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HOLLAND
Ele ainda é Iain Thorn. Ele ainda é o melhor amigo do meu irmão e o
homem dolorosamente sexy que claramente nunca parei de querer. Mas
eu?
IAIN
Mas desde o dia em que ela voltou à minha vida com aquele vestidinho
apertado, tenho me sentido desmoronando. Eu disse que nunca na
minha vida me envolveria com Holland Maxwell.
Mas como já estou indo para o inferno, posso muito bem fazer valer a
pena.
1
Iain
Foda-me se é ela.
— O quê! Eu?
Holland
— Você já o viu?
— Mr. ASS.
— Mr. ASS?
1
Sr. Sexo Raivoso Em Um Terno.
— Não me pergunte, suas colegas garçonetes inventaram isso.
— Mia riu, mexendo a mistura âmbar de uísque e vermute com
uma longa colher de metal. — Eu só aceito porque ele é um pedaço
de bunda absurdamente bom.
Porque, para mim, era um risco que valia a pena correr para
executar A Grande Fuga, como que meu irmão Adam apelidou o
meu plano de finalmente me mudar de casa.
2
Time Quem Quer Que Mia Goste.
Para o registro, era tudo rosa e em tons pastéis.
Então sim.
Eu amo minha mãe, juro que amo, mas estava mais do que
pronta para me mudar quando me formei na faculdade, o que
significava que estava mais do que feliz em arriscar na lista tão
esboçada de Mia.
E agora você está livre, exalei com uma nova onda de menta
de gratidão enquanto meus pés serpenteavam pelas mesas à luz
de velas na seção de Lana. Livre para falar com todos os garotos
que você quiser, ir em todos os encontros que quiser... livre para ter
todo o sexo real, fora do dormitório, que você quiser com caras
gostosos como o Mr. ASS.
E bam.
Porra.
Merda.
3
Holland
Meu coração bateu tão forte no meu peito que podia jurar que
todo o meu corpo caiu para frente. Na minha mente, eu me
engasguei tanto que perdi o equilíbrio, deixei cair minha bandeja
e tombei encharcada de cerveja sobre a mesa.
O Iain Thorn.
Ele não era apenas o objeto sexy e bad boy de todas as minhas
fantasias adolescentes, ele era o único ponto brilhante da minha
adolescência solitária. O irmão mais velho caloroso e protetor que
eu nunca tive em Adam.
Mas agora ele estava olhando para mim com seus olhos verdes
de aço. Difícil para mim.
Espere. O quê?
— Holland, a conta?
A última vez que vi Iain Thorn, ele tinha vinte e sete anos e eu
dezessete. Ainda extremamente tímida. Ainda o anjinho da
mamãe. Pelo amor de Deus, a última vez que o vi, estava tentando
dar um gole em sua cerveja enquanto ele e Adam consertavam o
deck de meus pais, e ainda me lembrava daquele olhar de esguelha
e sorriso irresistível em seu rosto lindo quando ele me pegou.
Lembrei-me da maneira como ele caminhou até mim, enxugando
o suor da testa antes de baixar o olhar para a minha boca e
suavemente torcer a garrafa para fora dos meus lábios com um
pop limpo e úmido.
Eu pisquei.
Porcaria.
Eu corei.
Merda.
Meu foco voltou para Ruddy3 quando percebi que ele ainda
estava falando comigo.
3
Ruddy: Vermelho.
A mudança no ar. O calor de seu olhar. Sem nem mesmo olhar
para ele, pude sentir seus ombros ficarem tensos, seu corpo se
acalmar. Cada cabelo da minha nuca estava de repente se
arrepiando agora, porque eu podia literalmente sentir toda a sua
atenção se concentrando em mim, presa em mim enquanto Ruddy
se preparava com outra pergunta.
— Então, nova garota. Que horas você sai hoje à noite? Porque
meu amigo Ty Damon está lá fora e estávamos pensando em
passar a noite em um clube, se você quiser recomendar algum...
Mas quando sua boca se abriu para dizer algo, Iain falou
bruscamente sobre ele.
Uau.
Iain a olhou.
Eu pisquei, atordoada.
Eu não tinha certeza de que tipo de saudação estava
esperando neste momento, mas definitivamente não era isso. Eu
podia sentir minhas bochechas esquentando e minhas
sobrancelhas franzindo enquanto eu dava minha resposta
estranha.
— Eu trabalho aqui?
Estrondo.
— Como o quê?
— Alguns móveis.
— Que tipo?
Hummm...
Oh.
Ok...
Deus.
Eu o olhei.
Ok... uau.
Hu.
Deus.
Porque, além do fato de que Iain lançou seu olhar para minha
boca por meio segundo escaldante, sua voz caiu para algo tão
baixo, tão rouco que eu praticamente podia sentir suas palavras
arrastando ásperas sobre minha pele, formigando por todo o meu
corpo e inundando-me com um calor que me fez querer apenas
arrancar todas as minhas roupas.
Então olhe para mim, desejei. Mas ele não fez isso.
Então eu o desafiei.
— Você pode? — perguntei inocentemente, inclinando meu
queixo para baixo e empurrando meus ombros para trás enquanto
me levantava bem alto para Iain. Disse a mim mesma que estava
fazendo isso para manter uma boa postura, para me apresentar
melhor como um adulto maduro e equilibrado.
— Bem, parece que eu tenho que ir, mas tenha uma boa noite,
Sr. Thorn. E se você decidir voltar, vou te ver na próxima vez —
falei numa voz animada e excessivamente agradável de garçonete
que fez Iain realmente sorrir, e então dar uma risada curta, mas
sexy como o inferno, que me deixou de joelhos, se não fosse pelo
que se seguiu.
Holland
Saí para trabalhar uma hora mais cedo na tarde seguinte, por
vários motivos, começando com o fato de que eu queria – não,
precisava – escapar do interrogatório implacável de Mia.
Mas ainda. Nada disso mudava o fato de que ele tinha sido um
idiota ultrajante para mim na noite passada. Que ele claramente
se tornou o tipo exato de idiota arrogante e presunçoso que
suspeitei que ele se tornaria quando se levantasse e desaparecesse
da minha vida, e não importava a pequena emoção perversa que
senti ao brincar com ele por um segundo, ou que ponto podia ou
não ter tido sucesso em mostrar como eu era totalmente uma
adulta agora, porque de acordo com Iain, eu o tinha visto pela
última vez. Ele mesmo disse que nunca mais voltaria e, além de
tudo isso, minha idade adulta não o tornava menos fora dos
limites, já que ele ainda estava com aquela garota Keira.
Bem.
Ah, ah.
Suficiente.
Em três... dois...
4
Barback: pessoa que trabalha no bar, tendo somente a função de limpar, organizar e abastecer a
geladeira com bebidas.
que veria plantada atrás do estande da recepcionista como de
costume.
Mas meu alívio durou pouco, porque mal tinha tocado minha
bunda na cadeira antes de Morgan jogar a bomba em mim.
— Holland, sinto muito, mas vamos ter que deixar você ir.
Até agora.
Lana?
Uau.
Merda.
Meu queixo caiu quando percebi o que, ou quem, realmente
estava por trás dessa decisão e, de repente, estava tão lívida que
legitimamente comecei a suar. Meu coração bateu forte no peito
como se estivesse tentando quebrar minhas costelas, e minha
mente disparou com a necessidade urgente de obter respostas, de
interrogar Morgan até o último detalhe, que agora estava pulando
para atender ao telefone para que ela não tivesse para falar ou
mesmo olhar para mim.
Meu colchão.
Ei, Ei, Ei! Que diabos?
Um caminhão de móveis.
Iain
Uma distração.
— Olha, acho irônico e... porra, muito adorável que você agora
esteja me implorando para deixá-lo não ir a uma festa — eu disse,
parando para sorrir para o olhar de beije minha bunda que ele
atirou em mim através do espelho. — Mas você concordou em
aparecer nesta, então o melhor que posso fazer é organizar para
que apareça apenas para rápidos encontros e cumprimentos.
— Uma hora.
— Trinta minutos.
— Que merda?
E era verdade.
— O que diabos eu, o que diabos você acha? — Ele riu muito.
— Estou falando sobre a doce loirinha que conhecemos na outra
noite. Cara bonita. Corpo como a porra de uma líder de torcida da
faculdade. Você sabe do que estou falando, considerando que você
malditamente gritou comigo para a reclamar.
— Sim?
Holland.
Isso havia sido deixado bem claro para mim na noite passada
no bar. Porque não só a garota tinha ficado mais cheia – além de
cheia – ela tinha uma boca esperta nela agora também. Lábios
rosados fazendo beicinho e uma língua afiada que deveria ter me
deixado orgulhoso, considerando como sempre implorei a ela para
se defender quando criança. Mas orgulho não descreve exatamente
o que ela me fez sentir na noite passada, quando me repreendeu.
Fodido, Cristo.
Arrastei minha mão pelo queixo, mais uma vez lutando contra
o desejo de repetir aquela memória de como ela ficou toda fofa
comigo ontem à noite, atingindo-me com aquele olhar terno e
arregalado que ela costumava ter quando me fazia perguntas sobre
como era morar sozinho, ou quando ela precisava que eu ajudasse
a explicar algo em seu dever de casa. Teria sido doce – teria me
levado ao passado – se não fosse pelo fato de que ela usou aquele
olhar na noite passada enquanto arqueava as costas tensas para
mim, e me desafiava a olhar para seus seios.
Sim...
— Vá em frente — eu disse.
Mas só porque eu sabia que ele não iria ver Holland esta noite.
Eu não queria fazer nada com ela, mas também não queria
que ninguém mais olhasse para ela. Cliente ou não, a ideia de
outros homens foderem Holland com os olhos enquanto ela se
curvava naquela maldita saia microscópica me fazia querer abrir
um buraco na parede. Eu odiava a ideia disso, e a ideia de ela estar
previsivelmente no mesmo lugar todo fim de semana, usando
aquele vestido colante e sem perceber, para todo e qualquer
perseguidor psicopata na cidade, porque com vinte e dois ou não,
ela era jovem para a idade dela... ela teve um início de vida tardio
graças ao trabalho da mãe, e isso era um fato.
Aquele que ela disse que precisava para a cama que entreguei
em seu apartamento esta tarde.
E, aparentemente, eu tinha.
Porque o lado bom era que ela não tinha meu celular e,
felizmente, seu irmão era tão obstinado quanto eu em
compartilhar esse tipo de informação. Nosso tempo como agentes
era precioso, muito procurado e tínhamos sistemas completos
para impedir que qualquer um pudesse entrar em contato conosco.
O que significava que se Holland ligasse para meu escritório, ela
nunca passaria da recepção, muito menos pela minha secretária.
Holland
Nada.
Novamente.
— Mas, vamos lá. Não é uma paixão inútil quando você é uma
mulher agora — Mia argumentou. — E quando há sinais claros de
que ele está extremamente atraído por você.
— Concordo. Você vai dormir com Iain Thorn esta noite porque
vamos vê-lo em algumas horas no Atrium — disse Mia com um
sorriso plácido, jogando meu telefone de volta para mim e
levantando-se do sofá.
Surpresa pisquei para ela, observando-a desaparecer em seu
quarto antes de pegar meu telefone e inclinar minha cabeça para
a tela, porque nela havia uma nova mensagem de AJ.
AJ: Sim e sim. Tão triste que temos que perder isso! Por que
você pergunta??
Holland
Isso é tudo o que você quer ou precisa falar esta noite, e uma
vez feito isso, você sai, eu me lembrei.
O idiota.
E lá fomos nós.
Porra.
— Ok, então aquele homem não é real — Mia falou, nós duas
olhando.
Espanto.
Feliz agora?
Meu pequeno sinal de que mais uma vez, Iain estava olhando.
Ele finalmente olhou. E agora ele não vai parar de olhar para
você.
Mas logo que envolvi meus dedos ao redor do vidro frio, senti
um arrepio subir pela minha espinha.
E assim que tomei um gole, ouvi aquela voz baixa atrás de
mim.
Porra.
Isso mexeu com algo dentro de mim que nunca foi embora, e
naquela noite, acabei me dando meu primeiro orgasmo enquanto
estava deitada na escuridão do meu quarto, minha mão escorregou
na minha calcinha e minha respiração engatou na garganta.
Porcaria.
Só depois que ele se foi Iain se voltou para mim, sua mão ainda
em cima da minha.
Engoli.
Várias coisas.
E... uau.
Ele não tirou seus olhos carrancudos de mim, mas não disse
nada enquanto tomava um gole de seu copo, observando-me jogar
meu cabelo para trás dos ombros e me sentar ereta na cadeira.
Oh.
5
Sick rooftop: Telhado, cobertura.
Meu coração parou como uma pedra em meu peito ao olhar
para o lado, processando a visão dos brilhantes sapatos de couro
de Iain antes de ouvir seu comando: — Sai.
8
Holland
— Eu não!
Sim, Iain. Eu sou uma garota crescida agora, e posso lidar com
seu pau dentro de mim.
Eu pisquei.
O quê?
Iain ficou olhando. Ele não disse nada enquanto olhava para
mim, e não pude dizer se ele estava chateado ou satisfeito por eu
estar disposta a cumprir sua exigência. Sua postura estava
relaxada, suas mãos deslizaram nos bolsos. Mas sua expressão
permaneceu severa, sua boca ainda uma linha perfeitamente reta
quando ele deu um passo para trás e mudou seu peso para os
calcanhares.
Era isso ou o fato de que eu não tinha um blefe para ele pagar,
eu o queria. Por quase dez anos, eu o tive enrolado em meus ossos,
preso dentro de mim, dando todas as cartas. Então, uma vez que
meus periféricos confirmaram que estávamos sozinhos, coloquei
meus dedos levemente trêmulos na frente do meu vestido,
amassando o material da minha saia larga em minhas mãos antes
de puxá-la para revelar o algodão branco úmido da minha
calcinha.
Ele nem mesmo tinha olhado para baixo ainda. Ele apenas
manteve seus olhos tempestuosos nos meus por mais alguns
segundos atormentadores, como se estivesse testando meus
nervos.
Oh...
Porra.
Iain
Fácil.
Eu não consegui tirar meus olhos dela. Ela tinha uma única
mecha loira úmida emaranhada ao lado de seu rosto bonito, e
quando ela ria, ainda fazia aquela coisa de enfiar a língua entre os
dentes só um pouco.
— Adam.
Houve um toque de tensão na minha mandíbula quando
finalmente atendi, mas diminuiu assim que ouvi Adam exalar com
sua risada característica.
— Sim, sim, bem, posso não ter nenhum negócio para tratar,
mas ainda estou afundado aqui, cara — disse Adam, suspirando e
parecendo quase estressado – o que dizia algo, considerando sua
atitude geralmente demoníaca. — Não paro. Eu tenho AJ fazendo
reuniões para mim, pelo amor de Deus.
— Um, cale a boca sobre isso — Adam disse com uma risada.
— E dois, não é sobre trabalho desta vez. É sobre a Holland.
— Eu não sei, cara. Acho que me sinto mal por ter que cancelar
minha viagem para visitá-la. Minha mãe ainda não quer falar com
ela, pois surpreendeu a todos com a coisa toda de se mudar — ele
murmurou, para minha surpresa. — E meu pai tem me dado
merda sobre conseguir algum tempo cara a cara com ela para ter
certeza de que está realmente bem. Quer dizer, pelo que sabemos,
ela vai trabalhar e, em seguida, esconde-se em seu apartamento
pelo resto da noite, sem amigos ou vida social.
— Sim, não acho que Holland esteja tão perdida quanto você
pensa, Adam.
Sim, juro que ela tentou algumas coisas novas, pensei, com
uma mistura sórdida de culpa e excitação enquanto pensava em
todas as coisas novas que fiz Holland experimentar na noite
anterior. Deus, agora não, implorei a mim mesmo enquanto as
imagens voltavam à minha mente. Sua saia levantada. Sua boca
bem aberta.
— Tudo bem, bem, vou deixar você ir, já que tem um voo para
pegar — disse Adam assim que Erica colocou a cabeça para dentro
para sinalizar que meu carro havia chegado. — Mas vou visitar em
duas semanas. Eu não posso ir no seu aniversário de verdade, mas
estarei aí um pouco depois, então agende algum tempo para mim,
porque já se passaram cinco anos desde que você esteve solteiro,
e nós vamos comemorar essa merda, está me ouvindo?
Até amanhã.
Holland
Era só esta noite. Agora ou nunca. Iain tinha deixado claro que
isso era uma coisa única, e eu fantasiava sobre esse momento
desde que tinha idade suficiente para ter esses tipos de
pensamentos, então depois de passar um gloss labial no banheiro
do meu escritório, peguei meu MetroCard da minha mochila.
Enquanto a pendurava no ombro, respirei fundo,
completamente preparada para a noite mais quente da minha vida
enquanto marchava para fora da porta.
Merda.
Mas culpei a reação que tive quando dei meu nome para fazer
o check-in.
Apenas tendo sexo sujo, suado e nada gentil com ele a noite
toda. Nada demais, pensei enquanto apertava o botão do elevador,
tentando me manter tranquila comigo mesma apenas para manter
as borboletas sob controle.
Mas assim que entrei no elevador, assim que ele deu uma
guinada minúscula e começou a subir para o meu quarto, a
realidade da noite começou a afundar, inundando-me de excitação
nervosa e, curiosamente, a necessidade desesperada de falar com
Kelsey Schaffer.
Porque uau.
— Holland.
Santo inferno.
Eu concordei.
Iain
Ela não hesitou por um segundo, fazendo meu pau estremecer
enquanto eu a observava vir direto para mim, parecendo uma
gatinha sexy com essa tira de veludo preto enrolada em seu
pescoço.
Mil fantasias passaram pela minha mente quando ela veio até
mim, um olhar brincalhão dançando em seus olhos enquanto
ficava perto, enjaulada entre minhas pernas, seu olhar alternando
entre mim e meu pacote por alguns segundos.
— Acaricie-o — eu instruí.
Tão adorável.
Mas então ela alisou a mão sobre ele e olhou para mim.
Jesus, foda-se.
Meu abdômen ficou tenso sob a minha camisa, uma vez que
ela teve cada centímetro de mim descansando pesadamente em
suas mãos, e minha respiração ficou superficial enquanto ela
olhava para minha ponta inchada, envolvendo seus dedos em volta
do meu eixo e instintivamente começando a bombear. Lentamente
primeiro, mas depois um pouco mais rápido. Sua boca rosa
brilhante se aproximou, perto o suficiente para eu sentir seu hálito
quente na minha ponta, mas semtocar sua boca em mim ainda.
— Repete?
Cristo.
Porra. Inferno.
Holland
Eu queria sexo.
— Cristo, Holland.
Oh.
Puta merda.
Essa língua.
— Iain!
Mas então, com os olhos fixos nos meus, ele deu uma estocada
tão forte que tirou o ar dos meus pulmões.
Um som agudo saiu de meus lábios e acendeu uma chama
instantânea em seus olhos. Ele observou meus próprios olhos
lacrimejarem com o impacto.
Holland
Eu estava no hotel
— E você?
Isso doeu.
Havia claramente uma área onde ele ainda era o Iain que eu
conhecia. O Iain que precisava de velocidade. Que entrou em
brigas de bar ao lado do meu irmão, e entregou-se ao seu amor por
todas as coisas rápidas, difíceis e um pouco malucas. Sim, ele era
o chefe de uma grande e sofisticada empresa agora, e sim, ele
ostentava a aparência mais impecável e uma eficiência totalmente
estoica. Mas ainda havia um animal sob aquele terno de três mil
dólares.
Eu sabia como era seu pau duro na minha mão. Como era o
gosto na minha boca.
— Ohhh.
Então...
Eles piscaram por menos de dois segundos antes que seu texto
igualmente direto viesse.
Entre, saia.
Iain
— Uh-oh.
O que significava que podia não ser quem você pensou que era
agora, e você deveria continuar trabalhando, disse a mim mesmo.
Então eu o fiz.
O plano era reter um pouco. Para agir com moderação com ela.
Mas esse plano foi colocado em risco quando ela começou a
esfregar meu pau, e foi direto para o inferno no segundo em que
perguntou tão docemente se ela poderia chupá-lo.
Eles?
Deixe isso.
Se ela estivesse lá ou não, não tinha nada a ver com você, disse
a mim mesmo.
Holland
— O Grupo Mercier é legal. E o que você faz lá? — perguntou
aquele que se apresentou como Josh.
Eu me mexi, meus dedos brincando com a ponta do envelope
que continha meu novo MetroCard. Mas apesar do hábito ansioso,
mantive meu sorriso educado, no meio de responder a sua
pergunta sobre onde eu trabalhava, quando o olhar do loiro piscou
para olhar para trás.
— Não.
Em vez disso, ele empurrou uma porta e me levou escada
abaixo com paredes imaculadamente brancas e escadas pretas.
Ele me fez andar um passo à frente dele enquanto descíamos
alguns lances de escada, e no segundo, comecei a olhar para os
cantos do teto, localizando as câmeras e me perguntando se algum
segurança estava nos observando agora, perguntando-se o que
diabos Iain e eu estávamos fazendo.
— Pare aqui.
Deus.
— Um pouco — respondi.
Oh.
Thump.
Ele sorriu.
— Não.
Ficou um pouco quieto.
O elogio me fez corar da cabeça aos pés. Com os dedos dos pés
enrolados em meus tênis, agarrei o pilar com os nós dos dedos
brancos, certa de que não podia esperar mais. Minha respiração
estava de repente tão curta e superficial que eu mal conseguia
falar.
— Iain...
Sexy.
Iain
Holland.
Drew: Cara. Diga que você não vai se encontrar com Keira.
Mentira.
E faminta.
Crocantes.
Sim, algo me diz que você não vai adivinhar, pensei enquanto
apreciava minha visão de Holland, enquanto ela seguia o maitre
até nossa mesa.
— Então... — ela parou, e pelo jeito que agia, suspeitei que ela
soubesse que estava trilhando uma direção que eu preferia não
estar, e pude ver sua curiosidade lutando contra seus instintos de
ser perfeitamente legal, educada e respeitosa. Todas as coisas da
boa menina que sua mãe a ensinou a ser.
Holland
Idiota, pensei.
— Oh, nem um pouco — falei tão rápido que tive que rir. — Eu
simplesmente não tive tempo de ir ao DMV.
E era.
— Você está curioso para saber por que fiquei obcecada por
uma empresa de lingerie quando tinha quatorze anos, mas está
com muito medo de perguntar. — Eu ri. — E em sua defesa, uma
parte de você também não quer saber — acrescentei, lendo-o tão
profundamente que ele teve que levantar as sobrancelhas.
— Isso é correto.
— Eu sei. — Sorri.
Ugh.
Por que fiquei tão molhada quando ele falou comigo nesse
tom?
Meus olhos brincaram com ele sobre a borda da minha taça
enquanto bebia meu Prosecco. — O quê? Você não gosta de saber
que, quando estava me levando para tomar sorvete, eu estava
usando lingerie sacana por baixo do meu...
— Holland.
— Aparentemente.
— Por quê?
Mas uau.
Estava bem.
Muito bem.
— Oh, Iain!
A voz de Brooke perfurou nitidamente nosso silêncio
acalorado, um ruído tão repentino e indesejado que tive que rir
quando ela reapareceu distraidamente em nossa mesa.
Senhor.
E eu quis dizer isso até que ele tirou o telefone do paletó e ligou
para o motorista, seu olhar cintilante fixo em mim enquanto falava.
— Sim. Dê a volta com o carro, mas espere do lado de fora até
eu dar novo aviso.
Eu pisquei. Oh...
Merda.
Iain
— Iain! — ela gritou com um choque tão petulante que tive que
sorrir.
— O quê?
— Eu... — Eu não conseguia ver seu rosto, mas sabia que ela
estava carrancuda enquanto tentava descobrir por que ela gostava
disso. — Eu não sei — finalmente murmurou, fazendo um som
ofendido quando eu ri.
Cristo.
— Isso dói?
Jesus, foda-se.
Garota doce.
Eu estava em transe enquanto a observava, indeciso sobre
qual parte de sua perfeição eu deveria estar olhando primeiro.
Puta merda.
Tudo o que pude fazer foi observar enquanto ela olhava feliz
para si mesma, admirando seus seios brilhantes antes de colocar
o vestido de volta e subir no meu colo.
Holland
— Olá? — murmurei.
— Sol da manhã.
— Um pouco dramática.
— O quê?
Eu pisquei. — O quê?
— Sim.
— Vamos nos certificar de que isso pare até então — disse ele,
fazendo meu coração afundar por meio segundo antes de perceber
que não deveria estar nem remotamente desapontada com esse
novo arranjo, porque tínhamos concordado inicialmente em uma
noite. Apenas uma.
Mas vai doer mais parar depois de duas semanas, uma parte
do meu cérebro raciocinou enquanto a outra apenas cantava sobre
isso, porque, honestamente, eu não ia dizer não a isso.
Ele não apenas era minha paixão desde sempre, ele estava me
mostrando caminhos que eu nunca tinha sonhado. Ele estava me
fazendo sentir aventureira e viva de todas as maneiras que
esperava e orava quando estava ansiosamente planejando minha
mudança para esta cidade, e almejando em segredo por esse dia
finalmente chegar. Para mim, essa experiência era boa. Além disso,
as aventuras eram apenas parte de ser adulto. Fosse o que fosse,
só me fortaleceria emocionalmente e me tornaria uma pessoa mais
forte.
Certo? Certo.
Sua voz era suave e calorosa e fez meu coração doer e cantar,
porque o olhar em seus olhos, combinado com sua atenção total,
de repente me lembrou de como ele costumava ser comigo. Como
ele costumava me fazer sentir especial.
— Por quê?
Mas assim que chegou à porta, ele se virou para olhar para
mim.
— Sim, mas lembra da última vez que você disse isso para
mim?
Sua língua varreu com uma fome instantânea pela minha boca
enquanto ele me apoiava contra a parede, pressionando-me contra
ela, em seguida, levantando-me em seu corpo. Envolvendo minhas
pernas nuas em sua cintura, ele pressionou seu peito quente no
meu, forçando meu batimento cardíaco a vibrar freneticamente
contra o dele enquanto ele me beijava profundamente, sua língua
áspera e sem vergonha, pulsando e lambendo a minha, e me
devorando tão febrilmente que aquela excitação ardente
ricocheteou em meu peito, saltando ao redor como uma criatura
selvagem que estava esperando uma eternidade para ser solta.
E assim que senti, Iain me apertou, como se pudesse sentir
também.
Seus olhos ainda se moviam por todo o meu rosto, dos meus
olhos ao nariz e aos lábios enquanto ele me abaixava. Quando
meus pés estavam firmes de volta no chão, concentrei-me em
endireitar sua gravata, alisando minhas mãos sobre sua camisa,
dando-me a desculpa de sentir todos aqueles músculos rígidos sob
minhas palmas antes de olhar novamente em seus olhos.
Ele disse adeus perto dos meus lábios, seus olhos parecendo
que não queriam desviar o olhar. Mas então finalmente eles se
afastaram, e ele se foi, deixando-me sozinha no quarto do hotel,
sorrindo vertiginosamente para mim mesma, e silenciosamente
transbordando com essa sensação de calor que me trouxe de volta
a um lugar que eu provavelmente não deveria estar, porque não
deveria estar tão apaixonada por Iain Thorn novamente. Eu não
deveria me perder em outra paixão que me consumia.
Mas enquanto mordia o canto dos meus lábios sorridentes,
concluí que era uma situação completamente diferente desta vez.
Iain
Isso me fez doer por uma vez. Estar em algum lugar além do
trabalho. E por mais perturbador que fosse esse sentimento, de
alguma forma também me fez sentir bem – de um jeito que eu sabia
que não deveria, porque não me permitia mais ter esse sentimento.
A sensação de estar satisfeito. Realizado. Eu me desliguei anos
atrás, por um bom motivo.
— Legal.
— Odiava quem?
6
PTA – Parents-Teachers Association, Associação de Pais e Professores.
muito, o que a fazia parecer uma escolha meio improvável para
você.
E como a história provou que não fui feito para esse tipo de
coisa, acabou.
— Ok, mas voltando ao que estávamos falando — Drew
começou assim que a garçonete saiu. E quando ele deu aquele
grande sorriso de comedor de merda para mim, mal tentei
mascarar meu aborrecimento, porque estava claro que ele estava
se apegando a esse assunto, esperando para me interrogar sobre
isso. — Se não é Keira, quem você está vendo agora? Porque você
está claramente saindo com alguém.
— Não sei? O fato de você tê-la levado para um hotel outro dia?
E você não tem nenhuma razão para ficar em um hotel na cidade
porque você é uma criatura de hábitos que prefere o seu
apartamento? — Drew disse. — Além disso, você está realmente de
bom humor hoje. — Ele fez uma pausa e riu. — Bem, pelo menos
estava até agora.
Pelo resto do nosso tempo juntos, tudo esteve bem. Não foi até
que nos separamos do lado de fora da cervejaria que eu mordi a
bala, parando na calçada para finalmente verificar minhas
mensagens.
Camila: Ei, querido. Sentindo sua falta. Liga para mim, por
favor, preciso falar com você.
Camila: Urgente.
19
Iain
Happy hour?
Eu: Não tem como você sair para beber assim, Holland.
Holland: Realmente?
Meu erro.
Eu não deveria ter feito essa pergunta, considerando quanto
esforço já estava me levando para diminuir minha ereção. Mas não
pude evitar e, considerando aquela boceta sempre ansiosa dela, já
sabia a resposta. Pelo menos pensei que sim.
Foda-se.
— Agradeço, Dave.
— Aposto que você não pode esperar pelo novo acordo coletivo
de trabalho. — Ele riu e bateu no meu ombro quando entramos no
elevador.
— Amiga?
— Não — eu disse.
Um pouco frio, talvez, mas passei muito tempo fingindo que
me importava e, neste ponto, estava no limite da minha capacidade
de fingir até mesmo um pouco de interesse. Então, depois que bebi
o que restava no meu copo, acenei adeus para Miles, que
murmurou um agradecimento emocionado por trás das cabeças
das garotas. Eu consegui rir para ele antes de me dirigir para as
portas.
Holland.
— Sozinho?
— Sim.
— Sim — respondi.
— Muito.
— Por quê?
— Iain, o som aqui está muito alto para eles ouvirem. E mesmo
que o fizessem, não é como se fossem apenas me dobrar sobre o
bar e me levar sem pedir — falou com uma risadinha que foi direto
para minhas bolas. Então fez uma pausa, travessura em sua voz
ao acrescentar: — Eu só deixo uma pessoa fazer isso.
Meu aperto ficou mais forte no meu telefone. Eu poderia ter
jogado a porra neste momento.
— Mm-hm.
Holland
— Prosecco?
— O quê?
Lana deu um grande suspiro, revirando os olhos enquanto se
encostada no bar para me encarar, certificando-se de já parecer
muito cansada comigo.
— Sim, você sabe, concordo com você. Nada disso parece real
mesmo — eu disse distraidamente, deixando Lana zombar: — Vê?
— Olhando para Mia antes de sorrir presunçosamente e ir embora
com suas bebidas para sua seção.
Iain.
Seriamente.
O sentimento protetor.
Mas mal peguei sua camisa no reflexo antes que ele pegasse
minha nuca e me obrigasse a voltar para baixo.
Duro.
Mas não senti nada disso antes que ele empurrasse rudemente
dentro de mim, imediatamente me enchendo ao máximo.
Iain
Miseravelmente.
— Iain?
Em nosso prédio.
Desde aquela noite fatídica, nós nos unimos sobre nosso amor
compartilhado por carros e tudo que é velocidade. Eu o apresentei
ao snowboard. Ele me apresentou ao boxe.
— Ok, bem. Vou deixar você fazer o que quiser — Evie disse
quando Kai começou a se agitar. — Só vamos caminhar um pouco
mais aqui até ele ficar entediado.
Ela era tão adorável que era difícil processar que era a mesma
garota que tinha o poder de me levar até a porra de uma parede. A
mesma garota em quem não conseguia parar de pensar por tempo
suficiente para completar uma viagem de negócios de três dias.
E agora isso.
Mas assim como Holland era o meu problema, ela era a minha
solução, porque logo que as portas do elevador se abriram em meu
saguão, ouvi o som de música vindo da cozinha. Junto com o leve
barulho de pratos. Talvez panelas.
— Oh!
— Sabe o quê?
Ela bufou. — Você sabe a resposta para isso, Iain, mas se está
perguntando exatamente o que eu sabia, posso dizer que ouvi tudo
de vocês voltando sorrateiramente depois de uma noite louca,
levando garotas do bar para a casa da piscina dos meus pais.
— Eu não estou.
— Ok, bem, que tal isso? Eu também encontrei você uma vez
na cozinha às 3 da manhã, você tinha acabado de sair de um bar
e ainda desmaiava bêbado.
Realmente lembrando.
Como até meu coração morto e frio doeu por ela, porque era
uma criança tão doce, mas obviamente solitária.
Jeannie.
Ela era assim com quase todo mundo e, como resultado, o pai
de Holland deixou sua educação inteiramente para a esposa, do
jeito que ela preferia. Além disso, ele teve seu filho em Adam, que
também desistiu de se relacionar com Holland muito antes de eu
conhecê-lo. Porque ela era de sua mãe. Qualquer coisa a respeito
da Holland era trazida para sua mãe primeiro. Isso sempre foi
compreendido.
Pelo menos no sentido de que era uma regra que era seguida.
Sua voz era suave, mas sua pergunta me tirou dos meus
pensamentos. Pisquei, estudando seu rosto por um momento
antes de responder honestamente.
— Você.
Ela estava explicando agora por que ela teve que comprar
aquele tamanho. Algo sobre ser a única coisa disponível, mas eu
não estava processando muito bem, porque minha mente ainda
não tinha mudado do tópico que ela acabara de falar.
Mas esta sempre foi uma das que faltava para mim.
Eu também.
— Em um eufemismo.
Ela dizia muito isso para mim. Você entende? E nunca entendi.
Mas desta vez, graças ao pequeno brilho em seus olhos e aquele
pequeno sorriso perfeito em seus lábios, gostaria de ter feito isso.
— Onde?
Holland
Boa requentada.
Ele ainda não tinha respondido, mas não me ofendi, pois sabia
a semana que ele tinha pela frente. Ele a apelidou de semana do
inferno e, aparentemente, consistia em toneladas de reuniões e
incêndios para apagar, em parte graças a algum drama do acordo
de endosso, mas principalmente ao drama do prazo de negociação.
Mas também havia algo sobre um projeto muito importante no
qual ele vinha trabalhando há mais de um ano.
Camila.
Camila, talvez?
Dois e-mails.
Até agora.
Oi, Iain!
Feliz Ano Novo! Espero que você tenha tido um Feliz Natal
também. Nós definitivamente sentimos sua falta aqui. Papai tentou
fazer o cafezinho do jeito que você faz na esperança de deixar a
mamãe menos nervosa, porque ela estava muito cansada e
estressada para receber pessoas. Mas ele bagunçou tudo
horrivelmente e tinha um gosto tão ruim que acho que a deixou mais
furiosa, lol.
Holland
OK.
Foi mais porque tinha trabalhado tão duro para soar tão alegre
quando, na verdade, estava embaraçosamente arrasada por Iain
não ter me visitado naquele Natal. Houve um tempo em que ele
não tinha visitado antes, apenas no ano anterior, mas então, Adam
nos avisou com antecedência. Ele e Iain haviam se formado em
Direito em Stanford e acabado de começar a trabalhar na
Engelman Sports em Los Angeles. Eles estavam lotados demais
para voltar no Dia de Ação de Graças ou no Natal, o que foi difícil,
mas pelo menos eu já sabia o que esperar.
Mas daquela vez, não tinha percebido que Iain não iria até que
Adam entrasse sozinho completamente indiferente, como se ele
não tivesse passado os últimos cinco anos voltando com Iain a
reboque. Quando papai perguntou onde estava Iain, tudo que
Adam murmurou foi: — Não sei, acho que ele foi para a casa do
seu pai. — Então abraçou a vovó, bagunçou meu cabelo e subiu
para o quarto.
Lembrei-me de trocar um olhar engraçado com papai, porque
todos nós sabíamos o que Iain sentia por seu pai.
— Ei. Você está bem, amor? — Freya tocou meu ombro quando
de repente desliguei meu telefone. Ela me estudou. — Oh, querida.
Você parece uma garota que tomou champanhe logo de manhã,
em vez de tomar café da manhã.
Mas ainda.
Os reais.
Iain: Eu não deveria tirar dois dias de folga quando estou tão
ocupado.
Parada na calçada, eu o encarei.
Iain: Sim.
23
Iain
Porra. Inferno.
Holland
Aí está ele.
Mamãe.
Eu fiquei olhando.
Puta merda.
— Como você pode fazer isto comigo? Como você pode ser uma
vadia tão ingrata comigo?
Vamos lá. Talvez ela tenha levado esses últimos meses para
pensar e refletir sobre por que saí de casa daquele jeito, raciocinei,
engolindo o nó na garganta. Mas esse voltou logo.
Oh, Deus.
Por mais que eu quisesse acreditar que ela tinha ligado para
ser razoável comigo, para dizer que estava magoada, mas entendia
por que eu fui embora, havia uma pequena chance de que essas
palavras estivessem realmente esperando por mim naquele correio
de voz, mas eu não a deixaria estragar meu bom dia.
De Iain.
Eu olhei.
Porque ele era o idiota que me fez esperar três dias para vê-lo
antes de cancelar no último minuto por mensagem, mas eu era a
idiota que havia passado tanto tempo com saudade dele.
Controle de dano.
Iain
Mas a pior parte desta vez foi saber que tinha estragado tudo
com Holland.
Não tive tempo de ligar até entrar no carro, mas a essa altura
o telefone dela estava desligado.
— Não sei onde está Holland, mas o bom é que não acho que
ela tenha voltado para Jersey — disse Adam, dando-me apenas
uma ponta de alívio. — Meu pai disse que ela não passou em casa,
mas também disse que minha mãe saiu o dia todo e ele não sabe
para onde ela foi. E o telefone de Holland está desligado desde esta
manhã, então tem sido... estressante pra caralho — Adam disse,
soltando outro suspiro. E assim que abri minha boca para
perguntar por que ele não me ligou, ele mesmo disse. — Eu queria
ligar para você, mas quando eu disse a ela que iria pedir você para
a checar, ela foi... muito inflexível contra essa ideia. E me fez
prometer não entrar em contato com você — contou, conseguindo
rir apesar da ansiedade ainda espessa em sua voz. — Acho que é
porque ela sentiu que eu estaria cuidando dela.
Não.
Porra.
Porra, deixe-a estar lá, rezei, porque mesmo que ela estivesse
completamente destruída naquele bar, era um lugar melhor para
estar do que sozinha com sua maldita mãe maluca.
Holland
E melhor.
E andando, aparentemente.
Mia: Uhhhh.
Apenas me observando.
— Contado o quê?
Ele tinha sido assim comigo desde o primeiro dia. Desde o dia
em que entrei na garagem e o vi com meu irmão consertando sua
motocicleta. Ele foi o primeiro a sorrir, a dizer a Adam para calar
a boca quando ele me disse para ir embora.
Mas nunca pareceu tão real como agora que ele também
reconheceu.
De anos atrás.
— Sim.
— Bem... não sei quais lugares Mia sugeriu para você, mas eu
definitivamente não estive em nenhum então sinceramente espero
que você não tenha ido.
— Eu ia te perguntar o mesmo.
Eu segurei meu sorriso, deixando meus olhos permanecerem
nele por um segundo.
— Ok, mas para o registro, não vamos fazer sexo esta noite.
Foi a vez de ele rir de mim. — Porque não quero que você pense
que eu vim esta noite por qualquer motivo além do real — ele disse
seriamente.
— Qual é?
E então subimos.
Certo. Acho que agora ele está, pensei, sentindo-me mal por
um segundo antes de me lembrar da repulsa com que Adam falava
de Iain jovem, e custava muito para que meu irmão ficasse com
raiva e sério assim.
Iain
Ela me pegou pela mão para me levar até seu quarto e, assim
que acendeu a luminária, foi acender as velas de sua mesa e as
pequeninas lâmpadas que decoravam sua janela e estante.
Porra.
Cristo. Eu passei meus dedos pelo meu cabelo até que estava
esfregando minha nuca enquanto eu a observava, porque a cor
estava desbotada e o ajuste estava definitivamente mais apertado
agora, as palmeiras se esticando amplamente e o algodão puxado
sobre seus seios perfeitos, mas ainda a mesma camisa que ela
sempre usava em casa.
E o fato de que estava deixando meu pau duro provavelmente
era evidente para ela, já que estava parada na minha frente,
sorrindo silenciosamente enquanto observava a maneira como eu
ficava com essa roupa. Eu sabia que era porque era assim que ela
se lembrou de mim por mais tempo. Relaxado e à vontade.
Andando pela casa dela com uma camiseta e moletom.
— Porque você era o melhor — ela disse sem olhar para cima,
o que me fez sorrir. Ela terminou o que estava escrevendo,
concluindo sua frase com um ponto antes de olhar para mim. —
Quero dizer, você pode ter sido um pouco selvagem. — Eu não
percebi que já tinha começado a balançar minha cabeça até que
ela parou. — Ok, muito selvagem — ela corrigiu. — Mas...
— Fazer o quê?
Eu pausei.
Ela me deu uma olhada. — Não estou dizendo nada disso para
aumentar seu ego, Iain. Estou apenas dizendo a verdade.
Ela não olhou para cima quando perguntou: — Por que você
foi embora?
Engoli.
— Por quê?
— Por que você não foi preso também naquele dia? — ela
finalmente perguntou.
Fiz uma pausa, apenas percebendo que ela sabia sobre aquela
noite.
Então, novamente, talvez eu não devesse ter ficado surpreso,
já que aconteceu em Jersey.
Eu era pior.
— Provavelmente.
Era pura fantasia pensar que isso poderia mudar neste ponto.
— Não estou rindo de você, só acho que você é fofa pra caralho
— eu disse honestamente. — Você vai me dizer o que é?
Holland
Meu diário.
Oh.
A sensação começou a ser tão boa que tive que deslizar minha
boca para fora de seu pau para gemer, e antes que percebesse ele
estava subindo na minha cama, agarrando-me por baixo dos
braços e içando-me para que eu estivesse inclinada em um ângulo
confortável contra os meus travesseiros.
Pensei que iria afogá-lo quando gozasse, mas tudo o que ele
fez foi gemer e murmurar, lambendo avidamente meus sucos,
falando sobre o quão perfeita minha boceta era, o quão doce eu
era.
Eu ainda estava vendo estrelas quando Iain baixou minhas
pernas, e quando minha visão clareou, ele estava ajoelhado sobre
mim, tratando-me com a visão de tirar o fôlego daquele pacote de
seis ondulantes enquanto tirava a camisa antes de estender a mão
para desligar minha lâmpada.
Engoli.
Oh, sim.
Eu respirei fundo. — Uhh... sei o que você vai dizer, e para isso
digo...
Ela esperou até que a porta do meu quarto fechasse até que
ela fechasse os olhos ao dizer: — Eu nunca vou saber como ele
saiu do banheiro e isso é apenas um fato com que terei que
conviver para o resto da minha vida.
Olhamos uma para a outra mais uma vez, nós duas rindo
baixinho enquanto eu implorava com meus olhos para que ela
fosse normal. Ela deu de ombros e me lançou um olhar que dizia
não sei, sou um curinga, posso muito bem perguntar se ele vai pedir
você em casamento.
No futuro.
— Pelo quê?
— Não tenho certeza. Tenho muito que fazer antes, então não
precisarei me preocupar com nada que aconteça enquanto
estivermos fora — disse ele. Então ele sorriu para mim. — Ainda
não vai me dizer para onde estamos indo?
Era.
Um tão forte que, pelo resto do dia, eu me senti leve como uma
pena.
Entre o drama com minha mãe e a noite que tive com Iain,
parecia que vinte e dois anos de perguntas e fardos foram
subitamente retirados de meus ombros.
Iain
Mas pelo lado bom, sabia que tinha o fim de semana inteiro
pela frente com Holland.
E eu respondi na hora.
— Dez.
Ela ficou quieta por um segundo. — Ok. Então, são nove e dez
agora, e você provavelmente está se segurando em seu padrão Iain
Thorn para saber todos os detalhes desses relatórios de dados, o
que significa que é viável, para o bem de sua própria sanidade,
tirar de trinta a quarenta e cinco minutos de intervalo, porque você
literalmente não parou o dia todo.
— Fazer o quê?
— Relaxar um pouco?
Quinze. Vinte.
Era tão relaxante que não percebi que ela havia parado até que
a senti esfregando suavemente meu pacote.
Meu olhar com as pálpebras pesadas, tudo que pude fazer foi
olhar para Holland, sua cabeça ainda descansando no meu peito
e suas pernas balançando para fora da cadeira enquanto ela
silenciosamente me puxava para fora, como se isso fosse normal.
Apenas algo que ela fazia.
Foda-se.
Faltavam seis.
Mas assim que abri minha boca para dizer algo, Holland
deslizou suas pernas macias do meu colo, forçando-me a assistir
sem piscar, a segurar um gemido quando ela se ajoelhou na minha
frente. Ela ainda não tinha tocado seus lábios no meu pau e já
queria explodir minha carga, porque ela era tão sexy e doce, e tão
insistente em cuidar de mim. Fazendo com que eu me sentisse
bem.
Não que ela tivesse se tornado minha fraqueza. Ela sempre foi.
Desde o primeiro dia. Ela sempre foi a garota pela qual meu
coração frio sangrou. A garota que eu precisava proteger. A única
diferença agora era que ela estava de volta e meus sentimentos por
ela só haviam crescido, amadurecido, para algo exatamente igual,
mas completamente diferente. Eles haviam se multiplicado a cada
dia desde que a vi novamente, e a cada hora desde que ela veio me
encontrar naquela festa, e agora eles eram imparáveis.
Indestrutíveis.
Holland
Merda.
Maldito Adam.
Iain
Holland: Ele fez hora extra esta semana para nos surpreender
e não é só ele. Ele mandou um grupo de amigos seus de Stanford
voar de Cali e de outras partes do país para celebrar com você.
Holland: E Adam já deu tudo de si. Além disso, acho que ele
está tendo algum tipo de epifania fraterna agora, então sinto que
seria terrível deixá-lo de lado neste fim de semana, quando
poderíamos facilmente fazer isso no próximo fim de semana ou em
outro momento. Certo?
Mas meu outro lado, que foi reprimido há muito tempo e tem
lutado constantemente para voltar ao redemoinho que foi nas
últimas três semanas da minha vida, disse-me que agora ele
poderia se dar ao luxo de saber.
Era mais real do que qualquer coisa que eu sabia que era
capaz de fazer na minha cabeça, no meu coração e em cada fibra
do meu ser, e estava pronto para contar a ele assim que ele se
virasse para me encarar.
Minha assistente.
— Sim, liguei para ver como estava sua agenda neste fim de
semana e fiquei surpreso ao saber que seu burro workaholic tiraria
um fim de semana inteiro de folga pela primeira vez — explicou
Adam, ainda sorrindo e balançando a cabeça para o que quer que
a garçonete estava indicando para ele. — E Erica me disse que
provavelmente era porque você teve uma semana muito difícil. —
O sorriso sumiu de seus lábios quando ele voltou os olhos para
mim. — Por causa de Camila.
Sobre Holland.
Holland
AJ, no entanto.
Sim.
Ele não estava sendo ele mesmo. Ele havia acionado um botão.
— Você sabe que tem que aparecer mais sexy que o inferno,
certo?
Holland
Finalmente.
Iain.
O qual ele queria ter. O qual ele insistiu que fizéssemos. Ainda
esta manhã, eu me lembrei, então não poderia ficar brava com isso.
— Pior ainda.
Adam sorriu para mim. — Sim, ele ficou assim quando soube
que viríamos ao The Terrace esta noite. A gripe é também porque
ele ficou bravo por você estar de salto? — Ele desviou os olhos para
a frente de A.J e tentei ignorar a tensão sexual palpável enquanto
estremecia para ela.
Excelente.
Provocação.
Não tirei os olhos dele, mas pude ver seu peito se mover
enquanto ele respirava fundo.
— Sim.
— Por que não?
— E daí? Você não pode ficar comigo porque sou tão boa e
pura e você é o oposto total? — falei com desdém, uma vez que ele
ficou novamente a uma distância normal, os ombros ainda tensos,
o fogo ainda queimando em seus olhos.
— Não há nada aqui para você, Holland — ele disse
simplesmente. — Não sou a pessoa que você pensa que sou. Eu
não sou bom. Isso não sou eu de forma natural.
Mergulhando fundo.
Mergulhando no frio.
Observando.
Lívido.
Eu não sabia onde ele estava e ele não voltou por dez minutos.
Eu só precisava ir.
Para simplesmente sair deste lugar. Para não ter que pensar
nessas palavras.
Holland
E uma vez que ele se foi, fiquei parada e enterrei meu rosto em
minhas mãos, pronta para simplesmente deixar tudo sair. Para me
livrar do soluço que estive segurando por tanto tempo. A dor que
vinha se acumulando dentro de mim desde que entrei naquele
terraço.
Em seguida, vozes.
E uma vez que o fez, eu me virei e voltei para minha porta sem
sequer olhar na direção de Iain. — Não chegue perto de mim —
falei, minha voz vibrando com fúria.
— Mostre-me, então.
Uma vez que ele estava totalmente nu, ele me prendeu com
força contra a parede, içando-me contra ela. Ele envolveu minhas
pernas em torno de seus quadris e nunca se afastou do nosso beijo
enquanto me levantava mais alto, até que eu pudesse sentir sua
coroa cutucando contra o meu sexo.
Holland
Uau.
Mas nas próximas horas, nós apenas nos sentamos com Mia
e conversamos. Sobre seu trabalho. O trabalho dela. As sujeiras
de seus colegas de trabalho. O furo sobre seus clientes, e com qual
deles ele poderia realmente colocá-la em contato.
Não foi a conversa mais séria, foi uma boa risada, e o tempo
todo, apenas me sentei, fingindo que isso era a minha vida.
Sentada no meu apartamento com minha melhor amiga incrível e
esse homem tão lindo na minha vida. Todos nós apenas
conversando casualmente e rindo. E nos divertindo. Mas então
abri um grande sorriso cerca de uma hora depois, porque foi
quando me dei conta de que eu não estava fingindo.
Holland
Não foi até a quinta entrada que minha mente voltou para a
manhã.
— Sim.
Pomposo.
Narcisista.
— Minha mãe queria aproveitar sua juventude um pouco mais
antes de ter filhos, mas meu pai era mais velho. Ele queria um
rápido. Então eles me tiveram. Mas ele ficou ofendido com a ideia
de que ele tinha que me criar com ela. Tudo o que ele queria de ser
pai era a chance de moldar outra vida de acordo com seu gosto.
— Por que você não pôde ir com sua mãe quando ela foi
embora? — perguntei.
Mas uma vez que teve uma pausa, Iain falou novamente.
— Ele era apenas quatro anos mais novo que eu, mas era o
bebê da família — disse ele calmamente. — Eu o via todo verão,
desde que nasceu. Aquele garoto tinha um jeito de me fazer sentir
como uma estrela do rock. Eu tinha cinco anos quando começaram
a trazê-lo direto para mim quando ele estava chorando, porque eu
era o único que conseguia fazê-lo rir a qualquer hora, garantido. A
primeira vez que ele caminhou, foi para mim. Quando ele estava
no ensino médio, ele falava de mim o suficiente para que, quando
eu o visitasse, seus amigos que nunca tinha visto começassem a
falar comigo como se me conhecessem desde sempre. Fazendo
perguntas sobre meu carro. Nova York. Quais filmes eu gostava.
— Disse a mim mesmo para ser um bom modelo para ele. Para
tentar mantê-lo seguro. Mas eu tinha vinte e dois anos e ele
dezoito, e era divertido ser destrutivo com ele. Correndo por
estradas fechadas com ele. Seu irmão não era motociclista, mas
Daniel comprou uma assim que pôde. E nós apenas saíamos
juntos. A única diferença é que fazia essa merda para aplacar o
demônio dentro de mim. E Daniel fazia a merda porque me amava.
Queria ser igual a mim. Ele sempre quis.
— Você nunca foi capaz de dizer a ele o que fez com você —
falei, sentada de lado em seu colo agora, olhando para ele
enquanto ele olhava para frente, balançando a cabeça.
Iain tragou. — Ele estava com Alzheimer. Era por isso que meu
tio ficava me chamando para voltar para casa. Meu pai não
conseguia mais fazer seu trabalho. Ele estava se perdendo
lentamente. Chorando no trabalho. Confuso por estar daquele
jeito.
Iain trouxe seus olhos de volta para mim. — Ela é quem ajuda
o meu pai. Ela está cuidando do meu pai há seis anos.
— Sim.
Ela era boa com ele de uma maneira que outras enfermeiras e
auxiliares de saúde não eram.
E um vislumbre de esperança.
— Eu confio em você.
37
Iain
E foi isso.
Tive de rir, mesmo que isso significasse que não era tão
habilidoso quanto pensava e, mais tarde, durante a refeição,
quando entrei para pagar a conta antes de Adam, ele me encontrou
e colocou a mão no meu ombro.
— Sim.
E não havia nenhum lugar no mundo que eu não iria por ela.
Caminhadas.
E divertido.
Eu sorri. — O quê?
— Não foi tão fácil quanto você pensa — disse ela. — Superar
todas as coisas que aconteceram comigo no colégio. E sei que
parece que posso ser apenas arco-íris e luz do sol às vezes, com
meus diários de gratidão e meus painéis de visão e meus exercícios
de respiração. — Ela riu baixinho, tão linda. — Mas tudo isso
aconteceu muito mais tarde, Iain. E nada disso teria sequer a
chance de funcionar se eu continuasse com isso.
— Eu me lembro — sussurrei.
— Eu não acho que você percebe que eu te amo desde que era
uma garotinha — ela sussurrou bem contra meus lábios, fazendo
meu coração inchar tanto que pensei que poderia explodir. — E
não foi só a paixão, Iain, foi porque você foi minha única graça
salvadora. Você foi a melhor pessoa que conheci. Mesmo antes de
cair no meu lugar escuro. Mesmo antes de você me puxar para
fora. Você sempre esteve lá para mim. Como ninguém mais esteve.
E doeu quando você saiu, mas nunca parei de ser grata pelo que
você fez por mim. Então você acredita em mim agora?
Eu olhei para ela. — Acredito no quê? — murmurei.
Tudo que pude fazer foi olhar para ela por um momento.
Atordoado. Espantado. Tão oprimido pela minha adoração.
Iain
Inteiro.
— Parar o quê?
— De jeito nenhum.
Ele foi o único que disse todas as coisas sujas sob o sol sobre
ela.
E assim que ela saiu, eu me levantei. — Isso não pode ser bom
para a reabilitação, Watt — falei.
— Sim, bem... vamos ver o quão crucial eu sou, agora que você
trocou Perez aqui para me substituir.
Cristo.
— Não sei, Thorn... parece que você está fazendo tudo contra
meus interesses — disse Watt, voltando a sorrir, apesar de saber
que ele não achava nada engraçado. — Homem do inferno. — Ele
balançou a cabeça e cacarejou, esfregando o queixo enquanto
olhava para a mesa de sinuca para Holland. — Você até fez a loira
ser demitida, então não pude transar com ela.
Isso seria o melhor, mas vamos esperar até que seu traseiro
estúpido e bêbado esteja sóbrio para finalizar, pensei.
Então ele sacudiu com tanta força que ela caiu e, embora
soubesse que gritos se seguiram, não ouvi nada porque já estava
consumido.
Iain
Mesmo no meu estado, tive que bufar para a cena que estava
acontecendo com ele na minha sala de estar.
Ele estava esticado no meu sofá esta manhã com Kai sentado
em seu peito, brincando com um brinquedo de tubarão de pelúcia.
Era seu único dia de folga no mês de agosto e ele estava passando
no andar abaixo, no meu apartamento, fazendo o que vinha
fazendo tão vigilantemente nas últimas três semanas, servindo
como uma campanha de relações públicas para Iain Thorn.
E foi nesse ponto que uma nova vida foi soprada para o
escândalo. Ele havia morrido após a primeira semana, mas minha
queda oficial em desgraça deu-lhe um novo fôlego.
Para ser justo, eu não agi primeiro. Watt tinha puxado Holland
para baixo com tanta força que ela teve a pele arranhada em carne
viva, e eu ainda queria matar o filho da puta quando pensava
nisso. Ainda fechava os punhos quando pensava sobre a expressão
de medo que peguei nos olhos de Holland, o estremecimento de dor
que ela sentiu na queda antes de apertar um botão e se mostrar
forte por mim.
Era uma prévia da vida que nunca pensei que iria querer.
Mas quando ela saiu para trabalhar naquela manhã, senti algo
estranho apertando meu coração.
Respirar.
Você trabalhou tão duro por tanto tempo e não pode se salvar
quando sua preocupação é apenas comigo.
Então fui ao escritório da Minx, mas ela não estava lá. — Oh,
ela não vai estar aqui por um tempo — a pessoa na recepção me
disse vagamente.
Porra, não.
Holland
Afinal, este foi outro novo começo desde o meu primeiro, três
meses atrás. E mais uma vez, eu estava em uma nova cidade que
era elegante e sofisticada. Emocionante.
E a casa da Minx.
Então eu parti.
Não fiquei surpresa quando ela me disse que Iain tinha estado
por perto.
— Foi como na vez em que ele foi ao bar procurar você, só que
multiplicado por mil e ele não estava usando terno dessa vez —
Mia tinha divagado naquele dia. — Ele estava vestindo uma
camiseta e jeans e, puta merda, casual fica bem nele.
Eu ri e concordei, mas então pedi a ela que por favor, pelo bem
do meu coração, lembrasse da regra.
Holland
O que na Terra?
Havia até uma folha inteira das semanas após a briga. Depois
de todo o drama da mídia.
O jeito que ela corre direto para os meus braços depois de voltar
do trabalho.
Tanto faz. Apenas vá. Isso é tudo que pode fazer, disse a mim
mesma enquanto cruzava o saguão do prédio, dando um sorriso
educado embora apressado para o segurança antes de empurrar
apressadamente as portas da frente.
Tudo bem.
E eu o toquei.
— Eu costumo. — Sorriu.
— Bom saber. Acho que vou aceitar isso assim que chegar em
casa.
Então eu agradeci.
Holland
— Mmm. Bem, acho que você vai mudar de ideia sobre isso —
Mia disse vagamente antes de retornar ao bar. — Então, o que você
está bebendo, amor? — ela me perguntou.
— Oh, nada, tenho que ir. Eu ainda nem fiz as malas — falei,
fazendo com que toda a minha equipe bêbada protestasse e me
vaiasse.
— O quê?
A mídia voltou seu foco para Shane, que tinha mais do que
alguns de seus próprios escândalos pessoais para eles se
concentrarem, e assim, a normalidade foi restaurada. Demorou
alguns meses difíceis, mas aconteceu, finalmente dando a Iain e a
mim a chance tão necessária de apenas respirar.
Juntos.
— Ok, Holland, você tem que parar com isso — disse Mia de
repente, o que me tirou dos meus pensamentos. — Não faça
caretas sexuais para a minha TV quando você tem a coisa real em
casa.
Era apenas instinto toda vez que Iain me abraçava assim. Seu
braço pesado envolvido ao meu redor, eu me aninhando de volta
contra seu peito quente, apenas me deleitando um pouco antes de
me levantar oficialmente.
Não falamos nem um bom dia antes que minha calcinha fosse
rasgada e estivéssemos ofegantes, minhas costas pressionadas
contra seu peito enquanto ele dava estocadas curtas e fortes que
sacudiram toda a cama.
Mas ele encontrou seu caminho em cima de mim antes de
terminarmos, e quando ele jorrou dentro de mim, eu sabia que
estávamos compartilhando um pensamento, porque depois do
gemido agudo e do estremecimento, descemos olhando um para o
outro com o mesmo sorriso sem fôlego e brilho em nossos olhos.
Eu ainda estava tomando pílula, mas não importava.
Mas então ele se afastou e quando abri meus olhos para olhar
nos dele, eles estavam brilhando em mim. Queimando tão verdes
que demorei um pouco para perceber o que ele segurava entre nós
em sua mão.
E quando ele colocou o anel no meu dedo, percebi por que Mia
insistiu tanto em uma manicure.
Iain
Fim...