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Em Cinzas, a cineasta baiana, Larissa Fulana de Tal, narra sobre a difícil realidade dos
brasileiros que residem em comunidades afastadas, mostrando um retrato da desigualdade
social que existe pelo país. Contando a história de Toni, o curta-metragem mostra a rotina de
um homem que pega ônibus lotado, é cobrado por pontualidade no trabalho, recebe seu
salário com atraso e é constantemente abordado nas ruas por policiais, que tem como cultura
um racismo estrutural. Essa situação de solidão e abandono faz com que ele tenha crise
psicológica, perca a vontade de estudar e passe a ter angústias.
Registrado no interior de Minas Gerais pela cineasta Taís Amordivino, o filme Motriz conta a
história de Bete, uma mulher de olhos caudalosos e sorriso largo, que convive com a dor da
distância das filhas. Apesar disso, mesmo vivendo em um lugar onde o tempo passa devagar e
a saudade teima a andar depressa, ela encontra no amor a força motriz que precisa para se
aproximar da sua felicidade.
O último filme da mostra, Minha História é Outra, de Mariana Campos, mostra como uma
paixão entre mulheres negras se torna mais do que uma simples história de amor. Moradora
do Morro da Otto, Niázia abre as portas de sua casa para reforçar essa teoria. Enquanto isso,
Leilane apresenta os desafios e possibilidades de se construir uma jornada de afeto. A
produção foi exibida no Berlin Feminist Film Week e premiado como melhor filme nacional
pelo júri popular no Recifest - Festival de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero.
Sobre as diretoras:
Safira Moreira
Formada em cinema pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro e pelo Centro Afrocarioca de Cinema
- Zózimo Bulbul. É graduada pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage em 2015, mesmo ano
em que foi selecionada para a residência artística Afrontrancendence, no Red Bull Station em
São Paulo. Dirigiu a videodança Sentinela, selecionada para o Festival Dança em Foco 2017. É
fundadora do cineclube Capa Preta, com foco no protagonismo da mulher negra no cinema.
Everlane Moraes
Formou-se pela Escola Internacional de Cinema e TV – EICTV, em Cuba, onde realizou parte de
sua obra, que traz experimentações em linguagens híbridas, passando pelo documental e a
ficção, e é por vezes acionada pela religiosidade afro-cubana da Santería. É diretora de filmes
como Caixa D´Água: Qui-lombo é esse? (2012) e Conflitos e Abismos: A expressão da condição
humana (2014).
Elen Linth
Formada em Cinema e Audiovisual, atua na área executiva de projetos, direção, roteiro,
fotografia e curadoria. Dentre suas produções destacam-se as obras Transviar (2018)
Territórios (2017) e Travessia (2018). Ela também é co-diretora da série Diversidade (2017).
Larissa Nepomuceno
É roteirista e diretora cinematográfica, formada em Cinema e Artes Visuais e mestranda em
Educação pela Universidade Federal do Paraná. Seu primeiro curta-metragem foi o
documentário Megg - A Margem que Migra para o Centro, que recebeu sete prêmios e duas
menções honrosas, além de ser exibido em dezenas de festivais internacionais. O curta
Seremos Ouvidas é o seu mais recente trabalho com cineasta.
Tais Amordivino
Bacharel em Comunicação Social e Cinema e Vídeo, é uma das realizadoras do festival
Itinerante de Cinemas Negros - Mahomed Bamba (MIMB). Atuou como diretora e roteirista do
documentário A Invisibilidade da Identidade Negra na educação, selecionado em festivais
nacionais. Dirigiu e roteirizou o premiado curta-metragem documental Motriz, exibido em
mais de trinta festivais, nacionais e internacionais, incluindo oito premiações. Atualmente,
dirigiu sua primeira ficção A Menina Que Queria voar, contemplada no Edital Setorial de
Audiovisual 2019 – FCBA.
Mariana Campos
É cineasta graduada em Produção Audiovisual, pela Universidade Estácio de Sá, e formada em
Direção Cinematográfica, pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Em sua filmografia, destaque-se
a direção do filme Tia Ciata, premiado em diversos festivais nacionais e internacionais, como
London Feminist Film Festival e Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro. E o filme
Minha História é Outra', que atualmente circula por festivais ao redor do mundo, como Berlin
Feminist Film Week e, recentemente premiado como melhor filme nacional pelo júri popular
no Recifest - Festival de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero.
SERVIÇO:
Travessia (2017)
De Safira Moreira
Duração: 5 minutos
Classificação Indicativa: Livre
Seremos ouvidas (2020)
De Larissa Nepomuceno
Duração: 13 minutos
Classificação Indicativa: Livre
Motriz (2018)
De Taís Amordivino
Duração: 15 minutos
Classificação Indicativa: Livre
Caixa D’água: Qui-lombo é esse? (2012)
De Everlane Moraes
Duração: 15 minutos
Classificação Indicativa: Livre
Entre Passos (2012)
De Elen Linth
Duração: 9 minutos
Classificação Indicativa: Livre
Cinzas (2015)
De Larissa Fulana de Tal
Duração: 15 minutos
Classificação Indicativa: Livre
Minha história é outra (2019)
De Mariana Campos
Duração: 22 minutos
Classificação Indicativa: 16 anos (Contém cenas de nudez)
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