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CRASE

Regras de quando usar crase:

1. Antes de palavras femininas

 Fui à escola.
 Fomos à praça.
 Você vai à padaria agora?

2. Quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir)

 Vou à padaria.
 Fomos à praia.
 Voltei à loja e fui bem atendido.

3. Antes dos pronomes demonstrativos aquilo, aquela, aquele

 No verã o, voltamos à quela praia.


 Refere-se à quilo que aconteceu ontem na festa.
 Vou à quele lugar hoje.

4. Antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida

 Veste roupas à (moda de) Luís XV.


 Dribla à (moda de) Pelé.
 Escreve à (moda de) José de Alencar.

5. Uso da crase na indicação das horas


Utiliza-se a crase antes de numeral cardinal que indicam as horas exatas:

 Termino meu trabalho à s cinco horas da tarde.


 Saio da escola à s 12h30.
 Entro à uma.

 Por outro lado, quando acompanhadas de preposiçõ es (para, desde, apó s, perante, com), nã o
se utiliza a crase, por exemplo:

 Ficamos na reuniã o desde as 12h.


 Chegamos apó s as 18h.
 O congresso está marcado para as 15h.

Regras de quando NÃO usar crase

A crase nã o deve ser usada nas seguintes situaçõ es:

 Antes de palavras masculinas;


 Antes de verbos;
 Antes de pronomes pessoais do caso RETO (eu, tu, ele, nó s, vó s, eles) e do caso OBLÍQUO (me,
mim, comigo, te, ti, contigo, se, si, o, lhe);
 Antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa.
SUJEITOS E TIPOS

Sobre o sujeito é possível afirmar:


 É o termo da oraçã o sobre o qual se declara alguma coisa.
 Pode ser substituído por pronome pessoal do caso reto (eu, tu, ele, nó s, vó s, eles).
 Concorda com o verbo.

 Vamos analisar a seguinte frase:

Glauber Rocha é o cineasta brasileiro mais famoso.

Como identificar o sujeito na oração:

1) Para identificar o sujeito, você deve perguntar “quem” ou “o que” praticou ou sofreu a ação
verbal. Observe a seguir:
 O pedreiro construiu uma bela casa para mim.

Nesta oraçã o, quem praticou a açã o de construir uma bela casa? A resposta é: o pedreiro.
Portanto, ele é o sujeito da oraçã o.

Agora analise este enunciado:

Uma bela casa foi construída pelo pedreiro.

Entã o, o que foi construída pelo pedreiro? A resposta é: uma bela casa. Consequentemente, “uma
bela casa” é o sujeito.

2) Outra forma de identificar o sujeito é  apontar o elemento sobre o qual se declara alguma coisa.
Veja a seguir:

Os moradores de rua sã o ignorados por grande parte da populaçã o.

Nessa oraçã o, foi declarado que algumas pessoas sã o ignoradas por grande parte da populaçã o. E
que pessoas sã o essas? A resposta é : os moradores de rua. Por conseguinte, a expressã o “os moradores de
rua” é o sujeito.

Em todos os exemplos acima, podemos substituir os sujeitos por um pronome pessoal do


caso reto. Isso indica que os elementos substituídos sã o realmente sujeitos:

Ele construiu uma bela casa para mim.

Ela foi construída pelo pedreiro.

Eles sã o ignorados por grande parte da populaçã o.

3) É possível identificar o sujeito por meio da flexão verbal , isto é, ao verificar qual é o termo que
concorda com o verbo:

Ele construiu uma bela casa para mim.

(Verbo flexionado na terceira pessoa do singular)


Ela foi construída pelo pedreiro.

(Locuçã o verbal flexionada na terceira pessoa do singular)

Eles sã o ignorados por grande parte da populaçã o.

(Verbo flexionado na terceira pessoa do plural)

Sujeito simples

Apresenta um ú nico sujeito e pode ser determinado facilmente.

O filme brasileiro Tatuagem foi premiado no Festival de Gramado.

 Pergunta: O que foi premiado no Festival de Gramado?


 Resposta (ou sujeito simples): O filme brasileiro Tatuagem.

 ATENÇÃO: Além dos substantivos comuns e pró prios, os pronomes indefinidos também podem


exercer a funçã o de sujeito na oraçã o:

Ninguém sabia o que fazer naquela situaçã o.

 Pergunta: Quem (nã o) sabia o que fazer naquela situaçã o?


 Resposta (ou sujeito simples): Ninguém.

Sujeito composto

Apresenta dois ou mais sujeitos facilmente determiná veis.

A pintura e a fotografia podem eternizar um momento.

 Pergunta: O que pode eternizar um momento?


 Resposta (ou sujeito composto): A pintura e a fotografia.

Sujeito implícito, elíptico, desinencial ou oculto

Nã o aparece de forma explícita, mas pode ser identificado pelo contexto ou pela forma verbal.

Comprei uma tela falsificada de Portinari.

 Pergunta: Quem comprou uma tela falsificada de Portinari?


 Resposta (ou sujeito implícito): Eu.

Sujeito indeterminado
 Expressã o que nã o identifica o agente
 O verbo nã o se refere a uma pessoa determinada, ou por se desconhecer quem executa a açã o
 Aparecerá a açã o, mas nã o há como dizer quem a pratica ou praticou.
 Verbo na 3ª pessoa do plural

EXEMPLOS:

Falavam mal do meu vizinho.


 Pergunta: Quem falava mal do meu vizinho?
 Resposta: Nã o é possível determinar.

Chegou-se a cogitar a ideia.


 Pergunta: Quem cogitou a ideia?
 Resposta: Nã o é possível determinar.

Precisa-se de roteirista.
 Pergunta: Quem precisa de roteirista?
 Resposta: Nã o é possível determinar.

Fica-se bem em Curitiba.
 Pergunta: Quem fica bem em Curitiba?
 Resposta: Nã o é possível determinar.

Inexistente

Ocorre nas oraçõ es sem sujeito, que apresentam verbos impessoais (os que indicam fenô menos da
natureza, tempo decorrido, etc.).
Exemplos:
 Há outras questõ es importantes.
 Choveu durante a tarde.
 Nevou bastante esta noite.

PREDICADO E TIPOS

O predicado, formado por um ou mais verbos, é aquilo que se declara sobre a açã o do sujeito,
concordando em nú mero e pessoa com ele.
Exemplo:
Lú cia correu no final da semana passada.
 Sujeito: Quem correu no final de semana passada? “Lú cia” é o sujeito simples que realiza a açã o.
 Predicado: Apó s identificar o sujeito da açã o, todo o restante é o predicado. Trata-se da açã o
realizada pelo sujeito.

Predicado verbal
 Tem como nú cleo um verbo que transmite a ideia de açã o. 
 Nó s caminhamos muito hoje. (nú cleo: caminhamos)
 Cheguei hoje de viagem. (nú cleo: cheguei)
 O cliente perdeu os documentos. (nú cleo: perdeu)

Predicado nominal
Tem como nú cleo um nome (substantivo ou adjetivo). Ele indica estado ou qualidade de algo, sendo
formado por um verbo.

Há somente um núcleo, caracterizado por um nome (substantivo ou adjetivo), por exemplo:

 Alan está feliz. (nú cleo: feliz)


 Fiquei exausta. (nú cleo: exausta)
 Ele continua atencioso comigo. (nú cleo: atencioso)

Predicado verbo-nominal
Ao mesmo tempo que indica açã o do sujeito, informa sua qualidade ou estado, sendo
constituído por dois nú cleos: um nome e um verbo.

 Suzana chegou cansada. (nú cleos: chegou, cansada)


 Terminaram satisfeitos o trabalho. (nú cleos: terminaram, satisfeitos)
 Considerou a caminhada desagradá vel. (nú cleos: considerou, desagradá vel)

Para identificar um predicado verbo-nominal, o verbo que indica açã o está expresso na
oraçã o. O verbo que indica estado ou qualidade, por sua vez, está oculto.

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