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Itaú Cultural lança Cena Agora, programação voltada à criação de cenas


teatrais curtas e que estreia com olhares sobre o nordeste brasileiro
Novo projeto de artes cênicas busca estimular a criação usando questões contemporâneas
como alavancas poéticas. Começa com a apresentação de seis cenas feitas especialmente para
esta primeira edição por artistas da Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco e Rio Grande
do Norte a partir da temática Encruzilhada Nordeste(s): (contra)narrativas poéticas

De 15 a 18 de abril (quinta-feira a domingo) o Itaú Cultura estreia a programação virtual Cena


Agora, projeto do Núcleo de Artes Cênicas que tem como proposta exibir cenas criadas
especialmente para o programa a partir de alavancas poéticas provocadas por questões atuais.
Nesta primeira edição, a temática Encruzilhada Nordeste(s): (contra)narrativas poéticas conduz
uma programação de bate-papos e seis apresentações de artistas de cinco diferentes estados
da região. A proposta é criar uma pluralidade de perspectivas sobre o tema, questionando as
construções estereotipadas ou colonizadas das identidades nordestinas diante da diversidade
polifônica desse universo.

Todas as atividades acontecem às 20h pela plataforma Zoom e são seguidas por conversas dos
elencos com críticos e artistas convidados. Gratuitos, os ingressos devem ser reservados via
Sympla. Para mais informações, basta acessar www.itaucultural.org.br.

Cena Agora – Encruzilhada Nordeste(s): (contra)narrativas poéticas tem início no dia 15


(quinta-feira) com uma mesa de abertura, que leva ao público um olhar para o tema da
programação antes de leva-lo à cena. Para tanto, reúne a encenadora, pesquisadora e
pedagoga teatral Maria Thais e o historiador Durval Muniz de Albuquerque Jr., autor do livro A
invenção do Nordeste e outras artes, que serviu de base para o premiado espetáculo teatral A
invenção do Nordeste, do grupo Carmin, do Rio Grande do Norte. Este conta a história de um
diretor que é contratado para selecionar um ator nordestino que possa interpretar com
maestria um personagem nordestino. Os selecionados para o papel passam a refletir sobre sua
identidade, cultura e história pessoal, descobrindo que ser e viver um personagem nordestino
não é fácil.

Criações
De 16 a 18 (sexta-feira a domingo), as reflexões são levadas ao Palco Virtual com a exibição de
duas cenas de no máximo 15 minutos a cada noite do Cena Agora. Em seguida, o público é
convidado a participar de um bate-papo com os elencos e críticos e artistas convidados.

Na sexta-feira, 16, o grupo de teatro Clowns de Shakespeare, do Rio Grande do Norte,


apresenta uma cena feita para o Encruzilhada Nordeste, tentando unir as provocações do tema
à pesquisa que o grupo vem fazendo sobre criação cênica online. No trabalho, o elenco
dirigido por Fernando Yamamoto propõe uma relação de jogo com o público, questionando
recorrências do senso comum em relação ao fluxo dos nordestinos para o sudeste, tanto em
um recorte histórico, quanto em um contexto mais atual – em especial sobre São Paulo ser a
nova capital do nordeste.
A programação traz, ainda, Onan Yá – A caminhada da sacerdotisa, da diretora teatral e
dramaturga baiana Onisajé, que assina a direção, o roteiro e a concepção do trabalho. No
trabalho, a atriz e dançarina Fabíola Nansure e o ator Nando Zâmbia narram, cênica e
poeticamente, um pequeno recorte da caminhada de vida da yalorixá Mãe Rosa de Oyá,
sacerdotisa do Ilê Axé Oyá L´adê Inan, na cidade baiana de Alagoinhas. A cena conta a
importância da ação sacerdotal de Mãe Rosa, que também participa da exibição, e o
encruzilhamento de suas identidades de mulher negra, nordestina, periférica, sacerdotisa de
axé e as reverberações dessas identidades em sua história de vida. 

Neste dia, a conversa após as exibições é conduzida pelas críticas teatrais Ivana Moura e
Pollyana Diniz, responsáveis pelo site especializado em teatro Satisfeita, Yolanda?

Heróis
No final de semana, a programação abre com cenas que levam ao público figuras em situações
ou dilemas heroicos.

No sábado, dia 17, o coletivo No barraco da Constância tem! do Ceará, apresenta O


Desaparecimento do Jangadeiro Jacaré em Alcácer-Quibir. Ele parte da história real do
jangadeiro cearense Manuel Olímpio Meira (1903-1942), conhecido como Jacaré, que em 1941
viajou até o Rio de Janeiro para reivindicar ao presidente Getúlio Vargas os direitos
trabalhistas de sua classe pesqueira. Depois de uma bem sucedida empreitada, ele foi
convidado, no ano seguinte, pelo cineasta Orson Welles, a participar de um filme sobre os
pescadores e a reproduzir com sua tripulação a cena da chegada dos jangadeiros à baía de
Guanabara. Porém, durante as gravações, a embarcação virou e Jacaré desapareceu para
sempre.

Na cena, na história, na rede ou no tecido do espaço e do tempo, essa fenda apresenta


inúmeras hipóteses a respeito do sumiço de Jacaré e de sua saga. A fábula do nordestino em
direção ao epicentro do Brasil toma outros rumos, inaugurando novas possibilidades
empreendedoras com a profecia do seu reaparecimento.

O outro convidado da noite é o Coletivo de Dança-teatro Agridoce, de Pernambuco, que


apresenta a cena Rhizophora – Estudo nº 01. Baseado no romance Homens e Caranguejos,
de Josué de Castro, conta a história do anti-herói João Paulo, que se vê em um dilema quando
a construtora onde ele trabalha o comunica que o novo projeto no qual ele irá trabalhar será a
construção de um condomínio de luxo no lugar onde fica a comunidade onde ele morou. Entre
lembranças da infância ribeirinha nos manguezais e planejamentos megalomaníacos, ele
começa uma grande viagem ao passado e um retorno a sua ancestralidade, um reencontro
consigo e um dilema entre salvar ou não o homem-caranguejo que ele já foi.

O ator, diretor e dramaturgo amazonense Henrique Fontes é quem faz a mediação da conversa
com os elencos e o público nessa noite. Autor da dramaturgia da premiada peça A Invenção do
Nordeste, ao lado de Pablo Capistrano, Fontes é, ainda, sócio-fundador e atual presidente do
Espaço Cultural Casa da Ribeira, no Rio Grande do Norte.

Corpo
No domingo, 18, última noite da programação, Cena Agora – Encruzilhada Nordeste(s):
(contra)narrativas poéticas reúne trabalhos que discutem a temática central a partir da relação
com o corpo. As críticas Pollyana Diniz e Ivana Moura também conduzem a rodada de
conversas neste dia.
Do Maranhão, Boca coloca em cena o artista Erivelto Viana, sob direção de Urias de Oliveira.
Partindo da ideia da boca como uma energia evocação, são colocados em questão o dentro, o
fora, o centro, o tudo e o nada. Boca é o que tudo come, buraco da criação, um lugar de
passagem, atravessamento, encruzilhadas. Energia evocação no encontro (entre) eu/Exu. O
dentro, o fora. O tudo e o nada. O centro. Boca que tudo come, buraco da criação. Corpo lugar
de passagem, atravessamento, encruzilhadas.

Por fim, da Bahia, o grupo Dimenti apresenta Web-Strips: Volume Encruzilhadas, que tem
como ponto de partida o projeto de 2018 Strip Tempo – stripteases contemporâneos, motivado
pela pergunta: como despir a poética de uma carreira? Com direção de Jorge Alencar e
codireção de Larissa Lacerda e Neto Machado, a cena reúne na configuração de vídeo-
performances os artistas Fábio Osório Monteiro, Jaqueline Elesbão e João Rafael Neto, que
desnudam corpos, casas, carreiras, a memória e o digital.

Produzidos durante o período da pandemia, os vídeo-performances, com duração média de


quatro minutos, revelam zonas relativamente ocultas do corpo e da carreira de cada artista. A
proposta é trazer outras percepções ao termo striptease (do inglês strip, desnudar; e tease,
provocar), gênero tão popular quanto marginal, presente desde as casas noturnas até os
clássicos do cinema.

SERVIÇO:  
Cena Agora – Encruzilhada Nordeste
De 15 a 18 de abril (quinta-feira a domingo), sempre às 20h
No site do Itaú Cultural: www.itaucultural.org.br  
Confira a programação completa no material anexado. 
 Itaú Cultural 
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