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PORTUGUÊS

Análise sintática do período simples

Sintaxe: é o conjunto das relações de combinação que se estabelecem entre as


palavras e entre as orações que constituem o enunciado. A sintaxe, subdivide-se
em quatro partes: Análise sintática (sintaxe de oração e período), sintaxe de
concordância, sintaxe de regência e sintaxe de colocação.

Análise Sintática:
Objetivos:
1. Analisar as relações que se estabelecem entre as palavras de uma oração
para determinar suas funções sintáticas;
2. Analisar as relações entre as orações de um período para, de acordo com
essas relações, classificar as orações.
Conceitos:
1. Frase: é toda unidade linguística de sentido completo e por meio da qual
se transmite uma ideia;
2. Oração: é a frase constituída em torno de um verbo ou locução verbal. O
verbo é sempre a palavra nuclear, principal da oração;
3. Período: é a frase formada por uma oração. Pode ser simples ( com uma
só oração) ou composta (com mais de uma oração).
FUNÇÕES SINTÁTICAS:
 Sujeito
 Predicado
 Objeto
 Agente da passiva
 Adjunto adverbial
 Adjunto adnominal
 Predicativo
 Complemento nominal
 Aposto
 Vocativo

Sujeito: Sujeito é o termo essencial da oração sobre o qual se diz alguma coisa.
Ele pode ser determinado, indeterminado ou mesmo inexistente na oração. O
sujeito é um dos termos essenciais da oração e, normalmente, está localizado
antes do predicado. Para identificar o sujeito, é necessário buscar o termo sobre
o qual se diz alguma coisa, verificar se ele pode ser substituído por um pronome
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pessoal do caso reto e se ele concorda com o verbo. Esse termo pode praticar ou
sofrer a ação expressa na oração. Entretanto, existem também orações sem
sujeito. Portanto, o sujeito é classificado em:
 determinado
 simples
 composto
 implicito
 indeterminado
 inexistente
Para identificar o sujeito, devemos fazer o seguinte:
 Determinar o termo sobre o qual se declara alguma coisa. Para isso, é
preciso identificar a declaração, que, no caso, é: “é o cineasta
brasileiro mais famoso”.
 Fazer a pergunta: Quem é o cineasta brasileiro mais famoso? A
resposta é o sujeito: Glauber Rocha.
 Verificar se o sujeito “Glauber Rocha” pode ser substituído por um
pronome pessoal do caso reto. Assim: Ele é o cineasta mais famoso.
 Conferir se o sujeito concorda com o verbo “é”, flexionado na
terceira pessoa do singular, ou seja, “ele”, pronome que, nesse
exemplo, pode substituir o sujeito.
Depois dessa análise, podemos afirmar, com toda a certeza, que o sujeito dessa
oração é: Glauber Rocha. Além disso, todo sujeito possui um núcleo, que é a
palavra central, aquela que é indispensável e, portanto, mais importante na
constituição do sujeito da oração.
Por exemplo: Esta sala de cinema tem capacidade para mais de 100 pessoas.
Assim, temos:
Sujeito: Esta sala de cinema.
Núcleo do sujeito: sala.
Atenção! Pode haver mais de um núcleo.
Por exemplo: O bilheteiro e a projecionista do cinema recusaram-se a trabalhar.
Nessa frase, temos:
Sujeito: O bilheteiro e a projecionista do cinema.
Núcleo do sujeito: bilheteiro, projecionista

TIPOS DE SUJEITO:
1.Sujeito simples: Apresenta um único núcleo e pode ser determinado
facilmente.
O filme brasileiro Tatuagem foi premiado no Festival de Gramado.
Pergunta: O que foi premiado no Festival de Gramado?
Resposta (ou sujeito simples): O filme brasileiro Tatuagem.
Atenção! Além dos substantivos comuns e próprios, os pronomes indefinidos
também podem exercer a função de sujeito na oração:
Ninguém sabia o que fazer naquela situação.
Pergunta: Quem (não) sabia o que fazer naquela situação?
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Resposta (ou sujeito simples): Ninguém

2.Sujeito composto: Apresenta dois ou mais núcleos facilmente determináveis.


A pintura e a fotografia podem eternizar um momento.
Pergunta: O que pode eternizar um momento?
Resposta (ou sujeito composto): A pintura e a fotografia.
Sujeito implícito, elíptico, desinencial ou oculto É identificado pela desinência
do verbo.
Comprei uma tela falsificada de Gustave Courbet.
Pergunta: Quem comprou uma tela falsificada de Gustave Courbet? Resposta
(ou sujeito implícito): Eu

3.Sujeito indeterminado: Não pode ser identificado.


Casos de sujeito indeterminado:
 Verbo flexionado na terceira pessoa do plural, sem referência a
nenhum sujeito expresso anteriormente:
Falavam mal do meu vizinho.
Pergunta: Quem falava mal do meu vizinho?
Resposta: Não é possível determinar.
 Verbos intransitivos, transitivos indiretos ou verbos de ligação
flexionados na terceira pessoa do singular, acompanhados da
partícula “se”:
Chegou-se a cogitar a ideia.
Pergunta: Quem cogitou a ideia?
Resposta: Não é possível determinar.
Precisa-se de roteirista.
Pergunta: Quem precisa de roteirista?
Resposta: Não é possível determinar.
Fica-se bem em Curitiba.
Pergunta: Quem fica bem em Curitiba?
Resposta: Não é possível determinar.
Atenção! No caso de verbo transitivo direto flexionado na terceira pessoa do
singular e acompanhado da palavra “se”, o sujeito é determinado:
Compra-se ouro.
Pergunta: O que é comprado?
Resposta (ou sujeito simples): Ouro.

4.Sujeito inexistente: Oração com verbo que indica fenômeno da natureza não
tem sujeito.
Os casos em que o sujeito é inexistente são:
Verbos que indicam fenômenos da natureza:
Choveu muito na quinta-feira.
Verbo “haver” no sentido de existir ou indicador de tempo decorrido:
Há 10 anos que tento viajar para a Suécia.
Havia duas camisas neste guarda-roupa.
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Atenção!
 O uso coloquial do verbo “ter”, com o sentido de “existir”, segue a
mesma regra do verbo “haver”, ou seja, é conjugado na terceira
pessoa do singular:
Tinha muitas pessoas na loja.
 Verbo “fazer”, indicador de tempo cronológico ou temperatura:
Faz três anos que me formei.
Faz muito calor naquele teatro.
 Verbo “ir”, indicador de tempo cronológico:
Já vão cinco anos que não vejo o meu pai.
 Verbo “estar”, indicador de temperatura:
Estava muito frio no parque municipal.
 Os verbos “bastar” e “chegar”, no sentido de ser suficiente:
Chega de história, faça a sua tarefa.
Basta de mentiras, você não me engana mais.

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