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Série Forever — Livro 01

Faça-me sua
(Mack Me Yours)
By Alla Lar
Equipe Pegasus Lançamentos
Envio: Soryu
Tradução: Margarete e ladyeuphoria
Revisão Inicial: Ju Pompeo
Revisão Final: Kika Smith
Leitura Final: Luisinha Almeida
Formatação e Layout: Luisinha Almeida
Verificação: Mari Sales
Sinopse
Trapaceira.
Essa é a melhor descrição da vida de Layla. Desde
que seu pai morreu, ela segue as suas regras: Nunca
seja pega. Nunca fique perto demais.
O plano de vida de Layla é simples, ganhar a
maior quantidade de dinheiro possível, para sobreviver
à faculdade, apostando tudo no bilhar. Se isso
significa flertar, se vestir de forma vulgar, então que
seja assim. Isso, até o momento que viu os olhos de
Taylor Jack, seu escudo correu um sério risco de se
rachar. O bad boy tatuado da faculdade e campeão do
"Lutadores da Noite", colocou seus olhos nela e não vai
desistir até conseguir fazê-la dele.
Depois de um momento de fraqueza, Layla abandona
Taylor em cima da sua mesa de bilhar, seminu e a
querendo mais. Agora, parece que não consegue se livrar
dele, ele está em todo lugar que ela está. Mas, quando
Layla provoca o cara errado, sua segurança fica
ameaçada. Ela pode ter que derrubar seu escudo para que
Taylor possa salvá-la de si mesma.
Capítulo Um

Eu não sou muito ligada em títulos. Eles sempre foram

desnecessariamente clichês para mim. Você tem as meninas

certinhas, as meninas punks, as engraçadinhas, as nerds e

assim por diante. Eu prefiro dizer que eu sou uma garota e

ponto final. Mas, porque eu sou a uma em um milhão que

não gosta de títulos, acho que se eu tivesse que escolher um,

iria ser trapaceira. Ria o quanto quiser, mas eu sou a melhor

nisso e ninguém me dá crédito. Na verdade, eu sou tão boa

que todo cara que está em torno desta mesa de bilhar, acha

que eu sou uma donzela em perigo, girando meu longo cabelo

loiro em volta do meu dedo. Meu quadril pressionou

novamente o canto da mesa de bilhar e minhas costas se

arquearam, de modo que o idiota que está babando atrás de

mim possa ver as minhas longas pernas, mal escondidas sob

os meus shorts jeans.


Claro, me chame de desprezível, paqueradora ou

manipuladora, mas esse é o meu jogo. É assim que eu pago o

aluguel. E ele vence na próxima semana, assim sendo, eu

tenho que sair e ganhar algum esta noite. Trouxas.

Eu coloco o meu dedo no decote e arrasto lentamente.

— Uau, isso foi uma grande jogada — Eu digo.

Inclinando-me mais sobre a mesa de bilhar. Eu garanto que

meu decote esteja aparecendo, antes de morder o lábio e

voltar para trás.

Jason, eu acho que é o seu nome, empurra os dedos

pelo cabelo perfeitamente cortados a La Justin Bieber e sorri.

— É assim que papai faz isso — Ele ri.

Eu luto com a vontade de revirar os olhos e substituo

por uma risadinha. Papai não sabe que vai ter a bunda

chutada.

Colocando a mão em suas calças jeans de mil dólares,

ele joga a sua garrafa azul de cerveja para trás, os olhos indo

para o meu decote. Muito óbvio?

— Vamos lá, querida, é a sua vez — Diz o cara atrás de

mim. Olho de rabo de olho. Seu cabelo está igual ao do

Edward Cullen. Dando um sorriso torto ele pisca, deslizando


a mão sobre a parte inferior das minhas costas. Eu não

estaria perdendo meu tempo com esses amadores se não

fosse necessário, mas eles têm o dinheiro do papai e dão total

atenção quando se trata de qualquer coisa com seios. Então,

eles são a minha melhor aposta.

Ignorando, eu ranjo os dentes e me curvo na mesa

verde escura. Nunca saia do personagem, Layla. Eu estreito

meus olhos e bloqueio o calor do cabelo selvagem atrás de

mim. Este é um bom salão de bilhar. Tão bom quanto um

rico, manipulador bom rapaz possa ir. Eles gastam o dinheiro

de sua família em bebidas, sexo e bilhar. Eles só não sabem

que estão prestes a perder duzentos dólares para uma

menina. Uma menina inteligente.

Angulando meu taco, eu acerto a bola na caçapa. Eu

sorrio para mim mesma.

— Tiro de sorte — Eu falo, levantando-me em linha

reta. Uma tacada perfeita. Eles estão muito confiantes para

notar.

Jason ri e olha para a mesa.

— Tiro de sorte, querida. Parece que você está pegando

o jeito.
Você não tem ideia.

— Você é um bom professor — eu digo, mordendo meu

lábio. Jason me assiste, coçando debaixo de seu queixo, não

se envergonhando de estar me conferindo. Olho para o bar,

no ambiente ao lado. Cindy está sentada em uma banqueta

pairando sobre alguns idiotas excessivamente grandes. Sem

noção. Se ela não fosse minha companheira de quarto,

gostaria de dar um tapa nela, idiota. É só ter um sorriso

bonito, um bom carro e uma carteira gorda e ela é toda sua,

para uma noite ou duas.

Ela olha para mim e balança a cabeça. Ela não,

exatamente, aprova meu estilo de vida. Mas, quando o

aluguel está para vencer, com certeza ela está feliz que eu

faça o que faço. O dinheiro que eu ganho na cafeteria do

campus não é o suficiente.

Ela aponta para o fortão ao lado dela e fala algo.

Concordo com a cabeça, fingindo que eu sei o que ela está

falando. Eu realmente não me importo.

A mão de Jason na frente do meu rosto me traz de

volta para o momento atual, me apressando.

— Oh! É minha vez de novo?


Jason gesticula em direção à mesa e assente.

— Com certeza, querida. Sua vez — ele sussurra.

Ok, é hora de acabar com isso, menina. Eu sorrio para

mim mesma. Papai não ensinou nenhuma boba. Curvo-me,

enquadro-a e derrubo-a dentro da caçapa.

— Uau! Acertei outra bola.

Jason estreita os olhos.

— Duas seguidas. Sua vez, mais uma vez. — Ele toma

um longo gole. Eu posso ver uma gota de suor na testa, ele a

limpa com as costas da mão.

Agora mesmo, ele está lamentando a aposta de

duzentos dólares que colocou em nosso jogo. Otário. Eu dou

de ombros e curvo-me. Deixe-me mostrar-lhe como se faz,

seus putos.

Dez minutos mais tarde, todas as bolas listradas estão

em segurança nas caçapas. Eu sorrio. A boca de Jason está

entreaberta.

— O que diabos aconteceu? — Suas sobrancelhas

marrons estão para baixo e ele não se moveu.

Coloco a ponta do meu taco no chão, eu me inclino

sobre ele e dou de ombros.


— Sorte de iniciante? Eu nunca fiz isso antes.

Um riso a partir do canto da sala de jogos me chama a

atenção. Um cara alto, moreno, está olhando para nós,

sorrindo. De onde é que ele vem?

— Bom trabalho, Layla — Diz ele, inclinando sua

cerveja para trás, sem tirar os olhos dos meus.

Mas que caralho?

— Eu te conheço? — Eu pergunto, empurrando meu

quadril longe da mesa. Eu definitivamente me lembraria dele.

Ele é alto, tem cabelo escuro, curto e tatuagens aparecendo

sob sua camisa cinza com gola V, apertada.

Ele balança a cabeça e caminha para frente.

— Não, você não. Mas, eu sei quem é você. — Ele pisca.

Bundão!

Estou prestes a xingar o cara de perseguidor

assustador, quando Jason coloca duzentos dólares na

madeira, sobre a mesa.

— Aqui, cadela. — Ele murmura, virando as costas e

indo embora. O outro do cabelo selvagem segue-o para fora,

balançando a cabeça. Eu já fui chamada de coisa pior.


— Agora, é assim que mamãe faz. — eu murmuro para

mim mesma.

Eu pego o dinheiro coloco no bolso do meu short jeans

E isso aí, Layla. Não espere ninguém. Palmas impedem meu

mini louvor. Eu giro o calcanhar, encosto na mesa de bilhar e

olho para o cara na minha frente.

— Você precisa de alguma coisa? — Eu pergunto.

Ele sorri e meu coração dispara só um pouquinho. Sua

mandíbula é forte e seus lábios suaves e cheios. Pare com

isso, Layla. Perseguidores não devem ser sexy. O cara

assustador se inclina para trás contra o lado oposto da mesa,

cruzando as botas umas sobre a outra.

— Não, só tomando um minuto para verifica-la, Layla.

Eu tenho sido um fã por semanas.

Eu viro minha cabeça para o lado. Ele definitivamente

confirma a minha teoria de perseguidor.

— Fã de quê? — Eu pergunto, cruzando os braços.

Ele riu profundamente. Ele toma um longo gole de sua

cerveja e eu vejo como ela desliza pela sua garganta grossa.

— Suas habilidades de trapaceira. — Diz ele, se

afastando da mesa. Ele aponta a garrafa de cerveja em minha


direção. — Você enganou muitos caras por aqui e eles são

muito burros para perceber. Ótimo trabalho.

Preocupada com isso, eu fiquei alerta. Ele não deveria

ter percebido. Por que ele está me encarando? Por que ele está

me olhando? Regra número um do papai: Nunca seja pega.

— Por mais encantador que isto seja, eu tenho outros

lugares para ir. Prazer em te conhecer cara e seu jeito

estranho. Tchau. — Faço uma cara séria antes do sorriso

falso.

Ele franze a sobrancelha e seu queixo cai. Notei o

piercing prata perfurando a carne de sua língua. Eu saí da

sala de bilhar e fui até Cindy. Eu caminhei através da

multidão. Estava muito lotado para o meu gosto. Eu não

posso correr o risco de alguém me ver metida em confusão,

pois na faculdade, a fofoca estaria espalhada em cinco

minutos. Eu finalmente a encontro moendo contra o mesmo

grandalhão do bar. Eita!

— Cindy, é hora de ir.

Jogando a cabeça para cima, ela grita:

— O quê? Vem dançar com a gente!


Olho para o cara atrás dela, ele parece realmente

focado em sua bunda.

— Não, hora de ir.

— Não. — Ela diz, virando-se para o idiota babão que

agarra a bunda dela. Ela ri. Reviro os olhos. Jesus, fazê-la ir

para casa é como extrair os dentes. Bufando, eu sopro minha

franja loira e cruzo os braços.

— Tentando levar a sua amiga embora? Você está tão

desesperada para ficar longe de mim? — Alguém diz no meu

ouvido. Muito perto do meu ouvido. Viro-me e olho para cima,

para o cara esquisito. Ele sorri e eu noto uma pequena

covinha na bochecha direita.

— Se você sabe o que eu estou fazendo, você não se

sente estúpido por se aproximar e me perguntar isso?

Ele ri e seu pomo de adão salta em sua garganta. Outra

tatuagem me chama a atenção, saindo de sua camisa, no

lado oposto.

— Eu não sou tão fácil de se livrar, querida.

Suspiro.

— Ai... ai — eu digo, sentindo a mão de Cindy em volta

do meu braço e me tirando de perto do menino esquisito.


— Jesus Layla! Você não sabe quem ele é? — Com

olhos assustados, ela está olhando para mim tensa.

— Não, mas eu tenho certeza que você vai me dizer. —

Eu puxo meu braço, esfregando a pele macia. Nossa, ela tem

uma pegada forte.

— Taylor Jacks.

Eu levanto uma sobrancelha.

— Será que isso deveria significar alguma coisa para

mim?

Ela joga o quadril para o lado e as mãos no ar.

— Somente o rei dos reis da faculdade. Ele pode ter

qualquer garota que ele quer. Você conhece Lutadores da

Noite? Os combates na arena da cidade? O maior encontro do

corpo discente... como sempre!

Oh Jesus.

— Você quer dizer, os bárbaros que lutam para serem

chutados?

Ela ajusta as tiras de sua camiseta, extremamente

apertada. Pelo menos, eu uso coisas desprezíveis para

provocar os homens, ela só faz isso para chamar a atenção.


— Se é disso que você quer chamar. Ele é tão gostoso,

Lay. Brett é amigo dele, ele falou sobre a gente ir em sua casa

esta noite. Você deveria vir. Ter um pouco de ação.

Ação?

— Eu passo.

Ela bufa.

— Você nunca transa, Layla. O que você está

escondendo aí embaixo? — Ela aponta em direção a minha

virilha.

Reviro os olhos.

— Você está bem para chegar em casa sozinha? Eu não

quero você me chamando as três da madrugada me dizendo

que eu sou uma amiga terrível deixando-a sozinha. Esta é a

sua carona no momento.

Ela revira os olhos castanhos.

— Eu estou bem, mas você totalmente deve vir

conosco. Vai ser divertido. — Ela mexe os quadris e faz uma

coisa muito estúpida com os ombros.

— Essa é a minha deixa para ir embora, antes de você

nos envergonhar.

— Vovó.
— Vadia.

Ela sorri.

— Se a carapuça servir. Eu mando uma mensagem

quando chegar a sua casa.

— Claro. — Eu digo, seguindo de volta pela multidão.

O vento fresco de abril bate contra minhas pernas e eu

tremo, quando eu abro a porta de metal excessivamente

pesada. Vasculhando meus bolsos, eu puxo a minha

passagem de ônibus. Eu odeio o ônibus. Tem cheiro de

bunda e para não mencionar os personagens obscuros que

olham para a parte de trás de sua cabeça. Quase nenhum

jovem universitário anda de ônibus, mas desde que eu não

tenho carro, é isso ou a pé. O que sobra do meu dinheiro,

jogo em um enorme pote escondido no meu armário. Estou

pensando em comprar um carro usado, um dia, espero que

em breve.

— Indo já?

Caramba, esse cara não tem uma vida?

— Olha. — Eu disse, me voltando para ele. A luz da rua

atingiu seu rosto e vi o piercing em sua sobrancelha. Ótimo,

eu estou presa do lado de fora com uma aberração perfurada.


Eu vou ser estuprada. Bem ... talvez não seja assim tão ruim.

— Eu sei quem você é. Você é o cara gostoso da faculdade

que tem qualquer garota que quer. E eu sou a garota que não

quer ter nada a ver com você. — Eu suspirei. — Assim é a

vida na pista rápida, garoto. Foi bom conversar, mas eu

tenho que chegar em casa. Eu tenho trabalho de manhã.

Taylor, eu acho que é como Cindy o chamou, ri. É a

mesma risada profunda de antes.

— Você é engraçada, Layla. Muito boa atriz. — Ele dá

um passo para frente, elevando-se sobre mim. — É por isso

que eu não acredito que você realmente quer ir para casa

agora.

— Leitor de pensamentos, Taylor. Mas, já que você

sabe, o que você acha que eu quero fazer agora?

Ele encolhe os ombros e olha para uma multidão de

garotos bêbados cambaleando para fora do bar.

— Não ir para casa. Sua amiga, Cindy, está indo pra lá

com Brett. Quer vir?

Esse cara pode ficar mais confiante?

— Você está surdo?


Ele dá um passo mais perto, um sorriso subindo sua

pesada mandíbula. Uma rajada de vento me dá um tapa na

cara e envia o perfume de Taylor para mim. É viril, como um

modelo da Abercrombie que acabou de tomar banho. Não é

que eu tive o prazer de realmente cheirar um, mas eu

imagino que eles cheirem assim.

— Não. Desesperado.

Eu dou um passo para trás.

— Você está desesperado para transar comigo? Que

encantador.

Ele balança a cabeça.

— Para entrar nessa sua pequena mente do mal. Você

trapaceia o que? Dez, vinte caras por semana? E parece não

ter compromisso com ninguém. Isso é estranho. Qual é o seu

jogo?

Ele realmente não é aquele tipo de feio. Eu dou de

ombros e mexo com a franja da minha camiseta.

— Os jogadores nunca revelam suas táticas, Taylor.

Isso é o que os torna bons. Você deveria saber.

Ele salta para trás em seus calcanhares, então sorri.


— Eu não sou o jogador aqui, você é. Por que você não

vem me mostrar o que você tem?

Eu finjo um bocejo.

— Muito cansada.

Ele inclina a cabeça para o lado.

— Eu tenho uma mesa de bilhar na minha casa. Uma

hora, se você não estiver se divertindo, eu vou levá-la para

casa sozinha.

Eu olho para o meu celular e xingo. Esse cara não vai

de desistir.

— Uma hora.

Ele sorri aquele sorriso cruel.

— Isso é tudo que eu preciso.

***

Taylor vive no lado leste da cidade. Em outras palavras,

onde os ricos mandam seus filhos após o colegial. É fechado e

parece que foi construído para a realeza. Cindy está no banco

de trás do BMW de Brett comigo, é elegante, preto e

brilhante. Ela continua falando, mas eu não estou ouvindo.


Às vezes, eu desejo que ela tivesse um maldito botão de

mudo.

Cindy foi uma segunda escolha para uma colega de

quarto. Eu deveria realmente viver no campus, mas como os

dormitórios estavam cheios, eu tive que encontrar um lugar

para viver rápido. Eu não voltaria para casa nem para salvar

a minha vida. Tem muitas lembranças ali para me

assombrar. A última colega de quarto de Cindy tinha se

formado, deixando-a com o aluguel para pagar sozinha. Um

panfleto e alguns telefonemas mais tarde, eu estava indo para

o apartamento de dois quartos perto do campus. Felizmente

ou infelizmente contudo, você vê, Cindy e eu estamos ligadas

um pouco mais do que eu tinha planejado. Não está em meus

planos fazer amigos, não enquanto eu estou trapaceando,

nunca acaba bem. Cindy é um pé no saco, mas eu a amo de

qualquer jeito.

— O que você acha, Layla? — Cindy fala.

— Huh? — Eu digo, olhando para ela.

Ela bufa.
— Você não me dá um pouco da sua maldita atenção.

Às vezes, eu desejo poder entrar em sua cabeça e ver o que se

passa ai dentro.

Taylor ri do banco da frente e eu me impeço de bater

na parte de trás de sua cabeça. Imbecil.

— Eu estava apenas adormecida nessa maldita longa

viagem até aqui.

— Nunca veio a esta parte da cidade? — Brett

pergunta.

Eu balanço a cabeça, mas percebo que ele não pode

ver. Eu nunca seria capaz de suportar este lugar, mas eu não

digo isso.

— Uma ou duas vezes — murmuro.

Paramos em um estacionamento e todo mundo sai.

Taylor vive no primeiro andar e eu estou contente. É uma

rota de fuga mais fácil, sem escadas. Eu não pretendo ficar

muito tempo, assim que der a minha hora, Taylor vai me

levar para casa.

Brett agarra Cindy e coloca-a por cima do ombro,

fazendo-a gritar enquanto entrava dentro da casa. Ela finge

lutar e bater na sua bunda.


— Você quer uma carona? — Taylor pergunta, olhando-

me da calçada. Sua voz me deixa nervosa.

— Eu tenho pernas. — Eu digo, dando um passo para

a varanda de seu apartamento.

Um sorriso torto aparece em seu rosto e os olhos

vagam pelas minhas pernas antes de eu virar as costas para

ele. Não olhe para mim assim.

— Muito longas e agradáveis. — Ele sussurra atrás de

mim.

Eu estou feliz que eu estou virada para frente ou ele

poderia ver as minhas bochechas rosadas. O apartamento de

Taylor é muito maior e mais agradável do que o nosso. Sua

sala está cheia de sofás de couro, uma enorme TV e Blu-Rays

suficientes para durar três anos. A porta se fecha atrás de

mim. Ouço Brett fechar uma porta e Cindy gemer. Eu só

posso imaginar o que eles vão fazer em breve.

— Então, você está pronto para me mostrar o que você

tem? — Taylor pergunta.

Eu examino minhas unhas.

— Claro, se você acha que está pronto para esse tipo de

punição, Taylor. — Ele ri e sua risada balança o seu peito


Ele se inclina para baixo perto do meu ouvido:

— Eu posso aguentar mais punição do que você pensa.

Um calor se espalha sobre minha barriga, viajando

para baixo, para ... você sabe. Merda. Eu dou um passo para

trás e faço um gesto em direção a sala.

— É a sua casa, mostre-me o caminho.

Ele sorri e caminha em direção a um pequeno corredor.

Eu sigo-o em uma sala iluminada, que tem vídeo game,

hóquei de ar, mesa de bilhar e três assentos de teatro na

frente de uma grande TV. Ostentoso.

— Então — Diz Taylor, fechando a porta. Eu vejo como

ele pega dois tacos de bilhar e me dá um. — Eu vejo que você

ganhou algumas listradas da última vez?

Muito observador. Concordo com a cabeça.

— Bem, esqueça o intervalo, você pode ter as listradas.

Concordo com a cabeça.

— Você será arrasado, amigo. — Eu digo.

Ele ri.

— Espere, precisamos tornar o negócio um pouco mais

interessante. — Ele dá um passo mais perto de mim, seus

antebraços tocam minhas costas. — Para cada vez que o


nosso oponente receber um ponto, tiramos algo. — Fico

atenta.

— Trata-se de um desafio para me deixar nua, Taylor?

Porque eu precisaria de muito álcool para isso.

Encostado à mesa ao meu lado, ele ri.

— Certo, porque eu sou tão repulsivo assim que você

não quer me ver nu.

Minhas orelhas queimam. Vê-lo nu ... não parece ser

uma ideia tão ruim. Seus ombros eram grandes e as

tatuagens, eu ... eu gosto delas ... um pouco. Eu balanço

minha cabeça. Isso não pode acontecer. Segunda regra do

papai: Nunca fique perto demais. Eles vão te machucar

demais.

Ele ri, dando um passo mais perto, sua boca perto da

minha.

— Será que pensar em mim nu ... te incomoda, Layla?

Eu bufo, é instável. Por que ele cheira tão bem?

— Dificilmente.

Ele ri.

— Então, não deve ser um problema, não é?


Eu aperto meu taco para ficar mais difícil de encolher

de ombros.

— Claro que não. Você vai ser o único nu de qualquer

maneira. Então, eu não estou muito preocupada. Vamos fazer

isso, grandão.

Taylor quase dá um sorriso.

— Seu desejo é uma ordem, querida.

Estreitando os olhos, eu inclino sobre a mesa e paro.

Uma bola entrou no buraco. Taylor levanta uma sobrancelha.

— Você está muito desesperada.

— Oh, sério?

Ele me dá um aceno rápido.

— Para me ver nu. — Ele caminha em minha direção.

— Tudo o que você tem a fazer é pedir, Lay. Eu ficaria feliz

em ajudar. — Eu mantenho meus olhos focados, mas não

deixei o fato dele me chamar de Lay passar despercebido.

À espera de uma observação, Taylor chega por trás,

tirando sua camiseta cinza. Ele joga a camiseta no chão. Eu

quase não percebi, porque meus olhos foram para o peito. A

tatuagem que eu tinha visto mais cedo envolve seu torso em


um padrão tribal. Minha boca fica seca de repente, mas eu

engulo em seco e levanto os meus olhos para os dele.

— Minha vez de novo — eu digo, limpando a garganta.

Ele sorri inclinando-se contra a mesa. Ele balança a

cabeça.

— Mostre-me o que você tem, princesa — ele sussurra.

Concordo com a cabeça, inclinando-me. Eu alinho o taco.

Taylor caminha para mim, os olhos observando de perto. Ele

sorri, passa a língua sobre seu lábio inferior. — Vê algo que

gosta, boneca?

Eu sorrio.

— Dificilmente. — murmuro. Eu encaçapo a bola, mas

ela pula para fora. Eu engulo em seco. Que raios aconteceu?

Eu nunca perco, a não ser de propósito.

Taylor ri e o barulho no peito é profundo por trás de

mim.

— Uh oh, princesa. Parece que é a minha vez.

Mordendo meu lábio, eu me levanto e sorrio.

— Bem, me mostre o que você sabe, então. — Deixo

escapar uma risada nervosa. Taylor pega seu taco, se inclina


sobre a mesa e olha para mim. Ele acerta. Seus olhos

cinzentos sorriem para mim.

Ele vira para trás e enfia as mãos no bolso. Meu

coração bate acelerado. Ele se inclina sobre o taco, vira a

cabeça para o lado.

— Perca essa camiseta, menina. Parece que você não é

a única que está desesperada para ver alguém sem roupa.

Disfarçando a minha vergonha, eu levanto meu queixo

e sorrio. Seguro a barra da minha camiseta e a tiro. Minhas

bochechas estão em chamas, mas eu olho nos olhos dele.

— Vê algo que gosta, princesa? — Eu pergunto.

O olhar de Taylor vai para os meus seios.

— Você não tem ideia — ele sussurra. — É a minha vez

de novo, certo? — Eu concordo, agradecendo a Deus estar

com um sutiã decente. Taylor olha para os meus shorts jeans

e sorri. Ele sabe o que vai fazer. Droga, eu sei que ele vai

fazer isso. Nós dois sabemos que eu vou ficar sem short.

Ele vai para trás e encaçapa outra. Ele se levanta,

entrelaçando as mãos atrás da cabeça.

— Caramba — ele solta. — Parece que você vai perder o

short também. — Ele balança a cabeça para trás e caminha


ao redor da mesa. — Você precisa de alguma ajuda? —

Pergunta, sua respiração chegando em ondas quentes no

meu pescoço.

Eu ergo o pescoço para olhar para ele. Ele levanta a

sobrancelha que tem um piercing. A regra do papai vem na

minha cabeça. Nunca fique perto demais. Eu abro minha

boca, então mordo os lábios. Taylor me vira em direção à

mesa, as mãos de cada lado de mim.

— Um acordo é um acordo — eu sussurro.

Ele concorda, sua língua passando pelo lábio inferior.

— Eu quero te beijar agora, Layla. Diga-me que eu

posso te beijar — ele sussurra junto aos meus lábios.

Minha respiração para. Eu não tenho nenhuma ideia

do que aconteceu, mas eu não consigo fazer nada, somente

concordar. Eu quero sentir a suavidade de seus lábios nos

meus.

— Faça isso — murmuro.

Ele se inclina e a bolha de regras do meu pai explode a

minha volta. Uma mão me abraça e a outra segura a minha

nuca. Eu abro a minha boca, deixando-o seguir com sua

língua no meu lábio inferior. Eu suspiro quando eu sinto o


metal duro do seu piercing na língua. Ele respira no meu

ouvido, dirigindo sua língua contra minha orelha. O piercing

duro e frio desliza na minha pele. Deixo escapar um longo

suspiro de desejo e pego seus ombros, trazendo-o mais para a

minha boca.

— Diga-me para parar, se você quer que eu pare — Ele

sussurra. Eu nego com minha cabeça, mergulhando minha

língua dentro de sua boca. Eu cavo meus dedos em seus

braços sólidos, conforme ele me beija mais. Ele sussurra

apertando minha bunda, me deslizando sobre a mesa. Ele dá

um passo entre as minhas pernas, colocando-as ao redor de

sua cintura. Minha mente está confusa, ele não se parece

com um cara que iria parar só porque eu quero que ele pare,

mas eu não posso evitar e acredito. Diga-me para parar, se

você quer que eu pare.

— Você quer parar agora?

— Não — eu murmuro.

Ele geme, acariciando sua língua com a minha. Ele

suga o meu lábio inferior, mordendo-o, puxando-o com os

dentes. Empurrando o suficiente para colocar meu cabelo


para trás dos ombros, ele segura meu peito com a palma da

mão aberta.

— Oh! — Eu suspiro, inclinando-me mais para trás na

mesa de bilhar.

Ele me levanta e me coloca no centro da mesa, parando

quando ele paira sobre mim. Depois de agredir a minha boca,

ele desabotoa meu sutiã, deixando meu peito a mostra. As

alças não estão tão longe quando ele toma meu mamilo na

boca.

— Ah! — eu gemo, levantando meus quadris em

direção ao seu.

Seu piercing de língua desliza sobre a pele sensível.

Puta merda. Agarrando seu cabelo, eu empurro mais a cabeça

para o meu peito. Isso não está certo ... mas, porra isso e tão

bom.

Sua coxa separa as minhas pernas e empurra contra

mim. As mãos calejadas de Taylor viajam até meu estômago e

depois para o meu zíper. Oh, Deus. Meu coração está

acelerado. Eu não estive intimamente com um cara há anos.

As regras do meu pai era a única coisa em minha mente

depois que ele morreu. Nunca fique perto demais. Nunca seja
pega. Eu seguia as duas. Deslizando os dedos dentro do meu

short, entre o tecido da minha calcinha e minha pele,

encontrando o que ele precisava, ele acariciou minha parte

mais íntima.

— Você está tão molhada para mim — ele sussurra

suavemente, eu não tenho certeza do que ele disse.

— Taylor — eu gemi em sua boca, as pernas tremendo

de desejo, de necessidade.

— Deus, você é tão linda. Por favor, deixe-me cuidar de

você — ele sussurrou em meu ouvido, os dedos me tocando

levemente. Sua língua no meu peito, mais uma vez, me

fazendo gozar. Eu envolvo as minhas pernas mais apertadas

em torno dele. Minha mente está voando, eu só gozei nos

dedos de Taylor Jacks. Eu quero esconder minha

humilhação, mas é tarde demais.

Deus, você é tão linda. Minha mente está atordoada, eu

empurro o ombro dele até que eu estou sentada. Seus olhos

estão dilatados, respirando pesadamente.

— Você quer que eu pare? — Pergunta ele.

Eu concordo, tentando sair da mesa, pego minha

camiseta.
— Layla — diz Taylor, indo ao meu lado. — Está tudo

bem, você ainda pode ficar. Se você quiser parar, tudo bem.

A raiva e embaraço me agitam. Isto não deveria

acontecer. Eu não posso ficar perto demais. Com o meu estilo

de vida, é mais fácil ser somente eu. Sem bagagem extra,

nada de garantia. Papai aprendeu da maneira mais difícil. Ele

quebrou a regra número dois: Nunca deixe ninguém entrar.

Mamãe se foi por causa dele. Papai se foi por causa dele. Eu

não vou deixar a mesma coisa acontecer comigo.

Eu fecho meu short e visto a minha camiseta.

— Layla — diz Taylor, agarrando o meu braço. — Está

tudo bem, ainda podemos passar o tempo juntos. Vamos

para a sala de estar e ver televisão. — Seus olhos são

enormes bolas redondas de aço cinza.

Eu puxo meu braço e olho para ele. Ele está respirando

pesadamente, peito nu subindo e descendo rapidamente.

Uma gota de suor caiu sobre seu torso tatuado.

— Eu tenho que ir — eu digo, correndo da sala. Eu

chego até a porta da frente e Taylor coloca a palma da mão

sobre ela, batendo-a.


— Deixe-me levá-la para casa. Você não pode andar,

são malditos dez quilômetros. — Eu estou mordendo meu

lábio. Eu preciso ir embora antes de me jogar em cima dele.

Eu preciso ir embora antes que remova os jeans de sua

cintura fina e peça-lhe para transar comigo. Eu preciso ir

embora, antes que eu sofra mais humilhação.

— Eu vou pegar o ônibus — digo.

— Apenas me diga o que eu fiz de errado? Eu

machuquei você? — pergunta ele, segurando o meu queixo e

me fazendo olhá-lo.

Seus olhos cinzentos são tão ... expressivos.

— Não — eu solto, batendo em sua mão. Abro a porta e

sigo em direção a rua.


Capítulo Dois

A batida de uma porta me desperta. Eu pisco duas

vezes, olhando ao meu redor. Meu quarto. Ufa. Um pequeno

miado vem de baixo. Eu olho para baixo e vejo Mittens que

está olhando para mim, os olhos amarelos arregalados.

— Oi, querida — eu digo, oferecendo minha mão.

Ela esfrega a cabeça contra a palma da minha mão e

vai em direção a porta aberta do quarto. Cindy deve estar em

casa. Meu despertador ao lado da minha cama me diz que

Cindy teve uma noite maravilhosa com ... Ah, não. Eu puxo

os meus pés para fora de meus lençóis emaranhados e

levanto-me. Santo Deus, eu quase fiz sexo com um cara na

noite passada. Não é qualquer cara, mas Taylor, o cara que

faz minha pele arrepiar. Um cara que acabei de conhecer. Eu

coço minha cabeça e passo os dedos pelo meu cabelo loiro

embaraçado. O que diabos deu em mim? Talvez ele estivesse

bêbado, talvez ele tenha esquecido. Tomara!


Mordendo meus lábios, eu saio do meu quarto para a

cozinha. Ouço Cindy falar e acho que está no telefone até que

eu entro na cozinha e minha boca cai aberta.

Cindy está de pé sobre a nossa mesa bistrô,

distribuindo rosquinhas. Brett está engolindo o seu segundo,

desde que eu estou aqui em pé. Mas, não é isso que está me

assustando, é quem está em pé ao lado deles, os olhos

arrastando para cima e para baixo das minhas pernas.

— Oh! — diz Cindy, olhando para cima. — Fico feliz em

saber que você chegou em casa bem, depois de fugir como

uma descontrolada. — Ela sorri com os cabelos em um coque

bagunçado em cima de sua cabeça.

Eu mordo meu lábio e estreito os olhos.

— O que você está fazendo aqui? — Eu pergunto. Brett

deve saber que eu não estou falando com ele, porque ele olha

para Taylor, que ainda está olhando para mim.

— Não seja rude Layla. Fomos comprar rosquinhas —

diz Cindy.

Taylor inclina a cabeça para o lado e cruza os braços.

Eu só agora percebo que ele está usando uma regata cinza e


shorts. Suas tatuagens aparecem debaixo de sua camiseta e

em seus bíceps.

— Posso falar com você em particular?

Podemos conversar em particular? Eu quero estrangulá-

lo. Será que ele não entendeu a noite passada? Eu coloco

minhas mãos em meus quadris e estreito meu olhar. De

repente, estou ciente de que estou vestindo apenas uma

camisola. É uma das camisas velhas do meu pai.

— Não — eu digo, virando-me e caminhando de volta

para o meu quarto. Eu bato a porta, mas ele a pega. Taylor

está de pé na porta, mãos no batente, seu corpo alto sendo a

maior parte da vista.

— Eu digo que sim. Precisamos conversar sobre a noite

passada — ele resmunga, fechando a porta atrás dele. Eu

ouço o clique do bloqueio e meu coração dispara. — Olha

Layla. — Ele limpa a garganta. — Se você não está a fim de

mim tudo bem ... Eu só preciso saber que eu não te

machuquei. Que eu não fiz nada de errado. Você me queria,

também, certo?

Oh, você não fez nada de errado. E realmente sim, eu o

queria. Esse é o problema. Ele estava tão bem contra mim.


Tão firme, tão experiente. Tão satisfeita com as minhas

necessidades sendo atendidas.

Ignoro sua última pergunta.

— Eu não quero você — eu digo, cruzando os braços.

Seus olhos momentaneamente se ampliaram, em seguida, ele

pressiona seus lábios em uma linha reta dura. Ele está

chateado. Sr. Rei do Campus não está acostumado a ser

dispensado. Bem, merda. Há uma primeira vez para tudo.

Por alguns segundos longos e desconfortáveis, ele olha

para mim. Em seguida, ele levanta uma sobrancelha e um

sorriso levanta a partir do canto de sua boca. Ele não parece

acreditar em mim e isso me deixa com raiva.

— Eu não estou. — eu deixo escapar.

Ele sorri. Um completo sorriso com dentes brilhantes.

— Ok, então, Layla. — Ele sorri. — Contanto que eu

não te machuquei. — Ele se vira e sai do meu quarto. Eu fico

olhando para a porta fechada por alguns minutos.

Bastardo!

Sento-me na minha cama, esperando por eles para

sair. Quando eu ouço o clique da porta da frente e as suas

vozes abafadas desaparecendo, eu me levanto. Cindy está de


pé na minha porta antes que eu possa chegar no meio do

caminho.

— Que porra é essa Layla? — Diz ela com os olhos

arregalados e as mãos nos quadris. Ela ainda está com suas

roupas de ontem à noite, enrugadas e sua camisa um pouco

rasgada. Espere! Essa é a minha camiseta!

— Essa é a minha camiseta?

Ela aperta os lábios com força.

— O quê?

Ela joga as mãos no ar.

— O que está errado com você? O que exatamente

aconteceu na noite passada? Taylor diz que você foi embora.

Mas, ele não disse o por quê. Será que você ... — ela

pergunta, levantando uma sobrancelha.

Eu discordo, balançando minha cabeça.

— Não, nós não ... nós quase fizemos, mas ...

— Mas o quê?

— Eu não achei uma boa ideia, é isso.

Seus olhos castanhos mostram surpresa.

— Você está falando sério? Você deixou Taylor Jacks

nu e excitado? O que há com você? Você nunca namora?


Qual é o problema? Espere! — Ela grita. — Você é ... virgem?

— Ela pergunta, quase sussurrando colocando uma mão

sobre sua boca. Ela age como se fosse um palavrão.

— É claro que eu não sou — eu digo. — Eu dormi com

homens, só não desde que me formei.

— Três anos? O que? Você é lésbica?

Eu fico olhando fixamente para ela.

— Não, eu não sou. É só... — Eu coço a cabeça. — Não

é apenas uma boa ideia para mim. Eu não preciso da

confusão.

Ela balança a cabeça.

— Você parece um cara. Você é desiludida. Isso é

loucura, ou a provocação na noite passada prejudicou a sua

visão?

Suspirando, eu pego a minha camiseta de trabalho e

passo por ela. Eu abro a porta do banheiro e começo a me

despir.

— Você tem grandes pernas e uma bunda bonita. O

que há com você? Por que você não me diz qual a verdadeira

razão de você não querer chegar perto de alguém?

Eu tiro meu sutiã e vou para o chuveiro.


— Eu disse a você — eu digo, fechando a cortina de

chuveiro. — Está feito. Então, por favor, deixa pra lá. Eu não

tenho que vê-lo mais.

Ela bufa.

— Onde você esteve este semestre? Ele está em nossa

classe de literatura do Sul, Layla.

O frasco de xampu escorregou dos meus dedos,

batendo no chão com um Toc.

— De jeito nenhum!

Posso até dizer que ela está sorrindo através da cortina

de chuveiro verde limão.

— E além disso, eles estão vindo aqui hoje para estudar

para o nosso teste de amanhã. Tenha um bom dia de

trabalho — Diz ela enquanto eu grito com ela para voltar.

***

O trabalho é um saco. Eu estou atrás de um balcão

com essa viseira estúpida servindo café, excessivamente

cansada, a estudantes universitários.


— Você parece cansada — diz Eric, me trazendo de

volta do meu momento de piedade.

Olho para ele. Ele está olhando para mim, a cabeça

entre as mãos. Seus grandes olhos azuis me olham com

humor.

— Precisa transar? — Ele me pergunta com um sorriso

enorme nos lábios.

— Engraçadinho. — Eu digo, sentando-me ereta.

Ele ri e bate seu ombro contra o meu. Eric é o gay mais

gostoso, junto com Matt Bomer, que eu já vi. Seus ossos

saltados na bochecha me fazem querer gritar e isso sem

mencionar os músculos, a proporção de gordura corporal.

— Oh, vamos lá, Layla. É apenas uma piada. O que

você fez ontem à noite?

Eu mordo meu lábio e finjo limpar o balcão. Ninguém

esteve aqui em mais de uma hora, está tão limpo quanto ele

pode ficar.

— Eu saí ... joguei sinuca ... depois voltei para o

apartamento de Cindy. Fugi de um cara e o encontrei no meu

apartamento esta manhã ... com rosquinhas.


Eric estava tentando não rir, mas de repente, cai na

gargalhada.

— Jesus Lay. Você já deu a algum cara uma chance?

Talvez você não esteja jogando para a equipe certa.

Jesus, todo mundo acha que eu sou lésbica? — Eu não

sou lésbica.

— Lesbi-honesta — ele sussurra.

Eu rio. Eric e eu assistimos Pitch Perfect1, muitas e

muitas vezes. Ele é na verdade, outra pessoa que eu não

deveria ficar muito próxima. Não faz parte dos meus planos

ser próxima de ninguém. O trabalho em tempo parcial no café

não paga muito, é mais uma perda de tempo. Ele não me dá

muito tempo para pensar. Eu gosto disso. Meu dinheiro

principal vem das minhas trapaças e eu sou boa no que faço.

Eric só não me deixava em paz. Ele só falava, falava, ria e eu

não podia deixar de ser amiga dele.

— Ha há — eu digo. — Eu apenas não estou pensando

em namoro agora.

Eric levanta uma sobrancelha preta perfeitamente

desenhada.

1
Filme, A Escolha Perfeita no Brasil.
— Impossível uma garota não estar pensando em

namoro. Assim, como um cara não estar pensando em sexo.

Eu aponto para mim.

— Não essa garota.

Eric revira os olhos e se serve uma bebida.

— Quem era esse cara, afinal? É melhor ele não ser

gostoso, ou eu vou chutar o seu traseiro. Eu sei que você

precisa ter um pouco de conforto — Ele sorri — também.

Eu dou de ombros e balanço o meu cabelo.

— Só um cara que conheci no salão de bilhar. —

Alguns clientes vêm ao longo do dia, mas não está muito

agitado. Estamos nos preparando para fechar quando a

campainha toca e eu olho para cima.

Meus olhos se arregalam e meu coração quase para

com um impasse. Taylor e Brett entram rindo. Taylor olha

para mim e um sorriso surge em seu rosto.

— Ei Lay — Diz ele, inclinando-se sobre o balcão. Seu

cheiro de banho, mexe comigo. Ele me desperta.

Eric murmura.

— O que podemos servir a vocês? — Ele limpa as mãos

sobre a toalha e sorri.


Brett divaga alguma coisa, mas eu estou muito

ocupada encarando Taylor.

— Tudo bem, Taylor. O que posso servir para você?

Seu olhar vai para os meus seios. Eu sei que ele não

está aqui por causa do café, ele está me paquerando.

— Eu acho que você sabe o que eu quero.

Eric dá um pequeno suspiro e vira-se para começar a

fazer o café de Brett. Eu mexo uma sobrancelha.

— Eu acho que é melhor você me dizer o que você quer

beber, antes que eu chame a polícia do campus para que o

escolte para fora.

Taylor enxuga o polegar do lado de fora de seu lábio, se

inclina para trás e olha para mim.

— Oreo Java — diz ele, lambendo os lábios.

Eu poderia ignorar seu olhar complacente.

— Tudo bem. — eu deixo escapar, virando para pegar

um copo. Eric vira as costas para os meninos e arregala os

olhos.

— Por favor, diga-me que não foi ele que você deixou

nu em sua cama, querendo você.


— Ele não estava nu ... não totalmente, pelo menos. —

E não era sua cama, era a mesa de bilhar.

Eric suspira, agarrando o meu pulso.

— É Taylor...

— Sim, eu sei, Taylor Jacks. Ele. É. Apenas. Um. Cara.

— eu digo, colocando chantilly no topo de seu café. Eu luto

contra a vontade de cuspir nele.

Eric arregala os olhos.

— Ele é um Deus, olhe para ele.

— Não importa, Eric.

Viro-me e Taylor está olhando para a minha bunda.

— Vê algo que gosta, princesa? — Pergunto, batendo o

café na frente dele.

Ele toma um gole de café e assente.

— Oh, eu vejo. Só não posso tocar, ainda. Mas eu vou.

— Ele pisca, me passa uma nota de dez e segue Brett para

fora do café. A boca de Eric está bem aberta quando a porta

finalmente se fecha.

— Cala a boca Lay. Você conseguiu a atenção de Taylor

Jacks. O campeão por três anos consecutivos do Lutadores

da Noite. Ímã das garotas na faculdade e a mais profunda e


escura paixão secreta que eu já tive. Deus — ele balança a

cabeça — Você é mais sortuda do que você jamais saberá. —

Ele coloca o cotovelo no balcão, os olhos arregalados. —

Conte-me tudo.

***

Eu retiro minha viseira logo que eu bato a porta da

frente do apartamento. Eu procuro por Mittens, que está

normalmente sentada em sua cama, esperando por mim.

Mas, ela não está lá. Eu suspiro. Ela provavelmente quebrou

alguma coisa e está escondida com medo. Como se eu já a

tivesse maltratado. Eu puxo o meu cabelo do meu rabo de

cavalo e sento-me no canto do nosso sofá usado

excessivamente. Meus pés doem do trabalho e depois de Eric

ter me incomodando o dia inteiro, eu finalmente desisti e

disse a ele sobre o que ocorreu na noite passada. Ele

desmaiou. O dia todo.

Eu disse que ele estava louco, ele não é tão bonito.

Mas, ele me disse que eu era louca e me disse para nunca


mais falar com ele de novo, até que eu estivesse em meu juízo

perfeito.

Sinto cheiro de pipoca, mas é só até eu chegar à

cozinha que o cheiro faz mal ao meu estômago. Você tem que

estar brincando comigo.

— Ei, estranha — Cindy grita sobre um punhado de

pipoca. Ela tem livros espalhados ao longo da mesa e, claro,

Brett e Taylor estão sentados ao seu lado, sorrindo de orelha

a orelha.

— Você tem que estar brincando comigo — eu digo.

Meu pai sempre me disse para não falar sozinha o tempo

todo, isso pode levar a loucura. Mas, caralho, isso é ridículo.

Eu não esqueci o que Cindy tinha dito, eu estava apenas

esperando que ela estivesse brincando para me atormentar.

Ela não estava. Eles estão aqui. Para me atormentar,

também.

Taylor dá um sorriso que faz até covinha.

— Longo dia, querida?

Me controlo para não bater nele e tirar aquele sorriso

do seu rosto.
— Você não tem ideia. Tem um cara que continua me

seguindo, mesmo depois que eu lhe disse que não estava

interessada. Eu acho que eu vou ter que chamar... — Minha

boca cai aberta. Mittens está no colo de Taylor, enrolado em

uma bola cinza. — O que você pensa que está fazendo com o

meu gato! — Eu grito. Mittens. Não. Gosta. De. Ninguém.

Taylor levanta seu piercing e sorri.

— Tudo o que você quiser.

Eu acho que pedi por isso.

— Não seja um idiota — Digo, arrastando os pés. Meu

rosto parece estar pegando fogo, mas eu o ignoro. — Eu vou

tomar um banho.

— Espere! Você não quer estudar com a gente? Temos

três testes amanhã, de Literatura do sul. Vamos — Diz Cindy,

me acenando. Eu olho Mittens, que boceja e estica o pescoço

para que Taylor possa fazer carinho nela. Então, eu olho a

outra cadeira entre Brett e Taylor. Muito perto de Taylor. Eu

não preciso estar tão perto.

— Eu vou passar.

Eu demorei o máximo que eu pude no chuveiro. Eu

estou esperando que eles tenham ido embora quando eu


termino. Eu posso ouvir Cindy rindo e eu sei que eles ainda

estão lá. A verdade é que eu preciso estudar, mas eu sei que

não vou conseguir isso com eles. Pensando, eu saio do

chuveiro e me enrolo na toalha. Sinto-me revigorada, por não

ter mais a sombra do trabalho em mim. Café cheira muito

bem, mas não quando são os cinquenta tipos diferentes

misturados em um dia de trabalho. Pelo menos, quando eu

trabalho no salão de bilhar, se você pode chamar isso de

trabalho, eu não tenho que ficar toda suja.

Eu abro a porta e sigo todo o corredor para o meu

quarto. Eu não olho para ver se eles podem me ver, eu não

quero saber.

Eu tranco a porta e grito quando eu olho para minha

cama. Taylor está deitado na minha cama, grandes coturnos

em meus lençóis limpos. Suas mãos estão entrelaçadas atrás

da cabeça e ele está sorrindo.

— Saia do meu quarto Taylor e tire seus coturnos

desagradáveis da minha cama — eu digo, apertando a toalha

mais apertada.

Seus olhos seguem meu movimento e senta-se, o

cabelo castanho uma bagunça.


— Você está louca, Lay. O que há de errado? —

Pergunta ele.

Eu vejo um dos meus saltos ao lado da minha porta do

armário e eu penso jogá-lo em sua cabeça.

— Eu estou louca, porque você está aqui.

Ele franze a testa, momentaneamente sério, antes de

sorrir novamente.

— O quê? — ele se levanta. — Não se divertiu na noite

passada? Parece-me que sim, você estava bem excitada. Eu

até te fiz gozar.

Estou tão vermelha que parece que um foguete

explodiu na minha cara. Ele não está falando sobre isso.

— Cale a boca, você está delirante. Eu não gozei.

Ele sorri e se recosta em seus calcanhares.

— Pelo contrário, Layla. Você gozou. — Ele dá um

passo mais perto de mim. — Você ainda gemeu meu nome.

Você me beijou, me deixou chupar seus seios. Você me

queria. — Seu lábio levantou. — E, por alguma razão, você

me deixou, excitado e com muito tesão por você. Isso é bom,

se você diz que quer parar, eu vou parar. Mas ... — ele segura

um dedo para cima. Eu coro, sabendo que ele me acariciou


com este dedo na noite passada. — Eu quero saber por que

você me deixou nu na noite passada. Por que você está

negando que me quer, agora?

Ele dá um passo em minha direção, seus olhos

cinzentos olhando para mim. Minha boca está seca, mas eu

me forço a engolir.

— Eu te disse, eu não estou interessada. Eu fui ...

apanhada no momento. — Soou melhor dessa forma na

minha cabeça.

Taylor vem mais a frente, as minhas costas batem na

porta. Ele se inclina.

— E eu te disse que eu não estou acreditando. Eu sei

que você está mentindo. Eu quero saber por quê. Por que

você não pode simplesmente admitir que você me acha

atraente?

Estou rangendo os dentes. Eu quero dar um tapa na

sua cara. Por que ele não pode simplesmente desistir?

— Olha, eu nunca disse que eu não o acho atraente. —

Digo-lhe uma vez mais. — Você é ... interessante e tudo mais.

Não é apenas o que eu preciso na minha vida. Eu não sou

sua amiga de foda.


— Eu sou interessante? — Pergunta ele, cruzando os

braços. — Apenas interessante? Na noite passada, parecia

mais do que isso, certo? Para alguém que não quer ficar

muito perto de alguém, por que ter um caso de uma noite te

machucou?

Eu mordo meu lábio.

— Eu não sou esse tipo de garota.

Ele levanta uma sobrancelha.

— Eu nunca pedi para ser. Eu não estou exatamente

interessado em apenas uma noite Layla. — Seus olhos

cinzentos viajaram pelas minhas pernas. Eu puxo a minha

toalha mais apertada. — Uma noite com você nunca seria o

suficiente.

Começo a sentir calor entre as minhas pernas, mas eu

finjo não perceber. Eu não posso cair em sua armadilha. Ele

diz isso para todas as garotas que estão com ele. Ele é um

manipulador. E você também é. Eu balanço a minha cabeça.

— Isso é pior — eu digo. — Eu não preciso de uma

noite, eu não quero duas. Eu não sou uma pessoa para ter

intimidade. Então — eu fico nas pontas dos pés — me deixe

em paz.
Taylor ri, seu peito se movendo ligeiramente. Eu o

imagino, depois da noite passada, duro, bronzeado, bom de

apalpar.

— Você pode não ser, princesa. Mas, eu posso fazer um

acordo. Você me beija agora e eu vou sair deste quarto e não

incomodá-la por um tempo.

— Sem acordo — eu deixo escapar. — Você não pode

prometer que vai me deixar em paz só por um tempo. — O

que um tempo significa? Um segundo, um dia, uma semana?

Ele encolhe os ombros.

— Eu acho que a sua cama está chamando meu nome

então. — Ele se vira para sentar-se. Não, ele na minha cama

não é bom.

— Um beijo — eu digo, por dentro pegando fogo. Eu

não posso acreditar que eu estou concordando com isso. Eu

mordo meu lábio e seguro a minha toalha bem apertada. Ela

vai para o lado, preza sobre meus seios, mas estou com medo

de deixa-la cair.

Taylor vira, dando alguns passos em minha direção.

Ele está na minha cara, todo os seu um metro e oitenta e oito

contra o meu um pouco mais de um metro e meio


— Um beijo, só isso.

Taylor fica sério. Sem sorrir, me comendo com seus

olhos cinzentos.

— Um — ele sussurra, antes de levar seus lábios aos

meus. Ele pressiona toda sua boca suave contra a minha e eu

estou derretendo por dentro. Sua mão direita envolve minha

cintura, deslizando para baixo a minha toalha. Ai não!

A outra agarra a minha nuca e empurra minha boca

mais na dele. Ele abre minha boca com a língua, lambendo

meu lábio inferior. E estupidamente, eu abro, o que lhe

permite atacar a minha boca com sua língua experiente.

Resmungando, ele pega minha bunda e me leva para a cama.

Ele se senta, então eu me escarrancho em sua cintura. Estou

de toalha, sem calcinha e eu sinto a protuberância em suas

calças, enquanto ele me empurra sobre ele. Não. Não. Não.

Isso não é um beijo!

Eu interrompo e ele arrasta seu piercing até meu

pescoço. Abro a boca para falar. Só mais um segundo. Ele

agarra minha orelha com a língua, chupando a pele. Merda.

— Isso não é um beijo — murmuro, fechando os olhos

enquanto ele segue até a minha toalha. Ela é desfeita em dois


segundos, meu peito fluindo. Ele pega um mamilo na boca,

sugando, girando o piercing da língua ao redor da pele

sensível. Sua outra mão está por baixo do meu peito,

apertando-a com a mão calejada.

— Merda — ele resmunga contra meu peito. — Por

favor, me diga que eu posso ter você, Layla.

Me sinto molhada entre minhas pernas. Isso não está

certo. Eu mal o conheço.

— Diga-me Layla — ele solta. — Porra, eu quero você.

A raiva, luxúria, querer e frustração constroem no meu

peito.

— Pare — eu digo. — Isso é mais do que um beijo.

Os olhos de Taylor estão dilatados. Ele está ofegante.

Eu vejo o seu pau, duro e pronto sob seus jeans desbotados.

Ele sorri. Sorri. Isso me faz querer matá-lo.

— Você gostou. — ele sussurra, levantando-se. Ele

mergulha a cabeça, me beija na bochecha. Eu me afasto dele.

Ele se afastou antes que eu pudesse pegar minha

toalha.
Capítulo Três
Estou morta. Depois do meu último encontro com

Taylor, eu não conseguia me concentrar em A Time To Kill2

para salvar a minha vida. Eu estou pensando que é tempo

para matar ... tempo para matar Taylor Jacks. Mittens

finalmente me agraciou com sua presença depois que Taylor

saiu. Ela brincava com o meu cabelo enquanto eu tentava

estudar para o nosso trabalho. Agora, eu estou indo para a

aula, bebendo café, olhos arregalados, boca entreaberta e

esperando não falhar.

Cindy saiu mais cedo do que eu, reclamando sobre

meu jeito antissocial e lunático. O que raios tem errado com

você? Sobre o que você falou com Taylor? Por que você tem que

ser tão esquisita, ele é um gostoso. Eu dei aquela olhada e

tranquei a porta do banheiro.

Agora, eu posso ouvi-la falando do lado de fora da sala

de aula. Ela está rindo. Eu estou no canto, mas Cindy não

está na sua cadeira normal. Eu olho a sala de aula

desordenada e encontro-a sentada no topo do auditório entre

2
Filme, Tempo de Matar em português.
Taylor e Brett. Eu suspiro. Isso não está acontecendo. Ela

acena para mim, a mão no ar, mas eu finjo não vê-la.

Ela chama meu nome, mas eu me sento e abro as

minhas anotações. Ela não tem limites. Ela está louca se ela

pensa que eu vou me sentar com eles. De jeito nenhum. Eu

folheio as páginas e tento me lembrar de todas as coisas que

eu sei que o nosso professor cobrará no teste. A mesa ao lado

guincha, pois alguém sentou-se e eu olho para cima. Taylor

olha para mim, um sorriso em seus lábios.

— Como vai, Layla?

— Do mesmo que a última vez, Taylor. — Eu fecho meu

livro e me viro na direção dele. — Não fizemos um acordo na

noite passada? Você me deixava em paz se eu te desse um

beijo? — Eu sei que minhas bochechas estão corando, mas

eu preciso que ele me deixe em paz.

Ele sorri e se inclina para frente.

— O que eu posso dizer, eu sou um péssimo mentiroso.

Ele é um péssimo mentiroso. Eu duvido disso. Por mais

idiota que ele seja, eu sei que ele pode mentir como o resto

deles.
— Se você não ficar longe de mim, eu vou pedir para o

professor, se ele pode movê-lo.

Ele dá de ombros e tira um pedaço de cabelo longe de

meus olhos.

— Pare de me tocar — eu digo, golpeando a mão. — Eu

dei-lhe um beijo, Taylor. Agora suma.

Seu aroma viril me desperta.

— Ah Layla. O acordo era eu deixá-la sozinha por um

tempo. Já faz um tempo. Tem sido quase — ele olha para o

relógio, que parece que custa tanto quanto toda a minha

roupa — Oito horas. O que para mim, são sete horas muito

longas.

Eu aperto minha mesa. Esse cara está pedindo por

isso. Estou lhe dando um olhar penetrante, quando ele

começa a puxar para cima as mangas da camisa, mostrando

maciçamente seus grandes antebraços que são cobertos de

tatuagens.

— Então, você tem quaisquer planos para esta noite?

— É uma segunda-feira — eu digo. — Eu tenho que

trabalhar e fazer a lição de casa.

— Trabalho no café? — Pergunta ele.


Eu balanço minha cabeça.

— Não é da sua conta. — Eu realmente não tenho que

trabalhar no café. Mas, Eric decidiu que queria ir para o

salão de bilhar comigo para sair. Nós nunca temos a mesma

noite de folga, então, eu disse que sim. E enquanto ele

encontra um cara para conversar, eu planejo trapacear

alguns otários para ganhar algumas centenas de dólares. A

conta de energia elétrica está vencendo e eu vi uns sapatos

que eu quero na Rue 21.

Taylor coça o queixo sujo e sorri.

— Por que você apenas não admite que você gosta de

mim, Layla? Passamos um tempo maravilhoso neste fim de

semana, deixe-me cuidar de você.

O sangue corre nas minhas bochechas. Deixe-me cuidar

de você.

— Eu estou tentando estudar — murmuro, olhando

meus papéis.

Taylor ri e se recosta na cadeira de Cindy. Eu estou

esperando ele se mover, mas logo percebo que ele não tem

intenção de se mover. Quando a Dra. Walter entra, eu


suspiro de alívio. Ela está segurando uma pilha de papéis,

presumo ser o teste e está bebendo uma xícara de café.

— Olá meus amores, estamos prontos para nos

expressarmos sobre John Grimsham hoje? — Ela está

sorrindo, de orelha a orelha, seus óculos escorregando pelo

nariz. Dra. Walter não pode ter mais de trinta e cinco, mas se

veste como 80 anos de idade.

Todo mundo murmura, mas ela é uma ignorante e

começa a passar o teste. Taylor passa o meu para mim. Eu

examino o teste e suspiro. Eu sei a maioria das respostas. Eu

faço o meu teste, apressando-me para sair fora da sala o mais

rápido possível. Eu termino o meu teste e levanto-me. O

braço de Taylor alcança e agarra o meu teste. Ele coloca-o em

cima do dele e vai até a mesa da nossa professora. Ela olha

para cima e ele sorri.

Minha boca está aberta. Ele está em pé ao lado da

porta esperando por mim. Não posso fugir dele.

Eu pego minhas bolsas e passo por ele na porta.

— Então, onde nós estamos indo? — Pergunta ele,

dando alguns passos largos para me acompanhar. Alguns


estudantes estão nos corredores, falando contra a parede,

sentados próximos as portas duplas.

— Casa. Eu tenho que limpar minha casa. — Que é

uma pequena mentira. Eu penso em limpar, estudar, em

seguida, ir ao salão de bilhar com Eric. Mas não antes de ir

para o refeitório comer alguma coisa.

— Humm — Diz Taylor, agarrando o meu braço.

Estamos no meio da faculdade, mas ninguém está olhando

para mim. — Esqueça seus planos — diz ele. — Vem comigo

esta noite para o salão de bilhar, vamos sair. Sem quarto,

nem mesa de bilhar, sem toques... a menos que você me

implore por isso.

Ele sorri e meu peito bate mais forte. Seu toque é

tentador, os lábios valem a pena experimentar. Não Layla. Eu

tento não imaginá-lo me tocando, me beijando, seus dedos no

meu lugar mais pessoal.

— Isso não é uma boa ideia. Eu já disse a você, Taylor.

Os olhos de Taylor nunca deixam os meus.

— Se você não concordar em ir comigo, eu vou cantar

para você aqui e agora, na frente de todos.


Não! De jeito nenhum! Eu viro a minha cabeça para o

lado.

— Por favor, nós dois sabemos que você não vai cantar

na frente de...

— Layla! — ele grita, cantando fora do tom, se ajoelha.

— Por favor, não faça isso comigo. Por favor — Ele grita,

mordendo o lábio para não sorrir.

Todo mundo no pátio se vira para olhar para mim.

Algumas meninas têm suas bocas abertas, alguns estão

zombando, mas a maioria está de olhos arregalados e rindo.

— Por favor, eu juro que vou cuidar de você. Eu vou

fazer sexo com você sempre que você me quiser!

Filho da mãe. Eu tento puxar minha mão de seu

aperto, mas ele me aproxima mais, empurrando seu rosto no

meu estômago, agarrando minha bunda.

—- Por favor! — Ele diz soltando sua voz a um grito

totalmente falso.

— Levante-se, Taylor. — Eu falo entre os dentes.

— Layla, eu tenho que ter você — ele grita novamente.

Oh. Meu. Deus. Nessa altura, alguns de nossos colegas

já tinham terminado o seu teste e saiam pelas portas. Cindy


está de pé com Brett, sua boca está aberta. Brett está rindo

histericamente com as mãos sobre os joelhos.

— Eu vou. — eu sussurrei. — Levante-se e eu vou.

Basta levantar, caralho.

Taylor olha para cima, com um sorriso no rosto. Ele se

levanta e beija minha bochecha.

— Eu vou te ver hoje à noite. — Ele vai embora, como

se nada tivesse acontecido.

Eu vou matá-lo.

***

— Você é ridícula — Diz Cindy, colocando uma Coca-

Cola em sua bandeja do almoço. Ela está sacudindo a cabeça

violentamente para trás e para frente e eu estou seguindo-a

para a nossa mesa ocasional no refeitório. Eu não estou

muito a fim da comida, isso é bom quando você está sem

dinheiro, o que ultimamente, tem sido o caso. — Ele cantou

para você, ficou de joelhos.

— Ele gosta de atenção. Além disso, quem é você para

dar algum conselho? Você é apenas uma adolescente com


tesão. — Eu digo, sentando-me em frente à Cindy em nossa

mesa circular.

— Isso mostra o quanto você sabe — Ela abre a Coca-

Cola. — Eu estou fazendo vinte no próximo mês.

— Exatamente, no próximo mês. — Eu encho a boca de

purê de batatas e cuspo de volta no prato. — Horrível.

Instantâneo.

Cindy sorri.

— Eles não têm instantâneo em Dallas?

A dor mexe no meu estômago. Mamãe nunca fez

batatas instantâneas. Ela sempre fez as frescas, a melhor

coisa.

— Você está bem? — Cindy pergunta, acenando com a

mão na frente do meu rosto.

Concordo com a cabeça e mordo meu empanado de

frango.

— Tudo bem, só desliguei por um minuto. Você tem

planos para esta noite? Eu vou sair com Eric.

Ela acena com a cabeça e bebe em sua bebida.

— Brett está vindo. — Ela mexe os ombros.

— Vocês estão ... como ... transando?


Ela levanta a sobrancelha.

— Eu sou o que você chama de uma estudante

universitária normal. Eu faço sexo. Ao contrário de você, que

provoca as pessoas por dinheiro. É melhor você não fazer isso

esta noite. Você sabe que Eric não pode protegê-la.

— E você pode?

Ela aperta seu músculo e sorri.

— Claro que sim, eu posso. Uh oh — ela murmura

levando uma mordida de sua pizza. Eu sigo o olhar dela.

Merda. Taylor e Brett estão caminhando para o

refeitório.

— Mantenha sua cabeça para baixo e eles podem não

nos ver. — Eu digo.

— Ei Brett! — Ela chama, acenando com a mão acima

da cabeça.

— Cale-se agora, não, Cindy. — Eu digo, tentando fazê-

la parar de se mover ao redor como uma louca. Eu olho para

cima e eles estão andando diretamente em nossa direção.

Grande. Taylor está sorrindo para mim, segurando a bandeja

com uma mão e correndo a outra mão pelo cabelo. Sua calça

jeans está baixa em sua cintura e sua camisa se encaixa nele


perfeitamente. Eu empurro o formigamento no estômago

longe. São apenas os meus hormônios.

— Eu te odeio. — Murmuro, quando eles se sentam,

para Cindy. Ela revira os olhos e envolve seus braços em

torno dos grandes ombros de Brett.

— Olá trapaceira. — Diz Taylor, sentando-se ao meu

lado. Ele se estica e agarra a minha garrafa aberta de Dr.

Pepper e toma um grande gole.

Seus lábios envolvem o gargalo e meu coração salta.

Então, eu volto a me concentrar.

— Ei, você já ouviu falar de perguntar primeiro. — Eu

arranco a garrafa de seus lábios.

Ele sorri e limpa a boca com as costas da mão.

— Sim, mas eu sabia que você ia dizer que não. — Ele

se inclina para perto de mim — Então, eu só peguei.

Eu luto com o calor que penetra na minha pele.

Cindy estreita os olhos para mim.

— Seja legal. — Ela fala entre os dentes. Eu pisco para

ela.

— Você não está gostando da comida, trapaceira? —

Taylor pergunta, pegando alguns chips no meu prato.


— Este é o favorito dela. — Cindy diz.

Eu pego uma batata e mastigo.

— Sim obrigada. — eu murmuro, olhando para

qualquer lugar, menos para ele.

— Ei Tay. — Alguém diz atrás de nós. Longas pernas,

loira, senta no colo de Taylor, envolvendo os braços delgados

em volta do seu pescoço. — Tivemos um grande momento na

semana passada. Quer sair de novo?

Taylor continua comendo, como se ele não tivesse uma

puta de pernas longas, sentada em seu colo.

— Nah, eu tenho planos para esta noite. — Ele olha

para mim e pisca.

Ótimo, agora todo mundo vai saber. Ela gira a cabeça

para mim, seus olhos azuis se estreitaram.

— Com ela? — Ela aponta o dedo para mim, como se

eu fosse nada.

— Sim comigo, tem algum problema? — Eu solto,

lamentando instantaneamente meu soar defensivo. Eu

realmente não estou pretendendo sair com ele de qualquer

maneira, mas o olhar em seu rosto me dá vontade de bater

nela, numa boa.


Ela corre as unhas em seu peito. Taylor está olhando

para mim, os olhos fixos em mim. Nunca vi seu rosto tão

sério.

— Cai fora Megan. Eu não quero sair.

— Taylor! — Ela mia.

— Pé na estrada. — Diz ele de novo, nunca olhando

longe de mim.

— Megan, apenas esquece, cai fora. — Diz Brett,

balançando a cabeça.

Ele não diz muito, mas eu posso ver a apelação que

Cindy faz para ele. Se você tiver caras fortes e bonitos.

Meu rosto está em chamas. Eu não posso acreditar que

eu fiquei na defensiva. Taylor pisca e lambe o lábio inferior.

Tenho certeza de que ele gostou dessa e muito.

Oh, merda.

Após o momento mais humilhante da minha vida, além

da serenata de mais cedo, nós terminamos as refeições.

— Então? — Taylor, seguindo-me para fora da

lanchonete. Tentei andar rápido, mas ele me alcançou em

três passos. — Eu percebo que alguém está um pouco na


defensiva. — Ele sussurra em meu ouvido, atirando o braço

por cima do meu ombro.

Eu mexo os ombros para sair de seu aperto.

— Eu só não gosto de pessoas me olhando assim.

Como se eu fosse nada.

Taylor ri.

— Isso vem com o território. Todos querem estar onde

você está agora.

— Indo para casa? — Pergunto, abrindo as portas

duplas.

Taylor ri.

— Em um encontro comigo. Eu não tenho encontros. —

Diz ele inclinando a cabeça para o lado. — Até hoje à noite,

trapaceira.

Cindy fala sem parar até chegar em casa. Eu não estou

escutando, só fingindo. Eu sou boa nisso, também.

Eu sigo em direção ao meu quarto, logo que eu chego

ao apartamento. Eu tranco a porta e sento-me na minha

cama. Isso não poderia ser pior.

***
— Então, me diga por que você está desistindo de um

encontro com Taylor Jacks por mim? — Eric pergunta,

passando por meu armário. Ele está escolhendo a roupa

perfeita. Eu realmente não vejo o por que, quanto menos eu

usar, mais eu ganho de qualquer maneira. Eric não sabe

sobre o meu segundo trabalho e eu prefiro que ele não saiba.

Eu não preciso ouvir seu tom condescendente.

Eu pego uma camiseta branca, fina e apertada que ele

me dá e coloco-a sobre o meu sutiã de renda branco. Ele pega

uma calça jeans muito apertada e eu visto.

— Porque eu não estou interessada. Por que isso é tão

difícil de acreditar?

Eric se vira e senta-se na minha penteadeira, ajeitando

seu cabelo já perfeito no meu espelho.

— Não é difícil, é apenas estúpido. Esse cara está

agindo como um cachorrinho apaixonado. — Ele se vira para

mim, os olhos azuis arregalados. — ele não faz isso.

Dou de ombros e passo a prancha alisadora no meu

cabelo.
— Isso não importa. Eu não namoro, porra. Ou seja, o

que for que ele tiver em mente.

Eric suspira e se inclina contra a minha mesa.

— Você não tem jeito. Agora, se apresse que eu quero

chegar lá para que possamos dançar antes de todo mundo

ficar muito bêbado.

Vamos para o salão de bilhar com seu fusca. É verde

limão. Ele recebe alguns olhares em branco, mas ele não se

importa. Ele diz que eles podem beijar sua bunda em um

jeans estiloso. Eu sorrio.

As portas se abrem e um cheiro de cerveja, maconha,

sexo e só Deus sabe o quê, bate em minhas narinas.

Engasgo. Eric acena com a mão na frente do meu rosto e

torce o nariz.

— Este lugar precisa de um dia de limpeza.

Concordo com a cabeça. Ele precisa de mais do que

isso. Eric leva-nos ao bar, me ajudando a levantar em um

banquinho. A música está tocando e há um monte de gente

aqui para ser somente oito horas. Alunos do ensino médio

vão fazer qualquer coisa para fugir dos estudos.


— O que eu posso trazer pra você? — O barman, um

cara mais jovem pergunta.

— Qualquer coisa frutada. — Eu respondo.

— Cara. — Diz Eric. — Rum e Coca-Cola — Ele lança

uma nota de vinte na mesa. — Inicie uma conta.

Eu levanto uma sobrancelha e viro-me para Eric.

— Uau, alguém está tentando realmente ficar bêbado

esta noite. Sou eu que vou ter que levar um idiota para casa?

Eric levanta os ombros largos e toma a bebida do

barman.

— Talvez — ele toma um gole — Eu preciso me soltar.

Talvez...

Eu pego minha Mike’s Hard Lemonade do barman e

tomo um longo gole.

— O que há de errado com você? — Eu pergunto.

Eric está olhando atrás de mim com os olhos

arregalados. Não me atrevo a olhar, porque eu sei bem e

muito bem quem está de pé atrás de mim. Sinto um toque

macio de pena na parte de trás do meu pescoço, empurrando

meu cabelo para o meu outro ombro.


— Você não estava em sua casa. — Ele sussurra. —

Alguém quebrou sua promessa.

Meus olhos ainda estão fixos em Eric. Eu limpo minha

garganta e empurro o calor de sua respiração longe de mim.

— Eu sou uma péssima mentirosa — Eu digo, tomando

outro gole da minha bebida.

Taylor ri profundamente e me vira em direção a ele. Ele

está muito mais perto do que eu pensei que ele estaria com

as mãos em ambos os lados. Seu hálito cheira a hortelã e ele

tem esse mesmo cheiro viril. Sua camisa preta apertada se

encaixa muito bem em seus ombros largos.

— Eu deveria saber que você teria saído. — Ele olha

por cima do ombro de Eric e engatilha uma sobrancelha. —

Você aqui com outra pessoa? — Sua voz é suave, mas há

uma irritação nela. — Eu não gosto de vê-la com outra

pessoa, Layla.

Eu me inclino para trás contra o balcão, o sangue

batendo rapidamente pelas minhas veias.

— Eric é meu encontro — Digo em voz alta.

Eric estreita os olhos.


— Eu sou gay — Acrescenta em voz baixa. — Esta

trapaceira loira é minha amiga e colega de trabalho, Layla.

Traidor!

— Você...

— Bem, nesse caso — diz Taylor. Ele chega por trás de

mim, envolve seu braço a minha volta e me puxa do banco

para seus braços. — Dance comigo. — Eu estou tentada a

beijá-lo, acabar com isso, porque a forma como ele cheira e

aquele sorriso sexy suave, são inevitáveis. Mas, eu não vou,

porque eu tenho que lutar. Eu não posso deixá-lo chegar

muito perto. É melhor para mim e para ele.

Antes que eu possa dar-lhe uma observação

espertinha, ele me puxa para o meio da pista de dança, onde

todos estão balançando um contra o outro. Ele me vira de

costas contra a sua frente. Seu braço envolve em torno de

mim enquanto ele agarra meu braço. Ele nos influencia com

a batida. Eu não tenho certeza de quanto tempo vamos

dançar, mas eu não consigo me mover. Ele e tão gostoso. Eric

mudou-se de sua cadeira e eu vi um olhar dele dançando

para um cara no canto.


A música trocou de ritmo e Taylor me virou de frente

para ele, com um braço frouxamente em torno de minhas

costas, o outro envolto em meu cabelo.

— Eu queria que você tivesse estado lá hoje à noite. Eu

queria levá-la para jantar.

É a primeira coisa que ele me diz, desde que ele me

enfeitiçou. Eu sorrio.

— Eu já comi.

Seu lábio se contrai.

— Eu te daria alguma coisa para comer, de qualquer

maneira — ele sussurra. Estou prestes a perguntar se é de

comida que ele está falando quando sinto algo firme em

minha bunda. Eu olho para Taylor, de olhos arregalados, mas

ele está olhando atrás de mim.

Meu braço é puxado para trás e eu estou de pé atrás de

Taylor antes que eu possa perceber que algum imbecil apenas

agarrou minha bunda.

— Você quer manter suas mãos para si mesmo? —

Taylor pergunta, sua cabeça quase tocando a do outro cara.

Eu olho ao redor e vejo um cara que eu nunca vi antes. Ele é

tão alto quanto Taylor, mas não tão volumoso.


Ele sorri, seus dentes são tortos e sua testa parece a de

um homem das cavernas.

— Eu acho que vou fazer o que eu quiser, amigo. Você

não pode compartilhar essa coisa pequena? Eu só quero

comer ela uma vez.

Só pode ser brincadeira. Me comer uma vez. Claro que

não, ele não disse isso.

— Eu não compartilho droga nenhuma, garotão. Eu

sugiro que você caia fora e vamos esquecer tudo sobre este

lapso de inteligência.

Ele franze a testa. — Você está me chamando de

estúpido, idiota?

Se a carapuça serviu. O grandão levanta a mão e eu

vejo como Taylor o agarra, joga-o para o lado e eu ouço um

estalo. Meu Deus.

O grande cara começa a gritar segurando a mão dele

em um angulo estranho.

— Que caralho, Taylor? — Eu grito, correndo em volta

dele. O homem das cavernas está deitado no chão, a mão

quebrada. Não há nenhum sangue, só um osso cutucando do

lado de fora, onde eu sei que não deveria estar.


Um grupo de pessoas se reúne ao redor e quando o

guarda de segurança chega, todo mundo se silencia. Ele é um

cara enorme, cabeça calva, tatuagens e uma barriga de

cerveja.

— O que aconteceu? — Ele grita, sua voz é áspera. —

Quem fez isso?

Ninguém diz uma palavra.

Eu não me atrevo.

A mão de Taylor está empurrando, como ele quisesse

bater nele de novo. Fazendo grunhidos, o segurança se

abaixa e joga o homem das Cavernas por cima do ombro

como um pacote de ração.

— Parem com a merda. Se alguém se machucar de

novo, todo mundo vai embora. — Ele se vira e vai embora,

com o cara balançando em suas costas.

Está quieto por alguns segundos, mas aos poucos, todo

mundo fica lentamente bem longe de nós. É como um círculo

de proteção transparente que nos cerca. Taylor olha para

mim, os grandes olhos cinzentos procurando o meu rosto.

— Que merda, Taylor? Você acabou de quebrar sua

maldita mão.
Seu músculo da mandíbula flexiona, mas ele dá de

ombros.

— Ele tocou a sua bunda.

— Muitos caras tocam bundas das meninas em um

salão de bilhar, Taylor. Vai quebrar todas as suas mãos,

também?

Ele inclina a cabeça para o lado.

— Somente aqueles que tocarem a sua.

Ele está falando sério?

— Olha. — Eu limpo minha garganta — Eu não posso

lidar com essa merda. Você não quebra as mãos das pessoas.

Isso pode ser bonito no Lutadores da Noite, mas não é no

mundo real. Você vai para a prisão, Taylor.

Seus olhos estão se movendo sobre o meu rosto e eu

vejo sua mente trabalhando. Todo o tempo, eu estou

pensando em uma rota de fuga. Esse cara é louco, quebrando

as mãos das pessoas? É mesmo?

— Eu não vou deixar alguém tocar sua bunda, eu

estava dançando com você, é tudo uma questão de respeito

Layla. — Ele toca no meu braço, mas eu me afasto longe.


— Eu estou indo buscar algo para beber. Talvez você

devesse se acalmar por um segundo. — Desculpa

esfarrapada, eu sei. Mas, eu prefiro ficar distante.

Taylor agarra meu braço antes que me vire para sair.

— É melhor você não ir embora, ou eu vou encontrá-la.

— Ele restringe o seu olhar e desaparece no meio da multidão

de pessoas dançando. Jesus, que maluco. Eu sigo em direção

ao bar. Eu preciso encontrar Eric. Eu mal posso ver através

da enorme quantidade de jovens universitários bêbados.

Eu não posso sair sem ele, ele é minha carona. É muito

longe até em casa, a pé e Cindy está em nosso apartamento

com Brett. Deus sabe que eu nunca interromperia seu tempo

de diversão.

Mordendo meu lábio, eu encosto contra o balcão. Eu

não vejo Taylor e eu espero que ele tenha ido para fora, talvez

ele se refresque. Felizmente, Eric e eu estaremos muito longe

quando ele voltar.

— Posso pegar algo para você beber? — Eu ouço ao

meu lado. Olho. Um cara alto, piercing nos lábios, tatuagens

e um cigarro pendurado em sua boca está olhando para mim.

Uau, eu com certeza sei como atraí-los, não é?


Eu cruzo as pernas, e sorrio.

— Não obrigada. Eu já tive o suficiente.

Ele levanta uma sobrancelha e acende seu cigarro.

— Você está aqui, sozinha? — Pergunta ele.

Eu dou de ombros.

— Depende de como você olha para isso.

Ele ri, é áspero, como se ele tivesse que cuspir um

pulmão.

— Noite ruim, hein?

— Já tive piores. — Eu digo, em busca de Eric. Onde

diabos ele está?

— Eu diria que o cara com o pulso quebrado está tendo

uma noite ruim. Ele está deitado no concreto, gemendo.

Pobre criança.

Droga. Concordo com a cabeça, mas continuo

procurando.

— Eu e meu amigo estamos indo para jogar sinuca,

quer vir assistir?

Bingo. Rue 21 aqui vou eu. Viro-me e olho para ele.

— Mas, eu não sei como jogar? — Eu digo com minha

voz sedosa.
Ele sorri e faz gestos para segui-lo.

— Bem, deixe-me ser o seu professor, querida. — Eu

sigo-o em direção a mesa de bilhar. Alguns caras estão de pé

ao redor, mas um cara está de pé contra a parede ao lado da

mesa vazia. Ele me olha com os olhos me devorando. É

assustador como o inferno.

— Bem, o que temos aqui? — Pergunta ele, dando um

passo mais perto de mim. Eu quase pulo para fora da minha

pele quando eu olho para ele. Um olho é preto, o outro azul.

Ele tem uma cicatriz que corre pelo seu rosto, a partir do

canto de sua sobrancelha até a ponta de sua boca. O cara do

cigarro diz: — Qual o seu nome?

— Layla.

— Eu sou David, esse cara é Rod.

Rod sorri e joga a cabeça para a mesa.

— Você sabe jogar? — Ele passa um dedo ao longo da

mesa. Ele tem vários anéis e os nós dos dedos olham

fixamente para cima.

Eu dou de ombros e giro o meu cabelo.


— De jeito nenhum, o meu pai costumava jogar, mas

eu nunca fui boa. — Eu curvo-me à mesa e finjo estar

interessado nas bolas. — Vocês vão me ensinar?

David concorda e dá mais uma tragada.

— Claro. Nós vamos mostrar-lhe como jogar.

Eu escuto David tentando me explicar como jogar. Ele

não é um professor muito bom, mas eu pretendo ouvir. Eu

ainda não consigo encontrar Eric e eu não vi Taylor, também.

Isso me deixa inquieta. Ambos estão fora? Como caralho eu

vou chegar em casa? Eu não tenho o meu passe de ônibus,

porque Eric me trouxe. Minha carteira está com o inseto do

Eric e Taylor está longe de ser encontrado.

— Você entendeu? — David pergunta, soprando a

fumaça na minha cara.

Concordo com a cabeça e viro o meu cabelo.

— Claro, vamos começar.

Rod tira o taco da mão de David e lhe dá um sorriso

assustador. O que significa isso? Eu pego o meu e vejo Rod

jogar.

— Listradas — diz ele.


Meu corpo treme, lembrando Taylor em sua casa na

mesa de sinuca. Eu balanço minha cabeça. Supere isso Lay.

Ele é só um cara.

Rod joga novamente, mas erra.

Eu sorrio.

— Droga. É a minha vez, né? — Eu pergunto,

apontando para mim.

Ele sorri e inclina a cabeça para o lado, fazendo um

pequeno ruído em sua garganta.

— Por que não tornamos isso interessante? — Eu

pergunto. — Vocês não vieram aqui para me ensinar. Por que

não fazemos uma aposta? — Eu pergunto, sorrindo.

David olha para Rod, que sorri.

— Talvez pudéssemos fazer uma pequena aposta. O

que acha de cem?

Eu traço meu queixo.

— Eu posso fazer isso, é o pagamento por me ajudar. —

Eu sorrio. Ou o seu pagamento para mim.

Rod concorda.

— Claro que sim, querida. Agora, é a sua vez.


Eu me inclino sobre a mesa, puxo para trás e envio

direto para a caçapa.

— Oba! — Eu comemoro, jogando meus cabelos. Tenho

que fazer o papel. Assim que eu começar a falar de estratégia

e relembro que cresci em um estacionamento de trailers,

todos eles perdem o interesse. Quem diria que as meninas

hippies iriam dominar o mundo?

Rod olha meus peitos enquanto eu salto mais uma vez,

batendo palmas.

— Bom trabalho, querida. É a sua vez de novo. — Ele

entorta o pescoço para o lado e me olha de perto, quando eu

curvo. Eu posso sentir a presença de David atrás de mim,

mas eu ignoro. Estou prestes a conseguir cem dólares.

Eu faço minha cara de jogo e posso dizer que Rod

notou. Ele levanta uma sobrancelha e olha como eu acerto

três bolas seguidas.

O rosto de Rod está branco, quando eu olho para cima.

A agitação nervosa corre através do meu estômago.

— Bem, Layla. Parece que você é muito melhor do que

pensei que você fosse — diz ele, a voz baixa, dando um passo

mais perto.
Sinto imediatamente a necessidade de correr, muito

rápido. David está atrás de mim e mesmo que ele não fosse

grande, eu sei que não posso lutar com ele. Eu poderia talvez

fugir, até que chegasse à porta, mas quando estivesse ao ar

livre, eu estaria morta. Eu mordo meu lábio com os dentes.

Ele está me examinando, sacudindo sua língua em seu

piercing.

— Você com certeza aprendeu rapidamente, Layla —

diz Rod, estalando os dedos. — Eu deveria virar professor,

não acha, David?

Não me atrevo a olhar para David. Ele não diz nada.

— Eu acho que o papai lhe ensinou mais do que você

disse que fez. — Ele dá mais um passo para frente, até que

eu estou presa entre ele e a mesa. Ele pega meu queixo, com

força. — Olhe para mim, quando eu falar com você, menina.

Quanto tempo que você vem enganando as pessoas, hein?

Eu mordo meu lábio com força, seus dedos estão

fazendo hematomas em meu rosto, eu posso sentir o vômito

no meu estômago. Ele solta uma gargalhada e cava no bolso.

Ele traz uma nota de cem dólares e coloca-a na frente do meu

rosto.
— Que tal você ganhar esta, honestamente... na volta.

Vamos falar sobre eu lhe dar o dinheiro.

A bile sobe na minha garganta. Tenho que sair daqui.

Minha pele está fria de medo e minhas mãos estão tremendo

contra a mesa de bilhar. Estou tentando olhar ao redor, mas

Rod é muito grande e agora, está segurando meu queixo

novamente com sua mão enorme.

Por favor, me ajude. Alguém.

— Eu sinto muito, você pode ficar com ele. — eu

murmuro, não tento certeza de como eu encontrei a minha

voz.

Rod balança a cabeça.

— Eu não acho que eu acabei com você ainda — Diz

ele, inclinando-se mais perto da minha boca. Seu hálito

cheira a cerveja e maconha. Seus olhos de diferentes cores

são preguiçosos e um sorriso está aparecendo em seu rosto.

Eu aperto-lhe o pulso, tentando forçá-lo longe do meu

rosto. Ele não se move. Estou prestes a gritar, quando Rod

cai em cima de mim. No início, eu estou em pânico, sabendo

que ele vai tentar transar comigo aqui na frente de todos. Seu

corpo excessivamente pesado, desiquilibrando. Então eu olho


para cima e vejo Taylor de pé atrás dele, o rosto frio, os olhos

apertados.

— Levante-se, Layla. — Diz ele, colocando Rod longe de

mim.

Rod xinga, cospe e esfrega a parte de trás de sua

cabeça. Seus olhos se ampliam e um sorriso aparece em seu

rosto.

— Oh, eu vejo que temos um corajoso — Ele rugiu,

estralando o pescoço.

David está totalmente alerta no outro lado da sala. Ele

parece pronto para atacar a qualquer momento. Grande.

Taylor nunca afasta os olhos de Rod. Ele está muito atento

ainda, em uma postura totalmente assustadora.

— Parece que Layla tem um príncipe encantado que

vem para salvar o dia.

Taylor sorri, é um sorriso assustador.

— Eu vou levar Layla para casa. Eu sugiro que vocês

idiotas desistam, antes que eu quebre seus crânios. — Eu

não tenho dúvida de que ele pode fazer isso também.

Rod suspira, esfrega os dedos sobre seu rosto e sorri.


— Eu não acho que isso funcionar, menino bonito.

Veja, eu tenho planos para Layla e eu não compartilho.

Então, eu insisto que você saia da minha frente e me deixe

tomar o meu prêmio...

Bam! Direito na porra do pescoço. Foi tão rápido que eu

não entendi o que aconteceu em primeiro lugar. Eu procurei

a parede atrás de mim e descansei contra ela.

Rod agarrou sua garganta e rolou pelo o chão, tossindo

e se contorcendo. O olhar de Taylor foi até David, que saiu da

parede. Ele deu um soco, mas Taylor se esquivou, batendo o

joelho no nariz de David. Oh. Meu. Deus. Meu coração está

batendo tão rápido que parece as asas de um beija-flor contra

as minhas costelas. Taylor olha para mim. Ele está chateado.

Antes que eu possa tentar explicar, ele me agarra, me joga

por cima do ombro e sai pelos fundos.


Capítulo Quatro

Eu bato contra a bunda de Taylor.

— Me ponha na porra do chão, Taylor. — eu grito. Ele

não diz nada, não desde que saiu do salão de bilhar. Eu não

consigo ver para onde estamos indo, apenas estamos no

estacionamento. — Por favor, me coloque para baixo, porra.

Agora!

Ele aperta as minhas coxas mais forte.

— Você vai aprender, Layla. Esses caras não estão

brincando quando eles dizem que vão matá-la, você sabe que

não, não é? Eles vão atirar na sua cabeça e não vão pensar

duas vezes sobre isso. Como se atreve? Como se atreve a

colocar-se em perigo?

Eu engulo seco e seguro minha cabeça. O sangue está

correndo para lá, rapidamente.


— O que você quer que eu diga? Desculpa? Isso não vai

resolver. Apenas deixe-me descer, eu tenho que encontrar

Eric.

— Ele foi para casa. Eu lhe disse que iria levá-la para

casa. Agora, eu não vou solta-la.

— O que você quer dizer? — Eu grito. Várias meninas

passam por nós. Eu ouço seus calcanhares clicando contra o

chão.

— Ajude-me! — Eu grito. Elas momentaneamente

param de rir e ficam em silêncio.

— Ajude-me, chamem a polícia! — Taylor dá um tapa

na minha bunda.

— Ela está apenas bêbada, podem ir senhoras.

Eu ouço seus calcanhares de novo, então seu caminhar

ao longe, longe demais para me ouvir. Cadelas. O aperto de

Taylor diminui e ele me coloca no chão. Antes que eu possa

correr, ele agarra minha cintura e me empurra contra a sua

caminhonete. — Você se move e eu vou atrás de você. Você

não quer me deixar louco, Layla. Estou tentando mantê-la

segura. Agora, entra na caminhonete.

Não há discussão. Vou para casa com Taylor Jacks.


Taylor está segurando o volante muito firme. Ele não

me disse nada desde que ameaçou me perseguir. Eu não

tinha dúvida de que ele permaneceria fiel à sua palavra.

Sento-me, os braços cruzados sobre o peito, à espera de

Taylor mudar de ideia e me levar para casa.

Nós chegamos em seu condomínio.

Ele sai e eu fico no carro. Penso em correr, mas Taylor

abre a porta do carro e faz gestos para eu sair.

— Você tem sorte que eu os derrubei, ou deles não nos

seguirem. É só uma questão de tempo antes que eles

descubram onde você mora. E então, a mim.

Isto é o que meu pai me falou. Não fique muito perto,

ele vai machucar aqueles que você gosta. Raiva surge em

mim. Eu não queria que Taylor me trouxesse à sua casa. Eu

venho tentando evitá-lo durante toda a semana. Ele é o único

que não me deixa em paz. Ele é o único colocando-se em

perigo.

— Eu não te pedi para me levar a qualquer lugar,

Taylor. Desculpe-me se eu estou incomodando você. Então,

você é mais do que bem-vindo para me levar para casa. Eu

sou uma menina grande, sei me cuidar. Você foi todo machão
para cima de mim, então decidiu me raptar. Então, me leve

pra casa e nós não precisamos nos preocupar com Rod ou

David saltando em você.

Taylor está de pé em sua porta, uma expressão vazia

no rosto. Ele aperta os dentes em seu lábio e eu juro que ele

está lutando contra um sorriso.

— Entre na casa, Layla — diz ele, em voz baixa.

Ah! Eu juro que eu quero derrubá-lo.

— Melhor não correr, entre antes que alguém te veja.

Eu entro, em seguida, cruzo os braços sobre o meu

peito.

— E agora, hein? Fico aqui, presa como um animal

maldito?

Taylor dá de ombros. Ele está suando. Acho que bater

em alguns traseiros pode fazer você suar. Suor escorre pelo

seu peito, para baixo, por seu abdômen, até desaparecer no

tecido da calça jeans.

— Acalme-se. Nós vamos descobrir o que fazer. Nós

realmente não podemos ir à polícia, ela vai fazer você parecer

errada. Você os trapaceia, Layla. — Ele passa por mim na

cozinha. — Está com fome, com sede?


— Água.

Ele balança a cabeça, e traz duas garrafas de água

para a sala. Sento-me no sofá de couro excessivamente caro e

bebo a metade da garrafa.

Taylor relaxa ao meu lado, seus braços estendidos

sobre a minha cabeça.

— Então, quanto?

— Quanto o quê?

— Você apostou?

Eu dou de ombros.

— Ia ser cem, mas não me deu. — Eu olho a minha

calça jeans. — Ele estava indo para ...

— Indo para o quê? — pergunta Taylor, sua voz baixa.

Não me atrevi a olhar para ele.

— Ele disse que eu poderia merecer.

Taylor xinga baixo, prendendo sua respiração.

— Ele poderia ter te matado, Layla. Você não consegue

ver o que isso faz para você? Olhe para mim — diz ele. Viro-

me e olho para ele. Ele agarra meus ombros. — Por que você

faz isso? É pelo dinheiro?


Eu não quero dizer a ele que eu estou falida, o café

realmente não paga muito bem. Eu não tenho nenhum

dinheiro sobrando depois que pago as contas e é nisso que eu

sou boa. Meu pai me ensinou bem. Estou fazendo isso para o

meu pai.

— É uma longa história. — Eu digo, sentando-me longe

de suas garras. — E eu não quero falar sobre isso.

Taylor levanta uma sobrancelha com piercing e senta-

se contra o sofá.

— Tudo bem. Não precisa.

O silêncio está me matando. Taylor está apenas

assistindo TV, completamente alheio que eu estou sentada ao

lado dele. Quando ele se levanta e desliga a TV, eu me sento.

— Temos escola amanhã. Acho que devemos dormir.

Dormir? — Eu não estou indo para a escola com você

amanhã. Eu não tenho roupas. Eu não tenho nada para

trocar. O que você espera que eu faça?

— Tire-as — Diz ele, apontando para a minha roupa. —

Eu vou lavá-las e você pode usá-las na universidade amanhã.

Eu não estou te levando para casa até que eu saiba que isso é

seguro. Não peça, isso é o fim da história.


Grrrr. — Onde eu vou dormir? Eu não vou dormir com

você.

Taylor pega minha camiseta e puxa sobre a minha

cabeça.

— Você não tem limites — Eu digo, cobrindo-me. Meu

rosto fica vermelho.

Ele sorri.

— É melhor ir para o banheiro antes que eu tome a

liberdade de tirar seu jeans também. A menos que você

queira isso.

Eu ando em direção ao banheiro e tiro minha calça

jeans, a calcinha e entrego-as a ele.

— As toalhas estão no armário, eu vou trazer-lhe

alguma coisa para você usar para dormir.

Isso é loucura. Estou sendo sequestrada. Ok, então, na

verdade não. Mas, isso me deixa preocupada, eu não posso

fugir dele. Ele vai me pegar. Posso esperar até que ele esteja

dormindo. Será que ele vai dormir? Eu vi um sistema de

alarme complexo em sua porta. Droga. Passo os dedos pelo

meu cabelo e entro no chuveiro.


O chuveiro é quente e aquece cada pedaço do meu

corpo. Taylor tem algum sabonete de corpo masculino e

cheira como ele. Eu o uso, não tem mais nada que eu possa

usar.

— Layla. — Ele chama.

— Merda — eu digo, deixando cair o sabão. — Você não

pode bater?

Eu o ouço rir.

— É a minha casa. E já que é a minha casa, estou

tentado a aproveita-la. — Meu coração para.

— Mas. — ele suspira: — Você está claramente com

raiva de mim. E vai criar a maior confusão se eu fizer isso. Há

um quarto de hóspede no corredor. Não pense em fugir, eu

tenho um sistema de alarme. Te vejo na parte da manhã,

trapaceira.

A porta se fecha. Eu o odeio.


Capítulo Cinco

Um barulho na cozinha me acorda. Eu espreguiço. A

cama do quarto de hóspede de Taylor é tão confortável. Meu

colchão comprado no brechó não é nada comparado com a

suavidade desse. Puxo meus pés para fora das cobertas,

tremendo quando os meus pés tocam o piso frio de madeira.

Visto a camisa que Taylor deixou no banheiro, na noite

passada. Sem mencionar suas boxers. Eu tento não pensar

sobre seu corpo usando as mesmas roupas. Ele me faz sentir

coisas que eu não quero sentir.

Outro barulho vem da cozinha. Eu me levanto e

caminho até minha porta. Eu olho para a cozinha. Taylor está

sem camisa, sua calça está baixa em sua cintura fina. Ele

está de costas para mim, mas eu posso ver que ele está

trabalhando. O suor escorre pelas suas costas e ele está

engolindo um enorme copo de água. Ele se vira e meus olhos

se arregalam.
— Você está me checando? — Pergunta com a

sobrancelha levantada.

Eu balanço a cabeça.

— Não. — eu digo, puxando a longa manga de sua

camisa.

Ele olha o meu movimento e em seguida, minhas

pernas. Ele nunca tenta esconder.

— Você está ótima na minha roupa. Pena que eu não

sou a razão para você usá-las.

Calor castiga minha pele.

— Engraçado. Posso ter minhas roupas? Eu preciso

tomar banho e me arrumar. Eu não tenho nenhuma das

minhas maquiagens ou qualquer outra coisa.

— Você não precisa — ele me manda sair, então me dá

minhas roupas, estão dobradas na mesa da sala de jantar. —

Aqui. — Suas mãos esbarram nas minhas e eu me lembro do

jeito que ele me tocou na primeira noite em que o conheci. Eu

balanço a cabeça e vou para o banheiro.

Taylor está esperando quando eu saio do banheiro.

Estou com a mesma roupa e elas estão justas. Realmente

justas. Ele levanta uma sobrancelha.


— Eu esqueci o quão gostosa você estava na noite

passada porra, depois de te defender e tudo mais.

Reviro os olhos.

— Será que estamos realmente indo para a aula, eu

realmente não quero.

Ele mexe no seu pescoço.

— Não, nós não estamos indo para a aula de hoje. Mas,

eu tenho uma luta amanhã à noite e eu preciso ir ao ginásio.

Você está vindo comigo.

— Para assistir você treinar?

Ele concorda.

— Para assistir o meu castigo.

Ok, eu pensei que isso era um pouco brega, até que

nós realmente entramos no ginásio. É grande, em uma parte

ruim da cidade e não há muitas pessoas aqui. Deve ter uns

dez anos, por isso é um momento ímpar para as pessoas que

estão aqui, de qualquer maneira. Alguns caras mais velhos

estão lutando boxe, mas nada sério. Taylor deixa cair sua

bolsa de ginástica no chão e joga sua camisa para o lado. Eu

realmente queria que ele parasse. Eu tenho que me manter

longe dele, enquanto a coisa com Rod acalma e assim, voltar


a minha vida normal, sem ele. Mas, com ele sem camisa,

suando e tatuado, é meio difícil de me concentrar.

Ele me leva até uma cadeira dobrada por perto. Eu vejo

como ele alonga os músculos que se movem sob a pele

bronzeada.

— Então, o que te levou a lutar? — Eu pergunto.

Taylor sorri, mas algo surge em seu rosto.

— Eu era um garoto... perturbado. Um dos amigos do

meu pai me disse para pegar a minha raiva e colocar em um

bom caminho. Então, eu comecei a lutar boxe em seu ginásio.

Ele me incentivou a participar dos torneios e agora, estou

lutando no Lutadores da Noite. Eu sou o campeão das

últimas três temporadas. — Ele sorri, mas porque ele parece

estar absolutamente orgulhoso de si mesmo.

Quando ele começa a bater no saco de pancadas o meu

coração começa a disparar. É tão rápido, eu mal posso ver

seus braços em movimento. Meu estômago aperta. Ele é tão

... sexy. Eu não quero admitir isso para mim mesma, mas é

difícil não querer lambê-lo. Ele salta e envia um pontapé no

saco. Este balança, rangendo em uma corrente enferrujada.


Seu olhar no meu, seu peito movendo fortemente com

cada respiração.

— Quer experimentar? — ele pergunta.

Encolho os ombros.

— Eu não sou muito boa — eu digo.

Ele me oferece sua mão.

— Toda garota precisa saber como acertar um soco

decente. Você poderia ter batido em Rod ontem à noite, no

entanto, provavelmente é uma boa coisa que você não fez. Ele

teria matado você. — O que não é um pensamento agradável.

— Agora venha ficar na minha frente.

Oh Deus.

Eu ando devagar em direção a ele e paro quando eu

sinto a frente do seu peito bater na minha parte superior das

costas.

— Então. — ele sussurra. — O que você vai fazer é

colocar as mãos para cima como estas. — Ele se aproxima,

deslizando os dedos para baixo até que eles estão guiando

meu pé. — dobre suas mãos em punho. — Ele cheira bem pra

caralho. — Agora. — ele diz. — Dobre os joelhos. — Ele se

inclina e empurra meu joelho para frente com as mãos. —


Você vai jogar o traseiro para trás, mirar o queixo e seguir

adiante. — Ele me mostra os movimentos, mas estou muito

excitada para ver realmente o que ele está fazendo. Ele é tão

firme. Tão forte.

— Você pode fazer isso sozinha, Layla? — ele sussurra

em meu ouvido, seus lábios tocando embaixo do meu lóbulo.

Concordo com a cabeça, mas é só para me distrair de querer

atacá-lo.

Eu faço o que ele diz e dou um impulso para o saco, ele

balança um pouco. Ele ri.

— Tente novamente. Desta vez, com mais força.

Mordendo meu lábio, eu dou outro soco, desta vez, a

corrente guincha e o saco vai para trás.

— Muito bem, menina. Eu acho que você pegou o jeito.

— Ele me aperta de lado e o calor me faz tremer, apesar do

calor do ginásio.

— Agora, você pode assistir. Eu tenho um monte de

trabalho a fazer.

***
Eu vejo com admiração como Taylor treina. Mais

pessoas começaram a chegar, mas eu ainda estou sentada na

minha cadeira observando cuidadosamente. Eu aperto a

borda e vejo como ele derruba o outro lutador. Ele caiu em

três minutos batendo no chão. Eu quero sorrir ao ver Taylor

tão ameaçador, mas ele ajuda o cara e ri dele.

Quando ele olha para cima, ele pisca e salta sobre a

corda.

— Está se divertindo? — Pergunta.

Sim, eu quero gritar. Eu amo vê-lo. Em vez disso, dou

de ombros e digo:

— Claro, você é muito bom. Você diz que tem uma luta

amanhã, certo? — Ele concorda.

— Isso. Agora — ele pega sua mochila — vamos voltar

para casa. Eu estou morrendo de fome, porra. Estou

preparando o jantar.

Claro que ele cozinha.

***
Enquanto Taylor toma banho, eu vejo TV. Ele diz que

não precisa da minha ajuda para cozinhar, então eu fico à

vontade. Cindy já me enviou mensagem de texto e ligou mais

de 50 vezes. Eu finalmente digo-lhe onde estou. Ela chama-

me de escrava sexual e diz que vai alimentar Mittens, que eu

preciso do pau. Estúpida. Nada disso posso comparar com

Eric, que me fez perguntas todo o dia. Você já viu? Tem que

me dizer quão grande ele é. Porque me ignora?

Os meus amigos são pervertidos.

Taylor sai do banho com calças de moletom suspensas

no quadril perfeitamente esculpido com o V, me implorando

para olhar.

— Espero que goste de tacos, porque eu faço os

melhores desta maldita cidade.

Eu rio.

— Esteve num concurso de tacos para saber isso ou é

simplesmente convencido?

Taylor olha para mim e colocou uns hambúrgueres na

panela.

— Eu sou confiante, é diferente, Layla.


— Qualquer coisa que te ajude a dormir. — Eu digo,

enquanto sento no banco do balcão. Olho-o enquanto

cozinha, ele prova, dá-me para provar e finalmente serve-nos

a comida.

Quando estamos sentados no chão da sala, comendo

na mesa de centro, eu quase que me sinto normal perto dele.

Eu sei que isto não é correto, eu não devia estar aqui, mas eu

não posso evitar, eu quero estar aqui.

— Você está bem? — pergunta Taylor, empurrando o

prato para longe. — Estava muito quieta. Até quando eu te

disse que seus peitos pareciam fantásticos nessa camisola,

você ficou quieta.

Eu sorri e encolhi os ombros.

— Talvez tenha gostado do elogio.

Taylor abraçou-me e observou-me com os seus olhos

cinza. Com a língua, ele lambeu o seu lábio inferior.

— Bem. — ele senta no sofá para mais perto de mim. —

Talvez seja uma boa ideia dizer que quero te beijar outra vez.

— Ele inclina a cabeça. — Acha que podemos arranjar isso?

— Ele dá um sorriso convencido.

O meu interior queima.


— A última vez que disse um beijo, você me colocou no

colo e chupou o meu seio. — Eu acabei de dizer realmente

isto? Ele estava observando a minha boca, com um sorriso na

sua.

— Bem e se eu te disser que você está no controle, que

eu te deixo fazer o que quiser e se isso não te incomodar, está

ok. Só quero ter a certeza que você estar ok com isto antes do

início. Eu não vou fazer nada que não queira, lembre-se

disso.

O lugar entre as minhas pernas apertou, de repente,

estou mais molhada do que alguma vez me lembro de estar. A

sua respiração está perto do meu rosto, ele está recostado no

sofá com as pernas esticadas por baixo da mesa, um grande

braço tatuado está esticado por detrás da minha cabeça.

Porque eu o quero tanto? Deus.

— Talvez um beijo. — Eu sussurro com os lábios

tremendo.

Taylor sorri, agarra a minha cintura arrastando-me

para cima dele, onde estou prendendo-o ao chão.

— Um beijo — diz ele na minha boca.


Esperando, eu separo os lábios, quero os dele nos

meus desesperadamente. Se for apenas por dois segundos, eu

não me importo, tudo o que quero é senti-lo outra vez. Eu

não conseguia parar de pensar nisso enquanto ele fazia o

jantar e via The Campaign3 comigo. Eu quero-o agora. Quero

os seus lábios em mim.

Nunca fique perto demais, Layla. Eu sacudo a cabeça.

As palavras finais do meu pai quando morreu. Não, não

pense sobre isso.

Eu fecho os olhos e mordo o lábio. Um beijo, isso não é

ficar perto demais, é?

Os seus lábios tocam os meus, macios e doces. Ele

coloca os dedos na minha nuca e puxa-me mais para perto,

agarrando os meus quadris e empurrando-me para a sua

ereção. Isso me assusta, mas eu vou com ele. Ele é tão bom.

Um gemido escapa da minha boca, ele geme também,

colocando a língua na minha boca. Os dentes dele batem no

meu lábio inferior e o meu interior aperta. Merda. Os dedos

de Taylor deslizam debaixo da minha camisola, as suas mãos

calejadas viajam pelo meu estomago plano até que tem um

3
Filme, Os Candidatos no Brasil.
dos meus peitos na sua palma. Deslizando a tira do meu

ombro, o seu polegar roça sobre a ponta dura do meu

mamilo.

— Merda. — Eu gemo alto, tentando manter a cabeça

no lugar. Ele, agora, está com a respiração acelerada. Os

meus músculos internos apertam com o olhar dele em mim.

O meu centro pressiona sobre o seu pau crescente, o que me

faz tremer.

— Eu quero você nua. — ele sussurra no meu ouvido.

— Taylor. Eu não sei se consigo. — Respondo, sem

fôlego. — Não é certo, eu vou te colocar em perigo. — é a

primeira vez que eu digo isso, indicando o porquê de eu não

poder me aproximar. Ele para, respirando no meu pescoço,

mas continua a esfregar o meu mamilo e chupa o meu lábio

com os seus.

— Eu posso tomar conta de mim... e de você. — diz ele.

Estou pronta para protestar quando ele diz. — Gosta quando

faço isto? — Pergunta ele, enquanto esfrega a palma da mão

no meu peito.

— Eu adoro isso.

— Gosta quando eu fodo a tua boca com a minha?


Eu estou tão excitada com esta conversa. Eu aceno no

seu pescoço.

— Sim.

As suas mãos viajam para baixo até ao topo das

minhas calças.

— Gosta quando eu te toco ali? — ele pergunta com a

voz baixa num extremo.

— Sim. — Digo desesperadamente, porque eu quero

que ele me toque. Eu o quero. Todo. Eu já tenho lutado uns

dias, mas parece já faz um ano. O meu pai provavelmente

está abanando a cabeça em desacordo. Ele apaixonou-se pela

minha mãe e não pôde estar com ela. Foi assim que ele se

sentiu? Toda a dor dentro de mim por tê-lo deixado morrer

desaparece. Eu fecho os meus olhos com força pensando

sobre isso, tenho a impressão de que eu não tinha pensado

nisso em anos, eu não gosto. Eu ponho isso de lado e deixo-

me ir com a luz que me consome.

Tremo com a antecipação enquanto ele me abre as

calças. Os dedos chegam dentro da minha calcinha de

algodão branca e me golpeia. Acabei de morrer.


— Diga meu nome, Layla — sussurra ele com os dedos

avançando, deslizando um dedo dentro de mim.

— Taylor. — eu murmuro contra o seu peito,

agarrando-me ao seu dedo.

— Layla. — sussurra ele, deslizando o polegar no meu

mamilo, a outra mão pressiona o meu sexo. — Se não está

pronta, está tudo bem. Mas eu quero que você goze.

Calor inunda-me.

— Diga-me. Eu posso tomar conta de você. — diz ele,

pressionando ainda mais dentro de mim, eu fecho os olhos,

querendo mais dele do que o que ele pode me dar.

Eu aceno.

Taylor introduz a língua na minha boca, levanta-se

comigo agarrada à sua cintura. Ele não para de mordiscar o

meu lábio enquanto nos encaminha para o quarto dele. Eu

nunca estive lá, mas cheira como ele. As minhas costas

batem na cama enquanto eu me deito aberta esperando por

ele. A minha camisa está por cima do meu peito, as calças

abertas e o meu peito sobe e desce numa respiração

perturbada.

Taylor olha para mim com os lábios entreabertos.


— Se eu fizer algo que não esteja pronta, diga-me para

parar que eu paro. — diz. — Entendeu?

Eu aceno e com um resto de voz digo:

— Sim.

Ele lambe os lábios e toma o meu rosto nas mãos. A

sua língua devora a minha boca, lentamente, traçando os

meus lábios com desejo. Eu sei que não vamos fazer tudo,

mas Deus eu queria. Será que dói? Eu penso em Rod e sei

que a resposta é sim. Eu estou novamente quebrando as

regras do papai e indo na direção errada. Ele tem razão. Não

é bom ficar perto demais. Mas, então, porque isso parece tão

certo?

Taylor desliza em cima de mim, apoiado nos cotovelos.

A coxa pressiona o meu centro, empurrando até que eu

empurre de volta. Estou tão molhada, excitada e vulnerável.

Ele poderia provavelmente levar-me mais à frente que eu não

iria ter poder de parar.

Taylor prende os dedos no meu cabelo e leva os lábios

até a minha orelha.

— Eu vou te fazer gritar, Layla. Não feches os olhos, eu

quero te ver quando você gozar.


Caralho. A minha boca ficou subitamente seca e eu

arqueei as costas para ele. Ele tirou as minhas calças e a

minha calcinha. Os olhos dele caíram no meu sexo, o dedo

percorreu a única linha de pelo no meu monte.

— Eu amo isto. — Ele diz, olhando-me nos olhos.

Eu não respondo, estou tão excitada, eu sei que tudo o

que conseguirei é gemer. Ele pega-me e coloca me no meio da

cama. Ele vira de lado, observar-me ver o seu dedo a entrar e

a sair de mim. Eu fecho os meus olhos, boquiaberta.

— Não feches os olhos. — Ele avisa. — Mantenha-os

abertos.

Merda, isto é mais difícil do que parece. Taylor coloca-

se em cima de mim, afastando as minhas pernas abertas. Ele

inclina-se nos joelhos e traz o meu traseiro nu para as suas

coxas. Ele começa a mover-se, roçando a sua ereção no meu

sexo. O tecido das suas calças toca-me no ponto mais

sensível. Antes que eu possa deixar os olhos rolarem para

trás, ele me puxa e mergulha a cabeça entre as minhas

pernas.

— Merda. — Eu murmuro, agarrando-me ao cabelo

dele. Ele desliza a língua em mim, chicoteando-me o clitóris


com o piercing de língua. Eu agarro o seu cabelo castanho

escuro, movendo a sua cabeça num ritmo que eu sei que não

vou aguentar muito mais.

— Você gosta? — Ele pergunta, continuando a golpear-

me com toda a sua língua. Eu aceno e empurro o meu sexo

para o seu rosto. Ele geme e aproxima-se de mim até que eu

estou no meu limite. O metal frio do piercing envia-me

sensações que eu nunca senti no meu estomago. Não vou

demorar muito mais até que eu me desfaça na frente dele...

outra vez.

Antes que eu me perca na sua boca, ele sobe,

recolocando os dedos onde a sua boca estava. Com o impacto

de alguma coisa entrando em mim, eu convulsiono, os meus

músculos internos apertam-lhe os dois dedos que tem dentro

de mim. Eu mantenho os olhos abertos e Taylor observa-me

enquanto mordo o lábio. É o orgasmo mais longo que eu,

alguma vez, já experimentei. Eu fecho os olhos e encosto a

cabeça, não me atrevo a olhar para ele, eu quero que ele me

tome, que entre dentro de mim.

Eu sinto-o mudar na cama.


— Você é realmente minha agora, Layla. — sussurra na

minha orelha. — Só que ainda não sabe.

Ele sabe que isso não é possível. Eu lhe disse. Mas ele

me abraça e me puxa para o seu peito. A última coisa que eu

me lembro de pensar é que estou muito envolvida com ele.

Muito envolvida para evita-lo.


Capitulo Seis

Está quente, mais quente do que eu esperava que a

cama de hospedes do Taylor fosse. Eu estiquei-me, arqueei as

costas e senti algo duro. Espera. Abri ligeiramente um olho.

Eu não estou no quarto de hospedes. Começo a lembrar-me,

o meu rosto começa aquecer. A mão de Taylor vira-me,

puxando para mais perto da sua frente. Definitivamente duro.

Os meus olhos se abrem, a ereção matinal de Taylor

está pressionada na minha bunda. Luto contra a vontade de

me excitar com isso neste momento. Eu não deveria estar

neste tipo de situação. Eu deveria estar no quarto de

hospedes. Risca isso, eu deveria estar na minha cama com

Mittens, em casa. Eu perdi a minha dignidade. Eu gozei com

os dedos de Taylor dentro de mim e comigo olhando para ele.

Eu rolo os olhos. Merda, eu faço as maiores bobagens quando

estou excitada.
Elevando o meu peso da cama, eu tento sair do abraço

forte de Taylor. Ele não larga, nem um pouco.

— Está tentando sair de fininho, mulher? — A sua voz

abafada vem de trás de mim.

— Sair de fininho é quando se tem sexo na noite

anterior. — Eu viro-me para poder olhar diretamente para

ele. Péssima ideia. O cabelo dele está espalmado na testa, o

seu sorriso preguiçoso e eu não consigo esquecer o tesão

matinal que ele tem debaixo das cobertas.

Taylor sorri.

— Ou quando você goza. — sussurra ele.

Eu tento disfarçar o vermelho na minha cara.

— Não fique envergonhada, Lay. Eu queria fazer você

gozar. A expressão na sua cara é a coisa mais excitante que

eu já vi.

Eu pressiono os lábios para evitar sorrir.

— Eu duvido disso, mas obrigada pelo esforço. — Eu

sorrio e sento-me. O quarto dele é quase vazio, uma cama,

uma TV, um armário e é isso. Não há fotos na parede,

quadros, troféus ou qualquer coisa do gênero. Eu franzo as

sobrancelhas. — Onde estão as tuas coisas?


Taylor senta-se encostado no cotovelo e levanta a

sobrancelha com piercing.

— O que quer dizer? Está aqui. Dormiu na minha

cama, ali está o meu armário, ali a TV.… O que quer mais?

Eu abano a cabeça.

— Onde estão as fotos?

A cara do Taylor torce num olhar doloroso que ele

apaga rapidamente e bate em sua cabeça.

— Memória fotográfica, porque preciso de fotos? Eu sei

como as pessoas se parecem.

Estranho. Eu tenho fotos do meu pai, da minha mãe e

minhas no meu quarto. Isso é normal, Porque ele não tem

nem uma.

— Para de pensar demais, Lay.

Eu encolho os ombros e paro quando vejo a porta

abrindo de repente.

— Hora de acordar... Ah! — Cindy grita atirando as

mãos para o ar. Uma pilha de roupa dobrada agora está

espalhada no chão do quarto do Taylor. — Que merda… —

ela abana a cabeça para trás e para frente num esforço de

sair do quarto.
Brett aparece por trás da Cindy.

— Oh… droga. — diz ele.

Oh merda, eles acham que nós dormimos juntos.

— Não! — Eu grito. — Nós não fizemos! — Eu agarro o

meu rosto envergonhado com as mãos.

Cindy está pálida como um fantasma, mas quando

Taylor desata a rir, ela pisca para mim. Caramba.

— Então, nós estávamos trazendo sua roupa Lay.

Podemos conversar no banheiro, rapidinho? Eu quero te

perguntar sobre o aluguel.

Eu sei que é uma mentira, todo mundo sabe, inferno.

Eu atiro as cobertas para trás e rapidamente as coloco de

volta.

— Porque é que eu não tenho calças? — Eu pergunto.

Brett bufa.

— Normalmente, elas têm que sair, Layla.

Eu dou-lhe um olhar vai-para-o-inferno.

— Poderia, por favor, todos saírem exceto Cindy?

— Está me expulsando do meu próprio quarto?

Eu aceno.

— Sim, agora sai.


Ele sorri e levanta, sem qualquer pudor da grande

ereção. Ele sai do quarto conversando com Brett como se

tudo estivesse normal.

Cindy corre para a cama e começa a cheirar onde ele

esteve deitado.

— Deus ele cheira tão bem.

Eu bato-lhe na parte de trás da cabeça.

— Pare de ser nojenta, Cindy.

Ela sorri e bate os cílios.

— Então, me diga se ele parece um cavalo ou não? Ele

parece ter um grande pau.

— Quem fala assim? — Eu pergunto, enquanto abano a

cabeça. — Eu não sei responder a essas questões porque não

fizemos sexo.

Cindy arfa, colocando a mão na minha testa.

— Está doente? Porque as tuas calças estão no chão

neste momento.

Eu quase rio, levanto-me e apanho as calças que

tinham caído com o susto de Cindy.

— Bem, isso foi porque ele as tirou, Cindy.


Ela abre os olhos, coloca um cacho louro atrás da

orelha.

— E você não lhe deu nenhuma boceta? Você é a

mulher mais forte que eu conheço.

Se ela soubesse que ele me desfez. Se ela soubesse que

é apenas por que eu tenho medo por ele, ela iria entender.

Mas, eu não lhe digo. Eu abano a cabeça.

— O que fizeram os dois então, se você diz que não

fizeram sexo. — Ela recosta-se na cama, fingi que faz anjos de

neve nas cobertas.

— Nós demos uns amassos.

— E? — Ela pergunta, fazendo gestos que me

incentivaram a continuar.

— Tocamos um no outro.

— E? — Ela diz sentando-se como se soubesse o que

aconteceu.

— Ele fez oral. — Eu sussurro. — Ele queria me ver

gozar.

Ela salta e da murros no ar como uma louca. E

continua aos saltos.

— Layla é uma doida!


Eu olho para as pernas dela. A porta abre e Brett e

Taylor estão olhando para nós. Cindy senta-se e olha para

mim e sorri.

— Bem, aqui estão as tuas roupas. Brett e eu vamos

para as aulas. Se vocês dois não querem fazer uma Descida

ao Sul, eu vejo vocês no Lutadores da Noite.

Eu aceno e vejo-os sair do apartamento.

Taylor olha para mim.

— Com fome?

O meu olhar cai para o abdômen dele. Nem imagina.

— Yep.

***

Taylor não pratica no dia de luta. Ele insiste que eu

tenho de ir com ele para a loja onde ele trabalha.

Aparentemente, existe um carro que ele está trabalhando que

ele quer que eu veja. Taylor para em frente a uma velha

garagem no centro da cidade. Na frente estão cadeiras de

metal e um sinal antiquado pendurado que diz Garagem do

Dave. Estão fechados, mas ele tira as chaves e abre a porta.


Ela range. Lá dentro existem antigos acentos de automóveis

como sofás e uma velha escrivaninha de madeira. Dá para ver

que eles não limpam e é o que mais precisa. Uma velha

estação dos anos 50 está iluminada e toca música ao fundo.

Não é o meu tipo de música, mas combina.

— Entre, está por aqui. — Diz Taylor, entrelaçando os

dedos com os meus e guiando-me para a parte traseira, ele

liga os interruptores e a luz acende. A luz fluorescente pisca e

treme sobre nós. Como grande parte das garagens, existem

ferramentas, carros e uma TV gigante na parede. — Este é o

meu bebê. — Taylor aponta para um Mustang Flashback 65

preto meia-noite.

Eu levanto uma sobrancelha e o deixo guiar-me. Eu

alcanço-o e toco-o, deslizando um dedo pela pintura.

— É lindo — digo eu.

— É um Mustang Flashback 65. — Ele diz com um

sorriso nos lábios.

— O que tem de errado com ele?

Ele arqueia as sobrancelhas e abana a cabeça.

— Não tenho certeza, comprei-o há umas semanas e o

meu chefe ainda não teve tempo para ver. Eu ainda estou
aprendendo. — Ele encolhe os ombros. — Eu sei o básico,

mas ainda tenho que aprender muita coisa de mecânica.

— Deixa-me ver. — Eu digo andando em direção à

frente do carro. Eu abro o capô e olho para a perfeição lá de

baixo. — É muito bom e está em excelente condição.

Taylor ri e tenta fechar o capô, mas eu empurro aberto.

— Você entende de carros? — Ele eleva a sobrancelha

perfurada.

Eu encosto a anca ao carro.

— Para sua informação, sim eu entendo.

Ele sorri.

— Foi o teu pai que te ensinou isso, também?

O meu sorriso apaga-se. Sim foi ele, ele me ensinou

grande parte das coisas. A dor sobe, do meu estomago para a

garganta. Eu quero esquecer a memória, mas ela está

agarrada em mim.

***
— Lembra do que te disse? — Perguntou o meu pai. Ele

alcançou-me e esfregou um dedo gorduroso no meu nariz antes

de limpar as mãos na toalha que pendurava do seu bolso.

Eu assenti e limpei o nariz, observando como ele

alcançava de baixo do capô.

— Carros antigos precisam de afinações precisas e a

sincronização da ignição é o segredo. Também, a distribuição

de combustível. Estes velhos Mustangs vão dar-te muito

trabalho. — disse ele esticando-se para alcançar alguma coisa.

Eu observei e absorvi tudo o que ele fez.

— Entendeu? — Ele perguntou. Ele deu me um sorriso

torto e eu acenei que sim com a mão no meio do seu cabelo

grisalho.

— É melhor aprender, você tem que saber cuidar das

coisas, no caso — ele cortou, focando-se no carro. As

sobrancelhas arquearam e os lábios pressionaram, formando

uma linha.

Eu encostei a cabeça ao carro cereja.

— Em caso de que, pai?

Ele abriu a boca como se fosse dizer alguma coisa e

então fechou novamente.


— Eu aposto que você não ouviu uma palavra do que eu

disse.

— Aposta? — Perguntei, erguendo uma sobrancelha e

limpando as mãos nas minhas calças.

Ele riu.

— Eu aposto vinte no bilhar?

Eu rio.

— Você vai perder.

***

— Layla? — Taylor diz enquanto me abana pelos

ombros. — Está bem? Parece que estava noutro lugar.

— Sim desculpa. — digo, agarrando-me à beira do

carro — Já o afinou bem? Certificou se a sincronização da

ignição está boa? E que o combustível está sendo distribuído

corretamente?

Taylor ri e inclina-se no carro encostando um braço

tatuado nele.

— Bem, talvez eu vá verificar isso.


— Se fosse eu, faria, para ele funcionar. Posso ver o

lado de dentro? — pergunto, andando a volta dele. Ele abre a

porta e faz gestos para que eu entre e veja.

O interior está em condições impecáveis. Eu sento no

banco e passo as mãos na sua suavidade.

— Quer levá-lo para um teste drive? — Eu pergunto.

Taylor fecha a porta e olha para mim com as

sobrancelhas elevadas.

— Oh, não, eu não quis dizer esse tipo de teste drive. —

Porra, eu olhei para fora da janela e fingi que estou

interessada nas ferramentas penduradas na parede.

— Shh. — Taylor diz, descansando um dedo nos meus

lábios — eu acho que era exatamente o que queria dizer. —

ele sussurra fazendo uma trilha ao longo da minha

mandíbula.

O meu corpo congela.

— O que você está fazendo, Taylor?

Ele ri no meu pescoço e puxa-me para o colo dele.

— Eu vou dar o que você quer, Layla. Estou cansado de

fingir que não me quer e quero dar exatamente o que você

quer. — Ele inclina-se e pressiona a boca na minha. Com um


gemido, ele coloca os dedos no meu cabelo e puxa-me com

força contra a sua ereção crescente.

O meu corpo respondeu ao beijo antes que eu pudesse

pensar em dizer alguma coisa. O meu pulso acelerou, rugindo

no meu ouvido. Um efeito relâmpago afetou o meu sangue

que começou a correr nas minhas veias. Minhas mãos estão

agarrando grandes mechas do cabelo dele. Eu empurro-me

para baixo nele, fazendo-o gemer na minha boca. Entre as

palavras maliciosas que ele estava a sussurrar no meu ouvido

e a forma experiente que ele agarrava a minha bunda, eu

estava quase a explodindo.

— Merda. — Eu sussurrei. O meu ventre doía, eu

precisava dele, eu precisava dele em mim, mais do que eu

precisava de ar.

Um foguete está crescendo no meu estomago. Eu

preciso de alguma coisa para me deixar ir.

— Layla. — ele murmura, agarrando o meu peito com a

sua mão calejada. É isso. Eu explodo, meu corpo estremece

contra o dele. Eu estou demasiada agradecida para ficar

embaraçada pelo meu orgasmo... outra vez... sem sexo.


Taylor agarra o meu rosto e come a minha boca com a

sua. O seu braço tatuado está enrolado nas minhas costas

para me puxar mais para ele.

— Eu quero você, por favor. — ele sussurra.

— Eu quero você...

— Tem alguém aqui? — Eu ouço fora do carro.

Freneticamente, eu salto do colo de Taylor e começo a

endireitar a roupa e o cabelo. Estou quase agradecida que

alguém tenha chegado a essa altura. Eu ia deixar Taylor me

comer no banco de trás do carro. Só o pensamento fez a

minha pele arder. Eu estou muito envolvida nisso.

Taylor tem uma expressão cômica no rosto.

— Caralho, Taylor? Quem é essa?

Ele rola os olhos e pega na minha mão para me guiar

para for a do Mustang.

— Taylor? — outra pessoa pergunta de longe. Eu ouço

a risada e as minhas bochechas ficam ainda mais quentes

— Eu devia saber. — O homem mais velho anda na

nossa direção e estica a mão em comprimento. — Eu sou

Berney, qual é o teu nome, doce senhorita?

Eu aceito a mão e sorrio.


— Layla. — Ele me faz lembrar o Papai Noel sem a

grande barriga. Ele ri como ele.

— Bem, não quero interromper, eu só estava passando

e vi o Hummer lá fora.

Taylor sorri.

— Não se preocupe com isso Berney. Já estávamos de

saída. Eu vou levar a Layla a um lugar.

Esta foi a primeira vez que eu ouvi sobre isso, mas eu

aceno para disfarçar. Depois de nos despedirmos de Berney,

Taylor entra no carro.

— Aonde vamos? — Eu pergunto enquanto vejo os

bosques passar por nós.

Ele sorri, colocando a grande mão no volante.

— Vamos nadar. — diz ele. Eu vejo como ele bate o

polegar no volante ao som do rádio. Ele parece tão

despreocupado. Eu mordo o meu lábio e penso como a sua

vida inteira mudaria se eu chegasse a ficar com ele. Rod teria

efeitos colaterais e Taylor seria o alvo número um.

— Eu não tenho roupa de banho.

Ele encolhe os ombros.


— Eu também não. Podemos nadar com a roupa

intima.

Boa. Isso vai funcionar muito bem.

Eu pego na beira das minhas calças e a mão de Taylor

para-me.

— Não pense hoje, ok? Vamos só nadar, nos divertir.

Que acha?

Eu olho para ele. Os seus olhos cinzas são carinhosos.

Ele sorri e diz que quer que eu me divirta.

— Claro, vamos nos divertir.

O lago é cerca de 10 milhas fora da cidade. Eu já estive

uma vez lá com Cindy e é normalmente visitado pelos alunos

da faculdade. Fazem coisas que os levariam a ser expulsos

dos dormitórios. Eu vejo alguns garotos no fim do lago e

algumas garotas gritam para o carro de Taylor. Mas ele

continua conduzindo, passando o lugar de estacionar.

— Aonde vamos? — eu pergunto, elevando uma

sobrancelha.

Taylor sorri.

— O quê? Não confia em mim?

— Bem, claro que não, Senhor Um Beijo Só.


Ele sorri.

— Bem, A última vez que eu verifiquei, precisa de duas

pessoas para beijar, a menos que beije um espelho ou uma

almofada.

As minhas bochechas aquecem.

— Tanto faz. — digo eu, chegando na beira do acento.

Taylor leva-nos para uma longa estrada de terra desmarcada.

As árvores baixas me dão uma vibração acolhedora. A estrada

começa a estreitar e transforma-se numa trilha. Quando as

árvores abrem, eu vejo um local onde o lago está isolado, tem

uma queda de água. A minha boca abre. — Maldição — digo

eu. — Isso é tão lindo.

Taylor desliga o carro e abre a porta. Eu sigo e ele puxa

uma cesta de trás do carro, uma coberta e algumas toalhas.

Eu estou tentando não sorrir, mas não consigo evitar.

— Taylor Jacks. — eu digo sem fôlego.

Ele olha para mim e eleva as sobrancelhas. A sua

covinha aparece na bochecha.

— Trouxe um piquenique?

Eu juro que apareceu um tom rosa na mandíbula dele.

Ele rolou os olhos.


— Não faça com que eu me arrependa, Layla.

Eu estendo as minhas mãos para cima em gesto de

rendição.

— Sem mais palavras.

Taylor agarra a minha cintura e puxa-me para perto da

água. Eu vejo a água deslizar pelas pedras enquanto Taylor

apronta o lugar para sentarmos. Uma quantidade de aves pia

acima e a água batendo nas pedras ecoa no ar.

— Está com fome? — Taylor pergunta, batendo com a

mão no lugar em frente a ele.

Concordo com a cabeça. Taylor dá-me um sanduíche,

uma Coca-Cola e um saco de batatas fritas.

— Eu tive muito trabalho, é melhor comer tudo.

Minhas habilidades culinárias são boas demais para

desperdiçar.

Eu abro o saco de batatas fritas e sorrio.

— Deve ter sido escravizado para isto. — Eu rolo meus

olhos. Estou no meio do meu sanduíche. Quando Taylor

limpa a garganta.

— Conte-me sobre você — diz ele, em voz baixa.

Eu dou de ombros.
– O que quer saber?

Ele coça o queixo.

— De onde você é?

— Dallas.

— Por que, então, Ohio? Como veio parar aqui? —

Pergunta.

Eu queria ficar o mais longe que pudesse das memórias

da minha família.

— Bolsa de estudos — eu minto. Eu consegui uma,

mas esse não é o motivo.

— E os teus pais? Será que eles não querem que fique

mais perto deles? — Os olhos de Taylor estão fixos em mim.

Esta é a parte em que ele pede e obtém o quer com olhar de

piedade em seu rosto. Diz-me que está tudo bem e que ele

sente muito pelo que aconteceu. Eu odeio isso. É tão

desconfortável para mim quanto para ele.

— Morreram, os dois — eu digo, sem expressão.

Taylor fica absolutamente imóvel por alguns segundos.

— Sinto muito — diz ele. — O que aconteceu?

Medo enche o meu coração que começa a bater

rapidamente contra a minha caixa torácica. Tento bloquear


as cenas de minha cabeça, mas ela empurra de volta contra

mim de qualquer maneira, recusando a deixar-me quieta.

***

— Você trapaceou! — eu gritei, empurrando com as

mãos no peito do meu pai.

Ele sorriu e passa os dedos pelos cabelos grisalhos.

— Não. Você é uma má perdedora, Layla. Te Ensinei

melhor do que isso.

Eu rio.

— E o vovô ensinou-te melhor do que trapacear!

O meu pai revirou os olhos e jogou as cartas na mesa.

— Eu deveria saber que você iria me apanhar. Só porque

e tão boa trapaceira também.

— Vocês dois, é melhor falarem baixo — a voz suave de

minha mãe ecoou pela cozinha. Ela entrou pela porta da

cozinha balançando, segurando uma bandeja de bolinhos. —

Eu não gostaria que os vizinhos chamassem a polícia

novamente. — Ela enrugou o nariz. — Puritanos — ela

sussurrou.
Eu peguei alguns biscoitos e olhei para a minha mãe.

Ela estava olhando para o meu pai. Ela tinha o mais simples e

mais tímido sorriso que eu já tinha visto. Ela tinha pernas

longas, cabelos loiros e era do tipo quieto. Eu parecia com ela.

Mas, eu não era o tipo silenciosa. Meu pai colocou o braço em

volta da cintura dela e puxou-a para seu colo. Eles não

parecem tirar os olhos um do outro, mesmo quando a primeira

batida na porta soou.

— Alguém vai atender? — Eu perguntei, apontando para

a porta.

A minha mãe se levantou e ajeita o avental.

— Ei pequena. Por que não vai buscar algo para beber

com os biscoitos? — Perguntou o meu pai, balançando as

sobrancelhas.

— Claro pai. — Eu entrei na cozinha, tirei duas xícaras e

alcancei a geladeira quando um tiro foi disparado no ar.

Deixei cair o vidro, que estilhaçou no chão de ladrilho.

Eu corri em direção à porta de vaivém, a minha mãe estava

deitada no chão, enquanto meu pai chorava sobre o corpo dela.

— Layla — ele sussurrou, nunca desviando o olhar da

mamãe. — Nunca seja apanhada baby. Nunca fique perto


demais — ele sussurrou. Eu o conhecia, ele pensou que estava

falando com a mãe e sei que ele esperava que eu ouvisse. Eu

ouvi.

O homem de capuz preto puxou a arma lentamente do

seu lado e apertou-a contra a testa do meu pai.

— Seu filho da puta. Seu maldito filho da puta

trapaceiro. — O tiro ecoou pelo ar.

Engoli em seco e as figuras encapuzadas olharam para

mim, eu nunca vou esquecer os seus olhos azuis e a tatuagem

de escorpião no rosto. Assustada, irritada e tremendo, eu corri

pela porta dos fundos para o quintal do vizinho, subi em sua

grande árvore e me escondi. O cara encapuzado andou

debaixo da árvore por dez minutos antes de desaparecer na

noite.

Eu fiquei lá a noite toda, com calafrios, frio e chorando.

O filho do Peterson Joseph encontrou-me na árvore na manhã

seguinte, chorando, enrolada em uma bola apertada. Esse foi o

dia em que eu me lembrei de tudo que meu pai sempre me

disse e as regras que ele tantas vezes ditou alto em meus

ouvidos. Eu ia fazer bem e fazer o certo.


***

— Lay — A voz de Taylor me traz de volta ao presente.

—Está bem? — Pergunta ele, com as sobrancelhas franzidas

e a mão enrolada no meu braço.

Concordo com a cabeça.

— Acidente de carro. Quer ir nadar? — Eu me levanto e

sacudo a poeira dos meus jeans. Taylor tem um olhar

preocupado em seu rosto, mas ele balança a cabeça, dá de

ombros e tira a sua camisa.

Fico momentaneamente distraída, observando seus

músculos se contraírem.

— Você vai tirar a sua, princesa? — Ele levanta a

sobrancelha perfurada.

Eu tiro minha blusa e meus shorts jeans e jogo-os para

o lado. Eu sinto que não estamos aqui para nadar, estamos

aqui para olhar um para o outro. Taylor lambe os lábios e

tem os olhos em mim.

— Muito impressionante — ele sussurra, pegando

minha mão.

Eu olho para baixo, em seu abdômen.


— Meh.

Ele joga a cabeça para trás e ri. É um som alto,

despreocupado e viciante. De repente, eu quero mantê-lo

rindo.

— Vamos ver — diz ele, piscando o olho.

Ele me arrasta para a água e eu guincho quando nos

afundamos mais na água. Taylor agarra minha cintura e me

puxa para perto dele.

— Está frio pra caralho, Tay.

Ele sorri e me puxa para mais perto da queda de água.

— Uma vez que entra por completo se acostuma, vai

ficar bem. — Ele me puxa ao mesmo tempo que o meu corpo

se habitua a temperatura. A água bate no meu rosto e eu

tento manter minha cabeça erguida. Vamos sob a cachoeira e

por trás existe uma caverna escavada.

— Uau, isso é tipo assustador, Taylor. — Taylor se

levanta na rocha e me ajuda a ficar ao lado dele. Nossos pés

tocam na água. O zumbido da água que bate abaixo do lago é

pacífico.

— Sim, mas é do tipo impressionante — diz ele,

correndo os dedos pelo cabelo escuro, castanho. Alguns


respingos de água ainda estão escorrendo da sua cabeça e

fazem parecer que ele acabou de sair do banho. O

pensamento faz-me corar.

— Está corando, Lay?

Eu balanço a minha cabeça.

— Por que eu estaria? — Pergunto.

Ele levanta e sobrancelha e traz seus lábios na parte

oca debaixo da minha orelha.

— Diga-me, querida. Está pensando sobre o nosso um

beijo na noite passada? Ou no banco de trás do Mustang?

Eu viro minha cabeça para não sorrir, por que ele faz

meu estômago torcer assim?

— Não vale a pena lembrar, Taylor. — Eu minto. Nós

dois sabemos que vale a pena lembrar. Caralho, vale a pena

saborear para o resto da minha vida.

Ele se aproxima de mim, seus dedos deslizam contra o

meu sutiã.

— Talvez, eu possa te dar algo bom para lembrar neste

momento — ele sussurra, sua língua deslizando contra o meu

pescoço.
Eu aperto as rochas abaixo de mim, meu corpo aquece

com o seu toque.

— Talvez não seja uma boa ideia — eu digo, apenas

começando a minha frase.

— Talvez devesse deixar de correr e me deixar cuidar de

você... de novo. Nada que não queira fazer — disse ele.

Eu fecho meus olhos e aprecio o modo como seus

apertos de mão da minha cintura e sua língua desliza sobre a

alça do meu sutiã.

— Talvez, apenas um beijo — eu digo.

Taylor sorri em meu pescoço, agarra minha cintura e

prende-me debaixo dele.

— Se eu não soubesse melhor, diria que gosta dos

meus um beijo.

Tento focar em seu rosto, mas minha cabeça está

girando com possibilidades. Ele poderia me ter uma vez,

certo? Eu tive transas de uma só noite com outras pessoas

antes. Sem amarras, necessidades atendidas e, em seguida,

elas se foram, o jeito que eu gosto.

— Uma vez, Taylor. — murmuro. — Apenas uma vez —

eu digo.
Sua língua percorre meu decote, mas ele para

abruptamente. Ele franze sua testa e olha para mim.

— Está dizendo que quer fazer sexo comigo? Só uma

vez?

Concordo com a cabeça.

— Uma vez.

Ele agarra meu peito.

— Não, não uma vez. Não duas vezes. Nem uma

quantidade seria o suficiente para mim, Lay. Não entende?

Eu quero você.

Não entende? Eu quero você. As palavras em minha

cabeça entraram tão profundamente que eu tenho medo que

eu nunca vou parar de repetir. Eu o quero também. Eu quero

coisas que não posso ter. Eu abano a cabeça e fecho os meus

olhos.

— Eu não posso, eu não posso fazer isto, é contra as

regras!

Ele levanta-se sobre os cotovelos, os olhos fixos nos

meus.

— Que regras, Layla? O que está dizendo?

Caramba. Minha estúpida boca grande.


— Não é nada importante.

Eu tento sentar-me, mas ele me pressiona para baixo,

seu aperto segura meus braços acima da minha cabeça.

— Quais são as regras, eu não vou solta-la até que me

diga.

A raiva liberta através de mim quando eu luto contra

ele. Seu rosto permanece calmo, mas ele nunca solta a sua

pegada.

— Ok — eu digo. — Regras do meu pai. Nunca seja

pega. Nunca fique perto demais.

Taylor estuda-me por alguns minutos desconfortáveis.

Seus olhos cinzentos procuram no meu rosto respostas.

— Por que ele te disse isso? Nunca se deixe apanhar

fazendo o quê?

— Trapacear.

A cabeça de Taylor pende para o lado e seus lábios

abrem um pouco em espanto.

— Teu pai te ensinou a trapacear?

— Sim.

Eu quero saber o que ele está pensando, mas o rosto

dele é muito difícil de decifrar.


— Ele não morreu num acidente de carro, morreu?

Eu balanço a minha cabeça.

— Eles mataram o meu pai e a minha mãe na minha

frente — eu digo, uma lágrima viaja ao longo de meu rosto.

Taylor enxuga-a rapidamente, com os olhos cheios de pena. A

única coisa que eu não queria que acontecesse.

— É por isso que faz isto? É por isso que não quer ficar

comigo — ele sussurra em meu cabelo. — Está com medo que

eu me machuque.

Ele não tem ideia. Eu não poderia imaginar qualquer

outra pessoa se aproximando de mim e se machucando. Isso,

eu não vou deixar acontecer com qualquer outra pessoa. Eu

morreria primeiro. A dor de viver quando os meus pais

morreram, mesmo quando sabe que não é culpa tua, é quase

demais para suportar.

Taylor enxuga os meus olhos e larga meus pulsos.

— Eu não vou e machucar, Layla. Entende? Eu não

vou me machucar. Eu posso cuidar de mim mesmo ... E de

você. Se me deixar.

Eu balancei minha cabeça e levantei.


— Não. Isso nunca aconteceu antes. Eu sempre me

safei. Agora, Rod está atrás de mim. Eu não posso deixar ele

te machucar. Eu não posso deixá-lo ferir Cindy. Ou Eric. Isso

não pode acontecer — eu movimento-me entre nós: — Eu já

estou arriscando as pessoas a partir de agora. Se eu deixar

você entrar ... e deixar que me tenha do jeito que eu te quero,

eu nunca vou deixar você ir. Mesmo que fossemos a algum

lugar, se eles descobrem, eles vão te machucar. Eu não posso

viver com isso em meus ombros. Eu não sou o meu pai.

Taylor está de pé agora, gotas de suor escorrendo pelo

seu torso. Sua boca está apertada em uma linha reta e os

olhos arregalados de excitação.

— Você é tão linda quando está chateada. Não há

maneira nenhuma que eu possa evitar me aproximar de você,

Lay. Acabei de te conhecer e eu quero manter você na minha

casa. Mesmo que isso não seja seguro, eu quero você lá.

Eu balancei minha cabeça e comecei a descer as

rochas. Taylor pegou a minha mão e me empurrou contra a

parede de pedra. Suas mãos estão no meu cabelo, na minha

cintura e ele olha para o meu corpo como se ele nunca fosse

ver novamente. Frustrada, eu empurro com força contra o


peito dele, mas ele me puxa mais apertado, colocando minha

bunda na palma da mão.

— Eu não estou com medo, Layla. Deixe-me ter você,

por favor. Não uma vez só. Não mais um beijo, eu quero

centenas. Milhares. Eu quero estar dentro de você. Eu quero

que chame o meu nome. Por favor, não me afaste por causa

disso. Eu vou cuidar de nós dois.

O desejo está correndo por mim, aumentando o calor

entre as minhas pernas.

— Tome-me — eu sussurro tão baixo que eu estou com

medo que ele possa não ter me ouvido. Eu não planejo estar

com ele mais de uma vez, mas eu tenho que tê-lo uma vez.

Eu tenho que saber como ele é.

Ele geme.

— Não aqui, não assim, Layla.

Eu estou tão excitada; Eu mal posso entender o que ele

está dizendo.

— Por favor. — eu beijo seu pescoço, apertando-o. —

Por favor.

Ele coloca a cabeça na pedra ao lado da minha cabeça.


— Eu não vou ter você em cima de malditas pedras,

agora vamos. Vou te levar para casa.

À volta para casa é uma tortura. Já se passaram três

anos desde que fiz sexo. Estou meio enferrujada e sabendo

que eu vou fazê-lo com alguém como Taylor, isso me deixa

ainda mais nervosa. Taylor está dirigindo como um louco,

passa sinais e luzes vermelhas. Seus dedos batem contra o

volante e ele está torcendo e mordendo os lábios.

— Se não diminuir o ritmo, não vai ter ninguém para

fazer sexo quando chegar em casa.

Taylor sorri para si mesmo, mas não abranda. Quando

chegamos ao apartamento dele, minhas mãos estão batendo

nervosamente contra os meus lados. Eu ainda estou de

calcinha. Eu não coloquei minhas roupas de volta. Estamos

basicamente correndo para o andar de cima. Um homem do

fundo do corredor se detém para olhar para nós. Seus olhos

estão abertos e seu cigarro solto por entre os dedos.

Ele balança a cabeça.

— Ei Taylor, você luta hoje à noite, certo? — Ele

pergunta, sacudindo o cigarro na varanda.


— Sim, sim, claro — diz Taylor, abrindo e fechando a

porta antes que ele possa responder. Taylor agarra minha

bunda e envolve as minhas pernas ao redor de sua cintura

delgada. — Eu vou te fazer minha, Layla. Diga-me se eu te

machucar — ele sussurra enquanto ele me leva para o

quarto. — Eu vou parar. — Mais uma vez, eu estou cem por

cento certa de que eu não vou pedir para ele parar.

A cama ainda está desfeita desta manhã, mas Taylor

chuta as cobertas da cama e puxa-me para ela de costas.

Estou ofegante, estou tão excitada.

Taylor morde o lábio inferior e passa os dedos pelo

cabelo.

— Você não é virgem, certo? — Ele diz bruscamente.

— Não, você não está tirando a minha virtude, Taylor.

— Ótimo. — Ele continua em pé olhando para mim. Eu

contorço debaixo de seu olhar. Quando ele chega, ele puxa

para baixo minha calcinha de meus quadris, coxas, até o

chão. Seus olhos são escuros, amplos e nunca olhando para

longe de mim. Eu movo meus quadris para cima, pedindo

para ele me tocar, me beijar, me comer.


Ele vai para a beira da cama e cai de joelhos. Oh,

Jesus. Ele beija minha coxa, então minha perna, então eu

sinto o cabelo contra o interior da minha perna. Quando sua

boca me toca, eu gemo. Seu anel de língua desliza contra

minhas dobras molhadas, com experiência. Ele agarra minha

bunda e empurra minhas pernas ainda mais afastadas, como

ele quer. Aperto seu cabelo escuro e empurro-me para o seu

rosto. Ele geme, endurecendo seu domínio sobre a minha

bunda. Quando estou prestes a tremer na sua língua, ele se

levanta e me move para cima da cama.

— Isso é bom Lay? — Ele pergunta, respirando perto do

meu pescoço.

Concordo com a cabeça e seguro o lençol.

— Você não tem ideia.

Ele sorri e pega a minha boca com a dele. Eu posso

provar a mim mesma em seus lábios e eu tremo com ideia.

Ele empurra o dedo em mim lentamente, aumentando a

cadencia quando ele coloca a língua na minha boca.

— Você tem um gosto tão bom — diz ele, descendo para

o meu peito. Ele abre o meu sutiã e toma meu mamilo em

sua boca. Eu arco minhas costas, me pressionando em


direção a ele. O calor de sua boca põe-me a mil, eu não posso

não tê-lo agora. Taylor está ficando inquieto. Entre o som dos

nossos beijos e gemidos, eu ouço Taylor remove a boxer.

Envolve seus braços em volta de mim e aperta. Toma com a

palma o meu peito, enche a mão.

Ele empurra a outra mão para baixo e faz o mesmo

com o meu sexo. A palma da mão esfrega-me, em seguida, ele

enfia o dedo do meio para dentro de mim.

— Merda — eu sussurro, esquecendo os meus

problemas. Estou tremendo de antecipação, o meu coração

bate ferozmente.

— Diga o que quer — ele sussurra, ainda movendo o

dedo em mim.

— Você — eu murmuro, tremendo de desejo.

— O que quer que eu faça Layla? — Ele pergunta, em

voz baixa.

— Me come. Eu quero você dentro de mim — eu digo.

Estou muito excitada para ficar envergonhada. Eu estremeço

no seu dedo e lágrimas queimam em meus olhos de puro

prazer. Ele empurra as pernas abertas, eu posso sentir sua

dureza contra o meu sexo.


— Você é minha? — Ele sussurra, esfregando-se contra

mim.

Eu mordo meu lábio e ele aperta o meu cabelo.

— É minha? — Ele sussurra, com o braço tatuado

segurando contra mim.

— Sim, eu sou fodidamente sua. — eu gemo.

— Você me quer dentro de você? — ele sussurra,

acariciando-me suavemente. O toque quase lá me agrava. Eu

o quero dentro de mim. Sua provocação está me deixando

louca.

— Quero você em todos os lugares. — Eu agarro a

parte de trás de sua cabeça e olho-o nos olhos. — Me come,

Taylor.

Ele sorri, com a covinha na bochecha. Ele empurra e

quase não entra em mim.

— Merda. — Eu lamento, mas ele se afasta. Ele está me

observando de perto.

— Diga outra vez.

— Me come, Taylor. Eu sou tua — eu digo.

Ele sorri e lentamente entra em mim. Sinto-me esticar

para caber a sua largura. Eu fecho meus olhos com força e


lentamente deslizo-o mais para dentro. Ele aprisionou meus

braços acima da minha cabeça, balançando-se em mim,

lentamente me enchendo. Meu estômago começa a tremer e

eu jogo minha cabeça para trás. Olhos cinzentos veem como

eu me movimento contra ele.

— Você é tão gostosa — ele murmura, deixando-me

envolver meus braços em torno dele. Ele agarra meu peito

com as mãos calejadas e faz movimentos na ponta do

mamilo. Ele mantém um ritmo que me faz mudar a

respiração em curtas tragadas.

— Como é que você gosta, Lay? — Ele sussurra em

meu ouvido. — Selvagem? Rápido? Ou quer que eu faça amor

contigo? — Pergunta ele.

— Selvagem — eu exalo, sem saber se eu posso levá-lo

completamente. Eu preciso dele todo dentro de mim, tão

selvagem quanto ele possa ser.

Seus olhos se arregalam, mas ele enterra o rosto contra

o meu pescoço, agarra minha bunda e bate em mim. Ele está

ferozmente pulsando, gemendo em meu ouvido. Eu envolvo

as minhas pernas em torno dele e aperto-as com o impacto

do seu peso.
— Taylor. — eu imploro e aperto minhas coxas em

torno dele. — Por favor — eu digo.

Ele geme e bate em mim com mais força. Estou tão

desfeita e desesperada que ele não me liberta. É muito bom.

Ele é muito grande. Preciso dele em mim. Ele deixa cair sua

boca na minha e me beija como se nunca fosse fazer isso

novamente.

— Layla — ele engasga em minha boca. Uma mão

agarra meu peito e a outra estabiliza meu quadril para que

ele possa bater em meu centro. — Diga para te comer.

— Me come. — Eu exalo. — Me possua, Taylor. Eu sou

sua. — Ele bate em mim, ele alcança e agarra meu cabelo, me

forçando a olhar para ele. — Você está tão duro, é tão bom.

Por favor.

Respondendo meus gritos de desespero, ele vai mais

fundo dentro de mim, agarrando-se a mim, como ele se não

pudesse ficar a não ser dentro de mim.

— Eu não vou deixar você, eu não vou deixar eles

fazerem mal a você. — Seus olhos estão firmes, seus lábios

estão entreabertos. Ele levanta os quadris e vai mais

profundo.
Eu choramingo, meu sexo convulsiona em torno dele.

Eu explodo. Estremeço, me entregando. Taylor olha-me com

cuidado, ele agarra minha bunda e bombeia mais quatro

vezes antes de murmurar uma última vez. Nós dois estamos

respirando com dificuldade. Ele está deitado em cima de

mim, passando a língua contra o meu pescoço, lambendo e

beijando.

Eu estou tremendo, de boca aberta e com os olhos

fechados. Ele se inclina e me toma em seus braços.

— Você cheira como eu. Como a minha cama.

Eu sorrio e aconchego-me nele.

— Você realmente faz jus ao seu legado — eu digo,

escondendo um sorriso.

Taylor levanta uma sobrancelha e passa o dedo por

cima do meu mamilo.

— Você está começando um.

Eu rio e deito no travesseiro, enquanto ele se

aconchega em mim.

— Não tem que se preocupar comigo, Lay. Eu vou nos

manter seguros — diz ele.


Concordo com a cabeça no travesseiro. Eu, com certeza,

espero que sim.


Capítulo Sete

Cindy tem a sobrancelha perfeitamente delineada

arqueada, quando saímos do prédio em direção ao BMW do

Brett. Eu nervosamente puxo o meu cabelo e então meu

vestido. O que ela está olhando?

— Você está muito gostosa — diz Taylor em meu

ouvido.

— Eu tenho alguma coisa no meu rosto? Porque ela

está olhando para mim como se ela soubesse.

Taylor faz uma verificação rápida sobre o meu rosto.

— Não, está tudo bem. Eu tive a certeza de limpar tudo

no chuveiro.

Eu reviro meus olhos e escondo meu rubor. Taylor e eu

tomamos banho juntos. Ele me disse que tinha que ter

certeza de que eu estava limpa. Eu disse claro, se é isso que

quer chamá-lo.
— Vocês dois parecem bem ... felizes? — Diz Cindy,

escondendo um sorriso. Ela finge apanhar um fiapo em seus

jeans pretos.

— Apenas um dia normal sendo sequestrada por

Taylor. — eu deixei escapar uma risada nervosa.

— Umhmm — Cindy murmura por baixo do fôlego.

Taylor abre a minha porta e eu estou entrando

enquanto Cindy vem atrás de mim.

— Vocês tiveram relações sexuais. — ela murmura,

antes de qualquer um deles tivesse tempo para entrar.

— Não — eu disse, defensivamente. — Nós fomos

nadar.

Ela levanta a sobrancelha.

— Eu vou descobrir. Então, diga-me.

— Não sei o que você está falando? — Eu olho para fora

da janela e me assusto com o meu reflexo. Estou ruborizada e

meus olhos ainda parecem que estão sorrindo.

— Claro, sua deusa do sexo.

Eu seguro uma risada. Estou longe de ser isso.

***
O Lutadores da Noite é ridículo. É a única palavra que

eu acho que pode explicar. Minha cabeça dói de todos os

gritos. Há pelo menos sete centenas de pessoas aqui. Cindy

está me arrastando pela arena lotada para a seção VIP. Taylor

está atrás de nós e agora eu sei por que ele é tão arrogante.

Todas as garotas na arena estão olhando para ele. Algumas

estendem a mão para tocá-lo, outras gritam Me come, Taylor.

As palavras fazem-me querer ir socar a cara da garota que

disse isso.

— Não se preocupe, trapaceira. — Taylor diz baixo no

meu ouvido. — Você e a única que pode dizer isso e eu vou

seguir as ordens.

Eu escondo meu sorriso e finjo estar interessada nos

assentos VIP dentro de uma jaula de ferro ao lado da gaiola

de luta real. — Eu te vejo daqui a pouco — diz Taylor,

pressionando os lábios contra a minha testa.

— Ah ha! — Cindy grita do meu lado. — Você transou

com ele — diz ela. — Foi bom? Ele é grande? Diga-me — ela

implorou fazendo beicinho.

Eu empurro o beicinho de volta na boca e sorrio.


— Você gostaria de saber? — Eu digo, balançando as

sobrancelhas.

— Sua vadia — diz ela, cruzando os braços sobre o

peito.

— Se a carapuça servir — eu digo.

Ela abre a boca para dizer alguma coisa quando a

multidão para de falar. Eu olho em volta para ver o que

causou o ruído. Um garoto alto sai no meio do ringue.

— Isso é o que eu estou falando. Quero ouvir o maldito

barulho, crianças!

A arena ruge. O cara alto caminha ao redor da arena,

colocando a mão sobre a orelha.

— Eu. Não. Consigo. Ouvir. — Ele grita.

Todo mundo pula para cima e para baixo. Sacudindo

as cercas. Meu coração bate com emoção.

— Agora, o Campeão do Lutadores da Noite por três

anos consecutivos.... Taylor “fodástico” Jacks! — Ele grita,

batendo nas grades ao longo da cerca.

Eu vejo como Taylor corre pela porta lateral, punho

bombeando e gritando para os fãs. Meu coração começa a


bater de forma irregular por vê-lo. Ele se lança na gaiola,

pulando na ponta dos pés, enquanto ele soca o ar.

Você é tão gostoso, Taylor! Mexa sua bunda! Vem para

casa comigo, Taylor! Taylor flexiona seus músculos e eu vejo

seus olhos fixos nos meus. Ele sorri, pisca e volta para a

arena. Meu coração palpita sabendo que ele estava olhando

para mim. Eu não posso acreditar que estou me

transformando numa dessas meninas groupie loucas.

— Uau, garota, é para você que ele estava piscando? —

Alguém atrás de mim pergunta.

Eu olho para trás. Uma morena alta, com um enorme

sorriso cheio de dentes está olhando para mim. Concordo

com a cabeça.

— Sim, eu acho.

Ela franze a testa e estala a língua no canto da boca.

— Espere, você é a Layla, certo? — Ela pergunta.

Droga, todo mundo sabe quem eu sou?

— Quem quer saber?

Ela revira os olhos.

— Meu ex-namorado, Rod, estava procurando por você.

Ele estava perguntando por aí se sabiam onde você morava.


Meu sangue gela. Ela acena sua mão na frente do meu

rosto.

— Olá? — Ela acena, mas a multidão ruge e noto que

eu perdi a introdução do outro adversário. A morena grita e

balança suas mãos ao redor, como se nada tivesse

acontecido.

Taylor soca o adversário na cara duas vezes, o que

envia a sua cabeça para trás. O cara geme alto e corre em

direção a Taylor. O rosto de Taylor está parcialmente

divertido, quando ele bate no rosto do rapaz em seu joelho. A

multidão está se movendo em direção à jaula, invadindo onde

Taylor está saindo. Acabou? O cara no ringue está sendo

transportado por sua equipe.

Taylor está sorrindo de orelha a orelha, esticando as

tatuagens dos enormes braços para cima da cabeça. Algumas

meninas chegam a ele e tentam raspar as unhas pelo peito de

Taylor, mas ele remove as mãos e continua se movendo em

direção à jaula.

— Que luta eletrizante! — Diz Cindy me dando uma

cotovelada. — Quem era aquela garota que estava falando? —

Olhei para trás, mas a morena foi embora. — Perdeu metade!


— Ela grita, mas estou com muito medo para me importar

com o que ela está falando.

Os olhos de Taylor pegam os meus. A linha de

preocupação estica-se pela testa quando ele realmente me

olha.

— Está tudo bem? — Ele murmura.

Eu balanço a minha cabeça e começo a me dirigir em

direção à porta. Cindy está gritando atrás de mim. Eu não

viro. Eu só quero ir me esconder. Ele está à minha procura?

Eu sabia que era possível. Ele está muito chateado, mas eu

não acho que ele iria perguntar por aí para saber onde eu

estou? Onde eu moro? Cindy? Mittens? O vômito tenta subir

pela minha garganta, mas eu empurro-o de volta para baixo.

Isso não pode acontecer. Não.

Eu tomo uma inspiração de ar frio e Taylor envolve a

mão em volta do meu cotovelo.

— O que está errado? Está tudo bem? O que

aconteceu? — Ele está preocupado, os olhos cinzentos estão

bem abertos. Ele está suado, mas eu não vejo nenhum

sangue ou hematomas.

Eu limpo minha garganta.


— Aquela garota ... ela disse Rod estava perguntando

onde eu moro. Onde eu estou. — Meu lábio treme. Eu sempre

fui capaz de cuidar de mim e agora eu quero me enrolar nos

meus cobertores e me esconder.

Taylor suspira e passa o dedo ao longo da minha

mandíbula.

— Trapaceira, você vai voltar para casa comigo. Vai

ficar tudo bem. Ela disse que sabia onde você morava?

Eu balancei minha cabeça.

Ele sorri e puxa meu queixo em direção a ele.

— Se fizer você se sentir melhor, Cindy e Brett podem

ficar no quarto de hóspedes e então, você pode dormir

comigo. Mittens pode vir, também.

— Eu não estou certa...

Taylor agarra minha cintura.

— Está resolvido. Vamos pegar Brett, Cindy e Mittens.

***

Cindy não tem nenhum problema, fez uma mala e

trouxe Mittens para o apartamento de Taylor. Nós pedimos


pizza e assistimos a um filme. Todo mundo está mais

tranquilo, mas eu não posso evitar, acho que todas essas

pessoas estão em perigo por minha causa. Eu coloquei-os em

perigo. Porque eu sou egoísta. Porque eu quero Taylor

demais.

— Eu vejo as engrenagens girando em sua mente Lay.

Pare de pensar demais nas coisas.

— É difícil. — eu sussurro de volta.

— Quer ir para a cama? — Pergunta. Eu sei que não

significa ir para a cama para dormir, muito menos ir apenas

para a cama.

Eu balancei minha cabeça.

— Eu vou tomar um banho. — Eu levanto-me e

caminho em direção ao banheiro. Eu encosto-me contra a

porta de madeira e fecho os olhos. — Muito bem, Layla.

Estragou tudo.

Deixei a água quente cair nas minhas costas e

pressionei a cabeça contra a parede do banheiro. Eu não sei

quanto tempo eu fiquei assim, mas depois que eu me lavei e

sequei o meu cabelo com uma toalha, fui na ponta dos pés

até o quarto de Taylor e fechei a porta atrás de mim.


— Você seria uma espiã horrível — diz Taylor de sua

cama.

— Jesus, Taylor. — eu digo, golpeando-o. — E você é o

melhor maldito perseguidor que uma garota pode ter. Gosta

de assustar meninas? — Eu passo os dedos pelo meu cabelo

loiro.

Ele sorri.

— Este é o meu quarto, Layla. Eu diria que você e a

estranha me espionando.

Eu mostro-lhe o dedo do meio e vou até seu armário

para tirar uma das minhas camisetas. Eu deixo cair minha

toalha, puxo uma calcinha e pego uma camiseta

excessivamente grande. A mão de Taylor agarra minha

cintura e eu noto exatamente como ele está perto de mim.

— Nós precisamos conversar. — Diz ele com a

respiração perto do meu ouvido.

Eu engulo o caroço crescendo em minha garganta.

— Sobre o quê? — Eu pergunto, tentando puxar a

camiseta. Taylor agarra minha cintura e me empurra contra a

parede.
Ele toca seus lábios nos meus e serpenteia o piercing

de língua no meu lábio.

— Merda Taylor. — eu sussurro, tentando me

concentrar.

— Precisamos falar sobre o que aconteceu hoje — diz

ele. — Tivemos relações sexuais — diz ele.

Eu viro minha bochecha, mas ele passa sua língua

contra o meu pescoço.

— Ah, é mesmo? Eu não sei — eu engulo em seco com

os dedos correndo pelos cabelos dele.

Ele fuça em meu pescoço.

— Engraçadinha, Layla. Mas, isso é a sério. — Ele

agarra meu queixo e me faz olhar para ele. — Não pode se

culpar pelos seus pais, não pode deixar de se aproximar das

pessoas, precisa de pessoas. E não precisa trapacear mais.

Eu aperto a sua camisa.

— É fácil de dizer. — eu murmuro contra seus lábios.

— Não tem pessoas atrás de você... ainda. Se eu ficar por

aqui ... Estou com medo que eles vão machucar todo mundo.

Taylor leva os meus lábios contra os dele e sua cabeça

se inclina para o lado.


— Eu posso cuidar de mim mesmo e de você. Apenas

me dê uma chance, Layla.

Emoções rodam no meu estômago. Eu sorrio.

— Por que não me leva para a cama, hein?

Taylor olha para mim por um tempo, até que

finalmente me dá um sorriso hesitante.

— Eu nunca fui a pessoa que abandona alguém

quando ela mais precisa.


Capítulo Oito

— Nós vamos aonde? — Eu pergunto, colocando a

minha bolsa no sofá de Taylor. Cindy está afofando seu

cabelo loiro e tendo a certeza que seu vestido é tão apertado

como ele pode ser.

— À festa Kappa, temos que ir. — Ela olha para mim,

olhando de alto a baixo a minha camiseta da cafeteria

abotoada até encima. — Mas, você tem ir trocar de roupa.

Vamos, Brett e Taylor também vão. Eles estão se vestindo. —

Ela estica o lábio e entrelaça os dedos.

Ótimo. Acabei de voltar de um longo turno, com Eric

fazendo um milhão de perguntas o tempo inteiro, para ser

levada às pressas para uma festa.

— Festas de fraternidade não são realmente a minha

praia, Cindy. Você sabe disso. — Eu puxo meu cabelo da

presilha e passo os meus dedos por ele. Ah, que alívio.

Ela bate seus saltos no chão e empurra seu quadril.


— Bem, o salão de bilhar realmente não é a minha

coisa, mas eu vou. Você também pode ir a uma festa comigo,

Lay.

Irritada, eu ando até o quarto de Taylor com Cindy

pulando para cima e para baixo atrás de mim. Taylor está

puxando uma camiseta apertada quando eu entro.

— Bem. Olá, querida. Está com um ar de quem está

feliz por estar aqui. — Ele revira os olhos. — O que se passa

contigo?

Eu chuto meus sapatos e suspiro.

— Festa da fraternidade, nós temos que ir? — Eu

pergunto.

Taylor estala o pescoço e gesticula em direção a cama.

— Arrumei uma coisa para você vestir.

Ele comprou-me alguma coisa? Eu olho para ele, mas

ele continua a aprontar-se.

— Basta vestir, Lay. É um... presente.

— Porque quê? Eu não fiz nada, além de colocá-lo em

perigo.
Taylor pega sua carteira e enfia no bolso de trás, então

vira-se para mim. Eu vejo que ele aparou a barba, o queixo

está perfeitamente barbeado e gostoso.

— Layla. — ele agarra meu queixo — O que foi que eu

disse? Eu posso cuidar de nós.

Eu mordo meu lábio.

— E se Rod estiver lá? E se ele nos atacar ou algo

assim? — Eu levanto as minhas mãos no ar. — Eu não

poderia viver comigo mesma.

Taylor suspira e passa os dedos sobre a minha

mandíbula.

— Tome um banho. Vamos.

Ele fecha a porta atrás dele.

Ugh!

Tomo banho, certifico-me de raspar minhas pernas,

borrifo um Vera Wang. O vestido que Taylor me comprou é

curto, preto e a parte de traz é aberta. Com os saltos que eu

peguei emprestados de Cindy, eu pareço gostosa. Isso me faz

sorrir. Eu não estou acostumada a sair para me divertir, é

trabalho, jogar sinuca, ganhar dinheiro e ir para casa. Isto é

apenas diversão, dançar, beber e deixar estar. O pensamento


me faz sorrir, até que eu penso sobre Rod aparecendo. Será

que ele vai? Será que ele vai machucar Cindy? Ou Eric? Ou

... Taylor? Ou a mim?

Toc. Toc. Toc.

— Está pronta? — Taylor pergunta do outro lado da

porta.

Eu não respondo, examinando-me no espelho. Ouço

alguns pequenos cliques e ele abre a porta.

— Hey! Tranquei isso.

Taylor olha para os meus pés e segue olhando até a

frente baixa.

— WOW! Porra! Eu acho que eu vou ter que ficar de

olho em você esta noite. — Ele passa a mão nas minhas

costas nuas. — Ou levá-la para o armário de vassouras.

Eu luto para não sorrir e aponto para a porta. Ele dá

de ombros e me puxa para mais perto dele. O toque é

agradável e eu realmente me sinto confortável. Muito

confortável. Muito segura.

— Woohoo, gatinha! — Cindy gritou da porta,

empurrando-a. — Você está gostosa, agora põe a tua bunda

no carro. Nós estamos indo.


Contra o meu melhor julgamento, eu deixo Taylor me

arrastar em direção a seu Hummer.

A casa Kappa é no campus, em uma casa decente de

dois andares. A maioria das meninas ficam lá, eu sei que os

quartos estão cheios com as suas coisas. Eu sempre pensei

que era uma má ideia, mas não são as minhas merdas. Eu

ouço a música alta que dispara pelas persianas pretas. Brett

estaciona de traseira numa vaga de estacionamento na rua

em frente à casa de fraternidade e todos saímos.

— Pronto, trapaceira? — Taylor pergunta, passando o

braço em volta da minha cintura. Algumas meninas correm

para fora da casa, quase nuas, gritando enquanto um bando

de caras as molham com uma mangueira.

Eu estreito meus olhos e olho para cima de Taylor, em

seguida, aponto. Ele ri.

— Não se preocupe, ninguém vai atrever a te molhar

com nada, a menos que eles queiram a suas bundas

chutadas.

O pensamento me faz sorrir. Taylor me mantém colada

ao seu lado, quando entramos em casa. As pessoas estão em


todos os lugares. Há um monte de loiras, atletas

excessivamente grandes e bastardos com tesão dançando.

— Taylor! — Um cara grita. Ele tem um boné de

beisebol vermelho para trás, jeans caídos e uma camisa

apertada de luta. — Impossível bro!

Taylor rosna baixinho e dá-lhe um empurrão.

— Hoje à noite, vamos comer todas! — ele grita,

entregando a Taylor uma cerveja. Taylor sacode a cabeça e

então que o boné vermelho me vê.

— Oh — diz ele, os lábios fazendo um perfeito O. —

Estou vendo — diz ele, coçando a cabeça. — Meu nome é

Logan, prazer em conhecê-la.

Eu escondo o meu sorriso e aperto a mão dele de volta.

— O prazer é meu, sou Layla.

Ele balança a cabeça e Taylor dá uma piscadela antes

de caminhar de volta em direção a um barril.

— Uau, eu acho que você pode beber alguma coisa,

Taylor.

Seu lábio sobe, ele diz-me ao ouvido:

— Eu te disse, eu posso aguentar um pouco de

punição.
Eu rio.

Brett e Cindy já estão em cima um do outro no

momento em que chegamos à pista de dança. Várias pessoas

estão olhando para nós, de boca aberta.

— As pessoas estão escarando — eu sussurro, quando

Taylor me puxa para seu peito.

— Deixe-os olhar — ele sussurra, deslizando a mão

pela parte de trás do meu vestido aberto. Ele cantarola a

música no meu ouvido e me roça contra ele.

— Vejo que escolheu este vestido intencionado, hein?

Taylor ri.

— Realmente. Eu amo as suas costas — ele aproxima

sua cabeça. — A tua bunda. Agora, eu tenho acesso a ela

sempre que eu quiser.

Calor atinge-me.

— É um pervertido, não?

Ele dá de ombros e me puxa pela minha bunda.

— Se a carapuça servir.

Taylor e eu dançamos as músicas misturadas umas

nas outras. Eu lanço a minha cabeça para trás e agarro seu

pescoço enquanto ele se roça em mim por trás. Ele desliza a


língua sobre meu pescoço e meu corpo estremece. Quando ele

me puxa para o lado, eu espero enquanto ele nos consegue

bebidas.

Cindy ainda está dançando, um pouco bêbada, mas

ainda dançando. Eles parecem ignorar o mundo, isso me faz

sorrir. Isso é como eu me sinto com Taylor, eu não deveria,

mas é assim.

— Desculpa-me — diz alguém.

Olho e é uma réplica alta, loira de mim mesma. Ok, os

peitos dela são muito maiores do que os meus, mas, além

disso, somos parecidas.

— Sim? — Eu pergunto, cruzando os braços. Eu não

gosto do jeito que ela está olhando para mim.

Ela franze os lábios rosados e abre os olhos, como se

eu devesse saber por que ela está de pé na minha frente.

— Precisa de alguma coisa? — Eu pergunto novamente.

Ela bufa e passa o cabelo loiro por cima do ombro.

— Está aqui com Taylor Jacks, certo?

— Sim, isso é um problema? — O que diabos está

acontecendo com essa garota?


— Bem, já que, obviamente, você não sabe, eu tenho

saído com ele. — Ela cruza os braços, fazendo seus seios

parecerem maiores.

Eu inclino a minha cabeça para o lado e levanto-me

completamente.

— Ah, é mesmo? Quando foi a última vez que saiu com

ele? — Eu pergunto.

Ela sorri.

— Ontem à noite.

Eu rio, revirando meu pescoço.

— Engraçado, eu não te vi no meio de nós enquanto

estávamos transando. Agora, desaparece, antes que eu te

bata. Estou perdendo a paciência.

Viro-me para a cozinha, mas ela agarra meu ombro.

—Eu não terminei de falar contigo, piranha.

Oh não ela não fez.

— Me larga e tira as tuas unhas de 10 dólares do meu

ombro. — eu tirei a mão dela e voltei para a direção que

estava indo.

Ela quase rosnou.


— É melhor sair agora e tudo vai ficar bem. Ele está

comigo. — diz ela.

Minha paciência está acabando. Algumas pessoas estão

em torno de nós e eu vejo Cindy tentando seguir através da

multidão.

— Você é a porra de um pedaço de carne que ele queria

para uma noite — diz ela, apreciando a atenção.

— E o que você é? — Eu pergunto, dando um passo em

direção a ela.

— Melhor — ela zomba. Ela empurra meu ombro. —

Saia.

Eu olho para o teto. Eu vou matar essa vadia.

— Não me toque de novo...

— Ou o quê? Vai fazer o quê, Layla? Vai... oh! — Ela

grita quando eu bato com o meu punho em sua mandíbula.

Ela recua alguns passos, com os olhos arregalados. — Mais

que porra! — Ela está tentando se levantar.

— Vamos, piranha. Se o quer tanto assim, vem cá. —

Eu tiro os meus saltos agulha.

— Sua puta estúpida! — Ela grita, vindo na minha

direção. Eu lanço as minhas mãos e a golpeio duas vezes na


mandíbula. Ela está sangrando de um corte debaixo de seu

olho. Ela tenta dar alguns socos, mas eu empurro-a de volta.

Em seguida, ela agarra meu cabelo.

— Claro que é uma arranca cabelo. — Eu resmungo,

empurrando-a com força no estômago. Ela tropeça para trás,

puxando-me para baixo com ela. Ela tenta balançar a perna

em cima de mim, mas eu soco nela no peito. Não é a melhor

parte, eu não quero dar-lhe câncer, apenas chutar o seu

traseiro.

— Merda. — ela grita. Eu subo em cima dela e bato-lhe

mais umas vezes.

Eu estou indo para o quinto golpe quando alguém me

agarra e me afasta dela.

— Acalma-se. — Diz Taylor no meu ouvido. — Para de

lutar contra mim.

Eu ainda estou chutando.

— Cadela estúpida — eu grito.

Ela cambaleia para cima, com os olhos arregalados o

sangue escorrendo pelo seu rosto e lábios. Ela funga e

algumas meninas loiras ajudam-na e elas desaparecem pelo

corredor até o banheiro.


Taylor me atira no ombro e me põe no chão assim que

chegamos ao lado de fora. Ele fica de joelhos e examina meu

rosto.

— Está ferida? — Pergunta.

Eu balanço minha cabeça e tento pentear meu cabelo.

— Droga. — Eu digo, endireitando o meu vestido.

Taylor está sorrindo para mim, com um olhar

orgulhoso em seus olhos.

— Bem, eu não sabia que era uma pequena lutadora,

Lay. Deu lhe uma lição.

Eu dou de ombros e levanto-me.

— Eu cresci em um estacionamento de trailers. Tinha

que me defender. — Taylor ainda está sorrindo. — Ela diz que

saiu contigo.

Taylor levanta uma sobrancelha.

— É verdade? Você falou a verdade para ela?

Eu sorri e levantei-me.

— O que acha?

Ele ri e me beija. Cindy sai correndo poucos momentos

depois, segurando os sapatos na mão.


— Deixou os seus sapatos... Eu quero dizer, os meus

sapatos. É melhor agradecer que eu os encontrei, ou estaria

lutando comigo. — Ela está sem fôlego, mas ela me joga os

sapatos. — Não é algo que eu iria querer, você bateu muito

nela.

Taylor envolve seu braço em volta de mim.

— Eu acho que nós temos uma pequena Rocky aqui.

Reviro os olhos e suspiro.

— Eu acho que estou pronta para ir para casa.

***

Mittens está dormindo entre Taylor e eu quando

acordo. Ela está ronronando e dormindo numa bola cinzenta.

Eu sorrio para ela e esfrego os dedos sobre sua pele.

— Eu acho que Mittens tem uma coisa por mim, mas...

— Taylor diz se esticando —...pode culpá-la?

Eu rolo meus olhos e meu rosto começar a queimar. Eu

bati em uma garota na noite passada por ele.


— Claro que não — eu rolo meus olhos — todo mundo

quer o Fodástico Taylor, não ouviu? — Eu pergunto, jogando

as cobertas de cima de mim.

Ele ri e agarra minha cintura, me prendendo na cama.

Seu cabelo está despenteado contra a testa, braços tatuados

em ambos os meus.

— Você me queria — ele sussurra. — Só não queria

dizer.

Eu contorço-me debaixo dele e sorrio. Ele está certo.

Eu o queria, eu ainda o quero.

— Bem — faço uma pequena pausa — talvez um

pouco.

Ele ri.

— Bateu pra caralho numa menina por mim.

— Nunca vai esquecer isso, não é?

Ele balança a cabeça.

— Nunca. Agora, levanta essa bunda sexy de lutadora,

nós temos que ir para aula.

Taylor se senta ao meu lado na Literatura do Sul.

Várias meninas estão olhando para nós de novo, já algum

tempo que não temos ido às aulas. Taylor observa como


algumas meninas da primeira fila viraram e zombam. Ele

acena para elas e fuça no meu pescoço com a boca. Eu bato

nele, mas ele grunhe e faz um gemido alto.

— É melhor parar com isso, porra. — eu digo, batendo-

lhe.

Ele me puxa para mais perto e desliza a língua no meu

pescoço.

— Sr. Jacks — diz a Dra. Walter. — Eu sugiro que

aprenda a se conter em torno de sua amiga. — Ela dá um

sorriso fraco e empurra para cima os óculos.

Taylor limpa no canto de sua boca e sorri.

— Eu tento. Mas, caralho, como pode me culpar? Olhe

para ela? — Ele aponta para mim. Calor sobe até as minhas

orelhas.

— Tente — Dra. Walter diz, antes de começar a

escrever no quadro.

Eu empurro-o com o cotovelo e ele ri. Estamos no meio

da sala de aula quando eu sinto que alguém está me olhando.

No início, achei que era só uma garota de fraternidade com

uma queda por Taylor, mas, em seguida, começo a sentir de

forma diferente.
Olhei em volta do auditório e meus olhos caem sobre

David. Seus olhos estão semicerrados e vejo um pequeno

corte e pontos acima da sobrancelha direita. A minha boca

seca. Isso não está acontecendo. Como eu poderia não tê-lo

visto antes?

— O que está errado, trapaceira?

Eu dirijo os meus olhos para David, que ainda está

olhando para mim. Taylor olha por cima e aperta seu braço

em volta de mim.

— Não se preocupe — ele sussurra.

— Ele está enviando mensagens de texto. Aposto que

são para Rod — eu digo, meu pé bate de forma errática.

— Shhh, baby — ele sussurra novamente, sua boca no

meu ouvido. — Nós vamos cuidar dele depois da aula. Nós

vamos ficar bem, eu juro.

O meu telefone vibra e eu abro um texto de Cindy:

O que está acontecendo? Parece que viu um fantasma?

David está aqui.

O cara do salão de bilhar?


Enfio meu celular de volta no bolso e volto-me para

olhá-la. Concordo com a cabeça. Seus olhos se arregalam e

ela cutuca Brett para lhe dizer.

Taylor mantém-se calmo, batendo com os dedos na

parte de trás da minha mesa. Foi a maldita hora mais longa

de aula que já se passou. Quando a Dra. Walter finalmente

nos libera, Taylor me agarra, me atira no ombro e me leva

para fora da sala de aula. O que é bastante desnecessário,

mas eu me sinto segura. Eu posso ver a bunda de Taylor e é

isso, mas eu sei que chegamos do lado de fora.

— Merda — diz Taylor, colocando-me no chão e se

levantando.

— O que houve? — Eu pergunto, olhando ao redor.

Estamos na frente da lanchonete quando eu vejo Rod

encostado em uma árvore, as pernas cruzadas, sorrindo

diretamente para nós. — Oh Deus! Vamos para o outro lado,

está bem? Vamos Taylor.

Ele deixa-me tirar o braço dele, mas não se mexe do

seu lugar.

Apenas alguns alunos notaram olhando um para o

outro, mas todos eles sorriram por trás de suas mãos.


— Layla, vai ficar lá com Brett.

Eu nem sequer percebi que Brett e Cindy chegaram.

Minhas mãos começam a tremer.

— Não Tay...

— Agora — ele grita, sacudindo a cabeça na direção da

minha. Seus olhos estão mais escuros, arregalados e suas

mãos estão fechadas.

Virando-me, eu ando em direção a Cindy, que me

agarra e segura a minha a minha camiseta. Brett quase salta

vendo Taylor caminhar em direção Rod.

— Nós vamos ficar bem, Taylor — Brett me tranquiliza.

Não sei se eu acredito nele....

Rod pontapeia a árvore, pisa no cigarro e estala o

pescoço. Nós não estamos muito longe, felizmente eu posso

ouvir o que eles estão dizendo. Mas, assim quando Rod ri,

fico com uma sensação estranha que Taylor vai explodir a

sua bunda.

— Então, você é aquele que arrebentou a minha bunda

no outro dia, hein? Sr. Taylor Jacks, certo? Campeão do

Lutadores da Noite. Estou certo?

Taylor olha pra ele.


— Quem diabos quer saber.

Rod ri, examinando sua unha.

— Eu só queria saber antes de eu tirar a sua vida. Eu

gosto de conhecer os meus inimigos, Taylor. Sabe por quê? —

Ele tira a jaqueta de couro e meu corpo fica frio.

Taylor observa-o com cuidado.

— Por quê?

— Para que eu possa dar a má noticia à família. Então?

Ficou branco? Não quer que eu vá falar com o seu irmão

Trent? Ou a sua irmã mais nova, Amy? É melhor não dizer ao

teu pai, ele poderia te bater. — Ele sorri. — Ele te batia não

era? Em você e na sua mãe?

Meu estômago cai do meu estômago. O pai dele batia

nele? Pelo olhar no rosto de Taylor, eu sei que é verdade.

Como alguém poderia bater? Minha língua está presa no teto

da minha boca e meu coração está batendo de forma

irregular. É por isso que ele não tem nenhuma foto da sua

família?

O punho de Taylor fecha e os nós dos dedos ficam

brancos.
— Ah, eu acho que atingi um nervo? — Ele tira seu

colar. — Então, você está defendendo a honra de Layla,

certo? A putinha trapaceira do salão de bilhar, eu esperaria

mais de você. Você parece que pode conseguir qualquer

boceta que queira. As meninas da faculdade amam um bad-

boy. O lutador bad-boy que pode levantá-las e bater em

lutadores universitários bêbados.

O maxilar de Taylor flexiona, eu posso ver a fúria em

seus olhos cinzentos de onde estou. Rezo para que um

professor veja e chame a polícia do campus. Eu prefiro tê-los

escoltado para a prisão, do que se matarem.

— Ficou com o seu dinheiro, Rod. Por que

simplesmente não desistes? Por que não a deixa em paz?

Rod tirou as luvas da motocicleta sem dedos e jogou-as

para o lado.

— Que sugestão agradável, Taylor. Não seria

maravilhoso para você e para a sua amiguinha de foda. Mas,

eu não sou de perdoar facilmente. Veja — ele coloca a mão

em seu peito: — Eu não consigo dormir à noite até que eu

saiba que a justiça foi feita. Então, eu sugiro que se afaste e

me deixe cuidar de Layla.


Taylor sorri e estala seu pescoço, mas antes que Rod

possa dizer alguma coisa, Taylor da um murro de baixo para

cima na sua mandíbula. Rod recua alguns passos, os olhos

de cores diferentes estão abertos.

— Oh, vai se arrepender disso, garoto.

Rod corre para ele, o punho voa. Eles colidem, Taylor

chuta ele, até que ele cai no chão, agonizante. Soca ele no

rosto repetidamente. Com o canto dos meus olhos, eu vejo

David abordá-los, com uma garrafa partida na mão.

— Oh Deus — eu digo, dando um passo à frente. Brett

tenta agarrar-me, mas eu corro em direção a David, saltando

de costas, eu dou-lhe o primeiro murro no lado da cabeça,

derrubando-o.

A garrafa de cerveja cai de suas mãos. Eu chego e

agarro-a, segurando-a de lado. Eu não tenho ideia do que eu

estou fazendo, mas eu balanço para David enquanto ele

caminha em direção a mim. Eu grito quando ele se lança em

minha direção, projetando a garrafa. Ele amaldiçoa e agarra

seu pulso. Eu vejo o sangue escorrendo e meu estômago se

agita.

Mãos firmes me agarram por trás e eu grito.


— Shh, sou eu — diz Taylor. — Vamos lá, os policiais

estão a caminho — diz ele. Eu mantenho a garrafa na minha

mão enquanto corro junto com o resto da multidão. Eu olho

para trás, mas Rod já está se foi. Arrepios atingem-me, mas

eu afasto-os, espero reparar este erro em breve.

Brett leva Cindy para casa e diz que vai ficar com ela.

Eu olhei para Taylor algumas vezes, ele tem um arranhão na

bochecha e uma camiseta ensanguentada, mas não é o seu

sangue. Graças a Deus.

Ele não diz nada quando ele nos leva em direção a seu

apartamento. Eu posso sentir o cheiro do sangue nele, mas

eu sou mesmo uma covarde para dizer alguma coisa.

Nós vamos para o apartamento dele, fecho a porta

atrás de mim, com os dedos tremendo.

— Porque caralho fez aquilo? — Taylor se vira e bate

com a mão ao meu lado na porta. — Podia ter morrido! — Ele

grita.

Abro a minha boca e volto a fechar, quando ele me dá

um olhar de advertência. Eu acho que é uma pergunta

retórica.
— Podia ter... — sua voz foi sumindo, então pegou meu

queixo em suas mãos calejadas — tentando me salvar, Layla.

Podia ter morrido.

— Melhor eu do que você — eu digo, mordendo meu

lábio inferior. — A culpa é minha de qualquer maneira. —

Uma lágrima escorre pela minha bochecha e Taylor limpa-a.

— Isso acontece comigo em uma base mensal. Estou

propenso a desastres, Lay.

Eu dou de ombros.

— Eu acho que sim, está propenso a mim. — Eu lanço

as minhas mãos no ar e passo-as no meu cabelo loiro

emaranhado. — Eu não posso fazer isso, eu não posso

colocar todos em perigo.

Taylor agarra a parte de trás da minha cabeça e me

obriga a olhar para ele. Seus olhos cinzentos focam nos

meus, seus lábios grossos entreabrem. Eu quero correr meus

braços sobre o peito tatuado, mas eu não o faço. Eu

mantenho minhas mãos para mim.

— Você não vai me deixar por causa do Rod. Se me

deixar, será por outra razão. — Ele agarra minha cintura e

me empurra contra a parede. — Eu quero você agora mesmo,


Layla. Você me salvou. Você lutou por mim. Nunca ninguém

fez isso.

Estou tremendo de dor. Eu sei que eu não posso

continuar a arrastá-lo junto. Hoje foi prova disso. Quem será

o próximo? Cindy? Eric? Mittens?

Ele agarra minha nuca e abre os meus jeans.

— Eu quero você, Lay. Eu quero que me dê uma

chance. — Ele esfrega o queixo ao longo da minha bochecha,

a nuca esfregando fortemente contra a minha pele macia.

Eu olho para ele e aceno com a cabeça.

— Leve-me — murmuro contra seus lábios.

Taylor me envolve em seus braços, quentes e duros.

Sinto a cama embaixo de mim e eu tremo até que ele paira

sobre mim. Seus lábios se arrastam ao longo da minha

mandíbula, sua língua se projetando, deixando-me tremendo

de necessidade. Ele olha para mim, quando eu levanto meus

quadris para que ele possa remover meu jeans. Ele joga-os

para o lado, puxando suas roupas até que ele está acima de

mim, nu. Ele me beija e eu beijo-o de volta. Eu sei que eu não

vou beijá-lo novamente. Tanto quanto eu ame a sensação de


sua pele, eu sei que é errado. É errado colocar alguém em

perigo.

Eu levanto a cabeça para capturar sua boca de novo,

arrastando minhas unhas entre as omoplatas, sobre os

músculos salientes.

Taylor finalmente me beija ferozmente balançando

dentro de mim. Eu arco minhas costas e aperto o seu cabelo

castanho. Ele solta um suspiro e tira de novo.

— Eu vou te fazer sentir bem, baby. — Ele puxa minha

camiseta sobre a cabeça e abre meu sutiã com facilidade.

Meus seios ficam livres e ele leva um à boca. Ele começa a se

mover, em um ritmo estável, isso é torturante. Ele me enche e

puxa de volta. Eu envolvo as minhas pernas em volta dele

para puxá-lo mais profundo dentro de mim.

— Eu quero você todo — eu sussurro.

Taylor inclina-se para cima e bate em mim.

— Você já me tem.

***
Eu tinha fugido antes. Antes da morte dos meus pais.

Eu tinha carregado a minha mochila com doces, meus

cartões de Power Ranger e Coca-Cola. Meus pais estavam

brigando, então decidi que o melhor a fazer era fugir. Papai

me pegou dois quarteirões a baixo, escondendo-me numa

árvore. O menino que me viu, apontou direito à árvore e

disse:

— Aqui está ela. — Eu poderia tê-lo matado.

Mas, agora é diferente. Ainda é fugir, mas eu sou mais

velha. Eu tenho o direito. Eu tenho o direito de me retirar de

uma situação que eu sei que eu faria mal por ficar. Taylor

está deitado de costas, com o braço torcido em torno de sua

cabeça. Sua tatuagem está esticada e tem um lençol que lhe

cobre da cintura para baixo. Eu luto contra o impulso de

correr meus dedos sobre ele mais uma vez. Mas, foi para isso

que a noite passada serviu. Eu assisti ele dormir, passando

os meus dedos sobre ele. Ele me tomou várias vezes, fez me

gritar seu nome e me fez tremer em torno dele. Foi memorável

a noite passada.

Mittens boceja ao seu lado, esticando-a para trás,

antes de enrolar de volta no lado de Taylor. Lágrimas


ameaçam cair do meu rosto, mas eu as empurro de volta. É o

melhor. Eu vou afastar-me antes que Taylor se torne uma

vítima. Antes que Cindy seja ferida ou Brett seja arrastado

para qualquer coisa. E Deus sabe que Eric não pode se

defender.

Eu pego a minha mala e fecho a porta atrás de mim.

Deixei a janela na sala de estar desbloqueada ontem à noite.

O sistema de alarme é muito complicado. Do lado de fora, o

ar frio me envolve. Eu meio que espero que Taylor apareça e

me ofereça sua jaqueta.

Menina burra. Eu balanço a minha cabeça e vou em

direção ao salão de bilhar.

Parece que quando se procura alguém, ninguém sabe

onde encontrá-lo. Eu sei que todos e cada um desses otários

sabem quem é Rod ou David. Todos eles fingem que eu não

disse nada, nem me dizem para me foder.

Irritada, eu sento-me no bar e corro os dedos pelo meu

cabelo. Eu tenho mil chamadas de Taylor, Cindy e Brett. Eu

desliguei meu telefone. Eu só rezo para que nenhum deles

venha aqui. Eu acho que eles não pensam que eu ia me


condenar à morte. Mas, eu não posso arriscar que ele vá

atrás deles.

— Ei, você e a menina de Taylor? Layla, certo? — Eu

recuo quando ela diz menina de Taylor. Eu olho para cima e

vejo a morena do Lutadores da Noite. — Lembra de mim? Do

Lutadores da Noite? Sou Becky.

Eu sorrio e ofereço-lhe a minha mão.

— Oi Becky.

Ela desliza ao meu lado e empurra para cima seu

decote.

— Quer uma bebida? — Ela pergunta.

Eu balanço minha cabeça.

— Não obrigada. — Eu não preciso de qualquer álcool

no meu sistema. Eu balanço minhas pernas e me lembro do

que Becky tinha me dito no Lutadores da Noite.

— Sabe de Rod? Disse que namorou ele, certo? — Eu

pergunto.

Ela tira a tampa da cerveja e acena com a cabeça,

antes de tomar um grande e longo gole. Eu luto contra o

desejo de tirar a bebida de suas mãos. Primeiro, porque é


desagradável, segundo, porque eu preciso de toda a ajuda

que puder conseguir.

— Sim, costumava sair com ele. — Ela revira os olhos.

— No ensino médio. O que você fez para irritá-lo tanto? — Ela

pega um isqueiro e acende um cigarro.

— Apenas algumas coisas de bilhar. Sabe onde eu

poderia encontrá-lo? Eu preciso falar com ele sobre isso.

Ela alterna entre o cigarro e sua cerveja.

— Sim, na Avenida 45. Ele mora no apartamento 2B.

Eu bateria à porta em primeiro lugar.

Eu ia bater bem.

Avenida 45 está num bairro terrível. A patrulha da

polícia não para e há bandidos em cada esquina. Consigo que

o táxi me deixe bem na frente do prédio. Eu não posso

arriscar ser estuprada por uma gangue enquanto eu estou

em uma missão.

Eu escondo meus pertences atrás de um arbusto e vou

para o apartamento 2B.

Eu ouço algumas vozes dentro e eu sei que uma é de

Rod. Está batendo contra a parede e a TV está com o volume

alto.
Eu brinco com a minha camiseta e tomo um gole de ar.

A parte traseira do apartamento tem uma janela que está

partida. Eu espreito e vejo uma cama desarrumada, roupas e

cerveja no chão. Eu engulo e levanto a janela. Subindo, eu sei

que o que estou fazendo é estúpido, mas eu não posso deixá-

lo fazer mal a ninguém. Eu busco pelo chão e agacho-me

assim que entro em sua casa.

A TV está alta na sala de estar e eu estou respirando

tão rápido que eu mal posso me fazer ver bem. O chão range

quando eu passo e eu fecho os olhos. Tudo que eu preciso é a

vantagem da surpresa. Eu posso bater-lhe até que ele esteja

implorando por sua vida, então, eu vou correr. Eu não tenho

certeza de onde, talvez de volta para Dallas? Não, não ai.

Quem sabe?

Posso ouvi-lo rindo da TV quando abro a porta. A luz

pisca contra a parede do corredor, fazendo-me saltar. Deslizo

os dedos em torno de um taco de beisebol que está no canto

do quarto, levanto-o e ando até a sala.

Ele está esparramado no sofá, com as pernas debaixo

de um cobertor. Seu olhar oscila para o meu.


— Que porra é essa — ele grita, ficando de pé em um

pulo.

Meu coração começa a bater forte nos meus ouvidos.

— O que está a fazendo aqui? — Ele pergunta,

empurrando as mangas da camisa para cima.

— Eu estou aqui para que você não machuque mais os

meus amigos. — Eu agarro com força o taco, seus olhos

giram em direção ao movimento. E de repente, ele começa a

rir.

— Vai lutar comigo, Layla? Não é isso que eu tinha em

mente como pagamento.

Vômito sobe na minha garganta e eu me balanço,

atingindo-o na lateral. Ele desmorona no chão, agarrando sua

pele.

— Merda, sua vadia estúpida. — Ele fica de pé e eu

posso ver a raiva estampada na sua face. — Eu vou te foder e

em seguida, te matar, sua trapaceira louca.

Eu seguro o taco apertado, enquanto ele caminha em

minha direção. Eu balanço novamente, mas ele abaixa-se,

deslizando para a esquerda. Em pânico, eu tento balançar

novamente, mas desta vez, ele pega o bastão da minha mão,


arrancando-o de mim. Eu tropeço para trás, agarrando tudo

o que puder e jogando nele. Ele cobre o rosto, mas a lâmpada

que eu joguei fere o olho dele. Um rastro de sangue vermelho

escuro começa a escorrer por seu rosto.

— Você vai morrer, puta.

Estou com muito medo de virar as costas e correr,

então eu coloco minha mão para cima e mantenho elas lá. Eu

sei que é ridículo, mas eu não posso deixá-lo machucar mais

ninguém. Eu tenho que acabar com isso. Eu não posso

acabar como meu pai. Eu não vou perder tudo, porque

trapaceie a pessoa errada.

Eu fecho os olhos e dou um soco, que lhe acerta. Estou

surpresa por lhe acertar, mas ele agarra meus braços e me

joga sobre o sofá. Bato em sua mesa de centro de madeira,

madeira espalha-se por toda a sala de estar. Eu sinto algo

rígido, algo nas minhas costas, eu grito, incapaz de me

levantar.

Rod olha fixamente para mim, sorrindo. Ele chega no

meu jeans e abre-os. Oh, Deus, não. Por favor, me dê força.

Bato e arranho a cara dele, pressiono os polegares nos olhos

dele. Ele rosna e prende ambos os pulsos com força. Eu


chuto, mordo e grito, mas ninguém chama a polícia, ninguém

sequer nos ouve.

Minha calcinha está em meus tornozelos e ele se

inclina-se para desabotoar as suas calças jeans. Eu tento me

levantar, mas ele me empurra de volta para baixo, batendo-

me no rosto. Minha visão escurece e eu gemo. Eu posso

sentir os meus olhos fechados a inchados.

Não, a minha visão vem e vai. Eu vejo preto e branco,

formas diferentes rodando ao redor. Eu posso sentir a

pressão dele contra mim. Eu fecho meus olhos e abano a

cabeça para trás e para frente. A cabeça de Rod levanta, mas

eu estou muito desligada para saber para onde ele está

olhando. Ele levanta-se e eu sinto a pressão de cima de mim

diminuir, eu estou leve. Alguém me pega.

— Shh querida. Eu vou dar-lhe a Brett. Se segura nele.

— Eu choro ao saber que é Taylor. Eu pressiono a minha

boca em seu pescoço, mas ele está me passando. Tento

chegar a ele, mas ele está fora da minha vista.


Capítulo Nove

O som fraco de gotejamento constante me acorda.

Meus olhos focam na luz, mas eu fecho-os novamente.

— Eu acho que ela está acordada — diz alguém. —

Doutor.

Eu sinto alguém me cutucar no braço e eu me encolho.

Que caralho?

— Ela vai ficar bem, minha senhora. Eu preciso que

saia e aguarde lá fora.

— Não, eu preciso falar com ela agora! — Aquela voz

que eu reconheceria em qualquer lugar. Cindy.

— Sim, acompanhe-a lá fora, por favor. — O médico

murmura. — Querida, você tem amigos muito preocupados —

diz ele, mais para si mesmo.

Eu não tenho certeza se eu sorrio, não sei se ele pode

ver ou não, mas eu sei que estou sorrindo por dentro.


***

Meu corpo dói. Mais do que eu jamais quero

experimentar novamente. Espero que o nascimento de uma

criança não seja tão ruim. Meus olhos estão pesados, eu não

posso abri-los. A minha lateral dói e as minhas costas

também. Lembro-me de bater na mesa de madeira e eu me

encolho sabendo que provavelmente tenho alguma parte de

madeira em mim. Meus dedos se mexem muito bem, então,

eu tento meus dedos dos pés. Todos eles se mexem. Agora, eu

tenho que verificar os meus olhos.

Eu tento ultrapassar a sonolência e abro um dos meus

olhos. O outro está muito inchado. A luz está reduzida, para

que eu possa ver. A TV está iluminando o meu rosto e eu

sorrio para Glee. Eu observo ao redor do quarto. Meus olhos

se fixam-se sobre a pessoa olhando para mim, os olhos

cinzentos bem abertos.

— Está realmente acordada dessa vez? — Taylor

pergunta, andando na minha direção.

Ele cai de joelhos e examina meu rosto.


— Jesus — diz ele, em voz baixa. — Porra Layla. Que

diabos estava pensando?

Uma lágrima desliza pelo meu olho.

— O que aconteceu? Eu apaguei.

Ele desliza os dedos contra meus lábios e no meu

cabelo.

— Eu cuidei disso, querida. Não se preocupe com isso.

Não tem que pensar sobre ele novamente.

Correndo os dedos sobre suas tatuagens, eu olho para

ele.

— O que você fez? Ele está morto?

Taylor sacode a cabeça.

— Preso. À espera de julgamento.

Alivio inunda-me.

— Por quanto tempo, quando é o seu julgamento?

Ele encolhe os ombros.

— Um ou dois meses. — a mandíbula aperta. — Por

que foi lá, Layla? Eu estava fodidamente em pânico quando

eu não te encontrei. Eu vi a janela aberta e... — a voz dele

sumiu e ele enfio a cabeça no travesseiro.

Eu toco-lhe o cabelo castanho curto e fungo.


— Eu tinha que tentar... Eu tinha que tentar. Eu não

poderia tê-lo atrás de mim, porque ele só faria mal a vocês.

Taylor morde o seu lábio e beija-me suavemente.

— É uma fodida louca, Layla.

Soltei uma gargalhada que me fez doer as costas.

— Oh — eu disse, fechando os olhos. — Eu vou ficar

bem? Minhas costas ...

— Não atingiu nada importante. Vai ter que fazer

fisioterapia para recuperar. — Taylor acena com a cabeça e

pega minhas mãos. — Eu vou te ajudar.

O pensamento de Taylor me ajudar me fez sorrir. Eu

franzo a testa.

— Eu sou um desastre, Taylor. Eu não posso ficar

contigo.

Ele ri e esfrega o nariz em meu pescoço.

— Layla, acha realmente que isso vai me assustar? —

Ele se levanta e sorri. — Eu estou aqui para a caminhada

longa. Eu gosto de você. Eu não quero que vá embora só

porque está com medo por mim. Eu quero ser aquele que te

protege. Por que não vê isso?

— Não é tão simples assim, Taylor.


— Tem a ver com as regras do teu pai? Não entende?

Não precisa trapacear ninguém. Tudo que tem de fazer é ficar

comigo, eu vou cuidar de você.

Meu coração bate mais forte. Meu sangue está

bombeando rápido em minhas veias. Ele se inclina e agarra

meu queixo.

— Deixa eu te fazer minha — ele sussurra.

Concordo com a cabeça. Ele toma os meus lábios com

os seus e sela o acordo.


Epílogo

O sol está brilhando quando eu saio do hospital. Taylor

leva-me numa cadeira de rodas. Perseguiam-nos, uma vez

que Brett e ele estavam fazendo uma corrida de cadeiras de

rodas, eu numa e Cindy na outra.

— Obrigado enfermeira — diz Taylor, mas ela zomba

dele e caminha de volta para o hospital.

— Qual é o problema dela? — Ele pergunta ajudando-

me e lentamente me levantando em seus braços.

— Eu não sei, talvez porque deliberadamente a

ignorasse quando ela estava gritando para que parasse.

Ele dá de ombros e me abaixa no carro.

— Ela precisa de sexo.

Cindy puxa meus pés em seu colo e dá um tapinha na

minha perna.

— Está bem?

— Ok, o melhor possível. — Eu dou de ombros.


Cindy puxa seu rabo de cavalo loiro.

— Ele vai ficar preso por um tempo, Lay. Está segura.

Dou-lhe um sorriso tranquilizador e olho pela janela. O

hospital desaparece de vista e eu espero não ter que vê-lo por

um tempo. Cindy disse-me que Taylor bateu em Rod até que

ele estava quase morto. Eu estive desmaiada por uns dias,

mas durante esse tempo, Rod ia ser tratado e depois enviado

para a prisão. O pensamento dele alguma vez estar tão perto

de mim de novo, me dá arrepios. Taylor não tem um arranhão

nele. Eu imaginei isso.

Brett leva-nos para o nosso pequeno apartamento. É

estranho saber que vou ficar na minha própria cama esta

noite. Apesar deu ter ficado poucas noites com o Taylor. Ele

ajuda-me e leva-me das escadas até à cama.

— Aqui vamos nós, está bem assim? — Ele pergunta,

me enfiando embaixo das cobertas.

Concordo com a cabeça.

— Vai sair? — Eu pergunto.

Ele franze a testa.

— Claro que não. Eu vou ficar aqui contigo.


Alívio me inunda. Eu bato no lugar ao meu lado e

Taylor deita ao meu lado, sob as cobertas, embalando-me

contra ele.

— Obrigada por ficar.

— Ummhmm — diz ele em meu ouvido.

— Posso te fazer uma pergunta, Taylor?

— Claro.

— O que foi que Rod quis dizer quando disse que o seu

pai te batia?

Braços de Taylor congelaram em torno de mim.

— Porque ele batia. — Espero que ele continue. Ele

suspira e me abraça mais perto. — Ele era muito abusivo.

Quando eu era mais novo, não era tão ruim. Mas, assim que

eu fiz 13 anos o seu temperamento piorou, ele começou a

beber mais. Ele conversava mais com os punhos do que de

outra forma. — Ele ri sem humor. — E era pela merda mais

estúpida também. Me frustrava saber que eu teria que voltar

para casa para isso. Eu me esgueirava para fora e ficava com

meus amigos durante semanas, antes que ele me arrastava

de volta para casa, literalmente.

Eu enrosco-me debaixo dos meus cobertores.


— Onde ele está agora?

Taylor dá de ombros.

— Quem sabe? Prisão? Minha mãe nos deixou quando

fiz dezesseis anos. Ela deixou todos nós com ele. Isso o fez

ficar com mais raiva. Foi assim que comecei a lutar. Eu fiquei

bom e comecei a ganhar dinheiro. Eu escondi isso dele.

Quando finalmente eu ganhei o suficiente para sair, vim para

Ohio, na faculdade.

— Estou feliz por estar aqui — eu digo, aconchegando-

me a ele.

Ele balança a cabeça e beija-me no meu cabelo.

— Eu também.

— Hey Layla? — Cindy pergunta da porta. Ela abre e

me entrega um envelope. — É para você. — Peguei-o e li à

frente. Não diz de quem é.

Eu passo meu dedo por baixo da vedação e retiro a

carta.

Eu finalmente encontrei você. Lembra de mim?

Eu ainda não terminei contigo.


As palavras não são o que me dá arrepios, é o escorpião

desenhado no papel abaixo das notas. O mesmo na cara do

homem que matou minha família.

Um grito rasga da minha garganta.

Eu não terminei com você ainda.

Continua ...

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