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Exercícios

I. Diga se existe a relação de hiponímia nos pares abaixo (observando a


direção da seta), usando a estratégia de decompor os itens lexicais em
propriedades semânticas:
1.homem→animado
homem + animado + bípede + racional + mamífero

Há relação de hiponímia, porque o sentido de 'ser animado' (assim como 'bípede', 'racional',
'mamífero') está contido no sentido de 'homem'.

2.gente→criança
gente→[+criança]

Aqui não se verifica a relação de hiponímia, porque o sentido de 'criança' não está contido na
palavra 'gente'.

3.onça→mamífero
onça→ + mamífero + quadrúpede + carnívoro + felino

Há relação de hiponímia, porque o sentido de 'mamífero' (assim como 'quadrúpede',


'carnívoro', 'felino') está contido no sentido de 'onça'.

4. liquidificador→ eletrodoméstico
liquidificador→ +eletrodoméstico + triturador
Há relação de hiponímia, porque o sentido de ‘eletrodoméstico’ (assim como
‘triturador’) está contido no sentido de ‘liquidificador’.
5.vegetal→árvore
vegetal+[+árvore]
Aqui não se verifica a relação de hiponímia, porque nem todo vegetal é uma
árvore, então, o sentido de ‘árvore’ não está contido na palavra ‘vegetal’.

Il. Para cada par de sentenças, diga se a sentença (a) acarreta a sentença
(b) e justifique sua resposta, usando uma das três definições estudadas.
1) a. Os estudantes não vão à festa.
b. Todo estudante vai à festa.
A sentença (a) não acarreta a sentença (b), porque se (a) é verdade, (b) não é
verdade.
2) a. Algumas vezes, João é um bom instrumentista.
b. João é um bom instrumentista.
A sentença (a) não acarreta a sentença (b), pois a negação da sentença (b)
não é Contraditória à sentença (a). É perfeitamente possível dizermos que
algumas vezes João é um bom instrumentista, mas, na verdade, João não é
um bom instrumentista.
3) a. João sabe que porcos não têm asas.
b. Porcos não têm asas.
A sentença (a) acarreta a sentença (b), porque a informação de (b) está
contida em (a).
4) a. João pensa que porcos não têm asas.
b. Porcos não têm asas.
(a) não acarreta a sentença (b). pois a negação da sentença (b) não é
Contraditória à sentença (a). É perfeitamente possível dizermos que João
pensa que porcos não têm asas, mas porcos têm asas (o que está em jogo
aqui não é a verdade no mundo real, mas a relação de verdade entre as
sentenças)
5) a. Oscar e José são ricos.
b. José é rico.
A Sentença (a) não acarreta a sentença (b), porque a negação da sentença (b)
não é Contraditória à (a). É perfeitamente possível dizer que Oscar e José são
ricos, mas que José não é rico; somente os dois juntos são ricos. Isso se deve
ao fato de (5ª) ser uma Sentença ambígua, ou seja, gera duas possibilidades
de interpretação: Oscar e José são ricos separadamente ou apenas em
conjunto.
6) a. Oscar e José são de meia-idade.
b. Oscar é de meia-idade.
A sentença (a) acarreta a sentença (b), porque a informação de (b) está contida
em (a). Aqui a sentença (6ª) não é ambígua; não existe a possibilidade de os
dois juntos serem de meia-idade.
7) a. Todo mundo saberá a resposta certa.
b. Ninguém saberá a resposta certa.
A sentença (a) não acarreta a sentença (b). porque se (a) é verdade, (b) não é
verdade.
8) a. João é solteiro.
b. João nunca se casou.
8) A sentença (a) acarreta a sentença (b), porque se (a) é verdade, (b) é
necessariamente verdade.
9) a. Nós acabamos de comprar um cachorro.
b. Nós acabamos de comprar alguma coisa.
A sentença (a) acarreta a sentença (b), porque se (a) é verdade, (b) é
necessariamente verdade.
10) a. Seu discurso me confundiu.
b. Seu discurso me confundiu profundamente.
A Sentença (a) não acarreta a sentença (b), pois a negação da sentença (b)
não é contraditória à sentença (a). É perfeitamente possível dizermos que seu
discurso me confundiu, mas não me confundiu profundamente.
11) a. Ninguém teve uma vida boa por lá.
b. Alguém teve uma vida boa por lá.
A sentença (a) não acarreta a sentença (b), porque se (a) é verdade, (b) não é
verdade.
12) a. Os rapazes correram para casa.
b. Os rapazes foram para casa.
A Sentença (a) acarreta a sentença (b), porque se (a) é verdade, (b) é
necessariamente verdade.
13) a. É difícil caçar elefantes.
b. Elefantes são difíceis de caçar.
A sentença (a) não acarreta a sentença (b), porque se (a) é verdade, (b) não é
necessariamente verdadeira. A sentença (b) é ambígua.

14) a. Maria e João são gêmeos.


b. João e Maria têm a mesma fisionomia.
A sentença (a) não acarreta a sentença (b). pois a negação da sentença (b)
não é Contraditória à sentença (a). É perfeitamente possível dizermos que
Maria e João São gêmeos, mas não têm a mesma fisionomia.

15) a. Que Maria tenha conseguido vencer não abaiou João.


b. Maria venceu.
A sentença (a) acarreta a sentença (b), porque a informação de (b) está
contida em (a).
16) a. Não foi Maria que chegou tarde.
b. Alguém chegou tarde.
A sentença (a) não acarreta a sentença (b), pois a negação da sentença (b)
não é Contraditória à sentença (a). É perfeitamente possível dizer que não foi
Maria que chegou tarde, na verdade, ninguém chegou tarde.
17) a. Paulo parou de fumar.
b. Paulo fumava.
A sentença (a) acarreta a sentença (b). porque a informação de (b) está
contida em (a).
18) a. Maria acha que José já chegou.
b. José chegou.
A sentença (a) não acarreta a sentença (b), pois a negação da sentença (b)
não é Contraditória à sentença (a). É perfeitamente possível dizermos que
Maria acha que José já chegou, mas, na verdade, José não chegou.
19) a. Paulo e Maria ainda são felizes.
b. Paulo é feliz.
A sentença (a) acarreta a sentença (b), porque a informação de (b) está contida
em (a).
20) a. Houve um roubo no banco.
b. O banco foi roubado.
A sentença (a) não acarreta a sentença (b), pois a negação da sentença (b)
não é Contraditória à sentença (a). É perfeitamente possível dizermos que
houve um roubo no banco, mas o banco não foi roubado; foi um assaltante que
roubou a bolsa de uma cliente. Veja que as sentenças (20ª e b) são ambíguas.
21) a. Que a Maria tenha fugido não surpreendeu seu namorado.
b. Maria fugiu.
21) A sentença (a) acarreta a sentença (b). porque a informação de (b) está
contida em(a).
22) a. Não foi o menino que caiu.
b. Alguém caiu.
A sentença (a) não acarreta a sentença (b), pois a negação de (b) não é
contraditória à (a). É possível dizermos: não foi o menino que quebrou o vaso,
ninguém quebrou o vaso.
23) a. Maria acredita que aves voam.
b. Aves voam.
A sentença (a) não acarreta a sentença (b), pois se (a) é verdade, (b) não é
verdade.
24) a. O presidente do Brasil anda muito gordo.
b. Existe um presidente do Brasil.
A sentença (a) acarreta a sentença (b). porque a informação de (b) está
contida em (a).
25) a. Paulo continua a falar dos outros.
b. Paulo falava dos outros.
A sentença (a) acarreta a sentença (b), porque se (a) é verdade, (b) também é
Verdade.

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