Você está na página 1de 198

2

JUCEMG
Tipos de sujeito
1) Simples: quando há somente um núcleo.
Ex.: As estrelas brilham no céu.

2) Elíptico/desinencial/subentendido: quando é possível reconhecer na desinência do verbo.


Ex.: Estamos aqui. / Quero que você estude bastante.

3) Composto: quando há dois ou mais núcleos.


Ex.: As estrelas e os cometas são muito estudados pela NASA.

4) Indeterminado: quando a identidade do sujeito é desconhecida. O verbo estará na 3ª


pessoa do singular + SE indeterminador ou na 3ª do plural sem sujeito explícito.
Ex.: Precisa-se de empregados. / Não se é grande no mundo senão quando se é fanático por
uma ideia. / Roubaram a minha casa. / Mara, falaram mal de você. / Trabalha-se muito no
Japão.
Obs.: Alguém mexeu no meu queijo. / Ninguém saiu de casa. / Quem está aí?

5) Sujeito inexistente (oração sem sujeito): as orações sem sujeito trazem verbo impessoal,
ou seja, aquele que não tem sujeito e se apresenta na 3ª pessoa do singular. Os principais são:
• Haver no sentido de existir, acontecer, realizar-se ou fazer (em orações temporais).
Ex.: Havia poucos ingressos à venda. (Existiam) / Houve duas guerras mundiais. (Aconteceram) / Haverá reuniões aqui.
(Realizar-se-ão) / Deixei de fumar há muitos anos. (faz)
• Fazer, ser e estar na indicação de tempo.
Ex.: Faz invernos rigorosos.
• Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais.
Ex.: chover, ventar, nevar, trovejar, amanhecer, escurecer.
“Amanheci mal-humorado.”
“Choveram notas vermelhas.”
Obs.: “As rosas é que são belas.”

6) Sujeito oracional é aquele representado por uma oração. Este tipo de sujeito ocorre
quando o verbo é unipessoal, ou seja, aquele que, tendo sujeito, só se usa nas terceiras pessoas, do singular e do plural.
Vejas os principais verbos unipessoais:
• Cumpre trabalharmos bastante. / Importa cuidar da saúde. / Convém que voltes cedo. /
Dói-me ver tanta miséria. / Parece que vai chover. / É preciso que chova. / É necessário
que estudemos.

7) Sujeito representado por pronome oblíquo (orações infinitivo-latinas).


Ex.: Deixe a vida fluir. /Deixe-o sair. / Mande-os entrar

8) Sujeito paciente (ver vozes verbais).


Ex.: Muita gente é assaltada diariamente em SP. / Assalta-se muita gente em SP

Sujeito é não só o termo que representa o ser ou o fato sobre o qual se declara
alguma coisa, mas também o termo que faz o verbo ser conjugado. É por isso que o
verbo/locução verbal concorda em número e pessoa com o sujeito. Cada sujeito está ligado a um (1) verbo, por isso fique de olho na relação entre o verbo
e o seu
sujeito.
– As casas da vila estavam à venda.
– Nós ficamos casados por sete anos.
– Sua Majestade foi flagrada às escondidas com o amante.
– Ninguém deveria apoiar campanhas a favor das drogas.
– Quem nunca pecou nesta vida?– Quem são aquelas ali?
– Morreu este mês o homem o qual revolucionou o mundo moderno. (o homem: sujeito de
morreu; o qual: sujeito de revolucionou)
– Dois dos meus amigos passaram na prova da EsPCEx.
– Ler nunca deixou de ser uma prática das pessoas inquietas.
– Quem não tem cão caça com gato.
– Está um pouco amarelado o branco dos olhos dela.
Obs.: Note que o núcleo do sujeito pode ser, tradicionalmente, um substantivo
(normalmente), um pronome, um numeral, um verbo no infinitivo,
uma oração substantiva ou uma palavra substantivada. É muito importante notar que o verbo concorda em número e pessoa com o núcleo do
sujeito. E... só para os que desejam aumentar seu conhecimento...
saibam que alguns linguistas mais ousados dizem que o advérbio pode
funcionar como sujeito, como Claudio Cezar Henriques, Eneida Bonfim e Evanildo Bechara: “Moro no Rio de Janeiro com muito orgulho.
Aqui é um bom lugar para viver”. Note que esse advérbio é de base pronominal e refere-se a Rio de Janeiro.
Percebeu que eu coloquei em negrito e sublinhado os núcleos dos sujeitos?
“Mas o que é realmente o núcleo?” O núcleo, do sujeito ou de qualquer outro
termo sintático, é a palavra mais importante desse termo. Normalmente os determinantes – artigos, pronomes, numerais, adjetivos e locuções adjetivas –
vêm ao redor
do núcleo, formando um sintagma (grupo de palavras relacionadas). Às vezes, um
termo sintático pode ter mais de um núcleo; nesse caso, dizemos que o termo é
composto de dois, três, ou mais núcleos. Vamos entender melhor estudando sujeito.
Bizu do achamento do sujeito
Uma boa maneira de identificarmos o sujeito de uma oração é fazer a pergunta “o que...?” ou “quem...?” antes do verbo. Observe os exemplos anteriores
(um por um):
– O que estava à venda? Resposta: as casas da vila.
Quem ficou casado por sete anos? Resposta: nós.
– Quem foi flagrado às escondidas com o amante? Resposta: Sua Majestade.
– Quem deveria apoiar campanhas a favor das drogas? Resposta: ninguém.
– Quem nunca pecou nesta vida? Resposta: quem. (No caso de pronome interrogativo
funcionando como sujeito, substitua-o por um nome qualquer, e ficará fácil
identificá-lo como sujeito. Veja: João (= quem) nunca pecou nesta vida. Quem
3
nunca pecou nesta vida? Resposta: João (= quem)) JUCEMG
– Quem “são” ali? Resposta: aquelas. (a ordem direta facilita a identificação neste
caso: Aquelas ali são quem?)
– Quem morreu este mês? Resposta: o homem. Quem revolucionou o mundo? Resposta: o qual
(Lembrando que o pronome relativo retoma o termo antecedente, o
homem)
– Quem passou na prova da EsPCEx? Resposta: Dois dos meus amigos.
– O que nunca deixou de ser uma prática das pessoas inquietas? Resposta: ler.
– Quem caça com gato? Resposta: quem não tem cão. (Este quem de quem não tem cão é
sujeito do verbo ter; lembre: cada verbo com seu sujeito).
– O que está um pouco amarelado? Resposta: o branco dos olhos dela.
Cuidado!!!
1) Fique esperto em algo que cai DIRETO em prova: inversão do sujeito.
– Agradou-me, desde ontem pela manhã, quando ele me havia ligado, o fato de
ter uma pessoa amiga ao meu lado em situações difíceis.
Bizu do achamento: O que me agradou desde ontem pela manhã, quando ele me havia ligado? Resposta: o fato de ter uma pessoa amiga ao meu lado
em situações difíceis.
Dica de irmão: as bancas adoram trabalhar questão com sujeito deslocado. Por
isso, coloque na ordem direta: “O fato de ter uma pessoa amiga ao meu lado em
situações difíceis agradou-me...”. Não confunda sujeito deslocado com objeto
direto. Falarei sobre isso mais à frente.
2) Segundo a tradição gramatical, o sujeito não pode vir regido de preposição,
ou seja, nenhum verbo ou nome pode exigir uma preposição que inicie o
sujeito, portanto nunca confunda com sujeito o termo preposicionado
que vier antes do verbo. Normalmente a frase se encontra na ordem indireta, para dificultar a identificação do sujeito.

– A Cleópatra era feita por cada subordinado uma mesura em suas aparições
públicas. (Na ordem direta, fica mais fácil identificar o sujeito: Uma
mesura era feita por cada subordinado a Cleópatra (objeto indireto) em suas
aparições públicas.)
– Nunca nos custou, por mais que todos se opusessem a nossa parceria, manter
nossa amizade. (Na ordem direta: Manter nossa amizade nunca nos
custou, por mais que todos se opusessem a nossa parceria.)
Apesar de Bechara e outros gramáticos não desaprovarem a contração antes de
sujeito de verbo no infinitivo, a maioria dos gramáticos, respaldados pela
doutrina de que “o sujeito não pode vir regido de preposição”, dizem que isso é
uma incorreção gramatical. Veja:
– Em virtude da regra gramatical impedir qualquer construção com sujeito preposicionado, devemos evitar qualquer contração antes de
infinitivo. (construção não privilegiada)
– Em virtude de a regra gramatical impedir qualquer construção com sujeito preposicionado, devemos evitar qualquer contração antes de
infinitivo. (construção privilegiada)
– A fim dela, a opinião minoritária, não nos fazer errar uma questão na prova,
optemos pela visão tradicional, a saber: não se deve contrair preposição com
artigo ou pronome antes de verbo no infinitivo. (construção não
privilegiada)
– A fim de ela, a opinião minoritária, não nos fazer errar uma questão na
prova, optemos pela visão tradicional, a saber: não se deve contrair preposição com artigo ou pronome antes de verbo no infinitivo.
(construção
privilegiada)
A justificativa de Bechara e a de outros, que aprovam as quatro construções anteriores, é a de que a preposição rege a oração, e não o
sujeito, por isso não
haveria problema algum na contração, a qual, inclusive, torna a frase mais eufônica e natural. Já falei sobre isso em Pronome Pessoal e
Preposição!
O que eu vou falar agora não cai em prova nenhuma, mas, cá entre nós, o
sujeito pode estar preposicionado sem estar regido de preposição: “Meus alunos
estudaram muito para a prova. Entre dez e vinte passaram”.
4
JUCEMG

Oração sem Sujeito (sujeito inexistente)


As orações sem sujeito sempre apresentam verbos impessoais, os quais, por sua
semântica, não apresentam um sujeito promovendo a ação verbal. Tais verbos são
usados na 3a pessoa do singular (exceto o engraçadinho do ser).
De todos os verbos impessoais, muita atenção ao verbo haver. Todo ano cai
uma questão sobre ele, seja em oração sem sujeito, seja em concordância. É incrível
a tara que as bancas têm com esse verbo.
1) Haver com sentido de existência, ocorrência ou tempo decorrido.
– Havia poucas pessoas aqui. (Existiam poucas...)
– Houve duas confusões ali. (Ocorreram duas...)
– Abandonei o cigarro há três meses. (... faz três mês...)
Cuidado!!!
1) O verbo ter pode ter sentido existencial (Mas é coloquial neste sentido, ok?):
“Terá reuniões aqui.”, “Tinha uma pedra no meio do caminho.” (C.
Drummond)
2) Lembrando que o verbo haver pode ser pessoal, ou seja, ter sujeito, se fizer
parte de uma locução verbal como auxiliar ou se tiver outros sentidos
(não tão usuais): “Ele haveria de fazer isso.”, “Enfim (eu/ele) havia entendido o mistério.”, “Os rivais se houveram no ringue.”, “Eu me
haverei bem
diante dos convidados.”, “Os criminosos se houveram com a justiça.”.
3) Os verbos existir e ocorrer são pessoais, logo sempre têm sujeito, normalmente
aparecendo depois do verbo, por isso muitos confundem com objeto
direto: Existem pessoas merecedoras da morte. (sujeito simples) / Ocorrem às
vezes certos contratempos aqui. (sujeito simples)
4) Todos os verbos impessoais, quando acompanhados de auxiliares, transmitem a estes sua impessoalidade, ficando no singular.
780/1611– Há lanches sobre a mesa.
– Deve haver lanches sobre a mesa. (e não “Devem haver...”)
5) O verbo haver é transitivo direto quando impessoal, logo em “Houve cem
acidentes na Avenida Brasil em apenas dois meses.”, cem acidentes é objeto
direto. Se fosse “Ocorreram cem acidentes...”, cem acidentes seria sujeito.
Cuidado com a maldade no coração de alguns “homens da banca”, pois
eles podem pegar o objeto direto e colocar antes do verbo para que você
confunda com um sujeito; exemplo: “Apenas um acidente houve na Avenida Brasil.”. Como o verbo haver tem sentido de ocorrer,
ainda é impessoal,
logo continua exigindo objeto direto, a saber: apenas um acidente. Não
confunda sujeito com objeto!
5
JUCEMG

2) Fazer, parecer, ficar, estar indicando tempo ou aspectos naturais.


– Não a vejo faz dez meses.
– Aqui fez invernos rigorosos ano passado.
– Parecia tarde da noite.
– Ficou escuro do nada.
– Estava frio naquele dia.
Cuidado!!!
1) Os verbos fazer, parecer, ficar, estar podem ser pessoais, ou seja, ter sujeito (em
negrito): “Fazem dez anos de casamento ainda hoje os meus amigos.”,
“Todos pareciam abobalhados.”, “Alguém ficou sem o convite?, “Vocês estão
bem?”.
2) Todos os verbos impessoais, quando acompanhados de auxiliares, transmitem a estes sua impessoalidade, ficando no singular.
– Fará dias quentes em dezembro.
– Vai fazer dias quentes em dezembro. (e não “Vão fazer...”)
3) O verbo faltar não é impessoal, mesmo quando indica tempo decorrido, portanto em “Faltam dois anos para a Copa.”, dois anos é o sujeito.
Equivoca-se
quem diz: “Falta dois anos para a Copa.”.
781/16113) Ir + para/em indicando tempo decorrido.
– Vai para dois anos que ela está na França.
– Vai em cinco anos desde a últimas vez que nos falamos.
Obs.: O verbo ir pode ser pessoal: “Já se foram duas horas de aula...”, “Ele foi à
festa.”.
4) Passar + de indicando tempo.
– Já passava das duas horas da manhã!
Obs.: Verbo passar pessoal: “Passou-se meia hora de aula.”, “Ele passou há dez
minutos aqui.”.

5) Bastar/Chegar + de no imperativo, indicando suficiência.


– Basta de tolices! Chega de problemas!
Obs.: Os verbos bastar e chegar podem ser pessoais: “Quatro fatias não chegam
para tua satisfação?”, “Não basta ser amigo, ok?”.

6) Tratar-se + de indicando um assunto.


– Paro de falar aqui, pois não se trata de quem tem ou não razão.
Obs.: Tanto Bechara quanto Kury aceitam esta análise (oração sem sujeito), mas
a demolidora maioria diz que o sujeito é indeterminado – sendo a
partícula se indeterminadora do sujeito. O verbo tratar, nesse caso,
nunca se pluraliza! Sobre a visão da maioria

7) Ser indicando tempo vago, hora, data, distância e aspectos naturais.


– Era uma vez um lugarzinho no meio do nada...
– São três horas da madrugada.
– Hoje são dezoito de outubro.
– São dois quilômetros daqui a sua casa.
– Já era manhã de primavera quando acordei.
Obs.: O verbo ser é o único impessoal que fica no plural, como você pôde ver!
Verbo ser pessoal: “Ele é gente boa.”, “O presidente será reeleito?”.

8) Certos verbos que indicam sensações, como doer, coçar, cheirar etc.
– Meu filho, onde lhe dói?
– Coça muito aqui atrás, doutor.
– Realmente cheira mal atrás de suas costas.

9) Verbos que indicam fenômenos naturais (chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer, escurecer).
– Ventou, trovejou, choveu e depois nevou no Sul do país.
Obs.: Em sentido figurado, todos esses verbos são pessoais: “O patrão escureceu
de raiva.”, “Assim que o dia amanheceu lá no mar alto da paixão...”
(Djavan), “Todos os dias chovem notícias tristes nos jornais.”. Esses verbos são normalmente intransitivos, mas, em frases como a que segue,
o
verbo vira transitivo direto: “Chovia uma chuva fininha.”, em que uma
chuva fininha é o objeto direto, e a oração não tem sujeito, pois o sentido não é figurado
6
JUCEMG

Todos nos desenvolvemos em diferentes contextos educativos, e a escola é apenas um deles.


Assim como sucede atualmente em muitas culturas, na nossa também não existia escola até um
momento histórico bastante recente. Diante da falta das instituições de educação formal, a tarefa de
azer com que os novos membros façam parte do grupo social correspondente, desenvolvendo neles
as capacidades próprias de sua cultura, é garantida mediante outro tipo de práticas sociais,
undamentalmente aquelas que se desenvolvem no contexto da família e dos grupos de pares, e
mediante a progressiva incorporação das crianças e dos jovens às atividades produtivas dos adultos.
Nesses casos, a socialização e o desenvolvimento individual dos membros das novas gerações se
ornam possíveis graças à sua participação nas atividades e práticas sociais que ocorrem em tais
contextos de desenvolvimento (Solé, 1998).
Nas sociedades modernas, o aumento do conhecimento e da especialização exige novas
aprendizagens cuja aquisição não pode ser garantida mediante a participação desses tipos de
práticas e de atividades, mas requer uma ajuda intencional, planejada e sistemática. A
nstitucionalização da educação escolar no decorrer do século XIX, assim como sua universalização e
ampliação progressiva durante o século XX são justificadas pelo fato de que tal ajuda é decisiva para
que crianças e jovens possam adquirir e desenvolver determinadas capacidades consideradas
undamentais no grupo social do qual fazem parte. Embora seja evidente que, objetivamente, a
nstituição escolar desempenha muitas outras funções – transmissão da cultura, construção da
dentidade nacional, reprodução da ordem social, formação da mão de obra de acordo com as
exigências do mercado de trabalho etc. – a existência da educação escolar, especialmente, em seus
níveis básicos e obrigatórios, só se legitima plenamente mediante sua indispensável função de
contribuir para que as crianças e os jovens adquiram e desenvolvam as competências necessárias
para se incorporarem como membros de pleno direito à sociedade à qual pertencem.
Desse ponto de vista, a escola é uma instituição utilizada pela sociedade para oferecer aos
membros das novas gerações as experiências de aprendizagem que lhes permitam se incorporar
ativa e criticamente a ela. A importância de sua função justifica que a escolarização seja considerada
um direito de qualquer cidadão, e seu descumprimento represente um ataque à igualdade de
oportunidades (Puelles, 1996). A escola assim entendida é um dos recursos educativos que os grupos
sociais possuem, assim como é depositária de uma missão concreta. De fato, ao contrário do que
sucede na maioria dos outros contextos de desenvolvimento, a instituição escolar precisa definir
explicitamente suas intenções educativas, isto é, estabelecer sua parcela de responsabilidade na
arefa de contribuir com o desenvolvimento e com a socialização das pessoas.

1. [Q2727695]
Em “Todos nos desenvolvemos em diferentes contextos educativos, e a escola é apenas um deles.”
(1º§), considerando as relações sintáticas estabelecidas entre os termos da oração, assinale a
afirmativa correta.
a ) O sujeito da oração “Todos nos” expressa a inclusão do próprio enunciador.
b ) Caso o termo “Todos” fosse omitido, “nos” assumiria sua função sintática de sujeito da
oração.
c ) O complemento da forma verbal “desenvolvemos” é necessário para a compreensão da
informação expressa.
d ) O adjunto adverbial “em diferentes contextos educativos” indica uma informação vinculada
diretamente ao sujeito da oração.
e ) Os termos “a escola” e “diferentes contextos educativos” são equivalentes quanto ao sentido
que expressam assim como quanto às funções sintáticas exercidas no período.
Texto para os itens de 11 a 20.
1----------Participar de reuniões de trabalho por meio de
------plataformas de vídeo como o Zoom e o Google Meet é
------prático. Não é necessário sair de casa e pode-se continuar
4-----de bermuda e chinelos. No entanto, o uso desse recurso de
------comunicação pode reduzir a criatividade dos grupos,
------concluíram pesquisadores das universidades de Columbia e
7-----Stanford, nos Estados Unidos. Duplas de participantes que
------trabalharam remotamente geraram menos ideias criativas
------do que as que estiveram frente a frente. Para os autores do
10----estudo, as reuniões virtuais prejudicam a inspiração para
------novas ideias porque o foco da atenção fica voltado para a
------tela. Inversamente, como outros estudos já haviam
13----indicado, a proximidade física entre as pessoas alimenta a------confiança, que, por sua vez, libera a imaginação. No estudo
------atual, os grupos de videoconferência mostraram-se tão
16----eficazes quanto os presenciais quando o grupo tinha de
------selecionar qual ideia seguir.
----------------------------Internet: <revistapesquisa.fapesp.br>.
Considerando as ideias e as estruturas do texto, julgue os itens de 11 a 20.
2. [Q2721093]
No trecho “Não é necessário sair de casa e pode-se continuar de bermuda e chinelos” (linhas 3 e
4), a partícula “se” indica que o sujeito da oração é indeterminado.
c ) Certo
e ) Errado
Uma certeza já tenho para o ano que entra: me tornarei mais burro. À medida que os anos
passam, minha capacidade de adaptação à realidade se torna menor. Brinco chamando de burrice,
porque a questão é mais profunda. Sou da geração que está com 60 anos. É quase impossível
acompanhar o mundo. Já nem sei quantas reformas ortográficas ocorreram durante meu tempo de 7
vida. Foram algumas, e eu teria me adaptado, se não houvesse exceções em todas elas. Caem JUCEMG
acentos, mas em alguns casos permanecem. Hífens sobrevivem. E assim por diante. Já me
conformei, nunca mais escreverei de maneira tão perfeita quanto antes.
Também aposto, e isso já é uma certeza, que surgirão inovações tecnológicas que não
observarei. Gente, sou da época da máquina de escrever. Não tenho saudades, o computador é mais
prático. Mas tudo faz tanta coisa, que já não sei como me virar. São programas e mais programas
capazes de resolver minha vida, se eu soubesse lidar com eles. Basicamente, continuo usando a
máquina para escrever textos, enviar e-mails. Há mais ou menos 30 anos, quando o computador
doméstico começou a ser usado no país, eu me orgulhava de ser um precursor. Entre meus amigos,
fui o primeiro a comprar um. Hoje, surge uma novidade por minuto. Mas eu sonho com um celular
que faça e receba ligações, apenas isso. Um computador que sirva para criar e enviar textos, não
mais. Aparelhos simples, em que eu possa mexer sem correr o risco de danos cerebrais.
Mas o mundo caminha noutra direção – e isso não é uma aposta. É uma certeza. Conto os dias
para o lançamento do robô doméstico. Vai chegar, e não falta muito. As grandes montadoras do
Japão estão de olho nesse mercado. Há anos apostam no produto. Já cheguei a ver um que serve
cafezinho, em Tóquio. Alguns robôs específicos já fritam hambúrgueres. Há um aspirador de pó
robotizado. Pensa-se em “cuidadores”, que acompanhem e deem medicação a pessoas doentes.
Entre minha dificuldade para acompanhar toda essa tecnologia e as surpresas que ela
oferecerá, fica a última aposta. Há alguns anos, numa conferência no Japão, conheci o trabalho de
um gênio que tentava criar robôs capazes de agir em grupo e de reagir ao meio ambiente. Mas...
isso
não é mais ou menos o que somos? Não se tratará, de fato, de uma nova espécie? Tudo isso me
assusta um pouco, afinal somos nós que decidiremos como usar a revolução tecnológica em larga
escala.

Assinale a alternativa em que o termo destacado NÃO pertence à classe gramatical dos demais.
a ) “robô doméstico” (3º§)
b ) “pessoas doentes” (3º§)
c ) “Aparelhos simples” (2º§)
d ) “grandes montadoras” (3º§)
e ) “novidade por minuto” (2º§)

No voo da caneta
Numa das cartas ao seu amigo Mário de Andrade, assegurava-lhe o poeta Carlos Drummond
de Andrade que era com uma caneta na mão que costumava viver as suas maiores emoções.
Comentando isso numa das minhas aulas de Literatura, atentei para a reação de um jovem
aluno: um visível sentimento de piedade por aquele “poeta sitiado e infeliz, homem de gabinete,
tímido mineiro que não se atirou à vida” tal como em seguida ele me explicou sua reação.
Não tive como lhe dizer, naquele momento, que entre as tantas formas de se atirar à vida
está a de se valer de uma caneta para perseguir poemas e achar as falas humanas mais urgentes e
precisas, essenciais para quem as diz, indispensáveis para quem as ouve, vivas para dentro e para
além do tempo e do espaço imediatos. Espero que o jovem aluno logo tenha se convencido de que
um poeta torna aberto para todos o universo reflexivo de sua intimidade, onde também podemos
reconhecer algo da nossa.
4. [Q2729781]
Na frase um poeta torna aberto para todos o universo reflexivo de sua intimidade,
a ) o verbo tornar está conjugado na voz passiva.
b ) o termo aberto qualifica o objeto direto universo reflexivo.
c ) sua intimidade refere-se ao termo todos.
d ) para todos é um exemplo de vocativo.
e ) ocorre uma indeterminação do sujeito em um poeta.
01.------Conheceram-se na Avenida Atlântica, calçada da
02.--praia. Passaram quase um ano cruzando um pelo outro,
03.--ou correndo na mesma direção, sem se falarem. Até
04.--que um dia ele tomou coragem.
05.------– Desculpe...
06.------– Sim?
07.------– Esse seu macacão...
08.------– Francês.
09.------– Não é nacional?
10.------– Não, não. É uma marca que não tem aqui.
11.-------– Bacana.
12.------– Obrigada. Eu notei os seus tênis...
13.------– Ah. Estes me trouxeram dos Estados Unidos...
14.------– Devem ser bons.
15.------– São ótimos.
16.------A todas estas, correndo lado a lado.
17.------– Você faz a praia toda?
18.------– Não. Princesa Isabel. Posto quatro.
19.------– Eu, posto quatro, fim do Leme. 8
20.------– Quantas vezes? JUCEMG
21.------– Quatro. Semana que vem, aumento para cinco.
22.------– Eu, três.
23.------No dia seguinte se cruzaram e se abanaram. E todos
24.--os dias, depois disso, nunca deixaram de trocar palavras.
25.--Rápidas, quando se cruzavam. Mais demoradas,
26.--quando acontecia de emparelharem.
27.------Um dia chegaram juntos à Princesa Isabel e ele
28.--sugeriu:
29.------– Vamos até o fim do Leme.
30.------– Tá doido.
31.------– Vamos lá. Coragem.
32.------Ela foi. Foram e voltaram, lado a lado, no mesmo
33.--passo.
34.------– Você, hein? Me desencaminhou.
35.------Quando chegaram ao Posto 4, ela estava bufando. Ele
36.--adorava ouvi-la bufar. Um dia pararam para conversar
37.--em frente ao Lido. Pararam, não. Continuaram correndo,
38.--mas sem sair do lugar. Os dois suados, felizes. Ela
39.--prendia o cabelo atrás, mas alguns fios se soltavam e
40.--grudavam no rosto suado. Pelos lados passavam os
41.--outros corredores. Gente de todos os tipos. Velhos
42.--conhecidos do calçadão. Uma irmandade.
43.------– Como tem gente fazendo jogging, né? – disse ele
44.------– Sabe que eu não gosto dessa palavra?
45.------– É verdade. Bobagem.
46.------– Prefiro o português mesmo.
47.------– Como é o português?
48.------– Cuper!
49.------– Separaram-se às risadas. Ele, apaixonado.

Considere as seguintes afirmações acerca do texto.


I - O sujeito das formas verbais trouxeram (l. 13) e Devem (l. 14) é um sujeito indeterminado.
II - O sujeito da forma verbal chegaram (l. 27) é juntos (l. 27).
III - O sujeito da forma verbal passavam (l. 40) é os outros corredores (l. 40-41).
Quais estão corretas?
a ) Apenas I.
b ) Apenas II.
c ) Apenas III.
d ) Apenas I e III.
e ) I, II e III.

A função social da escola


Todos nos desenvolvemos em diferentes contextos educativos, e a escola é apenas um deles.
Assim como sucede atualmente em muitas culturas, na nossa também não existia escola até um
momento histórico bastante recente. Diante da falta das instituições de educação formal, a tarefa de
fazer com que os novos membros façam parte do grupo social correspondente, desenvolvendo neles
as capacidades próprias de sua cultura, é garantida mediante outro tipo de práticas sociais,
fundamentalmente aquelas que se desenvolvem no contexto da família e dos grupos de pares, e
mediante a progressiva incorporação das crianças e dos jovens às atividades produtivas dos adultos.
Nesses casos, a socialização e o desenvolvimento individual dos membros das novas gerações se
tornam possíveis graças à sua participação nas atividades e práticas sociais que ocorrem em tais
contextos de desenvolvimento (Solé, 1998).
Nas sociedades modernas, o aumento do conhecimento e da especialização exige novas
aprendizagens cuja aquisição não pode ser garantida mediante a participação desses tipos de
práticas e de atividades, mas requer uma ajuda intencional, planejada e sistemática. A
institucionalização da educação escolar no decorrer do século XIX, assim como sua universalização e
ampliação progressiva durante o século XX são justificadas pelo fato de que tal ajuda é decisiva para
que crianças e jovens possam adquirir e desenvolver determinadas capacidades consideradas
fundamentais no grupo social do qual fazem parte. Embora seja evidente que, objetivamente, a
instituição escolar desempenha muitas outras funções – transmissão da cultura, construção da
identidade nacional, reprodução da ordem social, formação da mão de obra de acordo com as
exigências do mercado de trabalho etc. – a existência da educação escolar, especialmente, em seus
níveis básicos e obrigatórios, só se legitima plenamente mediante sua indispensável função de
contribuir para que as crianças e os jovens adquiram e desenvolvam as competências necessárias
para se incorporarem como membros de pleno direito à sociedade à qual pertencem.
Desse ponto de vista, a escola é uma instituição utilizada pela sociedade para oferecer aos
membros das novas gerações as experiências de aprendizagem que lhes permitam se incorporar
ativa e criticamente a ela. A importância de sua função justifica que a escolarização seja considerada
um direito de qualquer cidadão, e seu descumprimento represente um ataque à igualdade de
oportunidades (Puelles, 1996). A escola assim entendida é um dos recursos educativos que os grupos
sociais possuem, assim como é depositária de uma missão concreta. De fato, ao contrário do que
sucede na maioria dos outros contextos de desenvolvimento, a instituição escolar precisa definir
explicitamente suas intenções educativas, isto é, estabelecer sua parcela de responsabilidade na
tarefa de contribuir com o desenvolvimento e com a socialização das pessoas.
6. [Q2724796]
Em “Todos nos desenvolvemos em diferentes contextos educativos, e a escola é apenas um deles.”
(1º§), considerando as relações sintáticas estabelecidas entre os termos da oração, assinale a
afirmativa correta.
a ) O sujeito da oração “Todos nos” expressa a inclusão do próprio enunciador. 9
b ) Caso o termo “Todos” fosse omitido, “nos” assumiria sua função sintática de sujeito da JUCEMG
oração.
c ) O complemento da forma verbal “desenvolvemos” é necessário para a compreensão da
informação expressa.d ) O adjunto adverbial “em diferentes contextos educativos” indica uma informação vinculada
diretamente ao sujeito da oração.
e ) Os termos “a escola” e “diferentes contextos educativos” são equivalentes quanto ao sentido
que expressam assim como quanto às funções sintáticas exercidas no período.
1--------Pensar no mar já traz uma sensação agradável. Seja do frescor da água batendo no corpo, das
brincadeiras na praia,
-----de velejar, de nadar, de experimentar um bom pescado. Todo este bem-estar que o ambiente
marinho nos proporciona está
-----diretamente associado ao entendimento de serviços ecossistêmicos, isto é, aos benefícios que a
natureza proporciona a cada
4----um de nós. Os serviços ecossistêmicos vêm sendo utilizados como uma forma de reconhecer a
importância do ambiente
-----natural e saudável para o nosso bem-estar. Em outras palavras, é importante a conservação dos
ambientes para que possamos
-----ter um desenvolvimento sustentável.
7--------Mas o que são exatamente os serviços ecossistêmicos costeiros e marinhos? Eles são
classificados em: regulação e
-----manutenção, provisão e cultural. Um dos principais é o de regulação. Vejamos: o oceano é o
principal responsável pela
-----absorção do gás carbônico da atmosfera, sendo este gás o grande responsável pelas mudanças
climáticas. Ou seja, o oceano
10---retira do ar grande parte do gás carbônico emitido pela queima de combustíveis fósseis das
atividades humanas. Além disso,
-----todo esgoto que chega às praias é carregado e decomposto nas águas marinhas, transformando o
que é poluição em nutrientes
-----para as algas. Outro aspecto importante dos serviços ecossistêmicos de regulação é a evaporação
da água do oceano, que
13---produz umidade na atmosfera que irá formar chuva, que cairá na superfície terrestre.
----------O oceano e as zonas costeiras também possuem representações e momentos em que se
reconhece os fortes laços
-----que nos unem ao mar. Atividades de lazer e turismo junto nesses ambientes despertam o
interesse de um grande número de
16---pessoas, levando ao relaxamento e à diversão. Aqui, estamos falando dos serviços
ecossistêmicos culturais, conhecidos como
-----aqueles benefícios não materiais que a natureza nos fornece.
-----------Mas é fato que os serviços ecossistêmicos marinhos e costeiros sofrem frequentemente
interferências destrutivas,
19---como a poluição excessiva por esgotos das cidades litorâneas e despejos industriais, sem o
devido tratamento; a contaminação
-----por plásticos; a ocupação indevida de zonas costeiras importantes, como mangues e restingas; a
sobrepesca; entre tantas
-----outras ameaças à manutenção. Somados a esses problemas, as preocupações atuais estão
relacionadas, por exemplo, ao efeito
22---do aumento do nível do mar em zonas costeiras e a acidificação dos mares devido ao aumento
da concentração do gás
-----carbônico na atmosfera, o que afeta os corais, importantes locais de abrigo da fauna marinha. Em
síntese, é cada vez mais
-----relevante ampliar o conhecimento dos serviços ecossistêmicos costeiros e marinhos, ressaltando
a sua relevância para o
25---bem-estar não só da população, mas de todo o planeta.

7. [Q2697964]
No que se refere ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue os itens de 1 a 10.
O sujeito da oração “é importante” (linha 5) é indeterminado.
c ) Certo
e ) Errado
10
Como árvores podem se transformar em baterias de carga rápida
Cerca de oito anos atrás, um importante produtor de papel na Finlândia percebeu que o mundo JUCEMG
mudava.
O crescimento das mídias digitais, a queda do uso de papel nos escritórios e a redução da
popularidade do envio de objetos e papéis pelo correio, entre outros fatores, significava que o
consumo de papel passou a enfrentar um declínio constante.
A empresa finlandesa Stora Enso é um dos maiores proprietários de florestas particulares do mundo.
Ou seja, ela possui muitas árvores, que são usadas para fabricar produtos de madeira, papel e
embalagens. E, agora, ela também quer produzir baterias de veículos elétricos que possam ser
carregadas em até oito minutos.
A empresa contratou engenheiros para analisar a possibilidade de uso da lignina, que é um polímero
encontrado nas árvores. A lignina compõe cerca de 30% das árvores, dependendo da espécie,
enquanto o restante é basicamente celulose.
"A lignina é a cola das árvores, ela adere as fibras de celulose entre si e também faz com que as
árvores fiquem muito rígidas", explica Lauri Lehtonen, chefe da Lignode, a solução de baterias
baseadas em lignina da Stora Enso.
A lignina é um polímero e contém carbono. E o carbono é um ótimo material para produzir um
componente vital das baterias, chamado ânodo. A bateria de íons de lítio do celular tem um ânodo de
grafite. E o grafite é uma forma de carbono com estrutura estratificada.
Os engenheiros da Stora Enso descobriram que podem extrair lignina da polpa residual que já é
produzida em algumas das suas fábricas e processar essa lignina para fabricar material de carbono
para os ânodos das baterias.
A empresa já firmou parceria com a companhia sueca Northvolt e planeja começar a fabricar
baterias em 2025.

8. [Q2706056]
A empresa finlandesa Stora Enso é um dos maiores proprietários de florestas particulares do
mundo.
O sujeito da oração é o termo:
a ) A empresa.
b ) A empresa finlandesa.
c ) A empresa finlandesa Stora Enso.
d ) A Stora Enso
01.-------Toda pessoa que fala uma determinada língua
02.--percebe diferenças em como os indivíduos pronunciam
03.--as palavras que _____ as frases e as palavras dessa
04.--língua. As características sonoras da fala são salientes
05.--e, por isso, identificamos logo se quem fala é do
06.--mesmo dialeto regional que o nosso ou não, se tem o
07.--mesmo status socioeconômico, se fala a mesma língua
08.--ou outra, entre outros aspectos. A maneira como os
09.--sons da fala são produzidos é rotulada como sotaque
10.--ou pronúncia. É comum ser feita referência a determinadas
11.--características sonoras da fala de algumas
12.--pessoas como “sotaque carregado” ou até mesmo que
13.--a pessoa fala “sem sotaque”. Normalmente, essas
14.--caracterizações da fala do outro se referem a como
15.--uma pessoa de uma determinada região fala. Podem
16.--também se referir __ como uma pessoa fala uma língua
17.--diferente da sua, se fala como os falantes nativos
18.--daquela língua ou trazendo características de sua
19.--própria língua nativa.
20.-------Existe, de fato, a possibilidade de algum indivíduo
21.--falar “sem sotaque” sua própria língua ou uma língua
22.--estrangeira? Existem características sonoras das
23.--diferentes variedades de uma mesma língua ou entre
24.--diferentes línguas que são mais “suaves”, ao passo que
25.--outras seriam mais “carregadas” ou “fortes”? Para
26.--responder a essas indagações é preciso situar o que é
27.--sotaque do ponto de vista da ciência linguística.
28.-------Sotaque diz respeito __ características sonoras da
29.--fala de qualquer indivíduo falante de qualquer língua.
30.--Essas características podem ser individuais, como a voz
31.--de quem fala, ou podem ser coletivas, tais como as
32.--diferenças percebidas entre falantes de diferentes
33.--faixas etárias, sexo ou gênero, status socioeconômico,
34.--etc. Podem corresponder também às diferenças entre
35.--variedades regionais ou dialetos de uma mesma língua,
36.--como as observadas entre indivíduos das diferentes
37.--regiões do Brasil. Por exemplo, cariocas e paulistanos
38.--diferem na maneira como produzem o som que corresponde
39.--à letra “s” na palavra festa, ou ainda o que
40.--corresponde à letra “r” na palavra porta . Essas
41.--diferenças podem ser caracterizadas como diferentes 11
42.--sotaques. São também consideradas sotaque as diferenças JUCEMG
43.--sonoras mais gerais entre línguas com uma
44.--mesma origem, como as diferenças entre o português
45.--brasileiro e o português europeu, ou entre o inglês
46.--americano e o inglês britânico, ou mesmo aquelas que
47.--caracterizam o grau de proximidade ou distância
48.--com que uma pessoa fala uma língua estrangeira em
49.--relação a como os falantes nativos falam essa língua.
50.-------A diversidade de sons presentes nas línguas pode
51.--ser observada se comparamos línguas diferentes entre
52.--si e também variedades da mesma língua. Portanto,
53.--toda língua, não importa o tamanho do país e nem a
54.--quantidade de pessoas que a falam, apresenta diversidade
55.--sonora, caracterizando diferenças regionais, etárias,
56.--de classe social, de gênero ou sexo, ou até mesmo diferenças
57.--étnicas, a depender da organização sócio-histórica
58.--do povo que fala uma determinada língua.
9. [Q2709540]
Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) nas afirmações a seguir.
( ) O sujeito da forma verbal Podem (l. 34) é indeterminado.
( ) O sujeito da forma verbal São (l. 42) é Essas diferenças (l. 40-41).
( ) O sujeito da forma verbal falam (l. 54) é toda língua (l. 53).
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a ) F – F – F.
b ) V – F – V.
c ) F – V – V.
d ) V – V – F.
e ) F – V – F.

Seja em Guimarães Rosa, Monteiro Lobato ou Benedito Ruy Barbosa, a onça-pintada - maior
felino das Américas e terceiro do mundo atrás do leão e do tigre - é destaque na literatura brasileira
há décadas. Milhares de turistas brasileiros e estrangeiros visitam o Pantanal atrás de suas pegadas,
fincando a maior planície alagável do mundo no mapa dos principais safáris fotográficos.
Das páginas dos livros, a onça-pintada saltou para as redes sociais.
Maior planície alagada do planeta, o Pantanal desponta como o local mais propício do mundo
para avistar a onça-pintada, apesar de a região não ter a maior população do felino - este título é da
região Amazônica, mas sua floresta dificulta a observação do animal.
Em Mato Grosso, Porto Jofre se destaca como uma das áreas com maior densidade do felino no
planeta, e com mais de 300 animais já catalogados por especialistas.
Quem flagrar uma onça nunca observada antes ainda tem a chance de, confirmado o
avistamento inédito, batizar o animal. Todas elas têm manchas diferentes umas das outras - ou seja,
suas pintas são como as digitais humanas e as diferenciam, ainda que à distância pareçam iguais.

10. [Q2708507]
Em “Milhares de turistas brasileiros e estrangeiros visitam o Pantanal” (1º§), os vocábulos
destacados exercem, sintaticamente, a função de:
a ) núcleo do sujeito composto.
b ) adjunto adnominal.
c ) complemento nominal.
d ) adjunto adverbial.

1 Hoje em dia, o norte da Groenlândia é um deserto


polar. Mas o material genético extraído de amostras do solo
revelou uma rica variedade de plantas e animais.
4 Os cientistas encontraram traços genéticos de
animais parecidos com elefantes – os mastodontes, que
perambulavam ao lado de renas e gansos entre as árvores
7 da região, como bétulas e álamos, além de vida marinha
como algas e caranguejos-ferradura. 12
A pesquisa foi publicada na revista Nature. JUCEMG
10 Antes deste estudo, era difícil observar como era a
região dois milhões de anos atrás. Os fósseis de animais
daquele período são extremamente raros por ali.
13 O professor Eske Willerslev, da Universidade de
Copenhague, na Dinamarca, e de Cambridge, no Reino
Unido, conduziu os estudos. Ele afirma que essa mistura de
16 espécies de climas temperados e do Ártico, vivendo lado a
lado, não tem equivalente na era moderna.
Na falta de fósseis, a equipe concentrou-se no DNA
19 ambiental, ou eDNA – o material genético perdido pelas
plantas ou animais (de células da pele ou esterco, por
exemplo) que se acumula no ambiente onde eles vivem.
22 Esta técnica vem sendo amplamente utilizada na
conservação ambiental. Estudar o DNA em uma gota de
água do mar, por exemplo, pode revelar todas as criaturas
25 que viveram em um trecho de oceano, mesmo se você não
conseguir observar os animais individualmente.
Na Groenlândia, os pesquisadores usaram
28 amostras de solo antigo para voltar no tempo e estudar a
biologia do Pleistoceno Inferior. Eles encontraram um
ecossistema florestal, com arbustos do Ártico, ervas,
31 samambaias e musgos crescendo entre as árvores.
Foi descoberto DNA de criaturas como roedores,
renas e gansos, mas o mastodonte foi uma surpresa.
34 Willerslev contou à BBC que, até então, ninguém havia
encontrado parentes dos elefantes na Groenlândia.
Extrair e sequenciar o DNA do solo não foi fácil. Os
37 pesquisadores levaram anos para desenvolver a melhor
técnica a ser usada. Eles chegaram a pensar que o materi
genético talvez não conseguisse sobreviver por tanto
40 tempo.
Se mais DNA ambiental remanescente for
encontrado em outros locais, a descoberta pode mudar a
43 forma como enxergamos o mundo antigo.

11. [Q2698057]
Na linha 18, a partícula “se”, em “a equipe concentrou-se”, indica que o sujeito da oração é
indeterminado.
c ) Certo
e ) Errado

12. [Q2698062]
Na linha 10, o sujeito da oração “era difícil” é “deste estudo”.
c ) Certo
e ) Errado
Herança digital
Enquanto alguns buscam alternativas para a imortalidade no ambiente digital, outros
pretendem compreender suas implicações. Os mesmos dados presentes nas redes sociais que são
ferramentas para a superação do luto e para possíveis extensões da vida propiciam questionamentos
no âmbito jurídico.
Os vestígios digitais não são bens materiais que podem ser transmitidos como herança. “Esses
vestígios estão intrinsecamente conectados à personalidade do sujeito e aos seus interesses”, explica
Rafael Zanatta, diretor da Data Privacy Brasil, uma associação de pesquisa sem fins lucrativos e
______________. Segundo ele, quando a expressão “herança digital” foi adotada, englobava o conjunto
de informações e dados de acesso a contas que foram produzidos pelos indivíduos durante sua vida
on-line. Dentro dessa lógica, o acúmulo de dados que ficou para trás após o falecimento é visto como
propriedade – o que pode não ser tão simples assim. O fato de essas informações serem parte da
personalidade do sujeito pode complicar a discussão sobre a transmissão desses recursos e sobre
que tipo de recursos são esses.
No Facebook, por exemplo, quando um usuário morre, outros perfis podem denunciar a conta,
indicando o falecimento. Apenas assim, após acumular certa quantidade de denúncias, a plataforma
pode “congelar” o perfil e torná-lo um memorial, onde outros usuários, como amigos e familiares,
poderão deixar mensagens e prestar condolências.
13
Essa questão da transferência da posse dos dados de quem já morreu tem se tornado cada vez JUCEMG
mais discutida no âmbito legal, e parece haver uma tendência para que as plataformas passem a
discutir mais o assunto. Isso se deve ao fato de que, com o passar dos anos, veremos cada vez mais
perfis de pessoas falecidas, principalmente nas redes sociais como o Facebook e Instagram, que já
estão em uso no Brasil há mais de dez anos. Um estudo publicado no periódico Big Data & Society
pelos pesquisadores Carl J. Öhman e David Watson, do Internet Institute da Universidade de Oxford,
prevê que, antes de 2100, o Facebook pode ter mais usuários mortos do que usuários ativos. O
estudo estima que haverá pelo menos 1,4 bilhão de perfis desse tipo, mas esse número pode chegar
a 4,9 bilhões.
Outras empresas têm adotado políticas rigorosas quanto a isso, _________ definitivamente as
contas de indivíduos cujo óbito tenha sido confirmado. A Apple é um exemplo: uma vez identificada a
morte do usuário, sua conta é encerrada imediatamente. Essa remoção _______ pode interferir no
processo de luto daqueles que desejam manifestar e acompanhar as homenagens no perfil. Por esse
motivo, estão sendo criados mecanismos de análise para compreender o interesse da família ou do
“herdeiro” em ter acesso à conta.
Para quem opta pela remoção do perfil, também pode haver dificuldade. O Instagram, por
exemplo, permite que usuários solicitem a exclusão de perfis de pessoas que faleceram, mas esse é
um processo burocrático: a solicitação não pode ser feita por qualquer perfil, mas apenas por
aqueles que comprovem ligação com quem morreu. Além disso, a análise desse pedido segue
parâmetros internos da plataforma, que não são claros. Há, entretanto, uma alternativa a isso: a
possibilidade de solicitar o delisting do perfil, um processo de remoção de uma página específica da
listagem de resultados que aparecem em motores de busca. Desse modo, quando alguém procurar
pelo seu nome em sites de busca como o Google, por exemplo, o conteúdo não aparecerá como
resultado.
13. [Q2707204]
Assinalar a alternativa que apresenta a análise sintática correta do seguinte trecho:
“Esses vestígios estão intrinsecamente conectados à personalidade do sujeito [...]”
a ) “Esses vestígios”: sujeito simples - “estão intrinsecamente conectados à personalidade do
sujeito”: predicado nominal - “intrinsicamente”: adjunto adverbial - “estão conectados”: núcleo
do predicado nominal - “à personalidade”: complemento nominal - “do sujeito” - adjunto
adnominal.
b ) “Esses vestígios”: sujeito simples - “estão intrinsecamente conectados à personalidade do
sujeito”: predicado verbonominal - “intrinsicamente”: adjunto adverbial - “estão conectados”:
núcleo do predicado verbo-nominal - “à personalidade”: adjunto adnominal - “do sujeito” -
complemento nominal.
c ) “Esses vestígios”: sujeito composto - “estão intrinsecamente conectados à personalidade do
sujeito”: predicado nominal - “intrinsicamente”: adjunto adverbial - “estão conectados”: núcleo
do predicado nominal - “à personalidade”: objeto indireto - “do sujeito” - complemento nominal.
d ) “Esses vestígios”: sujeito composto - “estão intrinsecamente conectados à personalidade do
sujeito”: predicado verbal - “intrinsicamente”: conectivo - “estão conectados”: núcleo do
predicado verbal - “à personalidade”: objeto direto - “do sujeito” - complemento nominal.
e ) “Esses vestígios”: sujeito simples - “estão intrinsecamente conectados à personalidade do
sujeito”: predicado verbal - “intrinsicamente”: adjunto adverbial - “estão conectados”: núcleo do
predicado verbal - “à personalidade”: objeto indireto - “do sujeito” - complemento nominal.
14. [Q2700130]
Assinale a alternativa correta.
a ) Na frase “Teoria explica por que o corpo de Alexandre, o Grande, só começou a se decompor
seis dias após morte”, ocorrem dois verbos, mas o sujeito é o mesmo.
b ) Em “Com o aumento do calor, também cresce o consumo de suco feito de abacaxi e sorvete”,
ocorre cacofonia.
c ) Em “Contudo, antes de investir em Blue Chips, é preciso entender bem o que elas são e quais
suas principais características”, tem-se exemplo de pleonasmo.
d ) A frase “Frente à frente com a onça me pus a correr em disparada” está escrita de acordo
com as normas do português padrão.
e ) A frase “A má postura, por sua vez, causa diversas complicações, que podem ser dolorosas”,
é composta por duas orações: na primeira, ocorre um predicado verbal; na segunda, um
predicado nominal.
A dispersão da violência e os memes
Em 1487 foi lançado o "Martelo das Bruxas", um livro que ensinava às pessoas comuns a
identificarem feiticeiros, a utilizarem a tortura para conseguirem confissões e a prepararem os 14
rituais para matar os hereges na fogueira. A obra assassina foi um sucesso editorial e influente nos JUCEMG
primórdios da imprensa. Enquanto a tipografia firmava-se como instrumento de combate ao
analfabetismo, aquele livro difundia desinformação, ódio e medo. Suas mensagens tornaram-se
memes dispersados, além da tipografia.
Meme é um termo criado pelo biólogo Richard Dawkins em 1976, para descrever ideias que se
espalham por repetição. O meme é eficaz se for difundido indefinidamente e facilmente recordado,
resistindo quase que imutável por gerações. Este significado é mais abrangente do que a nossa
intuição dá a esses pedaços de informação, massivamente presente nas mídias sociais.
O espaço digital concede mais uma via de difusão de memes. Códigos digitados compartilhados
repetidamente criam e consolidam hábitos, linguagem e senso de grupo; as bases necessárias para a
elaboração das teorias conspiratórias. Estas podem cristalizar a violência online para agressões de
fato, offline. A época da pandemia da COVID-19, traz seus exemplos. O primeiro-ministro da Hungria
Viktor Orban associou a pandemia às migrações, o ex-ministro italiano Matteo Salvini culpou os
refugiados pelas infecções na Itália, muçulmanos foram responsabilizados pelo dispersar do vírus na
Índia, africanos na China foram discriminados. Nesses cantos do mundo ocorreram violência física
contra vulneráveis. Memes viajam e são aceitos passivamente, obliterando a inteligência e o
pensamento crítico.
As ameaças abstratas, como a da destruição da "cultura" e da "perda da identidade local" por
hábitos de imigrantes, se espalham mais do que as notícias sobre perigos concretos.
Pedaços de informações distorcidas trafegam mais rapidamente do que estudos completos sobre
incômodos problemas. Suposições, ilações fortalecem as bases emocionais que inflamam preconceito
e racismo. Além disso, transmitem angústia, horror e medo, portanto, incitam a lógica da
autodefesa. [...]

15. [Q2714264]
Leia o trecho a seguir:
O primeiro-ministro da Hungria Viktor Orban associou a pandemia às migrações; o ex-ministro
italiano Matteo Salvini culpou os refugiados pelas infecções na Itália; muçulmanos foram
responsabilizados pelo dispersar do vírus na Índia; africanos na China foram discriminados.
Nesse trecho, é CORRETO afirmar que o termo:
a ) “às migrações” é complemento nominal.
b ) “mulçumanos” é adjunto adnominal.
c ) “pelas infecções” é agente da passiva.
d ) “africanos” é sujeito simples.

(1 = c ) (2 = e ) (3 = e ) (4 = b ) (5 = c ) (6 = c ) (7 = e ) (8 = c ) (9 = a ) (10 = b ) (11 = e ) (12 = e )


(13 = e ) (14 = e ) (15 = d )
QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (IBAM/AUXILIAR/PREFEITURA DE SANTO ANDRÉ-SP/2015) Na oração “Ainda
existe muita resistência de admitir uma violência específica contra a mulher, uma violência
específica de gênero”, os dois verbos presentes na oração, “existir” e “admitir”, são classificados, respectivamente, como:
15
a) verbo transitivo direto e verbo impessoal. JUCEMG
b) verbo transitivo indireto e verbo transitivo indireto.
c) verbo intransitivo e verbo transitivo direto.
d) verbo transitivo direto e verbo transitivo indireto.
Questão 2 (IBAM/ENFERMEIRO/PREFEITURA DE LEOPOLDINA-MG/2010) “Estima-se que
mais de 20 milhões de brasileiros deixaram a pobreza desde 2003 e que a desigualdade de
renda tenha sido reduzida em 8%.”
A construção do verbo com o pronome (“estima- se”), no exemplo acima, constitui um exemplo de voz passiva pronominal. No entanto, ela
se aproxima do sujeito indeterminado porque:
a) permite omitir o agente da ação
b) induz a acreditar em dado incorreto
c) evita citar dados contraditórios
d) contribui para simular verdade absoluta
Questão 3 (IBAM/AUXILIAR/PREFEITURA DE SANTO ANDRÉ-SP/2015) Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente as
orações abaixo.
I – Ajudamos a menina e o cachorro__________ ,
II – Os documentos foram__________ devolvidos.
III – A aluna estava__________ chateada com a nota da prova.
a) I- machucados; li- mesmos; III- meia.
b) I- machucado; II- mesmos; III- meio.
c) I- machucado; II- mesma; III- meia.
d) I- machucados; II- mesmo; III- meio.
Questão 4 (FGV/PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS-SC/ADMINISTRADOR/2014)
DIREITO AFETIVO
João Paulo Lins e Silva, O Globo, 09/10/2014
Acompanhamos recentemente notícias na imprensa sobre registros de nascimento de
menores com a inclusão de duas mães e um pai. Três atos distintos ocorreram; um em Minas
Gerais e dois no Rio Grande do Sul. Por maior semelhança, carregam os registros características peculiares, mas que trazem e antecipam
uma forte tendência, com a visão da família
multiparental, ou seja, a capacidade de uma pessoa possuir, simultaneamente, mais de um
pai ou de uma mãe em seu registro de nascimento. O que poderia soar absurdo ou, no mínimo, estranho antigamente, a evolução do formato
da família brasileira força a necessidade de
uma adequação de nossa legislação notarial.
A frase abaixo em que o sujeito do verbo destacado aparece posposto é:
a) “acompanhamos recentemente notícias na imprensa”
b) “três atos distintos ocorreram”
c) “por maior semelhança, carregam os registros características peculiares”
d) “mas que trazem e antecipam uma forte tendência”
e) “a evolução do formato da família brasileira força a necessidade de uma adequação”
Questão 5 (FGV/PROCEMPA/ANALISTA EM TI/2014)
A maçã não tem culpa
Pela lenda judaico-cristã, o homem nasceu em inocência. Mas a perdeu quando quis conhecer o bem e o mal. Há uma distorção generalizada
considerando que o pecado original foi
um ato sexual, e a maçã ficou sendo um símbolo de sexo.
Quando ocorreu o episódio narrado na Bíblia, Adão e Eva já tinham filhos pelos métodos
que adotamos até hoje. Não usaram proveta nem recorreram à sapiência técnica e científica
do ex-doutor Abdelmassih. Numa palavra, procederam dentro do princípio estabelecido pelo
próprio Senhor: “Crescei e multiplicaivos”. O pecado foi cometido quando não se submeteram
à condição humana e tentaram ser iguais a Deus, conhecendo o bem e o mal. A folha de parreira foi a primeira escamoteação da raça humana.
Criado diretamente por Deus ou evoluído do macaco, como Darwin sugeriu, o homem teri
sido feito para viver num paraíso, em permanente estado de graça. Nas religiões orientai
creio eu, mesmo sem ser entendido no assunto (confesso que não sou entendido em nenhum
assunto), o homem, criado ou evoluído, ainda vive numa fase anterior ao pecado dito origina
Na medida em que se interioriza pela meditação, deixando a barba crescer ou tomand
banho no Ganges, o homem busca a si mesmo dentro do universo físico e espiritual. Quand
atinge o nirvana, lendo a obra completa do meu amigo Paulo Coelho, ele vive uma situaçã
de felicidade, num paraíso possível. Adão e Eva, com sua imensa prole, poderiam ter continuado no Éden se não tivessem cometido o pecado.
A maçã de Steve Jobs não tem nada a ve
com isso.
Repito: o pecado original não foi o sexo, o ato do sexo, prescrito pelo próprio latifundiário
dono de todas as terras e de todos os mares. A responsabilidade pelo pecado foi a soberb
do homem em ter uma sabedoria igual à de seu Criador.
(Carlos Heitor Cony, Folha de São Paul
Assinale a opção que indica a frase em que o sujeito aparece posposto ao verbo.
a) “Há uma distorção generalizada”.
b) “a maçã ficou sendo um símbolo do sexo”.
c) “Quando ocorreu o episódio narrado na Bíblia”.
d) “A maçã de Steve Jobs não tem nada a ver com isso”.
e) “O pecado original não foi o sexo”
Questão 6 (AOCP/CODEM-PA/ANALISTA/2017) Analise o seguinte trecho e assinale a alternativa INCORRETA.
“Novos estudos estão mostrando que o uso frequente do Facebook nos torna mais impulsivos, mais narcisistas, mais desatentos e menos
preocupados com os sentimentos dos
outros.” 16
a) Trata-se de um período composto por duas orações. JUCEMG
b) Os sujeitos das orações são, respectivamente, “novos estudos” e “o uso frequente do
Facebook”.
c) Existe uma oração principal, não iniciada por conjunção, e uma oração subordinada, iniciada por conjunção integrante.
d) Existem duas orações e, em uma delas, o sujeito está oculto para evitar repetições desnecessárias.
e) A locução verbal “estão mostrando” poderia ser substituída por “mostram” sem prejuízo de
entendimento à oração em questão.
Questão 7 (FGV/CÂMARA DE SALVADOR-BA/ASSISTENTE LEGISLATIVO/2018) “Ou seja,
foi usada para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria nem se
complexificaria”.
Sobre um componente desse segmento do texto 2, é correto afirmar que:
a) o sujeito da forma verbal “foi usada” está posposto;
b) a frase “para criar uma desigualdade” indica uma concessão;
c) o relativo “a qual” se refere a um termo seguinte;
d) o termo “alguns teóricos” funciona como objeto direto;
e) a forma verbal no futuro do pretérito – desenvolveria – indica uma possibilidade.
Questão 8 (CETRO/CREF-4ª/PROCURADOR/2013) De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e em relação à sintaxe, assinale a
alternativa cujo sujeito apresenta a mesma
classificação que o sujeito destacado no período abaixo.
Ninguém entrou em contato com a família de Kevin.
a) Encontraram os culpados pelo atentado.
b) O pai e a mãe do garoto estavam muito abatidos.
c) Choveu muito em São Paulo.
d) O clube teve uma atitude jurídica perfeita.
e) Vive-se solitariamente nas grandes cidades.
Questão 9 (VUNESP/TJ-SP/ASSISTENTE/2017)
É urgente
A decisão de Nicolás Maduro de elevar a meio milhão os milicianos armados com fuzil na
Venezuela é a pior de suas ideias ruins.
Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio das armas. Caso
não o seja, nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo: vai prolongar-se na criminalidade típica de uma população armada e, em
grande parte, indesarmável. Ainda por motivos
mais econômicos, os venezuelanos fogem em massa. Seu número cresce. O Brasil está atrasado, como se indiferente, nas providências para
essa emergência social.
(Jânio de Freitas, “É urgente”. Folha de S.Paulo, 10.04.2017)
Assinale a alternativa em que o verbo destacado tem sujeito elíptico.
a) A decisão de Nicolás Maduro [...] é a pior de suas ideias ruins.
b)... os venezuelanos fogem em massa
c)... nem por isso se extinguirá o mal do armamentismo...
d) Seu número cresce.
e) Sugere que Maduro prevê a decisão da discórdia venezuelana por meio das armas.
Questão 10 (FUMARC/PC-MG/TÉC./2013) “Paciência, minha filha, este é apenas um ciclo
econômico e a nossa geração foi escolhida para este vexame, você aí desse tamanho pedindo
esmola e eu aqui sem nada para te dizer, agora afasta que abriu o sinal.”
No período acima, as vírgulas foram empregadas em “Paciência, minha filha, este é [...]”, para
separar:
a) aposto.
b) vocativo.
c) adjunto adverbial.
d) expressão explicativa.

1. c
2. a
3. d
4. c
5. c
6. d
7. e
8. d
9. e
10. b
17
JUCEMG
18
JUCEMG
19
JUCEMG
20
JUCEMG
21
JUCEMG
22
JUCEMG
23
JUCEMG
24
JUCEMG
25
JUCEMG
26
JUCEMG
27
JUCEMG
28
JUCEMG
29
JUCEMG
30
JUCEMG
31
JUCEMG
32
JUCEMG
33
JUCEMG
34
JUCEMG
35
JUCEMG
36
JUCEMG
37
JUCEMG
38
JUCEMG
39
JUCEMG
40
JUCEMG
41
JUCEMG
42
JUCEMG
43
JUCEMG
44
JUCEMG
45
JUCEMG
46
JUCEMG
47
JUCEMG
48
JUCEMG
49
JUCEMG
50
JUCEMG
51
JUCEMG
52
JUCEMG
53
JUCEMG
54
JUCEMG
55
JUCEMG
56
JUCEMG
57
JUCEMG
58
JUCEMG
59
JUCEMG
60
JUCEMG
61
JUCEMG
62
JUCEMG
63
JUCEMG
64
JUCEMG
65
JUCEMG
66
JUCEMG
67
JUCEMG
68
JUCEMG
69
JUCEMG
70
JUCEMG
71
JUCEMG
72
JUCEMG
73
JUCEMG
74
JUCEMG
75
JUCEMG
76
JUCEMG
77
JUCEMG
78
JUCEMG
79
JUCEMG
80
JUCEMG
81
JUCEMG
82
JUCEMG
83
JUCEMG
84
JUCEMG
85
JUCEMG
86
JUCEMG
87
JUCEMG
88
JUCEMG
89
JUCEMG
90
JUCEMG
91
JUCEMG
92
JUCEMG
93
JUCEMG
94
JUCEMG
95
JUCEMG
96
JUCEMG
97
JUCEMG
98
JUCEMG
99
JUCEMG
100
JUCEMG
101
JUCEMG
102
JUCEMG
103
JUCEMG
104
JUCEMG
105
JUCEMG
106
JUCEMG
107
JUCEMG
108
JUCEMG
109
JUCEMG
110
JUCEMG
111
JUCEMG
112
JUCEMG
113
JUCEMG
114
JUCEMG
115
JUCEMG
116
JUCEMG
117
JUCEMG
118
JUCEMG
119
JUCEMG
120
JUCEMG
121
JUCEMG
122
JUCEMG
123
JUCEMG
124
JUCEMG
125
JUCEMG
126
JUCEMG
127
JUCEMG
128
JUCEMG
129
JUCEMG
130
JUCEMG
131
JUCEMG
132
JUCEMG
133
JUCEMG
134
JUCEMG
135
JUCEMG
136
JUCEMG
137
JUCEMG
138
JUCEMG
139
JUCEMG
140
JUCEMG
141
JUCEMG
142
JUCEMG
143
JUCEMG
144
JUCEMG
145
JUCEMG
146
JUCEMG
147
JUCEMG
148
JUCEMG
149
JUCEMG
150
JUCEMG
151
JUCEMG
152
JUCEMG
153
JUCEMG
154
JUCEMG
155
JUCEMG
156
JUCEMG
157
JUCEMG
158
JUCEMG
159
JUCEMG
160
JUCEMG
161
JUCEMG
162
JUCEMG
163
JUCEMG
164
JUCEMG
165
JUCEMG
166
JUCEMG
167
JUCEMG
168
JUCEMG
169
JUCEMG
170
JUCEMG
171
JUCEMG
172
JUCEMG
173
JUCEMG
174
JUCEMG
175
JUCEMG
176
JUCEMG
177
JUCEMG
178
JUCEMG
179
JUCEMG
180
JUCEMG
181
JUCEMG
182
JUCEMG
183
JUCEMG
184
JUCEMG
185
JUCEMG
186
JUCEMG
187
JUCEMG
188
JUCEMG
189
JUCEMG
190
JUCEMG
191
JUCEMG
192
JUCEMG
193
JUCEMG
194
JUCEMG
195
JUCEMG
196
JUCEMG
197
JUCEMG
198
JUCEMG
199
JUCEMG

Você também pode gostar