lista de maneiras pelas
quais me vingarei.
— É uma pergunta?
Contraiu os lábios.
— Conheço-a?
PAI: Meio insultado por achar que sou um idiota. Criei-a melhor,
garota.
Esse idiota.
Funga, se virando.
— Hayden — rosna.
— Hay...
— Desculpa, repete?
Não.
Continua, me ignorando.
— Não.
— Desisto.
Punheteiro de merda.
Um estrangulado
— Porra! — gemo.
Sorrio. — Aposto.
— Obrigada.
— De nada.
— Parem de encará-lo.
— Quem é você?
Estou tão fora do meu jogo. Deveria ser a primeira coisa que
evitei quando revelou que viria para o jantar. Não pode se arriscar
na minha família.
Paramos, xingando.
— De novo, o quê?
Neguei.
— Oh Deus — gemo.
9
Doce tipo Mentos.
— Obrigado, pai.
Levanta a mão.
Presunçoso, dá de ombros.
— Para ter certeza que não fará meus filhos serem presos
novamente. Aiden tem Sunday para cuidar.
— Nada, eu...
— Pai — sigo-o.
Papai conduz mamãe, sem lhe dar escolha a não ser sentar ao
nosso lado oposto.
— Não me deixe.
— Tudo certo.
— Realmente deveria.
— Idiota — viro.
— Não.
— Legal.
— Pode ser.
10
Inteligência Militar, Seção 5
— Honestamente?
— Claro que sim. Quem não gosta? É minha filha. Mas não é
esse tipo de 'gostar' que perguntei e sabe disso.
— Não a machucarei.
Engasgo. — Bruto.
— Realmente?
— Sim. — Acena.
— Obrigada.
Olha por cima do ombro para onde Maverick está com Teagan,
Lily e Jaxon, antes de virar para mim, baixando um pouco a voz.
Rio, sabendo que titio usou isso para fazê-lo se sentir mal.
Sorrio. — Verdade.
— Qual?
— Não namoramos.
— Normalmente? — indago.
Pisco.
— Também achei.
— Tanto faz.
— O que aconteceu?
— Ah — respiro, entendendo.
— Puta merda.
Ele tem esse direito. Não perdoei Liam por uma semana
depois disso. A areia não é sua amiga.
Vejo porquê.
É bonito.
— Por mais que ame este lugar até agora, não acho que viveria
aqui.
— Hein?
Clayton pigarreia.
— Está ocupada?
— Rob.
— Sei que não é o que quer ouvir, mas sim. Ele deve ser o
vazamento do departamento e meu palpite é que ameaçou Rita
Jones, o que a levou a ter um ataque cardíaco. — Suspira
pesadamente, exausto. — Precisa falar com Beau, colocá-lo a par.
— Não importa.
Bufo.
— Cristo.
— Realmente precisamos.
Pela primeira vez desde que entrei no quarto, dou uma olhada
e estou impressionada. A cama é king size com uma moldura de
madeira escura, ranhuras em espiral na cabeceira. É linda. A
mobília combina com a estrutura da cama, toda em madeira escura
com as mesmas ranhuras padronizadas e pelo toque do trabalho
requintado, é feito de carvalho verdadeiro. Há algumas telas de
paisagem nas paredes e uma que acho que é o lago aqui em Cabin
Lakes.
Puta merda.
Desesperadamente.
— Posso ajudar?
Sorrio. — Ótimo.
— Sim, uma corrida. Dean falou que tem uma trilha que está
iluminada perto da entrada.
Paisley.
— Obrigada.
— Verá — provoca.
— Por que não fazem algo amanhã? Temos a manhã livre até
irmos para o Go-Karting.
— Sim, quero. Sei que não passamos muito tempo juntos nos
últimos meses e não é culpa de ninguém, apenas minha.
Realmente sinto muito.
Ela ri alegremente.
— O que farei?
— Desculpe, princesa.
— Não há nada.
— Tentei pará-lo.
— Também irei. Não acho que sou uma pessoa zen — anuncia
a outra.
— Será incrível.
— Por favor, não diga que enviaram duas fodidas garotas para
resolver esses hooligans11?
11
Refere-se a um comportamento destrutivo e desregrado. Tal comportamento é comumente associado a fãs
de desportos, principalmente adeptos de futebol e desportos universitários.
— Papai.
— Max — concorda.
— Chaves.
— Faremos isso.
Merda!
Bufa. — Não brinca. Seu pai precisa ser trancado. E... ei, o
que fará?
Há mais de um.
— Este, sim. E acabarei com isso. Não serei seu chefe, o cara
que dirige um negócio de sucesso, ou um filho que não quer
decepcionar o pai moribundo. No momento, sou Clayton Cross e
esquecerei as responsabilidades e serei eu. Me vingarei.
— Hayden?
— Sempre se divertem.
Empurro-o suavemente.
— Você me protegeu.
— Sinto um “mas”...
— Espera!
— É hora de partir.
Rindo, aceno.
— Então?
— Caralho! — sussurro.
Deve ser uma noite normal aqui, porque fotos deles aparecem
nas paredes, junto com anúncios do que mais acontecerá na
semana.
— Fez isso?
Afasto-me, sorrindo.
— Com certeza.
Estou tão presa em seu sorriso torto que não percebo que
parei. Alegria e felicidade irradiam dele e não consigo me virar.
— Por favor, diga que serão jogados para cima e não para o
que acho que servem.
— Firme.
— Vai!
— Eu... eu...
— Posso ver.
— Obrigada.
Malik solta Mark, que cai contra um poste de luz, para parar
meu pai, colocando a mão em seu peito.
— Coma a comida.
Bate em Mark, que por sua vez bate no oficial, ambos caindo
no chão.
— Desculpe — resmunga.
— Clay...
— Foda-me!
Vibro os cílios.
— Por quê?
12
Time de futebol, Manchester United Football Club
— Sim e não. Adorava pilotar, porém nunca foi meu jogo final.
Sabia que não faria isso pelo resto da vida. Assumir o controle dos
negócios é o que sempre desejei.
— Não aja como se não fosse — corro o dedo pelo seu peito
magnífico. Fica tenso embaixo de mim.
— Sinto falta dos dias em que você era rude e mandão — abro
a porta. — Deus, estou morrendo de fome.
Medroso!
— Não.
— Não, partimos.
Papai, Mark, Malik e Maddox ficam para trás num ritmo mais
lento, parecendo que passaram por guerras.
Encara-o.
— Que se foda.
— Papai!
Empurro-o.
— Alguém falou?
Bufo.
— Nada — gritamos.
Eu me certificarei disso.
— Obrigada.
— Pela sua reação, não era sobre isso que desejava conversar.
— Cara, não fui a uma desde os treze anos e meu pai nos
expulsou por levar o jogo virtual a sério.
Não acredito que fez isso. É a coisa mais doce de todas. Nem
sabia que prestava atenção em mim. Na maioria das vezes, parece
que quer me estrangular.
Fico boquiaberta.
— Mas...
— Oh.
— Sim, oh.
— Volte depressa.
— Sim, estou bem, Clayton que não. Ele não quer que eu,
hum, fale sobre isso com nenhum dos parentes. Sabe como são os
homens. Falaria com Jaxon sobre isso, mas me irritaria em dois
segundos.
Forço um sorriso.
— Ótimo.
Não dá.
— É seu pai? Porque falei com Amelia e afirmou que ele está
bem, que não houve nenhuma mudança em sua saúde.
Suspira.
— Clayton — mordo.
— Não pararei.
— Não diga que esta é a parte em que me pede para ser sua
namorada, porque aviso, o provocarei sem piedade.
— Por que não vemos como as coisas irão antes de lhe passar
um bilhete com um 'assinale sim ou não para ser minha
namorada'?
— Que tal apenas fazer com você — ofereço, minha voz baixa,
rouca.
— Vamos então.
13
Cadeia de hotéis britânica de quartos baratos e de baixa qualidade.
— Beije-me — imploro.
— Porra!
— Tudo bem?
— É Claire — bufa.
— Minha mãe falou que você faria isso — deixa escapar, com
punhos cerrados. — Até sabia que me trairia, avisou quando contei
sobre você.
— O quê?
14
Comidas específicas de diversas etnia.
— Posso ou não ter enviado uma foto sua no palco com aquela
drag, Luna, e o vídeo que fiz de você gritando como uma menina
quando o cachorro o perseguia.
— Clayton?
— Tudo certo?
— Desejo devagar.
— Quero forte.
— Foda-me — implora.
— Clayton — grita.
— Devagar — lembro-a.
— Hayden.
Abro a boca, para dizer o quê, não sei, mas nenhuma palavra
se forma.
— Realmente não é.
Ri quando nos rolo para que fique por cima, com o cabelo
solto.
CHEFE QUENTE IDIOTA: Sei que virá cedo para repassar o que
perdeu, porém, seria errado pedir para vir mais cedo? Peço um
jantar no meu escritório para nós.
— Sim.
É difícil não olhar para Beau, para ver se pensa o mesmo que
eu sobre o comentário. É difícil excluí-lo da lista quando reage
assim, entretanto, pode significar apenas que se preocupa.
— Mas...
Walker senta.
— O que acha?
— Acho uma boa ideia. Dessa forma, garantiram que tudo seja
coberto por um policial.
— Não, obrigado por vir e não fazer isso sozinha. Fez a coisa
certa — promete Walker.
— Foi intenso.
Nada. Novamente.
— Responda.
Franzo a testa.
BEAU: Ninguém está aqui. Talvez essa pista seja outro beco
sem saída. As invasões podem ser apenas relacionadas a gangues.
— Clayton...
— Tudo bem. Beau está num local pronto para pegar o policial
que poderia trabalhar com a gangue. Não precisa se preocupar. Fiz
isso. Posso realmente colocar um fim neles.
— O que disse?
Posso lidar com ele chateado, todavia sua raiva é algo que não
tolerarei. Não tem ideia. Está exagerando.
— Bem, que merda. Queria que visse do que sou capaz. Provar
que faria isso e fiz.
— Não sou meu pai. E ele não é mais seu chefe. Eu sou. E
pedi especificamente para não se colocar em perigo.
— Não, porque esse não é meu lugar, assim como o seu não é
me falar o que fazer — viro para sair.
— Clayton?
— Sim?
— Sim?
— Hã?
Não achou que a escutava, mas tudo que fiz foi ouvir. A ideia
dela tinha mérito e acredito que seria boa para a Cross Global.
A única pessoa que pode ajudar com meu dilema é meu pai.
— Por favor, faça. Mal posso esperar para ouvir como Hayden
chutou sua bunda.
— Ok.
Encara-me.
— É culpa sua. Não pense que não sei que não a deixaria fazer
o trabalho que queria. Permitiu ela fazer isso, porra.
— Está se ouvindo?
— Sei que foi sequestrada. Sou seu pai. Diga algo que não sei
— late, mas o alívio derrama sobre sua expressão ao som da voz
dela.
Geme. — Por favor, diga que a família inteira não está aí.
Sorri, se aproximando.
— E não vê a ironia?
Meu olhar vai para o menino que não tem mais de 12 anos,
tremendo e com olhos arregalados. — Usa crianças para fazer o
trabalho sujo.
Está delirando?
— Vá para o inferno.
— Todos saberão que foi você. Nada que faça comigo me fará
ficar quieta — advirto.
— Beau saberá.
— Sim, para que saiba que é você quando sair daqui. Alguém
já percebeu que não está lá.
Junta as sobrancelhas.
Estremeço.
— Merda — sussurro.
Sempre fazem.
Não fui feita para isso. Avisei meus pais quando se recusaram
a escrever uma carta para desculpar minha ausência da Educação
Física que o exercício seria minha morte.
Uso as pontas dos pés para empurrar para trás, torcendo meu
corpo para o lado para tentar me forçar a subir. Sinto-me fraca,
minhas pernas parecem gelatina.
— Deveria ter feito sua lição de casa antes de vir atrás de mim,
então significaria realmente trabalhar. — Abaixo para pegar seu
telefone esquecido.
— Estou orgulhoso, menina. Por favor, diga que foi esse tal de
Fisher que esfaqueou.
— Não, não era. Não sei onde está, pai. E não demorará muito
até que Kyle venha atrás de mim novamente.
— Onde está?
Sempre vem.
Depois de correr por uns bons cinco minutos sob chuva forte,
paramos.
Não a perderei.
— Obrigado.
— Peguei a vadia.
— Sim, bebê?
— Sim?
Balança a cabeça.
— Diria que seu pai protege o filhote, mas não vigia Fisher
para protegê-lo. Está garantindo que nenhum outro policial
corrupto o deixe livre ou o confunda com um cara bom.
15
Transtorno de estresse pós-traumático.
Pisco.
Geme.
— Você é um pé no saco.
— Não a deixaremos.
— Peguei vocês!
— Papai?
— Sim, bebê.
— Por que não veio até mim? — Rob late, vindo em nossa
direção.
— Não poderia. Sabe que não. Nunca acreditei que fosse você.
Colocaria outra vida nisto? Não! Beau também não achou que fosse
você.
— Acabou? Realmente...
— Os outros?
— Te amo.
— Sei que sim. Garota, escute, não faça essa merda de novo.
É pequena e poderosa, não invencível. Esta noite poderia ter dado
muito errado, e me chame de egoísta, porém, prefiro que morra
velha, na cama, e não por algo que não seja sua luta.
— Sinto muito.
Sorri.
Rio.
Aceno, tossindo.
— Como se sente?
— Sim, sobre isso... ficarei com você. Sua mãe está lá fora,
mandando seus irmãos arrumarem seu antigo quarto na casa dela.
— Covarde — provoco.
ASSINALE SIM
ASSINALE NÃO
O filho do vizinho que, não faz muito tempo, fez dezoito anos,
derrapa com o carro na calçada, passa por cima da minha calçada
e entra na dele. Estaciona descuidadamente sobre a calçada, que
está cheio de pedras e sujeira reviradas.
Olha para trás como o idiota que é antes de voltar para nós,
seu olhar correndo sobre Madison.
— Contigo? — Chia.
— Contigo? — repete.
— Ei, é burra?
— Família amável.
— Foda-me!
Madison me cutuca.
— Não irá.
Pisco, sorrindo.
Não só isso.
Ele não foi desagradável, também não foi legal quando disse
que precisava ir para casa, que ele e a mãe dela não eram mais um
casal depois de cinco anos juntos.
— É bonita — comenta.