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Festival serrote promove debates online com Isabel

Wilkerson, Claudius Ceccon e Wlamyra Albuquerque, entre


outros convidados
Em formato virtual, a quarta edição do evento gratuito acontece de 15 a 17 de abril. As
conversas serão transmitidas ao vivo no YouTube e no Facebook do IMS

Organizado pela revista de ensaios do Instituto Moreira Salles, o Festival serrote chega à
quarta edição, em formato online. O evento gratuito acontece de 15 a 17 de abril (quinta a
sábado) e será transmitido ao vivo nos canais de YouTube e Facebook do IMS, com
interpretação em Libras.

A programação traz debates sobre temas atuais, como o racismo estrutural, as políticas
identitárias e a memória da ditadura civil-militar brasileira. Haverá ainda uma mesa sobre os
impactos da pandemia de gripe espanhola no Brasil, no começo do século XX. Grande
parte dos convidados assinam ensaios na serrote #37, edição mais recente da revista,
disponível nas livrarias e na loja virtual do IMS.

O festival inicia no dia 15 (quinta), às 19h, com a jornalista norte-americana Isabel


Wilkerson, vencedora do Prêmio Pulitzer. A autora apresentará seu livro Casta: as origens
de nosso mal-estar, que será lançado no Brasil pela editora Zahar. Na obra, a jornalista
investiga as raízes históricas e as consequências profundas do sistema hierárquico que
sustenta o racismo na sociedade estadunidense. Com mediação da escritora Juliana
Borges, a conversa será em inglês, com tradução simultânea para o português.

A questão racial também será o centro do debate do dia 16 (sexta), às 19h, com a
historiadora brasileira Wlamyra Albuquerque, especializada em estudos da escravidão, e o
sociólogo congolês Serge Katembera, que pesquisa ativismos digitais na África francófona.
Os dois discutirão o papel da identidade nas estratégias políticas de combate ao racismo. A
conversa contará com a mediação do jornalista Tiago Rogero, apresentador do podcast
Vidas negras.

No dia 17 (sábado), a programação inclui dois bate-papos. Às 17h, a historiadora Heloisa


Starling conversa com a alemã Susanne Klengel, professora na Universidade Livre de
Berlim e pesquisadora das culturas latino-americanas. Elas abordarão os impactos da gripe
espanhola, maior epidemia do século XX, em várias esferas da sociedade brasileira, da
política à cultura. Como a análise do passado pode ajudar a entender o momento atual? O
debate será mediado por Guilherme Freitas, editor-assistente da serrote.
O festival encerra às 19h, com uma fala do cartunista Claudius Ceccon, mediada por Julia
Kovensky, coordenadora de Iconografia do IMS, e Paulo Roberto Pires, editor da serrote.
Um dos principais chargistas do país, Claudius foi preso em 1964, durante a ditadura militar
brasileira. Nos 17 dias em que permaneceu encarcerado, registrou seu cotidiano em três
desenhos, publicados pela primeira vez na serrote #37. Na conversa, o artista, que doou
seu acervo ao IMS em 2020, relembrará sua trajetória.

Serviço

Festival serrote
De 15 a 17 de abril (quinta a sábado)
Evento gratuito
Transmissão ao vivo no YouTube (youtube.com/imoreirasalles) e no Facebook do IMS
(facebook.com/InstitutoMoreiraSalles)
Nas duas plataformas, haverá interpretação em Libras. No Facebook, o recurso de
legendas também estará disponível

serrote #37
224 páginas
R$ 48,50
Disponível nas livrarias e na loja virtual do IMS: lojadoims.com.br/product/38170/serrote-37

Programação completa do festival

15 de abril (quinta-feira)

19h
Encontro com Isabel Wilkerson
Mediação: Juliana Borges
Conversa em inglês com tradução simultânea para o português

16 de abril (sexta-feira)

19h
Ativismo e identidades - Debate com Serge Katembera e Wlamyra Albuquerque
Mediação: Tiago Rogero

17 de abril (sábado)

17h
A outra pandemia - Debate com Heloisa Starling e Susanne Klengel
Mediação: Guilherme Freitas

19h
Encontro com Claudius Ceccon
Mediação: Julia Kovensky e Paulo Roberto Pires
 
Sobre os convidados
Claudius Ceccon (1937) é arquiteto, designer e cartunista. Foi colaborador destacado
do Jornal do Brasil, Manchete, Pif-Paf e O Pasquim. Com o livro Claudius (Ed. Sesi-SP),
que celebrou 50 anos de sua carreira, venceu o Prêmio Jabuti de 2015 nas categorias
Ilustração e Capa. Na serrote #37, publica “A ditadura reencontrada”, ensaio pessoal em
torno de três desenhos que julgava perdidos, documentando sua passagem pela prisão.

Heloisa Murgel Starling (1956) é historiadora e cientista política. Coordena o Projeto


República, núcleo de pesquisa, documentação e memória vinculado à Universidade Federal
de Minas Gerais, onde é professora titular de história do Brasil. É autora de Ser republicano
no Brasil Colônia e, com Lilia M. Schwarcz, de A bailarina da morte: a gripe espanhola no
Brasil, ambos pela Companhia das Letras. Na serrote, publicou os ensaios “Se o
impensável acontecer, mantenha a calma” (#31) e “General” (#29).

Isabel Wilkerson (1961) é jornalista, vencedora do Prêmio Pulitzer e da Medalha Nacional


de Humanidades, e autora de Casta: as origens de nosso mal-estar (Zahar), do qual a
serrote 35-36 traduziu um excerto. Publicou também The Warmth of Other Suns, eleito um
dos dez melhores livros de não ficção dos anos 2010 pela revista Time, e ganhou o prêmio
National Book Critics Circle de não ficção em 2010.

Juliana Borges (1982) é escritora e estuda política criminal. Consultora do Núcleo


de Enfrentamento, Monitoramento e Memória de Combate à Violência da
OAB-SP e conselheira da Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Drogas. Feminista
antipunitivista e antiproibicionista, é autora dos livros Encarceramento
em massa (Pólen) e Prisões: espelhos de nós (Todavia). Na serrote, publicou os ensaios “A
quem interessa lotar as prisões?” (#33) e “A vida pulsante das periferias” (#35-36).

Serge Katembera (1986) é jornalista e doutor em sociologia pela Universidade Federal da


Paraíba. É autor, na serrote  #37, do ensaio “Contra o racismo, a identidade reafirmada”.

Susanne Klengel (1960) é professora de literaturas e culturas da América Latina na


Universidade Livre de Berlim. É uma das coordenadoras do Maria Sibylla Merian Centre
Conviviality-Inequality in Latin America (Mecila). Na serrote #37, publicou o ensaio
“Vanguarda pandêmica”, sobre como Mário de Andrade registrou, nos poemas de Pauliceia
desvairada, o impacto da pandemia de gripe de 1918 em São Paulo.

Tiago Rogero (1988) é jornalista, com passagens pelos jornais O Estado de S. Paulo e O
Globo. É criador e apresentador do podcast Vidas negras.

Wlamyra Albuquerque (1967) é professora da Universidade Federal da Bahia. É autora,


entre outros, de O jogo da dissimulação – Abolição, raça e cidadania no Brasil (Companhia
das Letras) e, com Walter Fraga Filho, de Uma história da cultura afro-brasileira (Moderna).
Na serrote #37, discute o privilégio branco em “As impossíveis brancas nuvens do
racismo”.

Aviso: Devido ao recrudescimento da pandemia de covid-19, seguindo as instruções das


autoridades sanitárias, os três centros culturais do IMS, nas cidades de São Paulo, Rio de
Janeiro e Poços de Caldas, estão fechados por tempo indeterminado. Acompanhe mais
informações e a programação virtual no site.

ims.com.br
twitter.com/imoreirasalles
instagram.com/imoreirasalles
facebook.com/InstitutoMoreiraSalles

Informações para a imprensa IMS:

Bárbara Giacomet de Aguiar


barbara.aguiar@ims.com.br

Mariana Tessitore
mariana.tessitore@ims.com.br

comunicacao@ims.com.br

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