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ALEC

Slater Brothers, Book Two

L.A. Casey
Minhas moças.

Minha família.

Meus amigos.

Meus leitores.

Isto é para você.


Keela Daley é a ovelha negra da família. Ela sempre vem depois de sua
prima mais nova Micah. Mesmo aos olhos de sua mãe, Micah brilhava e Keela
desvanecia em sombras. Agora, na idade adulta, Micah está noiva e o foco é
apenas sobre ela. Keela possui uma baixa prioridade... ou assim ela pensa.

Alec Slater é um solteirão, nunca leva para a cama a mesma mulher, ou


um homem, duas vezes. Ele é um agente livre, que faz o que lhe agrada e
responde a ninguém; isso, até uma irlandesa ruiva com um temperamento
ardente para combinar com a cor de seu cabelo derrubá-lo em sua bunda.
Literalmente.

Ela odeia ter que admitir, mas Keela precisa de um favor do arrogante
irmão Slater, um enorme favor. Ela precisa dele, não só para acompanhá-la ao
casamento de Micah, mas também para se passar por seu namorado. Alec
concorda em ajudar Keela, mas tem certas condições para ela cumprir. Ele quer
o seu corpo e planeja tê-lo antes que alguém possa dizer o que fazer.

O que ele não planeja, é perder seu coração, bem como a possibilidade de
perder sua família, quando alguém do seu passado ameaça seu futuro.

Alec possui Keela, e o que Alec possui, Alec mantém.


— S enhorita

Daley? Abra! Eu sei que você está aí, seu carro está do lado de fora no
estacionamento!

Gemi ao som de voz alta, e abri meus olhos, então, rapidamente os


fechei. Levou alguns momentos para que eu fosse capaz de mantê-los abertos, e
quando eu consegui, não pude ver muito bem. Eu pisquei através da escuridão
esperando que meus olhos se ajustassem à iluminação mínima. Quando eu pude
ver um pouco, rapidamente estreitei os olhos para o macho gordo roncando ao
meu lado. Eu o empurrei com a esperança de derrubá-lo para fora da cama, mas
em vez de cair, como eu esperava, ele só peidou e rolou em minha direção, em
seguida, deu um beijo grande e molhado na minha boca.

— Storm! — eu gritei, limpei a boca e tentei não vomitar, mas o cheiro da


respiração de Storm deixou isso muito difícil.

Storm preguiçosamente se levantou, espreguiçou e fez alguns barulhos


estranhos então começou a cair de barriga em cima de mim até que eu ofegasse
por ar. Storm, meu pastor alemão de dois anos, precisava ser colocado em uma
dieta ou um dia desses o bebê gordo ia me sufocar no meu sono.

— Saia! — engoli em seco e empurrei seu grande corpo com ambas as


mãos.
Storm fez como eu pedi e saiu de cima de mim. Mas ele não saiu da cama,
em vez disso ele apenas rolou de volta para o seu lado - sim, meu cachorro tinha
um lado da cama - o que era bem típico. A única hora que ele voluntariamente
se movia era se fosse hora do café da manhã, almoço, jantar ou praticamente
qualquer hora que ele soubesse que havia comida para ele.

— Você é uma desculpa patética para um cão de guarda. — eu murmurei


conforme as batidas na porta do meu apartamento começaram a aumentar
novamente.

Storm respondeu com outro peido que me fez abrir as janelas antes de eu
sair do meu quarto para seguir pelo corredor para abrir minha porta. Eu bati
meu dedão em um dos brinquedos de cachorro de Storm enquanto caminhava e
xinguei a pessoa do outro lado da porta por me fazer sair da cama; era o meio da
noite, pelo amor de Deus!

— Eu estou chegando, fique calmo! — eu gritei quando cheguei à minha


porta e comecei a abrir todas as fechaduras. Havia cinco delas no total, porque,
na área onde eu morava, uma fechadura não era suficiente. Acendi a minha luz
do corredor e pulei quando a lâmpada explodiu, cobrindo-o com a escuridão
mais uma vez. Suspirei quando me virei para minha porta da frente, embora eu
soubesse quem estava do outro lado, eu ainda olhei através do olho mágico
apenas por segurança.

Quando eu confirmei que a ameaça barulhenta na minha porta era de


fato o meu vizinho, eu destranquei a última trava e a abri, em seguida, olhei
duramente para o homem que estava diante de mim. Sr. Pervert1 - seu nome
verdadeiro era Sr. Doyle - era um homem de meia-idade, que era o CEO da
Pervert’R 'Us2. O homem era um grande merda, e eu odiava ter atendido a porta
vestida com nada, exceto a minha camisola, porque lhe dei carta branca para me
cobiçar com os olhos sempre passeando.

1
Em português: pervertido.

2
Site americano com histórias de ficção com conteúdo sexual explícito envolvendo adultos,
adolescentes ou crianças.
— Posso ajudá-lo, Sr. Per-Doyle? — eu perguntei, mordendo a minha
língua, então eu não ri por quase chamá-lo de Sr. Pervert em voz alta.

Ele arrastou os olhos das minhas pernas para o meu rosto e limpou a
garganta conforme levantava a sua mão - uma mão que continha um único
envelope. Eu simplesmente encarei o envelope, por um momento, em seguida,
olhei para o Sr. Pervert e descobri que seus olhos não estavam no meu rosto
mais. Bati na parte externa da minha porta com a mão livre o que o fez pular de
susto e me fez bufar interiormente. Quando seus olhos estavam mais uma vez
nos meus, eu acenei para o envelope em sua mão e, em seguida, levantei as
sobrancelhas em uma pergunta silenciosa.

Ele limpou a garganta novamente antes de dizer, — Eu estive fora nas


últimas semanas e encontrei isso no meu andar, quando eu cheguei em casa há
pouco. Ele está endereçado a você, mas tem o número do meu apartamento em
vez do seu.

Eu queria dar um soco nele. Eu usei a luz do corredor do lado de fora do


meu apartamento para olhar para trás, dentro do meu apartamento, e fixei os
meus olhos no relógio pendurado na parede atrás de mim; li 03:20 da manhã.

Ele não podia apenas ter esperado até de manhã, antes de entregá-lo
para mim?

Idiota maldito!

Eu suspirei enquanto eu me virava para o Sr. Pervert, que tinha voltado a


olhar para o meu corpo. Estendi a mão e agarrei o envelope e dei um pequeno
puxão até que o Sr. Pervert o liberou.

— Obrigada, eu aprecio que você tenha se desviado do seu caminho para


certificar que eu recebesse minha correspondência. — eu fingi um sorriso e em
seguida, puxei para longe a mão que agora segurava o envelope até que estivesse
escondida com segurança atrás da minha porta - juntamente com o resto do
meu corpo - assim o Sr. Pervert não podia mais me ver.
Ele piscou algumas vezes e olhou para o meu rosto, porque agora era
tudo o que ele podia ver.

— Não foi nada, querida.

Querida? Bleh!

Eu sorri e balancei a cabeça enquanto eu fechava minha porta. — Boa


noite.

— Boa... — fechei a porta antes que ele pudesse terminar a frase.

Sacudi meus calafrios, então eu fechei todas as trancas e passei o ferrolho


do topo da porta. Eu dei um suspiro de alívio quando ouvi os passos do Sr.
Pervert andar para o outro lado do corredor e para o seu próprio apartamento,
onde ele fechou a porta atrás de si. Olhei para o envelope na minha mão e decidi
abri-lo, porque eu estava curiosa para saber o que havia dentro dele. Eu não
conseguia ver muito bem porque o corredor ainda estava escuro, mas eu sabia
que não era uma conta, ele não parecia com os envelopes de conta que
chegavam, era mais grosso. Pelo que eu tinha visto, parecia melhor do que um
envelope de conta. Mais chique.

Eu fui para a minha sala de estar, que também era duplicada com a
minha cozinha e acendi a luz. Joguei o envelope na mesa da cozinha e fui para
as gavetas de balcão procurar meu abridor de envelope. Eu encontrei-o depois
de apenas um segundo de procura, mas tive que largar quando ouvi meu
telefone tocar no meu quarto. Franzi minhas sobrancelhas em confusão.

Quem estaria me ligando às três e meia da manhã numa sexta à noite?

— Aideen. — eu disse em voz alta e fui na direção do meu quarto.

Aideen Collins era a minha melhor amiga. Ela era a coisa mais próxima
que eu tinha de uma irmã e eu a amava muito, mas tinha momentos em que ela
realmente me irritava. Ligar para mim às três e meia da manhã era um desses
momentos.
Quando cheguei ao telefone no meu quarto, atendi, e disse — É melhor
você ter um bom motivo para ligar a esta hora Aideen Collins ou eu vou te bater
muito!

Eu ouvi uma profunda e estrondosa risada.

— Ela realmente tem uma boa razão, então você não precisa bater nela. —
uma voz masculina respondeu, me fazendo pular de susto, porque eu não estava
esperando por isso.

— Quem é você? Onde está Aideen? Por que você está com o telefone
dela? — perguntei então ofeguei e gritei — Se você machucar minha amiga de
qualquer maneira eu vou te foder!

O estranho riu desta vez e disse — Isso é uma promessa, gatinha?

Que porra é essa?

— Onde está Aideen? É melhor você me dizer agora ou eu vou...

— Me foder? Sim, eu entendi essa parte. — ele riu de novo, em seguida,


antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa, ouvi uma voz masculina
diferente falar. — Eu pedi para você telefonar para a amiga da garota, Alec. O
que diabos está demorando tanto?

Eu fiz mentalmente uma nota do nome Alec no caso de eu precisar


chamar a polícia.

— Eu estou falando com a amiga, mas eu não consigo contar o objetivo da


minha chamada. Ela está muito ocupada ameaçando me foder se eu tiver
machucado a garota. — o rapaz que me ligou riu.

Eu estava louca e também com medo de onde Aideen estava e quem eram
esses caras estrangeiros. Eu sabia que eles não eram irlandeses ou mesmo
ingleses - seus sotaques soavam muito diferentes - mas eu não conseguia
identificar de onde vinham, porque havia um monte de ruído ao fundo. Parecia
música.
— Apenas diga a ela o que eu pedi para você dizer então ela pode chegar
aqui já. — disse o segundo rapaz para quem me ligou.

O rapaz que me telefonou suspirou e disse — Keela, estou ligando para


que você saiba que a sua amiga Aiden esteve em uma briga e precisamos que
você venha buscá-la. Ela me disse para te chamar.

— O nome dela é Aideen não Aiden, é pronunciado Ay-din. — eu disse,


então arregalei os olhos quando eu compreendi o resto do que ele me disse. Eu
gritei. — Ela está bem? O que aconteceu? Quem a machucou?

— Acalme-se, gata brava. Ela está bem, nós só precisamos que você venha
aqui buscá-la. Vou explicar tudo quando você chegar aqui.

— Onde é 'aqui'? — rebati enquanto me movimentava pelo meu quarto


colocando meus tênis. Peguei minhas chaves do carro na minha mesa de
cabeceira e segurei o telefone no meu ouvido com o ombro.

— Playhouse Nightclub, é bem ao lado do Tallaght passe...

— Eu sei onde é, estarei aí em cinco minutos. — eu disse, e desliguei na


cara dele.

Agarrei meu telefone e chaves do carro conforme fechava a janela do meu


quarto. Eu disse a Storm para ficar lá, mas parecia que ele era surdo, porque ele
não se mexeu uma polegada ou mesmo acordou. Corri pelo meu corredor e abri
as fechaduras e o ferrolho na minha porta, em seguida, a abri e saltei para o
corredor. Eu fechei a porta da frente, tranquei-a, em seguida, corri como um
morcego para fora do inferno, desci quatro lances de escadas e saí para o pátio
de estacionamento do meu complexo de apartamentos. Eu corri em direção ao
meu carro e só percebi que estava com a minha camisola quando a brisa fresca
bateu e me fez tremer.

— Porra! — atirei quando destranquei o meu carro, entrei e liguei o


motor.

Eu não pensei em trocar de roupa, só em colocar meus sapatos e, em


seguida, sair para o meu carro. Eu não ia voltar para dentro para me trocar; eu
tinha que buscar Aideen e me certificar que ela estava bem antes mesmo que
trocar de roupa se tornasse uma opção. Apesar disso estava tudo bem; eu não ia
mostrar nada de valor. A camisola era apenas um pouco curta, era preta, então
eu não tinha que me preocupar que era transparente, pelo menos eu tive sorte
com isso. O clima também estava bom hoje à noite, estava frio, mas não estava
ventando ou chovendo. Eu só teria que segurar a barra da minha camisola para
baixo quando eu saísse do meu carro para evitar que ela levantasse se eu tivesse
que correr para qualquer lugar.

Eu tirei o carro do estacionamento e fui direto para a estrada principal e


me dirigi para a casa noturna. Eu estava bem acordada agora, mas o ardor nos
olhos não estava certo. Eu só tinha dormido durante quatro horas antes do Sr.
Pervert me acordar, mas antes disso eu não dormia há 27 horas. Eu trabalhava
no supermercado local, Super Value. Eu estava sem dinheiro, e eu precisava de
todas as horas que eu pudesse conseguir, então ontem trabalhei um turno de 11
horas e, em vez de ir direto para a cama quando cheguei em casa, mergulhei
direto para a escrita e virei a noite.

Eu sempre tive uma paixão por dar vida às histórias na minha cabeça
pelo papel ou tela de um laptop. Eu só me arriscava com pequenas coisas
bobas aqui e ali, nunca em um romance de corpo inteiro. Felizmente Aideen -
literalmente - me deu o pontapé na bunda que eu precisava e disse que eu
deveria apenas 'ir em frente', porque eu não saberia se a minha escrita seria um
sucesso se nunca a colocasse para fora. Depois daquela chamada para acordar,
que foi há três semanas, eu trabalhei com afinco e comecei a escrever o meu
primeiro livro. Ontem, mesmo que eu estivesse quebrada, eu estava
completamente no clima e só tinha que escrever. Eu tinha tanto dentro de mim
para a minha história que se eu não tirasse isso da minha cabeça logo eu iria
explodir. Então eu escrevi, escrevi e escrevi um pouco mais. A falta de sono e o
ardor nos olhos de encarar o meu laptop estavam chutando a minha bunda
agora, porque eu me sentia como a morte, entretanto, eu tinha certeza que em
parte eu parecia também.

Quando eu parei em um sinal vermelho eu puxei a minha viseira e olhei


no pequeno espelho e fiz uma careta. Partindo daquilo, dizer que eu parecia com
a morte teria sido gentil. A esclera3 em torno dos meus olhos verdes parecia um
mapa do caminho para o inferno, isso era o quanto estava vermelho. Meu cabelo
vermelho-fogo estava ligeiramente gorduroso, e puxado para cima em um coque
parecendo desastroso. Olhei para as minhas longas pernas brancas nuas e
balancei a cabeça.

Por que eu tinha que ser tão alta?

Se eu fosse mais baixa, esta camisola seria mais longa e menos exposta!

Com raiva levantei minha viseira quando o semáforo mudou para verde e
corri para o local na boate onde Aideen estava com estes homens. Cheguei lá em
menos de cinco minutos, pois os sinais verdes estavam comigo, e havia pouco ou
nenhum tráfego nas estradas, graças à hora adiantada. Eu me virei para a
entrada do estacionamento da boate e dei uma volta até que eu vi dois grandes
homens enormes que olhavam para baixo, para uma pequena mulher sentada
no caminho a poucos metros de distância da entrada da boate. Era Aideen, eu
apenas sabia. Eu estacionei meu carro em frente a eles, saltei para fora e bati a
minha porta antes de sair correndo em direção à Aideen.

Quando o barulho dos meus pés batendo no chão pôde ser ouvido ambos
os homens olharam para mim, mas não disseram nada quando cheguei a
eles. Quando estava ao lado deles, eu caí de joelhos e puxei Aideen para um
abraço. Eu ignorei o ligeiro ardor nos meus joelhos por causa do chão de
concreto cavando minha pele e segurei Aideen firmemente.

— Você está bem? O que aconteceu? — perguntei então me afastei do


abraço para que eu pudesse olhar para ela.

Aideen olhou de volta para mim e eu engasguei com a visão que me


cumprimentou. Ela tinha um pequeno corte sobre a sobrancelha e o lado direto
do seu maxilar estava inchado.

— Alguma cadela saltou sobre mim. — ela resmungou.

3
Também conhecida como esclerótica ou branco do olho, é a membrana externa branca do olho.
— Quem? — eu rebati. — Porra, eu vou matá-la!

Fiquei surpresa por ter soado como se pudesse realmente seguir com a
minha ameaça.

Eu não era uma lutadora.

Quer dizer, eu poderia me defender quando necessário, mas eu não era


exatamente Mike Tyson.

Eu estive em uma luta em toda a minha vida, e que foi apenas porque a
minha prima mais nova, Micah, me deu um soco no rosto quando éramos
crianças, para ver se o meu sangue era azul. Ela dizia a todos que eu era um
alienígena do espaço sideral com sangue azul e que a única maneira de provar
que eu era um ser humano era me dando um soco e fazendo meu nariz
sangrar. Eu concordei, porque eu não achei que ia doer muito - eu estava errada,
muito errada, porque doeu como o inferno.

Depois que Micah me deu um soco e sangue vermelho fluiu do meu nariz
e confirmamos que eu era de fato humana, eu pulei nela porque eu estava com
muita dor e decidi que ela precisava ser punida por me machucar. Em vez de
bater e esconder, ganhei um olho roxo e um dente lascado. Micah chutou a
minha bunda, e foi a primeira e única luta que eu já estive envolvida.
Independentemente da minha incapacidade de causar dor, se alguém
machucasse Aideen ou Storm, eu iria de Bruce Lee nesses filhos da puta.

Isso era um fato duro e frio.

Aideen sorriu para mim e me puxou para outro abraço apertado. — Eu sei
que você faria, mas eu só quero ir para casa agora. Posso ficar com você?

Essa foi uma pergunta séria?

Eu a balancei. — Claro, sua maldita idiota.

Aideen riu e assim fizeram os homens que estavam de pé sobre nós. Eu


não sei como, mas eu esqueci que estavam ao nosso lado. Eu rapidamente me
levantei e puxei Aideen comigo. Ela não estava exatamente bêbada, só um pouco
tonta, então eu não tinha que equilibrá-la ou qualquer coisa, mas eu ainda
mantive um aperto firme nela, apenas no caso.

— Este é Alec. — Aideen disse preguiçosamente e apontou para o homem


da direita que estava abertamente me olhando de cima para baixo. — E Kane. —
eu aumentei o aperto sobre Aideen quando olhei para Kane, o homem do lado
esquerdo. Ele era tão alto e tão musculoso como o idiota que estava olhando
para o meu corpo, mas ele era assustador de se olhar. Ele tinha uma grande
cicatriz que se curvava em torno do lado esquerdo da boca e alguns arranhões
parecendo cicatrizes que iam de sua têmpora direita e para baixo através de sua
sobrancelha deixando falhas nos cabelos como eles fossem modelados daquele
jeito.

— Oi. — eu falei baixo, evitando o contado visual.

— Kane veio em meu socorro quando a namorada de Alec me bateu. —


disse Aideen e sorriu para Kane, que sorriu de volta para ela.

— Ela era minha ficante desta noite, não minha namorada... e eu pedi
desculpas pelas ações dela. — disse Alec com um suspiro.

Ignorei Alec, o idiota que acabou de falar e olhei para Kane quando ele
sorriu e me senti relaxar instantaneamente. Ele não parecia assustador quando
ele sorria daquele jeito. Apesar disso eu fiz uma careta quando o resto do que
Aideen disse foi assimilado pelo meu cérebro e antes que eu percebesse soltei
Aideen e empurrei Alec no peito tão forte quanto pude. Ele não estava
esperando por isso, então quando eu o empurrei ele perdeu o equilíbrio e caiu
sobre seu traseiro com um grunhido.

— Isso é por sua vagabunda machucar minha amiga e se eu descobrir


quem é a puta, eu vou matá-la, caralho! — eu berrei.

Aideen me puxou de volta pelo braço e me pediu para parar, enquanto


Alec olhava para mim com os olhos arregalados, antes que ele olhasse para
Kane, que o encarou também com os olhos arregalados e a boca aberta. Alguns
segundos se passaram até que os dois caíram na gargalhada, como se o que
aconteceu fosse a coisa mais engraçada de todas. Eu vi vermelho e tentei
avançar em Alec novamente, mas Aideen se moveu para a minha frente e me
empurrou para trás pelos ombros.

— Eu te disse irmão, ela é uma gata brava do caralho! — Alec gargalhou


enquanto agarrou a mão estendida de Kane que o ajudou a se levantar.

Kane continuou a rir quando ele balançou a cabeça. — Eu gostaria que os


gêmeos tivessem visto isso, Dominic teria ajudado a bater em você enquanto
Damien gravava.

Eu não tinha ideia sobre o que ou quem eles estavam falando, mas eu
apontei meu dedo perigosamente sobre o ombro de Aideen para Alec e rosnei
para ele.

— Continue rindo garoto bonito, e eu vou arranhar essa tua cara! — eu


avisei.

Alec deu um passo adiante, com um sorriso rebocado na boca. — Eu


estou me descobrindo muito atraído por você agora. Você gostaria de vir para
casa comigo uma vez que você já está vestida para a cama?

Eu deixei cair meu maxilar em estado de choque, assim como Aideen,


que girou e empurrou-o no peito, mas não conseguiu derrubá-lo no chão. —
Parem com isso! Agradeço a ajuda de vocês, mas eu não vou deixar você tratar
minha amiga como se ela fosse uma de suas clientes, Alec. Ela é uma boa
menina!

Clientes?

O que diabos aquilo significava?

Alec sorriu para Aideen antes de olhar para mim. — Oh, eu estou
apostando que há uma menina má enterrada dentro dela em algum lugar. Eu só
vou ter que usar os dedos, boca e pau para fazê-la sair para brincar.

Que. Porra. É. Essa?

— Quem diabos você pensa que é? — eu disse.


Ele sorriu e piscou, quando disse. — Alec Slater, sua próxima - ou única -
grande foda.

Ele era de verdade?

— Você está prestes a ser Alec Slater - vítima de assassinato - se você não
calar esse buraco na sua cara!

Kane rachou de rir quando ele estendeu a mão para o braço de Aideen e
puxou-a para ele e para longe de mim. — Por favor, não interfira, eu nunca vi
uma mulher, além de Bronagh, retrucá-lo assim antes. — disse ele a Aideen
depois tirou os cabelos loiros dela dos seus olhos; a ação a fez derreter em uma
poça pela forma como ela se inclinou nele.

Revirei os olhos para ela, em seguida, olhei para Alec, que se aproximou
de mim, antes que eu rosnasse. — Tente me tocar e você nunca vai ser capaz de
ter filhos. Estou te avisando.

Alec sorriu e cruzou os braços sobre o seu peito; isso fez com que todos os
seus músculos que eu podia ver contraíssem e estendessem. Ele resolveu ficar
quieto, mas passou os olhos por cima do meu corpo abertamente,
principalmente nas pernas, e isso me deixou muito desconfortável.

— Pare de olhar para mim seu bastardo sujo! — eu rosnei.

Alec olhou para mim. — Por que você sairia vestida assim se você não
quisesse que as pessoas olhassem para você? — ele perguntou.

Cerrei os punhos e dei um passo na direção dele. Eu tinha que inclinar a


cabeça para trás um pouco, porque ele era muito mais alto do que os meus um
metro e setenta e oito, foi quando percebi que me sentia intimidada, mas eu não
estava pronta para desistir.

— Eu saí vestida com minha camisola porque minha amiga precisava de


mim e me vestir não passou pela minha mente quando você me ligou, seu idiota.

Ele mostrou os dentes para mim quando sorriu. — Você soa como a
namorada do meu irmão, ela também me chama muito de idiota.
Olhei-o de cima a baixo; meu lábio enrolou em desgosto. — Ela deve ser
gentil, porque há um monte de palavras que lhe serviriam muito melhor. Batty
boy4 seriam duas delas. — eu rosnei, em seguida, virei na direção de Aideen e
encontrei-a beijando Kane. Não apenas beijando, ela estava completamente se
agarrando nele. Eu andei para frente, agarrei seu braço e a puxei, não tão
gentilmente, para o meu lado.

Quando ela estava perto de mim eu apertei seu braço e rosnei — Você se
lembra daquele filme estranho e perigoso que assistimos quando estávamos na
escola?

Aideen me deu um olhar ‘você está falando sério’ antes de rir e balançar a
cabeça. — Eles não são perigosos. Kane me salvou do perigo.

Eu apontei sobre meu ombro. — Sim, mas o tipo Batty boy aqui a colocou
em perigo, então vamos.

— Tenho a sensação de que você está me chamando de gay. — disse Alec


atrás de mim.

Eu ergui o meu queixo e continuei a puxar Aideen quando ela franziu a


testa por cima do meu ombro e disse — Ela está te chamando de gay, mas ela
não quer dizer isso como um insulto ou nada. Ela não é homofóbica, ela só disse
isso porque ela esperava que fosse te chatear.

Sério!

— Você não devia contar isso pra ele, Ado! — eu rebati.

— Ado? Gosto desse apelido. — a voz de Kane ronronou à minha direita.

Ele pronunciou Ado tão corretamente.

Ay-doh.

4
Expressão que significa homossexual.
Eu empurrei Aideen para trás de mim, ignorando suas queixas encarei
Kane com um olhar que vacilava quanto mais eu olhava para ele. — Ouça,
obrigada por ajudar minha amiga depois que ela se machucou, mas ela não vai
te agradecer com uma pole dance pessoal, assim dê um descanso na paquera.

Kane levantou as sobrancelhas quando ele olhou por cima do ombro e


perguntou a Aideen. — Você é uma stripper?

— Não, eu sou uma professora. — Aideen zombou. — Sem pole dance


significa sem sexo.

Kane riu em seguida. — Sua amiga está proibindo-a de ter sexo comigo?

— Sim. — Aideen e eu dissemos em uníssono.

— E você concorda com isso? — Alec perguntou a Aideen quando ele se


virou para nós e recostou-se contra o mesmo carro que Kane estava apoiado.

Pareciam um par de modelos de fitness e perceber isso me irritou.

— Sim. — Aideen suspirou. — Ela é muito contra sexo com estranhos e...
eu também.

Os olhos de Kane se sustentaram em Aideen e então ele sorriu e disse —


Pena.

— Uh huh. — Aideen concordou com um suspiro triste.

Revirei os olhos e disse — Eu vou parar na loja a caminho de casa e


comprar algumas baterias para o seu vibrador para você passar a noite. Você vai
ficar maravilhosa.

— Keela! — Aideen ofegou e bateu na minha bunda, que me fez gritar e


saltar.

Ambos os rapazes riram do que eu disse, balançaram a cabeça enquanto


continuaram a olhar para nós. Eu fiquei irritada e disse a Aideen — Talvez eles
pudessem se inscrever na Perverter 'R Us, eles se encaixam no perfil com essas
encaradas.
Aideen riu e bateu na minha bunda de novo.

— Desculpe? — Alec disse.

Aideen estava rindo quando falou. — O vizinho de Keela, o Sr. Doyle, é


um homem que encara muito então ela o nomeou de Sr. Pervert e o imaginou
sendo o CEO de uma empresa chamada Pervert 'R Us.

Estreitei os olhos, quando as duas hienas começaram a rir novamente -


eles pareciam fazer muito isso.

Eu com raiva alcancei atrás de mim e agarrei Aideen. — Vamos embora.


Tenho que ir para casa para Storm.

— Storm? — Alec questionou.

— Storm é o...

— Namorado. — sorri quando cortei Aideen e dei-lhe um olhar ‘me


acompanhe’. Ela olhou de volta para mim e eu podia ver a diversão em seus
olhos assim que ela balançou a cabeça e olhou para Alec.

— Storm é muito protetor com ela. — disse ela.

Alec levantou uma sobrancelha. — Se ele é tão protetor, então como é que
ele permite que você venha aqui sozinha, vestida assim?

Ele soou como se minha camisola fosse miserável!

Eu rosnei e fiz um movimento para frente para corrigi-lo, mas Aideen


colocou-se entre Alec e eu, antes de dizer. — Storm é muito difícil de despertar
durante a noite. Ele provavelmente nem sequer a ouviu sair, mas ele ainda é um
grande... cara.

Eu bufei interiormente.

— Sim, e ele vai chutar o seu traseiro por até mesmo sugerir em termos
sexo! — afirmei.
Alec colocou a cabeça em torno de Aideen e sorriu para mim. — Eu sou
um amante, não um lutador.

Boas notícias!

— Então é melhor recuar, porque mais um comentário bruto e eu vou te


arrebentar, sem incomodar Storm! — eu rosnei.

Alec mordeu o lábio inferior e sorriu para mim, eu sabia que ele estava
pensando, coisas brutas, então eu o encarei o que fez Kane bufar.

— Podemos ficar com ela? Eu gosto de ouvir alguém colocá-lo em seu


lugar, o fato de que ela é uma mulher é ainda melhor. Você não a afeta irmão;
você está perdendo o jeito. — Kane riu e empurrou Alec de brincadeira quando
ele se acomodou ao lado dele no carro em que eles estavam inclinados.

Alec continuou a sorrir para mim enquanto falava com Kane. — Ainda é
cedo, não me derrube tão rapidamente, mano.

— Eu vou atirar em você, porra. — eu murmurei fazendo Aideen bufar


assim que pegou minha mão.

— Isso foi... interessante. Entretanto, Keela está certa, é melhor irmos


andando.

— Obrigada, Jesus. — eu comemorei fazendo Kane dar risadinha antes de


olhar para Aideen.

Ele sorriu para ela e disse — Eu acho que te vejo por aí, Ado.

Estreitei meus olhos para ele. — Eu sou a única autorizada a chamá-la de


Ado.

Kane olhou para mim e sorriu. — Eu gosto de você.

Eu corei, mas me forcei a ficar firme, e disse — Bem, eu não gosto de


você ou seu amigo pervertido...
— Irmão. Eu sou seu irmão pervertido. — Alec me cortou fazendo Aideen
rir baixinho.

Empurrei-a e encarei Alec antes de voltar a olhar para Kane, que ainda
olhava para mim com uma expressão divertida. Limpei a garganta e disse — Eu
não gosto de você ou seu irmão pervertido. Vocês dois são claramente nada
exceto problemas se as pessoas com quem vocês fazem amizade atacam garotas
sem motivo. Vocês dois são muito grosseiros também!

Virei e agarrei a mão de Aideen e saí andando para longe dos irmãos e na
direção do meu carro.

— O quê? Sem beijo de despedida? Agora quem está sendo grosseiro! —


a voz de Alec chamou atrás de nós fazendo Aideen dar gargalhada.

Eu resmunguei. — Foda-se! — eu gritei, sem virar.

— Diga a hora e lugar, gatinha. — Alec gritou de volta o que levou Aideen
a soltar uma risada completa.

Gatinha?

Eu soltava fumaça em silêncio enquanto quase arrastava Aideen por todo


o estacionamento escuro e para o meu carro. — Diga a hora e lugar, gatinha. —
eu imitava a voz de Alec o que levava Aideen a rir mais ainda enquanto afivelava
o cinto de segurança.

Eu coloquei meu cinto de segurança, em seguida, dei partida no meu


carro. Eu saí da vaga em que estava e rapidamente dirigi para fora do
estacionamento. Eu não acho que me acalmei suficiente para respirar
normalmente até que estávamos no Tallaght Bypass.

— Você pode acreditar nele? Que idiota do caralho! — eu cuspi.

Aideen bufou. — Eu achei toda essa conversa hilária.

Eu balancei minha cabeça. — Bem, você não devia ter achado. Olhe para
o seu rosto, Aideen!
Aideen suspirou. — Eu sei, mas sinceramente não foi culpa deles. Nós
estávamos apenas nos divertindo, quando do nada esta menina pulou em cima
de mim.

Segurei meu volante tão forte que meus dedos ficaram brancos.

— Por que mesmo você estava com eles? — eu cuspi.

Eu não estava brava com ela, eu estava brava por ela ter sido machucada
por alguma cadela.

— Eu nem mesmo estava com eles. Esta noite foi a primeira vez que os
encontrei. Eu saí com Branna. Hoje à noite era uma pequena festa de
aniversário de vinte e um anos para Bronagh. Branna saiu cedo com Ryder,
porque ele não estava se sentindo muito bem. Bronagh ainda está dentro do
clube com o seu namorado, Nico, e sua amiga, Alannah. Eu estava sentada com
Kane e Alec quando uma garota bêbada veio e me acusou de ser a foda mais
recente de Alec. Alec riu da garota, mas não negou, então ela pulou em cima de
mim.

Eu resmunguei.

Branna Murphy era amiga de Aideen e tem sido sua amiga desde que
estavam na pré-escola. Aideen é alguns anos mais velha do que eu, então ela
conhecia Branna a mais tempo do que me conhecia. Eu sou uma mulher adulta,
eu não sou toda ciumenta com a amizade delas. Branna era legal, afinal. Sua
irmã Bronagh era legal também, eu era dois anos mais velha do que Bronagh,
que completou vinte e um hoje. Eu tinha sido convidada para sair com todos
esta noite, mas meu corpo estava quebrado, então eu recusei o convite.

Meus pensamentos me acalmaram o suficiente para que eu afrouxasse


meu aperto no volante, mas eu ainda tremia de raiva. — Você deveria ter me
deixado bater neles.

Aideen riu, em seguida, levantou a mão para embalar seu rosto. — Você
teria quebrado sua mão! Você viu quão grande ele era?
Eu grunhi e balancei a cabeça. — O irmão dele era ainda mais musculoso.
Eles vivem na academia ou algo assim?

Aideen riu. — Branna disse que eles têm uma academia na casa deles.
Lembra quando eu te contei que ela foi morar com Ryder e o gêmeo mais velho,
Nico, foi morar com sua irmã?

Eu balancei a cabeça.

— Branna não mora só com Ryder, ela foi morar com Alec e Kane
também. Ela disse que tem uma academia de ginástica, onde deveria ser a sala e
que todos eles malham muito. Você devia ver o Nico; ele tem vinte e um anos e o
cara é muito musculoso. Ele é um lutador ou algo assim.

Olhei para ela com olhos arregalados. — Por que diabos você está
pendurada em torno de fortões, Aideen?

Aideen explodiu em um ataque de risos que me fez sorrir mesmo que eu


estivesse irada.

— Eles são adoráveis, grandes e assustadores - mas adoráveis.

Eu tremi quando imaginei o rosto de Kane, chamá-lo de adorável não era


uma palavra que eu usaria para descrevê-lo.

— Como você acha que Kane conseguiu as cicatrizes em seu rosto? Elas
são tipo graves.

Aideen suspirou. — Eu não tenho nenhuma ideia do que aconteceu com


ele, mas ele ainda é lindo!

— Você gosta de seu sotaque também, né? — eu questionei.

Aideen ronronou — Oh, meu Deus. Eu poderia ouvi-lo falar o dia todo!
Ele poderia me deixar molhada apenas dizendo ‘Olá’!

Revirei os olhos. — Eu juro que você pensa com o seu pau.

Aideen gargalhou. — Você quer dizer vagina?


— Sim, quero dizer vagina, mas pau soa melhor.

Aideen continuou a rir, então chiou um pouco e cobriu o rosto com as


mãos. Eu olhava para ela de vez em quando durante os cinco minutos de carro
de volta para o meu apartamento. Eu estacionei no meu lugar habitual, então
Aideen e eu saímos do carro, e depois que eu tranquei, rapidamente corremos
por todo estacionamento e para dentro do meu prédio. Subimos dois degraus de
cada vez até chegarmos ao quinto andar, onde era o meu apartamento. Abri a
porta do corredor como um raio de velocidade, porque eu não queria ser pega
pelo Sr. Pervert novamente vestida com apenas a minha camisola.

Felizmente, entramos sem ninguém nos ver. Aideen e eu, então, fomos
para o banheiro, onde eu peguei o meu kit de primeiros socorros, enquanto ela
tirou o vestido, em seguida, a calcinha e sentou no vaso sanitário.

Eu estava abrindo um pacote antisséptico, quando eu olhei para ela


através do espelho e bufei. — Você acha que caras fazem isto?

Aideen abriu os olhos e sorriu para mim preguiçosamente e disse — De


boa vontade ir ao banheiro com outro cara? Não, eles se chamariam de gay.

Eu ri e voltei a olhar para baixo para o kit de primeiros socorros,


enquanto Aideen terminava no vaso sanitário. Eu me virei quando deu descarga
e esperei que ela lavasse as mãos antes de começar a limpeza do seu rosto. Ela
estava quatro centímetros mais baixa do que eu, agora que estava sem salto,
então segurar a cabeça dela foi ainda muito mais fácil.

— Ai! — Aideen de repente gritou, o que resultou em um latido no meu


quarto.

— Volte a dormir seu gordo de merda! — Aideen gritou quando passei o


antisséptico para limpar um pequeno corte acima de seu olho.

Eu assobiei para ela. — Deixe-o em paz, ele não é gordo. Ele só tem uma
camada grossa!

Aideen riu através de seu assobio. — Sim, uma grossa camada de


gordura.
Eu dei-lhe um olhar firme. — Não critique meu bebê quando estou
limpando você. Meu dedo pode escorregar e enfiar dentro do seu olho.

Aideen me deu um olhar desconfiado e fechou a boca, o que me fez sorrir


por dentro enquanto terminava de limpar seu rosto. Quando terminei, ela
entrou no meu quarto para pegar algum dos meus pijamas para usar, enquanto
eu fui para a cozinha pegar um copo de água. Acendi a luz da cozinha, em
seguida, fui até a pia e enchi um copo e rapidamente engoli a água. Eu olhei
para a minha esquerda e percebi o envelope que o Sr. Pervert me deu
anteriormente, ainda fechado sobre a minha mesa da cozinha.

— Storm, saia da cama... ou pelo menos mexa-se! — a voz de Aideen


gritou do meu quarto.

Eu esfreguei a parte de trás do meu pescoço rudemente e suspirei. Olhei


para o envelope mais uma vez antes que balançasse a cabeça e caminhasse até o
interruptor de luz da cozinha e desligasse. Virei-me e caminhei em direção aos
sons de rosnado e grito vindos do meu quarto e decidi que lidar com Storm e
Aideen era o suficiente para uma noite.

O que quer que estivesse naquele envelope podia esperar até de manhã.
E u acordei e senti que

tinha a mãe de todas as ressacas, embora eu não tivesse tocado em uma gota de
álcool na noite anterior. Era uma ressaca de falta de sono que eu iria nutrir
durante todo o dia e eu imediatamente fiquei mal humorada por causa disso. Eu
nunca fui o que alguém chamaria de uma pessoa da manhã, mas acordar com
uma dor de cabeça selou o negócio que eu ficaria ranzinza.

Eu gemi quando ouvi gritos vindo da cozinha seguidos de latidos que não
ajudavam as batidas que se instalaram na minha cabeça.

Era muito cedo para esta merda.

— Aqueles dois malditos. — resmunguei enquanto chutava as cobertas do


meu corpo.

Sentei-me ereta e suavemente balancei a cabeça para tentar limpá-la, em


seguida, levantei e espreguicei até que minhas costas estalaram. Eu arrastei
meus pés conforme caminhei para fora do meu quarto, pelo corredor e entrei na
cozinha. Cruzei os braços sobre o peito e bocejei enquanto minha barriga
roncava com o cheiro delicioso de uma fritura sendo feita. Você não pode
superar salsichas, bacon, ovos e pudim de café da manhã no fim de semana, não
havia nada melhor. Eu inclinei meu ombro contra a parede da cozinha e assisti a
cena diante de mim ligeiramente divertida.
— Ouça-me você bebezão gordo, esses bacons são meus e de Keela. Você
não tem permissão para ter nenhum!

Sim, Aideen estava em uma batalha de palavras - de certa forma - com


Storm.

Storm rosnou para Aideen e se aproximou dela; ela tinha uma faca de
manteiga na mão e apontou-a diretamente para ele. — Experimente e estou te
avisando, vou fritar carne de cachorro!

Eu ri, o que chamou a atenção tanto de Aideen quanto de Storm. Storm


se esqueceu de Aideen assim que me ouviu, isso ficou evidente quando ele pulou
e latiu enquanto vinha correndo em minha direção. Eu audivelmente grunhi
conforme ele colidiu com minhas pernas depois ri quando ele se levantou e
colocou as patas dianteiras em meus ombros e lambeu meu rosto. Ele era um
cachorro grande, quando se levantava sobre as patas traseiras, ele ficava da
mesma altura que eu.

— Desça, bom menino. — eu dei risada quando ele caiu de quatro e


continuou a esfregar a cabeça contra a minha perna.

Eu olhei para Aideen, que estava encarando Storm. — Eu o odeio.

Eu sorri. — Acho que ele retribui esse sentimento de todo o coração.

Aideen sorriu em seguida, virou-se e virou as fatias de bacon na frigideira


e acrescentou algumas salsichas gordas.

Minha boca encheu de água.

— Pelo que vocês estavam brigando a essa hora? — perguntei depois que
engoli a saliva em minha boca.

Aideen bufou. — Ele continua tentando pular e pegar a comida quando eu


não estou olhando. Ele é guloso, gordo filho da puta.
Olhei para Storm e cocei sua cabeça. — Paus e pedras bebê, paus e
pedras5.

Aideen riu e balançou a cabeça para mim. Fui até ela e me aproximei para
que eu pudesse estudar seu rosto. Ela tinha uma contusão em sua bochecha e
seu lábio inferior estava machucado e inchado também.

Eu fiz uma careta. — Espero que a puta que fez isso seja largada enquanto
estiver vestindo branco6.

Aideen soltou uma gargalhada, e isso me fez sorrir.

— Eu também. — ela riu enquanto continuava a cozinhar o nosso café da


manhã.

Eu lavei as minhas mãos na pia, enxuguei-as e bocejei enquanto ia para a


mesa da cozinha. Esfreguei meus olhos e balancei a cabeça ligeiramente com
todas as revistas que foram espalhadas por toda a mesa. Aideen tinha uma coisa
sobre revistas; ela não podia simplesmente ler uma de cada vez, ela tinha que
ter, pelo menos, dez na frente dela para escolher.

— Você sabe que você pode baixar revistas diretamente para o Kindle que
eu comprei pra você certo? — murmurei.

Eu cocei a parte de trás da minha cabeça conforme olhava para as capas


das revistas decidindo qual ler.

— Eu sei, mas eu gosto de segurá-las nas mãos enquanto leio. — Aideen


respondeu quando ela desligou o fogão e serviu nossa comida.

Eu olhei para ela e observei o quão revigorada e alerta ela estava.

5
Vem da expressão: Sticks and stones may break my bones, but names can never hurt me", que
significa: Paus e pedras podem quebrar meus ossos, mas nomes nunca me machucam. Usado como
resposta a um insulto, indicando que o insulto foi registrado, mas não fez efeito .

6
Referência a ser largada no altar.
— É um pouco estranho que você não tenha ressaca. — eu disse enquanto
ela colocava meu prato na minha frente.

Aideen sentou na minha frente e deu de ombros. — Eu só tenho sorte, eu


acho.

Eu assenti e peguei o ketchup que atualmente estava colocado em cima


da revista que Aideen estava olhando. Eu abri a garrafa e derramei uma
quantidade razoável de molho no meu prato, em seguida, levantei e fui para o
pacote de pão.

— Como está indo a sua dieta? — Aideen então perguntou com um sorriso
antes de colocar um pedaço de pudim na boca.

Eu a encarei conforme sentava de volta. — Esta é a minha refeição


liberada, só tenho uma por semana, então me deixe em paz.

Aideen levantou as mãos. — Sem julgamento. — ela disse com a boca


cheia de comida.

— Você é desprezível! — eu rebati.

Aideen riu quando ela engoliu sua comida. — Desculpe.

Ela não estava nem um pouco arrependida.

Eu fiz uma careta de desgosto. — Você foi criada por cães selvagens.

Aideen sorriu. — Não tenho culpa que a minha mãe morreu dando à luz
ao meu irmão e me deixou com três irmãos mais velhos, um irmão mais novo e
um pai que são todos homens das cavernas.

Eu bufei. — Não jogue a carta da minha-mãe-morreu-dando-a-luz, você


não vai ganhar qualquer simpatia da minha parte. Você teve uma criação
brilhante, muito melhor do que a minha e minha mãe está viva e bem.

— Infelizmente. — Aideen murmurou me fazendo exalar uma grande


respiração.
Aideen suspirou e disse — Desculpe-me Kay, isso foi malvado. Sei que ela
é sua mãe, mas Deus, eu quero bater nela algumas vezes pela forma como ela a
trata.

Encolhi os ombros. — Não pense sobre ela. Apenas faça o que eu faço e
finja que ela e minha família louca não existem.

Aideen bufou quando eu enfiei um pudim na minha boca.

— Improvável, seu tio é a razão pela qual eu me masturbo.

Eu comecei a engasgar com o pudim na minha boca, então Aideen


levantou-se e correu para o meu lado. Ela me bateu nas costas três vezes, e a
força de sua batida fez as minhas costelas sacudirem. A comida veio da minha
garganta e pousou no meu prato na minha frente.

— Eu estou bem. — vomitei.

Fechei os olhos e me forcei a não ter um ataque de tosse, o resto da


comida que eu tinha acabado de comer estaria por todo o chão em segundos se
isso acontecesse.

— Você está bem? — Aideen perguntou, sua voz estridente e entrando em


pânico.

Eu não respondi a ela. Concentrei-me em respirar pelo nariz e expirar


pela boca. Depois de alguns segundos pisquei os olhos e balancei a cabeça para
Aideen. — Eu estou bem. — eu disse asperamente, depois peguei o copo de suco
que Aideen encheu para eu tomar com o meu café da manhã.

Depois que mais um minuto se passou eu me levantei da minha cadeira,


fui até a pia e enchi um copo com água e depois bebi de um gole só.

— Desculpe-me, eu não tive a intenção de quase matá-la. — disse Aideen


atrás de mim.

Tossi um pouco, em seguida, virei para encará-la, eu cruzei os braços


sobre o peito e ergui as sobrancelhas para ela. — Dizer que você se masturba
pensando no meu tio, enquanto eu estou comendo, não vai causar qualquer
coisa que não seja a morte, Ado.

Aideen tinha um fantasma de um sorriso em seu rosto enquanto ela


esfregava o rosto com as mãos. — Apesar disso ele é quente, eu não posso evitar.

Eu tremi. — Brandon é meu tio, meu sangue... pare.

Aideen riu. — É uma pena ele ser seu tio, eu nunca chego a vê-lo. Você
pode imaginar se ele fosse seu pai e não de Micah?

Eu balancei a cabeça e disse — Sim, eu posso, e eu seria uma cadela


mimada que ameaça a todos com o papai.

Aideen encolheu os ombros. — Se o seu pai estivesse aqui e ele fosse o


chefe de uma organização perigosa, você provavelmente se vangloriaria sobre
isso também.

Eu bufei. — Improvável, falavam-me para nunca prestar qualquer


atenção em qualquer coisa que eu ouvisse quando ia à casa de Micah e falavam a
mesma coisa para Micah. Até hoje eu não sei no que meu tio está envolvido e eu
gostaria de manter assim. Ele é meu membro favorito da família, saber que ele
faz coisas ruins iria estragar isso. Estou mais do que feliz em ficar no escuro,
além disso, não é provavelmente nada como você pensa...

Aideen espreguiçou e disse: — Sim, eu entendo isso, mas se


Micah realmente ameaça a todos com seu pai quando ela se mete em
problemas, ele não cumpre com suas ameaças. Lembro-me de Gavin me contar
que Micah agrediu Bronagh Murphy há alguns anos fora da escola e quando seu
amigo, Nico, advertiu-a e bateu em Jason nada aconteceu com ele pela mão de
Brandon, porque ele ainda está andando por aí.

Eu senti meu estômago embrulhar com a menção do nome dele.

Jason Bane era um idiota e seu sobrenome7 o representava


completamente porque ele era a ruína da minha existência. Ele não era apenas

7
Bane: praga, desgraça, ruína.
um ser humano nojento, mas ele era um canalha que usava sua aparência e
charme para conseguir o que queria na vida. Por um tempo, eu era algo que ele
queria. Fechei os olhos, enquanto a memória do nosso primeiro encontro
inundava minha mente.

— Este assento está ocupado?

Eu olhei para o rapaz que falou comigo e balancei a cabeça, mas não
falei. Ele era um homem com vinte e poucos anos, era alto - mais alto do que o
meu um metro e setenta e cinco. Seu cabelo era muito preto, seus olhos eram
azul escuro e seus lábios eram cheios e da cor de uma rosa. Ele não era nem
pálido, ele realmente tinha um ligeiro bronzeado. Eu estava muito
possivelmente olhando para a pessoa mais quente que eu já tinha visto em
toda a minha vida.

— Qual é seu nome, linda? — o estranho gostoso me perguntou.

Olhei por cima do ombro para ver se havia algum tipo de modelo
sentada atrás de mim com quem ele poderia estar falando. Quando eu vi
ninguém ao meu redor, me acomodei com o fato de que ele estava de fato
falando comigo.

Limpei a garganta. — Hum, Keela... Keela Daley.

O estranho sorriu. — Prazer em conhecê-la Keela Daley, sou Jason


Bane.

Senti-me corar quando ele estendeu a mão em minha direção. Eu


levantei minha mão e a coloquei na sua. Antes que eu pudesse apertar sua mão
ele levantou a minha para sua boca e deu um beijo leve em meus dedos.

Oh... Meu... Deus!

— É um prazer conhecê-lo também. — eu disse, minha voz hesitante.

Jason sorriu para mim. — Então me diga, o que é que uma menina linda
como você está fazendo sentada sozinha em um bar em uma noite de sexta-
feira?
Eu ainda podia sentir o rubor no meu rosto, mas eu me forcei a sorrir e
não aparentar tão estranha e nervosa quanto eu me sentia.

— Eu estou esperando pela minha amiga, ela vai me encontrar aqui em


breve.

Jason sorriu para mim. — Nesse caso, eu vou ter que ficar por aqui e lhe
fazer companhia até que ela chegue.

Senti minha barriga vibrar com borboletas.

Lambi meus lábios e disse — Oh, está tudo bem. Você não tem que ficar
aqui comigo.

— Mas eu quero.

Eu arregalei meus olhos. — Você quer?

Ele quer?

— Eu quero. — disse Jason e me deu um aceno de cabeça firme.

Oh, uau.

— Hum, tudo bem, então. — eu sorri.

Em seguida ele sinalizou para o garçom. — Uma garrafa de Bud para


mim por favor, e para a senhorita...

Jason olhou do garçom para mim e meu coração deu um pulo, ele ia
comprar uma bebida para mim! Ninguém nunca me comprou uma bebida
antes.

— Vodka e Coca-Cola, por favor. — eu disse um pouco sem fôlego.

Jason virou-se para o barman e pergunto — Entendeu, cara?

O garçom assentiu, depois, foi fazer nossas bebidas.

— Obrigada pela bebida. — sorri quando Jason se virou para mim.


Jason acenou com a mão. — Nem pense nisso.

Eu fiz exatamente isso e disse — Então, o que o trouxe aqui esta noite?

Jason enfiou o polegar por cima do ombro e eu segui o polegar para um


grupo de rapazes sentados em frente ao bar. — Eu e os rapazes decidimos vir
aqui para algumas cervejas antes de irmos a um clube. Avistei você do bar e
tinha que vir dizer olá no caso de eu nunca ter a chance de novo. Não é todo
dia que alguém tão linda como você cruza o caminho de alguém como eu,
afinal de contas.

O que?

Sério, o que?

— Você está brincando? — eu soltei.

Jason ergueu as sobrancelhas. — Não, por quê?

Eu balancei minha cabeça. — Porque você é lindo.

Eu queria morrer quando um enorme sorriso quase dividiu o rosto de


Jason em dois. — Estou feliz por você ter dito isso, porque eu acho que você é
linda, também.

Eu estava começando a suar, do tanto que eu estava corada.

Jason riu para mim e mudou de assunto para coisas mais mundanas e
depois de um tempo um rapaz de seu grupo de amigos se aproximou e lhe deu
uma cotovelada. — Estamos caindo fora, cara. Você vem?

Jason manteve os olhos fixos nos meus, quando ele disse. — Não, cara.
Estou bem aqui.

O amigo riu e piscou para mim. — Sim, eu pensei que você poderia dizer
isso. Vejo você amanhã. Tchau, linda.

Dois homens me chamaram de linda hoje à noite!

Dois!
— Você não tem que ficar aqui comigo. Tenho certeza de que minha
amiga estará aqui...

— Eu quero ficar aqui com você e eu estou meio que com esperança que
sua amiga não apareça. Quero mantê-la só para mim.

Oh, meu Deus.

Como se fosse uma sugestão, meu telefone tocou e porque eu não tinha a
menor ideia do que dizer de volta para Jason, eu rapidamente peguei o celular
da minha bolsa e atendi.

— Onde você está? — perguntei para Aideen quando eu respondi.

— Eu estou indo embora em cinco minutos. Fiquei presa com a detenção


de noite acontecendo na escola. — Aideen respondeu num acesso de raiva.

— Leve o seu tempo, tenho companhia. — eu disse, fazendo Jason sorrir


enquanto bebia o resto de sua cerveja.

— Homem ou mulher? — Aideen questionou.

— Homem.

— Ele pode ouvir o que você está dizendo?

— Sim. — eu respondi então levantei um dedo para Jason indicando que


eu ficaria apenas mais um minuto ao telefone, ele acenou com a cabeça e
sorriu para mim.

— Ele é quente?

Eu interiormente revirei os olhos para a pergunta, mas disse — De um


jeito que você não iria acreditar.

Aideen gritou tão alto que eu puxei meu telefone longe da minha orelha
com um silvo. — Eu não vou, você fica com ele e se diverte. Está me ouvindo,
Keela? Diversão!

Eu estava mortificada, todo o maldito bar podia ouvi-la.


— O que quer dizer com você não vem?

Jason sorriu e ele se inclinou para frente e roçou o dedo sobre o meu
joelho exposto. Eu fiquei tensa e fixei meus olhos nos dele, minha respiração
acelerou e meu pulso disparou.

— Vá se divertir! Chame-me se precisar de mim! — com aquilo dito,


Aideen desligou. Eu queria rastejar através de meu telefone e estapear a
Aideen boba, Jason poderia ser um assassino com tudo que ela sabia!

Desviei o olhar de Jason e para o meu celular com uma careta. — Minha
amiga não vem.

Jason sorriu para mim. — Não se preocupe, eu vou cuidar de você.

Sorri para sua paquera e disse — Como é que eu sei que você é capaz de
cuidar de mim?

Engoli em seco quando o banco em que eu estava sentada de repente foi


puxado em direção a Jason, sua mão direita se moveu para minha cintura e
seu rosto estava a um fio de cabelo de distância do meu.

— Eu sou mais do que qualificado para o trabalho. — ele disse, em


seguida, passou a língua sobre o meu lábio inferior. — Confie em mim.

Eu realmente confiei nele e confiar naquele idiota foi o maior erro da


minha vida. Eu franzi a testa para os meus pensamentos e Aideen notou, ela
suspirou e esfregou sua bochecha machucada.

— Eu sinto muito Kay, eu não deveria ter mencionado Micah ou ele.


Esqueci-me.

Dei de ombros. — Não se desculpe. Eu vou ter que me acostumar em


ouvir o seu nome, ele vai casar com Micah, afinal de contas.

Aideen zombou. — Eu não acredito que ele te usou para se vingar de


Micah quando eles se separaram e agora eles vão se casar. Eu odeio aquele par,
porra.
— Eu os odeio também.

Aideen sacudiu sua raiva e retomou seu lugar à mesa, mas ela disparou
de volta quando ela olhou para o prato. Eu ri quando eu percebi o que tinha
acontecido.

— Seu desgraçado! Seu gordo, bastardo guloso! — Aideen gritou


enquanto procurava por Storm na sala.

Olhei para a mesa e balancei a cabeça, tanto meu prato quanto o de


Aideen estavam limpos de comida e Aideen estava em uma missão para torcer o
pescoço do Storm. Ele sabia disso também, porque ele estava se escondendo
dela.

— Onde você está? — Aideen gritou fazendo-me dar uma gargalhada.

Storm era um cão grande, realmente um grande cão, por isso o fato de
que ele poderia se esconder no meu apartamento minúsculo me enlouquecia. Eu
ri ainda mais forte quando ouvi a porta do meu quarto fechar. Aideen correu da
cozinha e pelo corredor até a porta do meu quarto. Fui até o quarto atrás dela e
continuei a rir.

— Eu não acredito que você comeu nosso café da manhã! Você é um cão
guloso filho da puta! — Aideen gritou para Storm que agora estava deitado na
minha cama.

Ele ergueu as orelhas para os gritos de Aideen, mas, além disso, ele não
fez absolutamente nada, e isso só serviu para deixar Aideen ainda mais furiosa.

— Eu o odeio, porra! Ele é, literalmente, como um homem, um homem


gordo e inútil.

Storm peidou em resposta e fez com que Aideen e eu fugíssemos do meu


quarto - eu ainda em um ataque de riso e Aideen explodindo de raiva.

— Por que você o mima tanto? Ele é um cão patético Keela, ele é
literalmente bom para nada!

Dei de ombros. — Ele não tem que ter um propósito para eu tê-lo, Ado.
Aideen jogou as mãos para o ar. — Você o pegou como um cão de guarda.

Eu sorri. — Ele guarda a comida dele, isso vale alguma coisa... certo?

Aideen pisou na sala de estar com raiva e se sentou no sofá. — Você é


inacreditável!

Eu ri quando caí sobre a cadeira ao lado dela. — Apesar disso você ainda
me ama... certo?

Aideen encolheu os ombros. — Eu estou meio a meio agora.

Eu a cutuquei e disse — Cadela.

Aideen bufou e relaxou na cadeira. — Então... ontem à noite foi uma


loucura, hein?

O rosto metido de Alec Slater passou pela minha mente e eu fiquei tensa.

— Sim, louco.

Aideen limpou a garganta e disse — Eu não consigo acreditar que você


agrediu alguém fisicamente.

Virei a cabeça boquiaberta. — O que?

Aideen encolheu os ombros. — Você empurrou Alec para o chão. Ele tem
algo como um metro e oitenta. Ele é muito alto, mesmo em comparação a você,
o que quer dizer alguma coisa, então eu não sei como você conseguiu colocá-lo
no chão.

Eu levantei o dedo e disse — Primeiro de tudo, eu o empurrei, eu não bati


nele, o que não conta como agressão física. — eu levantei um segundo dedo. —
Em segundo lugar, eu o peguei de surpresa e é por isso que ele caiu tão
facilmente, ele não estava esperando. — eu apontei um terceiro dedo. — E,
finalmente, eu fiz isso para defendê-la. A garota dele fez isso no seu rosto!

Aideen estendeu a mão e tocou o rosto dela, sibilando um pouco antes de


abaixar a mão. — Ela era uma velha transa dele, não sua garota.
Eu bufei. — É a mesma coisa, ela ainda era ligada a ele.

Aideen suspirou. — Apesar disso, eles me ajudaram, Kay... Kane,


especialmente.

Eu gemi. — Pare com isso. Não fique pensando que ele é algum tipo de
herói, o rapaz parece problema.

Aideen franziu a testa para mim. — Isso é muito crítico, Keela, só porque
ele tem cicatrizes significa que ele é problema?

Abri a boca, mas a fechei.

Aideen sorriu para mim, então eu olhei para ela fazendo-a rir. — Eu sei
que você só está com raiva porque eu me machuquei. Eu te amo por isso, mas
não há necessidade de ficar com raiva dos irmãos Slater por causa disso.

Eu resmunguei. — Ok, tudo bem, eu não vou ficar com raiva deles por
isso, mas eu vou ficar com raiva de Alec pelas coisas que ele me disse.

Aideen assentiu com a cabeça. — Eu não culpo você, ele foi bruto e um
idiota completo.

Levantei minhas mãos. — Obrigada!

Aideen riu. — Eu não consigo acreditar o quão você ficou valentona.


Nunca vi você agir assim antes, você é geralmente um pouco molenga.

Eu fiz uma careta e abaixei meus ombros um pouco. — Eu sou com a


minha família, porque é mais fácil ficar apenas quieta ao redor deles, mas você
se machucou e eu fiquei com raiva... eu não pude evitar. Além disso, não é como
se eu tivesse matado alguém.

Aideen sorriu. — Você ameaçou o suficiente.

Eu a encarei. — Cala a boca.

Ela gargalhou um pouco me fazendo sorrir. Eu bocejei e depois


espreguicei antes de olhar para a mesa da cozinha. Eu levantei e fui até
lá. Aideen limpou a mesa e colocou a louça na pia, ela as lavou, em seguida,
deixou no escorredor para secar.

Concentrei-me na mesa da cozinha e comecei a empilhar as


revistas. Quando elas estavam em uma pilha, olhei para a mesa e parei por um
segundo. Peguei o envelope que o Sr. Pervert deixou na noite passada e suspirei
quando o virei e rasguei para abrir, não me importando com o conteúdo.

Virei o cartão na minha mão quando o puxei do envelope. Abri a tampa


bonita e li a primeira linha. Deixei cair o cartão sobre a mesa e dei um passo
para trás.

— Oh meu Deus! — eu disse, encarando a mesa.

— O quê? — Aideen perguntou quando ela entrou na cozinha, eu apontei


para o cartão sem olhar para longe dele.

Ela moveu-se ao redor da mesa, pegou o cartão e o leu. — Nem fodendo!

Eu balancei a cabeça.

— Eles a convidaram para o casamento deles? Aqueles bastardos


diabólicos fodidos! — Aideen rosnou.

Eu me senti um pouco tonta, por isso, puxei uma cadeira da mesa da


cozinha e sentei antes que eu inclinasse minha cabeça para frente e a colocasse
sobre a mesa para deixar as lágrimas caírem. — Por que eles fariam isso
comigo?

— Porque eles são maus, porra, puramente malvados!

Chorei muito quando Aideen começou a ler em voz alta o convite do


casamento de Micah e Jason. Ela parou no meio do caminho, rasgou o convite,
pegou o isqueiro de sua bolsa e colocou fogo nele. Sentei-me ereta e olhei para
ela quando ela foi até a pia, deixou cair o convite queimando na pia, em seguida,
derramou água sobre ele. O alarme de incêndio disparou por causa da fumaça,
então Aideen subiu em uma cadeira, tirou a bateria do alarme no teto, em
seguida, desceu e abriu as janelas do apartamento para arejar.
Eu não me movi enquanto ela fazia tudo isso, eu só poderia sentar e
chorar.

— Eu ainda não acredito que eu não reconheci Jason, eu sou tão estúpida.
Quando ele me puxou no bar no ano passado eu pensei que ele realmente
gostava de mim. Ele ficou comigo durante seis semanas, apenas para se vingar
de Micah por traí-lo. Aquele desgraçado fez com que eu me apaixonasse por ele
e ele sabia disso!

Aideen se moveu para a minha frente e se ajoelhou. — Você nunca tinha


visto Jason em pessoa, você não fica ao redor da casa de Mica de jeito nenhum.
O máximo que você tinha visto eram fotos dele no facebook. Ele tingiu o cabelo
de preto e ficou na academia desde que seu ano escolar terminou. Ele não é a
mesma pessoa que está na sua imagem de perfil, ele parece muito diferente e
isso não é culpa sua. Ele jogou com você, aquele filho da puta tirou a sua
virgindade pelo amor de Deus!

Eu soluçava quando eu me inclinei para frente e passei meus braços em


torno de Aideen e apertei.

— Vamos fingir que você nunca foi convidada, tudo bem? Ficamos aqui o
dia todo, eu posso organizar todo o meu trabalho de curso para os alunos que
frequentam a escola de verão deste ano, e você pode escrever um pouco mais do
seu livro. O que você me diz?

Eu gemi e me afastei do nosso abraço. — Eu não posso sequer pensar em


escrever no momento. Eu só quero ir para a cama e não levantar nunca mais.

Quando Aideen me deu um tapa no rosto, levei alguns segundos para a


dor e a realização de que ela realmente me bateu. — O que foi isso? — eu rebati e
levantei a minha mão para a minha bochecha agora latejante.

— Por você ficar para baixo por um idiota que não merece isso! — Aideen
afirmou.

Eu fiz uma careta e continuei a esfregar meu rosto quando eu disse —


Sinto muito.
— Não se desculpe, não por qualquer coisa. Está bem?

Eu balancei a cabeça e abracei Aideen novamente e quando nos


separamos, eu disse — Eu tenho que ir ao casamento. Você sabe que a minha
mãe virá aqui e me importunará por uma vida se eu não for. Se eu for e me
sentar na parte de trás da igreja e recepção, ela não vai se importar.

Aideen rosnou. — Eu odeio a sua mãe.

Sorri fazendo Aideen dar risada.

Eu suspirei. — Eu só gostaria de não ter que ir solteira, isso só vai fazer o


dia inteiro ficar pior.

— A semana inteira, na verdade. O casamento é nas Bahamas e você vai


nos próximos dias.

— O que? — eu gritei.

Aideen assentiu. — Isso é o que o convite dizia.

— Foda-se! — eu gemi e abaixei minha cabeça.

Ficamos em silêncio por um momento, até Aideen arfar dramaticamente


o que me fez pular.

— O que? — perguntei.

Ela olhou para mim e disse — Você vai me matar, mas eu tenho uma
solução para você, assim você não vai participar do casamento como uma
mulher solteira.

Eu levantei minhas sobrancelhas para ela. — Sim, o que é isso então?

— Não é isso, mais parecido com quem?

Franzi minhas sobrancelhas. — Então, quem?

Aideen sorriu quando ela disse. — Alec Slater.


—O que

sobre Alec Slater? — perguntei a Aideen com as sobrancelhas levantadas.

Aideen me deu um olhar você-está-falando-sério, então suspirou. — Ele


poderia ser seu encontro no casamento da Micah e Jason. Duh!

Sério?

Comecei a rir. — Sim, claro!

Aideen empurrou meu ombro. — Eu estou falando sério, é isso que ele
faz. Bem, não exatamente o que ele faz, mas é perto o suficiente.

Senti meus olhos rolarem com a confusão. — Ado, eu não tenho ideia do
que você está falando.

Aideen beliscou a ponta de seu nariz e soltou um longo suspiro antes dela
se concentrar em mim e dizer em voz baixa — Alec é um acompanhante
masculino, Keela.

Eu segurei o olhar de Aideen por alguns segundos antes de eu rachar de


rir novamente. Aideen grunhiu e bateu em meus braços para me fazer parar de
rir, e depois de um minuto ou mais funcionou.

— Eu não estou brincando! — Aideen berrou.


Eu ainda estava rindo um pouco, quando eu disse — Eu não acredito em
você.

Aideen cruzou os braços sobre o peito. — Keela, juro pela minha vida que
eu não estou brincando com você. Estou falando sério. Alec é um acompanhante
masculino.

Meus ombros pararam de se mover e minhas risadas diminuíram até que


não tinha mais sons de risos vindo da minha boca. Eu pisquei enquanto olhava
para Aideen, seu rosto não possuía qualquer indício de sorriso como se estivesse
brincando comigo, o que me assustou mais do que um pouco.

— Você está falando sério? — perguntei a minha voz em um sussurro.

Aideen assentiu. — Sim, eu não acreditava no início porque Branna me


disse uma noite, quando ela estava bêbada, mas quando eu disse a ela no dia
seguinte ela surtou e me fez prometer nunca contar a ninguém.

Fiz um gesto entre Aideen e eu. — O que é isso então?

Aideen bufou e me dispensou. — Você é minha melhor amiga, então você


não conta.

Essa lógica de Aideen é fácil de entender.

Mordi meu lábio inferior quando inclinei a cabeça para trás e olhei para o
teto. — Tudo bem, eu acredito em você, mas eu não vejo como Alec sendo um
acompanhante possa me ajudar. Eu fiquei na presença dele por apenas cinco
minutos e eu já não posso suportá-lo. Ele é um idiota.

Aideen riu. — Então? Alec é lindo, e ter alguém como ele em seu braço
será a última porra entre você Jason e Micah. Jason odeia Dominic Slater, então
as chances são de que ele odeie seus irmãos também. Vamos Keela, basta pensar
como chateado ele vai ficar que você está com um Slater em seu casamento.

Eu podia imaginar o rosto de Jason se contorcendo em raiva e isso trouxe


um sorriso ao meu rosto.
— Tudo bem, eu concordo que seria ótimo esfregar alguém que Jason
odeia em seu rosto, mas eu não acho que Alec vai concordar com isso. Quer
dizer, eu o empurrei ao chão e o chamei de batty boy.

Aideen balançou as sobrancelhas para mim. — Só há uma maneira de


descobrir se ele será o seu encontro.

— Qual é?

Aideen piscou. — Você tem que perguntar a ele.

Sentei-me em linha reta. — Você quer que eu peça a ele para ser meu
encontro para o casamento da minha prima depois do que eu disse e fiz para ele
na noite passada?

— Sim. — respondeu Aideen instantaneamente.

Ela era irreal!

Eu gemi. — E se eu disser que não?

Aideen encolheu os ombros. — Vou telefonar e pedir-lhe para você.

Vaca do mal!

Engoli em seco. — Você não ousaria!

Aideen diabolicamente sorriu. — Tente-me, Kay.

Eu ligeiramente choraminguei. — Eu te odeio.

— Eu também te amo.

Fechei os olhos e pensei sobre isso.

Eu gosto do que eu soube sobre Alec Slater até agora?

Não.

Eu queria estar perto dele por uma semana se ele aceitasse uma proposta
para ir para a Bahamas como meu encontro no casamento de Micah e Jason?
Inferno, não.

Eu queria realmente vê-lo novamente depois de nossa primeira interação


na noite passada?

Céu e Inferno, não.

Colocando esses pontos de lado; eu queria ter alguém que se parecesse


como ele fingindo ser meu namorado para minha família e Jason?

Sim. Deus, sim!

Eu bati minha mão contra a mesa quando cheguei à minha decisão. —


Tudo bem, eu vou perguntar a ele.

— Sucesso! — Aideen aplaudiu.

Eu ri para ela, em seguida, vi como ela ficou de pé.

— Calma tigresa, por que tão nervosa?

Aideen se aproximou de mim, pegou minha mão e me puxou para meus


pés. — Vá tomar um banho, nós vamos conseguir isto feito na próxima hora.

Desculpe?

Senti meu interior tremer. — Hoje? Isto não pode esperar até segunda-
feira?

Aideen balançou a cabeça. — Não, você viaja para a Bahamas dentro de


uma semana e temos que ir fazer compras das suas roupas de férias, assim, você
vai ficar linda em todos os momentos. Então precisamos reservar os seus voos e
ligar para o seu trabalho e dizer-lhes que você está doente e vai estar fora por
uma semana. Temos muito a fazer, e eu não vou permitir você parecendo
qualquer coisa que não seja impressionante nessa desgraça de casamento.
Precisamos também de Alec a bordo, o mais rápido possível.

Eu engoli a bile que de repente subiu até minha garganta.

— Oh, meu Deus... eu acho que eu não posso fazer isso.


Aideen agarrou meu braço e me puxou para fora da cozinha e direto para
o banheiro. — Você só está tomando um banho, é isso. Um passo de cada vez.

— Sim, mas...

— Pare de falar. — Aideen me cortou. — Tome um banho e não pense


mais nisso.

Com isso dito, ela se levantou e saiu do banheiro deixando-me sozinha no


cômodo. Eu gemi quando comecei a me despir. Liguei o chuveiro e esperei um
minuto para que esquentasse. Quando eu tive certeza de que a temperatura não
me daria hipotermia eu pisei sob o fluxo de água e fechei os olhos.

Eu não me movi debaixo da água por alguns minutos, porque estava


pensando, como você faz quando está no chuveiro. Eu pensei sobre o que eu ia
fazer e dizer quando ficasse frente a frente com Alec. Eu não conseguia pensar
exatamente no que dizer depois do meu encontro com ele ontem à noite, então
eu decidi apenas improvisar. Se eu pensasse muito sobre isso eu não iria, o que
iria irritar tanto Aideen quanto a mim, porque uma vez que dei a minha palavra
sobre algo, eu não iria desistir.

Eu não era uma covarde de merda, em cem por cento, eu iria passar por
isso e pedir a Alec para ser meu falso par em um casamento. O pior que ele
podia dizer era não. Além disso, eu o vi uma vez em toda a minha vida e ele vivia
perto da minha área há mais de três anos. Não é provável que eu o encontrasse
tão cedo, se ele me rejeitasse.

Eu não esperava isso de qualquer maneira.

Vinte minutos depois que entrei no chuveiro, eu saí encharcada, mas


extremamente limpa. Eu me esfreguei toda de forma que nenhuma pele suja ou
morta foi deixada para trás. Mudei-me para a minha pia e olhei para o
espelho; eu limpei o vapor e olhei para o meu corpo. Eu não olhei abaixo do meu
peito porque eu odiava minha barriga, eu tinha essa pequena bolsa canguru
que nunca ia embora, não importa o quão duro eu fizesse dieta ou quanto tempo
eu malhava na academia!
Suspirei e peguei minha escova de dente e creme dental, apliquei a pasta
na minha escova, molhei-a em seguida, fui escovar os dentes. Eu tinha um
pouco de TOC quando se tratava de escovar os dentes. Meus dentes eram muito
tortos quando eu era mais jovem, então, minha mãe me fez usar aparelho e
quando meu aparelho foi removido, descobri que tinha dentes retos adoráveis,
tenho a certeza de ter extra de cuidado com eles. Eles eram minha característica
favorita, eu gostava do meu sorriso.

Depois de escovar os dentes e fazer gargarejo com algum antisséptico


bucal, peguei uma toalha da prateleira e sequei-me para baixo. Eu usei a mesma
toalha para secar o cabelo, em seguida, deixei-a cair no chão para absorver
minhas poças de pegadas. Sim, eu usava a uma toalha para tudo. Eu odiava
quando Aideen tomava banho no meu apartamento, ela usava três toalhas
apenas para tomar um banho e isso me deixa puta. Muito.

Em seguida foi o meu hidratante, peguei minha marca favorita de creme


corporal de morango e a esfreguei por todo o meu corpo, então eu fiz um pouco
de uma dança nua, sacudindo para ajudar a secar mais rápido. Eu
provavelmente parecia uma idiota, mas era eficaz e isso é tudo o que importa.

Quando saí do banheiro enrolada em uma toalha, encontrei com


Aideen. — Vamos lá, eu tenho uma roupa escolhida para você.

Ela me puxou pelo braço para o meu quarto e eu tropecei um pouco


quando ela me largou. Me equilibrei e olhei para a minha cama onde Storm
estava desmaiado novamente e roncando.

— Ele é pior do que um homem.

Aideen bufou. — Eu diria que ele retrata os homens perfeitamente bem.

Eu ri quando eu me virei para Aideen que agora estava praticamente


dentro do meu guarda-roupa. — Eu escolhi este vestido azul na altura do joelho
e um par de Converse branco para você usar. Está estendido na sua cama.
Olhei para o vestido e assenti em aprovação. Comprei-o há algumas
semanas em Pennys para os meses de verão, porque tinha um bom
cumprimento e corte.

— É lindo, embora meus seios não sejam grandes o suficiente para


preenchê-lo.

Aideen sorriu. — É por isso que Deus inventou sutiãs push-up8.

Eu dei-lhe um olhar cai-na-real. — Deus não criou sutiãs push-up, o


homem fez.

Aideen encolheu os ombros. — É verdade, mas Deus plantou a ideia na


mente do homem. Coloque-o.

Eu ri e deixei cair a toalha. Aideen já estava enfiada de volta dentro do


meu guarda-roupa procurando meu Converse direito desde que o esquerdo já
estava no chão. Coloquei o sutiã em seguida, peguei um par de calcinhas
brancas de minha gaveta. Eu puxei meu vestido para cima da minha cabeça e
olhei para o meu peito, então Aideen se virou e me deu um polegar para cima.

— Está vendo? Preenchimento instantâneo.

Eu suspirei e estendi minha mão para o meu Converse. Aideen torceu o


nariz para mim e balançou a cabeça antes de se mudar para a minha
cômoda. Ela abriu a gaveta inferior e pegou um par de meia branca.

— Eu odeio quando você não usa meias com sapatos, é nojento.

Eu mostrei a língua para ela quando tirei as meias de sua mão, coloquei
ambas em seguida, coloquei meu Converse e me levantei. Eu girei um pouco.

— O que você acha?

8
Sutiã com bojo formatado de espuma e alças fixas ajustáveis. Desenha o decote e é indicado para
aumentar o volume dos seios. Vestem super bem e possuem uma ótima durabilidade. As alças e as
costas finas facilitam o uso com qualquer tipo de roupa e ainda assim dão uma ótima sustentação.
Aideen inclinou a cabeça para o lado enquanto ela olhava para mim e
franziu a testa. — Você perdeu peso, seus pneuzinhos praticamente
desapareceram.

Bati palmas juntas, como um gesto feliz. — Melhor notícia de sempre!

Aideen balançou a cabeça. — Não, não é, você não deve perder peso tão
rápido quanto você está. Você está comendo três refeições completas por dia?

Não.

Eu não estava com fome mesmo, mas eu tentei o meu melhor para limitar
a minha ingestão de alimentos se eu pudesse ajudá-lo.

— Sim, mãe. — eu provoquei.

Eu não lhe disse a verdade, porque Aideen não iria entender, ela apenas
me importunaria sobre não comer corretamente. Eu não vou ficar contra ela
embora, porque ela se importa comigo e só está cuidando de mim, mas ela não
sabia o que era crescer com uma mãe como a minha. Aquela que examinava
tudo o que você colocava em sua boca e fazia se sentir um lixo sobre si
mesmo. Eu mal amo minha mãe, ela não é uma pessoa agradável. Nem mesmo
para mim e eu era sua única filha.

Aideen sorriu para mim quando ela acreditou na minha mentira. — Bem,
sorte sua. Todo seu trabalho duro está valendo a pena, a gordura de Jason está
quase toda acabada. Uhulll.

Eu ri e bati as mãos no alto com ela.

Quando eu descobri quem Jason era e que ele não era meu parceiro, e
que ele me usou apenas para perturbar minha prima, me consolei na comida e
engordei três quilos e meio. Aideen chamou minha gordura de Jason. Esse
apelido só me deu o impulso necessário para perder peso. Eu não quero ter
parte de Jason ligado a mim, especialmente gordura de Jason.

Andei até minha cômoda e abri a gaveta de cima. Peguei meu secador de
cabelo e prancha antes de sentar na minha cama, em seguida, entreguei-os a
Aideen. Ela ligou o secador de cabelo na tomada na parede e passou os
próximos 10 minutos secando meu cabelo. Meu cabelo não era muito
longo. Batia no meio das minhas costas quando estava em linha reta e não era
muito grosso, por isso felizmente não demorava muito para secar.

— Eu vou colocar cachos soltos para baixo nas pontas do seu cabelo, ele
fica lindo assim. Precisamos que você pareça sexy, para que convença aquele
filho da puta sexy para ser seu acompanhante no caso de ele te odiar depois de
ontem à noite.

Eu levantei minhas sobrancelhas. — Claro que não, se ele disser não,


então, essa é a sua resposta final, sem perguntar ao público, meio a meio, ou o
telefone de um amigo. Não vou implorar ou tentar persuadi-lo de
qualquer maneira.

Aideen sorriu. — Sim, senhora.

Eu olhei. — Isso também significa que você não vai tentar convencê-lo.

Ela colocou a prancha para baixo e levantou as mãos. — Eu não vou fazer
nada, eu juro sobre a Bíblia.

Revirei os olhos. — Isso não significa nada para mim, você está indo para
o inferno e você sabe disso.

Aideen riu enquanto pegava um spray protetor de calor e colocou um


pouco nas pontas do meu cabelo. Ela esperou alguns minutos para secar, então,
pegou a prancha e começou a enrolar as pontas do meu cabelo em torno dos
lados quentes antes de puxar. Quando ela soltou meu cabelo nas pontas deles
surgiram cachos soltos, isso me fez sorrir porque eu amava essa aparência em
mim tanto quanto Aideen. Foi uma mudança agradável, considerando que uso
meu cabelo em um rabo de cavalo ou em um coque bagunçado a maior parte do
tempo.

— O cabelo está feito, a maquiagem é a próxima. Estamos mantendo esse


rosto bonito o mais natural possível.

Diversão.
— Faça o que quiser comigo.

Aideen bateu no meu nariz. — Abra com essa frase quando você falar com
Alec e você terá a garantia de tê-lo como seu acompanhante para o casamento.

Cadela suja!

Comecei a rir fazendo Aideen sorrir quando ela pegou minha pequena
bolsa de maquiagem da minha cômoda e trouxe-a para mim. Fechei os olhos
enquanto pegava a maquiagem que ela estaria usando no meu rosto e só relaxei
enquanto ela fazia o trabalho. Ela tem a minha base, pó e blush feito em menos
de cinco minutos, porque ela foi muito leve em tudo. Passou alguns minutos
extras fazendo um castanho claro esfumaçado nos olhos, mas, uma vez que foi
feito eu estava pronta para ir.

— Perfume? — Aideen questionou.

Eu balancei minha cabeça. — Não, obrigada, eu tenho hidratante de


morango para que eu cheire agradável e frutado.

Aideen se inclinou e inalou profundamente.

— Bom.

Em jeito de brincadeira a empurrei para longe de mim. — Vamos lá,


vamos lá e acabar com isso antes que eu fique nervosa.

Ou mais nervosa.

— Eu estou pronta para ir. — Aideen aplaudiu.

Storm latiu da cama tão alto que Aideen apontou o dedo para ele antes
que ela pulasse para fora do quarto. Eu balancei a cabeça para ela, em seguida,
movi-me em torno de Storm. Eu esfreguei sua cabeça, em seguida, o beijei. —
Eu estarei de volta daqui a pouco, amigo.

Storm gemeu e espreguiçou, em seguida, capotou. Eu ri quando me


levantei e saí do meu quarto. Deixei a porta aberta para que ele pudesse ter
acesso a sua água e comida. Eu reabasteci ambos antes de seguir Aideen para
fora do meu apartamento.

— Levei-o para fora em uma rápida caminhada para ir ao banheiro antes,


e o filho da puta quase mordeu minha mão. Eu nunca mais vou fazer isso de
novo.

Eu ri enquanto trancava a porta do apartamento e descia as escadas do


meu prédio com Aideen em meus calcanhares. Quando estávamos no parque de
estacionamento eu gemi de prazer quando senti o calor da luz do sol acariciar a
minha pele.

— Eu amo o maldito verão.

Aideen suspirou. — Eu também, babe.

Entramos em meu carro e abrimos as janelas imediatamente, porque o


interior do meu carro estava fervendo. Eu liguei o carro, então saí do
estacionamento e para estrada.

— Para onde estou dirigindo?

Aideen apertando os nós dos dedos. — Upton.

Eu olhei para ela antes de voltar a focar na estrada. — Ele vive em Upton?
Ele é rico?

Aideen encolheu os ombros. — Branna disse que eles são bem de vida.

Eu bufei.

Eles são mais do que bem se eles vivem em Upton. Essa era
provavelmente a parte mais chique de Tallaght. Bem, se Tallaght tivesse uma
parte elegante então Upton seria ela. Aideen e eu não falávamos enquanto
dirigimos por uns dez minutos de carro em duas propriedades, até que entrei
em Upton, sempre limpo e tranquilo.

— Eu adoraria morar aqui. — murmurei quando desacelerei o suficiente


para olhar ao redor.
— Eu também, é muito tranquilo.

Eu balancei a cabeça. — Eu poderia começar a escrever o tempo todo se


eu morasse aqui.

Aideen olhou para mim. — Quando seu livro estará pronto?

Dei de ombros. — Ele está andando por um largo caminho, tenho cerca
de quarenta e quatro mil palavras para ele.

Aideen assobiou. — Eu não posso acreditar que você pode escrever tantas
palavras. Luto para escrever um texto com mais de vinte palavras.

Eu ri quando parei em frente da casa que Aideen apontou para mim.

— Como você sabe que esta é a casa dele? Você já esteve aqui antes?
— perguntei a Aideen quando soltamos nossos cintos de segurança e saímos do
carro.

— Não, mas Branna disse que era uma casa de quatro andares que tem
uma caixa de correio branca na parede ao lado da porta de entrada.

Olhei para a casa e vi a caixa de correio que Aideen falou e soltei um


grande suspiro. Senti-me mal agora que eu estava aqui em frente de sua casa.

— Vamos, vamos acabar logo com isso. — eu murmurei.

— Perca essa atitude e pense positivo, limpe sua mente. — disse Aideen
atrás de mim enquanto eu caminhava para o jardim até os degraus que levaram
a uma varanda.

— Tudo bem, yoga esquisita. — disse eu, fazendo Aideen dar risada.

Mordi meu lábio inferior enquanto eu lia Slater rotulado através da caixa
de correio branca ao lado da porta do salão. Fechei os olhos, em seguida, os abri
enquanto apertava a campainha.

Por uns 10 segundos inteiros, nada aconteceu, então eu dei de ombros e


disse — Parece que ninguém está em casa. Oh bem, eu tentei. Vamos.
Aideen agarrou meu braço enquanto eu tentava afastar-me da porta.
— Oh, não, você não vai! Tenha paciência e espere!

Eu resmunguei e cruzei os braços sobre o peito, enquanto Aideen tocava a


campainha novamente.

— Estou indo! — uma voz masculina de dentro da casa gritou alguns


segundos depois.

— Porra! — eu sussurrei fazendo Aideen dar risadinhas.

Alguns segundos depois que eu falei, a porta de entrada para a residência


Slater abriu. Eu já tinha visto que Alec e Kane se pareciam mas este homem não
era nenhum dos dois.

Não, eu estava olhando para outro Deus.

Um Deus que tinha um short que ia até a altura dos joelhos e uma camisa
sem mangas que estava esticada sobre seu torso. Tatuagem cobria a maior parte
de seu corpo, muitas tatuagens. Ele era nada menos do que uma obra-
prima. Facilmente mais de um metro e oitenta de altura, com cabelo curto
castanho escuro, olhos castanhos brilhantes e lábios cheios.

— Aideen. — o homem sorriu revelando dentes brancos em linha reta.

Isso realmente não era justo.

Ele era simplesmente lindo.

— Ei Ryder. — Aideen cantarolou, então olhou para mim e sussurrou —


Ele é o mais velho.

Ryder ouviu Aideen e sorriu para nós. Eu mentalmente, e,


provavelmente, de forma audível, suspirei, porque ele tinha uma boa aparência
pra cacete, quase machucava de olhar para ele e este era o irmão mais velho de
Alec?

Esses rapazes só vão ficar melhores com a idade, deixe-me dizer-lhe!


— Branna não está aqui agora e...

— Oh, nós não estamos aqui para ver Branna. Estamos aqui para ver
Alec. Bem, minha amiga está aqui para ver Alec.

Os olhos de Ryder caíram sobre mim, ele olhou para o meu estômago, em
seguida, para o meu rosto. — Você não está grávida, não é?

Eu corei todos os tons de vermelho que se possa imaginar.

Porra, eu pareço grávida?

— Não! — eu disse, chocada que ele sequer fez essa pergunta.

Ryder rapidamente limpou a garganta. — Você não parece grávida, é que


saiu errado. Ter uma garota aparecendo aqui à procura de Alec é extremamente
raro por isso estou um pouco preocupado. Ele nunca diz para suas parceiras
onde ele mora.

Suas parceiras?

Eu senti meus olhos praticamente caírem da minha cabeça. — Eu não tive


relações sexuais com seu irmão!

Ryder mordeu o lábio inferior e passou as mãos pelo seu cabelo bem
cortado. — Eu sinto muito, isso está saindo tudo errado. Você não se parece
como uma parceira habitual de Alec, quer dizer, você é linda, mas suas garotas
são geralmente loira e...

— Jesus Cristo, Ryder, apenas pare de falar! Você está cavando um


buraco sem fundo aqui. — Aideen explodiu de raiva.

Ryder pulou um pouco no volume do grito de Aideen, mas acenou com a


cabeça e se concentrou em mim. — Eu sinto muito.

Eu só balancei a cabeça para ele sem saber o que dizer, então eu fiquei em
silêncio. Ele soltou um longo suspiro antes de se virar e gritar — Alec, uma
mulher está aqui para vê-lo!
Alguns momentos se passaram até que eu ouvi uma porta abrir, poucos
passos leves depois um sussurro — Se ela tem o cabelo louro, uma verruga em
sua bochecha esquerda e peitos enormes, feche a porta bem agora.

Senti meu rosto torcer de nojo enquanto eu balançava minha cabeça, ele
era um idiota do caralho.

— Eu não tenho cabelo loiro, uma verruga no rosto ou peitos enormes, é


seguro para você sair! — eu gritei.

Ryder sorriu para mim, mas tentou escondê-lo, esfregando a mão sobre
sua boca. Ele então deu um passo para a direita e permitiu Alec preencher a
porta. Fiquei envergonhada e com raiva sobre o que Ryder me disse, mas eu me
esqueci de tudo quando meus olhos pousaram em Alec.

Alec sem camisa.

Sem camisa, vi que Alec tinha uma grande tatuagem de dragão que cobria
seu braço direito e parte do peito e possuía barriga tanquinho e a linha V final.

Será que todos esses irmãos têm corpos e tatuagens assim?

— Keela? — Alec disse, claramente surpreso que eu estava em sua porta.

— A Keela que quis colocá-lo na sua bunda na noite passada? Essa Keela?
— Ryder murmurou para Alec.

— Sim, essa Keela. Não se preocupe, ela é calma e não vai machucar Alec
novamente, prometo. — Aideen cantarolou fazendo ambos os irmãos rirem e eu
me arrepiar. Eu olhei para ela, mas a cadela não me deu atenção.

Abaixei minha cabeça e limpei a garganta subitamente seca.

— Posso falar com você? — perguntei quando olhei de volta para Alec.

Estreitei meus olhos quando eu encontrei seus olhos em minhas pernas,


em vez de no meu rosto. — Olhos no meu rosto amigo, meu rosto.
Alec levantou a cabeça e desviou os olhos para o meu rosto. — Que lindo
rosto você tem.

Realmente?

Eu gemi alto. — Você realmente disse isso? Isso foi além de patético.

Alec sorriu enquanto Ryder bufou e murmurou. — Kane estava certo, ela
não está afetada por você.

— Tudo há seu tempo, mano. — Alec murmurou de volta.

Sério?

Eu podia ouvi-los falar.

— Você vai deixar duas senhoras encantadoras do lado de fora em sua


varanda ou você vai nos convidar para entrar? — Aideen perguntou com um
sorriso radiante.

Ryder rapidamente acenou com a cabeça. — Certo, desculpem, entrem.


Branna não deve demorar muito, então talvez você possa esperar comigo e meus
irmãos, enquanto Alec e Keela conversam.

Aideen estava feliz com isso e se dirigiu para a casa com Ryder em seus
calcanhares. Eu queria deixá-la sangrando, ela apenas malditamente me
abandonou quando eu mais precisava. Que melhor amiga ela é!

— Você é a última pessoa que eu esperava ver hoje, gatinha. Como você
sabia onde eu morava? — Alec me perguntou conforme inclinava o ombro
contra o batente da porta.

Dei de ombros. — Branna disse para Aideen e Aideen me disse.

Eu deixei meus olhos vagarem por toda parte, exceto para o seu corpo e
rosto, ele não gostou disso, porque ele estendeu a mão e segurou meu queixo
com os dedos e levantou minha cabeça até que eu olhasse para ele.

— Por que você não olha para mim? — perguntou ele.


Dei de ombros. — Porque não.

Ele sorriu e tirou a mão. — Porque não o que?

Porque você é a pessoa mais gostosa que eu já vi.

Seus irmãos eram bonitos pra caralho, mas Alec era... seu rosto
quente. Que quente!

Dei de ombros novamente. — Só porque não.

Alec riu e cruzou os braços sobre o peito. — A que devo este prazer sem
aviso prévio, senhorita?

Revirei os olhos e disse — Daley.

— Senhorita Daley. — Alec sorriu.

Olhei para o seu sorriso antes de olhar para baixo e murmurei. — Eu


preciso te perguntar uma coisa.

— Tudo bem, mas olhe para mim enquanto você faz isso.

Eu senti meu coração bater contra o meu peito enquanto borboletas


encheram meu estômago. — Olha, é difícil o suficiente engolir meu orgulho e
fazer a um estranho esta pergunta, um estranho que eu tive uma discussão em
menos de 12 horas atrás.

Alec me olhava. — Você me agrediu fisicamente menos de 12 horas atrás


também.

Eu levantei minha cabeça e fixei um olhar mortal sobre ele. — Você está
tentando me irritar?

Um olhar pensativo caiu sobre seu rosto quando ele coçou o queixo. —
Você não é tão tímida quando está com raiva, eu estou te ajudando a relaxar.

Eu apertei minhas mãos em punhos. — Eu não sou tímida em tudo.

— Então, a pergunta que você veio aqui para me fazer. — ele desafiou.
Olhei ao meu redor e disse — Nós não podemos fazer isso lá dentro?

Alec ergueu as sobrancelhas quando ele me olhou uma vez mais, mas fez
o que pedi e afastou-se no batente da porta e ajustou a sua coluna à sua altura
máxima. Ele então se virou para o lado e me apontou para dentro da casa com a
mão. Engoli em seco e virou-se para o meu lado para que eu pudesse passar por
ele. Enquanto eu passava por ele travei os olhos em seus peitorais, em seguida
olhei para seu rosto bonito.

— Oi. — ele sorriu para mim, revelando profundas covinhas idênticas em


suas bochechas.

Por que ele tem que ter covinhas? Por quê?

Eu soltei um grande sopro de ar e respondi — Ei.

Um sorriso malicioso curvou sua boca quando ele balançou a


cabeça. Uma vez dentro de sua casa, olhei-o totalmente e por completo. Ele
tinha o cabelo para trás em um elástico, mas os fios da parte da frente da cabeça
escaparam do laço e ficaram soltos. Cerrei os punhos para não escová-los fora
de seu rosto, porque eu realmente queria.

— Podemos falar aqui ou no meu quarto, o que você prefere?

O quarto dele?

Minhas pernas tremeram e quase dobraram debaixo de mim.

— Aqui. — gritei, então, rapidamente limpei minha garganta. — Aqui está


bem, obrigada.

Alec sorriu plenamente para mim, então eu olhei para baixo para meus
dedos e disse — Preciso de ajuda com uma coisa e Aideen me disse que você é
mais do que qualificado para me ajudar com isso.

— Esclareça 'isso'.

Senti o calor cobrir meu rosto, de modo que cobri o rosto com as mãos. —
Deus, isso é tão malditamente embaraçoso.
Alec não disse uma palavra, então eu fechei os olhos e deixei escapar —
Ela me disse que você é um acompanhante.

Silêncio.

Um longo período de silêncio, porra.

Oh meu Deus.

Eu queria morrer.

— Eu estou aposentado. — Alec respondeu depois de dez segundos, que


parecia mais uma hora.

Eu olhei para ele e encontrei seu rosto completamente passivo.

Mudei minha postura um pouco e lambi os lábios repentinamente secos.

— Ah, você não pode me ajudar, então? — eu franzi a testa.

Alec voltando a cabeça para o lado, olhou para mim por um longo
momento.

— Não, eu não posso. Eu não lido mais com esse tipo de negócio. Você
terá que encontrar outro cara.

Eu senti meu coração pular.

— Mas eu não quero o seu, hum, serviços regulares. Você não tem que
fazer nada sexual ou qualquer coisa assim, eu juro. — eu soltei, então fiquei
tensa quando o rosto de Alec se transformava em pedra.

— Sexual? Eu era um acompanhante, Keela, não um garoto de programa.

Dei de ombros em confusão. — Eles não são a mesma coisa? — eu


perguntei, intrigada.

Lamentei a minha pergunta, logo que as palavras saíram da minha boca,


porque o maxilar de Alec cerrou e seu rosto endureceu ainda mais do que já
estava. Ele estava olhando para mim, e estava claramente irritado, mas eu não
pude deixar de notar que ele parecia tão malditamente quente quando ele estava
louco.

— Me d-desculpe. — eu gaguejei. — Eu não tive a intenção de ofendê-lo.


Eu só não sei a diferença. Pensei que acompanhante...

— Você pensou que acompanhantes eram pagos em dinheiro para foder


as pessoas, certo? — Alec me cortou.

Engoli em seco, nervosa sobre seu tom cortante.

— Hum, bem, sim, eu pensei. — eu respondi honestamente.

Alec balançou a cabeça e murmurou algo sob sua respiração antes de


fixar seus olhos nos meus. — Acompanhantes fazem companhia a uma pessoa, o
sexo é opcional, mas não a linha de base. Garotos de programa são pagos para o
sexo e só sexo, que é a linha de base.

Fiquei imaginando quantas vezes ele teve que explicar isso para as
pessoas que sabiam sobre o seu trabalho anterior.

Engoli em seco me sentindo horrível que eu assumi o pior dele.

— Peço desculpas por ser ingênua.

Alec deu de ombros conscientemente. — Está tudo bem, mas eu ainda


não posso te ajudar. Não estou nesse negócio mais.

Eu senti meu estômago cair pela rejeição. Eu estava preparada


mentalmente para isso, mas ainda não foi uma sensação agradável.

Eu balancei a cabeça para Alec e olhei para os meus dedos. — Eu entendo,


desculpe novamente por ofender você, eu não quis julgar. Eu sei que
provavelmente fui uma cadela na noite passada, mas eu sou uma boa pessoa e
eu não iria propositadamente tentar ferir o seu sentimento. Eu não sou assim.
Sinto muito.

Ouvi um silvo de Alec enquanto inalava.


— Droga gatinha, não precisa ficar chateada comigo. — eu olhei para ele e
ele rosnou. — Ponha esses lábios carnudos para longe se não eu vou mordê-lo.

Eu nem percebi que eu estava fazendo beicinho, mas eu chupei meu lábio
inferior em minha boca em um suspiro e o mordi.

Os lábios de Alec se contraíram quando ele esfregou o rosto com as


mãos. Tomei a interrupção momentânea de seu olhar para limpar minha
garganta e me recompor.

— Eu vou pegar Aideen para que possamos ir embora.

— Por curiosidade, para que você queria um acompanhante?

— Eu prefiro não dizer, é embaraçoso.

— Você não quer que eu tire a sua virgindade, não é?

Eu levantei minha cabeça e machuquei meu pescoço um pouco ao fazê-


lo. — O quê? Não, não é para isso que eu vim aqui! — eu retruquei com raiva.

Eu senti a propagação de calor em meu peito e meu pescoço, em seguida,


para o meu rosto. — Primeiro seu irmão pensa que eu estou grávida de você e
agora você acha que eu sou virgem? Eu não estou grávida e eu não sou virgem
caramba!

Alec ergueu as sobrancelhas e parecia um pouco chocado. Eu o ignorei e


também sua expressão, quando virei meu corpo, em seguida, gritei — Aideen!
Mova-se, vamos embora!

Senti uma onda de ar tocar minha pele segundos antes de um corpo


encostar em minhas costas e braços vieram ao redor da minha cintura. — Agora
espere apenas um segundo, gatinha. Eu tirei conclusões precipitadas, mas você
também. Me dê uma pausa aqui - não estou sendo um idiota, eu só estou
tentando entender para que você precisaria de um acompanhante.

Eu abri minha boca para dar uma resposta sarcástica, mas nada veio a
mim porque Alec estava certo. Eu relaxei um pouco e ele deve ter sentido isso
porque ele se afastou de mim, devolvendo-me o meu espaço.
Eu estava prestes a responder a Alec quando ouvi movimento e
resmungos na sala por trás das portas na minha frente. Sem pensar duas vezes
fui até a porta dupla e abri. Três grandes homens caíram para frente levando-me
para o chão com eles.

A montanha de músculos estava me esmagando, a maioria diria que este


era o caminho ideal para morrer, mas eu não!

— Não consigo respirar. — eu ofeguei debaixo dos corpos.

— Saiam de cima dela! — ouvi Alec dizer.

Murmúrios da palavra — desculpe — foram oferecidos quando fui ficando


livre da montanha de músculos e me levantei. Tomei algumas respirações
profundas e gemi encantada quando o oxigênio enchia meus pulmões.

— Porra, isso machucou meu peito.

— Você acha que algo pode estar quebrado? — Alec perguntou quando ele
apareceu na minha frente, colocando as mãos sobre meus ombros nus.

Eu balancei minha cabeça e dei mais algumas respirações. — Não, eu


estou bem. Eu simplesmente não conseguia respirar, e queimou.

Alec olhou para a direita e disse — Vocês quase sufocaram uma mulher.

— Desculpe. — três vozes disseram em uníssono.

Eu mantive o controle da minha respiração e olhei para a minha esquerda


e vi Ryder e Kane franzindo a testa e também um homem mais jovem com a
testa franzida que se parecia com Alec.

— Que irmão é você? — eu perguntei a ele.

— Nico. — respondeu ele, ao mesmo tempo em que todos os três de seus


irmãos disseram — Dominic.

Olhei para o rapaz e perguntei — Como devo chamar você, Nico ou


Dominic?
Ele deu de ombros e sorriu para mim. — Você pode me chamar do que
quiser, linda.

Eu levantei minhas sobrancelhas para ele e não pude deixar de sorrir um


pouco, o seu atrevimento e a maneira como ele se portava era uma espécie de
encantador. Observei-o com meus olhos devidamente desejosos, a julgar pelo
seu sorriso que revelou covinhas que combinavam com Alec.

— Vou chamar de Nico. — eu respondi, com um sorriso se alargando em


mim.

Eu decidi que seria Nico, já que era o nome que ele disse quando eu
perguntei o nome dele. Seu nome era obviamente Dominic, mas se ele queria ser
chamado de Nico, eu o chamaria de Nico.

— E você é? — Nico perguntou, mantendo contato visual comigo.

— Keela. — eu disse e corei.

Seu olhar era muito intenso e eu não pude deixar de ficar vermelha.

— Kee-lah. — Nico ronronou. — Nome bonito para uma menina bonita.

Alec usou suas mãos, que ainda estavam em meus ombros, me


empurrando para trás dele quando ele deu um passo adiante em direção ao seu
irmão mais novo.

— Rapaz, corte essa merda ou eu estou batendo sua bunda. — Alec


rosnou para Nico.

Olhei em volta do corpo de Alec e vi como Nico, Kane e Ryder olharam


boquiabertos para Alec. Franzi minhas sobrancelhas, por que eles parecem tão
chocados? Será que os irmãos não ameaçam espancamentos físicos uns os
outros sobre coisas aleatórias o tempo todo?

— Vocês estão bem? — perguntei-lhes.

Nico foi o primeiro irmão a se recompor, antes dos outros dois que
rapidamente seguiram o exemplo.
— Nós estamos bem. — Ryder me assegurou.

Eu dei um passo para o lado de Alec e secamente acenei para Ryder que
franziu a testa. — Eu realmente sinto muito pelo que eu disse a você
anteriormente Keela. Fui um idiota por apenas assumir algo assim. Perdoa-me?

Dei-lhe um sorriso genuíno e assenti, porque ele parecia um pouco


angustiado que eu ainda estivesse chateada com ele, e isso apenas confirmou
que ele era um bom homem, como se um desconhecido pudesse fazer isso com
ele.

— Então todos estavam escutando a conversa que tive com Alec? —


perguntei aos irmãos.

Um a um, eles abaixaram suas cabeças com vergonha e assentiram. Achei


a visão hilariante, mas eu não ri. Eram homens enormes, mas eles estavam
agindo como um bando de pequenos rapazes que foram pegos com as mãos no
pote de biscoitos antes do jantar.

— Ótimo, agora estou ainda mais envergonhada. — eu murmurei.

— Para que você precisa de um acompanhante? Você não tem namorado?


— Kane, de repente me perguntou.

Meu estômago foi direto para a minha bunda quando ele fez essa
pergunta, porque eu esqueci que fingi que Storm era meu namorado.

— Oh Jesus. — eu gemi e cobri o rosto com as mãos.

— Sim, qual era o nome dele? Thunder? — Alec perguntou


sarcasticamente fazendo Kane dar uma risadinha.

Eu descobri o meu rosto e olhei para Alec com os meus olhos se


estreitando. — Storm.

— Ah sim, Storm. Porque Storm não a acompanha? — ele perguntou, com


um sorriso puxando de seus lábios.

Ele era um idiota, ele sabia que eu não tinha um namorado.


— Porque eu não tenho um namorado. Eu só disse que Storm era meu
namorado na noite passada para você parar de me perturbar, porque eu não
queria fazer sexo com você. Eu ainda não quero transar com você. Só preciso de
sua ajuda, mas você disse que não pode me ajudar, então eu vou embora agora.
Aideen!

Aideen, de repente, apareceu andando pelo corredor que eu acho que


levava à cozinha, ela tinha uma garrafa de Bulmers na mão e um sorriso no
rosto.

Eu belisquei a ponta do meu nariz e balancei a cabeça para ela.

— Sério? Não é nem mesmo de tarde e você está bebendo?

Aideen encolheu os ombros. — Está quente lá fora. O calor faz coisas para
o povo irlandês, nos obriga a beber!

Dei-lhe um olhar ‘realmente’ que a fez sorrir e tomar um gole de sua


garrafa.

— Tanto faz. Mantenha a garrafa, vamos embora agora. Alec não vai me
ajudar.

Aideen franziu a testa como os ombros caídos. — Droga, o que diabos é


que podemos fazer para conseguir um encontro para o casamento agora?

— Casamento de quem? — Nico perguntou para Aideen.

Eu gentilmente balancei a cabeça para Aideen e dei-lhe o olhar nem-


mais-uma-palavra. Qualquer outra mulher em todo o mundo conhece o olhar
nem mais uma palavra, mas não Aideen, ela tinha uma boca muito grande para
manter qualquer coisa para si mesma.

— A prima de Keela, Micah, está casando com um cara idiota na próxima


semana. Jason, noivo de Micah, fodeu Keela há alguns meses atrás. Uma vez
que ela tem que participar do casamento, queríamos alguém para ir com ela que
iria mostrar a Jason que ela pode fazer mil vezes melhor do que ele. Pensei que
Alec era o homem para o trabalho, mas, aparentemente, eu estava errada.
Eu coloquei meu rosto de volta em minhas mãos quando Aideen
terminou de falar e desejei que o chão se abrisse e me engolisse inteira.

— Espere, você é parente de Micah Daley? — Nico me perguntou.

Eu descobri o meu rosto e percebi que ele estava olhando para mim com
os olhos arregalados enquanto esperava minha resposta. — Sim, Micah é minha
prima. Você a conhece?

— Infelizmente, eu conheço. Ela estava na minha sala de aula no último


ano do ensino médio.

Eu balancei a cabeça em entendimento.

Nico olhou atentamente para mim e então me estudou com os olhos


estreitos. — Ela estava morena na escola, mas eu a vi pela cidade e ela tem o
cabelo vermelho agora. Parece semelhante ao seu.

Dei de ombros. — Seu cabelo é tingido de vermelho, o meu é


naturalmente dessa cor. Eu não sou como ela em tudo, ela é uma cadela de
proporções épicas.

Nico sorriu. — Você não precisa me convencer de que ela é uma cadela,
eu acredito em você.

Eu ri.

— O que Jason fez para te foder? — Ryder me questionou quando eu olhei


para ele.

Suspirei e esfreguei meu pescoço sem jeito, envergonhada que eu estava


revelando essas informações a estranhos muito quentes.

— Ele fingiu gostar de mim, levou-me para encontros e tal, me fez pensar
que éramos um casal real, mas na verdade ele só estava me usando para se
vingar de Micah que estava traindo ele. Realmente uma merda, isso funcionou e
estão casando e porque somos uma família, eu tenho que ir ao seu casamento.
Kane fez uma careta para mim. — Por que não dizer-lhes para enfiar seu
casamento em suas bundas?

Eu ri um pouco. — Porque seria ruim para mim em todo caso sobre isso.
Ir ao casamento e ficar fora do caminho é muito melhor do que negociando com
a minha mãe, para não ir. Ela é o Diabo.

— Amém. — Aideen disse e fez o sinal da cruz, que Kane achou


engraçado.

Eu suspirei, mas mantive um sorriso brilhante no rosto. — É... bem, foi


bom vê-lo novamente Kane e Alec, e um prazer conhecer vocês dois rapazes.
Tenham um bom dia.

Eu balancei a cabeça para Aideen sair comigo, mas quando eu me virei


para sair, um grande corpo bloqueou meu caminho.

— Vire-se e entre na cozinha. — disse Alec, olhando para mim, seu olhar
duro.

Engoli em seco. — O quê? Por quê?

Ele manteve contato com os olhos. — Porque eu preciso resolver alguns


detalhes com você se eu vou ser seu acompanhante para o casamento da sua
prima.
O lhei para Alec e

senti como se tivesse engolido minha língua. Alguns segundos se passaram até
que eu encontrei minha voz e disse — Mas você disse que você não está mais
nesse negócio e que você se aposentou...

— Você quer a minha ajuda ou não? — Alec me interrompeu, seu tom


cortante.

Eu mordi o interior da minha bochecha, e assenti, porque eu realmente


queria sua ajuda. Nenhum risco que, se eu queria mostrar a Jason e Micah que a
vida após Jason era melhor do que nunca, eu precisava de sua ajuda.

— Então vire-se e vá para a cozinha, eu quero falar com você em


particular. Só nós dois.

Eu não tenho ideia do por que eu não voltei á discutir com ele por me dar
uma ordem. Seu tom não deixou espaço para discussão, então eu mantive
minha boca fechada virei e caminhei por Nico, Kane, Ryder e Aideen no meu
caminho para a cozinha. Eu ouvi a porta da cozinha fechar e sabendo que eu
estava em um cômodo completamente sozinha com ele me deixou nervosa.

Muito nervosa.

— Você quer uma xícara de chá? — Alec perguntou atrás de mim.


Eu levantei minhas sobrancelhas e virei-me- para ele.

Fora de tudo o que eu esperava que ele dissesse, não era essa frase.

Alec deu de ombros para a minha expressão facial chocada. — Bronagh e


Branna sempre dizem para ‘colocar a chaleira no fogo’ quando elas precisam ter
uma conversa séria, eu percebi que você pode querer um antes de falar.

Estávamos prestes a ter uma conversa séria?

Oh-oh.

— Hum, claro. Adoraria uma xícara de chá do construtor9, por favor. Foi
a vez de Alec levantar as sobrancelhas.

— Que diabos é isso?

Mordi meu lábio inferior por um momento, e disse — Você sabe, uma
xícara de chá com um monte de açúcar?

Alec olhou para mim como se eu fosse estúpida, antes de balançar a


cabeça e virar para o balcão onde ele pegou a chaleira e a encheu com água da
torneira. Ele colocou a chaleira para trás no suporte quando estava cheia e virou
o interruptor. Ele se virou para mim, então quando ele inclinou-se contra o
balcão com os braços cruzados sobre o peito e me olhou, com os olhos fixos nos
meus.

Mudei minha postura algumas vezes e depois meu olhar caiu para o nariz
de Alec, em vez de seus olhos, porque eu estava um pouco nervosa que ele não
pestanejava enquanto olhava para mim. Baixei meu olhar para sua boca, assim
quando um sorriso curvou e suas covinhas amassaram suas bochechas.

Limpei a garganta e disse — Eu só vou sentar.

9
Chá do Construtor é um termo Inglês coloquial para o tipo de chá forte, barato bebido por
trabalhadores da construção civil. O termo é usado para diferenciar de outras porções de chá, é
geralmente fabricado forte e servido em uma caneca leitoso com duas colheres de chá de açúcar. O
termo tem uso difundido em todo tanto a Irlanda e o Reino Unido.
Virei-me e mudei-me para a mesa da cozinha e fiz um grande negócio ao
olhar para o que me cercava quando me sentei só assim eu não teria que olhar
para Alec ou suas covinhas sensuais.

Eu não gostava dele - tudo bem, ele era quente, mas ele parecia ter a
personalidade de uma cabra, e eu não gostava de cabras.

Se eu gostava dele, fisicamente ou não, isso não me acalmou quando ele


olhou para mim. Seu olhar era intenso e mesmo que eu não estivesse olhando
para ele, eu podia senti-lo me perfurando. Esperei um minuto sólido antes de
falar.

— Então, que ‘detalhes’ temos que ultrapassar para que você me leve para
o casamento da minha prima? — perguntei quando eu o olhei de frente.

À minha frente estava uma porta de vidro deslizante. Eu podia ver um


grande jardim que foi limpo e arrumado, com um belo canteiro de flores na
parte de trás, que foi coroado com um terraço impressionante que parecia
apenas metade envernizado.

— Para eu acompanhá-la ao casamento de sua prima, eu preciso elaborar


um Contrato...

— Espera aí, amigo. Um contrato? Esta conversa vai ficar Fifty Shades
of Grey?

Alec franziu a testa para mim. — Aquele livro de pornô bizarro que as
mulheres amam?

Eu assenti e vi seu rosto mudar de inexpressivo para beatífico enquanto


ele riu e foi até a chaleira quando ela assobiou deixando-nos saber que a água
ferveu.

— Não, não se trata de ficar cinquenta tons de qualquer coisa, Keela.


Contratos com meus clientes são rotina.

— Alec, eu não sou sua cliente. O que eu estou querendo de você é um


favor, não um negócio.
Alec olhou por cima do ombro e olhou para mim com um olhar de
confusão em seu rosto. — Por que você não me diz o que você quer deste 'favor'
para eu conseguir uma melhor compreensão das coisas, então.

Isso pareceu justo.

Eu balancei a cabeça enquanto ele se virou e começou a me fazer uma


xícara de chá.

— Bem, não seria exigido muito de você. Eu só quero que você finja ser
meu namorado... é isso.

Alec se virou em minha direção com uma caneca preta em sua mão. Ele
levou-a para mim, e a colocou em cima do porta-copos que já estava colocado na
mesa na minha frente. Ele se sentou na minha frente, apertou as mãos e as
colocou sobre a mesa na frente dele. Meus olhos pousaram sobre a luz azul da
protuberância das veias correndo por seus braços; as veias eram visíveis, mas
pode ser esquecida facilmente graças à impressionante tatuagem de dragão que
cobria o braço esquerdo de Alec , metade do seu peito e parte de seu pescoço.

Só então percebi que Alec estava sem camisa e eu estava abertamente de


boca aberta em seu peito e braços. Eu rapidamente olhei para o rosto de Alec e
imediatamente olhei para a presunção que estava visivelmente estampada em
seu rosto.

— Você pode colocar alguma roupa? — perguntei.

Alec ergueu as sobrancelhas. — Será que o meu peito nu faz você ficar
desconfortável?

Não, isso me faz babar.

— Sim.

Alec sorriu. — Que merda. Está quente lá fora, por isso estou com pele
para o dia.

Eu fiz uma careta. — Eu nem sei o que isso significa.


Alec estalou a língua para mim. — Povo irlandês.

— Povo americano! — atirei de volta fazendo-o rir.

— Então, você só quer que eu seja seu namorado?

Mudança agradável de assunto.

Lambi meus lábios, e concordei com a cabeça. — Sim, você só tem que
fazê-los crer que somos um verdadeiro casal.

Alec sorriu sugestivamente. — Como você gostaria de me


tornar acreditável?

Por que ele disse essa palavra como se fosse algo sujo?

Senti-me ruborizar, e eu odiava. — Pare de tentar me envergonhar.

Alec empurrou o cabelo para trás de seu rosto e disse — Eu estou fazendo
uma pergunta legítima.

— Basta agir como um namorado apaixonado; segure a minha mão, beije


minha bochecha...

— Abrir uma porta para você, em seguida, bater em sua bunda quando
você passa?

Revirei meus olhos. — Eu estou falando sério.

— Eu também.

Eu gemi e coloquei minha cabeça em minhas mãos. — Eu só quero que


minha família pense que somos um casal feliz de verdade. Só isso.

Alec gargalhou. — Confie em mim gatinha, este será o trabalho mais fácil
que eu já fiz.

Descobri o meu rosto e levantei minhas sobrancelhas para ele. — Ele vai?

Alec assentiu, ainda sorrindo largamente. — Sim.


Perfeito!

Eu sorri também. — Então, isso significa que você vai me levar para o
casamento?

Eu tinha meus dedos cruzados, esperando que ele dissesse sim.

Alec riu de mim. — Se você respeitar minhas condições, então sim, eu


vou.

Eu fiz uma careta e descruzei os dedos das mãos e pés. — Quais são as
suas condições?

Alec ergueu o dedo indicador. — Número um, absolutamente não se


apaixone.

Oh, ele tinha um senso de humor!

Eu não pude evitar o ronco que irrompeu para fora de mim então ou o
riso que se seguiu. Os olhos de Alec se estreitaram quando eu bufei novamente
meados de riso que, naturalmente, só me fez rir ainda mais.

— Eu estou falando sério Keela. — Alec rosnou, nenhum traço de humor


em seu rosto ou em seu tom.

Oh, merda, ele estava falando sério!

Eu ri ainda mais, então, e rapidamente me abanei. — Eu sei, é por isso


que... eu estou rindo... tanto.

Alec olhou para mim fixamente e sem piscar, então eu me forcei a relaxar
até meu riso diminuir. — Tudo bem, eu não vou me apaixonar por você.
Entendi, qual é o número dois?

Alec revirou os olhos e disse — Número dois, você me trata como uma
pessoa e não como um empregado.
Eu fiz uma careta. — Eu sempre vou te tratar como uma pessoa... eu não
posso tratá-lo como empregado, mesmo que eu queira, porque eu não estou
pagando você.

Alec estalou a língua para mim. — Você poderia me pagar em favores


sexuais.

Eu levantei minhas sobrancelhas, então, dei-lhe um olhar cai-na-real e


disse — Você vai ser pago com boas maneiras.

Alec sorriu. — O resto das minhas condições pode torná-la um pouco


desconfortável, então.

Sentei-me em linha reta quando um arrepio percorreu minha espinha.


— Quais são elas?

Alec ergueu o braço e esfregou a nuca. — Você tem certeza que quer uma
resposta honesta a essa pergunta, gatinha?

Eu balancei a cabeça e ignorei a protuberância de seu bíceps, mesmo


quando ele sussurrou para eu tomar o máximo.

Alec deu de ombros e disse — Eu quero foder você.

Eu estava prestes a rir, mas o tom e a expressão facial de Alec me calaram


antes mesmo de eu fazer um som. Eu não fiz nada, apenas olhei para ele por
alguns instantes antes de eu abrir a minha boca e dizer — Por que você não está
rindo?

— Porque eu não estou brincando.

Eu arregalei meus olhos em puro horror. — É melhor ser brincadeira,


porra!

Alec sentou-se um pouco e ergueu as sobrancelhas e as mãos. — Eu não


brinco com as condições de um contrato.
Eu bati minhas mãos em cima da mesa da cozinha. — Este não é um
contrato, este é um favor. Você não é pago para isso com coisa alguma que não
seja uma merda verbal muito obrigada.

Alec cruzou os braços sobre o peito. — Então, eu estou para ser seu
namorado sem receber os privilégios ou benefícios de ter uma namorada?

Sério?

— Sim! Isso tudo é apenas fingimento!

Alec balançou a cabeça. — Não, isso é inviável para mim. Vamos colocar
isso para fora agora, se você quer que eu seja seu namorado, então eu quero
alguns privilégios, pelo menos. Eu sou um homem - tenho necessidades.

Oh meu Deus!

Que diabos foi isso?

Eu esfreguei minhas têmporas com os dedos. — O que exatamente você


quer de mim, Alec.

Se ele dissesse que queria me foder novamente eu ia bater nele.

— Eu gosto de intimidade física. Nenhum sentimento ou treta emocional,


apenas as coisas físicas. Gosto de mãos dadas, beijar, carícias, abraçar e foder.
Se vou ser seu namorado de mentira, então é isso que eu quero, não é pedir
muito.

Não é pedir muito?

NÃO. É. PEDIR. MUITO?

Homens!

Eu estava louca, ele queria fazer sexo comigo, mas não pude deixar de,
também sentir um pouco lisonjeada porque os homens que se pareciam com
Alec nunca olhavam em minha direção, e muito menos olhei neles. Lisonjeada
ou não, eu também estava extremamente enojada que o sexo era tudo o que ele
queria de mim. Eu não estava esperando nada deste arranjo, mas alguém dizer
que queria o meu corpo, e somente meu corpo, não era um erro que eu faria
duas vezes na minha vida.

Meu coração estava martelando no meu peito e meus conteúdos


estomacais estavam rolando dentro da minha barriga.

— Transar não está no acordo de jeito nenhum, então pode tirar isso da
sua cabeça agora mesmo.

Eu não podia acreditar que ele acabou de sugeriu transar como condição
para me acompanhar ao casamento de Micah!

Alec sorriu. — Vamos ver.

Eu rosnei. — O que quer dizer com 'Vamos ver'?

— Quero dizer, vamos ver.

Foda-se isso e foda-se ele!

— Nós não vamos ver nada eu mudei de ideia, eu não preciso de sua
ajuda. — eu respondi e me levantei da minha cadeira. Eu empurrei-a na mesa,
em seguida, virei e caminhei em direção à porta, mas os braços de Alec me
cercaram e me pararam.

Eu estava mais do que um pouco chocada que ele estava atrás de mim
novamente - eu não o ouvi se mover de onde ele estava sentado.

— Você veio me pedir ajuda, e não o contrário, gatinha. Você não tem
ninguém que possa ajudá-la ou você não estaria aqui... goste ou
não, você precisa da minha ajuda.

Dei de ombros para fora de seu controle, em seguida, virei e coloquei as


mãos em meus quadris. — Eu não vou transar com você. Se isso é um disjuntor
do negócio para você, então que assim seja, eu não vou dormir com você para
que você me acompanhe ao casamento como meu namorado. Eu não me
importo o quão bom é olhar você. Eu não sou esse tipo de mulher!
Um sorriso se estendeu pelo rosto de Alec quando ele olhou para mim.
— Você acha que eu sou bom de olhar.

É claro que sua maldita mente iria incidir sobre essa parte da minha
frase.

Estreitei os olhos e olhei para Alec, o que o fez rir e colocar as mãos na
frente do peito, como se estivesse se rendendo.

— Quero transar com você, nenhuma dúvida sobre isso, gatinha, mas isso
não tem que ser uma condição, uma vez que você é tão contra ela. Na verdade,
desde que você é totalmente contra isso, eu vou fazer uma aposta em vez disso.

Eu levantei minhas sobrancelhas e olhei para ele com curiosidade.

— Que tipo de aposta? — eu questionei.

— Uma espécie de aposta sexual.

Ele me desnorteou.

— O quê?

Alec sorriu. — Eu aposto que antes que alguém diga 'eu aceito', eu vou tê-
la em suas costas com as pernas abertas, enquanto eu meto entre suas coxas.

Eu senti meu queixo cair aberto.

— E você vai ser a única me implorando para chupar e foder você.

Meus olhos se arregalaram ao ponto de dor.

— Você está falando sério? — perguntei, a minha voz um sussurro.

Alec assentiu com a cabeça.

Eu ri, e ri muito.

— Você tem uma aposta, rapaz.


Alec não percebeu, mas ele estava se preparando para o desastre com esta
aposta, porque eu era a rainha toda poderosa do autocontrole. Porra, eu tinha
essa!

Alec inclinou a cabeça e sorriu para mim quando suas covinhas ganhou
um suspiro interior de mim.

— Minhas condições atualizadas são que dormimos na mesma cama e


que eu posso te beijar, te tocar e abraçar você quando eu quiser.

Filho da puta sorrateiro!

Eu fiquei inexpressiva por um momento, mas depois sorri largamente. —


Você acha que por fazer tudo que eu vou de bom grado, vou querer transar com
você?

Alec encolheu os ombros, mas tinha aparecido uma sombra de um sorriso


em seu rosto que confirmou minhas suspeitas.

— Tudo bem, podemos dormir na mesma cama, mas você tem que usar
calças de pijama.

Alec levantou a mão. — Eu durmo nu, sempre e sempre será.

Eu cerrei minhas mãos em punhos. — Você vai usar pijama. Eu não vou
desistir disso, playboy.

Alec piscou para o meu insulto. — Playboy, realmente gatinha?

Eu chiei. — Pare de me chamar gatinha!

Alec balançou a cabeça e disse — Não, eu gosto. Você é pequena e


vulnerável como um gatinho fofo.

Vomite.

— Se gatinha fica, então assim é playboy. — eu avisei.

Alec riu e deu de ombros. — Eu já fui chamado de coisa pior, gatinha.


Estreitei meus olhos. — Eu realmente não gosto de você.

— Dê tempo ao tempo, e você vai gostar de mim o suficiente.

Bastardo arrogante!

Eu balancei minha cabeça e reorientei para a minha condição. —


Você deve usar pijama quando você estiver na mesma cama que eu, você me
entendeu?

Alec sorriu para mim. — Eu gosto de você me dando ordens.

— Isso significa que você vai segui-las? — eu perguntei esperançosa.

Ele riu. — Não vamos nos apressar, gatinha.

Filho da puta.

— Eu não estou desistindo, vestir pijama é uma condição minha.

Alec ergueu as sobrancelhas e cruzou os braços sobre o peito nu.

— É assim?

Engoli em seco, mas com firmeza disse — Sim, é assim.

Alec sorriu e deixou seus olhos vaguear sobre o meu rosto, até que
pousou em meus olhos. — Tudo bem, calças de pijama na cama.

Pequena vitória conquistada!

Eu sorri feliz. — E quanto ao beijar e tocarmos; teremos de construir até


que aconteça livremente. Eu não conheço você, e eu me recuso a ficar íntima,
em qualquer nível, mesmo que seja falso, com um estranho.

Alec coçou o queixo, em seguida, pegou meu braço e me levou de volta


para a mesa da cozinha, onde retomamos os nossos lugares.

— Tudo bem, isso parece justo.


Eu estava pulando um pouco no meu lugar quando eu perguntei — Então,
você vai fingir ser meu namorado e me acompanhar ao casamento de Micah e
Jason?

Alec riu da minha felicidade. — Sim, gatinha. Você tem um homem falso.

Bati minhas palmas juntas. — Eu não posso esperar para ver o rosto de
Jason, isso vai ser bom pra caralho!

Os lábios de Alec estavam curvados, enquanto observava e me ouvia. Eu


gradualmente parei de me mover e falar, e me ocupei em beber um pouco do
meu chá agora morno. Tinha um gosto tão bom que eu gemi alto.

— Oh meu Deus. Você faz uma xícara de chá perfeita.

Alec balançou a cabeça. — Todo esse açúcar vai apodrecer seus dentes.

Dentistas podem fazer milagres nos dias de hoje então eu não me


importo.

Dei de ombros. — Eu preciso disso, é assim que eu fico sã.

Alec riu, olhou para as unhas e tirou alguma sujeira de debaixo delas. Eu
interiormente bufei quando de repente ele pareceu feminino, em seguida, ouvi
um pouco de barulho vindo de fora da porta da cozinha. Franzi minhas
sobrancelhas quando me levantei e caminhei em direção à porta e a abri.

Eu pulei para trás e gritei quando o grande corpo de Nico caiu para frente
no chão. Alec começou a rir de seu assento enquanto eu olhava de olhos
arregalados para Nico no chão com a minha mão sobre meu peito.

— Eu disse que ela tem super ouvido! — a voz de Aideen gritou do outro
cômodo da casa, achei que ela estava na sala de estar.

Nico grunhiu e gemeu quando ele se levantou, agarrei-lhe o braço para


firmá-lo no caso de ele cair novamente.

— Você está bem? — eu perguntei, preocupada.


— Ele está bem, não se preocupe. Bem feito para ele por espionar.

Nico rosnou e virei a cabeça na direção de Alec. — Eu não estava


espionando. Eu estava entrando para pegar um pouco de água...

— Explique por que você estava pressionado contra a porta e caiu quando
foi aberta, então? — Alec cortou Nico com um sorriso malicioso.

Nico estreitou os olhos e abriu a boca para falar, mas fechou-a e xingou o
que fez Alec dar uma risadinha.

— Pegue sua água e licença, irmãozinho. Tenho coisas a discutir com a


minha namorada.

Nico perdeu suas sobrancelhas quando elas subiram como um tiro.

— Namorada?

Eu corei todos os tons de vermelho e olhei para Alec. — Ele quer dizer
falsa namorada.

Alec deu de ombros e sorriu para mim. — Estou entrando no


personagem, baby.

Eu enrolei meu lábio em desgosto; eu odiava esse apelido.

— Não me chame assim.

Alec estalou os dentes para mim. — Tudo bem, só gatinha, então.

Eu cruzei os braços sobre o peito. — Que tal me chamar de Keela, uma


vez que é meu nome.

Nico bufou da minha esquerda, então eu olhei para ele quando ele disse
— Basta chamá-la de Keela, eu nunca ouvi o fim de tudo, se eu não chamar
Bronagh pelo seu nome.

Eu sorri para ele. — Do que você a chama, se não é seu nome?


Nico olhou para mim e delicadamente cronometrado meu queixo com os
nós dos dedos. — Eu a chamo de minha menina bonita.

Eu derreti e audivelmente suspirei.

— Essa é a coisa mais fofa que eu já ouvi em toda minha a vida.

— Além da minha menina bonita e sua irmã, você é a mulher mais linda
que já vi em toda a minha vida.

Oh meu Deus.

Nico sorriu para mim e quando eu me concentrei em suas covinhas eu


involuntariamente inclinei-me para ele, apenas para ser bloqueada por uma
costas largas que estava subitamente pressionada contra o meu rosto.

— Você tem cinco segundos para se afastar ou eu estou colocando você


em sua bunda, irmãozinho.

Eu fiz uma careta para as costas de Alec e contemplei beliscá-lo, ele não
vê que Nico estava apenas brincando comigo?

— Mano, que porra deu em você, desde quando você me ameaça? Desde
quando você ameaça alguém? — Nico perguntou a Alec, seu tom atado com
choque.

Olhei em volta de Alec para Nico, que olhou para mim, um sorriso
hesitante no rosto.

— Pare de flertar com ela. Eu não gosto disso. — Alec sibilou, sua voz
cheia de raiva.

Puta Merda!

— Jesus Alec, acalme-se. Ele só estava brincando comigo, seu maldito


esquisito.

Nico alegremente riu em seguida olhou para Alec e disse — Eu gosto dela.
— Eu gosto dela mais e mais a cada vez que ela o insulta. — A voz de
Kane, de repente falou.

— Puta que pariu... déjà vu. — Nico murmurou e esfregou as têmporas.

Olhei à minha esquerda quando Kane entrou na cozinha e eu sorri para


ele quando ele foi direto para a geladeira. Ele estava vestindo uma camisa sem
mangas que estava revestida de suor. Com seus braços nus eu podia ver que ele
tinha algumas cicatrizes roxas e grossas, bem como algumas manchas rosa
cobrindo partes de sua pele. Nico estava sem camisa e short assim como
Alec. Eu encontrei-me a olhar de irmão para irmão, mas focando o olhar nas
costas de Alec. Era ondulada com músculo e perfeitamente bronzeada com
algumas sardas claras salpicadas sobre seus ombros.

Antes de colocar qualquer pensamento nisso, eu estendi a mão e passei o


dedo indicador por sua espinha e parei entre as omoplatas. O corpo de Alec
ficou completamente tenso e isso me fez congelar. Eu rapidamente puxei minha
mão de qualquer maneira quando ele virou o rosto para mim, então ele pegou
minha mão e rosnou para mim.

Ele abaixou a cabeça no meu ouvido e sussurrou — Se você tocar minhas


costas novamente esteja preparada para uma foda dura, gatinha.

Eu odiava que suas palavras me enfureceram e excitaram ao mesmo


tempo.

— Seu bastardo sujo! Se você disser alguma coisa assim para mim
novamente eu vou... eu vou...

— Você vai o quê, gatinha? — Alec perguntou sua voz provocando.

Eu cerrei meu maxilar e resolvi olhar para ele, porque eu não conseguia
pensar em nada para dizer.

— Ela vai chutar o seu traseiro a partir da aparência. — Kane riu, em


seguida, saiu da cozinha com a comida que ele reuniu na geladeira.
Alec sorriu, mas não desviou o olhar de mim. Ao invés disso, estendeu a
mão e tirou um cacho solto do meu rosto e o colocou atrás da minha
orelha. Minha respiração ficou presa e minha região inferior formigou.

— Você é um homem de verdade, você sabe disso? — murmurei.

— Eu sou todo homem, baby.

Revirei meus olhos. — Não, quero dizer que você é


um homem, homem. Como um homem das cavernas.

Alec franziu a testa. — Isso é uma coisa ruim ou algo assim?

— Sim e não. — eu respondi.

Ele continuou a franzir a testa para mim, em seguida, levantou a mão e


esfregou-as. — Eu não entendo o que você está dizendo. É ruim ou é bom? Seja
sincera comigo.

Ele queria que eu fosse sincera com ele?

Ele tinha o dia todo?

Nico olhou para Alec com as sobrancelhas levantadas, então balançou a


cabeça e disse — Coisa errada a se pedir a uma mulher. Estou te dando um curso
intensivo sobre o que eu gosto de chamar de a Bíblia do homem, ela contém
todos os significados secretos com o que as mulheres realmente querem dizer
quando falam. Então me escute com muita clareza. É quase impossível para os
homens para compreendê-lo, mas um punhado de nós sabe os verdadeiros
significados das palavras que as mulheres usam como armas e eu estou prestes a
transmitir esta sabedoria para você, mano.

Eu cruzei os braços sobre o peito e esperei por Nico falar, eu estava tão
ansiosa quanto Alec para ouvir o que ele tinha a dizer.

— Primeira é ‘Está Bem’. Quando uma mulher diz isso durante uma
discussão, ela sabe que ela está certa e que você está errado. Ela está bem, não -
você está bem, não, nada está bem.
Eu suspirei, porque isso era verdade.

Alec franziu a testa. — Mas o que dizer se ela está errada...

— Alec, pare. Não fale de volta quando ela diz algo está bem, espere até
que ela se acalme para falar que ela pode estar errada. Eu costumo esperar uma
semana para Bronagh se acalmar antes de eu falar coisas sobre as brigas
passadas.

Rapaz esperto.

— Ok, está bem realmente não significa está bem, entendi. O que mais,
doutor do amor? — Alec perguntou sarcasticamente, mas Nico o ignorou e
continuou.

— Segunda é ‘Nada’. Pelo poder de Deus Alec, quando uma mulher diz
que nada está errado, alguma porra está definitivamente errada.

Alec assentiu com a cabeça e desviou os olhos para mim. — Estou


começando a acreditar nisso.

Eu dei-lhe um olhar que o fez sorrir quando ele olhou de volta para Nico.

Nico então levantou três dedos. — A terceira é ‘Tanto faz’. Esta é outra
maneira para que as senhoras digam vá se foder.

Eu ri fazendo Nico sorrir quando ele apareceu com um dedo extra. — A


quarta é uma frase. Quando uma mulher diz ‘Está tudo bem, não se preocupe
com isso’, você se preocupe com isso. Você se preocupe muito porque ela está
pensando em uma maneira de fazer você pagar por tudo o que você fez de
errado.

Alec ergueu as sobrancelhas e parecia muito confuso. — Espere. Não


significa que está tudo bem e que eu não tenho que me preocupar com isso? Por
que elas diriam isso, se elas não querem dizer isso?

Nico deu de ombros. — Eu acho que é algum tipo de truque da mente.


Elas usam essa frase como uma ilusão de que as coisas entre vocês estão bem,
mas quando você menos espera, elas vão atacar como uma cobra e ferir sua
alma.

Alec sentou e bufou. — Por que elas não podem simplesmente dizer o que
querem dizer, em vez de dar as palavras um duplo sentido?

Nico deu de ombros. — Eu sei o verdadeiro significado de certas coisas


que as mulheres dizem, mas eu não entendo por que as mulheres dar-lhes um
duplo sentido, está além da minha área de especialização, mano.

Alec resmungou. — Eu não gosto disso.

Mordi o lábio para que eu não rir em voz alta. Eu estava gostando tanto
que eu estava me certificando de não fazer um som para que pudessem
continuar com a conversa.

— Tudo bem, escute com muita atenção a esta frase formulada de número
dois. Estou falando sério Alec, se você vai se lembrar de qualquer coisa do que
eu disse lembre-se disso - isso pode salvar sua vida. — disse Nico de forma tão
dramática que eu me sentei para frente, assim como Alec.

— Quando uma mulher diz a você ‘Vá em frente’, não o faça,


em quaisquer circunstâncias, não vá em frente. Retire-se para uma distância
segura e observe a situação com muito cuidado. Ela está te desafiando a fazer
algo, não dando-lhe permissão.

Eu ri então e Nico sorriu enquanto me observava.

Alec riu um pouco e balançou a cabeça. — Eu acho que você estar rindo
significa meio que tudo isso é besteira?

Limpei sob meus olhos e disse — Não, pelo contrário, isso está correto e é
por isso que é tão engraçado.

Alec tem um olhar de pânico e olha para mim por um momento antes de
olhar para Dominic. — Precisamos ter uma conversa séria, mano.
—D ominic!

Eu pulei de susto quando uma voz feminina gritou o nome de


Nico. Aideen estava no banheiro, Alec estava em seu quarto, o resto dos irmãos
estavam na parte de trás, e eu estava sentada na cozinha esperando por
Alec. Isso foi até Bronagh Murphy invadir a cozinha como uma mulher em uma
missão.

— Oh, oi Keela. — Disse Bronagh quando me encontrou na mesa da


cozinha.

Eu acenei. — Oi, Bronagh... — eu voltei quando vi seu rosto. Ela tinha um


olho roxo e o seu rosto estava muito inchado. — O que aconteceu com seu rosto?

Bronagh encolheu os ombros. — Houve uma pequena briga na noite


passada no clube. Eu meio que fui levada a uma briga na gaiola.

Hum, o que?

Olhei para Bronagh. — Você foi levada a uma briga na gaiola?

Isso era mesmo possível?

Bronagh assentiu com a cabeça. — Sim, é uma história longa e muito


estranha.
Tenho a sensação de que ela não quer contar a história, então apenas
balanço a cabeça e mantenho minha boca fechada.

— Então... o que está acontecendo? — Bronagh perguntou depois de


alguns momentos de silêncio.

Limpei a garganta e disse — Nada, apenas esperando Aideen e Alec. Ela


está no banheiro e ele está fazendo algo em seu quarto.

Bronagh sorriu. — Você pode ficar cansada, Alec leva uma eternidade
quando ele está fazendo ‘algo’.

Eu exclamei. — Ótimo.

Bronagh sorriu, em seguida, olhou para fora da janela que estava sobre a
pia da cozinha.

— Há quanto tempo eles estão lá fora? — ela me perguntou, sem tirar os


olhos da janela.

— Cerca de 25 minutos. Kane e Ryder estão tentando construir uma casa


de cachorro e Dominic está assistindo.

— Isso é porque ele é um bastardo preguiçoso. — Bronagh respondeu, me


fazendo rir.

— Ele disse que foi experimentar um colchão dançando com você na noite
passada... e depois mais duas vezes esta manhã. — eu provoquei.

Bronagh ofegou quando ela levantou a cabeça em minha direção.

— Ele não fez isso!

Eu balancei a cabeça. — Ele fez. Eu bati nele por você, porque se isso
fosse meu namorado dizendo a seus irmãos coisas particulares como isso, eu iria
querer bater nele também.

— Obrigada, mas você não bateu nele com força o suficiente. — Bronagh
murmurou.
— O que você quer dizer?

— Ele ainda está consciente.

Comecei a rir e isso chamou atenção dos homens lá fora.

— O que é tão engraçado, red10? — Kane perguntou quando abriu a porta


de trás.

— Bronagh. — eu disse.

— Bronagh? — Kane repetiu.

Bronagh mudou-se para a visão de Kane e disse:— Bronagh.

Um sorriso genuíno esticou a cicatriz em seu rosto. — Ei, Bumble Bee.

— Bumble bee! Bronagh está de volta? — Dominic gritou da parte de trás.

— Sim, ela está. — Bronagh respondeu.

Dominic surgiu a partir de sua posição sentada e em um flash estava ao


lado de Ryder, ajudando-o com a metade construída da casinha.

— Nem tente agir como se você estivesse ajudando, seu patético saco de
merda.

Sorri quando Kane e Ryder soltaram uma gargalhada.

— Pego em flagrante. — disse Ryder em um sotaque de Dublin e


empurrou Dominic fazendo-o tropeçar para a direita.

Dominic esperou uns bons cinco segundos antes de se virar para a casa
com um sorriso radiante no rosto.

— Ei, menina bonita. Senti sua falta...

— Guarde isso. Eu não quero ouvir suas besteiras hoje.

10
Vermelho. Keela é ruiva, por isso o apelido.
— Oh. — eu disse em voz alta, depois ri quando Kane olhou para mim
com uma expressão no rosto que dizia que ele queria rir também.

— Não é besteira, babe. Eu senti sua falta.

Bronagh cruzou os braços sobre o peito. — Você prometeu que a casa de


Tyson estaria pronta para mim antes de voltar das aulas...

Eu momentaneamente me perguntei que aulas que ela estava falando.

— Esta quase pronta. — disse Nico coçando a cabeça.

— Sim, não graças a você.

Nico suspirou antes de se virar para Ryder e dizer — Eu vou terminá-la.

Ryder sorriu e disse — Maricas11.

— Então? É uma boceta de ouro.

— Dominic! — Bronagh berrou.

Sorri quando ela golpeou Kane e Ryder, que estavam rindo quando
passaram por ela. Eles pegaram um pouco de água, em seguida, se aventuram
para algum lugar na casa gigante.

— Onde está o seu cachorro? — perguntei a Bronagh.

— Lá dentro em sua cama. — Bronagh disse então assobiou tão alto que
me fez estremecer.

As coisas ficaram em silêncio por um momento e depois o barulho de


unhas no chão podia ser ouvido, bem como sua respiração ofegante pesada. Eu
ampliei meus olhos quando um cachorro invadiu a cozinha.

— Oh meu Deus. Olha o tamanho dele, ele tão bonito! — eu me emocionei


quando o pequeno Husky veio rebolando na minha direção. Ele não poderia ter

11
No original Pussy whipped, que seria boceta chicoteado.
mais de oito semanas; ele era tão gordinho e pequeno que me fez derreter em
uma poça.

— Seu nome é Tyson.

— Ei Tyson. — eu murmurei em voz de bebê. — Você é lindo. Sim, você é,


ah sim, você é.

— Onde você o conseguiu? — perguntei a Bronagh enquanto esfregava a


cabeça de Tyson.

— Dominic me deu ontem de aniversário. — Bronagh sorriu radiante,


então mexeu com as orelhas de Tyson fazendo o cachorro gemer levemente de
prazer em ter a cabeça e as orelhas coçadas.

— Feliz aniversário atrasado. — eu disse fazendo Bronagh rir.

— Obrigada.

Voltei minha atenção para Tyson, o peguei e suspirei. — Eu já o amo.


Adoro Huskies, eles são a minha segunda raça favorita.

Bronagh perguntou — Qual é a primeira?

— Pastor Alemão. — eu dei Tyson para Bronagh, peguei meu telefone no


bolso e mostrei o protetor de tela.

Os olhos de Bronagh se arregalaram. — Oh meu Deus, ele é enorme! Tão


bonito!

Eu sorri. — O nome dele é Storm e ele tem dois anos de idade.

Bronagh aninhou Tyson para ela. — Eu não quero que ele fique grande.

Eu ri. — Confie em mim, eu não culpo você. Storm se recusa a dormir em


qualquer lugar, apenas na minha cama. Eu o mimo demais, eu acho.

Bronagh bufou. — Dominic não vai deixar Tyson dormir com a gente,
porque ontem à noite ele mordeu os dedos das suas mãos e pés quando o viu me
tocando na cama, ele foi brilhante.
Eu sorri e olhei para a porta dos fundos, Nico parecia que estava tendo
problemas para conseguir o telhado da casinha posicionado
corretamente. Bronagh abriu a porta e o resmungo alto de Nico podia ser
ouvido, ela tinha um fantasma de um sorriso em seu rosto, que me indicava que
estava prestes a fazer alguma coisa para irritá-lo.

— Você está fazendo isso errado! — ela gritou.

Nico congelou e os músculos das costas ficaram tensos. — Volte para


dentro de casa e feche a porta. Agora. — ele rosnou sem se virar.

Eu levantei minhas sobrancelhas e olhei para Bronagh, que não mexeu


um músculo.

— A porta precisa ser maior, ele vai ser um cão grande Dominic. — disse
Bronagh com um tom otimista de voz.

— Bronagh Jane Murphy, vou bater em sua bunda com tanta força que
você não vai sentar por uma semana, se você não voltar para dentro daquela
casa. Você só esta no meu pé sobre a construção da maldita coisa, então deixe-
me construí-la do meu jeito.

Eu soltei um suspiro e lambi meus lábios apenas para receber um toque


na orelha que me fez pular e virar a cabeça para a direita. Inclinei a cabeça todo
o caminho de volta para que pudesse olhar para a pessoa que tocou.

Estreitei os olhos quando eles desembarcaram no rosto de Alec.

— O que foi isso? — eu chiei para ele.

— Você estava babando em cima de meu irmão mais novo.

Errado.

Eu zombei e me virei para assistir a cena divertida entre Bronagh e Nico.

— Eu pensei que você disse que não iria ficar com raiva de mim por dar
mais sugestões? — Bronagh disse a Nico.
Nico largou o martelo, levantou-se em toda sua altura e se virou. Seu
corpo era a perfeição, malhado e bronzeado inacreditável.

Lambi meus lábios. — Tudo bem, agora eu estou babando sobre o seu
irmão mais novo. — sussurrei para Alec, que se mudou para trás de mim e
rosnou quando ele colocou os braços em volta de mim e colocou o queixo na
minha cabeça.

— Você tem sorte que você está sentada.

Eu sorri. — Por quê?

— Porque eu iria bater na sua bunda se você não estivesse.

Engoli em seco e apertei os braços que estavam ao meu redor.

— Que diabos é isso? — Bronagh perguntou para Alec e eu.

Eu não sabia o que dizer, então mantive minha boca fechada, Alec, por
outro lado, não tinha o mesmo problema.

— Keela é a minha namorada.

Bronagh piscou em confusão, em seguida, olhou por cima do ombro para


Dominic quando ele veio por trás dela.

— Alec disse que ele tem uma namorada. Acho que ele está doente.

Dominic sorriu. — Keela é sua namorada.

Bronagh franziu as sobrancelhas quando ela olhou para trás em nossa


direção.

— Eu não entendo... você era solteiro, quando eu saí de casa esta manhã.

Dominic riu quando ele colocou os braços ao redor da cintura de


Bronagh. — Isso só aconteceu há 30 minutos.

— Foi amor imediato, Bronagh. Ela tirou meu fôlego, eu tive que fazê-la
minha.
Revirei os olhos para o Sr. Dramático atrás de mim e foquei em Bronagh
enquanto dizia. — Estamos namorando de mentira, Bronagh.

— Me desculpe, vocês o quê? — perguntou ela.

Eu ri. — Sente-se e vou explicar.

Bronagh sentou-se e pelos próximos 10 minutos, expliquei tudo a ela


sobre Jason, Micah e minha situação com eles e como precisava da ajuda de
Alec.

— Que bagunça. — disse Bronagh quando terminei de falar.

Eu ri. — Essa é uma maneira de colocar isso.

Bronagh olhou para Alec, que agora estava sentado ao meu lado. — Como
diabos você vai se passar como namorado de alguém? Você é a maior puta que
eu conheço.

Desviei o olhar de Alec para que ele não me visse sorrindo.

— Tenha um pouco de fé, bee. Vou tratar Keela como a rainha que ela é.

Revirei meus olhos ao mesmo tempo em que Bronagh rolou os dela e


Dominic achou engraçado.

— Duas palavras, mano - boa sorte.

Eu e Bronagh sorrimos enquanto Alec acenou para Nico. — Eu consigo


isto, o quão difícil pode ser um namorado?

Eu olhei para ele com admiração. — Você realmente nunca foi namorado
de alguém antes?

Alec coçou seu pescoço. — Não... o trabalho sempre ficou no caminho das
relações potenciais.

O que isso significa?

— Eu não entendo...
— Keela, você quer dar uma volta comigo? Está quente aqui dentro.

Olhei para Bronagh quando ela falou e concordei, porque estava muito
quente na cozinha.

Alec se afastou de mim quando me levantei e fui para a parte de trás com
Bronagh e ri quando Tyson gingou atrás de nós. Eu estava prestes a fechar a
porta dos fundos, quando eu olhei para cima e congelei quando encontrei tanto
Nico e Alec sorrindo para Bronagh e eu.

— Por que vocês estão sorrindo pra para nós desse jeito? — perguntei.

Nico olhou para Alec e disse — Ela vai direto ao ponto, eu gosto dela mais
do que fiz antes.

Alec sorriu. — Eu gosto dela também, tudo nela.

Eu franzi o rosto com nojo quando ele me molestou abertamente com os


olhos.

— Pare com isso Alec, eu não estou fazendo sexo com você.

Alec estalou os dentes para mim. — Eu disse que gosto de você, eu não te
pedi para me foder.

— É tudo o que você está fazendo Playboy, mas você pode dar um
descanso - o sexo não está nas cartas para nós.

— Desafiando-me na frente do meu irmão e sua namorada não é uma


jogada inteligente, gatinha.

Eu rosnei. — Chame-me mais uma vez assim e eu juro por Deus que eu
vou...

— Me foder?

Eu cerrei minhas mãos em punhos e soprei uma grande quantidade de ar


pelo nariz.
— Eu vou dar um soco na sua cara antes que este dia termine, eu posso
sentir isso.

Alec bocejou. — Eu acho que eu posso me garantir contra você, gatinha.

Eu olhei para ele e isso fez Bronagh e Dominic rirem.

Olhei para trás para Bronagh e perguntei — O que há de tão engraçado?

— Você acreditaria em mim se eu dissesse que a conversa que você teve


com Alec é muito semelhante a que eu tive com Dominic no nosso corredor da
escola há três anos?

Eu me virei para encará-la. — Você não conseguia suportar sua bunda


arrogante também?

Bronagh sorriu. — Sim, eu mal podia suportá-lo, mesmo quando eu fiquei


com ele. Nós tivemos que trabalhar com um monte de merda para chegar onde
estamos agora.

Nico resmungou atrás de mim. — Você pode dizer isso de novo.

Bronagh olhou para ele. — Valeu a pena embora.

Virei-me para o lado e vi como Nico deu uma olhada em Bronagh, ele
olhou para ela até que Alec limpou a garganta e arruinou o seu momento. Nico
olhou para Alec e depois para mim e disse — Então... você gosta de cães, Keela?

Olhei para Bronagh, que estava aconchegando Tyson em seu peito e disse
— Sim, eu tenho um pastor alemão.

— Você tem um cachorro? — Alec me perguntou.

— Sim.

Nico mudou-se para mim quando puxei meu telefone de volta para
mostrar-lhe o meu protetor de tela do Storm. — Ele é um menino grande.

Eu fiz uma careta. — É apenas seu pelo, ele não é gordo.


Nico desviou seus olhos para os meus e, em seguida, deu um passo
atrás. — Você o considera o seu bebê, não é?

— Sim.

Dominic deu mais um passo para trás. — Vou manter a minha boca
fechada, eu sei como as mulheres podem ser violentas quando falam mal de seus
'bebês'.

Bronagh bufou e disse: — Você é tão sutil, que você não pode sequer dizer
que está falando de mim.

Eu ri um pouco quando Nico fez uma careta para Bronagh por cima do
meu ombro. Eu olhei para Alec quando ele caminhou em minha direção e parou
na minha frente para me olhar.

Limpei a garganta. — Posso te ajudar com alguma coisa, magrelo?

Bronagh riu o que me fez sorrir e Alec também.

— Não, só quero ter uma ideia de quão baixa você é. Você é minúscula.

Ofeguei e empurrei-o no peito. — Tenho um metro e setenta e três de


altura, que é alto para uma garota!

— Eu tenho um e noventa e três de altura, para mim, você é minúscula. —


Alec sorriu.

Bronagh bufou do meu lado. — Oi, garanhão! Se um e setenta e três é


pequeno para você, o que isso faz de mim?

Alec desviou os olhos para ela e sorriu. — Uma smurf muito pálida.

Ela ofegou dramaticamente e isso me fez rir.

— Você tem sorte que estou virando uma nova página, caso contrário
chutaria o seu traseiro!

Alec ergueu as mãos e sorriu. — Sem ofensas.


Bronagh olhou para Alec até que ela passou por nós com Tyson e se
dirigiu de volta para dentro da cozinha.

— Eu não sou tão pequena, eu sou? — ela perguntou a Dominic, que


estava bem atrás dela.

— Não menina bonita, Alec não sabe o que está falando. — Nico
respondeu me fazendo sorrir enquanto eles deixaram a cozinha juntos,
juntamente com Tyson, que ainda estava nos braços de Bronagh.

— Ele sabe quando concordar com ela. — comentei.

— Ele deveria, eles vão fazer três anos juntos no próximo mês.

— Isso é muito tempo. — murmurei.

— Sim.

Olhei para Alec que estava na minha frente, mas tive que dar um passo
para trás ao invés de inclinar minha cabeça todo o caminho de volta apenas para
olhá-lo.

— Eu vou ter um torcicolo no pescoço olhando para cima, para sua bunda
magricela, se você continuar ficando tão perto de mim.

Alec balançou as sobrancelhas para mim. — Eu poderia sempre


massagear você.

— Você quer dizer massagear meu pescoço?

— Sim, seu pescoço, também. — ele sorriu.

— Obrigada, mas eu vou passar, Casanova12.

Alec riu, então, suspirou quando Kane chamou por ele.

12
Giovanni Giacomo Casanova. Escritor e aventureiro italiano. Uma aura mágica envolve toda a sua vida
de debochado, libertino, colecionador de mulheres, escroque e conquistador empedernido que
percorria os bordéis de Londres todas as noites para ter relações com mais de 60 meretrizes.
— Volto logo.

— Tudo bem... mande Aideen vir para cá, por favor?

Alec assentiu quando ele voltou para a casa. Voltei para dentro e retomei
o meu lugar à mesa da cozinha e fiquei olhando para a minha xícara pela metade
de chá gelado. Um ou dois minutos passaram até que ouvi um suspiro alto de
Aideen.

— Onde você esteve?

Aideen encolheu os ombros. — Falando com Kane.

Eu levantei minhas sobrancelhas, mas não disse nada mais a Aideen


sobre Kane ou o que eles falaram.

— Estou com fome.

Comovente.

— Nós podemos ir para Eddie Rockets quando sairmos daqui, você quer?

Aideen lambeu os lábios. — Parece bom, mas por que não podemos ir
agora?

Dei de ombros. — Alec disse que queria vir conosco para que ele pudesse
ver onde eu morava.

Aideen franziu a testa. — Por quê?

— Eu honestamente não tenho ideia. — respondi.

Aideen bufou e cruzou os braços como uma criança mimada, depois de


um minuto de ouvi-la gemendo e murmurando para si mesma sobre como ela
estava com fome, eu bati na mesa.

— Aideen, pare com isso!

Aideen pulou de susto, em seguida, chegou à cima da mesa e deu um tapa


no meu braço. — Não faça isso, eu quase me molhei.
Eu ri dela e esfreguei meu braço ardendo. — Desculpe, mas, por favor,
pare de me apressar, você é a única que quis vir aqui.

Aideen suspirou. — Eu sei, e eu sinto muito. Você sabe como sou infantil
quando tenho fome.

Eu concordei. — Confie em mim, eu sei.

Aideen mostrou a língua para mim me fazendo rir, cutuquei-a levemente


com o meu braço e balancei as sobrancelhas. — Eu pensei que você iria querer
ficar mais tempo, já que Kane está aqui.

Ela apertou os lábios e balançou a cabeça. — Eu devia estar fora da minha


cabeça ontem à noite para ter pensando em fazer sexo com ele. Ele é quente
como o inferno, mas ele é muito arrogante para o meu gosto.

Eu levantei minhas sobrancelhas. — Sério?

Aideen assentiu com a cabeça. — Sim, quando você estava aqui


conversando com Bronagh e os rapazes, nós estávamos na sala de academia e
ele me pediu para ir até seu quarto com ele para que ele pudesse me foder. Quer
dizer, sério? Quando é que você fala isso a uma mulher? Devo ter realmente lhe
dado à impressão de que eu era uma vagabunda na noite passada.

Bem, sim, você estava toda sobre ele como uma erupção cutânea.

Eu soltei uma grande lufada de ar. — O que você disse a ele?

— Eu disse a ele que eu era lésbica e que a única razão que fui até ele na
noite passada foi porque pensei que ele era uma garota masculina.

O fato de que Aideen disse isso com uma cara séria e um tom sério
causou-me uma gargalhada que por sua vez a fez rir.

— Você não fez isso! — ofeguei através do meu riso.

Aideen assentiu com a cabeça. — Eu fiz.

Eu abanava meu rosto. — E ele acreditou?


Ela ainda estava rindo quando balançou a cabeça. — Não, ele não fez, mas
quanto mais tempo mantenho esta fachada ele acreditará.

Limpei as lágrimas dos meus olhos. — Você é doente.

Aideen encolheu os ombros. — Você sabe disso e eu sei disso, todo


mundo vai descobrir eventualmente.

Eu cobri meu rosto com as mãos, quando comecei a rir novamente. Eu


rapidamente descobri meu rosto alguns momentos mais tarde, quando uma voz
feminina foi ouvida no corredor.

— Vadias! — a voz de Branna ecoou quando entrou na cozinha.

Eu olhei para ela e sorri educadamente enquanto Aideen pulou e correu


para dar a Branna um de seus abraços esmagadores quando estava perto o
suficiente para fazê-lo. Estremeci com guincho de Branna quando ela se afastou
do abraço e olhou para o rosto de Aideen.

Aideen estendeu a mão e tocou suavemente o rosto antes de lançar em


uma recontagem dos acontecimentos da noite passada.

— Eu estava tão bêbada que nem sequer sabia, eu sinto muito!

— Pare com isso, você já estava indo embora com Ryder, não é culpa sua.

Branna estava furiosa que Aideen se machucou, mas achou minha


interação com Alec e Kane hilária.

Branna olhou para mim enquanto eu limpava meus olhos pela segunda
vez nos últimos minutos.

— Você está chorando? — ela me perguntou com uma preocupação de


repente em seu tom.

Balancei a cabeça em direção Aideen. — Só com o riso, porque ela disse a


Kane que era lésbica para que ele não a paquerasse.

Branna caiu na gargalhada o que me fez rir novamente.


— Era a única coisa que conseguia pensar para dizer no momento para
afastá-lo.

Eu levantei minhas sobrancelhas. — Dizendo ‘caia fora’ para ele e que não
iria ter sexo com ele era muito difícil de pensar, não é?

Aideen estreitou os olhos para mim. — Você é uma vadia.

Dei de ombros. — Isso é verdade.

Branna riu da minha brincadeira com Aideen e depois cutucou o ombro


de Aideen. — Eu pensei que você me disse no clube na noite passada que você
tinha pensado que Kane era quente?

Aideen suspirou e mudou-se para a mesa da cozinha com Branna. —


Ele é quente, mas eu dei-lhe claramente a impressão errada na noite passada.
Que eu estava, obviamente, um pouco a frente com ele e passei uma ideia que
estava indo foder, mas eu não estou. Agora ele pensa que eu sou lésbica.

Eu ri. — Isto vai explodir no seu rosto.

Aideen revirou os olhos. — Não vai, eu faria uma lésbica brilhante.

— Lésbicas não agem de determinada maneira ou algo assim?

Aideen encolheu os ombros. — Eu não tenho ideia, mas só vou fingir que
gosto de B e não de P. Kane entenderá que eu não quero que sua cobra saia das
suas calças eventualmente.

Branna e eu explodimos em gargalhadas e desencadeou Aideen. Depois


que nos acalmamos, o rosnado do meu estômago e o de Aideen podia ser ouvido
o que fez Branna sacudir a cabeça.

— Eu tenho que ir às compras hoje, não há nada de comida nesta casa.


Vivo com cavalos que aspiram qualquer coisa que se assemelha a comida, então
eu não tenho muito a oferecer. — disse Branna quando abriu a geladeira.

— Eu tenho latas pequenas de atum?


Eu me animei. — Eu quero uma lata.

Aideen curvou os lábios em desgosto. — Você é desprezível.

Eu sorri e dei de ombros. Olhei para Branna quando ela trouxe a minha
lata de atum e um garfo. Agradeci e puxei o pino de fora da lata retirando a
tampa.

— Eu amo atum. — murmurei enquanto enchia minha boca com uma


grande garfada.

Aideen estremeceu o que fez Branna rir.

— O que você está comendo? — perguntou Alec.

Virei a cabeça e vi quando ele e seus irmãos entraram na cozinha, todos


sem camisa - nenhum deles usava camisa aparentemente - e parecendo o elenco
de Magic Mike13, só que muito mais quente.

Engoli minha comida e a língua, mas rapidamente limpei minha garganta


e levantei minha lata de atum e disse — Atum.

Alec sorriu para mim. — Eu gosto de comer coisas cruas também.

Eu deixei cair meu garfo e minha maldita lata de atum!

— Alec! — eu atirei.

Alec riu junto com seus irmãos, Aideen e Branna também.

Eu era a única pessoa ficando vermelha e envergonhada.

Peguei minha lata de atum e meu garfo e os coloquei em cima da mesa na


minha frente, em seguida, olhei para Alec. — Estou indo embora agora. Eu não
vou mais esperar que você termine o que quer que você esteja fazendo.

13
Comédia dramática dirigida por Steven Soderbergh e estrelada por Channing Tatum, Alex Pettyfer,
Matthew McConaughey e Matt Bomer nos papéis principais. O filme foi lançado em 29 de junho de
2012, nos Estados Unidos.
Alec sorriu. — Relaxa gatinha. Eu estava arrumando minhas malas, elas
estão no corredor, então estou pronto para ir também.

Franzi minhas sobrancelhas em confusão.

— Por que você fez as malas? — perguntei.

— Isso vai ser bom. — Ryder murmurou.

Branna se levantou e foi em direção a ele o que fez com ele se


concentrasse exclusivamente nela e um sorriso esticou em seu rosto enquanto
ela se aproximava dele.

Olhei deles para Alec quando ele coçou seu pescoço. — Vou morar com
você.

Olhei para ele fixamente.

Depois de alguns momentos, eu encontrei a minha voz e disse — Você


pode repetir?

Alec esfregou o nariz. — Você quer que sua família acredite que somos
um casal real e você disse que queria levar as coisas devagar para que você possa
se acostumar comigo, então... eu vou morar com você. Quando os convidados do
casamento fizerem alguma pergunta você vai saber mais sobre mim.

— Ela pode te odiar pelo tempo que o casamento estiver para acontecer.
— Nico murmurou fazendo Kane bufar.

— Eu já o odeio. — rosnei mantendo meus olhos fixos em Alec que não


estava fazendo contato visual comigo.

Ele abriu a boca para falar, mas eu segurava minha mão no ar para
mantê-lo em silêncio quando me levantei. — Você não vai morar comigo Alec, e
porra, como você ousa apenas supor que estaria tudo bem!

Alec suspirou. — Eu mal tenho dois dias para conhecê-la. Se você quer
que pareça que somos um casal real, então eu realmente tenho que conhecê-la.
— Mas por que você tem que morar comigo se...

— Porque esta é a maneira mais fácil de gastar muito tempo com você.
Pense nisso, eu sei que você não gosta de mim e que você acha que eu sou um
idiota.

— Ela estaria certa nesse pensamento. — Kane riu.

Alec continuou falando como se Kane nunca tivesse falado. — Mas gastar
muito tempo comigo vai ser bom para nós, assim você estaria confortável em
torno de mim. Não tenho nenhum motivo obscuro aqui, eu juro. Eu não estava
pensando em ter sorte. Eu disse que vou fazer você me implorar, antes de
transar com você, lembra?

Senti meu olho se contrair com seus irmãos e as meninas racharem de rir.

— Você é um bastardo arrogante, você sabe disso? — rosnei para um Alec


sorridente.

— Estou bem ciente disso, sim.

Era impossível insultá-lo!

Eu cruzei meus braços sobre o peito e olhei para Alec, mas seu olhar
nunca vacilou.

Eu apoiei o meu pé no chão. — Tudo bem, mas você vai seguir minhas
regras ou eu coloco sua bunda para fora, você entendeu?

— Claro, querida.

Nico riu e cantou. — Alec e Keela sentado em uma árvore. Se be-i-jan-


do...

Eu estendi minha mão para cortar Nico e foquei em Alec. — O nosso


'relacionamento' é falso, seria bom você se lembrar disso.

Alec inclinou para mim e disse sarcasticamente. — É claro que é falso,


minha senhora.
Sua provocação me irritou.

— Beije minha bunda! — eu bati em Alec quando ele se endireitou de


volta.

— Mostre-me e eu vou. — ele respondeu quase que instantaneamente.

Eu fiquei boquiaberta para ele.

Não é suposto para você responder de volta com algo que não seja um
‘foda-se’ quando alguém lhe diz para beijar sua bunda, nenhuma pessoa que se
preze daria respostas de volta para um desafio com outro desafio, porra!

— Eu estou coçando para tirar esse olhar presunçoso do seu rosto,


playboy.

Olhei para os irmãos de Alec quando eles riram. Nico deu um tapinha nas
costas de Alec sorrindo e disse. — Eu sou fuckface, e você é playboy, as
irlandesas são criativas e divertidas com seus insultos, você tem que dar isso a
elas.

Alec sorriu. — Isso é com maldita certeza.

Eu suspirei e levantei minhas mãos para massagear as têmporas, uma


leve batida de uma dor de cabeça estava começando a me incomodar
novamente. Eu gemi alto quando ouvi o toque do meu celular de repente na
minha bolsa. Isso é tudo que eu e minha dor de cabeça necessitávamos, uma
conversa com a minha mãe.

— Aqui vamos nós. — Aideen murmurou.

Cavei meu celular da minha bolsa e respondi tão brilhantemente quanto


eu poderia.

— Bom dia, ma.

— Não me chame de ma, você não é uma ovelha.

Bem, Olá para você também.


— Bom dia, mãe. — eu disse rolando meus olhos.

Aideen resmungou. — Você gosta de chamá-la de ma pelo simples fato de


que ela odeia.

Fiz um gesto para ela calar a boca, e ela fechou a boca, mas não estava
feliz com isso.

— Por que você não me ligou sobre o casamento de Micah e Jason? Dei-
lhe três semanas inteiras para mencioná-lo e nada!

Três semanas inteiras?

Mesmo que tenha recebido o convite em um prazo muito curto de tempo


a ser convidada para um casamento em um país diferente!

— Eu só recebi o convite hoje, o carteiro colocou na caixa postal do Sr.


Doyle por engano.

Minha mãe suspirou dramaticamente. — Aquele maldito carteiro, eu


sabia que deveria ter entregue em mãos!

Isso nem sequer me surpreende que ela esteja tão envolvida com o
casamento de Micah, ela provavelmente planejou a maldita coisa toda.

Limpei a garganta. — Você acha? Um pequeno aviso que eles estavam se


casando, em primeiro lugar teria sido bom também, mãe.

Eu ouvi um tsc de minha mãe e isso me irritou.

— Foi muito de última hora Keela, Jason só pediu Micah em casamento


há seis semanas.

Eu ampliei meus olhos. — Ele pediu há seis semanas, e eles já estão se


casando? É o tio Brandon que está pagando ‘para isso’?

Deve ser caro pra cacete reservar tudo em tão pouco tempo.

Aideen bufou. — É claro que ele está pagando por tudo.


— Keela, isso não é da sua conta.

Isso significava que sim.

— Eu ainda acho que é muito cedo para que eles se casarem.

— Keela, você tem que superar Jason.

Isso foi uma piada?

— Jason já foi superado faz tempo! Eu não me importo que ele esteja se
casando. Eu só me importo que tenha que estar nessa porra quando isso
acontecer! — eu atirei.

— Keela Elizabeth Daley! — minha mãe berrou.

Eu gemi e abaixei minha cabeça. — Sinto muito por isso ‘mãe’, mas pense
no meu ponto de vista, por favor.

Minha mãe suspirou. — Eu entendo que vai ser difícil e creio que eu não
me importo muito com Jason Bane também, mas você vai estar no casamento
de sua prima. Meu coração iria explodir se você estivesse ausente, você está me
ouvindo? Você iria me matar!

Oh, Jesus Cristo, a rainha do drama!

— Mãe! Você não pode dizer algo assim para mim, eu sou sua filha!

Eu praticamente a ouvi revirar os olhos. — E como minha filha, você deve


ter cuidado com o meu coração fraco.

Tentando me acalmar. — Eu não posso acreditar que você iria usar a sua
condição cardíaca como um sentimento de culpa para se certificar de que eu vá
para o casamento?

— Eu não tenho nenhuma ideia do que você está falando.

Cerrei os dentes, ela falou tão clara e adequada, que não gosta de mim em
tudo.
— Você é inacreditável, mãe.

Minha mãe riu. — Obrigada, querida.

Não foi um elogio e ela sabia disso.

— De qualquer forma, o ponto do meu apelo é que você saiba que assumo
que você já tirou uma semana de folga do trabalho, então já fui em frente e
paguei o seu quarto no resort. Ele é único, eu teria conseguido o duplo pelo
conforto, mas era o último quarto disponível. Consegui arrumar uma cama
maior para você embora. Vou enviar todas as informações para seu e-mail.

Eu fiz uma careta. — Eu posso pagar por mim mesma, mãe.

— Não discuta, tudo é de última hora, então eu estou cobrindo seus voos
e hotel. Eu sou sua mãe o que é permitido dar uma mãozinha para a minha
única filha.

Balancei minha cabeça, essa era a única vez na minha vida, que ela tinha
pensado na frente quando ela veio para mim e fez algo de bom, mas foi só
porque era para o casamento de Micah. Não havia nenhuma dúvida em minha
mente que ela não teria saído de seu caminho para se certificar de que estava
indo para o casamento se tivesse sido outra pessoa.

— Tudo bem, alojamento e voo já estão reservados, o que você vai vestir?

Eu suspirei. — Eu não sei, Aideen está indo às compras comigo e Alec


para pegarmos...

— Quem é Alec? — minha mãe me cortou.

Olhei para cima e, em seguida, lembrei-me de onde estava. Eu estava no


meio da cozinha dos Slaters e todos estavam me olhando, enquanto ainda
estavam sem camisa.

— Quem é Alec? — eu repeti e troquei olhares com o referido homem.

Ele sorriu e então, eu estreitei os olhos para ele enquanto dizia para
minha mãe. — Alec é meu namorado, não o mencionei para você?
Minha mãe deu um suspiro exagerado. — Não, você não mencionou um
namorado!

Eu ligeiramente sorri para o choque da minha mãe.

Dei de ombros, embora ela não pudesse me ver. — Desculpe, devo ter
esquecido.

— Como você pode simplesmente esquecer algo assim, Keela? Quanto


tempo vocês estão juntos? É sério? Como ele se parece? — minha mãe disparou
suas perguntas para mim.

— Há quanto tempo estamos juntos? — eu repeti em voz alta.

— Três meses? — Alec sugeriu em voz baixa.

Dei de ombros. — Estamos juntos há três meses.

Alec piscou.

— É sério? — minha mãe perguntou, exasperada.

— Estamos muito sério, ele está realmente indo morar comigo hoje. — eu
disse, então desejei que não tivesse falado, assisti todos os irmãos Slater
sorrirem e bater os punhos com Alec.

Aideen riu do outro lado da mesa. — Isso vai ser divertido.

— E como ele é?

O que diabos ela se importa?

— Ele é muito bom de olhar mãe, um Deus.

O ego e a cabeça de Alec ficaram maiores naquele momento, tenho


certeza disso.

— Eu não posso acreditar que você está indo morar com um homem que
eu nunca conheci! Estou indo em breve para conhecê-lo! — minha mãe surtou e
depois desligou na minha cara.
Eu puxei meu telefone longe da minha orelha e olhei para Alec que tinha
as sobrancelhas levantadas. — Ela levou a noticia de namorado bem?

Dei de ombros. — Assim como pode ser esperado.

Aideen caiu na gargalhada. — Ela quer conhecê-lo, não é?

Eu balancei a cabeça sem tirar os olhos de Alec, cujos olhos se


arregalaram um pouco.

Balancei minha cabeça e sorri para ele com um sorriso maligno. — Diga-
me, Alec... você está pronto para enfrentar o diabo?
— A s

mulheres me amam, gatinha. Sua mãe não vai ser diferente, por isso, pare de se
estressar.

Ignorei Alec enquanto eu colocava meu telefone na minha bolsa. Aideen


tinha acabado de me enviar mensagens que ela finalmente entrou em seu
apartamento. Deixei-a no caminho de volta para o meu apartamento, mas tinha
um incêndio de carro que estava sendo apagado no estacionamento do seu
complexo de apartamentos então é claro que ela começou a conversar com os
bombeiros gostosos. Alec e eu não ficamos por perto, então eu fiz Aideen
prometer de me mandar uma mensagem quando ela entrasse em seu
apartamento, apenas para que eu soubesse que ela estava bem.

Eu subia as escadas do meu complexo de apartamentos e mesmo que


Alec me disse para não insistir sobre ele conhecer a minha mãe, eu não podia
deixar de estressar. Minha mãe viria para o meu apartamento para conhecer
Alec e se todo o lugar não estivesse brilhando, eu nunca veria o fim de tudo.

Olhei por cima do meu ombro para Alec, que estava subindo as escadas
atrás de mim. — Tem certeza que você não quer uma mão com as suas coisas?

Alec balançou a cabeça. — Não, eu estou bem.

Dei de ombros, em seguida, virei a cabeça de volta ao redor, eu estava um


pouco sem fôlego no momento em que chegamos ao meu andar. Eu abri a porta
para o corredor que leva para o meu apartamento e fiz um gesto a Alec, com as
suas duas malas duffle14 na minha frente.

Sim, ele tinha duas enormes bolsas de duffle, o homem não estava
brincando quando disse que estava se mudando. Ele estava se mudando com
tudo o que tinha para meu apartamento.

Tudo.

— Qual é o número do apartamento? — Alec perguntou na minha frente.

— Quinhentos e vinte. — eu respondi.

Alec parou fora da minha porta, em seguida, deixou cair as malas no chão
e virou-se para mim. — Você tem cinco travas em sua porta.

Era uma afirmação, não uma pergunta.

Olhei para minha porta, em seguida, de volta para Alec e disse: — Elas
são necessárias.

Alec franziu a testa. — Por que você vive aqui se não é seguro?

Eu suspirei. — Porque eu não tenho dinheiro para viver em algum lugar


como Upton, é por isso.

Eu passei por Alec e procurei as chaves no fundo da minha bolsa, quando


eu as encontrei eu puxei-as para fora e comecei a desbloquear minha porta. Eu
estava no meio de abrir a última fechadura quando o barulho de uma porta se
abrindo atrás de mim chamou minha atenção.

— Keela?

Saco.

Eu coloquei um sorriso no meu rosto quando eu me virei e movi em torno


do corpão de Alec.

14
Bolsa grande de formato cilíndrico
— Olá, Sr. Doyle.

Os olhos do Sr. Pervert caíram para minhas pernas por um momento


antes de chegarem ao meu rosto. — Olá, querida.

Estremeci com nojo, então pulei quando senti uma mão vir na minha
cintura, Sr. Doyle olhou para a mão de Alec e seu maxilar contraiu.

— Quem é esse? — ele perguntou, sem tirar os olhos de mão de Alec.

— Eu sou Alec Slater, namorado de Keela. — Alec respondeu em um tom


que era firme, mas suave.

Eu assisti Sr. Pervert ligeiramente estreitar seus olhos quando ele


levantou-os e olhou por cima da minha cabeça. — Eu sou Henry Doyle, o vizinho
de Keela.

— Você quer dizer o nosso vizinho.

Mordi meu lábio quando o Sr. Pervert recuou um pouco, eu não sei se ele
ficou chocado ou intimidado.

— Você está se mudando? — Sr. Pervert perguntou, sua voz corajosa.

Alec gentilmente me puxou para trás até que minhas costas estavam
pressionadas contra a frente de seu corpo. Eu mordi o interior da minha
bochecha quando sua mão deslizou para baixo da minha cintura e descansou no
meu estômago. Se eu tivesse uma linha V, a mão tinha coberto um dos lados, é
esse o quão baixo sua mão estava.

Não a tire.

— Sim, eu estou. — respondeu Alec ao Sr. Pervert e eu poderia dizer pelo


seu tom que ele estava sorrindo.

Pedaço de merda presunçoso!

— Bem... bem-vindo ao Edifício. — disse Sr. Pervert em um tom otimista


forçado.
— Obrigado. — Alec respondeu, seu tom naturalmente otimista.

Sr. Pervert inclinou a cabeça um pouco. — Se você não se importa de eu


perguntar, de onde você é?

O polegar de Alec começou a acariciar a minha parte inferior do


estômago através do material do meu vestido.

Não o remova.

— Nova York. — Alec respondeu em seguida, beijou aleatoriamente em


cima da minha cabeça.

— Ah, entendo. Bem, se cuidem e boa sorte para os dois. — Sr. Pervert
sorriu, olhou para as minhas pernas, em seguida, virou-se para seu apartamento
e desapareceu lá dentro.

Quando o caminho estava livre bati na mão de Alec, que o levou a


arrancá-la para longe do meu corpo rápido como um relâmpago. Eu girei em
torno e o empurrei no peito e ele achou engraçado.

Eu apontei meu dedo indicador para ele. — Não me toque desse jeito de
novo!

Uma expressão de tédio alcançou o rosto de Alec quando ele olhou para
mim. — Toquei seu estômago através do material de seu vestido, eu não
esfreguei a pele nua então relaxa e respira.

Eu senti meus olhos se contorcerem enquanto eu me movia em torno dele


e abri a fechadura final na minha porta de entrada. Quando eu abri a porta, eu
olhei para a minha esquerda e gemi, comida de cachorro estava por todo o chão
e também tinha um pouco de água da bacia de água do Storm.

— Eu vou matar aquele maldito cachorro! — eu xinguei quando me virei e


marchei pelo corredor e para o meu quarto.

Como se esperava, Storm estava deitado em seu lado da minha cama,


com as pernas esticadas para fora.
Ele estava roncando.

— Storm! — eu berrei.

A maioria dos cães saltaria com medo ou, pelo menos, acordaria, Storm
nem sequer levantou as orelhas para indicar que ele me ouviu. Ele realmente era
o pior cão de guarda na história dos cães de guarda.

— Storm! — eu falei novamente enquanto eu caminhava para minha


cama.

Cheguei à minha cama e sacudi-o acordado. Ele abriu os grandes olhos de


cachorrinho e olhou para mim com o que só poderia descrever como desgosto.

Sim, ele odiava ser acordado.

— Não olhe para mim assim, tira o seu rabo dessa cama agora ou você vai
tomar um banho.

Ele se moveu lentamente em seguida, até que ele estava sentado, ele
odiava tomar banho e reconheceu a palavra que eu usava para ameaçá-lo
quando eu queria que ele fizesse algo para mim.

Ele realmente era como um ser homem.

— Vamos lá, saia da cama. — eu persuadi.

Ele se espreguiçou, bocejou e, em seguida, pulou da cama. Eu olhei para


ele quando eu ouvi um grunhido saindo dele seguido de um latido alto que me
deu um susto. Ele estava agachado um pouco e olhando atrás de mim, então eu
me virei e vi Alec encostado no batente da porta olhando entre Storm e eu com
uma expressão divertida no rosto.

— Você nomeou seu falso namorado com o nome do seu cão? — Alec
perguntou, o riso leve em sua voz não vai mal.

Que vergonha!
Senti-me corar. Eu estava mortificada que eu fui pega mentindo, em
primeiro lugar, mas foi ainda pior agora porque Alec sabia quem Storm
realmente era.

— Cala a boca, Alec. — eu murmurei.

Ele riu. — Você é adorável.

Lá vem de novo?

— Eu tenho vinte e três anos, eu não sou adorável.

Alec piscou. — Você é uma muito adorável gatinha de vinte e três anos de
idade.

Apertei os lábios, em seguida, olhei para trás para baixo para Storm
quando ele rosnou.

— Ei, chega disso, ele é o nosso novo hóspede da casa.

Olhei para Alec quando ele ficou de joelhos. Ele evitou contato visual com
Storm e estendeu a mão direita como se estivesse oferecendo algo.

— Vem cá, Storm. — disse Alec então assobiou um pouco.

Ele era de verdade?

— Ele não vai para você, ele odeia todo mundo, menos eu.

Alec me ignorou e continuou a chamar Storm pra ele. Eu cruzei os braços


sobre o peito e sentei na minha cama com um suspiro. Alec continuou tentando
persuadir Storm mais perto dele e quando eu estava prestes a colocar um fim a
isso Storm de repente deu um passo hesitante na direção de Alec e deixou de
rosnar completamente.

Eu senti meu queixo cair aberto quando seu passo hesitante se


transformou em passos lentos. Quando Storm estava na frente de Alec, ele
cheirou a mão estendida de Alec e esfregou o nariz na palma da mão, em
seguida, permitiu Alec acariciar sua cabeça.
Na verdade, ele permitiu que outra pessoa que não eu tocá-lo.

— Porra, eu não acredito! — eu ofeguei.

— O quê? — Alec me perguntou sem olhar para longe de Storm.

— Ele não gosta de ninguém além de mim, isso é estranho.

Alec deu de ombros. — Eu sou bom com os animais.

Olhei para ele, incrédula. — Você é um encantador de cães?

Alec desviou os olhos para mim por um momento antes de olhar para
Storm, mas não antes de eu perceber que eles estavam vincados com
diversão. — Não, eu só sei como agir com os animais. Você viu como eu estava
para baixo em seu nível, e não olhar diretamente nos olhos enquanto eu ofereci
minha mão para ele? Ele podia sentir que eu não era uma ameaça e é por isso
que ele está me deixando acariciá-lo agora.

Eu zombei. — Aideen não é uma ameaça, ela conheceu Storm desde que
eu cheguei quando ele era um filhote e ele a odeia.

— Será que ela o odeia? — Alec perguntou, intrigado.

Isso seria um sim pra caramba.

Eu balancei a cabeça. — Sim, eles brigam o tempo todo.

Alec gargalhou. — Como pode um cão e uma mulher brigar?

Cocei meu pescoço. — Você ficaria surpreso que ponto uma mulher vai
para discutir com alguém... ou alguma coisa assim.

Alec sorriu e balançou a cabeça fazendo com que fios de cabelo caiam
livre de seu penteado. — Bem, ele pode perceber que ela não gosta dele então ele
decidiu que não gosta dela de volta. Ele pode decifrar se ele gosta de alguém ou
não, os cães são muito inteligentes.

— Eu sei que, Storm é muito inteligente.


Alec olhou para mim. — Calma, mamãe urso.

Mordi o interior do meu rosto para que eu não sorrisse.

— Olhe, deixe-me mostrar-lhe o resto deste caixão feito sob medida de


apartamento para que você possa se instalar enquanto eu limpo antes de minha
mãe chegar aqui.

Alec obedeceu e pôs-se de pé, em seguida, fez um gesto com as mãos ao


redor. — Deixe o tour começar.

Limpei a garganta. — Bem, este é meu quarto.

Alec olhou em volta, em seguida, concentrou seu olhar sobre a cama, a


cama que praticamente tomou todo o espaço no meu quarto.

— Uma king15? Eu gosto.

Eu dei a ele um olhar aguçado. — Storm dorme comigo, então, eu preciso


de todo o espaço que puder conseguir.

Alec bombeando as sobrancelhas para mim. — Parece que você precisa...

Eu estendi minha mão até cortar Alec. — Tenho certeza de que tudo o que
estava prestes a sair de sua boca era rude, ofensivo e que me faria querer dar um
tapa em você, então, me poupe e deixe-me continuar com a turnê.

Alec sorriu para mim, em seguida, fez um sinal com os dedos que seus
lábios estavam selados.

— Siga-me. — eu falei.

Eu passei por ele então parei sete passos depois e abri a porta do
banheiro à minha direita. — Este é o banheiro. Tenho TOC sobre limpá-lo,
então, deixe o banheiro dessa maneira quando você entrar nele ou vou te
machucar, entendeu?

15
Referindo ao tamanho da cama, king size.
Alec inclinou a cabeça e olhou em volta, em seguida, olhou para mim. —
Eu vou mantê-lo limpo, mas por curiosidade como você iria me machucar
exatamente? Eu não tenho certeza que você poderia me machucar fisicamente...
suas mãos são muito pequenas.

Elas não eram!

Eu fiz uma careta. — Não me subestime playboy, eu posso ser perigosa.

Mentira, eu não podia e não faria mal a uma mosca.

Alec lambeu os lábios carnudos. — Você pode ir de gatinha para gata


brava em meio segundo, entendi.

Eu pisquei para ele. — Ótimo, então estamos entendidos nisso?

Alec sorriu para mim de novo e eu não podia deixar de olhar para sua
boca.

— Você usou aparelhos? — perguntei.

Alec deslizou a ponta de sua língua rosa sobre seus dentes brancos e
brilhantes e me fez querer fazer o mesmo com a minha própria língua.

Acalme, menininha.

— Sim, quando eu era criança eu tive que usar aparelho fixo por cerca de
dois anos. Era um saco, mas valeu a pena.

Eu suspirei. — Seu sorriso é muito bonito. Eu não sei se eu gosto... parece


errado alguém possuir um sorriso como esse.

Eu não estava tentando conversar com ele eu estava apenas sendo


honesta.

Alec me olhou com um olhar pensativo antes de ele olhar para mim com
diversão piscando em seus grandes olhos azuis. — Todos os meus irmãos têm
sorrisos agradáveis, é algo que todos nós recebemos do nosso pai. Dominic,
Kane e eu temos covinhas - herdamos essas de nossa mãe. Você pode ver as
covinhas de Dominic quando ele fala, isso é o quão profundo elas estão, mas as
minhas são apenas quando eu sorrio. Kane tem uma covinha na bochecha
quando ele sorri, mas você não pode vê-la a menos que você esteja perto dele
quando ele sorri, porque uma cicatriz passa através dela. Falando de Kane, seu
sorriso é algo para se atentar, ele muda a forma como ele parece quando ele
sorri.

Eu ignorei o comentário sobre cicatrizes de Kane, porque eu não quero


ser rude e perguntar o que aconteceu.

Eu pensei sobre o seu sorriso, porém, e mordisquei meu lábio inferior. —


Eu já notei isso. Ele é um tanto quanto assustador quando ele não está sorrindo,
mas quando ele está sorrindo... oh meu Deus, ele é maravilhoso. Não acredito
em uma noitada, mas se ele sorrir para mim...

— Ele não vai sorrir para você. — Alec me cortou, todos os vestígios de
diversões deixando seus olhos e características.

Eu fiz uma careta. — O que te deixou irritadinho?

— Gatinha, quando estou na sua presença, eu não quero ouvir você


falando dos meus irmãos. Nenhum deles.

Quando estou na sua presença?

— Quem diabos você pensa que é? Jesus?

Alec encolheu os ombros. — Eu sou provavelmente a coisa mais próxima


na Terra para Jesus, gatinha.

Mas. Que. Porra?

— Seu pedaço de merda metida. Como você ousa se comparar a...

Eu fui cortada quando Alec caiu na gargalhada; ele se inclinou para frente
bateu no joelho esquerdo com a mão esquerda e colocou a mão direita sobre a
parede para se manter estável.
— Sua cara! — Alec caiu na gargalhada. — Você deveria ter visto a sua
cara!

Eu o odiava.

Eu não o conhecia muito bem, mas eu o odiava e eu estava permitindo-


lhe morar comigo.

Eu tinha oficialmente perdido a porra da minha mente!

Eu fiz uma careta, e eu me virei. — Controle-se e me siga.

Alec continuou a rir quando ele me seguiu pelo corredor estreito.

Eu parei quando entrei no combinado de sala e cozinha. — Esta é a


cozinha e a sala, pois não há parede separando. É um pequeno apartamento de
um quarto, mas serve-me bem.

Olhei para trás para olhar para Alec, que estava olhando ao redor.

— Você faz o lugar parecer ainda menor. — eu murmurei.

Alec riu. — Está tudo bem, ele é pequeno, mas podemos usar isso a nosso
favor.

Eu me virei para encará-lo. — Explique.

Alec sorriu. — Estaremos em cômodos próximos, então, nos conhecermos


e nos tornarmos confortáveis com o outro será tranquilo. Isso é o que você quer,
certo?

Eu olhei para ele com ceticismo. — Uh-huh.

Alec tinha uma sugestão de sorriso no rosto que virou um largo sorriso
quando Storm chegou ao lado dele e roçou sua cabeça contra sua coxa. Alec se
abaixou e esfregou atrás das orelhas de Storm então ele se inclinou para frente e
deu-lhe alguns tapinhas fortes no estômago. Eu cruzei os braços sobre o peito e
olhei.

— Maldito traidor. — eu murmurei para mim mesmo baixinho.


Limpei a garganta. — Tudo bem, então eu não sei que horas que minha
mãe estará aqui, mas este lugar precisa estar impecável antes de ela chegar.

Alec levantou-se, olhou ao redor do apartamento e olhou para mim. —


Ele está impecável.

Eu zombei. — Há alimentos para cães e água no chão atrás de você.

Alec deu de ombros. — Tudo bem, além da comida de cachorro e água no


chão, tudo o resto está impecável.

Cocei meu pescoço. — Eu não penso assim, eu tenho que passar


aspirador, lavar os balcões de cozinha e banheiro, em seguida, arrumar meu
quarto...

— Espere aí. Sua mãe verifica o seu quarto quando ela vem? Quantos
anos você tem treze ou vinte e três?

Eu gemi. — Parece ruim, eu sei, mas apenas ter tudo limpo e arrumado
fará sua visita menos dolorosa. Confie em mim.

Alec me olhou com um olhar desconfiado, mas acabou convencido. —


Tudo bem, o que posso fazer para ajudar a fazer esta visita da diaba menos
dolorosa?

Ele ia me ajudar?

Isso foi uma surpresa agradável e inesperada.

— Você pode lavar a louça que Aideen deixou no escorredor ao lado da


pia esta manhã. Eu não gosto delas lá o dia todo, poeira e tal vai acumular nelas.
Fique com isso, enquanto eu arrumo meu quarto e o banheiro, está bem?

Alec estendeu a mão para mim, seu punho bem fechado e disse: — To
nisso, chefe.

Demorou um segundo para que eu percebesse que ele queria que eu


batesse punho com ele e quando eu finalmente fechei o punho de minha própria
mão e toquei meus dedos contra o dele, ele audivelmente se admirou.
— Seu punho é do tamanho de uma criança, essa é provavelmente a coisa
mais fofa que eu já vi na minha vida...

— Eu vou dar um soco na sua cara com o meu punho do tamanho de um


uma criança, se você terminar essa frase, playboy.

Alec mordeu o lábio inferior, em seguida, bateu uma continência. — Sim,


Capitão.

Revirei os olhos. — Só enxague a louça como um bom homenzinho.

Eu passei por ele e sorri quando eu ouvi seu suspiro dramático. —


Homenzinho? Sou todo grande, baby!

— É, eu percebi o quão grande seus pés eram. — eu respondi pelo


corredor quando me aproximei do meu quarto.

— Eles são de tamanho médio para um homem do meu tamanho! — Alec


gritou. — Além disso, você sabe o que eles dizem sobre os homens com pés
grandes, né?

— Sim, eles usam meias grandes.

— Espertinha! — Alec gritou me fazendo rir quando eu fechei a porta do


quarto.

Eu balancei minha cabeça ainda rindo levemente enquanto eu me movia


em torno do meu quarto cinco minutos depois. Abri as janelas do quarto,
troquei a roupa da minha cama junto com as fronhas e coloquei-as no cesto de
lavar no canto do meu quarto. Eu peguei lençóis do meu guarda-roupa e os
coloquei na minha cama. Quando essa tarefa está terminada, eu peguei o
aspirador de meu guarda-roupa - sim, itens além de vestuário eram
armazenados em meu guarda-roupa, porque o meu apartamento era tão
pequeno que eu não tinha lugar para armazenamento - e aspirei meu quarto
inteiro.

Abri a porta do quarto e aspirei o corredor, em seguida, dentro do


banheiro e de volta para o corredor até que o cabo do aspirador parou meus
movimentos quando me aproximei da entrada da cozinha. Voltei para o meu
quarto e desliguei-o da tomada na parede do meu quarto e levei para o
corredor. Deixei-o lá para que eu pudesse trazê-lo para a cozinha e sala de estar,
enquanto eu estava terminado de limpar o banheiro.

Eu estava prestes a perguntar a Alec como ele estava indo com a louça
quando o ouvi cantar. O filho da puta não era apenas bonito, mas ele podia
cantar e cantar muito bem. Sua escolha de canção fez meus olhos rolarem, no
entanto.

— Sex bomb, Sex bomb, I’m a sex bomb16…

— Você é uma bomba sexual! — eu corrigi a letra interrompendo-o


enquanto eu ia para o banheiro.

As coisas ficaram em silêncio, em seguida e eu não percebi que ele entrou


no banheiro até que eu olhei no espelho e o vi atrás de mim.

— Você acabou de me chamar de uma bomba sexual? — Alec perguntou o


olhar fixo nos meus através do espelho.

Eu teria rido dele, se o seu olhar não fosse tão intenso.

— Eu estava corrigindo a letra. — eu disse, então soltei um suspiro. —


Você não vai pular em mim, não é?

Alec levantou uma sobrancelha. — Eu sinto muito que você disse saltar
em mim ou me foder17?

Engoli em seco. — Alec Slater, não seja tão rude!

Sorriso de Alec esticou em seu rosto. — Você acabou de me repreender,


gatinha?

16
Sexbomb de Tom Jones.

17
No original: Jump me or fuck me.
Estreitei meus olhos. — Eu fiz, e eu vou chutar o seu traseiro se você
continuar falando besteira desse jeito.

— Eu vou manter a besteira acima, bem como qualquer outra coisa pra
cima se você não parar de ser tão inocente.

Franzi minhas sobrancelhas em confusão. — O que faz você pensar que


eu sou inocente?

Alec brincou. — Você só gritou comigo por ser rude.

Eu rolei minha cabeça nos meus ombros me sentindo frustrada. — Só


porque eu não gosto de você ser rude não significa que eu sou inocente.

— Prove. — Alec desafiou.

Eu levantei minhas sobrancelhas. — Como?

Alec movimentou as sobrancelhas para mim e disse: — Me surpreenda.

Eu abri meus dedos. — Pare de tentar me levar a fazer algo sexual com
você. Eu não vou transar com você agora nem nunca.

Alec se aproximou de mim moldando a frente de seu corpo na parte


traseira do meu e cobriu minhas mãos no balcão do banheiro com a sua. Ele
manteve contato visual comigo através do espelho e então ele fez isso, ele
abaixou a boca até a minha orelha e levemente soprou sobre ela me fazendo
tremer.

Sua respiração em meu ouvido fez com que meus olhos se fechassem
enquanto tremores atingiram todo o meu corpo.

— Eu disse que eu vou transar com você gatinha e confie em mim,


eu vou transar com você, mas não até você implorar. — ele sussurrou.

Suas palavras eram preocupantes, mas eu ainda mantive meus olhos


fechados.
— Você tem uma melhor chance ao ensinar Storm como rolar que ter
sexo comigo, playboy.

Abri os olhos e pisquei para Alec que agora sorria. Eu pulei e gritei
quando ele bateu na minha bunda, em seguida, saiu do banheiro quando eu
tentei devolver o tapa, só que em seu rosto, em vez de sua bunda.

— Não seja violenta. — Alec sorriu quando eu o segui para fora do


banheiro e no corredor.

Ele estava andando para trás, enquanto eu me movia em direção a ele.

— Você sabe o que dizem, as ações falam mais que palavras.

Alec riu. — Eu não acho que essa frase deixa tudo bem para você me
bater.

Dei de ombros. — Você me deu um tapa primeiro.

Continuei a avançar sobre Alec. Eu não ia bater nele, mas eu ia fazê-lo


pagar e quando ele tropeçou no aspirador que eu tinha deixado no corredor e
caiu de bunda, meu pagamento foi recebido.

— Isso é carma, cadela. — eu cantei então me virei e fui para o banheiro.

Eu podia ouvir Alec resmungando para si mesmo, no corredor que me fez


rir enquanto eu fazia a limpeza do banheiro. Eu me desligava de tudo quando eu
limpava o banheiro; a única coisa que me chamou a atenção foi Storm quando
ele entrou no banheiro.

— Ei lindo. — eu murmurei.

Storm roçou a cabeça contra a minha perna, então lamentou e levantou a


perna antes de colocá-lo de volta no chão. Eu enxotei-o do banheiro enquanto
eu rapidamente corri para o meu quarto para pegar a coleira do gancho na
parede do meu quarto. Quando eu voltei no hall eu encaixei a coleira do Storm e
fui para porta da sala.

— Já volto, Alec.
— Aonde você vai? — perguntou Alec.

— Storm precisa ir ao banheiro. — eu disse, então olhei para a cozinha só


para encontrá-la vazia. Olhei para a sala e, em seguida, fiquei boquiaberta com o
corpo de Alec deitado em meu sofá fazendo com que pareça menor do que
era. Ele estava lendo algo.

Um livro.

— O que você está lendo? — eu perguntei, curiosa.

— Esse livro pornô que estávamos falando antes, em minha casa. Este
cara é o meu Deus! Ele acabou de foder essa garota Ana enquanto ela está
menstruada.

— Pare com isso! — eu gritei. — Pare de ler e abaixe o maldito livro!

Ele estava lendo Fifty Shades of Grey.

Fiquei tanto horrorizada e envergonhada.

Alec levantou-se do sofá, colocou o livro na mesa de café e virou na minha


direção.

— Por que você está corando?

Ele percebendo meu embaraço fez apenas com que minhas bochechas já
vermelhas esquentassem ainda mais.

— Oh droga, suas bochechas estão tão rosadas. — disse Alec e deu um


passo em minha direção.

Eu levantei minha mão livre. — Espere aí, amigo. Tenho de levar Storm lá
fora, por isso, só lave a louça como eu lhe pedi para fazer meia hora atrás e se
você tiver um minuto, por favor, limpe a comida e água de Storm no chão.
Deveríamos ser uma equipe de limpeza.

Alec fez uma reverência. — Sim, querida. — disse ele e saiu da sala de
estar e foi para cozinha.
Saí do apartamento e desci correndo as escadas do meu apartamento com
Storm antes de um dos vizinhos me pegar. O complexo de apartamentos não
tem uma proibição de animais, mas se muitos vizinhos queixam-se, o animal ou
o inquilino tem que ir. Storm é um bom cão, mas eu ainda não quero dar a
nenhum dos meus vizinhos razão para me relatar de modo que é por isso que eu
levo-o dentro e fora do edifício sem ser notada.

Uma vez que chegamos lá fora eu fui em direção do parque, que era
localizado em frente ao meu prédio. Eu nunca deixei Storm fora da sua coleira
pelo simples fato de que ele nunca mais voltaria para mim quando eu o
chamasse. Eu ficava apavorada que ele sairia correndo pra fora do parque um
dia, se eu o deixasse sem a coleira e seria atropelado por um carro. Então, para
mantê-lo seguro e meus nervos controlados, eu comprei uma guia que se
estende muito longe para que ele se sinta como se ele estivesse em liberdade,
enquanto ainda estava em segurança.

Storm aliviou-se, logo que chegamos ao parque; peguei um dos sacos de


coco de cachorro que ficavam localizados em torno de diferentes estações de
todo o parque. Quando esse negócio desagradável foi ensacado e colocado na
caixa, passamos meia hora andando para Storm poder esticar as
pernas. Quando ele estava pronto, voltamos para o meu apartamento. Todo o
caminho de volta eu estava me xingando por ter esquecido o desinfetante para
minha mão, eu queria tanto lavar as mãos.

Quando voltei para meu prédio, Storm e eu arrastamos nossas bundas


subindo as escadas e no corredor do meu andar. Ouvi risos vindos de dentro do
meu apartamento então eu grudei minha orelha na porta para ver se eu sabia de
quem era.

Eu me atrapalhei com as minhas chaves para abrir a porta, quando abriu


amplamente Storm se atirou para frente e como eu tinha a coleira na minha
mão, eu fui sacudida para frente e plantei a cara no chão.

As coisas ficaram em silêncio depois.

— Isso parece doloroso. — a voz de Alec comentou depois de um


momento ou dois.
Eu gemi.

— Ela está bem, ela pode ser muito desajeitada. Esqueça a Keela, vamos
falar sobre você, Sr. Slater.

— Por favor, me chame de Alec.

— Tudo bem, Alec.

Eu gemi ainda mais alto quando ouvi a voz da minha mãe.

Se houvesse um inferno, eu estava nele.


—V ocê está

bem? — Alec me perguntou quando ele me ajudou a levantar.

Eu balancei a cabeça e passei a mão na frente do meu vestido enquanto


eu ignorava a dor latejante nos joelhos e no peito.

— Eu estou bem.

Eu não estava bem, eu tinha certeza que eu tinha quebrado uma maldita
costela.

— Você tem certeza, gatinha? — Alec me perguntou, preocupação atada


em sua voz quando ele esfregou as costas de seus dedos na minha bochecha.

O sinal de terna afeição não fez nada para mim, mas quando olhei para a
minha mãe eu podia ver o sorriso em seu rosto enquanto ela olhava Alec
interagir comigo.

Será que ela gosta dele?

— Ei ma, eu não achei que você iria chegar até mais tarde. — eu disse
quando me endireitei.

Minha mãe cortou os olhos para mim. — Mamãe ou mãe, Keela, nunca
ma.
Eu interiormente a esbofeteei.

Ela era uma das poucas mães irlandesas que tinham uma preferência
sobre como sua filha deve chamá-la.

— Desculpe, mãe. — eu murmurei.

Ela me fez sentir como uma criança novamente e eu desprezava isso.

— Vamos sentar para que possamos conversar. — minha mãe disse e


mudou-se para o sofá de um lugar então eu e Alec tivemos que sentar no sofá de
dois lugares.

— Como e quando vocês se conheceram? — minha mãe perguntou,


intrigada quando estávamos todos sentados.

Porra!

Eu engoli minha língua horrorizada que eu nem sequer pensei em passar


por cima de questões como essa com Alec na vinda de sua casa, para que
tivéssemos as mesmas respostas.

Comecei a suar.

— Hum... bem... hum.

Eu pulei um pouco quando os dedos de Alec de repente entrelaçaram nos


meus.

Eu olhei para ele e relaxei quando ele piscou para mim.

Ele tinha essa... ou pelo menos é melhor que ele tivesse.

— Nós nos conhecemos há três meses em uma boate, Sra. Daley. Nós nos
demos bem imediatamente e fomos a alguns encontros, depois daquela noite.
Três semanas depois de encontros eu sabia que ela era a pessoa, então, eu pedi a
ela para ser minha namorada e ela aceitou. Os dias meio que se encaixavam, e
voavam e antes que soubéssemos, decidimos morar juntos. Como você pode ver,
nós começamos o processo hoje, já que todas as minhas coisas ainda estão em
minhas malas.

Minha mãe olhou para a porta do apartamento e as duas grandes malas


duffle próximas a ela.

— Tem certeza de suas coisas se encaixam nessa caixa? — minha mãe


perguntou, com um sorriso no rosto.

Eu fechei a mão livre em um punho, eu sabia que meu apartamento era


pequeno, mas ninguém mais poderia odiá-lo, exceto eu.

— Nós vamos arrumar algum lugar maior com o tempo, mãe. — eu disse,
meu tom cortante.

Minha mãe cantarolava em resposta quando ela olhou ao redor da sala de


estar.

Ela provavelmente estava procurando um local que estava desarrumado


para que ela pudesse esfregar isso na minha cara.

Não me surpreenderia.

— Alec, você poderia ser gentil e ir me fazer uma xícara de chá, por favor?
— minha mãe perguntou a Alec, sorrindo radiante para ele.

Eu levantei minhas sobrancelhas.

Minha mãe não bebe chá.

O que ela estava fazendo?

— É claro, Sra. Daley. — Alec sorriu.

Ele virou para mim e murmurou: — Não me dê um tapa.

Eu me perguntei por que ele disse isso, e percebi porque quando seus
lábios conectaram com o meu. A mão livre de Alec segurou meu rosto quando
ele enfiou a língua na minha boca que estava aberta em choque. Logo percebi
que porra estava acontecendo e mordi a língua de Alec fazendo-o gemer.
Eu soltei sua língua depois beijei seus lábios e sorri maliciosamente.

Os olhos de Alec estavam cheios de lágrimas, provavelmente por causa da


dor aguda na boca e isso me fez sorrir.

— Orra, adia18. — ele murmurou, e rolou a língua ao redor de sua boca


aberta.

Eu gritei quando senti um beliscão na parte externa da minha coxa.

Alec escondeu o sorriso e fez um movimento para ir para a cozinha, mas


não podia se mover muito longe porque eu não largava da sua mão.

— Hum, Keela, eu posso ter minha mão de volta? — Alec riu, mas
começou a apertar a minha mão até o ponto de dor.

Ele estava machucando a minha mão, e eu balancei a cabeça


ligeiramente.

— Não me deixe sozinha com ela. — eu murmurei.

Alec puxou sua mão da minha e me deu um olhar severo que me fez coçar
para mordê-lo novamente.

— Converse com sua mãe. — ele sorriu.

Desgraçado!

Ele foi para a cozinha e desde que minha mãe estava de costas para ele,
ele fez um show mostrando o dedo do meio para mim, em seguida, apontou
para sua língua e boca. — Essa porra dói!

Revirei os olhos para ele e virei a cabeça para enfrentar a minha mãe que
estava olhando diretamente para mim.

— Você perdeu uma aposta? — ela me perguntou.

Eu levantei uma sobrancelha. — O quê?

18
Porra, vadia.
— Alec é realmente o seu namorado ou você perdeu uma aposta? —
perguntou ela.

Eu odeio que Alec podia ouvir isso, porque isso fez tudo pior.

Eu não acho que eu já estive mais envergonhada por uma pergunta.

— Por que você me pergunta isso? — eu perguntei, minha cabeça baixa.

— Olhe para ele, ele pertence a uma capa de revista, Keela.

E isso significava que ele não poderia ficar comigo?

— É impossível que em sua mente que eu tenha um lindo namorado sem


algum tipo de esquema estar envolvido? — eu perguntei, minha voz cheia de
emoção.

Alec era meu namorado falso como um favor para mim, mas ainda assim,
eu poderia sair com uma pessoa bonita se eu quisesse. Não era tão improvável
de uma ideia!

— Claro que você pode sair com uma pessoa de boa aparência, você é uma
garota muito bonita Keela mesmo que você esteja acima do peso.

Oh meu Deus, eu pensei e baixei meus ombros.

Por que ela sempre tem que trazer o meu peso em tudo?

— Eu perdi mais de seis quilos desde a última vez que você me viu mãe.
Estou perdendo lentamente, mas seguramente. Você não notou? — eu
perguntei, curiosa.

Minha mãe fez um gesto para me levantar e assim eu fiz. Então ela girou
em torno de seu dedo, eu me virei bem, para que ela pudesse ver tudo de mim.

— Você realmente parece mais magra, e eu realmente gosto desse vestido


em você, ele abraça sua cintura perfeitamente. — minha mãe disse,
cantarolando em apreço.

Eu soltei um suspiro de alívio.


Graças a Deus, pelo menos, a minha dieta e
exercícios estavam funcionando afinal de contas.

— Obrigada. — eu disse, em seguida, sentei-me novamente.

As coisas ficaram em silêncio por um momento, e eu não tinha coragem


de olhar na direção da cozinha para ver o que Alec estava fazendo. Estava feliz
sem me preocupar com ele agora.

— Quantos anos tem Alec? —minha mãe perguntou.

Olhei para ela fixamente e sem piscar, porque eu não tinha a porra da
ideia de qual era a resposta à sua pergunta. Limpei a garganta, em seguida, olhei
para Alec, que estava olhando para mim e murmurando alguma coisa, mas eu
não podia entender.

— Quantos anos tem Alec? — eu repeti com um sorriso e olhei para ele de
novo.

Ele agora estava me mostrando a sua idade em seus dedos; ele mostrou
suas mãos duas vezes em seguida, levantou oito dedos.

Vinte e oito?

Eu pensei que ele estava mais perto de minha idade; ele não parecia perto
de seus trinta anos ou agia como tal.

— Ele tem vinte e oito anos, mãe.

— Hmmm. — ela murmurou, então me dispensou.

— Sobre o casamento de Micah e Jason, se você verificar seu e-mail você


vai ver todas as informações sobre ele. Será nas Bahamas seis dias a partir de
hoje. Você e Alec estarão voando no dia vinte e um de Setembro, dois dias a
partir de hoje, na segunda-feira, e voltar para casa depois de sete dias, um dia
após o casamento. Seus bilhetes de avião estão incluídos no e-mail tudo que
você tem a fazer é imprimi-los. Imprima o seu comprovante de alojamento para
o Pink Sands Resort, pois assim, você recebe a chave do seu quarto quando você
chegar. Famílias de ambos os lados estarão nas Bahamas por uma semana, mas
desde que eu não gosto do calor, eu só voarei um dia antes do casamento.

Olhei para minha mãe sem expressão, piscando.

Ela comprou a Alec um bilhete de avião e acrescentou-o ao quarto, ela me


arrumou um resort já? Mas ela acabou de descobrir sobre ele!

— Sra. Daley? — a voz de Alec disse da nossa esquerda.

Eu olhei enquanto ele se movia em nossa direção da cozinha com uma


xícara de chá nas mãos.

— Eu aprecio você pensando em mim e me conseguir um bilhete de avião


e arrumar o meu alojamento, mas, por favor, deixe-me reembolsar você...

— Não, considere um presente de pré-casamento para você e Keela.

Caralho, como é?

— Mãe! — eu gritei.

Minha mãe sorriu, maliciosamente.

— Este foi um bate-papo divertido, foi um prazer conhecê-lo Alec.


Obrigada por dar uma chance a minha menina.

Meu Deus.

— Foi realmente Keela que deu uma chance a mim. Sua filha é muito boa
para mim Sra. Daley, e eu pretendo gastar o tempo que for preciso para ser
digno dela. — disse Alec orgulhosamente quando ele se sentou ao meu lado e
colocou o braço em volta do meu ombro, quando ele colocou a xícara de chá da
minha mãe na mesa de café na frente dela.

Eu poderia tê-lo apertado por dizer o que ele disse, porque o olhar
chocado no rosto de minha mãe era impagável.
— É melhor eu ir. Vou ver vocês dois no dia anterior ao casamento,
quando eu voar para lá. Espero que ambos estejam lindos, não me envergonhe
Keela.

— Eu não sonharia com isso ma. — eu disse, meu tom frio como gelo.

Minha mãe cantarolava enquanto ela se levantou e ajeitou a roupa. —


Adorei te conhecer, carinho. — ela disse para Alec, virou-se e caminhou em
direção à porta do meu apartamento. Ela naturalmente olhou para o corredor e
entrou na cozinha para Deus só sabe o que antes de abrir a porta e sair.

Eu gemi de alívio e encolhi para trás no sofá.

— Graças a Deus que isso acabou.

Alec empurrou meu joelho com o dele. — Poderia ter sido pior.

Eu olhei para ele com as sobrancelhas levantadas. — Como poderia ter


sido pior?

Alec sorriu. — Ela poderia ter entrado e visto eu te comendo na mesa da


cozinha.

Não entre na dele.

— Você é doente da cabeça, você sabe disso, certo?

Alec deu de ombros e olhou para a mesa de café. — Por que ela me pediu
para fazer o chá, se ela não bebe?

Sentei-me ereta. — Ela não bebe chá, eu tenho certeza que ela lhe pediu
para fazê-lo apenas para que ela pudesse me provocar com você fora do
caminho.

Alec olhou para mim. — Eu a ouvi falando com você sobre seu peso e eu
quero que você saiba que ela está errada. Você não está acima do peso; acho que
você está com o peso ideal. Você tem um corpo lindo.

Ele achava isso?


Eu corei. — Você só está dizendo isso porque eu não vou dormir com você
e você não gosta de ser rejeitado.

Alec piscou para mim. — Você está certa, eu não gosto de ser rejeitado de
modo que é parte da razão pela qual eu quero te foder. Mas a outra parte, a
parte principal, é porque você é gostosa.

Eu fiz uma careta. — Eu deveria estar lisonjeada?

— Sim.

— Você é um idiota.

Alec riu. — Isso é o melhor insulto que você tem?

— Dê-me um pouco de tempo, eu vou chegar a alguns nomes feios que vai
chocá-lo até o núcleo.

Alec se levantou. — Eu não tenho dúvida disso nem por um segundo. —


disse ele.

Cocei meu braço e curiosamente perguntei: — Há quanto tempo ela


estava aqui?

Alec deu de ombros e pegou a intocada xícara de chá da minha mãe e a


levou para a pia. — Cerca de 10 minutos antes de você voltar.

Eu gemi. — O que ela falou?

Alec deu de ombros, novamente. — Ela só perguntou de onde eu era,


quem e onde está minha família e o que eu fazia para viver.

Engoli em seco. — E o que você disse a ela?

Alec olhou para mim e sorriu. — Eu disse a ela a verdade, que eu sou de
Nova York e eu vim aqui com meus quatro irmãos e estou atualmente em
transição entre empregos.

Eu soltei um suspiro de alívio e isso fez Alec dar risada.


— Você não acha mesmo que eu iria dizer a ela o que eu fiz antes por
trabalho, não é?

Corei. — Você é muito aberto Alec, eu não acho que eu poderia ter certeza
sobre o que sai de sua boca.

Alec mostrou a língua para mim, então assobiou antes de chamar o nome
de Storm.

Eu fiquei boquiaberta com Storm quando ele veio pelo corredor do


quarto e na cozinha. Eu tenho que chamá-lo, pelo menos, dez vezes antes de o
filho da puta mesmo reconhecer-me.

— Como você fez isso? Ele nunca vem para mim quando eu o chamo pela
primeira vez.

Alec deu de ombros quando ele se inclinou e acariciou a cabeça de


Storm. — Talvez seja o tom que eu o chamei. Não deixa espaço para
argumentos.

Eu bufei. — Isso só deve funcionar com cães, então.

Alec olhou para mim. — Ele funciona em seres humanos, também.

— Não neste ser humano.

Alec sorriu. — Espere até você se aquecer para mim gatinha, você vai ver
o quão convincente eu posso ser.

Eu me senti como se estivesse me ameaçando.

— Vai ser um dia frio no inferno antes que você possa me convencer a
fazer qualquer coisa, playboy.

Alec piscou. — Eu vou gostar muito de completar esses desafios que você
está definindo, um por um.

Eu rosnei para ele fazendo-o rir silenciosamente quando ele pegou a guia
do Storm da mesa e enganchou-a de volta em sua coleira. Levantei-me do sofá e
movi rapidamente para a cozinha ao lado de Storm e segurei minhas mãos na
frente do peito.

— Eu já o levei para fora, nós demos algumas voltas no parque.

Alec levantou uma sobrancelha. — Sim, e eu vou levá-lo de novo. Eu


quero que ele se acostume comigo aqui. Vou criar mais laços com ele por minha
conta.

Engoli em seco.

Isso foi tão bonito, mas outra caminhada para o meu bebê não ia
acontecer.

— Eu entendo isso e é brilhante que você está pensando nele, mas eu não
quero que ele vá para outra caminhada.

Alec inclinou a cabeça para o lado. — Por quê?

Eu suspirei. — Porque a sua respiração fica ruim quando ele faz muito em
um dia, eu não quero pressioná-lo.

Alec balançou a cabeça para mim. — Keela, isso pode ser difícil para você
ouvir, mas Storm...

— Não diga isso.

— É...

— Não. Diga. Isso.

— Gordo.

Ofeguei e dei um tapa no braço de Alec. — Seu filho da puta, ele


está ali, ele pode te ouvir, caralho!

Alec mordeu seu lábio inferior.

— Ele não é gordo também, ele só tem uma espessa camada de pelo. Isso
é tudo.
Alec sorriu para mim. — Você acabou de ultrapassar a Bee na escala de
fofura.

Quem?

— Desculpe?

— Bronagh, nós a chamamos de Bee. Ela pode ser muito fofa, mas
gatinha, caramba, você também pode.

Eu rosnei. — Eu não sou fofa e você não vai levar Storm pra fora.

Alec esfregou o rosto com a mão livre, e disse: — Baby, eu não estou
insultando o grandalhão. Só estou afirmando fatos. Ele está acima do peso e
isso não é saudável para ele. Acho que devemos começar o desmame de grandes
refeições em porções e sair mais vezes.

Ele era de verdade?

Eu coloquei minhas mãos em meus quadris. — Nós? Eu só conheci você


ontem à noite e você acabou de se mudar e tornou-se o meu namorado falso
hoje, e agora, de repente, há um nós?

Alec estalou os dedos para mim - ele, literalmente, colocou sua enorme
mão no meu rosto e estalou os malditos dedos para mim.

— Somos um nós, se acostume com isso gatinha. A partir deste momento,


até chegarmos de volta das Bahamas Nós somos uma unidade, um duo, uma
porra de um casal - falso ou não - então sim, somos um nós.

Eu pisquei.

Bem, desculpe, caralho.

— Seja como for. — eu murmurei e cruzei os braços sobre o peito.

Alec suspirou. — Vai ser mais fácil se olharmos para este arranjo como
uma relação real em vez de um ‘favor’. As coisas vão parecer mais autênticas no
casamento.
Eu suspirei, porque ele tinha um ponto.

— Ok, tudo bem, somos um nós.

Alec sorriu em triunfo e ergueu a mão livre no ar. Eu ri e bati na mão dele
com minha mão.

— Eu vou levar Storm em uma caminhada rítmica, eu vou trazer uma


garrafa de água para ele caso ele fique com sede. Pode começar a desembalar
minhas malas se você quiser?

Eu me virei e olhei para as malas duffle de Alec.

— Eu acho que você tem mais porcarias do que eu.

Alec riu enquanto caminhava em direção à porta do apartamento.

— Eu tenho um monte de porcaria.

Ele abriu a porta e, em seguida, olhou para mim e disse: — Você pode
simplesmente colocar algumas das minhas coisas no quarto, mas não tudo, já
que estamos indo embora para a Bahamas em dois dias, vai ser mais fácil ter
tudo onde eu estou dormindo.

Ele fechou a porta em seguida e me deixou olhando para ele como uma
dopada.

Ele pensou que ia dormir no meu quarto?

Não.

Claro que não.


— O h.

Meu. Deus! Quer parar de me chutar? Eu não aguento mais essa porra!

Esta noite foi a primeira noite vivendo com Alec, eram nas primeiras
horas da manhã e eu estava pensando em assassinato.

E o filho da puta deu seu jeito e estava dormindo na minha cama,


simplesmente porque ele se recusou a sair dela quando chegou a hora de
dormir. Demorou uma hora para Storm desistir de se lamentar e reclamar o
lugar como seu, pois Alec não iria deixá-lo na cama. Meu quarto não é um
quarto grande e com uma cama king size não deixa muito espaço. Com nós três
na cama, teria sido apertado por isso Storm teve suas ordens.

— Ai! Pelo amor de Deus pare de me arranhar, Keela! — a voz de Alec


uivou enquanto ele chutava meus pés.

Eu com raiva chutei suas pernas para longe de mim com força. — Eu não
posso evitar que você se arranhe, suas pernas ficam enroscando com a minha!

Eu puxei a minha perna direita para cima da cama, mas minhas unhas do
pé pegaram a panturrilha de Alec.

— Jesus Cristo, você é a pior pessoa para se dormir junto. — Alec estalou
quando ele sentou-se na minha cama.

Eu?
Eu era a pior pessoa para dormir junto?

Este louco estava brincando comigo?

Sentei-me e empurrei Alec no ombro com minhas duas mãos. — Vá


dormir no sofá com Storm então, essa é minha cama de qualquer maneira, você
deve ser grato por você estar sobre ela agora!

Alec riu sem humor. — Sim, porque eu me sinto um muito sortudo de


merda agora dormindo ao lado de Edward Pés de Tesoura.

Desgraçado!

Eu gritei quando eu mergulhei em suas costas quando ele tentou se


levantar da cama. — Não é minha culpa que eu não posso encontrar meu
cortador de unhas do pé, você o usou por último. Disse-lhe para deixar o meu
banheiro da maneira que você encontrou, mas você ouviu? Não!

Alec tossiu quando meu braço foi em torno de seu pescoço. — Deixei o
maldito cortador no banheiro intocável, sua psicótica!

Ele beliscou minha axila, o que naturalmente me levou a movê-la longe


de seu pescoço. Ainda irritada e agora com dor por ter sido beliscada, eu agarrei
o cabelo de Alec com as mãos.

Alec gritou. — Meu cabelo, solte meu lindo cabelo!

Eu apertei minha mão em torno de seus cabelos na altura dos ombros e


puxei o que o levou a chiar de dor. — Retire o que você disse sobre meus pés e eu
solto.

— Vinte e três Keela, você tem vinte e três anos, então, comece a agir
conforme sua idade, cacete. Ai! Tudo bem, tudo bem, eu retiro o que
disse. Jesus!

Eu honestamente não me importo quão infantil era, eu sorri em triunfo e


soltei o cabelo de Alec, mas antes que eu tivesse a chance de sair de suas costas,
ele se levantou da cama me levando com ele. Ele, então, me jogou de volta na
cama e virou-se e lançou-se sobre mim. Ele ficou entre minhas pernas, agarrou
meus braços e colocou-os em cima da minha cabeça e colocou a ponta do seu
nariz na ponta do meu.

Isso tudo aconteceu em um piscar de olhos, eu mal tive a chance de fazer


alguma coisa antes de eu perceber que ele estava na minha cara.

— Você puxou meu cabelo. — ele rosnou.

Eu olhei para ele através da escuridão. — Você insultou meus pés.

— Suas unhas são como lâminas de barbear! Como é que é um insulto


quando é verdade?

Lutei debaixo dele e gritei quando ele não se mexia.

— Você é muito pesado!

— Ah, então agora você está me chamando de gordo? Não seja insensível,
Keela. — Alec virou-se para mim com um sotaque irlandês agudo mal imitado.

Eu resmunguei. — Eu me sinto como se estivesse me moendo.

Alec riu. — Você é irritante pra cacete.

Revirei os olhos. — Eu sou irritante? Talvez seja porque eu estou


destruída de virtualmente zero sono. Você é o pior parceiro de conchinhas de
todos!

Ele realmente era. Era impossível se sentir confortável ao lado dele.

Alec soltou meus braços e se levantou de cima de mim, ele se mudou para
o meu armário e acendeu a lâmpada.

Joguei minhas mãos sobre meus olhos. — O que você está fazendo? —
eu gritei.

— Enfrentando o que você acabou de dizer. Eu não sou o pior parceiro de


conchinha, abraçar só... não é para mim.

O quê?
Eu cobri os olhos e apertei até que os meus olhos se ajustaram à luz.

— O que você quer dizer?

— Eu só posso abraçar você até você cair no sono, mas eu não posso
adormecer assim. Já tentei centenas de vezes antes, com centenas de pessoas
diferentes e isso simplesmente não funciona para mim.

Muita sacanagem?

Eu fiz uma careta. — Por quê?

Alec deu de ombros. — É estranho e desconfortável.

Eu vou aceitar o desconfortável porque carinho com ele era horrível, mas
eu não aceito o estranho.

— O que é estranho sobre aconchegar?

— Eu tenho quatro problemas com as mulheres que aconchegam e vou


enumerá-los em conformidade.

— Aqui vamos nós. — eu murmurei.

Lamentei que eu perguntei essa merda.

Alec me ignorou e colocou o dedo indicador no ar. — Número um, eu


sempre fico com o rosto cheio de cabelo quando aconchegado com uma mulher
e eu não me importo o quão gostosa a mulher é ou se ela tem uma boceta de
ouro, eu não gosto disso.

Boceta de ouro?

Que. Porco!

Alec ignorou meu lábio enrolado de nojo e levantou um segundo dedo.


— Número dois, meu braço fica preso quando uma mulher deita sobre ele. Isso
normalmente não me incomoda, mas os alfinetes e agulhas que atacam meu
braço poucos minutos depois que ele fica dormente isso me incomoda.
Pensei nisso interiormente e dei de ombros - eu tinha que dar isso a ele,
não parecia bom mesmo.

— Número três. — disse Alec, seu terceiro dedo agora ereto no ar. — Eu
fico com um tesão estranho quando abraço e não sei se fodo uma mulher até
despertar ou apenas fico ali até que ele vai embora. A maioria das mulheres
gostaria de ser fodida até despertar, mas conhecendo a minha sorte com a
mulher que eu estou transando provavelmente gritaria estupro e me
prenderiam.

Mordi o interior do meu lábio para que eu não risse.

Alec colocou o quarto dedo para cima. — Depois, há o número quatro,


aconchegar com você. Você é a primeira pessoa a dividir uma cama comigo, sem
transar. Inferno, você ainda nem me beijou e nós vivemos juntos o que faz
tudo mais duro. Trocadilho completamente intencional.

— Correção, nós nos beijamos na frente da minha mãe hoje.

Alec zombou. — Em primeiro lugar, eu beijei você, você não me beijou,


por isso ainda está de pé que você não me beijou. Em segundo lugar, não foi
exatamente um beijo, porque você praticamente arrancou minha língua.

Eu ri levemente quando ele colocou as mãos nos quadris nus e me olhou.

— Você precisa mudar suas maneiras de pensar, pense em mim como


uma irmã ou como uma melhor amiga.

Alec franziu os lábios em desgosto. — Eu não posso pensar em você como


uma irmã, porque eu quero foder você.

Uau.

— Jesus, você é sempre tão sem rodeios? — eu perguntei e balancei a


cabeça.

— Sim, eu sou.
Eu gemi. — Bem, pare com isso. Eu não sei quantas vezes eu tenho que
lhe dizer que o sexo não vai acontecer entre nós. Você é gostoso, muito gostoso,
mas Alec, você é um idiota também.

Alec sorriu para mim. — Nós podemos foder por eu ser um idiota.

— Você é impossível!

Eu ia dar um soco nele, se ele continuasse com isso.

Alec riu. — Eu só estou brincando com você.

Olhei para ele e balancei a cabeça. Ele não estava brincando. Ele
realmente queria me foder e quanto mais eu o negava, mais ele tentava me
seduzir. Este era o lugar onde o meu super autocontrole era extremamente
importante. Eu não vou ceder e dormir com Alec ou qualquer homem a menos
que haja algo entre nós. Estou bem ciente de que esse modo de pensar pode
dizer que eu não faço sexo há muito tempo, mas eu me recuso a me entregar a
alguém que só quer o meu corpo para uma brincadeira suja, e isso é tudo para o
que Alec me queria.

Sexo.

— Nós moramos juntos para eu me sentir confortável com você para que
fingir sermos um casal seja mais fácil na próxima semana no casamento. Já
estamos falhando no quarto porque eu não consigo mais dormir com você, é
horrível. Eu estou a um passo de me tornar assassina.

Alec estreitou os olhos para mim. — Desafio aceito.

O quê?

— Alec, eu não estou desafiando você...

— Tarde demais, eu já aceitei o desafio, então, deite de volta sob as


cobertas que você está prestes a ter a porra da melhor noite de sono que você já
teve. Você estará tão bem descansada amanhã que você não vai querer dormir
sem mim de novo.
Isso era estranho.

— Há algo de errado com você.

Alec pulou na minha cama. — Diga-me algo que eu não sei, gatinha.

Obriguei-me a voltar para a minha cama ao lado de Alec.

— Você sabe que você pode ficar apenas ao seu lado da cama e eu poderia
ficar com o meu?

— Tentei fazer isso, você simplesmente continua rolando na minha


direção.

Eu grunhi quando cheguei embaixo das cobertas. — Porque é a porra da


minha cama. — eu murmurei.

— O que foi isso? — perguntou Alec.

Eu me deitei e apertei minhas mãos em punhos enquanto eu puxava meu


cobertor em volta do meu corpo.

— Nada. — eu rosnei.

Alec ficou em silêncio e eu também

O silêncio continuou, permitindo que meus olhos fechassem. Depois do


que poderia ter sido um minuto ou dez eu podia me sentir começar a cochilar,
mas virou uma merda quando senti um puxão no meu cabelo.

Eu subi as mãos para ver em que o meu cabelo foi pego quando minha
mão pegou outra mão.

— Alec. — eu rosnei.

— Me desculpe, eu pensei que você estava dormindo.

Eu não me virei para ele ou soltei sua mão enquanto eu disse: — Você
esperou até eu dormir pra poder puxar meu cabelo?
— Eu não estou puxando-o, apenas correndo os dedos através das
pontas... eu faço isso quando estou cansado, isso me ajuda a adormecer.

Oh meu Deus.

Eu não deveria ter achado isso bonito, eu não queria que Alec tocasse em
qualquer parte de mim, mas caramba eu gostei.

— Tudo bem, você pode brincar com o meu cabelo. Só tente não puxá-lo,
está bem? — eu murmurei e soltei a mão de Alec.

— Obrigado. — ele disse, e eu podia ouvir o sorriso em sua voz.

Sabendo que ele estava sorrindo me fez sorrir e perceber isso me


assustou.

Eu tenho que permanecer forte quando se trata de Alec.

Muito forte.
— V ocê já

transou com Alec? — Aideen me perguntou quando eu abri a minha porta da


frente para ela.

Eu bocejei e esfreguei os olhos enquanto ela me empurrava.

— Bom dia para você também, docinho. — eu disse enquanto eu fechava a


porta do corredor.

— Bom dia. — Aideen cantou. — Voltando para minha pergunta, você já


transou com Sr. Slater?

— Eu posso responder isso para você, se você quiser?

Eu não olhei por cima do meu ombro quando Alec falou, mas quando me
virei para Aideen vi que sua boca estava aberta, assim, eu cheguei à conclusão
de que ele estava, mais uma vez, sem camisa.

— Infelizmente Aideen, a vagina de Keela ainda é um território


desconhecido para mim. — Alec suspirou fazendo Aideen gargalhar.

Revirei meus olhos enquanto eu abri a torneira e enchi um copo com


água.
— Você é nojento. — eu disse, então tomei a minha água e coloquei meu
copo na pia, em seguida, virei-me. Peguei uma toalha de chá em seguida, e
atirei-a em Alec que pegou em sua mão direita.

— Coloque um pouco de roupa, ninguém quer ver metade de seu corpo


nu a esta hora da manhã.

— Eu quero. — Aideen entrou na conversa.

Olhei para Aideen com desgosto. — Deixe-me reformular isso, ninguém


com qualquer autorrespeito quer ver metade de seu corpo nu a esta hora da
manhã.

Aideen bufou, mas não disse nada enquanto Alec enfiou o polegar por
cima do ombro e disse: — São 12:30, não é de manhã mais.

Senti minhas sobrancelhas saltarem quando virei meus olhos para o


relógio na parede atrás Alec.

— É tão tarde?

Alec sorriu. — Eu lhe disse que você teria uma boa noite de sono.

Ele estava certo, mas eu não iria admitir isso.

— Eu não consegui dormir até as três ou quatro da manhã por causa de


você então obviamente eu dormi até tarde.

Olhei para Aideen quando ela estalou os dedos na minha direção. — Você
não conseguiu dormir até as três ou quatro da manhã por causa de Alec? Garota,
é melhor você explicar!

Alec bufou. — Não é nada empolgante, confie em mim.

Eu assobiei para ele então olhei para Aideen. — Ele expulsou Storm do
quarto e o fez dormir no sofá porque ele não iria dormir lá. Ele
também me chutou muito durante a noite e eu não conseguia dormir, até que eu
abordei o problema.
— Ao abordar o problema ela quer dizer me arranhar até a morte com sua
navalha como unhas dos pés.

Aideen rachou de rir que só aumentou o meu temperamento.

— Vá se foder! — eu bati em Alec enquanto eu passei por ele e fui para o


banheiro.

Bati a porta atrás de mim para bloquear Aideen e Alec enquanto eu


procurava a porra dos meus cortadores de unha. Eu estava furiosa ao descobrir
que eles estavam em cima do balcão, assim como Alec disse que eles
estavam. Eu com raiva me sentei ao lado da minha banheira e coloquei meu pé
no assento do vaso sanitário fechado e passei a trabalhar cortando as unhas dos
pés até que elas estavam em um comprimento seguro.

Eu odiava que elas estavam muito longas como Alec disse.

— Keela, quanto tempo você vai demorar antes que possamos ir? — a voz
agora rindo de Aideen gritou da cozinha.

Franzi minhas sobrancelhas em confusão.

Nós estávamos indo para algum lugar?

— Ir para onde? — eu gritei.

— Às compras, duh.

Compras?

— Compras para quê?

Eu pulei quando a porta do banheiro, de repente se abriu. Não sei por


que eu me cobri com as minhas mãos, eu não estava nua, mas se estivesse,
Aideen teria visto tudo.

— Compras para o que você vai usar no casamento, você viajará amanhã.
Sério Keela, vamos com isso.
Eu gemi e levantei minhas mãos para esfregar meu rosto, compras de
roupas completamente escaparam da minha mente.

— Eu tenho 350 euros para tudo, será suficiente?

Eu esperava que fosse o suficiente, isso é tudo que eu poderia poupar de


minhas economias, sem colocar-me em dívida.

Aideen acenou diante de mim. — Por favor, eu posso fazer isso esticar
com facilidade.

Eu dei uma olhada Aideen. — Eu quero ficar bem, Ado, não barata.

Aideen colocou as mãos nos quadris e disse: — Vamos deixá-la sexy, mas
com um orçamento bom.

Eu ri. — Você está pronta para o desafio, então?

Aideen riu. — Eu cuido disso, Kay.

Eu sorri. — Eu confio em você.

Eu ri quando Alec colocou a cabeça na moldura da porta o que fez Aideen


gritar de susto. Ele riu e se esquivou de suas mãos balançando. Ele colocou seus
braços ao redor dela por trás e colocou as mãos ao lado do corpo.

— Eu ouvi você dizer que tem 350 euros para comprar roupas para estas
férias?

— Sentença de morte - não para férias, mas sim, você ouviu isso
corretamente.

Alec balançou a cabeça. — Nenhuma namorada minha faz compras em


um orçamento, isso é por minha conta.

Olhei para Aideen quando seus olhos quase caíram de sua cabeça.

— Posso ser sua namorada, por favor?


Revirei meus olhos quando Alec riu e disse: — Claro que você pode. Vou
estar sempre disposto para um ménage à trois com você e a gatinha.

Em seus sonhos, playboy.

— Ha-ha muito engraçado, mas não, eu não vou pegar o dinheiro de você
Alec.

— Por que não? —Alec perguntou.

— Sim, por que não? — Aideen ecoou.

Sério, ela também?

— Porque eu não sou uma sanguessuga. Eu não preciso de dinheiro de


um homem, eu cuido de mim mesma.

Aideen gemeu. — Dá um tempo Kay. Alec quer ajudá-la por isso deixe-o
ajudar.

— Sim, deixe-me ajudar.

Estreitei meus olhos para os olhos azuis de bebê, então bufei.

— Ele provavelmente vai querer que eu tenha relações sexuais com ele
como pagamento pelo dinheiro.

Alec olhou fixamente. — Keela, eu já te disse que eu não vou importuná-


la para te foder. Você vai tomar esse caminho para mim quando você estiver
bem e pronta.

Eu senti meu queixo cair aberto, assim que Aideen caiu na


gargalhada. Alec riu também, em seguida, beijou o alto da cabeça dela, soltou os
braços dela e saiu do banheiro.

Eu cruzei os braços com raiva. — Você acredita na merda que sai da boca
dele?
Aideen sorriu. — Sim, eu acredito, e se você quer que isso funcione é
melhor manter a boca fechada e tolerá-lo. Ele está te fazendo um favor, afinal de
contas, agora se apresse para que possamos sair.

Eu suspirei quando eu me levantei da minha posição sentada do lado da


banheira.

— Isso vai ser minha maior realização. — eu disse.

Aideen ergueu as sobrancelhas e perguntou: — O quê?

— Apenas me manter de boca fechada.

— Faça-a parar! Eu não posso entrar em outra loja, eu apenas não posso
fazer isso.

Olhei para Alec e ri. Parecia que ele estava prestes a chorar e cair no chão
de cansaço. Era atualmente seis da tarde e tínhamos saído às compras no centro
de Dublin, nas últimas cinco horas. O smoking dele e os sapatos eram a primeira
coisa que comprei porque era fácil e simples. Alec pendurou o smoking que veio
na embalagem própria na parte traseira de seu Jeep, enquanto Keela e eu fomos
a algumas lojas na Grafton Street.

Eu comprei todos os elementos essenciais para umas férias em um país


estrangeiro, como trajes de banho, toalhas, protetor solar, chinelos,
tudo. Quando Alec nos encontrou em Pennys ele também tinha itens que um
homem precisaria para férias em um país quente. Sua cesta estava muito mais
leve do que a minha, porque ele literalmente tinha acabado de comprar um par
de sapatos slip-on19, quatro pares de calções de cores neutras, quatro camisetas
brancas, quatro camisetas coloridas, um pacote de cuecas boxer e uma escova de
dente. Ele disse que iria se contentar com o que eu tenho comigo, caso ele
precisasse de alguma coisa.

Eu não sei o quanto ele pode se contentar com produtos femininos, mas
eu não questionei, porque eu estava cansada. Eu estava pronta para ir para casa
depois de uma hora fazendo compras, mas Aideen estava em seu elemento,
então eu nem sequer mencionei a palavra casa, ela provavelmente teria me
machucado se eu mencionasse.

— Quanto tempo antes que possamos ir para casa? — Alec gritou para
Aideen que estava alguns passos à nossa frente.

Aideen se virou e sorriu. — Temos tudo. Nós só precisamos ir ao


cabeleireiro e colocar o gruig de Keela sob controle.

O rosto de Alec franziu em confusão.

Eu ri. — Para o que é essa cara confusa?

Alec olhou para mim e perguntou: — O que gruig quer dizer?

— Isso significa que cabelo em gaélico... em irlandês.

Alec ergueu as sobrancelhas. — Você fala irlandês?

Dei de ombros. — Eu não sou fluente, eu sei a maioria do que Aideen diz,
mas eu ainda fico perplexa de vez em quando.

Alec olhou para Aideen, depois de volta para mim. — Aideen é fluente?

Eu assenti. — A família dela é fluente e ela também.

Alec sorriu e olhou para Aideen. — Como é gatinha em irlandês?

19
Calçado que não tem cadarços, é só deslizar o pé para dentro para calçá-lo. Eles também são
conhecidos como iates.
Aideen riu e disse: — Puisin.

Revirei meus olhos e cruzei os braços sobre o peito quando Alec riu.

— Oh, isso é perfeito pra caralho.

Eu olhei para ele. — Eu não gosto de ser chamada gatinha20 em Inglês e


muito menos em irlandês por isso nem sequer pense nisso.

— Eu não posso te chamar de minha pequena puisin então?

Eu queria rir, seu sotaque e pronúncia de puisin eram adoráveis.

— Não, você não pode.

— Nós vamos ver isso.

Rosnei fazendo-o rir.

— Aideen, como se diz menina bonita em irlandês?

— Eu iria com cailin deas.

— Soletre para mim, por favor. — disse ele, em seguida, pegou seu
telefone e bateu na tela enquanto Aideen soletrava as palavras.

— O que você está fazendo? — perguntei.

— Mandando uma mensagem ao meu irmão com o que significa menina


bonita em irlandês, que vai ajudá-lo quando ele e Bronagh estiverem discutindo.

Eu ri. — Você acha que ela vai derreter?

Alec olhou para mim e assentiu. — Bronagh vai pensar que Dominic se
esforçou para descobrir sua expressão de carinho para ela em sua língua nativa.
Será uma foda instantânea para ele.

Meu rosto vincou. — Você é tão desagradável.

20
Kitten
Alec riu. — Eu estou apenas cuidando do meu irmão.

Revirei meus olhos. — Que seja, vamos apenas arrumar meu cabelo para
que possamos sair daqui.

— Eu concordo.

Aideen acenou para que a seguíssemos.

Alec me cutucou enquanto caminhávamos. — Temos todas as coisas


materiais necessárias para este casamento, estamos muito bem preparados
quanto a isso. Storm está sendo um cachorrinho bonzinho para Aideen, ele será
feliz com isso, a propósito. Tudo o que precisamos é que você esteja pronta...
você está?

Eu continuei olhando para frente enquanto caminhamos.

Eu estava pronta para enfrentar Jason, Micah e o resto da minha


família louca?

— Nós vamos descobrir em breve.


—V ocê acha

que alguém é um terrorista neste avião? — murmurei para Alec quando


pegamos nossos assentos na classe econômica.

Estávamos no aeroporto de Dublin e chegamos aqui cerca de quatro


horas. Eu era uma bagunça nervosa desde o momento em que passei meus pés
através das portas de entrada do aeroporto e eu não estava mais relaxada, agora
que eu estava no avião.

— Jesus, Keela. Fale baixo, você não diz coisas como essa em um avião.

Eu ignorei o chiado na voz de Alec e olhei ao meu redor e em cada rosto


que estava na minha vista. Eu pulei quando o cotovelo de Alec cutucou meu
braço.

— O quê? — eu atirei.

Ele olhou para mim e balançou a cabeça. — Por que você não me disse
que tem medo de voar?

Lambi meus lábios e olhei diretamente para a parte traseira do assento


na minha frente.

— Porque eu não sabia que eu tinha medo, até que entrei no aeroporto.
Isso não era uma mentira; eu nunca estive em um avião antes, então tudo
isso foi muito inesperado.

Alec esfregou o rosto com as mãos. — Você se sente como se fosse surtar?

Eu olhei para ele com as sobrancelhas levantadas. — O que você quer


dizer com 'surtar'? — eu perguntei, intrigada.

Alec mordeu o lábio inferior antes de liberá-lo. — Você se sente com


vontade de gritar, chorar ou fazer qualquer outra coisa para fazer uma cena e
nos retirarem do avião.

Eu queria dar uma resposta sarcástica, mas não o fiz, simplesmente


porque eu não sabia se eu iria fazer alguma das coisas que Alec acabou de
mencionar.

— Eu não sei.

Alec amaldiçoou e depois se inclinou para mim e disse: — Eu não tenho


nenhuma pílula para dormir ou relaxantes musculares comigo, mas a tripulação
pode ter alguma. Vou ver se consigo alguma coisa para ajudá-la a relaxar.

De repente eu entrei em pânico quando Alec fez um movimento para


levantar, então eu estiquei, agarrei a mão de Alec e segurei-a firmemente na
minha.

— Não me deixe sozinha!

Alec tentou puxar a mão da minha e quando eu não soltei, ele grunhiu e
se inclinou ainda mais perto em minha direção.

— Keela, eu estarei de volta logo. Eles não vão decolar até que todos
estejam em seus lugares, eu não sou exceção.

Ele estava certo, não iria decolar a menos que todos estivessem seguros
em seus assentos.
Engoli meu nervosismo e lentamente soltei a mão de Alec. Olhei por cima
dos assentos à minha frente e até a parte superior do avião onde eu podia ver a
tripulação se mover.

Olhei para Alec e franzi a testa. — Você não precisa de permissão escrita
para medicamentos prescritos em aviões?

Alec acariciou minha cabeça. — É bonitinho que você ache que eu preciso
de permissão para alguma coisa que eu quero.

Eu levantei minhas sobrancelhas. — Como você vai conseguir... espere,


Alec, você não vai paquerar uma delas... vai?

Ele simplesmente sorriu para mim, então piscou quando ele se levantou e
se moveu lentamente para o corredor. Eu estava nervosa, mas não nervosa o
suficiente para esquecer o vaguear dos olhos dos meus companheiros de viagem
que olhavam Alec enquanto ele se movia.

— Oh, pelo amor de Deus. — eu murmurei.

Isso era ridículo, ele era gostoso, mas alguns desses homens e mulheres
estavam parando seus movimentos e focando Alec enquanto caminhava era
simplesmente estúpido. Desviei o olhar de Alec e os meus companheiros de
viagem e me ocupei afivelando o cinto de segurança. Tentei apertá-lo tanto
quanto eu podia, mas eu estava lentamente me sufocando e tive que soltá-lo um
pouco. Eu li o manual de segurança que acompanha o meu assento e memorizei
onde as saídas no avião eram e onde o meu colete salva-vidas estava, apenas no
caso.

Tudo bem. Isso ia ficar bem.

Eu ia ficar bem.

Eu sorri e senti-me relaxar um pouco até que eu ouvi uma conversa dos
dois homens que estavam sentados atrás de mim.

— Você ouviu que encontraram o avião que desapareceu há algumas


semanas? — um homem disse.
— Sim, ele caiu em algum lugar do oceano, todos morreram no impacto
as pessoas estavam dizendo. Acho que o piloto estava com ele em...

Eu parei de ouvir os homens e me concentrei no início da conversa. Um


avião caiu no oceano... e todos os passageiros morreram no impacto!

Ah, porra nenhuma!

Eu soltei meu cinto de segurança e fiquei em pé tão rápido que Usain Bolt
iria me ver como uma séria concorrente. Olhei para cima e peguei o olhar de
Alec enquanto ele caminhava pelo corredor e para os nossos lugares.

— Eu tenho que sair deste avião. — eu disse, meu peito subindo e


descendo rapidamente.

Eu não percebi o quão rápido eu estava respirando, mas quando percebi,


comecei a perceber tudo o resto. Eu estava suando, meus conteúdos estomacais
ameaçaram derramar a qualquer segundo, e eu realmente precisava fazer xixi.

— Gatinha, olhe para mim.

Eu balancei minha cabeça e empurrei o peito de Alec quando ele me


bloqueou em nossos lugares. Ele estava enganado se pensou que estava me
mantendo aqui. Eu passaria por cima dos assentos para sair deste vibrador de
prata se fosse preciso!

— Não, eu quero ir para casa. Eu não quero estar aqui!

Ouvi minha voz falhar e eu senti lágrimas picarem os meus olhos.

Eu funguei ruidosamente e abaixei a cabeça. — Alec, por favor, você tem


que me tirar daqui.

— Baby, eu tenho uma bebida feita para você que você vai relaxar em
apenas alguns minutos. Eu prometo que você vai se sentir perfeitamente bem
voando depois de beber.

Eu olhei para Alec e pisquei. Meu piscar causou minhas lágrimas a cair o
que fez Alec franzir o cenho. Ele levemente sorriu para mim quando ele
estendeu a mão esquerda e usou o polegar para limpar minhas lágrimas. Eu
olhei para longe dele e para baixo a sua mão direita, que continha um copo.

— O que tem nele? — perguntei quando eu olhei de volta para Alec.

— Algo para fazer você se sentir melhor.

Eu estava desconfiada da bebida, Alec, e toda essa situação, mas eu decidi


tomar a bebida e sentar, porque quando eu percebi toda a seção treinada na
porra do avião estava olhando para mim, eu queria morrer.

— Eu sinto muito, eu não queria reagir assim. Apenas me assustei...

— Ei, você não precisa pedir desculpas a mim ou qualquer outra pessoa.
Você me entendeu? — perguntou Alec.

Eu assenti, em seguida, levei o copo aos lábios e bebi de uma só vez.

Eu bati meus lábios algumas vezes antes de lambê-los, havia um bom


sabor frutado da bebida.

— Sem álcool? — eu questionei.

— Não, você não deve misturar álcool com um comprimido para dormir.

Comprimido para dormir?

— Você me deu um comprimido pra dormir? — perguntei a Alec, com os


olhos arregalados.

— Sim, eu sinto muito, mas eu achei que seria melhor para você dormir
durante todo o voo.

— Você decidiu? Que tal você me deixar tomar minhas próprias malditas
decisões! — eu chiei em voz baixa desconfiando de nossa proximidade com os
outros passageiros.

Alec suspirou. — Você não estava muito razoável quando você estava
tentando dar um jeito de descer do avião, Keela.
Eu zombei. — Você parecia ter tirado o melhor proveito dessa situação
não é? Quem você fodeu com o dedo, a fim de conseguir a bebida, hein?

Alec começou a rir, e assim fizeram os homens atrás de mim.

Minhas orelhas queimaram quando mortificação me inundou.

— Eu te odeio! — eu rosnei.

Alec ainda estava rindo quando ele disse: — Eu gosto de você, gatinha.

Ele era um filho da puta!

Eu cruzei os braços com raiva em meu peito e olhei para fora da janela do
avião. Este era provavelmente o pior lugar para eu estar sentada agora, mas
olhando para o aeroporto me distraiu do estúpido do Alec.

Virei para frente alguns minutos depois, e recostei-me em meu lugar


enquanto eu observava a tripulação passar por seus exercícios de
segurança. Meus olhos começaram a ficar pesados então, e mantê-los abertos
tornou-se uma verdadeira luta.

O tempo pareceu dobrar então, porque de repente os passageiros estavam


totalmente encaixados, a tripulação estava em sua própria área presos com
segurança em seus lugares e o avião estava se movendo.

Não só ele estava se movendo, mas ele estava no maldito céu.

— Uau! — eu gritei.

Como decolou sem eu notar?

Tudo o que fiz foi achatar meu rosto na pequena janela para que eu
pudesse ver lá fora.

— Isso é uma nuvem grande pra caramba!

Senti as mãos em mim e então o riso no meu ouvido quando eu fui


levemente puxada para trás para minha posição sentada.
— Pare gatinha e feche os olhos para mim.

Olhei para Alec cujo rosto estava embaçado, tudo o que eu podia ver eram
seus olhos.

— Seus olhos são bonitos.

Os cantos de seus lindos olhos azuis vincaram.

— É? Bem, eu também acho que você tem olhos muito bonitos gatinha.

Eu ri.

Sim, dei uma risadinha.

— Eu gosto da sua voz. — eu murmurei quando eu me inclinei para


frente.

— O que mais você gosta de mim? — a voz de Alec perguntou distante.

— Abdômen. — eu respondi. — E sua bunda.

Ouvi o riso, mas estava muito longe.

Tudo parou e minha mente ficou em branco, a última coisa que eu vi foi
um par de lindos olhos azuis olhando para mim antes que a escuridão me
consumisse.

Eu estava desconfortável.
O colchão da minha cama era ou irregular como o inferno ou as patas de
Storm estavam debaixo de mim e estavam cavando em minhas costas.

Eu queria dizer a ele para se mover, mas minha garganta parecia


engraçada, como se ela estivesse formigando.

Eu lentamente pisquei os olhos abertos e assim quando eu estava prestes


a sentar-me eu congelei. Eu ouvi uma estridente risada irritante e isso me
confundiu pra cacete.

Quem diabo estava rindo?

Eu foquei meus olhos em meu redor e depois de alguns segundos eu me


lembrei de onde eu estava. Eu estava no avião indo para a Bahamas para o
casamento de Micah e Jason. Eu estava acabando de acordar, mas eu não me
lembro de adormecer. Lembro-me de surtar sobre o voo e depois Alec me dar
uma bebida.

Uma bebida batizada para me relaxar... ou me nocautear.

Eu não estava sentada na posição vertical, como eu achava que estava. Eu


estava inclinada para direita sobre uma superfície dura. Sem ser totalmente
coerente, eu ainda sabia que era no peito de Alec que estava apoiada e era por
isso que minhas costas estavam doendo.

Eu estava prestes a sentar-me ereta e espreguiçar minhas costas iria


quebrar, mas a risada que eu ouvi antes soou novamente e chamou totalmente
minha atenção.

Que fique bem claro que eu não tenho nenhuma reclamação sobre Alec,
ele é meu namorado falso e está neste avião fazendo um favor para mim. Eu não
gosto dele dessa forma ou quero que ele se sinta proibido de flertar com outras
garotas.

Dito isto, ele não deve flertar com uma aeromoça quando estou deitada
em seu peito, porra!
— O que está acontecendo aqui? — perguntei no meu tom mais firme
enquanto me aprumei.

Foi difícil, porque eu tinha acabado de acordar e minha voz estava


crepitando. Duvido que eu soe como algo além de um fumante inveterado.

Eu queria sorrir quando a aeromoça que estava encostada em Alec pulou


na vertical como um peixe fora d'água.

— Bom dia, bela adormecida.

Como ele ousa tentar ser legal quando ele estava flertando com a
aeromoça enquanto eu estava dormindo nele.

Ele era um agente livre, mas olá, eu estava deitada em cima dele!

Cortei meus olhos para ele e encarei. — Mantenha sua língua atrás dos
dentes antes que eu a corte.

As sobrancelhas de Alec pularam. — Você não é uma pessoa matinal, não


é?

Eu era tão óbvia?

— Não, e eu não gosto de pessoas matinais... ou matinais... ou as pessoas.

— Uau, eu sou um cara de sorte de ter você, baby.

Porco sarcástico!

— Morda-me.

Alec bufou e olhou para a aeromoça que ainda estava congelada como
uma estátua.

— Você está bem, querida? — ele perguntou a ela.

Querida?

Por-fa-vor!
A mulher saiu de seu torpor e focou em Alec, o sorriso que se abateu
sobre seu rosto era tão grande que eu senti pena de suas bochechas.

— Eu estou ótima Sr. Slater, obrigada.

— Eu estou ótima Sr. Slater, obrigada. — eu imitava a voz da mulher.

A mulher de repente se desculpou para que ela pudesse voltar a


trabalhar. Eu não disse adeus ou a vi sair, mas tenho certeza que Alec fez.

— Você é terrivelmente nojento. Você não podia esperar para


experimentar e se juntar ao mile high club21 com a aeromoça Barbie até um
momento em que eu não esteja dormindo em você?

Eu estalei minhas costas, cruzei os braços sobre o peito e olhei para


frente.

— Keela?

Eu defini o meu queixo. — O quê?

— O que faz você pensar que eu já não seja uma parte ao mile high club?

Eu virei minha cabeça para Alec, desdobrei meus braços e o empurrei.

— Você realmente é nojento!

— Não elimine isso até que você experimente.

Eu zombei. — Eu não penso assim, playboy.

A risada de Alec parou e um rosnado tomou o seu lugar. — Foi engraçado


nas primeiras vezes que você me chamou assim, mas pare agora, por favor.

Eu sorri quando olhei pela janela do avião. — Eu não penso


assim, playboy.

21
Termo aplicado coletivamente aos indivíduos que têm relações sexuais a bordo de aeronaves.
Eu senti o olhar de Alec então eu me virei para olhar para ele e sorri
quando o encontrei, fazendo furos em mim com os olhos.

— Se olhares pudessem matar, eu estaria morta. — eu brinquei.

— Meus bonitos olhos não vão prejudicá-la, não se preocupe.

Pretensioso demais?

— Você acabou de chamar seus próprios olhos de bonitos?

Alec sorriu diabolicamente então e isso me deixou um pouco


desconfortável.

— Não, você disse que eu tenho olhos bonitos.

Ele estava drogado?

— Você está no seu juízo perfeito? Eu nunca disse que você tem olhos
bonitos...

— Sim, você disse. Bem antes de adormecer. Você disse que eu tenho
olhos bonitos.

Senti meu rosto esquentar.

Foi a merda que ele me deu para me nocautear, que disse, não eu!

— Eu disse algo mais? — murmurei.

Alec inclinou-se para mim e sussurrou uma voz lenta e sedutora. — Você
disse que gosta da minha voz, meu abdômen e minha bunda.

Eu ofeguei de forma audível. — Eu não!

Alec riu. — Você sim.

Eu estava mortificada, absolutamente mortificada!

— Eu te odeio agora.
Alec riu de mim e por um momento o meu embaraço e raiva diminuíram
quando eu dei-lhe o dedo.

— Isso foi apenas rude.

— Desculpe, eu não posso evitar.

— Ah, o dedo do meio tem uma mente própria, então? — Alec perguntou
com um olhar divertido.

Eu olhei para ele e disse: — Sim, e ele estava apenas me defendendo.

Alec começou a rir, que nos ganhou alguma atenção de pessoas sentadas
perto de nós. Eu dei um chute de lado na canela debaixo da mesa, fazendo-o se
perder na sua risada.

— Você nunca cala a boca rindo? Você parece uma hiena!

Alec ainda estava levemente rindo quando ele disse: — Eu sou uma
pessoa feliz e se isso me faz como uma hiena, então que assim seja.

Eu balancei minha cabeça. — Ninguém deve estar tão feliz como você a
30.000 pés acima no ar.’

— Estamos na verdade abaixo de 10 mil pés, olhe pela janela e você vai
ver. Você não pode sentir-nos descer?

Concentrei-me no movimento do avião e realmente o senti descer.

— Isso significa que estamos quase lá, não é? — eu perguntei,


esperançosa.

Eu mal podia esperar para sair deste avião.

— Sim, estamos quase lá. Você está animada?

Isso foi uma pergunta séria?

— Um pesadelo acaba quando eu sair desse avião e outro começa, quando


eu pisar nas Bahamas. Estou muito animada.
— Você é sempre tão sarcástica?

— Sim.

— Eu estou em um passeio selvagem com você, não estou? — perguntou


Alec.

Olhei para ele e sorri. — Você não tem ideia, amigo.

Estávamos fora do avião, graças a Deus, fora do aeroporto, mais uma vez,
graças a Deus, e agora em nosso caminho para o Pink Sands Resort, onde o
casamento de Micah e Jason seria. Você pode agradecer ao Diabo por isso.

Eu estava tensa e irritada no carro a caminho para o resort até mais ou


menos vinte minutos se passarem e chegarmos a um ponto fora de um belíssimo
hotel.

— Oh meu Jesus. — eu sussurrei ganhando um ronco de Alec, que eu


ignorei.

— É muito bom eu acho. — ele murmurou.

— Muito bom? É lindo! Nunca vi algo tão bonito antes. — eu disse em


reverência olhando para fora da janela.

— É apenas um hotel.

Eu me virei e olhei para ele. — Olhe o detalhe, o layout e as posições do


mesmo. É como um belo pano de fundo. — eu disse, então balancei a cabeça. —
Ele pode não ser tão bom para você, mas eu nunca estive em um antes, então
isso é lindo para mim.

Eu estava prestes a me virar quando Alec franziu a testa para mim. —


Você nunca saiu de viagem antes, como nas férias? Nunca?

Dei de ombros. — Não, esta é a primeira vez que eu deixei a Irlanda.


Pensei que tinha te dito isso?

Alec não disse nada quando chegamos a uma parada final.

Nós dois saímos do carro, eu com um sorriso no meu rosto enquanto eu


olhava ao redor para ver Alec com uma face passiva diante. Eu não me
importava se ele estava irritado porque estava cansado, eu também estava
cansada, eu sei que eu dormi na viagem de avião, mas eu ainda estava
cansada. Mas cansada ou não, eu não ia agir como uma cadela para ele para que
ele parasse de agir como um para mim.

Fui para o hotel realmente não me importando com Alec atrás de


mim. Eu passeei pelo saguão do hotel até chegar ao grande balcão, onde um
jovem sorriu para mim. — Bem vindo ao Pinks Sands Hotel. Como posso ajudá-
la hoje? — ele perguntou educadamente.

Meu tom mudou de repente enquanto eu sorria; eu estava tão feliz que eu
estava aqui. Obviamente não pela razão que eu estava aqui, eu estava muito feliz
de estar em um lugar tão bonito.

— Obrigada, estou fazendo o check in.

— Nome? — perguntou ele.

— Keela Daley.

Ele digitava no computador, em seguida, afastou-se e pegou uma chave


da parede. — O seu número de quarto é 4-76, senhorita Daley. Você estará no
quarto andar. Aproveite sua estadia e se você precisar de alguma coisa o telefone
em seu quarto liga para a recepção... para mim.

Eu peguei a minha chave, ainda sorrindo amplamente. — Obrigada.


— De nada. — ele sorriu de volta.

Eu me virei e esbarrei em Alec, que estava atrás de mim com um sorriso


no rosto. — Ei babe. — ele sorriu, olhando para mim.

Eu levantei os olhos e olhei em volta para ver quem estava falando.

— Com quem está falando? — eu perguntei, confusa.

Ele bufou. — Você, é claro. Pegou a chave do nosso quarto? — ele


perguntou feliz.

O que estava acontecendo aqui?

Por que ele estava tão feliz de repente?

Eu olhei para ele, então, levantei a minha mão que continha o cartão-
chave para o nosso quarto. — Ótimo, vamos lá para cima, então. — ele
cantarolou e pegou minha mala antes de ir para o elevador.

Eu tropecei atrás dele e entrei no elevador, apertando o botão para o


quarto andar. — Você está drogado? Por que você está sendo tão namorado? —
eu perguntei quando entrei.

Ele riu quando as portas se fecharam e mudou minhas bolsas de volta ao


meu lado. — Namorado não é a palavra e eu tinha que fazer isso. A expressão
daquele cara foi impagável.

Eu levantei minha sobrancelha. — Que cara? O que você está falando?

Alec balançou a cabeça. — O cara no balcão, ele estava te olhando. A


julgar pelos olhares e sorrisos que ele estava dando a você eu poderia dizer que
ele estava afim de você, e quando você se virou para falar comigo ele se inclinou
e olhou sua bunda.

Ofeguei. — Ele não olhou minha bunda, você está inventando isso!

Alec bufou. — Eu não estou, ele realmente estava. Ele fez beicinho
quando eu perguntei sobre o ‘nosso’ quarto, coisas engraçadas.
Eu olhei para ele então. — Por que você se importa se alguém me
confere?

— Porque você é minha namorada, pelo menos enquanto estamos aqui,


de qualquer maneira. A única pessoa a olhar para sua bunda será eu.

Oh, senhor.

— Você é tão estranho.

Alec sorriu, mas seu sorriso caiu quando o elevador sacudiu a uma
parada.

Ele viu o olhar que lhe dei.

— Eu sou um pouco claustrofóbico, eu não posso ficar em espaços


pequenos por muito tempo. — explicou.

Eu ri. — Como você pode ficar dentro de meu apartamento, então?

Alec deu de ombros. — Há um monte de janelas, eu administro muito


bem.

Eu ri quando agarrei a alça da minha mala e saí do elevador quando as


portas se abriram para o corredor do hotel com vista para o quarto 4-76.

— É estranho não estar no último andar de um hotel. — Alec murmurou


atrás de mim.

Acompanhantes devem sempre ter o melhor de tudo.

— Desculpe, este será um enorme rebaixamento para você.

Ele resmungou atrás de mim. — Eu não preciso do andar de cima, eu


estava apenas comentando.

— Tudo bem. — eu ri, em seguida fiz uma pausa fora da porta quando
chegamos ao quarto 4-76.
Peguei meu cartão-chave e abri a porta. — Oh meu Deus, é fofo pra
caramba. — eu jorrei e invadi o quarto.

— Oh meu Deus, Alec! Olhe a vista, olhe para isso! — eu gritei e corri
para abrir as portas duplas que levam à varanda. — Eu amo isto!

Eu ouvi uma risada atrás de mim, mas eu ignorei. Eu não me importava


se ele achava que eu era estúpida.

— É tão bonito. — eu pulava e batia palmas. — Eu estou completa e


totalmente apaixonada com esta vista.

— Você vai ter um orgasmo? Parece que você está construindo algo de
abalar a Terra.

Virei o meu corpo ao redor, ainda sorrindo. — Diga qualquer coisa baixa e
desagradável que você quiser, você não pode estragar meu humor. Esta visão só
me faz feliz.

E fazia, algo tão irrelevante para a maioria das pessoas - como o idiota do
Alec - me fez muito feliz. Eu sempre apreciei as pequenas coisas da vida.
— E ntão,

agora que estamos aqui, qual é o plano? — Alec me perguntou quando eu


terminei de desfazer minha mala.

Eu coloquei todas as minhas roupas no guarda-roupa, só havia um


modulo, Alec disse que ele estava bem com as coisas dele ficando em sua mala
no chão. Eu não discuti com ele e apenas fiz o que eu queria e guardei as minhas
coisas.

Olhei para Alec quando ele falou e dei de ombros. — Eu sei que você está
aqui para que eu possa te esfregar no rosto de Jason, mas eu realmente não
quero olhar para eles agora. Se topar com eles ou qualquer um que eu sei que
está participando do casamento, então que assim seja. Mas se não fizermos isso,
acho que devemos apenas relaxar na praia, sozinhos, uma vez que amanhã
temos tempo aqui.

— Tudo bem por mim. Desde que eu possa deitar, eu estou feliz.

Eu sorri. — Você está cansado?

Alec estava atualmente deitado na cama que estaria compartilhando ao


longo desta sentença de morte.

— Eu não dormi nada durante o voo para cá, eu ainda estou no tempo da
Irlanda, e lá é noite.
Eu assobiei. — Talvez você devesse ter tomado um comprimido para
dormir também então você poderia ter conseguido fechar os olhos no avião.

— Não, eu não teria sido capaz de cuidar de você, se estivesse muito frio
lá fora.

Engoli em seco. — Você não tem que cuidar de mim, Alec.

Ele se sentou na cama e olhou para mim da minha posição no chão.

— Eu sei que eu não tenho, mas eu queria.

Isso foi tão... Doce.

— Bem, obrigada. Eu aprecio isso. — eu murmurei e olhei para baixo para


minha bolsa de maquiagem, brincando com os produtos para que eu pudesse
manter minha cabeça para baixo e escapar do constrangimento de Alec ver
minhas bochechas coradas.

Ele queria cuidar de mim!

Eu queria sorrir, mas mantive meu rosto passivo e voltado para baixo
quando a dúvida entrou na minha mente.

Eu odiava que eu não podia simplesmente aceitar seus gestos de ser doce
e verdadeiro, porque no fundo da minha mente uma voz me dizia que ele só
estava fazendo tudo isso para entrar na minha calcinha. Quanto mais ele me
adulava sendo doce, mais fácil seria deslizar minha calcinha fora.

Eu não estava sendo paranoica com os meus pensamentos, ele deixou


claro ao me dizer que quer foder comigo e que vai me foder até o final desta
viagem. Eu só tenho que manter minha guarda para evitar que isso aconteça.

— Você está bem? — a voz de Alec perguntou, o que chamou a minha


atenção.

Limpei a garganta. — Sim, eu estou bem, só pensando sobre como Aideen


está ficando com Storm.
— Um deles pode estar morto - o meu dinheiro é que é Aideen.

— Alec! — eu gritei. — Não diga uma coisa dessas!

Alec gritava de tanto rir. — Eu estou brincando, tenho certeza que eles
estão bem e vão ficar bem pelo resto destas férias. Não se preocupe com eles.

Fácil para ele dizer, ele não sabia como Storm e Aideen eram quando
deixados sozinhos por longos períodos de tempo. Eu tive medo de pensar no
dano que poderia ser feito, uma guerra poderia facilmente entrar em erupção
entre os dois.

— Talvez eu devesse ligar. Você sabe apenas para checá-los.

Alec deitou-se na cama e me acenou com a mão. — Vá em frente então,


mamãe ursa.

Eu sorri enquanto me arrastava até a minha bolsa e tirei o meu


telefone. Eu digitei o número de Aideen e esperei ir internacional. O telefone
tocou algumas vezes antes de Aideen responder.

— Ei, você chegou em segurança? — Aideen perguntou quando ela


respondeu.

Eu sorri. — Não, nós morremos. Eu estou ligando para te dizer que você
fique com Storm para sempre, agora que eu estou morta.

Alec bufou enquanto Aideen bufou por telefone.

— Por cima do meu cadáver, ele seria colocado em um canil tão rápido
que você se reviraria no túmulo!

Como é lindo.

— As coisas não estão indo bem, então?

— Ele mastigou meus tênis de academia, eles estão completamente


destruídos e no lixo. O filho da puta gordo fez isso de propósito, eu sei que ele
fez.
Eu segurei uma risada quando disse: — Ele é corajoso em por o nariz em
qualquer lugar perto de seus tênis.

Ouvi seu suspiro dramático, então um firme. — Foda-se!

Eu ri então. — Não torça suas calcinhas22, estou brincando.

— Claro que você está.

Eu sorri. — Brincadeiras a parte, está tudo bem?

— Sim, ele está alimentado e dormindo. Vou leva-lo para a sua segunda
caminhada mais tarde.

Segure o telefone.

— Segunda caminhada, o que quer dizer com segunda caminhada?

Olhei para Alec enquanto ele se sentava na cama e antes que Aideen
falasse, eu sabia exatamente o que ele ia dizer.

— Alec disse para levá-lo para fora duas vezes, não foi?

— Sim, para ajudar a deslocar a gordura do filho da puta gordo.

Eu estreitei meus olhos para Alec e rosnei para Aideen. — Pare. De.
Chamar. Ele. Desse. Nome.

— Eu vou quando ele parar de comer os meus sapatos e rosnar para mim
o tempo todo. Eu sou a única aqui para alimentá-lo é melhor ele aprender
rápido.

Era como se eu estivesse falando com uma criança de cinco anos.

— Eu não estou discutindo com você. Basta ter calma com ele quando
você estiver fora caminhando.

22
No original get your knickers in a twist, termo que significa tornar-se muito chateado ou louco com
alguma coisa, geralmente algo que não é importante para a maioria das pessoas.
— Sim, capitão.

Espertalhona.

— Obrigada, olha eu vou ligar para você...

— Você já transou com Alec?

Isso é tudo o que essa maldita pensa?

— Não, eu ainda não transei com Alec e eu não vou transar com ele
também. Você é pior do que ele sobre isso.

Eu podia sentir Alec sorrindo enquanto eu falava.

Aideen riu. — Sim, sim. Quando você finalmente derrubá-lo eu quero


ouvir tudo sobre isso. Cada pequeno detalhe sexy.

Ela era um macho dentro do corpo de mulher.

— Adeus, Aideen.

— Slan23! — Aideen cantou e riu quando ela desligou.

— Você deve seguir o conselho de Aideen e foder comigo.

Como é romântico.

— Coloque uma meia nele, Romeo. — eu resmunguei enquanto cruzava os


braços sobre o peito.

Alec deitou-se na cama e acariciou sua barriga. — Sinta-se livre para me


montar a qualquer momento.

Eu fechei os olhos e me convenci de não dar um soco em suas bolas.

— Por que você disse para Aideen levar Storm em dois passeios por dia,
ele não é seu cachorro...

23
Adeus em gaélico.
— Será que nós não discutirmos sermos um nós até este favor estar
cumprido?

Eu belisquei a ponta do meu nariz. — Nós ou não nós, ele é o meu bebê
e...

— Ele é um cachorro, Keela, um cachorro.

Eu rosnei. — Eu tenho mais respeito por aquele cachorro do que você,


seu pedaço de merda.

Alec riu. — Ninguém nunca me mostrou tanta merda estúpida antes.

O quê?

— Desculpe?

Alec levantou-se da cama, ficou em frente a mim e olhou para baixo. —


Eu estou cuidando do seu bebê. Se você quer que ele viva uma vida longa
siga meu conselho e o conseguirá saudável.

Eu segurei minha língua.

Por mais que eu não quisesse Storm desconfortável, testando seus


limites, eu quero que ele seja saudável.

Eu afundei meus ombros e soltei um suspiro. — Sim, ok, tudo bem.

Olhei para baixo e fechei os olhos. Eu sorri um pouco quando senti os


braços de Alec envolver em torno de mim. Ele aconchegou-me perto dele e eu
sabia que estava pressionada contra seu torso sem camisa e eu não me importei
nem um pouco.

— Você dá abraços agradáveis. — murmurei quando eu passei meus


braços ao redor de sua cintura.

— Eu sei. — respondeu Alec.


— Você é tão malditamente arrogante24.

— Diga ‘pau’25 novamente.

Eu ri e me afastei dele. Mudei-me para a janela, gritei enquanto eu olhava


para fora, então eu rodopiava em torno, o que fez Alec dar risada. — Você não
pode ficar tão animada sobre um ponto de vista.

Eu parei e deu-lhe um olhar. — Sem desrespeito ao meu país, mas é bom


ver algo diferente além de montanhas. Faz sol aqui e o mar está a dois minutos
de onde vamos ficar. Estou surpresa que eu não estou explodindo agora, essa é
minhas primeiras férias!

Alec balançou a cabeça quando ele mudou sua mala contra a parede ao
lado do guarda-roupa. — Isso é errado em tantos níveis. Como seus pais não lhe
trouxeram de férias quando você era mais jovem?

Eu imediatamente franzi o cenho. — Minha ma saía muito, mas eu fiquei


em casa com Micah e sua madrasta e porque minha mãe disse que eu não tinha
permissão para me exibir em torno de um biquíni, a menos que eu olhasse a
parte e... — eu parei e corei ferozmente.

Eu não posso acreditar que eu quase disse a ele o quão apertado era a
rédea que minha mãe tinha quando eu era mais jovem.

— Onde está o seu pai? — Alec me perguntou, sem prestar atenção para o
fato de que eu me cortei no meio da frase.

— Meu pai? Eu não sei, eu nunca o conheci.

Alec acenou com a cabeça, mas não disse mais nada.

O silêncio se estendeu por alguns minutos até que eu falei.

24
No original cocky - arrogante, convencido.

25
No original cock - pau, pênis, etc.
— Você quer vir para a praia ou simplesmente ficar aqui até o jantar hoje
à noite? — eu perguntei, evitando olhar para Alec.

Ele não disse nada além de: — Claro.

— Claro, para a praia ou para ficar aqui?

— A praia, obviamente. — disse ele olhando em volta do quarto como se


fosse uma piada ser convidado para ficar aqui.

Revirei os olhos; eu amei o quarto, eu pensei que era ótimo.

— Tudo bem, bem, você vai se trocar no banheiro e eu vou me trocar


aqui.

Alec assentiu enquanto ele abria a mala e pegava o primeiro item na parte
superior, em seguida, se dirigiu para o banheiro. Abri o armário e consegui o
que eu queria usar, em seguida, voltei para a cama apenas para bater meu dedo
na mala de viagem de Alec no processo.

Eu soltei um grito agudo.

— O que está errado? — Alec gritou, irrompendo do banheiro com um


tubo de pasta de dente na mão direita levantada no ar como uma arma.

Eu caí de costas na cama segurando meu pé. — Eu machuquei meu dedão


do pé.

— Nós não estamos aqui nem cinco minutos, como é que você já se
machucou? — Alec estalou em aborrecimento.

Sentei-me reta pronta para dar-lhe um pouco do que penso, mas parei
quando notei um torso esculpido na minha frente. Eu não estava brincando -
um tanquinho abdominal olhava-me diretamente no rosto.

Eu juro que um deles se moveu também.

— Aqui em cima, querida. — disse a voz de Alec em um tom divertido.


Eu saí do meu transe e olhei para cima rapidamente. — Eu não estava
azarando você. Seu corpo estava praticamente no meu rosto, e ele ainda está
então sai fora e me dê um pouco de espaço.

Alec fez o que eu pedi com um sorriso no rosto.

Eu involuntariamente deixei cair meus olhos em seguida, e li as palavras


Calvin Klein. Ele estava apenas em sua cueca boxer!

— Oh meu Deus! — ofeguei quando joguei minhas mãos sobre meus


olhos e caí para trás na cama. — Cubra-se!

Alec irrompeu a barriga roncando de riso. — Isso trouxe de volta um


flashback dos meus 16 anos de idade, eu me despindo na frente de uma garota
que eu estava tentando seduzir. Ela reagiu como você.

Eu olhei para as minhas mãos. — Ela não queria sua bunda seminua
perto dela também? — eu imaginei.

Alec bufou. — Não, ela queria. Ela era tímida e virginal sobre isso.

— Virginal não é uma palavra e eu não sou tímida, eu só não quero te ver
seminu.

Mentira.

Enorme, grande, gorda, fodida mentira.

Alec riu de novo enquanto se afastava. — Estou me movendo de volta


para o banheiro agora, gatinha. Você pode descobrir os olhos e parar de corar.

Sentei-me, quando a porta do banheiro se fechou.

Eu senti minhas bochechas e elas estavam realmente quentes.

Maldito seja!

— Eu não estou corando, você me deixa louca e isso é tudo! — eu gritei.

Ele respondeu com uma risada que me fez amaldiçoá-lo.


Com raiva me dobrei para pegar meus itens do chão. Peguei um biquíni
preto e uma canga preta, um par de chinelos, protetor solar e óculos de sol.

— Não entre neste quarto até eu mandar! — gritei para Alec.

— Sim, senhora.

Eu olhei para a porta do banheiro e não tirei os olhos dela conforme eu


me trocava rapidamente. Eu estava no meio de colocar minha calcinha do
biquíni e gritei quando a maçaneta da porta do banheiro girou.

— Ainda não! — eu gritei enquanto mergulhava na cama, me escondendo


com os travesseiros.

A risada de Alec chamou minha atenção. — Desculpe, eu só queria ver se


você iria surtar e você fez.

Eu rosnei quando puxei a minha calcinha do biquíni e em seguida,


coloquei a minha canga. Eu sorri maliciosamente quando ela caiu até os
joelhos. Amarrei meu cabelo em um coque bagunçado e deslizei em meus óculos
de sol e chinelos cor de rosa, antes de pegar a minha bolsa de praia da minha
mala. Eu amontoei toalhas, protetor solar e outras necessidades de praia na
minha bolsa.

— Tudo bem, você pode sair agora. — eu gritei.

A porta do banheiro se abriu e Alec saiu apenas com uma bermuda na


altura do joelho. Eu arregalei meus olhos e estava grata que eu tinha óculos de
sol.

— Isso é o que você está usando?

Alec deu de ombros em seguida congelou quando me viu. — Por favor, me


diga que você tem um maiô decente por baixo dessa cortina.

Ofeguei. — É uma canga!

— É simples, sem forma e faz parecer que você tem uma bunda grande...
e não de uma maneira boa.
É mesmo?

Eu passei por ele, irritada que ele disse que a minha bunda era grande de
uma maneira ruim.

Ouvi-o se movimentar no quarto atrás de mim, assim conforme eu saia


para o corredor. Peguei o elevador até o lobby, enquanto Alec foi pelas
escadas. Quando cheguei ao saguão, ele saltou reto do meu lado. Eu sorri e
acenei para o rapaz na recepção que imediatamente sorriu e acenou para
mim. Seu sorriso foi embora quando um braço serpenteou em volta do meu
ombro.

— Olhe para o rosto dele. — Alec riu.

Eu tirei o braço do meu ombro quando chegamos lá fora. — Pare de ser


tão idiota.

Alec fez uma careta para mim, então eu me virei e andei na frente dele e
peguei um dos três caminhos que os sinais diziam que levavam para a praia. Eu
escolhi aquele que não tinha muitas pessoas.

— Do que você chamou essa coisa que você está vestida? — Alec
perguntou atrás de mim.

— Canga. — eu disse sem me virar.

Ele bufou. — O que exatamente é para cobrir? Quando o sol bate, dá pra
ver através dela.

Engoli em seco e me virei. — Você está brincando? — perguntei.

Ele balançou a cabeça.

— Eu vou matar Aideen, ela disse que era preto fosco!

— Por que você está vestindo isso? Você tem um biquíni por baixo - eu
posso vê-lo.

Eu corei. — Eu... eu só não estou confortável comigo mesma.


Alec olhou para mim, perplexo.

Eu resmunguei. — Eu não estou feliz com meu corpo, e duvido que


alguém mais esteja, por isso não estou pondo isso à vista para que todos possam
ver.

Alec apenas balançou a cabeça para mim. — Você é tão uma garota.

Eu fiquei boquiaberta para ele. — Desculpe?

— Sim, você reclama sobre seu corpo quando você tem que saber como
boa você aparenta.

Eu fiquei boquiaberta para ele. — Eu não faço ideia do que você está
falando.

Alec beliscou a ponte de seu nariz e levantou a mão. — O que eu vou dizer
não altera o fato de que eu só quero transar com você, está bem?

— Está bem. — eu respondi, sem saber onde esta conversa estava indo.

Ele respirou e soltou. — Você é linda. — ele disse muito rápido. — Pronto,
falei.

Olhei para ele por um momento, em seguida, o empurrei, causando-lhe


um difícil tropeção para trás. — Eu só disse que eu sou autoconsciente e você
decide tirar sarro de mim me dizendo que você acha que eu sou bonita? Você é
um idiota! — virei e me afastei violentamente.

Parei a poucos metros de distância da costa, quando cheguei à praia e


pousei minha bolsa. Peguei minha enorme toalha e coloquei para baixo na
areia. Sentei-me perto do meio da toalha, levantei os óculos de sol sobre a
minha cabeça e olhei para o mar e deixando um sorriso enorme se espalhar
sobre meu rosto.

Eu notei a sombra ao meu lado e com o canto do meu olho eu vi o rosto


pentelho sentar na outra metade da minha toalha.

— Você gosta do mar, hein? — a voz de Alec murmurou.


Dei de ombros. — Eu só acho que é tudo muito bonito de se olhar. Eu não
sei por que, mas isso me faz sorrir.

Alec ficou em silêncio por um momento e depois disse: — Eu acho que


você é linda. Eu não estava tirando sarro de você.

Olhei para ele e ele apenas olhou de volta para mim. Ele não sorriu ou riu
ou fez qualquer expressão facial que me dissesse que ele estava mentindo, então
eu dei de ombros.

— Tudo bem, bem... obrigada. — eu respondi antes de me virar.

— Você ainda não acredita em mim, não é? — perguntou ele.

Dei de ombros. — Estou 80-20 nisso agora, mas não importa. Aparência
não significa nada diferente de atração luxuriosa de uma pessoa pela outra – o
que está no interior é o que conta. Você sabe, uma coisa chamada
personalidade?

Alec bufou. — Algo que parece que te falta.

Eu bati no braço dele fazendo-o chiar e esfregar-se.

— Eu tenho uma personalidade, uma grande. É você quem é o idiota


arrogante aqui com uma desculpa patética para uma personalidade, não eu.

— Você está tentando me insultar? Não sei dizer. — perguntou ele,


sarcasmo escorrendo de seu tom.

— Vamos apenas dizer que você tem sorte que os reflexos de sua
aparência não se baseiam sobre sua personalidade.

— Por quê? — perguntou Alec.

Eu diabolicamente sorri. — Porque se o fizessem você seria um filho da


puta feio.

Alec olhou para mim por alguns segundos antes de um sorriso se


espalhar pelo seu rosto.
Eu estava chateada por isso - eu queria que ele sentisse como merda
sobre esse insulto, não contente com isso.

— Por que você está sorrindo? — eu atirei.

Ele continuou a sorrir antes de deitas de costas. — Não há razão, gatinha.


Nenhuma razão em tudo.

Eu cruzei os braços com raiva. — Eu te odeio muito, você sabe disso? Eu


não acho que eu já conheci um babaca como você em toda minha vida.

— Sinto-me honrado. — ele chiou zombando de mim, me fazendo ferver


de raiva.

Ele fechou os olhos quando me virei para longe dele mexendo na minha
bolsa de praia até que eu encontrei o livro que eu estava lendo no
momento. Ironicamente, era o livro que Alec estava lendo no meu apartamento
no dia em que se mudou.

Fifty Shades of Grey.

Abri a capa, folheei até a página quinze - onde parei - e comecei a


ler. Uma hora passou e eu tinha chegado cerca de cento e vinte páginas quando
eu senti o movimento ao meu lado e, então, sentiu uma brisa sobre meu ombro.

— O que você está lendo? — Alec perguntou em voz grogue, como se ele
tivesse dormido.

Isso não me surpreendeu - estávamos na praia por um longo tempo.

Eu o empurrei para longe de mim. — Nada. — eu respondi.

— Não, é uma coisa. A vermelhidão nas suas bochechas brilhava tanto


que me acordou.

Eu abaixei minha cabeça. — Está quente aqui, o que você espera? — eu


murmurei.
Ele não disse nada por um momento, então eu relaxei um pouco, mas
terminou um segundo mais tarde, quando ele mergulhou em mim me batendo
de lado na areia.

Ele puxou-me para as minhas costas, montou em mim e se sentou na


minha barriga me fazendo grunhir. Ele não era gordo em tudo, mas ele ainda
era pesado pra caralho. Eu gritei quando ele pegou minha mão que segurava
meu livro.

O livro que tinha me feito corar como uma colegial.

— Eu só quero ver o título. — Alec grunhiu, inclinando-se para frente,


adicionando mais de seu peso sobre mim me fazendo ofegar enquanto o ar foi
batido fora de mim.

Lutei debaixo dele e quando ele pegou o livro fiquei calada. Senti-me ficar
vermelha quando um sorriso diabólico se espalhou pelo seu rosto quando ele leu
o título.

— Você trouxe este livro como sua leitura de férias? — ele perguntou,
sorrindo. — Você é uma garota safada, não é?

— Fique longe de mim agora, ou eu vou gritar estupro!

Alec riu quando ele se afastou de mim. — Merda como a que se passa
neste livro e a garota gosta, certo? Ela gosta bruto, certo? Eu não fui muito longe
com ele, mas parece que alguma merda bizarra acontece.

Corei novamente. — Cala a boca, Alec.

Ele riu quando se inclinou para trás nos cotovelos olhando para mim. —
Olhe para você toda quente e incomodada. Aposto que sua calcinha está
encharcada.

Senti-me engasgar com o ar; fiquei horrorizada e eu não tinha dúvida de


meu rosto combinava o que eu estava sentindo.

Alec caiu na gargalhada. — Você é uma virgem.


Eu estava tão envergonhada, mas tentei jogar fora, lançando-o fora.

— Eu não sou virgem, playboy. Está bem!

Alec ergueu as mãos. — Tudo bem, me desculpe. — ele sorriu. — Vá em


frente e termine o seu livro, não me importo.

Corei novamente fazendo Alec sorrir. — Não, obrigada. Vou lê-lo mais
tarde.

— Quando estivermos na cama? — ele perguntou e balançou as


sobrancelhas.

Eu engasguei com o quão casualmente ele disse, como se nós irmos para
a cama juntos fosse uma coisa natural.

— Não! — eu consegui gritar fazendo-o rir novamente.

Todo o meu corpo estava quente. Eu estava um momento atrás no livro e


as cenas que ocorreram no referido livro, mas agora eu estava tão envergonhada
que eu podia sentir o calor que irradiava de mim.

— Eu vou dar um mergulho. — eu disse e me levantei.

— Com a cortina? — Alec me perguntou, apontando para minha canga.

Eu olhei para longe dele. — Não, eu vou tirar minha canga então só... só
vire e não olhe, certo? — eu murmurei.

— Claro, afinal, eu sou um cavalheiro. — ele se virou e se colocou de


costas para mim. Hesitante, ergui a barra da minha canga e levantei-a sobre a
minha cabeça. Eu lentamente me afastei de Alec e quando eu tinha certeza que
ele não iria virar eu virei e caminhei em direção à água.

Embora, quando eu ouvi um assovio alto, eu congelei e olhei por cima do


meu ombro. Alec estava agora virado, sorrindo, assobiando e mandando beijos
em minha direção.

Ele estava tirando sarro de mim, babaca!


Mostrei-lhe o dedo, ele sorriu antes de se deitar novamente sobre a
toalha debaixo dele e jogou o braço sobre os olhos, em um esforço para bloquear
a luz solar. Eu me forcei a não cobrir-me com as minhas mãos enquanto eu
caminhava em direção à margem da água. Mergulhei meus dedos dos pés na
água e pulei para trás um pouco - estava fria.

Não sei por que, mas eu segurei minha respiração e mergulhei meu pé na
água novamente, eu puxei de volta um momento depois e exalei. Eu era uma
covarde, mas eu não me importei. Eu queria tomar meu tempo e deixei-me
acostumar com a temperatura.

O idiota que bateu atrás de mim tinha outras ideias, entretanto. Eu estava
prestes a girar em torno de socos em quem bateu em mim até que eu percebi
que meus pés não estavam mais no chão.

Eu ouvi a risada de Alec o que transformou meu pânico em raiva quando


eu percebi que não era um estranho.

— Seu idiota me coloque para baixo!

Eu ampliei meus olhos quando Alec entrou para o oceano, até que minha
metade inferior estava sob a água.

— Pare! — eu gritei.

Alec soltou seu aperto em mim, então me virou e envolveu meus braços
em volta de seu corpo.

— Não vá para mais longe, eu não sei nadar muito bem.

— Eu tenho você gatinha, não se preocupe. — Alec murmurou e beijou


meu rosto.

Eu pressionei meu rosto para o lado do seu quando ele fez isso, o que o
fez rir. Ele esfregou a cabeça na minha e permitiu que a água nos balançasse de
um lado para o outro.

Relaxei depois de um momento e me afastei de Alec quando ele agarrou


meu traseiro. — Você deveria estar me segurando pela cintura.
— Isso é verdade, mas eu queria sentir sua bunda.

Eu ri. — Você é tão brusco que é engraçado.

Eu me virei e olhei para trás de Alec para o oceano. Franzi minhas


sobrancelhas e foquei em uma mancha preta na água, em seguida, ampliei meus
olhos quando uma barbatana quebrou a superfície da água, mas tão rápido
como apareceu, desapareceu.

— Alec. — eu sussurrei, não tirando os olhos do local onde eu vi a


barbatana.

As mãos sobre a minha bunda apertaram quando seus lábios tocaram


minha orelha. — O que foi, gatinha?

Limpei a garganta e na voz mais calma que consegui, eu disse. — Eu acho


que... eu acho que vi uma barbatana nas ondas atrás de você.

Alec lentamente se afastou de mim e perguntou: — Uma barbatana...


como uma barbatana de tubarão?

Encolhi os ombros. — Isso ou um golfinho, poderia pertencer também a


uma pequena baleia...

Engoli em seco, cortando-me depois que o ar foi batido fora de mim e


água tomou o seu lugar. Fui jogada para trás na água e joguei minhas pernas em
volta em pânico enquanto eu engolia água em vez de ar. Em questão de
segundos, eu quebrei a superfície da água, tossi e cuspi até que eu estava
avidamente sugando o ar para meus pulmões.

— Tubarão! Uma porra de tubarão grande! Vamos todos morrer! Nadem


por suas vidas!

Eu mal podia ficar de pé na água, então eu mudei meus braços e pernas


até que consegui meu equilíbrio e cambaleei para frente o suficiente até que a
água estava abaixo da minha cintura. Eu esfreguei meu rosto quando virei meu
corpo totalmente na direção da praia. Apertei os olhos e balancei minha cabeça
enquanto eu via Alec puxar a bunda dele para fora da água gritando como um
adolescente enquanto acenava com os braços em volta como se fosse da conta de
ninguém.

O bastardo me deixou para morrer!

Ele me jogou para o tubarão-golfinho-baleia para que ele pudesse se


salvar.

Ele é mesmo como um maldito cavalheiro.


— K eela,

você ainda está com raiva de mim? — Alec perguntou enquanto caminhávamos
até o nosso quarto depois de um longo dia de recreação na praia e comendo nos
cafés locais.

Olhei para frente enquanto eu cantava: — Brilha, brilha estrelinha...

— Como eu quero saber o que você está?

—... eu queria poder amarrá-lo e atropelá-lo com o meu carro.26

Alec gemeu. — Está bem, eu entendi, você ainda está com raiva.

Eu estalei minha língua e bati o pé contra o chão enquanto eu esperava


Alec para abrir a porta quando chegamos ao nosso quarto de hotel.

— Você teve o dia inteiro para se refrescar. Como você pode ainda estar
chateada comigo?

Porque eu sou mulher e posso guardar rancor até o fim dos tempos?

— Você me deixou para morrer, Alec. Você literalmente me jogou para o


que você pensou que era um tubarão, só assim você poderia se salvar. Como um
cavalheiro que você é. — eu disse e balancei a cabeça com espanto.

26
Letra inventada por Keela.
Eu não podia acreditar que ele ainda estava questionando por que eu
estava com raiva dele, era claro como o dia porque eu estava louca.

— Desculpe-me por não querer morrer. É muito machista de você


insinuar que eu deveria ser o único a me jogar para um tubarão apenas para
salvá-la só porque eu sou um homem. Também é muito egoísta de sua parte,
quer dizer, porque você não pode sacrificar-se para salvar-me? — Alec
perguntou e me olhou com aqueles malditos grandes olhos azuis dele.

Eu bufei e coloquei minhas mãos em meus quadris antes de cruzá-las


através de mim. — É apenas uma coisa de cavalheiro a se fazer. Aposto que Nico
iria atirar-se para um tubarão para salvar Bronagh.

Alec ergueu as mãos. — Sinto muito por desapontá-la gatinha, mas eu


não sou o meu irmão. Eu não posso simplesmente socar um tubarão na cara e
ganhar.

Eu gritei. — Não eu não estou pedindo que lute contra um tubarão, eu


estou pedindo para não me jogar a um só para salvar a si mesmo!

Alec usou as duas mãos para empurrar o cabelo para trás do seu rosto,
mas foi inútil, porque ele ainda caiu para trás e emoldurou seu rosto.

— Foi uma situação de luta ou fuga e meu instinto de fuga assumiu.

Eu ri sarcasticamente. — Sim, eu sei que assumiu. Eu que fui deixada


para virar comida de tubarão, lembra?

Alec balançou a cabeça em frustração. — Nós nem sequer sabemos se era


um tubarão!

— Não, não sabemos, mas que poderia ter sido, esse é o ponto!

Alec estava prestes a abrir a boca para responder, mas em vez disso
mordeu o lábio inferior quando ele levantou os braços e fez um gesto para o meu
pescoço com ambas as mãos grandes. Eu bufei, porque o sentimento era mútuo
- eu queria sufocá-lo também.
— Você é a mulher mais frustrante que já passei um tempo. Você está me
deixando louco!

Abri minha boca para atirar uma resposta sarcástica, mas o toque do
telefone de Alec me cortou. Ele estava indo para a cama e antes que pudesse
fazê-lo, corri para a cama e caí do outro lado como um ninja. Eu levantei o
telefone no meu ouvido e atendi.

— Alô, playgirl hotline, Keela falando. Alec está ocupado com um cliente
agora, mas o que eu posso fazer por você hoje? — eu ronronei.

Alec estreitou os olhos e cerrou o maxilar enquanto eu sorri do outro lado


da cama.

— Hum olá, Keela. Sou Damien, irmão de Alec.

O gêmeo que eu não conheci.

— Ei Damien, ainda não nos conhecemos, mas sou Keela, a falsa


namorada do seu irmão.

Alec balançou a cabeça e esfregou o rosto com as mãos.

— Você é a falsa namorada de Alec? Por quê? — Damien questionou.

Suspirei e deitei na cama. — É uma longa história.

— Eu tenho tempo, linda.

Eu sorri. — Você não sabe como eu sou como você sabe se eu sou linda ou
não?

— Por causa do meu irmão, especialmente Alec não namoraria alguém -


falso ou não - que é menos do que impressionante.

Eu o admirei em voz alta.

— Você é tão doce.


A cama de repente mergulhou na minha esquerda, quando Alec subiu na
cama e encheu o espaço ao meu lado. Eu olhei para ele e gritei quando ele
beliscou minha axila fazendo-me derrubar o telefone. Ele pegou o telefone dele
com a mão livre, sorriu e rolou para o seu lado da cama.

Ele colocou o telefone no ouvido e disse: — Você fala com ela por menos
de trinta segundos e ela já acha que você é tão doce? Você e Dominic vão ter
uma enorme bunda se vocês continuarem essa merda.

Ouvi risadas vindo através do receptor do telefone fazendo Alec sorrir.

— O que você está fazendo, cara? Você está bem? Estou com saudades.

Eu senti minhas entranhas derreterem na admissão de Alec sentindo


falta de seu irmão mais novo. Eu nunca ouvi um homem abertamente dizer algo
como isso antes. Foi muito bonito e eu gostei. Muito.

Eu rastejei sobre Alec para chegar ao outro lado da cama, simplesmente


porque eu estava com preguiça de me levantar e caminhar ao redor. Meio
engatinhando Alec pegou meu braço e me puxou para baixo em cima dele. Ele
resmungou quando nossos peitos se conectaram com um baque, eu olhei para
baixo pra ele, mas congelei porque meu rosto estava a centímetros do
seu. Lambi meus lábios e não um segundo depois Alec beijou meus lábios na
velocidade da luz que me fez chiar e sorrir quando eu me afastei dele.

Sentei-me e descobri que estava montada nele.

Eu estava sentada diretamente em cima de sua virilha e pude sentir tudo,


porque ele só estava usando um calção. Apenas um fino calção de banho.

— Eu? Você não tem falado com os caras? Estou nas Bahamas.

Olhei para Alec e o encontrei com a cabeça erguida e seus olhos trancados
onde eu estava sentada sobre ele. Olhei para baixo e vi que minhas coxas nuas
estavam expostas, graças à canga subindo por minhas coxas.

— Como Keela disse, é uma longa história mano.


Eu rocei contra Alec quando eu mudei um pouco o fazendo sibilar
quando ele levou a mão até meu quadril. Ele olhou para cima e fixou os olhos
em mim, eu sorri para ele provocativamente, mas o sorriso desapareceu quando
senti a área sob onde eu estava endurecer.

— Damien, você sabe que eu te amo certo? Eu realmente amo mano, mas
não consigo me concentrar nessa conversa quando eu tenho uma ruiva sexy
moendo a boceta dela em mim.

Oh. Meu. Deus!

Eu ajustei meu corpo por uma maldita polegada, isso não contava como
moer!

— Eu não estou moendo nada contra você! — eu gritei. — Ignore-o


Damien, ele está apenas louco, porque eu não vou dormir com ele!

Dito isso, eu desci de Alec e invadi o banheiro.

— Não, espere! Volte por favor! Meu pau está latejando aqui!

Sorri para o tom de choramingo na voz de Alec enquanto eu fechava a


porta do banheiro com força.

— Eu odeio as mulheres!

Eu ri alto com isso.

Depois de me aliviar no banheiro, eu decidi tomar um banho, enquanto


eu terminava, Alec poderia ter algum tempo para falar com seu irmão já que ele
não chegava a vê-lo muitas vezes. Eu tomei meu tempo e meu banho demorou
pelo menos 30 minutos, eu estava completamente relaxada e pronta para a
cama quando me enrolei em uma toalha.

Eu saí do banheiro com a grande toalha do hotel enrolada com força ao


meu redor. Olhei para a cama enquanto eu caminhava em direção ao guarda-
roupa e sorri para Alec que estava olhando para mim.

— Você acha que é tão engraçada, não é? — ele retrucou.


Eu fiquei de costas para ele quando eu abri o guarda-roupa.

— Eu acho não, eu sei disso.

— Você é uma vadia provocadora é o que você é, por que você fez isso?

Joguei de donzela inocente.

— Eu não tenho nenhuma ideia do que você está falando, meu bom
senhor.

Ouvi então o movimento e engasguei quando uma mão agarrou meu


braço, um momento depois e me girou.

— Você sabe exatamente o que eu estou falando. Você montou em mim,


esfregou sua boceta contra mim, me deixando duro, então me deixou na mão.

Ignorei suas palavras grosseiras e franzi a testa para seu tom.

— Eu não fiz nada de propósito Alec. Você está colocando pensamento


demais nisso.

Alec rosnou. — Eu não acho que estou, gatinha.

Eu me senti mal e suspirei. Eu não tive a intenção de deixá-lo louco, eu


queria provoca-lo, não irritá-lo.

— Se isso vale alguma coisa, eu sinto muito.

Alec olhou para mim com olhos duros antes que lentamente, mas
seguramente, suavizasse.

— Eu aceito suas desculpas se você fizer algo para mim?

Eu olhei para ele. — Sem atos sexuais.

Alec riu. — Não, nada disso.

Eu levantei minha sobrancelha. — E então?

— Eu quero ir dançar.
— Dançar?

Alec sorriu e acenou com a cabeça. — Dançar.

— Obrigada, Jesus. — eu disse quando as portas do elevador se abriram


no quarto andar do hotel.

Era atualmente quase três da manhã e eu estava apenas voltando para a


minha suíte depois de ir dançar com Alec. Deixamos o nosso quarto de hotel as
sete com a intenção de sair do hotel, mas havia uma festa no salão de festas do
hotel e foi onde acabamos. Alec ainda ficou lá embaixo, dançando com um
grupo de senhoras, jovens e velhas, enquanto eu escapei e vim aqui. Eu não
conseguia ficar mais e estava precisando desesperadamente de uma cama.

Meus pés estavam absolutamente me matando.

Eu bocejei alto quando eu me arrastei pelo corredor até o meu quarto e


de Alec. Quando cheguei à porta, escorreguei meu cartão chave na porta
esperando a luz verde piscar para que eu pudesse entrar.

Quando a luz verde piscou abri a porta, consegui ficar em pé, mas não por
muito tempo. Eu tropecei em alguma coisa e fui de cara no chão.

Eu gemi alto quando minha coxa ferida latejou de dor com o


impacto. Esforcei-me para os meus pés e tateei a parede para o interruptor de
luz, quando eu encontrei-o eu amaldiçoei.

A mala de Alec estava aberta no chão. O desgraçado nem sequer teve a


decência de colocá-la fora do caminho - o meu caminho. Com raiva a empurrei
para a parede com o meu pé e então me levantei, abri o zíper do meu vestido,
deslizei fora, em seguida, removi o meu sutiã. Senti-me livre e deixei tudo solto,
não me importando que eu não estivesse usando nada mais.

Virei-me para o guarda-roupa e o abri, eu não tinha bebido nada na festa,


mas meus olhos estavam borrados de tão cansados e eu não podia ver uma
merda.

Bati as portas do guarda-roupa fechado e considerei ir para a cama em


apenas minha calcinha, mas Alec passou pela minha mente e eu gemi. O filho da
puta estaria vindo até aqui para dormir e, eventualmente, eu não poderia estar
nua.

Suspirei e olhei para a cama, mas vi sua grande mala preta no


chão. Mudei-me para ela antes que eu pudesse me parar e aproveitei que - ela-
já-estava-aberta - e peguei a primeira coisa que eu toquei. Ela acabou por ser
uma camiseta branca.

Eu verifiquei o tamanho dela e vi que era uma extragrande. Alec não era
gordo, longe disso, ele era musculoso e provavelmente precisava de um quarto
extra em suas roupas para bem, respirar.

Antes que eu pudesse me parar, eu coloquei a camiseta e sorri quando ela


caiu no meio das minhas coxas. Cheguei perto da minha bunda e senti que tinha
coberto apenas minhas nádegas. Eu normalmente não iria nunca resolver vestir
apenas isso quando eu sabia que ia estar em torno de alguém, mas eu estava tão
cansada que não dei uma merda. Mudei-me para o banheiro, peguei meus
lenços umedecidos e lavei a maquiagem do meu rosto o quanto eu podia.
Agarrei um punhado de meu cabelo e o enrolei em um coque bagunçado de
aparência horrível.

Eu saí do banheiro, apaguei as luzes e caí de cara na cama antes de mover


meu caminho sob as cobertas. Eu tomei uma respiração profunda e suspirei
quando eu fechei os olhos e caí em um sono tranquilo.
Uma batida interrompeu meu sono tranquilo. Sentei-me com os meus
olhos ainda fechados e não me movi. Eu ainda estava numa espécie meio
dormindo e não sabia se deveria deitar ou ficar sentada.

— Keela? Acorde! — a voz de Alec gritou.

Eu gemi e movi as cobertas de cima de mim para que eu pudesse


levantar.

— Deixe-me entrar! — Alec gritou novamente e bateu na porta um pouco


mais.

Eu estendi minhas mãos enquanto eu me movia em direção à porta


sentindo meu caminho ao longo das paredes até minha cabeça bater na porta,
fazendo-me tropeçar um pouco para trás.

— Estou indo, espere maldito! — eu gritei, irritada.

Eu cegamente procurei a maçaneta da porta e a encontrei depois de


alguns segundos. Eu abri a porta e olhei para cima para encontrar os olhos azuis
de Alec. Ele estava casualmente encostado no batente da porta, com os braços
cruzados sobre o peito. Ele parecia uma visão, uma visão do sexo.

— Bem, você não é um colírio para os olhos. — ele sorriu.

Eu só podia imaginar como meu rosto e cabelo parecia.

— Morda-me. — eu rosnei antes de virar e caminhar de volta para a cama


e olhei o relógio em uma das mesinhas de cabeceira, lia-se 04:13 da manhã.

Ouvi uma ingestão aguda de respiração, quando a luz se


acendeu. Arrastei-me na cama e voltei debaixo das cobertas e descansei minha
cabeça em meu travesseiro.

— O que você está vestindo? — a voz de Alec perguntou.

Eu pensei sobre isso por um segundo e abri meus olhos.

— Huh... uma camiseta. — eu respondi.


— É minha? — perguntou ele.

Eu não sabia se ele parecia louco ou divertido.

— Sim. — eu murmurei.

Ele ficou em silêncio por um minuto depois ouvi itens baterem no


chão. Eu sabia que ele estava se despindo e isso me deixou um pouco tensa. Eu
queria virar e olhar para ele, mas eu fiz uma carranca mentalmente para mim e
fiquei na posição que eu estava.

— Por que você está usando a minha camiseta para dormir? — perguntou
ele.

Dei de ombros e fechei os olhos novamente. — Eu não conseguia


encontrar shorts ou regata, então eu só peguei isso. Vou comprar uma nova, se é
isso que tem suas calcinhas torcidas.

Alec bufou. — Eu não preciso de uma nova, eu tenho cerca de dez mais
delas comigo. Eu estava apenas curioso para saber por que você estava usando
minhas roupas para dormir. Você me odeia depois de tudo.

— Eu odeio você, não sua camiseta.

Isso fez Alec rir quando ele moveu as cobertas de lado para que ele
pudesse entrar depois que ele apagou a luz.

— Jesus. — ele respirou.

Eu gemi.

— E agora? — perguntei.

— Eu posso ver a sua bunda. — ele respondeu.

Virei-me imediatamente em minhas costas e virei minha cabeça para


olhar para ele. — Não olhe!

Ele ergueu as mãos. — Eu não posso perdê-la, está bem ali.


Estreitei meus olhos e ele viu.

Ele esfregou as têmporas. — Esqueça o que eu disse, volte a dormir.

Revirei meus olhos e percebi então que ele estava em apenas sua cueca
boxer.

Eu ampliei meus olhos. — Você não pode dormir perto de mim desse
jeito! — eu disse apontando o dedo para o seu corpo.

Que diabos aconteceu com a minha condição de calça de pijama?

Ele olhou para si mesmo antes de olhar para mim com uma sobrancelha
levantada. — Eu costumo dormir nu, eu achei que você não iria querer isso...

— Droga, claro que não! — eu atirei.

— É por isso que eu estou usando estes. — ele continuou e fez um gesto
para suas boxers.

— Só apague a luz.

Alec inclinou para mim pouco antes de apagar a luz. Mostrei-lhe o dedo o
fazendo rir. Quando apagou a luz ele se mudou de volta para a cama e
mergulhou para baixo ao meu lado quando ele se acomodou.

Ele deitou e puxou as cobertas sobre si mesmo, puxando-as para longe de


mim um pouco. Eu puxei de volta; ele puxou um pouco mais o que me fez puxar
novamente.

Isso continuou por cerca de vinte segundos até que ele riu e disse: —
Pare de puxar toda a coberta!

Eu rosnei. — Não enche meu saco, eu estava aqui primeiro.

— Esta é a nossa cama, não apenas sua.

Eu bufei. — Basta ficar do seu lado. Não atravesse para o meu lado e eu
não vou matar você em seu sono, está bem?
Eu praticamente podia sentir o sorriso de Alec irradiar dele e isso me
irritou.

— Entendido.

— Bom. — eu chiei e virei de lado, puxando o cobertor comigo.

Ele bufou e não puxou o cobertor de novo e isso me fez relaxar. Estava
quente como o inferno, mas eu ainda precisava me cobrir com as cobertas, eu
não conseguia dormir sem nada me cobrindo.

Eu pensei que eu teria sido incapaz de dormir seminua com Alec ao meu
lado, mas surpreendentemente eu nem sequer pensei nisso quando eu fechei
meus olhos novamente.

Quando acordei, foi por causa do vento se movendo no meu rosto. —


Feche a janela. — eu murmurei, aconchegando-se mais profundamente no meu
travesseiro.

Eu ouvi um gemido, assim quando eu senti meu travesseiro se


mover. Franzi minhas sobrancelhas, mas não abri meus olhos. Eu gemi um
pouco quando senti o movimento entre as minhas pernas e engasguei em
alarme quando algo duro pressionou contra mim... lá.

Eu abri meus olhos e gritei quando vi um rosto que não era Storm. Os
olhos no rosto se abriram assim quando as mãos se apertaram em minha volta.

— Sou eu, Alec!


Eu parei de lutar e gritar e olhei para o rosto de novo. Reconheci-o agora
e alívio instantaneamente me inundou, eu pensei que eu tinha tido um caso de
uma noite ou algo assim.

Aliviei para a esquerda quando Alec se moveu e um gemido saiu dos


meus lábios novamente. Ele olhou para mim, depois para baixo para os nossos
corpos entrelaçados e deixou um sorriso assumir o seu rosto.

— Não poderia ajudar a si mesmo você poderia gatinha?

Eu sabia que sua perna estava entre as minhas pernas e escovando contra
mim. Sempre fui sensível; o menor dos toques sempre me fazia gozar, mas eu fiz
o meu melhor para não deixar Alec saber disso.

Eu olhei para ele enquanto ele movia a perna em mim novamente.

— Saia de mim. — eu disse, sem fôlego.

Ele sorriu e me puxou para perto dele. — Você não soa como se você
quisesse que eu saísse. — disse ele, quando ele se virou e de alguma forma me
moveu debaixo dele, sem me mover.

Que diabos?

— Alec. — eu disse com uma voz ofegante.

Era para sair em um tom de aviso.

— Você estava dizendo meu nome em seu sono. — ele disse enquanto
olhava para mim.

Ele manteve-se nos cotovelos, levando a maior parte do peso de cima de


mim.

— Eu provavelmente estava tentando matá-lo e...

Ele bufou. — Você disse enquanto gemia, que eu era sexy pra cacete.
Assistindo você sonhar comigo fez você ofegante.
Eu senti meu corpo inteiro ficar vermelho. — Você está inventando isso,
eu te odeio! Eu não sonho com você, desse... desse jeito!

Alec roçou seu nariz no meu me fazendo estalar os dentes para ele o que o
fez sorrir para mim. — Ah, mas você fez Keela.

Eu não acreditei nele.

— Eu te odeio. — eu disse com a voz mais firme que consegui.

Ele me balançou moendo sua virilha contra a minha. Ele estava entre as
minhas pernas e a única barreira impedindo de estar em mim era minha
calcinha e sua cueca.

— Eu te odeio também. — ele sorriu, mas depois resmungou. — O que


não me impede de querer você embora.

Senti meus olhos se arregalaram. — Você não pode estar falando sério...

Ele me beijou.

Ele realmente me beijou, e não apenas um selinho ou um beijo roubado


neste momento. Seus lábios estavam nos meus e sua língua forçou seu caminho
dentro da minha boca. Eu disse seu nome, mas ele saiu como outra porra de
gemido e não demorou muito para perceber que eu estava beijando-o de volta.

Eu não estava apenas beijando-o de volta, porém, oh não, minhas pernas


estavam enroladas em sua cintura e minhas mãos por trás de sua cabeça e
pescoço puxando-o mais perto que ele poderia ir. Eu não queria beijar ou tocá-
lo, mas, obviamente, o meu corpo tinha outras ideias.

— Diga. — ele rosnou em meus lábios.

Diga o que porra?

Minha mente estava como mingau - eu não conseguia compreender o que


ele queria me dizer. Havia uma batalha acontecendo dentro da minha
cabeça; um lado não podia acreditar no que eu estava fazendo e me disse que eu
tinha que parar, enquanto o outro lado estava relaxado me dizendo para ficar e
que Alec e eu deveríamos foder nossos problemas.

Literalmente fodê-los.

— Diga, Keela. — a voz de Alec rosnou novamente recebendo minha


atenção.

— Dizer o que? — eu perguntei, sem fôlego.

— Que você me quer. — disse ele, e ele reconectou nossos lábios. — Diga-
me que você quer que eu te foda. Diga 'foda-me, Alec'.

O lado racional da minha cabeça me disse para lhe dizer para se


foder, enquanto o outro lado - estou dublando o lado sacanagem - foi vibrando e
cantando uma música que apenas repetia a mesma linha.

Foda-me, Alec!

— Foda-me, Alec. — eu murmurei depois gemi quando ele se empurrou


em mim novamente.

— Mais alto. — ele rosnou.

Eu engoli o meu orgulho, o lado racional da minha mente apontou o dedo


e olhei diretamente nos olhos. — Foda-me, Alec. — eu disse antes de puxar a
cabeça para trás na minha.

Ele rosnou em minha boca e usou uma de suas mãos para empurrar a
minha camiseta emprestada para cima, expondo meus seios. Ofeguei quando
sua boca deixou a minha e trancou em meu mamilo esquerdo. Ele sugou e
mordeu-me um pouco antes de mudar para o mamilo direito. Eu moí minha
metade inferior nele, e ele estremeceu.

— Elas precisam ir. — ele rosnou quando se sentou, tirou minhas pernas
ao redor de sua cintura, prendeu a mão ao redor minha calcinha de renda preta
antes de arrancá-las pelas minhas pernas e pés antes de jogá-la em algum lugar
atrás dele.
Ele tirou suas boxers em tempo recorde e voltou em cima de mim antes
de parar.

— O quê? — perguntei quando eu levantei meus quadris para cima e


comecei a moer nele.

Ele fechou os olhos quando meus sulcos facilitaram para ele deslizar
pelas minhas dobras e para cima para o meu umbigo.

— Eu não tenho preservativos. — disse ele com a voz tensa.

Meu coração se partiu. Eu não tinha nenhum, eu não estava pensando em


ter relações sexuais com ninguém nesta viagem, especialmente Alec. Eu estava
prestes a dizer-lhe que isso era um sinal de que nós não fomos feitos para fazer
sexo, quando de repente ele usou sua mão para guiar-se na minha entrada.

— Eu vou tirar. — disse ele antes de balançar em mim.

Eu gritei de prazer com a sensação de estar tão cheia. Os olhos de Alec


rolaram para trás um pouco antes de puxar um pouco e repetir suas ações
anteriores.

— Meu Deus. — ele gemeu. — Tão fodidamente bom.

Eu concordei plenamente.

Ele estabeleceu um ritmo constante de empurrar e recuar antes de se


inclinar para trás para se abaixar em seus cotovelos e trazer seu rosto para o
meu.

— Você gosta disso? — perguntou ele.

Isso era uma pergunta séria?

— Sim! — eu murmurei quando abri minhas pernas ainda mais para ele.

Ele me fez gritar de novo quando ele balançou em mim mais do que ele
tinha feito antes.

Parecia incrível, muito fodidamente incrível.


— Eu não consigo aguentar isso, não... — eu gritei quando ele fez isso de
novo.

Toda a confiança que ele tinha pareceu aplicar mais poder e cada vez ele
me fez gritar e gritar. Senti vontade de fugir dele, porque ele estava me fazendo
sentir um prazer tão intenso que eu não podia aguentar, ao mesmo tempo, eu
estava me forçando a ficar parada para que pudesse durar para sempre.

— Boa menina. — Alec ronronou assim que seus dentes trancaram em


meu lábio inferior.

Comecei a ofegar quando uma sensação de calor começou a girar em


torno do meu núcleo.

— Bem ali. — eu disse, então gritei quando um cobertor de prazer e êxtase


caiu em cima de mim.

Senti minhas mãos caírem de volta no colchão quando Alec pôs as mãos
sobre meus ombros. Eu abri meus olhos quando ele sorriu para mim. — Acorde,
gatinha. — disse ele.

Olhei para ele em confusão depois arregalei os olhos, ele começou a ficar
embaçado. Eu apertei meus olhos fechados.

— Acorde, gatinha! — gritou ele.

Meus olhos se abriram para encontrar a camiseta que eu estava usando


presa a mim com suor e entre as minhas pernas estava pulsando. Sentei-me de
imediatamente e olhei em volta. Alec sentou-se agora também do seu lado da
cama.

— Você estava gritando em seu sono e se movimentando muito. — ele


bocejou.

Senti-me ficando vermelha.

— Eu pensei que você estava acordada porque você estava dizendo meu
nome e - por que seu rosto está tão vermelho? — ele perguntou, esfregando o
sono dos seus olhos.
Senti-me aquecer ainda mais quando pulei da cama. — Não há razão, está
apenas quente aqui. — eu menti.

Ele me olhou por um momento e depois olhou para as minhas pernas


trêmulas antes de olhar para o meu rosto. Olhei para mim também e quase
morri quando eu vi que minhas coxas estavam molhadas e era facilmente
visível.

— É suor! — eu soltei.

Alec olhou para mim por mais alguns segundos antes de um sorriso
esticar em seu rosto. Era o sorriso presunçoso que eu já vi no rosto de alguém.

— Pare de sorrir, porra. É suor, isso é tudo! — eu berrei.

Os dentes de Alec estavam a mostra agora porque ele estava com um


sorriso largo. — Você sonhou comigo, não é? Você estava gritando meu nome,
isso me acordou. Você estava ofegante e...

— Cale a boca! — eu gritei e corri para o banheiro ouvindo-o rir atrás de


mim.

Eu queria morrer, eu queria que o chão se abrisse e me engolisse inteira.

— Eu gozei também ou você terminou antes de mim? — ele perguntou


com a barriga roncando de risada.

Peguei uma toalha e gritei nela.

Eu estava tão absolutamente mortificada que eu senti vontade de chorar.

Que diabos havia de errado comigo? Por que eu sonhei com Alec assim,
por quê? Eu sabia que eu gostava dele, mas caramba, eu odiava o
bastardo. Agora que ele sabia que eu sonhava com ele, o filho da puta seria
presunçoso sobre isso pelo resto da viagem e possivelmente o resto de sua vida.

Sentei-me no chão e enterrei meu rosto em minhas mãos tentando


pensar em outra coisa, qualquer outra coisa.
— Eu vou chamar o serviço de quarto e dizer-lhes para enviar alguém
mais tarde para mudar os lençóis! — Alec gritou de algum lugar no quarto do
hotel.

Eu gritei na toalha novamente e ele caiu na gargalhada.

— Estou muito feliz. — ele anunciou em uma voz cantante.

Eu não estava - eu estava longe pra caralho disso.


F echei meus olhos e

suspirei quando ouvi meu telefone tocar em algum lugar no quarto. Eu não
queria lidar com Aideen, mas eu tinha que saber se Storm estava bem, então eu
levantei da cama, ouvi o meu telefone, então segui o ruído até o guarda-roupa.

— Storm está bem? — perguntei assim que atendi ao telefone.

— Aqui é Storm. Aideen está morta porque eu a comi.

Senti-me sorrir.

— Tenho certeza que ela mereceu.

— Vaca. — Aideen murmurou então perguntou: — Como você sabia que


era eu?

Eu suspirei. — Porque você é a única pessoa que me liga.

— Babe, isso é bastante patético.

Eu bufei. — Diga-me sobre isso.

Aideen riu. — Então, como está Bahamas? Espero que esteja caindo
chuva, porque aqui está.
Virei a cabeça para a direita e olhei pelas janelas abertas e para a vista
deslumbrante do oceano azul e um céu ainda mais azul.

— Espere mais um pouco, não parece que a chuva está aqui, apenas o
calor e a luz do sol.

— Odeio você.

— Não seja invejosa.

Aideen bufou. — Inveja de você no paraíso com o príncipe charmoso? Por


que eu estaria com inveja disso?

Eu gemi com a menção dele e senti meu rosto esquentar enquanto me


lembrava de como ele riu de mim.

Não, de jeito nenhum.

Nós não vamos discutir o filho da puta. Eu não queria pensar nele.

— Esta conversa pode permanecer livre de Alec Slater, por favor? Conte-
me sobre o meu bebê, ele sente falta de mim?

— Eu não sei, vou perguntar a Storm mais tarde, se ele quiser falar
comigo.

Eu ri. — Espertinha.

— Nós sabemos que eu sou uma espertinha, vamos ignorar essa


informação já conhecida e diga-me por que não podemos falar sobre Alec sexy-
pra-caralho Slater?

Ela não era nenhuma ajuda, nenhuma ajuda em nada.

— Aideen. — eu gemi.

— Não me venha com Aideen, diga-me... a menos que você o matou,


então eu não quero saber. Não posso testemunhar para você se eu souber que
você fez isso.
Franzi minhas sobrancelhas, puxei meu telefone da minha orelha e olhei
para ele antes de balançar a cabeça e colocá-lo de volta contra o meu ouvido.

— Uau.

Ouvi a ingestão aguda da respiração de Aideen antes de ela dizer: — Oh,


meu Deus, você não negou que o matou! Esqueça o que eu disse antes sobre não
me contar, conta!

Eu não pude deixar de rir dela, ela era tão dramática e louca que não era
nada, exceto engraçado.

— Eu não matei ninguém. Alec está perfeitamente bem e, no mesmo


estado em que estava quando deixou a Irlanda... porém, ele pode estar um
pouco mais feliz agora.

— Por que ele estaria mais feliz? Além disso, deixe-me acrescentar que eu
estou feliz que você não o matou, o que teria sido um terrível desperdício de
deliciosa carne masculina.

Mãe de Deus.

— Há algo de errado com você, você não é normal.

Aideen bufou. — Normal é superestimado, agora me responda a


pergunta. Por que ele está mais feliz? Você transou com ele?

Que diabos?

— Não! Por que você ainda me pergunta isso?

Houve uma longa pausa.

— Porque eu sei que você está atraída por ele, mesmo que você não queira
estar. Você está lutando com essa atração para que você não mergulhe na cama
com Alec, transe com ele, então acorde se sentindo usada.

Eu olhei para baixo para os meus joelhos agora trêmulos e suspirei.

— Eu sou tão óbvia?


— Para mim? Sim. Para Alec? Não.

Eu soltei um suspiro.

— Graças a Deus por isso pelo menos, eu não posso lidar com ele sabendo
que eu gosto dele depois do que aconteceu esta manhã.

Eu admiti em voz alta para Aideen que gostava de Alec, não havia como
voltar atrás agora, mesmo que eu quisesse, porque ela não esqueceria que eu
disse.

— Se você me fizer perguntar o que aconteceu, eu vou entrar pelo telefone


e estapear você, cadela.

Engoli em seco e fechei os olhos. — É tão constrangedor.

— É você, Keela, qualquer coisa que acontece com você nunca é menos do
que constrangedor.

Eu bufei. — Muito obrigada maldita.

Aideen riu e, em seguida, esperou que eu contasse a minha história de


terror.

— Eu tive um sonho sujo com Alec e ele sabe sobre isso. — eu soltei e
fechei os olhos.

As coisas ficaram em silêncio por um momento, e quando esse momento


acabou, gritos e assobios de lobo soaram através do receptor do meu telefone.

— Você teve um sonho molhado? Entre nele, querida. Uhull. Keela teve
um sonho sujo. Um sonho s-u-j-o com...

— Aideen, por favor! Você não está ajudando!

— Oh, pare com isso! Isso é engraçada, encontre o seu senso de humor e
ria disso!

Eu gemi. — Eu não posso, eu não consigo achar nada engraçado nisso.


Ele sabe que eu tive um sonho sujo sobre ele Ado, ele sabe e ele riu de mim!
As risadas de Aideen pausaram.

— Ele riu de você ou riu da sua reação sobre ter um sonho sujo com ele?

Eu abri minha boca para lhe responder, mas fechei-a enquanto eu


pensava sobre o que ela disse.

— Isso é exatamente o que eu pensei. Você só assumiu que ele estava


rindo de você e ficou brava.

Eu fiz uma careta. — Você faz isso soar como se estourar com ele fosse
algo que eu fizesse com frequência...

— Você fez nada além de gritar com ele desde o momento em que o
conheceu. Você esquece que ele está aí como um favor para ajudá-la. Ele não
tem que estar aí, Keela. Ele não tem que ter nada a ver com você e ele ainda está
aí. Dê a ele alguma folga. Eu sei que você está cautelosa, porque ele quer transar
com você, mas dê-lhe um tempo, pelo menos ele admite o que quer de você em
vez de te usar pelas costas. Eu também tenho certeza em dizer que ele querer
transar com você é apenas sua maneira de contar que ele está interessado em
você.

Eu fiz uma careta.

— Eu odeio que você esteja certa.

— Claro que sim, ninguém gosta de estar errado.

Eu suspirei.

— Ótimo, o próximo passo é agir com a sua atração.

Revirei os olhos. — Eu odeio Alec.

— Você está atraída pela aparência dele, mas o odeia como pessoa, isso é
possível.

— Isso é tão superficial, gostar de alguém por causa da sua aparência.


Aideen bufou. — Então, a maioria da população humana é superficial,
porque na maioria das vezes é isso que atrai as pessoas para outros em primeiro
lugar, a aparência.

Eu não respondi porque eu sabia que ela estava certa.

— Eu acho. — eu murmurei.

Ela suspirou sonhadora. — Ele era bom? — ela perguntou.

Engoli em seco. — Era um sonho, não, na verdade, foi um pesadelo.

Aideen caiu na gargalhada. — Era um sonho, não um pesadelo. Tive


muitos sonhos sobre Alec...

— Porém, ele não estava ao seu lado quando você teve o dito sonho.

— É por isso que você está surtando? Porque você acha que ele sabia o
que você estava sonhando?

— Ele sabia. Ele riu pra caramba de mim quando ele viu... — eu me
interrompo com um grito.

— Será que nós já não lidamos com isso? Como você sabe que ele não
estava rindo da sua reação...

— Ele viu a... evidência. — eu estremeci, cobrindo meu rosto com a mão
livre.

Aideen ficou quieta por um segundo antes de cair na gargalhada. — Você


gozou? Como, realmente gozou em um sonho? Merda, você literalmente teve
um sonho molhado.

— Não é engraçado! — eu gritei. — Eu tive um sonho erótico sobre Alec,


como isso é engraçado?

— Não é engraçado de jeito nenhum, nada sobre me trepar num sonho,


mas não na vida real é engraçado. — a voz dele falou.
Fechei os olhos por um momento antes de virar a cabeça e olhar na
direção da porta do quarto do hotel. Alec estava na porta com um saco plástico
em uma mão e um ramo de flores na outra.

— Essas flores são um pedido de desculpa por rir de mim? — eu


perguntei, curiosa.

— Não, elas são para iluminar o quarto, porque uma nuvem negra paira
sobre ele, graças a sua calcinha torcendo sobre algo estúpido.

— Não fale sobre minhas calcinhas, seu grande filho da puta. Você não se
atreva, porra! — eu rebati fazendo Alec e Aideen caírem na gargalhada.

Eu queria matar ambos.

Desviei o olhar de Alec e foquei no meu telefone.

— Você não deveria rir com ele, você é minha amiga, me apoie!

— Não, porque ele está certo. Suas calcinhas estão torcidas sobre algo
estúpido.

Estreitei meus olhos e suspirei alto. — Tudo bem, talvez elas estejam
torcidas, mas por uma boa razão! Eu sinto como se tivesse cometido o maior
pecado de todos...

Alec bufou. — Você teve um sonho molhado, grande coisa.

Ahhh!

Eu desliguei em uma Aideen rindo então mergulhei sob as cobertas da


cama e desejei a morte em cima de mim. A risada de Alec me seguiu e eu tentei
enfiar meus dedos nos meus ouvidos para fazê-lo ir embora, mas ele não iria.

Ele mergulhou na cama, em seguida, fazendo-me grunhir quando ele


colocou o seu peso em cima de mim.

— Sai, você pesa uma tonelada! — eu reclamei.


Então Alec se moveu em torno até que ele estava deitado ao meu lado. —
Olha, eu sei que você está envergonhada com o que aconteceu esta manhã, mas
eu tenho algo para animá-la.

A curiosidade levou o melhor de mim, então eu lentamente tirei a cabeça


para fora das cobertas. Alec estava olhando para mim e começou a sorrir
enquanto segurava o saco plástico que estava em sua mão quando ele entrou no
quarto.

Olhei para o saco. — O que você comprou para mim? Uma máquina do
tempo? — eu perguntei.

Ele bufou. — Não, apenas algumas coisas para fazer você se sentir
melhor. — disse ele quando me entregou a sacola.

Peguei a sacola dele e olhei dentro. Sorri quando vi uma caixa de


chocolates.

— Obrigada, mas eu estou em uma dieta e não posso comer...

Alec levantou a mão e balançou a cabeça. — Não, eu comprei estes


chocolates como uma oferta de paz e você vai pegá-los, e você vai comê-los, e
você vai gostar deles.

Quem ele pensava que era?

— E se eu não fizer?

Alec sorriu. — Se você não fizer isso, quando a sua mãe chegar aqui, eu
vou lhe dizer que você teve um sonho molhado sobre mim e destruiu os lençóis
da cama.

— Desgraçado! — eu gritei e mergulhei para frente e balancei as minhas


mãos nele.

Alec me agarrou e riu quando ele caiu na cama, puxando-me com ele. Eu
me esforcei para sair dele quando eu me sentei.
Alec me deu uma piscadela antes de olhar para onde eu estava sentada
em cima dele. — Faz lembrar de alguma coisa? Um certo sonho, talvez?

— Não, porque você estava por cima no sonho. — eu arregalei meus olhos
com horror com o que eu acabei de falar. — Cale a boca, Alec.

Ele riu quando eu rolei para fora dele.

— Eu te odeio. — eu disse em meu travesseiro.

Ele jogou os braços em cima de mim. — Não, você não odeia. Você pode
não gostar de mim, mas você não me odeia. Somos amigos, afinal, e os amigos
não devem brigar como nós.

Eu resmunguei. — Amigos, hein?

— Sim.

Eu suspirei, cedendo. — Tudo bem, nós somos amigos. Agora você vai
desmontar de nós?

— Nós?

Revirei os olhos e disse: — De mim.

— Mas você disse nós.

— Nós serve também.

Alec inclinou a cabeça para mim. — Sabe de uma coisa? Estou morando
na Irlanda por três anos e os irlandeses ainda me fazem coçar a cabeça quando
dizem certas coisas.

Encolhi os ombros. — Não pode ser tão ruim já que você ainda vive lá.

— Mesmo que eu odiasse as pessoas eu ainda viveria lá.

Eu levantei minhas sobrancelhas. — Por quê?

— É onde a minha família está, onde é a minha casa... eu gosto da vista,


também.
Eu ri. — Eu gosto também, é linda.

— Você é linda.

Eu o olhei fixamente. — Pare com isso.

— Parar com o quê? — Alec sorriu, enquanto me dava o olhar 'foda-me'.

— Isso! Pare de tentar me seduzir.

Alec piscou, olhou para mim por um momento e depois riu. — Eu sinto
muito, eu nem percebi que eu estava dando em cima de você.

— Talvez porque você flerte tanto com as pessoas que isso tornou-se sua
segunda natureza, assim como respirar, você faz isso e nem percebe.

— É uma habilidade.

— É uma dor na bunda, isso é o que é.

Alec balançou as sobrancelhas para mim. — Eu sei algo que pode ser uma
dor na sua bunda...

— Alec, eu juro por Deus, se você terminar essa frase eu vou enfiar meu
pé tão forte na sua bunda que você vai precisar de um cirurgião para removê-lo.

Alec olhou para mim fixamente, sem piscar, em seguida, murmurou. —


Você é mesmo mais criativa com as ameaças do que Bronagh.

Eu interiormente sorri. — Sinto muito por te ameaçar tanto, e já que eu


estou nessa, eu sinto muito por ser uma cadela com você. Porque não
começamos de novo. Ei, eu sou Keela Daley, prazer em te conhecer.

Alec sorriu para mim e pegou minha mão na sua. Ele ergueu a mão à boca
e beijou meus dedos antes de dizer: — Prazer em conhecê-la, Keela Daley. Sou
Alec Slater.

Eu suspirei enquanto soltei o fôlego, o que fez Alec rir.


— Então, Alec, o que você gosta de fazer para se divertir? Mantenha isso
PG27.

Alec sorriu e balançou a cabeça e disse: — Eu gosto de animais. Quando


estou em casa, eu ajudo com os abrigos locais que o DSPCA28 administra. Eles
têm recursos muito limitados então os voluntários são sempre bem-vindos. Faço
doação em dinheiro também, mas doar o meu tempo é algo que eu gosto. E
você, o que você faz para se divertir? Pode ser tão explícita o quanto quiser com
a sua resposta, apenas jogue isso aí.

Eu queria rir com o final da sua frase, mas não o fiz porque eu estava
muito ocupada processando o fato de que ele era voluntário em abrigos de
animais, porque ele gostava disso.

Isso só adicionava ao quão atraente ele era.

— Hum, eu gosto de escrever. Não é nada tão legal quanto voluntariar,


mas...

— Não faça isso, não coloque algo que você gosta de fazer para baixo.
Nem mesmo compare com algo que alguém gosta de fazer. É seu, então coloque
em um alto pedestal.

Eu pisquei.

— O quê? — Alec perguntou enquanto eu olhava para ele.

Limpei a garganta e disse: — Eu nunca tive alguém, além de Aideen, para


ser tão direto comigo antes.

Alec deu de ombros. — Gaste um pouco de tempo comigo e você pode ver
como eu posso ser direto, gatinha.

27
Controle dos pais, referindo-se à idade dos programas exibidos na televisão, por exemplo, limitando a
idade.

28
Serviço de proteção aos animais na Irlanda.
Eu levantei minhas sobrancelhas. — Isso foi sugestivo? Eu realmente não
posso dizer.

Alec riu. — Não se preocupe, vamos voltar para você, o que você gosta de
escrever.

Eu senti meu rosto esquentar com os holofotes de repente em mim e na


minha escrita, eu estava prestes a escapar quando Alec se inclinou e segurou
meu queixo com os dedos e disse: — Nem pense nisso, gatinha. Vocês começou
esta conversa e eu estou vendo que vamos terminá-la.

Bem, dê-me licença.

— Você tem que entender que este é um tema sensível para mim, só
Aideen sabe que eu escrevo e agora você. Você ainda é novo...

— Estou tentando ficar desgastado com você, então eu não sou tão novo
mais. Quanto mais se fala, mais acontece. Você fala, eu vou ouvir. Conte-me
sobre sua escrita.

Franzi minhas sobrancelhas e perguntei: — Você está falando sério? Você


realmente quer falar e me ouvir?

Alec franziu a testa para mim. — Por que isso é tão chocante para você?
As pessoas conversam diariamente.

— Você só tem falado sobre sexo desde que nos conhecemos. Estou
honestamente tendo problemas em separar aquela parte, do você sério de agora.

Alec sorriu. — Você não me conhece, gatinha. Sabe o que eu quero de


você, mas é isso. Você não me conhece de jeito nenhum.

Eu senti como se ele estivesse me desafiando.

— Bem, talvez eu queira conhecê-lo. Talvez eu queira entrar na sua mente


e descobrir isso também. Quero entender você.

Alec estendeu a mão para o meu rosto e passou as pontas dos dedos sobre
a minha bochecha.
— Você perderia sua mente tentando entender a minha, gatinha.

— Não seja enigmático comigo, eu gosto mais de você quando você vai
direto ao ponto.

Alec retirou a mão e riu. — Eu gosto da sua honestidade gatinha, nunca a


perca.

— Eu não planejo isso.

— Bom. Vamos, nós podemos terminar esta conversa mais tarde, eu


quero sair.

— E fazer o que?

Alec me puxou da cama e me pôs de pé, em seguida, em um abraço. —


Agora que somos amigos, vamos arrumar o nosso cabelo.

Afastei-me e dei-lhe um olhar.

Ele sorriu para mim. — Você precisa lavar e secar.

Revirei os olhos, em seguida, olhei para o céu. Se eu não o matasse até o


final desta viagem, então eu acreditaria que os milagres realmente existem.
— E u

arrumei o meu cabelo, porque você me perseguiu durante a última hora, mas eu
não vou fazer uma tatuagem e você não pode me obrigar.

Alec gemeu em voz alta, pela décima vez em trinta segundos.

— Pela última vez, eu vou ser tatuado, você simplesmente vai sentar lá
e ficar quieta. Não vai demorar...

— Não, você não vai me deixar lá fora sozinha, e se um dos artistas achar
que eu quero fazer uma tatuagem e depois eles me forçarem a fazer uma?

Alec esfregou os olhos com as duas mãos antes de se concentrar em


mim. — Querida, eu não acho que alguém poderia forçá-la a fazer algo que você
não queira, mesmo se eles tentarem.

— Seja como for, vou entrar na sala com você.

Alec gemeu em voz alta novamente, mas em vez de discutir, pegou minha
mão e entrelaçou com a dele. — Vamos lá, então.

Vitória!

Encolhi-me perto de Alec quando nos aproximamos do balcão da


recepção do estúdio de tatuagem. Tudo bem, não era exatamente uma recepção,
mas era claramente o lugar a ir quando você queria falar com a pessoa
responsável. O homem encarregado simplesmente aconteceu de ser um homem
negro de um metro e oitenta, que estava coberto de tatuagens.

— O que eu posso fazer por você, ‘mon’? — o Deus Tatuado perguntou a


Alec.

Eu sorri, ele disse 'mon' em vez de 'man'.

É bastante autoexplicativo porque eu apelidei o homem de Deus Tatuado.

Ele. Era. Deslumbrante!

— Eu estou querendo terminar a minha manga. Tenho um pedaço de pele


branca no meu tríceps que eu quero coberto e homogêneo.

Deus Tatuado acenou com a cabeça. — Vamos dar uma olhada no que eu
vou trabalhar29.

Notei que o sotaque das Bahamas do homem o levava a não pronunciar o


G30 e eu gostei disso porque eu também fazia isso quando falava.

Alec estava combinando com o Deus Tatuado e abriu a mão e tentou


puxá-la da minha, mas quando eu não a soltei, ele riu e beijou minha cabeça. —
Eu vou te devolver em um segundo, prometo.

Eu corei de vergonha quando o Deus Tatuado riu e tentou encobrir


através da tosse. Eu soltei a mão de Alec e fiquei ociosa ao lado dele enquanto
ele tirava a camiseta. Quando ele estava de peito nu, inclinou seu cotovelo, então
ergueu o braço no ar, mostrando a parte livre de tatuagem do seu braço. Deus
Tatuado examinou algumas vezes antes de acenar com a cabeça.

— Quarenta minutos, no máximo. Você tem um projeto em mente?

29
‘workin’

30
Fazendo referência ao modo como o Deus Tatuado pronunciou o workin na sentença acima, quando o
correto é working.
Alec assentiu com a cabeça e enfiou a mão dentro do bolso de sua
bermuda, pegou seu telefone, bateu na tela, em seguida, o virou para o Deus
Tatuado. Deus Tatuado não disse nada, apenas abaixou o telefone, pegou algum
papel transparente, em seguida, começou a desenhar nele.

Eu estava apenas entediada ali, então eu virei minha cabeça para olhar ao
redor da loja e quando vi uma enorme parede com nada além de desenhos de
tatuagem nela, fui em direção a ela, sem sequer perceber. Passei meus olhos ao
longo das centenas de belos desenhos. Sorri quando uma leve brisa bateu nas
minhas costas pouco antes de um corpo pressionar no meu.

— Vê alguma coisa que você gosta? — Alec perguntou enquanto abaixou a


boca para minha orelha e a beijou.

Eu arrepiei fazendo-o rir levemente.

Limpei a garganta e disse: — Eu gosto de muitos deles, eles são lindos.

— Por que você não faz uma, então?

— Porque as tatuagens não são algo que eu posso devolver depois de


alguns dias se eu me mudar de ideia. Elas não têm uma garantia de 30 dias.

Alec me virou para encará-lo. — Você é uma daquelas garotas que guarda
o recibo de tudo, não é?

Havia alguma mulher que não guardava seus recibos?

— É claro, eu não confio em ninguém que não mantenha os recibos dos


itens que compram.

Alec mordeu o lábio inferior. — Eu não mantenho.

Eu bufei. — Você está saindo comigo agora querido, isso vai mudar.

Um sorriso estendeu através do rosto de Alec quando ele levantou a mão


e tirou fios soltos do cabelo do meu rosto.

— Eu gosto de você, gatinha.


Eu sorri. — Eu não acredito em você.

— Eu gosto, eu gosto de você um lottle31. É como um pouco, exceto que é


muito.

Revirei meus olhos. — Você não pode pegar dizeres fofos da internet e
tentar torná-los seus.

Alec ficou boquiaberto. — Eu nunca faria isso! Eu inventei...

— Eu vi a foto do pinguim pequeno com a palavra lottle sobre ele, você


está mentindo.

Alec resmungou. — Tudo bem, que seja. Eu vi no Facebook em algum


lugar, mas é fofo e se encaixa em como me sinto sobre você.

— Sinto cheiro de merda.

Alec sorriu. — Você sabe que eu estou falando sério.

— Não, eu não acredito em você. — eu sussurrei.

Alec levantou uma sobrancelha. — Você quer que eu te convença?

— Eu não acho que nada que você fizer vai me convencer.

Eu estava flertando?

— Você acha?

— Oh, eu sei que sim.

Sim, sim, eu estava.

— Você realmente não deveria me desafiar, menina. — Alec falou com


uma voz baixa, ameaçadora que eu não achei assustadora, apenas sexy.

— Ou o que? — eu perguntei, mantendo o contato visual direto com ele.

31
Trocadilho com a palavra little
— Eu vou aceitar e veja que eu completo os meus desafios com o melhor
das minhas habilidades.

Engoli em seco. — Prove...

Sua boca estava na minha antes que eu pudesse terminar minha frase.

Alec me beijou uma vez ou duas vezes antes, mas aqueles eram selinhos
nos lábios e eram em sua maioria para me irritar. Mas esse beijo, esse beijo foi
algo totalmente diferente. Eu o senti não só na minha boca, mas em outras
partes do meu corpo também.

— Alec, pare. — eu murmurei em sua boca.

Ele ergueu as mãos da minha cintura e colocou-as no lado do meu rosto,


me segurando no lugar, ligada a ele. Ele aplicou mais pressão ao beijo e rodou
sua língua ao redor da minha, me beijando completamente. Minhas mãos
estavam congeladas em seu bíceps nus e eu não sei se o meu aperto era para
detê-lo de se aproximar de mim ou para impedir que ele se distanciasse de mim.

Eu o senti se afastar de mim e a mordidinha que ele deu no meu lábio


inferior foi o choque que eu precisava para voltar para a Terra, porque depois
daquele beijo eu estava em algum lugar há quilômetros de distância.

— Keela? — Alec sussurrou.

Meus olhos ainda estavam fechados quando eu zuni em resposta.

— Eu não gosto da palavra 'pare', mas eu gosto de ouvir você dizer o meu
nome.

Pisquei os olhos e através do meu estonteante e perfeito beijo, eu sorri.

— Você é realmente um bom beijador.

Alec riu e beijou minha testa. — Gatinha, você não tem ideia. Basta
esperar até eu te levar de volta para o nosso quarto.

Eu pisquei e bufei com sua arrogância.


— Você é um bom beijador, realmente um bom beijador, mas não acho
que será o suficiente para me levar para a cama.

Alec piscou. — Nós dormimos na mesma cama.

Em golpeei seu ombro de brincadeira. — Você sabe o que eu quero dizer.

Alec riu. — Sim, eu sei, e eu já aceitei esse desafio lá em casa. Como você
acabou de descobrir, eu sou muito bom em completar desafios.

Eu levantei minha sobrancelha. — Qual desafio que você acabou de


concluir?

— Eu a convenci de que eu gosto de você.

Ele convenceu?

Revirei meus olhos. — Você me convenceu de que você é um bom


beijador, isso não significa que você gosta de mim.

— Eu estou aqui fingindo ser seu namorado com a possibilidade de


obter zero benefício de você. Confie em mim gatinha, eu gosto de você. Eu gosto
de você um lottle todo, lembra?

Eu gemi. — Você não devia ser capaz de dizer coisas desse tipo.

— Por que?

Sério?

— Porque é muito fofo, é por isso.

Alec sorriu. — Sim? Bem, isso é verdade.

Eu era cautelosa, eu queria acreditar que alguém como Alec poderia


sequer remotamente pensar em gostar de alguém como eu, mas eu não podia,
porque minha mente e coração não me permitiam.

— Sim, sim, Romeo.

Alec franziu a testa para mim. — Por que você faz isso?
— Fazer o que?

— Conclui que tudo o que eu digo a você é como se fosse um monte de


mentiras? Eu sou uma pessoa muito honesta Keela. Se eu digo que gosto de
você, então eu gosto de você, porra!

Eu pulei de susto e dei um passo para trás, quando meus olhos se


encheram de lágrimas. — Por que você está gritando comigo?

— Porque eu não gosto que você ache que eu estou jogando com você. Eu
não estou, eu te diria se estivesse.

Forcei minhas lágrimas a não caírem enquanto eu estreitei os olhos. —


Você não está jogando comigo? Você disse ou não disse que enquanto você
estivesse aqui, não era para romance, mas só para você transar comigo?

Alec cerrou o maxilar e olhou para mim. — Eu disse isso, mas isso foi
antes de te conhecer.

— Você não me conhece Alec, você esteve na minha vida apenas por
alguns dias, porra.

— Alguns dias não são suficientes para conhecer alguém? Já conheço


você gatinha. Você é mal-humorada nas manhãs, tardes e às vezes à noite. Você
molha a escova de dentes depois de colocar a pasta, o que é estranho por sinal.
Você gosta muito de One Direction para uma mulher adulta, a música deles
‘Little Things’ é a sua favorita. Sei disso porque você a ouviu mais do que
qualquer outra de suas canções. Você quer ser realmente magra, mas ama
comida demais para manter totalmente a dieta que você está.
Coronation Street e Eastenders, são suas novelas favoritas, eu sei disso porque
você programou seu aparelho Sky para gravar todos os episódios que você vai
perder enquanto estiver aqui. Ama Storm como uma mãe ama seu filho, e
realmente odeia quando Aideen o xinga. Também ama Aideen como uma irmã e
valoriza sua amizade. Estudei você Keela, eu te conheço.

Encarei Alec por um momento antes de dizer: — Saber a minha rotina


não significa que você me conhece.
— Eu conheço você, não apenas sua rotina. Eu provavelmente não sei
quantos primos você tem, o nome de solteira da sua mãe ou com quem foi seu
primeiro beijo, mas eu conheço as pequenas coisas que fazem você ser quem é.
Você morde as unhas quando você está nervosa, você fala sozinha e responde a
si mesma quando você acha que ninguém está ouvindo, você faz as suas
próprias letras quando canta músicas que você não conhece, e chora facilmente
quando as pessoas gritam com você.

Pisquei, ainda tentando segurar minhas lágrimas. — Eu não choro.

— Você também é o ser humano mais teimoso do planeta.

— Não, eu não sou... você é. — eu murmurei e depois funguei.

Eu ia chorar.

Eu realmente ia chorar em um estúdio de tatuagem, porque Alec listou


merdas que eu não sabia que ele conhecia sobre mim.

Eu estava uma bagunça, uma bagunça colossal.

— Por que você está chateada?

— Porque você está sendo muito profundo agora com toda essa fala de
'lottle e gostar', não podemos apenas falar sobre isso outra hora?

Alec me olhou, mas acenou com a cabeça. — Tudo bem.

— Obrigada.

— Você e sua namorada terminaram, homem? — Deus Tatuado gritou.

Eu corei de vergonha e rapidamente enxuguei os olhos com as costas das


minhas mãos.

— Sim mano, estamos bem. — Alec disse, virou-se e voltou em direção ao


Deus Tatuado.

Eu segui em silêncio, certificando-me de meus olhos nunca pousarem em


um ou no outro homem, mas em vez disso percorrer o salão. Olhei por cima do
ombro quando a porta da sala abriu e entraram quatro meninas. A mais velha
parecia ter uns vinte anos.

Afastei-me de Alec e caminhei em direção ao sofá grande que atravessava


toda a sala. Eu não estava realmente interessada em ouvir Alec e o Deus
Tatuado elaborar o projeto para a tatuagem de Alec. Sentei-me no sofá e gemi
interiormente porque era a definição de confortável.

— Olhe para ele.

Olhei para a minha esquerda e levantei as sobrancelhas.

Todas as quatro meninas estavam de olho em Alec e foi então que eu


percebi que ele ainda estava sem camisa. Eu estreitei os olhos para o grupo e
cruzei os braços sobre o peito.

— Ele é tão sarado. — uma das meninas sussurrou.

— Sarado não lhe faz justiça, ele é malditamente impressionante. — outra


sussurrou, depois deu uma risadinha.

Revirei os olhos.

É claro que elas teriam que ser inglesas. Eu acho que elas eram de
Londres com base em seus sotaques, o que não me fez sentir melhor, porque
elas não eram apenas todas muito bonitas, mas os seus sotaques eram muito
legais e agradáveis de ouvir.

Quando Alec e o Deus Tatuado acabaram de falar, Alec se virou e olhou


para mim, mas quando ele descobriu as meninas no meu lugar, ele sorriu. Não
era um sorriso sugestivo, também não era um sorriso educado.

— Olá senhoritas.

— Oi. — quatro vozes cantaram em uníssono.

Putas do caralho.

— Vocês viram a minha namorada? — Alec perguntou.


Minhas sobrancelhas saltaram para meu cabelo.

— Namorada? — as meninas repetiram tristemente.

Cada menina procurou ao redor, então, os olhos delas logo


desembarcaram nos meus, elas me olharam com inveja... e eu gostei.

— Eu estou aqui. — eu disse, acenando para Alec, que olhou sobre as


meninas e para mim.

Ele sorriu e estendeu a mão. — O que está fazendo aí atrás? Vamos lá,
você queria vir para a sala enquanto eu fizesse isso, certo?

Eu balancei a cabeça e levantei do sofá. Andei em direção a Alec e fiquei


surpresa quando as quatro meninas se separaram e me permitiram passar por
elas.

— Minhas pernas cansaram. — eu disse quando peguei sua mão


estendida e entrelacei com a minha.

— Eu não estou surpresa, elas provavelmente pesam.

Eu senti meu queixo cair quando eu soltei Alec e girei.

— Qual de vocês disse isso? — eu rebati e dei um passo para frente só


para ser levantada pelas costas quando braços fecharam em torno de mim.

— Calma, gatinha.

Lutei no braço de Alec quando ele se virou e saiu para a parte de trás do
estúdio comigo em seus braços.

— Não me diga para ficar calma, porra, ela basicamente acabou de me


chamar de gorda!

— E foi uma coisa estúpida de se dizer, considerando que você não está
gorda. Se você fosse gorda eu não conseguiria carregá-la.

— Besteira! Você tem braços do tamanho de um tanque, você pode


facilmente levantar coisas pesadas.
Alec riu. — Ok, isso é verdade, mas não posso segurá-las por longos
períodos de tempo e eu estou perfeitamente bem carregando você agora.

Eu grunhi e bati suavemente nos braços de Alec o que o fez suspirar e me


colocar no chão como eu queria.

— Gorda ou não, o que uma dessas putas... — eu gritei a palavra puta alto,
então a puta específica poderia me ouvir. — disse foi apenas desnecessário, e
fodidamente cruel. Eu nunca xingaria alguém daquele jeito.

— Você me xingou quando me conheceu.

Eu gritei e empurrei os seus ombros. — Você foi um pervertido e você deu


em cima de mim! Espere, de que lado você está aqui, porra?

Alec sorriu maliciosamente. — Seu, sempre o seu.

Eu o considerei. — Boa resposta.

Alec mordeu o lábio inferior, sorriu e se inclinou para me beijar. Eu o


permiti fazer isso porque eu queria beijá-lo novamente, mas quando seus lábios
tocaram os meus ele ficou vesgo e me fez cair na gargalhada.

— Você leva alguma coisa a sério? — perguntei.

Alec envolveu o braço ao redor da minha cintura e usou a mão livre para
segurar minhas costas.

— Você.

Eu olhei para baixo, quando um sorriso tímido curvou ao redor da minha


boca.

— Por que você me leva a sério, Alec?

Alec me apertou. — Porque você é minha garota.

Mordi meu lábio inferior com tanta força que doeu, eu fiz isso para que
eu não sorrisse com o prazer de ouvir Alec me chamar de sua garota. Isso me
deixou feliz, e não deveria. Nós não éramos um casal de verdade, e nós dois
tínhamos que lembrar disso.

— Eu posso ver você lutando uma batalha contra mim em sua cabeça e eu
vou colocar um fim nisso agora. O que você diria disso; em vez de sermos falsos
vamos ser reais, está bem? Vamos realmente ser um casal nesse feriado e sentir
qualquer coisa.

Eu ri. — Você está falando sério?

— Sério como um ataque cardíaco.

Eu olhei nos olhos azuis de Alec e foquei. — Este é outro artifício para
entrar nas minhas calcinhas?

— Não.

Eu sorri, esperando arrancar uma risada de Alec indicando que ele estava
brincando comigo, mas o rosto dele permaneceu inexpressivo.

— Você realmente está falando sério, não é?

— Eu disse que era sério como um ataque cardíaco, quão mais sério eu
posso ser? — ele perguntou.

Uau.

— Eu não sei o que você quer que eu diga.

— Diga que você vai ser minha namorada.

— Alguma vez você já pediu a alguém para ser sua namorada antes?

— Não, eu nunca tive uma namorada.

Engoli em seco. — E você quer que eu seja sua primeira?

Alec riu. — Sim, eu quero que você seja a minha primeira. Você vai ser
minha namorada?
Senti-me estranha, não de um jeito ruim, mas não de um jeito bom
também.

Eu queria derrubá-lo e dizer não, mas eu pensei sobre o que Aideen me


falou ao telefone e percebi que ela estava mortalmente certa. Alec estava aqui
para me ajudar, então eu devia deixá-lo e para ele me ajudar eu teria que me
curvar - não literalmente - para ele e encontrá-lo no meio do caminho.

— Tudo bem.

— Sério?

— Sim, sério.

Alec franziu as sobrancelhas. — Quem é você, e o que você fez com Keela?

Eu ri. — Eu não vou brigar com você por isso.

Alec ergueu as sobrancelhas e então olhou ao redor da sala. — Estou


sendo enganado?

Eu ri. — Não, eu só estou concordando em ser sua namorada.

— De verdade, sem brincadeira?

— Sem brincadeira.

Alec parecia que estava tão feliz quanto confuso.

— Bem, tudo bem então. Nós somos um casal.

— Somos, de fato.

— Você vai me deixar chegar à segunda base, antes de ir para a cama,


agora que estamos namorando de verdade?

Revirei os olhos. — Apenas vai fazer a sua tatuagem antes de eu mudar de


ideia, seu foda sujo.

Alec balançou as sobrancelhas. — Eu te daria uma foda suja, gatinha.


Eu sorri. — Eu não gosto de ser suja, sou claramente uma boa menina.

Alec bufou, em seguida, virou-se e caminhou na direção da sala do Deus


Tatuado e desapareceu dentro. Antes disso, ele parou na porta e olhou por cima
do ombro, então disse. — Não existe essa coisa de boa menina, gatinha. Boas
meninas são apenas meninas más que não foram flagradas.

Ele desapareceu na sala e me deixou olhando para o local onde ele estava
momentos atrás. Lambi meus lábios, fechei as mãos em punhos e me forcei a
ignorar os arrepios que as palavras de Alec causaram na minha espinha.

Eu odiava que uma simples frase dele pudesse me fazer pensar demais e
me sentir tão... excitada.

— Você vem, gatinha? — Alec chamou, seu tom acolhedor.

Bem, foda-se.

Se ele queria mexer com a minha cabeça com sua voz sedutora e corpo,
maldito seja, eu faria o mesmo!

— Sim. — eu respondi com um aceno de cabeça firme. — Eu estou indo.


— P erdi o

Alec.

— Como diabos você pode perder um Deus de um metro e noventa e três?


— Aideen me perguntou, seu tom confuso.

Eu podia imaginar o seu rosto confuso enquanto trocava o telefone para


minha orelha direita.

Dei de ombros conforme caminhava em direção ao meu hotel. — Nós


estávamos em um estúdio de tatuagem e ele estava sendo tatuado e levou anos,
muito mais tempo do que o homem da tatuagem disse. Eu fiquei entediada e
decidi ir para o mercado dar uma olhada ao redor, mas quando voltei para o
estúdio ele tinha ido embora. O homem que o tatuou disse que Alec tinha
terminado e foi procurar por mim. Eu não consegui encontrá-lo quando eu
voltei ao mercado, de modo que deduzi que eu devia voltar para o hotel, e nós
nos encontraríamos quando ele voltasse.

Aideen estalou a língua. — Você nunca consegue ficar quieta, não é?

Enruguei meu rosto em aborrecimento. — Ei, olá, estava chato! Eu só


fiquei sentada lá enquanto Alec estava sendo tatuado, então me processe por
sair para uma caminhada. Disse a ele que voltaria em breve, então,
tecnicamente a culpa é dele por não ficar quieto.
— Você diria qualquer coisa para colocar a culpa em cima dele.

Eu senti meu queixo cair.

O que ela era, líder de torcida do Alec?

— Ou você está afim do meu namorado, ou você está ficando do lado dele
para me irritar.

— Seu namorado? Desde quando ele é seu namorado? Achava que tudo
isso era falso, ou houve outro motivo para você insistir nesse fato, desde que ele
concordou em ajudá-la?

Revirei os olhos. — Quem mijou no seu cereal? Ele é meu namorado


desde uma hora atrás, quando ele me pediu para ser sua namorada de verdade.
Deve durar apenas até voltarmos para casa, mas ele me perguntou e eu disse
que sim, então aqui está.

— Você está brincando?

Eu balancei minha cabeça. — Eu pareço estar brincando?

— Eu não sei dizer, você é sarcástica noventa e nove vírgula nove por
cento do tempo.

Senti uma curva de um sorriso pequeno em torno de minha boca. — Bem,


este é o zero vírgula um por cento do tempo em que eu estou sendo séria.

— Foda-se!

Eu ri. — Isso não é legal.

— Você está realmente falando sério, porra? Não brinque comigo.

Cobri minha boca para acalmar o meu riso.

— Eu não estou brincando, eu juro pela vida do Storm.

Aideen engasgou. — Oh meu Deus!

— Eu sei!
— Eu disse que ele gostava de você. Eu não te disse?

Eu balancei a cabeça mesmo que ela não pudesse me ver. — Sim, você me
disse.

— Eu fodidamente amo estar certa!

Eu bufei e rapidamente abaixei minha cabeça enquanto eu passava pelo


porteiro no caminho para o meu hotel para que ele não pudesse ouvir os sons
grotescos que estavam saindo da minha boca. No entanto, manter a cabeça
baixa cortou a minha visão do que estava na minha frente, então quando eu
literalmente fui de cabeça em alguém, eu não esperava.

— Ai! — eu gritei quando eu caí para trás e aterrissei na minha bunda


com um baque.

Minha cabeça ardeu da batida no corpo à minha frente, mas a dor real
estava em meu traseiro, o piso de concreto que beijou minha bunda cuidou
disso.

— Porra! Desculpe-me, você está bem?

Eu congelei.

Toda a dor na minha cabeça e no traseiro foi embora quando ouvi aquela
voz.

Eu conhecia aquela voz.

Eu odiava essa porra de voz com cada fibra do meu corpo.

Tirei a minha mão da minha cabeça latejante e olhei para cima.

Jason Bane estava olhando de volta para mim e quando seus olhos
pousaram no meu rosto, eles se arregalaram ainda que levemente, indicando
que ele me reconheceu. Porém, aquele olhar desapareceu tão depressa como
veio e o que o substituiu me fez enrolar o lábio em desgosto.

Jason sorriu para mim parecendo metido pra caralho.


— Keela, você veio... aqui, deixe-me ajudá-la a levantar.

— Se você me tocar, eu juro por Deus, que eu vou enlouquecer, porra!

Jason mostrou os dentes brancos e brilhantes quando sorriu para mim


tropeçando nos meus pés.

Limpei a garganta e uma vez que recuperei o equilíbrio, eu rapidamente


abaixei para pegar meu telefone. A minha tela inicial tinha voltado, o que me
dizia que a chamada com Aideen tinha caído. Mas eu não queria mostrar
qualquer tipo de emoção na frente de Jason, então eu mordi minhas bochechas
internas e empurrei meu caminho por ele.

— Droga Keela, não seja assim...

— Eu não estou sendo como qualquer coisa, eu vou para o meu quarto.
Agora vá se foder.

Bati a minha mão contra o botão de elevador e com raiva cruzei os braços
sobre o peito e murmurei obscenidades.

Por que eu tenho que topar com Jason de todas as pessoas, e por que
tinha que ser no momento em que Alec não estava ao meu lado?

Eu fiquei tensa quando Jason veio ao meu lado. — Isso é tão rude, eu só
estou me certificando de que você está bem. Vamos linda, não fique brava
comigo até agora. Eu já me desculpei pelo que eu fiz.

Não. Ele. Não. Desculpou.

Como ele ousa falar disso.

Como ele ousa me chamar de linda.

Como porra ele ousa pensar que pedir desculpas é suficiente depois do
que ele fez comigo!
— Você acha que pedir desculpa arruma tudo o que você fez comigo, seu
traidor do caralho? Juro por tudo que é bom neste mundo que se você não se
virar e for embora, vou enfiar meu punho abaixo na sua garganta.

A risada de Jason não ajudou para apagar meu temperamento


ascendente, só adicionou combustível às chamas.

— Eu nunca a vi assim... quente antes. Eu meio que gosto disso.

— Vá se foder! — eu cuspi e avancei quando as portas do elevador


abriram.

As pessoas que estavam no elevador olharam para mim quando eu


empurrei entre elas, enquanto elas saíam da caixa de aço. Apertei várias vezes o
botão para o meu andar, mas quando Jason entrou no elevador e as portas
começaram a fechar. Eu tentei sair. O bastardo se moveu para a minha frente e
bloqueou meu caminho.

— O que você está fazendo? Mexa-se.

As portas do elevador fecharam enquanto Jason franziu o cenho para


mim. — Keela, por favor. Podemos conversar?

Eu ri sem humor. — Você pode falar com você mesmo, porque eu não me
importo com uma única palavra que sai da sua boca.

— As pessoas cometem erros todos os dias, Keela. Você vai me odiar para
sempre por cometer um erro?

Ele estava falando sério?

— Sim, Jason, odiá-lo para sempre é exatamente o que eu pretendo fazer.

Jason balançou a cabeça e deu um passo adiante. — Você odeia o que eu


fiz, você não me odeia.

Dei um passo para trás. — Não, eu tenho certeza que eu odeio você e
o que você fez.
Ele deu mais um passo para frente. — Você tem certeza disso?

Eu dei um passo para trás e pulei de susto quando minhas costas bateram
na parede do elevador.

— Sim, eu tenho certeza.

Jason deu um passo à frente de novo até que o peito dele estava a um fio
de cabelo de distância de ser pressionado ao meu. Ele colocou as mãos em cada
lado da minha cabeça e se inclinou.

— Eu acho que não. Acho que você está magoada e chateada, o que você
tem todo o direito de estar, mas eu não acho que você me odeia. Acho que você
ainda me ama, não é mesmo linda?

As portas do elevador se abriram no meu andar, e ninguém entrou ou


saiu, então se fecharam e voltou para o saguão deixando-me sozinha com Jason,
mais uma vez.

Engoli em seco. — Não me chame assim. Por favor, apenas fique longe de
mim.

— Você não respondeu a minha pergunta.

Virei a cabeça para a esquerda e desviei o olhar do rosto de Jason. — Eu


não te amo. Eu amo o meu namorado, que não parece com você. Ele é um
homem de verdade, que cuida da sua mulher.

Jason, que estava no meio de mover o seu rosto para baixo, no meu
pescoço, congelou quando eu terminei de falar.

— Você tem um namorado? — ele perguntou.

— Sim, eu tenho um namorado.

Jason levantou a cabeça e usou a mão esquerda para segurar meu queixo
e virar a cabeça para encará-lo. O sorriso em seu rosto me fez estreitar os olhos.
— Eu devo dizer, linda, estou muito impressionado. Você criou coragem
de vir ao meu casamento e também trouxe um namorado.

Revirei os olhos. — Eu só estou aqui porque eu prefiro aguentar a aversão


a você e à minha prima puta, em vez de ouvir os lamentos da minha mãe pelo
resto da minha vida.

Jason riu. — Fico feliz em ver que você ainda tem o seu senso de humor.

Senso de humor?

Eu estava sendo muito séria com ele.

— Por que você está tão perto de mim? Afaste-se.

Jason ergueu as sobrancelhas. — Havia uma época que você amava que
eu estivesse tão próximo de você. Você amava que eu me aproximasse de você e
sussurrasse coisas sujas para você, isso sempre resultava em você me fodendo.

Estremeci com nojo.

— Isso foi no passado. Você só me dá repulsa agora, Jason.

Se ele se sentiu insultado, não expressou.

Jason sorriu. — Conte-me sobre o seu namorado.

— Por que? — eu questionei.

— Porque eu quero saber o nome do cara, cuja garota eu vou foder


durante toda esta semana.

Eu senti meu queixo cair, assim que as portas do elevador se abriram.

— Você é inacreditável! Fique bem longe de mim!

— E se eu não ficar? — Jason perguntou, com um sorriso maroto


estampado em seu rosto.

— Se você não...
— Se você não se afastar, eu vou chutar a porra da sua bunda.

Eu saltei como um peixe fora d'água e rapidamente coloquei toda a


minha força para empurrar Jason para longe de mim. Jason se moveu, mas fez
com uma atitude preguiçosa.

Quando me movi para longe de Jason, olhei para Alec, que estava focado
em Jason com seus olhos estreitados. Fui para frente e quando eu estava perto
de chegar nele, Alec me pegou pelo braço e gentilmente me colocou atrás das
suas costas.

— Eu pessoalmente não conheço você, mas meus irmãos conhecem e eles


não gostam de você. Minha garota te conhece e ela não gosta de você. Pelo que
tenho visto e ouvido falar de você, eu não gosto muito de você também. Então
aqui está como isso vai funcionar, você vai cuidar dos seus problemas durante
esta viagem e ficar bem longe de minha namorada. Se você não fizer isso, eu vou
adorar ver você se arrepender. Você me entendeu, garoto?

— Quem são seus irmãos? — Jason perguntou.

— Dominic e Damien Slater.

— O que?

Espiei com a cabeça de trás de Alec e olhei para Jason que estava
encarando Alec, ele abaixou seu olhar para mim e rosnou: — Você está com um
Slater?

Ele cuspiu a palavra 'Slater' como se deixasse um gosto ruim na boca.

— Seu nome é Alec, e sim, eu estou com ele.

Jason olhou para mim, até que Alec se moveu e me bloqueou com seu
corpo.

— Olhos em mim seu pequeno merda, só em mim.

— Pequeno? Você está me gozando? O que em mim é pequeno?


— De acordo com minha garota, seu pau.

Cobri minha boca quando uma risada inesperada escapou.

— Foda-se, homem! — Jason soltou.

Abaixei os braços e os coloquei ao redor da cintura de Alec então dei uma


espiada nele e disse: — Esse é o meu trabalho.

Alec riu quando Jason se inclinou e apertou um botão dentro do


elevador. Ele olhou para nós dois até que as portas do elevador se fecharam. Eu
soltei um grande suspiro e tirei meus braços ao redor de Alec para que ele
pudesse virar o rosto para mim.

— Você fica por si mesma por cinco minutos e de alguma forma acaba em
um espaço fechado com o seu ex... eu não posso te levar em qualquer lugar,
posso?

Eu sorri para Alec. — Morda-me.

Alec balançou as sobrancelhas. — A qualquer hora, querida.

Eu estiquei a minha língua, tentando ser engraçada, mas Alec abaixou a


cabeça e trancou a minha língua com os dentes antes que eu pudesse me afastar.

— Eu estava bincando, nau éa pa me modê.

Alec me deu uma pequena mordida, em seguida, soltou a minha língua e


riu antes que ele me desse um beijo longo de boca fechada.

— Você é tão fofa.

Eu rodei minha língua ao redor da minha boca antes de revirar os olhos.

— Eu sou um monte de coisas amigo, mas fofa não é um delas.

Eu apertei o botão para o elevador e cruzei os braços sobre o peito,


enquanto Alec colocou o braço em volta dos meus ombros e riu. — Eu não posso
esperar para conhecer todo mundo que vai estar neste casamento.
Olhei para ele, confusa. — Por quê? Nenhum deles gosta de mim e isso
significa que não vão gostar de você... eles provavelmente vão tentar fazer que
esta semana seja um inferno para nós.

— Exatamente, isso vai tornar as coisas ainda mais interessantes.

Entrei no elevador com Alec, assim que as portas abriram e sorri quando
eu pensei sobre como Alec realmente pode fazer tudo com a minha família e
Jason, interessante. Eu não compartilhei o entusiasmo dele sobre o assunto,
mas eu não podia negar que seria uma semana interessante.

Uma maldita semana interessante.


Q uando abri os

olhos na manhã do terceiro dia da nossa viagem para a Bahamas, um mamilo


estava praticamente pressionado dentro da minha cavidade ocular esquerda. Eu
afastei meu rosto do peito duro que eu estava deitada e olhei para cima.

Alec ainda estava dormindo, mas ele estava começando a se mexer graças
ao meu movimento.

— Alec. — eu murmurei. — Acorde.

Ele acordou e percebeu o quão perto estávamos. Minha perna estava no


meio da dele e eu estava meio em cima dele e metade na cama, vestida em uma
camiseta e calções de pijama.

Ele ergueu a sobrancelha para mim e eu dei de ombros, porque eu não


conseguia pensar em mais nada a fazer.

Alec sorriu. — Eu não sabia que você era o tipo de garota que rastejava
em cima de um cara quando o queria.

Revirei os olhos para sua provocação e disse: — Você não sabe que tipo de
garota eu sou, playboy.

Alec me cutucou na bochecha com o nariz e disse: — Diga-me, então, que


tipo de garota você é?
Eu pensei sobre isso por um momento, então murmurei. — Uma realista.

Alec sorriu. — Eu poderia ter adivinhado isso, gatinha.

Eu sorri timidamente então me virei de costas para Alec e me


aconcheguei no meu travesseiro. Ele permaneceu do seu lado, olhando para
mim, então eu aproveitei a oportunidade para perguntar-lhe algo que tinha
estado em minha mente desde que eu descobri qual era seu antigo emprego.

— Como é ser um acompanhante? — perguntei.

Os olhos de Alec se arregalaram um pouco antes de uma carranca


assumir. — Você quer dizer com o sexo, e dinheiro...

— Não. — eu o interrompi. — Eu quero dizer era um trabalho que te


satisfazia ou um solitário?

Alec olhou para mim por cerca de vinte segundos sem responder. Eu
estava prestes a dizer algo quando, de repente, ele limpou a garganta e disse:
— Ninguém me perguntou isso antes.

Eu fiz uma careta. — Sério? Nem mesmo seus irmãos?

Alec sorriu. — Nós não falamos sobre o nosso trabalho um com o outro,
nós nunca falamos sobre negócios quando estamos juntos.

— Por que não?

— Porque negócios era tudo o que sempre ouvíamos falar quando


estávamos crescendo, então quando estamos juntos nós o deixamos de fora das
nossas conversas. Algumas coisas do trabalho ainda podem estar em nossas
mentes, mas não trazemos essa merda para nossa casa.

Uau.

— Isto pode parecer estúpido, mas se você quiser, pode falar sobre
qualquer coisa comigo. Aideen diz que eu sou uma boa ouvinte.
Alec olhou para mim, seus olhos sem piscar, então disse: — Obrigado
gatinha, vou manter isso em mente.

Eu sorri.

— Então, que tipo de trabalho era?

Alec lançou os olhos para baixo e mordeu o lábio inferior, ele não olhou
para mim quando disse: — Eu acho que era do tipo solitário. Eu não quero
parecer patético, porque na maioria das vezes era ótimo. Eu tomava vinho e
jantava com algumas pessoas muito ricas e importantes. Eu ainda conseguia
transar com um monte, mas porque eu era um acompanhante, ninguém nunca
realmente me tratava como uma pessoa. Eu era tratado mais como um
objeto. Eu gosto de dinheiro e eu realmente gosto de sexo, mas eu gosto de
conversar com as pessoas e isso raramente acontecia a menos que quisessem
falar sujo enquanto eu estava transando com eles.

Meu coração se partiu.

Ele literalmente se partiu em dois.

— Alec. — eu sussurrei. — Por que manter um trabalho como esse? As


vantagens desse trabalho não superam os contras. Se eu te conhecesse antes
quando você ainda estava nesse trabalho, eu ia te bater pra caralho!

Alec olhou para mim e sorriu. — Por quê?

— Por que o que?

— Por que você me bateria pra caralho?

Sério?

Eu bufei. — Porque eu não deixaria você trabalhar em um ambiente em


que te tratavam como lixo. Você é um bom homem, porra, e deve ser tratado
com o respeito que você merece. Deixa-me louca que você voluntariamente se
colocou nessa merda...
Eu fui cortada quando Alec avançou e pressionou sua boca contra a
minha. Ele agarrou os lados do meu rosto com as duas mãos e pressionou
minha cabeça para trás no meu travesseiro. Ele beijou-me com força e rápido,
mas depois de apenas alguns segundos, ele diminuiu o beijo para um ritmo
dolorosamente lento que só me fez gemer. Por mais que fosse sexy e
gratificante, eu queria duro e áspero para me deixar flutuante.

— Obrigado. — Alec respirou contra minha boca quando ele tirou a boca
da minha.

Engoli em seco e dei um selinho nos seus lábios antes de dizer: — Pelo
que?

Alec me beijou mais uma vez antes de se afastar e disse: — Por se


importar.

Uau.

Eu soltei um suspiro no rosto de Alec, o que o fez sorrir.

— A qualquer hora. — eu murmurei, sentindo-me um pouco em transe.

Alec riu e beijou meu nariz. — O que você está fazendo comigo?

Eu pisquei enquanto eu olhava para ele. — Eu não entendo o que você


quer dizer.

— Eu só te conheço há alguns dias e você já deixou uma impressão em


mim. Ninguém jamais deixou uma impressão em mim. Você fez o seu caminho
sob a minha pele e você fez isso me irritando.

Eu soprei o ar para fora das minhas narinas.

— Sim, bem você que me deixa louca, por isso é culpa sua se eu te irrito.

Alec riu. — Vê? É disso que eu estou falando. Você é louca.

Eu arregalei meus olhos. — Eu não sou louca.

— Sim baby, você é.


— Não, eu não sou.

— Sim, você é.

— Eu odeio quando os caras fazem isso! — eu atirei.

Alec voltou para o seu lado e olhou para mim. — Você odeia quando
fazemos o que?

— Chamam uma mulher de louca, para deixá-la louca, apenas para


validar o que você diz sobre ela ser louca.

Os olhos de Alec cruzaram indicando que ele estava confuso.

— Você tem um jeito com as palavras, gatinha.

— Morda-me.

— Diga-me onde e eu ficarei feliz em ajudar.

Eu zombei de desgosto. — Você pode ser tão repulsivo.

Alec sorriu. — Você vai se acostumar com isso.

Eu bufei. — Eu não acho que alguns dias são suficientes para eu me


acostumar com o quão repulsivo você pode ser.

— Alguns dias? Gatinha, não há período de tempo em nosso


relacionamento.

Eu levantei minhas sobrancelhas. — Espere um segundo, você está


dizendo que, se ainda formos civilizados, após esta viagem, que você ainda quer
namorar comigo?

Alec deu de ombros. — Por que não? Eu gosto de você e eu estou achando
divertido estar em um relacionamento. Eu não sei do que Dominic e Ryder
reclamam o tempo todo.
Senti um enorme sorriso tomar o meu rosto. — Eles dois têm alguma
quilometragem com as suas meninas, nos dê alguns dias e você provavelmente
vai querer meu pescoço.

Alec bufou. — Estou me lembrando da bíblia masculina de Dominic aqui,


então eu vou só acenar com a cabeça e concordar com você.

Estendi a mão e acariciei a sua cabeça. — Bom garoto.

Alec riu quando ele tirou minha mão do seu cabelo.

Eu relaxei de volta para o meu lado.

— Posso te fazer uma pergunta? — perguntei.

Alec sorriu. — Você acabou de fazer.

— Não me faça te bater até a morte.

Alec tossiu e esfregou o rosto, tentando esconder um sorriso, mas


falhando.

— Claro, manda bala.

— Os seus irmãos têm... trabalhos semelhantes ao que você costumava


fazer?

Alec olhou para mim e parecia que ele estava tentando decidir se queria
ou não responder a minha pergunta.

— Nós todos trabalhávamos para o mesmo homem, mas eles não estavam
no meu... campo de trabalho. Fomos classificados em postos de trabalho que o
nosso talento e habilidade poderiam ser úteis.

Eu levantei minhas sobrancelhas. — Que talento ou conjunto de


habilidades é necessário para ser um acompanhante?

— Eu tenho um pau grande, então eu acho que esse é o meu talento.


Posso fazer as pessoas gozarem com facilidade, de modo que seria a minha
habilidade. Sei como dar prazer ao corpo humano, eu tive muita prática desde
os meus anos de adolescente.

Engoli em seco. — Não leve a mal, mas eu acho que você pode ser a maior
puta que eu já conheci.

Alec começou a rir.

— Eu acho que você pode estar certa, gatinha.

Eu balancei minha cabeça. — Você e sua família são tão exóticos em


relação a mim. Eu sou entediante.

Alec estendeu a mão e bateu de brincadeira no meu queixo com os nós


dos dedos. — Eu acho que não, você é uma escritora, você torna possível viver
várias vidas no espaço de algumas horas. Sua mente é mais exótica que você
percebe, querida.

Corei.

— Você acha? — perguntei.

Alec piscou. — Eu sei que sim.

Eu sorri. — Bem, obrigada.

— Já que estamos no assunto da sua escrita, qual gênero você escreve?

Senti meu rosto ficar muito vermelho.

— Você é tão bonita quando você cora, gatinha.

Eu cobri o rosto com as mãos. — Comentários como esse não ajudam,


Alec.

O ouvi rindo, e por algum motivo me acalmou.

— Você vai responder a minha pergunta como eu fiz com a sua?

Eu gemi.
Maneira de jogar justo.

— Tudo bem, eu acabei de começar a escrever meu primeiro livro e é no


gênero romance contemporâneo... com um pouco de erotismo misturado.

Alec balançou as sobrancelhas para mim.

— Uauu.

Eu cobri meu rosto novamente quando Alec começou a me provocar, mas


isso só o fez rir e me puxar para mais perto dele.

— Eu só estou brincando.

— Aham.

— O livro vai ser sobre o que? — Alec perguntou enquanto brincava com
meus cabelos.

Lambi meus lábios e disse: — Vai ser sobre uma menina doce, que se
mistura com um rapaz mau e eles têm que lidar com um monte de merda antes
que eles possam ficar juntos. Eu não tenho todos os detalhes elaborados ainda,
mas é com isso que vou trabalhar.

Alec beijou o topo da minha cabeça. — Parece o nosso relacionamento.

Eu ri. — Você não é um rapaz mau, Alec. Você pode ser mente suja - e a
boca - mas você é uma boa pessoa.

Alec me abraçou. — Obrigado, gatinha.

Eu olhei para ele e sorri. — Estamos totalmente grudados.

Alec sorriu. — Sim, grudados enquanto estamos quase nus. É o melhor


momento.

Revirei os olhos. — Cale-se.

Ele revirou os olhos de volta para mim. — Sim, querida.


Comecei a rir. — Você parece um homem concordando com a esposa
apenas para mantê-la feliz.

— Eu acho que eu estou.

— Então, nós estamos agindo como casados agora? Ótimo.

Ele bufou. — Estamos brigando desde que nos conhecemos, então


estamos praticamente já casados.

— Há mais no casamento do que apenas brigas, idiota.

— Sim, como o que?

Eu dei-lhe um olhar que dizia que ele era um imbecil.

— É, amor, talvez? É por isso as pessoas se casam - elas se apaixonam


uma pela outra e querem passar o resto de suas vidas juntos, eu não acho que as
brigas começam até poucos anos após o casamento.

Alec sorriu. — Vamos dizer que nos casaremos no futuro, está bem? Eu
dou uma hora antes para que você e eu briguemos. — ele fez uma pausa e riu. —
Na verdade, eu garanto que você iria encontrar algo para discutir no altar.

Eu dei um soco no seu peito fazendo-o estremecer depois uivar de tanto


rir.

— Só porque eu brigo com você o tempo todo não significa que eu faço
isso com todos os outros. Ninguém fica sob a minha pele como você, Alec Slater.

— Sério? — Alec sorriu.

Olhei para ele de queixo caído. — Você parece orgulhoso.

— Eu estou. — ele respondeu.

— Bem, não fique, eu sou uma pessoa perigosa para aqueles que chegam
a mim, uma pessoa muito perigosa.
Alec sorriu para mim. — Ainda bem que estamos namorando, então, não
gostaria que você me prejudicasse de alguma forma.

Eu ri. — Você é um idiota.

— Um idiota que está te namorando, mas não conhece você totalmente.


Vamos corrigir isso agora.

Eu estava curiosa. — Como?

— Vinte perguntas, obviamente.

Eu sorri. — Tudo bem, eu vou primeiro. Qual é a sua cor favorita?

— Verde.

— A minha é rosa, sua vez.

Alec coçou o queixo. — Qual é a sua coisa favorita a fazer além de


escrever?

— Fácil, ler. Quanto a você?

Alec passou o dedo pelo meu cabelo. — Estar no DSPCA com os animais.

Eu suspirei. — Você sabe que não é realmente justo que você seja quente;
você também tem que ajudar os animais carentes, não é?

Alec riu. — Você ia adorar, eu vou levá-la uma hora, quando voltarmos
para casa.

Eu senti meu estômago estourar com borboletas.

— Sim, eu adoraria.

Alec me deu um pequeno aperto, em seguida, disse: — Quem foi a


primeira pessoa com quem você teve sexo?

— Pergunte-me algo diferente, eu não vou responder essa.


Alec sorriu. — São vinte perguntas, você tem que responder. Como
Bronagh diria: ‘É apenas, a lei '.

Virei a cabeça para que ele não visse meu sorriso.

— Eu não tenho que fazer nada que eu não queira, playboy.

Alec apertou minha panturrilha. — Responda, bebezão.

— Tudo bem... foi com Jason... e eu tinha vinte e dois.

Alec olhou para mim por um longo tempo sem piscar.

Abaixei a cabeça. — Eu sei, é embaraçoso.

Eu olhei para cima quando Alec tocou minha bochecha.

— Não é embaraçoso, ele manipulou você.

Dei de ombros. — Eu já superei.

— Superou?

Mordi minha bochecha interior e dei de ombros. — Eu superei o


sentimento que eu tinha, mas eu ainda estou brava com ele. Ele me usou.

— Olhe para o lado positivo, pelo menos é a sua prima que está presa a
ele e não você.

Eu sei que era uma coisa boa, mas eu achava que é difícil encontrar o lado
bom de qualquer coisa.

— Eu não sou uma pessoa muito otimista Alec. Eu não olho para o lado
brilhante das coisas.

— Por quê?

— Porque crescendo, eu não tinha um lado bom para olhar e eu não


imaginava sobre uma vida diferente porque isso apenas me incomodaria.
Alec colocou sua mão sobre as minhas entrelaçadas. — Você teve uma
infância difícil?

Eu sorri ligeiramente. — Eu tinha tudo quando estava crescendo. Vivi


com um pai que era rico e podia me comprar coisas bonitas. Eu nunca estava
com fome, sede ou frio. Eu tinha um teto sobre a minha cabeça e uma boa
educação. No papel, eu tive uma grande infância.

— E fora do papel?

Mordi o interior de minhas bochechas por alguns segundos antes de


falar. — Fora do papel eu cresci em um lar sem amor. Minha mãe é apenas a
mulher que me deu à luz, nada mais. Ela não me ama e ela nunca amou. Ela
ama o dinheiro dela, todas as suas coisas materiais e ela ama Micah.

Eu cuspi o nome de Micah e desviei o olhar enquanto meus olhos se


encheram de lágrimas.

— Keela. — Alec sussurrou.

Eu balancei minha cabeça. — Eu não estou com ciúmes por minha mãe
preferir Micah a mim. Estou apenas tão brava com isso. Quer dizer, eu sou sua
filha e ela não me quer, ela nunca quis. — eu sussurrei, então rapidamente
enxuguei os meus olhos. — Eu sinto muito, estou sendo estúpida.

— Pare com isso. Se for assim que você se sente, então não é estúpido. Eu
ficaria chateado se a minha mãe amasse mais um dos meus irmãos do que a
mim, mas como você, minha mãe adorava as coisas que ela comprava e não os
seres que ela criava.

Pisquei os olhos e virei para Alec, que estava deitado de lado na cama do
quarto de hotel, me observando.

— Sua mãe não era amorosa?

Alec riu sem humor. — Ela era amorosa, só que não em relação a mim ou
meus irmãos.
Pisquei novamente chocada que alguém que era tão diferente de mim
tinha algo tão em comum comigo.

— E o seu pai?

Alec deu de ombros. — Meu pai não era amoroso da maneira tradicional,
mas ele mostrava seu carinho por nós, mantendo-nos por perto, eu acho. Minha
mãe nos ignorava e provavelmente teria dado todos nós para adoção, se meu pai
não precisasse de filhos para os seus negócios.

Eu fiz uma careta. — Você mencionou os negócios antes. Que negócios?

Alec olhou para mim por um longo momento antes de dizer: — Eu não
quero te dizer, você vai pensar menos de mim.

Senti meus ombros caírem. — Alec, eu sinto muito, eu odeio que você
ache isso. Eu não penso e não pensaria menos de você. Na verdade eu gosto de
você.

— Você gosta de mim? — Alec sorriu.

Estendi a mão e empurrei seu ombro de brincadeira. — Eu não teria


concordado em ser sua namorada, se eu não gostasse de você de alguma forma,
mesmo que seja só pouquinho.

Alec empinou o nariz para mim. — Você só gosta de mim pela minha voz,
olhos e minha bunda. Lembro-me da conversa no avião.

Comecei a rir e rolei em direção ao seu corpo. Ele riu e ficou de costas,
enquanto me puxou para o seu peito. Eu sorri conforme sentava ereta em cima
da sua virilha.

— Eu gosto dessa vista. — Alec murmurou e arrastou os olhos de onde eu


estava sentada em seu corpo, até que alcançaram os meus olhos.

Eu bufei. — Porque você é um homem sujo.

— Você ama isso em mim. — disse Alec, seus olhos queimando nos meus.
Desviei o olhar dele. — Eu estou meio a meio sobre isso agora.

— Ah, é mesmo? — Alec perguntou, seu tom brincalhão.

Eu sorri e olhei de volta para ele. — Nem pense sobre o que você está
pensando.

Os olhos de Alec viraram. — Você me confunde.

Eu ri e me inclinei até que meu rosto estava a um centímetro do


dele. Alec ergueu os olhos e sorriu para mim, mas não se mexeu.

— Por que não está fazendo nada? — eu sussurrei.

Alec balançou as sobrancelhas. — Eu quero que você me beije primeiro


dessa vez.

— Por quê?

— Porque vai me mostrar que você gosta de mim de fato, como eu.

— Um lottle todo? — eu perguntei, sorrindo.

Alec sorriu. — Algo como isso.

Abaixei a cabeça ainda mais até que meus lábios quase se encostaram aos
de Alec.

— Keela. — ele sussurrou.

— Hummm?

— Beije-me.

Eu sorri. — Por quê?

— Porque eu preciso te provar.

Toda brincadeira desapareceu e antes que eu percebesse, eu pressionei


minha boca na de Alec e enterrei as mãos em seu cabelo com cuidado para não
puxá-lo com os dedos. As mãos de Alec foram direto para o meu traseiro e
apertou pra caralho cada lado.

— Bunda. Dor. — eu gemi e tentei aprofundar o beijo, mas Alec se afastou


e olhou para mim.

— Você está me chamando de dor na bunda?

Pisquei, afastei e então ri. — Não, bem, sim. Você está machucando a
minha agora apertando tanto, então eu acho que você, literalmente, é uma dor
na bunda. Ha!

Alec estreitou os olhos para mim antes de apertar com força


novamente. Eu abri minha boca para qualquer grito ou repreendê-lo, mas ele
pegou a minha boca aberta e usou-a para sua vantagem, enfiando a língua
dentro dela. Eu gemi e deixei minhas pálpebras fechadas enquanto eu usei
minhas mãos para agarrar em seu bíceps.

— A menos que você esteja pensando em montar nua, pare de se esfregar


contra mim, gatinha. —Alec disse quando se afastou do nosso beijo e colocou
seu rosto contra o meu.

Meus olhos ainda estavam fechados e meu coração estava batendo


forte. — Eu nem percebi que eu estava fazendo isso.

— É o efeito que eu tenho em você.

Se eu precisasse de uma frase para me deixar sóbria, era essa.

— Você está tomando comprimidos para aumentar o pênis? — eu


perguntei com uma cara séria.

As sobrancelhas de Alec tocaram sua testa. — O que? Por que diabos você
me perguntaria isso?

— Porque você está sendo mais idiota32 do que o habitual.

32
No original: dick - pau
Alec deu uma gargalhada e bateu na minha bunda, o que me levou a
uivar.

— Desgraçado! — eu rosnei.

Eu tentei dar um tapa em Alec ou arrancar um de seus olhos para


fora. Eu não estava realmente certa em qual eu iria, mas isso não importou,
porque Alec segurou minhas mãos, o que impediu qualquer um de acontecer.

— Não no meu rosto! — Alec gritou no meio do riso.

— Você é tão vaidoso!

Alec sorriu para mim, então me deu um beijo na boca.

Na verdade, ele me beijou.

Eu tranquei em seu lábio inferior e mordi o que o levou a queixar-se de


dor até eu soltar, o que eu fiz um pouco depois.

— Isso foi desnecessário!

— Você vai superar isso. — eu disse e baguncei o cabelo de Alec antes de


descer do seu corpo.

— Onde você está indo? — ele perguntou.

— O casamento é, em poucos dias, e depois de topar com Jason ontem à


noite eu quero tirar todo mundo do meu caminho.

Alec rolou para a esquerda, em seguida, levantou-se da cama e se


espreguiçou.

— Há alguém neste casamento que você está ansiosa para ver?

Eu sorri. — Meu tio Brandon, ele é irmão da minha mãe e ele é brilhante.

Alec sorriu. — Eu gosto de vê-la feliz, seu tio significa muito para você?

Eu balancei a cabeça. — Ele significa tudo para mim. Ele sempre me fez
sentir querida, ao contrário de Micah e da minha ma. A ma de Micah morreu
quando éramos crianças, ela era agradável e me tratava muito bem. Ao contrário
de Everly, a madrasta de Micah, que é nada mais do que um puta comigo. Eu
nunca contei ao tio Brandon sobre ela e sua sacanagem, porque seu rosto
sempre se iluminava ao seu redor. Eu não queria causar problemas, pois ele
estava feliz com ela.

Alec franziu a testa. — Você é sua sobrinha, eu tenho certeza que gostaria
de saber...

— Everly não me incomoda há anos. Tenho lidado com ela desde que eu
era criança, tudo bem.

Alec balançou a cabeça. — Você não deveria ter que 'lidar' com alguém,
Keela.

Encolhi os ombros. — É o que é.

Alec se moveu em minha direção e parou os meus movimentos quando


ele segurou meus braços. — As coisas são diferentes agora, você vai ser tratada
com respeito, eu garanto isso.

Eu ri. — O que você vai fazer? Bater em todos que não forem legais
comigo?

— Se eu tiver, sim.

Eu levantei minhas sobrancelhas. — Eu nunca achei que você fosse do


tipo violento.

Alec tirou o cabelo do meu rosto. — Eu não sou, esse traço ficou com
Dominic, Kane e meus outros irmãos, mas onde você está relacionada, eu vou
fazer uma exceção.

— Obrigada?

Alec riu quando estendeu a mão, agarrou meu vestido vermelho que
estava pendurado na porta do guarda-roupa e o colocou contra o meu peito. Em
seguida, ele me virou na direção do banheiro e bateu na minha bunda.
— Vá ficar pronta. — Alec disse

Xinguei enquanto entrava no banheiro com a sua risada me


seguindo. Uma vez no banheiro tirei meu pijama, em seguida, tomei um banho
rápido no chuveiro para me limpar do suor que estava preso ao meu corpo.
Depois disso, eu me sequei com as toalhas do hotel e coloquei meu vestido. Eu
gemi quando percebi que tinha esquecido um sutiã e calcinha.

— Alec? — eu chamei.

— O que?

— Você poderia me fazer um favor?

— Lavar suas costas? Sim!

Eu ri. — Calma, pervertido. Eu preciso que você pegue alguma calcinha e


um sutiã, da gaveta pequena no guarda-roupa.

— Já vou.

— Algo confortável! — eu gritei.

— Entendi.

Eu olhei para as minhas unhas e tirei a sujeira debaixo delas enquanto eu


esperava. Eu abri a porta do banheiro quando Alec bateu nela.

Inclinei a cabeça para a esquerda quando Alec levantou umas roupas que
eu nunca tinha visto em toda a minha vida.

— Elas não são confortáveis.

Alec soltou o sorriso que estava em seu rosto. — Você ainda nem colocou.

— Eu não tenho nenhuma ideia de como colocar essas malditas coisas, o


que me diz que elas serão desconfortáveis.

Alec rodou as calcinhas em torno de seu dedo indicador esquerdo.

— Deixe-me adivinhar, Aideen comprou e embalou suas roupas íntimas?


Eu rosnei. — A puta.

Alec riu. — Basta colocá-las, elas são sexy e saber que você está vestindo-
as sob esse lindo vestido vai me deixar duro o dia todo.

Engoli em seco. — E você quer ficar duro o dia todo?

Alec sorriu. — Eu quero que você me provoque o dia todo, e usando essa
calcinha sob a roupa vai fazer isso por conta própria. Provocação é preliminar
para mim, gatinha, tome nota disso.

Entendi!

Lambi meus lábios secos e sussurrei. — Anotado.

Alec riu. — Boa garota, agora as coloque.

Peguei as roupas e depois de alguns momentos, na realidade, foram na


verdade cinco minutos, eu peguei a calcinha no lado certo e deslizei-as nas
minhas pernas.

— Isso são cueca ou uma tanga, eu não posso dizer a diferença porque
está enfiado na minha bunda! — eu gritei.

Alec começou a rir e de repente entrou no banheiro, que me fez pular de


susto e puxar meu vestido para baixo.

— Cara, bata!

Alec me deu um olhar entediado e girou o dedo indicador no ar. Inclinei a


cabeça e olhei para ele, depois de um momento eu engasguei.

Acho que ele queria que eu desse uma volta para mostrar a ele as minhas
calcinhas.

— Nem morta! — eu atirei.

Alec sorriu e continuou a indicar para eu virar.


Bati meu pé no chão como uma criança. — Estamos namorando, mas
você não pode simplesmente esperar que me eu vire e dê a volta e mostre minha
bunda!

Alec aparentava saber que ele esperava exatamente isso.

Eu olhei para ele, que apenas sorriu de volta.

— Prove para si mesma que pode ficar confortável o suficiente comigo


para fazer isso. Eu sou seu homem gatinha, agora me mostre a sua bunda.

Eu odiei que as palavras me fizeram rir, porque não era o momento para
rir.

— Você está me fazendo sentir como uma adolescente!

Alec apenas sorriu para mim e esperou.

Eu soltei um enorme suspiro.

Tudo bem, eu posso fazer isso. Eu não estava apenas mostrando minha
bunda para um estranho, eu estava mostrando para o meu namorado... que
ainda era um pouco estranho para mim.

— Droga. — eu murmurei para mim mesma quando me forcei a virar. —


Se você rir de mim, me espancar ou fazer qualquer coisa parecida, eu vou te
matar neste banheiro. Entendido?

— Sim.

Eu poderia dizer pelo tom da voz de Alec que ele estava sorrindo, o que
não era uma surpresa, tudo o que ele fazia era sorrir.

Eu soltei um longo suspiro quando abaixei e segurei a barra do meu


vestido. Eu lentamente, e eu quero dizer lentamente, puxei o vestido para
cima. Eu não estava indo devagar a fim de provocar Alec, eu estava sendo tão
lenta quanto eu poderia para atrasar o momento que ele visse a minha bunda.
Quando eu senti o ar fresco no meu traseiro, eu sabia que ele podia ver
tudo.

— Será que eu a coloquei errado? — perguntei.

Alec não me respondeu, e isso me deixou nervosa.

— Alec, diga alguma coisa, estou envergonhada o suficiente assim. Por


favor, não piore!

Mais silêncio, em seguida. — Suas pernas continuam por dias33.

O que?

— Eu quis dizer algo sobre a roupa de baixo.

Eu o ouvi assobiar enquanto suas mãos tocaram minha bunda.

— Perfeito. — ele sussurrou.

Fiquei tão lisonjeada quanto irritada.

— Eu estou um pouco paranoica com você tão perto dos meus bens, então
você poderia, por favor...

Eu gritei quando senti uma língua deslizar de repente na minha nádega


direita. Olhei por cima do ombro e para baixo e só podia ver Alec ajoelhado
atrás de mim, com os olhos diretamente no nível da minha bunda.

— Que porra você está fazendo? — eu atirei.

As mãos de Alec apertaram os meus quadris me segurando no lugar na


frente dele.

— Alec! O que você está fazendo? — eu gritei a última palavra quando ele
apertou meus quadris.

33
Pernas longas e sexualmente atraentes
Tentei afastar de Alec, mas ele tinha um bom domínio sobre meus
quadris assim quando me movi, eu tropecei e meu corpo caiu para
frente. Minhas mãos balançaram ao redor até que eu alcancei no chão, o que foi
sorte. Isso não me fez sentir melhor, porque eu ainda estava diretamente
dobrada na frente de Alec com a minha bunda e agora minha vagina em seu
rosto.

Eu estava em pânico e também muito brava. Eu não tinha noção do que


Alec estava fazendo, mas quando minha calcinha foi arrancada para o lado e
uma língua mergulhou em meu corpo, eu tive uma boa noção do caralho.

— Oh meu Deus! — eu rosnei.

A mão direita de Alec se moveu do meu quadril, e foi para o meio das
minhas pernas.

— Não me toque lá - Oh meu DEUS!

Os dedos de Alec massagearam suavemente a área em volta do meu


clitóris e eu não sabia o que era pior; o fato de que ele estava fazendo isso
comigo ou que eu queria que ele fizesse isso corretamente, me tocando
diretamente.

— Porra! — eu chiei quando a língua de Alec mergulhou em minha


vagina, mais uma vez.

Eu não podia acreditar, ele estava literalmente me fodendo com a


língua... e eu gostei.

Eu não tinha percebido até aquele momento que eu estava com os olhos
fechados. Eu os abri e porque eu estava em uma posição de cabeça para baixo eu
podia ver Alec me fodendo com a boca.

Eu poderia literalmente ver sua língua mergulhando dentro e fora de


mim.
Meu corpo estava doendo porque eu não tinha me esticado assim desde a
ginástica quando eu estava na escola, mas não era naquele grau que eu tinha
que ficar de pé.

Eu vi quando Alec puxou sua cabeça para trás e moveu os dedos para a
minha entrada onde ele os mergulhou dentro de mim algumas vezes. Ele
mordeu o lábio inferior quando meus músculos internos apertaram em torno
dos seus dedos. Quando ele estava convencido de que seus dedos estavam
revestidos com os meus sulcos, moveu-se de volta para o meu clitóris e começou
a atacar adequadamente o meu clitóris.

— Oh, foda-se! — eu gritei quando os dedos de Alec abateram sobre o


meu clitóris e esfregaram com uma velocidade violenta.

Eu gritei quando senti uma mordida na minha bunda, foi decepcionante,


mas não tirou o foco do meu corpo do que os dedos de Alec estavam fazendo
para mim. A dor da mordida de Alec, de algum modo misturada com o prazer
que seus dedos estavam me dando, fizeram meus olhos virar e os meus dentes
afundarem no meu lábio inferior.

Eu podia experimentar as sensações de tortura através de meu corpo e,


por alguns momentos, fizeram a minha respiração vacilar.

Meu corpo inteiro estremeceu quando a mão esquerda de Alec saiu do


meu quadril e seus dedos lentamente empurraram para dentro do meu
corpo. Outra mordida foi dada na minha bunda e isso me fez gritar de prazer.

— Eu posso sentir o quanto você está perto, gatinha. Quer gozar?

Sim!

— Sim, por favor! — eu chorei e empurrei minha bunda para trás, de volta
para as mãos de Alec.

— Aqui vamos nós, baby. — disse Alec enquanto os dedos em meu clitóris
beliscaram em seguida, esfregaram mais rápido do que antes.
Meu corpo não conseguia decifrar que o aperto era para machucar, ele só
usou o pico de dor e misturou-o com o meu prazer. Aquele pico me levou ao
limite e foi a causa das minhas pernas dobrarem e meu corpo cair sobre os meus
joelhos.

Meu clitóris pulsava, meus olhos estavam pesados e meus pulmões


pareciam que iam explodir.

— Puta merda. — eu arfei quando eu encontrei a minha voz.

Minha respiração estava rápida e eu avidamente sugava o ar para dentro


dos meus pulmões.

Eu estava respirando como se eu tivesse acabado de correr uma


maratona.

— Você está bem? — ouvi a voz de Alec me perguntar.

Eu não respondi, eu só deitei o meu corpo sobre os azulejos frios do chão


do banheiro do hotel. Ouvi Alec levantar acima de mim, e estava ciente de que
eu não o senti tirar suas mãos do meu corpo, sentia como se elas ainda
estivessem dentro e em cima de mim.

— Keela, você está bem? — a voz de Alec repetiu, em um tom mais alto.

Fechei os olhos. — Eu não sei.

Alec limpou a garganta. — Isso é uma coisa boa ou uma coisa ruim?

Isso foi uma piada?

— Agora mesmo é uma coisa boa playboy, uma coisa muito boa.

Alec riu. — Bem, bem. Você quer que eu te ajude a levantar?

Eu balancei minha cabeça. — Apenas me deixe aqui.

Alec riu. — Desculpe?


— Minhas pernas estão formigando, minha vagina pulsando e todo meu
corpo parece que está em uma nuvem flutuante. Me. Deixe. Aqui.

— De nada.

Idiota.

— Morda-me. — eu murmurei.

— Eu mordi... duas vezes. — eu podia praticamente ver o sorriso de Alec


quando ele falou.

Eu gemi, em seguida, sabendo que ele não ia me deixar em paz.

— Tudo bem, você pode me ajudar a levantar.

Eu não me mexi e isso fez Alec rir.

Sorri quando o senti em cima de mim, eu gritei quando ele colocou a mão
sob minhas axilas e levantou-me até que eu estivesse de pé. Inclinei-me para ele
e coloquei meus braços ao redor da sua cintura, enquanto fechei os olhos e
suspirei.

Eu me sentia tão relaxada.

— Eu quero ir para a cama.

Alec riu. — Não pode, linda. Você disse que queria procurar o resto da sua
família, então vamos a ela.

Eu gemia. — Isso foi antes de você me atacar com a língua.

— Você está reclamando?

Eu estava?

— Claro que não, foi o melhor orgasmo que eu já tive.

Alec colocou as mãos em meus ombros e me segurou na frente dele. Abri


os olhos e bufei com o olhar chocado em seu rosto.
— Esse orgasmo foi nada comparado com o que eu vou fazer com você.

Engoli em seco e fiquei um pouco brava.

— Então, por que você parou?

Os lábios de Alec se curvaram levemente. — Porque eu te disse, você vai


implorar para que eu te foda.

Revirei os olhos. — Você é um covarde.

Alec estendeu a mão e acariciou minha vagina através do meu vestido me


fazendo ofegar.

— Esta é a minha boceta.

Eu levantei minhas sobrancelhas. — Isso é um pouco possessivo, você


não acha?

Alec abaixou a cabeça e beijou o meu maxilar. — Eu sou possessivo com o


que é meu. — ele moveu a cabeça até minha boca, sugou meu lábio inferior em
sua boca antes de liberá-lo com um pop. — E até que eu diga o contrário
gatinha, você é minha.
— V ocê vai

parar de olhar em volta, você vai me deixar paranoico, se você continuar com
isso.

Eu virei minha cabeça na direção de Alec e rosnei: — Eu não consigo


evitar. Eu sinto como se todo mundo soubesse o que você fez comigo.

Alec sorriu enquanto ele descansava em sua cadeira de sol. — A menos


que alguém estivesse no banheiro enquanto eu te fodia com a língua até você
gozar, eles não vão saber.

Eu pulei da minha cadeira de sol, então me abaixei e tirei minhas


sandálias e comecei a bater em Alec com elas. Alec estava à beira de chorar de
rir enquanto eu estava batendo nele com meu sapato, o que só me irritava ainda
mais. Eu queria chutá-lo nas bolas, mas Alec estendeu a mão e colocou os
braços em volta da minha cintura e me puxou para cima dele antes que eu
pudesse.

— Um dia desses, eu vou te machucar.

Alec riu. — Eu não duvido disso, gatinha. Você é uma pequena gata do
inferno.

Eu bufei enquanto eu descansei minha cabeça no peito de Alec.


Se você tivesse me dito há alguns dias que eu realmente gostaria de ficar
perto de Alec, eu teria rido na sua cara. As coisas mudaram, porém, e eu não
digo isso apenas porque ele me deu um orgasmo, eu quero dizer que nós
mudamos quando estamos juntos. Nós ainda brigamos, com certeza eu o ataco
com frequência, mas eu amo estar em sua companhia agora. Especialmente
quando ele não adiciona uma insinuação sexual em tudo o que diz.

Eu sorri quando as mãos de Alec encontraram o caminho para o meu


cabelo e lentamente começaram a se mover por ele.

— Estou machucando você? — perguntei quando eu me ajustei em cima


do corpo de Alec.

— Não, é bom com você em cima de mim e eu não quero dizer de uma
forma suja.

Eu sorri. — Eu sei o que você quer dizer.

— Sim?

Eu balancei a cabeça. — Sim.

Eu o senti beijar o topo da minha cabeça, e isso me fez sorrir ainda mais.

— Eu me pergunto o que Aideen e Storm estão fazendo. — eu murmurei.

— Eu me pergunto o que os meus irmãos estão fazendo.

Eu ri. — Faça um FaceTime com um deles, então eu vou fazer o mesmo


com Aideen.

Saí do corpo de Alec, mas em vez de levantar, eu deitei ao lado dele em


sua cadeira. Alec enfiou a mão em sua bermuda e pegou seu iPhone 5.

— Oh, Deus, isso é tão anti-higiênico.

Alec bufou. — Desculpe, mãe.

Eu belisquei seu mamilo fazendo-o gritar quando ele pressionou na tela


do seu telefone. Eu levantei meus óculos de sol para o topo da minha cabeça
para que eu pudesse ver claramente a tela do telefone. O brilho do sol não era
um problema, pois o nosso lugar era sob a sombra de um guarda-sol, a minha
pele não conseguia lidar com a luz solar direta. Eu sou muito branca e queimo
muito facilmente.

— Para quem você está ligando? — perguntei.

— Kane. — Alec respondeu.

Depois de alguns momentos do FaceTime chamando Kane, seu rosto


apareceu na tela.

— Você já fodeu Keela? Tenho uma aposta com os caras de quando você
vai pegá-la, meu palpite era hoje.

Oh, pelo amor de Deus.

— Todos os homens da sua família são idiotas desprezíveis? — eu falei, e


empurrei Alec que estava com os olhos fechados e estava balançando a cabeça.

— Boa, mano. — ele disse para Kane, que estava com a mão sobre sua
boca.

Ele sabia que era tão inútil.

— Keela, eu sinto muito.

Estreitei os olhos para a tela do telefone. — Você devia sentir, imbecil.

Alec bufou ao meu lado e recebeu uma cotovelada no lado por isso.

Ele assobiou. — Eu não sei por que você está me batendo, eu não fiz nada.

— Você está rindo!

— Só porque você é tão fofa quando você está com raiva.

Eu rosnei. — Pare de me chamar de fofa.

Alec estalou os dentes para mim. — Ou o que?


— Eu vou morder e tirar um pedaço de você.

Alec balançou as sobrancelhas para mim. — Como eu te mordi?

Eu senti meu rosto corar.

— Gente, eu ainda estou aqui, eliminem a merda de provocação. Eu não


gosto disso, a menos que eu esteja envolvido de alguma forma.

Alec bufou e olhou de mim para seu telefone. — É Aideen ainda a causa
das suas bolas azuis?

Eu senti um sorriso alargar no meu rosto quando Kane resmungou.

— Ela me quer, ela só não sabe disso ainda.

Revirei os olhos. — Ela é uma lésbica.

Kane olhou para mim. — Eu sei que ela falou para você dizer isso para
mim e eu sei que vocês duas estão mentindo. Nenhuma lésbica pode beijar um
homem do jeito que ela me beijou.

Eu ri. — A menos que ela pensasse que você fosse uma garota machona.

Alec mordeu no punho da sua mão, enquanto Kane queimava um fusível


no outro lado do telefone.

— Pare com isso! Sei que ela tem algum tipo de roteiro para você soltar.
Não estou comprando isso, ela não é gay. Não. É. Gay. Ok?

— Ok. — eu balancei a cabeça.

— Tudo bem como, ela não é gay?

— Não, tudo bem como tudo bem, estou concordando com você.

Kane esfregou sua testa. — Você está machucando minha cabeça.

Alec bufou. — Eu sinto por você, mano.

Revirei os olhos.
Homens.

— Como está o clima em casa? — eu perguntei aleatoriamente a Kane.

Ele brincou: — Como você acha que está aqui?

Eu sorri. — Ah! Está ensolarado e assando aqui, porra!

Kane estreitou os olhos para mim. — Você é uma pequena provocadora


de merda, não é?

Eu sou?

— Sim, ela é. — Alec opinou.

Ofeguei. — Como eu sou provocadora?

— O que você está vestindo agora, sob seu vestido?

Senti meu rosto esquentar. — Você me disse para usá-la, no entanto!

— Vestindo o que? O que você está vestindo? — a voz de Kane gritou,


fazendo Alec dar risada.

— Não se preocupe, é só para eu saber.

Kane zombou. — Você e os caras são chatos. Qual é o ponto em ter


namoradas quentes se eu não posso...

— Eu cuidaria em como terminar a frase, irmãozinho.

Eu me animei quando Ryder apareceu atrás de Kane.

— Ei Ryder! — eu acenei.

Ele se aproximou da tela. — Ei linda, se divertindo?

— Sim! Topei com o meu ex ontem à noite e Alec ameaçou chutar a bunda
dele, foi brilhante!

Ryder, Kane e Alec riram de mim.


— Como estão as minhas meninas? — Alec perguntou a seus irmãos,
fazendo-os bufar.

— Fora em compras, com Dominic e Alannah. Eu garanto que o


irmãozinho vai voltar aqui à beira das lágrimas, elas sempre fazem da sua vida
um inferno quando Bronagh pede para ele ir às compras com elas.

Eu ri. — Não pode ser tão ruim assim.

Alec me cutucou. — Bronagh e Branna juntas quando vão às compras é


como fazer compras com cinquenta Aideens.

Eu arregalei meus olhos e disse: — Pobre Dominic.

— Exatamente. — Alec riu e beijou minha testa.

Ambos Ryder e Kane trocaram um olhar antes de olhar de volta para a


câmera.

— Isso é plástico filme34 no seu braço? — Ryder perguntou a Alec.

Alec olhou para o braço e acenou com a cabeça. — Eu preenchi o espaço


na parte de trás do meu tríceps.

— Com o quê? — Kane perguntou.

— Com uma tribal, amor, vida e lealdade igual a que Dominic tem.

Ryder gemeu em voz alta. — Droga, agora vamos ter que fazer.

— Por quê? — Kane perguntou.

— Porque o merda aqui e Dominic vão fazer parecer que nós não temos
qualquer amor por eles, se não fizermos uma também, uma vez que a tatuagem
nos representa, é nosso vínculo. Estou certo?

Alec assentiu com a cabeça. — Certíssimo.

34
No original saran wrap: marca de plástico filme.
Ryder grunhiu enquanto Kane murmurou: — Foda-se.

— Qual é o problema? Vocês dois são cobertos de tatuagens.

— Exatamente. — disse Ryder. — Eu estou ficando sem espaço.

Eu ri.

— Quanto tempo até o casamento? — Kane me perguntou.

Dei de ombros. — Três dias. Estou esperando para encontrar com alguém
que eu conheço aqui, assim vamos saber se existem festas que temos que
comparecer antes do casamento. Após o encontro de ontem à noite com Jason,
estou muito pronta para todos os outros.

Kane estava prestes a dizer algo quando uma tosse violenta rasgou da sua
garganta. Ele tossiu por pelo menos vinte segundos antes de diminuir.

— Jesus, você está bem Kane?

Kane acenou com a cabeça, enquanto Ryder o empurrou.

— Não, ele não está, ele está ficando doente e nós pensamos que é uma
gripe.

Eu fiz uma careta. — Eu sinto muito Kane, eu gostaria de poder fazer você
se sentir melhor.

Kane olhou para mim com os olhos cansados e sorriu. — Bem, você
poderia me mostrar...

— Não termine a frase, eu vou voar para casa só para chutar o seu traseiro
se você fizer isso.

Kane riu, mas apenas por um momento, antes de coçar a cabeça.

Ryder suspirou. — Vá para a cama homem, você está com febre e não
devia estar de pé.

— Sim mãe. — Kane sorriu.


Ryder balançou a cabeça. — É o seu funeral, quando Branna voltar e vir
você de pé, ela vai te machucar e, em seguida, ela vai me machucar por não
mantê-lo na cama.

Eu bufei, Branna e sua irmã mandavam nos irmãos.

— Tudo bem, tudo bem. Vou voltar para a cama, fique calmo. Ei Keela, eu
vou falar com você em breve querida e com você também, mano.

— Eu te amo, cara. — disse Alec.

Kane bufou. — Eu também te amo, veado.

Alec deu um sorriso abafado e Ryder riu, enquanto balançava a cabeça e


tomava o telefone de Kane. Revirei os olhos, os irmãos chamavam uns aos
outros dos nomes mais estranhos.

— Você o fez ir ao médico? — Alec perguntou a Ryder.

— Não, ele tem certeza de que é uma gripe. Ele está com febre, tosse e
está suando como um porco, ele vai ficar bem em poucos dias. Você sabe que ele
está amando toda a atenção das meninas. Ele fingiu passar mal esta manhã para
que Branna deitasse com ele na cama, o filho da puta.

Comecei a rir. — Ele é engraçado.

— Ele gosta de pensar que sim.

— Como está o resto, tudo bem? — Alec perguntou a Ryder.

Ryder acenou com a cabeça. — Tudo bem homem, as coisas estão


tranquilas do jeito que nós gostamos delas.

— Bom, isso é muito bom.

Eu não tinha ideia do que Ryder e Alec estavam falando, então eu olhei
para as minhas unhas e comecei a tirar a sujeira delas. Eu fiquei
momentaneamente revoltada, porque para alguém que tinha unhas curtas, eu
sempre tinha um monte de sujeira sob as malditas coisas.
— Eu tenho que levar Tyson no quintal por algum tempo. O filhote ainda
não destruiu a casa, então eu tenho que fazer isso, uma vez que Kane voltou
para a cama.

Olhei para cima e reverente. — Você está sendo babá de um cachorro?


Isso é adorável.

Ryder estreitou os olhos para mim e disse: — Você tem sorte por ser fofa,
Keela.

Eu joguei minha mão livre no ar. — Eu não sou fofa, por que as pessoas
continuam dizendo isso para mim!

Ryder riu. — Divirtam-se vocês dois... mas não muito.

Alec riu. — Tchau mano, te amo.

— Eu também te amo. Tchau, fofinha.

— Eu vou te bater, quando eu voltar para casa.

Ryder desligou rindo de mim.

Olhei para Alec, que fez um show olhando para o enorme guarda-sol que
estava fazendo sombra para nós, mas ele não teve que passar pela dificuldade de
esconder o seu sorriso, eu ainda podia vê-lo em seu rosto bonito.

— Sua família é louca.

Alec olhou para mim e acenou com a cabeça. — Eu sei.

Mordi meu lábio quando me abaixei para a minha bolsa de praia e peguei
meu próprio iPhone 5.

— Você poderia simplesmente usar o meu telefone para ligar para Aideen.

Eu bufei. — Você daria o número dela para Kane.

Alec arfou. — Eu nunca faria isso.

Eu dei a ele um olhar de ‘realmente’ o que o fez encolher os ombros.


— Está bem, eu provavelmente daria a ele.

Eu bati meus dedos. — Exatamente.

Puxei o FaceTime no meu celular e selecionei Aideen dos meus contatos.

Depois de alguns toques, ela respondeu.

— Eu odeio a sua criatura diabólica.

As pessoas não podem apenas atender ao telefone com um ‘Alô?’ mais?

— Além disso, obrigada por desligar na minha cara a noite passada,


cadela.

Eu estremeci. — Eu posso explicar sobre isso.

— Claro.

— Eu posso.

Aideen revirou os olhos, em seguida murmurou sobre o quanto ela odiava


Storm novamente.

Eu suspirei. — O que há de errado agora?

— Ele sentou-se no controle remoto e apagou minha gravação


de Keepin’ up with the Kardashians.35

Olhei para Alec, que estava olhando para a tela do meu telefone com um
olhar estranho em seu rosto.

— Foi claramente um acidente. — eu disse, olhando de volta para o meu


celular.

— Nada é um acidente quando se trata desse animal. — Aideen cuspiu.

Jesus, dai-me paciência.


35
Reality show americano produzido por Ryan Seacrest, que acompanha o dia-a-dia da família
Kardashian-Jenner.
— Talvez ele estivesse farto de ouvir a voz irritante de Kim. — Alec
sugeriu, com um sorriso malicioso no rosto.

Aideen fez cara de 'oh não, ele não fez isso'.

— Você está falando sério? A voz dela não é irritante!

Aideen amava Kim Kardashian.

Alec coçou a cabeça. — Droga Ado, é uma piada não uma crítica, não leve
tão a sério.

Eu dei meu telefone para Alec segurar, enquanto caía na gargalhada e


batia palmas ao mesmo tempo, o que eu tenho certeza que me fazia parecer uma
foca demente.

— Do que você está rindo?

Eu tossi e esfreguei meu rosto. — Eu? Nada, nada, nada.

Alec riu e colocou o braço em volta dos meus ombros, eu olhei para ele e
sorri.

— Oh meu Deus. Você transou com ele! Você transou com ele, porra!

Eu machuquei meu pescoço ao virar minha cabeça tão rápido para voltar
a olhar para a tela.

— Abaixe sua maldita voz, nós não transamos! — eu assobiei para Aideen
e rapidamente esfreguei meu pescoço com a mão.

Aideen estreitou os olhos. — Eu não acredito em você! Alguma coisa está


diferente em você.

Eu suspirei e olhei para Alec quando ele me cutucou, ele balançou as


sobrancelhas para mim o que só me fez gemer.

— Fizemos algumas... coisas, mas não sexo.

Aideen gritou. — Kane me deve dez dólares.


Olhei para Aideen, de queixo caído enquanto Alec rachava de rir ao meu
lado.

— Maldita traidora! Você participou de uma aposta sobre quanto tempo


ia levar para eu transar com Alec?

Aideen bufou. — Por favor, quem você acha que deu a ideia?

Meu Deus!

Ela deu a ideia?

Que tipo de melhor amiga ela é!

— Você está tão morta quando eu colocar minhas mãos em você!

Aideen mostrou a língua. — Venha e me pegue, mamãe.

Ela determinou o quanto era uma cadela.

— Eu não posso acreditar em você. Você pode dar adeus ao seu segredo,
porque a próxima vez que eu conversar com Kane, vou contar a ele o quanto
você realmente é amante de um pau grande e grosso!

Aideen ofegou. — Você não faria isso!

— Eu faria, grande boqueteira, confie em mim.

Aideen cobriu a boca e gritou.

— Você prometeu não me chamar mais disso!

Eu sorri quando olhei para encontrar Alec que estava em um ataque de


riso ao meu lado.

— Por favor...— ele riu. — Continue!

Olhei para Aideen que estava fervendo, mas em silêncio.

Do jeito que eu gostava.

— Você é do mal. — ela sussurrou para mim.


Eu sorri. — Fui criada pelo diabo, eu aprendi algumas coisas.

— Eu posso dizer. — Aideen murmurou.

Eu ri. — Eu sinto sua falta.

— Eu sinto falta de você, também. Mais alguma coisa aconteceu? Além de


amassos com um dos Deuses Slater, claro.

— Deuses Slater. — Alec bufou.

Eu o ignorei e balancei a cabeça para Aideen.

— Adivinha quem eu encontrei ontem à noite.

Aideen mordeu o lábio inferior por um momento, em seguida, supôs. —


Micah?

Eu balancei minha cabeça e disse: — O próprio bastardo.

Aideen engasgou. — Não!

— Sim.

— Cara.

— Eu sei.

— Uau.

— Sim.

— Quando você diz que topou com ele, você quer dizer literalmente ou...

— Literalmente.

Aideen bufou. — Eu não esperava menos do seu rabo desajeitado.

Eu sorri. — Você quer ouvir a melhor parte da trombada?

— Há uma parte melhor?


Eu sorri. — Oh, sim.

Aideen franziu a testa. — Cuspa, então, não me deixe no suspense.

Limpei a garganta e disse: — Alec ameaçou chutar a bunda dele se ele não
ficasse longe de mim. Jason estava puto, mas você deveria ter visto a cara dele
quando ele descobriu que Alec era um Slater. Foi impagável! Ele estava todo
como, 'Você está com um Slater?!' Ele praticamente cuspiu quando ele disse
Slater.

Comecei a rir e dei um tapa na minha perna em delírio.

— Você deveria ter gravado, eu pagaria um bom dinheiro para ver a cara
dele!

Eu balancei a cabeça. — Eu adoraria vê-la novamente.

— É, você vai. Sempre que ele te ver com Alec, ele vai ficar com um olhar
irritado estúpido em seu rosto, que encaixa direito com o bastardo.

Eu bati meus dedos. — Amém, irmã.

— Oh homem, eu preciso sair com alguns caras. — Alec gemeu do meu


lado esquerdo.

Olhei para ele quando ele esfregou o rosto com as mãos.

— Então saia, eu não estou mantendo você perto de mim.

Alec olhou para as minhas pernas que estavam descansando sobre as


dele. Eu levantei minhas sobrancelhas, porque eu fiquei chocada, eu nem
percebi que as coloquei lá.

— Você é meu descanso de pernas, parece.

Alec olhou para mim, seus olhos azuis brilhando. — Eu não me importo.

— Oh meu Deus. Vou vomitar. Você é mais atraente quando você está
sendo um idiota.
Eu ri e olhei para Aideen que agora estava bocejando.

— Dormiu tarde?

Aideen encolheu os ombros. — É quase dez horas da manhã aqui, mas eu


não consegui dormir até por volta das cinco. Storm me chutou até a morte na
noite passada e não importa quantas vezes eu o levava para o sofá, ele sempre
escapava de volta para o quarto. Seu cão pode abrir portas Keela, isso é fodido.

Eu ri. — Esse é o meu bebê.

Aideen revirou os olhos, em seguida, arregalou quando ela olhou por


mim e Alec.

— Oh, merda.

— O que? — perguntei.

— Olhe sobre o seu ombro.

Franzi minhas sobrancelhas, mas fiz o que Aideen disse e olhei por cima
do meu ombro. Eu curvei instantaneamente quando vi o que Aideen tinha visto.

— Ela está com as suas primas por parte da mãe, não consigo encará-la
com elas lá.

O rosto de Aideen chegou mais perto da câmera. — Você pode e você vai.
Você tem Alec e ele te protege, certo?

Olhei para Alec, esperando que ele me apoiasse, mas sua cabeça estava
virada na direção da minha prima.

— Eu estou supondo que é Micah? Maldição, ela não se parece nada como
eu pensei.

Eu o empurrei. — Ei, escolhe um lado, o dela ou o meu.

Alec ergueu as mãos no ar, quando ele se virou para mim. — Seu, sempre
seu.
— Oh meu Deus. Você é tão fofo que é nojento.

Alec olhou para o meu telefone e tocou o peito dele com a mão. —
Obrigado, Aideen.

Aideen balançou as sobrancelhas. — A qualquer hora, lábios quentes.

Eu gemi. — Ambos calem a boca, o que eu vou fazer com Micah?

— Diga olá. — disse Aideen então coçou o pescoço.

Oi? Eu sei que eu queria ver todo mundo logo, mas por que eu tinha que
ser a primeira a dizer olá?

— O quê? Por que eu iria dizer olá a Micah?

— Porque estou parada atrás de você, prima.


E u deixei cair meu

telefone no meu colo e congelei.

Micah estava atrás de mim.

Puta merda, Micah estava atrás de mim!

— Você não vai me dar um abraço, prima?

Eu me encolhi quando eu me forcei a ficar de pé. Desliguei com a Aideen,


e mesmo sabendo que ela iria me dar merda sobre isso mais tarde, eu tive
porque Aideen não tem filtro quando ela fala. Ela também odeia Micah, por isso,
era garantido que ela teria, pelo menos, amaldiçoado para ela e eu não queria
isso porque eu era a única em bairros próximos a ela.

Eu soltei um suspiro quando me virei para enfrentar Micah.

Eu estava feliz que eu estava usando óculos escuros porque Micah não
seria capaz de ver a forma como os meus olhos se arregalaram quando eu a
vi. Ela parecia incrível; seu cabelo estava tão vermelho quanto o meu, sua pele
estava levemente bronzeada, e ela parecia fodidamente incrível.

— Ei Mi, você está ótima.

Eu me inclinei para frente e coloquei meus braços em volta da minha


prima mais nova, dando-lhe um aperto.
— Você também Kay, você perdeu peso.

Eu corei. — Sim, um pouco.

Quase 19 kg, mas quem está contando?

— Mais do que um pouco, você estava enorme quando eu a vi pela última


vez.

Eu defini o meu queixo. — Sim, eu sei.

Micah sorriu. — Estou contente por ter vindo, Kay. Sei que pode ser
difícil para você depois tudo o que aconteceu, mas eu estou feliz por você estar
aqui. Sei que Jason também está.

Sim, nós sabemos por que ele está feliz por eu estar aqui, o bastardo sujo.

— Também estou feliz, assim podemos colocar tudo o que aconteceu


conosco para trás.

Mentirosa.

Duas primas de Micah riu depois que ganharam um sorriso de Micah.

— Sua mãe disse que você estava aqui com um namorado. Onde ele está?
Eu gostaria de conhecê-lo.

Oh, foda sim!

Eu poderia dizer que ela achava que minha mãe estava mentindo sobre
eu ter um namorado - seu tom de voz e olhar complacente denunciaram.

Eu estava à beira de explodir de alegria quando eu fui para a esquerda e


virei de lado, apontando para Alec como eu fiz. Ele estava virado e assistindo o
meu encontro com Micah, mas quando me mudei e dei às meninas uma visão
clara dele, ele se levantou de sua cadeira de sol e se virou para nos encarar.

Ele estava com uma bermuda na altura do joelho e foi isso.


Ao vê-lo sem camisa, normalmente me irrita, mas agora eu não poderia
ter sido mais feliz com ele estar seminu.

— Este é Alec Slater, meu namorado. Alec, essa é minha prima Micah, é
para o casamento dela que viemos.

Alec sorriu, suas covinhas vincando suas bochechas, e eu aproveitei a


oportunidade de olhar para Micah e suas primas. Eu queria fazer uma dança
feliz, porque as três olharam para Alec com a boca aberta.

Ele tornou-as sem palavras.

Sucesso!

— Senhoras, prazer em conhecê-la.

Silêncio.

Eu olhei para baixo quando eu presunçosamente sorri.

Isso foi perfeito, porra.

Eu olhei para cima quando uma garganta foi limpa.

— Sou Kerry, e essa é minha irmã, Clare. Somos primas de Micah pelo
lado da família da sua mãe.

Fixei meus olhos em Kerry Brennan, em seguida, para sua irmã gêmea
Clare. As gêmeas Brennan não eram idênticas, mas as cadelas foram abençoadas
com os genes da beleza. Ambas tinham peitos enormes também.

— Prazer em conhecê-las, eu sou o namorado dessa pequena.

Sorri quando Alec colocou o braço em volta do meu ombro e me puxou


para o seu lado.

Eu ri quando eu olhei para Micah que estava passando rapidamente os


olhos entre mim e Alec, o choque claro como o dia em seu rosto. — Alec Slater,
como irmão de Dominic e de Damien Slater?
— Sim, eles são meus irmãos mais novos.

Os olhos de Micah se contraíram. — Eu fui para a escola com seus irmãos.

— Eu sei, eles me contaram tudo sobre você... assim como Bronagh.

Mordi meu lábio quando o rosto de Micah ficou vermelho, mas não com
vergonha, e sim de raiva.

— Eu vejo, bem, é bom conhecê-lo. Acho que já vi você em torno de


minha propriedade algumas vezes, é bom conhecê-lo pessoalmente, obrigada
por vir.

Alec sorriu. — Sem problemas, eu estou feliz por estar aqui. Parabéns de
qualquer maneira, se casar com seu namorado de escola, isso é fofo.

Fofo.

Eu bufei, mas cobri com uma tosse.

Nada sobre Jason e Micah era fofo. Eles eram um casal sexy, um par
médio, um casal fodido, mas não um belo casal.

— Obrigada, nós estamos felizes. Você já encontrou com Jason, Keela?

Olhei para Micah quando ela disse meu nome e balancei a cabeça. — Sim,
eu cruzei com ele na noite passada. Ele parecia... feliz, eu poderia dizer, com o
casamento.

Micah sorriu. — Sim, ele realmente está feliz, você poder estar aqui, nós
dois estamos.

Sim, claro, como eu acredito nisso.

— Estou muito feliz de estar aqui. Ainda não posso acreditar que vocês
estão casando, é uma loucura.

Micah sorriu. — É estranho como as coisas aconteceram, certo?

Por que ela estava sorrindo?


— Sim, e nas Bahamas de todos os lugares.

Micah encolheu os ombros. — Sim, o tempo não é confiável em casa e eu


amo isso aqui. Vim duas vezes quando compareci em casamentos antes, é
perfeito.

Eu sorri. — É lindo, você fez uma boa escolha.

— Eu sei.

Vadia.

— Então, o casamento é na sexta-feira, existem festas ou jantares que


temos para comparecer?

— Há um jantar de boas-vindas hoje à noite seguido de uma festa. A


maioria dos convidados chegaram na semana passada. Sua mãe será a última a
chegar na quinta-feira.

Eu balancei a cabeça. — Desculpe, eu não sabia nada sobre a


programação, eu só descobri sobre o casamento no último minuto. Minha mãe
que organizou tudo para nós virmos.

Micah me dispensou. — É grande, você não é a única tendo que


acostumar com as coisas. Ainda esqueço quando e onde eu tenho que estar,
minha mãe tem que me lembrar.

Sua mãe?

Bleh.

— Como está Everly? Eu não a vi em anos.

Micah encolheu os ombros e sorriu: — Você conhece minha mãe, ela não
muda.

Maravilhoso.

— Sim. — eu disse, forçando um sorriso.


— Então. — disse Micah e gesticulou entre Alec e eu. — Há quanto tempo
vocês estão juntos.

Minha mente ficou em branco.

Foda-se, quanto tempo Alec disse que estávamos namorando quando ele
estava falando com a minha mãe?

— Três meses e alguns dias mais ou menos. — Alec respondeu para Micah
e deu no meu lado um pequeno aperto.

— É sério? — Micah perguntou a Alec, olhando diretamente para ele sem


pestanejar.

Isso me assustou um pouco.

— Nós moramos juntos, então sim, é sério.

— Cadela sortuda. — Kerry murmurou baixinho, mas eu peguei e isso me


fez sorrir.

— Estou feliz por vocês dois. — disse Micah, o rosto inexpressivo.

Sim, você parece feliz por nós.

— Obrigada. — eu sorri e dei ao corpo delicioso de Alec um aperto.

— Bem, eu vou ver vocês dois mais tarde no jantar de boas-vindas, que
começa as sete no salão de baile do hotel.

Saudei Micah. — Nós vamos estar lá.

Micah balançou a cabeça, sorriu então se virou e caminhou na direção


das cadeiras de sol livres no lado oposto da piscina. Kerry e Clare se moviam
lentamente se certificando que elas tomaram todo o corpo de Alec ao longo do
caminho. De repente, me senti possessiva sobre seu corpo, então eu achatei
minha palma em todo o estômago de Alec em seguida, deslize-o para baixo até
que terminasse em sua virilha. Eu apertei seu membro amolecido fazendo-o
uivar e me fazendo rir das irmãs Brennan que agora estavam perseguindo uma
Micah parecendo irritada.

— Posso ter meu pau de volta, por favor? — Alec assobiou.

Eu afrouxei meu aperto em seu pênis e dei-lhe alguns golpes, o que fez
com que Alec olhasse para mim com os olhos arregalados.

— O que você está fazendo? — perguntou Alec.

Eu sorri. — Deixando as primas de Micah com inveja.

Alec colocou a mão no meu braço e puxou até que minha mão estava de
volta em seu estômago. — Você deixá-las com inveja está me deixando duro,
tenha um coração e deixe meu pau em paz.

Eu bufei em seguida, levantei-me na ponta dos pés e franzi os lábios.

Alec sorriu quando ele abaixou a cabeça e tocou seus lábios nos meus,
antes que ele passasse os braços em volta da minha cintura e me segurasse na
frente dele enquanto ele me beijava.

— Você é tão doce. — ele murmurou na minha boca.

Lambi meus lábios e disse: — Gloss de morango.

Alec lambeu seus próprios lábios e cantarolou.

— Eu gosto disso.

Eu sorri. — Vamos voltar para o nosso quarto?

— Para transar? — Alec perguntou, seu tom esperançoso.

Sim, eu não estava cedendo tão facilmente... não na penetração vaginal


completa de qualquer maneira.

— Não, para que possamos decidir sobre o que devo vestir para o jantar
hoje à noite. Será a primeira vez que vejo todos juntos e eu quero ter uma boa
aparência.
— Se você quer mostrar a todos o quão quente você é, vá nua, isso me
faria parar e olhar.

Olhei para Alec com as sobrancelhas vincadas. — Você realmente deve


pensar antes de falar, uma grande parte do tempo dizendo nada é realmente a
melhor opção.

Alec sorriu alegremente como se o que eu disse não o incomodasse.

Peguei a mão dele e puxei. — Vem, vamos embora.

— O quê? Agora? — Alec olhou para mim com horror. — É só à tarde...


decidir o que vestir leva horas?

Ele estava brincando?

— Para encontrar a roupa certa? Sim!

Alec me soltou e levantou as mãos ao rosto. — Eu não gosto de dar


opiniões sobre roupas, eu nunca dou as respostas certas e sempre acabo
irritando alguém.

Eu dei um tapinha solidário em seu ombro com a minha mão livre.

— Você vai ficar bem, eu não vou ficar brava.

Alec olhou para mim, com os olhos céticos.

— Você promete?

Acenei. — Sim, sim, é claro.

Alec não se moveu e isso me irritou.

— Você tem que dizer eu prometo, caso contrário, não é uma promessa.

Ele parecia um menino.

Eu soltei um grande suspiro e virei para Alec, eu olhei para ele e sorri. —
Eu prometo não ficar brava sobre a opinião que você der quando eu
experimentar roupas, está bem?
Alec assentiu com a cabeça. — Está bem.

Alec andou comigo em seguida, na direção do hotel, mas ele já parecia


aflito.

— Anime-se, botão de ouro, isso vai ser divertido!


—I sto não é

divertido, você mentiu para mim.

Eu sorri enquanto eu tirava o décimo vestido que Aideen tinha guardado


na minha mala.

— Este é o último playboy, quase lá.

Eu ouvi suspiro dramático de Alec antes dele dizer: — Por que diabos
Aideen teve que embalar tantos vestidos? Este é nosso terceiro dia aqui, e
estamos saindo no sétimo dia, o que ela estava pensando?

Eu ajustei meu vestido até que estivesse bem colocado no meu corpo.

— Ela estava pensando em variedade, querido.

— Variedade minha bunda, você fica quente em cada um daqueles


vestidos que você experimentou, não havia necessidade de embalar tantos.

Eu balancei a cabeça e sorri.

Ele era certamente um homem.

— Estou feliz que você pense que todos ficam muito bem em mim...

— Quente, eu disse que eles ficavam quentes em você.


Eu ri. — Estou feliz que você acha que eles ficaram quentes, mas eu quero
estar confortável com o que estou vestindo, essa é a razão pela qual eu estou
provando tantos. Quer dizer, o quarto vestido era tão curto que você poderia ver
as bochechas da minha bunda, definitivamente não quero isso.

— Esse foi o meu favorito. — eu ouvi Alec reclamar e ri quando saí do


banheiro.

— Está bem papai, o que você acha deste? Sim, não ou talvez?

Alec cruzou os braços sobre o peito e inclinou a cabeça para o lado


enquanto me examinava da cabeça aos pés. Ele levantou o dedo indicador no ar
e girou-o em um círculo.

Eu, felizmente, virei em um círculo lento para ele até que eu estava de
frente para ele novamente.

— Qual é o veredicto?

Alec me deu dois polegares para cima. — Eu gosto mais deste. Ele tem
algum comprimento, mas ainda mostra o quanto suas pernas são longas. Ele
abraça sua bunda mostrando que você realmente possui uma, e é apertado à
volta do peito fazendo seus peitos parecer maiores do que são. Além disso, é
verde e eu adoro a cor verde.

Eu não tinha certeza se ficava feliz com a sua avaliação ou chateada com
ele.

— Você está me dizendo que minha bunda é pequena? Eu sei meus seios
são, mas eu pensei que minha bunda tivesse um tamanho decente.

Alec deu de ombros. — É um tamanho decente, quer dizer, que não é uma
bunda do tamanho Bronagh Murphy, mas ainda é uma bela bunda. Que eu
gosto muito.

Estreitei meus olhos e cruzei os braços sobre o peito. — Você gosta da


bunda da namorada do seu irmão mais novo?

Alec abriu a boca para me responder, em seguida, fechou imediatamente.


Ele ficou em silêncio por um momento, até que disse: — Esta é uma
pergunta capciosa, eu sei que é.

— É uma simples pergunta.

Alec balançou a cabeça. — Não, não é. Você está tentando me pegar em


um canto até que eu dê uma resposta que vai dar-lhe razão suficiente para me
bater... eu sei como sua mente funciona.

Eu corajosamente caminhei em direção a Alec até meus joelhos tocaram


os seus. Eu, então, estendi minhas mãos e as coloquei em seus ombros quando
eu inclinei minha cabeça para baixo até que eu estava muito em seu rosto.

— Como é que funciona a minha mente, Alec?

Alec lambeu os lábios enquanto seus olhos foram até o meu peito, antes
de encontrar o seu caminho até os meus olhos.

— De forma misteriosa? — ele chutou.

Eu tentei não sorrir, eu realmente fiz, mas eu não consegui evitar.

Alec se inclinou e apertou seus lábios contra a lateral da minha boca.

— Eu amo o seu sorriso.

Eu deslizei para o seu colo e coloquei meus braços em volta do seu


pescoço, quando eu disse: — Eu amo o seu sorriso e suas covinhas.

— Eu vou acrescentar na lista com os meus olhos, minha bunda, meus


abdominais e minha voz.

Eu bufei. — Você é tão arrogante.

Alec lambeu meu lábio inferior. — Eu amo quando você diz que sou
arrogante.

Eu ri. — Dá um tempo, é a sua vez de experimentar as roupas para ver o


que fica melhor.
Alec enrugou o nariz. — Eu estou vestindo um short e uma camiseta
branca.

— Sim, mas a parte da gola é em V ou uma gola redonda?

Alec olhou para mim como se tivesse crescido uma cabeça extra em
mim. — Você tem que estar brincando comigo.

Eu levantei minhas sobrancelhas. — Eu pareço estar brincando?

Alec realmente olhou para mim, então gemeu. — Pelo amor de Deus.

Eu ganhei.

Eu sorri quando me levantei. — Vá em frente, pegue.

— É isso que ter uma namorada implica? Perder a minha liberdade? —


Alec perguntou quando se levantou.

Eu bufei. — Isso e muito mais, querido.

Alec balançou a cabeça e se afastou de mim enquanto pegava um monte


de roupas de sua mala, em seguida, caminhou em direção ao banheiro.

— Eu finalmente posso entender o que Ryder e Dominic estão falando. —


ele murmurou para si mesmo.

Eu sorri. — Eu ouvi isso.

— Essa foi a intenção.

Eu ri quando deslizei para fora do meu vestido e coloquei-o em um


cabide, então eu o pendurei na porta do meu guarda-roupa para mantê-lo livre
de amassados. Peguei um par de legging na altura do joelho e uma das
camisetas de Alec e coloquei-os. Eu pulei em cima da cama, em seguida, relaxei.

— Você tem um livrinho negro? — eu perguntei aleatoriamente a Alec.

Eu o ouvi murmurar alguma coisa, então, eu disse mais alto: — Você tem
um?
— Eu tenho o que? — Alec gritou.

— Você tem um livrinho negro? — Eu repeti.

Alec colocou a cabeça para fora do banheiro e sorriu. — Eu tenho uma


lista de foda, isso conta?

— Há algo de errado com você, você tem um pau ereto em vez de um


cérebro.

— Você está me chamando de cabeça pau?

Mordi a parte interna de minhas bochechas para manter um sorriso


afastado.

— Te odeio.

— Não, você não odeia, você quer me odiar, mas não pode e isso te mata.

Essa foi a coisa mais precisa que eu já o ouvi dizer.

Alec desapareceu de volta para o banheiro e eu fiquei deitada na cama até


que ele estava pronto para desfilar para mim. Depois de alguns minutos ele saiu
do banheiro em uma camiseta branca decote em V e um par de shorts na altura
do joelho.

— Vou usar os chinelos que comprei em Pennys na volta para casa. Você
aprova?

Imaginei o equipamento com seus chinelos e concordei mentalmente.

Eu aprovei o que ele queria usar, mas eu queria que ele girasse para mim
antes que eu dissesse alguma coisa, então eu simplesmente levantei a minha
mão, com meu dedo indicador no ar, e o girei em um círculo.

— Você está brincando comigo? — Alec surtou.

Eu continuei a rodar o meu dedo em silêncio.


— Mulheres. — Alec murmurou antes de abrir os braços na altura do
peito e lentamente virou seu corpo em um círculo.

Quando ele se virou em minha direção novamente, eu franzi meu rosto e


disse: — Ele vai servir.

Seu rosto era impagável.

— Ele vai servir... ele vai servir? Venha aqui, agora!

Gritei dando risada quando Alec mergulhou na cama e agarrou o meu


corpo com as mãos. Ele prendeu minhas mãos ao lado do meu corpo e arrastou-
se sobre mim. Ele soltou minhas mãos para que ele pudesse usar o seu próprio
corpo para manter-se acima de mim. Você sabe, por isso, ele não me sufocou
completamente.

— Você pode respirar? — Alec perguntou, sorrindo para mim.

— Um pouco. — eu disse.

Alec riu e saiu de cima de mim. Ele balançou a cabeça quando eu ofeguei
dramaticamente puxando o ar.

— Você nasceu de uma cadela, ou será que vem natural para você?

Eu esfreguei meu peito. — Eu diria que nasci, mas ser uma cadela pode
vir natural para mim.

Alec balançou a cabeça. — Eu ainda estou surpreso que algumas


mulheres usam essa palavra tão livremente aqui. Nos Estados Unidos, a maioria
das mulheres pira sobre isso.

Eu bufei. — É apenas uma palavra, eu não iria pirar somente por uma
palavra

Alec deu de ombros. — Eu acho que sim.

Sentei-me na cama e cruzei minhas pernas.

— Eu estou um pouco nervosa sobre o jantar esta noite.


Alec virou de lado para olhar para mim. — Por quê?

— Todo mundo sabe que eu e Jason estivemos envolvidos, mas eu tenho


certeza de que eles não sabem que ele me usou. Conheço a Everly e Micah, elas
terão tudo isso virado contra mim. Todo mundo provavelmente vai pensar que
eu seduzi o namorado da minha prima. Estou temendo pelo o que as pessoas
podem me dizer... ou pensam de mim

Alec estendeu o braço e colocou a mão no meu joelho. — Ninguém vai


atacar você verbalmente, eu vou ter certeza disso.

Eu sorri. — Você vai ser meu guarda costas?

— Sempre.
— P are de

roer as unhas.

Olhei para Alec enquanto descíamos as escadas do hotel. Estávamos


fazendo nosso caminho para o salão de festas para o jantar de boas-vindas, Alec
realmente não queria pegar o elevador e porque eu precisava de mais tempo
para me preparar mentalmente para ver minha família, tomei as escadas com
ele.

— Eu não posso evitar, estou nervosa.

Alec amarrou seu cabelo para trás de seu rosto com um elástico, em
seguida, pegou minha mão e entrelaçou com a dele. — Vai ficar tudo bem, você
vai ver.

Eu soltei um enorme suspiro quando chegamos ao final das escadas.

— Eu espero que você esteja certo. — eu murmurei e saí para o hall de


entrada da escada.

Alec me levou para o salão de baile. As portas estavam fechadas, mas um


homem estava fora com um stand que tinha uma lista sobre ele.

— Esta é uma festa privada. Sinto muito.


— Nós estamos aqui para o jantar, nós somos convidados.

— Qual é o seu nome, senhorita? — perguntou o homem.

Limpei a garganta. — Keela Daley.

— Ah, sim, Keela Daley e mais um.

— Eu sou mais um, prazer em conhecê-lo. — disse Alec ao homem.

O homem sorriu enquanto caminhava até a porta, a abriu para nós, antes
que ele apontasse com a sua mão.

— Vocês vão se sentar-se à mesa dois. Aprecie a sua refeição.

Eu sorri para o homem e puxei Alec atrás de mim enquanto eu


caminhava para o salão. Eu estava um pouco surpresa que o salão não estava
escuro como as personalidades de Jason e Micah. Era tudo branco com azul
salpicado por toda parte. A iluminação era azul neon brilhante em sua maioria,
que eu achei muito bonito porque combinava com a decoração perfeitamente.

Eu resmunguei. — Eu odeio que eu gosto do salão e as cores.

— A comida pode ser uma porcaria, no entanto.

Ele estava tentando me fazer sentir melhor, me dando esperança que algo
iria ser um saco sobre o jantar.

Ele era brilhante.

— Então... onde está a mesa dois? — murmurei alto.

Havia pelo menos quinze mesas que eu podia ver e elas estavam todas
cheias de gente. Eles com certeza conseguiram um monte de gente aqui em tão
pouco tempo.

Pessoas ricas.

— A mesa principal para a festa nupcial é a mesa um, e que está na frente
do salão. Você vai estar na mesa mais próxima a ela.
Eu me virei para encarar Alec, meus olhos arregalados. — Por que eles me
sentaram tão perto deles?

Alec deu de ombros. — Você cresceu com Micah, talvez ela te considere
próxima a ela?

Sim, certo.

— De jeito nenhum, ela não me teria aqui se ela pudesse. Isto é coisa da
Everly e da minha mãe.

Alec levantou a mão para escovar os nós dos dedos na minha bochecha e
disse: — Não importa quem nos colocou na mesa, vamos apenas ir e sentar...
está bem?

Eu concordei e segui logo atrás de Alec tomando cuidado para não olhar
para ninguém sentado nas mesas por onde passamos. Engoli nervosamente
quando chegamos a nossa mesa e notei que cada pessoa na mesa era um
membro direto da família de Jason.

Oh, caralho.

— Olá Keela, você está linda. — o pai de Jason, Sr. Bane, disse quando ele
se levantou para me cumprimentar.

Acho que o Sr. Bane foi o único membro genuíno da família Bane.

— Olá Sr. Bane, é um prazer vê-lo novamente. — sorri quando eu apertei


sua mão.

Eu, então, apontei para Alec. — Este é Alec Slater, meu namorado.

— Prazer em conhecê-lo, senhor. — Alec disse enquanto apertava a mão


do Sr. Bane.

— E você também, filho. Estas são minhas filhas Krista e Koda, e meu
filho Jonathan. Minha esposa estará aqui em um momento, ela está no
banheiro.
As irmãs vacas de Jason foram as primeiras a pular e cumprimentar Alec
e não com apertos de mão, essas vagabundas foram para abraços.

— Prazer em conhecer vocês duas. — Alec sorriu então se virou para


Jonathan quando ele se levantou. — Prazer em conhecê-lo, mano.

Jonathan apenas sorriu enquanto apertava a mão de Alec.

Alec se virou para Koda quando ela elogiou seu cabelo.

Eu queria ouvir o que ela estava dizendo a ele, mas Jonathan tocou no
meu braço, tomando a minha atenção.

— Ei Keela. — disse ele, e me deu um abraço que foi muito chocante,


porque eu sabia que Jonathan me odiava.

Eu estava prestes a dizer ei de volta para ele, quando ele colocou a boca
na minha orelha e sussurrou: — É bom ter uma puta sem vergonha no
casamento. Posso contar com você para abrir suas pernas, se eu não tiver sorte
com todas as mulheres decentes hoje à noite?

A cara dele!

— Vá se foder! — eu rosnei e prontamente me afastei do abraço.

Jonathan só sorriu para mim quando ele voltou para sua cadeira.

Eu brilhantemente sorri para Alec quando ele olhou para mim, ele me
olhou por um momento antes de ele puxar minha cadeira que estava ao lado de
Jonathan. Eu queria muito pedir para Alec trocar comigo, mas isso teria sido
rude, então eu mordi a bala e sentei-me ao lado de Jonathan. Alec sentou-se ao
meu lado e sorriu para todos.

— Estou feliz que vocês estão todos vestidos casualmente, estávamos um


pouco preocupados com isso... e quando digo nós, quero dizer Keela.

Sr. Bane riu. — Shorts e camisetas são tudo o que posso usar aqui, é
muito quente para qualquer outra coisa.
Alec riu e eu sorri.

Eu olhei para baixo para o menu apenas para evitar ter que conversar
com alguém na mesa. Não importava que eu estivesse em silêncio, porque Alec
não se calava. Olhei para cima e percebi que ele tinha o Sr. Bane rindo,
Jonathan a fazer perguntas, Krista olhando e Koda babando.

Realmente parecia que a menina estava babando.

Apenas... eca.

— Vadia. — eu murmurei.

— O que foi Keela? — perguntou Jonathan.

Eu olhei para ele, em seguida, o resto da mesa e encontrei os olhos de


todos em mim.

Eu ri nervosamente. — Eu disse que estou exausta. Deve ser o calor me


pegando.

Alec inclinou-se e colocou a mão nas minhas costas. — Você está bem?

Eu assenti. — Eu estou bem.

Ele olhou para mim por um momento antes de ele endireitar-se para trás
e olhar para baixo em seu menu. Alguns minutos se passaram quando o garçom
veio para tirar o pedido de nossa mesa. Alec pediu algo que tinha bife nele então
eu pedi a mesma coisa, simplesmente porque eu não entendia o que era o resto
da comida no menu. Os nomes eram muito extravagantes para eu saber o que
diabos eu iria pedir.

— Carne é o que nós pedimos, certo? Ouvi você dizer bife.

Alec olhou para mim e concordou. — Sim, é bife, purê de batatas, vegetais
e molho.
— Oh, graças a Deus. — eu disse e dei um suspiro de alívio. — Eu não
sabia o que qualquer um dos nomes significava. Acabei de ouvir você dizer bife e
pedi o mesmo.

Alec riu. — Você é tão fofa.

Apertei os olhos para ele. — Toda vez que você me chamar de fofa,
playboy, eu vou te morder.

Alec me olhou bem nos olhos e disse: — Você é uma garota fofinha,
bonitinha e gracinha.

Eu não podia manter baixa a gargalhada que irrompeu de mim. Eu


rapidamente coloquei minha cabeça para baixo no ombro de Alec até que eu
tinha certeza que meu rosto não estava mais vermelho.

— Eu sinto muito, ele me fez rir. — eu disse quando eu mostrei o meu


rosto para a mesa.

Alec e o Sr. Bane estavam rindo, enquanto Krista e Koda estavam me


dando olhares de reprovação. Jonathan, o filho da puta desagradável, estava
sorrindo para mim. Eu não percebi por que, até que eu senti algo encostar em
minha perna esquerda. Olhei para Jonathan, que agora estava conversando com
seu pai. Eu sabia que ele estava me tocando com o pé porque Alec estava do lado
oposto de mim.

Mudei minhas pernas longe de Jonathan, mas as esbarrei em Alec


fazendo-o saltar um pouco.

— Você está bem? — ele murmurou.

Por um segundo eu queria dizer a ele o que Jonathan me disse e que ele
estava tentando esfregar os pés em mim debaixo da mesa. Eu não sabia como
ele iria reagir e porque eu não queria nenhuma atenção em nós eu sorri e disse:
— Tudo bem, eu só quero estar perto de você.

Alec ofegou de brincadeira. — Você não é uma dessas garotas realmente


pegajosa, é?
Eu sorri e disse: — Sim, eu vou ficar presa*36 a você para sempre.

— Eu sinto muito, você disse que vai me chupar37 para sempre?

Eu ri e dei um tapa no ombro. — Você é sujo.

Alec se inclinou e beijou minha bochecha. — Você não tem ideia, gatinha.

Olhei para baixo e sorri para mim mesma. Eu reposicionei minhas pernas
na minha frente, mas senti meu sorriso cair do meu rosto quando o pé tocou
minha perna novamente, desta vez ele começou a esfregar para cima e para
baixo.

Eu cerrei meus dentes para não dizer algo a Jonathan e para não chutar o
bastardo tão forte quanto eu podia. Eu literalmente mordi a língua e tolerei. Eu
consegui aguentar por pelo menos cinco minutos antes de não conseguir mais.

— Desculpe-me, eu tenho que usar o banheiro. — eu disse e levantei,


certificando-me de pisar no pé de Jonathan quando me virei.

Ele gritou.

— Oh, me desculpe.

Jonathan olhou para mim enquanto eu caminhava na direção do


banheiro - eu estava além de feliz que eu tinha o machucado de alguma maneira
por me tocar. Eu encontrei o banheiro das senhoras e congelei quando eu
encontrei a senhora Bane olhando para um grande espelho ajeitando o batom.

Ela olhou para mim através do reflexo.

— Keela. — ela assentiu.

Eu assenti de volta. — Sra. Bane.

36
Stuck = presa, semelhando ao som de suck = chupar

37
Stuck/suck
Ela saiu do banheiro sem outra palavra ou olhar em minha direção e eu
agradeci a Deus por isso. Ela cumprimentou-me pelo nome, que é mais do que
eu esperava a partir dela e eu considerava um progresso.

Esqueci o encontro, em seguida, entrei no banheiro e me aliviei. Quando


terminei, eu saí e lavei as minhas mãos. Eu verifiquei a minha aparência no
espelho, acenei para mim, então me virei e voltei para o salão e para a minha
mesa.

Alec estava olhando para seu telefone quando cheguei à mesa. Eu levantei
minhas sobrancelhas quando me sentei.

— O quê?

— Já era hora, porra, Keela! — Alec soltou baixinho.

Ele empurrou seu telefone no bolso da calça e levantou quando me movi


para tomar o meu lugar ao lado dele. Ele agarrou a parte de trás da minha
cadeira e puxou-a para mim. Fiquei chocada como o inferno - ele estava
exibindo modos e estava agindo como um... cavalheiro. Eu estava prestes a
agradecer a ele quando ele bateu na minha bunda quando eu posicionei-me para
sentar.

Revirei os olhos e tentei não reagir, porque, honestamente, eu deveria ter


visto isso vindo.

— Você é um pervertido. — eu murmurei baixinho enquanto eu colocava


minha cadeira mais perto da mesa.

Ele resmungou quando ele retomou seu próprio assento. — Seja grata que
eu não deixei uma marca, você mereceu por me deixar aqui sozinho por horas.

Horas? Eu tinha demorado cinco minutos, no máximo.

— Estou de volta agora, então por que você está reclamando? — eu


perguntei, suspirando.

— Eu estava entediado... e as irmãs de Jason continuam em cima de mim.


Veja, vadias!

— Eu entendo sobre as meninas te incomodarem, mas não poderia ter


sido tão chato...

Alec me interrompeu com um aceno de sua mão e disse: — Foi. Confie em


mim.

Eu dei-lhe um olhar e perguntei: — Em uma escala de um a dez, quão


entediado você estava?

Ele olhou-me bem nos olhos e disse: — Eu li os termos e condições para a


nova atualização do iOS no meu telefone. Duas vezes.

Tudo isso de entediado?

— Jesus. — eu disse.

Alec assentiu dramaticamente sua cabeça.

Eu ri para ele. — Bem, eu estou de volta agora... e apenas a tempo para o


jantar pelo que parece.

Os garçons chegaram e começaram a colocar pratos com diferentes


refeições na frente das pessoas sentadas às mesas. Eu inalei o cheiro da comida
e ouviu o meu estômago roncar.

Ah, eu ia gostar disso.


Quando o jantar acabou, a música começou a tocar e a grande pista de
dança que estava para extrema direita começou a encher-se de ambos, jovens e
velhos. Sr. Bane e Koda se levantaram para dançar e assim o fez, Jonathan, que
levou sua mãe para a pista de dança. Eu estava em êxtase porque mais um
esfregar de pé para colocar esse idiota para fora.

Alec me pediu para dançar também, mas eu lhe disse que não podia me
mover e que eu tinha que deixar minha comida digerir. Ele apenas riu de
mim. Desde que me recusei a dançar com ele, Krista Bane fez questão de pedir a
ele e ele aceitou.

— Você não se importa, não é? — ele murmurou para mim.

Será que eu me importo?

— Não, eu não me importo.

Sim, sim, eu me importo.

Alec hesitou. — Quando você diz que não se importa é aquele código da
Bíblia do homem, que você realmente se importa? Eu não sou muito bom em ler
as pessoas, então eu não sei o que você está tentando dizer.

Homens.

Revirei meus olhos. — Não é o código para nada. Vá dançar, tanto faz.

Alec estalou os dedos para mim. — Tanto faz é outra maneira para a
mulher dizer foda-se, eu me lembro disso.

Eu ia estrangulá-lo.

— Alec você está começando a me irritar.

Ele mordeu o lábio inferior. — É só uma dança.

— Vá dançar, então.

Seu sorriso estava só me irritando ainda mais.


— Keela, você não precisa ficar com ciúmes, é só uma dança.

Eu balancei a cabeça bruscamente.

Alec riu, então se inclinou e beijou minha bochecha.

— Não vai demorar muito.

Pode crer que não vai demorar muito.

— Está bem.

Eu resmunguei enquanto eu observava Alec dar a uma Krista radiante a


mão e levá-la para a pista de dança. A música era rápida, então eles realmente
não tinham que tocar um ao outro enquanto eles dançavam e me senti um
pouco melhor sobre isso.

— Jesus, o que há de errado comigo? — eu murmurei para mim mesma.

Como diabos poderia meus sentimentos e atitudes mudar tão


rapidamente sobre Alec? Alguns dias atrás eu teria ficado encantada por alguém
tirar sua atenção para longe de mim, mas agora... agora eu não quero a sua
atenção em mais ninguém além de mim.

Talvez eu estivesse sendo pegajosa com ele.

Porra!

Fazia apenas cinco dias desde que eu o conheci. Três desses dias eu lhe
fui hostil, e agora estávamos na fase inicial de namoro, onde tudo é perfeito e eu
era a imagem da felicidade.

Mais uma vez, tinha sido apenas cinco malditos dias desde que eu o
conheci.

Por que eu estava me permitindo ficar emocionalmente ligada a


ele? Especialmente depois do que aconteceu da última vez que eu me permiti ser
emocionalmente varrida por um homem.
Eu não estava comparando Alec com Jason - porque Jason é um maldito
idiota e Alec não era - mas havia uma semelhança com o quão rápido eu deixei-
me ficar perdida em ambos os homens. Jason emocionalmente me rachou em
cerca de duas semanas, e Alec em apenas dois dias.

Eu era uma romântica incurável, ou apenas um caso perdido?

Caso Perdido.

Eu era definitivamente um caso perdido.

Afinal, eu sabia que isso poderia totalmente ruir a qualquer segundo,


então por que eu concordei em ser namorada de verdade de Alec? Por que não
podia apenas ter dito não?

Porque eu era uma maldita idiota que pensou com sua vagina, em vez de
sua cabeça.

Eu era burra pra caralho.

Quero dizer, vamos ver como Alec se tornou meu namorado. Ele era um
acompanhante aposentado, pelo amor de Deus! Ele estava me fazendo um favor
ao vir comigo para este casamento, e aqui eu estava louca que ele estava
dançando com alguém quando nós dois sabemos que dançar com as mulheres
não é nada comparado com o que ele pode fazer com elas.

Sexualmente, eu só tive um gostinho de Alec - ou ele só teve um gosto de


mim - mas seja como for, eu sabia que ele iria me arruinar para qualquer outro
homem. Eu apenas sabia.

Eu gostava de Alec, eu não gostava quando seu lado babaca saia para
brincar, mas eu gostava de sua companhia e como ele me fez sentir outra coisa
senão confortável.

Isso me confundiu, porque ao contrário do meu relacionamento com


Jason, eu sabia que havia um percentual maior de coisas que poderiam ir para
os ares com Alec e ainda assim eu ainda queria estar com ele.

Mas. Que. Porra?


— Eu odeio ser mulher. — eu murmurei em voz alta ganhando uma risada
da minha esquerda, o que me fez pular de susto, porque eu não ouvi ninguém
sentando ao meu lado.

— Eu não queria assustá-la, senhorita?

— Daley. — eu respondi para homem americano de meia idade, que


estava sentado no lugar de Jonathan.

— Senhorita Daley... parente da noiva?

Eu assenti. — Sim, Micah é minha prima mais nova.

O homem sorriu para mim e eu notei as rugas ao redor dos olhos se


aprofundarem. Ele era um homem de boa aparência, pele bronzeada, cabelos
escuros com uma barba impressionante.

— Eu tenho receio que eu não conheço a noiva, apenas o pai dela.

Eu levantei minhas sobrancelhas. — Você é um amigo do meu tio?

O homem acenou com a cabeça. — Sim, mais um parceiro de negócios,


que um amigo.

Eu sorri. — Não é possível misturar negócios com prazer, hein?

O homem riu. — Exatamente.

Eu continuei a sorrir enquanto eu olhava para a pista de dança onde


todos estavam se divertindo dançando.

— Você não deveria estar lá, dançando e se divertindo? — o homem da


minha esquerda perguntou.

Eu balancei minha cabeça. — Não, eu acabei de comer e ao contrário de


todos os outros, eu preciso de tempo antes que eu possa me movimentar de
novo.

O homem riu. — Quando você puder se mover, eu tenho certeza que Alec
alegremente a levará para girar na pista de dança.
Olhei para o homem e disse: — Você conhece meu namorado?

O homem olhou chocado, extremamente chocado. — Alec Slater é


seu namorado?

Que merda que esse tom quer dizer... este homem acha que Alec era
muito bom para mim, também?

Eu abertamente franzi o cenho para o homem que rapidamente limpou a


garganta e disse: — Perdoe-me, eu acho que pensei em voz alta... sim, eu
conheço Alec. Eu sou um velho amigo dele.

Agora era a minha vez de ficar chocada.

— Da América ou Irlanda?

O homem riu. — América... muito tempo atrás.

Uau.

— Sério? Eu poderia perguntar o seu nome?

— Claro, querida. — o homem sorriu largamente.

— Meu nome é Marco, Marco Miles.


— P razer

em conhecê-lo senhor, eu sou Keela.

Marco sorriu quando ele aceitou minha mão estendida e elevou-a a boca
beijando meus dedos.

— O prazer é todo meu, Keela.

Eu sorri. — Alec ficará tão surpreso ao ver alguém que ele conhece aqui.

Marco riu. — Confie em mim querida, ele ficará mais do que surpreso ao
me ver.

Eu sorri. — Uma boa surpresa ou uma má surpresa?

Marco mexeu os dedos. — Eu vou com o último, mas Alec é um espírito


livre, então eu realmente não posso ter certeza.

— Eu duvido, senhor. Alec está sempre feliz, eu duvido que alguma coisa
poderia perturbá-lo.

Marco olhou para a pista de dança. — Você ficaria surpresa.

O quê?

— Eu vou me desculpar para que eu possa buscar o seu tio, parece que
hoje o negócio não pode esperar. — Marco sorriu.
Eu balancei a cabeça para ele. — Foi um prazer conhecê-lo, senhor.

— Marco, por favor, apenas Marco. Não sou senhor, querida.

Humm, está bem?

— Foi bom conhecer você, Marco.

Marco inclinou a cabeça para mim e disse: — Até o nosso próximo


encontro.

Com isso dito, ele se afastou de mim e se perdeu no meio da multidão de


pessoas. Passei um ou dois minutos tentando identificar Marco novamente, mas
ele não estava em qualquer lugar para ser visto.

— Bem, isso foi estranho.

— O que foi estranho?

Eu assustei com a voz de Alec.

— Você me assustou! — eu gritei e bati em Alec que agora estava rindo de


mim quando ele retomou sua cadeira.

— Desculpe, gatinha.

Acenei para ele. — Está tudo bem, eu estava em um mundo próprio.

Alec acenou para minha barriga. — Existe ainda uma ameaça de seu
estômago explodir?

Espertinho.

Dei de ombros. — Pressione ele e você pode descobrir.

Alec se afastou de mim. — Huh, não, obrigado.

Eu ri e disse: — Então, como foi dançando com a vagabunda da irmã de


Jason?
Alec ergueu as sobrancelhas para mim. — Ela é uma vagabunda por
dançar comigo, ou por outra razão?

— Por dançar com você e por outra razão. — eu respondi.

Alec balançou a cabeça. — Droga, quem poderia imaginar que você seria
possessiva sobre mim.

— Eu não. — eu murmurei.

Alec cutucou minha perna com o joelho. — Eu gosto disso. — disse ele.

Revirei os olhos. — Sim? Bem, eu não. Estamos namorando só a dois dias


e nos conhecemos a cinco. Ainda é muito cedo para qualquer um de nós nos
sentirmos possessivos.

Alec bufou. — Não no meu mundo, gatinha.

— Seu mundo é bagunça.

— Isso já era do seu conhecimento. — Alec brincou.

Eu tentei manter uma expressão séria, mas cedi e dei uma risadinha
quando ele se inclinou para mim e beijou meu rosto.

— Eu poderia comer você.

Eu levantei minhas sobrancelhas.

— Ah, é mesmo? — eu perguntei sugestivamente.

Alec estreitou os olhos. — Nem pense sobre qualquer coisa que você
esteja pensando.

Eu revirei meus olhos. — Suas palavras me confundem.

— Cadela. — ele murmurou e mordeu meu pescoço me fazendo


convulsionar de tanto rir.
Alec se afastou parecendo muito satisfeito consigo mesmo, então por
algum motivo estranho eu me inclinei para frente e apertei sua orelha entre
meus dedos.

— Oh meu Deus! Isso dói!

Eu quase engasguei com o ar de tanto rir.

— Você é muito má. Pequena, mas má.

Dei de ombros. — Você fala a verdade.

Alec revirou os olhos e esfregou sua orelha. — O que você estava


pensando quando eu te assustei?

— Hein?

— Você disse que algo estava estranho.

Oh, Marco.

— Oh, um velho amigo seu está aqui no casamento! Isso é legal?

Alec tirou a mão de sua orelha e se virou para mim. — Um velho


amigo meu?

Eu assenti. — Sim, ele disse seu nome.

Alec franziu as sobrancelhas. — Ele disse qual era o nome dele?

Eu concordei. — Sim, seu nome é Marco Miles. Você o conhece? Porque


ele te conhece, ele disse que ambos vão se encontrar novamente.

Alec olhou para mim por um longo momento, sem pestanejar ou dizer
nada. Eu estava prestes a repetir minha frase, porque eu não sei se ele me ouviu
ou não, mas de repente ele pegou minha mão e segurou-a firmemente na sua.

— Estamos indo embora, agora.

Eu puxei minha mão de volta de seu aperto. — O quê? Por quê?


Alec estava de pé e olhando em volta ao nosso redor antes mesmo de eu
terminar minha frase. Quando ele olhou de volta para mim seus olhos me
assustaram.

— Alec, o que há de errado?

Ele lambeu os lábios e disse: — Marco não é meu amigo Keela, ele é meu
antigo... chefe.

Desculpe?

— Eu não entendi.

— Eu sei, e eu sei que eu provavelmente estou assustando você agora,


mas você precisa sair comigo antes que ele volte.

Senti meu coração começar a bater forte contra meu peito.

— Eu não sei por que você está enlouquecendo, mas tudo bem... ele está
fora com meu tio em algum lugar, você não precisa se preocupar com ele.

Alec retomou de imediato o seu assento e colocou as mãos no meu rosto.

— Qual é o negócio do seu tio, Keela?

Eu tentei olhar para baixo, mas Alec não iria me permitir. — Baby, isso é
importante.

Eu suspirei. — Eu honestamente não sei que tipos de negócios ele faz.


Meu tio é muito reservado e nunca falou de negócios em torno de mim, ou
Micah... mas eu sei que o que ele faz, não é exatamente legal.

— Você disse que o nome de seu tio era Brandon Daley, certo?

Eu assenti. — Sim, esse é o seu nome.

Alec balançou a cabeça. — Eu nunca ouvi falar de um Brandon Daley, e se


ele está no negócio com Marco eu deveria conhecê-lo.
Mordi meu lábio inferior. — Eu não acho que meu tio está envolvido no
negócio de acompanhantes, Alec... sem ofensa.

Alec olhou para mim e seu olhar vacilou. — Marco era meu chefe Keela,
mas ele também era o chefe dos meus irmãos.

O quê?

— Eu não entendo, você disse que seus irmãos tinham empregos


diferentes...

— Nós tínhamos, mas todos trabalhávamos para o mesmo homem. Marco


tem uma mão em um monte de diferentes profissões.

Eu ri. — Você tem certeza? Porque ele parecia agradável de conversar, ele
não se parece com um homem que poderia...

— Manipular uma família usando a vida de um irmão para controlar o


resto? — ele retrucou.

Eu pulei quando a mão de Alec cercou meu braço.

Ai.

Esta foi a primeira vez que ele virou-se para mim e me tratou de uma
forma que fiquei com medo.

— Alec, você está me machucando... solte meu braço. — eu disse minha


voz firme, mas também quebrando.

Alec olhou para sua mão, mas antes que pudesse dizer uma palavra ou
remover sua mão, um homem apareceu ao lado dele e lhe deu um soco no
estômago.

— Oh meu Deus! — eu gritei.

Alec inclinou-se e apertou o estômago com as duas mãos. Sua boca estava
aberta, mas nenhum som saiu e isso me apavorou.

— Keela!
Dei um pulo e me virei quando ouvi meu nome rugir.

Eu relaxei um pouco quando vi meu tio Brandon, mas franzi a testa


quando notei seu olhar de bravo enquanto caminhava em minha direção.

Eu levantei minhas mãos na minha frente. — Eu não fiz nada. Este idiota.
— eu disse enquanto olhava para o homem que machucou Alec, olhei para ele,
então olhei de volta para o meu tio. — Deu um soco nele sem motivo!

— Seu namorado estava com a mão em você! — meu tio rosnou.

Quando ele estava perto o suficiente para fazê-lo, ele me pegou pela mão.
— Vamos discutir isso em particular.

— Mas sobre o que Ale...

— Timmy, traga-o também.

Meu tio sorriu e olhou para os muitos convidados que estavam olhando
para nós.

— Vocês não deveriam estar todos bebendo e dançando?

Todos riram e voltaram para suas conversas, como se eles apenas não
tivessem testemunhado meu namorado sendo atacado.

— Que porra está acontecendo? — eu atirei.

Meu tio olhou para mim. — Cuidado com a boca ou eu vou esbofeteá-la.

Eu olhei para baixo, totalmente consciente de que ele iria seguir com sua
ameaça se eu xingasse novamente.

— Desculpe. — eu murmurei.

Meu tio não disse nada, ele simplesmente caminhou para as portas
duplas do outro lado da sala e me puxou junto com ele. Olhei por cima do
ombro para ver onde Alec estava e encontrei-o também sendo puxado pelo
idiota que o tinha ferido.
Eu soltei a mão do meu tio, quando entramos em uma grande sala vazia
com uma enorme mesa no centro.

Eu acho que era uma sala de conferências.

— Sente-se, querida. — meu tio me disse.

Eu bufei, mas fiz o que me foi dito e me sentei.

Olhei para Alec quando ele tropeçou e caiu no assento ao meu lado.

— Você está bem? — eu perguntei a ele.

— Eu vou deixar você saber. — ele murmurou com rosto contorcido de


dor.

Eu fiz uma careta, então virei a cabeça na direção do meu tio quando ele
sentou-se três lugares acima de mim na cabeceira da mesa.

— Importa-se de explicar por que um homem estranho agrediu meu


namorado na frente de toda a família?

Tio Brandon mostrou os dentes e retrucou: — Porque ele estava


machucando você!

Revirei os olhos. — Se ele estivesse me machucando tão sério, eu teria


batido nele eu mesma... eu não sou uma criança, eu sou adulta e eu sei como
cuidar de mim mesma.

Tio Brandon riu e esfregou o queixo. — Você sabe como cuidar de si


mesma? É por isso que você está namorando um prostituto?

Eu me irritei. — Eu não sei sobre o que você está falando.

— Oh, eu acho que sim, menina.

Tentei manter contato com os olhos, mas não consegui e olhei para baixo
para a superfície da mesa.
— Você não poderia ter trazido um homem decente para o casamento da
minha filha, Keela? Deseja me desrespeitar tanto depois de eu ter feito nada,
além de dar amor e cuidar de você toda a sua vida.

Desculpe?

— Desrespeitar você? Está falando malditamente sério agora? A única


coisa desrespeitosa sobre esta simulação de um casamento é que você está
fazendo sacanagem com sua filha em se casar com um imbecil que só quis me
foder!

Eu pulei quando meu tio bateu as mãos sobre a mesa.

— Escute, Keela Daley. Vou arrancar essa sua atitude, se você falar assim
comigo de novo. Você me entende?

Eu estreitei meus olhos para o meu tio e rosnei: — Sim, eu entendo.

Meu tio balançou a cabeça e riu. — Droga, garota você tem meu
temperamento, isso é certo.

Revirei meus olhos e cruzei os braços sobre o peito.

Meu tio sorriu para mim, mas abandonou qualquer traço de diversão
quando ele mudou seu olhar para Alec.

— Slater? Você está ciente de que ela é a minha sobrinha? Isso é uma
jogada ousada, rapaz.

Alec limpou a garganta e murmurou. — Eu não sabia que ela era sua
sobrinha, Brandy. Juro.

Brandy?

Que diabos?

— Você conhece meu tio? — perguntei a Alec, chocada com tudo.

— Sim — Alec respondeu sem olhar para mim.


Olhei para ele, incrédula. — Você mentiu para mim, você me disse a
menos de cinco minutos atrás, que você não sabia quem ele era!

— Você disse que o nome de seu tio era Brandon Daley... eu só conheço
por Brandy.

Franzi minhas sobrancelhas em confusão.

— Eu não entendo nada disso... tio, o que diabos está acontecendo?

Meu tio apertou as mãos e disse: — Alec está indo para casa. Essa noite.

— O quê? Não, ele não está! Ele vai ficar aqui comigo.

O olho do meu tio se contraiu em irritação.

— Você está me desafiando? — ele perguntou, dando-me tempo para


mudar de ideia.

Eu rapidamente pensei sobre isso e eu sabia que não deveria ir contra ele,
mas eu estava muito louca para me importar.

— Sim, eu estou. Você não pode simplesmente meter o nariz na minha


vida e tentar mudar as coisas. Tenho vinte e três anos, não treze!

Meu tio soltou uma gargalhada, o som quase abafou o barulho da porta
atrás de mim abrindo e fechando, mas acabei ouvindo.

— Se pode ouvir a discussão de fora... eu estou feliz que eu não tenho


filhos.

Olhei por cima do meu ombro e vi. — Que porra que você quer?

— Keela. — meu tio disse em tom de aviso, mas tinha um sorriso no rosto.
— Seja boa para Sr. Miles.

— Ha! Sem chance.

Marco riu quando ele assumiu o lugar ao lado de meu tio.

— Não, está tudo bem, eu acho que eu mereço.


Eu zombei. — Você acha? Pensei que fosse um bom homem.

Marco sorriu. — Eu sei que você pensou, o que é uma preocupação para o
seu tio.

Estreitei meus olhos. — Por que é uma preocupação?

— Porque você leva as pessoas pelo seu valor nominal e isso é perigoso,
não é preciso muito para alguém encantá-la.

— Você está tentando dizer que eu sou fácil?

Marco começou a rir e até mesmo o meu tio balançou a cabeça enquanto
sorria.

— Não, eu estou dizendo que você é ingênua e confia nas pessoas com
muita facilidade.

Eu abri minha boca para tirar uma resposta sarcástica, mas quando
aconteceu de eu olhar para a minha esquerda para Alec, eu vi que ele estava
sentado agora e ele balançou a cabeça para mim.

— Você não quer que eu fale com ele? — murmurei.

Alec balançou a cabeça novamente.

Tudo bem.

Ele conhecia Marco melhor do que eu.

Ignorei Marco e reorientei para o meu tio. — Se Alec vai para casa, eu
também vou.

Meu tio estreitou os olhos para mim. — Você está propositadamente


tornando isso difícil, Keela.

— Sim tio, eu estou.

Meu tio não quebrou o contato visual comigo por alguns momentos e eu
fiz questão de não piscar para mostrar a ele o quão séria eu estava. Isso tornou
um pouco difícil manter os olhos abertos, quando meu tio suspirou e olhou para
baixo, eu pisquei tantas vezes em dez segundos que eu poderia ter definido um
novo recorde mundial.

— Keela, eu não quero você envolvida com qualquer um do meu mundo.

Engoli em seco. — Alec não está mais em seu mundo.

Marco riu e esfregou seu ombro direito. — Sim, ele, seus irmãos e certa
cadela deixaram isso claro.

Eu não sabia o que ele estava falando, então eu olhei para Alec e disse: —
O que é que ele está falando?

A mão de Alec de repente tocou minha coxa e seu polegar girado


suavemente em um círculo quando ele disse. — Eu vou te contar tudo mais
tarde, eu prometo.

Eu assenti para ele, então olhei de volta para o meu tio. — Ele fica
comigo.

O maxilar de meu tio cerrou enquanto ele me olhava. Depois de um


momento, ele voltou os olhos para Alec e disse: — Eu quero falar com você sem
ela estar presente.

Ela?

— Ela pode ouvir perfeitamente bem. — eu rosnei.

Meu tio sorriu quando Marco riu e disse: — Você tem certeza que ela não
é sua filha?

Meu tio voltou os olhos para Marco, em seguida, suavizou quando ele
olhou para mim.

— Ela é minha sobrinha de sangue, mas não minha filha, por todos os
meios... eu não posso ficar com raiva quando ela age como eu, posso?

Marco riu e balançou a cabeça.


Olhei para meu tio nos olhos e disse: — Eu quero a sua palavra de que
não vai ter o idiota do Timmy, ou qualquer outra pessoa, colocando um dedo
sobre ele.

Meu tio suspirou. — Você tem a minha palavra.

Olhei para Marco e cuspi: — Ele não gosta de você por uma razão, por
isso vou deixá-lo sozinho ou eu vou morder um pedaço de seu rosto peludo.

Marco ergueu as sobrancelhas em surpresa. — Droga, eu poderia usar


alguém como você para...

— Não me faça te socar Marco. — meu tio interrompeu-o fazendo Marco


rir.

— Anotado e registrado. — disse Marco ao meu tio, então para mim.

Eu olhei para ele e meu tio.

Meu tio me deu o aval para sair da sala e me senti mal porque eu não
queria deixar Alec a sós com ele e Marco.

Virei-me para ele. — Você vai ficar bem?

Alec sorriu. — Eu posso cuidar de mim mesmo, gatinha, mas ter você me
defendendo é muito legal, eu não vou mentir.

Ele acenou com a cabeça para baixo em direção a sua virilha, e quando eu
olhei para baixo e vi o vulto de seu pênis, eu revirei os olhos.

— Só você poderia encontrar algo nesta situação para ficar duro. — eu


sussurrei fazendo-o rir.

Eu fiz um movimento para me levantar, mas Alec agarrou meu pulso e


me puxou de volta para a minha cadeira.

— Beije-me antes de ir. — ele sussurrou.


Eu não sabia o que dizer então eu fiz o que ele pediu e o beijei. Coloquei
minhas mãos em seu rosto e pressionei meus lábios contra os dele e me perdi ao
sentir sua boca e língua na minha.

— Slater! — a voz de meu tio resmungou.

Alec se afastou do nosso beijo com um suspiro, antes de levantar a cabeça


beijar meu nariz e dizer: — Eu vou ficar bem.

— É melhor ficar. — eu sussurrei.

Ele sorriu e beijou meu nariz mais uma vez antes de me deixar ir.

Levantei-me e virei o rosto para o meu tio e Marco. Olhei meu tio nos
olhos e disse: — Você me deu sua palavra. Não se esqueça disso.

Meu tio assentiu.

Marco me mandou um beijo e acenou para mim. Eu estreitei os olhos


para ele de repente assumindo uma enorme antipatia para com ele. Antes de me
virar, dei a sua cara de nojento o dedo o que fez todo mundo rir, até mesmo
Alec.

Saí da sala e reentrei no salão onde os hóspedes estavam dançando e


bebendo como se nada de grave estivesse acontecendo na sala ao lado.

Eu estava indo para me sentar na nossa mesa e esperar por Alec, mas de
repente senti uma mão no meu braço esquerdo parando meus movimentos.

— Keela, querida. O que acha... de nos reunirmos.

Olhei à minha esquerda e queria morrer.

— Olá, Everly.
— C omo

você está querida? — Everly me perguntou.

O sorriso em seu rosto era tão pequeno e tão falso quanto o botox em seu
rosto.

— Eu estou... não tão mal Everly, obrigada. Como você está? — eu


perguntei e olhei por cima do meu ombro para as portas duplas da sala de
conferência quando Everly foi me levando longe.

— Eu estou fabulosa, querida. Minha menina está casando depois de


tudo.

Eu engoli um suspiro.

Everly era uma madrasta malvada - e não uma mãe, nem mesmo para
Micah.

— Onde está esse namorado que eu ouvi falar? — Everly me perguntou


enquanto caminhávamos.

Apontei o polegar sobre meu ombro e disse: — Naquela sala com o tio
Brandon.

Everly sorriu. — Seu tio está provavelmente apenas tendo uma pequena
conversa.
Eu esfreguei meu pescoço. — Espero que sim.

— Qual é o nome do seu namorado? — perguntou Everly.

Por que ela se importa?

— Alec Slater, ele é - Ai!

Eu puxei minha mão de volta do aperto de Everly e segurei-a perto do


meu peito.

Ela me apertou.

Ela realmente me apertou.

— Que diabos foi isso? — eu perguntei.

Everly parecia que estava em seu próprio mundo antes de olhar para trás
em minha direção.

— Eu sinto muito, querida.

Ela não parece arrependida.

Eu esfreguei minha palma pulsando e segui-a quando ela começou a


andar novamente.

— Há quanto tempo você está com Alec? — Everly perguntou curiosa


sobre o ombro.

Ela estava interessada?

— Um pouco mais de três meses.

Ela não respondeu.

Fechei meus olhos quando percebi que Everly foi me levando para a mesa
principal. Abri os olhos e sorri quando fui recebida com sorrisos e saudações.

— Onde está Alec, Keela? — perguntou Krista Bane.


Ela estava sentada no colo de seu irmão porque não havia cadeiras livres
na mesa. Cargas de pessoas estavam nela, irmãos de Jason, assim como sua
mãe, Everly, Micah e suas damas de honra, as irmãs Brennan.

— Ele está tendo uma conversa com o tio, ele se juntará a nós em breve.

Krista sorriu. — Espero que sim.

Vadia.

Eu levantei minha sobrancelha. — Assim, você pode pedir a ele outra


dança. Tenho certeza que ele não vai se importar em dançar mais um pouco com
uma vira-lata no cio.

Nossa, de onde isso veio?

— Keela! — Everly berrou.

Todos na mesa - e eu quero dizer todos - ficaram de boca aberta comigo.

— Sim, Everly? — eu perguntei, docemente.

— Cuidado com a boca! — ela chiou.

Eu a olhei de cima a baixo. — Ou o quê?

Seu rosto ficou vermelho de raiva.

— Ou então eu vou ter que ter uma conversa com você. — a voz de Micah
entrou na conversa.

Eu olhei para ela e ri. — Nós não somos mais crianças Mi, suas ameaças
dissimuladas não me preocupam.

Micah franziu as sobrancelhas quando eu olhei para ela.

— O que se passa com você... você está agindo... diferente.

Eu estava... eu realmente estava.


Dei de ombros. — Eu não me sinto mais como sendo um capacho para as
pessoas.

Micah pareceu surpresa por um momento e depois sorriu. — Bom para


você.

Hein?

Everly com raiva cruzou os braços sobre o peito e cuspiu: — Espere até eu
contar a sua mãe sobre isso.

Eu olhei para ela e ri. — Tenho vinte e três anos Everly, minha mãe não
pode fazer merda nenhuma sobre não levar desaforo de um Bane.

Jason riu. — Você realmente é mal-humorada agora!

Micah virou os olhos para Jason e olhou para ele.

Eu ignorei completamente Jason, Micah e Everly enquanto olhava por


cima do ombro na esperança de ver Alec, mas não o vi.

— Eu não quero nenhuma discussão esta semana.

Olhei para Everly e disse: — Você não vai ouvir um pio de mim.

Everly concordou em seguida, olhou para o resto do pessoal. — Eu espero


o mesmo de cada um de vocês.

Todos murmuraram que sim e isso me fez balançar a cabeça. Todo


mundo nessa mesa era um adulto, mas ainda resmungaram e resmungaram
como um bando de crianças, quando Everly bateu o pé.

— Brilhante, agora todo mundo se levante. O fotógrafo vai tirar uma foto
de grupo.

Eu não queria entrar em uma foto com qualquer uma dessas pessoas,
mas para salvar-me de uma discussão eu mantive minha boca fechada.

— Keela passe para a parte de trás na frente dos rapazes, pois você é a
garota mais alta. — disse Everly para mim.
Oh, merda.

— Está bem.

Eu estava atrás de Micah e as meninas, e entre Jonathan e Jason quando


ambos se ergueram sobre mim.

— Gostei de vê-la aqui. — murmurou Jonathan para mim.

Olhei para ele. — Vá se foder.

Jason riu enquanto Jonathan olhava para mim.

— Deixe-a, a nova Keela pode bater em você quando ela está com raiva.

Pode?

— Mais parecido com vontade. — eu disse.

Eu senti os olhos de Jason em mim e percebi o quão diferente eu me


sentia.

Eu adorava seu olhar em mim e agora... agora ele me dava arrepios de


desgosto.

— Olhos para frente, noivo. — eu murmurei.

Jason riu. — Sim, senhora.

— Estão todos prontos? — o fotógrafo perguntou.

— Sim. — eu respondi.

— Sorriso! — o homem gritou.

Eu sorri junto com todos os outros e por um breve segundo no qual


parecia que fazia parte de uma verdadeira imagem de família, até que uma mão
tocou a minha bunda.

— Opa, foi mal.


Eu me virei e olhei para Jason. — Não faça isso de novo, eu estou te
avisando, Bane.

Jason sorriu. — Entendido, Daley.

Ele estava tentando ser engraçado, mas eu não achei nenhuma graça.

— Oh, aqui está o papai.

Olhei por cima do ombro quando a voz de Micah soou.

Tio Brandon estava caminhando em nossa direção, mas Alec não estava
com ele.

Entrei em pânico e corri em direção a ele.

— Onde ele está? — perguntei.

Meu tio colocou as mãos sobre meus ombros.

— Ele subiu para o seu quarto, ele disse para se juntar a ele quando
estiver pronta.

Eu estava pronta agora.

Eu fiz um movimento para ir embora, para o quarto, quando Everly


gritou: — Brandon, tire uma foto com suas meninas.

Droga.

— Ótima ideia, querida.

Eu suspirei e meu tio fez uma careta.

— Você não quer uma foto comigo?

Oh, pelo amor de Deus.

— Não franza a testa, você não deve ter permissão para franzir a testa.
Esse olhar não é justo no rosto de um homem velho.
Meu tio ofegou. — Eu tenho quarenta anos, pequena insolente de merda,
isso não é velho.

Eu ri e assim fez o meu tio quando ele olhou para mim. Virei-me para o
meu lado direito quando um flash saiu e encontrei o fotógrafo sorrindo para
nós.

— Desculpe, mas as imagens inesperadas são os melhores.

Sorri em seguida, olhei para o meu tio. — Eu quero uma cópia dessa.

— Você tem isso, menina.

Eu sorri e meu tio sorriu para mim e beijou minha cabeça.

— Eu só quero o que é melhor para você... você sabe disso não é? Eu te


amo, Keela.

Eu sorri. — Eu sei que você faz e eu também te amo.

Olhei para Micah quando ela veio ao meu lado e depois passou para o
outro lado do meu tio.

— Faça disso uma boa foto de vocês dois, a última foto que temos de nós
três é de anos atrás, quando éramos crianças.

Olhei para Micah surpresa que ela sabia disso.

— Haveria mais fotos de todos nós juntos, se eu pudesse ficar perto de


você.

Micah limpou a garganta e olhou para baixo. — Sim, eu sei.

Sem resposta inteligente?

— Vocês podem, por favor, se darem bem? Eu gostaria de estar em um


mesmo lugar com vocês meninas sem o início de uma discussão entre as duas
pela primeira vez.
Eu cutuquei seu lado. — Não seria um Daley se não discutisse sobre
qualquer coisa.

Meu tio riu. — Você está certa, querida.

Cada um de nós olhou para o fotógrafo que estava parado a poucos


metros à nossa frente.

— Pronto?

— Keela. — Everly murmurou em voz baixa, enquanto apontava para


minha barriga com a mão. — Encolha a barriga.

Eu corei de vergonha e acenei para a minha tia antes de encolher a


barriga. Eu odiei pra cacete encolhê-la, depois de algum tempo ficou
desconfortável e apenas simplesmente doendo.

— O que você está fazendo? — meu tio me perguntou.

— Eu estou de pé aqui esperando para o homem tirar nossa foto. — eu


respondi.

— Não, você está com prisão de ventre ou algo assim.

Eu não podia respirar mais, assim, eu liberei e deixei minha barriga


relaxar.

— Eu estava encolhendo a barriga. — eu murmurei para o meu tio.

Tio Brandon olhou para mim como se eu tivesse dez cabeças.

— Por quê?

Dei de ombros. — Porque minha barriga sobressai.

Meu tio me olhou por alguns segundos a mais, em seguida, balançou a


cabeça. — Você não precisa ‘encolhê-la’, você está perfeitamente bem do jeito
que você é.

Eu sorri. — Você só está dizendo isso porque é meu tio.


— Não, eu estou dizendo isso porque é a verdade. Você é linda Keela e é
hora de você perceber isso.

Eu senti meu rosto esquentar.

— Obrigada.

Meu tio beijou minha cabeça e disse: — Quem lhe disse que você tem que
encolhê-la de qualquer maneira, sua mãe?

Micah escutou tudo o que meu tio disse.

— Hum, não... Everly apenas me disse para encolhê-la há um minuto.

— Everly! — meu tio rosnou fazendo Everly saltar. — Não diga que Keela
tem que encolher a barriga, ela não tem que fazer nada disso.

— Querido, eu só quero que ela esteja no seu melhor no álbum do


casamento. Uma barriga gordinha não é atraente.

Porra, muito obrigada!

Eu estava farta de Everly e sua boca, estava prestes a virar e ir embora


quando Micah se aproximou e me parou, tomando minha mão.

— Não se mova. — ela disse-me então olhou para Everly. — Deixa ela em
paz, ela está ótima.

Que. Porra. É. Essa?

— O que está acontecendo aqui? — perguntei a Micah.

Ela olhou para mim e deu de ombros. — Parece que você não é a única
que está virando uma nova página, prima.

Eu ampliei meus olhos. — Você quer mudar?

Micah assentiu. — Sim, eu estou me casando. Não posso agir como uma
criança mimada pelo resto de minha vida. Além disso, você é da família e não
devemos ficar juntos rasgando uma a outra, que é o que eu sempre fiz para você.
Mas estou trabalhando em me redimir com você.

Eu estava desconfiada. — Como?

Micah riu. — Ao não ser uma cadela miserável o tempo todo.

Eu não confiava nela, obviamente, mas eu estava aberta à ideia dela não
ser mais uma cadela, pois isso tornaria a vida de todos mais fácil.

— Tudo bem. — eu disse a Micah.

Micah, meu tio e eu sorrimos enquanto o fotógrafo tirava as fotos.

— O jantar foi adorável, mas eu estou indo para verificar o que está
acontecendo no meu quarto.

Micah foi arrastada por Everly para mais fotos logo que meu tio acenou
com a cabeça para mim e disse: — Divirta-se... mas não muito. Eu não quero ter
que machucar Alec.

Eu não sabia se ele estava brincando ou não, então eu apenas sorri e dei-
lhe um abraço apertado.

— Eu te vejo mais tarde.

Caminhei em meio à multidão no salão de festas até que eu estava no


lobby.

Silencioso, agradável e espaçoso lobby.

Peguei o elevador até o meu andar e quando as portas se abriram me


abaixei e tirei meus saltos.

— Assim está muito melhor. — murmurei para mim mesmo.

Eu andei pelo corredor em meus pés descalços, com os sapatos na minha


mão. Eu não trouxe uma bolsa comigo, mas tinha colocado o meu cartão-chave
na parte de trás da minha capinha do iPhone mais cedo.
Uma vez que o cartão-chave estava na minha mão eu coloquei na
abertura na porta e quando a luz verde brilhou, empurrei a maçaneta a abrindo.

— Você não entende. Ela é sobrinha de Brandy, a porra da sobrinha


dele! Você percebe o quão sério é isso? Bronagh se desentendeu com Micah que
é filha dele, se ele tivesse interferido quando elas brigaram poderíamos ter sido
destruídos... ele não vai cometer o mesmo erro agora que ele sabe que eu estou
com Keela.

Eu fiz uma careta e fechei à porta atrás de mim, então eu não interrompi
Alec.

Ele estava de costas para mim e em seu telefone falando com alguém.

Ele não tinha ideia de que eu estava no quarto.

— Eu não sei mano, mas eu tenho que fazer isso, de outra forma Brandy
vai arrancar minhas bolas. Literalmente.

Eu dei um passo para frente.

— Você tem que fazer o que, Alec?


—K eela! —

Alec gritou e virou na minha direção.

Larguei meus saltos no chão e cruzei os braços sobre o peito.

— Responda minha pergunta. O que você tem que fazer para manter suas
bolas?

Alec engoliu em seco e olhou em qualquer lugar, exceto meus olhos.

— Hum... eu tenho que tratá-la bem, caso contrário seu tio vai me
machucar, ele disse isso.

Era por isso que ele estava enlouquecendo?

— Alec, ele estava apenas brincando com você. Ele está só colocando
medo em você para se certificar de que você me trate bem.

Eu ri e Alec deu um sorriso, mas era tão pequeno que eu mal vi.

— Com quem você está falando? — perguntei.

Alec lambeu os lábios e disse: — Meus irmãos.

— Todos eles? — questionei.


Ele acenou com a cabeça. — Sim, Damien está na chamada para que eu
possa ouvir e falar com ele também.

Eu fiz uma careta. — Por que você está ligando para eles?

Alec girou o pescoço em seus ombros e resmungou: — Cale a boca, porra!

Estreitei meus olhos. — Desculpe?

Alec acenou com a mão para mim. — Não você, baby, eu estou falando
com meus irmãos.

Oh.

— Por que você está gritando com eles?

Alec suspirou e olhou para o seu telefone. — Porque eles estão


sendo muito difíceis e dando estúpidos conselhos de merda.

Eu estava perdida.

— Conselhos? Para que?

Alec olhou para mim por um longo momento antes de dizer: — Conselho
sobre o que fazer com essa... nova informação.

Nova informação?

— Você sempre fala em enigmas? Eu não tenho ideia do que você está
falando. Que nova informação?

Alec beliscou a ponta do seu nariz, em seguida, olhou para mim e disse:—
Você é a sobrinha de Brandy, Keela. Seu tio faz parte da minha antiga vida e
com Marco estando aqui... só não é bom misturar um Slater com Marco Miles...
os resultados nunca são agradáveis.

Minha cabeça estava começando a girar com a confusão.

— Qual é o seu negócio com Marco Miles? Pode apenas me dizer, porque
minha cabeça está realmente começando a doer tentando entender tudo isso.
Depois de um momento ouvindo seus irmãos, Alec de repente apertou os
olhos e retrucou: — Foda-se Dominic! Você contou para Bronagh, então por que
eu não posso contar para Keela?

Fui até a cama e sentei, quando Alec começou a andar de um lado para o
outro no quarto.

— Sim, bem, você não está aqui com ele. Eu estou. Você não estava em
uma sala com ele te encarando. Eu estava.

Eu levantei minhas sobrancelhas quando Alec soou quebrado.

— Mais uma vez mano, esse é um conselho de merda.

— Qual conselho eles estão te dando? — perguntei.

Alec se virou para mim e disse: — Eles querem que eu volte para casa.
Essa noite.

Eu mandei embora a súbita onda de tristeza que tomou conta de mim.

— Ah... bem, você pode, se quiser. Você não tem que ficar aqui... está tudo
bem.

Eu olhei para baixo para meus dedos e os juntei.

Ouvi Alec suspirar. — Gatinha... olhe para mim.

Eu não podia.

Eu balancei minha cabeça. — Está tudo bem, honestamente. Você não


tem que ficar aqui, não sinta como se tivesse... eu... eu te libero do seu favor...
aí... você pode ir para casa.

Oh Deus, eu estava prestes a chorar.

— Eu não vou voltar para casa.

Eu olhei para cima. — Você não vai?


Alec sorriu quando ele se arrastou para a cama. — Você acha que eu
deixaria você? Temos um acordo, eu disse que iria acompanhá-la ao casamento
da sua prima e eu vou... além disso, eu tenho alguns desafios ainda a serem
concluídos com você.

Eu ri quando ele balançou as sobrancelhas.

— Corte o papo furado, Alec! É muito perigoso para você ficar aí com
Marco em cena. Pense com a cabeça acima dos seus ombros pela primeira vez,
porra.

Uau.

Dominic Slater estava bravo, tão bravo que eu podia ouvi-lo claramente,
sem colocar o telefone no meu ouvido.

— É por isso que eu vou ficar mano, eu não vou deixá-la em um lugar
onde ele está.

Todos os seus irmãos xingaram.

— Ele não é uma ameaça para ela. O tio dela é o Brandy, puta que pariu.
Aquele idiota é tão perigoso quanto Marco, porra!

O que?

— Eu não sei o que tem com você, todo irritado, mas não insulte meu tio
novamente, você está me ouvindo Nico? É do meu sangue que você está falando.

Eu ouvi um grunhido. — Seu sangue nunca foi gentil com o meu sangue,
então por que eu deveria ser legal?

Um olhar escuro caiu sobre o rosto de Alec. — Porque ela não tem
nenhuma ideia sobre Brandy ou quem ele é. Não fale outra palavra, falo sério
Dominic.

Silêncio.
— Eu... nós só queremos que você fique seguro. Não é como se
pudéssemos dirigir para onde você está para apoiá-lo. Você está em outro país
Alec.

Alec suspirou. — Se fosse Bronagh você a deixaria?

Nico respondeu menos de um segundo depois. — Sem chance.

Alec sorriu. — Exatamente. Keela é minha Bronagh, mano... eu vou ficar.

Houve um suspiro coletivo.

— Grude na Keela, ele não vai chegar perto dela por causa de Brandy.

Alec sorriu e olhou para mim. — Eu pretendo grudar nela.

— Oh, pelo amor de Deus. — a voz de Ryder murmurou.

— Você pode se concentrar? — a voz de Damien perguntou.

— Foda-se, afunde essas bolas, mano. — a voz de Kane raspou fazendo os


irmãos murmurarem palavrões.

Mal soou como ele, ele ainda devia estar doente.

— Eu ligo para todos vocês amanhã. Tenho algumas explicações a dar


para Keela.

Oh, graças a Deus.

Eu não acho que minha cabeça podia lidar com essa confusão por muito
mais tempo.

— Ligue-nos quando estiver acabado.

Quando o que estiver acabado?

— Tudo bem. — Alec disse, depois desligou o telefone.

Eu caí para trás e suspirei.

— Você é o homem mais confuso que eu já conheci.


Alec arrastou para a cama, ao meu lado.

— Eu sinto muito, eu não quero confundi-la.

Virei para o lado para encará-lo. — Então, comece a falar.

Alec virou para ficar de frente para mim. — Eu não sei por onde começar.

— Que tal do começo? — eu sugeri.

Alec assentiu com a cabeça. — Tudo bem, você está pronta?

Dei de ombros e disse: — Tão pronta como nunca estarei.


— L embra

quando eu disse que minha mãe amava suas coisas materialistas e meu pai só
gostava de nós para o uso em seu negócio? — Alec me perguntou.

Eu concordei com a cabeça. — Sim.

— Bem, esse negócio era um negócio de meu pai com Marco.

Nossa.

— Seu pai é como Marco? — perguntei.

— Foi. — Alec murmurou. — Minha mãe e meu pai eram exatamente


como Marco, mas eles foram muito gananciosos em um negócio e tentaram
dobrar Marco. Ele sabia tudo sobre o negócio e matou os dois.

Santo Cristo!

Cobri minha boca com a mão. — Eu sinto muito.

Alec deu de ombros. — É o que é. Eu não gosto deles exatamente, mas


eles eram os meus pais... você sabe?

— É claro, eu questiono seu estado mental, você não sentiu nada quando
eles... quando eles morreram?

Alec engoliu. — Eu fiquei um pouco triste com isso, não ao ponto de


chorar, mas ainda me derrubou. Damien levou a pior. Meu irmãozinho sempre
pensou que a nossa mãe e meu pai iriam mudar suas maneiras um dia e nos
amaria como os pais devem... demorou alguns anos depois de seus assassinatos
para perceber que eles eram as mesmas pessoas mortas do que eram na vida...
escória.

Puta que pariu.

— Então, o que aconteceu depois... com Marco?

Alec lambeu os lábios. — Bem, nós éramos uma parte do negócio naquele
momento. Kane, Ryder e eu, pelo menos. Antes de tudo ficar para baixo, fizemos
coisas insignificantes como pequenas tiragens de drogas, armas e assistíamos
tudo no complexo em que vivíamos. Nós odiávamos e só fizemos isso porque
não podíamos sair.

Eu fiz uma careta. — Por que vocês não os deixaram? Vocês tinham idade
suficiente para ramificar-se por conta própria, certo?

— Sim, nós tínhamos. Kane, Ryder e eu, pelo menos. Eu tinha vinte e dois
anos quando meus pais morreram, Kane tinha vinte anos e Ryder era o mais
velho aos vinte e cinco anos.

— Então você era velho o suficiente para sair... por que ficar?

— Porque os gêmeos tinham quinze quando meus pais foram


assassinatos. Eles eram ainda mais jovens quando todos nós começamos a
trabalhar com o pai e Marco. Nós três poderíamos facilmente ter deixado
porque éramos adultos, mas não o fizemos porque nós não faríamos isso, sair
sem os gêmeos. Isso não era uma opção, nunca foi sequer levantado ou pensado.
Sabíamos que só tínhamos que manter a cabeça para baixo e trabalhar até que
os gêmeos fossem mais velhos para que pudéssemos levá-los. Tínhamos um
plano para sair de Nova York após os assassinatos. Nós queríamos sair, mas algo
aconteceu com os gêmeos que nos mantiveram em Nova York... manteve-nos
amarrados a Marco.

Eu tive um sentimento que eu não ia gostar de tudo o que o ‘algo’ era.

— O que foi que aconteceu? Com os gêmeos?


Alec suspirou. — Eles entraram em uma... briga com o sobrinho de
Marco, Trent, sobre a namorada de Damien, Nala. Coisas foram ditas, socos
foram lançados... coisas típicas, lutando até que... até que uma arma foi trazida
para a mistura.

Eu ofeguei. — Quem tinha a arma?

— Trent. Segundo Dominic, Trent ia matar Damien e teria, se Nala não


tivesse pulado em Trent e tirado a arma da mão dele.

Eu balancei a cabeça com espanto.

— Você ainda está comigo? — perguntou Alec.

Eu balancei a cabeça. — Sim, eu sinto que estou em algum tipo de filme


mafioso louco, mas estou com você. O que aconteceu com a arma depois que
Nala a tirou de Trent?

Alec franziu a testa. — De alguma forma, acabou nas mãos de Damien.


Entenda que isso foi logo depois que meus pais foram assassinados, tudo era
muito fresco e cru e Damien era um desastre. Tudo que levou Damien atirar em
Trent foi um insulto dele dirigido ao meu pai.

Atirei as minhas duas mãos sobre minha boca. — Oh meu Deus.

Alec assentiu. — Sim.

Damien atirou em alguém?

— Será que Trent viveu?

As sobrancelhas de Alec vincaram. — Nós pensamos que ele tinha


morrido, quer dizer, Marco... aquele bastardo nos disse que ele morreu.

Eu estava confusa.

— Espere... então Trent não morreu, mas lhes foi dito que ele morreu...
por quê?

Alec riu. — Essa é a questão do momento.


Eu esperei pacientemente para Alec continuar a falar.

— Marco ajudou meu pai a nos preparar para nos aprofundarmos até o
pescoço nos negócios. Toda a nossa vida, fomos criados em torno da violência,
sexo, drogas e inúmeros crimes. Enquanto as crianças das nossas idades iam à
escola e tentavam falar com as meninas, nós fomos educados em casa e fodendo
nossos professores.

Eu arregalei meus olhos.

— Quantos anos você tinha quando...

— Quando eu perdi minha virgindade? — Alec terminou a minha


pergunta sem resposta.

Eu assenti.

Ele coçou o queixo e disse. — Eu tinha a mesma idade que Dominic e


Damien, eu acho, eu tinha treze ou quatorze anos. Eu não era bom nisso até que
eu tinha dezesseis anos e realmente tinha um tamanho decente de pau. Era
complicado, eu tive que aprender a segurar ao invés de ejacular cedo quando
fiquei animado, de outra forma, os meus parceiros iriam me bater. As mulheres
do complexo ensinaram a mim e meus irmãos como agradar as mulheres a
partir de uma idade precoce. Graças a elas, cada um de nós acredita fortemente
que uma mulher goza primeiro e por último. O que eu era aparentemente muito
bom... e isso me abriu para um mundo totalmente novo com um monte de...
variedade.

Eu fiz uma careta. — Eca.

Alec riu. — Eu sei... desculpe-me.

Eu tremi. — Você perdeu a virgindade quase uma década inteira na


minha frente. Uau.

Alec sorriu e brincou com o relógio no meu queixo. — A minha


experiência só vai significar um tempo melhor para você.
Meu rosto ficou vermelho, mas eu rapidamente me reorientei. — Tudo
bem, de volta para a sua história. Por que você disse que Trent morreu quando
ele não o fez?

Alec levemente mordeu o interior de sua bochecha. — Nos disseram isso


para nos manter no escuro. Se soubéssemos que Trent estava vivo, Marco não
teria tido a ideia de colocar a cabeça de Damien a premio. Poderíamos ter saído.

— Espere, espere, espere. Você está dizendo que Marco fingiu que seu
sobrinho foi assassinado por Damien apenas para que ele pudesse fazer você e
seus irmãos fazerem algo por ele?

Alec olhou para baixo e acenou com a cabeça.

— Aquele filho da puta doente! O que ele fez você fazer?

Alec mantinha os olhos baixos. — Ele me fez um acompanhante.

Eu ampliei meus olhos em horror. — Você foi forçado a esse trabalho?

Alec olhou para mim e deu de ombros. — Praticamente. Marco nos deu
empregos e nos disse que se os fizéssemos e o mantivéssemos feliz, ele não iria
vingar a morte de Trent ferindo Damien.

Que babaca!

— Você era um acompanhante e eu ouvi de Aideen que Dominic era um


lutador... era esse o trabalho dele?

Alec assentiu. — Marco olhou para o CCTV38 do que aconteceu naquela


noite, e uma vez que ele viu Dominic defender Damien ao bater pra caralho em
Trent, ele decidiu que queria tentar a sua sorte no mundo com a luta
subterrânea, assim, Dominic se tornou o lutador estrela para representá-lo. Ele
era o favorito do povo em cada local que ele lutou, porque ele era tão jovem e
rápido. Muitas vezes eu pensei que ele iria morrer, porque mesmo que ele

38
Circuito fechado (interno) de TV.
vencesse suas lutas, ele ficava tão detonado depois, que até mesmo a respiração
poderia machucá-lo.

Eu engoli a bile que encheu minha boca.

— Isso é nojento.

Alec assentiu. — É.

Eu estava quase com medo de perguntar a minha próxima pergunta, mas


eu tinha que saber.

— O que era os empregos dos seus outros irmãos?

Alec coçou o queixo e disse: — Ryder correu armas e drogas algum


momento para Marco. Kane era o que Marco chamava de seu brutamontes. Ele
fez o trabalho sujo com pessoas que não pagavam suas dívidas com Marco ou
pessoas que simplesmente chateavam Marco. Fora de todos os postos de
trabalho o dele era o pior, porque Marco estava chateado com alguém em todos
os lugares que ia, e Kane tinha que machucar essas pessoas que sabiam que ele
estava chegando. Eles iriam se defender com armas, porque eles não tinham
nada a perder... foi um trabalho sangrento. Literalmente.

Santo Cristo!

Engoli em seco. — Então é por isso que ele está coberto de cicatrizes?

Alec assentiu. — Sim, seu corpo não é uma visão bonita, mas é só
aparência, ele é realmente um grande cara. Não sei metade das coisas que ele
viu ou fez, mas ele sempre consegue ser feliz.

Pensei nas cicatrizes de Kane e me encolhi.

— E Damien? O que ele fez?

Alec sorriu. — Felizmente nada. O acordo que tínhamos com Marco era
que trabalhávamos para ele e Damien deveria ser deixado em paz.
Completamente.
Meu coração derreteu.

— Isso é uma coisa maravilhosa o que você e seus irmãos fizeram por
Damien.

— Ele é nosso irmão, nos faríamos qualquer coisa para protegê-lo.

Eu sorri. — Eu nunca vi um vínculo como esse que você e seus irmãos


têm... é lindo.

Alec sorriu tão amplo que suas covinhas profundas em suas bochechas
apareceram. — Sim, nós temos um vínculo muito sólido. É a melhor coisa que
temos desde a nossa infância de merda.

Eu imagino.

Mordi meu lábio inferior. — Então, você trabalhou para Marco para
manter Damien seguro... quando foi que você descobriu que Trent estava vivo e
Marco mentiu?

Alec apertou sua mão em um punho e esfregou os dedos. — Dois anos e


meio atrás, vai fazer três em dezembro.

Eu ampliei meus olhos.

Tão recente.

— Então, você trabalhou para ele como acompanhante por...

— Três anos.

Uau.

— Como que você descobriu sobre Trent e a mentira?

Alec bufou. — Este é o lugar onde a história fica ainda mais estranha.

Eu levemente sorri. — Eu duvido que vá me surpreender depois de todas


as coisas que você acabou de me dizer.

Alec, ansiosamente, olhou para mim. — Eu não contaria com isso.


Oh.

Engoli em seco.

— Dois anos e meio atrás Dominic conheceu Bronagh e decidiu que ele já
tinha trabalhado muito com Marco e que era o suficiente. Queríamos também e
concordamos que tínhamos mais do que pago nossa dívida com Marco... eu e
meus irmãos fizemos muito dinheiro para ele, e dinheiro era tudo que Marco se
preocupava. Com todos nós de acordo entramos em contato com Marco e
dissemos que já tínhamos realizados todos os trabalhos e o que tivemos na
Irlanda seria o último.

Alec franziu a testa. — Ele concordou que nós trabalhamos nossas bundas
para ele - alguns mais do que outros - e que ele estava feliz em nos deixar ir.
Devíamos ter conhecido o filho da puta, ele não nos deixaria em paz, facilmente.
Marco é como uma criança mimada de certa forma, éramos seus brinquedos
valiosos e sob nenhuma circunstância ele iria nos deixar ir.

Eu fiquei tensa. — O que ele fez?

Alec deu de ombros. — Ele voou para a Irlanda e com a ajuda de Trent ele
sequestrou Bronagh, Alannah e Damien, a fim de nos forçar a voltar ao trabalho.

Jesus Cristo!

Ele disse isso de forma tão casual.

— De jeito nenhum. — sussurrei.

— Sim desse jeito. Era complicado... enfim, resumindo, fomos para onde
Marco estava, matamos os guardas, então, libertamos as meninas e Damien.
Eles tinham batido muito em todos e as duas meninas tiveram concussões e
acabaram desmaiando. Nós usamos isso a nosso favor e começamos a trabalhar
em dispor de guardas de Marco e Trent. Damien cuidou dele.

Eu ampliei meus olhos. — Então, ele realmente acabou matando-o?


Alec olhou para mim com o olhar endurecido. — Não o julgue Keela.
Trent revelou algumas coisas que enviou Damien ao inferno - e nós - em um
acesso de raiva.

Eu levantei as sobrancelhas. — Como o que?

Alec parecia triste quando ele disse: — Nós descobrimos que Nala foi
estuprada e assassinada por Trent porque ela descobriu que ele estava vivo e
não morto, como nos foi dito. Damien também revelou que ela estava grávida de
seu filho no momento de seu assassinato.

Engoli em seco. — Oh meu Deus!

Pobre Nala!

— Sim, mais tarde naquela noite, quando chegamos em casa Damien


explicou que ele e Nala estavam com muito medo de contar a alguém sobre o
bebê. Eles pensaram que se eles o ignorassem, então ele iria embora. Eles eram
crianças que iriam ter uma criança, você entende quanto medo que eles devem
ter sentido?

Não tenho dúvidas de que eles estavam com medo, eu teria ficado
apavorada.

Eu balancei a cabeça. — É claro.

— De qualquer forma, fazia sentido porque Damien estava tão rasgado


quando saímos de Nova York. Ele perguntou sobre Nala o tempo todo, mas sua
família se mudou para fora do complexo após a suposta morte de Trent. Ele não
tinha como entrar em contato com ela e confie em mim, o garoto tentou de tudo.

Pobre Damien.

Alec sorriu. — Parece estúpido agora, mas no momento em que voltamos


para nossa casa, Ryder bateu na cabeça de Damien e disse que ele sabia melhor
e ele deveria ter usado proteção. Eu ainda acho que é engraçado, seu instinto
protetor veio à tona e se revoltou, embora tivéssemos acabado de matar um
monte de gente.
Engoli em seco. — Como é que nenhum de vocês foi pego?

— O local que estávamos era no alto das montanhas e foi depois de altas
horas. As câmeras foram desligadas com alguns fios cortados e além de nós e os
bandidos o lugar estava vazio. Atrás daquela montanha que está localizado o
clube, são mais montanhas e campos sem fim. Nós envolvemos todos para cima,
os carregando na parte de trás do jipe e depois Ryder e Kane dirigiram para as
montanhas e os enterraram.

Eu apertei meus olhos. — E se alguém encontrá-los? Se as pessoas os


descobrirem em cima das montanhas.

Alec deu de ombros. — Isso não importa. Ryder tinha ácido e se livrou de
suas impressões digitais, cabelos, dentes... Eu acho que eles os queimaram
também apenas para ter certeza...

— Oh meu Deus! Tudo bem, eu entendi, sem mais detalhes.

Alec fez uma careta. — Sinto muito.

Afastei as imagens perturbadoras do que Ryder e Kane tiveram que fazer


com aqueles corpos.

— Está tudo bem, eu pedi.

Alec permaneceu em silêncio enquanto eu pensava sobre as coisas.

Tudo bem, os irmãos Slater mataram pessoas, mas eram pessoas ruins
que eles mataram... e eles só fizeram isso para defender a si e sua família. Eles
não são pessoas más.

— Eu tenho uma pergunta. — murmurei.

Alec nervosamente lambeu os lábios e disse: — Manda bala.

— Por que você não matou Marco?

Alec ficou em silêncio por um momento e depois disse: — Nós íamos


matá-lo. Dominic estava tão pronto para isso... mas Marco prometeu que se
tivéssemos misericórdia, então ele iria nos deixar em paz. Ele vomitou para nós
que ele ajudou a nos criar e nos salvou de inúmeros espancamentos quando
perturbávamos nosso pai. Lembrou-me de uma vez em que eu derramei coca no
SUV do meu pai e ele me puxou para fora do carro, me deu um soco e me chutou
em torno do pátio do complexo em que vivíamos... ele não teria parado se Marco
não intervisse. Senti-me como se lhe devia algo, então eu disse a Kane para não
matá-lo.

Alec suspirou. — Levou algum tempo para convencer Dominic e Kane,


mas quando pedi a eles para não descer a seu nível e agir como ele ou o nosso
pai... eles o deixaram ir.

Fiquei perplexa.

— Espere, vocês acreditaram nele? Depois de tudo o que ele fez, vocês
acreditaram que ele só iria esquecer que Damien assassinou seu sobrinho?

Alec olhou e me disse: — Sim, nós fizemos.

Uau.

— Eu não acho que eu teria acreditado. — murmurei.

Alec estendeu a mão para mim para que me mudasse para perto dele.

— Eu tenho minhas dúvidas de vez em quando me perguntando se nós


fizemos a coisa certa ao deixá-lo vivo. Hoje é um dia em que eu realmente
questiono se fizemos a coisa certa ao deixá-lo sair livre. Mas nenhum homem
deve ter a vida do outro em suas mãos - eu sei que fiz a coisa certa, é uma
porcaria agora, embora.

Eu fiz uma careta. — Por quê?

— Porque ele está aqui e ele está conectado a você por sua conexão com o
seu tio... eu não quero que ele tenha alguma coisa a ver com você Keela, não
quero você metida em tudo o que Marco tenha a mão.
Eu coloquei minha mão no rosto de Alec e disse: — Meu tio manteve sua
vida privada de mim e Micah toda a nossa vida. Ele não está prestes a me
amarrar a nada Alec, acredito nisso.

Alec ainda estava desconfiado, eu poderia dizer. — Eu não sei... Brandy...


seu tio... ele não é exatamente o melhor homem ou o mais confiável.

Com sua família, ele é.

— O que aconteceu com você e ele está no passado, ele é meu tio e eu o
amo, por favor, não me diga algo que vá me fazer questionar isso.

Alec firmemente acenou com a cabeça. — Está bem.

Eu me aconcheguei em Alec e segurei-o com força.

— Obrigada por me dizer... eu sei que não foi fácil para você.

Alec alisou meu cabelo com a mão e começou a acariciá-lo.

— Na verdade, foi bom ser capaz de dizer a alguém tudo... nós não
falamos sobre isso em casa.

Compreensível.

Eu suspirei. — Eu costumava pensar que eu tinha tido uma vida difícil,


mas você só me fez perceber o quão fácil a minha infância foi.

Alec beijou o topo da minha cabeça. — Não compare, o que você passou
foi difícil para você, mas isso de alguma forma fez a pessoa que você é hoje, por
isso, pelo menos, há vantagens em ter coisas difíceis. Faz você mais forte.

— Eu acho. — murmurei.

Ficamos em silêncio, então, tudo o que podia ouvir era a respiração de


Alec.

— Obrigado por estar ao meu lado quando o seu tio estava contra mim lá
embaixo... significou muito para mim, gatinha.
Eu olhei para Alec e sorri. — Claro, você guarda as minhas costas e eu
guardo a sua.

Alec sorriu para mim. — Sempre.

Fixei meus olhos nos olhos de Alec, em sua boca e eu podia ver sua
respiração presa no peito.

— Guarde esses olhinhos quentes, gatinha, um homem só pode tomar


muito de um olhar antes de ele agir sobre o que o seu corpo quer.

Eu mantive o meu olhar sobre ele, quando disse: — Então, aja.

— O quê? — Alec sussurrou.

Minhas entranhas começaram a esquentar.

Levantei minha cabeça até a dele e sorri. — Eu quero você.

Alec mordeu o lábio inferior e puxou meu corpo totalmente contra o seu.

— Diga isso.

Eu corei. — Dizer o que?

— Eu disse que eu não iria foder você até que você me pedisse, mas agora
eu quero resolver o que você acabou de me dizer.

Oh.

— Se você quer que eu te toque, te beije... ame seu corpo, então você terá
que dizê-lo.

Arregalei meus olhos.

Você quer isso, você o quer... porra, então diga!

— Alec. — sussurrei e tranquei o meu olhar no dele. — Foda-me.


E m poucos segundos

de minha demanda, a boca de Alec estava na minha e suas mãos no meu


corpo. A pressão do beijo de Alec estava no limite de ser dolorosa, mas eu não
teria mudado nada sobre isso porque era animalesco, e agora, animalesco
era exatamente como eu me sentia.

— Você não tem nenhuma ideia do que eu vou fazer com você, tem baby?
— Alec falou quando ele afastou do seu beijo.

Seus lábios roçaram nos meus e eu balancei minha cabeça.

— Eu vou te levar a lugares em que você apenas sonhou, gatinha... eu mal


posso esperar para fazê-la ronronar.

Oh foda-se já estava quente.

— Eu não sabia que as mulheres podiam ronronar. — eu provoquei,


tentando tomar as rédeas sobre a situação.

Alec sorriu para mim. — Você é uma gatinha tão espertinha, eu vou fazer
você ronronar é só esperar e ver.

Coloquei a língua e a deslizei em seu lábio inferior. — Estou ansiosa por


isso, playboy.

Alec rosnou. — Hmm, o que fazer com você primeiro?


Engoli em seco. — Beijar-me é bom... por agora.

Alec sorriu. — Eu pretendo beijar todo seu belo corpo, mas primeiro
levante.

Eu pisquei. — Levantar-me?

Eu estava deitada na cama - isso era tão horizontal quanto ele, era só me
pegar.

— Sim, levante-se.

Tudo bem.

Eu fiz o que me foi dito e sentei, e em seguida, levantei-me da cama.

— Tudo bem, e agora?

Os lábios de Alec se curvaram e ele fez um gesto com o dedo indicador


para me aproximar.

Eu dei dois passos para frente e parei quando meus joelhos tocaram a
cama. Alec sentou-se e colocou as pernas em cada lado de mim, então eu estava
de pé entre suas pernas. Ele pousou as mãos sobre meus ombros e olhou para
mim.

— Como é que o vestido abre, de um zíper ou botões?

Eu sorri. — Botões na parte de trás, mas eu já os desabotoei é só puxá-lo


por cima da minha cabeça. Posso tirá-lo forma que você quiser?

Alec inclinou-se e roçou seu nariz contra o meu. — O quanto você gosta
desse vestido?

Hein?

— Hum, quer dizer eu gosto, mas vou sair de uma forma que possa usá-lo
novamente. Por quê?

Alec sorriu. — Porque eu sempre quis fazer isso.


Mais uma vez, hein?

— Você sempre quis fazer o quê?

— Isto.

Um grito ficou preso na minha garganta quando Alec moveu as mãos


debaixo dos meus braços e em torno de minhas costas, onde ele segurou meu
vestido e rapidamente puxou para baixo. Eu arregalei meus olhos ao ouvir o
som dos botões batendo no chão, e em seguida, meu queixo caiu quando as alças
caíram dos meus ombros e a parte da frente do meu vestido caiu com o resto do
tecido aos meus pés.

Ele... ele rasgou meu vestido!

— Você é tão sexy! — engoli em seco quando os dedos de Alec cravaram


em minha bunda e agarraram minhas nádegas.

Alec enterrou o rosto em meus seios e gemeu.

— Este pode ser o meu lugar favorito.

Olhei para baixo e não pude deixar de achar graça quando eu disse: —
Seu lugar favorito no meu corpo?

Alec balançou a cabeça fazendo meus seios balançar.

— Não, o meu lugar favorito como no meu lugar favorito para estar em
qualquer lugar.

Senti minhas pálpebras fecharem enquanto eu olhava para Alec, meu


coração começou a martelar no meu peito. Senti seus dedos deslizarem em
torno das minhas costas, e nem um segundo depois meu sutiã foi solto e as tiras
caíram nos meus braços.

Eu segurei automaticamente meus seios, segurando meu sutiã no lugar.


Alec sorriu quando ele agarrou as alças caídas do meu sutiã e puxou. Ele
não disse uma palavra, ele apenas olhou nos meus olhos e me disse para confiar
nele... então eu fiz.

Eu deixei minhas mãos caírem para os lados e fechei os olhos.

— Keela. — Alec sussurrou.

Eu corei de vergonha. Eu era um tamanho 40 na melhor das hipóteses,


então eu sabia que meu peito não tinha nada para bajular.

— Estou mortificada agora. — eu disse, e resisti ao impulso de me cobrir


com as mãos.

Alec não respondeu o que não ajudou a resolver meu estômago de


repente perturbado.

Eu estava prestes a abrir os olhos e abandonar a ideia quando de repente


senti uma respiração no meu peito. Abri os olhos e olhei para baixo, logo
quando Alec deu um beijo no centro do meu peito.

— Você é perfeita.

Abri a boca e ofeguei quando ele moveu a cabeça e cobriu o meu mamilo
direito com a boca quente. Mordi meu lábio inferior em minha boca, fechei os
olhos e inclinei a cabeça para trás.

— Oh meu Deus. — eu respirei e arqueei as costas quando arrepios


subiram pela minha espinha.

Pisquei abrindo os olhos quando Alec trocou os seios e envolveu meu


mamilo esquerdo em sua boca, em seguida, usou a mão para massagear meu
seio direito e puxar meu mamilo a cada poucos segundos.

Eu me arqueei para frente, pois era ótima a sensação sentida quando


alguém chupava meu ponto doce, era tão bom, mas também senti como se
estivesse prestes a desmaiar. Eu não aguentava mais.

Alec riu depois que ele soltou meu mamilo com um pop.
— Você tem mamilos sensíveis.

Olhei para Alec através dos meus olhos semicerrados. — Parece que eu
tenho.

Alec sorriu abertamente e aproximando seu rosto perto do meu. — Parece


que você quer tirar um pedaço de mim.

Eu mostrei meus dentes para ele e disse: — Mais do que uma mordida.

Alec esfregou os lábios fazendo suas covinhas curvar nas suas bochechas
e sem pensar eu levantei minhas mãos e meus dedos indicadores sobre cada
covinha.

— Eu amo isso.

Alec sorriu largamente e suas covinhas se aprofundaram. — Elas são


todos suas.

Coloquei meus braços em volta do seu pescoço. — É tudo meu. Eu gosto


disso.

Alec colocou os braços em volta da minha cintura e sem aviso ele se


inclinou para trás, em seguida, virou-se para o lado e me rolou para debaixo de
seu corpo. Ele levantou um pouco do seu peso de cima de mim, então, me
empurrou para uma posição reta e deslizou na cama até a minha cabeça bater
na cabeceira da cama.

Alec continuou.

Ele colocou as mãos sobre os joelhos e manteve contato visual comigo


enquanto abria-os. Senti meu corpo já quente ficar ainda mais quente com seu
olhar intenso sobre mim. A sensação de alfinetes e agulhas, sem dor, se
espalhou pelas minhas pernas quando Alec subiu a mão dos meus joelhos para
minhas coxas.

— Suas calcinhas são verdes... minha cor favorita.

Calcinhas.
Eu sorri. — Meu sutiã também era verde, para fazer um conjunto... você
sabe, o que você arrancou de mim como um homem das cavernas.

Alec sorriu então silenciosamente estendeu a mão para a barra da minha


calcinha. Ele segurou e muito lentamente puxou minha calcinha pelas minhas
pernas até que eles estavam livres aos meus pés. Alec segurou-a e jogou sobre o
ombro.

— Não vai precisar delas. — ele murmurou.

Eu ri então congelei quando Alec olhou diretamente para mim... lá.

— O que diabos você está olhando? — eu perguntei, de repente


autoconsciente.

Alec desviou os olhos para mim e disse: — Você é uma ruiva natural.

O quê?

— Sim, eu sou uma ruiva natural. Que é que isso tem a ver com... oh meu
Deus, não me diga que eu me esqueci de me depilar!

Eu levantei imediatamente a minha cabeça para olhar para baixo entre as


minhas pernas, eu senti um alívio quando vi a pequena faixa de cabelo que eu
sempre deixava. Eu nunca fiquei sem pelos, eu sempre deixei uma pequena
faixa.

— Eu gosto da faixa de pelo, é diferente do que eu geralmente vejo.

Eu dei uma olhada para Alec e ele fez uma careta. — Não falar sobre
experiências anteriores - entendi.

Sorri então inclinei a cabeça enquanto Alec olhou para mim.

— O quê?

— Eu quero te beijar.

Então me beije.
Eu inclinei meu rosto para ele, mas ele sorriu, balançou a cabeça e se
afastou.

O quê?

— Eu não quero te beijar aí. — ele apontou para a minha boca. — Eu


quero te beijar aqui.

Eu ampliei meus olhos quando ele correu a ponta do dedo sob minha
barriga, passou pelo umbigo e parou bem em cima da minha fenda.

— Oh, está tudo bem. Eu não gosto muito assim, você não tem que...

— Você não gosta disso? — Alec me interrompeu, os olhos arregalados. —


Que porra de desculpa é essa? Será que eu ou minha língua não a fodeu no outro
dia até que gozou?

Engoli em seco.

— Sim, mas sua boca nunca foi no meu clitóris, seus dedos estavam.

Alec franziu a testa. — Qual é a diferença?

— Bem, com uma língua parece bom, mas dói depois de um tempo, então
eu prefiro que você não...

— Porra, espera aí. Como dói?

Eu corei. — Podemos esquecer isso e...

— Não, não podemos. Explique como isso dói.

Eu ia bater nele se ele me cortasse mais uma vez.

Eu bufei em aborrecimento. — Eu não sei, Jason foi a única pessoa a fazê-


lo para mim, começava a sentir bem, então ficava muito bom, depois dói.

Alec sentou-se sob seus calcanhares e fez uma careta para mim. — Dói
por muito tempo?

Eu balancei minha cabeça.


— Não, alivia depois de alguns minutos.

Alec sorriu. — Isso soa como se seu orgasmo estivesse sendo construído,
mas caiu quando o toque final não foi executado corretamente.

Eu olhei para ele. — Você está dizendo isso...

— Jason não serve nem para comer a merda de uma boceta. — ele riu.

Eu fiz uma careta. — Então, se você...

— Comer sua boceta. — Alec sorriu.

Eu resmunguei. — Sim, se você fizer isso não vai doer?

Alec riu. — Não, não vai, você vai se sentir incrível. Chega de conversa, eu
vou deixar a minha língua fazer e falar por mim.

— Sua língua sempre faz o falar por você, que é a sua função.

Alec revirou os olhos. — Ha, ha, ha.

Eu presunçosamente sorri.

Alec sentou-se, mudou-se para baixo da cama e deitou de bruços.

Eu cobri meu rosto com as mãos quando o rosto de Alec estava no nível
da minha vagina.

Ele olhou para ela e lambeu os lábios.

— Pare com a pressão sobre isso, um palhaço não está pulando para fora
para fazer animais de balão para você.

Alec riu então ficou em silêncio.

Mordi meu lábio inferior quando senti a propagação de uma brisa fria
sobre o meu clitóris. Eu queria fechar minhas pernas, mas Alec não permitiria
isso.

— Não se me interrompa, eu gosto de tomar meu tempo, quando beijo.


Eu gemi. — Você não pode me beijar lá!

Alec riu. — Uma boceta não teria lábios se não fossem feitos para beijá-
los, gatinha.

Oh.

— Você está pronta?

Eu descobri o meu rosto e balancei a cabeça.

— Eu estou pronta, me mostre o que você tem, playboy.

— Sim, senhora. — ele sorriu então me abriu com os dedos e colocou a


língua diretamente no meu clitóris.

Respirei fundo pelo nariz e expirei pela boca quando sua língua começou
a girar ao redor.

Oh, sim!

— Ahhh. — eu gemi de prazer quando um pequeno choque de prazer fez


minha metade inferior se contorcer.

Abri os olhos e olhei para o teto, então eu mordi meu lábio inferior
quando Alec levemente chupou meu clitóris.

— Oh, Deus! — eu senti que meu clitóris começou a pulsar e cada pulso
disparava minha pélvis para levantar automaticamente para o rosto de Alec.

Eu não conseguia evitar, meu corpo fazia involuntariamente.

Levantei minhas mãos para o meu cabelo e puxei para tentar me dar uma
sensação diferente para focar porque o latejante e calor em meu núcleo estavam
começando a se tornar insuportável da maneira mais deliciosa.

— Oh... porra... — eu gemi quando Alec de repente balançou a cabeça da


esquerda para a direita dando ao meu núcleo uma explosão extra de calor.
Eu comecei a entrar em pânico, isso nunca aconteceu comigo antes. Foi
tudo demais para suportar. Me sentia bem tendo meu clitóris lambido, mas
nunca este bom pra caralho.

Minha respiração era agora rápida, minha testa com gotas de suor, meu
peito subia e descia como se não fossem dois corpos juntos e o ponto quente
entre as minhas pernas de repente parecia como se estivesse pegando fogo.

— Alec! — eu gritei e puxei minha metade inferior longe dele, mas apenas
por um momento.

Ele atirou para frente e segurou minha cintura para me manter imóvel.

— Só mais um pouco do seu gosto. — ele rosnou.

Do meu clitóris até a minha entrada ele lambeu lentamente, me


saboreando. Ele arrastou suas mãos da minha cintura e enfiou os dedos em
meus quadris quando tentei ficar longe de sua boca talentosa. Agarrei os lençóis
da cama, quando ele mergulhou sua língua dentro da minha entrada. Ele rodou
ao redor e causou um incêndio na boca do estômago que se espalhou.

Meu Deus!

Retirou sua língua e voltou ao meu clitóris dominando-o e o sugou. Eu


rebolava contra sua boca e batendo minha cabeça de lado a lado.

— Sim, sim, sim. — eu implorei então arqueei as costas quando meu


núcleo explodiu e onda após onda de prazer inundou o meu corpo e tocou todas
as terminações nervosas.

Eu fiquei na minha posição arqueada por cerca de quinze segundos


depois caí quando as ondas de prazer desapareceram e apenas pequenos pulsos
de réplicas permaneceram.

— Oh... meu Deus... — eu respirei.

— De nada.
Eu coloquei minha mão sobre meu coração martelando. — Santo Deus no
Céu.

— Santo Deus, em seu quarto de hotel, você quer dizer.

Eu levantei minha mão para minha cabeça e enxuguei o suor do meu


rosto. — Jesus Cristo.

— Isso é, Sr. Cristo para você, mocinha.

— Santa Maria Mãe de Deus. — eu sussurrei e fechei os olhos.

— Ela é uma boa mulher, faz um bolo de carne mais ou menos.

Tomei algumas respirações profundas, mais do que algumas na


verdade. Acho que demorei alguns minutos para abrir os olhos. Por um
segundo, eu me perguntava se eu tinha adormecido, mas quando eu levantei a
cabeça encontrei Alec ainda entre as minhas pernas e sorrindo para mim com
admiração.

— Doeu?

O bastardo presunçoso sabia que não tinha doído.

— Não, isso foi... incrível.

Alec beijou meu clitóris pulsante levemente arrastando-se em seguida,


para o lugar ao meu lado.

— Você tem um gosto doce.

Olhei para Alec e corei.

Ele riu. — Não fique tímida comigo agora, pequena gatinha.

Em jeito de brincadeira revirei os olhos. — Eu não sou tímida, mas você


está dizendo que meu gosto é doce é...

— Sexy.
Eu abri minha boca para dizer algo diferente, mas Alec arqueou as
sobrancelhas e silenciosamente me desafiou a falar.

— Tudo bem, eu tenho um gosto doce e é sexy.

— Porra fodidamente certo.

Eu fui pega de surpresa quando Alec se inclinou e cobriu minha boca com
a dele e forçou a língua na minha boca. Eu podia me provar em seus lábios e
língua, eu não sabia que tinha gosto, mas não tenho um gosto ruim e isso me
relaxou.

Fechei os olhos e gemi, em seguida, rapidamente levantei os braços para


agarrar seu pescoço, segurando-o com força para mim. Alec me beijou lenta e
cuidadosamente, e quando ele se afastou eu gemi em protesto.

— Volte. — murmurei.

Alec roçou seu nariz contra o meu. — Você quer sentir outra vez seu
gosto?

— Hmmm...

Alec inclinou e chupou meu lábio inferior em sua boca.

Liberando-o um segundo mais tarde.

— Como você chamou o orgasmo que eu te dei?

Eu olhei para ele com os olhos pesados e disse: — Incrível.

Alec sorriu. — É? Bem, eu o chamo de número um.


O lhei para Alec. —

Número um?

Alec sorriu e acenou com a cabeça. — A julgar pelo seu olhar acho melhor
escolher três... acho que morreria mais do que isso.

Eu não me importo se ele estava brincando, eu me senti tão exausta que


concordei plenamente com ele. Se um orgasmo me fez tão cansada, só posso
imaginar o que faria um pouco mais.

— Três está bom para mim... mas você deve saber que eu sinto que
preciso de um cochilo já.

Alec riu. — Você sabe que isso apenas infla o meu ego, né?

Dei de ombros, sem me importar. — Eu vou dizer uma coisa depois para
baixar sua bola, não se preocupe.

Alec riu e deitou de lado olhando para mim. Foi nesse momento que eu
percebi que ele estava completamente vestido, enquanto eu estava deitada
esparramada na cama... com a bunda nua.

— Você está usando muitas camadas de roupas para o meu gosto Sr.
Slater. Tire.

Alec sorriu quando ele ficou de joelhos e agarrou a barra da sua camisa.
— Espere, eu quero fazer isso.

Alec congelou, depois estendeu a mão para baixo para mim e com pouco
esforço me puxou para cima em uma posição sentada. Eu, então, fiquei de
joelhos e virei para encará-lo. Eu subi e levemente dei um selinho em seus lábios
com os meus, então olhei para baixo, quando cheguei à bainha de sua
camisa. Segurei-a em minhas mãos e levantei.

— Seu corpo é perfeito... como você o mantém? — murmurei quando Alec


me ajudou encolhendo os ombros de sua camisa enquanto eu levantava alto o
suficiente.

— Você realmente quer saber sobre minha dieta e exercícios ou você quer
me tocar?

Toque, eu voto no toque.

— Tocar você. — sussurrei, em seguida, estendi minha mão e tracei seu


abdômen com os dedos do topo até o fim de sua admirável indução de linha V.

— Elas são tão sexy. Eu sempre quero lambê-las e seguir a trilha do


tesouro.

Ouvi a ingestão de ar de Alec.

— Sinta-se livre para lamber qualquer parte de mim, gatinha.

Eu olhei para Alec e sorri. — Tudo bem, deite-se.

Alec se virou e imediatamente caiu em suas costas, que fez toda a cama
tremer.

Eu ri e joguei minha perna sobre seu corpo, montando nele.

Alec colocou as mãos sobre os meus joelhos e correu até minhas coxas,
ele sorriu para mim, mas franziu a testa quando seu telefone tocou.

— Sinto muito. — ele suspirou.


Olhei para a minha esquerda e peguei o telefone de Alec da mesa de
cabeceira.

— Eu vou lidar com quem quer que seja.

Alec não estava prestando atenção em mim, ele estava muito ocupado
olhando para o meu corpo.

Eu sorri quando bati na tela do telefone e o coloquei ao meu ouvido.

— Alô.

Não havia nenhum som.

Eu fiz uma careta e afastei o telefone para olhar para ele para ter certeza
que não tinha desligado. Quando fiz, eu gritei e deixei cair o telefone quando
encontrei Kane Slater olhando para mim com um sorriso esticado em seu rosto.

— O quê? — Alec perguntou, em pânico.

Eu apontei para o telefone assim quando Kane com a voz rouca gritou: —
Dominic, venha aqui!

— Para quê? — a voz de Dominic respondeu.

— Eu vi os peitos da Keela!

Os olhos de Alec queimaram quando ele pegou o celular da cama.

— Eu vou te foder, Kane!

Ouvi Dominic rindo em seguida: — A febre voltou? Você está tendo


alucinações?

— Não, eu não estou vendo coisas. Eu realmente vi os peitos da Keela.

Alec rosnou para o telefone. — Você é um homem morto andando Kane!

Ouvi sons abafados do telefone, então. — Porra, você realmente viu? Eu


quero vê-los! Como é que ele pode vê-los e eu não?
Oh, meu Deus!

Eu tinha peitos pequenos, eles não eram um par que você reclamaria
querendo ver.

Confie em mim.

— Vocês dois são doente da cabeça! — eu atirei.

Eu ouvi os irmãos rirem, então, Kane disse a Alec. — Eu interrompi


claramente uma foda.

— Sim, você fez. O que você quer mesmo? — Alec surtou.

— Queria lhe perguntar qual é a senha para sua conta Netflix. Estou
doente e quero assistir alguns filmes.

Maravilha.

— Jesus, Kane! É Britney Spears. — Alec rosnou.

Cobri minha boca quando Kane e Dominic começaram a rir.

— Sua senha é Britney Spears? — eu perguntei, rindo.

Alec revirou os olhos. — Sim, ela é quente e tem uma bunda assassina.

O riso cessou a partir do telefone. — Isso é verdade, seus seios são


perfeitos também... não são tão perfeitos como os seus Keela.

Revirei os olhos.

Homens.

— Isso é tudo? — perguntou Alec.

— Não, como são os peitos da Keela?

— Cai fora!

Alec pressionou a tela de seu telefone, assim quando ambos Kane e


Dominic gritaram: — Bolas profundas, mano!
Eu olhei para Alec que desligou o telefone e colocou sobre a mesa de
cabeceira.

— Seus irmãos são nojentos.

Alec tentou segurar o sorriso e não conseguiu. — Eles são engraçados


embora.

Eu balancei a cabeça, em seguida, gritei quando Alec estendeu a mão e


segurou meus seios. — Eu não os culpo por querer ver estes filhotes embora.

— Eu tenho pequeno...

— Pequeno, mas perfeito. Grandes peitos nem sempre significam um belo


par. Tenho visto alguns peitos enormes e confie em mim, eu prefiro os menores.

Ele fazia?

— Oh. — murmurei.

Alec sorriu. — Sem mais interrupções ou conversa, eu me lembro de você


dizendo que queria chupar o meu pau.

Levantei minhas sobrancelhas. — Eu disse isso?

Alec sorriu. — Provavelmente não, mas você pensou nisso.

Bastardo arrogante.

Eu olhei para baixo para a protuberância em seu short e deslizei meu


caminho para baixo até que eu estava sentada sobre os joelhos. Eu não olhei
para Alec quando cheguei à bainha de sua bermuda, porque teria morrido de
vergonha. Eu só fiz isso algumas vezes e cada vez eu parei porque tinha medo de
engolir quando chegou ao ponto que não poderia retornar.

Eu soltei um suspiro e relaxei enquanto tirei seu short.

Você pode fazer isso, é Alec desta vez, você pode fazer - Aimeudeus é
enorme!
Sentei-me para trás e olhei para os bens de Alec.

— Que porra é essa? Isso é um antebraço não a porra de um pau!

Alec riu, eu olhei para cima enquanto ele colocou os braços atrás da
cabeça.

— Eu lhe disse que era o meu talento.

Revirei meus olhos. — Sim, e agradar o corpo é o seu conjunto de


habilidades, me lembro... mas Jesus, Alec, eu não estou tentando inflar ao seu
ego, você é enorme. Acho que faria um estrago na verdade.

Alec arregalou os olhos e rapidamente sentou-se, isso deixou seu pênis


ereto perto de seu abdômen.

Eu não podia deixar de olhar para ele.

Alec colocou as mãos na lateral do meu rosto e levantou minha cabeça até
que eu estava olhando para ele.

— Confie em mim, você vai ficar bem.

Engoli em seco. — Isso é fácil para você dizer, você não tem algo grande
indo para dentro do seu corpo.

Alec riu nervosamente. — Bem, sobre isso...

— Quer dizer, olhe para ele!

Alec suspirou. — Deixe-me dizer-lhe isto, tive...

— Será que se encaixa completamente dentro das mulheres?

Alec abriu a boca para falar, mas fechou-a em seu lugar.

Eu fiz uma careta. — Desculpe, eu interrompi você, o que você estava


dizendo.

Alec olhou para mim por um momento e depois disse: — Não é nada que
não possa esperar, vamos voltar para o meu pacote.
Eu bufei. — Seu pacote extragrande.

Alec bufou. — Não é tão grande, provavelmente só parece que ele é


porque ele é gigantesco em comparação com o pau de Jason.

Olhei para cima e ri. — Faz você se sentir melhor que ele é menor do que
você?

Alec apenas sorriu de volta para mim.

Eu olhei de volta para ele e balancei a cabeça. — Tudo bem, eu posso


fazer isso... deite.

Alec fez com um sorriso de comedor de merda em seu rosto.

Eu poderia fazer isso.

Baixei a cabeça e quando fiquei cara a cara com o monstro, eu decidi


torná-lo meu animal de estimação. Estendi minha mão e passei meus dedos em
torno da cabeça e apertei um pouco.

Alec assobiou. — Devagar... pode ser grande, mas é sensível.

Anotado.

Lambi meus lábios quando comecei a acariciar para cima e para baixo. Eu
olhei para Alec e vi que ele estava mordendo o lábio inferior enquanto me
observava.

Ele era lindo.

Eu me concentrei no que estava prestes a fazer, e joguei minha língua


passando-a sobre a cabeça do pênis de Alec. Eu fiz isso mais duas vezes antes de
pegar a cabeça na minha boca e chupar levemente.

— Droga, Keela.

Eu cantarolei em resposta e levei mais dele em minha boca. Eu fui o mais


longe que pude até meu reflexo de vômito ficar forte e tive que retirar. Eu me
acalmei e levei Alec em minha boca novamente, tanto quanto podia cada vez,
mas não o suficiente para me fazer vomitar.

— Keela me leve todo o caminho, você não vai sufocar.

Sim, eu faria, porra.

— Faça-o lentamente baby, devagar e com calma.

Não.

— Por favor?

Foda-se, tudo bem.

Fiz o que ele disse e lentamente levei Alec em minha boca e quando senti
meu reflexo de ânsia parei, mas não puxei minha cabeça para trás.

— Boa menina. — Alec murmurou. — Agora pegue a última parte.

A última parte era mais dois centímetros ou mais!

Lentamente empurrei minha cabeça para frente, permitindo mais de Alec


para encher a minha boca, não poderia tentar encaixar mais dele em minha
boca, porque realmente iria sufocar e eu não estava fazendo isso para ninguém.

Eu estava prestes a puxar para trás quando Alec disse. — É fácil, baby.
Você prende a respiração por um momento e depois trás o meu pau para o
fundo da sua garganta, engole e retira para que você possa respirar de novo,
então, você repete.

O quê?

Sério, o que?

Como diabos ele espera que eu prenda a respiração e o engula, quando


tinha a sua metade do pau na minha garganta?

Que estava pedindo um ataque de pânico.


Coloquei minhas mãos sobre as coxas de Alec e raspei-a com minhas
unhas para chamar sua atenção.

Ele sussurrou um pouco, mas desviou o olhar da minha boca para meus
olhos, ele viu o meu pânico e chegou à frente com as mãos, escovou o polegar
sobre meu rosto.

— Nada vai acontecer com você, eu prometo. Quando você engolir, seus
músculos da garganta vão contrair em torno de mim, isso é tudo.

Vou tentar acreditar em sua palavra.

Tentei engolir, mas não coloquei o suficiente para ele, a segunda vez que
prendi a respiração e foquei em engolir corretamente, valeu um gemido alto de
Alec.

— É isso aí, baby.

Viu, eu sabia que podia fazer isso.

Eu caí em um ritmo e logo tomei Alec totalmente na minha boca não era
ruim, eu engoli uma terceira ou quarta vez, ao invés de cada vez, porque não
queria ficar ofegante e Alec que gemia cada vez parecia feliz com isso. Eu
coloquei minha mão sobre a base de seu pênis e trabalhei para cima e para baixo
no ritmo com a minha boca.

— Sim. — Alec gemeu. — Chupa com mais força, baby.

Chupei com mais força e trabalhei mais rápido, enquanto estava satisfeita
que estava fazendo Alec se sentir bem, queria que ele se apressasse e gozasse
logo porque meu braço estava começando a dar cãibra e meu queixo doía.

— Eu vou gozar na sua boca baby, prepare-se.

Porra nenhuma.

Tirei Alec da minha boca, mas continuei a acariciá-lo.

— Eu não consigo engolir. — eu disse, olhando para Alec.


Seu rosto estava contorcido de prazer.

— Eu pensei que você disse que era uma boa menina.

Olhei para ele e falei: — Eu sou uma boa menina!

Alec sorriu e estendeu a mão quando ele agarrou meu cabelo em sua mão,
em seguida, empurrou minha cabeça de volta para o seu pau enquanto dizia: —
Boas meninas engolem, gatinha.

— Eu não sei, quer dizer, e se eu vomitar...

— Keela.

— E eu vomitar em cima você...

— Keela.

— E você ficar louco...

— Keela!

Eu pulei de susto. — O quê?

— Você poderia parar de falar o tempo suficiente para chupar o meu pau?

Ele era de verdade?

Eu pisquei. — Sério?

Alec assentiu com a cabeça. — É uma possibilidade de que, num futuro


próximo, e por futuro próximo eu quero dizer nos próximos trinta segundos, sua
boca vai servir o seu propósito de envolver-se no meu pau? Se não, eu vou ter
que lhe pedir para sair porque você está me dando dor de cabeça.

Mas. Que. Porra?

— Você está brincando? — eu perguntei, com um tom de choque.

É melhor ele estar brincando ou eu iria matá-lo.

Alec ergueu as sobrancelhas. — Olha como eu estou brincando?


Se você matá-lo, você irá para a prisão.

— Você tem sorte que eu estou com tesão, ou iria bater pra cacete em
você de outra forma.

Alec não estava com disposição para brincadeiras ao que parecia.

— Tudo bem, eu vou engolir!

Eu ampliei meus olhos quando Alec subitamente colocou seu pau de volta
na minha boca e enterrou as mãos no meu cabelo enquanto bombeava seus
quadris para o meu rosto.

Ele estava fodendo o meu rosto.

Literalmente.

Mudei minhas mãos e coloquei-as na cama desde que o objeto que eu


estava segurando estava atualmente fodendo dentro e fora da minha boca. Alec
não empurrou longe o suficiente para me fazer desconfortável, mas ele fez o
suficiente para ele jorrar na minha boca.

Meus olhos cruzaram e arrepios me atormentaram enquanto o gosto


salgado de Alec espalhava na minha língua e escorria no fundo da minha
garganta.

Foda-se todas aquelas estrelas pornôs que fazem engolir parecer como se
fosse à coisa mais deliciosa que já provaram.

— Puta merda! — Alec gritou.

Ele ainda estava levemente bombeando para cima em minha boca e


quando ele retirou totalmente, engoli rapidamente e tomei algumas respirações
profundas dentro e fora da minha boca.

— Oh meu Deus. — eu gemi. — Isso não poderia ter sido mais salgado.

Alec lentamente riu. — Você vai se acostumar com isso.

Será que eu iria?


Limpei a boca com as costas da minha mão e olhei para Alec que estava
deitado esparramado na cama, e eu sorri.

Isso fui eu, dez minutos atrás.

— Eu fiz bem? — perguntei.

Alec abriu os olhos e balançou a cabeça. — Sim, baby. Você vai fazer
melhor ainda na próxima vez, porque você vai saber o quão longe você pode me
levar.

Eu sorri, feliz que eu fiz um bom trabalho.

— Venha aqui comigo.

Eu arrastei o meu corpo pelo de Alec, sentindo cada músculo firme


enquanto me esfregava contra ele.

— Oi. — Alec sorriu quando meu rosto pairou sobre ele.

Eu sorri de volta. — Oi.

Alec inclinou a cabeça e passou a língua no meu lábio inferior, depois ele
chupou meu lábio em sua boca e cantarolou.

Quando ele soltou, ele disse: — Meu gosto não é tão ruim assim.

Foda-se.

Ele provou a si em minha boca... isso era sexy.

— Podemos transar agora? — eu respirei.

Eu o assisti em um transe, quando ele se abaixou, pegou sua bermuda e


pegou a carteira do bolso. Ele pegou um pacote prateado e então usou os dentes
para rasgar o pacote. Lambi meus lábios enquanto rolava o preservativo na
ponta do seu pênis ainda duro para a base.

Alec sorriu. — Que jeito você quer?

De qualquer jeito que você fique dentro de mim.


— Da maneira que você quiser. — Sussurrei.

Alec colocou a mão nas minhas costas e deslizou para baixo até minha
bunda.

— Eu gosto do estilo gatinha.

Eu levantei minhas sobrancelhas. — Eu sei que você é mais experiente do


que eu, mas o que é estilo gatinha? Eu só ouvi falar de estilo cachorrinho.

Alec sorriu. — Estilo gatinha é muito parecido com estilo cachorrinho,


apenas com arranhões e mordidas.

Oh.

— Você está pronta para o trabalho, gatinha?

Engoli em seco. — Sim.

Alec inclinou-se e beijou-me profundamente antes que ele sentasse e me


levantasse dele.

— Vire-se. — ele rosnou.

Uma onda de necessidade caiu em mim quando me virei e dei a Alec


minhas costas.

— O que você vai fazer? — perguntei quando meu coração acelerou contra
meu peito.

Ele fechou suas mãos em meu cabelo e puxou me fazendo sibilar quando
ele levou a boca ao meu ouvido e sussurrou: — Eu estou prestes a foder você
como eu te odeio.

Ah, caralho!

Ele tirou uma mão do meu cabelo e trouxe-a entre as minhas pernas.

— Depois que eu terminar com você gatinha, você vai me sentir aqui. —
ele disse enquanto seus dedos circularam minha entrada. — Por dias.
Oh.

— Você está pronta? — Alec perguntou, a voz baixa e rouca enquanto se


posicionava atrás de mim.

Eu estava?

— Sim. — sussurrei.

Em vez de alinhar-se, ele lentamente empurrou para frente, permitindo


esfregar seu pau e empurrar para cima na minha fenda e contra o meu clitóris.

Oh, por favor.

Cheguei ao redor e peguei o primeiro travesseiro que eu encontrei e


trouxe-o para o meu rosto. Eu não tive que pedir em voz alta para ele entrar em
mim, porque ele se alinhou, em seguida, agarrou meu quadril, cavando seus
dedos em minha carne.

— Meu pau tem desejado essa boceta desde o momento em que coloquei
os olhos em você. — Alec sussurrou enquanto lentamente deslizava dentro de
mim, centímetro por centímetro agonizante.

Eu ampliei meus olhos.

— Você acabou de gozar, como você pode já pode estar duro?

Alec sorriu. — Eu disse que eu tinha habilidades, recuperação rápida é


uma delas.

Porra!

O senti me esticar, e me senti estranha e incrível. Eu ofeguei quando ele


me pressionou contra o colchão com as mãos sobre os meus ombros, me
prendendo dessa maneira, então não podia me mover.

— Rosto no travesseiro, eu não quero que ninguém te ouça gritar.

Oh.
— Agora, Keela. — Alec rosnou e parou.

Eu senti arrepios sair por todo o meu corpo em seu comando.

Rapidamente coloquei meu rosto contra o travesseiro, mas não o


suficiente para que cortasse minha respiração.

— Eu posso sentir cada parte de você que se estende em torno de mim,


baby.

Eu também.

Apertei minhas mãos em punhos quando Alec seguiu em frente com um


pouco de impulso.

— Quase lá, baby.

Pulei quando sua pélvis tocou meu traseiro.

Oh meu Deus, ele estava enterrado em mim até o fim.

— Eu lhe disse que você poderia me levar... essa boceta foi feita para
mim, gatinha.

Gemi em resposta, então ofeguei quando Alec puxou e empurrou


lentamente para dentro de mim.

Tomei algumas respirações profundas e lentamente apertei contra Alec


quando ele vinha pra frente. Um tremor acumulou pelo meu corpo e eu gemi
alto.

Sim!

Eu apertei em torno de Alec quando outro tremor subiu minha espinha.

Alec gemeu. — Foda-se, faça isso de novo.

Fazer o que?

Apertar?
Fiz o que ele disse e apertei em torno de Alec, ele gemeu novamente e
empurrou para frente com mais pressão desta vez, e isso me fez suspirar. Abri os
olhos quando seus dedos se moveram dos meus ombros e apertaram a carne em
torno de meus quadris.

— Tão. — estocada. — Boa. — estocada. — Pra caralho! — estocada.

Virei à cabeça no travesseiro e gritei quando Alec mudou de lento e


constante para rápido e furioso. Segurei os lençóis em volta de mim com se
segurasse minha preciosa vida.

— Sim, sim! — eu gritei no travesseiro.

Eu gritei quando a mão esquerda de Alec deixou meus quadris e agarrou


meu cabelo em seu lugar. Ele puxou meu cabelo, e trouxe a minha cabeça acima
do meu travesseiro e arqueou minhas costas.

Tão gostoso!

— Keela... você é incrível, gatinha.

O rosnado de Alec só aumentou meu prazer.

Eu apertei contra ele tão forte quanto podia e ele grunhiu e bateu na
minha bunda.

A picada inesperada me fez gritar, rapidamente encontrei meu rosto


empurrado de volta no travesseiro nem um segundo mais tarde.

— Seus gritos são meus, de ninguém mais.

Seus, meus gritos eram dele.

— Meu clitóris, me toque no clitóris. — gritei no travesseiro.

Alec abrandou suas estocadas quando ele deu a volta e colocou dois dedos
no meu clitóris e esfregou. Seu rosto estava ao meu ouvido, mordendo minha
orelha, inclinei minha cabeça para trás para ele.

— Rápido ou devagar? — Sussurrou.


Rápido.

Sempre rápido.

— Rápido! — ofeguei, em seguida, rosnei quando o ritmo dos dedos de


Alec alcançou o que eu ansiava.

Eu ofeguei debaixo dele, quanto mais rápido esfregou meu clitóris e


estocou em meu corpo, mais rápido ele me levou ao limite. Eu ofegava quando
comecei a cair sobre ele, os pulsos em meu clitóris vieram em sessões rápidas e
meu quadril automaticamente empurrei contra a pélvis de Alec.

Meus olhos rolaram, chupei meu lábio inferior em minha boca e me abati
sobre os dedos de Alec. Prendi a respiração então gritei quando todo o meu
corpo liberou em êxtase.

Sim!

Alec tirou os dedos do meu clitóris e diminuiu a estocada até que eu


recuperasse o meu fôlego.

— Oh meu Deus. — sussurrei.

Fechei os olhos e tomei algumas respirações profundas de relaxamento,


enquanto meu corpo voltava a vida. Minha cabeça estava leve quando me
aconcheguei em meu travesseiro. Tudo parecia perfeito. Em seguida, Alec
estocou para frente o mais forte que podia ganhando um suspiro surpreso de
mim.

— Eu ainda estou aqui, gatinha.

Caramba, eu mal podia ficar acordada!

— Não posso me mover. Estou muito cansada, eu...

— Temos que construir a sua resistência, gatinha.

Sim, nós podemos fazer isso depois que eu acordar.

— Está bem. — murmurei.


Alec riu e agarrou meus quadris puxando meu corpo de volta para ele. Ele
então colocou a mão na parte superior das minhas costas e arrastou as unhas
por todo o caminho desde o topo da minha espinha até a minha bunda e se isso
não doesse o suficiente, ele se inclinou e mordeu meu ombro.

Estilo gatinha.

Eu gritei e empurrei ficando de quatro.

— Fique assim enquanto eu a encontro, baby.

Alec girou seus quadris enquanto ele entrava e saía de mim, cada
movimento me fez estremecer.

Eu chiei quando Alec puxou de mim completamente, em seguida,


encheu-me com os dedos. Senti-me bem, mas eu não tinha ideia do que diabos
ele estava fazendo.

— O que você está fazendo? — perguntei

Meu corpo estremeceu quando o dedo de Alec acariciou uma parte de


mim que fez meus olhos rolarem.

— Oh meu Deus!

— Encontrei. — Alec sussurrou.

— Encontrou o quê? — eu gritei enquanto ele esfregava o dedo sobre o


ponto sensível novamente.

— Seu ponto G.

Eu nem sabia que ele estava procurando por ele.

— Continue fazendo isso. Oh, meu Deus!

Alec tirou os dedos de dentro de mim para meu desagrado.

Deitou-se de costas e acariciou suas coxas quando eu olhei para ele.


— Fique por cima, você vai se sentir cada curso melhor assim, eu
prometo.

Eu confiei nele enquanto lentamente me arrastei em cima de seu corpo.

— Você é lindo. — sussurrei quando olhei para o meu ponto de vista.

Alec olhou para mim enquanto colocava uma mão no meu quadril e a
outra no seu pau guiando-o no meu corpo. Ele mordeu o lábio inferior quando
me afundei em cima dele. Eu gemi e inclinei a cabeça para trás.

Cristo.

— É isso aí, gatinha... agora me foda.

Arrumei minha cabeça e olhei para Alec através dos meus olhos
semicerrados. Levantei meu corpo, em seguida, mergulhei de volta para baixo
fazendo seu corpo firme se contorcer sob o meu.

— Puta que pariu. — disse ele, em seguida, levantou os dois braços para
trás e segurou no topo da cabeceira da cama.

Eu caí em um ritmo rápido quando saltei sobre Alec. Ele estava certo,
cada estocada de seu pau dentro de mim tocou meu ponto G. Foi a minha alma
sendo destruída.

Eu estava no céu com essa sensação, mas também me perdi na confusão.

A sensação em meu núcleo era diferente do que senti quando eu


esfregava meu clitóris - parecia incrível, mas alucinante.

— O que você está fazendo comigo? — eu gemi.

Alec começou a estocar para cima encontrando o impulso para o impulso.

— Não se reprima. Estou perto, baby.

Cheguei para frente e agarrei o peito de Alec enquanto colocava toda a


minha energia para saltar sobre ele mais e mais rápido.
Muito mais rápido.

— Porra, sim! — ele rosnou.

Fui pega de surpresa pela vontade súbita de urinar, então,


completamente tomei de volta pelo pulsar que acumulou através do meu corpo.

— Alec! — eu gritei.

Alec rosnou quando eu parei de me mover. Sentou-se e agarrou o meu


corpo, então, nos virou, assim, eu estava debaixo dele, e ele estava pairando
sobre mim. Ele bateu entre as minhas coxas e enterrou o rosto no meu pescoço,
trancando os dentes em minha carne.

Minhas costas estavam arqueadas e minha boca aberta quando um


tsunami de prazer ondulou em todo meu corpo. Eu estava levemente consciente
do líquido esguichando de mim, mas não estava incomodada com isso e nem
Alec.

Ele deu mais três estocadas duras antes de se esticar e estremecer. Sua
pélvis ainda estava levemente, batendo contra mim. Foi só por mais alguns
instantes até que Alec retirou-se completamente.

Ele estava relaxado.

Tão relaxado que ele estava me esmagando.

— Não consigo respirar. — ofeguei.

Alec riu e rapidamente saiu do meu corpo para o espaço vazio ao meu
lado.

Reuni força suficiente para levantar a cabeça e olhar para mim.

— O que você está procurando? — Alec perguntou, sem fôlego.

Eu corei. — Eu senti como se tivesse que ir ao banheiro, e eu senti... você


sabe... alguma coisa esguichando.

Alec olhou para mim e riu da minha expressão facial.


— Você gozou. Literalmente. Você ejaculou, é perfeitamente normal
durante um orgasmo no ponto G.

Era?

— Oh, tudo bem. — sussurrei depois inclinei a cabeça para trás.

Deus Santo.

Tentei engolir, mas encontrei a minha boca muito seca.

— Você está bem? — Alec me perguntou.

Isso foi uma pergunta séria?

— Eu nunca me senti tão bem em toda me a vida, mas estou tão cansada.

Alec riu. — Feche os olhos, gatinha. Vá dormir.

E você sabe o quê? Eu fiz apenas isso.

Acordei algum tempo depois, ainda nua e ainda cansada.

Alec estava ao meu lado, despertado e jogando em seu telefone. Quando


ele viu que eu estava acordada e olhando para ele, ele colocou o telefone para
baixo e sorriu para mim.

— Olá linda.

Eu sorri.

— Ainda cansada?
Eu balancei a cabeça. — Meu corpo é a imagem do relaxamento.

Alec sorriu. — De nada.

Idiota.

Revirei os olhos, mas sorri.

Alec me cutucou. — Isso foi romântico, certo?

O quê?

— O sexo.

O sexo foi romântico?

— Me dizendo que você ia foder comigo como me odeia é quente, não


romântico.

Alec franziu a testa. — Eu pensei que tinha sido doce e romântico.

Sério?

— Você não pode ser doce e romântico, mesmo que você tentasse. —
afirmei.

Alec parecia ofendido. — Porra, eu também posso ser doce e romântico!

Eu bufei. — Prove!

Ele levantou uma sobrancelha e perguntou: — Agora?

Eu assenti. — Agora mesmo.

Alec mordeu o lábio inferior enquanto pensava, e eu me vi olhando para


os lábios que ele prendeu entre os dentes. Eu morri um pouco por dentro
quando percebi que estava com inveja desses dentes.

Havia algo de errado comigo se os dentes poderiam me fazer gozar.


Alec de repente pulou e estalou os dedos para chamar minha atenção. —
Eu tenho um poema que vai encantar sua calcinha39!

Calcinhas40, elas são chamados CALCINHAS!

Eu dei-lhe um olhar divertido. — Vá em frente, Romeu, vamos ouvi-lo.

Ele limpou a garganta e disse: — As rosas são vermelhas, violetas são


azuis; eu estou usando a minha mão, mas eu estou pensando em você.

Eu senti meu queixo cair aberto.

Eu não podia fazer nada, exceto olhar para ele em choque com o que ele
disse e em sua lógica de pensar que era doce e romântico. Alec pegou minha
expressão de forma errada e seu ego se inflou por causa disso. Ele se levantou e
espreguiçou antes de olhar de volta para mim. — Eu disse que eu poderia ser
doce e romântico. — ele disse presunçosamente então desfilou para o banheiro
como se fosse um modelo de passarela.

Eu o assisti andar e depois que ele foi embora da minha linha de visão me
permiti sorrir, um sorriso real. Eu ri e então balancei a cabeça, ele era a única
pessoa que pode obter um sorriso genuíno e riso de mim, então eu estava bem e
verdadeiramente fodida.

Cinco minutos se passaram até que Alec saiu do banheiro com uma
toalha enrolada na metade inferior. Havia gotas de água em todo o seu corpo,
mas ele estava mais preocupado em secar seu cabelo quando ele passou a
trabalhar nele com uma toalha.

Alec me pegou olhando para ele e piscou.

— Você ainda está em transe romântico do meu poema.

Oh, por faaa-vooor.

39
Panties em inglês EUA - calcinha.

40
Knickers em inglês britânico - calcinha.
— Esse ‘poema’ não foi romântico. Honestamente querido, você é tão
romântico como um pinguim.

Alec jogou a toalha que ele usou para secar o cabelo em mim, e eu peguei.

— Se eu fosse tão romântico como um pinguim, você estaria loucamente


apaixonada por mim.

Eu levantei minhas sobrancelhas. — O que você está falando?

— Você me comparou com um pinguim, dizendo que não sou romântico,


mas os pinguins são animais extremamente românticos.

Olhei para Alec perguntando se ele bateu com a cabeça, enquanto estava
no chuveiro.

— Você é uma pessoa estranha.

Alec balançou a cabeça, seu cabelo balançando de um lado para o outro


enquanto ele fazia isso.

— Não, eu estou falando sério. Pinguins são animais românticos.

Eu cruzei os braços sobre o peito e arqueei uma sobrancelha. — Explique.

Ele limpou a garganta e disse: — Pinguins só se apaixonam uma vez e


uma vez que eles se acasalam, é para a vida toda. Sem traição ou divórcio com
estes animais. Quando um pinguim macho se apaixona por um pinguim fêmea
ele vai procurar em toda a praia, viver até que ele encontre a pedra perfeita para
dar a ela. Ele só vai lhe dar o melhor, porque ela merece o melhor e ele sabe
disso. Se as pessoas fossem como pinguins, o mundo seria um lugar
completamente diferente. Um lugar melhor.

Eu olhei para ele com os olhos arregalados e murmurei: — Onde você


aprendeu isso?

Ele deu de ombros e disse: — No National Geographic Channel.

Engoli em seco. — Você gosta deste canal?


Ele acenou com a cabeça. — Sim, e do Discovery Channel e History
Channel... eu gosto de documentários.

Puta merda.

A necessidade de beijá-lo, de repente tomou conta de mim, e eu tive que


me pressionar contra a cabeceira da cama.

— Você é cheio de surpresas, você sabe disso? — eu sussurrei.

Alec sorriu. — Sim.

Olhei para longe dele e rolei para o meu lado para que pudesse levantar
da cama. Eu não sei por que, mas agarrei a toalha pequena que Alec jogou em
mim e segurei na minha frente. Ela cobriu meus seios e partes íntimas, mas o
resto da minha pele ainda estava a vista.

Alec inclinou a cabeça e cruzou os braços sobre o peito.

— Você está falando sério?

Dei de ombros.

— Eu estava dentro de você em menos de uma hora atrás, como você


pode estar tímida?

Dei de ombros novamente.

Alec riu, ergueu as mãos e cobriu os olhos.

— Fuja para o chuveiro, não vou olhar.

Duvidoso.

Eu andei para frente e me virei para o meu lado enquanto deslizava por
ele, quando me virei para entrar no banheiro eu gritei quando senti um tapa
pungente na minha bunda. Girei na direção de Alec e encarei.

Ele apenas sorriu. — Eu disse que não iria olhar, nunca disse que não te
daria um tapa.
Balancei a cabeça e escondi um sorriso quando me virei e entrei no
banheiro.

— Eu vi aquele sorriso, o que significa que você não pode ficar com raiva
de mim.

Revirei meus olhos.

Essa era à lógica masculina para você.

Cheguei ao chuveiro e liguei. Ele já estava aquecido do banho de Alec,


então eu pisei sob o spray e fiquei onde estava até que cada centímetro de mim
estava encharcado de água.

Lavei o cabelo duas vezes, antes de passar condicionador. Lavei o rosto e


corpo com gel de banho de Alec porque cheirava incrível, então continuei a ficar
sob o spray do chuveiro só porque ele era bom. Depois de alguns minutos de pé
sob o spray, desliguei o chuveiro, apertei o excesso de água do meu cabelo com
as mãos, em seguida, dei um passo para fora dos azulejos do box.

Peguei a única toalha restante do rack e enrolei-a em volta de mim. Eu


aconcheguei a ela, por um momento, em seguida, usei a toalha para secar-
me. Enquanto secava meu cabelo enrolei uma toalha em volta do meu corpo e
entrei no quarto.

Eu parei e olhei para Alec que estava vestido com camiseta e bermuda
azul marinho na altura dos joelhos. Ele tinha acabado de secar seu cabelo com
seu secador de cabelo.

Sim, ele tinha o seu próprio secador de cabelo.

— Por que você está vestido? — eu perguntei enquanto caminhava para o


guarda-roupa e separei uma camiseta e short que poderia usar na cama.

— Porque nós vamos à festa de boas-vindas.

Desculpe?
Virei-me para enfrentar Alec que agora estava amarrando o cabelo para
trás com um elástico.

— Vamos para a festa de boas-vindas.

— Não, nós fomos para o jantar de boas-vindas.

Eu fiz uma careta. — Eu pensei que você não queria estar perto de Marco
ou do me tio.

Alec engoliu em seco. — Eu não quero.

— Então nós podemos ficar aqui

— Não. — Alec atirou.

Eu pulei de susto.

Alec suspirou e se aproximou de mim colocando as mãos sobre meus


ombros. — Me desculpe, eu não queria assustar... eu não quero ir para a festa,
mas eu quero que você seja incluída em tudo.

Eu sorri. — Alec, eu quase não tenho contato com a minha família, estou
bem, realmente.

— Não, vamos nos divertir. Prometo.

Por que ele estava empurrando tanto?

— Você tem certeza? — perguntei.

Alec relaxou os ombros e disse: — Sim, é claro.

Algo não estava certo sobre isso.

— Tudo bem, então, vou me vestir. — murmurei.

Eu me virei e comecei a olhar através do guarda-roupa. Peguei um


vestido verde azulado do cabide que tinha experimentado antes e gostei. Peguei
um sutiã e uma calcinha e em seguida me dirigi para o banheiro. Suspirei
quando percebi que tinha que secar o meu cabelo, realmente não queria passar
por tudo isso de novo depois que levei uma eternidade para me preparar para o
jantar.

Eu gemi em aborrecimento.

— O que foi?

Olhei à minha esquerda, quando a porta do banheiro se abriu.

— Eu não quero secar o cabelo... estou cansada.

Alec riu. — Então, trance-o.

Revirei meus olhos. — Eu não posso fazer uma trança francesa em mim
mesmo, só em outras pessoas.

Alec encolheu os ombros. — Então, eu vou trançá-lo para você.

Eu olhei para ele com as sobrancelhas levantadas. — Você sabe como?

Alec sorriu. — Quando você está perto de Bronagh e Branna tempo


suficiente elas fazem você aprender essas coisas... além disso, eu gosto de
brincar com o cabelo de outras pessoas.

— Sim, mas só quando você está cansado.

Alec balançou as sobrancelhas. — Estou cansado.

Virei para longe e sorri.

— Eu sei que você está sorrindo quando você vira as costas assim, pare de
tentar escondê-lo. — Alec riu.

Eu continuei a sorrir quando escovei meus cabelos, apliquei meu


hidratante corporal de morango e me vesti. Deixei a toalha no cabelo até que ele
estivesse apenas úmido, então pulverizei um mix de frutas de verão no meu
cabelo para dar um cheiro agradável.

Voltei para o quarto com um elástico branco na mão e me sentei no chão


na frente de Alec, que estava sentado ao lado da cama.
— Você tem um pente? — perguntou ele.

Eu balancei minha cabeça.

— Sou legal, eu vou usar o meu.

Ele se inclinou e agarrou seu pente de cabelo, então cuidadosamente


penteou meu cabelo.

— Uma trança ou duas?

— Uma, por favor.

Ele então passou a trabalhar em fazer uma trança francesa, e na maioria


das vezes ele correu muito bem até que ele chegou à parte de trás do meu
pescoço.

— Ai, Alec!

— Eu sinto muito, mas tem que ser apertado.

Ele puxou meu cabelo mais uma vez eu gritei: — Ai!

Ele suspirou. — Quase pronto bebezão.

Eu cruzei os braços sobre o peito.

Você vai ver o bebezão, seu grande filho da puta.

— Voila. Tudo feito.

Eu levantei e coloquei minha mão sobre a minha cabeça, o cabelo estava


em uma trança francesa muito apertada, nem um único cabelo caía
solto. Levantei-me e fui para o banheiro verificar.

— Uau, bom trabalho.

— De nada. — Alec falou do quarto.


Eu sorri e comecei a trabalhar na minha maquiagem. Eu não queria usar
base, porque eu queria deixar a minha pele respirar desde que tinha pegado um
pouco de sol nos últimos dias.

Simplesmente coloquei um pouco de rímel, preenchi minhas


sobrancelhas e apliquei algum brilho labial. Eu debati sobre a possibilidade de
adicionar mais maquiagem quando eu me inclinei para o espelho.

Eu tinha um pouco de sardas claras salpicadas por cima do meu nariz, e


sob meus olhos.

Devo cobri-las?

— Droga. — murmurei e voltei para o quarto.

Alec estava mexendo em seu telefone enquanto estava deitado na cama.

— Eu preciso colocar base ou pó? — eu perguntei a ele.

Ele olhou para mim e balançou a cabeça. — Não, você está linda.

Meu estômago caiu em borboletas com seu elogio inesperado.

— Oh, muito obrigada.

Alec sorriu. — Por que você perguntou, afinal?

Inclinei-me e apontei para o meu nariz. — Eu tenho sardas no nariz e sob


os olhos do maldito sol.

Alec colocou o telefone no móvel e pegou meu rosto em suas mãos, em


seguida, beijou meu nariz e meus olhos agora fechados.

— Eu gosto delas, não as encubra.

— Tudo bem. — murmurei sentindo meu rosto ficar vermelho.

— Você está pronta para ir?

Eu suspirei, me afastei, em seguida, coloquei um par de sapatos de salto


preto.
— Sim, eu estou pronta para ir.

Alec levantou-se e olhou para mim, fazendo questão de me mostrar que


ainda era mais alto do que eu.

— Você pode andar nessas coisas? — perguntou ele.

Eu olhei para os meus pés depois de volta para o rosto de Alec.

— Vamos ver.
— E u não

posso andar nessas malditas coisas! — eu bati quando eu agarrei o braço de Alec
para me firmar pela terceira vez desde que deixamos o quarto de hotel.

Alec riu quando ele diminuiu o ritmo para combinar com o meu.

— Você quer subir e colocar os sapatos baixos? — perguntou ele.

Eu nunca iria admitir a derrota!

Eu balancei minha cabeça. — Não, eu vou ficar bem.

Alec bufou. — Apenas segure-se em mim.

O problema ia ser deixá-lo ir.

Alec e eu entramos no salão onde o jantar foi servido mais cedo e avistei
instantaneamente minha família no bar.

— Típico. — eu murmurei.

— O que é típico? — Alec perguntou quando eu agarrei seu braço e nos


conduzi para o bar.

— É onde minha família sempre acaba em fim de festas.

Alec riu. — Vocês são todos irlandeses, não espero nada menos.
Revirei os olhos, mas não disse nada.

— Keela!

Eu estampei um sorriso no meu rosto quando o rosto plastificado de


Everly veio à tona.

— Fique perto de mim, caso o contrário Everly falará aos seus ouvidos
sobre si mesma.

Alec não disse nada, ele apenas acenou com a cabeça.

— Querida, você está adorável.

Eu parecia adorável?

Foda-se, senhora.

— Obrigada Everly, você está bonita.

Everly me lançou um olhar frio antes de ela desviar os olhos para Alec e
sorrir.

Ela realmente sorriu.

— E quem é esse bonitão?

Aqui vamos nós.

— Este é Alec Slater, meu namorado. Alec, esta é minha tia Everly.

Titia do mal.

Everly estendeu a mão para Alec e ele a pegou em sua mão e levou à boca
e beijou-a.

Que porra foi essa?

— Everly. — ele murmurou. — Prazer em conhecê-la.

— E você Sr. Slater. — disse ela mantendo contato visual com ele - ela
sequer piscou uma vez.
Alec baixou a mão, em seguida, soltou-a. — Por favor, me chame de Alec.

Everly sorriu. — Alec.

Olhei entre Alec e Everly e senti como se soubessem algo que eu não
sabia.

— Posso oferecer a vocês uma bebida? — Everly nos perguntou, estalando


para fora de sua competição encarando Alec.

Tirei minhas mãos do braço de Alec com um puxão.

De repente eu estava brava com ele e eu não tinha ideia do por que.

— Não, eu posso pegar a minha sozinha, mas você pode pegar uma para
Alec. Ele adoraria isso.

Eu andei para frente, em seguida, para o bar e chamei a atenção do


barman.

— Vodka e Coca-Cola, por favor.

Senti uma mão nas minhas costas e depois uma respiração na minha
orelha alguns momentos mais tarde.

— O que foi isso?

Eu me virei para Alec que estava muito perto de mim.

— Me diz você.

Alec franziu a testa. — Eu não entendi.

Eu sim, isso apenas me bateu.

— Você flertou com a minha tia, bem na minha frente.

Alec piscou depois riu.

Seu riso me irritou.

— Vá se foder! — rosnei e virei de costas para ele.


Onde diabos estava a minha bebida?

Alec ainda estava rindo quando ele passou os braços em volta da minha
cintura e inclinou a cabeça para baixo para apoiar o queixo no meu ombro.

— Eu estava sendo educado, eu não estava flertando.

Que seja.

— Você beijou sua mão e olhou para ela como se a adorasse ou algo
assim.

Alec ficou em silêncio por um momento e depois beijou meu rosto. — Eu


adoro você, ninguém mais.

Eu bufei. — Certo.

Alec apertou sua virilha trás de mim e eu chiei.

Eu estava sensível e o bastardo sabia disso.

— Eu te adoro, gatinha, confie em mim.

Eu não respondi, mas eu animei quando o barman apareceu de repente


na minha frente. Eu, felizmente, tomei a bebida e pedi outra - era um bar aberto
depois de tudo.

— Keela. — Alec murmurou.

Virei-me para ele e olhei para cima. — Sim.

— Não fique bêbada por despeito, se você está irritada comigo vamos
conversar.

Eu ri. — É muito pretensão sua achar que eu iria ficar bêbada só porque
você me irritou.

Alec sorriu para mim. — Você irritou-se por pensar que eu flertei com sua
tia quando eu não fiz.

Imbecil.
— Eu posso não ser uma especialista como você quando se trata de sexo,
mas eu sei o que é flertar quando eu vejo isso.

Alec suspirou. — Nós só estamos aqui há cinco minutos e você já está


discutindo comigo.

— Porque você está sendo um imbecil.

— Eu não fiz nada.

— Continue dizendo isso amigo.

— Tudo bem, tudo bem, eu sinto muito por tudo o que eu fiz para
aborrecê-la.

Estreitei meus olhos. — Então você admite que você fez algo?

— Keela! O que você quer de mim? Eu digo uma coisa e você fica
chateada eu tento corrigir e você ficar ainda mais irritada. Você é tão confusa...
você deveria vir com a porra de um manual de instruções! — Alec rugiu.

Eu bufei. — Em que momento você já leu um manual de instruções?

Parecia que ele queria me estrangular. Ele respirou fundo e olhou para
longe de mim, então, até o teto.

— Deus, dai-me forças.

Virei à cabeça e fiz um movimento para sair, mas Alec não me deixou.

— Aonde você vai?

— Felicitar o noivo. — os olhos de Alec se estreitaram e seu rosto se


transformou em pedra.

Por que eu disse isso?

— Keela não me ameace, não vai funcionar em seu favor. Você me


entendeu?

Olhei para baixo.


O que eu disse foi um movimento idiota e eu sabia disso.

— Diga que você entende ou as coisas vão ficar ruins entre nós
rapidamente.

Merda.

— Entendo.

— Bom, eu não sou a merda de um idiota. Nunca tente me fazer ciúmes


com outro cara, porque só vai te machucar no final.

O que diabos isso significa?

— Como isso poderia me machucar?

Alec me deu um olhar mortal. — Porque eu não vou ficar por aqui para
uma merda como essa ser jogada na minha cara.

— Entendi. — eu murmurei.

Alec abaixou a cabeça para o meus lábios e me beijou. — Pare com isso.
Tivemos um dia incrível hoje, por favor, não estrague tudo discutindo.

Olhei para cima e assenti.

Ele estava certo.

Alec sorriu e beijou meus lábios mais uma vez.

Nós dois nos viramos quando meu tio Brandon veio até nós, Everly ao
lado dele.

— Eu disse que ela estava aqui.

Meu tio sorriu. — Eu não sabia que você voltaria.

Dei de ombros. — Eu não vinha, mas Alec me convenceu.

— Ele fez?
As coisas ficaram um pouco tensas, quando o meu tio e Alec encararam
um ao outro.

Eu não gostava da tensão, então me intrometi. — Vocês dois precisam


cortar o papo furado e fingir ser gentis com os outros. Isso fará com que a porra
desse encontro seja muito mais fácil.

— Keela! — Everly surtou.

— O quê?

— Você é uma moça, você não deve xingar. — disse ela em um tom
arrogante.

Eu sorri. — Você é uma puritana e você deveria cuidar da sua vida.

Everly olhou para mim. — Eu não sou uma puritana e só porque eu não
gosto de colocar palavrões em cada frase não me torne uma!

— Você é uma puritana se qualquer palavrão a incomoda, e você quer


saber por quê? Porque eles são exatamente isso, só palavras, Por exemplo,
‘porra’ não é uma palavra ruim e a única razão pela qual é considerado um
palavrão é porque a sociedade tende a marcá-la como um. Eu poderia chamá-la
de uma flor e dizer isso da melhor maneira possível, e terá o mesmo efeito que
um ‘palavrão’ porque eu estou colocando uma emoção por trás dele.

— Você é estúpida.

Dei de ombros. — Você é uma puta.

Alec cobriu seu rosto, enquanto meu tio cerrou seu maxilar.

— Keela Daley. — ele rosnou.

— Não diga o meu nome assim, eu tenho 23 anos de idade. Não uma
criança e eu não sou sua filha, então diga a ela para não me castigar.

— Vocês duas e Micah vão ser a minha maldita morte.

Eu suspirei, mas não pedi desculpa.


— Vamos cumprimentar mais pessoas, ainda temos muitas voltas para
dar.

Tio Brandon estreitou os olhos para mim. — Vamos continuar isso outra
hora.

— Mal posso esperar.

Ele suspirou quando Everly o levou embora.

— Cadela do caralho, eu não a suporto.

Alec não disse uma palavra quando ele pegou minha mão, em seguida,
levou-me para a pista de dança. Quando eu percebi o que ele tinha planejado.
Eu arregalei os olhos e tentei puxar de volta.

— Eu não posso dançar.

— Todo mundo pode dançar. — Alec sorriu.

Eu balancei minha cabeça. — Quer dizer, eu não posso dançar com outra
pessoa. Eu nunca dancei com outra pessoa... eu vou pisar em você ou algo
assim.

Alec se virou para mim e sorriu quando ele estendeu a mão.

— Dê a sua primeira dança para mim, gatinha.

Eu olhei para ele, hesitante em colocar minha mão na sua.

Ele sorriu para mim. — Eu prometo que vou ser gentil com você.

Oh, droga.

Como eu poderia recusar isso?

— Eu vou fazer um maldito show de mim mesma.

Alec riu. — Você não vai, eu tenho você.


Estava tocando uma música rápida, mas assim que entramos na pista de
dança ‘Rude’ de Magic! veio e Alec sorriu.

— Reggae. Bom. Nós podemos diminuir o grau de moagem.

O que diabos isso significa?

— Eu não sei como diminuir o grau de moagem.

Alec sorriu. — Vai ser um prazer mostrar-lhe, senhorita Daley.

Eu não poderia deixar de bufar, ele soava como um senhor que eu li nos
livros.

Cheguei perto de Alec, então, levantei as sobrancelhas quando ele me


virou de costas e puxou meu corpo para ele de volta contra o seu. Ele colocou a
boca no meu ouvido e disse: — Olhe para aquele casal.

Olhei para o casal que ele estava falando e arregalei os olhos para a garota
que estava moendo sua bunda contra a virilha de um sujeito, mas fazia isso
enquanto dançava na frente dele.

— Você acha que eu posso me mover desse jeito?

— Eu sei que você pode.

Ele tinha mais fé em mim do que eu mesma.

— Tudo bem, com certeza.

Alec riu e colocou as mãos em meus quadris e ligeiramente revirou sua


pélvis em minha bunda. Eu coloquei minhas mãos sobre as de Alec e copiei o
que a garota na minha frente estava fazendo. Ninguém parou e olhou, porque
todo mundo estava fazendo suas próprias coisas na pista de dança e eu
rapidamente caí em um ritmo confortável.

Sorri quando Alec cantou no meu ouvido o refrão da música.


— Why you gotta be so rude, don't you know I human too? What you
gotta be so rude? I'm gonna marry you anyway41.

Eu ri quando ele mudou a palavra ‘she’ para ‘you’.

Fechei os olhos e inclinei minha cabeça contra o peito de Alec enquanto


ele cantava no meu ouvido. Sua voz foi tão relaxante que se ele não fosse
cuidadoso, eu dormiria em pé.

Ele pareceu sentir isso, porque ele pegou minha mão direita e girou-me
para longe de seu corpo, então me puxou de volta para ele, para frente do meu
corpo ser pressionado contra o seu enquanto dançávamos balançando lado a
lado. Eu ri para ele, enquanto ele continuava a cantar a canção sem nenhuma
preocupação no mundo.

Ele agarrou minha mão para me girar de novo, mas desta vez não foi tão
bem, porque eu tropecei um pouco em meus calcanhares e bati nas costas de um
homem.

Foda-se.

— Eu sinto muito! — gritei e agarrei o braço do homem no caso de eu o


derrubar.

Felizmente o homem não caiu, ele realmente virou e riu para mim.

Eu parei e deixei meu queixo cair, este homem não só era mais alto que
eu, mas ele também era lindo... extremamente lindo.

— Está tudo bem menina bonita, você está bem? — perguntou ele.

Ele era outro americano, mas em vez de se concentrar em seu sotaque,


me concentrei no que ele disse.

41
Refrão da referida música: Por que você tem que ser tão rude, você não sabe que eu sou humano
também? Por que você tem que ser tão rude? Eu vou me casar com você de qualquer maneira.
Menina bonita?

Senti minhas bochechas corarem. — Sim, eu estou bem. Obrigada.

O homem sorriu e estendeu a mão. — Eu sou Dante Evans.

Engoli em seco e, lentamente, coloquei minha mão na de Dante. — Keela


Daley.

Seus olhos se iluminaram. — Ah, então você é a infame Keela Daley.

Infame?

— Por que infame? — perguntei.

O homem levou minha mão à boca e beijou meus dedos antes que ele
respondesse: — Você é aparentemente a razão pela qual meu garoto não está
mais no jogo.

O que ele está falando?

Eu puxei minha mão de volta de Dante e dei um passo para trás só para
bater em outra pessoa. Eu estava prestes a pedir desculpas até que senti mãos
deslizarem em torno de meus quadris me segurando no lugar.

Dante olhou para as mãos e olhou por cima da minha cabeça e sorriu.

— Falando do diabo.

O que estava acontecendo aqui?

Inclinei a cabeça para trás e olhei para Alec. — Você conhece este
homem? — perguntei.

Ele acenou com a cabeça e sem desviar o olhar de Dante, ele disse. — Ele
é um velho... colega.

Dos seus dias de acompanhante?

Eu olhei de volta para Dante quando ele riu. — Um velho colega... é tudo
o que eu sou para você?
Os dedos de Alec cavaram meus quadris enquanto ele rosnou: — Não faça
isso.

Olhei para Dante quando um sorriso mau, apareceu em seu rosto. — Oh,
isso é interessante... ela não sabe?

Eu franzi a testa. — Sabe o quê? — perguntei a Dante.

Alec de repente mudou-se e puxou-me para trás. — Eu vou te matar.

Dante riu. — Por dizer a sua garota quem você realmente é? Por que você
não disse a ela? Tem vergonha?

Eu podia sentir a raiva irradiar de Alec.

— Eu não tenho vergonha.

— Então, por que não dizer a ela?

— Porque eu só a conheci há alguns dias e nós nos demos bem pra


caralho. Isso não é algo que você solta sobre um parceiro.

Que diabos eles estavam falando?

Saí de trás de Alec ficando na frente dele. Eu agarrei sua camiseta na


minha mão e puxei para chamar sua atenção.

— O que está acontecendo? O que você está escondendo de mim?

Alec parecia nervoso, muito nervoso.

Dante riu atrás de nós. — Vá em frente Alec diga a ela, e enquanto você
está nisso diga-lhe quem eu sou para você.

— Foi. — Alec rosnou.

— Tudo bem, diga a ela quem eu fui para você.

— É melhor alguém me dizer alguma coisa, porque eu estou ficando


louca.
Alec olhou para mim e suspirou. — Eu sinto muito ter que fazer isso aqui,
eu tentei te dizer antes. — ele disse quando ele abaixou a voz. — Antes de
transarmos, mas você não quis ouvir.

Engoli em seco. — Você não tem uma DST, não é?

Usamos camisinha, mas eu ainda tinha o seu lixo na minha boca sem
uma!

Alec franziu a testa para mim enquanto Dante riu atrás de mim.

— Não, eu não tenho.

Graças a Deus.

— Então o que você tem a me dizer? Quem é Dante?

Alec lambeu os lábios e disse: — Dante costumava ser meu parceiro no


trabalho.

— Como assim?

Alec suspirou. — Podemos ir lá em cima e conversar?

— Não, eu quero falar aqui.

— Ok, tudo bem. — ele murmurou, mas pegou minha mão e me levou da
pista de dança para o outro lado da sala.

— Dante e eu... nós costumávamos estar envolvidos.

— Eu não entendo, como é que foram envolvi...

Eu me cortei e arregalei os olhos quando a realização me bateu e eu dei


um passo para trás. Alec começou a parecer angustiado, por isso, ele deu um
passo para frente e me segurou perto dele.

— Por favor, não pense de forma diferente de mim. Por favor, Keela.

Eu estava tão confusa.


— Alec, você é gay?
— O quê?

Não, eu não sou gay, por que eu estaria com você, se eu fosse gay?

Eu fiz uma careta. — Você poderia estar fingindo.

— Keela, eu não estou fingindo com você. Eu juro que eu não sou.

Eu balancei a cabeça. — Então, se você não é gay, então o que é?

Alec olhou para mim e disse: — Eu sou bissexual.

Oh, Deus.

Ele gosta de V e P.

Agora todas aquelas palavras aleatórias de seus irmãos sobre ele ser um
veado, seu trabalho com a variedade, e seu conhecimento especializado em
chupar faz sentido!

— Isso é apenas ganancioso. — eu murmurei.

Alec olhou para mim por um momento e depois riu, ele totalmente
riu. Muito.

— Você tem um dom, você pode transformar a conversa mais tensa para a
mais divertida.
Eu levemente sorri. — Eu sou abençoada.

Alec riu e beijou minha testa. — Você não está com nojo de mim?

Engoli em seco. — Nojo porque você gosta de homens e mulheres? Não,


claro que não. É por isso que você não me contou, porque você estava
preocupado que eu olhasse para você de forma diferente?

Alec deu de ombros. — Quando nos conhecemos você não começou me


falando que é hétero, então eu não iria começar falando que sou bissexual. Isso
não deveria importar.

— Não importa.

Alec sorriu. — Estou feliz que você pense assim... a maioria das pessoas
não é de aceitar, mas eu vou ser criticado por tudo o que faço, ou com quem eu
faça, então por que eu deveria dar uma merda? Estou contente e feliz com quem
eu sou. A opinião de ninguém mais importa.

Ele estava completamente certo.

— Eu não me importo que você seja bi... mas eu estou preocupada.

Alec franziu a testa. — Por quê?

Eu hesitei.

— Gatinha, por que você está preocupada?

Apenas cuspa!

— Você atravessa uma fase com qual gênero você prefere ficar mais? E se
você está na fase da vagina agora, mas amanhã começa a fase de pau e quer um
rapaz em vez de mim?

Alec deu uma gargalhada que eu pensei que era rude.

— Estou falando sério.

Alec riu ainda mais.


— Alec! — eu surtei e dei um soco em seu braço.

Ele não vacilou com o meu golpe, mas ele se acalmou o suficiente para
falar.

— Baby, eu estou com você, porque eu gosto de você. Claro que vou achar
que outros homens e mulheres são atraentes, mas isso não significa que eu
estou a ponto de deixá-la para ir pra cima deles. Quer dizer, se você acha que
algum outro cara é atraente você me deixaria só para ter uma chance com ele?

Eu balancei minha cabeça. — Não.

— Exatamente, isso funciona nos dois sentidos. Mesmo com bissexuais.

Eu balancei a cabeça, em seguida, o empurrei quando ele sorriu.

— Pare de me provocar, eu não sabia.

Alec inclinou a cabeça para baixo para a minha e beijou meus lábios.

— Você é fof...

— Eu vou quebrar você, se você terminar essa frase.

Alec riu e beijou minha boca arduamente.

Eu me afastei dele e perguntei ao acaso: — Como você decide qual o


gênero que você gosta no momento? Você joga uma moeda ou algo assim?

Alec riu. — Não, eu apenas vou para aquele que me atrai mais.

— Como você decide isso?

— Eu faço o que as vozes em minha cueca me dizem para fazer.

Espere, o quê?

— Você quer dizer as vozes em sua cabeça?

Alec sorriu. — Sim, as vozes na minha cabeça.

Franzi minhas sobrancelhas e olhei para ele.


Por que ele estava sorrindo para mim?

Ele estava me confundindo.

Espere.

Vozes em sua cueca.

Em sua cabeça.

A cabeça na cueca.

Engoli em seco. — Seu bastardo sujo!

Alec começou a rir e tentou me beijar novamente, mas eu distanciei.

— Por que você está beijando-me tanto, pervertido?

— Porque você é perfeita.

Revirei meus olhos.

Seus padrões de perfeição são chocantemente baixos.

— Tudo bem, agora que eu sei que sua sexualidade tem variedade, me
conte sobre sua variedade, especificamente Dante Evans.

Alec rosnou. — Eu não quero falar sobre ele.

Oh, ele iria falar.

— Ele está aqui e parece pensar que você não é mais que um
acompanhante para mim então comece a falar.

Alec resmungou. — Eu costumava dobrar equipe com determinados


clientes junto com Dante... e às vezes, quando estávamos por conta própria,
gostava de transar com ele.

Engoli em seco.

— Ele era seu namorado?


Alec balançou a cabeça. — Não, eu disse que você era a minha primeira...

— Primeira namorada, não é o primeiro parceiro.

Alec sorriu. — Você está um pouco esperta, mas de qualquer forma, você
é o meu primeiro parceiro. Dante era - e eu quero dizer isso - apenas uma
maneira de passar o tempo quando meu pau estava duro.

Ofeguei. — Alec! Isso não é legal.

Alec riu. — Desculpe, mãe.

Eu o empurrei. — Estou falando sério, você não pode usar pessoas assim.

— Ele me usou tanto quanto eu o usei, baby.

Eu ampliei meus olhos quando um pensamento me passou pela cabeça.

— Será que ele... hum...

— Ele o quê? — Alec perguntou curioso.

Eu corei. — Nada, não importa.

O rosto de Alec era o retrato da diversão.

— Não, me diga.

— Tudo bem. — eu murmurei. — Alguma vez ele te fodeu?

Alec ergueu as sobrancelhas. — Não, eu sempre fui o único a foder ele. Eu


sou um batedor, não um receptor.

— Oh, eu vejo.

Engoli nervosamente em seguida.

— Isso significa que você vai querer fazer isso comigo? Porque eu nunca
fiz isso antes, mas eu vou tentar isso, por você, se quiser.

O rosto de Alec se suavizou. — Você sabe que a maioria das mulheres


ficaria apavorada ou teriam ciúmes quando seu namorado revela que ele é
bissexual. Você se preocupa se eu quero foder sua bunda ou não, e me fala que
você tentaria, se eu quisesse.

Ele olhou cada centímetro do meu rosto.

— Deus, eu sou um bastardo sortudo.

Ele pegou meu rosto com força em suas mãos e cobriu minha boca com a
dele. Eu coloquei minhas mãos em seus bíceps e espremi enquanto o beijava de
volta. Eu me perdi em seu beijo, minha mente nublada com a necessidade dele.

Eu poderia beijá-lo para sempre.

— Arranjem um quarto.

Eu pulei e me afastei de Alec apenas para achar um Dante sorrindo ao


nosso lado.

Um pouco de privacidade, talvez?

— Vá embora, Dante.

Dante sorriu para Alec. — Isso não é maneira de tratar um velho amigo.

— Amigo? — Alec rosnou. — Nós nunca fomos amigos.

Dante suspirou. — Você está louco, porque eu estou aqui em um trabalho


ou por você não estar no trabalho comigo?

Dizer o que?

— Eu vou te dar dez segundos para ir embora. — Alec rosnou.

— Ele está lhe dando dez, mas eu estou lhe dando cinco. De o fora ou eu
vou colocar o meu pé na sua bunda.

Levei um segundo para perceber o que eu disse e para quem eu falei.

— E será uma bota cravejada que eu uso e isso não faria você se sentir
bem. — eu esclareci.
Dante começou a rir e até mesmo Alec tentou esconder um sorriso, mas
não conseguiu.

— Eu vejo porque você gosta dela. Pernas longas e uma boca inteligente,
você deve estar no céu.

Alec colocou o braço em volta de mim. — Eu estou, agora saia.

Dante sorriu. — Até amanhã.

Até amanhã?

Ele se virou e saiu, então, eu virei para Alec e perguntei: — O que tem
amanhã?

Alec engoliu, depois deu de ombros. — Provavelmente mais um jantar ou


festa que ele vai nos perseguir.

Eu ri. — Eu vou usar a bota cravejada para mantê-lo distante.

Alec riu e olhou para a nossa esquerda quando nossos nomes foram
chamados.

Foi Everly acenando para nós ao longo de uma grande mesa.

— Droga. — eu murmurei.

Alec me cutucou para frente até que eu comecei a andar. — Não vai ser
tão ruim assim.

Você não tem ideia.

À mesa estavam Everly, Micah, Krista, Koda, as irmãs Brennan e sua


mãe, a Sra. Bane, e algumas outras garotas que eu nunca conheci.

Alec era o único homem.

Eu sei que todo mundo já o conheceu, mas eu não sabia o que dizer então
eu o apresentei de novo.

— Todo mundo esse é Alec, Alec isso é todo mundo.


— Oi. — ele sorriu.

— Oooooi Alec. — todos em coro, sorrindo largamente para Alec.

Eu era invisível?

Suspirei e cutuquei Alec a sentar-se na única cadeira livre, eu me sentei


no colo dele e quis sorrir quando todas as mulheres na mesa olharam.

Até mesmo as casadas.

— Então, Alec, você tem irmãos? — perguntou Kerry Brennan.

Alec olhou para ela e balançou a cabeça. — Quatro.

— Eles se parecem com você? — perguntou Clare Brennan.

Alec riu. — Os gêmeos provavelmente se parecem mais comigo.

— Gêmeos? — múltiplas vozes ecoaram.

Alec assentiu, em seguida, pegou o seu telefone e bateu na tela algumas


vezes e o virou.

— Somos nós quando estávamos todos juntos, cerca de dois anos e meio
atrás.

Queixos caíram.

Eu murmurei para Alec. — Você pensaria que eram todos bonitos com o
jeito que elas estão.

Alec apertou minha coxa. — Cadela.

Eu ri em seguida, olhei para Micah que estava examinando as unhas.

— Existem festas planejadas ou qualquer coisa para amanhã?

Micah olhou para mim e balançou a cabeça. — Só mais uma festa amanhã
à noite.
Eu balancei a cabeça e olhei para o bar, eu queria outra bebida, então eu
me levantei.

— Você quer uma bebida? — perguntei a Alec.

Ele balançou a cabeça.

Dei de ombros, então eu pegaria para mim duas bebidas.

Virei-me e caminhei na direção do bar. Quando cheguei lá, eu tive que


esperar que os bartenders terminassem de servir as pessoas. Eu tinha a atenção
de um barman, e ele me pegou duas vodka e coca-cola.

Com minhas bebidas na mão, eu me virei e voltei para a mesa onde Alec
estava. Eu levantei minhas sobrancelhas quando eu voltei para a mesa e ouvi as
meninas falando.

— Eu quero um homem bom, como você sugere que eu consiga um? —


Krista franziu a testa.

O que diabos eles estavam falando?

— Se você quer um homem, e não a imagem perfeita de um homem que


você tem em sua cabeça, então você tem que abaixar seus padrões. — Alec deu
de ombros.

Krista franziu a testa. — Como faço para baixar meus padrões?

Alec sorriu. — Tequila.

Eu ri enquanto todas seguiam o conselho de Alec, literalmente, e fugiam


da mesa para o bar para pedir doses de tequila.

Olhei para Alec enquanto eu me sentei ao lado dele.

— Você provavelmente conseguiu uma transa para metade dos homens


aqui esta noite.

Alec sorriu. — Só estou fazendo a minha parte para ajudar meus


companheiros.
Eu ri e mudei a minha cadeira para mais perto dele e ele passou o braço
sobre as costas da minha cadeira e sorriu quando me virei para encará-lo.

— Por que você parece animada?

Eu sorri. — Porque eu quero te fazer uma pergunta.

— Manda bala.

— Se você pudesse dormir com qualquer homem no mundo, quem seria?

Alec olhou para mim antes de permitir que um sorriso enorme assumisse
seu rosto. — Por que você está animada para me perguntar isso?

Dei de ombros. — Para ver se nós temos o mesmo gosto para homens.

Alec riu, balançou a cabeça, em seguida, mordeu o lábio inferior


enquanto pensava sobre a minha pergunta.

— Jamie Dornan42.

Ofeguei e dei um tapa no ombro. — Oh meu Deus. Eu transaria com ele


também! Maldita boa escolha.

Alec parecia que estava prestes a cair na gargalhada, mas ele manteve sob
controle.

— E você? — ele me perguntou.

Eu coloquei meu cotovelo na mesa e meu queixo na minha mão enquanto


eu pensava.

— Pergunta difícil? — Alec sorriu.

— Há apenas um monte de homens famosos aptos que eu gostaria de


transar.

42
Ator, modelo e músico norte-irlandês, que interpretará Christian Grey, na adaptação cinematográfica
do romance best-seller.
Alec riu.

Eu estalei meus dedos. — Matt Bomer, mas então isso é meio estranho
porque Ryder é a cara dele.

Alec franziu o rosto em desgosto. — Que diabos, Keela? Você acaba de


arruinar Matt Bomer para mim!

Eu explodi em um ataque de risos.

— Foi mal.

Alec balançou a cabeça, em seguida, sorriu. — Se você pudesse ter


relações sexuais com qualquer mulher no mundo qual seria?

Inclinei a cabeça e sorri. — Você está errado se acha que esta me assusta.
Eu e Aideen temos uma lista de coisas a fazer com mulheres famosas que
transaríamos, se tivéssemos a chance.

Os olhos de Alec se arregalaram. — Uma lista de coisas a fazer?

Eu sorri.

— Cite algumas — Alec murmurou.

Limpei a garganta. — Emma Watson, Mila Kunis, Jennifer Aniston,


Jessica Alba, Miranda Kerr, Emma Stone, Alyssa Milano, Jennifer Lawrence,
Scarlett Johnson, Keely Cuoco, Sophia Bush...

— Eu disse cite algumas! — Alec riu.

Dei de ombros.

— Tem certeza que você é hetero? Porque isso é um inferno de uma lista
de foda.

Eu ri da expressão sombria de Alec então gritei quando ele chegou para


mim e me puxou para o seu colo.

— Eu quero te foder tanto agora. — Alec rosnou no meu ouvido.


Empurrei minhas costas na dele. — Porque eu listei algumas pessoas
famosas que eu teria transado?

— Eu tenho uma imagem na minha cabeça de você rolando com outra


mulher e ela me fez ficar duro pra caralho.

Eu mexi minha bunda por cima da ereção de Alec fazendo-o apertar meus
quadris ao ponto de dor.

Eu ri e peguei uma das minhas vodkas e coca, bebi em poucos goles.

Eu me virei para Alec e disse: — Se eu ficar bastante bêbada esta noite,


isso poderia acontecer.

— Sério? — Alec perguntou, com os olhos arregalados.

Eu assenti. — Se isso te faria feliz, então sim, poderia.

Alec engoliu em seco quando ele se inclinou e roçou seu nariz contra o
meu.

— Obrigada baby, mas eu não vou compartilhá-la com outro homem ou


mulher. Você é minha e eu não compartilho. Nunca.

Meu pulso disparou.

— Eu gosto disso. — murmurei, depois, inclinei a cabeça para baixo para


a sua e beijei-o levemente.

Eu pulei quando um flash saiu à minha direita.

Olhei para um fotógrafo envergonhado que deu de ombros e disse: —


Desculpe.

Ele virou e se afastou tirando fotos de outras pessoas ao longo do


caminho.

— Com quem eu falo sobre conseguir uma cópia disso?

Eu bufei. — Provavelmente minha tia... onde está ela, afinal?


Alec deu de ombros. — Ela foi para algum lugar com a mãe de Jason e a
outra mulher, quando você foi para o bar.

Estendi a mão para a minha terceira bebida, ou era a minha quarta?

Dei de ombros para mim, a peguei de qualquer maneira e tomei um gole


do líquido de gosto gostoso.

— Eu acho que você deve fazer uma pausa de beber.

Eu ri.

— Estou falando sério.

Eu ri novamente.

— Você pode fazer o que dizem a você? — Alec surtou.

Eu ri tanto que quase peidei.

— Eu não sou obediente então... não. — eu ri.

— Isso é errado.

Olhei para um Alec perturbado e perguntei: — O que é errado?

— Deus prometeu aos homens que mulheres obedientes seriam


encontradas em todos os cantos da Terra. Estive por toda a Terra, e eu falo que
isso é besteira! — Alec estalou quando ele olhou diretamente para mim.

Eu bufei. — Eu odeio cortar seu barato, mas Deus também fez a Terra
redonda, ele tem senso de humor.

Alec fez uma pausa e olhou para mim e depois para o céu. — Bem jogado
homem, bem jogado.

Eu ri novamente, em seguida, solucei.

Eu gritei quando a batida de ‘The Best’ de Tina Turner começou a tocar.

— Oh meu Deus, eu amo essa música!


Levantei-me e fui direto para a pista de dança sem Alec e quase quebrei o
pescoço no processo graças aos meus malditos saltos.

— You’re simply the best43! — eu gritei e deslizei meu caminho ao redor


da pista de dança.

Olhei para Alec que sorria largamente quando apontou o telefone na


minha direção. Eu não me importava e continuei a dançar sozinha. Eu gritei
quando o rosto de Micah apareceu na minha frente. Ela também estava
cantando a música e pulando, então eu me juntei a ela e achei hilário. Esqueci
que eu não podia suportá-la e agarrei a mão dela enquanto giramos e batemos
nas pessoas.

Olhei à minha esquerda, quando um flash disparou e notei que meu tio
Brandon estava instruindo o fotógrafo apontando para Micah e eu.

Ele parecia tão feliz.

Eu a puxei para perto de mim e por minha tontura me concentrei em seu


rosto.

— Eu não gosto de Jason e eu não gosto que você está casando com ele,
mas nós somos uma família, temos que entrar no melhor Mi.

Olhos de Micah vidraram e ela me puxou para um abraço.

— Eu te amo.

Eu a abracei de volta. — Eu também te amo, Mi. Você me deixa louca,


mas eu te amo.

Nós duas enxugamos os olhos e rimos enquanto nós continuamos a


dançar ao redor. Nós duas cantamos nossos corações e dançamos como tolas
quando ‘Gangnam Style’ soou por todo o salão. No meio da música eu tive que
parar porque eu estava cansada, eu olhei para Alec, mas ele não estava em nossa
mesa.

43
Trecho da referida música. ‘Você é simplesmente o melhor!’
Ele não estava em qualquer lugar para ser visto.

— Vou encontrar Alec! — gritei para Micah, que assentiu com a cabeça e
continuou a dançar ao redor.

Eu manobrei meu caminho em torno de pessoas que estavam dançando


até que eu estava livre da pista de dança. Eu tropecei um pouco o meu caminho
na direção da mesa que eu estava sentada antes de me levantar para
dançar. Cheguei à conclusão de que eu estava bêbada quando me sentei e ri de
mim.

Eu não sei quanto tempo eu estava sentada sozinha, mas eu bebi quatro
das bebidas que estavam sobre a mesa e isso só fez minha cabeça girar mais
rápido do que já estava. Eu finalmente coloquei meus braços sobre a mesa, em
seguida, descansei minha cabeça em meus braços.

— Keela, venha comigo.

Pisquei os olhos abertos e franzi a testa.

Eu conhecia aquela voz e eu sabia que eu não gostava.

Fechei os olhos. — Vá embora.

— Vamos lá, menina bonita.

— Que porra que eu te disse? Deixe-a em paz seu pedaço de merda. Você
está tentando pegar garotas em seu próprio casamento? Você não tem
vergonha?

Ouvi uma risada. — Eu estou em um relacionamento aberto com a minha


futura esposa, ela é legal com isso... eu não sei o que é vergonha homem.

Eu ouvi um grunhido em seguida um som ofegante.

— Seu b-bastardo.

— Eu fiz isso discretamente, mas se você quiser um chute na bunda mais


público, é só me avisar.
Mais ofegante.

— Tudo bem, p-pegue ela.

— Porra, eu pretendo.

Silêncio.

— Gatinha, você é um peso leve.

Eu sorri. — Alec.

— Estou aqui.

Me senti sendo movida, e de repente eu estava deitada em um corpo


rígido.

— Eu quero transar com você... de novo. — eu ri.

O corpo de Alec levemente vibrou quando ele riu.

— É melhor eu levá-la para a cama.

Eu ronronei. — Sim, por favor.

Alec riu quando ele se levantou e me levantou no ar. Houve muito


barulho pelos próximos minutos, em seguida, um silêncio repentino.

— Eu estou morta? — perguntei.

— Não, você está em um elevador.

— Você tem medo de elevadores.

Alec suspirou. — Eu sei, mas eu não vou te carregar quatro lances de


escadas.

Eu ri, e eu não sei por quê.

Ouvi um som de ping depois estávamos nos movendo novamente.

— Eu posso andar... veja.


Fiz minhas pernas andar.

— O que você está fazendo?

— Andando na vertical.

Alec riu. — Pitch Perfect44?

— Filme maravilhoso.

Alec murmurou para si mesmo enquanto ele lutava para abrir a nossa
porta do quarto, mas ele acabou por conseguir abrir. Ele entrou e me deitou na
nossa cama, quando ele estava perto o suficiente para fazê-lo. Senti meus saltos
escorregando dos meus pés e isso me fez gemer de prazer.

— Jogue os objetos do diabo no lixo!

— Não, você pode me machucar amanhã.

— O lixo eu digo. Faça o que te dizem, camponês.

Eu disse tudo isso com os olhos fechados enquanto eu estava deitada na


cama.

— Sim, Rainha Keela.

Eu ri.

Minha parte superior do corpo estava sentada na posição vertical, em


seguida, o meu vestido estava sendo tirado de meu corpo.

— Tire o meu sutiã.

— Sim, sua alteza.

Meu sutiã foi removido e como um peso morto, caí de volta no meu
travesseiro e gemi de prazer.

— Tenha seu caminho comigo, cavalariço.


44
Comédia musical, lançado em 2012.
— Oh meu Deus.

Espalhei-me para fora. — É a sua noite de sorte.

— Sim, senhora é... mas você tem certeza que quer se rebaixar com o
cavalariço?

Era riso o que eu ouvi?

— Sim, eu tenho certeza.

Isso era definitivamente riso.

Ouvi um barulho e depois a cama que eu estava mergulhou.

Eu rolei e me encontrei contra um corpo firme, abri os olhos e sorri para


a bela figura ao meu lado.

— Oi. — ele sorriu para mim.

Eu sorri. — Oi.

Ele afastou meu cabelo do meu rosto.

— Você vem sempre aqui? — eu perguntei e ele riu.

— Vá dormir, gatinha.

Gatinha?

A bela figura era Alec.

Meu Alec.

— Alec. — eu murmurei quando eu fechei meus olhos.

— Sim, senhora bonita?

Eu suspirei. — Eu te amo.

Silêncio.
Senti-me começar a cair quando uma voz sussurrou:

— Por favor, me perdoe.

Eu cantarolava enquanto eu caía mais fundo na escuridão.

— Não me odeie... ele está me obrigando a fazer isso.

O sussurro silenciou e desbotou em preto juntamente com todo o resto.


—A lec?

Eu chamei, mas sem resposta.

— Minha cabeça. — eu gemi.

O que aconteceu ontem à noite?

Não consigo me lembrar depois de ter recebido bebidas do barman e tê-


las bebido à mesa com Alec ao meu lado.

O que diabos eu bebi para ter essa dor de cabeça?

— Oh Jesus, por favor, tire a dor e eu nunca vou beber de novo.

Mais silêncio.

— Alec! — eu chamei.

Por favor, responda-me, eu preciso de analgésicos.

Eu preguiçosamente levantei minha mão para empurrar Alec, mas não


senti nada.

Abri os olhos e, em vez de um sorriso com covinhas bastante sexy para


mim, eu notei um pedaço de papel colocado no travesseiro de Alec. Eu gemi
quando eu peguei o pedaço de papel, em seguida, puxei mais para mim e abri.
Bom dia, linda, você estava desmaiada, quando acordei, então eu
decidi ir até a academia por algumas horas. Coloquei água e analgésicos no
armário que está ao seu lado. Tome dois comprimidos e beba muita água,
tenho certeza que você vai ter uma ressaca. Vá para o buffet no térreo e
tome um café da manhã quando você estiver pronta, te vejo mais tarde.

PS.: Você baba quando dorme.

Alec xx

Ele era um tesouro, bem como um imbecil.

Eu gemi e fechei os olhos quando rolei e sentei-me lentamente. Quando


eu tive certeza de que não entraria em colapso, abri meus olhos e alcancei meus
analgésicos e água. Eu engoli dois comprimidos e bebi três quartos do jarro
d´água.

— Hmmmm. Assim está melhor. — eu murmurei.

Eu olhei para baixo para mim e revirei os olhos quando notei que a única
peça de roupa que eu vestia era um par de calcinhas.

— Por favor, Deus, não me diga que eu me envergonhei ontem à noite. —


eu resmunguei.

Eu lentamente me levantei e como um zumbi, entrei no banheiro.

Eu estava cansada, mal cheirosa e tinha uma dor de cabeça assassina. Eu


precisava de um banho. Muito.

Liguei o chuveiro, então, depois de um momento tirei minha calcinha e


entrei no chuveiro. Passei um bom tempo esfregando todo meu corpo e meu
cabelo, então, passei ainda mais tempo em pé sob o jato do chuveiro. Eu não
sabia quanto tempo passei tomando banho, mas quando saí e me enrolei numa
toalha me senti muito melhor.
Eu me abaixei para pegar a minha calcinha suja, então olhei ao redor do
banheiro, estava um inferno de muito mais limpo do que quando saímos do
quarto ontem e as toalhas também foram trocadas.

Voltei para o quarto e joguei minha calcinha num saco plástico. Notei que
o quarto parecia mais limpo também.

Será que alguém entrou enquanto eu dormia e limpou?

Isso não foi legal!

Eu estava mortificada, no caso do pessoal da limpeza ter entrado e


limpado, enquanto eu estava fora dormindo e babando em cima da cama. Eu
procurei em torno por meu telefone e encontrei-o no chão, perto do guarda-
roupa. O peguei e ignorando minha caixa de voz quando abri a minha lista de
contatos. Encontrei o nome de Alec e liguei.

O telefone tocou duas vezes antes que tivesse uma resposta.

— Alô?

Ninguém me respondeu, mas eu podia ouvir conversas em segundo


plano.

— Olá, Alec? — falei mais alto.

Sem resposta.

O idiota deve ter batido para atender enquanto o telefone estava no bolso
ou algo assim. Eu estava prestes a desligar e ligar para ele de novo, quando ouvi
uma voz familiar... uma voz feminina familiar.

— Você tem certeza que ela vai descer para o café?

Everly?

— Eu não tenho certeza. — Alec respondeu a Everly.

— Bem, ligue para ela e descubra, eu não gostaria de ter um bota


chutando a minha bunda.
Dante?

Que porra estava acontecendo?

— Vou ligar para ela agora.

Entrei em pânico e desliguei a chamada com o Alec.

Meu estômago estava revirando.

Por que Alec estava com Everly e Dante, e por que eles estavam
perguntando se eu iria descer para o café da manhã?

Senti-me mal.

Eu pulei quando meu telefone tocou e o rosto de Alec apareceu na tela.

Eu respondi e esperei que ele não fosse perguntar onde eu estava.

— Alô?

— Ei baby, onde você está?

Engoli em seco e decidi mentir, apenas para ver o que ele diria.

— Descendo para pegar um pouco de comida... onde você está?

Por favor, não minta.

— Ainda na academia, eu vou terminar aqui logo em seguida, voltar para


o nosso quarto e tomar um banho, então eu vou acompanhá-la. Estarei ai em
cerca de uma hora... ok?

Meu Deus.

— Tudo bem. — eu sussurrei.

Silêncio.

Passou um longo tempo antes de Alec dizer: — Vejo você mais tarde,
gatinha.
— Sim, adeus.

Eu desliguei e cobri minha boca com as minhas mãos.

Eu rapidamente me levantei e corri para o guarda-roupa e peguei uma


calcinha, um sutiã, uma blusa de alças e shorts. Coloquei-os sem secar
totalmente o meu corpo. Eu estava tremendo quando peguei um elástico e
joguei meu cabelo molhado para cima em um coque desleixado.

O que estava acontecendo?

Minha mente chegou a uma conclusão, mas eu não acredito nisso.

Sentei-me na minha cama e esperei.

Se Alec viesse até aqui com Everly e Dante, eu não sabia o que eu faria.

Eu esperava que eu estivesse sendo paranoica que a conversa que ouvi


fosse algo diferente, mas as minhas esperanças e estômago caíram quando ouvi
vozes na minha porta do quarto de hotel!

— Oh, Jesus! — eu sussurrei e pulei para os meus pés.

Virei-me em um círculo procurando um lugar para me esconder, assim


que escutei o barulho da porta do quarto abrindo. O guarda-roupa era a única
coisa grande o suficiente no quarto para me esconder totalmente, assim, corri
para ele, abri as portas, entrei e gentilmente fechei-as atrás de mim.

Eu, instintivamente, agachei e cobri os olhos com as mãos. Não sei por
que eu fiz isso, eu sabia que se alguém abrisse as portas iria me ver claramente,
mas na minha cabeça não iria me ver se eu cobrisse os olhos - por isso o que fiz
foi cobrir meus olhos.

— Ela não está aqui.

Eu fiz uma careta ao ouvir a voz de Alec.

— É emocionante porque ela poderia voltar a qualquer momento... certo?


Eu cerrei minhas mãos em punhos ao redor dos meus olhos ao ouvir a
voz de Everly.

— Emocionante? Ela só poderia matar você e a mim, Everly. Isso é


arriscado, não é excitante.

Se eles iam fazer o que eu pensei que eles iam fazer, então Dante estava
certo, eu iria matar a todos.

Eu estava prestes a sair do armário e enfrentar os três, quando através


das rachaduras do guarda-roupa que eu vi Alec pegar a beirada da camiseta de
Dante e puxá-la sobre a sua cabeça, em seguida, livrar-se de sua própria
camiseta.

— Vamos acabar com isso.

Eu congelei e olhei para Alec por um momento e depois desviei os olhos


para Dante que estava olhando para Alec também, e eu quero
dizer realmente olhando para ele. Alec ergueu as sobrancelhas para Dante que
se aproximou dele e estendeu a mão com o dedo indicador e começou a traçar a
linha V de Alec com a ponta do dedo. Eu arregalei meus olhos e cobri minha
boca com as mãos, forçando para baixo um suspiro que estava prestes a escapar
da minha boca.

— Você vai me deixar tê-lo? — Dante perguntou a Alec.

Alec agarrou no dedo de Dante e trouxe-o para sua boca, ele passou a
língua sobre a ponta dos dedos antes de sugá-lo em sua boca. Quando Alec
soltou com um pop, Dante estava se inclinando em direção a ele, a cabeça
primeiro, quase como se estivesse balançando.

— Eu nunca faço isso. Nunca. Você sabe disso. — disse Alec, com seu tom
firme.

Dante gemeu. — Porém eu quero sua bunda.


Alec sorriu, suas covinhas em posição de sentido. — A única bunda que
está sendo fodida aqui é a sua e de Everly. Se você não quiser então pode sair.
Sem ressentimentos.

O quê?

Porra, o quê?

Minha cabeça latejava e eu não tinha certeza de que eu estava ouvindo


isso mesmo ou se era da minha ressaca.

— Não, eu não quero ir embora... estou dentro.

Eu curvei minha boca em desgosto para Dante, ele estava ofegante e


parecia quase desesperado por Alec e Alec gostou, seu rosto era presunçoso e
sua linguagem corporal indicava que ele amava a atenção que Dante estava lhe
dando. Eu sabia disso porque eu podia ver a ereção de Alec ressaltando sob seus
shorts.

Ele fez com que meu estômago revirasse.

— Bom garoto, agora tira. — disse Alec para Dante.

Alec desviou os olhos para Everly e arqueou a sobrancelha. — Você


também, minha senhora.

Oh, Deus.

Eu queria sair, sair deste quarto, mas eu não podia.

Eu não podia mover um músculo do meu corpo.

Eu abri as minhas mãos e bloqueei o que estava vendo, mas eu


rapidamente tive que fazer meus dedos de tampões quando ouvi um muito
satisfeito, gemido masculino. Não era Alec que estava gemendo, eu poderia
dizer isso.

Oh, por favor, não!


Eu desejava ficar com meus olhos fechados, porque quando eu abri e vi
Alec de joelhos com o pau de Dante em sua boca eu queria ter vomitado em
todos os lugares. Virei meus olhos para longe do que Alec estava fazendo e
encontrei uma Everly nua de joelhos na cama pressionada contra a parte
superior do corpo de Dante enquanto ela o beijava.

Eu desviei o olhar, completamente enojada.

Fechei os olhos e mantive meus ouvidos tampados com meus


dedos. Depois que alguns minutos se passaram abri meus olhos e um gemido
silencioso atravessou todo meu corpo.

Everly estava de costas, com as pernas espalhadas com o rosto de Dante


enterrado entre elas, enquanto Alec estava atrás de Dante enquanto empurrava
dentro e fora de seu corpo. Eu me forcei a não olhar para onde Alec se tornava
um só com Dante - eu não conseguia nem olhar para Everly e Dante -
novamente eu fechei os olhos.

Por que ele estava fazendo isso?

Alec estava me traindo... ele realmente estava me traindo, com a minha


tia e seu ex-amigo de foda, nada menos.

Não sei quanto tempo se passou até que eu abri meus olhos novamente. A
imagem foi ainda mais de virar meu estômago do que a anterior, porque Alec
estava agora entre as pernas de Everly, enquanto Dante pairava sobre seu rosto,
empurrando dentro e fora de sua boca.

Forcei meus olhos fechados e engoli a bile que subiu pela minha
garganta.

Mordi meu lábio inferior quando eu comecei a tremer e as lágrimas


começaram a cair dos meus olhos. Eu mantive meus olhos fechados e os ouvidos
tampados por muito tempo. Eu só abri meus olhos quando senti uma vibração.

Abri os olhos e através das minhas lágrimas eu podia ver que apenas Alec
estava na cama, Everly e Dante tinham ido embora. Alec ainda estava sem
camisa, mas agora ele tinha colocado os shorts.
Ele estava sentado na beira da cama com a cabeça baixa, mas ele falou, o
que fez com que meus olhos se arregalassem.

— Você pode sair, Keela... eu sei que você está aí.


E le sabia que eu

estava no guarda-roupa.

Sabia?

Eu abri a porta com um chute e me esforcei para ficar em pé, porque


alfinetadas e agulhadas atacaram minhas pernas depois de ficar em uma posição
curvada e abaixada por tanto tempo.

— Você sabia que eu estava lá o tempo todo e ainda assim você...

Eu não consegui nem mesmo dizer.

— Sinto muito.

Ele sentia muito?

Andei para frente, fechei a mão em um punho e balancei. Meu punho


atingiu o rosto de Alec e sua cabeça foi forçada para a esquerda com um estalo
alto.

Eu puxei minha mão para trás e Alec olhou para frente novamente, mas
não se moveu para me parar.

Eu dei um tapa no rosto dele com a mão esquerda, em seguida,


novamente, com a direita.
Ele ainda não se mexeu para me parar e eu desejava que ele o fizesse.

Eu usei as duas mãos para empurrá-lo no peito tão forte quanto eu podia.

— Te odeio! — eu gritei quando eu dei um tapa no peito dele. — Eu te


odeio! Eu te odeio! Eu te odeio!

Senti as lágrimas fluírem pelo meu rosto.

— O que eu fiz? — chorei. — O que eu fiz, merda?

Alec engoliu, mas não disse nada.

— Por que, Alec? Por que?

Ele estava frio.

— Por que você faria isso comigo?

Ele permaneceu em silêncio.

— Eu não te conheço de jeito nenhum. — eu sussurrei.

Fiquei olhando para ele por um longo momento antes de me virar.

— Keela?

Eu não conseguia olhar para ele, quando eu andei trêmula até meu
armário e peguei minha mala que estava no chão.

— Keela, eu sinto muito.

Fiquei surpresa quando a risada escapou da minha boca.

— Não, você não sente.

Ouvi-o se mover e quando o senti atrás de mim, meu pulso não parou,
nem minha respiração acelerou... meu estômago revirou em repulsa.

— Você me dá nojo.

Ouvi sua ingestão aguda da respiração.


— Por favor. — ele sussurrou.

— Eu não quero ficar perto de você. Eu não quero ficar na mesma


vizinhança do que você... você faz a minha pele arrepiar. — eu cuspi.

Ouvi-o dar alguns passos para trás.

— Keela, por favor.

Engoli em seco e não iria me permitir sentir alguma simpatia por ele, ele
era o único errado aqui, não eu.

— Eu quero que você saia.

Silêncio.

— O que?

Ele era surdo?

— Eu quero que você saia. Vá até o bar, volte para a Irlanda, para onde
quer que diabos você queira ir, apenas fique longe de mim.

Ele não se moveu.

Eu apertei as alças de minha bolsa.

— Alec, por favor, deixe-me.

Ele ainda não se mexeu.

Eu me virei para encará-lo e olhei para ele, sem sentir nada, exceto raiva
e traição.

— O que você ainda está fazendo aqui? Cai fora!

Alec piscou, então, lentamente, acenou com a cabeça.

Ele cegamente caminhou até sua mala e pegou uma camiseta, em


seguida, colocou sobre a cabeça e enfiou os pés em um chinelo. Eu entorpecida
assisti toda a sua ação com um olhar indiferente.
— Você vai estar aqui quando eu voltar?

Depende de quanto tempo levar para eu fazer as malas.

— Eu não quero que você volte. Eu não quero vê-lo nunca mais.

Alec engoliu. — Mas...

— Mas? Não há nenhuma porra de ‘mas’! Não há nada, você está me


ouvindo? Nada!

Alec encolheu como se eu tivesse o golpeado novamente.

Virei as costas para ele, porque eu sabia que eu estava prestes a chorar e
eu me recusava a deixá-lo ver.

Ouvi seus passos lentos se afastarem de mim, em seguida, a porta se


abriu e fechou, mas em vez de romper em lágrimas, eu me virei para a esquerda
e vi sua mala. Com uma onda de indignação, eu corri até a mala e peguei um
punhado de roupas de Alec, então eu joguei ao redor do quarto em um acesso de
raiva.

Eu tropecei em meus próprios pés e caí no chão. Meu telefone pousou ao


meu lado no chão, então eu o peguei e disquei o número de Aideen. Eu tentei
seis vezes, mas ela nunca atendeu. Eu joguei meu celular na cama e eu fiquei no
chão enquanto onda após onda de soluços colidiu por meu corpo. Eu fiquei lá no
chão e chorei até que não houvesse mais lágrimas no meu corpo.

Eu odiava Alec Slater.

Odiava.
E u não reagi quando a

porta do quarto do hotel abriu então fechou, uma hora depois.

Ouvi passos lentos, em seguida, uma inspiração profunda.

— Keela, podemos conversar, por favor? Preciso explicar. Você precisa


saber... espere, o que você está fazendo?

Eu sorri enquanto eu continuava a arrumar minha mala.

Isso deve ser bom.

— Como você pode explicar foder a madrasta da minha prima, e seu ex-
amigo de foda, ou devo dizer seu amigo de foda muito atual?

Eu empurrei minhas roupas na minha mala, de repente, não me


importando com nada ficando apresentável ou arrumado.

— Keela, o que você está fazendo? — Alec perguntou atrás de mim.

Eu ri. — Eu estou esperando você explicar o que eu testemunhei esta


manhã.

Eu pulei de susto quando de repente fui agarrada por trás, e virada em


direção à porta do quarto do hotel. Alec me soltou quando eu arranhei a parte
de trás das suas mãos com as minhas unhas.
Eu girei e apontei o dedo para ele. — Não se atreva a me tocar. Está me
ouvindo? Você me dá nojo!

Alec não parecia bravo ou com raiva de alguma maneira... ele realmente
parecia extremamente calmo.

Bom, pelo menos um de nós estava.

— Me desculpe, mas eu preciso que você se concentre em mim para que


possamos conversar.

Eu joguei minhas mãos no ar e gritei: — Alguma vez te ocorreu que talvez


eu não queira falar com você, Alec? Alguma vez te ocorreu que eu não quero ter
porra nenhuma a ver com você?

Alec engoliu em seco. — Eu entendo que você está chateada e você tem
todo o direito de estar...

— Chateada? Você acha que eu estou chateada? Não, eu não estou


chateada porque estar chateada significaria que eu realmente me importo, e eu
não! Eu não me importo porra nenhuma com você ou em quem você coloca seu
pau!

O maxilar de Alec cerrou. — Você não está fazendo nenhum favor a si


mesma ficando irritada, Keela. Você só vai dizer coisas que você se arrepende.

Eu ri sem humor. — Obrigada por isso Doctor Phil45 do caralho, mas


confie em mim, eu acho que tirar algumas coisas do meu peito vai me fazer
sentir dez vezes melhor!

Alec deu um passo adiante. — Keela, eu estou dizendo para você frear
isso. Agora.

Como ele ousa me dizer o que fazer, porra!

45
Psicólogo dos Unidos que se tornou conhecido do grande público ao participar nos programas
de Winfrey como consultor de comportamento e relações humanas. É conhecido por Dr. Phil.
Corri para frente e empurrei o seu peito tão forte quanto eu poderia com
as minhas duas mãos.

— Você não pode me dizer o que fazer, seu traidor babaca! — eu gritei.

Eu estava tão brava com Alec. Eu estava furiosa, mas o que me irritava
ainda mais era que ele mal se moveu um centímetro, e eu o empurrei tão forte
quanto eu podia.

Porra de homem tanque!

— Eu não te traí por vontade própria, Keela! Será que você vai me ouvir,
caralho?

Ele não me traiu por vontade própria?

— Eu sinto muito, a minha tia ou seu menino brinquedo


forçaram fisicamente o seu pênis para dentro dos seus corpos? Estou achando
difícil de acreditar já que você estava duro fodendo ambos!

A imagem dos três na cama inundou minha mente.

Alec ergueu as mãos e correu-as através de seu cabelo. — Eu não quis


dizer isso, eu quis dizer...

— Não, não, deixe-me terminar. Acho isso muito interessante. Você diz
que não me traiu por vontade própria, ainda assim você estava duro quando
penetrou minha tia e seu menino brinquedo. Estou falhando em ver como nada
disso foi feito por vontade própria, a menos que a gravidade de alguma forma
falhou com você, e seu pau só aconteceu de cair dentro dos corpos deles. Na
verdade, eu acho que eu vi algo assim no Discovery Channel...

— Eu não te acho divertida! — Alec me cortou com um grunhido.

Eu ri. — Sério? Eu me acho muito hilária. Não é surpresa que você não
me ache divertida já que você parece ter prazer em foder pessoas, que estão
fodendo outras.
Alec esfregou o rosto. — Eu não posso conversar com você quando você
está assim.

— Então, saia, dê o fora, cacete. Eu disse para não voltar aqui de qualquer
maneira.

Alec suspirou e balançou a cabeça. — Tudo bem, mas eu vou voltar em


algumas horas quando você se acalmar. Nós realmente precisamos conversar,
você não sabe a história completa.

— Eu tenho certeza que não sei. — eu disse e empurrei por Alec e voltei a
fazer a minha mala.

Alec permaneceu atrás de mim por um minuto inteiro em silêncio antes


de suspirar e sair fechando a porta suavemente atrás dele. Acho que consegui
uns dois minutos antes das lágrimas deixarem os meus olhos e derramarem pelo
meu rosto novamente.

Eu furiosamente limpei meu rosto, mas as lágrimas continuavam vindo.

— Pare de chorar. — eu respirei e cobri ambos os meus olhos com as


mãos.

Ele não merece suas lágrimas.

Limpei meus olhos, exalei um grande fôlego e me apressei em arrumar


minhas roupas na minha mala. De vez em quando, conforme uma lágrima caía
dos meus olhos, eu fazia questão de enxugá-la tão rápido quanto caiu.

Isso era culpa minha.

Eu sabia muito bem no que estava me metendo quando eu pedi a Alec


para vir ao casamento, e eu estava plenamente consciente que namorar com ele
de verdade era uma ideia estúpida. Esta situação só provava o quão correta e
idiota eu era.

Quer dizer, nós estávamos namorando há dois dias antes dele escorregar
seu pau primeiro na vagina de outra mulher... bem como na bunda de um
homem. Estremeci com nojo só de pensar em Alec com Dante. Eu não era homo
fóbica, eu sabia que não era, e vê-lo com Everly me deixou tão mal quanto ele
estar com Dante.

— Você só o conhece a alguns dias malditos, o que você espera?


Você não o conhece. — eu disse para mim mesma.

Eu odiava que dizer isso em voz alta me chateava mais uma vez, porque
mesmo que tivessem sido apenas alguns dias com ele, eu achava que conhecia
Alec... ou o conhecia suficiente para confiar nele.

De qualquer maneira eu estava errada.

Muito errada.

Eu vim para o casamento do cara que me fodeu, só para me foder de novo


no dito casamento pelo meu namorado, que era para deixar o cara que me fodeu
com ciúmes. Isso explodiu na minha cara, grande momento.

Mais ou menos vinte minutos se passaram quando finalmente consegui


todos os meus pertences dentro da minha mala.

— Graças a Deus. — eu murmurei.

Eu fiz uma careta quando ouvi uma batida na porta do quarto do hotel.

Eu pensei que Alec disse que iria me dar algumas horas para me acalmar?

— Vá embora, Alec. Eu não quero falar...

— Não é o Alec.

Eu arregalei meus olhos.

Tio Brandon?

Eu caminhei até a porta, olhei pelo olho mágico e quando vi que era o
meu tio Brandon, eu abri a porta.

— Ei. — eu disse, forçando um sorriso.


Ele sorriu para mim. — Ei, querida... posso entrar? Preciso falar com
você.

Ele precisava?

— Ah, claro, entre. Desculpe a bagunça, as coisas de Alec estão em toda


parte.

Sim, porque você as jogou por todo o quarto como uma louca.

— Não se preocupe com isso.

Fechei a porta depois que meu tio Brandon entrou no quarto. Sentei-me
na cama enquanto ele se sentou na cadeira confortável no canto.

— Então, o que está acontecendo? — eu perguntei e nervosamente


brinquei com os meus dedos.

— Por que a sua mala está em sua cama... e embalada, pelo jeito das
coisas?

Olhei para a minha mala perto de mim e senti meus ombros caírem.

— Eu estou indo para casa hoje.

Olhei para o meu tio e esperava que ele ficasse chocado que eu estivesse
perdendo o casamento de Micah, ou pelo menos bravo, mas ele não estava. Ele
parecia... compreensivo.

— Eu não culpo você.

O que... eu... apenas... O que?

— Desculpe?

Tio Brandon sorriu. — Eu disse que eu não culpo você. Eu estaria em um


avião voltando para casa agora, se eu fosse você.

Que. Porra. É. Essa?

— Tio... o que você está falando?


Tio Brandon fez uma careta. — Everly me contou sobre o que aconteceu
esta manhã.

Eu escolhi esse momento e hora para me sentir humilhada.

— Ela contou? — murmurei.

— Sim, e já que ela não teve a minha permissão, ela será severamente
punida por isso. Você tem a minha palavra.

Eu arregalei meus olhos para as pontadas de dor.

— Permissão?

Tio Brandon suspirou. — É por isso que eu queria que aquele rapaz fosse
para casa, antes que pudesse causar qualquer dano. A razão de eu conhecer Alec
Slater é porque eu o pagava pelo seu tempo e pelo tempo de Dante para entreter
Everly quando eu estava muito ocupado, quando íamos à viagem de negócios.

— O que? — eu sussurrei.

— Eu tenho receio que seja verdade.

Eles ficaram juntos mais de uma vez?

— É por isso que eles agiram estranhos quando eu os apresentei. Eles já


se conheciam... muito bem. Estou passando mal.

— Desculpe, querida, como eu disse antes, ela vai ser punida por isso.

— Ela vai?

— Sim, eu vou pessoalmente assegurar que ela sinta muito por machucar
você.

Uau.

— O que você vai fazer com ela? — perguntei.

Tio Brandon sorriu e me deu arrepios.


— Deixe que eu me preocupe com isso, querida.

Oh Cristo.

— Você não vai matá-la, não é? Eu odeio a mulher, mas eu não quero que
ela morra!

Tio Brandon olhou para mim por um longo momento antes de cair na
gargalhada. Eu caí de volta com alívio, então peguei um travesseiro e joguei no
meu tio, que o pegou.

— Você deveria ter visto a sua cara!

Eu rosnei. — Isso não é engraçado! Eu sei que você está em alguma


merda obscura, então assassinato obviamente passou pela minha mente.

Meu tio Brandon jogou o travesseiro de volta para mim e inclinou a


cabeça para o lado.

— Quais são os meus negócios, Keela?

Encolhi os ombros. — Eu não sei, mas se você está envolvido com Marco
Miles, não podem ser bons.

Tio Brandon pareceu curioso. — Alec disse a você sobre Marco?

Mordi meu lábio inferior e balancei a cabeça. — Sim, mas ele não entrou
em muitos detalhes. Ele me disse o tipo de ‘negócio’ que Marco gerencia e
algumas coisas que os irmãos costumavam fazer.

Tio Brandon suspirou. — Você vai ficar feliz em saber que eu não tenho o
meu pé nos círculos sexuais ou cartéis de armas.

Isso realmente me deixou feliz, mas só um pouco.

— E drogas?

Tio Brandon sorriu. — Eu estou envolvido com elas.


Engoli em seco. — Tio Brandon, isso é contra a lei! E se você for para a
prisão?

Meu tio riu. — Querida, eu faço isso desde antes de você nascer. Eu sou
um homem poderoso, a prisão não está nas minhas cartas. Confie em mim.

Meu tio era um traficante de drogas!

— Oh meu Deus. — eu sussurrei.

— Você entende por que eu mantive você e Micah fora dessa parte da
minha vida, não é?

Eu balancei a cabeça. — Sim, eu entendo, mas ainda assim... eu sinto


como se não te conhecesse mais.

Tio Brandon franziu a testa e se inclinou para frente em sua cadeira. —


Eu ainda sou seu tio Keela, e eu te amo. Você é muito importante para mim,
como uma filha.

Senti meus olhos se encherem de lágrimas, então eu rapidamente olhei


para baixo.

— Eu também te amo.

— E porque você é tão importante para mim e, a fim de mantê-la fora do


caminho do mal, eu quero que você faça algo para mim. Tudo bem?

Olhei para cima e enxuguei as lágrimas que caíam dos meus olhos.

— O que você quer que eu faça? — perguntei.

Tio Brandon me olhou nos olhos e disse: — Fique longe de Alec Slater e
seus irmãos, está bem?

Franzi minhas sobrancelhas em confusão. — Eu não planejo nem mesmo


falar com Alec de novo, mas por que eu tenho que ficar longe dos seus irmãos?
Eles são legais, uma amiga próxima de Aideen está namorando o irmão mais
velho, então eu acabaria por encontrar com um deles...
— Keela. — meu tio me cortou. — Você vai ficar longe dos irmãos Slater,
você me entendeu?

Que diabos?

Estreitei meus olhos. — O que você vai fazer se eu não ficar?

Tio Brandon sentou para frente e estreitou os olhos antes que ele
sussurrasse: — Eu vou matá-los.
E u senti como se

tivesse levado um chute no estômago, porque o ar, de repente, foi eliminado de


mim.

— Não me teste Keela, você vai ficar longe dessa família. Você está
colocando a si mesma e eles em perigo, porque se qualquer coisa acontecer com
você eu vou matar todos.

Eu ia passar mal.

— Eu não posso acreditar que você está dizendo isso agora. — eu disse,
então agarrei meu estômago, enquanto comecei a levantar.

— Porra. — Tio Brandon disse quando ele levantou e agarrou-me pelo


braço.

Ele me levantou e me levou até o banheiro, onde eu vomitei no vaso por


um minuto inteiro. Eu ainda estava ofegante, mas nada estava vindo mais, então
eu peguei algum lenço e limpei a minha boca.

— Existe mais alguma coisa que eu deva saber sobre esta família? Eu não
tenho um irmão secreto que mata pessoas para viver, tenho?

Tio Brandon riu quando ele me ajudou a levantar. — Eu sou tão


criminoso quanto você pode entender, querida.
Eu balancei minha cabeça. — Como eu poderia não ter tido uma ideia de
que você estava em algo tão... ilegal?

Tio Brandon tirou o cabelo do meu rosto. — Porque foi escondido de


você. Eu não sou conhecido como Brandon Daley a menos que seja com a
família, ou outros chefes. Todo mundo envolvido no negócio me conhece apenas
como Brandy.

Eu bufei porque a cantora pop Brandy surgiu na minha cabeça.

— Você acha isso engraçado?

Eu ri. — Acho essa merda hilária, quer dizer, meu tio é um gangster.

Tio Brandon se encolheu. — Eu prefiro o termo homem de negócios.

Eu ri novamente, muito.

Tio Brandon coçou a cabeça e me levou para fora do banheiro.

— Você quer o próximo voo para casa, eu presumo?

Olhei para cima e balancei a cabeça. — Sim, eu tenho que sair daqui.

Tio Brandon assentiu então pegou seu telefone, bateu na tela e o colocou
em seu ouvido. — Tarde, Andrea, preciso do próximo voo das Bahamas para
Dublin... três horas? Perfeito. Reserve-o para Keela Daley e coloque-a na classe
executiva. Passe fax da reserva para o meu hotel.

Quando o tio Brandon desligou, ele se virou para mim e sorriu. — Tudo
pronto.

Eu fiquei boquiaberta com ele. — Simples assim?

Ele acenou com a cabeça. — Simples assim.

Eu olhei para ele. —Andrea é forçada a trabalhar para você? Ela é uma
espécie de prisioneira?
Tio Brandon olhou para mim, com diversão brilhando em seus olhos
cinzentos. — Andrea é só minha assistente, Keela.

Eu levantei minha sobrancelha. — Para o seu negócio obscuro, ou o seu


negócio legítimo?

Tio Brandon riu. — Os dois.

Foda-se.

— Eu gosto de Andrea! Como pode alguém tão doce, de bom grado


trabalhar com um criminoso?

— Porque eu sou um bom criminoso... e eu a pago bem.

Ah!

— Eu não posso acreditar nisso.

Tio Brandon não disse nada e do nada, comecei a chorar.

— Menina.

— Sinto muito. — eu gemi. — Mas meu n-namorado me traiu com minha


tia e seu parceiro de acompanhante. Então você me diz que está em alguma
merda s-sombria, Aideen não atende o t-telefone e eu realmente s-sinto falta de
Storm. Este é o pior dia da minha vida i-inteira.

Meu tio ficou em silêncio e eu não conseguia parar de falar.

— Por que ele fez isso c-comigo? O que eu fiz de errado?

Peguei uma camiseta suja e limpei meu nariz escorrendo.

— Eu pensei que ele se preocupava c-comigo.

Eu chorei muito, então, quase passei mal de novo e isso realmente


perturbou o meu tio.

— Querida, por favor.


Senti seus braços ao meu redor e eu rapidamente envolvi os meus nele e
chorei em seu peito.

— Eu vou melhorar isso, eu juro.

Eu balancei minha cabeça. — Não o machuque, por favor.

Meu tio suspirou, mas eu o senti assentir com a cabeça.

— Eu tenho que ir embora, eu preciso ir para casa.

Meu tio beijou minha cabeça, em seguida, levantou-se. — Tudo bem, eu


vou ajudar a levar suas coisas lá para baixo.

Eu balancei a cabeça enquanto pegava minha mala e a tirava da


cama. Levantei-me e peguei minha bolsa, me certificando que eu tinha o meu
passaporte, dinheiro e meu celular. Olhei ao redor do quarto e tudo o que
restava eram as coisas de Alec, as minhas estavam embaladas.

Peguei uma caneta e bloco de nota que o hotel oferece e rabisquei uma
mensagem nele para Alec ler.

Eu não sei por que você fez isso comigo, mas eu te odeio por isso.

Fique longe de mim.

Eu coloquei o bloco de notas em seu travesseiro, então olhei ao redor do


quarto mais uma vez, antes de eu o absorver e sair do quarto. Meu tio estava me
esperando lá fora e fomos até o lobby em silêncio. Ele pegou a minha reserva na
recepção do hotel, enquanto eu esperava lá fora por ele. Ele suspirou quando me
colocou em um táxi fora do hotel.

— Eu diria para você falar para Micah que sinto muito perder seu
casamento, mas eu não suporto Jason.
Meu tio riu. — Ele está a ponto de ser meu genro, como você acha que eu
me sinto?

Eu sorri levemente.

— Eu vou te ver durante a semana quando estiver em casa, está bem?

Eu balancei a cabeça. — Está bem.

— Ligue se precisar de mim.

Eu sorri. — Eu ligo, tchau.

— Tchau, menina.

Eu silenciosamente chorei todo o caminho para o aeroporto e eu tinha


um rosto que parecia uma bunda estapeada pelo check-in, em seguida, pela
segurança. Eu sentia como se tudo estivesse acontecendo ao meu redor em
super velocidade, enquanto eu estava na sala de espera do aeroporto no portão
de embarque do meu voo. Eu não sabia que eu estava cansada, mas eu cochilei e
acordei quando uma voz feminina anunciou que o meu voo já estava
embarcando.

Porra!

Eu rapidamente peguei minha bolsa e me juntei à fila para o meu voo. Eu


estava morrendo de vontade de chegar em casa, quando embarquei no avião, eu
consegui me acalmar sabendo que não demoraria muito para que eu chegasse lá
e pudesse ver meu Storm.
—K eela?

Eu ignorei a expressão triste no rosto de Aideen enquanto abria a porta


de entrada para mim.

— Oi. — eu murmurei.

Ela olhou para mim.

— Como foi seu voo?

Encolhi os ombros vestidos com meu cardigã. — Longo.

Aideen perguntou. — Está com fome?

Eu balancei minha cabeça.

Aideen mastigou o lábio inferior. — Com sede?

Eu balancei minha cabeça.

Ela engoliu em seco. — Seu tio me ligou... ele me contou o que aconteceu.
Alec ligou também...

Eu estendi minha mão e cortei Aideen.

— Não o mencione ou até mesmo diga o nome dele.


Aideen assentiu com a cabeça. — Tudo bem, querida.

Eu andei até a cozinha e parei quando eu olhei para a sala de estar. Eu


estava apenas um pouco surpresa ao ver os irmãos Slater e as duas irmãs
Murphy olhando para mim.

Olhei para Aideen.

— Faça-os ir embora.

O rosto de Aideen caiu. — Eles estão aqui para ver se você está bem...

— Eu estou bem, eu estou perfeitamente bem. Diga-lhes para sair.

Aideen adiantou-se para mim. — Keela.

Dei um passo para trás. — Onde está Storm?

Aideen esfregou seu pescoço. — Eu tive que levá-lo para o canil hoje. Só
poderíamos descobrir o que aconteceu com ele fora do caminho.

Eu estava lívida, Storm era o único ser que eu estava ansiosa para ver!

— Qual canil? Estou indo pegá-lo.

— Keela, pare com isso. Storm está bem, nós podemos pegá-lo mais
tarde. Vamos conversar...

— Você quer conversar agora? Que eu queria conversar 14 horas atrás,


quando eu te liguei um milhão de vezes depois. — eu apontei para os irmãos. —
do canalha do seu irmão ter fodido Everly e algum outro babaca na minha cama.
Eu não quero conversar mais. Quero Storm.

— Kay, eu sinto muito. Eu deixei o telefone aqui enquanto estava com


Kane.

— Você estava com um deles? — eu rosnei. — Um pequeno aviso querida,


eles não são as pessoas boas que você pensa que são. Confie em mim.
— Ei, essa explosão está fora de ordem, Keela. Os irmãos não fizeram
Alec trair você.

Eu bati minha cabeça na direção de Bronagh Murphy e rosnei: — Diga


mais uma palavra, eu te desafio, porra. Ao contrário de sua irmã ou Nico,
eu vou acabar com você, porra.

Dominic se levantou e colocou o braço em torno de Bronagh, o que me fez


rir.

— Eu me pergunto se ela vai deixá-lo tocá-la uma vez mais, assim que ela
descobrir quem estava nas Bahamas comigo e Alec.

Todos os irmãos se levantaram em seguida.

— Keela, você está com raiva, não se diz nada com raiva.

— Eu não estou com raiva Ryder, estou furiosa. Estou enojada que seu
irmão imundo me usou e me humilhou de tal forma. Acho que você não pode
ajudar, trabalhando com Marco todos ficaram malditamente frios. Na verdade,
eu acho que ele é mais gentil do que todos vocês.

Bronagh olhou para mim por um longo momento e depois disse: — O que
você acabou de dizer?

Dei de ombros.

Bronagh afastou Dominic e veio até mim.

— O que você acabou de dizer?

Eu levantei uma sobrancelha. — Eu deveria me sentir ameaçada por


você?

O olhar de Bronagh nunca vacilou. — Keela, por favor... você disse o


nome de Marco.

Eu fiz uma careta.

Seu tom não era de raiva era de desespero.


— Alec me contou tudo sobre o que aconteceu em seu passado, o passado
de seu irmão e o que aconteceu na Darkness há três anos. Só me disseram a
verdade, onde, como você estava enganada. Marco não está morto, ele está vivo
e bem.

Os olhos de Bronagh estavam vidrados.

— Não. — ela engoliu em seco. — Ele está morto.

Eu balancei minha cabeça. — Eu falei com ele. Ele está vivo.

Bronagh me olhou nos olhos e ofegou.

Ela viu a verdade em meus olhos.

— Eu não entendo.

Eu ouvi um gemido. — Você mentiu para mim!

— Branna, por favor...

— Não me toque!

Bronagh levantou a mão, em seguida, quando Dominic se aproximou


dela.

— Não.

— Baby...

— Não, Dominic. Por Favor.

Eu balancei a cabeça e olhei para Kane que parecia uma merda e descobri
que ele estava olhando para mim.

— Vocês são todos mentirosos.

Kane fez uma careta. — Mentimos para salvar as meninas de pirar com
preocupação, Keela.
— Ambas estão pirando em se preocupar e também lidar com o
conhecimento de que seus namorados mentiram para elas sobre algo tão
importante.

— Você poderia ter nos deixado dizer a elas! — Nico gritou na minha
direção.

Eu rosnei: — Você teve malditos dois anos e meio para fazer isso e você
não fez, então foda-se!

Nico olhou para mim quando a atmosfera na sala mudou.

Olhei para Aideen e fiz um gesto para os irmãos.

— A verdade faz traidores desconfortáveis.

Nico balançou a cabeça, em seguida, voltou sua atenção para Bronagh.

— Não me odeie.

Bronagh começou a chorar. — Eu não odeio você, mas como você pode
esconder isso de mim? Como você pode mentir sobre isso?

Nico ficou estático depois dessas palavras ou simplesmente não queria


falar em público.

— Vamos para casa, eu vou dizer o seu tudo sobre aquela noite... eu
prometo.

Bronagh balançou a cabeça e passou por mim com os olhos baixos. Nico
passou por mim também, mas ele fez uma pausa e olhou para mim, seu maxilar
cerrado.

— Alec se preocupa com você.

Eu ri sem humor. — É por isso que ele me traiu?

Nico olhou. — Ele não tinha escolha.

Que porra é essa?


— É claro que ele tinha uma escolha, sempre há uma escolha.

Nico balançou a cabeça. — Não desta vez.

O que diabos isso significa?

Nico saiu com Bronagh e logo foi seguido por uma Branna chorando e um
Ryder perturbado.

Olhei para Kane e levantei minhas sobrancelhas quando ele se sentou no


meu sofá.

— Sua deixa para sair foi quando seus irmãos saíram por aquela porta.

Kane cruzou os braços sobre o peito.

— Eu não vou a lugar nenhum.

Olhei por cima do ombro para Aideen que me olhou com olhos nervosos.

— Aideen está indo embora também, então não há nenhuma necessidade


para você ficar.

Olhei para longe do rosto ferido de Aideen e foquei em um Kane imóvel.

Eu olhei. — Saia do meu apartamento Kane, eu não estou brincando.

Kane se levantou e andou até mim.

— Eu. Não. Sairei.

Eu estalei e empurrei-o no peito tão duro quanto eu podia.

— Saia! Eu não quero nenhuma parte dele perto de mim, saia!

Eu não sabia que eu estava chorando até que eu funguei.

Eu rapidamente limpei meu rosto, mas a barragem foi quebrada e o fluxo


de lágrimas não parava. Virei-me para Aideen e me joguei para ela, passando os
braços ao redor dela.

— Por que as pessoas fazem isso comigo? — chorei.


Aideen estava chorando quando ela colocou os braços em volta de mim,
ela tinha um coração mole e chorava quando via outras pessoas chorar.

— Vai ficar tudo bem. — ela sussurrou.

Eu balancei minha cabeça. — Não vai... ele me usou Aideen. Ele me disse
que gostava de mim e ele mentiu. Eles todos mentiram!

Fiquei surpresa ao sentir minhas costas presas a um corpo e braços


maiores envolvidos em torno de mim e Aideen.

— Eu sinto muito que ele te machucou, Keela.

Eu chorei ainda mais.

Aideen me segurou, e Kane segurou a nós duas.

Eu não sei quanto tempo eu chorei, mas eu chorei tanto que me senti
sonolenta no ombro de Aideen e, eventualmente, me senti sendo levantada no
ar.

— O quarto dela é por aqui. — Aideen sussurrou.

Eu senti como se estivesse flutuando, então me estabeleci em uma


nuvem.

— Ela é uma boa garota. Eu odeio que ela esteja sofrendo pelo meu
irmão.

— Ela tem um coração de ouro, mas ele está protegido por uma parede de
aço... eu não sei em quem ela vai confiar depois que ela passar por isso.

Silêncio.

— Ela parece tão pequena. — a voz de Aideen fungou.

— Ela vai ficar bem, ele vai se explicar para ela. Ele já está em um voo de
volta para casa...
— Não, Kane. Se ela quiser vê-lo, então isso será em seus termos. Ela está
quebrada agora, você não pode saltar sobre isso quando ela é esta para baixo.

Silêncio.

— Tudo bem, isso vai ser um inferno mantê-lo longe dela, mas eu vou
fazer isso acontecer.

— Obrigada.

— Vamos lá, ela precisa dormir.

Ouvi o clique de uma porta, em seguida, a escuridão me consumiu.


—K eela?

Eu fingi que ainda estava dormindo para que ela me deixasse em paz.

— Eu sei que você está acordada... você não está mais roncando ou
babando.

Cadela.

— Deixe-me em paz.

— Levanta.

Não.

— Só porque eu estou acordada não significa que eu estou pronta para


fazer as coisas.

Aideen suspirou. — Como você está indo?

— Eu quero um novo fígado para substituir o meu coração.

— Hum, por quê?

— Porque aí eu poderia beber mais e me importar menos.


Ouvi um movimento, então gemi quando a luz inundou meu quarto
enquanto as minhas cortinas foram abertas.

— Que porra é essa, Aideen?

Ela caminhou até a minha cama e puxou as cobertas.

— Já se passaram dois dias. Eu entendo que você está com o coração


partido, mas você precisa comer alguma coisa!

Eu segurei minhas cobertas com a vida, mas eu simplesmente não tinha


mais forças, então eu soltei.

— Eu não estou com fome... e eu não estou com o coração partido.

Ouvi Aideen suspirar e podia imaginar o seu nariz enrugando em


aborrecimento.

— Se você não está com o coração partido, então por que você está
confinada aqui nos últimos dois dias?

— Por causa do jet lag46.

Aideen riu. — Eu comprei essa desculpa ontem, mas você dormiu um


total de 26 horas desde que você chegou em casa, por isso, é hora de pensar em
uma nova desculpa.

Eu aconcheguei no meu travesseiro.

— Tudo bem, eu tenho dores no meu estômago e não posso me mover.


Que tal essa desculpa? Agora cai fora e me deixe em paz.

46 O Jet Lag ocorre como consequência de viagem através de vários fusos horários, o que se tornou
comum com as viagens a jato e daí o nome em Inglês (Jet, jato; Lag, diferença de horário). Desta
maneira após uma viagem passando por vários fusos horários a pessoa se sente como se o relógio
interno dela (relógio biológico) não estivesse no mesmo do horário do local.
Ouvi Aideen xingar. — Eu estou cansada disso, chega de desculpa!
Desculpas soam melhor para a pessoa que está inventando, pare de sentir pena
de si mesma!

Eu ri sem humor. — Não, eu ainda não terminei com a minha festa de


piedade... por que ainda está aqui?

— Pelo amor de Deus, Keela! Pare de me afastar! Eu sei que você está
machucada e eu quero ajudá-la. Eu não sou o cara mau aqui, babe, eu sou sua
amiga.

Mordi minhas bochechas internas para me impedir de chorar.

Chega de choro.

— Eu só quero ficar na minha, Ado... por favor.

Eu senti minha cama afundar, em seguida, uma forma de corpo ao redor


do meu, de conchinha.

— Não há nenhuma esperança, estamos juntas nessa. Fiz um juramento


como uma irmã de sangue para passar por aquilo que você passasse. Levei essa
merda a sério, então você não vai se livrar de mim.

Eu explodi em gargalhadas inesperadas e disse: — Eu amo que a nossa


amizade é realmente baseada em um humor inapropriado.

— Eu também.

Deus, eu amava essa garota.

— Eu te amo.

Aideen beijou a parte de trás da minha cabeça. — Eu também te amo.

— Sinto muito por ser horrível. Eu sei que você não fez nada de errado.

— Não se desculpe, eu sei que é a sua mágoa e raiva te tomando, não


você.
Ficamos em silêncio por alguns momentos até que eu decidi que eu
queria falar.

— Eu vi a coisa toda.

Aideen me deu um aperto, mas permaneceu em silêncio.

— Ele, Everly e Dante estavam confortáveis uns com os outros... eles


fizeram isso um monte de vezes antes. Eles eram como uma espécie de coisa.

Aideen engasgou. — Seu tio Brandon sabe?

Eu assenti. — Tio Brandon disse que pagou pelo tempo dela com Alec e
Dante ao longo dos anos para mantê-la feliz, enquanto ele estava ocupado com o
trabalho, o que a propósito, é sombrio e ilegal pra caralho, mas desta vez ele não
deu permissão a ela, então ele está puto com isso. Não sei como me sentir sobre
isso, porque o relacionamento é deles, mas eu não posso deixar de culpar Alec.
Ele poderia ter dito não Aideen, ele realmente poderia ter dito.

Aideen acariciou minhas costas.

— E se trair não fosse ruim o suficiente, ele fez isso com eles na cama que
nós compartilhamos. A cama em que fizemos sexo pela primeira vez. Faz-me
passar mal do estômago.

Aideen me segurou com força e a minha voz falhou.

Fechei os olhos e ri. — Micah e Jason se casaram hoje.

— Eu sei... a cadela estúpida.

Eu ri e assim fez Aideen.

E por um segundo eu não me senti tão quebrada.


— Você está de pé.

Sorri para Aideen quatro dias depois, quando saí do meu quarto.

— Estou de pé.

Ela colocou as mãos nos quadris.

— Você tomou banho.

Eu olhei para baixo para mim e depois de volta para cima.

— Eu tomei banho.

Aideen sorriu. — Graças a Deus, você estava começando a feder.

Eu ri. — Cadela.

Aideen sorriu. — Você vai secar o cabelo?

Eu balancei minha cabeça. — É chato.

Aideen apontou para a cadeira mais próxima a mim.

— Sente-se, eu vou trançá-lo.

Eu fiz o que ela pediu alegre e fiquei sentada enquanto Aideen fazia uma
trança francesa no meu cabelo.

— Você já comeu alguma coisa?

Eu balancei a cabeça. — Eu comi algumas fatias de pão.


Aideen soltou um suspiro aliviado. — Eu estou tão feliz, eu pensei que
teria que te alimentar à força hoje.

Eu ri. — Eu estou bem, Ado, estou banhada, alimentada e completamente


vestida.

— Sim, mas como vai a sua cabeça?

Eu levemente sorri. — Minha cabeça não é o que está doendo.

— Eu sei babe. — Aideen terminou a minha trança e me abraçou.

— Uma vez que você está de pé e vestida estou cancelando a sua proibição
de Storm.

Oba!

— É maldade que você o manteve no canil, longe de mim.

Aideen deu a volta e deu de ombros. — Eu tive que lidar com o assunto à
minha maneira, quando você não saía do seu quarto. Eu sabia que uma
proibição de Storm iria tirá-la de lá mais cedo ou mais tarde.

Vaca malvada.

— Bem, eu estou fora agora, então vá buscar meu bebê.

Aideen me saudou. — Agora chefe!

Eu ri quando ela pegou as chaves e, literalmente, pulou para fora do


apartamento.

— Esquisita demais. — eu disse quando ela saiu.

Para manter-me ocupada passei alguns minutos arrumando a cozinha e


quando eu não tinha mais nada para fazer eu me sentei. Eu estava sentada na
mesa da cozinha por apenas alguns segundos, quando uma batida veio da minha
porta e eu revirei os olhos.

Aideen provavelmente esqueceu alguma coisa.


Fui até a porta e a abri. — O que você esqueceu dessa vez...

Eu me interrompi quando a pessoa que eu estava olhando não era


Aideen.

— Olá gatinha.

Era Alec.
O lhei para Alec por

um longo momento e eu notei que ele parecia uma merda, ele tinha bolsas sob
os olhos e aparentava ter perdido peso.

Ele parecia como eu me sentia.

Eu balancei a cabeça e tentei fechar a porta, mas Alec enfiou o pé entre a


porta e o batente impedindo-a de fechar.

— Por favor, gatinha...

— Não faça isso! Não me chame assim!

Eu empurrei contra a porta tão forte quanto eu pude para tentar forçá-la
a fechar, mas Alec empurrou contra a porta. Ele era mais forte do que eu e
quando a porta foi aberta, ele entrou no meu apartamento.

— Saia! — eu gritei.

Alec fechou a porta atrás dele e virou a fechadura.

Eu andei para trás até a cozinha e procurei por uma arma. Alec viu meus
olhos se lançando ao redor da cozinha e ele franziu a testa enquanto tirou o
casaco.

— Eu não vou te machucar Keela, você sabe que eu não vou.


Eu ri. — Eu não te conheço, então eu não tenho nenhuma porra de ideia
do que você é capaz.

Alec parecia vulnerável, enquanto me encarava.

Eu não conseguia olhar nos olhos dele, então, em vez disso, eu me


concentrei no seu queixo.

— O que você está fazendo aqui? Você não acha que já me fodeu o
suficiente?

Alec olhou para mim, seu olhar inseguro.

— Eu sinto muito... eu precisava te ver.

— Por quê?

Ele respirou fundo e disse: — Porque eu senti sua falta.

Ele sentiu a minha falta?

Oh, isso era fantástico.

Eu ri sem humor. — Você sentiu a minha falta? Sentiu minha falta


quando você estava fodendo Everly e Dante?

Alec encolheu. — Eu mereço isso.

— Não, Alec, você merece ser atropelado por um ônibus de dois


andares, isso é o que você merece.

Alec assentiu com a cabeça. — Eu concordo.

Eu olhei para ele. — Não concorde comigo.

— Tudo bem.

Eu rosnei. — Não faça o que eu digo para me agradar também.

Alec abriu a boca para falar, mas pensou melhor e a fechou.


Ele ficou em silêncio por um momento e depois disse: — Eu não sei o que
fazer então.

Apontei para a porta.

— Eu sei, você pode ir embora.

Alec balançou a cabeça. — Eu não vou a lugar nenhum.

Xinguei.

— Que porra é essa com você e Kane? Quando eu digo saia, eu quero dizer
saia, merda!

Alec não se moveu ou respondeu e isso me enfureceu.

— Você está gostando disso? — eu atirei. — Você só passou por aqui para
ver se eu estava chorando por você? Você consegue perceber que pedaço doente
de lixo demente você é?

Alec pareceu desanimado, mas eu não ia cair nos seus tristes olhos de
cachorrinho.

De jeito nenhum.

— Eu estou aqui porque eu precisava ver você. Eu te disse... eu senti sua


falta.

— Eu não acredito em você.

Alec engoliu. — Sinto muito.

Toda a mágoa, raiva e tristeza que eu tinha engarrafado ao longo dos


últimos dias explodiu fora de mim.

— Você sente muito pelo que? Diga-me, exatamente?

Alec não falou, apenas me encarou.


— Eu imagino que você está arrependido por transar com minha tia e
aquele pedaço de sujeira de menino brinquedo. Mas você tem muito mais para
se arrepender do que isso, e você tem muito mais para responder.

Comecei a andar de um lado para outro.

— Eu sei que foi marcado e não algo espontâneo, vocês planejaram


quando os três perceberam que estavam todos no mesmo lugar. Tenho pensado
sobre isso desde que voltei para casa, e tudo faz sentido. Na festa de boas-
vindas, quando Everly olhou para você maliciosamente, e Dante disse: ‘Até
amanhã’ isso foi tudo porque vocês três sabiam o que ia acontecer. É por isso
que você queria tanto que eu fosse naquela festa, não é? Você queria verificar
três vezes onde vocês todos se encontrariam ou algo assim?

Alec olhou para baixo e acenou com a cabeça. — Sim, eu não tinha certeza
sobre os detalhes do encontro, por isso quando você estava dançando com
Micah, procurei Everly e descobri.

Fechei os olhos.

— E naquele dia, após o jantar de boas-vindas, por que deixou ir tão longe
o sexo entre nós quando você sabia que estaria com eles?

Alec olhou para cima e piscou. — Não era só sexo com a gente Keela.
Queria ter você... mesmo que fosse apenas uma vez.

Engoli em seco. — Você queria o meu corpo pelo menos uma vez, porque
você sabia que depois que eu descobrisse o que você fez eu nunca iria querer que
você me tocasse de novo?

Alec lambeu os lábios e voltou a me olhar. — Sim e não.

— O que esse sim e não querem dizer? — eu atirei.

— Sim, eu queria estar com você, porque eu sabia que seria minha única
chance, e não porque eu não só queria o seu corpo... eu precisava dele.

Eu fiz uma careta de desgosto e Alec balançou a cabeça.


— Eu não quero dizer do jeito que soa.

— O que você quer dizer então?

Alec deu de ombros. — Eu não sei expressar isso.

Eu cerrei meus dentes. — Tente.

— Eu não sei o que dizer Keela, só vem desculpa à mente.

Eu cerrei minhas mãos em punhos.

— Você é uma pessoa horrível, Alec Slater.

— Por favor, Keela, eu não sou uma pessoa má, eu juro que eu não sou.

Eu olhei com raiva para Alec.

— Suas ações contam uma história diferente.

Alec balançou a cabeça. — Não foram ações voluntárias. Eu tive que


tomar a porra de uma pílula apenas para levantá-lo... eu estava revoltado antes,
durante e após o ato.

Ele teve que tomar um comprimido?

— Eu não entendo.

Alec olhou para cima. — Deixe-me explicar, então.

— Não, eu não quero ouvir, você já disse o suficiente.

O rosto de Alec endureceu. — Eu não estou nem perto de dizer o


suficiente.

Eu olhei para longe dele.

— Eu não dou a mínima para o que você tem a dizer, assim como você
não deu a mínima para mim quando você fodeu outras pessoas.

Alec lançou os olhos para baixo.


— Não se atreva a agir como a vítima, não ouse, porra.

Alec olhou para mim, seus olhos estavam tristes. — Eu não sou Keela, eu
não estou agindo como qualquer coisa. Eu estou só enjoado de mim mesmo... eu
sinto muito por tudo que eu fiz para você. Juro pela minha vida que eu não
queria que acontecesse, eu realmente não era um participante voluntário.

Meu coração começou a doer.

— Então, por que isso aconteceu Alec? Por que diabos você se perdeu
apenas depois de alguns dias?

Alec pareceu assustado. — Eu tenho medo que você não vai acreditar em
mim se eu lhe disser a verdade.

Encolhi os ombros. — Esse é um risco que você vai ter que correr, porque
eu estou a um minuto de ligar para o meu tio.

Os lábios de Alec enrolaram em desgosto. — Isso tudo é por causa dele.

Desculpe?

— Você está insinuando que me traiu por causa do meu tio?

Alec me olhou bem nos olhos e disse: — Eu não estou insinuando, estou
afirmando isso. Seu tio fez isso acontecer.

Eu pisquei e balancei minha cabeça não tendo certeza se eu o ouvi


corretamente.

— Você está mentindo.

Alec balançou a cabeça. — Não, eu não estou.

— Você está mentindo! — Eu gritei.

Alec correu para mim. — Não, eu não estou!

Eu levantei minhas mãos na frente do meu rosto para bloquear todos os


golpes.
Nenhum golpe veio porque Alec parou um pouco antes de me tocar
quando ele viu a minha reação a ele. Virou-se, então, e socou um dos meus
armários de cozinha com tanta força que o punho atravessou a madeira.

— Oh meu Deus! — eu gritei e cobri meus ouvidos.

Alec tirou seu punho da madeira e segurou em cima do balcão da cozinha


quando ele tomou algumas respirações longas e profundas.

— Irrita que você acha que eu iria te machucar fisicamente.

— Você me machucou emocionalmente que foi tão ruim quanto levar um


soco... não vejo a diferença.

Alec se virou para mim, com o rosto tenso.

— Você está bem? — ele perguntou.

— Estou simplesmente espetacular, obrigada.

Alec fez uma careta. — Não seja sarcástica.

— Se você não quer uma resposta sarcástica, não faça uma pergunta
estúpida.

Alec suspirou. — Você está certa, foi uma pergunta estúpida.

Não, Sherlock de merda.

— Sem mais perguntas estúpidas, mas você vai me ouvir Keela. Você
pode decidir sobre o que quer fazer depois que eu me explicar, você me
entende?

Engoli em seco e olhei para o buraco no armário da minha cozinha.

— Está bem. — eu respondi.

— Você se lembra do jantar de boas-vindas e como seu tio queria falar


comigo na sala de conferências sozinho, sem você presente?

Eu cruzei os braços sobre o peito.


— Sim.

— Quando você saiu da sala, ele me disse que nenhum parente dele
jamais se comprometeria com um garoto de programa.

Eu pisquei. — Bem, você fodeu a esposa dele um monte de vezes, eu


tenho certeza que ele não queria manter essa característica de vocês correndo
pela família.

Alec olhou para mim, então eu olhei para baixo.

— Eu disse a seu tio que eu não trabalhava mais para Marco, e Marco
concordou que eu já não era seu empregado, mas o seu tio não se importou com
nada disso. Ele não queria que eu te manchasse.

— Eu não vejo como meu tio querer me proteger fez com que você me
traísse.

Alec balançou a cabeça. — Você realmente não vê onde eu estou indo com
isso?

Dei de ombros. — Eu deveria?

Alec esfregou o rosto com as mãos.

— Keela, seu tio me disse que eu tinha que fazer você me odiar. Ele disse
que eu tinha que fazer alguma coisa para afastá-la de mim... ele me disse que eu
tinha que dormir com Everly e Dante e certificar-me de que você saberia.

Eu pisquei quando as palavras de Alec entraram na minha mente.

Tentei processá-las, eu realmente tentei, mas machucavam a minha


cabeça e o peito.

— Por que você está dizendo isso? — eu sussurrei.

— Porque é a verdade. Ele me disse que eu tinha que fazer você me


odiar... e eu fiz.
Engoli em seco. — Se isso é verdade, então por que você apenas não disse
não a ele?

Alec franziu a testa. — Ele disse que ia matar minha família se eu não
fizesse. Ele disse que trair você faria com que me odiasse e nunca mais quisesse
me ver de novo. Pelo jeito das coisas, ele estava certo.

Eu não respondi.

Tio Brandon fez Alec fazer isso?

Ele queria que eu fosse ferida?

— Ele me segurou enquanto eu chorava. — eu sussurrei.

— Eu sinto muito, Keela. Eu verdadeiramente sinto.

Saí da cozinha e até o meu quarto, onde meu telefone estava.

— O que você está fazendo?

— Ligando para o meu tio, eu preciso ouvir isso dele.

Eu fechei a porta para manter Alec de fora.

Eu disquei o número do meu tio quando estava com o meu telefone na


mão e o medo tomou conta de mim.

Se Alec estava dizendo a verdade, então eu não podia confiar mais no


meu tio, meu membro mais amado da família... mas se Alec estivesse mentindo,
então eu ainda ficaria triste e com o coração partido por causa da sua traição.

Nada de bom estava por vir.

— Keela? Olá menina...

— É verdade? Você obrigou Alec a fazer aquilo? — interrompi o meu tio.

Silêncio.

— O que ele te contou?


Eu solucei. — Que você disse para ele me trair ou você iria matar sua
família.

Meu tio xingou, mas não negou.

— Tio, ele está mentindo? Por favor, seja honesto comigo, eu preciso
saber a verdade.

Meu tio suspirou e depois de uma longa pausa, ele disse: — Não menina,
ele está dizendo a verdade.

Eu rompi em lágrimas.

— Por quê? Por que você ia querer me machucar assim?

— Porque você merece coisa melhor do que um garoto de programa!

— Ele não é um garoto de programa! Ele foi forçado a trabalhar para


Marco porque aquele bastardo manteve uma ameaça de ferir sua família sobre a
sua cabeça, assim como você fez! Ele nunca teria feito isso se você não o
pressionasse!

Silêncio.

— Eu nunca posso confiar em você novamente, você entende isso? Você


perdeu o direito de me chamar de sua sobrinha. Estou cheia de você, porra!

Ouvi uma ingestão aguda da respiração do meu tio. — Eu estava tentando


protegê-la de se machucar, Keela.

— Você causou a minha dor, tio!

— Você merece coisa melhor do que ele!

— Eu mereço decidir por mim mesma quem é bom o suficiente para mim!
Eu mereço ser feliz e você arruinou isso para mim. Eu te odeio por isso. Você
mentiu na minha cara! Você sentou naquele quarto de hotel nas Bahamas
sabendo muito bem o que você fez e me deixou odiá-lo!

Meu tio estava sem palavras, então eu desliguei na cara dele.


Eu mantive o meu telefone na minha mão quando eu abri o meu quarto e
caminhei pelo corredor até a cozinha, onde Alec ainda estava encostado na
bancada.

— Você estava certo.

Alec franziu a testa. — Eu sinto muito, Keela... eu tive que dizer a


verdade, estava me matando.

Eu balancei a cabeça.

Alec empurrou contra o balcão e eu acho que ele ia me abraçar, mas eu


recuei deixando-o saber que não era isso o que eu queria.

— Eu disse a verdade. Por que não posso tocar em você?

Eu desviei o olhar. — Porque eu ainda posso ver você os tocando.

Alec parecia tenso enquanto ele sussurrava. — Mas eu disse a verdade.

Isso machuca.

— Eu sei que você disse, eu sei que você não tinha escolha...

— A única opção que eu tinha, era ficar com você depois do jantar de
boas-vindas e eu tinha que ficar com você Keela. Não houve má intenção ou
outro motivo, eu só queria sentir como se você fosse minha. Você não tem ideia
do quanto eu sinto por você.

Engoli em seco. — Isso não muda nada, Alec. Ainda posso vê-lo com eles
e isso faz minha pele arrepiar.

Alec olhou para mim por um longo tempo sem falar, e foi durante este
período de silêncio que eu soube o que tinha que fazer. Tio Brandon ainda ia me
querer, certamente, longe de Alec e ele manteria bem a sua palavra sobre
prejudicar a família de Alec se eu não o fizesse.

Eu tinha que fazer o que ele fez para mim, então ele iria ficar longe... eu
tinha que fazê-lo me odiar.
— Por favor, não me deixe de novo... quase me matou quando eu li sua
nota e percebi que tinha deixado as Bahamas.

Forcei um suspiro entediado para fora da minha boca. — Alec, você me


machucou e a única razão para essa mágoa foi porque eu estava começando a
me apegar a você. Mas é melhor que nossos caminhos se separem agora,
sentimentos bagunçam tudo.

Ele parecia perplexo. — Eu não entendo, você me disse que você...

— Eu não era eu mesma nas Bahamas, eu deixei o pensamento de nós


realmente namorarmos subir para a minha cabeça, mas era uma mentira.

Alec estava perdido. — Uma mentira?

— Sim, eu não quero você, Alec. Tudo era apenas um ardil para minha
família... nada entre nós era real. Era um apenas um favor, lembra? Tudo falso.
Fingi ter sentimento por você para nos fazer parecer real como um casal, porque
eu queria ser melhor do que Jason. Você realmente não achou que eu poderia
amar alguém que fode as pessoas para sobreviver, não é? — eu disse com a
minha voz fria.

— Keela. — ele sussurrou.

— Vamos lá, Alec...

— Mas eu te amo.

Eu quase caí no chão com a sua declaração, mas eu consegui me manter


em pé e imóvel como uma estátua.

— Você me ama? Você nem me conhece!

— Sim, eu conheço, e eu te amo.

Eu queria chorar, mas em vez disso, eu ri.

— Você não respeita suas próprias regras? O que aconteceu com a


número um - não apaixonar?
Alec encostou-se ao balcão da cozinha e deslizou lentamente para baixo
até que sua bunda bateu no chão.

— Você é a única pessoa com quem já me importei tanto em toda a minha


vida. — ele sussurrou.

Meu coração estava quebrando tudo de novo, e meu estômago estava


ameaçando esvaziar a qualquer momento, mas eu tinha que me lembrar por que
eu estava fazendo isso, por que eu estava o machucando. Eu estava mantendo-o
vivo.

— Foi um favor, um trabalho para você...

— Você não era um trabalho, Keela. Começou como um favor, mas isso
mudou... você sabe que isso mudou.

Eu balancei minha cabeça. — Nunca mudou. Sempre foi falso. Fui fodida
por Jason, você realmente acha que eu poderia ter sentimentos por você tão
rapidamente? Vamos lá, pense nisso.

Alec permaneceu em silêncio.

— Se foi falso, então por que você estava tão chateada?

— Porque eu não podia acreditar que você dormiu com a minha tia, eu
odeio aquela puta.

— Essa é a única razão?

— Sim.

Eu tentei manter minha compostura quando Alec levantou-se e dirigiu


um olhar de ódio para mim. Comecei a respirar profundamente quando ele
caminhou em minha direção. Ele parou bem na minha frente e olhou para
baixo.

— Você não sente nada por mim?


Dei de ombros. — Nojo. Quer dizer, você fodeu Everly e Dante ao mesmo
tempo. Eca.

Alec cerrou o maxilar. — Você é uma ótima atriz, gatinha. Você realmente
me fez acreditar que você se importava comigo.

Eu fiz uma careta. — Droga, eu sinto muito. Pensei que você estivesse
jogando comigo. Eu nunca achei que você ia me amar.

Alec rosnou. — Eu não consigo acreditar em uma única palavra que sai da
sua boca, caralho.

Limpei a garganta. — Eu não sei por que você está tão bravo, você ganhou
férias de graça, você fez sexo comigo, e você teve um ménage à trois. Você
deveria estar feliz da vida.

Alec olhou para mim com nada além de raiva e nojo e eu sabia que o meu
trabalho estava feito.

— Nós podemos ter uma última recaída se você...

— Não me toque, sua vadia sem coração.

Eu coloquei minhas mãos em meus quadris. — Isso é apenas rude e


desnecessário. Gostaria que você saísse agora.

Alec me olhou de cima abaixo. — Eu não conheço você.

Ele usou as minhas palavras contra mim e quebrou meu coração.

— Eu nunca mais quero ver você de novo. Nunca.

Senti-me mal.

Dei de ombros. — Por mim tudo bem.

Alec virou-se e caminhou até a minha porta de entrada, mas antes que ele
alcançasse, uma batida veio à porta. Eu me perguntava se era Aideen. Eu estava
prestes a perguntar quem era quando meu telefone tocou e o rosto do meu tio
apareceu na tela.
Eu olhei para cima quando Alec abriu a porta, mas não para Aideen, era
para Bronagh Murphy.

Ela suspirou quando ela viu Alec.

— Eu sabia que você estaria aqui, seus irmãos estão procurando por você.

Bronagh entrou e fechou a porta atrás dela.

Alec colocou a mão nos ombros dela. — Não se acomode, estamos indo
embora.

Bronagh franziu a testa. — Por que, o que aconteceu? Ela não acredita em
você?

Bronagh sabia?

— Vamos apenas dizer que Keela não é quem eu pensava que era.

Bronagh franziu a testa para Alec, mas quando ela olhou para mim, seus
olhos se estreitaram.

— O que você fez?

Dei de ombros.

Bronagh abriu a boca para falar quando a porta da sala se abriu de


repente e Aideen entrou no apartamento com um Storm animado.

— Storm. — eu sorri.

Ele veio direto para mim e quase me derrubou no chão quando ele pulou
em cima de mim.

Ele me lambeu pra caralho.

— Eu também senti sua falta, garotão!

Storm roçou a cabeça dele contra mim, então procurou Alec.

— Ei amigo. — Alec sorriu e deu uma boa esfregada na cabeça de Storm.


— O que está acontecendo aqui? — Aideen perguntou.

— Nada, só percebendo como eu estava errado.

Ambas, Aideen e Bronagh franziram a testa para Alec.

— Com o que você estava errado? — Aideen questionou.

Alec olhou para mim e disse: — Keela.

Eu abri minha boca para me defender quando uma batida forte na porta
da minha sala chamou a atenção de todos.

Quem diabos é isso?

Alec abriu a porta novamente, mas desta vez ele atendeu para dois
homens, dois homens altos.

— Quem são vocês? — Alec perguntou.

Um cara saiu de trás de um dos homens altos e sorriu: — Eles trabalham


para mim.

— Marco. — Bronagh engasgou e deu um passo atrás.

Marco riu quando ele a viu. — Oh, isso é perfeito. Três pelo preço de dois.

Franzi minhas sobrancelhas. — O que diabos você está fazendo aqui?

Marco Miles moveu seu olhar de Bronagh para mim, então para Alec e
suspirou.

— Você tinha que vir ver a cadela tagarela Daley, a primeira vez que você
saiu da sua casa em quatro dias, não é? Eu vou ficar em uma merda séria na
Irlanda agora, se Brandon descobrir que ela está ferida.

Eu não sabia o que ele estava falando, mas eu sabia que era algo ruim,
então eu atendi meu telefone ainda tocando.

— Keela, não desligue. Sinto muito, ok? Eu não quis dizer...


— Tio, Marco Miles está no meu apartamento. Ele disse que vai me
machucar.

O rosto de Marco ficou vermelho quando ele rugiu. — Pegue-a.

Alec bloqueou a porta com seu corpo e gritou: — Corra!

— Storm! — eu gritei e corri para o meu quarto, olhei para trás para
Bronagh e Aideen, mas os homens romperam por Alec e enquanto os dois
estavam lidando com ele, Marco pegou Bronagh e Aideen pelos cabelos. Bati a
porta do quarto para fechar e movi para a janela, a abri, mas emperrou no meio
do caminho para cima.

— Não, não, não!

Eu olhei para o meu celular e o coloquei no meu ouvido.

— Tio, me ajude!

— Keela, saia daí! Estou a caminho...

Eu gritei quando a porta do meu quarto foi aberta com um chute.

— Venha aqui, sua puta. — um dos homens que lutou com Alec rosnou.

— Não, por favor, não!

Eu tentei esconder o meu telefone, então o enfiei no bolso do vestido


quando me virei de volta para a janela. Quando ele estava em segurança no meu
bolso eu tentei sair pela janela, mas eu fui levantada para trás antes que eu
pudesse me espremer através da janela aberta pela metade.

Eu gritei.

Então eu ouvi um rosnado alto e o latido de Storm.

O homem que estava segurando o meu cabelo gritava de dor e eu sabia


que Storm tinha um domínio sobre ele.

Pegue-o, Storm!
— Saia! — o homem gritou.

Storm de repente uivou de dor e eu acho que o homem o chutou. Isso me


enfureceu.

— Não o machuque, seu filho da puta!

O homem gritava em agonia e me soltou. Eu caí para frente e bati na


janela. Eu não passei através do vidro, mas ele rachou quando a minha cabeça
entrou em contato com ele.

Segurei no parapeito da janela e me firmei. Eu levantei minha mão para a


minha testa e gemi quando a dor começou a pulsar.

Eu virei grogue e arregalei os olhos quando vi a cena diante de mim. O


homem que estava me segurando, estava no chão e Storm estava o atacando,
pelo que pude ver Storm estava mordendo o braço do homem.

O homem estava usando a outra mão para bater na cabeça de Storm para
tentar quebrar o seu domínio. Corri para frente e comecei a chutar o homem no
estômago para impedi-lo de bater no meu bebê. O homem balançou as pernas e
bateu atrás da minha.

Eu fui para o ar e um segundo depois eu bati no chão, as costas primeiro.

Doeu demais e eu gritei de dor.

— Keela! — Aideen gritou.

— Cale a boca, porra! — a voz de Marco gritou, então eu ouvi um estalo


alto que fez o caos explodir no outro quarto, em forma de gritos do Alec e
Bronagh.

Voltei a me concentrar em Storm e o bandido voltou a bater na cabeça


dele com sua mão livre. Eu rolei para frente, fiquei de quatro e comecei a
engatinhar.

Pouco antes de eu alcançar o corpo do homem, eu assisti em horror


quando ele conseguiu quebrar o domínio de Storm e derrubá-lo de costas. Foi
então que vi a arma que estava na mão do braço que Storm anteriormente tinha
poder.

Havia sangue por todo o homem e mesmo que ele estivesse com muita
dor, conseguiu levantar, empunhando sua arma e apontá-la para Storm, que já
estava avançando de volta para ele.

— Não!

Storm se lançou em direção ao homem, em seguida, houve um grande


estrondo. Meus ouvidos zumbiram e a minha cabeça ficou um pouco tonta.

— KEELA!

Ouvi Alec e Bronagh gritarem para mim, mas eu os ignorei e vi como o


homem empurrou um Storm, agora imóvel, de seu corpo e no chão ao lado
dele. Quando eu vi que ele não estava se movendo, eu gritei mais alto do que
nunca.

Ele estava deitado de lado, sua respiração era rápida e sua perna estava se
mexendo.

Ele atirou em Storm.

— Storm! — gritei.

Eu me arrastei até ele e coloquei minha mão sobre a sua cabeça. — Está
tudo bem, está tudo bem. Você vai ficar bem...

O gemido alto de Storm me interrompeu.

Oh, Deus.

— Socorro! Alguém me ajude, por favor!

Eu queria que até mesmo o Sr. Pervert ouvisse os meus chamados e


viesse para ajudar, mas ninguém veio em meu auxílio. Ninguém.

Eu abaixei minha cabeça em Storm.


— Você vai ficar bem, eu prometo... eu estou aqui.

Eu olhei para cima para ver o quão ruim era a sua ferida, foi quando notei
que uma mancha crescente de sangue começou a encharcar o chão sob Storm.

Oh, Deus.

Por favor, não!

— Venha aqui, cadela!

Eu lutei contra a mão que, de repente, enrolou no meu cabelo e gritei por
socorro novamente. Foi a última coisa que eu disse quando uma dor pulsante
explodiu na parte de trás da minha cabeça e me levou a navegar na escuridão.
—K eela?

Eu gemi.

— Acorde.

Eu gemi de novo, mas pisquei e abri os olhos. Levou um minuto para os


meus olhos ajustarem à sala mal iluminada, mas isso não importava, porque de
repente eu assobiei com a dor. Minha cabeça latejava e eu senti que meu
estômago estava prestes a explodir.

— O que aconteceu? — murmurei.

— Fomos sequestrados.

Eu olhei para a fonte da voz falando comigo e quando meus olhos


pousaram em Alec, eu quase chorei de alívio.

— Você está bem.

Ele estava sentado contra a parede e os braços estavam amarrados acima


de sua cabeça com uma corda que estava pregada na parede.

— Depende do que você entende por bem.

— Você está vivo.


Alec riu. — Sim, eu estou vivo.

Ele riu, mas parecia longe de estar feliz.

— Storm. — eu sussurrei.

— Eu não sei Keela, ele nunca saiu do seu quarto.

Eu funguei.

Por favor, não.

— Onde está Aideen? — eu perguntei, enxugando os olhos.

— Deixaram-na para trás no seu apartamento, Marco bateu e a


nocauteou, então eles a deixaram no chão.

Eu arregalei meus olhos. — Ela estava respirando?

— Sim. — disse Alec. — Ela só estava nocauteada por causa da pancada.

Eu balancei a cabeça.

Por favor, deixe-a ficar bem.

— Onde está Bronagh?

— Ao seu lado.

Olhei à minha esquerda, em seguida, à direita e engasguei quando eu


encontrei Bronagh amarrada na mesma posição que Alec, mas ela estava
inconsciente. Eu não entendia, eu não estava amarrada ou presa de qualquer
forma, eu estava apenas sentada contra uma parede.

Por que?

— Ele não vai tocar em você, ele está afundado na merda até o pescoço,
agora que Brandy sabe que ele pegou você.

Olhei para Alec. — Como você sabe disso?


Alec deu de ombros. — Eu fingi estar inconsciente quando chegamos
aqui, então eu ouvi algumas coisas.

Olhei ao redor da sala escura que estávamos e engoli.

— Por acaso você ouviu onde estamos?

Alec sorriu. — Eu sei exatamente onde estamos.

— Por que você está rindo?

Alec riu. — Porque eu odeio ironia, e estar na Darkness é tão irônico


quanto às coisas que estão acontecendo agora.

Eu arregalei meus olhos. — Darkness? A boate onde Bronagh, Damien, e


Alannah foram presos por Marco há alguns anos atrás?

Alec piscou. — Boa memória.

Eu fiz uma careta para ele. — Por que você está agindo assim?

— Como o que?

— Frio.

— Frio? Eu? Eu mal sou morno em comparação a você, baby.

Olhei para baixo. — Eu não sou fria, Alec.

— Você é uma rainha do gelo, sua vadia sem coração.

Eu me encolhi e Alec riu.

— Não se atreva a jogar de menina ferida, eu sei quem você realmente é.

Não, você não sabe.

Eu não respondi Alec, dizendo que eu estava fingindo sobre todas as


coisas más que eu disse no apartamento, iria cair em ouvidos surdos agora,
porque ele estava bravo. Eu gemi quando me levantei. Eu coloquei minha mão
sobre a fria parede escura para me equilibrar, quando minha cabeça ficou tonta.
Aquele idiota que me agarrou, me bateu com força.

— Precisamos encontrar um jeito de sair daqui.

Alec riu. — Não me deixe impedi-la de procurar uma saída, como você
pode ver eu estou um pouco preso aqui.

Eu o ignorei e olhei ao redor da sala, caminhei lentamente até a única


porta e testei a maçaneta.

Ela estava trancada.

— Merda.

— Eles não vão facilitar tanto as coisas para você, princesa.

Virei-me para enfrentar Alec.

— Pare com isso, me odiar não vai nos tirar daqui. Coloque uma rolha em
seus sentimentos por um minuto e foque.

Alec sorriu. — Diga-me o que fazer de novo, baby. Adoro quando você me
dá ordens.

Maldito.

Eu caminhei até Alec e abaixei até que eu estivesse cara a cara com ele.

— Odeie-me tudo que você quiser, mas eu preciso de você para se


concentrar para que possamos sair daqui. Pense em Bronagh.

Alec desviou os olhos para o corpo inconsciente de Bronagh e cerrou o


maxilar.

— Isso tudo é culpa sua.

A culpa é minha?

— O que? Como?
Alec rosnou: — Se você nunca tivesse ido à minha casa procurando pela
minha ajuda, não estaríamos aqui, porra.

Senti as lágrimas acumularem nos meus olhos, mas eu segurei.

— Eu não tinha ideia sobre a existência de Marco ou sobre os negócios do


meu tio quando eu conheci você. Eu não tinha ideia nenhuma de que isso iria
acontecer! Como você ousa jogar a culpa em cima de mim, eu não nos coloquei
aqui... Marco colocou.

Alec sussurrou para mim e isso me assustou, então eu me afastei e caí


sobre a minha bunda e gritei de dor.

Machucou de verdade.

— Para que você saiba que pode sentir alguma coisa.

Virei a cabeça para longe de Alec quando comecei a chorar.

— Suas lágrimas de crocodilo não vão ganhar qualquer simpatia de mim.

Eu cobri o rosto com as mãos e solucei.

Como diabos essa bagunça aconteceu?

Alec suspirou. — Chega, Keela.

Eu chorei mais forte.

Ele estava sendo tão cruel. Este não era o Alec que eu conhecia, este era
um lado mais sombrio dele.

— Deus, caramba, por que você está chorando?

— Por causa de você!

— Eu?

— Sim, você. Você está sendo horrível comigo.

Alec riu. — Por uma boa razão.


Não, não é por uma boa razão!

— Olha, eu menti para você quando eu disse todas aquelas coisas lá atrás
no meu apartamento. Fiz o que você tentou fazer, eu fiz você me odiar para
mantê-lo seguro. Meu tio me disse que se eu não ficasse longe de você ou da sua
família, que ele iria matar todos vocês. Eu não quero que isso aconteça, então eu
disse todas essas coisas horríveis sobre nós sermos falsos, assim você ficaria
bravo e me odiaria... então, você nunca iria querer me ver de novo... assim você
estaria seguro.

Eu pressionei meu rosto nos meus joelhos enquanto minhas lágrimas


caíram.

— Como é que eu vou acreditar em você? Como posso ter certeza de que
você não está dizendo isso como algum tipo de artifício?

Eu chorei mais forte. — Porque eu não sou horrível, eu sou uma boa
pessoa! Fiz o que tinha que fazer para mantê-lo seguro e você me odeia por isso!

Silêncio.

— Keela.

Ignorei Alec.

— Keela! — ele chamou meu nome, desta vez mais alto.

— O que? — eu atirei.

— Prove que o que você disse em seu apartamento era uma mentira,
prove que você se importa comigo.

O que?

— Como posso fazer isso? Você não vai acreditar em uma palavra que eu
disser.

— Mostre-me.

Mostrar a ele?
Limpei meu rosto e meu nariz escorrendo então virei para Alec.

— Mostrar para você? — perguntei.

Ele acenou com a cabeça. — Mostre-me... ou você está com nojo de me


tocar?

Engoli em seco.

Antes, eu só conseguia vê-lo voluntariamente tocando Dante e Everly na


minha cabeça, mas agora eu só posso vê-lo sendo forçado a uma situação que ele
não tinha controle.

Ele não me dá nojo. Nem um pouco.

Eu cuidadosamente me arrastei até ele, então, montei no seu corpo e


coloquei minhas mãos em suas bochechas quentes e abaixei a minha cabeça
para a sua. Olhei em seus olhos azuis e eu descansei minha cabeça contra a dele
e inalei o seu cheiro.

— Nós somos de verdade. — eu sussurrei em seguida, cobri a sua boca


com a minha. Beijei-o com todas as fibras do meu corpo para mostrar a ele o
quanto ele significava para mim.

Senti minhas lágrimas caírem enquanto beijei Alec, elas correram até a
minha boca e misturaram em nosso beijo. Alec me beijou apaixonadamente de
volta, e se ele pudesse usar as mãos, eu sabia que ele estaria segurando-me
firmemente a ele.

Eu lentamente recuei do beijo com Alec e descansei minha testa na sua,


enquanto eu recuperava o fôlego.

Eu abri meus olhos e encontrei os olhos azuis de Alec olhando para os


meus.

— Oi. — ele sussurrou.

Chorei. — Oi.
— Eu senti tanto a sua falta, gatinha.

Ele acreditou no meu beijo.

Ele acreditou em mim.

Eu solucei. — Eu também senti sua falta, playboy. Sinto muito por ter te
deixado. Eu deveria ter lhe dado uma chance de explicar quando você queria...

— Shh. Está tudo bem, está no passado agora.

Coloquei meus braços em torno de Alec e chorei.

Eu chorei até que não caiu mais nenhuma lágrima dos meus olhos.

— Você parece uma merda. — disse Alec depois que eu me acalmei.

Uma risada inesperada escapou da minha garganta. — Você não parece


tão quente também.

Alec roçou seu nariz contra o meu. — Posso te fazer uma pergunta?

Eu levemente sorri. — Você acabou de fazer.

Alec sorriu. — Você sabe o que eu quero dizer.

Eu dei um selinho nos lábios dele. — Sim, você pode me perguntar o que
quiser.

— Tudo bem, você quer se casar comigo?

Eu momentaneamente esqueci-me de como respirar e comecei a tossir,


quando meus pulmões protestaram.

Quando consegui me controlar eu olhei para Alec com os olhos


arregalados.

— O que você acabou de dizer?

Alec sorriu. — Você quer se casar comigo?

Engoli em seco. — Você está brincando?


Alec olhou fixamente. — Eu fui sequestrado, espancado e agora eu estou
preso a uma parede, tenho a aparência de estar brincando?

Eu pisquei.

Não, ele parecia muito sério.

— Nós só nos conhecemos há quase duas semanas.

Alec deu de ombros. — Então? Seremos aquele casal que faz tudo com
pressa.

Eu ri. — Eu não posso acreditar que você está perguntando-me isso... e


que você está falando sério.

— Quando ouvi o tiro no apartamento, eu não posso te dizer a dor que


passou por mim sem saber se era você que estava recebendo a bala. A vida é
muito curta, gatinha. Eu quero estar com você por todos os dias para o resto da
minha vida.

Oh meu Deus.

— Alec. — eu sussurrei.

— Eu também queria perguntar-lhe no caso de você me atingir com isso


inesperadamente. Ainda estou chateado por você ter dito que me amava
primeiro.

Eu esqueci como falar.

Alec riu da minha expressão facial. — Sim, você disse isso, e é por isso
que eu lutei tanto quando você explodiu comigo no seu apartamento.

Eu pisquei.

— Quando eu disse que te amava?

Eu o amava?

Alec mordeu seu lábio inferior.


— Sem mais mentiras, eu não aguento nenhuma. Se você tem alguma
coisa que você acha que eu deveria saber, então diga-me... por favor.

Alec olhou diretamente nos meus olhos e disse: — À noite antes das
coisas irem para o inferno, nas Bahamas, você me disse que me amava quando
você estava caindo no sono. Eu não te contei porque eu queria ser aquele a falar
primeiro.

Oh, meu.

Atingiu-me então, como um tiro no coração, eu o amava.

Eu o amava tanto que doía.

— Sim. — eu sussurrei.

— O que?

— Sim, eu vou me casar com você.

— Keela. — Alec ofegou.

— Eu te amo, eu te amo tanto.

Beijei-o com força e ele retribuiu totalmente.

— Você vai ser a minha mulher. — Alec murmurou em minha boca.

— E você vai ser meu marido.

Alec suspirou. — Storm não vai levar isso muito bem.

Eu ri e beijei Alec novamente.

— Eu não quero estragar o momento, apesar de ter sido lindo, mas


ninguém vai casar porque ainda estamos presos em uma sala... e podemos
morrer.

Alec gemeu quando eu me afastei dele.

— Que jeito de colocar as coisas para baixo, Murphy.


Olhei para Bronagh e encontrei-a sorrindo para nós.

— Parabéns.

Eu sorri. — Obrigada.

Alec acariciou meu pescoço. — Tudo bem, esposa, solte-nos.

Ergui a sobrancelha quando eu olhei para ele.

Ele sorriu. — Apenas tendo um gostinho disso.

Eu revirei os olhos de brincadeira para ele, em seguida, levantei, agarrei


na corda que o prendia e puxei tão forte quanto eu podia, mas ela não se
mexeu. Fui até Bronagh e tentei o mesmo com as suas amarras, mas elas
estavam sólidas também.

— Droga, e agora?

Estávamos todos em silêncio enquanto pensávamos, mas quando eu


coloquei a mão no bolso do meu vestido, eu gritei.

— O que? — Alec perguntou.

Cavei o meu telefone e o mostrei para ele.

— Meu vestido não aparenta ter bolsos, então eles não me revistaram!

Alec franziu a testa. — Estamos no subsolo, não vai funcionar.

Subsolo.

O que?

Pressionei na tela do meu telefone e pulei quando vi que meu sinal tinha
uma única barra.

— Eu tenho uma barra, para quem eu ligo?

— Meus irmãos, eles vão ajudar. — disse Alec.

— Fale o número.
Alec ditou um número de celular e eu disquei no meu telefone.

Eu segurei minha respiração quando pressionei ligar.

Eu gritei: — Está tocando!

Tocou uma vez.

Duas vezes.

— Quem é você e por que não reconheço o seu número?

— Nico? Sou eu, Keela...

— A cadela que partiu o coração do meu irmão, eu sei quem é você. O que
você quer?

Grosso!

— Eu quero sua ajuda! Bronagh, Alec e eu precisamos!

Nico gritou para seus irmãos então se concentrou em mim. — O que


aconteceu?

— Marco está aqui, ele me sequestrou, Alec e Bronagh. Alec diz que
estamos na Darkness, por favor, venha e nos ajude.

—Bronagh está bem? — Nico perguntou, sua voz áspera.

— Sim, ela está bem, mas ela e Alec estão amarrados. Não consigo soltá-
los.

— Porra! — Nico berrou. — Está bem, Keela, mantenha a calma e me


escute. Sabe quantos homens estão aí?

— Marco tinha dois com ele no meu apartamento, eu não tenho certeza
quantos mais existem. Estamos trancados em um quarto.

Eu podia ouvir Nico enchendo seus irmãos sobre o que estava


acontecendo, e a reação deles era muito parecida.
Eles estavam putos.

— Keela? É Kane, você está fazendo grande trabalho, Red! Consegue


ouvir alguma coisa do quarto onde vocês estão?

Fui até a porta e encostei a minha orelha contra ela. Eu podia ouvir vozes.

— Sim, eu posso. — eu disse para Kane, então me concentrei novamente


na porta.

Eu podia ouvir duas pessoas conversando.

— Se a merda explodir aqui, eu vou dar o fora. Brandy não enrola quando
perdemos um pagamento. Você pode imaginar o que ele vai fazer quando ele
ficar sabendo que Marco tem a porra da sua sobrinha? É uma sentença de morte
para todos nós.

Houve um gemido. — Se sairmos estamos mortos, Marco vai nos matar.

— Então, nós saímos durante o caos e confie em mim, haverá caos. Ele
não vai sair daqui vivo, mas nós poderíamos.

Silêncio.

— E se os Slater chegarem aqui antes de Brandy e seus homens?

— Eu não sei, eles são tão perigosos. Ouviu Carter nos contar sobre eles e
o que eles fizeram com o seu irmão Trent. Ele os odeia, assim como Marco, mas
ambos estão cegos pela raiva e isso pode matá-los.

— Carter é apenas uma criança. Ele voltou para os EUA, então a sua
opinião de merda não importa.

— É só uma questão de tempo antes que ele venha aqui.

Eu me afastei da porta e coloquei meu telefone de volta no meu ouvido e


sussurrei: — Há dois homens de fora e eles estão falando sobre sair daqui antes
que meu tio e você e seus irmãos cheguem aqui.

Silêncio.
— Kane?

Eu olhei para o meu celular e encontrei a chamada encerrada e minha


barra de sinal agora vazia.

— Foda-se. — eu assobiei e olhei para Alec e Bronagh. — O sinal


desapareceu.

— Está tudo bem, você foi bem. Eles sabem onde estamos. Eles estão
vindo.

Eu balancei a cabeça e me movi para Alec, aconchegando-me ao lado


dele.

Estava congelando.

— O que mais você ouviu esses homens dizerem? — Alec perguntou.

— Eles estão falando em ir embora antes de seus irmãos ou meu tio


chegarem. Eles não querem morrer.

Bronagh riu. — Marco com certeza tem seguidores fiéis.

Eu sorri e estava prestes a falar quando a porta do quarto foi aberta de


repente.

— Senhorita Daley, venha comigo.

— De jeito nenhum. — Alec rosnou.

O homem que entrou na sala riu para Alec. — Você vai levantar e me
impedir de levá-la, não é?

— Toque-a e eu vou te matar.

O homem riu e agarrou meu cabelo, me puxando para os meus pés.

Eu gritei.

— Deixe-a em paz, seu idiota!


O homem riu para Bronagh e saiu da sala, me puxando pelos cabelos com
ele.

— Keela! — a voz de Alec rugiu.

Eu podia ouvi-lo gritando para mim, mesmo depois que a porta foi
fechada, prendendo-o dentro do quarto novamente. Era abafado, mas eu ainda
a ouvi.

Eu lutei contra o homem me segurando e como castigo por minha


resistência, ele me virou para encará-lo e me deu um tapa no rosto. Eu gritei
quando a dor queimou se espalhando pelo meu rosto.

Ele instantaneamente latejou.

— Seja uma boa menina e fique quieta, o chefe quer dar uma palavrinha
com você.
— V ocê me

causou muitos problemas, senhorita Daley.

Eu não queria olhar para Marco, enquanto ele falava, eu mantive minha
cabeça abaixada e minha mão colocada sobre meu rosto em chamas.

— Você está me ouvindo? — perguntou Marco.

Eu assenti.

— Então olhe para mim.

Engoli em seco quando lentamente levantei minha cabeça e meu olhar


para Marco.

Ele assobiou. — O que você fez para receber esse golpe?

Dei de ombros. — Resistindo a ir a algum lugar com um babaca.

Marco riu. — Você é definitivamente a sobrinha de seu tio, não há como


negar isso.

Falando do meu tio.

— Ele está vindo para te matar, eu espero que você perceba isso.
Marco perdeu o sorriso. — Como eu disse antes, você já me causou
muitos problemas.

Eu balancei minha cabeça dolorida.

— Como é que eu lhe causei problemas? Você é a pessoa que me


sequestrou.

Marco suspirou. — Eu só queria Alec. Aquele filho da puta de alguma


forma convenceu Dante que há uma vida melhor lá fora. Aquela que não requer
que ele seja um acompanhante. Dante era um fabricante de dinheiro para mim e
agora que ele caiu fora da grade, é uma perda substancial para mim. Eu gosto do
meu dinheiro, e se você mexer com ele, eu fodo você.

Eu levantei minha sobrancelha. — Você quer foder com Alec?

— O quê? Não, não é isso que eu quis dizer.

— Mas você disse que...

— Eu sei o que eu disse que para você espertinha, mas como você tomou
não é o que eu quis dizer.

Inclinei a cabeça para o lado. — O que é que você quis dizer, então?

Marco estreitou os olhos para mim. — Você não está em posição de fazer
perguntas, senhorita Daley.

Revirei os olhos. — Você sabe meu nome para usá-lo.

Marco sorriu. — Acho que o plano de seu tio para Alec estar fora de sua
vida não deu certo, estou certo Keela?

Eu cerrei meu maxilar. — Você está correto.

Marco riu. — Brandon não vai gostar disso.

Dei de ombros. — Ele vai superar isso.

— Você diz sobre os tiros, não é?


Olhei ao redor da sala em que estava, percebendo as cabines, o bar e a
grande pista de dança aberta, bem como uma seção escura do clube.

— Eu sou sua sobrinha. — eu disse quando eu olhei de volta para Marco.


— Não há muito que meu tio não queira me dar. Ele me ama.

Eu me virei e olhei em volta novamente.

— O que você está procurando?

Dei de ombros. — Eu estou querendo saber onde o seu sobrinho estava


quando ele morreu.

Silêncio.

Olhei para Marco com o meu coração na minha garganta.

— Você é um bolinho valente, eu vou te dar isso.

Eu sorri. — Você é o único que disse que eu sou muito parecida com meu
tio.

Marco bufou então olhou para o chão e apontou para o centro do mesmo.

— Ele morreu lá.

Olhei para onde ele apontava e eu esperava ver alguma coisa, uma
mancha de sangue ou alguma coisa, mas não havia nada.

— Por que voltar se ele morreu aqui?

Marco riu. — A Darkness é o único lugar que eu tenho na Irlanda, eu não


possuo qualquer outra propriedade por isso fazia sentido vir para cá.

Fiquei surpresa.

— Você é o dono desse lugar?

Marco deu de ombros. — Eu a comprei da última vez que estive aqui, este
lugar tem personalidade.
— Seu sobrinho morreu aqui, quem dá a mínima para a personalidade?

Marco sorriu. — Você está correta sobre Trent morrendo aqui, mas você
está enganado se pensa que sua morte significou alguma coisa para mim. Ele
não significava nada para mim na vida, ele significa ainda menos morto.

Isso foi nojento.

— Você é horrível.

Marco inclinou-se para trás e olhou para mim com uma expressão alegre.
— Você não chega a lugar nenhum no meu mundo quando você tem pessoas que
se preocupam. Veja seu tio, por exemplo; ele tem sua esposa, filha, irmã e você.
Qualquer uma de vocês podem ser usadas contra ele, se as pessoas certas
soubessem sobre vocês.

Ele estava tentando me assustar.

E estava funcionando.

Eu não iria deixá-lo saber disso.

— É uma coisa boa que você vai estar morto antes de você denunciar.

A expressão de Marco escureceu quando ele se aproximou da mesa e me


acertou no rosto com um objeto sólido.

Gritei de dor.

— Eu já tive o suficiente da porra da sua boca inteligente, sua putinha.


Uma palavra mais e eu estou usando a função principal desta arma em seu rosto
bonito. Você entendeu?

Eu soluçava enquanto puxava minha mão da minha sobrancelha ardendo


e manchada de sangue. Então eu olhei para a mão de Marco e vi a arma com que
ele me bateu.

— Você... entendeu? — Marco rosnou.

Eu assenti e apertei a minha mão contra a minha sobrancelha.


Deus, doeu.

Eu não sabia que dor me concentrar, se na minha sobrancelha ou no meu


rosto.

— Boa menina, agora me diga, você sabe onde Dante está?

Eu neguei com a cabeça.

— Não minta para mim.

Eu choraminguei. — Eu não estou mentindo, a última vez que vi Dante,


foi nas Bahamas.

— Alec nunca mencionou seu paradeiro para você?

Eu funguei. — Não, hoje foi a primeira vez que eu falei com Alec desde
que eu cheguei em casa. Eu não tenho nenhuma ideia de onde Dante está ou
poderia estar. Não sei nada.

Marco me observava com interesse.

— Ou você é realmente uma boa mentirosa, ou você está me dizendo a


verdade.

Eu choraminguei enquanto o sangue escapava do corte na minha


sobrancelha, embora eu tivesse pressão sobre ele.

— Eu estou te dizendo a verdade.

Marco apontou a arma para mim e eu gritei de susto.

— Estou dizendo a verdade, eu juro. Por favor, não atire em mim.

Marco suspirou e abaixou a arma.

Ele parecia ter concluído comigo.

— Traga os outros dois aqui fora.


Ouvi passos, em seguida, alguns minutos depois eu podia ouvir Alec e
Bronagh.

— Keela?

— Estou aqui. — eu me virei e olhei para Alec quando ele praticamente


correu em minha direção.

Marco apontou a arma para Alec.

— Não tão rápido Romeu, sente-se no chão com a puta do seu irmão.

Alec fez como ordenado, mas ele fez isso olhando para mim. Sua boca
formou uma linha apertada quando ele me viu cobrir meu rosto.

— Você está bem?

Virei-me para ele totalmente e ele arregalou os olhos quando me viu


sangrando.

— Depende do que você entende por bem.

Minha tentativa de aliviar a situação com suas próprias palavras, não


funcionou.

Alec olhou para mim. — Você está bem?

Eu tentei ser forte, mas eu quebrei e neguei com a cabeça.

Eu me sentia tonta e meu rosto estava tão dolorido.

Alec virou os olhos para Marco.

— Ela está indefesa seu imbecil.

Marco bufou. — Ela não estava indefesa. Sua arma estava em sua boca,
confie em mim.

Alec bufou quando ele olhou para mim, em seguida, de volta para
Marco. Eu podia sentir que ele queria vir até mim, mas ele não podia e ele
odiava.
— Por que você está fazendo isso?

Marco rosnou: — Porque você convenceu Dante sair e começar uma nova
vida. Ele era o top dos meus ganhos depois que você saiu. Todos os meus
negócios tiveram perdas do lucro quando você e seus malditos irmãos pularam
fora do barco. Eu estava constantemente construindo tudo de volta e agora
Dante se foi. Onde ele está?

O olhar de Alec era pessimista e isso me preocupou.

— Ele me perguntou como era a minha vida desde que deixei e eu lhe
disse a verdade, que era, e é muito boa. Eu não o convenci de nada. Se ele saiu,
ele fez isso por sua própria vontade.

Marco não estava feliz, ele não estava nem um pouco feliz.

— Você não tem livre-arbítrio quando você trabalha para mim. — Marco
rosnou.

Alec manteve contato visual com Marco. — Então, onde está Dante?

Marco retrucou: — Diga-me onde ele está, eu não vou perguntar de novo,
rapaz!

Meu coração já acelerado, arrancou na ultrapassagem.

— Eu estou te dizendo a verdade, eu não sei onde ele está.

Marco levantou a arma e apontou para Alec.

— Eu não tenho tempo para bobagem.

— Não, por favor, não! — eu gritei.

— Diga-me onde ele está ou eu vou matar seu namorado.

Oh Deus!

— Por favor. — eu gritei.

— Seu desgraçado, não pode trazê-la para isso, ela só viu Dante uma vez!
Eu assisti em câmera lenta quando Marco rolou a mão por cima da
lâmina da arma e a engatilhou.

Ele ia atirar em Alec.

— Listas de avião! — eu gritei.

Marco parou o que estava fazendo e olhou para mim.

— O quê?

— Você poderia verificar os voos de saída das Bahamas de dois dias atrás.
Dante teria que usar o seu passaporte para que o seu verdadeiro nome esteja em
uma lista de voo.

Marco olhou para mim por um momento e depois sorriu.

— Por que não pensei nisso antes?

Porque você é uma porra de um psicopata, talvez?

— Toby, execute uma pesquisa de todos os voos saindo das Bahamas a


partir de quinta-feira da semana passada.

— Já estou nisso, chefe.

Eu conhecia aquela voz.

Toby era o homem que me impressionou e me puxou pelos cabelos.

Eu armazenei essa informação e relaxei visivelmente quando Marco


baixou a arma, mas meu pânico começou tudo de novo quando o foco de Marco
mudou para Bronagh. Notei que Bronagh tinha uma marca vermelha escura na
bochecha dela, parecia muito semelhante a minha.

— É bom ver você de novo.

— E você, Marco, é um prazer, como sempre.

Marco gargalhou.
Eu não sabia sobre sua história, então, me mantive quieta. Minha cabeça
estava doendo muito, então eu a baixei até que a apoiasse na mesa.

— Keela?

Ouvi a voz de Alec, mas levou um minuto para eu levantar a cabeça e


olhar para ele.

— Você está bem? — perguntou ele.

Eu balancei a cabeça levemente. — Minha cabeça dói. — eu disse quando


puxei minha mão da minha sobrancelha, em seguida, coloquei-a de volta. — E o
sangramento não vai parar.

Alec empalideceu e olhou para Marco.

— Marco, deixe-me ver o seu corte. Ela está sangrando.

Marco olhou para mim e acenou para Alec enquanto ele se virava para
Bronagh.

— Ainda namora Nico?

Bronagh assentiu. — Sim, ainda estamos firmes e fortes.

— Estou feliz por vocês dois.

Bronagh bufou. — Sim, eu aposto que você está.

— O meu menino ainda está lutando?

— Sim, mas não por dinheiro, apenas por diversão.

Tentei me concentrar na conversa, mas meu foco mudou para Alec


quando ele se mudou para a cadeira ao meu lado e levantei a cabeça da mesa.

— Oi. — Alec disse, dando-me um pequeno sorriso.

Eu acho que eu sorri. — Oi.

— Vai ficar tudo bem, eu prometo.


Eu assenti e inclinei-me contra ele, mas ele me manteve sentada ereta. Eu
preguiçosamente vi quando ele arrancou um grande pedaço de tecido rasgando
a camisa dele, então ele fez a mesma coisa com o meu vestido.

Dobrou o tecido de sua camisa, e em seguida, tirou minha mão da minha


cabeça e apertou-a contra minha sobrancelha muito forte.

— Ai. — eu choraminguei.

— Eu sei, baby, desculpe, mas quanto mais pressão eu aplico mais vai
ajudar a parar o sangramento.

Eu assenti.

— Segure esta peça sobre o seu corte. Vou colocar mais este pedaço de
tira e depois amarrar atrás de sua cabeça, tudo bem?

— Tudo bem. — eu disse.

Alec fez o que ele disse, e isso pode ter parecido engraçado, mas
funcionaram como gaze e atadura, dadas as circunstâncias. Encostei-me a Alec
então pulei de susto quando ouvi um grande estrondo.

— O que foi isso?

— Toby, porta da frente! — Marco berrou.

— Porta da frente está coberta, não vem da entrada.

— Onde diabos está a saída?

Ele comprou um edifício e não sabia onde era a saída?

— Idiota. — eu murmurei.

— Está atrás de você. — disse Alec, e com o som de sua voz, ele estava
sorrindo.

Abri os olhos e olhei para ele, ele de fato estava sorrindo.

— Por que você está sorrindo?


— Porque os meus irmãos estão aqui.

Eles estavam?

— Onde?

— Lá.

Eu olhei para baixo para Bronagh e segui sua linha de visão.

Dominic Slater foi o primeiro irmão que avistei seguido por Ryder e
Kane.

Eu levei minha cabeça contra a cabine e relaxei.

Vamos ficar bem.

— Abaixem as armas. — Marco rosnou.

— Nós não temos nenhuma. — respondeu Kane

Risque o que eu disse antes por que íamos morrer.

— Vocês não têm armas? Você está de brincadeira? — a voz de Bronagh


estalou.

— Desculpe, Bee, eu não lido nesse negócio mais. — disse Ryder e por
algum motivo eu achei engraçado.

— A faca de manteiga seria algo rapazes, não nada!

Concordei com Bronagh, mas eu estava cansada demais para expressar


isso.

— Então você vem aqui desarmado... por quê? — perguntou Marco.

— Porque o problema não é com a gente, é com ele.

Ele?

— Quem é ele? — perguntou Marco.


— Eu vou te dar dois palpites, mas você só irá precisar de um.

Tio Brandon!

— Oh, foda-se! — Toby disse em algum lugar atrás de mim.

Sim, Toby sabia o que estava acontecendo.

— Eu tentei pensar em uma razão lógica de por que você levaria minha
sobrinha em uma situação hostil, Marco, mas eu simplesmente não consigo
imaginar passar por sua estupidez.

Eu bufei mentalmente.

— Ela estava no lugar errado na hora errada, isso acontece.

— Isso não se aplica ao que é meu, e ela é minha.

Silêncio.

— Pegue-a então, pegue-a e saia.

Abri os olhos e só conseguia ver as costas de Marco com o braço


levantado.

Ele estava apontando uma arma para alguém.

— É tarde demais para isso.

Marco balançou a cabeça. — Não é, ela ainda está viva. Veja.

Marco deu um passo para a esquerda e dei ao meu tio uma visão clara de
mim.

Minha visão estava um pouco embaçada, mas eu podia ver como meu tio
estava puto.

Ele não era bom quando ele estava puto.

— O. Que. Você. Fez. Com. Ela? — meu tio rosnou.

— Eu não fiz nada, foram os meus homens...


— Que homens? Quer dizer aqueles dois idiotas que estavam de guarda
na entrada da escadaria a menos de um minuto atrás?

Marco olhou ao redor.

— Toby? Thomas?

Toby e Thomas não responderam às chamadas de Marco.

As coisas ficaram em silêncio por um momento e depois um grande


estrondo soou.

Eu pulei de susto.

— Toby ou Thomas, um deles não irá responder para mais ninguém. —


meu tio Brandon disse a Marco.

Marco voltou sua atenção e a arma de volta para o meu tio.

— Leve-a e vá embora, o meu problema é com os irmãos.

— Não, seu problema é comigo. Você vê, o namorado da minha sobrinha


é um daqueles irmãos Slater, e eu não estou te dizendo que ela não pode tê-lo
novamente. Já escutei muito na primeira vez, então, eu estou economizando
uma dor de cabeça e deixando-os ir. Ele é dela e ela é minha, e já sabemos que
nada acontece com o que é meu.

Acho que foi um jeito meio estranho do meu tio nos dar a sua bênção.

Eu sorri e também os irmãos de Alec.

— Eu não acho que talvez você entenda o conceito de ter uma arma
apontada para sua cabeça, Brandon.

— E eu acho que você não entende o conceito de ter dez apontadas para a
sua, Marco.

Ouvi vários cliques em seguida.

Girei a minha cabeça para ver atrás do meu tio e avistei seus homens.
Contei seis, mas meu tio disse dez armas, então eu sabia que os outros
quatro estavam ao redor da sala em algum lugar.

Eu tentei inclinar-me para trás contra a cabine, mas cai para frente. Eu
teria batido na mesa, se Alec não agarrasse meu ombro evitando que
acontecesse.

— Slater, ela está bem?

— Eu acho que ela está com uma concussão.

— Mantenha-a acordada. — meu tio pediu.

Fechei os olhos.

— Ei, você ouviu seu tio, fique acordada.

Eu resmunguei. — Estou cansada... e minha cabeça dói.

— Eu sei, mas nós iremos para casa em breve e, em seguida, você pode
dormir.

Casa.

Eu solucei. — Aideen... Storm.

— Eles estão bem. Aideen está acordada e Storm está bem, apenas
atravessou a carne. Aideen e Branna estão com ele no hospital veterinário agora.

Comecei a chorar quando alívio inundou meu corpo.

Aideen estava bem e Storm também. Ele realmente ia ficar bem.

Graças a Deus!

— Você atirou no cachorro da minha sobrinha?

— Você é um bastardo doente. — Bronagh disse de repente e isso fez meu


tio dar risada.

— A menina disse isso.


— Eu não atirei, mas ele atacou os meus homens. — disse Marco em um
tom defensivo.

Eu rosnei: — Ele foi me proteger seu doente retorcido de merda.

— Eu ouvi durante o ano passado que você estava ficando louco. Gostaria
de saber se isso era a razão pela qual você perdeu tantos parceiros de negócios e
então ouvi sobre sua obsessão com esta família. Eu não acreditei nisso
totalmente, até agora, quer dizer, atirar em um cão? Você realmente está
terrivelmente louco.

Marco riu como um louco. — Eles me arruinaram, tudo caiu por terra
quando eles pularam fora.

— Seu império nunca foi tão forte, para começar, se um grupo de irmãos
comandava o show para você.

— Você não sabe o que você está falando.

Meu tio riu. — Não, eu realmente sei. Você perdeu tudo. Fiz uma
verificação de antecedentes sobre suas finanças e elas são inexistentes. Você foi
para a Bahamas para vender esse lixo para mim, pelo amor de Deus, você ainda
aceitou a metade do preço que vale.

Meu tio era dono da Darkness agora?

— Você pensou que Dante poderia ganhar dinheirinho rápido demais,


enquanto ele estivesse indo por esse caminho?

Tudo ficou em silêncio.

Muito bem.

— Você sabe onde ele está?

— Eu sei, ele veio até mim procurando uma saída, então eu dei-lhe uma.

O que isso significa?

— Eu o quero de volta.
— Receio de que isso não possa ser arranjado. Tomo a confidencialidade
de um funcionário muito a sério.

Oh Deus.

— Seu filho da puta, você o fisgou?

Meu tio deu de ombros. — O interesse de minha sobrinha em Alec me faz


pensar em um ramo de negócio. Pensei em tentar a minha mão nele, daí Dante
agora está na minha folha de pagamento.

Ofeguei.

— Tio!

Meu tio riu de mim e assim o fez seus homens.

— Desculpe menina, é apenas negócio.

Revirei os olhos mentalmente.

Gangsters.

Ouvi um barulho atrás de mim, então gritei, isso chamou a atenção de


todos.

— Tire suas mãos de mim.

A voz do homem não era de Toby, então imaginei que ele fosse outro
bandido de Marco.

Thomas.

Ouvi Bronagh rir quando ela falou com Thomas e disse: — Não é bom ser
empurrado por alguém maior do que você, não é?

Oh, deve ter sido ele que bateu nela.

— Foda-se! — Thomas rosnou para ela então gritou de dor.


Voltei-me para o meu tio, que se adiantou e pegou a arma da mão de
Marco, enquanto ele estava distraído por Thomas. Marco não reagiu porém, ele
apenas suspirou.

— Vá em frente, atire em mim! Não tenho mais nada.

Meu tio sorriu.

— Isso seria muito limpo, Marco. Você sequestrou a minha sobrinha, isso
não ficará impune.

Nossa, tio Brandon parecia feroz.

Meu tio olhou para trás. — Acenda as luzes da parte de trás do clube.

Ouvi passos, e depois de um momento, onde a área escura do clube se


iluminou.

— Rapazes, ajudem Thomas aqui na plataforma.

Oh, Jesus Cristo.

— Família Slater, o bom homem está indo para a plataforma aquele que
deu aquela querida no chão uma marca bastante desagradável em seu rosto.
Quem gostaria de dizer a ele que não é bom bater nas mulheres? — meu tio
perguntou, sorrindo.

Nico Slater caminhou imediatamente para frente, ele parou por Bronagh
e olhou para ela. Ela olhou para ele, seu cabelo caiu de seu rosto mostrando o
quão inchado e vermelho seu rosto realmente estava.

Foda-se, Thomas bateu com força.

— Eu vou estar de volta em dois minutos, menina bonita. — disse Nico


para Bronagh então olhou para a plataforma, cerrou o maxilar e caminhou para
frente.

Bronagh gemeu: — Aqui vamos nós de novo.


Vi quando Nico chegou a suas mãos até a plataforma e puxou seu corpo
para cima em um movimento rápido.

Engoli em seco quando Nico tirou sua camisa e chutou seus tênis. Ele
ficou de frente olhando para Thomas em apenas um par de jeans azul escuro.

O irmão mais novo de Alec era gostoso pra caralho.

— Droga. — eu murmurei.

— Você está brincando comigo?

Eu pulei e olhei para Alec.

Eu sorri e estremeci. — Droga, minha cabeça dói.

Alec revirou os olhos para mim e olhou de volta para a plataforma. Eu


estava esperando por algum tipo de apito para explodir, mas nenhum dos
rapazes estava esperando por um apito. Não Thomas de qualquer maneira que
se atirou para frente e derrubou Nico no chão.

— Oh, foda-se! — eu gritei.

Ele está de volta!

Eu acho que eu senti a dor de Nico porque ele não gritou, encolheu ou
arqueou as costas em tudo, ele simplesmente colocou seus pés em torno dos
quadris de Thomas então usou seu poder para rolar Thomas sob ele.

Ofeguei e joguei a mão sobre a minha boca enquanto observava Nico


entregar soco após soco relâmpago e rápido na cabeça desprotegida de Thomas.

— Cubra sua cabeça! — eu gritei.

Então eu senti os olhos de todos em mim.

— De que lado você está? — Bronagh me perguntou.

Eu corei. — Desculpe, eu fui apanhada pelo momento.


Meu tio riu de mim e balançou a cabeça. Eu olhei de volta para a
plataforma e, em seguida, fiz uma careta quando Nico levantou e deu um chute
forte no estômago de Thomas.

Nico andou para trás e para frente dele como um leão perseguindo sua
presa e ele me deu arrepios, ele era animalesco encima dessa plataforma. Eu
posso dizer exatamente por que ele ganhou tantas lutas. Ele era incrível.

Ele não precisava de ritmo, porque embora Thomas não estivesse se


levantando; ele estava muito ocupado se contorcendo no chão de dor.

— Dominic! — Bronagh gritou.

Nico olhou para ela e ela disse: — Você ganhou, babe.

Nico olhou para Thomas e o chutou mais uma vez, em seguida, ele pulou
para fora da plataforma e correu até Bronagh. Ele a levantou do chão e abraçou
o corpo dela ao seu.

Eu sorri e encostei-me a Alec antes de fechar os olhos.

— Keela! — eu pulei.

— O quê?

Olhei para o meu tio, que gritou meu nome e olhou. — Não faça isso.

Eu coloquei minha mão sobre meu coração martelando e balancei a


cabeça para meu tio.

Ele acenou para Marco.

— Eu pensei que você gostaria de testemunhar a estreia na plataforma de


Marco.

O quê?

— O quê? — todos os irmãos disseram em uníssono.


Tio Brandon acenou com a cabeça e, de repente dois de seus homens
agarraram Marco e obrigaram-no a subir na plataforma. Eles o subiram, então
chutaram Thomas para fora dela. Ele caiu no chão com um baque.

Ele estava gemendo de dor e por um momento eu senti pena dele, mas
então eu olhei para o rosto de Bronagh e a simpatia foi embora.

— Quem está lutando com Marco? — perguntou Bronagh.

— Eu. — Nico rosnou.

Isso parecia a escolha lógica, uma vez que ele era um lutador, mas
quando meu tio olhou para Alec com as sobrancelhas levantadas eu comecei a
suar.

— Não. — eu disse.

De jeito nenhum, ele não estava lutando com Marco.

Alec suspirou do meu lado. — Keela, tenho tanto ódio por aquele homem
agora, ele tem destruído minha família por muito tempo, ele tem perturbado a
vida das irmãs Murphy por muito tempo, e ele fez isso com seu rosto. Porra, não
ouse dizer que ele não merece que lhe ensinem uma lição.

Puta que pariu.

— Mas eu não quero que você se machuque. — eu sussurrei.

— Eu vou ficar bem.

— Mas Nico é o lutador, não você.

Eu comecei a chorar.

— Fique firme e assista, você vai ver o que um homem é capaz quando ele
é empurrado ao limite.

Alec, por favor.


Alec se levantou e caminhou em direção à plataforma. Eu tropecei para
fora da cabine atrás dele, mas braços vieram em torno de mim e pararam meus
movimentos.

— Deixe-o fazer isso, Red.

Kane.

Eu inclinei minha cabeça contra o peito de Kane, porque eu me senti tão


tonta que eu estava com medo que eu iria cair para frente. Forcei meus olhos
abertos, assim quando Alec subiu na plataforma.

— Há quanto tempo você queria me trazer para uma situação como essa,
rapaz?

Alec cerrou os punhos. — Por muito tempo.

Marco sorriu e estalou o pescoço, em seguida, virou a cabeça em seus


ombros.

— Fique longe da minha bunda, eu não jogo nesse time.

Isso alfinetou!

Alec riu em seguida, empurrou as mangas de sua camisa até os cotovelos.

— A única coisa que vai na sua bunda, velho, é meu pé.

Meu tio, seus homens e irmãos de Alec riram silenciosamente.

Eu sorri também.

Marco olhou para Alec então, do nada correu para ele. Eu ampliei meus
olhos esperando ver Alec se debatendo no chão como Nico fez, mas quando Alec
ergueu os braços e os girou em Marco a coisa mais nojenta aconteceu.

O cotovelo de Alec bateu no rosto de Marco e eu ouvi o som de trituração


do outro lado da sala.

— Oh meu Deus! — eu gritei.


Marco caiu no chão e gritou de dor. Alec se abaixou e puxou-o novamente
de joelhos socando-o no rosto e enviando de volta para o chão.

Marco virou em nossa direção, e seu rosto estava coberto de sangue. Eu


não sei de onde veio, porque estava em todo o seu rosto.

Ele tentou se arrastar para fora da plataforma, mas Alec agarrou suas
pernas e puxou-o para trás.

— Pare! — Marco gritou.

Alec não parou.

Alec montou sob o peito de Marco, agarrou seu cabelo com a mão
esquerda e fechou sua mão direita em um punho.

— Isso é por meus pais. — Alec agarrou e socou o rosto de Marco. — Isso
é por Nala. — outro soco. — Isso é por Bronagh e Branna. — outro soco. — Isso é
por Aideen e Storm. — outro soco. — Isso é pela minha gatinha. — outro soco. —
E isso é por mim e meus irmãos seu filho da puta. Você arruinou nossas vidas.
— socos incontáveis.

Senti meus olhos se enchem de lágrimas quando a voz de Alec quebrou.

Eu desviei o olhar quando Alec continuou a bater em Marco, muito


tempo depois que ele parou de se mexer.

Eu me afastei da pressão de Kane e tropecei para o meu tio. Coloquei


meus braços ao redor de sua cintura e meu rosto contra seu peito e fechei os
olhos.

— Eu tenho você, menina.

Dei-lhe um aperto.

— Eu sinto muito pelo que eu fiz, eu fiz uma escolha de negócios que
permitiu que te machucasse. Lamento muito. Eu voltaria atrás, se eu pudesse,
eu juro.
Eu não disse nada quando meu tio sussurrou para mim.

— Você me odeia?

Abri meus olhos e olhei para o meu tio. — Não, eu te amo. Você só fez
uma má decisão, tudo vai ficar bem. Você é apenas humano.

Meu tio cuidadosamente beijou minha cabeça dolorida. — Você é uma


boa menina, Keela.

Eu sorri e coloquei minha cabeça contra seu peito.

— Senhor.

Eu congelei quando Alec falou.

— Eu preciso perder uma bala com o Sr. Miles? —meu tio perguntou.

Engoli em seco.

Eu não gostei de como casualmente ele falou de acabar com a vida de


alguém assim, mesmo que a pessoa que ele estivesse falando fosse horrível.

Eu sabia que teria que superar isso, porém, depois desta noite, eu sabia
que eu provavelmente nunca ouviria falar de outro incidente como este nunca
mais. Ainda era difícil assimilar o fato de que o meu tio era um gangster. Não só
um gangster, ele era o chefe.

— Não senhor, embora talvez você precise perder uma em Thomas. Ele
ainda está respirando.

Jesus.

Ouvi passos.

— Não, por favor... não. — a voz de Thomas gemeu.

Bang.

Eu gritei no peito do meu tio e o segurei como se minha vida dependesse


disso.
— Menina? — meu tio murmurou.

Senti as lágrimas caindo dos meus olhos, elas deslizavam pelo meu
pescoço e para baixo no meu peito.

— Sim? — perguntei.

— Seu namorado gostaria de uma palavra.

Engoli em seco. — O sangue... eu não posso.

— Ele limpou.

Eu tomei uma respiração profunda e exalei quando me virei lentamente.

Olhei para um Alec agora sem camisa e com o cabelo bagunçado e um


rosto franzindo a testa. Ele parecia tão jovem.

Eu olhei para baixo, para suas mãos e pude ver um pouco de sangue, mas
não o suficiente para me fazer mal.

Alec me olhava com olhos nervosos, e percebi que ele estava com medo
de que eu estava desgostosa com ele e para provar que eu não estava, me
adiantei e coloquei os braços em volta dele.

Ele passou os braços firmemente em torno de mim e beijou o topo da


minha cabeça algumas vezes, em seguida, ele deu um suspiro de alívio.

Levantei minha cabeça para trás e olhei para seu rosto cansado.

— Oi. — ele sussurrou.

Eu sorri. — Oi.

— Eu te amo. — ele murmurou.

— Eu também te amo.

— Ah saco, eles estão apaixonados.


Eu ri do meu tio, assim como todos os outros. Mudei-me para o lado de
Alec e coloquei meu braço em volta da sua cintura quando eu enfrentei meu tio
junto dele.

— Eu acho que eu não preciso dizer para cuidar dela.

— Não senhor, eu a tenho protegida.

Meu tio acenou para Alec então me deu uma piscada. — Vá em frente e vá
para casa, eu tenho algum trabalho para terminar aqui.

Eu resmunguei. — Eu não quero saber.

Meu tio sorriu.

Virei-me com Alec e sorri para Nico que estava beijando


Bronagh. Afastei-me de Alec e agarrei a mão dela quando passei por ela. Puxei-a
para longe de Nico e joguei meu braço em volta do seu ombro.

— Você pode me ajudar a subir as escadas, enquanto os irmãos


conversam.

Bronagh riu e colocou o braço em volta da minha cintura enquanto


caminhávamos.

Olhei por cima do ombro, quando Alec abraçou seus irmãos. Eu sorri e
assim o fez Bronagh, quando ela olhou para trás. Nós nos viramos e
caminhamos para frente, quando os irmãos olharam para nós.

— Eles nos pegaram. — murmurei.

Bronagh riu então pediu ajuda quando ela dobrou um pouco sob o meu
peso. Pisquei os olhos abertos quando outro braço veio em torno de mim.

Olhei para Alec e sorri enquanto ele me segurava perto do seu


lado. Bronagh segurou meu braço que ainda estava sobre seu ombro enquanto
ela ajudou Alec a subir as escadas da Darkness.

— Você pode me levar? — perguntei a Alec.


— Não, você tem que ficar acordada.

— Eu vou ficar acordada, eu prometo, sua voz vai me manter acordada.

Alec se admirou.

— Você é tão doce - você deixa pequenas marcas no meu coração.

Eu olhei para ele através da minha tontura. — Mantenha esse sarcasmo e


eu vou deixar pequenas marcas em seu rosto.

Alec olhou para mim e sorriu. — Você é perfeita.

— Você é um idiota.

Alec riu. — Eu sou um Slater, é claro que eu sou um idiota.

— Palavras mais verdadeiras nunca antes foram ditas. — Bronagh


riu. Ficamos em silêncio, até que saímos da Darkness para a noite.

Olhei para fora da cidade e todas as luzes, então, olhei para o céu escuro e
puxei uma respiração profunda.

— Estou feliz que acabou.

— Estou feliz por Marco estar morto. — Bronagh murmurou.

Eu olhei para ela com os olhos arregalados.

Ela suspirou. — Eu não sou má, o mundo é apenas um lugar melhor sem
este homem.

Depois de meus breves encontros com Marco, eu só podia concordar com


ela.

— Espero que Aideen e Storm estejam bem.

— Você ouviu Kane, Aideen está bem e o cachorro também. Aideen e


Branna estão com ele agora.
Eu balancei a cabeça levemente. — Isso é o que me preocupa, Storm odeia
Aideen.
— A que

horas Branna disse que temos que estar lá para o jantar? — Aideen me
perguntou.

— Cinco. — eu respondi.

São cinco e meia, os irmãos vão nos matar. Branna não vai deixar
ninguém comer até chegarmos lá.

Olhei para uma estressada Aideen e sorri. O hematoma em seu rosto


ainda estava claro, mas estava curando bem. Eu não podia deixar de me sentir
terrível por ela, a contusão e corte que recebeu na noite em que conheci Alec
estava quase curado e agora o outro lado de seu rosto ficou ferido.

Pobre menina.

— Eles vão entender, estávamos com Storm.

— Você estava com Storm desde dez da manhã.

Dei de ombros. — E daí? Ele foi baleado há dez dias, dê-lhe um tempo.
Ele não vai estar de volta com força total por algum tempo, é por isso que ele
ainda está no hospital.

Aideen resmungou. — Ele está fingindo isso, eu estou te dizendo que ele
está, porra. Eu o vi sentar mais cedo, então quando você olhou para ele, ele
rapidamente deitou e começou a chorar e procurar por guloseimas por
compaixão. Ele ganhou facilmente cinco quilos naquele hospital.

Eu ri. — Você está enlouquecendo, cara.

Aideen resmungou sobre Storm e isso me fez sorrir.

As coisas já estavam de volta ao normal.

Dez dias atrás eu fui sequestrada e você nem sequer saberia pela maneira
que eu estava agindo.

Meu tio Brandon me disse para não me preocupar que ele iria ‘limpar
tudo’ na Darkness. Eu não tenho ideia do que ele fez com os corpos de Marco,
Toby e Thomas, mas eu não queria ter ideia, então, eu estava bem sendo
mantida no escuro.

Os primeiros dias após o incidente, eu estava muito nervosa, e achei


dormir à noite difícil, mas o conselho dos irmãos e do meu tio era simplesmente
‘seguir com a vida’ de modo que era o que eu estava tentando fazer.

— O que você está fazendo? — Aideen de repente gritou e então um carro


nos passou. — Mas. Que. Porra. Você. Está. Fazendo?

Eu bufei e puxei para baixo a viseira na minha frente para que eu pudesse
olhar para o meu rosto. Eu estremeci quando eu vi meu rosto. Eu tive que tomar
cinco pontos em minha sobrancelha para fechar o corte, mas isso não era nada
comparado com o inchaço e hematomas que eu tinha. Felizmente, a dor era
mínima agora e tudo parecia pior do que eu sentia.

— Eu estou indo a 16 quilômetros acima do limite de velocidade, isso não


é suficiente para você? — ela gritou.

Eu levemente ri de Aideen e fechei a viseira.

— Onde diabos esses babacas tiraram suas cartas? — Aideen estalou para
si mesma.
Mordi meu lábio quando um carro mudou de pista na nossa frente, sem
indicar que eles iam fazê-lo. O rosto de Aideen ficou tão vermelho que eu pensei
que sua cabeça fosse sair de seus ombros. Eu assisti em diversão quando ela
baixou a janela e gritou: — Bela seta, idiota!

Eu perdi - eu literalmente rolava no meu lugar rindo.

— É a policia atrás de nós? — Aideen murmurou e verificou os


retrovisores e engasgou. — Porra, é a policia!

Ouvi o barulho de uma sirene e eu ri mais.

Fomos paradas!

— Keela, puxe para cima o seu vestido! — Aideen sussurrou para mim
enquanto ela freou para parar.

Eu olhei para ela e disse: — Desculpe-me?

Ela estava olhando em seu espelho retrovisor enquanto ela desabotoou


alguns botões em sua parte superior. — São dois guardas homens, vou usar
meus peitos e você usa suas pernas. Puxe. Seu. Vestido. Para. Cima!

— Você tem que estar brincando comigo!

Aideen virou a cabeça na minha direção. — Tenho cara de que estou


brincando?

Não, não tinha e é com isso que eu estava assustada.

— Oh meu Deus! — eu bati quando ela se expôs.

Jesus, me perdoe.

Eu deslizei meu vestido até que um monte de perna estava à mostra.

Olhei diretamente em frente e pulei um pouco quando o vidro do lado de


Aideen do carro foi batido.

— Boa noite, senhor, eu posso ajudá-lo com alguma coisa?


— Hum... bem, sim. Você sabe o quão rápido você estava indo?

— Não, senhor.

Olhei para a minha direita e notei Aideen empurrando o peito para fora.

Escória do caralho.

— Quatorze acima do limite.

Dezesseis.

— Oh, Sinto muito senhor. Eu nem percebi.

Eu olhei para fora da janela quando o outro guarda passou e verificou os


discos de impostos e seguros na janela do painel. Ele caminhou de volta pela
minha janela, em seguida, diminuiu a velocidade e deu um longo olhar para
minhas pernas.

Eu olhei para ele e sorri.

Ele sorriu e acenou com a cabeça.

Droga, eu era uma escória também.

— Eu vou deixar você com um alerta desta vez.

— Oh, obrigada senhor.

— Vocês, senhoras, tenham uma boa noite.

Os guardas voltaram para o carro, então Aideen decolou e se manteve sob


o limite de velocidade.

— Eu me sinto suja! — eu atirei.

Aideen caiu na gargalhada. — Eu não acredito que deu certo!

Eu balancei a cabeça e cruzei os braços sobre o peito e fiquei quieta até


que chegamos à casa dos Slater e de Branna. Aideen e eu pulamos para fora do
carro e rapidamente subimos os degraus do jardim.
A porta se abriu.

— Já era hora, porra! — Nico berrou. — Estou morrendo de fome!

Revirei meus olhos, passei por ele e caminhei pelo corredor.

— Não me culpe, culpe Keela.

Ofeguei quando entrei na cozinha. — Me culpar? Essa é boa. Quem é a


pessoa que foi parada por excesso de velocidade? Isso mesmo cadela, você!

Aideen revirou os olhos. — Saímos dessa situação em menos de cinco


minutos.

Eu olhei. — Sim, mas com o risco de perdermos a nossa dignidade!

— Como é que você perde sua dignidade? — perguntou Ryder.

Eu bati meus dedos. — Eu vou te dizer como, Aideen e eu usamos nossos


corpos para sair de uma multa.

— Você não fez isso! — Bronagh disse, então, caiu na gargalhada.

Não foi engraçado!

— Não foi tão ruim quanto ela está fazendo parecer...

— Meu vestido subiu tão alto que você podia ver minha calcinha e seus
seios estavam à mostra para o mundo ver.

— Eu imagino que ninguém tirou fotos...

— Droga Dominic, cale a boca. — Bronagh atirou a um Nico sorrindo.

— Não foi tão ruim assim... além disso ele me deixou com um alerta, foi
um sucesso.

Revirei os olhos, em seguida, saltei quando senti braços em torno de mim


por trás.

— Oi. — Alec sussurrou em meu ouvido.


Eu sorri. — Oi.

— Como está o cachorro?

Eu sorri. — Ele está ótimo. O médico disse que poderei levá-lo em três ou
quatro dias pra casa.

— Eu estou te dizendo tudo o que aquele cachorro está fazendo é


fingimento.

— Ele foi baleado Aideen, dê-lhe um tempo.

Fui até lá e bati as mãos com Kane. — Obrigada.

Aideen olhou para Kane. — Fique fora disso, germinator47.

Eu sorri enquanto Kane rosnou em aborrecimento.

Ele esteve doente nas últimas duas semanas, de modo que Aideen o
apelidou de ‘O Germinator’ e ele odeia.

— Deixe ele em paz. — Branna franziu a testa e abraçou Kane.

Kane sorriu e abraçou Branna firmemente. — Sim, me deixe em paz.

Ryder olhou para Kane e balançou a cabeça.

— Eu vou servir o jantar agora que todo mundo está aqui. — disse
Branna.

— Louvado seja Jesus! — Nico gritou.

— Quer parar? Você come a cada cinco minutos, você não está morrendo
de fome.

Nico gemeu. — Pare de ver o que eu como e quantas vezes eu como, isso
está me deixando louco, mulher.

— Como Marco insano? — perguntei.


47
Associa-se a quem espalha germes.
Alec começou a rir.

— Não tão louco. — Nico sorriu para mim.

— Keela.

Olhei para Alec e caminhei até ele quando ele acenou para mim.

— O quê?

— Oi. — ele sorriu.

Eu ri. — Oi.

— Eu tenho uma coisa pra você.

Eu sorri. — Você tem?

Alec assentiu e enfiou a mão no bolso e tirou uma pequena caixa preta.

— Oh meu Deus!

Ele ficou de joelhos.

— Oh meu Deus!

Ele segurou, abriu a caixa e revelou um lindo anel de diamante.

— Oh meu Deus!

Ele sorriu.

— Eu não a pedi corretamente na primeira vez, então eu queria fazer


direito desta vez.

— Oh meu Deus!

Silêncio.

— Keela Daley, eu te amo e eu vou passar o resto da minha vida provando


o quanto eu aprecio você. Só você. Nem mesmo a sua lista de coisas a fazer de
menina pode entrar nessa. Quer se casar comigo, gatinha?
Eu ri.

Será que eu me casaria com Alec?

— Lógico que sim! — eu respondi.

Felicidade estourou atrás de nós quando Alec deslizou o anel de noivado


no meu dedo. Ele se levantou, pegou meu rosto entre as mãos e beijou a luz do
dia de mim.

Quando nos separamos, as meninas me atacaram enquanto os irmãos de


Alec bateram as mãos e o abraçou.

— Parabéns!

Eu abracei todas as meninas, depois os irmãos.

— Posso te chamar de mana agora já que você vai ser minha cunhada? —
Nico me perguntou.

— Você pode me chamar do que você quiser.

Nico sorriu e assim que ele abriu a boca, Bronagh bateu-lhe atrás da
cabeça.

— Eu não ia dizer nada!

Bronagh sorriu. — Bom.

Nico resmungou baixinho em seguida, agarrou Bronagh pela bunda e a


puxou para baixo em uma cadeira de cozinha com ele.

Eu ri em seguida, olhei para o meu anel.

Era lindo.

— Você gostou? — Aideen perguntou quando ela apareceu ao meu lado.

— Eu amo.

— Bom, porque eu ajudei a escolhê-lo.


Eu a empurrei. — Você é tão malandra.

Ela sorriu e me deu um abraço.

— Você sabe que você minha é madrinha de casamento, certo?

Aideen começou a saltar para cima e para baixo com entusiasmo e assim
o fez Bronagh e Branna quando eu disse que as queria como damas de honra.

— Para você foi mais fácil. — disse Alec para mim quando eu o encontrei
na academia da casa alguns minutos depois.

— Como?

— Eu tenho que escolher um padrinho entre quatro irmãos.


Independentemente de quem eu escolher, o desgraçado vai esfregar na cara dos
outros três.

Eu ri. — Você são irmãos, é de se esperar.

Alec suspirou e beijou minha cabeça quando eu coloquei meus braços em


torno dele.

— Estou nervoso em ver sua mãe hoje à noite, como você acha que ela vai
levar a notícia de noivado?

Dei de ombros. — Eu não me importo como ela levará, estamos felizes e


isso é tudo que importa.

Eu me inclinei para beijar Alec quando de repente Aideen nos agraciou


com sua presença.

— Eu tenho que conversar com você, Slater.

Alec olhou por cima de mim para olhar Aideen e sorriu. — Que tipo de
conversa?

— A de não-machuque-minha-amiga-ou-vou-matar-você.

Alec assentiu com a cabeça. — Ah, essa conversa.


Eu bufei.

— Eu gosto de você Alec, você é um bom rapaz, mas se você alguma vez
machucar minha amiga de qualquer maneira, eu vou te chutar tão forte entre as
pernas que suas bolas irão sair pelos seus dentes por uma semana. Estamos
claros sobre isso?

Alec arregalou os olhos para Aideen por um momento e depois desviou os


olhos para mim e sussurrou: — Eu acabei de ser ameaçado por um duende?

Eu balancei a cabeça.

Sim, sim você foi.

Alec se virou para Aideen e hesitante sorriu. — Claro como cristal, linda.

Aideen sorriu. — Charme não funciona comigo, olhos azuis. Lembre-se


disso.

— E chocolate... isso funciona? — perguntou Alec.

Aideen congelou então murmurou. — Ao leite, caramelo.

Eu ri. — Então está tudo bem para ele me machucar quando você
conseguir ganhar chocolate dele?

— Mas é ao leite, caramelo... o chocolate é maravilhoso. Guerra Mundial


poderia ser perdoada com o chocolate.

Eu balancei a cabeça e ri.

Aideen franziu a testa. — Eu sou uma má amiga.

— Vá ajudar Branna arrumar a louça para o jantar, louca.

Aideen sorriu então foi para a cozinha.

— Ela deixa Kane louco.

— Só porque ele a quer e não pode tê-la.


Alec riu. — É verdade.

Sorri para Alec e ele suspirou.

— Sabe de uma coisa?

— O quê?

— Eu te amo até Netuno e de volta.

Meu coração aqueceu enquanto eu sorri. — Quer dizer que você me ama
até a Lua e de volta?

Alec balançou a cabeça. — Não, Netuno é o planeta mais distante da


Terra em nosso sistema solar portanto maior a distância, maior é o meu amor.

Oh, uau.

Eu o provoquei. — Eu pensei que Plutão era o planeta mais distante do


sol?

Alec balançou a cabeça novamente. — Plutão não é conhecido como um


planeta mais; é um planeta anão, ou seja, nem planeta, nem lua.

— Como você sabe disso? — murmurei.

Alec colocou os braços em volta de mim e olhou para os meus olhos agora
cheios de lágrimas. — Eu te disse, eu assisto o Discovery Channel.

— Eu estou tão excitada por você agora. — eu declarei fazendo Alec dar
risada.

Eu não estava brincando.

Inclinei-me para cima e o beijei.

Deus, eu tinha sorte.

Quando nosso beijo quebrou, eu disse: — Eu te amo até Netuno e de


volta, também.
Alec sorriu e disse: — Bom, eu esperaria nada menos de minha futura
esposa.

Esposa.

— Puta merda, nós vamos nos casar.

— Sim, e já que estamos gastando tempo, eu digo que fazemos tudo de


trás pra frente. Como você se sente sobre engravidar hoje à noite?

Eu caí na gargalhada. — Devagar, Romeu, vamos lidar com o


conhecimento de que vamos casar. Bebês podem vir mais tarde... muito mais
tarde.

Alec deu de ombros. — Por mim tudo bem, eu tenho que mantê-la para
mim por mais tempo.

— Alec, Keela... jantar!

Alec deu um tapa no meu traseiro. — Vamos lá, ela dá poucos segundos
quando ela está de bom humor.

Eu ri e segui Alec para a cozinha. Sentei-me ao lado dele e pisquei para


Kane, que estava do meu outro lado. Todo mundo ficou em silêncio em seguida,
e ainda como estátuas, todos, exceto Aideen que estendeu a mão para o purê de
batatas.

— Primeiro! — todos gritaram fazendo eu e Aideen pular de susto.

— O quê? — perguntei.

— Aideen chegou para o jantar primeiro então ela tem que fazer a oração.

Ah, bom.

Aideen gemeu. — Isso não é justo, eu não sabia que vocês faziam isso!

— Faça a oração, por favor. — implorou Nico e olhou para a comida na


mesa.
Eu ri para ele.

— Está bem, tudo bem.

Todos deram as mãos e abaixaram suas cabeças.

— Ei Deus, sou eu... Aideen Collins. Sei que não nos falamos há muito
tempo, desde que você levou minha mãe para longe de mim quando eu era uma
garotinha. Os Slaters estão me fazendo rezar para você para que eu possa comer
sua comida. Eu não quero ser rude, então eu estou fazendo como pediram,
espero que isso seja bom o suficiente, porque eu não tenho nenhuma ideia do
que dizer a você... oh, eu sei, abençoe esta casa e todos que nela estão. Obrigada.
Amém.

— Amém. — todos em coro.

Cobri minha boca com a mão, e meus ombros começaram a tremer.

Alec e Kane foram os primeiro a rir em voz alta, e todos rapidamente


seguiram o exemplo.

— Eu espero que você não faça as orações da manhã em sua sala de aula,
Aideen — Alec riu.

Ela revirou os olhos. — Eu escolho crianças diferentes todos os dias para


fazer isso, na verdade.

— Graças a Deus. — murmurou Kane.

Aideen cortou os olhos para ele e rosnou: — É exatamente por isso que eu
sou uma vadia para você!

— O que é ‘isso’? Você tem uma lista de razões ou algo assim? — Kane
perguntou, divertido.

Os olhos de Aideen tremeram. — Sim, eu tenho duas razões pelas quais


eu sou uma vadia para você. Número um, você é terrivelmente estúpido.
Número dois, veja o número um!
Comecei a rir.

— Isso foi apenas rude. — disse Kane e balançou a cabeça.

Nós todos rimos e cavamos a comida que Branna fez para nós, e deixe-me
dizer-lhe que estava tão bom. Discutimos coisas aleatórias durante todo o
jantar, não houve menção de eventos da semana anterior o que não poderia ter
me feito mais feliz.

— Isso estava incrível, Bran. Obrigada. — Nico sorriu e recostou na


cadeira, mais do que satisfeito pela aparência das coisas.

Nico me pegou olhando para ele e ele piscou e mandou um beijo o que me
fez rir.

— Deixe a garota em paz, ela não quer sua bunda feia fazendo caretas de
beijos para ela.

Nico olhou para Bronagh e sorriu. — Toda garota quer minha bunda sexy
fazendo caretas de beijos para elas.

Bronagh revirou os olhos. — É mesmo?

— É.

— Pena que todas aquelas garotas não tem que lidar com sua bunda
infantil.

Nico bufou. — Elas seriam felizes por lidar comigo se soubessem que eu
tenho que lidar com sua bunda gorda sozinho.

Oh, não, ele não fez isso.

— Nico, seu filho da puta, você nunca diga a uma garota que ela tem uma
bunda gorda. Fala sério, cacete? — eu atirei.

Todos os homens olharam para mim e gemeram.

— Uma bunda gorda é uma coisa boa! — afirmaram em uníssono.


— Em que universo está dizendo que alguém que tem uma bunda gorda
tem uma boa...

— Alec! Segure a sua mulher e explique a ela. Não posso passar por isso
de novo, me levou anos para convencer Bronagh. Eu não a estou insultando. Eu
vou chorar se eu tiver que passar por isso novamente.

— Eu vou explicar mais tarde. — Alec murmurou enquanto observava o


casal à nossa frente.

Bronagh virou para Nico e encarou.

— Um, dois, três, quatro, cinco...

— Dominic saia da cozinha. — Ryder murmurou.

Nico já estava de pé e correu para fora da cozinha.

—... Nove, dez. — Bronagh terminou a contagem e abriu os olhos.

Ela deixou escapar um grande suspiro e disse: — Eu vou correr na esteira.

Quando Bronagh saiu da cozinha, olhei para Alec para descobrir que ele
estava esfregando o rosto com as mãos. — Que diabos foi isso?

Alec tirou as mãos e suspirou. — Isso foi Dominic e Bronagh, gatinha.

Eu levantei minhas sobrancelhas. — Têm pavios curtos.

— Você não sabe da missa a metade.

— Será que já pensaram em gerenciamento de raiva...

— Bronagh inicia aulas na próxima semana. — Branna me cortou.

Eu balancei a cabeça. — Bom para ela.

— Sim, mas Deus abençoe a classe quando o furacão Bronagh chegar. —


Ryder murmurou.

— Eu ouvi isso!
Ryder arregalou os olhos e gritou: — Estou brincando.

Eu ri e olhei para Kane e notei que ele não comeu muito. — Como você
está se sentindo?

Kane olhou para mim com os olhos cansados e sorriu. — Bem.

Eu dei-lhe uma carranca e ele riu de novo. — É só uma gripe, eu vou ficar
bem.

Branna bufou. — Faz quase três semanas, não é a porra de uma gripe.
Você precisa ir para o hospital.

Uau.

Ele estava tão doente?

— Bran, isso vai pas...

— Você não é um médico, então não tente me pacificar, Kane.

Kane suspirou. — Se isso te fizer sentir melhor, eu vou ao médico durante


a semana para ser examinado, está bem?

Branna encarou Kane. — Eu vou com você.

— Oh, pelo amor de Deus. — murmurou Kane. — Tudo bem, tudo bem.

Todo mundo riu levemente, mas eu tive uma sensação de mal estar no
estômago quando eu olhei para Kane.

Eu esperava que ele estivesse bem e que fosse apenas uma gripe.

Alec colocou o braço em volta dos meus ombros e sorriu recebendo toda a
minha atenção.

— Bem-vinda à família, gatinha.


— N ós

temos que conseguir um lugar maior. — Alec murmurou para mim enquanto eu
limpava a minha mesa da cozinha.

Nós dois estávamos na cozinha e batíamos um no outro cerca de dez


vezes enquanto limpávamos.

Eu suspirei. — É irritante eu sei, mas podemos começar a olhar depois


que eu conseguir um novo emprego, porra, eu ainda não consigo acreditar, que
eu fui demitida por ter ficado fora um dia a mais do que eu disse que faria.
Porque eles ainda me querem lá nas caixas registradoras? Eu só vou assustar os
clientes com a minha cara sendo tão confusa.

Alec franziu a testa. — Por que você não se concentra apenas na escrita e
deixa que esse seja o seu trabalho?

Eu ri. — Porque eu realmente preciso de uma renda para nos apoiar. É


por isso.

— Keela, você sabe que eu tenho muito dinheiro... certo?

Olhei para Alec. — Você tem?

Ele assentiu. — Nós podemos comprar nosso próprio lugar amanhã, em


definitivo, se você quiser também.
Eu ampliei meus olhos. — Isso tanto de dinheiro?

— Eu ganhei muito ao trabalhar para Marco e eu não sou um grande


gastador. Tenho cerca de quatro milhões de euros depositados em minha conta
bancária no momento.

Meu dedo estava em torno de um frasco de spray de limpeza, e quando


Alec disse o alto número, meus dedos automaticamente puxaram o gatilho do
spray.

Puta merda!

— Por que você vive com seus irmãos, se você tem tanto dinheiro?

Alec deu de ombros. — Cada um de nós tem muito dinheiro... e nenhum


de nós já viveu em nossa própria casa antes. Nós não víamos a razão para isso
até Bronagh, Branna e você aparecerem. Eu e meus irmãos somos muito
próximos, nós só tínhamos um ao outro enquanto crescíamos.

Eu fiz uma careta. — Eu sei, babe.

Alec sorriu para mim. — Então está resolvido, podemos comprar uma
casa logo, de preferência em Upton, e você pode se concentrar na escrita como o
seu trabalho.

Sorri só porque eu não confiava em mim para falar.

— O que está errado? — Perguntou Alec.

Dei de ombros.

— Diga-me.

Eu suspirei. — Eu tomei conta de mim mesma toda minha vida. Eu


recusava a ajuda do meu tio a cada passo e proibi minha mãe. Eu não me sinto
bem deixando você comprar uma casa para nós...

— O meu dinheiro é o seu dinheiro. Estamos noivos Keela, o que é meu é


seu e o que é seu é meu.
Eu suspirei. — Eu sei disso... mas isso ainda parece estranho.

— Isso tudo parece estranho, porque nós estamos fazendo as coisas muito
rápidas. Nós vamos nos acostumar com isso, basta dar tempo ao tempo.

Eu balancei a cabeça.

Alec sorriu. — Portanto, o seu livro... quando eu começo a lê-lo?

Engoli em seco. — Você não está lendo isso.

— Por que não? — Alec perguntou, mágoa em sua voz.

Eu corei. — Porque eu não quero que você leia as... cenas sujas.

Alec sorriu. — Gatinha, tenho certeza que suas cenas são coisas que eu fiz
para você...

— Exatamente por isso você não irá lê-las.

Alec riu. — Não contorça sua calcinha48 sobre isso.

— Eu não sou uma pessoa violenta Alec. Deus sabe que eu não sou, mas
eu juro que se você chamar calcinha de 'calcinha'49 mais uma fodida vez, vou te
estrangular com uma tanga!

Alec balançou a cabeça enquanto ele ria.

— Vamos lá, eu gosto de ler. Não vou lê-lo como seu homem, vou lê-lo
como um leitor bete.

Eu ri. — Você quer dizer leitor beta?

— Se isso é o que você faz para seus amigos Yessi e Mary em seus livros,
então sim, é isso.

48
No original: Panties.

49
No original, Keela usa a palavra knickers para calcinha. Devido a diferença entre a língua inglesa dos
dois países.
Eu gemi. — Acabei de terminar o primeiro rascunho, eu nem sei se eu vou
para a auto publica...

— Por que não? — Alec me cortou.

— E se ninguém aprova?

Alec arqueou uma sobrancelha. — Você quer dizer os leitores ou pessoas


que você conhece, ou seja, a sua mãe?

Eu balancei a cabeça. — Ela irá rasgá-lo quando ela descobrir isso, ela
não gosta de livros obscenos.

— O que é obsceno?

Dei de ombros. — Os livros que têm erotismo neles. Sexo.

— Mas seu livro tem romance também, o sexo é uma parte do romance.

Eu ri. — Não com a minha mãe.

— Baby, eu quero dizer isso da maneira mais agradável possível, mas


foda-se sua mãe. Se você quiser publicar um livro sobre sexo e amor, porra,
então, publique um livro sobre sexo e amor. Foda-se todo mundo que tem uma
opinião negativa sobre ele. Eles só odeiam em suas ideias e sonhos,
porque eles não têm ideias e sonhos. Faça isso por você, ninguém mais. Você
entende?

Eu senti meu coração batendo no meu peito. Eu o amava por ter tanta fé
em mim.

— Eu ouço você, eu realmente faço, mas e se eu não for boa o suficiente?


E se isso for impossível? Apenas escrever um livro não é suficiente. A porra da
linha que eu preciso atravessar para realmente auto publicar poderia muito bem
ser invisível. Posso vê-la, mas não se pode chegar a ela. É tão difícil.

Alec agarrou meus ombros. — Aqueles que podem ver o invisível podem
fazer o que parece impossível.
Coloquei minha cabeça para frente e apoiei-a contra o queixo. — Você é
incrível.

— Eu sei.

Espertinho.

Afastei-me e o olhei nos olhos. — Você está ficando muito profundo


comigo.

As mãos de Alec apertaram minha bunda. — Eu vou estar muito


profundo em você, se você ficar olhando para mim desse jeito.

Eu não consegui evitar, eu ri.

— A única pessoa que pode ficar no seu caminho é você, gatinha,


ninguém mais. — Alec roçou seu nariz contra o meu. — E isso não é uma opção,
certo?

Eu assenti. — Certo.

Alec sorriu. — Então eu posso ser o leitor beta do seu livro?

Eu suspirei. — Claro, porque não?

Alec deu um soco no ar de alegria e isso me fez rir, mas o riso parou
quando três estrondos altos bateram contra a minha porta de entrada.

— Prepare-se para a ação, o diabo está aqui. — eu murmurei.

Fui até a minha porta, olhei pelo olho mágico e suspirei quando eu vi o
menos do que divertido rosto de minha mãe do outro lado. Abri a porta e a
deixei entrar.

— Olá, mãe.

Minha mãe entrou no meu apartamento.

— Keela, Alec. — ela assentiu com a cabeça.


Fechei a porta, já desejando que ela estivesse andando de volta para fora
através dela.

— Você perdeu o casamento da sua prima, Keela.

Suspirei e me virei. — Sim mãe, eu perdi.

Minha mãe ficou furiosa.

— Eu não posso acreditar que você seria tão egoísta.

Egoísta?

— Você não sabe o que está falando, mãe.

Minha mãe começou a andar de um lado para o outro. — Seu tio tentou
arranjar desculpas para você. Mesmo Micah disse que estava tudo bem que você
não pudesse estar lá, mas eu não estava. Você deveria ter estado lá.

— Bem, eu não estava e você sabe de uma coisa? Eu não me importo que
eu não estivesse lá. Eu e Micah não somos próximas, eu acho que nunca vamos
ser. Eu não suporto Jason, ele é uma pessoa nojenta, quando surgiu a
oportunidade para eu sair do resort eu peguei. Então me processe.

Minha mãe rosnou. — Você sempre pensa em si mesmo.

Eu ri. — Não, mãe, eu não penso em mim mesma o suficiente.

— Eu não posso acreditar que eu dei à luz a uma vaca tão má.

Suas palavras machucaram, mas eu não podia fazer nada além de rir.

— Isso é tudo o que você já fez. Você me deu à luz, o que é tão longe como
ser uma mãe para você.

— Por que você é uma ingrata, cadela! Eu te dei tudo enquanto crescia!

Eu explodi.
— Você me deu brinquedos e outras coisas materialistas! Você nunca me
deu amor. Você me fez sentir como um fardo, você ainda me faz sentir como um
fardo, e eu estou fodidamente cansada disso. Eu terminei com você!

Minha mãe deu um passo para trás como se eu tivesse batido nela.

— O que você faria sem mim?

Olhei para Alec e sorri. — Eu vou ser feliz.

Minha mãe olhou para Alec então de volta para mim.

— Tudo bem, desfrute de seu pequeno romance, mas quando forem à


falência e ele deixá-la por uma mulher mais bonita não venha chorar para mim.

Que ousadia do caralho!

— Posso assegurar-lhe, você será a última pessoa que eu irei para pedir
ajuda ou conforto.

Minha mãe deu um passo mais perto de mim. — Você é como seu pai
desprezível, impossível de amar.

Eu queria chorar, mas eu recusei.

— Você sabe o quê, mãe? Não importa o que você diz ou pensa sobre
mim. O que importa é o que eu sinto sobre mim mesma e eu me amo pra
caralho! — eu disse com meu peito estufado e minha cabeça erguida.

— Eu a amo também, simplesmente deixe de lado.

Eu estava um pouco mais alta quando Alec veio para o meu lado e
colocou o braço em volta da minha cintura.

— Isso não vai durar. — minha mãe sussurrou.

— Saia da minha casa e não volte nunca mais.

Minha mãe ficou onde estava.


Alec limpou a garganta. — Eu acredito que a minha noiva pediu para sair,
minha senhora.

Minha mãe estava tão chocada com a declaração de Alec que ela só olhou
para nós dois.

Afastei-me de Alec e caminhei até a porta, a abrindo.

— Adeus, mãe.

Minha mãe se recompôs e levantou o queixo. Ela saiu do meu


apartamento e se virou para mim antes de caminhar pelo corredor. — Eu não
vou sentir sua falta.

Engoli em seco. — Eu sinto muito por você. Você é uma mulher amarga
com todos. Tenho um noivo e uma nova família que significa um milhão de
vezes mais para mim do que você já significou. Tenha uma boa vida mãe, porque
eu com certeza terei.

Fechei a porta na cara dela e congelei.

Isso aconteceu mesmo?

— Gatinha?

Eu tomei uma respiração profunda. — Eu estou bem, eu estou bem.

Eu me virei para Alec e sorri, mas ao mesmo tempo lágrimas caíram dos
meus olhos.

— Baby. — Alec sussurrou.

Mudei-me para ele e passei meus braços ao redor de seu corpo.

— Eu não estou triste, estou aliviada.

Alec beijou o topo da minha cabeça. — Eu estou orgulhoso de você.

Abracei-o com força. — Estou orgulhosa de mim também.

Ficamos em silêncio por alguns minutos até que Alec falou.


— Sabe o que eu acho que você deveria fazer agora?

— O quê?

— Perdoar Micah e Jason.

Desculpe?

Eu me afastei de Alec. — O quê?

— Eu sei que parece loucura, mas você acabou de fazer as pazes com você
mesmo e livrou-se de sua mãe. Está na hora de fazer o mesmo com Micah e
Jason. Você não tem que gostar deles ou envolvê-los em sua vida, mas você deve
perdoá-los.

Eu ampliei meus olhos. — Você quer que eu o perdoe por ter me feito
sentir mal e perdoá-la por ter me tratado como um lixo toda minha vida?

Alec assentiu com a cabeça. — Sim, eu quero. Eu me importo tanto com


você, Keela, e eu me recuso a assistir você se tornar uma pessoa detestável por
causa deles. Você não tem que gostar deles, mas pode perdoá-los.

Senti meus olhos lacrimejarem. — Mas por quê? Por que eu não posso
simplesmente odiá-los?

Alec se aproximou e me tomou em seus braços. — Guardar rancor é como


beber veneno e esperar que a outra pessoa morra. Isso corrói você, até que te
consome totalmente.

Eu fiz uma careta.

— Pessoas fracas buscam vingança, pessoas fortes perdoam e pessoas


inteligentes ignoram. Qual delas você é? — Alec me perguntou.

Eu pensei sobre isso por um momento e depois disse: — Eu sou todos os


três. Eu sou uma pessoa forte, inteligente, que às vezes tem momentos de
fraqueza.

— Você sabe o que isso faz de você?


Eu balancei minha cabeça.

Alec sorriu. — Isso faz de você humana, gatinha.

Eu processei o que ele disse; isso me levou alguns minutos, mas eu


finalmente concordei com a cabeça.

Ele estava certo.

Fechei os olhos e pensei em Micah e Jason. Eu pensei sobre o quão


horrível Micah foi para mim toda a minha vida, e quão cruel Jason foi. Mesmo
que nada mudaria o passado, eu só pensava nas três simples palavras que
mudariam a forma como influenciariam o meu futuro.

Eu perdoo você.

Eu não deixaria Micah me derrubar mais.

Eu perdoo você.

Eu não deixaria Jason ter poder sobre mim.

Eu perdoo você.

Eu não deixaria nenhum deles ter qualquer impacto sobre a minha vida,
absolutamente nenhum.

Eu perdoo você.

Abri os olhos e pisquei sorrindo para Alec. — Eu acho que vai demorar
algum tempo para ser indiferente quando se trata deles, mas eu os perdoo...
além disso, Micah disse no casamento que ela estava trabalhando em não agir
como uma vadia o tempo todo. Pode haver esperança para ela ainda.

Alec beijou minha testa. — Você é livre, gatinha.

Eu exalei. — Eu sinto isso.

— Bem, você é semi-livre. Coloquei um anel nisso depois de tudo.

Eu olhei para o meu anel de noivado e ri.


Alec esfregou seu nariz contra o meu. — Eu te amo até Netuno e de volta.

Inclinei-me para cima e beijei os lábios de Alec. — Eu também te amo.

— Venha para a cama. — a voz de Alec de repente quebrou o silêncio da


noite.

Eu tomei tanto susto que quase caí do sofá.

A luz da cozinha acendeu e me fez fechar os olhos até que eles se


adaptassem.

— Eu não gosto de que você esteja com outros homens, então venha para
a cama. Agora.

Outros homens?

Ele estava drogado?

— O que você está falando? — eu perguntei, intrigada.

Alec resmungou. — Sobre o cara que você escreve e ultimamente passa


todo o seu tempo, pode ser fictício, mas isso conta como passar o tempo com
outros homens, então, venha para a cama agora.

Deixei um sorriso enorme tomar conta do meu rosto. Essa foi a coisa
mais adorável que ele já me disse.

Além da história do pinguim é claro.

— Eu sou a leitora beta de Something Sweet escrito por MJ Morphis.


— MJ... Isso é a Mary, a mulher loura na sua página do Facebook? — Alec
perguntou e eu assenti.

— Ela escreveu aquele livro que tinha a cena da manteiga no mamilo


nele? — Alec riu.

Eu ri. — Não, esse foi o livro de Yessi, Love, Always.

Alec cantarolou.

— O que está acontecendo no seu livro?

Dei de ombros. — Ela está sendo a leitora beta procurando por buracos
na trama e tal. Vou colocá-lo no meu Kindle amanhã para que você possa lê-lo,
tudo bem?

Alec balançou a cabeça, em seguida, jogou os olhos para o meu laptop.

— O que é isso?

Ele deu de ombros. — Toda vez que você está naquela coisa senhora, você
está com os seus personagens... isso está me incomodando.

— Você está com ciúmes dos meus personagens? — perguntei enquanto


salvava meu trabalho e desligava meu laptop.

— Eles chamam a sua atenção.

Eu sorri enquanto eu caminhava em direção a Alec. — Você quer toda a


minha atenção?

Alec sorriu. — Todo dia, o dia todo.

— Até Storm chegar em casa você pode ter toda a minha atenção,
playboy.

Alec balançou as sobrancelhas, em seguida, brincou: — O que você quer


dizer, até Storm chegar em casa? E depois de ele estar em casa?

Eu sorri enquanto eu passava por Alec.


— Eu vou dividir as coisas em cinquenta por cento.

Alec me seguiu pelo corredor até o nosso quarto.

— Mas nós vamos nos casar!

Eu ri. — Exatamente.

Alec gemeu quando ele fechou a porta do quarto.

— Tudo bem, eu vou levar o que eu posso conseguir.

Eu sorri quando me virei para encará-lo, colocando minhas mãos em


meus quadris.

— Então... o que você quer fazer?

— Eu quero jogar um jogo. — Alec sorriu e deu um passo em minha


direção.

— Que jogo? — eu perguntei, sorrindo largamente.

Alec cantarolava. — Vamos jogar nossas roupas estão pegando fogo.

Eu ri quando Alec correu e me agarrou na nossa cama.

Ele pairava sobre mim e sorriu. — Oi.

Eu sorri. — Oi.

Tomei este momento para agradecer. Agradecer pelo riso, agradecer pela
família, agradecer por Alec e agradecer pela vida que ele soprava de volta para
mim. Ele era o meu salvador, a minha rocha, meu futuro marido... e ele era
lindo de morrer.

Porra, eu era uma puta de sorte.

Fim

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