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Sinopse

Keela Daley é a ovelha negra da família. Ela sempre vem depois de sua
prima mais nova Micah. Mesmo aos olhos de sua mãe, Micah brilhava e Keela
desvanecia em sombras. Agora, na idade adulta, Micah está noiva e o foco é
apenas sobre ela. Keela possui uma prioridade baixa... ou assim ela pensa.

Alec Slater é um solteirão, nunca leva para a cama a mesma mulher, ou


um homem, duas vezes. Ele é um agente livre, que faz o que lhe agrada e
responde a ninguém; isso, até uma irlandesa ruiva com um temperamento
ardente para combinar com a cor de seu cabelo derrubá-lo em sua bunda.
Literalmente.

Ela odeia ter que admitir, mas Keela precisa de um favor do arrogante
irmão Slater, um enorme favor. Ela precisa dele, não só para acompanhá-la ao
casamento de Micah, mas também para se passar por seu namorado. Alec
concorda em ajudar Keela, mas tem certas condições para ela cumprir. Ele quer
o seu corpo e planeja tê-lo antes que alguém possa dizer o que fazer.

O que ele não planeja, é perder seu coração, bem como a possibilidade de
perder sua família, quando alguém do seu passado ameaça seu futuro.

Alec possui Keela, e o que Alec possui, Alec mantém.


Capítulo Um

— S enhorita

Daley? Abra! Eu sei que você está aí, seu carro está do lado de fora no
estacionamento!

Gemi ao som de voz alta, e abri meus olhos, então, rapidamente os


fechei. Levou alguns momentos para que eu fosse capaz de mantê-los abertos, e
quando eu consegui, não pude ver muito bem. Eu pisquei através da escuridão
esperando que meus olhos se ajustassem à iluminação mínima. Quando eu pude
ver um pouco, rapidamente estreitei os olhos para o macho gordo roncando ao
meu lado. Eu o empurrei com a esperança de derrubá-lo para fora da cama, mas
em vez de cair, como eu esperava, ele só peidou e rolou em minha direção, em
seguida, deu um beijo grande e molhado na minha boca.

— Storm! — eu gritei, limpei a boca e tentei não vomitar, mas o cheiro da


respiração de Storm deixou isso muito difícil.

Storm preguiçosamente se levantou, espreguiçou e fez alguns barulhos


estranhos então começou a cair de barriga em cima de mim até que eu ofegasse
por ar. Storm, meu pastor alemão de dois anos, precisava ser colocado em uma
dieta ou um dia desses o bebê gordo ia me sufocar no meu sono.

— Saia! — engoli em seco e empurrei seu grande corpo com ambas as


mãos.

Storm fez como eu pedi e saiu de cima de mim. Mas ele não saiu da cama,
em vez disso ele apenas rolou de volta para o seu lado - sim, meu cachorro tinha
um lado da cama - o que era bem típico. A única hora que ele voluntariamente
se movia era se fosse hora do café da manhã, almoço, jantar ou praticamente
qualquer hora que ele soubesse que havia comida para ele.

— Você é uma desculpa patética para um cão de guarda. — eu murmurei


conforme as batidas na porta do meu apartamento começaram a aumentar
novamente.

Storm respondeu com outro peido que me fez abrir as janelas antes de eu
sair do meu quarto para seguir pelo corredor para abrir minha porta. Eu bati
meu dedão em um dos brinquedos de cachorro do Storm enquanto caminhava e
xinguei a pessoa do outro lado da porta por me fazer sair da cama; era o meio da
noite, pelo amor de Deus!

— Eu estou chegando, fique calmo! — eu gritei quando cheguei à minha


porta e comecei a abrir todas as fechaduras. Havia cinco delas no total, porque,
na área onde eu morava, uma fechadura não era suficiente. Acendi a minha luz
do corredor e pulei quando a lâmpada explodiu, cobrindo-o com a escuridão
mais uma vez. Suspirei quando me virei para minha porta da frente, embora eu
soubesse quem estava do outro lado, eu ainda olhei através do olho mágico
apenas por segurança.

Quando eu confirmei que a ameaça barulhenta na minha porta era de


fato o meu vizinho, eu destranquei a última trava e a abri, em seguida, olhei
duramente para o homem que estava diante de mim. Sr. Pervert1 - seu nome
verdadeiro era Sr. Doyle - era um homem de meia-idade, que era o CEO da
Pervert’R 'Us2. O homem era um grande merda, e eu odiava ter atendido a porta
vestida com nada, exceto a minha camisola, porque lhe dei carta branca para me
cobiçar com os olhos sempre passeando.

— Posso ajudá-lo, Sr. Per-Doyle? — eu perguntei, mordendo a minha


língua, então eu não ri por quase chamá-lo de Sr. Pervert em voz alta.

1
Em português: pervertido.
2
Site americano com histórias de ficção com conteúdo sexual explícito envolvendo adultos,
adolescentes ou crianças.
Ele arrastou os olhos das minhas pernas para o meu rosto e limpou a
garganta conforme levantava a sua mão - uma mão que continha um único
envelope. Eu simplesmente encarei o envelope, por um momento, em seguida,
olhei para o Sr. Pervert e descobri que seus olhos não estavam no meu rosto
mais. Bati na parte externa da minha porta com a mão livre o que o fez pular de
susto e me fez bufar interiormente. Quando seus olhos estavam mais uma vez
nos meus, eu acenei para o envelope em sua mão e, em seguida, levantei as
sobrancelhas em uma pergunta silenciosa.

Ele limpou a garganta novamente antes de dizer: — Eu estive fora nas


últimas semanas e encontrei isso no meu andar, quando eu cheguei em casa há
pouco. Ele está endereçado a você, mas tem o número do meu apartamento em
vez do seu.

Eu queria dar um soco nele. Eu usei a luz do corredor do lado de fora do


meu apartamento para olhar para trás, dentro do meu apartamento, e fixei os
meus olhos no relógio pendurado na parede atrás de mim; li 03:20 da manhã.

Ele não podia apenas ter esperado até de manhã, antes de entregá-lo
para mim?

Idiota maldito!

Eu suspirei enquanto eu me virava para o Sr. Pervert, que tinha voltado a


olhar para o meu corpo. Estendi a mão e agarrei o envelope e dei um pequeno
puxão até que o Sr. Pervert o liberou.

— Obrigada, eu aprecio que você tenha se desviado do seu caminho para


certificar que eu recebesse minha correspondência. — eu fingi um sorriso e em
seguida, puxei para longe a mão que agora segurava o envelope até que estivesse
escondida com segurança atrás da minha porta - juntamente com o resto do
meu corpo - assim o Sr. Pervert não podia mais me ver.

Ele piscou algumas vezes e olhou para o meu rosto, porque agora era
tudo o que ele podia ver.

— Não foi nada, querida.


Querida?

Bleh!

Eu sorri e balancei a cabeça enquanto eu fechava minha porta. — Boa


noite.

— Boa... — fechei a porta antes que ele pudesse terminar a frase.

Sacudi meus calafrios, então eu fechei todas as trancas e passei o ferrolho


do topo da porta. Eu dei um suspiro de alívio quando ouvi os passos do Sr.
Pervert andar para o outro lado do corredor e para o seu próprio apartamento,
onde ele fechou a porta atrás de si. Olhei para o envelope na minha mão e decidi
abri-lo, porque eu estava curiosa para saber o que havia dentro dele. Eu não
conseguia ver muito bem porque o corredor ainda estava escuro, mas eu sabia
que não era uma conta, ele não parecia com os envelopes de conta que
chegavam, era mais grosso. Pelo que eu tinha visto, parecia melhor do que um
envelope de conta. Mais chique.

Eu fui para a minha sala de estar, que também era duplicada com a
minha cozinha e acendi a luz. Joguei o envelope na mesa da cozinha e fui para
as gavetas de balcão procurar meu abridor de envelope. Eu encontrei-o depois
de apenas um segundo de procura, mas tive que largar quando ouvi meu
telefone tocar no meu quarto. Franzi minhas sobrancelhas em confusão.

Quem estaria me ligando às três e meia da manhã numa sexta à noite?

— Aideen. — eu disse em voz alta e fui na direção do meu quarto.

Aideen Collins era a minha melhor amiga. Ela era a coisa mais próxima
que eu tinha de uma irmã e eu a amava muito, mas tinha momentos em que ela
realmente me irritava. Ligar para mim às três e meia da manhã era um desses
momentos.

Quando cheguei ao telefone no meu quarto, atendi, e disse: — É melhor


você ter um bom motivo para ligar a esta hora Aideen Collins ou eu vou te bater
muito!
Eu ouvi uma profunda e estrondosa risada.

— Ela realmente tem uma boa razão, então você não precisa bater nela. —
uma voz masculina respondeu, me fazendo pular de susto, porque eu não estava
esperando por isso.

— Quem é você? Onde está Aideen? Por que você está com o telefone
dela? — perguntei então ofeguei e gritei: — Se você machucar minha amiga de
qualquer maneira eu vou te foder!

O estranho riu desta vez e disse: — Isso é uma promessa, gatinha?

Que porra é essa?

— Onde está Aideen? É melhor você me dizer agora ou eu vou...

— Me foder? Sim, eu entendi essa parte. — ele riu de novo, em seguida,


antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa, ouvi uma voz masculina
diferente falar. — Eu pedi para você telefonar para a amiga da garota, Alec. O
que diabos está demorando tanto?

Eu fiz mentalmente uma nota do nome Alec no caso de eu precisar


chamar a polícia.

— Eu estou falando com a amiga, mas eu não consigo contar o objetivo da


minha chamada. Ela está muito ocupada ameaçando me foder se eu tiver
machucado a garota. — o rapaz que me ligou riu.

Eu estava louca e também com medo de onde Aideen estava e quem eram
esses caras estrangeiros. Eu sabia que eles não eram irlandeses ou mesmo
ingleses - seus sotaques soavam muito diferentes - mas eu não conseguia
identificar de onde vinham, porque havia um monte de ruído ao fundo. Parecia
música.

— Apenas diga a ela o que eu pedi para você dizer então ela pode chegar
aqui já. — disse o segundo rapaz para quem me ligou.
O rapaz que me telefonou suspirou e disse: — Keela, estou ligando para
que você saiba que a sua amiga Aiden esteve em uma briga e precisamos que
você venha buscá-la. Ela me disse para te chamar.

— O nome dela é Aideen não Aiden, é pronunciado Ay-din. — eu disse,


então arregalei os olhos quando eu compreendi o resto do que ele me disse. Eu
gritei. — Ela está bem? O que aconteceu? Quem a machucou?

— Acalme-se, gata brava. Ela está bem, nós só precisamos que você venha
aqui buscá-la. Vou explicar tudo quando você chegar aqui.

— Onde é 'aqui'? — rebati enquanto me movimentava pelo meu quarto


colocando meus tênis. Peguei minhas chaves do carro na minha mesa de
cabeceira e segurei o telefone no meu ouvido com o ombro.

— Playhouse Nightclub, é bem ao lado do Tallaght passe...

— Eu sei onde é, estarei aí em cinco minutos. — eu disse, e desliguei na


cara dele.

Agarrei meu telefone e chaves do carro conforme fechava a janela do meu


quarto. Eu disse a Storm para ficar lá, mas parecia que ele era surdo, porque ele
não se mexeu uma polegada ou mesmo acordou. Corri pelo meu corredor e abri
as fechaduras e o ferrolho na minha porta, em seguida, a abri e saltei para o
corredor. Eu fechei a porta da frente, tranquei-a, em seguida, corri como um
morcego para fora do inferno, desci quatro lances de escadas e saí para o pátio
de estacionamento do meu complexo de apartamentos. Eu corri em direção ao
meu carro e só percebi que estava com a minha camisola quando a brisa fresca
bateu e me fez tremer.

— Porra! — atirei quando destranquei o meu carro, entrei e liguei o


motor.

Eu não pensei em trocar de roupa, só em colocar meus sapatos e, em


seguida, sair para o meu carro. Eu não ia voltar para dentro para me trocar; eu
tinha que buscar Aideen e me certificar que ela estava bem antes mesmo que
trocar de roupa se tornasse uma opção. Apesar disso estava tudo bem; eu não ia
mostrar nada de valor. A camisola era apenas um pouco curta, era preta, então
eu não tinha que me preocupar que era transparente, pelo menos eu tive sorte
com isso. O clima também estava bom hoje à noite, estava frio, mas não estava
ventando ou chovendo. Eu só teria que segurar a barra da minha camisola para
baixo quando eu saísse do meu carro para evitar que ela levantasse se eu tivesse
que correr para qualquer lugar.

Eu tirei o carro do estacionamento e fui direto para a estrada principal e


me dirigi para a casa noturna. Eu estava bem acordada agora, mas o ardor nos
olhos não estava correto. Eu só tinha dormido durante quatro horas antes do Sr.
Pervert me acordar, mas antes disso eu não dormia há 27 horas. Eu trabalhava
no supermercado local, Super Value. Eu estava sem dinheiro, e eu precisava de
todas as horas que eu pudesse conseguir, então ontem trabalhei um turno de 11
horas e, em vez de ir direto para a cama quando cheguei em casa, mergulhei
direto para a escrita e virei a noite.

Eu sempre tive uma paixão por dar vida às histórias na minha cabeça
pelo papel ou tela de um laptop. Eu só me arriscava com pequenas coisas
bobas aqui e ali, nunca em um romance de corpo inteiro. Felizmente Aideen -
literalmente - me deu o pontapé na bunda que eu precisava e disse que eu
deveria apenas 'ir em frente', porque eu não saberia se a minha escrita seria um
sucesso se nunca a colocasse para fora. Depois daquela chamada para acordar,
que foi há três semanas atrás, eu trabalhei com afinco e comecei a escrever o
meu primeiro livro. Ontem, mesmo que eu estivesse quebrada, eu estava
completamente no clima e só tinha que escrever. Eu tinha tanto dentro de mim
para a minha história que se eu não tirasse isso da minha cabeça logo eu iria
explodir. Então eu escrevi, escrevi e escrevi um pouco mais. A falta de sono e o
ardor nos olhos de encarar o meu laptop estavam chutando a minha bunda
agora, porque eu me sentia como a morte, entretanto, eu tinha certeza que eu
parecia em parte também.

Quando eu parei em um sinal vermelho eu puxei a minha viseira e olhei


no pequeno espelho e fiz uma careta. Partindo daquilo, dizer que eu parecia com
a morte teria sido gentil. A esclera3 em torno dos meus olhos verdes parecia um
mapa do caminho para o inferno, isso era o quanto estava vermelho. Meu cabelo
vermelho-fogo estava ligeiramente gorduroso, e puxado para cima em um coque
parecendo desastroso. Olhei para as minhas longas pernas brancas nuas e
balancei a cabeça.

Por que eu tinha que ser tão alta?

Se eu fosse mais baixa, esta camisola seria mais longa e menos exposta!

Eu estava uma bagunça enorme!

Eu com raiva levantei minha viseira quando o semáforo mudou para


verde e corri para o local na boate onde Aideen estava com estes
homens. Cheguei lá em menos de cinco minutos, pois os sinais verdes estavam
comigo, e havia pouco ou nenhum tráfego nas estradas, graças à hora
adiantada. Eu me virei para a entrada do estacionamento da boate e dei uma
volta até que eu vi dois grandes homens enormes que olhavam para baixo, para
uma pequena mulher sentada no caminho a poucos metros de distância da
entrada da boate. Era Aideen, eu apenas sabia. Eu estacionei meu carro em
frente a eles, saltei para fora e bati a minha porta antes de sair correndo em
direção à Aideen.

Quando o barulho dos meus pés batendo no chão pôde ser ouvido ambos
os homens olharam para mim, mas não disseram nada quando cheguei a
eles. Quando estava ao lado deles, eu caí de joelhos e puxei Aideen para um
abraço. Eu ignorei o ligeiro ardor nos meus joelhos por causa do chão de
concreto cavando minha pele e segurei Aideen firmemente.

— Você está bem? O que aconteceu? — perguntei então me afastei do


abraço para que eu pudesse olhar para ela.

Aideen olhou de volta para mim e eu engasguei com a visão que me


cumprimentou. Ela tinha um pequeno corte sobre a sobrancelha e o lado direto
do seu maxilar estava inchado.

3
Também conhecida como esclerótica ou branco do olho, é a membrana externa branca do olho.
— Alguma cadela saltou sobre mim. — ela resmungou.

— Quem? — eu rebati. — Porra, eu vou matá-la!

Fiquei surpresa por ter soado como se pudesse realmente seguir com a
minha ameaça.

Eu não era uma lutadora.

De. Jeito. Nenhum.

Eu estive em uma luta em toda a minha vida, e que foi apenas porque a
minha prima mais nova, Micah, me deu um soco no rosto quando éramos
crianças, para ver se o meu sangue era azul. Ela dizia a todos que eu era um
alienígena do espaço sideral com sangue azul e que a única maneira de provar
que eu era um ser humano era me dando um soco e fazendo meu nariz
sangrar. Eu concordei, porque eu não achei que ia doer muito - eu estava errada,
muito errada, porque doeu como o inferno.

Depois que Micah me deu um soco e sangue vermelho fluiu do meu nariz
e confirmamos que eu era de fato humana, eu pulei nela porque eu estava com
muita dor e decidi que ela precisava ser punida por me machucar. Em vez de
bater e esconder, ganhei um olho roxo e um dente lascado. Micah chutou a
minha bunda, e foi a primeira e única luta que eu já estive envolvida.
Independentemente da minha incapacidade de causar dor, se alguém
machucasse Aideen ou Storm, eu iria de Bruce Lee nesses filhos da puta.

Isso era um fato duro e frio.

Aideen sorriu para mim e me puxou para outro abraço apertado. — Eu sei
que você faria, mas eu só quero ir para casa agora. Posso ficar com você?

Essa foi uma pergunta séria?

Eu a balancei. — Claro, sua maldita idiota.

Aideen riu e assim fizeram os homens que estavam de pé sobre nós. Eu


não sei como, mas eu esqueci que estavam ao nosso lado. Eu rapidamente me
levantei e puxei Aideen comigo. Ela não estava exatamente bêbada, só um pouco
tonta, então eu não tinha que equilibrá-la ou qualquer coisa, mas eu ainda
mantive um aperto firme nela, apenas no caso.

— Este é Alec. — Aideen disse preguiçosamente e apontou para o homem


da direita que estava abertamente me olhando de cima para baixo. — E Kane. —
eu aumentei o aperto sobre Aideen quando olhei para Kane, o homem do lado
esquerdo. Ele era tão alto e tão musculoso como o idiota que estava olhando
para o meu corpo, mas ele era assustador de se olhar. Ele tinha uma grande
cicatriz que se curvava em torno do lado esquerdo da boca e alguns arranhões
parecendo cicatrizes que iam de sua têmpora direita e para baixo através de sua
sobrancelha deixando falhas nos cabelos como eles fossem modelados daquele
jeito.

— Oi. — eu falei baixo, evitando o contado visual.

— Kane veio em meu socorro quando a namorada de Alec me bateu. —


disse Aideen e sorriu para Kane, que sorriu de volta para ela.

— Ela era minha ficante desta noite, não minha namorada... e eu pedi
desculpas pelas ações dela. — disse Alec com um suspiro.

Ignorei Alec, o idiota que acabou de falar e olhei para Kane quando ele
sorriu e me senti relaxar instantaneamente. Ele não parecia assustador quando
ele sorria daquele jeito. Apesar disso eu fiz uma careta quando o resto do que
Aideen disse foi assimilado pelo meu cérebro e antes que eu percebesse soltei
Aideen e empurrei Alec no peito tão forte quanto pude. Ele não estava
esperando por isso, então quando eu o empurrei ele perdeu o equilíbrio e caiu
sobre seu traseiro com um grunhido.

— Isso é por sua vagabunda machucar minha amiga e se eu descobrir


quem é a puta, eu vou matá-la, caralho! — eu berrei.

Aideen me puxou de volta pelo braço e me pediu para parar, enquanto


Alec olhava para mim com os olhos arregalados, antes que ele olhasse para
Kane, que o encarou também com os olhos arregalados e a boca aberta. Alguns
segundos se passaram até que os dois caíram na gargalhada, como se o que
aconteceu fosse a coisa mais engraçada de todas. Eu vi vermelho e tentei
avançar em Alec novamente, mas Aideen se moveu para a minha frente e me
empurrou para trás pelos ombros.

— Eu te disse irmão, ela é uma gata brava do caralho! — Alec gargalhou


enquanto agarrou a mão estendida de Kane que o ajudou a se levantar.

Kane continuou a rir quando ele balançou a cabeça. — Eu gostaria que os


gêmeos tivessem visto isso, Dominic teria ajudado a bater em você enquanto
Damien gravava.

Eu não tinha ideia sobre o que ou quem eles estavam falando, mas eu
apontei meu dedo perigosamente sobre o ombro de Aideen para Alec e rosnei
para ele.

— Continue rindo garoto bonito, e eu vou arranhar essa tua cara! — eu


avisei.

Alec deu um passo adiante, com um sorriso rebocado na boca. — Eu


estou me descobrindo muito atraído por você agora. Você gostaria de vir para
casa comigo uma vez que você já está vestida para a cama?

Eu deixei cair meu maxilar em estado de choque, assim como Aideen,


que girou e empurrou-o no peito, mas não conseguiu derrubá-lo no chão. —
Parem com isso! Agradeço a ajuda de vocês, mas eu não vou deixar você tratar
minha amiga como se ela fosse uma de suas clientes, Alec. Ela é uma boa
menina!

Clientes?

O que diabos aquilo significava?

Alec sorriu para Aideen antes de olhar para mim. — Oh, eu estou
apostando que há uma menina má enterrada dentro dela em algum lugar. Eu só
vou ter que usar os dedos, boca e pau para fazê-la sair para brincar.

Que. Porra. É. Essa?

— Quem diabos você pensa que é? — eu disse.


Ele sorriu e piscou, quando disse. — Alec Slater, sua próxima - ou única -
grande foda.

Ele era de verdade?

— Você está prestes a ser Alec Slater - vítima de assassinato - se você não
calar esse buraco na sua cara!

Kane rachou de rir quando ele estendeu a mão para o braço de Aideen e
puxou-a para ele e para longe de mim. — Por favor, não interfira, eu nunca vi
uma mulher, além de Bronagh, retrucá-lo assim antes. — disse ele a Aideen
depois tirou os cabelos loiros dela dos seus olhos; a ação a fez derreter em uma
poça pela forma como ela se inclinou nele.

Revirei os olhos para ela, em seguida, olhei para Alec, que se aproximou
de mim, antes que eu rosnasse. — Tente me tocar e você nunca vai ser capaz de
ter filhos. Estou te avisando.

Alec sorriu e cruzou os braços sobre o seu peito; isso fez com que todos os
seus músculos que eu podia ver contraíssem e estendessem. Ele resolveu ficar
quieto, mas passou os olhos por cima do meu corpo abertamente,
principalmente as pernas, e isso me deixou muito desconfortável.

— Pare de olhar para mim seu bastardo sujo! — eu rosnei.

Alec olhou para mim. — Por que você sairia vestida assim se você não
quisesse que as pessoas olhassem para você? — ele perguntou.

Cerrei os punhos e dei um passo na direção dele. Eu tinha que inclinar a


cabeça para trás um pouco, porque ele era muito mais alto do que os meus um
metro e setenta e oito, foi quando percebi que me sentia intimidada, mas eu não
estava pronta para desistir.

— Eu saí vestida com minha camisola porque minha amiga precisava de


mim e me vestir não cruzou minha mente quando você me ligou, seu idiota.

Ele mostrou os dentes para mim quando sorriu. — Você soa como a
namorada do meu irmão, ela me chama muito de idiota.
Olhei-o de cima a baixo; meu lábio enrolou em desgosto. — Ela deve ser
gentil, porque há um monte de palavras que lhe serviriam muito melhor. Batty
boy4 seriam duas delas. — eu rosnei, em seguida, virei na direção de Aideen e
encontrei-a beijando Kane. Não apenas beijando, ela estava completamente se
agarrando nele. Eu andei para frente, agarrei seu braço e a puxei, não tão
gentilmente, para o meu lado.

Quando ela estava perto de mim eu apertei seu braço e rosnei: — Você se
lembra daquele filme estranho e perigoso que assistimos quando estávamos na
escola?

Aideen me deu um olhar ‘você está falando sério’ antes de rir e balançar a
cabeça. — Eles não são perigosos. Kane me salvou do perigo.

Eu apontei sobre meu ombro. — Sim, mas o Batty boy aqui a colocou em
perigo, então vamos.

— Tenho a sensação de que você está me chamando de gay. — disse Alec


atrás de mim.

Eu ergui o meu queixo e continuei a puxar Aideen quando ela franziu a


testa por cima do meu ombro e disse: — Ela está te chamando de gay, mas ela
não quer dizer isso como um insulto ou nada. Ela não é homofóbica, ela só disse
isso porque ela esperava que fosse te chatear.

Sério!

— Você não devia contar isso pra ele, Ado! — eu rebati.

— Ado? Gosto desse apelido. — a voz de Kane ronronou à minha direita.

Ele pronunciou Ado tão corretamente.

Ay-doh.

Eu empurrei Aideen para trás de mim, ignorando suas queixas encarei


Kane com um olhar que vacilava quanto mais eu olhava para ele. — Ouça,

4
Expressão que significa homossexual.
obrigada por ajudar minha amiga depois que ela se machucou, mas ela não vai
te agradecer com uma pole dance pessoal, assim dê um descanso na paquera.

Kane levantou as sobrancelhas quando ele olhou por cima do ombro e


perguntou a Aideen. — Você é uma stripper?

— Não, eu sou uma professora. — Aideen zombou. — Sem pole dance


significa sem sexo.

Kane riu em seguida. — Sua amiga está proibindo-a de ter sexo comigo?

— Sim. — Aideen e eu dissemos em uníssono.

— E você concorda com isso? — Alec perguntou a Aideen quando ele se


virou para nós e recostou-se contra o mesmo carro que Kane estava apoiado.

Pareciam um par de modelos de fitness e perceber isso me irritou.

— Sim. — Aideen suspirou. — Ela é muito contra sexo com estranhos e...
eu também.

Os olhos de Kane se sustentaram em Aideen e então ele sorriu e disse: —


Pena.

— Uh huh. — Aideen concordou com um suspiro triste.

Revirei os olhos e disse: — Eu vou parar na loja a caminho de casa e


comprar algumas baterias para o seu vibrador para você passar a noite. Você vai
ficar maravilhosa.

— Keela! — Aideen ofegou e bateu na minha bunda, que me fez gritar e


saltar.

Ambos os rapazes riram do que eu disse, balançaram a cabeça enquanto


continuaram a olhar para nós. Eu fiquei irritada e disse a Aideen: — Talvez eles
pudessem se inscrever na Perverter 'R Us, eles se encaixam no perfil com essas
encaradas.

Aideen riu e bateu na minha bunda de novo.


— Desculpe? — Alec disse.

Aideen estava rindo quando falou. — O vizinho de Keela, o Sr. Doyle, é


um homem que encara muito então ela o nomeou de Sr. Pervert e o imaginou
sendo o CEO de uma empresa chamada Pervert 'R Us .

Estreitei os olhos, quando as duas hienas começaram a rir novamente -


eles pareciam fazer muito isso.

Eu com raiva alcancei atrás de mim e agarrei Aideen. — Vamos embora.


Tenho que ir para casa para Storm.

— Storm? — Alec questionou.

— Storm é o...

— Namorado. — sorri quando cortei Aideen e dei-lhe um olhar ‘me


acompanhe’. Ela olhou de volta para mim e eu podia ver a diversão em seus
olhos assim que ela balançou a cabeça e olhou para Alec.

— Storm é muito protetor com ela. — disse ela.

Alec levantou uma sobrancelha. — Se ele é tão protetor, então como é que
ele permite que você venha aqui sozinha, vestida assim?

Ele soou como se minha camisola fosse miserável!

Eu rosnei e fiz um movimento para frente para corrigi-lo, mas Aideen


colocou-se entre Alec e eu, antes de dizer. — Storm é muito difícil de despertar
durante a noite. Ele provavelmente nem sequer a ouviu sair, mas ele ainda é um
grande... cara.

Eu bufei interiormente.

— Sim, e ele vai chutar o seu traseiro por até mesmo sugerir em termos
sexo! — afirmei.

Alec colocou a cabeça em torno de Aideen e sorriu para mim. — Eu sou


um amante, não um lutador.
Boas notícias!

— Então é melhor recuar, porque mais um comentário bruto e eu vou te


arrebentar, sem incomodar Storm! — eu rosnei.

Alec mordeu o lábio inferior e sorriu para mim, eu sabia que ele estava
pensando, coisas brutas, então eu o encarei o que fez Kane bufar.

— Podemos ficar com ela? Eu gosto de ouvir alguém colocá-lo em seu


lugar, o fato de que ela é uma mulher é ainda melhor. Você não a afeta irmão;
você está perdendo o jeito. — Kane riu e empurrou Alec de brincadeira quando
ele se acomodou ao lado dele no carro em que eles estavam inclinados.

Alec continuou a sorrir para mim enquanto falava com Kane. — Ainda é
cedo, não me derrube tão rapidamente, mano.

— Eu vou atirar em você, porra. — eu murmurei fazendo Aideen bufar


assim que pegou minha mão.

— Isso foi... interessante. Entretanto, Keela está certa, é melhor irmos


andando.

— Obrigada, Jesus. — eu comemorei fazendo Kane dar risadinha antes de


olhar para Aideen.

Ele sorriu para ela e disse: — Eu acho que te vejo por aí, Ado.

Estreitei meus olhos para ele. — Eu sou a única autorizada a chamá-la de


Ado.

Kane olhou para mim e sorriu. — Eu gosto de você.

Eu corei, mas me forcei a ficar firme, e disse: — Bem, eu não gosto de


você ou seu amigo pervertido...

— Irmão. Eu sou seu irmão pervertido. — Alec me cortou fazendo Aideen


rir baixinho.
Empurrei-a e encarei Alec antes de voltar a olhar para Kane, que ainda
olhava para mim com uma expressão divertida. Limpei a garganta e disse: — Eu
não gosto de você ou seu irmão pervertido. Vocês dois são claramente nada
exceto problemas se as pessoas com quem vocês fazem amizade atacam garotas
sem motivo. Vocês dois são muito grosseiros também!

Virei e agarrei a mão de Aideen e saí andando para longe dos irmãos e na
direção do meu carro.

— O quê? Sem beijo de despedida? Agora quem está sendo grosseiro! —


a voz de Alec chamou atrás de nós fazendo Aideen dar gargalhada.

Eu resmunguei. — Foda-se. — eu gritei, sem virar.

— Diga a hora e lugar, gatinha. — Alec gritou de volta o que levou Aideen
a soltar uma risada completa.

Gatinha?

Eu soltava fumaça em silêncio enquanto quase arrastava Aideen por todo


o estacionamento escuro e para o meu carro. — Diga a hora e lugar, gatinha. —
eu imitava a voz de Alec o que levava Aideen a rir mais ainda enquanto afivelava
o cinto de segurança.

Eu coloquei meu cinto de segurança, em seguida, dei partida no meu


carro. Eu saí da vaga em que estava e rapidamente dirigi para fora do
estacionamento. Eu não acho que me acalmei suficiente para respirar
normalmente até que estávamos no Tallaght Bypass.

— Você pode acreditar nele? Que idiota do caralho! — eu cuspi.

Aideen bufou. — Eu achei toda essa conversa hilária.

Eu balancei minha cabeça. — Bem, você não devia ter achado. Olhe para
o seu rosto, Aideen!

Aideen suspirou. — Eu sei, mas sinceramente não foi culpa deles. Nós
estávamos apenas nos divertindo, quando do nada esta menina pulou em cima
de mim.
Segurei meu volante tão forte que meus dedos ficaram brancos.

— Por que mesmo você estava com eles? — eu cuspi.

Eu não estava brava com ela, eu estava brava por ela ter sido machucada
por alguma cadela.

— Eu nem mesmo estava com eles. Esta noite foi a primeira vez que os
encontrei. Eu saí com Branna. Hoje à noite era uma pequena festa de
aniversário de vinte e um anos para Bronagh. Branna saiu cedo com Ryder,
porque ele não estava se sentindo muito bem. Bronagh ainda está dentro do
clube com o seu namorado, Nico, e sua amiga, Alannah. Eu estava sentada com
Kane e Alec quando uma garota bêbada veio e me acusou de ser a foda mais
recente de Alec. Alec riu da garota, mas não negou, então ela pulou em cima de
mim.

Eu resmunguei.

Branna Murphy era amiga de Aideen e tem sido sua amiga desde que
estavam na pré-escola. Aideen é alguns anos mais velha do que eu, então ela
conhecia Branna a mais tempo do que me conhecia. Eu sou uma mulher adulta,
eu não sou toda ciumenta com a amizade delas. Branna era legal, afinal. Sua
irmã Bronagh era legal também, eu era dois anos mais velha do que Bronagh,
que completou vinte e um hoje. Eu tinha sido convidada para sair com todos
esta noite, mas meu corpo estava quebrado, então eu recusei o convite.

Meus pensamentos me acalmaram o suficiente para que eu afrouxasse


meu aperto no volante, mas eu ainda tremia de raiva. — Você deveria ter me
deixado bater neles.

Aideen riu, em seguida, levantou a mão para embalar seu rosto. — Você
teria quebrado sua mão! Você viu quão grande ele era?

Eu grunhi e balancei a cabeça. — O irmão dele era ainda mais musculoso.


Eles vivem na academia ou algo assim?
Aideen riu. — Branna disse que eles têm uma academia na casa deles.
Lembra quando eu te contei que ela foi morar com Ryder e o gêmeo mais velho,
Nico, foi morar com sua irmã?

Eu balancei a cabeça.

— Branna não mora só com Ryder, ela foi morar com Alec e Kane
também. Ela disse que tem uma academia de ginástica, onde deveria ser a sala e
que todos eles malham muito. Você devia ver o Nico; ele tem vinte e um anos e o
cara é muito musculoso. Ele é um lutador ou algo assim.

Olhei para ela com olhos arregalados. — Por que diabos você está
pendurada em torno de fortões, Aideen?

Aideen explodiu em um ataque de risos que me fez sorrir mesmo que eu


estivesse irada.

— Eles são adoráveis, grandes e assustadores - mas adoráveis.

Eu tremi quando imaginei o rosto de Kane, chamá-lo de adorável não era


uma palavra que eu usaria para descrevê-lo.

— Como você acha que Kane conseguiu as cicatrizes em seu rosto? Elas
são tipo graves.

Aideen suspirou. — Eu não tenho nenhuma ideia do que aconteceu com


ele, mas ele ainda é lindo!

— Você gosta de seu sotaque também, né? — eu questionei.

Aideen ronronou: — Oh, meu Deus. Eu poderia ouvi-lo falar o dia todo!
Ele poderia me deixar molhada apenas dizendo olá!

Revirei os olhos. — Eu juro que você pensa com o seu pau.

Aideen gargalhou. — Você quer dizer vagina?

— Sim, quero dizer vagina, mas pau soa melhor.


Aideen continuou a rir, então chiou um pouco e cobriu o rosto com as
mãos. Eu olhava para ela de vez em quando durante os cinco minutos de carro
de volta para o meu apartamento. Eu estacionei no meu lugar habitual, então
Aideen e eu saímos do carro, e depois que eu tranquei, rapidamente corremos
por todo estacionamento e para dentro do meu prédio. Subimos dois degraus de
cada vez até chegarmos ao quinto andar, onde era o meu apartamento. Abri a
porta do corredor como um raio de velocidade, porque eu não queria ser pega
pelo Sr. Pervert novamente vestida com apenas a minha camisola.

Felizmente, entramos sem ninguém nos ver. Aideen e eu, então, fomos
para o banheiro, onde eu peguei o meu kit de primeiros socorros, enquanto ela
tirou o vestido, em seguida, a calcinha e sentou no vaso sanitário.

Eu estava abrindo um pacote antisséptico, quando eu olhei para ela


através do espelho e bufei. — Você acha que caras fazem isto?

Aideen abriu os olhos e sorriu para mim preguiçosamente e disse: — De


boa vontade ir ao banheiro com outro cara? Não, eles se chamariam de gay.

Eu ri e voltei a olhar para baixo para o kit de primeiros socorros,


enquanto Aideen terminava no vaso sanitário. Eu me virei quando deu descarga
e esperei que ela lavasse as mãos antes de começar a limpeza do seu rosto. Ela
estava quatro centímetros mais baixa do que eu, agora que estava sem salto,
então segurar a cabeça dela foi ainda muito mais fácil.

— Ai! — Aideen de repente gritou, o que resultou em um latido no meu


quarto.

— Volte a dormir seu gordo de merda! — Aideen gritou quando passei o


antisséptico para limpar um pequeno corte acima de seu olho.

Eu assobiei para ela. — Deixe-o em paz, ele não é gordo. Ele só tem uma
camada grossa!

Aideen riu através de seu assobio. — Sim, uma grossa camada de


gordura.
Eu dei-lhe um olhar firme. — Não critique meu bebê quando estou
limpando você. Meu dedo pode escorregar e enfiar dentro do seu olho.

Aideen me deu um olhar desconfiado e fechou a boca, o que me fez sorrir


por dentro enquanto terminava de limpar seu rosto. Quando terminei, ela
entrou no meu quarto para pegar algum dos meus pijamas para usar, enquanto
eu fui para a cozinha pegar um copo de água. Acendi a luz da cozinha, em
seguida, fui até a pia e enchi um copo e rapidamente engoli a água. Eu olhei
para a minha esquerda e percebi o envelope que o Sr. Pervert me deu
anteriormente, ainda fechado sobre a minha mesa da cozinha.

— Storm, saia da cama... ou pelo menos mexa-se! — a voz de Aideen


gritou do meu quarto.

Eu esfreguei a parte de trás do meu pescoço rudemente e suspirei. Olhei


para o envelope mais uma vez antes que balançasse a cabeça e caminhasse até o
interruptor de luz da cozinha e desligasse. Virei-me e caminhei em direção aos
sons de rosnado e grito vindos do meu quarto e decidi que lidar com Storm e
Aideen era o suficiente para uma noite.

O que quer que estivesse naquele envelope podia esperar até de manhã.

Fim do capítulo um

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