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O que é o sujeito?

É aquele que faz a ação, aquele que pratica a


ação expressa pelo verbo, é quem age!
Com base nisso, qual o sujeito da seguinte frase? Ué, mas por quê? O sujeito
não é quem pratica a ação
Os presidiários foram conduzidos às celas pelos agentes penitenciários. do verbo?

Os presidiários foram conduzidos às celas pelos agentes penitenciários.

O sujeito:
- às vezes pratica a ação expressa pelo verbo: O guarda autuou o motorista;
- às vezes sofre a ação expressa pelo verbo: O motorista foi autuado pelo guarda;
- às vezes pratica e sofre, ao mesmo tempo, a ação expressa pelo verbo: O motorista se feriu com a tesoura;
- às vezes não pratica nem sofre a ação expressa pelo verbo: O motorista está indignado.
O que é, então, o sujeito?
Parte da frase sobre a qual se declara ou se nega algo através do predicado, que é tudo o que não é sujeito:

Todos os jogadores do clube adversário assinaram o contrato com muita cautela.


Sujeito Predicado

Minhas alunas da tarde não concordaram com o conteúdo da prova.


Sujeito Predicado

Os policiais jamais negariam socorro aos cidadãos.


Sujeito Predicado

E qual a dica para encontrá-lo?

QUEM É QUE
+ VERBO DA FRASE
O QUE É QUE

O guarda de trânsito do turno da tarde emitiu o boleto de arrecadação.


Pergunta: QUEM É QUE EMITIU?
Resposta: O guarda de trânsito do turno da tarde.
Meu primo de Porto Alegre não assinou o recebimento da fatura.
Pergunta: QUEM É QUE NÃO ASSINOU?
Resposta: Meu primo de Porto Alegre.
Atenção! Mesmo que o verbo
esteja no plural, ao se aplicar a
técnica coloca-se no singular!

As duas primeiras candidatas acabaram de chegar, mas os alunos da turma da tarde ainda não apareceram.
Pergunta: QUEM É QUE ACABOU DE CHEGAR? Pergunta: QUEM É QUE NÃO APARECEU?
Resposta: As duas primeiras candidatas. Resposta: Os alunos da turma da tarde.

Todos os alunos selecionados para a entrevista saíram para o pátio.


Pergunta: QUEM É QUE SAIU?
Resposta: Todos os alunos selecionados para a entrevista.
Fique atento! em algumas frases, o verbo pode vir acompanhado do SE (nas suas mais diversas classificações).

Nesse caso, ao se aplicar a técnica, considera-se essa palavra. Observe:

QUEM É QUE SE
+ VERBO DA FRASE
O QUE É QUE SE

Vende-se livro usado.


Pergunta: O QUE É QUE SE VENDE?
Resposta: Livro usado.

Percebeu-se um detento que tentava fugir.


Pergunta: O QUE É QUE SE PERCEBEU?
Resposta: Um detento que tentava fugir.

Pediu-se um momento de silêncio em respeito ao acidente.


Pergunta: O QUE É QUE SE PEDIU?
Resposta: Um momento de silêncio em respeito ao acidente.
Durante o interrogatório, não se anotou a declaração do suspeito.
Pergunta: O QUE É QUE NÃO SE ANOTOU?
Resposta: A declaração do suspeito.

Ontem se observou o movimento no centro da cidade.

Pergunta: O QUE É QUE SE OBSERVOU?

Resposta: O movimento no centro da cidade.

Na tarde de ontem não se questionou a ordem dada.

Pergunta: O QUE É QUE NÃO SE QUESTIONOU?


Resposta: A ordem dada.
Romperam-se os laços. = Os laços foram rompidos.
Sujeito

Romperam os laços.
Sujeito Objeto
Indeterminado Direto

Essa parte é muito importante, mas será melhor compreendida na parte de VOZES VERBAIS.
Núcleo do
sujeito
O núcleo do sujeito é a palavra mais significativa e importante dele.
É o centro do termo, ao redor do qual podem existir outras palavras, geralmente denominadas de adjunto adnominal.
De modo geral, será um substantivo ou palavra substantivada.

NÚCLEO
Todas as excelentes jogadoras de vôlei foram convocadas.
SUJEITO

NÚCLEO
Os teus três primos talentosos foram escolhidos.
SUJEITO

NÚCLEO
O estudo dos casos de corrupção das empresas será investigado.
SUJEITO
Dicas para se identificar o núcleo:

1ª: será um substantivo ou termo substantivado:


Isso é muito, muito, mas
muito importante mesmo!
O trabalhar com afinco dignifica o homem. Teu não marcou-me profundamente...

2ª: havendo preposição dentro do sujeito, o núcleo virá – como norma geral – antes da primeira:

Ontem à tarde, o tipo de sangue do paciente do quarto 304 foi periciado pelos técnicos.

Ontem à tarde, o tipo de sangue do paciente do quarto 304 foi periciado pelos técnicos.
Sujeito

O projeto público de saúde do município e do estado será analisado.


Sujeito
Por que é importante saber identificar o sujeito e o seu núcleo?

1º - Porque há questões que cobram a identificação do núcleo do sujeito.


2º - Para não confundir com o objeto direto.

Em muitas situações, é bem fácil confundir o sujeito deslocado com um objeto direto. Observe por quê:

A pergunta que se faz para encontrar o sujeito é a mesma que se faz para encontrar o objeto direto. Observe:

Para encontrar o sujeito Para encontrar o OD


QUEM QUEM
+ VERBO VERBO +
O QUE O QUÊ

O aluno viu o professor. O aluno viu o professor.


Sujeito
OD
Quem viu? Viu quem?

O calor danificou a peça. O calor danificou a peça.


Sujeito OD
O que danificou? Danificou o quê?

Aconteceu algo incrível ontem à tarde: o potro deu os primeiros passos.


Sujeito deslocado
É a mesma coisa que
“complemento verbal” ou “complemento do verbo”.

Só há 2 complementos verbais:
o objeto direto e o objeto indireto.

Este sem preposição. Este com preposição.

Além disso, ruiu a barreira...


Pergunta: o que é que ruiu?
Resposta: a barreira (sujeito)
Na passagem “lembra Antônio Vieira que o pregar é em tudo
comparável ao semear” (l. 2-3), o termo “Antônio Vieira” funciona
como complemento (objeto direto) do verbo lembrar.

Antônio Vieira lembra que o pregar é em tudo comparável ao semear...


Sujeito
CESPE - TJ-ES - Analista Judiciário

Até que um dia, não sei quanto tempo durou essa minha angústia...

Até que um dia, não sei quanto tempo essa minha angústia durou...
Sujeito
Será que faltam características a eles / a elas / a vocês?
Será que características faltam a eles / a elas / a vocês?

Adjunto adverbial

Objeto direto

Objeto direto

Objeto direto

Sujeito
“Isto já foi muito melhor”, dizia consigo. “Já teve três médicos bem bons — agora só um e
bem ruinzote. Já teve seis advogados e hoje mal dá serviço para um rábula ordinário como o
Tenório. Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui. A gente que presta se muda. Fica o
restolho. Decididamente, a minha Itaoca está se acabando...”
3º - Porque há uma regra muito importante sobre concordância verbal muito explorada pelas bancas: o verbo

concorda com o núcleo do sujeito. Observe:

Um argumento é válido quando a veracidade de todas as premissas não garantem a veracidade da conclusão.
Sujeito Sujeito

Um argumento é válido quando a veracidade de todas as premissas não garante a veracidade da conclusão.

4º - Porque há uma regra de pontuação muito explorada pelas bancas: não se isola o sujeito do seu predicado.

Todas as memórias da conhecida e notória batalha das Termópilas, serão lembradas por muito tempo.

Todas as memórias da conhecida e notória batalha das Termópilas serão lembradas por muito tempo.

Entre o sujeito e o verbo não ocorre uma vírgula.


Tipos de sujeito

1. Simples;

2. Composto;

3. Oculto; Verbo na 3ª pessoa do plural;

4. Indeterminado Verbo de ligação, verbo intransitivo, verbo transitivo indireto + SE;

5. Oracional; Com Infinitivo Impessoal

6. Inexistente Verbos que exprimem condição meteorológica;


Verbos HAVER e FAZER;
Infinitivo Impessoal.

Acessível Não tão acessível

Recomendação: domine as partes mais acessíveis e, depois, as menos acessíveis.


Fim da primeira parte
Série: Eu vou passar!
2ª Temporada – Os tipos de sujeito
Indeterminado

Simples

Oracional

Tipos de sujeito
Composto

Inexistente

Oculto
Sujeito simples apresenta um só núcleo:
Todos os envolvidos no esquema serão ouvidos.

Sujeito composto apresenta mais de um núcleo:


O acusado e o advogado não chegaram.

Sujeito oculto, subentendido, implícito, desinencial ou elíptico não se vê, mas se deduz quem seja:
Compraste o que pedimos? (Tu) Compraste o que (nós) pedimos?

E como isso cai em


concurso?
“O homem dos séculos XVII e XVIII pensa imediatamente no
firmamento; o (homem) do século XIX pensa em uma paisagem.”
Sujeito indeterminado
Existem algumas situações de nosso dia a dia, no convívio social, nas quais:

1. não se sabe quem fez algo;

2. sabe-se mas não se quer indicar quem fez algo (seja por que motivo for).

Por exemplo:

Saio à rua, com o capacete, e olho para onde minha moto deveria estar e digo:

“Roubaram minha moto!”

Numa repartição, em um escritório, onde há várias pessoas trabalhando:

“Saíram mais cedo ontem...” “Saiu-se mais cedo ontem...”

Usa-se quando não se sabe quem praticou a ação ou, sabendo-se, não se quer ou não se pode evidenciar.
Verbo na terceira pessoa do plural
Sujeito

Será indeterminado em duas situações. indeterminado

Verbo transitivo indireto + SE


Verbo intransitivo + SE
Verbo de ligação + SE
Será visto ao final dos slides, na seção PARTICULARIDADES.

1ª situação: verbo na terceira pessoa do plural (sem referente textual):

Ligaram para casa e disseram que te viram ontem.

Enquanto eu dormia, roubaram minha moto.

Não fui trabalhar, pois não me sentia bem. Assim, fui para casa a fim de descansar. Cheguei,
desci do carro, abri o portão da garagem e, ao olhar para a janela externa, que dava frente
para a rua, notei que picharam o muro.
Ligaram para casa e disseram que te viram ontem.

Enquanto eu dormia, roubaram minha moto.

Não fui trabalhar, pois não me sentia bem. Assim, fui para casa a fim de descansar. Cheguei, desci do
carro, abri o portão da garagem e, ao olhar para a janela externa, que dava frente para a rua, notei que
picharam o muro.

Não seria sujeito oculto,


pois dá para deduzir quem
é que praticou a ação?

(Eles) Ligaram para casa e (eles) disseram que (eles) te viram ontem.

Enquanto eu dormia, (eles) roubaram minha moto.

Não fui trabalhar, pois não me sentia bem. Assim, fui para casa a fim de descansar. Cheguei, desci do
carro, abri o portão da garagem e, ao olhar para a janela externa, que dava frente para a rua, notei que
(eles) picharam o muro.
Verbo na 3ª pessoa do plural
1ª pessoa do singular: Eu corri 1ª pessoa do plural: Nós corremos
2ª pessoa do singular: Tu correste 2ª pessoa do plural: Vós correstes
3ª pessoa do singular: Ele correu 3ª pessoa do plural: Eles correram

Pode ser sujeito evidente


Saíram pela porta da frente da escola os alunos da turma da tarde.

Pode ser sujeito oculto


Como Os alunos não concordaram e, minutos depois, saíram pela porta da frente da escola.
diferenciar?

Pode ser sujeito indeterminado


O diretor ficou furioso, pois saíram pela porta da frente da escola.
Simples diferenciar:
- se há referente textual, é oculto;
- se não há referente textual, é indeterminado.
Observe os dois textos a seguir:

Os ladrões renderam o vigilante, ameaçaram o O comerciante destravou os cadeados, levantou o

caixa, roubaram determinada quantia e saíram portão, abriu a loja e ligou as lâmpadas. Após o escuro

pela avenida em direção ao Laranjal. Instantes ter se dissipado, notou que quebraram o vidro da janela

depois, abandonaram o veículo perto da ponte. superior e roubaram todas as mercadorias da loja.
Tem referente textual, então é OCULTO. Não tem referente textual, então é INDETERMINADO.

Por que oculto se eu tô


vendo o sujeito ali?
Antigamente, ao se escrever, evidenciava-se o sujeito em todos os verbos:

Os ladrões renderam o vigilante, os ladrões ameaçaram o caixa, os ladrões roubaram determinada quantia e os
ladrões saíram pela avenida em direção ao Laranjal. Instantes depois, os ladrões abandonaram o veículo perto da
ponte.

Com o tempo, optou-se por evidenciar o sujeito no primeiro verbo e deixar oculto nos demais:

Os ladrões renderam o vigilante, ameaçaram o caixa, roubaram determinada quantia e saíram pela
avenida em direção ao Laranjal. Instantes depois, abandonaram o veículo perto da ponte.
Nos outros casos, o sujeito é oculto.
Aqui, o sujeito é evidente: “Os ladrões”.

Ahhh, bom!
Agora faz
sentido.
Homem maduro não bebe, vai à praia.
Não malha: a malhação denota toda a imaturidade de quem a faz. Curtir o
corpo é ligeiramente imaturo.
Sorri tranquilo quando pensa que a pressa é coisa daqueles imaturos. O
homem maduro gosta de mulheres imaturas. Fazer o quê?
Muda muito de opinião.
Essa coisa de ter sempre a mesma opinião, ele já foi assim.
Verbo na terceira pessoa do
plural, sem referente textual,
então é INDETERMINADO.
Como esses verbos têm referência textual,
então o sujeito não é INDETERMINADO,
mas, sim, OCULTO.

ERRADA
Fim da segunda parte
Série: Eu vou passar!
3ª Temporada – Verbos sem sujeito
Existem alguns poucos verbos na Língua Portuguesa que não possuem sujeito.

Esses casos são denominados:

VERBOS IMPESSOAIS ORAÇÃO SEM SUJEITO SUJEITO INEXISTENTE

Os principais são

1. Verbos que exprimem condições meteorológicas;

2. Verbo HAVER como sinônimo de existir, ocorrer e acontecer;

3. Verbo FAZER indicando tempo passado, transcorrido;

4. Verbo no INFINITIVO IMPESSOAL.


1º caso: verbos que exprimem fenômenos da natureza, fenômenos meteorológicos, tais como chover, gear, ventar,
nevar, trovejar, etc:

Choveu ontem a tarde toda.

Trovejava muito ontem quando saí de aula.

Nevará na Serra neste fim de semana.


Observação: por que sujeito inexistente e não sujeito oculto, nesses casos?

Simples: porque o sujeito oculto pode ser evidenciado como em:

“Saímos ontem à noite” ou “Nós saímos ontem à noite”. “Fiquei sem sinal” ou “Eu fiquei sem sinal”.

Com verbos que exprimem fenômenos meteorológicos, se o sujeito for evidenciado, isso pauperizará a redação, tornando-a
redundante. Observe:

Ontem à tarde a chuva chovia incessantemente, enquanto – no outro lado da região – a neve nevava intermitentemente.

O vento ventava muito ontem e o a geada geava...


Obs: nem sempre esses verbos serão impessoais, ou seja, sem sujeito.

Se houver sujeito explícito, ou seu uso em sentido figurado, ele terá sujeito normal. Observe:

Choveu uma chuva fininha ontem à tarde.


Um vento quente e úmido, durante a primavera, ventou insistentemente, confirmando o clima seco da região.

O tenente trovejava lamúrias.


Choveram papeizinhos sobre os noivos.
Ali, pela fresta das paredes, notei que Carminha chovia em prantos, abatida pela perda do marido.
2º caso: verbo HAVER como sinônimo de EXISTIR não possui sujeito. observe:

Nessa época não existia esse tipo de problema por aqui.


Pergunta: O que é que não existia? Sujeito
Resposta: Esse tipo de problema.

Nessa época não havia esse tipo de problema por aqui.


Sujeito
Pergunta: O que é que não havia?
Resposta: Esse tipo de problema.

Teria tudo para ser assim, entretanto não é. Observe:

Nessa época não havia esse tipo de problema por aqui.


Objeto direto

Contrariando a tendência do idioma, o verbo HAVER nesse caso não possui sujeito.
Essa regra se dá porque, segundo Mattoso Câmara Jr., o antigo sujeito desse verbo se transformou, com o

tempo, em um adjunto adverbial de lugar, em frases como:

A África há (= tem) leões. Esse contrato há (= tem) muitas irregularidades.


SUJEITO OBJETO DIRETO
SUJEITO OBJETO DIRETO

Na África há leões. Nesse contrato há muitas irregularidades.


Adjunto Adverbial OBJETO DIRETO Adjunto Adverbial OBJETO DIRETO

Adriano de Gama Kury em Novas lições de análise sintática, pág. 25.


Observação: o HAVER quando sinônimo de ocorrer ou acontecer também não tem sujeito:

HAVER como sinônimo de EXISTIR:


Naquele tempo, não existia essa tribo de índios no litoral do Brasil.
Pergunta: o que é que não existia?
Resposta: essa tribo de índios.

Naquele tempo, não havia essa tribo de índios no litoral do Brasil.


Pergunta: o que é que não havia?
Resposta: nada, pois o haver é impessoal quando no lugar do “existir”.

E qual a função sintática de “essa tribo de índios”?


Resposta: Objeto direto.

Naquele tempo, não existia essa tribo de índios no litoral do Brasil.


Sujeito

Naquele tempo, não havia essa tribo de índios no litoral do Brasil.


Objeto direto
HAVER como sinônimo de OCORRER:

Se continuar a chuva, ocorrerá mais um acidente, certamente.


Pergunta: o que é que ocorrerá?
Resposta: mais um acidente.

Se continuar a chuva, haverá mais um acidente, certamente.


Pergunta: o que é que haverá?
Resposta: nada, pois o HAVER é impessoal quando no lugar do “ocorrer”.

E qual a função sintática de “mais um acidente”?


Resposta: Objeto direto.

Se continuar a chuva, ocorrerá mais um acidente, certamente.


Sujeito

Se continuar a chuva, haverá mais um acidente, certamente.


Objeto direto
HAVER como sinônimo de ACONTECER:

Por causa da chuva torrencial, aconteceu um acidente na rua.


Pergunta: o que é que aconteceu?
Resposta: um acidente.

Por causa da chuva torrencial, houve um acidente na rua.


Pergunta: o que é que houve?
Resposta: nada, pois o haver é impessoal quando no lugar do “acontecer”.

E qual a função sintática de “um acidente”?


Resposta: Objeto direto.

Por causa da chuva torrencial, aconteceu um acidente na rua.


Sujeito

Por causa da chuva torrencial, houve um acidente na rua.


Objeto direto
Locução verbal

Numa locução, o verbo da direita é classificado como verbo principal, enquanto que o da esquerda é o verbo auxiliar.

Verbo auxiliar Verbo principal


Por que eles têm
Amanhã, todos irão precisar do computador. esse nome?

Amanhã, todos precisarão do computador.

Como o próprio nome sugere, quem manda na locução é o principal, o verbo da direita.

E há a seguinte orientação gramatical:

- se o verbo principal tem sujeito, o da esquerda também tem, e pode pluralizar;

- se o verbo principal não tem sujeito, o da esquerda também não tem, e fica sempre no singular.
Em caso de locução, quem manda é o verbo da direita: se ele tem sujeito, toda a locução também tem:

Locução verbal

Naquele tempo, não devia existir esse problema na minha região.

devia existir
Este verbo possui sujeito,
então toda a locução
verbal também possui.

Naquele tempo, não devia existir esse problema na minha região.


Sujeito
Em caso de locução, quem manda é o verbo da direita: se ele tem sujeito, toda a locução também tem:

Locução verbal

Naquele tempo, não devia haver esse problema na minha região.

devia haver
Este verbo não possui sujeito,
então toda a locução verbal
também não possui.

Naquele tempo, não devia haver esse problema na minha região.


Objeto direto
Sobre o verbo haver:

SOZINHO ACOMPANHADO

HAVIA PODE HAVER HAVIA FALADO


HAVERÁ DEVERIA HAVER HAVERÁ DE FALAR
HOUVE DEVE HAVER HAVIAM FALADO
HOUVERA HÁ DE HAVER HAVERÃO DE FALAR
Na realidade atual dos concursos: Verbo HAVER à direita da locução: Verbo HAVER à esquerda da locução:
1. Não tem sujeito; 1. Toda a locução não tem sujeito; 1. A locução pode ter sujeito;
2. Fica SEMPRE no singular. 2. O verbo auxiliar SEMPRE no singular. 2. O verbo auxiliar pode pluralizar.
Acompanhe:

Ontem havia uma pessoa querendo falar contigo.


Ontem havia duas pessoas querendo falar contigo.
SEM SUJEITO (sozinho)
Nesta estante havia um livro de Filosofia.
Nesta estante havia dois livros de Filosofia.

Não pode haver mais esse problema.


Não pode haver mais esses problemas.
SEM SUJEITO (em forma de locução e à direita dela)
Com a chuva, poderá haver um acidente grave.
Com a chuva, poderá haver vários acidentes graves.

Ele havia falado a verdade ao juiz.


Eles haviam falado a verdade ao juiz.
COM SUJEITO (em forma de locução e à esquerda dela)
O aluno há de fazer a prova amanhã.
Os alunos hão de fazer a prova amanhã.
O HAVER será pessoal, tendo sujeito e com ele concordando, quando for sinônimo de outros verbos:

* Sinônimo de ter, possuir: Eles, certamente, haverão um imóvel no fim do ano seguinte.

* Sinônimo de sentir, experimentar: Todos houveram medo de se envolver no conflito.

* Sinônimo de considerar, julgar, entender: Houveram que era covardia suportar essa afronta.

* Sinônimo de obter, conseguir, alcançar: Os sentenciados houveram do juiz a comutação da pena.

* Sinônimo de portar-se, comportar-se: Os apenados se houveram com bravura.

Quando for verbo auxiliar de uma locução verbal:

Eles haviam dito que não voltariam à terra dos pais.

Sem dúvida elas haverão de falar a verdade na presença do juiz.

Esses garotos hão de se ver comigo...

Nós haveremos de sair cedo hoje.

Observação: existe a locução verbal há de haver: Ainda há de haver uma solução.


Atualmente, há tantos computadores...
Objeto direto

Atualmente, existem tantos computadores...


Sujeito
3º caso: verbo FAZER Quando esse verbo indicar tempo passado, clima ou temperatura não terá sujeito. Observe:

Indicando TEMPO PASSADO


Faz um ano que não a vejo. Em forma de locução, será caso idêntico Deve fazer um ano que não a vejo.
ao HAVER: quando estiver à direita da
Ele saiu faz 5 minutos. Ele saiu deve fazer 5 minutos.
locução, toda ela é impessoal!
Amanhã fará 30 dias que ela viajou. Amanhã deverá fazer dois anos que não a vejo.

Indicando CLIMA
Fará frio amanhã pela manhã. Em forma de locução, será caso idêntico Deverá fazer frio amanhã pela manhã.
ao HAVER: quando estiver à direita da
Fez muito calor nesta tarde. Deve ter feito muito calor nesta tarde.
locução, toda ela é impessoal!
Faz um frio de matar... Está fazendo um frio de matar.

Indicando TEMPERATURA
Em forma de locução, será caso idêntico Amanhã deverá fazer um grau.
Amanhã fará um grau.
ao HAVER: quando estiver à direita da
Agora está fazendo uns 30° à sombra!
Agora faz uns 30° à sombra! locução, toda ela é impessoal!
O FAZER será pessoal quando for utilizado fora dos casos já vistos:

Eles fizeram tudo conforme planejado.


Faziam de tudo para não ficar em último na fila.
Deus fez o homem a sua imagem e semelhança.
Poderás fazer tudo o que puderes na viagem.
Certamente ele deverá fazer o teste amanhã.

E como isso cai em


concurso?
Fim da terceira parte
Série: Eu vou passar!
4ª Temporada – Infinitivo impessoal
Existem alguns poucos verbos na Língua Portuguesa que não possuem sujeito.
Esses casos são denominados:

VERBOS IMPESSOAIS ORAÇÃO SEM SUJEITO SUJEITO INEXISTENTE

Os principais são

1. Verbos que exprimem condições meteorológicas;

2. Verbo HAVER como sinônimo de existir, ocorrer e acontecer;

3. Verbo FAZER indicando tempo passado, transcorrido;

4. Verbo no INFINITIVO IMPESSOAL.

Para entender o INFINTIVO IMPESSOAL, temos de entender o sujeito oracional antes.


Lembrando: infinitivo é forma nominal do verbo que termina em -R: viajar, estudar, ler...
Observe a chamada da reportagem abaixo:

Observe o fragmento em especial:


Atrair fêmeas é mais importante.
Pergunta: o que é mais importante? Qual o sujeito do verbo “ser”?

Resposta: Atrair fêmeas – esse é o sujeito do verbo “ser”.

Este é um exemplo de SUJEITO ORACIONAL, ou seja, um sujeito com verbo dentro.


Outro exemplo:

Pergunta: o que é que é da nossa natureza?


Resposta: Cuidar do rio grande – essa expressão é o sujeito do verbo SER.

Cuidar do rio grande é da nossa natureza.


Núcleo: CUIDAR (verbo no infinitivo).
Outros casos:

Tratar com respeito e cordialidade os clientes permanece a meta de nossa empresa.


Sujeito oracional

Abrigar pessoas em situação de rua é muito importante e tratamos isso com muito carinho.
Sujeito oracional

É extremamente necessário orientar os pacientes em relação ao uso desse medicamento.

Sujeito oracional

Parece muito significativo anotar todas as entradas e saída dos sócios.


Sujeito oracional

Não convém ficar na frente da casa a essa hora da noite.


Sujeito oracional
Confundir as limitações crescentes impostas ao Estado-nação (...) é fácil hoje em dia.
Relativamente importante, a depender da banca. Será
melhor desenvolvido e compreendido na parte de
4º caso: infinitivo impessoal
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS.

Estudar os clássicos é fundamental.


Pergunta: O que é que é fundamental?
Resposta: Estudar os clássicos – sujeito oracional.

Estudar os clássicos funciona, então, como sujeito de é fundamental.


Dentro desse sujeito há o verbo ESTUDAR, no infinitivo, portanto temos caso de SUJEITO ORACIONAL.

Se há um verbo, ele também é passivo de análise quanto ao seu sujeito.

Estudar os clássicos é fundamental.


Pergunta: Quem é que vai estudar?
Nesses casos, não há sujeito, pois estamos diante de um caso de INFINITIVO IMPESSOAL.
Nessas situações de infinitivo impessoal, o que se prefere realçar é a ação expressa pelo verbo,
não o seu agente. Notem que o ato de estudar, a ação de estudar é que é fundamental.
Resumo:
PARTICULARIDADES

Pronome QUEM como sujeito:

Eu não sei quem falou isso durante a entrevista. Pergunta: QUEM É QUE FALOU?
Resposta: O PRONOME “QUEM”.

Quem atirou a primeira pedra que se revele. Pergunta: QUEM É QUE ATIROU?
Resposta: O PRONOME “QUEM”.

Eu não sei quem dirigirá até a capital. Pergunta: QUEM É QUE DIRIGIRÁ?
Resposta: O PRONOME “QUEM”.

Pronome indefinido como sujeito: nesse caso, o sujeito é determinado e simples. Observe:

Ninguém foi liberado para a saída para o pátio. Pergunta: QUEM É QUE FOI LIBERADO?
Resposta: O PRONOME “NINGUÉM”.

Alguém bateu na porta e saiu correndo. Pergunta: QUEM É QUE BATEU NA PORTA?
Resposta: O PRONOME “ALGUÉM”.
Verbo na terceira pessoa do plural
Sujeito

Será indeterminado em duas situações. indeterminado

Verbo transitivo indireto + SE


Verbo intransitivo + SE
Verbo de ligação + SE

Segunda situação de sujeito indeterminado Quando houver a combinação de:

VERBO TRANSITIVO INDIRETO + SE: Precisa-se de pedreiros para trabalhar.


VERBO DE LIGAÇÃO + SE: Era-se feliz naquele tempo.

VERBO INTRANSITIVO + SE: Vive-se melhor sem todo esse aparato tecnológico.

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