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Dominic

Slater Brothers, Book One

L.A. Casey
Este livro é dedicado à minha irmã mais nova - mesmo
que você seja estranha e me deixe maluca 99,9 % do
tempo, eu não seria capaz de escrever Dominic e
organizar o restante dos livros da série Slater Brothers
sem nossas sessões de ideias à meia noite.

Eu te amo, mana.
Depois que um acidente de carro matou seus pais quando ela era criança,
Bronagh Murphy escolheu se afastar das pessoas em um esforço para se
proteger da dor futura. Se ela não fizer amizade com as pessoas, falar com eles
ou reconhecê-los de alguma forma, eles a deixam sozinha como ela quer.

Quando Dominic Slater entra em sua vida, ignorá-lo é tudo o que ela tem
que fazer para chamar a atenção dele. Dominic é acostumado à atenção, e
quando ele e seus irmãos, se mudam para Dublin, Irlanda, para o negócio da
família, ele não ganha nada, exceto atenção. Atenção de todos, exceto da linda
morena com uma língua afiada.

Dominic quer Bronagh e a única maneira que ele pode chegar até ela, é
arrastando-a do canto da caixa que ela se aprisionou da única maneira que ele
sabe... pela força.

Dominic a quer, e o que Dominic quer, Dominic consegue.

Aviso: Se você não gosta de homens líderes que são idiotas possessivos,
Dominic NÃO é para você. Se você não gosta de mulheres líderes que são
cadelas teimosas, Dominic NÃO é para você. Se você não gosta de personagens
que têm mau temperamento, Dominic NÃO é para você. Acima de tudo, se você
não gosta de personagens que XINGAM MUITO e dizem EXATAMENTE o que
eles sentem e estão pensando sem o açúcar que o cobre, então Dominic
REALMENTE NÃO é para você.
E u estava atrasada

para a escola hoje, mas não era minha culpa; a culpa era da Branna.

Branna era minha irmã mais velha e se tornou minha guardiã legal há
nove anos, quando nossos pais morreram em um acidente de carro. Ela tinha
vinte e oito anos de idade, enquanto eu estava chegando aos dezoito. Ela podia
ser a minha guardiã, mas a garota era toda irmã quando me irritava. Ela
monopolizou o banheiro por 25 minutos essa manhã.

Vinte e cinco malditos minutos!

Ela era a única razão pela qual eu estava 15 minutos atrasada para a
escola e por que eu parecia uma merda. Eu estava entrando na escola, quando a
vontade de me ‘arrumar’ levou a melhor sobre mim. Fiz uma pausa no meio do
caminho e, em seguida, me virei em direção ao banheiro feminino. Eu não
estava constantemente pensando sobre a minha aparência, mas eu queria estar
tão bem quanto eu pudesse antes de ir para a aula.

Quando cheguei ao banheiro feminino, eu fiz o meu negócio no banheiro


e, em seguida, fui até a pia para lavar as mãos. Quando terminei olhei para o
pequeno espelho sobre a pia e franzi a testa para a minha aparência. Meus olhos
verdes brilhantes pareciam cansados, as bolsas sob eles me provaram que eu
estava correta. Eu estava um pedaço de merda hoje. Eu não tive tempo para
fazer muito mais do que uma trança francesa no meu cabelo castanho escuro
que batia no meu quadril, para mantê-lo sob controle, em seguida, aplicar
algumas pinceladas de rímel nos meus cílios longos e escovar meus malditos
dentes. Minhas bochechas rechonchudas estavam vermelhas por causa da
queimadura do vento e os meus lábios rosados geralmente pálidos estavam um
pouco rachados e inchados. Eu tinha certeza de que se a morte fosse uma
pessoa, então essa pessoa pareceria comigo.

Fiquei ereta e me virei para o espelho de corpo inteiro do banheiro para


me olhar. Suspirei; eu era tão branca que poderia competir com o
Gasparzinho. Eu era irlandesa, e minha pele repelia qualquer tipo de
bronzeamento. Qualquer bronzeamento natural. Eu era provavelmente a única
garota na escola que não fazia bronzeamento artificial e usava maquiagem que
realmente combinava com o meu tom de pele, em vez de tentar ficar mais
morena do que eu realmente era. Por que tentar ser algo que eu não era? Eu era
branca pálida com um respingo de sardas leves na ponta do meu nariz e sob
meus olhos. Branna dizia que elas me faziam parecer adorável e que eu deveria
aceitá-las; então aceitar minha brancura pálida e sardas era o que eu estava
fazendo.

Arrumei minha saia, puxei minhas meias para cima e ajustei o colete do
uniforme. Passei a mão sobre o meu uniforme para alisá-lo. Inclinei a cabeça
para a esquerda, como se me estudasse. Eu gostava da minha aparência. Eu
tenho quadris largos e cintura fina; não tenho seios grandes, mas tinha outra
coisa que era enorme. Virei para o lado e revirei os olhos; se eu pudesse mudar
uma coisa no meu corpo seria minha bunda. Era grande, e mais do que algumas
vezes eu recebi comentários grosseiros sobre o assunto. Isso me deixava louca
porque mexia com a minha necessidade de ser ignorada.

Eu gostava de ser praticamente invisível.

Eu grunhi quando saí do banheiro e passei pelo corredor para a


registration class1. Era uma aula estúpida que tínhamos todas as manhãs; nossa

1
Aula de Registro, onde o conteúdo didático é apresentado e os alunos escolhem o que irão
cursar durante o ano letivo.
tutora - a pessoa a qual íamos se entrássemos em problemas ou precisássemos
de passe para o banheiro - pegava a presença e, em seguida, fazíamos o que
queríamos durante quarenta minutos até que a aula acabasse.

Normalmente todo mundo conversava sobre coisas aleatórias, mas eu


não tinha nenhum amigo, então eu só ficava sozinha. Isso soava patético, mas
eu realmente não tinha nenhum amigo. Não era por falta de tentativa de parte
dos meus colegas; na verdade, era tudo culpa minha. Desde que meus pais
morreram, eu me fechei e resguardei. Eu não gosto da ideia de me apegar a
alguém novo sabendo que eles poderiam ser tirados de mim. É por isso que eu
escolhi não fazer amizade com alguém na escola ou quem quer que fosse, era
muito arriscado. Branna falava que era estúpido e que eu não podia me manter
fechada para as pessoas para sempre, porque não era saudável. Eu sabia que era
estranho - eu era estranha - apenas querendo ficar sozinha o tempo todo, mas
eu estava contente desse jeito então eu não deixava as palavras dela me
afetarem.

Quando cheguei à minha sala de aula, eu abri a porta e olhei diretamente


para a minha tutora. — Desculpe o atraso, senhorita. — eu disse, esperando
parecer preocupada com o meu atraso.

Minha tutora acenou com a cabeça para mim como se eu soubesse que
ela faria. Eu nunca chegava atrasada na aula, e se eu não tornasse isso um
hábito, eu duvido que ela coloque avisos de atraso no meu diário escolar, porque
ela gostava de mim. Eu era a sua aluna mais silenciosa.

Atravessei a sala e, como de costume, nenhum dos meus colegas se


preocupou comigo, mas por alguma razão, hoje todo mundo estava muito
falante e vertiginoso. Foi quando eu caminhei até a minha mesa que percebi o
porquê.

Eu olhei para os rapazes que estavam sentados na minha mesa; eles eram
gêmeos idênticos, isso era óbvio. Um tinha cabelos brancos como a neve,
enquanto o outro tinha uma cor muito parecida com a minha, castanho
escuro. Não demorei olhando para eles, porque eles pareciam estar se
divertindo com os olhares sugestivos das minhas colegas de classe, então eu
abaixei o olhar quando me aproximei deles.

— Essa é a minha mesa. — eu disse quando cheguei a eles, o meu tom


baixo.

O gêmeo com o cabelo louro branco fez um movimento para se levantar,


mas seu irmão moreno, o que estava no meu lugar, colocou a mão no ombro
dele parando seus movimentos.

— Sua mesa? Será que ela tem o seu nome ou algo assim? — ele
perguntou com a sobrancelha levantada.

Seu sotaque era óbvio, não era irlandês. Meu palpite era americano, mas
eu não perguntei. Eu olhei para ele e encarei. Ele tinha os olhos cinzentos que
pareciam um pouco prateados quando as luzes os atingiam. Eu me chutei
interiormente por ter até mesmo notado isso sobre ele e me reorientei. Eu
simplesmente me inclinei sobre a mesa e apontei para o canto.

— Sim, tem. — eu respondi e apontei para o meu nome sobre a mesa.

Eu o tinha esculpido sobre a mesa no primeiro ano, quando eu estava


entediada.

— Bro-o quê? — o gêmeo moreno leu em voz alta e um tom confuso que
me fez revirar os olhos.

— Bronagh. — eu disse claramente.

Eu odiava quando as pessoas estrangeiras pronunciavam meu nome, eles


completamente o massacravam.

— Bro-nah? — o gêmeo moreno falou, em seguida, murmurou sobre a


estupidez do G não ser pronunciado.

Revirei os olhos. — Sim, é o meu nome e está na minha mesa, como você
pode ver claramente.
O gêmeo loiro bufou. — Ela te tem pelas bolas nisso, mano. Vamos sair
do caminho desta adorável mulher e sentar na fileira de trás ao lado das moças
bonitas.

O fato das garotas da minha turma rirem e os gêmeos sorrirem por causa
disso, fez o meu estômago virar em desgosto. Eu não gosto de garotos bonitos
que eram cheios de si; já tínhamos um nesta escola, e ele era um idiota
absoluto. Nós não precisamos de outro, muito menos de mais dois.

O gêmeo loiro sorriu para mim quando ele se levantou, eu não sorri de
volta. O gêmeo moreno levantou lentamente do meu assento. Ele não sorriu
para mim, ele gargalhou. Minha raiva só transformou sua gargalhada em um
sorriso malicioso.

— Eu aqueci para você. — ele piscou.

— Não se esqueça de agradecer ao seu traseiro por mim. — revirei os


olhos quando passei por ele e sentei no meu lugar, afundei na minha mesa e
coloquei minha mochila na cadeira ao lado, puxando-a para perto de mim
também. Era óbvio que eu estava afirmando que não queria ninguém sentado ao
meu lado.

Eu ouvi a risada do gêmeo moreno quando ele foi para o fundo da classe.

— Qual é o problema dela? — ele perguntou, em voz alta.

— Quem? Bronagh? Nada. — Alannah Ryan respondeu. — Ela só não


gosta de atenção ou muito de pessoas, ela prefere ficar sozinha.

Alannah era uma garota legal; ela sempre sorria para mim quando
passava e ao contrário de todos os outros estudantes do nosso ano, ela me
deixava em paz. Ela parecia entender que eu estava contente em ficar por conta
própria, e eu realmente gostava disso nela. Eu achava que ela era muito legal
por causa disso.

— Ela não gosta de pessoas? — o gêmeo moreno bufou e perguntou: — Há


algo de errado com ela?
Eu poderia ser uma pessoa tranquila e gostava de ser ignorada, mas eu
não era fácil; se alguém me irritava, você poderia apostar sua bunda que eu
despejaria tudo nele. Minha mente não tinha um filtro também. Eu tendia a
dizer que eu estava pensando sem pensar.

— Eu tenho certeza que existem muitas coisas erradas comigo de acordo


com você, mas te garanto menino bonito, que ouço perfeitamente bem. — eu
digo em voz alta, sem me virar.

Então ouvi algumas risadas e quando eu olhei de relance vi a Srta.


McKesson sorrindo sobre o seu livro.

— A voz interior, mano. — o gêmeo loiro falou com riso abafado.

— Menino bonito? — o gêmeo moreno resmungou, então murmurou para


quem eu assumi que foi tanto para ele, quanto para o seu irmão. — Com quem
essa puta acha que está falando?

Eu bufei interiormente com seu pequeno vacilo.

Ele achava que eu era uma puta?

Como se eu desse a mínima.

— Ok, menos disso. — disse Srta. McKesson, levantando-se, uma vez que
ela ouviu a palavra puta. — Bronagh, estes rapazes são os nossos novos alunos,
que vieram dos Estados Unidos da América.

Quando eu percebi que meus colegas estavam olhando para mim


esperando algum tipo de reação, eu girei meu dedo no ar tentando parecer
entusiasmada, mesmo que eu não pudesse me importar menos.

— Vá E.U.A.

Senhorita McKesson mordeu o lábio inferior e balançou a cabeça.

— Os meninos Slater são gêmeos, obviamente. É fácil distingui-los por


causa da cor diferente do cabelo. Nico tem cabelos castanhos e Damien tem
cabelos loiros, bem, mais branco do que loiro.
Nico era o nome dele?

— Eu vou ter a certeza de me lembrar disso, senhorita, obrigada. — eu


disse sarcasticamente, com um sorriso radiante.

Alguns bufos depois senhorita McKesson me apresentou. — E esta moça


encantadora, rapazes, é Bronagh Murphy.

— É um prazer, senhorita Murphy. — disse Nico.

Eu bufei. — Eu duvido seriamente disso, Sr. Slater. — respondi fazendo a


classe rir.

Eu não me importava que eles provavelmente estivessem rindo de mim


porque, obviamente, não era um prazer me conhecer, mas tanto faz, eu não me
importava.

— Tudo bem, voltem ao que quer que estivessem fazendo antes de


Bronagh entrar na sala. — senhorita McKesson disse com um aceno de mão.

Nem um segundo mais tarde as perguntas das meninas para os gêmeos


estouraram da esquerda, direita e centro, e isso me fez suspirar. Eu esperava
que não fosse assim todos os dias, porque essa merda ia ficar velha e me
incomodar muito rapidamente.

— Senhorita? — eu murmurei para a minha tutora.

Quando Srta. McKesson olhou para cima, eu balancei meu iTouch para
ela e ela balançou a cabeça, dando-me a permissão silenciosa para ouvir.

— Merda, vocês estão autorizados a ouvir iPods aqui? — ouvi Nico


perguntar.

— Hein? Oh não, apenas Bronagh. Ela faz seus trabalhos todos os dias,
por isso, ela está autorizada a ouvir, desde que o volume esteja baixo. — a voz de
Alannah respondeu a Nico.

Eu sabia que isso fazia de mim uma nerd, mas eu meio que era, não do
‘eu era seriamente inteligente’, mas do tipo que ‘fazia meu trabalho em dia’. Eu
realmente não tenho muito mais o que fazer na escola além dos trabalhos,
mantê-los em dia nunca foi um problema.

Não ouvi a resposta de Nico para Alannah, porque eu liguei minha


música. Eu a saudei e gostei do fato de que o som bonito afogou todo mundo
para fora.

Peguei meu caderno de Inglês e li a dissertação que escrevi ontem à noite


para a aula de hoje mais tarde. Corrigi qualquer erro que achei e, em seguida,
reli. Quando estava satisfeita com ela, coloquei de volta na minha mochila e a
fechei. Eu chequei a hora e vi que faltavam menos de dois minutos para acabar a
aula. Sentei ereta e tirei os meus fones de ouvido, então, desliguei meu iTouch e
guardei no bolso.

Levantei ao mesmo tempo em que o sinal tocou. Eu empurrei a cadeira


debaixo da minha mesa, saí da sala e me dirigi para a aula de marcenaria. Eu
amava essa aula; eu realmente gostava de fazer coisas novas para os projetos. Eu
sempre fazia caixas para joias, porta-maquiagem para Branna ou prateleiras e
estantes legais. Ficava mais criativa à medida que fazia, e Branna os amava,
então me fazia feliz.

Quando cheguei à aula, acenei para o Sr. Kelly. Ele era o professor de
marcenaria, e ele era agradável. Ele sempre me deixava sozinha e só se
aproximava de mim quando eu precisava de ajuda. Ele era legal assim; ele
parecia saber como eu trabalhava, e eu gostava disso nele.

— Bom dia, Bronagh. — o senhor sorriu.

— Bom dia, senhor, posso ouvir meu iTouch? Só vou lixar, já cortei todas
as peças na sexta-feira, então vou montá-las. Eu não vou ficar perto das
máquinas perigosas onde a música me distrairia. Prometo.

O senhor concordou com a cabeça. — Sem problemas, se você precisar


cortar ou serrar alguma coisa certifique-se de tirar os fones de ouvido, está bem?
— eu fiz uma continência o que o fez rir quando ele me dispensou.
Coloquei minha mochila debaixo da minha bancada e fui até o armário de
materiais no fundo da sala; peguei um avental e o vesti, em seguida, coloquei os
fones de volta nos meus ouvidos e liguei a música. Eu voltei para a sala de aula e
percebi com o canto do meu olho que o resto dos meus colegas estava entrando.
Eu era a única garota na classe; todas as outras meninas escolheram artesanato
em metal em vez de artesanato em madeira, o que estava bem para mim. Eu não
tinha que ouvi-las fofocar sobre quem estava saindo com quem, quando eu não
estava com os meus fones de ouvido.

Enquanto os rapazes colocavam suas coisas debaixo das suas bancadas,


fui para a direita da sala e entrei na sala de suprimentos que era conectada à
sala de artesanato. Eu peguei umas lixas novas, e depois voltei para a sala de
aula para pegar a lixadeira portátil no suporte na parede. Eu estava cuidando da
minha vida, quando voltei para a minha bancada, só para chegar a um impasse.

— Saia do meu assento. — eu rosnei enquanto arrancava meus fones de


ouvidos.

Nico olhou para mim e sorriu quando perguntou sarcasticamente: — O


seu nome está nesta mesa também?

Ele, obviamente, pensava que ele era engraçado, mas ele não era. Eu não
o achei nem um pouco divertido, achei extremamente irritante. Nossa primeira
interação não foi das melhores, mas agora eu sabia que ele estava
propositadamente tentando me irritar, e eu instantaneamente não gostei dele
por causa disso.

— Mexa-se. — eu respondi, ignorando sua pergunta.

Ele balançou a cabeça, então eu agarrei a minha lixadeira como um


bastão e me movi para ele apenas para ser bloqueada pelo corpo do senhor.

— Bronagh, abaixe a lixadeira. — Sr. Kelly disse calmamente com as mãos


levantadas em um movimento ‘eu estou desarmado, não me machuque’.

Revirei os olhos. — Eu não ia bater nele com isso. — eu menti.


Eu ia bater nele com isso. Provavelmente não tão forte, mas eu ainda ia
acertá-lo com isso, no entanto.

— Por que você está segurando-a como uma arma, então? — o senhor me
perguntou com uma sobrancelha levantada.

Dei de ombros, em seguida, resmunguei: — Ele está no meu lugar! Diga-


lhe para sair.

O senhor suspirou e se virou. — Esta é a bancada de Bronagh - espere,


você é novo aqui, filho?

— Filho? — eu balbuciei. — Não o chame assim, ele é um estúpido...

— Bronagh! — o senhor me interrompeu em um tom baixo de aviso.

Alguns dos rapazes na classe se exaltaram com o que eu disse, enquanto


eu soltava fumaça em silêncio.

— Sim, senhor, eu sou novo. Comecei hoje. — Nico respondeu.

O senhor olhou para mim com as sobrancelhas levantadas. — Você ia


atacar um aluno novo? — ele questionou.

Será que eu ficaria com menos problemas se eu atacasse um velho?

— Eu não gosto dele. — eu respondi, fazendo com que o senhor


suspirasse e balançasse a cabeça enquanto apertava a ponta do nariz.

— Isso não significa que você pode atacá-lo, Bronagh.

Eu grunhi e fiquei furiosa com o fato. — Eu sei, as regras da escola são


estúpidas.

O senhor parecia estar lutando contra um sorriso antes de se virar e ficar


de costas para mim novamente.

— Qual é seu nome, filho? — ele perguntou.

Eu bufei.
— Nico. — Fuckface2 respondeu.

Eu bufei interiormente, eu gostei de chamá-lo de Fuckface em vez de


Nico.

— Que é a abreviação de? — o senhor perguntou, curioso.

— Dominic, mas todos me chamam de Nico. Eu prefiro assim. —


Dominic respondeu.

Todo mundo podia chamá-lo de Nico e ele podia preferir desse jeito, mas
eu não era todo mundo, então se eu tivesse que me dirigir a ele, seria como
Dominic ou Fuckface. O mais provável é que seja o último.

— Bem, é muito bom conhecer você Nico, mas essa aqui é geralmente a
bancada de Bronagh. Mas você pode ficar com o outro lado da mesa, uma vez
que ela tem essa para ela.

— Não! — eu gritei ao mesmo tempo em que Dominic disse: — Obrigado,


senhor.

Isto não podia estar acontecendo!

— Senhor, isso não é justo, eu nunca tive que dividir a bancada com
ninguém. Gosto de tê-la inteira para mim, você sabe disso. — eu lamentei.

O senhor suspirou e se virou para mim. — Eu sei, garota, mas todas as


outras bancadas estão cheias uma vez que estou consertando as duas próximas à
porta.

Eu cruzei meus braços. — Isto é uma maldita besteira. — eu murmurei.

O senhor sorriu - ele era ótimo assim, nunca se importava com os alunos
xingando - e me deu um tapinha nas costas. — Coloque seus fones de ouvido e
você ficará magnífica, garota.

Eu bufei quando o senhor se afastou.

2
Apelido que ela deu ao Nico, significa idiota, babaca, etc.
— Você terminou a sua pequena birra, docinho? — Fuckface me
perguntou, sorrindo.

Eu olhei para ele enquanto colocava minha lixadeira na minha bancada


então pressionei minhas mãos ao lado dele e me inclinei para frente. — Ouça-
me, seu idiotinha irritante. Eu não gosto de você e quero que você fique bem
longe de mim, senão eu vou enfiar esta lixadeira no seu estúpido crânio bonito.
Estamos claro a esse respeito, Dominic? — eu rosnei, minha voz gelada.

Os lábios de Dominic se contraíram enquanto ele me olhou de cima a


baixo, como se estivesse me avaliando. — Cristalino. — ele respondeu quando
seus olhos cinzentos pousaram nos meus.

— Ótimo, agora mexa-se, porra. — eu assobiei.

Eu estava um pouco chocada que estivesse com tanta raiva; a única


pessoa que podia chegar a mim tão facilmente, sem fazer muito, era Jason
Bane. Ele era o garoto mais bonito nesta escola e sempre tinha sido um idiota
comigo. Ele estava atualmente de férias em algum lugar na Austrália e estaria
por todo o verão. Ele não iria voltar até o final de setembro, o fim deste
mês. Tinha sido o melhor verão e início de ano letivo, sem ele por perto para me
intimidar. Ele era um bastardo malvado, de boa aparência, e o fato de que esse
idiota do Dominic pudesse ser uma versão americana de Jason assustou o
inferno fora de mim.

Eu pensei sobre isso enquanto eu esperava que Dominic passasse para o


outro lado da bancada. Coloquei meus fones de ouvido e liguei a minha música
novamente quando ele estava longe de mim. Eu podia sentir seus olhos em
mim, provavelmente para tentar me irritar, mas mal sabia ele que eu
era muito boa em ignorar as pessoas.

Após os primeiros cinco minutos sem receber uma reação minha, ele
ficou entediado, eu soube disso porque ele se levantou e foi até o senhor. Eu
olhei para cima quando o senhor apontou alguns materiais de madeira
diferentes para Dominic, e eu sabia que ele estava prestes a começar a fazer o
seu primeiro projeto. Isso me agradou, esperançosamente o manteria ocupado e
longe de mim.
Era o fim do segundo período, quando terminei de lixar todas as minhas
peças para nova caixa de maquiagem de Branna. Ela ia ser grande com muitos
compartimentos espaçosos. Branna tinha um monte de maquiagem então ela
ficaria muito contente com isso.

Peguei as peças base e fui até a estação de pistola de cola. Apanhei uma
pistola, peguei um novo bastão encaixei e, em seguida, liguei. Esperei dois
minutos para a pistola aquecer e derreter a cola. Eu alinhei minhas peças como
eu queria que elas ficassem, então generosamente apliquei a cola à madeira,
cuidadosamente juntando as peças.

Eu abaixei a pistola e recuei, olhando as minhas peças. Inclinei-me para


frente e pressionei com força a madeira, forçando a saída das bolhas de ar entre
os espaços abertos da madeira e usei a mão livre para pegar um pedaço de
papelão para tirar o excesso de cola, que agora estava morna. Eu fiz isso por
cerca de vinte segundos, em seguida, peguei algumas lixas usadas na minha
bancada para passar em algumas das áreas que eu tinha perdido. Ao fazer isso,
eu senti como se estivesse sendo observada, então quando olhei de relance por
cima do meu ombro, fiquei surpresa quando descobri que alguns dos rapazes na
classe estavam olhando para mim. Alguns pareciam se divertir enquanto outros
estavam rindo para Dominic, que estava sorrindo para mim.

— O que é tão engraçado? — eu perguntei quando tirei meus fones de


ouvido.

— Nada. — os rapazes que estavam olhando para mim, disseram em


uníssono, em seguida, voltaram para os seus trabalhos.

Isso obviamente significava alguma coisa, então eu olhei para Dominic.

— O que você fez, Fuckface?

Dominic ficou um pouco de queixo caído com o meu insulto antes de se


recompor. — Fuckface? Isso é meio malvado, Bronagh.

Estreitei meus olhos. — O que você fez, Dominic? — repeti com os dentes
cerrados.
Dominic sorriu e disse: — Eu só tirei uma foto.

Contei mentalmente até dez. — Uma foto de que? — perguntei


eventualmente.

— Não vou falar. Seria um burro3 de verdade se eu dissesse. — Dominic


respondeu, rindo.

Eu enrolei minhas mãos em punhos e considerei bater nele, mas, em vez


disso coloquei meus fones de volta e o ignorei. Eu sabia que ele tinha tirado uma
foto da minha bunda; era óbvio com o que ele disse e a maneira que os garotos
estavam rindo e sorrindo para ele. Eu me forcei a não me importar.

Foda-se ele e foda-se este dia de escola.

Ele estava se transformando em um dia de merda.

3
No original ass, fazendo referência à bunda da Bronagh.
—Q ue diabos

deu em sua bunda a semana toda, Bronagh? — Branna gritava ao mesmo tempo
em que tirava violentamente minha coberta de cima do meu corpo.

Fui acordada com a sacudida e gemi de cansaço e irritação.

Eu só queria ser deixada sozinha e em paz para que eu pudesse dormir!

— Branna, me deixa, estou dormindo aqui! — eu bati no meu travesseiro,


mantendo meus olhos bem fechados.

Eu senti uma pancada na minha bunda, o que me fez gritar e me fez pular
para os meus pés, de modo que eu estava de pé na minha cama. — Isso é abuso
infantil! — gritei para Branna, que estava no final da minha cama com os braços
cruzados e seus olhos se estreitaram para mim.

Merda.

Ela não parecia nem um pouco divertida.

Eu fiz alguma coisa errada.


— O que eu fiz? Por que você está aqui me acordando e batendo em mim?
Eu sou sua irmã você não pode me bater...

— Pode parar, eu escutei você esta manhã, desligando o seu alarme e


voltando para a cama. Você faltou à escola hoje e isso não é legal, não é nada
legal. Você tem sido uma loucura hormonal desde que chegou da escola na
segunda-feira. O que há de errado com você?

Eu gemi, não querendo explicar porque eu estive desligada a semana


toda.

— Nada, eu simplesmente não me sinto bem hoje.

Eu não estava dizendo a verdade completa. Eu realmente não me sinto


muito bem, mas toda a verdade era que eu não queria ir para a escola hoje,
porque eu não queria lidar mais um dia com Dominic enquanto eu me sentia
mal. Se Branna soubesse que ele estava me intimidando, ela iria ligar para a
escola e exigir uma reunião, o que me envergonharia. Ou ela iria descobrir onde
Dominic vive e assassiná-lo. E isso me deixaria uma sem-teto desde que ela
tecnicamente é proprietária da nossa casa e pagou por tudo. Além disso, matar
Dominic iria mandar a sua bunda para Mountjoy Prison4 e eu seria deixada por
minha conta.

— Eu vou deixar passar desta vez, porque você está sempre na escola,
mas no futuro, me diga se você estiver doente, está bem? Vou marcar uma
consulta médica para você.

Eu balancei minha cabeça. — Eu acho que é devido meu período


menstrual, acho que isso é o que tem me deixado doente e irritada.

Era devido o meu período menstrual, mas o que me fez toda irritada era
um idiota americano chamado Dominic. Após essa primeira reunião na escola
na segunda de manhã, ele fez de sua missão pessoal chegar o mais perto de mim
que podia durante a semana na escola, porque ele sabia o quanto eu o
odiava. Eu até lhe dei um tapa no rosto na quarta-feira, quando ele agarrou

4
Prisão de segurança media localizada em Phibsboro no centro de Dublin, na Irlanda.
minha bunda. Ele disse que havia uma aranha sobre ela, e ele estava apenas
tirando para mim.

Era uma besteira absoluta, e ele sabia disso. Ele apertou minha bunda,
porra, ao ponto de doer, e é por isso que ele tinha um sorriso no rosto, enquanto
fingia ser um benfeitor. Sim, eu estava realmente grata, tão grata que eu deixei
uma marca de mão decente no rosto que ficou visível pelo resto do dia, que o
deixou resmungando e seu irmão sorridente.

Falando de seu irmão, descobri que Damien era o oposto de Dominic, ele
era bom e não me irritava. Eu fiz dupla com ele em um experimento científico e
durante essa aula, ele pediu desculpas pelo comportamento de Dominic e
gentilmente me pediu para não seguir até o fim em todos os planos que eu
poderia ter formado para assassiná-lo, porque ele gostava dele vivo e
respirando, mas só um pouco.

Ele era extremamente paquerador, mas eu não dei ideia e apenas foquei
no projeto que estávamos juntos. Ele pareceu compreender que eu não estava
interessada em flertar ou falar com ele em tudo. Ele nem sequer tentou após os
primeiros minutos que não conseguiu nenhuma resposta de mim, o que eu
silenciosamente comemorei muito. Agora, se seu irmão apenas desistisse tão
facilmente, então eu estaria nas nuvens.

O bufo alto de Branna me puxou de meus pensamentos e me fez olhar


para ela.

— O quê?

— Nada. — ela riu. — Só pensando em você estando em trabalho de parto


com um bebê. Você não seria capaz de lidar com qualquer aspecto do parto, se
não consegue lidar com dores menstruais.

Revirei meus olhos. — Ah, e você é uma perita em parto?

Uh, pergunta estúpida.

— Não, mas em comparação com você sobre o assunto eu sou um


especialista. Eu sou uma estudante de medicina, estudando para ser uma
obstetra, afinal de contas. Estou no meu quarto ano, o que significa que eu
posso estar presente na sala de parto agora enquanto as mulheres dão à luz para
que eu consiga um bom entendimento do que farei quando me formar.

Eu tremi. — Você é tão desagradável, que você realmente quer olhar para
um presunto de 4 kg e meio vindo de uma vagina!

Branna soltou uma gargalhada. — Não chame um bebê de presunto, sua


puta!

Eu tremi de novo e gemi antes de esfregar o meu rosto algumas vezes


com as mãos. — Agora estou imaginando alguém dando a luz, eu te odeio!

Branna começou a rir de novo, então se mudou para minha janela e abriu
as minhas cortinas, me fazendo silvar com a luz do sol que entrava no meu
quarto.

— Levante-se e se vista, vampira. Desde que você não está na escola você
pode fazer as compras enquanto eu estiver no hospital, trabalhando.

Isso era justo.

— Você está no hospital o dia todo?

Quando Branna não estava na faculdade fazendo um milhão de trabalhos,


escrevendo artigos de ensaio, ou estudando para os testes rígidos e loucos, ela
estava no voluntariado da maternidade. Todos os estudantes de medicina em
seu campo escolhido devem ser voluntários para ter várias horas para obter
alguma experiência ao vivo na hora do parto. Não é necessário que ela receba o
pagamento, porque ela tem que se oferecer para a experiência, mas seu hospital
paga. Não era muito, mas era o suficiente para nós sobrevivermos. Nós
realmente não precisamos do salário de Branna para sobreviver. Ainda
tínhamos muito dinheiro deixados a nós por nossos pais, que nós usaríamos até
Branna se tornar uma obstetra e ter uma renda constante. Assim que eu
terminar o meu último ano na escola e me formar, eu vou conseguir um
emprego de verão que poderia vir a se transformar em um trabalho permanente
com o tempo, até que eu comece a faculdade para que eu não tenha que ser uma
sanguessuga de Branna para tudo.

— Sim, eu consigo ver como os bebês vêm ao mundo hoje, isto não é
brilhante? — Branna sorriu e bateu palmas, recebendo minha atenção
novamente.

Eu dei-lhe um olhar inexpressivo fazendo-a bufar. — Bem, tudo bem, eu


sei que você não gosta, porque você pira em coisas como o que eu faço, mas só
acho que, um dia você vai dar a luz a um bebê, e eu poderia ajudá-la na hora do
parto.

Branna soava animada demais com esse pensamento.

— Eu nunca vou ter filhos! Por que ter filhos, só para se preocupar com
sua saúde e segurança pelo resto da sua vida? Esse estresse é demais para eu
lidar, muito obrigado.

Branna revirou os olhos. — Alguém vai mudar sua maneira de pensar um


dia, irmã caçula. Eu não vou ser a única pessoa que você vai amar e cuidar.
Alguém vai entrar nessa caixa que você guardou seu coração e vai montar
acampamento por um longo tempo, e não haverá uma coisa que você possa
fazer sobre isso.

— Não me ameace! — eu retruquei.

Branna riu e perguntou: — Desejar que você encontre o amor é uma


ameaça?

— Sim!

— Bronagh, você realmente precisa sair mais.

Revirei os olhos, mas decidir ir ao humor dela. — Tudo bem, mana, eu


vou começar achando o amor indo ao supermercado e fazendo compras. Nunca
se sabe, eu poderia encontrá-lo no corredor do frango.

Branna riu, agitando a cabeça para mim. — Uau, ótimo começo. — disse
ela com sarcasmo antes de me dar uma piscadela e deixar meu quarto.
Revirei os olhos para o céu e cai de costas na minha cama. Gemendo, eu
fechei meus olhos. Fiquei assim por tanto tempo que eu finalmente cochilei e
quando acordei, não era mais tão brilhante lá fora. Olhei o relógio no meu
quarto e vi que eram 16h32min. Eu bocejei, levantei da cama e me
espreguicei; eu segurei minha barriga enquanto as dores atacavam. Fui para o
banheiro e gemi. Com certeza, o meu período chegou como previsto. Eu fiquei
limpa, lavada e vestida antes de descer para tomar alguns analgésicos.

Branna já tinha saído para o trabalho horas atrás e deixado à lista de


compras que eu precisava fazer no balcão junto com o dinheiro para pagar os
itens. Enfiei a lista e o dinheiro em minha calça jeans, e, em seguida, trancei
meu cabelo para trás do meu rosto.

Eu não me incomodei em colocar maquiagem, porque eu me sentia como


merda e estaria indo para a cama assim que eu chegasse em casa de qualquer
maneira, então eu sai de casa. Coloquei meus fones de ouvido enquanto eu
caminhava pela rua e pressionei execução aleatória no meu iTouch.

Passei por duas pessoas no caminho, mas se eu passei por mais eu não
percebi porque eu estava muito ocupada desfrutando a vista deslumbrante que
eu tinha à minha esquerda. Suspirei um pouco, vivendo na parte inferior das
montanhas de Dublin realmente tinha suas vantagens. Eu nunca canso da vista
oferecida; penhascos da montanha, as trilhas, os vários tons de verde, as árvores
enormes e, claro, algumas ovelhas ao longe. Satisfeita e feliz eu olhei para longe
da minha esquerda e olhei para a direita, o que só aumentou meu sentimento de
felicidade. À minha esquerda eu tinha uma vista para a montanha e para a
minha direita, a vista da cidade.

Meu conjunto habitacional era mais alto do que o resto das propriedades
na minha área, porque estávamos do lado da montanha. Isso significava que eu
olhava para toda a cidade de cima, o que era maravilhoso. Eu geralmente nunca
pensava que onde eu morava era bonito, mas era, uma vez que você olhasse o
suficiente.

Minha caminhada para Centro Comercial Citywest foi rápida e antes que
eu percebesse, estava em Dunnes Stores andando, empurrando um
carrinho. Peguei a lista que Branna fez e comecei a pegar os itens que ela
escreveu. Eu adicionei alguns biscoitos e outras guloseimas no carrinho, porque
era aquela época do mês e eu precisava deles.

Eu estava inclinada para pegar os cookies de chocolate triplos - melhores


cookies de sempre - na prateleira de baixo. Eu tive que me ajoelhar, porque
havia apenas dois pacotes sobrando e eles estavam bem no fundo. Quando os
peguei, me levantei e virei para atirá-los em meu carrinho eu congelei no meio
da etapa.

— O que diabos você está fazendo aqui? — eu rosnei.

Um sorriso discreto no rosto de Dominic Slater se transformou em um


sorriso completo. — O que você acha que eu estou fazendo em um
supermercado? Tomando banho?

Puxei uma careta para ele. — É chamado de supermercado, seu maldito


idiota. — eu disse friamente antes de ir para o meu carrinho.

Dominic deu um passo na minha frente, bloqueando meu caminho.

Eu soltei um grande suspiro. — Mova-se. Agora!

— Por que você não estava na escola hoje? — ele perguntou, ignorando a
minha ordem.

Ele percebeu que eu não fui hoje?

Provavelmente porque ele não tinha mais ninguém para intimidar já que
eu não estava lá.

— Eu estou doente. — eu disse e tentei passar por ele mais uma vez.

Ele bloqueou meu caminho novamente pisando para o mesmo lado que
eu, ao mesmo tempo.

— Você não parece doente. — ele comentou.

Eu olhei para ele.


— Mostra o quanto você sabe, não é? — eu rosnei.

Eu debrucei um pouco para frente quando a pressão explodiu em meu


abdome inferior e me causou imensa dor.

— Dominic, saia da minha frente!

— Você vai vomitar? — ele perguntou, ainda bloqueando meu caminho.

— Sim, eu vou vomitar, e eu estou mirando em você, então saia! — eu


avisei.

Dominic bufou. — Não, não parece que você vai vomitar. Você está,
obviamente, com dor de estômago embora.

— Obrigada por essa observação doutor Fuckface, agora mova-se! — eu


cuspi.

Dominic riu de mim, em seguida, olhou para as minhas mãos. — Eu vou


passar alegremente... quando você me der esses cookies.

Eu abracei os cookies contra o meu peito como eu faria com um bebê


recém-nascido.

— Porra nenhuma, eu os peguei primeiro!

Dominic revirou os olhos. — Eles são provavelmente os últimos cookies


de chocolate triplo em toda a loja, uma vez que você teve que pegá-los do fundo
da prateleira. Se você quer que eu saia, então você vai dá-los para mim.

— Eles eram os últimos dois pacotes na loja, mas eu não estou lhe dando
qualquer um deles, e se você não se mover eu vou gritar estupro e você vai
preso! — eu avisei.

Ele inclinou a cabeça para trás e riu, então eu aproveitei a oportunidade e


manobrei em torno dele. Eu usei uma mão para segurar os cookies contra o meu
peito e a outra para pegar o meu carrinho.

— Oh, não, você não!


Quando senti as mãos vir em volta do meu estômago por trás, eu quase
morri.

Ele estava me tocando!

Dominic Slater estava com as mãos na minha barriga e teve seu corpo
pressionado em minhas costas.

Oh, meu Jesus.

Será que esse filho da puta tem um desejo de morte?

— Eu vou dar-lhe três segundos para levar suas mãos e corpo para longe
de mim, caso contrário eu vou bater em você, porra!

A risada de Dominic no meu ouvido fez meu corpo ficar mais tenso do
que já estava.

— Você acha que pode me pegar, menina bonita?

Menina bonita?

Ele estava tentando ser engraçado ou algo assim?

— Eu faço! — retruquei então disse: — Não me chame assim novamente!

— Eu posso chamá-la do que eu gosto e dizer que eu gosto de você,


liberdade de expressão e tudo isso.

— Você é estúpido pra cacete e mente pequeno... sai de mim! — retruquei


então engasguei quando um de seus braços se aproximou e tentou agarrar os
meus cookies.

De. Nenhuma. Fodida. Maneira.

Eu levantei minha perna e chutei de volta contra a canela de Dominic; ele


grunhiu quando pulou para trás de mim. Eu me virei e olhei para ele enquanto
ele sacudiu a perna, provavelmente, tentando acabar com a dor.

— Sua puta de merda! — ele assobiou.


Eu sorri para ele. — Isso vai acontecer em suas bolas se você me tocar
novamente. Você não aprendeu a lição que me tocando resulta eu batendo em
você?

Ele revirou os olhos e esfregou o rosto, como se ainda sentisse a dor do


tapa que eu dei nele na quarta-feira por tocar minha bunda.

Ele deixou cair as mãos e sorriu para mim. — Você tem uma bunda gorda,
eu não poderia evitar ter uma apalpada.

Eu ofeguei.

Ele só me chamou de gorda.

Ele, de fato, só me chamou de gorda.

Eu não me importava se eu parecia do tamanho de uma baleia; você


simplesmente não chama uma menina de gorda, especialmente na porra da cara
dela.

O insulto me machucou, e eu odiava isso. Eu queria machucar Dominic


de volta para que eu jogasse o insulto de volta para ele mesmo que ele não seja
nada, mas aparado muscular.

— Você está gordo! — eu disparei, virando e pegando meu carrinho com


uma mão para empurrá-lo.

Fuckface me parou embora.

Ele se colocou entre mim e meu carrinho. Eu não gostava disso, nem um
pouco.

— Eu não te chamei de gorda.

Mentiroso sujo!

Eu rosnei para ele. — Você fez também, seu mentiroso saco de merda!

— Eu disse que você tem uma bunda gorda, há uma diferença. — afirmou.
O que?

— Não, não existe, você disse que minha bunda é gorda...

— Gorda, tipo sexy. — ele ronronou.

Olhei para ele, reprimindo a vontade de bater nele até a morte com meus
cookies.

— Gordura não é sexy. — eu disse.

— Quando você tem uma bunda gorda é. — disse Dominic, ainda parado
na minha frente. — Eu não quero dizer gordura como gordura, eu só quis dizer
isso como boa, tipo, grande, não um tipo obeso de grande. Você tem uma bunda
grande, e isso é sexy.

Por que diabos estávamos tendo essa conversa sobre a minha bunda
gorda, mas não gorda?

— Eu não dou à mínima. Eu e minha bunda gorda queremos seguir em


frente com o nosso carrinho, assim, saia do caminho.

Dominic sorriu, estendeu a mão e disse: — Cookies primeiro.

Segurei os cookies mais apertado. — Você vai ter que erguê-los de meus
dedos frios e mortos, seu bastardo pele e osso.

Dominic sorriu e deu um passo em minha direção; entrei em pânico e


virei meu braço pegando-o no rosto com a mão. Na verdade, ele tropeçou para o
lado e para fora do meu caminho enquanto ele segurava seu rosto. Eu atirei para
frente, agarrei o meu carrinho, e corri para o corredor.

— Bronagh! — ele gritou.

Eu me virei e fui direto para o caixa do supermercado, mais do que


pronta para pagar os itens e chegar em casa. As pessoas, obviamente, ouviram
os gritos de Dominic e estavam olhando para o corredor onde eu saí. Fingi estar
confusa também; eu não queria que ninguém pensasse que eu era a Bronagh
que Dominic estava gritando.
Eu pulei em uma fila e comecei a descarregar os meus itens do carrinho
para a esteira, enquanto mentalmente gritava com a mulher na minha frente se
apressar e arrumar as coisas dela.

— Eu poderia tê-la presa por agressão, você sabe disso, não é? Você me
bateu duas vezes lá atrás.

Eu suspirei, sabendo que ele propositalmente escolheu vir a este caixa só


para me irritar.

— Foi legítima defesa, você colocou suas mãos em mim primeiro, sem
permissão. — eu cuspi quando cutuquei meu carrinho para frente, sem olhar
para ele.

— Isso é besteira. — Dominic rosnou.

Revirei os olhos. — Supere isso, seu grande bebê.

Eu avancei quando a senhora na minha frente havia terminado, e


felizmente, a mulher me servindo tinha minhas coisas digitalizadas e ajudou-me
a embalá-las em tempo recorde.

— Esses cookies são os mais agradáveis em toda a loja, eles estão sempre
esgotados. — a mulher sorriu quando ela os enfiou dentro de uma sacola.

Eu olhei para Dominic, que estava olhando para mim. Isso me fez sorrir
antes de eu olhar para a mulher.

— Eu concordo, eles são deliciosos.

— Cadela Má. — Dominic murmurou, fazendo a mulher virar a cabeça


para ele, e me levando a bufar um pouco.

Eu paguei a mulher, peguei as três sacolas e coloquei para baixo. Elas


estavam pesadas, e eu odiava que Branna não estava aqui com seu carro para
me ajudar a leva-las para casa.

Puxei um grande fôlego e me dirigi para a saída da loja apenas para fazer
uma pausa nas portas, quase chorando ali mesmo. A chuva estava
absolutamente chicoteando lá fora. Eu não sabia por que eu estava tão surpresa,
isso sempre acontecia. Pode ser leve e fresco aqui em Dublin um minuto e chuva
castigando no próximo.

Suspirei e olhei para o céu depois de um minuto de apenas olhando para


a chuva. — Você simplesmente não pode me dar uma pausa, você pode, Jesus?

— Eu não acho que ele responde a pessoas que atacam inocentes.

Eu pulei em sua voz, e ele riu.

Eu balancei minha cabeça, sem olhar para Dominic, quando ele veio para
ficar ao meu lado. — Como diabos você arrumou suas coisas e pagou por elas tão
rápido? — eu questionei.

— Mágica. — ele respondeu.

Revirei os olhos. — Bem, use um pouco de magia e desapareça de minha


presença.

Dominic bufou. — Você gostaria disso, não é?

Eu olhei para ele, estreitei os olhos e sorri. — Eu adoraria nada mais do


que você desaparecer da face da terra, Fuckface.

Dominic parecia de repente que queria me matar, então eu me afastei


dele.

— Não é de admirar que você comprasse tampões, deve ser aquela época
do mês. — ele balançou a cabeça.

Ele viu meus tampões?

Oh, Deus!

Senti meu rosto corar. — Cala a boca!

Ele sorriu para mim. — Você quer dizer a sério que está em seu período.

Oh, meu Deus!


Tirem-me o inferno fora daqui.

— Bem, isso foi horrível, eu espero que nós não nos encontremos por aqui
- ou em qualquer lugar - nunca mais. Um mau dia para você, senhor. — baixei a
cabeça e saí para a chuva.

Eu senti um arrepio pela minha espinha, então eu me endireitei,


ignorando a dor das sacolas plásticas cavando meus dedos, e me empurrei a
andar.

— Você quer uma carona5? — eu ouvi a voz de Dominic gritar na minha


esquerda.

Arfei e me virei na direção dele, notando que ele estava se movendo em


direção a um grande jipe preto.

— Seu bastardo sujo! Como se atreve a me perguntar isso! — eu gritei.

Dominic parou seu passo e olhou para mim com as sobrancelhas


levantadas, antes dele rir.

— Merda, eu quis dizer uma carona para casa no meu carro. Eu não
queria uma carona, como no sentido de que um passeio é por aqui... eu não
estou pedindo para você me montar, Bronagh.

Senti-me corar.

— Seja como for, eu não preciso de uma carona! — virei-me e continuei


caminhando para fora do parque de estacionamento e para a via.

A chuva caía com tanta força que foi escorrendo nos meus olhos,
tornando-se difícil de ver. Eu esfreguei os olhos no meu ombro e pressionei.

Eu nunca me importei com a chuva - eu estava acostumada - e, na


verdade, gostava de andar nela quando chovia forte. Mas não quando eu estava
carregando coisas pesadas. Eu olhei para o jipe de Dominic quando ele passou

5
No original ride. Palavra que também pode significar cavalgar. Dando duplo sentido à posição
sexual.
por mim, então gritei quando ele chegou perto do caminho e jogou água suja em
cima de mim.

— Seu idiota! — eu gritei o mais alto que pude.

Eu tinha deixado cair as minhas sacolas de compras durante a imersão,


então eu rapidamente me abaixei para pegá-las. Juro que Dominic tem sorte,
tudo que eu comprei estava em embalagens lacradas e não seria destruída pela
água.

— Eu sei que você não vai acreditar em mim, mas eu estava realmente
passando ao seu lado para lhe oferecer uma carona de novo. Eu realmente não
tive a intenção de deixá-la toda molhada. — a voz de Dominic gritou para fora de
seu carro - a janela do lado do passageiro foi abaixada - depois seguiu com uma
risada.

Ele estava realmente rindo de mim!

Eu rosnei enquanto eu olhava para a minha direita e olhei para a janela


aberta de Jeep de Dominic. Eu usei o meu ombro para tirar a água dos meus
olhos novamente antes de lançar fora da minha boca.

— VAI SE FODER. — eu gritei. — APENAS ME DEIXE EM PAZ, EU TE


ODEIO!

Suas sobrancelhas subiram um pouco em meu grito, mas eu não me


importei. Foda-se ele. Eu me virei e praticamente corri para longe e todo o
caminho para casa. Eu não parei de me mover até que eu estava em segurança
dentro da minha casa. Eu afundei até a minha bunda com a porta da sala
pressionada em minhas costas.

— Bronagh? É você? Eu saí cedo e tentei ligar para você e ver se você
precisava de... — a voz de Branna foi cortada no meio da frase antes de uma
gargalhada abafada rapidamente encher o silêncio. — Você parece um rato
encharcado!
Rosnei e inclinei minha cabeça contra a porta e fechei os olhos. Estremeci
um pouco quando meu estômago começou a fisgar, deixando o meu dia de
merda ainda mais horrível.

— Eu não acho que está chovendo tanto. Você está seriamente


encharcada, Bee6. O que aconteceu?

Eu grunhi enquanto eu continuava sentada no chão, sacolas de compras


reunidas em volta de mim. Eu poderia facilmente dizer-lhe que um idiota
americano me deixou encharcada com seu carro depois de me assediar dentro
do supermercado, mas eu sinceramente não quero falar sobre Dominic, ou
mesmo pensar sobre o babaca.

— Eu não quero falar sobre isso.

Fumegando que eu estava encharcada até os ossos e irritada que eu tenho


um sistema reprodutor feminino, eu inclinei minha cabeça contra a porta e
fechei os olhos novamente antes de expirar ruidosamente. Dominic foi
praticamente o responsável por uma dessas coisas, então eu decidi culpar tudo o
que havia de errado comigo a ele também.

Era oficial, agora e para sempre, eu odeio Dominic Slater.

6
Abelha.
—E u não quero ir,

ainda me sinto como merda. Por favor, Branna, não me faça ir. Se você me ama,
você não vai me obrigar a fazer isso. — eu lamentei e joguei meus membros ao
redor como se fosse da conta de ninguém.

Branna grunhiu enquanto continuava puxando minha cintura, tentando


me soltar da maçaneta da porta do passageiro de seu carro.

— Eu vou me atrasar para a aula e você também, então solte e vamos


logo!

Segurei a maçaneta do carro mais apertado. — Nunca!

Branna suspirou alto. — Eu não queria ter que fazer isso, mas você não
me deixa escolha.

Eu franzi minhas sobrancelhas me perguntando sobre o que ela estava


falando... — Ahh! — eu gritei, cortando meus pensamentos. — Não, Branna, não
me faça cócegas! Misericórdia, misericórdia!

Ela não mostrou misericórdia, ela fez cócegas em minhas axilas e minhas
costelas até que eu me tornei uma bagunça me contorcendo e pulei para longe
do carro e dela. Ela rapidamente trancou o carro apertando um botão em suas
chaves assim que eu fiquei um ou dois metros de distância.

Eu estava alisando minhas roupas e tremendo um pouco em


consequência das cócegas quando Branna cruzou os braços sobre o peito e
ergueu a sobrancelha para mim, desafiando-me a voltar para ela e o carro
novamente.

Eu gemi. — Você é a pior irmã do mundo, eu estou morrendo aqui!

Branna revirou os olhos. — Você tomou seus analgésicos e comeu um


pouco de comida, você não pode perder aula só para deitar na cama e não fazer
nada, então vá!

Estreitei meus olhos para ela. — Quando chegar o dia em que você estiver
em um trabalho de parto com um bebê eu vou rir de você e lembrá-la deste dia!
— com isso dito, me virei e atravessei o caminho do estacionamento até a
entrada da minha escola.

— Tenha um bom dia, seu bebezão! — Branna gritou atrás de mim, rindo.

Cadela!

Eu entrei na escola quando o sinal tocou, então apertei meu passo para
uma leve corrida. Eu não queria ganhar um carimbo de atraso e ser repreendida
pelos professores, porque isso só faria com que eu me sentisse ainda pior. Eu
cheguei à registration class cerca de três minutos depois de a aula começar,
então quando entrei na sala, todos já estavam sentados e olharam para a porta
quando a abri. Eu não olhei para ninguém, só para minha tutora, que sorriu
para mim quando entrei.

Ela parecia um pouco feliz demais em me ver.

— Bem vinda de volta, Bronagh, sentimos sua falta na sexta-feira.

Claro.

— Huh, desculpe o atraso, dormi demais. — eu murmurei.


A senhorita me dispensou. — Não é um incômodo, você na verdade é a
menina que eu preciso que faça um trabalho para mim uma vez que você já está
em pé.

Oh, merda.

— Huh, tudo bem. — eu murmurei.

Ela virou para o resto da classe. — Preciso de outro voluntário do sexo


feminino para este trabalho em especial.

Nem uma menina levantou a mão, e eu não as culpei, fazer ‘trabalhos’


para os professores sempre era uma merda.

A senhorita suspirou. — Ok, eu vou escolher alguém então... Destiny.

Destiny gemeu alto fazendo com que todos, exceto eu, rissem.

— Tudo bem, qual é o trabalho? — ela suspirou.

— Bem, como todos sabem, hoje é o dia do nosso evento anual Raise To
Praise7, e este ano as classes do segundo ano e tutores são responsáveis por
decorar o salão e organizar os jogos. Mas como sempre, há apenas um trabalho
que duas meninas sênior devem fazer, as meninas mais jovens não podem fazê-
lo. Fui convidada para escolher duas adoráveis meninas da minha classe para o
trabalho.

Um sorriso iluminou o rosto de Destiny, enquanto um olhar de puro


horror ultrapassou o meu. Esqueci-me tudo sobre o dia do evento Raise To
Praise; eu teria me trancado no meu quarto, se eu tivesse me lembrado dele!

— A barraca do beijo! — Destiny e eu dissemos em uníssono, só que o


meu tom de voz era de desgosto enquanto o tom de Destiny era de emoção.

— É isso. — a senhorita sorriu de alegria.

Alguns dos rapazes da classe gritaram fazendo Destiny rir alegremente.

7
Arrecadar para aplaudir.
Virei para a senhorita. — Senhorita, escolha outra pessoa, por favor. Esse
dia é para arrecadar dinheiro para a equipe de esportes; você
vai perder dinheiro se eu ajudar na barraca do beijo, eu lhe garanto isso.

Algumas pessoas riram, mas eu não me importei; nós sabíamos que era
verdade. Eu não parecia em nada com Destiny; ela era magra, com quadris
curvilíneos, peitos grandes, cabelo vermelho flamejante e um rosto bonito que
praticamente não precisava de maquiagem. Ela era naturalmente deslumbrante,
enquanto eu... não era. Eu sabia que não era gorda, mas eu não era magra como
Destiny também. Como mencionei antes, eu tinha um quadril em forma de pera,
o que significava que eu tinha pequenos seios e cintura com uma bunda grande
e coxas que me fazia parecer enorme, a menos que eu usasse a roupa certa.

— Oh, que absurdo, não diga isso. Você e Destiny são ambas muito
bonitas como podem ser, então, sem recuar. — a senhorita disse, puxando-me
dos meus pensamentos e me fazendo suspirar.

— Tanto faz. — eu murmurei e arrastei meus pés enquanto caminhava até


a minha mesa, não olhando para a fileira de trás.

Abaixo na parte de trás era onde ele sentava.

Infelizmente, o primeiro período passou com um estalar dos meus dedos


e isso me fez gemer interiormente e desejar que a aula continuasse por mais
tempo.

— Todos podem ir até o salão principal agora; se divirtam, e não façam


nada que irá colocá-los em uma detenção comigo. Entendido?

Todo mundo murmurou um sim para a senhorita, o que a deixou feliz,


quando todos nos conduzimos da sala de aula para o salão principal. Eu senti
um toque firme no meu ombro quando cheguei lá dentro, e isso me fez saltar um
pouco.

— Desculpe. — Destiny expressou rindo quando se virou para mim. —


Não quis assustá-la.

Sim, eu acredito nisso.


— Você não assustou. — eu menti.

Destiny sorriu um pouco antes de sorrir plenamente. — Vamos para a


barraca do beijo e começar a trabalhar.

Ela virou e se dirigiu com arrogância em direção ao fundo do salão onde a


barraca do beijo sempre ficou localizada. Eu relutantemente a segui com a
cabeça baixa e os ombros caídos.

Quando cheguei à barraca, Destiny já estava sentada em seu lugar. Então


eu deslizei para o meu, coloquei minha mochila no chão ao meu lado, fechei os
olhos e comecei a desejar que eu estivesse morta.

— Dois euros por beijo, moças. Peguem o dinheiro primeiro.

Abri os olhos e assenti para o professor do sexo masculino que estava


falando comigo e Destiny.

— A barraca do beijo está aberta, rapazes. — o senhor gritou em seguida.

Eu gemi, depois deixei cair minha cabeça em minhas mãos; isso era
muito embaraçoso. Cerca de dois minutos se passaram até que um grupo de
rapazes do primeiro ano teve a coragem de avançar na direção da barraca.

— Nós temos dinheiro. — um dos rapazes disse.

Eu não pude deixar de recuar um pouco; esses rapazes tinham todos


apenas treze anos ou mais, e era possível que Destiny ou eu estávamos prestes a
ser seu primeiro beijo. Esse pensamento não me fez sentir bem.

— Tudo bem, rapazes. Nenhuma loira este ano por isso aqueles que
preferem ruivas façam fila na minha frente e aqueles que preferem morenas
façam fila na frente de Bronagh. — Destiny disse assumindo o comando da fila
que as meninas que trabalham na barraca a cada ano tinham que fazer.

Era uma maneira rápida de conseguir formar a fila na frente das garotas
que iria beijar e deixando menos estranha a situação do rapaz que não sabia
qual escolher.
Havia oito rapazes e cinco deles alinhados à minha frente, o que me
chocou pra caramba. Imaginei que eles iriam escolher Destiny, mesmo se eles
preferissem as morenas, porque ela era muito mais bonita do que eu, mesmo em
um dia ruim.

Eu pisquei quando o primeiro rapaz se aproximou de mim, estendeu dois


euros e despejou na minha cesta de coleta.

— Sou Toby. — ele sorriu e revelou a lacuna mais bonita entre os dentes
da frente.

— Oi Toby, sou Bronagh. — eu sorri e me forcei a não vomitar.

Este rapaz era tão bonito, e eu senti como se estivesse prestes a violá-lo.

Ele mudou de posição e apenas olhou para mim como se estivesse à


espera da luz verde para me beijar, então soltei um suspiro, franzi os lábios e me
inclinei em direção a ele. Ele pulou um pouco, sorriu, depois imitou minhas
ações e encontrou meus lábios, pressionando-os contra o seus.

Era o tipo de beijo que era de cinco segundos de duração e de boca


fechada. O tipo que você daria a alguém como um rápido beijo na bochecha,
mas, em vez disso, foi em meus lábios, e Toby parecia estar feliz com isso.

— Obrigado. — ele respirou.

Quando eu recuei, ele apenas ficou olhando para mim com um sorriso
brilhante e os olhos arregalados.

— Toby, é a minha vez de beijá-la agora. — um rapaz atrás de Toby


gritou.

Toby franziu a testa, mas logo sorriu para mim novamente, antes de se
mover para fora. Os quatro rapazes que se seguiram depois de Toby, todos
tiveram os mesmos cinco segundos de um longo beijo, de boca fechada, e
posteriormente, eles agiram como se meus seios brilhassem com a forma que
olhavam para mim.

— Isso é divertido. — Destiny gorjeou à minha esquerda.


Eu olhei para ela, meu rosto torcido em horror. — Eles eram
praticamente bebês!

Ela revirou os olhos. — Por favor, somos quatro ou cinco anos mais
velhas que eles. Além disso, foi só por dois segundos.

Cinco segundos.

Eu balancei minha cabeça. — Eu ainda não acho que foi divertido.

— Você vai quando os rapazes mais velhos se aglomerarem e chegarem.

Eu suspirei e disse: — Eu ficaria feliz em deixá-la para lidar com eles, já


que você parece gostar disso.

—Sério? Brilhante, valeu!

Eu bufei virando a cabeça e olhando ao redor do salão para o resto das


armadilhas para ganhar dinheiro. Havia jogos, assados para venda, dança e
outras coisas que eu não conseguia ver de onde estava sentada.

— Você sabe que Jason voltou de suas férias mais cedo, certo? E que ele
prefere morenas a ruivas?

Por que ela continua falando comigo?

Espere, ela disse Jason voltou das férias... mais cedo?

— Essa notícia me fez morrer por dentro.

Destiny bufou, então eu olhei para ela e disse: — Ele vai escolher você ao
invés de mim, ele sabe que eu não gosto dele.

Isso era um eufemismo; Jason sabia que eu o odiava.

Jason era o capitão do time de futebol e tinha sido uma dor na minha
bunda desde a segunda série na escola primária quando ele decidiu me
intimidar para sua diversão pessoal.
O capitão de cada equipe de esportes sempre tinha que ir até a barraca do
beijo e trazer seus jogadores junto. Por alguma razão, os outros garotos da
escola faziam a mesma merda que eles, e os professores sabiam, por isso eles
fizeram um acordo com as equipes para promover a barraca do beijo para que
pudessem ganhar mais dinheiro para seus uniformes e outras coisas. Quer dizer,
o dinheiro que todos nós levantássemos iria diretamente para suas equipes, por
isso eles tinham bastantes mãos - lábios - sobre isso a cada ano e faziam com
que a barraca do beijo ganhasse mais dinheiro. Porque de acordo com eles, era o
mais divertido durante todo o evento.

A risada de Destiny chamou minha atenção. — Exatamente, é por isso


que ele vai escolher você, porque ele vai fazer você ficar louca, e ele vive para
isso.

— Ele não gosta de mim também, por que ele iria querer me beijar, só
para me irritar?

— Eu não sei, mas você pode perguntar a ele já que ele e a equipe de
futebol estão vindo agora.

— Senhoras. — Jason sorriu e esfregou as mãos, quando ele parou em


frente à barraca. — Bem, senhora e Bronagh.

Eu olhei para ele, em seguida, para a equipe e assumi o comando em vez


de Destiny. — Você sabe o que fazer, se você gosta de ruivas se alinhe à frente de
Destiny e se você quiser um soco no rosto, se alinhe em frente a mim porque eu
sou sua garota.

Eu odiei que sequer uma quantidade da equipe separou em filas, alguns


me escolheram e isso me fez piscar.

— Vocês não me ouviram dizer que eu os socarei no rosto? — eu os


questionei.

Eu recebi de volta risadas, sorrisos falsos e até mesmo um ‘eu vou


arriscar’.
— Eu tenho uma afta. — eu soltei, na esperança de que eles iriam fugir
horrorizados.

Eles não fizeram, apenas riram.

— Nós somos clientes pagando, você tem que nos beijar. Está nas regras.
— Gavin Collins sorriu quando empurrou o seu caminho para frente da fila.

Eu estava em um monte de aulas com Gavin, e ele parecia ser um bom


rapaz. Ele era muito bonito também, então quando meu rosto ficou vermelho,
não foi porque eu fiquei com raiva dele. Ele era um daqueles rapazes que tinha
seriamente uma boa aparência, alto e magro, mas ainda permanecia agradável e
não era arrogante. O que o fazia o homem perfeito dos sonhos de muitas
garotas.

— Tanto faz. — eu murmurei, tentando minimizar o meu rubor.

Gavin deu um passo para frente, derrubou quatro euros em minha cesta e
sorriu para as minhas sobrancelhas levantadas. — Eu quero um beijo extra
longo.

Eu me senti horrorizada e lisonjeada ao mesmo tempo.

— O quê? Por quê?

Gavin me deu um olhar 'duh', mas eu não entendi o que era para eu fazer,
então eu só olhei para ele até que ele riu e se inclinou totalmente até mim,
colocou a mão na parte de trás de meu pescoço e puxou minha cabeça para a
dele.

Então ele me beijou, e porque eu estava tão chocada, eu abri a minha


boca que ele encheu com a sua língua. Eu não podia me afastar e da maneira
que sua mão segurava meu rosto, eu não podia fazer nada, apenas imitar suas
ações e beijá-lo de volta.

Este foi o meu primeiro beijo de verdade.


Isso é tudo o que eu conseguia pensar durante o beijo; ele não deixou
muito tempo para realmente apreciá-lo. Pisquei os olhos abertos quando Gavin
se afastou de mim sorrindo.

— Isso valeu mais do que quatro euros, então aqui tem outros dois. —
ele riu e jogou mais dois euros na minha cesta.

Eu só pisquei para ele antes de limpar a garganta. — Huh, obrigada?

Gavin riu, depois piscou quando se moveu de lado na fila. Os rapazes


seguintes me beijaram exatamente como Gavin fez, e isso me fez sentir
estranha. Esses rapazes nunca prestaram atenção em mim durante todo o nosso
tempo na escola, não que eu lhes dei atenção também, e ainda assim eles me
beijaram como se eu fosse a sua primeira e única. Os beijei de volta assim como
eles me beijaram, mas não houve intensidade por trás dos meus beijos. Eu
estava apenas movendo minha boca e língua.

Meus lábios estavam começando a doer e os senti um pouco inchados,


por isso, quando o último rapaz da equipe na fila se aproximou de mim, eu
estava feliz que estava acabando. Embora, eu não fiquei feliz quando vi quem
era último rapaz.

— De jeito nenhum. — eu assobiei. — Vá para Destiny!

Jason sorriu para mim e disse: — Eu sou um homem de morena,


Bronagh, não pode quebrar as regras.

Eu disse para ele. — Isso é besteira, você me odeia e eu te odeio.


Isso não está acontecendo!

Ele deu um passo em minha direção, e eu rosnei.

— Problemas em me beijar, Bronagh? — Jason sorriu.

— Eu tenho uma lista de merda extensíssima! — estalei fazendo-o rir


silenciosamente.

Eu fiz uma careta.


Eu o odiava tanto, provavelmente ainda mais do que eu odiava
Dominic. Eu gemi então; Jason estava de volta à escola e Dominic estava aqui,
bem agora. Ambos faziam da minha vida um inferno e seriam totalmente
culpados se um dia eu me matasse.

Jason se aproximou de mim novamente, então eu balancei o meu punho


direito fazendo-o rir e saltar de volta. Eu ouvi uma risada profunda por trás de
Jason, uma risada que me fez querer murchar e morrer.

— Estou sentindo um pouco de ciúmes aqui, Bronagh, eu pensei


que eu era o único cara que você agredia fisicamente por aqui.

Rosnei quando Dominic saiu de trás de Jason e sorriu para mim.

O bastardo pele e osso!

— Você deve ser Nico? — Jason disse ganhando a atenção de Dominic.

Dominic olhou para ele e assentiu, o que fez Jason sorrir quando ele
disse. — Alguns dos rapazes me disseram que você atormentou Bronagh
enquanto eu estive fora. Eu aprecio isso, cara. Eu não quero que ela fique muito
entediada sem alguém para irritá-la.

Eu zombei.

Que idiota!

— Depois que vocês terminarem de inflar tanto o outro, você pode


gentilmente ir se foder. — reprimi para fora trazendo ambos de volta para mim e
sorrindo.

Eu olhei para os dois.

— As regras dizem que você tem que beijar qualquer um entre as idades
de treze e dezoito anos se eles estão pagando. — Jason sorriu para mim.

Eu queria chutá-lo no rosto.


— Eu conheço a merda das regras, mas por que eu? Por que não Destiny?
Vocês dois me odeiam, e eu os odeio!

Ambos sorriram, e eu rosnei.

Chicoteei meus olhos atrás dos rapazes e vi uma menina que pela
primeira vez me deixou feliz em vê-la.

— Micah. — eu gritei. — Seu namorado está tentando comprar um beijo!

O rosto de Jason ficou vermelho quando ele olhou por cima do ombro e
viu Micah Daley, sua namorada igualmente malvada, andando em nossa
direção.

— Sua vadia de merda! — Jason sussurrou para mim.

Ele virou para Micah e levantou as mãos para seu rosto. — Eu sou o
capitão da equipe, eu tenho que beijar uma delas, e eu tive que pegar uma
morena, porque elas são a minha preferência, mas eu estava apenas indo para
plantar um na bochecha eu juro.

Micah olhou para ele.

— Como se eu fosse beijar qualquer menina quando eu tenho você, baby.


Especialmente Bronagh. Micah, ela é nojenta.

Obrigada pelo voto de confiança, idiota.

Revirei os olhos.

— Dê-me dois euros. — Micah estalou e estendeu a mão.

Jason deu-lhe o seu dinheiro, em seguida, virou o corpo para olhá-la


quando ela se virou e se aproximou de mim. Foda-se!

— Eu não iria deixá-lo me beijar na bochecha, eu juro. — eu soltei e resisti


jogando meus braços na frente do meu rosto.
Você vê, Micah era uma lutadora de kickboxer8 e provavelmente poderia
me matar com um soco ou chute, e eu realmente não queria morrer assim.

Micah revirou os olhos. — É obrigatório para as equipes esportivas ajudar


beijando na barraca, uma vez que faz mais dinheiro, mas Jason não está
beijando você ou Destiny. Vou substituí-lo.

Liguei meus olhos para Jason e notei sua boca aberta; seus amigos e
Dominic pareciam tão chocados quanto ele. Olhei para Micah e encolhi os
ombros, eu preferia ela beijando minha bochecha do que Jason a qualquer
dia. Eu me mantive no jogo.

— Tudo bem.

Micah revirou os olhos para a minha rigidez e se inclinou para mim. Virei
à cabeça para deixá-la beijar minha bochecha, mas ela pegou meu queixo com a
mão e me forçou a olhar para ela. Ela fez algo, então, que fez os rapazes quase
colapsarem e eu quase ter um ataque cardíaco.

Ela me beijou, nos lábios, na frente de todos, e ela enfiou a língua dentro
da minha boca.

Imaginei se os rumores sobre seu balanço em ambos os lados eram


verdade, afinal. Eu tinha o mesmo problema com os gays, pessoas bi, pessoas
heterossexuais e praticamente qualquer pessoas em geral que me tocasse. Eu
não gostava de ser tocada, falada, ou notada de forma alguma. Micah estava
fodendo com um grande momento, porque ela realmente estava desfrutando em
me beijar e atraindo grande quantidade de atenção por causa disso.

Eu tinha meus olhos arregalados e minha boca aberta quando ela se


afastou de mim. Ela bufou da minha expressão facial antes de se virar e
pavonear-se longe como se ela estivesse em algum tipo de passarela.

— Estou tão feliz que foi você e não eu; ela quase desgastou seu rosto
fora. — Destiny gargalhou.

8
Um estilo de arte marcial.
— Foda-se! — eu cuspi antes de limpar a boca com as costas da minha
mão.

— Isso foi...

— Tão fodidamente...

— Sexy.

Meus olhos pousaram em Dominic quando sua voz disse a palavra


sexy; ele estava olhando para mim e lambendo os lábios. Eu olhei para os outros
garotos e notei que eles estavam fazendo a mesma coisa. Isso detonou o alarme
na minha cabeça.

— Um beijo por... pessoa! — eu disse em voz alta o que fez alguns dos
rapazes murmurarem maldições antes de se afastarem.

Eu não poderia dizer exatamente um beijo por rapaz desde que Micah
tinha acabado de me beijar na frente de todos. Isso me faria sexista ou homo
fóbica ou algo parecido.

Dominic deu um passo na minha frente, mas eu o ignorei enquanto


continuava a limpar a minha boca.

— Acho que você não gosta que uma menina beije você?

Eu senti meus olhos se contorcerem. — Não, eu sou hetero e me sinto um


pouco traumatizada com o que aconteceu, mas vou chamar Micah de volta para
a segunda rodada se isso vai levá-lo a cair fora ou entrar na fila de Destiny em
seu lugar.

Dominic riu. — Foi tão erótico o beijo entre você e Micah, que eu acho
que quero uma chance em seus lábios.

Corei, eu realmente corei, porra!

— Você tem que estar brincando comigo, certo?

Ele balançou a cabeça.


—Mas... mas... você me odeia! — eu balbuciei.

Dominic sorriu. — Seja como for, eu sou um homem de morenas.

— Você me disse essa semana que era um homem de ruiva, Dominic.


Você disse que na próxima semana seria loira e esta semana era semana de
ruiva, lembra que você me disse isso? — a voz de Destiny veio do meu lado
esquerdo.

Eu dei a Dominic um olhar enojado, o babaca realmente classifica as


meninas que iria transar pela cor do cabelo e as separa por semanas. O maldito
galinha - espere, se ele disse que era um homem de ruiva esta semana, significa
que eu estou fora do gancho para um beijo desde que eu sou uma morena. Juro
que vi fogos de artifício iluminar em torno de mim por causa disso.

— Oh, sério? Você não pode quebrar as regras Dominic. Elas estão lá por
um motivo então vá para Destiny, ruiva da semana, para o seu beijo, por favor.

Ele rosnou para a minha felicidade e rapidamente se inclinou para mim


com os lábios franzidos. Eu, no entanto, virei minha cabeça tão rápido que seus
lábios pressionaram contra minha bochecha.

— Ha! — eu ri e arranquei seus dois euros de sua mão. — Esse foi o seu
único beijo de mim, bastardo!

Ele parecia tão bravo quando se afastou de mim e, em seguida, ainda


mais irritado quando eu fiz uma pequena dança da vitória, quando me sentei na
minha cadeira.

Ele cavou mais dois euros do bolso, cuspiu algumas maldições e insultos
para mim. Ele foi até Destiny, jogou dois euros em sua cesta, e em seguida,
pegou o rosto dela e colidiu sua boca sobre a dela.

Eu me senti tão desconfortável; eles ficaram gravemente se acariciando e


faltavam puxar a roupa um do outro nos dez segundos do beijo. Eu não podia
fazer nada além de sentar ao lado deles. Então, enquanto se beijavam, eu fiz
uma grande demonstração de olhar para os cartazes em todo o corredor. Alguns
minutos se passaram e alguns rapazes dos terceiros anos vieram para a barraca
do beijo. Mesmo aqueles que queriam beijar Destiny tiveram que me beijar
porque Dominic e ela ainda estava se acariciando.

No momento em que pararam de beijar, eu tinha envelhecido vinte anos.

— Uau. — a voz de Destiny sussurrou em reverência.

Eu não poderia deixar de fungar quando apliquei algum batom nos meus
lábios doloridos.

O olhar de Dominic cortou para mim. — Ciúmes, bunda gorda? — ele me


perguntou com um rosnado.

Eu me irritei um pouco com o insulto antes de sorrir. — Ciúmes? Por


beijar você? Sem chance no inferno, Fuckface. — olhei para Destiny e em
seguida disse: — Ele lhe deve, pelo menos, dez euros por aquele beijo, dois euros
não vão cobri-lo.

Ela bufou em seguida olhou para Dominic que revirou os olhos. Ele cavou
uma nota do bolso e colocou em sua cesta.

— Foi um prazer, milady. — Dominic se curvou fazendo Destiny dar uma


risadinha.

Revirei os olhos e dei-lhe o dedo antes dele se virar e correr para alguma
das barracas de jogos.

— Puta merda, ele beijou pra caramba. Meus lábios estão realmente
inchados de beijar! — Destiny gritou ao tocar seus lábios vermelhos e inchados.

Eu poderia relacionar desde que meus lábios estavam tão inchados que
você teria pensado que alguém me deu um soco.

Eu ri com o quão estúpida Destiny ficou sobre esse espécime e disse: —


Eu, pessoalmente, acho que ele é um idiota e não quero dizer nada agradável
sobre ele, mas ele está afim de você, você deve ficar presa nele. Nenhum rapaz
iria beijar uma garota desse jeito se ele não gostasse dela.
— Você tem razão, você tem toda a razão! — Destiny sorriu, em seguida
pegou o telefone e começou a bater na tela.

Eu sorri interiormente, tive a sensação que Dominic beijou Destiny do


jeito que ele fez só para me deixar desconfortável, porque eu estava sentada ao
lado dela e tinha feito ele de bobo, o enganando para beijar minha
bochecha. Destiny mandando mensagens para ele pode irritá-lo embora, e eu
faria de tudo para irritá-lo.

Você realmente pode dizer que depois que Dominic me chamou de bunda
gorda na frente de Destiny, irritá-lo seria aquilo para o que eu viveria agora.
—F ilho da

puta!

Eu mordi meu lábio para eu não rir. Se eu risse iria me tornar o seu alvo
número um. Então eu fiz o que todo mundo na classe fez quando Dominic gritou
e amaldiçoou como uma menina. Eu pulei de susto e virei minha cabeça ao
redor para ver o que estava errado com ele.

— O quê? Que é isso? — senhorita McKesson perguntou; sua voz soando


muito alta e em pânico.

Dominic estava de pé, com as mãos em suas nádegas com a testa


pressionada contra a parede na parte de trás da sala. Todos observaram
enquanto ele tirou as mãos de sua bunda com um puxão forte que o levou a
sibilar de dor. Quando ele se virou e caíram tachinhas em sua mesa, todos nós
estremecemos.

Eu estremeci pela revelação, mas o que eu realmente queria fazer era dar
uma gargalhada como uma bruxa malvada. Você vê, eu não sou boa em me
vingar de alguém, porque eu normalmente só tive que lidar com Jason e tudo o
que ele fez foi me irritar com palavras. Mas Dominic, ele entrou no meu espaço
pessoal e realmente tentou ficar sob minha pele. Seu comentário sobre minha
bunda gorda na frente de Destiny, na semana passada, durante o evento Raise
to Prise realmente me incomodou; decidi devolver, colocando tachinhas na
cadeira por isso, quando ele se sentou os pinos de agulha afundaram em sua
bunda e, obviamente, ferem como o inferno.

Deixe sua bunda machucar mais chamando a minha bunda de gorda!

Ha, ha, porra, ha!

O fato de que hoje era meu aniversário de dezoito anos fez tudo
melhor. Eu não me importava se isso me fez uma sádica, este foi o melhor
presente de aniversário de sempre!

— Quem os colocou lá? — Dominic resmungou seus olhos piscando ao


redor da sala.

Eu, como todo mundo, dei de ombros.

— Tenho certeza que elas foram deixadas ali por acidente...

— Há dez tachinhas, isto não é por acidente. — Dominic cortou a


senhorita com um rosnado.

Damien se recostou na cadeira e olhou para a bunda de seu irmão. — Eu


acho que você está sangrando um pouco, mano.

— Foda-se. — Dominic resmungou e colocou as mãos em sua bunda


novamente.

Quando ele tirou dela, havia de fato sangue em suas mãos. Não em
grande quantidade, mas mais do que alfinetadas devem ter causado.

Imaginei que as tachinhas picaram o idiota muito bem.

Eu odiei que eu bufei com meus pensamentos, porque chamou a atenção


de todos, e eu quero dizer todos.

— Você! — Dominic rosnou em minha direção.


Eu levantei minhas sobrancelhas em choque e levantei minhas mãos para
cima. — Eu? Não fiz nada, eu estava prestes a espirrar, isso é tudo.

Dominic olhou para mim. — Eu não acredito em você, você é a primeira


pessoa a chegar aqui todos os dias. Você teve a oportunidade perfeita para
colocá-los em meu lugar.

Revirei os olhos. — Eu não gosto dessas falsas acusações, Sr. Slater.

Quando os alunos riram, o rosto de Dominic ficou vermelho de raiva.

— Eu sei que você fez isso.

Eu balancei minha cabeça. — Bem, você está errado.

— Abra sua mochila. — ele retrucou.

Eu senti meu estômago sacudir.

— O quê? Por quê? — eu perguntei, tentando não parecer em pânico


mesmo que eu realmente podia sentir-me começando a quebrar em suor.

Ele, portanto não estava olhando dentro da minha mochila.

— Por que você está tão nervosa, puta? — Dominic questionou.

Puta? Eu era a pessoa mais frígida nesta escola inteira, incluindo os


juniores! Eu definitivamente não era a porra de uma puta.

Eu olhei para ele. — Porque você está me culpando de algo que eu não fiz,
viado!

Suspiros coletivos soaram em torno da sala em nossas trocas


desagradáveis de xingamentos.

— É isso aí, vocês dois peguem suas mochilas e saiam para o corredor.
Agora! — senhorita McKesson estalou.

Eu deixei cair meu maxilar. — Mas senhorita, ele é o único...


— Vocês dois usaram um sujo e nojento linguajar, interromperam a
minha aula, saiam para o corredor e fiquem lá até que a aula termine, e eu
estarei pronta para falar com vocês dois!

Eu fiquei chocada.

Senhorita McKesson nunca levantou a voz para mim ou me expulsou da


classe; eu nunca fui expulsa de qualquer classe.

Nunca.

— Está bem. — eu murmurei quando me levantei, peguei minha mochila


e fiz a caminhada da vergonha para fora da sala de aula junto com Dominic.

Ele tentou sair primeiro, mas eu o empurrei em uma mesa fazendo


alguns alunos rirem e ele rosnar. Quando chegamos do lado de fora e a porta
para a sala de aula foi fechada, ele imediatamente me apoiou contra a parede ao
lado da porta da sala, colocou as mãos em cada lado da minha cabeça e se
inclinou para mim. Havia literalmente apenas alguns centímetros de espaço
entre o seu rosto e o meu.

— Eu sei que você fez isso. — ele rosnou quando ele inclinou a cabeça
para mim, fechando a distância entre nós ainda mais.

Eu estava intimidada por ele, e eu odiava isso. Ele era quase uns bons
trinta centímetros mais alto que eu, mais amplo do que eu e tinha músculos
nele. Eu pesava sessenta e alguma coisa e tinha um metro e sessenta e um. Eu
não podia exatamente assustá-lo com meu corpo, mas eu provavelmente
poderia com minhas respostas e atitudes sarcásticas, então eu revirei os olhos,
em seguida, foquei e olhei diretamente nos olhos dele.

— Não, você quer que eu tenha feito isso para que você possa me
intimidar um pouco mais!

Ele estreitou os olhos em fendas e rosnou. — Eu não intimido você.


Eu zombei e ri sem humor. — Sim, você faz e você sabe disso. Você é
patético, implicando com uma menina só porque lhe dá patadas. Você é
lamentável, um pequeno rapaz lamentável.

Dominic sorriu. — Não há nada pequeno sobre mim, querida.

Eu balancei minha cabeça, porque claramente ele não estava falando


sobre sua altura.

— Tenho certeza de que cinco centímetros não é nada para se gabar,


querido.

Obviamente, eu não tinha ideia do tamanho de seu pênis, mas dizer nada
menos do que doze centímetros tinha que ser um golpe para o ego, uma vez eu li
em uma revista que doze centímetros era o tamanho médio do pênis para os
homens.

— Cinco? — Dominic perguntou, sua voz alta como se ele não conseguisse
respirar direito. — Tente adicionar mais uns quinze nisso baby, e você terá o
tamanho do meu pau.

Ele, realmente mediu o seu pênis?

Espere, isso significa que ele tinha vinte centímetros de comprimento?

Sim, certo.

— Todos os rapazes não dizem algo assim para parecerem bons? — eu o


provocava.

Dominic estava ficando com o rosto vermelho de novo, então quando ele
apertou seu corpo contra o meu, eu estava convencida de que ele ia me sufocar
ou algo assim. Fiquei chocada, no entanto, quando ele tentou agarrar a minha
mão e colocá-la lá em baixo em seu corpo.

— Sinta por si mesma.

Eu ofeguei e puxei minhas mãos das suas.


— Saia de mim seu pervertido, eu não estou tocando você... lá em baixo
ou em qualquer outro lugar!

Dominic sorriu. — Com medo de que você possa gostar disso?

Eu zombei. — Eu prefiro sair com Jason Bane a tocar você, Fuckface.

Fiquei chocada que eu realmente quis dizer o que eu disse, o que


claramente significava que eu odiava Dominic mais do que eu odeio Jason.

Puta Merda, eu nunca pensei que isso iria acontecer!

Dominic não gostou do que eu disse, porque ele rosnou para mim como
um cão, um cão com olhar assassino.

— Você teria sorte de me tocar, sua cadela. Você tem sorte que eu estou
tão perto de você agora!

Que porra ele pensava que era? Um deus grego ou algo assim?

— Sim, porque eu me sinto muito sortuda agora, pau pequeno!

Eu senti a pressão na minha cabeça antes que eu percebesse o que estava


acontecendo. Quando eu finalmente me liguei em que Dominic tinha agarrado
meu cabelo em suas mãos e apertou ainda mais perto de mim, minha boca ficou
seca.

Eu podia sentir o aperto no meu cabelo, mas não exatamente ferindo. Eu


apenas senti muita pressão.

— Continue correndo com essa sua boca inteligente e eu vou curvar você,
bater nessa bunda gorda e foder você com meu pau grande!

Santa Maria, Mãe de Deus!

— O que... você... como você se atreve a dizer algo assim para mim! Você
é nojento, se afaste de mim antes que eu grite!

Dominic apenas sorriu para mim, em seguida, olhou para o meu peito e
sorriu amplamente. Estava quente hoje, e fomos autorizados tirar os coletes dos
uniformes. Eu tive a minha camisa da escola por baixo, então quando eu olhei
para baixo para ver o que Dominic estava olhando, eu ofeguei.

Meu sutiã estúpido fez parecer que os meus mamilos estavam duros, e
eles não estavam, era apenas o material!

— É o material do meu sutiã. — eu disse, com raiva.

O sorriso de Dominic me disse que ele não acreditou em mim.

Eu rosnei. — Estou falando sério, é apenas o material. Como se eu fosse


ficar excitada por gente como você. Você não é meu tipo.

Dominic se afastou um pouco e juntou as sobrancelhas. — Eu sou o


tipo de todas.

Eu zombei. — Não é o meu, agora sai fora, porra.

Ele fez, mas com um sorriso no rosto.

Foi só então que eu percebi que ele tinha a minha mochila da escola na
sua mão; eu pisquei.

Como diabos ele tomou as tiras do meu ombro, sem eu notar?

Ele chegou perto de mim para me distrair para que ele pudesse pegar
minha mochila, o filho da puta!

— Devolva! — eu rosnei.

Ele sorriu. — Eu vou... depois que eu olhar dentro dela.

Antes que eu pudesse seguir em frente e pegar a mochila ou até mesmo


adverti-lo para não olhar nela, ele enfiou a mão dentro da mochila, mexendo em
volta, em seguida, tirou uma pequena caixa de tachinhas. Uma caixa aberta de
trinta tachinhas que estavam faltando dez tachinhas.

— Eu sabia. — ele assobiou.


Engoli em seco. — Isso não prova nada, muitas pessoas têm tachinhas em
suas mochilas escolares...

— Você está seriamente tentando me convencer de que não é a culpada


quando eu tenho a prova em minha mão?

Eu grunhi; ele me tinha sobre isso. — Tudo bem, que seja, fui eu.

Ele rosnou novamente.

Eu joguei minhas mãos na minha frente. — Foi vingança por dizer que
minha bunda é gorda.

Ele só olhou para mim como se eu fosse dez tipos de estúpida. — Sua
bunda é gorda.

Eu corei, ele simplesmente não podia malditamente entender.

— Quer se trate de ser gorda ou não, você não diz isso a mim. É uma coisa
horrível de se dizer a uma pessoa!

Dominic esfregou as têmporas, como se a nossa discussão estivesse lhe


dando uma dor de cabeça. — Eu disse a você há duas semanas no supermercado
que quando eu digo que você tem uma bunda gorda, eu quero dizer isso da
melhor maneira possível, porra.

Eu gemi, sem entender sua lógica. — Isso aqui é a Irlanda, amigo, gordo
significa apenas gordo aqui!

Ele balançou a cabeça e olhou para a minha mochila antes de jogá-la de


volta para mim, eu a peguei em seguida e a fechei.

— Posso ter minhas tachinhas de volta?

— Não.

Eu olhei para o ladrão bastardo. — Tudo bem, que seja, fique com elas.
Eu não as queria de qualquer maneira.
Ele encostou-se à parede em frente a mim, mas estremeceu quando seu
traseiro descansou contra a parede. Eu tentei esconder um sorriso, mas falhei
miseravelmente.

— Você sabe que eu vou te dar o troco por isso, certo?

Eu ampliei meus olhos, o que o fez rir silenciosamente.

— Sério? Mas eu não sou boa em brincadeiras, me levou uma semana


inteira para pensar nas tachinhas!

— Eu não sou bom em brincadeiras também, mas não é assim que eu vou
te dar o troco.

O quê?

— Você vai me machucar ou algo assim?

Dominic apenas sorriu para mim, o que me assustou.

— Não, eu não vou te machucar. Eu poderia simplesmente apostar em


ficar incomodando você uma vez que claramente isso irrita você.

Oh, meu Deus!

— Vou esfaqueá-lo no olho com uma caneta, se você me irritar mais do


que você já faz, eu juro que vou! — eu o avisei.

Dominic sorriu. — Eu não estou preocupado, menina bonita, eu acho que


eu posso manter meu controle contra você.

Foda-se, ele estava certo. Ele era maior do que eu e claramente mais
forte. Eu não teria muita chance contra ele se eu fosse tentar machucá-lo, e nós
dois sabíamos disso.

— Eu vou dizer a você! — eu o avisei.

Ele cheio de si, riu em seguida. — Eu gosto de você, menina bonita.

Ele gosta de me fazer miserável, o bastardo.


— Pare de me chamar disso!

— Por quê?

Realmente? Será que ele estava realmente me perguntando isso?

— Porque eu não gosto!

Dominic sorriu para mim. — E é exatamente por isso que eu lhe chamo
assim. Além disso, combina com você.

Eu odiei que eu corei. — Cale a boca!

Afastei-me dele enquanto ele riu. — Vamos lá, você tem que saber que
você é bonita.

O estúpido estava me provocando agora!

— Largue isso, Dominic. — eu rosnei, minhas costas ainda para ele.

Minha respiração deixou meu corpo quando ele colocou os braços em


volta da minha cintura e acariciou meus lados com os polegares. Eu senti sua
respiração no meu ouvido, e a sensação que eu senti motivou meus olhos a
derivar fechados. Eu realmente queria empurrá-lo para longe de mim, mas eu
simplesmente não conseguia me mover. Eu senti como se estivesse presa.

— Eu não acho que você sabe o quão bonita você é, Bronagh. — Dominic
ronronou no meu ouvido. — Você é diferente de qualquer outra garota nesta
escola. Você não está no mesmo patamar que elas. Você está em um de seus
próprios.

Eu estalei meus olhos abertos.

Esta escola tinha um monte de lindas garotas e ele dizer que eu não
poderia mesmo competir no mesmo patamar que elas machuca, e eu não sabia
por que, mas ele fez. Afastei-me dele enquanto o sino tocou a saída e a porta da
sala abriu. Nossos colegas empilhados fora da sala, quase todos eles
cumprimentando Dominic ou batendo a mão contra a sua enquanto passavam
por ele. Damien parou por seu irmão e disse alguma coisa, fazendo-o rir, antes
de prosseguir.

Eu mantive meus olhos grudados no chão durante tudo isso e eu os


mantive abaixados quando Senhorita McKesson saiu para o corredor e ficou na
nossa frente.

— Eu nunca mais quero uma repetição do que aconteceu na minha aula


mais cedo, vocês dois me entenderam? Nunca! As coisas que saíram de suas
bocas foram nojentas, e se vocês reagirem assim um ao outro ou qualquer outra
pessoa eu vou suspendê-los. Você dois me entenderam?

— Sim, senhorita. — Dominic e eu respondemos em uníssono.

— Eu não vou perguntar o que tanto irritou ambos porque isso acabou
agora, e eu espero que vocês tenham aprendido a lição e não se tratem tão mal
ou chamem uns aos outros com nomes feios. Preciso dar a ambos detenção para
assimilarem meu ponto em casa? — senhorita McKesson perguntou.

— Não, senhorita. — nós novamente respondemos em uníssono.

— Ótimo, agora vão para a aula.

Afastei-me enquanto a professora parou Dominic e calmamente


perguntou: — Você precisa ver a enfermeira da escola para tratar os seus
ferimentos traseiros?

Ferimentos?

Eram pequenas alfinetadas pelo amor de Deus, não é como se ele


acabasse de voltar da guerra e foi crivado de balas!

Eu não disse nada, porém, eu em vez disso inclinei a cabeça para baixo e
rapidamente afastei-me antes que eu risse um pouco de meus pensamentos.

— Não, eu estou bem senhorita. — Dominic respondeu à senhorita, em


seguida, caminhou na mesma direção que eu.
— Você vai se arrepender por isso Bronagh, sinto muito. — sua voz
rosnou atrás de mim.

Eu suspirei porque eu sabia que ele iria seguir com sua ameaça e me fazer
sentir, sentir muito.
— M erda, desculpe,

eu não estava olhando onde eu estava indo. — eu ofeguei quando eu literalmente


trombei e derrubei alguém enquanto eu saia dos portões da escola.

Eu estava em um mundo só meu, repetindo o que Dominic tinha dito a


mim esta manhã na minha cabeça. Eu me senti mal sobre isso durante todo o
dia, mas me senti ainda pior quando vi quem eu derrubei. Era Jason.

Foda-se!

Abaixei-me para ajudar Jason levantar. Eu posso não gostar dele, mas eu
não ia julgar alguém quando eu estava errada.

Ele não quis a minha ajuda, no entanto, e bateu na minha mão. Eu pulei
um pouco para trás e tirei a minha mão, segurando-a com a outra mão. Seu tapa
machucou minha mão; estava ardendo. Mas eu pulei para trás ainda mais em
estado de choque que ele realmente bateu em mim e não pela dor que eu sentia.

— Sua vadia estúpida de merda, olha o que você fez para meus novos
tênis! Estão todos arranhados! — Jason gritou quando ele se levantou; ele
começou a avançar e agarrou o meu braço me fazendo ficar tensa.
Ele me puxou para frente me fazendo tropeçar. — Você vai me pagar por
isso, sua puta feia e gorda! — ele rosnou.

Eu balancei a cabeça freneticamente, sentindo lágrimas nos meus


olhos. Ele nunca tinha usado força física comigo antes; eu estava acostumada
com o xingamento, mas ele realmente me machucando me chateou muito.

— Eu vou, eu sinto muito. — eu soltei.

Eu estava aterrorizada e também seriamente chocada. Eu não podia


acreditar que ele estava me empurrando agora, especialmente na frente dos
alunos passando.

Jason olhou para mim por um momento, seus olhos digitalizando meu
rosto e pousando em minha boca antes de grunhir e me empurrar para longe
dele, o que me fez tropeçar para trás. Eu fiquei tensa quando perdi o
equilíbrio; eu me preparei para a minha bunda bater no chão, mas braços me
pegaram ao invés disso.

Eu respirei de alívio, mas depois ofeguei quando a pessoa que me pegou,


virou para mim. Eu nem sequer escondi minha surpresa e arregalei os olhos ao
ponto de doer.

— Dominic? — eu disse, olhando em seus olhos cinzentos que estavam


estreitados e ligeiramente contraídos.

Ele parecia furioso.

— Você está bem? — ele me perguntou, olhando para meu rosto.

Foi só então que eu senti as lágrimas enormes antes de escorrerem pelo


meu rosto; eu rapidamente as enxuguei e acenei com a cabeça. O soluço e
lágrimas frescas que se seguiram me provaram ser uma mentirosa, no entanto.

Dominic apertou seu maxilar quando ele olhou para meu rosto. — Passo
para trás e, em seguida, não mova um músculo. — disse ele a mim; sua voz
soava mais profunda do que o normal, e isso me assustou um pouco.
Fiz o que ele pediu, sem dúvida, pela primeira vez, então eu assisti
confusa quando ele me entregou sua mochila de suas costas e virou as costas
para mim. Quando ele caminhou para Jason, meu estômago virou e revirou.

Ele não ia fazer o que eu achava que ele ia, ia?

— Você pode acreditar naquela puta, cara? — Jason perguntou a


Dominic, rindo.

Dominic não disse uma palavra conforme ele balançou seu punho e
acertou o maxilar de Jason. O rosto de Jason estalou para o lado, ele ficou
parado um momento antes de perceber o que estava acontecendo e, de repente,
empurrou Dominic para o chão. Eu me ouvi gritar quando ouvi o baque das
costas de Dominic batendo no chão.

Eu até tentei avançar para os rapazes para parar a luta, mas um braço em
volta da minha cintura me segurou no lugar.

— Não interfira, isso só irá deixá-lo com mais raiva, porque ele lhe disse
para não se mover.

Torci minha cabeça ao redor e vi o rosto de Dominic apenas com cabelo


loiro emoldurado.

Damien.

— Damien, pare-os! — eu implorei.

Damien sorriu para mim, e eu estava um pouco surpresa que eu notei o


quão diferente o seu sorriso era de Dominic. Ele não tinha covinhas enquanto
Dominic tinha. Estava então chateada comigo mesma por perceber isso e virei
minha cabeça de volta para os dois idiotas rolando no chão.

— Pare! — eu gritei quando o punho de Dominic trombava no maxilar de


Jason fazendo algumas meninas que estavam observando a luta gritar e
suspirar.

Eu estremeci, junto com alguns outros, quando ouvimos um grito muito


agudo.
— Pare. Oh, meu Deus, pare!

Eu olhei e vi a namorada de Jason, Micah, correndo dos portões da escola


em nossa direção em alta velocidade.

Isso ia ser tão ruim. Depois que ela descobrisse que eu era a razão que os
rapazes estavam brigando, ela ia me matar. Ela me odiava como era, graças à
tentativa de Jason de me beijar na semana passada na barraca de beijo.

Quando Dominic deixou outro golpe no rosto de Jason, alguns amigos de


Jason, que estavam em pé para trás, e deixando-os lá porque era uma luta justa,
de repente, entrou em cena para acabar com isso. Jason deu um soco decente no
maxilar de Dominic primeiro, porém, e isso me fez estremecer.

Quando os amigos de Jason os separaram, eu escapei de Damien e


comecei a avançar.

— Dominic, pare! — eu disse quando eu o vi tentando ir para cima de


Jason novamente.

Eu coloquei o meu corpo na frente dele e coloquei uma mão em seu peito.

Ele estava olhando por cima da minha cabeça com os seus olhos
estreitos. Quando eu toquei nele, ele olhou para mim, e seu rosto mudou, ele
suavizou. Eu fiz uma careta quando vi o corte em sua sobrancelha. Ele estava
começando a inchar e sangrar ao redor.

— Por favor. — foi tudo o que eu disse e apertei seu peito, em um esforço
para fazê-lo recuar.

Eu não podia acreditar que ele lutou com Jason e para piorar as coisas,
foi por minha causa.

— Vamos lá, mano, você acabou com ele. Não sobrou nada para provar. —
disse Damien quando ele pousou a mão sobre o ombro de Dominic.

Dominic rosnou.

Sim, rosnou.
— Ele colocou a mão no que é meu, não me diga que eu não tenho algo a
provar, caralho.

Seu?

O quê?

O que isso significa?

Sério, que diabos isso significa?

— Nico! Que diabos é o seu problema, cara? — a voz de Jason gritou atrás
de mim, me fazendo pular.

Dominic virou meu corpo e me empurrou com cuidado atrás dele.

— O meu problema? Que porra é o seu? — Dominic gritou.

— Meu? O que quer dizer.

— Você a tocou, porra! — Dominic rugiu, fazendo-me saltar.

— Quem? — Jason perguntou então riu quando eu coloquei a minha


cabeça por trás de Dominic apenas a recuar para trás. — Bronagh? Você pulou
em mim por causa dessa vadia gorda?

Eu deixei cair sua mochila e segurei na cintura de Dominic quando ele


tentou se arremessar para frente. — Pare! — eu gritei.

Dominic tentou me livrar dele, mas, ao fazê-lo, seu cotovelo bateu em


minha bochecha, fazendo-me chiar. Dominic não notou que ele me bateu, mas
Damien fez.

— Dominic! — ele rugiu.

Dominic virou a cabeça na direção de Damien.

— Você está assustando ela, mano.

Dominic grunhiu quando ele se virou e olhou para trás para Jason e
rosnou. — Coloque um dedo nela novamente, e eu vou te matar. Xingue-a
novamente, e eu vou te matar. Se você sequer olhar para ela de novo, eu vou te
matar, porra. Entendeu, cara?

Jason balançou a cabeça para Dominic. — Que seja, cacete. — disse ele,
em seguida, virou-se para Micah, que estava mexendo em seu rosto e beijando-
o, o que os amigos de Jason acharam divertido.

Dominic virou e abaixou para pegar sua mochila, atirou-a para Damien,
em seguida, olhou para mim. — Vire-se e ande. — disse ele.

Eu me virei e comecei a andar no meio da multidão de estudantes que se


formou para assistir a luta. Eu cuidadosamente fiz o meu caminho até que eu
estava andando pelo caminho por conta própria. Eu levantei minha mão para
minha bochecha direita e segurei lá porque estava latejando muito. Meu olho
estava doendo bastante, e eu resisti à vontade de chorar de novo, porque se eu
começasse, eu provavelmente não iria parar.

— Bronagh! — eu ouvi sua voz gritar atrás de mim.

Eu não podia encará-lo, não depois do que ele tinha feito e dito, eu ainda
não podia acreditar que ele disse que eu era dele. Eu irrompi em uma corrida,
quando ele me chamou e fiz uma careta cada vez que meus pés batiam contra o
chão, pois meu corpo impactando fazia meu rosto machucado tremer ainda
mais.

— Bronagh, pelo amor de Deus, não fuja de mim!

Eu corri mais rápido; eu cortei por alguns jardins até que eu estava em
um conjunto habitacional do lado da montanha, e ainda assim eu continuei
correndo. Era a minha velocidade máxima, mas ainda não era bom o
suficiente. Seus braços fecharam em torno de mim, e ele realmente me levantou
no ar para me parar de correr completamente.

— Oh, meu Deus! — eu guinchei não gostando da sensação de estar sendo


tirada do chão.

— Você vai parar de correr de mim? — Dominic disse em meu cabelo.


Eu não sabia se ele quis dizer todas as vezes que o visse ou apenas agora.

— Não! — eu retruquei, não gostando dele me dizendo o que fazer.

Eu senti as vibrações de seu grunhido contra a traseira da minha cabeça


enquanto ajustava seu poder sobre mim. Eu estava ciente de seus braços em
volta de mim, oh e seu corpo pressionado contra o meu!

— Ponha-me no chão! — eu retruquei de novo, tentando soar realmente


louca ao invés de sem fôlego.

— Não. — respondeu ele, calmamente.

Eu gritei em frustração e bati em seus braços. — O que quer dizer com


não? Coloque-me no chão, porra, seu grande bastardo! — eu rosnei.

Eu ouvi uma risada escapar dele, e isso me fez ver vermelho.

— Eu juro por Deus, eu vou chutar a merda fora de você por fazer isso
comigo! — eu prometi.

Em um movimento rápido, eu fui colocada no chão e virei-me para


encará-lo. Isso me fez suspirar, porque eu não estava esperando que ele fizesse
isso.

— Fazer o que com você? Defender você? — Dominic perguntou, seus


olhos se estreitaram.

Ótimo, agora ele estava com raiva de mim.

— Eh, Sim! — eu gritei. — Desde que eu conheci você - que tem sido
incrivelmente apenas cinco semanas - você tem sido nada além de pé no saco.
Você me provoca, tira sarro de mim e hoje você me fez sentir um lixo absoluto,
por isso desculpe toda essa porra por estar chateada com o seu humor. Você vai
de bullying a defensor em um espaço de algumas horas. Quem diabos faz isso?

Dominic olhou para os meus olhos antes de mirar seu olhar na minha
bochecha direita.
— Ele bateu no seu rosto, porra? — ele perguntou, sua voz venenosa.

Eu bufei e revirei os olhos pela mudança de assunto.

— Não, você fez isso!

Dominic parecia que tinha levado um tapa no rosto.

— Eu? Eu não...

— Sim, foi você. Quando eu tentei impedi-lo de atacar Jason pela segunda
vez, o seu cotovelo bateu no meu rosto.

Seu rosto empalideceu visivelmente.

— Bronagh, eu... eu sinto muito, eu nunca teria atingido uma menina;


juro que não quis fazer isso. — ele insistiu quando ergueu as mãos e correu os
dedos sobre a minha bochecha, fazendo-me estremecer porque estava realmente
sensível.

Ele parecia perturbado com isso e me puxou em direção a ele. — Venha


comigo, por favor? — perguntou ele.

Eu saí de seu aperto.

— Não, eu tenho que ir para casa e colocar gelo...

— Eu vou por gelo para você. Por favor, menina bonita, isso me faria
sentir melhor se você me deixasse cuidar de você.

Olhei para ele; eu ainda não conseguia acreditar que ele me


deu esse apelido.

Eu continuei a olhar para ele e perguntei o que diabos estava


acontecendo. Eu estava tão confusa que isso realmente fez minha cabeça doer.

— Você é Damien? — eu perguntei curiosamente, a minha sobrancelha


esquerda levantada.
Dominic olhou para mim por um longo momento antes de balançar a
cabeça.

— Você está falando sério? Você não pode dizer as diferenças entre nós?

— Claro que posso; a cor do cabelo é diferente, você tem covinhas quando
você sorri e ele não; ele é destro e você é canhoto. Ele é legal e você não é. Por
isso que eu estou perguntando se você é ele, porque você tem sido muito legal
para mim nestes últimos vinte minutos, teve o rosto esmurrado e tudo mais.

Dominic meio que sorriu por um momento antes de olhar para mim. —
Entreguei a bunda desse canalha a ele, não o contrário, babe.

— Babe? — eu balbuciei. — Você está dizendo que eu sou sua e me


chamando de babe agora? Acho que Jason bateu muito forte na sua
cabeça, amigo.

Dominic revirou os olhos e murmurou: — Cale a boca.

Eu suspirei, fechei os olhos e esfreguei minhas têmporas.

Dominic deu um passo em minha direção de novo; eu podia sentir o


quanto ele estava perto de mim.

— Volte para minha casa comigo para que eu possa ajudá-la, Damien vai
estar lá caso você esteja com medo.

Abri os olhos e estudei seu rosto; a sobrancelha estava cortada, e um


pouco de sangue a cercava, seu maxilar estava inchado, e seu queixo parecia que
estava machucado também.

— Eu acho que você precisa de ajuda mais que eu. Seu rosto está muito
bagunçado. — comentei.

Dominic riu.

Suspirei então, chocada que eu estava realmente concordando com isso.

— Ok, mostre o caminho.


Dominic sorriu e fez um gesto para eu andar de volta pelo caminho que
eu corri. Eu fiz isso, e ele seguiu meus passos. Nós não falamos, mas não era
estranho nem nada. Caminhamos até passarmos a nossa escola, e eu assobiei
quando entramos em Upton.

— Você vive em Upton? Você deve ter uma porrada de dinheiro. — eu


murmurei.

— E por que isso? — a voz de Dominic perguntou, divertida.

Dei de ombros enquanto caminhávamos através do conjunto habitacional


muito limpo. — Porque não são propriedades alugadas, você possui as casas, e
ninguém as aluga porque elas são muito boas para não se viver.

Dominic brincava com as mãos, como se ele estivesse nervoso o que me


chamou a atenção, mas eu não disse nada sobre isso.

— Onde você mora? — ele me perguntou depois de um momento.

— Cerca de dez minutos a pé daqui, para baixo em Old Isle Green. É


praticamente um lixo comparado a este residencial.

— Será que isso importa para você?

Eu balancei minha cabeça, meio em choque que eu estava tendo uma


conversa legal com ele. Enquanto isso era levemente chocante, o fator de choque
extremo era que eu estava realmente gostando. — Não, eu gosto de onde eu
moro. Gosto da minha casa e minha rua. Estou meio que intimidada por estar
aqui por alguma razão, e eu não sei por quê. Espere, eu sei, provavelmente é
porque ele é perfeito e eu estando aqui, bagunça tudo. — eu ri.

Parei meu riso quando Dominic estava de repente na minha frente; a


cabeça abaixada para a minha.

— Não faça isso!

Engoli em seco quando eu olhei para ele e perguntei: — Fazer o quê?

— Se deprecie do jeito que você acabou de fazer.


Franzi minhas sobrancelhas. — Então, eu não posso me depreciar,
mas você pode? Você disse a mesma coisa hoje para mim. Você disse que eu não
me encaixava com as meninas da nossa escola quando o assunto é aparência.
Você disse que eu estava em um patamar diferente de todas elas!

Dominic suspirou. — Eu não quis dizer isso.

Eu balancei minha cabeça. — Não minta, pode machucar meus


sentimentos como já fez hoje, quando você disse isso, mas não minta só para me
fazer sentir melhor. Se você acha que eu sou feia, então, está tudo bem...

Dominic moveu a cabeça para mais perto e pressionou sua testa contra a
minha, e isso me fez prender a respiração que me cortou.

— Eu não quis dizer isso, eu não acho que você é feia, você está longe pra
caralho disso. Quando eu disse que estava em um patamar diferente do que
qualquer garota aqui, eu quis dizer que você é mais bonita que elas. Você é a
garota mais bonita que eu já vi, ponto final. Eu te chamo de menina bonita por
outro motivo além de te irritar, Bronagh.

Senti minhas pernas tremerem, e minha respiração saindo de mim em


um grande sopro fazendo Dominic sorrir porque ele sentiu no seu rosto. Eu
senti como se fosse fazer algo seriamente estúpido como beijá-lo, assim, eu
recuei um pouco e olhei para baixo. Minhas entranhas estavam nadando,
porque enquanto eu ainda fortemente não gostava dele, eu senti um pouco
ruborizada agora apenas olhando para ele.

— Já estamos perto de sua casa? — eu perguntei.

— Sim, é aqui em cima. — respondeu ele, num tom que me fez pensar que
ele estava sorrindo.

Eu não olhei para ele, no entanto; eu só fiz um gesto para ele andar, que
ele obedeceu, então eu o segui. Quando ele entrou no jardim de uma grande
casa de quatro andares, eu parei no portão e fiquei boquiaberta.

— Foda-me de todos os lados. — eu assobiei.


— Isso é um convite? — ouvi Dominic perguntar.

Eu virei minha cabeça para ele. — O quê? — eu gritei.

Ele apontou para o meu pé; olhei para baixo e vi um panfleto sob o meu
pé. O peguei e li; era um convite para uma festa de aniversário de uma criança
de quatro anos de idade, neste fim de semana.

— Huh, sim, é. — eu murmurei e deixei o vento levar o pedaço de papel


embora.

Meu rosto estava queimando vermelho brilhante enquanto Dominic


olhou para mim, sorrindo.

— O que você achou que eu quis dizer? — perguntou ele.

Não me atrevi a olhar para ele.

— Nada. — eu respondi e o segui para o seu jardim.

Fizemos uma pausa ao lado de fora da porta, enquanto Dominic tirava as


chaves do bolso. Quando as pegou e abriu a porta, ele gritou: — Eu estou em
casa.

Eu ouvi um coro de saudações rudes, e isso me fez congelar.

— Isso não é somente Damien. — eu murmurei.

Dominic olhou para mim. — Correto, os nossos três irmãos mais velhos
estão lá também.

Meu queixo caiu.

— Eu estou indo para casa. — eu disse e me virei.

Eu quase não consegui chegar até a metade do jardim antes de eu ser


levantada por trás novamente.

— Oh, meu Deus. — eu gritei. — Que diabos é o seu negócio com me


levantar? Coloque-me no chão ou eu vou chutar outra merda de você!
Ouvi algumas bufadas que não eram de Dominic, e isso me fez congelar.

— Eu te odeio. — eu sussurrei para Dominic.

Ele bufou. — Eu sei. — respondeu ele quando me colocou no chão, mas


não me soltou.

Ele me virou-se para encará-lo. — Eu tenho que colocar gelo neste seu
rosto bonito, lembra?

Eu odiava ter ficado vermelha de novo, e eu odiava Dominic ainda mais


por sorrir para mim por causa disso. Quando ele nos virou tanto para enfrentar
a sua casa, eu olhava de olhos arregalados. Os dois homens que estavam
encostados nos batentes da porta, eles eram seriamente sexy.

— Uau. — eu sussurrei.

Dominic virou a cabeça para mim e olhou.

— Quem é a belezinha, mano? — o rapaz da esquerda perguntou.

Belezinha?

Eu?

Oh.

Meu.

Deus.

O homem tinha cabelos escuros como Dominic, mas era longo, quase
alcançava seus ombros. Ele tinha as mesmas covinhas quando ele sorria, seus
braços eram enormes com músculos, e ele tinha várias tatuagens. Eu podia ver
isso porque ele estava sem camisa. O outro rapaz também estava sem camisa,
ele tinha algumas tatuagens e era musculoso também. Seu cabelo era de um
preto forte, porém, e ele tinha algumas cicatrizes em seu tronco e rosto que eu
pude ver de uma boa distância, mas ele ainda era surpreendentemente
gostoso. Achei muito difícil não olhar para as linhas em V de ambos, mas
consegui controlar, e eu acho que eu merecia uma medalha por isso.

— Nem pense nisso Alec, ela é minha. — Dominic rosnou fazendo os dois
homens sorrirem.

Mais uma vez com isso? Sério?

— Ahh, você deve ser Bronagh então? — Alec sorriu.

— Como você sabe meu nome? — eu perguntei, confusa.

Ambos os homens riram quando Dominic rosnou para eles.

— Não se preocupe com eles, o idiota falando com você é Alec, o idiota da
direita é Kane, e meu outro irmão Ryder está dentro da casa com Damien.

Dominic, Damien, Alec, Kane e Ryder.

Oh, meu Deus, seus nomes eram tão sexy como eles eram.

— É um prazer. — Kane sorriu para mim depois de um momento.

Eu derreti; ele tinha um lindo sorriso, tão feliz, que me fez sorrir de volta
para ele. Eu nem sequer prestei atenção à cicatriz curvada ao redor de sua boca,
porque seu sorriso era apenas tirar o fôlego.

— O prazer é todo meu, Sr. Slater.

A mão de Dominic de repente agarrou a minha. — Tudo bem, isso


é o suficiente. — disse ele me puxando para ele.

Eu corei e tentei ir para longe dele. — Que diabos, Dominic? As últimas


cinco semanas você me irrita de longe, mas na última meia hora você não para
de me tocar. Que porra é essa, cara?

— Cara. — Alec e Kane imitaram meu sotaque em uníssono fazendo o


outro rir.
Virei meus olhos em direção a eles; eu tinha-lhes estreitado, mas quando
Kane mudou seu sorriso, eu não poderia mantê-lo por muito tempo.

— Quantos anos vocês têm? — eu perguntei, sorrindo.

— Vinte e cinco anos. — Alec respondeu.

Kane sorriu. — Eu tenho vinte e três, quantos anos você tem?

— Eu tenho dezoito anos hoje.

— Feliz aniversário. — disse Alec e Kane em uníssono me fazendo sorrir


para eles.

— O quê? Hoje é seu aniversário? — perguntou Dominic.

Eu olhei para ele e assenti.

Dominic franziu o cenho. — Agora me sinto ainda pior por bater em você.

— O quê? — Alec e Kane rugiram.

Eu pulei enquanto Dominic atirou as mãos para cima na frente dele em


um movimento 'eu me rendo'.

— Foi um acidente. Um babaca bateu nela na escola, então eu chutei a


bunda dele, mas quando ela tentou me puxar para trás, meu cotovelo bateu no
rosto dela. Eu a trouxe aqui para por gelo.

Alec nos acenou para frente. — Sim, Dame nos contou sobre a luta, mas
deixou ela de fora.

Eu era obviamente o ela.

Dominic me puxou para frente, então eu o segui de volta para os degraus


de sua casa.

Eu tive que virar para que eu pudesse olhar o corpo sem camisa de Alec,
musculoso.
— Eu gosto de suas tatuagens. — e o seu rosto e corpo de dar água na
boca.

— Bronagh! Pare com isso. — Dominic fez uma careta para mim quando
chegamos dentro de sua linda casa.

Eu puxei minha mão da dele. — O quê? Eu só disse que gostava das


tatuagens dele. — eu fiz uma careta, então, apontei o dedo perigosamente para
ele. — Eu não sei onde você está indo, pensando que você pode me dizer o que
fazer, porque você não pode, por isso pare antes que eu quebre um osso!

Dominic sorriu para mim. — Você quer tentar físico comigo?

O que?

— O-o que? — eu gaguejei antes de lamber os lábios repentinamente


secos. — Eu acho que nós precisamos ir para o hospital com você, você está
dizendo coisas estranhas e apenas agindo fora de si desde aquela luta.
Eu realmente acho que Jason bateu-lhe muito forte quando estava em torno de
nós. — eu vi quando eles entraram no que eu teria imaginado ser uma sala de
estar, mas acabou por ser uma academia. Isso explicava por que eles estavam
sem camisa e tão brilhantes; eles estavam malhando e claramente faziam isso
muitas vezes.

— Você vai olhar para os meus irmãos o dia todo ou você vai vir comigo?
— Dominic perguntou em um tom impaciente.

— Se isso é uma questão legítima, eu voto por ficar aqui e olhar para os
seus irmãos o dia todo.

Dominic pegou minha mão e me puxou para o corredor e longe da vista


de Alec e Kane.

— Foi muito bom conhecer vocês dois. — eu gritei para eles.

— Você também. — ambos gritaram juntos.

Eu grunhi quando Dominic e eu entramos no que era obviamente a


cozinha. Ele estava me puxando atrás dele por isso, quando ele parou, eu colidi
com suas costas. Eu nem sequer tentei puxar a minha mão da dele, porque ele
tinha uma boa aderência na minha.

— Já era hora de você aparecer. Por que você está se metendo em brigas
na escola Dominic? Nós não precisamos de atenção voltada para nós, você sabe
disso, porra! — uma voz profunda berrou.

Eu congelei e decidi ficar atrás de Dominic. Isso foi, obviamente, o seu


irmão mais velho, Ryder, gritando e eu não queria ser um alvo de sua raiva,
então eu fiquei parada. Além disso, eu queria ver se ele iria falar algo mais sobre
o que ele disse. Quer dizer, por que eles não precisam de atenção atraída pra
eles?

— Eu estou ciente disso, e tenho certeza que Dame já lhe disse por que eu
entrei em uma briga. — Dominic respondeu calmamente, recebendo minha
atenção.

— Ele fez, eu só quero ouvir isso de você. — disse a voz profunda.

— Ele colocou as mãos sobre ela, mesmo se ele não a machucasse, eu


ainda teria batido nele pra caralho pelos nomes que ele a chamou. — disse
Dominic casualmente.

Meu estômago estava revirando, esquerda, direita e centro.

Que diabos estava acontecendo?

— Bronagh? — a voz profunda perguntou.

Eu saí de trás de Dominic e acenei um pouco. — Olá.

— Sou Ryder, irmão mais velho de Dominic e Damien.

Puta merda.

Parecia Matt Bomer, apenas mais gostoso, porque ele estava coberto de
tatuagens!

— Prazer em conhecê-lo. — eu murmurei e apenas o encarei diretamente.


Dominic balançou a cabeça com a minha reação ao seu irmão, mas eu não
me importei. Esta família tinha genes lindos, como se eu não fosse cobiçá-los.

— Como está seu rosto? — Ryder me perguntou.

Eu pensei sobre o que ele perguntou, em seguida, toquei o meu rosto e


assobiei. — Dolorido.

Dominic atravessou o cômodo, abriu o que parecia ser um freezer e pegou


um bloco de gelo, em seguida, pegou uma toalha pequena de mão em seu
caminho de volta para mim.

Eu fiz uma careta para ele. — Você é o único com a sobrancelha cortada e
rosto fodido, você precisa do gelo mais do que eu, princesa.

Os irmãos de Dominic bufaram.

— Eu gosto dela. — disse Ryder.

— Eu gosto dela mais e mais a cada vez que ela o insulta. — Damien riu.

— Fodam-se vocês dois. — Dominic sorriu enquanto ele continuava a se


mover em direção a mim.

Ele me virou e aplicou pressão nas minhas costas, me fazendo andar para
frente.

— Isso está começando a me irritar, Dominic. Pare de me empurrar por


aí. Pare de me tocar o tempo todo! — eu retruquei.

— Esse é o apelo, então? Ele quer o que ele não pode ter. — disse Ryder
baixinho e então bufou.

— Isso, seu sotaque, e eu tenho certeza de que o fato de que ela é gostosa
pra cacete tem algo a ver com isso também. — a voz de Damien soou.

Dominic resmungou, e me levou para cima. Andamos por todo o caminho


até o quarto andar, eu não estava feliz.

— Por que estamos vindo aqui em cima? — eu perguntei, exausta.


Dominic riu atrás de mim. — Você faz alguma atividade física? Parece
que você vai entrar em colapso.

Eu rosnei quando entrei no quarto que ele me orientou. — Não, eu não


faço atividades físicas; há uma razão pela qual eu pareço fazer, e não é porque
eu gosto de fazer atividades físicas no meu tempo livre.

— Eu não estava dizendo que você precisa de atividades físicas, você


parece malditamente bem de onde estou.

— Oh, meu Deus. Pare. Apenas pare! — de repente eu gritei.

Dominic fechou a porta atrás de nós e apenas olhou para mim por um
momento.

— Parar com o quê?

Eu fiquei boquiaberta. — Você está falando sério? Pare de ser


excessivamente bom para mim, pare de comentar sobre minha aparência e meu
corpo, e pelo amor de Deus, pare de me empurrar por aí!

Dominic revirou os olhos e apontou para trás de mim. — Tudo bem, eu


vou fazer tudo isso se você sentar na minha cama para que eu possa por gelo no
seu rosto.

Eu arregalei meus olhos e olhei para trás para a cama kingsize; era
malditamente enorme.

Ele estava tentando me levar para a cama?

— Huh...

Ouvi a risada de Dominic. — Eu não estou tentando levá-la para a minha


cama, não pelas razões que você provavelmente está pensando de qualquer
maneira.

Eu corei.

— Eu não estava pensando em nada. — eu menti.


— Vá se sentar, então. — ele desafiou.

Eu fiz, e eu estava dura como uma tábua, enquanto eu fiz isso.

— Tudo bem, eu estou sentada em sua cama. Posso ter a pedra de gelo
agora?

Dominic assentiu, enrolou a toalha ao redor da pedra de gelo e


cuidadosamente colocou na minha bochecha.

Eu instantaneamente suspirei. — Isso é bom.

— Estou feliz. — disse Dominic quando ele se sentou ao meu lado.

Eu olhei para ele e franzi a testa. — Você tem um kit de primeiros


socorros? — eu perguntei.

Ele ergueu a sobrancelha sem cortes e assentiu, antes de se levantar e ir


para o seu banheiro.

Ele tinha um ligado ao seu quarto!

Ele voltou com um pequeno kit de primeiros socorros, sentou-se ao meu


lado e me entregou o kit. Eu coloquei minha pedra de gelo para baixo e levantei;
abri o kit, tirei uma gaze para limpeza e uma pequena garrafa de água
purificada. Eu embebi a gaze depois me inclinei para Dominic.

— Fique quieto. — murmurei antes de começar a limpar ao redor de sua


sobrancelha cortada.

Ele chiou um pouco, e isso me fez sorrir.

— Estou quase acabando, princesa.

Dominic bufou e sussurrou ao mesmo tempo. Ele permaneceu parado


enquanto eu limpava todo o sangue seco de seu rosto. O corte em sua
sobrancelha era só um pouco profundo e já estava coagulado, então eu só
coloquei um pedaço de curativo sobre ele. Então eu peguei minha bolsa de gelo
e a coloquei em seu rosto.
— Obrigado. — ele murmurou.

Eu balancei a cabeça. — De nada.

Essas palavras foram as primeiras coisas boas que já havíamos dito um


ao outro sem sermos sarcásticos.

Puta merda!

Dominic levantou a mão e a colocou em cima da minha na pedra de


gelo. Eu congelei e olhei em seus olhos, imaginando o que ele estava
fazendo. Comecei a suar quando a outra mão tocou minhas costas e me puxou
para perto dele. Meu coração pegou o ritmo e começou a bater nas minhas
costelas.

— Dominic, o que você está fazendo? — eu perguntei, com minha voz


tremendo.

— Por que você me chama de Dominic? — ele me perguntou, ignorando a


minha pergunta e meu tremor.

Minha mente estava ficando toda mole, e meu estômago estava vibrando
com borboletas.

— Porque é o seu nome.

Ele sorriu. — Todo mundo me chama de Nico no entanto, só meus irmãos


me chamam de Dominic.

Dei de ombros. — Eu não sou como todos os outros.

Ele me puxou para mais perto dele então.

— Você me atormenta. — ele sussurrou para mim. Seu perfume encheu


meu nariz fazendo eu me sentir um pouco tonta.

— Você que começou. — eu retruquei na minha ligeira oscilação.


Ele sorriu para mim e disse: — Eu não quis dizer isso; quero dizer que
você me atormenta diariamente, você me atormenta constantemente,
dia e noite.

Eu olhei para ele em confusão o que o fez rir.

— Bronagh, você entra sob a minha pele, você me deixa louco. —


esclareceu ele.

O que? Como isso é possível?

Eu o ignorei tanto quanto eu podia na escola e quando ele chegou muito


perto de mim, eu o agredi física e verbalmente. Eu não estou dizendo que eu
tenho orgulho disso... mas eu também não estou dizendo que eu não faria
novamente.

Estreitei meus olhos para ele. — Você me trouxe até aqui só para me dizer
o quanto eu te irrito? Porque se você fez, você poderia ter feito isso na escola e
me poupado de andar todo o caminho até aqui.

E ele me beijou!

Correção, ele ainda estava me beijando.

Eu abri minha boca para protestar, mas em vez de palavras saindo da


minha boca, eu gemia, e uma língua quente e úmida entrou. Deixei minha mão
longe da pedra de gelo e Dominic agarrou minha outra mão e me puxou para
ele. Senti, então, suas mãos indo para debaixo da minha saia da escola e na
parte de trás das minhas coxas nuas, antes de ele me puxar para cima do colo
dele.

Engoli em seco e, em seguida, gemi quando ele mordiscou meu lábio


inferior. Ele me posicionou de modo que eu estava montando nele. Seu braço
esquerdo estava embrulhado em volta da minha cintura, enquanto o braço
direito estava mais para baixo, e eu descobri por que estava mais para baixo
quando sua mão deslizou ao redor da minha nádega direita.

— Dominic!
Fiquei chocada comigo mesma em como isso soou; que era para ser
preocupante, mas soou como um gemido suave.

Dominic rosnou em minha boca, em seguida, ele a capturou com outro


beijo. Minhas mãos encontraram o caminho para o seu cabelo, e quando eu torci
meus dedos em torno de seus cabelos escuros, ele levantou-se comigo ainda
envolto em torno dele. Ele nos virou e me deitou na cama com o seu corpo
pairando sobre mim.

Eu sei que este não foi o meu primeiro beijo, mas parecia que era porque
tudo o que eu podia fazer era sentir, e eu me senti tão bem com Dominic me
beijando.

Ele parou de me beijar o tempo suficiente para se sentar e puxar sua


camisa de seu corpo. Eu soltei um suspiro quando avistei o peito tonificado e
bronzeado seguido por seu abdominal visível e linha V muito marcante. Ele deve
malhar também!

Meus olhos desviaram para o seu lado direito e eu gemi; ele tinha uma
tatuagem tribal ondulando em suas costelas em torno de sua cintura e para cima
de seu ombro. Parecia que não tinha terminado ainda e que ela ia ser uma
manga de tatuagem tribal do comprimento do seu braço direito.

Jesus, me ajude.

— Sente-se. — Dominic ordenou, sua voz rouca.

Eu fiz, e quando ele levantou meu colete da escola do meu corpo e


começou a desabotoar minha camisa da escola, eu não o impedi. Minha mente
estava literalmente gritando que isso não estava certo, e eu não era o tipo de
garota para fazer essas coisas com alguém que eu realmente não conhecia. Meu
corpo respondeu com um simples 'foda-se' e ganhou a batalha.

— Gostosa pra caralho. — Dominic rosnou quando ele puxou a minha


camisa para longe de mim.
Eu não podia acreditar que eu estava deixando isso acontecer. Eu estava
ciente do que iria acontecer se eu deixasse isso continuar, mas optei por deixá-
lo. Pode ser errado, mas neste momento e tempo, isso não parecia errado.

Dominic rodeou os braços e começou a puxar minhas alças de sutiã, mas


neste exato momento, a porta do quarto se abriu.

— Dominic, você vem para uma corrida com... oh merda, desculpe.

Eu gritei e me cobri, mesmo que o corpo de Dominic estava me


escondendo da vista.

— Alec, mano, dê o fora! — Dominic gritou, olhando por cima do ombro.

— Saindo. — disse Alec, quando a porta se fechou.

Fechei os olhos e só podia imaginar o que Alec pensou. Do seu ponto de


vista, ele teria visto costas nuas de Dominic com minhas pernas nuas enroladas
nas suas porque minha saia estava levantada.

— Oh, meu Deus. — eu sussurrei.

— Eu sinto muito por isso, babe. Agora, onde estávamos? — Dominic


perguntou em um tom sedutor.

Ele estava falando sério?

— Eu estava prestes a me vestir e ir para casa. — eu respondi e o empurrei


para trás de mim.

Eu estava corada quando eu mexi ao redor pegando minha camisa e


colete da escola. Eu rapidamente vesti minha camisa de volta e abotoei e
arrumei minha saia, em seguida, puxei meu colete sobre a minha cabeça. Peguei
minha mochila e coloquei as alças sobre os meus ombros.

Fui para a porta sem falar com Dominic, e isso o deixou louco.

— Você vai sair, simples assim? — ele estalou.


Eu não olhei para o rosto dele, apenas para seu torso ainda nu. — Isso é
errado, nós nem sequer gostamos um do outro, então não deveríamos estar
beijando ou fazendo qualquer coisa diferente além de ignorar um ao outro. Eu
aprecio o que você fez por mim hoje; eu realmente aprecio, mas isso não vai
corrigir nada, eu ainda não gosto de você.

Dominic franziu o cenho. — Eu entendo isso, mas eu pensei que


poderíamos resolver isso...

— Ao fazer sexo? — ofeguei.

— Huh, essa é uma boa forma como qualquer, mas...

— Seu babaca! Você pensou que me seduzir me faria magicamente não


te odiar? — eu gritei então arregalei meus olhos. — É isso que você quis dizer
esta manhã, quando você disse que iria me dar o troco, sem fisicamente me
machucar? Você queria tirar minha virgindade quando você sabia que eu iria me
arrepender disso, e iria me machucar emocionalmente? É isso o que está
acontecendo aqui?

Dominic balançou a cabeça. — Não, não, eu estou fazendo isso tudo


errado, babe...

— Não me chame assim. Sai da minha frente agora, porra! — eu berrei.

Dominic se mexeu, mas ele tinha seus olhos estreitados agora. — Pare de
ser uma cadela tão louca e apenas ouça...

— Oh, isso é uma ótima maneira de fazer uma garota ouvir, xingando. —
eu cuspi sarcasticamente enquanto eu invadi os lances de escadas.

Quando cheguei ao final das escadas, Dominic de repente saltou em torno


de mim. A visão de suas costas nuas e sua tatuagem antes de ele se virar me
atormentou. Era ondulado com o músculo, e por algum motivo eu queria
mordê-lo.

— Será que você vai simplesmente parar, você está exagerando agora.
— Mano, você não diga nunca isso a uma mulher irritada. Especialmente
uma mulher irlandesa. — uma voz sussurrou da minha direita.

— Foda-se, Kane. — Dominic atirou sem olhar para longe de mim.

— Por que eu não exageraria? Você tem sido um pé no saco para mim
desde que eu te conheci, e agora, de repente, você quer resolver as coisas entre
nós fazendo sexo? Você é um idiota classe A! — eu rosnei e dei um tapa no rosto
dele.

Eu me senti mal porque seu rosto estava inchado e já começando a ficar


roxo, mas esse sentimento foi embora quando ele disse o que ele fez alguns
segundos mais tarde.

— Você sabe o quê? Pensei que você seria um pouco legal para mim por
fazer um favor ao defender você hoje, mas eu acho que você realmente é uma
cadela fria. Não se admira que ninguém na escola quer ser seu amigo. Dê o fora
daqui, nenhuma boceta vale a pena essa merda.

Boceta? Isso é tudo o que eu era?

Claro que eu era, por que mais ele faria o que ele fez e diria todas essas
besteiras para mim?

Ele estava tentando transar e esperava me machucar no processo, o filho


da puta.

Eu odiava que os meus olhos se encheram de lágrimas, mas eu odiava


ainda mais que Dominic percebeu e revirou os olhos.

— Se você quer me fazer um favor, então fique bem longe de mim. — eu


disse em um tom frio antes de me virar e ir embora.

Parei na porta, quando a abri. Estava chovendo, mas não foi por isso que
eu parei. Olhei por cima do ombro e sorri para Dominic, ignorando o fato de que
todos os seus irmãos estavam observando e ouvindo da porta da sala de estar /
academia.
Dominic me feriu com suas palavras, pior do que quando ele me deu uma
cotovelada no rosto, e eu queria machucá-lo de volta.

— E não fique pensando que eu queria dormir com você, porque eu fingia
que era Damien o tempo todo lá em cima. — eu disse suavemente, em seguida,
saí pela porta e a bati atrás de mim.

— Sua puta maldita! — eu ouvi a voz de Dominic rugir.

Eu ouvi seus irmãos gritarem um com o outro para agarrá-lo. O barulho


deles gritando parou quando eu estava a uma boa distância de sua casa.

Eu estava com tanta raiva de mim mesma; eu deveria ter pensado melhor
antes de ir para casa dele. Ele era apenas mais um rapaz típico viscoso que
pensava em nada além de ter relações sexuais, e ele pensou que me defendendo
o iria colocar dentro da minha calcinha. O fato triste de merda foi que, se Alec
não tivesse entrado no quarto, ele teria entrado em minha calcinha.

Aparentemente, eu era assim tão fácil!

Eu estava furiosa todo o caminho da escola para casa, e quando eu


finalmente cheguei em casa, eu estava completamente encharcada e
congelando. Eu gemi quando entrei na cozinha da minha casa e da minha irmã.

— Ei. — eu disse a ela.

Branna olhou para mim com um sorriso no rosto até ele cair e seus olhos
ampliarem.

— O que diabos aconteceu com o seu rosto, Bronagh? — ela gritou


quando entrei na cozinha. Ela se afastou de seu laptop e correu em minha
direção.

Suspirei e sacudi meu corpo.

— Ponha a chaleira no fogo, é uma longa história.


E u fui a primeira pessoa a

chegar à sala de aula na manhã seguinte, o que era o costume. A porta da sala
estava aberta, então eu entrei e sentei no meu lugar habitual, na minha mesa
habitual. Peguei meu iTouch, coloquei meus fones de ouvido, peguei um bloco
de notas da minha mochila e comecei a rabiscar algumas abóboras, fantasmas e
outras coisas assustadoras aleatórias. Halloween era apenas daqui a duas
semanas. Eu não gostava nada do feriado, mas estava entediada e senti vontade
de desenhá-los.

Eu bocejei depois de um momento; fiquei muito tempo acordada na noite


passada contando à Branna sobre os gêmeos e o que tinha sido a minha vida
desde que começaram na escola. Branna achou algumas das minhas interações
com Dominic divertidas, mas ela não gostou do que ele fez ontem. Basicamente
tentando conseguir sexo comigo, a fim de me machucar por machucá-lo com as
tachinhas. Ela também não gostou do que Jason fez comigo; eu tive que
convencê-la a não ir a sua casa e bater-lhe com um martelo.

Assegurei que a surra de Dominic era castigo suficiente. Levou algum


tempo, e mesmo que ela quisesse machucá-lo, ela aceitou e colocou o martelo de
volta em sua caixa de ferramentas.
Depois do meu bocejo, esfreguei meus olhos só para sibilar de
dor. Graças à cotovelada de Dominic no meu rosto ontem, minha bochecha e
olho estavam machucados; na verdade, eu tinha um olho roxo. Eu não sei como
ele ficou roxo uma vez que ele me bateu no rosto, mas tanto faz, estava
machucado e não havia nada que eu pudesse fazer para esconder. Nem mesmo
maquiagem poderia ser aplicada porque estava muito dolorido ao toque, então
eu ia deixar tudo para ser visto.

Eu nem sequer me preocupei em tentar esconder jogando o cabelo no


meu rosto, porque ainda seria visível, então eu fiz outra trança francesa e
coloquei meu cabelo para trás, mantendo-o apertado na minha cabeça e
completamente fora do meu rosto.

Eu ouvi a sirene da aula tocar, ao mesmo tempo em que alguns alunos


entraram na sala de aula, e como de costume, eu não olhei para cima ou
cumprimentei alguém. Eu continuei a rabiscar no meu caderno, mas quando
uma sombra caiu sobre minha mesa, eu olhei para a minha esquerda.

Era só Alannah passando pela minha mesa, mas quando olhei para a
esquerda foi o exato momento em que Dominic entrou na sala de aula com o
braço ao redor do ombro de Destiny.

Sério? Ele ia desfilar por aí com outra garota nem mesmo 20 horas
depois que ele quase teve sucesso me seduzindo?

E aquele filho da puta teve a coragem de chamar a mim de vagabunda.

Eu não pude evitar o bufo que irrompeu de mim. Dominic olhou para
mim ao mesmo tempo em que eu bufei, e ele me deu uma vista perfeita do seu
rosto. Seu queixo estava machucado e um pouco da sua bochecha
também. Acima de sua sobrancelha estava cortado e machucado também. Ele
parecia praticamente perfeito para alguém que estava em uma briga enquanto
eu fui atingida uma vez e tinha a mãe de todos os olhos pretos.

Típico, malditamente típico.


Os olhos de Dominic foram diretamente para o meu olho preto, quando
ele me encarou. Porém, Destiny chamou sua atenção quando fez cócegas em sua
barriga.

Sim, ela realmente fez cócegas na barriga dele.

Eu bufei de novo quando me virei para o meu caderno e continuei a


rabiscar. Eu só olhei para cima quando ouvi a voz da Srta. McKesson sobre a
minha música, então eu tirei os fones de ouvido.

Ela estava chamando nomes e anotando na folha de presença.

— Bronagh Murphy. — ela gritou.

— Aqui. — eu respondi.

Ela olhou para cima, sorriu para mim, então ofegou e, na verdade, deixou
cair a caneta no chão.

— O que aconteceu com você? — ela perguntou conforme vinha até mim.

Mesmo que eu tivesse um olho preto, ninguém, exceto Dominic tinha


notado isso, uma vez que eu só tinha olhado para ele. Meus outros colegas não
prestavam atenção em mim, porque essa era a norma; eu não me preocupava
com eles e eles não se preocupavam comigo. Entretanto, graças à senhorita
McKesson, todo mundo estava olhando para mim agora.

— Puta merda, Bronagh, isso que é um olho roxo. — disse a voz de


Alannah à minha esquerda.

Assenti, porque ela estava certa; era um inferno de um olho roxo.

Olhei para a Srta. McKesson e sorri. — Eu estou bem, não é nada.

— Não é nada, você tem um olho preto pelo amor de Deus. — ela
sussurrou.

Eu sorri de novo; sua preocupação era legal.


— Eu estou bem, honestamente, foi apenas um mal entendido, a outra
pessoa está morta agora.

Isso aliviou a tensão, porque todo mundo, inclusive a senhorita


McKesson, riu. A tensão voltou quando ela olhou pela sala e ofegou assim que
olhou para trás.

— Nico, o que aconteceu com você... desta vez? — ela ofegou, novamente.

Eu queria rir na parte ‘desta vez’ da sua pergunta. Ela sabia que ele era
um encrenqueiro, considerando a quantidade de vezes que ele rolou na escola
com hematomas e outros enfeites em seu rosto nas últimas cinco, quase seis,
semanas. Sua luta com Jason era a única que eu tinha ouvido falar dele estar
envolvido desde que ele e seu irmão começaram aqui, então onde ele conseguiu
todas as contusões eu não fazia ideia.

— Nada, foi só uma decisão de merda da minha parte. Escolhi defender


alguém que não valia a pena, foi o meu erro.

Eu cerrei os dentes e murmurei: — Você é um erro.

Eu não queria falar alto, mas falei e meus colegas de classe, realmente
exclamaram ‘oh’. Eu queria dizer que Dominic foi o meu erro e que beijá-lo foi
um erro, mas a classe provavelmente pensou que eu quis dizer que a sua
existência era um erro, que agora, honestamente não era diferente do que eu
estava sentindo.

Senhorita McKesson olhou entre mim e Dominic por alguns


momentos. — Os dois fiquem depois da aula.

Outra vez?

Eu queria protestar, mas seu tom de voz era sério, então eu apenas
suspirei e coloquei meus fones de ouvido de volta. A aula voou; notei Damien
entrando na classe cerca de trinta minutos atrasado com outra colega, Lexi
Mars. Fiquei imediatamente revoltada com o estado de seu cabelo, roupas e o
sorriso de merda que Damien estava exibindo.
Aquela garota e Damien - porque eu ouvi nas conversas de corredor que
ele tinha transado com várias garotas desde que se mudou para cá - eram a
definição de puta, eu não.

Quando a aula acabou, eu não me mexi do meu assento. Eu esperei que


todos saíssem antes de tirar meus fones de ouvido.

— Por mais que os alunos desta escola achem que nós professores somos
estúpidos, nós não somos. Ouvimos sobre a briga entre você e Jason depois da
aula ontem, Nico. Importa-se de explicar o que aconteceu?

— Era sobre Bronagh. — Dominic respondeu segundos depois.

Eu ri sem humor. — Não, ele enfiou o nariz nos assuntos de outras


pessoas, em seguida, me culpou porque ele não conseguiu o que queria quando
saiu da situação.

— E o que ele queria quando saiu da situação? — senhorita McKesson


perguntou.

Eu olhei para ela com as sobrancelhas levantadas.

Será que ela realmente espera que eu tenha um papo de coração para
coração com ela?

— Um abraço de amor. — eu respondi sarcasticamente.

Ela olhou para Dominic, em seguida, olhou entre nós. — Eu não sei o que
está acontecendo entre vocês dois, mas resolvam o problema entre vocês e não
tragam mais violência para cá. Sem mais brigas, deixem o outro sozinho, se
vocês não conseguem se dar bem, entenderam?

Eu bati continência para ela o que a fez revirar os olhos.

— Vão em frente, você dois, para a aula.

Eu me levantei, empurrei minha cadeira para a minha mesa e


rapidamente deixei a sala de aula. Os corredores já estavam esvaziando porque
o segundo período já tinha começado, por isso acelerei meu ritmo até que eu fui
puxada pelo braço, me interrompendo.

— Qual é a pressa, menina bonita?

Eu livrei meu braço do aperto de Dominic e comecei a caminhar para a


aula novamente.

— Não me toque, porra, seu bastardo. — eu repreendi.

Dominic bufou e me alcançou. — Você queria o meu pau enterrado em


você até o fim, ontem, não é?

— De Damien, não o seu. — eu corrigi tentando não corar de vergonha do


que era a verdade. Eu o queria ontem.

O que eu acabei de falar sobre Damien era honestamente uma mentira


grandiosa, mas Dominic não precisava saber disso. Eu não estava atraída por
Damien de jeito nenhum, mesmo que ele fosse o clone de Dominic.

Dominic riu, claramente se divertindo. — Não, você queria o meu pau, eu


podia sentir o quão molhada você estava para mim.

Eu me virei e pulei nele, com a intenção de quebrar alguma coisa em seu


corpo, mas ele me pegou em pleno ar, nos virou e me pressionou contra a
parede no corredor. As pontas dos meus pés tocando o chão, mas não
totalmente, porque o corpo de Dominic estava pressionado entre minhas
pernas, literalmente me prendendo contra a parede.

— Eu gosto de cadelas agressivas. — Dominic sorriu quando ele trouxe


seu rosto machucado ao meu.

— Saia de mim, agora! Senhorita McKesson disse que você tem que ficar
longe de mim! — eu repreendi.

Dominic sorriu e olhou para baixo, onde seu corpo estava pressionado
contra o meu. — Eu estou achando que você está gostando disso, querida.
Estreitei meus olhos. — Eu não sou sua querida, sua posse, ou sua cadela
agressiva. Não sou nada para você, agora me deixe ir!

Dominic bufou. — Não pense tanto de si mesma, querida. Eu queria


foder a cadela gelada que percorre os corredores desta escola. Eu queria ver se a
única quantidade de calor em você estava localizada no fundo, no fundo da sua
boceta...

— Seu filho da puta! Odeio você, saia de mim! — eu assobiei e tentei


golpeá-lo, mas ele agarrou minhas mãos com as suas.

Ele girou sua pélvis em mim, ainda sorrindo. — Dê um minuto, eu vou te


deixar bem e molhada o suficiente para que eu possa sentir o cheir...

— Oh meu Deus, cale a boca! — eu rosnei. — Aquilo foi um erro, você


mesmo disse, então simplesmente esqueça. Largue-me e fique bem longe de
mim.

Dominic riu quando ele me deixou cair e me viu tropeçar um pouco. Ele
deu um passo para trás e fez um gesto para mim em direção à classe com as
mãos. — Eu gosto demais de perturbar você para ficar longe, querida. — ele
piscou.

— Você é uma criatura repugnante, desprezível. — eu rosnei para ele, me


virei e saí pelo corredor, ignorando alguns alunos remanescentes que deram
uma boa olhada e escutaram aquela ‘conversa’.

— Uma criatura repugnante, desprezível que você quase fodeu ontem! —


Dominic gritou atrás de mim, assim que abri a porta da sala de marcenaria.

Todo mundo ouviu, até mesmo o Sr. Kelly.

Eu bati a porta atrás de mim. — Mude-o para uma bancada diferente,


senhor. Juro por Deus, eu vou esfaqueá-lo se você não fizer isso! — eu disse ao
Sr. Kelly, que estava olhando para mim com os olhos arregalados.

Quando a porta da sala se abriu e Dominic entrou, dirigiu-se para a


minha mesa, mas o Sr. Kelly rapidamente se levantou para interceptá-lo.
— Na verdade, Nico, troque de lugar com Gavin hoje. Bronagh parece
estar muito zangada com você, filho.

Porra de dedução óbvia!

— Claro que sim, senhor. —Dominic respondeu alegremente.

Maldito filho da puta horrível.

Eu estava fumegando enquanto empurrava minha mochila sob minha


bancada e fui à sala dos fundos para pegar um avental. Quando voltei, os
rapazes na sala, incluindo Dominic e o professor, estavam olhando para mim.

— O quê? — eu repreendi.

— Nada. — todos eles responderam em uníssono e ocuparam-se com o


que quer que estivesse na frente deles.

Eu olhei para todos eles antes de ir para a sala de suprimentos e


recuperar as madeiras que eu escondi, assim Dominic não iria usá-las no meu
lugar. Ele não mexeu com qualquer um dos meus projetos, mas eu não queria
correr nenhum risco, então eu escondi minhas coisas apenas no caso.

Quando eu voltei à sala, ninguém me deu atenção, o que era bom, então
eu fui para a minha bancada e rabisquei um desenho sobre a madeira,
marcando onde eu teria que lixar e cerrar.

Gavin tomou seu tempo se mudando para a minha bancada.

— Ei, Bronagh. — ele sorriu.

Sorri de volta, porque parecia genuíno.

— Ei, Gav. — eu respondi, em choque por ter usado o apelido que eu ouvi
os outros garotos na aula o chamarem.

Apesar disso eu estava autorizada a chamá-lo assim, uma vez que ele foi
tecnicamente meu primeiro beijo de verdade.

— Você está bem? Você parece bastante exaltada.


Eu suspirei. — Eu estou bem, é só aquele idiota americano me
incomodando.

Gavin bufou para mim, o que me fez sorrir; era bom que alguém
concordasse que Dominic era um idiota.

— Você sabe o que ele está dizendo para os caras lá atrás, não é? — Gavin
murmurou.

Olhei para o fundo da sala e notei que alguns dos rapazes estavam
reunidos ao redor de Dominic, sorrindo e batendo os punhos.

— O que ele está dizendo? — eu perguntei.

— Que ele estava muito perto de achar o calor em você. Ele te chamou de
cadela gelada. Bastante óbvio que ele estava dizendo que ele quase te fodeu.

Eu fiquei boquiaberta com a franqueza de Gavin, então, rapidamente me


recompus. — Ele está mentindo. Nós nos beijamos, mas foi um erro terrível. Ele
está exagerando!

Gavin olhou para mim por um momento e depois assentiu. — Eu acredito


em você, ele provavelmente só está magoado por não ter ido até o fim com você.
Seu ego está claramente abalado; é por isso que ele está sendo um ‘idiota’.

Eu bufei. — Ele é, naturalmente, um idiota. — eu disse, fazendo Gavin rir,


o que chamou a atenção do idiota.

Olhei para Dominic e o notei olhando para as costas de Gavin antes de


mudar seu olhar para mim, piscando e me soprando um beijo.

— Foda-se. — eu rosnei em sua direção.

— Agora ou mais tarde? — ele respondeu.

Os rapazes da turma riram e riram muito. Eu não pude evitar quando os


meus olhos se encheram de lágrimas, então eu olhei para baixo e rapidamente
peguei minha mochila enquanto elas caíam pelo meu rosto.
— Bronagh. — Gavin suspirou quando ele me ouviu fungar.

Eu não olhei para ele ou qualquer outra pessoa quando praticamente


corri para fora da classe. Eu nem sequer pedi permissão para o professor, eu só
saí.

— Muito bem, cara. Fazer garotas chorar te faz ficar duro ou algo assim?

— Foda-se, idiota. Não se meta no meu negócio e quando você estiver por
aí, não olhe ou até mesmo fale com Bronagh de novo, ou eu vou chutar o seu
traseiro.

Eu não ouvi o que Gavin disse em resposta a Dominic. Eu só ouvi a voz do


Sr. Kelly rugindo para que eles parassem o que quer que estivessem fazendo no
momento e se afastassem um do outro.

Eu estava andando rapidamente pelo corredor quando ouvi um estrondo


alto atrás de mim.

— Bronagh!

Eu pulei quando olhei por cima do ombro; Dominic estava correndo em


minha direção. Eu gritei; eu não sei por que, mas eu gritei, e gritei alto. Outro
estrondo soou e desta vez Gavin e o Sr. Kelly, assim como meus outros colegas
despejaram da sala de marcenaria.

Eu parei de gritar quando Dominic se pressionou em mim e me abraçou.

— Eu sinto muito, ok? Sinto muito. — ele sussurrou.

Eu balancei minha cabeça.

— Não, você não sente. — eu funguei. — Me. Deixe. Em. Paz.

Ele estava prestes a dizer algo mais, mas de repente foi afastado de mim,
o que me fez tropeçar para trás e cair de bunda no chão.

Doeu como o inferno, e eu sabia que teria uma nova contusão na minha
bunda por causa da dor. Eu olhei para cima e Dominic olhou para mim; seu
rosto ficou vermelho quando eu assobiei com a dor. Ele se virou e lançou a
pessoa que o afastou e causou minha queda. Essa pessoa acabou por ser Gavin.

— Pare! — eu gritei e me embaralhei para levantar.

Senti o sangue drenar do meu rosto conforme Dominic distribuía golpe


atrás de golpe em Gavin. Não foi unilateral, porém, Gavin era bom também, e
até mesmo deu uma cabeçada em Dominic em um momento. Mas não
importava o que ele fizesse, Dominic era melhor.

Era como se as porradas que recebeu nem sequer podiam machucá-


lo. Ele era como um touro em um tumulto, e aterrorizou a merda em mim.

— Pare! — gritei de novo e tentei puxar Dominic dele, mas Conner, um


menino na nossa aula de marcenaria, me levantou de volta.

— Você só vai se machucar. — ele me disse quando eu lutei contra ele.

Eu o afastei e corri para a sala de marcenaria enquanto o Sr. Kelly tentava


parar a luta sem sucesso.

— Damien! — eu gritei quando abri a porta.

Damien estava sentado na parte de trás da sala, cercado por garotas, mas
quando ele me ouviu, ele levantou e se moveu em minha direção na velocidade
da luz.

— Dominic vai matar Gavin, faça-o parar! — eu gritei.

Damien correu para fora da sala na minha frente e seguiu os


gritos. Todos os outros da aula, incluindo o professor, seguiram para ver o que
estava acontecendo enquanto eu permanecia na classe sozinha.

Eu estava com medo de voltar lá fora.

Eu tinha que ficar longe de Dominic, ele era perigoso.

E eu não mexia com perigo.


—E u pensei que

tinha dito sem brigas com Dominic, Bronagh? — Senhorita McKesson disse no
final do meu primeiro dia de aula na volta da suspensão.

Depois que Damien parou a luta, há duas semanas, tanto Dominic quanto
Gavin foram suspensos porque a luta foi na área da escola, enquanto eu fui
suspensa por ter deixado a classe sem permissão e, aparentemente, por incitar
uma briga entre os rapazes. Fui suspensa por duas semanas e me foi dito para
não voltar para a escola até depois do Halloween. Eu não tinha certeza por
quanto tempo os rapazes ficariam suspensos, mas eu ouvi que eles tiveram sorte
por cada um receber apenas uma suspensão porque a briga foi tão violenta, que
o diretor da escola queria chamar a polícia, mas de alguma forma o Sr. Kelly
conversou com ele sobre isso, o que foi muito bom para os rapazes.

— Bronagh, você está pelo menos me ouvindo? — a voz da Srta.


McKesson repreendeu me fazendo saltar e olhar para ela.

Eu balancei a cabeça. — Estou, Senhorita.

— Então me responda a pergunta.


Eu suspirei. — Eu não estava envolvida em nenhuma das brigas,
Senhorita, foi Dominic que me perseguiu e me agarrou depois que eu saí da
classe; Gavin estava tentando me defender e foi esmagado por isso.

Senhorita McKesson esfregou as têmporas. — Qual destes rapazes é o seu


namorado?

Eu arregalei meus olhos em choque total.

— Nenhum deles, eu odeio Dominic e eu mal conheço Gavin.

Senhorita McKesson balançou a cabeça. — Tem certeza que você não está
saindo com um deles, Nico, talvez?

Eu ofeguei para ela. — Senhorita, Dominic não é meu namorado!

Ela levantou uma sobrancelha. — Ele sabe disso, porque ele realmente fez
um número com Gavin por tocar em você.

Ofeguei, novamente. — Gavin não me tocou, ele tentou tirar Dominic de


cima de mim e me jogou no chão...

— O fato que você foi derrubada no chão enfureceu Dominic, ele mesmo
disse durante a reunião, realizada entre mim, ele, seu guardião, Gavin e seus
pais e o diretor.

Houve uma reunião sobre o que aconteceu?

Uau!

Eu gemi e esfreguei meu rosto. — Ele não tinha o direito de se enfurecer


com a minha queda, isso não teria acontecido se ele não tivesse me agarrado em
primeiro lugar!

Senhorita McKesson mordeu o lábio. — Eu acho que ele se sente muito


protetor em relação a você.
Revirei meus olhos. — Ele é um idiota que dá duro para me deixar infeliz,
não confunda o fato dele brigar para me defender com qualquer outra coisa que
não seja um odioso pit bull protegendo seu brinquedo favorito de mastigação.

Senhorita McKesson olhou para mim com os olhos arregalados por


alguns momentos antes de franzir o cenho. — Será que Dominic faz coisas que
você não aprova, Bronagh?

Franzi minhas sobrancelhas para ela. — Ele só me irrita Srta., ele fica feliz
em me irritar.

— Eu entendo isso, mas olhe pelo meu ponto de vista; parece que vocês é
um casal, e Dominic é o namorado adolescente protetor ou, possivelmente, o
namorado adolescente abusivo. Ele vem para a escola com mais contusões do
que eu posso contar e, ultimamente, você também.

— Eu não posso comentar a razão pela qual ele está machucado o tempo
todo, porque eu não sei por que ele vem para a escola assim, mas você não
poderia estar mais errada por pensar que ele é meu namorado, Senhorita. —
afirmei.

Ela soltou um suspiro de alívio. — Então ele não fez nada para você que
poderia te deixar com medo de dizer a alguém?

Onde ela estava indo com isso?

— Como o quê? — eu perguntei, curiosa.

Ela baixou a voz. — Ele não tocou em você sexualmente sem sua
permissão ou qualquer coisa dessa natureza, não é?

Eu corei, ela estava perguntando se Dominic tinha me estuprado? Puta


merda, como diabos Dominic brigando com Jason e Gavin por mim gerou esse
tipo de questionamento?

— Não, senhorita, ele não fez nada como isso. — eu disse, claramente.

Eu podia odiar o cara, mas eu não diria que ele me estuprou quando ele
não o fez.
Senhorita McKesson relaxou visivelmente. — Bem, isso é muito bom.
Sinto muito se eu te chateei por fazer essas perguntas, eu só precisava ter
certeza que você está bem e que as discussões e brigas envolvendo Dominic não
são nada além de seu controle.

Eu não acho que eu poderia lidar ou controlar Dominic ou qualquer


situação em que estávamos.

— Não se preocupe, eu tenho tudo sob controle, Senhorita. — eu menti,


sorrindo.

Ela assentiu para mim. — Você é uma boa mulher, vá andando antes que
fique escuro.

Eu assenti. — Até segunda-feira, senhorita.

Ela acenou enquanto eu deixava a sala de aula e caminhava pelos


corredores da escola agora vazios. A aula acabou há vinte minutos e apesar de
ser apenas 16h:20 o sol já tinha se posto e o céu ficava mais escuro a cada
minuto, o que não era surpreendente, uma vez que já estava se aproximando de
meados de novembro.

Eu balancei minha cabeça um pouco; eu não podia acreditar que já estava


chegando perto de meados de novembro, parecia uma vida inteira desde que
Dominic entrou na minha vida e a virou de cabeça para baixo, em vez de apenas
dez semanas.

Era uma loucura pensar nisso.

A primeira coisa que me bateu quando saí da escola e comecei a minha


caminhada para casa foi o frio, a segunda coisa foi um punho quando alguém
saiu de trás de um pilar que dava para um conjunto habitacional pelo qual eu
tinha que passar para chegar em casa.

Eu gritei quando caí no chão e, em seguida, choraminguei quando os


itens da minha mochila cutucaram as minhas costas ao fazer contato com o
solo. Então, senti dor no meu rosto; minha bochecha direita tinha acabado de
ficar totalmente curada de quando Dominic bateu no meu rosto algumas
semanas atrás, e eu já podia contar que uma nova contusão se formaria e
cobriria a antiga.

— Você realmente achou que eu não iria fazer alguma coisa com você
depois de todos os problemas que tem causado entre Dominic e Jason ao longo
das últimas semanas, cadela?

Estremeci quando levantei e olhei para Micah, atrás dela estavam duas de
suas amigas nos observando com diversão.

— Aquilo não foi minha c-culpa Micah, eu não sei por que Dominic fez o
que fez, eu juro. — eu disse a ela enquanto segurava minha bochecha agora
latejante.

Micah revirou os olhos. — Porque ele é o seu namorado e uma vez que
não posso bater nele por bater no meu namorado, em vez disso estou batendo
em você.

— Dominic não é meu namorado, Micah, eu juro... — ela me cortou,


saltando em mim, me jogando de volta para o chão.

Eu podia fazer pouco mais do que cobrir meu rosto com os braços,
enquanto ela puxava meu cabelo e dava soco em qualquer pedaço visível da pele
que ela pudesse fazer contato. Eu gritei quando ela se levantou de cima de mim
e me chutou diretamente no estômago; a pancada forte me fez querer vomitar.

— Não olhe para Jason, ou mesmo em sua direção novamente, porque se


o fizer, irritar Dominic e resultar em Jason machucado de novo, eu te mato.
Entendeu, gorda? — ela perguntou e me chutou novamente.

— Sim. — eu disse asperamente.

— Bom. — ela cuspiu em mim, em seguida, virou e saiu com suas amigas.

Eu fiquei deitada no chão por alguns instantes, até que o frio chegou a
mim e me obrigou a mover. Eu assobiei e estremeci quando fiquei de pé, estava
mais escuro agora, e não havia uma alma na rua, o que não era surpreendente.
Tossi e a ação fez meu estômago entrar em erupção de dor, eu senti
vontade de chorar, mas não chorei no caso de Micah estar em algum lugar por
perto e pudesse me ver ou ouvir. Ela me bateu com facilidade, mas eu não lhe
daria a satisfação de me ver ou ouvir chorar.

Eu não sabia o que doía mais, meu estômago, meu rosto, ou minha
cabeça. Eu ajeitei mais meu nariz machucado e um fio de sangue escorreu da
minha narina, deslizou sobre meus lábios e queixo, e pingou no meu uniforme
escolar. Eu nem sequer me preocupei em limpar, porque eu tinha certeza de que
iria parar eventualmente. Lentamente fui para casa e logo que entrei, eu fui para
o banheiro, preparei um banho, me despi e afundei nele.

Eu não chorei até um minuto e meio depois que entrei no banho, e não
parei até que eu saí. Eu me sequei, e em seguida, com cuidado, usei uma toalha
seca para acariciar meu rosto seco, meu nariz agora estava livre de sangue e só
vermelho e um pouco inchado, minha bochecha direita estava um pouco
inchada e também meu maxilar. Eu já podia ver o hematoma que estava
começando a se formar em torno de meu maxilar, mas nenhum ao redor do meu
olho que me deu a esperança de que não ficaria roxo de novo.

Depois que saí do banheiro, fui para o meu quarto e coloquei uma calça
de pijama, um top de alças e um moletom azul que costumava ser do meu
pai. Eu cuidadosamente escovei meu cabelo, porque estava sensível como o
inferno por causa de Micah o puxando. Quando terminei, fiz uma trança bem
solta no meu cabelo e o coloquei sobre os ombros, em seguida, desci as escadas
para encontrar alguma comida. Montes e montes de comida.

Ouvi a porta da sala abrir, enquanto derramava um pouco de creme e


chantilly sobre a minha taça gigante de sorvete. Eu ouvi a porta do corredor
fechar, chaves sendo colocadas no gancho na parede da sala, em seguida, os
passos para a cozinha.

— Ei, docinho, como foi seu primeiro dia de volta - oh meu Deus!

Eu estremeci quando me virei; os gritos de Branna podiam ser muito


altos.
— Eu vou descobrir onde ele mora e matá-lo! — Branna gritou, em
seguida, virou-se e saiu da cozinha.

Ele?

Mas que diabos?

— Branna, uma menina fez isso, não um garoto. — eu gritei atrás dela.

Seus passos se detiveram então voltaram para a cozinha.

— Aquele garoto Dominic não fez ou causou isso? — ela perguntou,


aborrecida com os olhos nos meus para ver se eu estava mentindo.

Ela pensou que Dominic tinha feito isso comigo ou era a causa disso? Não
é de estranhar uma vez que as únicas vezes que eu já tive contusões ou comecei
a ter problemas, ele geralmente estava envolvido.

— Não, eu não tenho visto ou falado com ele desde que eu fui suspensa há
duas semanas. — eu assegurei a ela.

Ela me olhou por um momento. — Quem fez isso então? Dê-me nomes e
eu vou arrumar isso.

Meu Deus, ela estava agindo como um matador de aluguel... ou


matadora.

— Eu não sei quem ela era, mas eu acho que ela pensou que eu era outra
pessoa. Ela me chamou de Sarah e me disse para ficar longe do namorado dela.
— eu menti e me senti horrível sobre isso.

Eu não podia dizer a ela que foi a Micah porque Branna iria encontrá-la e
causar danos ao rosto de Micah como ela fez com o meu, e eu não podia deixar
isso acontecer. Ela era uma estudante de medicina estudando para ser obstetra,
e eu duvidava que ela fosse contratada em qualquer lugar se ela tivesse uma
ficha criminal por agredir um menor, uma vez que Micah tinha apenas dezessete
anos.
Branna franziu o cenho para mim, mas continuou a me olhar procurando
sinais de mentira. Eu geralmente era uma péssima mentirosa, mas o fato de que
eu tinha que mentir para poupá-la da destruição potencial de sua carreira, me
fez segurar uma expressão firme.

— Oh docinho, que sorte horrível. É a última coisa que você precisava


depois daquela suspensão estúpida e especialmente após o olho roxo que você
ganhou daquele garoto Dominic.

Eu queria cair no chão de alívio, mas eu não caí, eu me forcei a bufar. —


Conte-me sobre isso.

Comecei a rir, mas me virei sobre o meu lado e encolhi.

— Mostre-me. — Branna ordenou.

Eu levantei meu moletom e meu top.

— Oh meu Deus, seu estômago está roxo!

Olhei para baixo e gemi, Branna estava certa. Meu lado esquerdo estava
roxo das minhas costelas inferiores ao osso do meu quadril. Parece que as aulas
de kickboxing de Micah se pagaram, porque ela fez danos substanciais em mim
em apenas uma questão de segundos.

— Tomei um banho, e ajudou com a dor, mas para me fazer sentir melhor
vou comer isso. — eu disse e apontei para minha grande porção de sorvete,
creme e chantilly.

Branna riu e balançou a cabeça. — Graças a Deus que você escolhe o


baixo teor de gordura em tudo o que compramos. Você vai ficar grande quanto
uma casa se você mantiver esse conforto de comer tudo o que conseguir.

Revirei meus olhos. — Eu ainda nem ganhei tanto peso, então me


confortar com a comida não é ruim.

Branna bufou. — Dê um tempo docinho, seu jeans, de repente, parecerá


um pouco apertado demais e então, depois disso, começa o inferno.
Eu balancei a cabeça e levantei a minha taça. — Se precisar de mim, eu
estarei comendo meus sentimentos no meu quarto enquanto
assisto Querido John.

— Oh docinho. — Branna franziu a testa e ligeiramente riu.

Ela sentiu pena de mim e me viu sair da cozinha.

Eu fui para o meu quarto, sentei na minha cama, liguei minha televisão e
mergulhei na minha comida. Eu bufei com a lógica de Branna; não havia nada
de errado com o conforto de comer, então, qual o problema se eu ganhasse
peso? Honestamente, quem daria a mínima?

Não, não eu. Eu prefiro lidar com minhas preocupações com o conforto
da comida e ter alguns quilos a mais do que ficar me remoendo com o medo de
que Micah possa me bater de novo ou o que aconteceria quando eu visse
Dominic novamente.

Eu gemi com o pensamento dele e de todos os problemas que ele tinha


me causado no pouco tempo que o conheço. Eu balancei minha cabeça, uma
tigela de sorvete estava longe de ser suficiente para lidar com essa besteira.
— E u não posso

acreditar que nós estamos no alto das montanhas. — eu rosnei para Branna e
rapidamente olhei os arredores.

Eu estava louca com ela por ter me trazido até aqui, mas quando notei a
vista de Dublin à noite fiquei chocada que não tivesse vindo aqui antes só para
olhar. Todas as luzes e manchas da escuridão dos campos eram apenas
impressionantes.

Branna revirou os olhos quando eu olhei de volta para ela. — Nós


estamos a dez minutos de casa. Vivemos na parte inferior da montanha então
qual é a grande coisa sobre estar na parte mais alta dela? — perguntou Branna.

Dei de ombros. — Você disse que nós iríamos a uma boate, então achei
que iria para a cidade no Temple Bar, Sin, ou até mesmo The Playhouse na parte
baixa de Tallaght Bypass9, mas não subir essas montanhas de merda! —
exclamei baixo e esfreguei meus braços nus para gerar algum calor.

9
Bairro em Dublin
Branna revirou os olhos para mim novamente. — Esse lugar é exclusivo;
as é localizado aqui porque um monte de gente com dinheiro que vem aqui não
quer se aventurar perto da cidade ou em qualquer lugar assim.

Eu balancei a cabeça para ela.

— Sabe, Branna, uma irmã mais velha normal levaria a sua irmã para
jantar ou pediria comida ou até mesmo iria ao cinema quando tentasse fazê-la
se sentir melhor sobre ser atacada. Elas não trariam uma irmã mais nova triste
para uma boate no subsolo. — eu assobiei enquanto estávamos em uma fila de
espera para ser avaliada pelos seguranças da Darkness, uma boate subterrânea
que era aparentemente muito exclusiva depois de ver a quantidade de pessoas
que foram rejeitadas desde que Branna e eu entramos na fila.

Branna me mandou ficar quieta enquanto ela continuava olhando para


frente.

— Eu não tenho qualquer documento de identificação ainda. Acabo de


completar dezoito anos, pelo amor de Deus, Branna, eles não vão me deixar
entrar. — eu sussurrei em seu ouvido enquanto avançávamos na fila.

Eu estava começando a suar; eu não queria ficar constrangida por ser


rejeitada na entrada do clube. Branna me trouxe aqui para me tirar do pavor
que eu estava desde que Micah me atacou a uma semana atrás, mas me
envergonhar não ia me ajudar de qualquer maneira.

— Feche a boca antes que eu acerte meu punho nela! — Branna estalou
em um tom muito baixo que honestamente me assustou pra caramba.

— Tudo bem. — eu murmurei e olhei para baixo.

Eu senti como se estivesse sendo castigada pelos meus pais. Eu bufei


mentalmente para isso, então ofeguei quando a mão de Branna pressionou a
parte baixa das minhas costas e me empurrou para frente. Olhei para Branna,
então para frente; éramos as próximas, e os seguranças estavam esperando que
nós aproximássemos.
— Branna, querida. — sorriu um segurança alto, com zero de cabelo e
uma grande tatuagem preta em espiral circulando sua bochecha direita
descendo para o pescoço e desaparecendo sob a camisa.

Fiquei horrorizada. Branna esteve aqui antes; eu sabia disso porque ela
tinha me contado quando eu perguntei a ela como sabia sobre o clube que eu
nunca tinha ouvido falar, mas o que é pior é que este criminoso óbvio a
conhecia, pela maneira animada que se dirigiu a ela.

— Ele se parece com um serial killer, eu estou fora, porra! — eu assobiei


para Branna e estava prestes a sair da fila, só para ela me segurar no lugar,
colocar a mão em volta do meu quadril, mantendo-me ao seu lado. Estremeci
um pouco, porque sua mão estava diretamente na minha contusão, mas eu
fiquei quieta apesar da dor.

— Ei Skull, esta é a minha irmãzinha. Seu aniversário de dezoito anos foi


há algumas semanas. Pensei em trazê-la para assistir a luta e tomar sua
primeira bebida alcoólica como uma adulta. — Branna falou, fazendo Skull dar
risada.

— Ela conhece as regras do clube? — ele questionou.

Branna assentiu com a cabeça. — Sim, eu passei por elas duas vezes e a fiz
deixar seu telefone em casa, assim não pode fazer vídeos ou tirar fotos.

Skull acenou com a cabeça para Branna e piscou em minha direção. Eu


me perguntei se ele ainda me pediria minha identidade, em seguida, me
perguntei de qual luta Branna estava falando e por que eu não podia ter um
telefone para tirar fotografias ou vídeos. Skull me deu uma olhada de cima a
baixo e sorriu para mim, conseguindo toda a minha atenção, antes de assentir
para Branna e eu ao passarmos pela corda vermelha e para dentro do clube.

— Fale para John carimbar vocês duas para bebidas grátis. — Skull falou
atrás de nós.

Branna olhou por cima do ombro. — Obrigada, querido. — ela sorriu para
Skull.
Skull.

Meu Deus, seu nome era realmente Skull10.

O nervosismo de ser rejeitada passou e no seu lugar o medo me


atormentou quando Branna segurou minha mão e me levou para descer quatro
lances de escadas. Esta era, literalmente, uma boate no subsolo, estávamos
profundamente na montanha. Para ser honesta, isso me assustou mais do que
um pouco.

— Eles devem ser horríveis para subir quando você está bêbado. — eu
expressei meu pensamento em voz alta, quando eu olhei para os degraus.

— Eles são. — Branna respondeu com uma gargalhada.

Quando chegamos ao fundo das escadas, havia duas enormes portas


negras. Elas estavam fechadas e na frente delas havia dois seguranças enormes.

— O-oi. — sorri quando eles olharam para mim e Branna.

— Skull disse para você nos carimbar, John. — Branna disse sorrindo.

O homem à minha direita riu, então eu imaginei que ele fosse o John. —
Você tem o Skull amarrado quando mostra as suas pernas bonitas, Branna. O
pobre rapaz não pode pensar direito.

Branna riu. — Seja como for, ele só gosta de mim porque eu sou sua
companheira de seus erros.

John bufou e disse: — Sim, certo.

Depois eles acenaram para nós, e notei Branna levantando seu braço
direito e assim eu fiz o mesmo com o meu. Os seguranças pegaram um carimbo
de seus bolsos e viraram as nossas mãos e em seguida carimbaram no interior
dos nossos pulsos.

10
Em português: Caveira
Grátis estava marcado no meu pulso em tinta grossa preta. O segurança
que me carimbou pegou meu outro pulso e carimbou um selo diferente. Quando
eu olhei para o meu pulso esquerdo, Darkness estava escrito na minha pele com
a mesma tinta grossa preta.

Eu segurei minhas mãos por alguns segundos sem querer me sujar com a
tinta, mas achei que ficou praticamente seco imediatamente, então não
precisava me preocupar.

— Divirtam-se na Darkness senhoras. — disse John com um sorriso e


empurrou as portas duplas para o lado.

Eu pulei quando a batida da música encheu meus ouvidos. Isso me


assustou, a área da escada e porta estava mortalmente quieta até que as portas
se abriram para o clube. Elas eram seriamente à prova de som, porque quando
elas estavam fechadas você honestamente não podia ouvir uma coisa de fora.

Branna me levou para o clube. O nome Darkness11 era adequado, porque


a entrada era praticamente preta até que os flashes das luzes estroboscópicas12
atacaram meus olhos.

Eu abaixei minha cabeça e me encolhi perto de Branna.

— Este lugar é o pior pesadelo de um epiléptico. — eu gritei para ela.

Eu senti as vibrações de seu corpo, indicando que ela estava rindo, mas
eu não podia ouvi-la por causa da música que estava tocando realmente muito
alto nos meus tímpanos. Mais uma vez me encolhi perto de Branna quando a
visão de uma enorme multidão de pessoas balançando seus corpos chamou
minha atenção.

As luzes estroboscópicas faziam tudo parecer louco. Era como se eu


estivesse sonhando e tudo estivesse acontecendo em câmera lenta. As mãos de
Branna envolveram as minhas quando ela me levou para a esquerda da pista de

11
Em português: escuridão, treva.
12
Lâmpada que acende e apaga periodicamente.
dança, e foi aí que vi uma enorme faixa que se estendia por toda a sala, só
parando a poucos metros de distância de uma área escura do clube.

Eu me inclinei para Branna, colocando minha boca no seu ouvido. — Para


quê é aquela área? — eu perguntei, apontando para a seção escura.

Branna olhou para a área, em seguida, de volta para mim, e sorriu.

— Isso, minha querida irmãzinha, é onde as meninas molham suas


calcinhas com a mera visão de homens grandes, maus e assustadores.

Senti o sangue escorrer do meu rosto.

— Trata-se de um clube de sexo? — eu gritei, horrorizada.

Branna riu da minha expressão facial e balançou a cabeça. — Não, não é


um clube de sexo. — ela riu e se inclinou em meu ouvido e disse. — Na verdade é
um clube de luta secreto.

Eu me inclinei para trás e olhei para Branna. — Um clube de luta secreto?


— eu repeti e ela balançou a cabeça.

— Um clube de luta real? Como no filme Clube da Luta? — eu questionei,


minhas sobrancelhas levantadas.

Branna me fez assistir esses filmes. Ela estava realmente por dentro dessa
coisa toda de luta secreta, e eu gostava de assistir os filmes, mas estar aqui em
um clube real de combate secreto era realmente um pouco assustador.

— Bronagh, quantas vezes eu tenho que te dizer? Você não fala sobre o
clube da luta13. — Branna sorriu.

Revirei os olhos. — Eu não sei se estou confortável com isso.

Branna suspirou. — Tudo vai ficar bem, você pode ficar aqui atrás e
assistir a luta. Você não tem que circular. Está bem?

13
Faz referência à frase famosa do filme Clube da Luta, 1999, dita por Tyler Durden (Brad Pitt):
“A primeira regra do Clube da Luta é não falar sobre o Clube da Luta”.
Eu balancei a cabeça. — Tudo bem.

Branna sorriu. — Estou falando sério, porém, sobre o que eu disse antes.
Você não fala sobre o clube da luta; este lugar é bem conhecido, mas apenas
para certas pessoas. E é ilegal além de tudo.

Eu fiquei boquiaberta com Branna. — Eu pensei que você estivesse


apenas se referindo ao filme!

Branna riu. — Eu estava, porque eu sempre quis dizer isso, mas na


verdade se aplica a esse lugar. Não fale sobre esse clube de luta, nunca. Era
sobre isso que Skull estava falando lá fora; este lugar é muito exclusivo, por isso
não fale sobre ele. Para ninguém, tudo bem?

Eu não falava com ninguém, então não teria alguém para contar, mesmo
que eu quisesse, mas ainda assenti com firmeza. Eu não podia acreditar que
minha irmã mais velha tinha me levado a uma boate que tolerava atos
ilegais. Era estranho, assustador e meio emocionante ao mesmo tempo.

— Então, o que fazemos aqui? — eu gritei.

Branna riu quando ela se virou, gritou algum pedido a um homem atrás
do bar e, em seguida, virou-se para mim.

— Nós bebemos, dançamos, assistimos caras quentes lutarem, e temos


um inferno de um bom tempo de merda. — Branna aplaudiu.

Comecei a rir, graças a Deus ela continua sendo minha irmã desde que se
tornou minha guardiã. Teria sido horrível se ela caísse completamente no papel
de ser a minha mãe e meu pai. Eu não teria, literalmente, ninguém para me
apresentar a qualquer coisa selvagem, e eu certamente não teria ninguém para
fazer coisas estúpidas comigo.

— Eu nunca bebi antes, então o que eu vou pedir...


— Eu já pedi uma garrafa de WKD14 azul, tem pouco álcool. Não quero
que você saia bêbada daqui comigo. — Branna bufou.

Dei de ombros; eu confiava nela, então, seria WKD.

— Tudo bem.

Quando o garçom voltou com um copo cheio de líquido azul brilhante e o


que parecia ser um copo de Coca-Cola, lambi meus lábios. Branna mostrou-lhe
o pulso direito que tinha estampado grátis nele. O barman assentiu e, em
seguida, olhou para mim, então eu mostrei a ele meu carimbo, e ele assentiu
novamente antes de sair para pegar mais pedidos.

— Como conseguimos o carimbo grátis? — inclinei-me e perguntei à


Branna.

Ela sorriu. — Eu costumava ter uma coisa com o Skull, mas isso foi a
muito tempo atrás. Agora ele sai com Aideen Collins.

Eu assenti, Aideen era amiga de Branna desde que estavam na escola


primária, ela também era a irmã mais velha de Gavin Collin.

— Sim, por isso somos todos muito bons amigos. Vale a pena ter amigos
como ela, literalmente. — disse Branna e gesticulou para as nossas bebidas, o
que me fez rir.

Ela me entregou o meu grande copo de líquido azul e me observou tomar


um gole. Ela riu quando eu arregalei os olhos e de repente tomei um gole
enorme.

— Tem gosto de refrigerante gelado. Nós costumávamos beber quando


éramos mais jovens, lembra? — eu falei com sentimentalismo.

Branna riu e acenou com a cabeça. — Eu me lembro, mas vá com calma,


há álcool nisso, mesmo que não tenha sabor.

14
Marca de vodka muito popular na Europa.
Eu balancei a cabeça e ajustei para tomar pequenos goles em vez de
grandes. Depois de 30 minutos eu estava no meu terceiro copo grande de WKD
e Branna estava em sua terceira vodca e Coca-Cola. Ela tinha me dito o que
estava bebendo quando eu perguntei.

— Eu tenho que fazer xixi. — eu disse, assim que Branna saltou para
dançar a música Scream do Usher.

— Você quer que eu vá com você? — Branna gritou.

Olhei por cima do ombro, próximo à área escura tinha um sinal de néon
para o banheiro feminino. Eu me virei e balancei a cabeça. — Não, é logo ali.
Volto em um segundo.

Branna me olhou por um momento e depois assentiu. — Não saia com


alguém e não aceite bebidas ou qualquer outra coisa se alguém te oferecer,
entendeu?

Eu balancei a cabeça com firmeza. — Sim, entendo.

Virei e caminhei ao redor de algumas pessoas e através de uma área mais


vazia em direção ao banheiro feminino. Eu fiz o meu negócio, lavei as mãos, em
seguida, saí do banheiro.

Literalmente dois passos fora do banheiro, uma menina tropeçou e caiu


para frente. Eu sabia que ela ia cair de cara no chão se eu não a agarrasse, então
foi o que eu fiz, mesmo que tenha matado meu lado machucado.

— Oh meu Deus! — a menina gritou e em seguida riu quando eu a


levantei.

— Você está bem? — perguntei, soltando seu braço e colocando minha


mão em meu estômago.

Ela assentiu e olhou para mim; as luzes estroboscópicas estavam de volta,


por isso dei uma boa olhada em seu rosto duro.
— Obrigada querida, essa passou seriamente perto. Você me salvou. — ela
sorriu, em seguida, virou-se. — Ela me salvou. — gritou para ninguém e para
todos.

Eu ri um pouco, mais por falta de jeito do que diversão e inclinei a


cabeça, pronta para ir para longe dela. Isso foi até que de repente um corpo
parou na minha frente à minha esquerda, fora da área mais escura do clube.

— Que diabos você está fazendo aqui?

Eu reconheci imediatamente aquela voz, porque eu detestava essa


maldita voz. Então, quando eu inclinei minha cabeça para trás e encontrei os
olhos cinza prateados brilhantes de Dominic Slater, eu rosnei.

— Não é da sua conta, idiota, agora mexa-se! — estalei tentando soar


brava e não com medo, que era o que sentia quando ficava perto dele
recentemente. Meu corpo inteiro se tornava hipersensível, quando ele estava
por perto.

Ele sorriu e deu um passo de dois centímetros em minha direção. Dois


centímetros era o único espaço livre que havia entre nós, de modo que o
estúpido agora estava pressionado contra mim.

Eu odiava que eu perdesse meu controle sempre que este filho da puta
estava por perto; qualquer um no planeta podia irritar o inferno fora de mim e
eu mantinha a calma e ignorava. Com exceção de Dominic. Eu não sabia do que
se tratava, mas chegava a mim muito fácil e ele sabia disso. Mesmo que eu
tivesse medo dele, estava pronta para lutar e beijá-lo desesperadamente, tudo ao
mesmo tempo.

Eu levantei minha mão, fechei-a em punho e virei para ele, mas ele pegou
minha mão, me girou, e envolveu seus braços em volta de mim por trás,
prendendo minhas costas em seu peito.

Santo inferno, como é que ele fez isso?


Eu sabia que eu era uma lutadora de merda, mas o que ele fez foi muito
rápido. Meu movimento foi muito rápido para mim também, porque eu
machuquei meu lado mais do que qualquer coisa, e isso me fez assobiar.

— Vamos lá! — eu gritei.

A menina que eu salvei de cair de cara no chão tinha ido quando eu a


procurei para pedir ajuda, então eu amaldiçoei. Esse é o agradecimento que eu
ganho por preservar seu rosto bonito? Cadela!

— Sério, babe, o que você está fazendo aqui? — Dominic perguntou no


meu cabelo perto do meu ouvido para que eu pudesse ouvi-lo sobre a música.

Eu me encolhi, porque sua respiração no meu ouvido me fez cócegas e fez


meus olhos fecharem por alguns momentos. Eu respirei profundamente, e seu
cheiro me encheu e me deixou um pouco tonta, mas me lembrei sobre quem eu
estava desmaiando e balancei minha cabeça para clarear.

— Eu vim aqui com a minha irmã, agora me solte. — eu atirei.

Ele me soltou, então pulei para longe dele. Eu me virei e dei o dedo, o que
o fez rir. Então, dei a volta nele e voltei para Branna. Quando cheguei ao lugar
que tinha deixado Branna, ela não estava lá, e eu imediatamente comecei a
entrar em pânico.

— Ei, salva-vidas, sua irmã me pediu para vir te pegar. Ela se sentou com
a gente.

Virei-me e reconheci a garota que eu salvei de cair e levantei uma


sobrancelha, mas eu a segui. Quando entramos para a área escurecida e viramos
para a direita, eu notei as cabines. Elas eram grandes e pareciam legais. Os
assentos eram pretos e as mesas eram prateadas parecendo de mármore, com
um negócio de bola brilhante no meio; era incrível.

Eu procurei nos rostos estranhos até que meus olhos pousaram em


alguém que eu conhecia.

Alec?
Eu continuei a olhar para a direita e vi Kane e Damien. Eu quase caí
quando vi Dominic sorrindo para mim. Eu olhei para ele antes de continuar a
olhar para a direita e quando vi minha irmã, sentada no colo de Ryder, eu gritei.

Aquilo não podia estar acontecendo!

— Não! Nem fodendo, levante-se, agora! — eu berrei.

O queixo de Branna caiu; Ryder suspirou quando ele me viu, enquanto o


resto da mesa ou bufou ou olhou para mim como se eu tivesse problema mental.

— Bronagh, não seja tão rude. Este é Ryder, eu já ia te apresentar.

— Foda-se, você está literalmente sentada com o inimigo. Esse é


Dominic! E o cara sobre o qual vocês está se curvando é o irmão dele! — rosnei e
apontei para o bastardo americano de aparência presunçosa.

Branna arregalou os olhos. — Espere Nico é Dominic? Esse Dominic é o


garoto que tentou..

— Sim! — rebati e cortei Branna.

Branna parecia Muhammed Ali, quando ela estendeu a mão e deu um


soco em Dominic; foi tão rápido, nenhum de nós teve tempo para reagir. A
cabeça de Dominic estalou para o lado, mas ele voltou a cabeça tão rápido
quanto para encarar Branna. Ryder levantou-se e a empurrou de cima dele
como se ela fosse sujeira, e isso me enfureceu.

— Não empurre a minha irmã, seu grande filho da puta! — eu repreendi e


tentei bater em Ryder, mas ele abaixou e saiu do meu alcance.

— Sai Branna, acabou. — Ryder então assobiou para Branna, claramente


louco por ela ter batido no seu irmão mais novo.

Branna riu quando agarrou minha mão. — Acredite em mim, querido, eu


vou. De outra maneira, eu mataria seu irmão pervertido por fazer o que ele fez
para minha irmã! — ela rosnou.
Eu não tive a chance de dar a Dominic o dedo novamente ou mesmo
soltar um insulto de despedida porque Branna me levou embora com ela.

Eu a abracei, quando estávamos de volta para a pista de dança. — Puta


merda, Bran, você foi incrível. Você deu um soco na cara de Dominic; estou com
tanta inveja! — eu jorrei com admiração e alegria.

Branna sorriu e me abraçou com força. — Ninguém mexe com a minha


irmã, especialmente um bonito menino maluco.

Ela foi brilhante, ela foi, sério!

Eu estava prestes a perguntar como ela conheceu Ryder, mas ela me


interrompeu, gritando: — Agora, vamos dançar!

Eu não precisava ser chamada duas vezes; deixei Branna me levar para o
meio da multidão de corpos balançando. Eu estava um pouco nervosa no início,
mas eu literalmente só me deixei ir junto com Branna, levantei minhas mãos, e
me perdi na música. Foi muito divertido, possivelmente a maior diversão que eu
já tive.

Eu sabia que precisava sair mais, mas isso, estar aqui agora, era um
grande passo do meu esconderijo atrás do Kindle em casa ou atrás do meu
iTouch na escola. Era um progresso, e eu estava feliz com isso.

Depois de cinco músicas e algumas danças despreocupadas, Branna e eu


estávamos com sede. Ela pediu uma pequena vodca com Coca-Cola para mim,
porque eu não tive qualquer efeito bêbado dos três copos de WKD que eu já
tinha tomado. Ela estava muito tonta no momento em que ela terminou seu
quinto copo de vodca com Coca-Cola. Eu ainda estava no meu primeiro, porque
era forte; estava tomando pequenos goles a cada poucos minutos, em vez de
engolir como eu fiz com o WKD.

Branna e eu estávamos rindo de uma piada que ela contou quando as


luzes à nossa direita de repente iluminaram o lado escuro do clube, ganhando
altos aplausos e gritos. A maior parte da pista de dança e bar esvaziaram, uma
vez que todos correram para as luzes. Concentrei meus olhos e notei que havia
uma plataforma redonda levantada alguns metros no ar no centro da área agora
iluminada. Uma única faixa preta estava nas bordas da plataforma circular e
parecia importante, então eu perguntei a Branna o que era.

— É apenas para mostrar o ponto do círculo que não pode atravessar. Se


um lutador for golpeado para fora dela, é um nocaute automático É um círculo
bem grande, de modo que nenhum lutador forte quase nunca sai; normalmente
são os lutadores fracos que apanham tanto que inconscientemente se movem
para trás por ser mais fácil para eles do que serem nocauteados. — explicou
Branna.

Eu arregalei meus olhos e apontei. — E as pessoas em pé ao redor da


plataforma? — eu questionei.

Branna bufou. — Elas costumam se mover rápido o suficiente para evitar


um corpo aterrissando em cima delas.

Ofeguei. — Isso é horrível!

— Esse é o esporte. — Branna encolheu os ombros. — É uma mistura de


coisas diferentes, as principais são quentes, sexys, suadas, perigosas, homens
ferozes...

— Ah, cala a boca. — eu murmurei, fazendo Branna dar risada.

— Senhoras e senhores, bem-vindos à Darkness! — uma voz profunda de


repente soou nos alto-falantes em torno do clube, onde a música estava tocando
apenas alguns segundos atrás.

A voz causou gritos altos em erupção em torno do clube.

— É noite de sexta aqui na Darkness e todos vocês sabem o que isso


significa...

— Noite de luta! — a multidão que cercava a plataforma gritou em


resposta, fazendo a voz profunda através dos alto falantes rir.

— É isso mesmo, é Noite de Luta, mas hoje é um pouco diferente. Em vez


das nossas habituais três lutas, hoje temos quatro.
Mais aplausos.

— Os primeiros dois rapazes ainda são recém-chegados, então peguem


leve com eles, porque eles com certeza não vão pegar leve um com o outro.
Ambos lutaram algumas vezes ao longo das últimas semanas, assim vocês
devem reconhecê-los.

Aplausos e gritos vieram de perto de mim, me fazendo rolar os


olhos; Branna adorava isso.

— Abram caminho para os nossos novos rapazes, todos vocês podem


escolher seus nomes durante a luta de hoje à noite então, por agora, bem-vindos
Nico e Drake!

Eu arregalei meus olhos.

Não.

De jeito nenhum!

— Bronagh, é Nico, seu Nico! — Branna ofegou.

Meu Nico?

Que porra é essa?

— Ele não é meu! — eu soltei.

Branna me dispensou porque ela estava assistindo ao show, então me


virei para olhar bem e vi quando Dominic subiu na plataforma e meio que saltou
enquanto balançava suas pernas. Ele estava sem camisa, e mesmo que eu o
odiasse com uma paixão, minha mente automaticamente voltou para o
momento em que aquele corpo sem camisa estava pressionado contra o meu,
me fazendo tremer antes de balançar a cabeça e mandar os pensamentos para
longe.

Eu estudei o resto de Dominic; ele estava em shorts preto, que ia até um


pouco acima do joelho e usava luvas sem dedos acolchoadas. Seu cabelo estava
empurrado para trás de seu rosto; imaginei que havia um pouco de gel nele
agora, porque ele ficou do jeito que foi penteado para trás, fazendo com que
parecesse confuso.

Eu arregalei meus olhos, quando tive a visão do seu braço direito e das
costas conforme ele saltava ao redor. Eu já tinha visto as suas costas em seu
quarto quando eu estava fugindo dele, e o ombro só estava parcialmente
torneado com uma tatuagem tribal. Agora, no entanto, havia mais detalhes
sobre o seu ombro e sua manga estava completa.

— Bela tatuagem. — Branna meditou.

Eu rosnei. — Nós o odiamos, lembra?

Ela encolheu os ombros. — Sim, mas isso não significa que não podemos
dizer que ele tem uma bela tatuagem, porque ele tem.

Eu bufei. — É nova, a manga não estava completa há algumas semanas.

Branna olhou para mim. — Sim, então você deu uma boa olhada em seu
corpo naquela época, não foi?

Eu rosnei para ela, fazendo-a rir quando ela pegou a vodca com Coca-
Cola. Estendi a mão para a minha e tomei. Saudei a queimação na garganta e no
peito, uma vez que tirou a minha mente de Dominic. Bem, até que eu olhei de
volta para ele.

Eu soltei um suspiro quando outro rapaz da mesma altura e construção


subiu na plataforma. Ele estava usando a mesma coisa que Dominic exceto que
o calção e as luvas eram um azul escuro.

— Esse garoto Drake é quente. — Branna jorrou.

Olhei-o e concordei com ela; ele era quente. Ele tinha um corpo magro
sexy, cabelos loiros, e eu só podia adivinhar que ele tinha lindos olhos azuis para
combinar.

— Aqui vamos nós. — Branna sorriu quando ela me puxou do meu


assento em direção à multidão.
Fui com ela sem protestar e ri quando ela gritou: — Mate-o, Drake!

Drake ouviu isso e sorriu com seu protetor bucal, enquanto Dominic
rapidamente olhou para baixo. E de todos, ele fez contato visual comigo e olhou
como se achasse que eu tinha dito aquilo a Drake.

Tanto faz, eu estava pensando isso.

Dominic voltou seu foco para Drake e o atacou quando um sinal sonoro
alto soou. Ofeguei quando Dominic deu um soco forte no rosto de
Drake; lembrei-me de quando ele bateu em Jason e Gavin. O jeito que ele
lutava, deveria ter me dado alguma indicação de que ele fazia muito isso e o fato
de que ele foi para a escola alguns dias com hematomas no rosto e pedaços
inchados de carne em toda parte. Mas isso não aconteceu, e era por isso que eu
ainda estava surpresa por assisti-lo em ação agora.

— Vamos lá, Drake! — eu aplaudi, fazendo Branna gritar e algumas


pessoas ao nosso redor rir.

Tinha um canto baixo entoando Drake que de alguma forma se


transformou em The Destroyer15, e que chamou a atenção do locutor.

— Parece que Drake tem um apelido de luta, ele é The Destroyer. — a voz
cresceu recebendo gritos em troca.

Nós começamos a entoar ‘The Destroyer’.

Drake pareceu ter um impulso de confiança com a nossa torcida porque


ele lançou Dominic ao chão e começou a bater nele.

— Woohoo. — aplaudi e bati palmas.

Na minha cabeça, cada soco que Drake desferia em Dominic, era uma
vingança por todas as besteiras que ele me fez passar desde que começou na
escola com o seu irmão.

15
O destruidor
Meu sorriso foi apagado do meu rosto quando Dominic passou perna por
baixo de Drake e chutou o corpo dele. Dominic ficou de pé e chutou Drake para
o chão, quando ele tentou se levantar. Em seguida, Dominic se lançou sobre ele
e desencadeou uma série de socos rápidos na cabeça protegida de Drake e peito
e estômago desprotegidos. Eu o tinha visto assim antes, quando ele lutou com
Gavin na escola, era como se ele perdesse completamente o controle e ficasse
louco com socos e outros golpes.

— Uau! Nico está um pouco rampage16 aqui, isso deve acabar rápido
gente! — a voz declarou.

O cântico 'Rampage' foi ouvido em seguida, e eu soube imediatamente


que seria o apelido de luta de Dominic. Isso me fez ficar carrancuda, porque era
um bom apelido que combinava com ele.

Olhei duro para as costas de Dominic, que agora estavam cobertas por
uma camada de suor. Um soco mais tarde, o mesmo sinal sonoro, que começou
a luta, a terminou.

Dominic saiu de Drake e virou seu corpo em minha direção; seus olhos
me encontraram, e ele olhou duro para mim enquanto sorria para a minha
expressão chocada. Eu não podia acreditar que ele acabou de destruir o The
Destroyer!

— Rampage vence; The Destroyer não pode continuar. Palmas para


RAMPAGE!

Eu zombei enquanto todos ao meu redor ficaram loucos; Dominic ergueu


os braços acima da cabeça em vitória, enquanto continuava a sorrir para mim.

Dei o dedo e murmurei. — Foda-se!

Ele piscou para mim, quando eu zombei novamente, em seguida, virei


para Branna, que estava entre eu e Dominic com os olhos arregalados.

— O quê? — eu perguntei a ela.

16
Furioso
— Ele propositalmente olhou para você depois que ele chutou a merda do
outro rapaz. Acho que ele tem uma coisa por você.

Revirei meus olhos. — Ele só queria ter certeza de que eu o vi ganhar. Ele
é desse jeito, um bastardo arrogante. — eu assegurei a ela, que deu de ombros
em resposta.

Quando Dominic e um Drake agredido desceram da plataforma, a voz


anunciou mais dois lutadores que pareciam mais velhos do que Dominic e
Drake. Continuou assim por mais duas lutas até que todas as lutas
acabaram. Fiquei chocada por ficar torcendo e gritando quando quem eu estava
torcendo perdia ou ganhava. Foi emocionante de um jeito estranho; quer dizer,
eu estava tendo prazer com caras chutando a merda um do outro, mas assim
estava todo mundo aqui. Eu não estava sozinha; eles estavam todos tão doentes
e deturpados quanto eu.

Quando as lutas acabaram, eram mais de duas horas da manhã, pois


além da luta de Dominic, não houve nocautes até 20 minutos ou mais em cada
luta. Sim, é isso mesmo, essas coisas realmente demoravam esse tanto.

Minha visão estava me fazendo ver dobrado e minha cabeça estava tonta,
então eu peguei um copo de água com o barman antes de Branna e eu sairmos.
Eu concluí que estava bêbada quando eu caí subindo as escadas da Darkness e
então me acabei no riso. Branna também estava bêbada, mas parecia estar
caminhando muito bem e só ria um pouco quando eu dizia ou fazia algo
estúpido.

— Vamos, vamos para casa. — Branna anunciou quando chegamos lá


fora.

Acenei para Skull, que para mim não parecia mais tanto com um serial
killer, com seu rosto sorrindo, feliz. — Isso foi mortal! — eu gritei para ele.

Ele riu e acenou. — Cheguem em casa seguras, senhoras.

— Nós chegaremos. — Branna acenou de volta para ele.


Branna colocou seu braço à minha volta enquanto descíamos o caminho
com pessoas na frente e atrás de nós.

— Ei babe. — disse uma voz ao meu lado esquerdo.

Eu olhei para a voz e sorri instantaneamente.

— Drake! — eu gritei. — Você é The Destroyer! Eu vi você lutar hoje à


noite; você foi mortal!

Seu rosto estava muito detonado, mas ele ainda estava sorrindo, o que
significava que ele não estava tão machucado. — Eu esfolei a minha bunda, mas
obrigado, eu vou ficar melhor quando fizer uma rotina decente de prática.

Eu balancei a cabeça. — Eu aposto que você vai.

Ele sorriu para mim e olhou para Branna. — Você e sua amiga querem ir
a uma festa?

Branna animou-se. — Uma festa? Onde? — ela perguntou fazendo Drake


dar risada.

— Em Upton, Nico está dando uma festa para comemorar sua vitória esta
noite.

Eu fiz uma carranca instantaneamente. — Nós não podemos ir.

Drake franziu o cenho. — Por que? — ele perguntou.

— Porque Dominic e eu nos odiamos e mais, a minha irmã aqui deu um


soco na cara dele mais cedo esta noite, então não vamos ser convidadas. — eu
bufei então elogiei até quando Branna gargalhou ao se lembrar o que tinha feito.

— Tenho certeza que Nico não vai se importar se vocês forem. — Drake
continuou enquanto seus olhos moveram rapidamente sobre meu ombro.

Eu estava rindo agora. — Não, sério, ele se importaria muito.

— Eu não me importaria nem um pouco, menina bonita.


Eu congelei.

Por que ele aparecia nos momentos mais desnecessários?

Sério, ele era como uma maldita herpes.

— Vá se foder, Dominic.

Drake levantou as sobrancelhas quando ele olhou por cima do ombro e


perguntou: — Ela é sua garota, cara?

Eu irrompi em gargalhadas com o que ele disse como se fosse a coisa


mais engraçada de todas.

— Sua garota? Nos sonhos de merda dele.

— Sim, ela é minha.

Drake acenou com a cabeça, mas ele não parecia mais feliz. — Eu te
encontro por aí, querida. Vejo você na sua casa, cara.

— Sim mano, mais tarde.

Virei-me, levando Branna comigo, para enfrentar Dominic... e todos os


seus irmãos.

Eu olhei para todos eles, exceto Damien, e em seguida, levantei a mão


livre, que não estava em volta de Branna e a apontei para o rosto vermelho e um
pouco inchado de Dominic, enquanto ele cruzou os braços sobre o peito e olhou
para mim com uma sobrancelha levantada e um sorriso brincalhão em seus
lábios inchados.

— Escute aqui, s-seu pauzinho chupador de boceta, eu não sou sua. Eu n-


não sou nada sua e se você insinuar q-que eu sou de novo, eu vou chutar a
merda fora de você e depois furar seu o-olho com uma caneta...

Eu me cortei quando senti Branna pesada e seu corpo inclinar.

— Não Branna, não faça isso. Você não p-pode vomitar em mim ou
morrer, eu não posso te levar pra casa; estou f-fraca como merda!
Quando eu ouvi os rapazes rirem, eu olhei para cima e rosnei.

— Fodam-se todos vocês, exceto você Damien, você é l-legal. — eu disse,


fazendo Damien rir e Dominic rosnar.

— Dê-me ela, eu vou levá-la de volta para casa.

Olhei para Ryder quando ele falou. — Eh, não, ela acha que você é um i-
idiota e vai te s-socar se perceber que você está c-com ela.

Ryder sorriu e abaixou o olhar para Branna e disse: — Eu vou me


arriscar.

Revirei os olhos e oscilei um pouco, porque o movimento me fez sentir


tonta novamente.

— Eu tenho você.

Senti o peso do corpo de Branna deixar meus braços, forcei meus olhos
abertos e olhei para os de prata me encarando. — Deixe. Me. Ir. — eu rosnei.

— Tudo bem. — disse Dominic e me deixou ir, só para me pegar de novo


quando meus joelhos se dobraram.

Ele riu quando me levantou e me segurou contra seu corpo firme. —


Parece que você precisa de mim, menina bonita.

Eu odiava quando ele me chamava disso, era um apelido estúpido.

— Eu nem sequer s-sou bonita. — eu respondi, meio grogue, omitindo o


comentário sobre eu precisar dele, não havia nenhuma maneira no inferno que
eu admitiria isso. Nunca.

A resposta de Dominic foi uma risada quando ele me ergueu em seus


braços e me levou para algum lugar. Meu último pensamento coerente antes de
tudo ficar preto foi que Dominic iria cortar a mim e a minha irmã em
pedacinhos e seus irmãos ajudariam.

Exceto Damien, porque ele era legal.


D or.

Era tudo que eu podia sentir na minha cabeça e no corpo quando pisquei
e abri os olhos apenas para apertá-los e fechar segundos depois. Não havia
claridade; meu quarto estava realmente escuro indicando que as cortinas foram
fechadas, então não era isso que estava fazendo a minha cabeça doer. Não, o
martelar na minha cabeça foi causado pelos meus atos, e o gosto desagradável
na minha boca praticamente confirmou que eu fiz isso para mim mesma.

Álcool, eu pensei e quase desejei coisas ruins para Branna por me levar
para sair na noite passada.

Relaxei na minha cama, mexendo um pouco e sentei cuidadosamente.

— Branna? — eu chamei.

A última coisa que eu me lembrava da noite passada era da oferta de


Ryder para me ajudar com ela. Lembrei-me de Dominic falar comigo, mas
depois as coisas sumiram.

— Volte a deitar, eu ainda não terminei de acariciar o seu copo. — disse


uma voz masculina rouca, fazendo-me gritar a pleno pulmões.
Eu me arrastei para fora da cama apenas para cair e bater o traseiro
primeiro no chão. Gritei de dor, mas rapidamente fiquei em pé com os braços
levantados prontos para lutar contra o meu agressor.

— Você está realmente planejando lutar comigo com os olhos fechados?


— a voz perguntou, parecendo divertida agora.

Eu forcei meus olhos para abrirem completamente, e quando eles


aterrissaram no dono da voz, ofeguei, em seguida, gritei novamente.

— O que... o que eu estou... o que estou...

— Você agora está gaguejando, o que está tornando difícil entender você.
Seu sotaque pesado como é, adicionando a gagueira à mistura e você está
praticamente falando chinês.

Fiquei ofendida.

— Foda-se. — eu respondi. — O que estou fazendo aqui? Em sua casa, no


seu quarto, na porra da sua cama?

Dominic sorriu, e meu estômago embrulhou com a visão.

— Por favor, não me diga que... nós... fizemos... isso.

— Isso? O que seria isso, menina bonita? — Dominic perguntou conforme


colocava as duas mãos atrás da cabeça e sorria para mim.

Eu odiei que meus olhos foram até o seu peito; eu podia ver os músculos
dos seus braços flexionados quando eles estavam levantados por trás de sua
cabeça e também a tatuagem que enrolava em torno de suas costas para o lado
de sua cintura, até seu ombro e para baixo em seu braço direito.

— Apreciando a vista?

Levantei meu olhar até Dominic e encarei. — Será que tivemos relações
sexuais? — eu rosnei.
Dominic sorriu plenamente. — Não, nós não tivemos. Se fizéssemos isso,
você iria se lembrar, porque você estaria totalmente sóbria no momento.

Deixei escapar um enorme suspiro de alívio.

Eu não tive relações sexuais com ele, graças a Deus.

— Obrigada, Jesus. — eu disse para o céu, em seguida, olhei para baixo e


rosnei para Dominic, que estava me avaliando com os olhos.

— Como você ousa me colocar em sua cama, quando eu não estava bem
da cabeça? Como você se atreve...

— Como me atrevo? — Dominic de repente estalou e saltou da cama de pé


e caminhou em minha direção.

Eu estava chateada com ele, mas eu notei que ele estava apenas de cueca
e que ele tinha um par de contusões no peito, ombros e rosto. Eram todos,
obviamente, da luta na noite passada.

— Você era a única que estava tão bêbada que não conseguia ficar de pé.
Você estava tentando ajudar a sua irmã quando você mal podia suportar a si
mesma. E só para você saber, cadela, você queria ficar na minha cama, em vez
da festa no andar de baixo com todos os outros. Você me disse que queria que eu
dormisse com você e te abraçasse. Você pediu por isso, não eu, porra.

Eu estava com os olhos arregalados quando ele terminou de falar; senti


minha garganta um pouco seca ao engolir.

— Eu não acredito em você...

— Bem, é melhor você começar porque é verdade! — ele rosnou conforme


entrou no meu espaço e abaixou a cabeça para a minha, assustando a merda
fora de mim.

— Eu estava bêbada, então é por isso que eu disse seja lá o que for ontem
à noite. Eu não consigo me lembrar, então isso não aconteceu...
— Aconteceu e você gostou. Porra, você ronronou quando eu abracei
você.

Eu ronronei?

Que porra ele achava que eu era, um gato?

— Os seres humanos não ronronam...

— Baby, você ronronou, porque você estava tão relaxada e satisfeita nos
meus braços. Quer você goste ou não, você gostou de dormir comigo!

Estreitei meus olhos em uma fenda. — Eu estava bêbada.

— Essa é a sua desculpa? Você agiu daquele jeito por que estava bêbada?

É, sim!

— Obviamente, Dominic, eu não suporto você, então eu teria que estar


muito bêbada para rastejar de boa vontade em sua cama e querer que você me
tocasse!

Seus olhos de prata se encheram de raiva.

— Foda-se, Bronagh, você está sendo uma verdadeira vadia...

Eu dei um soco nele, diretamente no rosto. Eu me surpreendi com a


minha ação repentina de violência, mas eu não consegui evitar.

Nenhum filho da puta me chamava de vadia!

Eu nem sequer me importei se ele me bateria de volta, não seria como um


homem batendo numa mulher, porque nessa fase eu já tinha colocado minhas
mãos nele mais do que qualquer um deveria fazer com outra pessoa, mas esse
idiota pedia por isso.

Virei para sair correndo do quarto de Dominic, mas uma mão segurou
forte no meu cabelo e um braço veio ao redor da minha cintura, parando meus
movimentos.
— Deixe-me ir! — eu gritei, minhas mãos voando para agarrar a mão no
meu cabelo.

— Não. — ele rosnou no meu ouvido. — Porque você me bateu de novo.

— Você me chamou de vadia, então estou pouco me fodendo! — eu gritei.

Seus dentes, sim, os dentes, agarraram meu pescoço e morderam. Eu


sabia que não tinha sido forte o suficiente para cortar a pele, mas doeu; doeu
pra caralho.

Gritei de novo e balancei minhas mãos para trás, socando qualquer parte
dele que eu podia alcançar.

— Eu vou matar você! — jurei.

De repente, ele me soltou da sua boca e mãos, então eu virei e,


literalmente, pulei em cima dele com as mãos balançando.

Nós colidimos e caímos de volta para sua cama; eu estava em cima por
cerca de três segundos antes de Dominic nos rolar e me prender embaixo
dele. Eu estava ciente de que eu estava usando apenas meu vestido da noite
passada, e ele tinha subido até o topo das minhas coxas mostrando minha
calcinha e coxas.

— Renda azul? Eu teria atrelado você para o tipo de calcinhas da vovó...

— Sai fora! — eu gritei e tentei chutá-lo uma vez que ele tinha imobilizado
meus braços, mas ele se pressionou entre as minhas pernas para me impedir de
machucá-lo dessa forma.

— Calma, você não está fazendo nenhum bem agindo como uma puta
psicopata...

— Oh, meu Deus, você sabe alguma coisa sobre as mulheres ou as


pessoas em geral? Não insulte alguém quando está tentando acalmá-los, porque
tem o efeito oposto, retardado fodido!
Eu ignorei o fato de que eu deveria tomar o meu próprio conselho porque
Dominic estava tão louco como eu agora e xingá-lo não o faria mais feliz.

Ele balançou a cabeça, assobiando para mim. — Eu poderia


honestamente estrangulá-la agora, você é fodidamente surreal!

— Se não fosse ilegal, eu mataria você! — eu rosnei de volta.

Os lábios de Dominic enrolaram em seguida, antes que ele balançasse a


cabeça e risse levemente. — De volta para você, menina bonita.

Eu rosnei, e ele olhou para mim.

Ele abaixou a cabeça para a minha, e eu prendi a respiração quando a


ponta do seu nariz tocou o meu, fazendo meu coração bater no meu peito.

— Eu te odeio! — eu forcei a sair.

O olho esquerdo de Dominic se contorceu. — Eu odeio você, também.

Em seguida, ele abaixou a boca na minha e me beijou com uma fome e


intensidade que me surpreendeu.

Eu fechei meus olhos e tentei juntar minhas pernas, porque os arrepios


que eu estava experimentando atualmente estavam indo em linha reta até um
local lá embaixo. O fato de que Dominic estava entre as minhas pernas, só fez
minhas pernas apertarem seus quadris fazendo-o rosnar para mim.

Meus quadris empurraram em direção aos seus.

Eu o odiava tanto por fazer meu corpo reagir desta maneira por causa
dele. Eu o odiava ainda mais quando eu abri minha boca para ele e beijei-o de
volta, forte!

— Você me deixa louco, porra. — ele rosnou em minha boca.

Você também, companheiro!

Ele soltou minhas mãos presas e colocou seu peso em seus cotovelos
quando se inclinou sobre mim. Eu deveria ter usado as mãos para empurrá-lo
de cima de mim ou para arranhar seu rosto ou algo nesse sentido, mas não o
fiz. Eu fiz uma coisa estúpida e coloquei os braços em volta do seu pescoço e
puxei sua cabeça tão perto da minha quanto pude.

Nós nos beijamos, e foi uma repetição exata da cena da última vez em seu
quarto. Ele me tinha de costas, em sua cama, pronta para lhe dar algo que não
era seu para tomar.

— Bronagh? — eu ouvi a voz de Branna gritar alto, então ela começou a


bater na porta de Dominic.

Dominic gemeu em minha boca e depois rosnou quando eu me afastei


dele.

— Estamos ocupados! — Dominic gritou.

Quem quer que estivesse do lado de fora com Branna riu e então uivou.

— Fique longe da minha irmã seu pervertido desgraçado ou eu vou


acabar com você! — ela gritou.

Eu empurrei Dominic. — Saia de mim. — eu respirei.

Ele saiu então eu rapidamente levantei e arrumei o meu vestido. Peguei


minha bolsa que estava no chão e procurei em volta por meus sapatos, mas não
os encontrei, então eu corri para a porta de Dominic e abri.

— Eu não consigo me lembrar de nada ou como cheguei até aqui, mas eu


não fiz nada com ele; eu juro! — eu despejei em Branna que parecia tão ruim
quanto eu.

Ela me olhou e seus olhos pousaram em meu pescoço e seu rosto ficou
vermelho.

— É melhor você não ter tocado nela sem permissão...

— Eu não toquei, eu não sou a porra de um estuprador!


Branna rosnou. — É melhor você não ser porque eu vou te estuprar se
você a machucar de qualquer maneira!

O sorriso de Dominic foi o suficiente para trazer de volta o mau humor


com ele.

— Você pode me estuprar quando quiser linda.

Eu ofeguei.

Idiota fodido!

— Você é um idiota! — eu retruquei.

Ele voltou os olhos para mim e rolou-os enquanto suspirou. — Eu estou


brincando, não fique com raiva de mim por isso. Prefiro você a sua irmã,
embora ela seja muito quente.

Isso era para ser um elogio ou algo assim?

— Cai fora, Dominic.

Virei-me para Branna e agarrei a mão dela. — Vamos embora!

Ela assentiu, em seguida, olhou para a figura atrás dela. — Mexa-se! — ela
retrucou.

— Eu não vou deixar você sair até me ouvir! — Ryder disse com voz firme.

Eu zombei. — Você não pode mantê-la aqui, idiota.

Ele jogou os olhos em mim e os estreitou. Eu meio que fui para trás de
Branna porque foi só então que eu percebi o quanto ele era maior do que eu; ele
era ainda maior do que Dominic.

— Não olhe para minha irmã desse jeito, você está me ouvindo? Você está
assustando ela! — Branna gritou.

Ryder esfregou o rosto com as mãos. — Bran, baby, eu não sabia que
Bronagh era sua irmã. Você a chamou de Bee quando você falou sobre ela. Se eu
soubesse quem ela era eu teria dito a você, então você não tinha olhado para
mim como você fez da última à noite.

Eu arregalei meus olhos.

Eles se conheciam?

— Espera, volta e congela. Branna... você está saindo com ele? — eu


perguntei, choque flagrante envolvendo meu tom.

Ela olhou para mim e fez uma careta. — Eu não estava escondendo isso
de você, querida. Eu o conheci na Darkness algumas semanas atrás, quando ele
estava lá com Alec e Kane. Nós nos demos bem e fomos a alguns encontros
desde então; eu não ia falar com você até que tivesse certeza sobre ele. Eu sei
como você se sente sobre as pessoas, e eu não queria trazê-lo para perto, a
menos que eu tivesse certeza que ele iria ficar por perto. — então, ela voltou a
olhar para Ryder, e ele estava olhando para ela com tal intensidade
que eu ofeguei.

— Qual é o seu problema com as pessoas, Bronagh? — a voz de Dominic


perguntou atrás de mim, me fazendo ficar tensa.

Branna sentiu minha mão apertar a dela, então ela olhou para
Dominic. — Não é da sua conta. — ela retrucou, e depois olhou para trás, para
Ryder. — Eu não vou fazer isso com ela; ela não gosta de você, e isso significa
que não vai funcionar entre nós.

Ryder parecia mais do que louco quando ele chegou nela e a puxou para
longe de mim, para que pudessem conversar em particular, mas era inútil,
porque eu ainda podia ouvir tudo que estava sendo dito.

— Você não pode simplesmente me dispensar porque a sua irmã não


gosta de ficar perto das pessoas, Branna. Eu realmente gosto de você, e eu me
importo muito com você. Eu sei que você sente o mesmo por mim. Eu não quero
acabar com isso, eu quero que você seja minha garota. Nós podemos levar as
coisas devagar; eu não vou pressionar e tirar Bronagh de sua zona de conforto,
mas, por favor, não desista de mim, de nós.
Meu coração se partiu por ele; eu não sabia que havia algo entre ele e
Branna. Eu achei que ele tinha apenas arrastado ela ontem à noite quando eu a
encontrei sentada em seu colo na mesa, mas eu acho que eles eram uma espécie
de casal, e é por isso que eles estavam sentados daquele jeito. Fazia sentido
quando pensei sobre como Branna disse que queria me apresentar a Ryder
antes que eu a cortasse no clube na noite passada. As coisas tinham claramente
agravado desde então, porque eles não estavam sorrindo e agindo todo
apaixonado um com o outro mais, como eles estavam antes do mundo desabar
na noite passada. Eles tinham, obviamente, brigado por minha causa e de
Dominic, e isso me fez sentir um lixo. Eles não deviam se separar por nossa
causa ou mais importante, por causa de mim.

— Branna. — eu murmurei.

Ela olhou para mim, com lágrimas nos olhos.

Ela claramente se sentia da mesma forma sobre Ryder; ela não queria
terminar com ele, e eu não queria que ela terminasse.

— Não termine com ele. Eu vou... eu vou tentar com mais força por você;
eu prometo. — eu disse, abaixando a cabeça.

Então Branna chorou e disse: — Baby, você não tem que tentar por mim.
Tente por você mesma, essa perspectiva que você tem não é saudável. Eu quero
que você deixe outras pessoas entrarem. Você não pode ter só a mim na sua
vida. Se em algum momento alguma coisa acontecer comigo, você estará
sozinha, e isso me apavora Bee, mais do que qualquer coisa.

Eu balancei a cabeça; eu sabia que era estranho me limitar a ter apenas


uma pessoa em minha vida, mas eu estava com medo de permitir que qualquer
outra pessoa se tornasse uma parte da minha vida, simplesmente porque eu
sabia que eles poderiam sair tão rápido quanto eles entraram, e eu odiava a
preocupação que vinha com isso.

— Tudo bem, eu vou tentar mais. Eu prometo. — eu balancei a cabeça.


Ela beijou meu rosto e me abraçou apertado. Quando nos separamos, eu
olhei para Ryder e desajeitadamente encontrei seu olhar.

— Desculpe por causar problemas para você, Ryder.

Ele sorriu para mim. — Eu acho que você acabou de me salvar de um


monte de problemas, Bronagh.

Então eu sorri um pouco para ele, porque quando ele olhou para Branna,
ele parecia realmente feliz.

Eu não podia acreditar que eu não sabia sobre ele.

— Eu não posso acreditar que você não me disse sobre ele. Você
geralmente não pode manter nenhuma merda para si mesma, assim, como você
não deixou escapar nada sobre isso está além da minha compreensão.

Branna riu, fungou, em seguida esfregou seu nariz. — Foi horrível. Eu


quis te contar tantas vezes, mas tinha que morder o lábio ou falar sobre alguma
coisa aleatória.

Eu ri. — Então, vocês dois são como um casal de verdade? Namorado e


namorada?

Eles olharam um para o outro, sorriram e acenaram com a cabeça.

Eu bufei. — Isto deve ser interessante.

Ryder olhou para mim. — Por que isso?

— Porque ela é uma aberração, e em breve você vai aprender coisas sobre
ela que vai fazer você sair correndo para as colinas. Por exemplo, ela tem TOC17
com limpeza e múltiplas personalidades. Não estou brincando, ela podia ser
minha irmã em um minuto e minha mãe e meu pai no outro.

Branna bateu no meu braço enquanto Ryder riu.

17
Transtorno obsessivo compulsivo
— Por que ela seria a sua mãe ou pai? — Dominic perguntou atrás de
mim.

Eu olhei imediatamente para baixo; eu tinha esquecido que ele estava lá.

Ele acabou de ouvir toda essa conversa.

Oh, meu Deus.

— Os nossos pais morreram há nove anos, Nico, eu sou sua guardiã desde
que completei dezenove anos. Assumi a criação dela quando nossos pais
morreram então ela me considera sua irmã, sua mãe e pai, tudo embrulhado em
um. Suas lembranças com eles são limitadas, porque ela era muito jovem
quando eles morreram. Ela não fala sobre eles de jeito nenhum.

Eu cerrei os meus olhos quando a imagem do rosto pálido da minha mãe


emoldurado com seu cabelo cor castanho escuro voando ao vento quando corria,
enquanto o meu pai alto a perseguia pelo nosso quintal, encheu minha
mente. Branna parecia com mamãe com o rosto em forma de coração e olhos
azuis, enquanto eu parecia com meu pai, com sua pele pálida e olhos verdes
brilhantes. Isso era tudo que eu conseguia me lembrar deles sem ver suas
fotos. Eu não sei por que, mas eu não conseguia me lembrar de nada, exceto
aquela memória dos meus pais brincando no nosso quintal. Recusei-me a ver
um terapeuta, quando eu era mais jovem, mas um estudioso deu um palpite
para Branna que o impacto e o trauma de perdê-los fez minha mente bloqueá-
los completamente.

Eu amava meus pais e meu peito doía quando eu pensava sobre eles, e era
por isso que eu não fazia isso muitas vezes. Eu pensava que era bom que eu mal
conseguia me lembrar deles. Fazia com que a perda se tornasse meio suportável,
mesmo depois de todos esses anos. Algumas pessoas gostam de conversar sobre
seus entes queridos perdidos e decorar a sua casa com as suas fotos, mas não eu
e Branna. Relembrávamos certas coisas, como seus aniversários, aniversário de
casamento e aniversário de morte, mas além disso, não tínhamos lembranças
deles, porque era mais fácil assim. Doía menos.
Pisquei e abri os olhos quando a memória foi embora e encontrei as
coisas em silêncio por um momento, até que Dominic falou novamente. — É por
isso que você tem problemas com as pessoas, você não vai se aproximar de
ninguém na escola ou das pessoas em geral, por que você está com medo que
você poderia perdê-las como perdeu os seus pais?

Eu arregalei meus olhos; ele tinha batido o prego diretamente na cabeça.

— Dominic. — Ryder retrucou. — Mostre um pouco de compaixão!

— Eu estava apenas fazendo uma pergunta. Quando nossos pais


morreram você assumiu o papel de mãe e pai como Branna fez, mas eu não
empurrei todos para longe de mim, porque eu tinha medo que eles pudessem
morrer. Essa é uma maneira de merda de viver.

Aquelas palavras me machucaram, porque eram totalmente verdadeiras.

— Eu quero ir para casa. — eu disse, enquanto as lágrimas encheram


meus olhos.

— Bronagh. —Branna sussurrou e rapidamente me seguiu enquanto eu


empurrei por Ryder e corri para a escada. Ouvi gritos de Ryder. Então eu ouvi
rugidos de Dominic para eu esperar e que ele estava arrependido.

Ignorei todos e tudo e desci as escadas correndo a toda


velocidade. Espantou-me como eu não tropecei e caí para a morte, porque
algumas vezes eu perdi o equilíbrio e cambaleei um pouco. No entanto, acabei
tendo que abrandar, porque havia algumas pessoas, tipo, deitadas sobre as
escadas no piso inferior, o que me fez lembrar a razão de eu estar aqui.

A festa.

Senti a mão de Branna pegar a minha quando ela me alcançou e


manobrou ao redor dos dorminhocos, corpos bêbados que literalmente cobriam
o piso inferior da casa. Ouvi uma risadinha e barulhos de beijos então eu me
virei e vi Damien levar uma menina para fora da cozinha e para o corredor até a
porta da frente.
— Bronagh! — a menina ofegou quando seus olhos pousaram em mim.

Era Destiny.

Oh, Jesus!

Corri meus olhos entre ela e Damien; ela estava chocada, enquanto ele
estava sorrindo para mim.

— Babe, apenas me ouça antes de sair.

— Dominic, deixe-a em paz!

Eu pisquei quando Ryder e Dominic estavam de repente na minha


frente. Isso fez com que os olhos de Destiny praticamente pulassem para fora da
sua cabeça.

— Você e Nico? — ela arfou, olhando para ele de cueca.

Eu balancei a cabeça freneticamente. Ela tinha uma boca tão grande e um


rumor se espalharia pela escola até o final do primeiro período na segunda-feira
se eu a deixasse pensar o que ela estava pensando.

— Não, não. Estou aqui com a minha irmã e o namorado dela, Ryder. Ele
é irmão de Dominic e de Damien; isso é tudo.

Destiny soltou um suspiro e parecia que ela tinha acreditado em mim até
que Dominic jogou na minha cara.

— Então, o que aconteceu lá em cima? Você não dormiu com a sua irmã
na noite passada Bronagh; foi na minha cama que você dormiu e eu fui a pessoa
com quem você dormiu!

— Oh, meu Deus! Vocês dormiram juntos? — Destiny guinchou, seu


rosto se contorceu em fúria. — Sério?

Sua versão de dormir não era claramente como a minha.

Damien muito menos, mas levou-a para o corredor e para fora da casa,
uma vez que Branna se lançou sobre Dominic e Ryder teve que contê-la.
— Essa garota pensa que Bronagh dormiu com você! — ela gritou.

Dominic olhou para Branna. — Ela dormiu comigo!

Branna estalou a cabeça para mim, então eu levantei minhas mãos. — Ele
quer dizer dormiu no termo literal; nós literalmente nos limitamos a dormir um
ao lado do outro.

Branna jogou as mãos no ar e apontou para Dominic. — Entendo porque


ela não pode suportar você. Você está distorcendo as palavras desgraçado!

Dominic realmente sorriu, e isso fez Branna ficar mais irritada do que já
estava. Eu empurrei Dominic na sala de estar / ginástica que estava cheia de
bebidas e lixo. Bati a porta dupla atrás de nós e virei para encará-lo.

— Você sabe que Destiny vai contar para todo mundo o que viu e ouviu.
Todo mundo vai pensar que fizemos sexo e que eu estou com você ou algo
assim!

Dominic deu de ombros. — Então?

Eu fiquei boquiaberta. — Então, é uma mentira, nada disso é verdade!

Dominic deu um passo em minha direção. — A parte de estar juntos


podia ser verdade.

O quê?

Eu ri. — Você está me tirando!

Ele olhou para mim. — Você sabe que eu não estou. Eu te odeio Bronagh,
e eu não suporto você, às vezes. Mas eu também me sinto atraído por você mais
do que eu já estive por uma garota na minha vida. Eu quero você.

Eu olhei para ele. — Então você quer que fiquemos juntos, por que você
gosta de mim, mesmo que você me odeie?
Dominic deu de ombros. — Se gostar significa estar atraído sim. Eu tenho
uma queda por você e uma vez que trabalharmos com os nossos sentimentos,
aposto que vamos gostar muito um do outro...

— Há algo de errado com você, você tem um jeito fodido de pensar!

Ele sorriu. — Confie em mim, eu sei.

Eu suspirei. — Dominic deixe-me em paz. Por favor?

Nós nos encaramos, e ele olhou muito para mim antes de soltar um
grande suspiro.

— Tudo bem, se você quer ir e não nos dar uma chance, então, vá. Saia.

O alívio que senti sair dos meus ombros era tão imenso quanto a dor
horrível que encheu meu peito. Eu não sabia por que doía quando eu deveria ter
sentido nada além de alívio. Eu me forcei a não pensar sobre isso.

— Tudo bem. — eu assenti, em seguida, virei e caminhei de volta para o


corredor, onde Ryder estava acordando as pessoas e praticamente chutando-as
para fora da casa.

— Estamos prontas para ir? — perguntou Branna.

A porta da sala de ginástica se fechou atrás de mim, e de repente, a


música soou fazendo Ryder suspirar.

— Ele está chateado. — ele murmurou enquanto olhava para a porta, em


seguida, olhou para mim. — O que você disse a ele?

Dei de ombros. — Ele queria que ficássemos juntos, que eu fosse sua
namorada, mas eu disse que não, porque não funcionaria entre nós.

Ryder olhou para mim por um momento antes de sorrir e disse: — Eu


acho que você é a única garota que ele já pediu para ser sua namorada, e você o
rejeitou. Isso pode fazê-lo recuar um pouco e perceber que ele não é Deus.
Branna bufou. — Eu duvido disso, seu irmão tem um ego muito grande
para não se recuperar disso.

Eu estava farta de todas as coisas relacionadas com essa conversa.

— Podemos ir para casa? — perguntei à Branna.

Ela assentiu. — Sim, eu preciso comer e dormir.

— Sim, nós não tivemos muito disso ontem à noite. — Ryder sorriu para
ela.

Senti-me enjoada.

— Olha, Ryder, eu estou tentando ser compreensiva sobre sua entrada


repentina na minha vida, com você sendo o novo namorado da minha irmã, eu
realmente estou, mas nunca e eu quero dizer nunca fale sobre sexo com ela ao
meu redor. De outra forma, eu vou vomitar em você. Entendeu, mano?

Branna cobriu o rosto com as mãos, enquanto Ryder mordeu o lábio e


limpou a garganta. — Entendi, Bronagh.

— Ótimo.

Ryder nos levou para casa e, felizmente, o passeio de carro foi em


silêncio. Eu não sabia o que dizer ou falar com ele, então eu só permaneci em
silêncio.

Quando chegamos à nossa casa, Branna se inclinou e deu um beijo nos


lábios de Ryder, em seguida, pegou minha mão. — Ligo para você mais tarde.

Ele assentiu e a observou ir embora enquanto caminhávamos até o nosso


jardim para a varanda da nossa casa; ela acenou enquanto eu abria a
porta. Quando estávamos dentro eu só parei e olhei em volta.

— Nada mudou por aqui e ainda assim tudo parece tão diferente. — eu
murmurei.
Os braços de Branna me abraçaram por trás. — É um novo capítulo para
nós. Algo novo está acontecendo, e vai demorar algum tempo para nos
acostumarmos.

Eu assenti, porque ela estava certa; eu só esperava que eu me


acostumasse a estar perto de Ryder, porque se eu não fizesse isso, quebraria o
coração de Branna.
—E u acho que

a sua bunda está ficando maior a cada dia, Bronagh.

Fechei os olhos e suspirei quando eu pisei na aula de educação física no


salão principal da minha escola. Todas as quatro classes sênior se juntavam para
a educação física, pois nossas classes não são muito grandes, e precisamos dos
números para jogar futebol ou outros jogos depois de concluir a corrida e outros
exercícios horríveis.

Depois da piada de Jason sobre o tamanho da minha bunda, eu não


queria nada mais do que voltar ao vestiário feminino, buscar a minha malha de
treino, e amarrá-la em torno de meus quadris. Mas eu não fui, em vez disso
apenas dei de ombros.

— Eu não vejo como qualquer coisa minha pode ser problema seu. —
respondi enquanto caminhava até o lado da fila do enorme salão onde
estaríamos correndo.

— Eu discordo, entenda, é muita distração. — continuou Jason, sorrindo


enquanto seus amigos faziam algumas observações grosseiras sobre o uso que
eles poderiam dar à minha bunda.
Bastardos sujos!

— Não olhe para ela, então. — eu rosnei.

— Eu acho que o ponto que Jason está fazendo Bronagh, é que sua bunda
é difícil de perder por causa do tamanho, portanto, é perturbador.

Oh Deus, separados eu poderia lidar com eles um pouco, mas juntos? Eu


só poderia desmoronar e morrer!

— Vocês dois corram na minha frente, então, e não vai ser uma merda de
‘distração’! — eu rebati.

Dominic e Jason riram juntos com os amigos de Jason.

Eu balancei minha cabeça. — Vocês dois são verdadeiros idiotas. Aposto


que vocês fariam um do outro perfeitos veados.

Eu me arrependi das palavras assim que elas saíram da minha boca,


porque o sorriso que tomou conta do rosto de Jason me disse que ele estava
prestes a dizer algo que provavelmente me faria querer matá-lo ou ir para casa e
chorar.

— Eu não acho que funcionaria muito bem, sabendo que o pau de Nico
esteve na sua bunda, a minha não seria muito atraente para ele depois disso.

Oh.

Meu.

Deus.

— Isso é uma mentira, porra! — eu berrei.

Jason e seus amigos riram e olharam rapidamente para Dominic, que só


estava me olhando com um sorriso malicioso no rosto. Eu dei um passo à frente
para ele e empurrei seu ombro; ele nem sequer tropeçou.

— Diga-lhes que é uma mentira! — eu pedi.


Era segunda-feira, hoje, a festa depois da Darkness foi sexta-feira e ao
chegar à escola esta manhã, ficou claro que Destiny e sua boca ficaram muito
ocupadas no fim de semana, porque todo mundo sabia que Dominic e eu
dormimos juntos. A única coisa é que eles pensavam que fizemos sexo, e nós
não fizemos!

— O que é uma mentira? — Dominic perguntou inocentemente.

Senti meu olho esquerdo contrair. — Diga-lhes que não dormimos juntos!

Ele levantou uma sobrancelha. — Mas nós dormimos juntos.

Jason e seus amigos riram, assoviaram, aplaudiram quando eu senti todo


o meu corpo corar com raiva.

— No entanto, nós não fizemos sexo! — eu rosnei.

Dominic estava prestes a abrir a boca quando Jason se moveu de repente


e apareceu ao meu lado.

— Quando é a minha vez de fazer um passeio de teste nessa sua bunda e


boceta sabendo que você não é mais a pequena Virgem Maria?

Dominic ergueu as sobrancelhas e desviou seus olhos para Jason e deu-


lhe um olhar que fez Jason abaixar o tom, mas só um pouco.

Eu queria chorar. Tudo isso honestamente não era justo; eu realmente


era virgem, e eu não fiz sexo com Dominic, mas todo mundo pensava que eu
tinha feito, e de repente eu tinha me transformado na puta da escola.

Engoli a bile que estava subindo na minha garganta, e eu rosnei para


Jason. — Eu vou contar para Micah o que você me disse, se você não ficar longe
de mim.

Jason suspirou, sacudiu a cabeça e voltou para perto de Dominic.

— Puta fodida. — Jason cuspiu para mim, fazendo com que seus amigos
rissem.
Revirei os olhos. — Você é uma puta, estúpido!

Isso levou todos a ri r, assim, sem uma palavra, eu me virei e fui


embora. Parei ao lado do bebedouro para que eu pudesse beber, mas eu congelei
quando braços vieram em volta da minha cintura e um peso se moldou em
minhas costas. Isso me fez ficar tensa e derreter ao mesmo tempo, porque ele
me fazia sentir segura e protegida.

— Vá embora, Dominic.

Ele riu quando abaixou a boca para o meu ouvido. — Como você sabia
que era eu?

Eu ergui o meu queixo. — Porque você é a única pessoa que sempre me


toca ou entra no meu espaço pessoal, é assim que eu sei.

— Hmmm, você não pareceu se importar nos momentos em que nós


estávamos nos beijando. Você parecia gostar muito disso, menina bonita.

Eu rosnei e me virei para enfrentá-lo; o idiota não recuou, então eu fiz.

— Esses dois momentos foram um lapso.

Dominic bufou e balançou a cabeça. — O que você disser, menina bonita.

— Eu realmente odeio você. — eu cuspi.

Ele sorriu, suas covinhas acenando para mim. — Eu realmente odeio você
também, menina bonita. Vejo você mais tarde.

Por que ele estava agindo como se eu não tivesse o rejeitado no sábado de
manhã, e por que diabos ele voltou para Jason e sua gangue? Eu balancei minha
cabeça, eles brigaram algumas semanas atrás, literalmente chutaram e socaram
a merda fora um do outro, e agora eles eram amigos? Dominic literalmente
advertiu Jason por minha causa e agora eles estão ficando juntos na escola?

Eu nunca vou entender os homens!

— Você está bem, Bronagh?


Eu pulei e girei, minha mão voando para o meu peito.

— Você me assustou. — eu ofeguei.

Gavin sorriu para mim, a contusão em seu queixo tinha quase


desaparecido, mas ainda estava um pouco visível.

— Sinto muito.

Eu balancei minha cabeça. — Não sinta, eu estava em um mundo próprio.


Hoje é seu primeiro dia de volta da suspensão, certo? Como você está?

Ele sorriu de novo; ele tinha um sorriso tão bonito. — Sim, é, e eu estou
bem, obrigado.

Eu fiz uma careta, de repente me sentindo horrível e culpada. — Gavin,


eu nunca agradeci por me ajudar com Dominic. Eu realmente aprecio você estar
lá por mim, e você tentar afastá-lo de mim algumas semanas atrás.

Gavin acenou com a mão e riu um pouco apontando para o hematoma em


seu rosto. — Eu acho que não ajudei muito afinal.

Eu balancei minha cabeça. — Não, você ajudou. Ele não gostou muito de
ouvir alguém mais gritando com ele pelo que ele tem feito comigo. Ele está
sendo um filho da puta possessivo, ultimamente, seja me incomodando ou me
tentando.

Gavin franziu o cenho. — Você está com ele?

Eu balancei minha cabeça. — Ele me pediu para ser sua namorada, mas
eu disse que não. Eu não sei por que ele persiste tanto comigo. Acho que ele
realmente só gosta de me irritar.

Gavin bufou. — Ele claramente quer você, e mesmo que você o tenha
rejeitado, ele ainda quer estar perto de você. Incomodar parece ser a única
passagem para chegar até você. Ele deve gostar de te irritar um pouco também
apesar de tudo.

Mais do que um pouco.


Eu fiz uma careta. — Conte-me sobre isso.

Gavin sorriu. — Eu meio que devo a ele de uma forma, porém, todos nós
devemos. Você não é apenas mais uma sombra pela escola. Você está como o
resto de nós desde que ele começou aqui.

Eu sorri um pouco e brinquei. — Quem diria que seria necessário um


americano metido para me arrastar da minha zona de conforto?

— Não eu, com certeza. — Gavin riu.

Eu sorri para ele, chocada com o quão fácil era falar com ele.

— Ansiosa pelas dez voltas maravilhosas por este salão legal? — ele
perguntou em seguida, sarcasticamente, enquanto apontava à nossa volta.

Eu bufei. — Ah, sim, não posso esperar para sentir como se minhas
pernas estivessem prestes a cair. Morrendo por isso todo o fim de semana.

Gavin riu para mim, em seguida, fez um gesto para eu ficar ao lado
dele. — Você pode me pegar se eu cair. — ele brincou.

Eu ri em voz alta. — Você pode imaginar se você caísse, e eu tentasse


pegá-lo? Ambos acertaríamos o chão em questão de segundos.

Gavin riu quando ele pensou nisso. Ele bufou com um meio sorriso, e isso
me fez rir mais alto, o que Gavin achou extremamente divertido. Quando
começamos nossas voltas, eu corri lado a lado pelo salão com Gavin rindo
enquanto eu tentava conversar através da minha falta de ar.

Como de costume, cheguei à quarta volta e tive que parar porque eu


sinceramente senti como se estivesse prestes a morrer. Eu sempre fui a primeira
pessoa a parar de correr, todas as outras garotas e rapazes eram mais aptos do
que eu. Eu normalmente nunca me importava, porque ninguém nunca disse
nada, nem mesmo Jason, mas desta vez Fuckface abriu a boca quando se
aproximou na sua corrida.

— Não pare, continue Bronagh.


Dei-lhe o dedo sobre a minha cabeça e soltei. — Foda-se!

Ele riu e bateu forte na minha bunda quando passou por mim.

— Seu filho da puta! — eu retruquei.

Eu nem estava prestes a tentar correr atrás dele por duas razões: a razão
número um era que eu estava morrendo, e razão dois era que eu sabia que não
iria pegá-lo mesmo que eu tentasse.

Eu caminhei com raiva até as esteiras e comecei o alongamento depois de


passar pelo nosso professor de Educação Física. Nosso professor de Educação
Física era o Sr. Rivers. Ele nunca se preocupou muito com as meninas, se
parávamos de correr ou não fazíamos nossos alongamentos, ele simplesmente
não se importava. Sua única preocupação era com os meninos da classe, porque
a maioria deles jogava pelo time de futebol, e eles tinham que estar no mesmo
nível do rival para até mesmo serem considerados para jogar na equipe. Mesmo
que os treinos fossem depois da escola, ele usava a Educação Física para fazê-los
suar também.

Isso era uma coisa muito boa para nós meninas - eu - porque quando
ficávamos cansadas, poderíamos nos despedir e não sermos repreendidas como
os meninos seriam. Eu fazia um esforço para correr tanto quanto podia, mas eu
simplesmente não estava apta, então não durava muito tempo. Eu fazia,
entretanto, muito bem o alongamento.

Eu estava inclinada para frente, meus joelhos afastados e as palmas das


mãos pressionadas no chão à minha frente quando ouvi uma comoção atrás de
mim.

— Slater, você pode não estar na equipe dos caras, mas isso não significa
que você pode simplesmente parar de correr e fazer com que os meus jogadores
batam em você e caiam! — o Sr. Rivers gritou.

— Sinto muito, mas, Jesus Cristo, como você espera que eu corra quando
eu tenho uma visão como essa a meros metros de distância?
O que em nome de Deus aquele cara estava latindo agora? Por que não
podia simplesmente correr sem causar problemas às pessoas?

Ele era como um maldito vírus!

— Pare de olhar para ela! Eu não vou aceitar o seu olhar sedutor para as
meninas ou distraindo os rapazes, por isso ou volte a correr ou vá se alongar...

— Eu voto em alongamento. — Dominic interrompeu o professor,


provocando algumas risadas.

— Deixe-a em paz.

Eu sabia que era a voz de Gavin, e eu estava instantaneamente com


medo, porque a última vez que Gavin interferiu em algo a ver com Dominic, ele
acabou em uma briga com ele.

Eu cuidadosamente fiquei em pé, sacudi minhas pernas, então fui ver


qual era o grande negócio quando de repente eu disparei para frente. Dominic
estava enquadrando Gavin e todo mundo se afastou deles como se não fossem
tentar parar a luta se acontecesse.

— Parem! — repreendi ambos e empurrei meu corpo entre eles.

Minha bunda e costas estavam pressionadas contra Gavin enquanto


minha frente estava pressionada contra Dominic. Inclinei a cabeça para trás e
olhei para ele.

— Basta dar um descanso, certo? Pare de causar problemas. Estou farta


de você fazendo isso! — eu retruquei para ele.

Dominic estreitou os olhos quando ele olhou para mim, então ele
começou a respirar um pouco pesado quando Gavin recuou e me levou com ele,
seu braço firmemente ao redor da minha cintura me mantendo firme contra ele.

— Tire. Sua. Mão. Fora. Dela. — Dominic rosnou em tom baixo de aviso
perigoso.

Eu queria gritar e chorar ao mesmo tempo.


De onde ele tirou que podia dizer às pessoas o que fazer comigo? Eu o
rejeitei, mas ele ainda tinha a coragem de tentar controlar quem podia e não
podia me tocar?

Ele podia ir se foder!

— Ela não quer você, simplesmente aceite e cai fora agora mesmo, porra.
Está ficando patética esta fase, cara! — Gavin disse a Dominic enquanto dava
outro passo para trás me trazendo com ele.

Dominic parecia pronto para explodir um fusível quando Damien


apareceu de repente ao lado dele. — Deixe-o, mano.

— Eu quero ouvi-la dizer isso. — Dominic rosnou.

Ouvir-me dizer o quê?

Damien suspirou e olhou para mim. — Bee, você quer estar com Gavin,
certo?

O que ele quis dizer com isso?

— Hein? — murmurei, confusa.

Damien sorriu um pouco e estava prestes a dizer algo quando Gavin


falou. — Ela vai a um encontro comigo esta noite, então eu acho que isso é um
sim à sua pergunta, Damien.

Um encontro, com Gavin?

O que?

O olho esquerdo de Dominic se contorceu e seu rosto ficou levemente


avermelhado. — Você não quer me namorar, mas você vai usar um encontro
como desculpa para um...

— Ei! Basta! — repreendi de repente não gostando de Dominic tentando


humilhar Gavin.
Percebi então o que Gavin estava fazendo; ele estava, obviamente, me
entregando um bilhete para sair do radar de Dominic, dizendo que estávamos
indo a um encontro.

— Foda-se, Bronagh e foda-se você, idiota. — Dominic rosnou para Gavin.

Gavin ficou tenso ao meu redor. — Olha cara, você ganha algumas, perde
outras. Ela é minha, por isso fique longe dela, entendeu?

Santo inferno, Gavin teve isto. Ele parecia tão sério e realmente veio
como um namorado protetor ou algo assim.

Dominic riu e assim o fez Jason, o que fez seus amigos rirem.

— O que você vai fazer se eu não fizer isso, sua puta? Eu sei que você não
pode brigar como uma merda digno. O que exatamente você vai fazer comigo, se
eu não deixá-la em paz? — Dominic sorriu maldosamente.

Ele podia estar sorrindo, mas eu poderia dizer que ele ainda estava muito
bravo. Ele parecia absolutamente maldoso agora, e eu realmente não gostava
disso.

— Ele não fará qualquer coisa, mas eu tenho certeza que Ryder vai. Você
conhece o seu irmão mais velho, que só acontece de ser namorado da
minha irmã mais velha. — eu interrompi, sorrindo docemente.

Damien bufou. — A pequena Bee sabe segurar a onda, estou orgulhoso.

Eu olhei para ele e dei um sorriso genuíno; ele era adorável, tão diferente
do seu irmão maluco.

— Cale a boca, você. — eu disse alegremente fazendo Damien bufar.

— Não que este episódio de Drama Adolescente Irlandês / Americano não


seja interessante, mas todos vocês podem começar a se mexer? — Sr. Rivers de
repente gritou.

Todos os caras da equipe se lançaram diretamente de volta para suas


voltas, e as meninas foram para as esteiras, onde a fofoca estava claramente
rolando. Gavin manteve o braço a minha volta, e seu corpo pressionado ao meu
enquanto Dominic nos encarava.

Ele me olhou diretamente nos olhos. — Foda-se, Bronagh.

Eu senti como se ele estivesse declarando o fato de que estava cheio de


mim, e fiquei horrorizada porque realmente machucou.

Limpei a garganta e me forcei a dizer: — Não nesta vida ou na próxima,


Fuckface.

Se olhares pudessem matar, eu estaria morta e enterrada com o olhar que


Dominic atirou em mim. Seu corpo inteiro ficou tenso, as mãos estavam
cerradas e as veias estavam pipocando em todos os lugares.

— Vá embora. — Damien murmurou para Dominic.

Dominic me perfurou com seus olhos, e eu descobri que eu não podia


olhar de volta para ele, então eu abaixei a cabeça e evitei completamente o olhar
dele. Eu vi seus pés quando ele se virou e correu, juntando-se ao resto dos
rapazes que estavam recebendo gritos do Sr. Rivers.

— Sinto muito sobre ele mano, ele é um pouco temperamental. — disse


Damien.

Olhei para cima e bufei enquanto Gavin riu atrás de mim.

Um pouco temperamental?

Isso era um eufemismo, se eu já ouvi um.

Damien piscou para mim. — Te vejo mais tarde, Bee.

Eu sorri para ele, gosto do fato de que ele tenha me chamado de Bee
como Branna fazia.

— Mais tarde.

Quando Damien saiu, eu me virei para Gavin, que bufou para mim.
— Estou realmente esperando um encontro com você, é o mínimo que
você pode fazer desde que Dominic deve me matar em breve.

Revirei os olhos de brincadeira. — De qualquer forma, eu me sinto


estranha; nunca estive em um encontro.

Gavin ergueu as sobrancelhas. — Nunca?

Ele parecia muito chocado.

Eu balancei minha cabeça. — Não, eu nunca fui convidada para sair por
qualquer pessoa. Quer dizer, rapazes não ficam afim de mim. Certeza que você
foi meu primeiro beijo.

— O quê? — Gavin perguntou e deixou cair o queixo.

— Por que você está tão surpreso?

Ele me olhou fixamente, piscando.

— Gavin? — eu o estimulei.

— Collins! — Sr. River gritou me fazendo pular de susto.

— Senhor? — Gavin perguntou depois de um momento sem fazer nada,


exceto olhar para mim.

— Deixe a garota em paz e traga sua cabeça e as pernas de volta à corrida!

Revirei os olhos para o Sr. Rivers e olhei para Gavin, que estava olhando
para mim de novo.

— Você está começando a me assustar por ficar só me encarando, Gav. —


eu disse.

Gavin riu. — Desculpe, mas você não tem ideia do quão feliz você me fez.

— Como? — eu perguntei.
Ele balançou a cabeça. — Não importa Bee, eu tenho que correr,
literalmente, mas me dê o seu número? Estou cobrando mesmo o encontro que
eu inventei para o benefício de Dominic.

Eu soquei seu ombro, fazendo-o rir.

Suspirei tentando minimizar o rubor que estava subindo no meu


pescoço. Ele acabou de me chamar de Bee; acho que era o meu apelido
oficial. Entre Branna sempre me chamando e agora Damien, era óbvio que
estava pegando. Mesmo Gavin usá-lo meio que estava me fazendo querer rir. Eu
também estava tentando mandar embora o suor que começou a encher as
palmas das minhas mãos.

— Gavin, um monte de coisas novas estão acontecendo comigo


recentemente. Eu fui invisível por um longo tempo e agora, de repente, eu não
sou e essa merda louca...

— É um encontro Bronagh, não um casamento. Relaxa. — Gavin riu.

Eu ri um pouco com ele. Eu sabia que um encontro não era algo para ficar
pirando, mas um encontro para eu era algo que assustava, porque eu
sinceramente não tinha ideia sobre qualquer coisa assim. Quer dizer, eu nem
sabia como aceitar o convite corretamente.

— Você está certo. — eu respirei. — Quer dizer, é apenas para diversão,


certo?

Gavin assentiu. — Sim, nós podemos ir ver um filme. Posso até deixar
você escolher. — ele piscou.

Será que ele estava flertando comigo?

Eu não tinha certeza, mas corei de qualquer forma, caso ele estivesse.

— Tudo bem.

— Sim? — Gavin sorriu.

Ele tinha um sorriso tão bonito.


— Sim. — eu sorri de volta para ele.

Ele pegou o seu telefone na sua bermuda e me entregou; eu rapidamente


digitei meu número e devolvi para ele.

— Eu vou te irritar muito com mensagens. — ele sorriu diabolicamente.

Surpreendentemente, o pensamento não me incomodou nem um pouco.

— Oh Deus, eu acabei de dar a um potencial perseguidor o meu


número? — ofeguei.

Gavin fez uma careta e divertidamente me empurrou me fazendo rir.

— Collins! A hora de namorada é em casa, você está no meu time então


mova-se!

— Namorada? — uma voz gritou do meu lado esquerdo. — Foi um


trabalho rápido, menina bonita.

Eu me forcei a não virar e corrigir Dominic, porque por alguma razão


eu queria que ele pensasse que eu era a namorada de Gavin na esperança de que
isso iria machucá-lo como ele me machucava.

— Não deixe que ele chegue até você. — Gavin murmurou quando ele se
inclinou e me abraçou.

Eu pulei um pouco antes de lhe dar um aperto rápido como o que já visto
meninas fazerem com caras.

— Mando mensagem mais tarde, está bem? — ele sorriu, em seguida,


virou e correu para longe.

Obviamente a pergunta era retórica, pois ele não esperou por uma
resposta, mas foi bom ele ter se afastado porque eu estava a poucos segundos de
distância de entrar em colapso em uma poça derretida com o sorriso que ele me
atirou sobre o ombro.
Como, em nome de Jesus, eu não fiquei atraída por ele desde que o
primeiro ano começou?

Notei um pouco seus olhares uma vez que fomos para a escola juntos,
mas santo inferno, eu nunca realmente olhei para ele. Ele era impressionante, e
seu sorriso era um sério candidato contra o de Dominic, apesar dele não ter
covinhas. Parei no meio do pensamento e resmunguei. Como é que aquele filho
da puta entrou nos meus pensamentos cheios de Gavin? Ele simplesmente não
podia me deixar em paz, mesmo dentro da minha maldita cabeça!

Eu balancei minha cabeça, virei e caminhei até a área do salão onde as


cordas de pular estavam. Eu nunca participei de qualquer um dos esportes em
que ser parte de uma equipe estava envolvido, de modo que esta era como se
fosse minha própria pequena área. No entanto, hoje as meninas se
aproximaram e me cercaram, o que me fez sentir muito desconfortável.

— Qual é a história, Bronagh? — Micah me perguntou.

Eu estava instantaneamente com medo quando limpei minha garganta.

— Nada. — eu murmurei. — O que você está fazendo?

Ela encolheu os ombros. — Entediada dessa aula, esperávamos relaxar


aqui um pouco. Tudo bem para você?

Não.

— Claro.

— Legal. — ela respondeu.

Eu estava tensa pra caralho enquanto ela se movia ao meu lado e


segurava uma corda de pular. Eu não tinha ideia do por que, mas eu estava
esperando ela lançar e me bater com ela, e eu queria estar pronta para levar o
golpe para que doesse menos. Lambi meus lábios secos e olhei para a minha
direita, querendo que o Sr. Rivers chamasse as meninas de volta para alguma
coisa, mas em vez disso, meus olhos encontraram os olhos de Dominic, porque
ele já estava olhando para mim.
Eu congelei, então, rapidamente desviei o olhar e voltei para Micah, que
olhou na direção de Dominic e acenou com a cabeça um pouco quando ele
acenou para ela se afastar. Ouvi dizer que ele teve uma ‘conversa’ com ela depois
dos rumores de que Micah me atacou depois da escola há quase duas
semanas. Era obviamente verdade, porque Micah pareceu com medo dele e não
tinha sequer olhado para mim desde a noite em que ela me atacou.

— Na verdade, vou correr mais um pouco. Até mais tarde, Bronagh. —


Micah sorriu.

— Tchau, Micah. — eu soprei.

Micah e suas duas amigas, cujos nomes eu nunca me preocupei em


aprender, afastaram-se e deixaram Destiny, Lexi, e três outras meninas
brincando com as cordas perto de mim. Alannah estava do outro lado do
corredor sentada em um banco lendo em seu Kindle, como sempre fazia depois
que ela terminava a corrida e alongamento. Eu senti olhos em mim, e isso me
deixou autoconsciente e sem querer pular corda, por isso fiz um movimento
para colocar a minha corda de volta quando Destiny de repente estava na minha
frente.

— Eu transei com Nico na noite passada. — disse ela, casualmente, como


se dissesse olá.

Por que diabos eu me senti como se tivesse levado um chute no


estômago?

— Parabéns. — eu disse forçando o meu tom uniforme e entediado.

Destiny levantou uma sobrancelha. — Você não está preocupada que eu


tenha transado com o seu namorado?

— Ele não é meu namorado, e independentemente do que você tenha


visto no sábado e do que Dominic está dizendo, eu não tive relações sexuais com
ele. — eu estava indo passar ao redor dela quando fiz uma pausa e a olhei. — E é
nojento que você pensou que ele fosse meu namorado e ainda assim está tão
orgulhosa de ter transado com ele. Honestamente, por que você se gabaria de
ser uma vagabunda e uma destruidora de lares? — eu questionei.

Gostaria de ter mantido minha boca fechada, porque eu sabia que ela ia
gritar comigo antes mesmo de abrir a boca.

— Eu não sou uma vagabunda, você está com inveja de mim! — ela gritou.

Toda a sala ficou em silêncio. Senti minha mão contrair e meu sangue
ferver, como malditamente ela ousa gritar na minha cara e dizer que eu estava
com inveja dela.

— Você está brincando? Só na semana passada você se gabou de ter


montado em cinco rapazes em uma semana. Se isso não é ser uma puta, então
eu não sei o que é! E por que em nome de Deus eu estaria com inveja de você?
Você acabou de me dizer abertamente que você transou com Dominic ontem à
noite, mesmo que você achasse que eu era sua namorada, você é uma patética,
portadora de doença sexualmente transmissível, pequena ladra e se você não
sair da minha frente agora, eu vou...

Eu não consegui terminar minha frase, porque com um rugido ela veio
para cima de mim, mas ao contrário da última vez, quando fui atacada, eu não
estava desavisada ou com medo, eu estava pronta e louca. Eu levantei meus
braços e empurrei Destiny para trás, longe de mim e inclinei a cabeça para a
esquerda, evitando a mão que estava estendida para me agarrar. Ela caiu de
bunda com um baque.

— Briga de mulher! — um dos rapazes gritou.

— Pare! — Sr. Rivers gritou.

— Primeiro e último aviso, fique longe de mim, Destiny. — eu rosnei e ela


gemeu no chão e se encolheu como se eu estivesse prestes a saltar sobre ela.

Eu não ia bater nela, mas quem me levantou para longe de onde eu estava
não queria correr nenhum risco.

— Você é um ímã para problemas, Bee.


Eu comecei a rir. — Toda essa merda só começou a acontecer quando
você e seu irmão gêmeo do mal apareceram na cidade!

Damien bufou no meu ouvido, então murmurou. — Lutas, meninas


loucas, sexo, festas... toda a porcaria que acontece em cada cidade que vamos.

Será que isso significa que eles se mudavam muito?

— Bem, eu não quero fazer parte disso, mas de alguma forma eu fui
arrastada para isso!

— Porque Dominic quer você.

— Ele não pode me ter!

Damien riu novamente. — E essa é uma das razões pelas quais ele não vai
deixá-la em paz.

Eu gemi. — Eu odeio os homens.

Damien riu em seguida, se moveu quando Gavin apareceu na minha


frente.

— Você está bem? Você precisa de alguma coisa? — ele me perguntou,


uma carranca no seu rosto.

— Direto para o escritório do diretor Bronagh e Destiny, agora!

Eu me encolhi com o rugido do Sr. Rivers.

Eu gemi e disse para Gavin. — Sim, eu preciso de uma ambulância,


porque quando minha irmã ouvir sobre isso, ela vai me matar.
—V ocês são tão

sortudos que não foram suspensos de novo!

Eu mantive minha cabeça para baixo quando entrei na parte de trás do


jipe do Ryder; era como se fosse o carro da família Slater já que todos os rapazes
o dirigem em um momento ou outro.

— Dame, no meio, eu não vou escutar nem um pingo saindo da garganta


desses dois.

Eu ignorei totalmente Branna. Ela estava me fazendo pegar uma carona


para casa com Ryder sabendo que Dominic ia estar no carro, e eu estava com
raiva dela por isso. Eu também estava com raiva que ela estava com raiva de
mim sobre o que aconteceu com Destiny. Quer dizer, eu expliquei exatamente o
que aconteceu, e ela ainda estava chateada comigo. Eu afivelei o cinto de
segurança, abraçando minha mochila no meu peito e olhei para fora da janela
do carro.

— O que você estava pensando, Bronagh?

Eu apertei minha mochila e a ignorei novamente.


Branna virou em seu assento e olhou para mim, seus olhos se
estreitaram. — Me responda!

Engoli em seco, olhei para ela, em seguida, calmamente, disse: — Eu


estava pensando que eu estou doente e cansada de pessoas pisando em mim
como se eu fosse um capacho só porque eu sou calma; eu estava me
posicionando!

Branna balançou a cabeça. — Como, malditamente brigando?

Eu perdi isso.

— Eu não lutei contra ela! Ela ficou de me enfrentar e tentou me


humilhar se gabando que ela transou com esse idiota DST ambulante e, em
seguida, ela disse que eu estava com inveja dela! Além disso, ela era a única que
veio a mim; eu a empurrei para longe de mim, na tentativa de me defender a
menos que você queria que eu a deixasse me bater como Micah fez?

Seus olhos brilharam; ela só recentemente soube que Micah foi quem me
bateu algumas semanas atrás, e que eu tinha mentido quando disse que não
sabia quem me machucou. Ela entendeu minhas razões, mas ela ainda estava
chateada com isso.

— Você sabe que eu nunca quero que isso aconteça com você novamente,
seu maldito estômago ainda não melhorou do que Micah fez para você!

Senti seus olhos em mim.

— O que ela fez em seu estômago? — ele me perguntou.

Eu o ignorei.

Eu não estava falando com ele, porque mais uma vez o que aconteceu foi
por causa dele; Destiny tentou esfregar que teve relações sexuais com ele no
meu rosto.

— Teve hematomas dos chutes que a menina deu quando ela estava no
chão. As contusões quase desapareceram, mas está tomando muito tempo para
elas curarem.
Eu rosnei para Branna. — Não é da conta dele, porque isso foi culpa
dele, é culpa dele, tudo é culpa dele.

Eu não podia acreditar que minha voz falhou no final da minha frase. Eu
ia chorar; eu sabia disso, assim como todos os outros sabiam. Olhei pela janela
quando Ryder começou a retirar-se do espaço que ele tinha estacionado no
parque de estacionamento da escola. Eu mordi meu lábio e orei para que as
minhas lágrimas secassem, mas não fizeram.

Quando eu pisquei, elas caíram sobre meu rosto e um pouco depois veio
uma fungada do meu nariz.

Damien suspirou ao meu lado e colocou o braço em volta do meu


ombro. Ele não disse uma palavra ou me puxou para um abraço de lado, ele
apenas deixou o braço em minha volta para o conforto. Eu geralmente não gosto
de nada parecido com isso. Eu poderia dizer que ele não queria, mas eu estava
feliz por isso, porque me fez sentir um pouco melhor.

A viagem de carro não demorou muito, então eu limpei o rosto tão


discretamente quanto pude quando Ryder parou em frente a nossa casa.

— Mais tarde, Bee. — disse Damien.

Olhei para ele e lhe dei um pequeno sorriso em seguida olhei de relance
com os olhos vermelhos e inchados, para Dominic os estreitando em seguida. —
Eu odeio você. — rosnei antes de me virar e sair do carro, fechando a porta e
esperando no jardim.

— Tchau, querido. — eu ouvi Branna dizer, e isso me fez zombar.

Ryder era maior do que eu e Branna juntas. Não havia nenhuma maneira
no inferno que um homem do seu tamanho pudesse ser chamado de querido,
era simplesmente errado. Eu pensei sobre isso enquanto estava parada
procurando na minha mochila as minhas chaves. Quando eu as encontrei abri a
porta e fui direto para o meu quarto. Ouvi Branna me seguindo, e isso me fez
gemer interiormente. Eu precisava deitar e apenas ficar sozinha por um tempo,
mas, aparentemente, ela não ia deixar isso acontecer.
Quando eu cheguei ao meu quarto, eu tirei os meus sapatos e comecei a
tirar o meu uniforme. Vesti minha calça de pijama debaixo da minha saia escola,
então tirei a camisa assim que arrumei a calça. Eu sentei em minha cama uma
vez que eu tinha uma regata e gesticulei para Branna - que estava encostada na
porta do meu quarto.

— Por favor, continue a me depreciar e gritar comigo, eu não tive o


suficiente na escola ou no carro.

Os olhos de Branna estreitaram quando ela entrou no meu quarto e se


sentou na minha cama. — Eu não estou depreciando você. Gritar com você foi
apenas devido ao choque de ser chamada da aula para ir a sua escola, porque
você estava em uma luta!

Eu suspirei. — Não foi uma luta, eu não sei quantas vezes eu tenho que
dizer isso para que você acredite em mim!

— Você empurrou Destiny para o chão. Isso tem meios para uma luta,
Bronagh.

Eu resmunguei. — Ela mereceu. Ela ficou no meu rosto e tentou me


chatear jogando na minha cara que está transando com o Dominic, a puta!

Branna suspirou e murmurou: — Esse rapaz não faz nada além de causar
problemas.

— Eu sei! Venho dizendo isso há semanas! — exclamei.

Branna me calou com um aceno de sua mão. — Eu entendo o quanto ele


chega até você e os problemas que ele está causando para você. Ryder vai falar
com ele sobre isso esta noite. Ele não vai magicamente consertar as coisas, mas
se vocês pudessem pelo menos dizer Olá um para o outro e estar perto um do
outro sem começar uma guerra, eu e todos os outros, seremos eternamente
gratos.

Eu resmunguei. — Eu não posso suportá-lo, porém, ele acha que é um


presente de Deus ou algo assim. Quer dizer, ele praticamente me implorou para
ficar com ele, e quando eu digo que não, ele vai e transa com Destiny nem um
dia mais tarde, em seguida, tenta agir como se nada tivesse acontecido. Quem
faz isso?

Branna encolheu os ombros. — Seu ego tomou uma pancada em sua


rejeição. Ele estava obviamente tentando se sentir melhor ficando com Destiny.

Eu resmunguei. — E eu? Ele não me fez sentir melhor sobre ele estar com
Destiny...

Eu me cortei quando eu percebi que eu estava divagando.

— Espere. — Branna engasgou. — Você está chateada que Nico transou


com Destiny?

Não.

Céus, não.

Céus e Inferno não!

— Você está!— Branna engasgou novamente. — Você gosta dele!

— Eu não, eu o odeio, eu não suporto vê-lo...

— Desista Bee, você está ficando na defensiva e isso é denuncia.

Eu rosnei para Branna. — Pensar que alguém, até mesmo um maldito


bastardo, é atraente não significa que você gosta dele.

Eu não podia acreditar que eu admiti em voz alta, ou em tudo, que eu


achava Dominic atraente!

Branna assentiu. — Você está certa, mas se disser que o bastardo atraente
transou com outra garota e isso chateou você, então sim, isso significa que você
gosta dele.

Engoli a réplica que estava subindo pela minha garganta e me estabeleci


em dar a Branna um olhar sujo, o que a fez rir.

— Oh, Deus, você odeia o fato de gostar dele, não é? — ela gargalhou.
Eu grunhi e a chutei, e ela riu ainda mais. Eu desisti de tentar calá-la e
com raiva cruzei os braços sobre o peito até que ela parou - o que não durou
exato dois minutos.

— Quando diabos tudo isso começou a acontecer? — Branna me


perguntou quando ela enxugou os olhos.

Eu gemi e cobri o rosto com as mãos. — Eu não tenho ideia... eu


honestamente acho que foi quando ele me beijou e outras coisas em seu quarto
depois que ele me defendeu de Jason. Eu gostei de como ele agiu, então, ele não
fez ou disse algo, e ele parecia bom, nós tivemos uma conversa de verdade. Eu
acho que foi a partir daí, mas não me leve a mal, porém, eu o odeio em alguns
momentos - o que é praticamente o tempo todo - ele é um idiota, mas eu sempre
me pego procurando por ele ou simplesmente olhando para ele. Eu odeio que a
Destiny estava com ele ou que ele estava com outras garotas ou que ele queira
estar com elas. Eu realmente nunca pensei sobre isso, mas me deixa tão louca e
meu peito dói. É horrível Branna, como posso fazer isso parar?

Branna começou a rir de novo. — Bee, você não pode simplesmente


desligar o seu sentimento. Se você gosta de Nico, então você vai continuar a
gostar dele até superá-lo ou até que você comece a gostar de alguém que ocupe
toda a sua atenção do Nico.

Eu me animei com isso. — Há um outro rapaz que eu acho que eu poderia


gostar, seu nome é Gavin Collins...

— O irmão mais novo de Aideen? O garoto que lutou com Dominic e fez
você suspensa?

Eu estremeci. — Huh, sim, mas ele é o completo oposto de Dominic,


assim você iria gostar dele. Eu juro.

Branna levantou uma sobrancelha e sorriu para mim. — Eu não posso


acreditar que isso está finalmente acontecendo.

Eu fiz uma careta. — Você não pode acreditar no que está finalmente
acontecendo?
— Você está começando a deixar as pessoas se aproximarem, você está
realmente tendo problemas com garotos e não apenas com um rapaz, mas dois!
Eu pensei que este dia nunca chegaria, eu estou tão feliz!

Eu estava um pouco assustada, porque o que ela estava dizendo era


verdade, mas o que me assustou mais foi que Branna realmente começou a
chorar. Eu estava rastejando imediatamente para o seu lado e passando os
braços ao redor dela, abraçando-a com força.

— Por que você está chorando? — eu perguntei a ela, em pânico.

Ela encolheu os ombros. — Estou muito feliz.

Eu me afastei e olhei para ela. — Você está feliz que eu estou tendo
problemas com garotos?

— Sim! — ela gritou e começou a chorar novamente.

Oh, Cristo.

— Eu preciso de você como mulher, pare de chorar e me ajude a entender


tudo isso. Estou em território desconhecido aqui, o que diabos eu faço?

Branna sentou e limpou o rosto, mas ainda estava fungando um


pouco. Eu não podia acreditar que ela chorou porque eu estava tendo problemas
com garotos; havia algo muito estranho e simplesmente errado com isso.

— Namorar Nico está fora, certo? — Branna me perguntou.

Isso foi uma pergunta séria?

— Eh, sim! Eu mal gosto dele Branna. Honestamente, as qualidades que


eu gosto são as coisas que ele mostrou umas duas vezes. O resto do tempo, ele é
um espinho cravado em mim e não consigo me livrar dele.

Branna acenou com a cabeça em compreensão. — Tudo bem, Nico e você


namorando está fora, o que dizer de você e Gavin?
Mordi o lábio. — Ele me convidou para um encontro hoje. No início, era
apenas uma fachada que ele fez para fazer Dominic dar um passo atrás de mim,
para fazê-lo pensar que estamos juntos ou algo assim, mas porque Dominic
parecia ficar louco, ele quis um encontro de verdade no caso dele morrer pela
mão de Dominic... ou pelo pé.

Branna riu. — Isso explica por que Nico está mais irritado do que o
normal, é porque você o rejeitou no sábado pela manhã e hoje, apenas dois dias
depois, você está, aparentemente, em um relacionamento com outro rapaz. O
próprio rapaz que ele lutou a algumas semanas tentando defendê-la... isso foi
um tiro no ego para ele.

Eu gemi e esfreguei o rosto com as mãos. — Eu não sei como tudo isso
aconteceu, Branna. É que quanto mais eu tento empurrar Dominic para longe,
mais ele força. Por que será que ele não aceita um não como resposta e me deixa
em paz? Quer dizer ele pode querer me beijar e outras coisas, mas ele não gosta
de mim, na verdade para mim ele me odeia.

Branna suspirou. — Talvez ele só não esteja acostumado a ouvir uma


menina dizer não, talvez ele sinta que você é um desafio, e todos nós sabemos
que ele adora um desafio.

Eu resmunguei. — Ele sabe que eu não estou bancando a difícil para


conseguir, eu disse a ele que eu simplesmente não estava interessada nele...

— Isso foi antes ou depois das duas vezes que você ficou com ele? —
perguntou ela com um sotaque americano.

Eu rosnei para Branna fazendo-a rir.

Eu finalmente dei de ombros, não sendo capaz de lembrar e disse: — Meu


corpo e minha mente parecem correr em duas placas de circuito diferentes onde
Dominic está envolvido, para meu desgosto.

— Isso é óbvio.

Eu resmunguei.
Branna riu um pouco e pressionou. — É uma situação estranha, mas
parece ter uma solução para isso.

Eu me animei. — Sério? O que é? Qual é a solução?

— Gavin Collins. — Branna sorriu diabolicamente.

Huh, oh.

— Gavin? — eu repeti.

Branna assentiu. — Você mesmo disse que você poderia gostar dele e a
melhor maneira de acabar com um rapaz é estar com outro. — ela fez uma pausa
quando eu bufei. — Eu não quis dizer isso, você não tem que ficar debaixo do
Gavin...

— Entendi a metáfora Bran, eu só estou provocando.

Branna revirou os olhos. — Tudo bem, bom. Enfim, como eu estava


dizendo, se você começar a sair com Gavin ele irá ajudá-la a seguir em frente, e
isso só vai reforçar com Nico que você realmente não o quer e que ele deve
apenas seguir em frente também. Entendeu?

Eu balancei minha cabeça. — Você quer dizer realmente ter um encontro


com Gavin ou fingir ter um encontro, porque eu não acho que eu posso fazer
qualquer um, eu mal o conheço.

Branna revirou os olhos. — Você disse que gosta dele, o gostar começa
quando você começa a conhecê-lo, Bee. Além do mais, para isso que serve os
encontros, para vocês começarem a conhecer um ao outro. Você tem que marcar
um encontro para que possamos ver como vai ser; nunca se sabe, você pode
apenas se encontrar feliz com Gavin.

Revirei os olhos. — Eu não acho que ninguém pode saber se seria feliz
com alguém depois de um encontro.

Branna sorriu. — Eu sabia depois do meu primeiro encontro com Ryder.

Eu levantei minhas sobrancelhas. — Sério?


Ela assentiu. — Foi um sentimento profundo eu sabia que poderia
realmente gostar dele e que poderíamos ficar bem juntos. Pode ser diferente
para todos os outros, mas eu sabia.

Eu assobiei e fiquei boquiaberta para ela. — Você não quer dizer que você
sabia que ele é o único, não é?

Branna apenas sorriu, e eu gemi.

Ryder é o seu único.

— Por que o seu único tem que estar intimamente relacionado com o
meu inimigo?

Branna bufou. — Talvez Deus esteja achando sua situação com o Nico
divertida. Eu estou na sua maior parte.

Revirei os olhos para o céu e falei para o teto. — Você pode me dar uma
pausa, Jesus? Esta merda não tem mais graça...

Eu gritei quando Branna mergulhou em mim e me bateu de volta para


minha cama.

— Ela não quis dizer isso, ela vai retirar o que disse. — gritou Branna.

Eu ri com ela, o que fez ela me dar uma cotovelada. — Não pragueje
quando você está falando com Jesus. Isso é como pedir para ser castigada.

Eu resmunguei. — Ter Dominic na minha vida é castigo suficiente,


acredite.

Branna rolou de cima de mim de costas e deitou ao meu lado. Eu senti


meu celular vibrar no bolso; levei-o para fora e vi que eu tinha um texto de um
número desconhecido.

Abri o texto e me senti corar.

Eu disse a Dominic hoje que eu estava a levando para sair hoje à noite; estou
mantendo minha palavra. As oito ok? ;)
Ele me mandou uma carinha piscando.

O que isso significa?

— Gavin quer me levar para sair hoje à noite, às oito. — murmurei.

Branna bateu palmas. — Perfeito, podemos começar a operação superar


sobre Nico e ficando sob Gavin.

Olhei para Branna e balancei a cabeça. — Há algo de muito errado com


você. Eu sou sua irmã mais nova!

Branna revirou os olhos. — Você tem dezoito anos Bee, você não é mais
um bebê.

Eu resmunguei. — Eu entendo isso.

Branna sorriu para mim. — Onde ele está levando você?

Dei de ombros. — Ele mencionou o cinema na escola.

Branna assentiu. — Mande uma mensagem de volta que oito está bem e,
em seguida, levante-se e obtenha o seu rabo no chuveiro.

Eu assenti, mandei uma mensagem de volta à Gavin, depois olhei para


Branna e ela murmurava palavrões enquanto olhava o meu guarda-roupa.

Eu entrei no banheiro quando Branna virou e se dirigiu para o quarto


dela.

— O que você está fazendo? — eu gritei.

Ela resmungou. — Seu jeans preto é bom, mas você não tem nenhum top
decente. Estou pegando um dos meus.

Quando ela reapareceu no meu quarto com um top vermelho que era de
corte baixo e feito de rendas, eu olhei para ela boquiaberta.

Ela esperava que eu usasse esse pedaço de pano?

— Eu não posso usar isso, é praticamente inexistente! — eu argumentei.


Branna bufou. — Faça-me o favor, é apenas um pouco decotado e vai ficar
surpreendente com um cardigã. Você precisa trabalhar seus melhores ativos
quando vai a um encontro. Seu jeans vai abraçar a sua bunda e mostrar seus
quadris, este top vai mostrar o fato de você realmente possui um par de seios,
mesmo que sejam pequenos. Você vai mostrar quase nenhuma pele e ainda sim
o seu corpo vai estar em exposição, é perfeito.

Eu continuei a olhar para Branna como se tivesse crescido uma orelha


extra em sua cabeça.

Ela balançou a cabeça para mim. — Eu vou preparar tudo, vá em frente e


tome o seu banho. Vou passar suas roupas e, em seguida, pegar a minha
maquiagem e produtos para o cabelo para quando você estiver pronta. Eu vou
fazer você parecer ainda mais linda do que você já é. Gavin não vai saber o que o
atingiu.

Eu abri minha boca para falar, em seguida, a fechei mantendo silêncio


caminhei até o banheiro e me despindo para o meu banho. Eu estava
nervosa; eu estava nervosa sobre o que Branna ia fazer em mim, nervosa sobre o
que Gavin pensaria uma vez que ele me visse, e nervosa, de modo geral, pelo
nosso encontro.

Sinceramente, me sinto com vontade de vomitar.

É assim que as garotas se sentem antes de cada encontro que tinham


com um garoto ou só o faz piorar num encontro de verdade?

Espero que não porque esguichar vômito nos sapatos do Gavin


seriamente acaba com a operação superar sobre Dominic - não literalmente -
ficando sob Gavin.

Esta operação precisa ser um sucesso.


— G avin está

aqui Bronagh, e ele parece quente! Nenhum cara te nota por anos e agora, de
repente, você tem dois gatos te perseguindo. Isso é tão emocionante!

Emocionante?

Mais como uma maldita destruição de nervos.

Fiquei escondida dentro do banheiro enquanto Branna levemente batia


na porta. — Iupi, sorte minha. — eu murmurei para ela enquanto eu olhava para
mim mesma no espelho de corpo inteiro na parede do banheiro.

Eu parecia eu, mas, ao mesmo tempo, não. Ainda era meu rosto apenas
com um pouco de maquiagem extra sobre ele. Meu cabelo estava grande e
encaracolado. Honestamente, estava enorme. Meu corpo parecia o mesmo só
que mais delineado; skinnies sempre realçam a metade inferior de uma pessoa,
mas combinada com uma camisa apropriada em cima, isso me fez sentir nua.

— Eu não posso usar isso Bran, você pode ver todo meu - quase todo -
decote. — eu gemi quando eu abri a porta do banheiro e deixei Branna entrar.

Branna revirou os olhos para mim. — Pare de ser tão dramática, você só
pode ver um pouco de seu decote que é normal nesse top. Você tem calça jeans,
e o cardigã encobre seus braços. Algum decote, um pouco de seu pescoço e rosto
é a única pele a mostra.

Eu resmunguei. — Tudo é tão encaixado e apertado que sinto como uma


segunda pele. Assim como eu poderia estar nua!

Branna beliscou a ponta de seu nariz e balançou a cabeça. — Isto está


invertido. Você deveria estar querendo se vestir assim e eu que deveria me opor,
porque eu sou mais velha e sua guardiã.

Eu bufei. — Você está muito animada porque eu sou como uma boneca
que você pode brincar de vestir e falar sobre rapazes.

Branna bateu palmas com entusiasmo. — Não é ótimo?

Não.

— A melhor. — eu brinquei.

Branna revirou os olhos para mim. — Seja como for, eu vou estar
animada para você.

Suspirei; fiquei animada, mas eu estava muito nervosa sobre este


encontro com Gavin. Quer dizer, o que diabos eu faço?

— Pare de pensar - e vamos lá, ele está esperando.

Antes que eu pudesse parar por mais alguns minutos, Branna pegou meu
braço e me puxou do banheiro e desceu as escadas. Eu puxei meu braço do
aperto de Branna e estava prestes a xingar quando avistei Gavin e tive que parar
de ofegar.

Ele usava calça jeans cinza, uma camiseta preta e um casaco preto. Seu
cabelo estava com gel para cima; eu gostei porque você poderia ver
completamente seu rosto com esse estilo. Eu percebi que eu estava olhando
quando Branna me deu uma cotovelada na lateral.

— Diga alguma coisa. — ela resmungou.


Eu rapidamente limpei minha garganta. — Ei, Gav.

Ele deixou seus olhos para cima do meu peito e me deu um sorriso
deslumbrante. — Ei, você está linda.

Eu corei.

— Ownn. — Branna balbuciou. — Eu disse a ela a mesma coisa, mas ela


não acreditou em mim.

O que diabos ela acabou de dizer? Ela estava tentando me envergonhar?

— Eu vou ter que lembrá-la hoje à noite, muitas vezes, apenas como ela é
linda. — Gavin sorriu e piscou, fazendo-me olhar para ele em transe.

Sério, como é que eu não o notei crescer?

Ouvi a porta da sala abrir e fechar e alarme disparar através de mim. Que
diabos era isso e como é que a pessoa entra tão facilmente? Eu não tinha ideia
do por que, mas quando olhei por cima do ombro e vi o corpo de um homem, eu
gritei e pulei na direção de Gavin. Seus braços foram ao redor da minha cintura,
e minha cabeça foi para sua garganta.

— É apenas Ryder! — Branna gritou por cima do meu grito.

Eu puxei minha cabeça do pescoço de Gavin e olhei para o homem


novamente. Com certeza Ryder estava no corredor com as sobrancelhas
levantadas e caixas de pizza em suas mãos e uma chave em sua boca.

— Sério? Você me acha tão feio que você grita e corre para se esconder? —
ele murmurou ao redor da chave.

Branna bufou para ele, e até mesmo Gavin riu.

Eu me recompus antes de olhar para Ryder. — Eu não sabia que era você,
sabia? Desde quando você tem uma chave da minha casa?

Eu sabia que eu deveria ser boa para ele, mas ter ele por perto ia tomar
algum tempo para me acostumar. Nenhum homem que Branna já saiu esteve
em casa quando eu estava. Eu não acho que ela realmente nunca trouxe um para
casa, então era estranho que Ryder estava indo e vindo como se fosse dono do
lugar nos últimos dias.

— Desde esta manhã quando eu dei-lhe uma. — disse Branna para mim,
um pouco gritante.

Eu olhei de volta para ela. — Bem, você deveria ter me avisado. Moro aqui
também, sabe?

Seus ombros caíram um pouco, e seu brilho desapareceu. — Certo, me


desculpe. Acho que esqueci.

Eu balancei a cabeça para ela, em seguida, olhei para Ryder, que estava
olhando para Gavin.

— Este é Gavin...

— Nós nos conhecemos. — Ryder me cortou, ainda olhando para Gavin.

Eles se conhecem?

— Quando vocês se conheceram? — eu perguntei.

— A reunião de algumas semanas atrás, quando ele e Dominic brigaram


na escola. — Ryder me cortou de novo e continuou a olhar para Gavin.

Eu ampliei meus olhos um pouco; eu tinha esquecido tudo sobre essa


reunião.

Merda.

Isso estava ficando muito estranho, e nós não tínhamos saído de casa
ainda.

— Então... vocês dois, hein? — Ryder perguntou a Gavin.

Eu senti Gavin encolher os ombros. — Estamos indo em um encontro


então sim, acho que sim.
Ryder acendeu os olhos para mim, mas não disse nada.

— Eu estou indo servir a pizza, querida. — disse ele a Branna, em seguida,


olhou para mim e Gavin. — Divirtam-se.

— Obrigado. — Gavin e eu dissemos em uníssono.

O silêncio caiu então, e felizmente Gavin pigarreou quebrando-o.

— É melhor ir, o filme começa às oito e meia.

Eu balancei a cabeça e disse adeus à Ryder - que se dirigiu para a cozinha


- e Branna - que estava pulando na ponta dos pés - quando saí de casa com
Gavin.

— Eu sinto... eu sinto muito sobre... o que diabos isso foi lá atrás. — eu


disse quando Gavin e eu nos aproximamos do carro.

Pelo menos eu pensei que era o carro dele.

— Não se preocupe com isso. Eu lembro que você disse na escola que o
irmão mais velho de Nico era o namorado de sua irmã. Eu estava mentalmente
preparado para vê-lo. — Gavin bufou.

Eu ri um pouco e sorri quando ele abriu a porta do carro para mim como
um cavalheiro. Eu deslizei para dentro, afivelei o cinto de segurança e cruzei as
mãos em meu colo.

— Meu pai deixou-me usar este carro desde que eu não tenho um ainda.
Passei muitas aulas de direção na semana passada, por isso ele está muito
confiante em mim esta noite. — disse Gavin, quando ele entrou em seu lado do
carro.

Olhei para Gavin, meu rosto inexpressivo. — Por favor, me diga que você
passou em tudo no seu teste de motorista com cores brilhantes.

Ele olhou-me bem nos olhos, o canto de seu lábio curvando para cima. —
Eu passei no meu teste com cores brilhantes.
Eu gritei. — Eu vou morrer!

Gavin rachou de rir. — Eu sou um bom motorista, Bee, não se preocupe.


Você está segura comigo, prometo.

Olhei para ele com o canto do meu olho e sorri um pouco.

Tudo bem, uma vez que passamos pelo constrangimento em casa, este foi
um bom começo para o meu primeiro encontro. Eu estava me sentindo animada
agora e não nervosa.

Enquanto nos dirigíamos para o cinema, Gavin e eu conversamos sobre o


seu time de futebol na escola e como duramente o Sr. Rivers faz sessões de
treinamento da equipe. Eu honestamente não poderia dar a mínima para o
futebol, mas Gavin adorava claramente o esporte e gostava de jogar, então eu
era toda ouvidos enquanto ele falava. Fiz perguntas relevantes aqui e ali me
fazendo parecer interessada.

Não demorou muito para chegar ao cinema. Depois de sair do carro e


entrar, Gavin pegou minha mão e sorriu para mim. — O que você quer comer?
Por minha conta18.

Eu estava corando por ele segurar minha mão, mas bufei em sua
redação. — Isso rimou. — eu disse.

Gavin sorriu. — Eu sou poeta, e eu sei disso.

Eu ri e, em seguida, continuei a sorrir enquanto andávamos de mãos


dadas até um caixa aberto. Eu queria pipoca, M&M e uma Coca-Cola. Gavin
queria o mesmo, por isso ele nos fez um combo de um casal com extras de
M&M. Meu rosto estava queimando, refeição de um casal. Casal!

Fiquei tonta e meio enjoada com a excitação quanto mais eu pensava


sobre o que isso significava.

18
No original: What do you want to eat? My treat.
Éramos um casal ou foi apenas a coisa certa a comprar para duas
pessoas?

Eu não tinha ideia!

Depois de pagar por nossa comida - Gavin recusou meu dinheiro - e


recebendo os nossos ingressos, Gavin segurou as bebidas e M&M, enquanto eu
segurava um grande balde de pipoca. Nós fomos para a sala que o filme que
íamos ver era e nos sentamos em nossos lugares na fila do meio.

Tudo estava indo muito bem até que avistei Kane, irmão mais velho de
Damien e Dominic, perto da fileira de trás sentado entre duas loiras. Ele
estreitou os olhos para mim, virou os olhos na direção de Gavin depois de volta
para o meu e sorriu. Eu não tinha ideia do por que ele estava sorrindo, mas
quando notei a luz no rosto e o dispositivo na mão, eu gemi, em seguida, fui
para baixo em meu lugar.

— O que há de errado? — Gavin perguntou quando ele se sentou perto de


mim e me entregou minha bebida e M&M.

Eu olhei para ele e sorri. — Nada.

Ele me deu um olhar compreensivo, e eu suspirei antes de me inclinar


para ele um pouco. — O rapaz na fileira de trás entre as duas loiras é irmão mais
velho de Damien e Dominic. Ele olhou para mim e você, em seguida, sorriu e
pegou seu telefone e começou digitar nele. Pode ser nada, mas eu apostaria
dinheiro que ele está dizendo a Dominic que eu estou aqui com você.

Os olhos de Gavin estreitaram um pouco. — Qual diabos é o problema


daquele rapaz? Ele está obcecado com você ou algo assim?

Corei. — Não, eu só acho que ele pensa que eu estou jogando um jogo
duro com ele.

Gavin levantou uma sobrancelha. — E você está jogando duro?

Eu ofeguei. — Não! Claro que não.


Gavin assentiu. — Bem, eu não quero jogar um jogo que eu não tenho
nenhuma chance de ganhar.

Eu fiz uma careta para ele e estava prestes a dizer algo quando a sala
ficou escura e a tela se iluminou diante de nós. O filme era chamado de Os
Instrumentos Mortais: A Cidade dos Ossos. Foi um bom filme, mas eu não
conseguia me concentrar, por algum motivo, o tempo passou, eu estava um
pouco aliviada.

Gavin e eu fomos os primeiros a sair da sala de cinema, eu estava grata


porque eu realmente não quero ter que dizer Olá a Kane. Pensei que Gavin ia me
levar para casa, mas quando ele sugeriu ir para algum McDonald, eu concordei,
porque eu senti que precisava falar sobre qualquer coisa, a fim de parar o
constrangimento crescente depois daquela conversa no cinema.

Depois de pedir nossa comida e nos sentarmos, nós comemos e


começamos a falar sobre coisas aleatórias e rindo de coisas bobas. Senti-me feliz
e relaxada e pelo que parecia Gavin também. Isso foi até Kane entrar com as
duas meninas e Dominic atrás.

Senti meu coração bater forte e minhas palmas suarem.

— Nem fodendo. — eu gemi e abaixei a cabeça um pouco.

Gavin franziu o cenho para mim, depois olhou por cima do ombro. Seu
corpo inteiro ficou rígido e quando ele olhou para mim, eu engoli
nervosamente. Ele parecia chateado.

— Ele está aqui porque nós estamos aqui, certo?

Nós dois sabíamos que era verdade, então eu balancei a cabeça.

Gavin suspirou, e antes de falar senti as lágrimas arderem nos meus


olhos. Eu sabia que ele estava prestes acabar com o nosso encontro e não me
convidar para sair outra vez.

— Bronagh, eu gosto de você, eu realmente gosto. Você é linda, uma


grande garota, do céu a terra e todo ao redor, mas essa coisa com Dominic é
demais para mim. Se essa coisa entre nós for a algum lugar e nós ficarmos
juntos, eu tenho que estar de guarda ao seu redor e me preocupar com o que ele
iria tentar fazer para afastá-la de mim. Ele tem uma queda por você, e ele,
obviamente, não se preocupa com pisar em mim para chegar até você.

Mordi o interior de minhas bochechas, porque isso doeu, e eu não tinha


ideia do por que.

— Nós podemos ser amigos; eu não estava brincando, quando eu disse


que você é uma ótima garota, você realmente é.

Oh Deus, eu estava prestes a chorar, e eu não queria.

— Eu vou ao banheiro por um minuto, já volto.

Levantei-me e fui para o banheiro.

— Bronagh, espera.

A voz de Gavin foi cortada quando eu fechei a porta do banheiro. Eu


espalhei instantaneamente minhas mãos nos meus olhos e inclinei a cabeça para
trás, piscando rapidamente para fazer as lágrimas irem embora. Peguei um
pouco de papel e limpei em torno de meus olhos e tomei algumas respirações
profundas. Senti-me triste, mas também muito zangada. Eu sabia que Gavin
tinha razão; Dominic estaria sempre se intrometendo em nossa relação, se
tivéssemos uma, por isso não é realmente uma surpresa que Gavin não queira
nada mais do que uma amizade. Era melhor que ele me deixasse para baixo
agora em vez de depois de mais encontros em que eu iria querer cuidar dele em
vez de apenas gostar dele.

Ainda doía embora.

Esta foi a primeira vez que algo assim aconteceu a mim e no meu
primeiro encontro, no entanto! Eu me recompus, arrumei o meu cabelo no
espelho e então voltei lá para fora. Gavin estava onde eu o havia deixado, mas o
meu lugar foi ocupado por Dominic.
Eu invadi para o seu lado, segurei em seu ombro e puxei. — Levante-se e
deixe-nos em paz!

Ele olhou para o ombro, em seguida, olhou para mim e encarou. Mudei a
minha mão para longe dele, mas mantive meu olhar no lugar.

— Dominic, saia.

Ele sorriu para mim, mas não alcançou seus olhos. — Eu só estou falando
com seu namorado...

— Gavin não é meu namorado e nunca vai ser graças a você, por isso saia
daqui e nos deixe em paz. Você arruinou meu primeiro encontro como já se vê,
então basta ir embora!

Eu odiava que a minha voz falhou um pouco; todos que estavam no


restaurante ouviram quando eu gritei, e minha vergonha só me chateou mais.

Eu desisti de Dominic e olhei para Gavin. — Você pode me levar para


casa, por favor?

Ele parecia tanto chateado e triste quando ele acenou para mim e se
levantou de seu assento. Ele alcançou minha mão, mas eu fui movida para o
lado quando a mão de Gavin foi empurrada para longe de mim.

Eu fiquei boquiaberta quando eu recuperei o equilíbrio e olhei para


Dominic. Na verdade, ele se pôs à minha frente, empurrou a mão de Gavin longe
de mim e ficou na cara dele.

Que porra era o problema deste rapaz?

— Que porra você está fazendo? Seu estúpido idiota...

O punho de Dominic voou no maxilar de Gavin cortando suas


palavras. Eu gritei quando Gavin voou para trás no chão. Eu, então, gritei
quando Dominic tentou mover atrás dele erguendo o punho novamente. Eu voei
em um acesso de raiva e pulei nas costas de Dominic. Envolvi meu braço
esquerdo em torno de seu pescoço, minhas pernas ao redor de seus quadris e
comecei a bater na parte de trás de sua cabeça com o meu punho direito. Cada
golpe estava machucando a minha mão, mas eu não me importei. Eu queria
deixá-lo ferido, porque sua estupidez me fez doer hoje à noite quando Gavin
interrompeu nosso encontro por causa dele.

— Droga, Bronagh, saia de mim!

— Não! — eu gritei e continuei a socar a cabeça, ombros e costas.

Eu fui retirada de Dominic e colocada no chão como uma boneca de


pano.

— Acalme-se, gata do inferno. — uma voz riu em meu ouvido.

Lutei contra o domínio sobre mim. — Me solte, Kane. Eu vou matar esse
desgraçado!

— Aquele desgraçado é meu irmão mais novo, então não posso permitir
isso. — ele riu novamente.

Lutei novamente, mas parei quando Gavin se levantou e esfregou o


queixo vermelho e um pouco inchado. Ele olhou para Dominic, em seguida,
cortou os olhos para mim.

— Eu vou dar o fora daqui, Bronagh. Sinto muito, mas isso é demais para
lidar.

Com isso dito, ele se virou e se afastou violentamente.

Eu estava com os olhos arregalados e fiquei olhando para ele. — Gavin,


espere, por favor...

— Não! — o rosto de Dominic estava no meu e rosnando. — Não o chame


de volta. Ele não é homem o suficiente se ele não quer lutar por você.

Lutar por mim?

— Ele não tem que lutar por mim! Eu era dele se ele me quisesse, mas ele
não quis, e é tudo por sua causa! Por que você não pode simplesmente me
deixar em paz e parar de interferir em mim a vida?
Dominic segurou o meu olhar e disse: — Porque eu quero você.

Eu sabia que ele queria fazer sexo comigo, ele havia me dito muitas vezes
antes, mas por alguma razão, eu senti que ele não estava apenas dizendo que
queria isso desta vez. Parecia que ele estava dizendo que queria tudo de
mim. Ruim pra caralho que ele não poderia me ter. Ele era perigoso; ele deixou
isso bem claro cada vez que eu o encontrei, e eu não poderia tê-lo em minha
vida assim. Ele poderia me quebrar.

— Dominic, eu não posso. — eu sussurrei. — Você é muito diferente de


mim...

— Eu digo que isso é besteira. Você só estava nas minhas costas, batendo
o punho na minha cabeça em uma fúria cega. Você é mais parecida comigo do
que você pensa.

Eu olhei para ele. — Ter um temperamento ruim não significa que eu sou
como você. Você luta para se divertir com uma porra de torcida doente. Eu bati
em você para defender... — fiz uma pausa por um momento antes de limpar
minha garganta. — Para defender Gavin, não porque eu gosto.

— Eu não luto por diversão, confie em mim. — murmurou Dominic


pegando minha atenção.

Isso me confundiu então eu perguntei: — Por que você luta, então, se não
para se divertir?

Ele me olhou nos olhos. — Eu luto pela minha família, pelo meu ir..

— Dominic. — Kane o interrompeu em um tom baixo de aviso.

Eu levantei minhas sobrancelhas e queria bater em Kane por cortar


Dominic. Eu não poderia perguntar-lhe o que ele queria dizer, porque de
repente uma latejante súbita dor se espalhou por todo o meu lado, deixei
escapar um grito estrangulado e instantaneamente embalei.

— Oh merda, eu acho que quebrei minha mão!


Kane me colocou para baixo - sim, ele me segurou durante toda a
conversa que deve ter matado suas costas com o meu peso - e deu a volta para
examiná-la com Dominic.

— Deixe-me ver. — disse Dominic suavemente.

Eu balancei minha cabeça como uma criança e retruquei: — Não, isso


dói! Vá embora!

Ele sorriu um pouco. — Vamos lá, eu vou levá-la para o hospital.

Hospital? Onde eles enfiam agulhas nas pessoas e as cortam?

Senti-me empalidecer, e antes que eu percebesse, eu estava balançando e


depois fui envolta nos braços de Dominic.

— Eu peguei você. — ele murmurou em meu ouvido.

Isso não era reconfortante!

Ele manteve o braço em volta da minha cintura quando saímos do


restaurante. Nós nos deparamos com guardas de segurança que foram se
acumulando, e Dominic suspirou e olhou para eles. — Eu sei, eu sei. Nunca vou
entrar nas instalações de novo.

Eu fiz uma careta e quando saímos, ele sorriu para mim. — Não é a minha
primeira vez por ser expulso de um lugar por lutar.

— Chocante. — eu resmunguei que o fez rir.

Kane saiu fora com suas amigas depois de Dominic assegurar-lhe que eu
ficaria bem com ele; eu duvidava seriamente disso porque ele era a razão da
minha mão estar me matando!

— Eu vou dar um soco no rosto do seu irmão na próxima vez que eu o ver,
eu sei que ele mandou mensagem falando onde eu estava.

Dominic bufou quando ele afivelou o cinto de segurança. — Ele realmente


mandou mensagem e perguntou se eu queria encontra-lo no McDonald depois
de seu encontro com aquelas garotas. Eu não tive nada para fazer, então eu disse
que sim. Fiquei tão surpreso de ver você e Gavin quando eu entrei como vocês
ficaram a me ver.

Kane tinha um encontro com duas garotas?

O filho da puta sujo.

Eu balancei minha cabeça. — Seu irmão sabia que alguma coisa


aconteceria, o bastardo sádico.

Dominic riu logo em seguida, e eu odiava que eu queria sorrir. Minha


mão agora latejava demais embora, por isso em vez disso, choraminguei um
pouco.

— Você está bem? — perguntou Dominic.

Eu girei minha cabeça para ele e o encarei. — Parece-lhe que estou bem?

Dominic não respondeu, então eu olhei para ele com mais força. —
Responda-me!

Ele mordeu o lábio. — Não, porque você só vai gritar comigo, não importa
o que eu digo, por isso estou mantendo minha boca fechada.

Eu resmunguei. — Isso seria uma maldita primeira vez!

Dominic não respondeu com uma réplica arrogante, e isso era meio
estranho.

Eu olhei para ele, e ele riu e olhou para mim. — Eu não vou discutir com
você babe, então pare de tentar me provocar.

Eu rosnei. — Eu não sou seu babe.

Ele sorriu. — Eu esqueci, desculpe.

Ele não estava arrependido, bastardo.


Eu balancei minha cabeça, gemi e segurei minha mão ao meu peito. —
Deus, isso dói tanto.

Senti as lágrimas ardendo em meus olhos, e eu as limpei.

— Bronagh, não chore. — Dominic implorou.

Eu fungava. — Eu não posso evitar, realmente dói.

— Eu sei, mas estamos quase no hospital. Vou corrigir isso, ok?

Eu balancei a cabeça ainda fungando quando eu pesquei o meu


telefone. Disquei para Branna antes que a dor ficasse tão ruim que eu não
pudesse falar.

— Como o encontro está indo? — Branna gritou quando ela respondeu.

Eu soluçava.

— Bronagh? Babe? Que é isso? Qual o problema? Gavin te machucou? Eu


vou matá-lo...

— Branna, cale a boca. — cortei-a com um grito. — Gavin não me


machucou, mas eu estou ferida e eu estou indo para o hospital.

— Hospital? Por quê? O que aconteceu?

Eu bufei através da minha dor. — Dominic aconteceu.

Dominic suspirou perto de mim, e isso me fez sorrir um pouco, embora


eu estivesse sofrendo.

— Dominic? — ela estalou depois rosnou. — Eu vou matar o seu irmão


mais novo.

— Não se eu matá-lo primeiro. — eu ouvi Ryder baixinho.

Dominic ouviu também, porque ele gemeu em voz alta, e isso fez o meu
sorriso aumentar.

— Estamos a caminho. Eu estarei lá assim que eu puder Bee, tudo bem?


Eu balancei a cabeça e funguei. — Tudo bem.

Eu desliguei assim que Dominic estacionou no hospital, encontramos um


estacionamento perto de A&E e fomos para dentro. Sentia Dominic nas minhas
costas quando eu estava dando a minhas informações para a mulher atrás do
balcão, e isso estava me distraindo. Quando fui checar, estávamos dentro da
área de espera que estava absolutamente lotada com as pessoas.

Eu olhei para Dominic. — Eu te odeio.

Ele acenou com a cabeça. — Eu me odeio também. Vamos ficar aqui toda
a noite de merda.

Eu rosnei. — Vá embora, ninguém está te pedindo para ficar.

Ele me deu uma olhada. — Se você acha que eu vou te deixar aqui, então
você não me conhece muito bem.

— Eu não conheço você em nada. — eu disparei de volta.

Ele revirou os olhos e puxou minha mão boa me levando para o único
assento vago na sala que me fez chutar sua canela e me rendeu um ronco de um
par de pessoas.

— Problemas no paraíso? — um homem perguntou a Dominic, sorrindo.

Dominic bufou. — Não mano, isto são preliminares para nós.

Ofeguei e Dominic abaixou imediatamente para longe de mim o que o


homem e alguns outros acharam engraçado. Eu estava mortificada; eu podia
sentir meu rosto e pescoço queimarem.

— Eu sinto muito, eu estava só brincando. — Dominic murmurou para


mim quando viu como meu rosto estava vermelho.

Eu só olhei para ele, então arregalei os olhos quando ele se sentou no


único assento disponível. Mas que idiota. Eu era a única que estava machucada,
eu deveria estar sentada, não ele. Eu estava prestes a dizer-lhe quando ele
chegou para frente, colocou as mãos em meus quadris, me virou e então me
puxou para baixo em seu colo. Senti-me ainda mais envergonhada do que já
estive quando algumas pessoas olharam para onde eu estava sentada em
Dominic. Minha bunda foi diretamente na sua virilha, minhas coxas estavam
alinhadas em cima da sua, minhas costas estava contra seu peito e minha cabeça
estava em seu ombro.

Era uma posição muito íntima, e isso tanto me emocionava e enfurecia.

— Você pode me bater mais tarde. Apenas relaxe agora até você passar
pelo médico. — disse Dominic no meu ouvido, em seguida, beijou meu rosto três
vezes.

Foi um gesto surpreendentemente doce que de fato me calou. Eu senti


meu coração começar a bater quando borboletas irromperam em meu
estômago. Ele poderia me deixar tão lívida com uma ação, em seguida,
completamente feliz com outra. Eu não sabia como separar os meus
sentimentos, quando se tratava dele.

Eu relaxei depois de alguns momentos e comecei a olhar ao redor da sala


de espera do hospital. Havia quatro garotas sentadas em frente a nós que eram,
pelo menos, dois anos mais novas do que nós, sorrindo para Dominic e
atirando-lhe olhares apreciativos. Uma garota olhou para as minhas coxas e
mordeu o lábio antes de olhar aleatoriamente para longe. Olhei para baixo e
engoli em seco, minhas coxas triplicaram de tamanho, porque eu estava sentada
em Dominic e me deixou desconfortável. Fiquei sentada em cima dele, mas eu
me endireitei e tirei meu casaco e coloquei sobre minhas pernas, cobrindo-as.

— Você está quente? — Dominic perguntou quando eu recostei contra ele.

Eu balancei minha cabeça e segurei a minha mão ruim no meu peito.

— Então por que você...

— Eu estava cobrindo minhas pernas. — eu murmurei.

Dominic ficou em silêncio por um momento. — Eu provavelmente vou


me arrepender de perguntar isso, mas por que você cobriu suas pernas?
Corei e sussurrei: — Porque elas triplicam de tamanho quando me sento.

Silêncio.

Eu estava prestes a falar quando Dominic murmurou: — Deus me livre


das garotas e seu jeito estúpido de pensar.

Ofeguei fazendo com que ele esfregasse seu nariz no meu pescoço. —
Acontece que eu acho que você está linda pra cacete esta noite. Eu nunca vi você
usar roupas que realmente se encaixam antes. Devo dizer, Bronagh, eu
gosto muito.

As pontas dos meus ouvidos pareciam em chamas e eu abaixei minha


cabeça fazendo-o rir.

— Bronagh Murphy? — gritou uma voz feminina.

Levantei-me e segurei meu cardigã e andei para a enfermeira que


chamou meu nome. Senti Dominic me seguir e não disse nada. Eu sabia que iria
precisar de alguém lá comigo, ou eu provavelmente iria desmaiar.

— Bronagh? — a enfermeira me perguntou quando eu parei na frente


dela.

Eu balancei a cabeça, em seguida, mordi o lábio quando ela olhou por


cima do meu ombro. — Família ou parceiro somente.

— Eu sou o namorado dela. — Dominic cortou a mulher.

Corei enquanto a enfermeira sorriu e acenou com a cabeça e me fez um


gesto para a sala de triagem. Mudei-me para dentro e sentei-me a mesa de
exame. A enfermeira olhou para o lado que eu estava embalando e fez uma
careta.

— Isso parece doloroso.

— É. — eu assegurei a ela.

— Como isso aconteceu? — perguntou ela.


Dominic abaixou a cabeça por trás dela enquanto eu dei de ombros e
disse: — Eu dei um soco num rapaz que me disse que eu era gorda e disse que eu
precisava fazer uma dieta.

Dominic levantou a cabeça e olhou para mim por trás da enfermeira; eu


mantive uma cara séria e olhei para a enfermeira. — Eu não costumo agir dessa
forma, mas o rapaz realmente machucou meus sentimentos.

Eu dirigi a última parte da minha frase a Dominic fazendo-o franzir a


testa.

A enfermeira balançou a cabeça. — Eu espero que você tenha batido com


força suficiente nesse merdinha para machucar. Isso é uma coisa nojenta para
dizer a uma pessoa!

Vai enfermeira!

Eu balancei a cabeça para ela. — Eu acho que o machuquei.

— Você fez. — Dominic murmurou para mim e esfregou a parte de trás de


sua cabeça, fazendo uma careta, me fazendo morder o lábio para que eu não
sorrisse.

A enfermeira foi examinar a minha mão, pedindo desculpas toda vez que
eu estremeci, gemi e simplesmente gritei.

— Eu vou agendar para um Raio-X antes de você poder ver um médico.


Você pode ver que pela sala de espera, nós estamos bem ocupados, nosso tempo
de espera agora é de sete horas. Será mais duas ou três horas depois para passar
pelo médico antes que você possa ir para casa, tudo bem?

Acho que não vou para a escola amanhã.

— Sim, tudo bem, obrigada. Minha irmã está vindo, para ficar comigo...

— Eu vou ficar com você; Branna pode discutir comigo tudo que ela
quiser, mas eu não vou a lugar nenhum. — Dominic me cortou.
Eu levantei minhas sobrancelhas para ele, enquanto a enfermeira sorriu
em sua direção.

— Isso é muito gentil da sua parte ficar com sua namorada.

Eu estava prestes a dizer que Dominic não era meu namorado quando ele
sorriu para a enfermeira e eu esqueci o que eu estava pensando. Suas covinhas
estavam em posição de sentido, e eu não podia deixar de olhar para elas.

Eu deduzi nesse momento que suas covinhas eram uma enorme fraqueza
minha, o que era louco, porque buracos no rosto de alguém não devem ser tão
atraentes! Eu continuei a olhar para Dominic enquanto a enfermeira colocava a
minha mão e braço na tipoia e amarrava em volta do meu pescoço. Ele estava
observando o que as mãos estavam fazendo em mim por um momento, antes
dele olhar para meu rosto e me encontrar olhando para ele.

Eu sabia que eu estava aqui, porque ele tinha arruinado meu encontro
com Gavin e qualquer chance de um relacionamento com ele, e eu estava louca
por isso, mas por mais que eu dissesse que eu o odiava, eu não podia forçar o
sentimento quando isso não existia. Existiu em algum momento, mas não
mais. Claro, ele irritava algo feroz em mim, mas eu não o odiava. Nós não
olhamos olho a olho por muito tempo, e a sua persistência em me querer foi
lenta, mas seguramente me faz ignorar o fato de que nós, provavelmente éramos
a pior combinação. E tê-lo em minha vida vai contra tudo o que eu já construí a
cerca de manter as pessoas distantes. Ele era um risco e, em vez de fechar a
ideia de novo, eu estava realmente pensando sobre a possibilidade de assumir o
risco.

Puta merda.

— O que você está pensando? — Dominic perguntou-me enquanto a


enfermeira estava fora pegando alguns analgésicos e um pedaço de papel para
eu segurar para o meu raio-x quando meu nome fosse chamado mais tarde.

— Eu estou pensando que você é perigoso, e que ter você em minha vida
estaria fazendo o que Branna sempre queria que eu fizesse, me abrir para
alguém. Você é um risco que eu estou pensando em tomar.
Dominic olhou para mim por um momento, antes que ele se adiantasse e
ficasse-se entre as minhas pernas. — Você me quer? — ele sussurrou.

Eu engoli meu orgulho. — Você tem que trabalhar em não me deixar tão
louca, mas sim, eu quero você.

Ele segurou meu rosto com as mãos e dedilhou os polegares para cima e
para baixo.

— Eu não estou dizendo que eu vou ser sua namorada imediatamente, eu


estou dizendo que eu estou aberta à ideia.

Ele levantou uma sobrancelha. — Então, eu estou em caráter


experimental com você?

Eu balancei a cabeça. — Exatamente, eu só quero sentir como isso


poderia funcionar com a gente antes de eu colocar um título sobre nós, tudo
bem para você?

— Posso te beijar quando eu quiser? — perguntou ele.

Revirei os olhos para ele. — Sem beijos na escola porque eu não estou
pronta para lidar com qualquer parte desse drama, especialmente depois do que
aconteceu com Destiny, mas em particular? Claro.

— Eu estou bem com isso, então.

Com isso dito, Dominic esmagou sua boca na minha e forçou sua língua
em minha boca, fazendo-me suspirar e pegar seu braço com minha mão boa.

Eu mal tive a chance de beijá-lo de volta, porque de repente o seu corpo e


boca não estavam pressionados contra os meus mais. Abri os olhos e descobri
que ele estava do outro lado da sala com uma mulher em cima dele, balançando
os punhos para baixo sobre ele.

A mulher era minha irmã, e ela estava batendo nele pra cacete.

Porra!
—T em certeza

que você não quer prestar queixa, querido?

Eu balancei minha cabeça e esfreguei o rosto com minha mão boa,


enquanto a Policial fazia a mesma pergunta a Dominic pela quinta vez. Ela era
jovem, vinte e cinco anos, no máximo, e estava sorrindo e balançando a cabeça
cada vez que ele falava, então sussurrava em cima dele, assim como a nova
enfermeira, quando ele fez uma careta por causa da agulha o furando enquanto
ela costurava o corte sob seu olho que o anel de Branna causou quando ela o
socou.

— Ele já disse que não quer apresentar queixa contra a minha irmã, por
que você está sendo tão repetitiva? — perguntei à Policial, o rosnado na minha
voz não passou despercebido.

A Policial olhou furiosamente para mim. — É meu trabalho perguntar


mais de uma vez às vítimas de ataques desse tipo para me certificar de que eles
estão certos de sua decisão.

Sim, claro que era.


Eu zombei e perguntei: — É também o seu trabalho flertar com a vítima
citada quando sua namorada está sentada ao lado dele?

A Policial teve a decência de corar enquanto a enfermeira costurava o


olho de Dominic em uma calma mortal e parou de sussurrar sobre ele quando
ele fazia ruídos de dor.

— Escuta aqui, eu não estava flertando...

— Sim, você estava, mas você pode muito bem desistir; ele não está
interessado em você. Certo? — quando eu olhei para Dominic, eu o encontrei já
me observando, o que fez o meu interior saltar um pouco, porque seu olhar
estava escuro, e totalmente focado em mim.

— Certo. — ele sorriu, assim que a enfermeira terminou seus pontos e se


afastou dele, mas apenas por alguns centímetros.

Eu balancei a cabeça para ele, em seguida, voltei a olhar para a Policial. —


Está vendo?

A Policial estava prestes a ir para cima de mim, mas ela parou e observou
como idiota quando Dominic pigarreou então esticou os braços sobre a cabeça,
o que fez com que seus bíceps, tríceps e todos os seus outros ‘íceps’ flexionassem
e contraíssem. Ele estava de peito nu porque Branna rasgou sua camisa quando
o atacou, e ele teve que jogá-la no lixo. Eu não estava incomodada com isso,
porque ele tinha um tronco tão sexy que eu gostava de ter a chance de admirá-lo
com meus olhos.

Só que os meus olhos não eram os únicos o admirando, e pela primeira


vez, eu me senti extremamente ciumenta e possessiva com ele. É por isso que eu
estava irritada com a Policial e a enfermeira; elas correram os olhos sobre seu
corpo abertamente e flertaram descaradamente com ele enquanto eu estava
sentada ao lado dele. Em algum momento elas erroneamente acharam que eu
era irmã dele, o que era fodido. Dominic era muito quente, mas ele não era um
Deus, caramba, eu não era indigna de ser, possivelmente, a namorada dele, não
importa o que qualquer um pensasse. Ele tinha falhas que sua aparência não
cobria, e eu tinha sido aquela que o rejeitou nas últimas semanas, então
obviamente, não era uma ideia tão absurda como essas mulheres pensavam que
era.

— Sua tatuagem é linda. — a enfermeira disse interrompendo meus


pensamentos.

A Policial acenou com a cabeça em concordância.

Eu tinha a sensação de que estava prestes a ser presa por golpear ambas
as tolas na cabeça se não parassem enquanto elas estavam à frente.

— Obrigado senhoras, a minha namorada concorda com as duas. —


Dominic sorriu e colocou o braço esquerdo em volta da minha cintura.

Ambas as mulheres abertamente franziram o cenho para o seu gesto, e


isso me fez revirar os olhos. Parecia que elas tinham ganhado um filhote só para
ser levado embora outra vez.

— Será que ele terminou aqui? — perguntei à Policial e à enfermeira.

Ambas assentiram mesmo que eu pudesse dizer que elas não queriam.

— Então podemos ir? — eu perguntei, meu tom completamente


arrogante.

A Policial virou olhos para mim. — Você tem um problema...

— Sim, ela tem. — Dominic cortou a Policial e sorriu para ela. — Ela
torceu a mão há algumas horas atrás e não teve quaisquer analgésicos ainda.
Vamos pegar o remédio na farmácia 24 horas e voltar para casa assim que eu
terminar aqui.

A Policial sorriu para Dominic novamente, e eu a amaldiçoei


interiormente. Ela era obviamente uma porcaria em seu trabalho, se tudo o que
precisava era de um cara bonito para distraí-la.

— Eu vou lhe liberar agora. — a enfermeira sorriu para Dominic.


Revirei os olhos desejando que a enfermeira que enfaixou a minha mão
antes estivesse aqui em vez dessa. Ela era legal e não era pervertida como esta
jovem enfermeira.

— Terminei aqui também, a menos que você queira apresentar queixa.


Podemos tomá-la na delegacia se for apresentar.

Porra, eu aposto que ela adoraria levá-lo em algum lugar que ela tivesse
acesso fácil a algemas!

— Não, obrigado, eu estou firme na minha decisão. — Dominic sorriu


novamente.

A Policial assentiu, disse adeus e depois saiu do quarto.

Eu soltava fumaça em silêncio por alguns momentos até que eu senti seus
olhos me encarando.

— O quê? — eu murmurei, sem olhar para ele.

— Você é tão sexy. — ele rosnou e se inclinou para mim, trancando os


lábios no meu pescoço e chupando.

Meu corpo estremeceu quando eu pulei para longe dele.

— Pare com isso, qualquer um pode entrar aqui! — eu fiz uma carranca.

Ele apenas sorriu para mim. — Como se eu me importasse, você sendo


ciumenta e possessiva comigo me deixou duro como diamante. Adoro esse seu
lado.

Duro como diamante?

Oh, Deus!

— Dominic. — ofeguei quando eu senti o sangue correr para o pescoço e


meu rosto.

Ele riu de mim. — Você está indo de sexy pra caralho a adorável como o
inferno. Você está me matando aqui!
Eu olhei para ele. — Eu estou a ponto de matá-lo se você não parar com
isso, eu não gosto disso.

— Por que você está cruzando as pernas, então? — ele me perguntou,


sorrindo.

Olhei para mim mesma e fiz uma careta interiormente. Eu estava com as
pernas cruzadas, e foi só então que eu notei a dor pulsando entre as minhas
pernas. Eu distraidamente fechei minhas pernas para tentar aliviar a dor, e
Dominic notou.

— Cale a boca!

Ele sorriu para mim. — Se você se juntar a mim, eu vou levar essa dor
embora e transformá-la em um imenso prazer.

Senti meu núcleo pulsar; a dor estava me machucando tanto que


precisava ser eliminada. Apertei mais as minhas coxas, e isso fez Dominic
lamber os lábios.

— Eu aposto que você está molhada para mim; eu posso praticamente


sentir o quão quente você está por mim em todo o caminho até aqui. — ele
ronronou.

Fechei os olhos e tentei ignorá-lo e a pulsação.

— Junte-se a mim, baby. — ele sussurrou novamente.

Eu podia sentir minhas pernas se moverem antes do meu cérebro


registrar qualquer coisa; eu abri meus olhos quando meus joelhos bateram
contra Dominic. Ele estava sorrindo para mim quando ele inclinou a cabeça e
roçou o nariz contra o meu.

— O que você está sentindo agora? Diga-me, menina bonita.

Minha respiração ficou um pouco mais pesada quando abri a minha boca
e disse: — Eu me sinto quente... e dolorida.
Dominic assentiu como se entendesse exatamente como eu estava me
sentindo.

— É uma dor provocante? — ele sussurrou, roçando seus lábios sobre os


meus.

Eu assenti. — Uh-hum.

Dominic sugou meu lábio inferior para dentro da sua boca por um
momento, em seguida, liberou. — Seu corpo sabe o que quer e quanto mais você
segurar, mais o seu pequeno clitóris vai pulsar, uma vez que exige a minha
atenção. Ele quer apenas a minha atenção, certo?

Senti meus joelhos cederem um pouco, então eu usei minha mão boa
para segurar no ombro nu de Dominic. Eu o apertei quando suas mãos
seguraram ao redor da minha cintura, em seguida, foram para o sul e agarraram
meu traseiro.

— Por que você está fazendo isso comigo? Eu vou matá-lo por isso
quando eu estiver pensando claramente. — eu gemi e o beijei, quando ele deu
um tapa no lado esquerdo da minha bunda.

Beijou-me com força e profundamente enquanto ele deslizava a mão


direita para frente da minha calça jeans e empurrava os dedos pela frente,
desabotoando e abaixando o zíper em poucos segundos.

— Dominic, por favor. — eu respirei contra sua boca.

Eu não tinha certeza se eu estava pedindo para ele não me tocar ou


implorando para me tocar, minha mente estava além de atordoada agora.

— Apenas relaxe baby e me deixe cuidar de você. — ele sussurrou


enquanto mergulhou a mão para baixo na frente da minha calcinha.

Ofeguei quando seu dedo deslizou entre minhas dobras lisas, molhadas,
seguido por seu polegar que roçou o pequeno feixe de nervos que estava me
causando essas dores tão doloridas.
— Bronagh, baby, você está encharcada pra caralho. — Dominic gemeu
quando ele surpreendeu a minha boca com um beijo.

Eu não podia beijá-lo de volta corretamente em tudo, porque fiquei


bêbada quando o polegar começou um ritmo lento de rotação em volta do meu
clitóris inchado.

— Oh, Deus. — eu respirei contra a boca de Dominic.

Ele observou o meu rosto como se o que eu estava sentindo estivesse de


alguma forma projetado nas minhas expressões faciais.

— Olhos em mim. — ordenou.

A pulsação intensificou com suas exigências e a necessidade de tê-lo me


tocando inteira estava se tornando insuportável.

— Sim, sim! Não pare. — eu implorei e forcei para que meus olhos
ficassem nos dele.

— Isso está bom, menina bonita? — ele sussurrou, girando o dedo mais
rápido.

Meus quadris empurraram, e ele sorriu. — Vou levar isso como um sim,
abra as pernas um pouco mais para mim.

Eu descaradamente fiz o que ele pediu e gemi um pouco mais alto quando
ele deslizou o dedo para baixo das minhas dobras e cuidadosamente mergulhou
dentro de mim.

— Isso tem um ajuste apertado para apenas um dedo, babe, eu mal posso
esperar para sentir você enrolada no meu pau. Você vai ser a minha ruína,
menina bonita, eu sei disso.

Depois de algumas estocadas de seus dedos dentro e fora de mim, ele se


voltou para o meu clitóris e rodou em um ritmo mais rápido do que antes, e isso
me levou a fazer barulhos que eu não sabia que podia fazer.
— Oh Deus. — eu ofeguei quando senti que meu corpo estava prestes a
pegar fogo. — Tudo bem, você pode parar a-agora Dominic isso está ficando
muito eu não p-posso...

— Você está prestes a gozar baby, isso é o que é. Deixe-me te fazer gozar,
menina bonita. — Dominic falou para mim e capturou minha boca na sua,
quando comecei a gemer alto.

Ele segurou em torno de mim firmemente com sua mão livre e quando eu
tentei me afastar dele, ele me segurou ainda mais forte.

Era demais, eu não aguentava a sensação que Dominic estava causando, e


eu estava prestes a gritar para ele parar quando de repente pontos mancharam a
minha visão e meu corpo ficou mole com uma sensação de formigamento
quente que atacou meu corpo em ondas, fazendo-me estremecer e saltar em
seus braços.

Depois de um minuto ou dois pisquei e abri os olhos, quando o som e a


visão voltaram para mim, e eu dei de cara com o rosto de Dominic que ostentava
um sorriso de merda.

— Você fica tão gostosa quando você goza, menina bonita. — ele disse e
lentamente tirou as mãos da minha calcinha e a levou à boca, onde ele lambeu e
chupou os dedos limpando. — Hmm, você tem um gosto ainda melhor.

Esse foi o momento que eu escolhi para me sentir mortificada. Ele... ele
acabou de me provar em seus dedos, os dedos que estavam dentro de mim.

Oh meu Deus, o que eu acabei de fazer?

— Oh, Jesus. — eu respirei e olhei para baixo fazendo Dominic rir


levemente.

— Não faça isso, Bronagh. Não fique envergonhada com o que aconteceu.
Foi lindo pra caralho, e eu não vou deixar você jogar isso fora como se fosse
qualquer coisa, você me entende?
Eu não podia falar com ele, eu não conseguia nem olhar para ele, então
ele levantou minha cabeça pelo meu queixo até o meu olhar encontrar o seu.

— Entende? — ele repetiu.

Eu gemi. — Eu não posso não ficar envergonhada! Você... você fez isso
comigo e então você... você...

— Lambi seu gozo dos meus dedos? Sim, eu lambi, e daí? Tinha um gosto
ótimo, e eu já estou ansioso para outros.

Oh, meu Deus!

— Dominic! Não diga coisas assim para mim, eu nunca fiz algo assim
antes, nunca. Bem, exceto as vezes que quase fizemos em seu quarto, mas ainda
assim, isso é enorme para mim, e eu não sei como processar o que eu estou
sentindo...

— Baby, você precisa tomar um fôlego e se acalmar, porra. Isso é natural,


você teve um orgasmo, um orgasmo que eu fiz você ter. Grande coisa, ele fez
você se sentir incrível, então por que você deveria se envergonhar disso? Eu sou
seu namorado, é nisso que eu sou bom. É praticamente tudo em que sou bom.

Eu ouvi o que ele disse, e eu forcei minha mente a ficar tão relaxada
quanto estava o meu corpo. Dominic estava certo - embora eu nunca vá admitir
- isso era uma grande coisa. Se era alguma coisa, era incrível, porque isso
mostrou claramente que eu confiava nele, porque eu nunca deixei qualquer
garoto me tocar assim antes. Ele foi o primeiro, então sim, este foi um grande
passo, um bom passo.

— Eu pensei que tinha dito que você está em caráter experimental comigo
antes de eu colocar um título em nós? — eu disse e sorri preguiçosamente, o que
fez Dominic rir.

Ele gentilmente ignorou o fato de que eu tinha me intitulado como sua


namorada quando a Policial foi interrogá-lo e isso era bom, porque eu também
ignorei.
— Sim, bem, eu estou me promovendo a namorado porque eu fiz você
ficar bêbada com um orgasmo. De nada, a propósito. — ele sorriu.

Revirei os olhos. — Eu não sei por que me preocupei até mesmo em dizer
que você está em caráter experimental comigo, uma vez que assim que eu disse
que eu iria correr o risco, você praticamente assumiu que era meu namorado,
certo?

Dominic deu de ombros. — Praticamente. Eu ia deixar você achar que a


bola estava do seu lado e que você tinha todo o poder, mas como você já
descobriu, eu tenho todo o poder do mundo aqui em meus dedos. — ele sorriu e
mexeu os dedos me fazendo corar.

— Você é um idiota, pare de me constranger!

Ele riu. — Eu sinto muito.

Eu soquei seu braço com minha mão boa. — Não, você não sente, seu
bastardo!

Dominic riu e colocou os braços à minha volta, me abraçando a ele. —


Você me faz feliz, você sabe disso, né?

Eu sorri enquanto meu estômago se agitou.

Eu coloquei meu braço em volta dele. — Sim? Bem, eu estou feliz


também, desde que você não faça alguma coisa para me fazer querer te matar.

Ele bufou e beijou o topo da minha cabeça. — Sim, vamos ver quanto
tempo isso vai durar, não é?

Revirei os olhos e fitei seu olho machucado e franzi a testa antes de


murmurar: — Pela primeira vez eu gostaria de ver o seu rosto sem contusões ou
um corte.

Dominic sorriu. — Desculpe babe, cortes e contusões fazem parte do


pacote que você adquiriu quando você começou a me namorar.
Revirei os olhos. — Você tem que lutar na Darkness? Quer dizer, por que
você não pode ter um hobby que não vai, eventualmente, causar danos cerebrais
ou outros danos corporal maiores?

Dominic olhou para mim com uma sobrancelha levantada. — Estamos


namorando oficialmente há dois minutos e você já está me incomodando sobre
a luta, sério?

Revirei os olhos e me afastei dele um pouco. — Eu não estou


incomodando você, eu só estou fazendo perguntas. Desculpe se eu quero ver
você ileso para variar.

Ele suspirou e olhou para mim. — Não fique irritada comigo. Eu não
quero ter a nossa primeira briga oficial como um casal em um quarto de exame
de hospital.

Eu levantei minha sobrancelha. — Onde você gostaria de tê-la então, se


não é aqui?

— No meu quarto, onde você pode gritar, gritar e jogar coisas em mim
enquanto eu abaixo e tento evitar ser atingido pelas citadas coisas. Então,
quando você estiver menos esperando eu posso vir até você, colocá-la na minha
cama, e fodê-la à submissão ou até que você esqueça o que eu fiz para você ficar
com raiva de mim. É mais fácil fazer sexo de reconciliação onde estamos
confortáveis.

Ele estava falando sério?

Eu fiquei boquiaberta. — Você é fodidamente inacreditável!

Ele sorriu. — Eu sei, certo?

Eu não quis que soasse como um elogio e ele sabia disso!

Eu balancei a cabeça para ele. — Podemos ir embora? Eu só quero ir para


casa. Já vi o suficiente deste hospital para durar o resto da minha vida.

A única coisa boa que resultou da explosão de Branna na sala de exame


da enfermaria e atacando Dominic como um animal selvagem foi que eu fui
colocada no topo da lista para ver um médico junto com Dominic. Ele precisou
levar pontos depois que Branna o descascou, mas diminuiu nosso tempo de
espera em noventa por cento, o que me deixou feliz.

Depois de ser colocada no topo da lista, eu tive meu raios-x e descobri


que depois de tudo a minha mão não estava quebrada. Foi só uma torção, com a
qual eu também estava feliz, porque eu não tinha que usar gesso por seis
semanas, em vez disso apenas uma faixa apertada até que meus músculos
sarassem.

Olhei para o relógio e gemi. — É meia-noite e meia, normalmente estou


na cama há duas horas!

Dominic começou a rir de mim, o que me fez franzir a testa.

— O quê? — eu perguntei a ele.

— Você vai dormir às dez e meia? — ele perguntou, rindo.

Eu bufei. — Eu não posso evitar, ou eu vou para a cama naquela hora, ou


eu durmo onde quer que eu esteja. Levanto cedo, então cala a boca.

Dominic apenas sorriu para mim e me puxou para outro abraço. Afastei-
me dele quando ouvi alguém limpar a garganta.

— Você está dispensado Sr. Slater, você está livre para ir.

Olhei em volta para a enfermeira que parecia triste que Dominic estava
saindo e revirei os olhos.

— Vamos indo antes que ela mude de ideia e te tranque na sala de


suprimento. — eu resmunguei para Dominic e o puxei da cama de exame pela
mão e dei um sorriso falso quando passamos pela enfermeira.

Dominic agradeceu para o qual ela deu uma risadinha.

— Você está seriamente com ciúmes agora? — ele perguntou, me


abraçando por trás, enquanto caminhávamos, o que provavelmente nos fez
parecer engraçados com a nossa altura sendo tão diferente.
— Ciúmes dela e de todo mundo aqui que te fodeu com os olhos? Não,
sem ciúmes em tudo.

Dominic deu uma gargalhada e beijou minha bochecha. — Fodeu com os


olhos? Isso é engraçado, eu gosto disso.

Eu zombei. — Claro que você gostaria.

Ele riu quando entrávamos no saguão da sala de espera e localizamos


minha irmã e Ryder, o que o fez tirar os braços em torno de mim e passar para o
meu lado.

— Está quebrado? — Branna me perguntou quando ela se levantou de sua


cadeira e se atirou à minha frente.

Ela foi obrigada a sair pela segurança do hospital quando ela atacou
Dominic; um Policial a interrogou, enquanto a cadela interrogou / flertou com
Dominic.

— Não, só torci. Tenho que mantê-lo em repouso por duas semanas. Se os


músculos não fortalecerem em duas semanas, então eu tenho que voltar, mas
até então, eu estarei magnífica. — eu expliquei.

Ryder olhou para Dominic depois que eu falei, balançou a cabeça para
seu peito nu e, em seguida, focou em seu olho. — Quantos pontos? — perguntou
ele.

— Oito. — Dominic respondeu e olhou para Branna.

Ela levantou as mãos. — Eu não vou me desculpar com você, minha irmã
ficou ferida por sua causa hoje à noite em mais maneiras do que uma!

Eu corei. — Branna, está feito e acabado, então simplesmente esqueça


isso.

Parecia que ela queria discutir, mas apenas balançou a cabeça uma vez
para mim.
— Venha, eu vou te levar para casa no meu carro. Ryder vai com Dominic
no deles.

A mão de Dominic foi para as minhas costas, e eu sabia que ele queria me
levar para casa em vez disso, mas eu não estava pronta para uma outra
discussão então eu olhei para ele. — Falo com você amanhã, está bem? —
murmurei.

Ele cerrou o maxilar, mas assentiu.

Eu não o beijei porque Branna e Ryder estavam bem ali, e eles não
sabiam que estávamos juntos agora. Eu queria esperar um pouco antes de nós
dizermos a alguém.

Fui para casa com Branna e a agradeci quando ela pegou um bloco de
gelo e uma toalha para descansar minha mão enquanto eu estava deitada na
cama. Eu disse a ela tudo o que aconteceu com Gavin e Dominic antes de irmos
para o hospital, mas, obviamente, deixei de fora as partes íntimas entre Dominic
e eu.

— Caramba, aquele garoto não desiste. — Branna resmungou.

Eu balancei a cabeça. — Ele é persistente, eu vou dar isso a ele.

— Só o esqueça e durma um pouco, você teve um inferno de uma noite.

Branna beijou minha cabeça em boa noite e saiu do meu quarto;


adormeci quase de imediato apenas para acordar o que pareceu minutos depois
com uma dor latejante na minha mão. Mexi no meu sono e doeu, então eu me
levantei, desci as escadas e tomei alguns dos analgésicos que Branna pegou para
mim na farmácia noturna do hospital antes de virmos para casa.

Não estava escuro lá fora; estava meio brilhante, então eu verifiquei a


hora e vi que faltavam quinze para as oito. Eu sabia que eu não teria que ir para
a escola, mas eu decidi apenas ir de qualquer maneira. Isso superou em ficar
pela casa o dia todo fazendo nada.
Eu me vesti e cuidadosamente evitei minha mão. Deixei meu cabelo para
baixo em uma bagunça ondulada, porque eu não conseguia amarrá-lo para cima
ou trançá-lo e deixei meu rosto nu, porque eu não estava incomodada o
suficiente para colocar qualquer maquiagem.

Peguei minha mochila e coloquei minha cabeça no quarto de Branna


apenas para descobrir que ela já tinha ido embora. Ela deve ter um turno cedo
no hospital, eu pensei, então saí de casa e comecei a caminhada para a escola.

Quando eu cheguei lá, estava movimentado como sempre. Eu era um


fantasma e aproveitava o conforto na paz e no sossego de ser ignorada, até que
entrei na minha registration class e congelei com o que vi.

— Porra, você tem que estar brincando comigo! — eu cuspi em voz alta.

Dominic virou a cabeça em minha direção, longe do olhar dela para o


meu. Ele lentamente se levantou, deu um passo em torno de Destiny e se moveu
lentamente em minha direção, com as mãos no ar em um movimento de eu me
rendo. Eu dei um passo para trás e balancei a cabeça para ele.

— Não! Nem se incomode em tentar te tirar dessa! — eu rosnei antes de


me virar e sair pelo corredor em direção à entrada da escola.

— Bronagh! Não era o que parecia, eu juro! — ele gritou enquanto corria
atrás de mim.

Eu ri.

Sim, certo pra caralho.

Ele estava prestes a beijá-la e ambos malditamente sabíamos disso.

Eu estava tão louca, o idiota estava determinado em destruir a minha


vida para me fazer sair com ele, e quando o fiz, ele tentou me trair com a ex - ou
atual pelo que eu sabia - colega de transa, nem dez horas depois que nós ficamos
juntos?

Eu irrompi a multidão de estudantes e ignorei o rosnado de Dominic para


as pessoas saírem do seu caminho. Eu corri o mais rápido possível quando saí
da escola, eu corri até que eu estava no meio de uma tranquila propriedade, e eu
tinha certeza de que Dominic não estava me seguindo.

Foi só então que notei que a minha mão estava latejando de dor, meu
peito estava doendo e as lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

Eu não tinha certeza por qual dor eu estava chorando embora; ambas
eram muito ruins.
Onde você está? Eu recebi uma mensagem de Ryder, Dominic disse que você
saiu correndo da escola. Você está bem?

Eu suspirei enquanto li o texto da minha irmã e mandei uma resposta.

Estou quase em casa agora; eu só fui para uma longa caminhada


durante a maior parte do dia. Falo com você em poucos minutos, coloque a
chaleira no fogo.

Eu embolsei meu telefone com um grunhido, mandar mensagens de texto


com a minha mão ruim foi mais difícil do que eu pensei. Eu puxei minha
mochila mais acima no meu ombro e olhei ao redor do meu caminho enquanto
fazia a minha viagem familiar em direção aos portões do meu jardim.

Vi o Jeep de família de Ryder no meu jardim, e gemi. Ótimo, justo o que


eu precisava, ter o irmão daquele idiota na minha presença.

— Estou em casa. — eu gritei quando entrei na minha casa e fechei a


porta atrás de mim. — Eu vou para a cama embora...
— Venha para a cozinha primeiro, docinho. — Branna gritou para mim.

Eu suspirei, esfreguei a ponta do meu nariz e entrei na cozinha.

— Eu sei que você quer uma explicação, mas eu não posso lidar com
conversa agora, eu só quero... — eu parei de falar e praticamente parei de
respirar quando eu olhei para a mesa da cozinha e encontrei Dominic sentado
com uma xícara de chá nas mãos.

Esse. Filho. Da. Puta. Está me gozando?

Tomei uma respiração longa e profunda, antes de expirar e fixar os olhos


com o idiota máximo. — É melhor você sair da merda da minha casa!

— Bronagh! — Branna gritou com indignação ao mesmo tempo que


Dominic bufou e disse: — Ou o quê, menina bonita?

Ninguém teve tempo de se mover porque eu me virei, peguei um copo


que estava em cima do balcão, virei e atirei com força total em Dominic. Foi
cronometrado direto na cabeça, e ele soltou um rugido muito masculino para
um garoto de dezoito anos de idade, quando ele pulou e agarrou a testa com a
mão. O pobre copo estava em pedaços no chão, mas eu não me importei. Eu
totalmente tive sucesso fabuloso na mira com meu braço mais fraco.

Apesar disso, eu não tinha terminado. Eu me virei, peguei um prato -


tinha biscoitos sobre ele - que também estava no balcão e atirei nele. Ele, no
entanto, usou seu braço desta vez para bloquear o golpe. Mas ainda deve ter
doído, porque o prato quebrou em pedaços quando fez contato.

— Me solte!

Era Branna gritando com Ryder, que tinha os braços apertados em torno
de sua cintura, a impedindo de explodir em mim. Aquela maldita traidora, como
ela ousa tentar vir para cima de mim quando ela convidou o inimigo ao meu
santuário, depois do que ele fez comigo!

Virei-me para encontrar mais pratos para arremessar em Dominic, mas


não havia mais nenhum. Eu estava prestes a avançar para as facas quando um
corpo bateu em minhas costas e um braço apertou ao meu redor, prendendo
meus braços ao meu lado.

Eu sabia que era ele, eu apenas sabia disso.

— Fique longe de mim. Você vai ser preso por isso. Estou farta e
fodidamente cansada de você me tocando e colocando as mãos em mim sem
autorização, seu horrível estúpido, grande bastardo!

— Bronagh Jane Murphy! — Branna berrou.

Eu deixei meu queixo cair e virei minha cabeça para a esquerda.

Ela acabou de gritar meu nome completo para mim.

Ela. Estava. Puta!

— Suas iniciais são BJ? — Dominic soprou no meu ouvido me


provocando uma careta.

Eu o ignorei e foquei em Branna. — Eu não me importo mesmo, Branna.


Ele não deveria estar aqui, e eu estou louca como o inferno que você jogou
aquela conversa de Ryder para cima de mim, sua puta suja!

Eu estava tipo, grata quando Ryder segurou Branna firmemente nessa


hora, porque quando ela tentou me atacar, seus olhos eram assassinos, e eu
sabia sem dúvida, que se ela me pegasse, ela iria chutar sete tons de merda fora
de mim.

— Sua merdinha, eu vou te arrebentar quando colocar minhas mãos em


você!

Eu sarcasticamente bufei e disse: — Abuso de crianças.

Branna soltou um rugido e agarrou as mãos de Ryder com as unhas que


eram as coisas mais baratas e mais mortais do planeta. Elas eram como mini
navalhas do caralho. Mesmo tão grande e forte como era Ryder, ele puxou suas
mãos longe dela, quando ela tirou sangue.
Eu gritei malditamente alto, pisei no pé direito de Dominic para que ele
pudesse saltar para trás e me liberar - o que ele fez com outro rugido - então
corri como Usain Bolt fora da cozinha e para as escadas para que eu pudesse
chegar até o meu quarto e colocar uma grande porta de madeira de carvalho
entre mim e Branna.

Eu estava na metade do caminho até as escadas quando ela me pegou


pela perna e puxou com força, me fazendo cair de cara nas escadas. Eu gritei
quando me virei e imediatamente levantei minha mão não machucada para
bloquear os golpes iminentes de Branna.

— Eu vou matar você! — ela gritou no meu rosto.

Eu ainda estava gritando, mas consegui segurá-la em cima de mim.

— Eu sinto muito, você não é uma puta... bem, não uma enorme de
qualquer maneira...

— Oh, isso vai fazê-la ficar com menos raiva!

— Foda-se, bastardo traidor! — eu gritei quando me virei para olhar pelo


corrimão.

Ryder e Dominic, onde estavam, inclinados contra a parede do corredor


observando-me ser violentamente atacada pela minha chamada irmã e não
fizeram uma única coisa para pará-la. Eles realmente pareciam muito
divertidos, idiotas.

— Pare com isso, pare de ser uma pequena...

— Uma pequena o que? Hã? Por que você está defendendo Dominic? Se
você disser que é porque você está transando com o irmão dele, eu vou te
renegar e nunca falar com você de novo! — eu rosnei.

Branna parou seu ataque, mas não se moveu de cima de mim.

— Eu não estou o defendendo, eu ainda acho que ele é um pequeno


arrogante de merda que precisa de uma boa bofetada de vez em quando, mas eu
acho que você deveria deixá-lo se explicar.
— Eu penso que 'provavelmente' é forçar um pouco de mais as coisas
agora, depois de ser atacado com pratos...

— Cale a boca, você vê vermelho sempre que Damien fala sobre ela e seu
poderia-ser-ou-não-poderia-ser-namorado Gavin.

— Ele não é o namorado dela, quantas malditas vezes eu tenho que


continuar dizendo isso? Eu disse a você o que aconteceu ontem à noite! —
Dominic gritou para o seu irmão.

Eu fiquei boquiaberta.

Como ele ousa falar por mim.

Gavin não era meu namorado, mas ainda assim!

— Como você sabe que ele não é meu namorado agora? Eu poderia ter ido
para ele hoje, com tudo o que você sabe! — eu olhei para ele.

Ele virou a cabeça para mim e sorriu. — Porque eu disse a ele hoje antes
da escola que se ele te tocasse, eu o mataria. E eu poderia ter também
mencionado algo sobre você ser minha.

Oh.

Meu.

Deus.

— O que há errado com você? Não sou algo que você possui. Você não
pode dizer às pessoas para não me tocar...

— Eu posso e eu vou. — ele me cortou.

Olhei para Branna que estava sorrindo.

— Do que você está rindo? — eu rosnei.

Ela deu de ombros, ainda praticamente em cima de mim. — Ele quer que
vocês fiquem bem. Ele quer explicar o que você viu na escola hoje, mas está
preocupado que você vai atacá-lo desde que você costuma fazer isso quando ele
te deixa nervosa.

— Eu não ataco! — eu berrei.

— Você ataca!— Branna sorriu.

— Como se você pudesse falar. Ele teve que levar pontos por sua causa
ontem à noite!

Branna encolheu os ombros. — Você bateu mais nele.

— Eu não!

Branna e Ryder riram. — Você bateu. — disseram em uníssono, em


seguida, sorriram um para o outro.

Todos os pensamentos de Dominic foram esquecidos quando notei como


eles olharam um para o outro, foi com saudade ou amor ou algo assim. Foi um
pouco assustador.

— Vocês dois se amam?

Branna bufou quando ela desviou os olhos de Ryder e olhou de volta para
mim.

— Eu o amo. — Branna sorriu alegre.

Oh, meu Jesus.

— E ele me ama.

Oh, meu Deus.

— E nós vamos morar juntos.

Oh, meu Moisés.

— Então, nos casar e ter filhos.

Santa Maria, Mãe de Deus.


— O QUÊ? — eu gritei no rosto de Branna, limpando o sorriso dela. —
Você está noiva disso? — eu apontei a mão trêmula para Ryder, que evitou fazer
contato visual comigo.

— Ele, não é isso! — Branna rosnou.

Eu senti lágrimas nos meus olhos.

— Eu não posso acreditar que você faria isso comigo! Se você se casar
com ele, aquele bastardo nunca vai estar fora da minha vida. Nunca! — eu gritei.

Lágrimas verdadeiras caíram dos meus olhos e eu não me importava que


Ryder ou Dominic pudessem ver.

O lábio inferior de Branna tremeu. — Pare com isso, Bronagh eu não


estou fazendo isso para te machucar, babe, eu te amo mais do que qualquer
coisa; você é minha irmã, mas seus problemas com Dominic não tem nada a ver
com Ryder.

— Só o fato de que eles são irmãos. — eu gritei através dos meus soluços.

Branna suspirou. — Você só está chorando porque você está com raiva de
Dominic, porque você pensou que ele estava beijando Destiny na escola hoje...

— Branna! — eu gritei a cortando.

Ela fechou a boca enquanto eu podia praticamente ouvir o estúpido ao


lado sorrindo. Obviamente ele disse a ela o que aconteceu antes que eu
pudesse. Eu empurrei Branna, virei e subi as escadas.

— Eu não vou para o seu casamento barato, e ele não vai se mudar para
cá porque esta é a minha casa também. Você pode sair, se você quiser tanto ficar
com eles, e dane-se Dominic, eu não estava chateada, porque isso significa que
eu me importaria com você, e eu não, eu te odeio! — eu gritei enquanto corria
pelas escadas e pelo corredor até o meu quarto, batendo a porta com tanta força
atrás de mim que as paredes tremeram um pouco.
Eu mergulhei na minha cama, coloquei meu rosto no meu travesseiro, e
gritei. Eu estava ofegante no momento em que parei e apenas deitei imóvel na
minha cama.

Meu mundo e vida que eu conhecia estavam terminando. Branna estava


noiva de Ryder.

Fodidamente noiva de Ryder!

Ugh!

Eu ouvi a porta do quarto abrir e revirei os olhos interiormente.

— Me deixe em paz, Branna. — eu murmurei. — Eu não quero falar com


você.

A parte inferior da minha cama mergulhou para baixo no centro, em


seguida, ao meu lado, quando ela se arrastou até à minha cama e ao meu
lado. Ouvi sapatos caírem no chão, e eu suspirei em voz alta.

Virei a cabeça. — Eu disse para me deixar, Bran - saia. — eu gritei quando


os olhos prateados, cinzentos de Dominic me encararam de volta, em vez dos
azuis de Branna.

— Não. — Dominic sorriu.

Estendi a mão para socá-lo no rosto, mas ele pegou minha mão, me
puxou para ele e esmagou seus lábios nos meus. Eu arregalei meus olhos em
choque.

O que em nome de Deus estava acontecendo?

— Dominic, pare com isso! — rosnei em sua boca.

Ele me ignorou e simplesmente se aproveitou da minha boca aberta para


deslizar a língua dentro. Eu honestamente pensei em mordê-lo, mas eu estava
com medo de que seu sangue ficaria na minha boca se eu fizesse isso.
— Cala a boca e me beije, babe. Apenas me beije porra! — Dominic
rosnou e chupou meu lábio inferior em sua boca.

Eu fechei os olhos e me forcei a não beijá-lo de volta.

Pense na primeira vez que ele beijou você, o que resultou daquilo? Ele
tentando seduzi-la e tocando-lhe no hospital. Pense nele incomodando você,
brincando com você, tirando sarro de você, torturando você todos os dias na
escola e ele amando cada segundo disso. Pense nele com Destiny e Lexi e
Sammy e Jenny e Ciara e...

— Pare de pensar e me beije. — Dominic rosnou novamente.

Eu abri meus olhos e balancei a cabeça. — Não. — respondi, lambendo


meus lábios e o provando neles. — Você não é capaz de ser bom, e eu o conheço
bem o suficiente para saber que você não gosta de mim como você acha. Você
me odeia tanto quanto eu te odeio e você está tentando...

— Eu estou tentando beijar minha garota, isso é tudo. — Dominic me


cortou.

— Sua garota? — ofeguei tentando me afastar dele, mas ele não deixou eu
me mover.

Será que ele não considerou o fato de eu vê-lo quase beijando Destiny
como um grande término?

Dominic sorriu. — Você tem sido minha garota, desde o dia que você me
deu um tapa na cara, dois dias depois que te conheci. Nenhuma garota jamais
me bateu antes por tocar em sua bunda, mas você fez e me insultou sem fim e
professou seu ódio por mim abertamente a cada dia que você me encontrou
depois disso. Eu gosto disso de uma maneira estranha, torcida. Você não se
apaixonou pela minha merda, Bronagh, você é você mesma comigo. Você não
age da maneira que acha que eu quero apenas para que possamos nos amarrar.
Você me evita a qualquer custo e se recusa a olhar para mim na maioria dos
dias; você é incrível.
Eu fiquei boquiaberta. — Você é tão fodido. Você realmente gosta de
mim, porque eu te odeio?

Dominic riu. — Não, eu gosto de você porque você permanece fiel a si


mesma e não é nenhum pouquinho falsa. Você também é muito linda e tem uma
bunda grande, mas essas coisas são apenas um extra. Eu realmente gosto de
você por você.

Dominic Slater, meu arqui-inimigo, tinha acabado de admitir que gosta


de mim. Eu sabia que ele já gostava de mim há um tempo agora, e depois de
ontem à noite eu definitivamente sabia, mas ouvi-lo dizer isso em voz alta pela
primeira vez ainda me fazia sentir um pouco fraca.

Por que o meu coração contraiu e estômago nadou com borboletas com
essa declaração?

Eu sabia a resposta para essa pergunta com facilidade; eu gostava dele


também.

E muito.

— Estou negligenciando os comentários machistas sobre minha


aparência e bunda e também seu atual infarto cerebral. Você não gosta de mim
Dominic. Você gosta da Destiny ou havia outra razão para que você quase
enfiasse a língua na garganta dela na registration class hoje? — eu rebati.

Eu odiava que essa situação realmente me incomodasse.

Dominic sorriu. — Eu não quase a beijei, babe. Ela estava no meu rosto
tentando me seduzir para beijá-la, mas eu não ia ceder, não quando eu acabei de
ter você. Se fosse um teste, porém, você teria passado com louvor.

— Um teste?

Dominic assentiu. — Sim, você é como um livro fechado, às vezes. Eu não


tenho ideia do que você está sentindo ou pensando, mas quando Destiny estava
perto da minha boca e você passou com o rosto vermelho, eu sabia que isso
tinha te aborrecido.
Senti-me corar. — Não, isso não aconteceu. Eu não me importo...

— Sim, você se importa. Você não gosta que eu beije Destiny, e eu estou
apostando que você não gosta que eu beije mais ninguém também, não é?

Eu olhei para longe dele, mas ele agarrou meu queixo e obrigou-me a
olhar para ele.

— Não é? — ele repetiu.

Eu gosto de Dominic beijando outras garotas?

Eu realmente não gostava.

— Não. — eu murmurei.

Ele sorriu em triunfo. — Bom, porque eu não gosto de beijar ninguém


além de você. Eu sei que eu sou um idiota e que você não é minha maior fã, mas
eu quero estar com você. Acho que mataria se você pertencesse a outra pessoa.

— Pertencesse? Eu não sou um pedaço de merda de propriedade...

O sorriso de Dominic me fez parar no meio da frase.

— O quê? — eu rosnei.

Ele deu de ombros. — Pare de ser tão defensiva comigo, babe. Eu quero
você e você me quer. Apenas admita isso a si mesma e podemos seguir em frente
a partir daqui.

Eu bufei, olhei para longe dele e fechei os olhos.

— Eu tenho problemas, Dominic...

— Olha quem está falando. — ele me cortou rindo. — Não pregue para
mim sobre essas questões.

Eu suspirei de novo, abrindo os olhos e olhando de volta para ele. — Não,


eu tenho problemas com... com... deixar as pessoas se aproximarem de mim.

Ele sorriu novamente. — Estou muito perto de você agora, babe.


Revirei os olhos e soquei seu braço. — Não, eu quero dizer aqui. — eu
rebati e apontei para o meu coração, só para largar a minha mão e olhar para
longe.

— Bronagh. — ele murmurou.

Quando eu não olhei, ele me puxou para mais perto dele e beijou minha
bochecha. — Babe, não há nada de errado em deixar alguém se aproximar de
você. Não é o mesmo do que aconteceu com seus pais.

Fechei os olhos com a menção deles. — Por favor, não fale sobre eles. Eu
os amo e sinto falta deles, mas eles se foram. Falar sobre eles apenas me dói no
peito.

Dominic beijou minha bochecha de novo e acenou com a cabeça em


compreensão. — Tudo bem, eu não vou mencioná-los de novo, eu só quero que
você saiba que não é o mesmo.

Eu bufei. — Sim, é, se eu começar a me importar com você - mais do que


já me importo - e algo acontecer que o levar para longe, então eu vou ser ferida.
Eu já perdi dois dos amores da minha vida Dominic; Branna é tudo que me
resta. Eu não chego perto das pessoas, porque eu não posso lidar com a
consciência de que elas podem me deixar sem um segundo aviso. Isso me
assusta, está bem?

Senti mais um beijo na minha bochecha. — Eu nunca vou te deixar. Isso é


algo que você deve saber sobre mim, baby. Uma vez que você for minha, eu
nunca vou deixar você ir. Eu sou um idiota teimoso oitenta por cento do tempo,
então se você quisesse me deixar, eu ainda não iria deixar que isso acontecesse.

Eu diria que noventa e nove vírgula nove por cento do tempo.

Meu coração estava batendo contra minhas costelas enquanto ele falava,
meus sentimentos por ele aprofundando a cada segundo. — Você tem que
prometer que não vai me deixar, diga.

Dominic esfregou o nariz contra minha bochecha. — Eu prometo nunca


deixar você, se você prometer que não vai me machucar. — ele sorriu.
Revirei os olhos com sua brincadeira. — Eu prometo.

— Eu prometo, também.

Suspirei então. — E se você se cansar de mim?

Dominic apenas olhou para mim e disse: — Babe. — como se o que eu


disse fosse estúpido.

Revirei os olhos novamente. — E se você levar um soco na cabeça e


morrer? — eu questionei.

Dominic balançou a cabeça. — Eu não posso prometer que não vou


morrer, porque ninguém sabe quando o barco vem para eles, mas eu não vou
deixar você sair dessa, porque você está com medo da morte. Morte é uma parte
da vida, babe, todas as pessoas e coisas morrem em algum momento. Eu só
quero você por perto até esse dia chegar.

Eu deixei meu queixo cair.

— Profundo, né? — Dominic bufou.

Ele me queria por perto até que ele morresse, o que poderia ser amanhã
ou 70 anos a partir de agora. Então, sim; era profundo pra caralho.

— É sim!

Dominic deu de ombros. — Seja como for, é verdade, você não tem ideia
do que você faz comigo, Bronagh. Você me faz sentir, baby, realmente sentir. Eu
quero que você seja minha para sempre, desta vez, sem besteira. Você será
minha? — ele perguntou, com as sobrancelhas levantadas.

Meu estômago estava uma bagunça esvoaçante nesta fase. — Eu tenho


que pensar sobre isso...

— Não, você queria estar comigo bastante rápido ontem a noite, então
responda agora.
Eu rosnei. — Eu não posso simplesmente decidir imediatamente depois
de tudo que aconteceu hoje. Tenho que pensar.

— Não, você não tem. Se você me quiser, me responda agora, e deixe-me


saber.

Tive vontade de estrangulá-lo. — Como posso estar com alguém que eu


gosto, mas realmente odeio ao mesmo tempo?

Está bem, eu não o odiava, mas ele me irritava muito.

Dominic sorriu. — Facilmente.

Ele era impossível.

— Você vai me deixar em paz na escola e parar de me incomodar? — eu


questionei.

Ele revirou os olhos neste momento. — Eu não incomodo você, eu


provoco você, mas vou deixá-la em paz no sentido de te deixar irritada.

O que?

— O que significa isso? — eu questionei.

— Eu não vou dizer nada para te deixar nervosa. Em vez disso eu só vou
te beijar.

Eu ofeguei. — Nós não podemos nos beijar na escola!

Senti-me corar, e eu não sabia por quê.

— Por que não?

— Porque todo mundo sabe que nos odiamos. — eu respondi com um tom
totalmente óbvio.

Dominic bufou. — Não, todo mundo sabe que eu tenho uma coisa por
você.

Duplo o que?
— O quê? Como? Como todo mundo sabe, quando nem eu sabia?

— Porque você ficou tão brava comigo, que te deixou cega para o que está
diante de você. Você me ignora, mas ninguém mais faz. Damien me conta que
todos me observam olhar para você ou tentar irritá-la apenas para que eu tenha
a sua atenção.

Eu não o respondi.

Acabei de me lembrar de uma época quando eu era pequena em que a


minha mãe me disse que se um menino era realmente malvado com uma
menina isso poderia significar que ele gostava dela, mas não sabia como fazer
para dizer-lhe então em vez disso agia como um valentão, assim ainda iria
chamar sua atenção. Ela realmente me disse isso quando Jason começou a me
intimidar quando éramos crianças depois que me recusei a beijá-lo durante o
recreio. Eu pensei que fosse estúpido, mas era um fato. Não com todos,
obviamente, mas com Dominic, aparentemente era.

— Se Ryder e Branna se casarem, você será meu cunhado e eu vou ser sua
cunhada. Você não pode beijar um parente.

Dominic bufou e bicou meus lábios com os dele. — Olhe para mim, babe.

Eu suspirei enquanto ele se inclinou contra mim, sua testa na minha.

— Responda. Agora.

Eu gemi. — Tudo bem.

— Tudo bem como você vai ser minha garota... de novo?

Por que não? Qual era o pior que poderia acontecer?

Além dele quebrar o que restava do meu coração em um milhão de


pedaços.

Dei de ombros e disse: — Claro.


Dominic me beijou e me beijou duro. Quando ele se apoiou em seu
cotovelo e se inclinou sobre mim nunca separando de mim, eu suspirei feliz
quando ele me rolou para baixo do seu corpo. Eu o beijava de volta agora e
levantei os braços em volta de seu pescoço, deslizando minhas mãos em seus
cabelos e enrolei os dedos neles.

Eu não achava que era possível, mas Dominic me beijou ainda mais duro,
tornando tudo muito mais intenso. Ele estava começando a me afetar, meu
corpo, então eu quebrei o beijo e ofeguei.

— Devagar. — eu respirei.

Ele rosnou e tentou me beijar de novo, mas eu o segurei pelo peito. —


Sério, devagar, eu não vou dormir com você só porque estamos juntos agora. Eu
sei a mensagem que enviei a você depois do que fizemos no hospital, o que faria
você achar que eu quero sexo, mas eu não quero. Eu não estou pronta para isso.

Dominic piscou algumas vezes, então suspirou e relaxou um pouco longe


de mim. — Sinto muito; eu não vou pressioná-la, eu prometo, mas quando você
me beija assim fica difícil não ceder ao que o meu corpo quer.

Eu involuntariamente olhei para sua metade inferior, eu podia ver


claramente os efeitos que o nosso beijo tinha sobre ele. Eu corei e desviei o olhar
fazendo Dominic rir. Ele se deitou ao meu lado novamente e me puxou para ele,
beijando minha bochecha.

— Não fique envergonhada.

— Eu não estou. — respondi num murmúrio ainda sem olhar para ele.

Dominic riu de novo e se moveu rapidamente para me lançar


completamente sob ele. Ele ficou entre as minhas pernas e pressionou contra
mim, fazendo minha frequência cardíaca saltar. Eu não estava pronta para o
sexo ainda, mas isso não significava que Dominic não poderia deixar meu corpo
excitado. Porque ele podia, bastardo.
Ele moeu sua pélvis em mim, me fazendo ofegar e arquear um pouco,
porque a sensação de fricção era boa. — Isso é o que você faz para mim e tem
feito para mim desde que eu coloquei os olhos em você.

Eu arregalei meus olhos com a sua declaração.

Uau, ele sempre teve tesão por mim?

Isso é loucura!

Dominic estava prestes a se inclinar e me beijar novamente quando um


grito à nossa esquerda e algo batendo na sua cabeça o fez rapidamente rolar
para fora de mim.

— Ai, porra! Que diabos tem com vocês duas jogando coisas na minha
cabeça!

Eu olhei para ver Branna invadindo o meu quarto, para o lado da minha
cama, onde ela pegou o sapato e o colocou de volta em seu pé.

Eu bufei; ela jogou seu sapato em Dominic e acertou na cabeça dele. Boa
mira a dela.

— Fique longe da minha irmãzinha, seu pervertido desgraçado. Eu só


disse para você falar com ela sobre como se sente...

— Eu disse, e ela está voltando comigo. Estamos oficialmente juntos


novamente, então alivie esse lançamento de coisas. Eu não sou golpeado desse
tanto nem na porra do ringue!

Ryder bufou da porta ganhando um dedo médio de Dominic, que ainda


estava esfregando a cabeça. Branna olhou para mim com as sobrancelhas
levantadas.

— Você está com ele depois de toda a porcaria que você gritou lá
embaixo?

Isso fez eu me sentir uma completa idiota. Eu disse um monte de coisas


para contradizer minhas ações atuais.
Eu olhei para ela e me defendi. — Sim, mas eu ainda acho aquilo tudo. Só
porque eu estou com ele não significa que eu não acho que ele é um idiota,
porque ele é!

— Obrigado babe. — Dominic murmurou.

Eu o ignorei e continuei a olhar para Branna.

— Você acha que ele é um idiota e ainda assim você vai ficar com ele? —
Branna bufou.

Eu olhei mais duro para ela. — Ele vai trabalhar nisso! — rosnei então
virei minha cabeça para Dominic. — Certo?

Ele acenou com a cabeça. — O que você quiser, babe.

— Eu gostaria que Dame estivesse aqui para ver isso! — a voz de Ryder
riu, em seguida, imitou a voz de Dominic. — O que você quiser, babe.

— Foda-se, Ry! — Dominic rosnou.

Eu balancei a cabeça para os dois. — Ele é o irmão mais velho, e está


agindo como uma criança. Bom trabalho Bran, você sabe como escolhê-los!

Branna rosnou para mim. — Como você é muito melhor? Você escolheu
seu irmão mais novo para se tornar seu namorado, se eu tenho mau gosto para
rapazes então você também tem!

Eu estava pronta para disparar uma resposta mal-humorada, mas pela


primeira vez eu não tinha uma, e isso me irritou. Eu gostava de ter uma resposta
para tudo, mas desta vez Branna me deixou perplexa.

— Eu culpo você! — eu finalmente falei.

Branna ficou boquiaberta. — Você me culpa por você decidir ficar com
Nico? Isso é ridículo!

— Não, não é! — retruquei. — Eu ainda o odiaria de longe se você não


estivesse com Ryder.
Branna revirou os olhos. — Ele ainda teria encontrado uma maneira de
chegar até você.

— Isso é verdade. — disse Dominic atrás de mim.

Revirei os olhos.

— Que porra de nunca. — eu bufei e deitei de costas, exausta de discutir.

O braço de Dominic veio para o meu estômago, e seu rosto apareceu


sobre o meu.

— Você é tão quente quando você está com raiva! — ele sorriu.

Eu odiei ter corado porque Branna estava rindo do outro lado da cama
nos observando.

— Alguma privacidade, talvez? — eu assobiei.

Branna revirou os olhos para mim, em seguida, jogou-os para Dominic e


o olhou. — Nenhum sexo com ela a menos que ela perdoe. Ela pode ter dezoito
anos, mas ela ainda é minha irmãzinha, entendeu figurão?

Dominic assentiu com a cabeça. — Sim.

Eu zombei quando Branna saiu do quarto com um Ryder


sorrindo. Dominic olhou para mim sorrindo e balançando as sobrancelhas antes
que ele tentasse voltar entre as minhas coxas.

— Nós apenas começamos a namorar, eu realmente não vou fazer sexo


com você por muito tempo ainda! Será que eu apenas não deixei isso claro?

O rosto de Dominic se transformou para um com dor e náusea me


fazendo rir.

— Por muito tempo, realmente? — ele murmurou, com a voz tensa.

Revirei os olhos. — Pare de agir assim tão desolado! Você tem dezoito
anos, quanto sexo você já teve para sentir tanta falta... — eu me cortei quando
Dominic me deu um olhar brincalhão.
Eu balancei minha cabeça. — Eu não quero nem saber de modo que
mantenha suas experiências sexuais para si mesmo.

Flashes de Destiny e todas as suas amigas surgiram na minha cabeça me


fazendo estremecer.

Dominic franziu o cenho. — Eu não me gabaria de algo assim com você.


Você sabe que eu não sou virgem e, a menos que você pergunte, isso é tudo o
que você vai saber. Está bem?

Dei de ombros. — Está bem.

Dominic continuou a olhar para mim. — Então... quais são os meus


limites?

— Seus limites? — eu questionei.

— Sim. — ele acenou com a cabeça. — O que estou autorizado a tocar? Eu


estou supondo que sua boceta está fora dos limites, mas o que dizer de seus
peitos e bunda...

— Dominic! — eu gritei e dei um tapa no seu braço. — Não seja tão


grosseiro!

Senti ficar tão vermelha, que eu podia sentir meu rosto queimar.

Dominic inclinou a cabeça para trás e riu enquanto eu cobri o rosto com
as mãos.

— Babe. — ele riu. — Se eu soubesse o quanto palavras sujas fazem você


corar, a escola teria sido dez vezes pior para você.

Eu rosnei em minhas mãos fazendo Dominic dar risada. Ele esfregou


minhas mãos para longe do meu rosto com o nariz até que tirei. Ele capturou
meus lábios com os seus e me beijou suavemente. Eu levantei meus braços ao
redor de seu pescoço e o puxei para mim, o que ele fez com um pouco de
hesitação.
— Limites. — ele murmurou nos meus lábios. — Eu preciso que você
defina os limites, de outra forma, eu vou fazer tudo, exceto realmente penetrar-
lhe com o meu pau.

Eu arregalei meus olhos e sentei ereta, empurrando Dominic para longe


de mim um pouco.

— Não toque nas minhas partes íntimas, a menos que eu diga o contrário.
— eu comecei.

Dominic gemeu e, em seguida, afirmou: — É melhor que sua bunda não


esteja incluída!

Revirei os olhos. — Eu estou bem com você a tocando, porque você


parece ser um rapaz de bunda, mas não apalpe, ou eu vou bater em você.

Dominic sorriu. — Sou a favor de brincar de luta com você, menina


bonita.

Eu bufei. — É porque você é maior e mais forte do que eu e pode me


imobilizar facilmente!

Dominic apenas sorriu me fazendo balançar a cabeça quando eu


começava a pensar em alguns outros limites para ele. — Oh, não me toque nos
seios...

— Tipo, nem um pouco?

Eu bufei e repeti: — Tipo, nem um pouco.

Dominic gemeu, virou e pressionou o rosto para baixo em um travesseiro


na minha cama me fazendo rir.

— Você é tão dramático. Tenho peitos pequenos, você não vai estar
perdendo nada.

A cabeça de Dominic subiu rapidamente. — Seus seios não são pequenos;


eles também não são grandes, mas eles não são pequenos, eles vão encher as
minhas mãos e isso, babe, é malditamente bom o suficiente para mim.
Corei novamente e chutei sua perna o fazendo assobiar então bufar
enquanto ele se arrastou de volta para mim.

— Tudo bem, isso é tudo que eu não estou autorizado ou há mais? — ele
perguntou.

Eu não conseguia pensar em outra coisa, então dei de ombros.

— Isso é tudo por agora, eu vou deixar você saber quando eu pensar em
mais.

— Cadela. — Dominic resmungou me fazendo sorrir.

Ele me beijou de novo, e eu o beijei de volta. Isso continuou por alguns


minutos até que fiquei tão relaxada que me lembrei como estava cansada.

— Eu estou tão cansada. — murmurei na boca de Dominic.

Ele fez uma pausa, se afastou um pouco e apenas olhou para mim
enquanto ofegava. — Eu estou furiosamente duro e beijar você está tornando
pior, mas eu não consigo parar. Há uma batalha acontecendo na minha cabeça
agora porque eu quero te foder tão duro, mas eu não posso e você está
simplesmente... cansada? Diga-me que você ficou molhada ou meu ego será
gravemente ferido!

Oh, meu Deus.

Eu me mexi e tentei esfregar as pernas para aliviar a dor que estava entre
elas, mas Dominic não me deixou e me parou quando eu tentei virar para ele.

— Eu te deixei molhada? — ele perguntou, esperançoso.

Ele sabe que deixou.

— Molhada e dolorida, feliz agora? — eu retruquei.

O sorriso completo de Dominic indicava que ele estava muito feliz com o
conhecimento do que poderia fazer comigo com um simples beijo.

— Vamos ficar sob as cobertas...


— Foda-se! — eu rebati.

Dominic riu quando ergueu as mãos para cima. — Assim, podemos


dormir. Só dormir, prometo.

Eu olhei para ele. — Casais normais devem ficar juntos um pouco, antes
de dormirem juntos.

Dominic sorriu e tirou as cobertas debaixo de mim e as puxou sobre nós


enquanto me puxou para seu corpo e se aconchegou contra mim.

— Nós não somos um casal normal, menina bonita. — ele sussurrou em


meu ouvido provocando arrepios na espinha.

Suspirei e fechei meus olhos, aninhada contra ele, realmente gostando


como eu me encaixava contra seu corpo firme. Eu não podia discutir com ele,
pela primeira vez. Nós literalmente acabamos de nos tornar um casal, mas
qualquer pessoa com um cérebro poderia dizer que não éramos
normais. Tínhamos uma atração lasciva para com o outro. Estamos mesmo
ficando juntos e esperando pelo melhor, estamos tão longe de ser normais.
—O lá,

linda.

Eu gemi quando cruzei a entrada da escola. Eu olhei para cima e percebi


Dominic caminhando em minha direção, enquanto Damien estava encostado na
parede ao lado do corredor principal que levava para a nossa registration class.

Meu coração martelava apenas por vê-lo, mas eu tentei minimizar a


minha reação a ele para que não parecesse patética.

— É muito cedo, não comece. — eu disse fazendo Damien bufar e


Dominic sorrir enquanto ele continuava caminhando em minha direção.

Eu senti os olhos dos alunos que já estavam na escola caírem sobre nós, e
isso me fez parar de andar e me concentrar em Dominic.

— Eu não gosto de atenção e você está nos ganhando muito disso, então
pare! — eu assobiei quando ele estava a poucos metros de distância de mim.

Ele apenas sorriu para mim e me puxou para os seus braços quando ele
estava perto o suficiente.
— Eu senti sua falta. — ele murmurou antes de mergulhar a cabeça para
me beijar.

Na verdade, eu ouvi suspiros das meninas que poderiam nos ver, e eu


achei muito dramático e um tipo de encenação. Era como nos filmes em que um
rapaz que todo mundo gostava beijava uma garota, e elas ficavam todas
ciumentas e irritadas com isso e praticamente queriam esfaquear a menina até a
morte e tomar o seu lugar.

— Dominic. — eu gemi em sua boca fazendo-o sorrir.

Ele bicou meus lábios algumas vezes antes que de puxar sua cabeça para
trás. — Diga 'Eu também senti sua falta, Nico'.

Ele ia ter que desistir de tentar que eu o chamasse de Nico, isso


simplesmente não ia acontecer.

Dei-lhe uma olhada. — Eu também senti sua falta, Dominic.

Ele sorriu e mordiscou meu lábio inferior levemente. — Você sentiu


realmente?

Meu coração martelando era uma indicação que eu senti, e eu sabia que
ele queria que lhe dissesse que sim. Eu estava deduzindo que ele gostava de
ouvir esse tipo de coisas.

— Sim, eu acordei e você tinha ido embora. — eu fiz uma careta.

Ele continuou a sorrir para mim. — Branna me fez sair depois que você
adormeceu.

Eu suspirei. — Eu gosto de dormir com você, isso me faz sentir segura.

Dominic esfregou os polegares em todo meu rosto quando ele olhou nos
meus olhos, senti-me corar, mas não desviei o olhar, porque estávamos tendo
um momento. — Eu faço você se sentir segura? — ele murmurou.
Eu assenti. — Você faz, eu não sei o que você está fazendo comigo, mas
meu coração está martelando contra o meu peito agora apenas de estar com
você. — eu sussurrei.

Ele me puxou mais apertado para ele e afastou alguns fios de cabelo atrás
da minha orelha. — Mantenha essa fala doce e eu vou ser uma bagunça
emocional, declarando meu amor por você antes mesmo de ir para a aula.

Seu senso de humor não arruinou o nosso momento, só adicionou um


pouco de brilho a ele.

— Isso não vai funcionar comigo, você vai ter que pegar uma página do
livro de Heath Ledger19 e recitar para mim na frente de toda a escola.

Dominic sorriu para mim. — Você sabe que eu vou fazer isso sem
hesitação.

Eu sabia que ele faria, ele não tinha medo de nada, a humilhação sendo
uma dessas coisas.

Eu bufei e brinquei. — Tem que ser com uma música do Justin Bieber ou
One Direction, porém, nenhuma das coisas da velha escola.

Ele bufou e resmungou: — Típico, sua cadelinha. — antes de inclinar a


cabeça e me beijar novamente.

— Ei, parem com isso pombinhos, é proibido demonstração pública de


afeto20 no terreno da escola! — um professor gritou.

Eu estava como um peixe fora d'água e tentei saltar longe de Dominic,


mas ele riu e apenas afastou a cabeça da minha, mas ainda me segurou firme.

— Senhor, não seja um empata foda. — disse Dominic, levando os alunos


a rir. O professor revirou os olhos e eu fiquei em vários tons de vermelho.

19
Ator australiano conhecido por atuar como Coringa no filme Batman - The Dark Knight, que
se suicidou em 2008.
20
No original PDA – Public Display of Affection
— Eu poderia matá-lo! — eu rosnei para ele e saí do seu abraço,
movendo-me em torno dele e caminhei em direção às portas principais.

— Vê o que você fez, Senhor? Colocou-me na casa do cachorro!

Quanto mais as pessoas riam dele, mais eu queria socar o idiota.

— Seu irmão é um idiota. — eu disse quando passei por Damien.

— Conte-me sobre isso. — ele bufou e me seguiu pela porta principal.

— Bronagh, espere! — Dominic riu enquanto corria atrás de mim e


Damien.

Eu não parei até que eu estava em nossa registration class e sentei na


minha mesa.

— A deixe em paz, está muito cedo para ela te aguentar. — eu ouvi


Damien dizer.

O gêmeo loiro foi incrível!

— Amém. — eu disse fazendo-o rir.

Dominic bateu no seu irmão e foi até à minha mesa. — Posso sentar ao
seu lado? — ele perguntou.

Eu me senti mal porque eu queria recusar. Quer dizer, tudo bem,


estávamos juntos agora, mas isso ia levar algum tempo para acostumar, e ele
beijando e querendo ficar perto de mim o tempo todo não era levar as coisas
devagar. Mas eu dei de ombros para ele de qualquer maneira, porque ele parecia
tão bom hoje, e eu queria senti-lo perto de mim. Ele parecia bom todos os dias,
mas hoje ele estava delicioso. Ele estava em seu uniforme da escola, como
sempre, mas estava com um gorro cinza e um moletom cinza fechado sobre o
seu uniforme. Não era uma questão de moda, mas ele parecia quente, muito
quente.

— Claro. — eu respondi enquanto pegava a minha mochila para colocá-la


debaixo da minha mesa.
Dominic puxou a cadeira ao meu lado e moveu um pouco mais perto da
minha carteira e, em seguida, colocou o braço em volta da parte de trás da
minha cadeira e olhou para mim.

Fiz uma careta para ele. — Pare de olhar para mim seu idiota.

Dominic bufou, se inclinou e beijou minha bochecha. — Você está linda.

Minhas bochechas aqueceram, e ele murmurou, fazendo-me assobiar e


dar de ombros para longe dele.

— Pare de tentar me envergonhar. — eu murmurei.

Ele beijou o lado da minha cabeça. — Eu não estou tentando, eu prometo.


Estou apenas dizendo a verdade.

Eu suspirei, ele era tão sedutor.

— Bem, obrigada, você parece bom também. — eu murmurei.

— Só bom? — ele zombou me fazendo bufar.

— Tudo bem, quente?

— Melhor. — ele sorriu para mim conforme beijava meu rosto


novamente.

Ele se afastou depois de um momento, em seguida, virou-se um pouco


para conversar com Damien, que estava sentado em seu assento na fileira de
trás, tocando na tela de seu telefone. Peguei meu iTouch e estava prestes a
colocar uma música quando eu olhei para o aplicativo da câmera.

Eu tive a súbita vontade de ter uma foto de Dominic ou minha e de


Dominic no meu iTouch, e isso me constrangeu, porque ele provavelmente
pensaria que eu era uma criança querendo tirar uma foto com ele. Apesar disso
eu me forcei a não me importar; quer dizer, ele era meu namorado, e se eu
queria uma foto com ele, então eu podia muito bem ter uma!
— Dominic? — eu murmurei quando todos os traços de bravura deixaram
meu corpo em uma respiração.

— Hmm? — ele murmurou, virando para mim.

— Eu quero uma foto nossa então você tira uma comigo? — pedi muito
rápido e evitei qualquer contato visual com ele.

Eu podia sentir o seu sorriso, não obstante, quando ele disse: — Eu estou
pronto.

Olhei para cima e não pude deixar de sorrir, porque ele parecia tão
feliz. Inclinei-me para ele, virei a câmera do meu iTouch e a segurei na nossa
frente. Dominic colocou o braço em volta da minha cintura e pressionou seu
rosto no meu e sorriu. Ambas as suas covinhas apareceram, e isso me fez
suspirar; ele era tão lindo!

Sorri também, olhando para a câmera, e ele bateu na tela. Quando a


imagem salvou e apareceu na tela eu queria ficar sentimental porque nós
realmente parecíamos um casal de adolescentes normal - apenas Dominic tinha
pontos e um olho roxo - e isso me fez tão feliz.

— Eu amo isso! — afirmei.

Dominic riu e beijou minha bochecha. — Eu também, mas eu quero uma


só sua.

Olhei para ele e o vi pegar seu iPhone, desbloqueá-lo, abrir o aplicativo da


câmera e apontá-lo na minha direção.

— Com sorriso ou sem mostrar os dentes? — eu perguntei.

Ele riu. — Com seus dentes aparecendo, você tem pequenas covinhas nas
bochechas quando você sorri desse jeito.

Revirei os olhos. — As suas são covinhas, as minhas são apenas grandes


poros.

Ele bufou. — Apenas sorria, espertinha.


Eu sorri, e olhei diretamente para a lente da câmera enquanto ele tirava a
foto.

— Linda. — ele sorriu quando olhou para a imagem, em seguida, virou-a e


mostrou para mim.

Eu fiz uma careta. — Meus olhos estão muito grandes e as minhas orelhas
estão saltadas para fora.

Dominic olhou para mim sem entender. — Você é estúpida.

— Você é! — retruquei, com raiva.

Ele riu. — Você está linda, pare de se apegar às coisas que você acha que
são falhas.

Eu o imitei fazendo-o rir quando ele bateu na tela do seu telefone, em


seguida, virou-a para mim. Corei; ele colocou a minha foto de papel de parede e
tela de bloqueio.

Eu já fiz o mesmo com a nossa imagem no meu iTouch e sorri;


então, olhei para trás para Damien, que ainda estava mexendo no seu telefone.

— Damien?

— Hmm? — ele olhou para mim.

— Quer tirar uma foto comigo? — eu perguntei, sorrindo.

— Só se você sentar no meu colo. — ele sorriu.

— Mano. — Dominic rosnou em advertência.

Eu bufei para Dominic rosnando para seu irmão gêmeo e me levantei. —


Tudo bem. — eu disse e fui até Damien.

— Bronagh! — Dominic estalou.

— Ele é seu irmão, seu irmão gêmeo, ele não vai escorregar a mão para
apalpar a minha bunda.
— Ele faria apenas pela sensação; ele é pior do que eu quando se trata
dessa merda. — Dominic retrucou, ainda sentado à minha mesa.

Damien sorriu para mim enquanto bateu em sua perna esquerda; eu


bufei e sentei sobre ela, então segurei meu iTouch e coloquei meu braço em
torno do seu ombro.

— Sorria. — eu disse alegre, sorrindo, em seguida gargalhando quando a


mão de Damien encontrou o caminho até a minha bunda.

— Desculpe, pensei que era o seu quadril. — Damien bufou.

A foto que eu tirei era de Damien, sorrindo e eu rindo com os olhos


fechados. Tiramos outra e depois outra, porque Damien disse que queria cargas
delas apenas para irritar o Dominic.

— Tudo bem, é o suficiente de hora das fotos. Saia do meu irmão agora,
por favor. — a voz de Dominic atravessou as minhas risadas e as de Damien.

Eu ri quando me levantei e voltei para Dominic, que me puxou para o seu


colo e olhou para o irmão.

— Pare de me olhar desse jeito, ela é praticamente minha cunhada agora.


Eu não vou tentar nada, nem agora nem nunca, mesmo que ela seja quente.

Eu ofeguei. — Acabamos de começar a sair, não utilize a expressão


cunhada em torno de mim!

Dominic e Damien riram enquanto eu grunhi e voltei para o meu lugar.

— Você tem um perfil no Facebook? — Dominic perguntou


aleatoriamente quando eu sentei na minha cadeira.

— Não, por quê? — eu perguntei, curiosa.

Ele deu de ombros. — Eu ia adicioná-la como amiga, se você tivesse.

Eu bufei. — Eu vou fazer um depois, e você pode me adicionar, está bem?

Ele sorriu. — Você pode colocar a nossa foto como sua imagem de perfil.
Revirei os olhos, brincando. — Tudo bem, com certeza.

— E você pode se marcar em um relacionamento comigo.

Eu olhei para ele com uma sobrancelha levantada. — Quando você se


transformou em uma cadela?

Dominic levantou uma sobrancelha em interrogação.

— Você está agindo como uma menina, querendo me adicionar no


Facebook e mudar seu status de relacionamento. — eu bufei.

— Seja como for, foda-se. — ele murmurou me fazendo rir, assim que
alguns dos nossos colegas entraram na classe.

Alannah estava entre eles e quando viu Dominic sentado ao meu lado, ela
sorriu e se moveu rapidamente para tomar o seu antigo assento ao lado do seu
irmão.

— Ei, bonita. — Damien sorriu quando ela se sentou; ele embolsou seu
telefone e deu-lhe toda a sua atenção.

— Ei. — ela sorriu, o rosto ruborizando.

Eu bufei com suas bochechas coradas e com o jeito que ela brincava com
seu cabelo enquanto conversavam. Ela fazia isso muito quando ele estava por
perto.

— Para o que você está bufando, Miss Piggy21? — Dominic perguntou me


cutucando de lado com o dedo.

— O fato de que as meninas agem como completas idiotas quando falam


com você ou seu irmão.

Ele colocou o braço a minha volta e beijou minha testa. — Somos os galãs
desta escola. Ficaria ofendido se as meninas não tivessem uma queda por mim
ou Dame.

21
Personagem do Muppets, a porquinha.
Eu zombei. — Você é um pedaço inútil de...

— Eu estou brincando! — Dominic me cortou, rindo.

Revirei os olhos e cruzei os braços sobre o peito e virei para frente.

— Quer ir ver um filme mais tarde? — Dominic perguntou quando mais


alunos entraram na sala.

Eu não olhei para ele quando perguntei: — Em um encontro?

— Sim.

— Para ver o quê? — eu questionei, virando para olhar para ele.

Se ele dissesse que Os Instrumentos Mortais, eu ia estremecer.

Ele deu de ombros, indiferente. — Desde que não seja um romance ou


aqueles tipos de coisa de menininha, eu não me importo.

Eu pensei sobre quais filmes estavam em cartaz, em seguida, ofeguei. —


O novo filme, Velozes e Furiosos, com certeza esse!

Dominic riu. — Boa escolha, baby.

Eu sorri com orgulho, mas parei quando notei que os alunos da minha
turma estavam olhando para mim.

— Ela pode sorrir. — eu ouvi alguém dizer.

— Nico, você quebrou Bronagh? Porque ela está rindo e deixando alguém
se sentar ao lado dela, e isso para ela, é apenas... estranho. — Robert Moore,
colega de classe, disse para Dominic.

Dominic bufou, e eu queria muito socá-lo. Eu sei que ninguém estava


tirando sarro de mim, mas vê-los tão chocados que eu poderia realmente ser
social era embaraçoso.

— Eu não a quebrei, ela está perfeitamente bem. Ela pode se sentar ao


lado do seu namorado, certo?
— Namorado? — a classe em coro.

A risada de Damien ressaltou de forma óbvia no fundo da classe, e isso


me fez dar um tapa no idiota.

— Oh, meu Deus. — eu resmunguei e olhei para baixo.

— Você merece uma medalha, cara. Você fez o impossível, você rachou
Bronagh Murphy. — disse Robert em reverência.

Eu zombei, agora ele só estava sendo ridículo. Eu não era como uma
espécie de seguro que ninguém podia entrar - espera, droga, por um tempo era
exatamente isso o que eu era. Dominic foi o único cara que já fez um esforço
para me desbloquear! O fato de que eu acabei de perceber que Robert estava
certo, e Dominic fez o impossível para chegar até mim, me fez sentir mal. Eu
nunca me importei com qualquer um que não fosse Branna e os meus pais, mas
agora... agora eu sentia como se Dominic estivesse escalando o seu caminho
acima na escada para topo da lista.

Porra, eu até gostei de estar perto de Damien, Alec, Kane e Ryder quando
os vi. Não demoraria muito para que eu me acostumasse a tê-los em minha vida
e então eu iria, obviamente, começar a cuidar de cada um deles mais do que eu
já cuidava. Esse era um território desconhecido para mim, e eu não ia mentir,
isso me assustava demais.

— Obrigado... eu acho. — a voz de Dominic puxou-me dos meus


pensamentos, então eu voltei minha atenção para ele. Ele então bufou quando
olhou para mim e viu a minha cara.

— Por que parece que você viu um fantasma? — ele me perguntou.

Virei para ele, coloquei meu rosto em seu pescoço e os braços em volta da
sua cintura. Nós tínhamos acabado de começar a namorar oficialmente ontem
então essa foi a primeira vez que eu fiz isso livremente. Mesmo quando não
estávamos saindo ele era o único que me tocava primeiro, então isso era um
momento para o livro dos recordes.
— Ei. — Dominic murmurou no meu cabelo quando ele abaixou a cabeça
para a minha. — Você está bem?

Eu assenti e virei para olhar para ele. — Robert está certo, você é a
primeira pessoa a chegar até aqui comigo e para ser honesta, a realidade que
você conseguiu montar acampamento em mim está me assustando!

O corpo de Dominic vibrou quando ele riu. — Babe, este é apenas o


começo para nós. Dê um tempo, e uma vez que você estiver acostumada a tudo
isso, você só vai aceitar que é minha e vai ser feliz. Eu garanto.

Lambi meus lábios secos agora fazendo Dominic rosnar baixo para mim,
o que eu ainda achei estranho que ele pudesse fazer ruídos como esse parecer
tão quente.

— Eu sou sua? — eu murmurei, ainda apavorada que esta bela pessoa me


queria, quando ele poderia ter qualquer garota que quisesse.

Dominic sorriu para mim e beijou a ponta do meu nariz, em seguida,


piscou quando ele disse: — Você sempre foi minha, menina bonita. Você só não
sabia disso.
—A última vez que

a vi nesta casa foi quando você estava dizendo que estava imaginando Damien
quando beijou Dominic no quarto dele. — disse Alec para mim, brincalhão.

Eu corei e murmurei. — Eu estava aqui na festa após a luta de Dominic


algumas semanas atrás.

Alec sorriu para mim, com os olhos brilhando. — É isso mesmo, eu


realmente esqueci isso. Assim, a última vez que você esteve aqui você estava
rejeitando o meu irmão quando ele lhe pediu para ser sua namorada?

Eu corei um tom mais profundo de vermelho o que fez Alec dar risada.

— Deixe-a em paz. — Dominic bufou e pôs o braço em volta dos meus


ombros me dando um aperto antes que ele voltasse a comer seu jantar.

No momento eu estava sentada na mesa da cozinha de Dominic com


todos os seus irmãos e Branna, enquanto nós jantávamos. Era um pouco
surreal; todos eram enormes, e isso me fez sentir como se Branna e eu
estivéssemos jantando com gigantes.

Eu estava praticamente brincando com o bife e batatas no meu prato. Eu


estava com fome antes de eu chegar, mas agora que estava aqui, eu
simplesmente não conseguia engolir a comida. Dominic e eu só estávamos
namorando há alguns dias; fomos ao nosso primeiro encontro para o cinema há
alguns dias e agora, de repente, nós estamos tendo um jantar em família. Estava
tudo acontecendo muito rápido e para ser honesta, estava realmente me
assustando.

Lambi meus lábios e sentei um pouco para trás, olhando em volta da


mesa com os olhos selvagens até que meus olhos pousaram nos de Branna. Ela
estava olhando diretamente para mim.

— Bronagh, venha falar comigo por um minuto no corredor.

Eu praticamente pulei da cadeira, e de todos, mas corri para o corredor


onde eu automaticamente me movi em direção à porta da sala. Agora que eu via
uma saída, só queria me salvar.

— Alec, você a aborreceu! — eu ouvi o rosnado da voz de Damien.

Ele não me aborreceu; eu sabia que ele só estava me provocando. Eu não


estava chateada com nada; estava me sentindo um pouco sobrecarregada com
todas as coisas novas que o namoro com Dominic introduziu em minha vida.

— Olhe para mim. — eu ouvi a voz de Branna dizer atrás de mim.

Eu me virei, olhei para ela e soltei um suspiro. — Eu sinto muito, eu estou


tentando, eu juro que estou, mas apenas parece estranho. Todos nós jantando e
agindo como uma grande família feliz, é difícil romper com o hábito de estar
apenas com você o tempo todo. Eu... eu não sei se gosto de dividir você e ser
social, e isso me faz uma irmã horrível e uma perdedora.

Eu não sabia que eu estava chorando até que senti o braço de Branna em
torno de mim e sua voz suave me calando.

— Para ser honesta com você, Bee, eu também estou me acostumando


com isso. Há momentos em que eu só quero ficar com você depois que chego em
casa do trabalho ou da escola, e isso é normal. Por muito tempo era só você e eu,
mas eu acho que nós estamos tentando romper com esse hábito muito rápido.
Então, o que você acha de sairmos amanhã, só nós duas, para um dia de
garotas? Podemos ir ver um filme, comprar algumas roupas novas e sair para
jantar, depois ir para casa e simplesmente relaxar.

Eu senti o peso do mundo sair dos meus ombros, enquanto ela terminava
de falar, ela estava sentindo isso também. As novas pessoas em nossas vidas
estavam mudando as coisas, e eu não era uma aberração por pensar que era
estranho que eu sentisse como se estivesse vivendo a vida de outra pessoa, de
repente.

— Isso soa perfeito. — eu balancei a cabeça.

Branna me deu outro abraço, e quando nos separamos Dominic estava ao


nosso lado.

— Vamos para o meu quarto, podemos relaxar. — ele disse enquanto


pegou minha mão.

Branna sorriu quando eu subi as escadas com ele antes de voltar para a
cozinha para o resto dos irmãos.

— Eu odeio escadas. — resmunguei, sem fôlego quando chegamos ao


último andar fazendo Dominic bufar.

Quando entramos em seu quarto, de repente eu me tornei extremamente


tímida e autoconsciente quando cruzei os braços sobre o peito. A última vez que
estive aqui foi na festa, e nós estávamos nos beijando na cama.

— Por que você está corando? — Dominic sorriu quando ele se virou para
mim depois de fechar a porta do quarto.

Olhei para baixo e murmurei. — Eu não estou.

Ele riu. — Você é adorável, menina bonita.

Eu revirei os olhos interiormente.

Ele descruzou os meus braços e me levou para outro lado do quarto para
sua cama. — Que filme você quer assistir? Tenho Netflix, por isso temos um
monte de opções.
Eu observei Dominic ligar sua televisão e seu Xbox antes de fechar as
cortinas, cobrindo o quarto com a escuridão. A única luz era a da televisão,
então quando eu dei um passo à frente, tropecei em algo e caí em Dominic, que
nos enviou para a cama; eu fiquei furiosa.

— Alguém está ansiosa para me levar para a cama. — Dominic brincou


quando me sentei.

Eu estava metade em seu corpo e pressionada contra seu rosto, e eu não


podia empurrar e apoiar porque a minha mão machucada estava debaixo de
mim, quando olhei para o rosto sorridente de Dominic, eu o encarei com
raiva. — Isso é culpa sua, eu tropecei...

— E se apaixonou por mim? Respeito, babe!

Estalei meus dentes para ele e tentei mordê-lo, o que o fez guinchar como
uma menina. O que, naturalmente, me enviou para um ataque de riso. Dominic
sorriu para mim por alguns instantes, olhando-me rir antes de pegar meus
ombros e me virar.

Engoli em seco quando ele montou em meus quadris e prendeu meu


braço bom em cima da minha cabeça.

— Eu gosto de você assim. — ele sorriu.

Eu levantei uma sobrancelha. — Assim como?

— À minha mercê. — ele sorriu diabolicamente.

Eu dei-lhe um olhar de advertência. — Nem pense em tentar me seduzir,


você não vai entrar na minha calcinha.

Ele gemeu, quando se inclinou para frente, pressionando o peso de seu


corpo em cima de mim.

— Dominic. — eu murmurei. — não consigo... respirar.

Ele saiu de cima de mim e me olhou. — Eu peso 88 kg, não 400, cadela.
Eu ri enquanto eu tentava recuperar o fôlego. — Eu peso 67, então você
acabou de adicionar 20 quilos a mais do que eu estou acostumada; é só isso.

Seu olhar viajou para baixo do meu corpo e parou na minha barriga, onde
ele estava enganchado em mim. — Você não parece que pesa na casa dos
sessenta.

Dei de ombros. — Sou em forma de pera, carrego a maioria do meu peso


abaixo do meu ventre. Tenho certeza que você já ouviu Jason me chamar de
bunda de porco ou coxa gorda desde que começou a escola.

Os lábios de Dominic endireitaram em uma linha sombria apertada. —


Esse idiota não diferenciaria o corpo de uma mulher de um de menina, por isso
a opinião dele é irrelevante.

Eu bufei. — Apesar disso eu tenho uma bunda grande...

— Uma sexy bunda gorda é o que você tem. — ele me cortou.

Revirei os olhos. — Eu não vou entrar nessa discussão com você de novo.
Ainda tenho uma dor de cabeça desde aquele dia na Loja Dunnes onde nós
entramos em uma batalha de palavras, agressão verbal, se você quiser dizer...

— E física. Você me bateu, lembra?

Eu rosnei. — Você colocou seus braços à minha volta e tentou levar os


meus biscoitos! Um juiz iria entender isso, e me agradeceria por não fazer mais
danos!

Dominic começou a rir, e isso aliviou meu humor quase que


instantaneamente.

— Eu realmente gosto de você, menina bonita. — Dominic sorriu quando


rolou de cima de mim fazendo-me instantaneamente perder a sensação de seu
corpo no meu.

Sentei, tirei os sapatos, cruzei as pernas e olhei para ele quando ele se
inclinou para trás em seu travesseiro com as mãos entrelaçadas atrás da cabeça,
fazendo com que seus bíceps ficassem em posição de sentido.
Engoli em seco e evitei olhar diretamente para eles.

— Eu espero que você goste de mim, sendo um casal não iria funcionar de
outra maneira.

Dominic sorriu. — Não, eu quero dizer que eu realmente gosto de você.


Eu preciso que você faça parte da minha rotina diária para me sentir bem agora.
Tudo o que faço gira em torno de você...

Senti meu coração se contrair. — Dominic, estamos saindo há apenas


alguns dias...

— E daí? Eu não acredito em todas essas besteiras sobre levar um monte


de tempo para construir uma conexão. Já me conectei com você em um nível
profundo, menina bonita.

Deixei suas palavras afundarem, e sorri. — Você sabe que eu poderia ser a
última garota que você beijaria ou faria sexo, quando chegarmos à parte do sexo
eu quero dizer.

Dominic piscou. — Você vai ser a última garota que eu vou beijar e fazer
sexo.

Eu bufei. — Por que você sabe que eu vou matar você, se você sair da
linha?

Dominic revirou os olhos de brincadeira, me empurrou um pouco com a


perna e murmurou: — Smartass22.

Eu bufei novamente. — É smartarse23, não smartass.

Dominic sorriu. — Babe, você realmente quer entrar em quais palavras


devem ser pronunciadas de qual maneira? Porque você nem sequer pronuncia a
metade de suas palavras corretamente. O som do 'th' não existe por aqui!

22
Em português – espertinha, dito de maneira irônica.
23
Corrigindo a pronúncia do Dominic por causa da diferença entre a pronúncia da Irlanda e
EUA.
Eu fiquei boquiaberta. — Existe sim!

Ele não sabia, mas eu não estava disposta a me curvar e dizer que
Dominic estava certo.

Dominic sorriu para mim. — Diga 'the'.

Eu olhei para ele e disse a palavra em questão.

Dominic soltou uma gargalhada. — Viu? Você colocou um 'D', onde o 'th'
deveria estar.

Eu olhei para ele. — Sim, bem, você soa como... uma pessoa do gueto às
vezes.

Dominic resmungou. — Eu sou de New York; o que não é realmente uma


surpresa se eu soar assim.

Cheguei mais perto dele até que eu estava sentada junto a ele; ele tirou
uma das mãos de trás de sua cabeça e envolveu as minhas costas, onde ele
preguiçosamente acariciou de cima para baixo me fazendo tremer.

— Como é New York? Eu quero ir lá algum dia, fazer a coisa toda de


turista.

Dominic sorriu para mim. — É uma bela cidade, mas muito caótica. Eu
vivi na cidade toda a minha vida, e é por isso que eu gosto tanto daqui. Vivemos
ao lado da montanha; quer dizer, quão incrível é a vista que nós conseguimos
ver todos os dias?

Dei de ombros. — Eu tenho visto todos os dias da minha vida, e enquanto


ela é linda, eu ainda gostaria de visitar New York não para viver ou qualquer
coisa, apenas para turnê. Eu vou viver aqui para sempre; eu sou uma menina do
interior no coração e sempre serei.

Dominic sorriu. — Bem, você sabe o quê? Uma cartomante leu minha
sorte quando eu tinha dezesseis anos e a senhora me disse que eu iria encontrar
uma menina irlandesa de uma agradável cidadezinha.
Corei e desviei o olhar. — Pare de fazer coisas para me envergonhar, seu
idiota.

Dominic riu.

Fiquei quieta por um momento, até que eu olhei em volta do quarto de


Dominic e percebi como era lindo; toda a sua casa era linda. Lembrei-me de
pensar que sua família tinha que ser rica para viver aqui em Upton quando eu
cheguei aqui pela primeira vez, e agora eu queria saber como eles podiam pagar.

— Dominic? — murmurei.

— Hummm?

— No que os seus irmãos trabalham? — eu perguntei.

Ele ficou em silêncio por um momento. — Nós temos um negócio de


família, mas eu realmente não quero falar sobre isso. É chato e não é
importante.

Eu fiz uma careta, mas disse: — Tudo bem.

Dominic, em seguida, usou a mão nas minhas costas para chegar ao redor
e pegar minha cintura para que ele pudesse me puxar para baixo ao lado
dele. Eu me estabeleci ao lado dele mesmo que eu estivesse dura como uma
tábua.

— Relaxe, eu posso querer rasgar suas roupas, mas eu não vou... a menos
que você me peça.

Eu dei um tapa no peito de Dominic fazendo-o gritar e me fazendo rir.

— Oh, cale a boca! Você é chutado no ringue de lutas da Darkness! Meus


tapas não machucam.

Dominic beijou o topo da minha cabeça, enquanto esfregava onde eu bati


nele com a minha mão. — Em primeiro lugar, eu não sou chutado no ringue, eu
chuto, e...
— Mas você se machuca muito. — eu o interrompi com um sorriso.

Dominic levantou uma sobrancelha para mim. — Recebo contusões aqui


e ali, mas elas não podem ser evitadas. Não importa quão bom lutador você é,
você nunca deixa um ringue sem algum tipo de inchaço e hematoma. Quem
disser diferente está mentindo para fazer parecer melhor do que é.

Revirei os olhos para ele, quando ele cutucou meu lado. — De qualquer
forma, eu poderia ser fraco como o inferno e ainda te imobilizar sua pequenina.

Eu tossi com a risada, olhando para ele. — Eu não sou pequena...

— Você pesa 20 kg a menos do que eu e você é 30 centímetros mais baixa.


Você é uma coisa pequena, menina bonita.

Eu olhei para ele. — Eu não sou 30 centímetros inteiros mais baixa.

— Branna disse que você tem um metro e sessenta e um. Tenho um e


noventa e um, de modo que são trinta centímetros inteiros. — Dominic me
cortou com um sorriso.

Eu balancei a cabeça e olhei para ele. — Você tem realmente 1,91?

Dominic assentiu e eu deixei escapar um grande suspiro. — Caras


crescem até que eles tenham vinte e um, você tem dezoito anos... e se você ficar
ainda mais alto?

Dominic riu. — O mais alto que eu vou chegar a ser é 1,94. Alec tem 1,94 e
também Ryder e Kane. Dame é um pouco mais baixo do que eu, tem 1,88.

Eu balancei minha cabeça. — Vocês são tão altos enquanto eu e Branna


somos baixas. Isso não é justo!

Ele riu. — Eu gosto que você seja mais baixa do que eu, a torna mais
adorável.

Eu rosnei para ele. — Um metro e noventa e um ou não, você me chama


de adorável novamente, e eu vou socar a sua cabeça.
Dominic sorriu. — Qual cabeça?

— Dominic!

Ele começou a rir e me puxou de volta para baixo ao lado dele. Eu


coloquei meus braços sobre o seu estômago e dei um pequeno aperto.

— Você é realmente muito bom de abraçar. Eu pensei que os músculos


tornariam desconfortável. — eu murmurei.

Dominic bufou e começou a acariciar minhas costas novamente. — Seria


desconfortável se eu estivesse tenso, você os sentiria mais então, mas não tanto
agora, estou muito relaxado para tentar e flexionar.

Eu ri quando eu corri meu dedo sobre seu abdômen, eu podia sentir o


contorno de cada um através de sua camiseta.

— Você gosta do meu estômago? — Dominic me perguntou.

— Por quê?

— Porque você está esfregando-o com os dedos. — disse ele em um tom


divertido de voz.

Dei de ombros, mas não respondi.

Sentei-me um pouco quando Dominic moveu debaixo da minha cabeça e


mão. Sentou-se, tirou a camisa e deitou.

— Pronto, investigue até o fim. — disse ele e deitou novamente, suas


mãos voltaram para trás de sua cabeça.

Eu parei de respirar e apenas olhei.

Seus bíceps, tríceps e o resto de seus 'íceps’ estavam flexionados agora, e


isso estava me fazendo querer lambê-lo inteiro. Movi meus olhos para sua
tatuagem e tive que desviar porque a visão dela fez meu interior tremer.

— Eu pensei que você tinha dito que estava muito relaxado para
flexionar.
— Seu olhar de foda-me agora mudou a minha mente. — Dominic sorriu.

Tirei meus olhos longe da sua tatuagem até encontrar seu olhar; ele
deixou cair o sorriso quando viu meu rosto. Eu só podia imaginar como eu
parecia, porque eu me senti toda quente e incomodada.

— Posso tentar uma coisa? — perguntei timidamente.

Dominic assentiu rapidamente enquanto lambia os lábios.

Movi para mais perto dele, então antes que eu perdesse a coragem, eu
inclinei minha perna sobre seu estômago e montei nele. Olhei para baixo e
decidi que a vista de cima de Dominic era uma que eu queria ver, muitas vezes,
com muita frequência. Inclinei-me até que minha boca estava a um fôlego de
distância dele.

— Você é lindo. — eu sussurrei.

Dominic gemeu um pouco, em seguida, moveu as mãos de trás da cabeça


e as trouxe até a minha bunda.

— Você é sexy pra caralho. — ele rosnou de volta.

Eu sorri, meu eu interior encantado que eu poderia ser sexy.

— Eu amo seu corpo. — eu sussurrei de novo e escovei meus lábios nos


dele.

Ele rosnou um ronco baixo do fundo da garganta. — Eu amo o seu


também baby, todas as curvas e bunda. Meu corpo perfeito em uma mulher.

Fale sobre se sentir poderosa!

O beijei e sorri quando ele apertou minha bunda com as mãos. Ele
esfregou acima e para baixo a parte de trás das minhas coxas, de volta para a
minha bunda e todo o caminho até os meus quadris.

Eu derreti contra ele quando suas mãos deixaram a parte mais baixa do
meu corpo e de repente tocaram o meu rosto quando ele me beijou
profundamente. Ele nos virou em seguida; eu guinchei em sua boca, enquanto
ele me imobilizou debaixo dele.

Ele pressionou um pouco de seu peso contra mim, e porque ele estava
entre as minhas pernas eu senti tudo. Comecei a entrar em pânico depois.

— Dominic, espera...

— Eu só quero fazer o que eu fiz no dia do hospital, eu prometo. — ele


ronronou quando ele enfiou os dedos ao redor da cintura da minha calça e
puxou para baixo, minha calcinha indo para o sul com ela.

Eu quase caí da cama. — Dominic! — eu sussurrei gritado para ele e


tentei fechar as pernas, mas não podia porque estava entre as dele.

Ele manteve contato visual comigo. — Confie em mim, menina bonita.

Eu tremia de nervoso. — Só... só como no outro dia? — eu questionei.

Ele sorriu e assentiu, em seguida, abaixou a cabeça para a minha. — Eu


vou fazer você gozar de novo.

Senti meu corpo corar com calor e necessidade.

Ele me beijou então, cuidadosamente.

Comecei a sentir dores e precisava ser tocada, e Dominic parecia saber


disso.

— Seu clitóris bonito está pronto para mim? — ele perguntou contra a
minha boca.

Se eu não estivesse tão excitada e quente, eu teria ficado mortificada com


suas palavras rudes.

— Uh-hum. — eu balancei a cabeça contra a dele.

— Você está molhada para mim? — ele perguntou.


Eu sacudi quando senti seu dedo deslizar sobre minhas dobras e golpear
para cima até que descansasse no meu clitóris.

Comecei a ofegar. — Dominic, por favor!

— Você está tão molhada, baby. — ele gemeu e começou a circular o dedo
em volta do meu ponto sensível.

Senti-me bem, exceto que ele estava me provocando ao mesmo tempo,


porque ele nunca fez contato direto.

— Será que isso está bom? — ele perguntou.

— Mais. — eu gemi.

Ele sorriu, em seguida, desceu e deslizou o dedo sobre o meu clitóris,


fazendo com que meus olhos revirassem um pouco.

— Porra, Bronagh. — ele resmungou.

Senti sua mão se distanciar e seu peso sair de mim. Eu estava a um


segundo de sentar e perguntar o que ele estava fazendo quando senti uma língua
quente e macia, úmida me lamber. Lá em baixo!

Eu fiquei vesga e gritei diretamente. Dominic estendeu a mão e cobriu


minha boca, silenciando o som dos meus gritos. Sua língua girava em torno e
chupava meu clitóris até que meu corpo vibrou com prazer e pontos nublaram
minha visão.

Dominic tirou a mão e voltou para cima do meu corpo até que sua boca
estava na minha de novo, e eu estava ciente do que eu estava provando em sua
língua.

Eu!

— Oh, Deus. — eu respirei enquanto ele moveu seus lábios para o meu
pescoço.

— Não, baby. Dominic.


Eu ainda estava me contorcendo com o resultado do meu
orgasmo; minha mente estava nublada, também.

— Faça sexo comigo. — eu respirei.

Dominic levantou de cima de mim um pouco e sorriu para a minha


respiração ofegante. — Bêbada de sexo combina com você.

Franzi minhas sobrancelhas em confusão fazendo-o rir.

— Eu adoraria nada mais do que afundar em você, baby, mas você só está
me pedindo porque eu fiz você gozar e você realmente se sente bem, não porque
está pronta.

Eu fiz uma careta para ele. — Mas eu realmente, realmente quero você
dentro de mim. Por favor.

Ele gemeu e apoiou a cabeça contra a minha. — Você está me matando,


baby. Me. Matando.

— Eu sou sua para levar. Foda-me, por favor.

— Bronagh. — Dominic rosnou. — Pare com isso. Só tenho autocontrole


para tanto. Se você quiser que eu te foda depois que acordar, eu vou, mas até
então durma.

Eu bocejei fazendo-o sorrir.

— Você é tão linda, menina bonita. — ele murmurou e beijou a ponta do


meu nariz.

Eu interiormente bufei com suas palavras; ele me via como uma coisa que
eu não era.

— Durma. — ele insistiu novamente. — Você vai precisar de sua energia


para Darkness esta noite.

Fechei os olhos e suspirei, meu corpo parecendo leve como uma


pluma. — Você vai lutar hoje à noite?
Dominic riu do que eu assumi que era da minha voz sonolenta. — Sim, eu
vou, e minha garota tem que estar lá e totalmente descansada para quando eu
pegar o meu beijo de boa sorte.
E u estava no

quarto de Dominic pisoteando por aí, porque ele estava me apressando para me
vestir para Darkness. Tínhamos dormido demais e desde que eu não tinha
roupas aqui - por que eu teria? Não era a minha casa - isso significava que eu
teria que ir para casa para trocar de roupa, mas se eu fizesse isso, então
ficaríamos atrasados. Então Branna me deu um vestido e um par de saltos que
ela tinha no quarto de Ryder.

Dominic estava grato e eu também estava até que eu vi o vestido.

Você sabe, Branna era dois tamanhos menores do que eu na área dos
quadris. Minha bunda ocupou uma boa quantidade de espaço então quando eu
coloquei o vestido e achei que fosse uma segunda pele que mal cobria minha
bunda, eu resmunguei e disse que eu não ia.

Dominic discutiu comigo até que ele me viu no vestido. Alec e Kane
tiveram de discutir com ele então, porque ele continuou me tocando e tentando
me beijar.

Ele concordou em estar bem comigo por usá-lo se eu usasse um blazer


cobrindo-me. Um blazer não faria nenhum bem para esconder a minha bunda,
mas ele disse que só iria ficar atrás de mim a noite toda se fosse preciso e pegar
um lugar na primeira fila para assistir.

Ele era nojento.

Isso e o fato de que eu não estava pronta ainda me apressavam no quarto


de Dominic tentando colocar meus saltos. Eu coloquei o do pé esquerdo em
seguida, tentei colocar o direito e foi quando aconteceu, eu perdi o equilíbrio e
cai sobre algo que fez um enorme estalo que honestamente fez meu coração
parar de bater.

— Oh, não. — eu respirei. — Por favor, Jesus, não!

Eu rapidamente levantei, deixei cair o meu salto alto no chão, virei e olhei
para a minha cena do crime. Olhei para o Xbox de Dominic e quis chorar,
parecia que uma bala de canhão tinha caído em cima dele, tão grande era o
estrago.

Minha bunda realmente causou uma rachadura nele.

— Porra. — eu sussurrei e cobri minha boca com a mão.

Ele ia terminar comigo; nós estamos namorando apenas uma semana e


eu tinha feito algo para dar-lhe uma razão para despejar minha bunda gorda.

— Porra! — eu disse novamente, desta vez um pouco mais alto.

— Bronagh? Babe, você está pronta? — a voz de Dominic gritou do outro


lado da porta de seu quarto.

Oh, Cristo!

Tirei meu salto esquerdo e corri para a porta. Dominic entrou no quarto e
arregalou os olhos um pouco antes dele abrir os braços e me pegar quando eu
me lancei para ele.

Eu nunca, nunca, normalmente salto sobre alguém, porque eu tinha


medo do meu peso machucá-los, mas eu sabia que Dominic era mais pesado do
que eu - graças a Deus - e seria capaz de me segurar com toda a sua
musculatura. Pode não ser confortável, ele pode até não ser capaz de me segurar
por muito tempo, mas eu só precisava distraí-lo por alguns minutos e mantê-lo
longe do lado direito de seu quarto.

— Você está tão sexy. — eu respirei e cobri minha boca com a dele.

Ele estava atordoado ou confuso, ou provavelmente ambos, porque ele


levou uns bons cinco segundos para me beijar de volta e levantar-me um pouco
mais sobre ele para que ele pudesse me manter em uma posição mais fácil.

— Babe. — disse ele tentando se afastar do meu beijo, mas eu não iria
deixá-lo. Eu empurrei minha boca com mais força contra a dele e forcei a minha
língua de volta em sua boca quando eu agarrei minhas mãos em seus cabelos e
puxei.

Ele gemeu e tentou puxar de volta duas vezes mais, e quando eu não o
soltei ele rosnou e deu um tapa na minha bunda que eu gritei em sua boca e o
afastei.

— Eu tenho uma luta de merda em malditos quarenta minutos. Eu não


posso transar com você porque eu iria ter minha bunda esmagada dentro da
porra do círculo. Você está deixando difícil pra caralho te dispensar e deixando
meu pau duro feito diamante com isso, porra! Pelo amor de Deus, mulher,
cacete, por que diabos está fazendo isso comigo?

A palavra “porra” estava começando a soar estranha para mim, porque


ele tinha dito tanto. Ele xingou pra cacete, mas eu podia entender o porquê,
então o que eu iria responder?

Verdade ou mentira?

Mentira.

Não, verdade.

Sim, a verdade é sempre melhor.

— EuachoqueeuquebreiseuXboxmaseunãotinhaintençãoeujuro. —
murmurei em uma respiração.
Dominic apenas olhou para mim por um momento, em seguida, colocou-
me lentamente para baixo em meus pés.

— Vá para o lado para que eu possa ver como ela está. — ele rosnou.

Eu ampliei meus olhos por dois motivos. Em primeiro lugar, ele


realmente entendeu o meu murmúrio rápido e, segundo ele chamou seu Xbox
de ela.

Um ela!

— É uma máquina, não uma mulher. — eu sussurrei, mas de imediato,


olhei para baixo e fechei minha boca quando Dominic me lançou um olhar que
prometia tapas dolorosos na minha bunda se eu continuasse.

— Saia, Bronagh.

A maneira como ele disse meu nome me deu arrepios.

— Eu não quero, porque você vai ser louco. Eu não tive intenção, eu
estava tentando colocar meu sapato, e eu caí sobre ela. A culpa é sua, quando
você pensa sobre isso, você é quem o deixou no chão e não em cima da estante.

Subi meus olhos por um segundo, em seguida, os abaixei de volta, seu


rosto estava vermelho indicando que ele estava irritado.

— Eu estou fazendo vista grossa para o seu jogo de culpa, porque eu estou
com pressa e não quero que a nossa primeira briga como casal seja por causa de
uma máquina. Deixe-me ver o meu disco rígido, o resto pode ser substituído,
mas se o meu disco rígido estiver fodido, então eu provavelmente vou ser
acusado de assassinato depois da minha luta hoje à noite.

Eu levantei minha cabeça e pisquei, mas fiz o que ele pediu - ou mandou -
e dei um passo para o lado. Eu vi como Dominic caminhou até seu Xbox. Ele
cobriu o rosto com as mãos e soltou um sopro de ar dentro delas que soou
perigosamente perto de um gemido.

— Hum... Dominic...
— Que diabos você fez com ela? — ele me cortou.

Eu brincava com meus dedos. — Eu te disse, eu caí sobre ele.

— De bunda? — perguntou ele.

Eu resmunguei. — Sim.

Ele balançou a cabeça. — Você é sortuda pra caralho que eu amo essa
bunda gorda, caso contrário, eu faria picadinho dela. Ela quebrou meu Xbox,
ela realmente o quebrou. Jesus Cristo!

Eu me senti ofendida por minha bunda!

— Me desculpe, eu não quis fazer isso. Eu tropecei e caí!

Dominic me cortou com uma olhada. — Você estava machucada? Sua


mão está mais ferida?

Fiz uma pausa. — Bem, não.

Ele resmungou e riu ao mesmo tempo. — Certo, eu esqueci, você caiu de


bunda primeiro, e eu duvido que você fosse sentir qualquer impacto sobre essa
bunda.

Bem, desculpe cacete!

— Eu pedi desculpa, o que mais você quer que eu faça? — eu gritei.

Ele balançou a cabeça. — Não há nada que você possa fazer, você rachou
meu disco rígido e amassou a carcaça. Está arruinado.

Fiquei mal e estava muito triste, mas eu ainda estava com raiva que ele
não estava sendo nada compreensivo.

— Bem, eu vou levar minha bunda gorda daqui para onde não irá causar
qualquer dano. — eu retruquei e me aproximei para recolher os meus sapatos.

Dominic revirou os olhos para mim, então eu joguei um salto nele, depois
gritei de raiva quando ele o pegou, e ele achou engraçado.
— Tudo bem. Fique com ele, eu não me importo mesmo, eles são de
Branna de qualquer maneira. — eu rebati e sai do quarto com o meu sapato
esquerdo na minha mão e Dominic me seguindo.

— Eu não sei por que você está tão brava. Eu sou o único cujo bebê foi
morta esmagada por uma bunda gorda!

Virei-me quando cheguei ao piso inferior e ataquei Dominic com meu


salto alto. Ele pulou para trás e viu os meus movimentos e quando dei um golpe
para ele novamente ele agarrou meus braços, e depois me virou então eu estava
de costas para ele e estendi os braços sobre o peito, como um X. Ele teve o
cuidado de não pressionar meu ferimento, o que lhe valeu um ponto ou dois.

— Sim, e você disse que não seria capaz de lutar contra Micah. Se você
lutar com ela como você faz comigo, a cadela não tem chance!

Eu o odiava por trazer esse assunto de volta. Independentemente do que


ele pensava, eu não iria ganhar uma luta com Micah. Ela era uma kickboxer, e
eu era apenas alguém que atacou seu namorado quando ele ficou muito sem
educação.

— Estou torcendo para quem você está lutando contra esta noite, seu
grande bastardo! — eu grunhi enquanto eu lutava para me libertar do aperto de
Dominic.

— Se eu ouvir outra coisa senão Rampage ou Dominic sair de sua boca,


então hoje à noite a sua bunda será minha quando chegarmos em casa! — ele
rosnou no meu ouvido.

Minha bunda seria sua... o que diabos isso significa?

— Ei, não ameace bater na minha irmãzinha seu pequeno filho da puta. —
eu ouvi a voz de Branna, então um grito de Dominic no meu ouvido me fazendo
estremecer.

— Ei, me coloque para baixo agora. Ryder! — eu vi como Ryder puxou


Branna fora da casa, puxando seu vestido, quando começou a subir.
Kane, Alec e Damien seguiram todos rindo na nossa direção.

— Vinte dólares que ela chuta a bunda dele antes de sair de casa. — Kane
sorriu por cima do ombro para mim e Dominic.

Eu rosnei. — São vinte euros e não dólares. Idiota!

Damien gritou com o riso quando ele fechou a porta atrás de si e os


rapazes. Eu soprei e bufei para sair dos braços enjaulados em torno de mim,
mas como eles não se mexiam eu desisti e cai de volta para Dominic, que não se
moveu um centímetro.

— Você terminou com a sua birra, querida? — ele perguntou, seu tom
irritado.

Dei de ombros. — Dê-me um minuto, vou pegar um impulso de energia


de algum lugar e arrancar seus olhos fora.

— Tão divertida como você sendo completamente uma cadela louca, você
pode me dar alguma folga até depois da minha luta? Podemos ir cinquenta
rodadas de discussão e você me bate depois. Está bem?

Ele fez soar como se eu abusasse dele!

— Não! Solte-me. Eu não vou para a sua luta idiota. Eu quero ir para
casa, para algum lugar que você e suas brigas estúpidas, ou círculo, ou qualquer
coisa estúpida que seja, não vai estar.

Ele me soltou, e eu tropecei para frente. — Tudo bem, pra casa então
porra. Eu não preciso desta merda antes de uma luta.

Ele e sua estúpida luta sangrenta.

— Foda-se, seu maldito babaca! — eu rosnei quando eu me virei para


encará-lo.

Seus olhos correram sobre meu corpo no meu vestido bastante apertado e
ele sorriu. Eu olhei para ele com tanta força, buracos devem ter aparecido em
sua cabeça. Virei-me e sai da casa - descalça - e para baixo na garagem e subi na
traseira do jipe.

— Deixe-me em casa primeiro, eu não vou para essa luta estúpida. — eu


disse e mantive meus olhos para frente depois de sentar entre Alec e Kane, que
nem sequer olharam para mim depois que eu falei.

Dominic entrou no jipe e uma vez que ele não tinha um lugar, ele dividiu
espaço com Damien. Eles foram resmungando toda a viagem até a minha casa, e
isso me irritou porque eu ouvi Damien dizer coisas como 'contar' e 'ela tem o
direito de saber o que você faz - e isso estava me assustando.

— Você quer que eu...

— Não, está tudo bem. É sexta-feira, Supernatural24 passa hoje à noite.


Vou assistir antes de ir para a cama. — eu murmurei para Branna depois que a
cortei, em seguida, inclinei e beijei sua bochecha.

— Toque-a, caralho, eu te desafio mano! — Dominic de repente rosnou.

A voz de Alec riu. — Eu não estou fazendo nada.

— Você está olhando para a bunda dela!

Eu me arrastei para fora do carro, com raiva escalando sobre Damien e


Dominic fazendo-os grunhir, gritar, e assobiar quando meus joelhos
pressionaram em zonas sensíveis.

— Estava na minha cara, o que eu deveria fazer, ser rude e olhar para
longe? — Alec perguntou fazendo Kane e Ryder rirem.

1. A série narra a história de dois irmãos, Sam Winchester e Dean Winchester, interpretados
respectivamente por Jared Padalecki e Jensen Ackles, que caçam demônios, fantasmas,
monstros e outras criaturas sobrenaturais no mundo. O canal de televisão a cabo Warner
Channel transmite a série no Brasil com seu título original, Supernatural, enquanto a TV aberta,
o transmite com o título em português, Sobrenatural.
2.
Eu ignorei sua provocação e peguei a chave que Branna segurava no seu
lado do carro.

Despedi-me de minha irmã, mostrei o dedo para Dominic, todo mundo


sorriu, então eu andei até o jardim.

— Jesus, Bronagh, está congelando, mulher! Coloque sua bunda para


dentro e em roupas quentes! — Sra. Brown gritou a minha direita quando ela
saiu de sua casa.

Ouvi risadas atrás de mim, mas eu ignorei.

— Eu vou, Sra. Brown. — eu sorri para ela.

Eu não olhei para trás quando entrei em minha casa e fechei a


porta. Sacudi-me, notando minhas pernas estavam formigando por causa do
frio. Eu fui direto para cima e pulei em um banho quente, em seguida, sai e vesti
meu pijama. Eu demorei o quanto quis secando e alisamento meu cabelo antes
de eu ir lá embaixo, peguei sorvetes e biscoitos, e voltei para o meu quarto.

Troquei o canal para Supernatural e cavei a minha comida enquanto eu


esperava para que ele começasse. Quando finalmente começou, eu durei apenas
vinte minutos antes de eu desligar e me aconchegar sob minhas cobertas. Ainda
bem que eu sempre gravava os episódios.

Eu deitei na minha cama e fiquei virando e mesmo eu estando exausta, eu


ainda não conseguia dormir. Levei alguns minutos para perceber que eu estava
preocupada com Dominic, e o pensamento só me fez atenta e suando frio.

Se eu estava preocupada com ele se machucar durante sua luta, isso,


obviamente, significava que eu realmente gostava dele. Eu gemi, em seguida,
porque eu sabia que mais do que me importava com ele. Só de pensar nisso fez
meu coração disparar. Eu sabia que todo mundo arriscava seu coração ao entrar
em um relacionamento, mas quando eu realmente pensei sobre o impacto que a
dor poderia ter em mim, eu apenas morreria por completo, se me sentisse tão
mal quanto quando eu perdi meus pais. Eu não poderia sobreviver a isso de
novo, de jeito nenhum.
Eu balancei a cabeça para minha linha de pensamento e me chutei
interiormente por pensar tão negativo. Eu tinha que ter uma atitude positiva, as
coisas seriam apenas miseráveis caso contrário.

Suspirei quando eu saí da cama e peguei meu telefone do meu armário.

Ele está bem? Ele ganhou a luta?

Eu fui para o banheiro depois que eu cliquei em enviar, depois voltei para
o meu quarto escuro. Meu telefone se iluminou, e eu me vi correndo em direção
a ele.

Sua luta atrasou, ele acabou de sair do círculo agora, mas sim ele está
bem. Ele venceu por nocaute, o que não é surpreendente, já que ele estava
louco por sua briga de mais cedo. O rapaz que estava lutando não teve
nenhuma chance.

O conhecimento de que ele estava bem tirou um peso do meu ombro e me


trouxe um pouco da minha teimosia de volta.

Tanto faz. Ele começou por dizer que minha bunda tinha seu próprio
código postal!

Tudo bem, ele não disse isso, mas ele estava claramente pensando nisso
depois da maneira como ele descreveu o dano que minha bunda fez ao seu
estúpido Xbox.
Coloquei meu celular debaixo do travesseiro e voltei para a cama; o sono
veio muito facilmente em seguida, e nem mesmo a sensação da vibração do
telefone me fez mover.

Eu não estava completamente adormecida, mas eu também não estava


acordada, quando eu ouvi a porta abrir e as pessoas lá embaixo conversando, e
eu sabia que de alguma forma Dominic convenceu Branna a deixá-lo voltar aqui.

— Não, banho primeiro. Ela vai chutar você, se você for lá e entrar em sua
cama todo suado. — ouvi Branna cochichar do lado de fora da minha porta.

Eu ignorei a voz e cai em um sono mais profundo, que novamente foi


perturbado, mas desta vez por braços, pernas e um corpo se enrolando em torno
de mim.

— Dominic. — eu gemi / retruquei: — Estou dormindo aqui... saia.

Ele beijou a minha nuca livremente porque o meu cabelo estava


amarrado, e isso me fez contorcer e estremecer. Forcei os olhos abertos e olhei
através da escuridão. Suspirei e descansei contra ele quando eu percebi que ele
não ia me deixar.

— Eu não disse que sua bunda tinha seu próprio código postal. — sua voz
de repente murmurou.

Eu gemi. — Essa cadela não pode manter nada para si mesma!

Dominic bufou atrás de mim.

Eu suspirei. — Eu estava brincando.

— Hmmm.

Senti sua mão deslizar sobre o meu estômago, e eu a agarrei, parando


seus movimentos.

— Eu estou deitada de lado, toda a gordura que eu tenho fica pendurada


quando estou de lado, e você não toque nelas. — eu disse com minha voz
cansada.
Dominic gemeu atrás de mim. — Ter um pouco de carne não faz você
gorda, faz você humano.

Eu revirei os olhos interiormente. — Você tem zero de gordura, então


você não tem que falar nada.

— Eu tenho doze por cento de gordura corporal e peso oitenta e oito


quilos. A razão pela qual eu sou tão pesado é porque o músculo é mais pesado
do que a gordura. Eu treino para ganhar músculo, por isso estou em forma e
poderoso.

Eu não me importava com nada disso.

— Por que você está aqui? Como que você convenceu Branna em deixar
você entrar aqui?

Ele beijou a parte de trás da minha cabeça e forçou a mão ao redor da


minha e descansou no meu estômago. — Eu disse a ela a verdade, que eu sentia
sua falta e só queria dormir ao seu lado.

A camada de gelo que se formou em torno de meu coração por causa da


nossa briga derreteu depois que ele terminou de falar. Eu me virei para encará-
lo.

— Você sentiu minha falta? — eu perguntei.

Ele acenou com a cabeça no escuro; eu realmente não podia vê-lo, mas o
luar exalava um pouco de seu perfil.

— Sim, babe, eu senti sua falta, e eu odiei que você não estava em minha
luta. Eu queria meu beijo de boa sorte. — disse ele e me puxou para mais perto
dele.

Eu bufei. — Você ganhou, por isso você não precisa de um beijo de boa
sorte meu.

Ele beijou a ponta do meu nariz. — Eu sempre vou precisar de seus beijos
de boa sorte, menina bonita.
Ele estava me desfazendo!

— Eu também senti sua falta, e eu sinto muito por ter quebrado seu Xbox
e por brigar com você. Eu não quis dizer nada do que eu disse. — eu disse, e
inclinei minha cabeça contra a sua.

Ele acariciou minhas costas com a mão. — Eu também, eu exagerei.

Na verdade não, eu quebrei uma máquina cara. Ele estava mais calmo do
que eu teria sido se fosse algo meu. Muito mais calmo.

— Deixe-me redimir para você? — eu sussurrei.

O ouvi engolir. — Como?

Levantei, o empurrando de costas e o montei. Ele estremeceu e eu fiz


uma careta e olhei para baixo, mas eu não conseguia ver nada, então eu estendi
a mão e acendi meu abajur. Eu olhei de volta para Dominic e engasguei.

Sua caixa torácica esquerda estava machucada e seu pobre rosto foi
estourado novamente.

— Eu estou ficando de saco cheio com eles batendo no seu rosto! Por que
eles sempre vão para o rosto? — perguntei e me inclinei para ele, colocando
beijos sobre sua mandíbula e olhos machucados.

Dominic sorriu, e enviou uma onda de necessidade através de mim.

Ninguém tinha o direito de parecer tão impressionante com um rosto


machucado. Ninguém!

Eu olhei para baixo para onde eu estava sentada, em seguida, deslizei


para baixo até que eu estava montando nas canelas de Dominic, em vez de seus
quadris.

— Bronagh. — Dominic sentou quando ele se inclinou sobre os cotovelos


e olhou para mim.

Eu sorri para ele timidamente.


— Apenas me diga o que fazer? Eu quero fazer isso. — eu disse.

Ele parecia um pouco desconcertado, então eu fiz uma careta. — Por


favor?

Ele soltou uma risada abafada. — Não me implore para chupar o meu
pau, babe. Você pode fazê-lo sempre que quiser, eu só quero que você tenha
certeza que é o que você quer fazer. Eu estou sempre pronto - com trocadilho -
para sua boca e as mãos em mim, eu só quero que você tenha certeza que você
está fazendo isso porque quer e não porque eu quero que você faça.

Dei-lhe outro sorriso e estendi a mão para sua cueca boxer - era tudo o
que ele usava - e agarrei no elástico. Ela já estava erguida antes mesmo de tocá-
la então eu relaxei sabendo que ele estava excitado e pronto para eu tentar
essa... tarefa?

Não, não é uma tarefa, era algo que eu queria fazer.

Muitas garotas gostam de fazer seus namorados se sentir bem e,


aparentemente, eu não era diferente. O conhecimento que eu estava fazendo
coisas de uma namorada normal me faria feliz.

— Dominic. — eu respirei quando eu puxei a cueca até seus joelhos.

Poderia ter sido rude, mas eu não podia evitar. Eu olhei e eu olhei por um
minuto inteiro antes de passar rapidamente os olhos para cima.

— Isso realmente vai me machucar, não é? — eu perguntei, minha voz


embargada com o nervosismo.

— A primeira vez sempre dói para as meninas, mas quando chegar a hora
de termos a primeira vez, vou ser muito gentil. Prometo. — ele me assegurou.

Fiquei espantada que ele pudesse soar tão doce e sincero, enquanto seu
pênis totalmente ereto estava descansando contra seu estômago; isso era o quão
grande ele era. Era grosso e longo; eu realmente estava com medo que iria me
machucar quando finalmente fizéssemos sexo, mas eu empurrei o pensamento
para longe.
— Um boquete. Como posso fazer um? Me ensine.

Dominic balbuciou com o riso, deitou-se sobre o travesseiro, e


cuidadosamente esfregou o rosto com as mãos.

— Não diga isso assim! Eu estou tentando pensar em como lhe pedir para
lamber e chupar-me sem soar... Jesus.

Sorri quando eu olhei para cima e passei a minha língua na ponta salgada
do pênis de Dominic e olhei para o seu rosto, e como isso mudou quando eu
coloquei minha boca sobre ele.

Repeti a lambida e comecei a partir da base desta vez e arrastei a minha


língua e depois chupei em torno da ponta. Era chocante e surpreendente como
semelhante que era chupar um pirulito, eu só tinha que lembrar de não morder.

— Use sua mão também, coloque-a no meu pau e mexa-a para cima e
para baixo ao mesmo tempo com a sua boca e... oh sim, é isso. Assim mesmo,
porra, isso é bom. — ele gemeu. — Chupe um pouco mais forte... aperte a língua
ao redor da cabeça, sim! Continue fazendo isso, caralho, bem assim.

Ser elogiada por dar um boquete realmente era instigante, isso me fez
sentir muito feminina.

— Bronagh, alivie a sucção agora, eu não posso... porra! Babe, por favor,
eu quero que isso dure.

Ele estava ofegante, literalmente ofegante, e eu me senti incrível demais


que eu estava deixando-o assim.

Tirei minha boca de seu pênis com um estalo e beijei por todo seu
comprimento até que o levantei e desci para suas bolas. Eu sabia que elas eram
sensíveis; Jason caiu várias vezes quando eu o acertei lá e mesmo Dominic antes
de ficarmos juntos, então eu me perguntei se elas seriam sensíveis a um beijo.

Eu testei e ganhei um pequeno gemido; eu lambi uma depois a outra, e


seus quadris empurraram para o meu rosto um pouco. Eu fui para o grande
prêmio e cuidadosamente suguei uma em minha boca e minha língua girava em
torno dela.

Dominic estava fazendo baixos ruídos e manteve empurrando seus


quadris para o meu rosto, por isso, tomei isso como um bom sinal e repeti
minhas ações com a outra bola. Eu estava chupando sua bola!

Eu queria rir de meus pensamentos, mas não o fiz, porque isso iria
apenas acabar com o humor. Senti suas mãos no meu cabelo enquanto eu
lambia o meu caminho de volta até a ponta de seu pênis e olhei para seu rosto
enquanto eu coloquei a cabeça em minha boca.

— Porra. — ele respirou, enquanto me olhava. — Eu poderia gozar apenas


com a visão de você chupando meu pau, babe.

Eu estava praticamente ronronando de alegria quando eu mudei da


minha mão de volta em minha boca e trabalhei para cima e para baixo,
chupando duro de vez em quando ganhando um gemido alto que me chocou um
pouco. Eu não achava que os homens poderiam fazer esse tipo de ruídos
gemendo, mas aparentemente eles podiam.

— Damien vestido de drag queen, Kane em saltos altos. Alec de


bailarina...

Eu olhei para Dominic enquanto eu continuei meu trabalho e encontrei


seus olhos fechados enquanto ele falava para si mesmo sobre seus irmãos em
todos os tipos de vestimentas.

Eu queria perguntar o que diabos ele estava fazendo, mas não queria
parar, porque eu queria que ele gozasse em breve. Meu maxilar começou a me
matar, e meu braço parecia que estava prestes a cair.

Eu mantive o meu ritmo, sugando mais forte até que eu tinha certeza de
que meu maxilar travaria. As frases de Dominic ficaram mais rápidas, bem
como, perfeitamente sincronizadas com meus golpes.
— Ryder nu, Alec nu, Damien nu, Kane nu. Todos eles malditamente... oh
merda, Bronagh, eu estou gozando! — senti os jatos quentes de seu líquido
salgado em minha língua quando ele terminou de falar.

Eu resisti à vontade de vomitar quando eu engoli, era muito salgado e


não é bom mesmo.

Na verdade, foi nojento.

Sentei-me em meus calcanhares e olhei para Dominic com os braços


espalhados por toda a cama; seu pênis lentamente suavizando contra seu
estômago, e seu rosto parecia que ele já estava dormindo.

— Dominic? — eu cutuquei sua barriga.

Ele abriu um olho, então eu sorri para ele.

— Eu fiz bem? — eu perguntei.

Ele preguiçosamente levantou a mão, me deu um polegar para cima, e


piscou para mim. — Um maldito A, menininha. Um maldito A.

Eu interiormente fiz uma dança feliz; que não era tão difícil - sem
trocadilhos - como eu pensei que seria. Minha boca e mão doeram mais do que
eu pensei que seria, mas não foi difícil!

— Por que você estava falando sobre seus irmãos em roupas estranhas? —
eu perguntei com um sorriso.

Ele deu de ombros. — Tentando pensar em qualquer coisa, exceto no que


você estava fazendo, então eu não gozaria.

Eu fiz uma careta. — Espere, então rapazes pensam em sexo o tempo


todo, mas durante sexo e atos sexuais eles pensam em qualquer coisa, exceto
isso?

— Sim.

— Isso é tão estúpido, por que não abraçar a ideia simplesmente.


— Porque tudo estaria terminado antes de começar se eu fizesse isso. Eu
não estava brincando quando disse que a visão de sua boca no meu pau era o
suficiente para me fazer gozar.

Eu entendi o que ele quis dizer, mas ainda achei bobagem. Eu então,
deitei-me ao lado dele e relaxei.

— Você engoliu meu gozo. — ele murmurou para mim quando eu


aconcheguei-me ao lado dele.

Eu fiquei boquiaberta quando ele tirou a boxer e nos cobriu com um


cobertor. Eu não deveria ter ficado tão chocada, quer dizer eu apenas dei-lhe um
boquete, e ele era meu namorado afinal de contas, mas ele ainda estava nu na
minha cama.

Outro bando de estreias!

— Eu sinto muito, eu não deveria? — eu perguntei, sentindo-me


preocupada que eu arruinei tudo.

— Você está zuando comigo? Isso está além de sexy, babe. — ele me
assegurou.

Eu soltei um suspiro. — Estou feliz que você pense assim, porque é a


coisa mais salgada que eu já provei.

Dominic riu e me aconchegou a ele. — Eu vivo você, menina bonita.

Afastei-me e olhei para ele. — Você me vive? — eu questionei.

Ele tinha os olhos fechados e estava caindo no sono, então eu sacudi.

— Você me vive? Você disse a palavra vivo, Dominic. — eu repeti quando


ele piscou os olhos abertos.

Ele balançou a cabeça e sorriu preguiçosamente novamente.

Deus, ele era tão lindo.


— Eu mais do que gosto de você, mas não me sinto perto de amar ainda,
então eu coloquei a palavra amor e gostar25 juntos e consegui vivo por isso eu
vivo você. Estou em viver com você, menina bonita.

Eu sabia que era possivelmente a coisa mais doce que ele já disse para
mim, mas seja como for, eu olhei para ele com uma sobrancelha levantada, eu
nunca ouvi uma expressão como essa antes, então eu disse: — Você acabou de
inventar essa expressão?

Ele balançou a cabeça. — Não, uma menina que eu estava transando no


ano passado, disse-me, ela disse que era uma referência de um livro que ela leu.
Eu apenas pensei que era bonito e percebi que isso era apropriado para dizê-lo.

Ele não disse isso.

Eu dei um soco em seu estômago. — Você é um idiota!

Ele resmungou, então riu e agarrou seu estômago. — Você é incrível.

Eu fui para acertá-lo novamente, mas ele rapidamente agarrou-me e


puxou para baixo para o lado dele, ele abaixou a cabeça e correu o nariz da
ponta do meu até o meio dos meus olhos, em seguida, beijou aquele local. — Eu
realmente vivo você, eu juro.

— Dominic. — eu respirei, meu estômago torceu em nós e meu peito


constringiu. Era um limite doloroso, mas um bom tipo de dor; foi assim que eu
soube que eu sentia o mesmo que ele. — Eu vivo você também.

Ele fechou os olhos e sorriu de novo, me puxando para ele. Fechei os


olhos também e adormeci em seus braços, perfeitamente e completamente
felizes.

25
love e like = live, que significa viver.
— Pare de sorrir assim Dominic, está começando a me assustar! — Ryder
disse a Dominic assim que nós terminamos o café da manhã e eles começaram a
colocar seus casacos para que eles pudessem sair.

Ryder e Branna tiveram sua própria festa do pijama na noite passada,


também.

Dominic bufou para Ryder, em seguida, olhou para mim. — Estou muito
feliz.

Eu corei.

— Por favor, me diga que você usou camisinha? Eu vou te matar se você
engravidar, Bronagh! — Branna xingou sobre a mesa.

Eu fiquei boquiaberta para ela. — Nós não fizemos sexo!

Branna levantou uma sobrancelha para mim. — Eu ouvi o gemido vindo


do seu quarto na noite passada, não minta para mim!

Meu rosto ficou roxo beterraba!

— Nós não fizemos sexo! — eu repeti e olhei para longe dela e todos os
outros.

— Ela está certa, não tivemos relações sexuais, o que você ouviu era eu
recebendo um maldito incrível boque...

— Dominic! — eu gritei.

Ele começou a rir e assim como Ryder.


Branna corou um pouco. — Oh Senhor, minha irmãzinha estava
chupando seu namorado...

— Branna! — eu gritei.

Por que eles estavam fazendo isso comigo?

Isso deveria ser particular!

Eu tentei fugir para o meu quarto, mas Dominic me pegou no final da


escada e me levantou contra ele.

— Não tenha vergonha, os dois estavam transando ontem à noite, então


eles não podem dizer nada sobre o que fizemos.

Ok, isso foi nojento.

— Eu não me importo, você não deveria ter aberto a boca; isso é suposto
ser particular! Eu não vou fazer um boquete novamente se...

— Eu nunca vou falar nada parecido durante o tempo que eu viver, eu


prometo. Não me corte logo quando eu comecei a ganhar um pouco, por favor.

Eu interiormente sorri; eu tinha todo o poder aqui, e isso era bom, muito
bom.

— Tudo bem, mas não fale mais nisso, eu não gosto disso.

Dominic beijou meu rosto. — Fechado.

Ele apenas me abraçou por trás então, e isso me fez sorrir.

— Você tem que ir agora. — eu disse.

Ele me apertou. — Sim, sim, eu sei. É o dia das garotas. Blá, blá, blá.

Eu ri. — Vejo você amanhã. Podemos sair o dia todo, está bem?

— Eu estou esperando você para isso, cadela. — ele sorriu e riu quando eu
girei e tentei atingi-lo por me chamar de cadela.
Ele se inclinou, bicou meus lábios, em seguida, pulei para trás ainda
rindo. — Manos, mexam-se! — ele gritou.

Ryder riu quando ele saiu para o corredor e viu Dominic esquivando de
meus socos como se fosse a sombra de boxe. Eu não consegui acertar um único
soco, e isso me irritou pra cacete.

— Vamos Mano, temos negócios a tratar.

Eu parei de tentar acertar Dominic e olhei para Ryder. — Que negócio?

Ele sorriu para mim. — Apenas alguns negócios da família.

Eu levantei uma sobrancelha e virei-me para Dominic. — Qual é o


negócio da família? Você nunca fala sobre isso, você me disse que não é
importante, mas eu ainda quero saber sobre isso.

O silêncio que se seguiu deu-me uma sensação de mal estar no estômago.

— Eu vou falar pra ela. Vão em frente. — Branna sorriu.

Ryder e Dominic olharam para ela, e depois de algum tipo de


comunicação silenciosa, eles assentiram com a cabeça e saíram. Eu fiquei
olhando para eles por um momento antes de me virar para Branna.

— Por favor, me diga que eles não são traficantes de drogas. — eu


brinquei.

Branna bufou. — Eles não são traficantes de drogas, mas as coisas que
eles estão são um pouco pior do que isso.

O que?

Porra, o quê?

— O que é pior do que ser um traficante de drogas? — engoli em seco.

Branna suspirou e olhou para mim com os olhos caídos. — Trabalham


para um, um muito perigoso.
O lhei para Branna

com horror então em seguida fiquei boquiaberta quando ela se virou e entrou na
cozinha.

— Você não pode simplesmente dizer algo assim e em seguida sair! — eu


berrei quando invadi a cozinha atrás dela.

Ela olhou para mim por cima do ombro e deu de ombros. — Eu estou
colocando a chaleira no fogo. Esta é uma conversa que requer uma xícara de
chá.

Eu sabia que ela estava certa quando senti minhas mãos tremerem e
meus joelhos começarem a bater juntos, então eu fiz o meu caminho para a
nossa mesa da cozinha e me deixei cair em uma cadeira.

— Explique isso para mim mais uma vez, nossos namorados trabalham
para um traficante de drogas? Um traficante perigoso de drogas?

Branna esfregou o rosto com as mãos antes de cruzá-las sobre o peito,


apoiou o quadril contra o balcão da cozinha e me olhou nos olhos. Seu olho
esquerdo se contraiu um pouco.

— Você está brincando. Eu não acho isso engraçado! — eu gritei.


Branna não disse uma palavra, nem um pio, e isso me fez sentir mais
doente do que eu já senti.

— Dominic teria me dito se ele estivesse em uma merda assim! Ele não
teria me incomodado para sair com ele se ele estivesse enroscado em coisas tão
ruins como drogas! Ele nem sequer fuma Branna e ele raramente bebe por causa
do treino para suas lutas.

— Eu nunca disse que ele usava drogas. Nenhum dos rapazes usa drogas,
mas todos eles estão envolvidos com eles. Exceto Damien.

Olhei para ela por um longo, longo momento, quando tudo começou a
fazer sentido na minha cabeça. Todas as conversas sussurradas entre Damien e
Dominic, então Ryder dizendo que Dominic lutar na escola trouxe atenção
indesejada e Dominic me dizendo que ele não lutava para se divertir, mas por
'negócio de família', um negócio de família que ele não iria me contar.

De repente, comecei a chorar. — Eu não posso acreditar... p-por que ele


iria... oh meu Deus, eu estou saindo com um traficante de drogas!

Eu cobri meu rosto com a minha a mão boa e a ferida e chorei como um
bebê. Meu peito estava doendo e meu estômago estava cambaleando com algo
terrível. Eu sabia que iria vomitar. E eu fiz, por todo o chão ao meu lado.

— Não se mova, eu vou limpar. Basta ficar parada e se concentrar na


respiração para que você possa se acalmar, está bem? — Branna me disse em
um tom suave.

Eu balancei a cabeça entorpecida para ela, enquanto olhava para o nosso


jardim através do vidro da porta traseira. Eu ignorei o gosto ruim na minha
boca e me forcei a não pensar na dor do meu estômago. Mas nada parou a dor
no meu peito.

— Vou terminar com ele. — eu disse enquanto continuei a olhar para o


jardim dos fundos.

Branna suspirou ao meu lado quando terminou de limpar o meu


vômito. Eu olhei para ela, e ela foi até a geladeira para pegar um pouco de suco,
em seguida, encheu um copo disso. Ela voltou para o meu lado e me entregou o
suco, eu bebi enquanto ela acariciava minhas costas com a mão.

— Se isso faz você olhar de forma diferente, eles não querem se envolver
com esse homem, eles simplesmente não têm escolha.

Eu estalei minha cabeça para ela, eu senti meu rosto ficar vermelho
quando ela não explicou qualquer outra coisa.

— Branna, pare de cortar quando você está me dizendo algo tão


importante como isso! — eu rosnei.

Ela sorriu um pouco para mim. — Eu sinto muito, Bee, mas eu não estou
dizendo mais. Esta é uma conversa que você precisa ter com Dominic sozinha.
Só sei que estou totalmente ao lado dele, Ryder e o resto dos rapazes. Eu nunca
sairia com alguém que nos envolveria em algo tão perigoso como isto, e eu não
permitiria que você saísse com alguém assim a menos que houvesse um bom
motivo. Os rapazes têm controle sobre isso então não precisamos nos
preocupar.

Olhei para ela fixamente, sem piscar.

Como, em nome de Deus ela estava tão calma sobre isso?

Eu balancei a cabeça para ela, levantei, saí da cozinha e fui para o meu
quarto, onde me joguei na minha cama. Eu ainda estava me confrontando sobre
apenas namorar Dominic e permitir deixá-lo entrar. E agora eu tinha que lidar
com essa maldita bomba?

Eu balancei minha cabeça em meu travesseiro.

Era por isso que ele lutava na Darkness? Era por isso que ele lutava
afinal? Era esta a razão pela qual ele sempre estava golpeado e ferido, quando
ele vinha para a escola? Era por isso que ele e seus irmãos estavam aqui na
Irlanda?

Eu tinha tantas perguntas e nenhuma resposta.

Sentei-me, peguei meu telefone da minha cômoda e o desbloqueei.


Eu preciso muito falar com você!

Enviei um texto para o seu telefone e sentei na minha cama fechando os


olhos e comecei a pensar.

Como diabos minha vida ficou tão complicada?

Apenas alguns meses atrás, eu era invisível, sem namorado, intimidada e


uma solitária completa e total até que Dominic aconteceu. Eu não conseguia
nem lembrar como era não sentir por alguém, eu me preocupava com ninguém
a não ser Branna até que ele invadiu minha vida e virou meu mundo de cabeça
para baixo. Eu gostava de Dominic, eu me importava tanto com ele; eu o vivia,
mas isso era algo que eu não sabia se eu poderia lidar. As coisas que ele estava
envolvido eram muito maiores do que eu.

Eu abri meus olhos quando meu telefone tocou e foquei no rosto de


Dominic quando seu texto chegou.

Eu sei que eu tenho um monte de explicações a dar baby, mas não tome
nenhuma decisão até que você me ouça. Por favor?

Eu fiz uma careta; ele sabia que a minha reação automática seria a de
romper com ele, e isso me chateou. Todo o ponto de estar com Dominic era
deixar ir minhas velhas inseguranças, e eu não ia voltar a fugir de coisas que me
assustavam ou ameaçavam borbulhar meu mundo. Não, eu ia levantar minhas
calças de menina grande e ouvir o que ele tinha a dizer. Quaisquer decisões que
tomaria sobre nós viriam depois que eu ouvisse tudo e pensasse sobre as
coisas. Eu balancei a cabeça quando eu bati no meu telefone, respondendo a
Dominic.
Tudo bem, mas sei que estou além de chateada com você. Isso – você –
realmente me machucou.

Eu não estava mentindo; eu estava sofrendo por causa disso. Eu não


sabia se era porque Dominic manteve o segredo de mim por tanto tempo ou por
causa do que realmente era o segredo. Ambos, pensei.

Olhei para o meu telefone quando ele tocou.

Sinto muito, menina bonita. Estarei aí hoje à noite; eu tenho algumas


coisas para resolver com Ryder primeiro, mas depois que eu terminar, estou
indo direto para você. Tenha seu dia de garota com Branna e tente não
pensar demais sobre isso. Não se dê uma dor de cabeça desnecessária; eu sei
que você vai entender quando eu explicar tudo a você. Eu vivo você, babe.

Comecei a chorar de novo, porque eu rezei para que ele estivesse certo; eu
realmente fiz.

— O que você fez com Nico? Tipo, o quão longe você foi com ele? —
Branna me perguntou aleatoriamente quando estávamos estendidas no sofá da
nossa sala de estar. Já passava das nove da noite e depois de um longo dia de
compras em Grafton Street, nós estávamos assistindo In Her Shoes26. Mas o
filme foi esquecido uma vez que a pergunta foi feita, embora continuássemos a
comer a pizza em nossas mãos.

Olhei para Branna e tentei encarar, mas eu tinha certeza que eu parecia
estúpida porque eu podia sentir meu rosto ficando quente.

Branna gargalhou. — Não tenha vergonha, as irmãs falam sobre coisas


como esta o tempo todo.

Suspirei e apenas dei de ombros. — Não tanto quanto você foi com Ryder,
que eu tenho certeza que fez todo o caminho e voltou várias vezes, mas
provavelmente longe demais para apenas uma semana de namoro.

Branna bombeou suas sobrancelhas para mim, e isso me fez rir e tossir
em torno da pizza que estava na minha boca, fazendo-a rir e golpear-se no seu
joelho. Eu balancei a cabeça para ela, ainda sorrindo enquanto ela virou seus
olhos.

— Detalhes Bee, eu preciso de mais detalhes.

Eu gemi. — Eu dei-lhe um... você sabe.

Ela apenas levantou as sobrancelhas para mim, e eu odiava, porque eu


sabia que ela ia me fazer dizer a palavra.

— Um boquete. — eu soltei então grunhi e cobri meu rosto.

Era estranho saber que fiz algo tão íntimo com Dominic, e eu apenas
disse a minha irmã sobre isso!

— Sua sirigaita suja! — Branna brincou alegremente fazendo-me chutar a


perna dela, fazendo-a bufar.

— Ele também... você sabe... caiu sobre mim também e ele... colocou os
dedos lá também.

26
Filme de drama dos Estados Unidos de 2005. Versão brasileira: Em Seu Lugar.
Branna arregalou os olhos. — Santa merda, o rapaz não perde tempo não
é?

Eu fiz uma careta. — O que você quer dizer?

Ela sorriu. — Ele tentou ficar com você desde que ele se mudou para cá.
Ele deve ter imaginado fazer coisas sujas com você por muito tempo e não pode
segurar agora que estão juntos.

Revirei os olhos. — Bem, merda, difícil para ele porque eu defini limites.
Eu não vou mais longe do que as coisas que temos feito até saber eu mesma que
estou pronta. Ele não vai me pressionar; ele valoriza a sua vida e pênis demais
para fazer o contrário.

Branna desatou a rir e seu riso me fez rir. Paramos quando ouvimos uma
batida na porta. Eu soube imediatamente que não eram os rapazes porque
Ryder tinha a chave, e assim tinha Dominic - ele roubou Ryder e fez uma cópia
para si mesmo.

Olhei para Branna e encolhi os ombros. — Eu vou atender.

Ela continuou a comer sua pizza, mas ela me olhou quando saí para o
corredor até que desapareci de sua vista. Abri a porta do hall e congelei um
pouco por causa de quem estava do outro lado.

— Ei, Bronagh. Posso falar com você por um segundo?

Limpei a garganta e disse: — Claro, Gavin. Entre.


—Q uem é? — a voz

de Branna gritou da sala de estar.

Fechei a porta quando Gavin entrou. — É Gavin Collins, ele quer ter uma
conversa.

Sorri para Gavin, então fiz um gesto em direção às escadas e sussurrei: —


Podemos ir para o meu quarto, ela só vai ouvir se ficarmos por aqui.

Gavin riu baixinho me fazendo bufar. Fomos lá em cima, seguidos pelo


olhar de estranheza de Branna em nossas costas até que estávamos fora da vista
e em segurança dentro do meu quarto.

— Então... o que está acontecendo? — perguntei quando eu caminhei


desajeitadamente em direção a minha cama e sentei nela, de frente para Gavin.

Ele suspirou e passou as mãos pelos seus grossos, ondulados cachos


loiros escuros e por um momento eu me vi apenas olhando para ele. Eu sei, eu
sei, eu era a namorada de Dominic, mas eu era apenas humana, e Gavin estava
quente. Qualquer pessoa com olhos podia ver isso, então me dê uma pausa.

— Eu queria te dizer que eu sinto muito, eu fui um maldito idiota no


nosso encontro. Sei que as coisas não vão funcionar para nós como um casal e
que você está com Nico agora, mas eu quero ser seu amigo. Estive me sentindo
um lixo desde aquela noite e, pior ainda, quando eu vi sua mão enfaixada na
escola.

Eu levantei minhas sobrancelhas; eu não sabia o que eu estava esperando


que ele me falasse, mas um pedido de desculpas dele definitivamente não era.

— Isso está ruim? — ele perguntou, apontando para a minha mão.

Eu olhei para minha mão, olhei para cima e balancei a cabeça. — Não,
está tudo bem agora, só um pouco rígida. O hematoma sobre ela desvaneceu
para amarelo. Depois que eu fizer um check-up no hospital na semana que vem,
eu poderei tirar o curativo. — eu expliquei.

Gavin acenou para mim e suspirou enquanto olhava. — Você parece bem.

Corei.

Ele sorriu. — Eu não estou cantando você, quero dizer que você só
parece... bem. — ele disse com um encolher de ombros.

Eu continuei corando, enquanto ele continuava a sorrir.

Limpei a garganta. — Eu não vou mentir, eu te chamei de alguns nomes


ruins na minha cabeça quando você me deixou na semana passada no
McDonald’s, mas eu entendo o porquê. Dominic... ele pode ser muito
persistente e devastador para lidar.

Gavin bufou quando ele veio se sentar ao meu lado na minha cama. —
Eufemismo, Bee.

Eu sorri para ele. — Eu te perdoo, se é isso que você precisa ouvir. Eu não
guardarei rancor... a menos que você seja Jason Bane. Mas desde que você não
é, não se preocupe.

Gavin riu e relaxou completamente ao meu lado. — Eu vou agradecer a


Deus por pequenos favores esta noite antes de eu ir para a cama.
Eu bufei, e isso fez Gavin gargalhar, que me colocou sobre a borda de
tanto rir. Eu não podia lidar com isso quando as pessoas gargalhavam, isso me
influenciava toda vez, e eu tive que rir.

— Eu vou nessa, eu só parei para tirar isso do meu peito. Espero que
possamos ser amigos embora? Quando passar o tempo e merdas assim. — disse
Gavin quando virou a cabeça para mim.

Olhei para ele e ignorei a voz na minha cabeça que gritou: 'não, nós não
queremos mais nenhuma mudança!' e dei a Gavin um sorriso e disse: — Sim, eu
acho que um amigo é exatamente o que eu preciso.

Gavin sorriu para mim, e isso me fez sentir tímida; na verdade, eu tinha
um belo rapaz como meu amigo e um completo galã como o meu namorado...
pouco de mim não estava fazendo muito mal para ele mesmo.

Gavin se inclinou para me abraçar e eu devolvi. — Vejo você na segunda-


feira e...

— Não, Ryder, pare-o! — a voz de Branna de repente gritou lá de baixo.

Gavin e eu nos separamos do nosso abraço e nos viramos para a porta,


com as batidas de passos subindo as escadas.

— Oh, merda. — Gavin respirou quando a porta se abriu.

Eu estremeci quando ela bateu na parede, mas recuei quando vi Dominic


encher a porta, seu rosto se contorceu em fúria. Pulei na frente de Gavin e
levantei as mãos em sinal de rendição.

— Dominic, ele só veio se desculpar comigo. Ele não está tentando me


convidar para sair de novo ou nada, ele só quer ser meu amigo...

Dominic se atirou para frente e eu tive que me atirar nele para que ele
não se esquivasse ao meu redor e pegasse Gavin, que eu podia sentir que estava
atrás de mim à espera de um golpe para acertá-lo.

Os braços de Dominic estavam apertados ao meu redor enquanto eu me


apertei nele. Ele rosnou em meu templo e tentou me livrar dele, mas eu não
estava o deixando ir para qualquer lugar, e ele percebeu isso depois de um
momento e relaxou um pouquinho para me acomodar contra ele.

— Primeiro e único aviso que você está recebendo, Collins. Ela é minha,
se você tentar e levá-la para longe de mim, eu vou te matar.

Santa. Porra!

— Dominic...

— Foda-se, Nico. Ela pode ser minha amiga, se ela quiser ser...

Dominic tentou me empurrar para longe dele, mas meus braços estavam
presos em torno de sua cintura e não estavam caindo em breve.

— SAIA! — Dominic rugiu, o que me fez abaixar minha cabeça porque o


ruído feriu meus ouvidos.

— Eu estou indo, cara. Não se preocupe. — Gavin rosnou e se moveu para


a porta. — Vejo você na escola, Bee.

Dominic girou o braço e perdeu Gavin, porque ele se esquivou e saiu do


quarto, passando por Branna e Ryder, que estavam do lado de fora do meu
quarto olhando e assistindo.

Eu tranquei os olhos com Branna e acenei para ela e Ryder para sair. Ela
assentiu para mim e chegou dentro do meu quarto e fechou a porta deixando
Dominic e eu sozinhos. Tirei meus braços em torno dele e fiz um movimento de
um passo para trás para dar-lhe algum espaço, mas ele me manteve no lugar, e
isso me fez suspirar.

— Eu só estou tentando dar-lhe algum espaço para esfriar...

— Por que ele estava aqui? No seu quarto? — ele rosnou para mim, me
cortando no meio da frase.

Dei de ombros. — Ele queria se desculpar e...

— Eu entendo, mas por que Ele. Estava. No. Seu. Quarto?


Eu pisquei para ele por um momento e depois balancei a cabeça. —
Porque ele queria conversar.

Dominic tinha um olhar duro enquanto olhava para mim. — Por que
aqui? Por que não lá embaixo?

Eu suspirei. — Eu não sei, eu imaginei que seria mais fácil conversar aqui
e...

— Você sugeriu que ambos viessem para o seu quarto? — ele rugiu.

Eu vacilei para longe dele. Eu sabia que ele não iria me bater ou me
machucar fisicamente, mas isso ainda não mudava o fato de que ele estava me
assustando.

— Dominic, você está me assustando. — eu disse, minha voz tremendo.

Ele grunhiu e removeu seus braços ao redor de mim e começou a andar


no meu quarto. Eu tinha uma dor de cabeça só de olhar para ele, assim eu me
mudei para minha cama, subi nela e me aconcheguei sob minhas cobertas. Eu já
estava de pijama, e eu estava confortável o suficiente para ficar durante a noite,
agora que eu estava lá.

Ouvi Dominic suspirar depois de mais alguns minutos de andar. —


Bronagh?

Eu não respondi, o que fez outro suspiro profundo escapar de sua boca. O
ouvi se mover, em seguida, veio o barulho de coisas batendo no chão, e eu
imediatamente soube que eram suas roupas e sapatos.

Ele estava se despindo!

Eu me chutei mentalmente; nós estamos tendo sérios problemas, e eu


estava derretendo em cima dele ficando seminu. Minha mente estava
aparentemente presa na sarjeta onde Dominic estava envolvido.

Eu fiquei tensa quando ele subiu na minha cama atrás de mim. Eu não
lutei com ele quando ele emaranhou seus membros com os meus. Primeiro
vieram os braços em volta da minha cintura e me puxou contra ele até que eu
estava moldada na frente do seu corpo, então ele emaranhou suas pernas com as
minhas e colocou a cabeça apoiada acima da minha.

— Eu vivo você, menina bonita. — ele murmurou e beijou o topo da


minha cabeça.

Eu fechei os olhos por um segundo, em seguida, os abri. — Eu vivo você,


também.

Ele me virou para ele, em seguida, baixou a cabeça e roçou os lábios sobre
os meus. Eu sabia que deveria ter levemente beijado de volta ou até mesmo
tentado provocá-lo com um leve beijo, mas eu simplesmente não conseguia. Eu
pressionei minha boca duro na sua e forcei minha língua em sua boca.

Dominic gemeu, ficou tenso e então rapidamente se afastou para longe de


mim.

— Bronagh. — ele rosnou. — Eu quero transar com você quando você me


beija assim!

Eu sorri para ele; eu adorava tê-lo tão excitado.

Isso me fez sentir poderosa.

Eu me inclinei para frente e o beijei levemente, mas ele gemeu


novamente. — Ainda me faz querer transar com você.

Eu ri. — Então eu terei que simplesmente parar de beijar você?

— Nunca pare de me beijar. Nunca! — ele rosnou, fazendo-me estremecer


e sorrir preguiçosamente para ele.

Ele beijou minha testa e suspirou. — Me desculpe por assustar você. Você
sabe que eu nunca iria colocar minhas mãos em você para te machucar. Certo?

Eu assenti. — Eu sei, mas você ainda é muito intimidante quando age


assim. É bom eu ser tão louca, porque às vezes eu acho que te assusto quando eu
ajo assim.
— Você faz, mas eu acho que é sexy. — Dominic murmurou.

Eu bufei e revirei os olhos. — Nós precisamos conversar.

Ele assentiu e trancou os olhos comigo. — Diga-me o que Branna lhe


disse.

Fiz o que ele pediu, e quando eu terminei de falar ele estava balançando a
cabeça.

— Você já ouviu falar de um homem chamado Marco Miles? — Dominic


me perguntou.

Eu pensei sobre isso, e depois balancei a cabeça respondendo não.

— Porra, baby, você realmente está protegida. — ele murmurou.

Eu fiz uma careta. — Eu não conheço nenhuma pessoa ruim, Dominic. Eu


fiz o meu negócio por anos para não falar com ninguém, nem ouvir fofocas.

Dominic assentiu. — Eu sei disso, mas todo mundo sabe de Marco, seu
nome é conhecido em todo o mundo. Ele é... uma pessoa muito ruim.

Fechei os olhos e perguntei: — E ele é seu chefe?

— Sim.

Meu coração se partiu em dois.

— Oh, meu Deus. — eu sussurrei.

Dominic me puxou para mais perto dele. — Eu não vendo drogas, eu não
repasso e eu não mato pessoas ou vou a todos os trabalhos que me colocariam
em prisão perpétua.

Abri os olhos sentindo um pouco mais do que confusão. — O que você faz
então?

Seu maxilar ficou tenso. — Estou pagando um empréstimo que você


poderia dizer lutando.
Eu fiz uma careta. — Dinheiro?

Ele suspirou e fechou os olhos. — Não, não é dinheiro. É mais complicado


do que isso.

Sentei e o puxei comigo. Virei-me para ele, cruzei as pernas e apontei


com a mão para continuar a falar. — Eu não tenho nada além de tempo então
comece a falar.

Os lábios de Dominic se contorceram. — Mandona.

Dei de ombros.

Ele esfregou o rosto com as mãos antes de travar os olhos comigo


novamente.

— Meu pai era o melhor amigo de Marco desde que eram crianças.
Ambos eram pessoas más e começaram seu império a partir do zero. Eles
tinham ligações com uma série de Dons de diferentes máfias, quase todos os
cartéis de drogas conhecidos pelo homem, e eles tinham praticamente a lei em
seu bolso traseiro. Meus irmãos e eu crescemos em torno da violência e o estilo
de vida sem saber de nada. Fomos tratados como príncipes e tínhamos tudo o
que queríamos por causa de quem nosso pai era. Acompanhantes de alta
qualidade para me servir quando eu tinha treze anos, porque eu não queria me
masturbar. Nossas vidas eram um borrão, até minha mãe e meu pai serem
mortos logo após o décimo quinto aniversário meu e de Damien. Meu pai
descobriu que Marco estava tentando conseguir algum dinheiro extra em um
acordo de cartel de drogas, por isso Marco matou meu pai e minha mãe antes
que eles pudessem tirá-lo. Eles eram melhores amigos, mas a ganância deles por
dinheiro os mudou, os fizeram ocos... maus. Minha mãe não era melhor; a única
coisa que ela amava era o dinheiro e coisas materialistas. Ela incentivou meu pai
a manter o nosso estilo de vida alto... isso teve os dois mortos no final.

Dominic me observava enquanto ele estava falando e parou quando viu


que eu já estava chorando.
— Baby, por favor, não chore. — ele franziu a testa e estendeu a mão para
mim.

Mudei-me para frente e o engolfei em um abraço, segurando mais


apertado do que antes.

— Eu sinto muito.

Dominic me balançou. — O que você sente muito?

— Por sua criação, eu queria que você e seus irmãos tivessem o amor que
Branna e eu tivemos de nossos pais. — eu funguei.

Ele esfregou o polegar na minha bochecha e murmurou: — Ninguém


nunca chorou por mim antes.

— Bem, eu vivo você, então é claro que eu vou chorar quando ouvir sobre
sua infância. — eu chorei.

Dominic sorriu levemente para mim. — Exceto meus irmãos, você é a


coisa mais importante do mundo para mim, você significa tudo para mim. Eu só
quero que você saiba antes de eu terminar o que eu preciso te dizer, tudo bem?

Havia mais?

Oh, Deus!

— Tudo bem. — eu assenti.

Ele soltou um suspiro e lambeu os lábios antes de dizer: — É repugnante


dizer, mas eu realmente não me importo que Marco tenha matado meus pais.
Eu o odeio, mas não por isso. Nunca víamos meus pais e quando fazíamos, eles
eram pessoas frias então serem mortos não prejudicou ninguém... exceto
Damien. Ele é realmente um amante e não um lutador em todos os aspectos. Ele
era o único que tinha esperança de que a nossa mãe um dia iria nos amar em vez
de suas roupas e bolsas, e que nosso pai ficaria orgulhoso de nós, em vez dos
sobrinhos de Marco, Trent e Carter. Depois que eles foram mortos, ele não nos
deixava falar uma palavra ruim sobre eles; ele ficava muito violento, se nós
fizéssemos.
Pisquei os olhos em estado de choque, quando Dominic assentiu com a
cabeça e disse: — Eu sei que é difícil pensar nele como sendo violento, mas
depois que nossos pais tinham ido embora ele mudou.

Eu me sentia enjoada enquanto ouvia, meu coração doeu por Dominic e


todos os seus irmãos. Eu só queria apertá-los.

— Carter sobrinho de Marco não se parece com a família em tudo, mas


ele é mau como eles e Trent era ainda pior. Ele realmente era uma versão mais
jovem de Marco em todos os aspectos desde aparência até a personalidade.

Franzi minhas sobrancelhas. — Era? — eu questionei.

Dominic assentiu com a cabeça, fechou os olhos por um momento antes


de abri-los e olhar diretamente para mim. — Ele está morto. Sua morte é a razão
pela qual minha família está em dívida com Marco.

— Você deve a ele um monte de dinheiro ou algo assim? — eu perguntei.

Dominic balançou a cabeça. — Não é dinheiro, mas nós temos que


trabalhar por nossa dívida com ele. Meus irmãos, exceto Damien, têm certos
trabalhos que fazem para Marco. Meu trabalho é lutar.

Eu franzi a testa. — Eu não entendo. Por que você e seus irmãos estão em
dívida com Marco sobre a morte de seu sobrinho?

Dominic suspirou. — Temos que trabalhar para Marco, a fim de manter


Damien seguro.

Senti meu coração parar. — Por que apenas Damien? Por que ele está
sempre na mira?

Dominic olhou para mim, então, seus olhos se bloqueando com os


meus. — Porque Damien é a razão por Trent estar morto. Ele o matou.
—O que você

acabou de dizer? — eu sussurrei, esperando que eu tivesse ouvido ele errado.

Dominic ergueu as mãos para o meu rosto. — Por favor, não pense menos
dele, Bronagh. Você tem que entender o que a morte dos nossos pais fez para
ele, o que ainda faz com ele. Você acha que tem problemas com deixar as
pessoas chegar perto de você? Damien mal me ama, e eu sou seu irmão gêmeo!

Eu ampliei meus olhos. — Não diga isso, ele te ama. Você apenas tem que
ver vocês dois juntos para ver isso.

Dominic suspirou e esfregou minha bochecha com o polegar. — Ele se


abriu muito ultimamente desde que chegamos aqui. Eu sei que ele não se
esqueceu de nosso passado, mas ele parece diferente aqui, ele não é tão frio
mais.

Eu dei-lhe um olhar e disse: — Diga isso para a trilha de garotas de


coração partido em nossa escola e em torno da cidade.

Dominic sorriu um pouco. — Ele não as fez nenhuma promessa, Bronagh.


Ter relações sexuais é a única coisa íntima que ele faz com as garotas. Ele não
sente nada por elas, ele não sente por ninguém e não é por escolha; ele é apenas
oco por dentro. Ele é um cara legal, mas se você está procurando alguém que é
sensível ou alguém para ter uma conversa sobre sentimentos e toda essa merda,
você poderia muito bem passar por ele porque ele não faz nada parecido com
ninguém.

Eu levantei meu dedo. — É aí que você se engana, querido namorado. Ele


aleatoriamente me disse outro dia que eu estava crescendo para ele e não
apenas porque eu sou quente. — eu fiz uma careta na última parte da minha
frase, fazendo Dominic bufar.

— Isso é inédito para ele, babe. Ele nunca fala muito com garotas, a não
ser que ele está dando em cima delas ou transando com elas.

Engoli em seco. — Eu me considero muito sortuda então.

Dominic sorriu para mim. — Você deveria. Você é importante para mim,
e ele sabe disso. Você não sabe o quão feliz me faz sentir, sabendo que meu
irmão está saindo de seu medo, e é por causa da minha garota.

Eu balancei minha cabeça. — Eu não acho que é por minha causa, eu


acho que é porque ele vê que você está em um relacionamento e está feliz...

— Eu estou com você, e eu estou feliz por sua causa, por isso ainda é por
sua causa você que ele está chegando por aí. — Dominic me cortou sorrindo.

Revirei os olhos. — Sim, bem, eu estou feliz que ele está descongelando
para fora.

Dominic suspirou. — Eu não acho que ele vai descongelar


completamente, essa merda com os nossos pais e Trent realmente fodeu com
ele.

Engoli em seco, em seguida, mordi o lábio um pouco antes de perguntar.


— Posso lhe perguntar por que ele...

— Matou Trent? — Dominic termina a minha pergunta para mim.

Eu balancei a cabeça e sentei ao seu lado quando ele fez sinal para eu
fazê-lo.
— Fizemos quinze anos duas semanas antes dos nossos pais serem
mortos, mais de três anos e meio atrás, e Trent ficou com a gente por tudo isso.
Carter fez também por um tempo, mas ele era mais um solitário, ao contrário de
Trent. Nós três éramos praticamente melhores amigos; fomos criados juntos no
mesmo ambiente, então ele pensava como nós e aceitamos a merda que
tínhamos visto e feito como normal. A única diferença entre ele e nós era que ele
gostava de todas as coisas más, e nós não. Nós nunca manifestamos isso, porque
não queríamos parecer fracos, mas Dame e eu conversávamos algumas noites, e
ambos concordávamos que a vida que o nosso pai e Marco levavam não era para
nós. Nós iríamos dizer ao nosso pai que queríamos deixar New York e ir para
qualquer outro lugar no dia em que ele morreu. — Dominic franziu a testa
enquanto ele brincava com o meu cabelo. — Damien não queria deixar o
complexo em que vivíamos depois daquele dia. Todas as coisas que falamos
foram esquecidas, porque ele não queria participar delas se envolvesse deixar
New York. Ele começou a se afastar de todos nós, exceto Trent e Nala.

O nome feminino despertou meu interesse. — Quem é Nala?

— Nala era namorada de Damien, mas antes disso ela era apenas a bonita
garota asiática que nos seguiu por toda parte. — disse Dominic, e ele sorriu
como se estivesse revivendo uma memória com Nala.

Eu também sorri e perguntei: — Ela é uma boa pessoa?

Dominic deu de ombros. — O pai dela estava na mesma merda como o


meu pai e Marco, mas ela odiava o que ele fazia pelo ‘negócio’ como Damien e
eu. Ela era quieta, mas agradável, e ela tinha tesão por Damien. Disse que era
seu cabelo loiro que a atraiu para ele e que seu - nosso - belo rosto não tinha
nada a ver com isso.

Eu bufei. — Seu vaidoso filho da puta, você está inventando isso!

Dominic sorriu. — Tudo bem, ela nunca disse que nós tínhamos um rosto
bonito, mas ela estava obcecada com a cor do cabelo de Dame. Acho que todos
os asiáticos gostam de pele e cabelos claros, e é por isso que eles ficam com
Damien. Ele tem a pele um pouco mais pálida do que eu e seu cabelo é branco
como a neve, naturalmente, então Nala era sua fã número um. Ela veio para o
complexo, quando estávamos todos em torno dos dez anos. Damien tinha uma
queda por ela, tanto que ele pediu a ela para ser sua namorada quando
tínhamos treze anos, e ela disse que sim, não foi uma surpresa. A única coisa
que foi uma surpresa foi que Trent odiava vê-los juntos. Acho que ele tinha uma
queda por Nala também e estava apenas com ciúmes dela e Dame, mas eu não
tenho certeza se essa é a razão exata. — Dominic deu de ombros, em seguida, se
esticou e se acomodou ao meu lado. — Dame e Nala ainda estavam juntos
depois que nossos pais morreram, mas ele eventualmente ficou distante dela
também. Não importa o quão duro ela tentou ajudá-lo a se sentir melhor, ela
simplesmente não conseguia. Trent era uma espécie de ombro para ela se apoiar
naquele tempo. Ele cometeu o erro de tentar beijá-la uma noite. Damien viu a
coisa toda e foi à loucura. Ele atacou Trent e o espancou por tocar sua garota.

Dominic olhou para o teto e, em seguida, apertou seus braços em mim. —


Eu acho que ele amava Nala. Eu sei que nós éramos apenas crianças, mas eles
estavam namorando firme há dois anos e sabiam tudo sobre o outro e faziam
tudo juntos. Eles eram literalmente a metade do outro e foram felizes até que o
mundo desabou. Depois que Trent tentou beijá-la e Damien chutou a bunda
dele, ele vomitou um monte de besteira para Damien, e isso só o fez mais
irritado. Ele disse que Damien não era bom o suficiente para ser o namorado de
Nala e que ele pertencia a terra27 com o nosso pai traidor.

Dominic balançou a cabeça. — Foi uma coisa ruim de dizer a um amigo


por causa de uma garota. Não me interprete mal, Nala era ótima, mas ela ainda
era uma garota, e eu achei estúpido que eles estavam brigando por ela. Lealdade
sábia, porém, eu estava chateado com Trent por tentar algo com a garota do
meu mano. Eu não ligo para o que ele chamou nosso pai, mas quando ele
desejou que Damien estivesse morto, foi a minha vez de chutar sua bunda. Foi a
primeira vez que eu estive em uma briga, e eu bati nele pra caralho. Damien me
tirou fora dele, porque ele queria fazê-lo ele mesmo. Eu estava bem com isso
porque eu tinha dado alguns golpes. Trent ficou de pé depois que Damien me
tirou dele e o filho da puta louco sacou uma arma, a porra de arma de verdade.
— esfreguei seus braços, quando ele começou a ficar um pouco inquieto

27
Ele desejava a morte de Damien.
enquanto falava. — Eu não estava com medo de ser morto por ele, eu estava com
medo por Damien, porém, porque Trent olhou para ele com tanto ódio, antes de
apontar a arma para ele. Foi então que eu soube o quanto ele realmente era
como Marco. Se Nala não tivesse pulado nas costas de Trent e levando-o a largar
a arma, não há nenhuma dúvida em minha mente de que ele teria disparado e
matado Dame; sinto-me doente só de pensar nisso.

Meus olhos estavam arregalados. — Oh, meu Deus, de onde ele tirou uma
arma? — eu perguntei.

Dominic deu de ombros. — O complexo em que vivíamos nunca manteve


armas ou produto no local porque éramos muito invadidos, mas meu palpite é
que ele roubou a arma licenciada que Marco mantinha em seu escritório. Depois
que ela foi eliminada da mão de Trent, de alguma forma acabou na mão de
Damien, e foi aí que eu comecei a entrar em pânico. Ainda me lembro de chorar
como uma cadela para ele jogar a arma fora e que não éramos como nosso pai
ou Marco. Ele estava me ouvindo bem até que Trent riu de mim e me chamou de
puta como nosso pai, que merecia estar sete palmos abaixo da terra com
chumbo em sua cabeça. Trent já tinha batido Nala fora dele assim quando
Damien disparou a arma e atingiu Trent, ela estava a salvo de um
acompanhamento através da bala. Trent foi atingido tanto em seu coração ou
seu ombro. Eu não poderia dizer, porque o sangue que veio de sua ferida
embebeu sua camisa, então eu não podia identificar onde ele foi atingido. Ele
não estava se movendo, então acho que Damien o pegou com um tiro. —
Dominic balançou a cabeça, em seguida, e limpou a garganta. — Merda bateu no
ventilador depois disso. Tudo passou rápido, Marco teve seus meninos
limpando o pátio e lavando o sangue de Trent enquanto ele chamou o médico,
mas já era tarde demais. Disseram-nos que ele já estava morto no momento em
que o médico chegou. Ryder sendo o mais velho de nós se reuniu com Marco
para ‘discutir’ coisas. Ryder, Kane e Alec já estavam envolvidos no negócio, mas
depois que Dame matou Trent, eles analisaram mais profundamente. Nós não
erámos estúpidos; sabíamos que a reunião com Ryder e Marco era para nos
manter vivos. Quando Ryder saiu do escritório de Marco, ele nos disse Damien
estava seguro, mas tivemos de trabalhar por essa segurança. Eu sabia que Marco
não daria qualquer coisa a não ser que ele recebesse algo com o acordo, então eu
estava no jogo para trabalhar uma vez que eu sabia que ia manter Dame seguro.

Fiquei surpresa quando ele bufou, mas não o interrompi.

— Eu estava esperando para executar o produto e vendê-lo ou alguma


merda assim, mas Marco tinha estabelecido certos ‘empregos’ para todos nós.
Eu aparentemente era o seu principal homem; ele realmente estava em jogos de
azar e fazia o seu dinheiro de uma forma emocionante, e foi nessa época que a
luta subterrânea ficou grande. Ele queria um lutador no subsolo para
representá-lo, e depois que ele assistiu a CCTV28 de mim chutando a bunda de
Trent, foi o que eu me tornei. Temos ido a mais países do que me lembro nos
últimos três anos e meio. Parece que a cada dois meses Marco me chama e me
fala de um novo circuito subterrâneo que ele quer que eu o represente.

Segurei em cima dele enquanto eu senti meu coração martelar no meu


peito. — Ele pode chamá-lo e lhe dizer para sair daqui a qualquer momento para
ir para um país diferente lutar, certo? Se ele fez isso no passado, então ele pode
fazer isso de novo...

— Bronagh! — Dominic agarrou e me balançou. — Ouça-me com muito


cuidado, não vou deixar você. A Irlanda é o último país que eu estou lutando. Eu
já disse a Marco isto, e ele concordou, porque ele estava ficando entediado com
minhas lutas desde que eu sempre ganho. Aparentemente, não é excitante a
menos que eu tenha um jogo mesmo, e eu estou lutando como um animal para
agradá-lo. Estamos todos ficando liberados dele depois do meu circuito atual.
Mais algumas semanas e tudo estará terminado com ele.

Sentei e olhei para ele. — Então é isso? Marco vai deixar sua família fora
do gancho tão facilmente? Damien matou seu sobrinho.

Dominic deu de ombros. — Homens como Marco não se preocupam com


a família ou honra. Ele sabia que Ryder estava planejando nos tirar de New York
se Damien quisesse sair ou não, e depois que Trent foi morto foi o tom perfeito
para ele jogar e nos manter com ele.

28
Circuito interno de televisão.
Eu fiz uma careta. — Eu já o odeio, e eu nem sequer o conheço.

Dominic puxou minha cabeça para baixo da sua. — Você nunca vai
conhecê-lo também.

Eu balancei a cabeça. — Bom.

Ele deu um leve beijo em minha boca antes de se afastar. — Você entende
por que eu faço o que faço agora? — perguntou ele.

Eu assenti. — Você está protegendo o seu irmão.

Dominic beijou minha testa. — Eu sabia que você iria entender uma vez
que eu lhe dissesse tudo.

Eu lhe dei um olhar duro. — Isso é tudo, certo? Não há nada mais que
você está escondendo de mim?

Dominic balançou a cabeça. — Você sabe tudo sobre meu passado, a


maior parte nem sequer é meu, é de Damien, mas você ainda sabe sobre isso.

Eu balancei a cabeça e lancei um grande suspiro. — Eu entendo isso, mas


eu ainda estou processando. É uma grande pílula para engolir.

Dominic esfregou as pernas cruzadas. — Eu sei, baby.

Fiquei quieta por um momento, em seguida, perguntei: — Você e Damien


indo para a escola é como uma cobertura para o 'negócio da família' para fazer a
sua família parecer normal?

Dominic bufou. — Não, nós queremos ir para a escola. É a única coisa


normal na nossa vida que podemos controlar.

Eu balancei a cabeça, em seguida, pensei em seus irmãos.

— O que os outros rapazes fazem para Marco se você luta por ele?

Dominic mordeu o lábio antes de dizer. — Kane é o cobrador de dívidas e


o que Marco chama de seus brutamontes. Se alguém está atrasado nos
pagamentos ou apenas na necessidade de uma “chamada”, então, Kane é o
homem que Marco envia para fazer o trabalho.

Engoli em seco. — Mas Kane é adorável!

Dominic sorriu um pouco. — Você já viu suas cicatrizes, ele não as


conseguiu por de ser adorável.

Puta Merda!

Kane com seu grande belo sorriso fere as pessoas para este canalha do
Marco. Era a sua parte para ajudar a manter Damien seguro, eu entendo isso,
mas ainda assim, era além de chocante!

— Alec, o que ele faz? Se você me disser que o namorador machuca as


pessoas, então eu vou para a esquina e apenas chorar.

Dominic riu. — Alec, lutar com as pessoas? Caia na real, ele fode
problemas de Marco longe, literalmente.

Olhei para Dominic. — É melhor você fodidamente explicar isso.

Dominic esfregou os olhos. — Marco lida com as coisas de drogas às


armas de todos os tipos de entretenimento, incluindo, mas não limitado a, luta e
sexo.

Olhei para ele ainda esperando por ele chegar ao papel de Alec em tudo
isso.

Dominic riu e esfregou o rosto. — Alec é um acompanhante para clientes


de Marco, Bronagh. Normalmente as esposas ou marido de seus clientes, o seu
trabalho é mantê-los felizes.

— O QUÊ? — eu gritei.

Dominic pulou de susto depois riu. — De tudo que eu acabei de dizer, é


isso que você enlouquece?

Não, mas mesmo assim!


— Alec é gay? — eu perguntei, chocada além da crença.

Dominic balançou a cabeça. — Ele é bissexual.

Oh, meu Deus.

— Eu não consegui captar nada disso, eu pensei que ele era hétero. — eu
disse.

Dominic riu. — Ele ama boceta e pau, o filho da puta ganancioso


simplesmente não pode escolher entre eles.

Eu pisquei para ele, em seguida, abri minha boca para falar apenas para
fechá-la novamente. Dominic riu enquanto eu sentei ao lado dele em estado de
choque.

— Então você é um lutador no subsolo; Kane é um brutamontes e Alec é


um... acompanhante. Estou certa até agora? — perguntei então balancei minha
cabeça.

Aí está uma frase que eu nunca pensei que eu iria me ouvir dizer.

— Sim, e Ryder corre drogas e armas para Marco, por isso ele é
tecnicamente um traficante de drogas e armas.

Oh, meu Deus!

— E Damien? — eu chiei.

— E nada de Damien, ele não está envolvido com Marco. É parte do nosso
acordo para mantê-lo seguro. Ele se mantém fora de tudo, enquanto nós
lidamos com isso.

Eu soltei um suspiro. — Graças a Deus um de vocês é normal.

Dominic mudou e me colocou em minhas costas com ele aninhado entre


as minhas pernas em apenas alguns segundos. — O que não é normal em mim,
menina bonita? — ele brincou.
— Você deveria ser estudante de intercâmbio de dezoito anos de
idade, não um lutador secreto subterrâneo que está amarrado com um dos
homens mais perigosos do mundo inteiro! — eu não estava chocada que meus
olhos se encheram de lágrimas, e nem Dominic porque ele tinha um pouco de
um sorriso em seu rosto quando minhas lágrimas caíram, o que me fez pensar
nele como um grande bastardo.

Dominic pressionou sua testa na minha. — Eu estava me perguntando


quando as lágrimas viriam. Estou surpreso que você me ouviu lhe dizer tudo
sem chorar.

Eu funguei. — Obrigada pelo voto de confiança.

Dominic riu de mim o que me fez rir levemente.

Ele beijou meu nariz. — Eu sei que esta merda é louca, difícil de acreditar
e difícil de aceitar, mas eu preciso que confie em mim, tudo bem? Eu sei o que
estou fazendo; eu posso lidar com isso.

— Eu confio em você. Eu não consigo acreditar em toda essa merda, mas


eu confio em você sobre isso.

Ele então me beijou, e me beijou duro, mas parou quando me abaixei e


não tão gentilmente agarrei seu pau na minha mão e apertei.

— Foda-se! Por que está fazendo isso? — ele gritou.

Eu o soltei e sorri quando ele choramingou um pouco em cima de mim.

— Você acabou de me contar algumas das coisas mais chocantes que eu já


ouvi toda a minha vida e você está tentando me beijar assim, enquanto eu estou
tentando processá-las? Se fodeu, seu maldito idiota. — eu atirei.

Dominic estava rindo e se encolhendo, ao mesmo tempo, quando ele


rolou de cima de mim e segurou a si mesmo. — Eu vivo você, menina bonita. —
disse ele através de sua dor.

Revirei os olhos e virei-me. — Vivo você também, Fuckface.


—E sta é a primeira

vez que você vem para a escola numa segunda-feira, sem contusões frescas
sobre o seu rosto em semanas. — disse senhorita McKesson para mim quando
entrei na sala de aula na segunda-feira de manhã.

Eu estava um pouco surpresa que ela já estivesse na sala de


aula; normalmente sou a primeira pessoa aqui.

Forcei um sorriso para a senhorita, mas não disse nada a ela.

Ela acenou com a cabeça em direção à porta. — Você vai aparecer no


salão principal e dar a Alannah e alguns outros uma mão com algumas coisas lá
em baixo?

Franzi minhas sobrancelhas. — Uma mão com o quê? O que ela está
fazendo lá embaixo, quando a aula nem sequer começa por mais dez minutos?

A senhorita sorriu. — Ela e alguns outros alunos estão adiantando a


arrumação do salão para o concerto de Natal. É daqui apenas uma semana
afinal de contas.

Eu arregalei meus olhos. — Puta merda, realmente esqueci as datas. Eu


não tinha ideia de que o Natal estava tão perto.
A senhorita franziu o cenho para mim. — Você tem sido um pouco isolada
na escola ultimamente, então eu não estou surpresa que algumas coisas
escorregaram de sua mente.

Engoli em seco. — Algumas coisas em casa tomaram minha atenção, mas


tudo está bem agora. — eu balancei a cabeça e ri um pouco. — Eu sinto que
minha cabeça foi enterrada na areia por não saber que é quase Natal.

A senhorita bufou. — Acontece com o melhor de nós.

Eu balancei a cabeça e olhei para a porta. — Eu vou ajudar Alannah e os


outros, então.

A senhorita acenou para mim. — Brilhante, o resto da turma irá para lá


para ajudar quando a campainha tocar em dez minutos.

Eu assenti, saí da sala de aula e me dirigi para o ginásio pelos corredores


vazios até que cheguei à entrada do salão principal. Eu pensei que era engraçado
que em dez minutos estes corredores estariam inundados com os alunos, mas
agora era como uma cidade fantasma em silêncio. Quando entrei no salão,
estava tudo, menos silencioso.

Eu gemi interiormente quando vi Micah mandando alguns de seus


amigos e colegas ao redor, enquanto Alannah estava para o lado pintando
alguns dos cartazes de Natal. Eu prefiro ajudar fazendo algo sozinha, mas se eu
tivesse que escolher entre ajudar Alannah ou Micah, eu iria escolher Alannah
toda vez.

— Ei. — eu disse quando cheguei ao seu lado.

Ela olhou para mim e arregalou os olhos um pouco quando ela viu que
era eu que estava ao lado dela e a cumprimentando.

— Ei pra mim? — ela perguntou e olhou ao redor para ver se eu poderia


estar falando com outra pessoa.

Eu balancei a cabeça e sorri largamente. — Ei de volta, Bronagh. Você


está aqui para ajudar?
Eu balancei a cabeça novamente e ela bateu palmas. — Brilhante, você
pode me ajudar a deixar este cartaz pronto se você quiser? Você não precisa, é
claro, você pode fazer outra coisa se você quiser ficar sozinha...

— Alannah. — eu a cortei, rindo para ela. — Ajudar com o cartaz está


bem.

Ela olhou para mim. — Sério? É? Você sabe que eu estarei aqui ao seu
lado ajudando também, certo?

Eu sorri para ela novamente. Ela estava sendo muito agradável e


atenciosa me oferecendo uma opção para eu trabalhar sozinha, então eu não me
sentiria desconfortável por estar tão perto dela, mas não era necessário. Eu não
acho que Alannah era do tipo de me fazer um milhão de perguntas ou
aleatoriamente iniciar uma conversa para preencher o silêncio, e era uma
pessoa legal para os meus padrões.

— Sim, eu estou ciente de que você estará próxima a mim. — eu ri


novamente.

Alannah apenas continuou a olhar para mim, mas quando ela piscou e
balançou a cabeça um pouco, ela parecia estar tranquila. Ela virou e pegou um
pincel limpo, em seguida, virou para trás em minha direção e me entregou.

— Obrigada. — eu disse.

Alannah apenas balançou a cabeça e sorriu antes de apontar para a seção


em branco do cartaz e empurrou um pouco de tinta vermelha pra mim. — Eu
estava pensando que você poderia preencher as palavras do título com tinta
vermelha, em seguida, usar um pincel menor para delineá-los em tinta preta?
Podemos trocar se você quiser?

Eu olhei para o que ela estava fazendo e senti meu queixo cair aberto. —
Você desenhou essa rena? — eu perguntei, minha voz um pouco mais alta do
que era há alguns segundos atrás.

Alannah assentiu com a cabeça. — Eu elaborei todos os cartazes com o


professor de arte, o Sr. Wall, na semana passada. Ninguém mais na aula de arte
queria ajudar, então éramos apenas nós dois. Desenhei os animais e outros
personagens pequenos, e o Sr. Wall todo o texto em uma fonte elegante e
preencheu no fundo com visco e outras coisas. Ficou bom, não foi?

Eufemismo.

Eu assenti. — Realmente ficou. Sério Alannah, está brilhante!

Alannah corou e deu de ombros modesta. — Obrigada, eu tenho medo


que eu possa arruiná-los com a pintura, é por isso que está demorando algum
tempo para pintá-los. Estou tendo um cuidado extra. — ela riu.

Eu soltei um suspiro. — Eu vou pegar cadeiras para nos sentarmos


enquanto pintamos porque há menos chance de nós cometermos um erro desse
jeito.

Alannah me deu um polegar para cima. — Bem pensado, Sherlock.

Eu sorri. — A qualquer hora, Watson.

Alannah balançou a cabeça e riu enquanto fui até as cadeiras dobradas e


penduradas em seus ganchos na parede do corredor e peguei duas delas. Eram
cadeiras leves para que o transporte não fosse um problema. Quando voltei para
Alannah e nossa mesa de trabalho, as abri e olhei para Micah e sua tripulação
conforme eu fiz isso. Ela estava sentada de pernas cruzadas no chão, enquanto
ela instruía seus amigos sobre o que fazer. Eles estavam decorando a grande
árvore de Natal que vai para o fundo do salão; é enorme, por isso tem que ficar
lá. Eu balancei minha cabeça para quão mandona Micah era. Ela estava
literalmente direcionando onde seus amigos colocavam enfeites na árvore em
vez dela mesma ajudar e apenas colocá-los em qualquer lugar.

Voltei-me para Alannah, e começamos a trabalhar em nosso cartaz. Cinco


minutos se passaram quando o sino tocou para o primeiro período. Eu pulei um
pouco e quase borrei as linhas com a tinta vermelha, fazendo Alannah rir.

— Porra. — eu ofeguei.

— Merda, essa foi por pouco. — ela riu.


Eu perdi quando ela começou a rir assim e explodi em um ataque de risos
que só fez com que apontasse para mim e risse ainda mais. Nós ainda estávamos
rindo quando as sombras apareceram sobre a nossa bancada, e como um sexto
sentido, eu sabia que ele estava lá antes de eu sequer olhar para verificar.

— O que você quer, perseguidor? — eu perguntei sem me virar enquanto


Alannah olhou por cima do ombro para ver quem estava atrás de nós. Ela corou
um pouco antes de voltar para sua seção do cartaz depois que ela já tinha visto
quem estava lá. Seu rubor e pequeno sorriso disseram que Damien estava atrás
de nós também. Tenho notado que ela está fazendo muito isso quando ele olha
para ela ao longo das últimas semanas em sala de aula.

— Perseguidor? Se você vai me intitular, eu acho que você deveria


escolher dedos mágicos.

Damien riu enquanto Dominic resmungou graças ao cotovelo que eu


joguei para trás em seu estômago. Ele colocou seus braços à minha volta e
inclinou a cabeça para beijar meu rosto e acariciar seu nariz no meu pescoço,
inalando. Fechei meus olhos e abracei as borboletas que consumiram meu
estômago.

Eu tremi quando ele mordeu meu pescoço, o que me fez gemer um pouco.

Eu cutuquei sua cabeça com a minha. — Vá fazer algo útil. Você e Damien
podem ajudar a levantar as coisas pesadas.

Damien riu e disse: — Você só quer me ver trabalhar, pervertida.

Eu bufei e olhei para seu rosto sorridente. Nós não tínhamos falado sobre
qualquer uma das coisas que foi dito para mim na semana passada, mesmo que
ele sabia que eu sabia sobre o que ele fez, e não foi preciso. Isso não mudou a
minha opinião sobre Damien; ele ainda era um querido e tinha se tornado
rapidamente uma das minhas pessoas favoritas.

— Oh sim, porque você é tão gostoso que eu só preciso ver esse seu corpo
fazendo algum trabalho duro.
Damien lançou-me um sorriso, enquanto Dominic mordeu meu pescoço
novamente. — Corte o flerte, cadela.

Revirei meus olhos, mas sorri. — Se você me fizer estragar essa imagem
eu vou acabar com você.

Dominic se endireitou e se inclinou para verificar o que eu estava fazendo


e me deu um beijo na cabeça. — Parece bom, babe.

Eu apontei para Alannah. — Ela elaborou todos os cartazes, eu estou


apenas preenchendo nas linhas com tinta.

Damien moveu atrás Alannah e olhou para sua seção do cartaz e


assobiou. — Porra, Lana, você que desenhou isto?

Lana?

O rosto de Alannah ficou roxo. — Não, não tudo sozinha. Sr Wall fez as
letras, viscos e azevinho.

Damien sorriu. — Então, você desenhou os animais incríveis e os


personagens?

Alannah deu de ombros então eu estendi a mão e a empurrei um


pouco. — Pare de ser tão modesta.

Ela fez uma careta para mim, e em seguida, jogou os olhos para cima em
direção a Damien, que ainda estava atrás dela, olhando para o seu trabalho. Eu
pensei que era algum tipo de gesto código de garota, mas eu sinceramente não
tinha ideia do que isso significava, então eu limpei minha garganta.

— Rapazes, vão ajudar as meninas com a árvore. Nós temos tudo sob
controle aqui. — eu disse e apontei para seguirem em frente.

Dominic se aninhou ao meu lado e me cutucou com sua testa. — Eu senti


sua falta ontem à noite, de novo. Estou pensando em apenas entrar escondido
em seu quarto a noite para que eu possa ficar com você.

Ele estava tentando me reduzir a uma bagunça emocional?


Eu sorri e me apoiei nele. — É provavelmente melhor que você não fique
durante a noite, eu estou começando a perder a batalha acontecendo dentro de
mim, e você ficar ao meu lado me provocará instantaneamente.

Os olhos de Dominic travaram nos meus. — Qual batalha? — ele


sussurrou.

Eu sorri enquanto me inclinei e lambi seu lábio inferior. — Uma batalha


pessoal para não transar com você até que estejamos juntos por mais tempo.

Dominic gemeu audivelmente e trancou meu lábio inferior com os dentes


me fazendo sibilar de dor e ele sorrir. — Isso vai ensiná-la a controlar essa boca
imunda, enquanto estamos na escola.

Mostrei meus dentes para ele fazendo-o sorrir quando eu disse: — Vá em


frente, comece.

— Se eu não conhecesse melhor eu acharia que você está tentando se


livrar de Dame e eu.

Eu sorri. — Eu faria uma coisa dessas?

— Sim. — disse Dominic e Damien juntos, fazendo-me revirar os olhos.

— Vá em frente, comece. — eu repeti, espantando-os embora.

Ambos fizeram o que eu pedi e saíram rindo.

Olhei para Alannah que também estava passando rapidamente os olhos


sobre os ombros observando os gêmeos sair.

— O que foi aquilo? — eu perguntei a ela.

— Eu estava prestes a parar de respirar! Você viu como ele estava perto
de mim? — ela sussurrou.

Eu ri para ela. — Sim, ele também te chamou de Lana. Esse é o seu


apelido preferido ou algo assim? — eu perguntei.
Ela encolheu os ombros. — Ninguém nunca me chamou assim, exceto
Damien. Ele começou aleatoriamente me chamando assim na semana passada
em sala de aula. Eu gosto, porém, eu nunca tive um apelido.

Eu sorri, e guardei essa pequena informação à distância. — Então, se eu


disser que você gosta dele...

— Você estaria absolutamente correta, mas, por favor, não diga a ele ou
Nico, eu tentei meu o melhor para não ser óbvia sobre isso. — disse ela e correu
seus olhos ao nosso redor se certificando de que ainda estávamos fora do
alcance auditivo.

Eu levantei minha sobrancelha para ela. — Por que não ser apenas
honesta com ele?

Ela suspirou. — Você sabe que ele não tem relacionamentos. Ele esteve
com mais garotas do que eu gostaria de contar desde que ele se mudou para cá,
e mesmo que eu realmente goste dele, eu não estou prestes a ser adicionada à
sua lista de conquista.

Eu ri no que ela quis dizer, mas assenti. — Eu entendo o que você quer
dizer. Dominic era um vadio muito antes de ficarmos juntos. Se ele pode mudar,
então Damien também pode. Não perca a esperança é tudo o que eu estou
dizendo.

Alannah suspirou e voltou para a pintura. Eu me juntei a ela, mas


mantive levantando meus olhos para ela de vez em quando.

— O quê? — ela finalmente me perguntou com um suspiro.

Eu sorri para ela. — Eu não disse nada.

— Por que você está olhando pra mim e sorrindo então? — perguntou ela.

Dei de ombros e fiz um gesto para o que estávamos fazendo. — Eu meio


que gosto disso.

— Pintar? — Alannah questionou.


— Pintar é divertido, mas eu quis dizer a parte de conversar com você. É
melhor do que eu pensei que seria. — eu admiti.

Alannah riu. — Eu não sou como todos os outros na escola, Bronagh. Eu


não a julgo porque você prefere ficar em seu próprio mundo. Se isso te faz feliz,
então eu a respeito.

— Eu sempre gostei de você por isso; você sempre me respeitou e nunca


me incomodou em falar, fazer amigos, ou fazendo qualquer coisa que me deixa
desconfortável. — eu disse, sorrindo largo apenas para franzir a testa e soprar
um grande fôlego. — Eu não estava feliz na minha própria vida, embora; estar
com Dominic está me fazendo perceber que eu não estava realmente vivendo, eu
estava apenas existindo e nem mesmo de uma forma divertida. Estou
literalmente fora da minha zona de conforto por estar com ele, e todos os dias eu
estou me aventurando ainda mais longe dela. Quer dizer, um exemplo é apenas
estar sentada aqui e falando com você. Ah, e um exemplo maior é que Gavin
Collins é meu amigo agora, o quão louco isso é?

Alannah sorriu. — Não é louco, apenas muita sorte porque Gavin é um


gostosão!

Eu ri. — Eu concordo. Posso tentar especificar algo para você...

— Oh, Jesus, não! — Alannah me cortou, me fazendo rir.

Ela sorriu para mim. — Eu agradeço a oferta para ajudar, eu realmente


agradeço, mas desde que não posso ter a única pessoa que eu quero do jeito que
o quero, eu só vou afastar-me de rapazes e me concentrar em me preparar para
o Leavin’ Cert29. Falta apenas seis meses afinal de contas.

— Por que você teve que me dizer isso? — eu gemi.

Alannah revirou os olhos. — Ah, cala a boca! Você é provavelmente a


aluna mais preparada para os exames de todo o grupo de formandos!

29
Exame final no sistema de ensino médio da Irlanda.
Eu bufei. — Tudo bem, eu estou provavelmente um pouco mais
preparada, porque antes de Dominic acontecer eu literalmente apenas fazia a
tarefa da escola e revisava o tempo todo, mas agora que ele está em minha vida
eu tenho notado que eu não peguei num livro em semanas! Ter um namorado
durante este ano na escola vai, provavelmente, me matar.

Alannah desviou os olhos por cima do meu ombro e um pouco para a


direita, em seguida, mordeu o lábio. — Por que ele te distrai? — ela perguntou,
ainda olhando nessa direção.

Eu balancei a cabeça. — Sim, ele me distrai por muito.

Alannah bufou então. — Você não é a única que ele distrai.

Franzi minhas sobrancelhas me sentindo confusa, em seguida, me virei


para ver o que ela estava olhando. Eu soltei uma grande quantidade de ar pelo
meu nariz e cruzei os braços sobre meu peito com raiva enquanto eu observava
o meu namorado e seu irmão serem observados por vinte ou mais garotas
estudantes e um ou dois rapazes!

Dominic, Damien e um grupo de outros rapazes da classe do sexto ano


estavam ajudando a pendurar cartazes terminados em todo o salão. Eles subiam
em escadas ou ombros uns dos outros para levá-los para onde eles precisavam
ficar na parede. Dominic e Damien não usavam uma escada no entanto; Damien
estava de pé sobre os ombros de Dominic enquanto ele estendia a mão e
colocava os cartazes na parede.

Quando Damien se esticou você podia ver os músculos flexionarem em


suas costas com cada movimento. Em Dominic você podia ver seus bíceps
praticamente rasgando sua camisa da escola já muito apertada, porque ele os
tinha completamente tensos e flexionados enquanto apoiava seu corpo contra a
parede para que ele pudesse manter Damien. Eu não entendia por que eles
tinham tirado o colete da escola, pra começar, mas eu realmente não me
importo com isso. Eu me importava com as cabeças inclinadas sem rodeios
olhando para o corpo do meu homem!

— Eu poderia bater em todos eles. — eu resmunguei.


Alannah riu. — Eu tenho ciúmes dessas cadelas conferindo Damien e ele
nem sequer é meu, então eu só posso imaginar como você se sente sobre eles
checando o seu namorado. Acho que isso é um ponto ruim por sair com alguém
que é tão lindo.

Eu suspirei. — Você não sabe a metade disso.

Alannah riu. — Eu vou buscar um pouco mais de tinta marrom. Vou


misturar alguns outros para nós na sala de arte e voltarei em um segundo.

Eu assenti e não prestei nenhuma atenção a Alannah enquanto ela


pegava algumas coisas e ia para a entrada do salão. Eu estava muito ocupada
olhando as meninas no hall observando Dominic, mas o barulho vindo a partir
do corredor do lado de fora chamou a minha atenção e assim fez a
gritaria. Ninguém mais no salão parecia ouvi-lo por causa de todas as vozes e
música, mas eu podia, e porque Alannah tinha ido para lá me deixou um pouco
preocupada, por isso, antes mesmo que eu pensasse sobre isso eu me levantei e
saí do salão para o corredor.

Quando cheguei lá fora eu estava mais do que chocada ao ver Micah em


pé sobre Alannah e esguichando o que restava em suas garrafas de tinta quase
vazias em seu cabelo, rosto e uniforme.

— Aqui puta, eu vou pagar pelo meu uniforme para ser limpo e você pode
pagar pelo seu. Olhe por onde você anda da próxima vez, cacete, olhe para cima
quando você está andando em vez de olhar para o chão! — Micah estalou.

Fiquei tão revoltada com o que estava vendo, mas quando Alannah
fungou e esfregou o rosto para tentar parar as lágrimas de cair, fiquei furiosa.

— Quem diabos você pensa que é? — eu retruquei e corri para frente,


empurrando Micah nas costas e derrubando ela e Alannah no chão.

Eu rapidamente estendi a mão e ajudei Alannah a levantar. Ela estava


chorando e tinha tinta por toda a parte, seu cabelo estava desarrumado também,
como se tivesse sido puxado, e eu soube imediatamente o que causou isso. Virei-
me para Micah, que estava se levantando e a empurrei.
— Cuide da sua vida, isso não tem nada a ver com você! — Micah virou-se
para mim.

Eu olhei para ela e não me movi um centímetro. — Isso é da minha conta


quando você machuca minha amiga.

— Sua amiga? Desde quando você tem uma amiga? — Micah zombou.

Eu estava prestes a responder quando senti uma mão no meu ombro.

— Desde agora. — a voz de Alannah respondeu.

Olhei por cima do ombro e sorri para seu rosto manchado com lágrimas e
tintas.

— Não é tocante, uma solitária e uma amante dos livros são amigas.
Desculpe-me enquanto eu vou vomitar.

Eu balancei minha cabeça quando Micah passou por nós.

— Deixe-nos em paz, Micah. Nós não vamos incomodá-la e você não vai
incomodar-nos a partir de agora. De acordo? — eu disse para ela quando ela
parou junto da entrada do salão principal.

Ela olhou para mim por um longo tempo antes de assentir com a cabeça e
dizendo: — Fique fora do meu caminho e não vamos ter problemas.

Eu não sei por que, mas naquele momento eu sabia que ela não me
incomodaria mais, e não porque Dominic avisou, mas porque eu falei por
mim. Ela não sabia como reagir.

Foi uma sensação muito boa, não só ela ficar longe de mim, mas Destiny
não tinha olhado em minha direção desde a nossa briga no salão, há algumas
semanas. Ambas as meninas tinham sido problemas ao longo das últimas
semanas, e eu podia respirar fácil agora, sabendo que esses problemas não iriam
acontecer nunca mais.

Mesmo o idiota do Jason não tinha dito um insulto a mim há


tempos. Claro que ele ainda olhava para mim e provavelmente pensou todo o
tipo de coisas horríveis, mas ele não expressou mais, e ele não me incomodava o
que era apenas o paraíso. Eu sabia que ele ficaria longe de mim
completamente devido a Dominic, mas tanto faz; uma vez que ele ficasse na sua,
eu estava feliz.

Quando Micah entrou no salão o barulho da porta fechando chamou


minha atenção. Virei totalmente para Alannah e suspirei. — Ela é uma vadia, ela
colocou tinta em todos os lugares.

Alannah me surpreendeu em seguida, envolvendo os braços em volta do


meu corpo e pressionando seu rosto ao meu. — Obrigada.

Senti uma enorme onda de emoção de repente me bater, então eu a


abracei de volta. Senti quando a última camada da parede de tijolos que eu tinha
construído há muito tempo em torno de meu coração desabou, e era bom, muito
bom. — Não tem problema, é pra isso que servem as amigas, certo? Nós
olhamos uma para outra.

Alannah se afastou de mim e sorriu. — Certo.

Quando ela deu uma boa olhada em mim, ela começou a rir. — Eu deixei
um pouco de tinta em você.

Olhei para o meu uniforme e ri também; ela deixou mais do que um


pouco de tinta em mim. Estendi a mão para o meu rosto, tocando minha
bochecha, em seguida, olhei para os meus dedos agora azuis. Eu ri quando eu
olhei para mim e para Alannah. — Nós estamos lindas.

— Maravilhosas é o que somos. — ela respondeu sarcasticamente, em


seguida, abaixou-se para pegar suas coisas.

Ajudei-a, em seguida, fui com ela para a sala de arte para que ela pudesse
voltar a encher o frasco de tinta e misturar as cores novas que precisávamos
para o resto dos cartazes que tínhamos que fazer. Eu estava olhando ao redor da
sala de arte, enquanto Alannah estava ocupada e li o rótulo de alguns dos novos
frascos de tinta.
— Isso diz que toda a tinta é removível e pode ser tirada de tecidos. — eu
disse em voz alta, em seguida, olhei para Alannah.

Ela assentiu com a cabeça. — Eu sei, eu tentei dizer isso a Micah, mas ela
não quis ouvir. Ela me empurrou e puxou o meu cabelo.

— Que puta. — eu resmunguei fazendo Alannah dar risada.

Eu ri junto com ela, em seguida, ajudei-a a levar a tinta, alguns pincéis


limpos e paletas de volta para o salão principal.

— Meninas o que aconteceu? — voz da Srta. McKesson gritou quando


entramos no salão.

Isso chamou a atenção de todos sobre nós.

Alannah olhou para mim com uma cara de pânico, então eu fiz uma cara
brincalhona e disse: — As coisas ficaram um pouco selvagens na sala de arte
enquanto estávamos misturando um pouco de tinta, mas não se preocupe, nada
foi danificado. Bem, não que precise de reparo de qualquer maneira.

Senhorita McKesson balançou a cabeça e acenou ao rir.

Alannah e eu soltamos um suspiro e voltamos para a nossa seção onde


nossos cartazes ainda nos aguardavam. Estávamos resolvendo nossas coisas
quando eu senti uma presença além de mim, seguido por uma sombra caindo
sobre minha bancada.

— Existe uma razão para que Micah esteja coberta de tinta e tem um
olhar irritado nela? — perguntou a voz de Dominic.

Virei-me e sorri largamente para ele. — Eu não tenho ideia do que você
está falando, namorado.

Dominic sorriu para mim e balançou seus olhos sobre o meu rosto, em
seguida, até a frente do meu uniforme. Ele olhou para Alannah também; que fez
um grande show ao olhar ao redor quando Damien não estava diretamente em
frente a ela perguntando por que seu olho estava inchando.
Agarrei a mão de Alannah e a puxei para mim, então murmurei. — Você
disse que ela apenas puxou seu cabelo! Ela socou seu rosto também?

— Só uma vez, mas está tudo bem. — ela murmurou de volta.

— Você sabe que podemos ouvir tudo o que vocês estão dizendo. — a voz
de Damien interrompeu nosso cochicho.

Eu olhei para ele, em seguida, para Dominic, que estava como se estivesse
à espera de uma explicação.

Eu olhei para ele. — Não me venha com esse olhar. Micah estava batendo
nela sobre um acidente estúpido, como se eu fosse ficar parada assistindo e não
ajudar minha amiga quando ela precisa de mim!

Dominic sorriu malditamente para mim, quando ele disse — Amiga?

Senti-me corar. — Sim, nós somos amigas, isso não é chocante!

Dominic riu, estendeu a mão e me puxou para ele.

— Estou deixando tinta em você. — eu ofeguei.

— É tinta escolar, que deve sair. — ele respondeu.

— Se apenas Micah tivesse essa noção. — Alannah murmurou me fazendo


rir.

Olhei para ela e vi como ela descaradamente ignorava as tentativas de


Damien em flertar para chamar sua atenção. Sorri quando ele franziu a testa
para a parte de trás de sua cabeça manchada de tinta; ele parecia tão confuso
sobre o porquê ele não tinha sua atenção. O pobre coitado não sabia que ele não
iria levá-la para a brincadeira suja que ele queria.

— Eu vou terminar de ajudar a pendurar os cartazes. — disse Damien por


trás da cabeça de Alannah.

— Tchau. — Alannah chiou e começou a cantar humilde junto à música


que estava tocando nos alto-falantes no salão.
Damien grunhiu então se virou e foi embora. Não, mais como um raio.

— O que está irritando-o? — Dominic murmurou enquanto observava seu


irmão ir embora.

Eu puxei a camisa de Dominic por sua atenção, e quando eu consegui, eu


desviei os olhos de Alannah. — Ele quer alguém que ele não pode ter. — eu
sussurrei.

Dominic olhou para Alannah e depois para Damien, que já estava indo
direto flertar com as meninas do outro lado do salão, provavelmente para se
sentir melhor sobre Alannah ignorá-lo.

Dominic sorriu totalmente quando ele olhou de volta para mim. — Você
fez uma amiga e enfrentou a Micah; Damien foi recusado por uma garota, eu
não entrei em uma briga essa semana Que diabos está acontecendo aqui?

Eu ri e o abracei apertado. — As coisas estão mudando para melhor. — eu


disse enquanto joguei os meus olhos para minha nova amiga, então a Damien,
que estava olhando para ela do outro lado do salão com um olhar de
determinação sobre ele. — Definitivamente para melhor.
—B ronagh? — a voz

de Dominic chamou do andar de baixo.

Coloquei a minha cabeça pra fora das cobertas da minha cama. — O quê?
— eu gritei de volta.

— Vem cá! — ele gritou ainda mais alto.

Eu gemi conforme eu empurrei meus cobertores do meu corpo e saí da


minha cama. Eu deslizei meus pés em minhas pantufas e caminhei como zumbi
para fora do meu quarto, no corredor e desci as escadas. Não havia ninguém na
sala de estar, então fui para a cozinha e congelei quando vi todos os irmãos
Slater sentados à mesa da cozinha. Eles faziam o ambiente parecer minúsculo.

— Alguém morreu? — eu perguntei, desconfiança na minha voz.

Ryder me deu um olhar estranho. — Não, por quê?

Dei de ombros. — A última vez que tantas pessoas estavam sentadas ao


redor da minha mesa da cozinha foi quando um grupo de pessoas estava me
dizendo que minha mãe e pai tinham ido embora para o céu e não viriam para
casa. Eu era pequena, então eu ainda não sabia o que significava que eles
estavam mortos.
Ryder piscou para mim enquanto os outros apenas olharam para mim
com expressões diferentes em seus rostos.

— Então, é claro que a Garda30 tentou me levar embora e me colocar para


adoção, o que resultou em Branna quase ser presa por agressão à Garda. — eu
sorri fazendo os cinco irmãos bufarem e rirem também.

— Como é que ela não foi acusada? — Damien me perguntou quando eu


me virei e comecei a procurar algo para comer na geladeira.

— Eles disseram que ela ficou chocada sobre a morte de nossos pais e que
alguém tentando me tirar dela era como pedir para levar um soco no rosto, que
é exatamente o que Branna fez. — levantei-me, quando eu tinha os ingredientes
para um sanduíche e me virei para Ryder com um sorriso no meu rosto. — Ela
costumava treinar kickbox antes de nossos pais morreram, então lembre-se
disso quando você deixá-la louca.

Ryder riu e esfregou o queixo. — Eu poderia ter esse conhecimento há


alguns meses atrás.

Eu sorri. — Ela tem um gancho de direita médio, né?

Ryder fez beicinho e acenou com a cabeça, fazendo com que seus irmãos
rissem. Eu ri também, então virei e comecei a fazer o meu sanduíche.

— O que traz todos vocês aqui esta noite? Vocês todos têm uma noite de
folga das atividades criminosas ou algo assim? — eu perguntei e foi recebido
com silêncio total e absoluto.

Olhei por cima do ombro e sorri para os rostos de olhos arregalados


olhando para mim. — Eu conheço um homem assustador, Sr. Doyle, final da rua
em um complexo de apartamentos que fica encarando por muito tempo se vocês
precisarem aliviar o comichão pela necessidade do crime. Vou fechar os olhos
enquanto vocês fazem, não vou dedurar nem nada.

30
Polícia irlandesa.
Alec foi o primeiro a sorrir para mim. — Você é a porra de um zoadora,
não é?

Eu bufei. — Sim, porque eu insinuei que você, Sr. Acompanhante,


estaria chutando a bunda de alguém em vez de fodê-la.

Eu não pude ouvir a resposta de Alec, porque o resto dos irmãos


começaram a rir e bater em cima da mesa com as mãos.

Quando o meu sanduíche estava feito eu peguei e mordi antes de me virar


e encostar no balcão, enquanto eu olhava para o grupo de irmãos que ainda
riam. Dominic estava sorrindo largo para mim, o que me fez endireitar-me.

— O quê? — eu perguntei a ele, nervosa.

— Oh, olhe para o rosto dela, ela está nervosa que o irmãozinho vai
avermelhar aquela bunda. — Kane brincou.

Olhei para Kane e dei-lhe um olhar você-tá-falando-sério. — O dia em


que ele me espancar na bunda é o dia que os porcos voarão.

Todos os rapazes fizeram ‘oh’ e provocaram Dominic dizendo que eu


estava o desafiando, o que só fez Dominic se levantar e agitar os braços e as
pernas o que de imediato me fez colocar meu sanduíche no balcão para que eu
pudesse ter as mãos livres.

— Você quer um pouco disso, alongar? Vamos lá. — eu disse, e coloquei


minhas mãos em punhos, o que só fez o monte deles rachar de rir de novo.

Dominic sentou para trás em sua cadeira enquanto Damien estava caindo
contra ele de tanto rir. Revirei meus olhos e me virei para o meu sanduíche, mas
quando eu estava prestes a pegá-lo, ouvi o barulho de uma cadeira arrastar
contra o chão e, em seguida, senti uma dor conforme ela encheu minha bunda.

— Ai, isso soou como um tapa dolorido. — Ryder riu.

— Oh, é um porco que eu vejo voando pelo céu da noite? — Alec riu.
Ignorei os dois quando me virei e mergulhei em Dominic, que estava
atrás de mim e pronto para me agarrar. O filho da puta era tão rápido; ele
bloqueou a cada uma das minhas tentativas de bater nele. Mesmo tentando os
chutes que falharam miseravelmente. O riso dos rapazes e o rosto presunçoso de
Dominic me trouxeram as lágrimas. Lágrimas falsas, é claro.

Eu cobri o rosto com as mãos e gritei para eles e me virei para longe do
corpo de Dominic. Levou apenas três ou quatro segundos para o silêncio encher
o cômodo e para Dominic ficar tenso ao meu redor.

— Merda, babe, eu sinto muito, eu não queria... - oft! — Dominic


resmungou quando eu dei a ele uma cotovelada.

Ele estava sem fôlego quando ele se inclinou para frente tentando aliviar
a dor, mas eu só aumentei a sua dor ao acertar-lhe mais embaixo. Eu não lhe
bati com força em qualquer sentido, mas ele ainda caiu de joelhos e gemeu como
se estivesse morrendo. Todos os seus irmãos gemeram e seguraram entre as
pernas como se pudessem sentir a sua dor. Revirei meus olhos e me afastei de
Dominic. Eu peguei meu sanduíche e continuei a comer até que eu tinha
acabado.

— Você é uma mulher má. — disse Alec e estremeceu quando ele olhou
para seu irmão mais novo no chão.

Eu sorri para Alec que tremia como se eu estivesse o assustando.

— Eu acho que estou apaixonado por você. — disse Damien para mim,
seu tom de espanto.

Eu bufei. — Eu também te amo, Dame.

Eu abri meus olhos um pouco, porque mesmo que eu disse isso de


brincadeira, eu realmente o amo. Eu amava a ele e seus irmãos como se
fossem meus irmãos.

Esse conhecimento fez meu coração bater mais rápido e causou um


sentimento de felicidade em mim, e eu realmente gostei. Eu adorava que ter
sentimentos por outras pessoas me fazia sentir tão completa. Eu não sei por que
eu tinha me escondido desses sentimentos por tantos anos.

Damien piscou para mim enquanto Dominic cuidadosamente se levantou


e deu um passo em minha direção, fazendo uma careta quando ele se envolveu à
minha volta. — Eu estou com dor. — ele gemeu em meu cabelo.

Revirei meus olhos e coloquei os braços em volta de sua cintura e


esfreguei suas costas. — Isso vai te ensinar a não bater em mim de novo, não
vai?

— Sim. — Dominic respondeu em uníssono com seus irmãos.

Olhei em volta de Dominic e levantei minhas sobrancelhas para eles. —


Por que vocês estão todos dizendo sim?

Ryder deu de ombros para mim e disse: — Todos nós aprendemos a


nunca bater na sua bunda mesmo que estejamos brincando, porque as
repercussões serão mortais.

Eu bufei e voltei para Dominic que ainda tinha a cabeça inclinada para
baixo pressionada contra meu cabelo. Eu cutuquei até que ele virou a cabeça um
pouco e me deu acesso ao seu rosto, que eu beijei antes de me inclinar até seu
ouvido e sussurrar: — Eu vou beijá-lo e deixá-lo melhor para você mais tarde.

Dominic aumentou o aperto de seu abraço sobre mim, quando ele


rosnou, o que me fez rir. Ele estava tentando me beijar em seguida, mas eu
abaixei e me escondi por isso ele não podia.

— Por que vocês estão aqui? Onde está minha irmã? — eu perguntei em
voz alta quando Dominic desistiu de tentar conseguir um beijo e colocou o rosto
para baixo no meu cabelo.

— Ela foi buscar Alannah. — Ryder me respondeu.

Alannah?

— Minha Alannah? — eu perguntei.


Dominic riu no meu cabelo quando ele deslizou suas mãos até a minha
bunda e começou a esfregar a ardência de seu tapa apenas para receber um
beliscão no ombro de mim, o que ele achou engraçado.

— Sim, a sua Alannah. — Damien me respondeu.

— Por quê? — eu perguntei. — São onze e meia da noite!

— Nós estamos indo para Darkness. — Dominic murmurou no meu


cabelo.

Eu me afastei dele, até que ele estava olhando para o meu rosto. — É
quarta-feira, não sexta-feira.

Dominic sorriu. — E daí?

Eu resmunguei. — Você não luta somente às sextas-feiras?

Ele deu de ombros. — Eu luto sempre que Marco me liga e me diz que eu
estou lutando.

Eu fiz uma careta. — Eu sinto muito. Eu não teria te machucado se eu


soubesse que você iria lutar.

— Calma, eu estou bem. Mal senti alguma coisa. — disse Dominic.

— Você só estava deitado no chão gemendo de dor por um show, então?


— perguntou Damien.

Dominic virou seus olhos para seu irmão gêmeo e assentiu. — Sim.

Damien e seus irmãos bufaram na mentira óbvia de Dominic enquanto eu


olhei para baixo para o meu pijama e gritei quando coloquei Dominic fora do
meu caminho. — Eu tenho que me vestir! — eu gritei e corri todo o caminho até
o meu quarto com a risada de Dominic me seguindo.

Eu retirei um vestido azul royal do meu guarda-roupa que Branna me deu


enquanto ela estava fazendo compras na semana passada e agarrei meus saltos
pretos habituais e a bolsinha para combinar com ele. A bolsinha era
inútil; estava sempre vazia desde que eu segurava meu telefone na minha mão,
mas Branna me fez levá-la de qualquer maneira. A parte superior do vestido se
encaixava e apertava enquanto o fundo era solto e balançava muito bem e ia até
o meu meio da coxa. A coisa que eu amei sobre ele além da cor é que era aberto
nas costas; que era absolutamente lindo.

Eu tirei meu pijama, troquei de calcinha e congelei quando ouvi minha


porta ranger aberta.

— Oh, inferno, sim. — a voz de Dominic rosnou quando minha porta se


fechou.

Virei para ele e só o encarei enquanto eu estava nua, exceto por minha
calcinha. Dominic estava olhando para os meus seios, em seguida, meus
quadris, pernas e subindo novamente. Eu me forcei a não cobrir o peito ou o
meu estômago, porque o olhar em seu rosto naquele momento fez com que eu
me sentisse absolutamente linda.

Eu sorri para ele. — Não se encha de ideias, eu tenho que me vestir.

Ele deu um passo em minha direção, então eu dei um para trás. Ele sorriu
quando ele deu mais um passo para frente, e eu mais uma vez dei um passo para
trás.

— Dominic, não! — gritei com o riso quando ele se lançou para frente e
levantou-me em seus braços. Gritei novamente quando ele quase pulou comigo
em seus braços até que pousei na cama. Eu grunhi e tentei empurrá-lo de cima
de mim, mas ele segurou minhas mãos e as colocou em cima da minha cabeça
com a mão direita enquanto a esquerda estava vagando livremente pelo meu
corpo. Senti meus mamilos enrijecerem e estava desconfortável com a dor,
então eu tentei me esfregar contra o peito de Dominic, esperando que sua
camiseta fosse diminuir a dor.

Dominic riu para mim e se afastou um pouco para que seu peito estivesse
fora do meu alcance. Eu gemi e lhe dei um olhar suplicante, que o levou a sorrir
antes de ele abaixar a cabeça e envolver meu mamilo esquerdo na boca.
— Porra! — eu assobiei enquanto sua língua quente e úmida girava em
torno causando uma sensação de rolar os olhos para mim. Eu rebolava contra
ele quando ele trocou o seio e mostrou o mesmo cuidado e atenção para o meu
mamilo direito.

Eu estava ofegante e tentando espremer minhas coxas juntas, mas gemi


em voz alta, porque o corpo de Dominic estava entre as minhas pernas,
impedindo que isso acontecesse. Eu tentei puxar as mãos livres para que eu
pudesse tocar os meus dedos contra o meu clitóris para ver se iria parar o
latejar. Dominic deixou minha mão esquerda livre e sem um único pensamento
abaixei para minha calcinha e comecei a esfregar meu clitóris melhor.

— Caralho. — Dominic respirou quando ele se sentou sobre os


calcanhares e apenas assistiu eu me masturbar. Senti-me bem demais para estar
envergonhada ou parar o que eu estava fazendo. Se houvesse qualquer coisa, eu
estava mais excitada com o olhar de Dominic travado em minha mão entre as
minhas pernas.

— Você está linda. — Dominic rosnou quando ele chupou seu lábio
inferior em sua boca.

Eu gemia, querendo sentir sua boca na minha.

— Beije-me. — eu ofegava.

Dominic se arrastou até perto de mim, se apoiou em seu cotovelo e


inclinou a cabeça para me beijar. Seus lábios eram a única parte do seu corpo
me tocando, e isso estava me deixando louca.

— Oh, por favor. — eu gemi em sua boca.

Dominic se afastou um pouco e olhou para o meu pulso rotativo e


sorriu. — Você não quer se fazer gozar? — ele me perguntou.

Eu balancei minha cabeça. — Você. Por favor.

Ele sorriu. — Você quer que eu...

— Faça-me gozar. — eu gritei.


Com um grunhido Dominic puxou minha mão para fora da minha
calcinha e a substituiu com a sua própria. Ele mergulhou seus dedos dentro de
mim, agitando-os para deixá-los molhados antes dele rapidamente mudar para
o meu clitóris e esfregar a um ritmo ainda mais rápido do que eu estava fazendo
anteriormente. Senti-me ficar vesga e minhas pernas se abrirem mais do que já
estavam.

— Sim, SIM! — eu gritei, apenas para ser silenciada pela boca de


Dominic, uma vez que cobria a minha.

Eu rebolava na mão de Dominic quando aconteceu. A sensação de calor,


ardor, se espalhou por todo o meu núcleo; meus olhos reviraram, e eu parei de
respirar. Meu corpo estremeceu e torceu sob o domínio de Dominic até que a
onda de prazer que bateu tinha me lavado.

— Oh, meu Deus. — eu sussurrei quando gozei.

Dominic esfregou o nariz no meu e levemente beijou meus lábios. — Eu


amo fazer você gozar e ver você gozar é a coisa mais linda que eu já vi. Você é
perfeita pra caralho. — ele pressionou a testa contra a minha em seguida, e
sorriu. — Você é tudo para mim, menina bonita.

Eu levantei minhas mãos, cercando seu pescoço e segurei firme quando


eu fiz contato visual com ele. Deixei escapar um suspiro relaxado e sorri quando
eu disse — Eu te amo.

Eu estava momentaneamente preocupada quando essas palavras saíram


da minha boca porque não tínhamos estado juntos o que seria considerado
suficiente para ter sentimentos como amor. Mas não pude evitar. Foi um fato
que eu sinceramente sabia que eu o amava. Tinha me batido com força total, e
eu decidi que eu nunca quis ficar sem ele. Ele era isso para mim e o olhar de
espanto em seu rosto tocou o meu coração tanto que eu só precisava estar com
ele completamente, em todos os sentidos. Eu deveria sentir medo de que tal fato
tenha acontecido comigo, mas eu não senti. Parecia incrível me sentir assim por
alguém.

— Bronagh, eu..
— Faça amor comigo. — eu respirei.

Ele arregalou os olhos e realmente olhou para mim antes de dizer: —


Você tem certeza que quer isso?

Eu balancei a cabeça e sorri. — Eu quero isso mais do que você pode


imaginar, eu preciso que isso aconteça.

Ele olhou para mim por um segundo a mais, antes dele mover sua boca
para baixo e me beijar. Ele me beijou por alguns minutos antes de se levantar da
cama e começar a tirar a camisa. Eu rapidamente levantei e o impedi, pois eu
queria despi-lo e tocá-lo.

— Deixe-me. — eu sussurrei.

Dominic não sorria, ele só tirou as mãos da bainha de sua camiseta e me


olhava com tal intensidade que eu comecei a tremer. Segurei a bainha de sua
camiseta e lentamente a levantei sobre a cabeça dele. Quando seu torso estava
nu, eu passei a mão por seus braços admirando a tatuagem em sua pele, em
seguida, mudei para baixo no peito e em seu abdômen.

— Eu amo esses. — eu sussurrei.

Senti as mãos deslizarem para cima das minhas coxas e em direção à


minha bunda e depois de um aperto a cada nádega Dominic resmungou: — Eu
amo essas.

Eu sorri e abaixei minhas mãos para a fivela do seu cinto. Minha


respiração falhou quando eu desfiz o botão e abri o zíper de seu jeans. Ele
abaixou sua calça jeans, e depois saiu delas. Eu não fiz um movimento para
abaixar sua cueca boxer então Dominic levantou as minhas mãos e me guiou
para abaixá-la com ele.

— Você está duro. — eu disse, minha voz um pouco ofegante quando


abaixamos sua cueca.
Dominic abaixou a cabeça e esfregou seu rosto no meu pescoço e disse: —
Eu estou sempre duro quando eu estou com você, quando eu te vejo... quando
eu penso em você.

Meu coração começou a bater mais rápido. — Babe. — eu sussurrei.

Ele estendeu a mão para sua calça jeans e tirou sua carteira e tirou um
pacote de camisinha da parte de trás dela o que fez a minha respiração acelerar.

— Deite-se para mim, menina bonita.

Fiz o que ele pediu e deitei na minha cama. Dominic mantinha o olho em
contato comigo, quando ele estendeu a mão para a barra da minha calcinha e a
abaixou até que ela deslizou sobre meus tornozelos e, em seguida, para o
chão. Ele baixou os olhos e, em seguida, espalhou minhas pernas. Ele gemeu
quando ele se inclinou para frente e deu um beijo em cada uma das minhas
coxas, então centrou a sua boca sobre mim e passou a língua sobre o meu
clitóris. Eu gemi, em seguida, estendi a mão e agarrei seu cabelo com a mão
direita, eu fui para o hospital no outro dia e ficou tudo claro sobre ela. Ela estava
bem curada.

— Dominic. — eu gemi. — Eu preciso de você dentro de mim. Agora!

Dominic chupou meu clitóris em sua boca e me fez quase sair da


cama. Ele enfiou um dedo em mim e então lentamente bombeou para dentro e
para fora. Eu empurrei quando ele curvou seus dedos dentro de mim como um
gancho e esfregou contra uma parte de mim que me fez gritar em minhas mãos
depois que eu rapidamente cobri minha boca. Comecei a entrar em pânico,
então, porque o que Dominic estava fazendo fez com que eu me sentisse incrível,
mas também como se eu quisesse fazer xixi, então quando eu pensei que estava
prestes a acontecer eu disse para ele parar, mas ele beliscou meu clitóris com os
dentes e a dor que misturou com o prazer me enviou em um maldito turbilhão
de brilhos.

Eu mal registrei que Dominic estava se movendo em cima de mim, mas


eu registrei quando ele empurrou dentro de mim, porque eu senti a dor e a
pressão através do meu orgasmo.
— Ai. — eu gritei, mas empurrei meus quadris para baixo para encontrá-
lo, porque eu ainda estava vivendo meu orgasmo quando ele empurrou dentro
de mim.

— Shhh. — Dominic sussurrou e beijou em todo o meu rosto.

Depois que ele empurrou para dentro de mim e estava enterrado até a
base, ele ficou onde estava e não se mexeu. A única parte dele que moveu foi a
sua boca enquanto beijava o meu rosto. Eu derreti quando ele beijou as
pequenas lágrimas que se reuniram nos cantos dos meus olhos, e eu envolvi
meus braços em torno de sua cintura e apertei minhas unhas em seus ombros
fazendo-o rosnar.

Eu cutuquei o seu rosto com o meu até que ele se afastou e olhou para
mim: — Você pode se mexer. — eu disse.

Ele cuidadosamente tirou, então empurrou de volta para dentro. Eu gemi


e joguei a cabeça para trás tentando decifrar o que o meu corpo estava
sentindo. Senti-me suave e relaxada, mas também um pouco desconfortável. Eu
não ia mentir e dizer que ter sexo pela primeira vez com Dominic foi uma
incrível sensação, porque não foi. Eu podia senti-lo me esticar enquanto ele se
movia dentro e fora, e que não parecia nada além de outra coisa senão de
pressão e leve belisco de dor. O que eu diria, apesar de ser desconfortável, é que
era a melhor coisa que eu já tinha experimentado, porque o meu coração estava
tão cheio com o conhecimento de que eu estava dando algo precioso de mim a
alguém que eu queria estar pelo tempo que eu vivesse. Este era o momento em
que li nos livros e tinha visto em filmes. Eu sabia que eu realmente estava
apaixonada por ele e, sabendo disso, não poderia ter me feito mais feliz.

Ergui minha cabeça para beijar Dominic, mas ele tinha me pressionado
completamente para trás no colchão enquanto empurrava dentro e fora de
mim. Eu podia ver o brilho de suor em sua testa e senti que se reuniam em suas
costas. Ele estava gemendo e tremendo enquanto se movia dentro de mim.

— Você está bem? — ele sussurrou para mim, quando nossos olhos se
encontraram.
Eu balancei a cabeça. — Eu estou perfeita, isso é perfeito.

Eu empurrei um pouco, em seguida, quando ele mudou o ângulo de seus


quadris com o impulso do seu pau dentro de mim, tocando o local que seu dedo
havia encontrado há poucos minutos. A sensação de repente mudou de beliscar
e pressão para puro êxtase de virar os olhos.

— Oh, o que é isso? — eu gemi.

— Isso. — disse Dominic quando ele empurrou para frente e me viu


tremer de prazer. — É o seu ponto G, baby.

Uau!

— É tão bom! — eu ofegava e depois gemia quando ele bateu o local


novamente quando ele empurrou para dentro de mim.

— Você é boa pra caralho, baby, sua boceta está apertada em volta do
meu pau como um vício. — Dominic resmungou quando ele baixou a cabeça e
envolveu meu mamilo esquerdo na boca.

Ofeguei. — Sim, SIM!

Ele soltou meu mamilo com um estalo e moveu sua cabeça diretamente
sobre a minha. — Você gosta disso? Você gosta de mim fodendo essa pequena
boceta?

Eu balancei a cabeça freneticamente.

Ele estocou em mim duro e rosnou: — Diga-me.

— Sim. — eu gritei. — Eu amo isso, não pare.

Ele abaixou a cabeça e sugou meu lábio inferior em sua boca. — Sem uma
maldita chance, menina bonita.

Comecei a ofegar e mesmo que eu estava cansada eu forcei meu corpo


para se mover no tempo com golpes de Dominic para que eu encontrasse cada
um.
— Posso te foder mais duro? — Dominic de repente perguntou com a voz
tensa.

Isso não era duro?

— Sim. — eu respirei.

A próxima estocada causou um ruído de tapa forte enchendo o quarto e


quando seu corpo ligou ao meu, as vibrações que enviou o meu corpo me vez
torcer sob ele.

— Oh, Deus. Sim! — eu rosnei e arranhei as costas de Dominic, que só o


fez beijar e estocou em mim com mais força.

— Eu te amo, Bronagh. — ele rosnou então bombeado com mais força,


suas estocadas em ritmo acelerado agora combinando com meu coração
martelando.

— Porra. - estocada. - Amo. - estocada. - Você. - estocada.

Eu envolvi minhas pernas em torno de seus quadris e gritei: — Eu


também te amo.

Seis estocadas depois Dominic gozou. Sua cabeça foi jogada para trás,
seus olhos estavam fechados, e seu corpo ligeiramente empurrou e
espasmou. Depois de um minuto ou assim ele cuidadosamente se retirou de
mim e quando eu estava prestes a sentar-me e agarrá-lo num abraço, ele me
empurrou de volta para baixo e levou sua boca entre minhas pernas.

Eu ofeguei. — O que você está fazendo?

— Você não gozou. — Dominic respondeu enquanto ele adorava meu


clitóris com a boca, mas ficou longe de minha entrada e depois ele inseriu um
dedo e eu assobiei um pouco porque estava sensível.

— Eu gozei... duas vezes. — eu ofeguei as minhas palavras, porque a


pressão de sua língua começou a levar-me ao limite.
— Você goza em primeiro e você goza por último, sempre! — Dominic
disse, então estendeu as suas mãos para cima e envolveu meus seios com elas.

Ele rolou os meus mamilos entre os dedos e chupou um pouco mais duro
no meu clitóris. Meu coração estava martelando no meu peito, e meu corpo
parecia que estava prestes a explodir. Dominic escolheu este momento para
beliscar meus mamilos e beliscar o meu clitóris com os dentes, que não só me
levou ao limite, mas porra me levou ao céu. Eu pensei que eu gritei, e disse: 'oh,
meu Deus’ uma centena de vezes, mas quando eu abri meus olhos e encontrei o
rosto de Dominic olhando para o meu, eu sorri e esqueci tudo, menos ele.

— Eu te amo. — ele disse e então me beijou.

Eu o beijei de volta, mas meio largada na melhor das hipóteses, porque


eu estava completamente exausta.

Dominic riu na minha boca e estendeu a mão para o meu clitóris agora
excessivamente sensível e deu-lhe um beliscão, o que me fez atirar-me para fora
da cama e balançar sobre os meus pés até Dominic pular rindo e me estabilizar.

Eu caí nele e bocejei. — Estou tão cansada, podemos dormir?

Dominic beijou o topo da minha cabeça. — Eu gostaria de poder mantê-la


nua aqui por dias, babe, mas eu tenho uma luta em uma hora.

Eu gemi fazendo-o rir, em seguida, bocejar também. Eu olhei para ele,


levantei minha mão, então pressionei meus dedos em sua boca fazendo-o saltar
para trás e eu rir. — Estupro de bocejo. — eu ri.

Dominic rosnou. — Isso foi mau!

Eu sorri, docemente. — Mas você ainda me ama, certo?

Ele se aproximou de mim novamente, escovou meu cabelo dos meus


olhos e beijou meu nariz. — Sim, eu ainda te amo.

Eu sorri. — Bom, porque eu meio que também te amo.


Dominic fechou os olhos e inclinou sua testa para baixo, até que estivesse
contra a minha. Ele abriu os olhos e sorriu quando eu belisquei a bunda dele e
disse-lhe para se vestir. Eu o vi quando ele tirou o preservativo usado, deu um
nó nele, e o jogou no meu lixinho. Eu tive que dizer a ele para se vestir
novamente e desta vez ele fez o que pedi enquanto assistia me vestir. Ele me
ajudou a colocar o meu vestido e, em seguida, tentou me convencer do
contrário.

— Eu quero transar com você de novo. — ele rosnou.

— Você não vai estar perto de mim até minha vagina parar de latejar,
então se afaste, cacete! — eu ri, em seguida, fui para o banheiro.

Voltei para o quarto, quando eu estava toda limpa e olhei para ele. — Eu
estou sangrando um pouco.

Dominic franziu o cenho. — Eu te machuquei.

Revirei meus olhos. — Você me tirou a virgindade, é isso.

Dizer isso em voz alta era tão surreal.

Ele olhou para mim. — Um dos muitos presentes preciosos que você me
deu.

Eu levantei minhas sobrancelhas. — Um dos muitos?

Dominic assentiu. — Sim, a virgindade é um, o seu amor é outro, seus


votos no futuro vão ser um grande presente, mas o melhor de tudo será um
bebê.

O que?

Olhei para ele. — Você quer casamento e bebês comigo?

— Eu quero tudo com você. Você é o meu tudo. — Dominic respondeu e


chegou para mim quando meu lábio inferior começou a oscilar.

— Não chore. — ele riu.


Apertei-o para mim. — Eu realmente amo você.

Eu amava, eu realmente amava.

— Eu também te amo, menina bonita. — disse ele, em seguida, levantou e


me levou com ele. — Agora termine de se vestir. Quero chegar cedo ao clube
para que eu possa ter uma sessão rápida para me aquecer.

Eu fiz uma careta. — Você disse antes que o sexo antes de uma luta é
ruim. Talvez você devesse ligar para Marco e dizer que você não pode lutar esta
noite.

Dominic bufou. — E dizer o quê? Eu não posso lutar, porque eu tive um


sexo alucinante com a minha namorada? Sim, ele vai adorar isso.

Alucinante era uma palavra perfeita para descrever essa experiência.

— Tudo o que eu estou dizendo é...

— Você pode deixar isso pra lá, por favor? — Dominic me cortou com um
grunhido. — Não me irrite depois de me fazer tão feliz.

Eu dei-lhe um olhar e disse: — Cale a boca com a resposta malcriada,


porque se eu quisesse algo de seus lábios, eu sentaria em seu rosto.

Ele engasgou com o ar quando ele olhou para mim com os olhos
arregalados, me fazendo rir. Ele sacudiu seu choque e estava prestes a dizer o
que eu tinha certeza de que era uma resposta suja, mas eu levantei minha mão,
o que o impediu de falar, e disse: — Eu só não quero que você se machuque, isso
é tudo.

Dominic sorriu para mim quando ele se moveu em minha direção e me


envolveu em seus braços. — Não se preocupe, eu vou ficar bem. Eu não perdi
uma luta ainda, e eu não vou começar a perder na melhor noite da minha vida.
Está tudo sob controle, babe.

Eu esperava que ele estivesse certo.


— T udo o que eu

estou dizendo é que o irmãozinho tem habilidades que ele obviamente herdou
de mim. Sua menina chamou Deus mais vezes do que eu pude contar. Ele estava
no controle daquela bocet...

— Termine essa frase, seu sujo, e eu vou acabar com você! — eu rosnei
para Alec, que não tinha parado de me provocar desde que saí do meu quarto
com Dominic para ir para Darkness.

Aparentemente, todo mundo ouviu a minha primeira vez e de Dominic


juntos, e isso me mortificou. Claro, Dominic recebeu um maldito de high five31
dos seus irmãos. Depois que Branna e Alannah chegaram, vieram me ver para
ter certeza que eu estava me sentindo bem depois que eu disse a elas a razão
pela qual os caras estavam me provocando. Era tão errado, eu me senti tão
desconfortável que todos soubessem que eu tive relações sexuais e não era mais
virgem. Eu planejava comprar uma maldita mordaça para me calar no futuro,
porque suportar essa humilhação era apenas horrível.

Eu estava com o rosto vermelho de falar com Alannah, o que ela achou
hilário. Éramos amigas agora, mas não tínhamos construído um vínculo sólido
31
Cumprimento feito com as mãos
ou qualquer coisa assim ainda. Era tecnicamente nossa quinta conversa real
desde que nos tornamos amigas na semana passada, e eu tinha que lidar com o
fato de que ela sabia em detalhes gráficos o que Dominic e eu fizemos no meu
quarto, graças a seus irmãos idiotas. Damien foi o único a dizer-lhes para se
calarem, e eu queria abraçá-lo por causa disso. Era desconcertante para mim
que ele tenha matado uma pessoa; ele era definitivamente um doce!

Chegamos à Darkness há 20 minutos atrás; a música estava batendo, as


pessoas estavam dançando e Dominic era um vulto boxeando no canto perto do
círculo para se ‘aquecer’ ou algo parecido. Eu estava exausta, um pouco fraca e
dolorida. Eu estava sentada em uma grande cabine com Alannah, Branna e os
rapazes, e eu me forcei a não inclinar a cabeça sobre o ombro de Kane porque
ele estava ao meu lado e estava sentado relaxado então seu ombro estava na
altura da minha cabeça. Era como se ele estivesse me tentando a usá-lo como
um travesseiro.

— Eu deveria ter ficado em casa. — eu bocejei e espreguicei.

Alannah, que estava em sua segunda vodka com Coca-Cola, virou a


cabeça para mim e revirou os olhos. — Tome uma bebida e relaxe, isso é
divertido!

Eu dei-lhe um olhar. — Temos escola de manhã, então eu vou passar a


bebida. Você devia apenas parar completamente; de outro modo, você vai
morrer com a ressaca quando acordar.

Alannah soprou-me um beijo. — Obrigada mãe, eu vou manter isso em


mente.

Menina atrevida!

— Cadela. — eu resmunguei, fazendo-a dar risada.

Eu gostava disso; ela era tão fácil de falar e não ficava ofendida quando
eu a chamava de nomes, o que era brilhante, porque, em um estágio ou outro, eu
chamava todo mundo de cadela.
— Vamos dançar. — Alannah anunciou para mim, porque Branna estava
agora no colo de Ryder, sussurrando o que eu tinha certeza de que eram coisas
indecentes em seu ouvido.

Olhei para Alannah e suspirei.

Será que ela não me viu ou me ouviu bocejando e espreguiçando alguns


momentos atrás?

— Nem pense sobre dizer não, Bronagh. Nós temos que nos unir e dançar
ajuda com isso, então vamos lá. — ela lamentou.

Eu não pude deixar de gemer quando ela franziu a testa e me direcionou


os olhos castanhos de cachorrinho. Não era justo; as coisas triplicavam de
tamanho quando ela me prendia com eles, e isso me fazia sentir muito mal.

— Tudo bem. — eu gemi e peguei sua mão estendida.

Deus ajude o rapaz com que ela acabasse, o pobre coitado não teria
qualquer resistência contra aqueles olhos quando ela lhe pedisse alguma coisa.

— Oba. — Alannah sorriu com alegria.

— Voltaremos mais tarde. — disse Alannah para a mesa, sem olhar para
nenhum dos caras.

Olhei para cada um deles e disse: — Por mais tarde, espero que ela queira
dizer após a próxima música.

Os rapazes riram quando Alannah gargalhou e, claro, suas gargalhadas


me fizeram rir silenciosamente.

— Boa probabilidade disso. Agora vamos lá, eu amo essa música!

Dez segundos depois estávamos na margem da pista dançando a Best


Love Song de T-Pain e Chris Brown. Ambas, Alannah e eu gritamos as letras da
música em vez de cantá-las, o que foi hilário. Revirei os quadris um pouco com
as mãos balançando no ar enquanto Alannah caiu na gandaia balançando a
bunda e revirando os quadris como uma dançarina do ventre. Eu era boa na
dança, mas Alannah, aquela menina estava matando. Não em um estilo
coreógrafo; apenas de uma simples forma sedutora. Eu me encontrei dançando,
mas olhando para ela também, então quando mãos me abraçaram por trás, isso
me fez pular, porque eu não estava esperando.

Eu rapidamente olhei sobre o meu ombro e para cima pronta para dar
um tapa na pessoa quando meus olhos pousaram nos dele. Eu sorri e, em
seguida, caí de costas em seu peito. Ele inclinou a cabeça para baixo para meu
ouvido enquanto movia o seu corpo com o meu e disse: — Você está me
matando, que porra é essa de movimentar tanto seus quadris e bunda? Você
está tentando causar um tumulto?

Revirei meus olhos. — Eu só estou dançando.

— Dançando como uma maldita sedutora. — Dominic resmungou


conforme suas mãos pousaram em meus quadris e puxaram minha bunda em
sua virilha, então eu estava meio que me esfregando nele.

— Uma sedutora? Eu? Esse título pertence à Alannah. Você não viu como
ela estava dançando? — perguntei em seguida, olhei para frente, onde Alannah
estava, apenas para descobrir que ela não estava mais lá ou em qualquer lugar
na minha linha de visão.

— Eu não estava observando Alannah, na verdade ou qualquer outra


pessoa. Meus olhos estavam fixos em você... e nessa bunda.

Revirei meus olhos novamente, em seguida, fiquei na ponta dos pés à


procura de Alannah.

Meu estômago começou a se agitar. — Para onde ela foi? Ela estava ali há
um minuto. Tenho que encontrá-la...

— Lá está ela. — disse Dominic e apontou para a seção pouco iluminada


do clube que tinha corredores que levavam às salas privadas.

Eu entortei meus olhos e, em seguida, arregalei. — Ela está com Damien!


— eu quase gritei sobre a música alta.
Dominic riu enquanto observávamos Damien e Alannah beijando de
língua furiosamente do outro lado do clube. Eles não estavam apenas se
beijando; eles estavam totalmente, mas fodendo um ao outro de roupas, e isso
realmente me fez corar.

— Eu tenho que detê-la, ela não está pensando claramente, e vai se


arrepender de manhã. Ela me disse que não ia ser adicionada na lista de
conquistas de Damien ainda que gostasse dele.

Dominic soltou uma gargalhada. — Damien o que?

Virei-me para ele. — A sua lista de conquistas, você sabe, o número de


garotas que ele transou desde que se mudaram para cá.

Dominic estava vibrando com o riso quando ele me levou da pista de


dança e de volta para a cabine que estava agora cheia de garotas e um rapaz
bonito que estava sentado junto a Alec. Ele tinha uma garota em seu colo, mas
também tinha a mão sobre a coxa do rapaz bonito, e isso me fez olhar, e eu não
sei por quê. Outros pensamentos encheram minha cabeça quanto mais eu
olhava para ele.

— Você se importa de Alec ser bissexual? — Dominic me perguntou


quando notou que eu estava encarando.

Eu balancei minha cabeça. — Não, eu só estou curiosa para saber se ele é


passivo ou ativo.

Dominic olhou horrorizado. — Nós nunca vamos discutir a orientação


sexual do meu irmão de novo.

Eu ri, mas parei quando um guincho me fez estremecer.

— RAMPAGE! — duas garotas gritaram, me fazendo pular de susto.

Saí um pouco para a esquerda longe de Dominic quando elas o cercaram


de ambos os lados. Eu odiava que meu estômago embrulhava com a visão delas
jorrando sobre ele.
Eu sabia que ele era lindo, e eu sabia que ele era um lutador quente, mas
ele era meu, e era melhor essas malditas meninas perceberem isso.

— Eu não posso esperar para vê-lo lutar, você é sempre tão bom. — uma
menina com cabelo vermelho-fogo ronronou para Dominic.

Ele sorriu para ela e piscou - ele malditamente piscou - antes de dizer: —
Obrigado, linda. Com senhoras como vocês torcendo por mim não é nenhuma
surpresa.

Elas riram, e eu olhei duro para Dominic antes de me adiantar e


empurrá-las literalmente para longe dele. — A hora das fãs acabou senhoras,
então saiam.

Elas eram facilmente sete ou oito anos mais velhas que eu, mas eu não
me importava. Se eu tivesse que sustentar minha reivindicação sobre Dominic
para as pessoas perceberem que eu era sua garota, então eu faria muito bem.

— Bee, relaxa. — a voz de Branna veio à minha esquerda.

Olhei para ela; ela ainda estava no colo de Ryder. Eu balancei a cabeça e
disse: — Diga a ele para parar com isso, então, e eu vou relaxar.

— Parar com o quê?

Eu me virei e olhei para Dominic antes de limpar minha garganta e


repetir suas palavras em seu sotaque. — Obrigado, linda. Com senhoras como
vocês torcendo por mim não é nenhuma surpresa.

Alec, Kane, Ryder e Branna riram quando eu acabei de falar, mas eu não
estava tentando nem um pouco ser engraçada. Eu estava realmente muito
irritada. — Solte esse flerte de merda novamente quando eu estiver perto ou
não, e eu vou castrar você. — eu retruquei para Dominic, que estava apenas
olhando para mim quando eu virei e comecei a me afastar.

— Onde você está indo? — Branna me perguntou.

— Encontrar Alannah. — eu disse em voz alta para que ela pudesse ouvir
por cima da música enquanto me afastava.
Eu sabia que ele estava me seguindo, sem sequer olhar por cima do
ombro, e isso fez o cabelo da parte de trás do meu pescoço se levantar. Obriguei-
me a ignorá-lo enquanto eu caminhava até a área mal iluminada do clube onde
o corredor que levava aos quartos privados estava localizado. Alannah e Damien
não estavam à vista então eu fui até os seguranças montando guarda na entrada
do corredor. Eu não queria saber o que acontecia naqueles quartos; não podia
ser nada de bom se eles precisavam de enormes seguranças fora deles para
manter a guarda.

— Só VIPs, querida. — Skull me disse quando cheguei até ele.

Ele não estava olhando para mim, mas quando olhou um enorme sorriso
se espalhou pelo seu rosto. — Bronagh! Bom ver você, garota, você parece bem.

Senti-me corar com o elogio e estava prestes a agradecer Skull quando eu


fui puxada por trás não tão gentilmente por um corpo.

Um corpo rígido.

— Eu não quero problemas, Nico, eu estava apenas dizendo olá para a sua
garota. Só isso. — Skull disse em voz alta para ser ouvido sobre a música que
parecia estar ficando mais alta a cada minuto.

Dominic tinha a mão entrelaçada nas costas para que ele pudesse segurar
a minha mão na dele. Ele não segurou delicadamente também, então eu puxei
com força até que ele me soltou. Quando ele deixou ir, eu chutei a parte de trás
de sua perna, o que o levou a tirar todo o seu corpo em torno de mim e ficou de
costas para Skull e o outro segurança.

— Eu estou falando com o simpático segurança, querida. Você pode adiar


a suas travessuras infantis por um momento, enquanto os adultos conversam?
Pode? Ótimo. — Dominic resmungou e rangeu os dentes ao mesmo tempo, o
que só me fez olhar para ele por um momento, até que um enorme sentimento
de raiva caiu sobre mim.

Segurei em seu braço e forcei meu caminho de volta para ficar na frente
dele. Ele se manteve agarrado em mim e tinha minhas costas e bunda
pressionadas contra a frente do seu corpo, mas eu ignorei isso e foquei em
Skull. — Ignore o homem das cavernas atrás de mim e me diga se você viu
minha amiga, você sabe a garota que você deixou entrar com a gente hoje à
noite? Cabelo preto, em torno de um metro e setenta, seios grandes, rosto
bonito. Será que faz você lembrar de algo?

Skull olhou para o outro segurança quando ele sinalizou para uma
conversa particular. Skull inclinou-se para o homem, sorriu quando o dito
homem falou em seu ouvido, em seguida, endireitou-se e olhou de volta para
mim. Ele acenou com a cabeça na direção do corredor atrás dele. — Ela está lá
atrás com o irmão loiro Slater. Gêmeo do seu namorado.

Senti meus olhos se arregalarem. — Ela está em um desses quartos com


ele? Ela estava bebendo! Deixe-me entrar agora...

— Bronagh! — Dominic retrucou, fazendo-me saltar quando ele me virou


em seu braço. — Você está insinuando que é perigoso para ela ficar sozinha com
Damien. Ele não iria machucá-la então recue, porra!

Eu olhei para Dominic. — Eu aposto que Trent pensou assim também


uma vez.

Lamentei essas palavras assim que saíram da minha boca, porque eu não
pensava mal de Damien. Eu só disse isso porque Dominic me deixou louca, mas
eu me odiei quando eu vi o olhar de dor em seu rosto.

— Eu não acredito que você disse isso. — ele disse, e então fez algo que fez
meu estômago torcer em nós.

Ele me empurrou para longe dele. Não forte o suficiente para que ele me
derrubasse, mas com força suficiente para que me tirasse de seu espaço; eu
queria chorar, quando ele fez isso. Um nó se formou na minha garganta, e meu
peito estava pesado. Eu queria me desculpar, mas eu não consegui formar as
palavras. Porém, Dominic não ficou para ouvir. Ele me olhou de cima a baixo,
balançou a cabeça, em seguida, virou-se e caminhou para o outro lado do clube
para a cabine. Observei-o sentar na cabine e fixar os olhos no chão. Ele não se
moveu, nem mesmo quando seus irmãos o cutucaram ou gritaram por cima da
música.

Senti-me mal; esta foi a melhor noite da minha vida. Dominic e eu


ficamos juntos pela primeira vez; nós dissemos eu te amo pela primeira vez, por
isso não deveríamos estar brigando agora. Eu queria corrigir isso, mas eu
também queria encontrar Alannah, porque eu sabia que ela iria se arrepender
de dormir com Damien pela manhã. Ela iria ser esmagada quando ele não
quisesse nada mais do que sexo, e era meu dever como sua amiga protegê-la
daquela mágoa se eu pudesse.

Tudo teria apenas que esperar até mais tarde, então, com um suspiro eu
me virei para Skull e disse: — Eu preciso buscar minha amiga. Qual é o quarto
que ela e Damien estão?

Skull mordeu o lábio antes de ir para o lado. — Último quarto à sua


esquerda. Pode estar trancado, no caso, é só bater.

Eu assenti e saí andando pelo corredor. Passei por nove quartos no


momento em que cheguei ao que Skull disse que Damien e Alannah
estavam. Limpei a garganta, levantei minha mão e bati com força na porta. Eu
tive que esperar do lado de fora batendo por uns bons quinze minutos, e eu não
podia ouvir nada de dentro do quarto, por isso quando a porta de repente se
abriu, eu quase pulei para fora da minha pele e coloquei minha mão sobre meu
coração. — Você me assustou, seu bastardo. — eu repreendi um Damien sem
camisa, que apenas sorriu para mim.

— Onde ela está? — eu rosnei.

Ele ergueu as sobrancelhas e parou de sorrir. — No banheiro...

— Você transou com ela? — eu o interrompi.

Então ele estreitou os olhos para mim. — Eu não acho que isso é da sua
conta, Bee.

Eu olhei de volta para ele e disse: — É a porra da minha conta quando é


com minha amiga que você acabou de foder.
Eu empurrei por ele no quarto, e dei alguns passos antes que ele
agarrasse meu braço e me puxasse para perto dele.

— Eu não a estuprei, porra! — ele rosnou.

Eu quase me molhei, porque eu nunca o tinha visto tão bravo; na


verdade, eu nunca tinha visto ele com raiva de jeito nenhum.

— Largue o meu braço ou eu vou contar para Dominic. — eu disse em um


tom que não deixou espaço para piadas.

Damien balançou a cabeça, mas me soltou. — É assim que você lida com
os problemas? Você tem meu irmão para corrigi-los?

Fiquei chocada com isso e também enfurecida. — Foda-se, Damien. Você


sabe muito bem que eu mesma lido com os meus problemas. Eu não preciso de
Dominic para me defender de ninguém!

Damien riu. — Jason Bane e Gavin Collins discordariam.

Eu balancei minha cabeça. — Você pode seriamente ir se foder.

Ele riu quando me virei e fui para o lado do quarto onde havia outra
porta; eu bati e gritei: — Alannah?

— Eu estou aqui. — ela respondeu.

— Você está bem?— perguntei pela porta.

— Sim e não. — ela respondeu.

Meu estômago embrulhou quando eu disse: — Explique.

— Bem, eu sei que eu d-disse que eu não ia fazer isso, mas eu t-transei
com Damien e foi ó-ótimo. Um pouco de dor, mas ainda ótimo... no entanto, ele
disse que nada resultará disso, e nós podemos ser apenas amigos, porque ele
não entra em re-relacionamentos... Eu estou t-triste com isso.

Ela estava embriagada mais cedo, mas ela não soava exatamente bêbada
agora; ela só parecia realmente chateada. Virei-me para enfrentar Damien, que
estava olhando para a porta do banheiro com uma carranca no rosto. Parecia
que o incomodava que tivesse chateado Alannah.

Eu andei para frente e o empurrei pelo peito, e ele não fez nenhum
movimento para brigar comigo dessa vez. Ele travou os olhos com os meus e
silenciosamente me desafiou a bater nele, machucá-lo. Porém, eu não o toquei
novamente. Em vez disso o olhei de cima a baixo, totalmente revoltada com ele.

— Eu estava muito errada sobre você, eu pensei que você fosse uma
pessoa boa; eu não deixei o que Dominic me contou sobre o seu passado mudar
minha opinião sobre você, porque o que você fez não foi planejado ou até
mesmo pensado. Você fez para proteger a si mesmo, seu irmão e Nala, mas isso?
Você sabia o quanto Alannah gostava de você, você sabia que ela era virgem e
você sabia que ela não queria ser um caso de uma noite, mas ainda assim você
a perseguiu e persuadiu seu caminho para a calcinha dela, porque ela rejeitou
você, e você gostou do desafio de atraí-la. Você não é muito melhor do que
qualquer outro babaca por aí que usa as garotas, e eu espero que você perceba
que pessoa fria e cruel você é por fazer isso, Damien Slater! — eu fiz um
movimento para me afastar do seu rosto de gelo, mas fiz uma pausa e balancei a
cabeça antes de olhar para ele de novo. Eu dei-lhe um olhar duro quando eu
disse. — Depois de ouvir de Dominic uma descrição da sua mãe e seu pai, parece
que a maçã não cai muito longe da árvore depois de tudo, porque você só pensa
em uma pessoa, assim como eles. Você mesmo. Aposto que eles estão tão
orgulhosos.

Seu rosto caiu completamente, e ele parecia um pouco instável em seus


pés como se pudesse cair a qualquer momento. Porém, eu não me
importei; virei e voltei para o banheiro, onde Alannah ainda estava fungando.

— Lana? — eu disse suavemente, usando seu apelido, pela primeira


vez. — Sou eu, posso entrar?

Ignorei o barulho atrás de mim. Eu sabia que Damien tinha que se vestir
e ele estava claramente chateado quando ele bateu ao redor do quarto, mas,
tanto faz, foda-se ele.
Entrei no banheiro quando a porta se abriu e a tranquei atrás de
mim. Tirei meus saltos, ajoelhei e, em seguida, estendi a mão e abracei Alannah,
que estava sentada sobre a tampa fechada do vaso sanitário, com a cabeça entre
as mãos. Quando eu coloquei meus braços em torno dela, ela chorou e colocou
os braços à minha volta e só me segurou firme.

— Vai ficar bem, Lana. Você é forte e não vai deixar um idiota chato
americano te derrubar, certo? — eu perguntei.

Alannah fungou e bufou um pouco quando ela se afastou de mim para


conseguir um pedaço de papel para limpar a meleca que estava escorrendo do
seu nariz.

— Sabe de uma coisa? Sei que Nico é seu namorado, mas eu achava que
ele era o idiota e Damien era o bom, mas eu estava tão errada. Nico é honesto e
tem sido sempre ele mesmo se gostassem dele ou odiassem. Damien, no
entanto... é como uma cobra em forma humana. Eu o odeio.

Eu a abracei novamente quando novas lágrimas começaram a escorrer de


seu rosto; eu queria matar Damien por fazer isso com ela.

Quem poderia fazer isso com outra pessoa e não se sentir culpado?

Dominic não estava brincando quando disse que Damien era oco; ele era
uma maldita pedra de gelo!

— Se isso faz você se sentir melhor, Dominic realmente é um idiota.

Alannah começou a rir em meio às lágrimas, em seguida, se afastou para


se limpar de novo. Troquei de ajoelhada para sentada na minha
bunda. Estremeci fazendo Alannah olhar carrancuda.

— Eu acabei de perceber que nós duas perdemos a virgindade esta noite


para os gêmeos.

Eu levantei minhas sobrancelhas. — Bem... pelo menos podemos ficar


doloridas e odiá-los juntas.
Alannah começou a rir de novo, e mesmo que ela ainda estivesse muito
chateada eu já podia ver a parede que ela estava começando a levantar em torno
de seu coração toda vez que falou algo sobre Damien. Ela nunca iria perdoá-lo
por isso, e se ela o perdoasse ele realmente teria que provar a si mesmo para
ela. Isso não aconteceria tão cedo embora. Alannah parece ser muito parecida
comigo, então eu sabia que ela iria se agarrar nisso por anos e manter sua
guarda até que suas paredes fossem derrubadas como as minhas.

— Bee? — Alannah disse para chamar minha atenção.

Eu olhei para ela. — Sim?

— Pronta para voltar lá para fora? Eu posso ouvir 'RAMPAGE' sendo


aclamado agora que a música parou por causa da luta.

Eu estava de pé em segundos e empurrando meus pés de volta para meus


saltos. Eu tinha esquecido completamente da luta de Dominic, foda-se! Agarrei
a mão de Alannah, e nós duas corremos para fora do quarto privado, pelo
corredor e em torno de Skull e seu colega. Eu arregalei meus olhos quando eu
olhei para a plataforma que Dominic estava com um cara duas vezes o seu
tamanho. Eles eram da mesma altura, mas este homem devia ter 30 anos de
idade e era pelo menos vinte quilos mais pesado do que Dominic. O homem
tinha braços musculosos, mas seu estômago parecia mais flácido do que
musculoso. Quando Dominic deu um soco lá eu fiz uma careta, porque eu
duvido que ele tenha ao menos sentido.

— Mate-o, RAMPAGE, coisa bela!

Eu não podia dizer qual garota gritou, e eu não me importei em


identificá-la também, porque ela não era a única mulher a gritar coisas como
essa para o meu namorado. As mulheres muito mais velhas do que nós estavam
gritando coisas extremamente grosseiras que honestamente faziam meu sangue
ferver. Dominic era um homem, não um maldito pedaço de carne... e se ele fosse
um pedaço de carne, então ele era o meu pedaço de carne e eu não queria
compartilhar a minha comida, assim, é melhor que essas putas sumissem daqui!
— Você parecia irritada, bumble bee32.

Eu ainda estava segurando a mão de Alannah quando olhei para a minha


esquerda e até o rosto desfigurado e ainda impressionante de Kane. — Porque
eu estou irritada. — disse sobre o ruído das observações brutas em curso
dirigidas a meu namorado. Olhei para a multidão de vaginas pulsantes e rosnei:
— Elas são nojentas!

Kane colocou o braço em volta do meu ombro e riu. — Ele só tem olhos
para você, sem se ou mas sobre isso. Só você.

Olhei para Kane e sorri, e coloquei meu braço livre ao redor dele e
apertei. — Você sabe, eu meio que te amo.

Os olhos de Kane se arregalaram por um momento quando ele olhou para


mim. Ele me deu um aperto antes que dissesse: — Sim? Bem, eu acho que eu
meio que te amo também, bumble bee.

Revirei os olhos de brincadeira para o apelido que surgiu na semana


passada depois de decidir que Bee era muito curto e desinteressante. Ele
adicionou o bumble ao meu apelido e se achou o Albert Einstein desde aquele
dia. Ele disse a todos para me chamarem assim, mas quem me chamava de Bee
continuou me chamando assim, enquanto Kane foi o único que acrescentou o
bumble. É além de adorável, e eu nunca lhe diria isso, mas eu secretamente
adorava.

Eu desviei o olhar de Kane e voltei à plataforma que Dominic estava e


mordi meu lábio, e depois gritei quando o homem que estava lutando de repente
lançou Dominic ao chão. Eu pude ouvir suas costas baterem no chão de onde eu
estava. Eu me afastei de Branna e Alannah e fui direto para a plataforma. Eu
empurrei através da multidão, enquanto gritava para que a luta fosse
interrompida; não foi, ao contrário, Dominic perder a vantagem estava
deixando as pessoas mais excitadas e cheias de energia.

32
Apelido que Kane deu à Bronagh, em português abelhão (fazendo brincadeira com o apelido
Bee – abelha).
Eu comecei a entrar em pânico quando eu olhei para cima e vi o homem
em cima de Dominic socá-lo violentamente. Eu gritei malditamente alto, mas
ninguém me ouviu e se fizeram, acharam que eu estava querendo mais luta. Eu
até tentei saltar para a plataforma, mas não consegui alcançá-lo. Eu estava
engasgada com meus soluços e cega com minhas lágrimas quando braços me
agarraram por trás. Senti-me sendo erguida e tirada da multidão.

— Ele está bem. — disse a voz de Ryder no meu ouvido.

Eu fui colocada na frente da minha irmã e Alannah que me abraçaram e


perguntaram se eu estava bem. Eu balancei a cabeça e olhei para a plataforma e
senti meu coração pular quando Dominic envolveu as pernas ao redor do
homem que ele estava lutando e de alguma forma o prendeu ao chão. Foi então
a vez de Dominic desferir golpes, e ele fez, mas o homem não conseguiu, ou não
pôde, proteger a cabeça para diminuir o impacto dos golpes. Ele bateu sua mão
no chão e um segundo depois Dominic parou de bater nele e ficou de pé. Ele
estava sangrando pelo nariz e sobrancelha e suor cobria seu corpo, mas fora
isso, ele realmente parecia bem. O outro homem no entanto, estava no chão se
contorcendo de dor.

— Aplaudam o campeão invicto da Darkness... RAMPAGE!

Eu pulei com o som da voz que vinha através dos alto-falantes do clube,
mas eu a ignorei quando Dominic pulou da plataforma e foi cercado por
pessoas. Fui em sua direção e empurrei através da multidão até que eu consegui
chegar na frente dele. Eu acho que ele não me reconheceu quando pulei nele,
porque ele não colocou os braços em volta de mim, até que ele tentou olhar para
baixo para ver quem era. Quando ele percebeu que eu não era uma fã louca, ele
colocou os braços a minha volta e me levantou. Minha boca estava bem próxima
ao seu ouvido então eu o beijei e chorei quando disse. — Eu sinto muito.

Dominic me apertou e continuou andando. Eu tinha a cabeça enterrada


na curva do pescoço dele, então eu não sabia para onde Dominic estava indo até
que ouvi a voz de Skull, uma porta abrindo e fechando, em seguida, nada exceto
o completo silêncio. Bem, o silêncio, exceto pelos meus soluços.
Senti ser colocada sobre uma cama e depois Dominic se ajoelhou na
minha frente, o que o fez ficar da mesma altura que eu uma vez que eu estava
sentada também.

Ele enxugou o meu rosto e suspirou. — Por que você faz isso com você? —
ele me perguntou.

— Eu não posso evitar; ele estava matando você eu não suporto a visão
disso; mata-me quando eles te machucam. Eu odeio isso. — eu chorei e o
empurrei no ombro.

Ele me deu um pequeno sorriso. — Eu estou bem, menina bonita. Tenho


uma cabeça dura.

— E o resto do seu corpo? — eu rebati e limpei o meu nariz escorrendo.

Dominic sorriu para mim. — O resto de mim está sempre duro,


especialmente quando você está por perto...

— Corte a brincadeira, eu estou falando sério com você! — eu rosnei.

Dominic suspirou. — Nós estouramos antes da minha luta então eu não ia


perder de jeito nenhum. Eu estava muito chateado para não enfrentar aquele
cara e vencer.

Eu fiz uma careta, aquele cara foi muito espancado.

— Então eu te deixei louco? — eu perguntei e olhei para baixo.

— Olhe para mim. — disse Dominic.

Eu olhei e quase comecei a chorar de novo. — Por que é sempre o rosto?


— murmurei e enxuguei um pouco de sangue da sua sobrancelha com a palma
da minha mão.

Dominic sorriu e fechou os olhos. — Sim, à sua pergunta sobre me deixar


louco. Você realmente afundou suas garras com aquele comentário sobre
Damien.
Bem, eu estava muito feliz por que ele não estava no quarto quando eu
disse coisas ainda piores para Damien. Eu não me arrependo delas, no
entanto; ele precisava ouvir que idiota ele era por fazer mal para Alannah.

— Ele errou com ela, Dominic. Ele tomou sua virgindade depois disse que
só seria seu amigo, porque ele não entra em relacionamentos. Eu o odeio muito
por tê-la machucado tanto. Ele sabia que ela gostava dele e ainda fez isso com
ela e a tratou como nada mais que um buraco para enfiar o pau. Pensei que ele
era nada além de um bom rapaz, mas eu estava muito errada. O que ele fez foi
cruel, e eu disse a ele exatamente o que eu pensava sobre ele e se você não pode
lidar com isso, então eu sinto muito que você se sinta assim. — eu disse, e então
olhei para longe de seus olhos em chamas.

— O que você disse a ele? — perguntou Dominic.

Dei de ombros. — Eu não vou entrar nisso. Se ele quiser te contar o que
eu disse, então ele vai, mas eu duvido.

— Por que você duvida? — Dominic questionou.

— Porque eu disse algumas coisas que quase o derrubaram. Eu não fui


gentil, mas ele precisava ouvir o que eu disse. Ele não pode continuar tratando
as garotas desse jeito. Ele não tem respeito pelas mulheres, e era hora de alguém
colocá-lo em seu lugar, então eu coloquei.

Dominic levantou meu queixo, então eu estava olhando para ele. —


Bronagh, o que você disse para o meu irmão?

Meu coração estava martelando, mas eu não respondi.

— Eu o vi praticamente correr para fora do clube. Eu não o via assim tão


aborrecido há um longo tempo. Ele não se perde, a menos que os meus pais são
de alguma forma trazidos para... a mistura.

Eu queria morrer quando seus olhos brilharam com a realização.

— Diga-me que você não mencionou meus pais para ele. — Dominic
rosnou.
E u quase engoli a

minha língua quando eu olhei para longe dos olhos ardentes de Dominic. Isso
não durou por muito tempo, porém, ele segurou meu queixo e forçou minha
cabeça até que eu estava olhando-o nos olhos novamente.

— Responda-me, Bronagh. Agora. — ele rosnou.

Eu senti meus olhos se encherem de lágrimas - ele estava tão louco que
me assustou. Eu não estava com medo dele fazer qualquer coisa como me atacar
e me machucar. Eu estava com medo de todos os outros danos que ele poderia
fazer sem realmente colocar um dedo em mim.

— Eu disse a ele que, com base na descrição que você deu de seus pais, ele
não era muito diferente deles. Eles só se preocupavam com si mesmos e mais
ninguém e ele também. — eu sussurrei, e então prendi a respiração para a
reação de Dominic.

O silêncio que se seguiu pareceu mais longo do que apenas alguns


segundos.

— Eu disse que ele é do jeito que é por causa dos meus pais e então você
os joga na cara dele, dizendo que ele é exatamente como eles? — Dominic disse
em um tom que não era agressivo, mas apenas calmo, e isso assustou a vida fora
de mim.

Eu sabia que não era certo lhe responder quando ele estava com essa
raiva, mas eu não podia deixá-lo defender alguém que machucou tanto a minha
amiga. — Ele é como eles! Como você pode dizer que ele não é? Ele não está na
merda que eles estavam, mas ele ainda carrega a característica de não se
importar com outras pessoas. Ele iria usar e abusar de garotas...

— Ele não abusa delas. — Dominic me cortou com um grito, me fazendo


pular para trás na cama.

Dominic me seguiu violento e quando eu percebi que ele estava me


seguindo, meu coração deu um pulo na minha garganta.

— Ele fode putas que querem ser fodidas por ele. — Dominic estalou
quando ele agarrou minhas mãos, ficou entre as minhas pernas e aplicou seu
peso sobre meu corpo me prendendo. — Ele não vomita falsas promessas para
conseguir bocetas, porque bocetas caem diretamente em seu colo... ou em seu
pau ao que parece.

Eu gritei e tentei atacá-lo. Eu odiava quando ele se referia às mulheres


como bocetas. Eu odiei quando ele se referiu a mim com essa palavra quando
ele me beijou no seu quarto, então eu não estava prestes a ficar em silêncio
enquanto ele se referia a outras mulheres assim, especialmente quando uma
dessas mulheres era minha amiga.

— Não chame Alannah dessa palavra. Ela é mais do que apenas um


buraco para Damien enfiar seu pau e qualquer outra mulher que ele e qualquer
outro rapaz entram em contato. Eu sei que a maioria das garotas com quem ele
transou apenas queria sexo com ele, mas muitas não e é nojento que ele seja
agradável e romântico, antes de tocá-las, mas depois ele nem sequer fala com
elas! Como você pode tolerar isso? — eu berrei.

— Porque ele é meu irmão, e eu o amo! — Dominic gritou no meu rosto.


Eu balancei a cabeça e o olhei. — Você ainda pode amá-lo, mas não
concordar com o que ele faz. Se você falasse com ele sobre...

— Sobre o quê, Bronagh? Você quer que eu sente com o meu irmão e peça
para ele fazer uma pausa da única coisa que o faz se sentir alguma coisa? —
Dominic rosnou.

Eu zombei. — O propósito dele na Terra não é foder tudo que tenha uma
vagina e pulso, Dominic! Se ele precisa de sexo o tempo todo, então talvez você
deva considerar o fato de que ele é um viciado em sexo...

— Você precisa calar a boca porque você não tem ideia do que está
falando porra. — ele cuspiu. — Ele não é um viciado, ele só fode garotas, porque
ele gosta. Muitas pessoas gostam de sexo sem apego e Dame é uma dessas
pessoas!

Eu usei a minha testa para empurrar a sua cabeça longe da minha


quando ele tentou pressioná-la contra mim. — Bem, ele precisa reavaliar sua
vida, porque ele machuca as pessoas por usá-las, e isso é exatamente o que ele
fez com Alannah. Ele sabia que ela não seria uma daquelas garotas que não se
importam; estava escrito no rosto dela o quanto ele a machucou!

Dominic olhou para mim. — Ela teve relações sexuais com ele também,
Bronagh. Ela não era obrigada se ela não queria!

Eu gritei e lutei com ele. — Você não entende; ele usou a atração dela por
ele contra ela!

Dominic balançou a cabeça. — Eu vou falar com ele sobre isso depois,
mas você só fique longe dele. Jogar pais mortos no rosto de alguém é nojento.
Pensei que seria mais sensível com isso, uma vez que você sabe como é perder
ambos os pais.

Fiquei muda quando ele se levantou de cima de mim, mas logo sentei e
disse: — Meus pais eram nada como os seus!

Dominic deu de ombros. — Você os amava e Damien amava os nossos,


independentemente de suas escolhas na vida, e ainda assim você os usou como
uma arma verbal para feri-lo. Nunca pensei que eu ficaria decepcionado com
você. Eu sei que você fala o que pensa, mas isso foi baixo, Bronagh, muito baixo.

Um nó se formou na minha garganta quando ele se virou e caminhou em


direção à porta do quarto.

— Onde você está indo? — eu gritei.

Dominic não se virou quando ele disse: — Encontrar o meu irmão e ter
certeza que ele está bem. Vou fazer o que você quer e falar com ele sobre ferir
Alannah, uma vez que significa muito para você.

A nuvem de raiva que pairava sobre mim começou a desvanecer-se, então


eu disse. — Obrigada...

— Mas eu vou fazer isso sozinho, eu preciso ficar longe de você agora.

Meu coração se partiu quando ele começou a se afastar de mim.

— Você está terminando comigo? — eu perguntei, minha voz tremendo.

Dominic fez uma pausa e hesitou antes de dizer: — Não, eu não estou. Eu
te amo, Bronagh, mas eu estaria mentindo se eu dissesse que eu não te odeio um
pouco agora. Preciso sair apenas até esfriar a cabeça.

Senti as lágrimas caírem dos meus olhos quando eu disse: — Você


prometeu que nunca iria me deixar... você prometeu que não faria isso.

Dominic suspirou quando ele chegou à porta do quarto. — E você


prometeu que nunca iria me machucar. Acho que ambos quebramos nossas
promessas.

Quando ele abriu a porta e a fechou atrás dele, comecei a chorar e caí de
costas na cama. Havia uma dor no meu peito que machucava tanto, parecia que
havia um peso pressionando. Obriguei-me a respirar, a fim de controlar o meu
choro.

Eu sabia que estava defendendo a minha amiga quando eu ataquei


Damien, mas não havia como escapar do fato de que acabei por criar uma
barreira estabelecida entre mim e Dominic. Eu poderia ter escolhido as minhas
palavras de maneira diferente ao falar com Damien, mas não, eu tinha que ir
para o seu coração, trazendo os seus pais. Dominic estava certo; eu nunca
deveria tê-los jogado no seu rosto, todas as coisas que vomitei antes tinham sido
dolorosas o suficiente.

— Estúpida! — eu gritei e soquei o travesseiro ao lado da minha cabeça.

Eu continuei a chorar pelo que pareceu uma eternidade e, eventualmente,


chorei até dormir.

Acordei com um sobressalto algum tempo depois e me arrastei grogue da


cama até que fiquei de pé no chão. Eu estava um pouco instável por causa dos
saltos que eu estava usando, mas depois de um momento ou dois eu lidei com as
minhas pernas e caminhei firmemente para a porta do quarto privado.

Quando eu abri a porta, fui recebida por risadas e um pouco de música


baixa que não era nada como o volume que tinha sido mais cedo, antes da luta
de Dominic. Fechei os olhos com o pensamento dele e tentei ignorar a dor em
meu peito. Eu repeti na minha cabeça que nós não terminamos, e só estamos
separados porque estávamos esfriando. Nós falaríamos em breve; ele
provavelmente estava na minha casa agora mesmo chateado que eu não
estivesse lá esperando por ele.

Estendi a mão para a maçaneta da porta e a fechei atrás de mim depois


que eu saí para o corredor. Então eu caminhei pelo corredor na direção que
levava de volta para a boate. Os risos e os uivos que ouvi fizeram os cabelos da
parte de trás do meu pescoço levantar, e eu tive arrepios quando saí do corredor
e olhei ao redor do clube. A pista de dança estava vazia, exceto por duas garotas
que estavam transando de roupa uma com a outra ao tempo em que uma
música sensual estava tocando baixo. Eu olhei em direção ao círculo, mas
descobri que a seção do clube estava escura, porque as luzes foram
desligadas. Eu pulei quando ouvi uma profunda e estrondosa risada vinda de
longe à minha esquerda. Olhei na direção e vi que três homens estavam
sentados ao redor da mesma cabine que Dominic e seus irmãos sempre se
sentavam. Dois dos homens estavam em seus quarenta ou cinquenta anos,
enquanto o outro era um rapaz mais jovem, provavelmente dezenove ou algo
assim.

O homem que estava rindo olhou em minha direção e me encarou por um


momento antes que ele fizesse um gesto com o dedo para que eu fosse até
ele. Eu não sabia o porquê, mas em vez de andar em linha reta em direção à
saída, eu mantive meus olhos no homem enquanto caminhava em direção a
ele. Ele sorriu para mim quando cheguei à cabine e estendeu a mão para
mim. Segurei-a e me movi quando ele gentilmente me puxou para o assento ao
seu lado.

— Qual é o seu nome, beleza? — ele me perguntou, seu sotaque não era
irlandês, mas americano.

— Bronagh. — eu respondi enquanto ainda o encarava.

Seu cabelo era preto, seus olhos tinham uma cor leve de avelã e sua pele
estava levemente bronzeada. Não havia nada de excepcionalmente notável sobre
ele; era apenas um homem de boa aparência, médio mesmo, mas ele tinha algo
nele que me fazia querer estar perto dele. Foi a sensação mais estranha que eu já
tinha tido em toda a minha vida; eu sabia que ele era alguém importante só de
olhar para ele. Tinha um status dominante sobre ele e, para ser honesta, eu
estava curiosa para saber quem ele era.

— Um nome tão bonito para uma menina tão bonita. — o homem sorriu
antes de estender a mão e limpar sob meus olhos com os polegares. Ele sorriu
para os meus olhos lentamente nos dele, e então perguntou: — Por que você está
aqui?

Engoli em seco antes de dizer: — Eu vim aqui para assistir a luta de mais
cedo, mas eu dormi em um dos quartos privados.

Ele sorriu e perguntou: — Você gosta de assistir as lutas?

Eu balancei minha cabeça. — De jeito nenhum, eu realmente odeio, mas


meu namorado luta nelas, então eu tenho que vir para apoiar ou ele fica louco.
Então ele ergueu as sobrancelhas, mas as abaixou enquanto estendia a
mão novamente e alisava meu cabelo para trás do meu rosto. Ele foi muito
gentil quando perguntou: — Quem é o seu namorado? Eu aposto nas lutas; ele
pode ter me ganhado algum dinheiro no passado.

Os outros homens da cabine riram com isso, mas eu não olhei para eles,
eu mantive meus olhos sobre o homem ao meu lado e respondi: — Dominic
Slater, ele é o campeão invicto da Darkness. Ele sempre vence as lutas dele.

Eu não sabia o que eu estava esperando quando eu respondi a pergunta


do homem, mas não era o rosnado do rapaz à minha frente. — Esse maricas dá
sorte nas lutas dele.

Fiquei instantaneamente louca.

— Então só acontece dele ter sorte em todas as lutas? — perguntei ao


rapaz quando olhei para longe do homem ao meu lado. Fiquei instantaneamente
consciente de que ele estava de alguma forma relacionado com o homem ao meu
lado, porque ele parecia tanto com ele, apenas uma versão mais jovem.

— Ele é um maricas, cadela. — o rapaz resmungou.

Eu olhei de volta para ele. — Bem, você sabe o que dizem? Você é o que
você come.

O rapaz sorriu para mim, enquanto os outros dois homens caíram na


gargalhada. Eu pulei um pouco quando o homem ao meu lado colocou o braço
dele por cima do meu ombro enquanto ele ria. — Tire uma foto minha com esta
beleza irlandesa. Não é sempre que alguém cala a boca do meu sobrinho.

Olhei para o homem enquanto o outro homem mais velho do outro lado
da mesa tirava uma foto com seu telefone. Eu olhei para ele, então, quando ele
começou a bater nele estendeu para entregá-lo de volta para o homem ao meu
lado.

Referir a eles apenas como 'homens' estava machucando minha cabeça,


então eu perguntei: — Qual é seu nome?
O homem ao meu lado abriu a boca para falar, quando o telefone tocou
em sua mão, fazendo com que um sorriso iluminasse seu rosto. — Eu acho que
ele nunca me ligou de volta tão rápido antes. — ele riu, em seguida, atendeu ao
telefone e disse: — Nico, meu filho, como você está?

Minha atenção estava no homem ao meu lado quando ele disse o nome
de Nico.

O homem segurou o telefone longe de sua orelha um pouco quando um


grito saiu do receptor. O homem acenou com a cabeça para o outro do outro
lado da mesa. Após o aceno, aquele homem se levantou e caminhou na direção
do corredor onde todos os quartos privados estavam. Franzi meus olhos quando
eu o assisti desaparecer pelo corredor; fiquei olhando nessa direção esperando
ele reaparecer, e quando o fez, ele estava arrastando o corpo de uma pessoa
pelas suas pernas em nossa direção.

— Oh meu Deus. — eu grite de horror com o que eu estava vendo.

O homem ao meu lado, de repente agarrou meu cabelo com a mão e


rosnou. — Bronagh, eu não gosto de grito então pare, ou eu vou cortar sua
língua, sua escolha.

Eu estava respirando pesadamente enquanto eu fechava a minha boca.

— Boa menina. — disse o homem, então riu. — Você treinou bem a sua
cadela, Nico, eu estou orgulhoso de você, filho. Sua mulher sabe o lugar dela.

Comecei a chorar quando o homem arrastando o corpo masculino pelas


pernas se aproximava da cabine. Eu podia dizer que era um homem e quanto
mais se aproximava, notei mais coisas. Franzi minha sobrancelha e pisquei
através das minhas lágrimas quando eu reconheci quem era a pessoa. Apertei os
olhos para ver melhor e quando o rosto da pessoa veio à tona eu gritei e tentei ir
até ele.

— Damien! — eu gritei.
Ele estava inconsciente no chão e seu rosto estava todo destruído. Se você
não soubesse quem ele era não seria capaz de reconhecê-lo; do tanto que seu
rosto estava inchado.

— Cala a boca, vadia, você fica melhor quando sua boca está fechada. — o
homem que agarrou meu cabelo rosnou.

Ele me puxou pelos cabelos até que eu estava de pé na cabine. Ele me


virou e me empurrou para frente, até que aterrissei no rapaz mais jovem cujas
mãos me agarraram e puxaram para ele, então minha bunda foi diretamente na
sua virilha.

— Porra, você tem algum traseiro. — ele comentou fazendo meu


estômago embrulhar. — Marco, por favor, deixe-me testar este.

Eu arregalei meus olhos enquanto olhava para o homem que estava


sorrindo para mim e ainda segurava o telefone no ouvido. — Esteja aqui em uma
hora ou eu mato a menina e paraliso seu irmão. — ele desligou e deixou cair seu
telefone em cima da mesa na minha frente.

— Marco Miles? — eu sussurrei.

Ele sorriu e perguntou: — Nico falou sobre mim, então?

Eu levantei o meu queixo. — Ele me disse tudo sobre você. — rosnei.

Marco riu. — Espero que tenha sido tudo de bom?

Eu enrolei meu lábio em desgosto fazendo-o rir quando ele caiu de volta
para a cabine. — Eu pensei que esta viagem a este país não valeria a pena.
Imaginei que seria difícil manter Nico e seus irmãos empregados, mas você e
Damien tornaram muito fácil. Damien deixou Darkness, assim que nós
chegamos assim foi fácil agarrá-lo. Então, quando nós fomos colocá-lo em um
dos quartos dos fundos, Trent a encontrou desmaiada. Um dos seguranças
identificou você e simplesmente aconteceu de mencionar de quem você era
namorada. — Marco riu. — Essa senhora sorte vagabunda está sendo muito boa
para mim, você não diria isso?
Eu processei o que ele disse e minha mente permaneceu em uma coisa, o
nome Trent. Olhei por cima do ombro para o babaca que estava esfregando
minhas coxas e perguntei: — Trent Miles?

Ele sorriu para mim. — Em carne e osso, vadia.


—V ocê deveria estar

morto! Damien matou você! — eu gritei e lutei nos braços de Trent.

Marco riu do outro lado da mesa. — Não, Damien atirou no ombro dele, e
eu disse a Ryder que foi no coração, e que ele estava morto. Eu estava prestes a
perder os meninos e depois de seus pais, eu os preparei por toda a vida para
nossa linha de trabalho, eu não podia deixar isso acontecer. Então, quando eu
tive a oportunidade de colocá-los onde eu queria, eu peguei com as duas mãos.

Eu olhei para ele com nojo. — Você fingiu que seu sobrinho estava morto
apenas para que você pudesse segurar os irmãos e fazê-los trabalhar para você?

Marco sorriu. — Genial, não foi? Os irmãos Slater são nada além de leais
uns com os outros. Eles desistiriam de qualquer coisa para manter um ao outro
em segurança, e ter a vida de Damien em minhas mãos me deu a vida deles em
troco. Eu possuo aquela família.

Eu balancei minha cabeça. — Eles querem sair. Dominic me disse que


estavam cortando os laços com você!

Marco bufou. — Sim, ele me falou isso também, mas eu não estou muito
feliz com os meus melhores garotos pulando do barco. Cada um deles me
proporciona uma renda substancial, e eu realmente gosto do meu dinheiro,
então nós só temos que falar sobre estender seus contratos de trabalho em vez
de encerrá-los.

Senti vontade de vomitar. — Você não pode fazê-los trabalhar mais para
você. Trent não está morto; você inventou algo para eles que não existia, a fim
de mantê-los na linha!

Marco riu de mim novamente. — Isso foi uma ilusão; o que realmente os
segurou foi a ameaça sobre eles de matar o irmão deles, e ainda os segura... a
ameaça de matar você é nova, mas eu tenho certeza que vai se provar ser tão
eficaz quanto.

Ele estava malditamente louco!

— Você não vai escapar dessa! — eu rebati.

Trent riu, e agarrou meu cabelo. — Ele já escapou. — ele disse enquanto
deu um golpe na parte de trás da minha cabeça fazendo com que as trevas me
consumissem imediatamente.

Acordei quando alguém chamou meu nome. Eu gemi, mas não


respondi. Eu estava com uma dor de cabeça assassina e só queria dormir até que
ela fosse embora, mas a pessoa me chamando não ia permitir que isso
acontecesse.

— O que? — eu resmunguei.

— Bee? Acorde, por favor.


Eu gemi quando abri meus olhos, e eu dei uma olhada ao redor até que eu
percebi que eu não estava no meu quarto. Eu me lancei para cima e agarrei a
parte de trás da minha cabeça quando a dor preencheu. Eu afastei minha mão e
encontrei um pouco de sangue, fresco e duro, sobre ela.

Que porra é essa?

— O que aconteceu? — eu perguntei quando eu olhei em volta.

Eu senti um braço ao redor da minha cintura, me fazendo pular. Eu olhei


para a pessoa que estava me segurando e engasguei. Eu sabia que era Damien,
mas seu rosto estava tão inchado e desfigurado que estava difícil de reconhecê-
lo.

— Damien. — eu choraminguei e joguei meus braços ao redor dele. Ele fez


uma careta, mas me apertou com o braço que já estava na minha cintura.

— Você está bem? — eu chorei quando me afastei dele.

Ele acenou com a cabeça enquanto eu escovei os cabelos de seu rosto e


beijei sua testa. — Vai ficar bem, eu prometo.

Ele me apertou novamente. — Eu sei.

Eu olhei para ele, enquanto as lágrimas escorriam pelo meu rosto. — Eu


sinto muito por tudo o que eu te disse. Você ainda é um idiota, mas o que eu
disse foi errado.

Damien riu, mas seu rosto não lhe permitiu sorrir. — Cala a boca, Bee,
você estava certa sobre tudo o que disse e eu só reagi daquela maneira porque
eu sabia que era verdade, e eu odiei. Nunca quis ser como os meus pais, e as
merdas que eu estou fazendo só provam que eu sou.

Eu fiz uma careta enquanto olhava para ele.

— Eu não me ponho no caminho de quebrar corações. Eu realmente não


me ponho no caminho para ter qualquer coisa a ver com o coração, mas algumas
garotas se apegam a mim. Eu juro que nunca quis machucar Alannah. Eu sei
que isso vai me fazer soar como um idiota. Eu sou um idiota, mas eu só queria
estar com ela. Ela é diferente.

Dei-lhe uma olhada. — Essa é a sua maneira enigmática de dizer que você
gosta de Alannah?

Damien deu de ombros, mas não respondeu.

Olhei ao redor do cômodo em seguida e gemi. — Eu não posso acreditar


que eu fui nocauteada.

— Conte-me sobre isso. Eles fizeram isso em mim depois que eu estava
nocauteado, maricas de merda! — Damien rosnou.

Eu balancei a cabeça, em seguida, fiz uma careta. — A parte de trás da


minha cabeça está pulsando e sangrando também.

Damien me virou então fiquei de costas, e ele colocou as mãos


suavemente sobre o meu pescoço e inclinou a cabeça para frente. Ele moveu os
dedos pelo meu cabelo e parou quando eu assobiei com dor. — Não é um corte
profundo, e está começando a coagular. Posso sentir todo o sangue seco.

Eu respirei aliviada. — Graças a Deus por isso.

— Quem te bateu? Marco? Vi seu rosto antes de ser atingido.

Engoli em seco e me virei para Damien. — Não foi Marco, Damien... foi
Trent.

As sobrancelhas de Damien levantaram, e sua boca abriu.

— Trent... Trent Miles? — Damien balbuciou.

Eu assenti. — Ele não está morto. Marco contou que apenas fingiu para
que pudesse manter a ameaça de lhe matar sobre as cabeças dos seus irmãos.
Ele mentiu para todos vocês, Damien.

Damien olhou para mim por um momento e depois virou a cabeça e


olhou para o espaço. Eu estava prestes a perguntar se estava bem, quando ele
disse: — Nos últimos três anos e meio eu vi o rosto dele todas as noites quando
ia dormir. Eu estava convencido de que ele estava me assombrando pelo o que
eu fiz para ele, mas agora eu percebo que tem sido apenas na minha cabeça.

Eu engoli o caroço que se formou na minha garganta e disse: — Você


pode deixar tudo isso ir agora.

Damien acenou com a cabeça, em seguida, olhou para mim e perguntou,


assim que a porta do quarto em que estávamos se abriu. — Será que ele
realmente está vivo?

Risadas na porta nos fizeram olhar naquela direção. Eu levantei o meu


queixo quando eu o vi, enquanto Damien só olhava, com a boca aberta. Trent
sorriu para Damien e apontou para si mesmo com os braços abertos e disse: —
Eu estou realmente vivo. Sentiu minha falta, amigo?
—P arece que eu

tenho que aperfeiçoar a minha mira. — Damien rosnou, fazendo Trent dar
risada.

Ele bateu no ombro dele e retrucou. — Estou feliz por você ter uma mira
de merda. As coisas não teriam funcionado para mim se fosse de outro modo.

Damien ficou de pé, mas congelou quando Trent sacou uma arma e
apontou para ele. — Oh, dejà vu. Será que esta cena o lembra de alguma
coisa, mano?

Eu zombei com nojo quando me levantei da cama e agarrei o braço de


Damien. — Deixe-nos em paz. — eu disse.

Trent sorriu para mim e acenou para trás. — Não posso fazer isso, baby.
Tio Marco quer bater um papo.

Ele fez um gesto com a arma para que saíssemos do quarto. Damien
segurou firme a minha mão enquanto obedecemos sem discutir. Eu estava
tremendo como uma folha por saber que Trent estava atrás de nós com uma
arma de verdade na sua mão; estava esperando um estrondo sair a qualquer
momento.
Quando Damien e eu reentramos no clube pelo corredor, nós
caminhamos até a cabine onde estávamos mais cedo e só ficamos lá enquanto
Marco recebia uma dança no colo de uma das meninas que eu tinha visto
dançando antes. Movi um pouco para trás de Damien quando Marco lançou
seus olhos para mim e piscou. Ele riu quando me viu tentando esconder. Então
ele deu um tapa na bunda da garota que estava dançando em cima dele e disse
para ela sair, o que ela fez sem uma palavra.

Olhei ao redor do ambiente e notei dois grandes homens caminhando em


direção aos quartos privados só para ficar do lado de fora do corredor como
Skull e seu amigo segurança estavam no início da noite, um deles era o homem
que arrastou Damien para fora dos quartos mais cedo. Eu afastei meu olhar
deles e encarei Damien quando ele começou a ficar tenso ao meu lado.

— Você me deixou acreditar que eu o matei! — ele rosnou para Marco.

Marco acenou com a cabeça e disse: — Eu deixei.

Eu queria dar um soco nele.

Ele respondeu a essa pergunta casualmente, como se aceitasse uma


xícara de chá de alguém.

— Só para manter a minha família no negócio? — Damien perguntou, sua


voz cheia de veneno.

Marco deu de ombros quando ele acendeu um cigarro, inalou, exalou, e


soprou a fumaça na nossa direção fazendo-me tossir um pouco. — Seus irmãos
nasceram para esta linha de trabalho, literalmente. Ouvi dizer que ultimamente
você tem um jeito de conseguir bocetas apenas piscando. Eu poderia te amarrar
ao que Alec faz se você estiver interessado? Irmãos sob encomenda, será o meu,
ou seu, próximo grande sucesso.

Marco, Trent e os dois homens em toda a sala riram com isso, então eu os
encarei furiosamente.

— Você é nada além de um canalha! — eu rebati.


Então Damien ficou totalmente na minha frente, o que só fez Marco rir.

— Acalme-se, loiro. Eu não vou tocar a cadela do seu irmão gêmeo.

Damien olhou para Marco. — Ele vai te matar por isso, eu espero que
você saiba. Arrastar-me para cá foi o primeiro golpe, nocautear Bronagh foi o
segundo, e usar a vida dela como uma moeda de troca para mantê-lo no negócio
é a porra do terceiro.

Marco tinha um olhar entediado sobre ele. — Eu posso ser muito


persuasivo, Damien.

Damien balançou a cabeça. — Você não será capaz de passar a conversa


dessa vez, ou inventar uma merda de história como você fez com Trent. Nós não
somos as mesmas pessoas as quais vocês se aproveitaram em New York.

Marco ergueu as sobrancelhas e olhou para Damien. — Vocês são os


homens que são hoje, porque eu os fiz assim, porra.

— Que é exatamente porque isso vai explodir na sua cara, sabemos todos
os truques do seu comércio. Cada um dos meus irmãos conhece os meandros de
como você faz negócios; eles fazem todo o trabalho enquanto você senta e colhe
os frutos. Você não seria nada sem eles!

— Nada? — Marco rugiu. — Quem diabos construiu este império? Eu!

Damien bufou. — Você e meu pai, até que subiu à cabeça. A cabeça dele
está cheia de chumbo agora e acredite em mim quando eu digo, logo a sua
estará.

Parecia que Marco estava prestes a bater em Damien até que ele riu e
balançou a cabeça, em seguida, olhou para Trent e deu de ombros. — Eu acho
que esse lado dele era o que a putinha tanto amava.

Franzi minhas sobrancelhas porque eu não tinha ideia sobre quem ou o


que ele estava falando e nem Damien. Trent bufou para as nossas expressões e
disse: — Ela só gostava dele por causa da cor do cabelo, e é exatamente por isso
que eu coloquei uma peruca loira no meu túmulo com ela. Ninguém pode dizer
que eu não dei nada para a cadela.

Mais uma vez, o que?

— Quem você enterrou no túmulo de Trent se ele está aqui? — Damien


perguntou, sua voz tremendo.

Trent apenas sorriu para ele, o que fez meu coração bater mais rápido do
que já estava.

— Quem você enterrou se ele está vivo? — Damien gritou.

Marco sorriu. — Aquela pequena garota asiática que você estava


namorando ou fodendo. Qual era o nome dela... Gala? Ela veio para a casa
procurando por você um dia após o ‘incidente’ e deu de cara com Trent sendo
tratado por um médico. É claro que eu não podia deixá-la sair de lá viva. Ela
teria dito que Trent estava vivo, e então eu não seria capaz de ganhar dinheiro
com o talento de Dominic. Seus irmãos fazendo a merda para mim era um extra,
mas ter Dominic onde eu queria foi o meu verdadeiro prêmio. Depois que eu vi
as imagens dele atacando Trent na CCTV, antes de você atirar nele, eu soube
que o seu irmão era um lutador nato. Outro ponto positivo era que o corpo da
garota tinha o peso que eu precisava para o caixão que era para Trent. Ela
provavelmente pesava tanto quanto ele naquela época.

Marco e seus capangas riram enquanto Trent rosnou. — Foda-se, eu era


um magrelo!

Marco continuou a rir antes de voltar para Damien cujo rosto estava tão
vermelho, que eu pensei que sua cabeça ia estourar.

— Você matou Nala e a enterrou no túmulo de Trent? — ele perguntou


baixo, porque sua voz estava tremendo.

Marco estalou os dedos. — Nala, é esse o nome dela! Garotinha bonita,


lutou com honra.
Eu quase perdi Damien quando ele se moveu; ele era quase tão rápido
quanto Dominic quando agredia alguém. No entanto, ele não foi rápido o
suficiente, porque quando ele acabou de se aproximar de Marco, o homem que
estava do outro lado da sala, no corredor, disparou para frente e bateu
repetidamente na cara de Damien com a coronha de sua arma. O outro homem
apareceu ao meu lado e agarrou meu cabelo com a mão para me manter quieta.

— Damien! — eu gritei e tentei seguir em frente para ajudá-lo, mas o


puxão no meu cabelo apertou, fazendo com que fios fossem arrancados da
minha cabeça. Eu uivava de dor e tentei chutar para trás no idiota que me
segurava, mas isso só resultou em ser arrastada pelo chão por meu cabelo, o que
machucou ainda mais do que apenas o puxão.

— Deixe-a ir! — a voz de Damien gritou justo quando um joelho foi


pressionado na parte de trás do meu pescoço me prendendo no chão cortando
meu suprimento de oxigênio.

— Matt, eu preciso dela viva. Nico não será razoável se ela estiver morta!
— Marco estalou quando comecei a me debater com os braços e pernas,
tentando me libertar para que eu pudesse respirar novamente.

A queimação que estava se formando no meu peito foi subitamente


aliviada quando o bandido que estava me prendendo no chão aliviou pressão do
joelho de Matt. Engoli em seco e engasguei com o ar quando ele me largou
completamente, em seguida, levantei minhas mãos para a parte de trás do meu
pescoço e abaixo do lado esquerdo, porque essas partes estavam latejando e
doendo muito.

Deitei-me no chão por um momento e me encolhi quando senti uma mão


envolver o meu braço.

— Sou eu, Bee. — disse a voz de Damien.

Eu olhei para ele e choraminguei. Ele estava sangrando em ambas suas


narinas, tinha um grande corte acima da sobrancelha e o lado esquerdo do seu
maxilar e olhos estavam inchados; ele parecia destruído. Estendi a mão e corri
os dedos sobre o inchaço antes de choramingar e me inclinar para ele. Ele me
içou para o seu colo e me segurou com força, me balançando da esquerda para a
direita.

— Vai ficar tudo bem, Bee, ele virá para nós. — Damien sussurrou e
beijou o topo da minha cabeça dolorida.

Eu sabia que ele estava falando sobre Dominic, e orei para que ele
estivesse certo. Se Dominic não chegasse aqui em breve eu acho que as coisas
não iam acabar muito bem. Eu não acho que Marco estava nos mantendo em
cativeiro apenas para um bom e velho bate-papo sobre o passado dos rapazes.

— Você está fodendo a garota de seu irmão, D? Seria incrível se você


estivesse. — a voz de Trent riu.

O aperto de Damien aumentou. — Não.

Olhei para Trent enquanto ele riu de novo e disse: — Sempre o protetor
das mulheres. Essa característica particular fez você nadar em boceta quando
éramos crianças. Fico feliz em ver que nada mudou.

Eu fiquei com nojo quando Trent balançou a cabeça em minha direção


como se a única razão pela qual Damien estava tentando me manter a salvo era
porque ele queria fazer sexo comigo.

— Ele é uma boa pessoa, seu idiota fodido. Ele não precisa de um motivo
para manter as pessoas a salvo! — eu rebati, e, em seguida, tive um acesso de
tosse, porque a minha voz estava rouca, e minha garganta estava me matando
muito.

Trent estalou os dentes para mim. — Diga fodido mais uma vez, baby. Seu
sotaque me tem amarrado em nós aqui.

Eu enrolei meu lábio com nojo. — Você é uma criatura desprezível.

Trent sorriu para mim. — Você não viu nada ainda, baby. Vamos ver
quais nomes que você vai me chamar depois que eu foder essa sua boca
inteligente.
Meu estômago embrulhou enquanto Damien nos levantou. — Toque-a, e
eu vou te matar de verdade dessa vez!

Trent desviou seu olhar de mim para Damien e seu rosto endureceu. —
Oh, eu vou tocá-la; parece que eu tenho uma necessidade de foder as cadelas
dos Slater. Nala era uma lutadora, mas aposto que essa pequena irlandesa vai
me dar um inferno de um tempo.

Eu arregalei meus olhos não porque ele disse que ia me estuprar, mas
porque ele acabou de admitir que estuprou Nala. Damien estava mortalmente
parado, então me movi diretamente para o seu lado e agarrei nele quando ele
olhou para Marco que estava assistindo nós três com uma diversão leve.

— Você disse que a matou. — disse Damien para Marco.

Marco sacudiu a cabeça. — Eu nunca falei isso. Eu disse que eu não podia
deixá-la sair da minha casa viva. Ela morreu naquele dia, mas não por minha
mão; ela morreu pela dele.

Deixei escapar um gemido quando Marco acenou para um Trent


sorridente, que estava olhando para Damien com uma presunção que me fez
sentir fisicamente doente.

— Eu sabia que você a amava e depois que ela me rejeitou, qual a melhor
vingança que eu poderia ter por você quase me matar? Matar o seu coração, é
claro. Ela gritou muito, tão alto que eu quase quis dar uma coronhada nela,
mesmo antes de acabar de fodê-la, mas eu não fiz. Eu dei um tiro em todos os
seus buracos antes de estourar seus miolos, literalmente.

Eu nem sequer tentei segurar Damien quando ele se soltou de mim e


agrediu Trent. Ninguém foi rápido o suficiente para impedi-lo de chegar ao seu
alvo desta vez. Ele colidiu com Trent e jogou os dois para o chão. Se eu fingisse
que o cabelo de Damien era castanho, eu teria jurado que eu estava assistindo
Dominic bater em alguém, porque Damien estava dando socos exatamente
como ele.
Damien conseguiu dar cerca de cinco ou seis golpes antes dos homens de
Marco interviessem e o puxasse de Trent.

— Ela estava com dez semanas de gravidez! — Damien gritou quando ele
tentou se libertar do aperto dos homens e agredir Trent novamente.

Coloquei minha mão sobre minha boca e deixei as lágrimas que


encheram meus olhos caírem pelo meu rosto. Damien soltou um grito
masculino que quebrou meu coração e me fez chorar por ele e por Nala.

Ela estava grávida quando ela foi estuprada e assassinada?

Oh, meu Deus!

— Eu vou matar você por isso! — Damien jurou a Trent, que estava se
levantando do chão e limpando o sangue do seu nariz e do seu lábio.

Trent olhou para Damien e deu um sorriso tão malvado que me fez
estremecer. — Então, eu matei sua cadela e seu filho? Foda-me, fale sobre matar
dois pássaros com uma pedrada, ou uma bala, tanto faz.

Damien rugiu novamente e tentou sair do aperto dos braços que estavam
sobre ele, mas ele não conseguiu. No entanto, ninguém me segurava ou estava
prestando atenção em mim, assim com raiva e tristeza por Nala eu agredi Trent
e cravei minhas unhas em seu rosto e arranhei com toda a minha força. Trent
gritou tão alto e me empurrou para longe dele e para o chão, mas era tarde
demais. Eu já tinha atacado o rosto dele com arranhões profundos e cortes que
iam deixar cicatriz não importa quantos pontos ele conseguisse.

Eu ri, mas depois gritei quando ele soltou um rugido e me deu um


pontapé no estômago com tal força que me levantou e me fez vomitar por todo o
chão.

— Eu vou fazer você gritar, cadela. Você vai ver o quanto eu posso ser
uma criatura desprezível. — Trent rosnou para baixo enquanto ele estava em
cima de mim com sangue escorrendo do seu pescoço e sob a camisa dos cortes
que eu fiz.
Ele fez um movimento para me bater de novo, mas parou quando Marco
apareceu sobre mim e agarrou o braço dele levantado, impedindo seus
movimentos.

— Basta! Preciso dela viva. Quantas vezes eu tenho que dizer isso
caralho? — Marco estalou para Trent.

Trent abaixou a mão quando Marco o soltou e engoliu. — Mas tio...

— Nada de mas, você não pode ter esta. Esta pertence a Nico e eu preciso
dele e ele precisa dela, então ela está fora dos limites. Você entende isso, rapaz?
— Marco perguntou a Trent, seu olhar agora furioso.

Trent acenou com a cabeça e engoliu em seco novamente. — Sim, senhor.

Marco suspirou um pouco, em seguida, acenou com a mão para dois


homens que estavam de guarda sobre um Damien choramingando. Eles o
deixaram cair no chão e caminharam em direção ao corredor e para os quartos
privados.

— Se você se comportar até o final dessa reunião, então você pode pegar
esta para brincar.

Eu cuidadosamente me ergui para sentar estremecendo com a dor no


meu lado para que pudesse olhar acima de Marco e ver com quem ele estava
falando. Eu senti vontade de vomitar de novo quando o corpo inconsciente de
uma mulher foi arrastado para dentro da sala e caiu a poucos metros de mim.

— Alannah! — eu choraminguei quando vi o rosto dela. Eu, então, me


arrastei até seu corpo e meus dedos foram imediatamente para a garganta à
procura de um pulso, e quando eu achei um eu gritei de alívio.

— Ela está viva? — Damien gritou.

— Sim. — eu falei de volta para ele e recolhi Alannah em meus braços


antes de olhar para Marco, desafiando-o com os meus olhos a tentar deixar
Trent levá-la de mim.
Marco parecia saber o que eu estava pensando, porque ele riu e balançou
a cabeça para mim. — Eu gosto de você, garota. Você tem coração, mas eu não
tenho certeza se isso faz de você corajosa ou estúpida.

Eu olhei para ele e disse: — Provavelmente ambas.

Ele apontou o dedo para mim. — Definitivamente gosto de você.

— Sim, bem, eu odeio você porra! — eu rosnei.

Marco bufou. — Você não seria a primeira ou a última a me odiar, garota.

Segurei firme em Alannah e olhei para Damien quando ele se arrastava


até nós. Ele mal conseguia se arrastar, mas ele conseguiu se colocar na frente de
Alannah e eu, o que me fez chorar ainda mais do que já estava. Eu estava
tremendo com Alannah em meus braços, tinha vômito e sangue em mim e senti
como se estivesse prestes a cair a qualquer momento, mas eu me forcei a ficar de
pé. Eu não podia permitir que Trent a pegasse e a arrastasse para um dos
quartos privados. Eu morreria antes de deixar isso acontecer.

Trent estava rindo do nosso pequeno amontoado, mas parou quando


ouviu o barulho de tiros vindo da escada na entrada de Darkness; as portas
estavam ligeiramente abertas nos permitindo ouvi-los. Agarrei Alannah, peguei
o braço de Damien e dei um aperto.

Olhei para Marco e o encontrei sorrindo quando ele disse. — Os irmãos


Slater estão aqui.

Trent se moveu nas sombras à minha esquerda, enquanto os homens de


Marco puxavam as armas de dentro de seus casacos. Marco, também, tirou um
revólver. Vinte segundos se passaram antes que as portas da entrada para a
escadaria fossem totalmente abertas. Eu senti meu coração pular quando
Dominic, Ryder, Alec e Kane entraram com armas nas mãos. No entanto, eles
não levantaram e apontaram para ninguém, e eu tinha certeza que era porque os
homens de Marco estavam parados sobre Damien, Alannah, e eu
com suas armas apontadas para nós.
Eu olhei para os irmãos e fiz contato visual com Dominic que parecia que
estava tendo uma batalha interna consigo mesmo; eu dei-lhe um pequeno
sorriso e balbuciei: — Eu te amo. — apenas no caso de ser a minha última
chance de dizer a ele.

Seus olhos nadaram com emoção antes dele os desviar de mim para
Marco e seu rosto se transformar em um com raiva. — Deixe meu irmão, minha
namorada e sua amiga irem, e eu não vou te fazer sofrer quando eu te matar.

Marco riu quando ele se sentou na cabine e eu decidi que eu


sinceramente odiava. — Você não me viu em meses e essa é a saudação que você
dá ao seu tio?

— Você não é nada para nós! — Kane rosnou.

Eu arregalei meus olhos, chocada com o quão diferente sua voz soou. Ele
estava absolutamente aterrorizante, agora que ele não estava sorrindo. Parecia
que se tivesse chance, Marco e todos os seus homens seriam mortos. Olhei para
Marco quando ele riu e balançou a cabeça para ele; ele só estava os irritando
mais por rir.

Fiquei um pouco tonta depois e me senti inclinar um pouco, mas a perna


atrás de mim me sustentou. O homem que estava atrás de mim assobiou para
chamar a atenção de Marco, e quando conseguiu ele disse: — Ela vai desmaiar a
qualquer minuto.

— Coloque-a aqui, então. — Marco estalou.

Damien tomou posse de Alannah quando o homem que estava atrás de


mim me levantou e me segurou enquanto me levava à cabine onde Marco estava
sentado. Eu imediatamente caí para frente, sobre a mesa, e o rugido de Dominic
mal foi registrado por mim.

— Dá um tempo, mano. Ela levou uma pancada na cabeça, mas ela está
bem. — a voz de Trent cantou alegremente.

— Trent? — todos os irmãos disseram em uníssono. Eu não podia vê-los,


mas eu podia ouvir o choque em suas vozes.
— Feliz em me ver? — Trent riu.

— O que diabos está acontecendo? — Alec gritou.

— Eu vou te dizer. — Damien rosnou do chão. — Marco mentiu quando


disse que eu matei Trent. Ele só queria uma maneira fácil de puxar vocês quatro
para dentro do negócio, e dizer que trabalhar para ele seria uma proteção para
mim foi a oportunidade perfeita.

— Mas nós enterramos o idiotinha. — a voz de Ryder estalou.

— Não. — disse Damien, sua voz oca. — Nós enterramos Nala. Trent a
matou quando ela descobriu que ele não estava realmente morto.

A sala se encheu de silêncio até que Trent disse: — E a puta estava


grávida de seu filho também. Fale sobre a sorte de merda dela.

— Grávida? — os irmãos balbuciaram.

— Ela me disse no dia que a nossa mãe e pai foram mortos. —Damien
falou, infeliz.

— Foi por isso que você esteve distante? Não por causa da mãe e do pai,
mas por causa de Nala? — perguntou Dominic.

— Eu pensei que ela tinha ido embora de propósito com o meu filho,
porra, então sim, eu estive confuso sobre isso, mas agora eu sei que ela está
morta, assim como meu filho. Ter este canalha me assombrando todas as noites,
porque eu pensava que o tinha matado não foi divertido também.

— Isso faz de mim o homem dos seus sonhos, D? — a voz de Trent


perguntou.

Forcei a abrir meus olhos quando Marco riu baixinho. Ele não estava
olhando para mim; ele estava olhando para Damien e Alannah. Ele tinha sua
arma em cima da mesa, próxima a ele, mas não na sua mão. Ou era arrogante ou
simplesmente estúpido, porque todos os irmãos tinham armas em suas mãos, e
ele estava sentado na cabine com sua arma apenas casualmente em cima da
mesa na sua frente como se eles não fossem uma ameaça.
Ou ele pensou que eu estava inconsciente, ou não achava que eu iria fazer
uma jogada com a sua arma. Ele estava errado em ambas as contagens, porque
assim que ele levantou a mão para alcançar mais um cigarro no bolso do casaco,
eu atirei a minha mão para frente e peguei a arma.

Eu me atrapalhei com ela por um segundo, mas uma vez eu consegui


agarrar no cabo, eu coloquei meu dedo no gatilho e a apontei diretamente para a
cabeça de Marco. As sobrancelhas de Marco quase tocaram a linha dos seus
cabelos quando ele olhou para o cano da sua própria arma. Então ele desviou os
olhos para mim, sorriu e disse: — Porra, irlandesa, você com certeza sabe como
jogar com um homem.

Eu forcei meus olhos a permanecerem abertos e meu braço para segurar


a arma. — Diga aos seus homens para se afastarem ou eu juro por Deus, eu vou
puxar o gatilho e matar você. Eu não tenho medo de fazer isso.

— Fique onde você está! — ouvi um dos homens do Marco rosnar.

— A menos que você queira o cérebro do seu chefe em todo o lugar, eu o


aconselho a me deixar ir até a minha garota ou ela irá matá-lo. Confie em mim.

Trent rosnou atrás de Damien e Alannah. Ele entrou plenamente na


minha visão e cuspiu na minha direção, antes de dizer: — Ela está blefando, ela
não tem o que precisa para puxar o gatilho.

— Eu não colocaria dinheiro nisso. — a voz de Kane disse quando ouvi


passos vindo atrás de mim.

— Ei, menina bonita. — disse a voz de Dominic à minha direita quando


ele deslizou para dentro da cabine ao meu lado.

Minha mão estava tremendo e havia lágrimas em meus olhos.

— Eu poderia matá-lo e fazer tudo isso ir embora, eu poderia. — eu disse


para Dominic sem desviar o olhar de Marco, que na verdade começou a ficar
nervoso.
— Eu sei que você pode babe, mas este pedaço de merda não vale a pena.
— disse Dominic e cuidadosamente chegou até mim.

Inclinei-me um pouco para longe dele. — Ele quer levá-lo para longe de
mim, e eu não vou deixar. Você é meu, não dele!

Eu podia sentir Dominic se aproximar de mim, ele beijou meu ombro e


sussurrou: — Eu já sou seu, menina bonita.

Então eu comecei a chorar.

— Dê-me a arma. — ele sussurrou. — É isso aí, boa menina.

Baixei meu braço um pouco para baixo, mas ainda tinha a arma na minha
mão quando um estrondo soou pela sala. Eu gritei e minha mão instintivamente
puxou o gatilho da arma, causando um estrondo ainda mais alto nos meus
ouvidos. Larguei a arma quando uma onda de choque de dor voou até meu
braço, eu pensei que de alguma forma tinha levado um tiro, mas depois de um
segundo, eu percebi que foi o rebote da arma que me machucou.

Quando mais tiros foram disparados ao redor da sala Dominic mergulhou


em mim e me cobriu com seu corpo. Eu senti como se estivesse sendo esmagada
por ele. Quando ele se afastou eu engasguei por ar e avidamente o suguei para
os meus pulmões.

Eu abri meus olhos e arregalei quando eu olhei para Marco, que ainda
estava sentado à minha frente na cabine, mas ele estava segurando seu ombro e
gemendo de dor. Engoli em seco e olhei ao redor de Dominic e encontrei os dois
homens de Marco no chão sem se mexer com manchas de sangue em seus
peitos. Trent estava no chão também, mas ele estava vivo; eu poderia afirmar
por causa do seu choro, e a maneira como estava se contorcendo de dor.

Olhei para trás para Marco e ampliei meus olhos quando o sangue
começou a ensopar o material de sua camisa, mesmo que sua mão estivesse
pressionada contra o ferimento de bala em seu ombro.

Eu atirei nele, eu realmente atirei em alguém.


Oh, meu Deus.

— Eu não queria, levei um susto e...

— Bronagh! — Dominic retrucou, me cortando. — Está tudo bem babe,


vai ficar tudo bem.

Eu balancei minha cabeça. — Nós vamos para a prisão, aqueles homens...

— Serão eliminados, assim como Marco e Trent quando terminarmos


com eles.

Eu virei minha cabeça na direção da voz de Kane e me senti tremer sob


seu olhar. — Nós não vamos ter problemas, então? — eu perguntei.

Ele sorriu para mim e, por algum motivo, com apenas um pequeno
sorriso dele, as coisas não pareciam estar tão confusas.

— Eu fiz muito mais para este babaca do que apenas machucar pessoas
Bronagh. Ele está prestes a ter a experiência de me ver exibir totalmente meus
'serviços'.

Tudo bem, esqueçam o que eu disse, as coisas estavam além de


bagunçadas pra caralho.

— Nico, Kane... podemos falar sobre isso. — disse Marco, em seguida,


gritou de dor quando Alec se virou para a cabine e pressionou um dedo na ferida
de Marco, fazendo-me quase vomitar.

— De todas as coisas na lista de coisas a fazer, Marco, falar com você não
será uma delas.

Oh, meu Deus.

Senti-me inclinar novamente quando braços me cercaram. — Traga


Alannah para o quarto que eu vou colocar Bronagh. Eles são à prova de som,
então elas não vão ouvir nada se acordarem.

Oh, meu Deus!


Eu estava sendo levantada no ar e, depois de um minuto ou dois, eu fui
colocada para baixo em uma superfície macia que me fez gemer alto. Senti um
beijo na minha testa, em seguida, uma voz sussurrou: — Eu vou fazer tudo isso
ir embora, menina bonita.

— Nós não podemos deixá-las por muito tempo. Bronagh tem uma
concussão e Lana não acordou desde que aqueles idiotas a nocautearam.

Ouvi juntas estralarem antes de Dominic responder: — Confie em mim


mano, isso não vai demorar muito.

— Prometa-me uma coisa. — disse Damien para Dominic.

— O quê? — Perguntou Dominic.

— Deixe Trent para mim.

Minha mente escolheu aquele exato momento para apagar e me enviar a


um mar de escuridão.
— V ocê quer que

eu minta para minha melhor amiga, Dominic? — atirei para o meu namorado
irritante enquanto Branna estava atrás de mim escovando meu cabelo com
cuidado.

Eu não podia fazer isso sozinha, porque cada vez que eu tentava, as
cerdas da escova raspavam no meu ferimento na cabeça, o que doía como o
próprio inferno. Branna tinha cuidado, porém, então eu não importava com ela
fazendo isso, e essa era a única coisa com que eu não me importava que ela
fizesse. Desde que a merda bateu no ventilador, há uma semana na Darkness,
todo mundo me tratava como se eu fosse uma boneca de vidro.

Claro, eu fui atingida na cabeça e consegui um corte com isso. Claro que
eu recebi uma pequena concussão. E com certeza fui espancada e submetida às
mãos de um dos homens mais perigosos do mundo e tenho tido pesadelos com
isso desde então, mas eu não era essa porra frágil. Eu poderia alegremente lidar
com isso sozinha; só queria que todo mundo percebesse isso.
— Ela não sabe quem bateu nela, e não acordou até a manhã seguinte,
por isso é melhor mantê-la no escuro sobre o que aconteceu. Eu entendo que ela
é sua amiga, mas quanto menos pessoas souberem sobre o que aconteceu,
melhor. Ryder já cortou todos os laços com os parceiros de trabalho de Marco.
Todos acreditam que está desaparecido, e uma vez que Trent era tido como
morto durante todos esses anos, ninguém sabe sobre ele. Nós cuidamos dos
homens de Marco de cima a baixo, e limpamos cada parte da Darkness.
Ninguém sabia que ele estava na Darkness de qualquer maneira, pois ele voou
em seu próprio avião sem aviso prévio para nos pegar de surpresa. Essa merda
explodiu no rosto dele.

Eu balancei a cabeça; entendi, mas odiava falar sobre isso. Eu não pedi
por detalhes sobre aquela noite, e eu não os queria. Marco e Trent estavam
mortos, e isso era tudo que eu precisava saber para me sentir segura. Qualquer
outra informação sobre como morreram faria meus pesadelos atuais pior do que
já eram.

— Aí está. Cabelo está feito para que possamos, finalmente, ir pegar


nossas compras!

Eu gemi, Branna era a única pessoa que enfrentaria o centro da cidade de


Dublin na véspera do Natal. — Eu acho que os rapazes vão entender se não
tivermos presentes para eles abrirem amanhã de manhã depois de tudo o que
aconteceu esta semana.

Branna virou para mim e me prendeu com um olhar que me dizia para
calar a boca, então eu calei. — Eu não me importo se o próprio Jesus aparecer
na porta para o jantar, vamos recolher os presentes. Além disso, tudo está pago,
só precisamos pegá-los, e ponto final, entendeu?

Eu saudei. — Sim, mamãe.

Ela riu enquanto beijava meu ombro. Ela bateu em Dominic com o
quadril enquanto passou por ele na porta do meu quarto, o que o fez sorrir. Ele
olhou por cima do ombro e a viu ir, o que me levou a tirar o meu sapato e jogar
nele. Atingiu exatamente na sua cabeça e ele deu um grito.
— Sua puta de merda, o que foi isso? — Dominic estalou quando ele se
virou para mim.

— Olhando para a bunda da minha irmã, seu bastardo pervertido! — eu


rosnei.

Eu ouvi a risada de Branna vir do fundo do corredor e isso fez Dominic


sorrir quando coçou a cabeça e caminhou em direção à minha cama. — Por que
você e Branna sempre apontam para a minha cabeça quando jogam coisas em
mim? — ele perguntou quando quase caiu em cima de mim.

Eu grunhi e tentei me mover, mas ele não se mexeu. — Nós estamos


literalmente tentando colocar alguma sensatez dentro de você.

Dominic riu quando subiu ao meu lado e me puxou para perto dele. Ele
ficou em silêncio por um momento e depois disse: — Damien reservou o voo
dele.

Eu fiz uma careta; Damien estava voltando para a América uma última
vez para dizer adeus à Nala. Ele sabia que não poderia tirá-la do túmulo de
Trent, porque iria levantar muitas perguntas, então o melhor que podia fazer
era ignorar a lápide que estava gravada para Trent e colocar flores frescas para
ela.

Ele disse que voltaria para a Irlanda; ele me prometeu que faria. Ele
nunca prometeu quando, o que me deixou triste, porque eu sabia que no fundo
não seria tão cedo.

— Você sabe que ele está indo embora por um tempo, certo? — eu
murmurei para Dominic.

Ele acenou com a cabeça. — Eu sei, ele não vai voltar aqui pelo menos por
alguns anos, mas se isso o ajudar a ordenar sua cabeça, então, bom para ele.

— E se ele nunca mais voltar? — eu sussurrei e fechei minha boca quando


a minha voz tremeu.
Dominic apertou. — Ele vai voltar; esta é a nossa casa, Bronagh. Somos a
família dele... além disso, Lana está aqui e mesmo que ela tenha chutado suas
bolas ontem, quando ele tentou pedir desculpas pelo que tinha feito, ele ainda
vai voltar para ela. Chutá-lo nas bolas só colocou uma marca sobre as coisas.
Nenhuma menina vai se comparar a ela agora.

Eu bufei. — Eu ainda não posso acreditar que ela fez isso. Eu entendo
isso, mas ainda não consigo acreditar.

— Eu não sei o que há sobre a minha família, mas uma vez que uma
menina nos bate, fixamos nossa mira sobre elas. Você é um excelente exemplo
disso, você foi grosseira comigo desde o primeiro dia e me deu um tapa quando
eu tentei tirar uma aranha da sua bunda...

Eu lhe dei uma cotovelada no estômago o interrompendo. — Você é um


mentiroso de merda. Você estava tentando sentir a minha bunda, não tirar
alguma coisa dela!

Dominic encolheu os ombros e riu. — Eu amo essa bunda gorda.

Revirei os olhos e disse: — Eu convidei Gavin para o coquetel da véspera


de Natal hoje à noite, depois do nosso jantar de família então você tem que estar
no seu melhor comportamento, ou você não vai ter qualquer bunda gorda
novamente.

Ele resmungou. — Quer dizer que eu não estou autorizado a socar


qualquer cara que se aproximar de você? Nem mesmo o seu amigo?

Eu olhei para ele e sorri. — Quando as férias de Natal acabar e estivermos


de volta na escola, você pode direcionar os socos para Jason Bane do jeito que
você gosta.

Dominic soltou uma gargalhada. — Eu te amo, babe, mesmo que você


seja uma cadela um pouco má.

Revirei meus olhos e tracei os dedos sobre seu abdômen. — Eu também te


amo, babe, mesmo que você tenha virado meu mundo de cabeça para baixo.
— Mas de um jeito bom, certo?

Eu sorri e olhei para ele. — Do melhor jeito.

Ele piscou o que me fez bufar e dizer: — Bastardo arrogante.

Ele me virou de repente para cima e sorriu para mim, suas covinhas
acenando, quando ele disse: — Eu vou te mostrar uma coisa arrogante, menina
bonita.

Gritei sorrindo fazendo Dominic rir conforme ele tentava colocar as mãos
em minhas calças.

— Nem pense nisso, Nico. Vamos sair de casa em trinta segundos então
deixe-a em paz! — a voz de Branna gritou lá de baixo.

Dominic gemeu quando caiu ao meu lado e resmungou. — Sua irmã é


uma empata foda gigante, porra.

Eu bufei e inclinei beijando seu rosto. — Eu estarei de volta em breve.

— É melhor estar. — Dominic resmungou quando eu pulei da cama e


desci as escadas para a minha irmã impaciente.

— Nós estamos morrendo de fome. — Dominic gemeu pela décima vez


desde Branna e eu chegamos em casa da cidade há uma hora. Enquanto
preparávamos o jantar, demos aos rapazes o trabalho de embrulhar os presentes
que eles dariam para outras pessoas e que tínhamos pegado por eles. Eu os
chequei algumas vezes e encontrei cada homem adulto ou reclamando sobre o
processo atual de embrulho ou estourando as bolhas do plástico bolha que
demos a eles.

— Se você reclamar mais uma vez não vai ganhar qualquer jantar. — eu
retruquei para Dominic enquanto derramava o molho em nossa molheira.

Senti as mãos em meus quadris e um beijo na parte de trás do meu


pescoço. — Desculpe. — ele murmurou.

— Eu nunca ouvi você pedir desculpas tão rápido antes. — Branna riu à
minha direita.

— Ele vai pedir desculpas na velocidade da luz, se a boceta dele e


alimentos forem ameaçados. — disse Damien.

Eu rosnei quando eu olhei por cima do meu ombro para o irmão Slater
loiro. — Você é nojento.

Damien sorriu tanto quanto o rosto ainda inchado permitiu. — Você


ainda me ama.

Revirei meus olhos. — Só um pouquinho.

Dominic e Damien riram, enquanto se moviam para a grande mesa da


cozinha. Branna já estava colocando os pratos com alimentos sobre ela, e o
cheiro estava atraindo os irmãos como um bando de animais selvagens.

— Toque essas batatas assadas, Dominic, e eu vou acabar com você. — eu


disse sem me virar.

— Como você sabia que eu ia pegar uma? — ele perguntou.

— Porque você é impaciente e ganancioso. — eu respondi, fazendo-o


bufar.

Virei-me e sorri para todos tomando os seus lugares à mesa, enquanto eu


caminhava e colocava a molheira no descanso de mesa. Eu me sentei ao lado de
Dominic e sorri quando ele me deu uma piscada.
Olhei para todos os alimentos e sorri. — Não é para me gabar, mas isso
parece incrível.

Ryder riu. — Realmente parece incrível, você e Branna fizeram um


trabalho maravilhoso.

Branna e eu nos animamos com o elogio e sorrimos quando os outros


irmãos concordaram. Damien pegou uma batata assada, e porque ele estava
sentado à minha direita, eu bati na mão dele fazendo-o uivar o que seus irmãos
acharam engraçado.

— Grossa! — Damien falou.

Eu levantei minha sobrancelha. — Diz o desgraçado ganancioso que está


pegando a comida antes de orarmos!

Damien suspirou. — Sinto muito.

Eu balancei a cabeça e olhei para todos. — Segurem as mãos.

Ninguém se moveu exceto Branna, e isso me fez bufar. — Nós não oramos
antes de cada refeição, mas a época de Natal é diferente. Além do mais, depois
de toda a merda que vocês fizeram ao longo dos últimos anos, vocês precisam
orar para Deus.

Branna bufou quando todos os irmãos praticamente agarraram as mãos


uns dos outros e seguraram; todos inclinaram suas cabeças, e assim fez Branna,
então eu acho que deixaram para eu fazer uma oração.

— Obrigada por nos abençoar com esta refeição que estamos prestes a
receber e obrigada por manter todos nós sãos e salvos das nossas lutas ao longo
das últimas semanas. Obrigada por fazer minha família e de Branna inteira
novamente ao trazer os irmãos para as nossas vidas. Por favor, mantenha
Damien em segurança por sua viagem para a América e, quando ele estiver
pronto, o guie com segurança de volta para a nossa casa. Peço isso em nome de
Jesus. Amém.

— Amém. — todos disseram em uníssono.


Olhei para cima e estendi a mão para a vasilha de purê de batatas, mas
congelei quando eu percebi que todo mundo estava olhando para mim. Eu senti
todo o meu rosto corar, limpei minha garganta e disse: — Branna sempre faz as
orações, eu nunca faço, estraguei tudo?

Dominic se inclinou, pressionou sua mão na parte de trás do meu


pescoço e puxou meu rosto para ele. Ele cobriu minha boca com a dele e me deu
um beijo longo e suave. — Não, menina bonita, foi perfeito.

Eu sorri quando nos separamos e olhei para todo mundo e os encontrei


sorrindo para mim, eu senti como se estivesse prestes a entrar em combustão
quando Damien se aproximou e beijou meu rosto. — Amo você, Bee. — disse ele.

Obriguei-me a não chorar, mas era difícil, porque este foi um maldito
momento comovente.

— Eu também te amo, Dame.

Alec exagerou limpando sua garganta e me fez bufar. — Eu te amo


também, Alec.

Olhei rapidamente para Kane e o encontrei já olhando para mim, as


sobrancelhas levantadas. — Eu te amo Kane, e você Ryder, e você Branna. Eu
amo todos vocês.

Todo mundo riu quando mais eu te amos foram arremessados fazendo


todos ficarem sorridentes. Então, todos nós mergulhamos em nossa comida e
bebemos nossas cervejas enquanto os rapazes iniciaram conversas aleatórias
sobre o futuro. Dominic queria terminar a escola e ir para a faculdade; Damien
estava voltando para a América por um tempo; Alec queria permanecer
solteiro; Kane queria ver se ele poderia fazer algo para as crianças da região com
o centro comunitário abandonado da cidade e Ryder só queria casar com
Branna.

Algumas vezes eu só parei para olhar em volta para os rostos das pessoas
que tinham feito tudo o que eu achava que era impossível; eles haviam montado
acampamento no meu coração e não deixariam, não importa o que. Era a
melhor sensação do mundo.

Eu tinha uma família outra vez, uma família inteira, e eu me senti


verdadeiramente abençoada por causa disso.

— Você está bem, bunda gorda? — Dominic perguntou em tom de


provocação do meu lado esquerdo.

Eu olhei para ele; olhei por todas as suas contusões e o vi. Ele era
perfeito; ele me salvou de mim mesma e ele era todo meu.

Dei-lhe uma piscadela que o fez sorrir enquanto disse: — Eu nunca estive
melhor, Fuckface.

Fim

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