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Conteúdo do semestre:
Estudo dirigido:
Crase p. 07
Tempos verbais p. 03
Avaliações:
prova de conteúdo
produção de texto narrativo
prova de interpretação de texto
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Estudo dirigido:
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______________ _______________________________________________________Profª Andréa Lacotiz
OS TEMPOS VERBAIS
Modo Indicativo
Presente
É comum definir-se o presente do indicativo como aquele que indica ações ou situações que
ocorrem no momento em que se fala ou se escreve. Além disso, o presente do indicativo pode
expressar processos habituais, regulares, ou aquilo que tem validade permanente. Observe os
exemplos:
Ainda, o presente do indicativo pode ser usado para narrar fatos passados, emprestando-lhes
atualidade. Nesse caso, é chamado de presente histórico:
No dia 17 de dezembro de 1989, pela primeira vez em quase trinta anos, o povo brasileiro elege
diretamente o presidente da República. Iludida pelos meios de comunicação, a população não
percebe que está diante de um farsante. Mas a verdade não demora a chegar. O presidente-
atleta logo mostra quem é.
É também usado para indicar uma ordem ou desejo, de uma maneira delicada e familiar:
Pretérito imperfeito
Esse tempo verbal possui várias aplicações. Pode ser usado para transmitir uma ideia de
continuidade, de uma circunstância que no passado era habitual ou frequente:
Quando voltamos ao passado, procurando expressar algo que, então, era presente, utilizamos o
pretérito imperfeito:
Eu admirava a paisagem. A vida passava devagar. Quase nada se movia. Uma pessoa aparecia
aqui, um cão latia ali, mas, no geral, tudo era muito quieto.
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______________ _______________________________________________________Profª Andréa Lacotiz
Pretérito perfeito
Processos que se repetem ou prolongam até o presente são expressos pelo pretérito perfeito
composto:
Pretérito mais-que-perfeito
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______________ _______________________________________________________Profª Andréa Lacotiz
Futuro do presente
Processos entendidos como certos ou prováveis são expressos pelo futuro do presente:
Para expressar a ideia de condição, o futuro do presente do indicativo se relaciona com o futuro
do subjuntivo:
Futuro do pretérito
O futuro do pretérito expressa processos posteriores ao momento passado a que estamos nos
referindo:
Além disso, utiliza-se para exprimir dúvida ou incerteza em relação a um fato passado:
Para expressar ideia de condição, o futuro do pretérito relaciona-se com o pretérito imperfeito do
subjuntivo:
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______________ _______________________________________________________Profª Andréa Lacotiz
Modo subjuntivo
Presente
Pretérito imperfeito
Os baixos salários que o pai ganhava não permitiam que ele estudasse.
Fizesse sol ou chovesse, não dispensava uma volta no parque.
Esse tempo também se relaciona com os pretéritos perfeito e imperfeito do indicativo, sugerindo
hipótese:
Futuro
O futuro do subjuntivo indica fatos hipotéticos, ainda não realizados no momento da fala ou da
escrita.
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Crase
O que é imprescindível saber
Crase é uma palavra de origem grega e significa "fusão". Na gramática normativa, a crase
marca a fusão de dois sons iguais: assim, temos a + a = à.
Saber empregar a crase requer entender a sintaxe da língua portuguesa. Em um enunciado,
as palavras apresentam-se em uma certa ordem e uma complementa o significado da outra.
Veja o enunciado a seguir:
(1) Pedro comprou balas.
Quando estudamos sintaxe, aprendemos que 'Pedro' é o sujeito da frase, 'comprou' é o verbo,
e 'balas' é o complemento do verbo. Quanto ao significado, como se trata de uma frase verbal
(que contém verbo), podemos fazer perguntas ao verbo:
Quem comprou? A resposta será 'Pedro'.
O que ele comprou? A resposta será 'balas'.
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'a quem se refere?' A resposta, em cada enunciado, é 'ao diretor', 'à diretora'. Vejamos com
atenção o tipo de resposta:
... ao diretor, temos a preposição a + o artigo o, ao;
...à diretora, temos a preposição a + o artigo a, aa - mas, como os sons são iguais,
ocorre a fusão, porque ninguém diz "Refiro-me aa diretora", diz "Refiro-me à
diretora", em que os dois sons a se fundiram e, na escrita, essa fusão é marcada
pelo acento grave (`).
Grande parte das ocorrências de crase, em um texto, é motivada pela transitividade verbal.
Contudo, o modo como utilizamos a linguagem, no dia a dia, é diferente do modo prezado
pela gramática normativa, que prescreve regras de uso da língua. Um exemplo, nesse sentido,
envolve o verbo 'assistir'. Na linguagem cotidiana, é possível dizer:
(7) Ontem, assisti o filme novo do Tarantino!
Na variante informal, esse enunciado é uma das possibilidades de comunicar algo. Na
variante padrão, entretanto, há uma regra segundo a qual o verbo 'assistir', por apresentar
mais de um significado, pode ou não exigir a preposição, e essa exigência está de acordo com
os sentidos que o verbo pode assumir: dentre outros, 'assistir' pode significar 'ver, presenciar',
mas também 'auxiliar, ajudar prestar assistência'. Assim, temos que:
no sentido de 'ver, presenciar', o verbo 'assistir' exige a preposição 'a';
no sentido de 'auxiliar, ajudar prestar assistência', não exige preposição alguma.
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Outros substantivos ou adjetivos exigem a preposição 'a':
admiração a
atentando a
devoção a
horror a
obediência a
ojeriza a
respeito a
acessível a
acostumado a
agradável a
alheio a
análogo a
apto a
benéfico a
contemporâneo a
preferível a
prejudicial a
contíguo a
contrário a
equivalente a
propício a
próximo a
relativo a
habituado a
idêntico a
insensível a
necessário a
nocivo a
paralelo a
semelhante a
Se o complemento de significado de qualquer um desses substantivos ou adjetivo for uma
palavra do gênero feminino, haverá crase na expressão. Contudo, não aconselhamos a
decorar listas! O aprendizado dessas regras ocorre por meio da constante reflexão, leitura
atenta e correção textual. É importante termos sempre um material disponível para consulta
e, quando for possível, se houver dúvidas, procurar saná-las pela reiteração do contato com
o assunto.
Dito isso, vejamos a ocorrência de crase em locuções adverbiais, prepositivas e
conjuntivas. Nos enunciados, certas expressões nem são sujeitos, nem complementam
verbos, nem complementam substantivos ou adjetivos. Essas expressões marcam ou um
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tempo, ou um modo, ou um meio de uma ação, de um estado, de um acontecimento.
Observemos os enunciados abaixo:
(12) As aulas iniciam-se às 9:25 min.
(13) O prédio ficava à esquerda da rua onde se encontrava.
(14) Saiu de casa às escondidas, pois não queria dar satisfação a ninguém.
Agora que sabemos o que é crase, basta ficar atentos aos lugares do enunciado onde ela
ocorre. Se atentarmos ao significado das expressões em que há crase, percebemos que 'às
9:25 min', 'às vezes' e 'às escondidas' complementam, de fato, o significado da frase como
um todo e indicam, respectivamente, um tempo, uma direção e um modo. As locuções são
bastante frequentes nos enunciados e por isso é preciso prestar atenção a essas ocorrências,
pois, muitas vezes, a ordem, somada à ausência de crase, cria frases que, tomadas ao pé da
letra, ficam sem sentido:
(15) As pressas saíram do evento.
Logo no início, vimos que, em geral, o sujeito de um enunciado ocorre antes do verbo,
embora a ordem possa ser diferente. Imaginemos que, no enunciado (15), pela posição, 'as
pressas' poderia ser o sujeito da frase! Assim, para marcar um significado diferente, ocorre a
crase que, nesse caso, indica o modo como pessoas saíram do evento: às pressas. O
enunciado, pela variante padrão, deve ser escrito:
(16) Às pressas, saíram do evento.
No enunciado (16) o uso da vírgula reforça a ideia de que 'às pressas' não é sujeito do verbo.
O sujeito fica implícito, pois é deduzível da conjugação na 3ª pessoa do plural.
Os conhecimentos compartilhados nesta seção jamais serão apreendidos se não forem
compreendidos, praticados, revisitados. Não se trata de decorar, mas de compreender e de
colocar em prática. As dúvidas podem surgir, mas é nesse momento que precisamos rever o
assunto.
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Refiro-me a uma pessoa educada.
Explicação: embora haja a preposição exigida pelo verbo, antes do substantivo 'pessoa'
ocorre artigo indefinido 'uma', não o artigo definido 'a'.
d) Antes de expressão de tratamento
Entrego a Vossa Senhoria um documento para sua apreciação.
Ofereço a você toda a minha solidariedade.
Explicação: embora haja a preposição exigida pelo verbo, antes dos pronomes de tratamento,
não ocorre artigo indefinido.
e) Antes dos pronomes demonstrativos
Com suas atitudes, concedeu a esta instituição todo o seu valor.
Entregamos a essa escola todos os livros adquiridos.
Explicação: embora haja a preposição exigida pelo verbo, antes dos pronomes
demonstrativos, não ocorre artigo indefinido.
f) Antes dos pronomes pessoais
Ofereceu a ela um auxílio-moradia.
O assunto não diz respeito a mim.
Explicação: ainda que o verbo exija a preposição ('ofereceu a') ou ela componha a locução
('respeito a'), diante de pronomes pessoais não ocorre artigo definido.
g) Antes de pronomes indefinidos
Obedece a qualquer pessoa que com ele fale mais alto.
Bom dia a todos.
Explicação: ainda que o verbo exija a preposição ('obedece a') ou ela componha a locução ('a
todos'), diante de pronomes indefinidos não ocorre artigo definido.
h) Quando, após a preposição, a palavra ou expressão vier no plural
Falei a pessoas curiosas.
Explicação: o verbo exige a preposição 'a', mas o substantivo 'pessoas' não é precedido de
artigo; se fosse, estaria no plural, 'as pessoas'. É possível dizer "Falei às pessoas curiosas",
mas o significado, nesse caso, é distinto da outra frase. Na primeira frase, não se determina
com quais pessoas se fala; na segunda, o fato de haver artigo que precede 'pessoas' cria uma
especificação. Comparemos com outra frase: 'Ele é o melhor"; 'o melhor' tem o sentido de
ser único, exclusivo, situação diferente de dizer 'Ele é melhor'. A presença ou a ausência do
artigo definido resultam em significados diferentes.
i) Quando, antes do a (artigo), vier uma preposição
Compareceu perante a direção.
Explicação: o verbo 'compareceu' exige a preposição 'perante', não a preposição 'a'. Nessa
frase o 'a' de 'a direção' é artigo definido.
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j) Com expressões repetitivas
Gota a gota.
Cara a cara.
Explicação: nessas expressões, não ocorre artigo definido. Isso fica muito claro quando
compomos a expressão com uma palavra do gênero masculino: Trabalhava de sol a sol. 'Sol'
é substantivo masculino, mas na expressão o artigo não ocorreu.
k) Com locuções adverbiais de meio ou de instrumento.
Escreveu as respostas a caneta. (compare com 'Escreveu as respostas a lápis')
A pizza foi assada em forno a lenha. (compare com 'A pizza foi assada em forno a gás')
O ônibus é movido a gasolina. (compare com 'O ônibus é movido a diesel')
Pagamos a casa a vista. (compare com 'Pagamos a casa a prazo)
Explicação: como ocorre nas expressões repetitivas, o artigo não está presente nessas
locuções. Isso fica evidente, quando se compara o mesmo tipo de locução composta de
substantivo masculino, como lápis, gás e diesel.
l) Diante de nome de cidade
Vou a Americana.
Foi a Bauru no último feriado.
Explicação; diante de nome de cidade, não ocorre artigo definido. É preciso observar que
isso acontece também com alguns nomes de países, 'Vou a Portugal', mas não de outros,
'Vou à Argentina"; assim como também ocorre com estados, "Vou à Bahia", mas "Vou a
Santa Catarina".
m) Diante da palavra distância, quando não houver especificação
Ele optou por fazer a faculdade a distância.
O ensino a distância tem crescido no Brasil.
Explicação: diante da palavra 'distância', nesses casos, não há especificação da proximidade,
por isso não ocorre artigo definido. Caso haja essa especificação, ocorre artigo, portanto
ocorre crase: O nevoeiro era tão denso que não era possível enxergar nada à distância de
meio metro. Aqui existe especificação do quanto é a distância, por isso, há artigo e há crase.
Em todas as situações acima, partimos do mesmo raciocínio: é preciso haver a fusão de dois
sons 'a'; para saber se há esses dois sons, é preciso verificar se algum elemento do enunciado
exige preposição e se a palavra que complementa o significado desse elemento ou que
compõe o significado de uma expressão é do gênero feminino e diante dela ocorre artigo.
Sem esse modo de raciocinar, o assunto cai na 'decoreba' e nada é aprendido.
Outras observações
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(1) Dirigi-me à Vanessa ou Dirigi-me a Vanessa.
(2) Referi-me à sua prima ou Referi-me a sua prima.
Nos enunciados (1) e (2), ambas as construções são corretas do ponto de vista normativo.
Existe o entendimento de que antes de nomes próprios ou de pronomes possessivos, o uso
do artigo é facultativo.
Ainda, precisamos observar quando as palavras estão implícitas, para que não haja repetição:
(3) Esta religião é semelhante à dos hindus.
No enunciado acima, lê-se 'Esta religião é semelhante à religião dos hindus', mas é comum
não repetir palavras em enunciados. A crase, então, serve para marcar a ideia, apesar da
ausência da palavra.
Em certos pronomes demonstrativos, a crase deve ser empregada quando a expressão for
complemento verbal ou complemento de um substantivo ou de um adjetivo:
(4) Entregamos a mercadoria àquela vendedora.
(5) Entregamos a mercadoria àquele vendedor.
Nos enunciados acima, o 'a' preposição se funde com o 'a' inicial dos pronomes 'aquela',
'aquele'. É preciso observar que, nesse caso, é indiferente que o pronome seja masculino ou
feminino, pois a fusão se dá pelo som.
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}6 ntlo 1 o mesmo, quebr.ova-se esta; ouviu o canto da sereia.
(c. o. OE .v.o~ot)
DISCURSO INDIRETO
Tomemos como exemplo esta frase de MACHADO OE Assis:
Josê Dias deixou-se estar catado, suspirou e acabou contes·
sando que ntlo era mldlco.
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18 OISCUltSO ouno, DISCURSO •DIRETO E DISCURSO •DIRETO llVRl 1351
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O!SCUIRSO O!~rTO tl«SCUltSO !llO!ltETO
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DISCURSOS DIRETO E INDIRETO ATIVIDADES
2) Leia o período: "Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu”. Considerando a
possibilidade de várias organizações sintáticas para os períodos compostos, assinale a alternativa
em que não há alteração de sentido em relação ao período indicado:
(A) Quando chegamos à porta do Ateneu, meu pai disse-me que lá eu precisaria encontrar o mundo.
(B À porta do Ateneu, meu pai disse-me que lá eu teria de encontrar o mundo.
(C) Disse-me meu pai, à porta do Ateneu, que somente lá eu encontraria o mundo.
(D) Meu pai disse-me, à porta do Ateneu, que lá eu encontraria o mundo.
(E) Ao chegarmos à porta do Ateneu, meu pai orientou-me para que lá eu encontrasse o mundo.
Assinale a alternativa que substitui o discurso direto pelo discurso indireto, sem que ocorram
infrações da norma culta.
(A) A mulher nos disse que o leiteiro lhes deixaria sem leite.
(B) A mulher o disse que o leiteiro ainda lhes irá deixar sem leite.
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DISCURSOS DIRETO E INDIRETO ATIVIDADES
(C) A mulher diz-lhe que o leiteiro ainda deixaria eles sem leite.
(D) A mulher lhe disse que o leiteiro ainda iria deixá-los sem leite.
(E) A mulher disse-lhe que o leiteiro ainda nos deixará sem leite.
1. O peixe afirmou que alguém havia colocado aquela minhoca lá e que ela estava lá por algum
motivo.
2. O peixe afirmou que alguém colocara aquela minhoca lá e que ela estaria lá por algum motivo.
3. O peixe afirmou que alguém houvera colocado aquela minhoca lá e que ela estava lá por algum
motivo.
4. O peixe afirmou que alguém tinha colocado aquela minhoca lá e que ela está lá por algum
motivo.
5. O peixe afirmou que alguém teria colocado aquela minhoca iá e que ela estaria lá por algum
motivo.
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DISCURSOS DIRETO E INDIRETO ATIVIDADES
F) “– Rodrigues, vá até o galpão, procure a ferramenta que perdeste e volta com ela na mão.”
Disse a Rodrigues que fosse até o galpão, procurasse a ferramenta que perdera e voltasse com ela na
mão.
2) Leia o período: "Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu”. Considerando a
possibilidade de várias organizações sintáticas para os períodos compostos, assinale a alternativa
em que não há alteração de sentido em relação ao período indicado:
(A) Quando chegamos à porta do Ateneu, meu pai disse-me que lá eu precisaria encontrar o mundo.
(B À porta do Ateneu, meu pai disse-me que lá eu teria de encontrar o mundo.
(C) Disse-me meu pai, à porta do Ateneu, que somente lá eu encontraria o mundo.
(D) Meu pai disse-me, à porta do Ateneu, que lá eu encontraria o mundo.
(E) Ao chegarmos à porta do Ateneu, meu pai orientou-me para que lá eu encontrasse o mundo.
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DISCURSOS DIRETO E INDIRETO ATIVIDADES
(C) gostou.
(D) gostará.
(E) gostaria.
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DISCURSOS DIRETO E INDIRETO ATIVIDADES
1. O peixe afirmou que alguém havia colocado aquela minhoca lá e que ela estava lá por algum
motivo.
2. O peixe afirmou que alguém colocara aquela minhoca lá e que ela estaria lá por algum motivo.
3. O peixe afirmou que alguém houvera colocado aquela minhoca lá e que ela estava lá por algum
motivo.
4. O peixe afirmou que alguém tinha colocado aquela minhoca lá e que ela está lá por algum
motivo.
5. O peixe afirmou que alguém teria colocado aquela minhoca iá e que ela estaria lá por algum
motivo.
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Efeito Fases
Sequência descritiva
Fazer o destinatário ver Tematização
minuciosamente elementos de Aspectualização
um objeto do discurso, segundo Relação
a orientação dada a seu olhar Expansão
pelo produtor.
FAMÍLIA
é a menos autônoma; Três meninos e duas meninas,
não obedece a uma ordem fixa; sendo uma ainda de colo.
tem por função transmitir as propriedades do A cozinheira preta, a copeira mulata,
objeto ou dos seres. o papagaio, o gato, o cachorro,
as galinhas gordas no palmo de horta
e a mulher que trata de tudo.
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Suspendamos a pena e vamos à janela espairecer a memória. A presença de verbos não é suficiente para categorizar
Realmente, o quadro era feio, já pela morte, já pelo defunto, que era como narrativa uma sequência textual, pois o que define,
horrível... Isto aqui, sim, é outra coisa. Tudo o que vejo lá fora respira essencialmente, a categoria descritiva é a função de
vida, a cabra que rumina ao pé de uma carroça, a galinha que marisca fazer ver. Para Wachowicz (2010), a narrativa se define
no chão da rua, o trem da Estrada Central que bufa, assobia, fumega e por "fatos ordenados no tempo com o envolvimento de
passa, a palmeira que investe para o céu, e finalmente aquela torre de personagens" e a sequência descritiva envolve "o
igreja, apesar de não ter músculos nem folhagem. Um rapaz, que ali levantamento de propriedades qualificativas (...) muito
no beco empina um papagaio de papel, não morreu nem morre, posto mais do que fatos reais sucessivos que ocorrem no
também se chame Manduca. (Machado de Assis, Dom Casmurro) mundo perceptível".
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Agora que expliquei o título, passo a escrever o livro. Antes disso, porém,
digamos os motivos que me põem a pena na mão.
Vivo só, com um criado. A casa em que moro é própria; fi-la construir de
propósito, levado de um desejo tão particular que me vexa imprimi-lo, mas Tematização casa.
vá lá. Um dia, há bastantes anos, lembrou-me reproduzir no Engenho Novo a por ancoragem
casa em que me criei na antiga Rua de Matacavalos, dando-lhe o mesmo
aspecto e economia daquela outra, que desapareceu. Construtor e pintor Aspectualização partes são selecionadas,
entenderam bem as indicações que lhes fiz: é o mesmo prédio assobradado, por fragmentação como janelas, varanda,
três janelas de frente, varanda ao fundo, as mesmas alcovas e salas. Na pintura, etc.
principal destas, a pintura do teto e das paredes é mais ou menos igual, umas
grinaldas de flores miúdas e grandes pássaros que as tomam nos bicos, de Operação de relação nos comentários, sabemos
espaço a espaço. Nos quatro cantos do teto as figuras das estações, e ao por contiguidade que a casa seguia o de
centro das paredes os medalhões de César, Augusto, Nero e Massinissa, com outras casas.
os nomes por baixo... Não alcanço a razão de tais personagens. Quando
fomos para a casa de Matacavalos, já ela estava assim decorada; vinha do
decênio anterior. Naturalmente era gosto do tempo meter sabor clássico e
figuras antigas em pinturas americanas. O mais é também análogo e
parecido. Tenho chacarinha, flores, legume, uma casuarina, um poço e Operação de expansão teto e paredes
lavadouro. Uso louça velha e mobília velha. Enfim, agora, como outrora, há
aqui o mesmo contraste da vida interior, que é pacata, com a exterior, que é
ruidosa. (Machado de Assis, Dom Casmurro)
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Efeito Fases
Sequência narrativa
Manter a atenção do destinatário, situação inicial
estabelecendo uma tensão e uma complicação (conflito)
subsequente resolução. reação ou avaliação
desenlace ou resolução
situação final
GARE DO INFINITO
as mudanças ou transformações
(Memórias sentimentais de João Miramar) de Oswald de Andrade
Papai estava doente na cama e vinha um carro e um homem e o carro o processo - o pai doente, a morte, a mudança de
ficava esperando no jardim. casa, a reza.
Levaram-me para uma casa velha que fazia doces e nos mudamos para
a sala do quintal onde tinha uma figueira na janela. a intriga - a separação momentânea entre a mãe e o
filho
No desabar do jantar noturno a voz toda preta de mamãe ia me buscar
para a reza do Anjo que carregou meu pai.
Unidade temática:
garantida pela
omissão de
acontecimentos
entre os eventos
narrados
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Condições para a construção de uma narrativa (Wachowicz, 2010):
a) sucessão de eventos no tempo, marcada pela transformação de predicados organizados em relação de causalidade;
b) existência de, ao menos, uma personagem antropomorfa (representação estilizada da figura humana) envolvida nos eventos;
c) uma organização de acontecimentos, que incluem um conflito, orientada para uma resolução;
d) um juízo de valor ou moral (ideologia de mundo);
e) a verossimilhança, fato imprescindível para o leitor acreditar na plausibilidade da história.
tempo
matéria-prima da narrativa
para estabelecer a sequência -
cronológica ou não -
dos eventos e ações
"Vadinho o primeiro marido de Dona Flor, morreu num domingo de carnaval, pela manhã, quando, fantasiado de baiana, sambava num bloco, na
maior animação, no Largo Dois de Julho, não longe de sua casa. Não pertencia ao bloco, acabara de nele misturar-se, em companhia de mais quatro
amigos, todos com traje de baiana, e vinham de um bar no Cabeça onde o uísque correra farto à custa de um certo Moysés Alves, fazendeiro de
cacau, rico e perdulário." (Jorge Amado, Dona Flor e seus dois maridos)
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Vivo só, com um criado. A casa em que moro é própria; fi-la construir de propósito, levado de um desejo tão particular que me vexa imprimi-lo, mas
vá lá. Um dia, há bastantes anos, lembrou-me reproduzir no Engenho Novo a casa em que me criei na antiga Rua de Mata-cavalos, dando-lhe o mesmo
aspecto e economia daquela outra, que desapareceu. (...). (Machado de Assis, Dom Casmurro)
Enunciação - presente
Enunciado - passado
Construtor e pintor entenderam bem as indicações que lhes fiz: é o mesmo prédio assobradado, três janelas de frente, varanda ao fundo, as mesmas
alcovas e salas. Na principal destas, a pintura do tecto e das paredes é mais ou menos igual, umas grinaldas de flores miúdas e grandes pássaros que as
tomam nos blocos, de espaço a espaço. Nos quatro cantos do tecto as figuras das estações, e ao centro das paredes os medalhões de César, Augusto,
Nero e Massinissa, com os nomes por baixo... Não alcanço a razão de tais personagens. Quando fomos para a casa de Mata-cavalos, já ela estava assim
decorada; vinha do decênio anterior. Naturalmente era gosto do tempo meter sabor clássico e figuras antigas em pinturas americanas. O mais é também
análogo e parecido. Tenho chacarinha, flores, legume, uma casuarina, um poço e lavadouro. Uso louça velha e mobília velha. Enfim, agora, como
outrora, há aqui o mesmo contraste da vida interior, que é pacata, com a exterior, que é ruidosa.
O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Pois, senhor, não consegui recompor o que foi nem o que fui.
Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente. Se só me faltassem os outros, vá um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde;
mais falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo. O que aqui está é, mal comparando, semelhante à pintura que se põe na barba e nos cabelos, e que apenas
conserva o hábito externo, como se diz nas autópsias; o interno não agüenta tinta. Uma certidão que me desse vinte anos de idade poderia enganar os
estranhos, como todos os documentos falsos, mas não a mim. (Machado de Assis, Dom Casmurro)
Sequência descritiva
Sequência opinativa
Sequência descritiva
Sequência expositiva
O ADIVINHO
RESOLUÇÃO
MORAL
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KÖCHE, V.S.; BOFF, M. B.; PAVANI, C.F. Prática textual: atividades de leitura e escrita. Petrópolis: Vozes, 2017.
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A NOÇÃO DE TEXTO: Interdiscursividade e heterogeneidade
PABLO, Picasso. Dom Quixote, 1955. BENETT, Folha de S. Paulo, 7 set. 2017, p. A2.
Creio que os homens continuarão pensando em D. Quixote porque, no fim das contas, há uma coisa que
não queremos esquecer: uma coisa que a vida nos dá de quando em quando, e que às vezes nos tira, e
essa coisa é a felicidade. E, apesar dos muitos infortúnios de D. Quixote, o sentimento final que o livro
nos passa é de felicidade. Sempre penso que uma das coisas felizes que me aconteceram na vida foi ter
conhecido D. Quixote.
BORGES, Jorge Luis. Texto de quarta capa do livro O engenhoso cavaleiro D. Quixote de La Mancha
– Segundo livro. São Paulo: Editora 34, 2007.
O que é texto?
DEFINIÇÃO
Texto é um produto cultural que transmite um sentido por meio de uma expressão qualquer. Os textos
são criações humanas, logo, são produtos culturais elaborados por um sujeito e destinados a outros
sujeitos.
São, portanto, objetos de comunicação.
Há duas características que se complementam: um todo de sentido e um objeto de comunicação entre
sujeitos.
Por ser um produto cultural, os textos reproduzem as crenças e as ideologias da sociedade em que foram
produzidos.
Isso significa que o texto é marcado pela historicidade.
EXPRESSÕES
Palavras – textos verbais Imagens – textos não verbais
Palavras e imagens – textos verbais e não verbais
PLANOS DO TEXTO O texto resulta da superposição de dois planos: um sentido e uma expressão.
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Interdiscursividade
A ideia de autonomia absoluta em um texto é improcedente. Todo texto, escrito ou falado, dialoga com
outros textos.
Chama-se de intertextualidade a relação que um texto guarda com outro, a que se dá o nome de intertexto
ou texto fonte.
Monofonia (mono: uma, fonia: voz) Um discurso monofônico é aquele em que o enunciador apaga a
voz do outro. Por exemplo, um discurso autoritário, em que a voz do enunciador emerge exclusivamente,
não há contradições, não há diálogo, existe uma única verdade.
Polifonia (poli: várias, fonia: voz) Um discurso polifônico é aquele em que o enunciador dialoga com
outras vozes, seja concordando com elas, seja refutando-as. Essas vozes podem ser marcadas ou não
marcadas nos textos.
Heterogeneidade constitutiva
DEFINIÇÃO
A heterogeneidade constitutiva é uma propriedade essencial da linguagem humana, pois um discurso se
constrói a partir de outros discursos.
Aquilo que um texto afirma, ou nega, se constrói a partir de outros textos que afirmam ou negam.
EXEMPLO
O discurso do empoderamento feminino constrói-se a partir de outro discurso, que nega a autonomia da
mulher.
O contato com o discurso do empoderamento feminino é, na verdade, um contato com duas vozes: uma
que defende a equidade entre os gêneros e outra que a nega.
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Heterogeneidade mostrada
DEFINIÇÃO
A heterogeneidade mostrada diz respeito à presença e à manifestação de outras vozes no texto.
EXEMPLO
Em uma reportagem jornalística, o autor informa o que outras pessoas disseram, muitas vezes citando-
as. No discurso acadêmico, é comum o autor inserir o ponto de vista de outros autores, que corroboram
o seu discurso.
“Ainda que eu falasse a língua dos homens E falasse a língua dos anjos Sem amor eu nada seria”
Heterogeneidade marcada
DEFINIÇÃO
A heterogeneidade é marcada quando há explicitação da voz do outro na cadeia do discurso.
As vozes estão delimitadas, assim é possível identificar quem disse uma coisa e quem disse outra.
Há, portanto, dois atos enunciativos.
Os exemplos mais comuns de heterogeneidade marcada são o discurso
direto e o discurso indireto.
ATO ENUNCIATIVO É aquele pelo qual um sujeito, denominado enunciador, se apropria da língua e
a converte em um ato de fala concreto, ou seja, trata-se de tomar a palavra em um determinado contexto
e produzir enunciado concretos.
Discurso direto
O discurso direto é facilmente reconhecível por marcas gráficas que estabelecem os limites entre o
discurso de quem cita e o discurso de quem é citado.
Por ceder a palavra a outra voz, que constitui outro ato enunciativo, o discurso direto produz um efeito
de sentido de realidade.
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Discurso indireto
Gil diz que ela não se abre comigo porque sabe que minha inveja é maior que meu amor.
CESAR, Ana Cristina. Correspondência completa.
No discurso indireto, distinguem-se duas vozes marcadas no texto. Porém, uma das vozes não se expressa
com suas próprias palavras.
Há marcas que evidenciam o conteúdo da fala da voz inserida, como a conjunção ‘que’, o verbo ‘diz’ e a
oração que o complementa ‘’que ela não se abre comigo...’.
Discurso direto:
O menino, vendo a mãe, disse:
-Manhê, ontem eu tive febre e eu não pude sair, mas hoje não tô mais, então eu posso, né?
Discurso indireto:
O menino, vendo a mãe, disse que na véspera tivera febre e não pudera sair, mas que naquele dia não
estava e então podia.
Os evolucionistas dizem que o medo do escuro é uma herança do tempo em que a gente dormia ao redor
do fogo, ouvindo os gritos das feras que nos circundavam, na escuridão.
Muitos psicoterapeutas dizem que o medo do escuro é medo de algo que está dentro da gente –demônios
internos que imaginamos e projetamos, como feras que nos atacariam de fora.
CALIGARIS, Contardo. Medo da coisa. Folha de S. Paulo, 14 set. 2017, p. C8
DEFINIÇÃO
Na heterogeneidade não marcada, não há qualquer tipo de ruptura na cadeia do discurso
(expressão) que permita isolar a voz do outro. Como as vozes não estão delimitadas no discurso, a
heterogeneidade não marcada aproxima-se da heterogeneidade constitutiva.
EXEMPLO
O discurso indireto livre, comum nos textos literários e em textos narrativos, de modo geral, constitui-se
pelo hibridismo discursivo.
Outras formas de heterogeneidade não marcada são a intertextualidade, como a paródia, e a ironia.
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Discurso indireto:
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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